Enciclopédia de Lucas 23:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 23: 7

Versão Versículo
ARA Ao saber que era da jurisdição de Herodes, estando este, naqueles dias, em Jerusalém, lho remeteu.
ARC E, sabendo que era da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também naqueles dias estava em Jerusalém.
TB Quando soube que era da jurisdição de Herodes, o enviou ao mesmo Herodes, que, naqueles dias, se achava em Jerusalém.
BGB καὶ ἐπιγνοὺς ὅτι ἐκ τῆς ἐξουσίας Ἡρῴδου ἐστὶν ἀνέπεμψεν αὐτὸν πρὸς Ἡρῴδην, ὄντα καὶ αὐτὸν ἐν Ἱεροσολύμοις ἐν ταύταις ταῖς ἡμέραις.
HD Ao saber que era da jurisdição de Herodes, ele o enviou para Herodes, que também estava em Jerusalém, naqueles dias.
BKJ E, assim que soube que ele pertencia a jurisdição de Herodes, ele enviou-o a Herodes, que também estava em Jerusalém naqueles dias.
LTT  703 E, havendo sabido que proveniente- de- dentro- da jurisdição de Herodes (Antipas) Ele (Jesus) é, O enviou a Herodes, este (Herodes) também estando em Jerusalém naqueles dias.
BJ2 E certificando-se de que pertencia à jurisdição de Herodes, transferiu-o a Herodes que, naqueles dias, também se encontrava em Jerusalém.
VULG Et ut cognovit quod de Herodis potestate esset, remisit eum ad Herodem, qui et ipse Jerosolymis erat illis diebus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 23:7

Mateus 14:1 Naquele tempo, ouviu Herodes, o tetrarca, a fama de Jesus.
Lucas 3:1 E, no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, e Herodes, tetrarca da Galileia, e seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da província de Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene,
Lucas 13:31 Naquele mesmo dia, chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 703

Lc 23:7-11 CRISTO NO PALÁCIO DE HERODES, SUA SEQUÊNCIA DE EVENTOS:
1. Soldados levam o Cristo, acorrentado, ao palácio de Herodes (Palácio em Jerusalém! Herodes visitava Jerusalém, na ocasião!) [começando às Lc 6:30
2. Herodes argui o Cristo, escarnece dEle, veste-O de infame roupa, devolve-O a Pilatos [começando às 6:45h?] Lc 23:8-11


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO

JERUSALÉM E SEUS ARREDORES
Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.

UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.

PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"

A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.

OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.

TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.

FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.

A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.

Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.

 

Referências

Ezequiel 5:5-38.12

Salmos 122:4-125.2

Lucas 10:30

Mateus 17:24

João 19.13

João 9.7

João 5:2-9

Mateus 23:29

Marcos 11:11;

Mateus 21:17:

Lucas 24:50

Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
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Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
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As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

HERODES, O GRANDE

40-4 a.C.
HERODES PASSA A SER REI
Dos últimos governantes da Judeia, o maior foi, sem dúvida, Herodes, o Grande, que não era judeu. Seu pai, Antipater, era idumeu, descendente dos edomitas do Antigo Testamento e sua mãe, Cipros, era árabe nabateia. Em 47 a.C,, os romano: nomearam Antipater governador da judeia. Ele, por sua vez, nomeou o filho, Herodes, prefeito Galiléia. Em 40 a.C., o Senado romano conferiu a Herodes o título de "rei dos judeus", mas para obter o poder correspondente ao título ele teve de lutar durante três anos contra o governante hasmoneu Antígono e sitar Jerusalém. Ao longo de todo o seu governo, Herodes foi um amigo e aliado leal de Roma.

MESTRE DE INTRIGAS
Herodes tomou Mariamne, neta do sacerdote exilado Hircano Il, como uma de sua dez esposas e, desse modo, procurou legitimar seu governo aos olhos dos judeus. Em 29 a.C., mandou assassinar Mariamne e iniciou uma erradicação sistemática da família hasmonéia. Em 7 a.C., ordenou que até seus dois filhos com Mariamne, Alexandre Aristobulo fossem mortos. Alguns dias antes de sua morte em 4 a.C., Herodes ordenou a execução de outro filho, Anupater. Referindo-se à proibição da lei judaica de comer carne de porco, o imperador romano Augusto comentou em tom de gracejo que era mais seguro ser um porco de Herodes do que ser seu filho!! Outras vítimas de Herodes foram o sumo sacerdote Aristóbulo III, afogado por ordem do rei na piscina em Jericó em 36 a.C.e o sumo sacerdote reempossado Hircano II, em 30 a.C. O GRANDE CONSTRUTOR O maior projeto de Herodes foi, sem dúvida, a reconstrução do templo de Jerusalém do qual trataremos em detalhes mais adiante. Desse templo, resta apenas o Muro das Lamentaçõe (muro ocidental), mas uma análise de vários outros projetos de Herodes mostra como sua construções eram grandiosas Na cidade chamada Torre de Estrato, no Mediterrâneo, Herodes construiu um porto com 36 m de profundidade, protegido por um quebra-mar de 60 m de largura. O maior porte artificial do Mediterrâneo recebeu o nome de Cesaréia, em homenagem a imperador romano. Blocos maciços com até 13,5 m de comprimento toram usados para fazer os oura-mares um canal foi criado especialmente para remover a areia do porto Esse local com uma área de 66 hectares conhecido hoje como Qisaya, possuía depósitos enormes, aquedutos, um hipódromo, um teatro e um anfiteatro, sendo que este último ainda não havia sido escavado quando da publicação desta obra. Herodes realizou várias obras em Samaria, antiga capital de Israel, o reino do norte. A cidade construída por ele na região recebeu o nome de Sebaste (Augusta) em homenagem ao imperador romano. O local, ainda conhecido como Sebaste nos dias de hoje, possuía uma área de 64 hectares, com uma rua ladeada de colunas, um hipódromo e um teatro.
Em Hebrom, o rei construiu um monumento colossal aos patriarcas (Haram el-Khalil), cercado por um muro alto e ornamentado de forma simples, porém imponente com pilastras alternadas com rebaixamentos. A maior pedra dessa construção mede 7,5 m por 1,4 m.
Em Massada, um monte escarpado com vista para o mar Morto, construiu uma grande fortaleza, cercada com muros de 6 m de altura, 3,5 m de largura e 38 torres, cada uma com pelo menos 21 m de altura. Na extremidade norte, a única parte desse local que fica à sombra durante a maior parte do dia, Herodes mandou construiu um palácio de três andares, suspenso sobre um desfiladeiro.
Em Jericó, construiu um palácio de inverno com jardins ornamentais e duas fortalezas nas imediações: uma em Tell el-Akabe, com vista para o Wadi Qelt, e outra chamada Ciprus, em homenagem à sua mãe, com vista para a cidade. Outras fortalezas construídas por Herodes foram Hircânia (Khirbet Mird), 13 km a sudeste de Jerusalém, próxima ao mar Morto, e Maqueronte (el-Mekawer), uma construção espetacular do outro lado do mar Morto, na atual Jordânia.
De acordo com Josefo, João Batista foi decapitado na fortaleza de Maqueronte.
Por fim, convém mencionar o Herodium, atual Jebel Fureidis, uma fortaleza circular no alto de uma colina artificial que fica 11 km ao sul de Jerusalém. Ela demarca o local de uma batalha travada em 40 a.C, na qual Herodes rechaçou um ataque violento de opositores judeus. A fortaleza era cercada por dois muros concêntricos e para chegar até la era preciso subir duzentos degraus. Herodes foi sepultado no Herodium, mas o paradeiro de seus restos mortais ainda é um mistério.

HERODES, O PAGÃO
Sempre desejoso de obter o favor dos romanos, Herodes construiu templos para Roma e Augusto em Cesaréia e Sebaste. Restaurou o templo de Apolo Pítio em Rodes, consagrou aos deuses duas estátuas na Acrópole em Atenas e aceitou a presidência honorária dos Jogos Olímpicos em Olímpia, na Grécia. Graças às suas origens iduméias e ao fato de simpatizar com práticas pagãs e ter erradicado os hasmoneus, Herodes nunca obteve popularidade mais ampla entre os judeus.

A MORTE DE HERODES
Depois de uma enfermidade longa e dolorosa, talvez sífilis, Herodes morreu em Jericó em 4 de março de 4 a.C. Seu corpo foi levado em procissão por 40 km até o Herodium, local que ele havia preparado para seu sepultamento. O reino foi dividido entre os três filhos restantes: a Judeia e a Samaria ficaram com Arquelau; a Galileia e a região da Peréia, do outro lado do Jordão, ficaram com Herodes Antipas (também chamado de Herodes o Tetrarca) e os territórios do nordeste ficaram com Filipe.' Salomé, que era irmã de Herodes, também recebeu dois territórios menores.

Referências

Mateus 14:3-12

Marcos 6:17-29

Mateus 2:22

Lucas 3:1

O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
Moeda de Herodes, o Grande.
Moeda de Herodes, o Grande.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.

HERODES, O GRANDE, RECONSTRÓI O TEMPLO

19-4 a.C.
AS MOTIVAÇÕES DE HERODES
Na esperança de conquistar o favor dos judeus, Herodes anunciou que reconstruiria o templo do Senhor em Jerusalém, construído por Zorobabel entre 520 e 516 a.C. Esse anúncio foi feito no décimo oitavo ano do seu reinado.' Caso se calcule o tempo do reinado de Herodes a partir do momento em que ele tomou posse de Jerusalém, em 37 a.C., a data desse anúncio é 19 a.C. A declaração não foi bem recebida por todos, pois alguns temiam que ele destruiria o templo antigo e não construiria outro em seu lugar. Para tranquilizar a população, Herodes publicou todos os planos para a construção antes de começar a demolir o templo antigo. Usaria a mesma pedra branca empregada por Salomão no primeiro templo. As pedras foram transportadas até o local em mil carroções. O trabalho foi dificultado pela necessidade de continuar com os cultos e sacrifícios e pela norma segunda a qual somente sacerdotes podiam entrar no templo. Herodes contratou dez mil operários especializados e mandou treinar mil sacerdotes para trabalhar com pedras de modo que pudessem construir o edifício sagrado. Os sacerdotes treinados construíram a parte interna do novo templo em dezoito meses, mas as obras ainda estavam em andamento no tempo de Jesus, daí o comentário dos judeus "Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário" (João 2.20). Os pátios foram concluídos em 63 d.C. Sete anos depois, o templo foi destruído pelos romanos.

O COMPLEXO DO TEMPLO
O templo e suas construções anexas formavam um retângulo irregular. O muro oriental tinha 470 m de extensão, enquanto o muro ocidental se estendia por 485 m. O muro do norte media 315 m. e o do sul, 280 m. Essa enorme área, cinco vezes maior do que a da Acrópole em Atenas, e representada hoje pela grande plataforma retangular de Haram esh-Sharif, era rodeada por uma grande muralha externa. Os catorze segmentos inferiores do lado ocidental ainda podem ser vistos nos dias de hoje e formam o assim chamado Muro das Lamentações.
O comprimento de seus blocos varia de 1,25 m a 3 m e cada bloco pesa, no mínimo, 2 toneladas. Túneis subterrâneos revelaram pedras com até 12 m de comprimento, 3 m de altura e 4 m de espessura, com um peso estimado de 400 toneladas. Não é de admirar que, segundo o registro bíblico, um dos discípulos de Jesus tenha exclamado para ele: "Mestre! Que pedras, que construções! (Mc 13:16).
Do lado ocidental encontram-se os restos de dois viadutos, chamados de arcos de Wilson e Robinson. Na extremidade sudeste ficava o "pináculo do templo". De acordo com os Evangelhos, Jesus foi tentado a atirar-se do pináculo, o que representaria uma queda de 130 m até o fundo do vale do Cedrom.? Eusébio, o historiador da igreja antiga, relata que Tiago, o irmão de Jesus, foi morto ao ser atirado desse local abaixo. Havia uma canalização subterrânea que despejava o sangue dos sacrifícios no vale do Cedrom. Parte dela ainda pode ser vista no muro do sul.

PORTAS E COLUNATAS
Nove portas revestidas de ouro conduziam ao interior do complexo. Do lado oriental, ficava a Porta Dourada ou Porta de Susã, pela qual se supõe que Jesus realizou sua entrada triunfal em Jerusalém. Dentro do pátio havia um pórtico de colunas coríntias. Cada coluna desse pórtico media 11,5 m de altura e havia sido cortada de um bloco maciço de mármore branco. Essa colunata se estendia pelos quatro lados, por cerca de 1.200 m. Do lado oriental, era chamada de "Pórtico de Salomão". Do lado sul, havia um pórtico triplo, constituído de 162 colunas, que era chamado de Pórtico Real. Nesse local estavam instalados os cambistas e aqueles que vendiam animas para os sacrifícios. Dali foram expulsos por Jesus em duas ocasiões durante seu ministério. As colunas ladeavam o Pátio dos Gentios que ocupava uma área de aproximadamente 14 hectares, quase duas vezes maior que o pátio do templo de Zorobabel.

INSCRIÇÕES DO TEMPLO
Uma inscrição curta em hebraico: "À casa do toque das trombetas" encontrada na extremidade sudoeste indica que as trombetas eram tocadas nesse local para anunciar o início e o final do sábado. Uma balaustrada de pedra com 1,3 m de altura marcava o final do Pátio dos Gentios. Somente judeus podiam passar daquele ponto e entrar no templo. Em 1871, foi encontrada uma inscrição proibindo indivíduos que não fossem judeus de entrar nos pátios internos. A inscrição, hoje no Museu Arqueológico de Istambul, diz: "Nenhum estrangeiro deve ir além da balaustrada e do muro ao redor do lugar santo; quem for pego responderá por si mesmo, pois a pena é é a morte". Parte de uma cópia dessa inscrição, com letras pintadas em vermelho para maior destaque, foi encontrada em 1936.

OS PÁTIOS 1NTERNOS
O primeiro pátio interno era o Pátio das Mulheres, no qual se entrava passando por uma porta de bronze, provavelmente a Porta Formosa mencionada em Atos 3:2. Oito dias depois de seu nascimento, Jesus foi apresentado no Pátio das Mulheres.* Numa das laterais desse pátio ficavam treze recipientes em forma de trombeta onde eram colocadas as ofertas em dinheiro. Somente os homens judeus podiam entrar no pátio seguinte, o Pátio de Israel, que dava para o Pátio dos Sacerdotes. Neste, diante do santuário, ficava o altar dos sacrifícios ao qual se tinha acesso por uma rampa. Acreditava-se que era o local onde Abraão havia começado a cumprir a ordem divina de sacrificar seu filho Isaque e onde Davi havia construído um altar ao Senhor na eira do jebuseu Araúna." Esse lugar faz parte, hoje, da mesquita do Domo da Rocha.

O SANTUÁRIO
Doze degraus conduziam ao santuário propriamente dito, uma estrutura com 45 m de altura e paredes brancas e espessas revestidas com placas de ouro. O telhado também era coberto de ouro e possuía hastes pontiagudas de ouro espalhadas em sua superfície para espantar os pássaros. Como no templo de Salomão, a primeira câmara era um pórtico. Portas gigantescas com incrustações de metais preciosos davam para o Lugar Santo. Acima das portas havia uma grande escultura de uma vinha de ouro com cachos do tamanho de uma pessoa, simbolizando o triunfo de Israel. O santuário era ladeado por três andares de depósitos. No Lugar Santo ficavam a mesa com os pães da proposição, o menorá (candelabro de sete hastes) e o altar de incenso. Uma cortina grossa que foi rasgada ao meio quando Jesus morreu separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (o Santo dos Santos) onde o sacerdote entrava uma vez por ano no dia da expiação. O Lugar Santíssimo não abrigava mais a arca da aliança, que talvez tenha sido destruída quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C.Como o general romano Pompeu pôde verificar, o Lugar Santíssimo estava vazio.

 

Referências

Mateus 4:5

Lucas 4:9

Lucas 2:21-38

Marcos 12:41-42

Lucas 21:1-2

Gênesis 22:2-13

II Samuel 24:18-25

Mateus 27:51

Marcos 15:38

Lucas 23:45

Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Reconstituição do templo de Herodes
Reconstituição do templo de Herodes
Templo construído por Heródes
Templo construído por Heródes

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

14 de nisã

Jerusalém

Jesus identifica Judas como traidor e o dispensa

Mt 26:21-25

Mc 14:18-21

Lc 22:21-23

Jo 13:21-30

Institui a Ceia do Senhor (1Co 11:23-25)

Mt 26:26-29

Mc 14:22-25

Lc 22:19-20, Lc 24:30

 

Profetiza que Pedro o negaria e que os apóstolos o abandonariam

Mt 26:31-35

Mc 14:27-31

Lc 22:31-38

Jo 13:31-38

Promete ajudador; ilustração da videira; ordena que se amem; última oração com apóstolos

     

Jo 14:1Jo 17:26

Getsêmani

Angustiado no jardim; traído e preso

Mt 26:30, Mt 36:56

Mc 14:26, Mc 32:52

Lc 22:39-53

Jo 18:1-12

Jerusalém

Interrogado por Anás; julgado por Caifás no Sinédrio; Pedro o nega

Mt 26:57Mt 27:1

Mc 14:53Mc 15:1

Lc 22:54-71

Jo 18:13-27

O traidor Judas se enforca (At 1:18-19)

Mt 27:3-10

     

Perante Pilatos, depois perante Herodes e de novo perante Pilatos

Mt 27:2, Mt 11:14

Mc 15:1-5

Lc 23:1-12

Jo 18:28-38

Pilatos quer libertá-lo, mas judeus preferem Barrabás; sentenciado à morte numa estaca

Mt 27:15-30

Mc 15:6-19

Lc 23:13-25

Jo 18:39Jo 19:16

(Sexta-feira, c. 3 h da tarde)

Gólgota

Morre na estaca de tortura

Mt 27:31-56

Mc 15:20-41

Lc 23:26-49

Jo 19:16-30

Jerusalém

Seu corpo é tirado da estaca e sepultado

Mt 27:57-61

Mc 15:42-47

Lc 23:50-56

Jo 19:31-42

15 de nisã

Jerusalém

Sacerdotes e fariseus solicitam que o túmulo seja lacrado e vigiado

Mt 27:62-66

     

16 de nisã

Jerusalém e proximidades; Emaús

Jesus é ressuscitado; aparece cinco vezes aos discípulos

Mt 28:1-15

Mc 16:1-8

Lc 24:1-49

Jo 20:1-25

Após 16 de nisã

Jerusalém; Galileia

Aparece outras vezes aos discípulos (1Co 15:5-7; At 1:3-8); dá instruções; comissão de fazer discípulos

Mt 28:16-20

   

Jo 20:26Jo 21:25

25 de íiar

Monte das Oliveiras, perto de Betânia

Jesus sobe aos céus, 40 dias depois de sua ressurreição (At 1:9-12)

   

Lc 24:50-53

 

Israel nos dias de Jesus

Informações no mapa

Sídon

ABILENE

Damasco

Sarefá

Mte. Hermom

FENÍCIA

Tiro

Cesareia de Filipe

ITUREIA

TRACONITES

Ptolemaida (Aco)

GALILEIA

Corazim

Betsaida

Cafarnaum

Caná

Magadã

Mar da Galileia

Gergesa

Rafana

Séforis

Tiberíades

Hipos

Diom

Nazaré

GADARA

Abila

Dor

Naim

Gadara

DECÁPOLIS

Cesareia

Citópolis (Bete-Seã)

Betânia do outro lado do Jordão ?

Pela

SAMARIA

Enom

Salim

Sebaste (Samaria)

Gerasa

Sicar

Mte. Gerizim

Poço de Jacó

Antipátride (Afeque)

PEREIA

Jope

Planície de Sarom

Arimateia

Lida (Lode)

Efraim

Rio Jordão

Filadélfia (Rabá)

Jâmnia (Jabné)

Ramá

Jericó

Emaús

Jerusalém

Betfagé

Asdode, Azoto

Belém

Betânia

Qumran

Asquelom (Ascalom)

JUDEIA

Herodium

Gaza

Hebrom

Deserto da Judeia

Mar Salgado (Mar Morto)

Macaeros

IDUMEIA

Massada

Berseba

NABATEIA

ARÁBIA

Informações no mapa

Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos

Região governada por Herodes Antipas

Região governada por Filipe

Cidades de Decápolis


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

lc 23:7
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

 Ao chegarmos ao terceiro volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lc 23:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 24
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 23:6-12


6. Ouvindo (isto), porém, Pilatos perguntou se o homem era galileu.

7. E quando soube que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que estava nesses dias em Jerusalém.

8. E vendo Jesus. Herodes alegrou-se muito, porque havia muito tempo queria vê-lo, pelo que ouvira a seu respeito, e esperava ver algum sinal feito por ele.

9. Interrogou-o, pois, em numerosas questões; mas ele nada respondeu.

10. Ali estavam os principais sacerdotes e os escribas acusando-o intensamente.

11. Desprezando-o, pois, Herodes com seus soldados, e zombando, cobrindo-o com um manto alvo, o reenviou a Pilatos.

12. Tornaram-se amigos entre si Herodes e Pilatos naquele dia, pois antes eram inimigos um do outro.



Texto privativo de Lucas que, ao que parece, tinha maiores informações a respeito de Herodes, conforme verificamos em outros passos (cfr. LC 9:7-9 e LC 13:31). Supõem alguns comentadores que suas informações tenham sido colhidas por intermédio de Joana, a esposa de Cusa, que era intendente de Herodes, pois apenas Lucas a cita em seu Evangelho como uma das acompanhantes de Jesus (cfr. LC 8:3 e LC 24:10).


A menção à Galileia, que lemos no capítulo anterior, ofereceu ensejo a Pilatos de tentar desembaraçarse daquele caso espinhoso que lhe incomodava a consciência, já que via tratar-se de um homem que era vítima da inveja, e não de um criminoso.


Sabendo, pois, que era galileu, envia-o a Herodes, tetrarca da Galileia, e que se achava em Jerusalém para a festa da páscoa.


Jesus é então levado ao palácio de Herodes Antipas, que se mostra satisfeito ao ver o ato de deferência do governador romano e, sobretudo, por poder ter contato com Jesus. Lucas afirma tratar-se de curiosidade: ver um sinal, algo de diferente do comum. Não escondeu sua alegria e fez numerosas perguntas (en lógois ikanoís). Herodes não era considerado como merecedor de consideração, e Jesus já o chamara de "raposa" (LC 13:32).


Vimos que Jesus respondeu com altivez, mas com respeito, ao Sumo Sacerdote (autoridade religiosa legítima) e a Pilatos (autoridade civil legítima). Mas não deu a menor importância aos que, sem autoridade, queriam impor-se e aparecer: diante destes, permaneceu silencioso. Esse silencio exasperou-os, pois não apenas foram frustrados quanto ao desejo de mostrar-se a Ele superiores e de ao de, por curiosidade vã, assistir a fenômenos fora da craveira normal.


Deram vazão, portanto, a seus sentimentos de despeito, procurando ridiculizá-lo, revestindo-o de uma sobrecapa branco-brilhante (esthêta lamprán) que Flávio Josefo (Bell. JD 2. 1. 1) diz ser a vestimenta de gala, na investidura dos príncipes, usando a expressão esthêta leukên. E assim vestido, o restituiu a Pilatos, sem nada ter conseguido.


A inimizade de que fala Lucas, entre Pilatos e Herodes, nascera por ocasião do massacre que o governador ordenara ser feita aos galileus que provocaram tumulto em Jerusalém (cfr. LC 13:1).


Vimos que Lucas tem sempre mais informações, e aqui descobrimos o pormenor do envio do réu a Herodes.


Na vida dos espiritualistas, sobretudo dos que se elevam alguns pontos acima da mediocridade generalizada, encontramos frequentemente cenas semelhantes. Isso aparece principalmente na vida dos médiuns.


Quando alguém "descobre" um medianeiro que o impressione, e pelo qual sinta admiração, não vê a hora de mandá-lo a um amigo, para que este também "veja" o formidável que é sua descoberta; mais.


comum ainda é ver-se o "descobridor" colocar o médium "debaixo do braço" e correr com ele todos os lugares a que tenha acesso, para que seu pupilo faça ou diga maravilhas, a fim de afastar a vaidade de seu novo dono. E infelizmente existem muitos médiuns que se prestam de boamente a esse papel de saltimbancos da espiritualidade, pretendendo manejar seus guias como marionetas, a fim de que ele e seu "protetor" não "fiquem mal". Organizam-se verdadeiras funções teatralizadas, para as quais se convidam com insistência os curiosos, não importa se crentes ou descrentes, se propensos a acreditar ou apenas cépticos para zombar. E o pobre médium, em geral sem experiência, sobretudo no início de sua carreira, a tudo se presta humilde e serviçal.


Mas, depois de certo tempo sente o vazio dessas sessões e então apresentam-se dois caminhos diante dele: a) ou sucumbe à vaidade dos aplausos fáceis e dos endeusamentos que afagam, e continua a exibirse, perdendo aos poucos seus dons ou atraindo para seus trabalhos espíritos levianos; b) ou verifica que essas exibições são improdutivas (quando não contraproducentes) e vai recusando delicadamente até afastar-se de todo.


No primeiro caso, torna-se joguete influenciável nas mãos incautas dos interesseiros, até que se vê abandonado, quando cessa a curiosidade da novidade.


No segundo caso, os elementos que gostariam de continuar a explorá-lo, se afastam, dizendo que "ele se tornou vaidoso e cheio de si", quando não afirmam categoricamente que "está obsidiado", e por isso não mais os atende; no entanto, embora sob zombarias e doestos, o médium soube escolher o caminho certo, e portanto progredirá.


Esse foi o exemplo de Jesus: diante da curiosidade de Herodes, quando podia deslumbrá-lo com poucos gestos e nenhum trabalho, prefere ver-se humilhado pelos sarcasmos, mas não cede. A dignidade do silêncio é Sua resposta a tudo, mesmo que, com essa maneira de agir, irrite as autoridades e confirme as acusações: "Ele se diz o enviado, mas nenhum poder tem: são invenções do povo ignorante e crédulo".


Lição preciosa, bem aplicável a nossos dias: não devemos ceder à tentação de utilizar os poderes psíquicos nem os espirituais com a finalidade de agradar a quem quer que seja, nem tampouco para defendernos de acusações, quando desafiados a fazê-lo, por mais que nosso silêncio e nossa recusa acarretem acusações e descrenças: "Felizes os que creram sem ver" (JO 20:29). São estes os que interessam, porque realmente estão no caminho.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JERUSALÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)
Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Mapa Bíblico de JERUSALÉM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56
E. O JULGAMENTO ROMANO, 23:1-25

1. A Primeira Audiência Diante de Pilatos (23:1-5)

Para uma discussão a respeito do versículo 1, veja os comentários sobre Mateus 27:2. Veja também Marcos 15:1.

  1. começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César e dizendo que ele mesmo é Cris-to, o rei (2). Nada foi dito sobre a acusação de blasfêmia pela qual Ele fora condenado pelo Sinédrio. Eles não mencionaram isso porque não era um crime sob a lei romana, e eles estavam determinados a levá-lo à morte. Portanto, inventaram novas acusações que correspondiam a crimes.

A extensão da hipocrisia daqueles homens é vista no fato de que as "maldades" de que acusavam Jesus eram as posições que eles próprios (exceto os Herodianos) sustenta-vam fortemente em circunstâncias normais. Os judeus conservadores da época de Cristo menosprezavam Roma e esperavam alguém que os livrasse do jugo estrangeiro. Eles não podiam, por outro lado, ser sinceros em suas acusações de que Ele era um perigo para Roma. Jesus sempre tinha resistido a cada esforço calculado para induzi-lo a fazer ou dizer alguma coisa que poderia ser interpretada como anti-romana.

Para uma discussão a respeito do versículo 3, veja os comentários sobre Mateus 27:11.

  1. disse Pilatos... Não acho culpa alguma neste homem. Mas eles insistiam cada vez mais (4-5). Pilatos estava a par dos motivos deles e não viu em Jesus nada que fosse uma ameaça para Roma. A impetuosidade deles atestava a sua determinação e o seu ódio intenso. Como Pilatos não se perturbava com a insinuação deles de que Jesus era culpado de traição, eles inventaram uma nova acusação. Desta vez chegaram mais próximo dos interesses pessoais de Pilatos: Ele alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui. Eles, sem dúvida, sabiam que Pilatos temia que os judeus se revoltassem, pois ele não podia esperar manter a sua posição, a menos que pudesse controlar aquele povo rebelde. Os acusadores de Jesus sentiam que Pilatos teria que agir se houvesse o risco de uma revolta popular. Mas a menção da Galiléia deu a Pilatos uma idéia que eles não haviam antecipado.

  1. Jesus é Levado à Presença de Herodes (23:6-12)

Este episódio é peculiar a Lucas. Então, Pilatos, ouvindo falar da Galiléia, per-guntou se aquele homem era galileu. E... remeteu-o a Herodes, que também, naqueles dias, estava em Jerusalém... (6-7). Esta pareceu a Pilatos uma excelente oportunidade de passar um problema complicado e potencialmente perigoso para outra pessoa. Ele, provavelmente, esperava que Herodes cuidasse do caso para ele ou pelo menos fornecesse um julgamento que servisse como suporte. Isto o ajudaria tanto na sua decisão como diminuiria a sua própria responsabilidade pelo destino de Jesus e pelas reações dos líderes judeus. Veja no versículo 12 um segundo motivo que, semi dúvida, estava presente na mente de Pilatos ao enviar Jesus a Herodes.

E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito, porque havia muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas; e esperava que lhe veria fazer algum sinal (8). Este era Herodes Antipas, o infame por seu adultério com Herodias e por ter assassinado João Batista. Seu único interesse em Jesus era a curiosidade — ele queria ver e ser entretido pelo famoso "realizador de milagres".

E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia (9). Os esforços de Herodes foram amplos, porém infrutíferos. Jesus se recusou a ser usado como objeto de entretenimento daquele rei assassino e incestuoso, a quem Ele não temia nem respeitava.

E estavam os principais dos sacerdotes e os escribas acusando-o com gran-de veemência (10). Jesus era a única Figura passiva naquele tribunal. Embora seus acusadores fizessem de tudo para tornar suas acusações eficazes, Jesus permanecia ina-balável. Herodes não tinha qualquer interesse no caso, além da curiosidade.

E Herodes, com os seus soldados, desprezou-o, e, escarnecendo dele... (11) ou "fez pouco dele e ridicularizou-o" (Goodspeed). Nas palavras de Spence: "Ele o tratou não como um criminoso, mas como um religioso entusiasta nocivo, digno somente de desprezo e escárnio".' Esta atitude foi, sem dúvida, alimentada pelo fato de Jesus não satisfazer a curiosidade de Herodes.

E, no mesmo dia, Pilatos e Herodes, entre si, se fizeram amigos; pois, dan-tes, andavam em inimizade (12). Esta foi provavelmente uma razão pela qual Pilátos mandou Jesus a Herodes. A causa da inimizade entre eles não é conhecida, mas acredita-se comumente ter sido a matança dos galileus, mencionada em Lucas 13:1-2. Foi a corte-sia e a deferência de Pilatos para com Herodes que remediou a discórdia.

  1. O Segundo Comparecimento Diante de Pilatos (23:13-17)

E, convocando Pilatos os principais dos sacerdotes, e os magistrados... dis-se-lhes: Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e... nenhuma culpa... acho neste homem (13-14). Eles haviam falhado por completo em estabelecer sequer uma razoável suspeita quanto a Jesus ter tendências de sedição, ou de representar qualquer perigo em relação a um levante popular.

Nem mesmo Herodes (15). Pilatos está usando o fato de Herodes não condenar Jesus, como suporte para o seu próprio julgamento de que Jesus deveria ser solto. Eis que não tem feito coisa alguma digna de morte. Ou ainda: "Nada digno de morte foi feito por ele". Embora Ele tivesse sido julgado duas vezes pelos judeus, uma vez por Herodes e, agora, duas vezes por Pilatos, nenhuma acusação havia sido provada.

Castigá-lo-ei, pois, e soltá-lo-ei (16). Se Pilatos tivesse sido menos covarde, este teria sido o final do julgamento. Mas este veredicto, embora muito mais favorável a Jesus do que o veredicto final, era injusto e cruel. Açoitar um homem a quem ele havia publicamente declarado inocente era o máximo da injustiça. Pilatos esperava, por meio desta concessão aos inimigos de Jesus, impedi-los de atingir os seus objetivos. Ele subes-timou a ambos: os inimigos e a extensão de sua própria covardia.

E era-lhe necessário soltar-lhes um detento por ocasião da festa (17). A ne-cessidade nesse caso era um costume. Parece que a prática originou-se da liberação de um prisioneiro, talvez comumente um prisioneiro político, a cada ano na época da festi-vidade da Páscoa. O versículo 17 nos lembra, portanto, que a oferta de libertar Jesus, feita no versículo 16, não seria uma absolvição. Pilatos estava, efetivamente, dizendo: "Eu não encontrei crime algum em Jesus e, portanto, ele merece ser solto, mas eu o tratarei como culpado, açoitando-o e então o soltarei seguindo o nosso costume anual". Portanto, esperava ele, Jesus seria livre e ao mesmo tempo os líderes judeus seriam acalmados.

4. Jesus ou Barrabás? (23:18-25)

Veja os comentários sobre Mateus 27:15-26. Embora Lucas pouco acrescente a Mateus em termos de fatos ou interpretações, ele ekpressa de modo excelente, no versículo 25, a ironia, a injustiça e a contradição nas ações e no veredicto final de Pilatos.

F. A CRUCIFICAÇÃO E O SEPULTAMENTO, 23:26-56

1. Ensinando a Caminho do Calvário (23:26-31)

O material dos versículos 27:31 é peculiar a Lucas. Para uma discussão a respeito do versículo 26, veja os comentários sobre Mateus 27:32.

E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos e o lamentavam (27). A narrativa de Lucas tem sido chamada de "O Evangelho das Mulheres" porque as mulheres têm um espaço maior neste Evangelho do que em qualquer dos outros,' A lamentação dessas mulheres era a demonstração de sua verda-deira simpatia por Jesus, e um lembrete de que nem todos os corações judeus estavam endurecidos em relação a Ele.

Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém (28). Este discurso teria tomado mais tempo do que o permitido a um condenado a caminho da sua execução. Como a imposição a Simão, o cireneu, de carregar a cruz é mencionada no versículo 26, imediatamente anterior, é razoável supor que este discurso foi feito durante a pausa ocorrida enquanto a cruz estava sendo transferida para Simão. A denominação Filhas de Jerusalém indicaria que pelo menos a maioria destas mu-lheres residia em Jerusalém, distinguindo-as, assim, das mulheres que o seguiam desde a Galiléia.

Não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos. A tragédia dele, se puder ser assim chamada, é muito menor do que a delas. Sua morte iminente será seguida por uma gloriosa ressurreição, enquanto elas irão sofrer uma das maiores calamidades da história, a destruição de Jerusalém.'

Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis (29) — porque aquelas que tiverem filhos os verão morrer de fome em uma cidade cerca-da, ou serem trucidados pelo inimigo, ou ainda vendidos como escravos. A trágica conotação desta estranha bem-aventurança — Bem-aventuradas as estéreis — só pode ser com-pletamente compreendida quando percebemos o ardente desejo das mulheres judaicas de ter filhos, e a vergonha que sofriam ao saber que não podiam dar à luz.

Então, começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! (30). Aqui Jesus se refere ao indescritível sofrimento durante o cerco a Jerusalém e o que se seguirá (68-70 d.C.)." Naqueles dias, ser subitamente esmagado sob uma mon-tanha de terra seria um alívio bem-vindo.

Porque, se ao madeiro verde fazem isso, que se fará ao seco? (31). Esta ex-pressão proverbial compara o que se faz agora a Cristo com o que será feito aos judeus quando Jerusalém for destruída. O madeiro verde se refere à lealdade de Jesus aos romanos; a madeira seca se refere à deslealdade crônica dos judeus. Se os romanos são cruéis o suficiente para fazer o que estão fazendo agora Àquele a quem até o seu gover-nador considera ser inocente e leal, quanto mais cruelmente eles tratarão esses desleais e provocativos judeus quando ocorrer a ruptura das relações!

  1. Cristo é Crucificado (23:32-38)

Para uma discussão a respeito do versículo 32, veja os comentários sobre Mateus 27:38. Mateus e Marcos chamam esses dois colegas de sofrimento de salteadores, en-quanto Lucas os chama de malfeitores — "fazedores do mal" ou "homens maus".

Para uma discussão a respeito dos versículos 33:38, veja os comentários sobre Mateus 27:33-44. Apenas Lucas relata a oração intercessória de Jesus: Pai, perdoa-lhes, por-que não sabem o que fazem (34). Esta oração, que é a primeira das sete declarações feitas por Jesus na cruz, parece ter sido dirigida aos soldados, e foi provavelmente ex-pressa enquanto eles o estavam pregando à cruz. A expressão [eles] não sabem o que fazem dificilmente poderia se aplicar àqueles judeus que haviam planejado a sua morte, nem poderia se aplicar completamente a Pilatos, embora Jesus não desejasse o mal nem aos judeus e nem a Pilatos.

  1. Um Ladrão Agonizante Convertido (23:39-43)

Este episódio é peculiar a Lucas. E um dos malfeitores que estavam pendura-dos blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós (39). A palavra grega traduzida como blasfemava significa aqui usar palavras injuriosas e linguagem ofensiva. Os outros dois sinóticos dizem que ambos os ladrões injuriavam ou escarneciam de Jesus. Mas as palavras usadas no original não são tão fortes quanto aquela que é usada aqui por Lucas; elas não indicam nada blasfemo. Colocando as três versões juntas, vemos que ambos os malfeitores o acusavam, mas só um deles usava uma linguagem insultuosa ou blasfema.'

Respondendo, porém, o outro, repreendia-o (40). Ao se conscientizar de quem Jesus era, um dos crucificados parou de pronunciar palavras insensatas contra Jesus, e até repreendeu o outro ladrão pela sua blasfêmia. A esta altura ele havia visto as reações de Jesus ao sofrimento e às acusações; ele o ouviu orar por seus executores. Ele o ouvira ser chamado de Cristo e, provavelmente, já possuía algum conhecimento anterior a respeito de Jesus. Ele deve, também, ter visto a inscrição acima da cabeça de Jesus. Agora_ a verdadeira humanidade daquele condenado vem à tona, talvez pela primeira vez em muitos anos.

Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? Esta não é hora de blasfemar. Em uma ocasião como esta, qualquer homem inteligente deveria estar preocupado com o seu relacionamento com Deus.

E nós, na verdade, com justiça... mas este nenhum mal fez (41). Agora ele está pensando corretamente. Ele vê a inocência de Jesus e a injustiça de seu sofrimento. Ele percebe seu próprio pecado e a justiça da sua própria condenação e também a de seu colega ladrão. Mas ele enxergou mais, como mostra o versículo seguinte.

E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino (42). Ele tem entendimento e fé suficientes para reconhecer a Jesus como o Messias.

Quando Jesus chegar ao seu Reino, ele quer que o Mestre se lembre daquele que morreu ao lado da sua cruz. O conhecimento deste homem era incompleto e a sua oração não revela, por inteiro, a ansiedade e o lamento da sua alma. Mas o que ele estava realmente pedindo era a salvação do pecado, e um lugar no Reino vindouro de Cristo.

Hoje estarás comigo no paraíso (43). Não "algum dia no meu Reino", mas hoje... no paraíso. Jesus ouviu o clamor do coração deste homem, bem como a oração de seus lábios e, desconsiderando a lacuna em seu conhecimento e entendimento, lhe deu a sal-vação instantânea e a promessa de estar com o Senhor no paraíso. A palavra paraíso veio originariamente da Pérsia, e denotava um belo e prazeroso jardim. Ganhou o signi-ficado de lugar de felicidade, e aqui se refere ao Céu.'

  1. Aquele que Nunca Pecou Morre Pelo Pecado (23:44-49)

Veja os comentários sobre Mateus 27:45-56. Lucas relata dois itens que não estão nos outros sinóticos. No versículo 46, ele fornece a última das sete declarações de Cristo na cruz. Spence diz que as palavras de Cristo: "Está consumado" (Jo 19:30), foram seu "adeus à Terra", e que a declaração registrada por Lucas: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito, é a sua "saudação de entrada no Céu".18

O segundo detalhe peculiar a este Evangelho encontra-se no versículo 48. Lucas nos conta que, além daquelas testemunhas da morte de Jesus mencionadas nos outros Evan-gelhos, havia uma multidão que se ajuntara a este espetáculo, a qual vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos. A multidão havia tido uma partici-pação na crucificação de Jesus, mas isto não havia sido idéia dela. Eles foram usados por seus líderes; foram vítimas da psicologia de massas e da demagogia. Agora eles estavam experimentando uma inexprimível mudança de sentimentos.

Para estes versículos (44-49), Ryle destaca:

1) Os miraculosos sinais que acompa-nharam a morte de nosso Senhor na cruz;

2) As palavras notáveis que o nosso Senhor disse ao morrer;

3) O poder de consciência no caso do centurião e da multidão que viu Cristo morrer.

  1. O Sepultamento (23:50-56)

Veja os comentários sobre Mateus 27:57-61. Veja também os comentários sobre Marcos 15:42-47.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 23 versículo 7
Herodes Antipas (Lc 3:1,) governava na Galiléia, a região onde Jesus havia vivido e desenvolvido a maior parte da sua atividade.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56
*

23:1

toda a assembléia. Não seria necessária a presença de todos os membros do Sinédrio, mas sua frente unida, diante de Pilatos, o impressionaria pela seriedade deles.

* 23:2

pervertendo a nossa nação. Uma acusação curiosamente imprecisa.

vedando pagar tributo a César. Jesus tinha feito exatamente o oposto (20.25).

afirmando ser ele o Cristo, o Rei. Jesus especificamente recusou-se a usar o título (22.67,68). Todas as acusações eram falsas.

* 23:3

Em certo sentido, Jesus era Rei dos Judeus, mas no sentido em que Pilatos entendeu o título, ele não o era. Sua resposta significa alguma coisa como “assim o dizes” (conforme Jo 18:33-38). Desta resposta Pilatos conclui que Jesus não era revolucionário (v.4).

* 23.5-7

No Império Romano o julgamento usualmente era feito na província onde o delito foi cometido, mas podia ser transferido para a província de onde o acusado tinha vindo. Pilatos aproveitou-se disto para enviar Jesus a Herodes. Só Lucas menciona isto.

* 23:9

nada lhe respondia. Herodes foi a única pessoa a quem Jesus recusou-se a falar.

* 23:11

Herodes zombou de Jesus, não levando a sério a acusação.

* 23:16

após castigá-lo, soltá-lo-ei. Sob a lei romana, uma pessoa podia ser castigada e advertida a ser mais cuidadosa no futuro. Pilatos, evidentemente, esperava que isto aplacaria os judeus e lhe permitisse soltar a Jesus, que ele sabia ser inocente.

* 23:17

O costume de soltar um prisioneiro na Páscoa não é referido fora dos Evangelhos, mas este tipo de procedimento era amplamente praticado naqueles tempos, e nada há de improvável a respeito disto.

* 23:18

Barrabás. As multidões clamaram por Barrabás, um homem, de outro modo, desconhecido. Seu nome significa “filho do pai”, e Lucas registra que seus crimes eram rebelião e assassinato.

* 23:26

um cirineu, chamado Simão. Era costume o condenado carregar a parte horizontal da cruz para o lugar da crucificação. Jesus começou a carregar a sua cruz (Jo 19:17), mas ele estaria enfraquecido por causa dos pesados açoites que usualmente precediam a crucificação (Mc 15:15). Os soldados recrutaram um circunstante chamado Simão de Cirene, que ficava ao Norte da África. Seus filhos aparentemente eram conhecidos na 1greja (Mc 15:21, nota).

* 23.27-31

Só Lucas registra este incidente. Deve ter havido muito mais pessoas que apoiavam Jesus em Jerusalém, somente um número, comparativamente pequeno, poderia reunir-se próximo ao tribunal, onde a oposição a Jesus foi concentrada.

* 23:28

Filhas de Jerusalém. Estas eram pessoas da localidade e não peregrinos da Galiléia. Jesus está preocupado com elas, não consigo mesmo, e volta a sua atenção para as terríveis perturbações que viriam sobre a terra (21.20-24).

* 23:31

Evidentemente, um dito proverbial, possivelmente significando que se Jesus (que era inocente) foi crucificado, que poderia esperar aos judeus (que eram culpados)?

* 23:33

Calvário. Da palavra latina “Calvaria”, um crânio. Todos os quatro Evangelhos dizem que Jesus foi crucificado entre dois criminosos: Em sua morte ele “foi contado com os transgressores” (Is 53:12).

* 23:34

lhes. Tanto judeus como romanos.

as vestes dele. A roupa de um crucificado era dada àqueles que o levavam à crucificação. Deste modo cumpriu-se o Sl 22:18.

* 23:35

As autoridades, e não o povo, estavam zombando. Eles falavam do “Cristo” e do “Escolhido”, ainda que Jesus não pareça ter usado nenhum dos dois títulos.

* 23:42

no teu reino. Este pedido indica alguma medida de confiança. O homem estava confiante de que Jesus não seria aniquilado na morte, mas estava indo para o reino celestial.

* 23:43

paraíso. Uma palavra persa para “Jardim”, que veio a significar o lugar dos justos mortos (2Co 12:4; Ap 2:7).

* 23:44

quase a hora sexta. Cerca de meio dia.

trevas. Não um eclipse, porque a Páscoa ocorre no tempo da lua cheia. Esta era uma espécie de trevas sobrenatural.

* 23:45

o véu. Uma cortina que separava o Santo dos Santos do resto do templo. A morte de Jesus abriu o caminho para a presença de Deus.

* 23:46

Mateus e Marcos acentuam quão terrível foi a morte de Jesus. Lucas não nega isto, mas registra as palavras de Jesus, mostrando que sua morte está de acordo com a vontade do Pai.

expirou. Este não é um meio comum de referir-se à morte. Nenhum dos Evangelhos emprega terminologia padrão para a morte de Jesus.

* 23:47

este homem era justo. O modo como morreu mostrou que ele era “justo”. Mateus e Marcos registram “Filho de Deus”; neste contexto as duas expressões têm muito do mesmo sentido (Mc 15:39, nota).

* 23:48

batendo nos peitos. Um sinal de profunda angústia. A multidão tinha vindo para se divertir, porém, a morte de Jesus os perturbou. Lucas não nos diz que efeito a morte de Jesus provocou nos discípulos que a testemunharam.

* 23:50-51

José de Arimatéia é mencionado em todos os quatro Evangelhos como quem assumiu o papel de líder no sepultamento de Jesus. A localização de Arimatéia é incerta (Mc 15:43, nota). José era membro do Sinédrio e deve ter estado ausente, quando o voto para a execução de Jesus foi feito com o acordo de “todos” (Mc 14:64). Que ele “esperava o reino de Deus” (v. 51) significa que ele era um seguidor de Jesus.

* 23:53

linho. O lençol de linho era uma mortalha, diferente das faixas (lençóis, lit. “bandagens”) em Jo 19:40. O lençol cobria o cadáver enfaixado (Lc 24:12).

túmulo aberto em rocha. Um túmulo na rocha freqüentemente comportava vários corpos (Mc 15:46, nota), mas este estava vazio.

* 23:54

preparação. Sexta-feira, o dia em que as pessoas se preparavam para o Sábado (Jo 19:14, nota).

* 23:55-56

Não havia tempo, na sexta-feira, para fazer tudo aquilo que os seguidores de Jesus gostariam de fazer para o seu sepultamento. As mulheres tomaram nota do lugar onde o corpo foi deixado, evidentemente para saber onde deviam ir quando o Sábado tivesse terminado, para completar o sepultamento. José e Nicodemos colocaram considerável quantidade de mirra e aloés com o corpo de Jesus, quando eles o deixaram na tumba (Jo 19:38,39), mas as mulheres queriam fazer a sua própria contribuição.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56
23:1 Pilato era o governador romano da Judea, região onde estava Jerusalém. Parecia experimentar um prazer especial em perseguir aos judeus. Por exemplo, tomou o dinheiro do templo e o usou para construir um aqueduto e afrontou a religião judia ao trazer para a cidade imagens imperiais. Entretanto, como Pilato bem sabia, ditos atos poderiam lhe causar dificuldades. Se a gente apresentava uma queixa formal contra sua administração, Roma poderia destitui-lo do cargo. Pilato começava a sentir-se inseguro em seu posto quando os líderes judeus trouxeram para o Jesus para ajuizá-lo. Continuaria incomodando aos judeus ao pôr em risco seu futuro político ou cederia ante suas demandas e condenaria a um homem que, e estava seguro disto, era inocente? Essa foi a pergunta que enfrentou Pilato essa sexta-feira primaveril faz aproximadamente dois mil anos. se desejar mais informação a respeito do Pilato, veja-se seu perfil no Marcos 15.

23:7 Herodes, chamado também Herodes Antipas, estava em Jerusalém esse fim de semana para a celebração da Páscoa. (Este foi o Herodes que matou ao João o Batista.) Pilato pensou delegar sua responsabilidade enviando ao Jesus ao Herodes, porque sabia que Jesus viveu e trabalhou na Galilea. Entretanto, Herodes não foi de muita ajuda. Foi escrupuloso com o Jesus e desfrutou burlando-se do. Apesar disso, quando o enviou de novo ao Pilato, foi com o veredicto de "inocente". se desejar mais informação do Herodes Antipas, veja-se seu perfil no Marcos 6.

23:12 Herodes era o governador meio judeu da Galilea e Perea. Pilato era o governador romano da Judea e Samaria. Estas quatro províncias, com outras mais, estavam unidas sob o governo do rei Herodes o Grande, mas quando morreu em 4 a.C. o reino se dividiu entre seus quatro filhos. A nenhum lhes chamou rei, a não ser tetrarca (significava "governador de um quarto da região"). Arquelao, o filho que recebeu Judea e Samaria, transcorridos dez anos o destituíram e suas províncias as governaram uma sucessão de governadores romanos dos quais Pilato foi o quinto.

Herodes Antipas tinha duas vantagens sobre o Pilato: vinha de uma monarquia herdada, em parte feijão, e permaneceu durante mais tempo em seu cargo. No caso do Pilato, também tinha duas vantagens sobre o Herodes: era cidadão romano e enviado do imperador e sua posição a criaram para substituir ao ineficiente meio irmão do Herodes. Não é uma surpresa, portanto, que a relação destes dois homens fora tensa. Entretanto, o julgamento do Jesus os uniu. devido a que Pilato reconhecia a autoridade do Herodes sobre a Galilea, este deteve o sentimento ameaçador dos políticos romanos, e como nenhum homem sabia o que devia fazer neste transe, seu problema comum os uniu.

JULGAMENTO DO Jesus : Do Getsemaní, levaram ao Jesus ante o concílio judeu, que se convocou ao amanhecer na casa do Caifás. dali foram à casa do Pilato, o governador romano; logo à casa do Herodes, tetrarca da Galilea, que se encontrava de visita em Jerusalém, e dali voltaram para o Pilato que, desesperado, sentenciou-o finalmente a morte.

23.13-25 Pilato quis liberar o Jesus, mas a multidão a grandes vozes demandou sua morte, de modo que Pilato o sentenciou. Sem lugar a dúvidas não queria arriscar sua posição, a que possivelmente já estava vacilante, e permitir um alvoroço em sua província. Como político de profissão, tinha presente a importância de um compromisso e viu o Jesus como uma ameaça política e não como um ser humano com direitos e dignidade.

Quando as lucros são suculentas, é difícil ficar ao lado do bom e é fácil ver em nossos oponentes só problemas que resolver antes que pessoas que merecem respeito. Se Pilato tivesse sido em realidade um homem de valor, teria dado a liberdade ao Jesus sem lhe importar as conseqüências. Mas a multidão vociferava e Pilato se assustou. Quando em frente uma decisão difícil, não passar por cima os efeitos das pressões. Considere de antemão que as boas decisões possivelmente sejam pouco agradáveis e tenham conseqüências: rechaço social, ridículo público, carreira afetada. Pense no Pilato e dita ficar no bando da verdade sem importar a coação de outros.

23:15 Ao Jesus o provaram seis vezes, tanto por judeus como por autoridades romanas, e nunca o acharam culpado de um delito digno de morte. Mesmo que o levaram aos judeus para sua execução, não puderam culpar o de traição. Até hoje ninguém pode achar falta alguma no Jesus. Mas, como no caso do Pilato, Herodes e os líderes religiosos, muitos seguem negando-se a recebê-lo como Senhor.

23:18, 19 Diabinho formou parte de uma rebelião contra os governantes romanos (Mc 15:7). Como insurgente político era sem dúvida um herói entre alguns dos judeus. Que ironia, Diabinho, que o puseram em liberdade, era culpado dos mesmos crímenes imputados ao Jesus (Mc 23:14).

23:18, 19 Quem era Diabinho? Os judeus tinham nomes que os identificava com seus pais. Ao Simón Pedro, por exemplo, lhe chama Simón, filho do Jonás (Mt 16:17). Diabinho não se identifica pelo nome que lhe deu, daí que não nos seja de muita ajuda. Diabinho significa "filho do pai". Pôde ter sido um filho de ninguém e esse é precisamente o assunto. Diabinho, filho de um pai sem nome, cometeu um crime. devido a que Jesus morreu em seu lugar, liberaram a este homem. Nós também somos pecadores e malfeitores contra a lei Santa de Deus. Como Diabinho, sentenciados a morrer. Mas Jesus morre em nosso lugar, por nossos pecados e nos põe em liberdade. Não precisamos ser "muito importantes" para aceitar nossa liberdade em Cristo. Mais ainda, graças ao Jesus Deus adota como a filhos e nos dá o direito de chamá-lo Abba, "papai" (veja-se Gl 4:4-6).

23:22 Quando Pilato disse "lhe castigarei", referia-se a um castigo que poderia levar ao Jesus à morte. O procedimento usual consistia em despir o torso da vítima e logo lhes atar as mãos a um poste antes de flagelá-lo com um látego triplo com pedaços de metal. O número de chicotadas o determinava a severidade do crime; a Lei judia permitia um máximo de quarenta. depois de flagelado, Jesus suportou outras agonias mais como se indica no Mateus e Marcos. Esbofetearam-no, golpearam a murros e ludibriaram. Puseram-lhe uma coroa de espinhos em sua cabeça, golpearam-no com um cano e o despiram antes de pendurá-lo na cruz.

23:23, 24 Pilato não quis sentenciar ao Jesus à pena de morte. Pensou que os líderes religiosos somente o invejavam e queriam livrar-se de um rival. Quando ameaçaram ao Pilato denunciando-o ante o César (Jo 19:12), assustou-se. Informação histórica assinala que as autoridades romanas admoestaram ao Pilato devido a hostilidades em sua região. O menos que precisava era uma revolta em Jerusalém e durante a Páscoa, quando a cidade estava cheia de judeus procedentes de todo o império. De maneira que entregou ao Jesus a chusma para que fizessem com O que quisessem.

23.27-29 Solo Lucas menciona o pranto das mulheres judias enquanto levavam ao Jesus pelas ruas para sua execução. Disse-lhes que não chorassem pelo, mas sim por elas mesmas. Sabia que só quarenta anos depois os romanos destruiriam Jerusalém e o templo.

23:31 Este provérbio é difícil de interpretar. Alguns o interpretam assim: Se Jesus que era inocente (árvore verde) sofreu em mãos dos romanos, o que acontecerá com os judeus culpados (árvore seca)?

23.32, 33 A Caveira, também chamada Gólgota, era possivelmente uma colina que se achava nos subúrbios de Jerusalém junto a um caminho principal. Os romanos levavam a cabo execuções públicas para castigo da gente.

23:32, 33 Quando os filhos do Zebedeo lhe perguntaram se poderiam ter um lugar de honra junto ao Jesus em seu Reino, O lhes respondeu que não sabiam o que pediam (Mc 10:35-39). Agora que Jesus se preparava para inaugurar seu Reino mediante a morte, os lugares a sua direita e esquerda os ocuparam homens que morriam: malfeitores. Como Jesus explicou a seus dois discípulos famintos de poder, uma pessoa que queira estar perto do deve estar preparado para sofrer e morrer. O caminho ao Reino é o caminho da cruz.

23:34 Jesus pediu a Deus que perdoasse às pessoas que lhe dava morte: líderes judeus, políticos romanos, soldados e espectadores, e Deus respondeu essa oração ao abrir o caminho de salvação até para os assassinos do Jesus. O oficial romano e os soldados testemunhas da crucificação disseram: "Verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mt 27:54). Logo muitos sacerdotes se converteram à fé cristã (At 6:7). Já que somos pecadores, todos tivemos parte na morte de Cristo. A boa nova é que Deus é bondoso, que nos perdoará e nos dará uma nova vida através de seu Filho.

23:34 Os soldados romanos acostumavam reparti-las roupas dos malfeitores executados. Quando jogaram sortes pelas do Jesus, cumpriram a profecia do Sl 22:18.

23:38 Este letreiro pretendia ser irônico. Era óbvio que um rei, despido e executado em público, tinha perdido seu reino para sempre. Mas Jesus, que transtorna a sabedoria do mundo, iniciava seu Reino. Sua morte e ressurreição significariam um golpe mortal ao governo de Satanás e ficaria estabelecida sua autoridade eterna sobre a terra. Poucas pessoas ao ler o letreiro essa tarde sombria compreenderam seu verdadeiro significado, mas o letreiro estava no certo. Não tudo estava perdido. Jesus era o Rei dos judeus, dos gentis e de todo o universo.

23.39-43 Este homem a ponto de morrer, voltou-se para o Jesus em busca de perdão e O aceitou. Isto nos mostra que nossas obras não nos salvam, mas nossa fé em Cristo sim. Nunca é muito tarde para nos voltar para O. Até em sua miséria, Jesus teve misericórdia deste malfeitor que decidiu acreditar no. Nossas vidas são muito mais úteis e plenas se nos voltarmos para Deus a temprana idade, mas inclusive os que se arrependem quase ao final estarão com Deus em seu paraíso.

23:42, 43 O malfeitor moribundo teve mais fé que outros seguidores do Jesus juntos. Embora os discípulos seguiam amando ao Jesus, suas esperanças pelo Reino começaram a desvanecer-se. Muitos se apartaram. Como um de seus seguidores disse com tristeza dois dias mais tarde: "Mas nós esperávamos que O era o que tinha que redimir ao Israel" (24.21). O ladrão, pelo contrário, olhou ao homem que agonizava junto Ao e disse: "te lembre de mim quando vier em seu reino". Ao parecer, o Reino tinha chegado a seu fim. Que inspiradora é a fé deste homem que viu a glória vindoura além da ignomínia presente!

Jesus LEVADO A MORTE: Como não pôde carregar sua cruz através das ruas de Jerusalém, atribuiu-se ao Simón do Cirene a tarefa de lhe ajudar. Ao Jesus o crucificaram junto a dois malfeitores comuns em um monte nos subúrbios de Jerusalém.

23:44 Ao meio dia, a escuridão cobriu toda a terra perto de três horas. Parecia que a natureza se condolía pela trágica morte do Filho de Deus.

23:45 Este fato tão importante simboliza a obra de Cristo na cruz. O templo tinha três partes: os átrios, para toda a gente; o Lugar Santo, onde solo os sacerdotes podiam entrar; o Lugar Muito santo onde o supremo sacerdote entrava uma só vez ao ano para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo. No Lugar Muito santo se achava o arca do pacto e a presença de Deus nele. O véu que se rasgou era o que impedia que o Lugar Muito santo estivesse à vista. Ao morrer Cristo, desapareceu a barreira entre Deus e o homem. Agora cada pessoa pode chegar a Deus diretamente mediante Cristo (Hb_9:1-14; Hb 10:19-22).

23.50-52 José da Arimatea foi um membro honorável e rico do concílio judeu. Também era um discípulo secreto do Jesus (Jo 19:38). Os discípulos que seguiram publicamente ao Jesus fugiram, mas José de maneira audaz tomou uma decisão que pôde lhe haver flanco caro. Estimava muito ao Jesus, por isso pediu seu corpo para lhe dar sepultura.

23:53 Esta tumba era como uma cova feita por mão de homens, cavada na ladeira de uma das muitas colinas de pedra calcária que se achavam ao redor de Jerusalém. Era o bastante espaçosa para caminhar em seu interior. Depois do enterro, ficou uma pedra de grande tamanho para tampar a entrada (Jo 20:1).

23:55 As mulheres galileas seguiram ao José à tumba, de maneira que sabiam com exatidão onde encontrar o corpo do Jesus quando voltassem com suas especiarias e ungüentos uma vez passado o dia de repouso. Estas mulheres não puderam fazer "grandes" obra pelo Jesus, não lhes permitia apresentar-se ante o concílio judeu nem ante o governador romano e atestar em seu favor; mas fizeram o que puderam. Permaneceram junto à cruz quando a maioria dos discípulos fugiram e estiveram listas para ungir o corpo de seu Senhor. devido a sua devoção, foram as primeiras em inteirar-se da ressurreição. Como cristãos possivelmente sintamos que não podemos fazer muito pelo Jesus. Mas temos a chamada a nos valer das oportunidades que nos concedem, fazendo o que podemos e não nos lamentando pelo que não podemos fazer.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56
E. ROMANO TRIAL (23: 1-25)

1. A acusação perante Pilatos (23: 1-7)

1 Ora, toda a empresa deles se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2 E começaram a acusá-lo, dizendo: Achamos este homem pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, Ap 3:1 E Pilatos perguntou-lhe, dizendo: Tu és o Rei dos judeus? E ele respondeu-lhe e disse: Tu o dizes. 4 E Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e às multidões: Não acho culpa alguma neste homem. 5 Mas eles eram mais urgente, dizendo: Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia e, começando desde a Galiléia até este lugar. 6 Então Pilatos, ouvindo isso, ele perguntou se o homem era galileu. 7 E quando soube que era da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que ele mesmo também estava em Jerusalém nestes dias.

O Sinédrio tinha ido tão longe que podia, com caso de Jesus: ele havia condenado à morte. Estranhamente, Lucas não afirmar isso. Na verdade, ele dá praticamente nada da sessão noturna do Sinédrio, descrevendo negações só de Pedro naquele momento. O questionamento real de Jesus pelo Sinédrio que ele relata estava na reunião oficial à luz do que o corpo. Isso ele descreve com algum pormenor (22: 66-71 ), enquanto Mateus e Marcos mencioná-lo em apenas uma frase (Mt 17:1 ; Mc 14:1 , Mt 26:66) e Marcos (Mc 14:64 ), aprendemos que Jesus foi acusado de blasfêmia e condenado a ser passível de morte. A questão de saber se deve ou não o Sinédrio poderia neste momento infligir a pena de morte tem sido muito debatida.Klausner diz: "... naquele tempo os judeus não podiam passar sentença de morte, pelo menos não em um caso que afeta um Messias, ou seja, uma questão política."

Em um artigo no Dicionário do Intérprete da Bíblia , Burkill lida com este assunto durante algum tempo. Ele chama a atenção para a declaração no Talmud que "o poder de proferir sentenças capitais foi tirado dos judeus quarenta anos antes da destruição do Tempel", mas questiona a validade do mesmo. Ele conclui a favor da ideia de que o Sinédrio poderia "executar qualquer cidadão judeu acusado e considerado culpado de um crime capital contra a lei de sua religião."

Inquestionavelmente houve um caso em que o Sinédrio poderia colocar um homem até a morte. "Uma inscrição descoberta em 1871 por Clermont-Ganneau definitivamente mostra que as autoridades judaicas foram formalmente autorizado pelo governo imperial para colocar qualquer Gentile à morte se ele aventurou-se a passar para o santuário além do segundo recinto do templo."

A declaração mais significativa na Bíblia sobre este ponto é Jo 18:31 . Quando Pilatos disse aos dirigentes judeus, "Tomai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei", eles responderam: ". Não é lícito para nós colocar qualquer homem até a morte" O próximo versículo acrescenta: "que a palavra de Jesus poderia ser cumprido, o que ele falou, significando com que morte havia de morrer ", ou seja, por crucificação, que era romano, e não método judaico de execução. Esta passagem pode parecer para resolver a questão de forma conclusiva. Mas pode ser interpretada da seguinte forma: Pilatos, reconhecendo o direito romano, disse aos judeus para julgá-lo por sua lei religiosa. Mas por causa da atitude favorável das pessoas em relação a Jesus, os governantes judeus preferido ter Pilatos lidar com o caso. Então, eles se esconderam atrás de uma regra (suposta?) Que eles não podiam colocar um homem à morte. Tudo o que podemos dizer é que não temos evidência histórica suficiente para dar uma resposta definitiva a esta questão.

Lucas diz que toda a empresa deles (ou seja, todo o Sinédrio) trouxe Jesus a Pilatos (v. Lc 23:1 ). Stauffer comenta: "Na Palestina era a prática geral em todos os assuntos oficiais para confrontar as autoridades romanas com tão barulhento e grande uma delegação de dignitários como poderia ser reunidos."

Como já mencionado, a cobrança em que o Sinédrio condenou Jesus à morte foi a acusação de blasfêmia, de que diz ser o Filho de Deus (Mt 26:63 ; Mc 14:61 ). Mas os governantes judeus sabia muito bem que isso não têm peso qualquer que seja em um tribunal romano de justiça. Assim, diante de Pilatos trouxeram acusações políticas. Havia três: (1) pervertendo a nossa nação ; (2) proibindo dar o tributo a César ; (3) dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei (v. Lc 23:2 ). Os dois últimos poderia ser considerado traição. Duas coisas que o governo romano não podia tolerar. Um deles foi a falta de pagamento de impostos para apoiar o regime caro de Roma. A outra era a revolução política. Os líderes judeus sabiam que Pilatos seria abalado por ouvir estas acusações contra Jesus.

A falsidade dessas acusações é aparente. Longe de pervertendo a nossa nação , Cristo tinha cuidadosamente indicou que Ele não veio para "destruir" a lei de Moisés, mas para "cumprir" ele (Mt 5:17 ); ou seja, para preenchê-lo cheio de significado espiritual. Seus ensinamentos éticos estavam em linha com os da melhor rabinos-tanto que alguns modernos escritores judeus alegaram que Jesus ensinou nada de essencialmente novo.

Mas os principais sacerdotes destinados isso como uma acusação séria. "Eles implicam que a perversão da nação era sedicioso. A excitação causada pelo ministério de Cristo era notório, e não seria fácil provar que não tinha qualquer significado político. "

No que respeita à segunda acusação foi concerned- proibindo dar o tributo a César -este era nada além de uma mentira descarada; Cristo tinha precisamente recusado a aprovar esta posição dos fanáticos judeus. Ele havia dito clara e enfaticamente: "Dai a César o que é de César" (Lc 20:25 ). Jesus ensinou que as pessoas devem pagar os seus impostos, e Paulo reiterou esta verdade para a Igreja (Rm 13:6 ). Mas ele não era o tipo de rei ou Messias que os judeus tinham em mente. A implicação de sua acusação era de que Ele era um rei político, e que, é claro, foi a maneira que eles queriam Pilatos para levá-la. Visto por este prisma, a terceira carga, como os outros, era falsa. Os líderes judeus foram desonestos em apresentar seu caso.

Aproveitando esta terceira acusação, Pilatos perguntou a Jesus: És tu o rei dos judeus? (v. Lc 23:3 ). No grego tu (su) ocorre pela primeira vez, na posição enfática. Isso "implica que o seu aspecto era muito contra tal afirmação."

A resposta de Cristo, tu dizes , parece ambíguo. O que as palavras significam? Creed pensa "que foi entendida como implicando assentimento", e acrescenta: "Mas o pronome pessoal ... deve ser significativa:. 'A declaração é de vocês", ou seja, um certo protesto contra a pergunta está implícito "

A melhor explicação é feita por Plummer. Ele ligaria esta passagem com Jo 18:33 . Ele diz que a resposta de Jesus aqui: "Ele condensa uma conversa dada em maior extensão por Jo, sem cuja narrativa que dos três é dificilmente inteligível.." João diz como Jesus informou Pilatos: "O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se lutar, para que eu não fosse entregue aos judeus "( Jo 18:36 ).

Isto satisfez o governador que Cristo não era um rei, no sentido comum, mas apenas um fanático religioso inofensivo. Então ele disse para os principais sacerdotes e as multidões -evidently uma multidão se reuniu por este tempo- Não acho culpa alguma neste homem (v. Lc 23:4 ). Este não foi um endosso caráter, para o governador estava falando como um juiz no tribunal. Morgan tem razão quando afirma: "Foi um achado legal, na própria terminologia da lei pelo tribunal do tempo; assim como em um tribunal Inglês da justiça, o veredicto seria: 'Não sou culpado. " "Isso faz com que todos veredicto final a mais repreensível de Pilatos de morte de um prisioneiro que havia declarado inocente.

Por este erro judiciário? As próximas palavras dão uma resposta parcial: Alvoroça o povo (v. Lc 23:5 ). Os líderes judeus estavam tentando fazer enfiar a acusação de "pervertendo a nossa nação", interpretando-a como sendo sedição. Eles eram o mais urgente em pressionar seus acusações contra Cristo. Eles devem garantir Sua condenação a qualquer custo.

Quando os chefes dos sacerdotes mencionado o ensinamento de Jesus na Galiléia , Pilatos apreendidos ansiosamente sobre a possível chance de se livrar da responsabilidade de tomar uma decisão que foi rapidamente se tornando mais difícil. Depois de confirmar o fato de que Cristo era, na verdade, um galileu, ele mandou para Herodes (v. Lc 23:7 ). Esta foi a Herodes Antipas, governador da Galiléia, que passou a ser em Jerusalém para a Páscoa.

2. Jesus Antes de Herodes (23: 8-12)

8 Ora, quando Herodes viu a Jesus, alegrou, porque era de um longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; e ele esperava ver algum sinal feito por Ec 9:1 E ele perguntou-lhe em muitas palavras; mas ele nada lhe respondeu. 10 E os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o com veemência. 11 E Herodes, com seus soldados colocá-lo em nada, e zombavam dele, e ele em arraying lindo vestuário mandou de volta a Pilatos. 12 E Herodes e Pilatos se tornaram amigos uns com os outros naquele mesmo dia: pois antes andavam em inimizade entre si.

Este incidente é registrado apenas por Lucas, que mostra grande interesse na família de Herodes, tanto no Evangelho e em Atos. Herodes Antipas era o único que tinha matado João Batista e que, quando ele ouviu dos milagres de Jesus, pensou que João tinha vindo à vida novamente (Mc 6:14 ). Isto indicou como ele era supersticioso. Agora ele estava muito se alegrou ao encontro de Cristo, a quem ele tinha desejado por um longo tempo para ver (v. Lc 23:8 ). Mera curiosidade o fez querer testemunhar algum milagre.Isto sugere a medida de sua profundidade religiosa.

Ansiosamente Herodes interrogou Jesus com muitas palavras (v. Lc 23:9 ). Mas Cristo não estava interessado em satisfazer os desejos egoístas deste ímpio. Então, Ele lhe respondeu nada . Ele sabia que não poderia ajudar este homem. Em seguida, os príncipes dos sacerdotes e os escribas soltou uma torrente de abusos, acusando-o com veemência (v. Lc 23:10 ). Não houve recurso, para tentar responder às suas falsas acusações; por isso Jesus manteve um silêncio discreto.

Quando Herodes viu que ele não estava indo para obter qualquer satisfação fora deste prisioneiro sua "curiosidade perplexo" vingou cruel. Aqui vislumbramos o coração de um desses Herodes. Eles eram conhecidos por sua crueldade dura. Então Antipascolocá-lo em nada (v. Lc 23:11 ). O verbo significa "desprezar totalmente, tratar com desprezo." Arraying Jesus em lindo vestuário ("roupa brilhante"), ele enviou-o de volta a Pilatos . Então o governador ainda foi confrontado com a exigência de que ele tomar uma decisão, como é todo homem que entra em contato com Cristo.

Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos (v. Lc 23:12 ). Provavelmente a sua inimizade tinha resultou de uma discussão sobre jurisdição administrativa (conforme Lc 13:1)

13 Então Pilatos convocou os principais sacerdotes, as autoridades eo povo, 14 e disse-lhes: Vós trouxeram-me este homem, como pervertedor do povo; e eis que eu, tê-lo examinado antes de você, não encontrou nenhuma falha no este homem tocar essas coisas que vos acusam: 15 não, nem mesmo Herodes, porque ele mandou de volta a nós; . E eis que, nada digno de morte tem sido feito por ele 16 . Portanto, vou castigá-lo e libertá- Lv 18:1 Mas eles gritaram todos juntos, dizendo: Fora com este, e solta-nos Barrabás! - 19 aquele que para uma certa revolta feita na cidade, e de um homicídio, foi lançado na prisão. 20 E Pilatos falou-lhes de novo, querendo soltar a Jesus; 21 , mas eles gritaram, dizendo: Crucifica-o. 22 E disse-lhes o terceiro tempo, que mal tem este homem fez? Eu tenho encontrado nenhuma causa de morte nele: Portanto, vou castigá-lo e libertá- Lv 23:1 Mas eles instavam com grandes brados, pedindo que fosse crucificado. E prevaleceram os seus clamores. 24 Então Pilatos julgou que o que eles pediram deve ser feito. 25 E ele lançou-lhe que para a insurreição e assassinato tinha sido lançado na prisão, a quem pediram; mas entregou Jesus à vontade deles.

A primeira acusação de que os líderes judeus haviam interposto contra Jesus era que ele estava "pervertendo a nossa nação" (v. Lc 23:2 ). Isso pareceu sério a Pilatos é demonstrado pelo fato de que ele agora diz: Ye trouxeram-me este homem, como pervertedor as pessoas (v. Lc 23:14 ). Mas afer examinando-Lo em sua presença, ele não encontrou nenhuma falha , ou "crime", em relação à acusação. Nem tinha Herodes considerou-o culpado (v. Lc 23:15 ). Ele mandou de volta para nós, tem melhor suporte manuscrito de "Eu te enviei para ele" (KJV) e faz muito mais sentido na passagem. Também por ele é muito mais preferível do que "a ele" (KJV), porque este último não faz sentido. O grego (caso dativo sem preposição), pode muito bem ser traduzido de qualquer maneira.

Aqui vemos uma das características que é destaque no livro de Atos. Há a imagem frequente é a de oficiais romanos protegendo os cristãos contra a perseguição dos judeus. Então aqui Pilatos defendeu Jesus. Mas ele não teve a coragem de fazer o que ele sabia que estava certo.

O governador sugeriu que ele iria castigar Cristo e liberar Ele (v. Lc 23:16 ). A palavra grega para Chastise significa literalmente "treinar uma criança", depois "castigo", ou "castigar." Era um termo muito leve para Pilatos para usar para a flagelação Roman cruel, que às vezes era fatal. Mas ele parecia disposto a fazer quase qualquer coisa que se pudesse obter Jesus de suas mãos sem ter de executá-lo.

Mas ele foi frustrada nesta tentativa também. As pessoas, instigadas pelos príncipes dos sacerdotes (Mc 15:11 ), todos começaram a gritar: Fora com este, e solta-nos Barrabás (v. Lc 23:18 ). Em aramaico (a língua da Palestina naquele dia) Bar significa "filho" eabba "pai". Assim Barrabás literalmente significa "filho de um pai." Esta parece ser uma coincidência impressionante. O povo escolheu "filho de um pai" -que era culpado de insurreição e assassinato -e rejeitado Aquele que era verdadeiramente o Filho do Pai.Mas a maioria das pessoas hoje ainda estão fazendo o mesmo em que o ancião do self, em vez de aceitar o novo homem em Cristo Jesus-holding escolha.

A importância histórica da decisão os judeus feitas não deve ser desperdiçada. Barrabás era um representante desse espírito muito revolucionário que o Sinédrio estava acusando Jesus de ter. Exigir a crucificação de Cristo e da libertação de Barrabás "foi a repudiar o espírito de submissão e de fé que havia distinguido toda a obra de Jesus, e que poderia ter salvo o povo. Era ao mesmo tempo para soltar o espírito de revolta que era para levá-los para a sua destruição "(in AD 70). Neste caso, as consequências da escolha errada aparecer na vivacidade gritante. Uma pessoa não pode deliberadamente escolher o errado, sem pagar um preço trágico para fazê-lo.

Pilatos ainda estava querendo soltar a Jesus (v. Lc 23:20 ). Mas assim que ele sugeriu isso de novo para o povo, eles gritaram - "gritava" (imperfeito do verbo forte usado apenas por Lucas) - Crucifica-o .

Pela terceira vez, o governador afirmou: Não encontrei nenhuma causa de morte nele (v. Lc 23:22 .; conforme vv Lc 23:4 , Lc 23:14 ). Porque é o mesmo em grego como "falha" nos versículos 4:14 . Uma vez que Jesus era inocente Pilatos quis castigar e liberar ele, como ele havia sugerido anteriormente depois de sua segunda declaração de que Jesus era "não culpado" (ver vv. Lc 23:14 , Lc 23:16 ). A reação da multidão, impulsionado pelos altos sacerdotes, era até agora previsível: Mas eles eram urgentes , literalmente, "estavam pressionando em cima" - com grandes brados, pedindo que Jesus deveria ser crucificado (v. Lc 23:23 ). O particípio pedindo (aitoumenoi) é no meio voz, que é provavelmente um pouco mais forte do que ativa. Em geral, a média "é usado de pedidos no comércio e, portanto, como regra, no Novo Testamento. ... No papiros os prepondera médio em estilo de negócio." Então, os príncipes dos sacerdotes (no meio da multidão) estavam exigindo um negócio com Pilatos : Jesus deve ser crucificado. O resultado foi: prevaleceram os seus clamores . O verbo significa "dominar, prevalecerão contra." Pilatos foi dominado pelos "demolição" táticas dos principais sacerdotes.

Então, o governador deu sentença -o verbo composto é usado somente aqui no Novo Testamento, isto o que eles exigiram deve ser feito. Quando ele tomou essa decisão, ele abdicou tudo certo para governar como governador romano, embora continuasse no cargo por mais meia dúzia de anos. Em seguida, suas crueldades pego com ele, e ele foi enviado para o exílio (AD 36).

O versículo 25 é um resumo triste fechamento deste parágrafo. Pilatos deliberadamente libertados na sociedade um homem que era um assassino e insurrectionist-culpado de dois dos principais crimes no catálogo Roman. Ao fazer isso ele ignorou todos os princípios da justiça romana, que se baseia a nossa jurisprudência hoje. Ao mesmo tempo, ele entregou para a execução de um homem que tinha três vezes pronunciado publicamente "não culpado" e que ele sabia ser inocente. Nunca houve um aborto pior da justiça.

F. A CRUCIFICAÇÃO (23: 26-49)

1. Simão de Cirene (Lc 23:26)

26 E quando o levaram dali, eles se apossado de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz, para suportá-lo depois de Jesus.

Desde Lucas já gravou a zombaria de Jesus por Herodes e seus soldados (v. Lc 23:11 ), ele omite a zombaria pelos soldados do governador (Mt 27:27 ; Mc 15:16 ). Todos os três Synoptists dar este pequeno artigo de Simon carregando a cruz de Jesus (conforme Mt 27:32. ; Mc 15:21 ). Desde Marcos menciona dois filhos de Simon, que provavelmente eram membros conhecidos da igreja em Roma (conforme Rm 16:13 ), afigura-se que este homem do norte da África se tornou um cristão. Ele deve ter valorizado muito esse contato inesperado com Cristo a caminho do Calvário.

2. As mulheres chorando (23: 27-31)

27 E seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres que lamentavam e choravam por ele. 28 Mas Jesus voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. 29 Para eis que os dias vêm, em que se dirá: Felizes as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram. 30 Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós; e aos outeiros: Cobri- Nu 31:1 Porque, se eles fazem essas coisas na árvore verde, o que deve ser feito no seco?

Este breve parágrafo é peculiar a Lucas. Como já foi dito muitas vezes, este é o Evangelho da Mulher. Lucas dá muito mais atenção para as mulheres que seguiam Jesus eo servia do que os outros evangelistas (ver 8: 1-3 ).

Mas este é um grupo diferente. Eles são chamados de Filhas de Jerusalém (v. Lc 23:28 ). Eles eram evidentemente mulheres simpatizantes daquela cidade.

Para se fazer essas coisas na árvore verde, o que deve ser feito no seco? (v. Lc 23:31) é, obviamente, uma questão obscura. O que isso significa? Creed sugere: "Se o Jesus inocente ... conhece um tal destino, qual será o destino de Jerusalém culpado" Da mesma forma, Godet diz: "A madeira verde é Jesus levou a morte como um rebelde ...; . a madeira seca é o povo judeu, que, por seu espírito de revolta, vai ... derrubar sobre si mesmos a espada dos romanos "AB Bruce expressa a mesma idéia em forma ligeiramente diferente:" O que está acontecendo comigo agora há nada a o que vai acontecer com este povo. A árvore verde representa a inocência, a culpa árvore seca, maduro para o fogo do julgamento ".

3. Companheiros na crucificação (Lc 23:32)

32 E havia também outros dois, que eram malfeitores, levou com ele para ser condenado à morte.

A afirmação de que havia dois malfeitores ("maus-trabalhadores") crucificado com Jesus é trazido mais tarde por Mateus (Mt 27:38) e Marcos (Mc 15:27 ). Nestes outros dois Evangelhos são identificados como "ladrões" (não "ladrões", KJV). Eles podem ter sido bandidos que haviam tomado parte na mesma insurreição com Barrabás. Se assim for, Barrabás pertencia na cruz do meio, e Cristo, literalmente, morreu em seu lugar.

4. Zombaria de governantes e soldados (23: 33-38)

33 E, quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. 34 E Jesus disse: Pai, perdoa-lhes; pois eles não sabem o que fazem. E abrindo as vestes dele, lançaram sortes. 35 E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Salvou os outros; deixá-lo salvar a si mesmo, se este é o Cristo de Deus, o seu escolhido. 36 Os soldados também o escarneciam, chegando a ele, oferecendo-lhe vinagre, 37 e dizendo: Se tu és o Rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. 38 E houve também uma inscrição sobre ele, ESTE É O REI DOS JUDEUS.

Esta cena chocante é registrado em todos os três sinóticos (veja as notas sobre Mt 27:33 ; Mc 15:22 ). Lucas tem uma ordem diferente de detalhes dos outros dois Evangelhos.

O local da crucificação é identificado em Mateus, Marcos e João (Jo 19:17) pelo seu nome hebraico "Gólgota". Mas Lucas, escrevendo para os gregos, omite isso. No entanto, ele se junta a outros três em usar a palavra grega Kranion (conforme "crânio"), o que significacrânio . Pode ser encontrada nestes quatro passagens paralelas nos Evangelhos, e em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Estranhamente, a ReiTiago 5ersion tem "Calvário" (do latim, calvarium , "caveira") aqui em Lucas, mas "crânio" nos outros três Evangelhos. É a mesma palavra grega em todos os quatro lugares.

Três dos sete provérbios da Cruz são encontrados no Evangelho de Lucas. O primeiro é registrada no versículo 34 - Pai, perdoa-lhes; pois eles não sabem o que fazem .

As pessoas ficaram em volta da cruz, observando. Alguns eram amigos, alguns eram inimigos. Os governantes (líderes religiosos judaicos) zombavam dele (v. Lc 23:35 ). O grego literal é "torceram o nariz para ele." O verbo é encontrado (em NT) apenas aqui e emLc 16:14 . Os soldados se juntaram zombando dele (v. Lc 23:36 ). Para a formulação da inscrição (v. Lc 23:38) veja as notas na Mt 27:37 .

5. Ganhar uma Lost Soul (23: 39-43)

39 E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Não és tu o Cristo? salvar a si mesmo e nós. 40 Mas o outro respondeu, e repreendia-o, tu nem sequer temes a Deus, tu és na mesma condenação? 41 E nós, na verdade, com justiça; porque recebemos o castigo que os nossos atos.: mas este homem tem feito nada de errado 42 . E ele disse: Jesus, lembra-se de mim quando vieres no teu reino 43 E disse-lhe: Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso.

Esta bela incidente, encontrada somente aqui, está em linha com a ênfase de Lucas sobre o fato de que "O Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10 ). Mesmo na cruz, em suas horas morrendo de agonia, Jesus resgatado outra ovelha perdida e trouxe-o de forma segura para o rebanho.

Mateus (Mt 27:44) e Marcos (Mc 15:32) diz que os dois ladrões que foram crucificados com Cristo '", repreendeu-o." Mas não há nenhuma contradição entre esta ea declaração de Lucas que, enquanto um ladrão , blasfemava dele , o outro repreendeu seu companheiro de ladrão e defendeu com Jesus por misericórdia. Qualquer uma das duas explicações vai cuidar do problema de forma adequada. Pode ser que os dois ladrões começou em abusar de Jesus, e que um deles finalmente se arrependeu e foi perdoado.Ou pode ser que a diferença entre "censurou" (Mat., Marcos) e criticou (Lucas) devem ser enfatizados. Ambos, no calor do seu sofrimento ", censurou" Cristo. Mas apenas um blasfemava sobre Ele, usando linguagem insultuosa.

A repreensão dada pelo Penitente Robber foi bem falado. Os dois ladrões foram justamente condenado e crucificado, recebendo a devida recompensa das suas obras. Mas Jesus tinha feito nada de errado (literalmente, "fora do lugar" e assim "inconveniente").

O penitente Robber solicitado: Jesus, lembra-se de mim quando vieres no teu reino (v. Lc 23:42 ). Nós não temos nenhuma maneira de saber exatamente o fundo este criminoso tinha. Mas provavelmente ele era judeu e tinha familiaridade geral com o Antigo Testamento. Plummer diz: "O ladrão sabia que ele tinha apenas algumas horas de vida, e, portanto, esta oração implica a crença em um estado futuro em que Jesus é a recebê-lo em seu reino."

A resposta do Salvador a esta pobre, morrendo pecador deve ter trazido conforto inestimável: Hoje estarás comigo no Paraíso (v. Lc 23:43 ). Esta é a segunda Palavra de Jesus da cruz, como registrado por Lucas. "A promessa implica a continuação da consciência após a morte. Se os mortos estão inconscientes, a garantia para o ladrão que ele vai estar com Cristo após a morte estaria vazio de consolação ".

A palavra paraíso ocorre em apenas dois outros lugares no Novo Testamento (2Co 12:4)

44 E era já quase a hora sexta, e uma escuridão cobriu toda a terra até a hora nona, 45 luz falha do sol: e o véu do templo se rasgou no meio. 46 E Jesus, clamando com grande voz , disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito E, havendo dito isto, ele entregou o espírito. 47 E o centurião, vendo o que foi feito, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo. 48 E tudo as multidões que se juntaram a esta visão, quando eles viram as coisas que foram feitas, voltou batendo no peito. 49 , todos os conhecidos, e as mulheres que se seguiram com ele da Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas.

Lucas omite o chamado clamor de abandono (Mt 27:46 ; Mc 15:34 ). Todos os três sinóticos falam da rasgar do véu interior do Templo (conforme Mt 27:51 ; Mc 15:38 ).

A terceira palavra da cruz registrado por Lucas é Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (v. Lc 23:46 ). Percebendo que a morte estava próxima, Jesus cometeu Seu espírito aos cuidados de Seu Pai amoroso. Plummer observa: "O caráter voluntário da morte de Cristo é claramente expresso nesta última concedia que falassem."

Dito isto, Jesus entregou o espírito . É difícil entender por que esta expressão arcaica foi retido na versão padrão americano. O grego diz muito claramente e simplesmente, "Ele expirou" (literalmente, "soprada").

O centurião -thus designado em todos os três Evangelhos sinópticos, e assim, provavelmente, a cargo da crucificação, quando ele viu o que tinha acontecido, glorificavam a Deus (v. Lc 23:47 ). Esta frase ocorre oito vezes em Lucas tornando-se uma das frases-chave deste Evangelho (conforme Lc 2:20 ; Lc 5:25 , Lc 5:26 ; Lc 7:16 ; Lc 13:13 ; Lc 17:15 ; Lc 18:43 ).

No Novo Testamento, e excepcionalmente nos escritos de Lucas, os centuriões romanos são sempre falado em uma luz favorável. Eles parecem ter sido melhor do que os soldados abaixo delas e dos governantes acima deles. "O bom caráter dos centuriões no Novo Testamento confirma a declaração de Políbio, que, em regra os melhores homens no exército foram promovidos a este posto."

O centurião expressou sua reação à morte de Cristo, dizendo: Certamente este homem era justo (v. Lc 23:47 ). Para uma comparação cuidadosa dessa expressão com Mateus e Marcos "o Filho de Deus", veja as notas sobre Mt 27:54 .

O conteúdo do versículo 48 é encontrada somente em Lucas. Ele revela a tristeza chocado das multidões que se reuniram para testemunhar a crucificação. Entre os espectadores eram muitos seguidores galileanas de Cristo. Mas ao que parece, com as mulheres, ficou a uma distância segura (v. Lc 23:49 ).

G. O enterro (23: 50-56)

50 E eis que um homem chamado José, que era um conselheiro, um homem bom e justo 51 (ele não tinha consentido no conselho e nos atos), um homem de Arimatéia, cidade dos judeus, que estava olhando para o reino de Deus: 52 este homem foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 53 E, tirando-o da cruz, envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro escavado em rocha, onde ninguém ainda tinha permanecido . 54 E era o dia da Preparação, e amanhecia o sábado. 55 E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como o corpo foi ali depositado. 56 E voltaram e especiarias preparadas e pomadas.

O relato de Lucas é muito estreitamente paralelos aos dos outros dois sinóticos (veja as notas sobre Mt 27:57 ; Mc 15:42 ). Ele dá uma pequena descrição mais completa de José de Arimatéia, acrescentando que ele era um homem bom e justo (ele não tinha consentido no conselho e nos atos) (vv. Lc 23:50 , Lc 23:51 ). Isso mostra, o que devemos esperar dessa "discípulo secreto", que, como membro do Sinédrio ele não concordar em votar a sentença de morte para Jesus.

O fato de que o sepulcro foi um "sepulcro novo" (Mt 27:60) é ressaltada ainda mais pela frase de Lucas: onde o homem nunca tinha ainda deitado (v. Lc 23:53 ).

A palavra grega para Preparação ainda é a designação oficial de sexta-feira na 1greja Ortodoxa Grega. Na verdade, ele é usado dessa forma no segundo século Didaqué (VIII ), que fala de jejum durante o quarto dia da semana (quarta-feira) ", bem como a preparação" (paraskeue ). Este deveria ser prova suficiente de que a crucificação foi realizada na sexta-feira e não na quarta-feira, como alguns escritores modernos têm realizado.

As mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia, assistiu para ver onde foi enterrado. Em seguida, eles foram e prepararam especiarias e ungüentos , com os quais a ungir o seu corpo, e no sábado repousaram, conforme o mandamento . Ou seja, eles fizeram o que podiam antes do por do sol e depois descansou durante o dia judeu sábado (sunset sexta-feira ao pôr do sol sábado).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56
  1. Jesus não se defende (23:1-25)

O julgamento judeu focou a ques-tão religiosa (blasfêmia), no entanto os judeus enfatizaram a questão po-lítica ("Ele alvoroça o povo") quan-do levaram Jesus para Pilatos. Pi la-tos tentou devolvê-lo ao Sinédrio (Jo 18:31), mas sua manobra não deu certo. Os principais sacerdotes e os escribas insistiram em que o gover-nador romano ratificasse a decisão deles. Pilatos disse que não via fun-damento para condenar Jesus, e isso fez com que os líderes judeus fos-sem ainda mais veementes em suas tentativas de matar Jesus.

Pilatos, sempre pronto para adotar uma outra rota de escape, enviou Jesus a Herodes, já que ele vinha da jurisdição de Herodes. To-davia, nem isso funcionou. Havia muito tempo que Herodes queria encontrar Jesus (9:7-9) e vê-lo fazer um milagre; no entanto, quando os dois se encontraram, Jesus não falou nada nem fez nada. Herodes silen-ciara a voz de Deus ao matar João Batista. Nosso Senhor sofreu grande humilhação nas mãos de seus inimi-gos, mas suportou-as com coragem (Is 53:7; 1Pe 2:21-60).

Pilatos tentou escapar pela ter-ceira vez quando trouxeram Jesus de volta a ele: ele ofereceu bater em Jesus e deixá-lo ir, já que era costu-me soltar um prisioneiro na época da Páscoa. A multidão, incitada pe-los principais sacerdotes (v. 23; Mc 15:11), pediu que Barrabás fosse solto, e, por fim, Pilatos cedeu. Pi-latos cedeu ao pedido da multidão após afirmar três vezes que Jesus era inocente, embora sua função, como governador, fosse certificar-se de que a justiça fosse feita! Jesus "fez a boa confissão" diante de Pilatos (1Tm 6:13), mas este não aceitou a verdade Jo 18:33-43).

  1. Jesus não pede clemência (23:26-32)

Exigia-se que o condenado carregas-se a cruz até o local da execução. Jesus assim o fez no início da jorna-da (Jo 19:1 Jo 19:7), porém não conseguiu continuar provavelmente por causa da fraqueza resultante do que sofre-rá aquela noite. Os soldados convo-caram Simão para carregar a cruz para ele com a intenção de apressar a execução (Mt 5:41). Essa foi uma experiência humilhante para esse judeu, de Cirene, que viera a Jerusa-lém para a celebração de Páscoa (At 2:10); mas isso, no entanto, pode ter provocado a conversão dele e de sua família (Mc 15:21; Rm 16:13).

Simão Pedro oferecera-se para ir para a prisão com Jesus e para mor-rer com ele; todavia, outro Simão foi com Jesus para o Calvário.

Em Jerusalém, algumas pesso-as que amavam Jesus choravam ao ver seu estado, mas ele disse-lhes que não chorassem por ele. Enfa-tizamos, com muita frequência, o sofrimento físico de nosso Senhor em nossa pregação e em nossos ensinamentos a ponto de esquecer- nos a agonia espiritual que ele so-freu na cruz ao ser separado do Pai. À medida que Jesus olhava para o futuro, ele via glória para si mes-mo (He 12:2), mas julgamento para as nações judias. Muita "devoção religiosa" é apenas emoção senti-mental superficial e passageira. Je-sus quer que "comum [guemos] dos seus sofrimentos" (Fp 3:10), e não que tentemos copiar os sentimen-tos de seu sofrimento.

]]]. Jesus não demonstra ressentimento (23:33-49)

Talvez a crucificação seja a for-ma de execução mais humilhante e dolorosa já inventada, mas Jesus não resistiu a ela nem demonstrou ressentimentos. Ele até orou pelos responsáveis pela sua morte (v. 34). A oração dele não era uma garan-tia automática de perdão para seus inimigos, mas segurou a ira de Deus por quase 40 anos, dando, assim, tempo à nação para se arrepender.

Infelizmente, eles não receberam a Palavra e até cometeram outro assas-sinato ao apedrejar Estêvão (At 7:0. A zombaria cumpre Sl 22:6-19, e a oferta de bebida, Sl 69:21. O clamor de Jesus, no versículo 46, cumpre Sl 31:5, e a luz e as trevas lembram-nosSl 22:1-19.

Lucas é o único escritor do evangelho que registra a conversa entre Jesus e o ladrão. Como o la-drão sabia que Jesus tinha um rei-no? Provavelmente, pela placa pen-durada sobre a cabeça de Jesus (v. 38). Como ele sabia que Jesus podia salvá-lo? Ele ouviu os zombadores gritarem: "Salvou os outros" (v. 35)! Mesmo a ira do homem pode louvar a Deus. Nosso Senhor, em sua com-paixão, tirou um ladrão do pecado e salvou-o, e fez isso no último mo-mento. No entanto, não devemos usar esse ladrão como uma descul-pa para retardar nossa decisão por Cristo, pois é provável que essa te-nha sido a primeira oportunidade que ele teve de ser salvo. Não te-mos evidência de que ele houvesse se encontrado com Jesus antes.

O fato de ele entregar seu es-pírito é uma evidência de que ti-nha controle total da situação (Jo 10:15,Jo 10:17-43) prepara-dos para cuidar do corpo de Cristo. É importante para o evangelho que tenhamos certeza da morte e do sepultamento de Jesus, pois a rea-lidade de sua ressurreição depende de sua morte e sepultamento (1Co 15:1-46). José de Arimatéia não deve ter participado da sessão do conselho judeu que votou a con-denação de Jesus, já que todos os membros do conselho o condena-ram (Mc 14:64), e José de Arima-téia não concordava com eles. Ele morava a 32 quilômetros de Jeru-salém, portanto é óbvio que ele não preparou a sepultura para si mesmo. Não é provável que ele es-colhesse um lugar tão próximo ao das execuções públicas. Ele tinha a sepultura, a mirra e o aloés pron-tos e estava por perto no momento da morte de Jesus. Ele e Nicodemos examinaram as Escrituras (Jo 7:50- 53) e souberam quando o Cordeiro de Deus morrería e se prepararam para isso. Eles prestaram um servi-ço muito importante e, quando os outros membros do conselho des-cobriram o que fizeram, devem ter pago um alto preço!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56
23.2 Se Pilatos se tivesse convencido da validade das acusações, não teria hesitado em condená-lo. Ele sabia que Jesus era inocente porque os judeus se opunham sempre, incondicionalmente, aos romanos, não aos "revolucionários" que surgiam em seu meio.
23.6 Pilatos. Encontra-se numa situação dificílima. Se ele O condenasse, perderia sua dignidade e feriria sua consciência (20s). Se não, os judeus levariam o caso para o desconfiado imperador Tibério, em virtude do que era de se esperar que ele perderia sua posição, senão a vida.

23.9 Nada lhe respondia. Tendo Herodes (Antipas) recusado arrepender-se diante da repreensão de João Batista (3.19), é havendo-se tornado insensível a qualquer apelo moral e espiritual, não convém a Jesus insinuar-se com conversas ou milagres. Surge de novo a superstição que aterrorizara Herodes, quando então acreditava que era João Batista ressuscitado.

23.13 O povo. Pilatos não_esperava que o povo apoiasse a hierarquia contra Jesus, em vista dos benefícios que Jesus lhe fizera.

23.14,15,22 É importante, para Lucas, frisar que Pilatos, a maior autoridade romana, por três vezes tentou libertar a Jesus, especialmente se Lucas - Atos (os dois livros que fazem parte de uma única obra em dois volumes) é uma apresentação da história do cristianismo para Teófilo (conforme 1.3n), de quem, possivelmente, se esperava alguma influência favorável no caso de Paulo diante do tribunal do imperador (conforme At 25:28).

• N. Hom. 23:18-21 Crucifica-o... solta-nos Barrabás, A prova da depravação do coração humano está no julgar:
1) Melhor um assassino (v. 19) que o Autor da vida, (conforme Jo 1:3; At 3:155ss).

23.18 Barrabás. Alguns manuscritos de Mt 27:16s têm "Jesus Barrabás”. Vê-se aqui, claramente, a morte vicária de Cristo. O réu condenado à morte é perdoado (gr apoluõ; cf. 6:
37) e o inocente morre no seu lugar.

23.25 À vontade deles. Também, foi a vontade de Deus (conforme At 2:23; Rm 8:32), para que, através da morte, o poder de Cristo, Seu testemunho da verdade e contra o pecado, e Sua obra redentora, se tornassem poderosamente acessíveis ao mundo inteiro. • N. Hom. A vontade deles:
1) Que o firme censor de suas práticas morais e religiosas desaparecesse;
2) Que a verdade fosse abafada (conforme Jo 14:6);
3) Que o mestre e amigo dos pobres, dos humildes e dos pecadores morresse; e
4) Que o único Salvador e esperança do mundo fosse afastado.

23.26 Simão. Pai de Alexandre e Rufo (conforme Mc 15:21 com Rm 16:13n)., Em contraste com as mulheres que choram Simão segue a Cristo e carrega Sua cruz. Cirene era a cidade na costa norte da África. Houve uma sinagoga de cirineus em Jerusalém (conforme At 6:9; At 11:20). Cruz - apenas o transversal, ou antena (vd NDB, p 379).

23.28. Não choreis por mim. Não é solidariedade, mas conversão, que Jesus quer. No judaísmo, o chorar pelos mortos era ato de mérito religioso (conforme 7.12; 23.48).

23.29 Dias virão. Esta sexta profecia contra Jerusalém (Lc 11:49-42; Lc 13:1-42; Lc 13:34 s; 19.41ss, 21:21-24) sugere a destruição em 70 d.C. e o julgamento do mundo na segunda vinda de Cristo (Ap 6:16).

23.31 Lenho verde... "Se o Cristo inocente assim arrosta a vingança humana ,quanto mais Jerusalém sofrerá sob a vingança divina" (Creed).

23.33 Calvário. Um outeiro que parecia uma caveira. Não pode ser localizado com certeza. A Igreja primitiva não se interessava por "lugares Santos".

23.34 Perdoa-lhes. (Is 53:12 "... pelos transgressores intercedeu".) Revela o coração misericordioso de Deus diante do pecador, que Ele ama Infinitamente (Jo 3:16) enquanto o mesmo pecador agir em ignorância (At 3:17; At 17:30).

23:35-39 A si mesmo se salve. Autoridades, soldados e um bandido, julgam que a única prova válida de Jesus ser o Escolhido de Deus é Ele descer da cruz. Essa prova foi dada na ressurreição, quando Ele saiu do sepulcro. O outro malfeitor, pela fé, reconhece que Jesus é o Rei do céu e recebe sua cidadania celestial pelo simples pedir. Cristo, Escolhido, Rei dos judeus, são todos títulos messiânicos.

23.38 As três línguas da Palestina eram grego, latim e hebraico (aramaico).
23.43 Comigo no paraíso. Isto é, compartilhando, o lugar e a condição de bem-aventurança celestial daqueles que morrem no Senhor (conforme Ap 14:13) até à ressurreição,

23.44 Hora Sexta. Isto é, meio-dia. Cristo morreu, provavelmente, nessa hora.

23.45 Rasgou-se... o véu. Aquele que vedava a Santo dos Santos. Foi um ato simbólico de Deus, indicando o livre acesso a Si e ao céu pelo sangue de Cristo (He 10:19ss), e que o templo não é mais necessário para a adoração de Deus (Jo 4:21 ss).

23.48 Lamentar, batendo... As consciências começaram a acusá-los pelo papel que fizeram. Isto preparou milhares para o arrependimento no dia de Pentecostes (Atos 2:3741). A oração de Jesus (v. 34) foi respondida.

23.51 Não tinha concordado. José de Arimatéia era um verdadeiro discípulo, ainda que em secreto ("esperava o Reino de Deus”, conforme 2.25n, e arriscou juntamente com Nicodemos (conforme Jo 19:29ss) sua posição e pessoa. Assim se cumpriu a profecia de Is 53:9.

23.54 Dia do preparação. Termo técnico para sexta-feira antes da Páscoa.

23.55 Mulheres (Conforme 8:1-3). O galardão de sua lealdade foi testemunharem a ressurreição. Viram. Este ponto é destacado contra os gnósticos docetas (que negavam a morte de Cristo) e todo incrédulo que alegasse que elas foram para o túmulo errado, ou que os discípulos esconderam o corpo, etc.,

23.56 Aromas e bálsamos. Vê-se o amor pelo Senhor no trato do Seu corpo. Normalmente um criminoso crucificado seria enterrado sem cerimônia num campo qualquer.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56
b)    O primeiro julgamento diante de Pilatos (23:1-7)
Visto que eles mesmos não têm poder para decretar a pena capital, o Sinédrio encaminha o acusado à corte de Pôncio Pilatos, o procurador, representante máximo do poder de Roma na Judéia. Eles sabem que a blasfêmia não vai ser considerada pelos poderes de ocupação razão suficiente para a pena de morte; assim, três acusações forjadas são formuladas: (1) subversão do povo por causar deslealdade e rebelião, (2) proibição ao povo de pagar impostos a César, e (3) a reivindicação de ele mesmo ser rei. Fica claro que Pilatos não está impressionado, mas relutante em provocar a ira dos judeus pela absolvição de Jesus. Uma saída muito conveniente parece se apresentar quando Pilatos descobre que Jesus é galileu e, por isso, sujeito à jurisdição de Herodes, que por acaso está em Jerusalém (v. artigo O pano de fundo histórico e político, p. 1.039).

c)    O julgamento diante de Herodes (23:8-12)
A personalidade do nosso Senhor parece ter exercido um fascínio curioso sobre Herodes Antipas (v.comentário de 13 31:33); agora, ele ficou muito alegre, porque havia muito tempo queria vê-lo. Pelo que ouvira falar dele, esperava vê-lo realizar algum milagre. Mas fica imediatamente claro que Jesus não tem intenção alguma de satisfazer sua curiosidade, e o “julgamento” degenera em mera grosseria. O prisioneiro é devolvido a Pilatos, e o único resultado positivo do incidente é a reconciliação entre Pilatos e Herodes (conforme At 4:27).

d) O segundo julgamento diante de Pilatos (23:13-25)
A decisão final agora está somente com Pilatos, e até no breve relato de Lucas se pode perceber o caráter fraco e instável que João no seu relato mais extenso retrata de forma tão clara. Helmut Gollwitzer (p. 46,49) diz: “Pilatos tem poder, mas não tem liberdade [...] Pilatos representa aquelas pessoas que gostariam de agir corretamente, mas não decidem fazer isso”.

No seu desejo de fugir de suas responsabilidades, Pilatos se agarra em duas coisas frágeis. Primeiro, ele sugere aos judeus que Jesus não merece a pena de morte, mas uns açoites poderiam ensiná-lo a não subverter o povo. Isso não satisfaz os perseguidores; assim, Pilatos dá a sua segunda sugestão. Um costume anual permite a anistia de um prisioneiro. Que Jesus seja o liberto. Não, dizem os líderes judeus, Solta-nos Barrabás! — um homem que está preso e condenado à pena de morte por atos exatamente iguais aos atos dos quais Jesus está sendo acusado.

Pilatos se rende: e a gritaria prevaleceu (v. 23); e entregou Jesus à vontade deles (v. 25).


6) O caminho para o Calvário (23:26-32)
De acordo com o costume romano, a execução é realizada sem demora. Marcos (15,15) nos conta que Jesus foi açoitado primeiro, um tratamento terrivelmente brutal quando infligido pelos romanos. Isso, junto com tudo que ele suportou desde que deixou o “salão de hóspedes”, o enfraqueceu a tal ponto que os seus guardas, temendo que o seu colapso prematuro privasse o patíbulo de sua vítima e a eles da sua diversão, forçam Simão de Cirene (ou ele era de Cirene e estava de visita na cidade talvez para a festa, ou era membro da sinagoga dos cireneus em Jerusalém) a aliviá-lo do grande peso da viga transversal da cruz que está sendo pesada demais para ele.

v. 27-31. Um incidente registrado somente por Lucas. Um grupo de mulheres simpatizantes o segue com o choro das carpideiras fúnebres. Ele lhes diz que logo elas vão precisar de conforto, pois a destruição de Jerusalém está à porta (conforme 13 34:35-19:41-44 etc.), v. 29. Que calamidades terríveis o nosso Senhor descreve, que as mulheres judaicas deveriam considerar a esterilidade uma bênção! v. 30. Citado de Dn 10:8. v. 31. Um provérbio: não é comum que a madeira verde queime, nem que homens inocentes sejam executados. Mas, se essas coisas acontecem de fato agora, quanto pior será o destino da madeira seca e dos homens ímpios!


7) A crucificação (23:33-49)
Na companhia de dois criminosos condenados, Jesus é levado a um lugar chamado Caveira, e ali os três são crucificados, com Jesus na cruz do centro. Ele ora por seus assassinos, e essa oração curiosamente evoca reações diferentes nos seus ouvintes. Os soldados do pelotão de execução estão ocupados demais com a sorte que estão lançando sobre as roupas dele e, assim, não percebem o que está acontecendo. As autoridades zombam de um fím tão vergonhoso de alguém que se dizia rei. Os soldados, como papagaios, repetem as zombarias das autoridades. Uma placa escarnecendo das afirmações dele é pregada na cruz acima da cabeça dele. Um dos criminosos pendurados ao lado dele expressa toda a sua amargura contra aquele que afirma ser o Messias. Uma pessoa, uma única, parece enxergar um pouco adiante, o outro criminoso, que pede e recebe perdão e paz do moribundo Senhor Jesus. Então, entregando o seu espírito ao Pai, Jesus morre, e a forma em que ele morre abre os olhos de muitas pessoas. O centurião responsável pela execução exclama: “Certamente este homem era justo O povo sai dali batendo no peito.

Em todos os quatro evangelhos, duas coisas impressionam mais do que todas as outras no relato da crucificação propriamente dita. Em primeiro lugar, está o comedimento surpreendente com que o crime mais brutal e covarde da história é descrito. Para citar apenas um exemplo, nenhum deles conta dos pregos que perfuraram suas mãos e pés; sabemos deles somente porque suas feridas são mencionadas (conforme Jo 20:25).

O horror completo da cena aparece mais claramente porque não há tentativa alguma de exacerbar os sentimentos, nenhuma insistência detalhada nos sofrimentos físicos. Em segundo lugar, há a impressão inequívoca de que ao longo de todas as cenas terríveis na verdade é ele que controla o curso dos eventos.
“O retrato que Lucas nos apresenta da crucificação de Jesus”, diz Creed (p. 284), “está baseada em Marcos, mas o seu tratamento, que é bastante característico, dá um tom diferente à cena. O amor de Jesus pelo pecador, tão forte na morte quanto na vida, e a sua confiança inabalável no cuidado providencial do Pai aliviam a tristeza não abrandada da narrativa de Marcos”. E certo que o retrato que Lucas faz é tingido com as três “palavras da cruz” que somente ele registra. A oração geral por perdão em favor de seus perseguidores, junto com a garantia pessoal do perdão ao malfeitor arrependido, revela de forma especialmente clara que aquele que é Deus é também Homem perfeito, que ainda mostra nas horas da amarga agonia a mesma compaixão e o cuidado amoroso como nos dias da sua atividade no ministério. E a última palavra que Lucas registra como saindo da boca dele é a culminação da sua vida de constante comunhão com o Pai em oração, que tantas vezes é destacada no terceiro evangelho: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. “Ele diz: Pai!”, constata Gollwitzer (p. 81). “Essa palavra ‘Pai’, pronunciada pelo seu Filho na extrema tortura e agonia da morte, expressa mais do que qualquer outra palavra poderia transmitir do consentimento voluntário, da união interior e sincera da sua vontade com a vontade daquele que permite que ele seja morto”.

v. 33. Caveira: Chamado assim em virtude da forma do terreno. Mateus, Marcos e João trazem a forma aramaica Gólgota, mas Lucas se contenta com o equivalente gr. Nesse versículo, a ARA, seguindo a Vulgata latina, traduz por “Calvário”, uma de duas ocorrências dessa forma latina nas Bíblias em português (conforme Jo 19:17). v. 34. A oração por seus inimigos é omitida em alguns manuscritos (conforme nr. da NVI), mas a evidência textual para mantê-la no texto é muito forte. Acerca da oração em si, v.comentário de Lc 6:20,Lc 6:35 etc. Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes-, Conforme Sl 22:18. v. 35. e as autoridades o ridicularizavam-. Mt 27:46 e Mc 14:34 citam também Sl 22:1 como um dito de Jesus na cruz. v. 36. Oferecendo-lhe vinagre-, Conforme Sl 69:21. v. 38. As versões tradicionais em português (ARA, ARC) trazem uma nota segundo a qual a inscrição estava em hebraico, grego e latim (conforme Jo 19:20), omitida com base em evidências textuais na NVI. v. 43. paraíso-, Uma palavra de origem persa significando um parque ou jardim fechado; usada na LXX para o jardim do Éden. Observe como a oração por misericórdia quando entrares no teu Reino é respondida com a certeza de bênção hoje. v. 45. o véu do santuário rasgou-se ao meio-, Esse era o véu que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo. Mantinha o homem pecaminoso a certa distância da presença do Deus da glória, pois só o sumo sacerdote, no Dia da Expiação e levando o sangue do sacrifício, podia entrar (Lv 16; He 9:7; He 10:19,

20). Agora que o sacrifício perfeito foi morto, a barreira foi removida; Deus se revelou completamente ao homem, e o homem tem acesso livre a Deus. v. 46. nas tuas mãos...-. Citado de Sl 31:5. v. 47. “Certamente esse homem era justo”-. Lucas interpreta corretamente a intenção da exclamação do centurião em Mt 15:39: “Realmente este homem era o Filho de Deus!”. Marcos discerne nessa exclamação um significado mais profundo, confirmando sua própria ênfase (Mc 1:1). v. 48. bater no peito-, Como sinal de profunda aflição (conforme 18.13).


8) O sepultamento (23:50-56)

José de Arimatéia “era discípulo de Jesus, mas o era secretamente, porque tinha medo dos judeus” (Jo 19:38). Agora, ele se manifesta abertamente e pede a permissão de Pilatos para sepultar o corpo de Jesus em seu próprio túmulo, recém-cavado na rocha. Com isso, ele não somente cumpre os requisitos de Dt 21:22,Dt 21:23, mas também se desassocia do ato do Sinédrio ao qual pertencia. O pedido é atendido, e as mulheres se informam do local do sepulcro, para que assim possam voltar mais tarde para embalsamar o precioso corpo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 25
e) O julgamento romano (Lc 23:1-42; Mc 15:1-41; Jo 18:28-19.16. Levando a Jesus diante de Pilatos, os judeus apresentaram uma queixa política contra Ele, acusando-O de perverter a nação contra lealdade a Roma, pois que reivindicava ser um rei. Em resposta a uma pergunta feita por Pilatos, Jesus confessou que Ele era o rei dos judeus, porém Pilatos imediatamente viu que Ele era inocente de traição e afirmou aos judeus que não achara culpa nenhuma nEle (1-4). Isso fez com que eles apertassem ainda mais a sua acusação e culparam Jesus de levantar sedição da Galiléia, espalhando-a por todo o país. Chegando a saber que Jesus era um galileu, Pilatos enviou-O a Herodes, o qual se achava em Jerusalém ao tempo da páscoa (5-7). Herodes ficou bem satisfeito com isso, pois que agora o seu desejo de ver a Jesus ia ser gratificado. Jesus, porém, não respondeu a nenhuma de suas perguntas, nem tão pouco as acusações veementes dos principais dos sacerdotes e escribas que O haviam seguido. Herodes sujeitou-O a zombarias nas mãos dos soldados e mandou-O de volta a Pilatos. Isto resultou em uma reconciliação entre os dois governantes que antes tinham uma certa inimizade entre si (8-12).

Quando Jesus apareceu diante de Pilatos novamente, o governador mandou chamar os dirigentes judaicos juntamente com o povo e informou-lhes que nem ele nem tão pouco Herodes haviam encontrado algo que levasse Jesus à morte, propondo então que Ele fosse chicoteado e mandado embora depois disso. Entretanto, eles pediram que ao invés disso Barrabás fosse liberto, sendo este um rebelde e assassino (13-19). Novamente Pilatos declarou que não encontrara base alguma para a penalidade de morte, mas em vista de seus protestos repetidos, eles continuaram a clamar pela crucificação de Jesus. Por fim, ele acedeu à vontade deles, libertou o assassino e entregou Jesus para ser crucificado (20-25).

Toda a assembléia (1); isto é, o Sinédrio inteiro; o povo ainda não se havia reunido. Levaram Jesus a Pilatos (1). A sede do governador romano era Cesaréia, porém ao tempo da páscoa ele geralmente ia para Jerusalém, a fim de preservar a ordem entre as multidões judaicas. As multidões (4). Esta é a primeira menção feita às mesmas. Eles haviam-se reunido em multidão, atraídos pela procissão do Sinédrio. Estando este naqueles dias em Jerusalém (7). A sede de Herodes era em Tiberíades, mas ele se conformava com a religião nacional e assistia à páscoa, a fim de ser bem acatado entre os seus súditos. O vers. 17 é omitido em algumas versões, porém tal afirmação é feita tanto em Mateus como em Marcos. Parece que os romanos haviam dado aos judeus o privilégio de requerer a libertação de um prisioneiro ao tempo da páscoa. Pela terceira vez (22). As tentativas repetidas de Pilatos para libertar a Jesus indicam a impressão profunda que o estranho prisioneiro lhe deixou quando diante dele. Por causa de sedição e homicídio (25). Ao repetir as mesmas palavras do vers. 19 e acrescentando à vontade deles, Lucas dá ênfase à enormidade da ação de Pilatos.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56

129. Provas Civis de Cristo-Parte 1: audiências preliminares Antes de Pilatos e Herodes (Lucas 23:1-12)

Em seguida, todo o corpo deles se levantou e levou Jesus a Pilatos. E começaram a acusá-lo, dizendo: "Achamos este homem enganosa nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, o Rei." Então Pilatos perguntou-lhe, dizendo: "Tu és o rei de os judeus? "E ele respondeu-lhe e disse:" É como você diz. "Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão:" Não acho culpa alguma neste homem. "Mas eles continuaram insistindo, dizendo:" Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até mesmo, tanto quanto este lugar. "Quando Pilatos ouviu isso, ele perguntou se o homem era galileu. E quando soube que ele pertencia a jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também estava em Jerusalém naquela época. Herodes ficou muito contente quando viu Jesus; pois ele queria vê-lo por um longo tempo, porque ele tinha ouvido sobre Ele e estava esperando para ver algum sinal feito por ele. E ele questionou ele em algum comprimento; mas ele nada lhe respondeu. E os príncipes dos sacerdotes e os escribas estavam ali, acusando-o com veemência. E Herodes, com seus soldados, depois de tratar com desprezo e zombando dele, vestiu-Lo de uma roupa resplandecente e mandou-o de volta a Pilatos.Agora Herodes e Pilatos se tornaram amigos uns com os outros naquele mesmo dia; pois antes eram inimigos entre si. (23: 1-12)

Esta passagem introduz mais duas figuras da galeria do ladino de personagens no drama da morte de Cristo: Pilatos, o governador romano da Judéia, Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia (Lc 3:1), presume-se que ele tinha autoridade para julgar sobre Ele. Mas quando Pilatos disse-lhe: "Você não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo, e eu tenho autoridade para te crucificar?" (Jo 19:10), Jesus respondeu: "Você não teria nenhuma autoridade sobre mim, a não ser que tinha sido dado do alto "(v. 11). Nem Pilatos nem Herodes era o encarregado de determinar o destino de Cristo. Que havia sido pré-determinado por Deus na eternidade passada (At 2:23; 4: 27-28). E, de fato, Jesus vai sentar-se no julgamento sobre eles para determinar seu destino eterno (João 5:22-30; At 10:42; Rm 2:16; 2 Tm 4:.. 2Tm 4:1, 2Tm 4:8).

O Sinédrio planejaram matar Jesus (João 11:47-53), e tinha confirmado que a sentença em ensaios ilegais depois de sua primeira audiência diante de Anás. Mesmo assim, eles não têm a autoridade para executá-lo (Jo 18:31), e, portanto, foram forçados a trazer Jesus a Pilatos para a sentença de morte. De sua perspectiva, o Sinédrio não queria que Jesus morto em um ato de violência da multidão, como o apedrejamento de Estêvão, mas queria manter a aparência de justiça. Do ponto de vista de Deus, Cristo teve de ser executado pelos romanos para cumprir a profecia. A linguagem do Salmo 22 deixa claro que Jesus seria crucificado. Em Mateus 20:18-19 Jesus previu que "o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e dos escribas, e eles o condenarão à morte, e vai entregá-lo aos gentios para zombar e flagelo e crucificá-lo, e no terceiro dia Ele será levantado "(conforme Jo 12:32). Que Ele seria levantado ternos a prática romana de crucificação. Os judeus preferiu executar pessoas, jogando-as fora de um parapeito antes apedrejá-los.

Em uma exibição de unanimidade hediondo todo o corpo de o Sinédrio se levantou e levou Jesus a Pilatos. Eles procuraram por essa solidariedade para demonstrar a justiça de sua causa; Pilatos certamente não acreditaria que todo o Sinédrio poderia estar errado. Na verdade, que a unanimidade, como foi observado no capítulo anterior deste volume, foi considerado uma prova da falta de misericórdia e rendeu o seu veredicto ilegal.

Antes de olhar para primeira audiência de Cristo com Pilatos, há uma questão que precisa ser concluído: o fim trágico de Judas 1scariotes. Quando ele deixou Getsêmani depois de trair Cristo, Judas evidentemente fez o seu caminho para a casa de Anás e seguiu dois ensaios do Senhor. O que ele fez foi tão incalculavelmente mau ea culpa tão insuportável que ele deveria ter fugido, mas foi desenhada para observar o desenrolar de sua ação, como uma tortura, pois pode ter sido.

Mateus registra que quando Judas viu que Jesus havia sido condenado e estava sendo levado a Pilatos para ser julgado ", ele sentiu remorso e devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e os anciãos" (Mt 27:3), não é comportamental, mas espiritual. A tristeza do mundo, remorso, orgulho ferido, auto-piedade, não cumpridas esperanças-não tem poder de cura, sem transformador, salvar ou capacidade redentora. Ela produz culpa, vergonha, ressentimento, angústia, desespero, depressão, desesperança, até mesmo, como no caso de Judas (Mateus 27:3-5.), A morte. (John Macarthur, 2 Corinthians , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2003], 266)

Em desespero, Judas procurava aliviar a agonia intensa sua culpa produzido pela tentativa de desfazer o que tinha feito. Ele "devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente" (Mat. 27: 3-4). Desde Judas tinha sido cúmplices na trama para matar Jesus, ele estava em vigor um falso testemunho. Ele se aproximou do Sinédrio e declarou que ele estava errado, e ofereceu novo testemunho da inocência de Jesus. Por lei, esses testemunhos eram dever do tribunal a considerar. Aqui também foi um homem que sofre o tormento de uma consciência abatidos, e como os líderes espirituais de Israel, eles deveriam ter tido compaixão dele.

Mas Judas tinha servido o seu propósito em seus planos, e eles não tinham mais uso para ou interesse nele. Eles insensivelmente o despediu, dizendo: "O que é isso para nós? Veja a que a si mesmo "(Mt 27:4), mas que não fez nada para aliviar sua consciência atormentada. Torturado por culpa tão intensa que a morte parecia um alívio bem-vindo, Judas "foi embora e se enforcou" (Mt 27:5).

Em deferência aos seus escrúpulos Pilatos, na primeira comportamento legal até agora em qualquer um dos ensaios de Cristo ", foi até eles e disse:" Que acusação trazeis contra este homem? "(V. 29).Fingindo ofensa, eles altivez ", respondendo, disse-lhe: 'Se este homem não fosse um malfeitor, não teríamos entregue a Ele para você'" (v. 30). Irritado com sua irreverente, arrogante, resposta desrespeitosa ao seu pedido formal para as acusações contra Jesus, Pilatos disparou de volta para eles, "Tomai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei" (v. 31).

Pilatos estava ciente dos acontecimentos da semana. Ele sabia da entrada triunfal, a purificação do templo, e as grandes multidões que ouviam os ensinamentos de Jesus, tudo o que fez com que os líderes judeus ao ódio e inveja dele (Mt 27:18). Mas aqueles eram todos os assuntos judaicos, e nenhuma preocupação dele. Ele ainda não tinha visto nenhuma evidência de que Jesus tinha cometido qualquer crime contra a Roma. Pilatos, vendo que o Sinédrio queria que ele para executar Jesus, mas a falta de intentará acusação legítima contra Ele sugeriu fortemente a sua inocência.

O Sinédrio, forçado a reconhecer que eles não tinham autoridade para condenar ninguém à morte (Jo 18:31), e percebendo que Pilatos não iria executar Jesus por blasfêmia, um crime sob a lei judaica, inventaram falsas acusações de insurreição. Eles disseram que Jesus foi enganosa a nação a uma rebelião, proibindo -os de pagar tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei. Esses foram crimes graves que, se verdadeira, teria obrigado a Pilatos que tomar medidas para proteger os interesses de Roma. Todos eles, no entanto, eram falsos. Jesus nunca havia defendido rebelião contra Roma.Nem quis ensinar as pessoas a não pagar impostos a Roma; Na verdade, Ele ensinou exatamente o oposto (Lucas 20:21-25). Enquanto Jesus é um Rei, Seu reino na Sua primeira vinda não era um terreno em oposição a Roma, como Ele logo deixar claro para Pilatos. Nem o Sinédrio oferecer qualquer evidência para apoiar essas mentiras; eles não deu exemplos específicos de alegada má conduta do Senhor, chamado há testemunhas, e em vez impugnada Pilatos para questionar a legitimidade de sua intenção.

O INTERROGATÓRIO

Então Pilatos perguntou-lhe, dizendo: "És tu o rei dos judeus?" E ele respondeu-lhe e disse: "É como você diz." (23: 3)

Pilatos estava familiarizado com os protestos veementes de homens inocentes. Mas, para seu espanto, enquanto Jesus "estava sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, Ele não respondeu" (Mt 27:12). Mesmo quando "Pilatos disse-lhe: 'Você não ouve quantas coisas testificam contra ti?" (V. 13), o Senhor "não responder a ele em relação a mesmo uma única carga" (v. 14).Deixando o Sinédrio esperando lá fora, Pilatos voltou para dentro seu quartel-general e chamou Jesus para um interrogatório privado (Jo 18:33).

Incrédulo que este homem antes de ele poderia ser um rei que representava uma ameaça a Roma, Pilatos perguntou ... "És tu o rei dos judeus?" Antes de responder a essa pergunta o Senhor propôs uma questão balcão, "Você está dizendo isso em seu própria iniciativa, ou foram outros dizer sobre mim? "(Jo 18:34), destinada a esclarecer o assunto. Se a questão era de Pilatos, ele estaria perguntando se Jesus era um rei em um sentido terreno político. Nesse caso, ele poderia ser uma ameaça potencial para a Roma. A resposta de Jesus seria, então, não; Ele não era um líder político ou militar. Pilatos estava apenas repetindo o encargo do Sinédrio, como sua resposta: "Eu não sou judeu, sou eu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim "(v. 35), indica.

No entanto, Pilatos ainda houve mais perto de compreender animosidade violenta dos líderes judeus em direção a Jesus e que, se for o caso, o crime Ele havia se comprometido a trazer sua animosidade para este nível. Perplexo, ele tentou mais uma vez para compreender a natureza do problema. "O que você tem feito?", Perguntou ele (v 35).. Como era óbvio que Pilatos estava repetindo a acusação de os líderes judeus, Jesus respondeu à sua pergunta em conformidade. Ele era verdadeiro rei de Israel, mas não um terreno que possa ameaçar o governo de Roma. "Meu reino não é deste mundo ... O meu reino não é deste reino", respondeu ele (v. 36). Para ter certeza de que ele finalmente entendeu a questão ", Pilatos disse-lhe:" Então tu és rei? " Jesus respondeu: "Tu dizes que eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz "(v. 37). A resposta de Pilatos cínico: "Que é a verdade?" (V.
38) reflete a atitude cética e cínica de todos os que se desesperam de encontrar a verdade. Ele foi, no entanto, convencido de que Cristo não era culpado de qualquer crime contra a Roma.

A EXONERAÇÃO

Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão: "Não acho culpa alguma neste homem." (23: 4)

Ciente de que Jesus era inocente, Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e às multidões que se haviam reunido, "Não acho culpa alguma neste homem" (conforme vv 14-15;.. Mt 27:19, Mt 27:24; Mc 15:14; Jo 18:38; Jo 19:4). Sua decisão oficial foi a de que o Senhor Jesus não era culpado do crime contra a Roma, o Sinédrio tinha levantadas contra ele (veja a discussão sobre v. 2).

A INTIMIDAÇÃO

Mas eles continuaram insistindo, dizendo: "Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até mesmo, tanto quanto este lugar." (23: 5)

Os líderes judeus discordou veementemente com o veredicto de Pilatos. Impulsionado pelo ódio vicioso de Jesus, que continuava a insistir, dizendo: "Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até mesmo, tanto quanto este lugar." Na medida em que estavam em causa, a exoneração de Cristo de Pilatos não era o fim da história. Eles não tinham interesse em justiça, mas só queria Pilatos para acomodar o seu ódio. Eles não tinham nenhum caso; não houve provas válidas, e não há testemunhas. Tudo o que restava para eles era tentar intimidar Pilatos em pronunciar Jesus culpado e executá-lo.

Pilatos estava preso. Ele sabia que Jesus era inocente. Ele também tinha medo dele por causa de seus poderes sobrenaturais (João 19:7-9). Mas Pilatos foi claramente intimidados pela possibilidade de que os líderes judeus lhe causaria problemas com Caesar-que em breve iria ameaçar a fazer (Jo 19:12).

A DISPOSIÇÃO

Quando Pilatos ouviu isso, ele perguntou se o homem era galileu. E quando soube que ele pertencia a jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também estava em Jerusalém naquela época. (23: 6-7)

Referência dos judeus para a Galiléia sugeriu a Pilatos uma possível saída de seu dilema. Uma vez que eles tinham mencionado Galiléia, Pilatos perguntou -lhes se Jesus era um galileu. Quando eleaprendeu a partir deles que Ele era e, portanto, pertencia à jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também estava em Jerusalém naquela época. Não era incomum para um governante para transferir um prisioneiro a ser julgada por outro; Festus, um dos sucessores de Pilatos como governador romano da Judéia, trouxe o caso de Paulo antes de um outro membro da família de Herodes, Herodes Agripa II (Atos 25:23-27).

A CONFIRMAÇÃO

Herodes ficou muito contente quando viu Jesus; pois ele queria vê-lo por um longo tempo, porque ele tinha ouvido sobre Ele e estava esperando para ver algum sinal feito por ele. E ele questionou ele em algum comprimento; mas ele nada lhe respondeu. E os príncipes dos sacerdotes e os escribas estavam ali, acusando-o com veemência. E Herodes, com seus soldados, depois de tratar com desprezo e zombando dele, vestiu-Lo de uma roupa resplandecente e mandou-o de volta a Pilatos. Agora Herodes e Pilatos se tornaram amigos uns com os outros naquele mesmo dia; pois antes eram inimigos entre si. (23: 8-12)

O relato da audiência do Senhor diante de Herodes aparece somente no evangelho de Lucas. Herodes Antipas foi um dos filhos de Herodes, o Grande, que morreu depois de uma longa regra em 4 ACQuando ele morreu, seu reino foi dividido entre seus filhos. Herodes Antipas foi dada Galiléia e Peraea, sobre a qual ele governou de 4 BC para AD 39. Com exceção das contas do nascimento de Cristo, Antipas é a Herodes, que aparece em 'recorde de Jesus' vida e ministério dos Evangelhos.

Desde Roma estava no controle de Israel, embora ele foi nomeado regente por seu pai, Antipas tinha que ir a Roma para ter sua nomeação confirmada. Quando era jovem, seu pai, Herodes, o Grande, tinha enviado Antipas a Roma para ser educado. Por causa de suas conexões em Roma, Antipas foi capaz de garantir a sua nomeação.
Quando ele voltou para a Palestina para começar seu governo, a região estava em tumulto. Mais cedo, no mesmo ano, durante a festa de Pentecostes, uma rebelião eclodiu, que devastou a região. Quando Antipas voltou, ele enfrentou um projeto de reconstrução maciça. Ele construiu a cidade de Séforis, não muito longe de Nazaré. Concluído sobre AD 10, tornou-se uma das principais cidades da Galiléia.Desde Nazaré era apenas cerca de quatro quilômetros de distância, é possível que José, o marido de Maria, mãe de Jesus, pode ter ajudado a construir Séforis. Antipas também construiu a cidade de Tiberius, em honra de Tibério César. Eventualmente, o lago se tornou conhecido como o Lago de Tiberíades.

Antipas se casou com a filha de Aretas IV, que reinou sobre o reino vizinho de Nabatea (região Paulo referido no Gl 1:17). Este casamento foi projetado por Roma para unificar a área. Mas enquanto visitava seu meio-irmão Herodes Filipe I, em Roma, Antipas tornou-se apaixonado com a esposa de Filipe Herodias e teve um caso com ela. Ela não era a única esposa de Herodes Filipe, mas era também a sobrinha de Antipas, tornando seu caso não só de adultério, mas também incestuosa. Ela concordou em deixar o marido e se casar com Antipas, desde que ele se divorciar de filha de Aretas. Foi por esse divórcio ilícito e casamento com a mulher de seu irmão que João repreendeu Antipas, provocando a ira de Herodias, que, eventualmente, teve João Batista decapitado (Matt. 14: 3-11).

Antipas relacionada com Jesus em três ocasiões. O primeiro veio logo após a morte de João Batista:

Agora, o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo; e ele ficou muito perplexo, porque foi dito por alguns que João tinha ressuscitado dos mortos, e por alguns de que Elias tinha aparecido, e por outros que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Herodes disse: "Eu tinha me degolar João; mas quem é este homem de quem ouço dizer tais coisas? "E ele continuou tentando vê-Lo.(Lucas 9:7-9)

Antipas também é mencionado em conexão com Jesus em 13 31:42-13:33'>Lucas 13:31-33:

Só nesse momento, alguns fariseus se aproximaram, dizendo-lhe: "Vá embora, sair daqui, porque Herodes quer matar-te." E disse-lhes: "Ide dizer a essa raposa: Eis que eu expulso os demônios e fazendo curas hoje e amanhã, e no terceiro dia eu alcançar meu objetivo. " No entanto, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte; por isso não pode ser que um profeta pereça fora de Jerusalém. "
A terceira vez que Antipas, na verdade, se encontrou com Jesus no evento gravado aqui. Como observado acima Pilatos, buscando uma saída para o seu dilema, enviou Jesus para Antipas, já que ele era o governante da Galiléia. Antipas ficou muito contente quando viu Jesus; pois ele queria vê-lo por um longo tempo (conforme Lc 9:9), Jesus não se parecia com o homem Herodes esperava. Ele certamente não parece ser um revolucionário; Ele não tinha um exército, sem armas, e não há defensores. Encontrar a acusação infundada e ridícula (Lucas 23:14-15) Antipas, com os seus soldados, depois de tratar com desprezo e zombando dele, vestiu-Lo em um lindo (lit., "brilhante", "brilhante", "radiante") robe e mandou-o de volta a Pilatos.

Lucas acrescenta como uma nota de rodapé que Herodes e Pilatos se tornaram amigos uns com os outros naquele mesmo dia; pois antes eram inimigos uns com os outros. Eles se enfrentaram em pelo menos duas ocasiões. Não só tinha Pilatos abatidos alguns dos assuntos galileanas de Antipas (Lc 13:1, Mc 6:22] refletem o uso informal popular do termo). Mas diante de Herodes e Herodíades chegou a Roma, um mensageiro de Agripa acusado Herodes de delito. Como resultado, Caligula deposto Herodes, que, acompanhado por Herodias, foi banido permanentemente para uma cidade no que hoje é a França.

Antipas e Herodias são uma reminiscência de outro casal malfadado, Acabe e Jezabel. "Como Acabe", escreve DA Carson, "Antipas era mau, mas fraco; (e Herodias, como Jezebel, perverso e cruel "Mateus ., no Frank E. Gaebelein, ed Comentário Bíblico do Expositor [Grand Rapids: Zondervan, 1984], 8: 338). A fraqueza de Antipas, juntamente com a crueldade de Herodias assegurou que, eventualmente, os seus pecados só poderia trazer conseqüências desastrosas. (John Macarthur, Lucas 1:5 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2009], 230-31)

A história de audição do Senhor diante de Herodes serve a três propósitos importantes. Primeiro, ele confirma o veredicto de Pilatos que Jesus não era culpado de qualquer crime. Em segundo lugar, Herodes e Pilatos são duas testemunhas que confirmam a inocência de Jesus (conforme Dt 19:15). Nenhum deles foi parcial em seu favor; Pilatos era indiferente a ele, e Herodes havia tentado matá-Lo (Lc 13:31).Finalmente, confirma a profecia (Sl 2:2).

130. Provas Civis de Cristo 2: o veredicto final do juiz Inconstante (13 42:23-25'>Lucas 23:13-25)

Pilatos convocou os sumos sacerdotes e os governantes e do povo, e disse-lhes: "Você trouxe-me este homem como alguém que incita o povo a rebelião, e eis que, tendo examinado Ele antes de você, eu não encontrei nenhuma culpa neste homem em relação às acusações que lhe fazem contra ele. Não, nem Herodes, pois ele o mandou de volta para nós; e eis que, nada digno de morte foi feito por Ele. Por isso eu vou puni-lo e soltá-lo. "[Agora ele foi obrigado a soltar-lhes um pela festa um prisioneiro.] Mas eles gritaram todos juntos, dizendo:" Fora com este, e solta-nos Barrabás! "(Ele era aquele que tinha sido lançado na prisão por uma insurreição feita na cidade, e de um homicídio.) Pilatos, querendo soltar Jesus, falou-lhes de novo, mas eles continuaram gritando, dizendo: "Crucifica-o!" E ele disse-lhes pela terceira vez, "Mas que mal fez ele? Eu encontrei nele nenhuma culpa exigindo a morte;portanto, vou puni-lo e soltá-lo. "Mas eles insistiram, com grandes brados, pedindo que Ele fosse crucificado. E suas vozes começaram a prevalecer. E Pilatos pronunciou a sentença que sua demanda seja concedida. E soltou o homem que eles estavam pedindo que tinha sido lançado na prisão por causa de sedição e homicídio, mas entregou Jesus à vontade deles.(23: 13-25)

Esta passagem refere-se a sexta e última fase dos ensaios ilegais e injustas do Senhor Jesus Cristo. Recapitulando, as três primeiras fases compostas julgamento religioso de Cristo antes de os líderes judeus, Anás, Caifás, o Sinédrio; os três últimos Seu julgamento civil perante os governantes gentios Pilatos e Herodes. Pouco depois do amanhecer de sexta-feira da Paixão Week, o Sinédrio havia realizado um breve tribunal. O objetivo desse trabalho foi dar a ilusão de legitimidade ao veredicto falso de blasfêmia eles já tinham chegado a em sua audiência anterior. Eles esperaram até o amanhecer, porque a lei judaica proibia qualquer julgamento a ser realizada à noite.
Tendo decidido a assassinar o Senhor, o Sinédrio trouxe a Pilatos, desde que os romanos retido a partir-lhes o direito de punição capital. Sabendo Pilatos não iria executar Jesus por blasfêmia, uma ofensa judaica irrelevante a Roma, o Sinédrio o acusou falsamente de fomentar a rebelião contra César. Mas Pilatos, incapaz de encontrar qualquer evidência para apoiar tal ordem, enviou Jesus para Herodes, que, incapaz de encontrar evidências de culpa, voltou a Pilatos. Apesar de ter sido repetidamente declarado inocente por Pilatos, Herodes, e até mesmo a esposa de Pilatos, Jesus foi condenado à morte como se Ele fosse culpado.
Toda a série de ensaios foi preenchido com ironia. Aquele a quem os homens julgado é o juiz de todos os homens; aquele a quem os homens condenados eternamente condená-los. A única perfeitamente justo, sem pecado, e inocente foi condenado como blasfemo e criminal. O único que sempre agradou a Deus santo não agradou os homens pecadores. Os homens procuravam matar o mesmo que lhes deu vida. O Senhor Jesus Cristo foi declarado blasfemo para reivindicar a ser quem ele realmente é, fazendo com que seus acusadores blasfemos. Todos os participantes iníquas nos ensaios de Cristo que julgaram e condenaram Ele não fez nada, mas o que Deus tinha predeterminado deve acontecer. Suas decisões não determinar seu destino, mas sim a sua própria. Eles desperdiçado a oportunidade mais monumental, sem paralelo, que ninguém jamais poderia ter-um encontro pessoal com o Filho do Deus vivo, o Criador do universo e do Redentor dos pecadores.

O que é surpreendente sobre esta passagem é o majestoso silêncio de Jesus. Aquele que é "Emanuel ... Deus conosco" (Mt 1:23.); o "Santo e Justo" (At 3:14; conforme Jo 6:69); aquele a quem a conhecer é conhecer a Deus (Jo 8:19), odiar é odiar Deus (Jo 15:23), acreditar é crer em Deus (João 0:44), para ver é ver Deus (Jo 14:9), e para receber é receber Deus (Mc 9:37); o criador de tudo o que existe (Jo 1:3) e Juiz de todos (Jo 5:22), o único salvador dos pecadores (Jo 14:6) é praticamente anônimo; quase uma reflexão tardia. Ambos Pilatos (vv. 14,
22) e os líderes judeus (v. 18) referem-se a ele simplesmente como "esse homem." Somente Lucas identifica-o como "Jesus" (vv. 20, 25). A cena é chocante, como os homens corruptos realizar simulações de julgamentos e condenar o Senhor da vida para a morte.

Manipulação de Pilatos desta fase final de ensaios de Cristo pode ser discutido sob cinco aspectos: o seu julgamento, seu alojamento, a sua alternativa, a sua afirmação, e sua aquiescência.

SUA ADJUDICAÇÃO

Pilatos convocou os sumos sacerdotes e os governantes e do povo, e disse-lhes: "Você trouxe-me este homem como alguém que incita o povo a rebelião, e eis que, tendo examinado Ele antes de você, eu não encontrei nenhuma culpa neste homem em relação às acusações que lhe fazem contra ele. Não, nem Herodes, pois ele o mandou de volta para nós; e eis que, nada digno de morte foi feito por Ele. (23: 13-15)

Pôncio Pilatos tinha sido nomeado o quinto governador da Judéia pelo Imperador Tiberius em AD 26 e manteve essa posição por cerca de dez anos. Ele estava orgulhoso, arrogante, brutal e cínico (conforme Jo 18:38), mas também pode ser fraco e vacilante. Nada se sabe sobre a carreira de Pilatos, antes que ele se tornou governador, mas ele deve ter servido em uma série de posts menores antes de ser nomeado para representar a Roma na Judéia. Seus deveres o teria obrigado a ter conhecimento e experiência em assuntos militares, administrativas e judiciais. Que ele realmente existiu é atestada por Tácito, Philo, e Josephus, e pela Pedra Pilatos, descoberto em Caesarea, em 1961, e que datam do tempo de vida de Pilatos. Os nomes de Tibério César e Pilatos se inscrevem nele.

Após a seus ensaios noturnos de Jesus, provavelmente só depois de 5 HORAS DA MANHà, o Sinédrio havia corrido a Pilatos. O governador, depois de uma breve audiência preliminar, enviou-o a Herodes, que questionou ele (e não tenho respostas Dele), abusou dele, e voltou a Pilatos, que, em seguida, rendeu seu veredicto final em cerca de 6 AM (Jo 19:14 ). Obviamente, três ensaios de tal magnitude não poderia ter sido concluída em aproximAdãoente uma hora sem uma extensa abuso do devido processo legal, como foi o caso nas três fases do julgamento Judeu.

Palavra de entrada triunfal de Jesus, o assalto sobre as operações do templo, confrontos verbais com os líderes judeus e ensino tinha se espalhado por toda Jerusalém. Mas o governador sabia que Jesus não representava nenhuma ameaça para Roma. Ele também sabia que os líderes judeus tinham inveja Dele (Mt 27:18). Ressentido de ser pressionado pelos judeus para executar um homem inocente, Pilatos inicialmente se manteve firme contra eles. Depois de receber Jesus voltar de Herodes, Pilatos convocou os sumos sacerdotes e os governantes e as pessoas, aqui mencionados, pela primeira vez, e disse-lhes: "Você trouxe-me este homem como alguém que incita o povo a rebelião, e eis que, tendo examinado Ele antes de você, eu não encontrei nenhuma culpa neste homem em relação às acusações que lhe fazem contra ele. "

Mas a tentativa de Pilatos a tomar uma posição em terreno legal e frustrar intenção assassina dos líderes judeus para matar Jesus foi condenado ao fracasso. E a pressão iria montar porque eles tinham Pilatos em grande desvantagem devido a alguns erros anteriores que ele tinha feito.
O primeiro deles veio logo depois que ele assumiu o cargo. Governadores anteriores haviam sabiamente optou por não trazer emblemas imagem de César em Jerusalém rolamento. Eles sabiam que isso iria provocar os judeus, que os viam como idólatra. Pilatos, porém, enviou seus soldados em Jerusalém uma noite tendo padrões com a imagem de César. Na manhã seguinte, quando viram as normas, os judeus ficaram furiosos. Os manifestantes foram para a sede permanente de Pilatos em Cesaréia e exigiu que ele retire as normas de ofensa. Pilatos teimosamente se recusou a fazê-lo, ou até mesmo para discutir o assunto com eles.
Finalmente, exasperado, ele concordou em vê-los. Mas, em vez de dialogar, Pilatos ordenou a seus soldados para cercá-los e, em seguida ameaçaram executá-los se eles não parassem perturbá-lo. Quando se tornou evidente que eles possam estar preparados para morrer, Pilatos foi forçado a retirar sua ameaça impetuoso. Não havia nenhuma maneira que ele poderia ter realizado essa massacre sem repercussões severas dos judeus e Roma. Superiores de Pilatos não estavam satisfeitos com seu tratamento deste incidente. Ele foi acusado de manter a paz, no entanto, seu teimoso, loucura temperamental quase provocou um motim.
Pilatos também inflamou o povo judeu, usando o dinheiro do tesouro do templo para construir um aqueduto para trazer mais água para Jerusalém. Quando os judeus previsivelmente ficaram indignados e protestaram, Pilatos mandou soldados vestidos com roupas civis no meio da multidão. Em seu sinal, eles atacaram e dispersou os manifestantes, matando muitos no processo.
Novamente conflito surgiu quando Pilatos tinham escudos feitos em honra de Tibério César e pendurou-os em uma parede (uma forma comum de homenagear pessoas naquele dia) no palácio de Herodes, em Jerusalém. Mas a inscrição nelas referidos Tibério como divino, e os judeus foram gravemente ofendido. Quando Pilatos rejeitou seus pedidos para remover os escudos, os líderes judeus protestaram ao imperador Tibério, que ordenou furiosamente Pilatos para mover os escudos ao templo pagão de Augusto, em Cesaréia.

Além disso, o abate de Pilatos brutal de alguns galileus no templo (Lc 13:1) iria aplacar os judeus.

SUA ALTERNATIVA

[Agora, ele foi obrigado a soltar-lhes um pela festa um prisioneiro.] Mas eles gritaram todos juntos, dizendo: "Fora com este, e solta-nos Barrabás!" (Ele era aquele que tinha sido lançado na prisão por um insurreição feita na cidade, e de um homicídio) (23: 17-19.)

Antes que ele realizou seu plano para punir e libertar Jesus, outro pensamento ocorreu a Pilatos. O versículo 17 não aparece em manuscritos gregos mais antigos de Lucas, mas Mt 27:15 e Mc 15:6). Ela acreditava que Jesus era um bom e justo homem, não um criminoso. Ela estava com medo de seu marido executar um homem inocente, particularmente, este pelo homem com tanto medo que seus medos entrou seus sonhos.

Mas, enquanto Pilatos estava ouvindo a mensagem e refletindo sobre o seu significado, os líderes de Israel aproveitou a oportunidade para manipular a multidão contra Jesus. Em vez de pedir a Pilatos para soltá-lo como o governador havia assumido o fariam, eles gritaram todos juntos, dizendo: "Fora com este, e solta-nos Barrabás!" A adulação apaixonado com que o povo tinha recebido Jesus como Messias de Israel na segunda-feira tinha sido torcido em desprezo e desejo de Sua morte.

Pilatos estava preso. Ele sabia que Jesus não era um revolucionário e ele tinha assumido a multidão iria pedir a sua libertação. Agora ele estava na posição nada invejável de não só ter de executar um homem que ele havia declarado inocente, uma violação da justiça, mas também de ser forçado a lançar um revolucionário conhecido e perigoso, uma violação do dever.

SUA AFIRMAÇÃO

Pilatos, querendo soltar Jesus, falou-lhes de novo, mas eles continuaram gritando, dizendo: "Crucifica-o!" E ele disse-lhes pela terceira vez, "Mas que mal fez ele? Eu encontrei nele nenhuma culpa exigindo a morte; portanto, vou puni-lo e soltá-lo. "Mas eles insistiram, com grandes brados, pedindo que Ele fosse crucificado. E suas vozes começaram a prevalecer.(23: 20-23)

Tentando manter o controle da situação que se desintegra rapidamente Pilatos, ainda querendo soltar a Jesus, dirigida a multidão novamente. Surpreendido pela sua rejeição inesperada de Jesus em favor de Barrabás ", disse-lhes Pilatos: 'Então, o que devo fazer com Jesus, que é chamado Cristo? "(Mt 27:22), acrescentando cinicamente, ironicamente," a quem chamais o rei dos judeus? "(Mc 15:12). Eles responderam em uníssono: "Crucifica-o!"

Depois disse-lhes a terceira vez que ele havia encontrado em Jesus nenhuma culpa exigindo morte, Pilatos revisitou sua alternativa mais cedo (veja a discussão sobre v. 16, supra) e anunciou para a multidão, "Eu vou puni-lo e soltá-lo." Mas já era tarde demais para isso, enquanto a multidão tinha-se tornado insistente, com grandes brados, pedindo que Ele fosse crucificado. E suas vozes começaram a prevalecer. Insistente traduz uma forma do verbo epikeimai , que é usado em Lc 5:1 da tempestade que atingiu o navio levando Paulo para Roma. A palavra descreve vividamente a intensidade da multidão; rugindo para Pilatos como o vento uivando de uma tempestade violenta, exigindo que ele crucificar Jesus.E suas vozes começaram a prevalecer.

A pressão sobre Pilatos havia se tornado irresistível. A multidão frenética, instigados pelas suas líderes judeus apóstatas, estava começando a riot (Mt 27:24). Pilatos sabia que um incidente mais grave seria o fim de sua carreira. Ele foi forçado a escolher entre proteger a si mesmo e proteger Jesus; ele não poderia fazer as duas coisas. Em um gesto simbólico e fraco para indicar que ele era inocente da responsabilidade pela morte de Cristo, Pilatos "tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste homem; ver para que vós mesmos "(Mt 27:24). Pilatos usou um (Dt 21.: 1-9) judaica personalizada para despojar-se visualmente de qualquer culpa neste crime injusto o tinham pressionado a permitir.

A reação deles foi arrepiante: "E todo o povo disse:" o seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos! "(Mt 27:25).. Eles assumiram total responsabilidade pela morte-a responsabilidade de Cristo de que o Sinédrio, mais tarde, tentar negar quando acusou Pedro e os apóstolos de "pretender [ndo] para trazer sangue [de Cristo] deste homem em cima de nós" (At 5:28). Mas por suas próprias palavras, eles alegaram culpa pela morte do Filho de Deus (Atos 2:22-23).

SUA ACQUIESCENCE

E Pilatos pronunciou a sentença que sua demanda seja concedida. E soltou o homem que eles estavam pedindo que tinha sido lançado na prisão por causa de sedição e homicídio, mas entregou Jesus à vontade deles. (23: 24-25)

Sem outra escolha, Pilatos pronunciou a sentença que os das pessoas procura ser concedida. Então, depois ele lançou o homem que eles estavam pedindo que tinha sido lançado na prisão por sedição e homicídio (Barrabás), ele entregou Jesus à vontade deles. Tanto Mateus (27:
26) e Marcos (15:15), note que Pilatos tinha Jesus açoitado antes de entregá-lo para ser crucificado.

O apóstolo João, no entanto, revela mais detalhes sobre o que aconteceu entre a sentença de Pilatos do Senhor e sua entrega a Ele para ser crucificado. Depois de os soldados de Pilatos terminou flagelação de Jesus (Jo 19:1 acrescenta eles colocaram uma cana na mão de Cristo, como se fosse um cetro real. Os soldados então começaram a jogar um jogo cruel com Jesus, ironicamente tratando-o como se ele fosse realmente um rei terreno (Jo 19:3).

Enquanto eles estavam desfrutando de seu jogo de zombaria: "Pilatos saiu outra vez e disse-lhe [a multidão], 'Eis que eu estou trazendo-o para você para que você saiba que eu não encontrar nenhuma culpa nele'" (v. 4) , declarando assim a inocência de Cristo mais uma vez. Quando Jesus, espancados, sangrando, e trazendo a coroa de espinhos, foi levado para fora, Pilatos disse dramaticamente: "Eis o homem!" (V. 5). Mas se ele esperava que aos olhos do Senhor, em que a condição seria a simpatia da multidão, ele estava enganado. Como tubarões de detecção de sangue na água ", quando os chefes dos sacerdotes e os oficiais viram, eles gritaram, dizendo: 'Crucifica!'" (V. 6).
Isso foi o suficiente para Pilatos. Querendo simplesmente para ser feito com todo o assunto desculpe ", disse-lhes Pilatos:" Tomai-o vós e crucificá-lo, porque eu não acho culpa nele '"(v. 6). Se Pilatos estava realmente dando-lhes o direito de executar Jesus ou apenas zombando deles também não é clara. Mas que ele iria sequer mencionar concedendo-lhes a prerrogativa zelosamente guardado da pena capital é mais uma prova de que ele estava perdendo o controle.
Eles responderam: "Nós temos uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer, porque Ele se fez por ser o Filho de Deus" (v. 7). Como governador, Pilatos era esperado para defender as leis locais, na medida em que eles não entrem em conflito com os interesses de Roma. Os líderes judeus exigiu que Pilatos honrar os seus direitos legais e condenar Jesus a ser executada.

Agora ainda mais alarmados, Pilatos levou Jesus para dentro. "De onde você é?", Perguntou ele. Jesus, no entanto, permaneceu em silêncio (v. 9). Embora Pilatos pode ter sido cínico (conforme 18:38), ele também, como muitos romanos, era supersticioso. Se Jesus tivesse poderes divinos, ou talvez era um deus ou filho de um deus em forma humana (conforme At 14:11), ele tinha acabado açoitado e espancado alguém que tinha poderes sobrenaturais para vingar-se dele.

Irritado com o silêncio continuou Jesus 'e aparente falta de respeito pela sua dignidade e autoridade, Pilatos se vangloriou: "Você não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo, e eu tenho autoridade para te crucificar?" (V.
10) Seu orgulho era de um oco, porque enquanto Pilatos pode ter tido o direito de fazer as duas coisas, ele não tem a coragem de fazer qualquer um.
Quebrando seu silêncio, finalmente, Jesus respondeu: "Você não teria nenhuma autoridade sobre mim, se não tivesse sido dado do alto" (isto é, de Deus) (v. 11). Como todo mundo envolvido na morte do Senhor Jesus Cristo, Pilatos não tinha controle sobre o que estava acontecendo. Deus estava no controle absoluto, soberano.
Em desespero Pilatos repetiu seu esforço para libertar Jesus, sem sucesso. Jogando seu trunfo, os "judeus clamavam dizendo:" Se soltas este homem, não és amigo de César; todo aquele que se faz para ser um rei contra César "(v. 12). Isso trouxe um fim a atraso de Pilatos. Se os judeus relatou sua mentira a César que ele havia lançado um revolucionário, especialmente aquele que fez de si mesmo para ser um rei em oposição a César, seria o fim da carreira, talvez de Pilatos até mesmo sua vida. Ele teve que pronunciar imediatamente a sentença que exigiu.

Por isso, o governador trouxe Jesus para fora, sentou-se em sua sede oficial julgamento, e com uma provocação sarcástico definitiva disse aos judeus: "Eis o vosso Rei!" (V. 14), sugerindo que este batido, ensanguentado, o homem indefeso era tudo o rei que mereciam. Furious ", eles gritaram:" Fora com Ele, embora com Ele, crucifica-O! '"(V. 15). Talvez em um último ato de cinismo e desprezo, Pilatos perguntou-lhes: "Hei de crucificar o vosso rei?" Em uma expressão surpreendente de hipocrisia descarada os chefes dos sacerdotes responderam: "Não temos rei, senão César". Ainda mais uma ironia amarga, aqueles que tinham acusado falsamente Jesus de blasfêmia si blasfemado, uma vez que só Deus era verdadeiro Rei de Israel (conforme Jz 8:23; 1 Sm 8:... 1Sm 8:7; Sl 149:2.). Apostasia de Israel havia atingido seu ponto mais baixo. Mas, embora eles pensavam que eram completamente com Jesus, eles não estavam. Um dia eles vão encará-lo como seu juiz eterna (João 5:22-29). Com todos os aspectos do estudo feito, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado por seus próprios soldados e escapou de seu próprio rebaixamento por um tempo.

O incidente que finalmente levou à remoção de Pilatos, de sua posição de poder que não estão envolvidos os judeus, mas os samaritanos. Um grupo deles planejava escalar o Monte Gerizim à procura de objetos valiosos supostamente escondidos em seu cume por Moisés. Supondo que os samaritanos estavam prestes a se revoltar, Pilatos ordenou às suas tropas para atacar, e muitos dos samaritanos foram mortos. Indignado com a violência assassina de Pilatos contra eles, os samaritanos queixou-se a seu superior imediato, o governador da Síria. Ele removeu Pilatos do cargo e ordenou-lhe a Roma para ser julgado pelo imperador Tibério. Mas Tibério morreu enquanto Pilatos estava a caminho de Roma. Nada se sabe ao certo sobre Pilatos depois que ele chegou a Roma. Alguns relatos afirmam que ele foi banido; outros que ele foi executado; outros ainda que ele cometeu suicídio. Seu covarde injustiça na condenação do inocente Senhor Jesus Cristo até a morte para salvar sua carreira acabou por fracassar.Mais tarde, conforme registrado em Atos 4, os discípulos, olhando para trás, viu todos os elementos de julgamento e morte do Senhor Jesus como cumpridas as Propositos precisas de Deus tomando lugar e profecia:

E, ouvindo eles isto, levantaram a voz a Deus com um acordo e disse: "Ó Senhor, é Você que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há, que pelo Espírito Santo, por meio de boca de nosso pai Davi Teu servo, disse: 'Por que se enfureceram os gentios, e os povos inventar coisas fúteis? Os reis da terra tomaram sua posição, e as autoridades ajuntaram-se contra o Senhor e contra o seu Cristo ". Pois, na verdade, nesta cidade, reuniram-se contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel, para fazer o que a tua mão e Seu propósito predestinado a ocorrer. (Atos 4:24-28)

131. Personagens na estrada para a Cruz (Lucas 23:26-32)

Quando eles levaram-no, prenderam um homem, Simão de Cirene, vindo do campo, e colocou-lhe a cruz para levar atrás de Jesus. E segui-lo era uma grande multidão de povo e de mulheres que choravam e lamentavam-Lo. Mas Jesus, voltando-lhes disse: "Filhas de Jerusalém, parar de chorar por mim, chorai antes por vós e por vossos filhos. Pois eis que dias virão em que se dirá: "Felizes as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram". Então começarão a dizer aos montes: "Caí sobre nós", e às colinas: "Cobri-nos." Para se fazer essas coisas quando a árvore é verde, o que acontecerá quando ela estiver seca? "Dois outros, que eram criminosos, estavam sendo levados para ser condenado à morte com Ele. (23: 26-32)

A crucificação do Senhor Jesus Cristo é o ato mais hediondo de apostasia e rebelião contra Deus nunca. O povo judeu tinha esperado por séculos para a vinda do Salvador prometido e Messias. Mas quando ele finalmente veio, apesar de seu ensino incomparável, a revelação da verdade divina, a oferta da vida eterna, e poder divino sobre o reino demoníaco, o mundo natural, a doença ea morte, eles rejeitaram."Ele veio para os Seus", escreveu João ", e aqueles que foram os seus não o receberam" (Jo 1:11).

Jornada terrena de Jesus até a cruz começou 33 anos antes de sua morte, na pequena aldeia de Belém, perto de Jerusalém. Ele nasceu no mais humilde dos arredores-a estável, com uma manjedoura para um berço. Logo após seu nascimento, a Sua viagem levou-o, juntamente com Maria e José, ao sul para o Egito para a proteção de Herodes, que tentou matá-lo. Depois que o perigo tinha passado, seus pais o levaram ao norte do Egito para a Galiléia para sua casa aldeia anódino de Nazaré. E lá Sua vida aparentemente parou por 30 anos.

Quando o Filho de Deus chegou a trinta, Sua jornada o levou para o Rio Jordão, onde Jesus foi batizado por João Batista, e lançou para o ministério público. Após três anos de ministério de Jesus veio a Jerusalém para a última semana de sua vida. Como esta seção é aberta, é sexta-feira de manhã daquela semana final. Jesus seria crucificado no final da tarde, e morto e enterrado antes do pôr do sol. Aqui Lucas registra as etapas finais da viagem de Jesus para Skull Hill (Lc 23:13).

A localização exata do local onde o Senhor foi crucificado é desconhecida. Pode ter sido o local tradicional, agora obscurecida por uma igreja católica romana, o mais recente conhecida como Calvário de Gordon, ou um local completamente diferente. O local de sua execução não é importante; redenção realizada por meio de Sua morte é eternamente inigualável em importância.

Temporalmente, a jornada de Cristo para Skull Hill durou 33 anos. Mas isso foi apenas a etapa final de uma jornada que começou no céu, a morada da eterna Trindade. Cada passo do caminho foi predestinado, é por isso que a Bíblia descreve Jesus como o Cordeiro que foi morto desde [antes] da fundação do mundo (Ap 13:8.); e "não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10:45). Ao contrário do que o falso ensino de alguns, a morte de Jesus não foi nenhuma surpresa para ele. Na verdade, ele previu repetidamente que, em todos os seus detalhes horripilantes (Lc 9:22, Lc 9:31; Lc 12:50; 13 32:42-13:33'>13 32:33; Lc 17:25; 18: 31-33; 20: 9-15; Lc 22:22).

Obviamente, Jesus chama a atenção primária sobre estas etapas finais para a cruz. Ele é o único que fala e que apenas uma vez, e somente em um tópico-julgamento. Mas ao longo do caminho outros personagens aparecem em papéis menores. Nós nos reunimos os assassinos mistos, o estranho de apoio, a multidão curiosa, as mulheres que choravam, e os criminosos do companheiro.

OS ASSASSINOS MISTOS

Quando eles levaram-no (23: 26a)

O pronome que se refere aos listados no versículo 13, "os príncipes dos sacerdotes e os governantes e as pessoas." Os chefes dos sacerdotes incluídos os saduceus, que comandou as operações do templo, e o sumo sacerdote e os antigos altos sacerdotes, que eram todos relacionados um ao outro. Os governantes eram os membros do Sinédrio no poder, composta predominantemente por escribas e fariseus, juntamente com alguns saduceus. A crescente multidão que se reuniram cedo que sexta-feira de manhã foi orquestrado e manipulado pelos governantes religiosos em exigindo a crucificação de Jesus.Embora eles não são mencionados, alguns membros de uma terceira seita judaica, os herodianos (judeus que apoiaram a dinastia Idumean), sem dúvida, também estavam presentes. É claro que os soldados romanos que compunham o pelotão de fuzilamento que executou a crucificação real também estavam presentes.

Apagō ( levado ) é usado às vezes como um termo legal para se referir a levar alguém a julgamento, punição, prisão ou execução (Mt 26:57; 27:. Mt 27:2; Mc 14:44; At 12:19).

Impulsionado por sua justiça própria e ódio, esses assassinos orquestrado a execução de Jesus por meio de mentiras, manipulação, intimidação e ameaças, assim, trazendo-sobre o maior erro judiciário que o mundo já viu. A multidão mista que pressionado por Sua morte representa todos aqueles que rejeitam a Jesus Cristo, em todas as gerações (conforme Heb. 6: 4-6).

O STRANGER COADJUVANTE

prenderam um homem, Simão de Cirene, vindo do campo, e colocou-lhe a cruz para levar atrás de Jesus. (23: 26b)

No caminho para o local da execução dos soldados romanos encarregados da crucificação de Cristo apreendeu um homem e apertou-o em serviço (que eles tinham autoridade absoluta para fazer; conforme Mt 5:41.). Ao contrário dos soldados romanos e o centurião, que mais tarde acreditavam em Cristo (23:47;. Conforme Mt 27:54; Mc 15:39), o nome deste homem é dado, Simon, como é a cidade que ele era de,Cirene. Simon era um nome comum entre os judeus (há nove homens na Bíblia, chamado Simão, incluindo dois dos apóstolos). Cyrene era uma cidade no norte da África, na atual Líbia. Ele tinha uma população judaica significativa, de acordo com o historiador judeu do primeiro século Josephus. Os visitantes de Cirene estavam em Jerusalém no dia de Pentecostes e ouviu os apóstolos pregando em sua língua (At 2:10). Havia homens suficientes em Jerusalém a partir de Cirene que, junto com os homens de Alexandria (outra grande cidade norte-Africano), formaram a sua própria sinagoga (At 6:9). Mc 15:21 descreve ainda como "o pai de Alexandre e Rufus." Essa nota, obviamente, significava algo para seus leitores, ou Marcos não teria incluído nele. De acordo com a visão tradicional, Marcos dedicou seu Evangelho para um público Gentil, inicialmente a igreja em Roma de-que o filho de Simon Rufus era um membro proeminente (Rm 16:13). Paulo também se refere à mãe de Rufus, a esposa de Simon, como tendo sido como uma mãe para ele.

Aqui era um estranho, aparentemente arrancado espontaneamente da multidão para ajudar a carregar a cruz de Jesus. Depois de ter passado todo o caminho para Skull Hill com a cruz, Simon, sem dúvida, ter ficado e experimentou a plena realidade da crucificação. Em algum momento, ele abraçou o evangelho do Senhor, cuja cruz que ele tinha levado. Sua esposa e filhos também se tornaram crentes e eram conhecidos para a igreja em Roma. Um deles, Rufus, foi destacado por Paulo como um servo escolha do Senhor, e esposa de Simon ministrou ao apóstolo (Rm 16:13). A igreja de Cirene, em que Simon, sem dúvida, desempenhou um papel significativo, desenvolveu e cresceu forte, eventualmente, enviar missionários a pregar o evangelho aos gentios em Antioquia (At 11:20). Um de seus membros, Lucius, ainda serviu como um dos pastores na igreja de Antioquia, quando Paulo e Barnabé foram enviados como missionários (At 13:1), o coração da religião de Israel, e os próprios líderes (Matt. 23: 1-36). Discussão do Senhor de sua própria morte iminente perplexo-los ainda mais, uma vez que não havia lugar em sua teologia por um Messias morrer (conforme Mt 16:21-22.).

A multidão vacilante não sabia se a louvar a Jesus ou rejeitá-Lo. Eventualmente, eles chegaram a um tal estado de confusão que os líderes de Israel foram capazes de convencê-los a exigir sua crucificação.Eles estavam cientes de seu poder divino, e esperava que pudesse ser o Messias. Mas eles finalmente se voltaram contra ele, persuadido por mentiras blasfemas de seus líderes de que seu poder era de Satanás, e não Deus. Eles também ficaram decepcionados. Depois da morte de Cristo, "todas as multidões que se reuniram para este espetáculo, quando observaram que havia acontecido, começou a voltar, batendo no peito" (Lc 23:48), em um sinal universal de luto. Eles queriam que ele fosse o Messias; provavelmente até o último, alguns deles foram desejando que Cristo seria aquele que iria cumprir seus desejos. Talvez, no último momento, Ele desce da cruz, como seus inimigos zombeteiramente o desafiou a fazer (Mc 15:32), e levar um assalto contra os romanos.

Como todo o Seu ministério, a multidão tinha interesse em Jesus, mas poucos fizeram um verdadeiro compromisso com Ele. Suas mentes estavam escuros. Eles eram ignorantes; eles não foram responsivo à verdade que Ele ensinou. Seus sentimentos em relação a Ele eram ambiguamente egoísta. Eles não eram os seus inimigos, mas também não se confessam como Senhor. Em última análise, eles foram manipulados para chorar por sua morte.

AS MULHERES CHORANDO

e de mulheres que estavam de luto e lamentando-Lo. Mas Jesus, voltando-lhes disse: "Filhas de Jerusalém, parar de chorar por mim, chorai antes por vós e por vossos filhos. Pois eis que dias virão em que se dirá: "Felizes as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram". Então começarão a dizer aos montes: "Caí sobre nós", e às colinas: "Cobri-nos." Para se fazer essas coisas quando a árvore é verde, o que acontecerá quando está seco "(23: 27b-31)?

As mulheres que choravam e lamentavam Jesus não fosse sua mãe, Maria Madalena, ou qualquer uma das outras mulheres que acompanharam Ele e os discípulos (Lucas 8:2-3); eles eram carpideiras profissionais. Era tradicional para que as mulheres choram com a morte de alguém (conforme Lucas 8:51-52), particularmente alguém de destaque como Jesus, que muitos esperavam seria o Messias. Mas se fossem carpideiras oficiais que estavam fazendo o seu dever, com certeza não foi sem uma medida de sinceridade e simpatia. Em nenhum lugar nos Evangelhos existe um registro de uma mulher que era hostil a Jesus, repreendia-o, ou falou mal dele. Essas mulheres eram provavelmente não é exceção.

Choro traduz uma forma do verbo koptō , que literalmente se refere a um batendo de peito em uma forte expressão de tristeza. Ele simboliza a agonia da morte. Lamenting refere-se chorando e lamentando, ou cantando uma canção triste (o mesmo verbo usado aqui é traduzida como "cantou um hino fúnebre" em Lc 7:32).

Este luto não foi o cumprimento de Zacarias 12:10-14, que se refere ao luto ainda o futuro de Israel quando eles "vai olhar para [o], a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito "(v. 10). Virá o tempo em que o povo vai bater no peito e chorar e lamentar, luto pela trágica realidade que eles mataram seu próprio Messias, mas não foi esse tempo.

Essas mulheres representam aqueles que foram simpáticos ao Jesus, que foram atraídos a Ele, encontrando nele verdade, ternura e compaixão. Eles não eram como a multidão de curiosos, que foram inconstante, vacilante, e indiferente, nem foram eles gostam os assassinos mistos, que odiavam e se ressentiam Jesus. Mas nem foram eles Seus verdadeiros seguidores, aqueles que tinham acreditado Salvadora nEle. O cristianismo está cheio de pessoas que estão em alguma medida simpática a Jesus ainda não são verdadeiramente Seus discípulos (Mt 7:21-23., Jo 6:60, Jo 6:66).

Jesus, no entanto, não procuram esse tipo de simpatia. Em vez de agradecer às mulheres, Ele os repreendeu. Virando-se para eles o Senhor disse: "Filhas de Jerusalém, parar de chorar por mim". A frase Filhas de Jerusalém é usado no Antigo Testamento para se referir metaforicamente para Israel como um todo (Mq 4:8; Zc 9:9; 19: 41-44; e a exposição de 21: 20-24 no capítulo 20 deste volume). Eles, não Jesus, foram as verdadeiras vítimas.

O juízo que cairia sobre eles no D.C 66-70, quando os romanos devastaram 1srael e destruíram Jerusalém, seria tão grave que Jesus avisou solenemente, "Pois eis que dias virão em que se dirá:" Felizes as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram '. " Essa foi uma declaração chocante. A esterilidade contrariou a esperança de cada mulher judia e foi o pior estigma que se possa imaginar, como as histórias de Hannah (1 Sam. 1: 2-11) e Isabel (Lc 1:7). Essas mulheres iria suportar um sofrimento maior do que aqueles sem filhos.

A previsão de Cristo, "Em seguida, eles vão começar a dizer aos montes:" Caí sobre nós ", e às colinas:" Cobri-nos '", indica ainda a severidade do julgamento iminente. O Senhor estava citando o aviso de Oséias para o reino do norte de Israel apóstata sobre a destruição de sua cidade capital de Samaria pelos assírios (Os 10:8)?. O julgamento de Israel em D.C 66-70 foi, assim, uma pré-visualização do futuro julgamento do mundo.

Jesus não ofereceu um convite final para as pessoas que o acompanhavam no caminho para a cruz, mas sim pronunciado uma condenação final sobre eles. Sua perspectiva foi totalmente distorcida. Eles precisavam derramar lágrimas não por ele, mas por si mesmos à luz de seu julgamento iminente.
O Senhor concluiu Seu aviso com o ditado proverbial, "Porque, se eles fazem essas coisas quando a árvore é verde, o que acontecerá quando ela estiver seca?" Ele é a árvore verde, cheia de vida e fecundidade. Se isso é o que os romanos fizeram com ele, o que eles vão fazer com os mortos nação seco, árido de Israel no D.C 70?

OS CRIMINOSOS DO COMPANHEIRO

Dois outros, que eram criminosos, estavam sendo levados para ser condenado à morte com Ele. (23:32)

Os dois personagens finais no caminho para a cruz eram criminosos, que estavam sendo levados para ser condenado à morte com Jesus. Como observado na discussão de Lc 23:19 no capítulo anterior deste volume, eles podem ter participado com Barrabás na insurreição e como ele foi condenado a ser crucificado.

Estes dois homens ilustram as duas opções que enfrentam cada pessoa. Aqueles que, como aquele que se arrependeu (23: 40-43), "confessar com a [sua] boca que Jesus é Senhor e crer em [seu] coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos ... será salvo" (Rm . 10: 9). Por outro lado, aqueles que, como o homem impenitente, rejeitar Jesus vai enfrentar julgamento eterna (Jo 3:18). Para mais informações sobre estes dois homens, ver a exposição de Lucas 23:39-43, no capítulo 34 do presente volume.

132. O Rei Crucificado: A Comedia no Calvário (Lc 23:33-49)

Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Mas Jesus estava dizendo: "Pai, perdoa-lhes; para que eles não sabem o que estão fazendo. "E lançaram sortes, dividindo-se entre si as suas vestes. E as pessoas estavam perto, olhando. E até mesmo os governantes foram zombando dele, dizendo: "Salvou os outros; deixá-lo salvar a si mesmo se este é o Cristo de Deus, o Seu Escolhido. "Os soldados também o escarneciam, chegando-se a Ele, oferecendo-lhe vinagre, e dizendo:" Se tu és o Rei dos judeus, salva-se! " Agora também houve uma inscrição acima dele, "Este é o rei dos judeus." Um dos malfeitores que estavam pendurados houve abuso arremessando-o, dizendo: "Não és tu o Cristo? Salve-se e nós! "Mas o outro respondeu, e repreendia-o:" Você nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? E nós, na verdade estão sofrendo com justiça, porque estamos recebendo o que merecemos por nossos atos; mas ele não fez nada de errado. "E ele estava dizendo:" Jesus, lembra-se de mim quando vieres no teu reino! "E disse-lhe:" Em verdade eu vos digo, hoje estarás comigo no paraíso. " Era já quase a hora sexta, e escuridão caiu sobre toda a terra até a hora nona, pois o sol estava encoberto; e o véu do templo se rasgou em dois. E Jesus, clamando com grande voz, disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, assoprou Seu último. Agora, quando o centurião viu o que tinha acontecido, ele começou a louvar a Deus, dizendo: "Certamente este homem era justo." E todas as multidões que se reuniram para este espetáculo, quando observaram que havia acontecido, começou a voltar, batendo no peito. E todos os seus conhecidos e as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia estavam de pé à distância, vendo essas coisas. (23: 33-49)

A cruz, com a sua injustiça, crueldade e sofrimento, foi tudo menos uma comédia. Mas as pessoas que participaram dos eventos daquele dia no Calvário transformou-o em um. Para eles, era, um evento de uma farsa ridícula, uma piada, o alvo de que era Jesus. Eles descobriram a idéia de que Ele era o rei dos judeus para ser risível; e foram zombando dele, zombavam dele, e foram lançando abuso em Lo.Jesus já tinha sido despojado de sua liberdade quando Ele foi preso, despojado de seus direitos quando Ele foi condenado injustamente, despojado de seus amigos quando eles todos O abandonaram, despojado de seu ministério, e até mesmo suas roupas rasgadas, até uma tanga . Tudo isso, no entanto, não foi suficiente para satisfazer os seus inimigos; eles estavam prestes a despojá-lo de sua vida. Ao fazer isso, eles queriam ter certeza de que, despindo-o de sua honra, sua dignidade, e qualquer relação que Ele ainda pode comandar.

Para o efeito, concebido e encenado a execução de Jesus para ser uma sátira cômica. Eles entronizado Ele na cruz como um rei entronizado acima do povo. Em sua cabeça, colocaram uma coroa, não uma coroa de ouro, mas uma coroa de espinhos, o envio de sangue escorrendo pelo rosto. Em sua comédia diabólica, crucificaram um ladrão da direita de Jesus e da esquerda em uma paródia de dois cortesãos mais respeitados de um rei, o segundo eo terceiro pessoas mais honradas em sua corte. Em seguida, eles zombeteiramente ofereciam-lhe vinho, como se a fazer o seu dever de servir as necessidades do monarca. Mais cedo no pretório de Pilatos, que tinha colocado manto de um soldado dura sobre Ele como se fosse um manto real, com uma cana como um cetro real na mão, e ironicamente o saudaram como um rei. Em seguida, eles tomaram o caniço e vencê-lo na cabeça com ele e cuspiu nele para mostrar seu desprezo absoluto para a noção de que Ele era a realeza.

Para o povo judeu, a idéia de um Messias crucificado era um absurdo, ridículo, e incompreensível. Eles esperavam o messias para ser um rei conquistador, que iria derrotar os inimigos de Israel e estabelecer o seu reino. Eles estavam procurando uma coroação, e não uma crucificação; por um Messias que matou seus inimigos, e não aquele que foi morto por seu próprio povo. A cruz era loucura para eles (1Co 1:18.); um bloco maciço de tropeço que não poderia ter passado (v. 23).

Mas, em vez de provar que Jesus não era o Messias, o cruzamento provou que Ele era. A crucificação cumpriu a profecia do Antigo Testamento. Salmo 22 dá uma vívida descrição da crucificação, apresenta desconhecido na época de Davi. Isaías, também escrevendo num momento em que a crucificação era desconhecido em Israel, escreveu que Jesus "foi ferido por causa das nossas transgressões, Ele foi moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por Sua pisaduras fomos sarados "(Is 53:5, onde o profeta escreveu,

Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito.
Do ponto de vista de Deus, no entanto, que os inimigos de Cristo achava que era cômico foi mortalmente sério. Nos versículos 28:29 do presente capítulo, Jesus disse aos carpideiras segui-lo no caminho para o Calvário, "Filhas de Jerusalém, parar de chorar por mim, chorai antes por vós e por vossos filhos. Pois eis que dias virão em que se dirá: "Felizes as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram" (ver a exposição desses versos no capítulo anterior deste volume). Este não foi um tempo para rir, mas para chorar.
Execução por crucificação remonta ao século VI AC , quando foi aparentemente inventado pelos persas. A mais antiga referência à prática é a crucificação de três mil babilônios pelo rei persa Dario.Alexandre, o Grande crucificaram dois mil cidadãos de Tiro em vingança para o seu tratamento dele. O primeiro século AC Hasmonean rei da Judéia, Alexander Jannaeus, crucificado oitocentos rebeldes. Os romanos usavam crucificação extensivamente, e aperfeiçoou-lo como um meio brutais de tortura. Após a captura de Jerusalém em D.C 70, por exemplo, os romanos crucificaram tantos judeus que eles corriam curto de madeira serrada.

A narração bíblica da crucificação do Senhor Jesus é notavelmente contido; não é o sofrimento físico de Jesus que são únicos, mas sim o que eles conseguiram. Cada um dos relatos evangélicos usar apenas três palavras gregas (quatro palavras em Inglês) para descrever a crucificação real. Por exemplo, não há detalhes dados sobre o martelar das unhas, a elevação da cruz, ou os elementos que produzem a morte.Sem tal explicação foi necessária para os leitores iniciais os Evangelhos, uma vez que a crucificação era muito familiar para eles. Os romanos sempre crucificado suas vítimas em locais públicos ao longo das estradas para que todos pudessem ver os resultados horríveis de rebelião contra a autoridade de Roma.
De acordo com os Evangelhos descrição discreto da crucificação, a localização do lugar chamado Calvário (em aramaico " Gólgota "; latim" Calvaria ") é desconhecido. Como observado no capítulo anterior deste volume, que pode ter sido o local tradicional, agora obscurecida por uma igreja católica romana, o site mais recentemente proposta conhecida como Calvário de Gordon, ou um local completamente diferente. O Novo Testamento não descreve o site como um monte, mas era habitual para os romanos para crucificar pessoas em um lugar elevado para dar a transeuntes uma visão clara. O lugar, talvez, foi chamado Calvário, porque se assemelhava a um crânio. Outros acreditam que foi assim chamado porque os crânios das pessoas que foram crucificados ficaram em torno de mentir, embora seja improvável que os judeus teriam permitido isso. Em ambos os casos, o nome é associado com a realidade terrível de morte.

Através dos anos, tem havido um monte de estudo feito sobre os aspectos físicos da crucificação. Talvez o tratamento mais concisa e útil apareceu em 21 de março de 1986, edição do Journal da O American Medical Association (vol. 255, n. 11), em um artigo intitulado "Sobre a Morte Física de Jesus Cristo" (William D . Edwards, MD; Wesley J. Gabel, MDiv; Floyd E. Hosmer, MS, AMI). De acordo com esse estudo a todos que foi crucificado foi agredido primeiro. Os braços da vítima foram levantado e amarrado a um poste, deixando-o em uma posição caiu. Tiras de couro trançado com pedaços de metal e osso incorporado nelas foram usadas para atacar a vítima da parte inferior do pescoço para baixo para a parte de trás dos joelhos. Dois lictors (atendentes de magistrados romanos) acertá-lo com golpes alternados. Não há indicações sobre a forma como muitos cílios as vítimas habitualmente recebido; que foi deixada ao critério dos lictors. O osso e o metal seria rasgar na carne, causando contusões profundas e lacerações nos tecidos subcutâneos, e em seguida no tecido dos músculos. A perda de dor e sangue resultante levaria ao choque circulatório.

Todos os três homens crucificados naquele dia eram açoitados. Mas os soldados, em sua paródia de Jesus, colocar um manto sobre ele feito de lã que teria irritado Suas feridas abertas. Eles também colocaram uma coroa de espinhos na cabeça, bater-lhe na cabeça com um pedaço de pau, e cuspiu nele. Em algum momento, eles rasgaram o manto de cima dele, o que teria rasgado as feridas. Além disso, o hematidrosis (suor de sangue) Ele experimentou (Lc 22:44) fez sua pele hipersensível. O Senhor também sofreu com a falta de sono, falta de comida e falta de água.

A crucificação era uma morte lenta, a intenção de infligir o máximo agonia e sofrimento. As vítimas levaram suas cruzes, ou pelo menos a travessa, em toda a volta de seus pescoços e ombros com os braços amarrados a ele. Jesus recebeu ajuda de Simão de Cirene na carregando sua cruz, ou porque na Sua condição enfraquecida Ele não conseguia mais carregá-lo, ou talvez porque ele não estava se movendo rápido o suficiente para atender os soldados.

Sedação Chegando ao local da crucificação, os prisioneiros seriam oferecidos (que Jesus recusou;. Mt 27:34) e, em seguida, ser jogado no chão em suas costas. A travessa passaria então a ser puxado sob seus ombros e seus braços pregadas a ele usando cravos de ferro de 5-7 centímetros de comprimento e cerca de meia polegada quadrada. Eles foram conduzidos através dos pulsos ao invés de as palmas das mãos para que eles pudessem levar todo o peso do corpo em queda.

A vítima foi empalado em seguida, levantou-se, e a travessa foi anexado ao poste vertical, muitas vezes chamado de postes. Os pés eram então pregados com um prego, os joelhos dobrados para cima a fim de que as vítimas poderiam empurrar para cima sobre as feridas em seus pés, bem como puxar para cima sobre as feridas em seus pulsos, a fim de respirar. A posição flacidez do corpo com os joelhos dobrados tornou impossível de respirar de forma constante; os soldados poderiam causar a morte em questão de minutos, quebrando as pernas das vítimas (conforme João 19:31-32). Escusado será dizer que ninguém sobreviveu crucificação.

A dor agonizante os crucificados suportou é quase incompreensível. A palavra mais extremo no idioma Inglês para descrever a dor é a palavra "excruciante", que vem da palavra latina excruciatus , que significa "fora da cruz." A fim de respirar, uma pessoa tinha que puxar e empurrar-se para cima, fazendo com que o feridas nas costas da flagelação para esfregar dolorosamente sobre a madeira áspera da cruz. As unhas nos pulsos iria esmagar ou cortar o longo nervo mediano do motor radial sensorial, causando parafusos implacáveis ​​da dor. As unhas dos pés provavelmente perfurar a região perineal profundo e nervos plantares, fazendo com que os mesmos resultados.

O peso do corpo sobre os ferimentos de unhas como a vítima lutou para empurrar e puxar-se de pé para pegar um hálito causado dor tão intensa que ele não poderia sobreviver por muito tempo. "É provável que esta forma de respiração não seria suficiente e que a hipercapnia [a presença de um nível anormalmente elevado de dióxido de carbono no sangue] iria resultar em breve. O aparecimento de cãibras musculares ou contrações tetânicas, devido a fadiga e hipercarbia, iria dificultar a respiração ainda mais "(" On a morte física do Jesus Cristo ", 1461).

Quando a morte, finalmente, felizmente veio horas ou dias depois, os soldados romanos confirmou perfurando o tórax da vítima com uma lança. O fluxo resultante de sangue e água (pleural seroso e líquido pericárdico; Jo 19:34) indicaria a morte.

A zombaria do Senhor Jesus Cristo na crucificação foi o ato final do pecado e blasfêmia. Ali estava o pecado no seu ápice; blasfêmia no seu auge, como pecadores zombou do Divino Filho, zombou do Deus encarnado, e com satisfação glib empilhados desprezo sarcástico sobre o Criador e Redentor, o verdadeiro Rei e Salvador. Não deveria o verdadeiro e santo Deus encarnado, que se tinha revelado como tal, dando provas convincentes de sua divindade, reagir a tal blasfêmia em ira santa e julgamento rápido? Para fazê-lo teria sido coerente com os ensinamentos do Antigo Testamento, onde Deus declara: "Aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto" (Lv 24:16). Ironicamente os líderes judeus, não se contenta apenas para blasfemar do Senhor Jesus Cristo, perversamente acusaram de ser um blasfemador (Mt 9:3; Jo 10:33).

Crucificar o Filho de Deus merecia julgamento mais imediata e grave do céu. No entanto, felizmente Deus atrasou sua punição da nação até AD 70. Tal atraso no julgamento é consistente com a natureza misericordioso de Deus. Por exemplo, apesar de o pecado de Israel (. Is 1:1-16), Deus prometeu repetidamente salvação, em vez de julgamento imediato, para aqueles que se arrependeram e creram (Is 40:1-2; Is 41:14; 42: 6-7. ; 43: 1-7; 52: 7-10; 53; 55: 1-9). Deus foi paciente nos dias de Noé, esperando 120 anos antes de mais extenso julgamento da história. Mas a paciência de Deus tem um fim; Seu julgamento cairá sobre a nação que abusou e zombaram Seu Filho, e da comédia no Calvário levaria a tristeza de proporções eternas. Mas isso ainda era futuro, quando a comédia se desenrola nesta passagem em quatro atos: o contraste, a conversão, a consumação, e as respostas.

O CONTRASTE

Mas Jesus estava dizendo: "Pai, perdoa-lhes; para que eles não sabem o que estão fazendo. "E lançaram sortes, dividindo-se entre si as suas vestes. E as pessoas estavam perto, olhando. E até mesmo os governantes foram zombando dele, dizendo: "Salvou os outros; deixá-lo salvar a si mesmo se este é o Cristo de Deus, o Seu Escolhido. "Os soldados também o escarneciam, chegando-se a Ele, oferecendo-lhe vinagre, e dizendo:" Se tu és o Rei dos judeus, salva-se! " Agora também houve uma inscrição acima dele, "Este é o rei dos judeus." Um dos malfeitores que estavam pendurados houve abuso arremessando-o, dizendo: "Não és tu o Cristo? Salve-se e nós "(23: 34-39)!

O contraste nesta passagem entre os insultos impiedosos da multidão e intercessão misericordioso de Cristo em seu nome é impressionante.

O Impiedoso Insultos da Multidão

E lançaram sortes, dividindo-se entre si as suas vestes. E as pessoas estavam perto, olhando. E até mesmo os governantes foram zombando dele, dizendo: "Salvou os outros; deixá-lo salvar a si mesmo se este é o Cristo de Deus, o Seu Escolhido. "Os soldados também o escarneciam, chegando-se a Ele, oferecendo-lhe vinagre, e dizendo:" Se tu és o Rei dos judeus, salva-se! " Agora também houve uma inscrição acima dele, "Este é o rei dos judeus." Um dos malfeitores que estavam pendurados houve abuso arremessando-o, dizendo: "Não és tu o Cristo? Salve-se e nós "(23: 34b-39)!

A multidão no Calvário consistiu em quatro grupos distintos. Primeiro foram as comuns pessoas, que estavam vendo em como a comédia encenada por seus líderes e os romanos jogado fora. Eles poderiam ter sido esperado para ser mais simpático para Cristo do que os líderes religiosos, soldados e dois ladrões crucificados com Ele. Afinal de contas, apenas alguns dias antes, eles haviam saudado Jesus como o Messias na entrada triunfal. Eles também tinham recebido entusiasticamente Seu ensino em dias anteriores (Lucas 19:47-48).

Mas durante o julgamento de Cristo diante de Pilatos, os líderes conseguiram virar o povo contra ele e convencê-los a pedir a sua crucificação (Mateus 27:20-23.). Agora, eles se juntaram no jogo farsa e foram impiedosamente hurling abuso e sarcasmo venenoso para Ele (Mateus. 27: 39-40).

Os governantes eram um insulto, insultos, e zombando de Cristo para zombar Sua afirmação de ser o Messias. O verbo grego traduzido zombando literalmente significa transformar-se o nariz de um objeto de escárnio. Desprezando até mesmo para falar com Ele, que disse à multidão, "Salvou os outros; deixá-lo salvar a si mesmo se este é o Cristo de Deus, Sua Chosen One ". Este desdém sarcástico foi predito no Salmo 22:7-8: "Todos os que me vêem zombam de mim; eles se separam com o lábio, eles abanam a cabeça, dizendo: "Comprometa-se com o Senhor; Que ele o livre; deixá-Lo resgatá-lo, porque tem prazer nele. "Como Paulo escreveria mais tarde, um Messias crucificado era um escândalo para os judeus (1Co 1:23).

Os governantes viram ninguém pendurado em uma árvore ou uma cruz como amaldiçoado por Deus (Dt 21:23)., O que era verdade de Jesus (Is 53:4; Gl 3:10-13.). Mas o que eles não reconheceu foi que Ele se tornou uma maldição para os pecadores para redimi-los da maldição da lei (Gl 3:13).

O terceiro grupo no meio da multidão era os soldados, que também o escarneciam, chegando-se a Ele, oferecendo-lhe vinagre, e dizendo: "Se tu és o Rei dos judeus, salva-se!" Eles, é claro, não sabia nada sobre religião ou teologia judaica; eles estavam apenas continuando o jogo que havia começado no seu julgamento (Mateus 27:27-30.). Ao contrário das outras duas vezes que eles ofereceram Jesus algo para beber, este foi um ato de simulação de obediência e serviço a Ele (Mt 27:34, Mt 27:48.); fingiram que o vinagre de vinho foi realmente real e ofereceu a ele como se ele fosse um rei.

Versículo 38 notas que, como era costume para os criminosos crucificado, havia também uma inscrição pregado na cruz acima Jesus. Mas, em vez de listar o crime para o qual Ele estava sendo executado, este inscrição dizia, "Este é o rei dos judeus." Combinando todos os relatos evangélicos revela que o texto integral da inscrição era "Este é Jesus de Nazaré, Rei dos judeus "A inscrição foi o trabalho de Pilatos (Jo 19:19).; era a sua vingança contra os líderes judeus, que o obrigou a executar um homem que ele havia declarado inocente. Eles se opuseram veementemente à redacção e insistiu que ele reformulá-lo para ler que Jesus apenas afirmou ser o rei de Israel. No entanto Pilatos resolutamente recusou-se a alterá-lo, declarando: "O que eu escrevi, escrevi" (v. 22).

De acordo com a prática habitual os soldados tinham sortes, dividindo-se de Cristo vestes entre si, deixando-o nu, exceto por uma tanga. Jo 19:23 acrescenta que eles dividiram Sua roupa em quatro partes. Recusando-se a arruinar a túnica sem costura, no entanto, eles lançaram sortes para ele (Sl 22:18).

Quando Adão e Eva caíram em pecado, eles imediatamente se tornou consciente de que estavam nus. A nudez foi associado desde que com a culpa moral, simbólico de vergonha diante de Deus. Depois que eles tentaram em vão fazer coberturas para si, Deus matou um animal para fazer coberturas para eles para esconder sua vergonha e nudez (Gn 3:21).

No Calvário, Jesus foi feito nua no lugar dos crentes, manifestando-se o símbolo de culpa moral e vergonha moral diante de Deus. Ele não estava coberto por Deus como foram Adão e Eva; Ele foi julgado por Deus, que derramou toda a fúria de Sua ira sobre Ele. E, em uma ironia divina de Jesus, Aquele fez nua para os crentes, tornou-se o único que os cobre com a Sua justiça (Rm 13:14;.. Gl 3:27; 61:10 conforme Isa.).

O último componente da multidão era os dois ladrões crucificados com Jesus. Lucas registra que um dos malfeitores que estavam pendurados lá estava lançando abuso para ele, dizendo: "Não és tu o Cristo? Salve-se e nós! " ; Mateus (27:
44) e Marcos (15:32), note que ambos os ladrões foram inicialmente lançando abuso em Jesus.

O Misericordioso intercessão de Cristo

Mas Jesus estava dizendo: "Pai, perdoa-lhes; para que eles não sabem o que estão fazendo "(23: 34a).

Este é o primeiro de sete ditos do Senhor na cruz. Seria de esperar que Ele teria julgamento pronunciado sobre aqueles zombando dele, que estavam cometendo o último ato de blasfêmia. Em vez disso, em um ato de misericórdia, Ele pediu ao Pai para perdoar aqueles mais miserável dos pecadores para sua blasfêmia ignorante, porque, segundo ele, eles não sabem o que estão fazendo ; ou seja, eles não tinham conhecimento de todo o escopo de sua maldade. "Se eles tivessem entendido, não teriam crucificado o Senhor da glória" (1Co 2:8). Justiça acabaria ser servido; juízo cairia na rejeição, nação incrédula. Mas em graça e misericórdia de Deus, seria adiada por 40 anos. Intercessão de Cristo em favor de Seus algozes é mais um cumprimento da profecia do Antigo Testamento (Is 53:12).

Pedido de Cristo foi, em certo sentido uma oração geral, revelando que não há pecado contra o Filho de Deus tão grave que não pode ser perdoado aqueles que se arrependem (conforme Mt 12:31-32.). Se o perdão está disponível para aqueles que o crucificaram, ele está disponível para qualquer um. Mas é também uma oração específica para que Deus perdoasse aqueles entre a multidão que Ele tinha escolhido para a salvação antes da fundação do mundo (Ef 1:4.), Como fizeram muitos dos sacerdotes (At 6:7) Ele tinha medo,.

É característico para o não regenerado não ter medo de Deus (Rm 3:18). Mas a convicção operada pelo poder do Espírito de Deus produz um santo temor de julgamento divino. Pecadores condenados clamar como o publicano arrependido em Lc 18:13: "Deus, sê propício a mim, pecador!" A verdadeira salvação não é a pobreza material ou baixa auto-estima, mas da ira, da justiça e do juízo de Deus.

Intimamente ligado ao medo do julgamento de Deus é a segunda prova de um coração transformado, um senso de pecado. Ainda repreensão do ladrão arrependido do outro malfeitor reflete seu reconhecimento de seu próprio pecado. Nós realmente estão sofrendo com justiça, lembrou ele, pois estamos recebendo o que merecemos por nossos atos. Como o filho pródigo da parábola de Cristo (Lucas 15:17 —19), este homem caiu em si e admitiu que ele era um pecador. Ele entendeu que a justiça funciona no mundo dos homens, mas perfeitamente no reino de Deus.

Aqui está um exemplo do verdadeiro convertido que confessa sua culpa e falência espiritual absoluta. Ele reconhece que ele não tem nada para oferecer a Deus, nada, recomendar-se a Ele. Ele sabe que ele precisa de misericórdia e graça para escapar do julgamento e ser perdoado, porque ele é um pecador indigno, agachada, encolhendo-se, luto mendigo encolhido as suas transgressões (Mat. 5: 3-4). Martin Luther entendido que a verdade. Após sua morte, seus amigos encontraram um pedaço de papel no bolso em que o grande reformador tinha escrito em latim e alemão, " Hoc est verum . Wir sind alle Bettler . "(" Isso é verdade. Nós somos todos mendigos. ")

A prova final do coração divinamente transformou o ladrão arrependido foi a sua crença em Jesus Cristo. A história de sua transformação se move a partir de uma avaliação da sua condição de pecador a uma avaliação do caráter do Salvador. Quando ele disse a Ele, "Este homem não fez nada de errado", ele estava confessando não apenas a inocência de qualquer crime do Senhor, mas também a sua impecabilidade.

Ele então se dirigiu a Jesus diretamente como o Salvador e Humildemente pedimos a Ele, "Jesus, lembra-se de mim quando vieres no teu reino!" Esta foi nada menos do que um apelo para o perdão além de que ninguém vai entrar no reino de Deus. Ele baseou seu pedido na oração de Cristo para que Deus perdoasse aqueles que o crucificaram, o que lhe deu a esperança de que ele também pode receber o perdão. Ele expressou crença de que Jesus é o Salvador, já que ele não teria pedido para entrada do reino a menos que ele acreditava que Jesus estava disposto e capaz de fornecê-la. Sua foi a excepção de um penitente pecador indigno quebrado, por graça, misericórdia e perdão.

Finalmente, ele acreditava que Jesus era o Messias de Israel. Ele reconheceu que o Senhor iria um dia estabelecer Seu reino, que foi prometido nos convênios que Deus fez com Abraão e Davi, e reiterou várias vezes para os profetas. Uma vez que ninguém sobreviveu crucificação, ele entendeu que Jesus teria de ressuscitar dos mortos para fazer isso. Ele provavelmente sabia que Jesus tinha poder sobre a morte, uma vez que a notícia de sua ressurreição de Lázaro tinha se espalhado por toda a Jerusalém. Ele sem dúvida estava ciente de que Dn 12:2). Uma das pragas que Deus trouxe o Egito era uma escuridão tão espessa que podia ser sentida (Ex. 10: 21-22), e Ele apareceu a Israel no Monte Sinai em uma nuvem espessa (Ex 19:16.). O povo judeu entendeu que a escuridão sobrenatural foi associada com o julgamento divino (conforme Joel 2:1-2, Jl 2:10, 30-31; Am 5:20; Am 8:9.), Que é por isso que depois a escuridão levantou ", quando observaram que havia acontecido, [eles] começaram a retornar, batendo no peito" (Lc 23:48).

Deus chegou na escuridão no Calvário naquele dia para desencadear julgamento, e não em um sentido escatológico contra o ímpio, mas em um sentido soteriological contra o Seu Filho. Deus trouxe a escuridão do inferno para Jerusalém aquele dia (conforme Mt 8:12;. Mt 22:13; Mt 25:30) como Ele desencadeada em Jesus Cristo a plenitude da sua ira contra os pecados de todos os que poderia ser salvo .

A escuridão não foi causada pela ausência de Deus, mas sim por sua presença em pleno julgamento, vingança e fúria. Infinito ira movido por infinita justiça lançado punição infinita no Filho. Porque Ele é infinito, em apenas três horas, ele foi capaz de absorver toda a punição do inferno eterno para todos os que nunca vai acreditar. Ele carregou em seu corpo os nossos pecados (1Pe 2:24), embora Aquele que não conheceu pecado foi feito pecado por nós (2Co 5:21), foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades (Is 53:5).. Este foi o cálice que Ele implorou ao Pai no Getsêmani para remover, se possível.

O grito do Senhor, à hora nona "," Eloi, Eloi, lama sabactâni? que é traduzido, "Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?" (Mc 15:34), revela que o Pai não confortá-lo imediatamente quando a escuridão levantada. Esta é a única vez no Novo Testamento que Jesus se refere a Deus como qualquer coisa mas a frase dobrou "Meu Deus, meu Deus" é uma expressão de afeto, misturada com decepção (conforme Lc 10:41 "Pai."; 13:34 ; 22:31). Deus estava lá, na fúria de julgamento; por que ele estava ausente em conforto?

Enquanto o inferno envolve toda a fúria da presença pessoal de Deus para punir, Ele nunca vai estar lá para consolar, mostrar simpatia, ou trazer alívio. Se Jesus era para aguentar o sofrimento cheio de inferno, tinha que envolvem tanto a punição de Deus e da ausência de seu conforto.
O segundo evento nesses três horas finais ocorreu quando o véu do templo se rasgou em dois. Isso aconteceu imediatamente após o levantamento da escuridão. Assim como os sacerdotes retomou o abate dos cordeiros pascais, eles ficaram surpresos ao ouvir um barulho lacrimejamento alto vindo de dentro do Santo Lugar. Deus estava rasgando a cortina separando-a do Santo dos Santos, de cima para baixo (Mt 27:51). A expiação estava completa; acesso a Deus foi aberto, e a Nova Aliança foi ratificada, tornando tudo relacionado com a adoração no templo obsoleto (Hebreus 9:11-14; He 10:19.). Jesus tinha predito a destruição física do templo (Lucas 21:5-6); Rasgar do véu de Deus simbolizada sua destruição espiritual.

O terceiro evento foi um poderoso terremoto (Mt 27:51). Como a escuridão, os terremotos são freqüentemente associados com a presença de Deus no Antigo Testamento (conforme Ex 19:18; Sl 18:7). Sua ressurreição demonstra que a vida após a morte é o resultado da morte de Cristo (conforme 1Co 15:26;.. 2Tm 1:102Tm 1:10; He 2:14).

O recurso final foi palavras de Cristo na cruz. "Depois disso, Jesus, sabendo que todas as coisas já havia sido realizado, para cumprir a Escritura, disse:" Tenho sede "(Jo 19:28). Ele não iria beber nada durante todo o tempo seu calvário na cruz, para que Ele iria experimentar a ira de Deus, mas agora no rescaldo calma, depois de Sua obra de sinbearing acabou, ele disse simplesmente "Tenho sede". Sua alto clamor-alto demais para que um deles morreu de morte natural de crucificação, indicando Jesus voluntariamente entregou Sua vida (conforme João 10:17-18) — "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito",significa que a comunhão com o Pai tinha sido restaurado. Desde o trabalho de resgate estava consumado (Jo 19:30), tendo dito isto, Jesus expirou.

AS RESPOSTAS

Agora, quando o centurião viu o que tinha acontecido, ele começou a louvar a Deus, dizendo: "Certamente este homem era justo." E todas as multidões que se reuniram para este espetáculo, quando observaram que havia acontecido, começou a voltar, batendo no peito. E todos os seus conhecidos e as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia estavam de pé à distância, vendo essas coisas. (23: 47-49)

Tomados em conjunto, os três respostas à imagem de Cristo a morte a resposta completa que é exigido de todos os crentes.
centurião (e os soldados;. Mt 27:54) representam o convenceu. O que eles tinham observado durante o julgamento e crucificação de Cristo os tinha deixado totalmente espantado. Nenhum prisioneiro eles tinham crucificado havia se conduzido de uma forma tão resoluta, digna.

Eles ouviram Jesus pray para o perdão dos seus assassinos. Eles viram a maneira nobre Ele sofreu. Eles o ouviram gritar para seu pai. Eles ouviram prometem o paraíso para um ladrão arrependido que tinha sido xingando ele. Em seguida, eles experimentaram as três horas de escuridão de breu e um terremoto que dividiu rochas. Eles ouviram Jesus pouco antes de morrer chorar em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (23:46). Este não era um comportamento que já tinham visto a partir de uma vítima de crucificação. As pessoas que morreram desta forma torturante sofria de privação de oxigênio para o cérebro e eram incoerentes longo antes que eles realmente sucumbiu. Eles mal podia respirar, muito menos mensagem no topo da sua voz. Mas este homem levou a morte por sua própria vontade e tornou Seu servo.
Eles não podiam ignorar a realidade. Quando o centurião viu o que tinha acontecido, ele começou a louvar a Deus, dizendo: "Certamente este homem era justo." Este foi mais do que apenas o sétimo afirmação da inocência de Jesus; era uma afirmação de Sua justiça divina, como o Filho de Deus. Estes soldados romanos se tornaram os primeiros convertidos a Cristo em sua crucificação, momentos depois ele morreu.

Os inconstantes multidões que se reuniram para este espetáculo representam o condenado. Eles tinham de executar a gama de emoções que fatídico semana, variando de alegria delirante na segunda-feira, durante a entrada triunfal com a perspectiva de que Jesus era o Messias que tão ansiosamente desejava, para o extremo oposto de raiva, ódio e animosidade no seu julgamento antes Pilatos. Lá, eles pediram a insurrectionist assassinar Barrabás para ser lançado em vez de Jesus, gritou em voz alta por Jesus para ser crucificado, e até mesmo voluntariamente assumiu a responsabilidade por sua morte, gritando: "o seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mt . 27:25).

Após os acontecimentos dramáticos da crucificação, especialmente da escuridão e do terremoto, as multidões teve uma última manifestação de emoção. Quando eles observaram o que tinha acontecido, eles começaram a retornar a Jerusalém, batendo no peito em sinal de tristeza, culpa e medo (conforme 18:13). O evento não era tão mais engraçado como eles ficaram apavorados com os sinais da ira e julgamento de Deus que tinham experimentado.

O medo da pessoa e do julgamento por causa da culpa e rejeição de Jesus Cristo de Deus é uma resposta necessária. A reação da multidão, sem dúvida, preparou os corações de muitos que mais tarde foram convertidos no dia de Pentecostes e nos acontecimentos dos primeiros capítulos de Atos.
Uma resposta final foi exibido por aqueles confundidos por morte— de Jesus todos os seus conhecidos, incluindo João (Jo 19:26e as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia. Incapaz de suportar o que estava acontecendo com aquele a quem eles amavam tão profundamente, eles havia se mudado de uma posição perto da cruz (João 19:25-27) e agora estavam de pé à distância, vendo essas coisas. Eles ficaram chocados, tomado pela dor, incapaz de compreender o que havia acontecido com Jesus. Esta não era a maneira Sua história deveria terminar. Eles foram devastados, até domingo de manhã, quando a ressurreição do Senhor Jesus Cristo iria mudar para sempre as suas vidas.

133. O enterro Sobrenatural de Jesus Cristo (Lucas 23:50-56)

E um homem chamado José, que era membro do Conselho, um homem bom e justo (ele não tinha consentido no plano e ação), um homem de Arimatéia, cidade dos judeus, que estava esperando para o reino de Deus ; esta foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. E, tomando-o para baixo e envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro cortado na rocha, onde ninguém nunca tinha ficado. Era o dia da preparação, e no sábado estava prestes a começar. Agora, as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia seguiram, e viram o túmulo e como o corpo foi ali depositado. Em seguida, eles voltaram e prepararam especiarias e perfumes. E no sábado repousaram, conforme o mandamento. (23: 50-56)

A morte de Jesus Cristo foi acompanhada de sinais sobrenaturais: a escuridão durante seus últimos três horas na cruz, o rasgar do véu que separa o Santo dos Santos do Lugar Santo, o terremoto rock-splitting, e da ressurreição dos santos mortos . Sua ressurreição ocorreu três dias depois. Enquanto o sepultamento de Jesus é muitas vezes esquecido, era como sobrenatural e divinamente forjado como qualquer outra coisa que aconteceu durante sua encarnação. Tão importante é o Seu sepultamento que todos os quatro evangelistas fornecem detalhes sobre. No momento em que Jesus entregou o espírito e morreu, Ele entrou vivos na presença de Deus no céu, de onde Ele controlava cada detalhe de sua própria sepultura.
Os recursos divinamente pré-planejados e profetizaram sobre o enterro de Cristo fornecem fortes evidências para algumas realidades essenciais. Eles demonstram que há um propósito divino para a história, a soberania de Deus em todas as coisas, a autenticidade das Escrituras, e da veracidade das afirmações de Cristo.

Deus age diretamente na história de duas maneiras. A primeira é por meio de milagres, onde ele realiza seus propósitos por interrompe ou suspende as leis e processos naturais. Milagres são eventos relativamente raros, especialmente aqueles realizados por seres humanos. Alguns dos milagres mais notáveis ​​do Antigo Testamento são a criação (Gn 1:2), a tradução de Enoque para o céu (Gn 5:24), o dilúvio (Gn 6:9), a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19:24-25), a sarça ardente (Ex. 3: 2-3.), as pragas do Egito (Ex 7:12), travessia do Mar Vermelho (Ex 14 de Israel:. 21-29) ea Jordânia River (. Josh 3: 14-17), o fornecimento de maná (13 2:16-15'>Ex. 16: 13-15), a jumenta de Balaão falar (Nm 22:28-30; 2 Pedro 2: 15-16.), a destruição de Jericó do paredes (. Js 6:20), a parada do sol e da lua (Josh. 10: 12-14), a lã de Gideão (Jz 6:37-40.), aumento do filho da viúva (1Rs 17:17 de Elias —24), tradução de Elias para o céu (2Rs 2:11), aumento do filho da mulher sunamita (II Reis 4:18-37 de Eliseu), a cura da lepra de Naamã (II Reis 5:9-14), o assassinato de 185 mil soldados assírios por um anjo (2Rs 19:35), a preservação de três amigos de Daniel vivo na fornalha ardente (Dan. 3: 19-27). e Daniel na cova dos leões (Daniel 6:16-23 ), e da utilização de um grande peixe de Deus para salvar Jonas (Jonas 1:15-17Jn 2:10; Matt. 0:40).

A manifestação mais significativa de milagres divinos ocorreu durante o ministério terreno do Senhor Jesus Cristo. O Novo Testamento registra mais de três dezenas de milagres que Ele realizou para verificar sua afirmação de ser Deus encarnado (Jo 10:25; para obter uma lista dos milagres de Cristo, veja a tabela em A Bíblia de Estudo MacArthur nas notas às Marcos capítulo 1). Estes são apenas exemplos de incontáveis ​​milagres não registrados pelos evangelistas (Jo 21:25).

Nascimento da Igreja contou com o milagre de Pentecostes, quando os visitantes de Jerusalém ouviram os apóstolos milagrosamente pregar o evangelho em seus próprios idiomas (Atos 2:3-4). O ministério de Pedro incluiu a cura de um coxo na porta do templo (Atos 3:1-8), daqueles tocados por sua sombra (Atos 5:14-16), de Enéias, na cidade de Lida (Atos 9:32-34), e da captação de Tabitha (Dorcas) dentre os mortos (Atos 9:40-41).

Paulo também realizou uma série de milagres, incluindo cegueira Elimas, o mágico (13 8:44-13:11'>Atos 13:8-11), curando um paralítico em Listra (Atos 14:8-10), lançando um demônio de uma escrava em Filipos (Atos 16:16-18), a cura e expulsando os demônios dos que estão em Éfeso, que tocou seus lenços e aventais (Atos 19:11-12), elevando Eutychus dos mortos em Trôade (Atos 20:9-10), e sobreviver a mordida de uma cobra venenosa (At 28:3) em Malta. Além disso, o livro de Atos refere-se a milagres realizados por Estevão (6:
8) e Filipe (8: 6-7, 13).

A segunda maneira que Deus opera na história é por meio da providência, pelo qual Ele trabalha constantemente no mundo, sem interromper a lei natural ou suspender os processos naturais. Providence envolve Deus realizar seus propósitos, tomando toda a infinidade de atitudes, escolhas e atos de seres espirituais livre humanos e tecendo-as perfeitamente em sua própria determinação. Essa é uma muito maior exibição de sabedoria divina e poder do que a interrupção momentânea da lei natural por um milagre.

A providência de Deus é evidente em toda a Escritura. Hannah falou disso na sua oração registrada em I Samuel 2:6-9:

O Senhor mata e preserva a vida; Ele traz ao Seol e levanta-se. O Senhor faz com que pobres e ricos; Ele abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó, ele levanta o necessitado da pilha de cinzas para fazer assentar entre os príncipes, e herdar o trono de glória; para os pilares da terra são do Senhor, e Ele colocou o mundo sobre eles. Ele mantém os pés dos seus santos, mas os perversos emudecem nas trevas; para não por força, o homem prevalecer.

Elifaz lembrou Job que Deus "frustra a plotagem do astuto, para que suas mãos não possam alcançar o sucesso" (5:12). No Sl 33:10 o salmista escreveu: "O Senhor anula o conselho das nações; Ele frustra os planos dos povos ", enquanto o Sl 76:10 notas que Deus faz com que até mesmo a ira do homem para trabalhar para o seu louvor. O livro de Provérbios tem muito a dizer sobre o controle providencial de Deus sobre as coisas deste mundo: "A mente do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos" (16: 9); "A sorte se lança no regaço, mas a sua cada decisão é do Senhor" (16:33; conforme At 1:26);"Muitos planos estão no coração de um homem, mas o conselho do Senhor permanecerá" (19:21); "Passos do homem são ordenados pelo Senhor, como poderá o homem entender o seu caminho?" (20:24); "O coração do rei é como canais de água na mão do Senhor; Ele transforma-lo onde quer que Ele quer "(21: 1). Isaías escreveu: "ser quebrado, ó povos, e ser quebrado; e dá ouvidos, todos os lugares remotos da terra. Cinge-se, no entanto, ser quebrado; cingi-vos, ainda ser quebrado. Elaborar um plano, mas ele vai ser frustrada; indicar uma proposta, mas não vai ficar assim, porque Deus está conosco "(Is. 8: 9-10).

A providência de Deus é visto em Sua preservação e exaltação de José (Gênesis 39:2-3, Gn 39:23; 45: 7-8; Gn 50:20); Sua endurecimento dos corações de Faraó (Ex 14:4), e os cananeus reis (Js 11:18-20.); Sua causando de filho rebelde de Davi, Absalão para rejeitar o conselho de Aitofel em favor da de Husai (2Sm 17:14.); Sua agitação no coração do rei da Assíria, para trazer o exílio do reino do norte de Israel (1Cr 5:26.); Sua influenciando a decisão de Roboão, o que levou à divisão de Israel (1Rs 12:15); Sua movimentação de Cyrus para permitir que os exilados judeus para voltar a Jerusalém (Ed 1:1.); Seu movimento César Augusto para fazer um censo, garantindo que Jesus teria nascido em Belém (Lucas 2:1-4); Sua usando a prisão de Paulo para o progresso do evangelho (Fp 1:12.); e que foge do seu uso de Onésimo de seu mestre para provocar a sua salvação (Fm. 15-16). Mesmo a morte do Senhor Jesus Cristo, o ato mais hediondo de maldade na história, levada a cabo o plano de Deus (At 2:23; conforme 3: 17-18; 4: 27-28).

Em nenhum lugar nas Escrituras é a providência de Deus visto mais claramente do que no enterro de Jesus, em que a Trindade era ativo nos bastidores que controlam as ações dos três grupos de pessoas: os soldados neutros, os santos amorosos, e os odiosos inimigos.

OS SOLDADOS NEUTRAL

A providência de Deus no enterro de Cristo é visto pela primeira vez em as ações dos soldados, que João registra no capítulo 19 do seu Evangelho. O versículo 30 revela que Jesus "entregou o espírito" —Depois apenas seis horas na cruz, mais cedo do que uma pessoa crucificada normalmente morrer. Os dois ladrões ainda estavam vivos. Portanto, "os judeus [os líderes religiosos de Israel], porque era o dia da preparação, de modo que os corpos não ficassem na cruz no sábado (para que o sábado era um dia de alta), pediram a Pilatos que suas pernas pode ser quebrada, e que eles podem ser levados. "De acordo com Deuteronômio 21:22-23, eles queriam que os corpos dos três homens tomadas para baixo e eliminados antes do início do sábado (a" high dia "porque era o sábado da semana da Páscoa) no pôr do sol, para que não contaminam a celebração. (Ironicamente, esses homens podem ter se contaminado, se eles entraram residência ou sede de Pilatos, para falar com ele; conforme Jo 18:28). Aqui era hipocrisia no seu extremo mais perniciosa. Eles foram escrupulosamente o cuidado de evitar qualquer contaminação cerimonial, ao pensar nada de assassinar o Filho de Deus.

Pilatos, que até agora foi completamente intimidada pelos líderes religiosos, lhes deu permissão, "de modo que os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que foi crucificado com [Jesus]" (v. 32). Este procedimento, conhecido como crurifragium , apressou-se a morte da vítima, esmagando suas pernas com um martelo de ferro. Não é mais capaz de usar as pernas para ajudar a elevar-se para respirar, ele iria morrer de asfixia, assim que a força nos braços cederam.

Significativamente, "quando [os soldados] viu que [Jesus] já estava morto, não lhe quebraram as pernas" (v. 33). Eles eram especialistas em determinar a morte, já que era parte de seu trabalho como executores. Como observado no capítulo anterior deste volume, um dos soldados empurrou uma lança em seu lado (v. 34), resultando em um fluxo de sangue e água (pleural seroso e líquido pericárdico), que verificou que ele estava morto. Seu testemunho, e que do centurião (Marcos 15:44-45), fornecer provas irrefutáveis ​​de que Jesus era de fato morto. Eles também corroboram testemunho ocular do apóstolo João (v. 35). (Para uma refutação de falsas teorias da ressurreição, ver John Macarthur, João 12:21 , A Commentary MacArthur Novo Testamento. [Chicago: Moody, de 2008], 373-77)

'Decisão de não quebrar de Jesus Os soldados pernas e o piercing do seu lado não eram apenas uma parte da rotina da crucificação; eles eram cumprimentos da profecia do Antigo Testamento (vv 36-37;.. Sl 34:20; Ex 12:46;. Zc 12:10).

As ações dos romanos estavam sob o controle divino. Eles autenticado as promessas das Escrituras e validadas as reivindicações de Jesus Cristo é o cumprimento dessas promessas. Eles também confirmaram sua morte, que por sua vez, afirmou a realidade da Sua ressurreição, já que ele não poderia ressuscitar dentre os mortos, a menos que ele tinha morrido. Os líderes judeus, Pilatos, e os soldados fizeram o que escolhi fazer, mas no final, a vontade de Deus estava sendo feito.

OS SANTOS LOVING

E um homem chamado José, que era membro do Conselho, um homem bom e justo (ele não tinha consentido no plano e ação), um homem de Arimatéia, cidade dos judeus, que estava esperando para o reino de Deus ; esta foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. E, tomando-o para baixo e envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro cortado na rocha, onde ninguém nunca tinha ficado. Era o dia da preparação, e no sábado estava prestes a começar. Agora, as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia seguiram, e viram o túmulo e como o corpo foi ali depositado. Em seguida, eles voltaram e prepararam especiarias e perfumes. E no sábado repousaram, conforme o mandamento. (23: 50-56)

Com Jesus mortos confirmados, o próximo passo no plano divino foi para a remoção de seu corpo da cruz e seu enterro. Para essa tarefa, o Senhor escolheu um homem chamado José, que era um membro do Conselho, um homem bom e justo (ele não tinha consentido no plano e ação), um homem de Arimatéia, cidade dos judeus, que estava esperando para o reino de Deus; esta foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. José certamente arriscou muito, fazendo o que ele fez, já que ele era um membro do Conselho (o Sinédrio) —o mesmo grupo que odiava Jesus, condenou-o em um julgamento simulado, intimidado Pilatos em condená-lo à morte, e escarnecido e escarneceu enquanto Ele estava na cruz. Embora ele aparece na Escritura só neste incidente, José é suficientemente importante para ser mencionado em todos os quatro Evangelhos.

A breve história de José é a história da salvação. É um inesperado, algo chocante testemunho de fé em Cristo conjunto contra a rejeição da nação e da hostilidade do resto do Sinédrio. Ele foi o dissidente solitário, e não tinha consentido no plano e ação para condenar e executar Jesus. José era um homem de Arimatéia, cuja localização é desconhecida. Alguns identificam com Ramataim-Zofim, a casa de Samuel (1Sm 1:1) confirma a autenticidade da sua salvação (a palavra traduzida justo é usado de Cristo em Lc 23:47; Ele era justo por natureza, José era justo pela graça). Ele se junta a lista de pessoas justas que Lucas menciona, incluindo Zacarias e Isabel, os pais de João Batista (1: 5), Simeon (02:25), e Anna (2: 36-37). De acordo com Jo 19:38 José era um discípulo de Jesus Cristo, embora um segredo, que estava com medo de fazer a sua fé em Cristo conhecido. Mas enquanto muitos discípulos secretos eram falsos discípulos, e não os verdadeiros crentes (João 12:42-43), ele era um verdadeiro discípulo, como suas ações demonstram.

De sua perspectiva José, tendo passado a Pilatos e pediu o corpo de Jesus, estava finalmente pronto para afirmar publicamente a sua fé. Talvez ele temia que, se ele não declarou sua fé em Cristo nesta hora de crise, ele não pode ser aceito no reino. A coisa mais nobre que ele poderia pensar em fazer para expressar que a fé era para poupar Jesus da indignidade final de ter seu corpo jogado na cova com as outras vítimas crucificado.

Seu ato necessário coragem, porque outros membros do Sinédrio tinha, como mencionado acima, foi até Pilatos pedir que as pernas das vítimas crucificados ser quebrado. José deve ter chegado logo depois, uma vez que o governador ainda não tinha ouvido falar se Jesus estava morto, e tive que pedir ao centurião para verificar isso. Pode ser que José passou os outros em seu caminho para fora como ele estava indo para ver Pilatos. Isso, naturalmente, levantar a questão de o que ele queria ver o governador sobre. Talvez José estava confiante Pilatos iria liberar o corpo do Senhor para ele para aliviar sua própria consciência culpada por ter executado um homem cuja inocência ele havia declarado repetidamente.

Mas a verdadeira razão José pediu a Pilatos o corpo de Jesus foi que ele foi transferido para fazê-lo por Deus para cumprir a profecia. Isaías profetizou de Jesus que, embora "Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios, mas Ele estava com um homem rico na sua morte" (53: 9). José era rico (Mt 27:57), e teve um túmulo disponíveis em que para enterrar Jesus (Mt 27:60). Seu ato também cumpriu própria previsão de Cristo que "assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim será também o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra" (Mt 12:40), que . tirando-o e envolveu-o num pano de linho Neste momento outro seguidor de Jesus chegou ao local para ajudar José preparar o corpo para o enterro. Este não foi um dos discípulos, mas Nicodemos (Jo 19:39), o proeminente professor judeu que tinha tido uma entrevista noturna com Jesus no início do seu ministério (João 3:1-21). Nicodemos trouxe uma grande quantidade de especiarias os judeus habitualmente usados ​​para preparar um corpo para o enterro, uma vez que, ao contrário dos egípcios, eles não embalsamar. Juntos, os dois homens "tiraram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos de linho com as especiarias, como é o costume de sepultamento dos judeus" (Jo 19:40), e puseram na nova José sepulcro talhado na rocha, onde ninguém nunca tinha ficado. Era o fim da tarde de sexta-feira, o dia da preparação, e no sábado estava prestes a começar ao pôr do sol. Então Ele foi enterrado na sexta-feira e foi criado no domingo.

Mas José e Nicodemos não foram os únicos santos amorosos lá. As mulheres que tinham vindo com Jesus da Galiléia e tinha sido observadores na cruz (Mat. 27: 55-56seguido José, e viram o túmulo e como o corpo foi . colocou Que as mulheres viram José e corpo Nicodemus lugar de Jesus no túmulo desmente a uma segunda razão cética para negar a ressurreição: que eles foram ao túmulo errado na manhã de domingo (embora, mesmo que tivesse, José, Nicodemus, o destacamento guarda romana, e os líderes judeus sabia o que era o caminho certo). Depois de ter visto onde Jesus foi sepultado, eles voltaram para suas casas e prepararam especiarias e perfumes para terminar de preparar o corpo do Senhor para o enterro. E no sábado repousaram, conforme o mandamento (Ex 20:10), com a intenção de voltar para o túmulo no domingo de manhã após o sábado tinha acabado.

OS ODIOSOS 1NIMIGOS

Preocupado que os discípulos seria um falso ressurreição por roubar o corpo do Senhor,

no dia seguinte, o dia depois da preparação, os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram-se com Pilatos e disse: "Senhor, lembramo-nos que, quando ele ainda estava vivo aquele enganador disse:" Depois de três dias estou a subir novamente. ' Portanto, dar ordens para o túmulo para ser guardado com segurança até ao terceiro dia, caso contrário, os discípulos podem vir e furtem e digam ao povo: 'Ele ressuscitou dentre os mortos', e o último embuste será pior do que o primeiro . " (Mat. 27: 62-64)

Os discípulos, é claro, não tinha tais planos. Eles dificilmente teria roubado o corpo de Jesus, fingiu que Ele ressuscitou dos mortos, e, em seguida, deram suas vidas como mártires de que mentira. Além disso, eles não esperavam que Ele ressuscitaria dos mortos, e estavam escondidos porque eles estavam com medo de que os judeus viria para eles na próxima (Jo 20:19).

Pilatos concedeu o seu pedido, e disse-lhes "," Você tem um guarda; ir, torná-lo tão seguro quanto você sabe. " E eles foram e fizeram o túmulo seguro, e, juntamente com o guarda que pôs selo sobre a pedra "(Mat. 27: 65-66). Por esse ato, eles falsificaram mais um cético negação da ressurreição, que eles mesmos quiseram estender, que os discípulos roubaram o corpo de Jesus e falsificou a ressurreição. Os discípulos covardes, que fugiram em pânico quando Jesus foi preso (Mc 14:50) e ficaram aterrorizados que os judeus prendê-los, não teria sido capaz de arrebatar o corpo do Senhor, longe de um destacamento de soldados romanos. A alegação dos líderes judeus que eles fizeram (Mat. 28: 11-15) é ridículo, e, na verdade, verifica-se que a ressurreição ocorreu, como William Lane Craig observa:

O ponto é que os judeus não respondeu à pregação da ressurreição, apontando para o túmulo de Jesus ou exporem o cadáver, mas se enredaram em uma série sem esperança de absurdos, tentando explicar seu túmulo vazio. O fato de que os inimigos do cristianismo se sentiu obrigado a explicar o túmulo vazio pela hipótese de roubo não só mostra que o túmulo era conhecido (confirmação da história do sepultamento), mas que estava vazia ... O fato de que a polêmica judaica nunca negou que o túmulo de Jesus estava vazio, mas apenas tentou explicá-la é uma evidência convincente de que o túmulo estava vazio, na verdade. ("A historicidade do sepulcro vazio de Jesus," http://www.leaderu.com/offices/billcraig/docs/tomb2.html; acessada 21 de janeiro de 2014.)

Deus providencialmente funciona em todas as situações para cumprir o Seu propósito, e o enterro de Seu Filho não foi excepção. Como os relatos evangélicos da Sua vida, morte e ressurreição, a conta do enterro de Cristo foi "escrito para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "(Jo 20:31).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 56

Lucas 23

O juízo perante Pilatos e o silêncio perante Herodes — Luc. 23:1-12 Os 13 42:23-25'>judeus chantageiam Pilatos — 13 42:23-25'>Luc.13 42:23-25'> 13 42:23-25'>23:13-25

O caminho do Calvário — Luc. 23:26-31 Ali O crucificaram — Luc. 23:32-38

A promessa do paraíso — Luc. 23:39-43 O longo dia termina — Luc. 23:44-49

O homem que deu una tumba a Jesus — Luc. 23:50-56

O JUÍZO PERANTE PILATOS E O SILÊNCIO PERANTE HERODES

Lucas 23:1-11

Os judeus na época de Jesus não tinham poder para executar uma sentença de morte. Tinha que ser ditada pelo governador romano e executada pelas autoridades romanas.

Por esta razão os judeus levaram Jesus perante Pilatos. Nada mostra melhor sua insensível malignidade que o delito de que o acusaram. No Sinédrio a acusação tinha sido de blasfêmia, pois se tinha atrevido a

chamar-se Filho de Deus. Perante Pilatos não se mencionou a acusação em nenhum momento. Sabiam muito bem que diante dele não teria peso e que nunca teria realizado um processo sobre a base de uma acusação que para ele teria sido uma questão de religião e superstição judaica. A

acusação que elevaram nessa ocasião foi totalmente política, e tem as marcas da mentalidade e sagacidade dos saduceus.

Foram realmente os saduceus, aristocratas e colaboracionistas os

que planejaram a crucificação de Jesus, por temor a que resultasse um elemento perturbador que produzira uma situação na qual perdessem

suas riquezas, sua comodidade e seu poder. Sua acusação perante Pilatos em realidade foi triplo. Acusaram a Jesus de: (a) agitação sediciosa; (b) incitação a que não se pagasse o tributo a César; (c) assumir o título de rei. Cada uma das acusações era uma mentira, e eles sabiam. Recorreram às mentiras mais maliciosas e melhor calculadas em seu quase insano desejo de eliminar a Jesus.

Não era por nada que Pilatos era um oficial romano de grande experiência; leu suas intenções; e não quis gratificar seus desejos mas

tampouco quis ofendê-los. Tinham-lhe dado a informação de que Jesus era da Galiléia; faziam isto para acrescentar combustível a suas acusações, devido a que Galiléia era notoriamente "o berço dos

sediciosos". Mas para Pilatos representou uma saída. Galiléia estava sob a jurisdição de Herodes Antipas, quem, nesse momento, estava em Jerusalém para passar a Páscoa. De modo que enviou o caso a Herodes.

Este rei era justamente uma das poucas pessoas às quais Jesus não tinha absolutamente nada para lhe dizer. Por que Jesus cria que não havia nada para lhe dizer?

  1. Herodes considerava o Jesus como algo que fala que ver. Para ele, Jesus era simplesmente um espetáculo. Mas Jesus não era alguém para ser olhado, e sim um rei a quem era preciso submeter-se. Epicteto, o

famoso professor estóico grego se queixava de que pessoas de todo o mundo acudiam a suas conferências, para olhá-lo, como se fosse alguma estátua famosa, mas não para aceitar e obedecer os seus ensinos. Jesus não é uma figura que para se olhar, e sim um Mestre que deve ser

obedecido.

  1. Herodes – muito insensatamente – tomou Jesus em brincadeira; riu dele; vestiu-o com um manto de rei para disfarçá-lo de rei. Para dizer

de outra maneira, Herodes não quis tomar Jesus a sério. Podia mostrá-lo a sua corte como uma divertida curiosidade, mas ali terminava seu interesse. É um fato simples que a grande maioria dos homens ainda não

quer tomar Jesus a sério. Se o fizessem, prestariam mais atenção a suas palavras e exigências.

  1. Há outra tradução possível do versículo 11 : "Herodes, com seus soldados, o menosprezou." Poderia traduzir-se: "Herodes, com seus soldados atrás dele, pensou que Jesus não tinha importância." Seguro em sua posição de rei, forte com o poder de seus guardas, cria que esse carpinteiro galileu não tinha nenhuma importância.

Ainda existem aqueles que, consciente ou inconscientemente, chegaram à conclusão de que Jesus não tem importância, que é um fator que bem pode ser omitido de suas vidas. Não lhe dão um lugar em seus

corações e nenhuma influência em suas vidas e pensam que podem dirigir-se facilmente sem Ele.

Para o cristão, longe de carecer de importância, Jesus é a pessoa

mais importante de todo o universo.

OS JUDEUS CHANTAGEIAM PILATOS

13 42:23-25'>Lucas13 42:23-25'> 13 42:23-25'>23:13-25

Esta é uma passagem surpreendente. Tão claro como o cristal se vê que Pilatos não queria condenar a Jesus. Sabia muito bem que fazendo-o

trairia essa justiça imparcial que era a glória de Roma. Fez nada menos que quatro tentativas para não ditar sentença (Jo 19:6, Jo 19:7). Tentou levar todo o caso perante Herodes. Tentou persuadir os judeus de que

aceitassem a Jesus como o prisioneiro que ficava em liberdade na Páscoa (Mc 15:6). Tentou efetuar um compromisso, dizendo que o açoitaria e o deixaria em liberdade. Está bem claro que Pilatos foi

chantageado para sentenciar Jesus à morte. Como pôde uma turba judaica chantagear um experiente governador romano para sentenciar Jesus à morte? É literalmente certo que o chantagearam.

O fato básico é que, sob a justiça imparcial de Roma, qualquer província tinha o direito de informar a Roma se um governador não cumpria o seu dever e tal governador seria tratado com toda severidade. Pilatos tinha cometido dois grandes equívocos em seu governo da

Palestina. Na Judéia a sede do exército romano não estava em Jerusalém

e sim em Cesaréia. Mas sempre havia um certo número aquartelado de tropas na primeira cidade. As tropas romanas levavam estandartes que levavam no topo um pequeno busto do imperador reinante. Neste momento ele era oficialmente um deus. A lei judaica proibia toda imagem gravada, e por deferência aos princípios judeus, os governadores anteriores sempre tinham tirado as imagens imperiais antes de que suas tropas partirem por Jerusalém. Pilatos se tinha negado a fazê-lo. Entrou de noite com seus soldados levando os estandartes com a imagem imperial. Os judeus foram em multidões a Cesaréia para lhe pedir que tirasse as imagens. Ele se negou. Insistiram em seus pedidos durante dias. No sexto dia concordou reunir-se com eles em um espaço aberto rodeado por suas tropas. Então lhes informou que se não deixassem de incomodá-lo com seus contínuos pedidos lhes aplicaria imediatamente a pena de morte. "Eles se lançaram no chão, descobriram seus pescoços e disseram que aceitariam com prazer a morte antes que se transgredisse a sabedoria de suas leis." Nem mesmo Pilatos podia matar com tanto sangue-frio e teve que transigir.

Josefo nos relata toda a história nas Antiguidades dos judeus, livro 18, capítulo 3.

Depois

Pilatos

construiu

um

novo

aqueduto

para

a

cidade,

financiando o plano com dinheiro tirado do tesouro do templo, uma história que já comentamos em 13 1:42-13:4'>Lucas13 1:42-13:4'> 13 1:42-13:4'>13 1:4. Uma das coisas que o governo romano não podia tolerar em seu grande império era a desordem civil. Se os judeus tivessem informado oficialmente qualquer destes incidentes, não duvidamos de que Pilatos teria sido prontamente substituído.

João nos relata sobre o nefasto presságio que os funcionários judeus fizeram a Pilatos quando disseram: “Se soltas a este, não és amigo de

César!” (Jo 19:12). Os judeus obrigaram Pilatos sentenciar Jesus à morte com a ameaça de um relatório oficial a Roma que pendia sobre sua

cabeça.

Aqui nos encontramos com a terrível verdade de que o passado de um homem pode ressurgir, confrontá-lo e paralisá-lo. Se tiver sido culpado de certas ações e condutas, já não tem direito de dizer certas coisas. Se as disser, jogarão seu passado na cara. Devemos cuidar de não nos permitir nenhuma conduta que algum dia nos despoje do direito de tomar a posição que sabemos que teríamos que adotar, e que permita que as pessoas digam: "Você é quem que tem menos direito de falar assim."

Mas se surgisse tal situação, não há nada mais que uma coisa a fazer: ter coragem de enfrentar a situação com suas conseqüências. Isto é

precisamente o que Pilatos não tinha. Sacrificou a justiça a ter que perder seu posto; sentenciou Jesus à morte para poder continuar sendo

governador da Palestina. Se tivesse sido um homem verdadeiramente corajoso teria feito o correto, e enfrentado suas conseqüências, mas o seu passado o fez covarde.

O CAMINHO DO CALVÁRIO

Lucas 23:20-31

Quando se condenava um criminoso para ser crucificado, ele era levado ao átrio do julgamento e posto em meio de um quadrado formado por quatro soldados romanos. O criminoso era obrigado a carregar ao

ombro sua cruz e conduzi-la ao lugar da crucificação pelo caminho mais longo que houvesse. Era levado a percorrer todas as ruas, caminhos, atalhos e passadiços, enquanto diante dele partia outro soldado levando

um pôster com seu crime inscrito nele, de maneira que fosse uma advertência tremenda para todo aquele que queria cometer um delito igual. Isso foi o que fizeram com o Jesus. Começou levando sua própria

cruz (Jo 19:17); mas sob seu peso suas forças cederam e não a pôde levar mais.

Palestina era um país ocupado e qualquer cidadão podia ser chamado em qualquer momento para servir ao governo romano. O sinal

de tal ordem era um golpe no ombro com a folha lisa de uma lança

romana. Quando Jesus caiu sob o peso da cruz, o centurião romano a cargo procurou a seu redor alguém que a levasse. Simão tinha chegado à cidade da longínqua região de Cirene, que é a atual Trípoli. Sem dúvida era um judeu que tinha economizado por toda sua vida para ir festejar a Páscoa em Jerusalém. A lança romana o tocou no ombro e, contra seus desejos, e se encontrou levando a cruz de um criminoso.

Tentemos imaginar os sentimentos de Simão. Tinha ido a Jerusalém para ver realizada uma ambição acariciada durante toda sua vida, e se

encontrava caminhando para o calvário levando uma cruz. Seu coração estava cheio de rancor para com os romanos e para com esse criminoso que o tinha envolto em seu delito. Mas se podemos ler nas entrelinhas, a

história não finaliza aqui.

J. A. Robertson viu nela um dos romances escondidos do Novo Testamento. Marcos descreve Simão como o pai de Alexandre e de Rufo

(Mc 15:21). Não se identifica a um homem pelo nome de seus filhos e sim que eles sejam bem conhecidos na comunidade dentro da qual se escreve. Há um acordo geral de que Marcos escreveu seu evangelho para

a igreja de Roma. Consideremos agora a carta do Paulo aos romanos. Entre as saudações do final escreve: “Saudai Rufo, eleito no Senhor, e igualmente a sua mãe, que também tem sido mãe para mim” (Romanos

Rm 16:13). De modo que na igreja romana há um tal Rufo, um cristão tão seleto que pode ser chamado um dos escolhidos de Deus, com uma mãe que Paulo ama tanto que pode chamá-la sua mãe na fé. Bem pode ser que este Rufo seja o mesmo filho do Simão de Cirene, e que sua mãe fosse a

esposa de Simão. Bem pode ter sucedido que à medida que olhava a Jesus o rancor de Simão se convertesse em um maravilhoso assombro e finalmente em fé; que chegasse a ser cristão; e que sua família fosse do

melhor da igreja de Roma. Bem pôde ter sucedido que Simão de Trípoli pensasse que ia fazer realidade a ambição de sua vida, e que por fim ia celebrar a Páscoa em Jerusalém; que se encontrou penosamente contra

sua vontade conduzindo a cruz de um criminoso; e, ao olhar, seu rancor

se converteu em assombro e em fé; que naquilo que parecia ser sua vergonha tivesse achado a seu Salvador.

Atrás do Jesus vinha um grupo de mulheres que choravam por ele. Ele se voltou e pediu que não chorassem por Ele, mas sim por elas.

Aproximavam-se dias de terror. Na Judéia não havia tragédia maior que um casamento sem filhos; em realidade a esterilidade era uma das razões válidas para o divórcio. Mas chegaria o dia em que uma mulher que não tivesse filhos se alegraria de ser assim. Mais uma vez Jesus estava

predizendo a destruição daquela cidade que tantas vezes antes, e agora tão definitivamente tinha rechaçado o convite de Deus. O versículo 31 é um provérbio que poderia ter vários significados. Aqui quer dizer: Se

fizeram isso com um que é inocente, o que um dia farão àqueles que são culpados e que o merecem?

ALI O CRUCIFICARAM

Lucas 23:32-38

Quando um criminoso chegava ao lugar da crucificação sua cruz era

apoiada sobre o chão. Em geral era uma cruz em forma de "T", sem a parte de acima contra a qual a cabeça podia descansar. Era bastante baixa, de maneira que os pés do delinqüente estavam a apenas um metro ou menos do chão. Havia em Jerusalém uma companhia de mulheres piedosas que tinham como prática ir às crucificações e dar às vítimas um sorvo de vinho com alguma droga que amortecia a terrível dor. Ofereceram a Jesus essa bebida, mas ele a rechaçou (Mt 27:34). Estava disposto a enfrentar o pior da morte com a mente limpa e os sentidos claros. Os braços da vítima eram estendidos sobre a barra horizontal e cravavam suas mãos. Os pés não se cravavam, mas sim eram atados frouxamente à cruz. Na metade da mesma havia um pedaço de madeira que sobressaía, chamado cadeira, que suportava o peso do criminoso, já que de outra maneira os pregos teriam esmigalhado suas mãos.

Depois a cruz era elevada e erigida em seu lugar. O que fazia terrível a crucificação era o seguinte: a dor desse terrível processo era tremendo, mas não era suficiente para matar a um homem, e se deixava que a vítima morresse de fome e de sede sob o forte sol do meio-dia e as geladas da noite. Sabia-se que muitos criminosos ficavam pendurados na cruz por mais de uma semana até morrer enlouquecidos.

As roupas do criminoso pertenciam aos quatro soldados entre os quais tinha marchado à cruz. Todo judeu vestia cinco objetos: a túnica

interior, o manto exterior, o cinto, as sandálias e o turbante. Os soldados repartiam quatro entre si. Ficava o grande manto exterior. Este estava tecido em uma peça sem costura (Jo 19:23, Jo 19:24). Se fosse cortado e

dividido perdia o valor, de modo que os soldados brincaram com ele à sombra da cruz. Para eles não significava nada senão um criminoso a mais que estava agonizando e morrendo lentamente.

A inscrição que ficava sobre a cruz era o mesmo pôster que se levava diante do homem quando partia através das ruas ao lugar da crucificação.

Jesus disse muitas coisas maravilhosas, mas raramente disse algo mais maravilhoso que: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” O perdão cristão é assombroso. Quando Estêvão estava sendo

lapidando também orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (At 7:60). Não há nada tão bonito nem tão raro como o perdão cristão. Quando o espírito de rancor ameace trazendo amargura a nossos corações, escutemos outra vez a nosso Senhor orando por todos aqueles

que o crucificaram, e escutemos a seu servo Paulo dizendo a seus amigos: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos

perdoou” (Ef 4:32).

A idéia de que este fato terrível foi realizado em ignorância corre através do Novo Testamento. Tempos depois Pedro disse às pessoas: “Eu

sei que o fizestes por ignorância” (At 3:17). Paulo disse que crucificaram a Jesus porque em realidade não o conheciam (At 13:27).

Marco Aurélio, o grande imperador romano e o santo estóico, costumava dizer-se a si mesmo cada manhã: "Hoje te encontrarás com todo tipo de pessoas desagradáveis; elas te machucarão; te injuriarão, e te insultarão; mas não podes viver assim; tu sabes mais porque és um homem no qual habita o espírito de Deus."

Outros podem ter em seu coração o espírito que não perdoa; outros podem pecar por ignorância, mas nós sabemos mais; somos homens e mulheres de Cristo e devemos perdoar como Ele o fez.

A PROMESSA DO PARAÍSO

Lucas 23:39-43

As autoridades crucificaram a Jesus entre dois conhecidos criminosos com propósitos estabelecidos e deliberados. Fizeram-no para humilhar a Jesus diante da multidão, e para que fosse contado entre os

ladrões. A lenda se ocupou muito do ladrão arrependido. Deram-lhe vários nomes: Dimas, Demas, e Dumaco. Uma lenda o faz aparecer como um Robin Hood judeu que roubava os ricos para dar aos pobres.

A lenda mais bonita conta como a família sagrada quando fugia com o pequeno menino Jesus, de Belém ao Egito, foi atacada por ladrões. Jesus foi salvo pela misericórdia de um jovem que era filho do

chefe do bando de ladrões. O pequeno Jesus era tão bonito que o jovem delinqüente não pôde pôr suas mãos sobre ele, mas sim o liberou dizendo: "Ó, o mais bendito de todos os meninos, se alguma vez chegar

o momento de ser misericordioso comigo, lembre de mim e não esqueça esta hora." Assim, diz a lenda, o ladrão que salvou a Jesus quando era um bebê, encontrou-se com Ele na cruz do Calvário e desta vez Jesus o

salvou.

A palavra paraíso é um termo persa que significa jardim murado. Quando um rei persa queria honrar de maneira especial a um de seus súditos o convidava a acompanhá-lo a passear pelo jardim. Jesus

prometeu ao ladrão arrependido algo mais que a imortalidade. Prometeu— lhe o honroso posto de acompanhante pelo jardim nos átrios do céu.

Sem dúvida esta história nos diz, acima de tudo, que nunca é muito tarde para voltar para Cristo. Há outras coisas das quais devemos dizer:

"Já passou o momento para isso. Agora estou muito velho." Mas nunca podemos dizer isso de voltar para Cristo. O convite se mantém enquanto palpite o coração do homem. Como escreveu o poeta sobre o homem que se matou ao cair de seu cavalo que galopava:

"Entre o estribo e o chão,
Pedi misericórdia, e achei misericórdia."

Para nós é literalmente certo que enquanto há vida há esperança.

O LONGO DIA TERMINA

Lucas 23:44-49

Cada oração desta passagem tem um rico significado.

  1. Quando Jesus morreu houve uma escuridão. Foi como se o próprio Sol não suportasse olhar o que as mãos do homem tinham feito. O mundo está sempre escuro quando os homens procuram eliminar e destruir a Cristo.
  2. O véu do templo se rasgou em dois. Este véu guardava o lugar santíssimo onde morava a própria presença de Deus, ao qual ninguém podia entrar salvo o sumo sacerdote, e só uma vez ao ano no Dia da

Expiação. Foi como se o caminho à presença secreta de Deus, até o momento fechado a todos os homens, fosse aberto a todos. Foi como se o coração de Deus, escondido até esse momento, despiu-se perante os

homens. A chegada de Jesus, sua vida e sua morte, rasgam o véu que tinha oculto a Deus do homem. Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14:9). Na cruz os homens viram o amor de Deus, como nunca

o tinham visto nem voltariam a vê-lo.

  1. Jesus clamou com uma grande voz. Três dos evangelhos nos falam a respeito deste grande grito (comp. Mt 27:50; Mc 15:37).

João, por outro lado, não menciona o grande clamor, mas diz que Jesus morreu dizendo: “Está consumado!” (Jo 19:30). Em grego e aramaico estas palavras são uma só. Portanto elas e o grande clamor são a mesma coisa. Jesus morreu com um grito de triunfo em seus lábios. Não disse: “Está consumado!” como quem foi abatido até cair de joelhos e finalmente golpeado, como alguém que admite sua derrota, disse-o como um vencedor que ganhou seu último encontro com o inimigo, como quem concluiu uma tarefa tremenda. Consumado! É o grito de Cristo, crucificado e entretanto vitorioso.

  1. Jesus morreu com uma oração em seus lábios. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” É o Sl 31:5 com uma palavra

adicionada – a palavra Pai. Esse versículo era a primeira oração que toda mãe judia ensinava a seu filho para que fosse a última coisa que dissesse de noite. Assim como nos foi ensinado, possivelmente, a dizer: "Esta

noite me deito a dormir", a mãe judia ensinava a seu filho a dizer, antes de que chegasse a escuridão ameaçadora: "Em tuas mãos encomendo o meu espírito." E Jesus a tornou ainda mais bela porque começou com a

palavra Pai. Até na cruz Jesus morreu como um menino que dorme nos braços de seu pai.

  1. O centurião e a multidão se comoveram profundamente ao

morrer Jesus. Sua morte tinha obtido o que sua vida não tinha podido obter; tinha quebrado os duros corações dos homens. Já estava sendo cumprida sua declaração: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo 12:32). O magnetismo da cruz tinha começado a obrar, já com seu último suspiro.

O HOMEM QUE DEU UMA TUMBA A JESUS

Lucas 23:50-56

Era acostume não enterrar os corpos dos criminosos, e sim deixar que os cães e os abutres dessem conta deles; mas José de Arimatéia

salvou o corpo do Jesus dessa indignidade. O dia já estava acabando.

Jesus foi crucificado numa sexta-feira; o sábado judeu corresponde também ao nosso. Mas o dia judeu começa às seis da tarde. Por essa razão as mulheres só tiveram tempo para ver onde ficava o corpo e ir a suas casas para preparar os perfumes e especiarias para o mesmo e não fazer nada mais, porque depois das seis da tarde todo trabalho era ilegal.

José de Arimatéia é para nós uma figura de grande interesse.

  1. A lenda nos conta que no ano 61 d.C. foi enviado por Felipe às ilhas britânicas. Foi ao Glastonbury, levando consigo o cálice que tinha

sido utilizado durante a Ultima Jantar, e dentro dele o sangue de Cristo. Esse cálice se conheceu como o Santo Graal, e o sonho dos cavalheiros

do rei Artur foi encontrá-lo e vê-lo. Diz a lenda que quando José chegou a Glastonbury apoiou seu bastão no chão para descansar, e que o bastão floresceu e se converteu em um arbusto que floresce para o dia de Natal.

O espinheiro de São José ainda floresce nessa localidade e, até o dia de hoje, enviam-se brotos do mesmo a todo mundo. A primeira igreja que se construiu na 1nglaterra foi a de Glastonbury, e essa igreja, que a lenda

associa com o nome de José, é ainda um centro de peregrinação.

  1. Há algo trágico a respeito do José de Arimatéia. É o homem que deu uma tumba a Jesus. Era membro do Sinédrio; é-nos dito que não

esteve de acordo com o veredicto e a sentença desse tribunal. Mas não se diz que tenha elevado sua voz em desacordo. Talvez guardou silêncio; ou se ausentou quando viu que não poderia fazer nada para impedir a ação com a qual não estava de acordo.

Que grande diferencia se tivesse falado! Como teria animado a Jesus se, no meio do frio horror dessa odiosa assembléia, uma voz tivesse falado em seu favor! Mas José esperou até que Jesus morresse, e

depois lhe deu uma tumba.

Uma das tragédias da vida é que levemos flores à tumba das pessoas a quem deveríamos ter ajudado quando estavam vivas.

Deixamos para seus obituários e para os elogios que se fazem nos serviços memoriais e nos minutos de silêncio das comissões, o louvor e o

agradecimento que teríamos que lhes ter outorgado quando estavam vivas. Uma palavra para o que vive vale mais que uma catarata de loas para o morto.


O Evangelho em Carne e Osso

Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 23 do versículo 1 até o 25

111 . O julgamento do Rei

Lc 23:1-25

 

A assembleia dos judeus - composta pelos anciãos do povo, os principais sacerdotes e os escribas - declarou Jesus como culpado pelo crime de blasfêmia por dizer ser o Cristo e, mais ainda, o Filho de Deus. A pena para esse crime era a morte, mas eles não podiam aplicar diretamente essa pena devido a sua submissão ao império romano. Então levaram o condenado a Pilatos, que poderia aplicar a pena capital sobre Jesus. O interessante é que o normal seria enviar um ou dois representantes apenas, mas era uma questão tão importante para eles que fez com que toda a assembleia fosse até lá para convencer Pilatos a crucificá-lo.

 

Pilatos

 

Aqueles líderes judeus sabiam que a mera acusação de blasfêmia não seria levada em conta por Pilatos. Por não ser da religião judaica, entenderia que isso era apenas uma questão interna deles. Então eles passaram a procurar fazer acusações que apresentassem Jesus como um perturbador da paz, inimigo de Israel e também do império. Para isso, fizeram acusações amplas, genéricas e até falsas, como a que dizia que ele proibia o pagamento de tributos a César (assunto, inclusive, que usaram para tentar pegar a Jesus e do qual ele saiu com grande superioridade; conforme Lc 20:19-26). A maior acusação, afinal, é que ele se dizia ser o Cristo, o que, para que Pilatos entendesse bem, seria o mesmo que “rei dos judeus”.

O império romano prezava pela paz entre seus povos dominados, uma paz imposta à força, pois sabia que instabilidades e guerras entre eles poderiam enfraquecer o império. Por isso, aqueles judeus criam que essas acusações deixariam Pilatos, o responsável por aquela região, preocupado com as suas acusações.

Pilatos, então, perguntou diretamente a Jesus sobre isso. A resposta foi semelhante ao que disse à assembleia dos judeus. Ele não dizia nem sim nem não diretamente, por que nenhum deles entendia o que significava ser o que ele era. Ele era o Rei do reino de Deus, mas esse reino era totalmente diferente daquilo que entendiam por reino. Deixava muito claro que ele não era um agitador político ou um guerrilheiro pronto a tomar o poder, mas também não negava a realidade daquilo que realmente era.

Pilatos não entendeu o que Jesus era, mas viu claramente que se tratava de um homem inocente e até inofensivo, e logo declarou isso. Mas a assembleia insistia de todas as maneiras para que ele fosse tomado como criminoso, procurando mostrar que ele estava pervertendo várias regiões de Israel desde a Galileia, e não apenas Jerusalém. Essa informação, ao invés de compelir Pilatos a aceitar sua acusação, fez com que ele achasse uma brecha para tirar esse problema de diante dele, pois via que era complicado. Já que Jesus havia começado tudo isso na região da Galileia – e era de lá – ele os mandou para Herodes, o governador daquela região que, por ocasião da Páscoa, também estava em Jerusalém naquele momento.

 

Herodes

 

Herodes ficou contente ao ver Jesus, conhecia sua fama há um bom tempo, desde que correu em seu palácio a ideia de que ele seria João Batista ressuscitado (conforme Lc 9:7-9).

Essa alegria ao ver Jesus era apenas por achar que teriam algum entretenimento com Jesus realizando algum sinal poderoso diante dele, o que seria como um truque de mágica para aquela corte. Entretanto, Jesus permanecia em silêncio, não procurava se defender nem tentar conseguir o favor de Herodes, na verdade, não lhe dirigia palavra alguma. A única menção que Jesus fez sobre Herodes, em outra ocasião, foi quando se referiu a ele como “aquela raposa”, quando os fariseus lhe disseram que ele o procurava matar (conforme 13 31:42'>Lc 13:31-33). Na ocasião Jesus mostrou que não temia a morte, sabia que havia um trabalho a cumprir e que morreria em Jerusalém, como os verdadeiros profetas. O rei Jesus não estava nem um pouco preocupado com o que o rei Herodes – o mesmo que matou João Batista – pensava sobre ele; por isso nem sequer falava com ele.

A atitude de Jesus deixou Herodes furioso, de modo que nem se importou com as acusações que os líderes judeus faziam. Sentiu-se ofendido a ponto de querer ofendê-lo também ao vesti-lo com uma fantasia de rei para tirar sarro daquilo que diziam sobre ele, e devolveu-o a Pilatos.

Lucas nos informa que Herodes e Pilatos até superaram a inimizade entre eles por causa desse ocorrido. O fato de Pilatos ter enviado o caso a ele mostrava respeito, e Herodes devolver a Pilatos também, como se fosse um reconhecimento de autoridade. Mas os antigos cristãos viam essa reaproximação como cumprimento do que está escrito em Salmos 2:2.

 

A voz do povo

 

O caso voltou a Pilatos e ele reafirmou que não havia nada de concreto para que Jesus fosse levado à morte, nem mesmo a brincadeira de mau gosto de Herodes ajudou nesse julgamento. A pena seria apenas um castigo para que Jesus aprendesse uma lição e não fizesse mais o que os judeus diziam que ele fazia.

Isso estava deixando os líderes judeus cada vez mais irados. Não aguentavam mais não serem levados a sério por um e outro governante. Tinham já seu próprio julgamento e queriam que Jesus fosse crucificado, com o que Pilatos não concordava.

Havia até o costume de soltar algum preso judeu por ocasião da festa da Páscoa, era como um ato de misericórdia do império e, para Pilatos, Jesus podia ser o contemplado. Mas não, os judeus preferiram que ele soltasse a Barrabás, um verdadeiro agitador político que havia até matado alguém numa rebelião em Jerusalém. Ou seja, eles preferiam soltar alguém que realmente era culpado por crimes que eles atribuíam a Jesus. Barrabás tinha a desculpa de sua motivação nacionalista para seus crimes, o que encontrava simpatia entre os judeus, mas as motivações de Jesus, ainda que não houvesse crime algum, era o que incomodava os mesmos “justiceiros”.

No fim das contas, a questão aqui não era a autoridade das lideranças do povo, não era ser rei ou não, dominante ou submisso; não era nem mesmo os atos criminosos em si. O que estava em questão aqui era a motivação, os conceitos e as expectativas que estavam por trás dessa ilusão toda de poder e autoridade. Era nesse ponto que a mensagem de Jesus realmente tocava, era isso que incomodava. Eles até se submeteriam a um rei que os subjugassem com armas – como realmente já havia acontecido à força na história - mas nunca seriam súditos de um rei como Jesus, com sua mensagem de arrependimento e fé. De certo modo, eles até entendiam que Jesus era rei, mas não seriam seus súditos de modo algum. Ele precisava morrer.

Então todo o povo que estava ali - a assembleia dos anciãos, os principais sacerdotes, escribas e todo o povo que acompanhava aquele julgamento conturbado - começou a clamar cada vez mais forte pela crucificação de Jesus. Faltou força moral a Pilatos para defender o inocente; a pressão era grande e ele preferia ficar em paz, sabia que aquilo estava saindo do controle. Então finalmente entregou Jesus à vontade deles.

O Rei foi condenado por aqueles que não aceitaram sua autoridade e pela indiferença dos que reconheceram sua inocência.



Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 23 versículo 7
Herodes: Ou seja, Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande. Herodes Antipas era o governante distrital (tetrarca) da Galileia e da Pereia. Lucas é o único escritor dos Evangelhos que menciona que Jesus foi enviado até Herodes Antipas. — Lc 3:1; veja o Glossário.


Dicionário

Dias

substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

Era

outro

Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

Erã

Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


Herodes

Herodes Nome comum de vários reis 1DUMEUS que governaram a Palestina de 37 a.C. até 70 d.C.


1) Herodes, o Grande (37 a 4 a.C.), construiu Cesaréia, reconstruiu o Templo e mandou matar as criancinhas em Belém (Mt 2:1-18). Quando morreu, o seu reino foi dividido entre os seus três filhos: Arquelau, Antipas e Filipe.


2) Arquelau governou a Judéia, Samaria e Iduméia de 4 a.C. a 6 d.C. (Mt 2:22).


3) Herodes Antipas governou a Galiléia e a Peréia de 4 a.C. a 39 d.C. Foi ele quem mandou matar João Batista (Mt 14:1-12). Jesus o chamou de “raposa” (Lc 13:32).


4) Filipe, TETRARCA que governou bem, de 4 a.C a 34 d.C., a região que ficava a nordeste do lago da Galiléia, isto é, Ituréia, Gaulanites, Batanéia, Traconites e Auranites (Lc 3:1).


5) Herodes Agripa I governou, de 41 a 44 d.C., toda a terra de Israel, como havia feito Herodes, o Grande, seu avô. Esse Agripa mandou matar Tiago (At 12:1-23).


6) Herodes Agripa II governou o mesmo território que Filipe havia governado (50-70 d.C.). Paulo compareceu perante esse Agripa (At 25:13—26.32).


Herodes 1. O Grande. Fundador da dinastia (c. 73-4 a.C.). Menosprezado pelos judeus por causa de sua origem não-judia (era idumeu) e por suas práticas pagãs (permitiu que lhe rendessem culto nos locais não-judeus de seu reino), reestruturou o Templo de Jerusalém. Mt 2:1ss. registra o nascimento de Jesus durante seu reinado (c. 6-4 a.C.) e menciona a intenção de Herodes de matar o Menino, confirmada com a matança dos inocentes.

Esse fato não é mencionado em outras fontes, mas combina com o que sabemos do caráter do monarca. Após sua morte, a família de Jesus retornou do exílio no Egito (Mt 2:19-22).

2. Arquelau. Filho de Herodes, o Grande. Etnarca da Judéia (de 4 a.C. a 6 d.C.). Após ser deposto, a Judéia passou a depender diretamente da administração romana até o ano 41 d.C.

3. Herodes Antipas. Filho de Herodes, o Grande. Tetrarca da Galiléia (4 a.C. a 39 d.C.). Ordenou a decapitação de João Batista (Mt 14:1-12 e par.) e interveio no processo de Jesus (Lc 23:6ss.).

4. Herodes Agripa I. Foi nomeado rei da Judéia pelo imperador Cláudio em 41 d.C. Hábil político, soube atrair o afeto da população judia (as fontes rabínicas referem-se a ele em termos elogiosos), embora simpatizante do paganismo de seus súditos não-judeus. Para granjear aceitação de uma parte da população, desencadeou uma perseguição contra os judeucristãos de seu território. Durante essa perseguição, Tiago foi martirizado (embora improvável, supõe-se que também seu irmão João) e Pedro encarcerado, salvando-se da execução ao fugir da prisão em que estava confinado (At 12:1ss.). Herodes Agripa I morreu repentinamente em 44 d.C. 5. Agripa II, filho de Agripa I (17-100 d.C.). Governador da Galiléia e da Peréia e diante dele Paulo compareceu durante um processo (At 25:13ss.).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Schürer, o. c.; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament; A. H. m. Jones, The Herods of Judaea, Oxford 1938; S. Perowne, The Life and Times of Herod the Great, Londres 1957; Idem, The Later Herods, Londres 1958; A. Schalit, König Herodes, Berlim 1969; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 101994.


Quatro gerações diferentes de pessoas, todas com o título da dinastia Herodes, aparecem nos Evangelhos e em Atos.


1. Herodes, o Grande, da Iduméia, foi o primeiro grande rei-vassalo de Israel, depois do domínio romano. Reinou de 37 a 4 a.C., mediante a imposição de pesadas taxas sobre os judeus, a exigência do trabalho forçado e a construção de grandes edifícios públicos. Paranóico quanto à possibilidade de seu trono ser usurpado, executou muitos membros da própria família e alguns de seus colaboradores. A história sobre sua inquietação, quando soube a respeito do nascimento de Jesus, e sua subseqüente ordem do “massacre dos inocentes” (Mt 2:1-20) encaixa-se muito bem em seu padrão de comportamento.


2. Antipas. Depois da morte de Herodes, o Grande, seus domínios foram divididos entre seus três filhos: Arquelau (Mt 2:22), Filipe (Mc 6:17) e Antipas, o Herodes que aparece durante a idade adulta de Jesus, quando este exercia seu ministério. Como tetrarca da Galiléia (Lc 3:1; At 13:1; Mc 8:15), Herodes Antipas governou de 4 a 39 d.C. Ele mandou decapitar João Batista (Mt 14:3-12; Mc 6:17-19; Lc 3:19-20) e posteriormente teve dúvidas sobre se Jesus era João que voltara à vida (Mt 14:1-2; Mc 6:14-16; Lc 9:79). Lucas mostra certo interesse pela família herodiana, pois é o único evangelista que situa sua narrativa dentro dos eventos da história do império. Joana, a esposa de um dos oficiais de Antipas, tornou-se seguidora de Cristo (Lc 8:3). Jesus repreendeu Herodes “à revelia”, ao chamá-lo de “aquela raposa” (Lc 13:31-33) e foi levado à presença dele quando Pilatos tentou sem sucesso evitar a exigência dos líderes judeus pela crucificação de Cristo (Lc 23:6-16).


3. Agripa I. Filho de outro irmão de Antipas, chamado Aristóbulo; portanto, neto de Herodes, o Grande. Foi o governante da Galiléia até 44 d.C. Foi ele quem mandou executar Tiago, o filho de Zebedeu, e determinou a prisão de Pedro, em Atos 12; logo depois foi ferido mortalmente por um anjo do Senhor e morreu comido pelos vermes (vv. 19b-23).


4. Agripa II. Filho de Agripa I, foi o governante que ouviu a defesa de Paulo quando este encontrava-se preso em Cesaréia, entre 57 e 59 d.C. (At 25:13-26:1-32). C.B.


filho de herói

herodes | s. m. 2 núm.

he·ro·des
nome masculino de dois números

1. Figurado Homem feio e muito mau, especialmente em relação às crianças.

2. Tirano.


Jerusalém

-

Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a
4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.

Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM

Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.

No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.

Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.

O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).

J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


Jurisdição

substantivo feminino Poder ou direito de julgar.
Competência ou capacidade para fazer algo: não opino sobre o que está fora da minha jurisdição.
Figurado Área de atuação de; alçada: sua jurisdição não se aplica aqui.
[Jurídico] Poder do Estado que, resultante de sua soberania, lhe confere competência para editar leis ou fazer justiça.
[Jurídico] Extensão territorial em que atua um juiz.
[Jurídico] Divisão menor em que se divide o poder judiciário: jurisdição civil.
Etimologia (origem da palavra jurisdição). Do latim jurisdictio.onis, "ato de administrar justiça".

Poder atribuído a uma autoridade para fazer cumprir determinada categoria de leis.

Jurisdição Área territorial dentro da qual uma autoridade exerce o seu poder (Lc 23:7).

Remeter

remeter
v. 1. tr. dir. Enviar, expedir, mandar. 2. tr. dir. Confiar, recomendar. 3. tr. dir. Entregar, expor, sujeitar. 4. pron. Aquiescer, confiar-se, entregar-se, estar por. 5. pron. Referir-se, reportar-se.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἐπιγινώσκω ὅτι ἐστί ἐκ ἐξουσία Ἡρώδης ὤν ἔν ταύταις ἡμέρα ἔν Ἱεροσόλυμα αὐτός ἀναπέμπω
Lucas 23: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E, assim que soube que ele pertencia a jurisdição de Herodes, ele enviou-o a Herodes, que também estava em Jerusalém naqueles dias.
Lucas 23: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

7 de Abril de 30
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G1849
exousía
ἐξουσία
bater, bater em ou a
(and if men should overdrive them)
Verbo
G1921
epiginṓskō
ἐπιγινώσκω
honrar, adornar, glorificar, ser alto
(shall you be partial to)
Verbo
G2250
hēméra
ἡμέρα
[os] dias
([the] days)
Substantivo - Dativo Feminino no Plural
G2264
Hērṓdēs
Ἡρώδης
cruzados (os braços), ato de dobrar (referindo-se a mãos), bater (as mãos)
(folding)
Substantivo
G2414
Hierosólyma
Ἱεροσόλυμα
denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
(Jerusalem)
Substantivo - neutro acusativo plural
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G375
anapémpō
ἀναπέμπω
onde
(where)
Advérbio
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G4314
prós
πρός
pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
(of Mezahab)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐξουσία


(G1849)
exousía (ex-oo-see'-ah)

1849 εξουσια exousia

de 1832 (no sentido de abilidade); TDNT - 2:562,238; n f

  1. poder de escolher, liberdade de fazer como se quer
    1. licença ou permissão
  2. poder físico e mental
    1. habilidade ou força com a qual alguém é dotado, que ele possui ou exercita
  3. o poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio)
  4. o poder de reger ou governar (o poder de alguém de quem a vontade e as ordens devem ser obedecidas pelos outros)
    1. universalmente
      1. autoridade sobre a humanidade
    2. especificamente
      1. o poder de decisões judiciais
      2. da autoridade de administrar os afazeres domésticos
    3. metonimicamente
      1. algo sujeito à autoridade ou regra
        1. jurisdição
      2. alguém que possui autoridade
        1. governador, magistrado humano
        2. o principal e mais poderoso entre os seres criados, superior ao homem, potestades espirituais
    4. sinal de autoridade do marido sobre sua esposa
      1. véu com o qual a mulher devia propriamente cobrir-se
    5. sinal de autoridade real, coroa

Sinônimos ver verbete 5820


ἐπιγινώσκω


(G1921)
epiginṓskō (ep-ig-in-oce'-ko)

1921 επιγινωσκω epiginosko

de 1909 e 1097; TDNT - 1:689,119; v

  1. tornar-se completamente conhecido, saber totalmente
    1. conhecer exatamente, conhecer bem
  2. conhecer
    1. reconhecer
      1. pela visão, audição, ou por certos sinais, reconhecer quem é a pessoa
    2. saber, i.e., perceber
    3. saber, i.e., descobrir, determinar
    4. saber, i.e., entender

ἡμέρα


(G2250)
hēméra (hay-mer'-ah)

2250 ημερα hemera

de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f

  1. o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
    1. durante o dia
    2. metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
  2. do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
    1. o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.

      do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.

      usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.


Ἡρώδης


(G2264)
Hērṓdēs (hay-ro'-dace)

2264 Ηρωδης Herodes

composto de heros (um “herói”) e 1491; n pr m Herodes = “heróico”

nome de uma família real que se distinguiu entre os judeus no tempo de Cristo e dos Apóstolos. Herodes, o grande, era filho de Antípatre da Iduméia. Nomeado rei da Judéia em 40 a.C. pelo Senado Romano pela sugestão de Antônio e com o consentimento de Otaviano, ele finalmente superou a grande oposição que o país levantou contra ele e tomou posse do reino em 37 a.C.; e depois da batalha de Actio, ele foi confirmado por Otaviano, de quem gozava favor. Era corajoso e habilidoso na guerra, instruído e sagaz; mas também extremamente desconfiado e cruel. Por isso ele destruiu a família real inteira dos hasmoneanos, mandou matar muitos dos judeus que se opuseram ao seu governo, e prosseguiu matando até sua cara e amada esposa Mariamne da linhagem dos hasmoneanos e os dois filhos que teve com ela. Por esses atos de matança, e especialmente pelo seu amor e imitação dos costumes e instituições romanas e pelas pesadas taxas impostas sobre seus súditos, ele tanto se indispôs contra os judeus que não consegiu recuperar o favor deles nem através de sua esplêndida restauração do templo e outros atos de munificência. Ele morreu aos 70 anos, no trigésimo sétimo ano do seu reinado, 4 anos antes da era dionisiana. João, o batista, e Cristo nasceram durante os últimos anos do seu reinado; Mateus narra que ele ordenou que todas os meninos abaixo de dois anos em Belém fossem mortos.

Herodes, cognominado “Antipas”, era filho de Herodes, o grande, e Maltace, uma mulher samaritana. Depois da morte de seu pai, ele foi nomeado pelos romanos tetrarca da Galiléia e Peréia. Sua primeira esposa foi a filha de Aretas, rei da Arábia; mas ele subseqüentemente a repudiou e tomou para si Herodias, a esposa de seu irmão Herodes Filipe; e por isso Aretas, seu sogro, fez guerra contra ele e o venceu. Herodes aprisionou João, o Batista, porque João o tinha repreendido por esta relação ilícita; mais tarde, instigado por Herodias, ordenou que ele fosse decapitado. Também induzido por ela, foi a Roma para obter do imperador o título de rei. Mas por causa das acusações feitas contra ele por Herodes Agripa I, Calígula baniu-o (39 d.C.) para Lugdunum em Gaul, onde aparentemente morreu. Ele não tinha muita força de vontade, era lascivo e cruel.

Herodes Agripa I era filho de Aristóbulo e Berenice, e neto de Herodes, o grande. Depois de muitas mudanças de fortuna, conquistou o favor de Calígula e Cláudio de tal forma que ele gradualmente obteve o governo de toda a Palestina, com o título de rei. Morreu na Cesaréia em 44 d.C., aos 54 anos, no sétimo [ou no quarto, contando com a extensão de seu domínio por Cláudio] ano de seu reinado, logo depois de ter ordenado que Tiago, o apóstolo, filho de Zebedeu, fosse morto, e Pedro fosse lançado na prisão: At 12:21

(Herodes) Agripa II, filho de Herodes Agripa I. Quando seu pai morreu ele era um jovem de dezessete anos. Em 48 d.C. recebeu do imperador Cláudio o governo de Calcis, com o direito de nomear os sumo-sacerdotes judeus. Quatro anos mais tarde, Cláudio tomou dele Calcis e deu-lhe, com o título de rei, um domínio maior, que incluía os territórios de Batanéia, Traconites, e Gaulanites. Àqueles reinos, Nero, em 53 d.C., acrescentou Tibéria, Tariquéia e Peréia Julias, com quatorze vilas vizinhas. Ele é mencionado em At 25 e 26. De acordo com A Guerra Judaica, embora tenha lutado em vão para conter a fúria da populaça sediosa e belicosa, ele não teria desertado para o lado dos romanos. Depois da queda de Jerusalém, foi investido com o grau pretoriano e manteve o reino inteiro até a sua morte, que aconteceu no terceiro ano do imperador Trajano, [aos 73 anos, e no ano 52 de seu reinado]. Ele foi o último representante da dinastia Herodiana.


Ἱεροσόλυμα


(G2414)
Hierosólyma (hee-er-os-ol'-oo-mah)

2414 Ιεροσολυμα Hierosoluma

de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2419; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

Jerusalém = “habita em você paz”

  1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
  2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
  3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
    1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

      “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

      “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ἀναπέμπω


(G375)
anapémpō (an-ap-em'-po)

375 αναπεμπω anapempo

de 303 e 3992; v

  1. mandar para
    1. um lugar mais alto
    2. uma pessoa com ofício, autoridade, ou poder maior
  2. mandar de volta

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

πρός


(G4314)
prós (pros)

4314 προς pros

forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

em benefício de

em, perto, por

para, em direção a, com, com respeito a


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo