Enciclopédia de Marcos 7:9-9
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Notas de rodapé da Bíblia Haroldo Dutra
- Notas de rodapé da LTT
- Apêndices
- Livros
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Dúvidas
- Francis Davidson
- John MacArthur
- Barclay
- Dicionário
- Strongs
Perícope
mc 7: 9
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | E disse-lhes ainda: |
ARC | E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. |
TB | Continuou: Sabeis muito bem rejeitar o mandamento de Deus, para manter a vossa tradição. |
BGB | Καὶ ἔλεγεν αὐτοῖς· Καλῶς ἀθετεῖτε τὴν ἐντολὴν τοῦ θεοῦ, ἵνα τὴν παράδοσιν ὑμῶν ⸀τηρήσητε· |
HD | E dizia-lhes: Bem anulais o mandamento de Deus para que mantenhais de pé a vossa tradição. |
BKJ | E ele dizia-lhes: Bem sabeis rejeitar o mandamento de Deus, para que possais guardar a vossa própria tradição. |
LTT | |
BJ2 | E dizia-lhes: Sabeis muito bem desprezar o mandamento de Deus para observar a vossa tradição. |
VULG | Et dicebat illis : Bene irritum facitis præceptum Dei, ut traditionem vestram servetis. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Marcos 7:9
Referências Cruzadas
II Reis 16:10 | Então, o rei Acaz foi a Damasco, a encontrar-se com Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo um altar que estava em Damasco, o rei Acaz enviou ao sacerdote Urias a aparência do altar e o modelo, conforme toda a sua obra. |
Salmos 119:126 | Já é tempo de operares, ó Senhor, pois eles têm quebrantado a tua lei. |
Isaías 24:5 | Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna. |
Isaías 29:13 | Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído; |
Jeremias 44:16 | Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não te obedeceremos a ti; |
Daniel 7:25 | E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. |
Daniel 11:36 | E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito. |
Mateus 15:3 | Ele, porém, respondendo, disse-lhes: |
Marcos 7:3 | Porque os fariseus e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes; |
Marcos 7:13 | |
Romanos 3:31 | anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei. |
Gálatas 2:21 | Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde. |
II Tessalonicenses 2:4 | o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. |
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
Notas de rodapé da LTT
ironia /sarcasmo.
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus
DATA |
LUGAR |
ACONTECIMENTO |
MATEUS |
MARCOS |
LUCAS |
JOÃO |
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31 ou 32 d.C. |
Região de Cafarnaum |
Ilustrações sobre o Reino |
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Mar da Galileia |
Acalma tempestade |
Mt |
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Região de Gadara |
Manda demônios para os porcos |
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Provavelmente Cafarnaum |
Cura mulher que tinha fluxo de sangue; ressuscita filha de Jairo |
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Cafarnaum (?) |
Cura cegos e mudo |
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Nazaré |
Novamente rejeitado em sua cidade |
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Galileia |
Terceira viagem à Galileia; expande a obra enviando apóstolos |
Mt |
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Tiberíades |
Herodes corta a cabeça de João Batista; fica perplexo com Jesus |
|||||
32 d.C., perto da Páscoa (Jo |
Cafarnaum (?); lado NE do mar da Galileia |
Apóstolos voltam da pregação; Jesus alimenta 5 mil homens |
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Lado NE do mar da Galileia; Genesaré |
Povo quer fazer de Jesus rei; anda sobre o mar; cura muitas pessoas |
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Cafarnaum |
Diz que é “o pão da vida”; muitos ficam chocados e o abandonam |
|||||
32 d.C., depois da Páscoa |
Provavelmente Cafarnaum |
Tradições invalidam a Palavra de Deus |
||||
Fenícia; Decápolis |
Cura filha de mulher siro-fenícia; alimenta 4 mil homens |
Mc |
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Magadã |
Não dá sinal, exceto o de Jonas |
Mt |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
O material dessa seção está naturalmente dividido em três partes: versículos
Em outro atrito com o judaísmo oficial (cf. Marcos
Marcos continua a explicar a seus leitores gentios que os judeus praticavam toda sorte de abluções para evitar a contaminação cerimonial,' e dessa forma conservavam a tradição dos antigos (3). A não ser que lavassem as mãos muitas vezes ("de uma forma particular", Goodspeed) 33 eles não poderiam comer. Havia muitas outras coisas (tradição) às quais eles obedeciam fielmente, desde lavar-se depois de se acotovelar no mercado (4) 34 até as abluções cerimoniais usadas para tudo, desde copos até jarros e camas." Tão dificultosa tinha se tornado a tradição dos antigos (5) 36 que não era de admirar que as pessoas comuns, inclusive os discípulos, não andassem (vivessem) de acordo com elas.
Jesus respondeu com uma citação de Isaías
Continuando sua acusação contra os fariseus, Jesus respondeu com grande ironia: Bem ("quão esplendidamente", 9, Johnson) invalidais o mandamento de Deus a fim de guardardes a vossa tradição. Ele passou a citar o que deve ter sido um flagrante exemplo de usar mandamentos de homens para distorcer a Palavra de Deus. A práti-ca daqueles homens tem sido chamada de "Casuística Corbã"' e representava um artifí-cio para fugir do quinto mandamento. Moisés tinha dito: Honra a teu pai e a tua mãe (10; Êx
Através de tradições como essa, que eles tinham o cuidado de transmitir às gerações seguintes, os fariseus invalidavam a palavra de Deus (13) ("tornaram-na sem valor", Barclay). E muitas coisas fazeis semelhantes a estas. Que grande poder o Deus infinito havia colocado nas mãos de homens mortais, que podiam até "sufocar a palavra" (Marcos
Virando as costas aos seus adversários, Ele se dirigiu à multidão que parecia estar sempre nas proximidades e, com firmeza, ordenou: Ouvi-me, vós todos, e compreendei (14). "Entendam bem!" Jesus muitas vezes apelava ao povo para conseguir uma audiên-cia atenta e cuidadosa. Ele considerava o princípio a seguir de crucial importância. A fonte da contaminação não está fora do homem (15) como os fariseus estavam ensinan-do, mas aquilo que contamina o homem é o que sai dele, de dentro do coração. "O que é meramente externo não pode contaminar a natureza espiritual do homem nem purificá-la."' O que o Senhor diria àqueles do nosso tempo que "querem mostrar boa aparência na carne" (Gl
Depois que a multidão havia se dispersado e Jesus ficou sozinho com seus discí-pulos ("aprendizes"), eles o interrogavam acerca desta parábola (17; cf. Marcos
0 que, então, significa: O que sai do homem, isso é que contamina o homem? (20). Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos (21), e é isso que contamina e macula o homem. A relação de pecados que se segue (21-22) é uma rigorosa evidência de que "enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jr
Geralmente se admite que os maus pensamentos dão origem aos atos e vícios pecaminosos que foram descritos. "Marcos inicia a relação onde começa todo pecado; no âmbito do pensamento."'
Na língua grega, os seis primeiros termos estão no plural e os seis restantes estão no singular." Os primeiros provavelmente se referem a atos pecaminosos, e os últimos a vícios ou defeitos morais. O adultério é um pecado de pessoas casadas e a prostituição se refere "geralmente aos solteiros",' enquanto o homicídio é geralmente fruto de am-bos. O furto (22) se refere a qualquer tipo de furto. A avareza se deve a um insaciável desejo de possuir "mais e mais",' e as maldades à iniqüidade ou "malícia" (NEB). O engano, literalmente um engodo ou cilada, é, portanto, uma "trapaça" e a dissolução ou lascívia seria o resultado de um "desenfreado instinto sexual" (Robertson), ou licenci-osidade, indecência. A inveja seria um "rancor invejoso" (Swete), e a blasfêmia o insul-to ou a calúnia, seja contra Deus ou contra o homem." A soberba, literalmente, "mos-trar-se acima dos outros", portanto, arrogância e a loucura, isto é, a falta de senso moral, são uma apropriada conclusão dessa lista tão sórdida.
Se o coração de um homem tiver esse caráter degenerado, sua situação será desesperadora. Todos esse males procedem do coração humano, e, na verdade, eles real-mente contaminam o homem. O ser humano precisa da "lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo" (Tt
Sob o tema "Ritualismo versus Realidade" poderíamos considerar:
1) Críticas ma-lignas, 1-2;
2) Purificação cerimonial, 3-8;
3) O caso do corbã, 9-13;
4) A contaminação carnal, 14-23.
D. DUAS CURAS ENTRE OS GENTIOS, Marcos
1. A Mulher Siro-Fenícia (Marcos
Talvez devido à crescente oposição religiosa e política ou mais provavelmente por causa de um desejo de repouso e privacidade, Jesus foi para os territórios (regiões) de Tiro e de Sidom (24).48 Essas cidades independentes, situadas entre 65 e 95 quilômetros de Cafarnaum (veja o mapa), tinham uma longa história que pode ser acompanhada desde a antiguidade, quando os fenícios lideraram o mundo da navegação.
Tanto Tiro como Sidom possuíam baías naturais, o que fazia com que suas posi-ções se assemelhassem a fortalezas. A Fenícia, que quase circundava todo o norte da Galiléia, fazia parte da Síria. Por causa dessa proximidade era muito natural que um viajante da Galiléia atravessasse o território de Tiro. O profeta Elias também fez uma viagem por essa área, levando uma milagrosa assistência a uma viúva (I Reis
Jesus, entrando numa casa de um amigo, cujo nome não é mencionado (cf. 3.19), procurava um pouco de reclusão, mas isso foi em vão, porque Ele não pôde esconder-se. Uma mãe, cuja filha (algumas versões utilizam o termo no diminutivo, filhinha, como uma expressão de carinho) estava atormentada, veio em grande desespero e lan-çou-se aos seus pés (25).
Uma mulher grega (16) por cultura e religião, provavelmente também pela língua, e da raça siro-fenícia (que, portanto, não deve ser confundida com a Fenícia Cartaginesa), implorou a Jesus que expulsasse um demônio de sua filha. O relato de Mateus
A resposta de Jesus desperta alguma reflexão. Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos (27). O termo filhos está se referindo, naturalmente, a Israel (Is
gentios e sentia o custo de desenvolver a sua missão fora da terra de Israel. No plano divino, o Servo Sofredor deveria ir até as "tribos de Jacó" antes de se tornar a "luz dos gentios" (Is
Essa aparente rispidez foi amenizada pelo fato de Jesus ter-se referido, não aos cachorros carniceiros e violentos das ruas, mas aos cachorrinhos das casas (kunarioi), provavelmente aos bichinhos de estimação das crianças. Esses podiam comer debai-xo da mesa (28), especialmente se recebessem as migalhas que os filhos lhes joga-vam às escondidas. "Um quadro gracioso. Cachorrinhos, pequenas lascas de pão... criancinhas.""
A persistência, fé e perspicácia da mulher abriram caminho em meio as dificulda-des. Concordando que os filhos devem receber primeiro (27) e aceitando a implicação de que os gentios eram uma espécie de cães, ela pediu, buscou e bateu (Lc
2. O Surdo e Gago de Decápolis (Marcos
Tornando a sair dos territórios de Tiro (31), Jesus seguiu a rota de um circuito a partir de Sidom, passando pelo território de Decápolis" (veja o mapa), até o mar da Galiléia. Dessa forma, Ele acompanhou os limites do reino do hostil Antipas e evitou as áreas mais densamente habitadas.
O povo de Decápolis, nas vizinhanças do mar da Galiléia, levou até Ele um surdo e gago. E inteiramente possível que esse evento tenha acontecido na terra dos gerasenos e, se assim for, ele representa uma notável mudança de atitude (cf. Marcos
A fim de evitar publicidade, e também para se comunicar mais claramente com esse homem, Jesus tirou-o à parte de entre a multidão (33). O Mestre restaurou sua audi-ção e sua fala através de uma série de atos evidentemente destinados a aumentar e fortalecer a fé dele. Colocando os seus dedos nos ouvidos do homem e tocando sua língua com saliva de Sua própria boca, Jesus olhou para o céu e suspirou — uma oração sem palavras (cf. Rm
Logo o aflito homem começou a ouvir e falar claramente (confirmando a opinião de que não era completamente mudo, mas que falava com dificuldade). A promessa de Isaías
Aqui se encontra uma parábola: a mudez é conseqüência da surdez. Enquanto as pessoas não ouvirem a Palavra de Deus, elas nada terão de importante para dizer. "Se os nossos ouvidos estiverem abertos para ouvir a palavra do Senhor, então nossas línguas certamente ficarão libertas para louvar, orar e testemunhar."' Talvez Marcos também quisesse que os seus leitores vissem que os discípulos, que eram espiritualmente surdos, mudos, e cegos, estavam agora começando a ouvir e enxergar, à medida que o Mestre os levava à parte para os instruir. Eles logo começariam a falar (Marcos
Como aconteceu em tantas outras ocasiões, Jesus ordenou-lhes (36) que a nin-guém o dissessem. Mas foi em vão. Quanto mais lho proibia, tanto mais o divul-gavam. Não parece estranho, é claro, que tal desobediência acontecesse, pois eles admi-rando-se" sobremaneira, diziam... (37). Ecoando Gênesis
Enfocando sua atenção no versículo 37, G. Campbell Morgan reúne em torno desse texto não só a cura do surdo e gago, mas também a conduta de Cristo em relação à mulher siro-fenícia (Marcos
1) A compreensão que Cristo demonstrou em cada caso;
2) Sua imediata simpa-tia;
3) Sua permanente lealdade ao princípio.
Genebra
7:1
fariseus. Ver nota em 2.16.
escribas. Eram mestres da lei, a maioria deles era constituída de fariseus.
* 7:2
impuras. Os discípulos não tinham se lavado conforme mandava a “Tradição dos Anciãos” (vs. 3,4) e, por isso, foram considerados cerimonialmente impuros. Jesus crítica estas expansões tradicionais da lei cerimonial elaboradas pelos escribas e fariseus, porque eles estenderam suas tradições a ponto de permitir a própria transgressão da lei moral (vs. 9-13). A cruz de Jesus levará, finalmente, ao fim da lei cerimonial.
* 7:3
tradição dos anciãos. Os fariseus acreditavam que, além das palavras escritas da lei, Moisés recebeu instruções para a sua interpretação e aplicação. Esta lei oral era transmitida pela palavra falada de mestre para mestre. Ao argumentar com eles, Jesus apela consistentemente para as Escrituras, procurando sempre voltar ao seu verdadeiro sentido (vs. 6-8).
lavar. Por suas tradições os fariseus estenderam as injunções bíblicas da purificação sacerdotal, no momento do sacrifício no templo (Êx
* 7:5
Por que não andam os teus discípulos. Os fariseus e os escribas não estão genuinamente interessados na prática da refeição dos discípulos de Jesus, mas na razão por que Jesus, como Mestre deles, não exige que eles observem “a tradição dos anciãos”, de modo geral.
* 7:6
Isaías. O objetivo de Jesus é trazer o povo de volta à conformidade com as Escrituras.
* 7:8
Negligenciando o mandamento de Deus. O verbo “negligenciar” pode significar também “cancelar” ou, “abandonar”. Jesus não é um antinomiano. Como o salmista, ele se consumia por desejar incessantemente a lei de Deus (Sl
* 7:11
Corbã. Uma palavra hebraica e aramaica (que Marcos traduz para os leitores gentios), e que significa alguma coisa dedicada a um propósito religioso. Por um simples voto, para reservar suas posses como dádiva para Deus, uma pessoa poderia fugir à responsabilidade de sustentar seus pais.
* 7:20
O que sai do homem. Jesus está fazendo uma generalização a respeito do modo constante e natural pelo qual se expressa a natureza humana decaída, e sua lista de vícios (vs. 21-22) visa trazer ao homem auto-conhecimento da sua própria imundície interior (conforme Rm
contamina. Jesus vai à essência do problema — a imundície do coração, da qual a impureza cerimonial é realmente um símbolo.
* 7:24
Tiro. Jesus se dirige ao norte, a uma região marcadamente gentílica (conforme Mt
* 7:26
grega. Ela era de origem siro-fenícia, mas falava grego.
* 7:27
primeiro. Mesmo em território gentílico, Jesus mantém a prioridade temporal de Israel (“os filhos”) no plano divino da salvação, como Paulo fará posteriormente (Rm
cachorrinhos. O termo, certamente, é pejorativo (Mt
* 7:31
Decápolis. Ver nota em 5.1. Jesus permanece em território gentílico, indo primeiro ao norte, para Sidom e, depois, ao sudeste para Decápolis.
* 7:33
pôs-lhe os dedos nos ouvidos. Estas atitudes físicas acompanham o milagre da cura, mas não são a causa dela.
* 7:34
Efatá. Uma palavra aramaica que Marcos traduz para os leitores de língua grega.
* 7:35
e falava desembaraçadamente. Para uma pessoa surda, o expressar-se claramente em linguagem falada só pode ser aprendido, normalmente, depois de um período de tempo.
* 7:36
que a ninguém o dissessem. Com relação à ordem de sigilo dada por Jesus, ver notas em 1.34 e 5.19.
Matthew Henry
Wesley
Mateus e Marcos ambos dão um registro dessa controvérsia dos fariseus com Jesus sobre a questão de limpezas cerimoniais (ver em Mt
Como de costume, Marcos, e ele sozinho, representa graficamente a configuração do incidente. Tanto ele quanto Mateus afirmam que escribas e fariseus tinham vindo a longa distância de Jerusalém para ver o que estava acontecendo na Galiléia. Mas só Marcos diz que, quando eles tinham visto a comer discípulos, os repreendiam. Em outras palavras, eles tinham vindo com o propósito específico de tentar encontrar alguma infracção dos regulamentos farisaica por parte de Jesus ou seus discípulos, e eles conseguiram. Com os olhos de falcão olhavam, e, em seguida, lançou-se sobre suas vítimas.
O que eles viram foi que os discípulos do Mestre comeu sua comida com impuras, isto é, por lavar, as mãos. A palavra grega para contaminado é, literalmente, "comum". Com os fariseus isso significava "impuro" ou "profano". Aquilo que não era sagrado era "comum". A coisa foi tornada sagrada por ser cerimonialmente limpo. sem lavar , não significa que os discípulos não tinham lavado as mãos em tudo antes de comer. Apenas indica que eles não tinham passado pelo procedimento mais elaborado, que foi prescrito pelo código farisaica.
Em seguida, Marcos explica para seus leitores romanos o que era este o costume judaico. Todos os judeus -Este não significa cada indivíduo judeu, mas refere-se à prática geral e especialmente os fariseus , os observadores rigorosos e mestres da lei, não comer a menos eles lavaram as mãos com diligência . Este é Pygme no grego. No ReiTiago 5ersion, é traduzida "oft." Literalmente, significa "com o punho." Mas o que isso significa é uma questão de disputa. Alguns muito bons estudiosos interpretá-lo "para o pulso." Outros dizem: "até o cotovelo." As duas melhores autoridades (Swete e Taylor) levaria a palavra literalmente, "com o punho", talvez o que significa que eles lavaram um lado com os dedos da outra fechadas. A tradução diligentemente provavelmente transmite a idéia correta. A Versão Revisada Padrão deixa a palavra não traduzida, por causa da incerteza do seu significado, como faz também o New Inglês Bible (1961).
Quando os judeus rigorosos voltou do mercado, a primeira coisa que fizeram foi banhar -se. Os mais antigos manuscritos gregos têm uma palavra que significa "pitada", que seria uma espécie de purificação cerimonial. Manuscritos posteriores "batizar". O significado é, aparentemente, muito mesmo. Foi um ato religioso, feito por santidade em vez de saneamento.
Para seus leitores romanos Marcos acrescenta que existem muitas outras coisas que os judeus observados. Ele enumera as lavagem de copos, potes e vasos de bronze. A palavra lavagens é no grego baptismous , "batismos". O termo é usado para limpezas rituais. Pots é talvez melhor traduzida como "jarros." Trata-se de um recipiente segurando cerca de um litro. Os vasos de bronze foram, provavelmente, caldeirões usados para cozinhar. O fato de que os judeus deram grande atenção à questão da lavagem cerimonial de pratos é abundantemente corroborada pela Mishná, trinta capítulos dos quais são dedicados a este assunto.
Os escribas e fariseus perguntaram a Jesus por seus discípulos não estavam andando de acordo com a tradição dos anciãos. Veja esta frase explicado nas notas sobre Mt
Jesus acusou os escribas de ensinar os preceitos dos homens (v. Mc
Para ilustrar seu ponto, Cristo deu um exemplo de sua própria prática. Ele primeiro citou o quinto mandamento. A forma como esta citação é introduzida é mais impressionante. Moisés disse está em Mateus: "Deus disse." Assim, a autoridade divina e inspiração do código de Mosaic é forçosamente enfatizou. A Lei veio de Deus através de Moisés.
Para o quinto dos Dez Mandamentos (Ex
Em contraste com o que Deus disse a Moisés, os rabinos disseram que um homem pode reter de seu velho pai ou a mãe o apoio financeiro que eles extremamente necessário. Isso foi feito através da ficção de Corban . Marcos explica para seus leitores romanos que esta palavra hebraica significa um dom que foi consagrada a Deus. Os cognatos prazo corbanas é usada em Mt
Jesus declarou que era o que fluiu para fora do coração do homem, que ele contaminado. Os maus pensamentos (ou "modelos") é, provavelmente, um termo geral da introdução da lista de pecados. Doze itens específicos são mencionados, seis no plural e seis no singular. A enumeração é semelhante ao das "obras da carne" (Gl
Os pecados listados aqui são as coisas que são realmente imundo aos olhos de Deus. Deve-se notar que a empresa desagradável em que os chamados pecados do espírito-conveting, o dolo, a inveja (um olho mau), orgulho e insensatez-são encontrados. No olhar de raio-X de um Deus santo estes são tão pecaminoso como prostituição, roubo, assassinato e adultério. Todos estes são os pecados contra o amor.
3. Terceiro Retiro e Return (7: 24-8: 13) 1. Mulher da Fenícia (7: 24-30) 24 E, a partir daí, ele se levantou e foi embora para as regiões de Tiro e Sidon. E ele entrou em uma casa, e queria que ninguém o soubesse; e ele não podia ser escondida. 25 , porém, imediatamente uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, veio e prostrou-se a seus PvDeixando de Cafarnaum, Jesus retirou-se cerca de 40 ou 50 milhas para o norte para as fronteiras (literalmente "limites") de Tiro e Sidon. Estas foram as duas principais cidades do Phoenicia antiga e eram conhecidos por seus marinheiros marítimas. Esta área estava ao norte da Palestina, na costa do Mediterrâneo.
Neste, território Gentile estrangeira, o Mestre procurou reclusão com os seus discípulos, para que pudesse dar-lhes a instrução privada que eles precisavam. Mas ele não pode ocultar-se , mesmo em uma casa . Sua reputação tinha fugir dele. Este pequeno detalhe é adicionado por Marcos.
Entre aqueles que procurou-Lo foi um de língua grega siro-fenícia mulher. Phoenicia foi parte da área geral da Síria. Marcos, escrita em Roma, utiliza este composto para distingui-la da Libyo-fenícios do Norte de África.
Este incidente interessante é gravada também por Mateus (ver em Mt
Este é o único caso em que Marcos registros de curar alguém do Mestre à distância. Mateus acrescenta que do servo do centurião (Mt
Deixando as regiões de Tiro, Jesus voltou para o sul até o lago da Galiléia. A afirmação de que Ele passou por Sidom é surpreendente, pois esta cidade é o norte de Tiro. Isso implica que Jesus deu um soco algumas 20 milhas ao norte antes de virar a leste e sul.
Cristo não voltou para a Galiléia, no entanto, mas entrou na Decápole , no lado leste do lago da Galiléia. Havia provavelmente duas razões pelas quais ele evitou Galiléia. Seu regente, Herodes Antipas, tinha matado João Batista e agora ameaçado a vida de Jesus (Lc
A cura do surdo-mudo na Decápole, só é registrado por Marcos. Mateus menciona muitas curas neste momento.
A palavra para surdos pode significar tanto surdo ou mudo. Mas Marcos emprega só no primeiro sentido. Tinha um impedimento em seu discurso é tudo uma palavra nos greco mogilalos (literalmente, "falando com dificuldade"). É provável que este homem não estava completamente mudo. Pois, quando ele foi curado, Marcos diz, ele falou planície (v. Mc
Normalmente, Marcos descreve como Jesus levou o homem para longe da multidão privada (v. Mc
Efatá é uma palavra aramaica. A palavra grega usada para traduzir isso significa "abrir completamente." Orelhas (v. Mc
Não é de se admirar que a multidão foi além da medida (literalmente, "acima extremamente") atônito . Seu testemunho de Jesus era muito appropriate- Ele fez bem todas as coisas.
Wiersbe
E evidente que a visita dos escribas e dos fariseus era uma investigação oficial do Sinédrio, o conselho ju-deu de administradores religiosos. Jesus violara as tradições do sábado (2:15-28; 3:22-30); agora, eles o vi-giavam de perto para ver o que mais ele faria. Nesse caso, era a violação da tradição deles em relação ao ce-rimonial de lavagem de mãos. Esse ritual não dizia respeito à higiene, pois era puramente um cerimonial a fim de que os judeus se livrassem de qualquer contaminação aciden-tal que contraíssem por parte dos gentios ou samaritanos.
A tradição não é necessaria-mente uma coisa ruim, mas, quan-do tem mais autoridade que a Pa-lavra de Deus, então ela é ruim. Cl
Jesus visitou duas regiões de pre-dominância gentia, Tiro e Sidom (vv. 24-30), e a região de Decápolis ("dez cidades", vv. 31-37), onde mi-nistrou a uma mulher e um homem. A lei judaica separava os judeus dos gentios, não porque os judeus fossem melhores, mas porque eram diferentes em seu relacionamento da aliança com Deus. Um muro no templo impedia que os gentios en-trassem nos pátios do templo dos judeus, e, se isso acontecesse, era passível de pena de morte. O Se-nhor queria que os judeus testemu-nhassem o Deus verdadeiro e vivo para os gentios, porém seu povo fra-cassou nessa tarefa. Jesus derrubou o muro de separação e acabou com a "distância espiritual", tornando, assim, os crentes gentios e judeus um em Cristo (Ef
A mulher, por ser gentia, não ti-nha o direito concedido pela aliança de chamar Jesus de "Filho de Davi" (Mt
O homem (vv. 31-37) não po-dia ouvir nem falar, mas as pessoas tinham certeza de que Jesus podia curá-lo (Is
12) lembra-2Co
Russell Shedd
7.2 Impuras. Não se refere à falta de higiene mas à pureza formal, cerimonial. Todo contato com os pagãos constituía imundícia espiritual, como se fosse, realmente, pecado, do qual se livrariam apenas por ritos purificadores.
7.3 Fariseus. Conforme 3.6n. Tradição dos anciãos. Refere-se à interpretação oral e expositiva da lei de Moisés, mais tarde codificada na Mishná. O Talmude é um comentário sobre a Mishná que executava um "cerco" em volta da lei para evitar qualquer transgressão.
7.4 Se aspergirem. O original talvez "batizando", i.e., obedecendo a um ritual de imersão.
7.6 Lábios... coração. A hipocrisia surge quando as atitudes e a vida íntima, tal como de fato são, não correspondem com as palavras e atos religiosos.
7.9 Os fariseus, criando um cerco em volta da lei, modificaram profundamente a intenção de Deus. Preceito de Deus. Jesus contrasta a lei escrita com a tradição interpretativa dos homens, esta sem qualquer autoridade divina. Guardardes. Possivelmente, "estabelecerdes".
7.11 Corbã., Conforme Mt
7.13 Invalidando. Jesus não respondeu diretamente à pergunta dos judeus que aparece no v 5. Indiretamente, Ele lhes dá uma resposta válida para todas as gerações vindouras. Os homens, tendo o pecado corrompido suas mentes, cometem erros mui facilmente ao interpretarem a Palavra de Deus. Devemos sempre ser como os bereanos (At
7.14,15 Jesus, aqui, passa a ensinar, à multidão, o verdadeiro sentido da lei sobre a impureza.
7.17 Parábola. No sentido da palavra correlata em heb, mashal, significa, figura.
7.19 Assim... puros. Parece ser um comentário da parte de Marcos, que revela o que Pedro aprendeu (At
7.23 Contaminam. Gr koinos, "comum". Cf Mt
7.24 Jesus procura um retiro no norte, na Fenícia para melhor poder instruir os seus.
7.26 Grega. Em cultura e língua, não em nacionalidade.
7.27 Filhos. Israelitas que, pela primeira aliança pertenciam a Deus (Êx
7.29 Milagres que favoreceram aos gentios foram operados à distância.
7.34 Suspirou. Sugere que houve profunda luta em oração para prevalecer contra o diabo.
7.37 Tudo... bem. O Filho, como o Pai, faz tudo bem (cf. Gn
NVI F. F. Bruce
O entusiasmo em relação a Jesus dos protagonistas da história em 6:54-56 está em forte contraste com a crítica que a maioria dos líderes judeus fazia a ele. Em 7.1, como já antes em 3.22, uma delegação de escribas de Jerusalém viajou para a Galiléia no norte para discutir com ele. A sua objeção a ele nessa ocasião estava relacionada ao comportamento dos seus discípulos (conforme 2.18,24) e, especifí-camente, em virtude de eles fazerem suas refeições sem antes submeterem as suas mãos a um ritual de purificação (v. 2), infringindo, assim, uma das regras contidas na tradição dos líderes religiosos (v. 5). A “tradição dos anciãos” (ARA) era uma legislação que havia sido formulada pelos rabinos e à qual os fariseus atribuíam grande importância; nela estavam prescritas as aplicações detalhadas da Lei de Moisés a situações particulares. Jesus, no entanto, como também os saduceus, rejeitou essa legislação suplementar (embora os saduceus tivessem sua própria tradição, que em muitos pontos coincidia com a dos fariseus). Para esse fim, ele destacou a sua origem humana, chamando-a não de “tradição dos anciãos”, mas de tradição dos homens (v. 8), que estava em antítese com os mandamentos de Deus. Ao citar Is
- 13b) conduzia as pessoas a desobedeceram à Lei, e aí forneceu um exemplo disso. A Lei de Moisés ordenava que os filhos tinham a responsabilidade de apoiar os seus pais financeiramente, e com respeito a isso Jesus citou Ex
III. A JORNADA NO NORTE (7.24—8.26)
A cura da filha da mulher siro-fenícia (7:24-30). (Texto paralelo: Mt
A parte do que está registrado em 8:10-13
Enquanto estava numa casa nessa região, uma mulher grega (i.e., gentia) de origem siro-fenícia (v. 26) se aproximou de Jesus; ela pediu que Jesus expulsasse um demônio da sua filha. No entanto, no início Jesus se recusou a fazer isso dizendo-lhe que o ministério que lhe tinha sido designado era entre os judeus, e não entre os gentios. A figura de linguagem que Jesus usou para afirmar esse fato foi aquela em que os judeus eram representados como filhos, os gentios como cachorrinhos (o substantivo diminutivo grego kynarion sugere “que a referência é aos cachorrinhos que eram mantidos como animais de estimação, e não os cachorros do pátio e das ruas”; Cranfield, ad loc.) e os benefícios do ministério de Jesus como o pão dos filhos (v. 27). A mulher aceitou a verdade que Jesus afirmou aqui; mas, desenvolvendo um pouco mais a analogia que ele tinha empregado, ela ressaltou que, quando os filhos recebem a sua comida, os cachorrinhos recebem um pequeno benefício por meio das migalhas que os filhos deixam cair no chão (v. 28). Mesmo que assim ela não quisesse desmerecer os privilégios dos judeus, não obstante suspirava por obter de Jesus, por assim dizer, uma misericórdia incidental. E ela a recebeu, pois Jesus curou a sua filha (v. 29) sem ter visto a menina (como também em Mt
A cura do homem surdo e gago (7:31-37).
Em Decápolis (v. 31; v.comentário Dt
Moody
B. Discussão da Injustificada Exaltação da Tradição. Mc
Estes versículos registram o conflito entre Cristo e os fariseus sobre a questão básica da fonte da autoridade. A tradição possui autoridade divina? Ela é igual, ou superior, à Palavra de Deus escrita? Também está envolvida aqui a discussão da verdadeira natureza da imundície e purificação. O cenário desta parte parece que foi os arredores de Cafarnaum.
Dúvidas
PROBLEMA: Mateus parece apresentar o centurião como aquele que pessoalmente foi buscar ajuda de Jesus (Mt
SOLUÇÃO: Tanto Mateus como Lucas estão corretos. No século I entendia-se que, quando um representante era enviado para falar por seu Senhor, era como se o senhor estivesse falando pessoalmente. Mesmo em nossos dias ainda é assim. Quando um ministro de Estado encontra-se com representantes de outros países, ele vai em nome do presidente do país. Em outras palavras, o que o ministro diz é como se tivesse sido dito pelo presidente. Portanto, Mateus afirma que um centurião foi implorar em favor de seu servo enfermo, quando de fato ele enviou Outros em seu nome. Assim, quando Mateus declara que o centurião estava falando, isso era verdade, muito embora ele estivesse falando por intermédio de seus representantes oficiais (como Lucas esclarece).
Francis Davidson
5. ENSINO SOBRE A PURIFICAÇÃO (Mc
Depois de responder aos fariseus sobre o assunto da tradição e da lei, Jesus se dirigiu a todos os presentes para tratar do assunto de contaminação. Sua resposta parabólica era revolucionária nas suas implicações religiosas, e era destinada a libertar o Cristianismo da escravidão do legalismo. Por um lado, não há nada exterior que possa corromper o homem; por outro lado, a verdadeira fonte de toda contaminação humana é interior, oriunda do coração e não das mãos. Os discípulos não entenderam isto na hora, e conseqüentemente pediram esclarecimentos do Senhor mais tarde (17).
Os vers. 18-23 desdobram o pensamento do vers. 15. Segundo os melhores textos do grego (e a diferença é de uma só letra) a última frase do vers. 19 deve ser traduzida como na ARA: "E assim considerou Ele puros todos os alimentos". Com Jesus finda a distinção entre alimento puro e contaminado. A observação pode representar a reflexão de Pedro, à luz da sua experiência em Jope (At
6. A MULHER SIRO-FENÍCIA (Mc
Alguns expositores modernos explicam o milagre desta história como caso de conhecimento sobrenatural ou telepático, antes de ser uma cura milagrosa. Parece claro, porém, que Marcos, apoiado por Mateus, dá a entender que Jesus curou a uma distância, sendo este o único exemplo neste Evangelho de um prodígio desta natureza.
7. A CURA DE UM SURDO E GAGO (Mc
John MacArthur
24. Escritura— A tradição corrupta (Marcos
Os fariseus e alguns escribas reuniam ao redor dele quando eles tinham vindo de Jerusalém, e viu que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar.(Para os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar cuidadosamente as mãos, observando-se, assim, as tradições dos anciãos, e quando voltam do mercado, eles não comem sem purificar-se, e há muitas outras coisas que tenham recebido a fim de observar, como a lavagem de copos e jarros e panelas de cobre.) Os fariseus e os escribas lhe perguntou: "Por que os teus discípulos não andam segundo a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos impuras? "E ele disse-lhes:" Justamente profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens. " Negligenciar o mandamento de Deus, você mantém a tradição dos homens. "Ele também estava dizendo a eles:" Vocês são especialistas em deixar de lado o mandamento de Deus, a fim de manter sua tradição. Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe "; e, "Aquele que fala mal de pai ou mãe, deve ser condenado à morte"; mas vós dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe, o que eu tenho que ajudá-lo é Corban (isto é, dada a Deus), 'você não permitir que ele faça qualquer coisa por seu pai ou sua mãe; invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição que vocês mesmos transmitiram; e você faz muitas coisas, como que "(7: 1-13).
Como o Antigo Testamento declara repetidamente, a única adoração que agrada a Deus é o que flui de um coração que sinceramente ama e procura obedecer a Sua Palavra (conforme Dt
"No entanto, mesmo agora", diz o Senhor ", voltarão para mim de todo o vosso coração, e isso com jejuns, lágrimas e lamentações; E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes. "Agora volte para o Senhor teu Deus, porque Ele é misericordioso e compassivo, lento para a cólera, e abundante em benignidade, e se compadece do mal. (Joel
O Senhor não estava interessado em símbolos externos de tristeza, como o rasgar de roupa, a menos que eles realmente representado genuíno arrependimento e remorso sincero. O profeta Isaías semelhante repreendeu o povo de seu dia para o seu frio, a religião sem coração. Embora o povo ofereciam sacrifícios corretos (Is
Sete séculos depois, o judaísmo do tempo de Jesus foi caracterizado por uma forma similar de vazio, sem vida, adoração hipócrita. Ao longo dos séculos, a tradição judaica tinha criado uma religião legalista de externalism hipócrita, propagada principalmente pelos fariseus e escribas. Embora a sua religião foi dirigido a Deus verdadeiro, ele foi praticado de forma errada (conforme Rm
Os eventos descritos em Mc
Contribuir para que o declínio na popularidade foi a propaganda espalhada pelos fariseus e escribas, que tentou desacreditar Jesus atribuindo Seu poder de Satanás (conforme Mc
O Interrogatório
Os fariseus e alguns escribas reuniam ao redor dele quando eles tinham vindo de Jerusalém, e viu que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar.(Para os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar cuidadosamente as mãos, observando-se, assim, as tradições dos anciãos, e quando voltam do mercado, eles não comem sem purificar-se, e há muitas outras coisas que tenham recebido a fim de observar, como a lavagem de copos e jarros e panelas de cobre.) Os fariseus e os escribas lhe perguntou: "Por que os teus discípulos não andam segundo a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos impuras "(7: 1-5)?
De acordo com Jo
As lavagens tornou-se mais elaborada quando as pessoas voltaram para casa depois de sair, porque eles poderiam ter sido contaminado pelo contato com um samaritano, um gentio, ou até mesmo um judeu que era impuro. Assim, como Marcos observa, quando voltam do mercado, eles não comem sem se purificar. Somado a isso de lavagem das mãos tradicional foi a limpeza cuidadosa de instrumentos e utensílios de cozinha para refeições. Na verdade, há muitas outras coisas que receberam para observar, como a lavagem de copos e jarros e panelas de cobre. Juntas, essas lavagens rituais feitos cada hora das refeições um caso elaborado e meticuloso.
As tradições dos anciãos consistiu de regulamentação extra-bíblicas que haviam sido passadas desde o tempo do cativeiro babilônico (605-535 AC ). Estas tradições orais, que permearam o judaísmo do tempo de Jesus, foram finalmente escritas no Mishnah por volta do final do segundo século AD A Mishná, juntamente com comentário rabínico adicional chamado o Gemara, compõe o Talmud (a coleção da tradição judaica que na forma impressa abrange milhares de páginas de material extra-bíblica). De acordo com o Talmud, Deus deu a Moisés a lei oral, que ele passou para outros grandes homens em Israel.Estes homens foram acusados de, pessoalmente, apropriando-se a lei em suas próprias vidas, a formação de outros que ensinam a lei para as gerações seguintes, ea construção de um muro de proteção em torno da lei, a fim de preservá-la. Esse muro de proteção consistia em regulamentos extrabiblical destinadas a garantir que as pessoas nunca chegou perto de quebrar a lei. Na realidade, porém, essas regras rabínicas realmente prejudicados e obscureceu a lei que visavam proteger. Ao longo do tempo, o povo judeu começou a medir a sua condição espiritual em termos de conformidade externa com os requisitos tradicionais e rituais cerimoniais, em vez de em termos de amor sincero a Deus e humilde obediência à Sua Palavra (conforme Is
Do primeiro século judaísmo, como todas as formas de religião apóstata, elevadas tradições humanas acima dos ensinamentos das Escrituras. Os fariseus valorizada seus ritos, rituais e regulamentos, permitindo o que era meramente externo para tomar o lugar de adoração verdadeira e sincera obediência. Externamente, eles prestaram homenagem a Deus com os lábios, mas interiormente seus corações cheios de calos foram longe Dele. Porque nunca tinha sido transformado no interior, as suas tentativas para adorar a Deus eram inevitavelmente hipócrita. A verdadeira adoração, pelo contrário, flui a partir da alma que foi regenerado e ansiosamente procura honrar e submeter à vontade do Senhor. Como Jesus explicou em Jo
Estas falsificações arquetípicas ficaram indignados que Jesus ignorou suas tradições. Mas o Senhor sabia que nem ele nem os seus discípulos estavam obrigados a seguir costumes rabínicos. Só o que veio a partir da Escritura era autoritário; onde a tradição em conflito com a Palavra de Deus, a tradição precisava ser derrubado e seus fornecedores expostos abertamente. Consequentemente, Jesus também estava dizendo a eles: "Vocês são especialistas em deixar de lado o mandamento de Deus, a fim de manter sua tradição." Os fariseus e escribas acusaram os discípulos de Jesus de cometer um delito grave.Na realidade, foram eles que eram culpados de crimes reais contra Deus. Eles esqueceram o mandamento de Deus e influenciou muitos outros a fazer o mesmo. Suas mãos podem ter sido lavados e limpos, mas o seu coração não estavam. Consequentemente, eles e seus seguidores foram caminhando para o julgamento eterna (conforme Mt
A Ilustração
"Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe"; e, "Aquele que fala mal de pai ou mãe, deve ser condenado à morte"; mas vós dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe, o que eu tenho que ajudá-lo é Corban (isto é, dada a Deus), 'você não permitir que ele faça qualquer coisa por seu pai ou sua mãe; invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição que vocês mesmos transmitiram; e você faz muitas coisas, como que "(7: 10-13).
Depois de expor sua duplicidade a partir do texto de Isaías 29, Jesus deu aos hipócritas uma ilustração para provar seu ponto. Levando-los de volta para Ex
Inerente a honrar o pai ea mãe é a responsabilidade de amar e respeitá-los ao longo de toda a sua vida, inclusive ajudando a satisfazer as suas necessidades, se eles se tornam incapazes de prover o próprio sustento. Mas a tradição rabínica tinha crescido para minar que o mandato bíblico. Ele impetuosa sugeriu que uma criança poderia evitar auxiliando seus pais simplesmente dizendo-lhes: "Tudo o que eu tenho que iria ajudá-lo tem sido dado a Deus" (Mt
Embora Jesus detestava as tradições do judaísmo apóstata, deve-se notar que a própria tradição não é inerentemente mau. Há muitas tradições maravilhosas que os crentes já celebraram ao longo dos séculos.Problemas devastadores surgem quando essas tradições são dadas uma autoridade igual ou maior do que as Escrituras. Sempre que a palavra de Deus é invalidada por tradição, como no caso dos fariseus e dos escribas, é uma abominação e uma ofensa. Aqueles que realmente amam a Deus valorizar a Sua Palavra e procurai com zelo a apresentar aos seus comandos (conforme Jo
De acordo com um rabino que honestamente avaliou o judaísmo de sua época: "Há dez partes da hipocrisia do mundo, nove em Jerusalém e um em todo o mundo" (citado de João A. Broadus, Comentário ao Evangelho de Mateus [Filadélfia : American Baptist Publication Society, 1886],
335) Hipocrisia não se limita ao judaísmo antigo. Ele ainda é difundida em várias formas de cristandade hoje, onde prospera em cerimônias vazias, adoração superficial, doutrinas errantes, rezas indiferentes, moralismo legalista, e outros semelhantes. Por sua própria definição, a hipocrisia parece bom do lado de fora, mas é corrupto no interior.
A solução para a hipocrisia é a mesma que para qualquer outro pecado: o arrependimento. Talvez nenhum exemplo Novo Testamento ilustra melhor que a verdade do que o apóstolo Paulo. Como um fariseu, Paulo medida a sua condição espiritual em termos de aparências hipócritas e elogios religiosas. Quando ele se tornou um cristão, ele percebeu que as coisas eram inúteis. Como ele explicou aos Filipenses:
Se alguém tem uma mente que confiar na carne, eu muito mais: circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível. Mas tudo o que para mim era lucro, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo, e pode ser achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé, para que eu possa conhecê-Lo eo poder da sua ressurreição, ea comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com Sua morte; a fim de que eu possa alcançar a ressurreição dentre os mortos. (Fl 3. 4-11)
Pela graça de Deus, Paulo passou a entender o que cada hipócrita religioso deve reconhecer, que as obras hipócritas são como trapo imundo antes de um santo Deus (Is
25. A Historia da impureza interior (Marcos
Depois Ele chamou a multidão para ele novamente, ele começou a dizer-lhes: "Ouça-me, todos vocês, e entender: não há nada fora do homem que possa contaminá-lo, se ele vai para ele; mas o que sai do homem é o que contamina o homem. [Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.] "Quando Ele havia deixado a multidão e entrou em casa, os seus discípulos o interrogaram acerca da parábola. E Ele lhes disse: "Você está tão carente de entender? Não compreendeis que tudo o que vai para o homem do lado de fora não pode contaminá-lo, porque ele não entra em seu coração, mas em seu estômago, e é eliminado? "(Assim Ele declarou puros todos os alimentos.) E Ele estava dizendo:" O que sai do homem, isso é o que contamina o homem. Porque de dentro, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, homicídios, adultérios, atos de cobiça e maldade, assim como o engano, a sensualidade, a inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem "(7: 14-23).
A noção de que os seres humanos são basicamente boas persiste no mundo, apesar da evidência constante e onipresente em contrário. Populares psicólogos e antropólogos seculares insistir mal não é inerente às pessoas. Consequentemente, a culpa por comportamentos destrutivos é finalmente colocado em forças externas e fatores ambientais. "Outras pessoas são ruins não me" parece ser a desculpa orgulhoso facilmente formado pelo coração humano enganosa. Recusando-se a reconhecer a sua própria culpa, muitas vezes os autores afirmam ser vítimas-criticante pais, colegas, ou circunstâncias de seu comportamento criminoso.
A compreensão bíblica da natureza humana não poderia ser mais oposto. Porque todas as pessoas são pecadores (. Conforme Rm
O povo judeu do tempo de Jesus, obviamente, não foram afetados pelas reflexões de psicólogos modernos. No entanto, eles semelhante mal a verdade fundamental sobre onde a corrupção ea contaminação se origina. Pensar que a contaminação moral veio de fontes externas, eles desenvolveram um sistema elaborado de rituais e cerimônias exteriores que eles achavam que iria fazê-los pura. Eles supôs errAdãoente que se parecia bom do lado de fora, participando da sinagoga, honrando a lei, e observando as tradições dos anciãos, Deus iria considerá-los justos no interior (conforme Mt
Nesta seção (Marcos
A verdade enunciada
Depois Ele chamou a multidão para ele novamente, ele começou a dizer-lhes: "Ouça-me, todos vocês, e entender: não há nada fora do homem que possa contaminá-lo, se ele vai para ele; mas o que sai do homem é o que contamina o homem. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça "(7: 14-16).
Assim como Jesus chamou seu ministério galileu ao fim, multidões de pessoas ainda acumulou onde quer que Ele era (conforme Mc
Falando de contaminação espiritual, Jesus explicou que não há nada fora do homem que possa contaminá-lo, se ele vai para ele. ponto do Senhor era que as coisas externas, como refeições feitas com as mãos por lavar cerimonialmente (conforme 7: 2), e não o são fonte de impureza espiritual. Pelo contrário, a corrupção que ofende a Deus é uma realidade interna, espiritual, que tem uma fonte interna correspondente. Poluição Sinful não vem de fora do pecador, mas fica dentro dele. Na passagem paralela de Mt
As palavras de Jesus deve ter chocado seus ouvintes, os quais haviam sido suscitadas em um sistema que valorizada moralidade externa e cerimônias (6 conforme Matt.: 1-6, 16-18). Na realidade, o Senhor não foi a introdução de novas idéias, mas reiterando verdades do Velho Testamento que o povo judeu deve ter conhecido bem. Eles estavam familiarizados com passagens que ensinou que "Deus não vê como vê o homem, pois o homem vê o exterior, porém o Senhor olha para o coração" (1Sm
O fato de que os rituais do Antigo Testamento eram apenas símbolos é particularmente enfatizado ao longo do livro de Hebreus. Comentando sobre o sistema levítico, o autor de Hebreus explicou que o sacerdócio era "uma figura e sombra das coisas celestiais" (8: 5); o sacrifício de touros e bodes prenunciava a obra expiatória final de Cristo (conforme 13
Como o sistema de sacrifício, a circuncisão também foi um ato físico prescrito por Deus para simbolizar uma realidade espiritual. Mesmo quando Israel entrou na Terra Prometida, o Senhor lembrou as pessoas que Seu olhar estava voltada para a circuncisão de seus corações:
"Agora, Israel, o que o Senhor, teu Deus requer de você, mas a temer o Senhor, teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e amá-lo, e para servir ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de guardar os mandamentos do Senhor e os seus estatutos, que eu hoje te ordeno para o seu bem? ... Circuncide então o seu coração. "(Dt
Para ele não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Mas ele é um judeu que é interiormente; e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra; e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus.
Afinal de contas, Abraão foi justificado pela fé antes de ser circuncidado (conforme Rom. 4: 1-12).
O Antigo Testamento era clara: nenhuma atenção a cerimônia ou ritual comandado era agradável a Deus, a menos que ele veio de um coração que sinceramente amavam (conforme (conforme Dt
Jesus protestou contra a sua religião superficial, enfatizando a necessidade de verdadeira justiça interna (conforme Mt
O versículo 16 acrescenta a frase Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. A maioria das traduções modernas colocar essa frase entre parênteses porque não ocorre nos primeiros manuscritos, mais de confiança do evangelho. Embora Jesus usou esta frase em outras ocasiões (Mt
A Verdade Explicado
Quando Ele havia deixado a multidão e entrou em casa, os seus discípulos o interrogaram acerca da parábola. E Ele lhes disse: "Você está tão carente de entender? Não compreendeis que tudo o que vai para o homem do lado de fora não pode contaminá-lo, porque ele não entra em seu coração, mas em seu estômago, e é eliminado? "(Assim Ele declarou puros todos os alimentos.) E Ele estava dizendo:" O que sai do homem, isso é o que contamina o homem. Porque de dentro, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, homicídios, adultérios, atos de cobiça e maldade, assim como o engano, a sensualidade, a inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem "(7: 17-23).
Algum tempo mais tarde naquele dia , quando Ele havia deixado a multidão, Jesus e seus discípulos entraram na casa onde ele foi presumivelmente ficar, possivelmente, a casa de Pedro e André, em Cafarnaum (conforme 1:29). Longe das multidões, o Senhor foi capaz de comunicar de forma privada com os seus discípulos, que o questionaram sobre a parábola. De acordo com Mateus
Os discípulos vieram e disseram-lhe: "Você sabe que os fariseus ficaram ofendidos quando ouviram esta afirmação?" Mas ele, respondendo, disse: "Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai-os; são guias cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão num buraco. "
Que os fariseus e os escribas ficaram ofendidos pelas palavras de Jesus não foi nenhuma surpresa. Ele intencionalmente atingido golpes devastadores no coração da sua forma hipócrita de externalism hipócrita.Embora eles se consideravam autoridades espirituais que representavam Deus, na realidade, eles eram guias cegos que conduzem as pessoas na estrada para o inferno (conforme Mt
De acordo com Mt
Reconhecendo a sua luta, Jesus explicou pacientemente a verdade por trás da metáfora: "Você não entende que tudo o que vai para o homem do lado de fora não pode contaminá-lo, porque ele não entra em seu coração, mas em seu estômago, e é eliminado?" Como é frequentemente o caso nas Escrituras (por exemplo, Dt
Nota entre parêntesis de Marcos explica que, ao fazer esta declaração de Jesus em um momento obliterado as leis dietéticas do judaísmo e declarou puros todos os alimentos. A questão não é escolhas culinárias de uma pessoa, mas a condição espiritual de sua pessoa interior. Dada estreita associação da marca com o apóstolo Pedro (ver Introdução: Autoria), o comentário de Marcos foi provavelmente influenciado pela própria experiência de Pedro em Jope (At
Lista de seis más ações representativas de Jesus começou com prostituição (uma forma da palavra grega porneia , a partir do qual o Inglês palavra "pornografia" é derivado), uma referência geral para o pecado sexual. Em seguida, Ele identificou furtos (uma forma de klopē ; o verbo relacionado, cleptomaníaco , fornece a base para o Inglês palavra "cleptomaníaco"); assassinatos (uma forma de phonos ), denotando a obtenção ilícita de vida de outra pessoa; adultérios (uma forma de moicheia ), ou seja, o pecado sexual que viola a aliança de casamento; e atos de cobiça (uma forma de pleonexia ), uma referência aos desejos e comportamentos motivados pela ganância e avareza. Todos os quatro dessas ações estão incluídas na segunda metade dos Dez Mandamentos (conforme 13
O Senhor continuou denunciando seis atitudes más representativos que estão por trás dessas ações ímpios (conforme Mt
No ato físico de purificação cerimonial ou ritual externo pode purificar o coração depravado, dos quais flui todas as ações e atitudes ímpios malignos. Pecadors necessidade de ser dada uma nova natureza, um novo coração. Somente o Espírito de Deus pode criar esse (conforme Jr
"Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; Vou purificar de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos. Além disso, eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de você; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e farei que andeis nos meus estatutos, e você vai ter o cuidado de observar os meus juízos "(Ez. 36: 25-27).
Como a profecia de Ezequiel indica, a salvação requer transformação interior, um novo coração. O Novo Testamento identifica que a realidade como o milagre da regeneração e do novo nascimento (conforme Jo
Ele nos salvou, e não com base em ações que nós temos feito em justiça, mas de acordo com a Sua misericórdia, pela lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou sobre nós abundantemente através de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que sendo justificados pela sua graça, seriam feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna. (Tito
A salvação não se baseia "com base em ações", incluindo obras morais, cerimônias religiosas e rituais externos. Pelo contrário, exige um milagre interno pelo Espírito Santo, que, segundo a sua vontade e poder soberano, cria e purifica as almas de todos que abraçam a fé em Jesus Cristo (Atos
Aqueles que endurecer o coração para a boa notícia do evangelho, como os fariseus e os escribas fez, terá de enfrentar o julgamento eterno (conforme Rm
26. Migalhas da mesa do Mestre (Marcos
Jesus levantou-se e foi embora de lá para a região de Tiro. E quando Ele tinha entrado em uma casa, Ele não queria que ninguém sabe disso; Ele ainda não podia escapar aviso prévio. Mas depois de ouvir dele, uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo veio imediatamente e caí a seus pés. Agora, a mulher era uma Gentil, da raça siro-fenícia. E ela continuou pedindo-Lhe que expulsou o demônio de sua filha. E ele estava dizendo a ela: "Deixe que as crianças ser cumprida em primeiro lugar, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos." Mas ela respondeu, e disse-lhe: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos . sob o avanço da mesa em migalhas dos filhos "E disse-lhe:" Por causa desta resposta ir; o demônio já saiu de tua filha. "E vai voltar para sua casa, ela encontrou a criança deitada na cama, o demônio ter deixado. (7: 24-30)
Porque Marcos escreveu seu evangelho para um público Gentil, ele teve o cuidado de destacar o fato de que a mensagem da salvação não se limitou a Israel, mas alargada a todo o mundo (conforme Mc
Os israelitas viram os não-judeus como párias que foram separados do reino e os propósitos de Deus (conforme Ef. 2: 11-12). Assim, os gentios eram considerados impuros, amaldiçoado, e expedidos para o julgamento divino. Os judeus do princípio de que só eles (juntamente com prosélitos) poderia receber as bênçãos da salvação, porque eles faziam parte da nação escolhida de Deus. Essa perspectiva míope refletiu uma incompreensão do Antigo Testamento, que declarou Israel de ser um reino de sacerdotes: que refletiria as bênçãos da salvação a todas as famílias da terra (conforme Gn 12 (Ex
Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe,
E fazer sua face brilhar sobre nós, Selah.
Que o Seu caminho pode ser conhecido na terra,
Sua salvação entre todas as nações.
Deixe os povos 5os louvem, ó Deus;
Que todos os povos 5os louvem.
Deixe que as nações prazer e alegria para cantar;
Para Você julgará os povos com retidão
E orientar as nações sobre a terra. Selah.
Deixe os povos 5os louvem, ó Deus;
Que todos os povos 5os louvem.
A terra tem produzido o seu fruto;
Deus, nosso Deus, nos abençoa.
Deus nos abençoa,
Que todos os confins da terra pode temem. (Sl
Assim, o povo de Israel foi chamado para ser uma luz para as nações, para que através deles os habitantes de toda a terra iria cantar louvores a Deus e dar-Lhe glória. Envolvido na idolatria e imoralidade, as nações do mundo precisava saber sobre o verdadeiro Deus:, sem os quais não poderiam ser salvos (Is
O Senhor Deus sempre pretendeu que a mensagem de salvação para alcançar o mundo todo, inicialmente usando Israel como os meios para esse fim (conforme Gl
Tudo isso mudou com a vinda do Messias. Como Is
Quando a nação falhou em seu testemunho global, o Messias iria triunfar. Ele seria a luz indefectível para as nações, para que a mensagem de salvação de Deus iria se espalhar por todo o mundo.
As profecias de Isaías foram claramente cumpridos na vida e ministério de Jesus Cristo. Embora o foco de seu ministério terreno centrada na nação de Israel, Sua oferta de salvação estendida a todas as pessoas, sejam judeus ou gentios. Por exemplo, Ele Se revelou como o Messias a uma mulher samaritana pária em Jo
Ministério salvação do Messias para o mundo inteiro é visualizado neste texto (Marcos
Retreat Foreign Jesus '
Jesus levantou-se e foi embora de lá para a região de Tiro. E quando Ele tinha entrado em uma casa, Ele não queria que ninguém sabe disso; Ele ainda não podia escapar aviso prévio. (7:24)
Depois de mais de um ano, na Galiléia, o ministério estendida de Jesus havia chegado ao fim. Embora alguns acreditavam, a maioria das pessoas rejeitou Ele (Jo
A região de Tiro, situado ao noroeste da Galiléia, refere-se ao território Gentil da antiga Fenícia, que hoje está localizado no sul do Líbano. Em seu relato paralelo, Mateus identifica-o como "o distrito de Tiro e Sidon" (Mt
Chegando nos arredores de Tiro, Jesus, juntamente com os Doze, tinha entrado em uma casa. Que este era um tour privado é indicado pelo fato de que Ele não queria que ninguém sabe disso; Ele ainda não podia escapar aviso prévio. Inevitavelmente, como aconteceu sempre que Jesus ia, as notícias sobre Sua chegada rapidamente se espalhou. Mesmo no fundo do território Gentil, cerca de 35 milhas a noroeste de Cafarnaum, as pessoas tinham ouvido falar sobre Ele. De acordo com Mc
Embora o Senhor destina esta viagem para descansar e aulas particulares para os seus discípulos, Ele também sabia da nomeação divina que O aguardava. Na verdade, esse encontro foi planejado uma parte crítica da formação dos apóstolos a ser suas testemunhas. Seu encontro com a mulher Gentil desde os Doze com um exemplo vivo da verdadeira fé e uma prévia do que estava por vir, quando eles iriam começar a levar o evangelho até os confins da terra.
Fervent solicitação da mulher
Mas depois de ouvir dele, uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo veio imediatamente e caí a seus pés. Agora, a mulher era uma Gentil, da raça siro-fenícia. E ela continuou pedindo-Lhe que expulsou o demônio de sua filha. (7: 25-26)
Depois de ouvir que ele estava hospedado nas proximidades, uma mulher cuja filha tinha um espírito imundo veio imediatamente e caí a seus pés. Aparentemente, ela já tinha ouvido falar de Jesus.Talvez ela tivesse mesmo viajou para a Galiléia e visto os milagres de Jesus a si mesma. Se assim for, ela já havia testemunhado Seu poder de curar doenças e expulsar os demônios. Como muitos outros que desesperAdãoente procuram ajuda Jesus, esta mulher se aproximou dele em humilde reverência, prostrando-se diante dele (conforme Mt
A mulher tinha um problema urgente, que é por isso que ela ficava perguntando Jesus para expulsar o demônio de sua filha. Os demônios são anjos caídos que operam no reino das trevas. Neste caso horrível, um demônio foi cruelmente possuindo uma menina (conforme Mt
Responder Focused Jesus '
E ele estava dizendo a ela: "Deixe que as crianças ser cumprida em primeiro lugar, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos." (7:27)
Os discípulos mal interpretado o silêncio de Jesus, assumindo Sua recusa em responder indicaram que Ele queria que a mulher a sair. Como ela continuou a pleitear, sua frustração e impaciência para ela aumentou. Não só ela foi um gentio e um incômodo, seus apelos foram altos atraindo a atenção no momento em que eles procuraram privacidade e isolamento das multidões. Assim, de acordo com Mt
Em resposta aos discípulos "pedido, mas ao alcance da voz da mulher, Jesus", respondeu e disse: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt
Jesus continuou a testar a sua fé por novamente atrasar sua resposta. Essencialmente reafirmando o que Ele havia dito aos discípulos, Ele estava dizendo a ela: "Deixe que as crianças ser cumprida em primeiro lugar, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos." Com uma simples analogia, o Senhor reiterou que sua prioridade ministério foi o primeiro a Israel. A refeição preparada para as crianças não devem ser administradas aos cães. Da mesma forma, a prioridade do Messias era para pregar o evangelho do reino para os filhos de Israel (conforme Mateus
Response Cheio-fé da mulher
Mas ela respondeu, e disse-lhe: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos debaixo da mesa de alimentação em migalhas dos filhos." (7:28)
O Senhor sabia fé divinamente outorgado da mulher (conforme Ef
A resposta da mulher, provocada pelo Senhor Jesus, expressa uma qualidade de fé que ele chamou de "grande fé" (conforme Mt
A grandeza da fé desta mulher é ampliada quando comparado com o pouco que sabia. Nascido e criado em uma cultura pagã, ela não compartilhar a herança privilegiada do povo judeu. Ela foi removida do templo, o sistema sacrificial, e até mesmo as Escrituras. No entanto, apesar de ter recebido apenas uma pequena revelação, ela acreditava. A magnitude da sua fé foi evidenciada pela sua vontade de transformar a partir das divindades pagãs de sua educação e abraçar Jesus Cristo na fé. Essa resposta estava em forte contraste com os líderes religiosos judeus, que arrogantemente condenadas seu próprio Messias como um blasfemador (conforme Jo
Reação favorável de Jesus
E disse-lhe: "Por causa desta resposta go; o demônio já saiu de tua filha. "E vai voltar para sua casa, ela encontrou a criança deitada na cama, o demônio ter deixado. (7: 29-30)
Embora Jesus prolongou sua interação com esta mulher, a fim de colocar a natureza da fé genuína em exposição, Ele sabia o tempo todo que ele ia fazer. O Senhor nunca recusou ninguém, judeu ou gentio, que se aproximou Ele com fé sincera (Jo
A cura da filha, embora maravilhoso, não é o principal ponto de esta conta. Em vez disso, os centros de focar tanto a substância desta mulher-fé sendo caracterizado pela humildade, penitência, reverência e persistência e o objeto de sua fé, ou seja, o Senhor Jesus Cristo. A história desta mulher é uma ilustração magnífica sobre o fato de que uma genuína fé salvadora abandona ídolos, abandona orgulho, e ainda com reverência persistentemente implora por misericórdia e graça divina (conforme Mt
Novamente Ele saiu da região de Tiro, foi por Sidom até o mar da Galiléia, na região da Decápole. Eles trouxeram-lhe um que era surdo e falava com dificuldade, e implorou-lhe que pusesse a mão sobre ele. Jesus tomou-o de entre a multidão, por si mesmo, e pôs os dedos nos seus ouvidos, e depois de cuspir, tocou a língua com saliva; e olhando para o céu com um profundo suspiro, Ele lhe disse: "Efatá!", isto é, "ser aberto!" E os seus ouvidos se abriram, e o impedimento de sua língua foi removido, e ele começou a falar claramente. E Ele deu-lhes ordens para não contar a ninguém; Mas quanto mais ele ordenou-lhes, mais amplamente eles continuaram a proclamá-la. Eles eram totalmente surpreso, dizendo: "Ele tem feito bem todas as coisas; Ele faz até os surdos ouvirem e os mudos falarem "(7: 31-37).
Estes versos pode ser introduzida com um enigma: Quem é permitido falar, mas não é capaz, e capaz de falar, mas não é permitida? Essa pergunta enigmática encontra a sua resposta neste relato dramático.
Depois de mais de um ano de ministério público na Galiléia, Jesus levou seus discípulos para longe por um tempo de instrução isolado. O Doze tinha afirmado recentemente que Ele era o Filho de Deus (Mt
Após a sua estadia perto de Tiro terminou, Jesus e os Doze saiu da região de Tiro, foi por Sidom até o mar da Galiléia, na região da Decápole. Viajando em um caminho tortuoso, a fim de estender o tempo com seus discípulos , o Senhor continuou indo para o norte através da cidade de Sidon (situado na costa do Mediterrâneo cerca de 20 milhas de Tiro) antes de viajar para o leste e sul para o seu destino nas praias do sudeste do mar da Galiléia.
A região da Decápole, localizado no lado sudeste do lago, foi a casa de gentios e fora do território de Herodes Antipas. A região compreendida dez cidades-estados (o nome Decápole, do grego deka ["dez"] e polis ["city"], significa literalmente "dez cidades"). As descobertas arqueológicas indicam que essas cidades eram centros de paganismo grego, repleta de ídolos que honram divindades pagãs, como Zeus, Afrodite, Artemis, e Dionísio. Embora a nação de Israel ainda era a prioridade de Jesus, Sua disposição para ministrar nesta área Gentil, bem como sua interação com a mulher de Tiro, inspecionou o fato de que o evangelho foi sempre a intenção de ser pregado em todo o mundo. (. Para mais informações sobre este ponto, ver o capítulo 26 do volume atual) por viajar para Decápole, Jesus voltou para a vizinhança da Gerasa onde Ele já havia curado um homem possuído por uma legião de demônios (conforme Marcos
O tempo do Senhor de instrução com os Doze terminou como grandes multidões se reuniram em torno dele mais uma vez. Mateus
Jesus foi ao longo do mar da Galiléia, e de ter passado em cima da montanha, Ele estava sentado lá. E grandes multidões aproximaram-se dele, trazendo consigo aqueles que eram coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros, e eles depositavam aos Seus pés; e ele os curou. Assim, a multidão se maravilhou, ao verem a falar em mute, os aleijados restaurada, ea curta coxos e os cegos a ver; e glorificavam ao Deus de Israel.
Embora os moradores da Decápole eram adoradores de ídolos, eles tinha ouvido falar sobre o poder de Jesus e sabia que Ele poderia fazer o que suas divindades pagãs nunca tinha feito. Consequentemente, eles correram aqueles que estavam com deficiência física à Ele, e Ele os curou, imediata e completamente. Previsivelmente, eles "maravilhou" (do grego thaumazō, o que significa ser golpeado com admiração) e começou a glorificar a Deus verdadeiro. Ironicamente, os líderes judeus de Israel que viram os mesmos milagres rejeitado Jesus, acusando-o de operar pelo poder de Satanás (Mc
É nesse contexto que a conta descrita nesta passagem (Marcos
Incapaz de falar
Eles trouxeram-lhe um que era surdo e falava com dificuldade, e implorou-lhe que pusesse a mão sobre ele. (07:32)
Amigos ou membros da família trouxe um homem que era surdo e falava com dificuldade para ver Jesus. Sua surdez era provável congênita ou longo prazo; sem ser capaz de ouvir como uma criança, ele era incapaz de aprender a falar, resultando assim em um problema de fala grave. Nesse mundo, não há remédios existiu por tal condição. Aqueles que sofrem de tais deficiências físicas foram ostracizados pela sociedade. Mesmo em Israel, as pessoas surdas, por causa de seus defeitos de perda de audição e de fala, foram geralmente consideradas como deficientes mentais. Adicionando insulto à injúria, os judeus alegaram que deficiências como surdez ou cegueira foram resultado direto do juízo de Deus por causa do pecado (conforme João
No entanto, alguns se importava o suficiente sobre este homem para levá-lo a Jesus, e eles implorou-lhe que pusesse a mão sobre ele. Neste contexto, o verbo implorou (do verbo grego parakaleo ) significa "pedir" ou "suplicar" com um senso de urgência. Em desespero que se confessou em nome do seu amigo, que não poderia falar por si mesmo, que Jesus lhe permitiria ouvir. Jesus muitas vezes impôs as mãos sobre as pessoas visualmente e tangível demonstrar Seu poder para os que sofrem (conforme Mc
Concedia que falassem
Jesus tomou-o de entre a multidão, por si mesmo, e pôs os dedos nos seus ouvidos, e depois de cuspir, tocou a língua com saliva; e olhando para o céu com um profundo suspiro, Ele lhe disse: "Efatá!", isto é, "ser aberto!" E os seus ouvidos se abriram, e o impedimento de sua língua foi removido, e ele começou a falar claramente. (7: 33-35)
Respondendo com compaixão, como sempre fazia (conforme Mt
Em um ato de profunda bondade, o Senhor começou a se comunicar em linguagem de sinais, através de gestos e sinais não-verbais. Jesus usou quatro sinais específicos para fazer seu ponto. Primeiro, elecolocou os dedos em ambos os ouvidos para indicar que Ele reconheceu problema físico do homem. Jesus entendeu que ele não foi prejudicado mentalmente ou possuído por demônios, como alguns podem ter pensado; ele simplesmente não podia ouvir. O Senhor usou um gesto simbólico para demonstrar que Ele tinha justamente diagnosticado o problema médico. Em segundo lugar, depois de cuspir, tocou a língua dele com a saliva. Jesus novamente empregou um gesto físico para identificar discurso incapacidade do homem. Embora Jesus usou saliva em suas curas em outras duas ocasiões (conforme Mc
Impossível não falar
E Ele deu-lhes ordens para não contar a ninguém; Mas quanto mais ele ordenou-lhes, mais amplamente eles continuaram a proclamá-la. Eles eram totalmente surpreso, dizendo: "Ele tem feito bem todas as coisas; Ele faz até os surdos ouvirem e os mudos falarem "(7: 36-37).
Sem dúvida, a reação do homem foi um dos alegria exuberante. Naturalmente, seu impulso imediato foi para dizer a todos o que aconteceu. Mas Jesus instruiu ele e seus amigos para manter a calma, uma imensa restrição à luz de tal experiência. No entanto, Ele deu-lhes ordens para não contar a ninguém.
Encomendas (do grego diastellomai ) refere-se a um comando. Que Jesus ordenou este homem para permanecer em silêncio pode parecer estranho, não só porque ele tinha acabado de lhe dar a capacidade de falar, mas também porque o Senhor tinha dito anteriormente o endemoninhado Garasene para fazer exatamente o oposto:
Ele lhe disse: "Vá para casa para o seu povo e que lhes transmitam as grandes coisas que o Senhor tem feito por você, e como teve misericórdia de ti." E ele foi e começou a proclamar em Decápolis quão grandes coisas Jesus tinha feito para ele; e todo mundo ficou surpreso. (Marcos
Alguém poderia perguntar por que Jesus instruiu o ex-endemoninhado para espalhar a notícia sobre Ele toda a região de Decápolis e mais tarde disse ao ex-homem surdo para manter a calma. Houve uma diferença importante. O ex-endemoninhado foi o primeiro missionário a essa área Gentil. Mas agora, em grande parte, através de seu testemunho, a notícia sobre o poder milagroso de Jesus era bem conhecido em toda a região, resultando em euforia generalizada. A situação atingiu proporções épicas devido ao entusiasmo desenfreado das multidões pesadas. Como na Galiléia, o Senhor não tinha vontade de adicionar combustível para o fogo de suas expectativas inerentemente materialistas e políticos sobre Ele (conforme Jo
Jesus emitido comandos semelhantes em outras vezes também (conforme Mt
No entanto, a principal razão Jesus insistiu repetidamente sobre esse tipo de silêncio é encontrado em Marcos
Cientes da sua euforia incontida, o Senhor repetiu Sua instrução, mas o mais Ordenou-lhes, mais amplamente eles continuaram a proclamá-la. Apesar de seus mandamentos repetidas, o homem e seus amigos, incapaz de conter sua alegria, mostrou desobediente. Ironicamente, apesar de Jesus curava as orelhas, o homem se recusou a ouvir as instruções do Senhor. É provável que a admoestação de Jesus também foi destinado a espectadores no meio da multidão que testemunharam este milagre impressionante. Os discípulos devem ter se perguntado por isso também que Jesus iria emitir tal comando. Mesmo que eles só mais tarde veio a entender a história completa de Jesus "Sua morte e ressurreição, incluindo o trabalho (conforme Mc
Ao ver os prodígios que ele fez, incluindo a transformação deste homem surdo, as pessoas na multidão eram totalmente espantado. A palavra totalmente vem do termo grego huperperissōs , que significa "excessivamente", "acima de tudo medida", ou "superabundante. " Surpreendido traduz uma forma de a palavra ekplessō , que significa "a ser atingido com espanto" ou, coloquialmente, "a ser apagado da mente." As pessoas eram completamente boquiaberto e incapaz de se conter. Assim, apesar de a instrução de Jesus em contrário, eles também espalhar a palavra em todos os lugares.
Em seu entusiasmo, o povo exclamou: Ele fez bem todas as coisas. Ele faz até os surdos ouvir e os mudos falar. O advérbio bem traduz a palavra grega Kalos, que significa "com razão", "corretamente", ou "de forma adequada." As pessoas estavam comentando sobre a perfeição de seus milagres. Ele fez o cego ver, os coxos andam, os surdos ouvirem e os mudos falarem. A sua recuperação foi imediata, e sua recuperação completa. Curas de Jesus nunca falhou; eles eram perfeitos o tempo todo.
A palavra mudo vem da palavra grega alalos , ou seja, o termo é usado apenas três vezes nos Evangelhos, tudo em Marcos "sem fala." (conforme 7:37; 9:17, 25). Mais cedo, no versículo 32, Marcos usou uma palavra ainda menos comum para descrever a condição deste homem. A frase "falava com dificuldade" traduz uma forma da palavra grega mogilalos , ocorrendo somente aqui no Novo Testamento.Significativamente, essa mesma palavra ocorre apenas uma vez na Septuaginta (a antiga tradução grega do Antigo Testamento) em Isaías 35. Esta passagem profética descreve as maravilhas do reino milenar futuro quando Cristo voltar para reinar sobre a terra: o deserto florescerá com belas flores (vv. 1-2), Israel e as nações vizinhas verá a glória do Senhor Deus (v. 2), a fraca e frágil serão incentivados (3 v.), e os inimigos de Deus serão julgados e o justos salvos (v. 4). Nesse contexto, Isaías escreve: "Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então o coxo saltará como um cervo, ea língua do mudo gritará de júbilo "(vv. 5-6). A palavra "mute" (a partir da palavra hebraica ' illem ) é traduzido por uma forma da palavra grega mogilalos na Septuaginta. Ao usar esse mesmo termo raro, Marcos ligado seu relato com a profecia de Isaías 35. As curas que Jesus realizou, como a cura de um surdo com um impedimento de fala grave, foram previews das glórias de seu futuro reino messiânico, quando a morte e doença será muito diminuída (conforme Is
Isaías
A estrada vai estar lá, uma estrada,
E ele será chamado pelo caminho da santidade.
O imundo não vai viajar nele,
Mas vai ser para ele que anda desse jeito,
E os tolos não vai passear nele.
No leão vai estar lá,
Nem todos os animais vicioso subir nele;
Estes não serão encontrados lá.
Mas os redimidos andarão por ele,
E os resgatados do Senhor voltará
E vêm com júbilo a Sião:
Com eterna alegria sobre as suas cabeças.
Eles vão encontrar alegria e gozo,
E a tristeza eo gemido fugirão.
Enquanto as pessoas que Jesus curou fisicamente durante Seu ministério tinham razão para se alegrar, sua exuberância momentânea não se pode comparar com as alegrias eternas que esperam por aqueles que Ele salvou espiritualmente e para quem Ele prometeu corpos glorificados eternos (conforme João
Ao curar doenças temporais, o Senhor Jesus apontou as pessoas para algo maior: a esperança de vida eterna (conforme Jo
Barclay
As leis de Deus e as regras dos homens — Mar. 7:5-8
Uma regulamentação iníqua — Mar. 7:9-13
A verdadeira contaminação — Mar. 7:14-23
Predição de um mundo para Cristo — Mar. 7:24-30
Fazendo bem todas as coisas — Mar. 7:31-37
PURO E IMPURO
A diferença e a discussão entre Jesus e os fariseus e os doutores da Lei que nos relata este capítulo são de suma importância, porque nos mostram a própria essência e o coração da divergência entre Jesus e os judeus e os judeus ortodoxos de seus dias.
A pergunta que se coloca é: Por que Jesus e seus discípulos não observam a tradição dos anciões? Qual era essa tradição e qual o espírito que a informava? Originalmente, para os judeus a Lei significava duas coisas: primeiro e sobretudo, os Dez Mandamentos, e segundo, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, conhecidos como o Pentateuco.
Agora, é certo que o Pentateuco contém uma certa quantidade de regulamentações e instruções detalhadas; mas em questões morais o que se estabelece é uma série de grandes princípios morais que se deve interpretar e aplicar se for o caso.
Durante muito tempo os judeus se conformaram com isso. Mas nos séculos 4 e V antes de Cristo apareceu uma classe de peritos legais que conhecemos como os escribas. Estes não se conformavam com os grandes princípios morais; tinham o que se pode chamar uma paixão pela definição. Queriam que esses grandes princípios fossem expandidos, amplificados, esmiuçados até dar lugar a milhares e milhares de pequenas regras e regulamentações que governavam toda ação e toda situação possíveis na vida. A vida já não seria governada por princípios, e sim por regras e regulamentos.
Estas regras e estes regulamentos nunca foram escritos até muito tempo depois da época do Jesus. São o que se denomina a Lei oral; esta era a tradição dos anciãos. A palavra anciãos nesta frase não significa os chefes da sinagoga, mas sim os grandes doutores da Lei de tempos passados, como Hillel e Shammai. Muito depois, no século III depois de Cristo, redigiu-se por escrito um resumo de todas essas regras e regulamentos, que é o que se conhece atualmente como a Mishnah.
Nesta passagem surgem dois aspectos destas regras e regulamentações dos escribas. Um é o referente à lavagem das mãos. Os escribas e fariseus acusavam os discípulos de Jesus de comer com as mãos sem lavar. A palavra grega é koinos. O significado de koinos é comum; mas também descreve algo que é ordinário no sentido de não ser sagrado, algo que é profano, em oposição ao sagrado; e finalmente, descreve, como neste caso, algo que é cerimonialmente impuro e inepto para o serviço e o culto de Deus. Havia regras rígidas e definidas para a lavagem das mãos.
Note-se, entretanto, que esta lavagem não tinha nada que ver com a higiene; tratava-se de uma limpeza cerimonial. Antes de cada comida, e entre um prato e outro, era necessário lavar as mãos, e isso devia fazer-se de certa maneira estipulada. Para começar, as mãos deviam estar limpas de toda capa de areia ou terra, ou algo por estilo. A água para a lavagem devia guardar-se em grandes cântaros especiais de pedra, de modo que ela estivesse limpa em sentido cerimonial, e de modo que existisse a garantia de que não se empregaria para nenhum outro propósito, e que não tinha caído nada nela nem se mesclou com nada. Primeiro, as mãos deviam colocar-se com as pontas dos dedos apontando para cima; a água se vertia sobre eles de modo que se deslizasse ao menos até o punho a quantidade mínima de água era um quarto de log, que equivale a uma casca e meia de ovo cheia. Enquanto as mãos estavam ainda molhadas, cada uma devia ser esfregada com o punho da outra; esfregava-se o punho de uma mão contra a palma e o dorso da outra. Isto significava que nesta etapa as mãos estavam molhadas; mas essa água em si mesma era impura por haver tocado mãos sujas. Assim, em segundo lugar, as mãos deviam ser postas com os dedos apontando para baixo e verter neles água do punho, para que corresse até as pontas dos dedos. Depois de feito tudo isto, as mãos estavam limpas.
Agora, note-se que, para os judeus, o não fazer isto significava não ser culpados de más maneiras, nem estar sujos no sentido físico, e sim ser impuros aos olhos de Deus. quem comia com as mãos sem lavar estava sujeito aos ataques de um demônio chamado Shibta. O omitir esta lavagem de mãos expunha a pessoa à pobreza e à destruição. O pão comido com mãos impuras, não era melhor que excrementos.
Um rabino que uma vez omitiu a cerimônia foi sepultado em excomunhão. Outro rabino, encarcerado pelos romanos, usou a água que lhe davam para estes lavados em lugar de bebê-la e no fim quase morreu de sede, pois estava decidido a observar as regras para o lavamento das mãos antes que saciar a sede.
Isto era a religião para fariseus e escribas. Rituais, cerimônias, regras e regulamentações como estas era o que se considerava a essência do serviço de Deus. A religião ética estava sepultada debaixo de uma massa de tabus e regras e regulamentações.
Os últimos versículos da passagem abundam nesta concepção da impureza. Uma coisa podia estar perfeitamente limpa no sentido comum, mas ser imunda no sentido legal. Algo desta concepção da impureza se encontra no Levítico, caps. Mc
Evidentemente, as vasilhas podiam tornar-se facilmente imundas. Podiam ser tocadas por uma pessoa imunda ou conter mantimentos imundos. É a isto que se refere nossa passagem com o lavamento de copos e jarros e utensílios de metal. Na Mishnah há não menos de doze dissertações sobre esta classe de imundície. Um copo fundo feito de barro podia contrair a impureza por dentro mas não por fora; quer dizer, não importava o que ou quem o tocasse por fora, mas importava o que o tocava por dentro. Se ficasse imundo se teria que rompê-lo e esmiuçá-lo de modo que não ficasse um pedaço suficientemente grande para conter azeite suficiente para ungir o dedo menino do pé. Um prato raso sem borda não podia converter-se em imundo, mas se tinha borda, sim. Se os copos feitos de couro, osso ou vidro são rasos não podem contrair imundície alguma; se forem fundos podem ficar imundos por dentro e por fora. Se forem imundos, devem ser quebrados; e a ruptura deve ser um buraco suficientemente grande para que passe por ele uma granada de tamanho médio. Os copos de barro para ser curados da impureza devem ser quebrados; outras vasilhas devem ser inundadas, fervidas, purgadas por fogo — no caso de vasilhas de metal — e polidas. Uma mesa de três pernas pode contrair imundície; se perder uma ou duas das pernas, já não pode; se perder as três pernas, pode, porque então pode será usada como um tabuleiro e um tabuleiro pode converter-se em imundo. As coisas feitas de metal podem tornar-se imundas, exceto uma porta, um ferrolho, uma fechadura, uma dobradiça, um arame e uma canaleta. A madeira incorporada em utensílios de metal pode tornar-se imunda; mas não o metal dos mesmos. Meu uma chave de madeira com dentes de metal pode converter-se em imunda; mas uma chave de metal com dentes de madeira, não. E também o leito. Leito, em segunda acepção é banco, que no Oriente se usava como mesa.
Detivemo-nos bastante sobre estas leis dos escribas, esta tradição dos anciões, porque é contra isto que Jesus estava. Para os escribas e fariseus estas regras e regulamentações eram a essência da religião. Observá-la era agradar a Deus; quebrantá-las era pecar. Esta era sua idéia da bondade e do serviço de Deus. No sentido religioso, Jesus e essas pessoas falavam diferentes idiomas. Precisamente porque Ele não queria saber nada de todas essas regras era que o consideravam um homem mau. Aqui há uma brecha fundamental: a brecha entre o homem que vê a religião como ritual, cerimonial, regras e regulamentos, e o que vê nela o amor a Deus e o amor a seus semelhantes.
Na próxima passagem se desenvolverá isto; mas está claro que a idéia que Jesus tinha da religião e a dos escribas e fariseus não tinham nada em comum.
AS LEIS DE DEUS E AS REGRAS DOS HOMENS
Os escribas e fariseus viram que os discípulos de Jesus não observavam as minúcias da tradição e o código da Lei oral acerca do lavamento das mãos antes e durante as refeições, e perguntaram por que Jesus começou citando uma passagem do Is
(1) Acusou-os de hipocrisia. A palavra hypokrites tem uma história interessante e reveladora. Começa significando simplesmente alguém que responde; passa a significar logo o que responde em um diálogo ou uma conversação estabelecidos, quer dizer, um ator teatral, e finalmente significa, não simplesmente um ator em cena, a não ser alguém cuja vida é uma atuação sem nenhuma sinceridade. Aquele para quem a religião é algo legal, para quem a religião significa levar a cabo certas regras e regulamentações, para quem a religião está inteiramente relacionada com a observância de certo número de tabus, no fim de contas tem que resultar, neste sentido, um hipócrita. A razão disto está em que crê que é um bom homem se levar a cabo as práticas e atos exteriores corretos, não importa o que sejam seu coração e seus pensamentos.
Voltando ao caso do judeu legalista dos dias de Jesus, no íntimo de seu coração podia aborrecer a seu próximo, podia estar cheio de inveja e ciúmes e de oculta amargura e orgulho; mas isso não importava, enquanto lavasse as mãos corretamente e observasse corretamente as leis a respeito da pureza e a impureza. O legalismo leva em conta as ações externas do homem; mas não leva em conta absolutamente seus sentimentos íntimos. Pode estar servindo a Deus meticulosamente nas coisas exteriores, e ao mesmo tempo desobedecendo-o flagrantemente nas coisas interiores, e isso é hipocrisia.
O maometano deve orar a Deus certo número de vezes por dia. Para fazê-lo, leva consigo sua esteira de oração; onde quer que esteja, desenrola sua esteira, cai de joelhos sobre ela, diz suas orações e segue seu caminho. Conta-se de um maometano que ia perseguindo a outro, faca em mão, para assassiná-lo. Justo nesse momento soou o chamado à oração, imediatamente se deteve, estendeu sua esteira de oração, ajoelhou-se, rezou sua oração o mais rápido possível, e logo se levantou e prosseguiu sua perseguição homicida. A oração foi simplesmente uma fórmula e um ritual, e uma observância externa, simplesmente o correto interlúdio na carreira do assassinato.
Não há perigo religioso maior que o perigo de identificar a religião com a observância externa. Não há engano religioso mais comum que o de identificar a bondade com certos atos chamados religiosos. Ir à igreja, ler a Bíblia, contribuir financeiramente, até as orações estabelecidas não fazem de alguém homem bom. A questão fundamental é como está seu coração com respeito a Deus e a seus semelhantes. E se, em seu coração há inimizade, amargura, cobiças, orgulho, todas as observâncias religiosas do mundo não farão dele outra coisa senão um hipócrita.
(2) A segunda acusação que Jesus lançou implicitamente contra aqueles legalistas foi que substituíam as leis da voz de Deus pelos esforços do engenho humano. Porque em sua direção para a vida não dependiam de ouvir a Deus; dependiam de escutar os engenhosos argumentos e debates, as finas sutilezas e as hábeis interpretações dos peritos legais. A sutileza nunca pode ser base da verdadeira religião. A verdadeira religião nunca pode ser produto da mente do homem. A verdadeira religião deve proceder sempre, não dos engenhosos descobrimentos do homem, e sim simplesmente de ouvir e aceitar a voz de Deus.
UMA REGULAMENTAÇÃO INÍQUA
É muito difícil descobrir o significado exato desta passagem. Gira em torno da palavra Corbã, e pareceria que esta palavra realmente passou por duas etapas em sua significação no uso judeu.
(1) A palavra significa presente, dom. Era empregada para descrever algo que estava especialmente dedicado a Deus. Uma coisa que era Corbã era como se já tivesse sido colocada sobre o altar. Quer dizer, estava completamente separada de todos os propósitos e usos ordinários e se tornava propriedade de Deus. Se alguém queria dedicar algo de seu dinheiro ou sua propriedade a Deus, declarava-o Corbã, e depois já não podia ser empregado para nenhum propósito comum ou secular. Parece que, já nesta etapa, a palavra podia prestar-se a usos muito sagazes.
Por exemplo, um credor podia ter um devedor que se negava a pagar ou tardava o pagamento. O credor podia dizer então: "O que me deve é Corbã", quer dizer: "O que me deve está consagrado a Deus." Desde esse momento o devedor deixava de estar em dívida com seu semelhante e começava a estar em dívida com Deus, o que era muito mais grave. E o credor bem poderia descarregar sua parte na questão fazendo uma pequena doação simbólica ao templo, e guardando o resto. Em todo caso, o introduzir a idéia do Corbã neste tipo de dívidas era um modo de chantagem religiosa, que transformava uma dívida ao homem em uma dívida a Deus.
Ao que parece, a idéia do Corbã já era suscetível de abusos. Se esta for a idéia que há por trás desta passagem, significaria que alguém declarou Corbã sua propriedade, consagrada e dedicada a Deus, como colocada sobre o altar, e logo quando seu pai ou sua mãe, em um momento de necessidade vai a ele em busca de ajuda, ele diz: "Sinto muito, mas não posso lhe ajudar porque nada do que tenho pode usar-se em seu favor, pois está dedicado a Deus." O voto se convertia em uma desculpa ou uma razão para evitar ajudar a um pai em necessidade. O voto que alegava o escriba em realidade implicava a violação de um dos Dez Mandamentos, que são a verdadeira lei de Deus.
(2) Parece que chegou um momento em que a palavra Corbã se converteu em um juramento muito mais comum. Quando alguém declarava Corbã uma coisa, alienava-a totalmente, e a separava da pessoa com quem estava falando. Podia-se dizer: "Corbã tudo aquilo com o qual pudesse me aproveitar" e com isso se obrigava a não tocar, gostar, ter ou manipular algo que possuísse a pessoa assim aludida. Ou poderia dizer: "Corbã tudo aquilo com que eu poderia aproveitar em seu favor", e ao dizer assim se obrigava a não ajudar ou beneficiar a pessoa aludida com nada que fora de sua pertença.
Se este for o uso a que se faz referência aqui, a passagem significa que em alguma ocasião, talvez em um acesso de ira ou rebelião, o homem havia dito a seus pais: "Corbã tudo aquilo com o qual pudessem ser ajudados por mim", e que depois, embora se arrependesse de seu precipitado juramento, os legalistas escribas declaravam que era inquebrantável e que nunca mais poderia emprestar nenhuma ajuda a seus pais. Seja qual for o caso e não é possível ter nenhuma certeza, o certo é que havia casos em que o cumprimento estrito da Lei dos escribas fazia impossível o cumprimento da Lei dos Dez Mandamentos.
Jesus estava atacando um sistema que punha as regras e regulamentações acima dos reclamos da necessidade humana. O mandamento de Deus era que as reclamações do amor e os vínculos humanos deviam ser o primeiro; o mandamento dos escribas era que deviam ir primeira as reclamações das regras e regulamentações legais. Jesus estava seguro de que qualquer regra ou regulamento que impedisse alguém de prestar ajuda quando necessária, era nada menos que uma contradição da Lei de Deus. Devemos tomar cuidado para não permitir jamais que as regras e regulamentações paralisem as reclamações da caridade e o amor. Nada que nos impeça ajudar a um semelhante pode ser jamais uma norma aprovada por Deus.
A VERDADEIRA CONTAMINAÇÃO
Embora agora pode não parecer assim, muito provavelmente esta passagem foi originalmente a mais revolucionário do Novo Testamento. Jesus tinha estado disputando com os eruditos na Lei sobre diferentes aspectos da Lei tradicional. Tinha apontado que os complicados lavamentos de mãos careciam de importância. Tinha mostrado como a rígida adesão à Lei tradicional podia significar em realidade desobedecer a Lei de Deus. Mas aqui diz algo mais assombroso ainda. Declara que nada que entra no homem pode contaminá-lo, visto que só é recebido pelo corpo e este se desembaraça disso pelos meios fisiológicos normais. Agora, nenhum judeu cria isso, nem ainda o crê nenhum judeu ortodoxo. Em Levítico 11 aparece uma longa lista de animais imundos, que não podem usar-se na alimentação.
A seriedade com que isto se tomava se pode ver em mais de um incidente na época dos Macabeus. Naquele então, o rei da Síria, Antíoco Epifanes, havia resolvido extirpar a fé judia. Uma das coisas que exigiu foi que os judeus comessem carne de porco, mas morreram centenas deles antes que fazer tal coisa. "Morreram também muitos israelitas que com integridade e coragem se negaram a comer coisa impura, preferindo a morte antes que poluir-se com aquela comida e profanar a aliança Santa" (1 Macabeus 1:62-63). No Segundo Livro do Macabeus (cap. Mc
Diante disso fez Jesus esta revolucionária declaração de que nada do que entra no homem pode fazê-lo imundo. Com um gesto estava apagando as leis pelas quais os judeus tinham sofrido e tinham morrido. Não é estranho que os discípulos estivessem assombrados. O que em realidade quis dizer Jesus é que as coisas não podem ser imundas nem limpas em nenhum sentido realmente religioso do termo. Só as pessoas podem realmente ser contaminadas; e o que contamina a pessoa são suas ações, que são produto de seu próprio coração. Esta doutrina era nova e bombasticamente nova. Os judeus tinham, e têm ainda, todo um sistema de coisas puras e impuras. Com um pronunciamento terminante Jesus declarou tudo isso sem importância, afirmando que a impureza não tem nada que ver com o que alguém introduza em seu corpo, e sim exclusivamente com o que sai de seu coração.
Vejamos as coisas que Jesus enumera como as que saem do coração e poluem ao homem.
Começa com os maus pensamentos (dialogismoi). Todo ato pecaminoso externo é precedido por um ato interno de decisão; portanto, Jesus começa com o mau pensamento do qual procede a má ação.
*
Logo vêm as fornicações (porneiai); mais adiante mencionará os adultérios (moiqueiai); mas a palavra fornicações é muito ampla — significa toda classe de vício sexual.
Logo seguem os furtos (klopai). Em grego há duas palavras para designar a um ladrão: kleptes e lestes. Lestes é um bandoleiro; Diabinho era um lestes (Jo
Barclay segue a ordem do texto grego que traduz diretamente, que é também o da Bíblia em inglês e o da Bíblia de Jerusalém.
Logo na lista vêm assassinatos e adultérios, e seu significado é claro. Logo vêm as avarezas (VM, cobiças) (pleonexiai). Pleonexia vem de duas palavras gregas que significam ter mais. Tem sido definido como o maldito amor ao ter; "o espírito que arrebata o que não é correto ter", "o funesto apetite do que pertence a outros". É o espírito que se apodera das coisas, não para as acumular, como o avarento, a não ser para as gastar em lascívias luxos. Cowley a define como "o voraz apetite de lucro, não pelo ganho em si, mas sim pelo prazer de dilapidá-la imediatamente através de todos os canais do orgulho e o luxo". Não é o afã de dinheiro e coisas, inclui o desejo de poder e a insaciável concupiscência da carne. Platão disse: "O desejo do homem é como uma peneira ou um copo perfurado que tenta encher mas nunca pode." Pleonexia é esse afã de ter que está no coração do homem que vê a felicidade nas coisas e não em Deus.
Seguem as maldades. Em grego há duas palavras para mau: kakos, que descreve algo que é mau em si mesmo, e lhes pôr que descreve uma pessoa ou uma coisa que é ativamente má. O recipiente térmico que aqui se usa é poneriai. O homem que é poneros é aquele em cujo coração há o desejo de fazer o mal. É, como diz Bengel, "instruído em todos os creme e completamente equipado para infligir o mal sobre qualquer". Jeremy Taylor descreve esta poneria como a "aptidão para jogar sujo, para deleitar-se nos males e tragédias; amar o incomodar a nosso próximo e causar-lhe dificuldades; aborrecimento, perversidade e mau gênio em nossas relações". A poneria não só corrompe ao homem que a padece, corrompe também os que a ouvem. Poneros — o Maligno — é o título de Satanás. O pior dos homens, que faz a obra de Satanás, é o homem que, sendo ele próprio mau, faz a outros tão maus quanto ele.
Logo segue dolos, que se traduz engano (BJ, fraude). Vem de uma palavra que significa ceva. Emprega-se, por exemplo, para uma armadilha para ratos. Quando os gregos estavam sitiando a Tróia e não podiam conseguir entrar na cidade, enviaram aos troianos o presente de um grande cavalo de madeira, como se fosse um sinal de boa vontade.
Os troianos abriram suas portas e o introduziram na cidade. Mas o cavalo estava cheio de gregos que durante a noite saíram e semearam a morte e a devastação na Tróia. Isso exatamente é dolos. Dolos é um proceder matreiro, ardiloso, enganoso e traiçoeiro.
Vem logo na lista a lascívia (VM, luxúria) (aselgeia). Os gregos definiam a aselgeia como "uma disposição da alma que rechaça toda disciplina", como "um espírito que não reconhece restrições, se lança a tudo o que seu capricho e desenfreada insolência lhe sugerem". A grande característica do homem que é culpado de aselgeia é que perdeu toda decência e vergonha. O homem mau pode ocultar seu pecado, e sempre buscará ocultá-lo, mas o homem que tem aselgeia peca sem escrúpulo e nunca vacila em escandalizar a seus semelhantes. Jezabel foi o exemplo clássico de aselgeia quando edificou em Jerusalém, a Cidade Santa, um altar pagão. A inveja é literalmente o olho mau, o olho que olhe o êxito e a felicidade de outro de maneira tal que se pudesse lhe jogaria uma maldição.
Logo vem a maledicência. A palavra é blasfêmia (VM.). Quando este termo se refere a palavras contra o homem, significa calúnia; quando se refere a palavras contra Deus, é blasfêmia. Significa insultar ao homem ou a Deus.
Segue a soberba (hyperefania). A palavra grega significa literalmente "alguém mostrar-se por cima". Descreve a atitude do homem que "tem certo desprezo por todos, menos por si mesmo". O interessante desta palavra, no uso que os gregos lhe davam, é que descreve uma atitude que pode não fazer-se pública jamais. Pode ser que alguém, no íntimo de seu coração, esteja sempre comparando-se com os demais. Até pode aparentar humildade, mas em seu foro íntimo ser soberbo. Às vezes, certamente, a soberba é evidente. Os gregos tinham uma lenda sobre isto. Diziam que os Gigantes, os filhos do Tártaro e Ge, em sua soberba, tentaram alvoroçar o céu e foram expulsos por Hércules. Isso é hyperefania. É levantar-se contra Deus; é "invadir as prerrogativas de Deus". Por isso foi chamada "o cúmulo de todos os vícios", e é por isso que "Deus resiste aos soberbos" (Jc 4:6).
Finalmente, vem a insensatez (afrosune). Isto não significa a insensatez devida a debilidade intelectual e falta de cérebro; significa insensatez moral. Descreve, não o homem desprovido de miolo, e sim o que, como dizemos, se faz de louco.
É uma lista verdadeiramente terrível a que Jesus apresenta das coisas que saem do coração humano. Quando entramos em analisá-la não podemos evitar que nos percorra um estremecimento. Entretanto, convoca-nos, não a um afastamento desdenhoso dessas coisas, e sim a um honrado exame de nossos corações.
PREDIÇÃO DE UM MUNDO PARA CRISTO
Quando se estuda este incidente contra seu pano de fundo e em suas implicações, converte-se em um dos mais comovedores e extraordinários incidentes da vida de Jesus.
Vejamos, primeiro, a geografia do incidente. Tiro e Sidom eram cidades de Fenícia, e Fenícia era parte da Síria. Estendia-se ao norte do Carmelo ao longo da planície costeira. Fenícia, era a que se interpunha entre a Galiléia e o mar. Como disse Josefo: Fenícia "cercava a Galiléia". Tiro estava a uns sessenta e cinco quilômetros a Noroeste de Cafarnaum. Seu nome significa A Rocha. Era assim chamava porque fora da borda jazem duas grandes rochas unidas por um recife de mil metros de comprimento. Isto formava um quebra-mar natural e Tiro era um dos grandes portos naturais do mundo dos tempos mais antigos.
As rochas não só formavam um quebra-mar, mas também uma defesa, e Tiro era não só um porto famoso; também era uma famosa fortaleza. De Tiro e Sidom saíram os primeiros marinheiros que se guiariam pelas estrelas. Até que os homens aprendessem a guiar-se pelas estrelas, as embarcações tinham que seguir a costa e deter-se durante a noite; mas os marinheiros fenícios circunavegaram o Mediterrâneo e conseguiram entrar através das Colunas do Hércules até chegar às ilhas britânicas e as minas de estanho de Cornwallis. Bem pode ser que em suas aventuras tivessem circunavegado a África.
Sidom estava a uns quarenta e dois quilômetros ao Nordeste de Tiro e a cem quilômetros ao norte do Cafarnaum. Como Tiro, tinha um quebra-mar natural e sua origem como porto e cidade era tão antigo que ninguém sabia quem a tinha fundado.
Embora as cidades fenícias eram parte da Síria, todas eram independentes e eram rivais. Tinham seus próprios reis, seus próprios deuses e sua moeda própria. Exerciam uma autoridade suprema dentro de um raio de vinte ou trinta quilômetros. Exteriormente, a davam para o mar; e no interior, para Damasco; e a elas afluíam os navios do mar e as caravanas de muitas regiões. No final Sidom perdeu seu comércio, que passou às mãos de Tiro, e ao perder sua grandeza caiu em uma degeneração desmoralizada. Mas o nome dos marinheiros fenícios será sempre famoso como o dos homens que primeiro se guiaram em sua rota pelas estrelas.
- Assim, pois, a primeira coisa importante que achamos aqui é que Jesus está em território gentio. Será por acaso que este incidente aparece aqui? O incidente anterior mostra Jesus apagando as distinções entre mantimentos limpos e imundos. Pode ser que aqui o tenhamos apagando simbolicamente a diferença entre pessoas limpas e imundas? Os judeus, da mesma maneira que não contaminariam seus lábios com mantimentos proibidos, tampouco contaminariam sua vida pelo contato com os gentios imundos. Bem pode ser que Jesus esteja dizendo por implicação que os gentios não são imundos, e sim que eles também tiverem lugar no Reino. Jesus deve ter chegado a esta região tão ao norte para procurar um alívio momentâneo das armadilhas a que estava submetido por toda parte em sua terra. Fazia tempo que os escribas e fariseus o tinham apontado como pecador, porque quebrava suas regras e regulamentos. Herodes o tinha considerado como uma ameaça. O povo de Nazaré o tinha tratado com uma escandalizada desconsideração. A hora chegaria em que enfrentaria a seus inimigos com um flamejante desafio, mas essa hora ainda não tinha chegado. Antes que chegasse, Ele buscaria a paz e a quietude do retiro, e nesse afastamento da inimizade dos judeus pôs as bases do reino dos gentios. É o prenúncio de toda a história do cristianismo. O rechaço dos judeus se converteu na oportunidade dos gentios.
- Mas há algo mais. Idealmente, essas cidades fenícias eram parte do reino de Israel. Quando, sob Josué, a terra foi repartida entre as tribos, a Aser lhe tocou uma porção “até à grande Sidom... e até à forte cidade de Tiro” (Josué
19: ). Nunca tinham conseguido subjugar esse território, e nunca tinham entrado nele. Não é isto também simbólico?28-29
Onde o poder das armas tinha sido impotente, o amor de Jesus Cristo tinha obtido uma vitória. O Israel terrestre não tinha conseguido abranger o povo de Fenícia, agora tinha aparecido sobre eles o verdadeiro Israel. Não era uma terra estranha a que Jesus tinha ido; era uma terra que muito antes Deus lhe tinha dado como sua. Não estava tanto entre estrangeiros, como em sua própria herança.
- O próprio relato deve ser lido com critério. A mulher acudiu solicitando a ajuda de Jesus para sua filha. A resposta de Jesus foi que não é lícito tomar o pão dos filhos e dá-lo aos cães. À primeira vista é uma expressão chocante. O cão não era o apreciado guardião que é hoje. Mais comumente o cão era um símbolo de desonra. Para os gregos, a palavra cadela se aplicava a uma mulher audaz e desavergonhada, com a mesma conotação que lhe damos hoje. Para os judeus era igualmente um termo térmico de desprezo. “Não deis aos cães o que é santo” (Mt
7: ; conforme Fp6 3: ; Ap2 22: ). Com efeito, a palavra cão, às vezes se empregava entre os judeus como um termo depreciativo aplicado aos gentios.15
O rabino Josué Ben Levi tinha uma parábola. Vendo as bênçãos de Deus que os gentios desfrutavam, perguntava: "Se os gentios sem lei desfrutam de bênçãos como essas, quantas mais bênçãos desfrutará
Israel, o povo de Deus?" "É como um rei que deu uma festa e trouxe os hóspedes e os pôs na porta de seu palácio. Eles viram sair os cães com faisões e cabeças de aves engordadas e bezerros em suas bocas, e começaram a dizer: ‘Se assim for com os néscios, quanto mais esplêndida será a própria comida’. E as nações do mundo se comparam com os cães, como está escrito (Is
- Não empregou a palavra usual; empregou um diminutivo que descrevia, não os cães selvagens das ruas, e sim os cãezinhos das casas. Em grego os diminutivos são caracteristicamente afetuosos. Jesus tirou o aguilhão da palavra.
- Sem dúvida alguma o tom de sua voz foi o que fez a diferença. A mesma palavra pode ser um insulto mortal e uma expressão afetuosa, segundo o tom de voz. Podemos chamar a alguém "velho vadio" com tom afetuoso ou com tom de desprezo. O tom de Jesus tirou todo o veneno da palavra.
- Em todo caso, Jesus não fechou a porta. Primeiro — disse — devem ser alimentados os filhos; mas só primeiro; fica carne para os cãezinhos da casa. Na verdade, o primeiro oferecimento do evangelho foi para Israel; mas só o primeiro: depois outros viriam a participar. Agora, a mulher era grega, e os gregos tinham o dom da réplica aguda; e ao mesmo tempo viu que Jesus falava com um sorriso. Sabia que a porta ficava aberta.
Naqueles dias não se usavam facas nem garfos nem guardanapos para comer, comiam com as mãos, e as limpavam em pedaços de pão que jogavam no chão para que os cães da casa os comessem. Assim que a mulher disse: "Eu sei que os filhos devem comer primeiro, mas não posso comer sequer os miolos que os filhos arrojam?" E Jesus a amou.
Ali havia uma fé luminosa que não aceitaria um não como resposta, uma mulher com a tragédia de uma filha doente em casa, e em cujo coração ainda havia suficiente luz para responder com um sorriso.
Sua fé foi posta à prova e demonstrou ser real, e sua oração foi respondida. Simbolicamente esta mulher representa o mundo gentio que tão ansiosamente recebeu o pão do céu que os judeus tinham rechaçado e jogado fora.
FAZENDO BEM TODAS AS COISAS
Este relato começa descrevendo o que, à primeira vista, é uma viagem surpreendente. Jesus estava indo de Tiro ao território que rodeava o Mar da Galiléia. Quer dizer, ia de Tiro, no Norte, à Galiléia, no Sul; e segundo o relato, primeiro se dirigiu a Sidom. Quer dizer, partiu para o Sul dirigindo-se para o Norte. Devido a esta dificuldade, alguns pensaram que o texto está equivocado, e que Sidom não deveria entrar nele absolutamente. Mas quase com certeza o texto é correto tal como está. Outro grande estudioso pensa que esta viagem não teria durado menos de oito meses, e isto, em realidade, é muito mais provável. Bem pode ser que esta longa viagem fora a paz que antecede à tormenta; a prolongada comunhão com os discípulos antes que deflagrasse a tempestade final. Precisamente no capítulo seguinte, Pedro faz o grande descobrimento de que Jesus é o Cristo (Marcos
Quando esteve de volta nas regiões da Galiléia, Jesus entrou no distrito de Decápolis, e ali lhe trouxeram um homem surdo e gago. Indubitavelmente as duas coisas foram juntas; a dificuldade para ouvir era o que fazia que o homem não pudesse falar bem. Não há um milagre como este que mostre tão belamente a maneira como Jesus tratava as pessoas.
(1) Jesus levou o homem a sós, a parte da multidão. Mostrou assim a mais tenra consideração. As pessoas surdas sempre se sentem um pouco confundidas. Em certos sentidos é mais incômodo ser surdo que ser cego. Um surdo sabe que não ouve, e quando alguém em uma multidão lhe grita e trata de fazê-lo ouvir, em sua excitação, sente-se mais impotente. Jesus mostra a mais tenra consideração pelos sentimentos de um homem para quem a vida era muito difícil.
(2) Durante todo o milagre Jesus atuou sem falar. Pôs suas mãos nas orelhas do homem. Naqueles dias se acreditava que a saliva tinha propriedades curativas. Suetônio, o historiador romano, conta um incidente na vida do Vespasiano, o imperador romano.
"Aconteceu que certo ínfimo plebeu totalmente cego, e outro com uma perna má e coxa acudiram juntos a ele estando sentado em seu tribunal, implorando a ajuda e remédio para seus males que Serapis lhes tinha mostrado em um sonho; que lhe restauraria a um a vista, se lhe cuspia nos olhos, e fortaleceria a perna do outro se só condescendia em tocá-la com seu calcanhar. Agora, como ele não podia acreditar que a coisa teria algum êxito, e portanto não queria pô-la a prova, no fim, devido à insistência de seus amigos, ensaiou ambos os meios abertamente diante da assembléia, e não faltou o efeito". (Suetônio, Vida do Vespasiano, 7).
Logo Jesus olhou ao céu para mostrar que a ajuda viria de Deus. Depois pronunciou a palavra e o homem ficou são. Todo o relato mostra que Jesus não considerou o homem meramente como um caso; considerou-o como um indivíduo. O homem tinha uma necessidade especial e um problema especial, e com a mais tenra consideração Jesus o tratou em uma forma que respeitava seus sentimentos, e de uma maneira que ele podia entender.
Quando foi feito, o povo declarou que o tinha feito tudo bem. Este não é outro senão o veredicto de Deus sobre sua própria criação no próprio começo (Gn
Dicionário
Bem
substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.
substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.
Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.
[...] O bem é uma couraça contra o qual virão sempre se quebrar as armas da malevolência.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] para fazer o bem, o espírita não deve sondar a consciência e a opinião e, ainda que tivesse à sua frente um inimigo de sua fé, mas infeliz, deve vir em seu auxílio nos limites de suas faculdades. É agindo assim que o Espiritismo mostrará o que é e provará que vale mais do que o que lhe opõem.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
O bem é tudo o que é conforme à Lei de Deus [...]. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a Lei de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630
[...] fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 643
[...] é uma couraça contra a qual sempre se quebrarão as manobras da malevolência!...
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Os desertores
[...] O bem que fazemos é conquista pessoal, mas ele vem partilhado pelos empréstimos de talentos da Bondade Divina, a fim de que nossos esforços não sucumbam diante da história de sombras que trazemos de experiências passadas. Para realizar o bem, é preciso a decisão íntima – eu quero fazer. Mas os resultados que porventura venham dessa prática, segundo Paulo, não nos pertencem. Uma visita fraterna, uma aula bem preparada em favor da evangelização infanto-juvenil, uma palestra amorosa que toque o coração dos ouvintes – tudo são ações cometidas pelo empenho individual, por uma decisão particular, mas cujas conseqüências devem ser depositadas na conta do Cristo, Fonte geradora dos recursos sutis em que nos apoiamos para realizar a tarefa.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luz é minha realização
[...] é a única realidade eterna e absoluta em todo o Universo [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal
[...] é a única Realidade Absoluta, o destino final da Criação [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?
O bem é a lei suprema do Universo e o alvo da elevação dos seres. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo
[...] Todo bem que se pode produzir é felicidade que se armazena.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17
O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34
O bem [...] não se circunscreve a limites nem se submete a nominações, escolas ou grupos. Como o oxigênio puro, a tudo vitaliza e, sem ele, a vida perece.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 18
[...] O bem que distendemos pelo caminho é eterna semente de luz que plantamos no solo do futuro, por onde um dia chegarão nossos pés. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 8
[...] saneador divino [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 8
[...] É uma conseqüência inevitável do que traz uma das características divinas: a imutabilidade.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Tempo
O bem é, por conseguinte, valioso recurso autopsicoterápico, que merece experimentado pelos encarnados.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 33
[...] é a substância intrínseca de tudo quanto existe. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
O Bem Eterno é bênção de Deus à disposição de todos.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 28
[...] todo bem realizado, com quem for e seja onde for, constitui recurso vivo, atuando em favor de quem o pratica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6
[...] é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada [...], nossa decidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7
[...] constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
[...] é o verdadeiro antídoto do mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
[...] é o único determinismo divino dentro do Universo, determinismo que absorve todas as ações humanas, para as assinalar com o sinete da fraternidade, da experiência e do amor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15
[...] é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35
Não olvides, portanto, / Que possuis tão-somente / O que dás de ti mesmo / No amparo aos semelhantes, / Porque o bem que ofereces / Aos irmãos de jornada / É crédito de luz / A enriquecer-te a vida, / Nos caminhos da Terra / E nas bênçãos do Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 20
O Bem é a luz que deve consolidar as conquistas substanciais do nosso esforço e onde estiver o bem, aí se encontra o Espírito do Senhor, auxiliando-nos a soerguer os corações para as Esferas Superiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O Bem é o trabalho que aperfeiçoa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O bem é porto seguro / Neste globo deescarcéus, / Pague o seu débito aomundo / E seja credor nos céus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o inamovível fundamento da Lei.[...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
[...] o bem real para nós será semprefazer o bem aos outros em primeirolugar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 2ª reunião-conversação
Em suma, o bem é o Amor que sedesdobra, em busca da Perfeição noInfinito, segundo os Propósitos Divinos[...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor
Estende a bondade a todos. / O bem é aglória da vida. / Enfermeiro sem cuidado/ Alarga qualquer ferida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 5
Nunca te afastes do bem, / Que é a baseda Lei Divina. / O desejo é semprenosso, / Mas Deus é quem determina
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 30
Todo bem, qualquer que ele seja, ébênção creditada a favor de quem opratica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Merecimento maior
[...] o bem genuíno será sempre o bemque possamos prestar na obra do bemaos outros. [...]O bem é luz que se expande, na medidado serviço de cada um ao bem de todos,com esquecimento de todo mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Na lei do bem
[...] A prática do bem ainda é a maior escola de aperfeiçoamento individual, porque conjuga em seus cursos a experiência e a virtude, o raciocínio e o sentimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31
[...] é a nossa porta redentora. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
[...] é o crédito infalível no livro da eternidade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Amanhã
O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 62
[...] praticar o bem, dando alguma coisa de nós mesmos, nas aquisições de alegria e felicidade para os outros, é o dom sublime por excelência [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
O bem é uma idéia-luz, descerrando à vida caminhos de elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20
[...] o bem [...] possui caráter divino e semelhante aos atributos do Pai Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 44
Bem e mal O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] todo bem é expansão, crescimento e harmonia e todo mal é condensação, atraso e desequilíbrio. O bem é a onda permanente da vida a irradiar-se como o Sol e o mal pode ser considerado como sendo essa mesma onda, a enovelar-se sobre si mesma, gerando a treva enquistada. Ambos personalizam o amor que é libertação e o egoísmo, que é cárcere.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60
Deus
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo
Introdução
(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.
Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).
As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co
A existência do único Deus
A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl
Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo
No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo
Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses
O Deus criador
A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm
O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis
No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb
Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos
O Deus pessoal
O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo
O Deus providencial
Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.
Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn
A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm
Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At
A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo
O Deus justo
A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.
O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl
Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.
Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm
Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn
Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr
Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap
O Deus amoroso
É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm
Deus é a fonte da bondade. Tiago
A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl
Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm
A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João
O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef
O Deus salvador
O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is
A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is
Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx
Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt
Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is
Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt
O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc
A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
O Deus Pai
Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt
Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml
O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías
Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo
Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc
O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo
Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm
Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo
Os nomes de Deus
Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis
Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo
Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs
Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt
É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel
Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn
A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm
O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.
Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.
A Trindade
O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt
Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx
No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt
Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João
São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos
Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt
As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.
Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).
Conclusão
O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
P.D.G.
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]
O nome mais geral da Divindade (Gn
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NOMES DE DEUS
Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:
1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn
2) DEUS (Gn
3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr
5) SENHOR (propriamente dito - Sl
6) SANTO de ISRAEL (Is
7) ALTÍSSIMO (Gn
8) Todo-poderoso (Gn
9) Deus Vivo (Os
10) Rei (Sl 24; 1Tm
11) Rocha (Dt
12) REDENTOR (Jó
13) SALVADOR (Sl
15) O Poderoso (Gn
16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap
17) ETERNO DEUS (Is
18) Pastor (Gn
19) ANCIÃO DE DIAS (Dn
20) O Deus de BETEL (Gn
21) O Deus Que Vê (Gn
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is
Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx
Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn
Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt
Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is
Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo
Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.
Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc
m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...
Guardar
verbo transitivo direto e bitransitivo Vigiar, a fim de defender: guardar um ponto estratégico; guardar os limites de um terreno.verbo transitivo direto Vigiar com o fim de proteger; abrigar, tomar cuidado em: guardar uma criança, guardar ovelhas.
Vigiar para evitar uma evasão: guardar os prisioneiros.
Conservar, arrecadar: quem guarda, tem.
Conservar, manter em bom estado: guardar as joias da família.
Ocultar, não revelar: guardar um segredo.
Conservar, não perder: conseguiu guardar seu prestígio.
Livrar, defender: Deus nos guarde de todo mal.
Trazer dentro de si; conter: guardo em mim os males do mundo.
Obedecer regras, preceitos: guardar as leis de Deus.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Não demonstrar nem expressar; calar: guardar segredos.
verbo pronominal Ficar protegido em; abrigar-se: guardou-me da tempestade.
Deixar de fazer parte; abster-se: guardou-se mudo.
expressão Guardar os domingos e dias santificados. Não trabalhar nesses dias.
Guardar castidade. Fazer voto de castidade, viver casto por vontade própria.
Guardar silêncio. Calar-se.
Etimologia (origem da palavra guardar). Do latim guardare.
Invalidar
Tornar inválido; tirar o valor a; inutilizar; anular.Invalidar ANULAR (Is
invalidar
v. tr. dir. 1. Tornar inválido ou nulo. 2. Tirar o crédito ou a importância a.
Mandamento
Mandamento1) Ordem divina a ser obedecida pelas pessoas que temem a Deus. Sinônimos bíblicos: lei, estatuto, preceito, testemunho, juízo, ensinamento, etc. (Lv
2) Ordem paterna ou materna (Pv
mandamento s. .M 1. Ato ou efeito de mandar. 2. Mandado, orde.M 3. Voz de comando. 4. Cada um dos preceitos que constituem o decálogo. 5. Preceito da Igreja.
Tradição
substantivo feminino Costume transmitido de geração a geração ou aquilo que se faz por hábito; costume: as tradições de uma região.Herança cultural, legado passado de uma geração para outra: não concordava com tradições que violavam os direitos dos animais.
Transmissão oral de doutrinas, de lendas, de costumes etc., durante longo espaço de tempo, de geração para geração.
Religião.Transmissão oral, às vezes registrada por escrito, dos fatos ou das doutrinas religiosas.
[Jurídico] Entrega material de um bem móvel, objeto de uma transferência de propriedade.
Ação ou efeito de transmitir, de fazer a transferência entre uma coisa e outra.
Etimologia (origem da palavra tradição). Do latim traditio.onis, "ato de entregar".
A palavra tradição é mais dinâmica do que parece à primeira vista. Traditio, em latim, é a ação de entregar, de transmitir algo a alguém, de confiar algo valioso a outra pessoa. Uma pessoa tradicional é aquela que recebeu (e precisar transmitir depois) um conhecimento, uma herança ou uma responsabilidade do passado.
Tradição
1) Informações, costumes, crenças e práticas religiosas transmitidas oralmente de GERAÇÃO 2, a geração. Os fariseus davam mais valor às tradições do que à LEI 2, (Mt
2) Crenças e práticas religiosas das pessoas em geral, isto é, dos não-judeus (Cl
3) As verdades ensinadas pelo apóstolo Paulo (1Co
Tradição Os evangelhos evidenciam uma atitude de Jesus claramente contrária às tradições da lei oral, porque considerava que elas desvirtuavam o conteúdo das Escrituras (Mt
C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
ἀθετέω
(G114)
ἐντολή
(G1785)
de 1781; TDNT - 2:545,234; n f
- ordem, comando, dever, preceito, injunção
- aquilo que é prescrito para alguém em razão de seu ofício
- mandamento
- regra prescrita de acordo com o que um coisa é feita
- preceito relacionado com a linhagem, do preceito mosaico a respeito do sacerdócio
- eticamente usado dos mandamentos da lei mosaica ou da tradição judaica
θεός
(G2316)
de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m
- deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
- Deus, Trindade
- Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
- Cristo, segunda pessoa da Trindade
- Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
- dito do único e verdadeiro Deus
- refere-se às coisas de Deus
- seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
- tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
- representante ou vice-regente de Deus
- de magistrados e juízes
ἵνα
(G2443)
καί
(G2532)
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
- e, também, até mesmo, realmente, mas
καλῶς
(G2573)
de 2570; adv
- belamente, finamente, excelentemente, bem
- corretamente, de forma a não deixar espaço para reclamação, bem, verdadeiramente
- excelentemente, nobremente, recomendável
- honrosamente, em honra
- em um bom lugar, confortável
- falar bem de alguém, fazer bem
- estar bem (daqueles que recuperaram a saúde)
λέγω
(G3004)
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
- dizer, falar
- afirmar sobre, manter
- ensinar
- exortar, aconselhar, comandar, dirigir
- apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
- chamar pelo nome, chamar, nomear
- gritar, falar de, mencionar
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
παράδοσις
(G3862)
de 3860; TDNT - 2:172,166; n f
- entrega, dádiva
- ato de entregar
- rendição de cidades
- dádiva que é entrege pela palavra falada ou escrita, i.e., tradição pela instrução, narrativa, preceito, etc.
- objetivamente, aquilo que é proferido, a substância de um ensino
- do corpo de preceitos, esp. rituais, que na opinião dos judeus tardios foram oralmente proferidos por Moisés e oralmente transmitidos em íntegra sucessão para gerações subseqüentes. Esses preceitos, que tanto ilustravam como expandiam a lei escrita, deviam ser obedecidos com igual reverência
σύ
(G4771)
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
- tu
τηρέω
(G5083)
αὐτός
(G846)
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
- ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
- ele, ela, isto
- o mesmo