Enciclopédia de Atos 8:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 8: 20

Versão Versículo
ARA Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus.
ARC Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.
TB Mas Pedro disse-lhe: Pereça contigo o teu dinheiro, pois julgaste adquirir por meio dele o dom de Deus.
BGB Πέτρος δὲ εἶπεν πρὸς αὐτόν· Τὸ ἀργύριόν σου σὺν σοὶ εἴη εἰς ἀπώλειαν ὅτι τὴν δωρεὰν τοῦ θεοῦ ἐνόμισας διὰ χρημάτων κτᾶσθαι.
HD Pedro, porém, disse para ele: A tua prata permaneça junto a ti para ruína , porque supondes adquirir o dom de Deus mediante {uma soma de} dinheiro.
BKJ Mas Pedro lhe disse: O teu dinheiro pereça contigo, porque pensastes que o dom de Deus se compra com dinheiro.
LTT Pedro, porém, lhe disse: "O teu dinheiro juntamente- contigo seja para dentro de destruição ①, pois supuseste o dom- gratuito de Deus ser comprado através de dinheiro.
BJ2 Pedro, porém, replicou: "Pereça o teu dinheiro, e tu com ele, porque julgaste poder comprar com dinheiro o dom de Deus![u]
VULG Pecunia tua tecum sit in perditionem : quoniam donum Dei existimasti pecunia possideri.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 8:20

Deuteronômio 7:26 Não meterás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a detestarás e de todo a abominarás, porque anátema é.
Deuteronômio 15:9 Guarda-te que não haja palavra de Belial no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando o sétimo ano, o ano da remissão, e que o teu olho seja maligno para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e que ele clame contra ti ao Senhor, e que haja em ti pecado.
Josué 7:24 Então, Josué e todo o Israel com ele tomaram a Acã, filho de Zerá, e a prata, e a capa, e a cunha de ouro, e a seus filhos, e a suas filhas, e a seus bois, e a seus jumentos, e as suas ovelhas, e a sua tenda, e a tudo quanto tinha e levaram-nos ao vale de Acor.
II Reis 5:15 Então, voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva, e veio, e pôs-se diante dele, e disse: Eis que tenho conhecido que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço que tomes uma bênção do teu servo.
II Reis 5:26 Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas?
Provérbios 15:26 Abomináveis são para o Senhor os pensamentos do mau, mas as palavras dos limpos são aprazíveis.
Isaías 55:1 Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Daniel 5:17 Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: As tuas dádivas fiquem contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação.
Habacuque 2:9 Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr o seu ninho no alto, a fim de se livrar da mão do mal!
Zacarias 5:4 Eu a trarei, disse o Senhor dos Exércitos, e a farei entrar na casa do ladrão e na casa do que jurar falsamente pelo meu nome; e pernoitará no meio da sua casa e a consumirá com a sua madeira e com as suas pedras.
Mateus 10:8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
Mateus 15:19 Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
Mateus 27:3 Então, Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
Atos 1:18 Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.
Atos 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Atos 8:22 Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração;
Atos 10:45 E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Atos 11:17 Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era, então, eu, para que pudesse resistir a Deus?
I Timóteo 6:9 Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Tiago 5:3 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.
II Pedro 2:14 tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
Apocalipse 18:15 Os mercadores destas coisas, que com elas se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando, e lamentando,


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 8 : 20
prata
αργυριον - (argurion) Referência ao denário, que era confeccionado com prata (metal precioso)

Atos 8 : 20
ruína
Lit. “destruição, ruína, perdição; dissipação, desperdício”.

Atos 8 : 20
supondes
Lit. “supor, crer; pensar, considerar”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

morte física Tg 1:15; 1Jo 5:16; Pv 10:27; Pv 11:19; perda de galardões 1Co 3:11-15.


Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Dinheiro e pesos

Dinheiro e pesos nas Escrituras Hebraicas

Gera (1⁄20 siclo)

0,57 g

10 geras = 1 beca

Beca

5,7 g

2 becas = 1 siclo

Pim

7,8 g

1 pim = 2⁄3 siclo

Um siclo, a unidade básica hebraica de peso

Peso de um siclo

Siclo

11,4 g

50 siclos = 1 mina

Mina

570 g

60 minas = 1 talento

Talento

34,2 kg

Um darico

Darico (moeda persa de ouro)

8,4 g

Esdras 8:27

Dinheiro e pesos nas Escrituras Gregas Cristãs
Um lépton

Lépton (moeda judaica de cobre ou de bronze)

1⁄2 quadrante

Lucas 21:2

Um quadrante

Quadrante (moeda romana de cobre ou de bronze)

2 léptons

Mateus 5:26

Um assário

Assário (moeda romana e provincial de cobre ou de bronze)

4 quadrantes

Mateus 10:29

Um denário

Denário (moeda romana de prata)

64 quadrantes

3,85 g

Mateus 20:10

= Salário de um dia (12 horas)

Uma dracma

Dracma (moeda grega de prata)

3,4 g

Lucas 15:8

= Salário de um dia (12 horas)

Uma didracma

Didracma (moeda grega de prata)

2 dracmas

6,8 g

Mateus 17:24

= Salário de dois dias

Uma tetradracma de Antioquia e uma tetradracma de Tiro

Tetradracma de Antioquia

Tetradracma de Tiro (siclo de prata de Tiro)

Tetradracma (moeda grega de prata, também chamada de estáter de prata)

4 dracmas

13,6 g

Mateus 17:27

= Salário de quatro dias

Algumas dracmas, 100 dracmas equivaliam a uma mina

Mina

100 dracmas

340 g

Lucas 19:13

= salário de cerca de cem dias de trabalho

Um monte de moedas de prata que juntas pesariam um talento

Talento

60 minas

20,4 kg

Mateus 18:24

Apocalipse 16:21

= salário de cerca de 20 anos de trabalho

Um frasco cujo conteúdo poderia pesar uma libra romana

Libra romana

327 g

João 12:3, nota

“Uma libra de óleo perfumado, nardo genuíno”


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
SEÇÃO III

O TESTEMUNHO NA JUDÉIA E SAMARIA
Atos 8:1-12.25

Esta seção descreve o esforço missionário da igreja "em toda a Judéia e Samaria" (1.8). Atos 8 fala de Filipe em Samaria, e do seu testemunho ao eunuco etíope. Atos 9 fala da conversão de Saulo, e de Pedro em Lida e Jope. Atos 10 registra a visão de Pedro (em Jope) e a conversão de Cornélio (em Cesaréia). Atos 11 descre-ve a defesa de Pedro e os cristãos em Antioquia. Atos 12 conta a libertação de Pedro e a morte de Herodes. Todos os acontecimentos tiveram lugar na Judéia ou em Samaria (exceto em Atos 11:19-30;).

A. TESTEMUNHANDO EM SAMARIA, Atos 8:1-25

A pregação do Evangelho em Samaria definiu uma transição da missão judaica para a missão dos gentios. Os samaritanos eram uma raça mestiça, uma mistura de judeus e gentios. Portanto, era lógico que o primeiro passo fora da Judéia devesse ser em Samaria, imediatamente ao norte.

1. Saulo, o Perseguidor (8:1-3)

A primeira frase de Atos 8.1 — E também Saulo consentiu na morte dele — na ver-dade pertence ao capítulo anterior, pois se refere ao apedrejamento de Estêvão. Consen-tiu, no original, é uma construção com particípio, "que denota não um ato momentâneo... mas uma ação continuada ou habitual".' O verbo significa "concordar, agir de acordo com os assassinos (Lc 11:48; Rm 1:32-1 Co 7, 12-13) e não meramente consentir ou aprovar o assassinato".2 Morte não é a palavra grega habitual, thanatos, mas anairesis (somente aqui no NT), que significa "uma destruição, um assassinato, um homicídio".3 A diferença de thanatos (morte) é significativa. O jovem rabino Saulo estava dando a sua aprovação oficial ao assassinato de um mártir inocente.

Naquele dia é o significado exato do original. O uso exato desta frase no Novo Testamento (e.g., Mt 13:1-22.
23) sugere que aqui significa "naquele mesmo dia" do

apedrejamento de Estêvão. Parece que este evento deu início à grande perseguição dos crentes em Jerusalém. É apenas a segunda vez que o termo igreja (aplicado aos cris-tãos) é encontrado aqui no livro de Atos (cf. Atos 5.11), mas ele aparece 22 vezes no restante do livro.

O resultado da perseguição foi que todos os discípulos foram dispersos nesta primei-ra diáspora cristã. A dispersão forçada levou-os às terras da Judéia e de Samaria — como descrito nos capítulos 8:12.

A frase exceto os apóstolos parece estranha. Pode parecer que os líderes estariam correndo um perigo maior de serem mortos. Duas ou três explicações podem ser oferecidas. A primeira é que os apóstolos eram todos judeus e tinham a estima geral do "povo"

(Atos 5.13). Pode ter acontecido que os helênicos, representados por Estêvão, fossem o objeto particular da perseguição. Em segundo lugar, pode-se supor que os apóstolos consideravam como seu dever permanecer em Jerusalém, independentemente das conseqüências.

O corpo de Estêvão foi sepultado por alguns varões piedosos (2). Estes eram cristãos ou judeus não cristãos? Meyer pensa que eles eram "judeus religiosos que, com a sua consciência piedosa (comp. ii.
5) e com unia inclinação secreta ao cristianismo, tiveram a coragem de honrar a inocência daquele que tinha sido apedrejado".4 Gloag concorda que provavelmente "os piedosos mencionados aqui eram amigos e admiradores, que não reconheciam abertamente ser cristãos".5 De qualquer forma, a lei exigia que o criminoso executado fosse sepultado (Dt 21:22-23). Para cumprir a lei, José de Arimatéia e Nicodemos — que não eram discípulos confessos de Jesus — sepultaram o corpo de Cristo. Aqueles que cuidaram do corpo de Estêvão fizeram sobre ele gran-de pranto. A palavra grega para pranto (somente aqui no NT) significa literalmente "um golpe na cabeça e no peito". Esta era uma maneira tipicamente oriental de de-monstrar grande pesar.

Saulo, mais enfurecido que inibido pela visão da morte de Estêvão, assolava a igreja (3). O verbo (somente aqui no NT) é usado na Septuaginta para referir-se a um javali selvagem que devasta uma vinha (e.g., Sl 80:13). Não satisfeito em prender as pessoas nos lugares públicos, o zeloso jovem rabino invadia as casas particulares. "Arrastar" é uma "antiga forma de uma palavra que significa "rebocar, puxar violentamente".6 Saulo estava arrastando furiosamente homens e mulheres à prisão.

2. Filipe em Samaria (8:4-8)

Aqueles que tinham sido dispersos pela perseguição (cf.
1) iam por toda parte (4). Uma tradução mais precisa é "passavam de um lugar para outro" (ASV). O verbo grego é um termo favorito de Lucas, que usa-o dez vezes em seu Evangelho e vinte e duas vezes no livro de Atos — de um total de 42 ocorrências. No livro de Atos, é usado para descrever uma atividade missionária da igreja.

Aonde quer que fossem, estes leigos — cf. "exceto os apóstolos" (1) — estavam anun-ciando a palavra. O verbo euangelizo é um outro termo favorito de Lucas. Ele usa-o aproximadamente na metade do total das ocorrências no Novo Testamento. Com o signi-ficado de "anunciando novidades jubilosas", é uma palavra que se encaixa perfeitamente para descrever a pregação do Evangelho, por estes missionários do século I.

Dos sete homens escolhidos para cuidar dos assuntos materiais da igreja (6:1-6), dois representaram papéis importantes. Estêvão tornou-se o primeiro mártir. Filipe (5) foi o primeiro a ser chamado de "evangelista" (Atos 21:8). Este capítulo conta o início dos seus esforços para evangelizar.

Ele desceu a Samaria (5). Embora Samaria esteja ao norte da Judéia, na mente dos judeus, as pessoas sempre "subiam" a Jerusalém e "desciam" dali para qualquer outro lugar. Samaria era um local lógico para iniciar a missão evangelística do mundo cristão. Como diz Macgregor: "Os samaritanos formaram uma casa no meio do caminho entre o mundo judaico e o mundo gentílico":

Descendo Filipe à cidade de Samaria. No Antigo Testamento, Samaria é o nome da capital do Reino no Norte de Israel, embora às vezes a palavra se refira à nação. Mas, no Novo Testamento, o termo normalmente se refere ao distrito localizado entre a Judéia, ao sul, e a Galiléia, ao norte (ver o mapa 1). A velha cidade de Samaria foi reconstruída por Herodes o Grande, e chamada Sebaste — o equivalente grego ao termo latino "Augusto". Isto ainda se conserva no nome da atual vila Sebastiyeh, que está situada no antigo monte Samaria. Mas Josefo indica que, no século I, Sebaste foi algumas vezes mencionada como Samaria.8Assim, não há necessariamente qualquer anacronismo aqui.' Filipe pregava. Esta palavra é kerysso, "anunciar" ou "proclamar como um arauto", e não euangelizo (cf. 4). Para os samaritanos, ele "estava proclamando" (imperfeito de uma ação continua) Cristo — lit., o Cristo; i.e., "o Messias". Os samaritanos, juntamente com os judeus, estavam procurando o Messias que viria (Jo 4:25).

Os ouvintes de Filipe prestavam atenção (6) ao que ele anunciava. Eles ouviam as palavras que ele dizia e viam os sinais (trad. literal) que ele realizava. A realização de milagres representou um papel importante no ministério de Jesus e no início da evangelização dos judeus e samaritanos. Paulo declarou: "Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria" 1Co 1:22). Quando a pregação do Evangelho penetrou no mundo dos gentios, a realização de milagres passou a ter menos importância.

Estes "sinais" consistiam principalmente em expulsar espíritos imundos (demônios) e curar os enfermos e aflitos (7). Muitos paralíticos e coxos é a tradução literal do grego (cf. Phillips).

O resultado desta manifestação de poder divino foi grande alegria naquela cidade (8). Quando Deus nos abençoa, segue-se sempre um período de regozijo.

3. Filipe e Simão (8:9-13)

Havia um triste contraste para esta alegria quase universal. Um certo homem cha-mado Simão, tinha iludido a gente de Samaria com sua arte mágica. Ele afirmava ser uma grande personagem. Os habitantes da cidade, desde o mais pequeno até o maior (10), acreditavam neste charlatão e diziam: Este é a grande virtude de Deus. O texto grego diz: "Este homem é o poder de Deus, que se chama — Grande" (cf. ASV). Os rabinos algumas vezes se referiam a Deus como "O Poder". Houve muitas discussões se isto tudo reflete um ponto de vista pagão ou uma educação hebraica. Uma vez que os samaritanos são uma raça mestiça, é perfeitamente possível que eles tenham misturado conceitos teológicos, e que a resposta para o debate seja "ambas as coisas".

O povo tinha consideração por este falso mágico (11). O texto grego diz "dar atenção" — exatamente a mesma forma dos versículos 6:10. Por muito tempo [Simão] os ha-via iludido com artes mágicas — literalmente, "maravilhado-os com sua arte mágica".

Mas agora eles acreditavam em Filipe (12). Ele lhes pregava (evangelizava) acerca do Reino de Deus — como João Batista e Jesus tinham feito. Filipe estava agora também pregando em nome de Jesus Cristo. A salvação só se dá por meio do nome de Jesus Cristo, o "Salvador" (cf. Atos 4:12).

Aqueles que criam se batizavam. Isto mostra que eles não dependiam mais da ade-são fiel à lei como meio de salvação, mas que podiam depositar a sua total confiança em Cristo. Os crentes consistiam tanto em homens como mulheres.
Surpreendentemente, até mesmo o próprio Simão creu (13). De modo inevitável, surge a questão se isto era fé genuína em Jesus Cristo ou meramente uma concordância mental às verdades do cristianismo. A favor da fé genuína há o fato de que a mesma palavra é usada no versículo 12. Certamente, Simão mostrou toda a aparência visível de ser um crente sincero, pois foi batizado, e Filipe aceitou sua conversão como sendo sincera. Além do mais, ele ficou, de contínuo, com Filipe. O verbo é forte, significando "acompanhar constantemente, continuar firme".10 Vendo os sinais — lit., "sinais e po-deres" — que estavam sendo realizados, ele ficou atônito, ou "maravilhado".

Sobre a natureza da conversão de Simão, Meyer tem a dizer: "Na verdade ele foi, pela pregação e pelos sinais de Filipe, movido pela fé em Jesus Cristo como o Messias. Mas a sua fé era somente histórica e intelectual, sem ter como resultado urna mudança de vida interior"."

4. O Pentecostes Samaritano (Atos 8:14-17)

Quando os apóstolos... em Jerusalém (14) souberam o que tinha acontecido em Samaria, enviaram Pedro e João para examinarem a situação. Estes dois homens esta-vam intimamente associados a algumas das primeiras atividades descritas no livro de Atos (Atos 3:4). Mas João não é mencionado novamente no livro.

Quando os dois apóstolos chegaram, oraram pelos samaritanos para que recebes-sem o Espírito Santo (15). Está claro que estes novos convertidos, embora definitiva-mente salvos pela fé em Jesus Cristo e já batizados (12), não tinham recebido o Espírito Santo. Era necessário que lhes acontecesse a mesma experiência que tiveram os 120 no cenáculo no dia de Pentecostes.

O fato de que, embora convertidos e batizados nas águas, os samaritanos ainda não tinham sido batizados com o Espírito Santo (cf. Mt 3:11) está ainda ressaltado entre parênteses. Lucas explica por que os apóstolos oraram daquela forma: Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus (16). O texto grego sugere que eles continuavam (tempo im-perfeito) no estado de ter sido batizados nas águas (particípio perfeito). Eles ainda não tinham experimentado, pessoalmente, o Pentecostes. Aqui com certeza se reflete clara-mente o entendimento de Lucas de que o dom do Espírito Santo é uma experiência subseqüente à conversão.

Pedro e João lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo (17).

Muitos estudiosos sustentam que a referência não é ao recebimento do Espírito Santo em si, mas sim à concessão dos miraculosos dons do Espírito. Mas não é o que a narrativa diz. Ela declara claramente: receberam o Espírito Santo. Parece estar implícito que houve algumas manifestações exteriores relacionadas a este fato, através da afirma-ção, no versículo seguinte, de que Simão estava ciente daquilo que havia acontecido. No entanto, na narrativa não existe nenhuma menção ao falar em línguas.

Knowling objeta contra a interpretação de Espírito Santo significando aqui dons especiais do Espírito. Ele diz: "Em um livro tão marcado pela obra do Espírito Santo... édifícil acreditar que Lucas possa querer limitar a expressão lambanein [receber] aqui... a qualquer coisa menos do que o derramamento daquele Espírito que passaria a habitar dentro de cada crente, e que torna o cristão o templo de Deus".'

Esta passagem do livro de Atos é muito significativa. Os samaritanos foram conver-tidos a Cristo por meio da pregação de Filipe e, em uma ocasião posterior, foram cheios do Espírito Santo sob o ministério de Pedro e João. Para eles, sem dúvida, o recebimento do Espírito foi um fato subseqüente à conversão.

Pode-se perguntar por que Filipe, que estava cheio do Espírito (cf. Atos 6:3-5), não pôde concluir este trabalho sem a vinda de Pedro e João. A resposta provavelmente é que era necessário estabelecer a unidade da Igreja de Jesus Cristo, no início, por meio deste ato de autoridade apostólica. Não deveria haver movimentos separados surgindo aqui e ali, mas sim uma Igreja unida, fundada pelos homens que Jesus encarregou desta tarefa.

