Enciclopédia de I Timóteo 1:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1tm 1: 17

Versão Versículo
ARA Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!
ARC Ora ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém.
TB Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, o único Deus, seja honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém.
BGB τῷ δὲ βασιλεῖ τῶν αἰώνων, ἀφθάρτῳ, ἀοράτῳ, ⸀μόνῳ θεῷ, τιμὴ καὶ δόξα εἰς τοὺς αἰῶνας τῶν αἰώνων· ἀμήν.
BKJ Ora, ao Rei eterno, imortal, invisível, ao único Deus sábio seja honra e glória para sempre e sempre. Amém.
LTT Ora, ao Rei da eternidade ①, imortal ②, invisível, ao único Deus sábio 1440, seja a honra e a glória para os séculos dos séculos! Amém.
BJ2 Ao Rei dos séculos, ao Deus incorruptível, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém![j]
VULG Regi autem sæculorum immortali, invisibili, soli Deo honor et gloria in sæcula sæculorum. Amen.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Timóteo 1:17

I Crônicas 29:11 Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe.
Neemias 9:5 E os levitas, Jesua, Cadmiel, Bani, Hasabneias, Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías disseram: Levantai-vos, bendizei ao Senhor, vosso Deus, de eternidade em eternidade; ora, bendigam o nome da tua glória, que está levantado sobre toda bênção e louvor.
Salmos 10:16 O Senhor é Rei eterno; da sua terra serão desarraigados os gentios.
Salmos 41:13 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de século em século! Amém e amém!
Salmos 45:1 O meu coração ferve com palavras boas; falo do que tenho feito no tocante ao rei; a minha língua é a pena de um destro escritor.
Salmos 45:6 O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade.
Salmos 47:6 Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores.
Salmos 57:11 Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; e seja a tua glória sobre toda a terra.
Salmos 72:18 Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas.
Salmos 90:2 Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.
Salmos 106:48 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade em eternidade, e todo o povo diga: Amém! Louvai ao Senhor!
Salmos 145:13 O teu reino é um reino eterno; o teu domínio estende-se a todas as gerações.
Jeremias 10:10 Mas o Senhor Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação.
Daniel 2:44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre.
Daniel 4:34 Mas, ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
Daniel 4:37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Daniel 7:14 E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.
Miquéias 5:2 E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Malaquias 1:14 Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações.
Mateus 6:13 E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!
Mateus 25:34 Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Mateus 28:20 ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
João 1:18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
Romanos 1:20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
Romanos 1:23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
Romanos 2:7 a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção;
Romanos 11:36 Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!
Romanos 16:27 ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém!
Efésios 3:20 Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,
Colossenses 1:15 o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
I Timóteo 6:15 a qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;
Hebreus 1:8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
Hebreus 11:27 Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
I Pedro 5:11 A ele seja a glória e o poderio, para todo o sempre. Amém!
II Pedro 3:18 antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!
I João 4:12 Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor.
Judas 1:25 ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém!
Apocalipse 4:8 E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
Apocalipse 7:12 dizendo: Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém!
Apocalipse 15:3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos!
Apocalipse 17:14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis.
Apocalipse 19:1 E, depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus,
Apocalipse 19:6 E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus Todo-Poderoso, reina.
Apocalipse 19:16 E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1440

1Tm 1:17 Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas aqui extirpam/ destroem (por nota/ [colchetes]) que Deus é "SÁBIO"! (Ah, por isso acham Suas palavras inverossímeis e as amputam?!... Acham Seu estilo pobre e o melhoram?!...)


 ①

"Rei [eterno e] da eternidade".


 ②

ou "que não pode ser contaminado/ corrompido/ estragado/ destruído".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
SEÇÃO I

SAUDAÇÃO

I Timóteo 1:1,2

Em comum com a maioria das cartas gregas do século I, esta epístola começa identi-ficando o remetente — Paulo, apóstolo de Jesus Cristo — e o destinatário — Timó-teo, meu verdadeiro filho na fé (1,2). Apesar do fato de que a carta é uma correspon-dência entre os mais queridos amigos, ela não deixa de utilizar esta saudação formal e digna. Como observa adequadamente João Wesley: "A familiaridade deve ser posta de lado quando tratamos as coisas de Deus".1

A. A AUTORIDADE DO APÓSTOLO, 1.1

Na maioria das cartas de Paulo, ele se identifica por apóstolo (as únicas exceções são 1 e II Tessalonicenses, Filipenses e Filemom). Esta palavra era o termo grego habitu-al para referir-se a mensageiro, a pessoa encarregada com a tarefa de transmitir infor-mação importante. O termo, assim que foi adotado pela igreja cristã primitiva, veio a designar um cargo de grande distinção e importância na liderança do movimento. Quan-do chegamos à última data desta primeira carta a Timóteo (c. 63 d.C.), o termo apóstolo atingira "significação oficial; indica status, uma posição de autoridade primária na igre-ja. Paulo, na função de apóstolo, tem o direito de comandar e ser obedecido. Em suas igrejas ele é o primeiro, depois de Deus".2

Mas este não era cargo oficial no qual Paulo arriscaria afastar-se da clara direção de Deus. Ele declara que assume esta responsabilidade segundo o mandado de Deus, nosso Salvador (1). Em outros contextos, ele afirma que é chamado "pela vontade de Deus" (2 Co 1,1) para desempenhar essa incumbência. É verdade que quando o apostolado é criticado pelos inimigos judaizantes na igreja, ele defende com extremo vigor a autentici-dade de sua nomeação divina; contudo o desempenho de suas funções sempre é com espíri-to de humildade como convém ao escravo de Cristo. É prática antiga na igreja que os ministros da Palavra sejam recrutados pelo chamado de Deus, e que um senso claro desta incumbência divina seja a condição imprescindível para aquele que ousa pregar o evange-lho. É questão de profundo pesar que a convicção na indispensabilidade de tal chamado se mostre hoje consideravelmente menos firme que em outros dias. Se isto for realmente verdade, então devemos nos empenhar intensamente para a igreja recuperar esta fé im-portantíssima na vocação divina. Todo aquele que entra na tarefa ministerial cristã, quer seja pastor, evangelista, superintendente distrital ou bispo, deve estar pronto a dizer com Paulo de todo o coração: "Ai de mim se não anunciar o evangelho!" 1Co 9:16).

  1. DEUS, Nosso SALVADOR, E CRISTO, NOSSA ESPERANÇA, 1.1

Deus, nosso Salvador, é variante notável de nossa maneira usual de falar da sal-vação por Cristo. É costumeiro os cristãos falarem de "Cristo, nosso Salvador". Há auto-ridade considerável nos escritos paulinos, e particularmente nas Epístolas Pastorais, para esta variação (cf. 2.3; 4.10; Tt 1:3-2.10; 3.4). Isto não quer dizer que Cristo não seja nosso Salvador, mas enfatiza a participação das três Pessoas da Trindade santa na obra de redenção humana. O Pai como também o Filho e, em sentido muito real, o Espí-rito Santo estavam todos engajados na tarefa que, de certo ponto de vista mais rigoroso, foi confiada principalmente ao Filho encarnado. Temos de ressaltar que a Trindade divi-na também é uma Unidade santa, e que nossa salvação humana é possibilitada pela vontade e sacrifício infinito da deidade.

N. J. D. White sugeriu que "há, no texto, uma antítese entre os ofícios de Deus, nosso Salvador, e de Jesus Cristo, nossa esperança".3 A primeira expressão olha para o passado, recordando a obra acabada de Deus em Cristo, quando no Calvário nosso Senhor se entre-gou por nós. Paulo fala sobre este evento quando diz que "Deus estava em Cristo reconcili-ando consigo o mundo" (2 Co 5.19). Mas a expressão Cristo, esperança nossa, olha para o futuro, com sua plenitude e consumação do que agora só é parcial e incompleto. O após-tolo alcançara o estágio em seu serviço por Cristo quando a força física começara a enfra-quecer. Ele havia provado algo do custo implacável de uma lealdade total a Cristo. Talvez houvesse em sua alma o desejo crescente pelo momento quando a carreira estaria termina-da e a guirlanda imarcescível seria colocada em sua cabeça. A promessa do futuro que se mostrou em expressão tão eloqüente em 4:6-8 já estava começando a possuir seu espírito. O Salvador era para ele e pode ser para todos nós Cristo, esperança nossa.

  1. A TIMÓTEO, 1.2

Timóteo, meu verdadeiro filho na fé (2) é a distinção que o apóstolo dá a este jovem. Esta versão bíblica traduz a expressão de modo comovente: Meu "filho verda deiramente nascido na fé" (NEB). A saudação em II Timóteo é ainda mais afetuosa: "Meu amado filho".

No texto do Novo Testamento, Timóteo surge pela primeira vez em Atos 16:1. Esse capítulo narra a segunda visita de Paulo a Derbe e Listra, na ocasião de sua segunda viagem missionária. Timóteo era filho de pai grego e de mãe judia. É legíti-mo presumir que a mãe (Eunice) e a avó (Lóide) de Timóteo (2 Tm 1,5) foram alcançadas pelo evangelho durante a primeira visita de Paulo a essa região. Foi em Listra que Paulo sofreu perseguição tremendamente violenta; e não é descabido conjeturar que em suas feridas ele foi cuidado na casa de Eunice. E devidamente provável que Timó-teo se tornou cristão na ocasião da primeira visita do apóstolo. Plummer4 estima que a conversão ocorreu em 45 d.C., ao passo que a segunda visita do apóstolo a Listra ocor-reu "seis ou sete anos" depois. Ele calcula que Timóteo "provavelmente ainda não tinha 35 anos de idade quando Paulo escreveu a primeira epístola para ele". Presumin-do que tivesse 35 anos em 63 d.C., ele teria uns 17 anos quando se converteu, e 23 ou 24 na ocasião da segunda visita de Paulo a Listra. O apóstolo persuadiu que este jovem promissor "fosse com ele" (AtOS 16:3) e se tornasse companheiro de viagens e trabalhos. Paulo também fez com que Timóteo se submetesse ao rito da circuncisão, mas apenas para antecipar e impedir o surgimento de obstáculos ao ministério do jovem nas sina-gogas judaicas da Dispersão. Estas sinagogas eram "portas de entrada" inestimáveis para o evangelho nas comunidades judaicas do mundo gentio. É provável que o apósto-lo tenha agido assim para separar Timóteo para a obra do ministério mediante algum processo de ordenação que envolvesse a imposição de mãos. Pelo visto, esta cerimônia é mencionada em 4.14: "Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério".

Paulo e seu companheiro de viagem Silas, agora acompanhados por Timóteo, conti-nuaram viajando, indo logo a Trôade (ver Mapa 1), onde Lucas se uniu a eles (At 16:8-10). O grupo prosseguiu indo a Filipos, Tessalônica e Beréia, proclamando a mensagem que "Jesus é o Cristo", e encontrando oposição crescente. Paulo dirigiu-se para Atenas; mas Silas e Timóteo permaneceram em Beréia para consolidar os ganhos obtidos (At 17:14-15). De Atenas, Paulo viajou a Corinto, onde Silas e Timóteo se reuniram a ele. A preocupa-ção pelo trabalho tão bem iniciado em Tessalônica instigou o apóstolo a mandar Timó-teo de volta aos crentes tessalonicenses para confortá-los e exortá-los acerca da fé. A alta estima que o apóstolo fazia do valor de Timóteo já se revela no elogio que Paulo faz: "Nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo" (1 Ts 3.2).

As duas epístolas aos irmãos tessalonicenses incluem em suas saudações o nome de Timóteo junto com os de Paulo e Silas. Encontramos Timóteo e Silas em Corinto, sus-tentando as mãos do apóstolo e ajudando-o na tarefa evangelística. Pelos próximos poucos anos as referências a Timóteo são escassas, embora indubitavelmente ele tenha continuado como ajudante fiel de Paulo. Em 55 ou 56 d.C., data provável da composição da Primeira Epístola aos Coríntios, encontramos o apóstolo enviando Timóteo como seu representante à difícil igreja em Corinto. Sua tarefa era chamar de volta os crentes coríntios a serem de novo leais à verdade que Paulo já havia proclamado entre eles. O apóstolo o recomenda nos termos mais calorosos: "É meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo" 1Co 4:17). Mas quando a Segunda Epístola aos Coríntios foi escrita, talvez um ano depois, Timóteo estava novamente ao lado do apóstolo e faz parte da saudação com ele. Em 56 d.C., quando Paulo escreveu a carta aos crentes romanos, Timóteo estava entre as pessoas que enviavam saudações aos crentes em Roma (Rm 16:21). E quando o apóstolo percorria a Macedônia em direção a Jerusalém, onde "prisões e tribulações" o esperavam, o nome de Timóteo aparece como membro do grupo (At 20:4-23).

Durante os dois anos em que Paulo ficou encarcerado em Cesaréia (ver Mapa

2) o registro nada menciona acerca de Timóteo. Mas durante a primeira prisão do apóstolo em Roma encontramos Timóteo novamente ao seu lado e incluso nas saudações das cartas de Paulo aos Filipenses, Colossenses e Filemom — todas estas denominadas "Epís-tolas da Prisão". No decorrer desse período, Timóteo fez uma viagem como representan-te de Paulo à igreja em Filipos. E mais uma vez temos a mais reconhecedora avaliação do valor do jovem: "E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios. Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado; porque todos bus-cam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus. Mas bem sabeis qual a sua experiência [de Timóteo], e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai" (Fp 2:19-22).

Quaisquer outras informações que conheçamos de Timóteo em sua relação com Paulo devem provir destas duas epístolas enviadas pelo apóstolo ao seu ajudante esti-mado. O registro revela a preocupação profunda e paternal de Paulo pelos seus distintíssimos convertidos e por seu assistente no trabalho do evangelho. Mostra tam-bém a dedicação filial que caracterizava a lealdade abnegada de Timóteo ao apóstolo que era seu pai espiritual.

D. GRAÇA, MISERICÓRDIA E PAZ, 1.2

A bênção de Paulo dirigida a Timóteo é extraordinária, porque a misericórdia está junto da graça e da paz. Wesley observa que "Paulo deseja graça e paz nas epís-tolas endereçadas às igrejas. A Timóteo ele acrescenta misericórdia, a graça mais ten-ra para aqueles que careciam dela". E, complementa Wesley, "experimentar isso pre-para o homem para ser ministro do evangelho".5 É verdadeiramente questão de extre-ma importância que aqueles que são chamados para lidar com os mistérios divinos sejam pessoas que estejam plenamente cientes não só da necessidade da misericór-dia de Deus, mas também do fato dessa misericórdia. Ninguém jamais é digno dessa responsabilidade; sempre temos de estar ativamente cônscios de que "pela graça de Deus, sou o que sou" 1Co 15:10).

SEÇÃO II

PAULO E TIMÓTEO

I Timóteo 1:3-20

A. A TAREFA DE TIMÓTEO EM ÉFESO, 1:3-7

1. Fique em Éfeso (1,3)

"Fique onde você está", é, segundo a tradução vigorosa de Moffatt, a advertência de Paulo a Timóteo: Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficas-ses em Éfeso (3). Podemos apenas deduzir com dificuldade, por meio destas Epístolas Pastorais, os acontecimentos da vida de Paulo durante estes breves anos finais. Pelo visto, Paulo se sentia urgentemente atraído a ir para a Macedônia, e Timóteo desejava muito acompanhá-lo. Seria fácil racionalizar tal procedimento, pois Timóteo fora o aju-dante mais capaz do apóstolo em muitas dessas viagens. O próprio Paulo, caso estives-se em posição de consultar somente suas próprias preferências, teria privilegiado a companhia de Timóteo na viagem. Mas outras e mais urgentes considerações tinham de prevalecer. A liderança e direção de Timóteo eram necessárias em Éfeso, e o dever tem de preceder as preferências pessoais.

Há muitas ocasiões na vida quando é muito mais fácil mudar do que permanecer numa situação difícil. O instinto de fuga da responsabilidade onerosa, de fugir quando as coisas ficam difíceis, é uma realidade de todos nós e deve ser resistida com firme determinação. A saída fácil, que segue a linha da menor resistência, a tendência de deixar-se levar pela correnteza em lugar de enfrentá-la com coragem e firmeza — estas alternativas tornam-se, por vezes, tentações atrozes. Escapulir de uma situação irri-tante, começar de novo em outro lugar, onde a grama seja mais verde e os prospectos mais convidativos, é um curso de ação no qual o tentador pode se disfarçar tão inteira-mente de modo a termos a impressão que é a vontade de Deus. Mas quando Deus diz: "Fique onde você está", é atitude covarde e pecadora abandonar as responsabilidades por algo que parece mais atraente. Claro que há ocasiões em que a palavra de Deus é: "Vá", e não: "Fique". Mas seja qual for, devemos ter a certeza de que nosso procedimen-to é de obediência imediata.

2. A Tarefa de Timóteo (1.3,4)

A responsabilidade imediata de Timóteo era esta: Para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina (3). O apóstolo não nos informa a quem ele se referia quando emitiu esta ordem; Timóteo provavelmente já sabia muito bem quem eram os envolvidos. Paulo usa termos vagos para descrever a natureza destas heresias: Fábulas ou... genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé (4).

Mesmo que seja impossível concluir com plena certeza quais eram estes ensinos que O apóstolo percebia que estavam minando a fé dos cristãos efésios, não é forçar a inter-pretação sugerir que se tratava de um começo de gnosticismo. A heresia conhecida por gnosticismo, que no século II se tornou ameaça séria à integridade do ensino cristão, tinha raízes judaicas e gentias. Houve três fases sucessivas da influência judaica na igreja primitiva (ver Introdução). A segunda era a fase judaizante que Paulo combateu com tanta eficácia na Epístola aos Gálatas. É sobre a terceira fase, em que havia "reve-lações fingidas sobre nomes e genealogias de anjos", que o apóstolo procura avisar Timó-teo na passagem sob análise.

A falácia básica do gnosticismo era o posicionamento de um dualismo fundamental entre o espírito e a matéria, entre o bem e o mal. Reconhecidamente, Deus era bom, mas O mundo era essencialmente mau. Diante disso, como explicar que o bom Deus criou um mundo mau? Isto era realizado pelo conceito de um demiurgo — uma espécie de "semideus" suficientemente afastado do Deus santo a ponto de este não ser responsabilizado pela criação do mundo mau. Entendemos prontamente o fato de Paulo caracterizar essas especulações por fábulas (ou "mitos intermináveis", NEB; cf. CH, NVI), e por que havia genealogias intermináveis. Esta última expressão refere-se à importância que o ju-daísmo dá a genealogias.

Quaisquer que tenham sido estes ensinos, eles não tinham o mínimo de algo que edificasse o povo de Deus; pelo contrário, era muito grande a probabilidade de arruinar a fé dos crentes. Que mais produzem questões (4) seria "que dão origem a mera espe-culação" (NASB; CH). Isto já seria razão suficiente para Paulo insistir que tais ensinos especulativos não devem ser tolerados. A última frase do versículo 4 é difícil, podendo ser traduzida assim: "Não podem tornar o plano de Deus conhecido para nós, o qual opera pela fé" (NEB).

3. O Amor Fraternal tem de ser Preservado (1:5-7)

Outro fator, igual em seriedade ao primeiro, era este: estes ensinos tolerados na igreja não poderiam deixar de destruir o espírito do amor cristão, o qual é certeiro em identificar o grupo dos remidos. Ora, o fim do mandamento é a caridade ("o amor", ACF, AEC, BAB, NVI) de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida (5). Esta não é a primeira vez que Paulo ressalta que o amor é a essência da vida e experiência cristã. Ao longo dos seus escritos, mas particularmente em Romanos 13:8-10, o amor é para o apóstolo um resumo da totalidade da religião. Este é o seu desafio para os cristãos: "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros" (Rm 13:8). O amor é uma dívida que nunca pode ser quitada. Ele resume a ênfase social que há nos Dez Mandamentos com a ordem, tantas vezes acentu-ada pelo Mestre: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Rm 13:9). O apóstolo carac-teriza o amor e as atitudes compassivas que emanam dessa ordem dizendo que são "o cumprimento da lei" (Rm 13:10). E em cada vez o termo empregado para referir-se ao amor é a palavra grega agape, ou uma de suas formas. Este é termo que raramente ocorre no grego secular, e nunca no sentido em que é empregado no Novo Testamento. Nas mãos dos escritores inspirados o termo mostra o tipo de amor que Deus esbanjou exclusivamente em um mundo perdido e pecador. O apóstolo compendia este significado nas excelentes palavras registradas em Romanos 5:8: "Deus prova o seu amor [agape] para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores".

Mas aqui Paulo vai mais longe; ele usa este mesmo termo singular para descrever a resposta do amor que emana do coração dos remidos ao reagirem ao amor de Deus por nós (amor antecedente ao nosso). Há uma passagem que ilustra estes dois usos do termo: "Nisto está a caridade [o amor]: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros" (1 Jo 4:10-11). Cada ocor-rência da palavra "amor" nesta passagem em Timóteo é uma forma da palavra grega agape. Mas não presumamos que esta resposta de agape do coração do povo de Deus seja algo originado em nós mesmos. O milagre da graça é tamanho que pessoas que só conhe-ceram ganância e luxúria podem ser transformadas pelo poder de Deus e, assim, capaci-tadas divinamente para darem esta resposta de agape.

Quando o apóstolo lamenta os efeitos trágicos que ocorreram em resultado das atividades destes falsos mestres em Éfeso, é porque esta atmosfera essencial da igreja cristã — a atmosfera do amor apage — foi destruída. A verdadeira atmosfera da igreja de Cristo é "o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera" (5, BAB, NTLH).

No ministério evangélico inicial de João Wesley, a sociedade em Fetter Lane, Lon-dres, foi despedaçada pelo ensino quietista do líder morávio Molther. Wesley esforçou-se virilmente e por muito tempo para trazer paz e entendimento. Mas, no fim, convenceu-se de que os fomentadores da discórdia tinham ido longe demais, a ponto de acabar com toda a esperança de voltarem a ter comunhão genuína. Por conseguinte, ele retirou seus seguidores da sociedade em Fetter Lane e fundou uma nova sociedade em A Fundição, um edifício antigo que ficou famoso por 40 anos como centro do metodismo em Londres.

Wesley deixou claro que esta divisão não ocorreu por causa de interpretações peculiares de pessoas que diferiram dele, mas porque insistiam que todos deveriam ter as mesmas opiniões. Wesley era muito tolerante com diferenças de opinião teológica, contanto que os que defendiam tais pontos de vista os guardassem para si. Tentar impingir tais opini-ões nos outros só destruiria a atmosfera de amor que era tão essencial numa sociedade verdadeiramente cristã. A regra cristã sempre deve ser: "Nas coisas essenciais, unidade; nas coisas não essenciais, diversidade; e em todas as coisas, caridade".

B. A FUNÇÃO DA LEI NA 6DA CRISTÃ, 1:8-11

Aqui em Éfeso, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas (6; "a um deserto de palavras", NEB). Eles desejavam ser doutores da lei (7; "mestres da lei", ACF, AEC, BAB, CH, NTLH, NVI, RA), mas eram totalmente ignorantes de sua interpretação cristã. A atmosfera essencial de amor não sobrevive por muito tempo em tal situação_

O apóstolo está transportando sua acusação do gnosticismo incipiente, que tinha aparecido em Éfeso, para esta avaliação adicional da função da lei. É verdade que os deturpadores do caminho cristão contra quem ele está advertindo desejam ser mestres da lei — lei cujo significado eles torcem para servir aos seus propósitos nocivos. Não temos justificativa em repudiar a lei, porque uns poucos não a usam legitimamente (8). Paulo, que na controvérsia da "lei versus graça" tomou indiscutivelmente o lado da gra-ça, deixou claro que há uma função válida e permanente a ser exercida pela lei, sobretu-do a lei moral exarada nos Dez Mandamentos. Nos versículos 9:10, há uma referência consciente e óbvia à denominada "segunda tábua" do Decálogo (cf. Êx 20:12-17).

O que devemos entender pelas palavras: A lei não é feita para o justo (9) ? Lógico que não significa que o justo não é mais susceptível à lei moral que o Decálogo enuncia de forma tão clara e perene. Crer de outra maneira seria entregar-se ao antinomianismo. Essa lei foi nossa "professora" para levar-nos a Cristo. Mas conhecer Cristo como Salva-dor e Senhor é ter essa lei inscrita em nosso coração. Falando dos dias do novo concerto, Jeremias profetizou: "Mas este é o concerto, que farei com a casa de Israel depois daque-les dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" (Jr 31:33). Mas para os injustos e obstina-dos, para os ímpios e pecadores (9) e para todos os outros transgressores na lista de malfeitores do apóstolo, a lei profere estrondosamente o seu "não". Na descrição de Phillips, os profanos e irreligiosos são os "que não têm escrúpulos nem reverência" (CH).

Para estes e todos os outros que basicamente carecem de integridade moral, a lei pronuncia sua terrível palavra de julgamento. Este é o julgamento que o apóstolo indica claramente que aguarda os que desejam ser mestre da lei, mas que são tão estranhos à sua mensagem essencial que não entendem "nem o que dizem nem o que afirmam" (7). Esta nota de julgamento do pecado, que W. M. Clow denomina "o lado escuro da face de Deus", é o elemento negativo, mas fundamental, no evangelho da glória do Deus bem-aventurado (11). E cremos que este evangelho foi entregue a Paulo, em sua ge-ração, e a nós, na nossa.

É difícil imaginar uma mensagem mais espantosa que este evangelho glorioso. Esta tradução mostra indistintamente o significado desse evangelho: "O evangelho que fala da glória de Deus em sua felicidade eterna" (11, NEB). Não devemos entender que agora, depois de tanto tempo, foi dada uma resposta afirmativa às perguntas de Zofar, o naamatita: "Porventura, alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-podero-so?" (11:7). É certo que o Deus poderoso nunca pode ser capturado por nossas defini-ções. Mas se haverá um dia em que a "glória de Deus em sua felicidade eterna" será vista brevemente pelo homem mortal, será no contexto de nossa redenção por Cristo. Nós o conheceremos, se é que vamos conhecê-lo, na oferta da sua misericórdia salvadora que de Cristo flui para os homens pelo Espírito revelador e interpretador. E ser os portadores de tal mensagem é suficiente para atordoar a mente e o coração mais robustos.

C. A MISERICÓRDIA DE CRISTO NA 6DA DO APÓSTOLO, 1:12-17

  1. Um Homem Chamado por Deus (1,12)

Ninguém na história do ministério cristão esteve mais claramente ciente que Pau-lo da nomeação divina para esta tarefa. Ao escrever aos crentes da Galácia, ele conta que desde o nascimento e até antes, no que diz respeito à vontade de Deus, ele foi destinado ao trabalho de apóstolo (Gl 1:15). Havia pouca evidência deste propósito divino durante os dias em que Paulo agredia furiosamente a igreja; mas mesmo então, vendo em retrospectiva, percebemos que por formação e educação ele estava sendo preparado para esta responsabilidade solene. Assim que Cristo ganhou Saulo, a espera terminara. Lemos em Atos: "E logo, nas sinagogas, pregava a Jesus, que este era o Filho de Deus" (At 9:20). Se Horace Bushnell tiver razão (e acredito que tem) no gran-dioso sermão que pregou "A Vida de Cada Pessoa é um Plano de Deus", então esta era a "planta" divina para Saulo de Tarso. E ele afirma diante de Agripa: "Não fui desobe-diente à visão celestial" (Act 26:19).

Mas sua declaração de fidelidade é ainda mais franca, misturada com ação de gra-ças, na passagem sob estudo: E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério (12). Este é o testemunho do servo de Cristo, que envelheceu servindo ao seu Senhor. Não se trata de vanglória; na verdade, nem devemos considerar vanglória em qualquer sentido. É mais exatamente a declaração de alguém que, como o salmista, se gloria "no SENHOR", sendo perfeitamente apropriado acrescentar, com o salmista: "Os mansos o ouvirão e se alegrarão" (S134.2). Foi pela graça e força de Cristo Jesus que o registro surpreendente da vida "em Cristo" de Paulo atingira esse ponto.

  1. O Passado Vergonhoso do Apóstolo (1.13,14)

O apóstolo estava plenamente ciente de sua indignidade da mínima misericórdia de Deus. Embora os pecados daqueles anos em que ele empreendeu sua guerra fútil contra Cristo e a igreja tivessem há muito sido perdoados, a memória remanescente lhe dilace-rava a alma e o induzia a um interminável sentimento de tristeza. Paulo não se poupava ao mencionar este passado vergonhoso. Falando perante o rei Agripa, ele admitiu sem rodeios sua ostensiva oposição a Cristo, o saque dos seguidores de Cristo e até afirmou tacitamente sua cumplicidade na morte deles. Em I Coríntios 15:9, ele confessou enver-gonhado: "Não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus". Lemos em Gálatas 1:13 ele reconhecer que "perseguia [sobremaneira] a igreja de Deus e a assolava". Mas na passagem sob análise, a confissão do seu remorso infindo vai muito além de qualquer outra encontrada em seus escritos. Em sua descrição, ele diz que dan-tes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor (13). Plummer mostra que "há [...] um movimento ascendente na iniqüidade que o apóstolo confessa. Ele não só blasfemou o próprio nome divino, mas se empenhou em compelir os outros a fazer o mesmo!"1

É a terceira palavra neste "movimento ascendente de autocondenação", que é a mais violenta e vergonhosa de todas. O termo opressor não transmite o significado do original grego, e achar um equivalente adequado em nosso idioma não é fácil. As opções tradutórias são: "insolente" (BAB, BJ, NVI, RÃ) ; "insolente nas afrontações" (Weymouth) ; "afrontador" (RSV) ; "injuriador" (AEC; cf. ACF) ; "insultado" (CH, NTLH). Tal é o pecado perdoado que o apóstolo recorda com vergonha e pesar. Não é para se gloriar no passado pecador que ele cita estes eventos, mas para magnificar a graça de Deus que é muito maior que o pecado abundante de sua mocidade.

Paulo dá a entender que a ignorância que lhe cegou os olhos e lhe imbuiu o coração de preconceito foi um fator no milagre do perdão de Deus. Na maioria dos casos de peca-do perdoado a ignorância é, de fato, um fator contribuinte. Nenhum indivíduo, caso ti-vesse plena consciência da pecaminosidade do seu pecado e de suas conseqüências inevi-táveis e contínuas, seria culpado da loucura insana de desafiar o Deus Todo-poderoso. Os homens são enganados primeiramente pelo tentador e, depois, são persuadidos a come-ter essa loucura. Mas a verdade alvissareira é que, a despeito da magnitude de nosso pecado humano, a graça de Deus é mais que suficiente, e todo aquele que se volta a Cristo obtém misericórdia. Como testemunhou o apóstolo de forma tão eloqüente: A gra-ça de nosso Senhor superabundou (14). Esta verdade da qual Paulo testifica é uma realidade gloriosa, cujo significado percebemos no linguajar vigoroso desta versão bíbli-ca: "A graça de nosso Senhor foi esbanjada em mim, com a fé e o amor que são nossos em Cristo Jesus" (NEB).

  1. Cristo veio para Salvar (1,15)

Movido por este profundo senso de gratidão a Deus em virtude de sua misericórdia infinita, Paulo é levado a proferir uma de suas mais comoventes declarações acerca do propósito salvador de Deus no dom redentor de seu Filho. A declaração peculiar está expressa em palavras bem conhecidas: Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores (15). Mas as palavras são prefaciadas por uma expressão, cujo desígnio é ressaltar sua importância como resumo da mensagem cristã essencial: Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação. Os estudiosos do Novo Testamento, em sua maioria, entendem que esta declaração relativa ao propósito da vinda de Cristo é citação de uma fonte que estava em vigor na igreja na época de Paulo e que era bastan-te conhecida entre os cristãos a quem Timóteo ministrava. A fonte poderia ter sido uma declaração de credo, uma fórmula batismal ou o fragmento de um antigo hino da igre-ja. Mas qualquer que tenha sido a fonte, e mesmo que a citação seja breve, é tão precisa e tão conclusiva quanto a possuir valor permanente. O apóstolo deixa claro que esta declaração acerca do lugar exclusivo de nosso Senhor na história de salvação é total-mente digna de confiança.

O interesse de Cristo é pela salvação dos pecadores. Vem-nos à lembrança a própria declaração de Jesus: "[Eu] vim [...] chamar [...] os pecadores [...] ao arrependimento" (Mt 9:13). Junto com a outra declaração proferida na véspera do seu sofrimento: "O Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19:10), e temos da boca de nosso Senhor uma declaração quase idêntica à de Paulo.

  1. O Principal dos Pecadores (1.15,16)

O apóstolo acrescenta a essa declaração um toque que é caracteristicamente paulino, quando complementa a palavra pecadores com a frase dos quais eu sou o principal (15). Expressões de remorso contínuo pelos pecados do passado não são incomuns na boca de Paulo. O que ele quer dizer quando designa que é o principal dos pecadores? É difícil acreditar que, por mais manchada e criminosa que tenha sido a ficha de Saulo de Tarso, ele seja considerado em qualquer sentido absoluto o pior de todos os possíveis pecadores. O que ele está dizendo é que seu pecado contra Deus foi tão grande e o seu sentimento de culpa tão tirânico que ele sentia que era o maior pecador de todos os tempos. E quem de nós ousaria se voltar a Deus em qualquer outro espírito que não neste? Somente quando somos tomados pelo sentimento de vergonha por nossos pecados e ficamos completamente mudos, sem nada a pleitear diante do Deus contra quem pecamos, é que podemos esperar por misericórdia e perdão. Cada um de nós tem de repetir de todo o coração este grito do apóstolo: "dos quais eu sou o principal"! Por isso Carlos Wesley cantou:

Misericórdia grandiosíssima! Será que ainda Resta misericórdia para mim?

O meu Deus conseguirá conter sua ira?
E poupar a mim, o principal dos pecadores?

No versículo 16, Paulo avança um pouco mais em seus esforços em entender o mila-gre da misericórdia que tão grandemente lhe mudara a vida. Ele havia acabado de citar (13) o fato de sua ignorância ser um atenuante na oposição pecadora a Cristo. Mas agora ele afirma: Alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade (16). Não há nada que mostre mais eloqüentemente a bondade e graça de Deus do que alguns exemplos extraordinários do poder redentor de Cristo. E claro que não há milagre da graça em toda a história cristã que fale com mais persuasão sobre o poder salvador e transformador de Cristo do que a vida totalmente mudada de Saulo de Tarso. Falando sobre a maneira em que a notícia de sua conversão a Cristo afetou as igrejas na Judéia, ele afirma: "Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes, destruía. E glorificavam a Deus a respeito de mim" (Gl 1:23-24).

5. A Deus Seja a Glória (1,17)

A essa altura, não ficamos nem um pouco admirados de o versículo 17 ser uma doxologia de louvor a Deus. Esta é uma das duas doxologias constantes na Primeira Epístola a Timóteo (a segunda ocorre em 6.15,16). Esta primeira doxologia brota espon-taneamente do coração do apóstolo, comovido pela memória de sua libertação maravilho-sa: Ora, ao Rei... ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém. Nesta descrição, Paulo diz que Deus é o Rei dos séculos (ou "Rei eterno", AEC, BAB, NTLH, NVI, RA), imortal (ou, como está exarado na segunda doxologia: "aquele que tem, ele só, a imortalidade"), invisível (o Deus invisível, cuja imagem é vista em Jesus Cristo, Cl 1:15), o único Deus (como na maioria das versões recentes; ou "único Deus sábio", ACF). Esta é, obviamente, linguagem litúrgica e tentativa de descrever o ser de Deus, cuja grandeza sempre desafiará nossos esforços descritivos.

Nos versículos 12:17, o grande apóstolo presta seu testemunho de adoração da misericórdia, graça e poder recriador de Deus em sua vida. Se for verdade que pregar é essencialmente testemunhar, então estes versículos são pregação da mais alta ordem.

D. A INCUMBÊNCIA DE PAULO A TIMÓTEO, 1:18-20

  1. A Ordenação de Timóteo (1.18,19)

Nesta subdivisão, o apóstolo volta a falar da comissão solene que foi posta no jovem Timóteo em conseqüência de sua ordenação ao ministério cristão. A linguagem que ante-cipa esta comissão aparece no versículo 3, enquanto que no versículo 5 uma de suas metas é enunciada claramente. Aqui, o apóstolo repete a comissão, dirigindo-se ao jovem em termos afetuosos: Este mandamento te dou, meu filho Timóteo (18). Toda preo-cupação amorosa de um pai está implícita neste tratamento. Tendo repetido a incumbên-cia, Paulo passa a ampliar imediatamente sua significação, aludindo às circunstâncias em que ocorreu a ordenação de Timóteo ao ministério. Segundo as profecias que hou-ve acerca de ti (18) pode ser traduzido por "segundo as profecias que anteriormente houve sobre ti" (BAB; cf. BJ, NTLH, NVI, RA). A menção dessas profecias lança uma nesga de luz em duas referências subseqüentes à ordenação do jovem. Uma está em 4.14: "Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério"; e a outra está em II Timóteo 1:6: "Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos".

Timóteo fora separado para o ministério numa cerimônia solene, a qual foi presidida pelo próprio apóstolo e auxiliada por outros ministros da igreja. Não é necessário, como tentam certos intérpretes, vermos na frase profecias que houve acerca de ti (18) as atividades especiais de alguma ordem de profetas da igreja primitiva. Este tipo de ministé-rio teve seu lugar na igreja. Mas ser separado para a obra do ministério pela imposição das mãos de Paulo e ouvir de sua boca as palavras de ordenação seriam uma situação que só poderia ser descrita como "profética". Mesmo hoje, não há experiência que se compare em solenidade e magnificência profética ao momento em que a pessoa sente na cabeça o peso das mãos do presbitério e ouve as palavras fatídicas: "Toma a autoridade como ministro na igreja de Cristo". Somente quem recebeu tal incumbência sabe apreciar a significação desta expe-riência essencialmente indescritível. Não há momento que seja mais profético que este.

O jovem Timóteo vivera tal momento sagrado, e o apóstolo o considerou como indica-ção à posição de liderança no exército do Rei Jesus. A figura militar milites a boa milí-cia (18) é uma das que Paulo usa freqüentemente, sobretudo quando lida com Timóteo. O jovem pregador é comandante de batalhão, lutando na vanguarda da batalha por Cris-to e pela verdade em Éfeso. Paulo sugere que ele se apodere firmemente da e da boa consciência (19) como armas perfeitamente adequadas ao seu propósito. Esta tradução coloca essa idéia de forma bem clara: "Assim combate bravamente, armado com a fé e a boa consciência" (18,19, NEB).

  1. Fé e Consciência (1,19)

A importância deste armamento espiritual é sublime, especialmente o apoio que uma boa consciência oferece à nossa em Deus. Imediatamente, Paulo pensa num exemplo trágico de derrota: Rejeitando a qual (a consciência boa) alguns fizeram naufrágio na fé (19). Esta tradução não dá margens a incertezas de sentido: "Alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé" (RA; cf. BJ). Esta é metáfora vívida que torna visual o desastre espiritual que colhe aquele que ignora a consciência (cf. NTLH). Con-servamos a em Cristo somente à medida que mantemos uma boa consciência.

Naufrágio indica a magnitude da tragédia moral sobre a qual Paulo avisa. Os crí-ticos que se preocupam em questionar a autoria paulina desta Primeira Epístola a Timó-teo ressaltam que o apóstolo não emprega esta metáfora em nenhuma outra parte. Mas que outra ilustração seria mais provável de lhe ocorrer que esta? Ele mesmo havia tido a experiência de naufrágio na primeira viagem a Roma, cujo horror deve ter-lhe ficado estampado indelevelmente na memória. Só conservando a boa e sensível consciência é que a tragédia espiritual é evitada. Este aviso é muito oportuno para os cristãos em nossos dias difíceis. Temos de ouvir o conselho sábio que Susana Wesley escreveu ao seu filho João durante os dias em ele esteve em Oxford. "Siga esta regra", determina ela: "Tudo que enfraquecer sua razão, prejudicar a sensibilidade de sua consciência, obscure-cer seu senso de Deus ou lhe tirar a satisfação das coisas espirituais; em suma, tudo que aumenta a força e autoridade do corpo sobre a mente; essa coisa é pecado para você, por mais inocente que seja."'

  1. Dois Homens que Fracassaram (1,20)

Neste versículo, o apóstolo fala o nome de dois indivíduos — Himeneu e Alexan-dre —, sobre os quais ele afirma que fracassaram na fé. É praticamente impossível estabelecer a identidade precisa destes dois indivíduos. Alexandre é nome que ocorre em Atos 19:33 na história inicial da igreja em Éfeso. Era alguém que na época mantinha lugar de destaque na comunidade cristã. Mas não temos garantia alguma que o Alexan-dre designado aqui seja o mesmo mencionado em Atos. Por ser nome comum, podia ter havido várias pessoas com esse nome na igreja efésia. Também não há como identificá-lo positivamente com "Alexandre, o latoeiro", acerca do qual o apóstolo disse que lhe causa-ra muitos males (2 Tm 4.14).

O outro homem nomeado na acusação de Paulo é Himeneu. Ele também é citado em II Timóteo 2:17, onde está ao lado de Fileto na defesa da noção errônea de que "a ressurreição já ocorreu" — ensino que teve efeito desestabilizador nos crentes. É possível que tal ensino tenha ocasionado a reprimenda severa do apóstolo registrada aqui; pelo menos, foi um ensino que na sua opinião representava blasfêmia.

  1. Disciplina na 1greja (1,20)

O texto não é explícito quanto à exata penalidade que Paulo pronuncia a esses transgressores. O que significam as palavras: Eu os entreguei a Satanás? Certos expositores entendem que é um tipo de exclusão radical da comunhão cristã, descrito corretamente por excomunhão, ao passo que outros defendem que era algo mais drásti-co. Seja qual for a interpretação que aceitemos, está muito claro que a penalidade visava ter efeito medicinal: Para que aprendam a não blasfemar (20). Wesley vê este propó-sito no julgamento do apóstolo: "Para que, pelo que eles sofrerem, eles sejam de certo modo contidos, caso não se arrependam".3

Há instrução decididamente perturbadora para nós nesta demonstração do apóstolo exercendo disciplina na igreja efésia. A conscientização da necessidade de disciplina na comunidade cristã tem tudo menos desaparecido de nosso pensamento hoje em dia. Nos-sos padrões aceitos de vida não sofreram mudança em seu rigor inicial, mas é freqüente serem honrados após a contravenção do que serem observados desde o início. E tal desconsideração da conduta cristã básica permanece sem reprimenda. Parte de nossa comissão divina é redargüir, repreender e exortar com toda a longanimidade e doutrina (2 Tm 4.2). Não há necessidade de muita coragem para denunciar de púlpito os pecados da congregação; mas requer verdadeira fortaleza encarar o pecador como indivíduo e reprovar-lhe o pecado em espírito de mansidão e amor. Como destacou J. H. Jowett: "Ter medo de um homem é algo muito mais sutil do que ter medo de homens".


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 versículo 17
Rm 16:27; 1Tm 6:15-16; Jd 24:25. Rei eterno:
Lit. Rei dos séculos.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
* 1.1,2 Saudação inicial, incluindo remetente, destinatário e bênção.

* 1.1 apóstolo de Cristo Jesus. Alguém enviado como representante oficial de Cristo. Essa frase é freqüentemente usada por Paulo na introdução de suas cartas, referindo-se a sua própria pessoa.

Deus, nosso Salvador. Na qualidade de autor da aliança da graça, Deus é Salvador (2.3; 4.10; Tt 1:3; 2:10; 3:4).

Cristo Jesus, nossa esperança. Jesus é a base da esperança cristã porque ele é o mediador da aliança da graça (2.5; 4.10; 5.5; 6.17). Ver "Esperança" em Hb 6:18.

* 1.2 verdadeiro filho na fé. Conforme Tt 1:4. Paulo considerava Timóteo como seu filho espiritual (v. 18; 1Co 4:17; Fp 2:22; 2Tm 1.2; 2:1; Introdução: Data e Ocasião).

graça, misericórdia e paz. Paulo substitui freqüentemente “graça" pela saudação mais convencional “saudações” (conforme Tg 1:1). É próprio de Paulo acrescentar também a saudação judaica "paz", que significa "saúde, vida plena". Aqui e em 2Tm 1.2, ele ainda acrescenta "misericórdia".

* 1:3-7 Paulo se dirige ao corpo da carta. Seu propósito é instruir Timóteo como agir em Éfeso na qualidade de representante de Paulo (Introdução: Data e Ocasião). O apóstolo começa pelo problema do ensino falso em Éfeso (Introdução a II Timóteo: Dificuldades de Interpretação).

* 1.3 não ensinem outra doutrina. O conflito em Éfeso está centrado no ensino adequado (v. 10; 4.1,2; 6.3; 2Tm 2.18).

* 1.4 fábulas. Ver 4.7; 2Tm 4.4. Em Tt 1:14, Paulo fala de "fábulas judaicas", referindo-se possivelmente a espécies de lendas sobre personagens do Antigo Testamento que são encontradas em muitos dos escritos apócrifos judaicos.

genealogias sem fim. Talvez uma referência a uma primitiva forma de especulações detalhadas (freqüentemente associadas a mitos judaicos) que se desenvolveram no gnosticismo. Estas especulações diziam respeito às origens do mundo e aos inúmeros seres espirituais, supostamente envolvidos na criação (conforme Tt 3:9).

* 1.5 amor. A ordem de Paulo realça a íntima relação entre a fé cristã e a prática (conforme Gl 5:6).

* 1.7 lei. A lei de Moisés.

* 1:8-11 Os comentários de Paulo sobre os falsos mestres o induzem a fazer uma rápida abordagem do propósito da lei.

* 1.8 a lei é boa. Ver Rm 7:7-12; Gl 3:19-25.

* 1.10 sã doutrina. Ou "sãs palavras", um tema que perpassa as cartas pastorais (3.9; 4.6; 6.3; 2Tm 1.13,14; 2:2; 4:3; Tt 1:9,13; 2:1,2).

* 1.11 segundo o evangelho da glória. As boas-novas do que Deus fez em Cristo são a norma pela qual são julgadas sadias tanto a doutrina bem como a compreensão da lei.

* 1:12-17 Paulo deixa os comentários sobre a lei e passa a tratar do seu chamado recebido de Cristo. Além disso, fornece uma exposição do evangelho como sendo a graça derramada por Deus, sobre os pecadores em Jesus Cristo.

* 1.13 blasfemo, e perseguidor, e insolente. Antes de sua conversão, Paulo perseguiu a igreja (At 8:3-9:1-5; 22.4,5; 26.9,11; Gl 1:13; Fp 3:6).

pois o fiz na ignorância, na incredulidade. Deus não concedeu a Paulo o que ele merecia mas o que necessitava (conforme At 3:17-20).

* 1.15 Fiel é a palavra e digna de toda aceitação. Esta expressão chama a atenção para um ponto importante. A mesma somente aparece no Novo Testamento nas cartas pastorais (3.1; 4.9; 2Tm 2.11; Tt 3:8).

eu sou o principal. Lit., “eu sou o primeiro". Paulo não se caracterizou assim antes de sua conversão. Pelo contrário, na medida em que crescia em Cristo, Paulo tornou-se mais e mais consciente de sua própria pecaminosidade.

* 1.16 a vida eterna. Deus concede a todos quantos crêem em Cristo não apenas “vida eterna", mas também vida em toda a sua plenitude (conforme 4.8; 6.12,19; 2Tm 1.1,10; Tt 1:2; 3:7).

* 1:18-20 Paulo retorna ao tema dos vs. 3-7, dando menos importância ao potencial de Timóteo para obter sucesso como representante de Paulo e enfatizando mais a contínua fidelidade de Timóteo a Cristo. Contrasta-o especialmente com dois membros (talvez líderes) da igreja em Éfeso, os quais "vieram a naufragar na fé" (v. 19).

* 1.18 as profecias de que antecipadamente foste objeto. Essa afirmação refere-se a um acontecimento, também mencionado em 4.14 e em 2Tm 1.6 (conforme 2Tm 2.2), quando um grupo de presbíteros, inclusive Paulo, impôs as mãos sobre Timóteo (talvez quando Timóteo foi separado para o ministério). Naquela ocasião, Timóteo recebeu um dom espiritual e uma palavra de profecia, designando-o serviço (conforme At 13:1-3).

* 1.19 boa consciência. Ver "A Consciência e a Lei" em 1Sm 24:5.

* 1.20 Himeneu e Alexandre. O destaque dessas duas pessoas levanta a questão se eram líderes na igreja. Himeneu é mencionado novamente em 2Tm 2.17,18, como alguém que se desviou "da verdade". Fica obscuro, porém, se o "Alexandre" citado aqui e em At 19:33-34 e 2Tm 4.14,15, é a mesma pessoa.

entreguei a Satanás. Provavelmente essa é uma referência à exclusão dessas duas pessoas da comunhão da igreja. Portanto, foram devolvidos ao mundo — o domínio de Satanás (Jo 12:31; 14:30; 16:11; 2Co 4:4; Ef 2:2). Paulo usa uma expressão semelhante em 1Co 5:5 (conforme Mt 18:17).

não mais blasfemarem. O propósito dessa exclusão é de caráter disciplinar — que os dois reconhecessem seus erros e se arrependessem (2Tm 2.25,26; Tt 3:10).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
1:1 Esta carta foi escrita ao Timoteo nos anos 64 ou 65 D.C., depois do primeiro encarceramento do Paulo em Roma (At 28:16-31). Aparentemente, Paulo tinha estado fora da prisão por vários anos, e durante esse tempo voltou a visitar muitas Iglesias na Ásia e Macedônia. Quando ele e Timoteo retornaram ao Efeso, acharam falso ensino difundido na igreja. Paulo tinha advertido aos anciões no Efeso para que estivessem alerta contra os falsos professores que indevidamente viriam logo depois de que ele saísse (At 20:17-31). Paulo enviou ao Timoteo para que dirigisse a igreja no Efeso enquanto ele se transladava a Macedônia. dali escreveu esta carta de fôlego e instrução para ajudar ao Timoteo a enfrentar a difícil situação da igreja do Efeso. Mais tarde, Paulo foi detido novamente e levado de volta ao cárcere em Roma.

1:1 Paulo se chama a si mesmo apóstolo, ou seja um que é enviado. O foi enviado pelo Jesucristo para levar a mensagem de salvação aos gentis (At 9:1-20). Para maior informação sobre o Paulo, veja-se seu perfil em Feitos 9.

1:1 Como chegou Paulo a ser um apóstolo por "mandato de Deus"? Em At 13:2, o Espírito Santo disse através dos profetas: "me apartem ao Bernabé e Saulo [Paulo] para a obra a que os chamei". Por Rm 16:25-26 e Tt 1:3 é óbvio que Paulo recebeu a comissão diretamente de Deus.

1:3, 4 Paulo visitou pela primeira vez Efeso em sua segunda viagem missionária (At 18:19-21). Mais tarde, em sua terceira viagem missionária, permaneceu ali por quase três anos (Feitos 19:20). Efeso, junto com Roma, Corinto, Antioquía e Alejandría, era uma das cidades maiores no Império Romano. Era um centro para o comércio, a política, e as religiões da Ásia Menor, e o lugar em que o templo dedicado à deusa Artemisa (Diana) estava localizado.

1:3, 4 A igreja do Efeso provavelmente estava infestada da mesma heresia que estava ameaçando à igreja no Colosas, o ensino que para ser aceito Por Deus, uma pessoa tinha que descobrir certo conhecimento escondido e tinha que adorar aos anjos (Cl 2:8, Cl 2:18). Pensando que isso lhes ajudaria em sua salvação, alguns efesios construíram histórias míticas apoiadas na história ou as genealogias do Antigo Testamento. Os falsos professores estavam motivados por seus interesses próprios e não pelos de Cristo. Enredaram à igreja em intermináveis e irrelevantes disputa e controvérsias, subtraindo tempo para o estudo da verdade. Hoje em dia também poderíamos entrar em discussões sem valor e irrelevantes, mas tais disputas rapidamente excluem a mensagem transformador de Cristo. Mantenha-se afastado de especulações religiosas e de argumentos teológicos sem sentido. Ao começo podem parecer inocentes, mas têm a intenção de nos desviar da mensagem central do evangelho: a pessoa e obra do Jesucristo. E eles consomem tempo que deveríamos usar para anunciar o evangelho a outros. Você deveria apartar-se de tudo o que lhe impeça de fazer a obra de Deus.

1.3-11 Há muitos líderes e autoridades hoje que demandam lealdade, muitos dos quais nos separariam de Cristo com tal de que os seguíssemos. Embora aparentem conhecer a Bíblia, sua influência pode ser perigosamente sutil. Como pode você reconhecer os ensinos falsos? (1) Promovem controvérsias em lugar de ajudar às pessoas a vir ao Jesus (1.4). (2) Com freqüência, são promovidas por aqueles cuja motivação é fazer-se de um nome (1.7). (3) São contrárias à verdadeiro ensino das Escrituras (1.6, 7; 4:1-3). Para proteger do engano dos falsos professores, você deveria saber o que a Bíblia ensina e manter-se firme em sua fé depositada só em Cristo.

1:5 Os falsos professores estavam motivados por um espírito de curiosidade, e um desejo de ganhar poder e prestígio. Ao reverso, os professores cristãos genuínos estão motivados por uma fé sincera e pelo desejo de fazer o reto. Pode ser excitante impressionar às pessoas com nosso grande conhecimento mas, um grande prestígio apoiado na falsidade é, ao fim e ao cabo, vazio.

1:6 Argumentar sobre detalhes da Bíblia pode nos conduzir por interessantes mas irrelevantes rotas secundárias e nos fazer perder a verdadeira intenção do evangelho. Os falsos professores do Efeso construíram vastos sistemas especulativos e logo argumentaram a respeito de detalhes insignificantes de suas idéias imaginárias. Não devemos permitir que nada nos distraia das boas novas do Jesucristo, o ponto principal das Sagradas Escrituras. Precisamos saber o que a Bíblia diz, aplicá-la cada dia a nossas vidas e ensiná-la a outros. Quando fizermos isto, estaremos em condições de avaliar tudo os ensinos à luz da verdade central a respeito do Jesus. Não invista muito tempo em detalhes superficiais das Escrituras ao grau que exclua o assunto principal do que Deus lhe está ensinando.

1:7 Paulo escreveu contra aqueles que estavam enredando-se em especulações filosóficas apoiadas no Pentateuco (os cinco primeiros livros do Antigo Testamento escritos pelo Moisés).

1.7-11 Os falsos professores queriam ser famosos como professores da lei de Deus, mas eles nem sequer entendiam o propósito da lei. A lei não tinha como objetivo dar aos crentes uma lista de mandamentos para cada ocasião, a não ser mostrar aos não crentes seu pecado e conduzi-los a Deus. Para maiores detalhes do que Paulo ensinou a respeito de nossa relação com a lei, veja-se Rm 5:20-21; Rm 13:9-10; Gl 3:24-29.

1:10 "Sodomitas" se refere aos homossexuais. Existem os que querem legitimar a homossexualidade como um estilo de vida alternativo aceitável. Inclusive alguns cristãos dizem que a gente tem o direito de escolher sua preferência sexual. Mas a Bíblia especificamente chama à homossexualidade conduta pecaminosa (vejam-se Lv 18:22; Rm 1:18-32; 1Co 6:9-11). Devemos tomar cuidado, entretanto, de condenar só a prática e não às pessoas. Os que cometem atos homossexuais não devem ser temidos, ridicularizados ou odiados. Podem ser perdoadas e suas vidas transformadas. A igreja devesse ser um refúgio de perdão e sanidade para os homossexuais arrependidos, sem comprometer sua posição contra a conduta homossexual. Para maiores detalhes veja-a nota sobre Rm 1:26-27.

1.12-17 A gente pode sentir-se tão culpado por seu passado que poderiam chegar a pensar que Deus jamais poderia perdoá-los e aceitá-los. Mas considere o passado do Paulo. O se tinha burlado dos ensinos do Jesus ("antes blasfemo") e perseguiu e assassinou ao povo de Deus ("perseguidor e injuriador") antes de chegar a Cristo por fé (At 9:1-9). Deus perdoou ao Paulo e o usou poderosamente para seu Reino. Não importa quão envergonhado esteja por seu passado, Deus pode te perdoar e te usar.--

1:14 Com freqüência podemos sentir que nossa fé em Deus e nosso amor pelo Jesus e para outros é inadequado. Mas podemos estar seguros de que Cristo ajudará a nossa fé e amor a crescer na medida que nossa relação com O se aprofunde.

1:15 Aqui Paulo resume as boas novas: Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, e nenhum pecador está excluído de seu poder salvador. (Para entender o propósito do Jesus ao viver na terra, veja-se Lc 5:32.) Jesus não veio meramente para nos mostrar como viver uma melhor vida ou para nos desafiar a ser melhores pessoas. O vinho para nos oferecer salvação que nos leve a vida eterna. aceitaste seu oferecimento?

1:15 Paulo se chama a si mesmo o pior, ou "o primeiro" dos pecadores. Consideramos o Paulo um grande herói da fé, mas ele nunca se viu si mesmo dessa maneira porque se lembrava de sua vida antes de conhecer cristo. Quanto mais compreendia a graça de Deus, mais consciente era de sua própria pecaminosidad. A vida de cada cristão deveria estar marcada por humildade e gratidão. Nunca esqueça que você também é um pecador salvo por graça.

1:18 Paulo deu um alto valor ao dom da profecia (1Co 14:1). Através da profecia vieram à igreja importantes mensagens de advertência e fôlego. Assim como hoje em dia os pastores são ordenados e apartados para ministrar na igreja, Timoteo tinha sido separado para o ministério quando os anciões puseram suas mãos sobre ele (veja-se 4.14). Ao parecer, nesta cerimônia vários crentes profetizaram em relação com os dons e habilidades do Timoteo. Estas palavras do Senhor deveram ser de estímulo através de seu ministério.

1:19 Como pode você manter sua consciência limpa? Entesoure sua fé em Cristo mais que qualquer outra coisa e faça o que sabe que é correto. Cada vez que deliberadamente ignore sua consciência, estará endurecendo seu coração. Muito em breve sua capacidade para diferenciar entre o correto e incorreto diminuirá. Mas ao caminhar com Deus, O lhe falará por meio de sua consciência, lhe dando a conhecer a diferença entre o bom e o mau. Assegure-se de atuar motivado por esses impulsos internos, de maneira que faça o que é correto, assim sua consciência permanecerá poda.

1:20 Não sabemos quem foi Alejandro. Possivelmente tenha sido um colaborador do Himeneo. O engano do Himeneo se explica em 2Tm 2:17-18. O debilitou a fé da gente ensinando que a ressurreição já tinha tido lugar. Paulo diz em 1Tm 1:20 que o entregou a Satanás, privando o da comunhão da igreja. Isto o fez com o propósito de que Himeneo pudesse ver seu engano e se arrependesse. O propósito final deste castigo era a correção. A igreja de hoje é com freqüência muito fraco em disciplinar a quão cristãos pecam deliberadamente. A desobediência deliberada deveria ser tratada imediatamente para evitar que toda a congregação se veja afetada. Mas a disciplina se deve aplicar de tal maneira que o ofensor volte para Senhor e seja recebido na comunhão amorosa da igreja. A definição de disciplina inclui estas palavras: fortalecimento, purificação, treinamento, correção, aperfeiçoamento. portanto, condenação, suspeita, afastamento, ou exílio permanente não deveriam ser parte da disciplina da igreja.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
I. A saudação FORMAL (1Tm 1:1 ; Tt 1:3 ; Tt 3:4 ). É somente através de Cristo que podemos ser salvos (conforme At 4:12 ). Ele é a nossa esperança ; sem Cristo eo caso do homem Sua salvação é impossível. Ele é "o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais em Cristo ..." (Ef 1:3 ), o que pode ter sido "inventados pelos médicos judeus para recomendar as instituições de Moisés" (Macknight), ou o que pode ter sido relacionada com os ensinamentos do gnosticismo incipiente em relação às emanações ou éons por que eles tentaram relacionar a Deus que importa. Seja qual for a sua origem, essas coisas eram fábulas, vãs fantasias, coisas de nenhum momento, irrelevantes para a verdade salvadora. As discussões e especulações sobre genealogias não só seria interminável , mas também destrutiva. Adão Clarke sugere que essas genealogias intermináveis ​​pode referir-se a linhagem de Cristo e do sacerdócio. Os judeus meticulosamente preservado-los até que Herodes ordenou que os registros destruídas. Assim, suas especulações poderia continuar indefinidamente e as lacunas nunca poderia ser preenchido de forma conclusiva.

Não há incerteza quanto à consequência de tais controvérsias: questionamentos que o ministro, em vez de uma dispensação de Deus, que consiste na fé . Na medida em que essas coisas eram sem uma base sólida, seria impossível chegar a conclusões satisfatórias que lhes dizem respeito. Assim, eles produziram controvérsias e disputas intermináveis ​​graves que acabaria por corruptos as doutrinas apostólicas e destruir piedade pessoal. Uma vez que a interpretação destas fábulas e genealogias foram baseados no capricho individual dos professores, em vez de princípios racionais nunca poderia haver harmonia entre eles. Mas todo o sistema da verdade do evangelho, a que Timóteo foi acusado de defender, bem como a pregar, era de origem divina. Houve não só ordem em seu arranjo, mas também um propósito divino de trás dela e poder divino dentro dele. O objetivo divino era que através da pregação do Deus verdadeiro evangelho seria glorificado (conforme Ef 1:3 ).

B. caráter do FALSOS MESTRES (1: 5-7)

5 Mas o fim desta admoestação é o amor que procede de um coração puro, de uma consciência e de uma fé não fingida; 6 a partir do qual as coisas alguns tendo desviou se desviaram até falar vão; 7 querendo ser doutores da lei, embora não entendam nem o que dizem nem o que com tanta confiança afirmam.

Os falsos mestres em Éfeso tinha se esforçado maliciosamente e erroneamente se opor à gospel com a lei. Suas especulações vãs iria roubar o evangelho de sua vitalidade e produzir estar corrompido. Eles prosperaram em cima contenda. Mas o evangelho é uma mensagem de amor. Eles queriam ser reconhecidos como mestres da lei, mas esqueceu-se que o objectivo supremo do Cristianismo é que "o amor que é o cumprimento da lei" (Rm 13:10 ). O verdadeiro objetivo do professor é trazer outros para a comunhão com o Deus eterno, ao invés de colocá-los a contestar sobre ele e seu plano de salvação.

Em contraste com as "aberrações mórbidas" desses falsos mestres, o fim da cobrança é o amor que procede de um coração puro, de uma consciência e de uma fé não fingida . Epístolas Pastorais enfatizar a sã doutrina, que é essencial para uma vida pura. A relação vital entre os dois é visto na associação de fé sincera, um coração puro, e uma boa consciência. Um coração puro é uma exigência divina (conforme : Mt 5:8. , Mt 5:48 ; Heb 0:14. , que tem sido experimentado por homens da terra (cf.) At 15:8) por meio da fé na provisão de Cristo morte expiatória (conforme He 13:12 ). O coração representa o total de afetos morais do homem, e um coração puro permite ao homem "discernir a presença e do amor de Deus" e se conformar a sua vida a vontade de Deus para ele.

Uma boa consciência é aquela que "tem sido limpos de culpa pelo sangue da cruz e fez acordado com a obrigação de amor como a essência da lei, e tornou-se assim um guia seguro em ação." A fé não fingida "apodera Cristo crucificado, e produz uma boa consciência a partir de um sentido do perdão recebido, e leva a pureza de coração. ... "Assim, a alma está preparado para a glória eterna. Há quase um século um comentarista escreveu:

Ao especificar tantas fontes de amor cristão, o apóstolo não deve ser entendido como dando uma exposição teórica do assunto, ou apresentar de forma filosófica rigorosa a relação de amor para o coração, consciência e fé respectivamente, ou destes para o outro . Ele está contemplando o assunto em um ponto de vista prático. Na ordem da natureza, a fé não fingida, sem dúvida, deve ser colocado em primeiro lugar; no homem caído, carregado de culpa e alienados da vida de Deus, não há nenhuma maneira de alcançar a pureza real do coração e uma consciência purificada, mas pela fé em Cristo. ... Mas considerou que diz respeito à prática de trabalho, a ordem adotada por Apóstolo é bastante natural.

O resultado trágico de negligenciar "o principal objetivo de toda a pregação e de todo o trabalho do ministério cristão" é apontado na declaração incisiva de Paulo a partir do qual as coisas alguns tendo desviarão se desviaram até falar vão (v. 1Tm 1:6 ). Quando os fundamentos supremos da mensagem do ministro e visam são negligenciados, ou permissão para sair do foco claro, não só faz um desvio, mas "um beco sem saída para além do qual se encontra um pântano ... de 'conversa fútil". ... "Eles "andávamos desgarrados em um deserto de palavras" (NEB). Contudo alta e afetação de conhecimento tão amplos das pessoas, suas muitas palavras fazem pouco sentido ", e nesse sentido, não vale a pena as dores de ouvido."

Sua querendo ser doutores da lei revelou um motivo profano. Eles tinha se transformado de amor para falar vão na esperança de que eles seriam considerados mestres em resolver problemas complicados. Eles fingiram ter uma visão maior para as coisas divinas, para ser digno de consideração como doutores da lei, ou rabinos . Paulo expõe a sua falta de aptidão, como professores, declarando que eles não entendem o que dizem nem o que com tanta confiança afirmam . Eles tentaram esconder a sua ignorância por ser dogmático. Apesar de serem os menos qualificados, eles foram

. o mais preparado para assumir a tarefa de instrução ... Sua ignorância era do personagem mais inquestionável; para eles nem conheciam suas ... argumentos ... nem eles compreender as coisas a respeito das quais eles eram tão pronto para dar o seu julgamento tolo mas deliberada.

Em vista de tal estado de coisas Paulo achou necessário recordar esses "que aspirava a ser exegetas rabínicos aos primeiros princípios, e ensiná-los, por assim dizer, o ABC da verdade cristã e da moralidade."

C. EXCELÊNCIA E FINALIDADE DA LEI pervertem (1: 8-11)

8 Mas nós sabemos que a lei é boa, se usar um homem-lo legalmente, 9 como sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os ímpios e profanos , para os assassinos de pais, e assassinos de mães, para os homicidas, 10 para os devassos, os abusadores de si mesmos com os homens, para menstealers, os mentirosos, os perjuros, e se há qualquer outra coisa contrária à sã doutrina; 11 segundo o evangelho da glória do Deus bendito, que estava comprometido com a minha confiança.

Embora esses pretensos professores não conseguiram captar a força eo significado de suas próprias proposições sobre a natureza do direito e filosofia eram dogmáticos em suas declarações sobre essas coisas. Eles provaram, pois tanto sua ignorância e sua inconsistência. Para que ele não ser acusado de indiferença para com a lei, Paulo reconhece a sua verdadeira natureza, lugar e propósito.

Quaisquer que sejam as especulações ociosas destes falsos mestres, nós sabemos que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente . Evidentemente Paulo tinha em mente mais do que a Lei Mosaica, e ele falou com a autoridade do Espírito Santo. "Ele está de acordo com a santidade divina, verdade e justiça" (conforme Rm 7:12 ). Seu verdadeiro objetivo é produzir a conduta correta e coibir os malfeitores. Sua tendência original não era "acorrentar consciência por austeridades e cerimônias vãs e incômodos; (Mas) era para restringir e vincular os ímpios. "Os cerimoniais da lei aponta para Cristo. A lei moral refere-se a caráter, e, apontando para a santidade de Deus convence o homem da necessidade de seu ser santo (conforme 1Pe 1:15 ).

É imperativo que um homem usá-lo legalmente . A lei deve ser utilizado de acordo com o propósito que Deus projetou para isso: para convencer-nos da enorme culpa dos nossos pecados e do deserto e certeza da punição por esses pecados, e, assim, para servir como um "tutor para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé "( Gl 3:24 ). Ele não é para ser utilizado como uma base para o raciocínio sofisticado e argumento inútil.

Aqueles que cumprem a lei, que fazer o certo por causa de seu amor para a direita, achar que a lei não é feita para um homem justo , ou como Wesley observa, "Acaso, não bata nem condená-lo"; para o justo "não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rm 8:4. ), e do juízo de Deus contra aquele que fere seus pais (conforme Ex 21:15 ). Mas o assassinato é proibido pela lei. homicidas evidenciar um grau de ódio e desprezo supremo da vida humana, que os submete à pena de morte (conforme Ex 21:12. ; Nu 35:16. ).

Paulo continua a lista daqueles cujas contenção foi dada a lei. fornicadores e abusadores de si mesmos com os homens incluem claramente todos os que violam o sétimo mandamento. Imoralidade tem tal poder sobre alguns que tem impulsionado-los para as formas mais desprezíveis de homossexualidade. Todos os que se envolvem em tais atividades imorais e criminosas estão debaixo da maldição de Deus. Os mentirosos ... [e] perjuros são igualmente sujeitos à ira de Deus, como são manstealers , as pessoas envolvidas no tráfico de carne humana e sangue. João Wesley descreveu-os como "o pior de todos os ladrões em comparação de quem, salteadores e assaltantes são inocentes."

Os mentirosos e perjuros não só proferir palavras que não são para ser confiável, mas também dizer a verdade o que eles sabem ser falsa. Os juramentos solenes e afirmações pelas quais eles se ligam-se quer dizer nada para eles. Tendo usado "linguagem forte e casos extremos para ilustrar os Ultimates terríveis" daqueles cujas práticas a lei proíbe e condena, Paulo, completa a lista, incluindo qualquer outra coisa contrária à sã doutrina . Este compreende qualquer coisa contrária à lei imutável de Deus e os puros princípios do cristianismo. O som não aqui referem-se à precisão ou exatidão de que o corpo da verdade que foi confiada a Paulo, e que agora ele estava confiando a Timóteo, mas para a natureza saudável e salutar do que a verdade, descrito como "o apostólica Summa Theologiae." Esses falsos mestres tinham ferido a mensagem do evangelho, mas Paulo lembra Timotéo de sua verdadeira natureza e vitalidade, referindo-se a ele como a sã doutrina .

Foi equipado para neutralizar a operação do pecado; para ocupar a mente com grandes princípios e restaurar a alma de pureza, sanidade e santidade.

Havia um propósito de trás da lei: revelar e para repreender o pecado e, assim, despertar e condenar o pecador (conforme Rm 3:19. , Rm 3:20 ; Rm 3:19 Gal. , 24 ). A lei não pode estabelecer e aperfeiçoar o justo, nem poderia produzir santidade (conforme Rm 7:22 ). O que Paulo tinha dito sobre a lei "não era uma mera concepção arbitrária de seu próprio" (Ellicott), mas foi de acordo com o evangelho da glória do Deus bendito . Até o evangelho o caráter moral e perfeições de Deus são exibidos na pessoa e obra de Cristo no fornecimento de uma salvação adequada a todas as necessidades do homem e do propósito de Deus. A lei não é nenhum substituto para o evangelho, e não há nenhum conflito real entre eles, quando a sua verdadeira natureza e propósito é compreendido; cada um é para promover a conduta correta. A lei proíbe e restringe, mas o evangelho da glória do Deus bendito tem poder para transformar o caráter (conforme Rm 1:16. ; Rm 8:3 ). A lei divina em sua natureza essencial, "como uma expressão da santidade de Deus, constitui um ideal de justiça, para que seu caráter e vida serão conformados pelo poder do Evangelho-vida profissional." O conteúdo de sua mensagem, bem como a natureza do seu autor torna glorioso. São as boas novas de perdão, paz, pureza, conforto e esperança através de Jesus Cristo.

A proclamação de tal mensagem é tema grandioso do pastor. A preservação ea proclamação desta mensagem gloriosa, Paulo diz, foi comprometido com a minha confiança . Então, ele passa a mostrar que essa confiança não se deveu a qualquer mérito pessoal ou a escolha de sua parte, mas foi somente escolha e comissão de Deus (conforme At 9:1 , At 26:1 ).

D. PAULO TESTEMUNHO PESSOAL E JUSTIFICAÇÃO DE SUA exercício da autoridade (1: 12-17)

12 Agradeço-lhe que me permitiu, mesmo Cristo Jesus, nosso Senhor, para que ele contou-me fiel, que me nomeia para seu serviço; 13 que eu era blasfemador, perseguidor, e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; 14 ea graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em Cristo Jesus. 15 Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores; dos quais eu sou o principal: 16 Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim como chefe, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, para uma ensample deles que devem crer nele para a vida eterna. 17 Ora, ao Rei eterno ,,, o único Deus invisível imortal, ser honra e glória para todo o sempre. Amém.

A menção do grande confiança empenhada em lhe começa Paulo em uma dessas digressões que caracterizam suas cartas. Seu testemunho pessoal vai ilustrar a verdade, ele enfatizou em vv. 1Tm 1:8-11 , e fortalecer Timotéo para o seu dever na oposição aos falsos mestres. A superioridade do evangelho com a lei é provado pelo seu poder de transformar um blasfemo, perseguidor em um santo. A própria lembrança de seu passado perdoado evoca ação de graças: Agradeço-lhe que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor. O Cristo que Paulo havia se oposto tão amargamente e para cuja causa ele tinha mostrado essa insolência foi o único a quem Paulo agora sentia uma obrigação infinito. Por Sua graça e poder Ele havia transformado Paulo de um tirano em um zeloso, abnegado evangelista. Pela doação de poder e dons divinos, Paulo havia sido habilitado ou equipados para o trabalho para o qual foi divinamente chamado e comissionado.

Em At 1:8 , Jo 14:25 ). Contou-me fiel , ou de confiança, me nomear para o seu serviço . Ele que sabe o que está no homem sabia que Paulo iria sofrer o martírio, em vez de trair a confiança dele. O Um contra quem Paulo havia sido tão insolente intolerante perdoou completamente e nomeou para o Seu serviço.

A misericórdia Paulo desejava para Timóteo em v. 1Tm 1:1 , ele tinha experimentado pessoalmente. Esta não foi por causa da "eleição incondicional" (Wesley), mas porque a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em Cristo Jesus . Em vez de tentar atenuar seu próprio merecimento ONU e da magnitude de sua culpa, Paulo procurou exaltar a misericórdia e graça de Deus, como exibido através do Cristo compassivo. Então, um grande pecador como ele encontrou a misericórdia, porque ele fez por ignorância, na incredulidade . Seu pecado foi devido ao preconceito irracional que o fez ignorar a evidência indiscutível de que Cristo era o Messias. Paulo pensou que ele estava fazendo um serviço a Deus (conforme At 26:9 ; Tt 3:8 ). "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10 ). Tal afirmação

é uma das mais gloriosas verdades no livro de Deus; o mais importante que já atingiu o ouvido humano, ou pode se divertir com o coração do homem ... é uma doutrina que pode ser creditado , sem a menor dúvida ou hesitação. O próprio Deus disse-o; e da morte de Cristo e da missão do Espírito Santo, selando perdão sobre as almas de todos os que crêem, têm confirmado e estabeleceu a verdade.

Esta também tem sido chamado "o Evangelho em uma frase." Ela estabelece a missão do Filho preexistente de Deus, que veio ao mundo (conforme Jo 1:14 ). Também estabelece o propósito de salvação de sua missão para salvar os pecadores: para não se tornar um rei temporal, nem para transmitir conhecimento científico e filosófico, mas para redimir os homens da maldição da lei; em uma palavra, para salvá-los. Charles R. Erdman diz que a frase veio ao mundo "fala-nos majestosamente da pré-existência, da Divindade, da encarnação, da humildade, da graça e da misericórdia e do amor."

Em profunda humildade, mas com gratidão sincera Paulo se vale de sua própria experiência pessoal como um exemplo do poder redentor de Deus para salvar os pecadores; dos quais eu sou o principal . Paulo nunca perdeu o sentido de sua própria necessidade da graça de Deus para salvá-lo de seu passado uncomplimentary. A realização do que ele havia feito, contra quem ele havia pecado, e as conseqüências eternas de seu pecado (embora tenham sido feito por ignorância, eles eram pecados hediondos) causou Paulo para declarar-se o chefe dos pecadores. Esta foi a convicção sincera de um homem que tinha ganhado uma visão sobre sua natureza pecaminosa e o horror de seus esforços para frustrar o propósito divino do amor. Os excessos a que ele saiu o marcou como "chefe" entre os pecadores.

Note-se, no entanto, que a confissão de Paulo pungente de sua pecaminosidade passado não significa que ele continuou em pecado. Um freqüentemente encontra a afirmação de que um pecador perdoado é um pecador ainda. Geralmente aqueles que citam este versículo como um argumento contra o ensinamento de Paulo sobre a possibilidade de liberdade de todo pecado fazer a maior parte do tempo do verbo usado aqui: eu sou . Foi de sua condição no momento da sua conversão que Paulo descreveu a si mesmo como o chefe dos pecadores. Seu uso do tempo presente foi com o propósito de descrever eventos passados ​​no tempo presente para tornar a narrativa mais realista e impressionante.

Isso é chamado de histórico presente, que não precisam ser confundido com um verdadeiro presente, especialmente quando o historiador começa, como Paulo faz, anunciando o leitor que ele está narrando acontecimentos passados. O Espírito de inspiração assume que seus leitores vão exercer o mesmo bom senso na leitura da Bíblia como fazem na leitura de outros livros. St. Paulo tinha sido o principal, ou um chefe, dos pecadores. Agora, ele é chefe de pecadores salvos.

Algumas das peças mais instrutivos das epístolas de Paulo são aqueles em que ele relata sua própria experiência espiritual, para os homens são mais capazes de captar a verdade no concreto do que no resumo. "Para ver um pecador salvo do pecado é mais útil do que a leitura de salvação." Depois de uma confissão sincera e humilde de sua indignidade Paulo explica, alcancei misericórdia, para que em mim como chefe, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade . Seu significado aqui parece ser que a longanimidade de Cristo

nunca vai passar por um teste mais severo do que ele fez no meu caso, de modo que nenhum pecador precisa sempre desespero. ... Esta transação-o todo triunfo da longanimidade de Cristo sobre o pecado de Paulo antagonismo-possui um valor duradouro. É uma lição para incentivar os pecadores ao arrependimento para o fim dos tempos.

Tendo em vista a experiência de Paulo, o maior dos pecadores não precisa duvidar do amor, poder e vontade de Deus para salvá-los se eles têm um desejo de ser salvo. Ele declarou que sua conversão foi para servir como um ensample deles que devem crer nele para a vida eterna . Bênçãos indizíveis sempre seguir uma fé inabalável. Deus fez Paulo "a exemplificação viva da misericórdia, para que, no futuro, o mais culpado poderia dizer: 'Se Deus salvou Saul, Ele pode me salvar." "

Uma reflexão sobre o amor, poder e propósito de Deus evocada uma doxologia glorioso. Tem sido dito que Paulo estava sempre pronto para uma canção de louvor, se ele estava em uma reunião de oração ao lado do rio ou em cadeias como na prisão em Filipos à meia-noite. Este, um dos dois doxologies em I Tim. (Conforme 6: 15-16 ), não tem paralelo com qualquer outro no Novo Testamento: Agora, ao Rei,,, o único Deus invisível imortal eterna, seja honra e glória para todo o sempre. Amém .

Paulo, "violada com a bondade de Deus, em fazer (ele) um exemplo de perdão para o incentivo de penitentes futuras", irrompe em um grande testemunho da divindade eterna. Paulo só não tinha sido concedida uma visão humilhante em seu próprio coração mau, mas ele tinha sido concedida uma visão gloriosa na sola supremacia de Deus. Ele é "o rei dos Eternities" (Clarke). Observações Fairbairn,

Ele é apresentado ao nosso ponto de vista como supremo Senhor e Director dos sucessivos ciclos ou fases de desenvolvimento por meio do qual este mundo, ou a criação em geral, estava destinada a passar-the Sovereign Epoch-maker, que organiza tudo o que pertence a eles com antecedência, de acordo com o conselho da sua própria vontade, e controla tudo o que acontece, de modo a subordiná-la ao Seu design.

Tal Ser Divino, o único Deus verdadeiro (em contraste com deuses pagãos-conforme Is 44:6)

18 Esta acusação te dirijo, meu filho Timóteo, segundo as profecias que levaram o caminho para ti, para que por elas possas guerra o bom combate; 19 fé segurando e uma boa consciência; que alguns tendo impulso a partir deles naufragaram acerca da fé: 20 dos quais são Himeneu e Alexandre; os quais entreguei a Satanás, para que eles possam ser ensinados a não blasfemar.

Essa acusação te dirijo, meu filho Timóteo . Aqui o apóstolo retoma o principal objetivo da carta (vv. 1Tm 1:3-5) a partir do qual ele digressed no v. 1Tm 1:6 . O saldo do primeiro capítulo é dedicado a uma explicação da razão para esta imposição especial. Sua ocasião imediata é a ação de Himeneu e Alexandre , e aqueles a quem eles influenciaram. Mas é mais complexo do que o que aparece na superfície, tão grave quanto isso pode ser. A questão diz respeito a toda a questão da responsabilidade ministerial. A confiança foi confiado a Paulo que agora está comprometendo-se a Timóteo, que por sua vez é a cometê-lo para os outros (conforme 2Tm 2:2. ).

A natureza deste trabalho deveria ocasionar nenhuma surpresa para Timóteo em vista de tudo o que foi associado com seu chamado e ordenação ao ministério: De acordo com as profecias que houve acerca de ti . Isto pode se referir às instruções divinas por que Paulo estava convencido de adaptabilidade especial de Timóteo para a obra do Senhor; ou a designação do Espírito Santo de Timotéo para este trabalho, assim como Barnabé e Saulo foram escolhidos em Antioquia (conforme At 13:1 ); ou pode significar previsões especiais proferidas sob a inspiração do Espírito Santo no momento da ordenação de Timóteo (conforme 1Tm 4:14 ; 2Tm 1:6 ). Em vez disso, ele estava a exercitar a verdadeira , que liga um para o "invisível" Deus, que é a fonte de toda autoridade, sabedoria e poder, e sempre ter uma boa consciência , que mantém uma sensível ao bem e ao mal, certo e errado, e que irá instruir um quando para estar em guarda e quando avançar com coragem nesta luta moral. "A fé pura e uma consciência limpa é essencial para a manutenção da fidelidade na vida cristã e ministerial."

Paulo cita exemplos de pessoas que, depois de viver impulso a partir deles uma boa consciência, tornou-se insensível a sua importunação, e naufragaram acerca da fé, os quais são Himeneu e Alexandre . A recusa em manter uma boa consciência, invariavelmente, resulta em erro religioso. Para brincar com consciência leva à perda da alma, como testemunha Balaão, o rei Saul, e Judas 1scariotes. "Heresy tem a sua fonte, normalmente não na cabeça, mas no coração; má consciência, que resiste, mais do que obedece, a vontade ea palavra de Deus. "

Esses professores mal, cuja conduta foi tanto intencional e violento, e não foi feito por ignorância ou como resultado de enfermidades, receberam tratamento severo. Paulo fez o que pôde para salvá-los e alertar a Igreja contra seguir os seus passos. A quem eu entreguei a Satanás para que pudessem ser ensinados a não blasfemar . Qualquer que seja o que inclui, o método ou meio de sua punição é incerto. Foi feito, evidentemente, pela autoridade apostólica e sob a orientação do Espírito Santo. Alguns pensam que esses homens podem ter sido humilhado por excomunhão da Igreja; outros acham que a sua punição incluído algum tipo de aflição corporal. Alguns sugerem que ele poderia se referir a possessão demoníaca. A observação de Adão Clarke que "o que esse tipo de punição não era um homem que vive agora sabe" é, provavelmente, a única resposta segura que se pode dar quanto ao método empregado Paulo.

O motivo era louvável, que eles possam ser ensinados a não blasfemar . Estes não foram entregues para a perdição. O objetivo principal da ação de Paulo era a punição para a correção. Sempre que a disciplina é administrado para aqueles que violam as leis de Deus e da Igreja que não vai ser uma experiência agradável para qualquer um administrá-lo ou aquele que o recebe. No entanto, a disciplina é necessária a fim de preservar a paz e pureza da Igreja de Cristo. E aqueles a quem a supervisão da Igreja de Deus tenha sido cometida não deve trair sua confiança, pois, como Crisóstomo escreveu: "Quando a vida é corrupto, engendra uma doutrina congenial a ele." A acusação de Timotéo incluída a atenção para a doutrina ea vida.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
A primeira preocupação de Paulo era encorajar Timóteo a ficar em Éfeso e terminar sua tarefa, pois ele queria desistir. Em um momento ou outro, quase todos os trabalhado-res cristãos quiseram desistir, mas como costumava dizer o dr. V. Ray- mond Edman, ex-presidente da Fa-culdade Wheaton: "É sempre muito cedo para desistir!". Nesse capítulo, Paulo encoraja o jovem Timóteo ao lembrá-lo de sua posição diante de Deus e de que o Senhor o ajudaria a vencer.

  • Deus encarregou-o de um ministério (1:1-11)
  • Timóteo não era efésio, pois Paulo levou-o para lá. Deus encarregou-o de um ministério nessa importante cidade. Deus entregou um ministé-rio de confiança a Paulo (1:11), deu um serviço cristão especial a Timó-teo e esperava que este fosse fiel. No versículo 4, o termo "o serviço de Deus" (NVI) deveria ser traduzido por "o serviço cristão de Deus". Em Éfeso, os falsos mestres ministravam seus próprios programas, não o ser-viço cristão que Deus lhes dera. A primeira obrigação do servo cristão é ser fiel ao seu senhor (1Co 4:1-46) e também servimos por intermédio dela (Rm 12:3-45). No versículo 14, Paulo cita as três forças motrizes de sua vida: a graça, a fé e o amor. Seu amor por Cristo e pelo pecador perdido com-pelem-no ao trabalho (2Co 5:14ss), a fé em Cristo capacita-o para o serviço (Ef 1:19), e a graça de Deus opera na vida dele tornando-o apto a servir ao Senhor (He 12:28).

    Paulo considerava sua salvação um modelo (exemplo) do que Deus faz pelo perdido, principalmente para seu amado Israel. Os descren-tes de hoje não são salvos da mes-ma forma que Paulo foi, ou seja, não vêem uma luz nem ouvem uma voz; todavia, apesar de nossos pecados, somos salvos pela graça, por inter-médio da fé. Em um dia futuro, o povo de Israel será salvo como Pau-lo o foi a caminho de Damasco: os judeus verão Cristo, se arrepende-rão, crerão e serão transformados.

    O versículo 15 apresenta o pri-meiro de diversos "ditos fiéis" que Paulo menciona (veja 3:1; 4:9; 2Tm 2:11; Tt 3:8). Pensa-se que sejam di-tos dos profetas do Novo Testamen-to da igreja primitiva que resumem ensinamentos importantes. Os cris-tãos primitivos não tinham a Bíblia escrita, por isso citavam esses "ditos" como afirmações autorizadas de fé.

  • Deus equipa-o para a batalha (1:18-20)
  • A vida cristã não é um "parque de diversões", mas um campo de ba-talha. Deus recrutou Timóteo como soldado cristão (2Tm 2:3-55). Paulo lembra o jovem pastor de sua orde-nação anos atrás. Aparentemente, o Espírito instruiu alguns profetas da igreja local para separar Timó-teo para um serviço especial (veja At 13:1-3; 1Tm 4:14; 2Tm 1:6). Paulo encoraja-o: "Ó filho Timóteo, segundo as profecias de que ante-cipadamente foste objeto: comba-te, firmado nelas, o bom combate". Veja Fp 1:6. Ele devia usar a Palavra de Deus como uma espada cortante de dois gumes para derro-tar Satanás (Ef 6:1 Ef 6:7; He 4:12).

    O soldado cristão também deve viver de forma correta ("fé e boa consciência"; v. 19), não basta ape-nas ter a doutrina certa. Em suas cartas pastorais para Timóteo e Tito, Paulo menciona diversas vezes a pa-lavra consciência (veja 1Tm 1:5,1Tm 1:19; 1Tm 3:9; 1Tm 4:2; 2Tm 1:3; Tt 1:15). A pala-vra "consciência" é de origem latina e significa "conhecimento". A cons-ciência é o juiz interior que testemu-nha nossos atos (veja Rm 2:15). O crente pode seguir a doutrina ortodo-xa e viver em pecado secreto, e isso é o naufrágio espiritual. "Crer sem consciência" é o mesmo que abrir a porta para Satanás e para o pecado. A "consciência pura" se corrompe e, no fim, fica cauterizada, sem qual-quer sensibilidade espiritual.

    Paulo menciona dois homens de Éfeso que trarão problemas para Timóteo: Himeneu (2Tm 2:17) e Alexandre (2Tm 4:14). Esses dois homens pertenceram à igreja efésia, e Paulo disciplinou-os porque blas-femaram, provavelmente por ensi-nar doutrinas falsas. O versículo 20 sugere que eles aprenderão a "não mais blasfemarem", porque Satanás lidaria com eles lançando mão de circunstâncias adversas na vida de-les. Timóteo tinha de enfrentar es-ses dois homens com a verdade de Deus a fim de preservar a pureza e o poder da igreja, embora isso não fosse fácil para ele. Se, ontem, os cristãos tivessem feito oposição aos falsos mestres, haveria, hoje, menos doutrinas falsas.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    1.1 Apóstolo. Indica o caráter oficial da carta, assim como, "filho" no v. 2 ressalta o aspecto pessoal. Deus, nosso Salvador. O termo "Salvador" não raramente se aplica a Deus Pai. No AT, o sentido é "Libertador"; conforme também Fp 3:20-50.

    1.2 Timóteo. Significa "quem adora a Deus". Verdadeiro filho. Pensa-se que Timóteo tenha presenciada o apedrejamento de Paulo em Listra (At 14:19-44), tornando-se crente e filho espiritual de Paulo naquela ocasião. Mais tarde, tornou-se seu companheiro (At 16:1-44, onde se assevera que a ressurreição já se realizou. Alexandre. Conforme 2Tm 4:14. Entreguei a Satanás. É a ação de excomungar, conforme 1Co 5:5, 1Co 5:13. Satanás está associado com a doença e a depravação (Lc 13:16), e quem fica fora da proteção do corpo de Cristo é presa fácil para ele.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    I.    SAUDAÇÕES (1.1,2)
    Como fez em uma série de ocasiões, Paulo abre a sua carta com uma confirmação do seu apostolado e, dessa forma, justifica o tom de autoridade que ressoa constantemente na carta. Esse apostolado, assim afirma o autor, é seu por ordem divina, sendo sua origem dupla: Deus, nosso Salvador e Cristo Jesus, a nossa esperança.

    A ocorrência repetida da primeira expressão nas Epístolas Pastorais está em forte contraste com sua quase total ausência em outras cartas. Seu uso nessas cartas pode bem ter surgido do desejo de encorajar Timóteo e Tito, pois eles estão encarando, por um lado, forte oposição e, por outro, têm de lidar com pessoas em cuja vida o progresso espiritual era lento. A referência a Cristo Jesus, a nossa esperança também pode sugerir mais uma razão de eles estarem confiantes.

    Timóteo é tratado afetuosamente como alguém que, além de ter sido conduzido a Cristo por intermédio de Paulo, dá provas de ser um verdadeiro e genuíno////« na fé. Sobre ele é pronunciada a tríplice bênção de Graça, misericórdia epaz, e essas coisas são invocadas do Pai e do Filho conjuntamente. O fato de o autor acrescentar Cristo Jesus duas vezes ao Pai nesses versículos introdutórios não é insignificante, especialmente à luz do ensino subsequente na carta com relação a Cristo como mediador (2.5).

    II.    PAULO E TIMÓTEO (1:3-20)


    1) Um lembrete da ordem dada (1:3-11)

    A comissão delegada anteriormente é aqui reafirmada, pois a tarefa é muito difícil, e essa dificuldade não é reduzida pela timidez natural de Timóteo. O representante do apóstolo em Éfeso obviamente precisa ser estimulado para o cumprimento das suas responsabilidades. Ele vai descobrir, também, que não vão faltar os críticos, e a recorrência a esse tipo de exortação poderá se mostrar útil.
    As pessoas que precisavam de repreensão estavam erroneamente concentrando sua atenção em mitos e genealogias intermináveis, provavelmente de origem judaica. O termo mitos transmite a noção de que essas idéias eram invenções deles mesmos, carecendo totalmente de qualquer fundamento nas Escrituras da verdade. O termo genealogias é usado com um sentido mais amplo do que geralmente lhe é atribuído e descreve interpretações insensatas e exageradas da história do AT, possivelmente mescladas com noções filosóficas do gnosticismo. Elas são descritas como intermináveis, pois as pessoas que perambulam ao longo desses estranhos desvios se encontram num interminável labirinto que não conduz a lugar algum.

    Esse estado de coisas tinha surgido, assim parece, da ambição por parte desses homens de serem mestres. Carecendo, no entanto, da compreensão necessária da verdade, como também da habilidade de comunicá-la, eles tinham se voltado para controvérsias e discussões inúteis.

    Paulo recomenda dois testes pelos quais a falsidade dessa doutrina pode ser exposta: (a) Todo ensino precisa ser julgado por aquilo que produz. Em contraste com a irrelevância e esterilidade do que é especulativo e vão, o verdadeiro ministério, aqui designado como obra de Deus, que épela fé, vai resultar na nobre qualidade do amor. Os passos pelos quais vai atingir esse alvo são aqui descritos para nós. O amor de que se fala aqui não é mero sentimento, nem está divorciado de padrões éticos, mas nasce num coração que é puro. Isso, por sua vez, resulta de uma boa consciência, que por si é produto de uma fé sincera (v. 5). Essas virtudes vindicam o caráter do verdadeiro ensino. O “deserto de palavras” (v. 6; NEB) ao qual tende esse outro ensino é sua óbvia condenação, (b) sã doutrina'. E um termo confinado às Epístolas Pastorais que significa o padrão segundo o qual todo o ensino deve ser testado. Saudável em si e saudável na sua influência, essa doutrina estava bem definida, nessa época; suas características essenciais estavam cristalizadas no glorioso evangelho [...] do Deus bendito (v. 11). As doutrinas falsas (v. 3) se destacariam imediatamente em contraste com a verdadeira doutrina, que consistia não em dogmas teológicos, mas no ensino apostólico.

    Segundo esse padrão, Paulo mede os ensinos daqueles que Timóteo deve repreender. Em evidente ignorância, eles estavam discorrendo detalhadamente sobre a lei. Mesclando-a com fábulas e interpretações esquisitas, estavam dando um sentido falso ao seu verdadeiro propósito. Sabemos (v. 8 está em forte contraste com as declarações seguras deles no v. 7) introduz uma declaração da natureza e da função adequada da lei. Ela é boa, diz Paulo, numa frase que faz lembrar Rm 7:0; At 3:17). Onde há misericórdia, a graça não está muito distante, e aqui Paulo nos conta dessa graça que lhe trouxe, por meio da incorporação em Cristo Jesus, tanto fé quanto amor.

    Toda a experiência traz à mente de Paulo uma afirmação [...] fiel (v. 15). Cinco dessas afirmações ocorrem nas Epístolas Pastorais (lTm 1.15; 3.1; 4.9; 2Tm 2:11; Tt 3:8), e essa fórmula não aparece em outro lugar do NT. Epigramáticas em sua forma, essas verdades da fé cristã seriam facilmente memorizadas. Sendo repetidas com freqüência, elas logo se tornaram quase proverbiais na igreja primitiva. O dito que Paulo cita aqui apresenta, em linguagem comparável somente em Jo 3:16, o fato central do evangelho. Ele é digno de toda aceitação. Além disso, ele louva a graça de Deus ao declarar que ela foi concedida generosamente a ele, o pior dos pecadores. A linguagem parece exagerada, mas aqui não há hipérbole retórica nem depreciação própria. Com profunda humildade, Paulo lembra sua amarga oposição a Cristo e à sua Igreja, e, consciente da enormidade do seu pecado, descreve-se a si mesmo com essa expressão (conforme 1Co 15:9; Ef 3:8). Paulo considera o exercício de misericórdia para com alguém como ele um exemplo dramático e convincente da grandeza da [...] paciência de Cristo. Ninguém precisa se desesperar, nem por si, nem pelos outros. Todos os que crêem (os que nele haveriam de crer, a construção da frase aqui é incomum, transmitindo a idéia de depositar a fé em Cristo, o firme fundamento) são conduzidos à vida eterna.

    A contemplação dessas coisas gera a doxologia do v. 17. Ela é dirigida ao liei eterno, como aquele que, em sua soberania, está realizando seus propósitos redentores em todas as épocas, o Deus único, imortal e invisível-. Ele não é como o homem — mortal. Ele não é nem mesmo visível para ser observado pelos seres humanos, tampouco pode ser comparado com “muitos deuses”, pois ele é o único Deus.


    3) A ordem reforçada (1:18-20)

    O tópico apresentado no v. 3 é retomado. Timóteo é carinhosamente chamado de meu filho, e Paulo o lembra de que o cumprimento da ordem que lhe foi dada não é nada mais do que o produto adequado do seu chamado inicial. A origem desse chamado é sugerido pela frase as profecias já proferidas a seu respeito. Isso pode ser uma referência à premonição espiritual concedida a Paulo quando se aproximava de Listra na sua segunda viagem missionária, segundo a qual Timóteo, que havia se convertido numa visita anterior, deveria compartilhar com ele o peso do seu trabalho para Deus. Isso foi confirmado por declarações proféticas, possivelmente pelos companheiros de Paulo ou pelos presbíteros que, depois de conversarem com Paulo, participaram do comissionamento de Timóteo (4.14). A lembrança de tal chamado tem o propósito de inspirar Timóteo enquanto ele continua a combater o bom combate. Para esse combate, é imperativo que ele esteja “armado com fé e boa consciência” (v. 19; NEB). A ênfase está na necessidade de fazer corresponder à fé firme a integridade moral (conforme 1.5; 3.9). Isso contrasta com homens como Alexandre e Himeneu, que, rejeitando a féea boa consciência [...] naufragaram na fé. A ordem é significativa. Ali onde a consciência do pecado não conduz ao arrependimento e perdão, produz uma incoerência na vida que é destrutiva para a fé. Paulo condena tal conduta como blasfêmia.

    Himeneu (2Tm 2:17) e Alexandre eram exemplos evidentes daqueles que tentavam divorciar a fé do comportamento. A severa ação disciplinar tomada no caso deles teve intenção terapêutica, como esse tipo de ação sempre deve ter. A expressão os quais entreguei a Satanás pode sugerir adversidades infligidas sobrenaturalmente (conforme 1Co 5:5; 1Co 11:30; At 5:1-11), ou simplesmente a excomunhão. A frase então descreveria a remoção da pessoa da esfera em que Deus governa para aquela em que Satanás domina.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 12 até o 17
    b) A experiência que Paulo tem da salvação (1Tm 1:12-17)

    Prossegue o apóstolo indiretamente a encorajar Timóteo a uma apreciação elevada, todavia humilde, de sua vocação, e a devotar-se ininterruptamente a ela. Isto ele faz por meio de uma doxologia típica e parentética, a Cristo e a Deus, pela maravilhosa experiência que ele próprio tem da misericórdia divina, e por haver sido designado por Cristo para a mordomia desse evangelho (note-se também o vers. 11), a que ele primeiro devia sua salvação. Por experiência sabem os crentes que à confiança em Cristo e ao serem por Ele intimamente fortalecidos se segue, como complemento, serem eles alvo da confiança do Senhor que lhes dá para realizar um determinado ministério (12). A palavra ministério (gr. diakonia, sem o artigo definido) é potencialmente de sentido muito geral, embora Paulo muitas vezes empregue o termo (e "ministro", gr. diakonos) como nenhum escritor do segundo século o teria feito, para referir o seu ofício de apóstolo (cfr. Rm 11:13; 2Co 3:6; 2Co 5:18; 2Co 6:3). Insolente (13), gr. hybristes, descreve um praticador de ultrajes, pessoa dada a violências. Quando Paulo se mostrara outrora sem misericórdia, firme na convicção de saber o que era certo, foi tratado misericordiosamente, como pessoa cuja incredulidade ativa impedia-a de compreender a verdade. É assim a superabundante graça divina (cfr. Rm 5:8, Rm 5:10, Rm 5:20), com que em Cristo Jesus somos tratados, a qual nos move a viver a vida de fé e amor característica do cristão (14), ao invés da vida pecaminosa, típica, da incredulidade e inimizade (tão violentamente demonstrada em Saulo, antes de se converter). E foi assim, por uma experiência profunda e pessoal do benefício do evangelho que Paulo aprendeu e exemplificou o caráter e a fidedignidade desse mesmo evangelho em que, por desígnio de Deus, ele rogava aos homens que cressem (como fiel) e recebessem (como digno) (15). Porque ele ainda (note-se o tempo presente do verbo, eu sou) se reconhecia como o principal dos pecadores (15). Sabia que o propósito da encarnação do Filho de Deus como Messias Jesus foi salvar pecadores como ele. Sabia que o propósito de Deus, em mostrar a tal principal pecador, como ele, tamanha misericórdia, de todo imerecida, foi fazer de sua vida uma amostra de quanto podia realizar a longanimidade de Cristo (Isto é, para com um opositor tão violento). Tal exibição de misericórdia encorajaria outros, de futuro, a depositar sua confiança no mesmo Salvador, e assim entrar no gozo da vida eterna. O vers. 17 inclui alguns atributos infinitos e absolutos de Deus, que são dignos de nota. Rei eterno. Ele é o soberano de tudo.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20

    1. O verdadeiro filho na fé (I Timóteo 1:1-2)

    Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, que é a nossa esperança; a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. (1: 1-2)

    A suprema alegria para qualquer pai é ver seu filho crescer em um adulto maduro, bem desenvolvido. Para que eles rezam, trabalho e esperança. O mesmo é verdade no mundo espiritual. Não há alegria maior para um pai espiritual do que para gerar uma criança verdadeira na fé e levá-lo até o vencimento.

    Paulo desejado, como todo cristão deve, para reproduzir em seus filhos espirituais suas virtudes de Cristo. Ele procurou levar outros a Cristo, em seguida, alimentá-los até o vencimento, para que eles, então, seria capaz de repetir o mesmo processo. Ele descreve esse processo através de quatro gerações em II Timóteo 2: ". As coisas que você já ouviu falar de mim na presença de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis, que serão capazes de ensinar a outros" 2, Para reproduzir assim mesmo era um objetivo central na vida do apóstolo.

    O grau em que ele foi usado por Deus em produzir verdadeiros filhos espirituais é surpreendente. Enquanto muitos de seus companheiros, como Barnabé, Silas, João Marcos, Apolo, e Lucas não estavam a sua descendência espiritual, muitos outros foram. Dionísio, Damaris, Gaio, Sopater, Tíquico, Trófimo, Estéfanas, Clement, Epafras, o Corinthians (1Co 4:15), e muitos outros, incluindo, provavelmente, a maior parte dos mencionados em Romanos 16, estavam com toda a probabilidade o fruto de esforços evangelísticos do Apóstolo. Alguns chegou pessoalmente, outros foram salvos, mediante a sua pregação pública. Outros ainda foram atingidos indiretamente através daqueles próprio Paulo havia alcançado.

    De todos aqueles que foram salvos antes de Paulo se encontrou com eles, e aqueles que foram o fruto de seu trabalho, apenas dois que ele chama de "verdadeiro filho na fé." Uma é Tito (Tt 1:4.)

    Por esta razão, enviou para você Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor, e ele vos fará lembrar de meus caminhos que estão em Cristo, assim como toda parte eu ensino em cada igreja. (1Co 4:17)

    Timóteo era o protegido de Paulo, seu filho espiritual, a mais genuína reflexão do apóstolo.
    Esta carta a Timóteo (assim como o segundo) é antes de tudo uma carta de um homem no ministério para outro, de o mentor amado a seu aluno mais querido. Devemos, portanto, primeiro compreendê-lo em termos de o que estava acontecendo na vida de Paulo e Timóteo, e a situação em Éfeso. Só então poderemos aplicar as suas verdades para o nosso próprio dia.

    O Autor

    Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, que é a nossa esperança; (1: 1)

    Paulo é certamente um nome familiar para qualquer estudante do Novo Testamento. Paulo (Paulus em latim) era um nome comum na Cilícia, em que sua cidade natal, Tarso foi localizado. Significa "pouco" ou "pequeno", e pode ser uma indicação de que ele era pequeno, desde o nascimento. Ele não era um homem de estatura impressionante ou aparência marcada. Um escritor do século II descreveu-o como "um homem de pequena estatura, com uma cabeça careca e pernas tortas, em bom estado de corpo, com as sobrancelhas reunião e nariz um pouco viciado, cheia de simpatia, pois agora ele apareceu como um homem, e agora ele tinha o rosto de um anjo "(citado por RN Longenecker," Paulo, o Apóstolo ", em Merrill C. Tenney, ed,. A Zondervan Pictorial Encyclopedia da Bíblia [Grand Rapids: Zondervan, 1977], 4: 625). Seus adversários humilhantes em Corinto disse dele: "Suas cartas são graves e fortes, mas a sua presença pessoal é inexpressivo, ea sua palavra desprezível" (2Co 10:10).

    Seja qual for sua estatura física pode ter sido, sua estatura espiritual é insuperável. Ele era um de um tipo na história da redenção, responsável pela propagação inicial da mensagem do evangelho através do mundo gentio.

    Este homem única nasceu em uma família judia (Fp 3:5). Seu nome hebraico era Saul, após o mais proeminente membro de sua tribo de Benjamin, o rei Saul. O Novo Testamento se refere a ele como "Saul" até que sua primeira viagem missionária (At 13:9, ele se descreveu como "excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais." O seu zelo ardente foi visto em sua participação voluntária no assassinato de Estevão (At 8:1; 26: 9-11).

    Ele estava a caminho de Damasco para realizar outras perseguições quando sua vida estava, de repente, drasticamente mudado para sempre. O ressuscitado, ascendeu, glorificado Cristo apareceu para ele e seus companheiros aterrorizados. Tudo em um curto espaço de tempo, ele foi atingido cego, salvo, chamado para o ministério, e pouco depois batizado (Atos 9:1-18). Após um período de preparação solitária no deserto Nabatean (Arabian) perto de Damasco, ele retornou a essa cidade e começou a proclamar o evangelho. Depois de sua pregação destemida despertou a hostilidade de ambos os líderes judeus e gentios (Atos 9:22-25; 2 Cor. 11: 32-33), ele escapou e foi para Jerusalém. A igreja naquela cidade era naturalmente hesitantes em aceitar a pessoa que os tinha perseguido de forma tão violenta. Eventualmente, através dos esforços de Barnabé, Paulo foi aceita. Mais tarde, ele se tornou um dos pastores da igreja de Antioquia (At 13:1; 26: 16-18).

    O verbo apostello , a partir do qual o substantivo apostolos ( apóstolo ) deriva, significa "para enviar fora em uma comissão para fazer algo como seu representante pessoal, com credenciais apresentada" (Kenneth S. Wuest, As Epístolas Pastorais em grego do Novo Testamento, vol . 2 de Estudos palavra no grego do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1978], 22). Poderíamos traduzir apostolos como "enviado", ou "embaixador", alguém que vai em uma missão tendo as credenciais de quem o enviou.

    Um apóstolo no Novo Testamento foi enviado para levar o evangelho aos pecadores. No sentido mais amplo, muitos indivíduos foram chamados de apóstolos. Barnabé (At 14:14), Epafrodito (. Fp 2:25), Andronicus e Junius (Rm 16:7) tudo tinha o título, embora eles não estavam entre os doze escolhidos por nosso Senhor. Eles são o que 2Co 8:23 chama de "mensageiros [apóstolos] das igrejas."

    No seu uso mais restrito e comum Novo Testamento, "apóstolo" se refere a um apóstolo de Cristo Jesus. Esses apóstolos incluídos doze originais (com a exclusão de Judas e da adição de Matthias após a deserção de Judas) e Paulo. Em contraste com os apóstolos das igrejas, estes homens foram encomendados pelo próprio Cristo. Eles foram escolhidos pessoalmente por Ele (conforme Lc 6:13; At 9:15), e aprendeu o evangelho Dele, não de outros homens (conforme Gl 1:11-12.). Os apóstolos de Cristo eram testemunhas de suas palavras, ações, e sobretudo a sua ressurreição (Atos 1:21-22). Paulo qualificou-se que a contagem desde que ele conheceu o Cristo ressuscitado no caminho de Damasco, e em outras três ocasiões (Atos 18:9-10; 22: 17-18; At 23:11).

    Apóstolos de Cristo também foram dotados pelo Espírito Santo para receber e transmitir a verdade divina. Foi para eles que Jesus disse: "Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu disse a você" (Jo 14:26 ). Eles também tinham o poder de expulsar os demônios e curar os doentes, realizando esses sinais, maravilhas e milagres que constituíram os "sinais de um verdadeiro apóstolo" (2 Cor 0:12; conforme Heb. 2: 3-4.) . De acordo com Ef 2:20, eles são a base sobre a qual o resto da igreja é construída. A igreja desde o seu nascimento estudado "doutrina dos apóstolos" (At 2:42).

    A palavra ordem Cristo Jesus, em vez do mais usual "Jesus Cristo", é exclusivo para Paulo. "Cristo Jesus" aparece em apenas um lugar no lado de fora do Novo Testamento dos escritos de Paulo. Essa referência, At 24:24, ocorre na descrição de Lucas do testemunho do apóstolo para Felix e Drusilla. Enquanto Paulo também usa a palavra ordem "Jesus Cristo", os outros escritores apostólicos (Pedro, Tiago e João) fazê-lo exclusivamente. Uma possível explicação é que os outros apóstolos sabiam primeiro o homem Jesus, e só mais tarde compreendeu que Ele era o Cristo divino. Por outro lado, a primeira exposição de Paulo para ele era como o ressuscitado, glorificado Cristo.

    Pode parecer desnecessário para Paulo para enfatizar a sua autoridade apostólica para Timóteo, que certamente não questioná-la. Timoteo, no entanto, enfrentou uma situação difícil em Éfeso, e precisava de todo o peso da autoridade apostólica de Paulo apoiá-lo. Esta carta, uma vez que foi lida e executada na igreja, iria fortalecer a mão de Timoteo.
    O uso de epitagē ( mandamento ) em vez do mais usual Thelema ("vontade") salienta, ainda, a autoridade apostólica de Paulo. Paulo tinha uma carga direta de Deus Pai e de Jesus Cristo para levar a cabo o seu ministério. Esse mandato incluiu a escrita desta carta, o que colocou em Timóteo e da igreja um fardo pesado para obedecer suas injunções. Epitagē refere-se a uma ordem real que não é negociável, mas obrigatória. Paulo, Timoteo, ea congregação em Éfeso estavam todos sob ordens do Soberano do Universo. Paulo também pode ter escolhido este termo mais forte por causa dos falsos mestres em Éfeso, que provavelmente questionaram a sua autoridade.

    Ordens de Paulo veio de Deus, nosso Salvador e Cristo Jesus, que é a nossa esperança. Alguém disse muito bem que o cristianismo é uma religião de pronomes pessoais. Nós não adoramos uma divindade distante, impessoal, mas Deus, nosso Salvador e Jesus Cristo nossa esperança. Ao vincular Deus Pai e de Jesus Cristo como a fonte de sua missão divina, Paulo alude à divindade de Cristo. Jesus frequentemente ligado a Si mesmo com Deus, o Pai nos Evangelhos (conforme Mt 11:27; João 5:17-18.; Jo 10:30; 17: 1-5, Jo 17:11, 21-22). Divindade de Cristo pode muito bem ter sido atacada em Éfeso (conforme 1Tm 3:16).

    Deus, nosso Salvador é um título que aparece apenas nas Epístolas Pastorais, embora tenha raízes no Antigo Testamento (conforme Sl 18:46; 25:. Sl 25:5; Sl 27:9 ). Deus é o libertador do pecado e suas conseqüências; Ele é a fonte da salvação, e planejou desde a eternidade (conforme 2Ts 2:13). A noção liberal de que o Deus do Antigo Testamento é, um Deus vingativo colérico quem o gentil, amoroso Cristo aplacado é falso e blasfemo.

    O plano de Deus Pai para a salvação foi realizada por Cristo Jesus, que é a nossa esperança. Temos esperança para o futuro por causa do que Cristo fez no passado e está fazendo no presente. Em Cl 1:27 Paulo diz: "Cristo em vós, [é] a esperança da glória." O apóstolo João escreveu:

    Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é. E todo aquele que tem esta esperança purifica-se a Ele, assim como Ele é puro. (I João 3:2-3)

    Houve, sem dúvida, alguns errorists na montagem de Éfeso tentando roubar os crentes de esperança de salvação. Paulo responde, sublinhando ambos os aspectos da obra de Cristo (conforme 1:11, 14-17; 2: 3; 04:10), como ele escreve a Timóteo, então Timoteo pode enfrentar tais ataques.

    O Destinatário

    a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé (1: 2a)

    O nome Timoteo significa "aquele que honra a Deus." Ele foi nomeado por sua mãe e sua avó, Eunice e Lois, que eram, sem dúvida, devoto judeus antes de se tornarem crentes no Senhor Jesus. Eles ensinaram Timóteo as Escrituras a partir do momento que ele era uma criança (2Tm 3:15). Seu pai era um grego pagão (At 16:1), mas mais tarde se juntou a Paulo lá (conforme At 17:15). Ele estava com Paulo em Corinto (At 18:5), e acompanhou em sua viagem de volta a Jerusalém (At 20:4.), 2 Corinthians (2Co 1:1.), Tessalônica (1Ts 3:2), e agora Éfeso.

    Gnēsios ( verdadeiro ) se refere a um filho legítimo, uma nascidos dentro do casamento. É o oposto do nothos , que significa "filho da puta", ou "filho ilegítimo". Timóteo era um gnēsios filho de Paulo, enquanto Demas era um nothos . A fé de Timóteo era genuíno. O uso de teknoncriança ) em vez de huios ("filho") fala de dar à luz de Paulo a Timóteo espiritualmente. Desde na fé é anarthrous (sem o artigo definido), no grego, que poderia ser traduzido como "na fé." Nesse sentido, Paulo estaria dizendo Timoteo é seu filho na esfera da fé. O NASBtradução na fé refere-se ao corpo objetivo da fé cristã. Ambos os sentidos são possíveis, e consistente com o uso de Paulo em outros lugares.

    A frase verdadeiro filho na fé dá uma visão sobre o personagem de Timoteo. Paulo define Timoteo-se como um exemplo do que um verdadeiro filho na fé é como. Sua autenticidade é, assim, verificado, e a igreja de Éfeso chamados a seguir o seu exemplo. Cinco características implícitas nesta seção abertura marcada Timoteo como um verdadeiro filho na fé. Examinando-los fornece uma visão geral da epístola.

    Fé salvadora

    Obviamente, é impossível ser um verdadeiro filho na fé sem experimentar a salvação divina em Jesus Cristo. Paulo testifica em toda a epístola aos autenticidade da conversão de Timoteo. Em 1: 1-2, ele sugere através do uso dos pronomes plurais que Timóteo tem o mesmo Deus e mesmo Cristo como ele faz (conforme 4,10). Em 6:11, Paulo chama de "ó homem de Deus", em seguida, exorta-o a "combater o bom combate da fé, toma posse da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas "(06:12). Timoteo não só foi chamado para a vida eterna por Deus, mas também professou publicamente a sua fé em Cristo. Afirmação inequívoca da salvação de Timoteo vem em II Timóteo 1: ". Fé sincera" 5, onde Paulo fala de sua

    As circunstâncias da conversão de Timóteo não são registrados nas Escrituras. É provável ligado, no entanto, com o ministério de Paulo e Barnabé em Listra (cidade natal de Timóteo) na primeira viagem missionária (Atos 14:6-23). Depois de ver Paulo curar um coxo, o povo decidiu que ele e Barnabé eram deuses, e tentou sacrificar a eles. Pouco depois, no entanto, alguns dos oponentes judeus de Paulo de cidades próximas veio e virou as multidões contra ele. Apedrejaram a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, e deixou-o como morto. Timoteo, Eunice, e Lois deve ter tido conhecimento desses eventos, e pode ter sido convertido em seguida. Timóteo teve, assim, uma introdução muito dramática para Paulo. Quando Paulo revisitado Listra em sua segunda viagem missionária, ele escolheu Timóteo para ministrar com ele.

    Infelizmente, nem todos os que estão associados com a igreja em Éfeso pode ter tido a fé genuína. Alguns podem ter questionado a divindade de Cristo, o que levou Paulo a escrever ", por confissão comum grande é o mistério da piedade: Aquele que foi revelado na carne, foi justificado no Espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória "(3:16). Ninguém que rejeita a divindade de Cristo pode ser salvo. Nosso Senhor disse em Jo 8:24 que "a menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados." Salvação, de acordo com Paulo, vem de confessar Jesus como Senhor e crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos (Rm 10:9). Esses homens tinham se desviado da verdade, e tinha "virado de lado para discussão infrutífera" (1: 6).

    No capítulo 4, Paulo adverte:
    Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos marcados a ferro em sua própria consciência, como com um ferro em brasa, os homens que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos compartilhada por aqueles que crêem e conhecem a verdade. (4: 1-3)

    Uma vez que os "últimos dias" começou com a vinda de Cristo (conforme 1Pe 1:20), alguns em Éfeso ficou aquém da verdadeira fé salvadora, acreditando em mentiras em vez demoníacos. Eles escutaram hipócritas, com a consciência cauterizada e endureceu, ensinando um falso ascetismo.

    De acordo com 6: 20-21, alguns em Éfeso haviam sido vítimas de "tagarelice mundana e vazia e os argumentos contraditórias do que é falsamente chamado 'conhecimento'". Como resultado, eles tinham "se desviaram da fé." Eles haviam perdido a marca sobre a fé salvadora, e se perderam.
    Genuína fé de Timóteo se destacou em nítido contraste com a falsa fé de muitos em Éfeso.

    Obediência Continuando

    O Novo Testamento ensina repetidamente que a marca de um verdadeiro crente é um padrão de vida de obediência. Nosso Senhor disse em Jo 14:15: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (conforme vv. 21, 23). Em Jo 8:31 Ele disse aos que tinham professado fé nEle: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos." Paulo escreveu em Ef 2:10, "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas." Boas obras não são os fundamentos da salvação, mas a evidência disso. Como Martin Luther colocou, "Boas obras não fazem um bom homem, mas um bom homem faz boas obras" ("A liberdade de um cristão", em João Dillenberger, ed,. Martin Luther: Seleções de seus escritos [Garden City , NY: Anchor Books, 1961], 69).

    O padrão de vida de Timoteo era a obediência. Quando Paulo voltou a Listra em sua segunda viagem missionária, ele descobriu que Timóteo foi "bem falado pelos irmãos que estavam em Listra e Icônio" (At 16:2, "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, a fim de que isso pode ser demonstrado que todos eles não são de nós. "

    No capítulo 6, Timoteo foi dito para alertar aqueles que perseguiu riquezas que
    aqueles que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns por anseio por ela se desviaram da fé e se atormentaram com muitos uma pontada. (6: 9-10)
    Obediência inabalável de Timóteo era verdadeiramente "um exemplo daqueles que acreditam" (4:12). Ele tinha sido um crente perseverante em uma igreja repleta de desertores.

    Serviço Humilde

    Um verdadeiro filho na fé é um servo. Paulo descreveu a conversão dos tessalonicenses, em estas palavras, "se voltaram para Deus dos ídolos para servir um Deus vivo e verdadeiro" (1Ts 1:9). Não há maior elogio.

    Havia outros em Éfeso que não estavam interessados ​​no serviço humilde. Paulo advertiu em 3: 6 contra fazer uma recente converter um ancião por causa do perigo de orgulho. Aparentemente, alguns na montagem de Éfeso procurou papéis de liderança só se exaltar (1: 6-7). Aqueles presbíteros marcados por serviço humilde e diligente eram para ser recompensado (5:17). Aqueles que orgulhosamente continuou em pecado eram para ser confrontado publicamente (5: 19-20). Os falsos mestres em Éfeso foram caracterizados por presunção, não a humildade (6: 4).
    Serviço humilde de Timóteo fez dele um herdeiro apropriado para os altruístas, próprio apóstolo sacrificiais.

    Sã doutrina

    Um verdadeiro filho na fé vai aderir à sã doutrina. Jesus disse aos fariseus: "Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por esta razão que você não ouvi-los, porque não sois de Deus" (Jo 8:47). A igreja primitiva se dedicou ao ensinamento dos apóstolos (At 2:42).

    Timóteo era um estudante e um professor da sã doutrina. Ele estava "constantemente alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina", que ele tinha sido seguinte (4: 6). Paulo exortou Timóteo a ensinar as verdades que havia aprendido (4:11; 6: 2), confiante de que Timóteo era doutrinariamente som.
    Éfeso foi atormentado por falsos mestres. Alguns tinham se desviado da verdade a discussão infrutífera (1: 6). Eles que se presume ser mestres da lei, embora não entendi (1: 7). Paulo disciplinado dois deles, Himeneu e Alexandre (1:20). Paulo descreve o falso ensino em Éfeso como "fábulas mundanas que sirvam exclusivamente para mulheres mais velhas" (4: 7), "disputas sobre palavras, das quais nascem invejas, porfias, linguagem abusiva, suspeitas malignas" (6: 4). Seus agressores foram vaidoso e não entendia nada (6: 4).
    Em contraste com os falsos mestres, Paulo estava confiante da ortodoxia de Timóteo. Ele confiou a Timóteo para "dar atenção para a leitura pública da Escritura, à exortação e ensino", até que ele chegou em Éfeso (4:13).

    Conviction Courageous

    Aqueles que fazem um impacto para a causa de Cristo deve ter a coragem de suas convicções. Qualquer peixe de mortos pode flutuar a jusante; leva um vivo para lutar contra a corrente. Forte convicção vem da maturidade e conhecimento da Palavra espiritual, e é um elemento essencial em qualquer ministério eficaz.
    Timóteo era para ser um lutador. Paulo colocou em Éfeso para "instruir certos homens não ensinar doutrinas estranhas" (1: 3). Ele era o de "combater o bom combate" (1:18), e guardar o que tinha sido confiada a ele (6:20).
    Muitas pessoas da congregação de Éfeso não tinham as convicções de seu pastor. Eles eram comprometedores. Esses homens não estavam qualificados para serem presbíteros (3: 2), ou diáconos (3:10), uma vez que não estavam acima de qualquer suspeita. Algumas das viúvas jovens estavam em perigo de renegar seu compromisso com Cristo (5: 11-12). Outros na congregação ainda tinha comprometido com o dinheiro e "si mesmos se atormentaram com muitas pang" (6:10).

    Em contraste, Timoteo manteve suas convicções, mesmo quando isso lhe custou a vida. Segundo a tradição, ele foi martirizado em Éfeso cerca de trinta anos mais tarde, por se opor ao culto da deusa Diana. Ele "[realizado] rapidamente o início da [sua] confiança até ao fim" (He 3:14).

    A Saudação

    Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. (1: 2b)

    Graça e paz é a saudação Pauline familiar, aparecendo em todas as suas epístolas. Só aqui e em 2Tm 1:2)

    Como exortei-vos em cima da minha partida para a Macedónia, permanecer em Éfeso, a fim de que você possa instruí certos homens não ensinar doutrinas estranhas, nem de prestar atenção a fábulas e genealogias sem fim, que dão origem a mera especulação, em vez de promover a administração de Deus, que é pela fé. Mas o objetivo da instrução é o amor de um coração puro, de uma consciência e de uma fé sincera. Para alguns homens, afastar-se dessas coisas, se desviaram para discussão infrutífera, querendo ser doutores da Lei, mesmo que eles não entendem nem o que eles estão dizendo ou os assuntos sobre os quais eles fazem afirmações confiantes. Mas sabemos que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente, percebendo o fato de que a lei não é feita para o justo, mas para aqueles que estão sem lei e rebeldes, para os ímpios e pecadores, para os ímpios e profanos, para aqueles que matam seus pais ou mães, para assassinos e homens imorais e homossexuais e seqüestradores e mentirosos e perjuros, e tudo que for contrário à sã doutrina, segundo o evangelho da glória do Deus bendito, que me foi confiado. (1: 3-11)

    Nas palavras definitivas de Jo 8:44, Jesus nos diz que Satanás é um mentiroso. Onde quer que Deus semeia a verdade, seus esforços arqui-inimigos para semear a falsidade e erro. Não é surpresa, então, que um de seus mais persistentes ataques contra a igreja tem sido através de uma falsa doutrina. Os falsos mestres e suas doutrinas demoníacas têm estado no centro da batalha a igreja teve que lutar durante toda a sua história. Nem são exclusivos para a era da igreja. O Antigo Testamento contém condenações repetidas dos falsos profetas que assolaram 1srael (conforme 13 1:5-13:5'>Dt 13:1-5; Jr 14:14ss .; 23: 1 e ss .; Lm 2:14; Ez 13:1: "Cuidado com os falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores." No Sermão do Monte, Ele avisado dos falsos profetas que iria surgir no futuro: "E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos ... Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, de modo para enganar, se possível, até os escolhidos "(Mt 24:11, Mt 24:24).

    Os autores do Novo Testamento ecoou aviso do nosso Senhor. Paulo escreveu aos Coríntios sobre "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo" (2Co 11:13). Segundo Pedro 2: 1 diz: "Os falsos profetas houve também entre o povo, assim como também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras." Escrevendo no fim da era do Novo Testamento, o apóstolo João observou que "muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (1Jo 4:1; 2Jo 1:72Jo 1:7). "Portanto, não é de surpreender os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras" (v 15).. A sutileza, e perigo, dos falsos mestres reside na sua torção inteligente das Escrituras para seus próprios fins. Eles são vendedores ambulantes, culpado de "tráfico" e "adulterando" a Palavra de Deus (2Co 2:17; 2Co 4:2). Paulo escreveu esta carta a Timóteo para dizer-lhe para fazer todos os esforços para deter a influência dos falsos mestres e acertar as coisas na igreja. A taxa de abertura em 1: 3-11 define o cenário para o resto da epístola. Paulo divulga quatro coisas que são verdadeiras sobre os falsos mestres: seu erro, seu objetivo, sua motivação e seu efeito.

    O erro dos Falsos mestres

    Como exortei-vos em cima da minha partida para a Macedónia, permanecer em Éfeso, a fim de que você possa instruí certos homens não ensinar doutrinas estranhas, nem de prestar atenção a fábulas e genealogias sem fim, que dão origem a mera especulação, em vez de promover a administração de Deus, que é pela fé. (1: 3-4)

    Os versos 3:4, embora um pensamento completo, não é uma frase completa em grego. Paulo começa com uma cláusula começando com como, mas nunca completa. O NASB resolve isto traduzindo o infinitivo prosmeinai como um imperativo ( permanecer ). A Versão Autorizada a torna como um infinitivo ("a cumprir") e fornece as palavras "assim como" no final do versículo 4. Em qualquer caso, o significado é o mesmo. Timoteo é permanecer em Éfeso para lidar com os falsos mestres de lá. A preocupação de Paulo para a gramática é tragado pela sua preocupação apaixonado por uma igreja querido ao seu coração.

    Instado é de parakaleo , que pode significar "a mendigar", "suplicar", "suplicar" ou "implorar". Paulo pede a Timóteo para ficar em Éfeso, o que pode indicar que ele estava pensando em sair. Mesmo que ele era "verdadeiro filho na fé" de Paulo (1: 2), Timoteo não era invulnerável a timidez (1Tm 2:7). Eles estão a ser ordenado a parar de ensinar erro. Timoteo era usar todo o peso da autoridade apostólica de Paulo em lidar com eles.

    O uso de determinado implica que os falsos mestres eram poucos em número. No entanto, eles tiveram uma influência ampla, não só em Éfeso, mas também na região circundante. Eles não eram pessoas de fora, como em Corinto e Galácia, mas anciãos mais prováveis ​​na igreja de Éfeso e de algumas das igrejas vizinhas. Paulo tinha-lhes dito que isso aconteceria quando eles se reuniram em Mileto. Ele disse: "E que, dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (At 20:30).

    Há pelo menos quatro razões para concluir que os falsos mestres eram anciãos. Primeiro, eles se presume ser professores (1: 7), um papel reservado para idosos (3: 2; 5:17). Em segundo lugar, Paulo, não a igreja, excomungada Himeneu e Alexandre. Isso implica que eles estavam em posições de poder e a congregação não poderia lidar com eles. Em terceiro lugar, as qualificações de um presbítero são dadas em grande detalhe no capítulo 3. Dar aqueles implica que os homens não qualificados estavam servindo no cargo, e Timoteo necessária a sua substituição.Finalmente, Paulo salienta que os idosos estão pecando ser disciplinado publicamente (5: 19-22).
    Timoteo era comandar esses idosos que erram não ensinar doutrinas estranhas. Heterodidaskalein ( para ensinar doutrinas estranhas ) é uma palavra muito provavelmente cunhado por Paulo. É uma palavra composta, formada por heteros ("de natureza diferente") e didaskalein("ensinar"). O ensinamento dos errorists era de um tipo diferente do que a verdade revelada de ensino apostólico (conforme Atos 6:3-4). O ensinamento dos apóstolos era o padrão pelo qual todos os outros ensino foi julgado.

    Depois de descrever os falsos mestres, Paulo descreveu seu erro. Ela consistia de mitos e genealogias intermináveis, lendas e histórias fantasiosas fabricados pelos homens. Estes "doutrinas de demônios" (4:
    1) estavam sendo aproveitado como verdade de Deus. Paulo ridiculariza-los como "fábulas mundanas que sirvam exclusivamente para mulheres mais velhas" (4: 7).

    O que os específicos mitos sendo ensinado eram, ou como exatamente os falsos mestres estavam usando genealogias não é clara. Seja qual for a forma que assumiu, o ensinamento dos errorists era contrária à verdade. Enquanto a heresia exato em Éfeso é desconhecida, algumas de suas características gerais podem ser reunidas a partir de 1 e II Timóteo. A partir Dt 1:7). Seu ensino era nada além de "tagarelice mundana e vazia", ​​levando a "mais impiedade" (2Tm 2:16). Essa conversa "vai se espalhar como gangrena" (2Tm 2:17), levando as pessoas "desviaram da verdade" (2Tm 2:18). "Especulações tolas e ignorantes" Os 'errorists só "produzem brigas" (2Tm 2:23). Tudo resultou de uma incapacidade de lidar com precisão a Palavra da verdade (conforme 2Tm 2:15), e "examinar tudo com cuidado" (1Ts 5:21).

    O efeito do falso ensino é para dar lugar à mera especulação. perguntas e especulações intermináveis ​​Os falsos professores contribuiu em nada para promover a administração de Deus, que é pela fé. Essa frase se refere ao plano salvífico de Deus. Sua heresia desferiu um golpe no evangelho de fé salvadora. Pode ser seguro concluir, portanto, que como todos os outros falsa religião, era um sistema legalista de obras justiça.

    Todas as religiões miríade do mundo cair em uma das duas categorias. Não é a religião de realização divina, que Deus em Cristo realizou a salvação para além de esforços humanos. Esse é o evangelho cristão. A outra categoria é a de realização humana, onde os homens tentam ganhar a salvação por seus próprios esforços em boas ações, cerimônias ou rituais. Todas as outras religiões de uma forma ou outra se encaixa nessa categoria. Os falsos mestres em Éfeso, como todos os outros falsos mestres, ofereceu um caminho para Deus o que exigiu a realização humana.
    Uma vez que eles ameaçam pessoas com ruína eterna, falsos mestres não estão a ser tomada de ânimo leve. Como Paulo escreveu aos Gálatas,

    Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anunciasse um evangelho diferente daquele que já vos pregamos, seja anátema. Como já dissemos antes, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. (Gal. 1: 8-9)

    Para acreditar erroneamente sobre o evangelho de poupança deve ser eternamente perdidos. Qualquer um que mexe com o evangelho é mortal, porque eles atraem os incautos a condenação eterna.

    O Objetivo dos Falsos mestres

    Mas o objetivo da instrução é o amor de um coração puro, de uma consciência e de uma fé sincera. Para alguns homens, que vagueiam de estas coisas, se desviaram para discussão infrutífera, (1: 5-6)

    Paulo contrasta o objetivo de sua instrução com a dos falsos mestres. Ele pretende produzir na igreja que Deus requer, amar a Ele e os que são seus. É essencial que os crentes "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente", e "o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22:37, Mt 22:39). O amor, de fato, é a marca do cristão. Jesus disse em Jo 13:35: "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros." João acrescentou: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor." (I João 4:7-8.) ágape ( amor ) é o amor de escolha, de vontade. Trata-se de abnegação e sacrifício para beneficiar os outros. Esse tipo de amor flui a partir de três fontes.

    O conceito de um coração puro é um tema rico Antigo Testamento. O salmista pergunta: "Quem subirá ao monte do Senhor? E quem pode permanecer no seu santo lugar?" (Sl 24:3: "Cria em mim um coração puro, ó Deus." Sl 73:1), é um coração puro.

    Um segundo pré-requisito para o amor é uma boa consciência. Agathos ( bom ) é o que é perfeito, produzindo prazer, satisfação e uma sensação de bem-estar. A consciência é a faculdade de auto-julgar criado por Deus do homem. Ele quer afirma ou acusa uma pessoa (Rom. 2: 14-15). A mente conhece o padrão de certo e errado, e quando esse padrão for violada, a consciência reage a acusar, produzindo culpa, vergonha, dúvida, medo, remorso, ou desespero (conforme Tt 1:15). Aqueles com um coração puro (mente) não será condenado por sua consciência. Para manter uma consciência irrepreensível, um livre de ofensa contra Deus ou homem, foi objetivo de Paulo (At 24:16). A paz, confiança, alegria, esperança, coragem e contentamento são os resultados de uma consciência que é nonaccusing, e amor irá fluir.

    Por fim, o amor vem de uma fé sincera, um sem qualquer pretensão. A fé hipócrita dos falsos mestres não irá produzi-lo. Confiança real e amor andam juntos. Como observado no capítulo 1 deste volume, Timoteo foi marcado por uma fé sincera tal (2Tm 1:5.).

    Os motivos dos Falsos mestres

    querendo ser doutores da lei, (1: 7a)

    Os falsos mestres foram impulsionados por um forte desejo, consumindo a ser mestres da Lei. Eles não estavam preocupados com verdadeiramente aprendendo a lei, ou conhecer o Deus da lei, ou servir as pessoas no amor pela lei. Eles desejavam o tipo de prestígio concedido rabinos no judaísmo, só que eles procuraram dentro da igreja. Como os fariseus denunciado por nosso Senhor ", eles todas as suas obras para ser notada pelos homens ... e eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi "(Mat. 23: 5-7). Eles estavam orgulhosos e procurou o aplauso dos homens (1Tm 6:4). Pior ainda, eles estavam fazendo afirmações confiantes, como se o que eles diziam era verdade absoluta. É ruim o suficiente para ser ignorante, mas eles foram dogmática sobre sua ignorância. Infelizmente, seus filhos espirituais assolar a igreja para este dia. A igreja hoje, como Efésios, enfrenta orgulhoso, ignorantes, fornecedores dogmáticas do falso ensino.

    Para que ninguém tenha a idéia errada, Paulo se apressa a acrescentar que sabemos que a lei é boa. Enquanto ele condenou aqueles que desejam ser mestres da lei, Paulo não tinha a intenção de condenar a própria lei. Ele toma cuidado para não deitar fora o bebé com a água do banho suja. Kalos ( bom ) poderia ser traduzida como "útil". A lei é boa ou útil, pois reflete a vontade de Deus. Como o salmista disse, "A lei do Senhor é perfeita" (Sl 19:7 que "a lei é santa, eo mandamento é santo, justo e bom."

    Lei é bom quando ele é aplicado legalmente. Há uma compreensão e utilização do direito próprio, mas os falsos mestres foram mal uso dela. Iludido pelo seu orgulho em pensar que eles poderiam agradar a Deus através de seus próprios esforços, eles usaram a lei como meio de salvação. Esse é um papel a lei nunca poderia preencher (conforme Rm 3:20, Rm 3:28;. Gl 2:16;. Gl 3:11). Direito em geral, e da Lei Mosaica em particular, não é feita para o justo. Aqueles que pensam que são justos nunca serão salvos (conforme Lc 5:32), uma vez que eles não conseguem entender o verdadeiro uso da lei. A lei foi feita para aqueles que estão sem lei e rebeldes, para os ímpios e pecadores, para os ímpios e profanos. O objetivo da lei é mostrar pecadores dispostos seu pecado (conforme Rm 3:19), e precisa de um Salvador (Gl 3:24). A lei é moralmente certo e bom, mas a lei por si só não é uma boa notícia. O homem lei obriga a reconhecer a má notícia de que todos são culpados de violar os padrões de Deus. É, portanto, condena todos e frases para o inferno (Rom. 3: 19-20).

    Paulo, então, ilustra o tipo de pessoas para as quais a lei foi feita. Seguindo o exemplo do Decálogo, ele lista os pecados contra a Deus e os homens. Os três primeiros dísticos lidar com os pecados da primeira parte dos Dez Mandamentos, os que tratam de nosso relacionamento com Deus. Cada par contém um elemento negativo eo efeito que ela produz. Anomia ( sem lei ) descreve os que não têm compromisso com qualquer lei ou norma. Isso nos leva ao efeito de ser rebelde. Para ser ímpio é ser sem levar em conta qualquer coisa sagrada. Tais pessoas sãopecadores, eles vivem sem levar em conta a lei de Deus, porque eles não têm nenhuma consideração por Deus. Uma profana pessoa é indiferente ao que é certo. Ele é indiferente para Deus e seu dever para com Ele. Essa indiferença leva-o a ser profano, para pisar o que é sagrado.Ilegalidade produz rebelião, os pecadores impiedade, falta de santidade, e palavrões. A lei foi feita para apenas essas pessoas desobedientes, impuros, e irreverentes. Se eles se acatá-la, ele iria mostrar-lhes o seu pecado e necessidade de salvação.

    O resto dos pecados em lista de Paulo vêm a partir da segunda metade dos Dez Mandamentos, os que lidam com o nosso relacionamento com as outras pessoas. Ele provavelmente selecionou os pecados específicos nesta lista porque caracterizou os falsos mestres em Éfeso. Aqueles que matam seus pais ou mães estão em manifesta violação do quinto mandamento: "Honra teu pai e tua mãe" (Ex 20:12). Esse mandamento é ampliado em Ex 21:15 e 17 para incluir os pais marcantes ou maldição. Ela proíbe tudo, de desonra para o assassinato. Os assassinosestão em violação do sexto mandamento: "Não matarás" (Ex 20:13). homens imorais e homossexuais ( arsenokoitais , literalmente "homens no leito conjugal") violam o sétimo mandamento, que proíbe a atividade sexual fora do casamento. O oitavo mandamento proíbe o roubo.À luz disso, Paulo menciona seqüestradores, uma vez que em seu furto dia das crianças era comum. O seqüestro foi um crime capital no Antigo Testamento (Ex 21:16; Dt 24:7), condenamentirosos e perjuros.

    Então, para ter certeza que nada é omitido, Paulo acrescenta, tudo que for contrário à sã doutrina. Som é de hugiainō , da qual nós temos a nossa palavra Inglês "higiene". Refere-se ao que é saudável e salutar. Paulo defende ensino que produz vida espiritual, crescimento e saúde.

    Para usar o direito legalmente é usá-lo de acordo com o evangelho da glória do Deus bendito. A lei, uma vez que mostra os homens os seus pecados, é uma parte necessária do evangelho. Se não houvesse a má notícia de que os homens foram perdidos pecadores, não poderia haver uma boa notícia da redenção de Cristo. O evangelho é glorioso porque revela a glória de Deus, Seus atributos. Um desses atributos é a santidade, que envolve ódio ao pecado. Outra é a justiça, que exige punição quando Sua lei é violada. Qualquer evangelho que ignora a lei e o pecado não é o verdadeiro evangelho, uma vez que não reflete os atributos de Deus. O Deus bendito é ao mesmo tempo abençoado em si mesmo (conforme 6,15), ea fonte de bênção para o Seu povo (Ef 1:3)?

    Em segundo lugar, examinar seus objetivos. Será que eles procuram amar, honrar e glorificar a Deus? Ou será que eles buscar o amor-próprio, a riqueza material, ou a felicidade pessoal? Será que a sua mensagem falar da pureza de coração, uma boa consciência e fé nonhypocritical?
    Em terceiro lugar, examinar seus motivos. Eles são humilde e altruísta? Ou será que eles buscam a preeminência?
    Por fim, examinar o efeito do seu ensino. Do seus seguidores entender claramente o evangelho de Jesus Cristo? Será que eles definem o evangelho corretamente? Eles usam a lei corretamente, como parte da mensagem do evangelho, ou que eles promovem obras justiça?
    Aqueles que passam as verificações acima devem ser acolhidas como irmãos em Cristo, mesmo que com eles diferem em alguns pontos de interpretação ou doutrina. Aqueles que não estão a ser rejeitada, não importa o que as experiências que podem ter tido, ou o que mais eles podem ensinar. Vigilância constante é a nossa defesa contra aqueles que querem nos escravizar a um falso evangelho.

    3. Um testemunho pessoal de Salvação pela Graça de Deus (I Timóteo 1:12-17)

    Agradeço a Cristo Jesus nosso Senhor, que me fortaleceu, porque Ele me considerou fiel, pondo-me em serviço; mesmo que eu era anteriormente um blasfemo, perseguidor e injuriador. E ainda me foi concedida misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; ea graça de nosso Senhor foi mais do que abundante, com a fé e amor que há em Cristo Jesus. É uma declaração de confiança, aceitação plena merecimento, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal de todos. E ainda por esta razão que eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal, Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito, como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna. Ora, ao Rei,,, o único Deus invisível imortal eterna, seja honra e glória para todo o sempre. Amém. (1: 12-17)

    A boa notícia do evangelho cristão é que Deus tem o poder de transformar vidas. A história está repleta de histórias de conversões dramáticas que atestam esse fato.
    Uma dessas histórias é sobre um Sul-Africano do século XIX chamado Afrikaner, um chefe da tribo hotentote. Ele era um endurecido, guerreiro vicioso. Ele e seus homens foram o terror da África do Sul. Ele era tão perigoso que o governador da Cidade do Cabo oferecido uma grande recompensa para ele, vivo ou morto. Into O scene pisou Robert Moffat, um jovem missionário escocês. Crendo que Deus o havia chamado para pregar o evangelho para os hotentotes, procurou-los para fora. A primeira pessoa convertido sob o ministério de Moffat foi Afrikaner. Sua era um notável testemunho da graça salvadora de Deus.
    Billy domingo foi um jogador de beisebol profissional potável difícil nos primeiros dias do esporte. Andando pela rua um dia em Chicago com vários de seus companheiros de equipe, ele se deparou com um homem a pregar em uma esquina. Eles pararam para zombar o pregador, mas algo que ele disse golpeou uma corda sensível no coração de Billy domingo. Ele abraçou Jesus Cristo como seu Salvador e passou a se tornar um evangelista observou.
    A lista é interminável. Ele inclui Martin Luther, um ex-monge católico romano, João Newton, um ex-traficante de escravos, e Charles Colson, um ex-assessor da Casa Branca para o presidente Richard Nixon. Ela inclui ainda os antigos céticos como Lew Wallace, Frank Morison, e CS Lewis. Na minha própria igreja eu vi alcoólatras, viciados em drogas, assassinos, adúlteros, ladrões, fornicadores, homossexuais, e até mesmo um ex-líder de gangue motocicleta dar suas vidas a Cristo.

    A Bíblia registra as conversões do maníaco em Gadara, o cobrador de impostos desprezado e traidor de seu povo Mateus, o cego Bartimeu e seu amigo, a mulher samaritana adúltera, Zaqueu, o centurião romano na crucificação, Cornelius, o eunuco etíope, o filipenses carcereiro, e Lydia, entre outros. Mas de todas as conversões nunca nenhum registrada foi ainda mais notável do que a de Saulo de Tarso. Este inimigo ferrenho da causa de Cristo, em suas próprias palavras, o principal de todos os pecadores, tornou-se o maior evangelista e teólogo que o mundo já viu. At 9:22, Gálatas 1 e 2, Filipenses 3, e I Timóteo 1 tudo descrever aspectos de sua conversão. Paulo nunca perdeu a maravilha que Deus poderia e fez resgatar alguém como ele. Ele via a si mesmo como o exemplo supremo da graça salvadora de Deus.

    Alguns comentaristas alegaram que o testemunho de Paulo nesta passagem é uma digressão do seu fluxo de pensamento em I Timóteo. Isso não é o caso, no entanto. O propósito de Paulo ao escrever esta carta era cobrar Timoteo com a formidável tarefa de corrigir a igreja de Éfeso.A maior parte dessa tarefa envolveu lidar com os falsos mestres descritos em 1: 3-10. Uma vez que eles estavam apresentando um falso evangelho, Paulo dá seu testemunho para a verdadeira, que ele mencionou em 01:11. Em contraste com a falsa visão dos errorists da lei como um meio de salvação (1: 8-10), Paulo mostra que a utilização adequada da lei traz a convicção do pecado e da necessidade da graça. O testemunho do apóstolo em 1: 12-17 é, portanto, parte integrante da epístola. Contrasta a glória do verdadeiro evangelho com o vazio de falsa doutrina.
    Ao dar seu depoimento, Paulo comemorou o significado da graça de Deus. Ao fazê-lo ele exaltou seis elementos da graça: a fonte da graça, a necessidade de graça, o poder da graça, a extensão da graça, o objetivo da graça, e a resposta à graça.

    A Fonte da Graça

    Agradeço a Cristo Jesus nosso Senhor, que me fortaleceu, porque Ele me considerou fiel, pondo-me em serviço; (01:12)

    Graça pode ser definida como o perdão de Deus amoroso, pelo qual Ele concede isenção do julgamento, e a promessa de bênção temporal e eterna a culpados e condenados pecadores livremente, sem qualquer merecimento da sua parte, e com base em nada que tenha feito ou deixado de fazer . Paulo dirige seus agradecimentos a Cristo Jesus nosso Senhor , porque Ele é a fonte da graça (conforme 1,14). A ordem das palavras no texto grego enfatiza a gratidão de Paulo. Ele literalmente lê "Grateful sou eu" Paulo estava grato continuamente a Cristo Jesus, o Messias, o Filho de Deus na terra com a glória celestial. Nosso inclui Timoteo, também, como um assunto do Senhor.

    A Bíblia afirma repetidamente que Jesus Cristo, junto com Deus, o Pai, é só a fonte de toda graça. João escreveu: "Porque a lei foi dada por Moisés, a graça ea verdade vieram por Jesus Cristo" (Jo 1:17). Rm 3:24 nos diz que foram "justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus."

    Paulo estava consciente do trabalho de graça em sua própria vida. Em I Coríntios 15:9-10, ele escreveu:

    Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus comigo.

    Aos Efésios ele escreveu: "Para mim, o mínimo de todos os santos, foi dada esta graça de anunciar aos gentios as insondáveis ​​riquezas de Cristo" (Ef 3:8 e 26:16, ele menciona que ao dar o seu testemunho. Em Rm 1:5 e Efésios 2:8-9 para todos os crentes.

    Em segundo lugar, para permitir que a graça. Através da graça de Deus, Paulo foi reforçada. Deus não apenas graciosamente o elegeu para a salvação, mas também lhe deu graciosamente a força que ele não tem ou merece, mas necessário para viver de que a salvação (conforme 2Co 9:8), mas ele ainda poderia testemunhar que "o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu" (2Tm 4:17). Ele viveu toda a sua vida na força do Senhor fornecido. "Eu posso fazer todas as coisas", ele escreveu em Fp 4:13, "naquele que me fortalece." Os crentes não se limitam a receber a graça na salvação, eles vivem a partir de então na esfera da graça (conforme Rm 5:2 ele se descreveu como "aquele que pela misericórdia do Senhor para ser fiel." Através da graça de Deus, Paulo era um mordomo fiel do ministério que lhe foi confiado (conforme 1 Cor. 4: 1-2).

    Em quarto lugar, para o emprego de graça que o colocou . em serviço Diakonia ( serviço ) refere-se humilde, humilde serviço (conforme Cl 1:23-25). Ao usar esse termo, Paulo mostra que ele não se vangloria da sua fidelidade ou lealdade. William Barclay relata uma história que ilustra o serviço altruísta:

    [O escritor grego] Plutarco nos diz que quando um espartano obteve uma vitória nos jogos, a sua recompensa foi a de que ele poderia ficar ao lado de seu rei em batalha. Um lutador Spartan nos Jogos Olímpicos foi oferecido um suborno considerável para abandonar a luta; mas ele recusou. Finalmente, depois de um esforço fantástico, ele ganhou sua vitória. Alguém lhe disse: "Bem, Spartan, o que você saiu dessa vitória caro que você ganhou?" Ele respondeu: "Eu já ganhou o privilégio de estar na frente do meu rei na batalha." ( As Cartas a Timóteo, Tito e Filemom [Filadélfia: Westminster, 1975], 42-43)

    Como o Spartan, Paulo procurou nenhuma honra para si mesmo. Seu espírito humilde foi refletido em sua declaração de que "eu trago no meu corpo as marcas-marcas de Jesus" (Gl 6:17), e em seu desejo de "conhecê-lo, eo poder da sua ressurreição e na comunhão do Seu aflições, sendo feito conforme à sua morte "(Fp 3:10). As palavras de Jesus em 2Co 12:9, Paulo relatou como ele "tentou forçar [cristãos] a blasfemar." Seu ataque foi dirigido em última análise, não contra a igreja, mas Jesus Cristo (conforme Atos 9:4-5; 22: 7-8; 26: 14-15).

    Paulo tinha quebrado o Decálogo, esmagando seus mandamentos sobre a rocha do seu próprio orgulho. Como um blasfemador, Paulo violado a primeira metade dos Dez Mandamentos, que falam da relação do homem com Deus. Como um perseguidor e injuriador, ele violou o segundo semestre, que falam da relação do homem com o homem. Paulo era um conduzido, implacável, feroz perseguidor da Igreja. At 8:3). Um agressor violento é uma pessoa sem nenhuma preocupação normal para bondade humana. Em nosso vernáculo poderíamos chamar essa pessoa um valentão. Hubristēs ( agressor violento ) denota a pessoa guiado pela violência eo desrespeito pelos outros para maltratá-los. Para vê-los humilhado e sofrimento lhe traz prazer. Podemos até chamar um agressor violento um sadist. Hubristēs aparece na lista de pecados em Rm 1:30, e nosso Senhor usou a forma verbal para descrever os maus-tratos Ele sofreria durante sua prisão e julgamento (Lc 18:32).

    Dado o passado violento de Paulo, não é de admirar que Ananias (At 9:13) e os discípulos (At 9:26) demoraram a aceitá-lo. Lembrando-se que ele tinha sido entregue por Paulo ajudou a manter uma atitude humilde, grato.

    O Poder da Graça

    E ainda me foi concedida misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; (1: 13b)

    Embora a necessidade de Paulo para a graça foi grande, o poder da graça era maior. Paulo foi a prova da verdade que ele expressa em Rm 5:20 vivo ", onde o pecado aumentou, a graça abundou ainda mais." Apesar de seu passado pecaminoso, ele foi mostrado misericórdia. O verbo passivo aorista ēleēthēn ( me foi concedida misericórdia ) pode ser traduzido como "Eu estava mercied." Miséria de Paulo foi recebida com compaixão de Deus. Ele poderia dizer com o escritor de hinos,

    E do meu coração ferido com lágrimas
    Duas maravilhas confesso,
    As maravilhas do amor redentor
    E a minha indignidade.
    (Elisabete C. Clephane,
    "Sob a cruz de Jesus")

    Misericordia difere da graça em que a graça remove a culpa, enquanto a misericórdia tira a miséria causada pelo pecado. Paulo recebeu o alívio da miséria imerecida que acompanha a graça salvadora.

    Como pode tão vil pecador como Paulo receber misericórdia? Porque, ele escreve, o fiz por ignorância, na incredulidade. Ele não era um apóstata endurecido, rejeitando a plena luz da revelação de Deus. Ele não era como os fariseus que compreenderam ensino e poder de Cristo, mas rejeitaram. Tampouco era para ser classificado com aqueles que "uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e em seguida caíram "(Hb 6:4-6.). Ele não entendia as ramificações de suas ações. Pecando voluntariamente, depois de ter a verdade pode resultar em julgamento permanente (Heb. 10: 26-27).

    Tanto o Antigo eo Novo Testamento fala de pecados involuntários ou não intencionais. Números 15:22-29 diz

    Mas quando você sem querer falhar e não observar todos estes mandamentos, que o Senhor tem falado a Moisés, mesmo tudo o que o Senhor ordenou-lhes por meio de Moisés, desde o dia em que o Senhor deu ordem e daí em diante pelas vossas gerações, em seguida, ele será , se for feito de forma não intencional, sem o conhecimento da congregação, toda a congregação oferecerá um novilho para holocausto, em cheiro suave ao Senhor, com a sua oferta de cereais, e sua oferta de libação, segundo a ordenança, e um bode para oferta pelo pecado. Em seguida, o sacerdote fará expiação por toda a congregação dos filhos de Israel, e eles serão perdoados; pois era um erro, e trouxeram a sua oferta, oferta queimada ao Senhor, e sua oferta pelo pecado perante o Senhor, para o seu erro. Então, toda a congregação dos filhos de Israel será perdoado, com o estrangeiro que peregrina entre eles, pois aconteceu com todas as pessoas através de erro. Além disso, se uma pessoa peca sem querer, então ele oferecerá uma cabra de um ano de idade como oferta pelo pecado. E o sacerdote fará expiação diante do Senhor para a pessoa que se perde quando pecar sem querer, fazendo expiação por ele para que ele possa ser perdoado. Você terá direito a um lei para aquele que fizer alguma coisa sem querer, para aquele que é nativo entre os filhos de Israel e para o estrangeiro que peregrina entre eles.
    Por outro lado,

    a pessoa que faz qualquer coisa desafiadoramente, quer seja natural ou um alienígena, que um é blasfemar contra o Senhor; e essa pessoa será extirpada do seu povo. Porque ele tem desprezado a palavra do Senhor, e quebrado o seu mandamento, essa pessoa será completamente cortada; sua culpa será sobre ele. (Num. 15: 30-31)

    Aqueles que pecou deliberAdãoente e intencionalmente estavam além da esperança de expiação porque eram impenitente. Aqueles que pecou involuntariamente e veio em arrependimento e fé foram cobertos pela expiação feita no Dia da Expiação.

    No Novo Testamento, Jesus orou por aqueles que o crucificaram: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem" (Lc 23:34). Pedro afirmou que a verdade em At 3:17: "E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância."

    Paulo foi responsável pelo seu pecado. Ele era o principal dos pecadores (01:15), mas ele recebeu o perdão, porque ele "não se mostrou desobediente à visão celestial" (At 26:19). Quando confrontados com a verdade, ele acreditava que (conforme Rm 7:9.), E suficiente para atender todas as nossas necessidades (2Co 9:8) e amor (1Jo 3:14). A graça de Deus é tão abundante que inclui não só a salvação, mas a fé eo amor que o acompanham.

    O Propósito da Graça

    É uma declaração de confiança, aceitação plena merecimento, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal de todos. E ainda por esta razão que eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal, Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito, como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna. (1: 15-16)

    A frase é uma declaração de confiança é exclusivo para as Epístolas Pastorais, aparecendo cinco vezes (conforme 3: 1; 4: 9; 2Tm 2:11; Tt 3:8; Jo 6:14; Jo 11:27; Jo 12:46; Jo 16:28; Jo 18:37).

    mundo se refere ao mundo da humanidade, cego, perdido, e condenado ao inferno por causa de sua hostilidade para com Deus (conforme 1Jo 5:19). É nesse mundo dos pecadores, da escuridão e da incredulidade, que Jesus veio. Jo 3:17 diz: "Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele" (conforme João 12:46-47).

    O propósito de Cristo em que vem a este mundo caído era para salvar os pecadores. Antes do seu nascimento o anjo disse a José "é Ele que salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21). Em Lc 19:10, nosso Senhor declarou o propósito de Sua vinda ao mundo: "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido." Para salvar é entregar da morte e as trevas, do pecado, o inferno, e julgamento. Pecadors era um termo usado pelos judeus para descrever gentios (conforme Gl 2:15), mas nosso Senhor usou para se referir a todos fallen a humanidade (conforme Mt 9:13). Denota constante violação do homem da lei de Deus; os homens são pecadores por natureza.

    No reino dos pecadores, Paulo viu-se como o maior de todos (conforme 1Co 15:9). É para a Sua glória, principalmente, o nosso benefício é secundário.

    Foi através da economia de Paulo que Jesus Cristo poderia mais claramente demonstrar Sua paciência perfeito. makrothumia ( paciência ) significa ser paciente com as pessoas. O ponto de Paulo é que, se o Senhor foi paciente com o pior dos pecadores, ninguém está fora do alcance de Sua graça. Como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna, Paulo era a prova de que Deus pode salvar qualquer pecador vivo. Ele foi o hupotupōsis , o modelo, tipo, ou padrão. Aqueles que temem que Deus não pode salvá-los faria bem em considerar o caso de Paulo.

    A resposta à graça

    Ora, ao Rei,,, o único Deus invisível imortal eterna, seja honra e glória para todo o sempre. Amém. (1:17)

    Tendo começado a passagem com ações de graças, Paulo agora fecha-lo com uma doxologia. Eterno significa, literalmente, "de todos os tempos." Refere-se às duas idades no pensamento judaico, o presente era, e era por vir. Deus não teve princípio e não terá fim. Ele existe fora do tempo, embora ele atua na mesma. Ele é imortal, incorruptível, e incorruptível. Ele nunca vai saber da morte, decadência, ou perda de força. Porque Deus é invisível, ele pode ser conhecido somente por Sua auto-revelação. Que Ele é o único Deus é uma verdade fundamental da Escritura (conforme Dt 4:35, Dt 4:39; 6:.. Dt 6:4; Is 43:10; Is 44:6, 21-22; Is 46:9a)

    Este comando confio-vos, Timóteo, meu filho, de acordo com as profecias feitas anteriormente a respeito de vós, que por eles você pode combater o bom combate, mantendo fé e boa consciência, (1: 18-19a)

    Nosso Senhor Jesus Cristo nos chamou seus seguidores para uma vida abundante de amor, paz, alegria e comunhão com Ele. Apresentações e folhetos evangélicos salientar aquelas verdades em seu apelo aos incrédulos. Há um outro lado da vida cristã, no entanto, que muitas vezes não encontrar o seu caminho para o nosso evangelismo. A vida cristã é também uma guerra, como crentes entrar em uma luta ao longo da vida contra o sistema perverso mundo, Satanás, e sua própria carne humana pecaminosa.
    Infelizmente, grande parte da igreja contemporânea parece ter perdido essa realidade. Muitos já ouviram somente o evangelho de salvação fácil e de graça barata. Eles têm um conceito inadequado da luta espiritual envolvido em amar o Senhor Jesus Cristo. Essas pessoas muitas vezes ampliar os aborrecimentos temporais mesquinhas da vida cotidiana até que eles parecem ser ensaios de proporções épicas. Francamente, isso é tão absurdo como um soldado no meio de um tiroteio feroz reclamando da sujeira em seu uniforme.

    Paulo estava muito consciente da realidade da guerra espiritual. Ele não só combater a sua carne (como ele mostra em Rom. 7: 14-25), mas ele também teve de se engajar continuamente o mundo em conflito (conforme Gl 6:14.). E ele foi implacavelmente assaltado por Satanás, como sua menção do "mensageiro de Satanás" enviado para vencê-lo (2Co 12:7). Como ele resume a introdução a esta carta em 1: 18-19, que ele chama de Timóteo para lutar a luta bom ou nobre contra Satanás. Como todos aqueles no ministério, Timóteo foi chamado para uma guerra espiritual incessante. Que exige luta equipados, treinados e soldados dedicados. Paulo escreveu esta carta para ajudar Timoteo se preparam para as batalhas atuais.

    Paulo o havia deixado em Éfeso para se opor aos inimigos avançam sobre a igreja de Éfeso. Falsos líderes em posições de poder e autoridade estavam ensinando heresia sobre a pessoa e obra de Jesus Cristo (conforme 1: 4-7; 4: 1-3). Esses falsos professores foram também vivendo vidas impuros (conforme 1: 4-5, 19-20; 5: 19-20). Timoteo foi definido na linha de frente da batalha, e Paulo queria que ele absolver-se bem.
    Para compreender o escopo completo da batalha de Timóteo, precisamos dar um passo atrás e olhar para o quadro geral. Conflito espiritual é, em seu mais alto nível, uma guerra entre Deus e Satanás. Ele é travada também no nível angélico, entre demônios perversos de Satanás e eleger santos anjos de Deus. No plano humano, é uma batalha entre homens piedosos e ímpios.

    Originalmente, não havia tal guerra. A Bíblia não conhece nenhum dualismo eterna entre o bem eo mal, como no Zoroastrismo (a religião da antiga Pérsia). Gn 1:31 registra que no final do sexto dia, "Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom." Tudo na criação de Deus submetidos ao seu Estado soberano; não houve conflito ou rebelião. Não houve Satanás, nenhum adversário, não se rebelam, não enganador. Então veio um evento desastroso que iniciou a guerra cósmica. Ezequiel descreve:

    Mais uma vez a palavra do Senhor veio a mim, dizendo: "Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus:" Você tinha o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em beleza. Estiveste no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura: O rubi, o topázio, o diamante; o berilo, o ônix, o jaspe; os lápis-lazúli, turquesa e esmeralda; e do ouro, a obra de suas definições e tomadas, estava em você. No dia em que foste criado foram preparados. Você era o querubim ungido, e eu coloquei lá.Você estava no monte santo de Deus; você andou no meio das pedras de fogo. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Pela abundância do seu comércio você estava preenchidas internamente com a violência, e pecaste;portanto eu vos lançarei, profanado, do monte de Deus. E eu destruí-lo, ó querubim da guarda, no meio das pedras afogueadas. Seu coração foi levantada por causa de sua beleza; corrompeste a tua sabedoria por causa do seu esplendor. Eu lhe ao chão; Eu colocá-lo diante de reis, para que possam vê-lo. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, você profanou seus santuários. Por isso eu trouxe o fogo do meio de ti; ele tem consumido você, e eu girei a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que você vê. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; você se tornou aterrorizado, e você não será mais "'" (Ez. 28: 11-19).

    Começando no capítulo 26, Ezequiel foi dando profecias contra a cidade de Tiro. Em Ezequiel 28:1-19, ele acusa o governante humano de Tiro. Ele, então, vai além dele falar do poder sobrenatural por trás do governante humano. Os versículos 1:10 foco no líder humano de Tiro, mas os versículos 11:19 contêm descrições que não poderia se aplicam a qualquer ser humano. O líder de Tiro não tem "o selo da perfeição" (v. 12), nem estava no "Éden, jardim de Deus" (v. 13). Nenhum mero humano poderia ser chamado de "o querubim ungido" (v. 14), e de nenhum homem, exceto Adão poderia ser dito: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti "(v. 15). Os versículos 11:19, então, descrever Lúcifer.

    Antes de sua queda, o que obviamente teve lugar após a criação do Jardim do Éden, Satanás era o "querubim ungido" (14 v.). Ele era o ser Angelicalal mais alta classificação, preocupado principalmente com a glória de Deus. Ele estava "no monte santo de Deus", e "andou no meio das pedras de fogo." Que fala da sua habitação na presença imediata de Deus. Como tal ser, irrepreensível desde a sua criação, já existente em um ambiente perfeitamente santo, poderia pecar permanece um mistério. Isso ele fez pecado é um fato, no entanto. Todos Ezequiel diz dele é que "se achou iniqüidade em ti" (v. 15). Ele foi então lançada a partir de seu posto entre os santos na presença de Deus (v. 16), embora ele ainda é permitido o acesso a essa presença (1:6). Foi então que ele tornou-se Satanás, o adversário; Apollyon, o destruidor; Diabo, o caluniador.

    Como já mencionado, é difícil para nossas mentes finitas para entender como um ser perfeito em um ambiente perfeito poderia cair em pecado. Ezequiel descreve a motivação de Lúcifer no versículo 17: "O seu coração foi levantada por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do seu esplendor." Satanás de alguma forma, ficou encantado com a sua beleza e esplendor, e sua resposta foi o pecado do orgulho, o que levou à rebelião.

    Isaías 14:12-14 confirma que foi, aliás, o orgulho que causou a queda de Satanás:

    Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Você foi cortado por terra, tu que debilitavas as nações! Mas você disse em seu coração: "Eu subirei ao céu;. Vou exaltarei o meu trono acima das estrelas de Deus, e eu vou sentar-se no monte da congregação, nos recessos do norte Eu subirei acima das alturas das nuvens ; serei semelhante ao Altíssimo ".

    Como Ezequiel descreveu Satanás como o maior poder por trás do príncipe de Tiro, então Isaías mostra que ele é o poder por trás do rei de Babilônia. Ele o chama de "estrela da manhã", enfatizando a glória Satanás possuía antes de sua queda (conforme Ap 22:16, onde uma frase similar é usado para descrever Cristo). Exclamação de Isaías "Como caíste do céu" é uma reminiscência das palavras de nosso Senhor, em Lc 10:18, "Eu estava assistindo Satanás cair do céu como um relâmpago."

    Orgulho de Satanás é revelado nas cinco declarações nos versos 13:14, que começam: "Eu vou." Ele não se contentava em ser o ser criado mais graduado, habitando constantemente na presença de Deus. Ele ficou com ciúmes de Deus, e buscou a igualdade com Ele. Que o pecado, uma projeção de seu orgulho, era o mesmo que ele logo tentou Eva a cometer (Gn 3:5 revela que hostes de outros anjos se juntaram a ele:

    E outro sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda varreu a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra. E o dragão parou diante da mulher que estava prestes a dar à luz, para que, quando ela deu à luz, lhe devorasse o filho.

    O dragão não é outro senão Satanás, e as estrelas do céu simbolizam os anjos (conforme 38:7). Ele tentou levá-lo a cair às suas tentações. Finalmente, ele tinha crucificado, só para ter sua própria cabeça esmagada e seu poder para sempre quebrado pela ressurreição de Cristo.

    Satanás e seus anjos, na luta contra Deus e Seus propósitos, também travar uma guerra contra os anjos eleitos de Deus, liderada por Michael. Essa guerra tem um passado (Jd 1:9).

    Satanás também ataca o povo de Deus. Em Ap 12:17, lemos a respeito de seu futuro ataque em Israel na Tribulação. Agora ele ataca a igreja, tanto pessoalmente, e por meio de anjos caídos e os homens maus (conforme Ef 6:12). Ele tem um interesse limitado em crentes individuais;até mesmo os seus ataques sobre eles são, em última análise ataca em Deus e tenta frustrar seus planos. Como se saem na batalha, então, reflete sobre Deus. Se formos derrotados, Satanás tem, nesse sentido, foi eficaz. Quando somos vitoriosos, seu ataque contra Deus é espancado off. À luz disso, Paulo exortou Timóteo a "sofrer dificuldades comigo, como um bom soldado de Cristo Jesus" (2Tm 2:3). Primeiro, Satanás ataca a igreja por cegar as mentes dos incrédulos com o evangelho (2 Cor. 4: 3-4), assim, mantê-los longe da verdade e da igreja. Ele realiza que por ignorância, a religião falsa, orgulho, luxúria, e as maldades que resulta de seu controle sobre o sistema mundial.

    Em segundo lugar, Satanás tenta devastar aqueles que já são crentes a aleijar-los e destruir a credibilidade do seu testemunho. Jesus advertiu a Pedro: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo" (Lc 22:31). Satanás queria destruir a fé de Pedro, de sacudi-lo e fazer o que era genuíno nele soprar no vento. Se ele tivesse conseguido, Pedro teria sido inútil para Deus. Pedro lembrou-aviso de nosso Senhor, e em 1Pe 5:8). As coisas ensinadas em nome da verdade bíblica são, por vezes assustadora (conforme Atos 20:28-32; 1 Timóteo 4: 1-7; Fm 1:1, etc.). A igreja enfrenta uma constante enxurrada de erro, tudo isso, em última análise gerada por Satan— "doutrinas de demônios" (1Tm 4:1:

    Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruição das fortalezas. Estamos destruindo especulações e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.

    13 49:6-18'>Efésios 6:13-18 estabelece a armadura necessária:

    Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que você pode ser capaz de resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer inabaláveis. Permanecei firmes, portanto, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e tendo colocado a couraça da justiça, e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz; Além de tudo, tendo o escudo da fé, com o qual você será capaz de apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação, ea espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e com isso em vista, estar em alerta com toda perseverança e súplica por todos os santos.
    Nossas armas para lutar a batalha espiritual são a Palavra de Deus e oração "em todos os momentos." Além disso, toda a nossa inteligência, capacidade, habilidade e criatividade são inúteis. Como Martin Luther escreveu no hino "Castelo Forte é Nosso Deus",
    Será que nós, na nossa própria força Confide,
    Nosso esforço estaria perdendo.
    Lutamos com sucesso a guerra nobre, vivendo em obediência às Escrituras. Então podemos cantar em triunfo,
    E tho este mundo, com os demônios preenchido
    Caso ameaçam nos desfazer,
    Nós não vamos temer, porque Deus quis
    Sua verdade para triunfar por meio de nós:
    O Príncipe das Trevas desagradável,
    Nós não tremem para ele;
    Sua raiva podemos suportar,
    Porque eis que o seu castigo é certo;
    Uma pequena palavra deve derrubá-lo.
    (Martin Luther, 
    "Castelo Forte nosso Deus é")

    Para assumir a Escritura e lutar na guerra espiritual de forma eficaz, Timoteo necessária para compreender sua responsabilidade além de si mesmo e em si mesmo.

    A Responsabilidade além de si mesmo

    Este comando confio-vos, Timóteo, meu filho, de acordo com as profecias feitas anteriormente a respeito de vós, que por eles você pode combater o bom combate, (1:18)

    Timoteo não estava na batalha sozinho. Ele foi encomendado por Paulo, e seu chamado para o ministério foi confirmada por revelação de Deus a seu respeito. Seu serviço como soldado de Cristo foi assim definido no contexto da autoridade e de afirmação da igreja. Ele foi o responsável e responsável para a igreja e do Chefe da Igreja por seu papel na batalha.
    Para levar a cabo a sua responsabilidade para o Senhor e da Igreja, Timóteo teve primeiro um comando para obedecer. Parangelian ( comando ) é usado para uma ordem militar. Como tal, não é uma sugestão, e não está aberto para discussão. É um mandato para ser realizada obedientemente. Em 05:21 Paulo cobrado Timoteo e fê-lo prestar contas a Deus, o Pai, Jesus Cristo, e dos anjos eleitos. Em 6: 13-14 ele novamente fez Timoteo prestar contas a Deus por suas ações. Essa prestação de contas escalonamento levou Paulo a "Conjuro" Timóteo "na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, estar pronto a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com muita paciência e instrução "(. 2 Tim 4, 1-2). Ele vai responder a Deus ea Cristo para o seu ministério (conforme He 13:17; Jc 3:1:

    Qual de vós, tendo um servo lavrar ou cuidando de ovelhas, lhe dirá quando ele veio do campo: "Venha imediatamente e sentar-se para comer"? Mas ele não vai dizer-lhe: "Prepare-se algo para eu comer, e vestir-se adequAdãoente e serve-me até que eu tenha comido e bebido, e depois você vai comer e beber"? Ele não agradecer ao escravo porque ele fez as coisas que eram comandados, não é? Então você também, quando você fazer todas as coisas que vos for mandado, dizer: "Somos escravos inúteis, fizemos apenas o que devíamos ter feito."

    Paulo compreendeu claramente o conceito de dever. Dando seu depoimento diante do rei Agripa, ele disse, "Eu não desobediente à visão celestial" (At 26:19). Para o Corinthians, ele escreveu: "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho nada para se orgulhar de, pois estou sob compulsão;. E ai de mim se eu não anunciar o evangelho Para se eu fizer isso voluntariamente, tenho recompensa ; mas se contra a minha vontade, eu tenho uma mordomia que me foi confiado "(1 Cor 9: 16-17.). Paulo reconheceu que ele estava sob a obrigação divina para usar seus dons e cumprir o seu chamado. Em At 20:24, disse aos anciãos de Éfeso: "Mas eu não considero a minha vida de como preciosa para mim mesmo, para que eu possa terminar minha carreira, eo ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. "

    Cada servo do Senhor é a realização de seu ministério o dever. Moisés (Ex. 4: 10-16), Isaías (Is 6:8-11.), Jeremias (Jr 20:9), e Jonas (Jonas 1:1— 2) todos receberam uma carga de cumprir. Em II Timóteo 4:1-2 Paulo ordenou Timóteo a pregar a Palavra "a tempo e fora de tempo." Em nossa sociedade, com sua ênfase no entretenimento, atitude anti-autoritário, crítico de mentalidade, e orientação psicológica, a nossa mensagem, muitas vezes, ser rejeitado. Isso, no entanto, não nos isenta de nosso dever (conforme Jr 7:27; Ez. 2: 4-5; 3:. Ez 3:7; 33: 30-32).

    Em segundo lugar, Timoteo foi confiada a uma comissão de cumprir. Paratithēmi ( confiar ) refere-se a cometer algo de valor para outro. É usado, por exemplo, para falar de colocar um depósito em um banco. Paulo tinha dado Timoteo um depósito valioso, a verdade de Deus (. Conforme 2Tm 2:2.). O próprio Paulo havia sido confiada a esse depósito (conforme 1,11), e que mesmo depósito de verdade tem sido transmitida ao longo dos séculos para nós. Temos de preservá-lo e entregá-lo para baixo intacta para a próxima geração.

    Em terceiro lugar, Timóteo teve uma confirmação para viver até. Chamado de Timoteo tinha sido confirmado através de profecias. Profetas na era do Novo Testamento falou a revelação da vontade de Deus para a igreja primitiva. A profecia é o dom de proclamar a Palavra de Deus.Em certo sentido, qualquer um que prega ou ensina a Palavra de Deus é um profeta. Ao contrário de professores e pregadores de hoje em dia, no entanto, profetas do Novo Testamento, ocasionalmente, recebeu revelação direta de Deus. Enquanto doutrina era a província dos apóstolos (conforme At 2:42), profetas parecem ser os instrumentos que Deus usou para falar de questões práticas (conforme Atos 21:10-11). (Para uma discussão aprofundada do dom da profecia, ver meus livros Charismatic Caos [Grand Rapids: Zondervan, 1992]. [especialmente pp 69-70], 54-84; e imprudente Fé [Wheaton, Ill .: Crossway, 1994] , 177ff).

    Proagō ( feito anteriormente ) significa, literalmente, "abrindo o caminho para." Isso implica que uma série de profecias tinha sido feito a respeito Timóteo em conexão com ele ter recebido o seu dom espiritual (4:14). As profecias, em seguida, foram aqueles que especificamente e de forma sobrenatural chamado Timoteo para o ministério. Comando de Paulo a Timóteo não era seu, mas foi confirmada por Deus através do ministério de alguns profetas.

    Pastores e anciãos já não são chamados ao ministério de uma forma tão dramática. Como veremos em 3: 1, o chamado para o ministério sobe a partir do interior através do desejo, em vez de fora da revelação. Esse desejo é, então, a ser confirmada pela igreja. A igreja, por meio da observação de vida e serviço de um homem, pode confirmar se ele dá provas de ser chamado por Deus para o ministério. Essa confirmação pela igreja deve manter-nos ir, quando a batalha é feroz. Tendo sido encomendado por Deus através da revelação divina, ou, como agora, com a confirmação do povo de Deus, um líder não pode parar. O chamado de Deus em sua vida deve encorajar Timóteo e todos os outros pregadores para combater o bom combate. Bom é de kalos , ou seja, intrinsecamente bom-nobre, excelente, ou virtuoso. Há o dever para com Deus e da Igreja de Jesus Cristo para motivar o aguerrido pregador e do conhecimento que é a guerra mais nobre em todo o universo. Qual a melhor coisa para viver e morrer para que a grande guerra entre Deus e Satanás-a guerra pelas almas dos homens e mulheres e da glória de Deus e nosso Salvador Jesus Cristo?

    William Barclay relata a dramática história do grande apelo do reformador escocês João Knox para o ministério:
    [João Knox] estava ensinando em St. Andrés. Seu ensino era suposto ser privada, mas muitos vieram a ele, pois ele era obviamente um homem com uma mensagem. Assim, o povo pediu-lhe "que ele iria tomar o lugar de pregar sobre ele. Mas ele totalmente recusado, alegando que ele não iria correr onde Deus não o tinha chamado ... Ao que eles secretamente entre si aconselhamento, tendo com eles em conselho Sir Davi Lindsay do Monte, eles concluíram que eles iriam dar um ônus para o disse João, e que publicamente pela boca de seu pregador ".
    Então chegou o domingo e Knox estava na 1greja e João áspero estava pregando. "O disse João Áspero, pregador, dirigido suas palavras para o referido João Knox, dizendo:" Irmão, não haveis de ser ofendido, ainda que eu vos falo o que eu tenho no comando, mesmo a partir de todos os que estão aqui presentes, o que é isto: Em nome de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, e em nome deles que atualmente chamá-lo por minha boca, eu cobrar-lhe que você não recusar esta santa vocação, mas ... que você tomar sobre —lhe o cargo público e responsável pela pregação, mesmo quando você olha para evitar o desprazer de Deus, e desejo que ele deve multiplicar suas graças com você. ' E no final ele disse aos que estavam presentes: "Não era este o seu cargo para mim E não vos aprovar esta vocação? ' Eles responderam: "Foi: e nós aprová-la. ' Whereat o João disse, envergonhado, irrompeu em lágrimas mais abundantes, e retirou-se para seu quarto. Seu semblante e no comportamento, a partir daquele dia até o dia que ele foi obrigado a apresentar-se ao lugar público da pregação, teve suficientemente declarar a tristeza e problemas do seu coração, pois ninguém viu qualquer sinal de alegria nele, mas nem ele tinha prazer de acompanhar qualquer homem, muitos dias juntos ".
    João Knox foi escolhido; ele não queria responder a chamada; mas ele tinha que, para a escolha tinha sido feito por Deus. Anos depois, o Regent Morton proferiu seu famoso epitáfio pelo túmulo de Knox: "Em respeito que ele trazia a mensagem de Deus, a quem ele deve fazer conta para o mesmo, ele (ainda que ele era fraco e uma criatura indigna, e um homem medroso) temiam não os rostos de homens. " A consciência de ser escolhido deu-lhe coragem. ( As Cartas a Timóteo, Tito e Filemom [Filadélfia: Westminster, 1975], 49-50)

    Como Timóteo e João Knox, daqueles que são chamados por Deus deve aceitar o dever de cumprir seus ministérios.

    A responsabilidade dentro de si mesmo

    mantendo a fé e uma boa consciência (1: 19a)

    Paulo liga a fé e uma boa consciência várias vezes nesta carta (conforme 1: 5; 3: 9). A  é uma referência para a fé cristã, o Evangelho, a Palavra de Deus. Mantendo a  significa apegar-se que a verdade revelada. A primeira responsabilidade de Timóteo ao Senhor era permanecer leal ao corpo objetivo revelou Escrituras. Ao contrário daqueles que se afastou da fé (1: 6; 6:10, 21), Timoteo era permanecer unwaveringly dedicado à Palavra de Deus. Na verdade, ele foi para guardá-lo (6:20), nutrir-se com ele (4: 6), e pregá-lo (4:13; 2Tm 4:2), Timoteo era manter uma consciência pura. A consciência é um dado por Deus dispositivo em cada mente humana, que reage ao comportamento da pessoa. Ele o acusa ou (Rom. 2: 14-15).Ela produz a sensação de bem-estar, paz, contentamento e calma quando o comportamento é bom. Quando o comportamento é mau, ele ativa culpa, vergonha, remorso, medo, dúvida, insegurança e desespero. Sua Proposito é avisar a pessoa do fato de que ele está pecando. Que bênção de ter um dispositivo desse tipo de aviso. Ele é para a alma o que a dor é para o corpo. Dor adverte que algo ameaça o bem-estar do corpo. Culpa adverte que algo ameaça o bem-estar da alma. Paulo estava sempre ansioso para ter um ambiente limpo, claro, puro, boa consciência (conforme 2Co 1:12) e desejar o mesmo para Timóteo. Ele chama para a santidade neste cargo a Timóteo.

    Pureza doutrinária deve ser acompanhada de pureza de vida. Existe um vínculo inseparável entre verdade e moralidade, entre a crença direita e comportamento correto. Consequentemente, erro teológico tem suas raízes na moral, em vez de solo intelectual (conforme Mt 7:15-20.). As pessoas muitas vezes ensinar doutrina errada para acomodar o seu pecado. Essa verdade é confirmada pela imoralidade que tantas vezes caracteriza falsos mestres (conforme II Pedro 2). Não é de estranhar, então, que Paulo também enfatiza a piedade em I Timóteo (conforme 2:10; 4: 7-8; 6: 6). Sã doutrina e vida piedosa são as torres gêmeas que guardam a pureza da igreja: "Preste muita atenção a si mesmo e ao seu ensino; perseverar nessas coisas, pois, como você faz isso, você vai garantir a salvação tanto para si e para aqueles que você ouve "(4:16).

    Ao lembrar sua responsabilidade além de si mesmo ao Senhor e à Igreja para se manter puro, Timoteo seria capaz de lutar a batalha espiritual que ele enfrentou. Ele serviria valentemente como um "bom soldado de Cristo Jesus" (2Tm 2:3) e que ele fez para dois dos falsos mestres na liderança em Éfeso, e que por implicação ele convida Timoteo e nos continuar a fazer.

    Para entregar alguém para Satanás indica que eles não tinham antes sido totalmente em seu poder. Em 1Jo 5:19 aprendemos que "o mundo inteiro jaz no poder do maligno." Caminhada incrédulos ", segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Ef 2:2 Paulo escreveu: "Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, ea esposa incrédula é santificada por meio do marido, pois caso contrário os seus filhos seriam imundos; mas agora são santos." Descrentes na família de um cristão são beneficiários da bênção de Deus sobre o cristão.

    Portanto, não há no abrigo de pessoas proteção de Deus de toda a força da fúria de Satanás. Judeus incrédulos estavam em melhor situação do que os gentios incrédulos fora da comunidade da aliança. Os incrédulos que se associam com a igreja hoje é melhor do que aqueles que estão fora da igreja. Eles se beneficiam de graça e bondade de Deus para com seus filhos. Entregar alguém a Satanás remove o isolamento e proteção conferida pela comunidade crente. Eles estão fora de debaixo mão da bênção de Deus e eles são totalmente sob o controle de Satanás.
    Há momentos em que, no plano soberano de Deus, os crentes são entregues a Satanás para fins positivos. Há várias ilustrações de que nas Escrituras.

    Jó era um homem que aparentemente tinha tudo, a riqueza, a família, a sabedoria, a honra ea piedade pessoal. 1:1-5 nos apresenta-lhe:

    Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó, e que o homem era inocente, íntegro, temente a Deus, e afastando-se do mal. E sete filhos e três filhas nasceram para ele. Possuía ele sete mil ovelhas, três mil camelos, 500 juntas de bois, 500 jumentas, e muitos servos; e que o homem era o maior de todos os homens de leste. E seus filhos costumava ir e celebrar uma festa na casa de cada um no seu dia, e que iriam enviar e convidar suas três irmãs para comer e beber com eles. E aconteceu, quando os dias de festa tinha terminado o seu ciclo, que Jó iria enviar e consagrar-los, levantando-se no início da manhã e oferecendo holocaustos segundo o número de todos eles; para Jó disse: "Talvez meus filhos tenham pecado e amaldiçoado a Deus em seus corações." Assim fez Jó continuamente.
    Em seguida, um evento teve lugar desconhecido para Jó, que era transformar o seu mundo de cabeça para baixo:

    Ora, havia um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. E disse o Senhor a Satanás: "De onde você veio?" E Satanás respondeu ao Senhor e disse: "A partir de cerca de roaming na terra e andar sobre ele." E disse o Senhor a Satanás: "Você já pensou em meu servo Jó? Porque não há ninguém igual a ele na terra, um homem íntegro e reto, temente a Deus e afastando-se do mal." E Satanás respondeu ao Senhor: "Porventura Jó teme a Deus debalde? Acaso não fez uma cobertura sobre ele e sua casa e tudo o que ele tem, por todos os lados? Tens abençoado a obra de suas mãos, e os seus bens se multiplicaram na . a terra Mas estende a tua mão, e toca tudo o que tem;. Ele certamente vai amaldiçoar Ti na Tua face " Então disse o Senhor a Satanás: "Eis que tudo quanto ele tem está em seu poder, só não estendeu a sua mão sobre ele." E Satanás saiu da presença do Senhor. (1:6-12)

    Satanás, como de costume, tentou derrubar a obra de Deus. Ele deu a entender que os filhos de Deus servi-Lo por motivos egoístas, por causa dos benefícios que concede-los. Para provar a falsidade da acusação que, Deus transformou Job a Satanás:
    Ora, aconteceu que no dia em que seus filhos e suas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa do irmão mais velho, que veio um mensageiro a Jó e disse: "Os bois lavravam e os burros pastavam junto a eles, e os sabeus atacaram e tomaram —los. Eles também mataram os moços ao fio da espada, e só eu escapei para lhe dizer ". Enquanto ele ainda estava falando, um outro também veio e disse: "O fogo de Deus caiu do céu e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu, e só eu escapei para lhe dizer." Enquanto ele ainda estava falando, um outro também veio e disse: "Os caldeus formaram três bandas e fez uma incursão sobre os camelos e os levaram e mataram os moços ao fio da espada, e só eu escapei para lhe dizer." Enquanto ele ainda estava falando, um outro também veio e disse: "Os vossos filhos e vossas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa do irmão mais velho, e eis que um grande vento veio do outro lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, e ele caiu sobre os jovens e eles morreram; e só eu escapei para lhe dizer ".

    Então Jó se levantou, rasgou o seu manto e raspou a cabeça, e ele caiu no chão e adoraram. E ele disse: "Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá. O Senhor o deu eo Senhor o tomou. Bendito seja o nome do Senhor." Através de tudo isso Jó não pecou nem ele culpar a Deus. (13 18:1-22'>1:13-22)

    Reação de Jó vindicado Deus, e provou que Satanás está errado. Ele mostrou que a verdadeira fé salvadora é permanente e não depende de circunstâncias positivas. O amor de trabalho para Deus não era egoísta, com base nos benefícios que ele tinha recebido. Job amava a Deus com um amor inquebrantável por quem Ele é, não pelo que Ele lhe tinha dado. Deus usou Job para fazer um ponto com Satanás. O objetivo do livro de Jó não é tanto a nos ensinar como lidar com o sofrimento como para mostrar a força da fé de um homem de Deus. Através de todo o seu sofrimento, suas doenças físicas, sua esposa e amigos próximos se voltando contra ele, e sua perplexidade sobre o porquê de tudo isso estava acontecendo com ele, Jó nunca perdeu a confiança em Deus e, assim, mostrou a sua piedade. Sua atitude é melhor resumido em suas palavras em 13:15: "Ainda que Ele me mate, eu esperarei nele." Ele nunca fez descobrir a razão do seu sofrimento, porque Deus nunca disse a ele. Quando, em resposta às suas perguntas Deus apareceu para ele e declarou seu direito soberano de fazer o que quisesse (38:39), Job aceito humildemente que:

    Então Jó respondeu ao Senhor, e disse: "Eu sei que tu podes fazer todas as coisas, e que nenhum propósito da tua pode ser frustrado." Quem é este que obscurece o conselho sem conhecimento? ' "Portanto, eu declarei que eu não entendia, coisas maravilhosas demais para mim, que eu não conhecia." Ouvi, agora, e eu falarei;. Vou perguntar-te, e faze me instruir " "Tenho ouvido falar de ti pela audição do ouvido; mas agora os meus olhos vêem Ti; . Portanto, eu retrair, e eu me arrependo no pó e na cinza "(42:1-6)

    Job foi entregue a Satanás para aprender a glorificar a Deus, e para dar a Deus honra. Um verdadeiro filho de Deus pode ser entregue a Satanás para trazer maior glória a Ele.

    Em Mateus 4:1-11 lemos o relato de alguém que é muito mais vertical do que Job, o Senhor Jesus Cristo.

    Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E depois, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, Ele tornou-se então com fome. E o tentador aproximou e disse-lhe: "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães." Ele, porém, respondendo, disse: "Está escrito: 'O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus." "Então o Diabo o levou à cidade santa; e ele colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: "Se és o Filho de Deus lança-te abaixo, porque está escrito: 'Ele dará a seus anjos a carga Você relativa'; e 'On suas mãos eles te sustentarão, para que não tropeces em alguma pedra. "Jesus disse-lhe:" Por outro lado, está escrito: "Não tentarás o Senhor teu Deus à prova." Mais uma vez, o Diabo o levou a um monte muito alto, e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e sua glória; e ele disse-lhe: "Todas essas coisas que eu vou te dar, se você cair prostrado, me adorares." Então Jesus lhe disse: "Vá embora, Satanás, porque está escrito: 'Você deve adorar o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.'!" Então o Diabo o deixou; e eis que vieram anjos e começou a ministrar a Ele.
    Como Deus colocou Jó nas mãos de Satanás, por isso também que Ele voltará o Seu Filho a Satanás. Ele fez isso para provar o caráter de Jesus, que Ele estaria verdadeiro como o Deus-homem perfeito e obediente. Apesar de ter sido enfraquecido por quarenta dias de jejum e isolamento, Jesus resistiu com êxito todas as tentações de Satanás para se rebelar contra seu pai. Ele, como Job, foi entregue a Satanás para trazer glória a Deus.
    Segundo Coríntios 12:1-10 revela um outro exemplo de como as pessoas fiéis de Deus às vezes são entregues a Satanás:
    Gozando é necessário, embora não seja rentável; mas vou continuar a visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos-se no corpo não sei, se fora do corpo não sei, Deus sabe-tal um homem foi arrebatado até ao terceiro céu. E eu sei como tal um homem-se no corpo ou fora do corpo não sei, sabe Deus foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, que o homem não é permitido falar. Em nome de um tal homem vai me glorie; mas em meu nome eu não vou me gabar, exceto no que diz respeito aos meus pontos fracos.Porque, se eu gostaria de se vangloriar não serei insensato, porque vou estar falando a verdade; mas abstenho-me de presente, de modo que ninguém pode me de crédito com mais do que ele vê em mim ou ouve de mim. E por causa da suprema grandeza das revelações, por este motivo, para me impedir de exaltar a mim mesmo, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para me esbofetear-to me impedir de exaltar a mim mesmo! Em relação a este I suplicou ao Senhor três vezes que o afastasse de mim. E Ele me disse: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." Muito contente, então, eu gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, por amor de Cristo; Porque, quando sou fraco, então é que sou forte.
    Poucos homens tinham tanto para se vangloriar como o apóstolo Paulo. Foi em grande parte através de seus esforços que o Cristianismo se espalhou por todo o mundo greco-romano. Ele teve o privilégio único de ver o Cristo ressuscitado, em pelo menos três ocasiões. Ele também foi inspirado pelo Espírito Santo para escrever a maior parte do Novo Testamento. Ele até teve uma experiência tão dramática e surpreendente que ele não sabia exatamente o que tinha acontecido, e foi proibido de dizer o que ele viu. Alguns hoje têm falsamente alegou ter ido para o céu, e voltou, mas Paulo realmente fez isso.
    Para ajudar Paulo realizar sua determinação de não se vangloriar, Deus permitiu-lhe ser atormentado por um "mensageiro de Satanás". O Senhor permitiu que Satanás usar esse indivíduo a afligir Paulo. O propósito de Deus era para manter Paulo humilde e dependente de sua graça, e para permitir a sua força para se manifestar.

    A história de Pedro, em Lucas 22:31-33 dá mais uma prova de que Deus às vezes permite que os crentes a cair nas garras de Satanás. Nosso Senhor o avisou: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça; e tu, quando uma vez que você, uma vez convertido, confirma os teus irmãos. " Satanás desejado Pedro, como ele deseja que cada crente, para defeito para que ele pudesse ganhar uma vitória sobre Deus. Se ele pudesse ter causado a fé de Pedro para explodir como palha ao vento, ele teria destruído alguém importante no plano de Deus. Pedro foi uma figura importante nos primeiros anos da Igreja, portanto, ele foi o principal alvo de Satanás. A oração de Jesus indica que há limites divinos sobre o que Satanás poderia fazer para Pedro, como houve com Jó e Paulo. O propósito de Deus em permitir que Satanás peneirar Pedro foi novamente para provar a força da fé salvadora e mostrar Satanás que ele não poderia tomar qualquer crente fora da mão do Senhor. Tendo aprendido a futilidade de confiar em sua própria força (v. 33), Pedro poderia alertar outras pessoas sobre o perigo de orgulho.

    A ilustração final positivo das pessoas que estão entregues a Satanás é encontrado no livro do Apocalipse. Apocalipse 7:9-15 descreve os crentes na tribulação:

    Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações e todas as tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e eles clamam em alta voz, dizendo: "Salvação ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro". E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e ao redor dos anciãos e os quatro seres viventes; e prostraram-se diante do trono e adoraram a Deus, dizendo: "Amém, bênção, glória, sabedoria e ação de graças, e honra, e poder e força, ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém." E um dos anciãos respondeu, dizendo-me: "Estes que estão vestidos de vestes brancas, os que são eles, e de onde eles vêm ter?" E eu disse-lhe: "Meu senhor, você sabe." E ele me disse: "Estes são os que vêm da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro Por esta razão, eles estão diante do trono de Deus;. E eles servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles ".

    Uma geração inteira de crentes, expostos à ira de Satanás durante a Tribulação, vai aprender a louvar a Deus como nenhuma outra geração tem. Deus vai levantar os crentes a um nível mais elevado de louvor, porque eles sofreram muito e sua libertação é grande. Eles serão muito bem recompensada por Deus (conforme 2Co 4:17; Ap 2:8-10.).

    Como as ilustrações acima mostram, o povo de Deus pode ser entregue a Satanás para fins positivos. Pode ser para mostrar a genuinidade da fé salvadora, para mantê-los humilde e dependente de Deus, que lhes permitam reforçar a outros, ou para oferecer louvor a Deus. Em cada caso, Deus recebe a glória.
    Há uma outra categoria de pessoas entregues a Satanás, no entanto. Eles são entregues a Satanás não para fins positivos, mas, para julgamento. As Escrituras também dão exemplos dessas pessoas.

    Saul era aparentemente a personificação de tudo que se possa perguntar em um rei. Ele tinha uma aparência física imponente (1Sm 9:2), era um líder forte (11: 7), foi humilde (10:22), e foi paciente com aqueles que se opunham a ele (10:27; 11: 12-13). No entanto, essas qualidades foram enganando (16: 7). Apesar de o privilégio de ser o rei ungido de Deus, com a capacitação do Espírito, o coração de Saul não foi totalmente dedicado ao Senhor. Ele usurpou o papel dos sacerdotes e ofereceu um sacrifício (13 8:9). Então ele flagrantemente desobedeceu as instruções de Deus para destruir completamente os amalequitas (15: 2-28). Como resultado, o Senhor rejeitou a ele e seus herdeiros como rei de Israel e ungiu Davi em seu lugar (16:12). O Espírito de Deus se apoderou de Davi (16:13), e deixou Saul (16:14), o que significa a transferência da realeza. Em seu lugar veio um espírito maligno (16: 14-16) para atormentar Saul.

    Saul, que tinha começado tão bem, agora deslizou rapidamente downhill. Ele se tornou um ciúme doentio de Davi. Ele tentou assassiná-lo, forçando-o a fugir para salvar sua vida. Saul então implacavelmente perseguido Davi através do deserto da Judéia. Ele mesmo assassinado um grupo de sacerdotes que haviam ajudado Davi (1 Sam. 22: 9-19). Sua erupção cutânea e voto tolo quase fez com que ele execute seu filho Jonathan (14: 24-30, 37-45). Finalmente, desprovido do conselho de Deus e diante de uma invasão maciça pelos filisteus, ele procurou a ajuda de um meio (1Sm 28:4 é um dos versos mais trágicos na Bíblia. A cena é a noite antes da crucificação de Cristo, como Ele e os discípulos estão compartilhando uma última refeição de Páscoa juntos: "E após o bocado, Satanás entrou em seguida, em [Judas]." Judas tinha sido parte da comunidade dos apóstolos, abençoado e protegido pela presença do Filho de Deus. Ora, Deus lhe entregou a Satanás, e ele saiu e traiu Jesus aos seus inimigos. Mais tarde, com remorso, ele cometeu suicídio. Judas, como Saul, foi expulso do local de proteção e bênção por causa do seu pecado e pereceram no inferno.

    A igreja de Corinto foi atormentado por muitos problemas, não menos do que foi a sua tolerância de um caso incestuoso (1 Cor. 5: 1-2). Uma vez que eles não cumpriram a sua obrigação de colocar o agressor para fora da igreja, Paulo fez isso:

    Pois eu, de minha parte, embora ausente no corpo, mas presente no espírito, já condenei aquele que fez tão comprometido isso, como se estivesse presente. Em nome de nosso Senhor Jesus, quando você está montado, e eu com vocês em espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus, eu decidi entregar tal homem a Satanás para a destruição da carne, para que o espírito pode ser salvo no dia do Senhor Jesus (1 Cor. 5: 3-5).

    A frase "entreguem esse homem a Satanás" é o único uso dessa terminologia para além 1Tm 1:20. Paulo colocou o membro em pecado fora da igreja (18 conforme Mt 15:17; 2Ts 3:6).. O objetivo era "para a destruição da carne." Isso poderia se referir a doença física, a morte, a destruição de um casamento, o rompimento de uma família, a perda de um emprego, ou uma miríade de outras aflições. Poder de Satanás sobre este indivíduo em particular em Corinto era limitado, no entanto, como foi com Jó, Paulo, Pedro, e Cristo. Embora sua carne pode ser destruído, uma vez que esta era uma verdade, mas pecador crente, seu espírito seria salvo. Satanás pode destruir a eficácia de um cristão, mas não a sua vida eterna.

    Como observado no capítulo anterior, Paulo lembra Timoteo de sua responsabilidade para com a igreja e o Senhor como ele luta contra a guerra espiritual. Aqui Paulo fala da responsabilidade de Timóteo para lidar com esses professores purveying erro. Ele é seguir o exemplo de Paulo e entregá-los a Satanás.

    Alguns destes errorists incomodavam Éfeso e da região envolvente. Eles são os únicos que estavam ensinando heresia (1: 3, 6-7). Eles também não conseguiu prosseguir piedade prática. Rejeitado é de apōtheō , que significa "a empurrar para longe", ou "lixo". Os falsos mestres não tinha devoção a manter uma consciência pura. Eles tinham pouco interesse em viver para a santidade. Bad teologia tem suas raízes na maus costumes. Aqueles que ensinam erro fazê-lo, a fim de substituir um sistema que acomoda seu pecado.

    Uma boa consciência é o leme que orienta a vida cristã. Porque eles rejeitaram as dores de consciência e a verdade, não é de admirar que os errorists naufragaram no que diz respeito à sua fé. professam ser cristãos e professores da lei de Deus (1: 7), eles eram desprovidos de verdade. É possível que um crente que tem sua fé "chateado" (2Tm 2:18). Talvez essa é uma outra maneira de expressar o desastre de fé naufragar. É muito comum para os cristãos para destruir a sua utilidade, a virtude ea santificação crendo erro.

    Paulo menciona dois dos falsos mestres pelo nome. Nada mais se sabe sobre qualquer Himeneu ou Alexander. Himeneu é mencionado novamente em 2Tm 2:17 com outro professor falso, Fileto. Um homem chamado Alexander é mencionado como um adversário da fé cristã em II Timóteo 4:14-15. Entretanto, desde que Alexander era um nome comum, não há nenhuma razão para supor ambas as passagens se referem a um mesmo indivíduo. Ambos os homens Paulo entregue a Satanás, que é ele colocá-los para fora da igreja. Eles foram retirados da proteção e isolamento do povo de Deus e colocar em garras de Satanás.

    O propósito de Paulo em entregá-los a Satanás era de que eles podem ser ensinados a não blasfemar. Ministrado é de paideuō , uma palavra que se refere à formação através da punição física. Ele é usado em Lc 23:16, Lc 23:22 para falar de flagelação de Cristo de Pilatos, e em 1Co 11:32 daqueles que sofreram doença ou morte por abusar do serviço da comunhão.

    As conseqüências físicas do seu pecado fosse ensinar-lhes que não . blasfemar Para blasfemar é difamar Deus (conforme Jc 2:7.).

    Como se pode evitar de ser entregue a Satanás para a correção? Ao receber a verdade ea justiça de Deus em Cristo, e, em seguida, mantendo a fé e uma boa consciência. Os crentes também serão reforçadas se eles sofrem para glória de Deus. Em ambos os casos, o antídoto para ser entregue a Satanás é a busca de uma vida santa.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de I Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 20

    I Timóteo 1

    O mandato divino — 1Tm 1:1-2). Quando Paulo chamou a Deus Salvador estava referindo-se a uma idéia que tinha sido sempre muito querida por Israel.

    1. Outro antecedente é pagão. Ocorria que justamente neste momento o título Soter, Salvador, costumava ser muito usado. Os

    homens o tinham utilizado sempre. Antigamente os romanos chamaram o Escipión, seu grande general, "nossa esperança e nossa salvação". Mas neste momento era o título com o qual os gregos referiam-se a Esculápio, o deus da cura. Chamavam-no Esculápio, o Salvador. E era um dos títulos com que Nero, o imperador romano, se fazia chamar. Dizia ser o governante e o Salvador do mundo. De modo que na oração que inicia esta Carta Paulo está tomando um título que estava em lábios de um mundo que buscava e desejava, e o outorga à única Pessoa a quem pertencia por direito.

    Nunca devemos esquecer que Paulo chamou a Deus Salvador. É possível que tenhamos uma idéia equivocada da expiação e do que Jesus

    fez. Alguns falam da expiação de uma maneira que pareceria indicar que algo que fez Jesus aplacou a ira de Deus. Fazem-nos pensar num Deus irado, vingativo em contraposição a um Jesus doce e amante. A idéia que

    dão é que a ira de Deus se inclinava por nossa destruição e que de algum modo Jesus a converteu em amor. Em nenhuma parte do Novo Testamento se sustentam estas idéias. Justamente foi porque Deus amou

    ao mundo de tal maneira que enviou a Jesus a ele (Jo 3:16). Deus é o Salvador. Atrás de todo o processo está o amor de Deus. Nunca devemos pensar, nem pregar, nem ensinar a respeito de um Deus que teve que ser

    aplacado e persuadido a nos amar, porque tudo começa com o amor de Deus.

    A ESPERANÇA DO MUNDO

    1 Timóteo 1:1-2 (continuação)

    Paulo utiliza aqui um qualificativo que chegaria a converter-se em

    um dos grandes qualificativos de Jesus Cristo: "esperança nossa ". Faz muito tempo o salmista se perguntou: “Por que estás abatida, ó minha alma?” E ele mesmo tinha respondido: “Espera em Deus” (Sl 43:5). Paulo mesmo fala de: "Cristo em vós, a esperança da glória" (Cl 1:27). João refere-se à perspectiva deslumbrante que

    confronta o cristão, a de ser como Cristo; e logo continua dizendo: "E todo aquele que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo" (1 João 3:2-3).

    Na

    Igreja

    primitiva

    este

    ia

    ser

    um

    dos

    qualificativos

    mais apreciados de Cristo. Inácio de Antioquia, quando ia a caminho para ser

    executado em Roma, escreve à Igreja de Éfeso: "Saúdo-vos em Deus Pai e em Jesus Cristo nossa comum esperança" (Inácio, Aos Efésios 21:2). Policarpo escreve: "Portanto perseveramos em nossa esperança e no

    penhor de nossa justiça que é Jesus Cristo" (Epístola de Policarpo 8). Os homens viram seu esperança em Jesus Cristo.

    1. Os homens encontraram em Cristo a esperança de sua vitória

    moral e de sua própria conquista. O mundo antigo conhecia seu pecado; estava consciente de sua degradação moral.

    Epicteto tinha falado ansiosamente a respeito de "nossa fraqueza

    nas coisas necessárias". Sêneca havia dito que "odiamos e amamos nossos vícios ao mesmo tempo. Não permanecemos fiéis a nossas boas idéias com a suficiente coragem; apesar de nossa vontade e resistência perdemos a inocência. Não nos equivocamos somente, mas sim o faremos até o final." Pérsio, o poeta romano, escreveu mordazmente: "Deixem que o culpado veja a virtude, e desejem o que perderam para sempre." O mundo antigo conhecia muito bem esta fraqueza moral; e Cristo veio, não só para dizer aos homens o que era correto, mas também para dar-lhes o poder para que o fizessem. Veio não só com uma mensagem de retidão, mas com o dom do poder para conquistar o pecado. Cristo deu a esperança da vitória moral em lugar de uma derrota moral, aos homens que a tinham perdido.

    1. Os homens encontraram em Cristo a esperança da vitória sobre as circunstâncias. O cristianismo chegou ao mundo numa era de grande

    insegurança pessoal.

    Quando Tácito, o historiador romano, chegou a escrever a história da era na qual tinha começado a existir a Igreja cristã, começou dizendo:

    "Começo a narrar a história de um período rico em desastres, sombrio por suas guerras, esmigalhado pela rebelião; sem dúvida, selvagem até nos momentos de paz. Quatro imperadores morreram sob a espada; houve três guerras civis; combateram-se mais contra nações estrangeiras, e algumas tiveram características de ambas ao mesmo tempo... Roma foi consumida por incêndio; queimaram-se seus templos mais antigos; o próprio capitólio ficou em chamas devido à ação de mãos romanas; profanaram-se ritos sagrados; houve adultério nos altos cargos; o mar se encheu de exilados; as rochas das ilhas se empaparam em sangue; entretanto, o delírio era ainda mais selvagem em Roma; a nobreza, a riqueza, rechaçar um posto, aceitá— lo, tudo era um delito e a virtude o caminho mais seguro para a ruína. Os prêmios dos delatores não eram menos odiosos que suas tarefas. Um achava seu benefício num sacerdócio ou num consulado; outro no assumir o governo de uma província, ou o trono. Tudo era um delírio de ódio e terror; subornava-se os escravos para que traíssem a seus amos, aos libertos para que fizessem isso com seus ex-amos, e aquele que não tinha inimigos era traído por seu amigo" I (Tácito, Historia I, II.)

    Como disse Gilbert Murray, toda a era estava sofrendo de "a falha da dignidade". Os homens desejavam algo que os defendesse do "caos do mundo que avançava". Cristo deu aos homens nesses momentos as forças para viver e a coragem para morrer se fosse necessário. Com a segurança de que nada no mundo podia separá-los do amor de Deus em Cristo Jesus, os homens sabiam que podiam conquistar as circunstâncias que os terrores dessa era demandavam deles.

    1. Os homens encontraram em Cristo a esperança da vitória sobre a morte. Encontraram a segurança de que. havia algo mais que uma vida

    torturada e depois dela a extinção. Encontraram a segurança de que a vida dirigia-se para com uma meta. Encontraram em Cristo num mesmo

    momento força para as coisas mortais e a esperança imortal. Cristo, nossa esperança, foi — e ainda deveria ser — o grito de batalha da igreja.

    TIMÓTEO, MEU FILHO

    1 Timóteo 1:1-2 (continuação)

    Esta Carta foi enviada a Timóteo, e Paulo nunca pôde falar de Timóteo sem um estremecimento de carinho em sua voz.

    Timóteo era oriundo de Listra na província de Galácia. Era uma colônia romana; chamava-se a si mesmo "a muito brilhante colônia da Listra", mas em realidade tratava-se de um pequeno lugar nos limites do

    mundo civilizado. Sua importância devia-se a que nela estava aquartelada uma guarnição romana para controlar as tribos selvagens das montanhas próximas da Isauria. Paulo e Barnabé chegaram a Listra em

    sua primeira viagem missionária (Atos 14:8-21). Nesta oportunidade não se menciona a Timóteo; mas sugeriu-se que estando em Listra, Paulo se alojou em sua casa, devido ao fato de que conhecia bem a fé e a devoção da mãe de Timóteo, Eunice, e de sua avó Lóide (2Tm 1:5). Durante

    essa primeira visita Timóteo deve ter sido muito jovem, mas a fé cristã o conquistou, e Paulo se converteu em seu herói. A vida começou para Timóteo durante a visita de Paulo a Listra na segunda viagem

    missionária (Atos 16:1-3). Jovem como era, Timóteo se tinha convertido no orgulho da Igreja cristã da Listra. Havia tanto encanto e entusiasmo no jovenzinho que todos falavam muito bem dele. Para Paulo, Timóteo

    reunia as condições para ser seu ajudante e assistente. Talvez já nesse momento, Paulo sonhava com que esse jovenzinho fosse a pessoa a quem ensinar, moldar e preparar para que seguisse a sua tarefa quando

    acabassem seus dias. Timóteo era filho de um casal misto; sua mãe era judia, e seu pai grego (At 16:1). De modo que Paulo fez com que se circuncidasse. Isto não quer dizer que Paulo fosse um escravo da Lei,

    nem que visse na circuncisão uma virtude especial; mas sabia muito bem que se Timóteo ia trabalhar entre judeus, haveria um preconceito inicial contra ele se não estivesse circuncidado; de modo que tomou esta decisão só como uma medida prática por meio da qual a utilidade de

    Timóteo como evangelista seria acrescentada.

    Desse momento em diante Timóteo foi o acompanhante constante de Paulo. Ficou em Beréia junto com Silas quando Paulo fez sua rápida viagem a Atenas, e mais tarde se reuniu com Paulo ali (Atos 17:14-15). Também esteve em Corinto (At 18:5). Foi enviado como emissário de Paulo a Macedônia (At 19:22). Estava ali quando se levou a coleta das Igrejas a Jerusalém (At 20:4). Estava com Paulo em Corinto quando este escreveu sua Carta a Roma (Rm 16:21). Foi o emissário de Paulo a Corinto quando havia problemas na 1greja ingovernável (1Co 4:171Co 4:17; 1Co 16:10). Estava com Paulo quando este escreveu II Coríntios (2Co 1:12Co 1:1,2Co 1:19). Paulo enviou a Timóteo para que visse como andavam as coisas em Tessalônica e estava com Paulo quando este escreveu sua Carta a esta Igreja (1Ts 1:1; 1Ts 3:2,1Ts 3:6). Esteve com Paulo na prisão quando ele escreveu aos filipenses, e Paulo estava planejando enviá-lo a Filipos como seu representante (Fp 1:1; Fp 2:19). Acompanhava a Paulo quando este escreveu à igreja de Colossos e a Filemom (Cl 1:1; Filemom 1Tm 1:1). Timóteo acompanhou a Paulo constantemente, e quando o apóstolo tinha uma tarefa difícil para fazer, Timóteo era o homem que enviava para concretizá-la.

    Várias vezes a voz de Paulo vibra com amor e afeto quando fala de Timóteo. Ao enviá-lo à tristemente dividida Igreja de Corinto, escreve:

    “Por esta causa, vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor” (1Co 4:171Co 4:17). Quando está projetando enviá-lo a Filipos, escreve: “Porque a ninguém tenho de igual sentimento... pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai” (Fp 2:20, Fp 2:22). Nesta

    passagem Paulo chama timóteo "seu verdadeiro filho". A palavra que utiliza para dizer verdadeiro é gnesios. Esta palavra tem dois significados. Utilizava-se normalmente para referir-se a um filho

    legítimo em contraposição a um ilegítimo. Significava genuíno, verdadeiro em oposição a falso ou irreal.

    Timóteo era um homem no qual Paulo podia confiar. Era o homem

    que podia enviar a qualquer parte, sabendo que iria. Sem dúvida alguma, feliz é o líder que possui um lugar-tenente como este. Timóteo é nosso

    exemplo de como deveríamos servir na fé. Cristo necessita servos como Timóteo, e a Igreja de Cristo também.

    GRAÇA, MISERICÓRDIA E PAZ

    1 Timóteo 1:1-2 (continuação)

    Paulo sempre começa suas Cartas com uma bênção (Rm 1:7; 1Co 1:3; 2Co 2:2; Gl 1:3; Ef 1:2; Fp 1:2;

    Cl 1:2; 1Ts 1:11Ts 1:1; 2Ts 1:22Ts 1:2; Filemom 3). Mas em todas estas Cartas só se utilizam duas destas palavras: graça e paz. Só nas Cartas a Timóteo e a Tito aparece esta terceira palavra misericórdia (2

    Timóteo 1Tm 1:2; Tt 1:4). Consideremos estas três grandes palavras.

    1. Na palavra graça houve sempre três idéias dominantes.
      1. Para os gregos clássicos significa graça ou favor externo, beleza, atração, simpatia, doçura. Quase sempre, ainda que não todas as vezes, a

    aplica a pessoas. A palavra encanto expressa bastante acertadamente seu significado. Algo gracioso é caracteristicamente algo formoso e simpático.

    1. No Novo Testamento tem a idéia de simples generosidade. Graça é algo que não se ganha e que não se merece, que não se poderia ter ganho nem merecido. Opõe-se ao conceito de dívida. Paulo diz que se

    se trata de ganhar coisas, então recompensa não tem que ver com a graça mas com a dívida (Rm 4:4). A graça não se ganha. Opõe-se a obras. Paulo diz que Deus não escolhe a seu povo por suas obras, mas

    pela graça (Rm 11:6). A graça se outorga, não se merece.

    1. No Novo Testamento se encontra sempre a idéia de simples

    universalidade. Várias vezes Paulo utiliza a palavra graça com relação à aceitação dos gentios na família de Deus. Agradece a Deus pela graça

    que outorgou aos coríntios em Jesus Cristo (1Co 1:41Co 1:4). Fala da graça de Deus concedida às Igrejas da Macedônia (2Co 8:12Co 8:1). Refere-se aos Gálatas como chamados à graça de Cristo (Gl 1:6). A

    esperança que chegou aos tessalonicenses o fez através da graça (2

    Tessalonicenses Gl 2:16). A graça de Deus fez com que Paulo fosse um apóstolo para os gentios (1Co 15:101Co 15:10). Pela graça de Deus chegou aos coríntios (2Co 1:122Co 1:12). A graça de Deus o chamou e o separou do ventre de sua mãe (Gl 1:15). A graça que Deus lhe outorgou permite-lhe escrever atrevidamente à Igreja em Roma (Rm 15:15). Para Paulo a grande demonstração da graça de Deus era a aceitação dos gentios na 1greja e seu apostolado para com eles. A graça é algo belo, algo livre; e algo universal. Como escreveu tão belamente F. J. Hort: "Graça é uma palavra que abrange tudo o que se supõe que se expressa no sorriso de um rei celestial que contempla a seu povo."

    1. Normalmente, a segunda das grandes palavras paulinas é a palavra paz. Os judeus a utilizavam normalmente para saudar-se, e, no

    pensamento hebreu expressa, não somente a ausência de problemas, mas também "a forma mais pormenorizada de bem-estar". Paz é tudo o que

    faz com que o homem alcance o bem supremo. É o estado do homem quando se encontra dentro do amor de Deus. F. J. Hort escreve: "Paz é a antítese de toda classe de conflito, guerra e desconforto, da inimizade

    exterior e da confusão interior."

    1. A

      palavra

      misericórdia..é

      uma

      palavra

      nova

      na

      bênção apostólica. Em grego a palavra é

      eleos, e em Hebraico é chesedh. No

    Antigo Testamento, chesedh se traduz freqüentemente por misericórdia. E quando Paulo orava pedindo misericórdia para Timóteo, estava dizendo simplesmente: "Timóteo, que Deus seja bom você." Mas há mais que isto. A palavra chesedh utiliza-se nos Salmos não menos de

    cento e vinte e sete vezes. E várias vezes significa ajuda no momento de necessidade. Denota, como o assinala Parry, "A intervenção ativa de Deus para ajudar." Como diz Hort: "É a descida do Altíssimo para ajudar

    os necessitados." No Sl 40:11 o salmista se alegra: "Que a tua misericórdia e tua verdade me guardem sempre." No Sl 57:3 diz: “Ele dos céus me envia o seu auxílio e me livra ... Envia a sua

    misericórdia e a sua fidelidade”. No Salmo 86:14-16 pensa a respeito das forças de seus inimigos que se organizaram contra ele, e se reconforta a

    si mesmo com a idéia de que Deus é “grande em misericórdia e em verdade”. Devido à sua abundante misericórdia, Deus nos outorgou a esperança viva da ressurreição (1Pe 1:31Pe 1:3). Os gentios deviam glorificar a Deus pela misericórdia que os resgatou do pecado e da falta de esperança (Rm 15:9). A misericórdia de Deus é sua ação para salvar. Pode ser que Paulo adicionasse a palavra misericórdia às que utilizava habitualmente, graça e paz, porque Timóteo estava numa situação difícil, e queria dizer-lhe numa só palavra que o Altíssimo ajuda os necessitados.

    ERRO E HERESIA

    1 Timóteo 1:3-7

    É evidente que no pano de fundo das Epístolas Pastorais há uma heresia que está pondo em perigo a Igreja. E ao começar nosso estudo

    destas Cartas será de utilidade examinar esta heresia e tentar ver seu conteúdo. Por tanto, neste momento recolheremos o que conhecemos a respeito dela.

    Esta mesma passagem apresenta-nos duas grandes características da heresia. Ocupava-se de fábulas e genealogias intermináveis. Estas duas coisas não são privativas desta heresia; estavam profundamente

    enraizadas no pensamento do mundo antigo.

    Em primeiro lugar, consideremos as fábulas. Uma das características do mundo antigo era que os poetas e até os historiadores

    eram muito afeitos a inventar fábulas românticas e fictícias a respeito da fundação das cidades e das famílias. Gostavam de idear longas histórias nas quais rastreavam a fundação de uma cidade e o começo de uma

    família até chegar aos deuses. Relatavam a forma em que um deus tinha vindo à Terra e fundado uma cidade, ou de como desceu a este mundo e se casou com uma jovem mortal, fundando assim uma família cuja origem era divina. O mundo antigo estava repleto de histórias como

    estas.

    Em segundo lugar, existiam as genealogias intermináveis. O mundo antigo era apaixonado por genealogias. Podemos ver isto até no Antigo Testamento com seus capítulos cheios de nomes, e no Novo Testamento com as genealogias de Jesus com as quais começam seus Evangelhos Mateus e Marcos. Tinham fabricado a Alexandre Magno uma árvore genealógica artificial que se remontava até o Aquiles e Andrômaca por um lado, e a Perseu e Hércules pelo outro. Havia nas genealogias algo fascinante para o mundo antigo e teria sido muito fácil que o cristianismo se perdesse em histórias intermináveis, românticas e fabulosas a respeito das origens, e em genealogias elaboradas e imaginárias. Este era um perigo inerente à situação dentro da qual se desenvolvia e crescia o pensamento cristão.

    O perigo ameaçava especialmente de duas direções.

    Ameaçava da direção judia. Para os judeus não havia outro livro no mundo como o Antigo Testamento. Seus eruditos dedicavam sua vida a

    estudá-lo e interpretá-lo. No Antigo Testamento há muitos capítulos e seções que consistem em longas listas de nomes, extensas genealogias. E

    uma das ocupações favoritas dos eruditos judeus era a de construir uma biografia imaginária e edificante a respeito de cada um dos nomeados na lista. Imediatamente vê-se que tal tarefa era interminável. Podia-se seguir

    com ela eternamente; e pode ser que isso estivesse em parte na mente de Paulo. Talvez ele queria dizer-lhes em realidade: "Quando teriam que estar trabalhando e trabalhando em excesso na vida cristã, estão sentados inventando genealogias e biografias imaginárias. Estão perdendo o

    tempo em frivolidades elaboradas e elegantes, quando teriam que estar vivendo com os pés na Terra."

    Esta pode ser uma advertência sempre necessária para nós, com o propósito de que não permitamos que o cristianismo e o pensamento cristão se percam e entupam em assuntos que não têm importância.

    AS ESPECULAÇÕES DOS GREGOS

    1 Timóteo 1:3-7 (continuação)

    Mas este perigo ameaçava mais ainda da parte dos gregos. Neste momento da história se estava desenvolvendo uma linha de pensamento

    grego que chegou a ser conhecida como gnosticismo. A nos encontrar especialmente nos antecedentes das Epístolas Pastorais, da Carta aos Colossenses e do Quarto Evangelho.

    O gnosticismo era completamente especulativo. Começava com os problemas da origem do mal, do pecado e do sofrimento. De onde provinha tudo isto? Se Deus era totalmente bondoso, não podia tê-los

    criado. Como entraram em mundo, então? A resposta gnóstica era que no começo a criação não surgiu do nada; e que antes de começarem os tempos existia a matéria. Criam que esta matéria era essencialmente defeituosa, imperfeita, maligna; e criam que o mundo tinha sido criado a

    partir dela. Dessa maneira explicavam o pecado, o sofrimento e a imperfeição deste mundo.

    Mas nem bem chegaram a este ponto se encontraram com outra

    dificuldade. Se a matéria for essencialmente maligna e Deus é essencialmente bom, não poderia ter tocado por si mesmo a matéria, nem a teria manipulado, nem moldado, nem formado as coisas com ela. De modo que começaram com uma nova série de especulações. Diziam que Deus tinha lançado uma emanação, e esta tinha dado lugar a outra, e a terceira emanação a uma quarta e assim sucessivamente até que chegou a existir uma emanação que estava tão longe de Deus que pôde tocar e manipular a matéria, e que não foi Deus, mas esta emanação quem tinha criado o mundo. Iam ainda mais longe. Sustentavam que cada emanação que se passava sabia cada vez menos a respeito de Deus; e que se chegava a um grau na série de emanações em que estas ignoravam a Deus por completo; e mais ainda, que se chegava a um grau em que as emanações não só ignoravam a Deus, mas também lhe eram ativamente hostis. De modo que chegavam à conclusão de que o Deus que tinha

    criado o mundo em realidade ignorava o Deus real e verdadeiro e lhe era completamente hostil.

    Mais tarde, chegaram ainda mais longe, e identificaram o Deus do Antigo Testamento com o Deus criador ignorante e hostil, e o Deus do

    Novo Testamento com o Deus verdadeiro e real. Além disso proviam a cada uma das emanações de uma biografia completa. E criaram assim uma complicada mitologia de deuses e emanações, cada um com sua história, biografia e genealogia. Não há nenhuma dúvida de que o mundo

    antigo estava pleno desta classe de pensamentos; e que estes entraram na mesma Igreja. Jesus era considerado como a maior das emanações, a que estava mais próxima a Deus. O elo superior na interminável cadeia entre

    Deus e o homem. Já não era único; converteu-se num elo mais da cadeia.

    O pensamento gnóstico tem certas características, e estas aparecem através de todas as Epístolas Pastorais como as características de hereges

    que com seu pensamento estavam ameaçando a Igreja e a pureza da fé.

    1. Este gnosticismo é obviamente altamente especulativo e, portanto,

      intensamente

      intelectual

      e

      esnobe.

      Cria

      que

      toda

      esta

    especulação intelectual estava muito longe da compreensão do povo humilde, e que este ensino estava dirigido a uma aristocracia intelectual, uns poucos escolhidos, uma elite da Igreja. De modo que se adverte a

    Timóteo contra “os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam” (1Tm 6:20). Adverte-se contra uma religião que especula e conduz disputas em lugar de uma fé edificante (1Tm 1:41Tm 1:4). Adverte-o também sobre o homem que está

    orgulhoso de seu intelecto, mas que ainda não sabe nada realmente, e que delira quanto a questões e contendas de palavras (1Tm 6:41Tm 6:4). Ordena-o que fuja de “falatórios inúteis e profanos”, porque só podem

    produzir impiedade (2Tm 2:162Tm 2:16). Pede-lhe que despreze “as questões insensatas e absurdas” que no final só podem engendrar contendas (2Tm 2:232Tm 2:23). Mais ainda, as Epístolas Pastorais saem de

    seu caminho para acentuar o fato de que a idéia de uma aristocracia intelectual, uma elite escolhida está muito equivocada, porque o amor de

    Deus é universal. Deus quer que todos os homens se salvem e que todos os homens se salvem e que todos também alcancem o conhecimento da verdade (1Tm 2:41Tm 2:4). Deus é El Salvador de todos, em especial daqueles que crêem (1Tm 4:101Tm 4:10). A Igreja cristã não devia ter nada a ver com uma fé fundada na especulação intelectual, e que estabelecesse uma arrogante e depreciativa aristocracia intelectual dentro da Igreja.

    1. Este gnosticismo tinha que ver com a longa série de emanações. Outorgava a cada uma delas uma biografia e uma estirpe; um lugar e um

    degrau no caminho para Deus, e uma importância na cadeia entre Deus e o

    homem. Estes gnósticos se interessavam em "genealogias intermináveis" (1Tm 1:4). Buscavam “fábulas profanas e de velhas

    caducas” a respeito delas (1Tm 4:71Tm 4:7). Apartavam seus ouvidos da verdade, mas não das fábulas (2Tm 4:42Tm 4:4). Prestavam atenção às fábulas judaicas (Tt 1:14). E o pior de tudo, pensavam em dois deuses,

    e em Jesus como um a mais em toda uma série de mediadores entre Deus e o homem; quando em realidade "há um só Deus, e um só mediador entre Deus e o homens, Jesus Cristo, homem" (1Tm 2:5). Há um só

    Rei imortal, eterno, invisível; só um Deus sábio (1Tm 1:171Tm 1:17). O cristianismo não tinha nada a ver com uma religião que tirava o lugar único de Deus e de Jesus Cristo.

    A “ÉTICA” DA HERESIA

    1 Timóteo 1:3-7 (continuação)

    O perigo do gnosticismo não era só intelectual. Tinha certas conseqüências morais e éticas muito sérias. Devemos lembrar que sua crença básica era que a matéria era essencialmente imperfeita e maligna,

    e que só o espírito era bom. Isto dava lugar a dois resultados opostos em crença e conduta éticas.

    1. Se a matéria é má, então o corpo o é também; e deve ser submetido, desprezado e oprimido. Portanto este gnosticismo podia

    engendrar, e em realidade o fez, um ascetismo rígido que considerava o

    corpo como um mal absoluto. Proibia o matrimônio, devido ao fato de que se deviam suprimir totalmente os instintos do corpo. Estabelecia leis estritas a respeito das comidas, porque se deviam eliminar em tudo o que fosse possível as necessidades do corpo. Assim, pois, as Pastorais se referem àqueles que proíbem o matrimônio e ordenam abster-se da carne (1Tm 4:3). A resposta a essas pessoas é que tudo o que Deus criou é bom, e deve ser recebido com gratidão (1Tm 4:41Tm 4:4). O gnóstico considerava a criação como algo mau, criado por um deus mau. O cristão considera a criação como algo nobre, o trabalho e o dom de um Deus bondoso. Os gnósticos criam que um Deus mau tinha feito mal todas as coisas; o cristão crê que o Deus bondoso tem feito bem todas as coisas. O cristão vive num mundo em que todas as coisas são puras; o gnóstico o faz num mundo em que todas as coisas estão corruptas (Tt 1:15).

    1. Mas

      este

      gnosticismo

      podia

      terminar

      numa

      crença

      ética totalmente oposta. Se o corpo for mau, então não importa o que o

    homem faça com ele. O corpo não importa; o que importa é o espírito. Portanto, terá que permitir que o homem encha e sacie seus apetites;

    estas coisas não têm importância, e portanto o homem pode utilizar seu corpo da maneira mais licenciosa e desencaminhada. Assim as Pastorais falam daqueles que levam cativas as mulherinhas até que se encontram

    carregadas de pecados e vítimas de todo tipo de concupiscências (2Tm 3:62Tm 3:6). Tais homens professam conhecer a Deus, mas suas vidas são abomináveis e rebeldes (Tt 1:16). Estes gnósticos criam que como o corpo não tinha importância e era totalmente mau, não importava o que

    o homem fizesse com ele; de modo que davam uma liberdade desenfreada a suas concupiscências, paixões e desejos mais baixos. Utilizavam suas crenças religiosas como uma desculpa para uma

    imoralidade total.

    1. Este gnosticismo tinha ainda outra conseqüência. O cristão cria na ressurreição do corpo. Isto não quer dizer que sempre creu que

    mesmo depois da ressurreição dos mortos o homem teria um corpo espiritual, outorgado por Deus. Paulo discute todo este assunto em 1

    Coríntios 15. Mas o gnóstico sustentava que não havia ressurreição do corpo (2Tm 2:182Tm 2:18). Cria que depois da morte o homem seria uma espécie de espírito sem corpo. A diferença básica é que o gnóstico cria na destruição do corpo; o cristão na redenção do corpo. O gnóstico cria no que chamava salvação da alma; o cristão crê na salvação total.

    De modo que no pano de fundo das Epístolas Pastorais estão estas heresias perigosas; estes homens que se entregavam a especulações intelectuais; que consideravam mau a este mundo, e ao Deus criador

    como um Deus ímpio; que punham entre o mundo, o homem e Deus uma série interminável de emanações e deuses menores, e que passavam o tempo equipando a cada um deles com fábulas e genealogias

    intermináveis; que reduziam a Jesus Cristo à posição de um elo numa cadeia e que lhe tiravam sua singularidade; que viviam num rigoroso ascetismo ou numa libertinagem desenfreada; que negavam a

    ressurreição do corpo. As Pastorais foram escritas para combater e rebater estas perigosas heresias.

    A MENTALIDADE DO HEREGE

    1 Timóteo 1:3-7 (continuação)

    Nesta passagem se descreve claramente a mentalidade do perigoso

    herege. Há uma classe de heresia na qual a pessoa difere da crença ortodoxa devido ao fato de que tendo pensado as coisas honestamente, não pode estar de acordo. Isto não significa que a pessoa se sinta orgulhosa de ser diferente; ela é diferente, não para atrair a atenção de outros, mas sim simplesmente porque terá que sê-lo. Tal heresia não afeta o caráter do homem; em realidade pode fazê-lo belo, porque pensou sua própria fé de maneira real e verdadeira, e não vive numa ortodoxia desconsiderada de segunda mão. Mas aqui não se descreve esta classe de herege. Nesta passagem se distinguem cinco características do herege perigoso.

    1. Deixa-se arrastar pelo desejo de encontrar novidades. É como as pessoas que devem vestir à última moda e experimentar a última loucura em voga. Despreza as coisas velhas nada mais por serem velhas, e deseja coisas novas pelo simples fato de serem novas. O cristianismo tem sempre um problema sem resolver. O problema de apresentar a verdade é o de apresentar a velha verdade de uma maneira nova. A verdade não muda; o que muda é sua apresentação. É muito certo que cada época deve encontrar sua própria maneira de apresentar a verdade cristã. Cada mestre e cada pregador devem falar com os homens num linguagem e em categorias que entendam. Mas a verdade que se apresenta é a mesma. A nova apresentação e a velha verdade vão sempre de mãos dadas.
    2. Exalta a mente às custas do coração. Sua concepção da religião é a especulação, e não a experiência. O cristianismo jamais exigiu que ninguém deixasse de pensar por si mesmo, mas exige que o pensamento de cada um surja e seja dominado por uma experiência pessoal de Jesus Cristo.
    3. Interessa-se mais pela discussão que pela ação. Está mais interessado em disputas abstrusas que na administração efetiva da

    família da fé. Esquece que a verdade não é somente algo que o homem aceita com sua mente, mas também é algo que traduz em ação em sua

    vida. Há muito tempo se traçou a diferença entre os gregos e os judeus. Os gregos gostavam das discussões pela discussão em si mesma; não havia nada que os atraíra mais que sentar-se com um grupo de amigos e dar rédea solta a uma série de acrobacias mentais e desfrutar do

    "estímulo de uma caminhada mental".

    Mas não se interessavam em chegar a conclusões nem desenvolver um princípio de ação. Gostavam da discussão pela própria discussão. Os

    judeus também gostavam das discussões mas queriam que toda discussão chegasse a uma conclusão; queriam que terminassem numa decisão que exigisse ação. Sempre há perigo de heresia quando nos apaixonamos

    pelas palavras e nos esquecemos dos atos, porque estes são a prova que deveria ser utilizada para examinar todos os argumentos.

    1. Obedece à arrogância mais que à humildade. Seu desejo é ensinar, antes, que aprender. Olha com certo desprezo às pessoas de mentalidade singela, que não pode seguir seus vôos de especulação intelectual. Considera que aqueles que não alcançam suas próprias conclusões são insensatos e ignorantes. O cristão deve combinar de algum modo uma segurança inamovível com uma humildade gentil; até o fim dos dias deve estar logo a aprender.
    2. É culpado de dogmatismo sem conhecimento. Realmente não sabe do que está falando, e na verdade não compreende o significado das

    coisas a respeito das quais dogmatiza. O estranho a respeito das controvérsias religiosas é que todos se crêem com direito a expressar

    uma opinião dogmática. Em tudo os outros ramos do conhecimento exigimos que as opiniões se apóiem em certo conhecimento. Mas há aqueles que dogmatizam a respeito da Bíblia e seus ensinos apesar de

    que jamais tentaram averiguar o que hão disseram os eruditos e os peritos em idiomas e história. Bem pode ser que a causa cristã tenha sofrido mais por causa do dogmatismo ignorante que por qualquer outra

    coisa.

    Quando pensamos nas características daqueles que estavam criando problemas na 1greja de Éfeso nos damos conta de que seus descendentes

    ainda estão conosco.

    A MENTALIDADE DO PENSADOR CRISTÃO

    1 Timóteo 1:3-7 (continuação)

    Assim como descreve ao pensador que causa distúrbios na 1greja, esta passagem descreve também ao pensador realmente cristão. Ele

    também tem cinco características.

    1. Seu pensamento se baseia na fé. A administração efetiva da família de Deus deve-se basear na fé. Fé significa simplesmente crer na palavra de Deus; crer que Deus é como Jesus Cristo o proclamou. O que

    quer dizer que o pensador cristão começa do primeiro princípio crendo

    em que Jesus Cristo disse tudo a respeito de Deus e deu uma revelação completa dEle. O pensador cristão sempre pensa sobre a base de Jesus Cristo.

    1. Seu pensamento está motivado e dominado pelo amor. O desígnio de Paulo é produzir amor. Pensar no amor sempre nos salvará

    de certas coisas. Ele nos livrará do pensamento arrogante e presunçoso. Ele nos salvará de condenar aquilo com o que não estamos de acordo ou que não compreendemos. De expressar nossos argumentos e pontos de

    vista em forma tal que machuquemos ss pessoas. O amor nos salva do pensamento destrutivo e de nos expressar destrutivamente. Pensar com amor é pensar sempre com benevolência. O homem que discute com

    amor não o faz para derrotar a seu oponente, senão para ganhá-lo.

    1. Seu pensamento provém de um coração limpo. A palavra

      que se utiliza aqui é muito significativa. É a palavra katharos. Originalmente

    esta palavra significava simplesmente limpo em oposição a manchado ou sujo. Mas mais tarde chegou a ter certos usos mais sugestivos. Usa-se para referir-se ao grão que foi ventilado e ao que se lhe limpou toda a

    impureza. Utiliza-se para referir-se a um exército que separou e purificou suas filas de todos os soldados covardes e indisciplinados até que ficam somente os lutadores de primeiríssima qualidade. Indica algo que não

    tem sujos agregados nem degradantes. De modo que, então, um coração limpo é aquele cujos motivos são absolutamente claros e sem mescla. No coração do pensador cristão não há exibicionismo, nem desejo de demonstrar inteligência, nem de ganhar uma discussão, nem de descobrir

    a ignorância do oponente, nem de censurar àquela pessoa com a que está discutindo a fé. Seu único desejo é o de ajudar, iluminar e aproximar a Deus. O pensador cristão não é egoísta em sua devoção pela verdade, e

    em seu desejo de ajudar. Só move o amor à verdade e aos homens.

    1. Seu pensamento provém de uma boa consciência. A palavra grega para consciência é suneidesis. Significa literalmente conhecimento

    com. E o significado real de consciência é o conhecimento da gente mesmo. Ter uma boa consciência é ser capaz de proclamar o

    conhecimento que não compartilhamos com ninguém, e não nos envergonhar de seu conteúdo. Emerson disse a respeito de Sêneca que este dizia as coisas mais belas só se tinha o direito de dizê-las. O pensador cristão é aquele a quem os pensamentos de seu coração e as ações de sua vida lhe dão o direito a dizer o que diz, e essa é a prova mais crítica de todas.

    1. O pensador cristão é um homem que tem uma que não pode fingir. A frase significa literalmente a fé na qual não hipocrisia. Isto

    significa simplesmente que a grande característica do pensador cristão é sua sinceridade. É sincero em seu desejo de encontrar e comunicar a verdade. Tanto o processo de seu pensamento como os motivos de seu

    ensino devem ser capazes de resistir o escrutínio de Deus.

    OS QUE NÃO PRECISAM DE LEI

    1 Timóteo 1:8-11

    Esta passagem começa com um pensamento favorito do mundo antigo. A função da Lei é ocupar-se dos que fazem o mal. O homem bom

    não necessita nenhuma lei para controlar suas ações ou ameaçá-lo com castigos; e num mundo de homens bons não haveria necessidade de leis.

    Antífanes, o grego, havia dito: "Aquele que não faz mal não

    necessita de nenhuma lei." Aristóteles declarou que "a filosofia capacita o homem a realizar sem controles externos aquilo que os outros fazem por medo da lei." Ambrósio, o grande bispo cristão, escreveu: "O homem justo tem como norma a lei de sua própria mente, de sua própria eqüidade e de sua própria justiça, e portanto não se separa do mal por terror ao castigo, mas pela regra de honra." Tanto o cristão como o pagão consideravam que a verdadeira bondade tinha sua origem no coração do homem; não dependia das recompensas e castigos da lei.

    Mas os pagãos e os cristãos diferiam numa coisa. O pagão olhava para trás, para uma idade de ouro passada em que todas as coisas eram

    boas e não se precisava da lei. Os antigos criam com todo o veemente

    desejo de seus corações nos bons tempos passados. Ovídio, o poeta romano, descreveu uma das imagens mais famosas da antiga idade de ouro (Metamorfose 1:90:112).

    "A primeira idade era de ouro, guardava-se a fé e se fazia o bem sem que ninguém obrigasse a isso, sem leis, e por vontade própria. Não se temia o castigo, não se liam palavras ameaçadoras em tábuas de bronze; nenhuma multidão suplicante olhava com medo à cara do juiz; mas sim os homens viviam seguros sem juízes. O pinheiro ainda não tinha caído em suas montanhas nativas, nem descido à planície aquosa para visitar outras terras; os homens não conheciam outras costas além das próprias. As cidades ainda não estavam rodeadas por fossos profundos; não havia trombetas de bronze retas nem cornetas curvas, nem espadas, nem cascos. Não havia necessidade alguma de homens armados, porque as nações, seguras de alarmes de guerra, passavam os anos numa paz tranqüila."

    Estes eram os dias dourados nos quais ninguém era mau nem ninguém tinha medo.

    Tácito, o historiador romano, tem um quadro igual (Anais 3:26).

    "Nos tempos primitivos, quando os homens ainda não tinham paixões malignas, levavam vidas sem culpa e sem recriminação, sem castigos nem restrições. Guiados por sua própria natureza perseguiam somente fins virtuosos, e não requeriam recompensas; e como não desejavam nada que estivesse contra o justo, não havia necessidade de castigos nem penalidades."

    O mundo antigo olhava para trás e tinha saudades dos dias que tinham desaparecido para sempre. A fé cristã não olha para trás em busca de uma era de ouro perdida; olha para frente ao dia em que a única lei será o amor de Cristo dentro do coração do homem, porque o cristianismo está seguro de que não pode terminar o dia da lei até que amanheça o dia do amor.

    Deveria haver só um fator dominante na vida de cada um de nós. Nossa bondade deveria provir, não do medo à lei nem sequer do medo ao juízo, mas sim do medo a frustrar o amor de Cristo e entristecer o coração paternal de Deus. A dinâmica do cristão para viver justamente reside no fato de que sabe que o pecado não só transgride a lei de Deus, mas também destroça seu coração. Não é a lei, mas sim o amor de Deus aquele que nos constrange.

    OS QUE SÃO CONDENADOS PELA LEI

    1 Timóteo 1:8-11 (continuação)

    Num estado ideal, quando vier o Reino, não haverá necessidade de nenhuma outra lei que o amor de Deus e do bem que reside no coração do homem; mas tal como são as coisas, o caso é muito distinto. E Paulo aqui estabelece um catálogo de pecados que a lei deve controlar e

    condenar. O interesse que apresenta esta passagem é que nos mostra o cenário dentro do qual cresceu o cristianismo. A lista de pecados e vícios é em realidade uma descrição do mundo no qual os cristãos primitivos

    viviam, moviam-se e tinham seu ser. Nada nos mostra tão bem como a Igreja cristã era uma pequena ilha de pureza num mundo vicioso e infecto. Falamos de que é muito duro ser cristão numa civilização

    moderna; só temos que ler uma passagem como esta para ver quão imensamente mais duro deve ter sido nas circunstâncias em que começou a surgir a Igreja. Tomemos esta lista terrível e consideremos os

    itens mencionados nela.

    Figuram os transgressores (anomoi). Os transgressores são aqueles que conhecem as leis do bem e do mal, e que as violam deliberada e

    conscientemente. Ninguém pode culpar a outro de transgredir uma lei se não sabe que essa lei existe, mas os transgressores são aqueles que conhecem bem as leis e que as violam deliberadamente para satisfazer suas próprias ambições e desejos.

    Figuram os desobedientes (anhypotaktoi). São os ingovernáveis e os insubordinados. Estes são aqueles que se negam a aceitar e obedecer qualquer autoridade. São como soldados amotinados que desobedecem as ordens e rompem filas em rebeldia. São muito orgulhosos ou muito indômitos para aceitar disciplina e controle.

    Figuram os irreverentes (asebeis). A palavra grega asebes é terrível. Não descreve indiferença nem o tropeção nem o deslize no pecado. Descreve "a irreligião absoluta e ativa", o espírito que

    deliberadamente e de maneira desafiante nega a Deus o que é seu direito. Descreve a natureza humana "em ordem de batalha contra Deus". O asebes é o tipo de homem que segue seu próprio caminho e desafia a

    Deus fazendo o pior.

    Figuram os pecadores (hamartoloi). Em seu uso mais comum esta palavra descreve o caráter. Pode ser utilizada, por exemplo, para referir-

    se a um escravo que é de caráter dissoluto, depravado e inútil. Descreve a pessoa que perdeu todas as normas morais.

    Figuram os ímpios (anosioi). A palavra grega hosios é um termo

    nobre; descreve, como o assinala Trench, "as ordenanças eternas da justiça, que não foram constituídas por nenhuma lei nem costume do homem, porque são anteriores a todas elas". As coisas que são hosios são parte da própria constituição do universo, o sagrado e eterno. Os gregos, por exemplo, declaravam estremecidos que o costume egípcio de permitir o casamento entre irmãos, ou o persa em que um filho podia casar-se com sua mãe eram anosion, ímpia, profana. O homem que é anosios é pior que o mero transgressor da lei. É o homem que viola o mais santo e o mais decente da vida.

    Figuram os profanos (bebeloi). Bebelos é uma palavra feia com uma história peculiar. Originalmente significava simplesmente aquilo

    que pode ser pisado em contraposição com aquilo que é sagrado para algum deus, e portanto inviolável. Logo passou a significar profano em

    oposição a sagrado. Mais tarde significou o homem que profana as coisas sagradas, aquele que profana o dia de Deus, desobedece suas leis,

    diminui a adoração, e mancha a vida que Deus lhe deu para viver. O homem que é bebelos suja tudo o que toca.

    Figuram os parricidas e os matricidas (patraloai e metraloai). Sob a lei romana o homem que golpeava a um de seus pais era culpado nada

    menos que de morte. As palavras descrevem a um filho ou uma filha que perdeu a gratidão, o respeito e a vergonha. E devemos lembrar sempre que este, o mais cruel dos golpes, pode ir dirigido, não ao corpo, mas sim ao coração.

    Figuram os homicidas (androfonoi) que literalmente significa assassino de homens. Paulo estava pensando nos Dez Mandamentos e em como o mundo pagão caracterizava-se por toda classe de violações

    dos mesmos. Ao ler isto não devemos pensar que esta característica ao menos não tem nada que ver conosco, porque Jesus ampliou este mandamento de tal forma que não só inclui o ato de matar, mas também

    o sentir rancor no coração contra o irmão.

    Figuram os fornicários e os sodomitas (pornoi e arsenokoitai). nos é difícil nos dar conta do estado do mundo antigo no que respeita à moral

    sexual. Estava infestado de vícios antinaturais. Uma das coisas extraordinárias era a relação que havia entre a imoralidade e a religião. O templo de Afrodite em Corinto tinha mil sacerdotisas dentro de seu

    âmbito que eram prostitutas sagradas e que pelas noites baixavam às ruas da cidade a oferecer sua mercadoria. Diz-se que Sólon foi o primeiro legislador que legalizou a prostituição em Atenas; diz-se também que instituiu prostíbulos públicos nessa cidade, e que com os lucros que

    davam construiu um novo templo para Afrodite, a deusa do amor.

    E. F. Brown foi missionário na Índia, e em seu comentário das Epístolas Pastorais sobre esta passagem cita uma seção extraordinária do

    Código Penal da Índia. Uma seção desse código proíbe as representações obscenas; e prossegue dizendo: "Esta seção não se faz extensiva a nenhuma representação ou escultura, em baixo-relevo, grafite ou

    representada sobre ou dentro de um templo, nem a nenhum móvel utilizado para o transporte de ídolos, ou guardado ou utilizado para

    qualquer propósito religioso". Uma das coisas extraordinárias é que nas religiões não cristãs várias vezes a imoralidade e a obscenidade florescem sob a proteção da mesma religião. Tem-se dito na verdade que a castidade foi uma virtude completamente nova que o cristianismo trouxe para o mundo. Bem podemos pensar na tarefa do cristão que nos tempos primitivos se esforçava para viver de acordo com a ética cristã num mundo como esse.

    Figuram

    os

    seqüestradores

    (andrapodistai).

    A

    palavra

    pode significar ou negociantes de escravos ou seqüestradores de escravos.

    Provavelmente aqui se envolvam ambos os significados. É certo que a escravidão era uma parte integral da vida do mundo antigo. Também é

    certo que Aristóteles declarou que a civilização estava fundada sobre a escravidão, que certos homens e mulheres tinham nascido para recolher lenha e conduzir água, e só existiam para realizar as tarefas servis da

    vida para a conveniência das classes cultas. Mas até no mundo antigo se elevaram vozes contra a escravidão.

    Filo se referiu aos negociantes de escravos como aqueles que

    "despojam o homem de sua possessão mais apreciada, sua liberdade". Mas aqui provavelmente se faça referência aos seqüestradores de escravos. Os escravos eram uma propriedade valiosa. Um escravo ordinário que não possuísse dons nem talentos nem artes especiais se vendia por quarenta ou cinqüenta dólares. Um escravo especialmente talentoso que fosse um artesão hábil se vendia por três ou quatro vezes essa quantidade. Os jovens bonitos tinham uma grande demanda como pajens ou copeiros e se vendiam a preços tão altos como dois mil e dois mil e quinhentos dólares. Diz-se que Marco Antônio pagou cinco mil dólares por dois jovens muito parecidos que representavam ser gêmeos equivocadamente.

    Nos dias em que Roma estava ansiosa por aprender as artes da Grécia, e quando quão escravos conheciam literatura, música e arte

    gregos eram muito valiosos, informa-se que um tal Lutacio Dafnis foi vendido por quase nove mil dólares.

    O resultado de todo isto é que freqüentemente se seduzia aos escravos valiosos para que abandonassem a seus amos, ou os seqüestrava. O seqüestro de escravos especialmente formosos, valiosos ou instruídos era um fato comum no mundo antigo.

    Finalmente figuramos mentirosos (pseustai) e os perjuros (epiorkoi), homens que não duvidavam em mentir ou tergiversar a verdade para obter fins desonrosos.

    Este é um quadro vívido da atmosfera na qual cresceu a Igreja

    primitiva. O autor das Pastorais em sua investida buscava proteger e guardar os cristãos dessa infecção a seu cargo.

    AS PALAVRAS PURIFICADORAS

    1 Timóteo 1:8-11 (continuação)

    A essa classe de mundo chegou a mensagem cristã e esta passagem

    nos diz quatro coisas a respeito dela.

    1. É uma doutrina . A palavra utilizada é hugiainein que significa literalmente que dá saúde. A grande característica do

    cristianismo é que se trata de uma religião ética. Exige que o homem não só guarde certas normas rituais, mas também viva uma vida boa.

    1. F.

      Brown

      faz

      uma

      comparação

      entre

      o

      islamismo

      e

      o

    cristianismo. Um maometano pode ser considerado como um homem muito santo se observa determinados rituais cerimoniais, apesar de que sua vida seja muito pouco limpa. Se for cuidadoso em cumprir com todas as normas cerimoniais, buscará sua bênção como a de um homem que tem influência em Deus, ainda que sua conduta moral seja degradada e vil. Cita a um escritor recente sobre Marrocos:

    "A grande mancha no credo do islamismo é que não se espera que os preceitos e a prática coincidam, exceto no que respeita ao ritual, de modo que um homem pode ser notoriamente malvado e, entretanto, ser estimado religiosamente, e sua bênção será buscada como a de um que tem poder com Deus, sem o menor sentimento de incongruência. Um mouro me esclareceu muito bem como eram as coisas, e remarcou: Quer saber como é

    nossa religião? Purificamo-nos em água enquanto contemplamos o adultério; vamos à mesquita a orar e enquanto o fazemos pensamos em qual é a melhor maneira de enganar a nossos semelhantes; damos oferendas ao sair e voltamos para nosso negócio a roubar; lemos nosso Corão e saímos a cometer pecados que não se podem mencionar; jejuamos e peregrinamos e, entretanto, mentimos e matamos".

    Devemos lembrar sempre que o cristianismo não significa observar um ritual, ainda que esse ritual consista em ler a Bíblia et ir à Igreja; mas

    sim significa viver uma vida boa. O cristianismo, se for verdadeiro, dá saúde; é o único anti-séptico moral que pode limpar a vida.

    1. É um glorioso evangelho; ou seja, são boas novas gloriosas. São boas novas de perdão pelos pecados" passados, e de poder para conquistar o pecado nos dias por vir. São as boas novas da misericórdia

    de Deus, de seu poder para nos limpar e de sua graça purificadora.

    1. São boas novas que provêm de Deus. O evangelho cristão não é uma descoberta feito pelo homem, mas sim são as boas novas reveladas

    por Deus. Não é algo que o homem tenha criado ou encontrado; é algo que Deus oferece e provê. Não oferece somente a ajuda do homem; oferece nada menos que o poder de Deus.

    1. Estas boas novas vêm através de homens. A Paulo foi confiado

    que levasse a outros as boas novas. Deus faz sua oferta e necessita de seus mensageiros. E o verdadeiro cristão é a pessoa que se aproximou da oferta de Deus e a aceitou, e que se deu conta de que não pode guardar essas boas novas para si mesmo, mas sim deve transmitir, comunicar e compartilhar com outros que ainda não as encontraram.

    SALVOS PARA SERVIR

    1 Timóteo 1:12-17

    Esta passagem começa com um verdadeiro cântico triunfal de ação

    de graças. Havia quatro coisas tremendas pelas quais Paulo desejava agradecer a Jesus Cristo.

    1. Agradece-lhe por tê-lo escolhido. Paulo nunca sentiu que ele tinha escolhido a Cristo, mas sim Cristo o tinha escolhido. Era como se quando se encaminhava rumo à destruição, Jesus Cristo tivesse posto sua mão sobre seu ombro e o tivesse detido no caminho. Era como se quando estava ocupado desperdiçando sua vida, Jesus Cristo o tivesse voltado para a sensatez repentinamente.

    Durante a guerra conheci um aviador polonês. Em poucos anos tinha evitado por pouco a morte e coisas piores que ela mais vezes que a

    vasta maioria dos homens em toda sua vida. Algumas vezes contava a história de como tinha escapado da Europa ocupada, de suas descidas em pára-quedas, de ser resgatado do mar, e logo no final desta odisséia

    surpreendente, dizia sempre, com um olhar maravilhado em seus olhos: "E agora sou um homem de Deus". Assim se sentia Paulo; era o homem de Cristo, porque Cristo o tinha escolhido.

    1. Agradece-lhe porque confia nele. Para Paulo era algo surpreendente, que ele, o grande perseguidor, tivesse sido escolhido para ser missionário e pioneiro de Cristo. Jesus Cristo não só o tinha

    perdoado; confiava nele. Algumas vezes, nos assuntos humanos perdoam ao homem que cometeu alguma equívoco ou que é culpado de algum pecado, mas esclarecemos bem que seu passado faz com que nos seja

    impossível voltar a confiar-lhe qualquer responsabilidade. Mas Cristo não só perdoou a Paulo; tinha-lhe encarregado que fizesse sua obra. O homem que tinha açoitado a Cristo, tinha sido nomeado seu embaixador.

    1. Agradece-lhe

      porque

      o

      designou.

      E

      devemos

      ser

      muito

    cuidadosos em assinalar aquilo para o qual Paulo se sentia designado. Tinha sido designado para servir. Paulo nunca pensou ter sido escolhido para obter honras, prestígio, autoridade, liderança dentro da Igreja. Sua glória residia em que tinha sido salvo para servir.

    Plutarco nos conta que quando um espartano ganhava uma vitória nos jogos, sua recompensa era poder estar ao lado de seu rei na batalha.

    Havia um lutador espartano nos jogos olímpicos; foi-lhe oferecido um suborno considerável para abandonar a luta; mas se negou.

    Finalmente depois de um esforço tremendo obteve a vitória. Alguém lhe disse: "Bom, espartano, o que obtiveste com esta vitória tão custosa que ganhou?" Ele respondeu: "Ganhei o privilégio de estar diante de meu rei na batalha". Sua recompensa era servir, e se fosse necessário, morrer por seu rei. Paulo sabia que tinha sido escolhido para o serviço e não para a honra.

    1. Agradece-lhe porque lhe deu poder. Paulo era um dos que descobriram faz tempo que Jesus Cristo jamais dá a um homem uma

    tarefa sem o poder para realizá-la. Paulo nunca teria dito: "Olhem o que tenho feito". Mas sim dizia: "Olhem o que Jesus Cristo me capacitou a fazer". Ninguém é o suficientemente bom, o suficientemente forte, o

    suficientemente puro, nem o suficientemente sábio para ser servo de Cristo. Mas aquele que se entrega a Cristo, ele o fará não por seu próprio poder, mas pelo poder do Senhor.

    OS INSTRUMENTOS DE CONVERSÃO

    1 Timóteo 1:12-17 (continuação)

    Nesta passagem há outras duas coisas muito interessantes.

    Nele aparece a formação judia de Paulo. Diz que Jesus Cristo teve misericórdia dele porque tinha cometido seus pecados contra Cristo e sua

    Igreja nos dias de sua ignorância, antes de converter-se. Muitas vezes pensamos que o ponto de vista judeu era que o sacrifício purgava os pecados. O homem pecava; esse pecado ofendia a Deus e rompia sua

    relação com Deus; então se fazia um sacrifício e se apaziguava a irritação de Deus e se restaurava a relação. Bem pode ser que esse fosse o conceito popular e adulterado do sacrifício. Mas o pensamento judeu

    mais elevado insistia em duas coisas.

    Primeiro, insistia em que o sacrifício não poderia purgar nunca um pecado deliberado, o pecado da arrogância, da presunção, da rebeldia e da altivez de coração. Insistia em que o sacrifício só podia purgar os

    pecados que se cometiam em ignorância, os que o homem cometia, não

    deliberadamente, a sangue frio, mas sim quando era miserável por um momento de paixão. O pecado deliberado, desafiante e arrogante estava fora do poder expiatório do sacrifício.

    Em segundo lugar, o pensamento judeu mais elevado insistia em que o sacrifício não podia purgar nenhum pecado a não ser que existisse

    penitência e contrição no coração do homem que o oferecia. Aqui Paulo fala baseando-se em seus antecedentes judeus. Seu coração tinha sido quebrantado pela misericórdia de Cristo; tinha cometido seus pecados

    nos dias anteriores a seu conhecimento de Cristo e de seu amor. E por estas razões pensava que ainda havia misericórdia para ele.

    Mas nesta passagem há algo mais interessante ainda, que assinala E.

    1. Brown. O verso 1Tm 1:14 é difícil. Em nossa versão diz: “Transbordou, porém, a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus”. A primeira parte não é difícil; simplesmente significa que a graça de Deus era mais velho que o pecado de Paulo. Mas qual é exatamente o significado da frase: “com a fé e o amor que há em Cristo Jesus”? E. F. Brown sugere que o significado é o seguinte: que a obra da graça de Cristo no coração de Paulo foi ajudada e sustentada pela fé e o amor que ele encontrou nos membros da Igreja cristã; que o efeito da graça de Cristo recebeu ajuda da simpatia e compreensão e a bondade de homens como Ananias, que abriu seus olhos e o chamou irmão (Atos 9:10-19), e como Barnabé, que o apoiou quando o resto da Igreja o olhava com um pouco de suspeita (Atos 9: 26-28). A idéia é que o dom da graça de Cristo contou com a ajuda da caridade cristã de certos membros da Igreja que viviam em Cristo. Esta é uma idéia muito bonita.

    E se assim fosse, podemos ver que há três fatores que cooperam na conversão de qualquer pessoa.

    1. Em primeiro lugar, está Deus. A oração de Jeremias era: “Converte-nos a ti, SENHOR” (Lm 5:21). A não ser que o

    Espírito de Deus aja no coração do homem, não poderá nem sequer começar a desejar a Deus. Como disse Santo Agostinho, nunca teríamos

    começado sequer a buscar a Deus a não ser porque Deus nos encontrou antes. O primeiro em agir é Deus; atrás do primeiro desejo do bem do homem, está o amor solícito de Deus.

    1. Está o próprio homem. Algumas versões traduzem Mt 18:3 em voz passiva por completo: "A não ser que fordes convertidos e feitos como meninos, não entrareis no Reino dos Céus". Mas nossa versão utiliza uma tradução muito mais ativa: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. O certo é que deve haver uma resposta humana ao chamado divino. Deus outorgou aos homens livre-arbítrio e os homens podem utilizá-lo quer para aceitar quer para rechaçar a oferta de Deus. A pessoa deve realizar por si mesmo esse ato essencial de submissão a Deus.

    1. Está a intervenção humana de algum cristão, Paulo está convencido de que é enviado aos gentios: “para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26:18). Tiago crê que qualquer homem que converta ao pecador do erro de seu caminho: “salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5:19-20). Assim, pois, pesa sobre nós uma dupla tarefa. Tem-se dito que um santo é uma pessoa que faz com que seja mais fácil crer em Deus, e que é alguém em quem Cristo vive outra vez. Devemos dar graças por aqueles que mostraram a Cristo, e cujo exemplo e palavras nos aproximaram dEle; e devemos lutar para ser a influência, o sinal, a luz para trazer para outros a Cristo. Na conversão se combinam a iniciativa de Deus, a resposta do homem e a influência do cristão.

    A VERGONHA QUE NÃO SE PODE ESQUECER E A INSPIRAÇÃO QUE NÃO MORRE

    1 Timóteo 1: 12-17 (continuação)

    O que mais se destaca nesta passagem é a insistência de Paulo em

    lembrar seu próprio pecado. Amontoa palavras e cria um clímax para mostrar o que ele tinha feito a Cristo e à Igreja. Tinha sido um blasfemo, lançando contra os cristãos palavras ardentes e iradas, acusando-os de crimes contra Deus, quando ele era o criminoso. Tinha sido um perseguidor; tinha tomado todos os meios que estavam a seu alcance sob a lei judia para aniquilar à Igreja cristã. Logo utiliza uma palavra terrível; tinha sido injuriador, um homem de violência insolente e brutal. A palavra em grego é hubristés. Indica uma espécie de sadismo arrogante; descreve o homem que inflige dor e injúrias pela pura alegria de fazê-lo. O substantivo abstrato correspondente é hubris.

    Aristóteles o define da seguinte maneira: "Hubris significa machucar ofender a outros, de tal maneira que o homem ofendido envergonha, e que a pessoa que inflige a ofensa não ganha nada que já não possua, mas apenas se deleita em sua crueldade e no sofrimento da outra pessoa".

    Nesta palavra há um deleite sádico em infligir dor. Assim era Paulo com relação à Igreja cristã. Não satisfeito com as palavras insultantes,

    chegou aos limites da perseguição legal. Não contente com isto, chegou ao limite da brutalidade sádica tentando apagar a fé cristã. Paulo se lembrava disto; e até o fim de seus dias se considerou como o pior dos

    pecadores. Não que tinha sido; mas sim ainda era o pior dos pecadores. Na verdade, nunca pôde esquecer que era um pecador perdoado; mas é igualmente certo que nunca pôde esquecer que era um pecador.

    Por que lembrava Paulo seu pecado com tanta nitidez?

    1. A lembrança de seu pecado era a forma mais segura de separá-lo do orgulho. Não podia haver tal coisa como orgulho espiritual para quem

    tinha feito semelhantes coisas.

    John Newton foi um dos grandes pregadores e um dos melhores escritores de hinos da Igreja; mas houve um momento em que foi culpado de toda classe de pecados, quando se tinha afundado nas maiores profundidades em que um homem pode afundar. Nos dias em navegou pelos mares no barco do traficante de escravos, John Newton tinha chegado ao mais profundo. De modo que quando se converteu e pregou o evangelho, escreveu um texto em letras muito grandes, e o fixou sobre a chaminé de seu estudo onde não poderia deixar de vê-lo: "Você deve lembrar que foi um escravo na terra do Egito e que o Senhor seu Deus redimiu você".

    John Newton compôs seu próprio epitáfio e dizia: "John Newton, pastor, tempos atrás Infiel e Libertino, Servo de Escravos na África, que

    pela

    Misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, foi Preservado, Restaurado, Perdoado e Nomeado para Pregar a Fé que por

    tanto tempo tinha trabalhado para destruir".

    John Newton nunca esqueceu que era um pecador perdoado; tampouco o fez Paulo. Tampouco nós devemos fazê-lo. Faz bem ao

    homem lembrar seus pecados, porque o resguarda da soberba espiritual.

    1. A lembrança de seu pecado era a forma mais segura para manter viva sua gratidão. Lembrar aquilo pelo qual fomos perdoados é a forma

    mas segura de manter acordado nosso amor e nossa gratidão por Jesus Cristo.

    F. W. Boreham nos conta a respeito de uma carta que o ancião puritano, Thomas Googwin, escreveu a seu filho: "Quando me via

    ameaçado de ficar frio em meu ministério, e quando sentia chegar a manhã do domingo sem que meu coração se enchesse de assombro com a graça de Deus, ou quando me estava preparando para administrar a

    Ceia do Senhor, sabe o que estava acostumado a fazer? Costumava percorrer de cima abaixo os pecados de minha vida passada, e sempre me desabava com meu coração quebrantado e contrito, preparado para

    pregar, como se prego no começo, o perdão dos pecados". "Penso que jamais subi a escada do púlpito" disse, "sem parar por um momento ao

    pé da mesma e percorrer de cima abaixo os pecados de meus anos passados. Creio que nunca planeje um sermão sem dar uma volta ao redor da mesa de meu estudo e olhar para trás, aos pecados de minha juventude e de toda minha vida até o presente; e muitos domingos à manhã, quando minha alma tinha estado fria e estéril, pela falta de oração durante a semana, uma percorrida à minha vida passada antes de chegar ao púlpito sempre quebrava meu duro coração e me aproximava do evangelho para minha própria alma antes de começar a pregar".

    Quando pensamos em como ferimos a Deus, àqueles que nos amam e aos nossos semelhantes, e quando lembramos como Deus e os homens nos perdoaram, essa lembrança deve avivar a chama da gratidão em nossos corações.

    1. A lembrança de seu pecado o levava constantemente a esforçar— se mais. É verdade que nenhum homem pode ganhar a aprovação de

    Deus, e que nunca pode merecer seu amor; mas também é verdade que não pode deixar nunca de tentar fazer algo para demonstrar quanto aprecia o amor e a misericórdia que o têm feito o que é. Quando amamos

    a alguém, não podemos deixar de demonstrar nosso amor. Fazemo-lo natural e instintivamente. Quando lembramos quanto nos ama Deus e quão pouco o merecemos, quando lembramos que Jesus Cristo foi

    pendurado e padeceu no Calvário por nós, então nos sentimos levados a nos esforçar para dizer Deus que temos consciência do que Ele fez por nós, e demonstrar a Jesus Cristo que seu sacrifício não foi em vão.

    1. A lembrança de seu pecado estava destinado a ser de constante

    estímulo a outros. Paulo utiliza uma frase e uma descrição vívidas. Diz que o que aconteceu com ele era uma espécie de exemplo do que ia acontecer com aqueles que aceitassem a Cristo nos dias vindouros. A palavra que utiliza é hupotyposis. Significa um esboço, um primeiro rascunho, um modelo preliminar. É como se Paulo tivesse dito: "Olhem o que Cristo fez comigo! Se alguém como eu pode ser salvo, então ainda há esperança para qualquer pessoa".

    Tomando o exemplo de um homem que estivesse seriamente doente e tivesse que passar por uma operação muito perigosa, o estímulo maior para ele seria encontrar-se falar com alguém que tivesse passado pela mesma operação e que se tivesse curado por completo. Paulo não escondia vergonhosamente sua história; divulgava-a para que outros a conhecessem e tivessem ânimo e se sentissem cheios com a esperança de que a graça que tinha mudado a Paulo pudesse mudá-los também.

    Paulo não tentava esquecer seus pecados. Como Grande Coração dizia aos meninos cristãos: "Devem saber que a "Planície do

    Esquecimento é o lugar mas perigoso de todos". Paulo negava-se a esquecer seu pecado, porque cada vez que lembrava a grandeza de seu

    pecado, também se lembrava da grandeza bem maior de Jesus Cristo. Não é que refletisse insanamente sobre o pecado; ele o lembrava para despertar a alegria na grandeza da graça de Jesus Cristo.

    O MANDATO QUE NÃO SE PODE NEGAR

    1 Timóteo 1:18-20

    A primeira seção desta passagem está muito comprimida. O que há atrás dela é o seguinte. Deve ter havido uma reunião dos profetas da Igreja. Os profetas eram homens que se sabia que estavam dentro da

    confiança e o conselho de Deus. “Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3:7). Esta reunião dos profetas considerou a situação

    que estava ameaçando à Igreja e chegou à conclusão de que Timóteo era o homem que devia enfrentá-la. Podemos ver os profetas agindo exatamente da mesma maneira em 13 1:44-13:3'>Atos 13:1-3. Nesse momento a Igreja

    se enfrentava com a grande decisão de levar ou não a mensagem do evangelho aos gentios; e a mensagem do Espírito Santo chegou aos profetas dizendo: “Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13:2). Isso era o que tinha acontecido a

    Timóteo. Tinha sido assinalado pelos profetas como o homem que podia

    mediar na situação da Igreja. Bem pode ser que Timóteo retrocedesse em face da enormidade da tarefa que devia enfrentar, e nesta passagem Paulo lhe dá ânimo e o inflama com certas considerações.

    1. Paulo lhe diz: "Você é um homem escolhido e não pode rechaçar sua tarefa".

    Algo semelhante aconteceu ao John Knox. Tinha estado ensinando em St. Andrews. Supunha-se que ensinava em particular mas assistiam muitos, porque obviamente era um homem que tinha uma mensagem. De

    modo que o povo insistia para "que se dedicasse à pregação. Mas ele negava-se categoricamente alegando que não iria onde Deus não lhe havia chamado... Perante o qual se reuniram privadamente em conselho,

    estando com eles Sir David Lindsay e chegaram à conclusão de lhe dar uma acusação ao nomeado John, o que fariam publicamente pela boca de seu pregador".

    John Knox foi um homem eleito, e entretanto vacilava em tomar uma responsabilidade tão tremenda. Chegou no domingo e John estava na 1greja e pregava John Rough, o pastor. "O pregador chamado John

    Rough dirigiu suas palavras ao chamado John Knox, dizendo: Irmão, não se ofenda, se lhe disser o que me foi encomendado, por parte de todos os que estão aqui presentes, que é o seguinte: Em nome de Deus, e de Seu

    Filho Jesus, e no nome de todos os que lhe chamam por minha boca, ordeno-lhe que não rechace esta vocação sagrada, mas sim... que aceite o posto e a responsabilidade de pregar, ainda que pareça que você busca evitar o desagrado de Deus, e deseja multiplicar suas graças para com

    você. E no final disse a presentes: Não foi isto o que me ordenaram: E acaso não aprovam esta vocação? Eles responderam: Assim é; e o passamos. Diante disto o nomeado John, confundido, rompeu em

    abundantes lágrimas, retirou-se a seu quarto. Seu aspecto e comportamento, deste dia até o dia em que foi obrigado a apresentar-se no lugar público para pregar, declaravam suficientemente a aflição e

    preocupação de seu coração; porque ninguém viu signos de júbilo nele, e nem sequer queria acompanhar a ninguém por muitos dias".

    John Knox foi eleito, não queria responder ao chamado; mas teve que fazê-lo, porque o chamado provinha-lhe Deus. Anos depois o Regente Morton pronunciou seu famoso epitáfio junto à tumba de John Knox: "Com relação a que levou a mensagem de Deus, a quem deve dar conta disso, ele (ainda que era uma criatura fraca, sem valor e um homem temeroso) não tinha medo das caras dos homens". A consciência de ter sido escolhido lhe dava coragem. De modo que Paulo diz a Timóteo: "Foste escolhido, não pode trair a Deus e aos homens". A cada um de nós chega a escolha de Deus; e quando somos chamados para trabalhar para Ele, não devemos nos negar.

    1. Pode ser que Paulo lhe estivesse dizendo a Timóteo: "Timóteo, seja fiel a seu nome". O nome Timóteo — sua forma completa é

    Timotheos — está composto por duas palavras gregas: timé que significa

    honra, e theos que significa Deus. O próprio nome Timóteo significa

    honra a Deus. É como se Paulo dissesse a Timóteo: "Timóteo, vive de acordo com o seu nome". Somos chamados pelo nome de cristãos, pertencentes ao povo de Cristo, e devemos ser fiéis a esse nome.

    1. Finalmente, Paulo diz a Timóteo: "Você é um homem a quem foi confiada uma tarefa". “Este é o dever de que te encarrego”, diz Paulo. A palavra que Paulo usa para encarregar é paratithesthai. A palavra é

    usada para quando se confia algo muito valioso e prezado a alguém para que a guarde em segurança. Usa-se, por exemplo, para referir-se a fazer um depósito no banco, para confiar a uma pessoa o cuidado de outra. Sempre implica que se depositou confiança em alguém, e que essa

    pessoa será chamada a responder por ela. De modo que Paulo diz a Timóteo: "Timóteo, estou pondo em suas mãos um depósito sagrado. Tenha cuidado para não falhar". Deus depositou sua confiança em nós.

    pôs em nossas mãos sua honra e sua Igreja. Nós também devemos nos cuidar de não falhar.

    ENVIADO AO COMBATE DE DEUS

    1 Timóteo 1:18-20 (continuação)

    O que é, então, confiado a Timóteo? E com que propósito é enviado? Ele é enviado a combater o bom combate. Descrever a vida

    como um combate sempre foi fascinante para o pensamento dos homens. Máximo de Tiro disse: "Deus é o general; a vida é o combate; o homem é o soldado". Sêneca disse: "Meu querido Lúcio, para mim viver é ser

    um soldado". Quando um homem se convertia em crente da deusa Isis, e era iniciado nos Mistérios relacionados com o nome da deusa, era convocado da seguinte maneira: "Inscreve-te no exército sagrado de

    Isis".

    Aqui há três coisas que devemos notar:

    1. Não somos chamados a uma batalha; somos chamados a um

    combate, a uma campanha. A vida é uma longa campanha; um serviço do qual não há substituição. A vida não é uma luta curta e aguda depois

    da qual o homem pode deixar suas armas e descansar em paz; até o final dos dias a vida é uma combate interminável. Para mudar a metáfora, a

    vida não é uma carreira curta e rápida; é uma maratona. É ali onde entra o perigo da vida. É necessário estar sempre em guarda e vigilante. "A vigília eterna é o preço da liberdade".

    As tentações da vida, as coisas equivocadas da vida, nunca deixam seu ataque e sua busca de uma fenda na armadura do cristão. Na vida cristã não há períodos de descanso. Um dos perigos mais comuns da vida

    é que procedamos uma série de espasmos. Temos períodos de verdadeiro esforço e de real campanha, e depois períodos nos quais deixamos que as coisas se deslizem. Devamos lembrar que somos convocados a uma

    batalha que dura todo o tempo que dure a vida.

    1. Timóteo é enviado a uma bom combate. Mais uma vez nos encontramos com a palavra kalos, tão usada nas Pastorais. Esta palavra não só significa algo que é bom e forte; também significa algo que é

    puro, atrativo, simpático e belo. O soldado de Cristo não é um recruta

    que serve carrancudo, protestando contra sua vontade; é um voluntário que serve com uma certa cavalheiresca fidalguia. Não é um escravo do dever; é um servo da alegria.

    1. A Timóteo lhe ordena que leve duas armas como equipe.
    2. Deve levar a . Mesmo quando as coisas estejam mais escuras, deve ter fé na justiça essencial de sua causa, e fé no triunfo final de Deus. Foi a fé que sustentou John Knox quando se encontrava desesperado.

    Uma vez quando era escravo nas galeras, o barco aproximou-se de St. Andrews. Estava tão fraco que teve que ser levantado em velo para que pudesse ver. Mostraram-lhe a torre da igreja e lhe perguntaram se a

    conhecia. "Sim, conheço-a bem", disse, "e estou persuadido de que, embora agora pareça muito fraco, não deixarei esta vida até que minha língua glorifique Seu nome divino nesse lugar." Descreve seus

    sentimentos em 1554 quando teve que fugir do país para escapar à vingança de Maria Tudor, ''quando", como nos diz, "não só os não crentes, mas também até meus fiéis irmãos, sim, e eu mesmo, isto é, todo

    o entendimento natural, julgava que minha causa era irremediável." Logo continua: "A carne débil, oprimida pelo medo e a dor, desejava ser libertada, até aborrecendo e retirando-se da obediência. Oh irmãos

    cristãos, escrevo por experiência... Conheço as queixas e murmurações com que a carne se queixa; conheço a irritação, a ira, a indignação que concebe contra Deus, duvidando de todas suas promessas, e estando preparada a toda hora para falhar com Deus. Contra o qual só fica a fé."

    O soldado cristão necessita na hora mais escura a fé que não se diminui.

    1. Deve levar a defesa da boa consciência. O que quer dizer que, o soldado cristão deve ao menos tentar viver de acordo com seu próprio

    ensino e sua própria doutrina. Ao menos deve ser capaz de dizer: "Sempre busquei praticar o que prego e viver o que ensino." Nossa mensagem perdeu sua virtude se nossa consciência nos condenar

    enquanto falamos.

    UMA REPREENSÃO SEVERA

    1 Timóteo 1:18-20 (continuação)

    A passagem fecha com uma repreensão severa a dois membros da Igreja cristã que tinham blasfemado contra a Igreja, entristecido a Paulo,

    e afundado suas próprias vidas. Himeneu volta a ser mencionado em 2Tm 2:172Tm 2:17; e Alexandre bem pode ser o Alexandre que é referido em 2Tm 4:14. Paulo tem três queixas contra estes homens.

    1. Tinham rechaçado a guia da consciência. Tinham permitido que seus próprios anelos e desejos falassem com mais poder e persuasão que a voz de Deus. Faziam com que sua vontade, e não a de Deus,

    dirigisse suas vidas.

    1. Inevitavelmente tinham caído em más práticas. Visto que tinham abandonado a Deus, suas vidas se converteram em algo sórdido, degradado e sem valor. Quando Deus vai embora da vida, a beleza

    também se vai com Ele.

    1. Tinham começado a ensinar falsidades. Mais uma vez é quase inevitável. Quando um homem toma o caminho equivocado, seu

    primeiro impulso é encontrar justificações e desculpas para si mesmo. Toma os ensinos cristãos e os torce e tergiversa para sua conveniência. No que é correto encontra argumentos sutis e perversos para justificar o

    equivocado. Encontra argumentos nas palavras de Cristo para justificar o caminho do diabo. No momento em que um homem desobedece a voz da consciência, sua conduta se degrada e seu pensamento se tergiversa.

    Assim, pois, Paulo continua dizendo que os entregou "a Satanás". Qual é o significado desta frase terrível? Não podemos estar seguros do que significa, mas há três possibilidades.

    1. Pode ser que esteja pensando na prática judia da excomunhão. De acordo com o praticado nas sinagogas, se um homem fazia o mal em primeiro lugar era repreendido publicamente. Se isso fosse ineficaz, era expulso da sinagoga por trinta dias. Se ainda continuava obstinado

    em não arrepender-se, era posto sob um bando que o convertia numa

    pessoa maldita, desterrada da sociedade dos homens e de comunhão com Deus. Em tal caso era bem possível dizer que o homem era entregue a Satanás.

    1. Paulo pode querer dizer que os expulsou da igreja, deixando-os livres no mundo. Numa sociedade pagã era inevitável que os homens

    estabelecessem uma linha dura e segura entre a Igreja e o mundo. A Igreja era o território que estava sob o império de Satanás. A frase pode

    significar que estes dois agitadores da Igreja foram abandonados ao mundo.

    1. Há uma terceira explicação que é a mais provável das três. Sustentava-se que Satanás era o responsável pelo sofrimento e pela dor

    humanas. Na Igreja de Corinto havia um homem que tinha sido culpado do terrível pecado de incesto. Paulo aconselhou que esse homem fosse entregue a Satanás "para destruição da carne, a fim de que o espírito seja

    salvo no dia do Senhor Jesus" (1Co 5:51Co 5:5). A idéia é que Igreja devia orar para que algum castigo caísse no homem de modo que, pela dor de seu corpo, pudesse recuperar o sentido. No caso de Jó foi Satanás

    que lhe trouxe o sofrimento físico ( 2:6-7). No Novo Testamento mesmo lemos o final terrível de Ananias e Safira (At 5:5, At 5:10), a cegueira que caiu sobre Elimas porque se opôs ao evangelho (Atos

    At 18:11). Bem pode ser que Paulo orasse para que estes dois homens fossem submetidos a algum castigo especial do céu, que fosse para eles uma advertência e um castigo.

    Isto é tão mais provável porque a esperança de Paulo não é que estes homens fossem anulados .e destruídos, mas sim fossem libertados de sua maldade por meio da disciplina. Para Paulo, como deveria ser para nós, o castigo nunca era uma vingança reivindicativa; era sempre

    uma disciplina que remediava. Seu fim nunca era ferir; sempre buscava curar.


    Dicionário

    Amém

    interjeição Assim seja; palavra de origem hebraica, usada na liturgia para expressar aprovação em relação a um texto de fé, normalmente no final das orações, preces: amém, disseram os fiéis.
    substantivo masculino [Informal] Ação de concordar sem se questionar; consentimento ou aprovação: o diretor disse amém para o projeto!
    Não confundir com "amem", de amar: que eles amem essa nova música.
    Etimologia (origem da palavra amém). Do hebráico amén/ pelo latim amen.

    Advérbio hebraico, formado de umaraiz, que significa ‘assegurar, firmar’, e por isso é empregado no sentido de confirmar o que outrem disse. Amém – assim seja. 1. No Antigo Testamento aceita e ratifica uma maldição (Nm 5:22Dt 27:15-26Ne 6:13), e uma ordem real (1 Rs 1,36) – e uma profecia (Jr 28:6) – e qualquer oração, especialmente no fim de uma doxologia (Ne 8:6) – e constitui resposta do povo às doxologias, que se acham depois dos primeiros quatro livros de salmos (41.13 72:19-89.62, 106.48 – *veja 1 Cr 16.36). Este costume passou dos serviços religiosos da sinagoga para o culto cristão. 2. No Novo Testamento:
    (a): Emprega-se no culto público 1Co 14:16). A doxologia e o Amém que fecham a oração dominical em Mt 6:13 são, sem dúvida, devidos ao uso litúrgico da oração.
    (b): Este modo de responder com Amém generalizou-se, para confirmar orações individuais e de ação de graças (Rm 1:25-9.6, 11.36 – Gl 6:18Ap 1:6-7, etc.)
    (c): Jesus costumava, de um modo particular, empregar o mesmo termo, quando se tratava de chamar a atenção para assunto de especial solenidade: ‘em verdade vos digo’ (Jo 1:61) ou ‘em verdade, te digo’ (literalmente é Amém), o que ocorre umas trinta vezes em Mateus, treze vezes em Marcos, seis vezes em Lucas, e vinte e cinco vezes no quarto Evangelho.
    (d): Em 2 Co 1.20 diz-se que se encontram em Cristo as promessas de Deus (Nele está o ‘sim’), e por meio Dele acham a sua confirmação e cumprimento (‘também por Ele é o amém’). No Ap 3:14 o próprio Salvador se chama ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ (*veja is 65:16, liter. ‘Deus de Amém’). o uso da palavra nos serviços da sinagoga cedo foi transportado para os cultos da igreja cristã 1Co 14:16), e disso fazem menção os Pais, como Justino Mártir, Dionísio de Alexandria, Jerônimo e outros.

    Amém Palavra hebraica que quer dizer “é assim” ou “assim seja”. Também pode ser traduzida por “certamente”, “de fato”, “com certeza” (Dt 27:15-26). É usada como um título para Cristo, que é a garantia de que Deus cumprirá as promessas que fez ao seu povo (Ap 3:14).

    Amém Palavra hebraica que significa “em verdade” e que também pode ser traduzida por “assim seja” ou “assim é”. No caso de Jesus, ocasionalmente, pode anteceder declarações que realcem seu caráter de profeta.

    Do hebraico amen, que significa “verdade”, “espere por isso” ou “que assim seja”.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Glória

    É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior

    Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8


    Glória
    1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm 4:21-22), a pessoas (Lc 2:32) ou a Deus (Sl 29:1); (Lc 2:14)

    2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl 19:1); (Is 6:3); (Mt 16:27); (Jo 1:14); (Rm 3:23). 3 O estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (1Co 15:42-54); (Fhp 3)

    Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex 16:10; 33,20; Lc 9:31-34). Para João, ela se encarnou em Jesus (Jo 1:14), o que confirma a afirmação de que este é Deus (Jo 1:1;20,28).

    honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV,
    95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV,
    96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.

    substantivo feminino Honra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais.
    Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus.
    Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus.
    Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória.
    Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time.
    [Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração.
    Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.

    Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co 2:8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a brilho ou esplendor (Lc 2:9).

    Honra

    substantivo feminino Princípio de conduta de quem é virtuoso, corajoso, honesto; cujas qualidades são consideradas virtuosas.
    O sentimento próprio dessa pessoa: manteve a honra como presidente.
    Posição de destaque: diretor de honra.
    Ação de adorar ou cultuar uma divindade ou santo; adoração: celebração em honra de Santa Rita de Cássia.
    Característica daquela que é pura ou casta; castidade.
    Comportamento que denota consideração: a honra de uma dança.
    substantivo feminino plural Respeito por pessoas que merecem destaque; homenagem: o professor é digno de todas as honras.
    expressão Dama de Honra. Designação da criança, geralmente menina, que carrega as alianças na cerimônia de casamento; daminha.
    Etimologia (origem da palavra honra). Forma regressiva de honrar.

    Honra
    1) Respeito próprio que resulta em um bom nome e na estima pública (Pv 3:35); (Rm 2:7)

    2) Homenagem às qualidades de alguém (Et 6:3); (Rm 13:7). 3 Salário (1Tm 5:17), RC).

    4) “Preferir em honra” quer dizer alguém dar preferência aos outros, estimando-os acima de si mesmo (Rm 12:10); “vaso ou utensílio para honra” quer dizer “instrumento para propósitos

    Imortal

    adjetivo Que não pode morrer, que não está sujeito à morte: deuses imortais.
    Que dura por toda a eternidade; sem fim: o sentimento de amor de uma mãe pelo seu filho devia ser imortal.
    Que tende a sobreviver através dos tempos, permanecendo na memória de gerações posteriores: seus ensinamentos são imortais.
    Que se admira através dos séculos: o imortal poema de Camões.
    Figurado Aquilo cuja lembrança permanece na memória: glória imortal.
    substantivo masculino [Literatura] Membro da Academia Brasileira de Letras.
    substantivo masculino plural Os deuses do paganismo.
    substantivo masculino e feminino Botânica Aspecto comum a várias plantas da família das compostas, muito usadas como ornamentais.
    Etimologia (origem da palavra imortal). Etm, a palavra imortal deriva do latim “imortalis,e”, com o sentido de “não mortal”.

    do latim immortale, imortal, eterno, perpétuo, aquele que não morre. Todos os homens que vivem na face da Terra são mortais, menos os membros da Academia Francesa e da Academia Brasileira de Letras, imortais por definição.

    Imortal Que não morre (1Tm 1:17).

    Invisível

    adjetivo Que, por sua natureza, sua distância ou sua pequenez, escapa à vista: certas estrelas são invisíveis a olho nu.
    Que se esconde e não quer ser visto: um homem invisível.

    adjetivo Que, por sua natureza, sua distância ou sua pequenez, escapa à vista: certas estrelas são invisíveis a olho nu.
    Que se esconde e não quer ser visto: um homem invisível.

    Rei

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Seja

    seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

    Sempre

    advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
    De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
    Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
    De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
    Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
    Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
    conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
    substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
    Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.

    sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).

    único

    adjetivo Sem outro igual; que é só no seu gênero, na sua espécie: filho único.
    Muito superior aos demais; incomparável, ímpar: talento único.
    Que possui somente um; sem companhia: festa para um único participante.
    Que ocorreu somente um vez, sem anterior ou posterior; excepcional, exclusivo.
    Que não se pode comparar; incomparável.
    Etimologia (origem da palavra único). Do latim unicus.a.um.

    único adj. 1. Que é um só; que não tem igual em sua espécie ou gênero. 2. Excepcional. 3. Sem semelhante. 4. Superior aos demais; o melhor; a que nada se compara.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Timóteo 1: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ora, ao Rei da eternidade ①, imortal ②, invisível, ao único Deus sábio 1440, seja a honra e a glória para os séculos dos séculos! Amém.
    I Timóteo 1: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    67 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1391
    dóxa
    δόξα
    uma cidade levítica de Benjamim, atual ’El-Jib’, que se localiza a 8 quilômentros (ou 5
    (of Gibeon)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G165
    aiṓn
    αἰών
    para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    (ages)
    Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G3441
    mónos
    μόνος
    ()
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5092
    timḗ
    τιμή
    lamento, lamentação, cântico de lamentação
    (and wailing)
    Substantivo
    G517
    aóratos
    ἀόρατος
    mãe
    (his mother)
    Substantivo
    G862
    áphthartos
    ἄφθαρτος
    incorruptível, não sujeito à corrupção ou decadência, imperecível
    (imperishable)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G935
    basileús
    βασιλεύς
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δόξα


    (G1391)
    dóxa (dox'-ah)

    1391 δοξα doxa

    da raíz de 1380; TDNT - 2:233,178; n f

    1. opinião, julgamento, ponto de vista
    2. opinião, estimativa, seja boa ou ruim, a respeito de alguém
      1. no NT sempre opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória
    3. esplendor, brilho
      1. da lua, sol, estrelas
      2. magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça
      3. majestade
        1. algo que pertence a Deus
        2. a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade
        3. algo que pertence a Cristo
          1. a majestade real do Messias
          2. o interior absolutamente perfeito ou a excelência pessoal de Cristo; a majestade
        4. dos anjos
          1. como transparece na sua aparência brilhante exterior
    4. a mais gloriosa condição, estado de exaltação
      1. da mesma condição de Deus Pai no céu, para a qual Cristo foi elevado depois de ter concluído sua obra na terra
      2. a condição de gloriosa bem-aventurança à qual os cristãos verdadeiros entrarão depois do retorno do seu Salvador do céu

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    αἰών


    (G165)
    aiṓn (ahee-ohn')

    165 αιων aion

    do mesmo que 104; TDNT - 1:197,31; n m

    1. para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    2. os mundos, universo
    3. período de tempo, idade, geração

    Sinônimos ver verbete 5921


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    μόνος


    (G3441)
    mónos (mon'-os)

    3441 μονος monos

    provavelmente de 3306; adj

    1. sozinho (sem companhia), desamparado, destituído de ajuda, sozinho, único, somente


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    τιμή


    (G5092)
    timḗ (tee-may')

    5092 τιμη time

    de 5099; TDNT - 8:169,1181; n f

    1. avaliação pela qual o preço é fixado
      1. do preço em si
      2. do preço pago ou recebido por uma pessoa ou algo comprado ou vendido
    2. honra que pertence ou é mostrada para alguém
      1. da honra que alguém tem pela posição e ofício que se mantém
      2. deferência, reverência

    ἀόρατος


    (G517)
    aóratos (ah-or'-at-os)

    517 αορατος aoratos

    de 1 (como partícula negativa) e 3707; TDNT - 5:368,706; adj

    1. despercebido, ou que não pode ser visto, p.e. invisível

    ἄφθαρτος


    (G862)
    áphthartos (af'-thar-tos)

    862 αφθαρτος aphthartos

    de 1 (como partícula negativa) e um derivado de 5351; TDNT - 9:93,1259; adj

    1. incorruptível, não sujeito à corrupção ou decadência, imperecível
      1. de coisas
    2. imortal
      1. do que morreu mas ressuscitou

    Sinônimos ver verbete 5886


    βασιλεύς


    (G935)
    basileús (bas-il-yooce')

    935 βασιλευς basileus

    provavelmente de 939 (através da noção de fundamento do poder); TDNT - 1:576,97; n m

    1. líder do povo, príncipe, comandante, senhor da terra, rei