Enciclopédia de Filipenses 2:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

fp 2: 11

Versão Versículo
ARA e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
ARC E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
TB e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.
BGB καὶ πᾶσα γλῶσσα ἐξομολογήσηται ὅτι κύριος Ἰησοῦς Χριστὸς εἰς δόξαν θεοῦ πατρός.
BKJ e para que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus o Pai.
LTT E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus (o Pai). Is 45:23
BJ2 e, para glória de Deus, o Pai,[e] toda língua confesse:[f] Jesus é o Senhor.[g]
VULG et omnis lingua confiteatur, quia Dominus Jesus Christus in gloria est Dei Patris.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Filipenses 2:11

Salmos 18:49 Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações e cantarei louvores ao teu nome.
Salmos 110:1 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
Jeremias 23:6 Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome com que o nomearão: O Senhor, Justiça Nossa.
Mateus 10:32 Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Lucas 2:11 pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
João 5:23 para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou.
João 9:22 Seus pais disseram isso, porque temiam os judeus, porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
João 12:42 Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga.
João 13:13 Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.
João 13:31 Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora, é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele.
João 14:13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
João 14:23 Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.
João 16:14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
João 17:1 Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
João 20:28 Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Atos 2:36 Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
Atos 10:36 A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos),
Romanos 10:9 a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Romanos 14:9 Foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver; para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos.
Romanos 14:11 Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus.
Romanos 15:9 e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto, eu te louvarei entre os gentios e cantarei ao teu nome.
I Coríntios 8:6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
I Coríntios 12:3 Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.
I Coríntios 15:47 O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.
I Pedro 1:21 e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.
I João 4:2 Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
I João 4:15 Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.
II João 1:7 Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

fp 2:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30
B. O SIGNIFICADO DA OBEDIÊNCIA, 2:1-4

1. A Fonte da Obediência (2.1,2)

Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões (1). A palavra transitiva portanto refere-se evidentemente a 1.27. O uso paulino da conjunção condicional se é retórico e de forma alguma expressa dúvida. Talvez o termo grego paraklesis (conforto) seja mais bem traduzido por "exortação" (RA), pois era co-mum Paulo usar o verbo cognato neste sentido (cf. Rm 12:1-15.30; 16.17; 1 Co 1.10; 4.16; 16.15; Ef 4:1; Fp 4:2).6 Não deixa de ser importante mencionar a palavra relacionada Paraclete, que é traduzida por "O Advogado", "Consolador" ou "Aquele que fortalece". A força à qual Paulo se refere está em Cristo (cf. 1.1). Consolação de amor é, literal-mente, "consolação" ou "incentivo", "estímulo". Quanto ao significado de comunhão (koinonia), ver comentários em 1.5. No original grego, não há artigo antes de Espírito, mas os tradutores modernos são categóricos na defesa neste ponto (cf. ACF, AEC, BAB, BJ, NTLH, NVI, RA). Pressupõe-se que esta comunhão seja um dom do Espírito San-to. Afetos é mais bem traduzido por "afetos ternos" (cf. AEC, BAB, BJ, BV, NVI, RA). A tradução compaixões está correta.

O significado do versículo é claro: Se há força ou sustento divino "para os que estão em Cristo Jesus como vós estais (e há) ; se há consolação ou incentivo que vem do vosso amor (e Paulo está confiante de que há) ; se a participação no Espírito Santo significa algo (e significa) ; se há em vós ternura afetuosa (e Paulo está certo de que há) ",7 então completai o meu gozo (2). Lightfoot traduz assim: "Enchei meu cálice de alegria até transbordar"' (cf. BJ). Este pedido veemente do apóstolo foi chamado de "tautologia da determinação".9 Mas não é pedido egoísta. Paulo ama os crentes filipenses com o amor de Cristo (cf. 1.7,8). Eles compartilham com ele numa comunhão mútua. Portanto, o que completasse sua alegria e amor também seria para o bem deles (1.3,4). Eles são sua "alegria e coroa" (4.1), e ele se alegrará neles ainda mais se eles sentirem o mesmo, tendo o mesmo amor, literalmente, "tendo a mesma mente e o mesmo amor" (cf. NVI). E os instrui a ter o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa, literalmente, "pres-tando atenção à mesma coisa". Os crentes filipenses têm de agir "juntos como se uma única alma os ativasse"." Paulo está exigindo, não unidade de julgamento, mas unani-midade moral — unidade de estado de espírito.

2. A Submissão da Obediência (2.3,4)

Nada façais por contenda ou por vanglória (3). No grego, a frase está incomple-ta; façais não está no original. Levando em conta a palavra grega phronountes, traduzida no versículo anterior por sentindo uma mesma coisa, talvez tradução melhor seria "nada penseis de modo a contender".11 A humildade da obediência não tolera nada que seja feito "de acordo com a facção" (kata eritheian) ou segundo a "presunção infundada" (kenodoxian), mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Este não é apelo a favor de servilismo miserável, que é muitas vezes máscara de falsa humildade. Trata-se de pedido à auto-avaliação genuína que reconhece que temos imperfeições desconhecidas pelos outros, e que os outros possuem virtudes óbvias que eles mesmos não demonstram.

Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros (4). O versículo está no imperativo. Não devemos fixar os olhos somente em nossos próprios interesses, como o corredor que fixa os olhos só na meta e nada mais (cf. Rm 12:10). No original, as frases cada um e cada qual são traduções da mesma palavra grega; mas as aplicações em grego podem ser diferentes. Provavelmente, no primeiro uso e, certamente, no segundo, o grego é plural. Sendo assim, pode ser tra-duzido por "cada círculo" ou "cada grupo".' A igreja em Filipos não foi afetada por here-sia. Há uma ameaça à comunhão, por causa de interesses próprios de certos indivíduos ou partidos dentro da igreja. A genuína humildade evita que o indivíduo insista até no que ele julga ser seu direito (cf. 1 Co 6.7).13

Dos versículos 1 a 4, Alexander Maclaren pregou sobre o "Apelo à Unidade". Ele observa:

1) Os motivos e laços da unidade cristã, 1;
2) O ideal justo que completaria a alegria do apóstolo, 2;

3) Os obstáculos e ajudas para terem o mesmo modo de pensar (3,4).

C. O EXEMPLO SUPREMO DE OBEDIÊNCIA, 2:5-11

Esta é uma das passagens cristológicas mais majestosas e profundas de todas as Santas Escrituras. Não há homem que ouse escalar os picos montanhosos da revelação contida nestes versículos. Ao lê-los, ficamos mais inclinados a louvar do que a analisar ou discorrer cerca da teologia que revelam. Considerando a construção e equilíbrio meti-culoso das frases, temos a sensação de que se trata de um poema ou hino usado na adora-ção pela igreja primitiva. Mas não podemos evitar a interpretação e, historicamente, estes versículos deram origem a pontos de vista numerosos e, por vezes, antagônicos. Quais-quer que sejam as mínimas diferenças de significado que se identifiquem aqui, a mensa-gem essencial de Paulo (idêntica ao pensamento expresso em 2 Co 8,9) não é difícil de descobrir. Para isso, temos de manter em mente que seu propósito primário é de natureza prática. Ele está lidando com um problema que ameaça pôr fim à unidade dos crentes em Filipos. Em oposição à disposição de alguns que fazem valer seus direitos egoisticamente, Paulo estabelece o espírito de Cristo como exemplo supremo de obediência.

1. A Razão para a Obediência (2.5,6)

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento (5) é, literalmente, "pensai [phroneite] nisto em vós mesmos".14 "Pensar" também é usado em 1.7 e 2.2 (ali traduzi-do por "sentir"; e "sintais", "sentindo"). Porém, como explicamos nos comentários des-ses versículos, conota mais que mero pensamento. Refere-se primariamente à disposi-ção de ânimo, atitude, estado de espírito. A palavra houve na frase o mesmo senti-mento que houve também em Cristo Jesus não ocorre no texto original. Talvez "há" seja melhor. Moffatt traduz o versículo assim: "Tratai uns aos outros com o mesmo espírito à medida que vós experimentais em Cristo Jesus". Também foi traduzido as-sim: "Tende esta mente em vossa comunidade, que é também a que tendes em Cristo Jesus".15 Este modo de traduzir a frase é consistente com a ordem para os crentes filipenses operarem a própria salvação (12). Também serve de exortação legítima con-tra a separação errônea que certos cristãos professos fazem entre a vida religiosa e os relacionamentos com as pessoas. Aqui se mostra a absoluta impossibilidade de amar Deus sem, ao mesmo tempo, amar os semelhantes.

Os gregos tinham duas palavras para referir-se a forma (6). Uma referia-se à mera aparência externa, como quando uma miragem toma a forma de água. Neste caso, não há verdadeira equivalência entre a aparência e o que se afigura que é. A outra palavra grega denota que a aparência do objeto é a verdadeira revelação ou expressão do próprio objeto. Quer dizer, a forma participa da realidade; assim a realidade se revela na for-ma.' É a segunda palavra grega (morphe) que Paulo emprega aqui: Que, sendo em forma de Deus (cf. Mac 16.12). Cristo é o morphe theou, ou seja, a verdadeira e plena expressão ou revelação de Deus. Esta revelação não pode ser explicada por categoria humana. É totalmente inexplicável à parte da afirmação de que a fonte absoluta da revelação é o próprio Deus. Portanto, Paulo fala de Cristo Jesus como sendo ou "subsistindo" (huparchon [cf. RA]) em forma de Deus — e não que Cristo Jesus "é" (einai) na forma de Deus. Em outras palavras, aquilo que se revelou, ou seja, Deus, é antes da própria revelação. Mas a revelação, Cristo, que é o revelador, é um com Deus, que é o revelado. Por ser assim, a revelação de Deus em Cristo é verdadeira. Por conseguinte, Paulo está proclamando de modo querigmático e didático o que a igreja sustentava teolo-gicamente — que Deus e Cristo Jesus são homoousias, "de uma substância".

Não teve por usurpação ser igual a Deus (6). O termo grego harpagmon (usurpação) é derivado do verbo que significa "arrebatar", "agarrar" ou "pegar violenta-mente". Daí esta tradução da frase: "Não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se" (NVI; cf. BV, CH).17 Pelo visto, "ser igual" não se refere tanto à natureza quanto à relação Há base racional para presumir que Cristo, sendo a revela-ção de Deus, teria exigido seus direitos de ser reconhecido como igual a Deus. Mas, contrário à acusação dos seus inimigos (Jo 5:17-18), foi precisamente isso que ele recusou fazer — insistir nos seus direitos (cf. BJ) ou usurpar o lugar de Deus. Ele recusou buscar enriquecimento próprio ou auto-satisfação. É possível que Paulo tivesse em mente o contraste entre o primeiro Adão, que egoisticamente desejou ser "como Deus" (Gn 3:5), e Cristo, o segundo Adão, que altruisticamente atentou "para o que é dos outros" (4).

2. A Exigência da Obediência (2.7,8)

Aniquilou-se a si mesmo (7) é, literalmente, "esvaziou-se" (cf. AEC, BAB, NVI, RA). Esta é a famosa passagem do "kenose" (neauton ekenosen). Bruce observou que a "diversidade de opiniões que prevalece entre os intérpretes a respeito do significado des-ta passagem é suficiente para deixar o estudante desorientado e atormentá-lo com para-lisia intelectual".19 Neste caso, a situação prática indica o princípio de que a interpreta-ção mais simples é a melhor. É desnecessário perguntar, como muitos o fazem: Cristo esvaziou-se de quê? De sua deidade? De sua natureza? De suas prerrogativas divinas? De ser igual a Deus? Paulo simplesmente diz que Cristo se esvaziou. O verbo grego kenoun significa "despejar", sendo o próprio Cristo o objeto. Cristo se esvaziou de si mes-mo. Em nenhum momento ele permitiu que considerações egoístas dominassem sua vida imaculada. Certos expositores comparam os versículos 7:8 com Isaías 53:12, que diz: "Ele [...] derramou a sua alma na morte".' Esta comparação é particularmente surpre-endente, levando em conta a referência no versículo 8 à morte e a afirmação tomando a forma de servo (7), que é, literalmente, "tendo tomado a forma de escravo". Tomando (labon) é um particípio aoristo, que indica ação simultânea.' A conclusão é que subsistir na forma (morphe) de Deus e ter tomado a forma (morphe) de escravo são ações simultâ-neas e não incompatíveis. A última é a revelação da primeira, e a primeira é a explicação da última. A humanidade de Cristo não era fingimento. Ao assumir a forma de servo ele revelou o verdadeiro significado de servir. Ele não se tornou escravo de um homem -embora seu serviço fosse expresso a homens individualmente (Lc 22:27) —, mas foi o servo da humanidade.'

Fazendo-se semelhante aos homens (7) pode ser traduzido por "ele se tornou [genomenos] como os homens" (plural; cf. BV, NTLH). A referência é à humanidade de Jesus, que teve um começo no tempo e deve ser considerada no sentido de Gálatas 4:4: "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher"' (cf. tb. Rm 8:3). Donald Baillie foi discernente ao destacar: "A igreja nunca ensinou que o elemento humano em Jesus, sua humanida-de, é consubstancial ou co-eterno com Deus, mas que é consubstancial conosco e pertence à ordem das coisas criadas"." O termo grego homoiomati (semelhança) não dá margem a considerarmos algo menos que homem. A humanidade de Cristo não era mera máscara ou disfarce. Ele era "realmente como os homens, da mesma forma que era verdadeira-mente homem"; mas "era também mais que homem, diferente dos homens, sem cujo fato não seria semelhança, mas mera identidade"." Jesus Cristo era verdadeiramente ho-mem, mas nele e por ele veio a revelação de Deus. Isto o torna único e distinto do homem — ele é "verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus". O único modo de Paulo expressar esta verdade é falar da semelhança de Jesus com os homens.

Forma (8, schema) denota o modo em que Cristo se mostrou aos olhos humanos. Barth traduz assim: "Sendo achado em seu ser como homem"." Os contemporâneos de Jesus o viam como outro homem, sujeito às necessidades e sofrimentos humanos (Hb 4:15). Compare com Isaías 53:2: "Não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos". Foi necessário um milagre divi-no para vermos Deus neste Servo. Fé que ele é a revelação plena e verdadeira de Deus não vem "do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus" (Jo 1:13). A confissão que ele é o Cristo surge pela revelação do "Pai, que está nos céus" (Mt 16:16-17). Paulo diz em outras palavras: "E ninguém pode dizer que Jesus é o Se-nhor, senão pelo Espírito Santo" 1Co 12:3).

Humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte (8). O texto não declara explicitamente a quem foi prestada obediência. A frase até à morte significa "até à importância da morte". Contudo, Cristo se sujeitou à morte "para que, pela morte, ani-quilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão" (Hb 2:14-15).27 Devemos enfatizar que os atos de Cristo de auto-humilhação e obediência até à morte foram voluntários -de si mesmo ele depôs a vida (Jo 10:17-18) —, ao mesmo tempo que tais atos estavam de acordo com a vontade do Pai. A morte de cruz fala do clímax da humilhação própria de Cristo, pois era a maneira mais infame de morte conhecida nos dias de Paulo. A lei de Moisés proferira uma maldição contra ela (Dt 21:23), e os gentios a reservavam para seus mais odiados inimigos e criminosos comuns. Assim, associada à cruz estava a vergo-nha mais intensa (Hb 12:2).28 Mas por sua obediência até à morte e morte de cruz, Cristo "aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho" (1 Tm 1.10). Por conseguinte, "a cruz de Cristo se tornou sua coroa de glória"' (cf. Rm 5:19).

3. A Recompensa da Obediência (2:9-11)

Pelo que (dio), ou por causa da sua obediência, também Deus o exaltou sobe-ranamente (9). Jesus não só ensinou que a exaltação vem depois da auto-humilhação; ele também a demonstrou (cf. Mt 23:12; Lc 14:11-18.14). A exaltação de Cristo inclui sua ressurreição e ascensão." E lhe deu um nome pode significar "e lhe concedeu livremente um nome". Alguns manuscritos têm "o nome" (com o artigo definido; cf. BJ, CH, NTLH, NVI, RA), distinguindo-o nitidamente de todos os outros nomes (Ef 1:20-21). Lightfoot entende que não se refere ao nome Jesus, pois muitos tinham esse nome." Se tem em vista um nome particular, é provavelmente "Senhor" (cf. 11; cf. tb. Act 2:26). Nos dias de Paulo, os soldados faziam o juramento em nome de César, denotando a autori-dade de César.' De modo semelhante, o novo nome de Jesus, ou seja, "Senhor", denota sua soberania absoluta.

Para que ao nome de Jesus (10; cf. Is 45:23) é mais bem traduzido por "para que no nome de Jesus", ou conforme Moffatt: "Para que diante do nome de Jesus" (cf. CH). O significado do versículo talvez seja que os homens devam fazer todas as suas orações neste nome (cf. Jo 14:13-14; At 3:6; Ef 2:18-3.14; 5.20). A alusão a coisas ou seres (cf. NTLH) nos céus, na terra e debaixo da terra, abrange indubitavelmente a totalida-de da criação (cf. Rm 8:22-1 Co 15:24-28; Ef 1:20-22). Todas as coisas, animadas e inanimadas, não podem se esquivar ou negar o senhorio de Cristo Jesus. Pelo visto, a parte final da frase: E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor (11), era o mais antigo credo da igreja (cf. Rm 10:9-1 Co 12.3; 8.6). Confesse encerra a idéia de ação de graças ou gratidão alegre (cf. Mt 11:25; Lc 10:21)." Por leitura alternativa de uma letra, apoiada por alguns manuscritos, o termo grego exomologesetai pode ser traduzido por "confessará" (CH), tornando a frase uma declaração profética.' Neste caso, o significado seria que, ainda que nem todos aceitem hoje pessoalmente o senhorio de Cristo, no dia final, por ser ele o Juiz, eles não poderão negar que ele também é Senhor, para glória de Deus Pai (cf. Ap 5:13). Assim, a auto-rendição de Cristo continua até mesmo na sua exaltação (cf. 1 Co 15.28).

De acordo com Paulo, Jesus é o Servo que se tornou o Senhor. A aplicação prática que o apóstolo tem em mente para os crentes filipenses se expressa nas palavras de Jesus: "Qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo" (Mt 20:27).

D. A EXORTAÇÃO À OBEDIÊNCIA, 2:12-18

Ao longo de toda esta passagem, Paulo mantém em mente as determinações de des-pedida dadas por Moisés aos filhos de Israel, a quem liderara apesar das murmurações, controvérsias e desobediências até na própria fronteira da Terra Prometida (Dt 32)." O apóstolo é afetuoso ao se dirigir aos crentes filipenses, chamando-os de meus amados (ocorre duas vezes em 4.1). Por causa da participação e comunhão mútua que tinham com ele, eles sempre lhe obedeciam (12), quer dizer, visto ser ele o pai espiritual dos crentes filipenses, desde o princípio desta relação eles reconhecem que a autoridade que Paulo tinha sobre eles procedia de Deus."

1. A Praticabilidade da Obediência (2,12)

Devido à obediência passada, Paulo exorta os crentes filipenses: Operai a vossa salvação (12). No grego, a estrutura da oração gramatical dá a entender que as frases não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência devam ser ligadas a operai e não a obedecestes. Ao usar nun (agora), Paulo sugere que sua ausência significa mais que estar distante deles fisicamente. Até agora, ele tem estado presente por carta, mesmo quando não podia lhes entregar uma mensagem falada. Mi-nha ausência refere-se evidentemente à morte, depois da qual os crentes filipenses não terão os conselhos orientadores do apóstolo. Por conseguinte, eles têm de começar a agir por conta própria, ou a operar a própria salvação." Esta operação, na tarefa contínua de seguir o exemplo de obediência de Cristo, deve ser feita com temor e tremor, ou seja, no espírito de vigilância, humildade e dependência prestada a Deus 1Co 2:3; Ef 6:5), como quando seguramos algo extremamente precioso e raro.

Esta não é negação da justificação pela fé, pois as palavras foram dirigidas a cris-tãos e não a incrédulos. Salvação (soterion) é algo que eles já possuem." A palavra grega que Paulo usa para dizer operai transmite a idéia de levar à conclusão." Os crentes filipenses têm de operar exteriormente na função de comunidade em suas relações soci-ais o que Deus operara interiormente neles pela fé. Tendo em vista os versículos 14:15 (como tb. Fp 3), é possível que haja nos estágios iniciais em Filipos o espírito de farisaísmo, que ameaça a unidade da cooperação e comunhão. Portanto, cada grupo fac-cioso tem de operar a própria salvação e parar de comparar egoisticamente seu progresso espiritual com os outros grupos. Esta interpretação é válida se, como é provável, Pau-lo está se comparando com Moisés que, em discurso, deu suas determinações de despedi-da a Israel como um corpo (Dt 31:27).

  1. A Promessa de Obediência (2,13)

A operação pode ser feita com garantia: Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade (13; cf. 2 Pe 1.10). Opera (energon) e efetuar (energein) são traduções do mesmo verbo grego. Esse verbo sempre é usado para referir-se à ação de Deus e à ação efetuada. Lightfoot traduz: Deus "opera poderosamente" em vós.' A salvação é totalmente de Deus, tanto no dese-jo quanto na efetuação, do começo ao fim. De forma alguma esta verdade mina a parte do homem, que foi afirmada claramente no versículo prévio. Paulo está dizendo que a atitude cristã genuína é dar a Deus toda a glória. É óbvio que este era procedimento que alguns dos crentes filipenses não estavam inclinados a fazer. O contexto indica que "entre vós" pode ser melhor que em vós, sobretudo considerando que segundo a sua boa vontade significa literalmente "por causa da boa vontade" (sua não ocorre no original grego; ver 1.15, onde ocorre a mesma palavra grega eudokian, traduzida por "boa mente"). Paulo está confiante de que Deus está trabalhando e continuará traba-lhando mesmo depois da morte do apóstolo, para promover a boa vontade em Filipos. Se Paulo ainda estiver se comparando com Moisés, sua intenção é que este versículo seja uma promessa (cf. Dt 31:8).

  1. O Propósito da Obediência (2:14-18)

É desnecessário determinar se murmurações e contendas (14) têm a ver com as relações entre companheiros ou com Deus. É lógico que um ato envolve o outro. O termo grego goggusmon (murmurações) conota um espírito de descontentamento e teimosia, como o que caracterizou os israelitas no deserto (cf. Nm 16:1 Co 10.10). O termo grego dialogismon (contendas) significa "interrogatórios", "questionamentos" ou "dúvidas" (cf. Rm 14:1). Estas atitudes estão na seqüência em que normalmente ocorrem. Quase sempre, a dúvida intelectual acompanha a revolta moral contra Deus e a quebra de relações com nossos companheiros. O cristão não deve esquecer que "as explicações, caso ocorram, vêem depois da obediência e não antes' (cf. Jo 7:17). Nos versículos seguintes, Paulo apresenta claramente o propósito da obediência.

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros (15) é mais bem traduzido por para que "vos torneis" (genesthe, BAB, RA; cf. BJ) ou "vos mostreis" irrepreensíveis (amemptoi) e sinceros (akeraioi) diante dos homens. O termo grego akeraioi significa "simples" ou "absolutamente sincero" e "sem mistura" ou "puro" (BJ; cf. Mt 10:16). A palavra era usada para referir-se a vinho puro, sem mistura de água, ou a metal que não continha combinação com outros metais. Pode ser traduzida por "inocentes" (CH, Moffatt). Filhos de Deus indica o caráter de família de Deus e, portanto, diz respeito à semelhan-ça familiar (Jo 1:12). O termo grego amometa (inculpáveis ou "sem marca") alude a Momo, deus da sátira. Entre os gregos, essa deidade censuradora, não fazia nada de valor, exceto identificar os erros e as falhas em tudo e em todos. Os cristãos devem andar tão prudentemente que até o próprio Momo, por mais que procure, não encontre neles falta alguma." A palavra grega comparável, amomos, está relacionada a sacrifícios, dando a entender sacrifício adequado para ser oferecido a Deus. Barclay diz que as palavras gregas traduzidas por irrepreensíveis, sinceros e inculpáveis têm a ver, respectiva-mente, com a relação do cristão com o mundo, consigo mesmo e com Deus.'

Os israelitas foram geração corrompida e perversa, que fracassaram em ser filhos de Deus (Dt 32:5). Paulo está esperançoso de que os crentes filipenses no meio de geração semelhantemente corrompida e perversa resplandeçam como astros no mundo (15). O termo grego phosteres (astros) refere-se aos corpos celestes — o sol, a lua e as estrelas. Como estes fornecem luz para o mundo físico, assim a luz dos crentes deve brilhar nas trevas do mundo moral e espiritual. A ilustração também pode ser faróis num litoral (BV). Em todo caso, os crentes têm de ser "portadores de luz" (cf. Mt 5:14). Embora a luz dos crentes seja reflexo da "luz verdadeira, que alumia a todo ho-mem que vem ao mundo" (Jo 1:9), eles têm de ser ativos doadores de luz, retendo a palavra da vida (16). O termo epechontes (retendo) era usado no grego clássico para descrever a ação de oferecer vinho a um convidado." A palavra da vida, consistente com o uso bíblico, tem de se referir não só à mensagem proclamada, mas também a Jesus Cristo, a Palavra viva que é Luz e Vida (Jo 1:4-8.12; 1 Jo 1:1). Esta palavra da vida livra do pecado e da morte (Rm 8:2). É o próprio Cristo, o Pão da Vida, que os crentes oferecem a um mundo faminto. Onde fazem isso, os servos de Cristo se tornam aqueles que partilham o "cheiro de vida para vida" (2 Co 2.16).

Paulo também tem em mente um propósito pessoal para a obediência dos filipenses, qual seja, para que, no Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão (16). Cada vez mais o apóstolo está pensando no Dia final de Cristo (cf. 1.6,10), normalmente expresso nas Escrituras por "o Dia do Senhor". Ele espera ter motivos para gloriar-se (kauchema, "gabar-se", "orgulhar-se"; cf. CH, NVI) entre os de Filipos, quando chegar a hora de ele prestar contas de sua mordomia a Deus. Se eles fracassarem, ele terá corrido e trabalhado em vão (cf. Gl 2:2). Paulo fala como se já estivesse olhando para trás em sua vida, como se seus trabalhos em prol dos filipenses já tivessem sido encerrados. A expressão grega eis kenon (em vão) era usada para referir-se à água desperdiçada, ou ao treinamento que se mostrou infrutífero para o atleta der-rotado, ou ao tecedor de tecidos para tendas que não recebeu salário, porque seu traba-lho foi rejeitado por haver uma faixa de tecido mal tecida."

Mas esta esperança pessoal não é egoísta. Paulo continua: E, ainda que seja ofe-recido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós (17). A tradução literal é: "E se estou sendo derramado como libação..." O termo grego spendomai (oferecido) era usado para denotar o fato de que, quando o animal estava prestes a ser morto em sacrifício, derramava-se vinho sobre ele como ato solene de dedicação a Deus (cf. Nm 15:5-28.14).46 Se a morte de Paulo de alguma forma completar ou aperfeiçoar o sacrifício da fé ou os atos de serviço dos crentes filipenses, ele morrerá alegremente (cf. 2 Co 12.15; 2 Tm 4.6). Moule molda os pensamentos de Paulo assim: "Eu disse que labutei por vós? Não, se tenho também de dizer que morri, derra-mei o sangue do meu coração, digo que é só alegria para mim"." O martírio de Paulo e a vida dos filipenses (cf. Rm 12:1) juntos constituiriam uma única oferta mútua a Deus. As próximas palavras do apóstolo são um imperativo carinhoso: E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo (18). O espírito é similar ao do valente ateniense, mencionado por Plutarco, que depois da batalha vitoriosa de Maratona, voltou para Atenas sangrando, mortalmente ferido em batalha. Indo diretamente para casa onde os magistrados estavam reunidos, ele só conseguiu dizer: "Tomai parte de nossa alegria", e imediatamente caiu morto aos pés deles.'

Os versículos 1:27-2.18 apresentam claramente o tema "As Marcas do Verdadeiro Cristão". O indivíduo semelhante a Cristo caracteriza-se por:

1) Comportamento compa-tível com o evangelho de Cristo, 27-30;

2) Espírito de abnegação que fomenta unidade e humildade, 2:1-8;

3) Obediência que surge do temor santo, Fp 2:12-13;
4) Testemunho que proclama fielmente a palavra da vida, 2.15,16.

SEÇÃO V

A PARTICIPAÇÃO NA PREOCUPAÇÃO

Filipenses 2:19-30

É deveras surpreendente achar em um único capítulo uma das passagens cristológicas mais profundas de todo o Novo Testamento junto com os sentimentos humanos mais intensos expressos nos escritos de Paulo. Esse era o caráter do apósto-lo que não via dicotomia entre doutrina e discipulado, compromisso com Deus e pre-ocupação pela humanidade. Paulo sabe que os crentes filipenses estão ansiosos em saber notícias a seu respeito. Para tranqüilizá-los, ele lhes envia Epafrodito, mesmo antes que se conheça o resultado do seu julgamento. O apóstolo também está muito preocupado com o progresso espiritual dos filipenses, o qual está sob ameaça, e pro-mete enviar Timóteo em breve, por quem, quando retornar, ele receberá um relatório completo de Filipos. É esta participação em preocupações mútuas que forma o con-texto para estes versículos.

A. A RESPONSABILIDADE DA PREOCUPAÇÃO, Fp 2:19-24

Paulo tinha coração de pastor, fato que não lhe permitia supor que sua responsabi-lidade acabava assim que ganhasse novo-convertidos para Cristo. Ele continuava pre-ocupado com o crescimento e o desenvolvimento da fé dos neoconversos. Visto não po-der ir a Filipos, ele declara: E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos manda-rei Timóteo (19). Para o apóstolo, a expressão no Senhor Jesus não é chavão inócuo.

Sua vida inteira, desde as questões primordiais até às de menor monta, está sob o controle de Jesus Cristo (cf. Fp 1:8-14,21; 2.24; Rm 9:1). Todas as suas ações estão sujei-tas ao seu Mestre. Portanto, se o Senhor aprovar os seus planos (cf. BV), ele enviará Timóteo (cf. Tg 4:15). Pelo visto, Paulo tem plena confiança na capacidade de Timó-teo averiguar a situação dos filipenses e explicar os pontos invocativos desta carta, com o objetivo de melhorar a condição da igreja filipense. Por conseguinte, Timóteo irá para que também eu esteja de bom ânimo (lit., "fortalecido"), quando eu sou-ber dos vossos negócios (19; "da vossa situação", RA). Paulo está muito satisfeito em enviá-lo, porque a ninguém (mais) tenho de igual sentimento (20). Só aqui no Novo Testamento ocorre a palavra isopsuchon (lit., "de uma alma [intenção]" ou "de alma [intenção] igual"). O significado é que não há outra pessoa igual a Timóteo, porém é mais provável que ninguém mais compartilha as preocupações de Paulo de modo tão completo quanto Timóteo.

O texto apresenta três características do ministro-assistente do apóstolo, Timóteo, que era de Listra. Paul Rees1 as dispôs sob o fascinante título "O Homem Adequado para o Serviço Cristão":

1) É compreensivo, 20;

2) É abnegado, 21; e

3) É temperado, 22.

Os crentes filipenses estavam certos de que Timóteo cuidaria sinceramente... do vosso estado (20). O termo grego gnesios (sinceramente, "genuinamente" ou "verda-deiramente" [cf. BV]) conota relação familiar e pode ser entendido por "como irmão".2 A palavra traduzida por cuide sugere, no original, atenção cuidadosa ou seriedade de pen-samento. Timóteo não fará a viagem por honra pessoal que lhe possa advir, mas só em virtude de preocupação sincera pelas pessoas a quem o enviam. Porque todos (os ou-tros) buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus (21). Todos (oi pantes, lit., "um e tudo") não pode se referir às pessoas mencionadas em Fp 1:14-17. Não há dúvida de que alguns em Roma estão dispostos a ir a Filipos, mas estão impossibilitados ou são incompetentes. Porém, entre os que podem ir e são competentes, Timóteo é o único que está disposto a empreender a tarefa.'

Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai (22). O termo grego dokime (experiência) era usado para referir-se a ouro e prata que foram testados e poderiam ser aceitos como moeda corrente. A ficha de Timóteo é conhecida por todos e é da maior fidelidade. Apesar da timidez evidente (2 Tm 1.6,7) e de certas enfermidades (1 Tm 5.23), este jovem ficou fielmente ao lado de Paulo em Filipos (Act 16), em Tessalônica e Beréia (Act 17:1-14), em Corinto e Éfeso (Act 18:5-19.21,22) e mesmo agora está com Paulo em Roma (Fp 1:1). Fez parceria com Paulo nos escritos de 1 e II Tessalonicenses, II Coríntios e, agora, Filipenses. Fora anteriormente enviado a Jerusalém como delegado (Atos 20:4). Em tudo isso ele servira cooperativamente com Paulo para "proveito do evangelho" (1.12), mesmo que significasse ocupar posição secundária em relação ao apóstolo.

Ainda que Paulo tivesse esperança de que o Senhor o permitisse ir a Filipos (24), ele enviará este jovem assim que tenha provido a meus negócios (23). No lugar de tenha provido, os manuscritos mais antigos usam uma palavra grega derivada do verbo aphidein, que significa "ver algo de longe" (cf. AEC, RA). Tão logo Paulo veja o resultado final de seu julgamento um pouco mais claramente (cf. BAB, BV, CH, NTLH), ele envia-rá Timóteo. Até então ele não pode dispensá-lo, mas, em seu lugar, ele enviará outra pessoa imediatamente.

  1. A RECIPROCIDADE DA PREOCUPAÇÃO, 2:25-28

Julguei ("pensei", BV; "achei", CH), contudo, necessário mandar-vos Epafrodito (25). Este é o crente, mencionado somente aqui no Novo Testamento, que tinha levado para Paulo uma oferta em dinheiro da congregação filipense (4.18). Por isso, Paulo diz que ele é o vosso enviado para prover às minhas necessidades. A palavra grega traduzida por enviado é apostolos, ou seja, a pessoa enviada em uma incumbência. No uso cristão, veio a se referir àqueles mais próximos de Cristo. Dentro deste círculo espe-cial, Paulo coloca Epafrodito. A palavra traduzida por prover é leitourgos. Na Grécia antiga, esse termo se referia aos ilustres filantropos que, por recursos próprios, assumi-am certas responsabilidades cívicas (cf. tb. 4.18,19) 4 Porém, como se este tributo a Epafrodito fosse insuficiente, Paulo diz que ele é meu irmão, e cooperador, e com-panheiro nos combates. Juntos, eles partilhavam um sentimento comum, um traba-lho comum e uma guerra comum.

Contudo, Epafrodito ficara doente, quase à morte (27). Assim que ele soube que os filipenses tomaram conhecimento do seu estado de saúde, ele ficou muito angustiado (26; ou "muito preocupado", BJ, NTLH; "aflito", BV) para que não se preocupassem com ele. É por isso que ele tinha muitas saudades de vós todos (26). Se Epafrodito de alguma forma tivesse se envolvido nas facções em Filipos, é possível que esta frase tenha sido inserida para indicar o afeto imparcial que ele sentia por eles.' Se sua doença tives-se sido acompanhada por nostalgia, o que é provável, Paulo acha justificação para desculpá-la. Ou, talvez, os anos de mais maturidade tornaram Paulo mais caridoso do que quando, pouco tempo antes, ele recusara tolerar situação semelhante vivida por João Marcos (At 15:38). No entanto, Deus se apiedou dele e de Paulo também, para que este não tivesse tristeza sobre tristeza (27). Por isso, Paulo está mandando-o de volta para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza (28). Vo-lo enviei mais depressa pode ser traduzido por "eu estou ainda mais ansioso de mandá-lo" (RSV; cf. BJ, BV, RA). Os crentes filipenses foram muito bondosos em enviá-lo para Paulo em tempos de necessidade; e agora, exercendo uma preocupação recíproca, Paulo procura tranqüilizá-los.

  1. O RISCO DA PREOCUPAÇÃO, 2.29,30

Pelo visto, Epafrodito fora enviado não somente para entregar uma oferta, mas tam-bém para servir de criado pessoal de Paulo. Para que não os filipenses não supusessem que Epafrodito não cumprira sua missão, Paulo procura garantir sua recepção generosa. Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o em honra (29, "a maior consideração", CH) ; porque, pela obra de Cristo, chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida, para suprir para comigo a falta do vosso serviço (30). Alguns textos gregos dizem apenas obra, omitindo de Cristo, indicando que a obra de Cristo ganhara significado técnico, como "o Caminho" ou "o Nome" (At 15:38). Não fa-zendo caso é paraboleusamenos, que é derivado de um verbo que significa "aventurar", "arriscar". É a palavra usada pelos jogadores que apostam tudo num lance de dados. Os cristãos primitivos diziam que aqueles que arriscavam a vida por Cristo eram parabolani ("arriscadores", "aventureiros"), como Áquila e Priscila que arriscaram a vida por Paulo (Rm 16:4).6 Epafrodito, pela "causa de Cristo" (NVI), dispusera-se a arriscar a vida asso-ciando-se com uma pessoa que estava sendo julgada pelo governo (cf. BJ, BV, CH, NVI). Com este procedimento, ele pudera atender pessoalmente o que os próprios crentes filipenses, or causa da distância, não podiam fazer (cf. Cl 1:24).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Filipenses Capítulo 2 versículo 11
Is 45:23; Rm 14:11.Fp 2:11 Senhor:
Termo que, além de aplicar-se aos seres humanos que têm autoridade, traduz o nome Javé no AT e foi aplicado a Jesus pela Igreja primitiva na sua profissão de fé: Jesus Cristo é o Senhor; ver 1Co 12:3, Ao mesmo tempo, Senhor, no sentido de amo, se contrapõe neste v. a servo (ou escravo) do v. Fp 2:7 e põe em destaque o contraste entre a humilhação e a exaltação de Cristo.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30
*

2.1-4 O caráter poético destes versículos tornam as palavras de Paulo especialmente vigorosas. O apelo quádruplo do v. 1 (note a repetição da construção “se... alguma”) serve de base para as exortações dos vs. 2-4.

* 2.1 exortação em Cristo. Em sua união com o Salvador eles encontram incentivo para buscar unidade uns com os outros. Para seguirem o exemplo de Cristo, é preciso primeiro estar em Cristo (conforme v. 5).

consolação de amor. Os crentes são encorajados porque Cristo os ama (Gl 2:20) e porque amam a Cristo e uns aos outros (v. 2).

comunhão do Espírito. Essa locução também pode ser traduzida como “comunhão produzida pelo Espírito”.

* 2.2 penseis a mesma coisa... mesmo amor... unidos de alma... mesmo sentimento. A ênfase na unidade é forte (conforme 1.27).

* 2.3 partidarismo. O orgulho é competitivo por natureza e tenta elevar uma pessoa acima das outras, promovendo assim conflitos em vez de harmonia (vs. 2,14; 1.27). Já a humildade aceita um lugar de serviço, preocupando-se com necessidades e interesses dos outros (v. 4). O amor (v. 2) é essencial à humildade (1.9; 1Co 13:4,5).

*

2:5 Esse versículo faz a conexão entre as exortações (vs.1-4) e o hino (vs. 6-11). Abordando o orgulho que está na raiz da discórdia dos filipenses (1.27-2.4), Paulo aponta para Cristo como o exemplo supremo de humildade. Mas Cristo não é só um exemplo (Rm 15:1-3, 2Co 10:1). Ele é, antes de tudo, Senhor e Salvador (v. 11; 3.20).

* 2.6-11 Esse “hino a Cristo” pode ser dividido em seis versos. Os três primeiros (vs. 6-8) celebram a humilhação de Cristo; os três últimos (vs. 9-11), sua exaltação.

* 2.6 subsistindo em forma de Deus. A palavra “forma” refere-se à realidade subjacente e não apenas à aparência. Jesus ser “em forma de Deus” significa que ele é divino.

não... usurpação. Essa figura de linguagem transmite a idéia de que alguma coisa almejável já era possuída. Jesus não estava tentando se tornar Deus e não se prendeu a privilégios que sempre foram dele.

* 2.7 a si mesmo se esvaziou. Não diz que Cristo tirou de si mesmo sua identidade como Deus. O significado da frase é que ele a si mesmo se humilhou, deixando seu status celestial, não seu ser divino. A natureza de seu esvaziar-se a si mesmo é definida nas três frases que seguem (“assumindo... tornando-se... reconhecido”). Ver “A Humanidade de Jesus” em 2Jo 7.

servo. Isto é, um escravo. A linguagem expressa de forma vivaz a prontidão de Cristo para despojar-se de seu status tão elevado (v. 6, nota).

em semelhança de homens. Cristo é verdadeiramente humano. “Semelhança” significa mais que similaridade. Para que pudesse morrer (v. 8), tinha que ser completamente humano. Ao mesmo tempo, Paulo faz uma distinção entre Cristo e outros seres humanos. Ao contrário desses, não tem pecado (2Co 5:21). E, com respeito à sua natureza divina, permanece transcendente sobre a realidade criada; não pode deixar de ser um ser celestial mesmo em sua humilhação.

em figura humana. A “aparência” de Cristo como um homem não era uma ilusão. Ele se revelou através de uma completa e genuína natureza humana unida com sua natureza divina em uma Pessoa, a qual é divina e humana.

*

2.8 a si mesmo se humilhou. A linguagem aqui é paralela à frase “a si mesmo se esvaziou” no v. 7. Cada ato ocorre pelo livre exercício da vontade pessoal de Cristo.

obediente. O significado da submissão à vontade do Pai (Hb 10:5-9) é maior em se tratando daquele que é igual ao Pai (v. 6) do que de qualquer outra pessoa. As palavras de Paulo encerram toda a vida de obediência de Cristo ao mesmo tempo que acentuam sua morte como expressão suprema de obediência.

cruz. A ênfase recai mais sobre a prontidão de Cristo para sofrer a mais vergonhosa e dolorosa das mortes do que sobre o significado expiatório do evento (conforme Rm 3. 21-26).

* 2.9 Pelo que também Deus. O ato do Pai é uma resposta direta à obediência de Cristo.

o exaltou sobremaneira. Cristo é restaurado ao glorioso status que tinha no começo mas ao qual voluntariamente deixara temporariamente para tornar-se um ser humano (Jo 16:28; Hb 2:9,14).

* 2.10 ao nome de Jesus. O sentido dessa expressão também pode ser “o nome que pertence a Jesus”, isto é, “Senhor” (v. 11). Paulo, muito provavelmente, está dizendo que o proferir do nome "Jesus" é sinal diante do qual “todo joelho se dobrará” para lhe oferecer adoração e o aclamar Senhor.

* 2.11 Senhor. A humildade de Cristo é a sua glória (conforme Mt 23:12). O “nome que está acima de todo nome” (v. 9) é “Senhor”. Na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento), o nome de Deus é representado pelo título “Senhor” (kyrios, em grego). Cristo é agora aclamado como sendo o que sempre foi, a saber, o verdadeiro Deus (1Jo 5:20). O louvor que lhe é dado compreende a humanidade (“Jesus”) e a divindade (“Senhor”) de Cristo; ele é adorado como o Deus-Homem. Ver “Jesus Cristo, Deus e Homem” em Jo 1:14.

Deus Pai. Jesus Cristo é o Filho do Pai. Tão unidas são as Pessoas da Divindade que adorar ao Filho glorifica o Pai. Embora o faça em outras passagens (Rm 8:3, Gl 4:4), Paulo não se refere a Jesus como o Filho de Deus em Filipenses.

*

2.12 Assim, pois. Tendo por base o exemplo supremo de Cristo, Paulo retoma sua exortação. A presença do apóstolo encoraja os filipenses à obediência mas, porque a motivação básica vem de Deus que está agindo neles (v.13), a obediência deles vai florescer também na ausência de Paulo (1.27).

a vossa salvação. Como em 1.28, é salvação integral no sentido de redenção, com ênfase especial na santificação do crente. O processo de santificação requer obediência à exortação dos vs. 1-5. Ver “Santificação: o Espírito e a Carne” em 1Co 6:11.

temor e tremor. Reverência e respeito ao invés de pânico e alarme. As emoções apropriadas são despertadas pela presença de Deus (v. 13) e não por questões e dúvidas acerca da segurança eterna.

* 2.13 Deus é quem efetua em vós. A aplicação de esforço humano (v. 12), longe de violar a vontade de Deus, é exatamente o que ele ordena para o alcance de seu propósito salvador (Ef 2:8-10). Tendo invocado o exemplo de Cristo, Paulo reafirma aos filipenses que não vêm deles mesmos o querer e o realizar, mas que a vontade e as ações de cada um deles são arenas nais quais atua o poder do próprio Deus (4.13; 1Ts 2:13).

* 2.14 sem murmurações nem contendas. Os filipenses não devem imitar os antigos israelitas (Êx 15:24, 16. 7-9; 1Co 10:10). Note também a alusão, no v. 15, a Dt 32:5. É, inclusive, possível que os filipenses tivessem murmurado contra os líderes da igreja como os israelitas fizeram contra Moisés (v. 29; 1Ts 5:12,13).

* 2.15 para que vos torneis. Está em vista o testemunho da união da igreja como um só corpo.

irrepreensiveis e sinceros... inculpáveis. O significado desses termos sobrepõe-se consideravelmente. Paulo descreve a qualidade de vida que se requer dos “filhos de Deus”. Tais pessoas resplandecerão como "luzeiros no mundo” em evidente oposição à "geração pervertida e corrupta" entre a qual vivem e para a qual também oferecem esperança (cf. Mt 5:14-16; At 2:40).

*

2.16 preservando. Paulo está preocupado com a fidelidade dos próprios filipenses ao evangelho de Jesus Cristo (1.27; 2:1-5).

a palavra da vida. Refere-se tanto ao evangelho como aos ensinamentos éticos nele fundamentados (1.27; 4.8,9).

eu me glorie. Paulo, no “Dia de Cristo” (1.10, cf 1.6), terá mais satisfação pelo crescimento espiritual dos filipenses do que pelo seu próprio (1.9-11).

* 2.17 mesmo que seja eu oferecido. Paulo não se refere aqui ao seu sofrimento presente mas à possibilidade de vir a morrer como um mártir.

libação. Uma oferta líquida, normalmente vinho e não sangue, que acompanhava sacrifícios.

sacrifício e serviço da vossa fé. Donativos dos filipenses para Paulo (4.10-20).

alegro-me e... me congratulo. O sofrimento, para o apóstolo, pode produzir alegria. Assim também os filipenses devem agir (v. 18).

* 2.21 seu próprio. Esse versículo é como um eco do pensamento expresso no v. 4. A vida de Timóteo é um modelo da humildade a que Paulo conclama os seus leitores e uma imagem da humildade do próprio Cristo (vs. 5-11)

* 2.22 como filho ao pai. Timóteo era um íntimo cooperador de Paulo na causa de Cristo, de quem ambos eram servos (1.1). Como um servo de Cristo, Timóteo cuidará com sinceridade do bem estar de outros (v. 20).

*

2.23 é quem espero enviar. Em meio a circunstâncias difíceis (1.29,30), com a possibilidade de um julgamento próximo inclusive, Paulo precisa de uma pessoa do caráter de Timóteo. Nos vs. 23,24, Paulo expressa a mesma confiança registrada em 1:19-26.

* 2.24 no Senhor. Os planos que dizem respeito a Timóteo e a Paulo são submetidos à vontade divina (v. 19).

* 2.25 Epafrodito. Esse companheiro de trabalho de Paulo é, assim como Timóteo, digno de honra. A exemplo de Timóteo e do próprio Jesus, ele é uma pessoa dedicada às outras. Obedece a Cristo apresentando-se como servo para outros crentes, sejam esses os filipenses (4,18) ou Paulo, por quem arrisca a sua própria vida (vs. 26,27,30).

*

2.26 angustiado. Assim age Epafrodito, menos preocupado com sua doença do que com o efeito dessa notícia sobre os filipenses.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30
2.1-5 Muitas pessoas, inclusive cristãos, vivem sozinho para dar uma boa impressão a outros ou para satisfazer-se a si mesmos. Mas a "luta ou vangloria" traz discórdias. Paulo, entretanto, enfatiza a unidade espiritual, pedindo aos filipenses amar-se uns aos outros e trabalhar juntos com um coração e um propósito. Quando trabalhamos juntos, suportando os problemas de outros como se fossem nossos, demonstramos o exemplo de Cristo que põe primeiro a outros e experimentamos a unidade. Não se concentre em deixar uma boa impressão ou em satisfazer-se a si mesmo de modo que afete sua relação com outros na família de Deus.

2:3 A ambição pode arruinar uma igreja, mas a humildade genuína pode edificá-la. Ser humilde significa ter uma clara perspectiva de nós mesmo (veja-se Rm 12:3). Isto não significa que devamos nos derrubar. Ante Deus somos pecadores, salvos solo pela graça de Deus; mas somos salvos e portanto, temos grande valor no reino de Deus. Devemos apartar o egoísmo e tratar a outros com respeito e cortesia. Considerar os interesses dos outros como mais importantes que os nossos une a Cristo, que foi o verdadeiro exemplo de humildade.

2:4 Filipos era uma cidade cosmopolita. A composição da igreja refletia grande diversidade, com uma variedade de pessoas, com trasfondo e formas de vida diferentes. Feitos 16 nos dá algumas indicações deste diversos conjunto da igreja. Esta incluía a Luta, uma convertida judia da Ásia e próspera mulher de negócios (At 16:14), a moça pulseira (At 16:16-17), provavelmente nativa da Grécia; e o carcereiro que servia nesta colônia do império, talvez romano (At 16:25-36). Com tantos diferentes trasfondos entre seus membros, deveu ter sido difícil manter a unidade. Embora não há evidências de uma divisão notável na igreja, a unidade foi protegida (At 3:2; At 4:2). Paulo nos anima a estar alertas contra qualquer egoísmo, prejuízo ou zelo que possa conduzir a uma dissensão. Mostrar interesse genuíno em outros é uma maneira positiva de manter a unidade entre os crentes.

2:5 Jesucristo era humilde, disposto a negar seus direitos, a fim de obedecer a Deus e servir às pessoas. Como Cristo, devemos ter uma atitude de servo e servir por amor a Deus e a outros, não por temor ou sentimentos de culpa. Recorde, você pode escolher sua atitude. Pode aproximar-se esperando ser servido ou pode procurar a oportunidade de servir a outros. Veja-se Mc 10:45 para aprofundar mais na atitude cristã de servo.

2.5-7 A encarnação foi o ato de preexistência do Filho de Deus, que voluntariamente adotou um corpo e uma natureza humanos. Sem deixar de ser Deus, converteu-se em um ser humano, o homem chamado Jesus. Não renunciou a sua deidade para converter-se em humano, mas sim deixou a um lado o direito a sua glória e seu poder. Em submissão à vontade do Pai, limitou seu poder e seu conhecimento. Jesus do Nazaret estava sujeito a lugar, tempo e a muitas outras limitações humanas. O que fez única sua humanidade foi sua liberdade do pecado. Em sua completa humanidade, Jesus nos mostrou tudo o que pode expressar-se, em termos humanos, relacionado ao caráter de Deus. A encarnação é explicada com amplitude nestas passagens: Jo 1:1-14; Rm 1:2-5; 2Co 8:9; 1Tm 3:16, Hb 2:14 e 1Jo 1:1-3.

2.5-11 Estes versículos são possivelmente de um hino que se cantava na igreja primitiva. A passagem apresenta vários paralelos com a profecia do servo sufriente no Isaías 53. Como hino, não significa que fora uma declaração completa da natureza e obra de Cristo. Entretanto, várias características chave do Jesucristo se deduzem desta passagem: (1) existiu sempre com Deus; (2) é igual a Deus porque é Deus (Jo 1:1ss; Cl 1:15-19); (3) embora seja Deus, converteu-se em homem para cumprir o plano divino de salvação para a gente; (4) não só tinha aparência de homem, em realidade se converteu em homem para identificar-se com nossos pecados; (5) voluntariamente se despojou de seus direitos divinos, privilégios e posição, mais à frente do amor de seu Pai; (6) morreu na cruz por nossos pecados, para que não tivéssemos que enfrentar a morte eterna; (7) Deus o glorificou por sua obediência; (8) Deus o levantou sua posição original à mão direita do Pai, de onde reinará por sempre como nosso Senhor e Juiz. O que podemos fazer menos que lhe adorar e consagrar nossas vidas a seu serviço?

2.5-11 Com freqüência a gente desculpa seu egoísmo, orgulho ou maldade, reclamando seus "direitos". Pensam: "Posso fazer armadilha neste exame, depois de tudo mereço passar de grau" ou "Posso gastar todo este dinheiro, para isso trabalho", ou "Posso abortar, tenho direito a controlar meu próprio corpo". Mas como crentes devemos ter uma atitude diferente, que nos permita pôr a um lado nossos direitos pelo bem de outros, a fim de lhes servir. Se dissermos que seguimos a Cristo, também devemos dizer que queremos viver como O viveu. Devemos desenvolver sua atitude humilde, embora não recebamos reconhecimento por nosso esforço. aferra-se você a seus direitos em forma egoísta ou está disposto a servir?

2:8 A morte na cruz (crucificação) era a forma de castigo capital que os romanos usavam contra os criminosos notórios. Era extremamente dolorosa, humilhante. Os prisioneiros eram cravados ou atados à cruz e abandonados até morrer. A morte podia prolongar-se por vários dias e pelo general vinha por sufocação, quando o peso do corpo debilitado fazia cada vez mais e mais dificultosa a respiração. Jesus morreu como um maldito (Gl 3:13). Que admirável é pensar que o homem perfeito deveu morrer na forma mais vergonhosa, para que não tenhamos que enfrentar o castigo eterno!

2.9-11 No julgamento final, até aqueles que sejam condenados reconhecerão a autoridade do Jesus e seu direito a governar. A gente pode escolher agora ao Jesus como Senhor como um passo de amor e compromisso voluntário, ou ser forçados a reconhecê-lo como Senhor quando retornar. Cristo pode retornar em qualquer momento. Está preparado para recebê-lo?

2:12 "portanto" une este versículo à seção anterior. "lhes ocupe em sua salvação", à luz da exortação precedente sobre a unidade, pode significar que toda a igreja trabalhou unida para desfazer-se das divisões e as discórdias. Os cristãos filipenses precisavam ser cuidadosos em sua obediência a Cristo, agora que Paulo já não estava com eles para lhes recordar continuamente o que era correto. Nós também devemos tomar cuidado com o que acreditam e com nossa maneira de viver, sobre tudo quando estamos por nossa própria conta. Em ausência de líderes protetores, devemos pôr nossa atenção e devoção, muito mais, em Cristo, de maneira que não nos apartemos.

2:13 O que devemos fazer quando não sentimos obedecer? Deus não nos deixou sozinhos em nossos conflitos para fazer sua vontade. O quer vir a nosso lado e estar conosco para nos ajudar. O nos ajuda a querer lhe obedecer e logo nos dá o poder para fazê-lo. O segredo para trocar nossas vidas é nos submeter a seu controle e lhe deixar atuar em nós. A próxima vez lhe peça a Deus que lhe ajude a querer fazer sua vontade.

2:13 Para ser como Cristo, devemos nos condicionar a pensar como O. Para trocar nossos desejos, a fim de que sejam como os de Cristo, necessitamos o poder da presença do Espírito (1.19), a influência de cristãos fiéis, a obediência à Palavra de Deus (não só estar exposta a ela) e o serviço sacrificial. Com freqüência, é no fazer a vontade de Deus que ganharemos o desejar fazê-la (veja-se 4.8, 9). Faça o que A deseja e confie em que trocará seus desejos.

2.14-16 por que é tão daninho lamentar-se e discutir? Se a gente se inteira de que os membros de uma igreja sempre discutem, lamentam-se e murmuram, obterão uma impressão falsa de Cristo e do evangelho. A crença em Cristo devesse unir a todos aqueles que confiam no. Se sua igreja quase sempre está discutindo e lamentando-se, perde o poder unificador do Jesucristo. Deixe de discutir ou de lamentar-se dentro da igreja quanto a pessoas e condições e permita que o mundo veja cristo.

2.14-16 Nossas vidas devessem caracterizar-se por sua pureza, sua paciência e sua pacificação, de maneira que resplandeçamos como "estrelas" em um mundo de trevas e depravação. Uma vida transformada é um testemunho efetivo do poder da Palavra de Deus. Brilha sua luz ou está opacada pela discussão e o lamento? Resplandeça para Deus.

2:17 A libação era uma parte importante do sistema de sacrifícios dos judeus (para uma explicação, veja-se Nu 28:7). devido a que a igreja tinha um pequeno trasfondo judeu, a libação pode referir-se ao vinho derramado às deidades pagãs em acontecimentos públicos importantes. Paulo considera sua vida como um sacrifício.

2:17 Embora Paulo tivesse que morrer, estava contente, sabendo que tinha sido de ajuda aos filipenses para que vivessem por Cristo. Quando você está totalmente consagrado ao serviço de Cristo, o sacrifício de edificar a fé de outros é uma recompensa que o cheia de regozijo.

2:19 Quando Paulo escreveu esta carta, Timoteo se achava com ele em Roma. Também o esteve em sua segunda viagem missionária, quando se estabeleceu a igreja do Filipos. Para maior informação sobre o Timoteo, veja-se seu perfil em 1 Tmmoteo.

2:21 Paulo observou que muitos cristãos estavam muito preocupados em suas necessidades para investir tempo em trabalhar por Cristo. Não permita que sua agenda e suas preocupações não deixem espaço para seu serviço cristão e seu amor por outros.

2:22 Assim como um operário habilidoso treina a um aprendiz, Paulo preparou ao Timoteo para que continuasse o ministério em sua ausência. De quem está você aprendendo para fazer a obra de Deus? Para mais informação veja o perfil do Timoteo em 1 Tmmoteo.

2:23 Paulo estava na prisão (esperando seu julgamento ou seu veredicto) por pregar a Cristo. Dizia aos filipenses que tão logo soubesse a decisão da corte, enviaria ao Timoteo com as notícias, mas que estava disposto a aceitar o que viesse (1.21-26).

2:25 Epafrodito entregou o dinheiro da igreja no Filipos ao Paulo, logo retornou com uma carta de agradecimento. Epafrodito pôde ter sido um ancião no Filipos (2.25-30; 4.18), quem, enquanto esteve com o Paulo, adoeceu-se (2.27, 30). depois de recuperar-se, retornou a seu lar. Solo se menciona no Filipenses.

2.29, 30 O mundo honra a aqueles que são inteligentes, formosos, ricos e poderosos. Que classe de pessoas deveria honrar a igreja? Paulo indica que deveria honrar-se a aqueles que dão sua vida pela causa de Cristo, indo aonde não podemos ir nós mesmos. Nossos missionários fazem isto ao ir a ministrar onde não somos capazes de ir.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30
B. Unidos em Cristo (2: 1-18)

1 Portanto, se há alguma exortação em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão do Espírito, se alguns entranháveis ​​afetos e compaixões, 2 a plena a minha alegria, que sois da mesma opinião, tendo o mesmo amor, sendo de um acordo, de uma mente; 3 fazendo nada por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo; 4 não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para as coisas dos outros . 5 Tende em vós, que houve também em Cristo Jesus, 6 o qual, subsistindo em forma de Deus, não contou o ser em pé de igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, 7 mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de um servo, tornando-se em semelhança de homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, sim, a morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que está acima de todo nome; 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, de coisas nos céus e as coisas na terra e as coisas debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

12 Assim, pois, meus amados, assim como sempre obedecestes, não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o vai e para o trabalho, a sua boa vontade. 14 Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas: 15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo, 16 retendo a palavra da vida; que eu possa ter de que se gloriar no dia de Cristo, que eu não corri em vão, nem o trabalho em vão. 17 Sim, e se me for oferecido sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, eu alegria e regozijo com todos vós : 18 e da mesma maneira fazei vós também e regozijai-vos comigo.

1. Motivação (2: 1-11)

1. A Irmandade do Espírito (Fp 2:1)

Outro motivo para a unidade é a sua afeição por Paulo. Não só vai entristecer o Espírito e quebrar a comunhão, mas vai ser um fardo doloroso para Paulo ver a Igreja brigando. Assim, ele defende com uma mistura de afeto dos pais e autoridade apostólica que implementar e cumprir a sua profunda alegria espiritual neles. Eles podem fazê-lo apenas por ser mesmo sentimento. Diversas vezes no livro de Atos, afirma-se que os discípulos eram "de comum acordo". Esta foi a condição de Pentecostes e das muitas respostas à oração que se lhe segue. Esta foi a condição que levou à proclamação do decreto de Jerusalém (At 15:1)

No clímax do seu apelo Paulo visa promover a unidade, exortando seus leitores a contemplar Cristo. Cristo não procuram explorar suas vantagens; também Cristo não agradou a si mesmo (Rm 15:3 ). Para ter a "mente de Cristo" significa ter a mesma disposição que Jesus tinha. Enquanto um cristão não pode sofrer pelos pecados dos outros, como o fez Jesus, ele pelo menos pode ter a atitude do Mestre e disposição. Ele pode ser movido pelos mesmos motivos e sujeitos à mesma disciplina do Espírito. O que é sobre Jesus 'auto-esvaziamento que se através da graça pode emular?

(1) Humildade

O cristão deve estar disposto a abrir mão de seu status se os mandados de ocasião. Jesus não acho que estar em pé de igualdade com Deus era uma coisa que deve ser aproveitada, agarrou, ou retido. Estatuto de Jesus era inconteste e seguro, mas ele não zelosamente se agarrar a ela. Ele não tinha medo de livrar-se dele, pelo menos temporariamente. Ele não ficou em cima de seus próprios direitos. Ele fez mais do que o Call of Duty exigiu. Ele esvaziou a si mesmo; isto é, ele despojou-se de muitas prerrogativas divinas que tinha como Deus. Estes incluíram onipresença, onisciência e onipotência.

(2) Serviço

A partir da semelhança interna ou a natureza de Deus, Jesus já assumiu a natureza interna ou forma (morphe) de um escravo (doulos ). Não é de estranhar que Paulo não estava hesitante sobre chamando a si mesmo um escravo quando ele acreditava que Jesus tornou-se um escravo. Os escravos eram muito numerosos no império romano. A posse de um escravo era um símbolo de status. Às vezes, os escravos eram mais virtuosa e mais inteligente do que seus mestres. Ser escravo, portanto, não tanto denotar inferioridade intrínseca como fez inferioridade parente ou inferioridade de status e privilégio. Este foi inesquecivelmente ilustrado quando Jesus tomou uma toalha e cingiu-se e exerceu as funções de um escravo, lavando os pés dos seus discípulos (Jo 13:1)

1. Ser co-trabalhadores com Deus (Fp 2:12 , 13)

Tendo em vista o exemplo de Cristo, Paulo volta novamente para seus amados leitores e faz o apelo pessoal. É um apelo com base em sua lealdade e obediência a ele no passado. Ele agora exorta-os a ser coerente com esse álbum e continuar a obedecer a sua admoestação mesmo na sua ausência como eles tinham no início de sua presença. Paulo não está dizendo que eles deveriam trabalhar duro a fim de ser salvo; ele simplesmente significa que eles devem fazer estudo diligente realizar em práticas que vivem as implicações da graça salvadora que eles experimentaram.

No aparente paradoxo aqui nos versículos 12:13 de um comentarista observou:

Para "exercitar-se" o próprio bem-estar eterno ou a salvação não significa que o homem pode ou deve trabalhar e realizá-lo a si mesmo, pois Deus faz isso (v. Fp 2:13 ); mas que o crente deve terminar, deve levar à conclusão, deve aplicar-se às suas consequências mais completos que já é dado por Deus no princípio. O crente é chamado a auto-atividade, para a busca ativa da vontade de Deus, para a promoção da vida espiritual em si mesmo. ... Ele deve "trabalhar fora" o que Deus em Sua graça tem "trabalhado em". ... Este poderoso obra interior de Deus afeta tanto a vontade eo trabalho. ... o querer eo fazer é o fruto do trabalho de Deus na vida do crente. ... onde Ele, na execução de sua boa vontade, é poderosamente no trabalho no crente para com a sua salvação, este ao mesmo tempo, também exige a auto-atividade do homem, na elaboração de que a salvação para Sua honra e glorificação.

b. Seja Blameless (2: 14-15)

O apóstolo está ansioso que seus convertidos torneis irrepreensíveis (amemptos ). Este foi o termo usado na Septuaginta em Gn 17:1 ).

Esta constância e forma irrepreensível de vida será a vindicação supremo da vida e trabalhos do apóstolo. Mesmo se ele perder a sua vida como uma oferta de bebida derramada (ASV), ele não vai sofrer. Não há auto-piedade mórbida aqui por parte do apóstolo, mas sim a alegria de perceber que o seu investimento é justificado pelos resultados, que a sua fé é vindicada. Todo homem como ele enfrenta sua morte, gosta de considerar se sua vida tem sido valha a pena, se o seu investimento pagou dividendos. Os valores que Paulo premiadas não eram dinheiro, nem o seu pedido de fama, nem seus escritos, mas sim estes cidadãos, cuja participação no Reino era seu privilégio de promover.

3. Vindication do ministério de Paulo (2: 16-18)

1. Sejam perseverantes na Palavra de Vida (Fp 2:16)

Até o dia de Cristo Paulo tem referência à Segunda Vinda, a parusia . Como os profetas do Antigo Testamento aguardavam o "dia do Senhor", que significa um dia de juízo, de castigo divino (por exemplo, Os 2:11 ), de modo que o Novo Testamento apóstolos e profetas aguarda com expectativa o dia da reaparição de Cristo (1Ts 5:2 ). Na verdade, a "perseverança final" destes santos serão a vindicação final do ministério de Paulo. Por outro lado, se eles não perseverar até o fim, trabalhos de Paulo terá sido em vão. Na confiança de que eles vão perseverar Paulo se regozija pela fé na antecipação da vitória final, quando eles se alegrarão juntos em sua salvação Ct 1:1)

19 Mas eu espero no Senhor Jesus enviar-vos em breve Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, quando eu sei que seu estado. 20 Porque não tenho homem igual sentimento, que vai cuidar verdadeiramente para seu estado. 21 Para todos eles procurar os seus próprios, e não as coisas de Jesus Cristo. 22 Mas sabeis que provas dele, que, como uma criança serve um pai, para que ele serviu comigo a favor do evangelho. 23 A este, pois, espero enviar imediatamente, de modo Assim que eu tenha visto como há de ser o me: 24 mas eu confio no Senhor que também eu mesmo em breve irei.

Timóteo, que se juntou com Paulo em enviar esta carta (Fp 1:1)

25 Mas eu contei necessário enviar a você Epafrodito, meu irmão e companheiro de trabalho e companheiro de lutas, e seu mensageiro e ministrar a minha necessidade; 26 porquanto ele tinha saudades de vós todos, e estava angustiado por terdes ouvido que ele estava doente: 27 de fato esteve doente e quase à morte, mas Deus teve misericórdia dele; e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. 28 eu o envio com mais urgência, para que, quando vos vê-lo outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza . 29 Recebei-o, pois, no Senhor com toda a alegria; e mantenha tal em homenagem: 30 porque pela obra de Cristo chegou quase à morte, arriscando a sua vida para suprir o que faltava em seu serviço para mim.

Parece estranho que Paulo iria achar que é necessário introduzir Epaphroditus durante algum tempo, quando foi ele quem trouxe da igreja de Colossos um presente para Paulo. Aparentemente Paulo aproveitou a ocasião para expressar seu apreço Epaphroditus e, consequentemente, a sua gratidão à igreja. Ele é referido aqui como Paulo de "irmão, companheiro de trabalho e soldado" (NEB). Depois de entregar o amor oferta dos filipenses ele permaneceu com Paulo por algum tempo. Durante esta estadia em Roma Epaphroditus foi acometido de uma doença tão grave que, por um tempo, sua vida estava em perigo. Sua saúde restaurada, ele logo estaria a caminho de casa com este precioso documento expressivo de gratidão e amor do Apóstolo. Antes de terminar com estas felicitações, Paulo pensou em algumas exortações para incluir em sua carta. Podemos estar feliz que ele incluiu-os, pois eles estão entre as declarações mais importantes na epístola.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30
Tanto as circunstâncias como as pessoas podem nos trazer prova-ções que tiram nossa alegria. Mui-tas vezes, perdemos a paz e a ale-gria por causa do que as pessoas fazem ou falam. O melhor remédio para essas situações é ter a mente submissa, humilde e que procura apenas honrar a Cristo. A humil-dade traz paz e alegria, enquanto o orgulho traz muita inquietação e contenda (leiaTg 4). Paulo apresen-ta quatro exemplos para que consi-gamos ter mente submissa.

  1. O exemplo de Cristo (2:1-11)

Essa passagem sugere que havia de-sunião na igreja filipense (veja tam-bém 4:1-3). Paulo apela para a expe-riência cristã dos filipenses, a fim de que alcancem a união de coração e de mente e ponham os outros antes de si mesmos. O que motiva a união na igreja? Cristo é o maior incenti-vo para isso, pois, se estamos nele, temos de ser capazes de viver uns com os outros! Outros incentivos para isso são: o amor, a comunhão do Espírito, os desejos entranhados que temos em Cristo e a alegria que podemos oferecer aos outros. Pau-lo adverte que não pode haver en-tre os filipenses a mesma discórdia e ambição egoísta que há entre os crentes romanos (1:14-1 7). A mente submissa é aquela que tem "humil-dade" e pensa em Cristo e nos ou-tros, não em si mesma. "Humildade não é pensar em nós mesmos como inferiores, mas apenas não pensar em nós mesmos de forma alguma." Paulo aponta para a atitude de Cristo antes de sua encarnação. Ele tentou se agarrar a seus privilégios de Deus de forma egoísta? Não, absoluta-mente! Ele deixou de boa vontade sua glória de lado e "assumiu" a for-ma de servo. Ele não deixou de ser Deus, mas abriu mão de sua glória e do livre uso de seus atributos. Sua vida na terra, como Deus-Homem, estava totalmente sujeita ao Pai. "Eu faço sempre o que lhe agrada" (Jo 8:29). Jesus humilhou-se ao fazer-se carne e ao fazer-se pecado quando, de livre e espontânea vontade, foi para a cruz.

Todavia, a experiência de Cristo prova que à humilhação sempre se segue a exaltação. Em1Pe 5:6, é feita‘a seguinte pro-messa: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte". A pessoa que se exalta será humilhada (Lc 14:11). Lembra-se do que aconteceu com o faraó, o rei Saul, Nabucodonosor, Hamã e Herodes? Adoramos ao Senhor exaltado que está sentado no trono do universo, não o "bebê na man-jedoura" ou o "sacrifício na cruz". A vida, a morte e a ressurreição de Cristo provam de forma irrefutável que para ser exaltado é necessário humilhar-se diante de Deus. Não há alegria nem paz no orgulho e no egoísmo. Temos alegria e paz que apenas Cristo pode nos dar quan-do possuímos uma mente submissa como a que ele tinha.

  1. O exemplo de Paulo (2:12-18)

Sempre há sacrifício e serviço onde houver uma mente submissa. Isso foi verdade para Cristo (vv. 7-8), Paulo (v. 1 7), Timóteo (vv. 21-22) e Epafro- dito (v. 30). A mente sincera leva à submissão: vivemos para os outros quando tentamos viver para Cristo. Como isso foi verdade na vida de Paulo! O segredo disso? Permitir que Deus opere em você. A humildade e a dedicação vêm do interior pelo poder do Espírito; a carne não pode "desenvolver" essas atitudes. Deus usa a Palavra (1Co 2:13), o Espírito (Ef 3:16,Ef 3:20-49; 1Co 4:1 1Co 4:5 1Co 4:7.) Timóteo, como Pau-lo, vivia para os outros, não para si mesmo. Muitos cristãos vivem da forma descrita emFp 2:21, em vez da apresentada em Filipen-ses 1:21! Timóteo era ajudante e re-presentante de Paulo e provou ser fiel ao Senhor. Ele, embora fosse jo-vem, sabia como servir a Cristo e es-tava disposto a sacrificar-se por ele.

Paulo deixou Timóteo ficar em casa por cinco ou seis anos a fim de que amadurecesse, em vez de chamá-lo de imediato. Timóteo já tinha um bom testemunho de ser-viço em casa quando Paulo agre-gou-o à sua equipe missionária (At 16:2; 1Tm 3:6-54). É perigoso dar, de imediato, tarefas importantes aos novos cristãos.

  1. O exemplo de Epafrodito (2:25-30)
  2. Ele era um cristão equilibrado (v. 25)

Ele era um irmão, o que quer dizer que conhecia a comunhão do evan-gelho; um cooperador no trabalho, o que o liga ao crescimento do evan-gelho; e um companheiro de lutas, significa que sabia como combater pela fé do evangelho. É muito fácil os cristãos perderem o equilíbrio! Alguns cristão não têm tempo de ganhar almas ou de combater o inimigo, pois pensam apenas no com-panheirismo, na comunhão. Outros se envolvem tanto no serviço que es-quecem da comunhão. Marta come-teu esse erro (Lc 10:38-42). Outros ainda lutam tanto que negligenciam a comunhão e o serviço. Precisamos ser cristãos equilibrados.

  1. Ele era um cristão angustiado (vv. 26-27)

Ele tinha a mente submissa e pensava nos outros, não em si mesmo. Ele se angustiava com Paulo e com a igreja de Filipos, embora estivesse doente e quase tivesse morrido. Precisamos de mais cristãos que se preocupem também com a igreja local, não ape-nas com missões no estrangeiro.

  1. Ele era um cristão abençoado (vv. 28-30)

Epafrodito foi uma bênção e tanto para Paulo! Como Epafrodito, à me-dida que oravam e trabalhavam jun-tos, deve ter encorajado Paulo na-quele momento difícil. Ele também era uma bênção para sua igreja. Ele possibilitou que os filipenses com-partilhassem do importante ministé-rio de Paulo. Além disso, Epafrodito é uma bênção para nós! Séculos de-pois, eis-nos aqui a estudar seu ca-ráter e a nos beneficiar de sua vida e de seu ministério!

Devemos honrar da forma certa os servos fiéis de Cristo. Paulo admo-esta: "Recebei-o, pois, no Senhor". Veja I Tessalonicenses 5:12-13. A expressão "homens como esse" (v. 29) não contradiz de forma alguma a do versículo 2:7, "a si mesmo se esvaziou". O sentido literal da fra-se Dt 2:7 é que Cristo esvaziou-se a si mesmo. Paulo fala para a igreja demonstrar a honra devida ao líder dela, porque ele pôs em risco a pró-pria vida (v. 30, "não fazendo caso da vida" [ARC]) em favor do serviço deles para Paulo.

Como vemos de forma distin-ta o exercício da mente submissa, da mente de Cristo! Embora a Pa-lavra ensine que o único caminho para o alto seja o da sujeição, nós, como andamos pela visão, pensa-mos que humilhar a nós mesmos quer dizer perder. Deus exaltou muitíssimo Cristo, pois este tinha mente submissa. Paulo, Timóteo e Epafrodito tinham mente submis-sa e foram honrados por seu sa-crifício e por seu serviço. A men-te submissa, a mente de Cristo, é o melhor caminho para vencer as pessoas e o orgulho. E apenas conseguimos esse tipo de mente quando permitimos que o Espírito e a Palavra operem em nossa vida (vv. 12-13).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30
2.1 Se há. Melhor tradução. "visto que há". Comunhão. lit. participação (1Co 6:19; 1Co 12:13). Entranhados (Cl 3:12). As entranhas eram consideradas a sede das emoções.

2.5 Cristo é o maior incentivo para a humildade, autonegação e amor.
2:6-11 Paulo, nesta passagem, cita um hino primitivo provavelmente traduzido do aramaico. Subsistindo em forma. Cristo era a imagem e glória de Deus. É uma clara afirmação da deidade de Cristo.

2.6 Como usurpação. Destaca o contraste entro o primeiro Adão e o Segundo (Cristo). Adão, desejando ser "como Deus" (Gn 3:5), quis usurpar esse lugar através da sua desobediência. Cristo, já existindo em forma de Deus, em vez de explorar a sua posição, escolheu o caminho da humilhação que O levou até à horrível morte de cruz, sendo, por isso, proclamado Senhor.

2.7 Si... se esvaziou. Ele não renunciou os atributos divinos de onisciência, onipresença, mas assumiu a forma de um servo e ocultou sua glória natural (conforme Jo 17:5, Jo 17:24 com Lc 9:32. Sua humilhação, evidente na vida toda, atingiu seu ponto culminante na morte.

2.9 Exaltou sobremaneira. A ressurreição e exaltação do Senhor é a resposta do Pai à sua obediência filial; é o "amém" do Pai ao "está consumado" do Filho. O nome supremo é Senhor (gr kurios), usado na LXX para traduzir Javé no AT. Indica que a Cristo é concedido o lugar supremo de autoridade e majestade à mão direita de Deus (Mt 28:18; Jo 17:2).

2.12,13 Desenvolvei a vossa salvação. O contexto indica que Paulo fala do problema de divisão e contenda na igreja. "Salvação" teria aqui o sentido de "saúde espiritual da igreja". O espírito de harmonia é o resultado da obra de Deus.

2.15 Luzeiros. A figura parece ser de estrelas brilhando no céu escuro (conforme Ez 12:3 e Mt 5:14-16). O contraste no comportamento dos cristãos em distinção do mundo é semelhante a Cristo enquanto viveu na terra (Jo 1:9; Jo 8:12; Ef 5:8).

2.16 Palavra da vida. É frase sinônima para "o evangelho" que nós, como aquele que leva uma tocha, devemos segurar firmemente.

2.17 Libação. A possibilidade de Seu sangue ser vertido em

morte violenta é comparada à libação de vinho ou perfume despejado nos ritos pagãos de sacrifício. Os donativos dos filipenses para Paulo são aqui o sacrifício... da vossa fé.

• N. Hom. 2:19-23 Timóteo, homem único.
1) Em sentimento superior a todos (conforme 4.8).
2) Em cuidado para com os outros - genuíno , (conforme 1Tm 1:2, onde o gr genesios é traduzido "verdadeiro"; 2Co 11:28).
3) Em ambição - somente Cristo (conforme Mt 6:33).
4) Em caráter -provado (conforme 1.10; 2Tm 2:15).
5) Em serviço - imitador de Paulo (3.17, 1Co 4:17).

2.26 Angustiado (gr ademonõn). Palavra usada, para descrever a agonia do Senhor no Getsêmani (Mt 27:37; Mc 14:33).

2.30 Se dispôs a dar a própria vida. Lit. "jogou com a sua vida". Paulo usa a figura do soldado que num jogo ou combate oferece voluntariamente a sua vida.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30

2) Súplica por unidade (2:1-4)
A unidade que Paulo anseia ver na vida e no serviço dos filipenses exige verdadeira humildade e o deixar de lado todo interesse egoísta. Para comover o coração deles, ele alude à riqueza espiritual e ao carinho que eles têm por ele pessoalmente. v. 1,2. Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, incluindo o contentamento compreensivo do Senhor para com o sofrimentos deles, alguma exortação de amor, e o amor deles os encorajava a atender ao desejo de Paulo, alguma comunhão no Espírito, algum compartilhamento uns com os outros do qual o Espírito é tanto o segredo quanto o poder (conforme 2Co 13:14), alguma profunda afeição e compaixão, e ele bem sabia que os filipenses tinham esses sentimentos por ele, Paulo conclui: completem a minha alegria. Em 1.4, ele já havia falado da alegria que tinha neles. Agora ele pede somente um último ingrediente para que o seu copo se encha. Isso eles vão lhe conceder ao serem um no modo de pensar, um no amor, um em espírito, e um na atitude.

v. 3. A ambição egoísta e a vaidade só vão nutrir a dissensão incipiente dos filipenses. Os passos positivos que devem dar para a unidade são: (1) humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. A humildade é o reconhecimento da nossa verdadeira pequenez como aqueles que são totalmente dependentes de Deus. Considerar os outros superiores a nós mesmos é ilustrado vividamente em 1.25, na preferência que Paulo tem pela alegria dos filipenses à alegria dele mesmo. (2) Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros (v. 4). Cuidar dos interesses dos outros mais do que dos próprios é algo inteiramente contrário ao espírito deste mundo, descrito tão claramente em Sl 49:18: “Todos o elogiam, pois você está prosperando”.


3) A mente de Cristo: humilhação e exaltação (2:5-11)

O apóstolo agora mostra que o exemplo supremo dessa atitude mental, esse cuidar dos interesses dos outros, é a auto-humilhação de Cristo. Ao fazer isso, ele mostra de forma sublime o desdobramento do fato tremendo da encarnação, e o faz em forma do que tem sido reconhecido amplamente como um hino cristão primitivo acerca da humilhação e da exaltação de Cristo (v. 6-11). Essa interpretação do texto é baseada, entre outras considerações, na sua estrutura poética e no substrato lingüístico semítico; talvez ele tenha existido em aramaico antes de se tornar conhecido na versão grega. Isso não exclui a possibilidade de que Paulo tenha sido o seu autor; se foi, ele incorporou, para o propósito da presente argumentação, uma composição anterior sua nesse ponto. Em todo caso, o hino pode bem ser a afirmação mais antiga remanescente da divisão tríplice da carreira de Cristo: a preexistência, a vida na terra e a subseqüente exaltação. Com relação à segunda e à terceira fase, o hino parece estar fundamentado no quarto Canto do Servo de Isaías (Is 52:13-23, na LXX, e em outro texto do NT somente em Ap 21:11, “brilho”) sugere o brilho celestial do seu testemunho num mundo de escuridão espiritual (v. 15). Esse testemunho serve para reter firmemente a palavra da vida. Como resultado, o próprio Paulo vai exultar quando Cristo vier por não ter corrido [...] inutilmente (v. 16). Eles serão, então, a alegria dele (conforme 4.1; lTs 2.19,20).

Os v. 17,18 fornecem um vislumbre impressionante da mente de Cristo em Paulo. De forma muito humilde, ele compara a sua própria morte, que certamente pode acontecer a qualquer momento, com uma oferta derramada, em que ele vai ser derramado como oferta de bebida sobre o serviço que provém da fé que vocês têm (como em 2Tm 4:6), sobre a entrega que eles fizeram de si mesmos a Deus como holocausto (sacrifício queimado), como em Rm 12:1. Assim como a oferta de bebida era complementar ao holocausto (v. Nu 15:10; Nu 28:7), Paulo confere a honra maior a eles, pois está disposto a que o seu sacrifício supremo seja contado para crédito deles, e não para o seu próprio. Para ele, isso será alegria completa, e ele lhes aconselha que aceitem isso com alegria semelhante.

Timóteo nos fornece um segundo exemplo da manifestação da mente de Cristo (v. 19-24). Ao revelar o seu propósito de lhes enviar o seu discípulo e companheiro, para que também se sinta animado e encorajado pelas notícias que Timóteo vai trazer depois, Paulo presta uma homenagem afetuosa ao seu colega, v. 20. Não tenho ninguém como ele-. outras interpretações possíveis de isopsychos (lit. “de alma igual”) são que Paulo não tem ninguém que esteja tão sintonizado na mesma opinião com ele, ou (à luz das palavras seguintes, tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês) que esteja tão sintonizado na mesma opinião com os filipenses. A formulação da NVI sugere que no círculo limitado dos que estavam disponíveis na época não havia ninguém que possuía o cuidado genuíno que Timóteo tinha pelo bem-estar deles. Em vez disso, todos buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo e, portanto, também não os do seu povo. Timóteo já provou o seu valor, como os filipenses já sabem, ao servir com Paulo em sintonia moral e espiritual. Mas, mesmo enviando Timóteo, Paulo deseja ele mesmo seguir mais tarde. A sua confiança é grande na esperança de que vai ser liberto, e isso para o bem-estar deles.

A terceira dessas nobres personagens é Epafrodito. Ele foi o emissário que levou as ofertas enviadas pela igreja de Filipos a Paulo, e essa missão quase lhe custou a vida. Não importa se a sua enfermidade foi contraída na viagem ou depois da chegada a Roma, o fato é que foi tão severa que as notícias disso causaram apreensão em Filipos. Então quando Epafrodito descobre em Roma o conhecimento que eles têm da sua enfermidade, longe de ser confortado, para não dizer jubiloso, pela atenção que é dirigida a ele, fica ainda mais aflito por eles terem essa preocupação com ele. Assim, por causa deles, Paulo lhes envia Epafrodito novamente e o encarrega de levar essa preciosa carta. Ele o chama meu irmão, da mesma família de Deus, e cooperador, na labuta pelo mesmo Senhor, e companheiro de lutas, na batalha pela fé, e mensageiro que vocês enviaram e ministro (leitourgos, originariamente um funcionário público, mas usado com relação ao trabalho a Deus e às pessoas, e aqui transmitindo a idéia de uma tarefa não tanto pessoal, mas representativa). Nesses títulos para Epafrodito, Paulo expressa sua real apreciação pela sua vinda e ministração ao apóstolo, e também o recomenda aos filipenses no seu retorno. As saudades que Paulo expressa por eles em 1.8 {epipotheõ, como em 2.26, ter saudades, especialmente de alguém que está ausente) são correspondidas pelas de Epafrodito. Mais uma vez, se menciona que este está angustiado (adêmoneõ, estar em grande aflição ou angústia, conforme Mt 26:37). A misericórdia de Deus ao poupar Epafrodito foi misericórdia em relação a Paulo também, pois a provação seria dura demais se Paulo tivesse de ver os filipenses privados pela morte do mensageiro que eles enviaram para o bem dele. Eles devem receber Epafrodito com grande alegria, como requer o elo que ele tem com os filipenses e o sofrimento dele, e Paulo recomenda também que honrem homens como ele, pois por causa do apóstolo e deles esse homem arriscou a vida (paraboleuomai, “arriscou a sua vida num jogo”, H. C. G. Moule). A longa duração da sua ausência de casa e o fato de que ele leva uma carta que trata, entre outras coisas, de desavenças na igreja realçam ainda mais a importância da sabedoria dessa recomendação.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 5 até o 11
a) O auto-aniquilamento e a auto-humilhação de Cristo (Fp 2:5-50. Cristo considerou o alvo de Sua exaltação final, após a consumação da obra redentora, como algo que deveria ser alcançado, não por força de usurpação de que fosse o autor, mas como um compromisso divino plenamente satisfeito pelo sacrifício da cruz.

Qualquer que seja a interpretação dessa difícil passagem cristológica, pode ser aceita a distinção entre "deidade" e "igualdade com Deus". Não padece dúvida o fato de que o pensamento do apóstolo, a esse respeito, é que "igualdade com Deus" significa o ato pelo qual Deus exaltou a Seu Filho a um plano superior e Lhe deu um nome que é sobre todo nome (9-11). Deste modo, não Sua deidade, mas Sua igualdade com Deus é o prêmio conquistado por Cristo por Se haver humilhado a Si mesmo, por tornar-se homem e por cumprir perfeitamente o plano redentivo da vontade de Deus, o Pai.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30

7. A fórmula para unidade espiritual ( Filipenses 2:1-4 )

Portanto, se há alguma exortação em Cristo, se houver alguma consolação de amor, se há alguma comunhão do Espírito, se houver afeição e compaixão, completem a minha alegria por ser da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de uma Proposito. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas com humildade de espírito que diz respeito uns aos outros como mais importante do que a si mesmos; não apenas olhar para os seus próprios interesses pessoais, mas também para os interesses dos outros. ( 2: 1-4 )

Talvez o maior perigo que a igreja enfrenta é um ataque à sua fonte de autoridade, ou seja, a Palavra de Deus. Apatia espiritual e uma frieza geral e indiferença para com a verdade bíblica e normas da justiça de Deus também apresentam riscos graves. Essa indiferença é geralmente negado, muitas vezes com uma aura de sinceridade auto-enganador, mas ataca a espiritualidade da igreja. Igualmente a ser temido é o que quer que ataques a unidade da Igreja. Tudo isso pode atrapalhar, enfraquecer e destruir a igreja, causando discórdia, desarmonia, conflito e divisão. Quando Paulo fechou sua última carta aos Coríntios, ele expressou seu temor de pecados que destroem a unidade: "Porque eu tenho medo de que talvez quando eu venho eu possa encontrá-lo a não ser o que eu quiser e pode ser encontrado por você a não ser o que você deseja; que talvez haverá rixa, ciúme, os ânimos irritados, disputas, calúnias, fofocas, arrogância, distúrbios "( 2 Cor 0:20. ). Ele também temia pecados que destruíram a pureza da igreja: "Tenho medo de que, quando eu voltar, meu Deus pode me humilhar diante de você, e eu posso chorar por muitos daqueles que pecaram no passado e não se arrependeram da impureza, imoralidade e sensualidade que cometeram "( v. 21 ).

Aparentemente, a igreja de Filipos enfrentou o perigo de discórdia e divisão do conflito pessoal entre Evódia e Síntique ( 4: 2 ). A desunião é um perigo em potencial para todas as igrejas, um perigo Paulo dirigiu até certo ponto, em cada uma de suas cartas às igrejas. Para a igreja de Roma, ele escreveu: "Ora, o Deus que dá perseverança e concessão encorajamento que você seja da mesma mente uns com os outros, segundo Cristo Jesus, para que com um acordo que você pode com uma só voz glorificar a Deus e Pai de . Nosso Senhor Jesus Cristo, portanto, aceitar uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus "( Rom. 15: 5-7 ; cf. Rm 12:5 ). Para o Corinthians, ele escreveu: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos concordam e que não haja divisões entre vós, mas que ser feita completa na mesma mente e na mesma juízo "( 1Co 1:10 ), e "Irmãos, se alegrar, ser feita completa, ser consolada, mesma mentalidade, viver em paz; e o Deus do amor e da paz estará convosco" ( 2Co 13:11. ; cf. 6: 2-3 ). Ele implorou aos crentes em Éfeso,

Caminhe de uma maneira digna da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor, ser diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos. ( Ef. 4: 1-6 )

Unidade espiritual verdadeira está fundamentada na unidade insondável da própria Trindade.
Aos Colossenses, Paulo escreveu:

Coloque em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência; suportando uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, quem quer que tenha uma queixa contra alguém; assim como o Senhor vos perdoou, assim também deve. Além de todas estas coisas se do amor, que é o perfeito vínculo de união. E a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um corpo; e ser grato. ( Colossenses 3:12-15 )

Ele elogiou os tessalonicenses, dizendo: "Agora, quanto ao amor dos irmãos, você não tem necessidade de alguém para escrever para você, para você mesmos sois instruídos por Deus a amar uns aos outros; ... Mas nós pedimos-vos, irmãos, para se destacar ainda mais "( I Tessalonicenses 4:9-10. ; cf. 2Ts 1:32Ts 1:3 ). Essa oração foi respondida quando o Espírito Santo veio no dia de Pentecostes e depois para habitar todos os crentes, trazendo-lhes a vida eterna, em que todos os crentes são participantes (cf. 1Co 6:17. , 1Co 6:19 ; 12: 12-14 ). Essa unidade essencial de todos os crentes no corpo de Cristo deve ser vivida na prática.

Desunião entre o seu povo se entristece profundamente o Senhor. Deve ser de cada pastor, líder da igreja, e oração de membro da igreja que os homens não vão dilacerar o que Deus divinamente unidos no Corpo de Cristo. Porque fraturando a igreja de Cristo é um dos principais objetivos de Satanás, o desafio de preservar a unidade do espírito é constante. A dividido, facciosa, e brigas igreja é espiritualmente fraco. É, portanto, oferece pouca ameaça para as obras do diabo e tem pouco poder para o avanço do evangelho de Cristo. Esforçando-se para manter, ou para restaurar, a unidade espiritual de uma congregação é facilmente o maior desafio, difícil e constante para seus líderes.
Embora a sã doutrina, pureza moral, e compromisso apaixonado ao Senhor e à Sua obra são essenciais para um ministério eficaz de uma igreja, que por si só não pode garantir a proteção de discórdia.William Barclay observou com perspicácia que
o perigo que ameaçava a igreja de Filipos foi a de desunião. Há um sentido em que esse é o perigo de toda igreja saudável. É quando as pessoas estão realmente a sério, quando suas crenças realmente importa para eles, que eles são capazes de levantar-se uns contra os outros. Quanto maior for o seu entusiasmo, maior o perigo que eles podem colidir. É contra esse perigo Paulo quis salvaguardar seus amigos. ( As Cartas aos Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses. Rev. ed., [Louisville, Ky .: Westminster, 1975], 31)

A preocupação de Paulo aqui não é sobre doutrinas, idéias ou práticas que são claramente anti-bíblico. Trata-se de interpretações, normas, interesses, preferências e afins, que são em grande parte uma questão de opção pessoal. Tais questões não devem ser autorizados a fomentar a controvérsia dentro do corpo de Cristo. Insistir sobre a própria forma como tais coisas é pecado, porque senselessly divide os crentes. Ele reflete um desejo orgulhoso de promover a própria pessoal vista, estilo, ou agenda. Os crentes nunca deve, é claro, comprometer doutrinas ou princípios que são claramente bíblica. Mas a possibilidade de diferir humildemente uns aos outros sobre questões secundárias é uma marca de força espiritual, não de fraqueza (cf. Rom. 14: 1-15: 7 ). É um sinal de maturidade e amor que Deus altamente honras, porque promove e preserva a harmonia na sua igreja.

Essa unidade que a Palavra tão altamente exalta é para dentro, não para fora; é internamente desejado, mas não compelidos externamente. É espiritual, não eclesiástico; mais sincero do que de credo. Não se baseia em sentimentalismo, mas em obediência cuidadoso, atencioso e determinado a vontade de Deus. É a ligação motivados pelo Espírito e capacitado pelo Espírito Santo dos corações, mentes e almas dos filhos de Deus para o outro. E preservar a unidade na igreja não é uma opção (cf. Ef 4:3 , At 2:44 , At 2:46 ).

Apesar de sua unidade em Cristo é permanente, a fragilidade humana que os crentes ainda estão sujeitos a faz sua unidade frágil. É por essa razão que Paulo aconselhou os Efésios para ser "diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz" ( Ef 4:3 ; cf. . vv 30-34 ).

Usando uma palavra intimamente relacionados, Jesus se refere ao Espírito Santo como "outro Consolador [ paraklēton ] ", a quem ele gostaria de pedir ao Pai que envie a todos os que nEle crêem, por isso" que Ele pode ser com [eles] para sempre "( Jo 14:16 ). O mais importante e poderoso incentivo em Cristo vem diretamente do Espírito que habita. A admoestação de Paulo aqui é que, à luz do que o incentivo , os filipenses deve "conduzir [si] de um modo digno do evangelho de Cristo" ( 1:27 ), por se esforçando para ser de uma mente e espírito com o outro. Este princípio espiritual profunda exige perseguir a unidade como uma resposta grato a união do crente com Cristo. Paulo pergunta, com efeito, "a influência divina de Cristo em sua vida não deve obrigá-lo a preservar a unidade que é tão precioso para Ele?"

A segunda realidade que motiva a unidade é a consolação do amor. Paramuthion ( consolação ) tem o significado literal de falar intimamente com alguém, e com a idéia adicional de dar conforto e consolo.Seu significado básico é próximo ao de paraklesis ( incentivo ); ambas as palavras envolvem uma estreita relação marcada pela preocupação genuína, auxílio e amor. O consolador amor é o que o Senhor concede a pecadores indignos da graça da salvação. Ele continuamente confere que o amor nos crentes ( Rm 5:5 ).

A terceira realidade que motiva a unidade é a comunhão do Espírito. Koinonia ( comunhão ) descreve parceria e partilha mútua. Essa comunhão é íntimo porque cada crente é um templo do EspíritoEspírito ( 1Co 6:19 ). Ele é o selo e garante da herança eterna dos crentes ( 13 49:1-14'>Ef 1:13-14. ; Ef 4:30 ; . 2Co 1:222Co 1:22 ), a fonte de poder espiritual ( At 1:8. ), os dons espirituais ( I Coríntios 12:4-11. ; Rom. 12: 6-8 ), e fruto espiritual ( Gl 5:22-23. ). O Espírito "ajuda [nos] a nossa fraqueza," e porque "não sabemos orar como convém, ... o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos muito profundos para palavras" ( Rm 8:26 ). Os crentes devem ser continuamente cheios do Espírito ( Ef 5:18 ). Para inibir ou ser indiferente a unidade espiritual é tanto entristecer o Espírito ( Ef 4:30 ) e saciar Sua obra ( 1Ts 5:19 ). Os novos crentes após o Pentecostes dar o exemplo mais vívido no Novo Testamento da guiado pelo Espírito unidade ( Atos 2:41-47 ). Paulo fecha 2 Corinthians com a bela bênção: "A graça do Senhor Jesus Cristo, eo amor de Deus, ea comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós" ( 2Co 13:14 ). Anteriormente ele havia lembrado da mesma congregação que "em um só Espírito fomos todos nós batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres, e todos nós fomos feitos para beber de um só Espírito" ( 1Co 12:13 ). A resposta adequada dos crentes deve ser uma motivação poderosa para ser "diligente para preservar a unidade do Espírito", de sempre buscar a paz ( Ef 4:3. ). Tais graças também são bênçãos do Espírito de Cristo. Carinho é de splanchna , que refere-se literalmente para os intestinos, ou vísceras, mas era comumente usado metaforicamente das emoções. Paulo elogiou a igreja em Corinto para o seu tratamento gracioso de Tito e assegurou-lhes que "o seu afeto abunda ainda mais para você, como ele se lembra da obediência de vós todos, como você recebeu-o com temor e tremor" ( 2Co 7:13 ). A palavra, por vezes, foi utilizado em conexão com profundo, desejo pessoal, especialmente para aqueles que são profundamente amados. Perto do início da presente carta, o apóstolo usado especificamente a palavra desta forma, assegurar os filipenses: "Eu espero por você todos com a ternura de Jesus Cristo" ( 1: 8 ). Compaixão é de oiktirmos , que Paulo usa duas vezes da compaixão ("misericórdia") de Deus. Ele defende com os crentes ", pelas misericórdias de Deus, para apresentar os vossos corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12:1 ).

Há um lado negativo implícita de todos esses quatro admoestações positivas, ou seja, que a falta de buscar e preservar a unidade espiritual enfraquece a igreja de Cristo. Ainda mais significativo, tal falta de buscar a unidade é um pecado. É o último ato de ingratidão para com Deus. É ser dispostos e ansiosos para receber todas as bênçãos que o Senhor oferece, mas dispostos a oferecer-lhe nada em troca. Como qualquer outro pecado, que a indiferença é uma violação da Palavra revelada de Deus. Ele também despreza a gloriosa verdade que o "Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai ... nos amou e nos deu uma eterna consolação e boa esperança pela graça" ( 2Ts 2:16 ).

As bases apóstolo seu apelo principalmente na graça e bondade do Senhor, como evidenciado nos quatro realidades que acabamos de mencionar. Mas no início do versículo 2 , ele acrescenta um desejo pessoal: a minha alegria completa. Para assim recompensar um fiel servo do Senhor é um objetivo legítimo que os crentes têm. O Novo Testamento deixa claro que as igrejas estão a amar, honra, respeito e apreciar os seus líderes humanos. Paulo admoestou os tessalonicenses: "Nós pedimos de vocês, irmãos, que você aprecia aqueles que trabalham entre vós, e tem carga sobre vós no Senhor e dar-lhe instruções, e que você estima-los muito bem no amor por causa de seu trabalho" ( I Tessalonicenses 5:12-13. ). O escritor de Hebreus ordena: "Obedeçam aos seus líderes e submeter-se a eles, pois eles velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não seria lucrativo para você." ( He 13:17 ). Para amar, honrar e apreciar os pastores e outros líderes da igreja é perfeitamente consonante com amar, honrar, e ser grato ao Senhor. Porque ambos são divinamente ordenado, a primeira é uma forma de expressar o último.

As marcas do Direito de unidade espiritual

por ser da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de uma Proposito. ( 2: 2 b)

As bênçãos espirituais Paulo enumerou exigem uma resposta adequada. Neste único versículo Paulo dá quatro marcas essenciais da unidade espiritual.
O primeiro está sendo da mesma mente. Essa frase traduz a auto phronēte , que significa literalmente "a pensar a mesma coisa", ou "a mesma mentalidade." Pensando direito é essencial para a unidade espiritual que é um dos principais temas de Filipenses-dos vinte e seis ocorrências do verbo phroneo no Novo Testamento, dez são encontrados nesta carta.

Paulo não está falando aqui sobre doutrina ou padrões morais. Neste contexto, sendo da mesma mente significa perseguir ativamente para alcançar uma compreensão comum e verdadeiro acordo. Alguns versos depois, o apóstolo declara que a única maneira de ter essa harmonia é "ter a atitude de vocês que houve também em Cristo Jesus" ( 2: 5 ). Através da Palavra de Deus e que o Espírito Santo habita, os fiéis podem conhecer a "mente de Cristo" muito ( 1Co 2:16 ). Depois de declarar sua determinação de "prosseguir para que eu possa alcançar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus ... [e] prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus "( 03:12 , 14 ), ele adverte os crentes de Filipos a ter essa mesma atitude ( Fp 3:15 ). Aqueles que têm uma atitude contrária provar que "definir as suas mentes nas coisas terrenas" ( 03:19 ). Mais tarde, Paulo dá conselhos práticos para ser da mesma opinião: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é certo, o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma excelência e se alguma coisa digna de louvor, me debruçar sobre essas coisas "( 4: 8 ).

Em Romanos Paulo dá idéias adicionados sobre estar da mesma mente. A primeira é que os crentes devem "não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Para aqueles que estão de acordo com a carne cogitam das coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, das coisas do Espírito "( Rom. 8: 4-5 ). Como Paulo lembrou aos fiéis de Colossos, o conflito na igreja sempre vem de crentes "fixar as suas mentes" sobre as coisas que estão na terra "e não" nas coisas do alto "( Cl 3:2 ). Em outras palavras, a falta de, pelo menos, alguma medida de verdadeira ágape ( amor ) para outros cristãos expõe a falta de salvação. O amor genuíno não é meramente afeição sentimental, mas os serviços de sacrifício. "Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade e lhe fecha o coração contra ele, como é que o amor de Deus permanecer nele?" João pergunta retoricamente ( v. 17 ). Os crentes não são para amar apenas "de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade" ( 18 v. ), o que pode até mesmo exigir "lay [ndo] a nossa vida pelos irmãos", assim como Cristo "deu a sua vida por nós "( v. 16 ).

Minds regidas pela humildade altruísta ( Fp 2:3 ), e foi colocando suas próprias vontades acima de Deus que Adão e Eva primeiro trouxe o pecado do mundo ( Gn 3 ). Self-vontade tem sido o cerne de todo pecado subseqüente. Não há verbo ( fazer ) no texto grego, mas a forma gramatical ( Meden eritheia kat , lit., "nada a título de egoísmo") expressa um comando negativo. Essa proibição vai muito além da mera ação; o egoísmo é também a ser totalmente excluídos dos pensamentos mais íntimos do coração.

Paulo usou eritheia ( egoísmo ) no início desta carta, onde foi proferida "ambição egoísta" ( 01:17 ). Como observado na discussão desse texto, o termo originalmente não tem uma conotação negativa e apenas se referia a uma diarista. Mas ele veio a ser usado metaforicamente, e quase exclusivamente, de uma pessoa que persistentemente busca vantagem pessoal e ganho, independentemente do efeito sobre os outros. Muitas vezes era usada para a busca e self-serving preservação injusta de cargos políticos. Na época do Novo Testamento, que tinha vindo a significar desenfreado, ambição egoísta em qualquer campo de atuação. Por razões óbvias, eritheia foi muitas vezes associada a rivalidade pessoal e do partido, brigas, lutas e conflitos (como a versão Rei Tiago torna-lo aqui). É geralmente realizada a idéia de construir a si mesmo por rasgar alguém para baixo, como em jogos de azar, onde o ganho de uma pessoa é derivada de perdas dos outros. A palavra descreve exatamente alguém que se esforça para avançar-se através da bajulação, o engano, a falsa acusação, contenda, e qualquer outra tática que parece vantajosa. Não é de surpreender, portanto, que Paulo lista eritheia ("disputas") como uma das obras da carne (Gl 5:20 ).

O egoísmo é um consumidor e do pecado destrutivo. A primeira e inevitável vítima é a pessoa que manifesta-lo, mesmo que ninguém mais está prejudicado. Porque este pecado, como qualquer outro, começa em um coração pecaminoso, qualquer pessoa pode cometê-lo, independentemente de saber se há uma oportunidade para que possa ser expressa exteriormente. Mesmo quando não exteriormente manifestado, egoísmo gera raiva, ressentimento e ciúme. Nenhuma igreja, até mesmo os mais doutrinariamente som e espiritualmente maduro, está imune à ameaça de este pecado, e nada pode mais rapidamente dividir e enfraquecer a igreja. Ambição egoísta é muitas vezes vestido de retórica piedosa por aqueles que estão convencidos de suas próprias habilidades superiores em promover a causa de Cristo.

A julgar pelo registro do Novo Testamento, nenhuma igreja teve um problema maior com este pecado que não aquele em Corinto. Paulo implorou: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos concordam e que não haja divisões entre vós, mas que ser feita completa em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer For. Fui informado acerca de vós, meus irmãos, por pessoas de Chloe, que há contendas entre vós "( 1 Cor. 1: 10-11 ). Várias facções na igreja seguido Apolo, Pedro, ou Paulo. Um grupo, provavelmente, a mais hipócrita, diziam seguir apenas "Cristo". Mas "se Cristo está dividido?" o apóstolo perguntou com espanto. "Paulo não foi crucificado para você, não é? Ou fostes batizados em nome de Paulo?" ( vv 12-13. ; cf. 3: 4-6 ). Em uma repreensão forte, mais tarde ele disse-lhes:

Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a homens de carne, como a crianças em Cristo. Eu dei-lhes leite, alimentos não sólidos; para você ainda não foram capazes de recebê-la. Na verdade, até agora você ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Para uma vez que há inveja e divisão entre vocês, não é carnal, e que você não está agindo como mundanos? ( 3: 1-3 )

Os objetos de lealdade pessoal na igreja de Corinto (Apolo, Pedro e Paulo) eram líderes fiéis, que eram inteiramente digno de respeito e admiração da congregação. Dois deles eram líderes apóstolos. Mas a lealdade real daqueles faccioso Corinthians, mesmo que da facção "Cristo", foi para si mesmos. As facções procuraram não tanto para homenagear os líderes favorecidas como para criar cliques exclusivos para a sua própria elevação pessoal. Cada um dos grupos foi de auto-serviço. Promover a causa de Cristo e da unidade da sua Igreja estavam longe de suas principais Propositos. Ao invés de servir a Cristo e aos outros em seu nome, que estavam servindo-se enquanto estiver usando o seu nome. Ambição egoísta é produzida e é uma marca clara das "obras da carne" ( Gl 5:19-20. ). Envenena mesmo trabalho feito em nome de causas claramente bíblicos. Hipocritamente a pretensão de servir a Deus, enquanto na verdade servindo auto marcaram os escribas e fariseus (cf. Mateus 15:1-9. ).

Discórdia e divisão são inevitáveis ​​quando as pessoas se concentrar em suas agendas para a exclusão de outros na igreja. Muitas vezes surge um foco tão estreito de paixão genuína para um ministério importante. Mas desconsideração de crentes, não importa como não intencional, é uma marca de desamor, indiferença pecaminosa que produz inveja, discórdia, contenda, e outros inimigos da unidade espiritual. Wherever "inveja e ambição egoísta existe", qualquer que seja a causa, "não há desordem e toda espécie de males" ( Jc 3:16 ).

Um segundo meios para promover a unidade espiritual está abandonando vanglória. Vanglória traduz a palavra grega composta kenodoxia , que aparece somente aqui no Novo Testamento. Ele é formado pelo adjetivo Kenos ("vazios") e do substantivo doxa ("glória"), daí a Rei Tiago 5ersion de renderização "vanglória." Trata-se de uma auto-view altamente exagerada, que nada mais é vaidade vazia.Considerando ambição egoísta persegue objetivos pessoais, vanglória procura glória pessoal e aclamação. Os ex-pertence a realizações pessoais; esta última a uma auto-imagem overinflated.Compreensivelmente, uma pessoa com tal presunção se considera sempre estar certo e espera que os outros a concordar com ele. A única unidade que ele procura ou valores é centrado em si mesmo.

Vanglória é o orgulho arrogante, ser "sábio em sua própria estimativa" ( Rm 11:25 ). Os gregos antigos não admirar a humildade, pensando que era um sinal de fraqueza. Mas mesmo eles reconheceram que a visão de uma pessoa de si mesmo poderia tornar-se tão exagerado como ser presunçoso e desprezível. O mandato para tal orgulho exaltado, uma palavra ainda usado em Inglês e muitas outras línguas modernas, foi hubris . Em sua longa lista de pecados que caracterizam descrente, a humanidade rebelde, Paulo usa uma palavra derivada da arrogância , que é traduzida como "insolente" ( Rm 1:30 ). Em sua carta às igrejas da Galácia, ele advertiu: "Porque, se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo" ( Gl 6:3 e Ef 4:2 ), uma passagem Jesus citado nas bem-aventuranças: "Bem-aventurados os mansos [manso], porque eles herdarão a terra" ( Mt 5:5 ). Três vezes em dois versículos em sua primeira carta Pedro pede humildade: "Todos vocês, revesti-vos de humildade para com o outro, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes-vos, pois humildes sob a poderosa mão de. Deus, para que Ele vos exalte no tempo devido "( I Pedro 5:5-6 ).

Humildade genuína envolve crentes 'não pensar muito bem de si mesmos e exige que eles consideram o outro como mais importante do que eles mesmos. Regard é de um verbo que significa mais do que apenas ter uma opinião. Refere-se a uma conclusão cuidadosamente pensada com base na verdade. Isso não significa fingir que os outros são mais importantes, mas para acreditar que os outros, na verdade, são mais importantes.

Mais importante traduz uma forma participial de huperechō , que incorpora a palavra grega da qual a palavra Inglês hyper é tomada. Intensifica e eleva o que está em vista, de modo que isso significa "para se destacar, superar, ou ser superior a." Em Romanos, Paulo usa a palavra ao falar da "governar [lit. 'Supreme'] autoridades" para que "cada pessoa é estar em sujeição" ( Rm 13:1 ). Mais tarde na presente carta, Paulo usa a palavra para descrever "o valor superando [supremo, insuperável] do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor" ( Fp 3:8 ), como poderia qualquer crente honestamente pensar em si mesmos de qualquer forma superior?

A quarta forma de promover a unidade espiritual é a admoestação negativa, não se limitam a olhar para os seus próprios interesses pessoais. skopeo ( olhar para fora ) significa observar alguma coisa.Mas, como neste contexto, que muitas vezes levou as ideias adicionais de dar muita atenção e consideração especial. Ao incluir apenas (assim como também na seguinte frase), o apóstolo exclui a idéia anti-bíblica que o ascetismo reflete um nível mais profundo de espiritualidade e ganha aprovação divina especial. Pelo contrário, é uma manifestação sutil e enganosa de orgulho legalista.

Paulo cuidadosamente disciplinado seu corpo para torná-lo seu escravo, para evitar tornar-se seu escravo e, assim desqualificando para o ministério ( 1Co 9:27 ). Ele experimentou o "trabalho e fadigas, muitas noites sem dormir, em fome e sede, muitas vezes sem comida, frio e nudez" ( 2Co 11:27 ). Mas ele nunca propositAdãoente fome se ou causou qualquer dano auto-infligido ao seu corpo. Durante Seu ministério terreno, Jesus nem praticou nem aprovado de asceta abnegação. Ele comia e dormia regularmente, teve o cuidado de seu corpo, e esperava que Seus seguidores a fazer o mesmo. Note-se que o jejum bíblico ( Mt 6:16-17. ; 9: 14-15 ) não deve ser equiparada com dura, ascetismo auto-destrutivo.

Os cristãos que não tomam o devido cuidado de seus corpos não podem viver ou ministrar eficazmente. Nem eles são obrigados a abandonar todos os interesses pessoais em outros aspectos. O argumento de Paulo aqui refere-se principalmente, embora não exclusivamente, para interesses pessoais em servir ao Senhor. Como já foi referido, muitas brigas e divisões nas igrejas dizem respeito a programas ou políticas que podem ser igualmente bíblica e importante. Os problemas surgem quando as pessoas procuram promover as suas próprias prioridades do ministério à custa de outros. Alguns podem considerar o ministério da juventude mais importante do ministério adulto. Outros podem ver o evangelismo pessoal como uma prioridade maior do que o grupo de estudo da Bíblia. As possibilidades de conflitos são quase infinitas. Mas divisão na igreja é destrutivo. Em todos os casos, os melhores interesses do Senhor e outros crentes são sacrificados.

Discussão honesta que busca uma compreensão bíblica de questões doutrinárias e morais é perfeitamente legítimo e de grande importância. Mas mesmo o debate mais sério sobre essas questões críticas devem ser exercidas no espírito de humildade e respeito mútuo. Os problemas surgem quando a defesa da Palavra de Deus torna-se nublado pela auto-defesa.
É uma tragédia imensurável que a cultura moderna (incluindo grande parte da igreja) tem, em grande parte devido à influência da psicologia secular, rejeitou os princípios divinamente comandados de humildade e abnegação. Quando a virtude suprema é o amor-próprio e o propósito supremo da vida é a auto-realização, o respeito mútuo é substituído por desrespeito, serviço mútuo pela apatia e indiferença, e amor mútuo pela inimizade e ódio.
O quinto e último significa Paulo menciona aqui para promover a unidade espiritual é o de olhar para fora também para os interesses dos outros. É o lado positivo do princípio precedente de não apenas olhando para seus próprios interesses pessoais. Como os outros, este princípio está relacionado principalmente às relações entre os crentes, especialmente aqueles que trabalham juntos no ministério. É ampla e geral, não mencionando quaisquer particulares interesses ou sugerindo que é incluído por outros.

Tal como os outros princípios mencionados aqui, olhando para os interesses dos outros é indispensável para a unidade espiritual. Também como eles, que exige esforço deliberado e persistente para aplicar sinceramente e incondicionalmente. E, embora o significado é óbvio e fácil de entender, é difícil de aplicar. É o resultado prático do comando extremamente difícil considerar os outros como mais importante do que nós mesmos.

Entre outras coisas, olhando para os interesses dos outros requer crentes a "alegrar-se com os que se alegram e chorai com os que choram" ( Rom. 0:15 ), para melhorar continuamente a "perseguir as coisas que servem para a paz e para a edificação um do outro, "para não" comer carne ou beber vinho ..., ou ... fazer qualquer coisa pela qual [a] irmão tropece "( 14:19 , 21 ), e para "suportar as fraquezas dos que aqueles sem força e não apenas agradar a nós mesmos "( 15: 1 ). É a "suportar cargas uns dos outros e, assim, cumprir a lei de Cristo" ( Gl 6:2 )

Tende em vós mesmos que houve também em Cristo Jesus, que, embora ele, subsistindo em forma de Deus, não considerou a igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, mas se esvaziou, assumindo a forma de um servo, e sendo —se em semelhança de homens. , Achado na forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. ( 2: 5-8 )

Em seu livro Milagres, CS Lewis oferece alguns insights úteis para a compreensão da realidade insondável da encarnação de Cristo:

Na história cristã Deus desce para voltar a subir. Ele desce; para baixo das alturas de absoluta ser em tempo e espaço, para baixo na humanidade ... Mas Ele desce para vir de novo e trazer todo o mundo arruinou-se com Ele. Um deles tem a imagem de um homem forte inclinando-se mais e mais a meter-se debaixo de algum grande fardo complicado. Ele deve se inclinar a fim de levantar, ele deve quase desaparecem sob a carga antes que ele incrivelmente endireita as costas e caminha fora com todo o balanço de massa em seus ombros. Ou se pode pensar de um mergulhador, primeiro reduzindo-se a nudez, então olhando no ar, então ido com um respingo, desapareceu, precipitando-se através da água verde e quente em água negra e fria, para baixo através de uma pressão crescente para a região de deathlike de lodo e limo e decadência de idade; em seguida, novamente, de volta à cor e luz, seus pulmões quase estourando, até que de repente ele quebra a superfície de novo, segurando em sua mão o gotejamento, coisa preciosa que ele desceu para se recuperar. Ele e ela são ambos de cor, agora que eles vêm-se para a luz: lá em baixo, onde estava incolor no escuro, ele perdeu a cor também.
Neste descida e re-ascensão todo mundo vai reconhecer um padrão familiar: uma coisa escrita em todo o mundo. É o padrão de toda a vida vegetal. Ele deve depreciar-se em algo duro, pequeno e mortal, ele deve cair no chão: daí as novas re-ascende vida. É o padrão de toda a geração de animais também. Há descida dos organismos plena e perfeita para o espermatozóide e do óvulo, e no ventre escuro ... a lenta subida ao embrião perfeito, ao vivo, baby consciente, e, finalmente, para o adulto. Assim também é na nossa vida moral e emocional. Os primeiros desejos inocentes e espontâneas têm de apresentar para o processo mortal de controlo ou de negação total: mas de que há uma re-ascensão ao totalmente formado caráter em que a força do material original tudo funciona, mas de uma maneira nova. Morte e-Re-nascimento descer para subir-it é um princípio fundamental. Através deste gargalo, este rebaixamento, o Highroad quase sempre se encontra.
A doutrina da Encarnação, se aceita, coloca este princípio ainda mais enfaticamente no centro. O padrão está lá na Natureza, pois foi pela primeira vez em Deus. Todas as instâncias do mesmo que mencionei vir a ser, mas transposições do tema Divino em tom menor. Não estou agora se referindo apenas à Crucificação e Ressurreição de Cristo. O padrão total, dos quais eles são apenas o ponto de viragem, é a morte real e Re-nascimento: para, sem dúvida nenhuma semente já caiu de modo justo em uma árvore tão escuro e frio um solo como seria fornecer mais do que um leve analogia com este enorme descida e re-ascensão na qual Deus dragado o sal e inferior oozy da Criação. (New York: Macmillan, 1947, 115-17)

A Encarnação é o milagre central do cristianismo, a mais grandiosa e maravilhosa de todas as coisas que Deus já fez. Esse milagre dos milagres é o tema de Filipenses 2:5-8 . Alguns estudiosos acreditam que essa passagem foi originalmente um hino, cantado pelos primeiros cristãos para comemorar e comemorar a encarnação do Filho de Deus. Ele tem sido chamado uma jóia cristológico, um diamante teológica que talvez brilha mais brilhante do que qualquer outro na Escritura. De uma forma simples, concisa, sem extraordinariamente profunda, descreve a condescendência da segunda Pessoa da Santíssima Trindade para nascer, viver e morrer em forma humana para fornecer redenção para a humanidade caída.

No entanto, tão profunda e insondável como essa passagem é teologicamente, é também ética. Como as palavras introdutórias ( Tende em vós mesmos que houve também em Cristo Jesus ) deixam claro, ele foi projetado principalmente para motivar os cristãos a viver como seu Senhor e Salvador. Paulo não estava apenas descrevendo a Encarnação para revelar suas verdades teológicas, magnífico como esses são. Ele apresenta o exemplo supremo, incomparável de humildade para servir como o motivo mais poderoso à humildade dos crentes. A Encarnação chama os fiéis a seguirem o exemplo incomparável de Jesus de humilde auto-negação, abnegação, sacrifício e amor altruísta como Ele viveu o Encarnação em submissão obediente à vontade do Pai (cf. Lc 2:49 ; João 3:16-17 ; Jo 5:30 ; Jo 12:49 ; Jo 15:10 ).

O versículo 5 é uma transição de exortação a ilustração, ea frase esta atitude olha para trás e para a frente. Olha para trás, para o princípio apenas dado, "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas com humildade de espírito que diz respeito uns aos outros como mais importante do que vós; não se limitam a olhar para os seus próprios interesses pessoais, mas também para os interesses dos outros "( vv. 3-4 ).Ele aguarda com expectativa a ilustração desse princípio em cumprimento perfeito de Jesus de que, tal como descrito em versos 6:8 .

O objetivo dos crentes que têm essa atitude é a unidade espiritual na igreja, por seu ser "da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de um propósito" ( v. 2 ). Unidade na 1greja só pode vir de uma atitude de humildade genuína, de crentes verdadeiramente sobre os outros como mais importante do que a si mesmos-a atitude que foi supremamente manifestados em Cristo Jesus durante sua encarnação. O apóstolo João deixa claro que "aquele que diz que permanece nele, [Cristo] devia-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" ( 1Jo 2:6. ).

Dirigindo-se ao impacto ético desta passagem, Paulo Rees escreve:
"Não se esqueça", grita Paulo ", que, em todo este vasto universo e em todos os trechos escuros da história nunca houve tal demonstração de discreto humildade como quando o Filho de Deus em pura graça desceu a este errante planeta! Lembre-se que do nunca em um milhão de éons-que ele teria feito isso se ele fosse o tipo de divindade que parece "apenas para seus próprios interesses 'e fecha os olhos para o que é dos outros' '! Você deve se lembrar, meu irmãos, que através de sua união com Ele, na vida, a experiência redentora, este princípio e paixão pelo qual Ele foi movido deve tornar-se o princípio e paixão pelo que você é movido. " ( O Man Adequada: Paulo em Filipenses [Westwood, NJ: Revell, 1954], 43)

Em si mesmos não é dirigida a virtude pessoal do crente individual, mas tem como alvo toda a igreja, que é tão suscetível à divisão e conflito produzido por orgulho e auto-exaltação. Toda a igreja deve se manifestar a humildade do Senhor e cabeça da Igreja. Um dos exemplos mais reveladores de que a humildade era a Sua lavar os pés dos discípulos durante a Última Ceia. A tarefa servil de lavar os pés sujos foi reservada para os menores servos. Jesus tinha acabado de ser reconhecido como o Libertador profetizou e Messias, o "Rei de Israel", na Sua entrada triunfal em Jerusalém, poucos dias antes ( João 12:12-15 ). Ele estava bem ciente "de que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que Ele havia saído de Deus e ia voltar para Deus" ( 13: 3 ). No entanto, na humildade suave Ele "levantou-se da ceia, e pôs de lado Suas vestes;. E tomando uma toalha, cingiu-Se Ele Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos ea enxugá-los com a toalha com que estava cingido "( vv. 4-5 ). Este ato foi especialmente triste porque os discípulos, insensível ao sofrimento vinda de Jesus, estavam envolvidos em disputas uns com os outros sobre qual deles seria o "maior" no reino do Messias (cf. Lc 22:24 ).

Depois disso o Senhor perguntou: "Sabe o que eu fiz para você?" Sabendo muito bem que eles não entenderam o significado do que ele tinha acabado de fazer, Ele não esperou por uma resposta, mas continuou a explicar:

Vós me chamais Mestre e Senhor; e você está certo, porque eu o sou. Ora, se eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo de que você também deve fazer o que eu fiz para você. Verdade, em verdade vos digo que, um escravo não é maior que seu senhor, nem é aquele que é enviado maior do que aquele que o enviou. Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las. ( 13 12:43-13:17'>João 13:12-17 )

Essa demonstração de humildade exemplifica claramente a atitude ... que houve também em Cristo Jesus , que pode muito bem ser aquele mesmo o apóstolo tinha em mente quando escreveu essa passagem. Também exemplifica sua advertência à igreja em Roma que "nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos que, sem força e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós é agradar ao seu próximo para o bem dele, para sua edificação. Porque Cristo não agradou a si mesmo "( Rm 15:1-3. ). Acentuando novamente a relação inseparável entre humildade e unidade espiritual, ele acrescentou: "Ora, o Deus que dá perseverança e encorajamento vos conceda o mesmo sentimento uns com os outros, segundo Cristo Jesus, para que com um acordo que você pode com uma só voz glorificar a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, aceitar uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus "( vv. 5-7 ).

Porque Paulo seguiu consistentemente esse princípio, ele poderia lembrar o Corinthians, "Eu também agradar a todos os homens em todas as coisas, não buscando o meu próprio proveito, mas o lucro de muitos," e, em seguida, admoestá-los para "ser meus imitadores, como eu também sou de Cristo "( 1Co 10:33:. 1Co 10:1 ; cf. 2 Cor 8: 7-9. ). Da mesma forma, ele lembrou aos Tessalonicenses que "o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção, assim como você sabe que tipo de homem que provou ser entre vós, por amor de vós ", oferecendo O elogio encorajador de que" você tornastes imitadores nossos e do Senhor, ... de modo que você se tornou um exemplo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia "( I Tessalonicenses 1:5-7. ).

O caminho da humildade não é o caminho do mundo. É, especialmente, não é a escolha de seus líderes honrado, que são esperados para levar o melhor de tudo por si. Eles são conferidos os mais altos lugares de honra e respeito, e eles são esperados para ser servido em vez de servir. Jesus descreveu os escribas e fariseus como homens que

amarrar fardos pesados ​​e os põem aos ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo. Mas eles fazem todas as suas obras para serem notadas por homens;para eles alargar os seus filactérios e alongam as borlas das suas vestes. Eles amam o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e de ser chamados Rabi pelos homens. ( Mateus 23:4-7. ; cf. 20: 25-28 para uma atitude semelhante Gentil)

A maioria dos judeus da época de Jesus, incluindo os Doze para a maior parte de seu ministério, espera a vinda do Messias como uma conquista, reinante, e muito honrada libertador. Como os judeus, se os cristãos foram de alguma forma por si só de imaginar um plano para a encarnação do Filho de Deus, que, sem dúvida, seria de esperar que Ele fosse nascido em uma família proeminente e assistir às melhores escolas. Ele estaria cercado pelas mentes mais brilhantes e ajudantes mais capazes e viver em esplendor real, com inúmeros assistentes para fazer o seu lance e satisfazer todas as suas necessidades e quer. Ele teria proteção constante de perigo físico e de crítica destrutiva. E ele merece tudo isso.
Mas esse não era o caminho de Deus. Seu único Filho nasceu na mais humilde das famílias no mais humilde dos lugares. Nos olhos daqueles que o cercam, inclusive sua própria família e amigos, ele viveu uma vida corriqueira. Os doze homens que Ele escolheu para serem seus apóstolos eram, com a possível exceção de Mateus, os homens comuns, com pouca educação, habilidades, ou posição. Ele submeteu a cada humilhação e indignidade de seus inimigos e se recusou a se defender. O maior de todos tornou-se o mais baixo de todos.
Obviamente, os crentes não podem seguir o exemplo de Cristo da divindade, encarnação, a perfeição moral e espiritual, milagres, ou obra redentora. Mas eles são ordenados a seguir o seu exemplo de humildade, como expressa em Sua encarnação. Em contraste marcante com os escribas e fariseus amantes de glória, Jesus ordenou aos seus seguidores a não

ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. Não ninguém na terra chameis vosso pai; porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não ser chamados de líderes;porque um só é o vosso Líder, isto é, Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem se exaltar será humilhado; e quem se humilha será exaltado. ( Mateus 23:8-12. )

Como ele expôs exemplo eticamente impecável Jesus de humildade, Paulo também narrou teologicamente a descida do Filho de Deus do céu à terra, descrevendo a posição exaltada que ele deixou, em seguida, apresentando uma série de passos para baixo, de que a glória e honra de em constante aumentando indignidade. Estas categorias paralelas serão tratadas em conjunto em relação a cada uma das fases descendentes mencionados nesta passagem.

O Exaltado Posição Jesus Esquerda

pois ele, subsistindo em forma de Deus, ( 2: 6 a)

Passo humilhante de Jesus era descendente a partir da posição exaltado visto na verdade de que Ele, subsistindo em forma de Deus. Tanto antes, durante e depois da sua encarnação, Ele era, por sua própria natureza, plena e eternamente Deus. Existido traduz um presente particípio ativo do verbo composto huparchō , que é formado a partir hupo ("em") e Arche ("início") e denota a continuação de um estado ou existência anterior. Ele salienta a essência da natureza de uma pessoa, o que é absolutamente inalterável, inalienável e imutável. William Barclay comenta que o verbo se refere a "que parte de uma [pessoa] que, em quaisquer circunstâncias, continua a ser o mesmo" ( As Cartas aos Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses. Rev. ed. [Louisville, Ky .: Westminster, 1975], 35).

Jesus Cristo eternamente e imutavelmente existiu, e será para sempre continuar a existir, sob a forma de Deus. morphe ( forma ) refere-se à manifestação externa de uma realidade interior. A idéia é que, antes da Encarnação, de toda a eternidade passada, Jesus preexistido no divino forma de Deus, igual a Deus , o Pai de todas as maneiras. Por sua própria natureza e do ser inata, Jesus Cristo é, sempre foi, e sempre será totalmente divina.

A palavra grega esquema também é muitas vezes traduzida como "forma", mas o significado é bem diferente da de MORPHE . Como Barclay aponta,

MORPHE é a forma essencial que nunca se altera; esquema é a forma exterior que muda ao longo do tempo e da circunstância para circunstância. Por exemplo, o essencial MORPHE de qualquer ser humano é a humanidade e isso nunca muda; mas o seu esquema está em constante mudança. Um bebê, uma criança, um menino, um jovem, um homem de meia-idade, um velho homem sempre tem a MORPHE da humanidade, mas a ida esquema muda o tempo todo. ( Filipenses, 35-36)

Aos Colossenses, Paulo expressa a verdade da divindade de Cristo, com estas palavras: "Ele [Jesus Cristo] é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação" ( Cl 1:15 ). Falando de Cristo, João abriu seu evangelho com a declaração: "No princípio era o Verbo, eo Verbo estava com Deus, eo Verbo era Deus, Ele estava no princípio com Deus ... E o Verbo se fez carne, e. habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade "( João 1:1-2 , Jo 1:14 ). Jesus disse de si mesmo: "Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou" ( Jo 8:58 ), e depois orou: "Agora, Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo foi ... Pai, quero que eles também, que me tens dado, estejam comigo onde eu estiver, para que vejam a minha glória que me deste, para me amaste antes da fundação do mundo "( 17: 5 , 24 ). O escritor de Hebreus nos lembra que Deus "nestes últimos dias falou-nos no seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. E Ele é o resplendor da glória ea expressão exata do Sua natureza, e sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder "(Hebreus 1:2-3. ).

À luz da realidade profunda da plena divindade e descomprometido de Jesus, Sua encarnação foi a mais profunda humilhação possível. Para ele mudar de qualquer maneira ou em qualquer grau, ainda que temporariamente, por decreto divino de Seu Pai, exigido descida. Por definição, a abandonar a perfeição requer uma tomada em algum tipo de imperfeição. No entanto, sem abandonar ou de alguma forma diminuir Sua divindade perfeito ou sua santidade absoluta, de uma forma que está muito além da compreensão humana, o Criador tomou a forma do criado. O Infinito tornou-se finito, o Inocente tomou sobre Si o pecado. O coração do evangelho da redenção é que o Pai "fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus em Cristo" ( 2Co 5:21 ). Apesar de que a verdade do evangelho infinitamente maravilhosa e cardinal é impossível compreender, é preciso acreditar.

O exemplo para aqueles que têm fé salvadora em Cristo é clara. Por causa de sua relação com Cristo, eles têm uma posição especial e privilégio diante de Deus. Através de Cristo, eles são filhos de Deus. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" ( Jo 1:12 ); e porque eles são seus filhos ", quando ele aparece, [eles] vai ser como Ele, porque [eles] vai vê-lo como ele é" ( 1Jo 3:2 ). Os crentes são habitados por Jesus Cristo ( Ef 3:17. ) e pelo Espírito Santo ( Jo 14:17 ; Rm 8:9 ; 2Tm 1:142Tm 1:14. ). Enquanto na terra, eles são os templos vivos de Deus ( 1Co 6:19 ) e "embaixadores de Cristo" ( 2Co 5:20 ). Eles foram divinamente "abençoado ...com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo," escolhido "nele antes da fundação do mundo," predestinada "para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo" ( Ef. 1: 3-5 ). Eles são "predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho" ( Rm 8:29 ), "chamados segundo o seu propósito, ... justificada", e um dia será glorificado ( 08:28 , 30 ). Eles são "pedras vivas, ... edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis ​​a Deus por Jesus Cristo ... uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus "( 1Pe 2:5 ; cf. Ap 1:6 ; Ap 20:6. ; Gl 4:5. ; cf. João 7:53-8: 1 ) e ordena a Seus seguidores para "tomar o meu jugo sobre vós e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração" ( Mt 11:29. ). Não é por acaso que a primeira bem-aventurança diz: ("Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus" . Mt 5:3 ; Jo 10:30 , Jo 10:38 ; Jo 14:9 ), sua "autoridade sobre toda a carne "e poder" dar a vida eterna "( Jo 17:2 ). Mas isso teria frustrado o plano de Seu Pai, com o qual Ele concordou plenamente, e Ele não faria isso. Embora Ele era, sem dúvida, muita fome depois de jejuar por quarenta dias no deserto, ele se recusou a transformar pedras em pão para alimentar Ele mesmo ( Mt 4:3-4. ).No entanto, Ele graciosamente multiplicou os pães e peixes para a multidão faminta pode ser alimentado ( Marcos 6:38-44 ; 8: 1-9 ).

É essa atitude de doação altruísta de si mesmo e de suas coisas, poder e privilégios que devem caracterizar todos os que pertencem a Cristo. Eles devem estar dispostos a afrouxar o seu controle sobre as bênçãos que eles têm, que têm unicamente por causa dele. Os cristãos são separados do mundo como filhos de Deus e co-herdeiros com Jesus Cristo. No entanto, eles não devem agarrar esses privilégios e bênçãos. Em vez disso, como seu Senhor, eles devem mantê-los livremente e estar disposto a sacrificá-los todos para o benefício dos outros.

Segundo Passo

mas esvaziou-se, ( 2: 7 a)

Na próxima etapa, para baixo, Jesus continuou a não se apegar às Suas prerrogativas divinas. Em vez disso, Ele se esvaziou. A conjunção grega alla ( mas ) significa "não este, mas que," indicando um claro contraste de idéias. Embora Ele estava absolutamente "completo" da divindade, por assim dizer, Ele esvaziou-se de todas as suas prerrogativas. Esvaziado é de kenoō , o que significa esvaziar completamente. É traduzida como "anulada" em Rm 4:14 e "anulada" em 1Co 1:17 . Jesus Cristo esvaziou-se completamente de qualquer vestígio de vantagem e um privilégio, recusando-se a valer qualquer direito divino em seu próprio nome. Aquele que criou e possuíam tudo abandonaram tudo.

Ela deve ser sempre mantido em mente que Jesus esvaziou-se apenas de certos aspectos da sua prerrogativas da divindade, e não de Sua própria divindade. Ele nunca foi nada, e nunca vai ser nada, mas totalmente e eternamente Deus, como Paulo teve o cuidado de estado no verso anterior. Todos os quatro evangelhos deixam claro que ele não abandonou o seu divino poder de realizar milagres, de perdoar os pecados, ou para conhecer as mentes e os corações das pessoas. Tivesse Ele deixou de ser Deus (uma impossibilidade), Ele não poderia ter morrido pelos pecados do mundo. Ele teria morrido na cruz e permaneceu na sepultura, sem poder para vencer o pecado ou a morte. Como comenta RCH Lenski, "mesmo no meio de sua morte, ele tinha que ser o poderoso Deus, a fim de sua morte para conquistar a morte" ( A Interpretação das Epístolas de São Paulo aos Gálatas, aos Efésios, e aos Filipenses [Minneapolis: Augsburg, 1961], 782). Outro estudioso, Bispo Handley CG Moule, escreve:

O que quer que se entende por "fez-se vazio" [esvaziou-se], eauton ekenosen , que descreve sua encarnação aqui, uma coisa que nunca poderia dizer-a " kenosis ", o que poderia prejudicar ou distorcer a sua aptidão absoluta para guiar e nos abençoe quem Ele veio para salvar. Isso [esvaziamento] O colocou de fato sobre o nível da criatura em relação a realidade da experiência humana do crescimento e capacidade humana de sofrimento. Mas nunca, nem por um momento fez isso, pode-lo, torná-lo diferente do mestre absoluto e infalível e Guia de Seus remidos. ( Filipos Estudos [Londres: Pickering & Inglis, nd], 99)

O Filho de Deus se esvaziou de cinco direitos divinos. Primeiro, Ele temporariamente despojou-se da sua glória divina. Pouco antes de ser preso, Jesus levantou "os olhos ao céu" e implorou: "Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a Você ... Agora, Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com o glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse "( Jo 17:1 ; cf. v. 24 ). O Filho de Deus deixou o culto dos santos e anjos no céu e submetidos a mal-entendidos, desmentidos, incredulidade, falsas acusações, e todo tipo de injúria e perseguição por homens pecadores. Ele desistiu de todo o brilho de brilho do céu para sofrer uma morte agonizante e ignominiosa na cruz.

Não é que ele perdeu sua glória divina, mas sim que ela foi velado, escondido em sua humanidade ( Jo 7:5 ; cf. 2 Cor. 4: 4-6 ) do ponto de vista dos homens. Vislumbres dela foram vistos em seus muitos milagres, em suas palavras cheias de graça, na atitude humilde que Paulo aqui chama Seus seguidores a imitar, e, certamente, no seu sacrifício final para o pecado na cruz. Foi breve e parcialmente manifestado a Pedro, Tiago e João no Monte da Transfiguração ( Lucas 9:31-32 ; cf. 2 Pedro 1: 16-18 ). Mas não foi testemunhado novamente até sua ressurreição e ascensão, e em seguida apenas por aqueles que lhe pertencia.

Em segundo lugar, Jesus esvaziou-se da autoridade divina independente. A operação da Trindade é, naturalmente, um grande mistério. Dentro da Divindade há perfeita harmonia e concordância de todas as maneiras possíveis e para cada grau possível. Jesus indicava claramente a Sua plena igualdade com o Pai, quando declarou: "Eu eo Pai somos um" ( Jo 10:30 ; cf. Jo 17:11 , Jo 17:21 ). No entanto, Ele tão claramente declarou durante sua encarnação que "não posso fazer nada por mim mesmo Como eu ouço, julgo;. E meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou "( Jo 5:30 ), e "Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" ( Jo 6:38 ). Enquanto ensinando no templo, Jesus disse: "Vós conheceis-me e saber de onde eu sou, e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, o qual você não sabe que eu o conheço, porque eu sou. Dele, e ele me enviou "( João 7:28-29 ). No Jardim do Getsêmani, na noite em que foi traído e preso, ele confessou três vezes: "Meu Pai, se é possível, deixe este cálice de mim"; ainda Ele seguiu cada solicitação com o submisso, "ainda não seja como eu quero, mas como tu queres" ( Mt 26:1 ).

Em quarto lugar, Jesus esvaziou-se de suas riquezas eternas. "Por amor de ti se fez pobre", Paulo explica, "para que pela Sua pobreza nos tornássemos ricos" ( 2Co 8:9 ). Essa era a vontade do Pai, que Jesus veio para cumprir e orou seria feito. No entanto, mesmo a breve separação do Seu Pai causado por sua sinbearing fez com que Ele a chorar "com grande voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? isto é, "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?" ( Mt 27:46 ). Foi a perspectiva incrivelmente horrível de ser alienada de seu pai e tendo pecado que lhe tinha causado mais cedo para as gotas de suor de sangue em grande agonia, sendo "profundamente entristecido, ao ponto da morte" ( Lc 22:44 ; Mt 26:38. ). Assim como Jesus 'doação obediência fez com que Ele agradável ao Pai ( Mt 3:17 ), o mesmo acontece com os crentes 'doação obediência tornam agradável a Ele ( 25:21 , 23 ). O crente humilde é consciente de seus direitos e privilégios como filho de Deus, mas se recusa a se agarrar a eles. Ele esvazia-se de todas as alegações de quaisquer benefícios terrenos que esses direitos e privilégios podem parecer mérito.

Terceiro Passo

tomando a forma de um servo, ( 2: 7 b)

Na próxima declaração de sua descida, como Ele esvaziou ainda mais a Si mesmo, Jesus abandonou os plenos direitos de soberania por tomar a forma de um servo-bond, um escravo. Embora tivesse o inerente morphe ( forma ) de Deus ( v. 6 ), Ele voluntariamente tomou sobre Si a forma ( morphe ), a própria essência e natureza, de um servo. Com a mesma certeza e totalmente como Ele "já existia em a forma [ morphe ] de Deus ", Ele já existia na forma de um servo. Ele não se limitou a colocar em roupa de um escravo, por assim dizer; Ele, na verdade, tornou-se um escravo no sentido mais pleno.

doulos ( servo ) nada de propriedade, nem mesmo as roupas do corpo. Tudo o que ele tinha, inclusive sua vida, pertencia a seu mestre. Jesus fez possui suas próprias roupas, mas não possuiu terra ou casa, sem ouro ou jóias. Ele era dono de nenhuma empresa, nenhum barco, e nenhum cavalo. Ele teve que pedir emprestado um burro quando Ele entrou em Jerusalém no Domingo de Ramos, pedir um quarto para a Última Ceia, e até mesmo foi enterrado em um túmulo emprestado. Ele se recusou qualquer propriedade, quaisquer vantagens, qualquer serviço especial para si mesmo. Em relação a Sua glória, o Rei dos reis e Senhor dos senhores tornou-se de bom grado o servo dos servos. Aquele que "estava no princípio com Deus" e por meio de quem "todas as coisas foram feitas" ( João 1:2-3 ) reivindicou como seu próprio nada que Ele havia criado. Entre outras coisas, um servo era obrigado a carregar fardos de outras pessoas. Como o supremo servo, Jesus carregou o fardo que nenhum outro homem poderia realizar, pelo pecado fardo para todos os que crêem. Como Isaías revelou: "O Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos a cair sobre Ele" ( Is 53:6. ). Poucos dias depois, durante a Última Ceia, Ele perguntou aos discípulos retoricamente: "Quem é maior, aquele que reclina na mesa ou o que serve? Não é aquele que reclina na mesa? Mas eu estou entre vocês como aquele que serve "( Lc 22:27 ).

Por meio de Sua oferta de salvação, Jesus serviu aos outros de forma mais completa do que qualquer outro servo ou escravo que já viveu. Mas ele também era um exemplo de servidão para os seus discípulos a seguir. Ele lhes lembrou que "um discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu mestre" ( Mt 10:24 ), e que, "se eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés, também vós deveis lavar pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo de que você também deve fazer o que eu fiz com você. Na verdade, em verdade vos digo que, um escravo não é maior que seu senhor, nem é aquele que é enviado maior do que aquele que enviou-lhe Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las "(. 13 14:43-13:17'>João 13:14-17 ). Ele declarou que "o maior entre vós será vosso servo" ( Mt 23:11 ). No entanto, depois de terem feito fielmente "todas as coisas que são comandados", os cristãos devem tomar nenhum crédito para si, mas sim confessar com humildade genuína: "Somos escravos inúteis, temos feito apenas o que deveríamos ter feito" ( Lc 17:10 ).

Passo Quatro

tornando-se em semelhança de homens. ( 2: 7 c)

Continuando o seu movimento descendente, Jesus foi . se em semelhança de homens Deus fez -Lo, assim, por sua concepção milagrosa e nascimento virginal ( Lucas 1:30-35 ). Homoiōma ( semelhança ) refere-se ao que é feito para ser como qualquer outra coisa, não apenas na aparência (cf. v. 7 ), mas na realidade. Jesus não era um clone, um alienígena disfarçado, ou simplesmente alguns fac-símile razoável de um homem. Ele tornou-se exatamente como todos os outros seres humanos, tendo todos os atributos da humanidade, um homem genuíno entre os homens. Ele era tão obviamente como os outros seres humanos que mesmo a sua família e os discípulos não teria sabido de sua divindade não tinha os anjos ( Matt. 1: 20-21 ; Lucas 1:26-35 ; 2: 9-11 ), Deus Pai ( Mt 3:17. ; Mt 17:5 ; 14: 1-4 ; 13 43:16-15'>16: 13-15 ; 17: 1-26 ) revelou a eles. E apesar de seus inúmeros milagres, Seus inimigos rejeitou a idéia de Sua divindade fora de mão. Em seus olhos, Ele não só era meramente humano, mas o menor tipo de ser humano, um blasfemador ( Jo 5:18 ; Jo 10:33 ).

É importante entender que Jesus não se tornou o segundo ou o último, Adão ( 1Co 15:45 ), no sentido de ser como antes da queda da humanidade. Pelo contrário, na encarnação, Ele tomou sobre Si todas as fragilidades, limitações, problemas e sofrimento que eram a herança do Fall, suportando todas as suas terríveis conseqüências terrenas.

Sem um pai humano, Jesus foi "nascido de mulher" ( Gl 4:4 ) e, como qualquer criança humana, Ele precisava de atenção e cuidado dos pais amorosos ( Lucas 2:40-51). Exceto em grau, Ele cresceu e se desenvolveu como as outras crianças ", crescendo em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens" ( v. 52 ). Ele ficou com fome e sede, sofreu a dor, e sentiu tristeza. Assim como os outros homens, Ele tornou-se cansado e fraco e precisava dormir. "Uma vez que os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas" ( He 2:14. ); E embora ele estava completamente sem pecado pessoal, Ele, no entanto, foi "tentado em todas as coisas como nós somos" ( He 4:15. ; cf. Mt 4:1-11. ). Como o escritor explicado anteriormente, foi porque "Ele mesmo foi tentado em que Ele sofreu, [que] Ele é capaz de vir em auxílio daqueles que são tentados" ( He 2:18 ).

Porque Jesus foi "em semelhança da carne do pecado" ( Rm 8:3 ; Lc 7:47 ) e reconheceu a propriedade do seu ser adorado como o Filho de Deus ( Mt 28:17 ; Jo 9:38 ), Ele não pediu ou aceitar qualquer privilégio especial ou de honra como homem. Na maior humildade concebível, Ele viveu e não agiu apenas como um homem entre os homens, mas como um servo dos servos. Ele tomou o seu lugar entre as pessoas comuns (cf. 1 Cor. 1: 26-29 ).

Passo Cinco

, Achado na forma de homem, ( 2: 8 a)

A descida continuou com Jesus , achado na forma de homem, o avanço da verdade que Ele foi "feito à semelhança dos homens." Depois de ter sido feito um verdadeiro ser humano pelo poder divino através da concepção virginal, Cristo foi encontrado, ou reconhecido, como um homem por quem viu e observou-o durante sua encarnação. esquema ( aparência ) é a fonte da palavra Inglês "esquema. "Ao contrário MORPHE ("forma" . vv 6-7 ) e homoiōma ("semelhança" . v 7 ), que referem-se a essência e natureza básica, esquema refere-se a forma ou a forma exterior; não para a realidade, mas aaparência. Jesus sofreu, e ainda sofre, a humilhação adicional de ser considerado um mero homem. Paulo usou a palavra para falar de "a forma ( esquema ) deste mundo [que] está passando "( 1 Cor . 07:31). Tanto Paulo quanto Pedro usou uma forma negativa composto ( suschēmatizō ) nos crentes advertindo para "não vos conformeis com este mundo" ( Rm 12:2 ).

Como Isaías tinha previsto cerca de setecentos anos antes, o Messias "Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens, homem de dores e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum" ( Is 53:3 ). Infelizmente, "nem mesmo seus irmãos criam nele" ( Jo 7:5 ), e "Para um bom trabalho nós não fazemos pedra Você, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes por ser Deus "( Jo 10:33 ). Ainda outros acusaram de ter um demônio ( Jo 7:20 ; Jo 8:48 ).

Sexto passo

Ele se humilhou ( 2: 8 b)

Dando continuidade a essa descrição profunda da descida de Cristo, Paulo diz que Jesus se humilhou. A ênfase aqui se move da natureza e forma de Jesus para que a sua atitude pessoal. Ele não foi apenas humilhado pela natureza e as circunstâncias da sua encarnação. humilhou traduz tapeinoō , que tem a idéia de que encontra-se baixo. Jesus baixou mesmo , não só em relação a Deus, mas também a outros homens.

O momento mais dramático e comovente de auto-humilhação de Jesus foi durante a sua prisão, julgamento e crucificação. Ele foi ridicularizado, acusado falsamente, cuspido, batido com os punhos, açoitado, e teve parte de sua barba dolorosamente arrancado. No entanto, Ele nunca foi defensiva, nunca amargo, nunca exigente, nunca acusando. Ele se recusou a fazer valer os seus direitos como Deus ou até mesmo como um ser humano.
Vendo as implicações éticas dessa humilhante, Paulo Rees perceptivelmente escreveu:
Olhe para Ele, este incrível Jesus! Ele está ajudando José fazer um jugo na loja que pouco do carpinteiro de Nazaré. Este é o único que, além de sua auto-esvaziamento, poderiam muito mais facilmente fazer um sistema solar ou uma galáxia de sistemas.
Olhe para ele de novo! Vestido como um escravo, com toalha e bacia para Seu equipamento servil, Ele está banhando os pés de alguns amigos dele que, mas por sua belicosidade, deveria ter sido lavandoSeus pés ...

"'Ele humilhou-se!" "Não se esqueça disso", grita Paulo para esses queridos amigos dele em Filipos. "Não se esqueça disso quando o menor impulso surge para se tornar auto-afirmação e auto-seeking, e assim quebrar o vínculo da sua comunhão com ! uns aos outros "( O Man Adequada: Paulo em Filipenses [Westwood, NJ: Revell, 1954], 45-46)

Passo Sete

, tornando-se obediente até a morte, ( 2: 8 c)

Em Sua pisar descendente, Jesus estava disposto a sofrer humilhação e degradação até mesmo para tornar-se obediente até à morte. Sua obediência e seu impacto sobre a redenção é o tema de Romanos 5:12-19 , onde o pensamento chave é "através da obediência de um só, muitos se tornarão justos "( v. 19 ). Ralph Martin observa com perspicácia que

Sua obediência é um sinal certo de sua divindade e autoridade, para ... apenas um ser divino pode aceitar a morte como obediência, para homens comuns, é uma necessidade. Ele sozinho como o Filho obediente do Pai poderia escolher a morte como seu destino; e Ele fez isso por causa de seu amor, um amor que foi dirigido tanto ao propósito redentor de seu pai e também para o mundo em que Ele veio."Eu venho para fazer a tua vontade" ( Heb. 10: 7F .) foi o lema de texto de toda a sua vida. ( A Epístola de Paulo aos Filipenses. Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 102. itálico no original).

Alguém poderia pensar que em algum lugar menos do que o sacrifício final Ele teria dito: "Basta!" Mas Sua apresentação perfeita, tomando-o todo o caminho até a morte, porque essa era a vontade do Pai.Mesmo em agonia, como Ele implorou a Deus no jardim, "Meu Pai, se é possível, deixe este cálice de mim", ele reconheceu que, para evitar a crucificação não era possível dentro da vontade do Pai como Ele continuou a orar ", ainda não como eu quero, mas como tu queres "( Mt 26:39 ). Compromisso com a vontade de Deus era a Sua vontade.

Falando de que o tempo de cortar o coração, o escritor de Hebreus diz do Senhor: "Nos dias de Sua carne, Ele ofereceu-se ambas as orações e súplicas, com forte clamor e lágrimas, Àquele capaz de salvá-lo da morte, e Ele era ouvido por causa da sua piedade ". No entanto, como ele passa a explicar, "embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu. E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se a todos aqueles que Lhe obedecem fonte de salvação eterna" ( Heb. 5 : 7-9 ; cf. He 10:7 ). Pedro veementemente opôs-se de Jesus previsão clara de Sua iminente e necessária a morte e foi fortemente repreendido: "Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: 'Deus não permita isto, Senhor Este nunca deve acontecer com você!'. Mas Ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás Você é uma pedra de tropeço para mim, porque você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem! '" ( Mt 16:22-23. ). Porque a mente de Jesus foi criado inteiramente em interesses de Deus, não do homem ou o seu próprio, Ele voluntariamente e de bom grado tornou-se obediente até à morte. "Enquanto ainda éramos fracos, no momento certo, Cristo morreu pelos ímpios" ( Rm 5:6 ). Ele foi ordenado pelo Pai, mas não obrigado. Como o amor encarnado, Ele tornou-se o exemplo perfeito da verdade que Ele mesmo havia declarado: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" ( Jo 15:13 ).

Passo Oito

e morte de cruz. ( 2: 8 d)

No recurso finais de sua descida e degradação, Jesus apresentou mesmo [para] e morte de cruz. Havia muitas maneiras pelas quais ele poderia ter sido morto. Ele poderia ter sido decapitado, como João Batista era, ou apedrejada ou enforcada. Mas Ele estava destinado não apenas para qualquer tipo de morte, mas para a morte na cruz.

A crucificação é talvez a forma mais cruel, extremamente doloroso e vergonhoso de execução jamais concebida. Foi originalmente desenvolvido pelos antigos persas ou fenícios e mais tarde aperfeiçoadas pelos romanos. Foi reservada para os escravos, o menor de criminosos e inimigos do Estado. Nenhum cidadão romano podia ser crucificado, não importa o quão egrégio seu crime. Em seu livro A Vida de Cristo, Frederick Farrar descreve a crucificação como segue:

A morte por crucificação parece incluir toda essa dor e da morte pode ter de a cãibra horrível e medonho-tontura, sede, fome, falta de sono, febre traumática, a vergonha, a publicidade de vergonha, duradouras de tormento, horror de antecipação, a mortificação de feridas-todos destinados intensificado até o ponto em que eles podem ser suportado em tudo, mas tudo apenas evitando a ponto de dar ao doente o alívio da inconsciência ... A posição não natural feito cada movimento doloroso; as veias e tendões dilacerados esmagados pulsava com incessante angústia. (Vol 2 [New York: EP Dutton, 1877]., 403-4)

Os judeus consideravam a crucificação de ser uma forma de suspensão, e aqueles que foram pendurados de ser amaldiçoado por Deus. A lei exigia que "cadáver de um homem não deve pendurar toda a noite no madeiro, mas certamente o enterrá-lo no mesmo dia (para aquele que é pendurado é maldito de Deus), de modo que você não contaminar sua terra que o Senhor teu Deus te dá por herança "( Dt 21:23). Por essa razão, a idéia de um Messias crucificado era um obstáculo intransponível para judeus incrédulos ( 1Co 1:23 ). Como Pedro, eles não podiam sequer conceber o Messias ser condenado à morte, muito menos ser condenado à morte por um ignominioso, horripilante, humilhante, e maldito e morte de cruz. A maldição de Dt 21:23 significava estar fora da aliança de Deus, banido do seu povo e sua bênção. Mas Jesus suportou a maldição para os crentes para trazê-los para Deus e para a glória.

Mas no plano perfeito de Deus, a crucificação de Seu Filho não apenas aceitável, mas obrigatória. "Cristo nos resgatou da maldição da lei", Paulo explica, "fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro" ( Gl 3:13 ). Como Pedro declara: "Ele mesmo os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" ( 1Pe 2:24 ). Na sabedoria infinita de Deus, e morte de cruz era a única forma de redenção para caído, pecador e humanidade condenado. A crucificação era sangrenta, como foram os sacrifícios do Antigo Testamento que prefigurou-lo. Sacerdotes no serviço do templo eram açougueiros, sangue-respingado em seu dever. O Cordeiro de Deus também seria uma morte sangrenta.

Depois de refletir sobre o plano divino de salvação para os primeiros onze capítulos de Romanos, Paulo declarou em respeito e admiração: "Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus Quão insondáveis ​​são os seus juízos e inescrutáveis ​​os seus caminhos! " ( Rm 11:33 ).





9.  A exaltação de Cristo ( Filipenses 2:9-11 )

Por esta razão, também, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. ( 2: 9-11 )

Quando um muçulmano, com quem ele estava falando desprezado Cristo, o missionário do século XIX, Henry Martyn declarou que não poderia suportar existência, se Jesus fosse sempre desonrado (Constance E. Padwick, Henry Martyn [Chicago: Moody 1980], 225-26 ). Sua atitude é uma reminiscência de Davi, quando ele declarou que "as injúrias dos que reprovam 5ocê caíram sobre mim" ( Sl 69:9 . A mensagem do evangelho não está completo para além destas realidades monumentais.

Foi por causa de "o gozo que lhe" que Cristo ", suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" ( He 12:2 ).

Em 2: 1-4 , Paulo estabelece que o resultado prático de crentes seguem o exemplo do Senhor da humildade é a unidade na igreja.

Se há alguma exortação em Cristo, se houver alguma consolação de amor, se há alguma comunhão do Espírito, se houver afeição e compaixão, completem a minha alegria por ser da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito , com a intenção de uma Proposito. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas com humildade de espírito que diz respeito uns aos outros como mais importante do que a si mesmos; não apenas olhar para os seus próprios interesses pessoais, mas também para os interesses dos outros.

A humildade é a chave para a unidade na igreja para a qual o apóstolo está tão fortemente atraente. É a chave para os crentes para ser verdadeiramente um em Jesus Cristo como Ele é um com o Pai ( Jo 17:21 ).

Neste dia de orgulho arrogante, auto-amor e auto-promoção, mesmo entre muitos cristãos professos, é importante compreender que "quem se exalta será humilhado" ( Mt 23:12 ). O fariseu hipócrita que orou: "Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas:. Roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana, eu pago o dízimo de tudo que eu tenho, "foi apenas" Oração ... para si mesmo, "não a Deus ( Lucas 18:11-12 ). Porque ele se exaltou, Deus iria humilhá-lo ( v. 14 ). Tão certo como Deus "dá graça aos humildes," Ele "se opõe ao orgulhoso" ( 1Pe 5:5. ; cf. Lc 14:11 ; Lc 18:14 ). Ecoando esse princípio, Tiago disse: "Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" ( Jc 4:10 ); e Pedro escreveu: "Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo devido" ( 1Pe 5:6 não é simplesmente uma imagem da humilhação e exaltação do Filho de Deus. É também uma ilustração profunda de um princípio divino que traz bênção imensurável para servos obedientes e humildes de Deus. Pela graça incomparável de Deus, assim como eles se humilharam com Cristo, eles também serão glorificados com Ele. "A glória que me deste", disse Jesus, "Eu dei a eles, para que eles sejam um, como nós somos um" ( Jo 17:22 ).

A verdade central deste hino, como neste epístola e todo o Novo Testamento, é o senhorio soberano augusto de Cristo. Paulo começa Filipenses, proclamando-se e Timóteo a ser "servos de ... o Senhor Jesus Cristo" ( 1: 1-2 ), e ele termina a passagem ao declarar que um dia "toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor "( 2:11 ). Essa verdade fundamental do evangelho será desenvolvido mais adiante neste capítulo.

A exaltação de Jesus Cristo está em nenhum lugar mais belamente retratada do que no primeiro capítulo de Hebreus.

Nestes últimos dias [Deus] falou-nos no seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. E Ele é o resplendor da glória ea expressão exata de sua natureza, e sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder. Quando Ele tinha feito a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas ... E quando Ele mais uma vez traz o Primogênito no mundo, Ele diz: "E todos os anjos de Deus o adorem.". .. Mas do Filho diz: "O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e o cetro justo é o cetro do seu reino." ( Hebreus 1:2-3. , He 1:6 , He 1:8 ; cf. v . 13 )

Nos últimos dias, apenas o Filho exaltado de Deus, Jesus Cristo, será digno de receber o livro da mão direita do Pai e abri-lo ( Ap 5:1-7 ). Este livro, que pode ser chamado de o título de propriedade para o universo, delineia legítima herança de toda a criação, o que Ele fez e sobre a qual Ele governará por toda a eternidade de Cristo (cf. Ap 11:15 ). Não admira que Paulo exultou: "Porque dele, e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém" ( Rm 11:36 ).

O humilde, Salvador encarnado foi exaltado como o Senhor Todo-Poderoso e soberano. Por causa disso, os crentes têm a garantia de que a sua redenção é certa e que o seu lugar no céu está garantido para sempre. Ele está também a ser obedecido como divino Senhor, e honrado e adorado por todo o tempo e eternidade.
No segundo semestre deste hino, Paulo apresenta quatro aspectos da exaltação do Filho do Pai: a fonte ( 2: 9 a ), o título ( 2: 9 b ), a resposta ( 2: 10-11 a ), e o efeito ( 02:11 b ).

A fonte da exaltação de Cristo

Por esta razão, também, Deus o exaltou soberanamente, ( 2: 9 a)

Por esta razão remete à humilhação de Jesus descrito em versos 6:8 . Sua exaltação era "o gozo que lhe" para que Ele voluntariamente suportou a cruz, desprezaram a vergonha, sofreu a hostilidade dos pecadores, e estava sentado "à destra do trono de Deus" ( Hebreus 12:2-3. ). O caminho para a exaltação é sempre através de humilhação. Se esse princípio era verdade para o Filho de Deus, quanto mais é verdade para seus seguidores?

Altamente exaltado traduz o verbo composto huperupsoō , composto por huper (over) e hupsoō (para levantar, ou levante). Deus levantou Seu Filho amado na área mais nobre maneira possível. Ele envolveu quatro etapas para cima: a sua ressurreição, sua ascensão, a sua coroação, e sua intercessão.

Em primeiro lugar, Jesus ressuscitou dentre os mortos. Quando as mulheres foram ao sepulcro, onde Jesus havia sido enterrado, o anjo disse-lhes: "Não se surpreender, você está procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado ressuscitou;. Ele não está aqui; eis aqui é o lugar onde o puseram "( Mc 16:6 ; cf. Rm 1:4 ; cf. 13 33:44-13:39'>13 33:39 ). Muitos anos mais tarde, Paulo escreveu que Deus, o Pai "levantada [Jesus] dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais" ( Ef 1:20 ).

O segundo aspecto da exaltação de Jesus do Pai foi Sua ascensão. Quando o Senhor apareceu a Maria Madalena após a Sua ressurreição Ele "disse a ela: 'Pare agarrado a mim, pois eu ainda não subi para o Pai, mas vai a meus irmãos e diz-lhes:" Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus "" ( Jo 20:17 ). Mais tarde, depois de dar as últimas instruções aos onze, no Monte das Oliveiras, "Ele foi levantado, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos" ( At 1:9. ). Como Paulo explicou a Timóteo, Jesus foi "recebido na glória" ( 1Tm 3:16 ).

O terceiro aspecto da exaltação de Jesus foi Sua coroação. Ao dar a Grande Comissão, Jesus proclamou: "Toda a autoridade foi-me dada no céu e na terra" ( Mt 28:18 ). Tendo subido, Jesus "está à direita de Deus, tendo subido ao céu" ( 1Pe 3:22 ). Pedro e os outros depuseram ao Sinédrio que "[Jesus] é aquele que Deus exaltou a Sua mão direita como Príncipe e Salvador, para conceder a Israel o arrependimento e perdão dos pecados" ( At 5:31 ). Como Estevão estava prestes a morrer ", estando cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé à mão direita de Deus, e ele disse: 'Eis que vejo os céus abertos eo Filho do homem em pé à mão direita de Deus "( Atos 7:55-56 ; cf. He 2:9 ).

Do céu, o Senhor Jesus Cristo para sempre reina "muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também na que há de vir", porque o Pai "colocar todas as coisas em debaixo dos pés "( Ef. 1: 21-22 ; cf. Ef 4:10 ; Sl 2:8 ; 1Pe 3:221Pe 3:22 ; Jd 1:25 ; Ap 11:15 ). O fim virá ", quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e poder" ( 1Co 15:24 ).

O quarto e último aspecto da exaltação de Jesus é a Sua posição de honra do Sumo Sacerdote, do qual Ele intercede continuamente para os crentes. Cristo, que morreu e ressuscitou por nós e "que está à direita de Deus ... também intercede por nós" ( Rm 8:34. ; cf. v 26. ). Como crentes grande Sumo Sacerdote, "Ele também é capaz de guardar para sempre os que se aproximam de Deus por meio dele, pois vive sempre para interceder por eles. Porque convinha", o escritor de Hebreus continua a dizer, " para que nós temos um sumo sacerdote tal, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado acima dos céus "( Hebreus 7:25-26. ; cf. He 4:14 ; 5: 1-6 ; He 6:20 ; He 7:21 ; He 9:24 ).

Para a maior parte, a exaltação de Jesus envolveu a restauração do que Ele havia eternamente possuía antes de Sua encarnação. Em Sua oração sacerdotal, Ele implorou: "Agora, Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse" ( Jo 17:5 ). Pedro declarou à Cornelius recém-convertido e sua família que Deus "nos mandou pregar ao povo, e solenemente para testemunhar que este é o único que foi designado por Deus como Juiz dos vivos e dos mortos" ( At 10:42 ; cf. Rm 2:16. ; 2Tm 4:12Tm 4:1 , 25-29 )

Cada crente irá "comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um pode ser recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que ele tem feito, seja bom ou ruim" ( 2Co 5:10 ).

De uma maneira completamente incompreensível à mente humana, Jesus Cristo não apenas se tornou o homem-Deus na encarnação, mas também será para sempre continuar a ser aquilo. Como Sumo Sacerdote, Ele intercede continuamente por todos aqueles que Ele salva. Porque um sacerdote deve representar tanto Deus e os homens, Ele não poderia ter sido crentes Sumo Sacerdote além de Sua se dignar a se tornar um homem. Se Ele nunca tinha sido tocado com os sentimentos de suas enfermidades, incluindo a ser tentado de todas as maneiras como elas são, Ele não poderia ter plenamente identificado com eles e, assim, foi capaz de estimular, fortalecer e encorajá-los em suas tentações ( He 2:18 ; He 9:28 ; 1Pe 2:241Pe 2:24 ).

William Hendriksen descreve convincentemente coroação de Jesus no seguinte comentário:

Ele, que era repreensível em relação à lei divina (por causa do pecado do mundo que repousava sobre ele) trocou esta penal para a relação justa com a lei. Ele, que era pobre tornou-se rico. Ele, que foi rejeitada foi aceite ( Ap 12:5 ). Aquele que aprendeu a obediência tenha entrado após a administração real do poder e da autoridade comprometida com ele.

Como rei, tendo a sua morte, ressurreição e ascensão alcançado e exibido seu triunfo sobre seus inimigos, ele agora tem nas mãos as rédeas do universo, e governa todas as coisas, no interesse da sua igreja (Ef 1:22, Ef 1:23 ). Como profeta ele através de seu Espírito conduz sua própria em toda a verdade. E como sacerdote (High-sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque), ele, com base em sua expiação realizado, não só intercede, mas na verdade vive para sempre para interceder por aqueles que se aproximam de Deus por meio dele ( He 7:25 ) . ( New Testament Commentary: Exposição de Filipenses . [Grand Rapids: Baker, 1962], 114. Os itálicos no original)

O Título de exaltação de Cristo

e lhe deu o nome que está acima de todo nome, ( 2: 9 b)

Agraciado é de charizomai , que transmite a idéia de dar livre e generosamente. O Pai conferiu o Filho o nome que está acima de todo o nome com o amor mais divinamente perfeito. Jesus tão completamente satisfeito o Pai no cumprimento da obra de sua encarnação, na prestação de redenção para os eleitos, para que Ele generosamente lhe concedeu este título exaltado. "Tendo-se tornado como muito melhor do que os anjos", o escritor de Hebreus explica: "Ele herdou mais excelente nome do que eles" ( He 1:4 ). Obviamente Senhor, usado no sentido de autoridade soberana final e comando, classifica sobre todos os outros nomes. Quem é o Senhor está sobre todos os outros, e isso é precisamente o ponto em tão intitulando-o Salvador tem supremacia absoluta e o direito de ser obedecido como divino Mestre.

Na maravilhosa graça de Deus, os crentes não só será co-herdeiros de Jesus Cristo, mas também vão compartilhar seus nomes. Através do apóstolo João, Deus promete: "O que vencer", isto é, todo verdadeiro crente ( I João 5:4-5 ): "Eu o farei coluna no templo do meu Deus, e ele não vai sair com isso mais, e eu escreverei sobre ele o nome do meu Deus, eo nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e meu novo nome "( Ap 3:12 ). Quando eles são glorificados, todos os crentes serão carimbados com o nome de Deus, o Pai ("Meu Deus"), com o nome do céu ("a cidade do meu Deus, a nova Jerusalém"), e com o título supremo de Cristo do Senhor ("O meu novo nome"). Esses nomes irão marcá-los para fora, marcá-los, por assim dizer, como pertencentes a Deus e identificar-se com Ele na forma mais completa e mais íntimo.

A resposta para a exaltação de Cristo

para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, ( 2: 10-11a )

Quando a palavra grega hina ( para que ) é usado com um verbo subjuntivo (como kampsē , se dobrará; e exomologēsētai , vou confessar ) que introduz uma cláusula de propósito. Paulo é, portanto, dizer: "Jesus é dado o nome que está acima de todo o nome para a Proposito que, ou com o resultado que, todo joelho se dobrará, dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confessaráo nome supremo de Jesus Cristo, que é Deus. " É fundamental entender que esta resposta não será o nome Jesus. Uma forma de Josué (que significa "Jeová, ou Javé salva"), Jesus era um nome comum nos tempos do Novo Testamento. É, obviamente, não poderia ser o único, muito menos supremo, nome proposto por Deus como um título de exaltação. É, antes, ao nome de Jesus, isto é, em outro nome (Senhor ) dado a Jesus Cristo em Sua exaltação pelo Pai, que todo o joelho se dobrará e toda língua confessará.

Houve tempo indícios de que o Seu nome supremo seria. Kurios ("senhor") era um termo comum de respeito na época do Novo Testamento, similar à palavra Inglês senhor , mas carregando um grau muito maior de respeito (cf. Matt. 10 : 24-25 ; 18: 27-34 ; Lucas 12:42-47 ). Durante Seu ministério terreno, Jesus foi, por vezes, respeitosamente abordados dessa maneira. Parece provável que alguns daqueles que o chamou de "senhor" não, pelo menos quando se encontrou pela primeira vez dele, considerá-lo a ser mais do que um grande professor (cf. Jo 8:11 ; 9: 35-38 ). Mesmo a compreensão do Doze de sua verdadeira identidade foi gradual e muitas vezes hesitante. E, como o próprio Jesus deixou claro, mesmo chamando-lhe senhor como um reconhecimento de sua divindade não é necessariamente evidência de uma relação salvadora com Ele.

Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor ', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu vai entrar. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? " E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade." ( Mateus 7:21-23. )

Porque os judeus consideravam o nome de Deus santo demais para proferir, eles substituíram o título Senhor no lugar de Seu, nome da aliança pessoal, Javé (ou Jeová ), sempre que ele teria sido falado. (A maioria das traduções para o inglês moderno do Antigo Testamento, portanto, tornar o hebraico YHWH [ Yahweh ] como SENHOR .) Consequentemente, Deus foi chamado tanto Adonai ("Senhor"), um título de autoridade divina, e YHWH (" SENHOR "), referindo— Seu nome da aliança, que tem o significado básico de "eu sou" (cf. 13 2:3-15'>Ex. 3: 13-15 ). Quando a Escritura foi lido, apenas um conhecimento do texto hebraico permitiria um ouvinte para conhecer qual o termo estava envolvido. Na pregação, ensino, ou uma conversa normal, um ouvinte pode julgar apenas pelo contexto.

No presente texto, Senhor , obviamente, refere-se a divindade de Jesus e soberano, autoridade exaltado no mais alto sentido. Ele representa o título divino e nome, bem como todos os direitos divinos, honras e prerrogativas. Em última análise, seja por escolha ou pela força, toda criatura, humana e angélica, vai submeter-se a Jesus Cristo como o divino e exaltado Senhor.

No primeiro ato de homenagem, todo joelho se dobrará, como Isaías profetizou cerca de setecentos anos antes. Por meio dele, o Senhor declarou: "Vire-se para mim e sejam salvos, todos os confins da terra;. Porque eu sou Deus, e não há outro jurei por mim, a palavra saiu de minha boca em justiça e vontade não volte atrás, que a mim se dobrará todo joelho "( Is. 45: 22-23 ). Jesus Cristo é que divino Salvador e Senhor, a quem todo joelho se dobrará.

Aqueles que irá apresentar à autoridade suprema de Jesus Cristo será composta por três grupos. Primeiro serão aqueles que estão no céu, que incluirá os santos anjos e os santos, os crentes redimidos de todas as idades. Esse grupo celeste, é claro, tem sido adorando Jesus Cristo como Senhor (cf. He 1:6 ; Rev. 4: 8-11 ; 5: 8-14 ).

O segundo grupo serão aqueles que estão na terra, redimida e não resgatados. Os remidos continuar sua adoração a Ele que começou quando eles foram salvos. "Quando Ele vier para ser glorificado nos seus santos nesse dia," Ele vai "ser admirado em todos os que creram" ( 2Ts 1:10 ). Nessa mesma época, no entanto, embora a contragosto e no terror, a não resgatados também será forçado a curvar os joelhos diante dele. Ele "[negócio] fora retribuição àqueles que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus, [que então] vai pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da a glória do seu poder "( vv. 8-9 ).

O terceiro grupo que vai adorar o Senhor exaltado serão aqueles que estão debaixo da terra, os anjos caídos e mortos não resgatados que aguardam julgamento final e castigo eterno. Apocalipse 20:11-13 , talvez a passagem mais assustador em toda a Escritura, retrata o destino final do unredeemed:

Então eu vi um grande trono branco, eo que estava assentado sobre ele, de cuja presença a terra eo céu fugiram, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos; e outro livro foi aberto, que é o livro da vida; E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que estavam nele, a morte eo Hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um deles de acordo com as suas obras.

Este terceiro grupo também vai incluir "os espíritos agora na prisão", os demônios já consolidados no abismo, a quem Jesus "foi e fez proclamação" entre Sua morte e ressurreição, pelo qual Ele triunfou sobre eles ( 1Pe 3:19 ; cf . Colossenses 2:14-15 ).

Como Isaías predisse ( Is 45:23 ), na segunda etapa deste culto universal do Filho de Deus exaltado, toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor. glossa ( língua ) é frequentemente utilizado, como aqui, para representar um língua. Não importa o que sua língua, todos os seres humanos e Angelicalal irá declarar o senhorio de Jesus. Os santos anjos, os santos remidos no céu e na terra, e todos os inimigos de Deus na Terra e no Inferno, sempre confinados pelo Seu poder inquebrável que os detém na punição eterna, vai se curvar os joelhos diante de Sua autoridade soberana. Até os demônios malditos, incluindo Satanás, não terá escolha a não ser concordar com e confessar a realidade de que Jesus Cristo é o Senhor.

Exomologeō ( confessará ) é uma forma intensiva de homologeo (a confessar, de acordo com) e refere-se a um processo aberto, declaração pública. Na época sobre a qual Paulo está falando aqui, no entanto, tal confissão não vai levar a salvação, porque essa bênção suprema já terão sido recebidos ou para sempre perdido. Antes da morte ou a volta do Senhor, a promessa é que "se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" ( Rm 10:9. ; cf. Is 45:23 ). Enquanto há tempo, o Salvador continua a chamar homens e mulheres a si mesmo na fé salvadora, a proclamar e recebê-lo de bom grado como Senhor. Paulo se alegrou que tinha "encontrado misericórdia, para que em mim, o principal [dos pecadores], Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna" ( 1Tm 1:16 ) .

No momento do nascimento de Jesus, o anjo anunciou aos pastores que "hoje, na cidade de Davi, tem nascido para você um Salvador, que é Cristo, o Senhor" ( Lc 2:11 ). Jesus disse aos discípulos: "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou" ( Jo 13:13 ), e depois da Ressurreição Tomé confessou como "Meu Senhor e meu Deus!" ( 20:28 ). Em Pentecostes, Pedro proclamou: "Portanto, toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez Senhor e Cristo-este Jesus, que vós crucificastes" ( At 2:36 ; cf. At 10:36 ). Paulo disse aos romanos: "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" ( Rm 10:9 ), e, a fim de ser salvo é necessário para uma pessoa para "confessar ... Jesus como Senhor e, em acredito em [seu] coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos "( Rm 10:9. ; 19: 21-22 ; Lucas 14:25-33 ; Jo 8:31 ; 14: 23-24 ; Jo 15:14 ) .

Jesus é o Salvador para que Ele possa ser o Senhor, e Ele não vai salvar aqueles por quem Ele não pode ser o Senhor. Como mencionado acima, até mesmo verbalmente professam como Senhor, sem permitir que Ele seja o Senhor é inútil. No início de Seu ministério Ele declarou:

Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor ', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu vai entrar. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? " E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade." ( Mateus 7:21-23. ; cf. Lc 6:46-49 )

Jesus não era, é claro, o ensino que faz a justiça-que a salvação vem por meio da obediência, mas que uma profissão de fé que não produz a verdadeira obediência ao Seu senhorio é inútil.
O argumento de que o título Senhor refere-se apenas ao facto de a divindade de Jesus é espúria ao extremo, roubando o termo do seu significado essencial. Por definição, o Senhor indica um mestre, uma autoridade suprema, um soberano. Não só isso, mas a realidade da divindade em si inerente transporta esses mesmos significados. A noção de alguns críticos de "senhorio salvação", que confessar Jesus como Salvador é um ato de fé, enquanto confessando-O como Senhor é uma forma de obras justiça, é um absurdo. Ambas as confissões de poupança são possíveis apenas através do fornecimento gracioso e poder de Deus ( Ef 2:81Co 12:3 ; cf. Jo 14:13 ; Rm 9:5 ; Rm 16:27 ). É um prazer supremo do Pai e do Filho para glorificar o outro. Em Sua oração sacerdotal, Jesus disse: "Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a você ... Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer agora. , Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse "( Jo 17:1 ). Ao longo de toda a eternidade, o Pai vai continuar a dizer do exaltado Senhor Jesus Cristo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3:17. ; cf. Mt 17:5 )

Então, meus amados, assim como sempre obedecestes, não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; ( 02:12 )

Desde os primeiros dias da Igreja, a relação entre o poder de Deus e responsabilidade dos crentes em viver a vida cristã tem sido debatido. É a vida cristã, essencialmente, uma questão de confiança passiva ou da obediência ativa? Ele está fazendo tudo de Deus, tudo obra do crente, ou uma combinação de ambos? Isso não é uma pergunta incomum quando se lida com a verdade espiritual; na verdade, a mesma questão se coloca sobre a própria salvação. Lá que ele está fazendo tudo de Deus, ou é uma exigência, por parte do homem, em resposta ao comando de crer no evangelho? As Escrituras deixam claro que ele envolve tanto a soberania de Deus ea resposta humana. Paulo lembrou aos Efésios: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie" ( Ef 2:8 ). Em Jo 6:44 Jesus declarou: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer"; Ainda At 16:31 comandos, "Crê no Senhor Jesus e serás salvo." A salvação não é pelas obras humanas, mas é sempre por meio da fé pessoal. Outras doutrinas também envolver aparentes paradoxos. Por exemplo, Jesus Cristo é totalmente Deus e totalmente homem, e enquanto a Escritura foi escrita por autores humanos, cada palavra do que foi inspirada por Deus. O evangelho é oferecido a todo o mundo, ainda aplicada somente aos eleitos. Deus eternamente assegura a salvação dos crentes, mas eles são ordenados a perseverar.

Cristãos que tentam conciliar toda doutrina de uma forma humanamente racional são inevitavelmente atraídos para extremos. Para atingir seu objetivo de compreensão completa, sem mistério ou paradoxo aparente, eles enfatizam uma verdade ou aspecto da Palavra de Deus em detrimento de outros, o que, para a mente finita, parecem contradizê-la. Em relação à santificação, a visão que enfatiza o papel de Deus, enquanto praticamente eliminando o envolvimento do crente é muitas vezes referida como quietismo. O extremo oposto é chamado pietismo.
As opiniões quietistas crentes como passivas na santificação. Uma máxima comum é: "Deixe ir e deixar Deus." Outro é: "Eu não posso; Deus pode." Quietismo tende a ser místico e subjetiva, concentrando-se em sentimentos e experiências pessoais. Uma pessoa que está totalmente submetido e dependente de Deus, dizem, será divinamente protegido do pecado e levou a vida fiel. Tentando se esforçam contra o pecado ou a disciplinar-se para produzir boas obras é considerado não só inútil, mas não espiritual e contraproducente.
Um expoente proeminente dessa visão de santificação foi o devoto Quaker Hannah Whithall Smith, cujo livro segredo de uma vida feliz do cristão foi lido por milhões de pessoas. Nele, ela escreve:

O que pode ser dito sobre a parte do homem nesta grande obra, mas que ele deve continuamente se entregar e confiar continuamente? Mas quando chegamos ao lado da questão de Deus, o que é que não pode ser dito quanto à multiplicidade de formas, em que ele realiza o trabalho confiado a Ele? É aqui que o crescimento vem em O pedaço de barro nunca poderia se transformar em um belo vaso se ele esteve no poço de argila por milhares de anos.; mas quando é colocado nas mãos de um oleiro habilidoso que cresce rapidamente, sob a sua confecção, para o vaso que ele pretende que seja. E, do mesmo modo, a alma, abandonado para o funcionamento do Potter Celestial, é feita em um vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Mestre. (Westwood, NJ:. Revell, 1952, 32. O grifo no original)

Em resposta à pergunta sobre como um cristão pode cair em pecado, quietists sustentam que tal pessoa, obviamente, não entende a questão de entrega total e leva-se para fora das mãos do Oleiro Celestial.Mas se quer saber como, se Deus fosse completamente no controle, um crente poderia tomar-se fora das mãos do oleiro divino. Como não culpar a Deus por sua deserção de rendição completa?

Pietists, por outro lado, são normalmente agressivos em sua busca da doutrina correta e pureza moral. Historicamente, este movimento teve origem no século XVII na Alemanha como uma reação à ortodoxia morta de muitas igrejas protestantes. Para seu crédito, a maioria dos pietists colocar forte ênfase em estudo da Bíblia, a vida santa, a auto-disciplina, e cristianismo prático. Eles enfatizam passagens como "Vamos limpar-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" ( 2Co 7:1). No entanto, eles sublinham frequentemente auto-esforço para a exclusão virtual de dependência do poder divino. Como seria de esperar, o pietismo freqüentemente leva ao legalismo, moralismo, justiça própria, um espírito crítico, orgulho e hipocrisia.

Em Filipenses 2:12-13 , Paulo apresenta a resolução adequada entre parte do crente e da parte de Deus para a santificação. No entanto, ele não faz nenhum esforço para harmonizar racionalmente os dois. Ele está contente com a incompreensibilidade e simplesmente afirma ambas as verdades, dizendo, com efeito, que, por um lado, a santificação é de crentes ( v. 12 ) e, por outro lado, é de Deus ( v. 13 ).

A mesma ênfase dupla é encontrada em todo o Novo Testamento e uma análise dos textos pertinentes é útil. Pedro, em sua segunda carta, recorda aos crentes que Deus

divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude. Pois por estas Ele nos tem dado as suas promessas preciosas e magníficas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência. ( II Pedro 1:3-4 )

Com base nessa disposição divina, Pedro, então, carrega os crentes:
Agora, por isso mesmo, também, a aplicação de toda a diligência, no seu abastecimento de fé excelência moral, e em sua moral excelência, conhecimento e em seu conhecimento, auto-controle, e no seu autocontrole, perseverança e em sua perseverança, a piedade e, em sua piedade, bondade fraternal, e em sua fraternidade, o amor. Porque, se essas qualidades são suas e estão aumentando, eles torná-lo nem inútil, nem infrutíferos no verdadeiro conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Para quem não tem essas qualidades é cego ou míope, tendo esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, tudo o mais diligente para ter certeza sobre sua vocação e eleição; por quanto tempo você pratica essas coisas, você nunca vai tropeçar. ( vv. 5-10 )

Paulo escreveu aos Coríntios que "pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã"; e, em seguida, passou a dizer: "antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus comigo" ( 1Co 15:10 ). Nessa declaração inspirada, o apóstolo deixa claro que a graça e poder divino de Deus embasar os fiéis e obedientes esforço dos crentes. Sua declaração de que "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e si mesmo se entregou por mim "( Gl 2:20 ) é complementada pela correspondente declaração de que "nós proclamamos, advertindo todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo. Para este efeito Eu também trabalho, combatendo segundo a sua energia, o que poderosamente trabalha dentro de mim "( Colossenses 1:28-29 ). Tiago primeiro advertiu, "Submit, portanto, a Deus", e, em seguida, "resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" ( Jc 4:7 ). Mas os israelitas também tinham um papel a desempenhar: "O Senhor disse a Moisés:" Por que você está chorando para me dizer os filhos de Israel que marchem Quanto a você, levanta a tua vara, e estende a mão sobre o?. mar e dividi-lo, e os filhos de Israel passem pelo meio do mar em terra seca "( vv. 15-16 ). Não era a vontade do Senhor que Seu povo simplesmente ficar em silêncio e ser passivo, mas que eles participem ativamente na realização de seu propósito. Seu propósito para eles era para ser realizado através deles.

Este princípio também pode ser visto na dedicação do templo de Salomão. Como o rei parou diante da congregação de Israel, ele orou:

Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo Israel, segundo tudo o que Ele prometeu; nem uma palavra falhou de todas as boas palavras, que Ele prometeu por meio de Moisés, seu servo. Que o Senhor nosso Deus seja conosco, como foi com nossos pais; Ele pode não nos deixar ou nos abandonar, para que Ele possa inclinar nossos corações a Ele, andando em todos os seus caminhos, e de guardar os seus mandamentos e os seus estatutos e os seus preceitos, que ordenou a nossos pais. E que estas minhas palavras, com que supliquei perante o Senhor, para estar perto do Senhor, nosso Deus, de dia e de noite, para que Ele possa manter a causa do seu servo ea causa do seu povo Israel, a cada dia que requer, para que todos os povos da terra saibam que o Senhor é Deus; não há mais ninguém. Deixe seu coração, pois, ser inteiramente dedicado ao Senhor, nosso Deus, que andes em seus estatutos e de guardar os seus mandamentos, como hoje se vê. ( I Reis 8:56-61 )

Solomon percebeu que o próprio Deus fornece a orientação e força para o seu povo a obedecer fielmente os seus mandamentos e para servir e adorá-Lo. Consequentemente, nenhum crente tem uma desculpa para a desobediência ou falta de servir ao Senhor. Para confiança é a obedecer.

Como Tiago explicou muitos séculos mais tarde, "Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma por" ( Jc 2:17 ). Não se trata, é claro, que o Senhor não realizar muitas coisas para o seu povo para além de tudo o que fazem. Mas eles são obrigados a obedecer a Sua vontade. Para não fazer o que se sabe deve ser feito é pecado: "Para aquele que sabe a coisa certa a fazer e não fazê-lo, a ele é pecado" ( Jc 4:17 ).

O ponto de tudo isso recitação das Escrituras não é fornecer uma compreensão clara da "patologia espiritual" da santificação e acabar com toda mistério, mas para deixar claro que o aparente paradoxo é exatamente o que a Escritura ensina repetidamente. Então, como ele aborda o tema da santificação, Paulo concentra primeiro em papel do crente na santificação. Alguns intérpretes equivocados descaracterizou completamente esta exortação, como se disse, "o trabalho para a sua salvação "," trabalho em sua salvação ", ou" trabalhar -se a sua salvação. " Mas tanto no contexto imediato desta carta e do contexto mais amplo do Novo Testamento, nenhuma dessas interpretações é correta. Paulo não está falando de alcançar a salvação pelo esforço humano ou bondade, mas de viver a transformação interior que Deus graciosamente concedido.

Em Romanos, Paulo deixou claro que

sem lei a justiça de Deus se manifestou, tendo o testemunho da lei e dos profetas, mas a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção; para todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. ( Rom. 3: 21-24 )

Aos efésios ele escreveu: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie" ( Ef 2:8. ; cf. Hb 11:8-10. ). A lei dada por meio de Moisés, não alterou o caminho da salvação.Foi somente pela fé que o próprio Moisés, assim como todos os outros santos do Antigo Testamento, foram salvos ( Heb. 11: 23-38 ). Todos os homens e mulheres crentes "obteve a aprovação através de sua fé" ( v. 39 ), pelo qual Deus concedeu-lhes a Sua justiça por conta da morte de Seu Filho iria morrer.

Como Paulo enfatiza no versículo 13 de Fp 2:1 ).

Tudo na vida exige energia. É preciso energia para andar e para o trabalho. É preciso energia para pensar e meditar. É preciso energia para obedecer e adorar a Deus. O ponto de partida da presente versículo é que leva a energia espiritual para crescer como um cristão, para viver uma vida que é santo, frutífero, e agradável ao Senhor. O verbo principal neste versículo, Katergazomai ( trabalhar ), apela especificamente para a energia constante e esforço necessário para concluir uma tarefa. Em 2:12 , as palavras de Paulo sugerem cinco verdades que os crentes devem entender para sustentar essa energia: o seu exemplo; seu ser amado; sua obediência; suas responsabilidades e recursos pessoais; e as conseqüências de seu pecado.

Entenda Seu Exemplo

Então, ( 02:12 a)

O primeiro elemento de crentes ', operando sua santificação é entender o exemplo de Cristo. Assim, pois traduz a partícula grega Hoste , que foi usado para tirar uma conclusão a partir de uma declaração anterior. Aqui se refere volta para o exemplo de Jesus Cristo, cujo perfeito modelo de humildade, submissão e obediência foi descrita em versos 5:8 . Em sua encarnação, Jesus não se apegou à sua igualdade com Deus, o Pai, mas esvaziou-se dos seus direitos e prerrogativas divinas. Tomando a forma de um humilde servo, Ele foi obediente ao Pai celestial, até mesmo ao ponto de morrer na cruz como um sacrifício pelo pecado. Também é verdade que a auto-esvaziamento do Filho de Deus o colocou no papel de um servo para a vontade do Pai, e do poder do Espírito Santo. Uma das maiores realidades da Encarnação, foi o fato de que o que Jesus fez, fez no poder do Espírito ( Lc 4:1 , Lc 4:18 ; Lc 5:17 ; At 10:38 ; cf. . Mt 12:18 , 28— 32 ). A essência de viver a vida cristã é ser obediente como Ele: "Aquele que diz que permanece nele, [Cristo] devia-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" ( 1Jo 2:6. ). Ele sabia do conflito entre Evódia e Síntique, irmãs em Cristo, a quem ele advertiu "a viver em harmonia no Senhor" ( 4: 2 ). É provável que muitos crentes na igreja estavam inclinados a se orgulhar, daí o apelo urgente para seguir o exemplo de Cristo de humildade ( 2: 1-8 ). Assim como o Senhor fez com ele e faz com todos os Seus filhos, o apóstolo fez provisão para seus fracassos. Não servem um disco divindade, impiedoso, como fizeram seus vizinhos pagãos. É servido um misericordioso, que perdoa, Senhor misericordioso que estava sempre disposto a restaurá-los à comunhão com Ele.

A despeito de suas imperfeições, os crentes de Filipos eram do Senhor de Paulo e amados irmãos e irmãs, para quem ele desejava ", com a ternura de Jesus Cristo" ( 1: 8 ). Em 4: 1 por duas vezes ele fala deles como seu "amado", e como a sua "alegria e coroa", a quem ele desejava ver e pediu para "permanecer firmes no Senhor." Ele entendeu que, como ele, ainda não tinham "tornar-se perfeito", que eles, também, estavam pressionando para "alcançar aquilo para o qual [tinham sido] alcançado por Cristo Jesus", e não em relação a si mesmos ", como Tendo prendeu dele ainda, ... esquecendo o que está por trás e avançando para as que estão adiante, "e foram fielmente pressionando" para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus "( 3: 12— 14 ).

Carga de Paulo para eles trabalharem a sua salvação não era uma directiva indiferente. Foi sim um chamado afetuoso para seguir o exemplo de Cristo na confiança do Seu amor por praticar as coisas que eles tinham "aprendido e recebidos e ouvido e visto" em Paulo ( 4: 9 ).

Entenda Obediência

assim como sempre obedecestes, ( 02:12 c)

O terceiro elemento de crentes ', operando sua santificação é a compreensão da necessidade de obediência ao Senhor. Paulo encoraja os filipenses a continuar no fiel submissão à vontade de Deus. Obedeceutraduz uma forma de hupakouō , um verbo composto composta da preposição hupo eo verbo akouō , a partir do qual a palavra Inglês acústica deriva. O verbo composto tem o significado básico de colocar-se sob o que foi ouvido, e, portanto, de se submeter e obedecer. Um crente, obviamente, deve ouvir a Palavra de Deus, se é para ser obediente a ele, então isso é indiretamente um apelo para que os crentes continuam a estudar e obedecer as Escrituras (cf. Mateus 28:19-20. ).

Lydia obedeceu a Palavra que ouviu Paulo pregar. Ela já era um adorador de Deus, e como ela "estava ouvindo, ... o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia" ( At 16:14 ). Assim, também, fez o carcereiro de Filipos, que pode ter sido entre aqueles a quem o apóstolo estava escrevendo agora. Depois de Paulo e Silas "falou a palavra do Senhor a ele, juntamente com todos os que estavam em sua casa, ... tomou-os na mesma hora da noite, lavou-lhes as feridas, e imediatamente ele foi batizado, ele e toda a sua casa "( Atos 16:32-33 ). Da mesma forma, os judeus em Berea "receberam a palavra com toda a avidez," porque eles estavam "examinando as Escrituras todos os dias para ver se estas coisas eram assim" ( At 17:11 ).

Mandamento de Deus para Pedro, Tiago e João no Monte da Transfiguração é o Seu mandamento de todos: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; Escutai-o!" ( Mt 17:5 ; 1Pe 1:21Pe 1:2 ). Paulo escreveu a Tito: "Sobre essas coisas que eu quero que você fale com confiança, de modo que aqueles que acreditavam que Deus vai ter o cuidado de envolver-se em boas ações Essas coisas são boas e proveitosas para os homens." ( Tt 3:8. ). Grande Comissão de Jesus inclui o comando para ensinar convertidos de "todas as nações ... a observar tudo quanto vos ordenei" ( Mat. 28: 19-20 ). A obediência é essencial para a santificação, que não pode ter lugar sem ele.

Entenda responsabilidades pessoais e Recursos

não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, ( 02:12 d)

O quarto aspecto de crentes ', operando sua santificação é entender suas responsabilidades e recursos pessoais. Porque os crentes são pecadores, eles estão inclinados a ser auto-justificar, culpando as circunstâncias ou outras pessoas para os seus problemas e falhas. Paulo elogia os filipenses por seu padrão de fiéis de obediência a Cristo, enquanto eles estavam em sua presença. Mas ele continua a dizer que eles eram tão obrigados a obedecer durante a sua ausência.

O vínculo de afeto entre Paulo e da igreja em Filipos era particularmente profundo e forte. Aqueles crentes tinha tido o privilégio incrível de ser ensinado por Paulo-talvez o maior mestre da Palavra de Deus, o mundo já viu, a não ser para o Senhor Jesus Cristo. Muito do que ele pregou, ensinou e escreveu tornou-se a Escritura, incluindo treze livros do Novo Testamento. Dificilmente poderia ter sido de outra forma que muitos dos crentes filipenses desenvolveu um excepcionalmente forte dependência do que nobre servo de Deus.
Mas, no momento da redação deste artigo, Paulo estava a centenas de quilômetros de distância, encarcerados em Roma. O único meio de contato eram cartas, como a atual, e relatos ocasionais de amigos em comum. Mas como decepcionante e desafiador como a situação era, Paulo lembra-lhes que a sua responsabilidade espiritual não era para ele, mas para o Senhor. Eles estavam a obedecer ao Senhor, apesar de Paulo ausência.

O apóstolo repete uma admoestação que ele fez antes: "comportar-vos de modo digno do evangelho de Cristo, de modo que se eu vir vê-lo ou permanecer ausente, vou ouvir de você que estais firmes em um só espírito, com uma mente lutando juntos pela fé do evangelho "( 1:27 ). Seu ponto é que nunca há um momento em que um verdadeiro crente não é responsável por obedecer ao Senhor. Os crentes nunca devem ser principalmente dependente do seu pastor, professor, a comunhão cristã, ou qualquer outra pessoa por sua força e crescimento espiritual. O seu exemplo supremo é o Senhor Jesus Cristo, e seu verdadeiro poder vem do Espírito Santo. Os crentes, com gratidão, nunca sem o exemplo de Cristo e nunca sem o poder do Espírito.

Entenda as conseqüências do pecado

trabalhar a vossa salvação com temor e tremor; ( 2:12 e)

O quinto motivo para os crentes ", operando sua santificação é a compreensão das conseqüências do pecado. Embora Deus é amoroso, misericordioso e clemente, Ele, no entanto, mantém os crentes responsáveis ​​por desobediência. Como João, Paulo compreendeu bem que "se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, ea verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça "( I João 1:8-9 ). Sabendo que ele serve a um Deus santo e justo, o crente fiel viverá sempre com temor e tremor. Medo traduzPhobos , que descreve o medo ou terror (cf. 14:26 Matt. ; Lc 21:26 ; 1Co 2:31Co 2:3 ; At 9:31 ; 2Co 5:112Co 5:11 ; 2Co 7:1 ). Esse tipo de "temor e tremor" está intimamente relacionada tanto a obediência ao Senhor e ao amor e carinho para ele e para outros crentes. É por essa razão que Salomão poderia declarar: "Bem-aventurados [feliz] é o homem que teme sempre" ( Pv 28:14. ).

Tal medo envolve auto-desconfiança, uma consciência sensível, e de estar em guarda contra a tentação. Exige opostos orgulho, e estar constantemente ciente do engano do seu coração, bem como da sutileza e força da própria corrupção interna. É um medo que procura evitar qualquer coisa que possa ofender e desonrar a Deus.

Os crentes devem ter um pavor grave do pecado e anseio por aquilo que é reto diante de Deus (cf. Rm 7:1. ).Essa oração reflete novamente a tensão espiritual que existe entre o dever dos crentes e do poder de Deus.

Exercite traduz um imperativo presente meio de Katergazomai e indica um comando que tem uma ênfase contínua. A idéia é: "Continuar a trabalhar para a conclusão, a realização final." Heauton , aqui traduzida sua, na verdade, tem o significado mais enfático de "seu próprio país." O comando é para os crentes a fazer uma continuação, esforço sustentado para trabalhar até a conclusão final a suasalvação, que foi graciosamente concedido a eles por Deus através da fé em Jesus Cristo.

O princípio de trabalhar fora a salvação tem dois aspectos. O primeiro refere-se a conduta pessoal, a fiel, obediente vida diária. Tal obediência, obviamente, envolve compromisso ativo e esforço pessoal, para que a Escritura está repleta de liminares, tanto positivas quanto negativas. Pecado em cada formulário deve ser renunciado e adiar e substituído pelo pensamento justo. Os crentes devem limpar-se "de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" ( 2Co 7:1 ). Assim como eles, uma vez ", apresentado membros [suas] como escravos à impureza e à ilegalidade, resultando na ilegalidade", eles deveriam "agora presente [suas] membros como servos da justiça, resultando em santificação" ( Rm 6:19 ), andar "de modo digno da vocação a que [eles] têm sido chamados" ( Ef 4:1 )

Suas palavras posteriores da presente carta também exigem a vida cristã agressivo:

Não que eu já tenha obtido ou que seja perfeito, mas prossigo para que eu possa alcançar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, eu não me considero como tendo prendeu ela ainda; mas uma coisa eu faço: esquecendo o que está por trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Vamos, portanto, a todos quantos somos perfeitos, têm essa atitude; e se em alguma coisa você tem uma atitude diferente, Deus irá revelar que também a vós; No entanto, vamos continuar a viver por esse mesmo padrão a que temos alcançado. ( Fp 3:12-16. )

Ele exortou a Timóteo: "Fugi da estes [mal] coisas, você homem de Deus, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança ea mansidão Combate o bom combate da fé, toma posse da vida eterna, para a qual foste chamado. e já feito boa confissão diante de muitas testemunhas "( 1 Tm 6: 11-12. ; cf. 4: 15-16 ; Hb. 12: 1-3 ). Aos Colossenses, Paulo escreveu:

Assim, aqueles que foram escolhidos de Deus, santos e amados, colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência; suportando uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, quem quer que tenha uma queixa contra alguém; assim como o Senhor vos perdoou, assim também deve. E além de todas essas coisas vos da caridade, que é o perfeito vínculo de união. E a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um corpo; e ser grato. Que a palavra de Cristo ricamente habitar dentro de você, com toda a sabedoria e admoestando uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando com gratidão em vossos corações a Deus. Faça o que fizer em palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Colossenses 3:12-17 ; cf. . vv 5-11 )

Se viver a vida cristã fosse apenas uma questão de rendimento passivo e entrega, de "soltar e deixar que Deus", então essas advertências não só seria supérfluo, mas presunçoso. Mas essas liminares, e inúmeros outros como eles em toda a Palavra de Deus, pressupõem a responsabilidade pessoal dos crentes para a obediência. Eles devem escolher para viver dignamente, para exercitar a sua salvação na vida diária, enquanto que ao mesmo tempo perceber que todo o poder para que a obediência vem do Espírito de Deus.

O segundo aspecto de trabalhar para fora sua salvação é a perseverança, da obediência fiel até o fim. A salvação tem três dimensões do tempo: passado, presente e futuro. A dimensão passado é que de justificação, quando os crentes colocaram sua fé em Jesus Cristo como Salvador e Senhor e foram resgatadas. A dimensão atual é a santificação, o tempo entre a justificação de um crente e sua morte ou o arrebatamento. O aspecto futuro é a glorificação, quando a salvação está concluído e os crentes recebem seus corpos glorificados. Os crentes, portanto, ter sido salvos, estamos sendo salvos, e será salvo. Eles são buscar a santificação nesta vida com o tempo de glorificação. Nesse momento glorioso crentes verá o Senhor "face a face" e venha conhecer totalmente, mesmo quando eles são totalmente conhecidos ( 1Co 13:12 ). Eles "serão semelhantes a Ele, porque [eles] vai vê-lo como ele é" ( 1Jo 3:2 ). Embora ainda não esteja concluído, o testemunho da Escritura é que a salvação de todo o crente é totalmente seguro.

No Sermão do Monte, Jesus declarou: "Aquele que perseverar até o fim, será salvo" ( Mt 24:13 ). Paulo e Barnabé pediu novos crentes em Antioquia da Pisídia "para continuar na graça de Deus" ( At 13:43 ) e incentivou "a perseverar na fé" ( 14:22 ). Em sua carta à igreja de Roma, Paulo declarou que Deus lhe dará a vida eterna "para aqueles que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade" ( Rm 2:7 ). Ele prometeu aos colossenses que Cristo iria apresentá-los diante de Deus Pai "irrepreensível e acima de qualquer suspeita-se de fato [eles] continuar na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho que [eles] ter ouvido" ( Colossenses 1:22-23 ). Ele advertiu Timóteo: "Preste muita atenção para si mesmo e para o seu ensino; perseverar nessas coisas, pois, como você faz isso, você vai garantir a salvação tanto para si e para aqueles que você ouve" ( 1Tm 4:16. ). O escritor de notas Hebreus, "Nós nos tornamos participantes de Cristo, se nos ativermos o início da nossa confiança até ao fim" ( He 3:14. ; cf. He 8:9 ; cf. Tiago 1:22-25 ). Em cada uma de suas cartas às sete igrejas da Ásia, o Senhor descreveu os crentes como vencedores ( Ap 2:7Ap 2:17 , Ap 2:26 ; Ap 3:5 , Ap 3:21 ).

A perseverança na fé é o dever de todo crente verdadeiro, e ainda não o poder de sua segurança. É, no entanto, a prova inequívoca e inevitável do poder divino operando na alma ( Cl 1:29 ).

Os crentes perseveram porque o poder de Deus mantém sua salvação segura. Jesus enfatizou repetidamente que a verdade. Para as multidões em Cafarnaum, Ele declarou enfaticamente que "tudo o que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Esta é a vontade daquele que me enviou, para que de tudo o que Ele deu-me que eu não perde nada, mas o ressuscite no último dia "( Jo 6:37 , Jo 6:39 ). Mais tarde, em Jerusalém, Ele declarou: "Eu dou a vida eterna para eles, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos;. E nenhuma um é capaz de arrebatá-las da mão de meu Pai "( João 10:28-29 ; cf. Jo 17:2 , Jo 17:24 ; Jo 18:9 )

Aos efésios ele escreveu: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;. Não como resultado de obras, para que ninguém se glorie Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas "( Ef. 2: 8-10 ).

Assim, a chamada para os crentes para trabalhar fora sua salvação é encontrado durante todo o Novo Testamento. Isso é justo e adequado, uma vez que é uma chamada para o compromisso necessário por parte do crente que é um pré-requisito para a alegrias, bênçãos, e utilidade da santificação.

11. Deus trabalhando em você — Parte 2: O Papel de Deus na santificação ( Fp 2:13 )

porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar a sua boa vontade. ( 02:13 )

Como o capítulo anterior declarou, há dois erros iguais e opostas em que os cristãos podem cair com relação à doutrina da santificação. Por um lado, quietists salientar o papel de Deus na santificação, com a exclusão virtual de qualquer esforço humano. Pietists, ao contrário, enfatizam a auto-esforço em detrimento da confiança no poder de Deus. Em Filipenses 2:12-13 , o apóstolo Paulo evita ambos os extremos não bíblicos, e apresenta a verdadeira visão equilibrada da santificação.

Tendo apresentado a responsabilidade do crente na santificação em 02:12 , Paulo no versículo 13 focada no papel de Deus na santificação do crente. Enquanto o crente está trabalhando "para fora", Deus está trabalhando "em". Na verdade, para além da realidade do versículo 13 , o cumprimento do versículo 12 seria impossível.

Jesus salientou que a verdade no Discurso do Cenáculo, deu aos seus discípulos na noite antes de sua morte: "Permanecei em mim e eu em ti Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós. . se não permanecerdes em mim que eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer "( João 15:4-5 ).

Neste versículo, Paulo indica a obra divina na santificação, enfatizando cinco características fundamentais sobre Deus: sua pessoa, sua energia, sua presença, seu propósito e seu prazer.

Sua Pessoa

pois é Deus ( 2:13 a)

A primeira verdade sobre a parte de Deus na santificação dos crentes é a Sua personalidade, o que fica claro pelos pronomes pessoais que e Seus e pelos verbos à vontade e ao trabalho.

A maioria das divindades pagãs são descritos como impessoal, remoto, e indiferente. Isso não é surpreendente, porque os falsos deuses são fabricados por homens por causa do medo e da superstição. Mesmo aqueles que têm características pessoais não são retratados como desejando comunhão com os seus adoradores. Compreensivelmente, seus adoradores não tenho desejo de comunhão com eles. Uma vez que estes falsos deuses são frentes de demônios, o que os demônios não personificando as divindades é só má e prejudicial. Isso garante que eles são adorados unicamente com a Proposito de apaziguamento-negativamente para aplacar a ira dos deuses e, portanto, para evitar problemas, e positivamente para ganhar saúde, prosperidade, poder e outros benefícios.
Mas o Deus vivo e verdadeiro da Escritura é real e pessoal. A Bíblia não tenta provar que Deus é uma pessoa porque ele assume que a realidade. Em ambos os testamentos ele é falado em (human-like) termos antropomórficos, como ter olhos e ver, de que têm ouvidos e da audição, de ter pés e caminhar, de amar e odiar, chorando e rindo, condenando e perdoar. Ele pensa, sente, age e fala-todos os elementos da pessoalidade. Como pessoa, ele tem uma preocupação pessoal para a humanidade e, especialmente, para os Seus filhos. Essa preocupação pessoal é visto em Sua obra nos crentes.

O Deus da Bíblia tem amor inimaginável para caído, a humanidade pecadora, que se rebelou contra Ele, blasfemava dele, e desprezaram. Ele tem um amor tão grande por eles "que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele "( João 3:16-17 ). Não é a vontade do Senhor "que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" ( 2Pe 3:9. ; Is 64:8. ,Mt 5:45 , Mt 5:48 ; Mt 6:1 ; Mt 23:9 ). O profeta Malaquias escreveu que

aqueles que temiam ao Senhor falavam uns aos outros, e que o Senhor deu atenção e ouviu, e um memorial foi escrito diante dele para os que temem ao Senhor e que estime a seu nome. "Eles serão Mine", diz o Senhor dos Exércitos, "no dia em que eu preparo minha própria possessão, e eu vou poupá-los como um homem poupa a seu filho que o serve." ( Mal. 3: 16-17 )

O Criador onipotente, onisciente e onipresente e Mantenedor do universo ama Seus filhos com amor eterno e bondade. Deus protege-los de acordo com a Sua aliança eterna e promessas, perdoa e purifica com eterna graça, por meio de Seu Filho, e chamadas, presentes, e capacita —los pelo Seu Espírito para o serviço espiritual com impacto eterna. Ele santifica e glorificarei aqueles que Ele tem justificado, trazendo-os para o seu reino celestial para viver com Ele por toda a eternidade.

Não admira que Paulo exultou:

Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis ​​são os seus juízos e inescrutáveis ​​os seus caminhos! Para quem conheceu a mente do Senhor, ou quem se tornou seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele que ele pode ser pago de volta com ele novamente? Porque dele, e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre.Amém. "( Rom. 11: 33-36 )

Seu Poder

que é no trabalho ( 2:13 b)

A segunda verdade essencial enfatizou aqui sobre parte de Deus na santificação dos crentes é o Seu poder divino. Acima de tudo, é Deus que está em ação na vida dos seus filhos. Ele chama-os a obedecer, e, em seguida, por meio de Seu poder soberano, fortalece sua obediência. Chama-os a seu serviço, e, em seguida, capacita o seu serviço. Ele os chama à santidade, e, em seguida, capacita-los a buscar a santidade.

O trabalho é do verbo energeo , a fonte da palavra Inglês energia. Deus energiza Seus filhos a obedecer e servir a Ele; Seu poder permite a sua santificação. Como observado no capítulo anterior, os crentes podem fazer nada de santo ou justo em seu próprio poder ou recursos. Assim como ninguém pode ser justificado pela obra da carne ( Rm 3:20 ), de modo que ninguém pode ser "aperfeiçoado [santificado] pela carne" ( Gl 3:3. ). Ele confessou que "pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus comigo" ( 1 Cor . 15:10 ). Ele incentivou os coríntios a "sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor," porque ele poderia assegurar-lhes "que [sua] labuta não [era] em vão no Senhor" ( v. 58 ). Paulo não subestimar a importância da obediência fiel. Mas ele sabia que, subjacente a todo o serviço aceitável é o poder da graça de Deus. É "não fomos nós que são adequados em nós mesmos para considerar alguma coisa, como de nós mesmos", escreveu ele, "mas a nossa capacidade vem de Deus" ( 2Co 3:5 ). E antes que ele deu a chamada final para "ser minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais remota da terra," Ele prometeu aos discípulos: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós "( At 1:8 ). É também a vontade de Deus que os pregadores e professores ministro para a igreja ( Ef. 4: 11-13 ). É importante que o ministro santos anjos aos crentes, porque Deus manda esses "espíritos ministradores ... para prestar serviço para o bem daqueles que hão de herdar a salvação" ( He 1:14 ). Mas acima de tudo, o próprio Deus é supremo e indispensável de recursos e poder dos crentes. A maravilha de todas as maravilhas é que é Deus quem está no trabalho em -los. Paulo resumiu em Cl 1:29 , quando disse: "Eu trabalho, combatendo segundo a sua energia, o que poderosamente trabalha dentro de mim."

É por essa razão que a santificação vai continuar ao longo da vida do crente ( 1: 6 ). Aqueles a quem Deus justifica Ele invariavelmente santifica. Ele vai realizar a Sua vontade por salvar e preservar aqueles que vêm a Ele ( Jo 6:40 , Jo 6:44 ). Davi entendeu que grande verdade, quando escreveu: "O Senhor é o meu pastor" ( Sl 23:1 )

O renascimento sob o rei Ezequias ilustra Deus em ação na vida de Seu povo. Esse trabalho espiritual poderoso começou com a restauração do templo. Ezequias cobrados os levitas, "santificai-vos agora, e consagrar a casa do Senhor, o Deus de vossos pais, e levar a impureza para fora do lugar santo ... Meus filhos, não seja negligente agora, para que o Senhor escolheu você estar diante dele, para ministrar a Ele, e para ser seus ministros e queimar incenso "( 2Cr 29:5 ). No dia seguinte, "o rei Ezequias se levantou de madrugada e montados os príncipes da cidade e foi até a casa do Senhor" ( v. 20 ).Mais tarde, ele chamou toda a cidade juntos, e todo mundo "se alegraram com o que Deus tinha preparado para o povo" ( v. 36 ). Continuando sua busca de reavivamento espiritual ", Ezequias enviou mensageiros por todo o Israel e Judá, e escreveu cartas a Efraim e Manassés, para que viessem à casa do Senhor em Jerusalém para celebrar a Páscoa ao Senhor Deus de Israel" ( 30: 1 ). Um decreto foi distribuído em todo o país, chamando as pessoas para a festa da Páscoa, há muito negligenciada. O edital incluía tanto um aviso e uma promessa:

Não endureçais a vossa cerviz, como vossos pais, mas deu para o Senhor e entrar no Seu santuário que ele consagrou para sempre, e servir ao Senhor, vosso Deus, que Sua ira ardente se desvie de você.Porque, se você voltar para o Senhor, vossos irmãos e vossos filhos acharão misericórdia perante os que os levaram cativos e voltará a esta terra. Pois o Senhor vosso Deus é clemente e compassivo, e não vai virar o rosto para longe de você, se você voltar a Ele "( vv. 8-9 ).

As pessoas responderam favoravelmente, porque "a mão de Deus também estava em Judá, para dar-lhes um só coração para fazer o que o rei e os príncipes ordenaram pela palavra do Senhor" ( v. 12 ). Deus ordenou a Seu povo para retornar a Ele e, em seguida, deu-lhes o coração para fazê-lo, graciosamente energizando o cumprimento de seu comando.

Sua Presença

em você, ( 02:13 c)

A terceira verdade essencial sobre a parte de Deus na santificação dos crentes é a Sua presença divina. A preposição em é muitas vezes caracterizado nos escritos de Paulo enquanto ele grava a verdade amado que Jesus Cristo habita nos crentes (cf. Rom. 8: 9-10 ; . Gl 2:20 ; Cl 1:27 ). O próprio Senhor falou de Sua presença residente em João 17:22-23 : "A glória que me deste eu tenho dado a eles, para que eles sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e os amava, assim como também amaste a mim. "

Davi entendeu e vibraram com a realidade da presença contínua do Senhor com ele: "Você examinar o meu caminho, eo meu deitar, e estão intimamente familiarizado com todos os meus caminhos" ( Sl 139:3 ; cf. At 1:8 ), ele perguntou retoricamente. Mais tarde, ele acrescentou: "Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" ( 06:19 ). Em sua segunda epístola, ele escreveu: "Nós somos o templo do Deus vivo, como Deus disse: 'eu vou morar com eles e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo'" ( 2Co 6:16. ; cf. Ex 29:45. ; He 13:5 ). Sua santidade, sabedoria, poder, amor, presença e misericórdia infinita. Tendo começado a sua nova vida em Cristo através do poder do Seu Espírito, os crentes são aperfeiçoados por esse mesmo poder divino. Porque alguns crentes nas igrejas da Galácia estavam procurando viver por sua própria sabedoria e recursos, Paulo perguntou em desespero: "Você é tão tolo que, tendo começado pelo Espírito, está agora a ser aperfeiçoado pela carne?" ( Gl 3:3 ). Mais tarde Ezra deu graças que Deus também inclinar o coração do rei Artaxerxes da Pérsia para permitir que os judeus "para enfeitar a casa do Senhor, que está em Jerusalém" ( 07:27 ). Provérbios declara que "o coração do rei é como canais de água na mão do Senhor, Ele transforma-lo onde quer que Ele quer" ( Pv 21:1 ).

O segundo meio que Deus usa para mover vontades dos crentes é a aspiração santa, o lado positivo do santo descontentamento. Depois que Ele infunde um verdadeiro ódio ao pecado, Ele cultiva um desejo de justiça. Depois Ele faz os crentes descontentamento com o que são, Ele lhes dá a aspiração de maior santidade. Acima de tudo, é o desejo de ser como Cristo, "para serem conformes à imagem de [de Deus] Filho" ( Rm 8:29 ). Em Filipenses Paulo reúne seu próprio descontentamento santo e santa aspiração quando ele confessa:

Não que eu já tenha obtido ou que seja perfeito, mas prossigo para que eu possa alcançar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, eu não me considero como tendo prendeu ela ainda; mas uma coisa eu faço: esquecendo o que está por trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. ( 3: 12-14 )

Resolve Santo leva a uma vida santa. A piedosa vontade produz piedoso trabalho.

Ele não pode ser subestimada que só Deus pode produzir nos crentes a vontade ou o trabalho que Ele comanda deles. Para o trabalho é de energeo , que se refere a estar energizado e ativo em um empreendimento particular. Tiago observou que "todas as coisas boas dada e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes" ( Jc 1:17 ). Entendendo que a verdade, o escritor de Hebreus escreveu: "Ora, o Deus de paz, que fez subir dentre os mortos o grande Pastor das ovelhas através do sangue da aliança eterna, mesmo Jesus, nosso Senhor, vos aperfeiçoe em toda boa coisa a fazer sua vontade, operando em nós o que é agradável diante dele, por meio de Jesus Cristo "( 13 20:58-13:21'>Heb. 13 20:21 ).

Assim como os crentes não são salvos pelas boas obras, mas totalmente pela graça de Deus trabalhando através de sua fé ( Ef. 2: 8-9 ), assim também eles são santificados por sua graça, trabalhando através de sua obediência. Eles são "mão de obra, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que [eles] iria andar neles" de Deus ( v. 10 ). Assim como os crentes são soberanamente predestinou para a salvação, assim também eles estão predestinados a santificação. Mais uma vez, Romanos 8 é útil:

Para aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e estes aos que predestinou, também os chamou; e estes aos que chamou, também justificou; e estes aos que justificou, também glorificou. ( Rom. 8: 29-30 )

Seu prazer

a sua boa vontade. ( 2:13 e)

A quinta e última realidade essencial sobre parte de Deus na santificação dos crentes é a verdade esmagadora que Deus trabalha em sua santificação para a Sua própria boa vontade. Sua vontade para os crentes é que eles pensam e fazer o que Lhe agrada. Apesar de que é realizado principalmente por seu próprio poder, quando Seus filhos buscar a Sua vontade e fazer a Sua obra, que lhe traz grande prazer.Beneplácito traduz eudokias , que expressa grande prazer e satisfação. Porque Deus é infinitamente auto-suficiente, não podemos deixar de perguntar como algo ou alguém, especialmente um ser humano pecador, poderia adicionar a seu contento. No entanto, isso é claramente o que Paulo está dizendo. Mesmo quando eles eram fracos, vacilante, e com medo, Jesus assegurou aos discípulos: "Não temais, pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino" ( Lc 12:32 ). Dando um lugar em Seu reino para seus filhos traz Deus grande prazer.

Porque santificação dos crentes Lhe traz satisfação, Deus concede-lhes os recursos para persegui-lo. Paulo escreveu aos Efésios que "o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo ... nos abençoou com toda a bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo ... [e que] fez-nos conhecer o mistério da sua vontade, de acordo com o seu beneplácito que propusera em Cristo "( Ef 1:3 ). Aos Tessalonicenses ele acrescentou que Deus vai "cumprir toda a vontade de Deus ea obra da fé com poder" ( 2Ts 1:11 ).

Mesmo quando eles se rebelam contra Ele, Deus ainda deseja abençoar o Seu povo se virar e obedecer. Isaías abordou estas palavras de incentivo para desobediente Israel:. "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto Deixe o ímpio o seu caminho, eo homem maligno os seus pensamentos; e deixá-lo voltar para o Senhor, e Ele terá compaixão dele, e para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar "( Isaías 55:6-7. ). Por intermédio de Oséias, disse o Senhor a Seu povo amado, "Como posso desistir de você, ó Efraim? Como posso entregar-te, ó Israel? ... Meu coração é entregue dentro de mim, todas as minhas compaixões à uma se acendem. Eu vou não executar Minha ira; não destruirei Efraim novamente porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti, e eu não entrarei na cidade "(. Os 11:8-9. ).

Propósito supremo dos crentes é obedecer, adoração, e glorificar a Deus, e seu cumprimento desse propósito traz prazer a ele. Essa magnífica verdade é uma das muitas realidades únicas do cristianismo. O Deus soberano do universo tem prazer pessoal em que ele mesmo inspira e capacita os Seus filhos redimidos de ser e de fazer.

Todo cristão deve entender que a santificação leva o seu esforço mais árduo, mas não deixa de ser totalmente dependente do poder de Deus. Como muitas outras verdades da Escritura, essas realidades aparentemente irreconciliáveis ​​são difíceis de entender. Tendo feito tudo o que podem, os crentes devem dar a Deus todo o crédito. Assim como o Senhor instruiu, depois de terem feito "todas as coisas que são comandadas," eles são a confessar: "Somos escravos inúteis, fizemos apenas o que devíamos ter feito" ( Lc 17:10 ).

12. Pare de Reclamar (Filipenses 2:14-16)

Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; de modo que você vai provar-vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como luzes no mundo, retendo a palavra da vida, para que no dia da Cristo terei razão para a glória, porque eu não corri em vão, nem trabalham em vão. (2: 14-16)

A sociedade ocidental moderna é, de longe, a mais próspera cultura na história da humanidade. Exceto para os muito pobres, as pessoas têm tudo o que precisam e muito do que eles querem; no entanto, muitos são raramente satisfeito. Consequentemente, o nosso também é indiscutivelmente a sociedade mais descontente nunca. À medida que a economia tornou-se cada vez mais rica, as pessoas parecem mais descontentamento e queixam-se mais com cada geração que passa. Somando-se o descontentamento são os mundos de fantasia de filmes, televisão e publicidade. Os meios de comunicação, para criar insatisfação, continuamente assalto com a intenção dos sentidos com imagens atraentes e muitas vezes irreais que foram descritos como "perfeição plástico." Abastecendo esse encantamento é a convicção firme de que a felicidade pessoal, embora fugaz e inatingível, é o objetivo supremo da vida.
Uma vez ouvi um sociólogo observar que o jovem moderno típico vive em um estado de descontentamento taciturno, continuamente insatisfeito com as coisas como elas são. Parte do problema, disse ele, estão famílias pequenas, em que menos crianças são capazes de exigir mais atenção de seus pais e não têm para compartilhar qualquer coisa com os irmãos e irmãs. Combinado com afluência e do materialismo, essa situação tende a produzir egoístas, crianças auto-indulgente que nunca se contentam com o que têm. Em vez de dobrar para as necessidades da família, como é necessário em grandes famílias, a família de curvas para eles. Pais ausentes, ido para trabalhar, fazer compras e jogar, tentar soluções rápidas para as demandas de seus filhos, geralmente dando-lhes o que eles querem parar o conflito. As crianças nessa situação têm pouco desejo de crescer, percebendo que a sociedade adulta não vai atender a todos os seus caprichos. Eles querem adiar as responsabilidades de um trabalho, casamento e família, e outros tais compromissos tanto tempo quanto possível, porque essas coisas exigem um grau considerável de conformidade para os outros. Quando essas crianças se tornam adultos e não conseguem o que querem, quando querem, o descontentamento aumenta, assim como a frustração, raiva, ansiedade, e reclamando.
O descontentamento também gera impaciência, outra característica definidora de nossos tempos. Entre as causas aparentemente intermináveis ​​de impaciência, e muitas vezes a hostilidade, são linhas longas, interrupções, pessoas falador, pessoas rudes, os preços elevados, engarrafamentos, os motoristas imprudentes e bebês chorando. Os dois últimos têm realmente tornar-se causas de crime grave. Motoristas irreverentes, muitas vezes produzir raiva da estrada, o que, com freqüência crescente, resulta em tiroteio e até mesmo assassinato. Bebês chorando levaram ao abuso infantil, o que eventualmente resulta no assassinato de um bebê indefeso.
Descontentamento de montagem ao longo dos anos produz o trauma de uma assim chamada "crise de meia-vida." Esse fenômeno é a realidade que há menos de vida pela frente do que atrás, e os sonhos de felicidade estão morrendo.

Os mandamentos bíblicos aos crentes para não se queixar (conforme Jc 5:9). Em vez de culpar a si mesmo, ele culpou Deus. Alguns anos mais tarde, seu primogênito, Caim, queixou-se amargamente a Deus para que seu castigo por ter assassinado o seu irmão Abel era muito grave (4: 13-14). Moisés reclamou com o Senhor, porque Ele não libertar Israel do Faraó com rapidez suficiente (Ex. 5: 22-23). Depois que Deus os entregou milagrosamente por afogamento os perseguidores egípcios no Mar Vermelho, Moisés eo povo cantou uma canção gloriosa de louvor ao Senhor (Ex. 15: 1-18). Mas depois de passar apenas três dias para o deserto, eles se queixaram de novo, porque a água em Mara não era boa para beber. O Senhor graciosamente respondeu fazendo que a água doce e, em seguida, levando-os a um oásis no Elim, "onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras, e acamparam-se ali ao lado das águas" (vv 23-27;. Conforme 17 : 1-7). Pouco depois, no entanto, as pessoas estavam resmungando novamente, desta vez sobre uma suposta falta de comida (16: 2-8).

Depois de Caleb, Josué, e os outros homens voltaram de espiar a terra de Canaã, Caleb "calar o povo perante Moisés e disse: 'Devemos por todos os meios ir para cima e tomar posse dela, pois certamente irá superá-lo'" (Nu 13:30). Com exceção de Calebe e Josué, no entanto, os outros espiões estavam com medo e sem fé, dizendo a seus irmãos israelitas,

"Nós não somos capazes de ir contra o povo, pois eles são mais fortes do que nós." Então, eles deram para os filhos de Israel um mau relatório da terra que haviam espiado, dizendo: "A terra, pela qual passamos, nos espionando-o para fora, é uma terra que devora os seus habitantes, e todas as pessoas que vimos nela são homens de grande tamanho Há também vimos o Nephilim (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes);. e nos tornamos como gafanhotos aos nossos próprios olhos, e assim também éramos aos seus olhos ". (Vv. 31-33)
Por causa da queixa infiel esses homens, "Todos os filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse: 'Quem dera que tivéssemos morrido na terra do Egito Ou seria que tivéssemos morrido neste deserto!' "(14: 2). Eles, então, murmurou contra Deus, dizendo: "Por que o Senhor nos trazendo para esta terra, para cairmos à espada Nossas mulheres e nossos pequeninos serão por presa;? Não seria melhor para nós voltarmos para o Egito ' Então eles disseram uns aos outros: "Vamos nomear um líder e volte para o Egito" (vv. 3-4). A reclamação, se transformou em rebelião aberta como eles determinaram a pedra Calebe e Josué, e, talvez, Moisés e Arão, bem como (v. 10). Eles rejeitaram o plano de Deus, líderes escolhidos por Deus, e Deus mesmo. Em resposta,
O Senhor disse a Moisés: "Até quando vai este povo despreza-me? E por quanto tempo eles não vão acreditar em mim, apesar de todos os sinais que tenho realizados em seu meio? ... Certamente todos os homens que viram a minha glória e Meus sinais que fiz no Egito e no deserto, mas colocaram-me à prova estas dez vezes e não ter ouvido a minha voz, não estabelece nenhum verá a terra que jurei a seus pais, nem a quaisquer outros dos que desdenhado Me vê-lo ... Diga-lhes: "Por minha vida, diz o Senhor," assim como você tem falado em minha audiência, então eu certamente vai fazer com você, seus cadáveres cairão neste deserto, mesmo todo o seu homens numerados, de acordo com o seu número total de vinte anos para cima, que reclamavam contra mim ... De acordo com o número de dias que você espiado a terra, 40 dias, para todos os dias você deve ostentar a sua culpa por ano, quarenta anos, e conhecereis a minha oposição. Eu, o Senhor, tenho falado; certamente assim o farei a toda esta má congregação, que se sublevaram contra mim. Neste deserto se destruído, e lá eles vão morrer. "" Quanto aos homens que Moisés enviou a espiar a terra e que voltou e fez toda a congregação resmungar contra ele, trazendo um relatório ruim sobre a terra, mesmo aqueles homens que trouxe o relatório muito ruim da terra morreu por uma praga perante o Senhor. (vv. 11, 22-23, 28-29, 34-37)

Lembrando que o tempo trágico, Asaph lamentou: "Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto, eo ofenderam no deserto Uma e outra vez tentaram a Deus, e doía o Santo de Israel!" (Sl. 78: 40-41).Outro salmista escreveu: "Eles desprezaram a terra aprazível; eles não acreditaram em sua palavra, mas resmungou em suas tendas, eles não ouvir a voz do Senhor" (Sl 106:24-25.).

Referindo-se a essas mesmas vezes, Paulo advertiu os coríntios: "Façamos [não] tentar o Senhor, como alguns deles fizeram, e pereceram pelas serpentes Nem murmureis, como alguns deles fizeram, e pereceram pelo destruidor." (1 Cor. 10: 9-10). Em resposta a aqueles que se queixam porque Deus soberanamente "tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja" e que, em seguida, presunçosamente perguntar: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" Paulo respondeu: "Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus A coisa moldada não vou dizer para o modelador: 'Por que me fizeste assim,' será que vai, ou não tem o oleiro? um poder sobre o barro, para fazer da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? " (Romanos 9:18-21; conforme Is 29:16; 45:... Is 45:9; Jr 18:6). Jeremias perguntou: "Por que qualquer mortal vivo, ou qualquer homem, oferecer denúncia, tendo em conta os seus pecados?" (Lm 3:39). Se isso é verdade para todos, quanto mais ele se aplica aos crentes, cujos pecados foram graciosamente perdoados pelo Senhor?

Para lidar com os queixosos na congregação de Filipos e para além dela, Paulo primeiro ordena que parar de reclamar, em seguida, dá-lhes razões para obedecer a esse comando.

O mandamento pare de reclamar

Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; (02:14)

A frase todas as coisas remete para os dois versículos anteriores (2: 12-13) e estabelece a atitude com que os crentes devem trabalhar a sua salvação. Tudo envolvido nesse processo deve ser feito sem murmurações nem disputando. Negativamente, a atitude básica para trabalhar fora a salvação é sem murmurações nem disputando. Positivamente, como o apóstolo enfatiza em toda esta carta, é uma atitude de determinação para "alegrar-se no Senhor sempre "(Fp 4:4). Ele também descreve os fariseus e escribas que "começou a resmungar em [Jesus] discípulos, dizendo: 'Por que você comer e beber com os cobradores de impostos e pecadores?" (Lc 5:30). Ela é usada em Jo 6:61 de alguns discípulos professos que se sentiram ofendidos quando Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos "(v. 53). Paulo usa o termo para descrever os israelitas no deserto, que resmungou "e foram destruídos pelo destruidor" (1Co 10:10).

Litigante é de dialogismos , que tem o significado básico de raciocínio interior e é o termo a partir do qual a palavra Inglês diálogo deriva. Mas logo se desenvolveram as ideias mais específicas de questionar, duvidar, ou disputando a verdade de uma matéria. Em Rm 14:1.), Os crentes vivem em um mundo decaído e em corpos não resgatados (Rm 7:18;. Rm 8:23). O Senhor muitas vezes leva os crentes através de momentos de provação e teste (Tiago 1:2-3) e avisa que eles podem esperar para serem perseguidos por causa da sua fidelidade (Mat. 5: 10-12; Jo 15:20). Assim, é inevitável que as circunstâncias nem sempre será favorável ou agradável.

Paulo havia abandonado as muitas vantagens mundanas e privilégios que ele tinha em sua vida anterior, contando-los como menos do que nada (Fp 3:4-7.). Ele contou que um grande privilégio, no entanto, a ser preso por causa de Cristo, que circunstância "acabou para o maior progresso do evangelho", porque "a maior parte dos irmãos, confiando no Senhor por causa da [sua] prisão, [tinha] muito mais coragem de falar a palavra de Deus sem medo "(1:12, 14). O apóstolo desejava conhecer a Cristo cada vez mais intimamente, para compartilhar "o poder da sua ressurreição, ea comunhão dos seus sofrimentos," até mesmo ao ponto de ser "conforme à sua morte" (3:10). Todos os crentes têm "sido concedida pelo amor de Deus", o mesmo privilégio maravilhoso ", não somente crer nele, mas também de sofrer por amor a Ele" (1:29).

Cada circunstância da vida é para ser aceito de bom grado e com alegria, sem murmuração, reclamação ou decepção, muito menos ressentimento. Não há exceção. Não deve nunca ser tanto emocionalresmungos ou intelectual litigante. É sempre pecaminoso para os crentes que reclamar qualquer coisa que o Senhor chama-los a fazer ou sobre qualquer circunstância que Ele soberanamente permite. Se a tarefa é difícil ou fácil, se a situação envolve uma bênção ou um julgamento, as atitudes negativas são proibidos. Como ele testemunha mais tarde nesta carta, próprio crescimento espiritual de Paulo levou-o a desfrutar de tal atitude:. "Eu aprendi a viver contente em qualquer circunstância eu sou Eu sei como se dar bem com os meios humildes, e eu também sei como viver na prosperidade; em toda e qualquer circunstância eu aprendi o segredo de estar cheio e passando fome, tanto de ter abundância e sofrer necessidade "(Fp 4:11-12.). Seu exemplo mostra que esse tipo de comportamento justo é possível.

As razões de parar de reclamar

de modo que você vai provar-vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como luzes no mundo, retendo a palavra da vida, para que no dia da Cristo terei razão para a glória, porque eu não corri em vão, nem trabalham em vão. (2: 15-16)

Paulo dá três razões pelas quais os crentes devem parar de reclamar: para seu próprio bem, para o bem dos perdidos, e para o bem dos pastores.

Pelo amor próprio dos crentes

de modo que você vai provar-vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus acima de qualquer suspeita (2: 15a)

Assim que traduz o conjunto grego hina , que, quando usado com um verbo subjuntivo, pois é aqui, indica uma cláusula de propósito. Os crentes devem parar de reclamar de modo que eles podem tornar-se o tipo de filhos de Deus Ele quer que eles sejam; ou seja, irrepreensíveis e inocentes. Os cristãos são filhos de Deus pela fé (Jo 1:12; Gl 3:26.), por adoção (Rm 8:15, Rm 8:23; 4 Gal.: 5.), e pelo nascimento espiritual (Jo 1:13; 3: 3-6; 1Pe 1:231Pe 1:23). Porque eles são Seus filhos, eles deveriam "ser imitadores de Deus" (Ef 5:1). Esse processo inclui a tornar-se mais irrepreensíveis e inocentes. Para abandonar resmungando e reclamando é uma parte essencial de fazer avançar esse processo.

Irrepreensível é de amemptos , que tem o significado de raiz de ser sem defeito e sem mancha. O crente deve buscar ser sem defeito moral ou espiritual. Zacarias e Isabel, os pais de João Batista, "eram ambos justos diante de Deus, andando irrepreensíveis em todos os mandamentos e exigências do Senhor" (Lc 1:6). Mais tarde, em Filipenses ele fala de si mesmo como tendo sido "irrepreensível", tanto quanto "a justiça que há na lei" estava preocupado (Fp 3:6). Da mesma forma, Paulo admoestou os romanos "para ser sábio no que é bom e inocente no que é mau" (Rm 16:19). A vida do crente é ser absolutamente puro, sem mistura com o pecado e do mal. Preocupado com o bem-estar espiritual dos imaturos Corinthians, Paulo escreveu: "estou zelando por você com um zelo de Deus, porque eu prometi a um marido, a fim de que a Cristo vos apresentar como uma virgem pura" (2Co 11:2; Nu 19:2). O escritor de Hebreus usa amōmos do Senhor Jesus Cristo, dizendo: "Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo?" (He 9:14), como também faz Pedro, que fala de Deus como "um cordeiro sem defeito e sem mácula" (1Pe 1:19). Como qualquer outra virtude espiritual, estando acima de qualquer suspeita é impossível no próprio poder de um crente. É apenas o sem mácula nem mancha o próprio Cristo que "é capaz de manter [crentes] de tropeçar, e para fazer [eles] ficar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria" (Jd 1:24)

Após uma breve descrição do "dia do Senhor [que] virá como um ladrão, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos serão destruídos com o calor intenso, ea terra e as obras serão queimadas", Pedro pergunta retoricamente: "Uma vez que todas estas coisas são para ser destruído, desta forma, que tipo de pessoas não deveis ser em santo procedimento e piedade", e, em seguida, faz o mesmo ponto sob a forma de uma advertência: "Por isso, amados, uma vez que você olhar para essas coisas, ser diligente para ser encontrado por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis "(II Pedro 3:10-11, 2Pe 3:14).

Para o bem do Não salvo

no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como luzes no mundo, retendo a palavra da vida, (2: 15b-16a)

A segunda razão para não reclamar é o impacto negativo que tem sobre os incrédulos, os que pertencem a uma geração corrompida e perversa descrição —a de todo o incrédulo mundo. Geração refere-se à população em termos gerais, mundo para o sistema satânico mal pelo qual eles conduzem suas vidas. A frase inteira geração corrompida e perversa é emprestado de Deuteronômio 32: ". uma geração perversa e depravada" 5, onde Moisés descreve infiel e rebelde Israel como um povo que se tinham tornado Paulo aplica essa descrição de Israel para não salvo, a humanidade corrupta. Crooked é de skolios, referindo-se ao que é dobrado, curvado, ou torcida. A condição de escoliose médico envolve uma curvatura anormal e alinhamento da coluna vertebral. O termo foi usado metaforicamente de tudo o que se desvia de um padrão ou norma, e nas Escrituras, é muitas vezes usado de coisas que são moralmente ou espiritualmente corrupto. Ele é usado na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento), onde Salomão fala de "aqueles que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas; que se deleitam em fazer o mal e nos gloriamos na perversidade do mal, e cujas caminhos são tortuosos (skolios ), e que são tortuosos nas suas formas "(13 20:2-15'>Prov. 2: 13-15; conforme Pv 21:8).

Perverse traduz uma forma de particípio do verbo diastrephō , que tem a mesma ideia básica como skolios mas numa forma mais activa e dinâmica. Jesus falou de uma "incrédula e perversa [ diestrammenēgeração] "(Mt 17:17). A multidão que estava diante de Pilatos e pediu a crucificação de Jesus acusaram de "enganosa [ou perversão, diastrephonta ] a nossa nação, proibindo dar o tributo a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei "(Lc 23:2). Vários anos mais tarde, ele advertiu os anciãos de Éfeso que "dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (At 20:30).

A desonestidade ea perversidade do mundo moderno são tão óbvias e penetrante que exemplos são mal necessário. A maior parte da cultura moderna tem radicalmente distorcida e desviou de padrões de verdade e justiça de Deus. Tal como acontece com a igreja do tempo de Paulo, a igreja hoje não existe perto da corrupta e perversa mundo, mas vive inescapavelmente em seu meio. Por causa do desenvolvimento amplo da tecnologia de comunicações, os cristãos hoje são continuamente e vividamente bombardeados com linguagem vil, idéias e práticas a um grau que os crentes em dias anteriores nunca encontrou.

É a partir desta geração corrompida e perversa que as pessoas precisam ser salvas. Em seu sermão de Pentecostes, Pedro exortou seus ouvintes "com muitas outras palavras [como] ele solenemente testemunharam e continuou exortando-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa!" (At 2:40). Jesus identificou os escribas e fariseus, que exigiam um sinal para provar a sua autenticidade como o Messias, como parte de "uma geração má e adúltera" (Mt 12:23, Mt 12:39;.. Conforme v 45).

Em Sua oração sacerdotal, Jesus falou do mundo como odiar aqueles que não fazem parte do mesmo, ou seja, aqueles que crêem nEle (Jo 17:14, Jo 17:16). No entanto, Ele perguntou a seu pai não "para levá-los para fora do mundo, mas para mantê-los do mal" (17:15). Ele orou: "Consagra-os na verdade;. A tua palavra é a verdade Como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo ... para que sejam perfeitos na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviou, e os amava, assim como também amaste a mim "(João 17:17-18, Jo 17:23). Vivendo fielmente e puramente é uma condição indispensável para o cumprimento do mandato do Senhor para levar Sua mensagem divina da salvação para um mundo perdido no pecado.

Na primeira parte do versículo 15, Paulo fala do caráter cristão, o que os crentes devem ser ("crianças inocentes e inocentes, de Deus acima de qualquer suspeita"). Aqui ele fala sobre o que os crentes estão a dizer, o conteúdo do que eles pregam e ensinam como astros no mundo. A maneira que os crentes viver como filhos de Deus tem um impacto dramático sobre a forma como eles influenciam o mundo sem Deus ao seu redor. Mas doutrina tão certo, sem caráter reto é hipócrita e ineficaz, por isso também é certo viver ineficaz se os crentes não estão proclamando a verdade do Evangelho. Para efetivamente realizar a Grande Comissão de Mateus 28:19-20, os cristãos devem aparecer como astros no mundo, em outras palavras, "brilhar como luzes." Em seu sentido literal, Phoster ( luzes ) foi o mais usado frequentemente das estrelas. Usando o termo metaforicamente, Paulo declara que os cristãos devem ser luminares espirituais e morais que irradiam a verdade de Deus, a palavra da vida, em um universo de outra forma pecaminosamente escuro.

Deus está chamando Seu povo para ser luzes para um descrente mundo não começou com a igreja do Novo Testamento. Daniel declarou que "aqueles que têm uma visão vai brilhar intensamente como o fulgor do firmamento do céu, e aqueles que levam a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente" (Dn 12:3)

Ele, então, adverte severamente: "Você, portanto, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? ... Tu que te glorias na lei, através de sua transgressão da lei, você desonrar a Deus? Para" O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de você ", assim como está escrito" (Rm 2:21, 23-24; conforme Is 52:5). "Nele estava a vida, ea vida era a luz dos homens", declarou João. "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam" (João 1:4-5). No Sermão da Montanha, o Senhor Jesus Cristo chamou os crentes "a luz do mundo" e ordenou-lhes para deixar a sua "luz brilhar diante dos homens de modo que, vendo as [suas] boas obras e glorifiquem a [sua] (05:14 Matt.,
16) Pai que está nos céus ". Todos os cristãos "eram anteriormente escuridão", mas agora são "luz no Senhor" e deve, portanto, "andai como filhos da luz" (Ef 5:8). A luz da Palavra de Deus não só revela a verdade, mas expõe o mal. No entanto, assim como o Senhor prometeu, alguns serão condenados pelo Espírito Santo, ver um crente "boas obras e glorifiquem a [sua] Pai que está nos céus" (Mt 5:16), ou seja, ser salvo.

FB Meyer escreveu,
É quase terrível viver com estes pensamentos pressionando o coração-que nunca se pode falar uma palavra, nunca transacionar um pedaço de negócios, a cara dessa pessoa nunca é visto iluminado com o esplendor de Deus, ou nublado e desanimada, sem ele sendo mais difícil ou mais fácil para os outros homens a viver uma boa vida. Cada um de nós, todos os dias, se assemelha a Jeroboão, filho de Nebate, que fez outros homens pecam; ou estamos levantando outros homens para a luz, e paz, e alegria de Deus. Nenhum homem vive para si, e nenhum morre para si mesmo; mas a vida de cada um está dizendo sobre um número crescente de homens. O que uma solene responsabilidade é viver "(! A Epístola aos Filipenses [Grand Rapids: Baker, 1952], 116)

A qualidade de vida de um crente, seja fiel e obediente ou infiel e desobediente, é a plataforma de seu testemunho. A murmuração, queixando-se cristão não terá um efeito positivo sobre os outros. Por razões óbvias, os incrédulos não são atraídos para esse tipo de vida.

Agarrar- se a partir de epechō , que é talvez melhor traduzida como "retendo", como na Rei Tiago 5ersion. Os termos Paulo normalmente utilizado para a idéia de realizar rapidamente, ou para a exploração, foram eco ou katechō (conforme 1Co 11:2; 1Ts 5:211Ts 5:21; 1Tm 1:191Tm 1:19; 1Tm 3:9).. O contexto do presente texto também deixa claro que a questão não é crentes "permanecendo fiel a (ie, agarrada) a verdade de Deus, mas sim a sua partilha com os outros (segurando out) o redentor palavra que traz a eterna vida.

A palavra de vida refere-se à Escritura e, mais especificamente, para o evangelho. Jesus disse: "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida" (Jo 6:63). Quando muitos seguidores professos, em seguida, virou-se, Jesus perguntou: "os doze, 'Você não quer ir embora também, não é?" "Pedro respondeu:" Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna "(João 6:66-68). Muitos anos mais tarde, o apóstolo João abriu sua primeira epístola, declarando: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram acerca do Verbo da Vida —e a vida foi manifestada, e nós vimos e testemunhamos e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada "(I João 1:1-2). Depois que o anjo do Senhor lançou Pedro e os outros apóstolos da prisão em Jerusalém, ele instruiu-os a "levantar e falar com as pessoas no templo toda a mensagem desta vida" (At 5:20; conforme At 13:26) , a mensagem de Pedro mais tarde chamado de "a vida e palavra de Deus duradouro" (1Pe 1:23).

Por uma questão de Pastores

para que no dia de Cristo eu terei motivo para a glória, porque eu não corri em vão, nem trabalham em vão. (2: 16b)

A terceira razão para não reclamar é para o bem dos líderes da igreja, que deram suas vidas no ministério. Coração pastoral de Paulo brilha através de seu profundo desejo de que o Filipenses iria parar resmungando e reclamando, para que no dia de Cristo , ele terá razão para a glória. Ele antecipou o dia de Cristo, quando ele poderia olhar para trás e se alegrou com a fidelidade de esses amados irmãos. O povo que ele serviu seria uma fonte de alegria eterna.

É importante notar que o dia de Cristo não é sinônimo de um outro termo similar, o Dia do Senhor, que incide sobre o castigo do impenitente ímpios. Paulo lembrou aos Tessalonicenses: "Vós bem sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança! ' em seguida, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto em cima de uma mulher grávida, e eles não vão escapar "(I Tessalonicenses 5:2-3.; conforme 2 Ts. 2: 1-8). Mas o dia de Cristo será exclusivamente para os crentes (conforme Fm 1:6). Embora ele também será um tempo de julgamento, no sentido de que os crentes "comparecer perante o tribunal de Cristo," o foco será apenas em recompensas, não a punição ", para que cada um pode ser recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que ele tem feito, seja bom ou ruim "(2Co 5:10; conforme 1 Cor. 3:. 1Co 3:8; conforme 13 46:3-14'>3: 13-14; 1Co 4:5. Mas também pode descrever alegria, como faz no presente texto (versão Rei Tiago diz: "podem regozijar-se"). Em Rm 5:11, o termo é traduzido como "exultar". Paulo estava ansioso para receber a alegria que o Senhor promete a cada crente fiel. "Estas coisas vos tenho dito para você", disse Jesus, "para que a minha alegria esteja em vós, ea vossa alegria seja completa" (Jo 15:11). A alegria é um fruto do Espírito, que, como o amor, paz, paciência, bondade, e os outros (Gl 5:22-23.), Está a ser procurado e valorizado. João escreveu suas cartas, em parte, que a sua "alegria seja completa" (1Jo 1:4.), E outra salmista exultou: "Os que semeiam em lágrimas segarão com gritos de alegria" (Sl 126:5, Jo 16:22). Desejar e antecipar a alegria não só reconhece a promessa de Jesus, mas segue o seu exemplo: "[Ele] em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" (Heb . 12: 2). Aos tessalonicenses, Paulo escreveu: "Pois quem é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de exultação? Acaso não é isso que você, na presença de nosso Senhor Jesus na sua vinda?" (1Ts 2:19). Na bênção de encerramento de sua breve carta, Jude escreveu: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e para fazê-lo ficar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo, nosso Senhor, glória, majestade, domínio e autoridade, antes de todos os tempos e agora e para sempre. Amém "(Judas 24:25).

A melhor coisa que os crentes podem fazer por seus pastores é fielmente a viver as verdades da Palavra de Deus que ele tem pregado e ensinado, para que ele possa dizer com Paulo, eu não corri em vão, nem trabalham em vão. Cada pastor deseja que o recompensa de seus esforços vai estar cheio, que as pessoas sob seu cuidado e amor obedecer ao Senhor, sem murmurações nem reclamando e com as suas vidas e palavras demonstrar efetivamente o evangelho para ser verdade e crível. É responsabilidade da igreja e um privilégio "apreciar aqueles que trabalham entre [eles], e os intendentes [eles] no Senhor e dar [a eles] instrução" (1Ts 5:12). "Obedeçam aos seus líderes e submeter-se a eles", o escritor de Hebreus adverte, "pois eles velam por vossa alma, como quem deve prestar contas. Que façam isso com alegria e não gemendo, porque isso não seria lucrativo para você "(He 13:17). A maior alegria de qualquer servo de Deus é a vida piedosa de seu rebanho. "Não tenho maior alegria do que isso", disse João, "para ouvir os meus filhos andam na verdade" (3 ​​João 4).

13. Modelos de Servos Espirituais ( Filipenses 2:17-30 )

Mas mesmo se eu estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e compartilhar minha alegria com todos vocês. Você também, exorto-vos, alegrai-vos na mesma maneira e compartilhar sua alegria comigo.
Mas eu espero no Senhor Jesus enviar Timóteo para você em breve, para que eu também possa ser encorajado quando eu aprender de sua condição. Porque não tenho mais ninguém de alma gêmea que vai realmente se preocupar com o seu bem-estar. Pois todos eles buscam seus próprios interesses, não os de Cristo Jesus. Mas você sabe de seu valor comprovado, que serviu comigo no progresso do evangelho como uma criança que serve seu pai. Portanto, espero enviar-lhe imediatamente, assim que eu ver como as coisas vão comigo; e eu confio no Senhor que também eu mesmo virá em breve. Mas eu pensei que necessário enviar a você Epafrodito, meu irmão e companheiro de trabalho e companheiro de lutas, que também é o seu mensageiro e ministrar a minha necessidade; porque ele estava com saudades de todos vocês e estava angustiado porque você tinha ouvido falar que ele estava doente.Porque, na verdade ele estava doente a ponto de morte, mas Deus teve misericórdia dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.Portanto, eu tê-lo enviado ainda mais ansiosamente para que quando você vê-lo de novo, você pode se alegrar e eu possa estar menos preocupado com você. Receba-o, em seguida, no Senhor com todo o gozo, e tende homens como ele em alta conta; porque ele chegou perto de morte para a obra de Cristo, arriscando sua vida para completar o que era deficiente em seu serviço para mim. ( 
2: 17-30 )

Qualquer pessoa que tenha passado muito tempo nos escritos dos servos nobres de Deus desenvolve uma certa compreensão de seus corações e mentes. Normalmente, sua mais intrigante e admirável qualidade é uma vontade de fazer grandes sacrifícios.
O século XVII puritano Tomé Brooks sabiamente observou que "exemplo é a mais poderosa retórica" ​​(citado em IDE Tomé, um puritano de Ouro Tesouro [Edinburgh: Banner da Verdade, 1977], 96).Talvez o aspecto mais importante da liderança espiritual é ter uma vida piedosa para emular. O exemplo pessoal ilustra os princípios bíblicos em ação, mostrando como eles deveriam ser vivida. Quando os crentes considerar cuidadosamente os padrões de Deus na luz dos seus pecados, defeitos, fraquezas e falhas, essas normas, muitas vezes parece impossível de alcançar. Jesus é o exemplo supremo do crente (1Jo 2:6 apresenta três homens cujas vidas são padrões excepcionais para viver piedoso. Estes três-Paulo, Timoteo, e-Epafrodito estavam juntos em Roma no momento. Paulo estava preso em seus próprios quartos alugados. Embora acorrentado a um soldado, ele estava livre para realizar seu trabalho sem entraves ( At 28:16 , 30-31 ). Timóteo, filho do apóstolo na fé ( 1Tm 1:2. ). Ele estava consciente de que ele tinha uma especial vocação, talento, e capacitação para que o Senhor iria responsabilizá-lo. Ele escreveu de que a prestação de contas aos Coríntios: ". Que os homens nos consideram dessa maneira, como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus Neste caso, além disso, se requer dos administradores que um ser encontrado fiel" ( 1 Cor. 4: 1-2 ). Por causa de que a prestação de contas, Paulo exercido auto-disciplina: "Eu disciplinar o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de eu ter pregado aos outros, eu mesmo não será desqualificado" ( 1Co 9:27.). Ele estava confiante "de que no dia de Cristo [teria] motivo para a glória, porque [ele] não correu em vão nem trabalham em vão" ( Fp 2:16 ).

Não se pode deixar de se perguntar por que Paulo tinha tanta confiança em seu próprio exemplo. A maioria dos crentes não estariam dispostos a oferecer-se como um exemplo, acreditando que seria presunçoso e arrogante. Mas o Espírito Santo com poderes Paulo para que a confiança. Porque Paulo estava Espírito levou e obediente, ele não tem o sentido de auto-consciente de inadequação que a maioria dos crentes possuem. Embora ele foi humilde e tinha um profundo sentimento de sua fraqueza ( 1Tm 1:15 ), ele ainda poderia usar-se como um exemplo, porque seus motivos eram puros e sua vida santa.Com tanto sinceridade e genuína humildade, ele poderia, portanto, admoestar o Corinthians, "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" ( 1Co 11:1 ). Paulo foi um exemplo humano, porque ele seguiu o exemplo divino, o Senhor Jesus Cristo. Como o escritor de Hebreus adverte, Paulo fixo seus "olhos em Jesus, autor e consumador da fé" ( He 12:2. , Lv 23:37 ; 2 Reis 16:10-16 ; Jr 7:1; . Os 9:4 ; At 7:41 ; 1Co 10:181Co 10:18. ; He 5:1. ; 1Pe 2:51Pe 2:5 ). Como Pedro, Paulo viu todos os crentes como sendo sacerdotes de Jesus Cristo, "pedras vivas, [que] estão sendo edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis ​​a Deus por Jesus Cristo" ( 1Pe 2:5 ). Ele passou a explicar: "Para você que foi concedido pelo amor de Cristo, não somente crer nele, mas também de sofrer por amor a Ele" ( v. 29 ). Sua perseguição também refletem seu próprio; eles estavam "passando o mesmo combate que [eles] viu em [ele], e [ouviram] para a [ele]" ( 30 v. ). Deles foi uma oferta comum; Paulo derramou sua bebida oferecendo para o sacrifício queima da igreja de Filipos.

Por isso, ele escreve: Alegro-me e compartilhar minha alegria com todos vocês. O apóstolo já mencionou várias razões para sua alegria. Ele alegrou-se por causa de seu amor por eles e seu amor por ele (4: 1 , 10 ). Basta lembrar seus amados irmãos em Filipos era motivo de alegria ( 1: 3-4 ). Mesmo suas circunstâncias aparentemente infelizes em Roma tinha "se transformou no maior progresso do evangelho, de modo que [sua] prisão na causa de Cristo [tinha] tornar-se conhecido a toda a guarda pretoriana e de todos os outros" ( vv. 12 —13 ). A maneira em que ele aceitou graciosamente que a prisão encorajou os crentes em Roma, Filipos, e em outros lugares "ter muito mais coragem de falar a palavra de Deus sem medo" ( v. 14 ). Mesmo quando o evangelho foi pregado com pretensão e por ambição egoísta e inveja, Paulo se alegraram ( vv. 17-18 ).

Mesmo para além de tais bênçãos, serviço de sacrifício para o Senhor é, em si, um privilégio e um motivo de regozijo. Os crentes devem se alegra com a despeito de seu sofrimento por Cristo, mas por causa disso (cf. At 5:41 ), sabendo que "todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" ( 2Tm 3:12 ). Maior alegria dos crentes vem no ponto de maior sacrifício, porque servir a Deus é o objetivo supremo de sua existência. O apóstolo escreveu anteriormente em Filipenses: "[É] a minha ardente expectativa e esperança, de que eu não vou estar envergonhados em qualquer coisa, mas com toda a ousadia, Cristo mesmo agora, como sempre, ser exaltado em meu corpo, quer . pela vida ou pela morte Porque para mim o viver é Cristo eo morrer é lucro "( 1: 20-21 ). Alguns anos antes, ele escreveu: "Nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si mesmo, porque, se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor, por isso, se vivemos ou morramos, somos do Senhor "( Rom. 14: 7-8 ).

Infelizmente, muitos crentes experimentar a alegria da mesma maneira como o mundo faz. Quando as circunstâncias são favoráveis, eles estão felizes; mas quando as circunstâncias são desfavoráveis, eles estão tristes e às vezes ressentido. As únicas coisas que lhes trazem alegria são aqueles que promovem seus próprios interesses e bem-estar. Mas quando os crentes procuram fazer a vontade do Pai e agradá-Lo, eles vêem sacrifício por Ele com alegria. A razão pela qual muitos crentes sabem pouco sobre o tipo de Paulo de alegria é que eles sabem pouco sobre o seu tipo de sacrifício.

É difícil para os crentes mundanos, egocêntricos para entender como os missionários podem viver durante anos em condições primitivas, exigentes, e muitas vezes perigosas e ainda assim manter a sua alegria. Através de tudo isso eles se alegrar, porque, como Paulo e os filipenses, eles oferecem suas vidas como um contínuo sacrifício a Deus. Eles aprenderam que quanto maior o sacrifício, maior é a alegria. Eles têm a mesma atitude de Pedro e os outros apóstolos que, depois de ser açoitado e ordenou "para não falar em nome de Jesus, ... seguiram o seu caminho a partir da presença do Conselho, regozijando-se por terem sido considerados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus "( Atos 5:40-41 ).

O serviço abnegado para Cristo é um sacrifício apenas no sentido de ser uma oferta a Deus. Nunca é um sacrifício no sentido de ser uma perda. Um crente pode sacrificar nada para o Senhor que não é substituído por algo infinitamente mais valioso e gratificante (cf. 2Co 4:17 ). É sempre uma troca do menor para o maior, levando Paulo a escrever: "Eu considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e considero como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo "( Fp 3:8. ) e aos Colossenses: "Agora me regozijo no meus sofrimentos por vós, e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome de seu corpo, que é a igreja, ao preencher o que falta aos sofrimentos de Cristo "( Cl 1:24 ). Ele assegurou aos tessalonicenses que "por esta razão, irmãos, em toda a nossa necessidade e tribulação, ficamos consolados acerca de vós, pela vossa fé, porque agora vivemos, se estais firmes no Senhor Por que ação de graças podemos render a Deus por. você em troca de todo o gozo com que nos regozijamos diante do nosso Deus em seu relato "( 1 Tes. 3: 7-9 ). Da mesma forma, Tiago advertiu: "Considerai tudo com alegria, meus irmãos, quando se deparar com várias provações, sabendo que a provação da vossa fé produz a perseverança ea perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando. em nada "( Tiago 1:2-4 ). Da mesma forma, Pedro aconselhou seus leitores: "Na medida em que você compartilha os sofrimentos de Cristo, manter a alegria, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando" ( 1Pe 4:13 ).

Assim foi com integridade e sinceridade que Paulo podia dizer, eu me alegro e compartilhar minha alegria com todos vocês. Sunchairō ( share ... alegria ) é um composto (e, portanto, intensificou) forma do verbo anterior ( chairo , alegrar ) e descreve uma profunda mutualidade de propósitos e sentimento. Foi usado por Lucas para descrever os vizinhos e parentes de Elisabete, que "se alegrava com ela" sobre o nascimento de João Batista ( Lc 1:58 ). Ela foi usada por Jesus do homem que alegrou em encontrar sua ovelha perdida ( Lc 15:6. ; 1Tm 1:21Tm 1:2 ; . 2Tm 1:22Tm 1:2 ) . Tanto sua mãe e sua avó, Lois, eram crentes ( 2Tm 1:5. ). Que ele não era circuncidado como uma criança sugere que seu pai o tinha educado na aprendizagem e na cultura grega. Juntamente com a sua maturidade espiritual, sua herança judaica e grega combinada fez o único qualificado para ministrar o evangelho com Paulo para o mundo gentio. Para fazer Timoteo mais aceitável para os judeus, especialmente para aqueles na Galácia que sabia dele, Paulo circuncidou ( At 16:3 ), "o meu companheiro de trabalho" ( Rm 16:21. ; 1Ts 3:21Ts 3:21Co 16:10. ), "nosso irmão" ( 2Co 1:1. ), e, na presente carta, como um companheiro servo de Cristo Jesus ( Fm 1:1. , Rm 16:2 Corinthians) ( 2Co 1:1. ), Tessalônica ( 1Ts 3:2 ), e Filipepi ( Fp 2:19. ).

Timoteo foi fiel e confiável em todos os sentidos e claramente estava qualificado para ser um modelo para os filipenses a imitar. Eles estavam bem familiarizados com ele, já que ele, sem dúvida, estava com Paulo quando a igreja ali foi fundada (cf. At 16:3 , At 28:23 , 30-31 ). Pode ter sido que Timóteo estava ajudando Paulo com a situação referida no 1: 15-17 .

A única razão específica Paulo mencionado para o envio de Timóteo era para que ele possa ser encorajados quando ele aprendeu de Filipenses ' condição. Apesar de sua esperança de visitar Filipepi em breve, Paulo esperava Timoteo ter tempo para alcançá-los e informar a sua avaliação da sua condição antes que o apóstolo foi libertado. Sua confiança de que ele iria ser encorajados pelo que o relatório revela que ele esperava que fosse positivo. Era típico de Paulo estar tão preocupado. No caso da igreja de Corinto, suas preocupações eram tão profunda que ele não tinha coração para o ministério até que ouviu de sua condição ( 2 Cor. 7: 5-9 ).

Porque ele queria os filipenses a aceitar Timoteo sem hesitação, Paulo deu-lhes um breve perfil daquele servo dedicado de Jesus Cristo ( vv. 20-24 ). O apóstolo destacou sete características pessoais para os filipenses a imitar: Timoteo foi semelhante, Simpático, single-minded, temperado, submisso, sacrificial, e Prestativo.

Em primeiro lugar, o caráter espiritual de Timóteo era semelhante ao do do apóstolo. De muitas maneiras, Timoteo foi uma verdadeira alma gêmea com Paulo. Epafrodito ( 2: 25-30 ) e alguns outros pregadores e professores em Roma eram servos fiéis do Senhor, e Paulo amado e apreciado eles (cf. 1: 14-17 ). O apóstolo não estava em forma menosprezar aqueles homens, mas não havia ninguém daestatura de Timoteo. Ele tinha sido instruído nas Escrituras desde a infância por sua mãe e sua avó ( 2Tm 1:5 ) e foi altamente considerado por aqueles que o conheceram ( At 16:2 , onde Davi fala de "um homem meu igual, meu companheiro e meu amigo íntimo," que tinham gravemente o traiu.

O objetivo do verdadeiro discipulado é a reprodução; quando uma pessoa está totalmente discipulado, Jesus disse, ele será como o seu professor ( Mt 10:25 ). Ao longo do tempo, Timoteo chegou a pensar como Paulo, referem-se a crentes e não crentes, como Paulo, avaliar idéias e situações como Paulo, confiança no Senhor como Paulo, e orar como Paulo. Esses dois homens de Deus tinha qualidades semelhantes de alma, as paixões semelhantes, objetivos semelhantes, e zelo similar. Com efeito, Paulo estava dizendo aos crentes de Filipos que ele tinha dito para aqueles em Corinto, poucos anos antes: "Exorto-vos, ser imitadores de mim Por isso enviei para você Timóteo, que é o meu amado, e fiel. criança no Senhor, e ele vos fará lembrar de meus caminhos que estão em Cristo, assim como toda parte eu ensino em cada igreja "( 1 Cor. 4: 16-17 ). Então, aqui, como em Corinto, até que Paulo foi capaz de visitar novamente Filipepi, Timoteo foi de longe o melhor substituto. Ele era o cumprimento final do desejo do apóstolo que outros crentes ser fiéis imitadores dele, como ele era de Jesus Cristo ( 1Co 11:1. ; Mt 10:19 ; Lc 10:41 ), e mais tarde na presente carta ele é processado "ansioso" ( 4: 6 ). Mas Paulo aqui usa-lo em um sentido positivo para descrever grande preocupação de Timóteo para o bem-estar da igreja de Filipos. Tal como o seu Senhor, Paulo tinha "solicitude por todas as igrejas" constante ( 2Co 11:28 ) e estava confiante de que Timoteo compartilhado essa preocupação. Eram verdadeiros pastores, cuja principal preocupação era com o bem-estar de suas ovelhas.

A terceira força que caracterizou Timoteo era sua obstinação, afirmou aqui indiretamente por contraste com os líderes da igreja em Roma. Paulo lamenta o, sem amor atitude egocêntrica desses líderes. buscartraduz o presente do indicativo do verbo zēteō e poderia ser traduzida como "continuamente buscam." Deve ter profundamente entristecido Paulo ter que dizer dos que todos buscam os seus próprios interesses e não os de Cristo Jesus.

Embora o evangelho estava sendo proclamado por um número de homens em Roma, às vezes era pregado fora de "inveja e porfia ... [e] ambição egoísta, e não de motivos puros" ( 01:15 , 17 ). Paulo, no entanto, regozijou-se "que, em todos os sentidos, ou por pretexto ou de verdade, Cristo é proclamado" ( v. 18 ). Parece que aqueles que pregavam fora de boa vontade e amor ( vv. 15-16 ) ou tinham desaparecido ou estavam em silêncio. Apesar da presença de Paulo, muitos pregadores tornou-se mundana e egocêntrica. Eles não estavam apóstata ou herética, mas, obviamente, havia deixado seu primeiro amor por Cristo e tornar-se auto-centrado (cf. Ap 2:4 ; . Fm 1:24. , 2Tm 4:16 ). Os poucos homens fiéis com Paulo em Roma, como Lucas e Aristarco ( Cl 4:10 ; . 24 Fm ), evidentemente não estavam disponíveis para viajar para Filipepi. O apóstolo foi até seu último colega de trabalho de confiança; fiel Timoteo foi a exceção single-minded solitário em Roma. Esta foi mais uma vez situação de Paulo em sua prisão final em Roma. Em sua última carta a Timóteo, ele disse: "Todos os que estão na Ásia se afastou de mim" ( 2Tm 1:15 ) e pediu a Timóteo para permanecer leal ( 2Tm 1:13 ). Como Paulo, seus dominantes interesses quando Paulo escreveu esta carta ainda eram as de Cristo Jesus.

Em quarto lugar, Timoteo foi temperado. Paulo não tem que convencer a igreja em Filipos de que porque eles sabiam de seu valor comprovado. Vale comprovada traduz dokimēn , que tem o significado básico de prova após o teste. Usado de uma pessoa, ela descreveu caráter comprovada ou valor testado. Paulo usou as inúmeras vezes forma verbal em suas advertências para os crentes para "provar qual é a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita" ( Rm 12:2. ; cf. 2Co 13:52Co 13:5 ) e "testar os espíritos para ver se eles são de Deus" ( 1Jo 4:11Co 3:13. ; 1Pe 1:71Pe 1:7 ), e instruiu que os diáconos "também deve ser testada primeiro [para ver] se eles são irrepreensíveis" ( 1Tm 3:10 ).

Timoteo tinha sido testado várias vezes em seu serviço ao Senhor. Quando agitadores de Tessalônica forçou Paulo a sair Berea, Timóteo e Silas foram confiados a permanecer lá e continuar o trabalho ( At 17:14 ). Da mesma forma, "depois de ter passado pela Macedônia e Acaia, ... [ele] enviando à Macedônia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto" ( Atos 19:21-22 ). Um pouco mais tarde, Timoteo acompanhou o apóstolo e outros, quando eles voltaram para a Macedônia ( 20: 3-4 ), de que Filipos era uma cidade chave. Paulo pode ter escrito 2 Corinthians de Filipos (cf. 2Co 11:9. ) e na introdução a este ofício enviado saudações de "irmão Timóteo" ( 2Co 1:1. ), um mestre humano ( 1Tm 6:2 ), uma nação conquistar ( At 7:7 ), e serviço de fiéis uns aos outros (Gl 5:13. ). Mas foi também um dos verbos mais comuns usados ​​no Novo Testamento para o serviço ao Senhor (cf. At 20:19 ; Romanos 0:11. ; 14:18 ; Cl 3:24 ), muitas vezes em contraste com servindo outras pessoas e coisas, como a letra da lei mosaica ( Rm 7:6. ), e desejos pecaminosos ( Rm 16:18. ; Tt 3:3). Timoteo não só era colega de trabalho de Paulo, mas também "cooperador de Deus no evangelho de Cristo" ( 1Ts 3:2. ) . Ele, também, foi "determinado a não saber nada ... a não ser Jesus Cristo, e este crucificado" ( 1Co 2:2 ). Ele podia dizer sinceramente com Paulo de que "nós não nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor ea nós mesmos pregar como vossos servos por amor de Jesus", e que ele estava "aflitos em todos os sentidos, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperada; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nosso corpo "( 2Co 4:5. , 2Co 5:20 ). E como Paulo, ele acabou sendo preso por sua fé ( He 13:23 ). Por razões de seu Senhor, ele deixou sua casa e sua mãe piedosa e avó. Não há nenhuma evidência nas Escrituras que ele nunca se casou, teve filhos, e experimentado as alegrias da vida em família. Ele poderia sinceramente declarar como Paulo aos anciãos de Éfeso: "Eu não considero a minha vida de qualquer conta como preciosa para mim, para que eu possa terminar minha carreira eo ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus "( At 20:24 ).

Sétima virtude de Timóteo era que ele estava disponível, uma característica implícita nos outros. Porque ele era tão eminentemente qualificado para o serviço, Paulo poderia afirmar, sem hesitação, portanto espero enviá-lo imediatamente. Qualifying imediatamente, o apóstolo explicou que primeiro queria ver como as coisas vão comigo. Como observado na discussão do versículo 21 , ele ainda precisava da ajuda de Timoteo mais algum tempo.

O contexto deixa claro que Timoteo estava disposto a fazer o que Paulo lhe pedia. Ele não tinha agenda própria. Para ele, estar disponível para o Senhor, essencialmente, significava ser útil aos apóstolo do Senhor. Sua permanência ou saída foi inteiramente a decisão de Paulo, não a sua própria. Deve ter sido difícil para este jovem inteligente, energético, talentoso, e dotado de ser constantemente cortando relações com a família, amigos e colegas de trabalho. Para a maioria das pessoas, especialmente aquelas com as suas capacidades, seria praticamente impensável para estar em alguém do beck e chamada.Mas Timoteo era apenas esse tipo de servo voluntário, confiável e alegre de Paulo em seu serviço mútuo de Jesus Cristo. Ele estava pronto para gastar e ser gasto como parecia melhor para seu querido amigo e apóstolo.
Paulo, então, acrescentou, e eu confio no Senhor que também eu mesmo virá em breve. Ele não minimizar o valor que ele poderia ser para a igreja em Filipos, ministrando a eles em pessoa. Seja ou não fez, no entanto, é claro que ele tinha a maior confiança em Timóteo.

Timoteo tinha fragilidades humanas. Apesar de sua vocação divina e dons espirituais ( 1Tm 4:14 ), ele aparentemente não tinham auto-confiança por causa de sua juventude ( 1Tm 4:12 ). Ele foi tentado por paixões da mocidade. Em sua segunda carta a ele, o apóstolo adverte: ". Se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado, útil ao Senhor, preparado para toda boa obra Agora fugir das paixões da mocidade e segue a justiça, fé, amor e paz, com aqueles que invocam o Senhor com um coração puro "( 2 Tim. 2: 21-22 ). Aparentemente, Timoteo foi, então, em um ponto baixo em sua vida pessoal e ministério. Ele teve vitórias e derrotas, satisfação e decepção, alegria e tristeza. Mas ele atendeu o conselho de Paulo: "Continua nas coisas que você aprendeu e convicção, sabendo de quem o tens aprendido ... Prega a palavra, estar pronto a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com grande a paciência e doutrina ... sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério "( 2Tm 3:14. ; 2Tm 4:2 ).

Epafrodito: O Companheiro amoroso

Mas eu pensei que necessário enviar a você Epafrodito, meu irmão e companheiro de trabalho e companheiro de lutas, que também é o seu mensageiro e ministrar a minha necessidade; porque ele estava com saudades de todos vocês e estava angustiado porque você tinha ouvido falar que ele estava doente. Porque, na verdade ele estava doente a ponto de morte, mas Deus teve misericórdia dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Portanto, eu tê-lo enviado ainda mais ansiosamente para que quando você vê-lo de novo, você pode se alegrar e eu possa estar menos preocupado com você. Receba-o, em seguida, no Senhor com todo o gozo, e tende homens como ele em alta conta; porque ele chegou perto de morte para a obra de Cristo, arriscando sua vida para completar o que era deficiente em seu serviço para mim. ( 2: 25-30 )

O terceiro modelo servo espiritual descrito em 2: 17-30 é Epafrodito, outro protegido e colega de trabalho de Paulo. Ele não era um estadista apóstolo e espiritual, como Paulo ou, tanto quanto se sabe, até mesmo um ancião, como Timóteo. Não há registro de qualquer trabalho notável que ele realizou. Nada se sabe sobre sua família, sua experiência pessoal, sua conversão, quanto tempo ele tinha sido um crente, ou as suas funções específicas nas igrejas em Filipos, Roma, ou em outro lugar.

O nome Epafrodito significa "pertencente a", ou "favorecido por Aphrodite", a deusa grega do amor (a quem os romanos chamavam de Vênus), indicando que, como Timóteo, ele foi provavelmente nascido e educado na cultura grega. O nome era comum e mais tarde veio a significar "amoroso", ou "lovely". Embora Epafrodito foi muitas vezes abreviado para Epafras, não há provas de que ele era o homem com esse nome mencionado em Cl 1:7. ; Fp 4:18 ), Filipenses, obviamente, segurou-o na mais alta consideração e confiava nele implicitamente.Embora ele não pode ter mantido uma posição oficial em sua igreja, eles sabiam que ele conheceu altos padrões morais e espirituais do apóstolo. Ele tinha a alma de um servo, indo de bom grado a Roma para ajudar Paulo em qualquer maneira que podia durante o tempo que ele era necessário.

Que ele estava disposto a ir a Roma, enquanto Paulo ainda foi preso também mostra grande coragem (cf. 2 Tim. 1: 16-17 ). Embora o apóstolo foi autorizado a viver em seus próprios quartos alugados e tinha liberdade ilimitada para receber os visitantes ( Atos 28:30-31 ), Epafrodito entendido que esta situação pode mudar durante a noite. Se César decidiu que Paulo era de fato uma ameaça a ele como tinha sido acusado, ele não hesitaria em pedir sua execução imediata. Isso colocaria associados de Paulo em perigo de detenção, prisão e, talvez, a execução. Epafrodito sabia que o risco que corria era real.

Depois de declarar sua intenção de enviar Epafrodito volta a Filipos, Paulo primeiro dá cinco títulos que revelam o caráter deste homem ( v. 25 ) e, em seguida, menciona várias razões para mandá-lo de volta ( vv. 26-30 ).

Seus títulos

Mas eu pensei que necessário enviar a você Epafrodito, meu irmão e companheiro de trabalho e companheiro de lutas, que também é o seu mensageiro e ministrar a minha necessidade; ( 02:25 )

Os três primeiros títulos (introduzidas pela minha ) referem-se a relação de Epafrodito ao apóstolo himself- irmão, companheiro de trabalho, companheiro de lutas. Os dois últimos (introduzido porseu ) dizem respeito à sua relação com a igreja em Filipepi- mensageiro, ministro.

Em usando o pronome possessivo meu, Paulo manifesta um relacionamento profundo e amoroso com este homem notável. O apóstolo era o líder mais respeitada e amada na igreja primitiva. No entanto, ele se dignou a chamar um crente comum e praticamente desconhecida não só o seu irmão, mas também o seu companheiro de trabalho e companheiro de lutas no serviço do Senhor.

Acima de tudo, Epafrodito, como todos os outros crentes, era espiritual de Paulo irmão, um filho do companheiro de Deus. Mas os dois homens também havia se tornado irmãos no sentido de ter uma profunda afeição pessoal pelo outro. Eles haviam desenvolvido uma amizade duradoura e camaradagem, servindo eles ao Senhor juntos.

Em segundo lugar, Epafrodito era de Paulo companheiro de trabalho, enfatizando o seu esforço espiritual comum além de sua vida espiritual comum. Sunergos ( colega de trabalho ) é um termo distintamente Pauline. Dos treze vezes é utilizado em todo o NT mas ona ( Jo 3:8 ) são por Paulo. Em cada caso, ele tem a ideia de uma parceria carinhoso, não somente a de um relacionamento oficial impessoal (cf. Rm 16:9 ; Cl 4:11 ; 1Ts 3:21Ts 3:2. ). Em I Coríntios, ele chama todos os crentes "cooperadores de Deus" ( 1Co 3:9 ; Jo 19:2 ; At 10:7 ). Usando a palavra metaforicamente, Paulo admoestou Timóteo a sofrer dificuldades com ele "como um bom soldado de Cristo Jesus" ( 2Tm 2:3 ) e Paulo (cf. Rm 1:1. ). Claramente Epafroditoera um mensageiro, enviado a Roma pela igreja em Filipos.

Epafrodito também foi um ministro enviado de Filipos para atender de Paulo necessidade. leitourgos é uma das várias palavras gregas traduzidas por vezes ministro no Novo Testamento. Mais uma vez, é o termo da qual liturgia é derivado; mas tem uma ampla gama de significados e aplicações. Ele foi usado pelos antigos gregos de um funcionário público que foi tão apaixonAdãoente dedicado às suas funções que ele descarregados-los às suas próprias custas. A palavra muitas vezes descrita fazendo um serviço que tinha uma aura de importância especial, e um leitourgos foi, portanto, altamente respeitado e honrado por seus concidadãos. Paulo refere-se aos governantes humanos em geral como "servos [ leitourgoi ] de Deus "( Rm 13:6 ). O escritor de Hebreus chama santos anjos de Deus "Seus ministros" ( He 1:7. ; cf. Mc 14:33-34 ). Ele orou com tanta agonia intensa que "o seu suor tornou-se como gotas de sangue, que caíam na terra" ( Lc 22:44 ).

Aflição de Epafrodito não era tão extremo, mas foi, no entanto, muito real e profundo. Ele pode, inadvertidamente, tornaram-se distraído ao ponto de ser menos útil para Paulo. Seu coração doía porque ele tinha aprendido que os crentes de Filipos tinha ouvido falar que ele estava doente e estavam preocupados com ele. Ele não estava apreensivo sobre sua doença com risco de vida, mas sim estavaangustiado sobre sua angústia! Astheneō ( estava doente ) traduz um verbo composto composto do negativo um e sthenos ("força") e significa literalmente "sem força". Ele foi usado para descrever os pontos fracos de vários tipos e graus variados. Substantivos relacionados foram utilizados de fraqueza geral física ( 2 Cor. 0:10 ), bem como de fraqueza espiritual ( Mt 26:41 ). Paulo mesmo usado astheneōpara descrever a fraqueza, por causa do pecado da carne ( Rm 8:3 ; Lc 4:40 ; Jo 5:3 ), os discípulos ( Mt 10:8 ; At 19:12 ).

Os filipenses tinha boas razões para estar preocupado com a saúde de Epafrodito, porque ele tinha sido doente a ponto de morte. Tinha Deus não teve misericórdia dele, ele teria morrido. É interessante que, embora ele já havia exercido o dom da cura (cf. At 28:8 ).

Quando Deus poupa uma pessoa de morte é sempre um reflexo de Sua misericórdia, porque "o salário do pecado é a morte" ( Rm 6:23 ), e cada ser humano é um pecador ( Rm 3:23 ). Os dois cegos que pediam Jesus para restaurar a visão perceberam que sua única esperança era através da Sua misericórdia. Seu grito inicial, na verdade, foi por misericórdia, não tem cura ( Mt 9:27 ). Da mesma forma, os dez leprosos primeiro clamar ao Senhor foi: "Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós" ( Lucas 17:12-13 ). Da mesma forma, a mulher cananéia ( Mt 15:22. ), o homem com o filho demente ( Mt 17:15. , eo mendigo cego Bartimeu () Mc 10:47 ; Lc 18:39 ) tudo foi ter com Jesus perguntar primeiro por misericórdia.

Cura de Epafrodito de Deus não só foi um benefício óbvio para ele, mas também para Paulo, que observa que Deus teve misericórdia ... não somente dele, mas também de mim. Junto com os filipenses, ele teria experimentado tristeza sobre tristeza tinha Epafrodito morreu . Paulo não ficaria triste como fazem os incrédulos ", que não têm esperança" ( 1Ts 4:13 ), mas sua tristeza pela morte de Epafrodito seria, contudo ter sido real, profundo e duradouro.

Apesar da perda pessoal que ele iria experimentar, enviando-o de volta, Paulo escreveu bom grado, Portanto, eu tê-lo enviado ainda mais ansiosamente para que quando você vê-lo de novo, você pode se alegrar e eu possa estar menos preocupado com você. Os filipenses não tinha solicitado que Epafrodito ser enviado de volta para eles. Seu retorno foi idéia de Paulo e foi realizada unicamente por sua iniciativa. Ele sabia que a sua perda seria seu ganho. Mas sua felicidade em ter Ephaphroditus de volta em sua bolsa traria Paulo alívio. Tal é o poder notável e recompensa do amor altruísta. Paulo, Epafrodito, e os crentes de Filipos eram de fato "da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de um propósito," fazer "nada de partidarismo ou vanglória, mas com humildade" a respeito de "uma outro como mais importante "do que eles, e" não apenas olhar [ndo] para fora para [seus] próprios interesses pessoais, mas também para os interesses dos outros "( Filipenses 2:2-4. ). Paulo abnegAdãoente exortou os Filipenses, Recebei-o, em seguida, no Senhor com toda a alegria.

Prosdechomai ( receber ) refere-se a aceitação favorável e contente. Os fariseus e os escribas usou depreciativamente de receber Jesus e comer com aqueles que consideravam pecadores vis ( Lc 15:2 ), e o próprio evangelho (Lc 8:13 ; cf. At 8:14 ; At 17:11 ) deve ser recebido. Prosdechomai descreve como Phoebe, a irmã de Paulo no Senhor e "o amparo de muitos," estava a ser recebida pela igreja em Roma ( Rom. 16: 1-2 ) e como a igreja em Filipos era agora a receber o honroso Epafrodito- no Senhor com toda a alegria. Mais do que isso, os filipenses estavam a prender homens como ele em alta conta; porque ele chegou perto de morte para a obra de Cristo, arriscando sua vida, como ele sacrificially procurado para completar o que era deficiente, ou seja, ainda não concluído, na igreja de Filipo serviço paraPaul.

Arriscando traduz uma forma participial de paraboleuomai , que literalmente significa "jogar de lado." Ele fala de forma voluntária arriscando a própria bem-estar e, assim, expor-se ao perigo. Foi usado às vezes de jogos de azar, e é por essa razão que o título desta seção refere-se a Epafrodito como "o jogador amoroso." Com total desprezo pelo seu próprio bem-estar, ele continuamente colocar sua vida em risco para a obra de Cristo.

Logo após a época do Novo Testamento, um grupo de cristãos se uniram em uma associação que chamaram Parabolani, que significa "O Gamblers". Tomando Epafrodito como seu modelo, eles visitaram os prisioneiros e ministrado aos doentes, especialmente aqueles com doenças transmissíveis perigosas que ninguém mais poderia ajudar. Eles corajosamente proclamou o evangelho de Jesus Cristo onde quer que fossem (William Barclay, as cartas aos Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses [rev. ed., Louisville, Ky .: Westminster, 1975], 50).

Quando a cidade de Cartago, na costa mediterrânea do norte da África, sofreu uma praga grave em AD 252, os habitantes pagãos eram tão assustada de contágio que se recusavam a tocar os corpos dos mortos, mesmo para enterrá-los. Cipriano, bispo da igreja lá, levou os cristãos na tarefa árdua e perigosa de ministrar aos doentes e moribundos e de enterrar os milhares de cadáveres. A influência espiritual de que o testemunho silencioso, mas poderoso em seus vizinhos incrédulos e anteriormente hostis, sem dúvida, era imensurável (Barclay, 50).

Talvez Paulo foi aqui que joga no nome Epafrodito, que, como mencionado acima, significa "favorecido de Afrodite." Porque ela era a deusa do jogo, bem como do amor, os homens muitas vezes gritam "Epafrodito", como eles jogou os dados, na esperança de ser favorecido por ela. Em contraste com esses homens, o irmão de Paulo amado, companheiro trabalhador, e companheiro de lutas foi arriscando sua vida por algo infinitamente mais valioso do que dinheiro. Sua vida existência de riscos associados; mas não foi um jogo. Sem reserva, ele poderia sinceramente testemunhar com Paulo que "o que quer que as coisas estavam ganho para mim, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo "( Filipenses 3:7-8. ).

Paulo, Timóteo e Epafrodito havia três indivíduos muito diferentes: o Paulo, líder destemido bold; Timoteo sua calma, assistente consagrado; Epafrodito um diligente, behind-O-scenes trabalhador. No entanto, todos os três manifestado a característica mais importante de um líder-uma vida digna de imitação dos deuses.



Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Filipenses Capítulo 2 do versículo 1 até o 30

Filipenses 2

Causas de desunião — Fp 2:1-4

Remédio para a desunião — Fp 2:1-4 (cont.) Verdadeiro Deus e verdadeiro homem - Fp 2:5-11 Humilhação e exaltação - Fp 2:5-11

Tudo para Deus — Fp 2:5-11 (cont.)

Cooperação na salvação - Fp 2:12-18

Os sinais da salvação — Fp 2:12-18 (cont.) As figuras paulinas - Fp 2:12-18 (cont.)

O servidor fiel — 2:19-124

A cortesia de Paulo — Fp 2:25-30

CAUSAS DE DESUNIÃO

Filipenses 2:1-4

O perigo que ameaçava a Igreja de Filipos era o da desunião. Em

certo sentido este é o perigo de toda Igreja sadia. Só quando os homens vivem com toda seriedade, quando realmente se interessam por suas crenças e quando estão ansiosos a levar a cabo seus próprios planos ou projetos é quando existem as condições para que uns se levantem contra

outros. Quanto maior é o entusiasmo, tanto maior é o perigo de colisão. Paulo deseja proteger seus amigos deste perigo.

Nos versículos 3:4 o apóstolo nos apresenta as três grandes causas de desarmonia e desunião. Em primeiro lugar a ambição egoísta. Sempre

existe o perigo de que os homens trabalhem não para adiantar o mesmo assunto, senão para seu progresso pessoal. É extraordinário como várias vezes grandes príncipes da Igreja quase fugiram ao cargo a eles oferecido, devido ao agudo senso da própria indignidade.

Ambrósio está entre as maiores figuras da Igreja primitiva. Foi um grande erudito; ocupou o cargo de governador romano da província da Ligúria e Emilia, a que regia com tanto amor e cuidado que era

considerado por todos como um pai. Morreu o bispo do distrito e surgiu a questão do sucessor. Em meio da discussão se ouviu de repente a voz de um menino pequeno: "Ambrósio bispo! Ambrósio bispo!" Toda a

multidão começou a gritar da mesma maneira. Para Ambrósio isto era inconcebível. Fugiu de noite para evitar o alto cargo eclesiástica que se lhe oferecia, e só a intervenção direta e a ordem do imperador fizeram

que aceitasse o cargo de Bispo de Milão.

Quando o pregador John Rough chamou publicamente do púlpito de Santo André a John Knox para o ministério, este se encheu de

espanto. Em sua própria História da Reforma escreve: "Ao dizer isto John se envergonhou, estalou em abundantes lágrimas e se retirou a seu aposento. Daquele momento até o dia em que foi forçado a apresentar-se publicamente no lugar da pregação, seu semblante e seu comportamento

evidenciaram a aflição e a angústia de seu coração. Ninguém advertiu nenhum sinal de regozijo; por muitos dias não buscou a companhia de ninguém." Assim, pois, longe de deixar-se dominar pela ambição; os

grandes homens estavam dominados por um sentimento da própria indignidade e incapacidade para desempenhar um alto cargo.

Logo vem o desejo de prestígio pessoal, de uma glória vazia. Pode-

se dizer que na verdade o prestígio é para muitos uma tentação maior ainda que a riqueza. Ser admirados, respeitados, poder sentar-se numa

plataforma, ser consultados, ser conhecidos pelo nome e a fisionomia, ser escutados, ter certa fama e até ser adulados constitui para muitos o que mais se pode ambicionar. Mas o cristão não aponta à sua própria exibição mas sim ao seu desaparecimento. Quando realiza boas obras não o faz para que os homens lhe rendam honras, senão para que glorifiquem ao Pai que está nos céus. O cristão não deseja que os olhos dos homens se centrem nele, mas em Deus. Brilha com uma luz mas essa luz não é próprio, mas sim a luz de Deus que brilha através dele.

E, por fim, há o egocentrismo. Se um homem sempre se preocupa, em primeiro termo e acima de tudo por seus próprios interesses, choca necessariamente com outros. Se para alguém a vida é um concurso cujo prêmio tem que ganhar ou uma luta por vencer, sobrepujar e conquistar a outros, pensará sempre nos outros como inimigos ou pelo menos como adversários que devem ser eliminados do caminho. O centrar-se em si mesmo implica inevitavelmente eliminar a outros; o objeto da vida já não é ajudar os outros, mas sim afundá-los na medida do possível.

Onde há uma ambição egoísta, onde há um desejo de prestígio pessoal, onde cada homem se concentra em seus próprios interesses, ali

não pode existir outra coisa senão desunião.

REMÉDIO PARA A DESUNIÃO

Filipenses 2:1-4 (continuação)

Frente ao perigo de desunião Paulo faz cinco pontos que podem

prevenir toda desarmonia ou desacordo.

  1. O fato de que todos estamos em Cristo deve nos manter em unidade fraternal. Ninguém pode caminhar desunido com seu semelhante

e ao mesmo tempo estar unido a Cristo. Se a pessoa tiver a Cristo como companheiro de caminhada, inevitavelmente é companheiro de todo caminhante. Ninguém pode viver a atmosfera de Cristo e viver ao mesmo tempo odiando a seus semelhantes. As relações de um homem

com seus semelhantes são um ser bom índice de sua relação com Jesus Cristo.

  1. O poder do amor cristão nos conservará em unidade uns com os outros. O amor cristão é essa benevolência e boa vontade invencíveis

que não conhecem o ódio nem buscam outra coisa que o bem de outros. O amor cristão não é uma mera reação do coração como o é o amor humano; é uma vitória da vontade que se leva a cabo com a ajuda de Jesus Cristo. Não significa só amar os que nos amam, os que nos

agradam ou os que são dignos de ser amados. Significa uma boa vontade invencível até para com aqueles que nos odeiam. É o poder de amar os que não nos agradam; é a capacidade semelhante a de Jesus Cristo de

amar o que não é amável nem digno de amor. Aqui está a verdadeira essência da vida cristã, e o que nos afeta no tempo e a eternidade.

Richard Tatlock em In My Father's House escreve: "O inferno é a

condição eterna dos que fizeram da relação com Deus e com seus semelhantes algo impossível porque destruíram em suas vidas o amor... O céu é, por outro lado, a condição eterna dos que acharam verdadeira vida numa relação de amor com Deus e com seus semelhantes".

Aquele que conhece o amor cristão e permanece nEle, e embora de uma maneira muito imperfeita, não pode viver em desunião com outros.

  1. O fato de participar do Espírito Santo deve impedir a desunião dos cristãos. O Espírito Santo é aquele que liga o homem com Deus e o homem com o homem. É o Espírito aquele que nos revela o que Deus deseja que façamos; é o Espírito aquele que difunde a partir de nossos

corações o amor de Deus; é o Espírito aquele que nos capacita a viver a vida de amor que é a vida de Deus. Se a pessoa viver em desunião com seus semelhantes dá prova de não possuir o dom do Espírito.

  1. A própria vida de piedade e compaixão humanas deve conservar os homens em estreita união. Como Aristóteles o enunciou há muito tempo, os homens não foram destinados a ser lobos vorazes, mas sim a

viver juntos em comunidade. A desunião rompe a própria estrutura da vida.

  1. O último apelo de Paulo é de caráter pessoal. Ele não pode ser feliz enquanto saiba que existe desunião na 1greja que tanto ama. Se querem completar sua alegria, que obtenham a união entre si. Paulo não ameaça os cristãos de Filipos, porque só raramente o pastor cristão tem que ameaçar; pelo contrário, apela com o amor que sempre deve ser o acento do pastor assim como foi o acento do Senhor.

VERDADEIRO DEUS E VERDADEIRO HOMEM

Filipenses 2:5-11

Poderíamos afirmar sem temor de errar que esta é a passagem mais

importante e emocionante que Paulo escreveu sobre Jesus. Aqui se expõe seu pensamento favorito. O essencial é a simples consideração que Paulo já tinha feito aos coríntios: Jesus sendo rico se empobreceu por nossa causa (2Co 8:92Co 8:9). Mas esta idéia simples se desenvolve aqui com uma plenitude e riqueza que não têm paralelo. Paulo roga aos filipenses que vivam em unidade e harmonia; que deponham suas desavenças e discórdias; que deixem de lado toda ambição pessoal, orgulho e desejo de distinção e prestígio; e que abriguem em seus corações o desejo humilde e sem egoísmo de servir que era a própria essência da vida de Cristo. Seu apelo final e irrefutável à unidade consiste em assinalar o exemplo de Jesus Cristo.

Estamos diante de uma passagem que devemos penetrar a fundo porque seu imenso conteúdo abre nossa mente à reflexão e nosso coração

à maravilha. E para isto nos deteremos em alguns termos gregos.

O grego é uma linguagem muito mais rica que a nossa. Onde nós temos uma só palavra para expressar uma idéia, o grego oferece com

freqüência duas ou três ou mais. Em certo sentido são palavras sinônimas ainda que jamais significam inteiramente o mesmo; sempre conservam algum matiz especial ou certo significado particular. Isto vale especialmente para a passagem presente. Aqui Paulo escolhe

meticulosamente cada uma de suas palavras para mostrar duas coisas: a

realidade tanto da divindade como da humanidade de Jesus Cristo. Consideremos cada frase separadamente. Teremos em conta a tradução da versão corrente e nossa própria tradução, e logo tentaremos penetrar no significado essencial que contêm.

Versículo Fp 2:6: Sendo em forma de Deus (RC). “Era por natureza da mesma forma que Deus” (Trad. W. Barclay). Aqui há duas palavras escolhidas com todo cuidado para mostrar a divindade essencial e imutável de Jesus Cristo. A palavra que a Almeida Revista e Corrigida traduz por sendo provém do verbo grego hyparquein. Este termo não é a palavra grega usual para sendo. Descreve o que o homem é em sua própria essência; o que não pode ser mudado; o que possui em forma inalienável e em forma que não lhe pode ser tirado. Descreve as características e capacidades do homem que lhe são inatas, imutáveis e inalteráveis. Descreve a parte do homem que, apesar de todas as mudanças, possibilidades e circunstâncias, continua sendo a mesma. De modo que, Paulo começa dizendo que Jesus é Deus em forma essencial, inalterável e imutável.

Logo Paulo continua dizendo que Jesus estava na forma de Deus. Há duas palavras gregas para forma: morfe e squema. Ambas as duas significam forma e devem traduzir-se por forma na falta de outro termo em nossas línguas. Mas não têm o mesmo significado. Morfe é a forma essencial de algo, que jamais se altera; squema é a forma externa que muda de tempo em tempo e de circunstância em circunstância. Por exemplo, a morfe essencial de cada homem está em sua humanidade: o fato de sua humanidade é constante e jamais muda; mas o squema da pessoa — sua forma externa — muda continuamente.

Um bebê, um menino, um adolescente, um jovem, um adulto homem e um homem maduro têm sempre a mesma morfe mas o squema

externo muda continuamente. As rosas, os narcisos, os tulipas, os crisântemos, os cravos, as dálias e os girassóis têm todas uma mesma

morfe porque são igualmente flores; mas a forma externa, o squema, é diferente. A aspirina, a penicilina, o magnésio, têm uma morfe porque

são todos medicamentos; mas a forma externa, o squema, é diferente. A morfe jamais se altera; o squema muda continuamente. A palavra que Paulo usa agora para Jesus que existe na forma de Deus é morfe: Jesus está de maneira inalterável na forma de Deus; sua essência e seu ser imutável são divinos. Apesar de que seu squema externo pode mudar-se, permanece divino em seu ser e em sua essência.

No mesmo versículo Paulo continua dizendo que Jesus “não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-

se”(NVI). Não pensou numa existência em igualdade com Deus como

algo que podia ser arrebatado” (Trad. W. Barclay). A palavra que Paulo usa é harpagmos e a traduzimos como algo que podia ser arrebatado.

Harpagmos provém de um verbo que significa arrebatar ou aferrar. Esta frase pode assinalar uma ou duas coisas que estão por igual no centro de um mesmo pensamento.

  1. Pode significar que Jesus não precisou arrebatar a igualdade com Deus porque a possuía por direito próprio: era dEle e não havia por que tentar arrebatá-la.
    1. Pode significar que Jesus não reteve avidamente a igualdade com Deus como agarrando-a zelosamente contra seu peito e recusando entregá-la. Abandonou-a voluntariamente por amor aos homens. Seja

qual for o significado que adotemos – e ambos são perfeitamente possíveis – novamente se sublinha a divindade essencial e imutável de Jesus Cristo.

Versículo Fp 2:7: antes, a si mesmo se esvaziou. “fez-se a si mesmo sem

reputação” (Trad. W. Barclay). O verbo grego é kenoun que literalmente significa esvaziar. Pode usar-se para "tirar algo de um recipiente até que fique vazio" ou para "derramar algo de tal maneira que não fique nada". Paulo usa aqui a palavra mais gráfica possível para que fique bem claro o sacrifício da encarnação. A serenidade, a paz e a glória da divindade foi o que Jesus depôs voluntariamente para fazer-se homem. Esvaziou-se de sua divindade para assumir a humanidade. É inútil perguntar-se pela maneira; somente podemos estar reverentes perante a presença dAquele

que na fome, no cansaço e nas lágrimas é Deus todo-poderoso. Aqui, já no último limite da linguagem humana, está a grande verdade salvadora de que Aquele que era rico se empobreceu por nós.

Paulo diz a seguir: tomando a forma de servo. “adotou a mesma forma de um escravo” (Trad. W. Barclay). A palavra que Paulo usa para

forma é morfe que significa, como vimos, a forma essencial. O que quer dizer é que Jesus se fez homem não para representar um papel como no teatro, mas em realidade. Foi efetivamente homem. Não foi como os

deuses gregos que algumas vezes — no dizer dos relatos — se fizeram homens mas conservando seus privilégios divinos. Jesus se fez real e verdadeiramente homem. Sua humanidade foi verdadeira. Mas aqui há

algo mais.

Fazendo-se em semelhança de homens. “Fez-se como os homens.” (Trad. W. Barclay). Tornando-se, que nós traduzimos fez-se corresponde

ao verbo grego gignesthai. Este verbo descreve um estado que não é permanente. Tudo se encaixa no pensamento de suceder, chegar a ser, não de ser permanentemente algo. Descreve a fase de uma mudança

muito real mas que passa e segue sua marcha. Isto equivale a dizer que a humanidade de Jesus não era permanente; fez-se homem mas só por um tempo; sendo essencialmente divino se fez humano temporalmente. Sua

humanidade era completamente real, mas transitiva; sua divindade era também algo absolutamente real mas permanente e definitiva.

Versículo Fp 2:8: E, achado na forma de homem. Em sua apresentação foi reconhecido por todos como um homem (Trad. W. Barclay). Paulo

volta aqui para o mesmo. A palavra que traduzimos por apresentação é squema. Já vimos que encerra a idéia de uma forma que muda e se altera. Jesus veio na verdadeira forma de um servo, como um homem real, mas

tratava-se de um estágio ou situação temporária; saiu da divindade para retornar a esta da humanidade.

Os versículos 6:8 formam uma passagem muita breve mas não

existe em todo o Novo Testamento outro lugar que expresse com tanto dinamismo a realidade absoluta da divindade e humanidade de Jesus

Cristo e que apresente em forma tão vívida o inconcebível sacrifício de Cristo ao deixar a divindade e assumir a humanidade. Não podemos dizer como aconteceu. No fim de contas estamos perante um mistério tão imenso de amor que jamais poderemos entendê-lo inteiramente, ainda que possamos viver sua experiência bendita e adorá-lo.

HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO

Filipenses 2:5-11 (continuação)

Lembremos sempre que quando Paulo pensava e falava de Jesus seu interesse, intenção e propósito não eram em primeiro termo intelectuais e

especulativos, mas sim eram sempre práticos. Em Paulo sempre se unem teologia e ação. Para ele, todo sistema de pensamento deve necessariamente converter-se num caminho de vida. Em muitos aspectos é um dos que têm maior alcance teológico do Novo Testamento, mas

toda sua intenção está em persuadir e impulsionar os filipenses a viver uma vida livre de desunião, desarmonia e ambição pessoal.

Paulo diz, pois, que Jesus se humilhou, fez-se obediente até a

morte, até o extremo de uma morte na cruz. As grandes características da vida de Jesus foram humildade, obediência e renúncia de si mesmo. Não desejou dominar o homem, mas sim apenas servi-lo. Não desejou seu próprio caminho, mas sim o de Deus. Não desejou sua própria exaltação, mas sim a renúncia a toda glória pelo bem do homem. O Novo Testamento assegura várias vezes que só aquele que se humilha será exaltado (Mt 23:12: Lc 14:11; Lc 18:14). Se a humildade, a obediência e a renúncia de si são as características supremas da vida de Jesus Cristo, também devem ser os sinais de autenticidade do cristão, porque este deve ser como seu Senhor. Tanto a grandeza cristã como a unidade cristã dependem da renúncia de si mesmo; destroem-se pela própria exaltação. O egoísmo, a busca e a exibição de si destroem a semelhança com Cristo e nossa comunhão uns com outros.

Mas a renúncia que Jesus Cristo fez de si foi o meio para a glória maior. Por isso se constituiu no objeto do maravilhado culto de todo o universo. Isto significa que algum dia, mais cedo ou mais tarde, toda criatura do universo — nos céus, na Terra e até nos infernos — lhe renderá culto. Mas advirtamos a origem deste culto: o amor. Jesus ganhou os corações dos homens não se exaltando diante deles com seu poder, mas sim lhes mostrando amor, sacrificando-se e negando-se a si mesmo por eles. Isto comove o coração humano. À vista de alguém que deixa a glória pelos homens e os ama até o extremo de morrer na cruz por eles, o coração do homem se enternece e se quebra toda resistência.

Quando os homens rendem culto a Jesus não se jogam a seus pés com uma esmagadora submissão, mas com um amor maravilhado. A

pessoa não diz: "Não posso resistir a um poder como este", mas sim: "Um amor tão assombroso e tão divino exige toda minha alma e todo

meu ser". Não diz: "Fui reduzido e submetido", mas sim: "Estou abismado no assombro, no amor e no louvor." Não é o poder de Cristo que reduz ao homem e o submete; é o amor maravilhoso de Cristo que

faz com que o homem se ajoelhe com um amor maravilhado. A adoração se baseia não no temor, mas no amor.

Paulo diz ademais que, como conseqüência do amor sacrificial e da

abnegação de Jesus, Deus lhe deu um nome que está acima de todo nome. É comum na Bíblia dar um nome novo para marcar um estágio novo e determinado na vida do homem. Abrão se converteu em Abraão quando recebeu a promessa de Deus (Gn 17:5). Jacó se converteu em Israel quando Deus entrou em nova relação com ele (Gn 32:28). A promessa de Cristo ressuscitado tanto a Pérgamo como a Filadélfia tem por objeto um nome novo (Ap 2:17; Ap 2:2). O novo nome é o signo de uma nova situação. Qual foi então o novo nome que Cristo recebeu? Não podemos determinar com absoluta segurança o pensamento de Paulo, mas o mais provável é que foi Senhor. O grande título pelo qual Jesus chegou a ser conhecido na 1greja primitiva foi Kyrios. Jesus se fez especificamente o Senhor Jesus.

A palavra Kyrios tem uma história luminosa.

  1. Começou significando senhor ou proprietário. Foi sempre um título de respeito.
    1. Chegou a ser o título oficial dos imperadores romanos; o

imperador romano era Kyrios em grego e Dominus em latim, ou seja Senhor e Dono.

  1. Chegou a ser o título dos deuses pagãos; cada um dos deuses tinha o título de kyrios – senhor – como prefixo do nome próprio.


4) Kyrios era o termo grego que traduzia a Jeová na versão grega das Escrituras. Desta maneira, quando Jesus era chamado Kyrios, Senhor, significava que era o Senhor e o Dono de toda vida, o Rei dos

reis e Senhor de imperadores; o Senhor de uma maneira em que os deuses pagãos e os ídolos mudos jamais podiam sê-lo. Era nada menos que divino. O novo nome de Jesus com Aquele que todo o universo o

chamará um dia é Senhor.

TUDO PARA DEUS

Filipenses 2:5-11 (continuação)

Fp 2:11 é um dos versículos mais importantes do Novo Testamento. Aqui lemos que a intenção de Deus, seu sonho e seu

desígnio, é que um dia toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor. Estas cinco palavras foram o primeiro credo da Igreja cristã. Ser cristão significava fazer profissão de fé em Jesus Cristo como o Senhor (cf.

Rm 10:9). É um credo simples que, entretanto, abrange tudo. Seria bom retornar a este credo.

Em

épocas

posteriores

os

homens

tentaram

definir

mais

precisamente o que pensavam e com isto discutiram, inimizaram-se e se chamaram mutuamente hereges e néscios. Mas sempre será verdade que se alguém disser: "Para mim Jesus Cristo é o Senhor", é um cristão. Aquele que diz isto afirma que Jesus Cristo é para ele único; que está disposto a entregar-se a Ele com uma obediência que não brindaria a

ninguém; que está preparado a lhe dar um amor, uma lealdade e uma fidelidade que não tributaria a ninguém em todo o universo. Pode ser que se sinta incapaz de reduzir a palavras o que Jesus é e significa, mas enquanto morre em seu coração este amor maravilhado e viva sua vida em altares de uma obediência absoluta, é cristão, porque o cristianismo consiste menos no entendimento da razão que no amor do coração.

Assim chegamos no final desta passagem, e ao fazê-lo voltamos ao começo. Virá um dia em que os homens chamarão Jesus Cristo de

Senhor, mas o farão para glória de Deus Pai. Toda a obra de Jesus e toda sua vida não aponta à glória própria, mas sim a de Deus. Paulo fala com absoluta clareza sobre a supremacia única e última de Deus. Na

primeira carta aos Coríntios escreve que no fim dos tempos o próprio Filho estará sujeito a Deus e colocará tudo sob o poder de Deus de maneira que Deus seja tudo em todos (1Co 15:281Co 15:28). Jesus atrai os

homens a si mesmo para poder levá-los a Deus. Na Igreja de Filipos havia alguns que tinham o único propósito de satisfazer sua ambição egoísta; o único propósito de Jesus era servir a outros apesar dos abismos

de renúncia pessoal que isto lhe custasse. Na Igreja de Filipos alguns só pretendiam converter-se no centro dos olhares; Jesus queria que o único centro da atenção fosse Deus. Assim também o seguidor de Cristo nunca

deve pensar em si mesmo, mas em outros, não deve buscar sua própria glória, mas sim a glória de Deus.

COOPERAÇÃO NA SALVAÇÃO

Filipenses 2:12-18

A interpelação de Paulo aos filipenses é mais que um chamado a

viver em unidade e harmonia numa dada situação humana; é o apelo a viver toda a vida de tal maneira que conduza à salvação de Deus no tempo e na eternidade.

Em nenhuma parte do Novo Testamento a obra da salvação se

estabelece em forma mais sucinta e epigramática: “Desenvolvei a vossa

salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” Como sempre no caso de Paulo, as palavras estão escolhidas com todo cuidado e meticulosidade. Desenvolvei a vossa salvação, diz ele. A palavra traduzida desenvolvei é o verbo grego katergazesthai, que sempre leva inerente a idéia de levar a cabo, de fazer uma coisa em forma plena, completa e perfeita de modo que se termine e conclua. É como se Paulo dissesse: "Não fiquem na metade de caminho, não se satisfaçam com uma salvação parcial. Continuem até que a obra da salvação chegue a realizar-se em vós de forma plena e definitiva." Nenhum cristão pode contentar-se com menos que com o benefício total do evangelho.

Paulo continua dizendo: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” A palavra grega traduzida efetuar e realizar é a mesma: energein. Sobre este verbo se têm que notar duas coisas importantes: sempre se usa com respeito à ação de Deus; e sempre se aplica a uma ação efetiva. Todo o processo da salvação é uma ação de Deus e esta ação é efetiva porque é sua ação. A ação de Deus não pode frustrar-se nem ficar inconclusa; deve ser plenamente efetiva.

Como vimos, esta passagem é um exemplo perfeito da modalidade da salvação.

(l) A salvação é de Deus. É Deus quem opera no homem.

  1. É Deus que opera em nós a vontade e o desejo de ser salvos. Deus é aquele que desperta o desejo dEle em nossos corações. É verdade

que "nossos corações estão inquietos até que descansam nEle" e também que "nem sequer podemos começar a buscá-la a não ser que Ele já nos tenha encontrado". O desejo de bondade, de paz e de salvação de Deus

não se acende por nenhuma emoção humana; Deus mesmo é aquele que o acende dentro de nossos corações. O começo do processo de salvação não depende de nenhum desejo humano; só Deus é aquele que o

desperta.

  1. A continuação deste processo depende de Deus: sem sua ajuda não pode haver nenhum progresso no bem; sem sua ajuda nenhum pecado pode ser vencido nem obtida nenhuma virtude. Só por meio da ajuda de Deus podemos superar o mal e operar o bem.
  2. O processo de salvação termina em Deus porque consiste na amizade com Deus na qual nós somos do amado e o amado é nosso. Por esta razão diz-se com verdade que a obra da salvação começa, continua e termina em Deus.

(2) Mas isto tem também outra face: a salvação é do homem. “Desenvolvei a vossa salvação”, diz Paulo. Sem a cooperação do homem Deus mesmo é impotente. De fato todo dom e benefício tem que ser

aceito e recebido.

Quando um homem está doente o médico pode ser muito capaz de curá-lo, os medicamentos e as técnicas de cura podem estar ao seu

dispor, mas jamais se curará e restabelecerá se ele mesmo não recorre a todo isso. O fato é que pode rechaçar obstinadamente o convite e a persuasão para fazê-lo. Um homem não pode aprender sem professor,

mas o professor é impotente para ensinar se o estudante se nega obstinadamente a usar os livros, os utensílios, a prática e a disciplina para adquirir o conhecimento.

Isto é o que acontece com a salvação. O oferecimento de Deus está aí; sem este oferecimento não se pode falar de salvação. Deus chega até a exalar seu alento dentro do coração do homem para obter que este deseje o ter a ele. Mas esse homem nunca pode receber a salvação

enquanto não responde ao chamado de Deus e tome o que Deus lhe oferece e manda.

Não pode haver salvação sem Deus, mas o homem deve receber o

que Deus lhe oferece. Nunca é Deus aquele que impede a salvação, mas sim o homem aquele que se exime da mesma.

OS SINAIS DA SALVAÇÃO

Filipenses 2:12-18 (continuação)

Mas, além disso, quando examinamos a seqüência do pensamento desta passagem, observamos que Paulo estabelece o que poderíamos

chamar cinco sinais da salvação.

  1. O sinal do progresso efetivo. Em sua vida diária o cristão deve dar contínua evidência de que trabalha efetivamente em sua própria

salvação, uma salvação que cada dia cumpre-se melhor e chega a uma maior perfeição. A grande tragédia de muitos de nós é que não fazemos em realidade nenhum progresso. Nossa vida leva sempre a marca das

mesmas faltas e enganos. Continuamos sendo vítimas dos mesmos hábitos e escravos das mesmas tentações. Seguimos sendo culpados das mesmas deslealdades e dos mesmos fracassos. Mas a verdadeira vida cristã não pode permanecer num mesmo lugar; deve estar em contínuo

progresso. E não pode ser de outra maneira porque a vida cristã é uma viagem rumo a Deus.

  1. O sinal que Paulo chama temor e tremor. Não se trata do temor

e o tremor do escravo que se arrasta aos pés de seu senhor. Não é o temor e o tremor diante da perspectiva do castigo. É um temor e tremor que têm duas origens. Em primeiro lugar, provém do sentimento de nossa própria condição de criaturas, fraqueza, incapacidade e impotência para enfrentar a vida e as tentações. Mas não é o temor e o tremor que nos impulsionam a nos esconder de Deus e nos separar dEle. É, antes, o temor e o tremor que nos impelem para buscar a Deus e a nos ligar cada vez mais estreitamente a Ele, na certeza de que sem sua ajuda não podemos absolutamente enfrentar a vida. Em segundo lugar, tem origem no temor de afligir e desagradar a Deus. Quando realmente amamos a uma pessoa não tememos o que nos possa fazer, mas sim o que nós lhe poderíamos causar. O temor do amor não é o temor de ser castigados por outros, mas sim o de ferir o coração de outros. O único temor do cristão é o de ferir a Deus e crucificar de novo a Cristo.

  1. O sinal da serenidade e segurança. O cristão faz tudo sem murmurações nem contendas. A palavra que Paulo usa para murmuração (goggysmos) não é freqüente em grego. No grego dos escritores sagrados tem uma conexão característica e particular. O termo evoca o murmúrio de rebelião e infidelidade dos filhos de Israel em sua peregrinação pelo deserto. O povo murmurou contra Moisés (Ex 15:24; Nu 16:41). Goggysmos que se pronuncia gongusomos é uma palavra onomatopéica; descreve o murmúrio surdo e ameaçador do povo que desconfia de seus líderes e está à beira de uma revolta e insurreição contra eles. Para contendas Paulo usa dialogismos que descreve as disputas e debates inúteis e até mal intencionados, que engendram dúvidas e vacilações. Na vida cristã existe a serenidade e a segurança da perfeita submissão, certeza e confiança.
  2. O sinal da pureza. Os cristãos devem ser irrepreensíveis, sinceros e sem mancha. Cada uma destas três palavras oferece sua

própria contribuição à idéia da pureza cristã.

  1. A palavra que traduzimos por irrepreensível é amemptos e expressa o que o cristão é no mundo. Sua vida é de tal pureza que

ninguém encontra algo que lhe possa lançar em rosto ou que constitua uma falta. Com freqüência diz-se nos tribunais que a justiça não só deve

ser justa mas também deve mostrar-se justa. O cristão não só deve ser puro, mas também viver uma pureza que seja vista por todos.

  1. A palavra que corresponde a sinceros é akeraios; expressa o que o cristão é em si mesmo. A palavra akeraios significa literalmente

sem mistura, não adulterado. Usa-se, por exemplo, referindo-se ao vinho ou o leite puros ou não misturados com água; também com referência ao metal que não contém liga. Quando se usa com respeito ao nome indica

uma sinceridade absoluta, quer dizer, motivos para operar que não estão mesclados e que são limpos. A pureza cristã deve produzir uma completa sinceridade de pensamento e comportamento,

  1. A palavra traduzida sem mancha é amomos; descreve o que o cristianismo é na presença de Deus. O termo se vincula particularmente

com os sacrifícios. Aplicado a um sacrifício significa imaculado ou sem mancha e por isso adequado para ser devotado no altar de Deus. A pureza do cristão deve ser tal que possa suportar até o juízo de Deus. A vida cristã deve ser tal que possa ser oferecida a Deus como um sacrifício irrepreensível. A pureza cristã é irrepreensível perante o mundo, sincera em si mesmo e capaz de suportar o escrutínio de Deus.

  1. O sinal do esforço missionário. O cristianismo oferece a todos a palavra de vida; quer dizer, a palavra que dá vida e traz vida. E este

empenho missionário tem dois aspectos.

  1. É o oferecimento de uma mensagem; a proclamação do oferecimento do evangelho em palavras claras e inequívocas.
  2. É o testemunho de uma vida. De uma vida absolutamente reta a um mundo torcido, enredado e extraviado. É o oferecimento de luz a um

mundo tenebroso. Os cristãos têm que ser a luz do mundo. Paulo fala de astros (fosteres) usando o termo conhecido na história da criação: luzeiros,

a saber, o Sol e a Lua que Deus colocou no firmamento do céu para iluminar a Terra (Gênesis 1:14-18). O cristão oferece e exibe retidão num mundo tergiversado e luz a um mundo entrevado. Seu esforço missionário é

o oferecimento de uma mensagem e a demonstração de uma vida.

AS FIGURAS PAULINAS

Filipenses 2:12-18 (continuação)

Esta passagem conclui com duas vívidas figuras, típicas da maneira de pensar e escrever de Paulo.

  1. Paulo anseia o progresso cristão e a perfeição dos filipenses em

tal medida que no final dos tempos desfrutem a alegria de saber que não correram ou trabalharam em vão.

A palavra trabalhar (kopian) contém duas possíveis descrições.

  1. Pode descrever graficamente o esforço mais duro e exaustivo. Kopian é o trabalho ao extremo de suar e ficar esgotados; descreve o tipo de trabalho em que o homem gasta suas últimas energias.

  1. Kopian pode descrever o esforço do treinamento atlético; e o que Paulo diz é que ora para que toda a disciplina do treinamento que se impôs a si mesmo e a carreira que correu não tenham sido em vão.

Um dos rasgos literários dos escritos de Paulo é a predileção pela imagem dos atletas. E não é nada estranho. Em toda cidade grega o

ginásio era muito mais que um estabelecimento de mero treinamento físico. No ginásio, Sócrates falava e discutia freqüentemente sobre os problemas eternos: ali os filósofos sofistas, professores ambulantes e

pregadores encontravam de ordinário seu auditório. Em toda cidade grega o ginásio não só era o estabelecimento de treinamento físico, mas também o clube intelectual da cidade.

No mundo grego existiam os grandes jogos ístmicos de Corinto, os Jônicos de Éfeso e os maiores de todos, os Olímpicos, que tinham lugar cada quatro anos. As cidades gregas estavam com freqüência em pé de

guerra e viviam em disputas, mas quando ocorriam os jogos Olímpicos, qualquer pessoa que fosse à luta que se estava livrando, declarava um mês de trégua e armistício para dar lugar à competição. Não só

participavam os atletas, mas também acudiam os historiadores e poetas para pronunciar discursos e ler seus últimos trabalhos e se faziam presentes os escultores, cujos nomes são imortais, para cinzelar as

estátuas dos vencedores.

Não há dúvida de que Paulo tinha sido espectador de tais jogos em Corinto e Éfeso. Onde havia multidões ali certamente estaria Paulo para buscar e ganhar os homens para Cristo. Mas além da pregação havia algo

nesses concursos atléticos que encontrava uma resposta no coração de Paulo. Conhecia os concursos de luta (1Co 9:261Co 9:26). A mais famosa de todas as competições eram as carreiras. Observava como o arauto

convocava os corredores ao ponto de partida (1Co 9:271Co 9:27). Via os corredores abrir passagem rumo à meta (Fp 3:14) e como o juiz adjudicava o prêmio ao ganhador (2Tm 4:82Tm 4:8). Conhecia a coroa de

louro do vencedor e sua proclamação (1Co 9:241Co 9:24: Fp 4:1). Conhecia a disciplina e o treinamento rigorosos a que se submetia o

atleta, e as regras e prescrições estritas que devia observar (1Tm 4:7,1Tm 4:8; 2Tm 2:52Tm 2:5). Por isso pede para não ser como um atleta que se treina e se esforça em vão. Para Paulo a maior recompensa de sua vida estava em saber que através dele outros conheciam, amavam e serviam a Jesus Cristo.

  1. Mas no versículo 17 traça outra imagem. Paulo tem o dom particular de falar na linguagem que o povo entende. Está acostumado a tirar sempre suas imagens das circunstâncias ordinárias e das atividades

do povo ao qual se dirigia. Já tinha esboçado a imagem dos jogos. Agora usa outra sobre os sacrifícios pagãos. Uma das formas mais comuns do sacrifício pagão era o que se chamava a libação. Uma libação consistia

em derramar uma taça de vinho como oferenda aos deuses. Por exemplo, cada comida pagã começava e terminava com tal libação como uma espécie de ação de graças antes e depois da comida.

Assim Paulo fala no versículo 17 do sacrifício e do serviço da fé dos filipenses. Considera a fidelidade, a vida cristã e a fé como a oferenda de um sacrifício a Deus como de fato o era. Tem consciência de

não estar muito longe da morte porque escreve estando na prisão e à espera do juízo. Por isso diz estar inteiramente disposto a ser derramado em libação (spendesthai). Paulo quer dizer aos filipenses o seguinte: "A

fidelidade de vocês e sua lealdade cristã são já um sacrifício a Deus; e se tiver que enfrentar a morte por Cristo faço-o voluntariamente e prazeroso para que minha vida seja derramada como uma libação aos deuses no altar sobre o qual se realiza o sacrifício de vocês."

Para Paulo morrer por Cristo era um privilégio. Tinha toda a intenção de fazer de sua vida um sacrifício e uma oferenda para Deus, e se isto ocorresse viveria sua mais profunda alegria; por isso os convida

de antemão a não lamentar-se, mas sim a alegrar-se. Para Paulo todo chamado ao sofrimento, ao sacrifício e à fadiga era um chamado ao amor de Cristo. Por isso não responde com lamentos e pesar mas com alegria.

O SERVIDOR FIEL

Filipenses 2:19-24

Paulo não pode ir pessoalmente a Filipos, por isso pensa enviar a Timóteo como representante. Não havia ninguém mais ligado a Paulo

que Timóteo. Sabemos muito poucos detalhes sobre sua vida, mas a própria narração de seu serviço a Paulo mostra sua fidelidade.

Timóteo era nativo do Derbe ou da Listra. Sua mãe Eunice era judia

e sua avó se chamava Lóide. Seu pai era grego e o fato de que não tivesse sido circuncidado parece demonstrar que Timóteo tinha uma formação e educação gregas (At 16:1; 2Tm 1:52Tm 1:5). Não podemos dizer como e quando Timóteo se converteu ao cristianismo mas Paulo se encontrou com ele em sua segunda viagem missionária e o considerou digno de poder estar a serviço de Jesus Cristo.

Desde esse momento Paulo e Timóteo estão estreitamente ligados. Paulo fala dele como de seu filho no Senhor (1Co 4:17). Timóteo

estava com Paulo em Filipos (Atos 16), em Tessalônica e Beréia (Atos 17:1-14), em Corinto e em Éfeso (At 18:5; 19:21-22) e na prisão de

Roma (Cl 1:1; Fp 1:1). Associou-se a Paulo na escritura de não menos de cinco de suas cartas (1 e II Tessalonicenses, II Coríntios, Colossenses e Filipenses) e quando escreveu a Roma, Timóteo se uniu a

ele, incluindo suas saudações (Rm 16:21).

Mas o grande serviço de Timóteo consistia em sua disponibilidade: quando Paulo desejasse informação sobre uma Igreja ou queria enviar

conselho, alento, assessoramento ou repreensão e não pudesse ir pessoalmente, enviava Timóteo. Assim, Timóteo foi enviado a Tessalônica (1Ts 3:6), a Corinto (1Co 4:171Co 4:17; 1Co 16:10-

  1. e a Filipos como o vemos aqui (Fp 2:19). Sabemos que enfim Timóteo caiu também na prisão por causa de Cristo (He 13:23).

Timóteo era de suma utilidade porque podia ser enviado a qualquer lugar e sempre estava disposto a ir. Nas mãos de Timóteo uma

mensagem estava tão segura como se o próprio Paulo a levasse. Outros

podiam ser consumidos pela ambição egoísta e preocupar-se apenas por seus próprios interesses; mas Timóteo tinha como único desejo servir a Paulo e servir a Cristo em sua Igreja. Timóteo é o patrono de todos aqueles que se sentem muito satisfeitos, ocupando o segundo lugar sempre que possam servir.

A CORTESIA DE PAULO

Filipenses 2:25-30

Atrás de tudo isto há um episódio dramático. Podemos tentar a reconstrução do fato da seguinte maneira. Quando os filipenses tinham

ouvido que Paulo estava na prisão ansiaram poder fazer algo. Enviaram— lhe um presente por mão de Epafrodito. O que não podiam fazer pessoalmente por causa da distância delegaram a Epafrodito. Não só tinham a intenção de que Epafrodito fosse o portador do presente, mas

também de que se ficasse em Roma para servir e atender pessoalmente a Paulo. Por certo Epafrodito era um homem valente já que se oferecia para servir pessoalmente a um homem acusado e sob a ameaça da

tristeza capital. Por isso mesmo corria o risco considerável de ver-se envolto na mesma acusação. Na verdade Epafrodito arriscou sua vida no serviço de Paulo.

Em Roma Epafrodito caiu doente, possivelmente vítima da conhecida febre romana que às vezes varria a cidade como uma epidemia e um açoite. A enfermidade o tinha levado à beira da morte. Soube que

as notícias de sua enfermidade tinham chegado a Filipos e se inquietava porque seus amigos em Filipos estariam preocupados com o que se passava. Mas Deus em sua misericórdia conservou com vida a

Epafrodito e poupou a Paulo mais angústias. Agora, Paulo sabia que era tempo de que Epafrodito voltasse para casa. E com toda probabilidade ele foi o portador desta Carta.

Mas havia um problema. A Igreja de Filipos tinha enviado a

Epafrodito para estar com Paulo. Não faltariam os que a sua volta o

tachassem de desertor e covarde. Paulo dá aqui um tremendo testemunho de Epafrodito capaz de reduzir ao silêncio toda possível crítica. Neste testemunho Paulo escolhe com cuidado cada palavra. Epafrodito era seu irmão, seu colaborador e seu companheiro de milícia.

Como diz Lightfoot, Epafrodito era um com Paulo no afeto, na atividade e no perigo. Manteve-se de fato na linha de fogo. Logo Paulo contínua chamando-o mensageiro de parte deles e seu servo em sua situação de necessidade. É impossível conservar o matiz destas palavras em qualquer tradução. Para mensageiro utiliza nada menos que o termo apostolos. É verdade que apostolos significa literalmente todo aquele que é enviado com um recado, mas o cristianismo consagrou e enobreceu a palavra. Ao utilizá-la, Paulo, por implicação, coloca a Epafrodito junto com ele e todos os apóstolos de Cristo, com a elite espiritual da fé. A palavra que emprega para servo é a palavra leitourgos. No grego secular esta era uma palavra nobre.

Nos dias da Grécia antiga muitos amavam tanto a sua cidade que com seus próprios recursos e seus próprios gastos se responsabilizavam

de certos deveres cívicos importantes. Podia tratar-se de ajudar os gastos de uma embaixada, ou o custo da representação de um importante drama de alguém dos lamosos poetas, ou o treinamento dos atletas que iriam

representar a cidade nos jogos ou o equipamento de um navio de guerra e os gastos de uma tripulação a serviço do Estado. Eram sempre dons dadivosos para o Estado. Tais homens eram reconhecidos como leitourgoi. Esta é a palavra que Paulo adota e aplica a Epafrodito. Vai a

importante palavra cristã apostolos e a importante grega leitourgos. "Tributem a um homem tal as boas-vindas", diz-lhes, "tenham em honra aos tais porque arriscam suas vidas por Cristo".

Paulo aqui suaviza o caminho para que Epafrodito possa voltar sem dificuldades para casa. Há algo maravilhoso em tudo isto. É comovedor pensar que Paulo, que está na própria sombra da morte preso e à espera

do juízo, demonstre tão perfeita cortesia e consideração cristãs para com Epafrodito. Apesar de enfrentar-se com a morte tem tal desapego de si

que se interessa em que Epafrodito não se encontre em situações embaraçosas à sua volta. Paulo era um verdadeiro cristão em sua atitude para com outros; jamais estava tão perdido e imerso em suas próprias adversidades que não pudesse pensar nas de seus amigos.

Nesta passagem há uma palavra que mais tarde teve um uso famoso. A palavra paraboleuesthai, traduzida expondo sua vida, aplica— se ao jogador que aposta tudo numa jogada de dados. O que Paulo diz é que Epafrodito jogou sua própria vida pela causa de Jesus Cristo, arriscando-a temerariamente. Nos dias da Igreja primitiva existia uma associação de homens e mulheres chamados parabolani: os jogadores tinham como propósito e objetivo visitar os prisioneiros e doentes, particularmente aos que estavam prostrados por uma enfermidade perigosa e infecciosa.

Em 252 A. C estalou a peste em Cartago; os pagãos arrojavam os corpos de seus mortos e fugiam aterrorizados. O bispo cristão Cipriano

reuniu a seus fiéis em assembléia e lhes impôs enterrar aos mortos e cuidar dos doentes na cidade açoitada pela praga. Operando desta

maneira, quer dizer, arriscando a própria vida, salvaram a cidade da destruição e a desolação.

O cristão deve possuir uma valentia quase temerária para lançar a

vida no serviço de Cristo e dos homens.

A Igreja sempre necessita dos parabolani: os que se lançam por Cristo.


Dicionário

Confessar

verbo regência múltipla Fazer uma declaração ou escutar a revelação de alguém: o bandido confessou seus crimes ao delegado.
Religião Segundo a religião católica, buscar a absolvição dos pecados através de uma declaração de culpa (confissão); contar: confessou ao padre seus pecados; confessou-se com o antigo pároco; para comungar é preciso confessar.
Por Extensão Aceitar como verdadeiro: confessou seus métodos ao professor.
Por Extensão Fazer uma declaração; manifestar ou declarar-se: queria muito confessar-lhe suas intenções; confessou-se cansado.
Figurado Demonstrar alguma coisa; revelar: suas expressões confessavam o medo que tinha.
Acompanhar determinada crença, fé: afirmava confessar a fé cristã.
Etimologia (origem da palavra confessar). Do latim confessus.a.um; confess + ar.

Confessar Tradução da palavra grega “homologueo”, que nos evangelhos é empregada com diversos significados.

1. Proclamar algo clara e publicamente (Mt 7:23; 10,32; Jo 1:20).

2. Comprometer-se (Mt 14:7).

3. Louvar a Deus (Mt 11:25; Lc 2:38).

4. Proclamar a fé aberta e publicamente (Mt 10:32; Jo 9:22; 12,42). Neste caso, é condição indispensável para se obter a salvação eterna.

5. Reconhecer os próprios pecados e a insignificância humana diante de Deus (Mt 3:6; Lc 5:8).


Confessar Declarar o que se crê ou sabe. A pessoa confessa os seus pecados (Sl 32:5) e afirma que crê em Deus poderoso e Salvador (Rm 10:9-10).

Cristo

[...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] arquétipo do Amor Divino [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

[...] modelo, paradigma de salvação.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] médium de Deus [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

[...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

[...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

[...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

[...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

[...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


(Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


Ungido , (hebraico) – Messias.

substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Glória

honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV,
95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV,
96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.

É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior

Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8


Glória
1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm 4:21-22), a pessoas (Lc 2:32) ou a Deus (Sl 29:1); (Lc 2:14)

2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl 19:1); (Is 6:3); (Mt 16:27); (Jo 1:14); (Rm 3:23). 3 O estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (1Co 15:42-54); (Fhp 3)

Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex 16:10; 33,20; Lc 9:31-34). Para João, ela se encarnou em Jesus (Jo 1:14), o que confirma a afirmação de que este é Deus (Jo 1:1;20,28).

Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co 2:8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a brilho ou esplendor (Lc 2:9).

substantivo feminino Honra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais.
Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus.
Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus.
Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória.
Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time.
[Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração.
Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.

Jesus

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Língua

substantivo feminino [Anatomia] Órgão composto por músculos que, localizado no interior da boca até à faringe, auxilia nos processos de mastigação, de degustação, de produção de sons, de percepção dos sabores.
[Linguística] Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade; idioma: a língua portuguesa.
[Linguística] Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por certos escritores, em uma ou outra profissão etc.; linguagem: a língua do séc. XVI.
Por Extensão O que tem forma, aparência ou natureza desse órgão: biscoito língua de gato.
expressão Ter língua comprida. Não guardar segredo, falar demais.
Língua materna. Idioma do local em que se nasce.
Língua morta. Que deixou de ser falada por um povo.
Má língua. Pessoa maldizente, que fala mal dos outros.
Língua solta. Pessoa que fala muito.
Dar com a língua nos dentes. Revelar um segredo, falar indiscretamente.
Dobrar a língua. Falar com mais respeito.
Etimologia (origem da palavra língua). A palavra língua tem sua origem no latim "lingua,ae", com sentido de língua, do órgão, e linguagem.

substantivo feminino [Anatomia] Órgão composto por músculos que, localizado no interior da boca até à faringe, auxilia nos processos de mastigação, de degustação, de produção de sons, de percepção dos sabores.
[Linguística] Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade; idioma: a língua portuguesa.
[Linguística] Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por certos escritores, em uma ou outra profissão etc.; linguagem: a língua do séc. XVI.
Por Extensão O que tem forma, aparência ou natureza desse órgão: biscoito língua de gato.
expressão Ter língua comprida. Não guardar segredo, falar demais.
Língua materna. Idioma do local em que se nasce.
Língua morta. Que deixou de ser falada por um povo.
Má língua. Pessoa maldizente, que fala mal dos outros.
Língua solta. Pessoa que fala muito.
Dar com a língua nos dentes. Revelar um segredo, falar indiscretamente.
Dobrar a língua. Falar com mais respeito.
Etimologia (origem da palavra língua). A palavra língua tem sua origem no latim "lingua,ae", com sentido de língua, do órgão, e linguagem.

Do latim Lingua. A raiz grega Glossa deu também origem a numerosos termos médicos referentes à língua, tais como glossite (inflamação da língua).

[...] as línguas são formas de expressão, caminhando para a expressão única da fraternidade e do amor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•


Pai

Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Filipenses 2: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus (o Pai). Is 45:23
Filipenses 2: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

62 d.C.
G1100
glōssa
γλῶσσα
imprestável
(of Belial)
Substantivo
G1391
dóxa
δόξα
uma cidade levítica de Benjamim, atual ’El-Jib’, que se localiza a 8 quilômentros (ou 5
(of Gibeon)
Substantivo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1843
exomologéō
ἐξομολογέω
conhecimento, opinião
(my opinion)
Substantivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G3962
patḗr
πατήρ
um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
(unto Lasha)
Substantivo
G5547
Christós
Χριστός
Cristo
(Christ)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo


γλῶσσα


(G1100)
glōssa (gloce-sah')

1100 γλωσσα glossa

de afinidade incerta; TDNT - 1:719,123; n f

  1. língua como membro do corpo, orgão da fala
  2. língua
    1. idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações

δόξα


(G1391)
dóxa (dox'-ah)

1391 δοξα doxa

da raíz de 1380; TDNT - 2:233,178; n f

  1. opinião, julgamento, ponto de vista
  2. opinião, estimativa, seja boa ou ruim, a respeito de alguém
    1. no NT sempre opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória
  3. esplendor, brilho
    1. da lua, sol, estrelas
    2. magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça
    3. majestade
      1. algo que pertence a Deus
      2. a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade
      3. algo que pertence a Cristo
        1. a majestade real do Messias
        2. o interior absolutamente perfeito ou a excelência pessoal de Cristo; a majestade
      4. dos anjos
        1. como transparece na sua aparência brilhante exterior
  4. a mais gloriosa condição, estado de exaltação
    1. da mesma condição de Deus Pai no céu, para a qual Cristo foi elevado depois de ter concluído sua obra na terra
    2. a condição de gloriosa bem-aventurança à qual os cristãos verdadeiros entrarão depois do retorno do seu Salvador do céu

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐξομολογέω


(G1843)
exomologéō (ex-om-ol-og-eh'-o)

1843 εξομολογεω exomologeo

de 1537 e 3670; TDNT - 5:199,687; v

  1. confessar
  2. professar
    1. reconhecer aberta e alegremente
    2. para a honra de alguém: celebrar, dar louvor a
    3. prometer publicamente que faréi algo, concordar, comprometer-se com

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


πατήρ


(G3962)
patḗr (pat-ayr')

3962 πατηρ pater

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

  1. gerador ou antepassado masculino
    1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
    2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
      1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
    3. alguém avançado em anos, o mais velho
  2. metáf.
    1. o originador e transmissor de algo
      1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
      2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
    2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
    3. um título de honra
      1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
      2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
  3. Deus é chamado o Pai
    1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
    2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
      1. de seres espirituais de todos os homens
    3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
    4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
      1. por Jesus Cristo mesmo
      2. pelos apóstolos

Χριστός


(G5547)
Christós (khris-tos')

5547 Ξριστος Christos

de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

Cristo era o Messias, o Filho de Deus

ungido