5. Simão e a Simonia (Atos 8:18-24)

Simonia — uma palavra derivada deste incidente — significa a compra ou a venda de ofícios eclesiásticos, ou autoridade eclesiástica. E Simão, vendo que o Espírito Santo era dado pela imposição das mãos dos apóstolos... lhes ofereceu dinhei-ro (18) para que compartilhassem com ele o poder de derramar ou conceder o Espírito (19) Esta mágica era muito melhor do que qualquer coisa que ele possuía! Ele queria manter o seu controle sobre o povo. Em resposta, Pedro disse a Simão: O teu dinheiro seja contigo para perdição (9) Isto poderia ser interpretado como uma oração para que o seu dinheiro, que amea-çava trazer-lhe a destruição, pudesse acabar. Knowling diz: "Estas palavras não são uma maldição nem uma imprecação, como é evidente no versículo 22, mas sim uma expressão veemente de horror por parte de Pedro, uma expressão que poderia advertir Simão de que ele estava no caminho da destruição"." Após observar outras interpretações, Alexander conclui: "A verdadeira solução parece ser que Pedro falou com uma autoridade divina direta, e também que o pedido deve ser qualificado pela exortação contida no versículo 22".' Ele acrescenta: "O pecado e a loucura da oferta do mágico não estão meramente na idéia de subornar a Deus, mas em comprar o que, pela sua própria natureza, só poderia ser uma dádiva gratuita".15

Pedro continuou afirmando: Tu não tens parte nem sorte nesta palavra (21). Parte indica uma divisão ou porção. Sorte significa o que é obtido lançando sortes, ou seja, uma parte designada. A palavra grega para palavra ou "ministério" é logos, que literalmente significa "palavra". Hackett prefere essa tradução e explica o seu significa-do: "A doutrina ou o Evangelho, que nós pregamos".16 Este é o sentido transmitido pela versão Siríaca Peshita (século V), onde se lê "em sua fé". Mas logos pode significar "o que é falado sobre", e desta forma "assunto, caso, coisa".'

Pedro também declarou: O teu coração não é reto — lit., "direito", e também, em um sentido moral, "franco' — diante de Deus. Isto mostra que se Simão havia passado por uma verdadeira conversão, o que parece estar implícito no versículo 13, o amor pelo dinheiro agora havia feito com que ele se desviasse. Ele não era mais sincero, e nenhum homem pode ser salvo sem ser sincero.

Mas não era tarde demais para Simão ser perdoado. Pedro o advertiu, dizendo: Ar-repende-te... dessa tua iniqüidade e ora — "pedir, suplicar"" — a Deus," para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração (22). Porventura parece sugerir uma incerteza quanto à possibilidade de Simão poder ser perdoado. Mas o texto grego diz literalmente "se por isso"; i.e., como um resultado por seu arrependimento. A única incerteza — e era muito real — era se Simão se arrependeria. Aparente-mente, ele não o fez. Gloag se expressa bem: "Pedro aqui... não expressa dúvida sobre o perdão de Deus, nem a limitação da sua misericórdia; a dúvida se refere ao arrependi-mento de Simão"?'

A palavra grega para pensamento (somente aqui no NT) origina-se do verbo "continuar". Sendo assim, ela significa um "plano" consciente ou um "projeto"?' uma "trama"."

Pedro continuou descrevendo Simão como estando literalmente em (eis) fel de amar-gura, e... laço de iniqüidade (23). Bruce escreve: "No papiro, eis é usado desse modo após einai, expressa destino"?' Sugeriu-se que Simão caiu neste estado. Meyer parafra-seia a passagem da seguinte forma: "Eu o reconheço como um homem que caiu em amar-ga animosidade contra o Evangelho, como em fel, e em iniqüidade como em grilhões cingidos"?' Gloag diz: "Fel aqui significa 'veneno', como — de acordo com a opinião dos antigos — o veneno das serpentes que residia em seu fel"."

A reação de Simão aos avisos de Pedro não dá evidências de um verdadeiro arrepen-dimento. Ele não estava preocupado com o seu pecado, mas somente com as suas conseqüências. Pedro o instruiu a orar a Deus na esperança de ser perdoado (22). Agora Simão pede aos apóstolos para orarem (a mesma palavra contida no v. 22) para que nenhuma das coisas mencionadas por Pedro venha sobre ele (24). Não havia no coração de Simão uma tristeza devido ao pecado, mas somente o temor pela sua própria segurança.

Em Simão, vemos (Atos 8:8-13, 18-24) "Um candidato inaceitável para o batismo com o Espírito Santo". 1. Simão foi rejeitado porque teve uma concepção errada do preço a ser pago (18,
20) ; 2. Ele teve um motivo errado para buscar o Espírito Santo (19) ; 3. Seu coração não era reto aos olhos de Deus (21-23). (G.B. Williamson)

6. Samaria Evangelizada (Atos 8:25)

Este versículo parece constituir um parágrafo intermediário entre o precedente e o seguinte. Tendo eles — provavelmente Pedro e João — testificado (testemunhado completamente) e falado (no texto grego, simplesmente "falado") a palavra do Se-nhor, voltaram para Jerusalém. A última parte deste versículo tem dois imperfeitos, portanto lê-se literalmente "eles estavam retornando para Jerusalém e estavam evangelizando muitas aldeias de samaritanos". Isto dá a idéia de uma campanha contí-nua de evangelização durante a prolongada viagem de volta.

O companheiro evangelista de Pedro era o mesmo João que uma vez desejou invocar o fogo do céu para destruir uma aldeia de samaritanos (Lc 9:52-56). Jesus o repreendeu por ter um espírito errado. Mas agora, depois do Pentecostes, ele tinha o Espírito de Cristo. Gloag sabiamente observa: "Agora, ele invocava um tipo diferente de fogo que pudesse descer do céu sobre os samaritanos — o fogo do Espírito Santo"."

B. TESTEMUNHANDO AO EUNUCO ETÍOPE, Atos 8:26-40

Filipe era um evangelista versátil, cheio do Espírito e guiado pelo Espírito. Ele podia pregar para grandes multidões em um "avivamento que alcançasse uma cidade inteira". Mas ele também podia realizar um trabalho pessoal com um único indivíduo em uma estrada deserta. A eternidade pode revelar que, quanto aos seus resultados finais, a segun-da destas atividades era tão fértil quanto a primeira. A lição essencial a ser aprendida é que, quando o Espírito Santo nos impele a levar algum ministério a outros, Ele nos dá o poder necessário para cumprirmos a missão. Onde Deus guia, Deus provê. Outra lição é que, aos olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada pelo Espírito é pequena. Somente a onisciência divina pode antever os resultados dos poucos momentos de um testemunho dado a uma pessoa cujo coração o Espírito Santo preparou para acolher este testemunho.

1. Um Peregrino Buscando a Deus (8:26-31)

No meio das atividades de Filipe na cidade samaritana, com muitos convertidos para cuidar, o anjo — lit., "um anjo" — do Senhor chamou-o para uma nova tarefa. O contexto sugere que esta é uma outra maneira de dizer que o Espírito conduziu-o (cf. 29, 39). A ordem era: Levanta-te — tempo aoristo de ação imediata — e vai — tempo imperfeito de ação continua, "ir" — para a banda do sul (26). No único outro ponto do Novo Testamento em que aparece a palavra grega para sul, ela é traduzida como "meio-dia" (22.6). Alguns estudiosos preferem esta tradução. Mas "para a banda do sul" parece ser o significado correto da frase.

Filipe devia ir ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que estava deserto. Gaza estava a cerca de 96 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Era a cidade mais ao sul da Palestina, quase na fronteira do Egito (ver o mapa 1). Nos tempos do Antigo Testamen-to, era uma das cinco cidades dos filisteus. Que está deserto pode referir-se ao cami-nho; ou seja, "Pegue a estrada deserta", em vez de uma outra rota. Esta é a opinião de Schuerer28 e Gloag." Mas Lake e Cadbury empregaram a frase à cidade. A antiga Gaza, que estava situada a aproximadamente quatro quilômetros do Mediterrâneo, foi destruída por Alexandre o Grande (332 a.C.) e ainda estava deserta. Poderia muito bem ser chama-da deserto de Gaza. A nova Gaza Helênica ficava na costa.' Bruce aceita esta interpreta-ção.' Em qualquer caso, a missão envolvia diversos dias de viagem. Talvez fossem 56 quilômetros de Samaria a Jerusalém e cerca de 96 quilômetros a mais para Gaza.

Filipe levantou-se e foi (27). Os dois verbos estão no tempo aoristo e sugerem obediência imediata. Como ele foi imediatamente, encontrou um homem. Se tivesse de-morado por qualquer razão, Filipe teria perdido seu encontro divino com o eunuco.

Seguindo orientações divinas, Filipe viu um etíope, que tinha ido a Jerusalém para adoração, ou "em peregrinação", e estava agora voltando. Etiópia era o nome de um reino no Nilo, entre a atual Assuã e Khartoum. A maioria dos estudiosos atuais reconhece que a referência aqui não é à Abissínia, hoje conhecida comumente como Etiópia. Entretan-to, o Westminster Dictionary of the Bible afirma que a profecia de Salmos 68:31 — "A Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos" — "foi cumprida com a conversão do eunuco etíope (At 8:26-40) e a introdução do Evangelho na Abissínia"."

O viajante que Filipe encontrou era um eunuco," mordomo-mor (ou alto official) de Candace, rainha dos etíopes. A lei mosaica proibia um eunuco de ser membro da congre-gação do Senhor (Dt 23:1). Mas a proibição parece ter sido suspensa posteriormente (Is 56:3-5). Mordomo-mor é dynastes, que significa "príncipe". Candace era um título, como Faraó. Lake e Cadbury observam: "O título era dado à rainha-mãe, chefe real do governo".' O eunuco era superintendente de todos os seus tesouros, portanto, um ho-mem de alto cargo e grande responsabilidade.

Como um homem digno de sua posição, o eunuco tinha um dos melhores meios de transporte da época. Assentado no seu carro [uma carruagem], lia o profeta Isaías

(28). Pergaminhos escritos à mão eram raros e dispendiosos, mas ele era um homem rico e podia tê-los. De acordo com os costumes da época, ele lia em voz alta, pois Filipe o ouviu (30). Os rabinos determinavam que a Lei devia ser lida em voz alta por quem estivesse viajando."

Em obediência à voz interior do Espírito (29), Filipe correu (30) para emparelhar-se ao carro. Ouvindo o eunuco ler o pergaminho de Isaías, ele perguntou: Entendes tu o que lês? — uma questão pertinente em qualquer época. Entendes significa literalmen-te: "Você conhece?" Que lês significa literalmente: "Você conhece novamente". Há um jogo de palavras em grego que não pode ser convertido para o nosso idioma. Estes dois verbos aparecem juntos em II Coríntios 3:2 — "conhecida e lida por todos os homens".

A resposta do eunuco etíope foi quase patética: Como poderei entender, se al-guém me não ensinar? (31) Ensinar é o mesmo verbo usado por Jesus em João 16:13 como "guiar" — "Quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a ver-dade". Filipe, cheio do Espírito, era capaz de dar orientações sobre as Escrituras.

Ávido por aprender o verdadeiro significado da passagem profética, o eunuco rogou que Filipe subisse à carruagem. O verbo rogou (parakaleo) é muito forte, significando "exigiu" ou "suplicou"."

2. Uma Profecia Incomum (Atos 8:32-33)

A expressão O lugar da Escritura (32) pode ser traduzida como "a passagem da Escritura". Lugar (perioche, somente aqui no NT) é a palavra usada pelos pais da igreja para as lições das Escrituras que são lidas em público. Literalmente significa "uma por-ção circunscrita, uma seção".'

A citação em 32-33 foi copiada quase literalmente da Septuaginta de Isaías 53:7-8, e é uma parte de uma das "Canções do Servo" de Isaías, encontrada em um importante capítulo messiânico do Antigo Testamento. A profecia, Assim não abriu a sua boca, foi cumprida quando Jesus "nada respondeu", quando foi falsamente acusado perante Pilatos (Mt 27:12). A frase difícil, foi tirado o seu julgamento, provavelmente signi-fica: "lhe negaram justiça" (RSV). Gloag assim a interpreta: "O seu julgamento — o julgamento que lhe era devido — os seus direitos de justiça — lhe foram negados por seus inimigos"."

A próxima frase, quem contará a sua geração?, tem causado mais dificuldades. Gloag opina que ela significa: Quem deveria "expor a maldade de seus contemporâne-os?" Mas Meyer diz que, embora anteriormente sustentasse aquela opinião," ele defi-nitivamente escolheria esta interpretação: "Quão indescritivelmente grande é a multi-dão daqueles que pertencem a Ele".41 A frase final, porque a sua vida é tirada da terra, reconhecidamente parece se adequar melhor à primeira destas explicações do que à segunda.

3. Um Pregador Cheio do Espírito (Atos 8:34-40)

A questão que preocupava o eunuco etíope era: de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? (34). Lumby escreve: "Alguns dos judeus interpretaram esta passagem como tratando de um profeta sofredor, mas geralmente ela se aplicava à nação sofredora".42 O eunuco pareceu sentir que ela deveria ser aplicada a um indivíduo. Mas a quem?

Filipe estava à altura das exigências da situação. Abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus (35). Esta era a resposta. O Servo sofredor do Senhor, de quem Isaías falara, não era nenhum outro senão Jesus, o Messias escolhido por Deus.

Sem dúvida, a carruagem já havia percorrido uma grande distância enquanto Filipe comentava a passagem de Isaías e revelava Jesus. Finalmente, chegaram ao pé de alguma água (36), e o eunuco solicitou o batismo. Talvez Filipe tivesse repetido as pala-vras de Pedro no dia de Pentecostes: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados..." (2.38).

O versículo 37 é a teologia sólida do Novo testamento, mas é omitido nas versões revisadas porque não está nos melhores e mais antigos manuscritos gregos. Talvez re-presente uma tradição autêntica, mas tem todo o aspecto de ser uma nota explicativa, adicionada por algum escriba para fornecer uma resposta à questão do versículo 36 e, por fim, encontrar seu caminho dentro do texto.

O eunuco mandou parar o carro (38), enquanto ele e Filipe desceram para um lago ou riacho. A água corrente era considerada preferível para o batismo cristão na 1greja Primitiva (Didache 7.1).

Quando os dois homens saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe (39). Ele desapareceu. O eunuco... jubiloso, continuou o seu caminho, como todos fazem quando encontram Cristo como Salvador. Este é um contraste com o jovem governante rico, que "retirou-se triste" (Mt 19:22).

Filipe se achou — i.e., apareceu — em Azoto (40). Esta é a Asdode do Antigo Testamento, uma das cinco cidades dos filisteus. Estava situada cerca de 32 quilômetros ao norte de Gaza, a mais ou menos metade do caminho entre aquela cidade e Jope (ver o mapa 1). Em seu caminho para o norte, pela costa, Filipe anunciava o evangelho em todas as cidades — lit„ "ia evangelizando todas as cidades". Estas incluiriam Lida e Jope, onde os crentes são mencionados logo depois disso (9:32-42). Filipe evangelizou as cidades litorâneas no extremo norte, como Cesaréia, onde o encontramos na próxima vez em que aparece no livro de Atos (21.8). Esta cidade foi construída por Herodes o Grande, e pas-sou a chamar-se Cesaréia Sebaste em honra ao Imperador Augusto de Roma. Concluída em aproximadamente 13 a.C., foi a sede do governo romano na Judéia nos dias de Jesus.

Este capítulo pode ser usado para enfatizar a importância dos "Dois Tipos de Evangelização": evangelização em massa (4-25) e evangelização pessoal (26-40). Sob a primeira, se destacam: 1. O método é pregar (5) ; 2. A mensagem é Cristo (5) ; 3. O motivo é que as pessoas sejam salvas e santificadas (12-17). Sob a evangelização pessoal, cha-mamos a atenção para: 1. A importância da obediência imediata (27, ver comentários) ; 2. A oportunidade oferecida (27-29) ; 3. O lugar da Escritura profética (30-32) ; 4. A interpre-tação da passagem, (34-35) ; 5. A aplicação à necessidade pessoal (36-39).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 8 versículo 20
Desta história de Simão procede a palavra simonia, com a qual se faz referência ao indevido comércio com postos eclesiásticos e com as coisas sagradas.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
*

8.3 Saulo, porém, assolava a igreja. O verbo grego é enfático, e significa não somente perseguição, mas um esforço para destruir a igreja.

* 8.4 dispersos... pregando a palavra. Através da perseguição, a mensagem foi espalhada mais longe e mais rapidamente (11.19). Como disse Tertuliano, “o sangue dos cristãos é a semente da igreja”.

* 8.9 Simão. Simão, o mago, é freqüentemente mencionado em antigos escritos fora da Bíblia como sendo o arquinimigo da igreja e um dos líderes da heresia gnóstica. O gnosticismo (nome que vem da palavra grega gnosis,que significa “conhecimento”), ensinava que uma pessoa ganhava a salvação não pelo mérito da morte de Jesus pelos pecadores, mas por conhecimento especial a respeito de Deus. Justino o Mártir (morto cerca de 165 d.C.), ele próprio um samaritano, diz que quase todos os samaritanos consideravam Simão o supremo deus (o “Grande Poder”, v.10). Irineu (morto cerca de 180 d.C.), que escreveu extensivamente sobre os gnósticos, considera Simão como uma das fontes dessas heresias. Embora o Simão do v. 9 possa ter sido outro Simão, os pais da igreja igualam os dois, e o contexto de 8:9-11 (seu caráter e a atitude dos samaritanos a respeito dele) certamente indicam os dois como a mesma pessoa.

* 8.15 recebessem o Espírito Santo. Os crentes samaritanos, até este ponto, não haviam recebido a evidência da dinâmica presença interior do Espírito Santo, embora, como crentes, o Espírito Santo estivesse habitando neles (Rm 8:9). Não nos é dito qual a evidência que o Espírito concedia.

*

8.22,23. Pelas suas palavras e ações, Simão comprovou que não cria em Cristo. Ele ainda estava “em fel de amargura” (cf. Dt. 29.18; Hb 12:15) e “laço de iniqüidade’’ (ver Rm 6:16; 8:8). Uma profissão de fé sem arrependimento é inválida.

* 8.27 eunuco. A palavra refere-se ou a um oficial emasculado, pertencente à corte real, ou a um alto oficial do governo. A Etiópia bíblica (ou Cuxe) é a remota área sul do Egito, incluindo partes da moderna Eritréia, Etiópia e Sudão.

Candace. O título da rainha-mãe, que governava em lugar de seu filho. Acreditava-se que ele era sagrado demais para ser envolvido em negócios seculares.

* 8.28 lendo... Isaías. Se o etíope estivesse lendo a passagem sobre a misericórdia do Senhor para com os eunucos (Is 56:3-5; conforme Dt 23:1), teria sido natural para ele ler também Is 53 (v. 35, nota).

* 8.30 ouviu-o. Nos tempos antigos, as pessoas normalmente liam em voz alta.

*

8.35 anunciou-lhe a Jesus. Filipe começou de Is 53 e identificou o servo na passagem como o Servo Sofredor, Jesus. Lucas dá a entender que ele continuou em outras passagens do Antigo Testamento, para identificar Jesus como o Messias.

* 8:40

Azoto. É a Asdode do Antigo Testamento (1Sm 5:1), uma das cinco cidades filistéias, cerca de 32 km ao norte de Gaza e 96 km ao sul de Cesaréia, na costa. Filipe pregava o evangelho em todas as cidades ao longo da costa, até chegar a Cesaréia, uma grande cidade que Herodes o Grande tinha reconstruído (perto da torre de Estratão). Tinha um excelente porto que Herodes expandiu para importante tráfego marítimo (21.8), e servia como quartel general para os procuradores romanos tais como Pilatos, Félix (23.33-24,4) e Festo (25.6). Filipe deve ter se radicado em Cesaréia, porque anos depois ele ainda residia lá (21.8).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
8.1-4 A perseguição forçou aos cristãos para que saíssem de Jerusalém e fossem a Judea e Samaria; dessa maneira se cumpria a segunda parte do recente mandato do Jesus (veja-se 1.8). A perseguição ajudou à difusão do evangelho. O sofrimento dos crentes traria grandes resultados para Deus.

8:4 A perseguição obrigou aos crentes a abandonar seus lares em Jerusalém e a que o evangelho fora com eles. Freqüentemente devemos nos sentir molestos antes de querer nos mover. Ao melhor não desejemos esta experiência, mas o desconforto pode ser uma das melhores costure para nós porque Deus pode trabalhar através de nossos sofrimentos.

A próxima vez que se sinta tentado a queixar-se do desconforto ou das circunstâncias dolorosas, detenha-se e pergunte-se se ao melhor Deus o está preparando para uma missão especial.

8:5 Não se refere ao Felipe o apóstolo (veja-se Jo 1:43-44), a não ser a um judeu de fala grega, "cheio de fé e do Espírito Santo", um dos sete diáconos escolhidos para ajudar na distribuição dos mantimentos na igreja (Jo 6:5).

8:5 o Israel se dividia em três regiões principais: Galilea no norte, Samaria no centro e Judea no sul. A cidade da Samaria (na região do mesmo nome) chegou a ser a capital do norte do reino do Israel nos dias do reino dividido, antes de sua conquista por Assíria em 722 a.C. Durante esta guerra, o rei assírio levou muitos cativos, deixando sozinho aos mais pobres e repovoando a terra com estrangeiros. Estes contraíram matrimônio judeus que ficaram e esta raça mista originou aos samaritanos. Os judeus "puros" do reino do sul do Judá, consideravam os samaritanos como meia casta e se odiavam mutuamente. Mas Jesus foi a Samaria (João
4) e mandou a seus seguidores que pulverizassem o evangelho até ali (1.8).

8:7 Jesus enfrentou e jogou fora muitos demônios durante seu ministério na terra. Aos demônios, ou espíritos malignos, controla-os Satanás. Talvez são anjos cansados que se uniram a Satanás em sua rebelião contra Deus e podem obter que uma pessoa seja muda, surda, cega ou doente. Também tentam às pessoas para que peque. Apesar de seu poder, não podem ler nossa mente nem podem estar em distintos lugares ao mesmo tempo. Os demônios são reais e estão ativos, mas Jesus tem autoridade sobre eles e delegou sua autoridade a seus seguidores. Apesar de que permite que Satanás obre em nosso mundo, Deus tem o controle total. Seu poder pode jogar fora demônios e terminar com sua obra destrutiva nas vidas das pessoas. Ao final, Satanás e seus demônios serão confinados para sempre, terminando sua obra maligna no mundo (Ap 20:10).

8.9-11 Nos dias da igreja primitiva, os feiticeiros e magos eram numerosos e influentes. Faziam maravilhas, efetuavam sanidades e exorcismos, e praticavam a astrologia. Suas magias possivelmente eram simples truques ou os feiticeiros receberam algum poder de Satanás (Mt 24:24; 2Ts 2:9).

Simón realizou muitas maravilhas ao grau que até alguns pensavam que era o Messías, mas seus poderes não vinham de Deus (veja-se 8:18-24).

8:14 A fim de descobrir se os samaritanos eram verdadeiros crentes, enviaram ao Pedro e João a investigar. Os cristãos judeus, inclusive os apóstolos, duvidavam ainda se os gentis (os que não eram judeus) e os meio judeus podiam receber ao Espírito Santo. E não foi mas sim até que Pedro teve sua experiência com o Cornelio (capítulo
10) que os apóstolos se convenceram por completo de que o Espírito Santo era para todos. Foi João o que perguntou ao Jesus se podiam mandar fogo do céu para que descendesse e destruíra a uma aldeia samaritana que recusou recebê-los (Lc 9:51-55). Agora Pedro e ele foram aos samaritanos para orar com eles.

MINISTÉRIO DO Felipe: Para escapar da perseguição em Jerusalém, Felipe fugiu a Samaria onde continuou pregando o evangelho. Enquanto esteve ali, um anjo o conduziu a um funcionário etíope que se encontrava no caminho entre Jerusalém e Gaza. Este funcionário se converteu ao cristianismo antes de prosseguir seu caminho a Etiópia. Felipe foi açoito a Cesarea.

8.15-17 Este era um momento crucial na extensão do evangelho e o crescimento da Igreja. Os apóstolos, Pedro e João, tiveram que ir a Samaria para evitar que este novo grupo de crentes se separasse de outros crentes. Quando Pedro e João viram o Espírito Santo obrando nesta gente, tiveram a certeza de que o Espírito Santo obrava através de todos os crentes: gentis, raças mistas e também judeus "puros".

8.15-17 Muitos eruditos acreditam que Deus decidiu que a plenitude de seu Espírito viesse de forma dramática e em sinal deste momento particular da história: a difusão do evangelho na Samaria pela capitalista e eficaz predicación dos crentes. Pelo general, o Espírito Santo entra na vida de uma pessoa no momento da conversão. Este foi um acontecimento especial. O derramamento do Espírito aconteceria de novo com o Cornelio e sua família (10.44-47), uma demonstração de que os gentis incircuncisos podiam receber o evangelho.

8.18-23 "Tudo tem seu preço" parece ser certo em nosso mundo de subornos, riqueza e materialismo. Simón pensou que podia comprar o poder do Espírito Santo, mas Pedro o censurou com dureza. A única maneira de receber ao Espírito Santo é fazer o que Pedro disse ao Simón: arrepender do pecado, pedir perdão a Deus e ser cheio com seu Espírito. Nenhuma quantidade de dinheiro pode comprar a salvação, o perdão de pecado nem o poder de Deus que se obtêm mediante o arrependimento e a fé em Cristo como Senhor e Salvador.

8:24 Recorda a última vez em que um familiar ou amigo o censurou asperamente? sentiu-se ferido? Colérico? Defensivo? Aprenda uma lição do Simón e sua reação à censura do Pedro. Exclamou: "Roguem vós por mim ao Senhor". Se o repreenderem por um engano grave, é para seu bem. Admita sua falta, arrependa-se imediatamente e peça oração.

8:26 O ministério do Felipe com as grandes multidões na Samaria era de êxito (8.5-8), entretanto, obedientemente deixou esse ministério para ir a um caminho desértico. devido a que Felipe foi aonde Deus o enviou, Etiópia se abriu ao evangelho. Dependa da direção de Deus embora esta pareça sem sentido. Pudesse ser que não entenda seus planos ao princípio, mas os resultados provarão que os caminhos do Senhor são retos.

8:27 Etiópia está na África, ao sul do Egito. É óbvio que o eunuco estava muito dedicado a Deus porque percorreu uma grande distancia para adorar em Jerusalém. Em épocas passadas, os judeus tiveram contato com Etiópia (conhecida como Qs; Sl 68:31; Jr 38:7), de maneira que este homem possivelmente era um gentil convertido ao judaísmo. Como estava sobre os tesouros de Etiópia, sua conversão lhe permitiu levar o cristianismo até as estruturas de poder de outro governo. Este é o começo do testemunho "até o último da terra" (Jr_1:8). Vejam-nas profecias em Is 56:3-5 sobre estrangeiros e eunucos.

8.29-35 Felipe achou ao etíope lendo as Escrituras e aproveitou essa oportunidade para lhe explicar o evangelho, lhe perguntando se entendia o que lia. Felipe: (1) dependeu da direção do Espírito, (2) começou o diálogo de onde o homem estava (imerso nas profecias do Isaías), e (3) explicou como Jesucristo cumpriu as profecias do Isaías. Quando anunciamos o evangelho, devêssemos começar onde a outra pessoa está concentrada. Logo podemos relacionar o evangelho com essas preocupações.

8.30, 31 O eunuco pediu ao Felipe que lhe explicasse uma passagem das Escrituras que não entendia. Quando não entendermos a Bíblia, devemos procurar a ajuda de outros. Não devemos permitir que nossa insegurança ou orgulho se interponha na compreensão da Palavra de Deus.

8:35 Alguns pensam que o Antigo Testamento não tem relevância hoje em dia, mas Felipe guiou a este homem à fé no Jesucristo usando as Escrituras do Antigo Testamento. Ao Jesucristo o achamos tanto nas páginas do Antigo como nas do Novo Testamentos. Toda a Palavra de Deus tem aplicação a cada pessoa de todas as épocas. Não devemos ser negligentes no uso do Antigo Testamento, porque é também a Palavra de Deus.

8:38 O batismo é um sinal de identificação com Cristo e sua comunidade. Entretanto, não houve testemunhas ao redor do Felipe, o importante era que o eunuco se batizasse.

8:39, 40 por que o Espírito transportou de repente ao Felipe a uma cidade diferente? Este sinal milagroso mostrou a urgência de levar aos gentis a acreditar em Cristo.

Açoito era uma das antigas capitais de Filistéia. Talvez Felipe viveu na Cesarea os seguintes vinte anos (21.8).

MISSIONÁRIOS DO NOVO TESTAMENTO E SUAS VIAGENS

Felipe: Um dos primeiros em pregar o evangelho fora de Jerusalém 8:4-40

Pedro e João: Visitar os novos crentes na Samaria para animá-los 8:14-25

Paulo (viaje a Damasco): Determinou capturar cristãos, mas Cristo o capturou a ele 9:1-25

Pedro: Deus o guiou a uma das primeiras famílias gentis em converter-se ao cristianismo: a família do Cornelio 9:32-10.48

Bernabé: Foi a Antioquía para respirar, viajou ao Troas para levar ao Paulo a Jerusalém desde a Antioquía 11:25-30

Bernabé, Paulo, João Marcos: Deixaram Antioquía para ir ao Chipre, Panfilia e Galacia na primeira viagem missionária 13 1:14-28

Bernabé e João Marcos: depois de separar-se do Paulo, deixaram Antioquía para ir ao Chipre : 15:36-41 Paulo, Silas, Timoteo, Lucas: Deixaram Antioquía para voltar a visitar as Iglesias na Galacia, logo se dirigiram a Ásia, Macedônia e Acaya em uma segunda viagem missionária 15:36-18.22

Apolos: Deixou Alejandría para dirigir-se ao Efeso; conheceu o evangelho completo com a ajuda da Aquila e Priscila; pregou em Atenas e Corinto 18:24-28

Paulo, Timoteo, Erasto: Terceira viagem missionária onde visita de novo as Iglesias da Galacia, Ásia, Macedônia e Acaya18.23; 19:1-21.14


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
IX. Primeira dispersão da Igreja (At 8:1)

1 E também Saulo consentiu na morte dele.

E se levantou naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos. 2 E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre Ec 3:1 Saulo porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres os entregava à prisão.

4 No entanto os que foram dispersos pregando a palavra.

Antes do incidente desse registro, a evangelização cristã, desde o Pentecostes, tinha sido confinado a Jerusalém, tanto quanto sabemos. Lá também não parece haver qualquer evidência bíblica de que os "apóstolos", como ainda imaginou a sua responsabilidade para a evangelização mundial. Na verdade Cristo tinha encomendado assim eles (Mt 28:18 ; At 1:8 ). A lei judaica proibia luto público com a morte de um criminoso condenado. Assim, a grande lamentação sobre Estevão deu testemunho de sua inocência e a ilegalidade do seu martírio. Também não era o corpo de um criminoso enterrado pelo judaísmo oficial (ver enterro de Cristo, Mt 27:57. ; Jo 19:28 ).

Era morte heróica e gloriosa de Estevão, que quebrou as barras de ferro de legalismo judaico e emancipado do evangelho de Cristo para a divulgação mundial. O grão de trigo caiu no chão e morreu, e ele trouxe muito fruto (Jo 12:24 ). Estevão significa "coroa", e, assim, ele foi o primeiro a usar a "coroa de mártir cristã" (ver Ap 2:10 ). Ele tinha "dormido" que um grande despertar espiritual pode ocorrer. Deus enterra Seus obreiros, mas sua obra continua.

A morte de Estevão foi seguido pela primeira organizada, sistemática perseguição, concertada dos discípulos, o que parece ter sido dirigida principalmente contra os cristãos helenistas que tinha apanhado o maior visão do evangelho de Estevão. Sob o impacto da perseguição, os discípulos estavam dispersos (até agora tinham se concentrado em Jerusalém) pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos . Esta divulgação estava de acordo com a ordem de Cristo (Mt 10:23 ), e não para a segurança dos discípulos, mas para a propagação do Evangelho. Vale ressaltar que os apóstolos são excetuados na dispersão: exceto os apóstolos (v. At 8:1 ). "Certamente a cólera do homem redundará em teu louvor: O resíduo da cólera tu cingirá sobre ti [conter]" (Sl 76:10. ).

B. Filipe eo MISSÃO Samaritano (8: 5-13)

O autor de Atos parece destacar, de entre as muitas atividades de testemunho dos discípulos dispersos sob a terrível perseguição de Saul, o caso de Felipe como um exemplo do tenor daqueles discípulos.

1. O Ministério da Felipe (At 8:5 . Exatamente o que cidade de Samaria Filipe foi para, se Sebaste capital ou possivelmente Sicar, não é certo, nem importante. Pode ter sido o último, onde Cristo viu a mulher samaritana e muitos outros convertidos (Jo 4:3 ). É, evidentemente, era um centro populoso, e representou a transição do evangelho dos judeus para os gentios. Os samaritanos eram um povo judaico-Gentile racialmente mistos, e tão vira-lata na religião.Consequentemente, eles foram mais desprezados pelos judeus que eram os gentios. Felipe de ir até a cidade de Samaria indica apenas a maior importância de Jerusalém, e não elevação geográfica. Lá, ele pregou a estes samaritanos Cristo como o Messias, a quem eles esperavam, tanto das Escrituras judaicas de que dispunham e do ministério antes de Cristo entre eles.

2. A resposta dos samaritanos (At 8:6 ), o cumprimento daquelas Escrituras e das suas esperanças pessoais, que a fé foi confirmada por as manifestações de acompanhamento do poder divino e aprovação nos milagres realizados entre eles através de Felipe (conforme 1Co 1:5 , Mt 4:25 ). Lucas, que era médico e, portanto, bem qualificado para julgar a natureza dos males do seu tempo, tanto aqui como no caso do Gadarene (ver Lc 8:26 ), refere-se claramente à possessão demoníaca. Em segundo lugar , o autor claramente diferencia, nesta passagem, entre possessão demoníaca e da doença de aflições paralisia cerebral e de claudicação, ambas as quais posteriormente são curadas, enquanto a primeira é expulso. Não admira que deveria ter havido muita alegria nos corações e casas de indivíduos emancipados e curadas restaurados à normalidade. O evangelho forjado benefícios sociais e econômicos, bem como física e espiritual.

4. O caso do Simon the Sorcerer (8: 9-13)

9 E estava ali um certo homem, chamado Simão, que vinha exercendo naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria e dizendo ser ele uma grande personagem: 10 Ao qual todos atendiam, desde o menor até o maior, dizendo: Este é o Poder de Deus que se chama Grande. 11 E eles deram ouvidos a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas. 12 Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e o nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. 13 E creu até o próprio Simão e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e vendo os sinais e grandes milagres realizados, ele ficou surpreso.

Basta notar que esta Simon foi um dos muitos bruxos oportunistas da terra no seu dia que se aproveitou da expectativa predominante de um Messias popularizada pelos judeus da diáspora e jogou em cima da credulidade das pessoas com as práticas de prestidigitação, malabarismo, e adivinhação. Provavelmente um superpsychic, bem como um malandro e um demônio-traficante, este homem tinha por muito tempo espantado os samaritanos e os manteve vinculado, nos termos de suas magias de feitiçaria.Essas magias foram validados, nas mentes das pessoas, por sua pretensão de ser uma grande personagem . Na verdade, ele professou divindade, e muitas lendas infundadas sobre ele cresceu até mesmo na igreja. O próprio Simão foi condenado à consternação pelos verdadeiros milagres e maravilhas operadas através de Felipe, e, em seguida, motivada por maus desejos egoístas, ele professou a fé em Cristo, foi batizado e por um tempo seguido Felipe e estudados mais diligentemente os sinais e grandes milagres operados por Felipe (v. At 8:13)

Vale ressaltar que os apóstolos foram exceção na dispersão dos discípulos sob perseguição no martírio de Estêvão (v. At 8:1)

14 Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João;

A notícia do recebimento do evangelho de Cristo pelos samaritanos era realmente memorável. A palavra indica uma espécie de viragem nacional a Cristo e não apenas um revival em uma determinada cidade. A reunião do apostolado em Jerusalém foi imediatamente chamado, e decisão oficial foi feito para despachar Pedro e João para Samaria com plenos poderes para agir em qualquer capacidade que considerado sábio no interesse da igreja. Esta é a primeira ação deste tipo registrada dos apóstolos de Jerusalém.

2. Confirmação Os Apóstolos "( 8: 15-17)

15 que, quando eles desceram, oraram por eles, para que recebessem o Espírito Santo: 16 Porque ainda ele estava caído com nenhum deles. só eles tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus 17 Então lhes impuseram suas mãos sobre eles, e eles receberam o Espírito Santo.

A maioria das autoridades parecem concordar que a missão de Pedro e João para Samaria era consagrar ou ordenar, através da imposição das mãos e oração do lado humano, e por meio dos dons especiais do Espírito Santo no lado divino, alguns dos samaritanos para o serviço cristão especial para seu próprio povo. Embora isso possa ser verdade, não se pode negar que com a manifestação do Espírito Santo, a qualquer título, há sempre a eficácia santificadora da santidade de Sua presença pessoal. Se os samaritanos foram santificados nesta ocasião ou outra, eles foram santificados pelo Espírito Santo (At 15:8 ). Assim, os apóstolos reconhecido, aprovado, e confirmou que Deus tinha visitado com a salvação dos samaritanos também.

3. Os Apóstolos "Repreensão de Simon (8: 18-24)

18 E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos o Espírito Santo foi dado, ele ofereceu-lhes dinheiro, 19 dizendo: Dai-me também este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo. 20 Mas Pedro disse-lhe: A tua prata contigo à perdição, pois cuidaste obter o dom de Deus com dinheiro. 21 Tu não tens parte nem sorte neste ministério. porque o teu coração não é reto diante de Deus 22 Arrependei-vos, portanto, de dessa tua maldade, e roga ao Senhor para que, talvez, o pensamento do teu coração te seja perdoado. 23 Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniqüidade. 24 E Simão, respondendo, disse: Orai vós por me ao Senhor, que nenhuma das coisas que haveis dito venha sobre mim.

Os versículos 18:24 apresentar o verdadeiro caráter de um outro impostor que, como Ananias, desejado conexões cristãs e poderes divinos por razões egoístas. Ele havia surpreendido anteriormente as pessoas com a sua magia e feitiçaria, antes de professar o cristianismo. Se ele pudesse, mas obter estes dons especiais do Espírito Santo pela imposição das mãos dos apóstolos, ele seria capaz de substituir seus antigos práticas e competências e, assim, sua fama e fortuna iria crescer muito. Ele faz o seu pedido, e Pedro, percebendo a maldade do seu coração, oferece-lhe a repreensão fulminante contidas nos versículos 20 , 21 e 23 , e, em seguida, exorta-o ao verdadeiro arrependimento e fervorosa oração a Deus por perdão. Simon, ainda pensando magicamente, pede as orações de Pedro, não para a salvação, mas que ele pode escapar a consequente julgamento de seu mal (v. At 8:24 ). Lucas não relacionar a sequela, e nós somos deixados para conjecturar o resultado.

4. Os Apóstolos "Evangelização (At 8:25)

25 Eles, pois, havendo testificado e falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém, e pregou o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.

Assim iluminado e inspirado pela visitação dos samaritanos com a salvação de Deus eram Pedro e João, que, como eles voltaram para Jerusalém, eles se engajaram na evangelização das aldeias de as próprias pessoas a quem Tiago e João, uma vez pedi ao Mestre para que a permissão "bid descer fogo do céu e os consuma. "

CONVERT AFRICANO PRIMEIRA X. A IGREJA DO (At 8:26 , 40)

Quando Deus tem uma missão especial a cumprir, Ele não nomear alguém que está sentado de braços cruzados à espera de algo para fazer, mas escolhe um que está ativamente engajado na tarefa em mãos. Felipe era tal, e ele tornou-se o mensageiro de Deus para a empresa missionária especial em relação ao nobre etíope. Já observamos Felipe engajados na evangelização bem sucedida dos samaritanos. Poderosos milagres e conversões poderosas estavam ocorrendo sob o seu ministério entre as pessoas, até que poderia ser dito que Samaria recebera a palavra de Deus (v. At 8:14 ). Da mesma forma, após essa missão foi concluída, Felipe ... passando por ... pregou o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia (v. At 8:40 ).

1. Comissão do Mensageiro (At 8:26)

26 Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza: o do mesmo é deserto.

Parece mais incomum que Deus deveria ter encomendado Filipe, que estava sendo usado com sucesso na evangelização dos samaritanos, para deixar seus trabalhos lá entre as multidões de coração com fome e partem para um deserto despovoado no sul da Palestina. Desde há várias estradas que levam a Gaza, e Deus conhecia bem a estrada sobre a qual o nobre iria retornar à sua terra natal a partir de Jerusalém, ele especifica a Filipe a rota exata a seguir, o caminho que desce de Jerusalém para Gaza . É sempre mais seguro para seguir Suas orientações.

2. A obediência do Mensageiro (At 8:27 com notas marginais). Este oficial importante era, evidentemente, um judeu de religião que tinha sido a Jerusalém para adorar no templo. Ele provavelmente era apenas um adepto do portão . Ele estava voltando e lendo a caminho da profecia de Isaías. Ele claramente esperava que o Messias, como todos os judeus fizeram. Esta foi a oportunidade de Filipe!

4. Abordagem do Mensageiro (At 8:29 , 30)

29 E disse o Espírito a Filipe: Chega, e juntar-te a esse carro. 30 E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?

Felipe, cuja fé em Deus tinha sido recompensado na constatação da fome-hearted etíope, foi rápido em responder ao Espírito de inspiração de ir perto, e juntar-te a esse carro (v. At 8:29)

O nobre tinha adorado em Jerusalém e, possivelmente, estava presente no dia de Pentecostes. Ele teve de ler o conhecimento das Escrituras judaicas, muito provavelmente na versão Alexandrino grego (Septuaginta), e foi em busca sincera do Messias.

1. Bewilderment do candidato (At 8:31 , 33)

32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta:

Ele foi levado como a ovelha ao matadouro;

E como um cordeiro diante do que o tosquia é mudo,

Assim, ele não abriu a sua boca;

33 Na sua humilhação seu juízo foi tirado:

Sua geração, que deve declarar?

Porque a sua vida é tirada da terra.

O ponto de seu interesse bíblico foi muito oportuna. Ele falou ao seu coração de julgamento vergonhoso de Cristo diante de Pilatos: Foi levado como a ovelha ao matadouro ; dos seus sofrimentos não-retaliação: assim ele não abriu a sua boca ; da ignomínia e da injustiça do tratamento concedido Ele: em sua humilhação [sofrimentos] seu juízo foi tirado [ou, Ele foi negada justiça]; da maldade incomensurável de seus opositores e assassinos: Sua geração que declarará [ou declarar a sua maldade]; e da Sua morte:sua vida é tirada da terra . Tal registro é suficiente para despertar o interesse moral e espiritual de qualquer alma sincera.

4. O Seeker Pergunta (At 8:34)

34 E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? de si mesmo, ou de algum outro?

A altura de interesse tornou-se tão grande na mente do homem nobre que ele rompeu com uma demanda por uma explicação. Este é sempre o ponto crucial em lidar com o buscador sincero a Deus. É só o homem que conhece a si mesmo Deus que pode levar outro a Cristo neste momento. Felipe pacientemente e meticulosamente aguardava este momento. O relógio tinha atingido, e agora era a vez de Felipe e voltar-se para falar, e ele falou na temporada.

C. DO PRONTO INSTRUTOR (8: 35-37)

Há muitos que se pode falar de religião, mas são poucos os que realmente conseguem instruir os homens em um relacionamento de poupança com o Senhor Jesus Cristo, como fez Felipe em lidar com o etíope.

1. Sabedoria do evangelista (At 8:35 ).

2. A mensagem do evangelista (At 8:35)

36 E, quando iam a caminho, chegaram ao pé de alguma água; e disse o eunuco: Eis aqui é água; que impede que eu seja batizado?

Embora omitido pela American Standard Version, a ReiTiago 5ersion inclui versículo 37 , onde se lê, em parte: O pedido da Ethiopian para o batismo expressa em suas palavras: "Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus." Eis aqui água; o que impede que eu seja batizado ? indica que a instrução de Felipe na salvação, mesmo que o sinal externo do batismo nas águas, tinha sido completa, talvez até muito além da conversa gravada em Atos. Ele também indica a autenticidade e sinceridade da conversão do homem.Mas Felipe, ansioso por um compromisso profundo e confissão aberto de Cristo, respondeu: "Se crês de todo o teu coração, tu podes." Felipe queria nenhuma conversão a meio caminho de um homem que gostaria de voltar a seus compatriotas pagãos com uma oportunidade para uma ampla e testemunha vital com Cristo. Sua confissão aberta: "Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus," totalmente satisfeito, o evangelista de sua conversão completa para Cristo. "Pois com o coração se crê para a justiça; e com a boca se confessa a respeito da salvação "( Rm 10:10 ).

D. O convertido ALEGRE (8: 38-40)

Esforços evangelísticos pessoais de Filipe levou o etíope a fé sincera em Cristo, uma confissão aberto de Cristo, e um alegre experiência com Cristo.

1. Batismo do Convert (At 8:38)

38 E mandou parar o carro para ficar parado, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco; eo batizou.

O batismo do etíope revela quatro coisas: primeiro , que a salvação pessoal precede o batismo de água (. ver v At 8:37 ); segundo , que o batismo era uma prática reconhecida da Igreja apostólica (Mt 28:19. ); terceiro , que o desempenho do rito do batismo não se restringiu aos apóstolos, uma vez que Felipe foi, mas um evangelista leigo; e quarta , que o batismo nas águas, quer por imersão ou de outra forma, mas era um sinal exterior ou testemunho do trabalho inner-alma da graça.

2. Desaparecimento do evangelista (At 8:39)

40 Mas Filipe se achou em Azoto e, indo passando, pregou o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.

A expressão, Mas Filipe se achou em Azoto , destina-se a transmitir a idéia, Wesley pensa, que "Provavelmente nenhum viu-lo de seu deixando o eunuco, até que ele estava ali." A distância de Gaza, perto da qual lugar Felipe provavelmente encontrou o eunuco , foi de cerca Dt 20:1 ); segundo , evangelismo pessoal, como representado na a conversão do nobre etíope (At 8:26a ); e terceiro , evangelismo itinerante, representado pela sua pregação para as cidades costeiras (At 8:40 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
Os capítulos 1:7 descrevem o "período de teste" em que, pela terceira vez, ofereceu-se o reino a Israel. Os capítulos 8:12 relatam o "período de transição" em que aconteceram as seguintes mudan-ças:

  1. A Antioquia passa a ser o centro da atividade, não Jerusalém.
  2. A mensagem muda dos ju-deus para os samaritanos e, a seguir, para os gentios.
  3. À medida que Paulo se torna líder, as atividades de Pedro ficam menos importantes.
  4. A atividade da igreja substi-tui o comunismo da "economia do reino". A igreja existia desde o Pen- tecostes, no entanto o ministério de graça de Paulo revela o sentido dela e seu lugar no projeto de Deus.
  5. O evangelho da graça de Deus substitui o evangelho do rei-no. Se o eunuco etíope era negro (como dizem alguns), então nos ca-pítulos 8:10 temos três conversões notáveis que fazem paralelo com as dos três filhos de Noé, em Gê-nesis 10:18. O etíope poderia ser descendente de Cam; Paulo, judeu, de Sem; e Cornélio, gentio, de Jafé. Dessa forma, temos um retrato da propagação do evangelho para toda a humanidade.

  1. Filipe, o evangelista (8:1-25)

Mais uma vez, Satanás atacou como um leão, tentando devorar os cren-tes. Paulo foi o principal líder dessa perseguição e, mais tarde, admitiu-o diversas vezes (At 26:10-11; 22:4-5, 18-20; 1Tm 1:13; 1Co 15:9; Gl 1:13). Observe que Paulo afirmou com clareza que perseguiu a igreja de Deus, o que prova que a igreja já existia antes da conversão dele, em-bora ainda estivesse para ser reve-lado seu lugar no plano do Senhor. Alguns ensinam que Deus teve de enviar perseguição a fim de forçar os apóstolos a deixar Jerusalém e a cumprir o comissionamento que lhes fora dado, mas isso está total-mente errado. Antes de mais nada, os apóstolos não deixaram a cida-de; ao contrário, permaneceram lá corajosamente a fim de transmitir a mensagem da salvação aos líde-res judeus e de testemunhar para o perdido. Os apóstolos não perdiam a esperança de que Israel se arre-pendesse e se salvasse. Esse minis-tério poderia acontecer apenas em Jerusalém. Cristo ordenara-lhes que permanecessem lá. Paulo é que le-varia o evangelho até "aos confins da terra".

A perseguição é uma oportu-nidade para o serviço, e, aqui, Fi-lipe é um exemplo de evangelista (Ef 4:11). Filipe, chamado para ser diácono, como Estêvão, o fora an-tes dele, descobriu dons espirituais adicionais e tornou-se um grande evangelista. Em Atos, vemos pela primeira vez o ministério da Palavra sair do território judeu quando Fili-pe leva o evangelho para Samaria, como Cristo fizera em Jo 4:0). Si mão, o mágico, abraçou a fé em Cristo e foi até batizado, contudo os eventos posteriores provam que seu coração nunca mudou. Jo 2:23-43) é plantada.

No Pentecostes, Pedro usou pela primeira "as chaves do reino" ao abrir a porta da fé para os judeus, e, aqui, usa-as pela segunda vez ao conceder o Espírito aos samaritanos.

Até agora, as pessoas tinham de ser batizadas para receber o Espírito, mas agora esse dom é transmitido pela imposição de mãos (veja o caso de Paulo em 9:17). Os que ensinam que, em At 2:38, o comando de Pedro é a exigência de Deus para hoje têm dificuldade em explicar por que esses crentes samaritanos receberam o Espírito apenas vários dias após serem batizados. At 10:0). O Espírito abriu o caminho de Filipe para alcançar o homem, abriu as Escrituras para o pecador que buscava e abriu o coração do pecador para o Salva-dor. O homem que não entende o que está fazendo não pode ser salvo, e apenas o Espírito pode en-sinar ao pecador as verdades do evangelho. Há colheita quando o Espírito junta um servo preparado e um pecador contrito.

  1. A Palavra de Deus

Rm 10:17 afirma: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a prega-ção, pela palavra de Cristo". Filipe usou a bela imagem do Cordeiro de Deus apresentada em Is 53:0; Ef 1:12-49; Ef 1:0 Tes- salonicenses 2:1 -6; 2 Tessalonicen- ses3:1; 2Tm 4:1-55; Tt 1:3. O testemunho pessoal que frutifica é aquele que planta a Palavra de Deus e exalta Jesus Cristo.

Em obediência à Palavra de Deus, o etíope provou sua fé pelo batismo. Filipe foi arrebatado para ministrar em outro lugar, mas o su-perintendente do tesouro seguiu seu caminho cheio de júbilo! Quando Filipe pregou as boas-novas de Cristo na cidade, houve grande alegria (v. 8), e, quando as pregou no deserto, fez com que o novo crente seguisse seu caminho com júbilo. Uma das evidências da verdadeira conversão é a alegria. VejaLc 15:5-42,Lc 15:9-42- ,Lc 15:23-42,Lc 15:32.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
8.1 Exceto os apóstolos. Esta perseguição foi dirigida contra os crentes helênicos que como Estêvão tiveram uma visão mais ampla do universalismo do evangelho que substituiria o judaísmo.

8.5 Samaria. O nome da capital já havia sido mudado para Sebaste. Há textos primitivos que têm "uma cidade de Samaria". Justino Mártir afirma que Simão Mago era natural de Gita na Samaria.

8.6 Atendiam. A ótima preparação dos samaritanos fora feita por Cristo (Jo 4:0). Aquele que quis trazer fogo do céu sobre os samaritanos agora lhes traz o Espírito Santo (conforme Lc 9:54)

8.16 Em Atos o recebimento do Espírito Santo se relaciona com a manifestação de algum dom do Espírito. Deparamos aqui o Pentecostes de Samaria (conforme 10.44). Em nome (gr eis to onoma). Expressão comum no mundo comercial denotando transferência de propriedade para "o nome" i.e., para a conta de alguém. Conforme Cl 1:13.

8.17 Impunham os mãos. Conforme 6.6n. Não é confirmação tal qual se pratica em muitas igrejas hoje; seria um ato de comunhão do Espírito Santo unindo os samaritanos aos crentes judeus.

8.20 Dinheiro. Nenhum dom divino pode ser adquirido com dinheiro.

8.21 Não tens parte nem sorte. Uma frase muito comum AT (Dt 12:12).

8.22 O pecado de Simão é aquele que Cristo declarou ser imperdoável (Mt 12:32) O perdão depende do pecador se arrepender, confessar seu pecado e pedir perdão.

8.23 Fel de amargura. Esta expressão tem origem em Dt 29:18 (citado em He 12:15). Nesse contexto trata da influência má que, de um indivíduo; passa a contaminar o povo todo.

8.25 Jerusalém. Evidentemente a Igreja de Jerusalém não criou embaraços para a inclusão dos samaritanos na 1greja (contraste-se 11.3).

8.26 Um anjo do Senhor falou. "Dificilmente se distingue o anjo ("mensageiro" no hebraico) do Espírito que falou a Filipe (29). Gaza. Antigamente, uma das cinco capitais dos filisteus. Se acha deserto, frase que distingue a velha cidade destruída por Alexandre Janeu em 93 a.C. da nova, a 4 km, edificada à beira-mar em 57 a.C.

8.27 Eunuco. Era comum utilizar eunucos como oficiais nos governos orientais. Este talvez fosse prosélito. lreneu (180 d.C.) diz que ele se tornou em missionário entre os etíopes.

8.28 Lendo. Em voz alta, que era prática comum na antigüidade.

8.29 Disse o Espírito. Lucas deixa bem claro que o avanço da Igreja foi dirigido passo a passo pelo Espírito Santo.

8.31 A Passagem profética de Is 52:13-53.12 é quase incompreensível para os que desconhecem a história de Cristo. Os judeus gradativamente abandonaram a interpretação messiânica, atribuindo essa profecia ao povo de Israel no sofrimento e sua futura exaltação.

8.37 Este versículo não consta nos melhores manuscritos. Preserva, no entanto, uma liturgia muito antiga e uma fórmula de credo dos primeiros tempos.
8.38 Água. No livro de Atos o batismo não demora. É prova pública da aceitação do evangelho.

8.39 Arrebatou. Não é necessário interpretar literalmente; pode indicar um impulso do Espírito que provocou sua retirada rápida. Cheio de júbilo. Indica a presença do Espírito Santo. Conforme o jovem rico (Mc 10:22).

8.40 Azoto. É a velha cidade filistéia de Asdode no AT. Cesaréia. Construída por Herodes o Grande, capital romana da Palestina. Encontramos Filipe aqui e quando aparece novamente na história de Atos (21.8).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
V. PERSEGUIÇÃO E EXPANSÃO (8.1B— 9.43)

1) O segundo estágio do testemunho cristão (8.1b-25)
Os evangelistas anônimos (8.1b-4).

Jerusalém havia sido intensamente evangelizada sob a proteção do Nome, mas a Palestina estava para ouvir a palavra pelos lábios daqueles que foram espalhados por toda essa região em virtude da cruel perseguição que assolava Jerusalém. Assim, “Deus é fiel e se cumpre” de muitas maneiras e realiza seus propósitos por meio da ira dos homens. Atingimos o segundo estágio do programa Dt 1:8: “toda a Judéia e Samaria”.

E impossível destacar demais a importância do testemunho individual na difusão do evangelho. Filipe é mencionado posteriormente como mensageiro de Deus a Samaria, mas os que haviam sido dispersos pregavam a palavra por onde quer que fossem (v. 4). Centenas de evangelistas anônimos estavam pregando o evangelho a milhares de almas, e a mensagem se tornou conhecida em toda a região. Quando a pregação da palavra é “profissionalizada”, perde-se uma grande parte da vitalidade do testemunho cristão.

Uma perseguição severa (8.1b-4). A perseguição, provavelmente, afetou os cristãos helenistas muito mais do que os discípulos de fala aramaica, fiéis a todos os “costumes”. Os apóstolos eram respeitados, provavelmente porque parte da sua aura de popularidade como realizadores de milagres ainda persistia. A forte declaração Todos [...] foram dispersos (v. lb) seria, provavelmente, modificada se pudéssemos ver a imagem na mente do autor. Os Doze, dificilmente, teriam permanecido se não tivesse havido rebanho para ser cuidado, e encontramos muitos cristãos hebreus em Jerusalém mais tarde.

Saulo [...] devastava a igreja (v. 3) com a energia cruel de um exército destruidor. Os detalhes Dt 8:1,Dt 8:3 deveriam ser suplementados pelas afirmações futuras de Paulo que revelaram um incômodo na consciência que o seu serviço posterior nunca silenciou completamente: 22.4; 26:9-11; 1Co 15:9; G1 1.13; Ef 3:8; lTm 1.13.

Os homens piedosos (v. 2) que sepultaram o corpo de Estêvão eram, provavelmente, judeus piedosos que sabiam apreciar o poder da vida e do testemunho do mártir.

Filipe em Samaria (8:5-8,12,13). Diversos textos gregos trazem “a cidade de Samaria” (VA, RV) ou uma cidade de Samaria, como na NVI aqui. Uma cidade menor e sua região circunvizinha se encaixa melhor no retrato do que a capital agitada e helenizada, então chamada Sebaste. Boas sementes tinham sido lançadas ali pelo próprio Mestre, e algumas devem ter brotado (Jo 4:39-43). Embora fosse judeu, Filipe foi bem recebido, sendo ajudado pelas “credenciais” dos seus milagres (v. 6-8). A sua mensagem é muito bem descrita (v. 12) como as boas novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, o que associa a obra salvífica de Cristo ao propósito geral de Deus no Reino. Os crentes foram batizados, mas nenhuma evidência manifesta do poder do Espírito lhes foi concedida no início. Isso não significa que eles não foram regenerados.

Simão, o Mago (v. 9-11,13). Simão parece ter tido conhecimento especial e talvez ajuda de demônios, o que o capacitava a realizar alguns milagres e reivindicar ser o poder divino conhecido como o Grande Poder. Os sama-ritanos adoravam Javé, mas, provavelmente, pensavam em Simão como um agente especial da Divindade: “o grande vizir de Deus”, como um estudioso sugeriu. Ele estava impressionado pelos milagres espontâneos de Filipe, reconhecendo poderes superiores aos seus, e assim creu. A denúncia severa de Pedro nos v. 20-23 mostra que ele nunca havia sido regenerado. O seu batismo é o exemplo clássico do sinal exterior que é aplicado de maneira errada a alguém cuja profissão de fé não foi genuína.

A visita de Pedro e João (v. 14-25).

Por que o Espírito não “desceu sobre” os crentes samaritanos, como fez posteriormente sobre os gentios que receberam a palavra em Gesaréia (10:44-48)? Precisamos lembrar que os samaritanos tinham mantido uma adoração javista durante séculos, divorciada do testemunho judeu, o canal da salvação de Deus (Jo 4:22). Os crentes “no Nome” talvez tivessem tentado conduzir a questão da sua maneira, transferindo o cisma para a igreja. Por essa razão, Pedro e João — que vinham da odiada Jerusalém, mas eram apóstolos comissionados de Cristo — chegaram para inspecionar a obra em Samaria e, reconhecendo a mão do Senhor, tornaram-se instrumentos de transmissão da plenitude do Espírito por meio da oração e de um ato de identificação, o “impor as mãos”. Viu-se, assim, que a igreja era uma e estava unida, e os samaritanos foram abençoados por meio do único canal do testemunho cristão. A experiência normativa foi claramente o recebimento do Espírito Santo quando homens e mulheres creram (10.44; 19.2; Ef 1:13; 1Co 12:13), e nada se sabe em outros textos ou situações de algum “dom” apostólico pelo qual o Espírito foi concedido. Essa é a exceção, e precisa ser explicada como tal. (Devemos observar, também, que deve ter sido tão difícil para a igreja em Jerusalém reconhecer os samaritanos quanto vice-versa; v. tb. Pedro, At 10:14).

Os erros de Simão (v. 14-24). Aos olhos não regenerados de Simão, a manifestação de um novo poder nos crentes veio de um “toque mágico”. Se ele tivesse esse “algo a mais” no seu repertório, isso produziria um efeito maravilhoso nas multidões! De acordo com os seus padrões, tudo tinha o seu preço, de modo que ele fez uma oferta de dinheiro para comprar o dom\ Daí vem o termo “sintonia” para descrever o comércio de coisas sagradas, como sacramentos. Como Pedro viu claramente, esse erro fundamental mostrava que Simão estava totalmente alienado do caminho da vida. Arrependa-se [...] e ore..., disse Pedro, mas Simão respondeu no seguinte sentido: “Orem vocês por mim para me salvar do castigo” (v. 22-24), o que mostra que ele ainda estava pensando em termos de poderes mágicos e de “influência”, não tendo desejo algum de se aproximar de Deus pessoalmente como um pecador arrependido. Uma seita anticristã chamada “simonistas” existiu no século II, mas as tradições que a conectam com Simão não são confiáveis.


2) Filipe prega ao etíope (8:26-40)
O ministro de Estado (v. 26-28). A Etiópia antiga não é a Abissínia, mas a antiga Núbia, ao sul de Assuã, que era uma região muito desenvolvida na Antiguidade. O rei era considerado deus e se retirava da vida pública, de modo que o governo efetivo recaía sobre a rainha-mãe, que sempre levava o título de Candace (v. 27). Os seus ministros seriam eunucos, e, entre eles, o chanceler do tesouro público era um dos mais importantes. Os judeus estavam em todos os países que oferecessem possibilidades de comércio, daí que o oficial talvez tenha ouvido falar de Javé, o Deus de Israel, por meio deles. Ele fez a longa e árdua jornada até Jerusalém para adorar a Deus, o que mostra que o eunuco era no mínimo um homem temente a Deus. A história ilustra o grande princípio: “Quem procura, encontra”. Podemos imaginar que o etíope tenha se desapontado com o ritual do templo, mas a única coisa certa é que ele adquiriu um rolo do profeta Isaías, o qual estava lendo atenciosamente na viagem para casa (v. 27,28). A leitura, a ordem do Espírito a Filipe, o encontro entre alguém que procura e o servo do Senhor ilustram muito claramente a obra providencial de Deus (v. 28,29).

Lendo e compreendendo (v. 29-35). O significado do texto bíblico nem sempre é auto-evidente, nem mesmo para o que busca sinceramente, e Deus prepara aqueles que, eles mesmos tendo sido ensinados, são capazes de guiar outros (v. 30,31). O trecho não poderia ter sido mais apropriado às necessidades do etíope, mas ele externou uma indagação antiga (v. 34): Quem era o sofredor que venceu? Os rabinos judeus (especialmente os que vieram mais tarde) às vezes pensavam em termos do Israel sofredor; o eunuco perguntou se poderia ser Isaías. A predição sublime vai muito além das experiências de uma nação ou de um profeta, e o próprio Senhor declarou enfaticamente que o Servo Sofredor de Javé de Is 42:53 era também o Messias triunfante (Lc 24:25-42,Lc 24:44-42; Fp 2:6-50). A citação nos v. 32, 33 é da LXX, e o trecho apresenta problemas textuais até no TM. Podemos estar certos de que Filipe incluiu Is 53:4-23 quando pregou as boas novas de Jesus com base nesse texto. A ministração dessa lição pode ter durado horas, visto que a carruagem avançava lentamente, e trouxe completa convicção ao coração dessa autoridade núbia. Jesus Cristo era o Messias, o Cordeiro de Deus, o que carregou todo o pecado!

O batismo do etíope (v. 36-39). A vista de água — a estrada até Gaza cruza diversos leitos de rios e uádis — sugeriu o batismo ao novo convertido (v. 37), pois Filipe havia sido fiel à comissão de Mt 28:19. O etíope diz algo com o seguinte sentido: “Há algum outro requisito além da fé para o batismo?”. A maioria das versões em português, incluindo a NVI aqui, não traz o v. 37, mas, de acordo com F. F. Bruce, a inserção antiga da expressão no texto ocidental “certamente reflete a prática cristã primitiva” e constitui o credo de batismo mais antigo que conhecemos: “Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Esse batismo seguiu a profissão de fé. A descida de ambos à água (v. 38,39) certamente sugere a imersão.

Separação, alegria e serviço (v. 39, 40). Esse caso importante de conversão não desviou Filipe da sua obra como evangelista que parece ter se concentrado a partir daí em Cesaréia, com referência especial à região costeira (v. 40; conforme 21.8). O novo convertido não lamentou a perda do seu mestre, mas se alegrou no seu Salvador (v. 39). A história é um interlúdio no sentido de que não faz avançar a história da difusão do evangelho para o Ocidente, mas mostra como a boa notícia foi espalhada em todos os tipos de lugares improváveis durante os primeiros anos. Podemos pressupor certamente que o eunuco testemunhou na Núbia.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


Moody - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 4 até o 25

C. O Evangelho em Samaria. At 8:4-25.

Primeiro, Lucas registra a expansão do Evangelho em Samaria. Os samaritanos eram descendentes de uma mistura do remanescente de Israel com estrangeiros que foram introduzidos na Samaria pelos conquistadores assírios quando as classes superiores foram levadas para o exílio (2Rs 17:1). Considerando os judeus que os samaritanos eram mestiços raciais e religiosos, violentos preconceitos raciais tiveram de ser vencidos antes da igreja poder se tornar realmente universal.


Moody - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 18 até o 24

18-24. O desejo de Simão de comprar os dons de Deus com dinheiro deu origem à palavra "simonia". A resposta de Pedro foi, "O teu dinheiro seja contigo para perdição... Arrepende-te". Parece que Simão era realmente convertido, mas os hábitos da velha vida e o laço de iniqüidade (v. At 8:23) ainda não fora quebrada. Simão foi tomado de medo e rogou aos apóstolos que intercedessem por ele e buscassem o perdão de Deus (v. At 8:24).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 25
c) Filipe e os Samaritanos (At 8:1-25)

A execução de Estêvão foi o sinal para uma campanha mais decisiva de repressão. A grande comunidade de crentes de Jerusalém foi dispersa por toda a Palestina e até às suas fronteiras, embora os apóstolos, que talvez na mente do povo não estivessem identificados com a atividade de Estêvão, permanecessem em Jerusalém. Entretanto, a dispersão causou mais bem do que mal à causa; os que desse modo foram espalhados levaram consigo as boas novas e a disseminaram por toda parte, atingindo mesmo o norte como Antioquia da Síria, o que deu lugar a notável desenvolvimento do trabalho naquela cidade em poucos anos. Mas na sede, nova iniciativa foi tomada quase que imediatamente: Filipe, um dos sete, partiu de Jerusalém para Samaria, cuja população cismática, semijudaica, passou ele a evangelizar. Até então o evangelho fora anunciado só a judeus. A obra evangelística de Filipe teve notável êxito e, quando as notícias desse fato chegaram aos ouvidos dos apóstolos, Pedro e João foram enviados lá para fazerem sindicância. (Ter-se-ia João lembrado da proposta que um dia fizera relativamente aos samaritanos, Lc 9:54?). Chegando lá os dois apóstolos, tiveram confirmação da genuinidade da conversão dos samaritanos, e os convertidos receberam o Espírito Santo. O episódio de Simão Mago, neste ponto, é interessante, entre outras coisas, porque em literatura cristã posterior ele aparece como pai de todas as heresias.

Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos (1). Parece, do que se segue, que os crentes helenistas eram o alvo principal da perseguição, talvez por estarem mais intimamente associados a Estêvão. Desse tempo até o ano 135 A. D. a igreja de Jerusalém parece que se compunha quase só de "hebreus". Assolava (3), como animal feroz, a devorar uma vítima. A cidade de Samaria (5). A cidade que no Velho Testamento se chamava Samaria foi restaurada por Herodes, o Grande, que lhe deu o nome de Sebaste. A lição variante, "uma cidade de Samaria", aparece em várias autoridades; se está certa, a cidade em questão podia ser Gita, que no dizer de Justino fora a cidade natal de Simão Mago. Seja como for, a pregação do evangelho aos samaritanos representou uma ampliação do seu escopo (cfr. At 1:8). Certo homem, chamado Simão (9). Diz-se que tempos depois Simão Mago visitou Roma e outras partes, onde granjeou muitos adeptos; os simonianos, segundo se sabe, sobreviveram pelo menos até o terceiro século. O poder de Deus, chamado o Grande Poder. Pode significar que ele se dizia o Grão Vizir do Altíssimo. O próprio Simão abraçou a fé (13). Não há necessidade de se entender que ele recebeu o dom da "fé salvadora". Ficou apenas convencido do poder do Nome de Jesus, ao ver as obras poderosas que pelo mesmo eram operadas.

>At 8:14

Enviaram-lhes Pedro e João (14). Por algum tempo os apóstolos de Jerusalém exerceram a supervisão geral da vasta obra de evangelização. Oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (15). Evidentemente não haviam recebido o Espírito Santo ao serem batizados; não, pelo menos, no sentido de Lucas (que regularmente envolve a manifestação de algum dom espiritual). Haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus (16); lit. "para o nome do Senhor Jesus", expressão esta que só se encontra em Atos, aqui e em At 19:5. A pessoa assim batizada testemunha publicamente que passou a ser propriedade de Cristo. Então lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo (17). Ouve-se dizer com freqüência que esse ato apostólico foi confirmação, considerada como distinta do batismo, na qual se concede o Espírito. Mas a evidência do Novo Testamento é contrária a tal interpretação. Paulo, por exemplo, dá como certo que todos os crentes batizados têm o Espírito de Deus (cfr. Rm 5:5; Rm 8:9; 1Co 12:13). (Tal contradição de termos, como se se afirmasse "crente não batizado", não se encontra no Novo Testamento). Nunca se cogita de fazer distinção entre batismo e confirmação, a não ser quando o rito de iniciação cristã veio a ser objeto disso. Na ocasião em apreço temos provavelmente um ato de reconhecimento e incorporação da nova comunidade de crentes samaritanos na comunidade maior da Igreja apostólica, sendo a imposição das mãos um ato que expressava companheirismo, cercado de manifestações do Espírito Santo em os neoconversos. (Veja-se The Seal of the Spirit, de G. W. H. Lampe, 1952, págs. 64 e segs.). Ofereceu-lhes dinheiro (18). Com isto ele fez que se incluísse o termo "simonia" no vocabulário eclesiástico. Fel de amargura (23); provavelmente um genitivo semitizante, a significar "amargo fel"; citação de Dt 29:18 (cfr. He 12:5). Laço de iniqüidade (23). Cfr. Is 58:6. Sobrevenha a mim (24). O texto "ocidental" acrescenta "que nunca parou de chorar copiosamente", cláusula adjetiva ligada canhestramente ao fim da sentença, ao invés de vir imediatamente depois do seu antecedente "Simão". Voltaram para Jerusalém (25); isto é, provavelmente Filipe, bem como os dois apóstolos.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40

18. A Igreja Perseguida alcança o mundo ( At 8:1 ). O assassinato de Estevão quase certamente fixa um ponto de rejeição final do evangelho pelos líderes judeus, e o projeto de Deus para que o evangelho se mudar para um novo território começou.

Nos versos de abertura deste capítulo crítico três características progressistas que descrevem a expansão inicial destacam-se: perseguição, o que levou a pregação, o que levou a produtividade.

Perseguição

E naquele dia uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. E alguns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele. Mas Saul começou a devastar a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, ele iria colocá-los na prisão. ( 8: 1b-3 )

A perseguição da igreja havia enfrentado até esse ponto tinha sido dirigida aos apóstolos e seus associados que estavam proclamando a Jesus ressuscitado. Pedro e João tinha encontrado oposição das autoridades judaicas, e Estevão tinha morrido uma morte de mártir. Até o momento, no entanto, não existe perseguição, tinha sido dirigido aos membros da igreja. Essa foi a mudar rapidamente.
No mesmo dia da morte de Estevão, uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Essa perseguição, detonada pelo assassinato de Estevão, foi liderada por um judeu helenista chamado Saulo de Tarso. Ele era um aluno brilhante do rabino Gamaliel reverenciado ", excedia em judaísmo a muitos dos [seus] contemporâneos entre os [seus] compatriotas, sendo mais extremamente zeloso [seus] tradições ancestrais" ( Gl 1:14 ). Seu próprio testemunho é que ele era "um hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível" ( Fp 3:5, MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1991], xiii-xvii)

Ironicamente, este mesmo Saul, que aceitou a morte de Estevão viria a sofrer muito mais para a causa de Cristo do que Estevão. A primeira perseguição física Estevão encontrou o matou, enquanto Paulo foi repetidamente golpeada (cf. 2Co 11:23 ).Ele suportou a emoção de enfrentar a morte muitas vezes ( 2 Cor. 4: 8-12 ).

O ministério de Paulo foi em muitos aspectos paralelos, a de Estevão. Estevão pregou Cristo nas sinagogas, de modo que Paulo ( Atos 17:1-2 ). O povo judeu rejeitou a mensagem de Estevão, como fizeram de Paulo ( Atos 18:5-6 ). Estevão foi acusado de falar contra Moisés, a lei, e do templo, por isso foi Paulo ( At 21:28 ; At 24:6 ). Estêvão foi apedrejado, assim era Paulo (embora ele não morreu) ( Atos 14:19-20 ). Ambos foram julgados perante o Sinédrio ( At 6:12 ); "Eles vão fazer você párias da sinagoga, mas uma hora está chegando para todos que mata-lo a pensar que ele está oferecendo o serviço a Deus" (Jo 16:2 ; At 11:2 ; At 15:4 sugere que aqueles que fugiram eram principalmente helenistas. Além disso, "a partir deste momento em diante, a Igreja de Jerusalém parece ter consistido quase inteiramente de" hebreus "(FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 174). Era natural que os helenistas de que Estevão era um provável seria suportar o peso da perseguição.

Como vigias fiéis, os apóstolos permaneceram em seus postos. Eles permaneceram na cidade por devoção ao seu Senhor e do desejo de pastorear o rebanho de Jerusalém. Uma razão adicional aparece noverso 2 : Jerusalém ainda era um campo missionário. Os homens piedosos que enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele, pode não ter sido fiéis. Lucas usa o termo devoto outro lugar para falar de judeus piedosos (cf. Lc 2:25 ; At 2:5 ), ele começou a entrar na casa após a casa em busca de cristãos. arrastando homens e mulheres da mesma forma, . ele iria colocá-los na prisão Não contente para assediar os santos em Jerusalém, ele "persegui este caminho até à morte, prendendo e colocando homens e mulheres em prisões" ( At 22:4 ), com a permissão dos líderes judeus ( At 22:5 ), ele cumpriu a predição do Senhor registradas em Jo 16:2 , 19-20 ; At 26:9. ).

A perseguição resultou na dispersão da igreja. Mas Deus usou a ira dos homens para Seus propósitos do evangelho.

Pregando

Portanto, aqueles que tinham sido espalhados pregando a palavra. E Filipe desceu à cidade de Samaria e começou a proclamar Cristo a eles. E as multidões unanimemente estavam dando atenção ao que foi dito por Filipe, porque ouviam e viam os sinais que ele realizava. Pois, no caso de muitos que tinham espíritos imundos, eles estavam saindo deles gritando em alta voz; e muitos que tinham sido paralisada e coxos foram curados. ( 8: 4-7 )

Portanto, apesar da perseguição, aqueles crentes que haviam sido espalhados não estavam encolhidos em algum lugar no medo, mas pregando a palavra. Eles haviam sido fazê-lo antes da eclosão da perseguição, e depois de ser espalhados eles continuaram a pregar. Fui sobre é de dierchomai , uma palavra usada frequentemente em Atos dos esforços missionários ( 08:40 ; 09:32 ; 13: 6 ; 14:24 ; 15: 3 ,41 ; 16: 6 ; 18:23 ; 19: 1 , 21 ; 20: 2 ).

Pregação é de euangelizō , que refere-se a proclamar o evangelho. Todos os crentes dispersos estavam envolvidos em evangelismo. Embora alguns são especialmente dotados como evangelistas ( At 21:8. ; 2Tm 4:52Tm 4:5 ). Embora Paulo depois instruiu Timóteo a "fazer o trabalho de um evangelista" ( 2Tm 4:5 ), que se mudou para a capital há de Tirza. Depois de quase um século e meio da idolatria e da rebelião contra Deus, a cidade caiu sob os assírios Salmaneser V em 722 B . C . ( II Reis 17:1-6 ; 18: 9-12 ). A queda de Samaria marcou o fim do Reino do Norte. Muitas de suas pessoas foram reassentadas em outras terras pelos assírios ( 2Rs 17:6 ). A hostilidade entre judeus e samaritanos cresceu durante o período intertestamental e foi evidente durante os tempos do Novo Testamento (cf. Lucas 9:52-53 ; Jo 4:9 ).

O Senhor tinha desafiado opinião convencional ao anunciar sua messianidade a uma mulher samaritana, dando o exemplo de seu compromisso com o mundo e para os pecadores (cf. Jo 4: 4FF .). Seu comando expresso em At 1:8 ). Os samaritanos, como os judeus, olhou para a vinda do Messias ( Jo 4:25 ). Dado que a base da crença, Estevão poderia simplesmente proclamar Jesus como o Messias há muito esperado. Com um pouco de nós precisa gastar tempo na pré-evangelismo, derrubando seu falso sistema de crença e provar a verdade do cristianismo. Só então eles serão preparados para compreender a mensagem do evangelho. Outros, como esses samaritanos, já que o fundo. Eles estão prontos para ouvir o evangelho.

O Espírito Santo tinha preparado o seu coração para atender à mensagem de Filipe. Como resultado, sua pregação resultou em um despertar espiritual por atacado, como as multidões unanimemente estavam dando atenção ao que foi dito por ele. Os sinais que Filipe estava realizando ele autenticados como um verdadeiro mensageiro de Deus (cf. At 2:43 ; At 4:30 ; 5: 12-16 ; At 6:8 , ea discussão no capítulo 13 deste volume).

O versículo 7 dá algumas amostras dos milagres realizados por Filipe: No caso de muitos que tinham espíritos imundos, eles estavam saindo deles gritando em alta voz; e muitos que tinham sido paralisada e coxos foram curados. Lucas observa que aqueles possuídos por espíritos imundos, ou demônios, foram libertados da escravidão. Jesus tinha encontrado freqüentemente e curou indivíduos possuídos por demônios (cf. Mt 4:24. ; Mt 8:16 , Mt 8:28 ; 9: 32-34 ; 12: 22-28 ; etc.), como Satanás reuniu todas as suas forças em uma fútil esforço para se opor a ele. Jesus ainda estava curando os através deste associado dos apóstolos possuído pelo demônio.

Tais pessoas habitado por demônios existem em nossos dias, embora possam não ser tão frequentemente se manifestam na cultura ocidental, como nas culturas do terceiro mundo. Como CS Lewis observa, Satanás e seus demônios se adaptar a qualquer mundo vista prevalece em uma dada sociedade. Eles são igualmente em casa com materialistas ocidentais e mágicos do terceiro mundo ( O Screwtape Letters[New York: Macmillan, 1961], 3). Muitos são controlados por demônios que dão nenhum sinal exterior da mesma. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles que estão envolvidos na promoção da religião falsa. (Para uma discussão sobre se os cristãos podem ser possuído pelo demônio, ver meu livro Como enfrentar o inimigo [Wheaton, Ill .: Victor, 1992].)

Apesar das reivindicações daqueles no chamado movimento "guerra espiritual", os crentes de hoje não tem a autoridade ou capacidade de comando ou para lançar diretamente os demônios. Eu tenho notado que em outros lugares o dom de sinal temporária dos milagres era o poder ( dunamis ) para expulsar demônios ( I Coríntios, MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody, 1984], 302). Tal como os outros dons de sinais, esse dom já não opera hoje. Tal como acontece com a cura física, no entanto, podemos orar a Deus para interceder.

Em nenhum lugar nas Escrituras são crentes dito para "amarrar Satanás" ou exercer autoridade sobre demônios. Satanás não será preso até um santo anjo faz isso no futuro ( Apocalipse 20:1-3 ). E aqueles que tentam afirmar a sua autoridade sobre os demônios risco liquidação como os exorcistas judeus, os filhos de Ceva, de 13 44:19-16'>Atos 19:13-16 . É perigoso para reivindicar para nós mesmos autoridade que Deus não nos tem concedido. A instrução bíblica para conduzir a guerra espiritual é apresentado em Efésios 6:10-18 .

Incapaz de resistir poder dado por Deus de Filipe, os espíritos imundos saíam de suas vítimas, gritando em alta voz. Demons chorou muitas vezes quando eles foram expulsos de um indivíduo (cf. Mc 1:23 , Mc 1:26 ; Mc 3:11 ; Mc 5:7 , Lc 4:41 ), talvez de raiva e protesto.

Além de expulsar demônios, Filipe também curou muitos que havia sido paralisada e coxo. Tais curas de graves doenças físicas fizeram o poder de Deus evidente. Não é de admirar, então, que o povo paga muita atenção para a verdade na pregação de Filipe.

Produtividade

E lá foi muita alegria naquela cidade. ( 8: 8 )

Os poderosos milagres e pregação de Filipe resultou, como teve em Jerusalém, na salvação de muitos samaritanos. Mas como verdadeira pregação bíblica inevitavelmente acontecer, ele produziu uma outra resposta muito diferente. Alguns aceitaram o evangelho, acreditando e reagir com muita alegria. Eles eram os verdadeiros crentes, o trigo. Sua alegria não veio só a partir de libertação física de doenças, ou a libertação espiritual de demônios, mas de completa libertação do pecado através do Messias, o Senhor Jesus Cristo. Outros, no entanto, eram falsos crentes, ou joio. Esse homem era Simão, o Mago, o assunto da seguinte narrativa.

19.A Fé que não é mantida ( Atos 8:9-24 )

Ora, havia um certo homem, chamado Simão, que anteriormente estava praticando magia na cidade, e surpreendendo o povo de Samaria, dizendo ser alguém grande; e todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção a ele, dizendo: "Este homem é o que é chamado o grande poder de Deus." E eles foram dando-lhe atenção, porque ele tinha há muito tempo espantou-los com suas artes mágicas. Mas, quando creram em Filipe, pregando as boas novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, eles estavam sendo batizados, tanto homens como mulheres. E até mesmo o próprio Simon acreditava; e depois de ser batizado, ele continuou com Filipe; e como ele observou sinais e grandes milagres acontecendo, ele estava constantemente espantado. Os apóstolos, em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João, que desceu e orou por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Pois ele ainda não tinha descido sobre nenhum deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então eles começaram colocando suas mãos sobre eles, e eles recebiam o Espírito Santo. E Simão, vendo que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. " Mas Pedro disse-lhe: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, porque você pensou que poderia obter o dom de Deus com dinheiro! Você não tem nenhuma parte ou porção nesta matéria, para o seu coração não é reto diante de Deus. Por isso se arrepender deste maldade do seu, e orar ao Senhor para que, se possível, a intenção do seu coração pode ser perdoado. Para eu ver que você está no fel da amargura e nos da escravidão da iniqüidade ". Mas Simon respondeu, e disse: "Ore ao Senhor por me a vós mesmos, para que nada do que você disse que pode vir em cima de mim." ( 8: 9-24 )

Uma das realidades mais terríveis de toda a Escritura é que alguns que pensam que estão a salvo será eternamente perdidos. Pensando que eles estão no caminho estreito da verdade salvadora que conduz ao céu, eles são, na realidade, no largo caminho da religião que leva à destruição (cf. 13 40:7-14'>Mt 7:13-14. ). Eles um dia vai ouvir o Senhor Jesus Cristo, o mais chocante, aterrorizante palavras nenhum homem jamais poderia ouvir: "Nunca vos conheci; afastar mim, vós que praticais a iniqüidade" ( Mt 7:23. ). Para seu horror, eles vão descobrir tarde demais que há uma entrada para o inferno na beira dos portões do céu.

Sempre que o evangelho é pregado, ele irá inevitavelmente produzir tanto genuína fé salvadora e falsa fé. A semente da Palavra cairá em terra boa e ruim solo. Haverá ramos que permanecer na videira, e aqueles que são cortadas e queimadas. Haverá aqueles com fé de trabalho e aqueles com fé demônio. Haverá aqueles a quem Jesus Se revela e aqueles a quem Ele não confiar-se. Há aqueles que "ter fé para a conservação da alma" e aqueles que "retrocedem para a perdição" ( He 10:39 ). Haverá trigo e haverá joio.

Em 13 24:40-13:30'>Mateus 13:24-30 , Jesus contou uma parábola que ilustra essa verdade:

Ele apresentou outra parábola para eles, dizendo: "O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto os homens dormiam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Mas quando o trigo brotou e deu espigas, o joio tornou-se evidente também. E os escravos do fazendeiro veio e disse-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como, então, ele tem o joio?' E ele disse-lhes: 'Um inimigo fez isso!' E os escravos disse-lhe: 'Você quer que nós, então, para ir e arrancá-lo?' Mas ele disse: 'Não, para que não, enquanto você está recolhendo o joio, você pode enraizar-se o trigo com ele permitir que tanto a crescer juntos até a colheita;. E no tempo da ceifa, direi aos ceifeiros:' Primeiro recolher o joio e atai-o em feixes para ser queimado; mas recolher o trigo no meu celeiro '".
Como muitas vezes aconteceu, os discípulos perdeu o ponto, e pediu uma explicação:

Então, Ele deixou as multidões, e entrou na casa. E os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: "Explica-nos a parábola do joio do campo." E ele, respondendo, disse: "O que semeia a boa semente é o Filho do Homem, e o campo é o mundo; e como para a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o diabo, e a ceifa é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos Portanto, assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do. . a idade O Filho do Homem enviará os seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os obstáculos, e aqueles que cometem a iniquidade, e lançá-los na fornalha de fogo; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. " ( 13 36:40-13:43'>Mat. 13 36:43 )

Este texto apresenta um exemplo de uma genuína fé salvadora, o eunuco etíope. Mas, primeiro, ele apresenta a primeira tentativa conhecida satânico para semear uma tara na igreja, Simon Magus. Simon parecia ser um verdadeiro crente; mesmo um tão exigente como Filipe aceitou-o como tal e batizou. Simon mesmo "continuou com Filipe" ( versículo 13 ). Assim, ele se manifestou há três marcas de um verdadeiro crente: ele acreditava, era obediente no batismo, e ele continuou com Filipe. Ele ilustra a dificuldade de contar o trigo do joio. Não foi até que ele tentou comprar a autoridade para conferir o Espírito Santo que ele foi desmascarado.

Onde é que Simon dar errado? Como é que alguém que chegou tão perto deixar escapar a verdadeira salvação? A fé deve ser fundamentada na verdade, e ele não estava. Esta passagem revela quatro flagrantes, falhas maciças na teologia de Simon: Ele tinha uma visão errada de si mesmo, a salvação, o Espírito, e do pecado. Aquelas falhas impediu de fé genuína e deixou-o na posição de perecer eternamente.

Uma visão errada da Auto

Ora, havia um certo homem, chamado Simão, que anteriormente estava praticando magia na cidade, e surpreendendo o povo de Samaria, dizendo ser alguém grande; e todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção a ele, dizendo: "Este homem é o que é chamado o grande poder de Deus." E eles foram dando-lhe atenção, porque ele tinha há muito tempo espantou-los com suas artes mágicas. ( 8: 9-11 )

Uma visão equivocada do homem mantém miríades fora do reino. A visão de que o homem é essencialmente bom é tão difundida como é condenável. Ele embala suas vítimas em uma falsa sensação de segurança, levando-os a pensar que Deus aplaude suas boas ações. Na realidade, Ele vê as supostas boas obras com que vestir-se como "uma peça de roupa suja" ( Is 64:6, MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1985], 26-28)

Espera de Simon sobre o povo de Samaria estava completa. Todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção nele. Impressionado com seus poderes ocultos, exclamaram: Este homem é o que é chamado o Grande Poder de Deus. Esse título mostra que Simon alegou divindade para si próprio (cf. Mc 14:62 ). Isso Simon via a si mesmo como Deus revela a visão mais herética de auto imaginável. Os Padres da Igreja primitiva informou que Simon foi um dos fundadores do gnosticismo e que ele via a si mesmo como Deus encarnado:

Os dois primeiros professores para propagar idéias gnósticas dentro de círculos cristãos eram Simon e seu sucessor Menandro. Ao contrário de posteriores e mais famosos representantes do gnosticismo, ambos Simon e Menandro alegou divindade para si próprios. De acordo com Atos 8:9-11 , Simon chamou a si mesmo o "grande poder de Deus." O termo grego que ele usou, dunamis, foi usada pelos teólogos mais tarde, mais ortodoxos em referência tanto do Filho e do Espírito Santo ... Justino Mártir também relata reivindicação messiânica Simon 's. (Harold OJ Brown, Heresias [Garden City, NY: Doubleday, 1984], 50)

Visão deturpada de Simon de si mesmo deu a Satanás uma abertura para usá-lo para espalhar a falsa doutrina através da igreja. Seu falso ensino, posteriormente elaborada em full-blown Gnosticismo, foi para ameaçar e fortificar a igreja de Paulo em diante há séculos.

Como muitos mágicos charlatães de sua época (cf. At 13:6 diz: "Eles gritam, mas Ele não responde por causa do orgulho dos homens maus." O salmista ressalta que "os ímpios, na altivez do seu rosto, não o buscam Todos os seus pensamentos são: 'Deus não existe'." ( Sl 10:49descreve sete coisas que o Senhor odeia. Encabeçando a lista está ". Olhos altivos" Pv 8:13 diz: "O temor do Senhor é odiar o mal; o orgulho ea arrogância, o mau caminho", enquanto Pv 16:5 advertem que "o orgulho vem antes da destruição, e um espírito altivo, antes de tropeço", enquanto Pv 21:4 , o Senhor Jesus Cristo disse a um ensino parábola que o orgulho não pode ser salvo:

E Ele também esta parábola a certas pessoas que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e viram os outros com desprezo: "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, eo outro, um coletor de impostos O fariseu, de pé. e orava assim consigo mesmo: 'Ó Deus, graças te dou porque não sou como as outras pessoas: roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana, dou o dízimo de tudo quanto ganho.. ' Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! " Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado ".

É somente aqueles com a humildade de crianças pequenas que estão aptos para entrar no reino ( Mateus 18:2-4. ). Em um dos convites mais poderosos para com os pecadores, Tiago escreveu,

Todavia, dá maior graça. Por isso, diz: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." Enviar portanto, a Deus. Mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de você. Purificai as mãos, pecadores; e purificai os corações, vós de espírito vacilante. Seja miserável e lamentar e chorar; se o vosso riso em pranto, ea vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará. ( Tiago 4:6-10 )

Somente os humildes, conscientes das suas insuficiências e deficiências, tem aquela sensação de perdição que os leva a Deus. São os pobres em espírito, não o orgulho no coração, que vivenciam a fé salvadora (Mt 5:3 no capítulo 6 ).

Simon viram a salvação como uma questão puramente ritualística, externo, um ato adicional em sua vida, em vez de a transformação total de toda a sua pessoa no interior ( 2Co 5:17 ). A fé que não transforma a vida não é a fé salvadora. Tiago escreveu: "De que adianta, meus irmãos, a alguém dizer que tem fé, mas não tem obras? Possível que a fé salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em por si só. Mas alguém pode muito bem dizer, 'Você tem fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras' "( Jc 2:14 , 17-18 ). Os demônios têm fé ( Jc 2:19 ), mas não são salvos. Eles acreditam, e até mesmo tremer, mas não amar a justiça e odiar o pecado, a evidência da salvação. Tampouco foram os descritos na João 2:23-25 ​​salvo por sua fé superficial:. "Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, vendo os sinais que Ele estava fazendo, mas Jesus, em Sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisa de ninguém para testemunho do homem porque ele bem sabia o que havia no homem. Simon acredita nos sinais, mas não no One cujo poder era por trás deles. A verdadeira salvação não é mera profissão ou ato ritual. É a transformação divina da alma do amor de si mesmo ao amor de Deus, do amor ao pecado amar de santidade.

Uma visão errada do Espírito

Os apóstolos, em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João, que desceu e orou por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Pois ele ainda não tinha descido sobre nenhum deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então eles começaram colocando suas mãos sobre eles, e eles recebiam o Espírito Santo. E Simão, vendo que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. " ( 8: 14-19 )

Palavra do sucesso incrível do ministério de Filipe atingiu os apóstolos em Jerusalém. Quando eles ouviram que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João para o check-out.Isso samaritanos foram incluídos no reino foi chocante para devotos judeus, que os desprezavam como párias mestiços. Pedro e da missão de João era tripla: Primeiro, eles vieram para ajudar a Filipe com a colheita espiritual. A resposta dos samaritanos era grande demais para um homem para tratar. Em segundo lugar, eles vieram para dar sanção apostólica e bênção para a obra de Filipe entre os samaritanos.Os apóstolos eram os líderes da igreja e manteve essa posição mesmo após a igreja se espalhou a partir de Jerusalém. Finalmente, eles desceram de Jerusalém e orou para os samaritanos para que recebessem o Espírito Santo. Apesar de terem acreditado e foi batizado, o Espírito ainda não tinha caído em cima de qualquer um deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus.

Muitos dos que ensinam que os cristãos recebem o Espírito subseqüente ao apelo a salvação a esta e outras passagens de apoio. Aqui está um exemplo claro, eles argumentam, de pessoas que foram salvas, mas não têm o Espírito Santo. Tal ensino ignora a natureza transitória de Atos. (Para uma discussão mais aprofundada sobre a natureza transitória de Atos e a questão da subsequência sobre a vinda do Espírito Santo, ver meu livro Charismatic Chaos [Grand Rapids: Zondervan, 1992].) Ele também voa na cara do ensino básico das Escrituras que "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não pertence a Ele" ( Rm 8:9 ).

Por que os samaritanos (e mais tarde os gentios) tem que esperar para os apóstolos, antes de receber o Espírito? Durante séculos, os samaritanos e os judeus haviam sido rivais. Se os samaritanos tinham recebido o Espírito independente da igreja de Jerusalém, que rift teria sido perpetuada. Não poderia muito bem ter sido duas igrejas separadas, uma igreja judaica e uma igreja Samaritano. Mas Deus tinha projetado uma igreja, em que "não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher", mas "todos [são] um em Cristo Jesus" ( Gl 3:28 ).

Ao atrasar o Espírito está vindo até Pedro e João chegou, Deus preservou a unidade da igreja. Os apóstolos precisava ver por si mesmos, e dar testemunho em primeira mão para a igreja de Jerusalém, que o Espírito veio sobre os samaritanos. Os samaritanos também precisava saber que eles estavam sujeitos à autoridade apostólica. Os crentes judeus e os samaritanos foram, assim, unidos em um só corpo.

Hoje, os crentes recebem o Espírito na salvação (cf. 1Co 12:13 ). Não houve necessidade de atraso após judeus, gentios, samaritanos santos, e do Antigo Testamento já estavam incluídos na igreja.

Quando eles chegaram, Pedro e João começou colocando suas mãos sobre os crentes samaritanos, e eles recebiam o Espírito Santo. Isso foi demais para Simon. Quando ele viu que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro. Evidentemente, os crentes estavam falando em línguas como no dia de Pentecostes, para que houvesse um sinal perceptível desta grande realidade suficiente para despertar o interesse de Simon. Filipe o impressionou, mas Pedro e João dominou. Simon pediu-lhes impetuosa e animAdãoente, "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo." Ele tratou os dois apóstolos, como se fossem companheiros praticantes de magia, e estava pronto para negociar o preço para comprar o segredo de seu poder. Por este ato, Simon deu seu nome ao termo "simonia", que ao longo da história se referiu à compra e venda de cargos eclesiásticos.

Nada que Deus tem, no entanto, está à venda, certamente não o Espírito Santo! Na verdade, não há nada de homens pecadores tem a lhe oferecer. Salvação e bênção espiritual que Ele derrama livremente a Seus filhos. Em Is 55:1 ), alerta Simon da seriedade de sua situação: ". Eu vejo que você está no fel da amargura e nos da escravidão da iniqüidade" A frase fel da amargura é muito forte. Chole ( fel ) refere-se a um ingrediente amargo ou bile. Juntamente com pikria ( amargura ), que transmite uma condição extremamente amarga, dura, e de mau gosto. Ele vividamente retrata a realidade de um no cativeiro da iniqüidade. O pecado é um malvado feitor. Pv 5:22 adverte que "as suas próprias iniqüidades o prenderão os ímpios, e ele será realizado com as cordas do seu pecado."

Simon, no entanto, não foi convencido. Embora abalada e com medo, ele se recusou a pedir perdão ao Senhor. Em vez disso, ele disse aos apóstolos, "Ore ao Senhor por me a vós mesmos, para que nada do que você disse que pode vir em cima de mim." Sua única preocupação era escapar das consequências temporais de seu pecado. O verdadeiro arrependimento, no entanto, consiste em mais do que uma mera tristeza pelo pecado. Paulo escreve em II Coríntios 7:9-10 ,

Eu agora folgo, não porque fostes contristados, mas que fostes contristados para o ponto de arrependimento; para fostes contristados segundo a vontade de Deus, a fim de que você não pode sofrer perda de qualquer coisa através de nós. Para a tristeza que está de acordo com a vontade de Deus produz um arrependimento sem pesar, levando a salvação; mas a tristeza do mundo produz morte.
Simon teve uma visão errada de si mesmo, da salvação, do Espírito Santo, e do pecado. Tudo o que foi adicionado para uma fé que não salvou.

20 A fé que não Salva (Atos 8:25-40)

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) Então ele se levantou e saiu; e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro." E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" [E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 25-40)

Ao longo da história da redenção, Deus derramou Suas bênçãos para a humanidade através do canal de Seu povo do convênio. Deus nunca pretendeu Israel para ser um reservatório, armazenando bênçãos divinas para si próprios. Em vez disso, eles eram para ser um funil através do qual essas bênçãos poderiam ser disperso a um mundo perdido. Em Is 42:6)

O outro extremo foi o do compromisso. Influenciado pelas nações vizinhas, Israel freqüentemente caiu em idolatria pagã. Uma Israel idólatra não tinha mensagem para dar às nações idólatras gentios ao seu redor. Na época de Jesus, a adoração de ídolos pagãos tinha ido embora, desaparecendo em sua maior parte depois do cativeiro babilônico. Foi substituído, no entanto, por uma forma corrompida do judaísmo, que advogava a salvação pelas obras.
Por causa do fracasso de Israel, Deus cortou um novo canal através do qual Suas bênçãos poderia alcançar o mundo-da igreja. Ao contrário de Israel nacional, a igreja iria abraçar todas as nações. Começando no dia de Pentecostes e em Jerusalém como um grupo exclusivamente judaica, a igreja logo estendeu a mão para o mestiço samaritanos. Outro marco foi alcançado como Filipe apresentou Jesus Cristo a um gentio. Através deste homem, um alto oficial da corte da rainha da Etiópia, o evangelho seria primeiro penetrar as almas do grande continente Africano. Em contraste com Simon, a sua fé era verdadeira, resultando na salvação. Que a fé genuína necessários três elementos: a preparação adequada, a apresentação adequada, e que a resposta adequada.

A preparação adequada

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) Então ele se levantou e saiu; e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. (8: 25-28)

Fé salvadora Genuina exige a preparação adequada. Na parábola do semeador, apenas o solo bom, devidamente preparado trouxe os frutos da salvação. O texto indica quatro características que prepararam o solo do coração do eunuco.

A obra soberana do Espírito

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) (8: 25-26)

A salvação, tanto em seu planejamento eterno e seu desenvolvimento temporais, é totalmente a obra de Deus. Salvação é originário da vontade soberana de Deus (At 13:48; Rm 8:29..) E é implementado por Sua graça (Ef 2:8-9; 2Ts 2:132Ts 2:13.. ; 2Tm 2:102Tm 2:10; Fm 1:1; 1Pe 1:11Pe 1:1: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer". Paulo explica em 1Co 2:14 que "um homem natural [rebelde homem, pecador longe de Deus] não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura, e ele não pode entendê-las, porque elas são espiritualmente avaliado. " Consequentemente, a pregação do evangelho, além da rápida ação do Espírito, é percebido como nada mais que uma "pedra de tropeço", e "loucura" (1Co 1:23).

Como se morte espiritual do homem não bastasse, um segundo fator impede de Deus. Paulo escreve: "Se o nosso evangelho está encoberto, é velado para os que estão perecendo, em cujo caso o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo , que é a imagem de Deus "(2 Cor. 4: 3-4). Satanás e suas hostes demoníacas também estão ativamente envolvidos em manter os homens de encontrar a verdade de Deus. Como os pássaros na parábola do semeador, eles arrancar dos homens caídos a verdade do evangelho. Como resultado, "quando alguém ouve a palavra do reino, e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração" (Mt 13:19).

À luz destas verdades, é absurdo supor que ninguém, além do trabalho do Espírito Santo em sua alma sem vida, jamais poderia vir a fé salvadora em Cristo. O homem não pode subir as barreiras que separam-lo de Deus. Soberanamente, Deus, em Seu amor e misericórdia, deve chegar ao homem. Se Ele não o fez, ninguém poderia ser salvo.
O Espírito começou seu trabalho preparatório manobrando Filipe em uma posição estratégica. Depois de Pedro e João tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém. Em sua viagem de volta, eles estavam pregando o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos, que exercem o trabalho de evangelização iniciada por Filipe. Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) As circunstâncias que estavam a levar a salvação do eunuco foram soberanamente e, especificamente, organizado pelo Espírito.

Gaza foi uma das cinco cidades principais dos filisteus, junto com Ashdod, Ashkelon, Ekron, e Gate. Old Gaza haviam sido destruídas no início do primeiro século B . C . e uma nova cidade foi construída perto da costa. A estrada de Jerusalém para o Egito, no entanto, ainda corria através das ruínas da antiga Gaza. Nota de Lucas de que esta é uma estrada no deserto ressalta a estranheza do comando do Espírito a Filipe. Havia duas estradas de Jerusalém para Gaza, e do Espírito comandos Filipe levar a que raramente foi utilizado (Simon J. Kistemaker, New Testament Commentary: Atos [Grand Rapids: Baker, 1990], 311). Também é possível traduzir a frase grega kata mesēmbrian (em direção ao sul ) "ao meio-dia" (I. Howard Marshall, Os At [Grand Rapids: Eerdmans, 1984], 161). Essa rendição "faria o mandamento divino de Filipe todos os mais incomuns e desconcertantes: ao meio-dia a estrada estaria deserto de viajantes por causa do calor" (Marshall, At, 161).

Este não foi um mero encontro casual e, certamente, não é o resultado do engenho humano inteligente. Além de orquestração do Espírito de eventos, ele nunca teria tido lugar em tudo. Isso enfatiza novamente a obra soberana do Espírito na salvação.

O Will Submisso de Filipe

E ele se levantou e foi; (8: 27a)

Muitas vezes Deus realiza Sua obra soberana através de instrumentos humanos (conforme At 2:4; At 4:8; 6: 3-8; At 7:55; At 8:17; 10: 1-48; 16: 25-34 ). Como um mestre escultor, Ele toma outra forma ferramentas inúteis e sem importância e os usa para criar uma obra-prima. Não é um pré-requisito, contudo, para ser usado por Deus. Paulo escreve: "Ora, numa grande casa, não somente há vasos de ouro e de prata, mas também para os navios de madeira e de barro, e outros para honrar e alguns para a desonra. Portanto, se alguém se purificar destas coisas, ele será um vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, e preparado para toda boa obra "(2 Tim. 2: 20-21). Deus usa instrumentos sagrados para fazer a Sua obra.

Filipe era um tal instrumento. Quando pedi para ir para o que deve ter parecido uma jornada ilógico, ele se levantou e se foi. Ele não luta com a irracionalidade do comando antes de obedecer, nem ele questionar a Deus. Para deixar o trabalho próspera em Samaria para uma estrada deserta pode parecer absurdo para muitos, mas não para o homem de Deus, que acaba de ser visitado por um anjo do Senhor.Por obediência voluntária, tornou-se o meio pelo qual Deus salvou o eunuco.

O Culto Busca do Eunuco

e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. (8: 27b)

eunuco etíope era um candidato após o verdadeiro Deus, como mostrado por sua longa jornada a Jerusalém para adorar. Como ele entrou em contato com o judaísmo não é dito, mas não havia uma grande colônia judaica em Alexandria. Ele era um alto funcionário em seu país, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes. Etiópia, em que dia foi um grande reino localizado ao sul do Egito. Para os gregos e romanos, que representava os limites exteriores do mundo conhecido (João B. Polhill, O New Commentary americano: Atos [Nashville: Broadman, 1992], 223). Seus reis se acreditava serem encarnações do deus do sol, e os assuntos cotidianos do governo foram considerados abaixo deles. O poder real estava com as mães rainha, conhecido pelo título hereditário Candace (que não é um nome próprio, mas um título oficial, como o Faraó ou Caesar). Esse homem era responsável por todos os seus tesouros. Em termos modernos, ele era o ministro das Finanças, ou o Secretário do Tesouro.

Apesar de seu poder e prestígio, ele tinha um grande vazio em sua alma. Ele fez uma longa e árdua jornada de sua terra natal para Jerusalém, em busca do verdadeiro Deus. Infelizmente, dado o estado do judaísmo contemporâneo, ele provavelmente foi embora ainda vazio. Não é certo se ele estava fisicamente um eunuco. O termo também foi usado para falar de funcionários do governo que não tinha sido emasculados (como Potifar [Gn 39:1).

A soberania de Deus na salvação não elimina a responsabilidade do homem. Que Deus recompensa o coração buscando é o claro ensino da Escritura. Em Jr 29:13 Deus disse: "Você vai buscar-me e encontrar-me, quando me procurarem de todo o coração", enquanto que em Jo 7:17 o Senhor Jesus Cristo disse: "Se alguém está disposto a fazer a Sua vontade , ele conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo. " O eunuco é um exemplo clássico de quem viveu até a luz que ele tinha. Deus, então, deu-lhe a revelação completa de Jesus Cristo através do ministério de Filipe.

O bíblico Palavra da Verdade

E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. (08:28)

Ao voltar para a sua terra, o eunuco estava sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. Ele tinha o desejo de conhecer a Deus e sabia que ele viria a ser conhecido através da Escritura. Ele era realmente um candidato ansioso. Ele não tinha nenhuma dúvida pagou um alto preço em Jerusalém para que rolagem, o que teria sido difícil para um gentio de adquirir. Talvez Isaías teve um significado especial para ele, já que o livro fala encorajador para eunucos (Is. 56: 3-5).

Embora a existência de Deus, e alguns de seus atributos, pode ser discernido da natureza (Rm 1:20), poupando conhecimento Dele vem somente através das Escrituras. Jesus disse em Jo 5:39: "Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna;. E são elas mesmas que testificam de mim" No versículo 46 Ele acrescentou: "Se você acredita Moisés, você acreditaria em mim, porque ele escreveu a meu respeito." O encontro com dois de seus seguidores após a sua ressurreição, ele censurou-lhes a sua obtusidade: "homens e tardos de coração ó tolo para acreditar em tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras "(Lucas 24:25-27).

Grandes palavras de Paulo aos Romanos servem para enriquecer a compreensão dessa conta:

Pois não há distinção entre judeu e grego; para o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam; para "Quem quer que invocar o nome do Senhor será salvo." Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: "Quão formosos são os pés dos que trazem alegres novas de coisas boas!" (Rom. 10: 12-15)

Todos os fundamentos estavam no local; trabalho de preparação do Espírito estava completa. Filipe havia obedecido o chamado do Espírito e estava no local para atender o homem. O coração do eunuco estava buscando, elaborado pela leitura das Escrituras. Tudo foi definido para o passo seguinte.

A boa apresentação

E o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro." E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. (8: 29-35)

Quando o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro", ele imediatamente obedecido. Embora comitiva do eunuco deve ter sido impressionante, Filipe não se intimidou. Ousadia pertence a pessoas cheias do Espírito (At 4:31). Podemos discernir nas palavras de Filipe a essência de uma apresentação eficaz do evangelho.

Ele deve estar centrado na Escritura

E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" (8: 30-34)

Aparentemente sem o benefício de uma apresentação formal normalmente necessário para uma audiência com um líder tão exaltado, e demonstrando sua ânsia por ter funcionado acima, Filipe ouviu que lia o profeta Isaías. O antigo costume de ler em voz alta, desde uma abertura para Felipe, que, apesar de um completo estranho, corajosamente perguntou: "Você entende o que está lendo?" O homem estava tão perplexo com a passagem que ele estava lendo que ele parece não ter se importado que era Filipe ou por que ele estava em sua presença. O eunuco apenas exclamou: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" Por incrível que pareça, ele então convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. O coração do evangelista deve ter sido regozijando-se na confiança de que Deus tinha tão preparado este homem. Que o funcionário convidou Filipe para explicar as Escrituras para ele fala da busca do eunuco, humilde e espírito dócil (conforme Is 55:6-7.).

passagem da Escritura o eunuco estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que devem dizer respeito. ? Sua geração para a sua vida é retirado da terra. " Esta passagem, tirada de Isaías 53:7-8., intrigado o eunuco "Por favor, diga-me," ele disse a Filipe: "de quem o profeta dizer isso de si mesmo? , ou de outra pessoa? " Sua confusão era compreensível, uma vez que o pensamento judaico contemporâneo foi dividido sobre a interpretação desta passagem. Alguns sustentavam que as ovelhas abatidas representava a nação, outros que Isaías falou de si mesmo, outros, ainda, que ele se refere ao Messias. Não havia nenhuma dúvida na mente de Filipe, no entanto, de quem Isaías escreveu.

Tal como o seu Senhor (Jo 3:1.), Apolo (At 18:24), e Estevão (At 7:1ff), Filipe foi experiente o suficiente no Escrituras para atender o eunuco onde ele estava. Cada crente deve se esforçar para ser proficiente nas Escrituras para que nós, também, pode conhecer pessoas no ponto de sua perplexidade e levá-los ao Salvador. Nas palavras de Pedro, devemos "sempre [ser] pronto para fazer uma defesa a todo aquele que pede [us] para dar conta da esperança que está em [nós]" (1Pe 3:15).

Uma boa apresentação do evangelho deve ser baseada solidamente na Escritura. O uso de testemunhos pessoais, histórias, folhetos e outras ferramentas não é nenhum substituto. Pois as Escrituras por si só é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). O poder está na Palavra.

Ele deve estar centrada em Jesus Cristo

Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. (08:35)

Filipe estava pronto. Começando a partir da própria Escritura o eunuco estava lendo, ele anunciou a Jesus. Ele mostrou o eunuco que o Cordeiro de que a passagem falou não era outro senão o Messias, que seria o sacrifício final e final para o pecado . Em seguida, apresentou provas de que Jesus era o Messias.

Qualquer apresentação do evangelho, para ser eficaz, deve apresentar clara e exaustivamente a pessoa e obra de Jesus Cristo. Talvez a razão alguns rejeitam Jesus é que Ele não tenha sido apresentado bem o suficiente para que eles compreendam que Ele é e o que Ele tem feito. Para anunciar aos outros o que Cristo fez em nossas vidas é importante, mas a verdade bíblica sobre Jesus Cristo é a mensagem essencial o pecador deve ouvir. Como Paulo escreveu aos Romanos: "A fé vem pelo ouvir ... a palavra de Cristo" (10:17).

A Resposta Adequada

E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" [E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 36-40)

A preparação do Espírito e apresentação de Filipe combinados para produzir a resposta adequada por parte do eunuco. Essa resposta foi tríplice: a fé, a confissão, e regozijo.

E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" (8:36)

Em algum momento, como eles foram ao longo da estrada o eunuco foi concedida a fé salvadora e foi instruído a respeito do batismo. Isso está implícito por sua reação quando eles chegaram a um pouco de água. O eunuco disse a Filipe: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" Eles me deparei com uma piscina ou córrego no deserto, apenas o momento adequado para o homem para testemunhar publicamente a sua fé salvadora sendo obedientes a ordenança de imersão. Esse é mais um exemplo de controle do Espírito soberano dos acontecimentos.

Confissão

[E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. (8: 37-38)

Os manuscritos mais antigos e confiáveis ​​não contêm versículo 37, que deve ser omitido do texto. Ainda assim, algo como que a confissão deve ter ocorrido. Vindo para a água, o eunuco ordenou o carro a parar; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. Como observado na discussão de At 2:38 no capítulo 6, o batismo é a confissão pública de fé esperado de todos os crentes. O eunuco não só confessou sua fé, pessoalmente, para Filipe, mas abertamente na frente de toda a sua comitiva. Que tanto ele como Filipe desceu na água indica que o seu batismo era por imersão. O mesmo acontece com a palavra baptizo , que significa "mergulhar" ou "imergir".

Regozijo

E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 39-40)

Depois saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais. Elias (1Rs 18:12; 2Rs 2:162Rs 2:16) e Ezequiel (Ez 3:12, Ez 3:14; Ez 8:3; Jo 17:13; At 13:52; Romanos 0:12;. 14:17; 15:13; Gl 5:22; Fp 1:25; 1 Tessalonicenses 1:.. 1Ts 1:6; 1Pe 1:8 Pedro 1: 8.; Jude 24).

Filipe, por sua vez, encontrou-se em Azoto. Azoto, 20 milhas ao norte de Gaza, foi o nome atual da antiga cidade filistéia de Ashdod. Como ele atravessou a região costeira, ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades. Não importa onde ele estava, Filipe só tinha uma coisa em sua mente. Como ele fez o seu caminho para o norte em direção a Cesaréia, onde ele e sua família aparentemente fizeram a sua casa (Atos 21:9), ele pregou nas cidades (como Jope e Lida, que Pedro em breve visita), enquanto viajava.

Lucas não nos dão a história subsequente do eunuco etíope. De acordo com a igreja Padre Irineu, ele se tornou um missionário para os etíopes (Richard N. Longenecker, "At", no Frank E. Gaebelein, ed,. Comentário Bíblico do Expositor , vol 9 [Grand Rapids:. Zondervan , 1981], 366). O que está claro é que a preparação do Espírito, juntamente com a apresentação de Filipe, produziu nele a fé que não salva.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40

Atos 8

Como Saulo entrou em cena — At 8:1). As divergências entre ambos era de séculos. Muito antes, no século VIII a.C., os assírios conquistaram o reino do Norte cuja capital era Samaria. Como costumavam fazer os conquistadores naqueles dias, deportaram a maior parte da população e a puseram no estrangeiro.

No século VI os babilônios conquistaram o reino do Sul cuja capital era Jerusalém e levaram seus habitantes a Babilônia; mas estes se negaram completamente a perder sua identidade e permaneceram obstinadamente os judeus. No século V a.C. foi-lhes permitido voltar e reconstruir sua cidade destroçada sob Esdras e Neemias.
Enquanto isso, aqueles que, pertencendo ao reino do Norte, ficaram na Palestina uniram-se a raças estrangeiras que se introduziram no território. Ao fazer isto perderam sua pureza racial e para um judeu isto era um crime imperdoável. Quando chegou o povo do reino do Sul e começou a reconstruir sua cidade, o povo de Samaria, que nunca se afastou do lugar e que se casou com estrangeiros, ofereceram seu ajuda, mas foram rechaçados com desprezo porque não eram judeus puros. E desde esse dia em adiante houve uma brecha incurável e um ódio amargo entre judeus e samaritanos. O fato de que Filipe pregasse aqui, que os apóstolos viessem, que a mensagem de Jesus se desse a esta gente, mostra a Igreja dando inconscientemente um dos passos mais importantes de sua história. Sem dar-se conta estão descobrindo que Cristo é para todo o mundo. Sabemos muito pouco a respeito de Filipe, mas foi um dos arquitetos da Igreja cristã.

Devemos assinalar o que foi que o cristianismo deu a esse povo.

  1. Deu-lhe a história de Jesus. Deu-lhe simplesmente a mensagem do amor de Deus em Jesus Cristo.
  2. Deu-lhe cura. O cristianismo nunca foi algo que só consiste em palavras. Trazia luz à mente dos homens e cura para seu corpo.
  3. Deu-lhe, como conseqüência natural disto, uma alegria que os samaritanos nunca tinham conhecido. O cristianismo que cria uma atmosfera de tristeza é falso; o verdadeiro é aquele que irradia alegria em qualquer momento.

COISAS QUE NÃO SE PODEM COMPRAR NEM VENDER

Atos 8:14-25

Simão não era um personagem incomum no mundo antigo. Havia muitos astrólogos, adivinhos e magos, e em uma era crédula tinham uma grande influência e viviam luxuosamente. Não devemos nos surpreender muito disto quando até o século XX não se libertou dos adivinhos e da astrologia, como pode testemunhá-lo quase qualquer periódico ou revista popular. De maneira nenhuma devemos pensar que Simão e seus colegas fossem estelionatários e impostores conscientes. Muitos deles se enganaram a si mesmos antes de fazê-lo com outros. Criam em seus próprios poderes.
Para compreender corretamente o que era que Simão queria, devemos ter em conta algumas das coisas da atmosfera e a prática da

Igreja primitiva. Nela a entrada do Espírito no homem estava relacionada com certos fenômenos bem visíveis e definidos. Em especial estava relacionada com o dom de falar em línguas (Atos 10:44-46). Quando o Espírito Santo entrava em um homem, este experimentava uma espécie de êxtase que se manifestava no estranho fenômeno de emitir sons sem sentido. Pode parecer estranho, mas isto era muito impressionante. Na prática judia era muito comum a imposição das mãos. Quando se realizava isto se dizia que havia uma transferência de certas qualidades de uma pessoa a outra. Ainda utilizamos este costume na ordenação de ministros.

Não se tem que pensar por um momento que isto representa um conceito completamente materialista da transferência do Espírito. O fator dominante era a personalidade da pessoa que impunha as mãos. Os apóstolos eram tão respeitados, admirados e até venerados que simplesmente sentir o roce de suas mãos era uma experiência profundamente espiritual.
Em uma reminiscência pessoal, lembro de ter ido ver um homem que era um dos maiores eruditos e santos da Igreja. Eu era muito jovem e ele era muito idoso. Fiquei a sós com ele por um momento e nesse instante impôs suas mãos sobre mim e me abençoou. Até o dia de hoje, quase trinta anos depois, posso sentir ainda a emoção desse momento. Assim era a imposição de mãos na 1greja primitiva.
Simão estava impressionado pelos efeitos visíveis da imposição das mãos e tentou comprar a habilidade para fazer o que os apóstolos podiam fazer. Simão deixou seu nomeio na linguagem comum, pois a palavra simonia significa ainda a indigna compra-venta de postos eclesiásticos.

Simão tinha duas falhas.
(1) Não estava interessado realmente em dar o Espírito Santo a outros; só lhe interessavam o poder e o prestígio que adquiriria com ele. Esta exaltação do eu é sempre o perigo do pregador e do professor. É certo que ambos devem brilhar aos olhos dos homens; mas também é certo — como disse Denney — que não podemos demonstrar ao mesmo tempo que somos inteligentes e que Cristo é maravilhoso.

  1. Simão se esqueceu de que há certos dons que dependem do caráter. O dinheiro não pode comprá-los. Mais uma vez, deve-se advertir o pregador e o professor: "Pregar é comunicar a verdade através da personalidade." Para dar o Espírito a outros não é necessário que alguém seja rico, mas sim que a gente mesmo possua o Espírito.

CRISTO CHEGA A UM ETÍOPE

Atos 8:26-40

Havia um caminho de Jerusalém que levava a Belém e Hebrom e que se unia à rota principal ao Egito no sul de Gaza. Havia duas cidades com este nome. A antiga foi destruída na guerra do ano 93 a.C. e a nova Gaza fora construída mais ao sul no ano 57 a.C. A primeira era chamada Antiga ou Gaza do Deserto para distinguir a da outra. Este caminho que passava por Gaza era transitado por quase a metade do trânsito do mundo; era um caminho no qual Filipe tinha muitas possibilidades de ter uma aventura por Cristo. Nesta rota apareceu o eunuco etíope em seu carro. Era o chanceler da fazenda real de Candace. Candace é mais um título que um nome próprio, que se dava a todas as rainhas de Etiópia.
Este eunuco esteve em Jerusalém adorando. Deve ter sido uma destas duas coisas. Naqueles dias o mundo estava cheio de pessoas que se cansaram de seus muitos deuses e da desordem moral de seus povos. Aproximavam-se do judaísmo e nele encontravam o Deus único e a moral austera que dava significado à vida. Se aceitavam o judaísmo e eram circuncidados e guardavam a Lei se convertiam em prosélitos; se não chegavam a isto, mas continuavam concorrendo às sinagogas judias e liam as Escrituras eram chamados tementes a Deus. De modo que este etíope deve ter sido uma dessas pessoas que tinha achado descanso no judaísmo fosse como prosélito ou temente a Deus. Ia lendo o capítulo 53 de Isaías; e começando por ele Filipe lhe mostrou quem era Jesus.

Ao crer, batizou-se. Por meio do batismo e da circuncisão os gentios formavam parte da fé judia. Na época do Novo Testamento se batizavam principalmente os adultos; não é que houvesse algo contra o batismo de crianças, mas nesses momentos se convertiam homens e mulheres de outras crenças e a família cristã apenas teve tempo para desenvolver-se. O batismo para estes cristãos primitivos era, sempre que possível, por imersão e em águas correntes.
Simbolizava três coisas.

  1. Simbolizava a purificação. Assim como o corpo era purificado pela água, também sua alma se inundava na graça de Cristo.
  2. Marcava um momento definido na vida. Conta-se de um missionário que ao batizar os convertidos os fazia entrar em rio por uma margem, batizava-os, e os fazia sair pela outra margem, como se no momento do batismo se traçou em suas vidas uma linha que os enviava a um novo mundo.
  3. O batismo era uma união verdadeira com Cristo. Ao cobrirem as águas sua cabeça, o homem parecia morrer com Cristo, e ao surgir se levantava com Ele, um novo homem para uma vida nova (Rom. 6:1-4).

A tradição nos diz que este eunuco voltou para seu lar e evangelizou a Etiópia. Podemos estar seguros ao menos de que aquele que seguiu seu caminho contente não poderia guardar sua nova alegria para si mesmo.


Dicionário

Alcançar

verbo transitivo direto Chegar a determinado lugar; atingir: alcançar um território.
Abater-se sobre: o desemprego atingiu a população.
Aproximar-se de alguém ou estar ao lado dessa pessoa: alcancei-o em casa.
Pegar alguma coisa com as mãos ou com a ajuda de alguma coisa: subindo na escada, alcançou o teto.
Chegar a determinado valor: as premiações alcançaram 100 mil reais.
Incidir sobre algo ou alguém de modo a causar danos ou prejuízos: a doença alcançou o Brasil.
Figurado Compreender plenamente; entender: alcançou os teoremas físicos.
Estar ao alcance das vistas; avistar: daqui não consigo alcançá-lo.
verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Obter aquilo que se pretendia: alcançou a fama; alcançou do chefe um aumento; quem procura sempre alcança.
Etimologia (origem da palavra alcançar). Do latim accalciare.

conseguir, obter, lograr, gozar, impetrar. – “Lograr é propriamente o termo de nosso desejo – diz Roq. – sem relação aos meios empregados para isso. – Conseguir é o termo de nossa solicitude, o fim a que se dirigem os meios com relação a eles. – Alcançar é o termo de nossos rogos. – Lograr e conseguir podem supor justiça; alcançar supõe sempre graça. – Gozar é ter, possuir alguma coisa que nos dá gosto ou prazer sem indicar que a buscamos, que fizemos diligência por ela, ou que a ela tínhamos direito. Logra uma grande fortuna o que pode viver sem demandas nem pretensões. Consegue um bom emprego o que solicita com mérito, ou tem protetor de valimento. Alcança o perdão o que interpõe rogos humildes e pede misericórdia. Os homens sóbrios e de bom temperamento gozam ordinariamente de boa saúde. – Obter é alcançar uma coisa que se pretende ou deseja, ou que nos é grata. – Impetrar é alcançar do superior a graça que se havia solicitado. Obtêm-se cargos, dignidades, favores, atenções, etc., tudo o que nos é honroso, útil, agradável; e obtêm-se de iguais, de superiores, de inferiores. Consegue-se o que com diligência e perseverança se busca, ou se pretende. Vê-se, pois, que este vocábulo tem significação menos genérica que o precedente (obter); e mais restrita a tem ainda impetrar, pois só impetramos graças de um superior, pretendendo-as e solicitando-as com rogos e súplicas”.

chegar, atingir, tocar. – Alcançar “denota esforço”; chegar designa o fato. Os náufragos alcançaram a praia depois de mil perigos; mas quando lá chegaram tiveram quem os agasalhasse. Noutra ordem de ideias, porém, alcançar diz-se da possibilidade, da capacidade, da força de efetuar; chegar diz-se do próprio fato. A artilheria moderna alcança a grandes distâncias; isto é, tem força para fazer chegar balas a grande distância. As balas não chegavam à fortaleza. Por não poder alcançar um ramo, temos de subir a um banco para lhe chegar com a mão. Um homem chega à idade avançada; não alcança, porém, a de seu pai, se este viveu mais anos do que ele”. (Bruns.) – Atingir (que também colocam alguns no grupo CCXXI) diz “alcançar ligeiramente, como se chegasse apenas a tocar de leve a coisa alcançada (ad + tangere, “tocar, sentir pelo tato”)”. – Tocar (da mesma origem de atingir) ex- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 153 prime a mesma ideia; diferençando-se, no entanto, deste em não sugerir com a mesma força a ideia de atividade. Quase que destes dois se pode dizer o que se diz de alcançar e chegar.

Cuidar

verbo transitivo Ter cuidado, tratar de, assistir: cuidar das crianças.
Cogitar, imaginar, pensar, meditar: cuidar casos graves.
Julgar, supor: cuida ser uma pessoa importante.
verbo pronominal Ter cuidado; tratar-se (da saúde etc.).

Cuidar
1) Tomar conta (Sl 40:17).


2) Imaginar (Gn 48:11; Lc 13:4).


3) Ter o cuidado de (Dt 15:5).


4) Planejar (Pv 24:8).


5) Procurar (Dn 7:25).


6) Preocupar-se (Mt 10:19, RA).


7) Dar atenção (1Co 7:32).


Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Dinheiro

Dinheiro Ver Ricos.

Dinheiro Meio de compra e venda de mercadorias e bens. Os israelitas começaram a usar dinheiro aí pelo oitavo século a.C. Antes disso pesava-se prata ou ouro para fazer pagamentos (Gn 23:16). As moedas e peças de metal usadas como dinheiro mencionadas na Bíblia são: CEITIL (ou asse), DARICO, DENÁRIO ou dinheiro, DIDRACMA, DRACMA, ESTÁTER, LEPTO, MINA, MOEDA DE PRATA, PEÇA DE DINHEIRO ou quesita, PIM, QUADRANTE, SICLO, TALENTO. V. tabela de PESOS, DINHEIRO E MEDIDAS.

[...] Embora auxilie na aquisição de alguns bens e responda pela solução de várias dificuldades, quase sempre, mal utilizado, é causa de desditas e misérias que se arrastam por séculos, naquele que o malversa como nas suas vítimas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 3

[...] As moedas para a perdição têm o valor que lhes dão os que delas dependem para o uso maléfico das paixões. Transformadas em leite e pão, medicamento e agasalho, casa e abrigo para os necessitados, tornam-se bênção da vida para a dignificação humana. Não resolvem, porém, todos os problemas, pois que alguns são da alma, que somente através de meios próprios logra solucioná-los. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 26

[...] O dinheiro é neutro. Tanto pode ser utilizado para o bem como para o mal. [...]
Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - A condição fundamental

Excessivo dinheiro é porta para a indigência, se o detentor da fortuna não consolidou o próprio equilíbrio.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 27

Dinheiro que domina é sombra congelante das nossas melhores oportunidades de aprimoramento, mas dinheiro dirigido pelo serviço e pela caridade é veículo de progresso a ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

Tirano destruidor é o dinheiro que se faz senhor do destino. Servo precioso é ele, quando dirigido na sementeira do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O dinheiro demasiado, quando não se escora no serviço aos semelhantes, é perigoso tirano da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 8


Nos tempos antigos, antes da fabricação da moeda, o ouro e a prata eram pesados para os pagamentos (Gn 23:16). Em toda a história de José achamos provas de se fazer uso do dinheiro de preferência à troca. Todo o dinheiro do Egito e de Canaã foi dado a Faraó pelo trigo comprado, e só então tiveram os egípcios de recorrer à permutação (Gn 47. 13 a 26). No tempo do Êxodo o dinheiro era ainda pesado (Êx 30:13), sendo a prata o metal mencionado – o ouro, ainda que estimável, não se empregava como dinheiro. Não encontramos na Bíblia alguma prova de se usar dinheiro cunhado, antes do tempo de Esdras. Vejam-se as palavras que significam as diversas espécies de moeda. (*veja Denário.)

Vem do latim denarius, moeda de prata que valia dez asses, uma tradicional moeda de cobre. Por ser a moeda mais utilizada em Roma, tanto no Império quanto na República, o nome adquiriu valor genérico e passou a designar qualquer espécie de meio circulante. Entrou também no espanhol como dinero, no francês como denier (embora a forma preferida por aquele idioma seja argent ? literalmente, "prata") e no italiano como denaro (embora a forma preferida seja soldo). O termo chegou até o árabe, que, em contato com os povos da Península Ibérica, importou a forma dinar. No fim da Idade Média, Portugal e Espanha chegaram a cunhar dinheiros de prata; é por isso que nas traduções mais antigas do Novo Testamento para nosso idioma, Judas não vende Jesus por trinta moedas de prata, mas por "trinta dinheiros".

substantivo masculino Cédula ou moeda usada como forma de pagamento.
Bens materiais; riqueza, fortuna.
Modo de pagamento que, tanto no formato de cédulas como no de moedas, é emitido e regido pelo governo de cada nação.
Economia O que se consegue converter para dinheiro; diz-se das ações, títulos etc., que podem ser convertidos em dinheiro.
Economia Qualquer quantia designada em dinheiro.
expressão Dinheiro quente. Capitais que se movem rápido de um lugar para outro, para aproveitar as variações das taxas de juros; reservas monetárias ou capitais de investimento empregados a curto prazo na compra de moeda estrangeira, visando ao lucro com as diferenças no câmbio (hot money).
Etimologia (origem da palavra dinheiro). Do latim denarius.ii.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Dom

substantivo masculino Qualidade inata, natural; aptidão, talento: tem o dom da pintura.
Aptidão natural para algo ruim; tinha o dom de ser chato!
Presente oferecido por alguém; dádiva.
Religião Graça que se recebe de um santo ou entidade espiritual.
Etimologia (origem da palavra dom). Do latim donum.i, "oferenda aos deuses".
substantivo masculino História Título honorífico colocado antes do nome dos monarcas e o dos membros do alto clero e da nobreza; geralmente se escreve só com a abreviatura D: Dom João 6.
Religião Título ou denominação dado a certos eclesiásticos: Dom Helder Câmara.
Etimologia (origem da palavra dom). Do latim dominus, "senhor".

Donativo, dádiva, presente

Para os hebreus, o dom de Deus era o dom do Espírito Santo, isto é, a inspiração, o amparo, o concurso dos bons Espíritos, coisas que Deus concede a todo homem cujo coração o encaminha para Ele e que se mostra pronto a receber seus ensinos, seus benefícios. O dom de Deus é a assistência, a inspiração, o amparo, o concurso dos bons Espíritos, que o homem recebe consciente ou inconscientemente e que lhe abrem ao Espírito, à inteligência e ao coração as sendas do progresso e o encaminham para a perfeição. O que chamais de inspiração, o gênio da ciência e da caridade, e que o ho mem, na sua ignorância e no seu orgulho, atribui exclusivamente a si mesmo, é o dom de Deus.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


Dom
1) Capacidade ou talento que o Espírito Santo concede aos servos de Deus para uso em favor dos outros (He 2:4), RC; (1Pe 4:10). No NT há duas listas de dons: (Rm 12:6-8) e (1Co 12:4-10:2) Presente (Ef 2:8). 3 Oferta (He 5:1).

Pedro

Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.

pedra, rocha

Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).

Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).

A vocação de Pedro

Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).

Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).

Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.

O apostolado de Pedro

Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).

De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).

Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).

Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).

Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).

Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).

Os escritos de Pedro

De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.

I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).

Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.

Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.

Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).

Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).

Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).


1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).


2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).

A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..

A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).

Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).

Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).

Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.


Pedro [Pedra] - APÓSTOLO (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18); (Lc 5:1-11); 8:40-56; (Mt 8:14-15); 14:28-33; 16:13 23:17-1-13 26:36-46,69-75; (Lc 24:34); (Jo 18:10-18), 25-27; 21:1-23; At 1:13—5.42; 8:14-25; 10.1—11.18; 12:1-19; 15:1-11; (1Co 9:5); (Gl 1:18); 2:6-14. Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 d.C., no tempo de NERO. V. PEDRO, P

Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).

Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.

Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).

Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.

Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.

Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.

Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.

C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre

(ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.


Perdição

substantivo feminino Ação ou efeito de perder; perda.
Situação de desonra ou falta de honra, de moral; imoralidade.
Condição de desgraça, de infortúnio, de fracasso: o vício foi sua perdição.
O que não se consegue resistir; tentação: o doce para mim é uma perdição.
Religião Negação da religiosidade, das crenças religiosas; condenação das almas às punições eternas, ao inferno; irreligiosidade.
Etimologia (origem da palavra perdição). Do latim perditio.onis; perditione.

Perdição
1) Destruição; condenação ao castigo eterno (Rm 9:22); (1Tm 6:9)

2) Perda; prejuízo (At 27:21), RC).

Seja

seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Πέτρος δέ πρός αὐτός ἔπω σοῦ ἀργύριον εἴην σύν σοί εἰς ἀπώλεια ὅτι νομίζω κτάομαι διά χρῆμα δωρεά θεός
Atos 8: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Mas Pedro lhe disse: O teu dinheiro pereça contigo, porque pensastes que o dom de Deus se compra com dinheiro.
Atos 8: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

31 d.C.
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1223
diá
διά
Através dos
(through)
Preposição
G1431
dōreá
δωρεά
crescer, tornar-se grande ou importante, promover, tornar poderoso, louvar, magnificar,
(and make great)
Verbo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2932
ktáomai
κτάομαι
impureza
(the uncleanness)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3543
nomízō
νομίζω
tornar-se fraco, tornar-se indistinto, vacilar,
(and were dim)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G4074
Pétros
Πέτρος
um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
(and Madai)
Substantivo
G4314
prós
πρός
pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
(of Mezahab)
Substantivo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G4862
sýn
σύν
com / de / em
(with)
Preposição
G5536
chrēma
χρῆμα
coisa, matéria, assunto, evento, negócio
(riches)
Substantivo - neutro acusativo plural
G684
apṓleia
ἀπώλεια
irmão mais velho de Davi
(Ozem)
Substantivo
G694
argýrion
ἀργύριον
prata
(money)
Substantivo - neutro acusativo singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

διά


(G1223)
diá (dee-ah')

1223 δια dia

preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

  1. através de
    1. de lugar
      1. com
      2. em, para
    2. de tempo
      1. por tudo, do começo ao fim
      2. durante
    3. de meios
      1. atrave/s, pelo
      2. por meio de
  2. por causa de
    1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
      1. por razão de
      2. por causa de
      3. por esta razão
      4. consequentemente, portanto
      5. por este motivo

δωρεά


(G1431)
dōreá (do-reh-ah')

1431 δωρεα dorea

de 1435; TDNT - 2:166,166; n f

  1. dom, dádiva, presente

Sinônimos ver verbete 5839


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

κτάομαι


(G2932)
ktáomai (ktah'-om-ahee)

2932 κταομαι ktaomai

um verbo primário; v

  1. adquirir, conseguir, ou procurar algo para si mesmo, possuir
    1. casar-se

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

νομίζω


(G3543)
nomízō (nom-id'-zo)

3543 νομιζω nomizo

de 3551; v

  1. manter pelo costume ou uso, ter como um costume ou uso, seguir um costume ou uso
    1. é costume, é a tradição recebida
  2. considerar, pensar, supor

Sinônimos ver verbete 5837



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

Πέτρος


(G4074)
Pétros (pet'-ros)

4074 πετρος Petros

aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

  1. um dos doze discípulos de Jesus

πρός


(G4314)
prós (pros)

4314 προς pros

forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

em benefício de

em, perto, por

para, em direção a, com, com respeito a


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

σύν


(G4862)
sýn (soon)

4862 συν sun

preposição primária que denota união; TDNT - 7:766,1102; prep

  1. com

χρῆμα


(G5536)
chrēma (khray'-mah)

5536 χρημα chrema

palavra primitiva; TDNT - 9:480,1319; n n

  1. coisa, matéria, assunto, evento, negócio
    1. espec. dinheiro, riquezas

ἀπώλεια


(G684)
apṓleia (ap-o'-li-a)

684 απωλεια apoleia

de um suposto derivado de 622; TDNT - 1:396,67; n f

  1. ato de destruir, destruição total
    1. de navios
  2. deteriorização, ruína, destruição
    1. de dinheiro
    2. a destruição que consiste no sofrimento eterno no inferno

ἀργύριον


(G694)
argýrion (ar-goo'-ree-on)

694 αργυριον argurion

neutro de um suposto derivado de 696; n n

  1. prata
  2. dinheiro
  3. uma moeda de prata, pedaço de prata, moeda hebraica antiga de prata

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo