Enciclopédia de Atos 27:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 27: 21

Versão Versículo
ARA Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda.
ARC E, havendo já muito que se não comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó varões, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perdição.
TB Tendo eles estado muito tempo sem comer, levantando-se Paulo no meio deles, disse: Senhores, devíeis, na verdade, ter-me atendido e não ter partido de Creta e sofrido esta avaria e perda.
BGB Πολλῆς ⸀τε ἀσιτίας ὑπαρχούσης τότε σταθεὶς ὁ Παῦλος ἐν μέσῳ αὐτῶν εἶπεν· Ἔδει μέν, ὦ ἄνδρες, πειθαρχήσαντάς μοι μὴ ἀνάγεσθαι ἀπὸ τῆς Κρήτης κερδῆσαί τε τὴν ὕβριν ταύτην καὶ τὴν ζημίαν.
HD Então, havendo muita abstinência de alimento, Paulo, pondo-se de pé no meio deles, disse: Ó Varões, era necessário terem-me obedecido, e não navegar de Creta, para ganhar este dano e perda.
BKJ Mas após longa abstinência, Paulo se levantou no meio deles, e disse: Senhores, devíeis ter me ouvido, e não ter partido de Creta, e assim evitariam este dano e perda.
LTT Ora, por longo tempo estando todo nós sem comer, então, havendo Paulo se postado de pé no meio deles (os tripulantes), disse: "Era necessário a vós, em verdade, ó varões, havendo atendido a mim, não içardes- as- velas- e- zarpardes para longe de Creta, e, assim, não somente haverdes evitado este sofrimento (pessoal) como esta perda (material).
BJ2 Havia muito tempo não tomávamos alimento.[d] Então Paulo, de pé, no meio deles, assim falou: "Amigos, teria sido melhor ter-me escutado e não sair de Creta, para sermos poupados deste perigo e prejuízo.
VULG Et cum multa jejunatio fuisset, tunc stans Paulus in medio eorum, dixit : Oportebat quidem, o viri, audito me, non tollere a Creta, lucrique facere injuriam hanc et jacturam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 27:21

Gênesis 42:22 E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu, dizendo: Não pequeis contra o moço? Mas não ouvistes; e, vedes aqui, o seu sangue também é requerido.
Salmos 107:5 Famintos e sedentos, a sua alma neles desfalecia.
Atos 27:7 E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmona.
Atos 27:9 Passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,
Atos 27:33 E, enquanto o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis sem comer, não havendo provado nada.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 27 : 21
navegar
Lit. “conduzir; levar de um lugar mais baixo para um lugar mais alto; apresentar, ofertar; estender as velas, conduzir da costa para o mar, conduzir por mar. Nesse contexto, a palavra é utilizada em sua acepção técnica de termo náutico, que integra o vasto vocabulário de Lucas a respeito do tema, indicando o ato de conduzir o barco da costa para o alto mar.

Atos 27 : 21
ganhar
Lit. “tirar proveito, lucrar, poupar, ganhar”. Nesta passagem, o verbo parece inadequado para a situação descrita (perdas e danos), todavia pode significar uma ironia destinada a censurar a ambição desvairada pelo lucro que acabou redundando no naufrágio.

Atos 27 : 21
dano
Lit. “insulto, tratamento injurioso, afronta, insolência; prejuízo, dano (causado pelo mar – linguagem náutica)”.

Atos 27 : 21
perda
Lit. “perda, detrimento, dano, prejuízo”.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

CRETA

Atualmente: CRETA
Ilha: Região insular da Grécia com área de 8.330 km 2 , população de 501:082, cuja capital atual é Iráklion. Foi o lugar de parada do apóstolo Paulo em sua viagem à Roma no ano 60 d.C. Os minóicos construíram cidades e palácios em Creta há cerca de 3000 a.C. Foi na ilha de Creta que surgiu uma cultura chamada de Civilização Minóica. Hoje a região é representada por ruínas de palácios construídos por volta de 2.000 a.C., e que foram reconstruídos várias vezes devido aos sucessivos terremotos que atingiram a ilha. É provável que cada palácio tenha sido o centro de um pequeno reino. Os marinheiros minóicos comercializavam bens e produtos manufaturados com o Egito e outros reinos do Oriente Médio. Essa civilização exerceu uma profunda influência cultural sobre as comunidades do Mar Egeu. Por volta de 1200 a.C., desencadeou-se uma migração de povos guerreiros. Esses povos, chamados pelos egípcios de povos do mar, vieram de ilhas do Mar Mediterrâneo e do Mar Egeu, com suas famílias e estabeleceram-se no litoral leste e sul do Mediterrâneo. Guerrearam com os hititas e egípcios e finalmente, estabeleceram-se no litoral de Israel atual a partir de Gaza até Ascalon, Azoto e Gate. Foram os adversários mais terríveis dos israelitas no tempo dos Juizes e de Saul, primeiro rei de Israel. Paulo esteve em Creta. Atos 27:7
Mapa Bíblico de CRETA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
K. A VIAGEM A ROMA, Atos 27:1-28.16.

Os dois últimos capítulos do livro de Atos estão repletos de termos náuticos, muitos dos quais não são encontrados em nenhuma outra passagem. Em seu livro, Luke the Historian in the Light of Research,' A. T. Robertson dedica um capítulo inteiro aos "ter-mos náuticos encontrados no capítulo 27 do livro de Atos". James Smith, um notável iatista escocês e uma autoridade em navios antigos, interessou-se pelo assunto. Ele comparou cuidadosamente a narrativa de Lucas com o seu amplo conhecimento do Mediterrâneo —passou o inverno de 1844-45 em Malta — e escreveu um livro sobre a viagem de Paulo. Ele diz: "Lucas, pelo seu uso preciso de termos náuticos, dá grande exatidão a esta linguagem, e expressa em uma única palavra, o que normalmente exigiria diversas"."

Foakes-Jackson caracteriza este relato da viagem de Paulo como "entre as mais belas peças de escrita descritiva do Novo Testamento".' Macgregor a chama de "Aparte mais dramática do texto de todo o livro"."

1. De Cesaréia a Malta (Atos 27:1-44)

O grupo partiu de Cesaréia com a intenção de ir diretamente a Roma. Mas uma severa tempestade impediu-os de fazê-lo, e assim passaram o inverno na ilha de Malta.

a. De Cesaréia a Creta (Atos 27:1-8). A expressão Como se determinou [ou como se "decidiu"] que havíamos de navegar para a Itália — traz Lucas de volta ao cenário. A última menção a "nós" foi feita em Atos 21:18, quando Paulo e seus companheiros chegaram a Jerusalém. O que Lucas esteve fazendo nos dois anos intermediários, enquanto Paulo era prisioneiro em Cesaréia? A resposta é que ele provavelmente esteve coletando infor-mações para escrever o seu Evangelho. Pode ser que nesta época, tivesse tido um encon-tro com a idosa mãe de Jesus, o único ser humano que poderia lhe fornecer algumas das informações encontradas nos dois primeiros capítulos do Evangelho de Lucas.

Sempre se observa que a narrativa do livro de Atos é mais vívida e detalhada quan-do Lucas está incluído. Isto certamente é verdade a respeito deste capítulo, que só pode-ria ter sido escrito por uma testemunha ocular.

Navegar — lit., "partir em barco" — é o primeiro termo náutico encontrado neste relato da viagem. A palavra grega só aparece no livro de Atos (cf. Atos 13:4-14.26; 20.15).

O termo Eles, subentendido em algumas versões, é uma referência indefinida a Festo e aos seus soldados — entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião por nome Júlio. Como um cidadão romano que tinha apelado a César, Paulo tinha uma condição especial. "Com toda a probabilidade, os demais tinham sido condenados à morte, e estavam indo atender à perpétua demanda de Roma, que exigia das províncias vítimas humanas para divertir o populacho através de sua morte na arena".573

Júlio era um centurião da Coorte Augusta. Esta expressão criou uma discussão considerável. Em um artigo intitulado "The Roman Army" [O exército romano], T. R. S. Broughton identifica-o como "um auxiliar Sírio da Coorte Augusta"' que estava estaci-onada na Palestina no século I. Diversos comentaristas sugeriram que a referência é a um serviço especial (frumentarii), subordinado diretamente ao imperador. Com respeito a esta questão, Blaiklock escreve: "Os frumentarii, ou agentes especiais do imperador enviados ao estrangeiro em tarefas de inspeção, parecem ter sido uma invenção posterior; mas a informação está longe de ser completa, e aqueles que interpretam a Coorte Augusta como um grupo de tropas destacado das formações regulares para alguns servi-ços especiais podem estar corretos".' Esta é a melhor conclusão a que se pode chegar. Como diz Broughton, "a questão deve ser deixada em aberto".'

Embarcando (2) — lit., "tendo embarcado" — nós em um navio adramitino -em um porto na costa oeste da Ásia Menor, ao sul de Trôade (ver o mapa

3) — partimos navegando ou "navegamos". Este é outro termo náutico, encontrado seis vezes na narrativa desta viagem a Roma (Atos 27:2-4,12,21; 28:10-11), e significa "lançar ao mar" (cf. Atos 13:13). Estando conosco Aristarco, macedônio de Tessalônica. Como pode ser expli-cado que Aristarco e Lucas tivessem permissão de acompanhar um prisioneiro imperial?

Moe sugere: "O governador deve ter dado a Lucas e a Aristarco uma permissão especial para acompanhar a viagem, e isto provavelmente com base em que eles deveriam estar ali como servos do apóstolo".' A expressão conosco, no entanto, parece sugerir uma condição diferente para Lucas. Será que ele estaria atendendo Paulo como seu médico pessoal, como parece ter feito mais tarde, na última vez que o apóstolo foi preso? (2 Tm 4.11 — "só Lucas está comigo"). Aristarco parece ter sido um dos amigos particularmen-te fiéis que Paulo teve (cf. Atos 20:4) e estava com o apóstolo durante a sua primeira prisão em Roma (Cl 4:10; Fm 24).

No dia seguinte à sua partida de Cesaréia, eles chegaram a Sidom (3). Este verbo (katago) significa literalmente "ser trazido". Somente Lucas o usa como um termo náutico, com o sentido de "ser trazido à terra" (cf. Atos 28:12; Lc 5:11). Assim, uma boa tradução seria "atingir" (a maioria das versões recentes) ou "chegar à terra" (Berk.). Sidom ficava a aproximadamente 112 quilômetros ao norte de Cesaréia. Os fortes ventos oeste daque-la estação do ano tinham impulsionado o grupo com boa velocidade.

Júlio, tratando — ou "tratou" — Paulo humanamente. Em nenhuma outra pas-sagem do Novo Testamento, o verbo grego tem este sentido, mas o significado ficou claro nos papiros daquela época.' Humanamente é um advérbio, philanthropos, que significa "com gentileza", "de forma humana". É surpreendente observar que todos os centuriões romanos mencionados no Novo Testamento sejam apresentados sob uma luz favorável (cf. Mt 8:5-13; 27.54; Atos 10:1-4). Assim, aqui Júlio tratou Paulo com gentileza e lhe per-mitiu ir visitar os seus amigos na cidade, para que cuidassem dele — lit., "para obter cuidados". Aparentemente, o navio ficou no porto por um ou dois dias carregando ou descarregando.

E partindo (4) — "indo ao mar" — em Sidom, o navio navegou abaixo — a sotavento — de Chipre, ou seja, para o leste e o norte daquela ilha, entre ela e a terra firme. A rota mais curta poderia ter sido para o oeste, pelo mar aberto (ver o mapa 3). Barclay comen-ta: "O vento dominante daquela época do ano era o vento oeste e eles somente poderiam chegar a Mirra deslizando sob Chipre, e então seguindo uma rota em zigue-zague até à costa"." Isto é o que é chamado de "manobrar" contra o vento. Eles adotaram este proce-dimento porque os ventos eram contrários.

Eles atravessaram o mar (5) — lit., "navegaram através do mar", lit., "das profundezas" — da Cilicia e Panfília. Assim, eles seguiam rumo oeste, contra o vento. O texto ocidental (ver a Introdução) diz que eles navegaram "por quinze dias", o que pode ter de fato ocorrido.58° Finalmente, chegaram a Mirra, na Lícia.

Achando ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itá-lia (6). Uma olhada no mapa mostrará que para um navio seguir da Alexandria (Egito) até a Itália, pelo caminho de Mirra significava viajar por dois lados de um triângulo (viajando para o norte e depois para o oeste). A rota direta seria seguir pela hipotenusa, quase a noroeste para a Itália. Em seu excelente artigo "Roads and Travei [inNT]", Sir William Ramsay descreve assim a situação:

A viagem de Alexandria a Roma era um percurso muito mais difícil e tedioso do que a de Roma a Alexandria, devido à ocorrência predominante de ventos oeste no Mediterrâneo durante o verão. Os navios tinham de socorrer-se mutuamente devido às incertas brisas da costa. Era inseguro manter um curso muito ao sul devido aos grandes bancos de areia movediça, Sirte, das costas africanas. Mesmo que os ventos permitissem, os navios não poderiam se aventurar de Alexandria em um curso que os deixasse próximos à costa de Cirene, para que o vento não pudesse desviá-los do norte e levá-los ao sul (Atos 27:17). Eles eram obrigados a adotar um curso norte, tentando ir tanto para o oeste, tanto quanto o vento permitisse. Assim poderiam chegar à costa da Lícia... mas seria considerado como absolutamente cer-to que eles nunca deveriam tentar cruzar o mar da costa egípcia diretamente para a Itália ou Sicília.'

Agora o quadro fica claro. Como os ventos dominantes eram do oeste, era impossível navegar diretamente para a Itália. Os navios deviam ir para o norte, tentando ir tanto para o oeste quanto possível. Algumas vezes, eles viam a extremidade oeste de Chipre. Mas os ventos fortes do oeste fizeram com que fosse necessário que o navio de Paulo navegasse a sotavento de Chipre e manobrando contra o vento na costa da Ásia Menor para Mirra. A seguir o navio seguiria para oeste, para Creta, fazendo uso dos ventos norte da costa que pudessem estar soprando.

O navio de Alexandria seria carregado com trigo. Winn observa: "Os cereais egíp-cios eram a matéria prima da dieta de Roma, e o seu transporte ininterrupto era tão importante para a vida da cidade que o próprio governo possuía e operava uma frota de navios de grãos".'

O centurião colocou seus prisioneiros a bordo do navio de Alexandria. A mudan-ça de embarcação ocorreu porque a primeira iria em breve seguir para o norte, em direção ao seu porto de Adranrítio, enquanto o centurião e os seus prisioneiros tinham de continuar para o oeste. Mas os ventos contrários ainda impediam o seu progresso -eles navegavam vagarosamente (7). Esta é uma única palavra em grego, encontrada somente aqui no Novo Testamento. James Smith lista sete compostos de pleo que são usados somente por Lucas em um sentido náutico.'" Depois de navegar vagarosamen-te por muitos dias, manobrando contra o vento oeste, ...havendo chegado apenas defronte de Cnido — ou "com dificuldade chegaram a Cnido" (NASB). Eles tinham chegado a uma distância de cerca de duzentos quilômetros de Mirra. Cnido (ver o mapa

3) ficava no canto sudoeste da Ásia Menor, e formava a linha divisória entre as costas oeste e sul.

Até este ponto, o navio estaria consideravelmente protegido dos ventos noroeste. Mas quando ele passou por Cnido e seguiu para o mar aberto, sofreu todo o seu impacto. Isto fica sugerido pela expressão não nos permitindo o vento ir mais adiante (trad. literal). Esta sentença se relaciona com a posterior, e não com a anterior. O significado deste versículo é: "E quando tínhamos navegado vagarosamente durante muitos dias, e com dificuldade chegamos a Cnido, uma vez que o vento não nos permitia ir mais adian-te, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmona" (NASB). O caminho mais curto para a Itália está ao norte de Creta (ver o mapa 3), mas aparentemente um vento noroeste obrigou este navio a navegar para o leste, para o sul de Creta. Smith fornece uma docu-mentação adequada para a afirmação de que "este é precisamente o vento que pode ter sido esperado naqueles mares perto do final do verão"."' Com um vento noroeste sopran-do fortemente, o "único curso do navio seria passar a sota-vento de Creta, em direção a Salmona... que é a extremidade oriental daquela ilha".'

E a narrativa prossegue: E, costeando-a dificilmente — "com dificuldade", che-gamos a um lugar chamado Bons Portos (8). Arndt e Gingrich dizem que a palavra grega costeando é um termo técnico náutico que significa "navegar margeando a cos-ta".' Esta é a tradução na versão NASB. Uma vez que o significado de "passar margeando a costa" (RSV, Phillips) é o de conservar-se próximo à costa por razões de segurança, a versão NEB apresenta a expressão "abraçando a costa".

A respeito deste porto aqui mencionado, Smith escreve: "Bons Portos é o último porto antes de chegar a Cabo Matala, o porto mais distante a que um navio antigo pode-ria chegar com os ventos noroeste".' Assim, eles foram quase forçados a se instalar ali. Embora Bons Portos "não seja mencionado por nenhum escritor antigo",' existe uma baía na costa sul de Creta que ainda leva um nome quase exatamente igual à expressão grega utilizada aqui. As ruínas de Laséia, a cerca de onze quilômetros a leste de Bons Portos, foram identificadas com razoável segurança em 1856.

b. Uma Decisão Perigosa (Atos 27:9-12). O navio permaneceu em Bons Portos por muito tempo (9). Hackett interpreta a expressão: "A esta altura muito tempo tinha sido perdi-do" (NEB) como incluindo "desde o embarque em Cesaréia".589 Ele escreve: "Ao sair da Palestina, eles esperavam chegar à Itália antes da chegada da estação das chuvas, e teriam cumprido o seu objetivo, não fosse pelos atrasos imprevistos"."' Entretanto, Knowling diz: "não a partir do início da viagem... mas desde que eles permaneceram à mercê do clima"."1Este é também o ponto de vista de Ramsay.5" Concordando com James Smith, ele afirma que um navio não poderia passar em segurança por Cabo Matala, a quase dez quilômetros a oeste de Bons Portos, enquanto soprasse o vento noroeste.

Devido ao atraso, era já perigosa a navegação, pois também o jejum já tinha passado. A referência aqui é ao grande Dia da Expiação anual, o único jejum prescrito na lei Mosaica (Lv 16:29-31). Como os judeus utilizavam um calendário lunar, e não solar, a data desta festa anual tem lugar em setembro ou outubro. Em 59 d.C., a data defendida por Ramsay para esta viagem, a festa ocorreu aproximadamente no dia 5 de outubro. Em 58 d.C., o Dia da Expiação foi aproximadamente quinze de setembro."' A respeito das condições para a navegação nesta época do ano, Ramsay escreve: "A estação perigosa para a navegação durava de 14 de setembro a 11 de novembro, quando toda a navegação em mar aberto era interrompida"," e continua: "O navio chegou a Bons Por-tos no final de setembro, e ali ficou detido por uma série de ventos desfavoráveis até

depois de 5 de outubro"." Ele opina que a viagem original começou em Cesaréia aproximadamente em 17 de agosto.' Isto está de acordo com a observação de Hackett de que, naquela época (por volta de 1850), a estação náutica ativa em Alexandria começava perto do primeiro dia de agosto. Ele escreve: "A cheia do Nilo está tão avançada nesta época que a produção do interior pode ser trazida até aquela cidade, onde é embarcada imedi-atamente e enviada para diferentes partes da Europa".'

Sobre a data da viagem de Paulo a Roma, este autor sempre preferiu a conclusão de C. H. Turner, no seu monumental artigo intitulado "Chronology of the New Testament", no Dictionary of the Bible, de Hastings — de que Paulo chegou em Roma na primavera de 59 d.C. e, portanto, teria deixado Cesaréia em 58 d.C.' Esta é a opinião de Moe, no seu elucidativo trabalho sobre a vida de Paulo."

G. Ogg, em seu artigo "Chronology of the New Testament", fixa a partida de Paulo de Cesaréia em 61 d.C., e a sua primeira prisão em Roma em 62-64." Mas isto, de qualquer maneira, seria muito tarde. A maioria dos estudiosos americanos do Novo Testamento na atualidade fixa os dois anos de Paulo na prisão em Roma em 59 a 61, ou 60-62 d.C.
Favorável a 60-62 d.C. está G. B. Caird, no seu artigo "Chronology of the New Testament", em The Interpreter's Dictionary of the Bible.' Ele fixa o julgamento de Paulo diante de Festo em 59 d.C., e a sua chegada a Roma no ano 60. F. F. Bruce defende fortemente o ano 59 d.C.como sendo a época da viagem de Cesaréia a Malta (com a chegada de Paulo a Roma no ano 60). Ele afirma que a distância até a ilha de Cauda (16) era de apenas cerca de 80 a 96 quilômetros, e outros catorze dias os levaram até Malta (27), onde passaram três meses. E conclui: "Os mares estavam proibidos pelo menos até o começo de fevereiro... os três meses passados em Malta, portanto, devem ter sido (aproximadamente) novembro, dezembro e janeiro; eles devem ter deixado Bons Portos não muito tempo antes da metade de outubro, e este cálculo está coerente com a data do jejum em 59 d.C. (5 de outubro), mas não em algum dos anos vizinhos entre 57 e 62, quando o jejum ocorreu mais cedo"."

Bruce pode ter razão. Cadbury acrescentou um item que apóia esta data em seu recente trabalho, The Book of Acts in History. Depois de observar que "uma nova cunhagem de moedas judaicas teve início no quinto ano do governo de Nero, que se deu antes de outubro de 59 d.C.", ele pergunta: "Não é provável que isto se devesse à chegada de um novo procurador?"' Caso isto seja assim, 59 d.C. é o ano da ascensão de Festo, e época em que Paulo partiu para Roma. O melhor que podemos fazer é fixar 58 ou 59 como a data dos capítulos 25:27 do livro de Atos, e 59-61 ou 60-62 para os dois anos de prisão de Paulo em Roma (28.30).

Paulo os admoestava (9). Mas a quem? Alexander comenta: "Paulo admoestava (ou exortava) é um verbo grego usado somente neste capítulo (ver os comentários sobre o v. 22), mas originalmente significava elogiar, e mais tarde recomendar, aconselhar, especialmente em público, como um orador das assembléias gregas"." Ele acrescenta: "Por-tanto, é provável que esta exortação fosse dirigida a todo o grupo e não meramente aos chefes e oficiais"."

Paulo advertiu: A navegação há de ser incômoda e com muito dano, não só para o navio e a carga, mas também para a nossa vida (10). Mais tarde, o apóstolo recebeu uma revelação divina de que não seria perdida nenhuma vida (24), e assim aconteceu. Isto sugere que o termo vejo, neste versículo, refere-se a uma intuição ou observação humana, e não a uma inspiração divina.

Infelizmente, ao invés de aceitar o conselho de Paulo, o centurião cria mais no piloto e no mestre (11). A palavra grega para piloto significa "timoneiro", conforme confirmado por escritores desde Homero e a Septuaginta até inscrições e papiros contemporâneos, juntamente com Filo e Josefo." A tradução de mestre como "proprietário do navio" (somente aqui no NT) é confirmada por Arndt e Gingrich, que, entretanto, acrescentam: "Mas também significa capitão, uma vez que o mestre de um navio em serviço era chamado naukleros" .6°7 Ramsay acredita fortemente que "capitão", e não "pro-prietário", é a tradução correta aqui, uma vez que "o navio pertencia à frota da Alexandria no serviço Imperial"." Ele também afirma que "o centurião... é representado como sendo o superior, o que implica que o barco era um barco do governo, e o centurião tinha o posto mais alto a bordo"."

Bons Portos não era um lugar cômodo (12) — lit., "não bem situado" ou "não ade-quado" (NASB) — para invernar. Bruce comenta: "E protegido por pequenas ilhas, mas não um bom porto para o inverno, porque tem uma abertura de quase 180 graus".

Assim, os mais deles — ou "a maioria" — foram de parecer que se deixasse este lugar inadequado e se tentasse chegar a Fenice (Fênix), 64 quilômetros a oeste. Lake e Cadbury observam que "de maneira diferente de outros nomes de lugares nesta seção, Fênix é mencionada por geógrafos antigos e sem muita variação de grafia".

O porto de Fênix olha para a banda do vento da África e do Coro. Talvez ne-nhuma expressão no livro de Atos tenha um significado tão incerto. O texto grego significa literalmente "olhando para o vento sudoeste e para o noroeste". Um exame das versões irá destacar a confusão em que os tradutores se encontram. Contrariamente à ver-são KJV, a ASV, a RSV e a NASB apresentam "olhando (ou de frente para) o nordeste e o sudeste". Mas as duas últimas têm o comentário à margem "ou sudoeste e noroeste", que é a leitura das versões Phillips e NEB. Obviamente, ambas não podem estar corretas. Qual é a certa?

Os dois substantivos em grego são lips e choros. Em um artigo intitulado "The Winds" [os ventos], Lake e Cadbury escrevem: "Na LXX, lips geralmente significa sul, mas nos papiros — que são mais importantes para os nossos objetivos — essa palavra invariavelmente significa oeste".' Sobre choros, eles dizem: "Esta palavra não parece ser encon-trada em nenhum lugar no texto grego"."3 É um latinismo. Depois de citar uma passagem de Plínio (em latim), concluem: "Assim, em Atos 27:12, kata liba significa oeste com uma tendência de apontar ao sul, e kata choron deve significar oeste com uma tendência ao norte".' Isto estaria de acordo com as versões KJV e NEB, a favor de um porto que estivesse de frente para o oeste. Eles também fazem uma interessante observação sobre a linguagem aqui utilizada: "A combinação de palavras gregas e latinas na descrição que Lucas faz da tempestade e do porto de Fênix sugere a possibilidade de que ele estivesse influenciado pelo linguajar misturado dos marinheiros, em parte de Alexandria e em parte italianos"." Os primeiros falavam grego, os últimos, latim. Isto pode explicar a estranha expressão dupla (uma palavra em grego, outra em latim) usada aqui para des-crever o porto de Fênix.

Diante de todas estas evidências, pode surgir a pergunta sobre como as versões ASV, RSV e NASB vieram a adotar uma tradução que apresenta o porto de frente para o leste. A resposta está na interpretação que James Smith faz desta passagem. Ele assume que a preposição kata significa "na mesma direção que", e prossegue: "Se eu estou correto, bleponta kata liba não significa, como em geral se supõe, que está aberto para o ponto de onde sopra aquele vento (Libs), mas para o ponto para onde ele sopra — i.e., não está aberto para o sudoeste, mas para o nordeste"."

Na localização que se aceita para Fênix, existe um promontório que se projeta a uma distância considerável da costa. No lado leste, está o porto de Lutro, que Smith identifica como sendo Fênix No lado oeste está Phineka. A similaridade deste nome moderno com Fênix, assim como o significado mais natural das palavras gregas, parecer favorecer a identificação com Phineka, que tem o porto de frente para o oeste.'

c. A Tempestade (Atos 27:13-20). Soprando o vento sul brandamente (13) — o verbo grego significa literalmente "soprar por baixo", e assim "soprar suavemente"." Fazer vela significa literalmente "levantar as velas". Arndt e Gingrich dizem que nesta passa-gem o verbo pode ter o sentido náutico de "levantar âncora"' (cf. ASV, NASB).

Tendo levantado âncora, foram de muito perto costeando Creta. Costear é o mesmo verbo usado no versículo 8. De perto é, literalmente, "mais perto". A frase é mais bem traduzida como "começaram a navegar acompanhando de perto a costa de Creta" (NASB), desta forma sentindo-se seguros.

Mas quando tinham percorrido cerca de 5 ou 6 quilômetros rumo oeste, eles passa-ram por Cabo Matala e se encontraram desprotegidos pelo lado norte. Repentinamente, foram atingidos por um pé de vento — em grego, um tufão — chamado Euroaquilão (14). Este é outra combinação de grego e latim: euros, palavra grega que significa vento leste, e aquilo, palavra latina para o vento norte. Assim, ele significa do "Nordeste" (Goodspeed).

A frase soprando o vento sul brandamente tem uma aplicação significativa em sermões. Quando os jovens são atraídos para fora do porto seguro que são o lar, a igreja e os padrões do Novo Testamento, pelos suaves ventos dos sedutores prazeres modernos, eles podem ser atingidos por furacões enfurecidos e encontrar os seus frágeis navios levados furiosamente pelos mares da vida, para naufragar em algum lugar nas costas do tempo. Com base nesta passagem, poderíamos perfeitamente dizer: "Esteja atento àque-les ventos do sul que sopram suavemente".

Sendo o navio arrebatado (15) — um verbo composto forte que significa "violen-tamente aprisionado" ou "aprisionado e levado" — e não podendo navegar contra o vento. O verbo significa literalmente "encarar", e aqui é usado como um termo náutico, com o sentido de "combater o vento".620 Então, nos deixamos ir à toa — lit., "tendo desistido, estávamos sendo levados". Ou seja, eles não tinham nenhum poder contra o vento. Smith resume estes dois versículos da seguinte maneira: "O navio foi 'tomado' (synarpasthentos) em um tufão (anemos typhonikos) que soprava com tanta violência que eles não podiam lutar contra ele, mas foram forçados... a correr diante dele, pois este é o significado evidente da expressão epidontes epherometha — 'entregando o navio a ele, éramos levados por ele"'.

E correndo abaixo (16) — ou seja, "ao abrigo de" — de uma pequena ilha cha-mada Cauda — hoje chamada Gaudo em grego, e Gozzo em italiano, cerca de 40 quilômetros a sudoeste de Bons Portos — apenas pudemos ganhar o batel, i.e., "mal conseguimos controlar o bater.' Aqui se trata do pequeno escaler que é rebocado pelo barco. Mas agora ele estava sem dúvida cheio de água e talvez chocando-se perigosa-mente contra a popa. A palavra nós (subentendida em português) pode sugerir que Lucas ajudou a trazê-lo a bordo.

Quando finalmente conseguiram colocar o batel sobre o convés, usaram de todos os meios (17). Este "provavelmente é um termo náutico técnico... eles usaram suportes (talvez cabos) ".623 Em uma passagem paralela intrigante, Aristóteles (séc. IV a.C.) usa a palavra em relação a uma tempestade no mar. Ele diz: "Assim, quando em perigo no mar, as pessoas podem sentir-se confiantes quanto ao que irá acontecer... porque a sua expe-riência lhes dá os meios para lidar com ela"' — lit., "ter os meios".

O significado exato de cingindo o navio é incerto. Alguns sustentaram que foram esticadas cordas desde a proa até a popa. Mas parece muito mais provável que cordas (ou cabos) fossem passadas por sobre a proa, passadas por baixo do casco e amarradas firmemente transversalmente no convés. James Smith fornece a seguinte citação do Falconer's Marine Dictionary: "Amarrar um batel... é passar quatro ou cinco voltas de uma corda longa, como um cabo, ao redor do casco de um batel, para firmá-lo no meio de uma grande tempestade... quando se percebe que ele não é forte o suficiente para resistir aos violentos apelos do mar; no entanto, este expediente raramente é colocado em prática".625 Smith também cita a descrição de Sir George Black de ter amarrado o seu batel desta maneira quando ele estava fazendo água, no seu retorno de uma via-gem ao ártico em 1837.'

Cadbury aceita esta opinião como sendo a mais provável. Ele comenta: "colocavam-se pranchas longitudinalmente sob o casco do batel, e uma corda era passada sob a qui-lha e amarrada na amurada em lados opostos, ou no convés, e atada fortemente por torcedura ou com um molinete, e assim as pranchas seriam mantidas firmes da mesma maneira que um arco mantém firmes as tábuas de um barril".'
Ramsay ressaltou o perigo especial que este navio enfrentou. Ele escreve: "Um na-vio antigo com uma vela imensa estava exposto a um pelrigo extremo com tal rajada de vento; a tensão da grande vela no único mastro era muito mais do que o casco poderia suportar, e o navio estaria exposto a um risco que as embarcações modernas já não te-mem, o de afundar em mar aberto"." Os navios mais modernos tinham três mastros, para distribuir a tensão.

Lucas prossegue: temendo darem à costa na Sirte — areias movediças — amai-nadas as velas, assim foram à toa. A palavra grega para areias movediças é Syrtis. Aqui, se refere aos bancos de areia da costa da África, a oeste de Cirene (ver o mapa 3). Eram chamadas de Sirte Maior para diferenciá-las de Sirte Menor, mais a leste. Lake e Cadbury observam: "Tinham aproximadamente três vezes a extensão que eles já tinham navegado (i.e., desde Cnido) e se depositavam a sotavento com o vento que vinha do nordeste, de modo que o perigo era sério".'

Dar significa literalmente "cair de". Aqui (como também nos vv. 26 e
29) é um "ter-mo náutico técnico", que significa "sair do curso"."

A frase Amainadas as velas é traduzida com mais exatidão como "diminuindo a marcha" (RSV). O verbo é o mesmo usado no versículo 30, referindo-se a baixar o batel ao mar. A respeito deste substantivo, Smith escreve: "Skeuos, que eu traduzi como 'marcha', quando aplicada a um navio significa acessórios de diversos tipos, tais como mastros, velas, cordame, âncoras e cabos, etc."' Este substantivo, skeuos, é traduzido como "em barcação" em dezenove das 23 vezes em que aparece no Novo Testamento (incluindo Atos 9:15-10.11, 16; 11.5). Somente aqui, é traduzido como "velas". A expressão pode signifi-car "baixar a vela" (NEB). Smith opina que "marcha" não se "refere ao mastro, mas à verga com a vela presa a ela".632 Para usar o leme efetivamente para seguir para o oeste, para evitar serem levados para o sudoeste aos bancos de areia da África, eles precisavam ter uma pequena vela aberta durante a tempestade. Ramsay descreve assim a situação: "... Deixar a vela levantada apenas o suficiente para manter o barco navegando com o vento, e abaixar tudo o que pudesse ser abaixado"."

Agora eles estavam à mercê do mar, à toa (lit., "levados") pela tempestade. Smith fez um cálculo muito cuidadoso da distância entre Cauda e Malta (cerca de 760 quilômetros), considerou o período de navegação (13,5 dias, cf. v. 27), e chegou à conclusão de que eles navegaram a uma velocidade de cerca de 2,4 quilômetros por hora. Dois capitães da marinha Real, ambos posicionados no Mediterrâneo, separadamente concordaram que esta seria a velocidade média de um navio levado por uma severa tempestade. Desta forma, a exatidão de Lucas nesta narrativa foi surpreendentemente confirmada.'

Uma boa tradução para o versículo 18 é: "No dia seguinte quando estavam sendo violentamente arremessados pela tempestade, começaram a jogar a carga ao mar" (NASB).

Mas deixaram algum trigo na parte inferior do navio para dar estabilidade (cf. 38). Ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio (19). O melhor texto grego traz o termo "eles" ao invés de nós. Quanto ao significado de armação, Smith diz: "Suponho que o significado seja o da verga grande; um imenso mastro, provavelmente tão comprido quanto o navio, que exigiria a união dos esforços dos passageiros e dos tripulantes para ser lançado ao mar".

O versículo 20 descreve a situação a bordo do navio, quando o estado de ânimo ficou todo o tempo "baixo". Não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas.

Deve-se lembrar que naqueles dias não havia bússola, e os marinheiros dependiam total-mente da navegação pelos astros. Sem o sol durante o dia ou as estrelas à noite, estavam perdidos. É provável, também, que o navio estivesse fazendo água. Caindo sobre nós uma não pequena tempestade, não é de surpreender que fugiu-nos toda a espe-rança de nos salvarmos — lit., "a nossa esperança estava sendo totalmente levada".

d. A Certeza (Atos 27:21-26). Durante os dias duros da tempestade, havia já muito que se não comia (21). A palavra grega é asitia, que é formada de a (negação) e sitos, "trigo" (como no v. 38). Então, ela significa literalmente "ausência de trigo". A palavra parece irônica à luz do fato de que era um navio que transportava trigo.

Smith cita diversas descrições de um navio em uma tempestade para dar suporte a sua conclusão de que a comida teria sido estragada ou as instalações para preparo de comida estariam avariadas, com o navio fazendo água.' Uma explicação mais provável é a de Arndt e Gingrich: "Quase ninguém queria comer devido à ansiedade ou a alguma enfermidade".' Tanto o substantivo asitia quanto o adjetivo asitos ("jejuando"), no versículo 33, aparecem somente aqui. Eles são "muito empregados na linguagem médi-ca... o substantivo freqüentemente quer dizer 'falta de apetite."

Deve-se observar que praticamente todos os comentaristas e tradutores recentes interpretam a viagem sem comida como aplicando-se a todo o grupo. Não se tratava de um jejum religioso exclusivo de Paulo, como pode ser entendido a partir da versão KJV.
Agora, Paulo lembra os seus companheiros de sofrimentos que eles deviam ter-lhe dado ouvidos quando ele foi contrário à saída de Bons Portos. A palavra grega para ouvido significa literalmente "obedecido". Arndt e Gingrich traduzem a frase como: "Vocês deveriam ter seguido o meu conselho e não ter partido"' (cf. NASB). Se eles tivessem permanecido em Bons Portos, como ele tinha aconselhado (cf. 9-10, RSV, NASB), teriam evitado este incômodo — "dano" ou "avaria" — e esta perdição.

Paulo prosseguiu: Mas, agora, vos admoesto — "aconselho" ou "insisto"' — a que tenhais bom ânimo (22) — "que se animem" ou "que continuem com coragem". Embora o navio estivesse condenado, não haveria perda de vidas — "não se perderá a vida de nenhum de vós"•641

Qual era a base da certeza confiante de Paulo? Esta mesma noite (23) — i.e., "a noite passada" — havia estado com ele o anjo de Deus — melhor "um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo" (NASB). Este anjo lhe disse: "Paulo, não temas!" Importa que sejas apresentado a César (24) — Deus assim tinha ordenado — e ele não deixa-ria de chegar vivo a Roma.

Como um favor especial, Deus te deu — o verbo significa "graciosamente te deu" ou "te deu como um presente"' — todos quantos navegam contigo. Parece evidente que Paulo tinha orado não somente por si mesmo, mas por todos os que estavam a bordo. Lumby afirma: "Em meio a tanta dificuldade, embora não tenha sido feita nenhuma menção a esse fato, não devemos duvidar que em seu desespero o apóstolo orou ao Se-nhor, e a resposta graciosa foi a concessão de que todos seriam salvos".'

Com base nesta revelação divina, Paulo exortou os seus ouvintes a terem coragem — porque creio em Deus (25). A fé se afirma mais significativamente diante das piores circunstâncias. Aparentemente, o anjo também o tinha informado de que era necessá-rio que fossem dar numa ilha (26).

Nesta passagem, existem algumas observações dignas de menção que podem ser reunidas sob o título "Ouvindo a Deus na Tempestade". 1. Deus pode ser encontrado por aqueles que o servem (Atos 21:23) ; 2. Ouvir traz a confiança e a força pessoal (24) ; 3. Ouvir a Deus traz a certeza e a coragem e as refletem naqueles que estão a nossa volta (22,25). (A. F. Harper)

e. Aproximando-se da Terra Firme (Atos 27:27-32). Na décima quarta noite (27), de-pois da saída de Bons Portos, eles estavam sendo impelidos de uma e outra banda no mar Adriático — melhor "à deriva no mar Adriático" (RSV) — porque estavam eviden-temente sendo levados pelo vento na mesma direção durante todo o tempo. Sobre Adriático, Knowling escreve: "não no sentido restrito do Adriático, o Golfo de Veneza, ou como atualmente nos referimos ao 'Adriático', mas incluindo todo o mar que está entre Malta, a Itália, a Grécia e Creta; Lucas provavelmente usou o termo como era coloquialmente utilizado pelos marinheiros, no seu sentido mais amplo".'

Lá pela meia-noite, suspeitaram — ou "começaram a sentir" (NASB) — os ma-rinheiros que estavam próximos de alguma terra — lit., "que algum tipo de terra se aproximava". Smith observa: "Lucas aqui usa a linguagem gráfica dos homens do mar, para quem o navio é o assunto principal, enquanto é a terra que sobe e afunda, se aproxima e recua"." Ramsay acompanha Smith, julgando que eles ouviram as ondas que arrebentavam, quando passaram pelo ponto rochoso de Koura a caminho da Baía de São Paulo, o lugar tradicional do naufrágio.'

Lançando o prumo, os marinheiros (28) — trad. literal — acharam vinte bra-ças. Uma braça equivale a 1,80 metros, assim a água tinha 36 metros de profundidade neste ponto. Tornando a lançar o prumo, acharam somente quinze braças (27 metros). Smith verificou cuidadosamente o provável curso do navio condenado de Paulo, e desco-briu que o intervalo de tempo decorrido entre as duas medidas deveria ter sido de apro-ximadamente meia hora."'

Percebendo que eles estavam se aproximando rapidamente da costa rochosa, lança-ram da popa quatro âncoras (29). Normalmente, um barco deveria ser ancorado preferi-velmente pela proa. Mas esta era uma situação peculiar. O barco estava sendo levado pelo vento. Ancorar pela proa deixaria o barco oscilando e ele não poderia ser manejado ade-quadamente (cf. 39). Quando tudo o que era possível tinha sido feito para a segurança do barco, aqueles que estavam a bordo desejaram — lit., "oraram para" — que viesse o dia.

Mas os membros da tripulação decidiram abandonar o navio (30). Eles baixaram o batel ao mar, como que — "com o pretexto de" ou "com a desculpa de" — querendo lançar as âncoras pela proa.

O homem mais importante a bordo era Paulo. Ele percebeu os planos de fuga dos marinheiros e disse ao centurião e aos soldados que eles estariam todos perdidos, a me-nos que os marinheiros permanecessem com o navio (31). A esta altura, o centurião e provavelmente os soldados também já teriam percebido que Paulo era o homem a quem deveriam dar ouvidos. Então os soldados cortaram os cabos que sustentavam o batel, que se afastou (32). A partir de então, a tripulação e os passageiros estariam juntos, a despeito do que pudesse acontecer.

f. Um Exemplo de Coragem (Atos 27:33-38). A esta altura, já era quase dia. Provavelmen-te não havia ninguém dormindo estavam todos no convés. Paulo sabia que todos preci-sariam ter coragem e forças para as árduas horas que estavam por vir. Então Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa (algum alimento, 33). Ele os lem-brou de que não tinham comido nada durante catorze dias.

E continuou: Portanto, exorto-vos (34) — o verbo significa "suplicar" ou "incenti-var" (a mesma palavra usada no v. 33) — a que comais alguma coisa, pois é para"' a vossa saúde — lit., "salvação", e assim "segurança" ou "preservação". Ele lhes lembrou: Nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós. Esta era uma antiga expres-são proverbial comum para descrever uma libertação ou um resgate total (cf. 1 Sm 14.45; 2 Sm 14.11; I Reis 1:52; Mt 10:30; Lc 21:18).

Então Paulo deu o exemplo. Tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos e, partindo-o, começou a comer (35). Não parece ser necessário interpretar esta refeição como sacramental. Pão significa literalmente "pãozinho", do tamanho de um biscoito pequeno.

Com o incentivo e o exemplo de Paulo, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer (36). Mais tarde, isto seria comprovado como importante, devido à inesperada dificuldade de ter de nadar até à costa.

Durante todo o tempo destas severas provações, o apóstolo tinha se mostrado "um exemplo para todos os cristãos" de três maneiras: 1. Coragem em meio ao perigo (21-22) ; 2. Confiança em Deus (23-25) ; 3. Comando ou autoridade em meio à crise (31-36).

Afirma-se que o navio tinha 276 pessoas a bordo (37). Lumby escreve: "O motivo de mencionar o número foi provavelmente a expectativa de ir à costa e por isso era necessá-rio que fossem todos informados, inclusive o capitão, a respeito da tripulação, e o centurião, de que dentre todos os seus prisioneiros e soldados nenhum deveria escapar ou ser dado como desaparecido".' Ele acrescenta: "A menção ao número a esta altura da história é uma das muitas características muito naturais da narrativa".6"

Ao invés de 276, o manuscrito grego mais antigo (Vaticano) e a versão Sahidica apresentam "aproximadamente setenta e seis". Westcott e Hort, que conferiram maior autenticidade ao manuscrito Vaticano, adotaram a última leitura. Lake e Cadbury tam-bém a escolhem para a sua tradução, embora admitam: "Mas não há nada de impossível em um número maior". "'Bruce diz que a leitura do manuscrito Vaticano deve "provavel-mente ser rejeitada" a favor da outra, que é "muito melhor confirmada".6" É verdade que Lucas gosta de usar a expressão "aproximadamente" (hos) antes de números redondos. Mas "aproximadamente setenta e seis" não parece razoável.

Como justificativa para a possibilidade do número maior, muitos comentaristas cha-mam a atenção para o relato que Josefo faz da sua viagem a Roma em um navio com aproximadamente seiscentas pessoas a bordo. A passagem também apresenta alguma correspondência com o naufrágio de Paulo. "Portanto cheguei a Roma, embora houvesse um grande número de dificuldades no mar; pois o nosso navio afundou no Mar Adriático, e nós, que estávamos nele, nadamos durante a noite para salvar a nossa vida. Quando, depois da primeira luz do dia, e avistando um navio de Cirene, eu, e alguns outros, oitenta no total, pela providência de Deus, precedemos os demais e fomos recolhidos pelo outro navio".653

Quando aqueles que estavam no navio de Paulo já estavam refeitos com a comi-da (38) — lit., "estavam satisfeitos" — aliviaram o navio, lançando o seu carrega-mento de trigo ao mar. A razão para isto é óbvia. Eles queriam que o navio se manti-vesse na superfície para alcançar um ponto que fosse o mais próximo possível da praia, de forma que assim pudessem estar a uma distância da costa que fosse facilmente percorrida a nado.

g. O Naufrágio e o Salvamento (27:39-40). Quando nasceu o dia, todos os olhos esta-vam ansiosamente fitos na praia. Mas ninguém "reconheceu" (39) a terra. No entanto, enxergaram — lit., "perceberam" ou "observaram" — uma enseada que tinha praia — melhor "uma baía onde havia uma praia". Lumby comenta: "A palavra aigialos é usada para significar uma praia de areia que permitia que um navio aportasse nela sem o perigo de ficar imediatamente destruído".'" Consultaram-se — lit., "estavam resol-vendo" ou "decidindo" — sobre se deveriam encalhar nela o navio.

Levantando as âncoras (40) pode provavelmente ser "desamarrando... as ânco-ras".655 A expressão deixaram-no ir ao mar deve estar ligada à frase anterior. As duas juntas poderiam ser corretamente lidas como: "Desprendendo as âncoras, abandona-ram-nas no mar". Ao mesmo tempo, largando também as amarras do leme — ou "afrouxaram os controles do leme" (NEB). Lake e Cadbury comentam: "Os navios anti-gos tinham um leme, ou melhor, uma espécie de remo de leme em cada lado"."' A seguir, eles alçaram a vela maior ao vento. Algumas versões recentes apresentam o termo "traquete". Lake e Cadbury escrevem: "A palavra não é conhecida em outros textos gre-gos, exceto em lexicógrafos, provavelmente dependentes desta passagem".' Mas Smith parece ter demonstrado satisfatoriamente que artemon era o "traquete" do navio."' Ten-do concluído todos estes preparativos, dirigiram-se para a praia.

Dando, porém, num lugar de dois mares — onde as ondas do mar encontraram a corrente entre a praia e uma minúscula ilha próxima à praia — encalharam ali o navio (41). Smith descreve vividamente a provável identificação deste lugar, chamando a aten-ção para a exatidão da narrativa de Lucas.'" Ele observa: "As rochas de Malta se desinte-gram em partículas extremamente pequenas de areia e argila, que, quando sob as corren-tes ou alguma agitação da superfície, formam um depósito de argila viscosa".'" Ele diz que um navio grande se aproximaria até uma posição que tivesse aproximadamente 5,5 me-tros de profundidade, que é exatamente a profundidade onde se encontra esta argila, não agitada pelas águas superficiais. Ele conclui: "Portanto, um navio, impelido pela força de um vento até uma enseada com um fundo como o que foi apresentado, atingiria o fundo de lama que se transformava em argila pegajosa, na qual a parte dianteira iria se fixar e seria firmemente presa, enquanto a sua traseira ficaria exposta à força das ondas".661

É exatamente isto o que está descrito no texto de Lucas. Ramsay ressalta: "Um dos serviços mais completos que já foi prestado ao estudo do Novo Testamento é a prova de James Smith de que todas estas circunstâncias estão reunidas na Baía de São Paulo".'"
As palavras das ondas (41) não são encontradas na maioria dos manuscritos mais antigos. Ramsay observa acertadamente: "No versículo 41, 'a força' é a expressão usada por uma pessoa em pé na praia que observa as ondas estraçalhando o navio: ele não precisa especificar o tipo de força".663 E acrescenta: "O escriba mais humilde pode incluir kymaton Nas ondas') aqui, e muitos deles teriam feito isto"' (cf. itálicos nas versões ASV e NASB).

A idéia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado (42). Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou — "impediu" — este intento (43). Ele ordenou que aqueles que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar e se salvassem seguindo até a terra. Outros deveriam fazê-lo em tábuas, e outros em coisas do navio (44). Os que tivessem ido nadando estariam na praia para ajudar que estes extraviados chegassem em segurança à terra. O resultado foi que todos chegaram à terra, a salvo — melhor "todos chegaram à terra em segu-rança" (NEB). Foi somente por causa da corajosa liderança de Paulo, sob a orientação de Deus, que esta viagem agonizante chegou a um final satisfatório. O centurião teve o bom-senso e a justiça de salvar a vida do seu prisioneiro, que foi essencial para salvar todos os que estavam a bordo.

Um esboço sugerido para este capítulo pode ser intitulado "AAdvertência aos 1m-prudentes": 1. A falsa sedução (13) ; 2. A furiosa tempestade (14-38) ; 3. O fatídico nau-frágio (39-44).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
*

27.2 adramitino. De Adramítio, na costa entre Trôade e Pérgamo.

estava de partida. Este capítulo está cheio de termos e direções náuticas, evidência de que o autor era testemunha ocular.

conosco Aristarco. Paulo tinha dois companheiros com ele: Lucas como seu médico (Cl 4:14) e Aristarco (Cl 4:10; Fm 24) de Tessalônica, provavelmente seu atendente.

* 27.3 chegamos a Sidom. Um porto no Mediterrâneo oriental, hoje no Líbano.

* 27.4 a proteção de Chipre. Isto é, logo abaixo do ponto oriental da ilha, para estar protegidos dos ventos ocidentais do verão e do outono.

* 27.5 ao longo da Cilícia e Panfília. O navio subiu a costa síria, passou por Antioquia da Síria e depois foi a oeste para Mirra. Mirra era um importante porto de parada para navios graneleiros que navegavam entre Alexandria e Roma.

*

27.11,12 O capitão e o proprietário queriam alcançar o porto de Fênix, maior e mais seguro, a 64 km a oeste, mas ao ir em direção oeste, passado o Cabo Matala, o navio estaria exposto a ventos de noroeste.

* 27.17 usaram de todos os meios. Por causa do perigo de violentas tempestades no Mediterrâneo, antigas embarcações carregavam cordas para reforçar o casco e, numa emergência, amarravam-nas em volta delas, pelos lados.

arriaram os aparelhos. Temendo que pudessem ser arrastados para Sirte (uma região de areias perto das atuais Líbia e Tunísia), os marinheiros arriaram as velas. A descrição em grego pode também significar que eles baixaram a âncora para diminuir a velocidade do navio.

* 27.24 deu todos quantos... contigo. Em sua bondade, Deus salvou todos que estavam no navio.

* 27.26 a uma ilha. A ilha de Malta, ao sul da Sicília.

*

27.34 nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo. Deus está no controle dos mínimos detalhes da vida (Lc 21:18).

* 27.37 no navio duzentas e setenta e seis pessoas. Este número de passageiros numa antiga embarcação marítima não era incomum. Alguns navios desse período podiam carregar consideravelmente mais.

*

27.41 Dando... num lugar onde duas correntes se encontravam. Este é o estreito canal na Baía de São Paulo entre Malta e a ilha de Simonetta, onde as correntes criam bancos de areia. Este tipo de detalhe náutico indica que Lucas foi uma testemunha ocular do evento.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
27:1, 2 O uso do pronome nós indica que Lucas acompanhou ao Paulo em sua viagem. Aristarco é o homem que levaram a teatro ao começo do tumulto no Efeso (19.29; 20.4; Fm 1:24).

27.1-3 Julho, um endurecido centurião romano, foi atribuído para vigiar ao Paulo. É óbvio que sempre teve que manter-se perto do Paulo. devido a isto, Julho desenvolveu um respeito por ele. Deu-lhe certas liberdades (27,3) e mais tarde lhe perdoou a vida (27.43). Como se veria seu caráter bem de perto?

HERODES AGRIPA II

Como o bisavô, o avô e o pai, assim era o filho: isto resume a história do Herodes Agripa II. Herdou os frutos de gerações de homens poderosos com personalidades defeituosas. Cada filho seguiu a seu pai em suas debilidades, enganos e desperdiçou as oportunidades. Cada geração teve uma confrontação com Deus e cada uma falhou em dar-se conta quão importante era a decisão. O tio avô do Herodes Agripa, Herodes Antipas, que conheceu o Jesus durante seu julgamento, mas falhou em vê-lo pelo que O era. Agripa II escutou o evangelho de lábios do Paulo, mas considerou que a mensagem era um agradável entretenimento. Achou gracioso que Paulo tratasse de convencê-lo para converter-se em cristão.

Como muitos antes e depois, Agripa II se foi afastando do Reino de Deus. deixou-se a si mesmo sem desculpa. Ouviu o evangelho, mas considerou que não era importante para lhe dar uma resposta pessoal. É lamentável, mas seu engano é comum. Muitos que leiam sua história tampouco acreditarão. O problema destes, como o dele, não consiste em que o evangelho não seja convincente ou que não precisem conhecer deus de maneira pessoal, é que simplesmente decidem não responder.

Qual foi sua resposta frente ao evangelho? trocou sua vida e lhe deu a esperança de vida eterna ou é uma mensagem que resistiu e rechaçou? Possivelmente se tenha convertido sozinho em entretenimento. Pode parecer um preço muito alto dar a Deus o controle de sua vida, mas o custo será major ao decidir viver separados de Deus para sempre por não escolher ser seus filhos.

Pontos fortes e lucros:

-- A última dinastia do Herodes que governou partes da Palestina desde 40 a.C. até 100 D.C.

-- Continuou o êxito de seu pai mediando entre romanos e palestinos

-- Continuou a tradição familiar de construir e melhorar cidades

Debilidades e enganos:

-- O evangelho não o convenceu e o rechaçou a consciência

-- Viveu uma relação de incesto com sua irmã Berenice

Lições de sua vida:

-- As famílias influem negativa ou positivamente em seus filhos

-- Não há garantia para acreditar que teremos oportunidades múltiplos para responder a Deus

Dados gerais:

-- Ocupação: Governador do norte e leste da Palestina

-- Familiares: Bisavô: Herodes o Grande. Pai: Herodes Agripa I. Tio avô: Herodes Antipas. Irmãs: Berenice e Drusila

-- Contemporâneos: Paulo, Félix, Festo, Pedro, Lucas

Versículo chave:

"Então Agripa disse ao Paulo: Por pouco me persuade a ser cristão" (At 26:28).

A história do Herodes Agripa II se narra em Feitos 25:13-26.32.

27:9 "O jejum" era o dia de expiação. As embarcações em tempos passados não usavam bússolas, guiavam-se pelas estrelas. Quando estava nublado era quase impossível navegar e muito perigoso fazê-lo. Navegar em setembro era difícil e impossível em novembro. Este fato ocorreu em outubro (59 D.C.).

27:12 Apesar de que este não era o melhor tempo para navegar, o piloto e o patrão da nave não queriam acontecer o inverno na Lasea, assim que se arriscaram. Ao princípio os ventos e o clima eram favoráveis, mas logo se levantou uma tormenta fatal.

27:17 As medidas que tomaram para sobreviver incluía passar sogas por debaixo da nave para mantê-la unida. A Sirte se encontrava na costa norte da África.

27:21 por que Paulo falaria com a tripulação nesta forma? Paulo não se burlava deles com um "se os pinjente", mas sim lhes recordava que, com a direção de Deus, avisou-lhes do problema (27.10). No futuro, escutariam-lhe (27.30-32) e salvariam suas vidas por isso.

27:27 Se denominava mar Adriático ao Mediterrâneo central, entre a Itália, Giz e a costa norte da África.

27:28 O sondagem se fazia jogando uma corda com peso, marcando a linha na água. Quando chegava ao fundo, os navegantes podiam saber a profundidade da água pelas marcas da corda.

27:42, 43 Os soldados pagariam com suas vidas se algum de seus prisioneiros se fugia. Sua reação instintiva era a de matar aos prisioneiros de maneira que não fugissem. Julho, o centurião, estava impressionado com o Paulo e queria salvar sua vida. Julho era o oficial de mais alta fila e portanto podia tomar esta decisão. Este ato preservou ao Paulo para seu posterior ministério em Roma e permitiu que a predição do Paulo, de que todos os que estavam na nave seriam salvos, cumprisse-se (27.22).

VIAGEM DO Paulo A Roma

Uma das viagens mais importantes do Paulo foi o que realizou a Roma, mas não chegou a seu destino na forma que esperava. voltou-se mais uma viagem de assuntos jurídicos que um missionário porque, mediante uma série de julgamentos e transações, levaram ao Paulo a Roma onde a apresentação do evangelho penetraria até nos muros do palácio imperial. Algumas vezes, quando nossos planos não resultam como desejamos, saem melhor do que esperávamos.

21:30-34: Quando Paulo chegou a Jerusalém, houve um alvoroço. Isto motivou que os soldados romanos pusessem ao Paulo sob custódia. Paulo pediu que lhe permitissem a autodefesa diante da gente. A multidão interrompeu sua exposição quando lhe disse o que Deus estava fazendo na vida dos gentis.

22.24, 25: Um tribuno romano ordenou que torturassem ao Paulo para obter sua confissão. Paulo usou sua cidadania romana e se salvou dos açoites.

22.30: Levaram ao Paulo ante o Sanedrín judeu. devido a sua cidadania romana, resgataram-no de mãos dos líderes religiosos que queriam matá-lo.

23.10: O tribuno romano pôs ao Paulo sob amparo.

23:21-24: Devido ao complô para dar morte ao Paulo, o tribuno o enviou a Cesarea que se achava sob o controle do governador Félix.

23.35: Paulo esteve na prisão até que os judeus chegaram para acusá-lo. Paulo se defendeu ante o Félix.

24.25, 26: Paulo esteve na prisão até que os judeus chegaram para acusá-lo. Paulo se defendeu ante o Félix.Paulo esteve dois anos na prisão, falando em ocasiões com o Félix e Drusila.

24.27: Festo substitui ao Félix.

25.1, 10: Novas acusações contra Paulo. Os judeus queriam que retornasse a Jerusalém para submetê-lo a julgamento. Paulo reclamou seu direito de apelar ao César.

25.12: Festo lhe promete enviá-lo a Roma.

25.13, 14: Festo discute o caso do Paulo com a Agripa II.

26.1: Agripa e Festo ouvem o Paulo. Paulo narra de novo sua história.

26:24-28: Agripa o interrompe com um rechaço sarcástico do evangelho.

26:30-32: O consenso majoritário foi que Paulo era inocente e que poderia ficar em liberdade de não ter apelado a Roma.

27.1, 2: Paulo saiu para Roma, por cortesia do Império Romano.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
XXII. DO APÓSTOLO VOYAGE a Roma (At 27:1 ). A última " Nós seção "tinha deixado cair fora no momento da chegada do partido em Jerusalém (conforme At 21:18 ; At 16:10 ; At 20:6 ).

A. a viagem de Cesaréia para Creta (27: 1-8)

Aqui começa a parte mais dramática de todo o registro Atos. A conta que se segue é de especial interesse e importância para a luz que ela lança sobre termos náuticos antigos e métodos. A impressão é recebida de que a conta de toda a viagem foi escrito por uma testemunha ocular, que impressão é corroborada pela identificação do autor de si mesmo com o partido e os eventos por seu uso do pronome pessoal plural " nós "em quase todo.

O comentário de Bruce é interessante e instrutiva:

Lucas ... viram o mar através dos olhos gregos e nos diz o que viu em inesquecíveis palavra-retratos. Ele também poderia recorrer a uma tradição literária bem estabelecido para a descrição de uma tempestade e destroços no mar, não que isso de forma alguma deprecia o valor factual de sua narrativa. A partir de Homero Odyssey em diante, a conta de uma viagem do Mediterrâneo na Antiguidade, quase invariavelmente, incluiu uma tempestade ou naufrágio. Homer, de fato, definir a forma em que tais contas continuaram a ser relacionado por muitos séculos. O próprio Lucas tem neste capítulo uma ou duas reminiscências homéricos inconfundíveis.

Bruce ainda sugere que Lucas parece ter sido influenciado pela narrativa OT de "experiência tempestade" de Jonas, no Mediterrâneo. Ele observa que a viagem proporcionou uma rica fonte para a interpretação alegórica das experiências, todo o caminho a partir de uma comparação entre a vida a uma viagem por mar-forjado tempestade para a previsão figurativa do curso de história da igreja através dos tempos. Enquanto existem armadilhas perigosas em tal interpretação alegórica das Escrituras, ao mesmo tempo, há lições morais e espirituais válidas de grande valor a ser encontrado na conta. Talvez o exemplo de Paulo sob a tensão de circunstâncias adversas proporciona a maior fonte única de instrução e encorajamento para o cristão. Bruce afirma:

... Vimos Paulo em muitos papéis, mas aqui ele está ereto como o homem prático em uma emergência crítica. Não uma ou duas vezes o mundo teve de agradecer aos grandes santos e místicos para a prestação de ajuda oportuna em momentos de crise, quando os homens realistas, práticos de negócios não foram capazes de fornecer.

Tem-se observado que:

As características importantes da conta são: primeiro, a luz que lança sobre a personalidade dominadora de Paulo, que, apesar de ele ser preso, exerce sua influência em todas as crises; e segundo, a sobriedade da narrativa, apesar de toda a sua vivacidade.

1. o pessoal do navio (At 27:1 ), que, evidentemente, eram de uma classe diferente do que Paulo. Embora eles também podem ter apelado para César, como Paulo teve, Rackham considera-os "não tão recorrentes, mas os criminosos, condenados, pode ser a sofrer a sua pena nos jogos do anfiteatro. ... A palavra para prisioneiro é peculiar a esta passagem no NTS Paulo estava em títulos, mas não um (condenado) prisioneiro "(conforme Lc 23:32 , onde "dois de outros malfeitores '[eram] levou com ele para ser condenado à morte"). Ramsay concorda com Rackham sobre a posição destes alguns outros presos .

Ele [Paulo], é claro, ocupava uma posição muito diferente dos outros prisioneiros. Ele era um homem distinto, um cidadão romano que tinha apelado para o julgamento do Supremo Tribunal, em Roma. Os outros tinham sido, com toda a probabilidade, já condenado à morte e estavam indo para suprir a demanda perpétua que Roma fez nas províncias de vítimas humanas para divertir a população por sua morte na arena.

Referência para o centurião por nome Júlio, da coorte augusta (v. At 27:1 homens guarda-costas da Ordem Equestre recentemente formada por Nero e nomeado Augustiani, que foi designado para acompanhar o imperador para os jogos e para aplaudir suas performances públicas no teatro?

O porto de embarque é assumido ter sido Cesaréia. O navio que eles embarcaram pertencia, e tinha como destino, Adramyttium, um porto importante da Mísia outro lado da baía nordeste da ilha de Lebos e sudeste de Trôade. Adramyttium foi situado na antiga estrada romana que passou de Assos e Trôade para Pérgamo, Éfeso e Mileto. O abismo (Adramytti) ainda carrega seu nome antigo. No caminho, o navio foi reservado para chamar em certos lugares na costa da Ásia (v. At 27:2 ). Devido à dificuldade de garantir passagem direta para Roma naquela temporada, que pode ter sido a intenção original de Júlio de navegar para Adramyttium e dali para a Grécia ou, mais provavelmente Macedónia, após o que teria procedido por terra, provavelmente através da Way Egnatianpara o Mar Adriático.

A presença de Aristarco da Macedónia (v. At 27:2 ; conforme At 19:29 ; At 20:4 ; Filemom 24 ), como também de Lucas, com Paulo a caminho de Roma suscita um problema que Ramsay detém só pode ser resolvido, permitindo que eles foram autorizados a acompanhar Paulo como seus escravos pessoais ", não apenas exercer as funções de escravos ..., mas, na verdade, passando como escravos." Ramsay considera esta como tendo bastante reforçada a posição de Paulo com o oficial romano Júlio. Bruce observa que "argumento méritos de Ramsay o respeito devido a seu grande conhecimento da história social no Império Romano do primeiro século AD "No entanto, pode-se suspeitar que Ramsay inconscientemente ler na narrativa mais da influência cultural aristocrática da sociedade britânica de seu tempo do que os fatos conhecidos do caso justificaria. Aristarco, que tinha acompanhado Paulo a Jerusalém da Macedônia (At 20:4 ), foi a Roma com Paulo, onde é encontrado mais tarde partilhar a prisão de Paulo, possivelmente ainda servindo seus confortos (Cl 4:10 ). Kraeling respeita Aristarco como "o diarista cujo diário [era] usado por Lucas." O complemento total de passageiros do navio é dada mais tarde por Lucas como 276 pessoas (v. At 27:37 ).

2. Tratamento do oficial de Paulo em Sidon (At 27:3 ). Sidon tem uma população atual de cerca Dt 10:1 pessoas e é conhecido pelos franceses como Saidan mas para os árabes como Saida. Sua antiga espaçoso porto tem sido largamente assoreado.

Paulo parece ter favoravelmente impressionado Julius (conforme At 18:14 ; At 19:31 , At 19:37 ), que o tratou filantropia, embora ele estava sob custódia.

Os amigos a quem Paulo entraram em Sidon foram, de acordo com Harnack, crentes cristãos. Harnack pensa amigos pode ter sido um dos nomes atuais pelos quais os cristãos Cumprimentaram-se nos dias de Paulo (conforme Jo 15:14 , Jo 15:15 ; 3Jo 1:14 ). Além da edificação espiritual e encorajamento mútuos compartilhada por Paulo e os cristãos Sidon, que provavelmente contribuiu para o seu conforto pessoal em alimentos e roupas para a viagem, que teria sido recebido por Paulo após a prisão de dois anos. Ele era provavelmente sob a custódia de um soldado, enquanto em terra.

3. o curso do navio de Sidon para Myra (At 27:4 ). Ramsay afirma que enquanto era comum para os navios de seguir este curso para o leste dificilmente era possível para que elas voltem assim, pois não havia raramente um vento de leste constante que pode ser confiável para tal viagem. A brisa de oeste foram constantes ao longo dos meses de verão, e, consequentemente, os vasos para o oeste-bound navegou para o norte a leste de Chipre e dali para o oeste ao longo da costa da Ásia Menor deixando Chipre no sul. Desde Lucas explica a razão para o curso seguido (v. At 27:4 ), "parece implicar que depois de um tempo eles deixaram de abraçar a costa e atravessam de ponto a ponto, presumivelmente, a partir do ponto ao sudoeste de Cilícia ao promontório de Lycia apenas leste de Myra , através da grande baía feita pela costa da Panfília . "

Depois de quinze dias de navegação chegaram ao porto de Myra, que foi o grande porto para o comércio síria e egípcia. A cidade de Myra, uma porta de Lycia, no ponto mais a sul da Ásia, foi localizado cerca de dois quilômetros para o interior do porto.Ramsay afirma que Myra era "a sede do deus dos marinheiros."

O local da antiga cidade é marcada por ruínas do teatro, um aqueduto, túmulos de pedra e outros edifícios.

Conybeare e Howson relacionar relativa Myra: "No reclusão do profundo desfiladeiro de Dembra é uma igreja bizantina magnífica, -provavelmente a catedral da diocese, quando Myra era a metrópole eclesiásticas e políticas de Lycia." Assim, afigura-se que, eventualmente, o cristianismo fez o seu impacto sobre a cidade cuja honra havia sido roubado de Paulo e do evangelho por São Nicolau, o santo padroeiro dos marinheiros gregos, que havia nascido em Patara e foi sepultado em Myra.

4. o curso do navio de Myra a Bons Portos (27: 6-8)

6 E ali o centurião um navio de Alexandria, que navegava para a Itália; . e nos fez embarcar nele 7 E quando a gente tinha navegado lentamente muitos dias, e chegaram com dificuldade defronte de Cnido, o vento não sofrer ainda mais nós, nós navegamos a sotavento de Creta, junto de Salmone; 8 e com dificuldade costeando isso, chegamos a um lugar chamado Bons Portos; whereunto nigh foi a cidade de Laséia.

Se o plano Julius 'tinha sido originalmente para navegar para a Macedônia e de lá para tomar o caminho por terra para o mar Adriático, em seguida, seus planos foram alterados a Myra em favor de uma viagem por mar continuação direta para a Itália. O que pode ter mudado seus planos só pode ser suspeitado. Plumptre acha que pode ter sido a presença de um navio de grãos de Alexandria com destino a Roma, no porto de Myra após a sua chegada, que oferecia:

Uma rota mais fácil e mais rápida para ir direto para Roma, em vez de desembarque em Myra, e, em seguida, tomar um outro navio para a Macedónia, a fim de viagem por terra até a costa do Adriático. A inscrição local descreveu Myra como um "horrea", ou casa do tesouro do milho ... eo navio Alexandrino pode, portanto, ter ido para lá para descarregar parte de sua carga.

Plumptre pensa que este navio tinham sido expulsos de seu curso por um forte vento de oeste (um argumento que não parece coerente com a sua conta de outra forma) em rota de Alexandria para Roma. Ramsay considera tal conclusão tanto "desnecessária e errada." Ele tem, sim, que ele estava em seu "curso normal e ordinário" e, provavelmente, tinha experimentado vela favorável. A cidade colossal de Roma tinha por esta altura se tornar em grande parte dependente mercados estrangeiros, do qual o Egito era o chefe, para ela milho (trigo) a oferta e, consequentemente, esses navios de grãos do governo foram comum no mar e nos portos entre Alexandria e Roma por desta vez. Se este era um grainship de propriedade do governo, então é perfeitamente compreensível que Julius deveria ter requisitado passagem para Roma para si mesmo, suas tropas, e os prisioneiros. Estas embarcações que transportavam grãos "foram de uma especialmente grande formação", e, consequentemente, um navio deste tipo poderia ter acomodado tão grande como um complemento de passageiros 276 pessoas (v. At 27:38 ).

Problemas começaram quando o navio Alexandrino zarpou de Myra para Cnidus. As dificuldades encontradas foram ocasionadas pelas fortes vendavais etesian de noroeste que prevalecem nessas regiões durante o final de julho e no mês de Agosto. A muitos dias (v. At 27:7) de vela lento consumido cerca Dt 25:1 pés. Ele é eqüidistante da Europa, Ásia e África, e foi habitada desde os primeiros tempos das quais temos qualquer conhecimento.

... Os epítetos que um nativo da ilha, o poeta Epimenides (floresceu BC 600), lançou em os cretenses, são cotados em uma maneira um tanto unapostolic na Epístola a Tito (Fm 1:1:Fm 1:12 ). Epimenides estilo deles "sempre mentirosos, bestas ruins de rapina, ventres preguiçosos."

O registro do cristianismo em Creta é um pouco obscura. Sabemos que havia judeus cretenses apresentar no dia de Pentecostes (At 2:11 ), e é provável que alguns deles foram convertidos (At 2:37) e levou a fé cristã de volta para sua ilha com eles.Em todo o caso, o cristianismo parece ter sido bem estabelecida na ilha, no primeiro século. Isso Tito foi colocado aqui por Paulo para supervisionar as igrejas da ilha, podemos aprender com a carta de Paulo a Tito (Tt 1:4 ). Além disso, a extensão considerável do cristianismo pelo tempo desta epístola (ca. AD
65) é indicado por instruções de Paulo, "ordenar presbíteros em cada cidade, como já te mandei" (Tt 1:5 ).

Não há nenhuma evidência de que Paulo fundou a igreja na ilha de Creta, embora ele possa ter reorganizado ele. Em todo o caso, é evidente que ele visitou a ilha em um momento diferente em sua viagem a Roma, que ele estava familiarizado com a comunidade cristã lá (Tt 1:5. , 2Co 8:16-24 , At 27:7 , At 27:8 ). Neste caso, porém, o quadro mudou e " eles "se aventuraram contra o parecer sóbrio e advertências do homem de Deus e as lições que a natureza em si deve lhes ensinaram. Tal presumptiveness é sempre perigoso e é certo para levar a sua própria recompensa. Nem Paulo assumir a responsabilidade por um comportamento que era contra o seu próprio bom senso e conselhos. A necessidade de circunstâncias exigiram que ele acompanhe o navio em seu curso malfadada, mas ele não podia comprometer-se com um curso de ação que ele previu seria desastroso.

Eles descobriram ligeira confirmação circunstancial para a sua decisão em um vento sul gentil que surgiu e prometeu trazê-los com segurança em ao porto desejado em Phoenix. No entanto, esta brisa temporária provou apenas para ser como o lago miraged nas ardentes areias do deserto que atrai o viajante sede louca por diante, apenas para desaparecer, deixando-o em desilusão e desespero mais profundo de desesperança. Declaração de Lucas que navegou ao longo Creta, perto in shore (v. At 27:13 ), que bateu para baixo sobre eles a partir do 7000 metros Mount Ida da fama lendária. Ramsay chama isso de "uma rajada eddying súbita", mas Lucas descreve-o como um "vento tifônica" sugerindo "o movimento giratório das nuvens e mar causados ​​pelo encontro das correntes contrárias de ar. Daí vem a nossa tufão Inglês ".

"Os marinheiros reconheceram este vento como um velho inimigo e tinha um nome para ele-Euraquilo." Tendo passado Cape Matala, perderam a proteção adicional da linha de costa, que eles tinham, até agora, seguido de perto (v. At 27:13 ), que ele traduz, portanto, "[" E nem poderia nossas quilhas manter o som, e'en com as cordas que os cingi ao redor e contra a onda imperiosa ']. "

Por que o navio não tentou encontrar refúgio na Cauda Lucas não diz, mas presume-se que pode ter havido nenhum porto disponível lá.

Um novo medo surgiu com os marinheiros para que o Euraquilo deve conduzi-los no Syrtis (v. At 27:17 ; conforme Ob 1:5)

21 E quando eles tinham estado muito tempo sem comer, Paulo ficou em pé no meio deles, e disse: Senhores, devíeis ter-me ouvido e não ter partido de Creta, e assim evitariam este incômodo e perda. 22 E agora vos exorto a que tende bom ânimo;Porque haverá nenhuma perda de vida no meio de vós, mas somente o navio. 23 Para lá ficou ao meu lado esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, quem também sirvo, 24 dizendo: Não temas, Paulo; tu deves estar diante de César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. 25 Portanto, senhores, tende bom ânimo, porque eu creio em Deus, que deve ser, mesmo assim, uma vez que foi falado para mim. 26 Mas temos de ser lançado em alguma ilha.

Podemos imaginar que, enquanto pânico e frustração reinou nas mentes pagãos destes homens, Paulo, talvez com seus companheiros cristãos, foi escondido em algum lugar no porão escuro do navio mantendo a vigília de oração com Deus. O escritor hino tão bem expressou o que podemos muito bem imaginar caracterizado o conteúdo da oração de Paulo, nesta ocasião, quando ela escreveu.

Mestre, a tempestade se abate!

As vagas estão jogando alto!

O céu é o 'er-sombreado com a negritude,

Sem abrigo ou ajuda está perto;

Carest não te importa que pereçamos?

Como podes mentir dormindo,

Quando cada momento tão loucamente ameaça

Uma sepultura na raiva profunda?

Em seguida, fora da escuridão do desespero veio a resposta de Deus através de um anjo que estava junto (v. At 27:23) Paulo esta noite e disse: Não temas, Paulo (v. At 27:24 ).

Os ventos e as ondas devem obedecer a Minha vontade,

Paz, fique quieto!

Se a ira do mar tempestuoso,

Ou demônios, ou homens, ou o que quer que seja,

Sem água pode engolir o navio onde mentiras

O Mestre do oceano e da terra e do céu;

Todos eles devem obedecer docemente a minha vontade;

Paz, fique quieto! Paz, fique quieto!

Todos eles devem obedecer docemente a minha vontade;

Paz, paz, seja ainda!

Então, de repente fora da escuridão da meia-noite brilhou uma luz, não a luz do sol que tinha quebrado através das nuvens de tempestade, mas a luz da glória de Deus, que havia iluminado com novos raios de esperança, do meio do desespero, o semblante do "homem de Deus", a bordo.

Sua abstinência de comida (v. At 27:21) não implica que as suas disposições foram esgotados, (vv. At 27:35 , At 27:38 ), mas provavelmente sugere que a extrema enjôo tinha em grande parte os privou de apetite (v. At 27:33 ), e as incertezas à frente pode ter colocou-os em rações magras. Somado a isso foi o fato de que provavelmente a tempestade violenta os impedira de preparar os alimentos.

Julius, o capitão, e os marinheiros haviam rejeitado o conselho de Paulo em sua auto-suficiência a Bons Portos (v. At 27:11 ), mas agora, no entanto, com toda a esperança se foi (v. At 27:20 ), eles estavam contentes de ouvir seus conselhos (v. At 27:21 ). Bruce observa: "Ele aquece os nossos corações para ver ... que em alguns aspectos humanos que ele era tão parecido com nós mesmos; ele não iria resistir à tentação de dizer: 'eu te avisei ", para aqueles que rejeitaram os seus bons conselhos em Bons Portos".

Parece que a narrativa de Lucas implica que os marinheiros pagãos e passageiros tinha se transformado, em vão, lamentando a seus deuses (conforme Ob 1:5 ; conforme Gn 18:26 ).

Da declaração de Paulo de quem eu sou, quem também sirvo (v. At 27:23 ), Plumptre observa: "O serviço implícita é a de adoração, em vez de trabalho. A palavra e pensamento eram eminentemente característico de St. Paulo "(conforme Rm 1:9 ). Também não é necessário supor que Lucas acrescentou estas palavras após a ocorrência.

C. O naufrágio AT MALTA (27: 27-44)

A precisão detalhada com que a revelação de Deus para Paulo foi cumprida nos eventos que se seguem é mais surpreendente.

1. A Surmise da Terra (At 27:27 , 28)

27 Mas quando a décima quarta noite, sendo nós ainda impelidos para lá e para cá no mar de Adria, cerca da meia-noite suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra: 28 e eles sonda, acharam vinte braças; e depois de um pouco de espaço, eles soou novamente, e acharam quinze braças.

A décima quarta noite (v. At 27:27) parece ter sido calculado a partir do momento de sua partida de Bons Portos (conforme vv. At 27:18 , At 27:19 , At 27:33 ), como com base em cálculos de Tiago Smith referidos anteriormente neste capítulo. Bruce afirma que "As sondagens registradas no vs. At 27:28 indicam que o navio estava passando do ponto de Koura localizado na costa leste de Malta, no extremo leste da Baía de São Paulo. "

É bem possível que o som de disjuntores contra o costão rochoso e uma linha fraca de espuma do mar alertou o marinheiros para se aproximar da terra. Quando soou (medida a profundidade do mar), eles primeiro achei que fosse 20 braças ou cerca de 120 metros, mas uma segunda sondagem indicou apenas 15 braças ou cerca de 90 metros. Assim, as suas suspeitas de que eles estavam se aproximando da terra foram confirmadas. Estas sondagens foram encontrados para concordar com as medidas modernas tomadas entre os disjuntores de Cape Koura.

Referência para o mar de Adria (v. At 27:27) pode ser melhor entendida como um nome que era comumente aplicado a todo o Mediterrâneo Oriental, embora em um sentido mais técnico que pertencia às águas situadas a nordeste, entre a Sicília e na Acaia.

2. Plano dos marinheiros de Escape (27: 29-32)

29 E, temendo que, por acaso, que deve ser lançado à praia em terreno pedregoso, eles soltou quatro âncoras da popa, e desejou para o dia. 30 E, como os marinheiros tentavam fugir do navio, e tendo arriado o bote no mar, sob a cor como se lançar âncoras pela proa, 31 Disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis ser salvos. 32 Então os soldados cortaram os cabos do batel, e deixá-la cair.

Conheceram de se aproximar de rochas perigosas. Os marinheiros lançaram quatro âncoras da popa do navio e desejou para o dia (v. At 27:29 ). Navios antigos foram equipados para ferros de popa, bem como ferros de proa. Isto parece indicar que foram ancorado ao largo da costa norte de Malta, e assim, com um vento soprando de nordeste pesado, a proa do navio seria destinado à costa em prontidão a encalhar no momento em que as âncoras deve ser levantada ou separada do navio.

Uma vez que o navio estava ancorado, assim, os marinheiros procurou garantir sua própria segurança à custa dos outros passageiros, escapando à terra (v. At 27:30 ). Assim, eles baixaram o barco salva-vidas sob o pretexto de que coloca as âncoras pela proa do navio. Paulo imediatamente detectada seu esquema e divulgadas a Julius e seus soldados o enredo, com a advertência de que sua fuga impediria a salvação do restante do complemento de passageiros do navio. Obviamente, os marinheiros eram necessárias para a gestão e as manobras do navio como deve surgir ocasião. Ao comando Julius 'os soldados cortaram os cabos e deixou o bote no mar. Esta parece ter sido uma jogada rash como o bote poderia ter sido usado na obtenção de passageiros à costa após o amanhecer, e, portanto, é possível que o próprio navio poderia ter sido salvo de escombros por encalhar. No entanto, ele pode ter sido considerado por Julius como um movimento de precaução necessária contra a nova tentativa dos marinheiros para escapar.

3. Os marinheiros do rápido Broken (27: 33-38)

33 E enquanto o dia vinha, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: Este dia é o décimo quarto dia que esperais e continuar o jejum, não havendo provado nada. 34 Por isso eu te suplico para tomar um pouco de comida, porque esta é para sua segurança.: para nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós 35 E, havendo dito isto, tomou o pão, deu graças a Deus na presença de todos; e o partiu e começou a comer. 36 Em seguida, eles foram todos bom ânimo, e se puseram também a comida. 37 E nós estávamos em todos no navio duzentas almas setenta e seis. 38 E quando eles tinham comido o suficiente, eles aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.

O conselho de Paulo, como o dia amanheceu, para que comessem alguma coisa, porque isto é para sua segurança (v. At 27:34 ), reflete seu próprio mérito. Pv 14:1 ), e partiu o pão e começou a comer , (v. At 27:35 ), isto não é para ser confundido com a Eucaristia (conforme Lc 24:30 ).

O número de passageiros a bordo não deve surpreender-nos como Josephus relata uma viagem a Roma em AD 63, onde havia 600 passageiros a bordo, que navio afundou no Mar Adriático. Tem sido sugerido que a enumeração pode ter sido, com vista à distribuição de bens alimentares.

A operação de aliviar o navio, alijando a carga de trigo, iniciado no versículo 18 , foi concluído aqui, talvez, a fim de que o navio possa ser melhor encalhou bem até a praia.

4. Naufrágio do navio (27: 39-41)

39 E, quando já era dia, eles não sabiam a terra, mas eles perceberam uma enseada com uma praia, e eles entraram em conselho se eles poderiam conduzir o navio em cima dele. 40 , despojando-se as âncoras, deixaram-no ir ao mar, ao mesmo tempo perder as amarras do leme; e içar a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia. 41 Mas iluminação em cima de um lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam o navio; e proa, e ficou imóvel, mas a popa se desfazia com a força das ondas .

Quando o dia amanheceu, viram a terra, mas eles não foram capazes de identificá-lo. Bruce acha que eles podem ter sido familiarizado com o principal porto de Valletta, onde os outros navios ancorados Alexandrino (At 28:11) cerca de oito milhas de distância da Baía de São Paulo, que se colocar cerca de cinco quilômetros de Melita da capital, localizado no coração da ilha. No entanto, da Baía de St. Paulo, onde foram náufragos, e com a qual local eles não estavam familiarizados, eles foram incapazes de identificar a ilha. Quando eles viram uma enseada com uma praia que (provavelmente os oficiais do navio, Julius, e Paulo) realizou consultas e decidiu em favor de encalhar o navio neste local (v. At 27:39 ). Estados Kraeling:

Tradição localizou o naufrágio no lado oriental da baía e aqui foi construída uma igreja de St. Paulo ad Mare ; que igreja foi reconstruída em 1610, momento em que a Torre de St. Paulo também foi erguido por perto.

Na operação que se seguiu (v. At 27:40 ), rejeitando as âncoras , para as quais não tinham mais uso, perdendo as amarras do leme , ou remos, que pode cair para a posição e guiar o navio e içar-se a traquete usado apenas para dirigir o navio, eles deixá-la de carro para a praia. Bruce descreve vividamente a baía e para o que aconteceu com o navio assim:

Mas havia algo que não tinha notado, porque ele não podia ser visto até que eles tinham entrado na baía. "A partir da entrada da baía, onde o navio deve ter sido ancorada, eles não poderiam ter suspeitado que na parte inferior do que deveria haver uma comunicação com o mar de fora" (Smith, Voyage , p. 143). Baía de São Paulo é abrigada no noroeste pela ilha de Salmonetta, que é separada do continente maltês por um canal estreito cerca de cem metros de largura. Este canal é o "lugar de dois mares."

Ramsay sugere que o navio provavelmente atraiu cerca Dt 18:1)

42 Então o parecer dos soldados era que matassem os presos para que nenhum deles deve nadar para fora, e fugir. 43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, ficou-lhes este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem ao mar e alcançar primeiro a terra; 44 e os demais, uns em tábuas e outros em outras coisas do navio. E assim aconteceu, para que todos eles escaparam em segurança para a terra.

Parecer dos soldados ... que matassem os presos (v. At 27:42) pode ser melhor entendida pelo fato de que as leis rígidas de Roma exigiu que a pena capital seja indiciado sobre os responsáveis ​​dos presos se eles lhes permitiu escapar, especialmente no caso do capital crimes (conforme At 2:19 ; At 16:27 ). A sugestão de abater os prisioneiros parece ter vindo dos soldados, possivelmente algum sub-oficial, e não de si mesmo Julius.

Admiração Julius 'para, e confiança em, Paulo por esta altura era tal (v. At 27:1 ), que ele de uma vez revogada a ordem ou a intenção dos soldados (v. At 27:43 ). Paulo pode ter sido entre os primeiros, a julgar por suas experiências de naufrágios anteriores (conforme 2Co 11:25 ).

Os não-nadadores feitas para a costa em tábuas e quaisquer outras peças de destroços como estavam disponíveis a partir do navio de desintegração (v. At 27:44 ). Todos eles fizeram-lo com segurança até a praia com nenhuma perda de vida, embora o navio e sua carga foram uma perda total (v. At 27:22 ).

6. Algumas Lições da Voyage de Paulo e Shipwreck

1. A benéfica influência de uma vida piedosa entre os ímpios.

b. A transcendência espiritual e moral de deficiência física e limitação. Paulo zarpa um prisioneiro com destino a tribunal de César sob um centurião romano, mas termina no comando do exército e do navio.

c. O conselho de um sóbrio homem experiente de Deus pode ser mais seguro do que a de muitos motivados por desejos egoístas.

d. Oração e auxílio divino pode aproveitar quando todos os outros a esperança está perdida.

e. Extremidade do homem, muitas vezes torna-se oportunidade especial de Deus.

f. A hora mais escura do desespero humano é muitas vezes pouco antes da quebra do amanhecer espiritual e uma nova esperança.

g. Todas as coisas temporais e material pode ser proveitosamente sacrificado para a própria vida.

h. As coisas muitas vezes acabam por muito melhor do que uma situação de risco promete.

Eu. A exemplo de coragem moral sob pressão e tensão extrema, quando outros têm caído em confusão e desespero.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
Certifique-se de consultar seu mapa à medida que lê o relato dessa via-gem e do naufrágio de Paulo. Em 2Co 11:25, Paulo menciona que esteve em três naufrágios, por-tanto esse deve ser o quarto, já que a passagem de Coríntios foi escrita uns três anos antes dessa viagem. Paulo estava disposto a correr qualquer ris-co para levar o evangelho ao mundo perdido. Nós também estamos?

  1. A viagem para Bons Portos (27:1-8)

Lucas (veja as seções com "nós") e Aristarco (veja 19:29 e 20:4; também Fm 1:24) acom-panhavam Paulo na viagem. Pro-vavelmente, Paulo sentiu-se re- confortado com esses homens a seu lado! Júlio, o centurião, era humano com Paulo, pois "sendo o caminho dos homens agradável ao Senhor, este reconcilia com eles os seus inimigos" (SI 16:7). Em geral, a Bíblia apresenta os centuriões como homens justos e inteligen-tes. Paulo sentiu-se renovado físi-ca e espiritualmente com a visita, com a permissão de Júlio, que fez à igreja em Sidom. Em Mirra, eles mudaram de navio.

A viagem não foi encorajadora desde seu início. Eles enfrentaram "vento contrário" e "navega[ram] va-garosamente muitos dias" (v. 7). Por fim, chegaram a Bons Portos.

  1. A advertência sobre o perigo feita por Paulo (27:9-14)

Era outubro, o versículo 9 refere- se ao "jejum" do Dia da Expiação. Após o início do outono, a navega-ção era perigosa durante meses, e há algum debate se devem ou não continuar a viagem até Roma. Pau-lo, orientado por Deus, advertiu-os de que a viagem seria um desastre, mas o centurião não lhe deu aten-ção. Há, pelo menos, cinco fatores que contribuíram para essa decisão errônea do centurião:

  1. A impaciência

Passara-se muito tempo (v. 9). Em geral, apressamo-nos em seguir em frente quando ficamos impacien-tes, e desobedecemos à vontade de Deus. Devemos ser como a ovelha obediente que segue o pastor, não como o cavalo que dispara na fren-te, ou como a mula que se deixa fi-car para trás (Sl 32:9).

  1. O conselho do especialista

O centurião ouviu o capitão e o mestre do navio, mas não o men-sageiro de Deus. O centurião tinha fé, mas nas pessoas erradas! A sabe-doria de Deus está muito acima da do homem. A pessoa que conhece a Palavra de Deus sabe mais que os "especialistas" (SI 119:97-104). Nós precisamos de sabedoria, em-bora o conhecimento seja impor-tante (Jc 1:5).

  1. O desconforto

"O porto [não era] próprio para invernar" (v. 12). O centurião não conseguia conceber passar três me-ses em um lugar tão desconfortável.

  1. O poder da maioria

Eles fizeram uma votação (v. 12), da qual Pãulo não participou! Na Bíblia, em geral, a maioria está errada, no entanto hoje a desculpa mais comum para tudo é: "Todos fazem isso!".

  1. As circunstâncias favoráveis

"Soprando brandamente o vento sul" (v. 13). O fato de o vento de que precisavam haver chegado provava quanto Pãulo estava errado. Temos de ter cuidado com as "oportunida-des magníficas" e as "circunstâncias favoráveis" que contradizem a Pala-vra de Deus.

Cada um dos fatores acima se aplica à vida do cristão de hoje. Mesmo que as circunstâncias pa-reçam comprovar que estamos er-rados, devemos ser cuidadosos em obedecer à Palavra de Deus.

  1. A tempestade (27:15-26)

Logo o brando vento sul transfor-mou-se em uma terrível tempes-tade, como acontece, em geral, quando desobedecemos à Palavra de Deus. A palavra "Euroaquilão" é meio grega, meio latina, e significa "vento leste e vento norte". Nessa seção, observe que Lucas usa "nós", o que demonstra que a tripulação e os prisioneiros estavam ocupados em tentar salvar o navio. Primeiro, eles recolheram o bote que estava atrás do navio (v. 16). A seguir, pu-seram cabos à volta do navio com a finalidade de mantê-lo inteiro (v. 17). O movimento seguinte foi arriar parte das velas e deixar ape-nas o suficiente para firmar o navio (1 7b). No dia seguinte, começam a deixar o navio mais leve, jogando fora parte do carregamento (v. 18), e por volta do terceiro dia (v. 19) jogaram até a "armação" (esse é o sentido da palavra grega) ou equi-pamento. Tudo isso foi necessário porque as pessoas não acreditaram na Palavra de Deus!

Sabemos que "alguns dias", do versículo 20, somam 11 dias; bas-ta comparar o versículo 1 7 com o

  1. Não havia luz nem esperança! Que imagem das almas perdidas de hoje, que andam na tempesta-de da desobediência e do pecado, sem Deus e sem esperança! (Veja SI 107:23-31.) Nesse ponto, Paulo põe-se de pé e assume o comando, lembrando aos homens que a situ-ação em que estão deve-se ao fato de terem escutado o aviso de Deus. Todavia, Paulo também tem, além da reprimenda, uma mensagem de esperança para eles enviada por Deus (23:11). Deus prometera a Paulo que ministraria em Roma, e este acreditava na Palavra do Senhor. O que nos dá esperança e se-gurança nas tempestades da vida é a fé na Palavra de Deus. O Senhor também dissera a Paulo que toda a tripulação e todos os passageiros seriam salvos, apesar de que o na-vio naufragaria em uma ilha.
  2. O naufrágio (27:27-44)

Três dias depois, à meia-noite, as pa-lavras de Paulo tornam-se realidade. Os marinheiros ouviram batidas e souberam que estavam perto de ter-ra. Eles lançaram diversos prumos e viram que, de fato, a água estava mais rasa e a terra, próxima. Agora havia um novo temor: o navio seria arremetido sobre rochas e todos mor-reríam? Como medida de segurança, lançaram quatro âncoras, apenas para ser recolhidas (literalmente, "le-vantadas") mais tarde (v. 40). Paulo percebeu que alguns marinheiros tentavam escapar no bote, que fora recolhido antes (v. 16), e impediu-os. Observe que, no versículo 31, Paulo diz: "Vós não podereis salvar-vos", e não "nós", como se pensasse apenas em si mesmo e em seus amigos.

Pela primeira vez em duas sema-nas, começa a clarear, e Paulo pede que os homens se alimentem. Os passageiros estavam sem comer por causa dos efeitos da tempestade, pela necessidade de vigilância constante, pela falta de alimento, já que jogaram uma parte fora a fim de deixar o navio mais leve, e talvez pelo desejo de je-juar para agradar a seus deuses. Pau-lo, sem sentir vergonha, deu graças diante de 275 pessoas (v. 37) e deu o exemplo ao alimentar-se.
Ao amanhecer, avistaram uma enseada na ilha, levantaram (corta-ram) as quatro âncoras, alçaram a vela e se dirigiram para esse porto. A proa do navio encalhou na lama, enquanto a popa era flagelada pe-las ondas. Os soldados planejavam matar todos os prisioneiros (até Pau-

lo), mais uma obra de Satanás, mas, dessa vez, o centurião acreditou em Paulo e mandou que todos fossem para terra da melhor maneira que pudessem. A última afirmação (v. 44) prova a verdade da promessa de Deus dos versículos 22:34: "E foi assim que todos se salvaram em ter-ra". Eles estavam na ilha de Malta.

Deus poupou 276 pessoas por causa de um homem — o apóstolo Paulo! Seus santos são muito pre-ciosos para ele! Deus estava dispos-to a poupar Sodoma e Gomorra por causa de dez homens justos (Gn 18) e não enviou sua ira até que Ló e a família estivessem a salvo. Deus re-tém seu julgamento para este mundo perverso porque a igreja ainda está na terra, mas seu julgamento cairá quando formos arrebatados (2Co 2:0).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
27.1 A viagem e naufrágio de Paulo neste capítulo nos fornecem um dos melhores exemplos de narrativa descritiva no NT. Imperial (gr Sebastes, "de Augusto". Uma unidade militar com este nome se localizava na Síria no primeiro século.

27.2 Adramitino... Da cidade de Adramítio, porto ao sul de Trôade na costa asiática. Conosco Aristarco. Pelo menos dois amigos de Paulo o acompanharam na viagem: Lucas e Aristarco, um dos delegados que levou a contribuição aos crentes pobres de Jerusalém (20.4; Cl 4:10 indica que foi preso com Paulo ou viajou como seu companheiro).

27.6 Alexandria. Porto principal de exportação de trigo (v. 38) para Roma. Um barco destes facilmente carregava 276 pessoas (v. 37) com c 300 toneladas de carga (NDB., p 1099). Nos fins do verão o vento costumeiro sopra do oeste tornando necessário prosseguir até a Ásia (Mira) antes de voltar para o oeste.

27.7 Cnido. Porto no extremo sudoeste da Ásia Menor, uns 120 km ao sul de Mileto; daí velejavam para o sul até Creta.

27.8 Bons Portos. Uma baía aberta para o mar, mal protegida.

27.9 Tempo do Dia de Jejum. Refere-se à festa judaica da Expiação, celebrada no dia 10 do mês de Tisri (nesse ano 5 de outubro). A navegação parou definitivamente no dia 11 de novembro.

27.10 Vejo. Ou por visão profética ou por sua longa experiência.

27.11 O centurião ficou com a decisão sendo que o comércio de trigo egípcio era monopólio do governo romano.

27.12 Fenice. Porto melhor protegido na costa sul de Creta.

27.14 Euroaquilão. Euro - vento do leste; aquilo - vento do norte.

27.17 Cingir. Amarrava-se o barco com os cabos para evitar desintegração. Sirte. Atéia movediça na costa norte da Líbia; ainda longe mas continuando o vento do nordeste o perigo era real.

27.18 Aliviavam. A frase é citada em Jo 1:5.

27.19 Armação. O mastro principal com a vela quadrada maior.

27.20 Sem Sol ou estrelas era impossível determinar a direção.
27.22 Nenhuma vida. Não devemos entender a frase "prejuízo... das nossas vidas” (v. 10) como perda de vida.

27.23 Anjo de Deus. Conforme 12.7. De quem eu sou. Paulo deriva confiança de um fato dominante: ele pertence a Deus por compra (1Co 6:20) e por criação (Rm 11:36). Sirvo (gr latreuõ, "servir", "cultuar"). O "culto racional" (Rm 12:1) é latreia. Conforme Fp 3:3; Ap 7:15; Ap 22:3.

27.24 Não temas. Conforme 23.11. Novamente um recado encorajador vem do Senhor ao apóstolo em crise. César. Talvez não em pessoa, mas diante de seu tribunal. Por sua graça. Lit. "dei a ti como presente".

N. Hom. 27.25 "Tende bom ânimo". Quem realmente pode animar o homem desesperado é:
1) Aquele que pertence a Deus totalmente (23);
2) Aquele que serve a Deus (23);
3) Aquele que tem uma palavra certa do Senhor. Ele pode agir como mediador entre Deus e os homens.
27.27 Adriático (gr Adria). Para o mundo antigo estendia entre Itália, Malta, Creta, e a Grécia até ao norte da África. Um lado para outro. Não para cima e para baixo, mas cruzaram o mar flutuando segundo os ventos. Pressentiram. Ouviram a rebentação das ondas na costa de Malta. Navegaram entre Clauda (16) e Malta, cerca de 800 km.

27.28 Vinte braças. Uma braça equivale a 1.84 m

27.34 Rogo que comais. Percebemos o lado prático de Paulo. Depois de orar e receber de Deus a certeza que ninguém se perderia. Paulo pensa do lado humano. Segurança (gr soteria "salvação"). Sem alimento ninguém teria força física para lutar com as ondas. Perderá nem mesmo um fio de cabelo. Frase proverbial significando salvação da morte.

27.35 Todo judeu oferecia uma oração de gratidão antes de comer, mas é notável aqui como a ação de Paulo é paralela à Ceia do Senhor.
27.37 Alguns bons manuscritos rezam "setenta e seis". Mas o número maior não apresenta nenhuma dificuldade. Josefo viajou para Roma num navio que transportava 600 homens.
27.38 Aliviaram. Completaram o processo começado no v. 18 para que o navio pudesse subir com mais facilidade na praia.

27.40 Leme. Consistia de dois remos grandes.

27.41 Lugar. Provavelmente na baía agora conhecida como a de S. Paulo. Duas correntes, que contornavam um banco de areia que, inesperadamente, impediu o navio de chegar até a praia.

27.42 Matassem os presos. Os soldados teriam de responder pelos presos com suas próprias vidas.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
XV. O EMBAIXADOR EM CORRENTES: PARTE TRÊS: A CAMINHO DE ROMA (27.1—28.15)

1)    Um relato detalhado
A primeira vista, a narrativa da viagem perigosa até Roma parece desproporcionalmente longa em comparação com os breves resumos dos períodos e circunstâncias que teriam lançado muito mais luz sobre o ministério apostólico e a função e o testemunho de igrejas locais. Talvez o Mestre de Paulo quisesse que soubéssemos como era o seu servo quando compartilhava os reveses e perigos da vida com seus iguais, e que a obra do serviço e do ministério não pode ser avaliada somente por meio de sermões e escritos. Paulo, como homem de Deus (v. 23), tornou-se o líder de um grupo heterogêneo a bordo de um navio à deriva destinado ao naufrágio, e foi o meio para a salvação deles naquele momento. A narrativa de Lucas é considerada uma das obras-primas da literatura de naufrágios, mas, mais do que nos incidentes dramáticos, estamos interessados no testemunho de um apóstolo que estava nos planos de Deus tanto quando se encontrava nos perigos do mar como quando recebia aquelas revelações especiais que tanto significaram para a conclusão das Escrituras do NT.

2)    De Cesaréia a Bons Portos (27:1-12)
Paulo e seus companheiros (v. 1,2). Júlio, um centurião [...] que pertencia ao Regimento Imperial e possivelmente era emissário oficial a serviço do imperador, estava para partir de Cesaréia com soldados e prisioneiros, daí que Paulo foi entregue à sua custódia. Paulo foi acompanhado de Aristarco, de Tessalônica, que mais tarde trabalhou com o apóstolo em Roma (Cl 4:10; Fm 24), sendo provável, portanto, que tenha se oferecido voluntariamente para servi-lo (conforme 20.4). A presença de Lucas é indicada com o pronome “nós” subentendido em Embarcamos. Uma embarcação costeira com destino a portos da Ásia serviu para a primeira etapa da viagem, até que Júlio pudesse transferir o seu grupo para um navio de trigo com destino a Roma.

De Gesaréia para Mirra (v. 3-6). Em Sidom, havia amigos (certamente de uma igreja local) para cuidar de Paulo, que foi tratado com atenção e bondade pelo centurião. A viagem foi lenta desde o início, e o navio de Mramítio teve dificuldades para circundar o extremo leste de Chipre, costeando a Cilicia e Panfília antes de chegar ao porto de Mirra, na Lícia. Ali Júlio transferiu o seu grupo para um navio alexandrino com carga de trigo com destino a Roma. Provavelmente era um navio contratado pelo governo, e Júlio seria o principal oficial a bordo.

De Mirra a Bons Portos (v. 7-12). Grandes navios a vela podiam mudar de rumo até certo ponto, mas os persistentes ventos frontais tomaram o avanço muito difícil quando partiram de Cnido (extremo sudoeste da Ásia Menor) e buscaram o abrigo da costa ocidental e meridional de Creta. A demora se tornou um problema sério, visto que o período entre 15 de outubro e 10 de novembro era considerado perigoso para a navegação, e os navios eram então aportados até fevereiro. O Jejum (v. 9) era o do Dia da Expiação, que no ano 59 caiu numa data tardia — uma confirmação indireta da data estimada dessa viagem.

Tornou-se claro a essa altura para o proprietário, o capitão e Júlio que seria impossível chegar a Roma antes do inverno, de forma que a conversa (v. 9-12) deveria determinar se passariam o inverno em Bons Portos ou tentariam forçar a ida até Fenice, mais adiante na costa sul de Creta, que se imaginava fosse um porto melhor para o seu propósito. O atual porto de Finike está em grande parte assoreado, mas não há razão para supor outro porto, e ele de fato está voltado para sudoeste e noroeste. Paulo poderia oferecer conselho como um respeitado cidadão romano, criado naquela região, embora fosse prisioneiro por conta de uma acusação vaga e não-criminal; mas o centurião naturalmente seguiu o conselho dos experts.


3) O testemunho de Paulo em meio à tempestade e ao naufrágio (27:13-44)
A tempestade (v. 13-20). Um vento sul pareceu prometer uma passagem tranqüila para Fenice, a menos de 160 quilômetros a oeste, mas a predição que Paulo havia feito acerca de um desastre se cumpriu tão logo que um violento vento nordeste de Creta atingiu o navio com tamanha força que a única solução foi fugir adiante do vento forte com um mínimo de vela. O barco salva-vidas (v. 
16) era o escaler, geralmente rebocado. O reforço do casco do navio (v. 17) com cordas, para fortalecer e manter unidas as vigas contra o impacto das ondas, era uma operação bem conhecida. Visto que não se via terra nem céu, a navegação era impossível, embora o curso em sentido oeste (quando empurrados por um vento nordeste) parece indicar alguma direção para evitar os temidos bancos de areia perto da costa norte da África. A operação observada nos v. 18-20 tinha o propósito de aliviar o peso ao se lançar ao mar todo o cordame desnecessário e, assim, tornar o navio mais leve. A situação era desesperadora, e as condições para as 276 pessoas a bordo extremamente desa-lentadoras (v. 20).

A liderança moral de Paulo (v. 21-26). Nenhuma habilidade marítima serviu para nada na situação, mas o servo de Deus recebeu uma mensagem que não era só para ele, mas também para o povo amedrontado a bordo. Ao falar a eles, lembrou-lhes do seu conselho rejeitado em Bons Portos. Não havia nada de errado nisso de acordo com o modo simples de Paulo pensar, e sua autoridade foi reforçada quando ele lhes transmitiu uma mensagem de ânimo. Havia um Deus supremo, a quem ele adorava e servia, e a quem pertencia. O seu Deus havia enviado um anjo para confirmar os seus propósitos para o seu servo, dizendo: Paulo, não tenha medo. E preciso que você compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe a vida de todos os que estão navegando com você (v. 24). Paulo aceitou a mensagem de Deus com fé sincera, sabendo que as coisas aconteceriam exatamente como ele tinha sido informado. Como algo claro para o seu próprio espírito profético, acrescentou que seriam arrastados para alguma ilha. Estando ele mesmo completamente confiante, sem dúvida estava apto também a instilar ânimo nos homens e mulheres que até então tinham pensado que o Destino pagão os tinha condenado a perecer no mar revolto. Deduzimos que Paulo tinha intercedido por seus companheiros de viagem, pois o texto diz que Deus os entregou a ele como um presente (kecharistai, v. 24).

Aproximando-se de Malta (v. 27-38). O período de catorze dias a caminho de Bons Portos para Malta parece ter sido um longo tempo, mas os experts calculam uma deriva de apenas 40 quilômetros ao dia em tais circunstâncias (F. F. Bruce, The Book ofActs, ad. loc.). Talvez o barulho da arrebentação na costa de Malta tenha avisado os marinheiros da proximidade de terra e os levou a verificar a situação com uma sonda (v. 27,28). As âncoras foram lançadas da popa, e não da proa, visto que a embarcação precisava ser mantida — por um mínimo de vela — na direção do vento e pronta para ser puxada para a praia quando viesse a manhã. Depois de terem tomado essas precauções, oraram para que amanhecesse o dia. Como devem ter sido longas as horas da meia-noite até o alvorecer! Paulo novamente interveio a favor do bem comum quando percebeu que os marinheiros estavam planejando ganhar vantagem sobre os outros ao chegar à margem no barco salva-vidas. A ajuda hábil deles era necessária para as perigosas manobras de levar o barco à praia; assim, sob a advertência de Paulo, os soldados cortaram as cordas e soltaram o barco e o deixaram à deriva — um movimento rápido dos romanos que os fez perder o barco! Antes do raiar do dia, Paulo animou o grupo com conselhos e exemplos práticos para a provação que estava por vir. Ele reafirmou a segurança recebida de Deus quanto à proteção da vida deles, mas lembrou-lhes da necessidade de comida depois de um jejum prolongado, pois as energias físicas seriam necessárias. Ele mesmo pegou pão e comeu, mas não sem antes dar um testemunho claro por meio de ações de graças a Deus diante deles todos (v. 33-35). Os outros se reanimaram e também comeram algo antes de jogar o resto do trigo no mar a fim de aliviar o peso do navio tanto quanto possível para puxarem a embarcação até a praia.

A destruição do navio (v. 39-44). A luz do dia revelou uma costa desconhecida, mas uma baía e uma praia lhes fornecia a possibilidade de levar o navio à margem. As âncoras foram cortadas, os remos que serviam de leme foram soltos, e a vela da proa conduziu o navio adiante. O v. 41 parece indicar que, antes de atingir a praia, eles foram pegos numa correnteza cruzada causada pela ilha de Salmona, e que a proa do navio encravou-se num banco de areia. As ondas estavam quebrando a popa, mas a proa serviu como uma tábua de mergulho para os nadadores, enquanto os outros se agarraram em tábuas para alcançar a margem. De acordo com a predição de Paulo, nenhuma vida se perdeu. E estranho que a própria vida de Paulo estivesse em perigo em virtude da rigidez da disciplina romana no mesmo momento em que outros estavam sendo salvos graças às suas orações e conselhos. Os prisioneiros — que poderiam ser culpados ou não — não poderiam escapar (lembramos a reação do carcereiro em Filipos 16:27) e, por isso, deveriam ser mortos. Júlio, no entanto, interveio contra o conselho dos seus subordinados a fim de salvar Paulo, por quem ele agora tinha interesse pessoal. Apesar da ausência de uma praia, parece estar suficientemente estabelecido que a baía de São Paulo, como é chamada agora, é a abertura na costa norte de Malta onde aconteceu o naufrágio.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 18 até o 31

V. Expansão da Igreja para Roma. 21:18 - 28:31.

Lucas narrou a expansão da igreja desde Jerusalém, através da Judéia e Samaria, até que uma igreja gentia semi-independente fosse organizada em Antioquia. De Antioquia o Evangelho foi levado por Paulo, em três viagens missionárias, pela Ásia e Europa. Trabalho evangelístico e missionário foi sem dúvida efetuado durante esse tempo pelos outros apóstolos. Não temos, por exemplo, nenhum registro da evangelização do Egito, com Alexandria, seu grande centro. Lucas estava apenas preocupado em traçar as linhas principais do que ele considerava a mais significativa linha da expansão - na direção de Roma. Ali está apenas a necessidade de registrar a missão de Paulo em levar o Evangelho à Roma.

É evidente que não foi propósito de Lucas registrar o início da evangelização de Roma nem os primórdios da igreja de lá, pois ele conta como os irmãos cristãos deram a Paulo as boas-vindas quando chegou à capital (At 28:15). Sabemos que Paulo escreveu uma carta à igreja de Roma (Rm 1:7), mas Lucas não nos dá nenhum registro de como o Evangelho originalmente chegou à Cidade Imperial.

Uma vez que o propósito de Lucas não foi descrever o início da evangelização de Roma, possivelmente foi mostrar que, embora Paulo primeiramente pregasse o reino de Deus aos judeus, voltou-se para os gentios quando os judeus rejeitaram sua mensagem (At 28:24-31). A expansão geográfica da igreja não era o interesse principal de Lucas; era antes o movimento da história redentora dos judeus aos gentios. Mantendo esse propósito, Lucas dedica espaço considerável ao registro da última visita de Paulo a Jerusalém, não porque a visita fosse importante em si mesma, mas porque provou a final rejeição do Evangelho da parte de Jerusalém.

A. A Rejeição do Evangelho da parte de Jerusalém. 21:18 - 26:32.


Moody - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 31

B. Recepção do Evangelho em Roma. 27:1 - 28:31.

Agora Lucas narra a viagem de Paulo da Palestina à Itália e sua recepção em Roma. O fato de Lucas contar em detalhes esta viagem prova como era importante para o seu propósito. O motivo da viagem, na narrativa de Lucas, não é a evangelização inicial da capital romana, mas a rejeição do Evangelho pelos judeus em Roma e sua aceitação pelos gentios. Isto leva ao clímax um dos motivos centrais de todo o livro - a rejeição de Israel e o surgimento da igreja gentia.


Moody - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 21 até o 26

21-26. Já há muito tempo sem comer por causa do enjôo, da oscilação do convés e das provisões que estavam encharcadas. Finalmente Paulo ofereceu uma palavra de estímulo a qual ele prefaciou com o lembrete demasiadamente humano, "Eu não disse?" Ele informou a tripulação e os passageiros que um anjo de Deus lhe aparecera e lhe assegurara que escaparia deste perigo, para que compareças perante César, e que seus companheiros de viagem também seriam salvos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44
e) Paulo navega para Roma (At 27:1-28.31)

1. COMEÇA A VIAGEM (At 27:1-12) -A narração da viagem e naufrágio de Paulo é uma descrição vívida, pitoresca, como tantas outras na Bíblia. Tem sido chamada "um dos documentos mais instrutivos, que nos leva a conhecer a antiga arte de marinhagem" (The Voyage and Shipwreck of St. Paul, por James Smith, 4. edição de 1880, continua sendo um manual indispensável ao estudo deste capítulo). Não é necessário ver nisso uma alegoria ou figura do despertamento e progresso da religião na alma, ou da história da Igreja Cristã, que nos leve a tirar proveito espiritual da mesma.

Acima de tudo, tem seu valor por nos retratar o caráter de Paulo, rodeado de circunstâncias que com muita probabilidade revelam em qualquer pessoa o que ela realmente é. Já o temos visto em diferentes situações, mas agora o temos como homem prático numa emergência difícil. Não aconteceu só uma vez nem duas o mundo ter de agradecer a grandes santos e místicos seu auxílio em tempos críticos, auxílio que os homens realistas e práticos do mundo dos negócios têm sido incapazes de prestar. Quando Ló teve de ser libertado do poder de Quedorlaomer e seus aliados, foi Abraão-o homem de fé, Abraão que não era "prático", do ponto de vista do comércio, dos métodos seculares-foi ele que não perdeu a oportunidade e mostrou que era o homem para aquela situação.

Lucas, companheiro de viagem de Paulo nesta ocasião, viu o mar com os olhos de um grego e nos conta o que presenciou. Juntamente com Lucas e Aristarco, Paulo navegou da Palestina sob o comando de um centurião por nome Júlio, membro do corpo de correios imperiais. Com sua facilidade de fazer amigos, o apóstolo granjeou logo as simpatias desse oficial romano (é notável como os centuriões no Novo Testamento são invariavelmente apresentados como pessoas simpáticas). Essa amizade foi útil a Paulo não apenas em Sidom, no princípio da viagem, como com maior vantagem no fim da mesma, quando os soldados estiveram a ponto de matar os presos, para impedir que fugissem.

Alcançaram Mirra no primeiro navio, o qual fazia escala nos portos da província da Ásia. Aí houve transbordo para um navio da frota alexandrina que carregava trigo. O Egito era o grande celeiro de que Roma se abastecia; a frota marítima que servia ao comércio de trigo entre estes dois centros pertencia ao Governo. A navegação no Mediterrâneo era perigosa depois Dt 14:0 onde se declara o princípio de que a presença de homens justos é uma proteção para a comunidade em que vivem. Sendo nós batidos de um lado para outro no mar de Ádria (27); melhor, "enquanto éramos impelidos para lá e para cá através do mar de Ádria", isto é, o Mediterrâneo central. (Não se trata do mar Adriático, que naquela época era conhecido por "Golfo de Ádria"). Aproximavam-se de alguma terra (27); lit. "alguma terra se aproximava". Possivelmente ouviam a rebentação das ondas numa praia. Lançando o prumo... (28). As sondagens aí mencionadas são de fato as que um navio encontra, passando por Koura a caminho da Baía de São Paulo, em Malta. Lançaram da popa quatro âncoras (29), para servirem de breque ou freio ao navio. Fixando-se a popa, nesse caso, a proa ficou apontando para a praia. Se estes não permanecerem a bordo (31). Nota-se outra vez a presença de espírito de Paulo. Se os marinheiros tivessem fugido, não teria havido bastantes braços hábeis para manobrar o navio. Cortaram os cabos do bote (32), isto é, a cordoalha da estralheira, possivelmente por compreenderem mal o conselho de Paulo. Por certo impediram que os marinheiros fugissem, mas também tornaram mais difícil a operação do desembarque.

>At 27:33

Hoje é o décimo quarto dia em que... estais sem comer (33). Cfr. vers. 21, "muito tempo sem comer". Diversas podiam ser as razões disso, tais como a dificuldade de cozinhar, a deterioração da comida pela água do mar, enjôo, etc. Deu graças (35); gr. encharisteo. Alguns têm conjecturado que os cristãos a bordo fizeram dessa refeição uma Eucaristia. Duzentas e setenta e seis pessoas (37). O manuscrito Vaticano diz "setenta e seis", mas não há improbabilidade para o número maior. No ano 63 A. D. Josefo embarcou para Roma num navio que levava 600 pessoas (o qual também naufragou no mar de Ádria). Aliviaram o navio (38); isto é, alijando ao mar o que ficara do carregamento de cereal (cfr. o vers. 18). Uma enseada, onde havia praia (39); lit. "com uma praia arenosa". As amarras do leme (40); isto é, das pás do leme. Um lugar onde duas correntes se encontravam (41). Era o estreito canal entre Malta e Salmoneta (Smith). Outros em destroços do navio (44); ou possivelmente "às costas de membros da tripulação" (lit. "em cima de alguns do navio").


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44

51. A Viagem de Paulo a Roma, Parte 1 — A Tempestade e Naufragio( Atos 27:1-8 )

E quando foi decidido que havíamos de navegar para a Itália, passou a entregar Paulo e alguns outros presos a um centurião da coorte augusta nome Júlio. E, embarcando em um navio Adramyttian, que estava prestes a navegar para as regiões ao longo da costa da Ásia, fizemo-nos ao mar, acompanhado por Aristarco, macedônio de Tessalônica. E no dia seguinte, colocamos em pelo Sidon; e Júlio, tratando Paulo com consideração e lhe permitiu ir ver os amigos e receber cuidados. E a partir daí nós colocamos para o mar e navegou sob o abrigo de Chipre, porque os ventos eram contrários. E quando a gente tinha navegado pelo mar ao longo da costa da Cilícia e da Panfília, que desembarcou em Mira, na Lícia.E ali o centurião um navio de Alexandria vela para a Itália, e ele nos colocou a bordo dele. E quando a gente tinha navegado lentamente durante muitos dias, e com dificuldade chegaram off Cnidus, uma vez que o vento não nos permite ir mais longe, navegamos sob o abrigo da ilha de Creta, fora de Salmone; e com dificuldade de vela passado, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. E quando o tempo considerável tinha passado e agora a viagem era perigosa, uma vez que mesmo o jejum já estava acabado, Paulo começou a admoestá-los, e lhes disse: "Senhores, vejo que a viagem vai certamente ser atendido com danos e grande perda, não só da carga e do navio, mas também para as nossas vidas. " Mas o centurião estava mais persuadido pelo piloto, o capitão do navio, do que com o que estava sendo dito por Paulo. E porque o porto não era adequado para o inverno, a maioria chegou a uma decisão de colocar para o mar a partir daí, se de algum modo podiam chegar a Fenice, um porto de Creta, de frente para sudoeste e noroeste, e passar o inverno lá. E quando o vento sul moderado surgiu, supondo que eles tinham ganho o seu propósito, eles levantaram âncora e começou a velejar ao longo de Creta, perto da costa. Mas antes de muito tempo lá correu para baixo da terra um vento violento, chamado Euraquilo; e quando o navio foi pego nele, e não poderia enfrentar o vento, que deu lugar a ele, e deixar-se toa. E, correndo sob o abrigo de uma pequena ilha chamada Clauda, ​​fomos mal conseguia chegar de barco do navio sob controle. E depois de terem hasteado-lo, eles usaram para cabos em sustentar o navio; e temendo que eles pudessem encalhar em águas rasas de Syrtis, desceram a âncora do mar, e assim deixar-se toa. No dia seguinte, como se estivéssemos sendo violentamente tempestade jogou, eles começaram a alijar a carga; e no terceiro dia eles jogaram o navio de enfrentar ao mar com suas próprias mãos. E uma vez que nem o sol nem as estrelas apareceram por muitos dias, e não pequena tempestade estava atacando-nos, a partir de então toda a esperança de sermos salvos foi gradualmente abandonado. E quando eles tinham ido embora há muito tempo sem comer, Paulo levantou-se no meio deles e disse: "Homens, você deveria ter seguido o meu conselho e não ter partido de Creta, e incorreu este dano e perda. E ainda agora Exorto-vos a manter a sua coragem, pois não haverá perda de vida no meio de vós, mas somente o navio. Por esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou ea quem sirvo-me, dizendo: Não tenha medo, Paulo, você deve estar diante de César, e eis que Deus te deu todos os que estão navegando com você '. Portanto, manter a sua coragem, homens, porque creio em Deus, que ele vai sair exatamente como me foi dito. Mas é necessário irmos dar em alguma ilha. "Mas quando a décima quarta noite havia chegado, como se estivéssemos sendo conduzido sobre no mar Adriático, cerca da meia-noite os marinheiros começaram a supor que eles estavam se aproximando algumas terras. E tomaram sondagens, e achei que fosse vinte braças; e um pouco mais adiante, eles tomaram um outro som e achei que fosse quinze braças.E temendo que poderíamos encalhar em algum lugar sobre as rochas, lançaram quatro âncoras da popa e desejou para o dia amanhecer. E, como os marinheiros estavam tentando escapar do navio, abaixavam barco do navio no mar, com o pretexto de pretender lançar âncoras pela proa, disse Paulo ao centurião e aos soldados ", A menos que esses homens permanecem no navio, vocês mesmos não podem ser salvos. " Então os soldados cortaram os cabos do barco do navio, e deixá-lo cair. E até o dia estava prestes a amanhecer, Paulo estava incentivando-os todos para tomar um pouco de comida, dizendo: "Hoje é o décimo quarto dia que você tem sido constantemente observando e ficar sem comer, não havendo provado nada. Portanto, eu encorajá-lo a tomar um pouco de comida , pois é para a sua preservação; porque nem um cabelo da cabeça de qualquer de vós perecereis ". E, havendo dito isto, tomou o pão e deu graças a Deus na presença de todos; e partiu-o e começou a comer. E todos eles foram incentivados, e eles próprios também a comer. E todos nós no navio foram 276 pessoas. E quando eles tinham comido o suficiente, eles começaram a aliviar o navio, lançando o trigo ao mar. E, quando amanheceu, não podiam reconhecer a terra; mas eles fizeram observar uma enseada com uma praia, e eles resolveram encalhar o navio que se pudessem. E despojando-se dos âncoras, deixaram-nas no mar e, ao mesmo tempo em que foram afrouxando as cordas dos lemes, e alçando a vela maior ao vento, eles estavam indo para a praia. Mas bater em um recife, onde duas correntes se encontravam, encalharam o navio; ea proa, encravando-se, ficou imóvel, mas a popa começou a ser rompida pela força das ondas. E o plano dos soldados era que matassem os presos para que nenhum deles deve nadar para longe e escapar; Mas o centurião, querendo trazer Paulo segurança através, impediu-os de sua intenção, e mandou que os que pudessem nadar fossem pular no mar em primeiro lugar e chegar a terra, e os demais, uns em tábuas e outros em várias coisas, desde a navio. E assim aconteceu que todos eles foram levados em segurança para terra. (27: 1-44 )

Nossa sociedade valoriza a liderança. Governo, os militares, negócios, educação, até mesmo as equipes de esportes, estão todos procurando desesperAdãoente líderes qualificados. Livros, seminários, álbuns de fita, e cursos de formação sobre liderança abundam. Algumas pessoas ainda fazem a sua vida viajando ao redor palestras executivos das empresas sobre os pontos finos de liderança.
Modelo tradicional do mundo de um líder tem sido rotulado como o líder natural Strong. O perfil de tais líderes podem incluir as seguintes características. Eles são visionários. Seus objetivos e planos de chegar longe no futuro. Eles são orientados para a acção e estão sempre em movimento; eles nunca estão satisfeitos com o status quo. Eles são marcados pela coragem (ou a vontade de assumir riscos, porque eles acreditam em seus planos). Esses líderes têm a coragem de tomar decisões difíceis. Eles são geralmente energético, capaz de trabalhar longas horas. Eles tendem a ser objetivo-orientado, não-orientada para as pessoas. Seu foco é geralmente mais na tarefa do que as pessoas envolvidas na tarefa. Como pais superprotetores, eles têm de controlar aqueles sob eles. Eles são egocêntricas. Seu mundo inteiro gira em torno de si, os seus planos, e os seus objectivos. Eles possuem resoluta auto-confiança. Eles são intolerantes de incompetência nos outros. As pessoas que não atendem às suas expectativas ou não conseguem executar a um nível elevado não são mantidas. Finalmente, eles são vistos por outros (e eles mesmos) como indispensável. Sem eles, a empresa está fadada ao fracasso.

Foi tais líderes naturais, dominando ditadores que usam o controle carismático, que nosso Senhor descrito no Mc 10:42 : "Você sabe que aqueles que são reconhecidos como governadores dos gentios dominam sobre eles, e os seus grandes exercem autoridade sobre eles. " Tão comum como tal liderança é do mundo, não é um modelo aceitável para a liderança no reino de Cristo:

Mas não é assim entre vós, mas quem quiser tornar-se grande entre vós, será vosso servo; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. . Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos "( Marcos 10:43-45 )

Vários fatores se combinam para tornar a liderança difícil. O primeiro é o medo do fracasso. Falhas dos líderes são a céu aberto para todos verem; não há lugar para eles para se esconder. Esse medo, muitas vezes resultante de líderes 'subestimando-se, pode paralisar-los em inação.
Relativamente, às vezes os líderes lutam com desconfiando seu próprio julgamento. Eles temem tomar uma decisão, sob pena de vir a ser o errado. Então, para evitar dizer a coisa errada, eles não dizem nada.
Alguns líderes inseguros têm dificuldade em confiar nos outros o suficiente para delegar tarefas. Seu lema é: "Se você quer um trabalho bem feito, faça você mesmo". E quando o fazem dar uma tarefa para outra pessoa, seu perfeccionismo os leva a estar sempre espiando por cima do ombro da pessoa.
Líderes que tomam firme, estandes de autoridade correr o risco de alienar os outros. Para os líderes da igreja, o compromisso com a Palavra nunca deve ser comprometida. No entanto, esse compromisso deve ser expresso em humildade e amor.
A tensão final na liderança é defensiva. Alguns líderes sentem a necessidade de explicar e justificar suas ações, o que pode levar a fracas, expressões indecisos.
É tempos de desafio e de crise que revelam as qualidades de verdadeiros líderes. Winston Churchill tinha sido dentro e fora do governo britânico por muitos anos antes de se tornar primeiro-ministro. Ele assumiu essa posição em um dos pontos mais baixos da Segunda Guerra Mundial (ele assumiu o cargo em 10 de maio, 1940, dia em que os alemães invadiram a França e os Países Baixos). Sua coragem indomável como ele levou sua nação com os dias de crise que estava por vir tem levado muitos a considerá-lo como o maior líder do século XX.

Atos 27 abre com Paulo como um preso, e não a cargo de alguém ou alguma coisa. Tudo o que foi alterado, no entanto, quando uma grave crise atingiu o partido que ele estava viajando com. No final do capítulo, Paulo, o prisioneiro, tinha-se tornado o líder reconhecido por todos. Sua capacidade de lidar com uma crise elevou-o para esse papel.

Entre outras ênfases manifestam através deste capítulo único, é útil observar a questão da grandeza de liderança de Paulo. A história de sua liderança emergente durante uma viagem cheia de tempestade através do Mar Mediterrâneo, e do naufrágio resultante, se desdobra em quatro etapas: o início, a estadia, a tempestade, e do naufrágio.

O Start

E quando foi decidido que havíamos de navegar para a Itália, passou a entregar Paulo e alguns outros presos a um centurião da coorte augusta nome Júlio. E, embarcando em um navio Adramyttian, que estava prestes a navegar para as regiões ao longo da costa da Ásia, fizemo-nos ao mar, acompanhado por Aristarco, macedônio de Tessalônica. E no dia seguinte, colocamos em pelo Sidon; e Júlio, tratando Paulo com consideração e lhe permitiu ir ver os amigos e receber cuidados. E a partir daí nós colocamos para o mar e navegou sob o abrigo de Chipre, porque os ventos eram contrários. E quando a gente tinha navegado pelo mar ao longo da costa da Cilícia e da Panfília, que desembarcou em Mira, na Lícia.E ali o centurião um navio de Alexandria vela para a Itália, e ele nos colocou a bordo dele. E quando a gente tinha navegado lentamente durante muitos dias, e com dificuldade chegaram off Cnidus, uma vez que o vento não nos permite ir mais longe, navegamos sob o abrigo da ilha de Creta, fora de Salmone; e com dificuldade de vela passado, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. ( 27: 1-8 )

O uso do pronome plural primeira pessoa que indica o retorno do médico de Paulo e querido amigo, Lucas. Ausente da narrativa desde 21:18 , ele havia sido provavelmente vivendo em Caesarea, ou nas proximidades, durante os dois anos de prisão de Paulo lá. Agora ele estava na mão para navegar com Paulo para a Itália. Eles estavam acompanhados de outro dos colegas de trabalho amados de Paulo,Aristarco, macedônio de Tessalônica. Aristarco apareceu pela primeira vez em Atos, quando ele foi preso pelos manifestantes irados em Éfeso ( 19:29 ) . Ele acompanhou o apóstolo em sua viagem a Jerusalém com a oferta das igrejas dos gentios ( 20: 4 ). Mais tarde, ele ministrou a Paulo durante a prisão do apóstolo em Roma ( Cl 4:10 ). Segundo a tradição, Aristarco, como Paulo, sofreu o martírio sob Nero. Que ele e Lucas estavam dispostos a acompanhar a Paulo, uma viagem desconfortável perigosos mostra seu amor pelo apóstolo e seu ministério. Além disso, alguns têm especulado que eles podem ter se identificaram como escravos de Paulo para que pudessem acompanhá-lo (conforme Sir William M. Ramsay, St. Paulo o viajante e do Cidadão romano [reimpressão; Grand Rapids: Baker, 1975], 316).

A jornada começou quando Paulo e alguns outros prisioneiros com destino a Roma, de Caesarea foram colocados sob custódia de um centurião da coorte augusta nome Júlio. Há evidências de que uma coorte tais Augusto estava estacionado na Palestina durante o reinado de Agripa II. É possível que Julius representou o imperador através da realização de funções especiais, como escoltar prisioneiros importantes. Como outros centuriões mencionados no Novo Testamento (cf. Mt 8:. 5ss ., 27:54 ; At 10:1 ). Paulo, sem dúvida, passou um tempo ensinando os crentes sidônia e desfrutar comunhão com eles (que tinha sido impossível durante sua prisão em Cesaréia). Através de sua bondade e amor, Paulo foi capaz dereceber cuidados, provavelmente sob a forma de provisões para a viagem.

Deixando de Sidon, Paulo e seus companheiros de viagem -se ao mar e navegou sob o abrigo de Chipre, porque os ventos eram contrários. Eles passaram entre Chipre e para o continente, mantendo-se a sotavento da ilha para o abrigo dos ventos de oeste prevalecentes. As embarcações mais pequenas costeiras (como a deles) evitou atravessar longos trechos de mar aberto, preferindo ficar tão perto da costa possível.

O navio continuou a sua viagem através do Mediterrâneo nordeste, navegando ao longo da costa da Cilícia e da Panfília. Essas regiões eram muito familiar para Paulo; ele era originalmente da Cilícia ( At 22:3 ) e não estava ansioso para um quarto. Desde que foi no final da temporada, e que já tinha tido problemas com os ventos, Paulo advertiu que o navio deve inverno ali mesmo em Bons Portos. Aqui, novamente, é outra característica de uma boa liderança, sabedoria e cuidado na tomada de riscos (neste caso, com a vida dos viajantes e valiosa carga do navio).

Infelizmente (mas compreensivelmente), o centurião foi mais persuadido pelo piloto, o capitão do navio, do que com o que estava sendo dito por Paulo. (Porque o navio pertencia à frota grão imperial, o centurião, e não o piloto ou o capitão —foi o ranking oficial a bordo.) Julius, obviamente, tinha crescido para respeitar e valorizar Paulo sua experiência como viajante. O conselho dos marinheiros profissionais, no entanto, levou mais peso com o centurião. Portanto, uma vez que o porto em Bons Portos não era adequado para invernada, a maioria envolvida na discussão chegou a uma decisão de colocar para o mar de lá. O plano era chegar Phoenix, um porto de Creta, de frente para sudoeste e noroeste, e passar o inverno lá. Uma vez que o porto de Bons Portos foi exposto a ventos de metade dos pontos cardeais (embora pequenas ilhas fez fornecer algum abrigo), que era um lugar menos desejável para passar o inverno. Porque o porto em Phoenix (cerca de 40 milhas de distância) enfrentousudoeste e noroeste, que forneceu muito melhor abrigo das tempestades de inverno.

A decisão foi tomada para o conforto e um os marinheiros e Julius logo se arrepender. Eles iriam perceber que o conselho de Paulo tinha vindo a reforçar-sábio, assim, o seu lugar em suas mentes como um líder.

O Storm

E quando o vento sul moderado surgiu, supondo que eles tinham ganho o seu propósito, eles levantaram âncora e começou a velejar ao longo de Creta, perto da costa. Mas antes de muito tempo lá correu para baixo da terra um vento violento, chamado Euraquilo; e quando o navio foi pego nele, e não poderia enfrentar o vento, que deu lugar a ele, e deixar-se toa.E, correndo sob o abrigo de uma pequena ilha chamada Clauda, ​​fomos mal conseguia chegar de barco do navio sob controle. E depois de terem hasteado-lo, eles usaram para cabos em sustentar o navio; e temendo que eles pudessem encalhar em águas rasas de Syrtis, desceram a âncora do mar, e assim deixar-se toa. No dia seguinte, como se estivéssemos sendo violentamente tempestade jogou, eles começaram a alijar a carga; e no terceiro dia eles jogaram o navio de enfrentar ao mar com suas próprias mãos. E uma vez que nem o sol nem as estrelas apareceram por muitos dias, e não pequena tempestade estava atacando-nos, a partir de então toda a esperança de sermos salvos foi gradualmente abandonado. E quando eles tinham ido embora há muito tempo sem comer, Paulo levantou-se no meio deles e disse: "Homens, você deveria ter seguido o meu conselho e não ter partido de Creta, e incorreu este dano e perda. E ainda agora Exorto-vos a manter a sua coragem, pois não haverá perda de vida no meio de vós, mas somente o navio. Por esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou ea quem sirvo-me, dizendo: Não tenha medo, Paulo, você deve estar diante de César, e eis que Deus te deu todos os que estão navegando com você '. Portanto, manter a sua coragem, homens, porque creio em Deus, que ele vai sair exatamente como me foi dito. Mas é necessário irmos dar em alguma ilha. " ( 27: 13-26 )

Não muito tempo depois, quando um vento sul moderado surgiu, os marinheiros decidiram que tinha recebido as condições que eles estavam procurando. Eles levantaram âncora, deixou Bons Portos, e começou a velejar ao longo da costa sul de Creta, perto da costa. Com alguma sorte, que esperava chegar a Phoenix em poucas horas.

Mas antes de muito tempo, o desastre Paulo havia previsto atingido. Roaring para baixo das montanhas de Creta veio a temida, violento, a leste-nordeste de vento, chamado Euraquilo (a palavra híbrida da palavra grega euros ; "Vento Leste", e da palavra latina Aquilo ; "vento norte"). Este poderoso, vendaval perigoso era temida por todos que navegou no Mediterrâneo. Quando o navio foi pego nele, e não poderia enfrentar em o vento, os marinheiros não tinha escolha, mas para dar forma a ele, e deixe -se ser conduzido junto. Fora de controle, o navio estava sendo empurrado pelo vento.

Os viajantes ganhou uma breve pausa do forte tempestade sob o abrigo de uma pequena ilha chamada Clauda, ​​cerca de 23 milhas ao sudoeste da ilha de Creta. Fazendo bom uso do abrigo temporário Clauda fornecidos, os marinheiros tomaram quais os passos que podiam para fraudar o navio para suportar a tempestade. Em primeiro lugar, com dificuldade eles conseguiram obter o barco do navio sob controle. Este barco salva-vidas e tenro, normalmente rebocado atrás, foi retomado com o mau tempo. Até agora, sem dúvida, foi preenchido com água, o que explica a dificuldade em transportar-lo a bordo.Uso de Lucas do pronome plural que pode indicar que mesmo os passageiros ajudou a garantir o barco. As distinções sociais começaram a desaparecer na luta pela sobrevivência.

Depois de terem hasteado a Sombrio a bordo, os tripulantes usado para cabos em sustentar o navio. Este procedimento, conhecido como frapping, cabos de envolvimento envolvidos em torno do casco do navio e, em seguida, guincho-los apertado. Assim apoiada, o navio seria mais capaz de suportar o barulho grave de vento e mar.

O que o terceiro precauções tomadas pelos marinheiros era não é clara. O NASB lê, temendo que eles podem encalhar em águas rasas de Syrtis, desceram a âncora do mar, e assim deixar-se toa. OSyrtis era o temido cemitério de navios ao largo da costa do Norte Africano. Embora o Syrtis ainda estava longe, os marinheiros não sabia o quão longe, nem o quão longe a tempestade pode explodir o navio. Abaixando a âncora do mar agiria como uma drag e ajudar a impedir que o navio à deriva que extremo sul. Em alternativa, a frase traduzida decepcionou a âncora do mar pode ser traduzida como "reduzido a velocidade." Nesse caso, a referência seria a de baixar a vela grande, o que de outra forma seriam despedaçados pelo vento violento. No entanto, a frase é traduzida, os marinheiros, obviamente, fez as duas coisas-que teria sido auto-destrutivo para colocar para fora uma âncora com a vela grande ainda fraudada.

Durante os dias seguintes, a tripulação tomou novas medidas para ajudar o navio enfrentar a tempestade. No dia seguinte, com o navio ainda sendo violentamente tempestade jogou, eles começaram a alijar a carga (embora não tudo-cf. v 38. ) ; e no terceiro dia eles jogaram o navio de enfrentar ao mar com suas próprias mãos. O navio de abordar refere-se a equipamentos diversos não crucial para navegar o navio. Isso provavelmente incluía a longarina enorme para que a vela tinha sido anexado. Lucas observa que eles jogaram -lo ao mar com suas próprias mãos (alguns manuscritos gregos ler "jogamos", indicando novamente que os passageiros ajudaram a); a tripulação teria provavelmente não tinha equipamentos a bordo capaz de levantar o mastro pesado.

Todos os esforços dos marinheiros foram em vão, no entanto. Quando nem o sol nem as estrelas apareceram por muitos dias (tornando assim impossível a navegação), tornou-se evidente que não pequena tempestade estava atacando -os. A partir de então toda a esperança de ser salvo foi gradualmente abandonado. Só quem já esteve em uma violenta tempestade no mar pode apreciar plenamente o terror os passageiros ea tripulação deve ter sentido. O altíssimo, mares brancos-tampado; o rugido do vento; o balanço violento do navio na primeira o arco, em seguida, a popa subiu alto no ar, só para mergulhar rapidamente para baixo novamente; o movimento constante, induzindo enjôo e tornando difícil ficar em pé, muito menos andar; o ardor e spray de sal impulsionada pelo vento cegando aqueles expostos no convés; e, pior de tudo, a realidade iminente de uma morte horrível por afogamento-todos esses fatores combinados para enervar mesmo o marinheiro mais experiente.

Foi neste momento escura que as habilidades de liderança de Paulo brilhou mais intensamente. E quando eles tinham ido embora há muito tempo sem alimentos (devido a enjôo, a dificuldade de preparar os alimentos na tempestade, e talvez a deterioração de algumas das suas disposições), seguida Paulo levantou-se no meio deles. Eles não tinham o ouvia quando foram ancorado em segurança em Bons Portos. Mas estes não foram velejadores profissionais e amadores agora, apenas um grupo de homens desesperados que lutam por suas vidas. Firmemente estabelecer sua credibilidade, Paulo lembrou-lhes,"Homens, você deveria ter seguido o meu conselho e não ter partido de Creta, e incorreu este dano e perda." Se tivessem ouvido o seu conselho de som, eles não teriam sido neste dificuldade. O propósito do apóstolo, no entanto, não foi apenas para repreender-los, mas para incentivá-los. "Portanto", ele pediu a eles, "manter a sua coragem, pois não haverá perda de vida no meio de vós, mas somente o navio." Isso pode ter parecido uma ilusão e um pequeno conforto para os passageiros e tripulação, que certamente não vejo nenhuma esperança. Mas Paulo tinha recebido a revelação divina!

Para confirmar suas palavras (e incentivar os outros a bordo), Paulo confiança continuou, "Por esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou ea quem sirvo-me, dizendo:" Não tenha medo, Paulo; você deve estar diante de César, e eis que Deus te deu todos os que estão navegando com você '". Os outros estavam a beneficiar de protecção do Senhor de Paulo (cf. Gn 39:5 ; 1Co 7:141Co 7:14 ). Os incrédulos não tem idéia de quanto eles devem, na misericórdia de Deus, com a presença de homens justos entre eles. "Portanto", ele pediu a eles, "manter-se a sua coragem, homens, porque creio em Deus, que ele vai sair exatamente como me foi dito. " Então, talvez, para o benefício de todos os céticos que poderia ter se perguntado como eles estavam indo para escapar afogamento se o navio foram perdidos, o apóstolo acrescentou: "Mas é necessário irmos dar em alguma ilha."

O palco estava montado para a dramática conclusão desta viagem malfadada e ao cumprimento das promessas de Deus.

O Shipwreck

Mas quando a décima quarta noite havia chegado, como se estivéssemos sendo conduzido sobre no mar Adriático, cerca da meia-noite os marinheiros começaram a supor que eles estavam se aproximando algumas terras. E tomaram sondagens, e achei que fosse vinte braças; e um pouco mais adiante, eles tomaram um outro som e achei que fosse quinze braças.E temendo que poderíamos encalhar em algum lugar sobre as rochas, lançaram quatro âncoras da popa e desejou para o dia amanhecer. E, como os marinheiros estavam tentando escapar do navio, abaixavam barco do navio no mar, com o pretexto de pretender lançar âncoras pela proa, disse Paulo ao centurião e aos soldados ", A menos que esses homens permanecem no navio, vocês mesmos não podem ser salvos. " Então os soldados cortaram os cabos do barco do navio, e deixá-lo cair. E até o dia estava prestes a amanhecer, Paulo estava incentivando-os todos para tomar um pouco de comida, dizendo: "Hoje é o décimo quarto dia que você tem sido constantemente observando e ficar sem comer, não havendo provado nada. Portanto, eu encorajá-lo a tomar um pouco de comida , pois é para a sua preservação; porque nem um cabelo da cabeça de qualquer de vós perecereis ". E, havendo dito isto, tomou o pão e deu graças a Deus na presença de todos; e partiu-o e começou a comer. E todos eles foram incentivados, e eles próprios também a comer. E todos nós no navio foram 276 pessoas. E quando eles tinham comido o suficiente, eles começaram a aliviar o navio, lançando o trigo ao mar. E, quando amanheceu, não podiam reconhecer a terra; mas eles fizeram observar uma enseada com uma praia, e eles resolveram encalhar o navio que se pudessem. E despojando-se dos âncoras, deixaram-nas no mar e, ao mesmo tempo em que foram afrouxando as cordas dos lemes, e alçando a vela maior ao vento, eles estavam indo para a praia. Mas bater em um recife, onde duas correntes se encontravam, encalharam o navio; ea proa, encravando-se, ficou imóvel, mas a popa começou a ser rompida pela força das ondas. E o plano dos soldados era que matassem os presos para que nenhum deles deve nadar para longe e escapar; Mas o centurião, querendo trazer Paulo segurança através, impediu-os de sua intenção, e mandou que os que pudessem nadar fossem pular no mar em primeiro lugar e chegar a terra, e os demais, uns em tábuas e outros em várias coisas, desde a navio. E assim aconteceu que todos eles foram levados em segurança para terra. (27: 27-44 )

Até agora Paulo havia conquistado a liderança sobre todos a bordo do navio. Só Ele permaneceu calmo, sábio e no controle, porque ele tinha absoluta confiança na promessa de Deus (através do anjo) para salvar todos aqueles a bordo do navio.

A décima quarta noite desde sua saída do Bons Portos encontrou Paulo e seus companheiros de viagem ainda ser conduzido sobre no mar Adriático . O Mar Adriático mencionado aqui não é para ser confundido com o moderno Mar Adriático, localizado entre a Itália ea Croácia. Nos dias de Paulo, que o corpo de água era conhecido como o Golfo de Adria. O Mar de Adria ( Mar Adriático ) referiu-se ao Mediterrâneo central. Com nuvens de tempestade obscurecendo o sol durante o dia e as estrelas à noite, os marinheiros não podiam navegar. Assim, eles só poderiam adivinhar que eles estavam em algum lugar do Mediterrâneo central.

Finalmente, depois de duas semanas de esforço e terror, seu calvário mostrou sinais de acabar. Quem meia-noite naquela noite XIV, os marinheiros começaram a supor que eles estavam se aproximando algumas terras, presumivelmente porque eles ouviram a queda do surf em uma costa. Embora eles não reconhecê-lo no escuro, eles estavam se aproximando da ilha de Malta, ao sul da Sicília. Na verdade, eles eram apenas cerca de três quilômetros da entrada do que é conhecido hoje (por razões óbvias) como Baía de São Paulo. Notavelmente, na providência de Deus, a tempestade tinha lançado através do Mediterrâneo para um pequeno ponto de terra no meio do mar.

O velejador britânico do século XIX Tiago Smith fez um estudo detalhado da viagem registrados neste capítulo. Sua pesquisa, publicada em seu clássico livro A Viagem e Naufrágio de São Paulo , confirma a notável precisão do relato de Lucas. FF Bruce diz respeito conclusões de Smith:

Smith relata como ele fez perguntas cuidadosas dos experientes navegadores do Mediterrâneo, a fim de determinar a taxa média de tração de um navio deste tipo descontraído no tal vendaval. A conclusão a que ele chegou foi um desvio médio de cerca de 36 milhas em 24 horas. As sondagens registrado no v. 28 indicam que o navio estava passando Koura, um ponto na costa leste de Malta, em seu caminho para a Baía de São Paulo. "Mas a distância entre Clauda ao ponto de Koura ... é 476,6 milhas, que, à taxa como deduzida a partir da informação ..., levaria exactamente 13 dias, uma hora, e vinte e um minutos." E não somente isso: "A coincidência do rolamento real da Baía de St. Paulo de Clauda, ​​e a direção em que um navio deve ter conduzido a fim de evitar o Syrtis, é, se possível, ainda mais impressionante do que a do tempo efetivamente consumido , e o tempo calculado ". Em seguida, após Reconhecendo cuidadosamente a direção do curso do navio a partir da direção do vento, a partir do ângulo da cabeça do navio com o vento, e da-way lee, ele continua: "Assim de acordo com esses cálculos, a partida do navio no final da noite de Clauda seria, à meia-noite do dia 14 [dia], ser inferior a três quilômetros da entrada da Baía de São Paulo. Eu admito que uma coincidência tão perto como este, é de certa forma acidental, mas é um acidente que não poderia ter acontecido se tivesse havido qualquer imprecisão por parte do autor da narrativa em relação aos numerosos incidentes em que os cálculos são fundadas, ou tiveram o navio naufragado em qualquer lugar, mas em Malta, pois não há nenhum outro lugar concordando, seja em nome ou descrição, dentro dos limites a que estamos amarrados por cálculos fundadas sobre a narrativa. " ( O Livro dos Atos , A Commentary New Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 514-15)

Escritura é preciso, e Deus é fiel à sua palavra.
Para confirmar suas suspeitas, os marinheiros tomaram sondagens (usando um peso ligado a um comprimento de corda) e encontrou a profundidade da água a ser vinte braças (120 pés) ; e um pouco mais adiante, eles tomaram um outro som e achei que fosse quinze braças (90 pés). A profundidade decrescente da água mostrou que eles eram, de fato, se aproximando da terra.

Desde que atingiu a costa estranha no escuro por uma violenta tempestade não era o que os marinheiros tinham em mente, eles lançaram quatro âncoras da popa (para segurar o navio no lugar e manter o arco apontado em direção à costa) e desejou para o dia amanhecer. Ele Logo se tornou evidente, porém, que os marinheiros não estavam satisfeitos com a mera desejando. Em pânico e se esquivando de suas responsabilidades, eles tolamente abandonou a relativa segurança do navio maior e estavam tentando escapar do navio. Eles realmente deixe que o barco do navio para o tempestuoso mar, enquanto que com o pretexto de pretender lançar âncoras da proa , com a intenção de tentar escapar da costa.

Sempre alerta, Paulo percebeu que eles estavam fazendo. Ele mais uma vez exercida a liderança, avisando o centurião e os soldados, "A menos que estes homens permanecem no navio, vocês mesmos não podem ser salvos." A promessa de Deus de que todos seriam salvos ( 24 v. ) assumiu eles iriam ficar juntos; traição dos marinheiros ameaçado aquela unidade. Nem a promessa de Deus negar a responsabilidade humana. Deus usa meios naturais, e ele estava lá com Paulo, o centurião e seus soldados, bem como aqueles marinheiros ímpios. As habilidades dos marinheiros seria extremamente necessário no dia seguinte (cf. vv. 39-41 ), quando escapar do navio realmente ocorreu. Não prestes a repetir o erro anterior de não ouvir Paulo (que, por agora eles lamentaram profundamente), os soldados cortaram os cabos do barco do navio, e deixá-lo cair. Isso provavelmente não era o que o apóstolo que se destina; Sombrio poderia ter sido útil no dia seguinte em trazer alguma terra. Livrar-se do Sombrio, no entanto, evitar novas tentativas de fuga.

Finalmente, a longa noite de espera ansioso terminou. Como o dia estava prestes a amanhecer, Paulo começou a incentivá-los todos para tomar um pouco de comida, dizendo: "Hoje é o décimo quarto dia que você tem sido constantemente observando e ficar sem comer, nada tendo tomado. Portanto, eu encorajá-lo a tomar um pouco de comida, para isto é para sua preservação; porque nem um cabelo da cabeça de qualquer de vós perecereis ". Pelas razões observado anteriormente, os passageiros ea tripulação tinha comido pouco ou nada desde que deixou Bons Portos. Agora eles precisavam para se fortalecerem para o último obstáculo, recebendo a partir do navio para a praia. Usando um provérbio judaico familiarizado (cf. 1Sm 14:45. ; 2Sm 14:112Sm 14:11 ; 1Rs 1:521Rs 1:52 ; Lc 21:18 ), Paulo novamente lembrou da promessa de Deus para libertá-los, declarando "não é um cabelo a partir da cabeça de qualquer de vós perecereis ".

Então, levando por exemplo, tomou o pão e deu graças a Deus na presença de todos; e partiu-o e começou a comer. Inspirado pela calma de Paulo, tranquilizando atitude, o resto foram incentivados, e eles próprios também a comer -todos 276 pessoas a bordo.

Depois de terem comido o suficiente , eles começaram a fazer os preparativos para a praia do navio. O primeiro passo foi a aligeirar o navio (para que ele iria montar maior na água e ir mais longe até a praia) , jogando fora o restante trigo ao mar. O próximo passo foi encontrar um local para executar o navio em terra. Mas , quando amanheceu, não podiam reconhecer a terra. No entanto, os pesquisadores observaram uma enseada com uma praia, e eles resolveram encalhar o navio que se pudessem. Tendo escolhido o seu lugar, os marinheiros começaram a fazer os preparativos para a praia navio. Eles começaram a desfazer-se as âncoras, deixando -os no mar. Eles não eram mais necessários, e os marinheiros não queriam que seu peso extra a bordo. Ao mesmo tempo em que foram afrouxando as cordas que prendiam os lemes para os lados do navio. Em seguida, alçando a vela ao vento, eles dirigido para a praia. A tripulação destina-se a praia do navio bem como um navio de desembarque moderna.

Mas, então, o desastre final desta viagem malfadada ocorreu. A batida em um recife, onde duas correntes se encontravam, encalharam o navio; ea proa, encravando-se, ficou imóvel, mas a popa começou a ser rompida pela força das ondas. O navio estava irremediavelmente capturado; o arco não pode ser libertado do recife, e na popa estava sendo espancada em pedaços por disjuntores estrondosos.

É evidente que o fim havia chegado, e que era hora de abandonar o navio. Temendo a punição que eles enfrentariam se os presos escaparam (cf. At 12:19 ; At 16:27 ), o plano dos soldados era matar -los, de modo que nenhum deles deve nadar para longe e escapar na confusão. No entanto, o centurião, querendo trazer Paulo segurança através, impediu-os de sua intenção. Paulo provou repetidas vezes seu valor, e Júlio tinha crescido a respeitá-lo como a viagem progrediu. Em vez de permitir que seus homens para matar os prisioneiros, ele ordenou que todos os soldados, prisioneiros, a tripulação e os passageiros a abandonar o navio. Julius mandou que os que pudessem nadar fossem pular no mar em primeiro lugar e chegar a terra, e os demais, uns em tábuas e outros em várias coisas do navio.E assim aconteceu que todos os 276 pessoas a bordo foram levados em segurança para terra -apenas como Deus havia prometido. Poder e providência de Deus havia triunfado, e Sua glória tinha sido apresentado.

Olhando para trás sobre este episódio dramático na vida de Paulo, vários princípios-chave da verdadeira liderança bíblica pode ser visto claramente.
Em primeiro lugar, um líder é confiável. Paulo era um prisioneiro importante, cuja fuga ou morte teria significado sérios problemas para Júlio. Mas de alguma forma durante a breve viagem de Cesaréia a Sidon, Paulo convenceu o centurião que ele poderia ser confiável. Portanto, Julius deixá-lo sair do navio a ser ministrado pelos cristãos para lá.
Em segundo lugar, um líder toma a iniciativa. No concílio em Bons Portos, Paulo, apesar de um preso, e não hesitou em dar o seu conselho.
Em terceiro lugar, um líder usa o bom senso. Teve o centurião e os marinheiros atendido bons conselhos de Paulo, que teria sido poupado a terrível provação e da perda do navio.
Em quarto lugar, um líder fala com autoridade. No meio da tempestade, a afirmação confiante de Paulo de que todos a bordo seria salvo deve ter parecido loucura. Mas a sua confiança inabalável na Palavra de Deus o levou a falar ousAdãoente. Paulo também chamou outros à obediência; ele foi o único que impediu que os marinheiros de abandonar o resto dos passageiros ( v. 31 ).

Em quinto lugar, um líder fortalece outros. Paulo três vezes encorajou os passageiros aterrorizados e tripulação ( vv. 22 , 25 , 34 ) —twice para não perder a esperança e uma vez para comer. Sua calma, confiança, e confiança otimista em Deus também tranquilizou os outros.

Em sexto lugar, um líder nunca compromete seus absolutos. Paulo impediu a equipe de abandonar prematuramente o navio. Deus havia dito que todos seriam salvos, mas todos devem permanecer juntos, e Paulo se recusou a ceder em que a instrução.
Em sétimo lugar, e mais importante, um líder lidera pelo exemplo. Crer em Deus faria exatamente como Ele disse, Paulo deu um exemplo para os outros, mantendo-se calmo e confiante. Percebendo que eles precisavam para comer antes de tentar chegar em terra, Paulo ", tomou o pão e deu graças a Deus na presença de todos, e partiu-o e começou a comer" ( v 35. ). Seu exemplo motivou os outros ", e eles próprios também a comer" ( v. 36 ). Líderes não impelem as pessoas por trás; eles levam a partir da frente.

Estes princípios atemporais da liderança, que se manifesta no meio de circunstâncias terríveis, revela Paulo como o líder dos deuses ele era. Eles devem caracterizar cada líder que deseja conduzir efetivamente o povo de Deus.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 44

Atos 27

Começa a última viagem — At 27:1-8

Agora Paulo se embarcou em sua última viagem.

Há duas coisas que devem ter alegrado seu coração. Uma foi a bondade de um estranho, já que durante toda a viagem Júlio, o centurião romano, tratou a Paulo com uma amabilidade e uma consideração que não eram mera cortesia. Diz-se que pertencia à coorte de Augusto. Pode ser que se tratou de um regimento especial que agia como enlace entre o imperador e as províncias. Bem pode ter sido que quando Paulo e Júlio se enfrentaram se reconhecessem como homens valentes.
Em segundo lugar, vem a devoção de Aristarco. Sugeriu-se que havia só uma forma em que Aristarco pôde acompanhar a Paulo nesta última viagem e teria sido inscrevendo-se como escravo do apóstolo. É bem provável que preferisse ser seu escravo a separar-se dele, e a lealdade não pode ir mais longe.

A viagem começou seguindo a costa até Sidom. O próximo porto que deviam tocar era Mira, mas as coisas eram difíceis. O vento que prevalecia nessa época do ano era o vento oeste e só se podia chegar a Mira passando por debaixo de Chipre e remontando a costa em uma rota ziguezagueante. Em Mira encontraram um barco de Alexandria com destino a Roma. Possivelmente levasse um carregamento de cereais, pois o Egito era o celeiro da Itália. Se olharmos o mapa, veremos a longa volta que tinha que fazer, pois esses fortes ventos do oeste impossibilitavam a viagem direta. Para zarpar diretamente a Itália poderia ter cruzado o Mar Egeu, mas os ventos não o permitiam, e depois de vários dias de lutar contra eles se escorreu a vento de Creta, e chegou a um pequeno porto chamado Bons Portos.

PERIGO NO MAR

Atos 27:9-20

É bem provável que Paulo fosse o viajante mais experiente no barco. O jejum que se menciona é o dia judeu da Expiação, e esse ano se celebrou na primeira quinzena de outubro. De acordo com as práticas de navegação da época, considerava-se que era muito duvidoso zarpar depois de setembro e virtualmente impossível fazê-lo em novembro. Deve-se recordar sempre que os barcos antigos não tinham nem sextante nem bússola, e em dias nublados e escuros não tinham maneira de achar seu caminho. Paulo aconselhou que hibernassem em Bons Portos. Como vimos, a nave levava uma carga de cereais. O patrão seria o empreiteiro que estava encarregado de levar o carregamento a Roma. O centurião, sendo o oficial principal a bordo, tinha a última palavra.
É significativo que Paulo, que era um prisioneiro, tivesse a oportunidade de dar sua opinião quando consultado sobre o problema. Mas Bons Portos não tinha um bom cais nem havia perto nenhuma cidade na qual a tripulação do barco pudesse hibernar; de modo que o centurião rechaçou o conselho de Paulo e ouviu o patrão e o empreiteiro do barco que desejavam navegar até Fenice que tinha um porto muito mais cômodo e era uma cidade maior.
Um inesperado vento sul fez que os planos parecessem fáceis; e de improviso foram golpeou pelo terrível vento do nordeste. Era um temporal, e o perigo consistia em que se não podiam dominar a nave, seriam levados inevitavelmente às areias de Sirte nas longínquas costas da África do Norte, que eram a tumba de muitos barcos.

Nestes momentos já tinham podido subir a bordo o bote que levavam a reboque, para que não se enchesse de água nem se fizesse pedaços golpeando contra o barco. Começaram a jogar pela amurada toda a equipe desnecessária, para aliviar o barco. Não podendo guiar-se pelas estrelas e sem Sol para os iluminar, não sabiam onde estavam e o terror de ir dar a Sirte dominava de tal forma que abandonaram toda esperança.

“TENDE BOM ÂNIMO”

Atos 27:21-26

O barco perigava em forma desesperador. Esses barcos de cereais não eram pequenos. Podiam ter como quarenta e cinco metros de comprimento por doze de largura e onze de bordado. Mas em uma tempestade tinham grandes desvantagens. Tinham igual forma na proa que na popa; só que a popa se levantava como o pescoço de um ganso. Não tinham leme como os barcos modernos, mas sim se guiavam por meio de dois grandes remos curtos que saíam dos lados da popa. De modo que era muito difícil dominá-los. Além disso, tinham só um mastro, e nele se içava uma vela quadrada, que às vezes era de linho e outras de couros unidos.
Com semelhante vela não podiam aventurar-se em vento forte. E o pior era que, o mastro único e a grande vela faziam tanta força sobre a armação do barco durante a tormenta, que muitas vezes a desarmavam e o barco naufragava. Para evitar isto amarraram o barco. Isto quer dizer que passaram cabos por debaixo do barco e os ajustaram ao redor do mesmo com ganchos de maneira que literalmente mantinham o barco unido como se fosse um pacote atado. Podemos ver facilmente o perigo que corriam. E de repente aconteceu algo surpreendente, porque está claro que Paulo tomou o comando. O prisioneiro se converteu em capitão, devido a que era o único homem que ainda tinha coragem.

Conta-se que uma vez em um de suas viagens a tripulação do barco do Sir Humphrey Gilbert estava aterrorizada; sentiam que estavam navegando fora do mundo na névoa e as tormentas de mares desconhecidos. Aproximaram-se e lhe pediram que voltasse. Ele se negou a fazê-lo: "Estou tão perto de Deus no mar", disse, "como o estive na terra." O homem de Deus é aquele cuja coragem se mantém firme quando o terror invade o coração de outros. É um condutor de homens porque ele próprio é guiado por Deus.

ESPERANDO O DIA

Atos 27:27-38

Neste momento já tinham perdido todo domínio da nave. Deixavam-se levar atravessando o Adriático à deriva: e como não havia estrelas nem Sol não sabiam onde estavam. Na escuridão ouviam o romper das ondas em alguma costa distante; jogaram âncoras da popa para diminuir a velocidade do barco que podia se fazê-los chocar contra rochas que não se podiam ver. Foi então quando Paulo tomou o mando. Os marinheiros planejavam escapar no bote, que teria sido inútil para duzentas e setenta e seis pessoas; mas Paulo frustrou o plano. A tripulação teria que afundar-se ou nadar com todos.
Logo segue um episódio muito humano e sugestivo. Paulo insistiu em que deviam comer. Paulo era um visionário e um homem de Deus; mas também era intensamente prático. Não tinha a menor duvida de que Deus faria seu parte, mas também sabia que os homens deviam fazer a sua. Nunca se poderá dizer de Paulo como se disse de alguns outros, que "tinham suas mentes tão postas no céu que não eram de utilidade na Terra". Sabia que os homens famintos não valem nada; de modo que reuniu a todos os viajantes e os fez comer.

Enquanto lemos o relato, uma estranha calma parece imperar em meio da tormenta. O homem de Deus de algum modo tinha feito com que outros se sentissem seguros de que Deus tinha tudo em suas mãos. As pessoas mais úteis do mundo são aquelas que sendo valentes ajudam a que outros também o sejam; e que, sendo tranqüilos, outorgam a outros o segredo da confiança. Paulo era assim; e todos os seguidores de Jesus devem ser resolvidos quando outros estão confundidos.

SALVOS DA MORTE Atos 27:39-44

Mais uma vez ressalta o bom caráter deste centurião romano. Os soldados queriam matar os prisioneiros por medo de que escapassem: e é difícil acusá-los, devido a que a lei romana estabelecia que se um homem escapava, seu guardião devia sofrer a mesma sentença e a pena que teria sofrido o prisioneiro; mas o centurião interveio e salvou a vida de Paulo e dos outros prisioneiros. De modo que esta história tremenda chega a seu fim com uma oração que pareceria ser um suspiro de alívio. Salvaram-se todos os que viajavam no barco; e o fato é que deveram sua vida a Paulo. Uma coisa é evidente: se Paulo não tivesse sido o maior de todos os missionários, teria sido um dos homens de ação mais grandiosos que existiram, devido a que acima de todas as coisas era um homem no sentido mais completo desta palavra.


Dicionário

Assim

advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

Creta

substantivo feminino Antigo Variação de greda.
Etimologia (origem da palavra creta). Do latim creta.

Uma das maiores ilhas do mar Mediterrâneo, igualmente distante da Europa, Ásia e África, mas sempre considerada como fazendo parte da Europa. Era habitada por considerável número de judeus, alguns dos quais estavam em Jerusalém no célebre dia de Pentencoste (At 2:11) – por esta ilha, do lado sul, passou Paulo na sua viagem para Roma (At 27:7-13,
21) – e, provavelmente, foi pelo mesmo Apóstolo visitada depois da sua primeira prisão em Roma (Tt 1:5) – foi campo dos trabalhos de Tito, que ali recebeu a epístola de Paulo, na qual são descritos os seus habitantes como gente sem lei e imoral (Tt 1:10-13). o seu próprio poeta Epimênides (600 a.C.) é citado contra eles (Tt 1:12). Tito foi muito venerado em Creta durante a idade Média. o nome da ilha é hoje geralmente Cândia.

Creta Ilha do mar Mediterrâneo (At 27:7-21). Nessa ilha Paulo e Tito fundaram uma igreja (Tt 1:5-14);
v. CAFTOR).

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Evitar

verbo transitivo direto Esquivar-se; fugir de uma situação desagradável; escapar de um perigo; não se expor a: evitava caminhar no inverno; evitava o beco perigoso.
Furtar-se; não entrar em contato com; afastar-se de uma briga ou discussão: ele sempre evitava polêmicas.
Impedir; impor obstáculos para que algo não aconteça: evitou o divórcio.
verbo bitransitivo Poupar; resguardar alguém de um fato, situação ou pessoa desagradável: evitou-lhe a notícia sobre a morte do irmão.
Etimologia (origem da palavra evitar). Do latim evitare.

Fora

advérbio Na parte exterior; na face externa.
Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
Não aceitação de; recusa.
locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
Distante de: fora da cidade.
Do lado externo: fora de casa.
expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.

Incômodo

incômodo adj. 1. Que não é cômodo; desconfortável. 2. Que incomoda; incomodante. S. .M 1. Aborrecimento, importunação. 2. Doença passageira.

Meio

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

O

substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
[Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

Ouvido

substantivo masculino Sentido pelo qual se percebem os sons; sentido da audição.
[Anatomia] Antigo órgão da audição, atualmente denominado por orelha.
[Música] Abertura no tampo dos instrumentos de corda ou orifício nos instrumentos de palheta.
[Música] Facilidade de fixar na memória peças musicais, ou de distinguir qualquer falta de afinação.
[Militar] Orifício usado para colocar pólvora em armas de fogo e de artilharia.
adjetivo Que se conseguiu ouvir, perceber pela audição: som ouvido.
locução adverbial De ouvido. Sem ter estudado, só por ter ouvido: aprender música de ouvido.
expressão Duro de ouvido. Diz-se de quem não ouve bem.
Entrar por um ouvido e sair pelo outro. Não dar importância ao que ouve, não levar em conta, especialmente um conselho, advertência.
Fazer ouvidos de mercador. Fingir que não ouve; não atender ao que se pede ou pergunta.
Ser todo ouvidos. Prestar toda a atenção, ouvir atentamente.
Etimologia (origem da palavra ouvido). Do latim auditum.

Em diversos casos esta palavra é usada figuradamente como em Jr 6:10, onde ouvidos incircuncisos são ouvidos desatentos à Palavra de Deus. os ‘ouvidos abertos’ do salmo 34.15 significam que Deus presta constante atenção às orações do Seu povo, ao passo que a expressão ‘endurece-lhe os ouvidos’ (is 6:10) refere-se às almas desobedientes que não querem ouvir. Entre os judeus, o escravo que renunciava ao privilégio de poder libertar-se no ano sabático, tinha de sujeitar-se a ser a sua orelha furada com uma sovela pelo seu senhor, como sinal de perpétua escravidão. A cerimônia era realizada na presença de algum juiz, ou magistrado, e era um ato voluntário (Êx 21:5-6).

Os ouvidos são sentinelas do conhecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7


Ouvido Ver Escutar.

Partir

verbo intransitivo Pôr-se no caminho, ir-se embora.
Ter seu começo.
Figurado Tomar por ponto de partida.
Emanar, provir.

Partir
1) Sair (Gn 12:4)

2) Dividir (Ex 29:17); (Mt 26:26).

Paulo

Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At 13:9). Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3:5) e FARISEU (At 23:6), era cidadão romano por ter nascido em TARSO. Foi educado em Jerusalém aos pés de GAMALIEL (At 22:3); 26:4-5). De perseguidor dos cristãos (At 8:3), passou a ser pregador do evangelho, a partir de sua conversão (At 9). De Damasco foi à Arábia (Gl 1:17). Voltando para Damasco, teve de fugir (At 9:23-25). Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9:26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9:30), e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11:19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (Act 13—20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21:17—23:) 35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (Act 24—26). Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27—28;
v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM

Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11:1Fp 3:5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9:11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22:3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23:6 – 26.5 – Fp 3:5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1:14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20:34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17:28 – 1 Co 15.35 – Tt 1:12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23:16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16:11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16:7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos At, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22:20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22:3 – 26.9 – Gl 1:14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9:1-2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26:10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a
16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26:10-18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9:13-14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9:21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9:11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16:25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1:16-17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ 1Co 9:1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ 1Co 15:5-8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9:17 – cp.com At 22:14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1:11Co 1:12Co 1:1Ef 1:1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9:18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22:14-15). Foi batizado, e

Introdução e antecedentes

Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At 7:58-13.9). Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estêvão (At 7:58). Seu pai sem dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (At 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu uma instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com a judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida; portanto, era zeloso na obediência de cada ponto da lei mosaica (Fp 3:5-6).

Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar (1Co 4:12-2 Ts 3.8; etc.). Existem amplas evidências nessas e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o Evangelho de Cristo (1Co 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos e finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (1Ts 2:3-6).

A vida e as viagens de Paulo

Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At 8:1).

Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8:3-1 Co 15.9; Fp 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse às sinagogas de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.

A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras instruções. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita de Ananias (veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).

Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At 9:29-30; Gl 1:18-24). A extraordinária rapidez da mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.

Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm 11:13; Gl 2:8-1 Tm 2.7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl 2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que se opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 1:16-2.9,10; etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da Síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (At 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e o que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).

É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno movimento por todo o império. Às vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outras ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.

A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos 47:48 d.C., iniciou-se na terra natal de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao procônsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). “Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (At 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia e Icônio, a leste, e Listra e Derbe, ao sul. Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo de Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13:14. Os benefícios, entretanto, foram consideráveis, pois a segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meio do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.

Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral e houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (At 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelos líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, At 10). Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós” (At 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (At 2:4-47), assim a presença do Espírito foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e louvaram a Deus. Naquela ocasião, Lucas registrou especificamente que aquilo acontecera para surpresa de todos os crentes circuncidados (At 10:45-46). Para Pedro, esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa de batizar esses novos cristãos, não como alguma forma de comunidade cristã de segunda classe, mas na fé cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados (At 10:47-48).

Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser um cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v. 11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.

Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi enviada às igrejas gentílicas, a fim de informar sobre a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.

A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At 15:36-18.22). Ela foi muito importante, pois espalhou a Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém, começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido às suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não deviam levá-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cilícia, e visitou novamente as igrejas recém-fundadas em Derbe, Listra e Icônio.

Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At 16:1-2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (At 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!

A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém que o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregaram em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegarem para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.

A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At 16:19). Havia muito encorajamento, mas também muita perseguição. Paulo testemunhou o estabelecimento bem-sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados da mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvida, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. Também testemunharam a incrível conversão do carcereiro, quando foram presos em Filipos (veja Carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocava os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v. 12).

Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado à Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.

Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).

Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53:57 d.C. (At 18:23-21.16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao norte e oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frígia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhes falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (At 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.

Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.

Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm 16:3-4; 1 Co 15.32; 2 Co 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto adiante dele para a Macedônia. Expressou sua intenção de viajar para Jerusalém via Macedônia e Acaia (At 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.

Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm 15:25-32).

Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At 20:7-12).

Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 2:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade santa, teve prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora a profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi para lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v. 13).

Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos da nova geração de missionários e pastores fiéis ao Senhor.

A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At 21:27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre sua própria conversão e chamado ao ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança à fortaleza. Foi obrigado a apelar para sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o Sinédrio e Paulo defendeu-se diante de seus acusadores (At 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre seus acusadores, ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma para testificar do Evangelho (At 23:11).

Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At 26:28). A conclusão de Agripa foi que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v. 32).

Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At 28:31).

A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses 1:19-25; 2.24. Provavelmente após sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (veja Rm 15:24-28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso novamente e levado de volta a Roma, onde escreveu II Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. II Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v. 18). Mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4.17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

Os escritos de Paulo

O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.

As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl 3:8-11,24; 5.4). Paulo disse aos gálatas: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). Declarava que eles eram todos filhos de Deus “pela fé em Cristo Jesus... desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:26-29). Jesus livra da letra da lei e da sua punição, pois assim declarou Paulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). Esta existência em Jesus é uma vida composta de uma nova natureza, agora dirigida pelo Espírito de Cristo e conduzida ao objetivo da vida eterna (Gl 5:16-22,25; 6.8). Paulo afirmava que essas verdades eram para todos os que creem em Jesus Cristo, qualquer que fosse a nacionalidade, sexo ou classe social. O cristianismo nunca seria meramente uma facção do judaísmo. O fato de que as decisões do Concílio de Jerusalém não fazem parte das argumentações e do ensino de Paulo leva alguns a crerem que provavelmente a carta aos Gálatas foi escrita antes desta reunião (talvez em 49 d.C.). Outros colocam a data bem depois.

As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts 2:13). O apóstolo apelou para que continuassem na fé, principalmente à luz da vinda de Cristo, a qual lhes proporcionaria grande esperança e alegria. Deveriam encorajar uns aos outros (1Ts 4:18) com a certeza de que Jesus voltaria e não deveriam lamentar pelos que morressem, como se fossem iguais ao resto do mundo sem esperança (1Ts 4:13). A segunda epístola provavelmente foi escrita durante a permanência de Paulo na cidade de Corinto. Novamente dá graças a Deus pela perseverança dos cristãos, pela fé e pelo amor que demonstravam uns aos outros (2Ts 1:3-12). Parte da carta, entretanto, é escrita para corrigir algumas ideias equivocadas sobre a volta de Cristo. Um fanatismo desenvolvera-se, o qual aparentemente levava as pessoas a deixar de trabalhar, a fim de esperar a iminente volta do Senhor (2Ts 2). Paulo insistiu em que os irmãos deveriam levar uma vida cristã normal, mesmo diante das dificuldades e perseguições. O fato de que Deus os escolheu e salvou por meio da operação do Espírito os ajudaria a permanecer firmes na fé (2Ts 2:13-15).

As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co 1:12). Lembrou que não deveriam ir diante dos tribunais seculares para resolver suas diferenças (1Co 6). Ensinou-os sobre a importância de uma vida moralmente pura e lembrou que seus corpos eram santuário de Deus e o Espírito de Deus habitava neles (1Co 3:16-5:1-13). Tratou da questão prática sobre se deveriam ou não comer carne previamente oferecida a divindades pagãs e também discutiu sobre a maneira como os dons espirituais deviam ser usados na 1greja, ou seja, para a edificação e a manifestação do verdadeiro amor cristão no meio da comunidade (1Co 12:14). A ressurreição física de Cristo também é amplamente discutida em I Coríntios 15.

Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co 11:5).

Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co 10:12). Talvez não fosse o mais eloqüente dos oradores, mas fora chamado para o ministério do Evangelho e Deus tinha honrado seu trabalho. Muitas vezes sentiu-se enfraquecido e derrotado, mas a fé no Senhor Jesus Cristo e o desejo de completar seu chamado fizeram-no seguir adiante (veja especialmente 2 Co 4 e 5; 7). Lembrou os leitores sobre a glória do Evangelho (2Co
3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).

A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm 1:18-3.10,11; etc.). A salvação, entretanto, veio para todo o que tem fé em Jesus Cristo, “sem distinção”. Embora todos tenham pecado, os que crêem “são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24). A razão para esta possibilidade de salvação para todos é vista na natureza vicária da morte de Cristo (Rm 3:24-26; veja Jesus). Judeus e gentios igualmente são herdeiros das ricas bênçãos da aliança de Deus, porque o Senhor é fiel em cumprir suas promessas. A justiça de Deus é vista na absolvição dos que são salvos pela graça, mas também na maneira como cumpriu as promessas feitas a Abraão, o grande exemplo de justificação pela fé (Rm 4). Nesta epístola, Paulo discutiu também sobre a vida cristã debaixo da direção do Espírito Santo, ou sobre o privilégio da adoção de filhos de Deus e a segurança eterna que ela proporciona (Rm 8). Paulo mencionou também como a nação de Israel encaixa-se no grande plano de salvação de Deus (Rm 9:11) e enviou instruções sobre como os cristãos devem viver para Cristo, como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1-2).

As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).

A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef 2:11-12). Portanto, o povo de Deus deve viver como filhos da luz, andar cheios do Espírito Santo, ser imitadores de Deus e testemunhas dele no meio das trevas do mundo ao redor (Ef 4:1-5.21). Paulo prossegue e expõe como certos relacionamentos específicos refletiriam o amor de Deus por seu povo (Ef 21. a 6.10). Depois insistiu em que os cristãos permanecessem firmes na fé e colocassem toda a armadura de Deus, liderados pelo Espírito e obedientes à Palavra do Senhor (Ef 6:1-18).

Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses 2:1-11. O texto fala sobre a humildade de Cristo, uma característica que ninguém no mundo antigo e muito menos no moderno realmente aspira! Esta humildade demonstrada por Jesus, que acompanhou seu chamado até a cruz, proporciona a base e o exemplo ao apelo de Paulo para que os filipenses continuassem unidos em humildade, sem murmurações, enquanto cumpriam o próprio chamado. Esta vocação é resumida por Paulo em Filipenses 2:14-17. Deveriam resplandecer “como astros no mundo, retendo a palavra da vida”.

Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl 1:7-2.13). Pelo que Paulo diz, os eruditos inferem que, ao escrever esta carta, ele estava preocupado com algumas doutrinas falsas que haviam entrado na igreja. Talvez o ensino herético tenha diminuído a importância de Cristo, pois enfatizava demais a sabedoria humana. Talvez insistissem na adoção de certas práticas judaicas como a circuncisão e a guarda do sábado. A adoração de anjos provavelmente fazia parte das ideias, e possivelmente havia também uma ênfase no misticismo e nas revelações secretas. Em resposta a tudo isso, Paulo falou sobre a preeminência de Jesus sobre todas as coisas. Somente Ele é o cabeça da Igreja. É o Criador preexistente e o primeiro a ressuscitar dentre os mortos (Cl 1:15-23). Foi em Cristo que aquelas pessoas haviam morrido para o pecado e ressuscitado por Deus para uma nova vida. Foi “nele” que foram perdoadas. “Em Cristo” as leis do sábado e sobre comidas e bebidas foram consideradas redundantes, pois eram apenas “sombras” que esperavam a manifestação do Filho de Deus (Cl 2:16-19). O desafio para esses cristãos era que não se afastassem de Jesus, em busca de experiências espirituais por meio de anjos ou da obediência a preceitos legais; pelo contrário, conforme Paulo diz, “pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl 3:2-3). Deveriam viver como escolhidos de Deus e filhos consagrados, a fim de que a palavra de Cristo habitasse neles abundantemente (Cl 3:15-17).

As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm 1:3-20; 2 Tm 3; Tt 1:1016; etc.). O apóstolo os exortou quanto à oração pública e deu instruções sobre o tipo de pessoa adequada para ocupar cargos de liderança nas igrejas (1Tm 3:1-13; Tt 1:6-9). Paulo também desejava que eles soubessem o que ensinar e como lidar com diferentes grupos de pessoas. O ensino deveria ser de acordo com as Escrituras e não comprometido por causa de pessoas que nem sempre gostavam do que ouviam (2Tm 3.14 a 4.5; Tt 2; etc.) A mensagem também precisava exortar contra as dissensões e a apostasia que seriam os sintomas dos “últimos dias” (1Tm 4:1-16; 6:3-10; 2 Tm 2.14 a 3.9; etc.).

O ensino de Paulo

Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos 1:3 ele demonstra que os gentios (os pagãos) serão considerados culpados de rejeição para com Deus com base em sua revelação por meio da criação. O apóstolo argumenta assim: “Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1:19-20). O pecado tem levado a mais transgressões, pois as pessoas se afastam de Deus em rebelião, de maneira que o Senhor as entrega a práticas infames que desejam realizar. O fim delas está claramente determinado: “Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:5). Para o apóstolo, entretanto, falar de tal profundidade do pecado entre os gentios era uma coisa; mas ele prossegue e argumenta que os judeus estão na mesma situação, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11). A Lei de Moisés não pode salvar e Paulo argumenta que o verdadeiro judeu é o que o é interiormente: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (v. 29). A vantagem do judeu reside no fato de que tem a Palavra de Deus, a Lei e as Escrituras do Antigo Testamento (Rm 3:2), ainda que essa mesma Lei aponte para a justiça de Deus e o juízo sobre o pecado. A Lei revela como os homens e as mulheres realmente são pecadores (Rm 3:20). As conclusões de Paulo, baseadas no que é ensinado nesses capítulos, são resumidas numa citação de vários livros da própria Lei na qual os judeus achavam que podiam confiar: “Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3:10-12; veja Sl 14:1-3; 53:1-3). Portanto, o resultado desse pecado universal é claro, pois ninguém escapará da ira (do justo julgamento) de Deus. Por isso, o problema enfrentado por toda a humanidade é temível. Seja judeu ou gentio, o Senhor não fará distinção entre os pecadores.

Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.

Em Romanos 3:21-26 Paulo expôs que essa justiça de Deus é “pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22). Precisamente porque o Senhor não tem favoritismo, “pois todos pecaram”, homens e mulheres de todas as raças são “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (v. 24). Jesus foi apresentado por Deus como sacrifício. A fé em Cristo significa entender que sua vida foi dada como um sacrifício de expiação pelos pecados e que, desta maneira, Deus permanece justo — o castigo pelo pecado foi pago na cruz. Paulo refere-se a esse sacrifício de maneiras diferentes em outros textos. Por exemplo, viu o sacrifício como “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Também contemplou Jesus da seguinte maneira: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm 3:29-30).

Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4:4-5). Sob a Lei, Cristo recebeu a punição sobre si e resgatou as pessoas da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13). O sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que pagou para nós com seu próprio sangue tornaram-se o ponto principal da pregação de Paulo. Essas eram as boas novas: Jesus trouxe o perdão e recebeu a punição pelo pecado. O apóstolo assim resume sua pregação: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1:23). Sua mensagem era “a palavra da cruz” (1Co 1:18).

Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef 2:9). Várias vezes o apóstolo insiste em que todos terão de comparecer diante do trono de Deus, e a única esperança do veredicto de “não culpado” (de justificado), quando enfrentassem o julgamento justo de Deus, estava na sua graça. Assim, a redenção vem pela graça e o indivíduo pode apropriar-se dela pela fé, que envolve um compromisso com a justiça de Deus e com seus caminhos justos em Cristo. A fé olha somente para Deus em busca da salvação e, desta maneira, o homem admite a própria incapacidade diante do Senhor, reconhece o pecado e a necessidade de perdão, e olha para Deus como o único que o pode perdoar.

Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm 4:25-5.16,18; etc.). Nenhum outro custo é exigido. Os pecadores são justificados “gratuitamente pela graça”; “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé — e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Rm 3:24; Ef 2:5-8; etc.). Desde que a obediência à Lei não proporcionou a salvação, novamente Paulo mostra que os gentios também estão incluídos. Eles podem ter fé: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro a evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações” (Gl 3:8). Paulo não ensina somente sobre a justificação pela fé em Cristo como meio para alguém se tornar cristão. Deus salva a todos pela graça com um propósito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9). Essa justificação pela graça significa que os que crêem têm acesso a todas as bênçãos que o Senhor prometeu ao seu povo, resumidas nas palavras “vida eterna”: “A fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Ti 3.7).

A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4). Esta obra do Espírito, segundo Paulo, era para que a fé se apoiasse inteiramente no poder de Deus (v. 5), “de sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17-1 Ts 1.5). O Espírito, entretanto, está ativo também na vida da pessoa que ouve a mensagem, pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Assim, o Espírito de Deus está ativamente presente na pregação do Evangelho e na vida do que ouve e se volta para Cristo.

Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). A evidência que eles têm da obra de Deus em suas vidas, segundo Paulo, está na posse do Espírito Santo. A vida no Espírito desta maneira traz ao crente muitas bênçãos e muitos desafios. Todos os que pertencem a Jesus possuem o Espírito de Cristo, e isso significa que são controlados pelo Espírito (Rm 8:9). É Ele quem garante a uma pessoa que ela pertence a Deus. De fato, este é o “selo de posse” de Deus, “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22). Esse aspecto da função do Espírito como “um selo de garantia” é mencionado em numerosas ocasiões, especialmente quando Paulo pensa sobre o futuro, quando teria de enfrentar a morte, ou sobre a herança que um dia os cristãos receberão do Senhor (2Co 5:4-5; Ef 1:14; etc.).

O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm 8:26-27). Desde que a vida cristã é vivida em comunidade, o Espírito também ajuda na vida corporativa da Igreja. Segundo Paulo, cada cristão recebe algum “dom do Espírito” com o qual ajuda outros crentes em seu progresso espiritual. Esses dons serão úteis na edificação de outras pessoas na fé, de maneiras variadas. O apóstolo não dá uma lista exaustiva de tais dons, mas menciona diversos, como demonstrar hospitalidade, falar em línguas, ensinar, repartir com liberalidade, profetizar e administrar (1Co 12:4-11; Rm 12:6-8). Intimamente ligado a esse trabalho que capacita todos os crentes a ter uma plena participação na vida da Igreja está o trabalho de promover a unidade cristã. Freqüentemente Paulo enfatiza essa tarefa do Espírito Santo. A unidade entre os crentes não é um acessório opcional, mas a essência da fé cristã, pois ela é proveniente da própria natureza de Deus: “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12:13). Desta maneira, é tarefa de cada cristão procurar “guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, porque “há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:3-6).

Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses 2:13 Paulo diz: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (veja também 1 Co 6.11). É esse trabalho do Espírito que os cristãos ignoram, para a própria perdição. O apóstolo insiste em que todos devem “viver no Espírito” e dessa maneira serão protegidos do mal que os cerca e do pecado: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5:16-17; Rm 8:13-15).

Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6; veja Aba). Essa convivência é maravilhosamente libertadora: “Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15). De acordo com Paulo, o Espírito Santo é essencial para a própria existência do cristão. Ele inicia, confirma e desenvolve a fé, estabelece a unidade, vive no interior do crente, promove a santificação, garante o futuro, possibilita a vida em comunidade e cumpre muitas outras tarefas além dessas. Seu objetivo é cumprir a plena vontade de Deus na vida do cristão individualmente e na vida da Igreja de Deus.

A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm 2:5-14.10; Fp 2:10). Naquele dia haverá uma separação entre as pessoas, que não dependerá de suas boas obras ou más ações, mas da experiência da graça de Deus que tiveram em suas vidas, pela fé (Rm 5:1-8.1). Uma das maiores alegrias que Paulo demonstrava como cristão era o fato de não temer a morte, pois cria que Jesus conduziu seus pecados sobre si na cruz, onde pagou por eles (Rm 8:1517). De fato, o apóstolo tinha plena confiança no futuro. Se morresse ou permanecesse vivo, estaria com o Senhor e continuaria a glorificá-lo (2Co 5:6-9). De todas as pessoas, Paulo estava consciente da fragilidade da vida humana. Em muitas ocasiões esteve próximo da morte e muitas vezes foi espancado e apedrejado (2Co 11:23-29). Falou em “gemer” e carregar um fardo nesse corpo, mas mesmo assim perseverava, ciente de que um dia o que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5:4). Novamente o apóstolo voltou-se para o Espírito Santo dentro dele para a confirmação e a garantia dessas promessas futuras (v. 5).

Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co 15:20-35-44). Isso levou o apóstolo a declarar: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:20-21).

Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23; veja também 2 Co 5.3).

Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co 4:17-5.1,4,8). Não é de estranhar, portanto, que pudesse declarar: “Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4:18).

Conclusões

Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.

Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.

Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.


Paúlo

substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
Cerrado para o gado.

substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
Cerrado para o gado.

Perdição

substantivo feminino Ação ou efeito de perder; perda.
Situação de desonra ou falta de honra, de moral; imoralidade.
Condição de desgraça, de infortúnio, de fracasso: o vício foi sua perdição.
O que não se consegue resistir; tentação: o doce para mim é uma perdição.
Religião Negação da religiosidade, das crenças religiosas; condenação das almas às punições eternas, ao inferno; irreligiosidade.
Etimologia (origem da palavra perdição). Do latim perditio.onis; perditione.

Perdição
1) Destruição; condenação ao castigo eterno (Rm 9:22); (1Tm 6:9)

2) Perda; prejuízo (At 27:21), RC).

substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
Designação da pata, falando-se de animais.
Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
Parte da cama oposta à cabeceira.
Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
[Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
[Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
Designação da pata, falando-se de animais.
Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
Parte da cama oposta à cabeceira.
Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
[Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
[Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

Regar com o pé (Dt 11:10) refere-sea um método de irrigação, que se praticava no Egito. os campos eram divididos em porções de terreno, com 4,5 metros de comprimento e 1.80 de largura, separados uns dos outros por pequenas elevações de terra. A água era levada dos fossos para os canais, formados nessas elevações. Bastava fazer uma depressão com o dedo do pé na terra amontoada, para que a água caísse no tabuleiro. E depois de ter corrido suficientemente, o aldeão empurrava outra vez a terra com o pé, abrindo caminho à água para outro lugar. E desta maneira ficava enfim todo o campo regado. Cp.com Pv 21:1. Descalçar as sandálias ou os sapatos era um sinal de respeito e de reverência (Êx 3:5), e além disso um sinal de luto (Ez 24:17). Era costume lavar os pés dos estrangeiros que chegavam de viagem, porque geralmente caminhavam descalços, ou usavam sandálias, estando por isso os pés quentes, doridos e empoeirados. Não se deve esquecer que em muitas ocasiões, principalmente nas estações secas, ou em sítios desertos do país, era a água cara por ser pouca – e concedê-la para fins de limpeza não era de forma alguma um meio barato de prestar um serviço. Nas casas abastadas eram as abluções efetuadas por escravos, como sendo serviço humilde. E por isso foi certamente grande a lição de humildade dada pelo nosso Salvador, quando lavou os pés aos Seus discípulos (Jo 13:5).

V. ALFABETO HEBRAICO 17.

Razoável

adjetivo Que está em conformidade com a razão; racional.
Aceitável pela lógica; racionável.
Que demonstra bom senso; que se comporta de maneira racional; sensato.
Sem excesso; moderado ou comedido.
Que está entre o excelente e o péssimo; suficiente.
Etimologia (origem da palavra razoável). Do latim rationabilis.e.

razoável adj. .M e f. 1. Conforme à razão; racionável. 2. Sensato, moderado. 3. Aceitável, suficiente. 4. Justo, legítimo.

Ter

verbo transitivo direto Passar a possuir; receber: tiveram o contrato da casa.
Ser o dono ou usufruir de; possuir: ele tem dois carros; ele não teve herança.
Possuir a autoridade ou o domínio sobre: tinha um povo.
Deter a posse de alguma coisa para uso próprio: ela não tem computador.
Conseguir por meio de pagamento: tive o carro por uma pechincha.
Portar, carregar consigo: você tem uma caneta?
Passar pela experiência de; experienciar: tive a alegria de conhecê-la.
Possuir como elemento; apresentar: certas bicicletas têm amortecedores.
Expressar certa quantidade ou comprimento: o prédio de três andares tem 12 metros.
Ser composto por: este CD tem 25 músicas.
Possuir a ajuda de: não temos muitos funcionários.
Medir o tempo de vida ou a idade de: minha filha tem 10 anos.
Descrever os que ainda estão vivos ou mortos: não tinha avô paterno; tinha sete filhos para educar.
Possuir determinada ocupação; possuir: tinha o cargo de professor.
Fazer com que se realize; efetuar: ainda teremos dois convidados.
Ser o motivo ou razão de: o professor têm muitos alunos.
Usufruir de determinado
(s): direito
(s): ou benefício(s): não teve seus direitos respeitados; temos o direito de participar.

Possuir qualquer tipo de vínculo: o casal têm dois filhos.
Receber certa informação: tivemos esta semana avisos de contas.
Proceder; comportar-se com: tenha atenção aos obstáculos.
Sentir: tinha muita fome!
Assumir certa opinião: tinha um ponto de vista irônico.
Receber em sua residência: tive-a em minha casa semana passada.
verbo transitivo direto e bitransitivo Permanecer em certo local ou posição; conservar: queria ter deitado.
Guardar de modo particular; conseguir para si: no futuro, ainda terei um amor; tenho-a nas lembranças.
Ser o alvo dos ensinamentos de outrem: nunca teve aulas de inglês.
Passar a ter o conhecimento de; sentir: tinha muito amor.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Demonstrar ou definir-se por: tinha serenidade; tinha um humor horrível.
verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e bitransitivo Trazer por um instante: tinha os cabelos presos.
verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e pronominal Fazer considerações acerca de; julgar-se: tenho que você foi o melhor candidato; sua mãe sempre a tivera como inteligente.
verbo transitivo direto e predicativo Colocar à disposição de: eu tenho dinheiro a oferecer.
verbo bitransitivo Estar relacionado com: o assunto tem a ver com o tema.
Obter por meio de transferência; herdar: da mãe teve a sabedoria.
Carregar junto de si: tinha um sofrimento imenso.
verbo pronominal Estar ou passar a estar em certo local; passar: teve-se em viagens.
Demonstrar uma dedicação excessiva a; apegar-se: nunca se teve aos avós.
Valer-se de; expressar valor ou interesse por: tem-se em excesso à igreja.
substantivo masculino plural Teres. Aquilo que se possui; bens ou posses.
Etimologia (origem da palavra ter). Do latim tenere.

Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 10

[...] matéria-prima, o substratum definitivo de todos os movimentos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] O éter do espaço é o elo conector. No mundo material, ele é a realidade fundamental, substancial. No mundo espiritual, as realidades da existência são outras e muito mais elevadas; porém, quanto ao modo por que atua o éter, mal podemos presentemente suspeitar.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

O éter do espaço pode agora ser tido como um grande elo a ligar o mundo da matéria ao do espírito; é a substância comum a ambos esses mundos. Ambos se contêm dentro dela, dela fazendo parte e sendo dela formados. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] fluido que gerou tudo o que existe. Sem ele nada existiria, e com ele tudo pode ser produzido. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O éter cósmico

O éter, ou fluido cósmico universal, que envolve toda a criação.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

Se, como desencarnados, começamos a examiná-lo na sua essência profunda, para os homens da Terra o éter é quase uma abstração. De qualquer modo, porém, busquemos entendê-lo como fluido sagrado da vida, que se encontra em todo o cosmo; fluido essencial do Universo, que, em todas as direções, é o veículo do pensamento divino.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 20


Verdade

substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

º

ò | contr.
ó | interj.
ó | s. m.
o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
ô | s. m.

ò
(a + o)
contracção
contração

[Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

Confrontar: ó e oh.

ó 1
(latim o)
interjeição

Palavra usada para chamar ou invocar.

Confrontar: oh e ò.

Ver também dúvida linguística: oh/ó.

ó 2
nome masculino

Nome da letra o ou O.

Confrontar: ò.

o |u| |u| 2
(latim ille, illa, illud, aquele)
artigo definido masculino singular

1. Quando junto de um nome que determina.

pronome pessoal

2. Esse homem.

3. Essa coisa.

pronome demonstrativo

4. Aquilo.

Confrontar: ó.

Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

o |ó| |ó| 1
(latim o)
nome masculino

1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

símbolo

5. Símbolo de oeste.

6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

Plural: ós ou oo.

ô
(latim o)
nome masculino

[Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

Confrontar: o.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ὑπάρχω πολύς ἀσιτία τότε Παῦλος ἵστημι ἔν μέσος αὐτός ἔπω ὦ ἀνήρ δεῖ μέν πειθαρχέω μοί μή ἀνάγω ἀπό Κρήτη κερδαίνω ταύτη ὕβρις καί ζημία
Atos 27: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Mas após longa abstinência, Paulo se levantou no meio deles, e disse: Senhores, devíeis ter me ouvido, e não ter partido de Creta, e assim evitariam este dano e perda.
Atos 27: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

62 d.C.
G1163
deî
δεῖ
chutar, dar pontapé em
(and kicked)
Verbo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2209
zēmía
ζημία
()
G2476
hístēmi
ἵστημι
causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
(it stood)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2770
kerdaínō
κερδαίνω
ganhar, adquirir, obter ganho
(he gains)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Active - 3ª pessoa do singular
G2914
Krḗtē
Κρήτη
a maior e mais fértil ilha do arquipélago do Mediterrâneo ou Mar Ageu, hoje a moderna
(Crete)
Substantivo - feminino acusativo singular
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G321
anágō
ἀνάγω
de outros
(other)
Adjetivo
G3303
mén
μέν
realmente
(indeed)
Conjunção
G3319
mésos
μέσος
(S
(and was finished)
Verbo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3972
Paûlos
Παῦλος
Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas
(Paulus)
Substantivo - masculino dativo singular
G3980
peitharchéō
πειθαρχέω
()
G4183
polýs
πολύς
um habitante de Moresete
(the Morasthite)
Adjetivo
G435
anḗr
ἀνήρ
com referência ao sexo
(husband)
Substantivo - acusativo masculino singular
G5037
τέ
um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
(Nabal)
Substantivo
G5119
tóte
τότε
então
(Then)
Advérbio
G5196
hýbris
ὕβρις
insolência
(disaster)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G5225
hypárchō
ὑπάρχω
o dono da eira pela qual a arca estava passando em viagem para Jerusalém quando
(of Nachon)
Substantivo
G5599
ō
aguaceiro
(that which grows of its own accord)
Substantivo
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio
G776
asitía
ἀσιτία
a Terra
(the earth)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δεῖ


(G1163)
deî (die)

1163 δει dei

terceira pessoa do singular presente ativo de 1210; TDNT - 2:21,140; v

  1. é necessário, há necessidade de, convém, é correto e próprio
    1. necessidade encontrada na natureza do caso
    2. necessidade provocada pelas circunstâncias ou pela conduta de outros em relação a nós
    3. necessidade com referência ao que é requerido para atingir algum fim
    4. uma necessidade de lei e mandamento, de dever, justiça
    5. necessidade estabelecida pelo conselho e decreto de Deus, especialmente por aquele propósito seu que se relaciona com a salvação dos homens pela intervenção de Cristo e que é revelado nas profecias do Antigo Testamento
      1. relativo ao que Cristo teve que finalmente sofrer, seus sofrimentos, morte, ressurreição, ascensão

Sinônimos ver verbete 5829 e 5940


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ζημία


(G2209)
zēmía (dzay-mee'-ah)

2209 ζημια zemia

provavelmente semelhante a raiz de 1150 (pela idéia de violência); TDNT - 2:888,299; n f

  1. dano, perda, prejuízo

ἵστημι


(G2476)
hístēmi (his'-tay-mee)

2476 ιστημι histemi

uma forma prolongada de uma palavra primária σταω stao stah’-o (do mesmo significado, e usado para este em determinados tempos); TDNT - 7:638,1082; v

  1. causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
    1. ordenar ficar de pé, [levantar-se]
      1. na presença de outros, no meio, diante de juízes, diante dos membros do Sinédrio;
      2. colocar
    2. tornar firme, fixar, estabelecer
      1. fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar
      2. permanecer, ser mantido íntegro (de família, um reino), escapar em segurança
      3. estabelecer algo, fazê-lo permanecer
      4. segurar ou sustentar a autoridade ou a força de algo
    3. colocar ou pôr numa balança
      1. pesar: dinheiro para alguém (porque antigamente, antes da introdução da moeda, era costume pesar os metais)
  2. permanecer
    1. ficar de pé ou próximo
      1. parar, permanecer tranqüilo, permanecer imóvel, permanecer firme
        1. da fundação de uma construção
    2. permanecer
      1. continuar seguro e são, permanecer ileso, permanecer pronto ou preparado
      2. ser de uma mente firme
      3. de qualidade, alguém que não hesita, que não desiste

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κερδαίνω


(G2770)
kerdaínō (ker-dah'-ee-no)

2770 κερδαινω kerdaino

de 2771; TDNT - 3:672,428; v

  1. ganhar, adquirir, obter ganho
  2. metáf.
    1. de ganho provindo de evitar ou escapar do mal ( “não envolver-se”, resguardar-se”. Daí, “ser poupado”)
    2. ganhar alguém, i.e, conquistá-lo para o reino de Deus, ganhar alguém para a fé em Cristo
    3. ganhar o favor e a comunhão com Cristo

Κρήτη


(G2914)
Krḗtē (kray'-tay)

2914 Κρητη Krete

de derivação incerta; n pr loc Creta = “relativo à carne”

  1. a maior e mais fértil ilha do arquipélago do Mediterrâneo ou Mar Ageu, hoje a moderna

    Candia


λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

ἀνάγω


(G321)
anágō (an-ag'-o)

321 αναγω anago

de 303 e 71; v

  1. conduzir, guiar ou trazer para um lugar mais alto
  2. de navegadores: aventurar-se, zarpar, fazer-se a vela, colocar ao mar

μέν


(G3303)
mén (men)

3303 μεν men

partícula primária; partícula

  1. verdadeiramente, certamente, seguramente, de fato

μέσος


(G3319)
mésos (mes'-os)

3319 μεσος mesos

de 3326; adj

meio

centro

no meio de, entre


μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

Παῦλος


(G3972)
Paûlos (pow'-los)

3972 παυλος Paulos

de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”

Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas

Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador


πειθαρχέω


(G3980)
peitharchéō (pi-tharkh-eh'-o)

3980 πειθαρχεω peitharcheo

de um composto de 3982 e 757; TDNT - 6:9,818; v

  1. obedecer a (um governador ou superior)

πολύς


(G4183)
polýs (pol-oos')

4183 πολυς polus

que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

  1. numeroso, muito, grande

ἀνήρ


(G435)
anḗr (an'-ayr)

435 ανερ aner

uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m

  1. com referência ao sexo
    1. homem
    2. marido
    3. noivo ou futuro marido
  2. com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
  3. qualquer homem
  4. usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres

τέ


(G5037)
(teh)

5037 τε te

partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

não apenas ... mas também

tanto ... como

tal ... tal


τότε


(G5119)
tóte (tot'-eh)

5119 τοτε tote

do (neutro de) 3588 e 3753; adv

então

naquele tempo


ὕβρις


(G5196)
hýbris (hoo'-bris)

5196 υβρις hubris

de 5228; TDNT - 8:295,1200; n f

  1. insolência
    1. impudência, atrevimento, orgulho, arrogância

      ato errôneo provindo de insolência, injustiça, afronta, insulto

      injúria mental, sendo evidente a natureza injustificada da sua crueldade

      injúria infligida pela violência de uma tempestade


ὑπάρχω


(G5225)
hypárchō (hoop-ar'-kho)

5225 υπαρχω huparcho

de 5259 e 756; v

  1. começar por baixo, fazer um começo
    1. iniciar

      vir a, portanto estar lá; estar pronto, estar à mão

      estar



(G5599)
ō (o)

5599 ω o

interjeição primária.; interjeição

  1. a interjeição Oh!

ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa

ἀσιτία


(G776)
asitía (as-ee-tee'-ah)

776 ασιτια asitia

de 777; n f

  1. abstinência de comida (seja voluntária ou forçada)

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo