Enciclopédia de Mateus 17:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 17: 24

Versão Versículo
ARA Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?
ARC E, chegando eles a Capernaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as didracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as didracmas?
TB Tendo chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam as duas dracmas e perguntaram: Não paga vosso Mestre as duas dracmas?
BGB Ἐλθόντων δὲ αὐτῶν εἰς Καφαρναοὺμ προσῆλθον οἱ τὰ δίδραχμα λαμβάνοντες τῷ Πέτρῳ καὶ εἶπαν· Ὁ διδάσκαλος ὑμῶν οὐ τελεῖ τὰ δίδραχμα;
HD Chegando a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os coletores das didracmas e disseram: O vosso Mestre não paga as didracmas?
BKJ E vindo eles para Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que recebiam tributos, e perguntaram: O vosso mestre não paga tributos?
LTT Ora, havendo eles chegado para dentro de Cafarnaum, (então) aproximaram-se de Pedro aqueles que a moeda- de- duas- dracmas ① estão cobrando 380, e disseram: "O vosso Professor- Mestre não paga a moeda- de- duas- dracmas ①? ②"
BJ2 Quando chegaram a Cafarnaum, os coletores da didracma[f] aproximaram-se de Pedro e lhe perguntaram: "O vosso mestre não paga a didracma?"
VULG Ait : Etiam. Et cum intrasset in domum, prævenit eum Jesus, dicens : Quid tibi videtur Simon ? reges terræ a quibus accipiunt tributum vel censum ? a filiis suis, an ab alienis ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 17:24

Êxodo 30:13 Isto dará todo aquele que passar ao arrolamento: a metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte geras); a metade de um siclo é a oferta ao Senhor.
Êxodo 38:26 Um beca para cada cabeça, isto é, meio siclo, conforme o siclo do santuário, de qualquer que passava aos arrolados, da idade de vinte anos e acima, que foram seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta.
Marcos 9:33 E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 17 : 24
os coletores
Lit. “os que recebem didracmas”. Trata-se dos coletores do imposto anual e pessoal, destinado a cobrir as despesas do templo, ao qual se obrigavam todos os homens hebreus.

Mateus 17 : 24
didracmas
Uma dracma dupla, ou seja, uma moeda com valor de duas dracmas (didracma). A palavra grega “dracma” significava, na Grécia antiga, tanto uma medida padrão de peso para a prata, correspondendo aproximadamente a , gramas, quanto a moeda chamada “dracma”, que correspondia, por sua vez, a “, (X ,) gramas” de prata, representando um padrão monetário naquela região.

Mateus 17 : 24
não paga as didracmas
Lit. “não cumpre didracmas”. Referência ao cumprimento do preceito que prescreve o pagamento de tributo para custear o templo, uma espécie de dízimo anual.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 380

Mt 17:24 TraIdutores da NVI (não o TC), tomam a medonha liberdade de adulterar "MOEDA- DE- DUAS- DRACMAS" {didrachma}" para "IMPOSTO DO TEMPLO." Isto não é traduzir, é comentar! Isto não é respeitar a inspiração verbal! Mesmo em português, queremos ler, proclamar e memorizar exatamente as palavras de Deus, não a paráfrase- interpretação- comentário feitos por homens!


 ①

dracma:1 denário = 1 jornal, salário por 1 dia do trabalhador braçal. A didracma (moeda de 2 dracmas) era o imposto do Templo.


 ②

ver nota em Gill.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO

JERUSALÉM E SEUS ARREDORES
Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.

UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.

PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"

A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.

OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.

TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.

FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.

A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.

Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.

 

Referências

Ezequiel 5:5-38.12

Salmos 122:4-125.2

Lucas 10:30

Mateus 17:24

João 19.13

João 9.7

João 5:2-9

Mateus 23:29

Marcos 11:11;

Mateus 21:17:

Lucas 24:50

Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Dinheiro e pesos

Dinheiro e pesos nas Escrituras Hebraicas

Gera (1⁄20 siclo)

0,57 g

10 geras = 1 beca

Beca

5,7 g

2 becas = 1 siclo

Pim

7,8 g

1 pim = 2⁄3 siclo

Um siclo, a unidade básica hebraica de peso

Peso de um siclo

Siclo

11,4 g

50 siclos = 1 mina

Mina

570 g

60 minas = 1 talento

Talento

34,2 kg

Um darico

Darico (moeda persa de ouro)

8,4 g

Esdras 8:27

Dinheiro e pesos nas Escrituras Gregas Cristãs
Um lépton

Lépton (moeda judaica de cobre ou de bronze)

1⁄2 quadrante

Lucas 21:2

Um quadrante

Quadrante (moeda romana de cobre ou de bronze)

2 léptons

Mateus 5:26

Um assário

Assário (moeda romana e provincial de cobre ou de bronze)

4 quadrantes

Mateus 10:29

Um denário

Denário (moeda romana de prata)

64 quadrantes

3,85 g

Mateus 20:10

= Salário de um dia (12 horas)

Uma dracma

Dracma (moeda grega de prata)

3,4 g

Lucas 15:8

= Salário de um dia (12 horas)

Uma didracma

Didracma (moeda grega de prata)

2 dracmas

6,8 g

Mateus 17:24

= Salário de dois dias

Uma tetradracma de Antioquia e uma tetradracma de Tiro

Tetradracma de Antioquia

Tetradracma de Tiro (siclo de prata de Tiro)

Tetradracma (moeda grega de prata, também chamada de estáter de prata)

4 dracmas

13,6 g

Mateus 17:27

= Salário de quatro dias

Algumas dracmas, 100 dracmas equivaliam a uma mina

Mina

100 dracmas

340 g

Lucas 19:13

= salário de cerca de cem dias de trabalho

Um monte de moedas de prata que juntas pesariam um talento

Talento

60 minas

20,4 kg

Mateus 18:24

Apocalipse 16:21

= salário de cerca de 20 anos de trabalho

Um frasco cujo conteúdo poderia pesar uma libra romana

Libra romana

327 g

João 12:3, nota

“Uma libra de óleo perfumado, nardo genuíno”


Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 17:24
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Página: 26
Allan Kardec
Pode-se considerar o Espiritismo como uma revelação? Neste caso, qual o seu caráter? Em que se funda a sua autenticidade? A quem e de que maneira ela foi feita? A Doutrina Espírita é uma revelação, no sentido teológico da palavra, isto é, o produto do ensino oculto vindo do Alto? É absoluta ou suscetível de modificações? Trazendo aos homens a verdade integral, a revelação não teria por efeito impedi-los de fazer uso das suas faculdades, pois que lhes pouparia o trabalho da investigação? Qual a autoridade do ensino dos Espíritos, se eles não são infalíveis nem superiores à Humanidade? Qual a utilidade da moral que pregam, visto que essa moral não é diferente da moral cristã, já conhecida? Quais as verdades novas que eles nos trazem? O homem precisará de uma revelação? E não poderá achar em si mesmo e em sua consciência tudo quanto lhe é necessário para se conduzir na vida? Tais as questões que devemos considerar.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 17:24
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 32
CARLOS TORRES PASTORINO

(abril do ano 30)


MT 17:24-27


24. Tendo chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam as duas dracmas e perguntaram: "Vosso Mestre não paga as duas dracmas"?


25. Respondeu-lhes ele: "Paga". E quando Pedro entrou em casa, antecipou-se Jesus, dizendo;" Que te parece, Simão: de quem recebem os reis da Terra tributo ou imposto? de seus filhos ou dos estranhos"?


26. Respondeu Pedro; "Dos estranhos". Jesus disse: "Então os filhos estão isentos...


27. Mas para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que subir, tira-o; e abrindo-lhe a boca, encontrarás um "státer"; apanha-o e entregalhes por mim e por ti".


Depois de percorrer a planície de Genesaré, proveniente de Betsaida-Júlias, chega finalmente a comitiva a Cafarnaum, recolhendo-se cada um a seu lar.


Pouco após a chegada, batem à porta os "cobradores do imposto do Templo". Jesus residia com Pedro e é a este, o dono-da-casa, a quem se dirigem os cobradores, perguntando-lhe "se o Mestre não pagava o imposto de dracmas".


A origem do "imposto do Templo" se prende a Moisés (EX 30:11-13), quando YHWH ordena que, ao serem contados os israelitas, de cada um fosse cobrado um tributo de "meio siclo", que correspondia a vinte gueras. Na época da restauração, Neemias (Neemias 10:33) baixou a tarifa para um terço de siclo, especificando ao mesmo tempo a finalidade do imposto: a manutenção do Templo e dos serviços religiosos.


Na época de Jesus, já voltara a ser meio-siclo. O siclo de prata tinha o valor de quatro dólares atuais.


Sua equivalência nas moedas contemporâneas era de quatro denários (moeda romana) e de quatro dracma (moeda grega). Então, o imposto de meio-siclo correspondia a duas dracmas (a que chamavam didracma). Para duas pessoas, havia necessidade de quatro dracmas, que perfaziam um "státer".


Mateus chama aos coletores desse imposto hoi tò dícrachma lambánontes, isto é, os recebedores de didracmas.


A coleta começava: em Jerusalém no dia 25 de adar e fora da capital a 15 de adar, que era o nome do mês que precedia o de nisan, no qual era celebrada a Páscoa. Deveria terminar a coleta e ser recolhido o resultado até o dia l. º de nisan, na Sala do Tesouro do Templo, para ser usado com as despesas da Páscoa. Nas regiões mais distantes o resultado da coleta devia ser enviada a Jerusalém até 15 dias antes de Pentecostes; e as do exterior deviam chegar até 15 dias antes da Festa dos Tabernáculos, quando afluíam a Jerusalém os israe1itas da Diáspora. O montante era levado pelos próprios peregrinos de confiança.


Estavam obrigados ao imposto os israelitas maiores de 20 anos, inclusive os levitas, os prosélitos e os libertos; eram isentos os menores daquela idade, os escravos, as mulheres e os sacerdotes (sobre o que muito se discutia). Em vista da crescente fama de Jesus como Messias, os cobradores ficam na dúvida se Ele não pretendia valer-se da isenção, e interrogam Pedro. Observe-se que a casa é apresentada como moradia de Jesus (tal como em 13:1 e 36), e não mais essencialmente como casa de Pedro, (como em 9:14).


Por esse pormenor verificamos que estávamos a um mês da Páscoa, o que confirma o afirmado em JO 6:4.


Pedro responde aos cobradores, sem hesitar: "Paga"! E ao entrar em casa, Jesus "se antecipa" a Ele, perguntando de quem recebem imposto os reis, se dos filhos ou dos estranhos. A resposta é óbvia. E lógica a conclusão de Jesus que conscientemente, se sabia filho de Deus, porque Nele já agia o Cristo Interno em sua plenitude, e não a personalidade filha da carne.


Não obstante, julga dever ser evitado qualquer mal-entendido, ou, como se diz, "escândalo". E resolve, para satisfazer ao pagamento, dizer que Pedro chegue até a praia e lance o anzol, avisando-lhe que na boca do primeiro peixe encontrará um "státer". Com esse "státer", diz Jesus, seria pago seu tributo e, num gesto de delicada cortesia para com o amigo, acrescenta: "e o teu".


Pergunta-se: 1. º) como teria sido obtido que essa moeda estivesse na boca de um peixe; 2. º) como teria Jesus tido conhecimento de que lá havia uma moeda; e 3. º) como sabia que esse seria o primeiro peixe a morder a isca lançada por Pedro.


Logicamente, não estamos em condições de dar resposta certa e definitiva, com cabal garantia do que houve realmente. Apenas poderemos formular hipóteses. E a única que nos parece viáve1 e aceitável, é a de que não havia lá nenhuma moeda: mas Jesus, por meio dos espíritos que o rodeavam "e o serviam" (MT 4:11), providenciou para que, na boca do primeiro peixe que mordesse a isca lançada por Pedro, fosse materializada (ou para lá "transportada") a moeda. O "transporte" é coisa que pode ser realizada, desde que haja capacidade por parte do agente.


Outra lição para todos os espiritualistas. De modo geral, ao atingir certo grau evolutivo que julgam ter, os espiritualistas começam a sentir desapego das coisas materiais e procuram evitar quaisquer pagamentos. Acham que tudo merecem "de graça", pois estão isentos das obrigações terrenas. Realmente a sensação é justa. Mas para que e por que, ensina o Mestre, escandalizar e suscitar aborrecimentos?


Quem está na Terra, utilizando o corpo físico-denso cujas células todas são tiradas do material do planeta, e servindo-se diariamente das coisas que o cercam, deve também contribuir para o aprimoramento e a melhoria física do ambiente em que vivem eles mesmos e os outros irmãos seus.


Seres evoluídos não são apenas os Santos e Místicos, nem somente os Gênios e Artistas: também os inventores, os construtores, os industriais, os comerciantes, todos enfim que colaboram no progresso do planeta para conforto e beleza da casa que o Pai fornece gratuitamente para nossa habitação tempor ária, todos esses são colaboradores valiosos da Obra do Pai, missionários do Alto. Como seria triste e difícil a Terra sem eles! Que desequilíbrio terrível se verificaria, se os Espíritos atualmente muito evoluídos, tivessem que habitar um planeta ainda caótico e selvagem, como era este na era quaternária! O conforto material e o progresso físico também ajudam a evoluir, proporcionando satisfa ção espiritual e ambiente mental para aquisição de cultura.


Por isso devemos sujeitar-nos aos impostos que nos são solicitados pelas autoridades, a fim de, por esse meio, compensar a hospedagem que recebem nossos corpos durante nossa estada gratuita neste imenso e belíssimo albergue que o Pai colocou à nossa disposição.


Mas há outro ponto de vista. É a relação existente entre a individualidade e os corpos físicos. Muitas vezes a personalidade pede "pagamento" de tributos ao Espírito. São horas de sono para refazimento das energias dos órgãos; são distrações para repouso dos neurônios cerebrais; são passeios nas montanhas e no mar para revigorar o sangue com oxigênio novo e puro; é a alimentação para sustentar as células; são períodos de lassidão para contrabalançar as distensões musculares; são enfim tantas pequenas exigências de nossos veículos, que PRECISAM ser atendidas. Tudo isso pode ser comparado ao "imposto do Templo", já que, na realidade, "nosso corpo é o templo de Deus vivo" (2CO 6:16) e como tal tem que ser bem cuidado. É o veículo que tomamos ao nascer e que terá que levarnos ao termo da viagem sem acidentes provocados por nosso descuido. Muito viríamos a sofrer se perdêssemos o veículo no meio da viagem por culpa nossa: o que faltasse da estrada teria que ser feito a pé!


mt 17:24
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 9
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 18:6-10


6. "Quem fizer cair um destes pequenos que creem em mim, mais lhe conviria que suspendesse uma mó (de burro) em torno do pescoço dele e se submergisse na profundeza do mar.

7. Ai do mundo, por causa dos escândalos, porque é fatal que os escândalos venham; mas ai do homem por quem vem o escândalo.

8. Se tua mão ou teu pé te fazem cair, corta-os e lançaos de ti: melhor é para ti entrares na vida manco ou coxo que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo do eon.

9. E se teu olho te faz cair, extrai-o e lança-o de ti; melhor te é entrares na vida com um só olho, do que, tendo dois, seres lançado na geena de fogo.

10. Vede não desprezeis um destes pequeninos, pois vos digo que os Espíritos deles, nos céus, incessantemente vêem a face de meu Pai nos céus".

MC 9:42-48


42. "E quem quer que faça cair um destes pequenos que creem em mim, seria melhor se pendurasse uma mó (de burro) em torno do pescoço dele e se lançasse no mar. 43. E se tua mão te faz cair, corta-a; melhor te é entrares manco na vida que, tendo duas mãos, saires para a geena, para o fogo inextinguível.

45. E se teu pé te faz cair, cortao; melhor te é entrares coxo na vida que, tendo dois pés, seres lançado na geena.

47. E se teu olho te faz cair, arranca-o; melhor te é entrares com um só olho no reino dos céus que, tendo dois olhos, seres lançado na geena,

48. onde o verme deles não morre e o fogo não se extigue".

LC 17:1-2


1. Disse Jesus a seus discípulos: "É inevitável que venham escândalos, mas ai daquele por quem venham:

2. ser-lhe-ia mais útil se amarrasse a seu pescoço uma pedra de moinho, e se lançasse no mar, que fazer cair um destes pequenos".



Antes de passarmos à análise do texto, examinemos alguns vocábulos. Os moinhos (rêhhajm) eram de dois tipos: o leve (portátil) chamados "moinhos de homem (rêhhaim shel"adâm) e os pesados, denominados" moinhos de burro" (rêhhaim shel hamôr), porque essa alimária era utilizada para fazer girar a pedra móvel (a que chamamos mó) ou "cavaleiro" (rekhebh), que pisava o grão rodando sobre a outra pedra de baixo (petah tahtith), também dita "que dormia" (shakkâbh).

Os gregos também distinguiam o moinho a mão (cheiromylé, cfr. EX 11:5; Juizes 9:53 e MT 24:47) e moinhos de burro (epimylion). A mó deste segundo era dita líthos mylikós.


Os romanos os conheciam, bastando lembrar Ovídio: pumíceas versat asella molles (Fastos, 6, 318), isto é: "a burrica gira as mós de pedra-pomes".


A figura "pendurar uma mó ao pescoço" aparece em Qidduchin 29-b, quando o Rabbi Jochanan diz: " casar-se e depois estudar a Lei, é condenar-se a estudá-la com uma mó no pescoço".


Quanto a lançar ao mar alguém com um peso, diz Suetônio (Augustus,67) que foi suplício usado: oneratos gravi póndere cervícibus praecipitavit in flumen, ou seja: "precipitou (-os) no rio, carregados com grande peso nos pescoços".


Entre os israelitas, porém, o afogamento era suplício inaceitável, porque privava a vítima de sepultura.


ESCÂNDALO


Muitas vezes aparece em o Novo Testamento a palavra "escândalo" (grego skándalon), que literalmente significa "pedra de tropeço" ou "armadilha para fazer alguém cair". Assim também o verbo skandalízein que é "provocar a queda" (escandalizar).


Pelas frases "escandalizar os pequenos" e pelas ações, certificamo-nos de que se trata de palavras ou ações que "desviam do rumo certo" (em grego hamartánô, em latim peccare, este composto precisamente de pés, "pé", e cádere, "cair", dando a ideia de "tropeço" que provoca a queda).


O exemplo de Paulo é totalmente esclarecedor. Vejamos:

1) aos romanos: "Sei e estou persuadido no Senhor, de que nenhuma coisa é, em si, impura (a não ser para aquele que a tem como tal) ... Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer alguma coisa em que teu irmão se escandalize" (RM 14:14, RM 14:21).


2) aos coríntios: "Quanto ao comer as carnes sacrificadas aos ídolos, sabemos que um ídolo nada é no mundo... A comida, porém, não nos recomendará a Deus : não somos piores se não comermos nem melhores se comermos. Mas vede que essa liberdade vossa não venha de alguma forma a ser pedra de tropeço para os fracos... Por isso, se a comida serve de pedra de tropeço a meu irmão, jamais comerei carne, para que eu não sirva de pedra de tropeço para meu irmão" (1CO 8:4, 1CO 8:8-13).


Compreendemos, então, que essa "pedra de tropeço" ou esse "escândalo" não é somente o ver e admirarse: é o afrouxar a vigilância e imitar o ato, embora a consciência do escandalizado o condene por isso. O que torna má e prejudicial uma ação, não é a ação em si, mas o que nossa consciência o julga.


Se sabemos que beber cerveja não constitui "pecado", mas o vizinho ao lado julga que o seja, diante dele procuraremos evitar esse ato, pois ele poderia ser levado a imitar-nos e a ficar com a consciência pesada, criando a vibração do remorso, que atrairia infalivelmente o carma negativo. O sofrimento que, por esse fato, lhe adviesse, seria causado por nós; e, como co-responsáveis, também sofreríamos. E quiçá mais do que pudéssemos supor, pois responderíamos por todas as consequências decorrentes de um ato que talvez, para nós, não tivesse representado nada ou quase nada.


Estamos dando exemplos de coisas pequenas, de somenos importância, mas sabemos todos que há coisas muito mais graves, cujo remorso pode provocar carmas negativos que necessitem duas ou mais encarnações para serem queimados. Quanto mal, quanto atraso podemos causar a companheiros de jornada terrena, se não tivermos a delicadeza de "sentir" o que podemos ou não fazer e dizer perante eles!


Esse é o escândalo, o tropeço, que é fatal ocorrer. Mas, ai daquele que for o causador: receberá pel "choque de retorno" toda a carga que tiver jogado sobre os ombros dos irmãos ou irmãs.


O "escândalo" ou "pedra de tropeço", consiste, também, em desviar irmãos "menores" (em evolução, em inteligência, em conhecimentos) do caminho certo, influindo para que se afastem de grupos onde se acham bem; ou para que abandonem a religião que lhes fala à alma. Daí o erro do proselitismo: cada um deve modificar seu modo de pensar de dentro para fora, quando chegar a necessidade íntima, e não por influências e pregações externas.


Vejamos agora a tradução corrente, que diz: "é necessário que o escândalo venha". Não pode essa tradu ção, na verdade, ser taxada de errada, mas corresponde muito mais ao grego anágkê o português" fatal" ou "inevitável". Cremos não ser preciso demonstrar a diferença entre "é necessário" e "é inevit ável".


Jerônimo já descobrira a traição ao original, quando escreveu que "se fosse necessário o escândalo, não haveria culpa da parte de quem o ocasionasse; mas, ao contrário, cada um por sua culpa faz cair" (unusquisque suo vitio scándalis patet, Patrol. Lat. vol. 26, col. 129). A expressão de Lucas anéndekton estin confirma nossa asserção: "é inevitável".


Em Sua vida terrena, Jesus evitava escandalizar, como, por exemplo, no caso da didracma (cfr. MT 17:24-27; vol. 3). E Paulo refere-se ao escândalo em RM 14:21; 1CO 8:13 e 2CO 11:29).


Examinemos, agora, o enfático conselho que, comparativamente, é dado: seria melhor o suicídio por afogamento, que a provocação do escândalo.


A razão salta aos olhos: o suicídio traz sofrimento bárbaro, do qual só nós responderemos perante a Lei, sofrendo-lhe pessoalmente as consequências dolorosas. O escândalo, que induz ao mal, na armadilha que preparamos, escondendo um perigo (portanto intencionalmente, cfr. Sab. 14:11) traz resultados danosos aos outros, multiplicando nossa responsabilidade pelo número de pessoas que desviamos do caminho com o nosso exemplo ou as nossas palavras. E sofreremos a dor de nosso erro e do carma dos erros de todos os que fizemos sair da estrada certa, numa reação em cadeia incalculável e imprevis ível. A ignorância poderá atenuar; mas o peso será total se o fizermos conscientes, quer motivados por espírito de maldade, só para prejudicar, quer levados por orgulho ou pela vaidade ferida.


Examinando, agora, as três comparações da amputação da mão, do pé e da extração do olho (Mateus, que aqui evidentemente resume Marcos, engloba os dois primeiros num só versículo), vemos o que significa a comparação com o suicídio.


Não se trata da amputação física do corpo material-denso, cortando os membros que nos atrapalham a evolução. Assim o entendeu Orígenes, o grande escritor cristão grego; mas entendeu mal, e por isso a igreja, ainda à sua época, o condenou. Sendo ele vítima de fortes apelos sexuais, resolveu, baseado neste texto, e naquele outro que fala dos "que se tornam eunucos por causa do reino dos céus" (MT 19:12) fazer-se castrar fisicamente, amputando aquilo que o levava à queda em sua opinião. Opinião errada, porque não é o físico, mas o espírito que causa essas perturbações.


No entanto, a simples leitura atenta do texto demonstra que essas amputações são realizadas no corpo astral, antes da encarnação. Com efeito, "é melhor entrar NA VIDA" - isto é, na vida FÍSICA da matéria densa – coxo, manco ou cego de um olho, que nascer aqui perfeito e ser lançado na "geena" dos vícios e das lutas, que tanto nos fazem sofrer. Sim, porque ninguém poderia supor que essa "vida" de que fala Jesus, se referia ao "céu". Que adiantaria ficar nesse céu mitológico na condição de coxo, de cego ou de manco, se: 1. º lá não haveria mais perigo de cair; 2. º lá tudo é perfeito; 3. º se lá não se produzem mais escândalos?


PROVA DA REENCARNAÇÃO


Este trecho constitui uma das mais insofismáveis provas de que Jesus, pelos próprios textos evangélicos, aceitava a doutrina da reencarnação. De que a reencarnação era ensinada clara e categoricamente.


Não sabemos por que os adeptos do Espiritismo e das doutrinas reencarnacionistas só costumam evocar as provas de Nicodemos e de Elias-Batista, e deixam de lado esta preciosidade.


Essas palavras evangélicas explicam incontestavelmente a questão dos nascimentos diferentes: a razão das crianças que nascem aleijadas, cegas, surdas, ou com qualquer deficiência, enquanto outras surgem no planeta, perfeitas e saudáveis.


Dá-nos ainda a compreender que, se algumas crianças nascem aleijadas por motivo de carmas negativos, outras assim renascem, por escolha pessoal, antes da encarnação, a fim de evitar quedas sucessivas ou retardamentos prejudiciais na evolução; então voluntariamente interrompem o caminho do erro e enveredam pela senda do auto-aperfeiçoamento, sentindo-se privadas, na vida da carne, daqueles órgãos que constituíram sua desgraça no passado.


Quanto ao fogo inextinguível, já o estudamos no capitulo anterior.


No vers. 10 de Mateus, lemos que "os Espíritos dos pequenos vêem incessantemente a face do Pai nos céus". Isso contradizia a crença israelita da época, que só admitia que tivessem a "visão beatífica" os Anjos Superiores. A expressão "ver a face" equivale a "estar na presença" e permanecer unido ao Pai.


Mas aceitavam plenamente a doutrina dos "anjos de guarda". Acreditavam firmemente que cada criança entrava na vida acompanhado por um Espirito bom, encarregado de ajudá-la, e também por um esp írito mau, sempre pronto a derrubá-la.


Também entre os cristãos a crença no anjo de guarda é antiga. Jerônimo escreveu: magna dígnitas animarum, ut unaquaeque habeat ab ortu nativitatis, in custodiam sui, angelum delegatum, isto é grande é a dignidade das almas, para que cada uma tenha desde o nascimento, um anjo delegado para sua guarda" (Patrol. Lat. vol. 26, pág. 130).


Várias considerações há que fazer, em pesquisa mais apurada, além das que já foram aduzidas. Inicialmente, é mister insistir no ensinamento verdadeiro do trecho.


Sabemos que os evangelistas reproduziram, em anotações rápidas e fragmentárias, os ensinos de Jesus e as palavras do Cristo através Dele. para que não fossem esquecidos nem distorcidos pelos futuros membros da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho", sobretudo por parte dos encarregados da explicação da doutrina.


Dessa forma, destinavam-se os Evangelhos à memorização Ensinos especializa dos para os irmãos (adelphós): assim eram denominados os que se filiavam à Irmandade da Escola. Só entre eles era usado o título de irmão. E os autores dos escritos inspirados bem o sabiam, classificando os companheiros como irmãos ou santos (sadios, purificados).


Sabiam, também, o que significavam as expressões "pequenos", "pequeninos" ou "crianças, criancinhas": eram aqueles que estavam pretendendo ingresso ou começando a frequentar as reuniões ainda exotéricas, os "infantes" espirituais. Assim como "cachorrinhos" ou "cães" eram os profanos, totalmente afastados do espiritualismo. Quando um "desses pequeninos" era aceito e inscrito nos primeiros cursos da Escola, recebia o nome de "catecúmeno".


Não foram escritos, pois, os Evangelhos, com endereço popular, com destino a profanos daquela época.


Essa intenção básica refletiu-se durante séculos na igreja romana, que reservava a leitura e o estudo evangélico apenas aos "clérigos". Quando a humanidade, muito mais tarde, conquistou a maturidade que a tornou apta a compreender os textos, veio à Terra o grande missionário Lutero, com a tarefa específica de vulgarizar os Evangelhos entre o grande público.


Mas os escritores sabiam que as anotações que registravam nos papiros e pergaminhos poderiam cair (e caíram mesmo) em mãos profanas, sem qualquer condição, nem moral nem intelectual, de penetrarlhes a profundidade do ensino. Daí a necessidade absoluta de transmitir o ensino verdadeiro mas de forma velada ("não deis coisas santas aos cães nem pérolas aos porcos", MT 7:6). Essa forma alegórica e simbólica seria entendida apenas pelos possuidores das "chaves de decifração". Quem conhecia o "segredo do cofre", poderia abri-lo a qualquer momento.


Doutro lado, só os fatos essenciais, cuja interpretação pudesse servir de ensino, é que foram anotados.


Não havia necessidade, nem convinha, que se lançasse na publicidade incontrolada do papel, u "tratado" completo. Aos que haviam cursado a Escola, bastariam pontos essenciais acenados, quer sob forma parabólica ditada por Jesus, quer sob o disfarce de falas e exemplos, quer sob a forma alegórica ou simbólica de ensinos rápidos, em que o essencial era resumido, apenas como esquema mnemônico.


Outra vantagem havia nessa maneira de expor assuntos capitais para a evolução, mas perigosos como armas de dois gumes para os que não houvessem conquistado o direito de acesso ao santuário: ao cair entre mãos profanas, as palavras seriam entendidas segundo seu sentido corrente vulgar, e isso permitiria que, mesmo com o obscurantismo que sucederia na era Pisces, o ensino pudesse ser aproveitado em sua forma material, acessível às mentalidades pouco espiritualizadas da massa ignara.


Obra de suma responsabilidade, reveladora da profunda psicologia de seus autores. Como escreveu Renan, em outras palavras, "negar a genialidade de Jesus acarretaria dificuldade muito maior: a de admitir a genialidade dos quatro evangelistas".


Com a natural evolução da humanidade, chegaríamos a compreender o sentido real e profundo dos ensinos evangélicos. Questão de tempo e de ascensão espiritual dos homens. A obra foi confiada aos pergaminhos. A semente foi plantada. Os frutos chegariam no tempo devido.


* * *

A lição que aqui se acha oculta sob a frase chocante, de que era preferível o suicídio ao "escândalo" é dirigida particularmente aos encarregados do ensino nas Escolas. Para o vulgo, ela assusta e faz evitar as ações erradas que possam fazer cair os companheiros fracos.


Mas aos que seguem a carreira do mestrado, ela admoesta que um ensino errado - quer provocado por estudo desidioso que não chega a quebrar a capa da ignorância, quer por improvisação de conceitos (dado que a vaidade não deixa confessar a insciência) - equivale a um suicídio da pior espécie.


Quem, ao exaltar-se na cátedra, arrasta os "pequenos" de compreensão e os de boa-fé a acreditar nele, pessoa humana, que se constitui ídolo vivo, intitulando-se "mestre" em busca de gloríolas, arca com responsabilidade tão imensa, que chega a equivaler a um suicídio moral.


Quem ensina, por falta de conhecimento ou, pior ainda, de sinceridade, a ir em busca de um Deus externo e mau, severo e vingativo, inconstante e, volúvel que, mesmo exigindo dos homens que perdoem "setenta vezes sete", ele mesmo não perdoa e lança seus "filhos" num inferno eterno, é tão culpado perante a Lei como se cometesse um suicídio.


Quem distorce as verdades evangélicas, interpretando-lhes as palavras para apoiar suas ideias (e não no sentido real), por vezes até opostas ao ensino de Jesus, está de fato preparando armadilhas para que os pequenos retardem sua evolução. Seu sofrimento será maior que o do suicídio, na vida fora da matéria.


Todos esses tipos de "escândalos" são inevitáveis que ocorram, em vista do atraso dos homens, imbuídos de vaidade ignorante e de presunção orgulhosa.


Entretanto, melhor seria se se apresentassem diante dos homens com sincera honestidade: coxo ou manco de conhecimento ou meio cego de compreensão, e humildemente confessassem sua ignorância do assunto, sem a vaidade de "saber tudo". Muito melhor que arcar com a responsabilidade de um ensino errôneo ou personalístico. O carma negativo que se colhe quando se age mal - sobretudo quando é conscientemente - é terrível, porque "o verme do remorso não morre e o fogo da consciência não se extingue".


No vers. 47 de Marcos, a expressão "entrar na vida" é substituída por "entrar no reino de Deus". Com efeito, quem não ensina certo não tem possibilidade de realizar, na Terra, a união divina, sintonizando com o Pai.


O vers. 10 de Mateus, que avisa: "não desprezeis um destes pequenos, pois vos digo que os Espíritos deles nos céus, incessantemente vêem a face de meu Pai nos céus", traz a revelação de uma verdade ainda pouco divulgada.


Todos nós sabemos ser constituídos de uma individualidade que se condensa em personagem, para conquistar a evolução. Mas precisamos compreender que essa condensação é literalmente uma condensação, ou seja, o Espírito ilimitado se reduz num corpo relativamente minúsculo, embora permaneça o Espírito com as mesmas características ilimitadas. Então, enquanto está preso na personagem, está também "nos céus", ligado ao Pai ("vendo-Lhe incessantemente a face").


Não podemos dizer que "uma parte" no Espírito se condensa, e "outra parte" permanece ilimitada, porque o Espírito não tem "partes", já que não possui extensão nem dimensão: é UM TODO inespacial, adimensional, ilimitado, vibracionalmente consciente em todos os planos, inclusive no plano divino geração Dele" (AT 17:28).


Por isso, mesmo que nossa consciência atual não o saiba nem o perceba, nós (o Espírito) "estamos em Deus, Nele nos movemos e existimos e somos geração Dele" (AT 17:28).


Por menor e mais involuída que se apresente a nós a criatura, ali está a manifestação visível, com forma, de um Espirito invisível e divino em sua essência. Logo, não há motivo para desprezar alguém por ser ignorante, pobre, pequeno, aleijado ou criminoso. Estas são as "aparências" externas da personagem" filha do mal", criatura do Antissistema, vibração condensada no polo negativo de um Espírito que vive incessantemente consciente no polo positivo.


A sublimidade do ensino chega a estarrecer-nos, sem dúvida. Mas está claro na palavra de Jesus. É nova concepção da Vida, da existência do ser. Trata-se de verdadeira revelação consoladora e estimulante.


Quando os homens souberem disso e se convencerem dessa realidade, o ambiente da Terra se modificará totalmente.


Verdade essa que foi vivida pelos Grandes Seres, e agora é permitida: sua divulgação ampla, pois soou a hora de alertar a todos da REALIDADE sublime de nossa divindade substancial. A revelação gradativa reserva-nos grandes surpresas, e ainda outras coisas há que dizer, que virão a seu tempo determinado.


Aproveitemos este ensejo para meditar a respeito do que é um Filho do Homem: um ser que conquistou, a duras penas, a consciência do que ele verdadeiramente é: um Espírito unido ao Pai pela vibração mística que constitui sua essência mais profunda. A personagem, transitória e carregada de defeitos, é veículo temporário e deficiente, que apenas representa a exteriorização mínima e sem importância de uma realidade que está acima de nossa mais fértil imaginação.


mt 17:24
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 22
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 23:2


2. Começaram, pois, a acusá-lo, dizendo: Encontramos este corrompendo nosso povo e proibindo de pagar tributo a César, e dizendo ser ele um rei ungido.

JO 18:29-32


29. Saiu então Pilatos para fora até eles e disse: Que acusação trazeis contra este homem?

30. Responderam-lhe e disseram: Se não fosse ele malfeitor, não to entregaríamos.

31. Disse-lhes então Pilatos: Tomai-o vós e julgaio segundo vossa lei. Disseram-lhe os judeus: Não nos é licito matar ninguém.

32. Para que se cumprisse o ensino que Jesus disse, revelando de que espécie de morte devia morrer.



João acompanhou de perto os passos de Jesus, tendo assistido pessoalmente às cenas que descreve; em vista disso, sua narrativa contém mais pormenores, que lhe emprestam vivacidade, ganhando em precis ão e colorido.


Em sua qualidade de governador, era impossível a Pilatos satisfazer-se em ratificar a sentença do Sinédrio; imprescindível estudar a questão de competência e o grau de culpabilidade do acusado, a fim de instruir o processo dentro do, preceitos legais da justiça romana.


Acedendo ao que solicitavam as autoridades eclesiásticas dos judeus, saiu do Pretório à sacada do prédio, a fim de não coagi-los a entrar em ambiente que os fizesse adquirir impureza legal. Fora, indagou qual a acusação que faziam. As autoridades israelitas tentam ver se conseguem uma simples ratificação da sentença por eles proferida, indiretamente solicitando que o governador confie no julgamento do Sinédrio: "se não fora malfeitor, não to entregaríamos".


Ora, se a culpa se limitasse a um simples caso policial, cujos resultados não fossem graves, o próprio Sinédrio tinha poderes para resolver. Mas se envolvesse pena grave, como sentença de morte, então a competência seria sua. Diante da afirmativa audaciosa de que a sentença do Sinédrio havia sido proferida.


Pilatos resolve ironicamente o caso que eles mesmos executem a sentença. Por que deveria ele assumir o encargo de condenar por inocente? Para que mais uma vez eles o denunciassem a Roma por causa de execuções ilegais?


Surpresos com a "saída" inteligente do governador, os sacerdotes judeus abrem o jogo e se descobrem: " não podemos matar ninguém". Tratava-se, pois, de uma condenação à morte e precisavam da autoriza ção de Pilatos. Então o delito era grave e a competência era do governador. Restava resolver a questão da culpabilidade, e esta exigia a audiência, sendo ouvido o réu, dando-se-lhe oportunidade ampla de defesa, segundo as leis romanas.


Em Lucas encontramos que, diante de Pilatos, os judeus não falaram de blasfêmia, mas limitaram-se a acusar Jesus como agitador de massas ou como hoje se diria, "subversivo", que preparava uma revolução contra Roma, inclusive aconselhando o povo a não pagar impostos a César, o que constituía deslavada mentira (cfr. MT 17:24-27 e LC 20:20-26), mesmo porque tinha, entre seus discípulos, um cobrador de impostos, que era Mateus, e rendera homenagem, elogiando-o, a um chefe de cobradores, Zaqueu.


Dizem mais: que Jesus dizia ser um "rei ungido" (basiléa chrístos), que as traduções vulgares dão como "Cristo rei". Ora, naquela época, a palavra christós expressava a unção real, e não o sentido que hoje lhe damos. No máximo poderia exprimir o caráter messiânico, de "ungido" para a missão espiritual soteriológica.


Disso nos dão conta os próprios textos do Antigo Testamento, que, na língua hebraica trazem o vocábulo moshâh ou mashàh, "ungir" e mashiàh, "ungido", transliterado para o português como messias, raiz que constituiu o nome moshê, (Moisés) que significa "o enviado". Ora, a não ser o último que foi transliterado para o grego como nome próprio (quando seria mais um título), todos os outros passos foram traduzidos pelos LXX como christós, ou seja, "ungidos".


E essa unção com azeite era aplicada não apenas aos reis, como também aos sacerdotes, como se diz de Aristóbulo (2. º Mac. 1:10) e mesmo de Ciro, que nem israelita era, mas persa (IS 45:1). Mas o "ungidos" (christós) eram constantemente citados, nada tendo que ver com o sentido atualmente atribu ído à palavra Cristo (cfr. : 1SM 2:10, 1SM 2:35; 12:3, 5; 16:6; 24:7 (2 x); 26:9, 11, 16, 23; 2SM 1:14-16; 19:21; 22:51; 23:1; 1CR. 16:22; 2CR 6:42; Salmos, 2:2; 18:50; 20:6; 28:8; 84:9; 89:38, 51; 105:15; 132:10, 17; EC 46:22; Lament. 4:20; DN 9:25, DN 9:26; e Hab. 3:13).


Então não podemos, honestamente, traduzir aqui basiléa christós por "Cristo rei", mas apenas como" um rei ungido", ou seja, divinamente consagrado.


João esclarece aos leitores, dentro das possibilidades de divulgação esotérica, que Jesus havia revelado a Seus discípulos qual a "espécie" de morte que deveria sofrer, para conquista de Seu novo grau iniciático.


Esse último versículo constitui verdadeira revelação para quem tenha olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de entender. Dentro da lógica mais rígida, racional e espontânea, esse versículo está sobrando no contexto. Não houve nenhuma alusão a qualquer gênero específico ou qualidade especial de morte, O único aceno feito, foi a frase dos sacerdotes: "não nos é lícito matar ninguém". Por que, depois disso, essa intromissão extemporânea: "para que (hiná) o ensino de Jesus (ho lógos toú Ièsoú) se cumprisse (plèrôthei), o qual disse revelando (hón eípen sêmaínôn) de que espécie de morte (poiôi thánatôi) devia morrer (emellen apothnêskein)".


Essa frase não se refere ao modo ou ao gênero de morte, isto é, se se trataria de morte natural ou violenta, se de doença, de fome, decapitado ou crucificado, pois nesse contexto não se fala em crucificação.


Se prestarmos atenção aos termos, verificamos; que se fala da espécie ou qualidade (poiôi) de morte, ou literalmente "de qual morte".


Considerando-se que a morte, no sentido corrente, é de uma só espécie, ou seja, é constituída pela separação realizada entre a alma (psychê) e o corpo (sôma), temos que procurar o sentido desse "ensino de Jesus", que parece ter-se afastado exatamente do sentido normal e corriqueiro: o Mestre falou de outra "espécie" de morte.


Plutarco (Morales, 942 f) esclarece o pensamento da época quando escreve: "a primeira morte (thánatos) separa a alma (psychê) do corpo (sôma); a segunda morte (thánatos) separa a mente (noús) da alma (psychê)". O mesmo autor fala da iniciação (teleutãn) com essas mesmas palavras (cfr. Crasso,

25) e o mesmo é dito por Dionísio de Halicarnasso (Antiquitates Romanae, 4,76).


Ora, em todos os ritos iniciáticos de todas as Escolas, inclusive até hoje na Maçonaria, houve e há a compreensão de duas mortes. E René Guénon ("Aperçus sur l"Initiation", Paris, 1953, pág. 178) escreve: "A morte iniciática excede as contingências inerentes aos estados particulares do ser e tem, por consequência, valor profundo e permanente do ponto de vista universal". E prossegue em suas considerações, firmando o sentido da palavra "morte" como exprimindo "toda mudança de estado, que sempre constitui duplo processo: morte para o estado antecedente e nascimento no estado consequente".

portanto, a morte do iniciado expressa o abandono da vida profana para que se nasça à vida espiritual, que é justamente a espécie de morte que ocorre na iniciação ao terceiro grau da Maçonaria e na "ordenação sacerdotal" na igreja católica.


O candidato à iniciação deve passar pela escuridão total, antes de penetrar na verdadeira luz espiritual.


E vimos que, durante a crucificação de Jesus, os evangelistas falam nas trevas que ocorreram (MT 27:45, MC 15:33 e LC 23:44) além do que narram seu encerramento no túmulo de pedra, durante o qual se deu - como sempre ocorria nas verdadeiras iniciações - a descida ao hades. Só depois disso o iniciado se erguia (ressurreição) como nova criatura, totalmente libertado dos laços materiais densos. Essa era a primeira morte e esse o segundo nascimento, embora se realizasse, mais tarde, a segunda morte e o terceiro nascimento, quando se abandonava esse segundo estado (plano psíquico) para renascer no terceiro estado (plano espiritual), que então constituía a libertação total não apenas da matéria densa, mas até mesmo do psiquismo, com domínio absoluto sobre os corpos inferiores; e isso também ocorreu com Jesus, na conhecida cena da ascensão.


Tudo isso, consta das páginas do Novo Testamento, confirmando nossa interpretação.


A morte iniciática era, portanto, de uma espécie diferente da morte comum. Os egípcios a denominavam "morte de Osíris" e, para realizar esse rito da pseudo-morte construíram algumas das pirâmides (a de Khéops, por exemplo). E só essa construção bastaria para demonstrar-nos o alto valor espiritual que era atribuído a esse rito.


Já estudamos um caso desses em o Novo Testamento (vol. 6, que convém reler e reestudar), ocorrido com Lázaro.


Mas não parou aí o ensino dessa espécie de morte, pois nas cartas de Paulo (anteriores, no tempo, à redação dos Evangelhos) encontramos vários trechos. alusivos a esse rito. Bastar-nos-á, como comprovação, citar alguns.


Aos ROMANOS 6:2-3: "Nós, que já morremos ao erro (ilusão), como viveremos ainda nele? Porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em Sua morte? Fomos, pois sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo se levantou dos mortos pela substância do Pai, assim também nós caminhemos em novidade de vida. Se a ele fomos unificados na semelhança de Sua morte, também o veremos, certamente, em Seu reerguimento, reconhecendo isso: que o homem velho foi crucificado com ele, para que seja destruído o corpo do erro (o corpo da ilusão), a fim de que não sirvamos mais ao erro (à ilusão da carne). Porque, o que morreu, está justificado do erro. Mas, se já morremos com Cristo, vemos que também vivemos com ele, sabendo que, já que Cristo se levantou dos mortos, ele já não morre mais, pois a morte não o domina mais. Pois morrer, Ele morreu uma só vez ao erro, mas viver, Ele vive para Deus (para o Espírito).


Assim, vós também, compreendei estar mortos ao erro (à ilusão), mas vivos para Deus (para o Espírito), em Cristo Jesus".


Aos CORÍNTIOS (1. ª, 15:45-47): "O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente, o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e, sim, o animal, e depois o espiritual: o primeiro homem é da terra, é terreno; o segundo homem é do céu".


E mais: "Por isso não fraquejamos: mas embora em nós se destrua o homem exterior, o homem interior se renova dia a dia" (2. ª, 4:16).


Aos EFÉSIOS 2:14-3: "Pois Ele (Jesus) é nossa Paz, Ele que dos dois fez um e destruiu o muro da separação, a oposição, pois aboliu em sua carne a lei dos mandamentos contidos nos preceitos, para que, dos dois Ele criasse em Si mesmo um homem novo, fazendo assim a paz, e reconciliasse ambos num só corpo, com Deus, por meio da cruz, tendo por ela matado a oposição".


Aos COLOSSENSES: "Se morrestes com Cristo (2:20) e fostes reerguidos juntamente com Cristo, buscai as coisas de cima (3:1). Pois morrestes, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (3:3)".


Podemos entrever, nas entrelinhas, o ensino de Jesus a que se refere João: o Mestre ensinou-lhes a "espécie de morte" a que se submeteria, a morte iniciática, em que separaria temporariamente a psychê do sôma, com a descida ao hades, e depois regressaria ao sôma já vencedor e como nova criatura.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

CAFARNAUM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.883, Longitude:35.567)
Nome Grego: Καπερναούμ
Atualmente: Israel
Cidade em que situava-se a casa de Pedro. Mateus 4:13
Mapa Bíblico de CAFARNAUM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
6. A Transfiguração (Mt 17:1-8)

Esse episódio representa uma das grandes crises da vida de Cristo. Junto com o Batismo e a Tentação, foi um momento de grande importância espiritual, registrado nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 9:2-8; Lc 9:28-36).

Ele aconteceu seis dias depois (1). Lucas 9:28 diz "quase oito dias depois", mas não existe nenhuma contradição aqui. Lucas está contando os dias que precederam e se se-guiram ao episódio, enquanto Mateus e Marcos contam apenas os seis dias que se passa-ram entre os dois fatos.

Depois do quê? Lucas diz "depois dessas palavras". Isso nos leva de volta a dois importantes itens dos capítulos anteriores:

1) A confissão da obra messiânica e da divin-dade de Jesus, e

2) a previsão de Cristo sobre a sua paixão.

Devemos nos lembrar de que enquanto Pedro se levantou magnificamente em res-posta ao desafio da pergunta do Mestre: "E vós, quem dizeis que eu sou?", sua reação ao anúncio da Paixão foi um miserável fracasso. Ele protestou dizendo que Cristo não deve-ria morrer. Ele falhou, assim como todos os outros discípulos, em compreender o signifi-cado e a necessidade de um Messias sofredor.

É digno de nota os três Evangelhos Sinóticos começarem seus relatos enfatizando a semana que se passou entre a confissão e a transfiguração. G. Campbell pensa que "du-rante esse período houve uma sensação de desarmonia entre os discípulos e o Mestre"» E continua dizendo: "Aqueles seis dias devem ter sido os mais tristes da vida do Mestre; seis dias de silêncio, seis dias em que a sua solidão representou o fato supremo de sua jornada".' Mesmo como uma antecipação, Ele deveria caminhar sozinho para o Calvário. Qual foi o propósito da Transfiguração? Agora a resposta está clara. Ela deveria ser uma dupla confirmação:

1) da divindade de Jesus no momento em que os três discípulos tiveram uma visão de sua glória eterna, e

2) da importância e necessidade da Paixão. Esse último ponto aparece em Lucas, onde se afirma que o tópico da conversação com os dois visitantes celestiais era a sua "morte" que deveria se cumprir em Jerusalém (Lc 9:31). A palavra grega correspondente é exodos, que significa "uma partida" ("êxodo"). Portanto, ela inclui a sua crucificação, ressurreição e ascensão, que seria o clímax de seu ministério terreno.

Para a visão desse relato singular sobre a sua divindade e futura morte, Jesus esco-lheu os mesmos três discípulos que haviam testemunhado a cura da filha de Jairo (Mac 5.37). Mais tarde, Ele iria incluí-los em seu círculo mais íntimo — Pedro, e a Tiago, e a João (1) — no Jardim do Getsêmani. Agora Ele os havia levado a um alto monte. Embo-ra o local tradicional da Transfiguração seja o Monte Tabor, na Planície de Esdraelom, provavelmente a melhor escolha teria sido um dos contrafortes do elevado Monte Hermom, o qual se projeta como uma sentinela solitária adornada por picos brancos na extremida-de do Vale do Jordão. Esse local estaria próximo a Cesaréia de Filipe, onde Jesus se encontrava na ocasião anterior.

Ali Jesus transfigurou-se (2). O termo é metamorphoo, do qual se originou a pala-vra metamorfose. Além da passagem semelhante encontrada em Marcos 9:2, esta pala-vra só é encontrada em Romanos 12:2 ("transformai-vos") e em II Coríntios 3:18 ("trans-formados"). A transformação da aparência de Jesus foi assim descrita: O seu rosto res-plandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. Lucas não usa a palavra "transfigurou-se", mas descreve o que se passou quase que exatamente com as mesmas palavras. Somente ele observa que foi enquanto Jesus estava orando que a Sua aparência se alterou. Existe uma sugestão de que a nossa transfiguração espiritu-al ocorre em nossos momentos de oração.

Os três Sinóticos mencionam a visita surpresa de Moisés e Elias, que falaram com Jesus (3). Moisés representava a Lei, e Elias, os Profetas. Existem muitas passagens no Novo Testamento onde o Antigo Testamento é mencionado como "a lei e os profetas"." A implicação aqui é que o Antigo Testamento como um todo apontava em direção a Cristo e, especificamente, que tanto o Pentateuco quanto os Profetas predisseram a morte expiatória do Salvador. Este fato precioso foi mostrado através da tipologia e do simbo-lismo da Lei (por exemplo, dos sacrifícios), e das declarações dos profetas (por exemplo, Isaías 53).

Pedro ficou tão contente com a situação que desejou prolongá-la. Ele sugeriu que os discípulos podiam construir três tabernáculos (4) — tendas feitas com ramos de árvo-res — um para cada um deles: Jesus, Moisés e Elias. Podemos até simpatizar com os sentimentos do apóstolo. Era uma comunhão singular. Mas Pedro mostrou que a previ-são da Paixão ainda não havia sido corretamente registrada em sua mente. Ele queria um Messias glorificado e não um Messias sofredor.

Enquanto Pedro falava, uma nuvem luminosa os cobriu (5). Nesse caso, a nu-vem sobre o Monte da Transfiguração tinha a finalidade de alertar os discípulos para que ouvissem a voz de Deus. Ela os lembraria da "coluna de fogo de noite" (Êx 13:22) que guiou os israelitas no deserto, assim como da glória Shekinah que habitava no Tabernáculo (Nm 9:15-22) e no Templo (I Reis 8:10). Foi em uma nuvem que Deus apa-receu no Sinai (Êx 19:9).

Da nuvem uma voz falava clara e distintamente confirmando a divindade de Jesus — Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo... e, silenciando Pedro, disse: escutai-o.' O problema de Pedro é que ele era rápido para falar e lento para ouvir. Infelizmente, sua tribo não desapareceu.

Dominados pela visão e aterrorizados pela voz, os três discípulos caíram sobre seus rostos (6). Isso pode sugerir que eles caíram da mesma forma que Saulo na estrada de Damasco (At 9:4) ou, mais provavelmente, que se prostraram em adoração. Nos dois casos, eles tiveram grande medo.

Mas o Mestre tocou-lhes com terno consolo, convidando-os a se levantar e não ter medo (7). Quando abriram os olhos ninguém viram, senão a Jesus (8). O valor dessa visão pode ser medido pelos seus permanentes resultados. Nenhuma experiência espiri-tual tem valor a não ser que seja capaz de deixar a pessoa com uma ampliada consciência da presença de Cristo. Quando os visitantes celestiais — a nuvem e a voz — desaparece-ram, os discípulos ficaram apenas com Jesus. Ele é a suprema necessidade de cada vida humana em todos os tempos.

7. A Questão Sobre Elias (Mt 17:9-13)

Lucas observa que o episódio ocorreu no "dia seguinte", quando voltaram da monta-nha (Lc 9:37). Isso implica que a Transfiguração aconteceu à noite, o que se enquadra bem nesse quadro descritivo. A afirmação de Mateus de que o rosto do Senhor resplan-deceu como o sol (2) teria maior sentido se esse fato acontecesse na escuridão da noite.

Ao descerem da montanha Jesus ordenou (9) ou "mandou",' que os três discípulos não contassem a visão — a palavra grega significa, simplesmente, "o que foi visto" (cf. Mac 9,9) — até que Ele ressuscitasse (9). A divulgação desse fato poderia provocar um mal-entendido e levar a população a um levante messiânico, algo que o Messias procurava constantemente evitar.

A presença de Elias no monte havia aguçado uma questão na mente dos discípulos (10). Os escribas, ou mestres da Lei, haviam dito que a vinda de Elias precederia a do Messias. Eles baseavam o seu raciocínio em Malaquias 4:5. Se Jesus era realmente o Messias, como Pedro havia confessado em Cesaréia de Filipe, e havia sido confirmado pela voz do Pai no monte, por que Elias ainda não havia aparecido?

Como uma forma de resposta, Jesus primeiramente endossou a afirmação dos escribas. Elias iria aparecer antes do Messias e restaurar' todas as coisas (11) ; isto é, ele anunciaria uma nova era na qual todas as coisas seriam finalmente restauradas em Cristo (Cl 1:16; Ef 1:9-11). Mas Jesus foi além e afirmou que "Elias" já tinha vindo e eles (o povo a quem João Batista fora enviado) lhe fizeram tudo o que quiseram, porque não o reconheceram (12). Então, Ele acrescentou: Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. João Batista havia sido p eso e executado, e o mesmo destino estava reservado ao Filho do Homem, o Messias.

Mateus tinha o hábito de acrescentar explicações em pontos que poderiam parecer obscuros em Marcos. Já vimos isso acontecer em 16.12. Aqui ele está afirmando que os discípulos então entenderam que Jesus estava falando de João Batista (13).

8. A Cura do Menino Lunático (Mt 17:14-21) 47

Pedro queria permanecer no Monte da Transfiguração, mas havia uma necessidade desesperada no vale, logo abaixo. A mesma compaixão que levou Cristo a deixar o céu e descer a este mundo de pecado e sofrimento, agora o impelia a deixar a gloriosa compa-nhia do topo do monte e descer até o vale para atender às necessidades de um menino e de seu pai. A maior glória de Cristo está nesse amor que resplandeceu através de sua vida.
Quando Jesus e os seus discípulos se aproximaram da multidão que parecia estar sempre à sua espera, um ansioso suplicante se aproximou, pôs-se de joelhos diante dele (14), e imediatamente apresentou o seu pedido. Ele tinha um filho que era lunáti-co (15). Essa palavra vem do latim luna ou "lua" e reflete a palavra grega que literal-mente significa "lunático". Em algumas versões modernas ela foi corretamente traduzida como "epilético". Os povos daquela época pensavam que a epilepsia às vezes fosse causa-da pela luminosidade da lua (cf. Sl 121:6 — "O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite"). Os ataques descritos aqui são típicos dessa doença.

O pai angustiado informou a Jesus que havia trazido seu filho aos discípulos, mas que eles não puderam curá-lo (16). O verbo usado é therapeuo, que significa "curar". O Mestre lhes havia concedido o poder de expulsar demônios (Mt 10:8), mas por alguma razão eles foram incapazes de resolver esse caso.

O profundo desapontamento que Cristo sentiu pela incapacidade de seus próprios apóstolos está refletido nas palavras do versículo 17. Eles foram patéticos. Os discípulos haviam aprendido tão pouco com Ele!

Deve ter sido com a maior severidade em sua voz que Jesus repreendeu... o demônio que, imediatamente, saiu dele (18). O menino (pais) foi curado (therapeuo) naquele mesmo instante. É óbvio que Cristo era mais do que capaz de cuidar desse caso tão difícil.

Não é de admirar que os discípulos quisessem saber porque haviam fracassado (19). Jesus informou que era por causa da sua pequena fé (20)." Se tivessem fé como um grão de mostarda (veja os comentários sobre Mt 13:31-32), teriam ordenado ao monte que passasse daqui para acolá e ele teria passado. É provável que Cristo não estivesse falando literalmente sobre um monte.' Ao mencionar este monte Ele queria dizer "essa grande dificuldade", esse caso que era demasiado difícil para eles. Sherman Johnson observa: "A fé não move montanhas físicas através de alguma mágica, mas seus próprios triunfos são mais maravilhosos do que uma engenharia em grande escala"." Em uma linha semelhante, George Buttrick escreve: "A fé já removeu montanhas — poderosos impérios, seitas pagãs e a impiedade entrincheirada"."

O versículo 20 atinge o seu clímax com essa admirável afirmação: nada vos será impossível. Mas como isso poderia acontecer? A resposta é: "Pela fé". Marcos, cuja des-crição dessa cura é, como de costume, muito mais vívida do que consta em Mateus ou Lucas, registra que Jesus disse ao pai do menino: "Tudo é possível ao que crê" (Mc 9:23). Isso acontece porque Deus é o Todo-Poderoso, e a fé traz consigo a divina onipotência para superar os problemas humanos.

O versículo 21 não consta em algumas versões modernas, porque não faz parte dos dois manuscritos gregos mais antigos (Vaticano e Sinaítico), assim como de algumas versões antigas. Em Marcos, a primeira parte do versículo é autêntica, mas as palavras "e jejum" foram acrescentadas mais tarde. Então, o versículo todo deve ter sido transcri-to por algum copista de acordo com esse mesmo paralelo em Mateus.

  • A Segunda Previsão da Paixão (Mt 17:22-23)
  • O primeiro anúncio de que sua morte estava próxima foi feito logo depois da confis-são de Pedro em Cesaréia de Filipe. Esse outro anúncio foi feito depois do segundo gran-de evento em sua vida, a Transfiguração. Depois da confissão e da confirmação de sua divindade e missão messiânica, Jesus deixou bem claro aos discípulos que a sua missão na terra não era se sentar em um trono, mas morrer em uma cruz.

    A primeira previsão (Mt 16:21) especificava que Jesus iria sofrer muitas coisas do Sinédrio judaico em Jerusalém. A segunda acrescenta a traição — será entregue nas mãos dos homens (22). As palavras nas mãos dos homens poderiam incluir tanto Pilatos, quan-to os líderes judeus. As duas previsões mencionam a morte de Jesus e a sua ressurreição ao terceiro dia (23). Mateus ainda completa este relato dizendo que os discípulos se entristeceram muito.

  • O Imposto do Templo (Mt 17:24-27)
  • Este relato só se encontra em Mateus. Quando Jesus e seus discípulos voltaram para casa em Cafarnaum — depois de uma considerável ausência — alguns se aproxima-ram de Pedro com a seguinte pergunta: O vosso mestre não paga as didracmas? (24). A palavra grega para imposto é didrachma, uma moeda grega cujo valor estava próximo ao do denário romano. A dracma dupla (aqui) tinha, aparentemente, o valor de trinta ou trinta e cinco centavos. Ela correspondia à metade de um siclo, uma quantia dedicada à manutenção do templo, e que deveria ser paga todo ano, pouco antes da Pás-coa, por todo adulto judeu do sexo masculino.

    A base para esse imposto era o "meio siclo" prescrito como oferta ao santuário em Êxodo 30:13. Na época de Cristo os judeus de todo o mundo tinham a obrigação de fazer esse pagamento, que tinha a aprovação do governo de Roma. Josefo cita uma carta de César a Flaccus, que dizia: "Deixe esses judeus... — que têm enviado, de acordo com seu antigo costume, o seu sagrado dinheiro a Jerusalém — fazerem-no livremente"." Depois da destruição de Jerusalém (70 d.C.), quando não havia mais o templo para manter, o imperador continuou a coletar esse imposto. Josefo diz: "Ele também impôs um tributo sobre os judeus, onde quer que eles estivessem, e ordenou que cada um deles levasse duas dracmas anualmente ao Capitólio, como costumavam fazer na época do templo de Jerusalém"."

    Quando Pedro entrou em casa, Jesus se lhe antecipou — "O Senhor se antecipou respondendo aos seus pensamentos".' Jesus perguntou: De quem cobram os reis da terra os tributos, ou os impostos? Dos seus filhos ou dos alheios? (25). A palavra tributos está se referindo aos impostos sobre mercadorias ou as taxas sobre as pessoas (em latim, census). Dos alheios significava aqueles que não pertenciam à família do rei.

    Quando Pedro respondeu: dos alheios, Jesus disse: Logo, estão livres os filhos (26). O que Ele estava querendo dizer era: "Será que Aquele a quem vós justamente chamastes de Filho de Deus terá que pagar imposto ao Templo de seu Pai?".55

    Mas Jesus tinha o hábito de pagar o imposto do Templo e isso pode ser constatado através da resposta de Pedro: Sim (25). Então disse o Mestre: Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, — o lago da Galiléia, em frente a Cafarnaum — lança o anzol (27). Isso mostra que a pesca com "anzol e linha" era praticada naquela época, como ainda é costume atualmente nas margens desse lago. O primeiro peixe que Pedro pescou teria em sua boca uma peça de dinheiro, um estáter (em grego, stater). Esse estáter tinha o valor igual ao de um siclo, e seria suficiente para pagar o imposto do templo tanto para Pedro como para o Senhor.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 17 versículo 24
    Conforme Ex 30:13; Ex 38:26. Entre os judeus, cada homem tinha que pagar um imposto anual para o templo; tal imposto era de duas dracmas, aprox. dois denários romanos, ou seja, o salário de dois dias de um camponês.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    *

    17:1

    Seis dias depois. Uma referência tão exata de tempo é rara nos Evangelhos; deve ter sido incluída para tornar clara a conexão entre a confissão, em Cesaréia de Filipe, e a Transfiguração. Agora que os discípulos começaram a reconhecer quem é Jesus, ele está pronto para ir ao clímax, em Jerusalém. A Transfiguração é parte da preparação de Jesus para aquela crise. Ver "A Transfiguração de Jesus", em Mc 9:2.

    * 17:3

    Moisés e Elias. Uma vez que a Lei e os Profetas testificaram de Jesus, Moisés, o legislador, e Elias, um dos maiores profetas de Israel, tiveram aqui o privilégio de aparecer com Jesus. De acordo com Lucas 9:31, eles falavam da morte iminente de Jesus.

    * 17:5

    Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. As palavras vindas do céu mostram quão tola foi a sugestão de Pedro (v. 4), e eles começaram a ter consciência de quem é Jesus. "Meu Filho amado", designação que aparece também no batismo de Jesus, e é expressão reservada pelo Pai para seu “Filho unigênito" (Jo 3:16).

    a ele ouvi. As palavras de Deus faladas através de Moisés e dos profetas apontavam para Jesus. Agora, a palavra final é falada pelo Filho de Deus (Hb 1:1-4).

    * 17:9

    A ninguém conteis. Ver nota em 16.20.

    * 17:11

    Elias virá. Ver nota em 11.14. Os escribas estavam certos, mas falharam em reconhecer tanto a Elias quanto ao Messias, quando vieram.

    * 17:17

    Jesus, como Moisés, desceu do monte da glória, para encontrar a incredulidade (Êx 32:15-21).

    * 17:20

    pequenez de vossa fé. A deficiência da fé dos discípulos (ver referência lateral) não está no fato de eles revelarem falta de confiança, ou que não esperassem sucesso — eles ficaram aparentemente surpresos por falharem — mas porque sua expectação não estava devidamente baseada num relacionamento com Deus. Uma leve porção de fé verdadeira, enraizada numa submissão a Deus, é eficaz. Marcos 9:29 torna este ponto ainda mais claro, quando fala da oração como a chave.

    * 17:22-23

    Esta afirmação é a segunda predição de sofrimento e ressurreição, em Mateus (16.21-24). Jesus suportará o sofrimento que ele descreve como o do Servo do Senhor (Is 53). Parece que ninguém, antes de Jesus, jamais identificou o Messias, o Filho do homem e o Servo Sofredor do Antigo Testamento, como três aspectos de um Redentor e Rei. Os discípulos ficam tão deprimidos por sua dificuldade de aceitar o sofrimento do Messias que, aparentemente, nem mesmo ouvem a promessa de ressurreição. Pelo menos, inicialmente, não creram nela (Lc 24:25, 37, 38).

    * 17.24-27

    O imposto para o templo foi prescrito em Êx 30:13. A passagem não diz respeito ao pagamento de impostos à autoridade civil (22.21). O ponto de Jesus é que o Cristo e seus discípulos desfrutam de um relacionamento com Deus, que os libera das obrigações impostas sobre os “estrangeiros”. Contudo, Jesus está disposto a conformar-se à prévias exigências, com o fim de evitar ofensas. Paulo recomendou (13 45:14-21'>Rm 14:13-21) e praticou (At 16:3-21.
    26) semelhante observância contínua de algumas exigências rituais do Antigo Testamento.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    17.1ss A transfiguración foi um vislumbre da glória do Rei (16.27, 28). Foi uma revelação especial da divindade do Jesus a três dos discípulos e uma ratificação divina de Deus de tudo o que Jesus tinha realizado e estava por realizar.

    17.3-5 Moisés e Elías foram dois dos maiores profetas no Antigo Testamento. Moisés representa a Lei. Escreveu o Pentateuco e predisse a vinda de um grande profeta (Dt 18:15-19). Elías representa aos profetas que anunciaram a vinda do Messías (Ml 4:5-6). A presença de ambos com o Jesus confirma sua missão messiânica: cumprir a lei de Deus e as palavras dos profetas de Deus. De igual forma como a voz de Deus nas nuvens sobre o monte Sinaí deram autoridade à lei (Ex 19:9), a voz de Deus na transfiguración deu autoridade às palavras do Jesus.

    17:4 Pedro quis construir três refúgios para que aqueles três homens sobressalentes ficassem. Entretanto, não era hora de atuar, mas sim de elogiar e adorar. Pedro queria prefaciar o momento, mas devia aprender e avançar. Tinha recebido cristo como igual a outros, mas Cristo é imensamente maior e a gente não pode igualá-lo com ninguém.

    17:5 Jesus é mais que um simples líder famoso, mais que um bom exemplo, uma boa influência ou um grande profeta. O é nada menos que o Filho de Deus. Quando você percebe esta verdade profunda, a única resposta adequada é a adoração. Quando compreender bem quem é Cristo, quererá lhe obedecer.

    17:9 Jesus disse ao Pedro, Santiago e João que não deviam contar o que viram até depois de sua ressurreição, porque sabia que não o tinham compreendido totalmente e em conseqüência não o poderiam explicar. Suas perguntas (17.10ss) indicam que não tinham compreendido. Sabiam que era o Messías, mas tinham muito mais que aprender sobre o significado de sua morte e ressurreição.

    17:10, 12 Apoiado em Ml 4:5-6 os professores da lei do Antigo Testamento acreditavam que Elías devia aparecer antes que o Messías. Jesus se referia ao João o Batista, não ao Elías o profeta do Antigo Testamento. João o Batista, assumindo o rol profético do Elías, confrontou em forma audaz o pecado e conduziu às pessoas para Deus. Malaquías muito antes tinha profetizado que um profeta similar ao Elías viria (Ml 4:5).

    17:17 Aos discípulos lhes tinha dado autoridade para sanar, mas não tinham aprendido ainda como apropriar do poder de Deus. A frustração do Jesus estava dirigida à geração incrédula e indiferente. Seus discípulos, nesta instância, eram um mero reflexo dessa atitude. O propósito do Jesus não foi criticar aos discípulos a não ser estimulá-los a que exercessem a fé.

    17.17-20 Os discípulos foram incapazes de jogar fora a aquele demônio, e por isso pediram ao Jesus uma explicação. Este se referiu a sua falta de fé. É o poder de Deus, e não nossa fé, o que move montanhas, mas a fé deve estar presente. A semente de mostarda é mais pequena do que alguém se pode imaginar. Uma fé pequena ou sem desenvolvimento tivesse sido suficiente. Talvez eles procuraram tirar o demônio com sua própria capacidade em lugar de fazê-lo com o poder de Deus. Há um grande poder ainda em uma fé pequena quando Deus está conosco. Se nos sentirmos débeis ou incapazes como cristãos, devêssemos examinar nossa fé, nos assegurando de que não estamos confiando em nossa própria capacidade para obter resultados a não ser na de Deus.

    17:20 Jesus não condenou aos discípulos por sua falta de fé, mas sim lhes mostrou quão importante seria a fé em seu ministério futuro. Se você está enfrentando um problema que parece grande e inconmovible como uma montanha, deixe de olhar a montanha e procure mais a Cristo com fé. Só assim sua obra para O será útil e vibrante.

    17:22, 23 Uma vez mais Jesus predisse sua morte (veja-se 16.21), mas ainda mais importante, foi que se falasse de sua ressurreição. Infelizmente, os discípulos só ouviram a primeira parte das palavras do Jesus e chegaram a desalentar-se. Não entenderam por que Jesus quis voltar para Jerusalém, ao centro do conflito.

    Os discípulos não entenderam totalmente o propósito da morte e ressurreição do Jesus até o Pentecostés (Feitos 2). Não devêssemos nos recriminar por ser lentos para entender o referente ao Jesus. depois de tudo, os discípulos estiveram com O, viram seus milagres, ouviram suas palavras e ainda assim tiveram dificuldade para compreender. além de suas perguntas ou dúvidas, entretanto, eles seguiam acreditando. Nós não podemos fazer menos.

    17.22, 23 Os discípulos não entendiam por que Jesus seguia refiriéndose a sua morte, se eles esperavam que O estabelecesse um reino político. A morte do Senhor terminaria com suas esperanças. Não suspeitavam que a morte e ressurreição do Jesus faria possível seu Reino.

    17:24 Todos os varões judeus tinham que pagar um imposto ao templo para cobrir os gastos de manutenção (Ex 30:11-16). Só Mateus registra este incidente, possivelmente porque ele tinha sido um cobrador de impostos.

    17.24-27 Como de costume, Pedro respondeu uma pergunta sem saber seriamente a resposta, pondo ao Jesus e aos discípulos em uma situação incômoda. Jesus usou esta experiência, entretanto, para enfatizar seu rol soberano. Assim como os reis não pagam impostos nem cobram impostos de suas famílias, Jesus, o Rei, não devia nada. Mas Jesus proveu para o pagamento dos impostos em favor dele e do Pedro para não ofender aos que não entendiam seu reino. Cristo lhe mostrou onde obter o dinheiro, mas Pedro teve que ir buscá-lo. Entendemos que tudo vem de Deus, mas O quer que participemos do processo.

    17.24-27 Como povo de Deus, somos estrangeiros na terra porque nossa fidelidade é sempre a nosso Rei soberano: Jesus. Entretanto, temos que cooperar com as autoridades e a cidadania responsável. Um embaixador ao estar em outro país respeita as leis locais a fim de representar bem ao que o enviou. Somos embaixadores de Cristo (2Co 5:20). É você um bom embaixador do neste mundo?


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    e. Prévia da Glória (17: 1-8)

    1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago, e João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte: 2 e foi transfigurado diante deles; e seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. 3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ec 4:1 E Pedro respondeu, e disse a Jesus: Senhor, é bom para nós estar aqui: Se queres, farei aqui três tendas; . uma para ti, outra para Moisés e outra para Ec 5:1 Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me estou bem satisfeito; ouvi-o. 6 E quando os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande temor. 7 E Jesus veio e tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. 8 E, erguendo eles os olhos, não via um, senão a Jesus somente.

    Depois de seis dias -a semana após o anterior incidente Jesus levou junto consigo Pedro, Tiago e João, e deu-lhes o privilégio inestimável de ver sua transfiguração. Em duas outras ocasiões Ele escolheu ter com ele o mesmo círculo íntimo de três discípulos-na ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37) e no Jardim do Getsêmani (Mt 26:37 ).

    Jesus levou-os até confidencialmente a um alto monte. Esta tem sido tradicionalmente identificado como Monte Tabor, no extremo leste da planície de Esdrelon. Mas este é um, arredondando colina bastante baixo, apenas cerca de mil metros de altura, e, aparentemente, tinha uma fortaleza sobre ele neste momento. Por isso, não parece ter sido um lugar apropriado para a Transfiguração. Portanto, muitos estudiosos hoje pensam que este evento aconteceu em uma das esporas de solitário, sublime Mount Hermon, na cabeça do Vale do Jordão.

    Jesus foi transfigurado diante deles (v. Mt 17:2 ). A palavra grega ocorre apenas quatro vezes no Novo Testamento. É utilizado na passagem paralela em Mc 9:2 , onde é traduzido ". mudado" O verbo é metamorphoo , de onde vem "metamorfose" -a mudança de um estado para outro. Por isso, sugere uma "metamorfose espiritual", ou "a vida transfigurada".

    A transfiguração é descrito vividamente: . seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz Enquanto Cristo estivesse em íntima comunhão com o Pai, Sua natureza divina irradiava um brilho incandescente, que penetrou através do véu da Sua carne, e os três discípulos um vislumbre de Sua glória eterna. Foi um momento de alta em sua experiência e aquele a que Pedro se referiu, no final de sua vida (2Pe 1:16 ).

    Dois visitantes celestiais appeared- Moisés e Elias (v. Mt 17:3 ). Pedro estava sobrecarregado ao se encontrar em tal companhia agosto e queria tornar a situação permanente. Ele se ofereceu para construir três cabines de boughs- tabernáculos (v. Mt 17:4) -ona cada um para Jesus, Moisés e Elias. Isso faz lembrar a frase recorrente em alguns livros sobre philosophy- Oriental "Confúcio, Buda, e do Cristo." Mas o Filho eterno de Deus não é para ser colocado no mesmo nível com meros homens. Uma nuvem brilhante, lembrança de o Shekinah do Antigo Testamento, os cobriu (v. Mt 17:5 ), e uma voz de cima repreendeu discurso descuidado de Pedro com estas palavras: Este é o meu Filho amado ... ouvi-o (não Pedro). Amado também pode ser traduzida por "apenas" (conforme Mt 3:17 ). Jesus é o Filho de Deus em um sentido absolutamente única.

    A atitude de Pedro é facilmente compreensível. As pessoas querem ficar no monte da visão, para apreciar o estado quase de êxtase de comunhão gloriosa no lugar de oração. Mas, ao pé da montanha era um homem em necessidade desesperada com um filho demonizado. E ainda hoje as multidões esperar no sopé da montanha para o ministério daqueles que vislumbrou a glória de Deus, na face de Jesus Cristo.

    Quando a experiência acabou, não viram mais ninguém, senão só Jesus (v. Mt 17:8 ). Este foi o depósito permanente, o valor real da visão. O teste de qualquer suposta experiência extática é se ele deixa a pessoa com orgulho espiritual inflado e dogmatismo fanático, ou com uma verdadeira humildade baseado em uma consciência contínua da presença de Cristo.

    f. Profeta Identificado (17: 9-13)

    9 E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: Dize a visão de ninguém, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos. 10 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo. Por que dizem então os escribas que Elias deve vir primeiro? 11 E ele, respondendo, disse: Em verdade Elias virá, e restaurar todas as coisas: 12 mas eu digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram- ele tudo o que quiseram. Mesmo assim o Filho do homem também sofrem delas. 13 Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista.

    No caminho para baixo da montanha Jesus encarregou seus três discípulos para não contar a ninguém sobre a Transfiguração até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos. Só então poderia a visão ser devidamente compreendido (Rm 1:4 ); ou seja, dar início a uma nova ordem que finalmente iria resultar na restauração de todas as coisas em Cristo (Cl 1:16 ; Ef 1:9. ). Na verdade, ele já tinha vindo, mas tinha sido reconhecido e maltratados (v. Mt 17:12 ). Mateus acrescenta a explicação típica que os discípulos então entendido que a referência era a João Batista (v. Mt 17:13 ).

    g. Disciples Powerless (17: 14-21)

    14 E, quando chegaram à multidão, aproximou-se dele um homem, ajoelhando-se para ele e dizendo: 15 Senhor, tem piedade de meu filho, porque é epiléptico e suffercth gravemente; pois muitas vezes cai no fogo, e freqüentemente vezes na água. 16 E eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá- Lv 17:1 E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando serão eu estar com você? quanto tempo devo suportar-vos? trazê-lo para cá para mim. 18 E Jesus repreendeu-o; e o demônio, que saiu dele, e o menino foi curado desde aquela hora.

    19 Em seguida, vieram os discípulos a Jesus em particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 20 E ele lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo:. Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Remover Passa daqui para acolá; e removerá; e nada vos será impossível para ti.

    No sopé da montanha eles encontraram a multidão ainda está esperando por eles. Um pai distraído ajoelhou-se de uma vez antes de Jesus e rogou-lhe que curasse o seu epiléptico filho. A palavra grega significa literalmente "moonstruck" (conforme KJV ​​"lunáticos", do latim luna , a lua). Era comumente realizada em tempos antigos que a insanidade era devido à influência da lua.

    A descrição das crises epilépticas (v. Mt 17:15) é típico desta doença. O pai tinha trazido seu menino aos discípulos, mas encontrou-os impotentes para ajudar (v. Mt 17:16 ). Jesus expressou sua grande decepção com o seu fracasso (v. Mt 17:17 ). Ele já havia encomendado e deu-lhes poder de expulsar os demônios (Mt 10:8 ).

    Naturalmente, os discípulos se perguntou por que eles tinham perdido o seu poder, e questionou Jesus (v. Mt 17:19 ). Em resposta, ele disse: Por causa de vossa pouca fé (v. Mt 17:20 ). Se eles tivessem fé pura, até mesmo como uma pequena semente de mostarda (cf.Mt 13:32 ), nada seria impossível para eles. Os discípulos não conseguiram perceber que o poder espiritual só vem através de uma vida de oração.

    h. Paixão Foretold Again (17: 22-23)

    22 E, enquanto eles na Galiléia, Jesus disse-lhes: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens; 23 e eles o matarão, e no terceiro dia ele se levantará. E eles se entristeceram.

    Este segundo previsão da Paixão menciona a prisão de Cristo (v. Mt 17:22) e, uma vez mais a Sua morte e ressurreição (v. Mt 17:23 ). Desta vez, a reacção do discípulos é anotado. Seus corações estavam cheios de tristeza.

    Eu. Pagar o imposto do templo (17: 24-27)

    24 E, quando chegaram a Cafarnaum, os que receberam o meio-shekel veio a Pedro, e disse: Porventura não o seu professor de pagar o meio-shekel? 25 Disse ele: Sim. E quando ele entrou na casa, Jesus se lhe, dizendo: Que te parece, Simão? os reis da terra, de quem cobram imposto ou tributo? de seus filhos, ou dos alheios? 26 E quando ele disse: Dos alheios, disse-lhe Jesus: Por isso os filhos são livres. 27 Mas, para que não os escandalizemos, vai tu para o mar, e lança o anzol, e pegar o peixe que vem pela primeira vez; e quando tu abriu a boca, tu deverás encontrar um shekel toma-o, e dar-lhes para mim e ti.

    Por volta de Jesus em Cafarnaum, os cobradores do imposto anual para a manutenção do templo de Jerusalém aproximou Pedro e perguntou: que não levará o seu professor pagar o meio-shekel A palavra grega para esta moeda é didrachma . Valeu a pena cerca de trinta e dois centavos. Este imposto deveria ser pago por todos os homens judeus mais de vinte anos de idade (Ex 30:11 ). Cerca de um mês antes da Páscoa, o imposto do templo foi recolhido nos territórios periféricos.

    A resposta de Pedro, sim (v. Mt 17:25 ), mostra que Jesus tinha o hábito de fazer o seu dever como um judeu. No entanto, ele perguntou a Pedro se reis habitualmente recebido pedágio (impostos sobre mercadorias) ou tributo (impostos sobre pessoas) -indirect e direta de tributação de filhos ou estranhos; ou seja, aqueles que estão fora da família real. Quando Pedro indicado o último, Jesus disse: Portanto, os filhos são livres (v. Mt 17:26 ). Ele, como Filho de Deus, devem ser isentos desta obrigação.

    No entanto, Jesus pagaria o imposto (v. Mt 17:27 ). A lição que ele aparentemente procurou ensinar neste incidente era que os cristãos devem ir "a segunda milha" em fazer o que se espera deles, mesmo que eles podem sentir que eles merecem isenção.Especificamente, os seguidores de Cristo devem pagar os seus impostos (conforme Mt 22:21 ).

    Pedro foi instruído a ir para o mar (lago da Galiléia, em que Cafarnaum foi localizado), lança uma linha, e pegar um peixe. Na sua boca, ele iria encontrar um shekel (em grego, stater ), que pagaria o meio-shekel necessário para ambos. Presumivelmente, os outros discípulos foram de encontrar uma forma de pagar os seus impostos também.

    Este milagre foi muitas vezes criticada por ser absurda. O fato de que isso não seja dito que Pedro realmente pegou um peixe e encontrou uma moeda em sua boca às vezes é citado como favorecendo a idéia de que Jesus estava falando em sentido figurado: pegar um peixe, vendê-lo, e usar o dinheiro para pagar nossos impostos. Enquanto isto pode não ser impossível, a interpretação mais natural é tomar a conta como descrever o que realmente aconteceu. O importante é a lição que Jesus estava ensinando.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    O Rei em sua glória (Mt 17:1-40, e verá que a transfiguração diz respeito ao rei-no prometido. Havia pouco tempo que Pedro confessara Cristo como o Filho de Deus (16:
    16) e soubera a verdade a respeito de sua morte que se aproximava (Mt 16:21-40). Pro-vavelmente, ele e os outros discípu-los se perguntavam: "Se ele morrer na cruz, o que acontecerá com as promessas a respeito do reino? Elas serão cumpridas?". Com sua transfi-guração, Cristo assegurou-os de que a Palavra permanecería e de que o reino viría. Na verdade, a cena é um retrato do reino: Cristo glorificado; os três apóstolos, que representam o Israel redimido; Moisés, que re-presenta os santos que morreram em Cristo; Elias, que representa os santos que foram arrebatados (pois Elias não morreu); e a multidão ao pé do monte, que representa as ou-tras nações.

    Outro objetivo da transfigura-ção foi fortalecer Cristo para seu so-frimento. Moisés e Elias falaram com ele sobre sua "partida" iminente em Jerusalém (Lc 9:30-42), e ouve-se a voz do Pai como outro encoraja-mento para o Filho. Isso também foi um encorajamento para os discípu-los que enfrentariam a separação do Senhor quando ele sofresse e mor-resse. Se eles tivessem se lembrado dessa cena quando ele morreu, não o teriam abandonado nem perdido a esperança.

    1. O perigo

    Pedro fala de novo de uma pers-pectiva carnal e tenta afastar Jesus da cruz! O Pai repreende-o. "A ele ouvi" (v. 5), ainda é uma mensagem de Deus, pois Cristo é a última pa-lavra do Senhor aos homens (He 1:1-58). A lei (Moisés) e os profetas (Elias) testemunham de Cristo (Lc 24:27,Lc 24:44), contudo Cristo é superior a Moisés e a Elias (veja Rm 10:4; At 10:43). "Senão Jesus" (v. 8) é a única atitude segura para o cristão.

    1. A perplexidade

    Ao descer do monte, os discípu-los perguntam a respeito de Elias, referindo-se à promessa de Mala- quias3:1; 4:5-6. Jesus afirma que João Batista cumpriu essas promes-sas em espírito (Lc 1:1 Lc 1:7), mas que o próprio Elias viria.

    1. O Rei em seu poder (Mt 17:14-40)

    Não podemos ficar para sempre no monte de glória com o Rei; temos de descer para o vale de necessidade no qual Satanás opera. "Pelo véu" e "fora do arraial" são duas coisas essenciais para a vitória (He 10:19-58)

    Que paradoxo: o Rei é muito po-bre para pagar o imposto do seu templo! Na verdade, ele fez-se po-bre para que pudéssemos ser ricos (2Co 8:9). Temos de prestar atenção às quatro características distintivas desse milagre.

    1. Esse é o único milagre que Cristo faz para suprir uma necessidade pessoal

    A taxa do templo, de duas dracmas, era paga por todos os homens judeus (Êx 30:11 ss). Jesus era tão pobre que não dispunha dessa pequena quantia. Como ele era humilde (Fp 2:5-50)!

    1. Apenas Mateus relata esse milagre

    Esse é o evangelho do Rei, e esse milagre diz respeito à realeza de Cristo. Aqui, Jesus afirma que é "FiIho do Rei" e, por isso, não precisa pagar a taxa. Cristo prova sua reale-za ao realizar um milagre complica-do. Uma moeda teve de ser perdida no mar, um peixe teve de pô-la na boca, e Pedro teve de pescar o pei-xe! Jesus tem domínio sobre os pei-xes do mar (SI 8:6-8; He 2:0.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    17.1 seis dias depois. Ainda estavam subindo o Monte Hermon, desde Betsaida (16.5n), passando por Cesaréia de Filipe (16.13), numa caminhada que pode ser descrita como um retiro espiritual.

    17:1-8 Esta experiência de um antegozo da glória divina era uma revelação para Pedro, Tiago e João, sobre a natureza da obra e do reino de Cristo. Jesus é visto por eles na Sua glória divina (conforme Jo 17:5), ladeado por Moisés, representando a Lei de Israel, e por Elias, representando os Profetas. Jesus é revelado como a realidade gloriosa, à qual a totalidade do AT apontava o cumprimento de toda a história da redenção, desde o dia no qual Abraão foi chamado para obedecer a Deus, abandonou tudo para receber a herança. Conforme Gn 12:2, 3; 15:4, 5. Deus interveio para consolar Jesus que já estava no caminho da crucificação (22-23 com 16-21), e também para receber os discípulos a fim de continuarem firmes e confiantes depois da ascensão de Cristo (conforme 2Pe 1:16-61, onde Pedro descreve a experiência e cita-a como prova da divindade de Cristo).

    17.5 Palavras para inspirar os discípulos e consolar a Cristo.
    17.9 Do Monte. Algumas tradições dizem que era o Tabor, mas o que contraria isto é que havia, na época de Jesus, uma fortaleza romana dominando o monte. O caminho mais lógico seria, rumo às alturas do Hermom, a 20 km de Cesaréia de Filipe e com quase 3.000 m de altura.

    17:10-13 Os judeus estavam aguardando um segundo aparecimento de Elias antes da vinda do Messias (Ml 4:5), mas Jesus demonstrou que era João Batista o cumpridor desta missão profética (aliás, suas vestes e sua maneira de viver já apontavam para o caráter de um Elias).

    17:14-21 Um jovem possesso. Local - o sopé do monte Hermom; hora - de madrugada; situação - a volta da experiência gloriosa, para a situação humana - a glória divina invade as limitações da terra. O jovem era possuída por um espírito mudo (Mc 9:17), e ainda era filho único (Lc 9:38). A multidão incluía escribas que estavam discutindo com os discípulos que nada conseguiam fazer para expulsar o demônio (Mc 9:14 e 18). A causa do fracasso dos discípulos, da atitude dos escribas da doença do menino, e do desespero do pai, era a pouca fé.

    17.22 Na Galiléia. No caminho de volta para Cafarnaum (24). Este era já o segundo aviso de Cristo, antecipando a que ia sofrer (conforme 16.21). O último aviso está em 20:17-19. Os discípulos eram demorados para entender esta parte da obra de Cristo, e ainda no fim deixaram-se abalar quando estas palavras de Cristo foram cumpridas (26.56, 69-75).

    17:24-27 O imposto era cobrado para o templo, cada ano, no mês de março. Esta ocasião deve ter se dado no ano 28 d.C. Na moeda israelita equivalia à metade de um siclo por pessoa, na moeda grega internacional, duas dracmas, ou dois dias de salário mínimo. Cada israelita de mais Dt 20:0). O milagre mostra como o Pai providencia o necessário para Seus filhos. Estáter. Uma moeda que valia quatro dracmas, suficiente para pagar o imposto de duas pessoas.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    A transfiguração (17:1-8)

    V.comentário de Mc 9:2-41; Lc 9:28-42. As Escrituras não interpretam esse incidente, que obviamente era um acontecimento dos mais importantes no ministério (conforme 2Pe 1:1). Tanto Jo 17:5 quanto 2Pe 1:17 nos levam a ver na transfiguração um ato do Pai. Parece mais provável que foi a glória da humanidade mais do que a divindade de Cristo que foi revelada. Por meio da obediência perfeita, ele havia atingido o alvo que Adão deveria ter atingido, e a morte já não tinha direito sobre ele. Supostamente ele poderia ter ascendido ao Pai ali naquele momento, mas a conversa acerca de sua partida (Lc 9:31) marcou a sua ida voluntária adiante para a cruz. Seria esse o ponto sugerido por He 2:10,He 2:18; He 5:8,He 5:9, que deve ter vindo antes de o sumo sacerdote ter oferecido o sacrifício perfeito? Observe que foi a voz divina (17.5,6) e a nuvem (Lc 9:34) que deixaram os discípulos amedrontados, e não a glória de Jesus.

    A discussão acerca de Elias (17:9-13)

    V.comentário de Mc 9:9-41.

    A cura do menino endemoninhado (17:14-21)

    V.comentário de Mc 9:14-41. A evidência dos manuscritos a favor da omissão do v. 21 não pode ser questionada; conforme nr. da NVI e Mc 9:20.

    v. 20. poderão dizer a este monte: Paralelos rabínicos sugerem que mover montanhas era uma expressão proverbial na época para se referir a fazer o impossível.

    A segunda predição da Paixão (17.22, 23)

    V.comentário de Mc 9:30-41.

    IV.2. ENSINO: A IGREJA (17.24—18.35)
    O imposto do templo (17:24-27)
    No seu contexto, esse incidente histórico se torna praticamente uma parábola do relacionamento do discípulo com outras comunidades que reivindicam sua lealdade.

    Êxodo 30:11-16 fala de um imposto especial de recenseamento no valor de meio siclo dado ao tabernáculo. Depois do exílio, foi adotado um imposto religioso de um terço de siclo (Ne 10:32,Ne 10:33). Antes do tempo de Jesus, ele tinha sido transformado em um imposto compulsório de meio siclo pagável anualmente por todo homem livre Dt 20:0).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 24 até o 27


    16) Instrução aos Doze em Cafarnaum. 17:24 - 18:35.

    24-27. Pagamento do imposto do templo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 24 até o 27
    XXIV. O TRIBUTO DO TEMPLOMt 17:24-40. Um estáter (27). Esta moeda de prata era a tetradracma-gr. statera -que equivalia ao siclo e era a quantia exata para o pagamento da taxa de duas pessoas.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27

    95. Pré-visualização da segunda vinda (Mateus 17:1-13)

    E seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os até um alto monte. E foi transfigurado diante deles; e seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que apareceram Moisés e Elias a eles, falando com ele. E Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Enquanto ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. E Jesus veio a eles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." E, erguendo os olhos, não via a ninguém, a não ser o próprio Jesus sozinho.
    E como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E ele, respondendo, disse: "Elias virá e restaurará todas as coisas, mas eu digo-vos que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram Assim também o Filho do Homem vai. a sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista. (17: 1-13)

    Como observado no final do capítulo anterior, a visualização da sua glória que Jesus prometeu a alguns dos discípulos iria experimentar antes de morrer (16:28), sem dúvida, a que se refere a sua transfiguração, o evento relacionado no presente texto.

    Seis dias após a promessa foi dada foi cumprida. O fato de que Lucas diz que foi "cerca de oito dias depois" (9:
    28) indica simplesmente que ele estava falando em termos inclusivos, ao contrário de Mateus e Marcos (9: 2). Considerando que esses escritores que se refere aos seis dias intermediários entre a previsão eo cumprimento, Lucas também incluiu os dias em que os eventos ocorreram.

    Pedro, Tiago e João, seu irmão foram os discípulos mais íntimos de Jesus, constituindo, com o irmão de Pedro André círculo íntimo do Senhor. (Ver vol. 2 nesta série comentário [ Mateus 8:15 ], p. 136). Portanto, não é surpreendente que foram esses três homens que Ele trouxe ... até um alto monte.

    Quatro razões parecem sugerir-se para Jesus 'tendo apenas estes três com Ele para testemunhar sua transfiguração. Em primeiro lugar, eles seriam testemunhas confiáveis ​​da Sua glória manifesta, capaz de confirmar o evento para os outros discípulos e para o resto da igreja. De acordo com Dt 19:15, "no depoimento de duas ou três testemunhas, uma questão deve ser confirmada." Exibição prometeu o Senhor da sua glória reino (Mt 16:27-28.) Seria confirmada pelo testemunho destas três testemunhas confiáveis.

    Em segundo lugar, esses três homens provavelmente foram escolhidos por causa de sua intimidade com Jesus. Eles estavam com Ele mais e compreendíamos o melhor, e eles frequentemente acompanhada Ele quando foi afastado por momentos de intensa comunhão com o Pai celestial (Mc 5:37; Mc 14:33). Convinha que aqueles que mais intimamente compartilhar seu sofrimento e tristeza share seria também mais intimamente em testemunhar a Sua glória.

    Em terceiro lugar, como os porta-vozes reconhecidos entre os doze, aqueles cuja palavra era mais respeitado, estes três homens poderiam mais confiável e convincente articular o que eles testemunharam na montanha.

    A quarta razão possível é negativo. Se todos os doze discípulos tinham visto a transfiguração, ou se todos eles mais as multidões que estavam com eles na Galiléia superior deveriam ter visto Jesus transfigurado, toda a região poderia ter sido rapidamente em tumulto. As pessoas podem ter atropelar a encosta e nas cidades vizinhas balbuciando incontrolavelmente sobre o que tinham visto. As contas, sem dúvida, teria variado muito e foi embelezado com cada releitura, e Jesus poderia ter sido pressionados ainda mais força para se tornar o libertador político e militar as pessoas esperavam que o Messias ser (ver Jo 6:15; 12: 12-19) .

    O especial de alta montanha não é identificada, mas foi aparentemente em algum lugar perto e ao sul de Cesaréia de Filipe, na rota para Cafarnaum e, eventualmente, de Jerusalém (ver Mt 16:13, Mt 16:21;. Mt 17:24).

    Aprendemos com Lc 9:32 que, como no Jardim (Matt. 26: 40-45), estes três discípulos não poderia ficar acordado, apesar da momentousness da experiência. Era "de tristeza" que eles dormiram no Jardim (Lc 22:45), e foi talvez pela mesma razão que eles dormiam no topo da montanha. O sono pode ser uma forma de fuga, uma maneira de esquecer temporariamente os problemas e ansiedades. Depressão acelera cansaço. É provável que a promessa que Jesus fez, poucos dias antes era demasiado vago e indeterminado para reforçar os seus espíritos depois de saber do seu sofrimento e da morte iminente e ao Seu chamado para eles que estar disposto a sofrer e morrer em seu serviço (16: 21-25 ). Eles dormiam o sono de frustração e depressão. Foi só apareceram Moisés e Elias que os três "se tornou totalmente acordado ... e vimos a sua glória e os dois homens que estavam com Ele" (Lc 9:32 b ).

    Nos eventos que se seguiram são encontradas cinco confirmações poderosas, ou provas, de que Jesus era realmente o Filho do Homem previsto, o Messias, o Rei da glória divina. Primeiro é a transformação do Filho (Mt 17:2). De dentro de si mesmo, de uma forma que desafia a descrição completa, muito menos explicação completa, a glória divina de Jesus se manifestou antes de Pedro, Tiago e João.

    Aqui é a maior confirmação de sua divindade ainda na vida de Jesus. Aqui, mais do que em qualquer outra ocasião, Jesus se revelou como ele realmente é, o Filho de Deus. Como a glória divina irradiava deseu rosto , ele iluminou mesmo suas vestes , que tornaram-se brancas como a luz , em depoimento sobrenatural para o Seu esplendor espiritual. Tal como acontece com as manifestações Shekinah do Antigo Testamento, Deus aqui retratou-se aos olhos humanos na forma de luz tão deslumbrante e esmagador que mal podia ser suportada.

    luz retratado Jesus 'glória e majestade como Pedro testemunhou anos depois, em sua segunda epístola: "Porque, quando Ele recebeu honra e glória do Pai, como um enunciado como isso foi feito a Ele pela Glória Magnífica:' Este é o meu Filho amado com quem eu estou bem satisfeito "(2Pe 1:17). A experiência de ver a glória de Cristo deve ter sido um dos principais contribuintes para a segunda vinda de se tornar um tema dominante da pregação e os escritos de Pedro. A mensagem de suas duas epístolas pode ser resumido como: "Amados, não se preocupe com a sua dor, o seu sofrimento, a sua análise, a sua perseguição, seu sacrifício de Jesus está chegando Isso é tudo o que realmente importa.!." João mais tarde declarou que "nós vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1:14). Não temos nenhum registro de depoimento de Tiago a este evento, porque ele foi martirizado nos primeiros dias da igreja, o primeiro apóstolo a dar a sua vida por Cristo (At 12:2). O melhor que podiam com os olhos humanos, estes três homens tinham visto a essência de Deus brilhe de Jesus.

    Que experiência incrível foi apenas um vislumbre do dia em que "o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os Seus anjos" (Mt 16:27). Naquele dia, "todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória" (Mt 24:30). E "Quando o Filho do Homem vier em sua glória e todos os anjos com ele, então se assentará no seu trono glorioso" (25:31). Em sua visão em Patmos, João viu o retorno de Cristo como "um semelhante ao Filho do homem, vestido com uma túnica até aos pés, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca , como a neve, e os seus olhos eram como chama de fogo, e os seus pés eram como bronze polido, quando tiver sido causado a brilhar em uma fornalha, e sua voz era como o som de muitas águas e na sua mão direita Ele. realizou sete estrelas; e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes, e seu rosto era como o sol brilhando em sua força "(13 66:1-16'>Apocalipse 1:13-16).

    Em sua forma humana Jesus Cristo foi velado, mas quando Ele voltar à Terra, Ele virá em Sua majestade divina plena e glória um vislumbre do que Pedro, Tiago e João testemunhou na montanha. Não poderia, doravante, sem dúvida, em suas mentes que Ele era Deus encarnado, e que deveria ter havido nenhuma dúvida de que Ele viria algum dia na plenitude da glória

    O Testemunho dos Santos

    E eis que apareceram Moisés e Elias a eles, falando com ele. E Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". (17: 3-4)

    Como os três discípulos assistiram com espanto, Moisés e Elias também lhes apareceu , envolto em glória do Senhor (Lc 9:31). O testemunho desses dois santos do Antigo Testamento era um segundo confirmação da divindade de Jesus.

    Por que nós podemos imaginar, foram estes dois homens, escolhidos dentre os muitos crentes piedosos do Antigo Testamento que poderiam ter sido escolhidos? Por que, por exemplo, que Deus não apresentar Abraão, o pai do povo hebreu e de todos os fiéis? Por que Davi não foi selecionado, o de cujo trono Jesus faria um reinado dia? Por que Isaías ou Jeremias ou Ezequiel ou um dos outros profetas não são escolhidos? Escritura não dá nenhuma explicação, mas parece que, mais do que quaisquer outros, Moisés e Elias tipificado o Velho Testamento de Deus.
    Moisés era sinônimo da Antiga Aliança, que o Senhor deu por meio dele. As Escrituras judaicas foram muitas vezes referida como Moisés e os profetas, e a lei do Velho Testamento foi muitas vezes chamado a lei de Moisés. Criado no palácio do Faraó, exilado para os campos e rebanhos de Midian para aprender a humildade e se tornar um servo de Deus, e, em seguida, escolhido pelo Senhor para conduzir o Seu povo da escravidão e dar-lhes a Sua lei e levá-los para as fronteiras da Terra Prometida, Moisés era supremamente homem de Deus. Além do próprio Senhor, ele foi sem dúvida o maior líder da história humana. Ele levou cerca de dois milhões rebeldes, pessoas sem fé para fora do Egito e para o deserto, onde vagavam juntos por 40 anos, enquanto Deus levantou uma geração mais obediente e gerenciável. Antes de o povo de Israel tinha profetas formais, Moisés era uma espécie de profeta, levando-os a palavra de Deus. Antes eles tinham sacerdotes formais, ele era uma espécie de sacerdote, mediando entre eles e Deus. E antes que eles tinham reis formais, ele era uma espécie de rei, governando-os em nome de Deus.
    Talvez o único outro homem Antigo Testamento, que poderia ter ficado com Moisés era Elias . Moisés foi o grande legislador, e Elias foi o grande defensor da lei. Este profeta era zelo personificado, um homem de Deus de coragem incomparável, ousadia e destemor. Ele tinha um coração para Deus, ele andou com Deus, e, mais do que qualquer outro santo Antigo Testamento, ele foi o instrumento de poder milagroso de Deus. Ele foi o profeta mais proeminente de Deus, e para os judeus a personalidade mais romântico Antigo Testamento.

    Como nenhum outro, Moisés e Elias representava o Antigo Testamento, a lei e os profetas. E como não há outros, que poderiam dar testemunho humano a majestade e glória divina de Cristo. Com a sua presença junto, eles afirmaram, com efeito: "Este é Aquele de quem nós testemunhou, Aquele em cujo poder ministramos, e Aquele em quem tudo o que disse e fez tem significado Tudo o que falou, realizado, e que esperava. para se cumpre nele. "

    De Lucas, aprendemos que estes dois grandes santos estavam conversando com Jesus "de sua partida, que ele estava prestes a cumprir-se em Jerusalém" (09:31). Eles não estavam simplesmente ali, refletindo passivamente na glória do Senhor, mas estava falando com ele de amigo para amigo sobre sua saída, o Seu sacrifício iminente, que era o objetivo supremo e obra de Seu terrena ministério "Departure" vem do termo grego de qual obtemos êxodo . Assim como o Êxodo do Egito sob Moisés conduziu o povo de Deus da escravidão da escravidão do "êxodo" de Jesus para fora da sepultura levaria os crentes da escravidão do pecado. Isto seria realizado, como relata Lucas, em Jerusalém.

    Foi significativo que a discussão era sobre a obra salvadora de Cristo através da Sua morte, porque esse era o trabalho central do Seu ministério ainda a verdade os discípulos encontraram mais difícil de aceitar. Moisés e Elias confirmação da glória divina de Jesus, mas não só deu o seu plano divino. Seu testemunho sobrenatural, sem dúvida, mais tarde, deu aos apóstolos convicção e coragem adicionados como proclamaram que Jesus foi "entregue pelo plano pré-determinado e presciência de Deus" (At 2:23). "Jesus é o Salvador e Rei previsto," eles estavam afirmando antes dos três apóstolos ", e Seu plano divino está dentro do cronograma."

    Morte e ressurreição de Jesus eram uma parte inevitável desse plano, sem o qual a redenção do pecado teria sido impossível. Ele era infinitamente mais do que um bom homem cujo exemplo mostra outros homens o caminho para Deus. Ele mesmo era Deus, e foi por Seu sacrifício expiatório como um substituto para os homens que Ele mesmo traz aqueles que nEle confiam a Deus. Ninguém pode vir a Deus, seguindo o exemplo de Jesus, porque nenhum homem poderia oferecer um sacrifício suficiente até mesmo por seus próprios pecados, e muito menos para os pecados do mundo inteiro. Foi, portanto, imperativo para os discípulos a entender que a vinda de Jesus pela primeira vez para morrer e ressuscitar era tanto uma parte do plano divino como sua vinda em glória.

    Como Moisés e Elias "se apartavam dele" (Lc 9:33 a ), Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma para Você, e uma para Moisés e outra para Elias ".

    Lucas dá a informação adicional de que Pedro falou "não percebendo que ele estava dizendo" (9:33 b ). Pedro falhado completamente em compreender o significado de 'glória ou de Moisés e Jesus testemunho de Elias. Aparentemente alheio à afirmação de que Jesus devia ir a Jerusalém para morrer e que a glória que já testemunhei era apenas uma prévia de toda a glória em que Ele iria no futuro vir novamente, em sua perplexidade combinado e temem Pedro conseguia pensar em nada, mas fazer três tendas com suas próprias mãos, em que Jesus e as duas testemunhas do Antigo Testamento poderia habitar.

    Nós só podemos adivinhar o motivo de Pedro para fazer a sugestão, exceto que ele obviamente se contentou em permanecer com o Senhor no topo da montanha. Ele não tinha nenhum interesse em Jesus vai a Jerusalém ou em sua segunda vinda. Ele queria que o Senhor para ficar, não sair e voltar. Ele, especialmente, não queria que ele deixe a título de morte (Mt 16:22). Como de costume, ele foi preso em seus próprios planos e vontade e não do Senhor. Embora ele prefaciou sua sugestão com se queres , Pedro provavelmente assumiu Jesus aprovaria.

    Chronologists Novo Testamento ter determinado que o mês judaico em que a transfiguração ocorreu foi Tishri (outubro), o sexto mês antes da Páscoa e, portanto, seis meses antes da crucificação de Jesus.Durante este mês, os judeus celebraram a festa dos Tabernáculos, ou cabines, e é possível que, neste exato momento em que a festa estava sendo observada em Jerusalém. Durante um período de sete dias, as pessoas viviam em pequenos abrigos ou cabines, feito de galhos, simbolizando as habitações temporárias de seus antepassados ​​no deserto. Foi um memorial a Deus de preservar o Seu povo escolhido e redimido (ver Lev. 23: 33-44).

    Zacarias previu que durante o Milênio, quando "o Senhor será rei sobre toda a terra;. Naquele dia o Senhor será o único, e seu nome o único Então ele virá sobre que qualquer que são deixados de toda a nações que iam contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos "(Zc 14:9). Esse é o festival do Antigo Testamento só duração de uma semana, que será celebrada durante o reinado milenar de Cristo. A festa dos Tabernáculos será lembrado todos os anos por milhares de anos como uma imagem de libertação e preservação do seu povo de Deus.

    Estar perto da festa na mão pode, portanto, ter causado Pedro sugerir a construção das três tendas na montanha. Essa possibilidade é ainda mais provável, tendo em conta o facto de este festival comemora o êxodo da escravidão no Egito e a peregrinação no deserto de Israel sob Moisés. Como observado acima, Moisés e Elias conversando com Jesus "de sua partida", ou êxodo (Lc 9:31), na breve e infinitamente maior libertação de acreditar a humanidade do pecado. Como apropriado, então, Pedro pode ter pensado, para celebrar a festa naquele lugar sagrado, não só na presença do próprio Moisés, mas na presença do ainda maior Libertador quem Moisés prefigurou e de quem Elias era para ser o precursor.

    A idéia de Pedro não era tanto de errado como tolo. Ele foi tolo em talvez pensando que Jesus pode não ter a morrer depois de tudo, que houve agora oportunidade de cumprir a sua missão, evitando a cruz e, portanto, evitando a necessidade de mais tarde voltar. Pedro também foi tolo em colocar Moisés e Elias, grande como eles eram, no mesmo nível que o Cristo pela vontade de construir tendas para todos os três. Como observado anteriormente, quando Pedro fez esta sugestão, Moisés e Elias foram já com partida (Lc 9:33). Eles sabiam que a sua missão era temporário e seu testemunho de Cristo foi agora concluída. Em seus ministérios tinham apenas anunciado a palavra da lei e os profetas. Mas Jesus Cristo, a Palavra viva, era tanto o doador eo perfeito cumprimento da lei e os profetas, cujo objetivo foi apontar os homens a Ele mesmo (ver Rm 8:3.). Deixando de Cristo em supremacia incontestada, Moisés e Elias desapareceu de modo que o único objeto remanescente de adoração foi o glorioso Senhor. Uma vez que o seu testemunho a Ele estava acabado, que não iria ficar e risco de prejudicar Ele.

    O Terror do Pai

    Enquanto ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. (17: 5-6)

    A terceira confirmação da divindade de Jesus foi o terror causado pela intervenção do Pai enquanto Pedro ainda estava falando . Através da forma de uma nuvem luminosa Deus ofuscado os três discípulos e lhes falou em uma voz fora da nuvem . Para o testemunho da própria transfiguração e o testemunho dos dois santos do Antigo Testamento agora foi adicionado o testemunho surpreendente de Deus Pai.

    Durante toda a peregrinação no deserto de Israel o Senhor se manifestou através de "uma coluna de nuvem de dia para levá-los no caminho" (Ex 13:21;.. Nu 9:17; Dt 1:33.). Isaías previu que "quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião, e limpado o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de julgamento e o espírito de ardor, então o Senhor vai criar em toda a área do Monte Sião e sobre as assembléias dela uma nuvem de dia mesmo fumaça, e o brilho de um fogo flamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel "(Isaías 4:4-5.). Em sua visão dos últimos dias João "olhou e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. E veio outro anjo para fora do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: "Ponha a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de colher veio, porque a seara da terra está madura." E o que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice sobre a terra; ea terra foi ceifada "(Ap 14:14-16).

    Fora de tais uma nuvem luminosa , o Pai ofuscado Pedro, Tiago e João, e falou com eles em um audível voz, ... dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" O Pai falou palavras quase idênticas ao batismo de Jesus (Mt 3:17), e durante Jesus ', na semana passada, em Jerusalém, mas poucos dias antes de ser traído, preso, e crucificação-o Pai novamente pública e directamente declarou Sua aprovação do o Filho (Jo 12:28).

    Ao chamar Jesus, seu Filho , o Pai declarou que ele era da mesma natureza e essência com Ele (conforme João 5:17-20; Jo 8:19, Jo 8:42; Jo 10:30, 36-38). Escritura frequentemente refere-se a crentes como filhos de Deus, mas eles são filhos adotivos, trazidos para a família celestial somente através do milagre da sua graça (Rm 8:15, Rm 8:23; Gl 4:5; 2 Cor 1:.. 2Co 1:3; Gl 1:3Jo 8:2910: 37-3812: 49-50.

    Depois, dirigindo-se diretamente os três discípulos, talvez Pedro, em particular, Deus disse : "Escutai-o!" Ele estava dizendo, com efeito, "se meu filho diz que ele deve ir a Jerusalém para sofrer e morrer, acredite Ele. Se Ele diz que ele será levantado no terceiro dia crer Nele. Se Ele diz-lhe para tomar a sua própria cruz e segui-Lo, que é o que você está a fazer. Se ele diz que virá novamente em glória então crer Nele e viver em conformidade "

    O franco, ousado Pedro e seus dois companheiros já sabiam que estavam na presença impressionante de Deus Todo-Poderoso. Como seria de esperar, os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. Pedro foi, provavelmente, tão completamente traumatizada que ele prontamente se esqueceu sua sugestão presunçoso para construir as três tendas.

    A consciência combinada de graça do Senhor e Sua majestade, o Seu amor e da Sua justiça, Sua amizade e Seu senhorio deve causar uma espécie de tensão espiritual em cada crente. Por um lado, ele se alegra em sua comunhão de amor com o Senhor por causa de Sua bondade infinita, e, por outro lado, ele tem medo reverencial como ele contempla a Sua santidade e justiça impressionante. Como o crente anda em obediência a Deus, ele experimenta o conforto de Sua presença. Mas, como ele anda em desobediência, ele deve sentir o terror da mesma presença. Provérbios declara que a sabedoria espiritual começa com o temor de Deus (Pv 9:10).

    Homens pecadores na presença de um Deus santo sempre querem esconder. Antes da Queda, Adão e Eva tinham comunhão ininterrupta com Deus, mas depois que eles pecaram o relacionamento era muito alterado. Quando "eles ouviram o som do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia, ... o homem e sua mulher esconderam-se da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim" (Gn 3:8).

    A tapeçaria da Cena

    E Jesus veio a eles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." E, erguendo os olhos, não via a ninguém, a não ser o próprio Jesus sozinho.
    E como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." (17: 7-9)

    A quarta confirmação da divindade de Jesus foi a toda a tapeçaria da cena que deu testemunho do poder majestoso de Cristo e esplendor real. Ele foi menos específico e dramático do que os três primeiros, mas à sua maneira foi impressionante.

    Jesus ainda era o centro da cena, assim como ele será em sua segunda vinda. Ele estava de pé sobre uma alta montanha, por mais que quando Ele voltar à Terra, quando "estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está na frente de Jerusalém para o oriente" (Zc 14:4;. Jd 1:14; Ap 21:1). Portanto Moisés representava os santos que morreram no momento em que Jesus retorna, e Elias aqueles que terão sido arrebatados.

    Simbolicamente, a montanha está lá. As pessoas com quem entra está lá. As pessoas a quem ele vier estão lá. E ambos os santos que morreram e os santos que foram traduzidas estão lá.
    Primeiras ações e as palavras de Jesus após Sua poderosa exibição de esplendor eram os de cuidado delicado, amoroso. Sabendo o grande medo de seus três companheiros amados, Jesus aproximou-se deles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." Como eles hesitante levantou os seus olhos , que deve ter sido um grande alívio para ver ninguém, exceto o próprio Jesus sozinho .

    As impressões da experiência foram agora indelével em suas mentes. Eles poderiam testemunhar com certeza e ousadia que Jesus havia de fato se manifestou em glória antes que algum deles tinha provou a morte (16:28). Cerca de trinta anos depois, Pedro iria escrever: "Nós não seguiu contos habilmente inventadas quando demos a conhecer o poder ea vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas nós mesmos vimos a sua majestade. Pois quando Ele recebeu honra e glória de Deus Pai, como um enunciado como isso foi feito a Ele pelo Glória Majestic, "Este é o meu Filho amado em quem me bem pleased'-e nós mesmos ouvimos esta expressão vocal feita a partir de céu quando estávamos com ele no monte santo "(2 Pe. 1: 16-18).

    Como eles viram Jesus ... sozinho , os discípulos perceberam que tinham assistido a uma pré-visualização de segunda vinda a glória do Senhor. E uma vez que recuperou a compostura, eles devem ter tido um desejo forte e compreensível para atropelar e relatar sua experiência surpreendente para os outros discípulos e para qualquer pessoa que quisesse ouvir. Mas como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." Como extremamente difícil deve ter sido para manter a visão de si mesmos.

    Assim como Jesus tinha dito Doze que "a ninguém dissessem que Ele era o Cristo" (16:20), Ele já disse aos três que a ninguém dissessem de Sua manifestação da glória. O Cristo que a maioria dos judeus daquela época estavam esperando não era o Cristo, que havia chegado. Em vez de vir a conquistar, Ele veio para morrer. Em vez de vir na glória divina, Ele veio em humilde mansidão. E em vez de vir para libertar os judeus da escravidão política, Ele veio para libertar da escravidão do pecado todos os homens que nele confiam.

    Para o povo ter aprendido então sobre a experiência na montagem seria, como já mencionado, apenas ter incitado-los a experimentar como fizeram em outras ocasiões (Jo 6:15; 12: 12-19) para fazer Jesus em um rei de sua própria espécie para cumprir suas expectativas egoístas e mundanos imediatos. Mas quando eles iriam ouvir a história depois de o Filho do Homem tinha ressuscitado dos mortos, seria claro que Ele não tivesse vindo para conquistar os romanos, mas para conquistar a morte.

    O laço com o Precursor

    E seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E ele, respondendo, disse: "Elias virá e restaurará todas as coisas, mas eu digo-vos que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram Assim também o Filho do Homem vai. a sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista. (17: 10-13)

    A quinta e última confirmação da divindade de Jesus é visto em sua relação messiânica a João Batista.
    Tendo acabado de ver Elias na montanha, uma pergunta natural para Jesus discípulos era, "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" Isso ensino particular de os escribas não se baseava apenas na tradição rabínica, mas no ensino bíblico. Através de Malaquias, o Senhor declarou: "Eis que eu vou enviar-lhe o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E ele irá restaurar os corações dos pais aos filhos, e os corações dos filhos a seus pais, para que eu não venha, e fira a terra com maldição "(Mal. 4: 5-6).

    A previsão de que a pessoa real Antigo Testamento de Elias seria o precursor do Messias e Seu julgamento foi bem conhecido para os judeus da época de Jesus. Portanto, como Pedro, Tiago e João, desceu a encosta da montanha com o Senhor, eles não poderiam ter ajudado se perguntando como o aparecimento de Elias que tivessem testemunhado encaixar com a profecia de Malaquias "Se Tu és o Messias, como você declarou e nós ter acreditado ", eles pediram, com efeito," por que Elias não aparecem antes Você começou seu ministério? "

    Foi, sem dúvida, a mesma preocupação que muitos dos líderes judeus usado para justificar a rejeição messianidade de Jesus. E foi, provavelmente, a profecia de Malaquias que causou algumas pessoas a pensar que Jesus era Elias, em vez de o Messias (Mt 16:14). "Apesar de seus grandes milagres", eles podem ter fundamentado, "Jesus não pode ser o Messias, porque Elias ainda não chegou. Assim, ele deve mesmo ser Elias".

    Esse mal-entendido foi facilitada pelos muitos enfeites que os escribas e os seus colegas rabinos tinham feito com a profecia de Malaquias. Como muitos intérpretes da Bíblia ao longo dos tempos, incluindo muitos em nossos dias, eles gostavam de "preencher as lacunas", por assim dizer, onde uma previsão Bíblia não era tão clara e detalhada como eles gostariam. Conseqüentemente, eles ensinaram que Elias viria novamente como um reformador milagroso poderoso que iria pôr ordem no caos e na santidade de impiedade. Alegaram que quando o Messias chegou, o mundo, ou pelo menos 1srael, seria moralmente e espiritualmente preparado para Ele, e Ele iria executar o julgamento rápido e estabelecer o reino de Israel.

    Assim como todo o ensino que é apenas parcialmente baseado nas Escrituras, a deles era, por essa razão, ainda mais enganoso. Jesus respondeu primeiro reconhecer a verdade parcial, dizendo: "Elias virá e restaurará todas as coisas." Há um Elias que ainda está por vir; e quando ele chega, ele irá restaurar todas as coisas , assim como Malaquias profetizou. " Mas eu vos digo , "Jesus continuou a explicar",que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem vai sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista .

    O Elias profetizado por Malaquias não era para ser uma reencarnação do antigo profeta. Pelo contrário, como o anjo do Senhor disse a Zacarias a respeito de seu filho, João Batista , o precursor profetizado viria "no espírito e poder de Elias" (Lc 1:17). João não seria o antigo profeta voltar para a terra mas seria ministro da mesma estilo e poder como tinha Elias. Dessa forma, como Jesus havia dito aos discípulos, pelo menos uma vez antes, "[João] é Elias, que estava para vir" (Mt 11:14).

    Por que, então, alguns se perguntam, se João se assumem sendo Elias? Quando os sacerdotes e levitas de Jerusalém perguntou-lhe: "És tu Elias?" ... Ele disse: "Eu não sou" (Jo 1:21). Ele negou ser Elias, porque, embora ele sabia da profecia de Lucas 1, como Jesus, ele percebeu que a pergunta era sobre um literal, reencarnado Elias. E, embora João não compartilhava a onisciência de Jesus, ele, sem dúvida, também percebeu que o questionamento dos sacerdotes e dos levitas, originado de incredulidade, não uma fé sincera. Eram não está interessado em aprender a verdade, mas de encontrar uma forma de desacreditar João, assim como eles, mais tarde, buscar formas para desacreditar o One cujo caminho ele veio para se preparar.

    Motivos e impiedade falsos dos líderes judeus tornou-se ainda mais evidente quando eles não o reconheceram como o João Elias profetizou mas fizeram-lhe tudo o que quiseram . Eles preso e decapitado ele. Portanto, qualquer que seja a resposta de João para os sacerdotes e levitas de Jerusalém poderia ter sido, eles acabariam por tê-lo rejeitado porque odiavam João, e seu coração se opuseram a Deus e Sua verdade. Aqueles que rejeitam a Deus inevitavelmente rejeitar Seus mensageiros.

    A maldade completa dos líderes judeus se manifestou, no entanto, quando eles rejeitaram e perseguido o Filho do Homem Ele mesmo, que logo iria sofrer em suas mãos . Porque eles rejeitaram o trabalho de restauração de precursor Elijah-like do Messias e, em seguida, rejeitou o próprio Messias, o reino messiânico foi adiada.

    Nos últimos dias, o Senhor enviará ainda outro como Elias, e o próprio Messias vai voltar, desta vez para estabelecer o Seu reino eterno no poder, justiça e glória.

    96. O Poder da Fé (Mateus 17:14-21)

    E, quando chegaram à multidão, um homem aproximou-se dele, caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e está muito doente, pois ele muitas vezes cai o fogo, e muitas vezes na água. E eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. " E Jesus, respondendo, disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? Traga-o aqui para mim." E Jesus repreendeu-o, e o demônio saiu dele, e o menino foi curado de uma só vez.
    Em seguida, os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e disse: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se ; e nada vos será impossível [Mas este tipo não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.] ". (17: 14-21)

    Mt 17:14 marca o início de um período especial de instrução por Jesus aos doze que continua até o capítulo 20. Depois de ter-lhes dado uma revelação da Sua pessoa como Rei e de seu programa para o reino, Ele agora dá-lhes mais princípios para a vida no reino. O primeiro é o princípio fundamental da fé. Assim como a vida espiritual deve ser recebido pela fé, assim também é para ser vivida pela fé.

    Escritura dá testemunho contínuo ao poder da fé em Deus na vida dos crentes. Foi a fé no poder de Deus que causou jovem Caleb de olhar para a terra de Canaã com seus gigantes e relatar a Moisés: "Nós devemos por todos os meios ir para cima e tomar posse dela, para nós, certamente superá-lo" (Nu 13:30). Foi a fé na proteção de Deus que permitiu a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego para ficar na borda da fornalha de fogo e declarar ao rei Nabucodonosor: "O nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente, e ele atenderá livrai-nos da tua mão, ó rei. Mas mesmo que ele não tem, saiba-se a ti, ó rei, que não vai servir os seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que você configurou "(Dan. 3: 17-18). Foi a fé na proteção de Deus que permitiu a Daniel para continuar fielmente adorando a Deus, mesmo que isso significasse a ser lançado na cova dos leões (Dn 6:10). Foi a fé em Jesus para perdoar os seus pecados que trouxe a libertação espiritual para a mulher que entrou na casa do fariseu e lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos (Lucas 7:37-50).

    A partir de Hebreus 11, aprendemos que "pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que Caim" (v. 4), que "pela fé Enoque foi trasladado para que ele não ver a morte" (v. 5), que "por fé Noé ... preparou uma arca ... e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé "(v. 7), e que" pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, ... saiu, ... [e] viveu como um estrangeiro na terra da promessa, ... por que ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus "(vv. 8-10). O resto do que os nomes dos capítulos uma série de outros santos do Antigo Testamento que "obteve a aprovação através de sua fé" (v. 39). Perante "tão grande nuvem de testemunhas que nos cercam", o escritor continua: "vamos também deixar de lado todo embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da fé "(12: 1-2).

    Não é de estranhar, portanto, que a primeira lição que Jesus ensinou aos discípulos, depois de voltar do monte da transfiguração foi uma lição sobre a fé. Pedro, Tiago e João tinha acabado de ter um vislumbre do poder e majestade do Senhor Jesus Cristo (Mt 17:2.) (V. 16), a impotência dos seguidores, a perversão do infiel, e (vv 17-18). o poder da fé (vv. 19-21).

    O requerimento do Pai

    E, quando chegaram à multidão, um homem aproximou-se dele, caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e está muito doente, pois ele muitas vezes cai o fogo, e muitas vezes na água (17: 14-15).

    A partir do segundo evangelho ficamos sabendo que a multidão incluiu alguns escribas, os juristas judeus, que estavam a discutir com os nove discípulos que tinham permanecido abaixo e que, assim que a multidão viu Jesus vindo ", ficaram maravilhados, e começou a correr até recebê-Lo "(Marcos 9:14-15).

    De algum lugar dentro da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, e caiu de joelhos diante dele. A partir dessa postura de humildade e reverência, o homem disse: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e é muito doente;. pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água " Nós não sabemos o quanto o pai significava chamando Jesus Senhor , mas ao menos ele reconheceu-o como um homem de Deus, que era dotado de poder divino para curar. Ele acreditava plenamente que Jesus poderia trazer sanidade e integridade de seu filho , o seu "único menino" (Lc 9:38), que tinha tido essa terrível aflição desde a infância (Mc 9:21). Embora o pai pode não ter percebido isso na época, ele estava prestes a trazer seu único amado filho na presença do Deus único e amado filho.

    Tem misericórdia traduz o imperativo aoristo de eleeō , o que significa demonstrar simpatia e compaixão. Em sua profunda angústia, o pai implorou a Jesus ter compaixão de seu filho e restaurar-lhe a saúde.

    Como o termo grego que traduz, lunático , literalmente, refere-se a algo relacionado com a Lua (lunar). É a idéia visto na palavra moonstruck , uma expressão com base na antiga crença de que a doença mental ou loucura foi causada pela influência da lua. A palavra grega foi usada para descrever o que hoje entendemos ser de várias disfunções neurológicas, incluindo a epilepsia; que causam convulsões.

    Este menino particular era muito doente , indicando que seu estado era incomumente sério. Foi tão grave, o pai explicou, que ele muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água . Fogueiras eram comuns, como eram muitos corpos de água abertos, tais como piscinas ou poços. Porque o menino tinha realmente caído no fogo muitas vezes, ele deve ter cicatrizes de queimaduras realizadas que adicionou à sua falta de atratividade e provável ostracismo. Ele também estava em constante perigo de afogamento ao cair na água . O pai ou algum outro membro da família, provavelmente, tinha que ficar perto do menino em todos os momentos, sem nunca saber quando pode ocorrer uma convulsão.

    O pai sentiu o que Jesus verificado, que a aflição do menino não era simplesmente fisiológica ou mental, mas demoníaca. Quando o trouxe, para Jesus, ele descreveu seu filho como sendo "possuído por um espírito que faz dele mute" (Mc 9:17). Além de ter convulsões, o menino não conseguia falar e estava aparentemente surdo, bem como (ver v 25).. O demônio foi excepcionalmente violenta. Sempre que o "espírito se apodera dele", disse o pai, "de repente ele grita, e atira-o para uma convulsão com espuma na boca, e como ele Mauls ele, dificilmente o deixa" (Lc 9:39).

    Toda pessoa não salva está sujeita ao controle de Satanás, "o príncipe do poder do ar" (Ef 2:2; conforme Mc 3:15.). Talvez para sua própria surpresa, os discípulos foram altamente bem-sucedida "em expulsar muitos demônios e foram unção com óleo muitos doentes e curá-los" (Mc 6:13).

    O que havia de errado ou alteradas? Seu fracasso agora não foi devido ao fato de que Jesus não estava com eles, porque Ele não estava com eles nessas ocasiões anteriores, qualquer um. Eles ainda tinham a promessa de Jesus e Seu poder, mas não o puderam curar o menino. A explicação para o seu fracasso é, portanto, óbvio. Eles não conseguiram apropriar-se do poder de que dispõem.

    Com o aumento da frustração e angústia, o pai, compreensivelmente, se desesperou da ajuda dos discípulos e virou-se para o próprio Jesus.
    Ao longo da história da igreja, a falta de fé, fraqueza e indiferença dos cristãos tem causado muitos incrédulos que procuram desespero da ajuda do povo de Deus. Às vezes, como o pai nesta história, eles se voltam para o próprio Senhor.

    A perversão do Faithless

    E Jesus, respondendo, disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? Traga-o aqui para mim." E Jesus repreendeu-o, e o demônio saiu dele, e o menino foi curado de uma só vez. (17: 17-18)

    Impotência infiel dos discípulos não só entristeceu o pai do menino, mas Jesus também. Falando aos discípulos e à multidão, em vez de ao homem que tinha acabado de confrontado Ele, Jesus respondeu, e disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês? Quanto tempo devo colocar-se com você?"

    Aqui Jesus dá um raro vislumbre das profundezas do seu coração e alma divina. Tendo sido acostumados desde a eternidade passada para ter os anjos instantaneamente fazer sua vontade, Ele ficou aflito com a cegueira e falta de fé do povo de Deus de Israel, especialmente os seus discípulos, a quem havia escolhidos pessoalmente, ensinou, e dotado de um poder único e autoridade.
    Toda a geração de judeus era infiel, representada nesta ocasião pela multidão, os discípulos, e os escribas hipócritas que estavam lá para prender e desacreditar o Senhor, se pudessem. Mesmo a fé do pai não estava completa, como ele mesmo confessou: "Eu creio; ajudar a minha incredulidade" (Mc 9:24).

    As pessoas não só estavam descrentes , mas pervertida. Pervertido é de diastrephō , que tem a idéia básica de torção ou flexão fora de forma. O termo foi usado freqüentemente para descrever uma peça de cerâmica que um artesão descuidado tinha misshaped ou que, de alguma forma fica deformado, antes de ser demitido no forno.

    Embora muitos dos seus ouvintes, sem dúvida, também eram moralmente pervertido , Jesus estava aqui falando principalmente da perversão espiritual que é inevitável para aqueles que são incrédulos .Qualquer pessoa que não verdadeiramente confiar em Deus não pode escapar que tem uma visão distorcida Dele e de Sua vontade.

    "Quanto tempo eu devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você?", disse o Senhor, talvez tanto a si mesmo quanto para eles. Sem dúvida, ele estava se tornando cada vez mais ansioso para voltar ao Seu Pai celestial, com quem ele tinha acabado de experimentar um momento único de comunhão na montanha. Em Sua humanidade, Ele deve ter sido tentados a duvidar de seu breve retorno do sofrimento e da morte valeria a pena. "Se eles não confiam em você enquanto você está com eles", Satanás pode ter sussurrou no ouvido de Jesus: "Como você espera que eles confiem em você depois de ter retornado para o céu?"

    Os que procuram emoção multidões seguiam Jesus para o benefício pessoal de Sua cura e por curiosidade. Os líderes judeus gloating O seguiam, a fim de convencê-lo de um crime capital. E, embora os discípulos sabiam que Ele era o Cristo prometido (Mt 16:16), eles eram freqüentemente confuso sobre o significado de seu ensino e trabalho.

    Mas Jesus não iria variar de Sua missão divina nem sucumbir à tentação de Satanás de desespero. Ele estava na terra para fazer negócios de Seu Pai, a partir do qual nada poderia detê-lo. Pelo que disse ao pai, "Traga-o aqui para mim."

    Quando Jesus repreendeu-o, ... o demônio não teve escolha senão para vir para fora dele . Mas antes de partir, o espírito maligno fez uma última tentativa de destruir o menino "gritando e jogando-o em terríveis convulsões; '! Ele está morto' ... E o menino tornou-se tanto como um cadáver que a maioria deles disse: "(Mc 9:26; Lc 9:42).

    O demônio sabia que seus esforços foram sem esperança, porque, como o demônio que atormentava o homem de Gadara (Mc 5:7), ele reconheceu a identidade divina de Jesus. Ele foi obrigado a obedecer ao Filho de Deus.

    Assim que o demônio se foi, o menino foi curado de uma só vez . Enquanto a criança ainda estava no torpor da morte semelhante em que o demônio o deixou, "Jesus tomou-o pela mão e levantou-o, e ele se levantou" (Mc 9:27). Ele agora pode jogar como os outros meninos, sem medo de repente ser jogado no fogo para ser queimado ou em água para ser afogado. Ele não teria mais convulsões, não mais espuma na boca ou trituração de seus dentes.

    Embora Jesus já tinha lançado com sucesso inúmeros demônios (ver Mt 4:24;. Mt 8:16, Mt 8:32; Mt 9:33; Mt 12:22), Lucas relata que, nesta ocasião, as multidões "estavam todos espantados com a grandeza de Deus "(Lc 9:43). "Grandeza" é de megaleiotēs , que refere-se a grande esplendor ou magnificência. É a palavra usada por Pedro para descrever a majestade divina de que ele, Tiago e João foram testemunhas oculares na transfiguração. Foi, talvez, com essa glória em mente que Lucas aqui usado o termo para descrever espanto da multidão. Sem saber, eles também tiveram um pequeno vislumbre do tipo de majestade e esplendor do Senhor revelaria na Sua segunda vinda.

    O Poder da Fé

    Em seguida, os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e disse: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se ; e nada vos será impossível [Mas este tipo não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.] ". (17: 19-21)

    O propósito de Jesus no milagre foi além da cura do menino endemoninhado, mais importante que isso era. A cura não só trouxe para a saúde do menino e grande alegria a seu pai, mas glória a Deus. Mas, para os discípulos a importante lição de que o evento foi ainda a ser aprendida.

    Não é de surpreender que eles questionaram Jesus privada -em uma casa, Marcos nós (9:
    28) diz, talvez a casa de um dos discípulos. Eles estavam envergonhados pelo seu próprio fracasso e ficaram perplexos quanto ao por que eles próprios poderiam ... não expulsá-lo . Por que ele era capaz de fazer com uma palavra o que não tinha sido capaz de realizar com muito esforço? "Você comissionados e nos capacitou para curar e expulsar demônios", disseram eles, com efeito. "E temos sido bem sucedidos antes. Por que não conseguimos desta vez?" Eles provavelmente foi sobre o ato de expulsar o demônio da mesma maneira que eles tinham em ocasiões anteriores. Eles provavelmente invocou o nome do Senhor, ordenou o demônio para sair, e aguardava a sua partida. Mas desta vez não aconteceu nada.

    "A razão pela qual deveria ser óbvio," Jesus implícita. "Você falhou por causa da pequenez da vossa fé. " Não foi por causa do total falta de fé , mas por causa de ... pequenez de ... fé que eles eram impotentes. Eles tinham fé salvadora, que não podiam perder. E eles tinham fé confiante em algum grau, ou não teriam tentado curar o menino, mas eles não tinham fé suficiente para empregar o poder de Jesus ter dado a eles.

    Tendo pequenez da fé ... era uma condição um pouco típico dos discípulos. Logo após Jesus chamou-os para o seu serviço, sentaram-se entre a multidão na encosta da montanha que Ele acusado de estar ansioso por causa de sua pouca fé em Deus para prover suas necessidades físicas (Mt 6:25-34).. Quando, durante a forte tempestade no Mar da Galiléia desesperaram de suas vidas, Jesus repreendeu-os antes que Ele repreendeu as ondas, dizendo "Por que você é tímido, homens de pouca fé?" (08:26). Quando Pedro começou a andar sobre a água, mas ficou com medo e começou a afundar ", Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: 'O que você de pouca fé, por que duvidaste?" (14:31 ). Pouco antes de curar o menino endemoninhado, Jesus tinha cobrado novamente os discípulos de ter pouca fé em não esperar que ele seja capaz de alimentar a multidão perto Magadan (16: 8).

    Estes incidentes ilustram que pouca fé é o tipo de fé que crê em Deus, quando você tem algo em sua mão, quando Sua disposição já é feito. Quando as coisas estavam indo bem com os discípulos e tudo parecia sob controle, eles acharam fácil confiar em seu Senhor. Mas logo que as circunstâncias se tornou incerto ou ameaçador, sua fé secou. Sua fé era como a fé da maioria dos crentes em todas as idades.Quando eles são saudáveis ​​e têm as necessidades da vida, sua fé é grande e forte, mas quando eles estão em necessidade, a sua fé é pequena e dá lugar à dúvida.
    Grande fé confia em Deus quando não há nada no armário para comer e não tem dinheiro para comprar comida. Grandes fé confia em Deus quando a saúde está desaparecido, o trabalho se foi, se foi reputação, ou a família está desaparecido. Grande fé confia em Deus, enquanto o vendaval ainda está uivando e perseguição continua.
    O Senhor estava dando aos discípulos uma amostra do que a sua vida seria como uma vez que ele havia voltado para o céu, quando eles já não podia vê-lo ou tocá-lo ou falar com Ele na forma como eles foram acostumados a fazer. Ele também estava ensinando-lhes persistência. Nós não sabemos quantas vezes eles tentaram expulsar o demônio do menino, mas em algum momento eles desistiram. Quando Jesus enviou os discípulos, o seu sucesso na cura e expulsando os demônios foi imediata. Mas Jesus não tinha prometido que esse seria sempre o caso. O Doze teve que aprender que, ao contrário do poder do Senhor, deles não era inerente a si mesmos. Ele veio apenas a partir dele, por sua disposição divina e vontade.
    É encorajador perceber que mesmo os apóstolos, com os seus presentes originais de chamada e milagrosos, sempre teve que confiar em Jesus para ministrar efetivamente Para fortalecer a sua fé e senso de dependência, o Senhor, por vezes, os fez esperar, exatamente como faz muitas vezes com os crentes hoje para ajudar a fortalecer a nossa fé, Ele pode, por vezes, nos fazem esperar muito tempo por uma resposta à oração. Assim como um atleta se fortalece gradualmente levantando pesos pesados ​​ou por correr longas distâncias e, por isso, um crente se torna mais forte na fé, enfrentando desafios cada vez maiores que expõem sua própria fraqueza e levá-lo ao Senhor.
    Continuando a lição sobre a fé, Jesus disse: "Porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se, e nada será impossível para você. " Jesus parece contradizer a si mesmo, em primeiro lugar repreender os discípulos por ter pouca fé e, em seguida, dizer-lhes que mesmo a menor fé pode mover montanhas. Mas como deixou claro na parábola do grão de mostarda, a semente não representa pequenez, como tal, mas sim pequenez que cresce em grandeza. "Quando se está totalmente crescido", explicou ele, "é maior do que as plantas de jardim, e torna-se uma árvore" (Mt 13:32). Pequeno fé pode realizar grandes coisas só se, como um grão de mostarda , que cresce em algo maior do que era. Somente quando pequena fé cresce em grande fé ele pode mover uma montanha.

    Semente de mostarda fé é a fé persistente. Ela continua a crescer e tornar-se produtivo, porque ele nunca desiste. Esse é o tipo de fé exercida pelo homem importunate que manteve batendo na porta de seu vizinho tarde da noite até que ele recebeu uma resposta. "Eu digo a você", disse Jesus, que "mesmo que ele não vai se levantar e dar-lhe qualquer coisa, porque ele é seu amigo, por causa de sua persistência que ele vai levantar-se e dar-lhe tanto quanto ele precisa" (Lc 11:8 anos. Isso teria sido o tipo de grand mas inútil milagre dos escribas e fariseus esperados do Messias, mas que Jesus recusou-se a realizar (Matt. 12: 38-39).

    A expressão "capaz de mover montanhas" era uma figura comum de discurso no dia em que representou a capacidade de superar grandes obstáculos. Como observou William Barclay,
    Um grande professor, que poderia realmente expor e interpretar as Escrituras, e que poderia explicar e resolver as dificuldades, foi regularmente conhecida como uprooter ou mesmo um pulverizador de montanhas. Para rasgar, para arrancar, para pulverizar montanhas eram todas as frases regulares para a remoção de dificuldades. Jesus nunca quis que isso seja levado fisicamente e literalmente Afinal, o homem comum raramente encontra qualquer necessidade de remover uma montanha. O que ele quis dizer foi: "Se você tem fé suficiente, todas as dificuldades podem ser resolvidos, e até mesmo a tarefa mais difícil pode ser realizada A fé em Deus é o instrumento que permite que os homens para remover os montes de dificuldade que bloqueiam seu caminho (.. O Evangelho de Mateus . [Filadélfia: Westminster, 1959], pp 184-85)

    Jesus estava falando em sentido figurado sobre as dificuldades de montanha de tamanho, como os nove discípulos tinham acabado de experimentar em não ser capaz de curar o menino demonizado.
    A promessa nada é impossível para você é condicional, válida apenas no âmbito da vontade de Deus. Montanha-se movendo a fé não é fé em si mesmo, e muito menos a fé em fé, mas a fé em Deus. Não é a própria fé, não importa quão grande, que move montanhas, mas o Deus em quem a fé se fundamenta. A fé só tem tanto poder como seu objeto. Quando Jesus disse ao leproso samaritano e do cego de Jericó, "a tua fé te salvou" (Lc 17:19; Lc 18:42), Ele não quis dizer que sua fé em si mesmo os curou. Isso significaria que eles se curaram, o que, é claro, eles não fizeram.

    A lição de Jesus foi que " nada é impossível para você quando você em oração e persistentemente confiar em mim. " Os discípulos não poderia curar o menino endemoninhado, apesar de terem a comissão de Jesus e prometeu poder, porque eles não persistir na oração dependente.

    Ao longo dos séculos os crentes muitas vezes não conseguiram receber prometeu alegria, liberdade, perdão, orientação, fecundidade, proteção, a sabedoria de Deus, e inúmeras outras bênçãos simplesmente porque, como os discípulos, eles não persistiu na oração.
    Este tipo de demônio não se expulsa senão pela oração: " Jesus declarou. Embora essa frase não é encontrada nos melhores manuscritos de Mateus (indicados por colchetes em algumas versões), é uma verdadeira palavra de Jesus e é encontrada no relato de Marcos (9:29), a partir do qual um escriba cedo provavelmente pegou e acrescentou que para Mateus. No entanto, as duas últimas palavras do verso,e jejum , não são encontrados nos melhores manuscritos de qualquer evangelho.

    A ênfase de Jesus estava claramente em oração . Como Tiago escreveu alguns anos depois, "A oração eficaz de um justo pode realizar muito" (Jc 5:16). Dedicado, fervoroso, apaixonado, oração persistente obtém resultados, porque esse tipo de oração é honrado por Deus.

    Durante um certo ponto de seu ministério, o líder cristão do século XIX George Mueller começou a orar por cinco amigos pessoais. Não era até cinco anos depois que a primeira delas veio a Cristo. Depois de mais de cinco anos, mais dois deles se tornaram cristãos, e depois de 25 anos o quarto homem foi salvo. Ele orou para o quinto amigo até o momento de sua morte, poucos meses depois que o último amigo veio para a salvação. Para esse amigo George Mueller havia orado mais de 50 anos!

    97. O Crente como cidadão (Mateus 17:22-27)

    E enquanto eles estavam se reunindo na Galiléia, Jesus lhes disse: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, e Ele será levantado no terceiro dia" E eles estavam profundamente entristecido.
    E, quando chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobrou o imposto de duas dracmas veio a Pedro, e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?" Ele disse: "Sim." E quando ele entrou na casa, Jesus falou com ele em primeiro lugar, dizendo: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou imposto de votação, a partir de seus filhos ou dos estranhos?" E sobre o seu ditado, "Dos alheios," Jesus disse-lhe: "Por conseguinte, os filhos estão isentos Mas, para que não dar-lhes ofensa, ir para o mar, e jogar em um anzol, tira o primeiro peixe que subir.; e quando você abrir a boca, você vai encontrar um stater. Tome isso e dar a eles para você e para mim. " (17: 22-27)

    Nas últimas décadas muitos grupos de ação política religiosas surgiram, incluindo um número que afirmam falar para o cristianismo evangélico Alguns dos grupos são altamente crítico de certas leis, políticas e decisões de tribunais. Alguns até especificamente endossar e campanha para os candidatos que pensam apoiaria os valores cristãos no governo.
    Outros evangélicos acreditam que, além do voto, os cristãos devem se coíbe de envolvimento político e de governo, tanto quanto possível, deixando o corredor do governo secular para o mundo secular. O único trabalho legítimo da igreja, eles acreditam, é pregar o evangelho e viver fielmente pelos seus padrões.

    O Novo Testamento, certamente, deixa claro que a cidadania primária de um crente não é neste mundo. Paulo cobrado a igreja em Filipos: "Irmãos, junte-se em seguir o meu exemplo, e observar aqueles que andam de acordo com o padrão que você tem em nós. Para muitos há, dos quais muitas vezes eu lhe disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo deus é o seu apetite, e cuja glória é para confusão deles, que defina as suas mentes nas coisas terrenas. " Em contraste com essas pessoas, ele continua a dizer, "a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo "(Fp 3:17-21.). Para a Éfeso cristãos Paulo escreveu: "Vocês são nossos concidadãos dos santos, e sois da família de Deus" (Ef 2:19). O escritor de Hebreus diz aos crentes: "Vocês vieram ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos, para a assembléia geral e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus "(Heb. 12: 22-23).

    Como, então, alguns cristãos argumentam, pode aqueles que têm uma herança celestial tão gloriosa contaminar-se, tornando-se envolvido nos assuntos terrenos da sociedade descrente e governo? Sua tentativa de apelar para a Bíblia para o apoio leva-os a essas consultas como a seguinte: não que Paulo ensinou que os crentes devem "ser irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual [ eles] aparecem como astros no mundo "(Fp 2:15)? Não tanto Paulo como crentes comando Isaías em nome de Deus "," Saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor "e não toqueis nada imundo '." (2Co 6:17;. Conforme Is 52:11)? Não João declarar: "Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo 2:15)? E não Tiago dizer "que a amizade do mundo é inimizade contra Deus" e que "quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Jc 4:4. Mas antes que ele deu essa lição para Pedro, o Senhor novamente disse aos Doze de vinda de Sua morte e ressurreição.

    Após o breve ministério em Cesaréia de Filipe (16:
    13) e a manifestação da Sua segunda vinda glória diante de Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração (17: 1-8), Jesus e seus discípulos foram se reunindo na Galiléia . A localização exata não é mencionado, mas foi provavelmente apenas a noroeste de Cafarnaum (veja v 24)..

    Note-se que, como Ele entrou nos últimos seis meses de seu ministério público, Jesus passou um tempo cada vez menos com as multidões e cada vez mais tempo a sós com os discípulos, dando-lhes ainda mais intensa instrução sobre os princípios de Seu reino. Interveio ao longo desses ensinamentos eram lembretes periódicos de Sua iminente sofrimento, morte e ressurreição, que Ele aqui menciona a eles pela terceira vez (ver Mt 16:21;. Mt 17:12).

    Enquanto ele ainda estava reunido com os discípulos privados (17:19), Jesus disse-lhes: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, e Ele será levantado no terceiro dia "

    Jesus não era nem impotente nem passivo em ir para a cruz. "Quando os dias estavam se aproximando de sua ascensão, ... Ele resolutamente definir Seu rosto para ir a Jerusalém" (Lc 9:51; conforme Lc 13:22).Como Ele explicou mais tarde, Ele aceitou de bom grado a cruz, a fim de que "todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado" (18:31). Ele voluntariamente deu a Sua vida (Jo 10:15, Jo 10:17), que ninguém poderia ter tomado sem o seu consentimento. "Ninguém ma tira de mim", ele disse, "mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la" (v. 18).

    Mas, em sua vontade de dar a sua vida em resgate de muitos, Jesus submeteu-se tanto para os planos malignos de homens e com o plano misericordioso e justo de Seu Pai celestial (ver Atos 2:22-23). Por causa de Sua submissão voluntária para os homens ímpios, Ele estava indo para ser entregue , pela traição de Judas, nas mãos dos homens . Também por causa da sua submissão voluntária para os homens maus, eles (os líderes judeus e romanos) iria matá-lo . Mas por causa de sua submissão voluntária ao Pai celestial justo, Ele iria ser ressuscitado no terceiro dia.

    Marcos relata que os discípulos "não entendeu esta declaração, e eles estavam com medo de pedir a Ele" (09:32). Porque eles ainda não podiam compreender a realidade plena e significado de Jesus 'prometida ressurreição em parte porque eles ficaram surpresos com a perspectiva de Seu sofrimento e morte prometida-os discípulos estavam profundamente entristecido . Depois de ter acabado de testemunhar de Jesus glória resplandecente na transfiguração, Pedro, Tiago e João foram talvez ainda mais profundamente entristecido do que os outros em ouvir novamente da morte de Jesus.

    Os discípulos também pode ter tomado referência de Jesus para o terceiro dia como meramente figurativa e, como Marta relativa Lázaro, estava pensando apenas de "a ressurreição no último dia" (Jo 11:24). Eles acreditavam na ressurreição de ambos os justos e os ímpios como previsto pelo Senhor através de Daniel (Dn 12:2), bem como a sua pequena fé (Mt 17:20) e perceberam que precisavam de repetidos avisos, especialmente sobre as verdades que não só eram difíceis de entender, mas doloroso aceitar. Eles precisavam ser preparados para a realidade de que o seu Senhor foi breve vai ser tirado deles com a morte e que, antes de morrer Ele iria sofrer e ser atormentado. Eles também precisavam garantia de que seu sofrimento e morte foram no plano de Deus, que esses eventos, horrível como eram, não iria interromper, muito menos destruir, obra do Messias.Essa foi, de fato, o trabalho final Ele veio para cumprir, sem o qual Seus outros homens divina obra-Seus ensinamentos e milagres, teria deixado mais bem informados e com melhor saúde, mas ainda perdido e eternamente condenado em seu pecado. A crucificação não pegou Jesus ou o Pai celestial de surpresa; foi a razão pela qual o Pai o enviou para a Terra e que Ele veio de bom grado. "Para este efeito," Ele disse: "Eu vim para esta hora" (Jo 12:27).

    Ater Jesus confiou aos Doze que a terceira previsão da sua morte e ressurreição, Ele deu a Pedro uma lição privado na obrigação do crente para o governo humano. A despeito do que essa liderança hostil faria para o Senhor Jesus, os discípulos tinham uma certa obrigação a ele.

    O pagamento exigido

    E, quando chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobrou o imposto de duas dracmas veio a Pedro; e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?" Ele disse: "Sim." (17: 24-25a)

    Pouco depois de Jesus e os discípulos tinham vindo a Cafarnaum , talvez até mesmo como eles entraram na cidade, aqueles que recolheu o imposto de duas dracmas destacou Pedro . Ele não só foi um morador da cidade, mas era conhecido por ser o principal membro dos discípulos de Jesus. É provável Jesus estava hospedado na casa de Pedro e que os outros discípulos tinham ido a outro lugar de apresentar, uma vez que apenas os dois são mencionados aqui.

    O imposto de dois dracma era um imposto aprovado pelo governo que os romanos permitiu que os líderes religiosos judeus de recolher para a operação do Templo de Jerusalém.

    Quando o Tabernáculo foi construído no deserto, Deus proveu para sua manutenção e operação por meio da avaliação anual de todos os homens 20 anos ou mais de idade por meio shekel. "Os ricos não deve pagar mais, e os pobres não devem pagar menos do que a metade shekel, quando você dá a contribuição para o Senhor, para fazer expiação por vós." O dinheiro era para ser usado "para o serviço da tenda da congregação, que pode ser um memorial para os filhos de Israel diante do Senhor" (Ex. 30: 11-16). Quando o Templo substituiu o Tabernáculo, a mesma avaliação contínua, apesar de ter sido temporariamente reduzido a um terço de um shekel por Neemias porque os antigos exilados na Babilônia eram tão pobres, quando eles voltaram para Judá (Ne 10:32).

    Imposto Two-dracma traduz a palavra grega didrachma , o que significa simplesmente "dois drachinas", ou "double dracma." Embora não houvesse nenhuma moeda de duas dracma em circulação, o termodidrachma era comumente usado em referência ao imposto do Templo judeu porque duas dracmas eram equivalentes à metade shekel necessária, o que totalizou salários a dois dias para o trabalhador médio.

    O antigo historiador judeu Flávio Josefo relatou que, depois de Tito destruiu Jerusalém e do Templo em AD 70, o imperador Vespasiano decretou que os judeus de todo o Império Romano iria continuar a ser avaliada a taxa de dois dracma, a fim de manter o templo pagão de Júpiter Capitolino. O imposto foi imposta como calculado, lembrete vingativo tanto para os judeus e para o resto do mundo do alto custo de se opor a Roma.

    Porque o imposto do Templo judeu deveria ser paga pelo tempo de Páscoa, os coletores foram enviados por toda a Palestina ou menos um mês de antecedência. Foi tais coletores de impostos, em vez de o Roman-nomeado publicani ("publicanos"), que vieram com Pedro, e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?"

    A frase para a pergunta sugere que os colecionadores, talvez sob a instrução de líderes judeus em Jerusalém, destinados a desafiar Jesus sobre a questão do pagamento do imposto. Porque Ele afirmou ser o Messias, eles fundamentado, Ele pode considerar-se dispensado. Se o fizesse, isso seria ainda uma outra carga que poderiam fazer contra ele.
    Pedro não tem que pedir seu professor para a resposta, porque ele sabia que Jesus tinha sempre impostos pagos, independentemente de ser avaliada por Roma ou pelos líderes judeus. Ele, portanto, simplesmente disse: "Sim."

    O Princípio Comentadas

    E quando ele entrou na casa, Jesus falou com ele em primeiro lugar, dizendo: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou imposto de votação, a partir de seus filhos ou dos estranhos?" E sobre o seu ditado, "Dos alheios," Jesus disse-lhe: "Por conseguinte, os filhos estão isentos Mas, para que não dar-lhes ofensa, (17: 25b-27a).

    Quando Pedro entrou na casa para dizer a Jesus sobre seu confronto com os coletores, Jesus falou com ele primeiro . Em sua onisciência Ele já sabia o que tinha dito e que Pedro estava pensando sobre isso.

    Nós não fala especificamente sobre o que os pensamentos de Pedro foram, mas a partir de comentários de Jesus parece razoável inferir que ele estava se perguntando por que Jesus, o Messias e Filho de Deus, quis se rebaixar a pagar impostos para aqueles sobre quem Ele era eternamente soberano.
    Usando um método de ensino comum naquele dia e benéfico em qualquer dia, Jesus respondeu pergunta silenciosa de Pedro pela primeira fazendo uma pergunta a si mesmo. Dirigindo-Pedro por seu nome de família original, Jesus disse: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou pagamento do imposto, a partir de seus filhos ou dos estranhos?"

    Com poucas exceções, todos os governos antigos eram autocrático, com poder centralizado em uma pessoa que passou sobre o seu legado real para seus herdeiros. Se chamado faraó, imperador, ou outros tais títulos, todos os governantes supremos foram incluídas no termo reis , e todos eles avaliaram os impostos para sustentar suas famílias, bem como os seus governos. Os dois tipos básicos de impostos eram costumes (que incide sobre mercadorias) e do pagamento do imposto (cobrado sobre os indivíduos).

    Sua pergunta era retórica, e a resposta era óbvia. Não faria sentido para um pai para recolher dinheiro de seus filhos que dependiam dele. Para avaliá-los seria a de avaliar a si mesmo. Neste contextoestranhos é um termo geral que se refere aos que estão fora da família do rei, especificamente seus súditos.

    Quando Pedro respondeu: " De estranhos ", Jesus afirmou a verdade corolário: ". Por conseguinte, os filhos estão isentos" Nos governos humanos daquele dia, as famílias dos governantes, representada por filhos , eram isentos de tributação.

    Teve Jesus terminou a lição nesse ponto, os cristãos teriam uma base para argumentar que eles, também, como co-herdeiros de Cristo e filhos de Deus, devem ser isentos de tributação humano. Eles podem até argumentar que, como Seus filhos, não foram ainda obrigados a apoiar o trabalho de Deus.

    Se houvesse qualquer imposto que Jesus não era obrigado a pagá-lo teria sido o imposto do Templo. Ele era Aquele que o templo foi construído para homenagear e para quem foram feitos os seus sacrifícios e oferendas. Ele era o Senhor de toda a terra, mas supremamente Senhor do Templo. Jesus chamou o Templo Sua "casa do Pai" (Lc 2:49; Jo 2:16) e declarou-se a ser maior do que o templo (Mt 12:6, 13 5:45-13:7'>5-7, grifo do autor).

    Os crentes devem submeter-se "por amor do Senhor para toda instituição humana, quer a um rei como o de autoridade, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e o louvor dos que fazem o bem" (13 60:2-14'>1 Ped. 2: 13-14). A chave para o comando é que ele é obedecido "por amor do Senhor." Não é que toda lei humana e governante é piedosa e justa. A maioria deles não são e não fazemos nenhuma pretensão de ser. Mas a instituição e funcionamento de governo são ordenados por Deus para a ordem social e como um testemunho para ele, o governo humano deve ser respeitado e obedecido por Seu povo, mesmo quando ele é injusto.

    A obediência à lei civil e do governo não está a ser feito com relutância ou condescendência, mas de boa vontade ", não só por causa da ira, mas também pelo amor de consciência" (Rm 13:5; conforme 5: 28-29). Muitos crentes na igreja primitiva perdeu sua liberdade, suas posses, e até mesmo suas vidas, porque eles se recusaram a oferecer incenso a César. Eles iriam honrá-lo como um líder humano, mas eles não quiseram adorá-lo como um deus.

    Primeira obrigação do cristão é obedecer a Deus, e quando Sua lei é diretamente oposta pelas leis dos homens, a lei de Deus deve prevalecer. O cristão, por exemplo, não tem o direito de mentir, roubar, cometer um assassinato, ou adorar um deus falso, não importa o que os ditames de um governo humano pode ser, e não importa o que as conseqüências para a desobediência poderia ser.
    Também não é que um cristão não tem o direito de ajudar as leis e governos injustos mudar quando ele tem oportunidade de fazê-lo. Mas em uma sociedade democrática, especialmente, as principais injustiças e males dentro dele nunca são principalmente o resultado de leis governamentais ou pobres pobres, mau como esses poderiam ser. Quando as pessoas não têm respeito pela lei, de Deus ou dos homens, e quando os seus padrões e motivos giram em torno de seus próprios interesses egoístas, nenhum governo pode ser estável ou fornecer justiça e da ordem. Mesmo os líderes mais piedosos e morais não podem infundir moral em uma sociedade imoral É inútil para trabalhar em mudar as leis más e remoção líderes malignos sem mudar o coração do mal daqueles a quem as leis tentar controlar e os líderes tentam governar.

    Mesmo escravos devem ser submissas aos seus senhores, Pedro declarou ", com todo o respeito, não só para aqueles que são bons e moderados, mas também para aqueles que não são razoáveis. Para este encontra favor, se por causa da consciência para com Deus uma homem carrega-se sob tristezas quando sofrem injustamente "(1 Ped. 2: 18-19). Assim como com uma esposa submissa que deseja ganhar o marido incrédulo para Cristo (3: 1-2), testemunho eficaz começa com a apresentação.

    O supremo exemplo de submissão piedosa é Jesus Cristo, que "sofreu por vós, deixando-vos exemplo para que você siga seus passos, que não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; e sendo injuriado, ele não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente "(I Pedro 2:21-23.). Jesus submetidos a sofrimento Ele não merecia daqueles que não tinha o direito de julgá-lo em primeiro lugar. Ele não cometeu pecado, fora ou para dentro, contudo Ele submetidos a autoridades corruptas e pecadoras, religiosos e políticos. Ele tomou abuso injusto, a fim de que pudesse melhor ganhar os homens a Si mesmo, e Ele é o exemplo para todos os que lhe chama Senhor.

    O cristão de ser um cidadão do reino de Deus não o isenta da responsabilidade de reinos humanos. Na verdade ele ser um cidadão do Reino de Deus dá a ele uma obrigação especial de reinos humanos, porque esses, também, pertencem a Deus e são ordenados por Ele.
    Por ser um bom cidadão o crente mostra o amor pelo seu semelhante, mesmo aqueles que estão perdidos e injusto. Por ser um bom cidadão, ele mostra respeito pelo governo humano ordenada por Deus, mesmo quando os seus líderes são ímpios, corrupto e opressivo. Por ser um bom cidadão, ele mostra que ele ama a Deus, bem como o seu país e os seus concidadãos. À luz de tal testemunho o mundo em visão é obrigado a considerar o poder que faz com que esse tipo de amor possível.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27

    Mateus 17

    O monte da Transfiguração — Mat. 17:1-8 A bênção do passado — Mat. 17:1-8 (cont.)

    A indicação de Pedro — Mat. 17:1-8 (cont.)

    Ensinando o caminho da cruz — Mat. 17:9-13, 22-23 A fé essencial — Mat. 17:14-20 O imposto do templo — Mat. 17:24-27 Como pagar nossas dívidas — Mat. 17:24-27 (cont.)

    O MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO Mateus 17:1-8

    Depois do grande momento de Cesaréia de Filipe seguiu a grande hora do monte da Transfiguração. Observemos primeiro o cenário onde se produziu este momento de glória para Jesus e seus discípulos escolhidos. Há uma tradição que relaciona a transfiguração com o monte Tabor mas é muito pouco provável. O topo do monte Tabor era uma fortaleza armada e um grande castelo. Parece quase impossível que a Transfiguração se produziu em uma montanha que era uma fortaleza. É muito mais provável que o cenário da transfiguração tenha sido o monte Hermom. Hermom estava a vinte e dois quilômetros de Cesaréia de Filipe. É uma montanha muito alta, tanto que pode ser vista desde o Mar Morto, no outro extremo da Palestina, a mais de cento e sessenta quilômetros de distância. Hermom tem 2.820 m de altura e está a 3.300 m acima do nível do vale do Jordão. Não pode ter acontecido no próprio topo da montanha visto que é muito alta.
    Canon Tristão relata como a escalou com seus companheiros. Puderam cavalgar quase até o final e a cavalgada durou oito horas. Não é fácil desdobrar muita atividade em um pico tão elevado. Tristão diz: “Passamos boa parte do dia no topo mas em pouco tempo nos sentimos afetados por dores devido à atmosfera rarefeita."

    A Transfiguração aconteceu em algum lugar das ladeiras do majestoso e agradável monte Hermom. Deve ter sucedido de noite. Lucas nos diz que os discípulos estavam rendidos de sonho (Lc 9:32). No dia seguinte, Jesus e seus discípulos voltaram para o vale para encontrar-se com que os estavam esperando o pai do menino epilético (Lc 9:37). Esta surpreendente visão teve lugar em algum momento do entardecer, perto da noite ou durante a própria noite.

    Devemos nos perguntar: Por que Jesus foi ali? Por que fez esta expedição a essas solitárias ladeiras da montanha? Lucas é quem nos dá a chave. Porque nos diz que Jesus estava orando (Lc 9:29). Devemos nos colocar, na medida do possível, no lugar de Jesus. A esta altura dos acontecimentos, estava no caminho que o conduziria à cruz. Disso estava bem seguro, e uma e outra vez o disse a seus discípulos. Em Cesaréia de Filipe o vimos enfrentando um problema, preocupando-se com uma pergunta. Vimo-lo tratando de descobrir se havia alguém que o tinha reconhecido, por quem e o que era. Vimos que essa pergunta recebeu uma resposta triunfante porque Pedro tinha percebido o fato fundamental de que Jesus só podia ser descrito como o Filho de Deus. Mas havia uma questão ainda mais grave que Jesus devia resolver antes de empreender sua última viagem. Devia assegurar-se, além de toda dúvida, de que estava fazendo o que Deus desejava que fizesse. Tinha que certificar-se de que a vontade de Deus era, em realidade, que fosse a Jerusalém à cruz. Jesus foi ao monte Hermom para fazer a pergunta a Deus: "Estou fazendo Tua vontade ao me dirigir para Jerusalém?" Jesus foi ao monte Hermom para ouvi a voz de Deus e suas ordens. Não queria dar um só passo sem consultar a Deus. Como haveria de dar o maior passo que jamais deu, ou que jamais poderia dar, sem consultá-lo? Acima de tudo, o fato é que Jesus formulava uma pergunta e uma só: "É a vontade de

    Deus para mim?" E essa era a pergunta que formulou nas solitárias ladeiras do monte Hermom.

    Uma das diferenças supremas entre Jesus e nós, um dos fatos que fazia de Jesus o que era, era que sempre perguntava: "O que Deus quer que Eu faça?"; nós quase sempre perguntamos: "O que quero fazer?" Costumamos a dizer que a característica que diferenciava a Jesus de todos outros era que carecia de pecado. O que queremos dizer com isso? Queremos dizer o seguinte: que Jesus não tinha vontade fora da vontade de Deus.

    Quando Jesus tinha algum problema não tratava de solucioná-lo pela mera força de seu próprio pensamento. Não o levava a outros para obter um conselho humano, levava-o a lugar solitário e a Deus.

    A BÊNÇÃO DO PASSADO

    Mateus 17:1-8 (continuação)

    Sobre as ladeiras da montanha apareceram diante de Jesus duas grandes figuras: Moisés e Elias. É fascinante comprovar em quantos aspectos a experiência destes dois grandes líderes do povo e servos de Deus se assemelhavam à experiência de Jesus. Quando Moisés desceu do monte Sinai não sabia que a pele de seu rosto resplandecia (Ex 34:29). Tanto Moisés como Elias tiveram suas experiências mais íntimas de Deus sobre uma montanha. Foi no monte Sinai onde subiu Moisés para receber as tábuas da Lei (Ex 31:18). Foi no monte Horebe onde Elias encontrou a Deus, não no vento nem no terremoto, e sim na voz suave e delicada (I Reis 19:9-12). É estranho que tenha havido algo maravilhoso a respeito da morte de Moisés e de Elias. Deuteronômio 34:5-6 relata a morte solitária de Moisés sobre o monte Nebo. Parece como se Deus mesmo tivesse sido quem enterrou o grande líder do povo: “Assim, morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe, segundo a palavra do SENHOR. Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura”. Quanto a Elias, tal como o relata a velha história, despediu-se de Eliseu em um carro de fogo com cavalos de fogo (2Rs 2:11). As duas figuras que apareceram a Jesus quando estava por empreender o caminho para Jerusalém eram homens que pareciam muito grandes para morrer.

    Além disso, como já vimos, os judeus estavam convencidos de que Elias seria o precursor e o arauto do Messias e pelo menos alguns mestres judeus criam também que quando chegasse o Messias viria acompanhado por Moisés. É fácil ver quão apropriada e adequada era esta visão de Moisés e Elias. Mas nenhuma destas razões é o motivo real pelo qual Jesus recebeu a visão de Moisés e Elias.

    Mais uma vez devemos nos remeter ao relato que faz Lucas da Transfiguração. Lucas nos diz que Moisés e Elias falaram com Jesus "de sua partida que ia Jesus a cumprir em Jerusalém" (Lc 9:31). A palavra que se emprega em grego para expressar a partida é muito significativa. Trata-se da palavra êxodos que é a mesma palavra que se emprega em português como êxodo. Estas duas figuras conspícuas do passado falaram com Jesus sobre seus êxodos. Agora, a palavra êxodos tem uma conotação muito especial. É o termo que sempre se emprega para referir-se à partida do povo de Israel da terra do Egito para o caminho desconhecido do deserto que deveria de levá-los finalmente à Terra Prometida. A palavra êxodo é a que descreve o que poderíamos denominar a viagem mais arriscada da história, uma viagem no qual um povo inteiro, apoiando-se em uma total confiança em Deus, lançou-se para o desconhecido. Isso era exatamente o que Jesus estava a ponto de fazer. Com uma total confiança em Deus estava por empreender a aventura tremenda dessa viagem a Jerusalém; uma viagem rodeada de perigos, uma viagem que implicava um cruz mas que culminaria na glória. Ora, dentro do pensamento judeu estas duas figuras, Moisés e Elias, sempre representavam inevitavelmente determinadas coisas. Moisés era o maior de todos os legisladores; era, em forma suprema e única, o homem que tinha levado a Lei de Deus aos homens. Elias era o maior de todos os profetas; nele a voz de Deus falava com os homens de maneira direta. Estes dois homens eram os pontos culminantes da história e os logros religiosos do Israel. É como se as maiores figuras da história de Israel se aproximassem de Jesus quando se preparava para sair em sua única e maior aventura rumo ao desconhecido e lhe tivessem dito que continuasse sua viagem. Neles, toda a história reconhecia a Jesus como sua própria consumação. O maior dos legisladores e o profeta supremo reconheciam a Jesus como Aquele a quem tinham anunciado. De maneira que as maiores figuras humanas testificavam a Jesus que estava em bom caminho e o insistiam com ele a seguir em seu êxodo arriscado para Jerusalém e o Calvário.

    Mas havia algo mais que isso; não só o maior dos profetas e o legislador de maior envergadura asseguraram a Jesus que estava certo; a própria voz de Deus veio lhe dizer que estava em bom caminho, que estava no caminho de Deus, que devia continuar.
    Todos os evangelistas fazem referência à nuvem luminosa que os cobriu. Essa nuvem era parte da história do Israel. Ao longo de toda a história a nuvem luminosa representava o shekinah, que não era outra coisa senão a glória de Deus Todo-poderoso. Vejamos essa nuvem na história de Israel. Em Êxodo lemos sobre a coluna de nuvens que guiaria o povo em seu caminho (13 21:2-13:22'>Êxodo 13:21-22). Também em Êxodo lemos a respeito da construção e término do tabernáculo e ao final do relato nos deparamos com estas palavras: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo” (Ex 40:34). Em uma nuvem o Senhor desceu para dar as tábuas da Lei a Moisés (Ex 34:5). Voltamo-nos a encontrar com esta nuvem misteriosa e cheia de luz na dedicação do templo do Salomão; “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR” (I Reis 8:10-11; ver também 13 14:5-14'>II Crônicas 5:13-14; 7;2). Ao longo de todo o Antigo Testamento aparece esta imagem da nuvem na qual estava a glória misteriosa de Deus.

    Acontece que podemos acrescentar a tudo isso outro fato muito eloqüente. Os viajantes nos relatam um fenômeno muito estranho que caracteriza o monte Hermom. Edersheim escreve: “Notou-se uma estranha peculiaridade a respeito de Hermom na ‘extrema rapidez com que se formam as nuvens em seu topo. Em poucos minutos se forma uma capa grosa sobre o topo da montanha, e com a mesma rapidez se dispersa e desaparece por completo’.” Não cabe dúvida que nesta oportunidade se aproximou uma nuvem às ladeiras de Hermom, e tampouco se pode duvidar que em um princípio os discípulos lhe deram pouca importância porque Hermom era famoso pelas nuvens que chegavam e desapareciam. Mas aconteceu algo; não somos nós os que devemos adivinhar o que aconteceu, mas a nuvem se iluminou e se converteu em algo misterioso e saiu dela a voz da majestade divina que impôs o selo de aprovação de Deus sobre seu Filho Jesus. E nesse momento foi respondida a oração de Jesus; soube, sem lugar a dúvidas, que tinha razão ao seguir seu caminho.

    O monte da Transfiguração foi para Jesus um topo espiritual. Tinha diante de Si o seu êxodo. Estava no bom caminho? Estava certo ao aventurar-se indo para Jerusalém e aos braços torturantes da cruz? Em primeiro lugar, chegou-lhe o veredicto da história, o maior dos legisladores e o maior dos profetas, para lhe dizer que continuasse. E logo, muito maior ainda que essa grandeza, chegou uma voz que lhe deu nada menos que a aprovação de Deus. Foi a experiência do monte da Transfiguração o que permitiu a Jesus dirigir-se inflexivelmente para a cruz.

    A INDICAÇAO DE PEDRO Mateus 17:1-8 (continuação)

    Mas o episódio da Transfiguração sofreu um determinado efeito não só sobre Jesus, mas também sobre seus discípulos.

    1. As mentes dos discípulos deviam estar ainda feridas e afligidas pela insistência de Jesus sobre o fato de que devia ir a Jerusalém para ser humilhado, tratado como um criminoso, para sofrer, para ser crucificado e morrer. Devem ter pensado que a única coisa que os aguardava era uma negra vergonha. Mas toda a atmosfera do monte da Transfiguração está impregnada de glória. Desde o começo até o final a chave de todo este incidente é a glória. O rosto de Jesus brilhava como o Sol e suas vestimentas refulgiam e deslumbravam como a luz. Os judeus conheciam muito bem a promessa de Deus aos justos triunfantes: "Seu rosto brilhará como o Sol" (2 Ed 7:97). Nenhum judeu poderia ter visto essa nuvem luminosa sem pensar na shekinah, a glória de Deus sobre seu povo.

    Há um detalhe muito revelador nesta passagem. Não menos de duas vezes em seus oito breves versículos aparece o pequeno advérbio: "eis que". É como se Mateus não pudesse sequer relatar a história sem reter o fôlego ante sua assombrosa maravilha. Sem dúvida se tratava de algo que elevaria os corações dos discípulos; permitiria que vissem a glória através da vergonha; o triunfo através da humilhação; a coroa além da cruz. É evidente que nem sequer então entenderam; mas sem dúvida deve ter-lhes dado uma remota percepção de que a cruz não era todo humilhação, que de algum modo implicava certa glória, que de algum modo a glória era o mesmo ar e a atmosfera do êxodo para Jerusalém e para a morte.

    1. Além disso Pedro deve ter aprendido duas lições nessa noite. Quando Pedro despertou para o que acontecia, sua primeira reação foi construir três tabernáculos; um para Jesus, um para Moisés e um para Elias. Pedro sempre estava disposto à ação, era o tipo de pessoa que precisa fazer algo todo tempo. Mas há um momento em que é necessária a tranqüilidade, um momento para a contemplação, a maravilha, a adoração, o assombro reverencial ante a presença da glória suprema. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Sl 46:10). Pode acontecer que às vezes estamos muito ocupados fazendo algo, quando seria melhor que permanecéssemos em silêncio, escutando, experimentando um sentimento de maravilha, adorando na presença de Deus. Antes de poder lutar e aventurar-se sobre seus pés, o homem deve orar sobre seus joelhos.
    2. Mas há também o reverso disto. É evidente que a intenção do Pedro era esperar sobre a ladeira da montanha. Queria que se prolongasse esse grande momento. Não queria descer mais uma vez às coisas cotidianas e simples; queria permanecer para sempre sob a luz da glória. É um sentimento que todos devemos conhecer. Há momentos de intimidade, de serenidade, de paz, de proximidade com Deus, que todos conheceram e que todos desejariam prolongar. Como diz A. H. McNeile: "O monte da Transfiguração sempre é um lugar mais agradável que o ministério diário ou o caminho da cruz." Mas o monte da Transfiguração só nos é dado dá a fim nos proporcionar forças para o ministério de todos os dias e para nos fazer capazes de andar no caminho da cruz. Susana Wesley costumava pronunciar uma oração: "Ajuda-me, Senhor, a lembrar que a religião não deve confinar-se à igreja ou à cela, nem exercer-se apenas na oração e na meditação, mas sim em todas as partes estou em Tua presença." O momento de glória não existe por si mesmo, existe para recobrir as coisas comuns com uma luminosidade e um brilho que nunca antes tiveram.

    ENSINANDO O CAMINHO DA CRUZ

    Mateus 17:9-13, 22-23

    Aqui nos deparamos mais uma vez com a ordem de Jesus de manter o segredo; e era necessário que assim o fizessem. O grande perigo era que os homens proclamassem a Jesus como o Messias sem saber quem e o que era o Messias. Era necessário mudar de maneira radical e fundamental toda a concepção que tinham tanto do precursor como do Messias.

    Levaria muito tempo fazê-los esquecer a idéia de um Messias conquistador. Tão enraizada estava na mente judia que era difícil — quase impossível — alterá-la. Os versículos 9:13 são muito difíceis. Por trás nos encontramos com a seguinte idéia. Os judeus estavam de acordo em que antes da vinda do Messias voltaria Elias para ser seu arauto e precursor. “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR.” Assim escreve Malaquias e continua: “Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Malaquias 4:5— 6). Pouco a pouco foram sendo elaborados detalhes quanto a esta idéia da vinda de Elias até que os judeus chegaram a acreditar que Elias não só viria, mas também restauraria todas as coisas antes da chegada do Messias; que converteria o mundo em lugar adequado para a entrada do Messias. A idéia era que Elias seria um reformador terrível e radical, que caminharia por todo o mundo, destroçando o mal e solucionando todas as injustiças. O resultado foi que se pensava tanto no precursor como no Messias em termos de poder.

    De maneira que Jesus corrige esta idéia. "Os escribas", disse, "dizem que Elias virá como um raio de fogo purificador e vingador. Ele veio; mas seu caminho foi o caminho do sofrimento e do sacrifício, como deve ser também o caminho do Filho do Homem." Jesus estabeleceu que o caminho do serviço de Deus nunca é o caminho que destrói a existência dos homens, mas o que lhes infunde um amor sacrificial.

    Isso era o que os discípulos deviam aprender e por isso deviam permanecer em silêncio até que o aprendessem. Se tivessem saído a pregar sobre um Messias conquistador a única coisa que teriam conseguido teria sido provocar uma tragédia. Estabeleceu-se que no século anterior à crucificação não menos de 200.000 judeus perderam a vida em revoluções e levantamentos inúteis e estéreis. Antes que os homens pudessem pregar sobre Cristo deviam saber quem e o que era Cristo. E até que Jesus tivesse ensinado a seus servidores a necessidade da cruz deviam permanecer em silêncio e aprender. O que devemos levar aos homens não são nossas idéias, e sim a mensagem de Cristo, e nenhum homem pode ensinar a outros até que Cristo não o tenha ensinado.

    A FE ESSENCIAL

    Mateus 17:14-20

    Assim que Jesus desceu da glória celestial deparou-se com o problema terreno e a exigência prática. Durante a ausência de Jesus um homem tinha levado aos discípulos seu filho epilético. Mateus descreve o moço com o verbo seleniazesthai, cujo significado literal é lunático. Como era inevitável nessa época, o pai atribuía a condição do menino à influência de espíritos malignos. O estado do moço era tão sério que era um perigo para ele mesmo e para todos os outros. Quase podemos escutar o suspiro de alívio quando apareceu Jesus, e podemos vê-lo tomando conta na hora de uma situação que estava totalmente fora de controle. Com uma palavra severa e forte ordenou ao demônio que se retirasse e o menino ficou curado.

    Este relato está cheio de coisas significativas.

    1. Não podemos deixar de nos comover com a fé do pai do menino. Embora fosse dado aos discípulos o poder de expulsar demônios (Mt 10:1), encontramo-nos com um caso em que tinham fracassado em forma pública e notória. E entretanto, apesar do fracasso dos discípulos o pai nunca duvidou do poder do próprio Jesus. É como se tivesse dito: "Permitam-me aproximar de Jesus em pessoa e todos os meus problemas ficarão resolvidos e minhas necessidades satisfeitas." Há nisto algo muito sério; algo que é universal e muito atual. Há muitos que sentem que a igreja, os discípulos declarados de Jesus em sua própria época e geração, fracassaram e são incapazes de enfrentar os males da situação humana; e entretanto, no fundo de seu coração sentem: "Se pudéssemos ir além destes discípulos humanos, se pudéssemos transpor a fachada eclesiástica e o fracasso da igreja, se pudéssemos nos aproximar do próprio Jesus, receberiamos o que necessitamos." É tanto uma condenação como um desafio comprovar que, apesar de que os homens perderam a fé na igreja, jamais perderam uma ofegante fé no próprio Jesus Cristo.
    2. Aqui vemos as constantes exigências a que estava submetido. Diretamente da glória do topo da montanha, desceu para encontrar-se com as exigências da necessidade e o sofrimento humanos. Diretamente depois de ouvir a voz de Deus, teve que ouvir o clamor da necessidade humana. A pessoa mais valiosa e a mais semelhante a Cristo é aquela que jamais considera que seu próximo é um estorvo. É fácil sentir-se cristão no momento da oração e da meditação; é fácil sentir-se perto de Deus quando se fecharam as portas ao mundo e quando o céu está muito perto. Mas isso não é religião, é escapismo. A verdadeira religião consiste em nos levantarmos dos joelhos diante de Deus para nos enfrentarmos com os homens e a situação humana. A verdadeira religião consiste em tirar forças de Deus a fim de dá-las a outros. A verdadeira religião implica tanto em encontrar-se com Deus no lugar secreto como com os homens no mercado. A verdadeira religião consiste em levar nossas necessidades a Deus, não para ter paz, quietude e conforto sem moléstias, antes para poder satisfazer as necessidades de outros com generosidade, força e eficácia. As asas da pomba não são para o cristão, quem deve seguir a seu Mestre fazendo o bem.
    3. Aqui vemos a dor de Jesus. Não é que Jesus diga que quer desfazer-se para sempre de seus discípulos. O que diz é o seguinte: "Quanto tempo devo estar convosco até que me compreendam?" Não há nada mais próprio de Cristo que a paciência. Quando estamos a ponto de perder a paciência com as loucuras e tolices dos homens, recordemos a paciência infinita de Deus com os extravios, as deslealdades e a impossibilidade de ensinar a nossas próprias almas.
    4. Vemos aqui a necessidade central da fé, sem a qual não pode acontecer nada. Quando Jesus falou de mover montanhas estava empregando uma frase que os judeus conheciam muito bem. Era comum denominar arrancador ou pulverizador de montanhas a um grande mestre que podia expor e interpretar as Escrituras, que podia explicar e resolver dificuldades. Destroçar, arrancar, pulverizar montanhas eram frases que se empregavam com freqüência para expressar a solução de dificuldades. Jesus jamais teve a intenção de que se tomassem suas palavras em sentido literal. Depois de tudo, o homem comum quase nunca sente a necessidade de arrancar uma montanha física. O que quis dizer foi o seguinte: "Se tiverem a suficiente medida de fé, podem resolver todas as dificuldades, e se pode cumprir até a tarefa mais árdua" A fé em Deus é o instrumento que permite aos homens tirar as montanhas de dificuldades que obstruem seu caminho.

    O IMPOSTO DO TEMPLO

    Mateus 17:24-27

    O templo de Jerusalém era um lugar cuja manutenção e administração consumia grandes somas. Todas as manhãs e todas as tardes se fazia o sacrifício de um cordeiro de um ano. Junto com o sacrifício do cordeiro se ofereciam, também, o vinho, o azeite e a farinha correspondentes. O incenso, que se queimava todos os dias devia ser comprado e preparado. As custosas tapeçarias e as vestes talares se gastavam; e a toga e outros trajes do Sumo Sacerdote custavam um siclo. Tudo isto exigia que houvesse dinheiro para pagar os gastos. Por isso, apoiando-se em Ex 30:13 se estabeleceu que todo varão judeu que tivesse mais de vinte anos devia pagar ao templo um imposto anual do meio siclo. Na época de Neemias, quando a pessoa era pobre, tinha que pagar um terço de siclo. Meio siclo equivalia a dois dracmas gregas; costumava denominar-se c'idrachma a tal imposto: esse é o nome que recebe nesta passagem. O valor do imposto era ao redor de 13 centavos de dólar; deve avaliar-se essa cifra tendo em conta que o salário de um trabalhador, na Palestina do tempo de Jesus não excedia os quatro centavos de dólar. De maneira que o imposto equivalia ao pagamento de três dias. O tesouro do templo recebia não menos de 178.300 dólares por ano. Teoricamente o imposto era obrigatório, e as autoridades do templo tinham poder para dispor dos bens de qualquer pessoa que não fizesse o pagamento.

    O método de arrecadação estava cuidadosamente organizado. No primeiro dia do mês do Adar, que é nosso mês de março, anunciava-se em todas as cidades e povos da Palestina que tinha chegado o momento de pagar o imposto. No dia quinze do mês se erigiam em cada cidade e povo postos nos quais se cobrava o imposto. Se até o dia vinte e cinco de Adar não se pagou o imposto, era preciso fazê-lo diretamente no templo de Jerusalém.
    Nesta passagem vemos que Jesus paga seu imposto ao templo. As autoridades encarregadas de sua cobrança se aproximaram de Pedro e lhe perguntaram se seu Mestre pagava o imposto. Não há a menor dúvida de que a pergunta foi feita com má intenção e que esperavam que Jesus se negasse a pagar o imposto, pois em tal caso, os líderes ortodoxos teriam alguma razão para acusá-lo. A resposta imediata de Pedro foi que Jesus pagava seu imposto. Assim, pois, Pedro foi informar a Jesus sobre o incidente e Jesus usou uma espécie de parábola nos versículos 25:26. A imagem pode referir-se a duas coisas, mas em qualquer dos dois casos o significado é o mesmo.

    1. No mundo antigo as nações que conquistavam e colonizavam não pensavam em governar em benefício dos povos subjugados. Antes consideravam que os povos subjugados existiam para tornar as coisas fáceis aos conquistadores. O resultado deste ponto de vista era que o próprio país de um rei nunca lhe pagava tributo, se tinha países subjugados. Eram as nações conquistadas as que carregavam o peso e pagavam o imposto, enquanto que a nação do rei estava isenta dele. De maneira que o sentido das palavras de Jesus pode ser: "Deus é o rei de Israel, mas nós somos o verdadeiro Israel, porque somos os cidadãos do Reino de Deus, os de fora possivelmente tenham que pagar, mas nós estamos isentos de impostos."
    2. É provável que a imagem seja muito mais simples. Se qualquer rei impunha impostos em um país, sem dúvida não os impunha à sua própria família e a quem vivia em sua casa. De fato, os impostos se cobravam para manter sua própria casa. Agora, o imposto em questão se cobrava para o templo, que era a casa de Deus. Jesus era o Filho de Deus. Acaso não diz quando seus pais o buscavam em Jerusalém, e assim é como deve ser traduzido: "Não sabiam que devia estar na casa de meu Pai?" (Lc 2:49). Como podia ser que o Filho tivesse a obrigação de pagar o imposto destinado à casa de seu próprio Pai? Entretanto, Jesus disse que deviam pagar, não pela obrigação imposta pela lei, mas sim por um dever supremo. Jesus disse que deviam pagar "para não ofendê— los".

    O Novo Testamento sempre emprega o verbo ofender (skandalizein) e o substantivo ofensa (skandalon) de maneira especial. O verbo nunca significa insultar, zangar ou ferir o orgulho de alguém. Sempre quer dizer pôr um obstáculo no caminho de alguém para fazê-lo tropeçar ou cair. A palavra skandalon em grego não tem o mesmo sentido que nosso termo escândalo; sempre é algo que faz alguém cair, leva alguém a tropeçar. De maneira que o que Jesus diz é o seguinte: "Devemos pagar para não dar mau exemplo a outros. Não só sabemos cumprir o nosso dever, mas também devemos ir além de nosso dever para mostrar a outros o que devem fazer. Jesus não se permitia fazer nada que promovesse que outros subtraíssem importância às obrigações mais simples. Na vida pode acontecer que tenhamos oportunidade de reclamar isenções e permissões especiais. Pode ser que possamos nos permitir fazer certas coisas com relativa impunidade. Mas não podemos reclamar nem nos permitir nada que poderia ser um mau exemplo para outra pessoa.

    Mas, podemos nos perguntar: Por que chegou a transmitir-se este relato? Como é evidente, os evangelistas deviam selecionar seu material por razões de espaço, por que escolheram este incidente? Lembremos quando se escreveu o Evangelho do Mateus: entre os anos 80:90 d.C.

    Justo antes desses anos os judeus e os cristãos judeus se enfrentaram com um problema muito real e perturbador. Vimos que cada varão judeu de mais de vinte anos devia pagar o imposto do templo; mas o templo foi totalmente destruído no ano 70 d. C. e nunca foi reconstruído. Depois da destruição do templo, o imperador romano Vespasiano decretou que agora era preciso pagar o imposto ao templo de meio siclo ao tesouro do templo de Júpiter Capitolino em Roma. Isto realmente constituía um problema. Muitos judeus e cristãos judeus se sentiram inclinados a rebelar-se com violência contra este decreto. Qualquer rebelião desse tipo e envergadura teria tido conseqüências desastrosas porque teria sido totalmente esmagada e judeus e cristãos ficariam com uma reputação de maus cidadãos, desleais, rebeldes e desinteressados em seu país. Este relato se incluiu nos evangelhos para dizer aos cristãos, especialmente aos judeus, que por mais desagradáveis que fossem, era preciso aceitar e cumprir os deveres da cidadania. Esta história está relatada para nos assinalar que o cristianismo e a virtude de ser um bom cidadão vão de mãos dadas. O cristão que não cumpre com os deveres de bom cidadão não só falha como cidadão, mas também como cristão.

    COMO PAGAR NOSSAS DÍVIDAS

    Mateus 17:24-27 (continuação)

    Vamos agora ao relato em si. Se tomarmos em seu sentido cru e literal significa que Jesus ordenou a Pedro que fosse pescar um peixe, em cuja boca acharia um estáter com o qual bastaria para pagar o imposto de ambos. Não deixa de ser pertinente assinalar que o evangelho não diz que Pedro tenha completado a ordem. O relato termina com essa frase. Antes de começar a analisar a história devemos lembrar que todos os povos orientais costumam dizer as coisas na forma mais gráfica e expressiva possível, e que costumavam dizê-lo com um sorriso.

    Este milagre é difícil; analisemos três pontos de vista.

    1. Em primeiro lugar, é um fato concreto que Deus nunca envia um milagre para nos permitir fazer algo que nós mesmos podemos fazer. Se o fizesse nos faria um mal e não nos proporcionaria nenhuma ajuda. Por mais pobres que fossem os discípulos, não necessitavam um milagre para poder ganhar dois meios ciclos. Não estava fora de suas possibilidades o obter essa soma com seu trabalho.
    2. Este milagre transgride a grande decisão feita por Jesus no sentido de não empregar jamais seu poder de fazer milagres para seus fins pessoais e em benefício próprio. Essa foi a decisão que tomou, de fato, durante as tentações no deserto. Poderia ter transformado as pedras em pães para satisfazer sua fome; mas se recusou fazê-lo. Poderia ter empregado seu poder para aumentar seu prestígio como operador de maravilhas, mas recusou fazê-lo. No deserto Jesus decidiu de uma vez e para sempre que não usaria nem podia usar seu poder em forma egoísta. Não há dúvida que se se tomar este relato de maneira literal demonstra que Jesus usou seu poder divino para satisfazer suas necessidades pessoais, e isso era algo que Jesus jamais faria.
    3. Se se tomar este milagre em seu sentido literal, é até imoral em certo sentido. A vida se transformaria em algo caótico se o homem pudesse pagar suas dívidas encontrando moedas na boca dos peixes. A vida jamais se organizou de maneira que os homens pudessem cumprir suas obrigações de maneira tão fácil e sem fazer o menor esforço. "Os deuses", disse um dos gregos, "ordenaram que o suor fosse o preço de todas as coisas." Isso é tão válido para o pensador cristão como o era para o grego.

    Sendo assim, o que diremos sobre esta passagem? Devemos dizer que não é mais que uma lenda, uma ficção imaginada carente de toda verdade que a sustente? Por certo que não. Não resta a menor dúvida de que algo aconteceu. Lembremos mais uma vez o gosto que sentiam os judeus pelas cenas vívidas. Sem dúvida isto foi o que aconteceu: Jesus disse a Pedro: "Sim, Pedro. Você tem razão. Nós também devemos pagar nossas dívidas justas e legais. Bem, já sabe como terá que fazê-lo, volta para a pesca durante um dia. Você obterá bastante dinheiro da boca dos peixes para pagar o que devemos!" O que dizia Jesus era o seguinte: "Volta para o seu trabalho, Pedro; essa é a maneira como se pagam as dívidas." Assim a digitadora encontrará um casaco novo no uso de seu computador. O mecânico encontrará comida para ele e sua família no cilindro do automóvel. O professor encontrará o dinheiro para viver no quadro-negro e nos gizes. O contador encontrará o dinheiro necessário para manter a seus seres queridos nos livros.

    Quando Jesus pronunciou estas palavras o fez com esse sorriso suave que o caracterizava e com seus dotes para a linguagem expressiva. Não disse a Pedro que procurasse moedas na boca dos peixes em um sentido literal. O que lhe disse foi que em seu dia de trabalho obteria o que necessitava para poder cumprir as suas obrigações.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 17 versículo 24
    Cafarnaum: Veja a nota de estudo em Mt 4:13.

    o imposto de duas dracmas: Lit.: “as dracmas duplas”. (Veja o Apêndice B14-B.) As despesas de vários serviços realizados no templo eram cobertas por meio de um imposto. (Ex 30:12-16) Pelo visto, na época de Jesus, todos os homens judeus adultos pagavam um valor fixo uma vez por ano para os serviços do templo.


    Dicionário

    Aproximar

    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Colocar perto de alguém ou de alguma coisa: aproximar a cadeira; aproximar o filho da mãe; os cães aproximaram-se dos donos.
    Apressar, fazer chegar: o desgosto aproximou a morte.
    verbo transitivo direto e pronominal Relacionar, tornar compatível, estabelecer analogias: aproximar os clássicos dos modernos; suas ideias se aproximam.
    Tornar-se próximo; unir-se: a pobreza aproximou a família; espero que os irmãos voltem a se aproximarem.
    verbo pronominal Ficar mais perto, ser iminente: a hora se aproxima.
    Figurado Ter semelhança; parecer-se: seu cabelo se aproxima do castanho.
    Estar prestes a alcançar, a atingir determinada coisa; beirar: vovó já se aproxima dos 100 anos!
    verbo bitransitivo Expressar um comportamento semelhante ou ter uma relação de compatibilidade com: a natureza aproxima as pessoas dos animais.
    verbo transitivo direto [Matemática] Calcular aproximadamente: aproximar valores.
    Etimologia (origem da palavra aproximar). Do latim approximare.

    Pôr próximo, Tornar próximo,Achegar, Estabelecer relações, Relacionar, Unir, Ligar, Fazer chegar, Apressar, Efetuar um processo de aproximação.

    Cafarnaum

    substantivo masculino Lugar em que se guardam muitos objetos, sem ordem.

    Aldeia de Naum. Achava-se situada ao norte do mar da Galiléia. A sentença contra ela pronunciada e contra outras povoações foi singularmente cumprida. Cafarnaum é, para nós, um lugar interessante pelo fato de ter sido residência de Jesus Cristo e dos Seus Apóstolos, e centro de tantas maravilhas. Cafarnaum era a Sua própria cidade (Mt 9:1). Era quando voltava para ali que se dizia estar Jesus na Sua casa (Mc 2:1). Foi aqui que se deu a chamada de Mateus (Mt 9:9). os irmãos Simão Pedro e André eram de Cafarnaum (Mc 1:29). Aqui, também, Jesus operou a cura do criado do centurião (Mt 8:5Lc 7:1), e da sogra de Simão Pedro (Mt 8:14Mc 1:30Lc 4:38), mandou levantar o paralítico (Mt 9:6Mc 2:9Lc 5:24), e curou aquele homem atormentado de um espírito imundo (Mc 1:32Lc 4:33). o filho do homem nobre (Jo 4:46), apesar de habitar em Cafarnaum, foi curado por meio de palavras, que parece terem sido proferidas em Caná de Galiléia. Foi em Cafarnaum que ocorreu aquele caso de ser chamado um menino para uma lição aos Seus discípulos (Mt 18:1Mc 9:33) – e, estando ele na sinagoga, foi pronunciado o maravilhoso discurso que se lê em Jo 6. Era uma importante estação de alfândega, e tinha uma guarnição de tropas romanas.

    Cafarnaum [Aldeia de Naum] - Cidade que ficava junto ao mar da Galiléia. Foi o centro das atividades de Jesus durante o seu ministério na Galiléia (Mt 4:13); 8:5-17; 9:1-26).

    Cafarnaum Literalmente, povo de Nahum. Cidade galiléia situada à margem oeste do lago de Tiberíades, próximo à desembocadura do Jordão. Por sua situação de fronteira, contava com aduana (Mt 9:9) e com um destacamento de soldados romanos (Mt 8:5-13), embora não pareça tratar-se de um local helenizado. Durante certo tempo foi local de residência de Jesus (Mt 4:13; 9,1), que a amaldiçoou por sua incredulidade (Mt 11:23).

    Escavações realizadas neste século apresentaram os restos do que pode ter sido a casa de Pedro — segundo outros autores, a do próprio Jesus — e os restos de uma sinagoga construída sobre as bases da que este conheceu.

    E. Hoade, o. c.; f. Díez, o. c.


    Cobrar

    verbo transitivo Receber ou tentar receber (dívida ou aquilo a que se tem direito).
    Adquirir, readquirir, recuperar: cobrar fôlego.
    Exigir de outrem (obrigação, cumprimento de palavra etc.): cobrar tarefas aos subordinados.

    Mestre

    Mestre
    1) Professor; instrutor (Sl 119:99; Mt 10:24).


    2) Título de Jesus, que tinha autoridade ao ensinar (Mc 12:14).


    3) Pessoa perita em alguma ciência ou arte (Ex 35:35).


    4) Pessoa que se destaca em qualquer coisa (Pv 24:8; Ez 21:31, RA).


    5) Capitão (Jn 1:6).


    Mestre 1. “Epistates” (o que está por cima). No evangelho de Lucas, é equivalente a rabie, por definição, um título apropriado para Jesus (Lc 5:5; 8,24.45; 9,33.49; 17,13).

    2. “Didaskalos” (o que ensina). Por antonomásia, Jesus, o único que merece receber esse tratamento (Mt 8:19; Mc 4:38; Lc 7:40; Jo 1:38), proibido até mesmo a seus discípulos (Mt 23:8).


    [...] o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6


    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.

    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Paga

    substantivo feminino O que se dá em troca de um serviço prestado, ou de um favor.
    Remuneração.
    Recompensa.

    substantivo feminino O que se dá em troca de um serviço prestado, ou de um favor.
    Remuneração.
    Recompensa.

    pagamento, salário, ordenado, mensalidade, soldo, soldada, vencimentos, honorários, estipêndio, remuneração, retribuição. – Segundo Bruns.: Paga é o termo genérico de que os outros vocábulos do grupo são espécies. Tudo o que se recebe em troco de um serviço prestado, ou de um objeto cedido por venda, é paga. Esta palavra é relativa a quem recebe; e nisso diferença- -se de pagamento, que é a paga considerada com relação a quem a dá. Assim é que se diz: a paga está certa; fazer os pagamentos em oiro. – Salário é a paga que se dá a quem trabalha manualmente, ou presta serviços familiares: não se deve reter o salário do trabalhador. – Ordenado é a quantia que mensal ou anualmente se paga a quem presta qualquer espécie de serviços, não completamente servis: cozinheiros, empregados, etc. recebem ordenados. – Mensalidade é o ordenado que se dá aos professores. – Soldo é a paga do militar. Soldada é o ordenado dos 448 Rocha Pombo serviçais. – Vencimentos quer dizer – o ordenado dos que prestam serviços liberais: ministros, empregados superiores, etc. recebem os seus vencimentos. – Honorários difere de vencimentos em serem estes pagos mensal ou anualmente; ao passo que os honorários são a remuneração de um serviço completo: os médicos, os advogados, etc. recebem os honorários que lhes são devidos pelo serviço prestado. – O estipêndio é uma quantia fixa, dada de superior a inferior, de quem manda a quem obedece, de quem protege a quem é protegido. – Remuneração e retribuição são termos de significação geral com que se designa o ato de recompensar algum serviço, e também a própria recompensa. Remuneração é propriamente a ação (ou o efeito) de dar o estipêndio devido, gratificar, fazer paga por algum serviço. Retribuição sugere ideia da justiça ou perfeita equidade com que é feito o pagamento, como se a pessoa que paga correspondesse, com a precisa exação, aos serviços que lhe foram prestados.

    Paga Salário (Lv 19:13).

    Pedro

    Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.

    pedra, rocha

    Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).

    Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).

    A vocação de Pedro

    Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).

    Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).

    Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.

    O apostolado de Pedro

    Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).

    De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).

    Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).

    Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).

    Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).

    Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).

    Os escritos de Pedro

    De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.

    I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).

    Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.

    Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.

    Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).

    Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).

    Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).


    1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).


    2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).

    A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..

    A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).

    Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).

    Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).

    Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.


    Pedro [Pedra] - APÓSTOLO (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18); (Lc 5:1-11); 8:40-56; (Mt 8:14-15); 14:28-33; 16:13 23:17-1-13 26:36-46,69-75; (Lc 24:34); (Jo 18:10-18), 25-27; 21:1-23; At 1:13—5.42; 8:14-25; 10.1—11.18; 12:1-19; 15:1-11; (1Co 9:5); (Gl 1:18); 2:6-14. Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 d.C., no tempo de NERO. V. PEDRO, P

    Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).

    Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.

    Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).

    Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.

    Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.

    Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.

    Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.

    C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre

    (ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ αὐτός ἔρχομαι εἰς Καπερναούμ προσέρχομαι Πέτρος λαμβάνω δίδραχμον ἔπω οὐ τελέω ὑμῶν διδάσκαλος δίδραχμον
    Mateus 17: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E vindo eles para Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que recebiam tributos, e perguntaram: O vosso mestre não paga tributos?
    Mateus 17: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 29
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1320
    didáskalos
    διδάσκαλος
    carne
    (the flesh)
    Substantivo
    G1323
    dídrachmon
    δίδραχμον
    filha
    (and daughers)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2584
    Kapernaoúm
    Καπερναούμ
    Cafarnaum
    (Capernaum)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G2983
    lambánō
    λαμβάνω
    descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
    (the Jebusites)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4074
    Pétros
    Πέτρος
    um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
    (and Madai)
    Substantivo
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5055
    teléō
    τελέω
    empurrar, arremeter, chifrar
    (gores)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διδάσκαλος


    (G1320)
    didáskalos (did-as'-kal-os)

    1320 διδασκαλος didaskalos

    de 1321; TDNT - 2:148,161; n m

    1. professor
    2. no NT, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem
      1. alguém que é qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira
      2. os mestres da religião judaica
      3. daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, i.e., João Batista, Jesus
      4. pela sua autoridade, usado por Jesus para referir-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação
      5. dos apóstolos e de Paulo
      6. daqueles que, nas assembléias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito
      7. de falsos mestres entre os cristãos

    δίδραχμον


    (G1323)
    dídrachmon (did'-rakh-mon)

    1323 διδραχμον didrachmon

    de 1364 e 1406; n n

    1. didracma ou dracma dupla, uma moeda de prata igual a duas dracmas áticas ou a uma alexandrina, ou à metade de um xequel

    Sinônimos ver verbete 5941


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    Καπερναούμ


    (G2584)
    Kapernaoúm (cap-er-nah-oom')

    2584 Καπερναουμ Kapernaoum

    de origem hebraica, provavelmente 3723 e 5151 כפר נחום; n pr loc

    Cafarnaum = “vila de conforto”

    1. cidade próspera da Galiléia, situada na margem ocidental do Mar da Galiléia ou Lago de Genesaré, próximo ao lugar onde o Jordão deságua no lago

    λαμβάνω


    (G2983)
    lambánō (lam-ban'-o)

    2983 λαμβανω lambano

    forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

    1. pegar
      1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
        1. pegar algo para ser carregado
        2. levar sobre si mesmo
      2. pegar a fim de levar
        1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
      3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
        1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
          1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
        2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
        3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
        4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
        5. capturar, alcançar, lutar para obter
        6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
      4. pegar
        1. admitir, receber
        2. receber o que é oferecido
        3. não recusar ou rejeitar
        4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
        5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
      5. pegar, escolher, selecionar
      6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
    2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

    Sinônimos ver verbete 5877


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    Πέτρος


    (G4074)
    Pétros (pet'-ros)

    4074 πετρος Petros

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

    1. um dos doze discípulos de Jesus

    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τελέω


    (G5055)
    teléō (tel-eh'-o)

    5055 τελεω teleo

    de 5056; TDNT - 8:57,1161; v

    1. levar a um fim, finalizar, terminar
      1. que passou, que finalizou
    2. realizar, executar, completar, cumprir, (de forma que o realizado corresponda àquilo que foi dito; ordem, comando, etc.)
      1. com especial referência ao assunto tema, cumprir os conteúdos de um comando
      2. com referência também à forma, fazer exatamente como ordenado, e geralmente envolvendo a noção de tempo, realizar o último ato que completa um processo, realizar, cumprir
    3. pagar
      1. de tributo

        "Está consumado” Jo 19:30 Cristo satisfez a justiça de Deus pela morte por todos para pagar pelos pecados do eleito. Estes pecados nunca poderão ser punidos outra vez já que isto violaria a justiça de Deus. Os pecados podem ser punidos apenas uma vez, seja por um substituto ou por você mesmo.


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo