Enciclopédia de Marcos 9:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mc 9: 1

Versão Versículo
ARA Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus.
ARC DIZIA-LHES também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder.
TB Disse-lhes mais: Em verdade vos digo que alguns dos que estão aqui de maneira nenhuma morrerão, enquanto não virem já chegado o reino de Deus com poder.
BGB καὶ ἔλεγεν αὐτοῖς· Ἀμὴν λέγω ὑμῖν ὅτι εἰσίν τινες ⸂τῶν ὧδε⸃ ἑστηκότων οἵτινες οὐ μὴ γεύσωνται θανάτου ἕως ἂν ἴδωσιν τὴν βασιλείαν τοῦ θεοῦ ἐληλυθυῖαν ἐν δυνάμει.
HD E dizia-lhes: Amém vos digo que há alguns dos que estão {de pé} aqui que não provarão a morte, até que vejam o Reino de Deus, quando tiver vindo com poder.
BKJ E ele disse-lhes: Na verdade eu vos digo, que alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam o reino de Deus vindo com poder.
LTT E Ele (Jesus) lhes dizia: "Em verdade vos digo que há alguns, daqueles (discípulos) aqui tendo se postado, que de modo nenhum provem da morte até vislumbrarem ① o reinar de Deus tendo chegado em poder."
BJ2 E dizia ainda: Em verdade vos digo que estão aqui presente alguns que não provarão a morte até que vejam o Reino de Deus chegando com poder.
VULG Et post dies sex assumit Jesus Petrum, et Jacobum, et Joannem, et ducit illos in montem excelsum seorsum solos, et transfiguratus est coram ipsis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Marcos 9:1

Mateus 16:28 Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino.
Mateus 24:30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
Mateus 25:31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória;
Marcos 13:26 E, então, verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória.
Marcos 13:30 Na verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam.
Lucas 2:26 E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.
Lucas 9:27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o Reino de Deus.
Lucas 22:18 porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus.
Lucas 22:30 para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.
João 8:51 Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.
João 21:23 Divulgou-se, pois, entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti?
Atos 1:6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
Hebreus 2:9 vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Marcos 9 : 1
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.

Marcos 9 : 1
provarão
Lit. “provar o gosto”.

Marcos 9 : 1
com poder
Lit. “em poder”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mc 9:1
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: 336
Allan Kardec
Os fatos relatados no Evangelho e que foram até agora considerados miraculosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, os que têm como causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo anterior, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros fatos análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é verdade, no que se refere a esse ponto, contestar a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem sob os nossos olhos e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. Basta o fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispirítico, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

Vinícius

mc 9:1
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 96
Página: 217
Vinícius

A cúria romana fêz publicar no "O Estado", sob a epígrafe "Instruções para a Quaresma", os seguintes preceitos: "Todos os católicos maiores de 21 anos, não legitimamente impedidos, são obrigados a jejuar com abstinência de carnes em todas as refeições, nos dias mencionados, isto é, no dia de quarta-feira de cinzas; na quinta-feira santa e em todas as sextas-feiras da Quaresma.


O jejum consiste essencialmente no seguinte: de manhã, ligeira refeição, que pode ser leite, chá, etc. Os ovos são proibidos em tal refeição.


Ao meio dia, jantar, ou só de peixe ou só de carne.


Nesta refeição podem entrar ovos. À noite, outra pequena refeição.


Continua em pleno vigor a lei da Igreja que proíbe misturar carne com peixe nos dias de jejum e na Quaresma. Mesmo os fiéis que não jejuam são obrigados a não fazer mistura de carne com peixe. "

No entanto, Jesus estabeleceu uma doutrina diametralmente oposta a essa preconizada pela Igreja, como se depreende, de modo positivo e insofismável, do trecho que passamos a transcrever do Evangelho segundo S. Marcos, capítulo 7 — vers. 17 a 23.


Chamando Jesus a si toda a multidão, disse: ouvi-me vós todos e compreendei: Nada há fora do homem que, sendo por ele ingerido, o possa contaminar, mas o que sai do homem é que o contamina e macula.


Se alguém tem ouvidos de ouvir, ouça.


Quando deixou a multidão, e se recolheu com seus discípulos, estes o interpelaram acerca daquelas palavras, para eles, parabólicas. E Jesus então disse: "Assim também, vós estais sem entendimento?


"Não compreendeis, como é evidente, que tudo o que de fora entrar no homem não o pode macular, porque não atinge o coração, mas vai ter ao estômago, e em seguida será expelido por lugar excuso? “O que sai do homem, isso sim, o contamina, porque é do interior dos corações que vêm os maus pensamentos, os adultérios, as concupiscências, os homicídios, o roubo, a avareza, a inveja, a soberba, a fraude, a blasfêmia, e a loucura. Todos estes males, pois, contaminam o homem. "

Como se vê, os preceitos de Jesus são a antítese dos de Roma. Os primeiros falam à nossa razão; os segundos visam apenas a impressionar os sentidos. Jesus quer a essência, enquanto que Roma se contenta com as aparências. Roma é a matéria; Jesus é o espírito.


Escolhamos, portanto, entre Roma e Jesus, visto como não podemos servir a dois senhores, quando as doutrinas que eles nos recomendam são de tal natureza opostas que se contradizem e se anulam reciprocamente.



Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50
Essa descrição da parousia inspirou Jesus a dizer alguma coisa intrigante (Marcos 9:1). O que estaria Ele querendo dizer quando mencionou: dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder? (1) Ele não disse que a Segunda Vinda iria ocorrer durante a vida daqueles que estavam presentes. Dentro de seis dias (9.2), três dos discípulos seriam testemunhas da Transfi-guração. Dentro de aproximadamente um ano todos os discípulos, menos um, iriam tes-temunhar o poder da Ressurreição e do Pentecostes, e ainda durante a vida de muitos dos que ali estavam o evangelho iria se propagar com um admirável vigor pelo mundo daquela época. Dessa maneira, eles viram a chegada do Reino de Deus com poder.

4. A Transfiguração (Marcos 9:2-8)

Cerca de uma semana depois da confissão de Pedro e do resultante ensino sobre o Messias Sofredor (Marcos 8:27-9.1), Jesus levou o círculo mais íntimo de seus discípulos a um alto monte (2; provavelmente uma parte elevada do Monte Hermom), para longe das multidões, onde transfigurou-se diante deles.

Qual foi a natureza e o propósito da Transfiguração? Esse termo, que vem de metamorphoo, significa "transformar" e foi usado apenas nessa passagem do Novo Tes-tamento, em Mateus 17:2 (referência paralela) ; Romanos 12:2; e II Coríntios 3:18. Essa mudança da sua forma, que fez Suas vestes (3) se tornarem resplandecentes, em extremo brancas, mais deslumbrantes "do que qualquer alvejante terreno poderia fa-zer" (Goodspeed) deve ter tido uma "fulgência que vinha de dentro, uma manifestação do Filho de Deus em sua verdadeira natureza": Era uma restauração da glória que Ele gozava junto ao Pai antes da existência do mundo (Jo 17:5; cf. Mac 14.62; Atos 7:55).

O propósito da Transfiguração era, em primeiro lugar, fortalecer Jesus para a provação da Cruz. O Filho do Homem recebeu a segurança do céu em pontos cruciais de Seu ministério (por exemplo, 1.11; Lc 22:43).

Nessa ocasião apareceram-lhes Elias e Moisés e falavam com Jesus (4) sobre a "morte dele" (Lc 9:31). Os dois homens, que representavam a lei e os profetas, também haviam experimentado algum tipo de transfiguração: Moisés no Sinai (Êx 34:35) e Elias no carro de fogo (II Reis 2:11).

A Transfiguração também serviu para convencer os discípulos de que a inspirada confissão de Pedro (Marcos 8:29) era verdadeira. A idéia de um Messias sofredor não era diferen-te daquela que estava no Antigo Testamento. Os discípulos, que nem sempre ouviam direito, foram instruídos a prestar atenção nos ensinos de Jesus. Este é o meu Filho amado; a ele ouvi (7).

Lucas registra que Pedro e os outros ficaram "carregados de sono" (9.32), o que pode explicar a aparente confusão. Assustado além da medida, Pedro não sabia o que dizia (6). Sabendo que estar no monte da visão era bom para eles, e esperando se agarrar àquela hora sagrada, Pedro propôs a construção de três cabanas. Ele pode ter pensado em tendas como aquelas usadas na Festa dos Tabernáculos, ou pode ter imaginado algu-ma coisa mais permanente, provavelmente a Tenda da Congregação onde Deus se encon-trava com o Seu povo no deserto (Êx 35:11).

A nuvem (7) que os encobriu ou envolveu' era o símbolo da Presença Divina, a Shekinah do Antigo Testamento (cf. Êx 13:21-14.19; Sl 78:14). No Novo Testamento as nuvens também estão ligadas à presença de Deus (por exemplo, Marcos 13:26-1 Ts 4.17). Deus se aproximou e anunciou que Seu Filho também era um Profeta' (Dt 18:15) : a Ele ouvi.

Mateus descreve a Transfiguração como uma "visão" (Mt 17:9). Era uma visão milagro-sa e concreta, divinamente transmitida aos discípulos como uma revelação. Antecipando a Ressurreição e a Parousia, a Transfiguração fortaleceu Jesus e os discípulos para a esmagadora experiência que os aguardava e anunciou a todos que Jesus era, indiscuti-velmente, o Filho de Deus.

Alexander Maclaren conclui, a partir do versículo 8:

1) O Salvador solitário,

2) As testemunhas que se vão,

3) Os discípulos que aguardam.

5. A Vinda de Elias (Marcos 9:9-13)

Descendo eles (9) do Monte da Transfiguração, os discípulos devem ter meditado profundamente sobre o que tinham acabado de ver. Eles podem ter imaginado porque Jesus ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto até que Ele ressuscitasse dos mortos. Ainda não era seguro revelar o segredo Messiânico. Antes que a Cruz e o sepulcro vazio lhes ensinassem o que deveriam aprender a respeito do Messias, não seria conveniente descreverem sua transcendente experiência.

"Eles não esqueceram o que Ele disse" (10, Goodspeed), mas ficaram imensa-mente perplexos com o que seria aquilo — ressuscitar dos mortos. Não estavam preparados para aceitar a idéia de que o Filho do Homem deveria padecer muito e ser aviltado (12).

Isso levantou uma outra questão. Se Jesus era realmente o Cristo, como agora acre-ditavam, o que dizer sobre a assertiva dos escribas de que Mias' devia vir primeiro? (11). Os dois últimos versículos do cânon do Antigo Testamento (MI 4:5-6) tinham um grande significado para o povo judeu.

Concordando com os escribas, Jesus respondeu: Em verdade Elias virá primeiro e todas as coisas restaurará (12), um processo em andamento, mas ainda incompleto. Mas Ele foi além com outra pergunta: Como está escrito do Filho do Homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado ("tratado com desprezo", NEB) ?" Em outras palavras, os escribas estavam certos ao observar que Elias seria o precursor do Messias, mas errados em sua cegueira perante os Seus sofrimentos.

Elias já tinha sido representado por João Batista (Mt 17:13), que sofreu nas mãos de outra Jezabel. Se os homens fizeram isso ao precursor, o que fariam, então, com o próprio Messias? "Da mesma forma que a vinda de Elias foi um presságio da vinda do Senhor, a rejeição àquele que representava Elias foi um aviso da rejeição do Senhor: e tudo isso aconteceu como cumprimento das Escrituras."'

6. Discípulos 1mpotentes (Marcos 9:14-29)

A cena seguinte faz um nítido contraste com o relato da Transfiguração (2-8). De forma comovente, Rafael representou esse fato em uma pintura que reproduz Jesus na glória do monte enquanto os discípulos estão nas trevas do vale. Quando Jesus e seu reduzido círculo de seguidores se aproximaram (4) do resto dos discípulos, que estavam cercados por uma grande multidão e discutindo com os escribas, eles enfrentaram um mundo em miniatura: "A juventude nas garras do pecado, a angústia dos pais, os nove discípulos a quem foi dado o poder necessário para não falharem... e finalmente... uma coleção de religiosos críticos e hostis"."

Imediatamente, toda a multidão (15) ficou atônita com a chegada de Jesus, e cor-reu em direção a Ele com muito entusiasmo. O que levou a multidão a ficar espantada" e "cheia de temor (NEB) ?" O Mestre havia chegado inesperadamente e em um momento muito oportuno, mas isso dificilmente poderia justificar a admiração da multidão. Jesus deve ter retornado "do monte santo com Sua face e pessoa ainda resplandecentes" (15, NT Amplificado).

Quando Jesus lhes perguntou: Que é que discutis com eles? (16) a resposta não veio dos escribas, mas de alguém da multidão (17), de um pai preocupado cujo filho era epiléptico. Mateus descreve o jovem como "lunático" (17.15), isto é, "atingido ou afetado pela lua", pois acreditavam que a epilepsia era influenciada pela lua."

O pai havia trazido seu filho na esperança de ver Jesus. Desapontado pelo fato de não ter encontrado Jesus, o angustiado pai havia dito aos discípulos que o expul-sassem, e não puderam (18; literalmente, "eles não eram suficientemente fortes"). "Observe a trágica brevidade das palavras finais." O desespero desse pai era bastante compreensível.

A resposta de Jesus tem sido chamada de "uma exclamação de saudade pelo Seu Pai celestial"." Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo (19). Ele estava censurando não só os presentes, mas tam-bém toda a legião de incrédulos que se colocava no caminho. Mesmo quando o espírito, que o reconheceu, convulsionou novamente o rapaz, Jesus iniciou um diálogo com o pai do rapaz com a intenção de despertar-lhe a fé (21-22). Mas, se tu podes fazer alguma coisa, veio a súplica pungente, tem compaixão de nós e ajuda-nos (22).

A verdadeira implicação da resposta de Jesus está um pouco obscura na versão KJV. Phillips oferece uma tradução mais clara, "Se você puder fazer alguma coisa!", e Jesus respondeu, "Tudo é possível ao que crê".18A confiança de Jesus no poder da fé é surpreen-dente. "Com a mesma confiança absoluta em Deus, com a qual Ele repreendeu a violenta tempestade (Marcos 4:39), enfrentou o perigoso endemoninhado que vivia em meio aos sepulcros (Marcos 5:8) e tomou a filha de Jairo pela mão (Marcos 5:41), aqui Ele avança sobre o poderoso espírito que mantém o jovem epiléptico em suas garras (cf. Marcos 5:36)." Talvez reagindo ao desafio de Jesus, o pai (24) imediatamente proferiu uma confissão sobre sua paradoxal condição. Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade. Que atire a primeira pedra quem nunca passou pela mesma experiência daquele homem!

Sob o tema "A Crença Incrédula" Alexander Maclaren discute o versículo 24 da se-guinte maneira:

1) O nascimento da fé, 17-18;

2) A infância da fé, 21-22;

3) 0 clamor da fé, 23-24;

4) A educação da fé, 25-29.

Vendo que a multidão concorria (25), Jesus resolveu imediatamente impedir a propagação daquela curiosidade intrometida. Espírito mudo e surdo (um novo detalhe) eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele. Certamente essas eram palavras de encorajamento, que diziam a um pai aflito que a prometida libertação de seu filho seria permanente. O Mestre falou ao demônio como um agente separado do corpo. "Isso torna difícil acreditar que Jesus estava simplesmente tolerando a crença popular em uma superstição."'

"Agitando-o com violência" (26), o espírito imundo saiu dele, deixando o menino como morto. A maioria dos presentes confirmou que estava morto. Caracteristicamente, os poderes das trevas haviam feito uma última tentativa ao abandonar sua vítima. Como no caso da filha de Jairo (Marcos 5:41), Jesus tomando-o pela mão, o ergueu (27). Esse símbolo da terna compaixão de Jesus tem seu corolário em um detalhe registrado por Lucas: "Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o en-tregou a seu pai" (Lc 9:42).

Em algum lugar na multidão havia um grupo de nove discípulos que se sentiam derrotados e humilhados. Mais tarde, quando todos haviam entrado em casa (28), eles perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar? As razões para o insucesso se originavam na falta de fé deles (Mt 17:20) que, por sua vez, era devida à ausência de oração e de autodisciplina. Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum (29).21

Os discípulos evidentemente pensavam que o poder e a autoridade que haviam rece-bido antes (Marcos 6:7) podiam ser exercidos de acordo com a vontade deles. "Eles precisavam entender que o poder de Deus não é concedido aos homens dessa maneira. Ele sempre deve ser pedido de novo para ser recebido de novo."" Qualquer dom que alguém possa ter não pode ser mantido, com todo poder e força, sem uma contínua confiança naquele que o concedeu. Problemas do tipo que os discípulos enfrentaram não podem ser expulsos exceto através de uma vida de oração persistente e eficiente. Súplicas espasmódicas somente nas emergências não são suficientes. A advertência, entretanto, também representa uma promessa. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tg 5:16).

Os dois primeiros episódios desse capítulo sugerem:

1) A adoração no monte, 2-13 e

2) O trabalho no vale, 14-29. Pedro queria desfrutar a agradável situação no topo do monte, mas havia trabalho a ser feito no vale, em baixo. Devemos oferecer ao Senhor a nossa adoração no local designado para a oração, e então ir trabalhar no lugar onde estão as necessidades.

B. A CAMINHO PELA GALILÉIA, Marcos 9:30-50

  1. A Segunda Predição da Paixão (Marcos 9:30-32)

Tendo partido dali (30), evidentemente das regiões de Cesaréia de Filipe, Jesus e os discípulos caminharam pela Galiléia" para não serem reconhecidos. Viajar incógni-to era difícil para qualquer pessoa que fosse tão conhecida como Jesus, e isso nem sem-pre tinha sido possível (Marcos 7:24). Mas o segredo era necessário para que Ele pudesse estar sozinho com os discípulos e instruí-los um pouco mais sobre os acontecimentos que os aguardavam em Jerusalém.

O trabalho de Jesus para mudar o pensamento de seus discípulos representa uma lição no processo de ensinar e aprender. Ele repetidamente os prevenia sobre Seus sofri-mentos e Sua morte, mas eles não entendiam esta palavra (32). Com que persistên-cia deve então um pastor e mestre labutar para levar seus ouvintes a um completo en-tendimento da vida cristã!

As palavras do versículo 31 representam exatamente a essência do que Jesus conti-nuou a ensinar ao longo do caminho O Filho do Homem será entregue" nas mãos dos homens. Estas palavras podem se referir ao plano divino (como em Rm 8:32) ou ao abominável processo pelo qual Jesus seria entregue ao Sinédrio por Judas e daí a Pilatos e aos soldados. Talvez os dois sentidos estejam implícitos (cf. Atos 2:23).

Embora não entendessem esta palavra (32), os discípulos receavam interrogá-lo para receber uma explicação. Talvez não quisessem enfrentar a realidade que iria lançar suas esperanças políticas ao chão.

  1. A Disputa Sobre a Grandeza (Marcos 9:33-37)

Quando chegaram a Cafarnaum (33), Jesus e os discípulos retornaram ao local que havia sido a sua base de operações durante o ministério na Galiléia. Depois de se reuni-rem em casa — provavelmente na casa de Pedro — Jesus perguntou-lhes o que tinham estado discutindo pelo caminho. Essa pergunta era embaraçosa, pois enquanto Jesus falava sobre a proximidade de Sua morte, eles tinham disputado entre si qual era o maior (34). Não é de admirar que eles tenham se calado.

O que levou a essa discussão? Tais questões eram muito importantes na Palestina, uma terra onde a posição de uma pessoa na Sinagoga ou nas refeições dava margem a freqüentes brigas. A questão também pode ter sido abordada pelo reconhecimento que o círculo mais íntimo dos discípulos — Pedro, Tiago e João — recebia freqüentemente, como na Transfiguração. Qualquer que tenha sido a razão, a disputa se revelou como algo mesquinho.
Em um gesto de inspirada paciência, Jesus, assentando-se (35), assumiu a posição característica de um mestre judeu, chamou os doze, e ensinou-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro e servo de todos. Não pode haver dúvida quanto ao significado desse ideal ético. Ele é "idêntico ao conteúdo dos principais mandamentos, ao chamado Conceito Moral e ao ensino de Jesus preservado em Atos — "Mais bem-aventu-rada coisa é dar do que receber".'

Em um "sermão de ação",26 Jesus lançou mão de uma criança, pô-la no meio deles e, tomando-a nos seus braços, disse-lhes (36). Qualquer que receber uma destas crianças em meu nome a mim me recebe (37). Além da intenção fundamental das palavras de Jesus, devemos observar a valorização das crianças. "Se atualmente os homens demons-tram uma grande solicitude para com as criancinhas, que teria deixado os seus antepassa-dos admirados, é necessário lembrar que essa solicitude tem sua origem em um Homem."'

A finalidade desse ato de Jesus era ilustrar o princípio encontrado no versículo 35. A verdadeira grandeza se revela no serviço humilde Quando alguém recebe (literalmente, "acolhe") uma criança, por amor a Cristo (isto é, em Seu Nome), essa pessoa está fazendo isso sem pensar em recompensas e, inconscientemente, está "acolhendo" a Cristo. Ao receber a Cristo, a pessoa estará recebendo o Pai que o enviou; da mesma forma que o mensageiro do rei é considerado como o próprio rei. O objetivo dessa lição era fazer uma dramática repreensão aos discípulos por sua disputa pelo primeiro lugar.

  1. Alguém Desconhecido Expulsa Demônios (Marcos 9:38-41)

Esses versículos foram chamados de "uma lição de tolerância" e de "uma advertên-cia contra o sectarismo". João, que raramente recebe destaque nos Sinóticos, expressou-se nessa ocasião, dizendo: Mestre, vimos um que, em teu nome, expulsava demônios... e nós lho proibimos (38; literalmente, "tentamos impedi-lo"). O Filho do Trovão, que há pouco havia invocado o fogo do céu sobre uma inóspita aldeia samaritana ("da mesma forma que Elias", Lc 9:54), era rigoroso quanto à lealdade do seu grupo.

Em uma censura à intolerância e ao sectarismo, Jesus... disse: Não lho proibais... Porque quem não é contra nós é por nós (38-39). Um paralelo interessante é en-contrado em Números 11:26-29. Em momentos de crise, o Senhor derramou o Seu Es-pírito sobre os líderes de Israel e também sobre homens "não-autorizados", Eldade e Medade. Josué insistiu com Moisés para interromper suas profecias, porém Moisés se recusou, dizendo: "Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta" (Nm 11:29). Não é fácil combinar o comprometimento à própria causa com o respeito a outros movimentos, mas este esforço irá receber as bênçãos de Cristo. Edwin Markham disse muito bem:

Ele desenhou um círculo que me excluiu -Rebelde, herético, coisa de escarnecer.

Mas o amor e eu tivemos sabedoria para vencer ‑
Desenhamos um circulo que o incluiu.

O resumo desse assunto está retratado no versículo 41. Os cristãos devem acolher qualquer cooperação sincera mesmo que venha de fontes inesperadas. Se alguém ofere-cer um copo de água fria (41) a um crente, por se tratar de um seguidor de Cristo, essa pessoa — Jesus afirma — de modo algum perderá o seu galardão.

  1. A Ameaça do Inferno (Marcos 9:42-50)

Esses versículos formam uma coleção de certas expressões de Jesus onde uma se origina da outra, mas esse relacionamento pode não seguir um padrão lógico. Às vezes, o versículo 41 está incluso nesse parágrafo.
A frase um destes pequeninos que crêem em mim (42) está se referindo a jovens e imaturos cristãos, incluindo talvez o irmão mais "fraco" de Romanos 14. Qualquer que escandalizar ("ofender") ou levar ao pecado um desses pequeninos deveria morrer primeiro, tão grave é essa ofensa. A mó de atafona seria uma "grande pedra de amolar de um moinho movido a jumento".28 Ser lançado no mar com esse peso pendurado no pescoço certamente significava a morte. A execução através do afogamento da pessoa era uma modalidade da pena de morte adotada pelos romanos. Arruinar ou mutilar a fé de alguém, para levar a pessoa a cair da graça, é um crime horrendo.

Fomos prevenidos de que essas ofensas, isto é, os "escândalos" (Lc 17:1), certamente acontecerão. Alguns poderão vir do exterior, como no versículo 42, mas outras provoca-ções podem vir da própria pessoa (43-48). Em relação a essas, Jesus proferiu as mais solenes advertências.

Embora possamos falar "da mão que rouba, do pé que transgride e do olho cheio de lascívia ou cobiça",' não devemos por isso entender que esses membros físicos sejam a verdadeira causa do pecado.
Literalmente falando, desmembrar o nosso corpo poderá nos impedir de cometer certos pecados exteriores, mas não irá eliminar os desejos corruptos do nosso interior.

Jesus está falando de forma metafórica e hipotética. Na hipótese de que a perda de membros físicos possa nos salvar do pecado, então seria muito melhor perdê-los — não importa o quanto sejam humanamente indispensáveis — do que ser lançado no inferno.

Metaforicamente, somos lembrados aqui de que, na nossa vida, as coisas naturais como mão, pé e olho podem ser tornar ocasiões de tentação e, se assim for, podemos muito bem nos dar ao luxo de sacrificá-las não importa o quão difícil poderá ser a sua separação. O membro da ofensa poderá ser uma amizade, urna associação, uma ambição, qualquer coisa que nos é próxima e querida, e que se mostre subversiva à nossa vitória espiritual.

Nos versículos 45:47 o castigo divino foi descrito com as palavras lançado no inferno. Mas no início do versículo 43 fica muito claro que é o ofensor que prefere (lite-ralmente) "ir" para o inferno através de suas próprias ações.

A palavra para inferno, aquele lugar de tristezas com fogo que nunca se apaga (em grego, asbestos), pode ser traduzida como Geena, o vale de Hinon. Esse vale, abaixo de Jerusalém, havia se tornado um lugar infame durante a época dos últimos reis de Judá por causa do sacrifício de crianças ao deus pagão Moloque (Jr 7:31-19:5-6; 32.35). Mais tarde, esse lugar foi oficialmente profanado (II Reis 23:10) e finalmente se tornou o depósito das sobras e do lixo de Jerusalém. "Lá rastejavam os vermes corruptores e o fogo era mantido continuamente aceso com a finalidade de consumir o refugo.'

Devemos nos lembrar que a descrição da condição futura dos impenitentes, contida nesses versículos, vem do próprio Senhor Jesus. Por mais severa que a linguagem possa ser, ela é bíblica (Is 66:24) e é parte integrante dos ensinos do Senhor.

A mensagem é clara: Nenhum sacrifício é demasiado grande quando se trata de entrar no Reino de Deus (47; sinônimo de vida eterna — versículos 43:45) e de evitar o geena,' onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga (48).32 A palavra bicho pode se referir aos tormentos da memória e fogo aos desejos insatisfeitos.

Os versículos restantes (49-50) contêm três ditados bem resumidos na frase "salgan-do de forma inevitável e indispensável". "As palavras cada um será salgado com fogo (49) geralmente significam que todos os discípulos devem passar pelo fogo da purifica-ção, principalmente pelo Espírito, mas também através da disciplina e da perseguição. Assim como cada sacrifício devia ser salgado com sal (Lv 2:13)," cada seguidor de Cristo deve ser purificado pelo fogo para ser aceitável a Deus.

O sal (50) é realmente bom. Quanta insipidez e corrupção vêm através da sua au-sência! Quando um crente perde seu sal ele se torna inútil (cf. Mt 5:13). Ele é "como uma bomba que explodiu, uma cratera queimada, uma força perdida".' Os cristãos devem ter o cuidado de possuírem sal em si mesmos, isto é, possuírem as qualidades cristãs para estar em paz, uns com os outros. Os discípulos que estavam discutindo (33) precisa-vam dessa admoestação.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Marcos Capítulo 9 versículo 1
Mc 13:30. Sobre as diferentes interpretações desta declaração, ver Mt 16:28,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50
*

9:1

com poder o reino de Deus. Ver referência lateral. A vinda do reino “com poder” parecia estar associada com a ressurreição de Jesus, desde que será testemunhada por alguns “dos que aqui se encontram” e é também descrita como uma “vinda com poder” (Rm 1:4). A transfiguração, que se segue a esta expressão, é um cumprimento intermediário e imediato das palavras de Jesus, uma vez que antecipa a manifestação do poder da ressurreição e da glória divina. Ver nota em Mt 16:28.

* 9:2

Seis dias depois. Em Êx 24:16, “seis dias” é também o período de preparação para receber a revelação e testemunhar uma visão da glória divina (uma teofania; 6.50, nota).

Pedro, Tiago e João. Estes três podem representar os Doze, exatamente como Pedro sozinho pode (8.29; Mt 16:18; At 2:14).

a um alto monte. Ambos Moisés (no Sinai, Êx 24) e Elias (em Horebe, 1Rs 19), foi dada a visão da presença teofânica de Deus no alto da montanha.

transfigurado. Lit., “mudou de forma”. Este verbo grego é usado por Paulo para descrever a presente obra do Espírito na vida interior do crente (Rm 12:2; 2Co 3:18). Aquela obra será completada quando este mesmo Espírito der “vida a vossos corpos mortais”, como quando ele ressuscitou Jesus dentre os mortos (Rm 8:11), e como aqui, na momentânea glorificação de Jesus. Ver nota teológica “A Transfiguração de Jesus”, índice.

* 9:4

Elias com Moisés. A transfiguração liga a antiga Aliança à nova, ligando diretamente Moisés e Elias, representantes da Lei e dos Profetas, com Jesus e seus apóstolos, mensageiros da completa redenção.

* 9:5

façamos três tendas. Pedro, talvez, deseje capturar e prolongar a glória, de modo a evitar o sofrimento do qual Jesus já tinha falado (8.31-33).

* 9:7

Este é o meu Filho amado. A declaração celestial é um ponto alto da divina revelação concernente à identidade de Jesus. Exatamente como Deus tinha se revelado na teofania do Sinai, como “o SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34:6), assim, agora, ele se revela como quem fala através do seu amado Filho (Jo 1:17; 3:16; Hb 1:2).

a ele ouvi. Esta frase representa uma repreensão a Pedro bem como uma declaração concernente à autoridade do Filho, como revelador e profeta da nova aliança. Estas palavras ecoam Dt 18:15, e identificam Jesus, como o grande profeta semelhante a Moisés.

* 9:9

ordenou-lhes... que não divulgassem. Ver nota em 1.34 e 8.30.

até ao dia em que o Filho do homem ressuscitasse dentre os mortos. O testemunho público e aberto à glória de Jesus é para ser reservado para depois da plena realização da redenção.

* 9:10

que seria o ressuscitar dentre os mortos. A confusão dos discípulos surge da expectação judaica, de uma ressurreição geral, nos últimos dias, mas não de uma ressurreição individual, no meio da história.

* 9:12

Elias, vindo primeiro. Ainda que João Batista não seja Elias pessoalmente ressuscitado dentre os mortos (6.14-16, conforme Jo 1:21), Jesus ensina que Elias foi, em verdade, o tipo no Antigo Testamento que prefigurava o ministério de João Batista (conforme Lc 1:17).

* 9:13

e fizeram com ele. Exatamente como Elias sofreu nas mãos de Acabe e Jezabel (1Rs 19:1-10), assim João Batista sofreria nas mãos de Herodes e Herodias (6.18, nota). Se João, que restaurou todas as coisas por chamar o povo ao arrependimento e à piedade foi posto à morte, deveria ser surpresa (v. 12) se o Filho do homem sofresse a mesma sorte?

* 9:17

possesso de um espírito mudo. A possessão demoníaca é claramente distinta de uma doença comum (7.31-37), ainda que em ambos os casos a pessoa não possa falar. Compare 1.24, 25; 5:2-15.

* 9:19

Ó geração incrédula. A impaciência de Jesus com a falta de fé dos discípulos e a frustração com a cena geral de descrença e incapacidade, quando ele retorna do monte da Transfiguração, é uma reminiscência da descida de Moisés do Monte Sinai, ao encontrar descrença e infidelidade no arraial dos israelitas (Êx 32).

* 9:25

a multidão concorria. A situação é ainda volátil. O cego entusiasmo da multidão coloca Jesus num dilema: quer ministrar compassivamente ao sofrimento do povo, sem comprometer o plano global da redenção.

eu te ordeno. O poder espiritual de Jesus leva o demônio a gritar (v. 26). Ver “Demônios”, em Dt 32:17.

* 9:28

em particular. Ver nota em 8.32.

* 9:31

ensinava os seus discípulos. Freqüentemente, Jesus dá prioridade ao treino dos Doze. Jesus repete, visando dar ênfase e por causa da lição ainda não aprendida, aquilo que ele tinha ensinado anteriormente em 8.31.

* 9:33

em casa. Ver nota em 2.1.

* 9:34

qual era o maior. Dada a importância de honra naquela sociedade, uma tal preocupação desempenhava um significativo papel na mente do povo (conforme 10:35-45). Jesus está introduzindo uma revolução neste modo de pensar, sem destruir a noção de hierarquia funcional. Ver nota em 5.37.

* 9:35

chamou os doze. Outra vez, os Doze são chamados à parte (3.14), e a posição de liderança deles é explicitamente reconhecida.

Se alguém quer ser o primeiro. Jesus não está atacando a posição de liderança, mas está mostrando o modo de essa liderança ser exercida (isto é, como “último e servo de todos”). Este princípio é exemplificado pelo próprio Jesus, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (10.45). A maneira abnegada de Jesus cumprir o seu papel Messiânico, que é o primeiro e mais importante no reino, oferece o padrão para seus discípulos em todos aqueles papéis secundários, que eles podem desempenhar no reino de Deus.

* 9:36

uma criança. Lit. “infante”. A dignidade concedida por Deus a todo ser humano é exemplificada pela criança. Este mais fraco dos seres humanos deve ser servido do mesmo modo, como são servidos os maiores (9.35, nota).

* 9:38

o qual não nos segue. Esta frase não nega que o homem fosse um seguidor de Jesus; ele estava expulsando demônios em nome de Jesus. Provavelmente, a frase signifique que esse homem não reconhecia a autoridade dos Doze. Sem tirar a prerrogativa dos Doze, porém, e percebendo o orgulho e exclusivismo deles (9.35, nota; 10:35-45), Jesus se recusa a condenar aquele de quem os discípulos estão falando. Ao invés disso, ele ensina que o apoio e a comunhão de todos os que defendem sua causa devem ser gratamente reconhecidos.

* 9:41

que vos der... em meu nome. Todos os atos de misericórdia, de cuidado e de cura feitos em nome de Jesus (isto é, com o entendimento, ação e propósito de servi-lo) são eternamente reconhecidos como evidência de verdadeiro discipulado.

* 9:42

quem fizer tropeçar. “Pequeninos” pode referir-se às crianças (v. 36) ou aos crentes considerados insignificantes (v. 39). Comprometer a fé daqueles de pequena importância para o mundo, por exemplo, através do uso egoísta e inconsiderado de poder (v. 35, nota), exige a mais severa punição (v. 43).

* 9:43

corta-a. Esta admoestação deve ser entendida como uma espécie de exagero empregado na linguagem para atingir a um objetivo (conforme vs. 45-47). Jesus está falando das difíceis renúncias de hábitos pecaminosos. Ver nota teológica “Inferno”, índice .

* 9.44-46. Ver referência lateral. Os versículos 44:46 não aparecem em alguns dos mais antigos manuscritos, mas a frase é encontrada também no v. 48.

* 9:49

salgado com fogo. O sal é associado com o sacrifício em Lv 2:13; Ez 43:24. O dito pode significar que, por contraste com o fogo da destruição — de que acabara de falar — os crentes perseverarão através do fogo e serão purificados por ele.

* 9:50

Tende sal em vós mesmos. A figura do sal descreve o verdadeiro discipulado. O sal tem a função de preservar. Jesus está falando aos seus discípulos para usar a humildade e o serviço para preservar a paz da igreja, ao invés de dividi-la pelo desejo de ser grande (v. 34).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50
9:1 O que quis dizer Jesus quando afirmou que alguns de seus discípulos veriam o advento do Reino? Há várias possibilidades. Possivelmente prediziam seu transfiguración, ressurreição e ascensão, a vinda do Espírito Santo no Pentecostés ou sua Segunda Vinda. A transfiguración é uma boa possibilidade porque é o acontecimento que segue no relato do texto. Na transfiguración (9.2-8), Pedro, Jacóo e João viram a verdadeira identidade e o poder do Jesus como Filho de Deus (2Pe 1:16).

9:2 Não sabemos por que escolheu ao Pedro, Jacóo e João para esta extraordinária revelação. Possivelmente eram os melhor preparados para entender e aceitar a grande verdade que lhes revelou. Constituíam o círculo íntimo do grupo dos doze. Estavam entre os que primeiro ouviram o chamado do Jesus (1.16-19). Encabeçavam a lista dos discípulos nos Evangelhos (3.16). E estiveram presentes em certas sanidades nas que outros se excluíram (Lc 8:51).

9:2 Jesus levou aos discípulos ao monte Hermón ou ao monte Tabor. Freqüentemente uma montanha se associava com cercania a Deus e melhor disposição a receber suas palavras. Deus apareceu ao Moisés (Ex 24:12-18) e ao Elías (1Rs 19:8-18) em uma montanha.

9.3ss A transfiguración revelou a verdadeira natureza de Cristo como Filho de Deus. A voz de Deus separou ao Jesus do Moisés e Elías apresentando-o como o esperado Messías com a mais completa autoridade divina. Moisés representava a Lei e Elías aos profetas. Sua aparição junto ao Jesus simbolizava o cumprimento tanto da Lei do Antigo Testamento como das promessas dos profetas.

Jesus não era uma reencarnação do Elías nem do Moisés. Não era um dos profetas. Como o unigénito Filho de Deus, superava-os em muito sua autoridade e poder. Muitas vozes tratam de nos dizer como viver e conhecer deus pessoalmente. Algumas dessas sugestões ajudam; outras, não. Primeiro devemos ouvir o Jesus e logo avaliemos essas vozes à luz da revelação do Jesus.

9.9, 10 Jesus pediu ao Pedro, ao Jacóo e ao João que não dissessem nada a respeito do presenciado porque não os compreenderiam até que O ressuscitasse. Então se dariam conta que solo morrendo podia ressuscitar, mostrando seu poder sobre a morte e sua autoridade para ser Rei de tudo. Os discípulos não seriam testemunhas poderosas de Deus enquanto não captassem por completo essa verdade.

Era natural que os discípulos se sentissem confundidos a respeito da morte e ressurreição do Jesus, pois não podiam ver o futuro. Por outro lado, temos a Bíblia, que é a verdade total revelada Por Deus. A Bíblia nos dá o significado completo da morte e ressurreição do Jesus. Não temos, então, desculpa para nossa incredulidade.

9.11-13 Quando Jesus disse que Elías sem dúvida já tinha vindo, referia-se ao João o Batista (Mt 17:11-13), quem desempenhou o rol que Elías profetizou.

9.12, 13 Aos discípulos foi difícil entender que seu Messías teria que sofrer. Quão judeus estudavam as profecias do Antigo Testamento esperavam que o Messías seria um grande rei, como Davi, que esmagaria ao inimigo: Roma. Sua visão se limitava a seu tempo e experiência.

Não conseguiam captar que os valores do Reino eterno de Deus eram diferentes aos valores do mundo. Queriam alívio para seus problemas, mas a liberação do pecado é mais importante que a do sofrimento físico e da opressão política. Nossa compreensão e apreciação do Jesus deve ir além do que O pode fazer por nós aqui e agora.

9:18 por que os discípulos não puderam jogar fora ao demônio? Em Mc 6:13 lemos que saíram em missão às aldeias e jogavam fora demônios. Possivelmente receberam uma autoridade especial solo para essa viagem; ou talvez sua fé decaiu. Marcos conta esta historia para mostrar que a batalha com Satanás é difícil e crescente em conflitos. A vitória sobre o pecado e a tentação vem através da fé no Jesucristo, não mediante nosso esforço.

9:23 Estas palavras do Jesus não significam que podemos obter automaticamente algo que desejamos se pensarmos em forma positiva. O diz que algo é possível com fé porque nada é muito difícil para Deus. Não podemos obter por arte de magia cada coisa que pedimos em oração; mas com fé, podemos ter algo que necessitamos para lhe servir.

9:24 A atitude de confiar que a Bíblia chama crença ou (Hb_11:6), não é algo que possamos obter sem ajuda. Fé é um dom de Deus (Ef 2:8-9). Não importa quanta fé tenhamos, nunca alcançaremos o ponto de auto-suficiência. A fé não se armazena como se guarda o dinheiro no banco. Crescer na fé é um processo constante de renovação diária de nossa confiança no Jesus.

9:29 Jesus disse a seus discípulos que teriam que enfrentar situações difíceis que resolveriam unicamente através da oração. A oração é a chave que destrava a fé em nossas vidas. A oração eficaz requer de uma atitude (completa dependência) e uma ação (pedir). A oração demonstra nossa confiança em Deus quando com humildade lhe convidamos a que nos encha de poder. Não há substituto para a oração, sobre tudo em circunstâncias que parecem impossíveis.

9.30, 31 Às vezes Jesus limitava seu ministério público em preparar bem a seus discípulos. Reconhecia a importância de equipá-los para que seguissem adiante quando O retornasse ao céu. Toma tempo aprender. O crescimento espiritual profundo não se consegue em um instante, não importa a qualidade da experiência nem o ensino. Se os discípulos necessitavam periodicamente separar do trabalho para aprender do Professor, quanto mais nós precisamos alternar o trabalho com a aprendizagem.

9.30, 31 Ao sair da Cesarea do Filipo, Jesus iniciou seu último percorrido através da região da Galilea.

9:32 por que os discípulos temiam perguntar ao Jesus a respeito de sua morte? Possivelmente porque os admoestaram a última vez que reagiram ante as palavras do Jesus (8.32, 33). Para eles, Jesus estava obcecado com a morte. Mas a verdade era que os discípulos estavam mal orientados, pois não faziam mais que pensar no reino que acreditavam que Jesus fundaria e nas posições que ocupariam no mesmo. Preocupava-lhes o que lhes ocorreria se Jesus morria e, por conseguinte, preferiam não falar de suas profecias.

9:34 Aos discípulos os surpreenderam em suas constantes discussões a respeito de lucros pessoais e os ameaçaram a responder a pergunta do Jesus. É sempre doloroso comparar nossos motivos com os de Cristo. Não é mau que os crentes tenham aspirações nem que sejam laboriosos, mas é pecado ter aspirações inapropriadas. O orgulho ou a insegurança podem nos levar a valorar mais a posição ou o prestígio que o serviço. No Reino de Deus, tais motivos são destrutivos. Devemos lutar pelo Reino de Cristo e não para nosso benefício.

9.36, 37 Jesus ensinou a seus discípulos a receber aos meninos. Isto foi algo novo em uma sociedade onde os meninos pelo general se tratavam como cidadãos de segunda classe. É importante não só tratar bem aos meninos, a não ser lhes ensinar a respeito do Jesus. A Escola Dominical para meninos nunca deve considerar-se menos importante que o estudo bíblico dos adultos.

9:38 Mais preocupados com a posição em seu grupo que por liberar aos atormentados pelos demônios, os discípulos sentiram ciúmes de um homem que sanava no nome do Jesus. Hoje em dia, muitas vezes fazemos o mesmo ao não participar de causas dignas porque: (1) não são membros de nossa denominação, (2) não se relacionam com a classe de gente com a que nos sentiríamos bem, (3) não fazem as coisas como nós as faríamos, (4) nossos esforços não recebem suficiente reconhecimento. A boa teologia é importante, mas isso nunca será desculpa para evitar ajudar aos que padecem necessidade.

9:40 Jesus não diz que ser indiferente ou neutro em relação ao é tão bom como nos entregar ao. Como o explicou em Mt 12:30: "que não é comigo, contra mim é". Não obstante, seus seguidores não se pareceriam nem pertenceriam ao mesmo grupo. A gente que está do mesmo lado que Jesus possui a mesma meta de edificar o Reino de Deus e não deveria permitir que suas diferenças interfiram em alcançar a meta. Jesus ensinou que gente muito diversa lhe seguiria e faria obras em seu nome. Todos os que têm fé em Cristo estão em condições de cooperar. A gente não tem que ser igual a nós para seguir ao Jesus.

9:41, 42 Lc 9:48 insígnia que nossa preocupação por outros é a medida de nossa grandeza. Aos olhos do Jesus, quem quer que receba a um menino recebe ao Jesus; dar um copo de água a alguém em necessidade é o mesmo que dar uma oferenda a Deus. Por contraste, causar machuco a outros ou não nos interessar em outros é pecado. É possível que descuidados e egoístas obtenham um grau de grandeza aos olhos do mundo, mas a grandeza permanente solo se mede pelas normas de Deus. O que usamos como medida de grandeza: realização pessoal ou serviço desinteressado?

9:42 Esta advertência contra causar machuco aos peque�itos na fé se aplica tanto ao que fazemos pessoalmente como professores e exemplos como ao que permitimos em nosso companheirismo cristão. Nossos pensamentos e ações devem motivá-los o amor (1 Corintios
13) e devemos ser cuidadosos quando de julgar a outros se trata (Mt 7:1-5; Romanos 14:1-15.4). Entretanto, temos o dever de enfrentar os pecados flagrantes na igreja (1Co 5:12-13).

9.43ss Jesus usou uma linguagem bastante forte para ilustrar a importância de tirar o pecado de nossas vidas. A disciplina que dói é necessária nos verdadeiros seguidores. Ceder a uma relação, trabalho ou hábito contrário à vontade de Deus pudesse ser tão doloroso como cortar uma mão. Nossa meta máxima, entretanto, vale todo sacrifício, Cristo é mais importante que qualquer perda. Nada deve interpor-se no caminho da fé. Devemos ser desumanos em remover o pecado de nossas vidas para evitar sofrer por toda a eternidade. Façamos nossa decisão de uma perspectiva eterna.

9.48, 49 Com estas estranhas palavras, Jesus quis assinalar as conseqüências sérias e eternas do pecado. Para os judeus, vermes e fogo representavam os dores internos e externos. O que seria pior?

9:50 Jesus usou o sal para ilustrar três qualidades que devem achar-se na vida de seu povo:

(1) Deveríamos recordar sempre a fidelidade de Deus; o sal se usava nos sacrifícios para recordar o pacto de Deus com seu povo (Lv 2:13).

(2) Deveríamos ser eficazes em amadurecer o mundo em que vivemos, assim como o sal o é em dar sabor à comida (veja-se Mt 5:13).

(3) Deveríamos neutralizar a moral decadente da sociedade, assim como o sal preserva os mantimentos da decomposição. Quando perdemos o desejo de "dar sabor" à terra com o amor e a mensagem de Deus, voltamo-nos imprestáveis para O.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50
O reino de Deus veio com o poder no dia de Pentecostes e, durante a Era Apostólica. Isso parece ser o que Jesus estava prevendo aqui.

e. Transfiguração de Jesus (9: 2-8)

2 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os conduziu em particular a um alto monte por si só, e foi transfigurado diante deles; 3 e as suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas, tais como nenhum lavandeiro sobre terra as poderia branquear. 4 E apareceu-lhes Elias com Moisés, e falavam com Jesus. 5 Respondendo, Pedro disse a Jesus: Mestre, é bom para nós estarmos aqui, e façamos três tendas; uma para ti, outra para Moisés e outra para Ec 6:1 Pois não sabia o que responder; para eles se tornaram muito medo. 7 E veio uma nuvem que os cobriu; e ouviu-se uma voz fora da nuvem, Este é o meu Filho amado; a ele ouvi. 8 E, de repente olhando em redor, não viram a ninguém mais, salvar só a Jesus.

Este foi um dos momentos altos do ministério terreno do Filho de Deus. Talvez o seu objectivo era, pelo menos em parte, para confirmar Pedro na verdade da sua recente declaração da divindade de Jesus (Mc 8:29 ). Agora, ele e os outros dois do círculo interno tiveram o privilégio de vislumbrar a glória de Deus, na face de Jesus Cristo.

O relato de Marcos está intimamente paralelo ao de Mateus (ver em Mt 17:1 ). Este último só diz de Jesus que "seu rosto resplandeceu como o sol." Marcos acrescenta à descrição das vestes brancas brilhando: "tais como nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia branquear" (v. Mc 9:3 ). Significativamente, ele diz de Pedro: "Por que ele não sabia o que responder" (v. Mc 9:6 conforme Lc 9:33 ). Ele não sabia o que dizer; então ele disse alguma coisa. Isso foi Pedro!

f. Identificação de Elias (9: 9-13)

9 E como eles estavam descendo do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, salvo quando o Filho do homem deveria ter ressuscitado dos mortos. 10 E eles guardaram o ditado, questionando entre si . o que a ressurreição dos mortos deve significar 11 . E perguntaram-lhe, dizendo: Como é que é ? que os escribas dizem que Elias deve vir primeiro 12 E disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, a restaurar todas as coisas: e como é que está escrito do Filho do homem, que ele deveria sofrer muito e ser aviltado? 13 Mas digo-vos que Elias já veio, e eles também fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a ele.

No caminho para baixo da montanha Cristo disse aos três discípulos para não contar a ninguém sobre sua transfiguração até depois que Ele ressuscitou dentre os mortos. Marcos sozinho acrescenta que eles estavam "questionando entre si o que a ressurreição dos mortos deve significar" (v. Mc 9:10 ). Embora a ressurreição tinha sido incluído na primeira previsão da Paixão (Mc 8:31 ), os discípulos não tinha entendido o que Jesus quis dizer, nem eles agora compreender a verdade.

Mateus e Marcos ambos gravar a pergunta dos discípulos sobre a profecia de que Elias precederia o Messias. Jesus respondeu que Elias já tinha vindo para restaurar todas as coisas (ver em Mt 17:11. ). Mateus sozinho acrescenta a explicação de que Jesus estava se referindo a João Batista. Esta ênfase no cumprimento da profecia é uma das características desse Evangelho.

g. Cura de Epilepsia (9: 14-29)

14 E quando eles vieram para os discípulos, viram uma grande multidão sobre eles, e alguns escribas a discutirem com eles. 15 E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudavam. 16 E perguntou- lhes: Que pergunta vos com eles? 17 E um da multidão, respondendo ele. Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; 18 e onde quer que ela se apodera dele, ele dasheth-lo para baixo, e ele espuma, e grindeth os dentes, e vai definhando; e eu pedi aos teus discípulos que o elenco -lo; e eles não foram capazes. 19 E ele Respondeu-lhes e disse: Ó geração incrédula, até quando devo estar com você? quanto tempo devo suportar-vos? trazê-lo a mim. 20 E trouxeram-no a ele; e quando o viu logo o espírito o agitou com violência gravemente; e ele caiu no chão, e se revolvia a formação de espuma. 21 E ele perguntou ao pai: Há quanto tempo é que uma vez que este tem vindo a ele? E ele disse: A partir de uma criança. 22 E tantas vezes vezes o tem lançado tanto no fogo e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda- Nu 23:1 E Jesus disse: -lhe: Se tu podes! . Tudo é possível ao que crê 24 Imediatamente o pai do menino, clamando, disse: Eu creio; ajuda a minha incredulidade. 25 E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Tu Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele. 26 E, gritou, e rasgado muito dele, ele saiu: e o menino tornou-se como um morto; de modo que a maior parte disse: Ele está morto. 27 Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu; e ele se levantou. 28 E, quando chegou em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular, Como é que não pudemos nós expulsá-lo? 29 E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, salvar oração.

A maioria dos incidentes nesta seção do Evangelho são registrados em todos os três sinóticos. Notamos que Mateus tem a maior conta da confissão de Pedro em Cesareia de Filipe. Ele e Marcos dedicar aproximadamente igual espaço para os eventos que ocorrem entre essa ocasião e este. Mas aqui Marcos retoma o seu padrão habitual de dar detalhes mais vívidos em sua narrativa do que os outros.

O versículo 15 é peculiar a este Evangelho. Parece que a multidão estava animado com a aparência do rosto de Jesus. Talvez o brilho de sua transfiguração ainda permanecia lá. Nós temos um paralelo no caso de Moisés. Quando ele desceu do monte Sinai, depois de passar 40 dias em estreita comunhão com Deus, seu rosto brilhou tão intensamente que as pessoas tinham medo de chegar perto dele (Ex 34:30 ). A forte verbo composto grega traduzida muito espantado sugere algo semelhante no caso de Jesus.

Mateus só identifica o menino como um epiléptico (ver em Mt 17:15. ). Mas Marcos (v. Mc 9:18) e Lucas (Mc 9:39) descrever os ataques epiléticos em termos semelhantes. Eles também concordam em afirmar que, quando Jesus pediu para o menino para ser levado a Ele, o demônio tomou violentamente o seu último apesar da pobre vítima (v. Mc 9:20 ; Lc 9:42 ). Marcos acrescenta que o rapaz caiu no chão, e se revolvia a formação de espuma. A descrição é claramente a de epilepsia, aparentemente induzida no seu caso por possessão demoníaca.

Marcos só conta como o pai em desespero gritou: se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos (v. Mc 9:22 ). The Standard Version americano aponta a força da resposta de Jesus: ! Se tu podes (v. Mc 9:23 ). O grego diz literalmente: "O 'se tu podes.'"Ou seja, o Mestre pegou as próprias palavras o homem tinha usado e jogou-os de volta para ele. Ele parece implicar: O que quer dizer, dizendo: "Se tu podes"? A incerteza não é da minha parte, mas o seu. Tudo é possível ao que crê. Eu sou capaz e disposto, mas você deve ter fé.

Humildade e sinceridade, o homem encontrou desafio de Jesus. Ele gritou: Eu acredito; Ajuda a minha incredulidade (v. Mc 9:24 ). Ele estava exercendo o que William Tiago chamou de "a vontade de acreditar." Ele percebeu que ele tinha que ter a ajuda divina, a fim de acreditar, que, naturalmente, o seu coração inclinado para a incredulidade. A palavra grega para ajuda significa, literalmente, "run no pedido de ajuda." O homem reconheceu a sua necessidade imediata. E o seu pedido foi atendido.

Marcos só fala da multidão correndo juntos e dá as palavras de Jesus para o espírito imundo: Tu Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele (v. Mc 9:25 ). A última cláusula deve ter sido uma garantia muito reconfortante para o pai distraído. Para saber que nunca haveria uma recorrência da aflição era um consolo maravilhoso.

Com ódio malicioso o demônio gritou de raiva, e de ter arrancado-lhe muito -melhor ", agitou-o muito" -came para fora, deixando a vítima aparentemente morto (v. Mc 9:26 ). Mas Jesus ressuscitou e lhe restituiu a seu pai.

Quando os discípulos perguntaram em particular a respeito de porque não poderia expulsar o demônio, Jesus informou-os de que o poder espiritual vem somente através da oração (v. Mc 9:29 ). A frase acrescentou, "e jejum" (KJV), não é encontrado nos dois primeiros manuscritos gregos (4 cent.).

h. Prediction of Passion (9: 30-32)

30 E saíram dali, passavam pela Galiléia; e ele não que qualquer homem deve saber isso. 31 porque ensinava a seus discípulos, e disse-lhes: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão; e quando ele é morto, depois de três dias ressurgirá. 32 Mas eles não entendiam esta palavra, e tinham medo de perguntar a ele.

Este segundo previsão da paixão de Cristo ocorreu enquanto ele e seus discípulos voltaram para o sul através da Galiléia de sua viagem ao norte de Cesareia de Filipe. Por causa das multidões inevitáveis ​​que sempre se aglomeravam em torno dele, na Galiléia, Jesus procurou manter Seus movimentos secreto (v. Mc 9:30 ). A razão para isso é dada no versículo 31 : Por que ele ensinou (literalmente, "estava ensinando") seus discípulos . O ministério mais importante do Mestre era agora aos Seus apóstolos, que Ele escolheu para continuar depois de sua morte. Ele não queria que as multidões de curiosos para interferir com isso.

O segundo previsão era muito parecido com o primeiro (conforme Mc 8:31 ). É ENTREGUE (literalmente, "está sendo entregue") enfatiza a iminência e certeza da sua vinda traição, morte e ressurreição. Mas, mesmo ainda os discípulos não entenderam o significado do que seu Mestre estava dizendo (v. Mc 9:32 ).

Eu. Voltar em Cafarnaum (9: 33-37)

33 E eles chegaram a Cafarnaum e, quando ele estava em casa, Jesus perguntou-lhes: Que fostes raciocínio no caminho? 34 Mas eles se calaram, pois tinham disputado um com outro a caminho, que era o maior. 35 E sentou-se, chamou os doze; E disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos eo servo de todos. 36 E, tomando um menino, colocou-a no meio deles, e tomando-o nos braços, ele disse-lhes: 37 Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, não me recebe a mim, mas aquele que me enviou.

Uma das principais ênfases, mais freqüentemente recorrentes no ensino de Jesus era sobre a suprema importância da humildade. Ele voltou a este (conforme novo e de novo Mc 10:15 , Mc 10:43-44 ; Mt 10:40. ; Mt 18:1 ; Mt 20:26 ; Lc 9:46 ; Lc 10:16 ; Lc 18:17 ). Não existe tal coisa como a semelhança de Cristo, sem profunda, sincera humildade.

Quando Jesus voltou para a sua cidade sede de Cafarnaum, perguntou a seus discípulos uma pergunta embaraçosa: ? Quais eram estáveis ​​discutindo pelo caminho Eles eram tão envergonhado de si mesmos que eles calaram-se . Para eles haviam discutido sobre quem era o maior, Mateus diz: "o maior no reino dos céus" (Mt 18:1 ).

O egoísmo orgulhoso e egoísta desses discípulos, depois de muitos meses com o Mestre, é desconcertante. Tinham aprendido tão pouco com o seu exemplo! No entanto, a mesma atitude mostra-se muitas vezes em círculos da Igreja hoje. O cristão deve buscar o poder espiritual, em vez de posição eclesiástica. Ele deveria se preocupar mais com o serviço do que status.

Todos os três sinóticos dizer como Jesus usou uma criança como um exemplo de humildade. Caracteristicamente Marcos acrescenta, e levá-lo em seus braços (v. Mc 9:36 ). O terno amor do Mestre deixou uma impressão em corpulento Pedro.

Em meu nome (v. Mc 9:37) é usado no Talmud judaico no sentido de "por minha causa, por minha causa." Esse é o sentido aqui. Receba significa "bem-vindo." Ele sugere tratar com bondade, não virar friamente distância.

j. Repreensão de sectarismo (9: 38-50)

38 João disse-lhe: Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome; e nós lho proibimos, porque não nos seguia. 39 Mas Jesus disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim. 40 Porque aquele que está não contra nós é por nós. 41 Porque todo aquele que lhe dar um copo de água para beber, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que, ele deve de modo algum perderá a sua recompensa. 42 E todo aquele que causar um destes pequeninos que acreditam em mim a tropeçar, seria melhor para ele se uma pedra de moinho amarrada ao seu pescoço, e que fosse lançado no mar. 43 E se a tua mão te escandalizar, corta-a: é bom para ti entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45 E, se o teu pé te fizer tropeçar, corta-a; melhor é para ti entrares coxo na vida, ao invés de ter a tua dois pés, seres lançado no inferno. 47 E, se o teu olho te fizer tropeçar, lança-o para fora: é bom para ti entrares no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno; 48 . onde o seu verme não morre eo fogo não se apaga 49 Para cada um será salgado com fogo. 50 Bom é o sal; mas se o sal perde seu sabor salgado, com que o haveis de temperar? Tende sal em vós mesmos, e estar em paz uns com os outros.

Este incidente (gravada também em Lc 9:49) revela uma atitude sectária estreito por parte do apóstolo João. Talvez a menção de "em meu nome" lembrou de um incidente que tinha acabado de acontecer. Tendo observado um homem expulsar demônios em teu nome, ele proibiu-o . O imperfeito é mais precisamente traduzido ", tentou contê-lo." O motivo foi que ele não nos seguiram . Note que ele não diz: "Ele não estava seguindo ti." O paralelo moderno seria a de se opor a alguém que trabalhou em nome de Cristo, só porque ele não pertencia à nossa seita ou denominação. O sectarismo é uma negação do cristianismo do Novo Testamento. João Wesley colocar desta forma: ". Confinar a religião para eles que nos seguir é uma estreiteza de espírito que devemos evitar e abominar"

A resposta de Jesus foi literalmente: "Pare de tentar contê-lo." Em seguida, Marcos sozinho acrescenta observação sane do Mestre que ninguém que estava operando milagres em Seu nome seria rapidamente falar mal de Deus (v. Mc 9:39 ).

No verso da superfície 40 , pois quem não é contra nós é por nós , parece ser uma contradição de "quem não é por mim é contra mim" (Mt 12:30. ; Lc 11:23 ). Mas o primeiro tem a ver em grande parte com conduta exterior, enquanto o segundo refere-se a atitude interior. Plummer observa que o primeiro é para ser usado em "julgar outras pessoas", o último em Ele acrescenta "julgar a nós mesmos.": "Se não temos certeza de que os outros são contra Cristo, devemos tratá-los como sendo para Ele; se não temos certeza de que estamos no Seu lado, temos razão para temer que nós somos contra Ele. "

O versículo 41 continua o ensinamento de Jesus em relação às crianças que haviam sido interrompidas por João. Porque vós sois é, literalmente, "em nome de que sois." Mesmo o ato de dar um copo de água a um humilde seguidor de Jesus não ficará sem recompensa. Em vez de repreender aqueles que não seguem nós devemos tratá-los com bondade.

O Mestrado em seguida, emitiu algumas advertências muito solenes contra causando um destes pequeninos que crêem em mim o mesmo que o convertido mais fraco para Cristo- a tropeçar. Para o significado de tropeço e grande mó veja as notas emMateus 18: 6-9 .

Inferno (v. Mc 9:43 ), não é aqui Hades, o lugar dos espíritos que partiram, mas Geena , o lugar de tormento. Ela é descrita como a insaciável (em grego, amianto) fogo . O nome Geena referia-se originalmente para o Vale de Hinom, ao sul das muralhas de Jerusalém. Aqui os israelitas no tempo de Manassés tinha oferecido os seus filhos para o ídolo pagão, Moloch (Jr 7:31 ). Mais tarde Josias profanou o lugar (2Rs 23:10 ), e tornou-se o lixão da cidade, onde o lixo e lixo foram tiradas. Seu fogo queimando continuamente se tornou um símbolo de ajuste do inferno. Jesus assumiu o uso judaico deste termo.

Bickersteth tem uma boa aplicação das advertências dadas nos versículos 43 , 45 e 47 . Ele diz: "Se o seu parente ou seu amigo, que é útil ou caro para você como sua mão, o pé, ou seu olho, você está desenhando em pecado, o cortou de você, para que não atraí-lo para o inferno."

Deve notar-se que versos Mc 9:44 e Mc 9:46 são omitidas nas versões revistas. Isso é porque eles não são encontrados nos mais antigos manuscritos gregos (Aleph BCL). Mas eles são idênticos com o versículo 48 , que é genuíno.

No Vale de vermes Hinnom e incêndio destruiu o lixo. Em uso desses dois símbolos de Jesus, o verme pode ser pensado como as corroído pelo uma consciência culpada, e fogo como as memórias inextinguível de vida passada de um, com suas oportunidades perdidas para serem salvos do pecado e sua pena.

Essa é uma descrição terrível de tormento eterno. Note-se que estas advertências mais fortes contra os horrores do inferno caiu dos lábios da suposta "Jesus manso e suave". O "galileu suave" poderia e falou com severidade inesquecível sobre as conseqüências eternas do pecado. Um melhor que perder tudo nesta vida do que perder sua alma para sempre no inferno.

Versículo Mc 9:49 -a segunda cláusula é omitido nos manuscritos mais antigos, tem-se revelado muito difícil para os estudiosos para explicar. A melhor interpretação, conectando-o com fogo no versículo 48 , parece ser a seguinte:

"Eu digo" fogo "cautela, pois é com o fogo que todo homem deve ser purificado" (literalmente, salgados): ou seja, todos devem passar por um "fogo purificador"; o que esse "fogo" é pode ser visto a partir do Batista está dizendo a respeito de Cristo (Mt 3:11. ), que Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo ": é o Espírito que se purificar longe toda escória, ou seja, tudo o que faz um homem impróprios para o "sacrifício" de si mesmo ao serviço de Cristo.

A primeira parte do versículo 50 é paralelo estreitamente em Lc 14:34 e Mt 5:13 (ver as notas lá). Jesus estava alertando os discípulos que, por seu egoísmo e auto-que procuram eles estavam em perigo de tornar-se sal insosso. A combinação de sal epaz na última parte do versículo (encontrado apenas em Marcos) pode ser devido ao costume oriental de usar o sal como o símbolo de amizade. Os discípulos precisava do sal purificador do Espírito de Cristo, que eles possam estar em paz uns com os outros.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50
Jesus estava a caminho de Jerusalém para morrer. À medida que os Doze caminharam com ele, tiveram várias experiências que os preparariam para o ministério vindouro deles. Compreender as experiências rela-tadas nesse capítulo pode ajudar- nos em nosso ministério.

  1. Confirmação da esperança (Mc 9:1-41)

O versículo 1 poderia estar no capí-tulo 8 por causa da culminância das palavras de nosso Senhor a respei-to do discipulado e de seu retorno em glória. Ele confirmou essas pa-lavras ao mostrar a glória prometida a Pedro, Tiago e João (Jo 1:14; 2Pe 1:16-61). Essa é a única ocasião em que há registro de que nosso Senhor revelou sua glória interior para ou-tros durante seu ministério. Isso foi realmente uma confirmação do rei-no que Deus prometeu ao seu povo, Israel (Mt 16:28).

Moisés representava a Lei, e Elias, os profetas, e os dois se cum-prem em Jesus Cristo (He 1:1-58; e veja Ml 4:4-39 e Lc 24:25-42). Eles falaram com nosso Senhor a respei-to da partida dele (ou "êxodo"; veja Lc 9:31), que ele cumpriría em Jeru-salém. A cruz é tema de conversa e de louvor celestiais (Ap 5:0); portanto, as palavras de Pe-dro são resultado da confusão e do medo. (É melhor ficar quieto quan-do estamos confusos e com medo! Veja Pv 18:13.) Ao sugerir que to-dos permanecessem em glória no monte, Pedro, mais uma vez, tenta-va impedir o plano de nosso Senhor de ir para a cruz (8:32-33). Enquan-to uma nuvem de glória envolvia o ambiente, a voz do Pai interrompe Pedro e repreende-o com gentileza: "A ele ouvi". Hoje, precisamos pres-tar atenção a essa ordem. Podemos crer na Palavra de Deus.

Imagine ter essa grande expe-riência e não poder compartilhá- Ia (v. 9)! Sem dúvida, os outros nove discípulos perguntaram o que aconteceu no monte, mas eles tive-ram de ficar quietos. Eles viram a glória do Filho e foram lembrados da infalibilidade das Escrituras e da realidade do reino. Jesus também respondeu às perguntas deles. João Batista era "o Elias" prometido a Is-rael (Ml 3:1; Ml 4:5-39; Jo 1:21; Mt 17:13).

  1. Demonstração de fé (Mc 9:14-41)

Ao mesmo tempo que, no alto do monte, Pedro, Tiago e João vivenciavam a glória de Deus, no vale abaixo os outros nove discípulos foram envolvidos em uma situação desagradável. Um pai perturbado trouxe seu filho, surdo e mudo, pos-suído por um espírito imundo (v. 25) para que os discípulos o curassem, mas eles não conseguiram expulsar o demônio. Jesus dera-lhes poder para isso (Mc 3:15; Mc 6:7,Mc 6:13), contudo eles foram incapazes de libertar o rapaz. Claro que os líderes religio-sos estavam amando discutir com os discípulos (v. 14) a fim de tentar desacreditá-los diante do povo.

Jesus libertou o rapaz; todavia, o demônio fez uma última tentati-va para destruí-lo (v. 26; Lc 9:42). Com freqüência, o demônio, pouco antes de a pessoa ser libertada, pa-rece conseguir uma grande vitória; porém, no fim, o Senhor ganha a batalha. Por que os discípulos não conseguiram expulsar o demônio? Por causa da descrença deles (vv. 19,23; Mt 1:7:
20) e pela falta de ora-ção e disciplina (v. 29). Aparente-mente, os homens descuidaram de seu caminhar espiritual durante a ausência do Senhor. Como é impor-tante manter-se renovado espiritu-almente! Você nunca sabe quando alguém precisará de sua ajuda. O Senhor preocupava-se muito com a falta de fé dos discípulos (Mc 4:40; Mc 6:50-41)

A. O amor de Cristo pelos pecado-res (vv. 30-32)

Essa é a segunda vez (veja 8:
31) que Jesus fala abertamente aos discípu-los a respeito de sua morte iminen-te, mas eles ainda não apreenderam a respeito do que ele fala. O verbo "entregue" indica que sua morte não é acidental nem assassinato; é resultado de um plano divino (Rm 4:25; Rm 8:32).

  1. O amor pelo próximo (vv. 33-37)

Jesus fala a respeito de sofrimento e morte, mas os Doze debatem sobre quem é o maior! Eles entenderam de forma errônea o ensinamento de Jesus. Eles viviam em uma socieda-de em que poder e posição eram importantes e pensavam que a con-gregação cristã funcionava da mes-ma forma. Mesmo no cenáculo, an-tes de Cristo ir para a cruz, os Doze ainda debatiam sobre quem era o maior (Lc 22:24-42). Deus quer que sejamos como crianças, mas não infantis. No aramaico, a língua que Jesus falava, a palavra usada para "criança" e "servo" é a mesma. En-contramos a verdadeira grandiosi-dade no caráter e no serviço, não na posição e nas posses (Fp 2:1 -13).

  1. O amor pelos que não pertencem à nossa congregação (vv. 38-41)

João achou que impressionaria Jesus com seu zelo; no entanto, ele repre-endeu-o, de forma amorosa, por sua falta de amor e discernimento. Os Doze pensavam que eram os úni-cos que serviam a Jesus? E os nove que ficaram esperando embaixo do monte tinham esquecido seu fracas-so em expulsar o demônio do rapaz? Como gostamos de criticar os outros

por alcançarem o sucesso que não conseguimos! O versículo 40 e Ma-teus 12:30, juntos, ensinam a im-possibilidade de permanecer neutro quando se trata de Jesus. Se não es-tamos com ele, estamos contra ele, e vice-versa. É perigoso achar que nossa comunhão com ele é a única certa e a única que o Senhor aben-çoa e usa em seu ministério.

  1. O amor pelo perdido (Marcos 42:50)

Essa é a admoestação mais longa e aterradora de nosso Senhor a res-peito da condenação futura. Se não servimos aos outros (v. 35), pode-mos fazê-los tropeçar ("ofender", v. 42) e levá-los à condenação eterna. Temos de lidar de forma drástica com o pecado que há em nossa vida tanto por nossa causa como dos ou-tros, pois o fogo do inferno é real e eterno. Jesus comparou o inferno a uma fornalha acesa (Mt 13:42) e a um fogo inextinguível. A imagem aqui é a do depósito de lixo do vale do Hinom, fora de Jerusalém (2Rs 23:10; Is 66:24), no qual os restos eram queimados pelo fogo e comi-dos pelos vermes. A palavra grega para inferno (geenna) vem do termo hebraico Geh Hinnóm — "o vale de Hinom". O inferno é um lugar real, e as almas perdidas sofrerão lá, e para sempre. Amamos o perdido ou apenas nos preocupamos em ser "o maior"? Na verdade, o povo de Deus dever ser "salgado com fogo" (sofrer perseguição — v. 49), e é importante que tenhamos "sal em [...] [nós] mesmos" (manter o ver-dadeiro caráter e integridade cris-tãos — Mt 5:13). Provavelmente, os crentes que leram o evangelho de Marcos durante "o fogo ardente" da época de Nero sentiram-se enco-rajados por essas palavras de Jesus (1Pe 4:12ss).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50
9.1 Conforme Mt 16:28n; Lc 9:27n. É possível que Marcos estivesse ligando esta profecia; a respeito da vinda do reino, com o acontecimento da transfiguração.

9.2 Transfigurado. Gr metomorphothe. No NT todo, figura somente aqui, emMt 17:2; Rm 12:2. O propósito da transfiguração parece ser o de manifestar temporariamente aos discípulos a glória. de Jesus escondida na Sua encarnação, antecipando Sua ressurreição e segunda vinda.

9.7 Os envolveu. Pode se referir apenas a Jesus, Elias e Moisés. A ele ouvi. Baseado no significado forte de Dt 18:15, deve-se entender como "ouvi e obedecei”. "Quando somos exortados por Deus a ouvir a Cristo, Deus aponta-O como único Mestre de Sua Igreja... para que nEle toda autoridade resida (Calvino. Conforme He 1:1).

9.10 Perguntando. Não entenderam, como Jesus ia ressurgir antes da ressurreição geral dos justos.

9.12 Restaurará. A obra de restauração do culto a Deus foi realizada por Elias principalmente no monte Carmelo. João Batista, como Elias, veio reiniciar uma total restauração, obra essa que Jesus veio consumar. Não se trata, pois, da pessoa de João Batista, que veio no espírito e com o propósito reformador de Elias, quem levaria a cabo a completa restauração do mundo amaldiçoado pelo pecado, mas sim, da pessoa de Jesus Cristo, o qual, através da Sua obra redentora e de Seu julgamento de toda a terra (conforme o Apocalipse todo), restaurará todas as coisas (Ef 1:7-49).

9.17 Possessa A ação de demônios que invadem e dominam o sistema nervoso, a consciência sensorial, a sede da vontade do indivíduo, que, enfim, possuem o corpo físico do homem que é por eles controlado, criou um desafio singular para Jesus.

9.18 Não puderam. A falta de poder, dá parte dos discípulos ao tentarem expulsar o inimigo espirituais é expirada por Jesus na base de incredulidade (conforme Mt 17:14; Rm 4:25; Rm 8:32).

9:33-37 Jesus condena a toda e qualquer ambição pessoal. O serviço, tal como o de cuidar de uma criancinha (v. 37), revela o verdadeiro espírito de Cristo que todo pastor, ou líder eclesiástico, deve mostrar.
9.37 Criança. Pode se referir a uma criança cristã ou a um cristão recentemente convertido (Lc 9:47n).

9:38-40 Proibimos. Jesus desaprova o sectarismo, Devemos manter a comunhão com todo cristão que foi regenerado pelo Espírito de Deus. Mt 12:30n assegura a veemente impossibilidade de sermos neutros, quando frente ao desafio do senhorio de Cristo.

9.41 A unidade da igreja nem sempre será encontrada em plena concordância com as doutrinas, mas, muitas vezes, no serviço humilde de amor (Mt 25:34-40), Conforme Mt 18:8. Conforme Mt 5:22n. No v. 42, o perigo é de provocar a perdição de outrem; aqui, o perigo em vista é do próprio cristão tropeçar. Nenhum sacrifício seria grande demais para se assegurar da salvação, ainda que sacrifícios, em si mesmos, não tenham nenhum valor. Inextinguível. Gr asbestos. Mt 18:8 traz a palavra "eterno" (gr aiõnas).

9.44,46 Estes vv. não constam nos melhores manuscritos.
9.49 Salgado com fogo. Lv 2:13 (conforme Ez 43:24) fala da exigência de se pôr sal nos sacrifícios. Todo crente deve ser um sacrifício para Deus (Rm 12:1). No lugar do sal, ele será provado e purificado com à fogo de julgamento ou da perseguição no mundo (1Co 3:13; 1Pe 4:12)

9.50 O sal. Era essencial à vida nesses tempos, sendo o único meio de preservar a, certos alimentos, tais como a carne, o peixe, etc.; é comparado à convicção do cristão que não se envergonha de Cristo, nem de Sua mensagem (8.35, 38).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50
A vinda do Reino de Deus com poder (9.1), além disso, não seria adiada muito mais, pois alguns dos que o estavam ouvindo ainda estariam vivos quando isso acontecesse. Que o Reino de Deus era uma realidade presente no ministério de Jesus e, ainda assim, teria uma consumação futura, é indicado no comentário Dt 1:15). A aparição de Moisés e Elias com ele foi, sem dúvida, para que os discípulos pudessem ver o promulgador da Lei e um representante dos profetas, ambos testificando de Jesus como aquele para quem eles tinham apontado (v. 4). Pedro, no entanto, compreendeu mal a situação; a sua proposta de fazer tendas de ramos entrelaçados para Jesus, Moisés e Elias (v. 5) sugere que ele via os três no mesmo nível. A resposta de Deus foi remover Moisés e Elias (v. 8) e proclamar com relação a Jesus: “Este é o meu Filho amado. Ouçam-no ” (v. 7). A primeira parte desse anúncio havia sido feita pelo Pai anteriormente, no momento do batismo de Jesus, embora como está relatado em 1.11 (v.comentário) tenha sido dirigida somente ao próprio Jesus. A segunda parte do anúncio identificou Jesus com o profeta cuja vinda foi predita em Dt 18:1519. A razão de Jesus ter proibido a Pedro, Tiago e João de revelar aos outros o que tinham visto até depois da sua ressurreição (v. 9) foi, provavelmente, que só a partir de então eles teriam realmente compreendido o seu verdadeiro significado e, assim, estariam na posição correta para apresentá-lo.

A discussão acerca de Elias (9:11-13). (Texto paralelo: Mt 17:10-40.)

O fato de Pedro, Tiago e João terem observado Elias, por assim dizer, em uma visão, levou-os a perguntar a Jesus por que a sua própria vinda não tinha sido precedida, como os escribas haviam deduzido e ensinado com base em Ml 4:5, pela vinda de Elias em pessoa (v. 11). Jesus respondeu, aludindo a João Batista, que tinha exercido o seu ministério “no espírito e no poder de Elias” (Lc 1:17), que Elias já tinha vindo entre eles (v. 13), acrescentando que, embora de fato a sua vinda tenha ocorrido, em certo sentido, para restaurar todas as coisas (v. 12), houve, não obstante, limitações concretas quanto a como essa restauração deveria ser concebida; pois as Escrituras não previam que depois disso as pessoas seriam tão espirituais que o seu sucessor, o Messias, seria recebido com aplausos, mas, sim, que teria de sofrer e ser rejeitado.

A cura de um menino possesso por um demônio (9:14-29). (Textos paralelos: Mt 17:14-40; Lc 9:37-42.)

Um pai confuso, esforçando-se para fazer contato com Jesus a fim de obter dele a cura para o seu filho possuído de demônio, tinha encontrado nove discípulos, mas não o próprio Jesus. Por isso, pediu aos discípulos que expulsassem o demônio. Eles tentaram fazê-lo, mas sem sucesso. O seu fracasso causou uma discussão entre alguns escribas no meio da multidão que estava se formando e os discípulos (v. 14). De repente, Jesus apareceu no cenário, tendo descido do monte da sua gloriosa transfiguração a esse cenário de tragédia, frustração e impotência. A estupefação da multidão ao ver Jesus (v. 15) pode ter ocorrido em virtude da “chegada inesperada e oportuna” de Jesus (assim Cranfield), ou possivelmente, como outros eruditos sugerem, em virtude de que parte da glória da sua transfiguração ainda permanecia na sua face (conforme Ex 34:29,30). Depois de o pai do menino ter descrito sua difícil situação a Jesus (v. 17,18), este exclamou: “O geração incrédula'" (v. 19). Era, provavelmente, aos nove discípulos, e não aos escribas ou ao pai do menino, que Jesus estava se referindo aqui, pois a razão que Jesus deu de os discípulos não poderem expulsar o demônio em Mt 17:20 foi: “Porque a fé que vocês têm é pequena”. A explicação correspondente, como afirmada aqui em Mc 9:0 descreve como Jesus deu aos seus discípulos “autoridade sobre os espíritos imundos”, e 6.13 relata como eles a usaram. O fato de serem censurados agora como “incrédulos” não foi, como a palavra poderia sugerir, pela falta de expectativa de sucesso por parte deles, pois o seu fracasso os deixou atônitos (v. 28), mas porque a sua competência para lidar com a situação que agora confrontavam era algo que, à luz das suas experiências anteriores, tomavam por certa. Ao contrário dos discípulos que eram “incrédulos”, o pai do menino tinha fé, embora uma fé que ele sabia ser imperfeita (v. 24). Jesus lhe informou que uma pessoa que tivesse fé não deveria dizer-lhe se podes (v. 22), não deveria colocar limite algum à sua capacidade divina (v. 23). Essa capacidade foi demonstrada logo em seguida na cura do menino (v. 25-27).

A segunda predição da Paixão (9:30-32). (Textos paralelos: Mt 17:22,Mt 17:23; Lc 9:43-42.)

Jesus, evidentemente, tinha andado à frente dos seus discípulos enquanto eles prosseguiam para Gafamaum (como em 10.32); mas ele sabia o que eles tinham discutido entre si no caminho (Lc 9:47), ou seja, quem era o maior entre eles (v. 34). Quando chegaram a Cafarnaum, ele lhes pediu que o confessassem (v. 33). Ao se recusarem a fazê-lo, ele lhes disse que a essência da grandeza estava em fazer ações de serviço aos outros (v. 35; também 10.43,44), mesmo que as pessoas em questão fossem tão insignificantes como a criança que logo em seguida ele tomou nos braços diante deles (v. 36). O seu apelo, por isso, que recebessem uma criança dessas em nome dele (v. 37), significava que deveriam agir em relação às crianças de maneira bondosa, porque de certa forma representavam o próprio Jesus. Para encorajá-los a fazer isso, ele acrescentou que esse serviço feito a elas seria considerado por Deus como se tivesse sido feito ao próprio Jesus, assim como o serviço feito a Jesus seria estimado por Deus como sendo feito ao próprio Pai.

O exorcista independente (9:38-40). (Texto paralelo: Lc 9:49,Lc 9:50.)

Não eram somente Jesus e seus seguidores que tinham sucesso em expulsar demônios, como se mostra em Mt 12:27. At 19:13ss confirma isso, ao relatar sobre alguns judeus não-cristãos que o fizeram, embora em nome de Jesus. Um exorcista judeu que estava empenhado em expulsar demônios em nome de Jesus, apesar de ele mesmo não ser seguidor de Jesus, foi visto pelo apóstolo João, que, ofendido pela incoerência de tal conduta, se esforçou em impedi-lo dessa prática (v. 38). Jesus, no entanto, criticou o ato de João nesse ponto, ressaltando que o homem em questão não era contra eles (v. 40), e seria muito improvável que, na seqüência de um milagre em nome de Jesus, ele insultasse Jesus publicamente (v. 39).

O último ensino de Jesus na Galiléia (9:41-50).

Jesus ensinou que até um pequeno ato de serviço feito a outra pessoa seria recompensado por Deus (v. 41), enquanto induzir crentes novos em Jesus a pecar era uma afronta tão grande que implicava um castigo tal que seria altamente vantajoso para uma pessoa que estivesse considerando esse tipo de ação ser afogada no mar antes de concretizar a sua intenção, para que o castigo que acompanhava essa atrocidade pudesse ser evitado (v. 42). No entanto, não era errado somente levar outras pessoas a pecar; era errado também levar a si mesmo a pecar; e se a tentação assaltar a pessoa por meio de órgãos como a mão, o pé ou o olho, por preciosos que sejam, é melhor, mesmo assim, eliminá-los do que mantê-los e, por isso, ir para o inferno (v. 43-47). A palavra grega traduzida por “inferno” é geena. Geena é uma transliteração para o grego da expressão hebraica “vale de Hinom”, que ficava a oeste e sul de Jerusalém. Nele, em certa época, crianças foram queimadas em sacrifício ao deus pagão Moloque (Jr 7:31; Jr 32:35). Depois de essa prática ter sido eliminada pelo rei Josias (2Rs 23:10), o vale se tornou o depósito de lixo da cidade. Sempre havia algo fumegando para que o lixo acrescentado fosse queimado, e vermes se desenvolviam lá em grande quantidade, pois se alimentavam de sobras de alimentos e carne deteriorada. Em virtude das associações repulsivas que os judeus faziam com o lugar, em certa época começaram a dar ao local a conotação da tormenta futura para os ímpios com o nome geena, retratando esse lugar como um domínio em que o seu verme não morre, e o fogo não se apaga (v. 48, ecoando Is 66:24). Desenvolvendo ainda mais a idéia do “fogo”, Jesus disse: Cada um será salgado com fogo (v. 49), querendo significar com isso que cada discípulo seu, para ser espiritualmente purificado e se tornar parecido com o sal, teria de passar por uma provação abrasadora de sofrimento. Ao desenvolver então a idéia do “sal”, Jesus disse que os discípulos eram como o sal, pois eles exerciam as funções valiosas de temperar e purificar o mundo, e isso era bom (v. 50). Ele os advertiu, contudo, a não perderem o que tinham recebido dele, aquilo que lhes conferia a sua bondade. Se, por conseqüên-cia, em vez de discutirem entre si sobre quem era o maior (v. 34), vivessem em paz uns com os outros (v. 50), o que eles precisariam para esse propósito seria ter em si “sal”, i.e., amor pelo próximo, e a prontidão para servi-lo e fazer sacrifícios a favor dele.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 29
Mc 9:2

3. A TRANSFIGURAÇÃO (Mc 9:2-41) -Veja notas sobre Mt 17:1-40; Lc 9:28-42. Esta é a segunda vez que o Senhor leva consigo os três discípulos mais íntimos (cfr. Mc 5:37). Em nenhum lugar é mencionado o nome do alto monte (2), mas geralmente se aceita que fosse o Monte Hermom (3.000 metros) a uns vinte quilômetros ao nordeste de Cesaréia de Filipe. É provável que o incidente ocorreu de noite (Lc 9:32), entretanto Lucas salienta o fato que os discípulos estavam bem acordados naquela hora. Existem diversas hipóteses que procuram explicar os fenômenos relatados, e há muita divergência entre elas. Alguns explicam o incidente como de valor lendário ou simbólico, outros o consideram como história deslocada da ressurreição, mais outros, os espíritas, vêem nele uma "séance"! Quanto à última hipótese, replicamos que não houve nenhuma comunicação entre Moisés e Elias e os discípulos, e além disto o assunto da sua conversação foi a cruz de Cristo (Lc 9:31), tópico este incomum nas sessões espíritas! A atuação de Pedro corresponde inteiramente ao seu caráter e serve de sólido argumento em favor da historicidade da narrativa, que cabe muito apropriadamente no contexto geral. Dr. Campbell Morgan considera que os discípulos lobrigaram, não a refulgência divina, mas a glória da perfeita humanidade imaculada; também, que não houve em Cristo coisa alguma que impedisse Sua volta naquela hora aos céus sem morrer, tendo em vista que a morte resulta do pecado, e Ele era sem pecado; que Ele "deu as costas ao céu pela segunda vez, para que, como homem perfeito, tivesse parte no mistério da morte humana". A transfiguração, além de sua imensa significação quanto à pessoa de Jesus, cumpre um papel importantíssimo na educação espiritual dos discípulos, o que deixou uma impressão profunda na igreja primitiva (2Pe 1:16-61). Serviu para confirmar sua fé, que bem podia ter vacilado depois das revelações dadas em Mc 8:31, Mc 8:34. A transfiguração mostrou que na realidade o conceito de um Messias sofredor não destoava a revelação do Velho Testamento, mas ao contrário concordava com o testemunho da lei e os profetas, representados por Moisés e Elias. A experiência salientou a importância de dar ouvidos ao Senhor quando Ele falava da Sua iminente paixão (7; cfr. Dt 18:15). Pedro já se mostrara oposto a esta revelação (Mc 8:32).

>Mc 9:9

4. A DESCIDA DO MONTE (Mc 9:9-41) -Veja notas sobre Mt 17:9-40. Pela última vez Jesus impõe o silêncio aos discípulos por um prazo que findara no dia da ressurreição. Tinha sido mister esconder a identidade de Jesus como Messias, devido às noções políticas e materialistas nutridas geralmente com respeito ao Messias. Mas depois de morto e ressurreto, Jesus nunca mais seria considerado como um Messias terrestre. A pergunta do vers. 11 sobre Elias resultou da sua presença à transfiguração. A resposta do Senhor esclarece dois fatos: primeiro que "Elias" já veio na pessoa de João Batista que foi rejeitado e morto. Como dele está escrito (13): uma referência às perseguições suportadas por Elias (1Rs 19:1-11). O que Acabe e Jezabel eram para Elias, Herodes e Herodias eram para João. Em segundo lugar, o Filho do homem foi destinado a padecer a mesma sorte como seu precursor. No vers. 12, a segunda frase deve ser considerada uma interrogação, como na ARA.

>Mc 9:14

5. O JOVEM EPILÉTICO (Mc 9:14-41) -Veja notas sobre Mt 17:14-40; Lc 9:37-42. É muito notável o contraste entre a glória no monte e a tragédia e derrotas humanas no vale, e este contraste bem provavelmente é propósito do escritor. A surpresa da multidão (15) se explica, não por alguns traços da glória celeste ainda permanecendo sobre Jesus, mas por Sua inesperada chegada tão oportuna. Cfr. vers. 9. A ciência moderna teria diagnosticado o caso como de epilepsia. Entretanto, isto não seria incompatível com a declaração de que a doença resultou da presença do demônio a quem Cristo falou. Já notamos o interesse especial de Marcos nesta laia de exorcismo milagroso (veja notas sobre Mc 1:21-41 e Mc 5:1-41), e o trecho em apreço oferece abundantes detalhes vívidos. O grupo no vale é símbolo do mundo: o moço dominado pelas forças do mal, os pais angustiosos, e os nove discípulos derrotados apresentam o quadro em miniatura do que se vê em nossos tempos. Os discípulos tinham recebido autoridade suficiente (Mq 6:7) para não fracassarem, mas por certas razões, que mais tarde iam aprender, eles falharam diante do repto deste caso. Para completar o quadro, um grupo hostil de representantes diversos da religião ventila suas críticas. É bem fácil criticar as falhas de outros sem fazer mais nada. Nesta situação, o Senhor expressa primeiro Sua tristeza à incredulidade daquela geração (19). Ao mesmo tempo Ele sente compaixão deles: até quando vos sofrerei? Trazei-mo (19). É notável que Jesus deixou o jovem sofrer a crise enquanto Ele conversou com o pai (20-24). O motivo disto era, sem dúvida, levar o pai a crer primeiro. Se tu podes (22): Jesus salienta a falta de fé no pai, reiterando as mesmas palavras (23). Eu creio (24): nestas palavras o pai responde ao desafio de Cristo, pedindo-lhe ao mesmo tempo que Ele ajude sua falta de fé. A multidão: não é necessariamente a mesma que cercou Cristo no vers. 14 de quem Ele e o pai do jovem teriam se retirado enquanto o filho possesso vinha.

O caminho mais sábio a seguir depois de fracassar não é o eleger uma comissão de inquérito, nem o discutir entre si os problemas, mas o consultar ao Mestre em segredo. Assim fizeram os discípulos. Comparando a versão de Mateus (Mt 17:19-40), três razões aparecem como explicação da derrota. Primeiro, a falta de fé os tolheu de usar a autoridade que lhes fora outorgada. Em segundo lugar, faltaram na oração, talvez pela razão que ficaram pasmados com a predição da cruz e conseqüentemente esqueceram de orar, perdendo assim sua comunhão com Deus. Em terceiro lugar, se vê uma falta de disciplina em não jejuarem. As palavras e jejum são omitidas da ARA, pois não se encontram nos códices Vaticano e Sinaítico, e teriam sido acrescentadas, segundo alguns comentaristas, para apoiar o ascetismo. A evidência contra as duas palavras ainda não é definitiva. Em todo caso é claro que somente pela persistente oração e a perseverança na disciplina pessoal pode o homem tratar de tais casos adequadamente.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50

32. O Véu Filho (Marcos 9:1-8)

E Jesus dizia-lhes: «Em verdade vos digo que, há alguns dos que estão aqui, que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus depois de ter chegado com poder." Seis dias depois, Jesus tomou com consigo Pedro, Tiago e João, e trouxe-os para cima em um alto monte. E foi transfigurado diante deles; e as suas vestes tornaram-se radiante e muito branca, como nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia branquear. Elias apareceu a eles, juntamente com Moisés; e eles estavam conversando com Jesus. Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias "Por que ele não sabia o que responder.; para eles ficaram apavorados. Então uma nuvem formada, ofuscando-los, e uma voz saiu da nuvem, "Este é o meu Filho amado, escutai-O!" De repente, eles olharam ao redor e não viu ninguém mais com eles, a não ser Jesus sozinho. (9: 1-8)

O ponto alto do testemunho no evangelho de Marcos veio na seção anterior, quando Pedro, em resposta à pergunta de Jesus: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?", Declarou: "Tu és o Cristo (8:29)." Tudo na Marcos que veio antes da declaração de Pedro leva até ela; tudo o que se seguiu depois flui a partir dele. Para reconhecer que Jesus é "o Cristo [o Messias], o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16), é fazer o julgamento correto a respeito dele. Nesta seção, a confissão de Pedro é confirmada. O que ele afirmou pela fé seria verificado pela transfiguração do Senhor, para que Sua glória divina tornou-se visível.

Mal Pedro fez a sua confissão de Jesus "começou a ensinar-lhes que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e os escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitaria" (v . 31). Horrorizado e consternado, Pedro, em sua ignorância atrevida, se atreveu a repreender o Senhor (v. 32), e por sua vez foi duramente repreendido por Ele. Jesus disse-lhe com força: "Para trás de mim, Satanás; para que você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem "(v. 33).

Como o resto do povo judeu, a noção de um Messias assassinado era incompreensível e inaceitável para os Doze. Mais tarde, no nono capítulo, Marcos observou que novamente Jesus "estava ensinando seus discípulos e dizer-lhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; e quando Ele foi morto, ele ressuscitará três dias depois. Mas eles não entendiam esta declaração, e eles estavam com medo de pedir a Ele "(vv. 31-32). Em Lucas 18:31-34 Jesus novamente

tomou à parte os Doze e disse-lhes: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado. Pois Ele será entregue aos gentios, e será ridicularizado e maltratado e cuspido, e depois de terem açoitou, eles vão matá-lo; e ao terceiro dia Ele ressuscitará. "Mas os discípulos não entenderam nada dessas coisas, e o significado desta declaração foi escondido deles, e eles não compreender as coisas que foram ditas.

Pedro e os demais apóstolos ansiosamente aguardado a glória do reino, mas não é o escândalo da cruz, que Paulo descreveu como um obstáculo para o povo judeu (1Co 1:23;.. Conforme Gl 5:11) . Depois de dar aos apóstolos o esmagamento, a notícia decepcionante da sua morte chegando, Jesus encorajou-os, dizendo-lhes que "o Filho do Homem", um dia virá "na glória de seu Pai, com os santos anjos" (Mc 8:38). Era difícil para os discípulos a aceitar que Jesus iria morrer; seria ainda mais difícil para eles quando aconteceu. Assim, Jesus estava dizendo a eles: "Em verdade vos digo que, há alguns dos que estão aqui, que não provarão a morte (a expressão coloquial hebraica para morrer) até que vejam o reino de Deus depois de ter chegado com poder . " Em prometendo um vislumbre de pré-visualização do reino (a palavra grega pode ser traduzido como "esplendor real"), Jesus estava falando de sua transfiguração (Mt 16:28:. Mt 16:8; Lucas 9:27-36) , que seria testemunhada por Pedro, Tiago e João, e iria passar sua fé à vista. Manifestação visível do Senhor da sua glória divina na transfiguração foi o milagre mais transcendente registrado no Novo Testamento antes da ressurreição do Senhor. Ele reforçou a confiança dos apóstolos na Sua vinda revelação da glória.

Quando Deus apareceu visivelmente no Antigo Testamento, Ele sempre fez isso em alguma forma de luz, como no início do serviço sacerdotal (Lv 9:23.), De Israel (Ex 16:7), a Moisés (Ex 24:15-18; 33: 18-23.), após a conclusão do tabernáculo (Ex 29:43; 40:. 34-35.), em rebelião de Israel em Cades-Barnéia (Nu 14:10), na exposição dos pecados de Corá, Datã e Abirão (Nu 16:19.) e subsequente rebelião do povo contra Moisés e Arão, em Meribá (Nu 20:6; 2Cr 7:12Cr 7:1; Ez 3:23; 10:. Ez 10:4, Ez 10:18; Ez 11:23). Habacuque escreveu de um dia futuro, quando "a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar" (Hc 2:14). Em cada um desses casos, o propósito do aparecimento de Deus foi o de fortalecer a fé das pessoas.

Mas o Senhor Jesus Cristo, o Deus-Homem, era a pura revelação da glória de Deus. Em 1Co 2:8), transformou estes três homens. Chegando ao fim de sua vida, Pedro recordou a manifestação da glória de Cristo, que testemunhou:

Para nós não seguimos contos habilmente inventadas quando demos a conhecer o poder ea vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas nós mesmos vimos a sua majestade. Pois quando Ele recebeu honra e glória de Deus Pai, como um enunciado como isso foi feito a Ele pelo Glória Majestic, "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" —e nós mesmos ouvimos esta expressão vocal feito do céu quando estávamos com ele no monte santo. (II Pedro 1:16-18)

O relato de Marcos de Jesus 'transfiguração pode ser dividido em quatro seções: a transformação do filho, os santos' Association, a sugestão da cama, e correção do soberano.

Transformação do filho

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e trouxe-os para cima em um alto monte. E foi transfigurado diante deles; e as suas vestes tornaram-se radiante e muito branca, como nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia branquear. (9: 2-3)

Marcos, ao lado de Mateus (17: 1), indica que a transfiguração ocorreu seis dias após a promessa que Jesus deu, registrado no versículo 1. Lucas, no entanto, colocou-a "cerca de oito dias" mais tarde (09:28).Não há contradição; Lucas incluiu o dia que o Senhor fez a promessa e, no dia da transfiguração, enquanto Mateus e Marcos se refere aos seis dias entre esses dois eventos.

Pedro, Tiago e João compunham o círculo dos apóstolos e eram amigos mais íntimos do Senhor. Só eles testemunharam ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37) Jesus e foi com ele em Getsêmani (Mc 14:33). Jesus levou consigo de acordo com a exigência do Direito que a verdade ser confirmada por duas ou três testemunhas (Dt 17:6; 2 Cor. 13:.. 2Co 13:1; 1Tm 5:191Tm 5:19; Heb . 10:28).

O Senhor trouxe-los em um alto monte para orar (Lc 9:28). Essa montanha provável era Mt. Hermon (c. 9200 pés de altitude), o pico mais alto nas proximidades de Cesaréia de Filipe, onde a confissão de Pedro aconteceu (Mc 8:27). Alguns sugeriram Mt. Tabor, mas é muito longe ao sul da região de Cesareia de Filipe e não uma alta montanha, mas sim uma colina (que é inferior a 2000 metros de altitude). Marcos, em uma descrição discreto da revelação mais surpreendente de Deus até aquele ponto, observa simplesmente que Jesus foi transfigurado diante deles. Foi o que aconteceu enquanto os discípulos estavam dormindo (Lc 9:32), provavelmente a partir de tristeza com a perspectiva de o morte do Senhor, como viria a ser o caso novamente no Getsêmani (Lc 22:45).

Transfigured traduz uma forma do verbo metamorphoo , a partir do qual o Inglês palavra "metamorfose" deriva. Ele aparece quatro vezes no Novo Testamento, sempre em referência a uma transformação radical. Aqui e em Mt 17:2, refere-se a transformação na vida dos crentes provocada pela salvação. Natureza de Cristo, é claro, não poderia mudar; apenas sua aparência. O brilhante glória da Sua natureza divina resplandeceu através do véu da Sua humanidade, e seu rosto "tornou-se diferente" (Lc 9:29) e "brilhou como o sol" (Mt 17:2 ). Além de o rosto de Jesus, . Suas vestes tornaram-se radiante e muito branca, como nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia branquear Mateus observa que "as suas vestes tornaram-se brancas como a luz" (17: 2), enquanto que Lucas diz que eles "se tornou branco e brilhante [lit. 'A piscar ou brilham como um relâmpago'] "(9:29). Foi essa glória resplandecente que Pedro, Tiago e João viram quando acordaram (Lc 9:32).

Jesus possuía glória essencial de toda a eternidade (Jo 17:5; conforme Mt 25:31 ea descrição desse evento em Apocalipse 19:11-16.).

Associação dos santos

Elias apareceu a eles, juntamente com Moisés; e eles estavam conversando com Jesus. (9: 4-5)

Elias e Moisés existiu como espíritos glorificados no céu (Hb 0:23.), aguardando a ressurreição de seus corpos no final do futuro tribulação (Dan. 12: 1-2), mas eles apareceram em visível, glorioso (Lc 9:31), eles perceberam que Elias e Moisés foram falar com Jesus sobre a morte dele (Lc 9:31). Como observado anteriormente, a morte de Cristo é a verdade para que a transfiguração foi destinado a preparar os discípulos. Jesus estava para morrer, mas que não poderia negar o plano de Deus ea glória que estava por vir. O testemunho destes dois homens muito importantes confirmado a realidade de que o Senhor Jesus iria morrer.

Moisés era o líder mais honrado na história de Israel, que liderou o êxodo do Egito, quando Deus resgatou a nação do cativeiro. Embora tivesse a autoridade de um rei, ele nunca teve um trono. Ele funcionava tanto como um profeta, proclamando a verdade de Deus para a nação, e como sacerdote, intercedendo diante de Deus em favor do seu povo. Ele foi o autor humano do Pentateuco, e o agente através do qual Deus deu a Sua santa Lei.

Enquanto Moisés deu a Lei; Elias era seu guardião acima de tudo e lutou contra qualquer violação da mesma. Ele lutou contra a idolatria de Israel com coragem e advertências poderosas de julgamento. Sua pregação foi validado por meio de milagres (I Reis 17:19; 2 Reis 1:2), como Moisés tinha feito no Egito, e durante 40 anos de Israel no deserto. Não houve legislador como Moisés e nenhum profeta comparável a Elias. Eles são os possíveis testemunhas mais confiáveis ​​para o sofrimento e glória de Cristo. Nada poderia ter levado os apóstolos mais segurança e confiança de que a morte de Jesus cumpriu o propósito de Deus do que ouvir isso de Moisés e Elias.

A sugestão do Sleeper

Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias "Por que ele não sabia o que responder.; para eles ficaram apavorados. (9: 5-6)

Nunca em uma perda de palavras, apesar de sua repreensão recente (Marcos 8:32-33), Pedro interrompeu a conversa entre Jesus, Moisés e Elias e deixou escapar: "Rabi, é bom para nós estarmos aqui.Mateus registra que Pedro dirigida a Jesus como "Senhor" (17: 4); Lucas, que ele dirigiu-Lo como "Mestre" (09:33). Uso de Pedro de todos os três títulos revela que ele repetiu o pedido e como oprimido e humilhado, ele e os outros estavam. Santo temor misturado com hilariante maravilha neste experiência gloriosa e incompreensível. Sua sugestão, "façamos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias", reflete o desejo tenaz de Pedro de que o sofrimento da cruz ser evitado. Ele queria que os três para ficar lá permanentemente em seu estado glorioso e estabelecer o reino no local. De acordo com o relato de Lucas, Pedro falou como Moisés e Elias começou a sair. Ele viu o seu sonho de ver o reino estabelecido escapulindo e fez um último esforço desesperado para impedir que isso aconteça. Mas ele não sabia o que responder; para eles ficaram apavorados. Seu medo o levou a expressar o que estava em primeiro lugar em sua mente e, como Lucas acrescenta, não percebendo que ele estava dizendo (Lc 9:33).

Várias coisas solicitado sugestão de Pedro. Ele queria o tempo todo para ver o reino estabelecido, e a promessa de Jesus no versículo 1: "Em verdade vos digo que, há alguns dos que estão aqui, que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus depois que ele tem chegar com poder ", se intensificou a sua esperança de que em breve seria estabelecido. Essa esperança atingiu o seu auge quando acordou para ver Jesus em um estado transfigurado com Moisés e Elias presente em forma glorificada. Esses dois profetas certamente poderia conduzir o povo de Israel no reino, e Elias foi associada com a vinda do reino (Ml 3:1., Ver a discussão de 9: 9-13 no capítulo 2 do este volume). O calendário deste evento alimentou esperanças de Pedro. A transfiguração teve lugar no mês de Tishrei, seis meses antes da Páscoa. Naquela época, a Festa dos Tabernáculos (ou Tabernáculos), que comemorava o êxodo do Egito, estava sendo celebrada. Que melhor tempo, Pedro pode ter fundamentado, para o Messias para liderar Seu povo da escravidão do pecado e ao Seu reino justo do que durante a Festa dos Tabernáculos (Zacarias 14:16-19.)?

Correção do Sovereign

Então uma nuvem formada, ofuscando-los, e uma voz saiu da nuvem, "Este é o meu Filho amado, escutai-O!" De repente, eles olharam ao redor e não viu ninguém mais com eles, a não ser Jesus sozinho. (9: 7-8)

Interrompendo interrupção de Jesus, Moisés e Elias de Pedro, Deus chegou. Um brilhante nuvem, sinalização Sua presença gloriosa, formada e começou a ensombrar-los. Quando uma voz saiu da nuveme disse: "Este é o meu Filho amado, "My Chosen One" (Lc 9:35), "com quem eu sou bem satisfeito "(Mt 17:5;. Conforme 2 :. 2; Gl 3:1). "Nós sofremos com Ele, para que nós também sejamos glorificados com Ele" (Rm 8:17), porque "todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12). No entanto, entendemos que "na medida em que [nós] compartilhar dos sofrimentos de Cristo, [nós] manter a alegria, para que também na revelação da sua glória [que] se regozijem com júbilo" (1Pe 4:13) , sabendo que "a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo; que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo "(Fp 3:20-21.).

33. Quando é que Elias vem? (Marcos 9:9-13)

Como eles estavam descendo da montanha, Ele deu-lhes ordens para não dizem respeito a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitou dos mortos. Eles apoderaram-se que a declaração, discutindo uns com os outros o que ressuscitar dos mortos significava. Perguntaram-lhe, dizendo: "Por que é que os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E disse-lhes: "Elias não o primeiro a chegar e restaurar todas as coisas. E ainda como é que está escrito do Filho do homem que ele vai sofrer muito e ser tratado com desprezo? Mas eu digo-vos que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a seu respeito "(9: 9-13).

A marca distintiva da verdadeira igreja de Jesus Cristo é a proclamação da cruz de Cristo e Sua ressurreição. Esse tem sido o caso desde o início, como esses dois temas foram objecto constante dos pregadores apostólicos que começam no dia de Pentecostes.

Em At 3:18 Pedro declarou ao povo judeu que "as coisas que Deus anunciadas de antemão pela boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer tem, assim, cumprido." Paulo passou três sábados de Tessalônica ", explicando e dando provas que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos, e dizendo: "Este Jesus que eu estou anunciando-vos é o Cristo" (At 17:3, 22-24)

A ressurreição, necessariamente, seguido da cruz. Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro ousAdãoente declarou: "Esse Jesus, Deus ressuscitou novamente, para que todos nós somos testemunhas" (At 2:32). Os líderes religiosos judeus foram "muito perturbado, porque [os apóstolos] estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dentre os mortos" (At 4:2 Lucas observa que "com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e graça abundante em todos eles havia." Paulo "estava pregando Jesus e da ressurreição" para os filósofos pagãos em Atenas (At 17:18;. conforme v 32). Na sua audição perante Agripa, Paulo testificou de sua convicção "que o Cristo devia sofrer, e que, em virtude da sua ressurreição dos mortos, Ele seria o primeiro a anunciar a luz a este povo e aos gentios" (At 26:23)

Não há salvação sem essas duas realidades centrais, pois é somente "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos [que] você será salvo" (Rm 10:9). Como observado no capítulo anterior deste volume, na transfiguração do Senhor Pedro queria pular a cruz e imediatamente estabelecer o reino. Mais tarde Jesus "estava ensinando seus discípulos e dizer-lhes: 'O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; e quando Ele foi morto, ele ressuscitará três dias depois. " Mas eles não entendiam esta declaração, e eles estavam com medo de pedir a Ele "(Marcos 9:31-32). Como Jesus se aproximou de Jerusalém para a Semana Paixão, Ele disse aos discípulos:

"Estamos subindo para Jerusalém, eo Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e os escribas; e eles o condenarão à morte e entregá-lo aos gentios. . Eles vão zombar Ele e cuspir nele, e açoitá-lo e matá-lo, e três dias depois ele ressuscitará "(Marcos 10:33-34)

Mas eles ignoraram que o ensino e manteve-se focada na glória do reino, como o pedido de Tiago e João para lugares de destaque no reino revela (vv. 35-40). A transfiguração adicionado a esse foco único no reino prometido porque Pedro, Tiago e João viu Jesus em Sua Shekinah glória, ao lado de Moisés e Elias na corpos glorificados.

Não havia lugar no pensamento dos discípulos para a morte e ressurreição Messias. O que eles acreditavam que era o que os escribas tinham ensinado o povo e, portanto, o que as pessoas acreditavam.Messias, na sua opinião, viria a conquistar e julgar Seus inimigos, trazer a salvação para o povo judeu, e elevar Israel a supremacia mundial. Depois de destruir todos os inimigos de Israel e de Deus, Ele estabeleceria Seu reino terreno de justiça, paz e conhecimento. Ele seria adorado, derramaria bênçãos divinas sobre o mundo, e esmagar qualquer aparência do mal. Assim, quando os discípulos ouviram Jesus repetidamente dizer que Ele iria sofrer, ser preso, ser maltratado, ser morto e, em seguida, subir novamente, eles não poderiam aceitar. Era uma pedra de tropeço para eles; um pensamento assustador e profundamente perturbador.

Ainda assim, foi se tornando cada vez mais evidente para os seguidores de Cristo que as coisas não estavam indo de acordo com suas expectativas e expectativas messiânicas. Os líderes-que judeus eram presumivelmente o melhor qualificado para reconhecer o Messias-rejeitaram Jesus (Jo 7:48; 8: 45-46) e procuravam matá-lo (Jo 5:18; Jo 7:1; Jo 11:53). Muitos seguidores superficiais foram abandonando a Ele, dispostos a negar-se, sofrer por amor do Seu nome, e obedecê-lo completamente (Lc 9:23; conforme Lc 6:46; Mt 7:21; Jo 6:66). A transfiguração ajudou a atenuar o choque dos discípulos e decepção com a perspectiva de a morte do Senhor, dando três deles uma prévia da glória vinda.

Esta passagem revela que, no rescaldo da Transfiguração, Jesus foi ainda comunicar a importância da sua morte aos discípulos. Ele contém três características: a proibição de Cristo, as profecias das Escrituras, e de visualização de João Batista.

A proibição de Cristo

Como eles estavam descendo da montanha, Ele deu-lhes ordens para não dizem respeito a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitou dos mortos. Eles apoderaram-se que a declaração, discutindo uns com os outros o que ressuscitar dos mortos significava. (9: 9-10)

Como esta seção é aberta, Pedro, Tiago e João estavam descendo do monte com Jesus. 21 1 Chron; 20-22: Eles tinha acabado de ter a experiência que os enchia de terror sagrado, fazendo-os cair no chão (Mt 17:6; Ez 3:23; Ez 43:3). Depois que terminou, Jesus compassivamente tranquilizou-os (Mt 17:7, Ex 34:35). Sua fé em Jesus havia sido confirmado pelo que tinham visto e ouvido e os convenceu de que Ele era o Messias e Filho de Deus. Nunca mais eles ser abalado em sua confiança quanto à identidade de Jesus. Sua fé será testada pelo o que aconteceu com ele na sua prisão, julgamento e da morte, e que iria abandonar temporariamente e negam Ele (Mc 14:50, 66-72). Mas nenhuma ameaça, a decepção, a humilhação, a desonra, ou sofrimento por parte dele ou deles iria fazê-los duvidar de que Ele era o Messias e Filho de Deus.

Enquanto desciam, Pedro, Tiago e João foram, provavelmente, tentando expressar as suas respostas quando Jesus deu-lhes ordens para não dizem respeito a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitou dos mortos. Tais comandos do Senhor de permanecer em silêncio não eram incomuns (conforme Mc 5:43; Mc 7:36; Mc 8:30). Como este, que se destinavam a evitar a proclamação de um evangelho incompleto. A verdade central do evangelho é a morte e ressurreição de Jesus Cristo, não que Ele curou os doentes, levantou a glória divina morto, ou se manifesta. Divulgar essas coisas poderiam ter desviado a atenção do povo de Sua vinda sofrimento e acendeu as chamas de expectativa messiânica (conforme João 6:14-15). Após o Filho do Homem ressuscitou dos mortos, seria óbvio que ele tinha vindo a morrer e, assim, conquistar o pecado ea morte, e não os romanos. Ao contrário de outros a quem ele deu instruções semelhantes (conforme Mc 1:40-45; Mc 7:36), os discípulos "se manteve em silêncio, e relatou a ninguém naqueles dias quaisquer das coisas que tinham visto" (Lc 9:36; Lc 7:1) e tinha até feito a si mesmos (Mt 10:8; Dan. 12: 1-2). Eles não estavam tendo uma discussão sobre a natureza da ressurreição em geral, mas sobre a ressurreição de Jesus em particular. Eles estavam confusos sobre sua morte e ascensão, o que não se encaixam em sua visão da missão do Messias. Tentando entender esses eventos se tornou o assunto do seu pensamento e, consequentemente, o tema da conversa. Os discípulos acreditavam que iriam acontecer em breve, certamente, em sua vida, porque eles estavam autorizados a falar sobre eles depois que eles ocorreram. Eles estavam tentando se ajustar à morte e ressurreição de Jesus em sua crença de que o reino era iminente, que continuou a acreditar, mesmo após esses eventos ocorreram. Em algum momento durante os quarenta dias entre a ressurreição e ascensão de Cristo, um tempo que ele passou "falar [a eles] das coisas concernentes ao reino de Deus" (At 1:3). Além disso, os apóstolos sabiam que Ezequiel 36 e Joel 2 conectado a vinda do reino com o derramamento do Espírito Jesus tinha acabado prometido. É compreensível que eles esperavam a chegada do reino era iminente. Certamente foi por esse reino que tinham esperado desde que entrou para Jesus. Eles tinham experimentado uma montanha-russa de esperança e dúvida que agora pode ser mais sentida. ( Atos 1:12, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 1994], 19-20)

As Profecias de Escritura

Perguntaram-lhe, dizendo: "Por que é que os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E disse-lhes: "Elias não o primeiro a chegar e restaurar todas as coisas. E ainda como é que está escrito do Filho do homem que ele vai sofrer muito e ser tratado com desprezo "(9: 11-12)?

Os discípulos ainda não estavam prontos para aceitar a necessidade do sofrimento e da morte de Cristo. Eles permaneceram confusos e esperando a manifestação imediata de Sua glória e para o estabelecimento de Seu reino, que eles assumiram seguiria imediatamente Sua morte e ressurreição. Isso os levou a pedir a Jesus, "Por que é que os escribas (os peritos na lei) dizem que Elias deve vir primeiro? " ; isto é, antes da chegada do Messias.

Sua pergunta era uma boa, com base em uma compreensão exata do Antigo Testamento. Através do profeta Malaquias, Deus disse: "Eis que eu vou mandar o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E o Senhor, a quem você procurar, de repente virá ao seu templo; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele está vindo ", diz o Senhor dos Exércitos" (Ml 3:1:

A voz está chamando, "Limpar o caminho para o Senhor no deserto; fazer suave no deserto uma estrada para o nosso Deus. Que todo vale será exaltado, e cada montanha e ser feita de baixo; e deixar o terreno acidentado se tornar uma planície, e do terreno acidentado um amplo vale. "

Antes da chegada do Messias, um mensageiro viria; "Os casos referidos pelo profeta Isaías, quando disse:" Voz do que clama no deserto: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas!" '"(Mt 3:3 como "Elias, o profeta" (v. 5).

Antes que o dia do Senhor, o julgamento final dos ímpios e ao estabelecimento do reino, Elias virá. Ele irá restaurar a nação, chamando o povo ao arrependimento, eo restante vai acreditar e escapar da maldição. Ele vai unir as pessoas em torno de crença no Deus vivo e verdadeiro (4 Mal: ​​6.).
Os discípulos estavam absolutamente convencidos de que Jesus era o Messias. Mas sendo esse o caso, onde estava Elias? Por que não foi ele presente, realizando todas as funções que, segundo a tradição, ele iria fazer para se preparar para a vinda do Messias? Ele não deveria ter precedido a chegada do Senhor? Jesus respondeu: "O Elias primeiro a chegar e restaurar todas as coisas." Eles estavam corretos;Elias vem antes do Messias e preparar todas as coisas para a Sua vinda.

Mas havia algo que eles haviam esquecido. Como é que está escrito do Filho do Homem (o título messiânico tomado de Dn 7:13), Jesus perguntou: que Ele vai sofrer muito e ser tratado com desprezo? Os discípulos perguntaram-Lhe Como ele podia ser o Messias se Elias não tinha vindo; Ele, por sua vez perguntou-lhes como Ele poderia ser o Messias, se Ele não sofreu como o Antigo Testamento predisse (conforme Sl 22;. 69;. Is 53; Zc 0:10.).

Ambas as profecias virá a passar; Elias virá, e Messias vai sofrer, uma vez que "a Escritura não pode ser quebrado" (Jo 10:35).

A visualização de João Batista

Mas eu digo-vos que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a seu respeito. "(9:13)

Declaração definitiva de Jesus, "Mas eu digo-vos que Elias já veio," deve ter surpreendido e intrigado os discípulos, deixando-os ainda mais confuso do que já eram. Mas Elias não tinha literalmente devolvido; o Senhor estava se referindo a aquele que veio "no espírito e poder de Elias" (Lc 1:17) —João Batista. Havia semelhanças surpreendentes entre os dois profetas, incluindo sua aparência física (conforme 2Rs 1:8).

Embora os discípulos agora percebeu que Jesus estava se referindo a João Batista (Mt 17:13), Israel havia falhado em reconhecer o significado de João (Mt 17:12) e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como está escrito a seu respeito . Os líderes religiosos rejeitaram (Mt 21:25; Lc 7:33.), e Herodes preso e matou-o (Marcos 6:17-29) —O destino pretendido para Elias (I Reis 19:1-10). Sem profecias específicas do Antigo Testamento predisseram a morte de precursor do Messias, por isso a frase está escrito dele é melhor entendida como tendo sido cumprido normalmente por João.

Tivesse Israel percebeu que João era e aceitou sua mensagem, ele seria de fato ter sido o Elias que havia de vir (Mt 11:14). Mas desde que eles não o fez, João foi uma prévia do outro que virá no espírito e poder de Elias antes da segunda vinda (possivelmente uma das duas testemunhas; conforme Apocalipse 11:3-12).

O padrão bíblico é clara. Elias foi rejeitado e perseguido; Precursor do Messias, que veio no espírito e poder de Elias, foi rejeitado e morto, e próprio Messias foi rejeitado e assassinado. No futuro, no entanto, o Elias profetizou virá, o Senhor Jesus Cristo voltará, eo reino será estabelecido.

todas as coisas possíveis (Marcos 9:14-29)

Quando eles voltaram para os discípulos, viram uma grande multidão ao seu redor, e alguns escribas discutindo com eles. Imediatamente, quando toda a multidão viu, eles ficaram maravilhados e começou a correr-se para cumprimentá-lo. E Ele lhes perguntou: "O que você está discutindo com eles" E um da multidão respondeu-lhe: "Mestre, eu te trouxe meu filho, que tinha um espírito que o torna mudo; e sempre que se apodera dele, ele bate-o no chão e ele espuma pela boca, e range os dentes e se enrijece para fora. Eu disse a seus discípulos que o expulsassem, e não puderam fazê-lo. "E Ele respondeu-lhes e disse:" Ó geração incrédula, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você?Traga-o para mim! "Eles trouxeram o menino a Ele. Quando o viu, logo o espírito jogou-o em uma convulsão, e caindo no chão, ele começou a rolar e espumando pela boca. E perguntou ao pai: "Há quanto tempo isso vem acontecendo com ele?" E ele disse: "Desde a infância. Tem muitas vezes jogado ele, tanto no fogo e na água para matá-lo. Mas se você pode fazer qualquer coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos! "E Jesus disse-lhe:" Se você pode? Tudo é possível ao que crê "Imediatamente o pai do menino gritou e disse:" Eu acredito.; ajuda a minha incredulidade. "Quando Jesus viu que uma multidão foi rapidamente recolhimento, Ele repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe:" Você é surdo e espírito mudo, eu te ordeno, sai dele e não entrar nele novamente. "Depois de chorar fora e jogando-o em convulsões terríveis, ele saiu; eo menino ficou tão parecido com um cadáver que a maioria deles disse: "Ele está morto!" Mas Jesus, tomando-o pela mão e levantou-o; e ele se levantou. Quando ele entrou na casa, os seus discípulos começaram a questionar-lhe em particular: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Este tipo não pode sair por qualquer coisa, mas a oração." (9: 14-29)

A vida cristã é uma vida de fé. Os crentes, Paulo escreveu aos Coríntios, "andar pela fé, não pela vista" (2Co 5:7). Fé "é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" (He 11:1), enquanto Pedro lembrou aos seus leitores:" Ainda que você não tenha visto, vocês o amam, e que você não vê-lo agora, mas crer nEle , exultais com alegria indizível e cheia de glória "(1Pe 1:8). Não é uma fé cega, mas uma fé comprovada ancorada no testemunho da Palavra de Deus, que é "a palavra profética tanto mais assegurada" (2Pe 1:19;. Conforme Mt 5:18; Mt 24:35; Lucas 16:29-31) e "a palavra de Sua graça, que é capaz de construir [crentes] para cima e para dar [a eles] a herança entre todos os que são santificados" (At 20:32).

Por mais de dois anos, os discípulos tinham caminhado pela vista. Eles haviam sido realmente na presença de Jesus, o Filho de Deus. Eles tinha visto ele reagir a pessoas e situações, ouviu seu ensino, e testemunhado Seus milagres. Tinham vivido pela vista. Logo, porém, eles teriam que viver pela fé. Depois de sua morte, que terão sempre a memória do que tinham visto. Que a memória seria enriquecida e reforçada pelo Espírito de Deus, permitindo que eles e seus associados para gravar o que tinham testemunhado nos Evangelhos e ainda ser delineadas nas epístolas que eles escreveram. Mas já não seria Jesus estar presente fisicamente com eles. Ele falaria com eles através de Sua Palavra, a Escritura, e capacitá-los no Espírito Santo.
Como o Senhor moveu inexoravelmente em direção a Jerusalém e Sua morte, ressurreição e ascensão, Ele ensinou seus discípulos uma série de lições destinadas a prepará-los para ministrar em sua ausência.Essas lições foram suportadas pela lições de fé, de que a registrada nesta passagem foi a primeira. O Senhor também os ensinou sobre a humildade, delitos, a gravidade do pecado, casamento e divórcio, o lugar dos filhos do reino, as riquezas terrenas, a verdadeira riqueza, serviço sacrificial, e em seguida, uma última lição sobre a fé.

Jesus não estava presente quando o incidente começou, portanto, os discípulos foram desafiados a andar pela fé, não pela vista e falharam miseravelmente. Eles eram um trabalho em andamento, caracterizada pela falta de compreensão e fé superficial. Em Mc 8:17 Jesus lhes repreendeu: "Você ainda não ver ou entender? Você tem um coração endurecido? "E reiterou no versículo 21:" Você ainda não entendeu? "

Mateus (17: 14-20) e Lucas (9: 37-45) também registram este incidente. O relato de Marcos é mais detalhado, possivelmente porque Pedro, fonte de Marcos para grande parte do material em seu evangelho e uma testemunha ocular a este incidente, desde muitos dos detalhes dramáticos. O episódio teve lugar imediatamente após a transfiguração, e os contrastes entre os dois eventos são impressionantes. A transfiguração aconteceu em uma montanha; isso aconteceu no vale abaixo. Na transfiguração, houve glória; aqui não havia sofrimento. Na transfiguração Deus dominou a cena; Satanás fez aqui. Na transfiguração, o Pai celeste estava satisfeito; neste incidente, um pai terreno foi atormentado. Na transfiguração havia um perfeito Filho; aqui havia um filho pervertido. Na transfiguração, homens caídos estavam em santa maravilha; Nesta história, houve um filho caído no horror profano.
Esta cena, um dos mais marcantes no Novo Testamento, pode ser visto sob cinco aspectos: a possessão demoníaca, perversão discípulo, apelo desesperado, o poder divino, e de oração decisivo.

Possessão demoníaca

Quando eles voltaram para os discípulos, viram uma grande multidão ao seu redor, e alguns escribas discutindo com eles. Imediatamente, quando toda a multidão viu, eles ficaram maravilhados e começou a correr-se para cumprimentá-lo. E Ele lhes perguntou: "O que você está discutindo com eles" E um da multidão respondeu-lhe: "Mestre, eu te trouxe meu filho, que tinha um espírito que o torna mudo; e sempre que se apodera dele, ele bate-o no chão e ele espuma pela boca, e range os dentes e se enrijece para fora. (9: 14-18a)

Após a transfiguração, Jesus, Pedro, Tiago e João voltou a descer a montanha para os nove apóstolos e outros seguidores e discípulos do Senhor que haviam permanecido no vale. Assim como Moisés desceu da presença de Deus no Monte Sinai para as pessoas sem fé de Israel, assim também Jesus desceu de estar na presença de Deus no Monte da Transfiguração para encontrar pessoas sem fé esperando por ele. Quando os quatro chegaram, eles viram que uma grande multidão havia se reunido em torno dos discípulos, esperando Jesus para estar com eles. Além disso, houve alguns escribas da região presentes circundante, como sempre perseguindo os passos de Jesus, em busca de algo que eles poderiam usar para desacreditá-lo (conforme 3: 1-2; Lucas 11:53-54; Lc 14:1). Esse não foi o caso, no entanto, uma vez que teria contradito Seu comando que os discípulos não contassem a ninguém o que tinha acontecido na montanha (conforme a discussão de Mc 9:9;. Mt 12:23; Mc 2:12), porque Jesus era o milagreiro, aquele que realizou sinais, prodígios e curas.

Vindo para a defesa dos seus discípulos, Jesus perguntou: "O que você está discutindo com eles?" A palavra traduzida discutindo é comumente usado para se referir a argumentos ou debates com os líderes religiosos judeus (conforme 08:11; 12:28; At 6:9). Nem os escribas (provavelmente porque eles tinham medo de debater com ele) ou os discípulos (que evidentemente não estavam indo bem no debate, e, além disso, não tinha conseguido expulsar o demônio) responderam.

Mas, enquanto eles permaneceram em silêncio, um na multidão respondeu-lhe. Um homem veio a Jesus e caiu de joelhos diante dele (Mt 17:14). Gritando para fazer-se ouvir acima do barulho da multidão (Lc 9:38), ele gritou: "Mestre, Senhor (Mt 17:15), eu te trouxe meu filho (Lucas observa que este era o seu único filho, acrescentando para o pathos da situação; Lc 9:38), que tinha um espírito que faz dele mudo; e sempre que se apodera dele, ele bate-o no chão e ele espuma pela boca, e range os dentes e endurece fora. Aqui era uma situação que os discípulos não tinha tratado, o que levou ao seu silêncio envergonhado.

Demons foram ativamente fazendo licitação de Satanás no mundo desde a queda. Eles não costumam fazer sua presença conhecida, escolhendo antes de operar de forma encoberta, disfarçando-se como anjos de luz (conforme 2Co 11:14). Durante o ministério terrestre de Jesus, no entanto, eles lançaram um ataque total contra Ele, manifestando-se com mais freqüência abertamente e até certo ponto mais vontade do que é a sua prática normal. Mas Jesus desmascarou-los, forçando-os a revelar-se, mesmo quando eles não estavam dispostos a fazê-lo.

Esse demônio provavelmente teria preferido ter permaneceu desconhecida no menino. Embora seu pai tinha percebido que a condição de seu filho foi o resultado de atividade demoníaca, outros podem ter lhe diagnosticado como tendo algum tipo de transtorno mental. De fato, no relato de Mateus sobre este incidente (17:15), seu pai descreveu os sintomas de seu filho como os de um louco (ou seja, um epiléptico). Esses sintomas podem ter se originado a partir do espancamento físico o demônio infligido em sua infeliz vítima. Lucas registra que o pai falou do demônio mauling seu filho, usando um verbo que pode ser traduzida como "esmagar", "quebrar" ou "para quebrar em pedaços", descrevendo vividamente a violência dos assaltos do demônio sobre o menino (Lc 9:39).

Discípulo Perversion

Eu disse a seus discípulos que o expulsassem, e não puderam fazê-lo. "E Ele respondeu-lhes e disse:" Ó geração incrédula, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? Traga-o para mim "(9: 18b-19)!

O fracasso dos discípulos para lançar o demônio para fora do menino foi surpreendente, uma vez que Jesus lhes tinha dado o poder sobre os demônios (Mc 6:7). Enquanto a multidão era composta em grande parte por aqueles que não acreditam em Jesus e da fé do pai do menino estava fraco e incompleto, repreensão do Senhor, "geração incrédula O," visava principalmente os discípulos. Ele revela que a causa de sua incapacidade de expulsar o demônio era a sua incapacidade de acreditar. A interjeição O expressa emoção em Jesus "parte (conforme Lc 13:34; Lc 24:25), revelando que os discípulos" fé fraca foi doloroso para ele.

Sua repreensão era dura; Lc 9:41 acrescenta que também chamou-lhes uma "geração perversa" (conforme Mc 8:38; Dt 32:5). Depois de todo o tempo que passou com ele, essa falta de confiança foi imperdoável. Solilóquio de Jesus, "quanto tempo eu devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? " era uma expressão de santo exasperação, como seu repreensões, "Homem de pouca fé" (Mt 6:30;. Mt 14:31) e, "Você homens de pouca fé! (Mt 8:26; Mt 16:8), quando o viu, logo o espírito o jogaram em uma final, violenta convulsão, e caindo no chão, ele começou a rolar e espumando pela boca.

Enquanto esta exposição perigosa de poder demoníaco vil estava acontecendo, Jesus calmamente perguntou ao pai: "Há quanto tempo isso vem acontecendo com ele?" O Senhor não estava pedindo, é claro, para obter informações que ele já não possuem, uma vez que Ele é onisciente. Ele queria suportar a dor do pai; para ter o homem dizer-lhe a história comovente de opressão demoníaca de seu filho. O pai não estava chegando a uma força impessoal, mas para uma pessoa. Os milagres de cura de Cristo efectuadas revelam a compaixão de Deus e que Ele se preocupa com a dor e sofrimento humano. Jesus permitiu que este homem que sofre de desdobrar o seu coração para o Senhor simpático e misericordioso.

Sua resposta, "Desde a infância", indica que o seu filho tinha sido neste estado terrível toda a sua vida. Não foi devido a algum pecado por parte de qualquer um o pai ou o filho, mas para a glória de Deus (conforme Jo 9:1-3). E, embora o demônio já havia tentado várias vezes para matar o garoto, jogando -o tanto para o fogo (comumente usado para aquecer e cozinhar) e na água (como poços e piscinas) para destruí-lo, Deus preservou-lo por esse momento para trazer a Sua glória Filho. Luta desesperada do pai para manter o demônio de matar seu filho estava prestes a ser encerrado permanentemente.

Incentivado pela preocupação simpático do Senhor para sua sitiado filho, espancado, o homem suplicou, "Se Você pode fazer qualquer coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos!" Boētheō ( ajuda ) significa literalmente, "a correr para o auxílio de um que grita por socorro "Sua fé era fraca e incompleta.; ele corretamente percebeu que Jesus estava disposto a entregar seu filho, mas ele não tinha certeza de que Ele tinha o poder para ajudá-lo. Mas ele estava desesperado.

A resposta de Jesus, "se você pode?" Não era uma pergunta, mas uma exclamação de surpresa. À luz do Seu ministério generalizada de curar os doentes e expulsando os demônios, como poderia Sua habilidade de lançar um presente para fora estar em questão? Sua nova declaração, "Tudo é possível ao que crê", é a lição Jesus destina-se a ensinar. Esta não foi a primeira vez que ele havia falado sobre a importância da fé (conforme Marcos 5:34-36; 6: 5-6), nem seria o último (conforme Mc 10:27; 11: 22-24 ). A lição que a fé é essencial para acessar o poder de Deus aplicada a toda a multidão descrente, o pai, que estava lutando para acreditar, assim como para os discípulos, cuja fé era fraca e vacilante. Os discípulos especialmente necessário para aprender esta lição, uma vez que após a morte de Cristo, que seria necessário para acessar o poder divino através da crença oração (Mt 7:7-8; Mt 21:22; Lucas 11:9-10.; 13 43:14-14'>João 14:13-14 ; Jo 15:7; 1Jo 3:221Jo 3:22; 5: 14-15).

Tomado pela emoção, imediatamente o pai do menino gritou e disse: "Eu creio! ajuda a minha incredulidade. " Ele foi honesto o suficiente para admitir que, embora ele acredita no poder de Jesus, ele lutou com a dúvida. Assim como ele implorou em desespero por Jesus para entregar o filho do demônio, por isso também que ele implorar por Jesus para ajudá -lo ser entregues a partir de sua incredulidade.O Senhor não está limitado pela fé imperfeita; até mesmo a fé mais forte é sempre misturado com uma medida de dúvida.

Poder Divino

Quando Jesus viu que uma multidão foi rapidamente recolhimento, Ele repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: "Você é surdo e espírito mudo, eu te ordeno, sai dele e não entrar nele novamente." Depois gritando e jogando-o terríveis convulsões, saiu; eo menino ficou tão parecido com um cadáver que a maioria deles disse: "Ele está morto!" Mas Jesus, tomando-o pela mão e levantou-o; e ele se levantou. (9: 25-27)

Enquanto Jesus estava falando com o pai do menino, a palavra foi se espalhando que ele estava lá. Vendo que a multidão foi rapidamente recolhimento, Ele decidiu encerrar a conversa e agir. O Senhor compassivo queria evitar qualquer embaraço para o pai angustiado e seu filho atormentado. Além disso, o Seu ministério público tinha acabado e ele não tinha mais nada para provar, uma vez prova repleta de que Ele era quem Ele alegou estar já tinha sido dada. Seu foco era instruindo os seus discípulos.

Virando-se para o menino, Jesus repreendeu o espírito imundo (uma descrição de demônios usado vinte e duas vezes no Novo Testamento, a metade deles em Marcos), dizendo a ele: "Você Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai . ele e não entrar nele novamente " O demônio instantaneamente (Mt 17:18), e deixou definitivamente o garoto, mas não antes de um último, protesto violento (conforme Mc 1:25-26). Depois gritando e jogando— em convulsões terríveis, ele saiu. Exausto e traumatizada pelas convulsões violentas, o garoto ficou imóvel e tornou-se tanto como um cadáver que a maioria dosespectadores disse: "Ele está morto!" Mas Jesus com ternura, compaixão tomando-o pela mão e levantou-o a seus pés, e ele levantou-se e Jesus deu-lhe de volta para seu pai (Lc 9:42).

Oração decisivo

Quando ele entrou na casa, os seus discípulos começaram a questionar-lhe em particular: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Este tipo não pode sair por qualquer coisa, mas a oração." (9: 28-29)

Mais tarde, quando Jesus e os discípulos entraram na casa (provavelmente em Cesaréia de Filipe), os discípulos começaram a questionar-lhe em particular: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?"Eles ficaram intrigados quanto à sua incapacidade de fazê-lo nesta ocasião, uma vez que que tinha lançado com êxito os demônios no passado (Mc 6:13). Jesus respondeu: "Esse tipo (uma referência a um determinado tipo de demônio, ou um tipo de ser e, portanto, uma referência aos demônios em geral) não pode sair senão por meio de oração. " A implicação é que encorajados por seus sucessos anteriores , os discípulos dependia seu próprio poder e esqueceram de orar. A lição para eles era que oração humilde e dependente é a estrada que leva a fé no poder de Deus.

O relato de Mateus acrescenta que Jesus repreendeu-os para a pequenez de sua fé (17:20; conforme 06:30; 08:26; 14:31; 16: 8; Lc 12:28), revelando que era que a fraqueza que mantinha os discípulos de orar. Mas se tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, que teria sido capaz de libertar o poder de Deus e superar qualquer dificuldade. A semente de mostarda, a menor das sementes utilizadas na agricultura em Israel, não representa um nível de fé para ser alcançado, mas sim a fé mínimo que os crentes já têm-tal como o ilustrado pelo pai.

Jesus curou muitos sem fé, mas aqui o milagre está ligado à fé, porque esta é a lição necessária para os discípulos no futuro. O poder deles virá crendo oração. Fraca fé daquele homem foi suficiente para trazer o poder de Deus para suportar sobre a situação de seu filho. Da mesma forma imperfeita, mas persistente (conforme Lucas 11:5-10; 18: 1-7) a fé é suficiente. São aqueles que não pedir que não receber o poder divino para vencer as dificuldades da vida (Jc 4:2)

De lá, eles saíram e começaram a passar por Galiléia, e Ele não quer que ninguém saiba sobre ele. Para Ele estava ensinando seus discípulos e dizer-lhes: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; e quando Ele foi morto, ele ressuscitará três dias depois. "Mas eles não entendiam esta declaração, e eles tinham medo de perguntar. Eles chegaram a Cafarnaum; e quando Ele estava na casa, ele começou a questioná-los: "O que você estava discutindo no caminho?" Mas eles ficaram em silêncio, pois no caminho tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Sentando-se, chamou os doze e lhes disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos eo servo de todos". Tomando uma criança, colocou-o diante deles, e tomando-o nos seus braços, ele disse-lhes: "Quem receber um menino como este, em meu nome a mim me recebe,; e quem me recebe, não recebe a mim mas àquele que me enviou. "João disse-lhe:" Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome, e tentamos impedi-lo porque ele não estava nos seguindo. "Mas Jesus disse: "Não impedi-lo, pois não há ninguém que vai fazer um milagre em meu nome, e ser capaz logo depois falar mal de mim. Para quem não é contra nós é por nós. Para quem quer dá-lhe um copo de água para beber por causa de seu nome como seguidores de Cristo, em verdade eu vos digo, ele não perderá a sua recompensa "(9: 30-41).

Como observado no capítulo anterior deste volume, capítulos 9:10 de aulas registro do evangelho de Marcos, Jesus ensinou aos seus discípulos. Seu ministério público na Galiléia tinha acabado, mas ele continuou a ministra privada aos discípulos como eles viajaram para Jerusalém. O primeiro em que a série de lições foi sobre a importância da fé (veja o capítulo anterior deste volume); este segundo foi sobre a humildade.
Humildade não é considerado uma virtude em nosso orgulho, auto-centrado, cultura egoísta, nem era no mundo pagão da época de Jesus. Por exemplo Aristóteles, um dos filósofos mais influentes do mundo antigo, descreveu orgulho como a coroa das virtudes ( Ética a Nicômaco, 4.3). Todo coração humano caído é um adorador implacável de si mesmo; caída natureza humana é dominada por orgulho.

Mas, em uma reviravolta bizarra, a nossa sociedade diagnostica a causa dos problemas das pessoas como uma falta de orgulho ou auto-estima. Tal não é o caso, no entanto. Ninguém não tem auto-estima;todo mundo é consumido com a si mesmo de uma forma ou de outra. Para diagnosticar a causa de todos os males humanos como uma falta de auto-estima leva as pessoas a ser ainda mais orgulhoso do que já são. 28, contenda (Prov; inflando o orgulho sob o pretexto de promover a auto-estima como um benefício psicológico expõe as pessoas a consequências devastadoras do orgulho, incluindo profanação (Marcos 7:20-22), desonra (29:23 2 Prov. 11). : 25), e, mais significativamente, o julgamento de Deus (Sl 31:23; 94:. Sl 94:2; Pv 16:5; Is 2:12, Is 2:17; Lc 1:51; Jc 4:1; 1Pe 5:51Pe 5:5, Jesus advertiu: "Todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado." O apóstolo Paulo pediu a crentes, "Walk de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor "(Ef. 4: 1-2), e ainda os exortou:" Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas com humildade de espírito que diz respeito uns aos outros como mais importante do que a si mesmo "(Fp 2:3, ele escreveu: "Então, como aqueles que foram escolhidos de Deus, santos e amados, colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência." Tanto Tiago (4:
6) e Pedro (1Pe 5:5) (Mt 11:29.). Resumindo a humildade Jesus exibido em sua encarnação, Paulo escreveu:

Tende em vós mesmos que houve também em Cristo Jesus, que, embora ele, subsistindo em forma de Deus, não considerou a igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, mas se esvaziou, assumindo a forma de um servo, e sendo —se em semelhança de homens. , Achado na forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. (Filipenses 2:5-8.)

"A morte de cruz" de Cristo é a expressão máxima da sua humildade e é o tema de versos 30:32. O cenário para o ensinamento do Senhor sobre sua morte foi a viagem da região de Cesareia de Filipe, onde Ele foi transfigurado (provavelmente no Monte Hermon, ver a discussão Dt 9:2) e até mesmo um par de breves visitas de retorno para a Galiléia (por exemplo, Lucas 17:11-37). Mas Galiléia não seria mais sua base de operações.

Como era frequentemente o caso, o Senhor estava ensinando a Seus discípulos que "o Filho do homem (um título messiânico tomado de Dn 7:13.) deve ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; e quando Ele foi morto, ele ressuscitará três dias depois " (conforme 08:31; 09:12; 10: 33-34). Essa foi a primeira verdade que eles precisavam entender-e que eles eram incapazes de compreender ou aceitar. Assim como para os seus companheiros judeus (1Co 1:23), um Messias crucificado era uma pedra de tropeço para os discípulos; um Messias morrendo era totalmente incompreensível e inaceitável para eles. Por essa razão, Jesus exortou: "Vamos estas palavras em seus ouvidos; pois o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens "(Lc 9:44). Eles precisavam de ouvir atentamente e entender o que ele estava dizendo a eles sobre a sua morte.

Entregue traduz uma forma do verbo grego paradidomi , que significa literalmente Foi usado repetidamente em um sentido legal para descrever Jesus de ser entregue para julgamento e punição (10:33; 15 "para entregar.": 1, 10, 15 ; Mt 17:22; 20: 18-19.; Mt 26:2, ​​Mt 27:26; Lc 9:44; Lc 18:32; Lc 20:20; Lc 23:25; Lc 24:7; Jo 18:30, Jo 18:36; Jo 19:16; At 3:13). Em termos humanos, os anciãos, sumos sacerdotes, escribas e povo (conforme 8:31; Matt. 27: 1-2; At 3:13)., Judas (Mt 26:24), e Pilatos (Mt 27:26).

Não só os discípulos lutam com a realidade de que os judeus e romanos seria matá-lo , mas também que quando Ele havia sido morto, ele iria subir três dias depois. Eles entenderam o poder de Jesus sobre a morte, tê-lo visto elevar pessoas mortas. Mas a pergunta que deve ter incomodado eles era que se ele morresse, que iria levantar-Lo? Assim, eles não entendiam esta declaração.

A incerteza em suas mentes sobre a morte e ressurreição de Cristo, juntamente com sua dor (conforme Mt 17:23), também fez com que os discípulos a serem medo de pedir a Ele para obter mais informações.Jesus compassivamente optou por não revelar informações a eles que Ele sabia que iria devastar a sua fé; em vez disso, Ele "oculta [ele] de forma que eles não percebem" (Lc 9:45).

Instrução sobre Humildade

Eles chegaram a Cafarnaum; e quando Ele estava na casa, ele começou a questioná-los: "O que você estava discutindo no caminho?" Mas eles ficaram em silêncio, pois no caminho tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Sentando-se, chamou os doze e lhes disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos eo servo de todos". Tomando uma criança, colocou-o diante deles, e tomando-o nos seus braços, ele disse-lhes: "Quem receber um menino como este, em meu nome a mim me recebe,; e quem me recebe, não recebe a mim mas àquele que me enviou. "João disse-lhe:" Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome, e tentamos impedi-lo porque ele não estava nos seguindo. "Mas Jesus disse: "Não impedi-lo, pois não há ninguém que vai fazer um milagre em meu nome, e ser capaz logo depois falar mal de mim. Para quem não é contra nós é por nós. Para quem quer dá-lhe um copo de água para beber por causa de seu nome como seguidores de Cristo, em verdade eu vos digo, ele não perderá a sua recompensa "(9: 33-41).

Cafarnaum, situada na costa noroeste do Mar da Galiléia, era cidade natal de Jesus adotado (Mt 4:13). Vários dos apóstolos também foram associados a Cafarnaum, incluindo Pedro e André (Mc 1:21, Mc 1:29), que se mudou para lá de Betsaida (Jo 1:44), Tiago e João (Marcos 1:19-21), e Mateus, O estande da cujo cobrador de impostos foi em ou perto da cidade (Mt 9:1, Mt 9:9).

Quando Ele estava na casa (possivelmente Pedro; veja a discussão sobre a casa de Pedro em Marcos 1:8, A Commentary MacArthur Novo Testamento. [Chicago: Moody, de 2015], cap 5), Ele começou a questionar os discípulos, perguntando-lhes, "O que vocês estavam discutindo no caminho?" instrução de Jesus aos discípulos destacou quatro efeitos negativos do orgulho, e concluiu ao observar um efeito positivo de humildade.

O orgulho destrói Unity

Mas eles ficaram em silêncio, pois no caminho tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. (09:34)

Durante a longa caminhada de Cesaréia de Filipe a Cafarnaum, os discípulos tinham tido uma discussão prolongada e aquecida. Não querendo admitir o que eles estavam falando, que se manteve em silêncio em constrangimento. A discussão tinha sido mais um episódio em seu longo debate sobre qual deles era o maior (conforme 10: 35-45), que, incrivelmente, ainda estava acontecendo na Última Ceia, na noite antes da morte do Senhor (Lc 22:24). O Senhor tinha acabado de falar com eles sobre sua humilhação (vv. 30-32), mas tudo o que podia pensar era a sua exaltação.

Não pode haver verdadeira unidade entre as pessoas orgulhosas, porque somente pessoas humildes amar. Foco constante dos discípulos sobre a sua própria glória pessoal teve consequências de longo alcance, como escrevi em um volume anterior desta série:

Este foi um desenvolvimento preocupante e potencialmente desastrosa. Esses homens foram a primeira geração de pregadores do evangelho, e seriam os líderes da igreja em breve a ser fundada. Com tanta coisa sobre eles e tanto a oposição do mundo hostil, eles precisavam ser unificadas e solidárias entre si. O perigo aqui é revelado que o orgulho ruínas unidade, destruindo relacionamentos. Relacionamentos são baseados em sacrifício e serviço de amor; em altruísta e adiando para dar aos outros. Orgulho, sendo auto-centrado, é indiferente para os outros. Além de que, em última análise é crítico e crítico, e, portanto, de divisão. Por causa do que o orgulho é o destruidor mais comum tanto de relacionamentos e igrejas. Ele atormentado a igreja de Corinto, fazendo com que Paulo a perguntar: "Para uma vez que há inveja e divisão entre vocês, não é mesmo carnal, e que você não agindo como mundanos?" (1Co 3:3, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2011], 301)

Como Paulo escreveu à igreja em Filipos, os crentes devem ser constantemente "firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé do evangelho" (Fp 1:27).

Orgulho perde Honra

Sentando-se, chamou os doze e lhes disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos eo servo de todos." (9:35)

Ironicamente, o orgulho impede as pessoas de se obter a própria honra que eles procuram. Para as pessoas, mesmo aqueles orgulhosos em ministério de batalha para a posição e procurar promover a si mesmos, mas acabam perdendo verdadeira honra e muitas vezes acabam em humilhação. Honra é reservada para os humildes. Como muitos em nossos dias, os discípulos viram o orgulho espiritual como normal, desejável e legítimo. Afinal, orgulho caracterizou os homens mais reverenciados em Israel, os líderes religiosos, que "[se] todas as suas obras para serem notadas por homens ... eles alargar [va] os seus filactérios e alongam [va] as borlas das suas vestes. Eles adoram [d] o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e de ser chamados Rabi pelos homens "(Mateus 23:5-7.; Conforme 6: 1-5 ).

Jesus sabia o que os discípulos estavam pensando (Lc 9:47), mesmo que eles se recusaram a expressá-la. Sentando-se, como rabinos comumente fizeram quando ensinou, Ele chamou os doze e lhes disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, ele será o derradeiro de todos eo servo de todos ". Prosseguindo elogios, afirmação e exaltação dos homens perde a verdadeira recompensa (Mt 6:1-5.) que vem para aqueles que estão dispostos a ser o último, não para aqueles que têm para ser o primeiro.

Orgulho Rejects Divindade

Tomando uma criança, colocou-o diante deles, e tomando-o nos seus braços, disse-lhes "Quem receber um menino como este, em meu nome a mim me recebe,; e quem me recebe, não recebe a mim mas àquele que me enviou "(9: 36-37).

criança (talvez, como alguns sugeriram, um dos filhos de Pedro) serviu como uma lição para a instrução de Cristo. Jesus usou as crianças várias vezes como ilustrações de humildade. Eles ainda não realizado ou alcançado nada; eles não têm poder ou honra, mas são fracos, dependentes e ignorado (rabinos considerou um desperdício de tempo para ensinar a Torá a uma criança com menos de doze anos de idade).

Filhinhos são análogos aos crentes; portanto, Jesus disse: "Quem receber um menino como este, em meu nome a mim me recebe; e quem me recebe, não recebe a mim mas àquele que me enviou. " A realidade profunda é que como cristãos tratam companheiros crentes é a forma como eles tratam Cristo. Por outro lado, aqueles que rejeitam os outros crentes rejeitá-Lo.

O relato de Mateus deste incidente no capítulo 18 elabora sobre esse tema. Sem dúvida, esperando que Jesus iria resolver de uma vez por todas a sua disputa sobre qual deles era o maior, os discípulos perguntaram-Lhe: "Quem é o maior no reino dos céus?" (V. 1). A resposta do Senhor foi surpreendente: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e tornardes como crianças, não entrareis no reino dos céus" (v. 3). Nada poderia ter sido mais longe de seu ponto de vista cultural e religioso. Os overachievers religiosos orgulhosos, que esperavam para receber os mais altos lugares de honra no reino, não vai mesmo entrar. Por outro lado, aqueles com humilde, fé infantil será o maior no reino dos céus (4 v.).

Mas o que Jesus disse em seguida foi ainda mais decepcionante e chocante: "Quem quer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim a tropeçar, seria melhor para ele ter uma pedra de moinho pesados ​​pendurasse ao pescoço, e se submergisse na profundeza do mar "(v. 6). Seria melhor sofrer uma morte horrível do que ofender um crente; Aquele em quem Cristo vive (Gl 2:20) e que está espiritualmente unidos a Ele (1Co 6:17). Reforçar o cuidado de Deus para Seus filhos, o Senhor advertiu seus ouvintes: "Veja que você não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos no céu ver continuamente a face de meu Pai que está nos céus" (v . 10). Todo o Céu está observando como os filhos de Deus são tratados.

Orgulho Cria Exclusividade

João disse-lhe: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome, e tentamos impedi-lo porque ele não estava nos seguindo." Mas Jesus disse: "Não impedi-lo, pois não há ninguém que irá realizar um milagre em meu nome, e ser capaz logo depois falar mal de mim. Para quem não é contra nós é por nós. (9: 38-40)

Sua consciência perturbada por repreensão de seu orgulho do Senhor, João disse-lhe: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome, e tentamos impedi-lo porque ele não estava nos seguindo." O incidente ele se referia não é registrado nas Escrituras, mas o exorcista foi realmente expulsar demônios, em contraste com os filhos de Ceva (13 44:19-16'>Atos 19:13-16; conforme Mt 7:21-23.). Embora este homem era um verdadeiro seguidor de Cristo, João e os outros tentou impedi-lo, porque ele não estava seguindo eles; em outras palavras, ele não era um de seu grupo. "Não impedi-lo," Jesus o repreendeu, "pois não há ninguém que vai fazer um milagre em meu nome, e ser capaz logo depois falar mal de mim." Desde que ele era um legítimo seguidor de Jesus, este homem seria proclamar a verdade sobre Ele.

O princípio é claro: quem não é contra Cristo e Seus seguidores é para eles. A resposta de Paulo a respeito daqueles que procurou construir uma reputação para si próprios ao denegrir o apóstolo e seu ministério ilustra essa verdade:

Alguns, com certeza, estão pregando a Cristo até por inveja e contenda, mas alguns também de boa vontade; este último fazer isso por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho; o ex anunciar Cristo por ambição egoísta, e não de motivos puros, pensando em me causar sofrimento em minha prisão. E depois? Só que, em todos os sentidos, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja anunciado; e isso me alegro. (Filipenses 1:15-18.)

Ganhos Humildade Reward

Para quem quer dá-lhe um copo de água para beber por causa de seu nome como seguidores de Cristo, em verdade eu vos digo, ele não perderá a sua recompensa. "(9:41)

Em contraste com as consequências negativas devastadores de orgulho, ponto final do Senhor salienta o aspecto positivo da humildade. É tanta humildade, expressa mesmo em um pequeno ato de bondade, como dar um copo de água para beber para aqueles que são seguidores de Cristo, que resulta em verdadeira e eterna recompensa.

As palavras de Salomão, em Pv 22:4)

"Quem quer que escandalizar um destes pequeninos que crêem a tropeçar, seria melhor para ele se, com uma pedra de moinho pesados ​​pendurasse ao pescoço, ele havia sido lançado ao mar. Se a tua mão te faz tropeçar, corta-a; é melhor para você entrar na vida aleijado, do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, onde o verme não morre eo fogo não se apaga. Se o teu pé te faz tropeçar, corta-a; é melhor para você entrar na vida aleijado, do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno, onde o seu verme não morre, eo fogo não se apaga. Se o teu olho te faz tropeçar, jogue fora; é melhor para você entrar no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno, onde o seu verme não morre, eo fogo não se apaga. Para todos será salgado com fogo. O sal é bom; mas se o sal se torna unsalty, com o que você vai fazer isso salgado de novo? Tende sal em vós mesmos, e estar em paz uns com os outros "(9: 42-50).

Nesta porção exclusivo das Escrituras, repleta de terminologia gráfico, atos dramáticos, advertências severas, e as ameaças chocantes, o Senhor Jesus Cristo revela a natureza radical do verdadeiro discipulado. O termo "radical" pode ser compreendido de duas maneiras. Em primeiro lugar, pode significar "básico", "fundamental", ou "fundamental", descrevendo algo primário, intrínseco, ou essencial.Paradoxalmente, a segunda e mais comum significado de "radical" é algo que se desvia por sua extrema; algo "fanático", "grave" ou "revolucionário".

A mensagem do Senhor é essencial para o tempo em que vivemos, quando grande parte do chamado cristianismo, mesmo o cristianismo evangélico, é marcado pela superficialidade. A linguagem aqui é grave, extremo, e forte, de acordo com a natureza dos repetidos apelos do nosso Senhor do verdadeiro discipulado. Ele acusou as pessoas ao arrependimento (Mt 4:17; Lc 13:3) (. Mt 16:24)., Para negar-se —mesmo ao ponto de sofrer ou morrer por amor a Ele (Mt 10:38; Lc 9:23), de estar disposto a abandonar todos os laços familiares (Lucas 14:26-27), a odiar suas próprias vidas (Lc 14:26), no sentido de estar disposto a perdê-los (Jo 12:25), e que abandonar tudo (Mt 19:27;. Lc 5:11, 27-28) e segui-Lo incondicionalmente (Jo 12:26).

Esta passagem mostra quatro aspectos do discipulado radical: o amor radical, pureza radical, radical sacrifício e obediência radical.

Amor Radical

"Quem quer que escandalizar um destes pequeninos que crêem a tropeçar, seria melhor para ele se, com uma pedra de moinho pesados ​​pendurasse ao pescoço, ele havia sido lançado ao mar. (09:42)

Porque Ele é zeloso pela justiça corporativa de Sua igreja, Jesus chamou para o amor pelos outros crentes que impede que os levam ao pecado. Deus sempre tem sido protetora de Seu povo. Quando Ele fez uma aliança com Abraão, Ele lhe disse: "Abençoarei os que te abençoarem, e aquele que te amaldiçoarem amaldiçoarei" (Gn 12:3, "Quem receber um menino como este, em meu nome a mim me recebe; e quem me recebe, não recebe a mim mas àquele que me enviou. "Como se observa na exposição de que o verso no capítulo 4 deste volume, pois é Cristo que vive em cada crente, como se trata de um crente é como se trata de Cristo, e como se trata de Cristo é como se trata de Deus. No Cenáculo, na véspera da crucificação, Jesus disse aos discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que eu enviar a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou "(Jo 13:20). Paulo lembrou aos Coríntios que "aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" e declarou em Gl 2:20: "Já estou crucificado com Cristo (1Co 6:17.); e já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. "Em seu caminho para Damasco para perseguir os cristãos, Paulo encontrou o ressuscitado, glorificado Jesus Cristo, que exigido dele, "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9:4; 26: 14-15). No acórdão, como as pessoas tratam os cristãos serão considerados como eles trataram a Cristo:

Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; Tive sede, e me destes de beber; Eu era um estranho, e você convidou-me dentro; nu, e vestistes-me; Eu estava doente e visitastes-me; Eu estava na prisão e fostes ver-me. "Então os justos lhe perguntarão:" Senhor, quando te vimos com fome, e se alimentam, ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e convidá-lo, ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos te visitar? "O Rei, respondendo, disse-lhes:« Em verdade vos digo que, na medida em que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo o menos um deles, você fez isso para mim "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda:" Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.; Porque tive fome, e me destes nada para comer; Tive sede, e me destes de beber; Eu era um estranho, e você não convidou-me dentro; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. "Em seguida, eles próprios também vai responder:" Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não não cuidar de você? "Então Ele lhes responderá:" Em verdade vos digo que, na medida em que você não fez isso a um dos menores desses, você não fez isso para mim. "Estes vão desaparecer o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna. (Mt 25:1). Os versículos 43:45-47 de Marcos 9, junto com Mateus 5:29-30 e 1Co 8:13, ligue para medidas drásticas para evitar ser levado em comportamentos pecaminosos que levam os pecadores não regenerados a punição eterna no inferno.

A declaração de Jesus que seria melhor para alguém que leva um crente em pecado do que se, com uma pedra de moinho pesados ​​pendurasse ao pescoço, ele havia sido lançado ao mar em outras palavras, de que é melhor ter uma morte horrível por afogamento do que para causar outro cristão pecar-deve ter chocado seus ouvintes. Mas, de acordo com 1 Coríntios 13, o amor não tem prazer em ver alguém cair em pecado; que "não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade" (v. 6). Pedro escreveu que os cristãos devem "manter fervorosos no [seu] amor uns aos outros" (1Pe 4:8.). Jesus chamou para o amor radical, o tipo de amor justo que nunca seria uma causa de solicitação pecaminosa para outra pessoa.

Tal solicitação pecaminoso pode acontecer em uma das quatro maneiras.

Em primeiro lugar, pela tentação direta; isto é, por abertamente seduzir alguém pecar contra a lei de Deus. Isso pode envolver pecados específicos, como mentir, fofocar, enganar, roubar ou cometer pecados sexuais, ou, em termos mais gerais, induzindo as pessoas a amar o mundo, ou atraindo-os para empreendimentos e atividades ímpios. A esposa de Potifar "olhou com desejo em José, e ela disse: 'Deita-te comigo" (Gn 39:7). Provérbios 7:6-23 relata a história de uma mulher descarAdãoente imoral que seduziu um jovem tolo:

Porque da janela da minha casa, olhando eu por minhas grades, e vi entre os ingênuos, e descobri entre os jovens um jovem que faltam sentido, passando pela rua junto à esquina; e ele toma o caminho da sua casa, no crepúsculo, à noite, no meio da noite e na escuridão. E eis que uma mulher vem ao seu encontro, vestida como uma prostituta e astúcia de coração. Ela é turbulenta e rebelde, seus pés não permanecem em casa; Ela agora está nas ruas, ora pelas praças, e se esconde por todos os cantos. Então, ela se apodera dele e beija-o e com uma cara de bronze, ela diz a ele: "Eu era devido para oferecer ofertas pacíficas; hoje paguei os meus votos. Por isso eu vim pra te encontrar, para buscar a sua presença com sinceridade, e eu encontrei você. Eu cobri a minha cama com cobertas, com lençóis coloridos do Egito. Tenho polvilhado meu leito com mirra, aloés e canela. Venha, vamos beber nossa fartura de amor até de manhã; vamos nos encantar com carícias. Para o meu marido não está em casa, ele foi fazer uma longa viagem; ele deu um saco de dinheiro com ele, na lua cheia, ele vai voltar para casa "Com suas muitas convicções que ela atrai-lo.; com os lábios lisonjeiros ela seduz. De repente, ele a segue como um boi que vai ao matadouro, ou como um em grilhões para a disciplina de um tolo, até que um perfura a seta através de seu fígado; como um pássaro se apressa para o laço, para que ele não sabe que ele vai custar-lhe a vida.

Em segundo lugar, pela tentação indireta. Em Ef 6:4, quando escreveu: "Portanto não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim determinar isso, não para pôr uma pedra de tropeço ou obstáculo no caminho de um irmão." No versículo 21, ele elaborou sobre esse princípio: "É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece." Em vez disso,

Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos que, sem força e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós é agradar ao seu próximo para o bem dele, para sua edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo; mas, como está escrito: "As injúrias dos que censurou Você caiu sobre mim." (15: 1-3)

Finalmente, ao não estimular os outros a justiça, ignorando a exortação de He 10:24: "Vamos considerar como estimular um ao outro ao amor e às boas obras."

Pureza Radical

Se a tua mão te faz tropeçar, corta-a; é melhor para você entrar na vida aleijado, do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível ... Se teu pé te faz tropeçar, corta-a; é melhor para você entrar na vida aleijado, do que, tendo os dois pés, ser lançado no inferno ... Se o teu olho te faz tropeçar, jogue fora; é melhor para você entrar no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno, onde o seu verme não morre, eo fogo não se apaga. (09:43, 45, 47-48)

Este ponto está intimamente ligado ao anterior. Os cristãos não podem levar os outros para a justiça, a menos que eles são justos si mesmos; se o próprio coração é impuro, ele vai levar outros ao pecado.Portanto, Jesus pediu radical negociação, grave com o pecado. As consequências de não fazê-lo são devastadores, como o século XVII Inglês puritano João Owen observa:

Onde o pecado, através da negligência de mortificação, obtém uma vitória considerável, ele quebra os ossos da alma (Sl 31:10; Sl 51:8), de modo que ele não pode olhar para cima (Sl 40:12;.. Is 33:24); e quando pobres criaturas terá golpe após golpe, ferida depois de ferida, folha após folha, e nunca despertar-se-se a uma oposição vigorosa, eles podem esperar nada, mas para se endureça pelo engano do pecado, e que suas almas deve sangrar até a morte (2Jo 1:8) é uma boa analogia para a necessidade de os cristãos a tomar medidas drásticas para derrotar o pecado que permanece em suas vidas. Isso é explicitamente ordenado no Novo Testamento. "Porque, se você está vivendo segundo a carne", Paulo escreveu: "você deve morrer; mas, se pelo Espírito que você está colocando à morte as obras do corpo, vivereis "(Rm 8:13). Em Cl 3:5). Pedro exortou seus leitores a "abster-se das concupiscências carnais que fazem guerra contra a alma" (1Pe 2:11).

A menção de corpo partes- mão, pé, e olho -emphasizes que a batalha contra o pecado inclui todos os aspectos da vida dos crentes; o que eles fazem, para onde vão, e que vêem. As referências ao infernocomo a alternativa desastrosa indicam que estas declarações são chamadas ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo inicial que acompanha a salvação (conforme Jc 4:8; 1 Cor. 9: 24-27; 2Co 7:12Co 7:1 não era, é claro, a mutilação física. Ascetas desorientado ao longo dos séculos tolamente assumiu que o caminho para derrotar o pecado foi através castradora ou de outra forma de mutilar-se. Mas uma pessoa com uma mão, pé, ou o olho não é menos capaz de pecar, porque não importa o que partes do corpo são perdidos, o pecado permanece no coração:

E Ele estava dizendo: "O que sai do homem, isso é o que contamina o homem. Porque de dentro, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, homicídios, adultérios, atos de cobiça e maldade, assim como o engano, a sensualidade, a inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem "(Marcos 7:20-23; 15 conforme v.).

Tiago acrescentou: "Cada um é tentado, quando é levado e seduzido pela sua própria concupiscência. Em seguida, a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e quando o pecado é consumado, gera a morte "(Tiago 1:14-15; conforme Pv 4:23.).

Geena ( inferno ) aparece doze vezes no Novo Testamento, mas todos um desses usos por Cristo (vv 43, 45, 47; Mt 5:22, Mt 5:29, Mt 5:30; Mt 10:28; 18:.. Mt 18:9; Mt 23:15 , Mt 23:33; Lc 12:5; 2Rs 23:102Rs 23:10; 2Cr 28:32Cr 28:3; Ne 11:30; Jer. 7: 31-32.; Jr 19:2; Jr 32:35). Lá, os apóstatas povo judeu sacrificado crianças a Moloque, o falso deus abominável dos amonitas (1Rs 11:7; 2Rs 21:6; 20: 2-5.) e condenou energicamente (Jer. 7: 31-32; Jr 32:35). Ambos os reis maus Acaz (2 Chron: 28.
3) e Manassés (antes de se arrepender, 2Cr 33:6).

Estas palavras compor a chamada mais forte ao discipulado nosso Senhor nunca deu. Ele desafia todos a qualquer lidar radicalmente com o pecado, ou ser lançado na cova de lixo eterna do inferno ", nas trevas exteriores" (Mt 8:12), "na fornalha de fogo" (Mt 13:42), onde " ali haverá choro e ranger de dentes "(Mt 22:13).

Sacrifício Radical

Para todos será salgado com fogo. (09:49)

O significado desta palavra enigmática e difícil pode ser melhor entendida examinando passagens bíblicas em que o sal e fogo são mencionados juntos. Ed 6:9 conectar tanto sal e fogo com os sacrifícios do Antigo Testamento. Sal, um conservante, foi adicionado aos sacrifícios quando foram queimados como um símbolo da aliança duradoura de Deus. Especificamente, a oferta de cereais parece ser em vista aqui. Em Lv 2:13, Deus ordenou que o povo de Israel ", toda oferta de grão de vocês, além disso, você deve tempere com sal, para que o sal da aliança do seu Deus não faltará a partir de sua oferta de cereais; com todas as tuas ofertas oferecerás sal. "

A oferta de cereais, um dos cinco ofertas do Antigo Testamento, juntamente com as queimadas, paz, pecado e ofertas pela culpa, foi uma oferta de consagração, que simboliza devoção total ao Senhor. Assim como o sal simbolizava fidelidade duradoura de Deus, para todos, que é a todos os crentes, deve fazer um longo prazo, duradoura sacrifício, permanente de suas vidas a Deus; "Apresentar [seus] corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é a [sua] culto racional" (Rm 12:1). Como não poderia ser feita salgado novamente, tal sal era "inútil ou para o solo ou para adubo; [E estava] jogado fora "(Lc 14:35).

Assim, a ordem de Jesus, Tende sal em vós mesmos, é um chamado à obediência radical; a uma vida santa preservada pela justiça. Ele então deu o discípulo uma aplicação prática direta, ordenando-lhes que"estar em paz uns com os outros" -a desafio apropriado para aqueles orgulhosos, auto-serviço, os homens hipercompetitivos que estavam constantemente brigando sobre qual deles era o maior (conforme 9 .: 34; Mateus 18:1-4; 20: 20-24; Lc 22:24).

Quando os crentes se envolver em radicalmente amoroso, puro, sacrificial, discipulado obediente, eles vão ser testemunhas radicais. Os cristãos são o único "sal da terra" Verdadeiro (Mt 5:13). Não há outras influências espirituais para modelar a verdade que não seja a vida de verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, que são conhecidos pela natureza radical de seu discipulado.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Marcos Capítulo 9 do versículo 1 até o 50

Marcos 9

A glória do alto do monte — Mar. 9:2-8

A sorte do precursor — Mar. 9:9-13

A descida do monte — Mar. 9:14-18

O clamor da fé — Mar. 9:19-24

A causa do fracasso — Mar. 9:25-29

Enfrentando o fim — Mar. 9:30-32

A verdadeira ambição — Mar. 9:33-35

Ajudar os necessitados é ajudar a Cristo — Mar. 9:36-37

Uma lição de tolerância — Mar. 9:38-40

Recompensas e castigos — Mar. 9:41-42

A meta que vale qualquer sacrifício — Mar. 9:43-48

O sal da vida cristã — Mar. 9:49-50

A GLÓRIA DO ALTO DO MONTE Marcos 9:2-8

Aqui estamos face a face com um incidente na vida de Jesus envolto no mistério. Só podemos tentar entender o que aconteceu. Marcos diz que isto ocorreu seis dias depois dos incidentes perto da Cesaréia de Filipe. Lucas diz que foi oito dias depois. Aqui não há discrepância. Ambos querem dizer o que nós expressaríamos dizendo: "Como uma semana depois." Tanto a Igreja oriental como a ocidental recordam a Transfiguração em 6 de agosto. Não importa se essa é ou não a data exata, mas é uma data que faríamos bem em recordar.
A tradição diz que a Transfiguração teve lugar no topo do Monte Tabor. Em realidade, a Igreja oriental denomina Taborión ao festival da Transfiguração. Pode ser que a eleição do Monte Tabor se apóie na menção do mesmo no Sl 89:12, mas é uma escolha infeliz. Tabor está ao Sul da Galiléia, e Cesaréia de Filipe se encontra ao norte. O Tabor não tem mais de trezentos metros de altura e, nos dias de Jesus, havia uma fortaleza no topo. É muito mais provável que isto tivesse lugar entre as neves eternas do Monte Hermom que tem ao redor de três mil metros de altura, que está muito mais perto da Cesaréia de Filipe e onde a solidão seria muito mais completa.

Não podemos dizer o que aconteceu. Só podemos nos inclinar reverentes e buscar entendê-lo. Marcos nos diz que as roupas de Jesus se tornaram resplandecentes. .A palavra que emprega (stilbein) é a que se emprega para o brilho do ouro ou bronze polidos, ou o aço brunido, ou o dourado resplendor do Sol. Quando o incidente chegou a seu fim uma nuvem os envolveu. No pensamento judaico a presença de Deus se relaciona normalmente com a nuvem. Moisés encontrou a Deus em uma nuvem. Em uma nuvem Deus entrou no Tabernáculo. Uma nuvem encheu o templo quando foi dedicado depois que Salomão o construiu. E os judeus sonhavam com que, ao vir o Messias, a nuvem da presença de Deus retornaria ao templo (Ex 16:10; Ex 19:9; Ex 33:9; 1Rs 8:101Rs 8:10; 2 Macabeus Mc 2:8). A descida da nuvem é uma maneira de dizer que o Messias já tinha vindo, e assim o entenderia qualquer judeu. A Transfiguração tem uma dupla significação.

(1) Significou algo muito precioso para Jesus. Ele tinha que tomar suas próprias decisões. Tinha decidido ir a Jerusalém, e isso significava enfrentar e aceitar a cruz. Evidentemente tinha que estar absolutamente seguro de ter razão antes de continuar. Na cúpula da montanha recebeu uma dupla aprovação de sua decisão e sua eleição.
(a) Moisés e Elias se reuniram com Ele. Agora, Moisés era o legislador supremo da nação do Israel. A nação lhe devia as leis que eram leis de Deus. Elias era o primeiro e o maior dos profetas. Os homens o olhavam sempre como o profeta que trouxe ao mundo a voz de Deus. Que estes dois grandes personagens se reunissem com Jesus significava que o maior dos legisladores e o maior dos profetas diziam a Jesus: "Continue!" Significava que viam em Jesus a consumação de tudo o que eles tinham sonhado no passado. Significava que viam nele tudo o que a história tinha desejado e esperado e antecipado. É como se nesse momento Jesus tivesse recebido a segurança de que estava no bom caminho porque toda a história tinha estado em marcha para a cruz.
(b) Deus falou com Jesus. Como sempre, Ele não consultou seus próprios desejos. Apresentou-se diante de Deus e disse: "O que quer que Eu faça?" Colocou diante dele todos os seus planos e intenções. E Deus lhe disse: "Está agindo como deve agir meu Filho amado. Continue!" No Monte da Transfiguração Jesus teve a certeza de que não tinha escolhido um caminho equivocado. Viu, não só a inevitabilidade da cruz, mas também era essencialmente o que correspondia.

(2) Significou algo muito precioso para os discípulos.

  1. A declaração de Jesus de que ia a Jerusalém para morrer os havia destroçado. Parecia-lhes a negação completa de tudo o que eles entendiam do Messias. Estavam confundidos e turvados, sem compreender. Estavam acontecendo coisas que não só perturbavam suas mentes, mas também lhes feriam o coração. O que viram no Monte da Transfiguração lhes daria algo a que aferrar-se, mesmo que não pudessem entendê-lo. Houvesse ou não uma cruz, tinham ouvido a voz de Deus reconhecer a esse Jesus como seu Filho.
  2. Fez deles, em um sentido muito especial, testemunhas da glória de Cristo. Uma testemunha tem sido definido como alguém que primeiro vê e depois ensina. Nesta ocasião, sobre o Monte lhes tinha mostrado a glória de Cristo, e agora, não no momento, mas quando chegasse o tempo, tinham oculta em seus corações para contar aos homens a história desta glória.

A SORTE DO PRECURSOR

Marcos 9:9-13

Naturalmente, os três discípulos tiveram muito no que pensar enquanto desciam do monte.

Primeiro, Jesus começou com um mandamento. Não deviam dizer a ninguém o que tinham visto. Sabia muito bem que suas mentes estavam ainda dominadas pelo conceito de um Messias poderoso e forte. Se contavam o que tinha acontecido no topo da montanha, como tinham aparecido Moisés e Elias, como isto tivesse ressonado na expectativa popular! Isso teria feito parecer como a irrupção do poder vingador de Deus sobre as nações do mundo! Os discípulos tinham que aprender ainda o que significava o Messias. E só uma coisa podia lhes ensinar o que significava: a cruz e a ressurreição que a seguiria. Quando a cruz lhes tivesse ensinado o que significava o messianismo, e quando a ressurreição os tivesse convencido de que Jesus era o Messias, então, e só então, poderiam falar da gloriosa experiência do monte, porque então, e somente então, veriam-na como se devia vê-la: como o prelúdio, não de um desatar da força de Deus, e sim da crucificação do amor de Deus.
Suas mentes seguiam trabalhando. Não podiam entender o que significavam as palavras de Jesus sobre a ressurreição. Toda sua atitude mostra que em realidade nunca as entenderam. Toda sua atitude quando chegou a cruz foi a atitude de homens para quem tinha chegado o fim. Não devemos culpar os discípulos. Simplesmente tinham sido educados em uma idéia tão completamente diferente do Messias que literalmente não podiam captar o que Jesus lhe tinha dito.

Então perguntaram algo que os deixou intrigados. Os judeus acreditavam que antes que viesse o Messias viria Elias para ser seu precursor e introdutor (Malaquias 3:5-6).

Segundo uma tradição rabínica, Elias viria três dias antes que o Messias. O primeiro dia se deteria sobre os montes de Israel, lamentando a desolação da Terra. E logo, com uma voz que se ouviria de um ao outro extremo da Terra, gritaria: "A paz vem ao mundo; a paz vem ao mundo:" Ao segundo dia gritaria: "Deus vem ao mundo, Deus vem ao mundo." E ao terceiro dia gritaria: "Jeshua (a salvação) vem ao mundo, Jeshua vem ao mundo." Ele restauraria todas as coisas. Repararia as brechas familiares dos maus dias. Resolveria todos os pontos duvidosos de ritual e cerimonial. Purificaria a nação de Israel trazendo de volta os que tinham sido excluídos erroneamente e expulsaria os que tinham sido incluídos erroneamente. Elias tinha um lugar surpreendente no pensamento de Israel. Era concebido como um ser continuamente ativo no céu e na Terra a favor deles, e como o arauto da consumação final.

Sem dúvida, os discípulos se perguntavam: "Se Jesus for o Messias, o que aconteceu com Elias?" A resposta de Jesus foi em termos que qualquer judeu entenderia. "Elias", disse, "veio e os homens o trataram como quiseram, apoderaram-se dele e lhe aplicaram arbitrariamente sua vontade em lugar da vontade de Deus." Jesus se estava referindo ao encarceramento e a morte do João Batista às mãos do Herodes. E logo, por implicação, conduziu-os àquele pensamento que eles não queriam enfrentar e que Ele estava decidido a lhes fazer enfrentar. Por implicação lhes perguntou: "Se estas coisas fizeram com o precursor, que não farão com o Messias?" Jesus estava transtornando todas as noções e idéias preconcebidas de seus discípulos. Eles aguardavam a emergência de Elias, a vinda do Messias, a corrupção de Deus no tempo e a contundente vitória do céu, que eles identificavam com o triunfo de Israel.

Estava buscando fazê-los ver que em realidade o arauto tinha sido morto cruelmente e o Messias devia terminar em uma cruz. Mas eles seguiam sem entender, e sua falta de compreensão se devia à causa que sempre faz que os homens não entendam: aferravam-se à sua maneira de pensar e se negavam a ver as coisas como Deus as via. Queriam que as coisas fossem como eles as desejavam e não como Deus as tinha ordenado. O engano dos pensamentos humanos os tinha cegado à revelação da verdade de Deus.

A DESCIDA DO MONTE

Marcos 9:14-18

Este tipo de coisas era precisamente a que Pedro queria evitar. Na cúpula do monte, em presença da glória, havia dito: "Este lugar está bem para nós." E tinha querido levantar ali três cabanas, para Jesus, Moisés e Elias, e permanecer ali. A vida era muito melhor, muito mais perto de Deus, ali na cúpula. Por que descer? Mas é da própria essência da vida que devemos descer do topo do monte. Tem-se dito que na religião está bem a solidão, mas não o isolamento. A solidão é necessária, porque é necessário manter contato com Deus, mas se alguém, em sua busca da solidão essencial, separa-se de seus semelhantes, se fechar seus ouvidos ao pedido de ajuda dos homens, se fechar seu coração ao clamor das lágrimas das pessoas, então isso não é religião. A solidão não tem por objeto nos converter em solitários. Só nos fazer mais capazes de enfrentar as exigências da vida diária.
Jesus desceu para achar-se com uma situação muito delicada. Um pai tinha levado aos discípulos seu filho, que segundo todos os sintomas era epilético. Os discípulos tinham sido totalmente incapazes de fazer algo com esse caso, e isso tinha sido aproveitado pelos escribas, os expertos na Lei. A incapacidade dos discípulos era uma ocasião de primeira ordem para menosprezá-los, não só a eles, mas também a seu Mestre. Isso era o que fazia tão delicada a situação, e é também o que faz tão delicada para o cristão toda situação humana. Sua conduta, suas palavras, seu comportamento, sua capacidade ou incapacidade para enfrentar as demandas da vida, empregam-se como vara não só para medi-lo, mas também para julgar a Jesus Cristo.
A. Victor Murray, em seu livro sobre educação cristã, escreve:

"Há alguns a cujos olhos vem um olhar longínquo quando falam da Igreja. É uma sociedade sobrenatural, o corpo de Cristo, sua esposa imaculada, a custódia dos oráculos de Deus, a bem-aventurada companhia dos redimidos, e uns quantos títulos românticos mais, nenhum dos quais parece corresponder ao que os de fora podem ver por si mesmos na ‘Igreja Paroquial da Santa Agueda’ ou nos ‘Metodistas da Rua Principal’.”

Não importa quão ressonantes sejam as profissões de fé de um indivíduo, as pessoas o julgarão por suas ações, e, ao julgá-lo, julgará a seu Mestre. Nesta situação particular os escribas acharam uma oportunidade enviada pelo céu para menosprezar não só aos discípulos, mas também ao próprio Jesus.
E Jesus chegou. Quando as pessoas o viram se assombraram. Não temos que pensar por um momento que subsistisse ainda sobre Ele o resplendor da Transfiguração. Isso teria desbaratado suas instruções de que o fato se guardasse em segredo. A multidão o cria longe, nas solitárias ladeiras do Hermom. Tinham estado tão empenhados em sua discussão, que não o tinham visto chegar, e agora, justo no momento mais oportuno, ali estava em meio deles. Foi sua repentina e inesperada chegada, justo no momento preciso, o que os surpreendeu. Aqui aprendemos duas coisas a respeito de Jesus.

  1. Que Ele estava disposto a enfrentar a cruz, e estava logo para enfrentar o problema comum, segundo vierem. É característico da natureza humana que possamos enfrentar os grandes momentos críticos da vida com honra e dignidade, mas permitimos que as exigências rotineiras de cada dia nos irritem e distraiam e chateiem. Podemos enfrentar os golpes devastadores da vida com certo heroísmo, mas permitimos que as pequenas espetadas de alfinete nos perturbem e instiguem. Muitos podem enfrentar uma grande perda ou uma grande calamidade com tranqüila serenidade e, entretanto, zangam-se se uma comida está mal cozida ou se um trem chegar com atraso. O notável de Jesus era que podia enfrentar serenamente a cruz, e ao mesmo tempo, com igual tranqüilidade, tratar as emergências cotidianas da vida. A razão era que Ele não reservava a Deus para as crises, como fazemos tantos de nós. Ele transitava com Deus os atalhos diários da vida.
  2. Que Ele tinha vindo ao mundo para salvá-lo, e entretanto, podia entregar-se por inteiro a ajudar a uma só pessoa. É muito mais fácil pregar o evangelho do amor à humanidade que amar a um pecador determinado, individualmente. É fácil estar cheio de um afeto sentimental pelo gênero humano, e igualmente fácil achar muito molesto o ter que nos apartar do caminho para ajudar a um membro do gênero humano. Jesus tinha o dom, que é o dom de uma natureza superior, de dar-se inteiramente a cada pessoa com quem se encontrasse.

O CLAMOR DA FÉ

Marcos 9:19-24

Esta passagem começa com uma exclamação que saiu do próprio coração de Jesus. Ele tinha estado no topo do monte e tinha enfrentado a tremenda tarefa que tinha pela frente. Tinha decidido pôr sua vida para a redenção do mundo. E agora tinha descido do Monte só para achar a seus seguidores mais próximos, os que Ele mesmo tinha escolhido, derrotados, confusos, impotentes e inoperantes. A coisa, no primeiro momento, deve ter intimidado ao próprio Jesus.
Deve ter tido uma súbita compreensão do que outro teria chamado a desesperança de sua tarefa. Nesse momento deve ter estado prestes a se desesperar para o intento de mudar a natureza humana e fazer dos homens do mundo homens de Deus.
Como enfrentou esse momento de desespero? Disse: "Tragam-me o jovem," Quando não se pode enfrentar a situação última, o que se terá que fazer é enfrentar a situação imediata. Foi como se Jesus tivesse dito: "Não sei como vou mudar a estes meus discípulos, mas neste momento posso ajudar a este jovem. Continuemos com a tarefa presente e não nos desesperemos com o futuro."

Essa é a maneira de evitar o desespero. Se nos sentarmos a pensar no estado do mundo, podemos desesperar. nos entreguemos, pois, à ação e façamos o que podemos por nosso pedacinho do mundo. Às vezes podemos nos desesperar da Igreja. Então, ponhamo-nos em ação em nossa parte da Igreja. Jesus não se sentou atônito e paralisado ante a lentidão das mentes humanas. Ocupou-se da situação imediata. A maneira mais segura de evitar o pessimismo e o desespero é empreender a ação imediata que possamos, e sempre podemos fazer algo.

Ao pai do jovem, Jesus manifestou as condições para que se produzira um milagre. "Ao que crê", disse, "tudo lhe é possível." Era como lhe dizer: "A cura de seu filho depende, não de mim, mas sim de ti." Esta não é uma verdade especialmente teológica. É uma verdade universal. Enfocar algo com um espírito de desesperança é fazê-la desesperada. Enfocá-la com o espírito de fé é fazer dela uma possibilidade. Cavour disse uma vez que um estadista necessitava "Um sentido do possível". A maioria de nós estamos malditos com um sentido do impossível, e por isso precisamente é que não acontecem milagres.
Toda a atitude do pai do jovem é muito ilustrativa. Originalmente tinha chegado procurando a Jesus. Mas como Jesus estava no alto do monte tinha tido que tratar com os discípulos. Sua experiência com estes tinha sido desalentadora: Sua fé tinha saído maltratada, tanto que quando se encontrou com Jesus tudo o que pôde dizer foi: "Ajude-me, se pode fazer algo." E depois, face a face com o Mestre, sua fé se acendeu outra vez repentinamente. "Creio!", exclamou. "Se ainda fica em mim algum desalento, sim algumas dúvida, tire-os e me encha de uma fé correta."

Às vezes acontece que alguns obtêm menos do que esperavam de alguma Igreja ou de algum servidor da Igreja. Vão a alguma Igreja ou a algum homem que, crêem, é um homem de Deus e se sentem desiludidos. Quando isto acontece, tais pessoas devem ir, além da Igreja ao Senhor da Igreja; mais além do servo de Cristo, ao próprio Cristo. A Igreja às vezes pode nos desiludir, como também os servos de Deus na Terra. Mas quando nos encontramos face a face com Jesus Cristo Ele nunca nos desilude.

A CAUSA DO FRACASSO

Marcos 9:25-29

Jesus deve ter levado à parte o pai e o filho. Mas a multidão, ouvindo os gritos de ambos, tinha-se aproximado depressa, e então Jesus agiu. Houve uma última luta, uma luta até o esgotamento completo, e o jovem ficou são.

Quando ficaram sozinhos, os discípulos perguntaram a causa de seu fracasso. Certamente estavam recordando que o Senhor os tinha enviado a pregar e curar e expulsa demônios (Marcos 3:14-15). Por que, pois, tinham falhado tão rotundamente esta vez? Jesus lhes respondeu muito simplesmente que para esse tipo de curas fazia falta a oração.

Disse-lhes em efeito: "Vocês não vivem suficientemente perto de Deus." Tinham sido dotados de poder, mas necessitavam da oração para guardar e manter esse poder.
Há aqui uma profunda lição para nós. Pode ser que Deus nos tenha dado alguns dons, mas a não ser que mantenhamos estreito contato com Ele esses dons podem murchar-se e morrer. Isto se aplica a todos os dons. Deus pode lhe dar a um grandes dotes de pregador, mas se não mantiver seu contato com Deus, pode converter-se ao final em um falador e não em um homem de poder. Deus pode lhe a alguém o dom da música ou o canto, mas a não ser que essa pessoa mantenha o contato com Deus, pode converter-se em um simples profissional, que usa seu dom só por lucro, o que é algo triste. Isto não significa que não se deva usar um dom para ganhar dinheiro. A gente tem direito de capitalizar qualquer talento. Mas quer dizer que, mesmo que o use assim, deveria gozar-se nele porque o está usando para Deus. Diz-se que Jenny Lind, a famosa soprano sueca, antes de cada apresentação, a sós em seu camarim, orava: "Deus, me ajude a cantar seriamente esta noite."
A não ser que mantenhamos esse contato com Deus perderemos duas coisas, por grande que seja nosso dom.

  1. Perderemos vitalidade. Perderemos esse poder vivo, esse algo mais que significa a grandeza. Tudo se converte em uma representação, em lugar de uma oferta a Deus. O que deveria ser um corpo vivo, que respira, converte-se em um belo cadáver.
  2. Perderemos humildade. Começamos a usar para nossa própria glória o que deveria ser usado para a glória de Deus, e então perde sua virtude. O que tivéssemos tido que usar para pôr a Deus diante dos homens, usa-se para nos colocar a nós mesmos diante dos homens, e desaparece o hálito da beleza.

Aqui há um pensamento de advertência. Os discípulos haviam sido equipados com poder diretamente pelo próprio Jesus, mas não tinham nutrido esse poder com a oração, e se tinha desvanecido. Sejam quais forem os dons que Deus nos deu, perdemo-los quando os usamos para nós mesmos. Conservamo-los quando os enriquecemos pelo contínuo contato com o Deus que nos deu o poder.

ENFRENTANDO O FIM

Marcos 9:30-32

Esta passagem assinala um marco. Jesus deixou a região do Norte, onde estava seguro, e está dando os primeiros passos para Jerusalém e a cruz que ali o aguarda. Por esta vez não quis multidões a seu redor. Uma coisa sabia com certeza: que a não ser que pudesse gravar sua mensagem nos corações dos homens que tinha escolhido, teria fracassado. Qualquer professor pode deixar atrás de si uma série de proposições, mas Jesus sabia que isso não basta. Tinha que deixar um grupo de pessoas nas quais estivessem gravadas essas proposições. Tinha que assegurar-se, antes de abandonar corporalmente este mundo, de que houvesse alguns que entendessem, embora imperfeitamente, o que Ele tinha vindo a dizer.

Esta vez sua advertência soava mais a tragédia. Se compararmos esta passagem com o anterior no qual anunciou sua morte (Mc 8:31), vemos que se acrescenta uma frase: "O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens." Não só estava anunciando um fato e fazendo uma advertência; também estava fazendo um último apelo ao homem em cujo coração se estava formando o propósito de traí-lo.

Mesmo assim os discípulos não entenderam. O que não entendiam era a alusão a que voltaria a viver. A esta altura já estavam conscientes de uma atmosfera de tragédia, mas o que nunca captaram até o final foi a certeza da ressurreição. Era uma maravilha muito grande para eles, uma maravilha que só puderam apreciar quando se converteu em uma realidade evidente.
Quando não entendiam, os discípulos temiam fazer mais perguntas. Era como se soubessem tanto que temiam saber algo mais. Um homem pode receber o diagnóstico de um médico. Pode entender o teor geral do veredicto, mas não entender todos os detalhes, e pode ter medo de fazer mais perguntas, pela simples razão de que teme saber mais. Assim eram os discípulos.
Às vezes nos assombramos de que não entendessem o que se havia dito com tanta claridade. A mente humana tem uma assombrosa faculdade: a de rechaçar aquilo que não quer ver.

Somos nós tão diferentes deles? Uma e outra vez ouvimos a mensagem cristã. Conhecemos a gloriosa experiência de aceitá-la, e a tragédia de rechaçá-la, mas muitos de nós estamos tão longe como sempre de aceitá-la plenamente e deixar que molde nossas vidas. Os homens ainda aceitam as partes da mensagem cristã que lhes agradam e lhes convêm, e recusam entender o resto.

A VERDADEIRA AMBIÇÃO

Marcos 9:33-35

Nada mostra melhor que este incidente quão longe estavam os discípulos de entender o significado real do messianismo de Jesus. Repetidamente lhes tinha falado do que lhe aguardava em Jerusalém, e entretanto, é evidente que ainda estavam pensando sobre o Reino do Jesus em termos de um reino terrestre, e em si mesmos como os principais ministros de Estado. Há algo dilacerador no pensamento de que Jesus partia para a cruz e seus discípulos estavam discutindo a respeito de quem seria o primeiro. E entretanto, no íntimo de seus corações, sabiam que estavam equivocados. Quando Ele lhes perguntou sobre o que tinham estado discutindo, não souberam o que responder.

Era o silêncio da vergonha. Não tinham nada que dizer em seu favor; não tinham defesa.

É estranho como uma coisa ocupa o lugar que lhe é próprio e adquire seu verdadeiro caráter quando a colocamos aos olhos de Jesus. Enquanto criam que Jesus não os ouvia nem os via, a discussão a respeito de quem seria o primeiro lhes parecia importante, mas quando tiveram que expor a questão na presença de Jesus se viu toda sua falta de importância. Se tomarmos todas as coisas e as pomos diante de Jesus, isso significará uma enorme diferença em nossas vidas.
Se em tudo o que fazemos, perguntássemos: "Eu poderia fazer isto se Jesus estivesse me olhando?"; se quando dissermos algo, perguntássemos: "Eu poderia continuar falando assim se Jesus estivesse me ouvindo?" Salvar-nos-íamos de dizer e fazer muitas coisas. E a realidade da crença cristã é que não há tal "se", pois todas as ações são feitas, todas as palavras são ditas em sua presença. Deus nos guarde das palavras e ações das quais nos envergonharíamos de que Ele as ouvisse e visse.
Jesus tomou isto muito a sério. Diz o relato que se sentou e chamou a si os Doze. Quando um rabino estava ensinando em função de tal, quando estava ensinando como um professor ensina a seus alunos e discípulos, quando estava realmente fazendo um pronunciamento, sentava-se para fazê-lo. Antes de falar, Jesus adotou deliberadamente a posição de um rabino ao ensinar a seus discípulos. E então lhes disse que se procuravam grandeza em seu Reino, achariam-na não sendo primeiros, a não ser sendo últimos; não sendo senhores, a não ser sendo servos de todos. Não é que Jesus abolisse a ambição. Em vez disso, Ele a recriou e a sublimou. Substituiu a ambição de governar pela ambição de servir. Substituiu a ambição de que nos façam coisas pela ambição de fazer coisas para outros.
Longe de ser um conceito idealista impossível, este é um conceito do mais são senso comum. Os homens realmente grandes, os que se recordam como tendo feito uma real contribuição à vida, não são os que disseram a si mesmos: "Como posso usar do Estado e da sociedade para meu proveito?" e sim: "Como posso usar meus dons e talentos pessoais para servir ao Estado?"
Mr. Baldwin rendeu um nobre tributo a Lorde Curzon quando este faleceu. Nele disse: "Antes de me sentar, queria dizer uma ou duas coisas que ninguém mais que eu pode dizer. Um Primeiro-ministro vê a natureza humana nua até o osso, e tive a oportunidade de vê-lo duas vezes quando sofreu grandes desenganos na vez que eu fui preferido a ele para Primeiro-ministro —, e na vez que tive que lhe dizer que poderia prestar melhores serviços ao país como presidente do Comitê de Defesa Imperial que no Ministério de Relações Exteriores. Cada uma destas ocasiões foi para ele um amargo desengano, mas nem por um momento mostrou com palavras, olhares ou indiretas, ou por nenhuma referência posterior ao assunto, que estivesse insatisfeito. Não guardou rancor, e não procedeu mas sim da maneira que eu esperava dele, cumprindo seu dever ali onde se decidiu que podia ser mais útil". Eis aqui um homem cuja grandeza estava, não no fato de que tivesse alcançado as mais altas posições no Estado, e sim no fato de que estava disposto a servir a seu país em qualquer parte.
A verdadeira falta de egoísmo é estranha, e quando alguém a encontre lembra dela. Os gregos tinham uma história de certo espartano chamado Paedaretos. Deviam escolher-se trezentos homens para governar Esparta, e Paedaretos era um dos candidatos. Quando se leu a lista dos escolhidos, seu nome não figurava. "Sinto muito que não fosse eleito", disse-lhe um amigo. "A gente deveria saber que tivesse sido um funcionário sábio." Paedaretos respondeu: "Me alegro de que na Esparta haja trezentos homens melhores que eu". Eis aqui um homem que se converteu em lenda porque esteve disposto a dar o primeiro lugar a outros e não guardar rancor.

Todos os problemas econômicos se resolveriam se os homens vivessem para o que podem fazer por outros e não para o que podem obter para si mesmos. Todos os problemas políticos se resolveriam se a ambição dos homens fosse somente servir ao país e não aumentar seu próprio prestígio. As divisões e disputas que impedem a unidade da Igreja desapareceriam em sua major parte se o único afã da Igreja e seus funcionários fosse servir à Igreja, sem lhes importar em que posição estivessem em tanto prestassem o serviço. Quando Jesus falou da suprema grandeza e valor do homem cuja ambição era servir, estabeleceu uma das maiores verdades práticas do mundo.

AJUDAR OS NECESSITADOS É AJUDAR A CRISTO

Marcos 9:36-37

Lembremos que aqui Jesus se está ocupando das ambições dignas e das indignas.
Jesus tomou um menino e o pôs no meio. Agora, um menino não tem influência alguma. Um menino não pode fazer progredir a ninguém em sua carreira nem aumentar seu prestígio. Um menino não pode nos dar coisas. Pelo contrário, o menino precisa de coisas. Necessita que lhe façam coisas. De modo que Jesus diz: "Se, alguém recebe às pessoas pobres, comuns, às pessoas que não têm influência nem riquezas nem poder, aos que necessitam que lhes façam coisas, a mim me recebe. Mais ainda, recebe a Deus. O menino é típico da pessoa que necessita coisas, e devemos procurar a companhia da pessoa que necessita coisas.

Aqui há uma advertência. É fácil cultivar a amizade da pessoa que pode fazer algo por nós, e cuja influência pode nos ser útil. E não menos fácil é evitar a companhia da pessoa que inconvenientemente necessita nossa ajuda. É fácil cortejar o favor dos grandes e influentes, e menosprezar aos simples, humildes e comuns. É fácil procurar em alguma função a companhia de alguma pessoa distinguida e nos fazer notar por ela, e evitar as relações pobres. O que Jesus diz aqui é que devemos procurar, não aqueles que podem fazer coisas para nós, e sim aqueles para quem nós podemos fazer algo, porque ao fazê-lo buscamos a companhia do próprio Jesus. É outra maneira de dizer: "Por quanto o que fizeram a um destes meus irmãos pequeninos, a mim o fizeram".

UMA LIÇÃO DE TOLERÂNCIA Marcos 9:38-40

Como vimos vez após vez, nos dias de Jesus todo mundo acreditava em demônios. Todos acreditavam que as enfermidades mentais e físicas eram causadas pela influência maligna desses maus espíritos. Agora, havia uma maneira muito comum de exorcizar esses demônios. Se fosse possível conhecer o nome de um espírito mais poderoso ainda, e nesse nome ordenar ao demônio que saísse de uma pessoa, se supunha que este não poderia resistir. O demônio não podia suportar o poder do nome mais poderoso. Este é o quadro que temos aqui. João tinha visto um homem que usava o nome todo-poderoso de Jesus para expulsar demônios, e o tinha proibido, porque não pertencia à companhia dos íntimos de Jesus. Mas Jesus declarou que ninguém podia fazer uma obra de poder em seu nome e ser seu inimigo. E então estabeleceu o grande princípio de que "quem não é contra nós é por nós". Temos aqui, pois, uma lição de tolerância que quase todos precisamos aprender.

  1. Todo homem tem direito a seus pensamentos. Tem direito de pensar as coisas em profundidade, até chegar a suas próprias conclusões e suas próprias crenças. E isto é precisamente o que deveríamos respeitar. Somos muito propensos a condenar o que não entendemos. William Penn disse uma vez: "Não menosprezem nem se oponham àquilo que não entendem". Em Jd 1:10, Mt 5:29, Mt 5:30; Mt 10:28; Mt 18:9; Mt 23:15,Mt 23:33; Lc 12:5; Jc 3:6. A palavra se traduz regularmente inferno, e é uma palavra com história. É uma forma da palavra Hinom. O vale de Hinom era uma quebrada fora de Jerusalém, que tinha uma má história.

    Era o vale em que Acaz, na antiguidade, tinha instituído o culto do fogo e o sacrifício de crianças no fogo. “Queimou incenso no vale do filho de Hinom e queimou a seus próprios filhos” (2Cr 28:3). Esse terrível culto pagão foi seguido também por Manassés (2Cr 33:6). O vale do Hinom, Geena, portanto, era a cena de um dos mais terríveis deslizes de Israel para os costumes pagãos. Em sua reforma, Josias declarou lugar imundo ao vale do Hinom. “Também profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém queimasse a seu filho ou a sua filha como sacrifício a Moloque” (2Rs 23:10). Quando o vale foi assim declarado imundo e profanado, foi destinado a lançar os lixos de Jerusalém para ser queimados. Em conseqüência era um lugar sujo e fétido, onde animálias asquerosas se criavam entre os desperdícios e onde havia sempre fogo e fumaça como em um enorme incinerador. A referência ao verme que não morre e o fogo que não se apaga, procede de uma descrição da sorte dos inimigos de Israel em Is 66:24.

    Devido a tudo isto, o vale do Hinom ou Geena se converteu em uma sorte de símbolo do inferno, ou o lugar onde as almas dos ímpios serão torturadas e destruídas. Assim é usado no Talmud. "O pecador que desiste das palavras da Lei no final herdará o Geena." De modo, pois, que o Geena representa o lugar de castigo, e a palavra suscitava na mente de todo israelita as imagens mais repelentes e terríveis.
    Mas qual é a meta pela qual deve sacrificar-se todo o resto? É descrita de duas maneiras. Duas vezes é chamada vida, e uma vez Reino de Deus. Como podemos definir o Reino de Deus? Podemos tirar nossa definição do Pai Nosso. Nesta oração se encontram duas petições, uma junto à outra. "Venha o Teu reino. Seja feita a Tua vontade Assim na terra como no céu ". Não há um dispositivo literário mais característico do estilo judeu que o paralelismo. No paralelismo se põem lado a lado duas frases, uma das quais reitera a outra, ou a amplifica ou a explica e desenvolve. Qualquer versículo dos Salmos mostrará o funcionamento deste dispositivo. Podemos concluir, pois, que na oração dominical uma petição é uma explicação e amplificação da outra.

    Quando tomamos juntas, temos a definição de que: "O Reino dos céus é uma sociedade sobre a terra na qual a vontade de Deus se faz tão perfeitamente como no céu." Podemos dizer, pois, muito simplesmente, que fazer perfeitamente a vontade de Deus é ser cidadão do Reino dos Céus. E se aplicarmos isto à passagem que estivemos estudando significará que fazer a vontade de Deus vale qualquer sacrifico e qualquer disciplina e qualquer negação de si mesmo, que só em fazer a vontade de Deus há vida verdadeira e paz definitiva e satisfatória.

    Orígenes interpreta isto simbolicamente. Diz que pode ser necessário excluir da comunhão da Igreja a algum herege ou alguma má pessoa, a fim de manter a pureza do corpo da Igreja. Mas este dito está destinado a ser interpretado muito pessoalmente. Significa que pode ser necessário extirpar algum hábito, abandonar algum prazer, renunciar a alguma amizade, separar-nos de algo que nos foi muito querido, que se converteu em parte de nossas próprias vidas, a fim de ser plenamente obedientes à vontade de Deus. Esta não é uma questão que alguém pode resolver por outro. É somente uma questão da consciência individual de cada um, e significa que, se houver algo em nossa vida que se interpõe entre nós e a obediência perfeita à vontade de Deus, por querida que nos seja essa coisa ou pessoa, por mais que o hábito e o costume a tenham feito parte de nossa vida, deve ser erradicada. A erradicação pode ser uma operação cirúrgica dolorosa, pode parecer que nos corta uma parte de nosso corpo, mas se tivermos que conhecer a vida verdadeira, a verdadeira felicidade e paz, devemos fazê-lo. Isto pode parecer frio e severo, mas em realidade é só o confronto da realidade da vida.

    O SAL DA VIDA CRISTÃ

    Marcos 9:49-50

    Estes dois versículos são contados entre os de mais difícil interpretação do Novo Testamento. Os comentaristas apresentam literalmente dezenas de interpretações. Será mais fácil interpretá-los se recordarmos uma coisa que já tivemos ocasião de assinalar. Freqüentemente Jesus vertia ditos sentenciosos que se aderiam às mentes de seus ouvintes porque lhes era impossível esquecê-los. Mas com freqüência, embora recordavam o dito, não recordavam o contexto e a ocasião em que tinha sido pronunciado. O resultado é que freqüentemente temos uma série de ditos desconectados que foram reunidos porque se aderiram à mente do autor nessa ordem. Aqui temos um exemplo disto. Não acharemos o sentido destes dois versículos a não ser que reconheçamos que temos aqui três ditos soltos de Jesus que não têm nada que ver um com outro. Uniram-se na mente do compilador e ali permaneceram nessa ordem porque todos eles contêm a palavra sal.
    Constituem uma pequena coleção de ditos de Jesus nos que empregou a palavra sal em distintos usos, como uma metáfora ou ilustração. Tudo isto indica que não devemos tratar de achar alguma remota conexão entre estes ditos. Devemos tomá-los individualmente, um por um, e interpretá-los cada um por si.

    1. Todos serão salgados com fogo. Segundo a Lei judia, todo sacrifício devia ser salgado antes de ser devotado a Deus no altar (Lv 2:13). Esse sal sacrificial era chamada o sal do aliança (Nu 18:9; 2Cr 13:52Cr 13:5). O agregado desse sal era o que fazia aceitável a Deus o sacrifício, e a própria Lei de seu aliança assim o estabelecia. Este dito de Jesus significará, pois: "Antes de a vida do cristão ser aceitável a Deus, deve ser tratada com fogo assim como todo sacrifício é tratado com sal". O fogo é o sal que torna a vida aceitável a Deus.

    O que significa, pois, isto? Na linguagem corrente do Novo Testamento, o fogo tem duas conexões.

    1. O fogo está conectado com a purificação. O fogo é o que purifica o metal de baixa lei, separando as impurezas e deixando o metal puro. O fogo, pois, representa tudo o que purifica a vida, a disciplina com a qual o homem vence o seu pecado, as experiências da vida que purificam e fortalecem as juntas da alma. Nesse caso, isto significaria: "A vida aceitável a Deus é a que foi limpa e purificada pela disciplina da obediência cristã e a da aceitação cristã da mão guiadora de Deus".
    2. O fogo está conectado com a destruição. Em tal caso este dito teria que ver com a perseguição. Significaria que a vida que tenha suportado as vicissitudes e destruições e dificuldades e perigos da perseguição é a vida aceitável a Deus. O homem que enfrentou voluntariamente o perigo da destruição de seus bens e de sua própria vida, por sua lealdade a Jesus Cristo, é aquele que Deus ama. Assim, pois, podemos entender este primeiro dito de Jesus no sentido de que a vida purificada pela disciplina, e a vida que enfrentou o perigo da perseguição por causa de sua fidelidade é o sacrifício precioso para Deus.
    3. Bom é o sal; mas se o sal se faz insípido, com o que se vai temperar? Este dito é ainda mais difícil de interpretar. Não diríamos que não há outras interpretações possíveis, mas sugeriríamos que o pode entender mais ou menos assim. O sal tem duas virtudes características. Primeiro, tempera as coisas. Um ovo sem sal é insípido. Todo mundo sabe quão desagradável é um prato quando acidentalmente se omite em sua preparação o sal que deve levar. Segundo, o sal foi o primeiro dos preservativos. Para evitar que algo se apodrecesse e estragasse, empregava-se o sal. Os gregos diziam que o sal agia como uma alma em cadáver. A carne morta, se deixada, decompõe-se, mas, salgada, mantém sua frescura. O sal parecia lhe infundir uma sorte de vida. O sal, pois, defendia contra a podridão e a corrupção.

    Agora, o cristão foi enviado a uma sociedade pagã para viver nela e fazer algo por ela. A sociedade pagã tinha duas características. Primeiro, estava deprimida e cansada do mundo. Os mesmos luxos e excessos desse mundo antigo eram uma prova de que em sua depressão e cansaço estava procurando algo que desse emoção a uma vida da qual tinha desaparecido toda emoção. Agora, a esse mundo aborrecido e cansado chegou o cristianismo, e a tarefa dos cristãos foi repartir à sociedade um novo sabor e uma nova emoção como o faz o sal com um prato de comida.
    Segundo, esse mundo antigo era um mundo corrompido. Ninguém o sabia melhor que os próprios antigos. Juvenal assemelhava Roma a um esgoto imundo. A pureza tinha desaparecido e a castidade era desconhecida. Agora, a esse mundo corrupto e podre chegou o cristianismo, e sua tarefa foi trazer um anti-séptico para o veneno da vida, introduzir uma influência faxineira, purificadora nessa corrupção. Assim como o sal derrotava à corrupção que indevidamente ataca à carne morta, o cristianismo teria que atacar a corrupção do mundo. Assim, pois, neste dito Jesus estava desafiando aos cristãos. "O mundo", disse, "necessita o sabor e a pureza que só os cristãos podem lhe infundir. E se o cristão tiver perdido ele mesmo a emoção e a pureza da vida cristã, onde poderá o mundo obter estas coisas? Jesus está assinalando que a não ser que o cristão introduza na vida o sabor cristão e a pureza cristã não há nenhuma outra parte onde o mundo possa achar estas coisas. A não ser que o cristão, no poder de Cristo, vença a depressão e a corrupção do mundo, estas coisas florescerão sem controle.

    1. Tenham sal em vós mesmos; e tenham paz uns com os outros. Aqui devemos tomar o sal no sentido de pureza. Os antigos diziam que não havia no mundo nada mais puro que o sal, porque procedia das duas coisas mais puras; o Sol e o mar. A mesma brancura resplandecente do sal era uma imagem de pureza. Assim, pois, isto significaria: "Tenham dentro de vocês a influência purificadora do Espírito de Cristo. Sejam purificados do egoísmo e o egotismo, da amargura e a ira e a inveja. Sejam limpos da irritação e os caprichos e o amor próprio, e então, e só então, poderão viver em paz com seus semelhantes". Em outras palavras, Jesus está dizendo que só a vida que está limpa do eu e cheia de Cristo pode viver em verdadeira comunhão com os homens.

Dicionário

Aqui

advérbio Neste lugar: aqui não há preconceitos raciais.
A este lugar: jamais voltarei aqui.
Nesta ocasião, neste momento, agora: nunca simpatizei com ele, e aqui o digo sem rebuços.
locução adverbial Aqui e ali, ora num lugar, ora noutro; esparsamente.

cá. – Escreve Roq., que estes dois advérbios“ valem o mesmo que ‘este lugar’, ou ‘neste lugar’ onde se acha a pessoa que fala. A diferença entre os dois consiste em que aqui designa o lugar de um modo absoluto, e sem referência alguma a outro lugar;
v. g.: Aqui vivo, aqui estou, etc. Cá tem maior extensão, pois além de designar o lugar onde se está, acrescenta por si só a exclusão de outro lugar determinado (lá) que direta ou indiretamente se contrapõe àquele em que nos achamos. Vivo aqui; janto aqui – supõe, só e absolutamente, o lugar onde vivo e onde janto, sem excluir determinadamente outro lugar, e sem sugerir a menor ideia de dúvida, preferência, ou relação alguma respetivamente a outro. Mas – janto hoje cá; esta noite durmo cá – exclui determinadamente o lugar onde costumo jantar ou dormir. No estilo familiar entende-se – aqui por ‘nesta casa’; pois quando alguém diz – F. jantou aqui ontem; ou – passou ontem aqui a noite – é como se dissesse – jantou, passou a noite ‘nesta casa’. Quando cá se contrapõe a lá indica a terra ou o lugar em que estamos comparando com outro de que já falamos, e a que nos referimos como se vê no ditado vulgar – Cá e lá más fadas há”.

Chegado

adjetivo Próximo, contíguo.
Dado, propenso. Antôn (acepção 1): afastado.
Etimologia (origem da palavra chegado). Particípio de chegar.

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Morte

A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7

[...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60

[...] é a libertação dos cuidados terrenos [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291

A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12

[...] começo de outra vida mais feliz. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

[...] é um estágio entre duas vidas. [...]
Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

[...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...].
Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

[...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11

O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...]
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2

[...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7

A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento

A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação

A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21

[...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5

[...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9

Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação

[...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver

Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório

A morte é a desveladora da vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

[...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade

[...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas.
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3

A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

[...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...]
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas

[...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...]
Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe

[...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15

M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34

[...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•

[...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...]
Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6

[...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte

[...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...]
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

[...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...].
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte

[...] é o remate da vida. [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele

[...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência

A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte

[...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução

[...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20

A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é somente uma longa viagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é a grande niveladora do mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Toda morte é ressurreição na verdade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além

[...] é sempre um caminho surpreendente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno

A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro

[...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8

M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38

A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação

Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro?
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

[...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

[...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41

A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos

A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte

[...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

[...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus

A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros

A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte

[...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30

[...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1

[...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] A morte é lição para todos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22


Morte Ver Alma, Céu, Geena, Hades, Juízo final, Ressurreição.

Morte
1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).


2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).


Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos:
1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e
2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).

substantivo feminino Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.
Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança.
Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice.
Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer.
Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo.
Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.

vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Poder

verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
Ter possibilidade
(s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
Ação de possuir (alguma coisa); posse.
Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
Força, energia, vitalidade e potência.
Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.

verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
Ter possibilidade
(s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
Ação de possuir (alguma coisa); posse.
Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
Força, energia, vitalidade e potência.
Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.

O poder, na vida, constitui o progresso. O poder é um atributo da sabedoria; a sabedoria a resultante da experiência; a experiência o impulsor de aperfeiçoamento; o aperfeiçoamento o dinamismo do progresso.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


Poder
1) Força física (Dn 8:6), RA).

2) Domínio (Jz 13:5), RA).

3) Autoridade para agir (Sl 62:11); (Rm 9:22).

4) Força espiritual (Mq 3:8), RA; (At 1:8).

5) Espírito, seja bom ou mau (Ef 1:21); (1Pe 3:22), RA).

6) Espírito mau (1Co 15:24), RA). V. POTESTADE e PRINCIPADO.

Poder Nos evangelhos, encontra-se a afirmativa de que este mundo é campo de batalha entre dois poderes, não humanos, mas espirituais: o de Deus e o de Satanás e seus demônios. Ante essa realidade espiritual, as demais análises são superficiais e fora de foco. Jesus manifesta o poder de Deus nos milagres (Mt 12:22-30; Lc 19:37). É um poder que reside nele e dele sai (Mc 5:30; Lc 4:14), que vence o mal (Mc 3:26ss.; Lc 10:19) e que ele confia a seus discípulos (Mc 16:17).

Quanto ao poder político, os evangelhos consideram-no controlado pelo diabo — que o ofereceu a Jesus (Lc 4:5-8) — e afirmam que esse poder é incompatível com a missão de Jesus. Este o repudiou (Jo 6:15) e claramente declarou que seu Reino não era deste mundo (Jo 18:36-37). Os discípulos não devem copiar os padrões de conduta habituais na atividade política e sim tomar como exemplo a conduta de Jesus como Servo de YHVH (Lc 22:24-30).


Provar

Provar Em sentido literal, provar o sabor dos alimentos (Mt 27:34; Jo 2:9), alimentar-se (Lc 14:24). Provar a morte significa morrer (Lc 9:27; Mc 9:1; Mt 16:28). Aquele que guarda a palavra de Jesus não provará a morte — condenação — eterna (Jo 8:52).

verbo transitivo Demonstrar a verdade, a realidade, a autenticidade de uma coisa com razões, fatos, testemunhos, documentos etc.
Dar testemunho de; mostrar; demonstrar; submeter a prova; dar prova de.
Conhecer por experiência própria; experimentar; sofrer, padecer: provar as fadigas da guerra.
Vestir antes de estar pronto para ver se fica bem: provar um vestido.
Comer ou beber para saber se é bom: provar o vinho.

Provar
1) Testar (Jr 20:12; 1Ts 2:4).


2) Mostrar a verdade (At 24:13).


3) Experimentar (Sl 34:8; Hc 6:4).


4) Comer ou beber (Jo 2:9; Lc 14:24).


5) Passar por (Jo 8:52).


Reino

substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
[Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
[Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
[Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.

Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).

Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.


Verdade

substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
λέγω αὐτός καί ἀμήν ὑμῖν λέγω ὅτι ὧδε ἵστημι τίς εἰσί ὅστις οὐ μή γεύομαι θάνατος ἕως ἄν εἴδω ἔρχομαι ἔν δύναμις βασιλεία θεός
Marcos 9: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E ele disse-lhes: Na verdade eu vos digo, que alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam o reino de Deus vindo com poder.
Marcos 9: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Agosto de 29
G1089
geúomai
γεύομαι
provar, testar o sabor de
(shall taste)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo - 3ª pessoa do plural
G1411
dýnamis
δύναμις
potência
(power)
Substantivo - Feminino no Singular nominativo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2193
héōs
ἕως
extinguir, estar extinto, ser extinguido
(are extinct)
Verbo
G2288
thánatos
θάνατος
a morte do corpo
(of death)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2476
hístēmi
ἵστημι
causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
(it stood)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G281
amḗn
ἀμήν
neto de Finéias
(And Ahiah)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G302
án
ἄν
um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
(the for Ahithophel)
Substantivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3708
horáō
ὁράω
ira, irritação, provocação, aflição
(of the provocation)
Substantivo
G3748
hóstis
ὅστις
quem
(who)
Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5100
tìs
τὶς
alguém, uma certa pessoa
(something)
Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
G5602
hōde
ὧδε
aqui
(here)
Advérbio
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
G932
basileía
βασιλεία
um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
(of Bohan)
Substantivo


γεύομαι


(G1089)
geúomai (ghyoo'-om-ahee)

1089 γευομαι geuomai

palavra raíz; TDNT - 1:675,117; v

  1. provar, testar o sabor de
  2. saborear
    1. i.e. sentir o sabor de, tomar uma refeição, apreciar
    2. sentir, provar de, experimentar
  3. servir-se, comer, nutrir-se

δύναμις


(G1411)
dýnamis (doo'-nam-is)

1411 δυναμις dunamis

de 1410; TDNT - 2:284,186; n f

  1. poder, força, habilidade
    1. poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve
    2. poder para realizar milagres
    3. poder moral e excelência de alma
    4. poder e influência própria dos ricos e afortunados
    5. poder e riquezas que crescem pelos números
    6. poder que consiste em ou basea-se em exércitos, forças, multidões

Sinônimos ver verbete 5820


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


ἕως


(G2193)
héōs (heh'-oce)

2193 εως heos

de afinidade incerta; conj

  1. até, até que

θάνατος


(G2288)
thánatos (than'-at-os)

2288 θανατος thanatos

de 2348; TDNT - 3:7,312; n m

  1. a morte do corpo
    1. aquela separação (seja natural ou violenta) da alma e do corpo pela qual a vida na terra termina
    2. com a idéia implícita de miséria futura no inferno
      1. o poder da morte
    3. como o mundo inferior, a habitação dos mortos era concebida como sendo muito escura, equivalente à região da mais densa treva, i.e., figuradamente, uma região envolvida em trevas de ignorância e pecado
  2. metáf., a perda daquela única vida digna do nome,
    1. a miséria da alma que se origina do pecado, que começa na terra, mas continua e aumenta, depois da morte do corpo, no inferno

      o estado miserável do ímpio no inferno

      no sentido mais amplo, a morte, incluindo toda as misérias que se originam do pecado, e inclui a morte física como a perda de um vida consagrada a Deus e abênçoada por ele na terra, é seguida pela desdita no inferno


θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

ἵστημι


(G2476)
hístēmi (his'-tay-mee)

2476 ιστημι histemi

uma forma prolongada de uma palavra primária σταω stao stah’-o (do mesmo significado, e usado para este em determinados tempos); TDNT - 7:638,1082; v

  1. causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
    1. ordenar ficar de pé, [levantar-se]
      1. na presença de outros, no meio, diante de juízes, diante dos membros do Sinédrio;
      2. colocar
    2. tornar firme, fixar, estabelecer
      1. fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar
      2. permanecer, ser mantido íntegro (de família, um reino), escapar em segurança
      3. estabelecer algo, fazê-lo permanecer
      4. segurar ou sustentar a autoridade ou a força de algo
    3. colocar ou pôr numa balança
      1. pesar: dinheiro para alguém (porque antigamente, antes da introdução da moeda, era costume pesar os metais)
  2. permanecer
    1. ficar de pé ou próximo
      1. parar, permanecer tranqüilo, permanecer imóvel, permanecer firme
        1. da fundação de uma construção
    2. permanecer
      1. continuar seguro e são, permanecer ileso, permanecer pronto ou preparado
      2. ser de uma mente firme
      3. de qualidade, alguém que não hesita, que não desiste

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἀμήν


(G281)
amḗn (am-ane')

281 αμην amen

de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

  1. firme
    1. metáf. fiel
  2. verdadeiramente, amém
    1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
    2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

ἄν


(G302)
án (an)

302 αν an

uma partícula primária; partícula

  1. não tem um equivalente exato em Português

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁράω


(G3708)
horáō (hor-ah'-o)

3708 οραω horao

propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

  1. ver com os olhos
  2. ver com a mente, perceber, conhecer
  3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
  4. ver, olhar para
    1. dar atênção a, tomar cuidado
    2. cuidar de, dar atênção a

      Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

Sinônimos ver verbete 5822


ὅστις


(G3748)
hóstis (hos'-tis)

3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

de 3739 e 5100; pron

  1. quem quer que, qualquer que, quem

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τὶς


(G5100)
tìs (tis)

5101 τις tis

τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

ὧδε


(G5602)
hōde (ho'-deh)

5602 ωδε hode

da forma adverbial de 3592; adv

  1. aqui, para este lugar, etc.

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

βασιλεία


(G932)
basileía (bas-il-i'-ah)

932 βασιλεια basileia

de 935; TDNT - 1:579,97; n f

  1. poder real, realeza, domínio, governo
    1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
    2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
    3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
  2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
  3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias