Enciclopédia de Mateus 15:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 15: 22

Versão Versículo
ARA E eis que uma mulher cananeia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada.
ARC E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
TB Uma mulher cananeia, que tinha vindo daquelas regiões, clamava: Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada.
BGB καὶ ἰδοὺ γυνὴ Χαναναία ἀπὸ τῶν ὁρίων ἐκείνων ἐξελθοῦσα ⸀ἔκραζεν λέγουσα· Ἐλέησόν με, κύριε ⸀υἱὸς Δαυίδ· ἡ θυγάτηρ μου κακῶς δαιμονίζεται.
HD Eis que uma mulher cananeia, que saíra daquele território, gritou, dizendo: Senhor! Filho de Davi! Tem misericórdia de mim, minha filha está horrivelmente endaimoniada.
BKJ E, eis que uma mulher cananeia, vindo daquelas regiões, gritou para ele, dizendo: Tenha misericórdia de mim, ó Senhor, Filho de Davi; minha filha está severamente atormentada por um demônio.
LTT E eis que uma mulher cananeia, havendo vindo proveniente- de- junto- daquelas cercanias, clamou a Ele, dizendo: "Tem Tu misericórdia de mim, ó Senhor, ó Tu o Filho de Davi, porque a minha filha está miseravelmente endemoniada!"
BJ2 E eis que uma mulher cananéia, daquela região,[c] veio gritando: "Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: a minha filha está horrivelmente endemoninhada".
VULG Et ecce mulier chananæa a finibus illis egressa clamavit, dicens ei : Miserere mei, Domine fili David : filia mea male a dæmonio vexatur.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 15:22

Salmos 4:1 Ouve-me quando eu clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.
Salmos 6:2 Tem misericórdia de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados.
Salmos 45:12 E a filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor.
Ezequiel 3:6 nem a muitos povos de estranha fala e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos.
Mateus 1:1 Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão.
Mateus 3:8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento
Mateus 4:24 E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.
Mateus 9:27 E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando e dizendo: Tem compaixão de nós, Filho de Davi.
Mateus 17:15 Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e, muitas vezes, na água;
Mateus 20:30 E eis que dois cegos, assentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós.
Mateus 22:42 dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi.
Marcos 7:25 porque uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.
Marcos 9:17 E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo;
Lucas 17:13 E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!
Lucas 18:13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Lucas 18:38 Então, clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
João 7:41 Outros diziam: Este é o Cristo; mas diziam outros: Vem, pois, o Cristo da Galileia?


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 15 : 22
território
Lit. “limite, fronteira”.

Mateus 15 : 22
endaimoniada
Lit. “sob a ação dos daimon”. (δαιμονίζεται)Trata-se dos obsedados, pessoas sujeitas à influência perniciosa de espíritos sem esclarecimento, magoados ou malévolos, razão pela qual se optou pela transliteração do termo grego.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

31 ou 32 d.C.

Região de Cafarnaum

Ilustrações sobre o Reino

Mt 13:1-53

Mc 4:1-34

Lc 8:4-18

 

Mar da Galileia

Acalma tempestade

Mt 8:18-23-27

Mc 4:35-41

Lc 8:22-25

 

Região de Gadara

Manda demônios para os porcos

Mt 8:28-34

Mc 5:1-20

Lc 8:26-39

 

Provavelmente Cafarnaum

Cura mulher que tinha fluxo de sangue; ressuscita filha de Jairo

Mt 9:18-26

Mc 5:21-43

Lc 8:40-56

 

Cafarnaum (?)

Cura cegos e mudo

Mt 9:27-34

     

Nazaré

Novamente rejeitado em sua cidade

Mt 13:54-58

Mc 6:1-5

   

Galileia

Terceira viagem à Galileia; expande a obra enviando apóstolos

Mt 9:35–11:1

Mc 6:6-13

Lc 9:1-6

 

Tiberíades

Herodes corta a cabeça de João Batista; fica perplexo com Jesus

Mt 14:1-12

Mc 6:14-29

Lc 9:7-9

 

32 d.C., perto da Páscoa (Jo 6:4)

Cafarnaum (?); lado NE do mar da Galileia

Apóstolos voltam da pregação; Jesus alimenta 5 mil homens

Mt 14:13-21

Mc 6:30-44

Lc 9:10-17

Jo 6:1-13

Lado NE do mar da Galileia; Genesaré

Povo quer fazer de Jesus rei; anda sobre o mar; cura muitas pessoas

Mt 14:22-36

Mc 6:45-56

 

Jo 6:14-21

Cafarnaum

Diz que é “o pão da vida”; muitos ficam chocados e o abandonam

     

Jo 6:22-71

32 d.C., depois da Páscoa

Provavelmente Cafarnaum

Tradições invalidam a Palavra de Deus

Mt 15:1-20

Mc 7:1-23

 

Jo 7:1

Fenícia; Decápolis

Cura filha de mulher siro-fenícia; alimenta 4 mil homens

Mt 15:21-38

Mc 7:24–8:9

   

Magadã

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 15:39–16:4

Mc 8:10-12

   

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wesley Caldeira

mt 15:22
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11444
Capítulo: 4
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Gens é o grupo formado de famílias que descendem de um antepassado comum de origem pura. (COULANGES, 1998, p. 577.)
Uma das vertentes consagradas do Judaísmo sustentava que o Messias deveria pertencer à linhagem de Davi.
A palavra hebreu significa andarilho ou “aquele que atravessa para o outro lado”. (BLAINEY, 2009, p. 95.) Os patriarcas hebreus são apresentados pela Bíblia como uma grande família, deslocando com seus rebanhos e bens, seminômades, pela Idade do Bronze (entre 2000 e 1500 a.C.). Tabuinhas de argila encontradas em escavações referem-se a eles como amuru, que significa: “homens” (am) e “ocidente” (uru), pois habitavam o lado ocidental da Mesopotâmia, a oeste do rio Eufrates.
A história começa quando Abraão é orientado pelo Espírito Iahweh a deixar Ur, uma das cidades mais importantes do mundo antigo, e dirigir-se para uma terra a ser revelada. (GÊNESIS, 12:1 a 3.) Ao fim de longa peregrinação, ele, e depois seu filho Isaque, parece sempre residir em Betel, Siquém, Hebron e Bersabea, ou seja, entre a Judeia e a Samaria do tempo de Jesus. Jacó, filho de Isaque, foge para escapar da cólera de seu irmão Esaú (por lhe ter usurpado a bênção da primogenitura — GÊNESIS, 27:1 a 45) e termina instalado no Egito, sob a proteção de seu filho José,

que fora vendido como escravo por seus irmãos e depois elevado a administrador geral do Egito. (GÊNESIS, 37 ao 46.)
O Antigo Testamento sugere que os outros onze filhos de Jacó e suas proles também se situaram no Egito: Rúben, o mais velho, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, Gade e Aser, Benjamim, Dã e Neftali (GÊNESIS, 46:8 a 25). Algumas décadas depois da morte de José, a descendência de Jacó é escravizada e utilizada na construção das cidades egípcias Pitom e Ramsés (ÊXODO, 1:8 a 14). Com Moisés, vem a libertação e o regresso à Palestina, e, com a liderança de Josué, inicia-se a conquista de Canaã, que se estendeu por sucessivos anos e batalhas.
Surgem as doze tribos de Israel, pois doze eram os filhos de Jacó.
Advém o período dos juízes e o início da monarquia (1100–1000 a.C.). Saul torna-se rei de Israel, mas depois da derrota para os filisteus, na batalha de Gelboé, ele comete suicídio.
Davi é eleito o novo rei, por volta do ano 1004 a.C., e promove expressivo crescimento político e militar. Recupera a independência de Israel, constitui um pequeno império e conquista Jerusalém, fazendo dela sua capital e introduzindo-a na história da raça e da humanidade, embora a área dessa cidade tenha sido ocupada pelo homem desde 4300 a.C. (SOTELO, 2003, p. 63.)
Salomão, filho de Davi, conduz o país ao apogeu. Hábil administrador, ele se torna também célebre por seus provérbios e poemas, por sua corte suntuosa e por construir o Templo para abrigar a Arca da Aliança,2 o que transformou Jerusalém numa cidade santa. Com sua morte, próximo de 928 a.C., o reino se divide em dois: o reino de Israel, unificando dez tribos ao Norte, ressentidas pelos pesados tributos do período de Salomão; e o reino de Judá, englobando duas tribos ao Sul. Israel com capital em Siquém; Judá com capital em Jerusalém.
Davi é mencionado nas páginas do Novo Testamento nas expressões filho de Davi e semente de Davi, ditas a Jesus ou sobre Jesus. Esses títulos foram empregados por pessoas diversas: o cego de Jericó (MARCOS, 10:47),

a mulher siro-fenícia (MATEUS, 15:22), os participantes da entrada triunfal em Jerusalém (MATEUS, 21:9).
O título garantia a pretensão messiânica de quem com ele era honorificado.
John Mackenzie (1983, p. 220) analisou as referências do apóstolo Paulo à descendência davídica de Jesus e concluiu que “a descendência real era um elemento fundamental ao caráter messiânico de Jesus, na visão da Igreja primitiva”. A carta à comunidade cristã fundada em Roma qualifica Jesus como da linhagem de Davi (ROMANOS, 1:3). A segunda carta enviada a Timóteo repete a afirmativa. (2 TIMÓTEO, 2:8.)
Último dos oito filhos de Jessé (de Belém), Davi pertencia à tribo de Judá, e foi apresentado ao rei Saul como músico.
Narra o Antigo Testamento (1 SAMUEL, 16: 14 a 16):
O espírito de Iahweh tinha se retirado de Saul, e um mau espírito, procedente de Iahweh, lhe causava terror, então os servos de Saul lhe disseram: Eis que um mau espírito vindo de Deus te aterroriza. Mande nosso senhor, e os servos que te assistem irão buscar um homem que saiba dedilhar a lira e, quando o mau espírito da parte de Deus te atormentar, ele tocará e tu te sentirás melhor.
Nada há de estranho no texto bíblico quando propõe que o Espírito perturbador havia sido enviado por Deus. Para a teologia do Antigo Testamento, Iahweh é a fonte do bem e do mal, e, por isso, Lúcifer não tinha autonomia para produzir o mal, sem a concordância de Iahweh, como também se vê no célebre episódio de Jó.
Davi adquiriu fama de herói militar ao abater Golias com uma funda3 e uma pedra. A partir daí, origina-se o ciúme e a profunda aversão de Saul por Davi, que passa a ser perseguido pelo rei. Muitas peripécias marcam a história do jovem guerreiro, tendo mesmo prestado serviços mercenários aos filisteus, grandes inimigos de seu povo. De pastor chegou a príncipe e se transformou no governante ideal de Israel.
Para Mackenzie (1983, p. 219):

Davi era o rei ideal porque realizou aquilo que se esperava de um rei e o fez melhor do que qualquer outro rei da tradição hebraica: unificou Israel; com seus êxitos militares, afastou os perigos externos; enriqueceu o seu povo; possibilitou ao israelita sentar-se à sombra de seu vinhedo e de sua figueira sem qualquer temor. Nenhum de seus sucessores o igualou nisso tudo.
A religião de Davi era igual à sua moralidade: a religião e a moral de um homem simples, ambicioso e violento. (MACKENZIE, 1983, p. 219.) Contudo, a tradição hebraica purificou quase completamente a imagem de Davi, diferenciando sobremaneira o mito do homem.
O trono de Israel é o de Judá, e o trono de Judá será sempre o de Davi; sua dinastia será eterna, conforme a profecia de Natã (2 SAMUEL, 7:12, 13,16):
E quando os teus dias estiverem completos e vieres a dormir com teus pais, farei permanecer a tua linhagem após ti, gerada das tuas entranhas e firmarei tua realeza. Será ela que construirá uma casa para meu nome [...]. A tua casa e a tua realeza subsistirão para sempre diante de mim, e o teu trono se estabelecerá para sempre.
A aliança Iahweh e Davi, segundo tradição judaica posterior, prosseguiria em seus descendentes, dentre os quais apareceria outro governante, mais poderoso que Davi, destinado a construir o reino ideal de Iahweh.
Assim, a descendência de Davi se transforma numa questão fundamental da fé messiânica.
Como Jesus se posicionava diante dessa questão?
Na terça-feira antecedente à sua prisão, após ser sabatinado no Templo por chefes dos sacerdotes e anciãos do povo, entre eles saduceus e fariseus, Jesus interrogou aos últimos (MATEUS, 22:41 a 46):
— “Que pensais a respeito do Cristo? Ele é filho de quem?” Responderam-lhe:

— “De Davi”.
A resposta era amplamente conhecida.
JEREMIAS, 23:5 profetizara: “Suscitarei a Davi um germe justo; um rei reinará e agirá com inteligência e exercerá na terra o direito e a justiça”.
Jesus, no entanto, replicou:
— “Como então Davi, falando sob inspiração, lhe chama Senhor, ao dizer: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: senta-te à minha direita [...]’?”
O trecho recitado pertence ao Salmo 110, atribuído a Davi. Sua interpretação messiânica era comumente aceita na época de Jesus.
Luís Alonso Schökel (BÍBLIA, 2000, p. 102, nota 22,41-46) salientou que a versão grega do salmo repete o termo Senhor, em grego, Kyrios. Mas a versão hebraica utiliza, respectivamente, os vocábulos Yhwh e ’adony. E esclareceu Schökel: “[...] o texto hebraico distingue Yhwh e ’adony
(o primeiro divino, o segundo não)”.
Nesse episódio, Jesus distingue a si próprio (’adony) de Deus (Yhwh), como em outros momentos: “A ninguém na terra chameis ‘Pai’, pois um só é o vosso Pai, o celeste” (MATEUS, 23:9). A tradição de chamá-lo Kyrios nascerá mais tarde, na Igreja primitiva.
Ele, por fim, silencia os fariseus com lógica irrespondível:
— “Ora, se Davi lhe chama Senhor, como pode ser seu filho?”
A conclusão induzida por Jesus é óbvia: o Messias é mais que simples descendente de Davi. (BÍBLIA, 2000, p. 102, nota 22, 41-46.)
Ernest Renan (2003, p. 256) bem analisou:
Seu reino celeste não tinha nada em comum com a lembrança de Davi, que preocupava a maioria dos judeus. Seu reino e a libertação que ele projetava eram de uma natureza completamente diferente.
Pelo menos nos três séculos iniciais, expressivos grupos cristãos e comentaristas se opunham à descendência real de Jesus, negando da mesma forma autenticidade às suas genealogias — como faziam os ebionitas, os hebreus, os nazarenos, e Taciano, Marcião, Teodoreto e Isidoro de Pelúsio. (RENAN, 2003, p. 258.)
Jesus em nenhuma circunstância se referiu a si próprio como filho de Davi. Também não desautorizou os que o chamaram filho de Davi, como no episódio do Cego de Jericó (MARCOS, 10:47). Silenciou em relação a várias ideias em moda na sua época, sem que isso importasse em sua adesão a elas. Mas, nessa questão especial, deixou uma interrogação:
— “Ora, se Davi lhe chama Senhor, como pode ser seu filho?”
Mateus asseverou que desse dia em diante ninguém se atreveu mais a interrogá-lo. Era inútil terçar com as armas da inteligência; só poderiam vencê-lo com a violência.
2 N.E.: Tabernáculo em que os hebreus guardavam as tábuas da lei de Moisés.
3 N.E.: Arma para arremessar pedras, balas, flechas etc. feita com uma correia ou corda dobrada, no centro da qual se coloca o que vai ser lançado.


Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 15:22
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 15:21-28


21. Partindo dali, Jesus retirou-se para os lados de Tiro e de Sidon.


22. E uma mulher cananeia, que tinha vindo daquelas regiões, gritava-lhe: "Compadecete de mim, senhor Filho de David! Minha filha está terrivelmente obsidiada"!


23. Mas ele não respondeu palavra. E chegando seus discípulos, rogaram-lhe dizendo: "Despede-a, porque vem gritando atrás de nós".


24. Mas Jesus, respondendo, disse: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel".


25. Contudo, aproximando-se prostrou-se diante dele, dizendo: "Senhor corre-me"!


26. ele respondeu, dizendo: "Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos".


27. Ela, porém, disse: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos".


28. Então, respondendo, disse-lhe Jesus: "ó mulher, é grande tua confiança! Faça-se contigo como queres". E desde aquela hora, sua filha ficou curada.


MC 7:24-30


24. levantando-se, saiu dali para as fronteiras de Tiro e de Sidon. E entrando na casa, quis que ninguém o soubesse, e não pode ocultarse.


25. Ouvindo, pois, (falar) a respeito dele, uma mulher cuja filhinha era obsidiada por um espírito atrasado, veio e prostrou-se a seus pés;


26. mas a mulher era grega, nativa da Sirofenícia; e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o espírito.


27. Mas Jesus lhe disse: "Deixa primeiro que se fartem os filhos; porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos".


28. Ela, porém, respondeu e disse-lhe: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos, debaixo da mesa comem as migalhas das crianças".


29. Então ele lhe disse: "Por esta palavra, vaite: o espírito já saiu de tua filha"


30. E tendo entrado em sua casa, ela achou a menina deitada na cama, tendo (dela) saído o espírito.


Neste episódio, observamos que Jesus se dirige para noroeste, penetrando o território da Fenícia, país não-israelita, na região de Tiro e Sidon. Mateus emprega o termo mere (uma parte) e Marcos usa horia, fronteira de um estado, município ou distrito.


A fama de Jesus já atingira essa região, tanto que se diz (cfr. MC 3:8) que peregrinos dessas duas cidades O foram ouvir à margem do lago.


A ida de Jesus não se prende à pregação da Boa-Nova, tanto que seu desejo era permanecer incógnito na casa de algum amigo, para conversar com seus discípulos na intimidade, longe do apelo das multid ões. Parece tê-lo conseguido, pois só é mencionado esse fato da mãe aflita que obtém a cura da filha.


Essa mulher é dita "cananeia" por Mateus, tendo em vista que nesse território foi estabelecida a primeira colônia de cananeus (cfr. GN 10:15). Marcos qualifica-a tecnicamente de siro-fenícia, ou seja, fen ícia da Síria (distinguindo-a dos fenícios da Líbia). Realmente, desde a conquista de Pompeu, a antiga Fenícia fora englobada na província domana da Síria. Marcos, que escrevia para os romanos, entra em maiores minúcias étnicas e geográficas, coisa supérflua para Mateus que, escrevendo para os israelitas, se satisfaz denominando-a "cananeia". Não obstante, como poderia tratar-se de uma israelita, embora nascida em país "pagão", o segundo evangelista especifica que ela era hellenís, isto é, "de fala grega".


Com esse termo, a essa época, distinguiam-se os não-israelitas, já que, para os israelitas, o mundo se dividia em duas partes: judeus e não-judeus (pagãos ou gentios).


Temos, portanto, o caso de uma criatura de religião diferente da que Jesus professava oficialmente (tal como o centurião romano). Nem por isso o Mestre a convida, sequer, a filiar-se ao judaísmo: para Ele, todos são filhos do mesmo Pai.


Mateus reproduz o primeiro apelo. Inicia a mulher suplicando compaixão para ela, já que a filha talvez fosse inconsciente do que com ela se passava: a mãe é que mais sofria com o caso. Comprende-se o título de "Senhor", mas é estranhável o epíteto de "Filho de David", na boca de uma pagã, mesmo que Sua fama tivesse já atravessado as fronteiras com esse apelativo.


Logo após é citado o motivo do pedido de socorro: achava-se sua filha (não é revelada a idade, embora Marcos use o diminutivo: thygátrion, "filhinha"), sofrendo de forte obsessão (talvez mesmo possessão total) e ela suplica o rabbi que a cure. À semelhança do centurião (cfr. MT 8:5-13, LC 7:1-10), ela solicita uma cura a distância, revelando um adiantamento evolutivo bem grande, que virá a ser comprovado pela continuação, com suas palavras de humildade sincera. Agostinho (Quaestiones Evangelicae,

1, 18, in Patrol. Lat. vol. 35, col. 1327) faz a mesma observação, concluindo: "as duas curas milagrosas que Jesus realizou, nessa menina e no servo do centurião, sem entrar em suas casas, são a figura de que as nações (os gentios) seriam salvos por força de sua palavra, sem serem honrados, como os judeus, com sua visita".


Jesus, que lá fora para descansar, apresenta um comportamento estranho, só explicável pelo desejo que tinha de demonstrar aos circunstantes, e deixar exemplo aos provindouros, de como deve alguém comportarse diante do não-atendimento de um pedido (de uma prece). Então, nada responde: continua impertérrito a caminhada, não tendo a mínima consideração ou, como diz o povo, "não dando confiança".


A primeira reação da pedinte é insistir na solicitação (cfr. LC 11:5-8), sem julgar-se diminuída nem ofendida com o silêncio, que parece depreciativo.


Aí ocorre a intervenção dos discípulos, que sugerem ao Mestre mandá-la embora, atendida ou não; e isso, não por amor a ela, mas para não serem incomodados. O princípio da "intercessão" está bem claramente estabelecido, aqui como em outros passos, embora apresente sempre esse ar de enfado, e o pedido intercessório seja sempre para mandar embora o importuno, ou de fazê-lo calar-se... Observese, de fato, o pormenor de jamais encontrarmos nos Evangelhos qualquer discípulo solicitando ao Mestre a realização de um fato extraordinário em benefício de quem quer que fosse (nem deles mesmos).


Ao contrário, quando qualquer ocasião se apresentava de situação difícil, ou eles sugeriam uma solução normal, ou declaravam não ser possível resolvê-la, deixando o Mestre isento de compromisso.


Jesus continuava ignorando a pedinte, e responde-lhe apenas indiretamente, falando a seus discípulos, como se ela ali não estivesse: "fui enviado somente para as ovelhas perdidas da casa de Israel".


Resistindo ao silêncio, superando a primeira negativa com humildade, ela insiste: "socorre-me, Senhor"!


A confiança permanecia vívida, firme, sólida e inabalável. É então que Jesus, levando até o fim a experiência, desfere o terceiro golpe, forte bastante para descoroçoar qualquer esperança, bastante fundo para arrasar os últimos resquícios do orgulho: "Não é bom tomar o pão dos filhos, para dá-lo aos cachorrinhos" ...


Vencendo a terceira negativa, numa demonstração de humildade sem hipocrisia, revelando de todo sua evolução, a estrangeira retruca com belíssima imagem, brilhante e literária, talvez com leve e alegre sorriso de esperança a bailar-lhe nos lábios: "mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair" ...


Impossível resistir-lhe mais! A humildade sincera vencera, segundo o princípio enunciado 600 anos antes pelo "Velho Mestre" (Lao Tse) no Tao Te King: "A doçura triunfa da dureza, a fraqueza triunfa da força" (n. º 36). Realmente, a Força é vencida pela fraqueza, cede o Poder diante da impotência, curvase o Super-Homem diante da fragilidade feminina: a mãe é atendida, beneficiando-se a filha da amplitude ilimitada do amor materno.


Resta-nos, apenas, analisar o epíteto de "cachorrinhos" (kynária) aplicado por Jesus à mãe cananeia.


Jerônimo afirma que Jesus classifica os não-judeus de "cães" (canes autem éthnici propter idololatriam dicuntur, Patrol. Lat. vol. 26, col. 110).


Não cremos tenha sido esta a intenção de Jesus, que seria inoportuna e ofensiva, denotando baixeza de caráter e falta da mais elementar educação, em relação a uma mãe aflita. Não podemos aceitar, inclusive, porque o elogio posterior desmentiria essa intenção. Se real fosse, o orgulho que lhe haveria provocado tal resposta fá-lo-ia manter sua atitude de desprezo até o fim, o que seria incompatível com Sua elevação espiritual.


O que se deduz de todo o andamento e do diminutivo "cachorrinhos", é que a frase foi dita com benevolente sorriso, como que a desculpar-se, mas desejando ser vencido, como o foi, para atendê-la. Além disso, não é uma depreciação, como se a comparasse a um "vira-lata" da rua. Antes, estabelece paralelo com os cachorrinhos carinhosamente tratados dentro de casa, ao lado dos filhos ("das criancinhas", como diz ela) e que comem da mesma comida dos filhos, apenas um pouco mais tarde. Daí a beleza da resposta: "mas antes da ração maior que lhes cabe, os cachorrinhos aproveitam as migalhas que caem da mesa dos filhos".


Monsenhor Louis Pirot ("La Sainte Bible", vol. IX. pág. 485), assim termina seu comentário a este trecho: "Deve citar-se o exemplo da siro-fenícia como modelo da prece susceptível de tudo obter, por ser feita com fé, humildade, confiança e perseverança. Tudo estava contra essa mulher, primeiro sua religião e sua raça, depois a atitude pouco animadora dos apóstolos, o silêncio e afinal a recusa de Jesus. Não obstante, pode dizer-se, ela esperou contra toda a esperança, e Sua prece foi ouvida".


Outra lição de grande profundidade (como todas!) é-nos apresentada neste episódio comovente.


Examinemos rapidamente os termos geográficos, a fim de descobrir, dentro do fato material apresentado, o simbolismo escondido sob o véu da letra.


Canaã exprime "negócio, comércio" ou, segundo Philon de Alexandria ("Os Sacrifícios de Abel e de Caim", n. º 90), "terra de agitação".


Tiro e Sidon significam respectivamente "força" e "caçada".


Síria e Fenícia têm o sentido de "elevado" e de "púrpura".


A individualidade retira-se para uma busca: quer encontrar uma alma, a fim de estabelecer contato místico com ela. Talvez, por isso, os evangelistas tenham ligado as duas cidades, dizendo "o território de Tiro e de Sidon". Na realidade essas duas cidades ficavam bem distantes uma da outra (cerca de quarenta quilômetros à vol d’oiseau). A união das duas, quando entre elas havia ainda, a meio caminho, a cidade de Sarepta, não deixa de ser estranha. Não seria um simbolismo para salientar que "viagem" tinha como objetivo uma "forte caçada", uma busca intensa?


Lá se encontra a alma de escol, verdadeira "púrpura elevada", vermelha de amor sublime e místico, embora mergulhada na "terra de agitação" dos negócios materiais.


O encontro desse intelecto privilegiado (a última resposta sua revela-lhe o notável desenvolvimento intelectual) com o Cristo, é de indiscutível beleza.


Apesar de procurada ("caçada ") pelo Cristo, o primeiro passo para o encontro efetivo é dado pelo" espírito", como não podia deixar de ser, em virtude do livre-arbítrio. Mas ele reconhece imediatamente o "Filho de David", e a ele se apega, suplicando seu auxílio para libertar-se (para libertar a filha bem-amada - o corpo de emoções) de terrível obsessão que a faz sofrer (que faz sofrer o intelecto).


O intelecto busca, então, o domínio das emoções, descontroladas por forças estranhas (meio ambiente, educação, etc.), sacudidas pelo espírito de ambição e pelos desejos desregrados, verdadeiramente obsidiadas. E o caminho único é o encontro com o Cristo Interno.


Não é fácil, porém. Embora residindo no âmago de nós mesmos, constitui tarefa árdua o encontro e a unificação com o Cristo. Aprendemos, então, a técnica da insistência humilde, que suplica com todas as forças de que é capaz, que ora em voz alta, que grita angustiadamente, suplicando socorro.


Os demais veículos (os "discípulos") aconselham que seja o intelecto persuadido a desistir de seu intento.


Mas ele persiste, apesar de tudo.


Como necessidade de experimentação, o Cristo diz que primeiro terão que ser atendidas "as ovelhas" perdidas da casa de Israel", ou seja, as individualidades religiosas já espiritualizadas. O intelecto, embora cultivado, precisa elevar-se mais, não permanecendo no nível personalístico animalizado ("cachorrinhos"), para que possa pretender alimentar-se com o pão sobressubstancial destinado aos" filhos", aos já espiritualizados.


Nessa ocasião é que o intelecto se revela realmente superior, porque humilde, e sai com aquela "tirada" maravilhosa: "embora ainda indigno, o intelecto come as migalhas que lhe chegam através da intuição".


Vencera, porque satisfizera a uma condição fundamental para o Encontro Místico: a HUMILDADE.


Pela humildade verdadeira e sincera, o homem sintoniza perfeitamente com a Divindade, a criatura identifica-se ao Criador, o Filho une-se ao Pai, o ser unifica-se à essência da Vida.


O Cristo manifesta-se, então, plenamente ao coração desse ser humilde, preparado, inteligente e ardoroso, cheio de fé e de amor; e nesse mesmo momento da unificação, "a filha é curada em sua casa", isto é, as emoções são controladas dentro de seu corpo físico.


Em todos os passos evangélicos o ensino é o mesmo: claro e cristalino límpido e sem discrepâncias.


Não é possível ocultar-se a verdade que transparece tão nítida, através de um simbolismo maravilhoso e diáfano.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39
C. CONTAMINAÇÃO CERIMONIAL VERSUS CONTAMINAÇÃO MORAL, Mt 15:1-20

Sobre esta seção, Carr escreve: "Estes vinte versículos resumem a grande questão do Novo Testamento, que existe entre a religião da letra com suas observâncias exterio-res, e a religião do coração, entre aquilo que Paulo chama de 'a justiça que é segundo a lei e a justiça que vem de Deus pela (ou alicerçada na) fé', Filipenses 3:9".15

  1. A Impureza Cerimonial (Mt 15:1-9)

Mais uma vez Jesus entrou em conflito com os fariseus. Dessa vez eles tinham o apoio dos escribas, ou doutores da Lei, de Jerusalém (1), que ficava a uma distância de cerca de cento e sessenta quilômetros (veja o mapa). É bem possível que eles fizes-sem parte de uma representação oficial do Sinédrio, enviada para questionar Jesus (cf. João 1:19).

Esses escribas queriam saber por que os seus discípulos haviam desobedecido à tradição dos anciãos (2). A importância dessa expressão é explicada por M'Neile: "Os `anciãos' eram os grandes mestres do passado e do presente...; a 'tradição' representava a lei oral, transmitida por eles, embora incompleta, e que mais tarde foi codificada no Mishna"."

A transgressão dos fariseus, que foi especificamente citada, era a seguinte: Não lavam as mãos quando comem pão." Isto não significa que os discípulos comessem com as mãos sujas, mas que eles não faziam o elaborado cerimonial de lavagem prescrito na tradição dos anciãos. Marcos explicou esse costume aos seus leitores romanos (Mac 7:2-4). Mateus assumiu que os seus leitores judeus o compreenderiam com facilidade.

O Senhor Jesus respondeu aos fariseus fazendo a seguinte pergunta: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição? (3) Depois, Ele explicou o que queria dizer fazendo o contraste entre o que Deus ordenou (4) e o que eles diziam (5). O quinto mandamento diz: Honra a teu pai e a tua mãe (cf. Êx 20:12). Também havia uma advertência para qualquer um que amaldiçoasse — a pala-vra grega significa literalmente "falar mal de" — seu pai ou sua mãe; tal pessoa deveria ser condenada à morte (Êx 21:17).

Os fariseus haviam se esquivado desse mandamento divino por meio da sua tradi-ção humana. Eles diziam que os filhos, que eram obrigados a cuidar de seus pais — um ponto extremamente importante para os orientais — podiam declarar que o dinheiro ne-cessário para o sustento deles seria dado como uma oferta (5), isto é, poderia ser dedica-do a Deus. Dessa forma eles ficavam isentos de cumprir sua obrigação legal (6) e "torna-vam nulo", "invalidavam" o mandamento de Deus através da tradição deles.

As implicações antiéticas e irreligiosas desse costume dos rabinos foram descritas por Carr: "Os escribas afirmavam que essas palavras, mesmo quando pronunciadas em uma situação de ira e de desrespeito para com os pais que precisavam de socorro, isenta-vam os filhos de seu dever natural; na verdade, deixava-os livres para não oferecê-lo. Por outro lado, elas também não o obrigavam realmente a dedicar a soma ao serviço de Deus ou do Templo".' M'Neile concorda com essa análise. Ele diz: "A verdadeira contribuição deles não era realmente contemplada, a soma era dedicada (isto é, ficava indisponível) apenas em relação aos pais, ou a outra pessoa, que esperasse recebê-la".19

Não é de admirar que Jesus chamasse os escribas de hipócritas (7). Para descrevê-los Ele citou (8-9) Isaías 29:13 (uma citação que se baseia mais na Septuaginta do que no texto hebraico).

  1. A Impureza Moral (Mt 15:10-20)

À multidão (10) Jesus explicou que não era o que entra pela boca que contamina, mas o que dela sai (11). O verbo vem de koinos, "comum", portanto, ele significa literal-mente "tornar comum". Mas como o adjetivo adquiriu o significado de "cerimonialmente impuro" (cf. Atos 10:14), o verbo passou a ter o significado de "contaminar" (no sentido cerimonial). Cristo declarou: "Não é o que você come que contamina a sua vida, mas o que você diz". Montefiore, um escritor judeu, expressou bem a lógica do que Jesus queria dizer. "Coisas não podem ser religiosamente puras ou impuras; somente as pessoas o podem ser. E as pessoas não podem ser contaminadas pelas coisas, mas somente por si mesmas quando agem de forma ímpia."'

Essa era uma escandalosa negação do judaísmo farisaico, que colocava sua maior ênfase na pureza cerimonial. Não é de admirar que os discípulos tenham informado o Mestre (12) de que os fariseus se escandalizaram. Sua resposta deixava implícito que esses críticos não haviam sido plantados por Deus; portanto, seriam arrancados (13). Ele os chamou de condutores cegos de outros cegos (14).

Em seguida, Pedro (15) pediu uma explicação dessa parábola — referindo-se, evi-dentemente, ao versículo 11. Uma parábola (parabole) foi usada aqui no estrito sentido de uma afirmação semelhante a uma parábola, isto é, fazendo uma comparação.

O Mestre expressou sua surpresa, e sem dúvida o seu desapontamento, porque nem os discípulos conseguiam ainda entendê-lo (16). Ele tentou tornar o assunto do versículo 11 um pouco mais claro, procurando aperfeiçoá-lo. O alimento tem um efeito apenas físico, e não espiritual (17). Mas o que vem do coração contamina uma pessoa (18). Embora o Senhor tenha mencionado a palavra boca pela quarta vez (cf. 11, 17), os versículos 19:20 deixam claro que Ele não está se referindo apenas às palavras de uma pessoa, mas também aos seus atos.

Maus pensamentos (19) parece ser uma expressão introdutória geral, seguida de seis outros plurais, para descrever as ações exteriores das pessoas. Mas todas elas se originam de atitudes erradas do coração. Os pecados são relacionados em uma seqüência muito semelhante à dos Dez Mandamentos. Nas Escrituras, as condições do coração são muito importantes. Elas representam o interior do homem, como Deus o vê, seu estado de espírito, sua imaginação, afeições, motivos básicos e objetivos. Quando esse "eu" inte-rior é pecador, ele se torna o manancial de todo o pecado na vida e na conduta das pesso-as. Nenhum homem consegue evitar totalmente a contaminação dos atos pecaminosos, a não ser que o manancial de seu caráter tenha se tornado puro. Foi exatamente com esse propósito que Cristo veio viver entre os homens.

D. MAIS MILAGRES, Mt 15:21-39

1. A Cura da Filha da Mulher Cananéia (15:21-28)

Depois de sua conversa com os fariseus, Jesus viajou em direção ao norte, para a costa — "região ou "distrito" — de Tiro e Sidom (21). Essas duas cidades estavam loca-lizadas na Fenícia (atualmente, o Líbano) que era um território gentílico (veja o mapa). Jesus desejava ficar sozinho com os seus discípulos para instruí-los.

Ao chegar, Ele foi procurado por uma mulher cananéia (22). Em Josué 5:12 a "terra de Canaã" (do Hebraico) aparece na versão da Septuaginta em grego como o "país dos fenícios". Essa mulher era estrangeira e pagã. No entanto, ela veio a Cristo. Marcos, que é o único outro autor que registrou esse episódio (Mc 7:24-30), diz que ela era "grega, siro-fenícia de nação". Portanto, as duas descrições estão essencialmente de acordo.

Ela vinha daquelas cercanias. Essa é uma palavra grega totalmente diferente da-quela que foi traduzida como costa, em algumas versões, no versículo 21. Aqui ela signi-fica literalmente "fronteiras" ou "limites". No versículo 21 ela consta, em várias versões, como "partes".

Essa mulher se dirigiu a Jesus da seguinte forma: Senhor, Filho de Davi, isto é, Messias. Ela pode ter estado entre aqueles que eram das "partes de Tiro e de Sidom", que tinham vindo ao Lago da Galiléia para ver Jesus (Mc 3:8). Agora ela implorava por mise-ricórdia. Sua filha estava miseravelmente endemoninhada, o que está de acordo com os originais gregos.

No início, Jesus não lhe respondeu palavra (23). Finalmente, os discípulos che-garam e começaram a pedir: "Despede-a, que ela vem gritando atrás de nós" (tradução literal). Eles estavam aborrecidos porque a mulher continuava a segui-los, "gritando" por ajuda. Provavelmente queriam que o Mestre fizesse o que ela pedia, para assim ficarem livres dela.

Ao responder, Cristo informou à suplicante que Ele havia sido enviado apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel (24). Primeiro com o seu silêncio e depois com uma afirmação direta, Ele rejeitou o pedido. Carr expressa corretamente o propósito de Cristo: "Por meio de sua recusa, Jesus estava testando a fé dessa mulher, para poder torná-la mais pura e profunda"."

Para não ser repelida, a mulher se aproximou e adorou-o — "ela se ajoelhou perante Ele" — implorando: Senhor, socorre-me (25). Este verbo significa auxiliar alguém que está pedindo socorro.

Aparentemente, a resposta de Jesus parece não ser nada menos que um insulto. Ele disse que não era apropriado (literalmente bom) pegar o pão dos filhos (dos judeus) e deitá-lo aos cachorrinhos (26).

Geralmente, os judeus chamavam os gentios de "cães", isto é, "impuros". Esta ex-pressão parece fora de propósito, saindo dos lábios de Cristo. Entretanto, a palavra grega significa "cachorrinhos". Como diz Morrison: "Nosso Salvador não estava se refe-rindo aos cães selvagens, violentos, imundos e sem dono que perambulavam pelas ci-dades do Oriente, mas aos cachorrinhos de estimação nos quais as crianças estão inte-ressadas e com os quais elas brincam".' Weatherhead também acredita que Jesus pode ter usado um tom de voz ou um certo olhar para dizer à mulher que com essa expressão Ele estava principalmente censurando os discípulos pela sua atitude mesquinha e na-cionalista."

A reposta da mulher foi, em todos os sentidos, notável. Ao invés de se ressentir por ter sido classificada como "cachorrinho" por parte de Cristo, ela aceitou a situação. Mas tirou dela o maior proveito possível. Tudo que pedia eram as migalhas que caem da mesa (27). Ela cria que essas migalhas iriam atender às suas necessidades. Em outras palavras, o poder do Mestre era tão grande, que não seria necessária uma parte expres-siva dele para expulsar o demônio do corpo da sua filha. Não é de admirar que Jesus tenha respondido: Ó mulher, grande é a tua fé (28). Seu pedido foi atendido de forma imediata e plena.

Esse incidente foi bem resumido por G. Campbell Morgan: "Contra o preconceito, ela veio; contra o silêncio, perseverou; contra a exclusão, prosseguiu; e contra a rejeição, ela venceu"."

  1. As Multidões São Curadas (Mt 15:29-31)

Depois de seu breve retiro com os discípulos, mesmo com as costumeiras interrup-ções, Jesus partiu e chegou ao pé do mar da Galiléia (29). Marcos (7,31) nos conta que Ele foi a Decápolis, a leste do lago, onde subiu a um monte e assentou-se para ensinar.

Grandes multidões vinham à sua procura, trazendo indivíduos coxos, cegos, mu-dos, aleijados e outros muitos (30). Isso nos dá alguma idéia da grande incidência de doenças e de calamidades naqueles dias onde não havia hospitais, e o número de médi-cos era bastante reduzido. Até hoje afirma-se que cerca da metade das crianças árabes que vivem nas cidades têm doenças nos olhos por falta de saneamento básico.

Jesus curou todos aqueles que se apresentaram. Isso despertou grande assombro e admiração entre o povo, levando as pessoas a glorificar a Deus (31).

  1. Mais de Quatro Mil Pessoas São Alimentadas (Mt 15:32-39)

Embora a alimentação de cinco mil pessoas tenha sido registrada nos quatro Evan-gelhos, este episódio só é encontrado em Mateus e Marcos (8:1-9). Uma multidão havia permanecido ao lado do Mestre durante três dias, e toda a comida havia sido consumida. Ele não estava disposto a mandar as pessoas embora em jejum (famintas), para que não desfalecessem a caminho de casa (32). Os discípulos protestaram, dizendo que não havia pão no deserto para alimentá-los (33). Tudo que tinham eram sete pães e uns poucos peixinhos (34), o equivalente a apenas alguns biscoitos e sardinhas.

A primeira coisa que Jesus fez foi mandar que a multidão se assentasse no chão (35). Esse verbo é diferente daquele usado em relação à alimentação das cinco mil pesso-as (14.19). No primeiro caso, a palavra significa literalmente "deitar", e aqui "cair de costas". A diferença essencial é pequena. Na verdade, as duas palavras querem dizer "reclinar". O Senhor "abençoou" o pão na ocasião em que alimentou mais de cinco mil pessoas, e aqui Ele deu graças (36).

O verbo é eucharisteo, e equivale à nossa moderna expressão "dar graças" quando estamos à mesa, prestes a fazer as nossas refeições. Depois, Jesus partiu os pães e os discípulos novamente serviram a multidão.

Dessa vez, eles juntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram (37). A palavra usada para cestos é diferente daquela que é usada em relação à alimentação das cinco mil pessoas (Mt 14:20). Naquele caso, entendemos que se tratava das cestas de lanche dos doze discípulos, enquanto aqui o significado é um cesto maior. Isso é sugerido pelo fato da mesma palavra ter sido usada para o cesto no qual os discípulos desceram Paulo pelo muro de Damasco (At 9:25). Provavelmente se tratasse de um cesto de pesca-dor, feito com cordas trançadas, e que podia carregar pelo menos um alqueire de cereais. Dessa forma, os sete cestos mencionados aqui podem ter acondicionado uma quantida-de muito maior de alimentos do que os "doze cestos" da ocasião anterior.

Dessa vez havia quatro mil homens (38), novamente Mateus (e não Marcos) acres-centa: além de mulheres e crianças.

Tendo despedido a multidão, Jesus entrou no barco — literalmente "subiu no bar-co" — e foi para as "fronteiras" de Magdala (39). Essa era a cidade de onde veio Maria Madalena. Estava localizada na fértil planície de Genesaré (cf. Mt 14:34). Os manuscritos gregos mais antigos trazem o termo "Magadã". Como a localização dessa última é desco-nhecida, fica fácil entender porque algum escriba a mencionou como a cidade de Madalena.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 15 versículo 22
Cananéia:
Originária daquela parte de Canaã, ou seja, da província romana da Síria (Mc 7:26 diz “siro-fenícia”); Mateus aplica o nome que no AT era dado à Palestina e aos seus habitantes pagãos.Mt 15:22 Filho de Davi:
Título messiânico; ver Mt 1:1,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39
*

15:2

tradição dos anciãos. Esta tradição (ou lei) oral era tida pelos fariseus como tendo autoridade igual à da lei escrita. Ela foi codificada como a Mishnah, no segundo século. Um de seus tratados especifica detalhes do lavar as mãos, tais como a quantidade de água a ser usada e quantas enxaguadas são necessárias, e assim por diante.

* 15.3-6

Jesus faz clara distinção entre as tradições humanas e os mandamentos divinos das Escrituras. Gostar de apelar para a tradição não deve suplantar ou obscurecer a própria Bíblia, nem os costumes devem ser elevados ao nível de lei divina. Ver "Legalismo", em Mt 23:4.

* 15:11

o que sai da boca. Aquilo que uma pessoa diz é reflexo ou produto daquilo que ela é interiormente (12.36-37, nota).

* 15:24

senão às ovelhas perdidas... de Israel. Antes da ressurreição, o "muro da separação" (Ef 2:14) ainda permanecia. Jesus veio como o Messias e herdeiro do trono de Davi. Jesus responde graciosamente só depois de ficar claro que a mulher não tinha a presunção de merecer a bênção prometida a Israel; pelo contrário, ela esperava o benefício das sobras daquelas bênçãos.

* 15:26

lançá-lo aos cachorrinhos. O contexto indica que estão em vista os animais de estimação, e não os de rua. A expressão não é equivalente ao insulto comum "cão gentio".

* 15.29-39

Marcos indica que estes eventos tiveram lugar em Decápolis (Mc 7:31), uma área predominantemente gentílica. Segue-se à história da mulher cananéia.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39
15.1, 2 Os fariseus e os líderes judeus foram de Jerusalém, o centro da autoridade judia, a examinar as atividades do Jesus. Por séculos, do retorno da cautividad de Babilônia, tinham agregada centenas de tradições religiosas às leis de Deus. Os fariseus e os professores da lei as consideravam todas de igual importância. Muitas tradições não são malotes em si. Certas tradições religiosas podem adicionar riqueza e significado à vida, mas não devemos cair na armadilha de dar por sentado que pelo fato de que nossas tradições tenham sido praticadas por anos devem ser promovidas ao nível de sagradas. A lei de Deus nunca troca e não requer adições. As tradições devessem nos ajudar a compreender melhor as leis de Deus e não constituir-se em leis em si mesmos.

15:5, 6 Esta prática era conhecida como Corbán (literalmente "oferenda"; veja-se Mc 7:11). Qualquer pessoa que fazia o voto do Corbán entregava o dinheiro destinado a manter aos pais para uma causa valiosa, usualmente ao templo. converteu-se em uma forma religiosa de marginar aos pais, desviando a responsabilidade dos filhos para eles. No exterior suas ações pareciam superiores (davam mais dinheiro para Deus), mas descuidavam o mandato de Deus que requeria cuidar das necessidades dos pais. Estes líderes religiosos passavam por cima o claro mandato de Deus de honrar aos pais.

15:8, 9 O profeta Isaías também criticou aos hipócritas em seu tempo (Is 29:13). Jesus aplicou suas palavras a estes líderes religiosos. Quando asseguramos honrar a Deus enquanto nossos corações estão longe Do, nossa adoração não tem significado. Não é suficiente atuar como religiosos. Nossas ações e atitudes devem ser sinceras. Se não o forem, as palavras do Isaías também nos descrevem.

15:9 Os fariseus sabiam muito a respeito de Deus mas não conheciam deus. Não é suficiente estudar a respeito da religião nem tampouco estudar a Bíblia. Terá que lhe responder a Deus.

15:11 Jesus se referia às regulações judias concernentes à comida e bebida. Estes versículos se poderiam parafrasear assim: "Um não se polui por comer uma comida que não foi bem inspecionada ou que não tenha tido os requisitos estabelecidos, mas sim pelo que alguém diz e pensa". Esta declaração ofendeu a quão fariseus estavam muitos pendentes do que o povo comia ou bebia.

15.13, 14 Jesus disse que deviam ignorar aos fariseus porque estavam cegos à verdade de Deus. Qualquer que escutasse seus ensinos corria o risco de adquirir cegueira espiritual também. Não todos os líderes religiosos são bons líderes cristãos. Assegure-se de que aqueles a quem escuta e dos quais aprende sejam pessoas com uma boa visão espiritual. Devem ensinar e viver os princípios da Bíblia.

15:15 Mais tarde, Pedro enfrentaria o assunto dos mantimentos proibidos (veja-as notas em 15.11 e At 10:9-15). Logo aprenderia também que nada deve ser barreira para proclamar o evangelho aos gentis (não judeus).

15.16-20 Fazemos tudo o que podemos para manter nossa aparência exterior atrativa, mas o que está em nosso coração é muito mais importante. O que sejamos por dentro (o que outros não podem ver) importa mais a Deus. Como é você por dentro? Quando as pessoas se convertem a Deus trocam e em seu interior são diferentes. O continuará lhes ajudando a que troquem se o pedem. Deus quer que procuremos pensamentos e motivações sões, não só boa alimentação e exercícios.

MINISTÉRIO EM FENÍCIA: depois de voltar a pregar no Capernaum, Jesus deixou Galilea para ir a Fenícia, onde pregou em Tiro e Sidón. A sua volta, cruzou a região do Decápolis, alimentou aos quatro mil junto ao mar, e em seguida se dirigiu a Magdala.

15:22 Esta mulher se menciona como sirofenicia no Evangelho do Marcos (7.26), indicando que era do território noroeste da Galilea, onde se achavam as cidades de Tiro e Sidón. Mateus a chama cananea, refiriéndose a seus antepassados, que eram inimigos do Israel. A audiência judia do Mateus compreenderia imediatamente o significado de que Jesus ajudasse a aquela mulher.

15:23 Os discípulos pediram ao Jesus que se livrasse da mulher porque os estava aborrecendo com seus lamentos. Não mostraram sensibilidade para suas necessidades nem compaixão por ela. É possível estar muito ocupado com assuntos espirituais ao grau de passar por cima as necessidades espirituais que existem a nosso redor, seja por prejuízos ou simplesmente por quão inconvenientes originam. Em lugar de aborrecer-se, esteja atento às oportunidades que o rodeiam. Mantenha-se receptivo à formosura da mensagem de Deus para todos e esforce-se em não desprezar aos que são diferentes a você.

15:24 As palavras do Jesus não contradizem a verdade de que a mensagem de Deus é para todos (Sl 22:27; Is 56:7; Mt 28:19; Rm 15:9-12). depois de tudo, Jesus ministró aos gentis em muitas ocasiões durante seu ministério. Simplesmente estava dizendo à mulher que os judeus tiveram a primeira oportunidade para aceitá-lo como o Messías porque Deus queria que eles apresentassem a mensagem de salvação ao resto do mundo (veja-se Gn 12:3). Jesus não a rechaçou. Jesus pôde ter querido provar sua fé ou pôde ter querido aproveitar a oportunidade para ensinar uma lição a respeito da disponibilidade da fé para todos.

15.26-28 Cão era um termo que os judeus pelo general aplicavam a tudo gentil, porque os judeus consideravam que os pagãos pareciam cães ao não receber a bênção de Deus. Jesus não estava degradando à mulher ao usar este termo a não ser refletindo a atitude dos judeus em contraposição com a sua. A mulher não discutiu. Usando as mesmas palavras do Jesus, esteve de acordo em ser considerada como cadela sempre que pudesse receber a bênção de Deus para sua filha. Ironicamente, muitos judeus perderam a bênção de Deus e a salvação porque rechaçaram ao Jesus e muitos gentis acharam salvação porque reconheceram ao Jesus.

15.29-31 Muitos foram levados ao Jesus por sanidade e O os sanou. Jesus ainda está disposto a curar vistas quebrantadas e nós podemos ser uma ponte entre a gente necessitada e Deus. Conhece alguém que necessite o toque curador do Jesus? Pode-os levar ao Jesus por meio da oração ou lhes explicando a razão de sua fé (1Pe 3:15). Logo deixe que Jesus obre neles.

15.32ss Esta alimentação de quatro mil é um milagre diferente do outro em que se alimentou a cinco mil (14.13-21), confirmado por Mc 8:19-20. Este foi o começo da expansão do ministério do Jesus entre os gentis.

15:33 Jesus já tinha alimentado a mais de cinco mil homens com cinco pães e dois peixes. Agora, em uma situação similar, os discípulos ficavam perplexos outra vez. Com que facilidade não rendemos em desespero quando enfrentamos situações difíceis. Como os discípulos, com freqüência esquecemos que se Deus nos cuidou no passado, fará o mesmo agora. Se está atravessando uma situação difícil, recorde o que O fez por você e confie em que o pode repetir.

15:39 Magdala se achava na costa oeste do Mar da Galilea. Também é conhecida como Dalmanuta (Mc 8:10). Desta região procedia María Madalena.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39
6. Fussing fariseus (15: 1-20)

1 Então chegaram a Jesus de Jerusalém fariseus e os escribas, dizendo: 2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? para eles lavam não nas mãos quando comem pão. 3 E, respondendo ele, disse-lhes: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? 4 Porque Deus disse: Honra teu pai e tua mãe, e que aquele que fala mal de pai ou mãe, que morra a morte. 5 Mas vós dizeis: Qualquer que disser a seu pai ou a sua mãe, Que com que tu poderias ter sido beneficiado por me é dado a Deus ; 6 ele não terá de honrar a seu pai. E fizestes vazio a palavra de Deus por causa de sua tradição. 7 Hipócritas, bem profetizou Isaías acerca de vós, dizendo:

8 Este povo honra-me com os lábios;

Mas o seu coração está longe de mim.

9 Mas em vão me adoram,

Ensinar como suas doutrinas que são preceitos dos homens.

10 E, chamando a si a multidão, e disse-lhes: Ouvi, e entendei: 11 Não é o que entra pela boca que contamina o homem; mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem. 12 Em seguida, vieram os discípulos, e disse-lhe: Sabes que os fariseus ficaram ofendidos, ouvindo eles isto dizer? 13 E ele, respondendo, disse: Toda planta que meu Pai celestial não plantou, será arrancada. 14 Deixai-os: são guias cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão em um buraco. 15 E Pedro, respondendo, disse-lhe: Declara-nos a parábola. 16 E ele disse: vós também, mesmo ainda sem entender? 17 Não compreendeis que tudo o que entra pela boca passa para o ventre, e é lançado fora o projecto? 18 Mas as coisas que sai da boca vem do coração; e isso contamina o homem. 19 Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias: 20 estas são as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não contamina o homem.

O fato de que os fariseus e os escribas viria todo o caminho de Jerusalém (cerca de uma centena de quilómetros) para ver Jesus mostra que Ele estava atraindo a atenção nacional. Enquanto os saduceus tinha encarregado do culto do templo, os fariseusconsideravam-se particularmente os guardiões da lei. Os escribas não apenas copiou as Escrituras, mas também foram os mestres da Lei. Eles decidiram que era hora de examinar este novo profeta da Galiléia.

A tradição dos anciãos (v. Mt 15:2) consistiu de interpretações e aplicações da lei de Moisés, que tinha sido feito por vários rabinos. Eles procuraram para "construir uma cerca em torno da Lei", como eles mesmos diziam, fazendo centenas de regras e regulamentos minutos sobre a forma como a lei era para ser realizado. Esta tradição circulou em forma oral nos dias de Jesus, mas mais tarde foi reduzido a escrito.

A queixa particular, os fariseus tinham nessa época era que os discípulos não lavar as mãos antes de comer. A questão não era um de saneamento, mas antes de cerimônia religiosa. Os discípulos, sem dúvida, lavou a sujeira fora de suas mãos antes de comer, mas eles não passar pelas abluções cerimoniais elaborados exigidos pelos escribas.

Em resposta, Jesus ordenou-lhes com transgredir o mandamento de Deus pela observação de sua tradição (v. Mt 15:3 ). Em outras palavras, eles tiveram, provavelmente inconscientemente, dada uma autoridade superior às suas regras e regulamentos do que as Escrituras-a divinamente revelado tendência que ainda aparece em muitos círculos eclesiásticos artificiais.

Jesus passou a documentar sua acusação, dando um exemplo específico. Honra a teu pai ea tua mãe (v. Mt 15:4) é o quinto dos Dez Mandamentos-o coração da lei de Moisés. Mas os rabinos tinham feito uma regra de que um filho poderia dizer a seus pais que o dinheiro que ele deve usar para cuidar de suas necessidades havia sido dado a Deus (v. Mt 15:5 ). Assim, eles anulada ("revogado", "inválida", literalmente, "feito sem autoridade") a palavra de Deus por causa de sua própria tradição (v. Mt 15:6 ).

Com base neste, Jesus chamou-os hipócritas (v. Mt 15:7 ). Ele citou Is 29:13 para mostrar que, enquanto eles prestado lábio-serviço a Deus, seus corações estavam longe dEle. Em vez de proclamar a Palavra de Deus, eles estavam ensinando os preceitos dos homens (v. Mt 15:9 ).

Jesus, então, convocou o povo e enunciou a real diferença entre "limpo" e "impuro" -a distinção que foi dada ênfase central pelos escribas. Ele declarou que não era o que entrou em bucais alimentos-que de um homem "impuros" ele tiver contaminado, mas o que saiu de sua boca (v. Mt 15:11 ).

Os discípulos estavam preocupados. Eles relataram ao seu mestre que os fariseus foram ofendidos (eskandalisthesan , "escandalizado") em sua declaração (v. Mt 15:12 ). A resposta de Cristo deu a entender que os escribas não foram plantadas por seu pai, e assim seria arrancada (v. Mt 15:13 ). Ou seja, eles e seu trabalho não iria suportar. Eles eram guias cegos, que estavam levando as pessoas cegamente. Ambos iria cair em um poço (v. Mt 15:14 ); ou, como diríamos, "na vala".

Os próprios discípulos não entenderam a interpretação de Jesus de pureza e impureza. Então Pedro, seu porta-voz principal, perguntou ao Mestre para uma explicação sobre esta parábola (v. Mt 15:15 ); Ou seja, essa "comparação" ou "semelhança". Jesus os repreendeu por não ver o óbvio (v. Mt 15:16 ). A dificuldade foi que eles não conseguiram distinguir entre o material eo espiritual. O que um homem come o afeta fisicamente (v. Mt 15:17 ), mas não espiritualmente. É o que vem do seu coração que o contamina. Pensando pensamentos impuros e dizendo palavras imundos contaminam (literalmente "tornar comum", ou seja, "fazer impuro", ou "profano") um homem (vv. Mt 15:18-19 ). Para comer com as mãos que não foram cerimonialmente limpos não contamina (v. Mt 15:20 ).

7. A fé de um Foreigner (15: 21-28)

21 E Jesus saiu dali e retirou-se para as regiões de Tiro e Sidon. 22 E eis que uma mulher cananéia, provinda daquelas cercanias, clamou, dizendo: Tem misericórdia de mim, ó Senhor, Filho de Davi; minha filha está miseravelmente endemoninhada. 23 Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos vieram e suplicou-lhe, dizendo: Despede-a; que vem gritando atrás de Nu 24:1 Mas ele respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Mas ela adoraram-no, dizendo: Senhor, ajuda-me. 26 E, respondendo ele, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. 27 Mas ela disse: Sim, Senhor., mesmo para os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos 28 Então Jesus respondeu, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! seja-te feito como tu queres. E sua filha foi curada desde aquela hora.

Esta é a segunda retirada de Jesus da Galiléia (conforme Mt 14:13 ). Desta vez, Ele e Seus discípulos saíram para o norte para as partes (e não "costas", KJV) de Tiro e Sidon -Ancient Phoenicia, Líbano moderno. Ele estava ansioso para ficar longe das multidões que se amontoaram e fariseus acerbo. A partir de agora Passaria uma proporção crescente de seu tempo preparando os discípulos para assumir quando Ele deve sair. Então, Ele procurou uma região tranquila, onde Ele era pouco conhecido.

Mas mesmo aqui Sua fama milagroso havia precedido Ele. Não veio a Ele uma mulher cananéia (v. Mt 15:22 ). Meyer observa: "Várias tribos dos cananeus , que eram os habitantes originais da Palestina, foi e se estabeleceram no norte, e fundou o que foi posteriormente conhecida como a nação fenícia. "A afirmação de que ela saiu destas fronteiras (literalmente "fronteiras ", não" costas ", KJV), parecem sugerir que Jesus tinha vindo apenas para a borda do território da Fenícia.

Esta mulher Gentile cumprimentou-Lo como Senhor, Filho de Davi. Isto parece um pouco surpreendente. Comentários de Williams: "Vivendo entre uma população mista de judeus e gentios, que tinha ouvido este título aplicado a Jesus; ela sabia algo sobre as esperanças da nação hebraica, que eles estavam esperando um Messias, filho do grande rei Davi, que deve pregar para os pobres e curar os doentes, como ela soube que Jesus tinha feito. "Ela claramente tinha fé que Cristo poderia expulsar o demônio de sua filha.

O Mestre conheceu seu pedido com o silêncio (v. Mt 15:23 ). Os discípulos, irritou-la chorando depois deles, suplicou a Jesus que mandá-la embora. Sua resposta foi que ele foi enviado para ministrar aos judeus, e não gentios. Obviamente, isso se refere apenas aos Seu ministério terreno.

A mulher persistente pressionou seu caso. Aproxima, ela adorou-o [isto é, "caiu em seu rosto diante dele"], dizendo: Senhor, ajuda-me. O último verbo significa, literalmente, "para executar ao clamor de quem pede ajuda."

Resposta (v. De Cristo
26) parece muito estranho. Mas a resposta da mulher (v. Mt 15:27 ), mostrou que ela tomou no espírito em que foi concebido. Os judeus consideravam todos os gentios a ser cães. Mas Jesus usou uma palavra que significa "pequenos cães" ou "filhotes", não os vira-latas de catadores desprezados de uma aldeia Oriental, mas os cães de estimação em casa. Weatherhead faz a outra sugestão que Jesus usou essa linguagem como uma reprovação da atitude dos seus discípulos em ressentindo esta mulher estrangeira, e que Ele pode até ter falado com um brilho significativa em seu olho. Em qualquer caso, o Mestre elogiou sua fé e honrado através da concessão de seu pedido (v. Mt 15:28 ).

8. fé para cura (15: 29-31)

29 E, partindo Jesus dali, chegou ao pé do mar da Galiléia; e ele subiu ao monte e sentou-se ali. 30 E veio a ele grandes multidões, trazendo consigo os outros, aleijados, cegos, mudos, aleijados, e muitas, e os lançaram para os pés; e ele os curou: 31 de modo que a multidão se admirou, vendo mudos a falar, todo mutilado, ea curta coxos e os cegos a ver, e glorificavam ao Deus de Israel.

Jesus já voltou para a área geral do mar da Galiléia . Mas Marcos (Mc 7:31) indica que ele foi para o lado leste do lago, a Decápole. Então, Ele ainda estava evitando o território de Herodes Antipas.

O Mestre tinha dois lugares favoritos de ensino-à beira-mar e em uma montanha. Desta vez, foi o último, embora provavelmente com vista para o lago. Aqui grandes multidões (vers. 30 ), mais uma vez trouxe o doente para ele se curar. Algo sobre a prevalência da doença é enfatizada na enumeração aqui- , aleijados, cegos, mudos, aleijados -como bem como a capacidade de Cristo para curar todos os casos. O efeito foi que as pessoas glorificaram ao Deus de Israel.

9. Quatro Mil Fed (15: 32-39)

32 E Jesus, chamando a si os seus discípulos, e disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem nada para comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleçam no caminho. 33 E os discípulos disseram-lhe: Donde nos viriam tantos pães em um lugar deserto como para saciar tal multidão? 34 E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e alguns peixinhos. 35 E ordenou ao povo que se sentasse no chão; 36 e, tomando os sete pães e os peixes; e ele deu graças, partiu, e deu aos discípulos, e os discípulos à multidão. 37 e tomaram-se que que se manteve ao longo dos pedaços, sete cestos cheios: E todos comeram e se fartaram. 38 E eles que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças. 39 E ele despedia as multidões, e entrou no barco, e foi para os confins de Magadan.

Provavelmente, muitas das pessoas que se reuniram para Jesus tinha vindo de uma certa distância. Eles haviam ficado com ele por três dias e agora não tinha mais nada para comer. Caracteristicamente Cristo foi movido de compaixão para com eles.

Desta vez, havia sete pães e alguns peixinhos na mão, tudo o que restava no fornecimento de alimentos, os discípulos tinham trazido. Novamente Cristo ordenou que o povo sentar-se (v. Mt 15:35 ). Um verbo diferente é usado desde que, em Mt 14:18 . Há literalmente significava a "deitar", aqui a "cair de volta." Ambas as palavras são corretamente traduzidos "recline." Em conexão com a alimentação dos cinco mil Ele "abençoou" o pão (Mt 14:19 ). Aqui, ele deu graças. Ambos os termos são usados ​​hoje para "graça dizendo que" (a terceira expressão) antes das refeições. Então, Ele partiu os pães e os discípulos servido a multidão de quatro mil homens, além de mulheres e crianças (v. Mt 15:38 ). Tal como no caso da alimentação anterior, havia alguns destes últimos ao longo, mas eles eram provavelmente um grupo relativamente pequeno.

Assim como o número de pães diferia do número na mão na alimentação anterior, assim como o número de cestas. Desta vez, houve sete cestos cheios (v. Mt 15:37 ). E uma palavra diferente para "cesta" é usado. No relato anterior, o prazo previsto para as cestas de almoço dos doze apóstolos. Aqui, a palavra pode ser traduzida por "dificultar" item de -um usado às vezes como um receptáculo para o trigo. Por isso, é possível que os sete cabazes pode ter realizado mais do que os doze cestos de almoço.

Quando Jesus tinha despedia a multidão, Ele embarcou novamente e cruzou para as fronteiras (limites) de Magadan . Magdala (KJV) é uma "correção". Óbvia escriba Desde a localização de Magadan é completamente desconhecido, e, aparentemente, estava tão na 1dade Média, alguns copista mudou para o bem conhecido Magdala. Mas os primeiros manuscritos gregos têm Magadan.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39
Nesse capítulo, Jesus afasta-se dos fariseus e vai para a região de Tiro e Sidom (v. 21), dali vai para a Ga- liléia (v. 29) e, por fim, desta para o território de Magadã (v. 39). Lem-bre-se que nesse período ele evitava a confrontação aberta com os líde-res judeus e também ensinava seus discípulos e preparava-os para sua morte na cruz.

  1. Jesus e os líderes judeus: verdade versus tradição (Mt 15:1-40)
  2. A acusação deles (vv. 1-2)

Esses líderes religiosos sempre pro-curavam alguma acusação contra Cristo. Aparentemente, essa era uma comitiva oficial do Conse-lho de Jerusalém. Eles acusam os discípulos de violar a tradição dos anciãos judeus ao não fazer o ceri-monial de lavagem antes de comer. Lembre-se que os fariseus honravam mais suas tradições que a Palavra de Deus escrita. O Mishna (coleção de tradições judaicas) declara: "É uma ofensa muito maior ensinar qual-quer coisa contrária à voz dos rabis que contradizer as próprias Escritu-ras". O rabi Eleazer afirma: "Quem interpreta as Escrituras em oposição à tradição, não tem lugar no mun-do por vir". EmMt 23:25-40, Cristo condena o cerimonial de la-vagem deles.

  1. A resposta de Cristo (vv. 3-9)

Observe como Cristo sempre usa a Palavra para calar seus acusado-res. Ele menciona as desobediên-cias deles mesmos a Êxodo 20:12 e 21:17. Os fariseus livram-se de qualquer obrigação de cuidar dos pais ao consagrar suas posses a Deus. Hoje, muitas pessoas "reli-giosas" seguem cuidadosamente a tradição, embora desobedeçam abertamente à Palavra de Deus! Cristo cita Is 29:13 para mos-trar-lhes que a religião deles não era do coração, pois tudo não pas-sava de meros atos exteriores. Eles não aprenderam a principal lição do Sermão do Monte: a justiça ver-dadeira vem do interior.

  1. O anúncio de Cristo (vv. 10-11)

Cristo dirige-se a toda a multidão e declara abertamente que as tra-dições dos fariseus são inúteis e vazias. Anteriormente, ele se refe-rira às Escrituras, mas agora usa a simples lógica para mostrar o erro deles. Como o alimento pode su-jar um homem se ele não se aloja no coração? Os fariseus encara-ram isso como uma declaração de guerra.

  1. A explicação de Cristo (vv. 12-20)

Mesmo os discípulos ficaram atô-nitos! Pedro chamou o ensina-mento de "parábola". Como é di-fícil para o homem libertar-se das tradições humanas e crer na ver-dade simples de Deus! Cristo ex-plica que a santidade diz respeito ao que sai do coração. As pessoas, com freqüência, culpam o demô-nio pelos pecados enumerados nessa passagem, todavia Cristo culpa a perversidade do coração humano. E por isso que as pessoas têm de nascer de novo e conse-guir um coração novo. Observe o contraste entre a verdade de Deus e as tradições humanas:

Tradições humanas

  1. Manifestações exteriores que aprisionam.
  2. Regras superficiais, as letras da Lei.
  3. Leis feitas pelo homem que exaltam o ser humano.
  4. Cria "piedade religiosa" — morte.

Verdade de Deus

  1. Fé interior que liberta.
  2. Princípios básicos, o espírito da Lei.
  3. Palavras sopradas por Deus que tornam o homem humilde.
  4. Resulta em verdadeira santida-de — vida.

Devemos lembrar constante-mente que a verdadeira religião vem do coração. Cremos com o coração (Rm 10:9-45), amamos de coração (Mt 22:37), louvamos no coração (Cl 3:1 Cl 3:6), obedecemos de coração (Rm 6:17), damos de coração (2Co 9:7) e oramos com o coração (SI 51:1 0,1 7).

  1. Jesus e os gentios (15:21-39)

E importante o fato de Jesus par-tir para o território gentio. Efé- sios 2:11-12 retrata a condição espiritual dessa mulher. E digno de nota o fato de os dois casos de cura de gentios serem feitos a distância (aqui e em 8:5-13). Isso ocorre porque, sob o aspecto es-piritual, os gentios estão "longe". Não era segredo que Cristo iria aos gentios (veja Mt 12:17-40). Cristo responde ao apelo da mu-lher de quatro formas distintas: primeiro, ele fica calado; depois, recusa-se a fazer o que ela pede; a seguir, ele parece repreendê-la; e, por fim, ele recompensa a fé da mulher. Por que ele não atende ao apelo dela de imediato? Uma razão é que ela, uma gentia, abor-dou-o da maneira dos judeus, ao chamá-lo: "Filho de Davi". Os gentios para ser salvos não pre-cisam primeiro tornar-se judeus! Quando ela chamou-o: "Senhor", ele atendeu ao apelo dela (veja Rm 10:12-45). Claro que a demo-ra dele também era um teste para a fé da mulher. Ela sabia que os gentios eram salvos por intermé-dio da nação judaica (Jo 4:22) e estavam dispostos até a pegar as migalhas da mesa deles. Que

acusação contra os judeus o fato de que as duas pessoas que Jesus elogia pela grande fé sejam gen-tias (Mt 8:10; Mt 15:28).

Nos versículos 32:39, as mul-tidões eram predominantemente gentias. Elas glorificavam o Deus de Israel por causa do ministério de Cristo. Não confunda a ali-mentação das 4 mil pessoas com o milagre anterior da alimentação Dt 5:0 mil pessoas. O quadro abai-xo mostra o contraste entre os dois milagres:

Dn 5:0 ss).

  • Sete pães e "alguns peixinhos".
  • Sobram 7 cestos de comida.
  • No verão.
  • A multidão estava com ele ha-via três dias.
  • Como os discípulos eram vaga-rosos para entender o poder dele! No versículo 33, a descrença deles mostra que não tinham aprendido nada com o milagre anterior em que alimentou 5 mil pessoas. Talvez eles pensassem que ele não alimentaria os gentios, e a mudança no ministério de Jesus é outra lição para eles. Cristo não quer apenas salvar e saciar os judeus, mas também os gentios. Rara conhecer as lições es-pirituais que esse milagre envolve, exa-mine as notas a respeito de Mateus 14.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39
    15.1 Escribas e fariseus chegaram de Jerusalém para reforçar o rol dos inimigos de Jesus, que já estavam se consolidando, como foi o caso dos fariseus com os herodianos (Mc 3:6). Mais tarde; até os saduceus, tradicionalmente rivais dos fariseus, seriam acrescentados (Mt 16:6).

    15.2 Tradição dos anciãos. Interpretação oral-escrita da lei de Moisés, com muita coisa adicionada, chegando a ter autoridade quase igual à da própria lei, entre fariseus (cf. 5.43n). Tudo isto foi posteriormente codificado no Mishná, o núcleo do Talmude.

    15.3 Por causa do vossa tradição. A tradição da lavagem das mãos era simples higiene antes das refeições. Veio a ser um tipo de purificação ritual para afastar a mínima possibilidade de a pessoa ter sido contaminada pela poeira advinda de algum pagão (cf. 10.14n). A ocupação dos romanos intensificou o legalismo, na tentativa de atingir a "santidade" e conseguir o socorro necessário de Deus para a expulsão dos pagãos. Não percebiam, porém, que certas interpretações tinham já violado a verdadeira lei.

    15:4-6 Jesus passa a citar os dez mandatos, mostrando como a tradição dos judeus havia suscitado maneira de desobedecê-lO. Se alguém queria livrar-se da responsabilidade de cuidar de seus pais em idade avançada, era só fazer a falsa declaração de que seus bens pertenciam ao templo, de que eram korban (que significa "oferenda"). Seus bens seriam registrados em nome do templo até a morte dos pais, quando então se passaria a "combinar" algo com os escribas, no intuito de reavê-los. Parece que para o gozo de tais benefícios legais não era necessário uma grande oferta. Talvez alguns que assim faziam estivessem presentes na hora.

    15.6 Invalidastes a palavra de Deus. Devemos estar sempre atentos para os métodos que se usam para invalidar a Palavra:
    1) Esquecimento;
    2) Reinterpretação;
    3) Racionalização;
    4) Ignorância; e
    5) Simples desobediência.

    15.11 O que entra pela boca. Segundo a explicação dada por Jesus a Pedro (17-20), a comida que não foi preparada segundo as tradições das anciãos não prejudica ao ser ingerida (At 10:10). "Grega" significaria "de civilização helenística".

    15.26 Cachorrinhos. Gr kunarion, um diminutivo afetuoso, empregado para os cachorrinhos de estimação, "de colo". Se as palavras usadas por Jesus para indicar que Sua missão é primariamente para Israel parecem-nos severas, o certo é que havia algo no tom da Sua voz para encorajar esta mulher e dar uma resposta cheia de fé, esperança e coragem. Devia ter sido, para Jesus, um grande alivio testemunhar uma fé tão grande, e ao mesmo tempo singela e humilde, em pleno funcionamento, depois de tantas lutas, com fariseus que a despeito da sua fidelidade à letra da Lei, pouco ou nada sabiam da verdadeira comunhão com Deus em espírito e em verdade. Este passo de Jesus também foi a aurora da missão "até aos confins, da terra". • N. Hom. O que a fé fez à mulher cananéia:
    1) Levou-a a Jesus;
    2) Levou-a a pedir a Jesus;
    3) Levou-a a achegar-se a Jesus;
    4) Levou-a a perseverar na hora da prova, da dúvida;
    5) Levou-a à vitória, sendo atendida em sua petição e conhecendo realmente o Mestre.

    15.29 Ao monte. Deve ser a subida para a planície atrás de Cafarnaum para quem sobe do mar da Galiléia. Deve ser o lugar onde Jesus usualmente ensinava, pregava e curava, o local do Sermão do Monte (5.1).

    15.30 Esta lista de doentes pende para o lado das grandes incapacidades físicas, as quais oferecem base para não apoiar a teoria de "curas psicológicas".
    15:32-39 A segundo multiplicação dê pães e peixes. Muitos intérpretes querem que esta seja outra versão do mesmo milagre descrito em 14:15-21. Nada mais errado, O próprio Jesus destaca bem os dois incidentes (16.9 e
    10) e esta segunda multiplicação foi em outro lugar (Decápolis, Mc 7:31), com um número diferente de pães e peixes, com menos sobras recolhidas, menos pessoas a comer e um rumo diferente tomado por Jesus, após o milagre, desta vez com seus discípulos.

    15.39 Magadã. Possivelmente Magdala, a cidade de Maria Madalena, situada entre Tiberíades e Cafarnaum. É também chamada Dalmanuta (Mc 8:10).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39
    Lavando as mãos e a profanação (15:1-20)

    V.comentário de Mc 7:1-41. Lavar as mãos antes e depois de uma refeição era um ato puramente ritual e tinha pouco que ver com a pureza do corpo. Reconhecia-se que não estava fundamentado na Lei mas na autoridade rabínica. Pode ter sido um costume antigo, mas ainda não era amplamente praticado no tempo de Jesus. v. 5. Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é uma oferta dedicada a Deus: Essa expressão geralmente é interpretada como sendo de um homem que se recusava a ajudar os pais porque afirmava que sua propriedade havia sido dedicada a Deus, mas ele continuava a usá-la para o seu beneficio. Um ato desses teria sido impossível naquela época e provavelmente em qualquer época da história de Israel. SB, com base em fontes rabínicas, traduz: “Como sacrifício seja o que vocês possam ter ganho de mim”. Ninguém poderia se beneficiar de um sacrifício, e isso era uma fórmula, não dedicando nada a Deus, mas declarando que os seus pais deveriam considerar isso assim. Era colocar debaixo de maldição solene qualquer coisa que os seus pais quisessem obter dele. O Talmude deixa claro que isso não era tão incomum, e que muitos rabinos estavam muito insatisfeitos com esse costume; eles, provavelmente, tinham sido influenciados pelas críticas de Jesus.

    Jesus não estava defendendo a anulação das leis alimentares (v. 17; Mc 7:19), mas destacando que elas não tinham relação alguma com puro e impuro; contudo, como Marcos deixa claro, a anulação seria o resultado lógico.

    A mulher siro-fenícia (15:21-28)

    V.comentário de Mc 7:24-41. v. 22. Filho de Davi: V.comentário Dt 12:23. E de duvidar se a mulher sabia o significado do que estava dizendo; se sabia, realmente tinha a obrigação de se tornar prosélita.

    v. 24. Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel: V.comentário Dt 10:5. Isso não é tão duro quanto parece, pois a porta estava sempre aberta para a mulher se tornar israelita. Assim que a mulher parou de usar palavras vazias, que talvez tinham a intenção de apelar para a vaidade de Jesus, e começou a se basear na necessidade, ela foi ouvida. Muitas curas (15:29-31)

    V.comentário de Mc 7:31-41. Marcos se concentra em um indivíduo; Mateus destaca o grande número de pessoas envolvidas. Gomo Marcos deixa claro, Jesus estava agindo na região a nordeste do lago, que era em grande parte judaica, mas estava fora da jurisdição tanto de Herodes Antipas quanto das autoridades religiosas em Jerusalém. Em virtude de essa região ter visto pouco dele, explica-se o fato de grandes multidões afluírem a ele em busca de cura.

    A multiplicação dos pães para 4 mil (15:32-39)

    V.comentário de Mc 8:1-41. E improvável que alguma distinção positiva possa ser destacada entre esse milagre e o da multiplicação para os 5 mil (14:13-21). Provavelmente, o local deve ter sido praticamente o mesmo. Não podemos nem dar muito destaque à diferença de termos usados para os cestos. “O spyris (15.37), conforme At 9:25, não diferia muito do kophinos (14,20) em tamanho, mas em material e, em certo sentido, no seu uso” (M’Neile). O poder, que Jesus não tinha usado para si mesmo (conforme 4.3,4), estava generosamente disponível para as necessidades ,dos outros. Aliás, essa seção nos adverte a não atribuirmos singularidade alguma à multiplicação dos pães para os 5 mil. Dalman (p. 
    128) considera que Magadã é uma alteração de Magdal (Magdala), e Dalmanuta (Mc

    8.10), de Magdal Nuna (Magdal Nunaiya, i.e., Magdal de peixes).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 21 até o 28


    12) Retirada para a Fenícia, e a Cura da Filha da Mulher Cananéia. Mt 15:21-28.

    O ataque direto dos fariseus (vs. 1,
    2) encorajados pela recente execução de João e a oposição de Herodes, provocou essa segunda retirada. A entrevista com a mulher descreve claramente o cenário histórico do ministério de Cristo, além dos aspectos mais amplos de Sua graça.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 21 até o 28
    XVII. MAIS MILAGRESMt 15:21-40. Tiro e Sidom (21). Ver notas sobre Mt 11:22. Esta é a única ocasião, de que sabemos, em que o Senhor saiu fora das fronteiras da Palestina, durante seu ministério. Uma mulher cananéia (22). A mulher era uma gentia, descendente dos cananeus, que habitavam a Síria e a Palestina, antes da conquista de Josué. Filhos (26). Por este termo Nosso Senhor se refere aos judeus. Os cachorrinhos são os gentios. O Senhor mostrou esta atitude a fim de provar a fé da mulher.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39

    O Juiz Condenando

    Então alguns fariseus e escribas foi ter com Jesus de Jerusalém, dizendo: "Por que os teus discípulos transgridem a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão." E ele, respondendo, disse-lhes: "E por que vocês mesmos transgredir o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Porque Deus disse:" Honra teu pai e tua mãe "e" Aquele que fala mal do pai ou da mãe, deixe— ele ser condenado à morte. " Mas você diz: "Quem disser a seu pai ou a sua mãe:" Qualquer coisa de meus que você poderia ter sido ajudado por ter sido dado a Deus ", ele não é para homenagear o seu pai ou a sua mãe." E, assim, você invalidado a palavra de Deus por causa da vossa tradição. Vós, hipócritas, com razão profetizou Isaías acerca de vós, dizendo: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens "(15: 1-9).

    Assim como Jesus ofereceu compaixão pelas multidões volúveis que queriam apenas comida e cura d'Ele, Ele ofereceu a condenação para os líderes religiosos hipócritas, hipócritas que queriam nada Dele.Eles não queriam nada a ver com ele, exceto o que era necessário para desacreditar e destruir ele.

    Nesta passagem crucial vemos a natureza antitética da mensagem do evangelho no ensino de Jesus: O Deus de compaixão é também o Deus da condenação. Assim como Ele cura os que vêm a Ele, Ele condena aqueles que O rejeitam. Nesses nove versículos vemos primeiro confronto de Jesus e, em seguida, a condenação dos escribas e fariseus incrédulos e rebeldes.

    A confrontação

    Então alguns fariseus e escribas foi ter com Jesus de Jerusalém, dizendo: "Por que os teus discípulos transgridem a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão." (15: 1-2)

    Então é por tempo indeterminado e não indica com precisão a seqüência de tempo entre as curas e a abordagem da fariseus e os escribas . É possível que esse confronto ocorreu vários dias após as curas. De Jo 6:4), os líderes judeus sentiu que o seu tipo de justiça e deles foram diametralmente opostos. O conflito culminou na crucificação-que eles consideravam ser a vitória de seu caminho, ao passo que foi realmente a sua sentença de morte.

    Os líderes que visitam primeiro perguntou a Jesus: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Para eles não lavam as mãos quando comem pão . Eles não tentam esconder o fato de que a ofensa de Jesus foi contra a tradição dos antigos , em vez de a lei de Deus. Em suas mentes a tradição dos anciãos foi superior a Escritura, no sentido de que era a única interpretação confiável da Palavra de Deus. Assim como os católicos romanos olhar para dogma da igreja para descobrir o que as Escrituras "realmente significa," a maioria dos judeus da época de Jesus olhou para a tradição dos anciãos . Da mesma forma, muitos protestantes dar mais autoridade para os pronunciamentos de sua denominação do que com a Bíblia.

    O Talmud, que é o repositório da tradição judaica, ensina que Deus deu a lei oral a Moisés e, em seguida, disse a Moisés para passá-lo para grandes homens de Israel. Estes homens eram, em seguida, fazer três coisas com a lei que haviam recebido. Primeiro, eles foram para deliberar sobre-lo e aplicá-lo corretamente. Em segundo lugar, eles estavam a treinar discípulos a fim de que a próxima geração terá mestres da lei. Em terceiro lugar, eles estavam a construir um muro em torno da lei, a fim de protegê-lo.
    Porque seus corações não estavam bem com Deus, na construção de paredes "proteção" dos rabinos de Sua lei realmente prejudicados e contradisse. Seu objetivo não era levar o povo a adorar e servir a Deus de coração puro fez limpo por Ele, mas para adorar e servir a Ele por meios humanos e dos corações inalteradas. Para fornecer os meios para manter superficialmente mandamentos de Deus, depois de regulação e regulamentação cerimônia após a cerimónia foram adicionados, até a própria Palavra de Deus foi completamente escondido atrás do muro da tradição. Em vez de proteger a Palavra de Deus, a tradição obscurecida e perverteu-lo.

    Quando o reino do norte de Israel e, em seguida, o reino do sul de Judá, foram levados para o cativeiro, o povo judeu se sentiu como se Deus os havia abandonado. A verdadeira razão para o seu cativeiro, é claro, foi que eles tinham abandonado ele. Eles estavam sofrendo o juízo de Deus, assim como Isaías, Jeremias e outros profetas tinham repetidamente e vividamente advertiu que seria.
    Enquanto os judeus estavam no exílio, escribas (o primeiro dos quais foi Ezra) começou a montar e copiar os vários livros da Bíblia escritos para esse tempo. Eles também começaram a fazer comentários sobre várias passagens que pareciam claros; e gradualmente um acúmulo cada vez maior de interpretações foi desenvolvido até havia mais interpretação do que as Escrituras. A distinção entre a Escritura e as tradições com base em interpretações das Escrituras gradualmente tornou-se cada vez menos distinta, e em pouco tempo a tradição era mais familiar e mais reverenciado do que a própria Palavra de Deus.

    Nos dias de Jesus, a tradição dos antigos teve por muitos anos suplantados Escritura como a suprema autoridade religiosa nas mentes dos líderes judeus e da maioria das pessoas. As tradições ainda afirmou que "as palavras dos escribas é mais linda do que as palavras da lei" e tornou-se uma maior ofensa no judaísmo de transgredir o ensino de algum rabino Hillel, como o reverenciado do que transgredir o ensino das Escrituras.

    No pensamento dos fariseus e escribas que se aproximaram de Jesus, nesta ocasião, era, portanto, um assunto de extrema gravidade que os Seus discípulos seria transgredir a tradição dos anciãos . Jesus e seus discípulos ignorou todas as tradições rabínicas, ea infração concreto referido aqui foi simplesmente representante de muitos outros que poderiam ter sido mencionados. Mas os discípulos "deixando delavar as mãos quando eles comiam era considerado um delito especialmente grave.

    Wash tinha nada a ver com a higiene física, mas referida lavagem cerimonial. O objetivo era eliminar a contaminação ritual causado por ter tocado alguma coisa imunda, como um corpo morto ou um gentio.Alguns dos rabinos mesmo ensinou que um certo demônio chamado Shibtah ligou-se às mãos das pessoas enquanto dormiam e que, se ele não se cerimonialmente lavado, ele iria realmente entrar no corpo através dos alimentos manipulados por mãos impuras.

    O valor da lavagem cerimonial foi realizado tão alto que um rabino insistiu que "todo aquele que tem sua morada na terra de Israel e come sua comida comum com as mãos lavadas podem ter a certeza de que ele deve obter a vida eterna." Outra rabino ensinou que seria melhor para andar quatro quilômetros fora do caminho para pegar água do que comer sem lavar as mãos. Um certo rabino que foi preso e recebeu uma pequena ração de água usada para lavar as mãos antes de comer, em vez de beber, alegando que ele preferia morrer do que transgredir a tradição.
    Deus havia instituído certas lavagens cerimoniais prescritos como parte da aliança dada por Moisés, mas aqueles que nunca foram mais do que símbolos ou imagens de verdades espirituais exteriores. O Antigo Testamento em nenhum lugar os mantém-se como tendo qualquer mérito, valor, ou da bênção em si mesmos.
    Jarros de água foram mantidos pronto para ser usado antes de cada refeição. A quantidade mínima de água a ser utilizada foi de um quarto de log, o suficiente para encher um ano e meio de ovos conchas. A água foi derramada primeiro em ambas as mãos, realizada com os dedos apontados para cima; e ele deve correr para baixo do braço até o pulso e cair fora do pulso, para que a água era agora próprio imundo, tendo tocado as mãos sujas. E se ele desceu os dedos novamente que iria torná-los impuros. O processo foi repetido com as mãos, realizada no sentido descendente, os dedos apontando para baixo. E, finalmente, cada mão foi curado por ser friccionada com o punho da outra. Um judeu rigoroso faria isso antes de cada refeição e entre cada curso em cada refeição (Para uma discussão mais completa ler de Alfred Edersheim O Vida and Times da Jesus, o Messias, vol. 2, pp.10-13.).

    Ao longo da história, religião feita pelo homem tem atribuído grande importância e benefício para cerimônias e atos ritualísticos. Comentando sobre esta tendência universal do homem, Charles Spurgeon é relatado para ter facetiously pediu sua congregação: "Se não houvesse o culto da manhã de domingo no onze, como muitos de vocês seria cristãos?"

    A condenação

    E ele, respondendo, disse-lhes: "E por que vocês mesmos transgredir o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Porque Deus disse:" Honra teu pai e tua mãe "e" Aquele que fala mal do pai ou da mãe, deixe— ele ser condenado à morte. " Mas você diz: "Quem disser a seu pai ou a sua mãe:" Qualquer coisa de meus que você poderia ter sido ajudado por ter sido dado a Deus ", ele não é para homenagear o seu pai ou a sua mãe." E, assim, você invalidado a palavra de Deus por causa da vossa tradição. Vós, hipócritas, com razão profetizou Isaías acerca de vós, dizendo: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens "(15: 3-9).

    Antes de responder a acusação dos fariseus, Jesus deu uma carga de balcão. Ele não negou que seus discípulos desconsideradas as tradições rabínicas; e Ele explicou mais tarde à multidão (v. 11) e, em seguida, para os discípulos (vv. 17-18) porque esta tradição particular era inútil e sem sentido. Mas Ele não deu nenhuma resposta ou explicação para os fariseus e os escribas, acusando, descartando sua pergunta como irrelevante. Em vez disso, Ele lhes fez a pergunta infinitamente mais importante, Por que vocês mesmos transgredir o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?

    Assim como os fariseus mencionada falta de lavar as mãos antes de comer cerimonialmente como um exemplo dos discípulos 'quebra tradição , Jesus mencionou o fariseus 'derrubando o quinto mandamento, honre seu pai e sua mãe (ver Ex 20:12), como um exemplo de sua quebrando o mandamento de Deus . Ele também lembrou-lhes o castigo de Deus para quebrar esse comando: Aquele que fala mal do pai ou da mãe, que ele seja condenado à morte (Veja Ex 21:17.).

    Limite-se em honrar pai e mãe é a responsabilidade de mostrar-lhes respeito e amor e para ajudar a satisfazer as suas necessidades. Uma tradição ensinou que "um filho é obrigado a apoiar seu pai, mesmo se ele tem que implorar para ele." Mas uma outra tradição veio para substituir aquela, bem como o quinto mandamento. Ele ensinou que quem disser a seu pai ou a sua mãe: "Qualquer coisa de meus que você poderia ter sido ajudado por ter sido dado a Deus", ele não é para homenagear o seu pai ou a sua mãe .

    Os escribas e fariseus sabiam os Dez Mandamentos bem e poderia recitá-los facilmente a partir da memória. Eles foram os mais educados de todos os homens judeus e foram consideradas as autoridades supremas sobre a Escritura, bem como tradição. Eles não poderia deixar de ver que essa tradição violou diretamente o mandamento de Deus para honrar um do pai e da mãe . Eles conscientemente substituído comando específico de Deus com sua própria tradição contraditória.

    Qualquer coisa de mina traduz Doron , o que significa presente. Marcos usa o termo mais técnico korban (7:11), que se refere a um dom ou sacrifício especificamente oferecido a Deus. Em algum momento no passado, uma tradição havia desenvolvido que permitiu uma pessoa para chamar todos os seus bens korban , dedicando-os a Deus. E porque a Escritura ensina que uma promessa de Deus não deve ser violada (Nu 30:2) . O que Isaías disse das pessoas de sua época aplicados aos hipócritas da época de Jesus, bem como, e aos de nossa própria.

    Um rabino antigo disse: "Há dez partes da hipocrisia do mundo, nove em Jerusalém e um em qualquer lugar." O mesmo pode ser dito de grande parte da igreja. Satanás não tem mais aliados do que os hipócritas que vão sob o disfarce do povo de Deus. E os hipócritas não têm maior aliado do que a tradição, porque a tradição pode ser seguido mecanicamente e, sem pensar, sem convicção, sinceridade, ou pureza de coração. Porque tradições são feitas por homens, que pode ser realizado por homens. Eles não necessitam de fé, não há confiança, não há dependência de Deus. Não só isso, mas eles apelam para a carne, alimentando orgulho e auto-justiça. Muitas vezes, como neste caso, eles também servem o interesse próprio.

    Porque tradições não necessitam de inteireza de coração, eles são facilmente substituídos para a adoração verdadeira e obediência. É por isso que é fácil para as pessoas a honrar a Deus com os lábios , enquanto o seu coração está longe dEle. E é por isso ritual, cerimônia, e outras tradições religiosas são mais propensos a ter adoradores mais de Deus do que trazê-los mais de perto. E quanto mais uma pessoa é de Deus, o mais vaidoso seu culto se torna.

    O único coração que pode adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4:24) é o coração que pertence a Ele; e o único coração que pertence a Ele é o coração purificado do pecado e feitos justos por Ele. É esta limpeza divina que Deus sempre oferecido para aqueles que confiam nEle. "Eu te darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de você", ele disse através de Ezequiel ", e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e você vai ter o cuidado de observar os meus juízos "(Ez. 36: 26-27). A menos que a transformação acontece dentro de uma pessoa, a sua justiça não pode exceder a justiça hipócrita e superficial dos escribas e fariseus-caso em que ele nunca pode entrar no reino de Deus (Mt 5:20).

    Jesus foi condenado e crucificado porque Ele expôs a vileza de hipócritas religiosos que rejeitaram santo de Deus doutrinas da graça em favor de seus próprios pecadores preceitos de obras de justiça própria.

    Há, é claro, nada de errado com a tradição como tal. Muitas tradições nos ajudar a lembrar-se, ame, e honrar as coisas que são nobre e belo. Mas quando tradições são substituídos por, ou de qualquer forma falsear ou distrair a partir da Palavra de Deus, eles são uma ofensa a Deus e uma barreira para adoração e bem viver. Quando os preceitos dos homens são ensinados como doutrinas , a sabedoria do homem é elevado acima de Deus-que é a raiz de todo o pecado. Era de Satanás induzir Eva para confiar nela própria sabedoria acima de Deus que levou à queda e cada pecado subseqüente e do mal no mundo.

    O professor de Correção

    E depois que ele chamou a multidão para Ele, Ele lhes disse: "Ouvi, e compreender. Não é o que entra pela boca contamina o homem, mas o que sai da boca, isso contamina o homem." Em seguida, vieram os discípulos e disse-lhe: "Você sabe que os fariseus ficaram ofendidos quando ouviram esta afirmação?" Ele, porém, respondendo, disse: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada Deixai-os;. Eles são guias cegos E se um cego guiar outro cego, ambos cairão em um buraco.. " E Pedro, respondendo, disse-lhe: "Explica-nos a parábola. ', E ele disse," Você ainda está carente de entender? Não compreendeis que tudo o que entra pela boca passa para o estômago, e é eliminado? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e difamações. Estas são as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não contamina o homem "(15: 10-20).

    Poluição tornou-se um grande problema no mundo moderno, e lemos e ouvimos muito sobre isso. O ar; o solo, os rios e lagos, e até mesmo os oceanos se tornaram poluído a um grau considerado impossível uma geração atrás.
    A Bíblia também tem muito a dizer sobre a poluição, mas esta poluição tem atormentado a humanidade desde o seu início. É uma poluição que não pode ser visto, cheirado, sabor, ou medido. No entanto, é mais letal do que qualquer coisa que os ambientalistas modernos opõem. O Novo Testamento usa cinco verbos diferentes, três substantivos, e um adjetivo para representar a idéia de poluição ou contaminação, e várias formas de esses termos são utilizados dezenas de vezes. Os cinco usos no texto actual da defile e desfiladeiros (vv. 11, 18, ​​
    20) estão todos a partir do verbo koinoō , o que significa tornar comum, imundo, ou poluída.

    Deus está preocupado com a contaminação de toda a Sua criação, mas especialmente sobre a contaminação do homem, que é feito à Sua imagem, e mais especialmente sobre a contaminação de seus próprios filhos redimidos. Tiago adverte os cristãos a realizar a "religião pura e imaculada" (Jc 1:27), e Paulo adverte contra consciências que são fracos e profanou (1Co 8:7). O Senhor recomenda a igreja de Sardes por não ter sujado, ou contaminado, as suas vestes (Ap 3:4), que é "santo, inocente, imaculado" (He 7:26). Como seu filho, o povo de Deus deve ser limpo, puro, santo e imaculado, não poluído, e imaculada (2Co 11:1; Ef 5:27; 2Pe 3:14.).

    Em Mateus 15:1-20, Jesus primeiro enuncia o princípio da contaminação espiritual, então descreve a violação do princípio, e, finalmente, esclarece o significado do princípio.

    O princípio declarado

    E depois que ele chamou a multidão para Ele, Ele lhes disse: "Ouvi, e compreender. Não é o que entra pela boca contamina o homem, mas o que sai da boca, isso contamina o homem." (15: 10-11)

    Porque a seqüência de tempo entre os capítulos 14:15 não é clara, não podemos ter certeza sobre a identidade desta multidão ; mas é provavelmente o grupo descrito em 14: 34-36 que tinha vindo a Jesus para a cura.

    Este período de cura e ensino (ver João 6:26-71), aparentemente durou muitos dias, porque ele levou Jesus a numerosas aldeias, cidades e do campo (Mc 6:56). Em algum momento durante este período, a delegação de escribas e fariseus de Jerusalém tinha chegado à Galiléia para desacreditar Jesus e, em vez tinha sido desacreditada por Ele.

    A multidão estava parado à margem, ouvindo Jesus condenar os líderes religiosos. Agora Ele chamou -os a Ele , a fim de explicar o que ele tinha acabado de dizer sobre as tradições não bíblicas e culto vazio.

    Ouvir e entender era um idioma comum que significava, "Ouça com atenção e prestar muita atenção", e foi usado para preceder uma mensagem de grande importância. Não foi isso que Jesus disse que seria difícil de entender, mas que seria difícil de aceitar. O maior obstáculo para a salvação sempre foi a falta de aceitação e crença do evangelho, não a falta de compreensão. É precisamente quando o evangelho é mais clara, como quando foi ensinado pelo próprio Jesus-que também é provável que seja o mais inaceitável.

    Como de costume, ilustração de Jesus foi simples e com base no conhecimento comum e experiências cotidianas das pessoas. Não é o que entra pela boca contamina o homem , ele explicou, mas o que sai da boca, isso contamina o homem. contaminação espiritual é uma questão de o interior, e não o exterior. Não há contaminação espiritual ou moral pode resultar daquilo que comemos. O físico não tem maneira de profanar o espiritual. "Não se deixe enganar e enganado pelas tolas tradições que lhe ensinaram," Jesus estava dizendo. "A prática de lavar as mãos antes de comer não tem nada a ver com fazer você imaculada. O que importa é o que está em seu coração. É o mal no coração, o que eventualmente sai da boca , que contamina o homem . "

    Nenhum judeu deve ter ficado chocado com o que Jesus estava dizendo. Assim como no Sermão da Montanha, Ele não estava ensinando novas verdades, mas foi simplesmente reforçar as verdades que a Palavra de Deus sempre ensinou. Mesmo o mais iletrado entre a multidão tinha, sem dúvida, ouviu a história do Senhor escolher Davi para ser o rei de Israel em lugar de Saul. Quando Jesse trouxe seus filhos diante de Samuel, o profeta pensou que Eliabe, o mais velho, era "'certamente o ungido do Senhor .'... Mas o Senhor disse a Samuel:" Não olhe para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura , porque o tenho rejeitado; porque Deus não vê como vê o homem, pois o homem vê o exterior, porém o Senhor olha para o coração "(1 Sam 16:6-7.).

    A circuncisão era o sinal da aliança dada a Abraão, e foi vista com a maior reverência possível por judeus. Mas mesmo antes de Israel entraram na Terra Prometida, Deus declarou por meio de Moisés, "E agora Israel, o que o Senhor, teu Deus requer de você, mas a temer o Senhor, teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e amá-lo, e para servir ? o Senhor teu Deus com todo o teu coração, de toda a tua alma, e de guardar os mandamentos do Senhor e os seus estatutos, que eu hoje te ordeno para o seu bem ... Circuncide então o seu coração "(Deut. 10: 12-13, Dt 10:16). O Antigo Testamento declara repetidamente que a única cerimônia religiosa ou atividade que agrada a Deus é aquela que vem de um, puro e amoroso coração contrito (Js 24:23;. 1Rs 8:23; 2Cr 11:16;. Is 51:7).

    A expressão procede da boca laços em estreita colaboração com a idéia de não comer sem lavar as mãos. Mas Jesus estava se referindo não apenas para que uma pessoa diz, mas também para o que ele pensa e faz. Na passagem paralela no evangelho de Marcos, Jesus diz: "As coisas que sai do homem é o que contamina o homem "(Mc 7:15, ênfase adicionada). Contaminado coração de uma pessoa se expressa tanto no que diz e no que faz; mas a boca é o revelador mais dominante da poluição interna, porque é através de nossas palavras que o ódio, o engano, a crueldade, a blasfêmia, ea maioria dos outros males são mais claramente manifesto.

    Marcos também nos diz que, ao derrubar este superficial tradição, não bíblica da lavagem das mãos, Jesus ", declarou puros todos os alimentos" (Mc 7:19). O ensinamento de Jesus que não é o que entra pela boca contamina o homem pode, portanto, ter sido a coisa mais espantosa das pessoas nunca tinha ouvido falar, porque algumas coisas foram mais sagrado para os judeus daquela época que suas leis dietéticas. Formulário era tudo. Seguindo os ensinamentos e exemplos de seus líderes religiosos, os judeus ortodoxos viveu inteiramente por fatores externos-que são as marcas de todas as religiões falsas.

    Tradições judaicas haviam multiplicado tanto pelo tempo de Jesus que se tornou impossível para qualquer um, até mesmo religiosos em tempo integral, como os escribas e fariseus, para manter todos eles. Os rabinos tinham, portanto, desenvolveu "a lei da intenção." Se uma pessoa se levantou pela manhã e disse: "Tenho a intenção de ser puro durante todo o dia", ele poderia renunciar as cerimônias e considerá-las cumpridas por causa de sua boa intenção. A intenção, é claro, não era bom em tudo, porque seu objetivo era fugir ao invés de cumprir que os judeus eram hipócrita mesmo sobre seus próprios padrões feitas pelo homem o que mostra tradição.
    Para ser justo com os judeus, muitas cerimônias e restrições havia sido dado a eles por Deus como expressões de sua relação de aliança com Ele. O livro de Levítico é preenchido com rituais e procedimentos previstos para o sacerdócio em conta o sistema de sacrifício. Deus declarou também certos animais impuros para qualquer judeu para comer; e até mesmo muitos alimentos aceitáveis ​​teve de ser preparado de maneira cuidadosamente prescritas antes que pudessem ser comido. Muitas coisas foram proibidos até mesmo de ser tocado; e certas doenças, tais como lepra, e algumas condições físicas, tais como menstruação, foram consideradas ceremonially contaminando. Mas nenhuma dessas coisas ou condições imundas cerimonialmente ou simbolicamente estão sempre em si chamado pecaminoso. Eles estavam a agir como imagens vivas que representam o pecado. Sob a Velha Aliança, estar envolvido em ou ter contato com uma coisa impuro rendeu uma pessoa incapaz de participar de certas cerimônias de adoração ou de certas actividades sociais. Mas isso inaptidão externa nunca é chamado pecado. Ele precisava de limpeza cerimonial, mas o perdão não divina. No entanto, ilustrado de uma forma prática a contaminação espiritual do pecado, como a circuncisão ilustrou a necessidade de um coração para que o pecado "cortar".
    Se essas exigências cerimoniais e restrições eram inteiramente externa, podemos perguntar, por que Deus obrigá-los? Deus deu esses sinais exteriores nos primeiros dias da Antiga Aliança, imediatamente após o seu povo tinha passado 400 anos entre os pagãos, idólatras, e egípcios moralmente corruptos. Os Dez Mandamentos foram primeira comunicação escrita de Israel de Deus, e antes que o tempo que eles tinham um conhecimento limitado de Seu caráter e vontade. Depois Ele chamou Abraão para ser o chefe de seu povo escolhido, o Senhor deu instruções e orientações específicas para selecionar líderes de seu povo ao longo do tempo, mas Ele não tinha se revelado em detalhes. E, assim como os pais usam imagens para ajudar a ensinar seus filhos, Deus usou esses símbolos e imagens para ajudar a ensinar Sua verdade aos filhos de Israel, que eram então jovem nos seus caminhos.

    Deus proíbe uma pessoa de sacrificar enquanto impuro era uma imagem de não vir a adorá-lo quando não estiver espiritualmente limpos do pecado. Limpeza exterior era uma imagem de limpeza para dentro.O Antigo Testamento em nenhum lugar ensina que a circuncisão, purificação cerimonial, abstendo-se de certos alimentos, ou qualquer ato, mesmo fora, tais embora prescrito por Deus poderia salvar uma pessoa e fazê-lo direito com o Senhor. Como Paulo deixa claro, Abraão foi considerado justo, com base em sua fé, antes do rito da circuncisão, ou qualquer outro rito, foi estabelecido. A circuncisão era, mas "um selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso" (Rom. 4: 1-12). É por isso que, mesmo desde os primeiros dias da nação de Israel, a ordem de Deus era "circuncidar seu coração ..." (Dt 10:16; conforme Jr 4:4) —nevertheless Antigo Testamento era "apenas uma sombra dos bens futuros, e não a própria forma das coisas" (He 10:1 a 6: 8 é dedicado inteiramente a apelar para os judeus que estavam considerando o evangelho, e, talvez, tinha tomado alguns passos em direção a aceitação, a deixar para trás suas cerimônias e sacrifícios simbólicos e vir todo o caminho para a realidade viva a quem esses símbolos apontou. (Veja o comentário do autor sobre Hebreus.)

    A partir do momento em que a Antiga Aliança foi dada primeiro a eles, o povo de Deus estavam mais preocupados com ritual fora do que com justiça dentro. Ritual não requer nenhuma mudança de coração, sem abandono do pecado, sem arrependimento diante de Deus. Ele permite que uma pessoa para exibir símbolos da religião, mantendo-se a seus pecados. É a religião de forma e não de fé, e é, portanto, vazia e hipócrita.
    O povo de Israel não só deixou de apreciar as verdades espirituais retratados por meio de cerimônias e restrições prescritas de Deus, mas eles também acrescentaram suas próprias imagens para Deus. E quanto mais eles se multiplicaram as imagens, mais confiável nas fotos e quanto menos eles confiavam em Deus. Em vez de direcioná-los para Deus, as tradições levou mais longe Dele. Em vez de reforçar a fé, as tradições sufocada fé e fortalecimento da auto-confiança e auto-justiça. Portanto, quando a realidade perfeita de Deus veio à terra, seu povo eram tão enredados em suas tradições e tão longe de Sua Palavra, que o crucificaram Deus encarnado.

    A questão de aparências estava tão profundamente enraizada no pensamento judeu que até mesmo os crentes judeus na igreja primitiva, muitas vezes tinha grande dificuldade em abandoná-los. Vários anos depois de Pentecostes, Pedro ainda não podia aceitar a idéia de que todos os alimentos eram agora limpo. É necessária uma visão especial de Deus, a instrução repetida três vezes, e uma demonstração especial da obra do Espírito Santo, para convencê-lo de que ambos os todos os alimentos e todas as pessoas limpos por Deus são aceitáveis ​​a Ele (conforme At 10:1-33) . Mesmo anos depois dessa experiência, Pedro escorregou de volta para sua antiga mentalidade e por um tempo ", começou a retirar-se e mantenha-se afastado [de gentios], temendo o partido da circuncisão" Gl 2:12)

    O Princípio Violado

    Em seguida, vieram os discípulos e disse-lhe: "Você sabe que os fariseus ficaram ofendidos quando ouviram esta afirmação?" Ele, porém, respondendo, disse: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada Deixai-os;. Eles são guias cegos E se um cego guiar outro cego, ambos cairão em um buraco.. " (15: 12-14)

    De Marcos aprendemos que Jesus e seus discípulos "entrou na casa" (Mc 7:17), provavelmente a casa onde eles estavam hospedados em Cafarnaum. Estavam agora longe da multidão e os líderes judeus de Jerusalém, e os discípulos disseram a Jesus: Você sabe que os fariseus ficaram ofendidos quando ouviram esta afirmação? Jesus sabia muito bem que Sua declaração sobre lavagens cerimoniais minar o próprio fundamento da o sistema legalista dos fariseus e que seria muito ofendido por ele. Ele significou a ofendê-los.

    Assim como a sua oposição a Jesus iria continuar a aumentar até que finalmente colocá-Lo à morte, por isso gostaria Suas acusações contra eles. Ele iria acusá-los de não entrar no reino e de evitar que outros entrem, de devorar as casas das viúvas ao fazer uma pretensão de oração, de fazer seus convertidos duas vezes mais filhos do inferno como a si mesmos, do dízimo cuidadosamente seus menores ervas, mas de justiça negligenciar , misericórdia e fidelidade, de aparecer limpo por fora, mas de estar cheio de roubo e auto-indulgência, de ser sepulcros caiados que continham ossos imundos de homens mortos, de estar cheios de hipocrisia e de iniqüidade, e do ser do mesmo caráter como seus antepassados ​​que mataram os profetas de Deus (Mt 23:1.

    A hipocrisia é tão repreensível aos olhos de Deus que Jesus condena o pecador junto com o pecado. Acusação mais constante e repetida de Jesus contra os escribas e fariseus era a sua hipocrisia. Eles foram tão longe do reino e tais inimigos intransigentes do reino que o rei disse: Deixe-os em paz , o que também poderia ser traduzido, "Mantenha longe deles e não têm nada a ver com eles." De forma semelhante, quando Efraim tinha juntado-se aos ídolos, Deus disse: "Deixe-o em paz" (Os 4:17), como se de que as pessoas foram abandonadas para o julgamento.

    É espiritualmente perigoso ficar em torno de apóstatas e outros que rejeitam firmemente e se opõem ao evangelho de Cristo. Se houver oportunidade de testemunhar a eles, isso deve ser feito com a maior cautela ", arrebatando-os do fogo", por assim dizer, e sendo cuidado para não nos queimar no processo (Jd 1:23). Expondo-nos a essas pessoas e esse ensinamento arrisca desastre espiritual (conforme II João 8:11).

    Mesmo Jesus não debater os escribas e fariseus ímpios. Quando Ele respondeu às suas perguntas ou acusações, era sempre sob a forma de corrigir seu erro doutrinário e de condenar sua maldade espiritual e moral.
    Talvez os discípulos disseram para deixá-los sozinhos também no sentido de tentar não julgar os homens, a fim de eliminar aqueles que parecem ser joio. O julgamento humano é imperfeito e inevitavelmente arrancar algumas boas plantas com o mau (Mt 13:29). A preocupação com a pureza da igreja de Deus às vezes faz com que os crentes querem levar o juízo em suas próprias mãos; mas o Senhor proíbe isso. Em primeiro lugar, os crentes não são qualificados para isso; e no segundo, que não é ainda o momento.

    Em terceiro lugar, hipócritas sempre levar os outros ao desastre. É ruim o suficiente que eles próprios não pode e não vai ver a verdade; é ainda pior que eles recrutar outras pessoas para a sua impiedade.Eles não são apenas cegos, mas guias de cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão em um buraco.

    pit referido fisicamente para buracos que foram escavados em um campo ou pastagem e cheios de água para uso como bebedouros para os animais. Um cego caminhando por um campo acabaria por cair em um poço . Mas o significado espiritual do pit é o inferno. Os guias cegos são os próprios fariseus, e os outros cegos são seus convertidos, que se tornam duas vezes os filhos de inferno como seus professores (Mt 23:15).

    Jesus chama os fariseus guias cegos era uma brincadeira com a sua própria descrição de si mesmos como "guias de cegos." Jesus estava dizendo: "Sim, você são guias de cegos, mas você está na mesma condição que aqueles que conduzem Vocês mesmos são cegos. ".

    O Princípio Elucidado

    E Pedro, respondendo, disse-lhe: "Explica-nos a parábola." E Ele disse: "Você ainda está com falta de entendimento também? Não compreendeis que tudo o que entra pela boca passa para o estômago, e é eliminado? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina O homem para fora do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e difamações Estas são as coisas que contaminam o homem;... mas o comer sem lavar as mãos não contamina o homem " (15: 15-20)

    A parábola que Pedro queria que Jesus explicar refere-se à ilustração do versículo 11. Não era tanto que os discípulos não entendiam o que Jesus quis dizer como que eles acharam difícil aceitar, exatamente como fez a platéia e os escribas e fariseus. Como já mencionado, mesmo anos depois de Pentecostes, Pedro não era capaz de aceitar plenamente a idéia de que todos os alimentos foram limpas (At 10:14; Gal. 2: 11-12).

    No que deve ter sido um tom de tristeza, Jesus respondeu: Você ainda está com falta de entendimento? "Com tudo o que tenho ensinado durante os últimos dois anos," o Senhor estava dizendo: "você ainda está como as multidões que não sabem o que Eu estou falando? Você ainda não conseguem compreender a superioridade absoluta da espiritualidade sobre formalidade, do interno sobre o externo, da realidade sobre a sombra? "

    Continuando com a figura de comer, Jesus disse: Não compreendeis que tudo o que entra pela boca passa para o estômago, e é eliminado? No relato de Marcos, Jesus acrescenta: "porque ele não entra em seu coração" (7 : 19). Porque o alimento é apenas física, ele só pode afetar o físico. Ele não pode contaminar a pessoa interior, representado pelo coração, porque o físico eo espiritual são de duas ordens diferentes. Poluição física, não importa o quão corrupto, não pode causar a poluição espiritual ou moral. Cerimônias, rituais e outras práticas externas não podem limpar uma pessoa espiritualmente, e desrespeito de um deles não pode contaminar uma pessoa espiritualmente. Purificação cerimonial, mesmo sob a Antiga Aliança, nunca fez mais do que retratar limpeza espiritual.

    Em vez disso, Jesus disse, é o que sai da boca e vêm do coração que contamina o homem. O coração representa a pessoa interior, seus pensamentos, atitudes, desejos, lealdades e motivações. Quando ocoração está cheio de maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, calúnias , e outro tal impiedade, estas são as coisas que contaminam .

    Foi ao extremo por seus mostrado injustiça-interior dos fariseus maus pensamentos para destruir Jesus-que-los corrompido. O impulso moral central do Sermão da Montanha é que a base de todo o pecado é o pensamento interior, não o ato externo. Uma pessoa comete o pecado quando ele quer fazê-lo, ou não, ele sempre carrega-lo em ação. homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e calúnias , e todos os outros pecados começar no coração (Veja Matt 5.: 21-37).

    As coisas que contaminam o homem vem de um sujo coração , não de lavar as mãos . A necessidade é de Deus para purificar o coração dos homens, e não para os homens a lavar as mãos.

    Paulo advertiu Tito que "os homens rebeldes, paroleiros e enganadores, especialmente os da circuncisão, ... deve ser silenciado porque são perturbadoras famílias inteiras, ensinando coisas que não deveriam ensinar .... Por esta causa reprová-los severamente que eles pode ser firmes na fé, não prestar atenção a mitos e mandamentos de homens que se desviam da verdade judeus "(Tito 1:10-11, 13 56:1-14'>13-14). O apóstolo, em seguida, passa a dizer: "Para os puros, todas as coisas são puras, mas para aqueles que estão corrompidos e incrédulos nada é puro, mas tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas. Afirmam que conhecem a Deus, mas por sua obras o negam, sendo abomináveis ​​e desobedientes, e sem valor para qualquer boa ação "(vv. 15-16).

    Quando uma pessoa está contaminada por dentro, o que ele faz no exterior também está contaminado. Mas quando uma pessoa é puro de coração-imaculada no interior, ele vai ver Deus (Mt 5:8)

    E Jesus partiu dali e retirou-se para o distrito de Tiro e Sidon. E eis que uma mulher cananéia saiu daquela região, e começou a chorar, dizendo: "Tem misericórdia de mim, ó Senhor, Filho de Davi, a minha filha está cruelmente possuídas pelo demônio." Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos aproximaram-se dele e ficava perguntando-lhe, dizendo: "Despede-a, pois ela está gritando atrás de nós." Ele, porém, respondendo, disse: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel." Mas ela veio e começou a curvar-se diante dele, dizendo: "Senhor, me ajude!" E ele, respondendo, disse: "Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos." Mas ela disse: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos se alimentam das migalhas que caem da mesa dos seus donos." Então Jesus respondeu, e disse-lhe: "Ó mulher, sua fé é grande, faça-se para você como você deseja." E sua filha foi curada de uma vez. (15: 21-28)

    A Bíblia tem muito a dizer sobre a fé. Ela fala de uma fé fraca, forte fé, fé corajosa, rica fé, fé inabalável, firme fé, fé morta, a fé preciosa, a fé comum, a fé não fingida, a fé que opera, a fé obediente, e muitos outros tipos.
    Ele também fala de pouca fé e muita fé, e este texto contém a segunda referência no Evangelho de Mateus em que Jesus fala de uma grande fé. Do centurião romano, que pediu para seu servo para ser curado Jesus disse: "Eu não encontrei tão grande fé com ninguém em Israel" (8:10). Em ambos os casos, a pessoa que expressa muita fé era um gentio; e, neste segundo caso, o contexto parece implicar que a fé da mulher não só foi para a libertação de sua filha, mas também foi para a salvação pessoal.

    O Ambiente

    E Jesus partiu dali e retirou-se para o distrito de Tiro e Sidon. (15:21)

    Até este tempo Jesus tinha realizado em mais de Seu ministério na Galiléia; Mas agora ele foi embora por causa das pressões crescentes rapidamente que o enfrentou  .

    Ele estava sob pressão antes de tudo a partir das multidões que O seguiam de lugar para lugar e foram convencidos de que ele era o Messias há muito prevista. Eles estavam certos em reconhecer que seus poderes milagrosos marcou-o como o verdadeiro Messias, mas eles estavam errados sobre o tipo de Messias Ele tinha vindo a ser. Eles esperavam que Ele entregá-los a partir dos opressores romanos e seus lacaios e herodianos, para inaugurar um período interminável de liberdade política e de prosperidade material. Depois de Sua alimentação dos cinco mil, eles ainda pretende "vir e levá-lo à força para fazê-lo rei" Jo 6:15.

    Em segundo lugar, Jesus estava sob a pressão de uma possível prisão e execução por Herodes Antipas, que achava que Jesus era João Batista voltar dos mortos (Mt 14:2).

    Além de sua necessidade para se refrescar física e tempo para ficar sozinho com os doze, Jesus, portanto, tinha essas razões adicionais para encontrar um lugar de refúgio temporário. Ele havia se afastado, indo em frente ao mar da Galiléia, a Betsaida Julias, apenas para ser seguido por uma enorme multidão a quem Ele alimentou milagrosamente. E depois de cruzar de volta para a planície de Genesaré, a sul de Cafarnaum, ele foi imediatamente reconhecido e foi novamente cercado por os doentes, aleijados, e doentes que queria cura.
    Portanto, Jesus retirou-se do frenesi da Galiléia e viajou a noroeste para o distrito de Tiro e Sidon, fora da terra de Israel e além da jurisdição de Herodes e os líderes religiosos judeus. O distrito de Tiro e Sidon era o território Gentil da antiga Fenícia, uma área agora no sul do Líbano, na costa oriental do mar Mediterrâneo. É possível que Ele e os discípulos passaram a maior parte do seu tempo no sopé das montanhas, o que teria sido uma refrescante mudança no clima da região quente e árida da Galiléia.

    Mais importante ainda, Jesus ganharia tempo para ficar a sós com os discípulos e prepará-los ainda mais para a Sua vinda crucificação e seu ministério apostólico. Palestina proporcionou nenhuma privacidade e inúmeros perigos, mas Jesus não se retirou por medo. Quando chegou o momento para ele encarar a cruz, "Ele resolutamente definir Seu rosto para ir a Jerusalém" Lc 9:51; cf. Lc 19:28.

    Alguns intérpretes acreditam que a declaração de Jesus "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15:24) indica que Ele não poderia ter realmente ido em uma área de Gentil e que essa mulher deve ter vindo para baixo em Galiléia para ver Jesus, assim como muitos outros haviam feito. Mas Marcos deixa claro que Jesus não só foi para a "região de Tiro", mas que Ele "foi por Sidom até o mar da Galiléia" (07:24, 31). É verdade, porém, que o Senhor não ir a esta área para ministrar mas para descansar, assim como séculos antes o Senhor tinha mandado Elias para essa mesma região para descansar na casa da viúva de "Sarepta, que pertence a Sidom "1Rs 17:9; Mc 3:8).

    Mas a maioria das nações nativas em e perto da Palestina eram menos religiosamente e intelectualmente orgulhosos do que os seus vizinhos judeus. Eles tinham muito que perdeu o seu poder militar e comercial, bem como grande parte do seu património religioso e cultural. Seus sistemas religiosos pagãos havia falhado repetidamente e agora tiveram pouca influência sobre a sua vida. Eles estavam vazios, em necessidade, e aberta para ajudar. Jesus havia dito aos judeus de Corazim, Betsaida e Cafarnaum que se Tiro, Sidon, e Sodoma tinha experimentado uma revelação do poder de Deus, tais como tinham sido testemunhando, aquelas cidades gentios teria se arrependido e foi poupado julgamento (Mat. 11:21 —23).

    Primeira prioridade de Jesus era para ministrar a pessoas Israel de Deus, para revelar-se como o seu Messias e oferecer-lhes o reino; mas Ele sempre estendeu a Si mesmo para abrir os corações e nunca recusou uma pessoa de qualquer raça ou cultura que veio a Ele com fé. Curso do Senhor para a região de Gentil de Tiro e Sidon deve ter sido refrescante por causa das pessoas, bem como o clima. Eles eram profundos nas trevas, mas muitos ansiosamente procurada para a luz (conforme Jo 1:9-11).

    Seja judeu ou gentio, a pessoa que se aproximou de Jesus com a verdadeira fé e humildade sempre foi recebido. A pessoa que veio com um coração vazio, mas aberto deixou com o coração cheio, enquanto a pessoa que veio com um coração cheio e fechado sem nada. Jesus declarou: "Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11:28.); e Ele prometeu: "O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" Jo 6:37.

    O evangelho veio através dos judeus (Jo 4:22) e primeiro aos judeus, mas nunca foi destinado a ser apenas por eles. O evangelho "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). A Grande Comissão era o de "fazer discípulos de todas as nações" (Mt 28:19)., Começando com Jerusalém, mas chegando ", mesmo à parte mais remota da terra" (At 1:8). Em caráter geral que era maior do que a fé desta mulher, e certamente maior do que a fé dos outros onze discípulos, que nem sequer tentam andar sobre a água, mas não era tão forte como deveria ter sido por essa situação. Pedro era um judeu e, portanto, teve a herança da Palavra de Deus e bênção especial. Mais do que isso, ele viveu por quase dois anos em íntima comunhão com o Filho de Deus. Ele tinha visto praticamente todos os milagres que Jesus realizou e ouviu praticamente cada palavra Ele pregado e ensinado. Ele tinha fé salvadora em Jesus como seu Senhor e Salvador e tinha deixado tudo para segui-Lo; mas o seu grande privilégio e vantagem não era garantia de que, em testes de grave, sua fé não pode ser reduzido a relativamente pouco.

    mulher cananéia , por outro lado, tinha sido criado em uma cultura pagã que tinha sido reconhecido pela sua maldade e vileza. Ela era descendente de um povo que Deus havia ordenado a Israel para conquistar e "destruir totalmente" (Dt 7:2). E a partir de sua história, podemos propor cinco qualidades gerais que marcam toda a grande fé: Ele está arrependido, bem dirigido, reverente, persistente e humilde.

    Arrependido

    E eis que uma mulher cananéia saiu daquela região, e começou a chorar, dizendo: "Tem misericórdia de mim, (15: 22a)

    Porque essa mulher era um cananeu ", da raça siro-fenícia" (Mc 7:26), ela foi, provavelmente, um adorador de Astarte e outras divindades pagãs que eram populares em que região . O fato de que ela foi ter com Jesus, um professor e curador judaica, indica que ela estava desiludido com a idolatria e depravação imoral que caracteriza sua religião. Em virando-se para Jesus, ela virou-se do caminho de Satanás e do pecado para o caminho de Deus, e que é a essência do arrependimento.

    O fundamento da mulher é mais uma prova de sua penitência. Ela sabia que não merecia a ajuda de Jesus, que era indigno dele, e que sua única esperança para imerecido perdão foi em Sua graciosamisericórdia . Por definição, a pessoa que pede misericórdia pede algo imerecido. Esta mulher não veio exigente, mas implorando. Ela não pediu a ajuda de Jesus, com base em sua própria bondade, mas com base na Sua.

    Misericordia é parte integrante da obra redentora de Deus para o homem. A partir do momento da queda, o homem não teve nenhum caminho de volta para Deus, exceto por meio de Sua graça misericordiosa. Não é de estranhar, portanto, que no Novo Testamento e do Antigo Testamento grego (Septuaginta) várias formas do verbo eleeō (para ter misericórdia ) são utilizados cerca de cinco centenas de vezes.

    Quando a aliança do Sinai foi renovado com o povo de Israel, Deus declarou-Se a Moisés como "O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade; que guarda a beneficência em milhares, que perdoa a iniqüidade , a transgressão eo pecado "(Ex. 34: 6-7). Em sua resposta Moisés disse: "Se agora tenho achado graça aos teus olhos, ó Senhor, eu oro, deixe o Senhor ir junto no meio de nós, mesmo que as pessoas são tão obstinados; e faze perdoa a nossa iniqüidade eo nosso pecado, e levar-nos como a tua posse "(v. 9). Em sua profunda salmo penitencial escrito depois que ele confessou o seu pecado com Bate-Seba, Davi pediu nada, mas a misericórdia : "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; de acordo com a grandeza da Tua compaixão apaga as minhas transgressões" Sl 51:1). Porque eles são inseparáveis, as Escrituras, por vezes, refere-se a salvação como o arrependimento. Paulo declara que "a bondade de Deus o leva ao arrependimento" (Rm 2:4., Onde Jesus colocou barreiras antes que o jovem para testar a autenticidade de seu apelo para a vida eterna.)

    Falando diretamente aos discípulos, mas dentro da audição da mulher, Jesus disse: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel . A dureza de coração sugerido por Seu silêncio parecia agora ser confirmada por suas palavras. Nós não sabemos o que os discípulos pensaram de comentário de Jesus, mas eles devem ter se perguntado por que ele tinha tanta boa vontade curou o servo do centurião romano e ofereceu a água da vida com a mulher samaritana em Sicar, mas agora se recusou a ajudar esta mulher simplesmente porque ela não era da casa de Israel .

    Mas por essas palavras Jesus assegurou aos discípulos que Seu plano de redenção ainda estava em curso. Israel ainda era o povo escolhido do Senhor eo reino ainda foi oferecido primeiro a descendência de Abraão. Apesar de sua hostilidade, ressentimento e rejeição, o Senhor iria continuar a chamar a casa de Israel ao arrependimento. Seu ministério primário ainda estava com os filhos do convênio. Ainda não era hora de passar para as nações dos gentios, porque a plena oportunidade de Israel não tinha ainda sido apresentado. É importante notar que, mesmo depois da crucificação e ressurreição, Pedro ainda se refere a Israel como "os filhos ... da aliança", a quem Jesus foi enviado primeiro para a bênção e limpeza (Atos 3:25-26).

    Qualquer que seja efeito de resposta de Jesus tinha sobre os discípulos, que deve ter sido um golpe doloroso para a mulher. A maioria das pessoas teria indignado disse: "Tanta coisa para o seu Deus de amor, a sua mensagem de compaixão, e sua religião intolerante estreita. Eu não quero nada a ver com um Deus ou a religião como essa." Mas esta mulher não tinha nenhum ressentimento ou amargura, só um grande amor para sua filhinha aflitos e uma determinação de tê-la libertado de sua tortura demoníaca. Ela também sabia que os deuses adorados seu povo não se importou. Ela sabia que Jesus era a única esperança e que ela tinha a quem recorrer. Ela disse que na verdade o que Pedro havia dito pouco antes: "Senhor, para quem iremos nós" (Jo 6:68).

    Humilde

    Mas ela veio e começou a curvar-se diante dele, dizendo: "Senhor, me ajude!" E ele, respondendo, disse: "Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos." Mas ela disse: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos se alimentam das migalhas que caem da mesa dos seus donos." (15: 25-27)

    Para curvar é de proskuneo , o que significa, literalmente, prostrar-se e é freqüentemente traduzido como "adoração". Seja ou não a mulher de curvar-se pretendia ser culto, era claramente um ato de humildade. Atirou-se aos pés de Jesus e pediu com ainda maior desespero, Senhor, me ajude!

    Mas, novamente, Jesus colocou-la, dizendo a ela a mesma verdade básica Ele tinha acabado assinalou aos discípulos (24 v.): Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.

    Duas palavras gregas diferentes são usadas no Novo Testamento para cães . Um refere-se aos mestiços sarnentos e muitas vezes cruéis que corriam em embalagens e viviam em grande parte fora do lixo e carcaças de animais mortos. Os cães referidos aqui, no entanto, foram os animais domésticos que, por vezes, eram tratados quase como família.

    Mesmo assim, os comentários de Jesus estavam longe de ser um elogio. A mulher sabia que as crianças do referido judeus e cães que se refere aos gentios, porque ambas as figuras eram comumente usados ​​por judeus. As palavras de Jesus soava muito parecido com os insultos judeus frequentemente expressos em gentios e que a mulher provavelmente tinha ouvido muitas vezes antes.

    Mas ela não se intimidou, e em um flash incrível de visão, ela pegou na própria ilustração de Jesus, dizendo: Sim, Senhor; mas mesmo os cães se alimentam das migalhas que caem da mesa dos seus donos . Ela sabia que era pecador e indigno de qualquer coisa que Ele tinha para oferecer e estava disposto a admitir que ela era menos merecedores do que os judeus. Ao fazê-lo, ela demonstrou uma completa ausência de orgulho, auto-confiança e auto-justiça que caracteriza a maioria dos judeus. Ela estava disposta a se contentar com as migalhas que caem da mesa dos seus donos , porque isso seria o suficiente para atender suas necessidades. Uma pequena sobra de grande poder de Jesus poderia curar sua filha, e isso era tudo o que ela pediu.

    Embora missão prioritária de Jesus foi para os judeus, as migalhas do evangelho, de fato, cair de sua mesa e alimentar gentios humildes que ansiava o Pão da Vida.

    A resposta do Senhor

    Então Jesus respondeu, e disse-lhe: "Ó mulher, sua fé é grande, faça-se para você como você deseja." E sua filha foi curada de uma vez. (15:28)

    Após a colocação de uma barreira de silêncio e, em seguida, uma dupla barreira de aparente rejeição, Jesus ouviu o que ele queria ouvir. Sua busca coração não iria desistir. Como Abraão, ela cresceu mais forte na fé, através de testes de Deus (Rm 4:20), e como Jacó lutando com o Senhor (Gn 32:26), ela não deixou eu ir até Ele abençoou. Ela cumpriu a promessa de 13 24:29-14'>Jeremias 29:13-14: "E você vai buscar-me e encontrar-me, quando me procurarem de todo o coração E eu vou ser encontrado por você." Diz o Senhor. "

    Altamente satisfeito com a resposta da mulher, Jesus declarou: Ó mulher, sua fé é grande. Sem ter ouvido o Sermão da Montanha, ela veio com o humilde, o luto, manso, e buscando coração que Deus requer para o reino de entrada (Mat. 5 : 3-6). Ela exibiu a atitude expressa em Lc 16:16 de vigorosamente pressionando para a frente (de biazomai ) no reino e, em Lc 13:24 de esforçando, lutando, lutando cada nervo (de agōnizomai ) para entrar.

    Por causa de sua grande fé, Jesus concedeu-lhe desejo de que seu filho pequeno ser entregues a partir do demônio, e sua filha foi curada de uma só vez . Como Spurgeon observou: "O Senhor da glória rendeu-se a fé da mulher." Ela ficava perguntando até que ela recebeu, procurando até encontrar, e batendo até que ele foi aberto a ela (conforme Mt 7:7)

    E partindo dali, Jesus foi ao longo do mar da Galiléia, e ter ido até a montanha, Ele estava sentado lá. E grandes multidões se a Ele, trazendo com eles aqueles que eram coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros, e eles depositavam aos Seus pés; e Ele curou-os, de modo que a multidão se maravilhou ao verem os mudos falar, os aleijados restaurada, ea curta coxos e os cegos a ver; e glorificavam ao Deus de Israel.
    E Jesus, chamando os seus discípulos, e disse: "Tenho compaixão da multidão, porque eles têm permanecido comigo há três dias, e não tem nada para comer, e eu não quero mandá-los embora com fome; para que não desfaleçam no caminho. " E os discípulos disseram-lhe: "Onde é que temos tantos pães em um lugar desolado para satisfazer uma grande multidão tal?" E Jesus disse-lhes: "Quantos pães tendes?" E eles disseram: "Sete, e alguns peixinhos." E Ele dirigiu o povo que se sentasse no chão; e, tomando os sete pães e os peixes; e dando graças, partiu-os e começou a dar aos discípulos, e os discípulos, por sua vez, para as multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e eles pegaram o que sobrou dos pedaços, sete grandes cestos cheios. E os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças. E mandar embora as multidões, Ele entrou no barco, e foi para a região de Magadan.(15: 29-39)

    O Deus da Bíblia é um Deus de compaixão. Ele sofre com as pessoas; Ele sente a sua dor e seu sofrimento e procura resolvê-lo, porque Ele se preocupa profundamente com seu bem-estar e felicidade. Jo 3:16 poderia ser traduzido, "Deus tinha tanta compaixão no mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." É a compaixão de Deus para o homem que, a partir do momento da queda, ofereceu o caminho de volta a Ele. Jeremias declarou: "misericórdias do Senhor, na verdade nunca cessam, porque as suas misericórdias não desfaleça" (Lm 3:22). A Versão Autorizada de que o verso diz: "As misericórdias do Senhor que não são consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim." A compaixão do Senhor restringe seu julgamento e se estende a Sua misericórdia, dando oportunidade caída humanidade para se arrepender e ser salvo.

    Uma e outra vez Deus mostrou compaixão do seu povo quando eles estavam em necessidade, apesar de seu pecado e rebelião contra ele. Durante seu tempo de opressão sob Aram ", o Senhor teve misericórdia deles e teve compaixão deles e virou-se para eles por causa de sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó, e não destruí-los ou expulsá-los de sua presença até agora" (2Rs 13:23). Durante o tempo em que a Babilônia governou Judá, Zedequias, o rei judeu nomeado em Jerusalém, não só se rebelou contra Nabucodonosor, mas também contra Deus, Jeremias e os outros profetas. Os sacerdotes e as pessoas também eram infiéis e ímpios. No entanto, "o Senhor, o Deus de seus pais, mandou dizer a eles novamente e novamente por Seus mensageiros, porque se compadeceu do seu povo" 13 14:36-15'>2 Chron. 36: 13-15.

    Desde os primeiros parte do Seu ministério. Jesus sentiu compaixão pelas multidões ", porque estavam aflitas e abatido, como ovelhas sem pastor" (Mt 9:36). Ele teve compaixão especial para os doentes e sofredores, a quem Ele curou de todo tipo de aflição (14:14; conforme 04:23; 08:16; 09:35). Sua compaixão não se limitou ao seu próprio povo judeu; e, ao ministrar a todos os homens, Ele encontrou a fé incomum entre muitos dos gentios, como o centurião romano cujo servo Ele curou (Mt 8:5-13.) e a mulher siro-fenícia, cuja filha Ele acabara de chegar da possessão demoníaca (15: 22-28).

    Depois de sair de lá , a região de Tiro e Sidon, onde essa mulher viveu (21 v.), Jesus foi ao longo do mar da Galiléia, e ter ido até a montanha, Ele estava sentado lá . Aprendemos com Marcos que Jesus deu a volta ao Mar da Galiléia, ao que parece, no lado leste, parando na "região da Decápole" (Mc 7:31), uma outra área Gentil. Embora seu ministério primário ainda estava com os judeus, o Senhor alcançou continuamente para além do povo da aliança, dando uma prévia da extensão do reino por todo o mundo (conforme Mt 28:19; At 1:8). Sua cura de todos os que vieram a Ele prefigurava Sua última "cura das nações" externo (Ap 22:2; cf. vv. 45-47.

    A região da Decápole, onde Jesus tinha acabado de chegar, estava do lado sudeste do Mar da Galiléia, diretamente ao sul da moderna Golan Heights. Decápole significa "dez cidades" (do grego deka , "dez", e polis , "cidade") e seu nome vem das dez cidades-estados localizados dentro de seus limites. Este território um pouco independente foi firmado entre a região ao norte governado por Filipe, o tetrarca e as regiões ao sul e oeste governado por Herodes Antipas. Em e em torno destas dez cidades arqueólogos descobriram as ruínas de anfiteatros elegantes, fóruns e inúmeras estátuas pagãs e monumentos em homenagem aos vários deuses do panteão-incluindo Zeus, Afrodite, Atena, Artemis, Hercules, Dionísio, e Deméter grega.

    Desde o momento em que Jesus alimentou cinco mil pessoas até esta alimentação, tinha decorrido algum tempo. No milagre antes, ele havia ordenado que multidão "para reclinar-se na grama" (14:19), enquanto que Ele instruiu a multidão na Decápole "para se sentar no chão" (15:35). Em que parte da Palestina a grama dura apenas do início da primavera até o início do verão, quando a maioria dos murcha do calor. A multidão de judeus perto da costa nordeste da Galiléia tinha sido capaz de se sentar na grama, enquanto a multidão de gentios na Decápole tinha que sentar-se no chão nu, indicando que, tanto quanto vários meses pode ter decorrido entre as duas mamadas.

    Embora Jesus não tinha ido ao distrito de Tiro e Sidon com o propósito de ministério, Ele foi imediatamente reconhecido lá e estava ansioso para ajudar aqueles que vieram a Ele, sem dúvida, incluindo muitos outros, além da mulher cananéia. Quando ele chegou na região de Decápolis Ele também foi reconhecido, pois desde os primeiros dias de seu ministério pessoas de que a área tinha vindo para ouvi-lo falar e serem curados (Mt 4:24-25.). Portanto, quando a notícia se espalhou de que Jesus foi realmente visitar seu próprio território, grandes multidões se a Ele .

    Jesus tinha ido até a montanha e estava a alguma distância de áreas povoadas. É, portanto, levou vários dias para a palavra de Sua presença para espalhar e para as multidões para chegar até ele a partir de várias partes da região. A viagem foi, naturalmente, especialmente lento para os que foram trazendo com eles aqueles que eram coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros .

    Aleijadas (a partir de kullos ) refere-se a qualquer parte do corpo humano que é deformado ou incapaz de ser utilizado, e inclui mutilação ou perda total. Jesus usou o termo para descrever uma pessoa que teve uma mão ou o pé cortado (Mt 18:8).

    Sabendo que seus deuses pagãos não poderia realizar tais maravilhas, e não teria sido inclinado para realizá-las, se pudessem, as pessoas da Decápole glorificaram ao Deus de Israel. Eles não estavam plenamente conscientes de quem era Jesus, mas eles sabiam que Ele era um judeu e que Ele serviu o Deus de Israel, e glorificavam a Sua Deus em louvor e temor reverente. Sua emoção e gratidão por ter sido curado ou ver seus entes queridos e amigos curadas fez espontaneamente louvar ao Senhor.

    As multidões eram tão grandes e as necessidades tão grande que as curas continuou por vários dias. Após esse tempo milagroso, mas cansativo, Jesus chamou os seus discípulos e disse: "Tenho compaixão da multidão, porque eles têm permanecido comigo há três dias, e não têm nada para comer .

    Eu sinto compaixão vem do verbo splanchnizomai , o que significa, literalmente, a ser movido em um do interior, nas entranhas ou vísceras, que os antigos consideravam a sede das emoções. A palavra Inglês compaixão é retirado do latim, que significa sofrer com, mas passou a significar muito mais do que isso. De acordo com uma definição, é "um sentimento de profunda simpatia e tristeza acompanhada por um forte desejo de aliviar a dor e eliminar a sua causa."

    Jesus teve compaixão para as necessidades espirituais das pessoas, que eram eterno em suas conseqüências. Ele teve compaixão por suas aflições físicas, que foram muitas vezes ao longo da vida no seu efeito. Mas ele também tinha compaixão em relação a sua alimentação, o que lhes sustentado de dia para dia. Em sua oração-modelo que o Senhor nos diz para pedir ao nosso Pai celestial "dar-nos hoje o nosso pão de cada dia" (Mt 6:11), porque Ele se preocupa com as necessidades práticas de nossas vidas diárias.

    Apesar do grande entusiasmo do povo e do fato de que, para muitos deles, esta foi a primeira vez em suas vidas tinham sido fisicamente bem e todo, três dias sem comida era muito tempo. Jesus, portanto, senão quiser mandá-los embora com fome; para que não desfaleça no caminho . A idéia por trás fraco é o do colapso, como uma corda de arco fica mole quando unstrung. O Senhor foi determinado que a multidão necessitado não iria para casa com o estômago vazio e tornar-se fraco a caminho .

    À primeira vista a resposta dos discípulos parece ser essencialmente o mesmo que era quando Ele lhes pediu para alimentar cinco mil pessoas perto de Betsaida Julias (14: 16-17). Porque, na Decápole os discípulos parecia agir como se esta fosse a primeira vez que Jesus tinha pedido tal coisa deles, muitos comentaristas liberais têm defendido que Mateus dá duas contas do mesmo alimentação, com detalhes diferentes e até conflitantes. Mas, como um ex-cobrador de impostos, que foi usada para manter registros precisos, Mateus era muito astuto para não ter percebido as contradições; e não faria sentido para fabricá-los. Ele estava com Jesus durante o Seu ministério e é inconcebível que ele seria tão confuso sobre um evento tão dramático que ele pensou que aconteceu duas vezes, em vez de uma única vez. Nem o Espírito Santo, que inspirou os evangelhos, têm permitido tal deturpação. A necessidade de comida é tão básico que pode-se supor que havia outros tais mamadas não registrada nos Evangelhos (conforme Jo 21:5), a fim de simplificar a distribuição.

    Em seguida , tomando os sete pães e os peixes; e dando graças, partiu-os e começou a dar aos discípulos, e os discípulos, por sua vez, às multidões. O verbo traduzido começou a dar também poderia ser traduzida como "continuou dando." Em ambos os casos, a idéia é a de repetir dando fora do alimento, uma vez que foi multiplicado. Quando sua cesta de alimentos foi esvaziado, um discípulo iria trazê-la de volta ao Senhor para reabastecimento, até que todos as multidões foram alimentados.

    O Senhor poderia ter milagrosamente distribuído a comida tão facilmente como Ele havia milagrosamente multiplicou. Ele tinha fornecido maná para os filhos de Israel no deserto fresco todas as manhãs, distribuídos em toda a área de selva em que eles estavam acampados, para que as pessoas precisavam ir apenas fora de suas tendas e recolher o que era necessário (Ex 16:14) . Mas Jesus estava ensinando os discípulos, bem como alimentar as multidões. Ele queria que eles aprendessem a prática, bem como a realidade teológica da sua compaixão. Ele queria que eles participar em primeira mão na preocupação de Deus para as necessidades diárias de pessoas, bem como para a sua redenção eterna e integridade física, porque a compaixão divina abraça todas as dimensões da necessidade humana.

    Ninguém foi embora com fome, porque tudo o que eles comeram ; e ninguém foi embora meio cheio, mas completamente satisfeito . Depois que todos tinham comido tudo o que queria, os discípulospegou o que sobrou dos pedaços, sete grandes cestos cheios .

    Os sete grandes cestos mencionadas aqui são de um tipo diferente do que os doze cestos utilizados na alimentação dos cinco mil. O tipo de carrinho utilizado na alimentação anterior foi um pequeno recipiente judaica chamado um kophinos , usado por um indivíduo quando se viaja para transportar o alimento para uma ou duas refeições. Os cestos utilizados na alimentação Decápole, no entanto, foramspuridas , que eram distintamente Gentil e bastante grandes . Eles poderiam até mesmo realizar um homem adulto, e foi de tal cesta que Paulo foi reduzido por cima do muro em Damasco (At 9:25).Portanto, esses sete grandes cestos realizada consideravelmente mais comida do que os doze pequenas cestas utilizadas nos outros alimentação (Mt 14:20). Porque esta multidão não tinha comido durante três dias, eles teriam consumido mais do que o outro, que estava sem comida para apenas um dia (14:15).

    Alfred Edersheim observou que "o Senhor terminou cada fase de seu ministério com a alimentação. Ele terminou o ministério na Galiléia com a alimentação dos cinco mil. Ele terminou o ministério na área de Gentil com a alimentação dos quatro mil. E Ele terminou o ministério da Judéia antes da Sua morte na cruz com a alimentação de seu próprio na sala superior. "
    Após os quatro mil homens, além de mulheres e crianças, foram alimentados, mandando embora as multidões, Jesus entrou no barco, e foi para a região de Magadan . A identidade de Magadannão é certo, porque não há nenhuma outra informação bíblica, histórica ou arqueológica sobre ele. Marcos relata que eles foram "para o distrito de Dalmanutha" (8:10), mas que a localização também é incerta.Porque nenhum curso da terra é mencionado, a região aparentemente fronteira com o mar da Galiléia.

    Do ministério de Jesus à multidão Gentil na Decápole uma série de lições importantes podem ser aprendidas.

    Primeiro, vemos novamente divino poder inigualável de Jesus. Porque só Deus pode criar, somente Deus poderia ter multiplicado esses sete pães e alguns peixes ainda um vezes, para não falar de muitos milhares de vezes. Ele é o Deus de Abraão, que acreditou nele "que dá vida aos mortos e chama à existência o que não existe" (Rm 4:17). Assim como Ele havia criado tecidos saudáveis ​​para substituir as doentes, membros inteiros para substituir os deformados e desaparecidos, e vendo os olhos para substituir as cego, ele também criou uma superabundância de comida para substituir um pouco.

    Quando os apóstolos estavam estabelecendo a igreja primitiva, muitos milagres foram realizados através deles. Mas os seus milagres foram realizados em nome e pelo poder de Jesus Cristo, por quem serviam apenas como instrumentos. Jesus, no entanto, fez milagres em nome próprio e poder, porque Ele era a fonte do poder. Ele não curar, libertar, ressuscitai os mortos, e multiplicar alimentos como agente de Deus, mas como Deus.
    Em segundo lugar, o fato de que Ele não só curado doenças e restaurado audição e da visão, mas restaurado aqueles que estavam kullos (mutilados e às vezes completamente sem braços, pernas, olhos, ou outras partes do corpo), estabeleceu-se totalmente para além do auto-proclamado curadores divinos dos últimos anos e os tempos modernos. Você olha em vão entre os curandeiros para contas verificadas de quem foi dado um braço, perna, ou olho para substituir um que estava faltando. As suas "curas" são, na melhor psicossomática e são extremamente pequenas em comparação com aqueles que o Senhor realizou durante os três anos de seu ministério terreno.

    Deus ainda é capaz de soberanamente cura a doença mais sem esperança e de criação de novos membros, onde não há nenhum. Mas a única idade de cura na igreja era o momento de autenticar o próprio Messias e da Sua Palavra através dos apóstolos. Uma vez que essas extremidades foram realizadas, o dom dos milagres cessaram. (Para uma discussão mais completa sobre este assunto, consulte o livro do autor os carismáticos, publicado pela Zondervan.)

    Em terceiro lugar, aprendemos que a meta do ministério é a adoração. Embora a maioria, se não todas, as multidões em Decápole eram gentios pagãos, quando viram a magnitude e perfeição do poder de cura de Jesus, eles não só se maravilhavam além da medida, mas também "glorificavam ao Deus de Israel" (v. 31) . Testemunhando uma exposição tão divina exigiu muito mais do que admiração; exigiu adoração reverente, que aqueles gentios ofereceu o melhor que sabia.
    Sua adoração era o objetivo supremo de Jesus. Ele teve compaixão não qualificado para curar seus corpos quebrados e para encher seus estômagos vazios. Mas Ele era infinitamente mais preocupados que, por meio de sua confiança em Jesus Cristo como seu Salvador, Ele também pode salvar suas almas da condenação eterna e torná-los cidadãos de seu reino celestial.

    Os seguidores de Cristo são igualmente chamados a ministra não só às necessidades físicas e temporais das pessoas, mas para levá-los para glorificar a Deus, "que a graça que está se espalhando para mais e mais pessoas podem fazer com que a ação de graças a abundar para a glória de Deus" (2Co 4:15). O objetivo do evangelismo e da vida cristã é "adorarão o Pai em espírito e verdade, pois são estes que o Pai procura para seus adoradores" (Jo 4:23). Só quando a devoção ao Senhor é sincero e incondicional, o serviço aos outros verdadeiramente altruístas, e vida diária de forma consistente como Cristo, Deus vai ser glorificado.

    Essa é uma lição especialmente importante para os nossos dias, em que o amor-próprio e auto-satisfação tornaram-se aceito e elogiado mesmo em grande parte da igreja. Somos tentados a oferecer o evangelho simplesmente por aquilo que ele pode fazer por uma pessoa, sem nenhuma sugestão da necessidade de se transformar a partir de si mesmo a Deus e de nossas próprias prioridades à Dele. Nós gostamos de fazer o caminho da salvação parece grande, embora o Senhor diz que é estreita (Mt 7:14). Queremos tornar a vida cristã parecer fácil, embora Jesus declarou que "aquele que não toma a sua cruz e siga após mim não é digno de mim" e que só "quem perder a vida por minha causa achá-la" 10 : 38-39.

    Em quarto lugar, essa história ensina a necessidade de contar com os recursos divinos. Como os discípulos, que são as mais usadas para o Senhor quando reconhecemos nossa própria falta de recursos e voltar-se para Ele. O que quer que tenhamos em nós mesmos nunca é suficiente para atender as necessidades dos outros ou para realizar qualquer coisa para Deus. Jesus não ordenou aos apóstolos para serem seus "testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais remota da terra" até que Ele havia prometido em primeiro lugar, "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre você. " (At 1:8).

    Fui uma vez pediu para visitar uma senhora idosa que estava morrendo e não conhecem a Cristo. Ela era frágil e doente, e eu não queria aborrecê-la; mas eu sabia que, acima de tudo o resto que ela precisava Cristo. Todo o caminho até lá eu orei para que Deus me ajude a saber o que dizer e como dizê-lo; mas quando me aproximei a porta do apartamento que eu ficava cada vez mais inquieto. Quando um de seus amigos me deixar entrar e eu caminhei até sua cama, a primeira coisa que ela disse foi: "Antes de dizer qualquer coisa, eu só quero dizer que ontem a minha irmã me levou a Cristo." Depois de um tempo de leitura de alguns salmos e orações, eu disse: "Você não precisa temer a morte mais"; ao que ela respondeu: "O medo da morte? Eu não temo a morte. Eu não temo a morte a todos." No momento em que a nossa visita acabou, eu senti que ela havia ministrado para mim mais do que eu tinha para ela. Eu tinha sido totalmente insuficiente para atender as suas necessidades; mas como eu fui na dependência de nosso Senhor misericordioso, eu descobri que ele já tinha me precederam e fez provisão integral.

    Em quinto lugar, podemos aprender com essa história de que os recursos de Deus nunca são diminuídas, muito menos exausto, porque Ele tem uma capacidade infinita para criar. Ele não precisava de os sete pães e alguns peixes para alimentar a multidão. Ele poderia facilmente ter feito a comida a partir do nada, assim como Ele criou o mundo do nada. Ele usou os pães e os peixes, a fim de envolver os discípulos e para ajudar a ensiná-los a dar o que eles tinham em seus cuidados. "Dai, e dar-se-á dado; boa medida, recalcada, sacudida, atropelamento, eles vão deitar em seu colo por pelo seu padrão de medida que será usada para medir vocês em troca." (Lc 6:38 ). O povo de Deus nunca falta de recursos para fazer o que Ele os chama para fazer se eles confiaram essa promessa.

    Em sexto lugar, aprendemos sobre a utilidade do servo. Embora o Senhor é capaz fazer a Sua obra sem nós, Ele escolhe para fazê-lo através de nós. Ele não precisava de ajuda dos discípulos para distribuir a comida mais do que ele precisava de os sete pães e os peixes para fazer a comida. Ele poderia ter feito em um instante o que os levou várias horas para fazer. Mas, em Sua infinita sabedoria e misericórdia, Deus escolhe usar instrumentos humanos para fazer a Sua obra divina de levar o evangelho ao mundo e de ministrar às suas necessidades. Em servindo submissamente outros em nome e no poder de nosso Senhor, aprendemos a servi-Lo em preparação para servi-Lo por toda a eternidade em dimensões que não podemos agora conceber.

    Em sétimo lugar, aprendemos que Deus dá liberalmente, em "boa medida, recalcada, sacudida; atropelamento" (Lc 6:38), como já vimos. Todo mundo na encosta da montanha comeu até que ele estava completamente satisfeito. Havia até mesmo mais do que suficiente, de modo que sete cestos de alimentos foram sobrando.

    Oitava é a lição de investimento espiritual. Quando os discípulos deram tudo o que tinham de Jesus e depois O ajudou a dá-lo aos outros, eles tiveram sete cestos cheios demais para si. "Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; eo que semeia com fartura com abundância também ceifará com fartura" 2Co 9:6). Nossa compaixão não é medido pelos nossos sentimentos, mas por nossa doação.

    João Wanamaker, fundador da famosa loja de departamentos da Filadélfia que leva seu nome, era um cristão devoto. Em uma viagem à China para observar o trabalho missionário cristão lá, ele se deparou com uma pequena aldeia onde um grupo de cristãos haviam começado a construção de uma igreja, mas faltava dinheiro para concluí-lo. Em um campo próximo notou a estranha visão de um menino em jugo desigual com um boi como eles juntos puxou um arado realizada por seu pai. Guia do Sr. Wanamaker explicou que o menino havia prometido a seu pai: "Se você vai vender um dos bois e dar o dinheiro para a construção da igreja, vou tomar o lugar do bois puxando o arado" Mr. Wanamaker é dito ter caiu de joelhos e disse: "Senhor, deixe-me ser atrelado a um arado para que eu saiba a alegria de dar sacrificial."


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 15 do versículo 1 até o 39

    Mateus 15

    Puros e impuros — Mat. 15:1-9

    A comida que entra no homem — Mat. 15:1-9 (cont.)

    As formas de purificação — Mat. 15:1-9 (cont.)

    Desobedecer a lei de Deus para obedecer a lei do homem — Mt 15:1-9

    A fé posta à prova e a fé que responde — Mat. 15:21-28

    A fé que ganhou a bênção — Mat. 15:21-28 (cont.)

    O pão da vida — Mat. 15:29-39

    A generosidade de Jesus — Mat. 15:29-39 (cont.)

    PUROS E IMPUROS

    Mateus 15:1-9

    Não é exagerado afirmar que por mais difícil e obscuro que nos resulte esta passagem, é uma dos mais importantes de todo o evangelho. Representa um choque frontal entre Jesus e os líderes da ortodoxia judia. Seu começo torna evidente que os escribas e fariseus tinham feito todo o trajeto de Jerusalém a Galiléia para formular suas perguntas a Jesus. Nessa ocasião, não há por que pensar que as perguntas são maliciosas.

    Nesta oportunidade os escribas e fariseus não estão tratando de enredar a Jesus com má intenção. Sentiam-se verdadeiramente surpreendidos. E em muito pouco tempo se sentiriam verdadeiramente indignados e escandalizados. Porque o mais fundamental desta passagem é que não se trata tanto de um choque frontal entre Jesus e os fariseus; é muito mais que isso: trata-se do choque entre duas interpretações da religião, e dois conceitos das exigências de Deus. Tampouco existia a menor possibilidade de chegar a um acordo ou a algum acordo entre estas duas interpretações da religião. Era inevitável que alguém destruísse a outra se não queria perecer. De maneira que, nesta passagem, encontramo-nos com uma das lutas religiosas mais importantes da história. Para compreendê-lo devemos tratar de entender o pano de fundo da religião judia dos fariseus e os escribas.

    Nesta passagem nos encontramos com toda a concepção do puro e o impuro. Devemos ter bem presente que esta idéia de pureza e impureza não tem nada a ver com a limpeza física nem com a higiene, exceto de maneira muito remota. Trata-se de uma questão puramente cerimonial. Estar limpo ou puro significava estar em um estado em que se podia adorar e aproximar-se de Deus. Ser impuro significava encontrar-se em um estado em que tal adoração e aproximação eram impossíveis. Esta impureza se contraía ao tocar certas pessoas ou ao tocar ou comer certas coisas. Uma mulher era impura, por exemplo, se tinha um fluxo de sangue, embora tal fluxo fosse o seu período menstrual normal. Era impura durante um tempo determinado depois de ter dado à luz um filho. Todo corpo morto era impuro, e tocar um cadáver significava converter— se em impuro. Tudo gentio era impuro.

    Esta impureza era transmissível, quer dizer, era algo assim como infecciosa. Se um camundongo tocava uma vasilha de barro, por exemplo, essa vasilha se convertia em algo impuro. Se não fosse lavada e limpada, seguindo um ritual determinado, tudo o que se introduzia nela era impuro. Como resultado disto, qualquer um que tocasse na vasilha ou que comesse ou bebesse seu conteúdo se tornava impuro. Por sua vez, qualquer um que tocasse a pessoa que se tinha feito impura, também se convertia em impuro. Esta idéia não pertence aos judeus com exclusividade. Também é encontrada em outras religiões. Para um hindu de uma casta superior qualquer um que não pertence à mesma casta é impuro; se essa pessoa se fizer cristã, é ainda mais impura.

    Premanand, o grande hindu que se converteu ao cristianismo, relata-nos em sua autobiografia o que aconteceu a ele. Converteu-se em cristão, sua família o expulsou. Às vezes costumava voltar para ver sua mãe que se sentia desesperada pelo que considerava a apostasia de seu filho, mas que o seguia amando. Premanand nos conta: "Apenas meu pai se inteirava que eu ia visitar minha mãe durante o dia quando ele estava em seu escritório, ordenava ao porteiro, um homem forte do campo, Ram Rup... que não me deixasse entrar na casa." Convenceu-se a Ram Rup que não exercesse uma vigilância tão estrita. "Por último minha mãe persuadiu a Ram Rup, o porteiro, e me permitiu entrar para vê-la. O preconceito era tão grande que até os serventes hindus da casa se negavam a lavar os pratos em que minha mãe me dava de comer. Às vezes minha tia purificava o lugar onde eu tinha estado e o assento que tinha usado, salpicando-o com água do Ganges ou com água mesclada com estrume de vaca." Premanand era impuro e tudo o que tocava se convertia em impuro.
    Devemos assinalar que não há nada moral nisto. O fato de tocar certas coisas produzia essa impureza, e tal impureza excluía quem a sofria da sociedade dos homens e da presença de Deus. Era como se certa virtude especial ou infecção rodeasse como um halo ou algumas coisas e pessoas. Possivelmente possamos compreender isto melhor se lembramos que a idéia não desapareceu completamente na civilização ocidental, embora, neste caso, funciona em geral no sentido oposto. Ainda existe gente que acredita que coisas como um trevo de quatro folhas, ou um amuleto metálico ou de madeira, ou um gato preto, trazem boa ou má sorte.

    De maneira que aqui nos deparamos com uma idéia da religião que vê nela algo que consiste em evitar o contato com certas coisas e pessoas porque são impuras. E, se se tinha tido contato, era preciso levar a cabo a purificação ritual necessária para livrar-se da impureza contraída. Mas devemos seguir um pouco mais com este tema.

    A COMIDA QUE ENTRA NO HOMEM

    Mateus 15:1-9 (continuação)

    Estas leis de pureza e impureza tinham implicações ainda mais amplas. Estabeleciam o que uma pessoa podia comer assim como o que não podia comer. Em termos gerais, toda a comida e os vegetais eram impuros. Mas, no referente a criaturas viventes, as leis eram estritas. Estas leis aparecem em Levítico 11. Podemos resumi-las em poucas palavras. Dos animais só se podiam comer aqueles que tinham unhas fendidas e ruminavam. Essa é a razão pela qual nenhum judeu pode comer carne de porco, coelho ou lebre. Em nenhum caso se podia comer a carne de um animal que tivesse morrido por morte natural (Dt 14:21). Em todos os casos era preciso escorrer o sangue do cadáver. Mesmo na atualidade, um judeu ortodoxo compra sua carne em um açougue kosher onde somente se vende carne que recebeu este tratamento. Podia-se comer a gordura comum mas não a gordura dos rins ou das vísceras que nós denominamos tripas. No que respeita aos animais marinhos, só se podia comer aqueles que tivessem barbatanas e escamas. Isso quer dizer que os frutos do mar, tais como as lagostas, são impuros. Todos os insetos são impuros com uma exceção: podia-se comer lagostas, e no Oriente ainda se comem. Como já vimos há uma prova para saber que animais e que peixes se podem comer. Mas no caso das aves não existe tal prova. A lista das aves impuras e proibidas aparece em 13 3:11-21'>Levítico 11:13-21. Tinha determinadas razões muito identificáveis para tudo isto.

    1. O não tocar corpos mortos ou comer a carne de um animal que tinha morrido por causas naturais pode ter tido alguma relação com a crença nos espíritos malignos. Seria fácil pensar que um demônio tinha vindo habitar em um cadáver e que desse modo entrava no corpo de quem o comia.
    2. Alguns animais eram sagrados em outras religiões. O gato e o crocodilo, por exemplo, eram sagrados na religião egípcia, e seria muito natural que o judeu considerasse impuro a qualquer animal que outras religiões veneravam. Vê-lo-ia como uma espécie de ídolo, sagrado para um deus pagão, e portanto perigosamente impuro.
    3. Como assinala o doutor Rendle Short em seu muito útil livro, The Bible and Modern Medicine, algumas das normas eram muito sábias do ponto de vista da saúde e a higiene. O doutor Short escreve:

    "É certo que nós comemos porco, coelhos e lebres mas estes animais são propensos a infestações parasitárias e só estão fora de perigo quando são muito bem cozidos. O porco é um animal sujo em sua alimentação e cria dois parasitas, a triquina e a tênia, que podem transmitir-se ao homem. Nas condições atuais de nossas cidades o perigo é mínimo, mas não devia sê-lo na Palestina da antiguidade e era melhor evitar tal alimento."
    A proibição de comer algo que contivera sangue provém do fato de que, no pensamento judeu, o sangue é a vida. Este pensamento é natural visto que assim como flui o sangue, também o faz a vida. E a vida pertence a Deus e nada mais que a Ele. A mesma idéia explica a proibição de comer gordura. A gordura é a parte mais saborosa do cadáver e a parte mais saborosa deve entregar-se a Deus. Em alguns casos, embora não em muitos, as proibições e as leis sobre comidas eram muito sensatas.

    1. Mas ficam uma quantidade de casos nos quais as coisas, as bestas e os animais eram impuros sem que houvesse nenhuma razão oferecida para isso. Os tabus sempre são inexplicáveis, não são mais que superstições sem razão de ser, mediante as quais se relacionam certas coisas vivas com a boa ou a má sorte, com a pureza ou a impureza.

    Estas coisas não seriam muito importantes por si mesmas, mas o problema e a tragédia era que para os escribas e fariseus se converteram em uma questão de vida ou morte. Observar estas leis boas era servir a Deus, ser religioso. Se o expusermos do modo seguinte, veremos o resultado disto. Para a mente farisaica a proibição de comer carne de coelho ou de porco era um mandamento de Deus da mesma envergadura que a proibição do adultério. De maneira que era tão pecaminoso comer porco ou coelho como seduzir a uma mulher ou desfrutar de relações sexuais ilícitas. A religião se mesclou com todo tipo de regras e normas externas. E como é muito mais fácil observar regras e normas e controlar a quem não o faz, estas regras e normas tinham chegado a ser a religião do judeu ortodoxo.

    AS FORMAS DE PURIFICAÇÃO

    Mateus 15:1-9 (continuação)

    Agora chegamos ao impacto especial que tudo isto tinha sobre a passagem que estamos estudando. Era evidente que era impossível evitar todos os tipos de impureza cerimonial. A pessoa podia evitá-la mas como podia estar seguro de que não havia tocado alguém impuro pela rua? O fato de tocá-lo o convertia em impuro, porque, como vimos, a impureza era contagiosa. Esta se complicava mais ainda pelo fato de que na Palestina havia gentios e até a terra que tocava o pé de um gentio se convertia em impura.
    A fim de combater esta impureza se elaborou um complicado sistema de lavacros. Esses lavacros foram complicando-se cada vez mais. A princípio houve uma lavagem de mãos ao levantar-se pela manhã. Logo se desenvolveu um complexo sistema de lavagens que no começo só concernia aos sacerdotes no templo. Antes de comer a parte do sacrifício que lhes correspondia, devia passar por estes lavados. Logo os mais estritos entre os judeus ortodoxos empregaram e exigiram para si estas lavagens complicadas; também as empregaram todos os que afirmavam ser realmente religiosos.

    Em The Life and Time of Jesus the Messiah Edersheim resume as lavagens mais complicadas. Mantinham-se jarros com água para serem usados antes da comida. A quantidade mínima de água que se devia empregar era um quarto de log (um log equivale a meio litro), que se define como suficiente para encher uma casca e meia de ovo. Primeiro jogava a água sobre ambas as mãos que se mantinham com os dedos para acima, e devia correr até o punho. Devia cair de volta de fora do punho porque agora a água mesma era impura já que havia tocado as mãos impuras, e se voltava a correr pelos dedos voltaria a convertê-los em impuros. O procedimento se repetia com as mãos na posição contrária, com os dedos para abaixo. Por último se lavava cada mão esfregando cada uma delas com a palma da outra. Um judeu realmente estrito repetia isto não só antes de cada refeição mas também entre um prato e outro.

    De maneira que a pergunta dos líderes ortodoxos judeus a Jesus é: "Por que não observam seus discípulos as leis sobre lavar as mãos que estabelece nossa tradição?"

    Fala da tradição dos anciãos. Para o judeu a Lei havia duas seções. Havia a Lei escrita que se encontrava nas próprias Escrituras. E havia a Lei oral que constava dos desenvolvimentos, tal como as da lavagem das mãos, que os escribas e especialistas tinham elaborado através das gerações. E todos estes desenvolvimentos eram a tradição dos anciãos que se considerava tão obrigatória, se não mais, como a Lei escrita. Mais uma vez devemos parar para lembrar o elemento principal — para o judeu ortodoxo todo este ritual era a religião, isto era o que eles entendiam que Deus exigia. Fazer estas coisas significava agradar a Deus e ser um homem bom. Para expressá-lo de outra forma, todo este assunto da lavagem ritual se considerava tão importante e tão obrigatório quanto os mesmos Dez Mandamentos. Chegou-se a identificar a religião com uma quantidade de regras externas. Era mais importante lavar as mãos de um modo determinado que obedecer o mandamento: "Não cobiçarás."

    DESOBEDECER A LEI DE DEUS PARA
    OBEDECER A LEI DO HOMEM

    Mateus 15:1-9 (continuação)

    Jesus não respondeu de maneira direta à pergunta dos fariseus. O que fez foi tomar um exemplo da obediência à lei oral e cerimonial para demonstrar que a observância dessa lei, longe de ser uma obediência à lei de Deus, podia converter-se em uma contradição a tal lei.
    Jesus diz que a lei de Deus ordena honrar pai e mãe; logo passa a afirmar que se um homem disser: "É uma oferenda", fica livre do dever de honrar a seu pai e sua mãe. Se buscarmos a passagem paralela em Marcos vemos que a frase é: "É Corbã" O que significa para nós esta passagem obscura? De fato pode ter dois sentidos, porque Corbã tem dois significados.

    1. Corbã pode significar aquilo que se oferece ou dedica a Deus. Agora, suponhamos que alguém tenha um pai ou mãe que vivia na pobreza e necessidade, e suponhamos que esse pai pobre e ancião chegasse a seu filho em busca de ajuda. Havia uma forma na qual o homem podia evitar ajudar a seus pais. Podia dedicar oficialmente todo seu dinheiro e propriedades a Deus e ao templo. Nesse caso sua propriedade seria Corbã, oferecida a Deus, dedicada a Deus, então diria a seu pai ou mãe: "Sinto muito, não posso lhe dar nada, todos os meus pertences estão dedicados a Deus." Qualquer um podia fazer uso de uma prática e regra ritual e cerimonial para fugir da obrigação básica de ajudar e honrar a seu pai e a sua mãe. Podia aferrar-se a uma regra dos escribas para apagar um dos Dez Mandamentos.
    2. Mas Corbã tem outro sentido, e pode ser que nesta passagem se trate desse segundo significado. Corbã se usava como juramento. Qualquer um podia dizer a seu pai ou mãe: "Corbã, se qualquer coisa que possuo é empregada alguma vez para ajudá-los." Agora, suponhamos que este homem tivesse dor de consciência; suponhamos que tinha preferido seu rechaço em um momento de ira, de mau humor ou de irritação, suponhamos que ao voltar a pensar sobre isto experimentava um sentimento mais generoso e filial e que sentia que, depois de tudo, existia o dever e a obrigação de ajudar a seus pais. Em tal caso qualquer pessoa razoável diria que o homem tinha experimentado um arrependimento genuíno, que sua mudança de idéia era algo bom, e que agora estava disposto a fazer o correto e obedecer a lei de Deus. "Não", diria o escriba, "nossa lei diz que nunca se pode romper um juramento." Citaria Nu 30:2: “Quando um homem fizer voto ao SENHOR ou juramento para obrigar-se a alguma abstinência, não violará a sua palavra; segundo tudo o que prometeu, fará.” O escriba argüiria em forma legalista: "Fez um juramento, não pode quebrá-lo por motivo algum."

    Isso quer dizer que o escriba ataria a pessoa a um juramento apressado, feito em um momento de irritação, um juramento que de fato obrigava essa pessoa a desobedecer a lei suprema da humanidade e de Deus. Isso é o que Jesus quis dizer. Significava o seguinte: "Vocês estão empregando suas interpretações de escribas, suas tradições, para obrigar o homem a desonrar a seu pai e sua mãe, inclusive quando ele mesmo se arrependeu e viu qual é o seu dever."
    O que parece estranho e trágico ao mesmo tempo é que os escribas e fariseus da época de Jesus foram contra o que diziam os maiores mestres judeus. O rabino Eliézer havia dito: "A porta se abre para o homem graças a seu pai e sua mãe." Isto significava que se alguém fez um juramento pelo qual desonrava a seu pai e sua mãe, e se tinha arrependido disto, a porta se lhe abria para mudar de idéia e agir em outra forma, mesmo apesar de seu juramento. Como acontecia com muita freqüência, Jesus não apresentava aos homens uma verdade desconhecida. Recordava-lhes coisas que Deus já lhes havia dito, e que eles conheciam mas que haviam esquecido, porque tinham chegado a preferir os frutos de seu engenho humano às grandes coisas simples da lei de Deus.

    Aqui é onde encontramos o choque e o enfrentamento. Aqui vemos a luta entre dois tipos de religião e duas classes de culto. Para os escribas e fariseus a religião era a observância de certas regras, normas e rituais externos, tais como a forma correta de lavar as mãos antes das comidas. Era a observância estrita de uma visão legalista da vida. Para Jesus a religião era algo centralizado no coração, era algo que se manifestava em compaixão e generosidade, que estão acima da lei.
    Para os escribas e fariseus o culto era um ritual, uma lei cerimonial. Para Jesus o culto era o coração puro e a vida de amor. Nisto está o choque. E esse choque ainda existe.

    O que é a adoração? Ainda hoje há muitos que afirmam que o culto não é tal a menos que o leve a cabo um sacerdote ordenado, segundo certas normas, em um edifício consagrado em uma forma determinada e seguindo uma liturgia estabelecida por uma igreja determinada. E todas estas coisas são elementos externos. Uma das maiores definições do culto é a que expressou William Temple: "Adorar é aliviar a consciência com a santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, enriquecer a imaginação com a beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus, submeter a vontade ao propósito de Deus." Devemos nos cuidar muito bem de nos escandalizar pela aparente cegueira dos escribas e fariseus, de nos surpreender por sua insistência nas cerimônias externas e de ser culpados nós mesmos da mesma falta. A religião jamais pode fundamentar-se em nenhuma cerimônia ou ritual, a religião deve fundamentar-se sempre sobre as relações pessoais entre os homens.

    O VERDADEIRO BEM E O VERDADEIRO MAL

    Mateus 15:10-20

    Pode-se afirmar sem cair no exagero que, para o judeu, estas eram as palavras mais surpreendentes que Jesus podia pronunciar. Porque ao dizer isto não se limita a condenar o ritual e a religião cerimonial dos escribas e fariseus; de fato, varre com muitas partes do livro de Levítico. Não é somente uma contradição da tradição dos anciãos. É uma contradição da própria Escritura. Estas palavras de Jesus invalidam todas as leis sobre mantimentos que aparecem no Antigo Testamento. É muito possível que essas leis pudessem subsistir como questões de saúde, higiene, sentido comum e sabedoria médica, porém nunca mais poderiam invocar-se como questões de religião. De modo definitivo Jesus estabelece que o que importa não é o estado da observância ritual de alguém, e sim o estado de seu coração.
    Não é surpreendente que os escribas e fariseus se escandalizaram. Estava-lhes tirando a base de sustentação de sua religião. Esta afirmação não era apenas alarmante, era revolucionária. Se Jesus estava certo, toda sua teoria da religião estava equivocada. Eles identificavam a religião e o agradar a Deus com a observância de regras e normas que se referiam à pureza e impureza, ao que alguém comia, à forma em que se lavava as mãos antes de comer. Jesus identificava a religião com o estado do coração do homem e dizia com toda crueldade que as regras dos escribas e fariseus não tinham nada a ver com a religião. Jesus dizia que os fariseus eram guias cegos que não conheciam absolutamente o caminho que conduzia a Deus, e que se o povo os seguia tudo o que podiam esperar era sair do caminho e cair na fossa. E Jesus tinha razão.
    (1) Se a religião consistir em regras e observâncias externas, é duas coisas. É muito fácil. É muito mais fácil se abster de certas comidas e lavar as mãos de uma maneira determinada que amar e perdoar o que não é amável e o imperdoável, e ajudar aos necessitados às custas do tempo, do dinheiro, do conforto e do prazer de si mesmo. Ainda não aprendemos esta lição em toda a sua plenitude. Assistir à igreja com regularidade, dar dinheiro em forma generosa, ser membro de um grupo de estudo bíblico, são coisas externas. São meios para chegar à religião, mas não são a religião; porque nunca poderemos lembrar com suficiente freqüência que a religião consiste em relações pessoais e em uma atitude para com Deus e para com nosso próximo. Além disso, se a religião consistir em observâncias externas é algo equivocado. Mais de uma pessoa tem uma vida irrepreensível nas coisas exteriores, mas dentro de seu coração alimenta os pensamentos mais amargos e maus, e o ensino de Jesus é que toda a obediência externa do mundo não pode expiar a amargura, o orgulho e a luxúria que reinam no coração.

    (2) Jesus ensina que a parte do homem que importa é seu coração. "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" (Mt 5:8). O que importa a Deus não é tanto como agimos mas sim por que o fazemos; nem tanto o que de fato fazemos, mas sim o que no fundo de nossos corações desejamos fazer. Como dizia Tomás de Aquino: "O homem vê a ação, mas Deus vê a intenção."

    O que Jesus ensina, e é um ensino que condena a cada um de nós, é que nenhum homem pode considerar-se bom simplesmente porque observa regras e normas externas; só pode chamar-se a si mesmo um homem bom quando seu coração for puro. E apenas esse fato põe fim ao orgulho, e é a razão pela qual cada um de nós só podemos dizer: "Deus, tem misericórdia de mim, pecador."

    A FÉ POSTA À PROVA E A FÉ QUE RESPONDE

    Mateus 15:21-28

    Esta passagem tem implicações muito sérias. Além de qualquer outra coisa, tem um interesse único: descreve a única oportunidade em que Jesus saiu da Palestina e do território judeu. O sentido supremo desta passagem é que preanuncia a propagação do evangelho a todo mundo; mostra-nos o princípio do fim de todas as barreiras.
    Para Jesus se tratava de uma ocasião de retiro deliberado. O fim se aproximava, e antes do fim Jesus queria dispor de uns momentos de tranqüilidade para preparar-se. Não era tanto que se queria preparar a si mesmo, embora também tinha esse propósito, mas sim desejava dispor de algum tempo para ensinar e preparar a seus discípulos para o momento da cruz. Havia coisas que lhes devia dizer e que eles deviam entender. Na Palestina não havia nenhum lugar onde pudesse estar a sós; a qualquer lugar que fosse, as multidões iam a seu encontro. De maneira que se dirigiu ao norte através da Galiléia até chegar à terra de Tiro e Sidom, habitada pelos fenícios. Aí, ao menos durante algum tempo, estaria a salvo da perversa hostilidade dos escribas e fariseus, e da perigosa popularidade entre o povo, porque nenhum judeu estaria disposto a segui-lo em território de gentios. Esta passagem mostra a Jesus procurando um período de tranqüilidade antes do alvoroço do fim. Não se trata em nenhum sentido de uma fuga de Jesus; é uma imagem de Jesus adquirindo forças e preparando-se, Ele e seus discípulos, para a luta final e decisiva que tinha pela frente.

    Porém até nesse território estrangeiro Jesus não se veria livre do clamor da necessidade humana. Havia uma mulher que tinha uma filha gravemente doente. De algum modo esta mulher tinha ouvido a respeito das coisas maravilhosas que Jesus podia fazer, e seguiu a Jesus e a seus discípulos, rogando desesperadamente que a ajudassem. A princípio, Jesus parecia não lhe prestar atenção. Os discípulos estavam confundidos. "Dá-lhe o que pede", diziam, "e livre-se dela." A reação dos discípulos não era um sentimento de compaixão. Pelo contrário, para eles a mulher era um estorvo e queriam livrar-se dela o mais rápido possível. Aceder a um pedido para livrar-se de alguém que é, ou pode converter-se em um estorvo, é uma reação muito comum, mas é muito diferente do amor, da compaixão e da piedade cristãos.
    Mas se apresentava um problema a Jesus. Não podemos duvidar por um instante de que sentia compaixão pela mulher. Mas era uma gentia. Não só era gentia, mas também pertencia aos cananeus e os cananeus eram inimigos ancestrais dos judeus. Nessa mesma época, ou não muito depois, Josefo podia escrever: "Dos fenícios, os de Tiro são os que têm os piores sentimentos contra nós." Já vimos que se Jesus queria ter algum efeito devia limitar seus objetivos, como um general prudente. Tinha que começar pelos judeus; e aqui se encontrava com uma mulher

    gentia que clamava por misericórdia. Jesus só podia fazer uma coisa: devia despertar uma fé autêntica no coração dessa mulher.

    De maneira que Jesus por fim se voltou para ela: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” Chamar cão a alguém era um insulto mortal e pejorativo. O judeu falava com uma arrogante insolência de "os cães gentios", os "cães infiéis" e, mais adiante, dos "cães cristãos". Naqueles dias os cães eram os sujos habitantes das ruas — animais fracos, selvagens, freqüentemente doentes. Mas devemos lembrar duas coisas. O tom e o olhar que se empregam para dizer algo fazem uma grande diferença. Inclusive algo duro pode dizer-se com um sorriso que desarma. Podemos chamar um amigo "vilão" ou "vadio" com um sorriso e um tom que lhe tira toda maldade e o enche de afeto. Podemos estar seguros de que o sorriso no rosto de Jesus e o tom de sua voz tirou toda a amargura e o insulto de suas palavras. Em segundo lugar, emprega o diminutivo de cães (kunaria) e os kunaria não eram os cães vagabundos mas os cães de madame, muito distintos dos vira-latas que assolavam as ruas e revolviam os montões de lixo. A mulher era grega, de rápida percepção e com o engenho dos gregos. "Sim", respondeu, "porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos". E os olhos de Jesus se iluminaram de alegria ao perceber uma fé tão indomável; e lhe outorgou a bênção e a saúde que tanto desejava.

    A FÉ QUE GANHOU A BÊNÇÃO

    Mateus 15:21-28 (continuação)

    Devemos assinalar certas coisas a respeito desta mulher.

    1. Primeiro e sobretudo, experimenta amor. Como dissera Bengel a respeito dela: "Fez sua a miséria de sua filha." Podia ser pagã, mas em seu coração estava esse amor por sua filha que sempre é o reflexo do amor de Deus por suas criaturas. Foi o amor o que a fez aproximar-se desse estrangeiro; foi o amor o que a fez aceitar seu silêncio e continuar sua súplica. O amor foi o que a fez suportar seus aparentes rechaços. Foi o amor o que a fez capaz de ver a compaixão por trás das palavras de Jesus. A força impulsionadora do coração desta mulher era o amor; e não há nada mais forte e mais perto de Deus que o amor.
    2. Esta mulher tinha fé. (a) Era uma fé que cresceu em contato com Jesus. Começa chamando-o Filho de Davi; tratava-se de um título popular, político. Era um título que considerava Jesus como uma pessoa que fazia milagres grandes e poderosos, mas o via em termos de poder e glória terrenos. Aproximou-se para pedir um dom de alguém a quem considerava um homem grande e poderoso. Aproximou-se com uma espécie de superstição, como poderia ter-se aproximado de algum mago. Termina chamando Jesus de Senhor. É como se Jesus a tivesse obrigado a olhá-lo e a mulher tivesse visto nEle algo que não se podia expressar em termos terrenos, mas sim era nada menos que divino. Isso era justamente o que Jesus queria suscitar nela antes de conceder seu pedido. Queria que ela compreendesse que um pedido a um grande homem devia converter-se em uma oração a um Deus vivo. Podemos ver como cresce a fé desta mulher enquanto se depara com Cristo até que o vê, embora em forma distante, como o que é. (b) Era uma fé que adorava. Começou seguindo-o, terminou ajoelhada. Começou com uma petição, terminou com uma oração. Cada vez que nos aproximamos de Jesus devemos fazê-lo em primeiro lugar em adoração de sua majestade, e só depois devemos expressar nossa necessidade.
    3. Esta mulher tinha uma persistência inquebrantável. Não se deixava desalentar. Como já dissemos, há muita gente que ora porque não quer perder a oportunidade. Não acreditam na oração em forma autêntica; só sentem que pode ser que aconteça algo e não querem perder a oportunidade. Esta mulher se aproximou não só porque Jesus era o único que podia ajudá-la, mas sim porque era sua única esperança. Aproximou-se com uma esperança apaixonada, com um claro sentimento de necessidade e disposta a não sentir-se desalentada. Esta mulher tinha a qualidade supremamente efetiva da oração — estava absolutamente empenhada em obter o que queria. Para ela a oração não era uma forma ritual, era a expressão do desejo apaixonado de sua alma que de algum modo sentia que não podia, não devia e não tinha por que receber um não como resposta.

    (4) Esta mulher tinha o dom da alegria. Estava em meio da aflição; apaixonadamente ansiosa; e entretanto, podia sorrir. Havia nela uma espécie de alegria cheia de luz. Deus ama a fé alegre, a fé em cujas almas sempre brilha a luz da esperança, a fé com um sorriso que pode iluminar a tristeza.

    A mulher se aproximou de Cristo com um amor audaz, com uma fé que cresceu até adorar aos pés do divino, com uma insistência inquebrantável que brotava de uma esperança invencível, com uma alegria que não aceitava o desalento. Essa é a fé que não pode deixar de receber uma resposta a suas orações.

    O PÃO DA VIDA

    Mateus 15:29-39

    Vimos que ao Jesus empreender sua viagem para o território dos fenícios, estava entrando em um período de afastamento e isolamento deliberados para poder preparar-se a si mesmo e a seus discípulos para os últimos dias que tinha pela frente. Uma das dificultados dos evangelhos é que não nos proporcionam nenhuma indicação precisa de datas e épocas, temos que descobri-las por nossa conta fazendo uso das insinuações que o relato pode nos dar. Quando analisamos estas insinuações, descobrimos que o período de isolamento de Jesus e seus discípulos foi muito mais prolongado do que poderíamos pensar se fizéssemos uma leitura superficial do relato,

    Quando Jesus alimentou os cinco mil (Mateus 14:15-21; Marcos 6:31-44) lemos que se sentaram sobre a relva verde (Mt 14:19; Mc 6:39). De maneira que era a primavera, porque nessa terra cálida o pasto não estava verde em nenhuma outra época. Depois de suas discussões com os escribas e fariseus se retirou aos distritos de Tiro e Sidom (Mc 7:24; Mt 15:21). Essa não era uma viagem muito curta se fosse feita a pé. A próxima indicação de tempo e lugar a temos em Marcos. Em Mc 7:31 a tradução correta do grego é: "Saindo de Tiro, voltou através de Sidom até o mar da Galiléia, passando pelas costas de Decápolis." Era uma forma muito estranha de viajar. Sidom está ao norte de Tiro, o mar da Galiléia está ao sul de Tiro e Decápolis era uma confederação de dez cidades gregas ao leste do mar da Galiléia. Isso significa que Jesus foi para o Norte a fim de dirigir-se ao sul. É como se para chegar de um ponto da base de um triângulo até o outro passasse pelo vértice. É evidente que Jesus prolongou a viagem a propósito, a fim de permanecer o maior tempo possível com seus discípulos antes de sua última viagem a Jerusalém. Por último chegou a Decápolis onde, conforme vemos em Marcos (Mc 7:31; Mc 8:9), aconteceram os incidentes que se relatam em nossa passagem. Aqui encontramos nossa próxima alusão. Nesta oportunidade, quando se ordena à multidão que se sente, ela o faz sobre a terra (epi tenha gen), no chão. Estão no meio do verão e o pasto se queimou deixando a terra nua. Isso significa que esta viagem de Jesus por volta do Norte lhe tomou quase seis meses. Não sabemos nada a respeito do que aconteceu durante esses seis meses, mas podemos estar bem seguros de que foram os meses mais importantes na vida dos discípulos. Durante esse tempo Jesus lhes ensinou e os instruiu e abriu suas mentes à verdade. Devemos ter em mente que os discípulos passaram seis meses com Jesus, a sós, antes do momento crucial.

    Muitos estudiosos consideram que a alimentação dos cinco mil e a dos quatro mil são versões diferentes de um mesmo incidente, mas não é assim. Como vimos a época é distinta; a primeira aconteceu na primavera, a segunda no verão. A multidão e o lugar são diferentes. A alimentação dos cinco mil nesta passagem aconteceu em Decápolis. O significado literal de Decápolis é dez cidades, e Decápolis era uma federação de dez cidades gregas livres. Nesta oportunidade haveria muitos gentios presentes, possivelmente mais gentios que judeus. Isso é o que explica a estranha frase do versículo 31: "Glorificavam ao Deus de Israel d Para as multidões gentílicas tratava-se de uma demonstração do poder do Deus de Israel.

    Também há outro elemento curioso que estabelece uma diferença. Na alimentação dos cinco mil as cestas que se empregaram para recolher as sobras se denominam kophinos; na dos quatro mil são chamadas sphurides. O kophinos era uma cesta de gargalo longo, em forma de garrafa que os judeus costumavam levar consigo para não ver-se obrigados a comer algo que haviam tocado mãos gentios e que portanto era impuro. O sphurides era algo muito mais parecido com uma cesta; podia chegar a entrar um homem nela e era o tipo de cesta que usavam os gentios.

    O maravilhoso deste relato é que nestas curas e na alimentação dos famintos vemos que a misericórdia e a compaixão de Jesus se estendem aos gentios. Aqui nos encontramos com uma espécie de símbolo e premonição de que o plano de Deus não se limita aos judeus; os gentios também receberiam sua parte daquele que é o pão da vida.

    A GENEROSIDADE DE JESUS

    Mateus 15:29-39 (continuação)

    Nesta passagem vemos com toda clareza a bondade e a absoluta generosidade de Jesus Cristo. Vemo-lo satisfazendo toda sorte de necessidades humanas.

    1. Vemo-lo curar a enfermidade física. Os coxos, os entrevados, os cegos e os surdos se prostram a seus pés e são curados. Jesus se preocupa em forma profunda pela dor corporal que existe no mundo; e aqueles que levam saúde e cura aos homens seguem cumprindo a obra de Jesus Cristo.
    2. Vemo-lo preocupado pelos que estão cansados. A multidão se sentia cansada e Jesus queria fortalecer suas pernas para um caminho longo e árduo. Jesus está profundamente preocupado pelos caminhantes do mundo, pelos que trabalham, por aqueles cujos olhos ou mãos estão cansados.
    3. Vemo-lo alimentando aos famintos. Vemo-lo dando tudo o que tinha para satisfazer a fome e a necessidade física. Jesus se preocupava tanto pelos corpos dos homens como por suas almas.

    Aqui vemos o poder e a compaixão de Deus que se preocupa em sair ao encontro das muitas necessidades da situação humana.
    Ao escrever sobre esta passagem Edersheim expressa uma idéia muito bonita: assinala que nas três etapas sucessivas de seu ministério Jesus pôs fim a cada etapa com uma refeição que ofereceu a seu povo. A primeira foi a alimentação dos cinco mil. Esta se dá ao final de seu ministério na Galiléia, porque depois disso Jesus não voltaria a ensinar, pregar ou curar na Galiléia. Em segundo lugar, encontramo-nos com esta alimentação dos quatro mil. Esta se dá ao final de seu breve ministério entre os gentios, para além dos limites da Palestina — primeiro nos distritos de Tiro e Sidom e logo em Decápolis. E a terceira e última foi a Santa Ceia em Jerusalém, quando Jesus chegou à última etapa dos dias de sua carne entre os homens.

    Trata-se sem dúvida de uma noção muito bonita. Jesus sempre deixava os homens com forças para o caminho. Sempre reunia os homens a seu redor para alimentá-los com o pão da vida. Sempre se entregava a si mesmo antes de continuar. E mesmo agora se aproxima de nós, oferecendo o pão que satisfaz a fome imortal da alma humana, com cuja força poderemos nos manter todos os dias de nossa vida.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 15 versículo 22
    fenícia: Ou: “cananeia”. Em grego, khananaía. A região que nos dias de Jesus era chamada de Fenícia também era conhecida como Canaã porque os primeiros habitantes da Fenícia eram descendentes de Canaã, neto de Noé. (Gn 9:18-10:
    6) Por isso, os fenícios também eram chamados de cananeus. — Veja a nota de estudo em Mc 7:26, onde a mulher é chamada de “siro-fenícia”.

    Filho de Davi: Veja as notas de estudo em Mt 1:1-15:25.


    Dicionário

    Cercanias

    Proximidades.

    Clamar

    Clamar
    1) Gritar (Gn 4:10)

    2) Implorar (Sl 130:1). 3 Exigir (Is 59:4).

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Pedir insistentemente; rogar: os fiéis clamavam graças; clamavam aos santos por milagres.
    Fazer exigências urgentes; instar: a multidão clamava por direitos trabalhistas.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Exclamar em voz alta; bradar: clamou que deixassem de brigar; o povo clamava por justiça.
    Reclamar com convicção ou em voz alta; protestar: o réu clamou contra a pena.
    Etimologia (origem da palavra clamar). Do latim clamare.

    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Filha

    Filha
    1) Pessoa do sexo feminino em relação aos pais (At 21:9).


    2) Descendente (Lc 1:5).


    3) Mulher (Gn 28:6; Lc 23:28).


    4) O povo, representado por uma jovem (Is 22:4; Jr 4:31; Lm 2:2).


    substantivo feminino Pessoa do sexo feminino, considerada em relação a seu pai ou a sua mãe.
    Figurado Nascida, descendente, natural.

    A palavra, segundo o uso que temna Escritura, quer algumas vezes dizer neta, ou outra descendente. ‘Filha de Belial’ (1 Sm 1,16) simplesmente significa ‘Filha da indignidade’, isto é, mulher indigna. A palavra ‘filha’ é, também, freqüentemente usada a respeito das cidades. Sobre a herança das filhas, *veja Nm 27:6-11.

    Filho

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Misericórdia

    Misericórdia
    1) Bondade (Js 2:14, RA).


    2) Bondade, AMOR e GRAÇA de Deus para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Ex 20:6; Nu 14:19, RA; Sl 4:1). Essa disposição de Deus se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1:50).


    3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5:7; Jc 2:13).


    Misericórdia O termo reúne em si o sentimento de compaixão (Mt 9:36; 14,14; 15,32; 20,34; Mc 9:22; Lc 10:33; 7,13 15:20) e, ocasionalmente, a fidelidade à Aliança. É este último sentido que explica, pelo menos em parte (comp. Jo 3:16), a busca do pecador por parte de Deus (Lc 1:54.72; Mt 5:7; 23,23). Deus é um Deus de misericórida (Lc 1:50) e essa virtude deve ser encontrada também nos discípulos de Jesus (Mt 9:13; 12,7; 18,23-35; Lc 6:36; 10,37).

    substantivo feminino Sentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão.
    Ação real demonstrada pelo sentimento de misericórdia; perdão concedido unicamente por bondade; graça.
    Antigo Local onde os doentes, órfãos ou aqueles que padeciam, eram atendidos.
    Antigo Punhal que outrora os cavaleiros traziam à cintura no lado oposto da espada que lhes servia para matar o adversário, caso ele não pedisse misericórdia.
    Misericórdia divina. Atribuição de Deus que o leva a perdoar os pecados e faltas cometidas pelos pecadores.
    Bandeira de misericórdia. Pessoa bondosa, sempre pronta a ajudar o próximo e a desculpar-lhe os defeitos e faltas.
    Golpe de misericórdia. O Ferimento fatal feito com o punhal chamado misericórdia; o golpe mortal dado a um moribundo.
    Mãe de misericórdia. Denominação dada à Virgem Maria para designar a sua imensa bondade.
    Obras de misericórdia. Nome dado aos quatorze preceitos da Igreja, em que se recomendam diferentes modos de exercer a caridade, como: visitar os enfermos, dar de comer a quem tem fome etc.
    Estar à misericórdia de alguém. Depender da piedade de alguém.
    Pedir misericórdia. Suplicar caridade.
    Etimologia (origem da palavra misericórdia). Do latim misericordia.ae.

    A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto, aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10, it• 4


    Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Saíra

    substantivo feminino [Brasil] Denominação genérica de várias aves da família dos tanagrídeos.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Tem

    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    καί ἰδού γυνή Χανααναίος ἐξέρχομαι ἀπό ἐκεῖνος ὅριον κραυγάζω κύριος υἱός Δαβίδ ἐλεέω μέ μοῦ θυγάτηρ κακῶς δαιμονίζομαι
    Mateus 15: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, eis que uma mulher cananeia, vindo daquelas regiões, gritou para ele, dizendo: Tenha misericórdia de mim, ó Senhor, Filho de Davi; minha filha está severamente atormentada por um demônio.
    Mateus 15: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Junho de 29
    G1135
    gynḗ
    γυνή
    esposa
    (wife)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1138
    Dabíd
    Δαβίδ
    um levita da época de Neemias
    (Bunni)
    Substantivo
    G1139
    daimonízomai
    δαιμονίζομαι
    estar sob o poder de um demônio.
    (being possessed by demons)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Plurak acusativo acusativo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G1653
    eleéō
    ἐλεέω
    ter misericórdia de
    (will receive mercy)
    Verbo - futuro do indicativo Passivo - 3ª pessoa do plural
    G1831
    exérchomai
    ἐξέρχομαι
    ir ou sair de
    (will go forth)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G2364
    thygátēr
    θυγάτηρ
    filha
    (daughter)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2560
    kakōs
    κακῶς
    ferver, espumar, produzir espuma, fermentar
    (and daubed)
    Verbo
    G2896
    krázō
    κράζω
    bom, agradável, amável
    ([it was] good)
    Adjetivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3725
    hórion
    ὅριον
    fronteiras
    (vicinity)
    Substantivo - neutro neutro no Plural
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5478
    Chanaanaîos
    Χανααναῖος
    ()
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio


    γυνή


    (G1135)
    gynḗ (goo-nay')

    1135 γυνη gune

    provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

    1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
    2. uma esposa
      1. de uma noiva

    Δαβίδ


    (G1138)
    Dabíd (dab-eed')

    1138 δαβιδ Dabid

    de origem hebraica 1732 דוד; TDNT - 8:478,*; n pr m

    1. segundo rei de Israel, e antepassado de Jesus Cristo

    δαιμονίζομαι


    (G1139)
    daimonízomai (dahee-mon-id'-zom-ahee)

    1139 δαιμονιζομαι daimonizomai

    voz média de 1142; TDNT - 2:19,137; v

    1. estar sob o poder de um demônio.

      No NT, estas são pessoas afligidas por enfermidades particularmente severas, tanto corporais como mentais (tais como paralisia, cegueira, surdez, perda da fala, epilepsia, melancolia, insanidade, etc.). Na opinião dos judeus, seus corpos eram invadidos por demônios, que os possuíam não apenas para afligir-los com males, mas também para destronar sua razão e tomar seu próprio lugar. Conseqüentemente, os possuídos eram compelidos a expressar a mente e consciência dos demônios que neles residiam. Acreditava-se que a cura deles requeria a expulsão dos demônios.


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἐλεέω


    (G1653)
    eleéō (el-eh-eh'-o)

    1653 ελεεω eleeo

    de 1656; TDNT - 2:477,222; v

    1. ter misericórdia de
    2. ajudar alguém aflito ou que busca auxílio
    3. ajudar o aflito, levar ajuda ao miserável
    4. experimentar misericórdia

    Sinônimos ver verbete 5842


    ἐξέρχομαι


    (G1831)
    exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

    1831 εξερχομαι exerchomai

    de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

    1. ir ou sair de
      1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
        1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
        2. daqueles que são expelidos ou expulsos
    2. metáf.
      1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
      2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
      3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
      4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
      5. de coisas
        1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
        2. tornar-se conhecido, divulgado
        3. ser propagado, ser proclamado
        4. sair
          1. emitido seja do coração ou da boca
          2. fluir do corpo
          3. emanar, emitir
            1. usado de um brilho repentino de luz
            2. usado de algo que desaparece
            3. usado de uma esperança que desaparaceu

    θυγάτηρ


    (G2364)
    thygátēr (thoo-gat'-air)

    2364 θυγατηρ thugater

    aparentemente, uma palavra raiz [cf “filha”]; n f

    1. filha
      1. filha de Deus
        1. aceitável a Deus, que se regozija no cuidado e proteção peculiar de Deus
      2. com o nome de um lugar, cidade, ou região
        1. denota coletivamente todos os seus habitantes e cidadãos
      3. uma descendente

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κακῶς


    (G2560)
    kakōs (kak-oce')

    2560 κακως kakos

    de 2556; TDNT - 4:1091,*; adv

    miserável, estar doente

    impropriamente, erradamente

    falar mal de, expressar ódio contra alguém


    κράζω


    (G2896)
    krázō (krad'-zo)

    2896 κραζω krazo

    palavra primária; TDNT - 3:898,465; v

    1. grasnar
      1. do grito de um corvo
      2. daí, gritar, berrar, vociferar
      3. clamar ou pedir por vingança
    2. chorar
      1. chorar alto, falar com uma voz alta

    Sinônimos ver verbete 5823


    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅριον


    (G3725)
    hórion (hor'-ee-on)

    3725 οριον horion

    de um derivado de uma palavra aparentemente primária horos (fronteira ou limite); n n

    1. fronteiras
      1. para uma região, distrito, terra, território

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    Χανααναῖος


    (G5478)
    Chanaanaîos (khan-ah-an-ah'-yos)

    5478 Ξανααναιος Chanaanaios

    de 5477; adj

    cananita, o nome dos antigos habitantes da Palestina, antes da sua conquista pelos israelitas

    no tempo de Cristo: fenícios


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa