Enciclopédia de Mateus 16:28-28

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 16: 28

Versão Versículo
ARA Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino.
ARC Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.
TB Em verdade vos digo que alguns dos que estão aqui de modo algum morrerão até que vejam o Filho do Homem vir no seu reino.
BGB ἀμὴν λέγω ὑμῖν ⸀ὅτι εἰσίν τινες ⸂τῶν ὧδε ἑστώτων⸃ οἵτινες οὐ μὴ γεύσωνται θανάτου ἕως ἂν ἴδωσιν τὸν υἱὸν τοῦ ἀνθρώπου ἐρχόμενον ἐν τῇ βασιλείᾳ αὐτοῦ.
HD Amém vos digo que há alguns dos que estão {de pé} aqui que não provarão a morte, até que vejam o filho do homem vindo em seu Reino.
BKJ Em verdade eu vos digo, alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam o Filho do homem vindo em seu reino.
LTT Em verdade vos digo que há alguns, daqueles aqui tendo estado, que de modo nenhum provarão a morte até que tenham vislumbrado o Filho do homem vindo no reinar dEle mesmo. 372"
BJ2 Em verdade vos digo que alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam o Filho do Homem vindo em seu Reino."[u]
VULG Amen dico vobis, sunt quidam de hic stantibus, qui non gustabunt mortem, donec videant Filium hominis venientem in regno suo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 16:28

Mateus 10:23 Quando, pois, vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem.
Mateus 24:3 E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
Mateus 24:27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem.
Mateus 24:42 Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.
Mateus 26:64 Disse-lhes Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
Marcos 9:1 Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder.
Marcos 13:26 E, então, verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória.
Lucas 2:26 E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.
Lucas 9:27 E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o Reino de Deus.
Lucas 18:8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?
Lucas 21:27 E, então, verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória.
João 8:52 Disseram-lhe, pois, os judeus: Agora, conhecemos que tens demônio. Morreu Abraão e os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte.
I Tessalonicenses 1:10 e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.
Hebreus 2:9 vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 16 : 28
amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 372

Mt 16:28 "Á ALGUNS, DAQUELES AQUI TENDO ESTADO, QUE DE MODO NENHUM PROVARÃO A MORTE ATÉ QUE TENHAM 6SLUMBRADO O FILHO DO HOMEM VINDO NO REINAR DELE MESMO."
- Interpretação 1: "Em Mt 28:1, Mc 9:1 e Lc 9:27-6 dias depois e no parágrafo imediatamente seguinte dessa profecia ser apresentada, vem a TRANSFIGURAÇÃO DE O CRISTO, sobre o monte. Porventura não parece tal transfiguração ser o cumprimento desta profecia? Não se viu o Cristo em glória? Seu rosto não resplandeceu como o sol?" O problema dessa interpretação é que não literal e exatamente foi presenciado o Filho do homem VINDO no PLENO reinar dEle, vindo para inaugurar o reinar de Deus, o Milênio.
- Interpretação 2: "O reinar de o Cristo começou na Sua ASCENSÃO, no derramamento de o Espírito Santo, na pregação do evangelho em todo o mundo (confirmado por sinais e milagres e levando à conversão e salvação de muitas almas), na punição daquela geração de judeus que O rejeitou: João presenciou tudo isto. Hoje, o reinar de o Cristo é refletido através das assembleias locais (como um prelúdio do reinar literal que está por vir em plena glória, o Milênio)." Novamente, o problema dessa interpretação é que não exatamente foi vislumbrado o Filho do homem literal e corporalmente VINDO no PLENO reinar dEle, vindo para inaugurar o reinar de Deus.
- Interpretação 3 (muito melhor): o Cristo propositadamente permitiu que Seus ouvintes pensassem que Ele estava ensinando que viria reinar literal e corporalmente (inaugurando o Milênio) antes que todos os apóstolos morressem. Mas, internamente, Ele somente significou que alguns dos Seus apóstolos teriam um pequeno VISLUMBRE, vislumbre PROFÉTICO (de algo que só ocorreria literal e plenamente no futuro) da vinda do Seu reinar. Todo o livro de Revelação (particularmente Ap 19:11-20:6) prova que o apóstolo João teve tal maravilhoso vislumbre, em uma visão; e, como cremos em todas as palavras de o Cristo e da Bíblia, temos certeza de que isto também ocorreu com algum ou alguns dos outros apóstolos ou discípulos, mesmo que não autorizados a registrar na Bíblia.


Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 16:28
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Página: 389
Allan Kardec
Tendo vindo à sua terra natal, Jesus os instruía nas sinagogas, de sorte que, tomados de espanto, diziam: De onde lhe vieram essa sabedoria e esses milagres? – Não é o filho daquele carpinteiro? Não se chama Maria, sua mãe, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não se acham todas entre nós? De onde então lhe vêm todas essas coisas? – E assim faziam dele objeto de escândalo. Mas Jesus lhes disse: Um profeta só não é honrado em sua terra e na sua casa. – E não fez lá muitos milagres devido à incredulidade deles. (São Mateus, 13:54 a 58.)

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 16:28
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).


mt 16:28
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 14:25-33


25. Saía com ele grande multidão e, voltando-se disse (Jesus) a eles:

26. "Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, e a mãe, e a esposa, e os filhos, e os irmãos, e as irmãs, e até também a própria alma, não pode ser meu discípulo;

27. quem não carrega sua cruz e vem atrás de mim, não pode ser meu discípulo.

28. Quem de vós, pois, querendo edificar uma torre, primeiro não se senta a calcular o gasto, se tem para acabar?

29. Para que não suceda que, pondo o alicerce e não podendo terminar, os que vêem comecem a caçoar dele,

30. dizendo: "este homem começou a edificar e não pode terminar".

31. Ou que rei, saindo a lançar-se em guerra com outro rei, primeiro não senta, deliberando se é forte com dez mil, para enfrentar ao que vem com vinte mil contra ele?

32. Se não, estando ele ainda longe, envia uma legação, pedindo as (condições) para a paz 33. Assim, pois, qualquer de vós que não se destaca de todas as suas posses, não pode ser meu discípulo".



As "multidões" saíam, acompanhando Jesus, correndo atrás de Sua fascinante personalidade humana, maravilhadas com Seus poderes psíquicos, com Suas "palavras de amor" (LC 4:22; vol. 2), de sabedoria e autoridade. O Mestre observa os componentes do grupo: quantos ali estão a Ele se prendem somente por causa dos benefícios recebidos ou a receber... Não. Não é isso o que importa, não é isso que interessa. Não é imitá-Lo externamente, nas palavras e gestos. E algo mais profundo e misterioso.


Volta-Se, então, e mais uma vez fala, repisando temas já versados outras ocasiões, a fim de fixar responsabilidades e alertar contra entusiasmos fáceis e efêmeros. Já expusera longamente, certa feita, as condições essenciais para ser Seu discípulo (cfr. MT 16:24-28; MC 8:34-38; LC 9:23: -27; vol. 4).


Novamente frisa, com outras palavras, as condições indispensáveis para que possa alguém ingressar na senda do discipulado.


1. ª - "odiar" (míseô) os parentes, por mais próximos e queridos que sejam, e cita: "pai, mãe, esposa, filhos (em geral, dos dois sexos, tékna), irmãos, irmãs. Em MT 10:37 (vol. 3), são citados: pai, mãe, filho, nora e filha. E pelas palavras aí registradas por esse evangelista, compreendemos o sentido deste "odiar". Lá encontra-se: ho philôn patéra è mêtéra hyper emé, isto é, "o que ama o pai ou a mãe acima de mim" (mais que a mim). Trata-se, portanto, de dois termos de comparação entre dois amores, levada ao extremo exagero por metáfora, devido à exuberância do linguajar oriental.


2. ª - Não apenas os seres queridos "externos", mas até a própria alma (psyché), ou seja, sua personagem terrena. Em outro passo (MT 16:24; MC 8:34; LC 9:23; vol. 4) essa exigência é dita com a expressão "negue-se a si mesmo". Então, desligamento total de amores personativos externos e internos.


3. ª - Carregar sua cruz, já explicado no vol. 4.


4. ª - Caminhar após Ele (idem, ibidem).


5. ª - Calcular sua capacidade. Exigência que pela vez primeira aparece. Ou seja, fazer o indispensável balanço no que possua de compreensão, de cultura, intelectual, de conhecimento, para ver se tem possibilidade de iniciar e terminar o estudo e a "construção da torre".


6. ª - Calcular suas possibilidades, isto é, as forças de que dispõe para enfrentar um adversário numeroso e ferrenho.


7. ª - E última: destacar-se (o verbo grego apotássô é composto de tásso, "por no lugar devido", e apó, longe de"), ou seja, saber colocar nos devidos lugares, bem longe um do outro, o Espírito e os bens materiais (hypárchousin) ...


Para esclarecer de vez o sentido do vers. 26, vamos reler o Bhagavad-Gita. Arjuna vê, formados no exército que devia combater, "seus avós, sogros, tios, irmãos e primos com seus respectivos filhos e netos, seus camaradas, professores e amigos" (I,26 - por coincidência o mesmo número do artigo!) e assim fala: " Ó Krishna, ao ver estes meus parentes reunidos aqui, desejosos de lutar, meus membros cedem. arde-me a boca, meu corpo tirita, meus cabelos arrepiam-se, o arco me escorrega das mãos, a pele se me abrasa. Ó Krishna, não sou capaz de manter-me, os pensamentos se me confundem, vejo maus presságios. Não aspiro a vitória, nem a reino, nem a prazeres.


Mestres, tios, filhos e netos, avós, sogros, além de outros parentes - que inspiravam o desejo de império, alegria e prazeres - eles próprios estão aí, em ordem de batalha, renunciando à vida e à fortuna. Que valem, pois, reino, alegria, e mesmo a existência, ó Govinda’?


A esses guerreiros não quero matar, embora por eles seja eu morto, nem pelo domínio dos três mundos, quanto mais por causa desta Terra, ó matador de Madhu. ó Janárdana, que prazer pode advir a nós do assassínio dos filhos de Dhritarashtra? Só o erro se apossará de nós, por termos massacrado esses malfeitores. Portanto, não devemos matar esses filhos de Dhritarashtra, que são nossos parentes; como podemos nós, ó Madhava, ter felicidade, destruindo nossos próprios parentes? Embora eles, dominados pela ambição, não vejam mal em destruir a família, nem erro em hostilizar amigos. Mas, ó Janárdana, por que não recuarmos deste erro, já que percebemos claramente o mal em destruir a família"? (I, 28-

39).


No capítulo segundo, Krishna esclarece Arjuna de que todos esses "entes caros" são as exterioridades transitórias e ilusórias, os veículos inferiores da personagem terrena, com seus vícios (e, por isso, destruindo-os, realmente não há prazer em reinos nem em alegrias terrenas) mas que precisamos combater para atingir a essência íntima, o Eu verdadeiro: "esses corpos são perecíveis, (II,18). Mas o Eu é "eterno, onipresente, imutável, permanente, perpétuo" (II, 39), pois é no linguajar evangélico, o" reino dos céus ". A explicação é bastante clara. " O sábio, dotado de conhecimento, abandonando o fruto de suas ações, torna-se livre dos grilhões do berço e alcança o estado que está além de todo mal. Quando teu intelecto houver atravessado o pântano da ilusão, então, e só então atingirás a indiferença em relação às coisas ouvidas e por ouvir. Quando teu intelecto, agindo pelas várias opiniões antagônicas das Escrituras, se firma inabalavelmente no Eu, então atingirás a Yoga (auto-realização ou união com Deus)" (II, 51-53).


E continua: "Ó Partha, quando um homem chega a satisfazer-se apenas com o Eu pelo Eu, e baniu completamente todos os desejos da alma, então se diz que ele possui firme sabedoria.


Aquele cuja alma não se agita em calamidades, e que não aspira ao poder, e que está liberto do apego, do medo e da cólera é em verdade tido como um santo de firme sabedoria.


Aquele que é liberto de todo apego, e que não se rejubila ao receber o bem, nem se perturba ao receber o mal, tem sua sabedoria bem confirmada. Sua sabedoria começou a ficar bem filmada, quando ele retirou inteiramente seus sentidos dos objetos dos sentidos, como a tartaruga renuncia aos membros. O encarnado, pela prática da abstinência (não dando alimento aos sentidos), pode amortecer os sentimentos dos sentidos, mas os anseios ainda permanecem em seu coração; todos os anseios se abatem, quando tiver visto o Supremo. Ó filho de Kunti, os sentidos (parentes) são perigosos, chegam mesmo a arrastar à força o esp írito de um homem sensato que está lutando pela perfeição. O homem de firme sabedoria, tendo-o subjugado a todos eles (os sentidos, seus "parentes" mais caros) fica fixado em Mim, o Supremo, Aquele que tem os sentidos sob controle, tem a sabedoria bem firmada.


Cuidando dos objetos dos sentidos, o homem e torna apegado a eles. Do apego nasce o anseio, e do anseio a cólera. Da cólera nasce o delírio, e este causa a perda de memória. Com esta arruina-se a faculdade de escolha, e com a ruína desta faculdade o homem perece. Mas aquele que se domina alcança a paz e circula por entre os objetos com os sentidos controlados, isento de qualquer anseio ou aversão. Na paz, cessa a infelicidade e o espírito cheio de paz em breve se firma na sabedoria. Não há sabedoria para o instável nem para o que não medita. E como poderá haver ventura para quem não tem paz? O espírito que condescende com os sentidos indisciplinados e errantes, arrasta consigo sua sabedoria, exatamente como um barco na água é arrastado pelo vento. Portanto, ó poderosamente-armado, sabedoria firme é a daquele cujos sentidos estão bem afastados de todos os objetivos dos sentidos".


O ensinamento do Espírito, do Cristo, é um em todas as épocas e em todos os quadrantes, porque "há um só corpo e um só Espírito... um só Senhor, uma só fé, um só mergulho, um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, e é por todos e está em todos" (EF 4:3-6).


Fica, pois definitivamente explicado o sentido profundo e simbólico do verbo "odiar" neste trecho evangélico, tão incompreendido até hoje.


Mas passemos à interpretação do texto no campo iniciático.


Ainda uma vez encontramos preciosas lições de como deve preparar-se aquele que pretende ingressar na "Assembleia do Caminho", essa criação sublime de Mestre e Hierofante Divino, que veio pessoalmente instruir-nos. Vejamos as condições requeridas:

1 - Compreensão absoluta do desligamento total de tudo o que é terreno, como seu corpo, suas sensações, suas emoções, seu intelectualismo humano, com todos os seus agregados "animais", que a ele se colaram durante o percurso evolutivo pelos reinos inferiores: preguiça, sensualismo, paixões, vaidade e orgulho; de tão arraigados, com ele mesmo confundidos, são considerados "parentes consanguíneos: pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs. Tudo o que constitui matéria, duplo etérico (sangue) e astral deve ser abandonado e como que "odiado", voltando-se o candidato na direção oposta: o "Espírito Puro". Como, de modo geral, o ambiente familiar é contrário a qualquer elevação espiritual do iniciado (e Jesus tinha experiência pessoal disso, cfr. MC 3:21 e MC 3:33-35), o candidato deve estar convicto de que, também, seu progresso espiritual está desligado de qualquer laço familiar, se for indispensável cortar os afetos (emoções) para dedicar-se integralmente ao Espírito. Muito mais fortes são as ligações espirituais, que as consanguíneas. A fraternidade espiritual é REAL E ETERNA, já que somos filhos do mesmo PAI ETERNO; ao passo que o parentesco sanguíneo é passageiro, de uma só encarnação, podendo, na seguinte, ser realizado em outro grupo, em outra terra, em outra raça.


2 - Entretanto, não são apenas os apegos externos que precisam ser cortados, mas até o do próprio eu pequeno, da personagem terrena transitória - o filho único tão querido - a própria "alma", com suas idiossincrasias, seus gostos, suas características temperamentais. Esse é o maior apego nosso. E não basta convencer-se disso, mas é preciso realizar (ou seja, páthein) experimentar, "sofrer" destaque total e passar a viver no Eu verdadeiro. Só realizando esses dois desligamentos é que o candidato poderá tornar-se discípulo. E aqui mais uma vez comprovamos o emprego da terminologia técnica das escolas iniciáticas: discípulo o que põe o pé na senda para iniciar a caminhada. Só após perlustrar o discipulado em seus graus primeiros (discípulo em provação e discípulo aceito) é que pode pretender o ingresso na iniciação. E dificilmente se obtém isso numa só existência terrena. Os próprios "Mestres de Sabedoria" continuam até hoje a denominar-se a Si mesmos. "Discípulos". Daí não acreditarmos em quem se chama a si próprio de "iniciado": quem o diz, não o é; porque quem verdadeiramente é iniciado, não o diz 3 - A terceira condição para ser discípulo-aceito, é receber com alegria o peso da própria cruz, que tem vários aspectos. Inicialmente, é a própria encarnação, quando a criatura se torna consciente de que se acha "pregado" na cruz de carne, limitado em suas possibilidades, grudado ao chão de matéria.


Mas, além desse peso, outros podem superpor-se: pobreza, falta de meios e de ambiente, aderentes incompreensivos, exploradores e abusadores, dores e sofrimentos, deficiências físicas humilhações e desprezos, perseguições e até morte. E, não obstante tudo isso, continuar firme o trajeto, sem abaterse nem desanimar.


4 - O passo seguinte é o de palmilhar a estrada que o Mestre exemplificou, com Sua humildade, Seu espírito de sacrifício, Sua dedicação integral ao serviço à humanidade, Sua união com o Pai, Seu amor sem condições a todos. "Vem atrás de mim" ou "segui-Lo", quando são frases proferidas pelo Cristo, significa realmente unir-se a Ele, buscá-lo por todos os meios, "mendigar o Espírito" com lágrimas, procurando "ajustar-se" com a sintonia crística, até unificação final.


5 - Para ingressar no discipulado, faz-se ainda mister capacidade cultural, a fim de bem compreender os ensaios, sem limitações nem distorções. Muitos há que desejam ardentemente ingressar como discípulosaceitos ou, até mesmo, atingir a iniciação. Inegavelmente, são, muitas vezes pessoas ardorosas de amor e ansiosas de perfeição. Mas não possuem as condições essenciais para isso, não têm conhecimento. Para iniciação são essenciais três condições pessoais: amor, amadurecimento e sabedoria (cfr. vol. 5) "Jesus crescia em sabedoria, amadurecimento e amor" (LC 2:5; vol. 1). Então, os que não conquistarem o conhecimento, e ainda precisarem dedicar-se ao estudo, não são cortados do espiritualismo: podem seguir a via devocional ou a via mística. Mas não a senda iniciática. A via devocional e a mística são linhas evolutivas pessoais, ao passo que a senda iniciática é grupal, e prepara a criatura para o magistério sacerdotal. Ora, sem cultura e conhecimento, como se poderá ensinar?


Há enorme perigo não apenas de desviar-se, mas, pior ainda, de afastar do rumo certo aqueles que neles confiam. Daí serem tão rigorosas as escolas que preparam discípulos para a iniciação na admissão de candidatos. Jesus, em diversas ocasiões - como esta agora - alerta quanto às condições indispensáveis para ingressar no discipulado: examine-se se tem capacidade intelectual desenvolvida, para que não inicie uma obra e se veja obrigado a parar na metade do caminho.


6 - Outro requisito para entrar na Escola é saber se conseguiu vitória, ou se está capacitado para obtê-la, contra os inimigos internos e externos. Em outras palavras, se seus instintos inferiores animais não estão mais fortes que sua capacidade de luta. O "rei" (o Espírito) precisa calcular suas forças, a fim de ver se são superiores às do "outro rei" (a personagem). Se forem inferiores as forças do Espírito, este "pede as condições de paz". Isto é (por exemplo) se a sensualidade predominar e o Espírito não tiver condições de sublimá-la, obedeça à força de sua personagem e se dedique à família, sem pensar em desapegar-se; se a violência do temperamento não pode ser dominada, afaste-se da senda nessa vida, e volte quando puder contar com o domínio de suas energias exuberantes. E assim por diante. Então, calcule bem suas possibilidades de luta e de vitória, antes de lançar-se ao combate, a fim de não arriscar-se a derrotas espetaculares que, além de descoroçoá-lo, podem trazer sérios prejuízos à instituição a que se filia. Daí o rigor que os instrutores manifestam, antes de receber alguém, e o longo período probacional a que são submetidos: comprovar que superaram todos os vícios.


Aqueles que ingressam na senda por sua alta recreação, de modo geral caem fragorosamente, quer desviando-se para a magia negra, quer aniquilando-se até na parte humana: corrúptio óptimi, péssima, ou seja, a corrupção do melhor, é a pior.


7 - Finalmente é mister destacar-se de todos os bens materiais, de todas as "posses" para que não seja por elas "possuído". Deverá ser capaz de dar tudo, e passar o resto da existência a mendigar seu sustento.


Ainda que isso não lhe seja exigido, no entanto deve ser capaz de fazê-lo sem sofrimento moral.


Portanto, desapego total...


Essas são as regras para todas as épocas e regiões do globo, sem exceção. Como vemos, encontramos no ensino crístico a orientação completa e integral. A única necessidade é saber interpretar Suas palavras de sabedoria, e não apenas fixar-se na letra fria e morta.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

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Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
E. OS FARISEUS CEGOS E OS DISCÍPULOS QUE ENXERGAVAM, Mt 16:1-17.27

  • A Exigência de Um Sinal (Mt 16:1-4)
  • Os fariseus – que eram os mestres das sinagogas – e os saduceus – que eram os sacerdotes no templo – vieram a Jesus para o tentar ("experimentar" ou "testar"; v. 1).

    Geralmente, esses dois grupos eram antagônicos, tanto do ponto de vista teológico como político. Os saduceus eram partidários dos governantes romanos, enquanto os fariseus se ressentiam da sua presença. Mas os dois partidos trabalhavam juntos no Sinédrio de Jerusalém, e agora estavam unidos por uma hostilidade comum em sua oposição a Jesus. Esses líderes judeus pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu (1). Não tinham ficado satisfeitos com os sinais que até então o Senhor Jesus havia mostrado constantemente em seu ministério de curas. Eles rejeitavam essas curas como provas de que Ele era o Messias. Antes, exigiram que Ele apresentasse um sinal espetacular do céu, alguma coisa do outro mundo, como prova de que Ele era realmen-te quem afirmava ser.

    Nos versículos 2:325 encontramos uma comparação entre os sinais climáticos e os sinais dos tempos. Essa frase, usada tão freqüentemente na literatura profética atual, só é encontrada nesta passagem no Novo Testamento.' Ela se refere a indicações relati-vas àquilo que está por acontecer em assuntos mundiais.

    As palavras de Jesus, citadas no versículo 4, são as mesmas que se encontram em Mt 12:39. A palavra má corresponde à mesma palavra grega traduzida como "pecadora". Deste modo, as duas passagens são idênticas, exceto que o termo profeta (4) não consta do texto grego.

    Marcos registra as palavras de Jesus: "A esta geração não se dará sinal algum" (Mac 8.12). Essa frase pode parecer conflitante com a observação de Mateus a respeito do sinal de Jonas. Mas obviamente o que Marcos está dizendo é que nenhum sinal do tipo que os líderes judeus estavam exigindo lhes seria dado (veja também os comentá-rios sobre Mt 12:38-42).

  • O Fermento dos Fariseus e dos Saduceus (Mt 16:5-12)
  • Jesus novamente deixou a margem ocidental – onde havia experimentado tanto uma grande popularidade quanto a maior oposição – e atravessou para a outra banda do lago (5). Alguém havia esquecido de providenciar pão para o grupo. Dois fatos torna-vam difícil a compra de alimento no lado oriental do lago da Galiléia. Em primeiro lugar, era uma região esparsamente habitada e, em segundo lugar, era um território principal-mente habitado por gentios e assim podia ser difícil encontrar alimentos "limpos", que fossem aceitáveis aos judeus.

    Jesus advertiu os discípulos de que deveriam tomar cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus (6). Eles imediatamente pensaram que Jesus estivesse se refe-rindo ao fato de terem se esquecido de trazer pão (7). O Mestre atribuiu essa conclusão à pequena fé que demonstravam (8), isto é, a uma falta de percepção espiritual. Sem a graça de Deus os homens se tornam materialistas incuráveis. Para contrabalançar a preocupação dos discípulos pela falta de pão, Cristo lembrou-lhes de como Ele havia alimentado mais de cinco mil pessoas com cinco pães e mais de quatro mil pessoas com sete pães (9-10). Não era do pão físico que Ele estava falando (11). Então, os discípulos entenderam que Ele estava se referindo à doutrina ("ensino") dos fariseus e saduceus (12). Caracteristicamente, essa explicação foi acrescentada por Mateus (cf. Mt 17:13). Ela não é encontrada em Marcos (Mt 8:13-21), o único outro livro em que esse incidente foi registrado.

    Os estudiosos discutiram muitas vezes sobre a possibilidade de a alimentação das cinco mil pessoas e também das outras quatro mil serem variações deturpadas da mes-ma história. Mas, provas bastante claras depõem contra essa opinião negativa. Como já observamos, a alimentação das cinco mil pessoas está registrada nos quatro Evangelhos, enquanto a de quatro mil foi descrita por Mateus e também por Marcos. No parágrafo que estamos considerando, Mateus e Marcos estão se referindo aos dois fatos anteriores. Isso nos dá seis referências do atendimento a cinco mil pessoas (Mt 14:20-16.9; Mac 6.43; 8.19; Lc 9:17 e Jo 6:13). Em todas elas, a palavra grega para "cesto" é hophinos. Existem quatro referências à alimentação de quatro mil pessoas (Mt 15:37-16.10; Mac 8.8, 20). Em todas elas a palavra usada foi spyris. É difícil entender como alguém pode responder por esses relatos cuidadosos e consistentes a não ser por meio de um registro acurado desses dois milagres distintos. Esse é, claramente, o duplo quadro apresentado nos Evangelhos.

    3. A Grande Confissão (Mt 16:13-20)

    Pela quarta vez Jesus se afastou das multidões a fim de instruir os seus discípulos (cf. 14.13 15:21-29). Ele viajou em direção ao norte (veja o mapa), até à costa (ou par-tes) de Cesaréia de Filipe (13). Essa cidade havia sido construída por Filipe, filho de Herodes, o Grande, e recebeu o nome de Cesaréia em honra ao imperador reinante, Tibério César. Posteriormente, ela recebeu a designação de Filipe para distingui-la da cidade de Cesaréia na costa do Mediterrâneo, construída por Herodes e que, na época de Jesus, era a sede do governo romano na Judéia. O antigo nome grego de Cesaréia de Filipe havia sido Paneas, nome que sobreviveu até hoje como a moderna Banias. Estava localizada em um planalto rochoso debaixo das sombras do elevado monte Hermom, cujos picos ficam cobertos de neve o ano todo.

    Nas suas proximidades existem penhascos que ainda trazem as marcas do antigo culto aos deuses Baal e Pan (palavra grega para "Tudo"). Era um local muito apropriado para a confissão da divindade de Jesus, e de sua identidade como o Messias longamente aguardado.

    Sua carreira havia chegado a um ponto crítico. M'Neile observa: "O ministério público na Galiléia havia terminado e a jornada em direção à cruz logo seria iniciada; e Ele deseja-va atrair os discípulos a uma afinidade ainda maior com a sua pessoa, como jamais havia feito".27 Era necessário que seus doze seguidores tivessem uma fé muito sólida em sua missão como o Messias, para enfrentarem um futuro que iria, rigorosamente, testá-la.

    Ao alcançar as proximidades de Cesaréia de Filipe, Cristo perguntou aos discípulos: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? Eles deram várias respostas: João Batista;... Elias,... Jeremias ou um dos profetas (14). Então Ele fez a pergunta mais importante de todas (15). Literalmente, ela seria: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Si-mão Pedro respondeu pelo grupo: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (16).

    Os versículos 13:16 sugerem o seguinte resumo:

    1) A questão comum — Quem di-zem os homens... que eu sou?

    2) A questão crucial — "E vós, quem dizeis que eu sou?"

    3) E a resposta confiante: Tu és o Cristo.

    Marcos 8:27-30 e Lucas 9:18-21 registram essa confissão de Pedro. Mas ambos limi-tam a resposta a "o Cristo". Somente Mateus acrescenta, o Filho do Deus vivo. Carr indica com propriedade a seguinte implicação: "Essa confissão não só vê em Jesus o prometido Messias como reconhece, no próprio Messias, a sua natureza divina".' Os líderes judeus poderiam ter aceitado um Messias humano, mas foi precisamente essa pretensão à divindade que os levou a rejeitar Jesus e a condená-lo à morte sob a acusaão de blasfêmia (Mt 26:64-65).

    O restante dessa seção (17-20) encontra-se somente em Mateus. Jesus declarou: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus (17). Carne e sangue era uma expressão rabínica usada para a humanidade, fazendo um contraste com a Divindade. Somente uma revelação divina do Espírito Santo pode nos fazer conhecer realmente que Jesus é o Filho de Deus, e essa revelação nos dá uma certeza interior que não pode ser abalada.

    Cristo prosseguiu dizendo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (18). A palavra Pedro corresponde ao termo grego petros, que quer dizer "pedra". O rochedo é uma petra ou

    "uma massa de pedra diferente de petros, que é um pedaço de pedra solta ou seixo". Muitos estudiosos fazem uma objeção dizendo que só existe uma palavra em aramaico com os dois sentidos, isto é, Kepha, e que, como Jesus falou em aramaico, nesse caso não se aplica a distinção entre as duas palavras gregas. Mas nessa área de gentios que fala-vam grego é totalmente possível que Jesus tenha falado em grego e mudado propositada-mente as palavras.

    M'Neile acredita que Jesus falou em aramaico, usando a palavra kepha. Ele observa que essa palavra é do gênero feminino, e assim ela foi corretamente representada por petra, ou "rocha". Ele entende que a palavra petros, ou "pedra", tinha o mesmo significa-do, embora fosse mais apropriada para um nome de homem por ser do gênero masculino

    Ele acrescenta, entretanto: "Não se pode concluir a partir desse jogo de palavras que `esta rocha' seja Pedro", e conclui: "A referência foi feita provavelmente à verdade que o apóstolo havia proclamado, isto é, ao fato de que o Messianismo do Senhor seria como uma rocha imóvel sobre a qual a sua `ecelesia' (igreja) estaria segura"." Acreditamos que essa interpretação seja preferível à de Cullmann, que faz de Pedro a rocha sobre a qual a igreja seria construída. Cullmann, naturalmente, está se referindo a Pedro como após-tolo e não como bispo."

    Jesus declarou: edificarei a minha Igreja. Nos Evangelhos, a palavra grega ekklesia ocorre apenas nessa passagem e em 18.17 (duas vezes). Mas ela é encontrada cerca de vinte e quatro vezes em Atos e mais de sessenta vezes nas epístolas de Paulo. Seu significado básico é "assembléia". Na Septuaginta, essa palavra foi usada para a "congrega-ção" de Israel. Na época de Jesus, seu significado comum era uma reunião legal dos cidadãos livres e eleitores de uma cidade grega. No Novo Testamento, ela foi empregada três vezes com esse sentido secular (Atos 19:32-39, 41). O significado literal de ekklesia é "chamados para fora". Da mesma maneira, a igreja de Jesus Cristo é composta por pes-soas "chamadas para fora", as quais têm o especial privilégio de funcionar como uma congregação de Deus.

    As portas do inferno (Hades) provavelmente significam aqui os "poderes da mor-te", isto é, todas as forças que se opõem a Cristo e ao seu Reino. Em grego, Hades era o lugar dos espíritos que partiram e equivale à palavra hebraica Seol. Morrison diz: "Nosso Salvador quer dizer que a sua verdadeira igreja nunca sucumbirá à morte e à destruição".'

    O que Jesus quis dizer com Eu te darei as chaves do Reino dos céus (19) ? O livro de Atos parece sugerir a resposta. Pedro usou primeiramente as chaves quando sua pregação no Pentecostes abriu as portas do Reino dos Céus aos judeus e prosélitos, e mais de três mil almas entraram em um único dia. Mais tarde ele usou as chaves para abrir a porta aos gentios na casa de Cornélio. Em um sentido real: "Cada pregador usa as chaves do reino dos céus quando proclama os termos da salvação em Cristo".'

    Mais notável ainda é a afirmação de Cristo de que tudo que Pedro ligar na terra será ligado no céu, e tudo que for desligado na terra será desligado no céu. Qual seria o significado de ligar e desligar? M'Neile explica: " 'Ligar' e 'desligar' parecem representar em aramaico os termos técnicos do veredicto de um professor da Lei que, baseado na força de seu conhecimento específico da tradição oral, declarou que algum ato ou coisa é 'ligado', isto é, proibido, ou 'desligado', isto é, permitido"." Em outras palavras, baseado nos ensi-nos de Jesus, Pedro daria as decisões que seriam ligadas no céu, isto é, seriam honradas por Deus.

    O Mestre mandou — um termo bastante forte, "mandou estritamente"—, que seus discípulos não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo (20). O momento ainda não era chegado. O conceito político de um reino messiânico, em que o povo acreditava, estava correndo o risco de sofrer uma revolução.

    4. A Primeira Previsão da Paixão (Mt 16:21-23)

    Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos (21) sugere que a confissão de Pedro em Cesaréia de Filipe constituiu um momento crucial no ministério de Cristo, e Ele começou a revelar cada vez mais aos seus discípulos o verdadeiro propó-sito de sua missão na terra. Ele deveria morrer na Cruz, e dessa maneira dar aos ho-mens a salvação. Mas essa revelação somente poderia ocorrer depois que eles tivessem reconhecido que Ele era o Messias.

    Quatro coisas foram incluídas nessa previsão:
    1)
    ir a Jerusalém;
    2) padecer mui-to dos anciãos, e dos principais sacerdotes, e dos escribas (o Sinédrio) ;

    3) ser morto e

    4) e ressuscitar ao terceiro dia.

    Pedro, tomando-o de parte (22) parece sugerir que o apóstolo o agarrou como se fosse protegê-lo contra esse destino. Tem compaixão de ti corresponde à expressão grega hileos soi que pode ser traduzida como "Deus, tenha piedade de ti", ou simples-mente, "Tenha piedade de ti". Pedro tinha um grande coração cheio de terna afeição pelo seu Senhor.

    Mas nesse momento ele falou as palavras erradas. Jesus se virou – não para longe de Pedro, mas em direção ao apóstolo – e disse: Para trás de mim, Satanás (23). A palavra Satanás significa "adversário" e ao insistir com Jesus para evitar a Cruz, Pedro estava agindo em favor do inimigo contra o propósito da divina missão de Cristo. Ele estava tentando Jesus a dar as costas, como Satanás havia tentado fazer na tentação do deserto no início do ministério público de Jesus.

    Mateus acrescenta (em relação a Marcos 8:33) : que me serves de escândalo. A palavra é skandalon, isto é, "escândalo". Sem querer, Pedro estava armando uma cilada para Jesus. Compreendes significa simplesmente "pensas" ou "tem em mente". O pen-samento de Pedro era contrário ao de Deus.

    Nessa conversa, Pedro representa o exemplo perfeito da inconstância que caracteri-za, em maior ou menor grau, todos os crentes que ainda não foram totalmente santifica-dos. Não se tratava de uma indecisão consciente ou intencional da devoção a Cristo que contaminava Pedro, mas de um outro estado de espírito que coexistia no subconsciente e que era incompatível com a verdadeira espiritualidade do Reino. Embora tenha enxer-gado a verdadeira personalidade de Cristo quando disse: "Tu és o Cristo", ele não enten-dia a natureza espiritual de sua condição como o Messias. Essa mesma ambivalência fica evidente não só nessa passagem de Pedro, mas em todos os discípulos e de várias maneiras, até que seus olhos se abriram e eles se tornaram mais espirituais (ajustados aos caminhos de Deus) no batismo com o Espírito Santo no Dia de Pentecostes.

    5. O Preço do Discipulado (Mt 16:24-28)

    Uma das expressões mais significativas de Jesus (cf. Mt 10:38; Mac 8.34; Lc 9:23-14.
    27) é encontrada no versículo 24. Não era só Cristo que deveria enfrentar a Cruz, mas tam-bém os seus discípulos.

    Existe todo um sermão envolvido nesse versículo. O Mestre disse: Se alguém qui-ser vir após mim — uma linguagem rabínica para "ser meu discípulo" — deve primeiro renunciar a si mesmo. "Renuncie-se a si mesmo" é a frase que está escrita na porta de entrada do Reino de Deus. Todo cristão deve se humilhar, renunciar aos seus pecados e negar a si próprio para entrar. Em seguida, deve tomar sobre si a sua cruz. Isso signi-fica a morte do eu, ser crucificado com Cristo (Rm 6:6; Gl 22e), isto é, uma renúncia total da vontade própria, e uma entrega à vontade de Deus. Bonhoeffer escreveu: "O discipulado significa adesão à pessoa de Jesus e, portanto, submissão à lei de Cristo, que é a lei da cruz".' Renuncie-se a si mesmo e tome sobre si estão no tempo aoristo e sugerem as crises da conversão e da completa consagração. Siga-me está em um tempo presente, de ação contínua, e enfatiza o compromisso que cada cristão tem de seguir a Cristo, um compromisso que deve durar a vida toda.

    Tudo isso está sugerindo que o único caminho para a vida é através da:

    1) Renúncia de si mesmo (regeneração) ;

    2) Morte do "eu" (santificação total) ;

    3) Determinação pró-pria (Siga-me).

    Também ocorre a repetição desse pensamento no versículo 25 (cf. 10.39; Mac 8.35; Lc 9:24-17.33; Jo 12:25). A única maneira de alguém salvar a sua vida é perdê-la.

    Depois Jesus perguntou o que aproveita ao homem ganhar o mundo todo, mas perder a sua alma. A palavra é psyché, e é traduzida como "vida" no versículo 25 em várias ver-sões. Talvez essa seja a melhor tradução aqui. Sobre o significado da palavra grega, Carr diz: "Psyché tem uma grande variedade de significados em grego; representava a 'vida' em toda a sua acepção, desde a mera existência vegetativa até a mais elevada vida intelectu-al".36 Ele continua: "O cristianismo aprofundou essa concepção ao acrescentar à conotação de psyché a vida espiritual da alma em união com Cristo".' F. C. Grant fez a seguinte observação: "É a alma que pensa e sente e é, em geral, o princípio vivo dentro do corpo".' Ele pensa que tanto a palavra "alma" como "vida" são apropriadas para essa passagem.

    No versículo 26, John Wesley encontra um forte sermão evangelístico sobre "A Im-portante Questão". Seus pontos principais são:

    1) O que está implícito na expressão ganhar o mundo inteiro?

    2) O que está implícito em perder a sua alma?

    3) O que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

    A razão pela qual precisamos estar cuidadosamente atentos à questão de se perder a vida por amor a Cristo, é poder descobrir que o Filho do Homem voltará um dia como Juiz para recompensar cada homem de acordo com as suas obras (27).

    A previsão de que alguns há... aqui que não irão morrer até que vejam o Filho do Homem no seu Reino (28) tem sido interpretada de várias maneiras. Ela foi aplicada:

    1) À transfiguração, que ocorre a seguir. Entretanto, todos os estudiosos atuais parecem concordar que essa não é uma interpretação correta.

    2) O versículo foi aplicado à queda de Jerusalém no ano 70 d.C. O principal argumento para essa segunda interpretação é que ela está de acordo com a ênfase do julgamento do versículo 27. Mas parece que está se referindo a um Dia do Juízo, um evento posterior, que ocorrerá logo após a segunda vinda de Cristo. Levando tudo isso em consideração, seria melhor interpretar esse versículo como
    3) se referindo ao Dia de Pentecostes e à rápida propagação do evangelho descrita no livro de Atos.

    M'Neile amplia um pouco mais essa questão. Ele escreve: "Os cristãos podem reco-nhecer que receberam, ou melhor, começaram a receber, o seu cumprimento no Pentecos-tes e que cada catástrofe ou crise subseqüente, ou demonstração do poder divino, tem representado a porta de entrada para uma nova era, um novo passo no processo eterno de seu completo cumprimento, a um clímax que está além do nosso entendimento'. Em um sentido semelhante, Morison diz: "Não temos dúvida de que o nosso Salvador está se referindo, de forma indefinida, ao estabelecimento e à extensão de seu Reino e à mani-festação de si próprio como Rei vitorioso, que teve lugar quando Jerusalém e o judaísmo, ambos totalmente corrompidos até o seu âmago, foram aniquilados".


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 16 versículo 28
    Têm sido dadas várias interpretações a esta declaração de Jesus, sendo entendida como referência a:
    (1) a sua segunda vinda, a qual os primeiros cristãos criam que ocorreria estando eles ainda em vida; (2) a exaltação e glória de Jesus, que significava a sua morte e ressurreição (Lc 24:26; Jo 12:23; Jo 13:31-32; At 3:13) ou (3) a transfiguração de Jesus, relatada na passagem seguinte.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    *

    16:1

    sinal vindo do céu. Jesus referiu aos fariseus um sinal literal do céu. Sua analogia mostra que o problema não é a falta de evidência, porém, uma má vontade em aceitar seu significado. Jesus já havia realizado muitos sinais.

    * 16:4

    senão o de Jonas. Ver nota em 12.39.

    * 16:11

    a respeito de pães. Jesus, freqüentemente falava em parábolas, porém, aqui foi mal compreendido por seus discípulos, que pensavam que ele estava falando literalmente (v. 7). Eles deviam ter concluído do milagre da multiplicação de pães, que Jesus podia providenciar alimento, se essa fosse a necessidade e, desse modo, podiam concluir que ele estava falando metaforicamente a respeito do "fermento" (a doutrina, v.
    12) dos fariseus e saduceus (Mc 8:15, nota).

    * 16:12

    O ensino falso é como o fermento na massa e pode permear rapidamente a Igreja e corromper sua santidade.

    * 16:13

    Cesaréia de Filipe. Uma pequena cidade ao sopé do monte Hermon, cerca de quarenta quilômetros ao norte da Galiléia.

    * 16:15

    quem dizeis que eu sou. Pelo uso do pronome no plural (“vós”), Pedro responde em lugar dos Doze.

    * 16:16

    Cristo. Pedro declara que Jesus é o Messias e o Rei profetizado no Antigo Testamento (1.1, nota).

    * o Filho do Deus vivo. O significado do título "Filho de Deus" é diferente do título na literatura pagã. No Antigo Testamento, o rei ungido era chamado um "filho" de Deus (2Sm 7:14; Sl 2:7). Israel, como um todo, também é chamado "filho" de Deus (Êx 4:22) e Jesus cumpre este status de Israel (2.15, nota). Aplicado a Jesus, o título reflete o relacionamento único de Jesus com o Pai (11.27; 21.38). Ele é reconhecido pelo Pai como "Meu Filho amado" (3.17; 17.5). A compreensão de Pedro lhe foi dada de cima, indo além daquilo que ele podia discernir por si mesmo.

    * 16:17

    carne... que to revelaram. O reconhecimento daquilo que Jesus é, tem que vir de Deus.

    * 16:18

    Pedro... pedra. O nome “Pedro” faz um trocadilho, no grego, com a palavra “rocha” (petra). Há quatro principais interpretações para este jogo de palavras: a) a pedra é a confissão de Pedro ("tu és o Cristo", v. 16), sobre a qual a igreja é edificada; b) Jesus mesmo é a pedra, como Pedro, depois, testifica (1Pe 2:5-8); c) Pedro, como representante dos apóstolos, é o fundamento da igreja (Ef 2:20); d) Por sua confissão, Pedro representa o tipo de pessoa sobre a qual a Igreja será edificada.

    A primeira e segunda possibilidades são freqüentemente defendidas, por indicar que o nome de Pedro é petros e a pedra é petra. Porém, esta diferença lingüística não é significativa neste contexto. A segunda possibilidade é improvável porque Jesus descreve-se a si mesmo, nesta passagem, não como a fundação mas o construtor da igreja.

    Não fosse pelo abuso desta passagem pela Igreja Católico-Romana, é pouco provável que qualquer dúvida fosse levantada de que a referência é a Pedro. Mas a pedra fundamental é Pedro como representante dos apóstolos (v. 15, nota), e cuja confissão a respeito de Cristo lhe foi revelada pelo Pai. Como Pedro mesmo declara posteriormente (1Pe 2:4-8), todos os crentes se tornaram "pedras vivas" por causa da associação deles com Cristo e com os apóstolos, como o fundamento da igreja (Ef 2:20-21; Ap 21:14). Quando Pedro diz que Jesus não deve enfrentar a cruz, ele não é chamado a pedra fundamental, mas pedra de tropeço (v. 23, referência lateral).

    portas do inferno. No Antigo Testamento e outras literaturas, as "portas do sheol" ou “as portas da morte” são equivalentes à morte. Jesus está afirmando que a própria morte não sobrepujará seu povo.

    * 16:19

    chaves do reino. Esta metáfora especifica como os apóstolos são o fundamento da igreja; foi-lhes dado o poder de ligar e desligar, ou as "chaves" que fecham e abrem portas. Os apóstolos abrem o reino àqueles que compartilham da confissão de Pedro e excluem aqueles que não recebem o seu testemunho a respeito de Cristo (10.14-15). Através deles Jesus revela sua própria palavra de autoridade do reino. O fundamento apostólico da igreja repousa sobre a Palavra escrita de Deus, as Escrituras, que são agora as chaves da autoridade de Cristo na igreja (Ef 2:20; 3:5), através do poder do Espírito (18.18). Ver "Disciplina Eclesiástica e Excomunhão", em Mt 18:15.

    * 16:20

    a ninguém dissessem. Ver 8.4. As concepções populares a respeito do Messias estavam longe de reconhecer o seu ministério sofredor. Permitir que seus discípulos proclamassem abertamente a sua messianidade, podia instigar a explosão de um movimento político, que dificultaria sua verdadeira missão (Jo 6:15).

    * 16:21

    Desde esse tempo. Esta frase marca uma nova fase no ministério de Jesus (4.17, nota). Mateus se volta da pregação pública de Jesus, na Galiléia, para a sua cuidadosa instrução dos discípulos a respeito de sua morte e ressurreição, seu papel como Messias e o deles como discípulos.

    * 16:24

    Ver nota em 10.38. Aqui, Jesus acrescenta o mandamento da negação de si mesmo. A chamada ao discipulado exige o abandono completo do desejo natural de buscar conforto, fama ou poder.

    * 16:28

    de maneira nenhuma passarão pela morte. Ainda que esta afirmação tenha sido interpretada como se referindo à Transfiguração (17.1-2), a linguagem implica um período mais longo do que o de uma semana. Outra possibilidade seria a referência à destruição de Jerusalém (10.23, nota), mas o contexto aqui não está especificamente relacionado com o juízo de Israel. A "vinda" do Filho do homem, aqui, mais provavelmente, se relaciona com todo o processo pelo qual Jesus recebe o domínio, especialmente sua ressurreição, ascensão e envio do Espírito. Todas estas coisas aconteceram durante o tempo no qual os discípulos viveram. A transfiguração poderia ser também o evento inicial neste processo testemunhado pelos discípulos.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    16:1 Os fariseus e saduceos eram líderes religiosos judeus de duas diferentes partidas e seus pontos de vista eram diametralmente opostos em muitos aspectos. Os fariseus seguiam com cuidado suas normas e tradições religiosas, acreditando que esse era o caminho a Deus. Também acreditavam na autoridade de todas as Escrituras e na ressurreição. Os saduceos só aceitavam os livros do Moisés como Escrituras e não acreditavam na vida depois da morte. No Jesus, entretanto, os dois grupos tinham um inimigo comum e uniram forças para lhe dar morte. Se deseja maior informação eles, veja-a informação no Mateus 3 e Marcos 2.

    16:1 Os fariseus e saduceos demandavam sinais no céu. Tentavam explicar os milagres do Jesus como perita manipulação, casualidade ou uso de poderes malignos, mas acreditavam que só Deus poderia fazer sinais nos céus. Estavam seguros que essa seria uma proeza que Jesus não poderia realizar. Apesar de que Jesus pôde impressioná-los com facilidade, não quis fazê-lo. Sabia que nem um milagre no céu conseguiria convencer os de que era o Messías. Já de antemão tinham decidido não acreditar no.

    16:4 Em resposta à demanda de um sinal do céu, alguma ação milagrosa que provasse sua autoridade divina, Jesus respondeu que não lhe será dada, a não ser o sinal do Jonás. Em Lc 11:29-32, diz-se que assim como Jonás tinha sido sinal de destruição para a gente do Nínive se não se arrependiam, o Filho do Homem era sinal a sua geração. Em Mt 12:39-40, o sinal do Jonás se explica como referência aos dias e noites que Cristo passou na tumba. Em Mc 8:11-13, Jesus se nega a dar sinal alguma (não se dará sinal a esta geração).

    16:4 Muita gente, como estes líderes judeus, querem ver um milagre para acreditar. Mas Jesus sabia que os milagres não os convenceriam. Jesus tinha sanado, ressuscitado pessoas e alimentado a milhares, e ainda demandavam que provasse sua identidade. Duvida você do Jesus porque não viu um milagre? Espera que Jesus lhe dê provas de sua identidade para acreditar no? Jesus diz: "Bem-aventurados os que não viram, e acreditaram!" (cf11\ul Jo 20:29). Temos registrados todos os milagres no Antigo e Novo Testamento, dois mil anos de história da Igreja e o testemunho de milhares. Com toda esta evidência, os que não acreditam são orgulhosos ou teimosos. Se você der um simples passo de fé e crie, começará a notar os milagres que têm lugar em sua própria vida!

    16:12 A levedura se usa para fazer crescer a massa de pão. Com apenas uma pequena quantidade da mesma se leveda a totalidade da massa. Jesus usou a levedura como exemplo de como uma pequena quantidade de maldade pode afetar a uma multidão. Os ensinos errôneos dos fariseus e saduceos desviavam a muitas pessoas. Tome cuidado dizendo: "Como pode esta falta insignificante afetar a alguém?"

    16:13 Cesarea do Filipo se achava vários quilômetros ao norte do Mar da Galilea, no território governado pelo tetrarca Felipe. A influência das culturas grega e romana se notava por toda parte, e os templos e ídolos romanos abundavam em qualquer parte. Quando Felipe chegou ao poder, reconstruiu e renombró a cidade em honra do imperador (César) e ele mesmo. A primeiro cidade se chamou Cesarea, como a capital do território de seu irmão Herodes.

    VIAJE Ao CESAREA DO FILIPO: Jesus deixou Magdala, cruzou o lago, e atracou a Betsaida. Ali sanou a um homem que tinha nascido cego. Continuando, O e seus discípulos foram a Cesarea do Filipo onde Pedro confessou que Jesus era o Messías e o Filho de Deus.

    16.13-17 Os discípulos responderam a pergunta do Jesus do ponto de vista comum da gente: que Jesus era um dos grandes profetas que tinha ressuscitado. Esta crença pôde ter tido sua raiz em Dt 18:18, onde diz que Deus ia levantar um profeta de entre a gente. (O perfil do João o Batista se acha no João 1; o do Elías está em 2 Rsseis 18 e o do Jeremías no Jeremías 1.) Pedro, entretanto, confessou que Jesus era divino e o prometido e tão esperado Messías. Se Jesus lhe tivesse feito a mesma pergunta, o que houvesse você respondido? É O seu Senhor e Messías?

    16:18 A rocha sobre a qual Jesus construiria sua Igreja pudesse ser uma alusão a (1) Jesus mesmo (sua obra de salvação ao morrer por nós na cruz); (2) ao Pedro (o primeiro grande líder da igreja em Jerusalém); (3) a confissão de fé que Pedro fez e que todos os verdadeiros crentes posteriores deveriam fazer. O mais provável é que a rocha se refira ao Pedro como líder da Igreja (por sua função e não necessariamente por seu caráter). Assim como Pedro tinha revelado a verdadeira identidade de Cristo, Jesus revelava a identidade e o rol do Pedro. Pedro mais tarde recorda a quão cristãos são a Igreja construída sobre o fundamento dos apóstolos e profetas com o Jesucristo como a pedra angular (1Pe 2:4-6). Todos os cristãos se unem na 1greja pela fé em Cristo Jesus como Salvador, tal como Pedro o expressa aqui (veja-se também Ef 2:20-21). Jesus elogiou ao Pedro por sua confissão de fé. É fé, como a do Pedro, a que deve ser o fundamento do Reino de Deus.

    16:19 Este versículo foi motivo de discussão por séculos. Alguns dizem que as chaves significam a autoridade que se requer para levar a cabo a disciplina, a legislação e a administração na 1greja (18.15-18), enquanto outros asseveram que as chaves dão a autoridade para anunciar o perdão dos pecados (Jo 20:23). Outros ainda manifestam que as chaves podem entender-se como a oportunidade de trazer gente ao reino dos céus por meio da apresentação da mensagem de salvação que se encontra na Palavra de Deus (At 15:7-9). Os líderes religiosos pensavam que tinham as chaves do Reino e tentaram excluir a alguns. Não podemos abrir ou fechar o reino dos céus para outros, mas Deus nos usa para lhes ajudar a encontrar a porta de entrada. Para todos os que acreditam em Cristo e obedecem suas palavras, as portas do Reino estão totalmente abertas.

    16:20 Jesus pediu aos discípulos que não dessem a conhecer a confissão do Pedro, porque estes não tinham entendido por completo o tipo do Messías que era. Jesus não era um paladín militar, a não ser um servo sufriente. Primeiro deviam ter um pleno conhecimento do Jesus e de sua missão como discípulos antes de dá-lo a conhecer outros em uma maneira que não originasse uma rebelião. Lhes ia estar custando muitíssimo trabalho entender a razão de sua vinda até que sua missão terrestre terminasse.

    16:21 "Após" marca um ponto decisivo. Em 4.17 assinala o anúncio do Jesus sobre o reino dos céus. Aqui se refere a sua nova ênfase sobre sua morte e ressurreição. Entretanto, os discípulos não captaram o verdadeiro propósito do Jesus por causa das idéias preconcebidas que tinham do Messías. Esta é primeira de três vezes em que Jesus predisse sua morte (veja-se em 17.22, 23; 20.18 as restantes).

    16.21-28 Esta passagem corresponde às profecias do Daniel: o Messías seria tirado (Dn 9:26); viria um período de crise (Dn 9:27); e logo o Rei viria em glória (Dn 7:13-14). Os discípulos enfrentariam o mesmo sofrimento de seu Rei e, como O, seriam premiados ao final.

    16:22 Pedro, amigo do Jesus e seguidor devoto, que acabava de proclamar em forma eloqüente sua identidade verdadeira, procurou protegê-lo do sofrimento que profetizou. Mas se Jesus não tivesse sofrido e morto, Pedro (e nós) tivesse morrido em seus pecados. Os que nos amam e procuram nos proteger podem nos apresentar tentações grandes. Tome cuidado com o conselho do amigo que lhe diz: "Asseguro-te que Deus não quer que faça frente a isto". Com freqüência nossas tentações mais difíceis vêm de parte daqueles que só procuram nos proteger de dificuldades.

    16:23 A mesma mensagem que Jesus ouviu nas tentações do deserto (que não teria que morrer, 4,6) as escuta agora do Pedro. Este acabava de reconhecer ao Jesus como o Messías; agora, entretanto, despreza a perspectiva de Deus e avalia a situação do aspecto humano. Satanás sempre tenta que ponhamos a Deus a um lado. Jesus repreendeu ao Pedro por esta atitude.

    16:24 Quando Jesus usou esta figura de seus seguidores, "tome sua cruz, e me siga", os discípulos sabiam o que significava. A crucificação era um método romano comum de execução e os criminosos condenados tinham que levar sua cruz pelas ruas rumo ao sítio onde cumpriam sua sentença. Seguir ao Jesus, portanto, implica uma entrega verdadeira, com risco de morte e sem possibilidade de retrocesso (veja-se 10.39).

    16:25 A possibilidade de perder a vida era muito real tanto para os discípulos como para o Jesus. O discipulado verdadeiro implica compromisso real e arriscar toda nossa existência a seu serviço. Se a gente tratar de liberar sua vida física da morte, a dor ou o desconforto, pode terminar arriscando a vida eterna. Se nos protegermos da dor, começamos a morrer no espiritual e emotivo. Nossa vida se reenfoca em si mesmo e perdemos nosso propósito. Em troca, quando damos nossa vida em serviço a Cristo descobrimos o verdadeiro propósito da vida.

    16:26 Quando não conhecemos cristo, tomamos decisões com a idéia de que esta vida é tudo o que temos. Em realidade, esta vida é só a introdução à eternidade. A forma como vivemos este breve lapso, não obstante, determina nosso estado eterno. O que acumulemos na terra não vale na obtenção da vida eterna. Até as honras sociais ou cívicas mais elevadas não podem fazer ganhar a vida eterna. Avalie tudo o que acontece de uma perspectiva eterna.

    16:27 Jesus tem poder para julgar toda a terra (Rm 14:9-11; Fp 2:9-11). Não obstante de que seu julgamento já está manifestando-se em nossa vida, haverá um julgamento final quando Cristo volte (Fp 25:31-46) e a vida de cada um será examinada e avaliada. Isto não se confinará aos incrédulos: os cristãos também serão julgados. Seu destino eterno é seguro, mas Jesus analisará a forma como se empregaram os dons, oportunidades e responsabilidades, a fim de determinar recompensas celestiales. No julgamento, Deus salvará aos retos e condenará aos que não o são. Não devêssemos pôr em tecido de julgamento a salvação de outros; isso corresponde a Deus.

    16:28 Tomando em conta que todos os discípulos morreram antes da volta de Cristo, muitos acreditam que as palavras do Jesus aqui se cumpriram na transfiguración quando Pedro, Santiago e João viram sua glória (17.1-3). Outros manifestam que se refere ao Pentecostés (Feitos
    2) e ao começo da Igreja. Em um e outro caso, certos discípulos foram testemunhas do poder e a glória do reino de Cristo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    K. Seus ensinamentos (Mt 16:20)

    1 E os fariseus e saduceus, e tentando-lhe pediu para mostrar-lhes um sinal do céu. 2 Mas ele respondeu, e disse-lhes: Quando é chegada a tarde, dizeis: Vai fazer bom tempo, porque o céu está vermelho. 3 E pela manhã, Será o mau tempo a-dia, porque o céu está de um vermelho sombrio. Vós bem sabeis discernir a face do céu; mas vós não podeis discernir os sinais dos tempos. 4 Um seeketh má e adúltera geração após um sinal; e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. E, deixando-os, saiu.

    Desta vez foi os fariseus e saduceus que vieram para Jesus. O ex-são nomeados cem vezes no Novo Testamento, esta última apenas catorze vezes-sete dessas vezes em Mateus (uma vez a cada um em Marcos e Lucas, e cinco vezes em Atos). Enquanto eles tinham que trabalhar juntos na Grande Sinédrio em Jerusalém, houve atrito normalmente considerável entre os dois grupos. Mas ambos unidos em julgá-lo. O verbo peirazo também pode ser traduzida como "teste" (RSV) ou "tentador" (KJV). Neste contexto, o último parece ajustar-se melhor.

    Pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu. Robinson comenta: "O sinal do céu parece ser uma referência geral às expectativas da escatologia populares, com base em Os 3:3)

    5 E os discípulos aproximaram-se do outro lado e se esqueceram de levar pão. 6 E Jesus disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. 7 E eles discorriam entre si, dizendo: Nós não tomou pão. 8 E Jesus, percebendo isso, disse, gente de pouca fé, por que arrazoais entre vós, porque vós não tendes pão? 9 Acaso, ainda não percebemos, nem vos lembrais dos cinco pães para os cinco mil, e de quantos cestos recolhestes? 10 Nem dos sete pães para os quatro mil, e de quantos cestos levantastes? 11 Como é que vocês não percebem que eu não falava a respeito de pães? Mas cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus. 12 Então entenderam os que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus.

    Mais uma vez, Jesus e seus discípulos foram para o outro lado -provavelmente o leste ou nordeste. Os responsáveis ​​pelo fornecimento de comida tinha esquecido de tomar ao longo de alguns pães. Então, quando Jesus ordenou-lhes cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus (v. Mt 16:6) eles pensavam que Ele estava se referindo a essa falta. Sempre o seu pensamento tende a ser materialista, e para isso o mestre reprovou. Ele lembrou-lhes o Seu poder para fornecer pães para os cinco mil e quatro mil e do superávit haviam atraído.

    Tem sido, por vezes, sustentou que as histórias das duas mamadas milagrosas são contas de variantes do mesmo incidente. Mas as distinções cuidadosas mantidos refutar essa teoria. Em todos os seis referências à alimentação dos cinco mil (Mt 14:20. ; Mt 16:9 ; Mc 8:19 ; Lc 9:17 ; Jo 6:13) a palavra kophinos é usado para "cestas. "Em todas as quatro referências à alimentação dos quatro mil (Mt 15:37. ; Mt 16:10 ; Mc 8:8 ), a palavra spyris é usado. Essa coerência cuidadoso e completo não pode ser explicado, exceto com base em relatos precisos de dois milagres diferentes.

    Uma das características de Mateus é o de dar explicações adicionais sobre o significado do que Jesus disse (conforme Mt 17:13 ). Então, aqui ele indica que o fermento significava ensinar (v. Mt 16:12 ). "Doutrina" (KJV) tem uma conotação teológica que é muito forte, tanto para a palavra grega (didache) e do contexto.

    c. A confissão de Pedro (16: 13-20)

    13 Agora, quando Jesus foi para as regiões de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem é? 14 E eles disseram: Alguns dizem que é João Batista; alguns, Elias; e outros, Jeremias ou um dos profetas. 15 Disse-lhes, quem dizeis que eu sou? 16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque a carne eo sangue não vos revelou que a ti, mas o meu Pai que está nos céus. 18 E eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 I te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; o que tu deverás desligares na terra será desligado nos céus. 20 Então ordenou aos discípulos que eles a ninguém dissessem que ele era o Cristo.

    Este parágrafo descreve quarto retirada de Jesus, para ficar longe das multidões e instruir seus discípulos (conforme Mt 14:13 ; Mt 15:21 , Mt 15:29 ). Desta vez ele foi longe o norte novamente, para a região em torno de Cesareia de Filipe. Foi assim chamado para distingui-la da Cesaréia, na costa do Mediterrâneo, que Herodes, o Grande, construiu como sua capital e nomeado em honra de César Augusto. Este foi construído pelo filho de Herodes, Felipe, e nomeado para Tibério César.

    Ele foi localizado no sopé do Monte Hermon, que é-cobertas de neve durante todo o ano (9.166 pés). Perto da cidade foi a principal fonte do rio Jordão, onde salta adiante de uma fenda na rocha. Aqui foram realizados na adoração do deus romano Pan ("All"), de modo que a cidade tinha sido chamado Paneas (Banias moderna). Foi cerca Dt 25:1 ).

    A palavra grega para Pedro é petros , que significa "pedra". A palavra para pedra é petra , "uma massa de rocha viva como distinta da Petros , uma pedra ou um pedregulho isolada. "Muitas vezes, é alegado que Jesus falava em aramaico, onde apenas uma palavra, Kepha , poderia ser utilizada. Mas a possibilidade de que Jesus pode ter falado em grego, nesta ocasião, não se pode excluir totalmente.

    No outro lado do quadro deve-se notar as palavras de Paulo em Ef 2:20 - ". edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele próprio a pedra principal da esquina Cristo Jesus" Bengel cita outra passagem também em apoio Pedro como o rock. Ele escreve: "A Igreja de Cristo é, sem dúvida (Ap 21:14 ), construído sobre os apóstolos, na medida em que eles foram os primeiros crentes, eo resto foram adicionados por meio de seus trabalhos; em que importa uma certa prerrogativa especial foi notável no caso de Pedro, sem danos para a igualdade de autoridade apostólica; para ele primeiro convertido muitos judeus (At 2:1 - ". as portas do inferno" Sheol é o equivalente hebraico do grego Hades . Ambos significam o lugar da morte, ou dos espíritos. Eles não devem ser traduzida como "inferno" (KJV), que é a tradução correta de Geena -Local de tormento ou queima eterna.

    Gates, está nas Escrituras um símbolo de poder. O poder do inferno não prevalecerão contra, ou "ganhar uma vitória sobre," a Igreja de Jesus Cristo.

    O versículo 19 é também o desespero de muitos intérpretes. Em que sentido Pedro receber as chaves do reino dos céus? Parece melhor para explicar esta linguagem à luz do Livro de Atos. Em Pentecostes, Pedro usou as chaves para abrir a porta do reino dos céus para os judeus e prosélitos, e três mil entraram naquele dia. Um pouco mais tarde, ele usou as mesmas chaves para destrancar a porta do reino aos gentios na casa de Cornélio, e começou assim a missão para as nações. Robertson bem observa: "Todo pregador usa as chaves do reino, quando ele proclama os termos da salvação em Cristo."

    Jesus passou a dizer que tudo o que Pedro iria ligar na terra seria ligado no céu e tudo o que ele iria perder na terra que será desligado no céu. O pano de fundo desses termos é bem conhecida: "Em linguagem rabínica para ligar e perder é declarar determinadas acções proibidas ou permitidas. "

    Para dizer que este delegado a Pedro a autoridade para resolver o destino dos indivíduos é manifestamente absurdo. Um pouco mais tarde, Jesus fez esta mesma afirmação a todos os apóstolos (Mt 18:18 ). Mas foi pela primeira vez a Pedro. Alford torna este pedido: "É a ligação , o caso de Ananias e Safira pode servir como um exemplo eminente: da soltura . ... o homem coxo no belo portão do Templo "Na mesma linha Wesley escreve:" Nos termos de ligação e perdendo estão contidos todos os atos de disciplina que Pedro e seus irmãos realizada como apóstolos; e, sem dúvida, o que, portanto, realizado na terra, Deus confirmou no céu ".

    O parágrafo termina com a ordem de Jesus aos Seus discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo, isto é, o Messias. A razão para isto é óbvia. Tendo em vista a concepção popular de messias político, para divulgar messianidade de Jesus teria sido a arriscar precipitar uma revolução contra Roma. Este Cristo procurou evitar.

    d. Anunciada Paixão (16: 21-28)

    21 Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que ele deve ir a Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e que ao terceiro dia ressuscitou. 22 E Pedro, tomando-o, e começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha compaixão de ti, Senhor.: este deve nunca ser a ti 23 Mas ele virou-se e disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás; tu és uma pedra de tropeço para mim: para tu mindest não as coisas de Deus, mas as que são dos homens. 24 Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 25 Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa achá-la. 26 Para que dará o homem ser beneficiado, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida? 27 Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então ele irá retribuir a cada um segundo as suas obras. 28 Em verdade eu vos digo: Há alguns deles que estão aqui, que deve, em nenhum provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.

    Foi totalmente apropriado que o primeiro anúncio da paixão deve vir imediatamente após messianidade de Jesus tinha sido reconhecido. A confissão em Cesaréia de Filipe foi o evento central no ministério de Cristo. Isso é sugerido pela linguagem do versículo21 . A partir desse momento , Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era o verdadeiro objetivo de sua missão. O coração do Seu ministério terreno, bem como o seu clímax, seria a sua morte na cruz. Mas que seria seguido por Sua ressurreição. A história da paixão foi o tema central do ministério privado de Jesus aos Seus discípulos, e esse tema seria Seu maior interesse a partir de agora.

    A previsão aqui (v. Mt 16:21) é notavelmente específico. Ele estava subindo para Jerusalém, onde Ele iria sofrer muitas coisas nas mãos dos anciãos, dos principais sacerdotes e escribas -os três grupos que compunham o Grande Sinédrio-ia ser morto, e no terceiro dia ressuscitou. Essa previsão resume Paixão.

    Pedro em sua excitação parece ter tomado conta de Jesus. Ele começou a repreender, . ou "censura", seu Mestre Longe de ti é hileos soi ". Que Deus tenha misericórdia de ti", Ele continuou: "Isso deve de maneira nenhuma ser a Ti" (tradução literal).

    Jesus virou -provavelmente enfrentando Pedro-e disse: Para trás de mim, Satanás (v. Mt 16:23 ). Estas são as mesmas palavras que Ele falou para o diabo no final de Sua tentação no deserto (Mt 4:10 ). Pedro era, na verdade, Satanás? Certamente que não. Mas Jesus viu em suas palavras a mesma tentação que o diabo tinha apresentado a ele no início de sua carreira. Foi a sugestão de que ele tomar o caminho mais fácil, evitando o caminho do sofrimento. Cristo não podia entreter esses pensamentos por um único momento.Então, Ele repreendeu-palavras em Pedro-realmente de Pedro da maneira mais nítida.

    A palavra tropeço é skandalon (escândalo), o que significa o "bait-stick" ou "trigger de uma armadilha ou cilada", e também "a própria armadilha." Pedro estava, inconscientemente, definindo uma armadilha para os pés do seu mestre, e Cristo recusou-se a ser preso.

    O versículo 24 contém um dos provérbios mais importantes de Jesus (conforme Mt 10:38 ; Mc 8:34 ; Lc 9:23 ; Lc 14:27 ). O Mestre deve enfrentar a Cruz, e assim deve ser Seus discípulos.

    Três coisas que Cristo exigiu daquele que levaria o Seu caminho. Em primeiro lugar, ele deve negar a si mesmo. O primeiro passo em direção a Deus envolve abnegação, a renúncia de si mesmo. Todo mundo que entra no reino de Deus deve entrar pela porta da Humilhação. Ele deve humilhar-se e confessar seus pecados.

    A segunda coisa é exigido que ele deve tomar a sua cruz. Esta fala da morte para si mesmo, de ser crucificado com Cristo (Rm 6:6 ), de entrega total da própria vontade à vontade de Deus. Dietrich Bonhoeffer, que foi enforcado em 39 anos de idade em um campo de concentração nazista (09 de abril de 1945), escreveu estas palavras convincentes: "Assim como Cristo é Cristo somente em virtude de seu sofrimento e rejeição, de modo que o discípulo é um discípulo apenas na medida em que ele compartilha o sofrimento de seu Senhor e rejeição e crucificação. Discipulado significa adesão à pessoa de Jesus, e, portanto, submissão à lei de Cristo, que é a lei da cruz. "

    É surpreendente que os dois primeiros verbos, negar e tomar up estão no aoristo. Eles sugerem que as crises de conversão e de consagração. Mas o terceiro, siga-me, é no tempo presente (ação contínua), sugerindo uma tarefa ao longo da vida do seguimento de Cristo.

    O ditado no versículo 25 também é dado destaque nos Evangelhos (Mt 10:39 ; Mc 8:35 ; Lc 9:24 ; Lc 17:33 ; Jo 12:25 ). Para segurar a vida pela vantagem temporal é perdê-lo eternamente. Por outro lado, para perdê-lo no serviço amoroso a Deus e aos outros é encontrá-lo em uma vida mais ampla, tanto aqui e no futuro.

    O versículo 26 (conforme Mc 8:36) faz uma pergunta irrespondível: O que significa um ganho homem se ele deve obter o mundo inteiro, mas perder a sua vida ("perder a sua alma", KJV)? O substantivo aqui é psique . No ReiTiago 5ersion, é traduzida "vida" no versículo 25 , mas "alma" no versículo 26 . As versões revisadas de forma mais consistente traduzi-lo da mesma forma em ambos os versos. Na verdade psique é tão ambígua em grego como "alma" é em Inglês. Falamos de um navio que ia para baixo e tantos "almas" que está sendo perdido; isto é, tantas vidas. Em círculos religiosos que usamos "alma", com bastante uma conotação diferente, no sentido de que no homem que é imortal. É interessante notar que na ReiTiago 5ersion psique é traduzida como "alma" 58 vezes, "vida" 40 vezes, "mente" 3 vezes, e "coração" de uma vez. O significado exato em qualquer passagem deve ser determinado pelo contexto (conforme At 27:37 ). Aqui, parece referir-se a "vida" no seu maior significado, em relação ao tempo e eternidade.

    A declaração no versículo 28 é frequentemente visto como uma previsão da Transfiguração, que se segue imediatamente em Marcos (9: 1) e Lucas (Lc 9:27 ). Mas a possibilidade de alguns dos discípulos que morrem dentro de uma semana parece muito remota. Parece melhor para se referir no seu reino para a vinda do reino espiritual no dia de Pentecostes e, durante a era apostólica.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    Embora a lição-chave nesse capítu-lo seja a confissão de fé de Pedro, temos de examinar o capítulo todo a fim de captar o cenário de forma adequada. Cristo e os discípulos estiveram em "retiro", e ele prepa-rava-os para os acontecimentos — seu sofrimento e morte — que se aproximavam. A confissão de Pedro nesse ponto representa a culminân-cia dos meses de instrução. Desse momento em diante, Cristo fala-lhes abertamente a respeito de sua cru-cificação, e eles iniciam a viagem de volta a Jerusalém. Esse capítulo projeta quatro movimentos.

    1. Conflito: Cristo é tentado pelo inimigo (Mt 16:1-40)

    Observe como os fariseus e os sa- duceus, inimigos uns dos outros, unem-se para tentar Cristo. Herodes e Pilatos "se reconciliaram" pelo mesmo motivo (Lc 23:6-42). Eles, ao pedir-lhe "um sinal vindo do céu", desabonavam os milagres de Jesus que consideravam como sinal da terra (v. 1). Talvez eles quisessem que, do céu, viesse fogo, como fez Elias, ou pão, como fez Moisés. Je-sus descreve a condição espiritual deles: (1) eles conseguiam inter-pretar as coisas físicas e terrenas, mas não as espirituais; (2) eles eram maus por testar a Deus; e (3) eles eram adúlteros, pois abandonaram a verdade do Senhor pela religião vazia deles. Ao referir-se ao profe-ta Jonas, ele aponta para sua morte, sepultamento, ressurreição e para seu ministério aos gentios.

    1. Conclusão: a descrença dos discípulos (Mt 16:6-40)

    Aparentemente, os discípulos estão mais preocupados com as coisas físi-cas que com as espirituais, pois eles, enquanto Jesus descreve a condição dos fariseus, discutem por que esque-ceram de trazer o pão. E provável que tenham dado os sete cestos de pão que sobraram depois de alimentar 4 mil pessoas (Mt 15:37) aos pobres. Enquanto Jesus fala das coisas espiri-tuais — o fermento dos fariseus e dos saduceus —, os discípulos pensam apenas no pão físico. Isso é uma ilus-tração de Mt 13:22 — os cuida-dos deste mundo sufocam a semente da Palavra. Cristo repreende-os, pela "pequena fé", pois, se eles precisam de pão, será que não confiam nele para providenciá-lo? Ele acabara de alimentar 4 mil pessoas com apenas alguns pães e peixes! Lc 12:1 tam-bém chama o fermento dos fariseus de hipocrisia. O fermento da hipocri-sia corrompe a igreja.

    1. Confissão: Pedro confessa o Cristo (Mt 16:13-40)

    Como a multidão estava confusa a respeito de Cristo! Elas o tinham

    em alta estima já que o identifica-vam como um dos grandes profetas; no entanto, faltava-lhes percepção para vê-lo como o Filho do Deus vivo. Elas até o confundiam com João Batista, contudo não havia se-melhança no ministério dos dois (Mt 11:18-40). Todavia, ninguém pode confessar Cristo à parte da revelação do Pai (Mt 11:27 ss) e do testemunho do Espírito (1Co 12:3). Fazer a confissão correta de Cristo é importante para a salvação (1Jo 2:22-62; 1Jo 5:10).

    Há séculos, os versículos 1:8-19 são um campo de batalha a partir dos quais os romanistas afir-mam a missão do papa e o poder da igreja para dispensar graça; e os protestantes vêem algo totalmente diferente neles. Deixemos que a Bíblia fale por si mesma ao exami-narmos os símbolos que aparecem nesses versículos.

    1. A rocha é Jesus Cristo

    Cristo disse isso (Mt 21:42) ao refe-rir-se a Is 28:1 Is 28:6; o próprio Pedro disse isso (1Pe 2:4-60; At 4:11-44 paralelo a SI 118:22). Em 1 Corín- tios 10:4, Paulo chama Cristo de Ro-cha e de Cabeça da igreja (Ef 1:20-49; Ef 4:8-49 ao tentar desviar Cristo da cruz. É óbvio que Satanás usa Pedro como uma pedra de tropeço no caminho de obediência de Jesus. Satanás usa Pedro, de novo, ao tentar impedir a obra de Cristo (Lc 22:31 ss). Cris-to repreende Pedro e, a seguir, en-sina aos discípulos a importância da cruz na vida do crente. "Tomar a sua cruz" significa morrer para si mesmo, agüentar a repreensão de Cristo e crucificar o mundo e a carne quando o seguimos em obe-diência. Pedro aprendería que so-frimento e glória caminham juntos (1Pe 4:12-60; 1Pe 5:1,1Pe 5:10).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    16.1 Um sinal vindo do. céu. Uma prova milagrosa (conforme 12.38n).

    16.3 Sinais dos tempos. Os lideres religiosos leram estes sinais, tão bem como os não religiosos. Os sinais celestiais, porém, que apontavam para os acontecimentos do calendário da operação de Deus entre os homens, eles não o sabiam interpretar, mesmo com as numerosas profecias do AT.

    16.4 O de Jonas. A ressurreição de Jesus, figurada pelos três dias e as três noites que Jonas passou no ventre do grande peixe (12:39-41).

    16.5 Para o outro lado, Para os territórios de Filipe, provavelmente desembarcando em Betsaida, de onde foram caminhando para Cesaréia de Filipe, cidade situada no sopé do monte Hermom, cujo pico se localiza a c. 20 km mais para o norte.

    16.6 Fermento dos fariseus e dos saduceus. Em contraste com o fermento comparado ao desenvolvimento do Reino de Deus (13.33n). Fala-se aqui em hipocrisia e perversidade crescentes (12).

    16.13 Cesaréia de Filipe. Filipe, filho de Herodes, o Grande, seguiu o costume de dar o nome do imperador César a uma cidade de destaque, que antes era chamada Panéias, "santuário do deus Pan".

    16.14 Uns dizem. Registra-se, aqui, a opinião da gente comum que esperava tão ansiosamente as indicações de que Deus logo redimiria Seu povo.

    16.15 Mas vós. Os discípulos tinham recebido uma vocação especial de seguir a Cristo (4:18-22);- presenciaram milagres (8:14-27); fizeram uma viagem missionária (10:5-15); recebiam muita instrução em particular (Mt 13:0). Os estágios da revelação do Reino de Deus são: a transfiguração (17:1-8); a ressurreição de Cristo; o dia de Pentecostes; a destruição de Jerusalém; a segunda vinda com tudo a que se associa com ela; o fato de a transfiguração ser descrita logo em seguida sugere que o cumprimento desta profecia jaz parcialmente aí, embora não haja dúvidas de que este seja um início, um antegozo do futuro desenrolar, estágio após estágio, do estabelecimento do Reino de Deus (conforme Lc 9:27 n).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    O pedido de um sinal (16:1-4)

    V.comentário de Mc 8:11-41 e Mt 12:3842. A NEB, junto com os melhores manuscritos, omite os v. 2b,3; conforme Marcos; acerca deles, cf.Lc 12:54ss. Provavelmente o sinal do céu que eles pediram era a voz do céu (bat qol) que às vezes ocorria nas histórias rabínicas.

    A falta de pão dos discípulos (16:5-12)

    V.comentário de Mc 8:14-41. Os discípulos interpretaram literalmente as palavras de Jesus, porque tinham acabado de deixar o território judaico (15,39) e entrado numa região semigentílica (16.13; Mc 8:22), onde poderia ser difícil encontrar um padeiro judeu. Jesus aplicou o termo fermento (v. 6) ao ensino dos líderes religiosos porque, embora pouquíssimos galileus se sentissem atraídos por esse ensino (conforme At 15:10), eles estavam sendo ganhos subconscientemente, como o desdobramento religioso depois da destruição de Jerusalém mostraria.

    A confissão em Gesaréia de Filipe (16:13-20)

    V.comentário de Mc 8:27-41 (Lc 9:18-42) acerca dos v. 13 16:20. O fato de que Marcos e Lucas omitem o Filho do Deus vivo sugere que Jesus pronunciou a sua bênção sobre Pedro porque ele o tinha reconhecido como o Messias, e não porque ele tinha percebido a sua natureza divina. O reconhecimento precoce de Jesus como Messias (Jo 1:41,Jo 1:49) tinha sido um ato de entusiasmo; a confissão de Pedro expressou a convicção madura gerada pela revelação divina, v. 17. filho de Jonas (Yona), provavelmente, é uma abreviação incomum de Yochanan, i.e., João (Jo 21:15). v. 18. você é Pedro (petros), e sobre esta pedra (petra) edificarei a minha igreja'. Até que ficou demonstrado na última década do século XIX que normalmente Jesus deve ter ensinado em aramaico, a exegese protestante popular desse versículo contrastava petros, uma pedra, com petra, uma rocha, assim tentando descartar a idéia de que Pedro de alguma maneira deveria ser o fundamento da igreja. Já antes, quando a verdadeira natureza do grego koinê começou a se tornar conhecida, alguns estudiosos estavam insatisfeitos com o jogo de palavras, que se encaixava melhor com o grego clássico do que com o koinê. Uma vez que se compreendeu que o nome conferido era o termo aramaico Kepha (gr. kêphas, português Cefas), ficou claro que o suposto jogo de palavras tinha de ser abandonado, pois era impossível em aramaico. Que Cefas foi o nome dado, fica claro no uso que Paulo faz do nome ao citá-lo oito vezes e citar “Pedro” somente duas vezes (G1 2.7,8). Parece claro então que a formulação tão atacada da NEB (e de Phillips) é justificada: “Você é Pedro, a Rocha, e sobre esta rocha...”. Felizmente, a verdade ou falsidade das afirmações católicas-romanas acerca da autoridade do papado não deve ser decidida por meio da exposição de um jogo de palavras duvidoso. A não ser que, contra a clara sugestão do texto, retratemos Jesus como se voltando de Pedro para os outros, esta pedra não pode ser o próprio Pedro, mas é contrastada com ele, i.e., deve ser a confissão dele. A grandeza e liderança de Pedro podem ser vistas em At 1:15-2.14; 5.3,8,15; 8.14; 10.46,47. Por outro lado, Mt 18:1; Mt 19:27Mt 20:21; Lc 22:24; At 11:2; G1 2.11 etc. não mostram nenhum sinal de que Pedro ou os outros tinham alguma concepção de que uma primazia absoluta tinha sido conferida a ele. minha igreja (ekklêsia): A palavra usada por Jesus deve ter sido qahal (heb.), com freqüên-cia traduzida por ekklêsia na LXX. Ao tentar fixar o seu significado, precisamos nos afastar de conotações que os convertidos gentios de Paulo possam ter imposto ao termo. Qahal (heb.) ou kenishta (aramaico) eram termos usados para toda a congregação de Israel, i.e., Israel como um todo agindo como o povo de Deus; eram usados também com referência às unidades locais menores, que de maneira ideal representavam o todo. E o sentido mais amplo que é usado aqui, e o mais restrito em

    18.17. “Os poderes da morte” (RSV): Uma boa formulação de as portas do Hades. Não seriam os poderes satânicos, mas os da morte, que Jesus deveria derrotar na sua ressurreição. v. 19. as chaves do Reino dos céus: Isso deve ser compreendido à luz de Is 22:22; a autoridade para ligar ou desligar não é a de admissão ou exclusão, mas de decidir o que é e o que não é a vontade de Deus. Essa última promessa em 18.18 é estendida não somente aos outros discípulos, mas, por dedução, a todos os cristãos espirituais.

    A primeira predição da Paixão (16:21-23)

    V.comentário de Mc 8:31-41.

    O preço do discípulado (16:24-28)

    V.comentário de Mc 8:34-41). Ao lermos a observação meticulosa sobre Mc 9:1, devemos levar três pontos em consideração: (a) O ponto de vista moderno comum segundo o qual Jesus estava prevendo uma segunda vinda precoce está descartada, independentemente de se atribuir falibilidade a ele, em virtude de sua declaração enfática, não muito tempo depois, de sua ignorância acerca desse tema (24.36; Mc 13:32). (b) As interpretações que envolvem a transfiguração, a ressurreição e o derramamento do Espírito Santo tropeçam no fator tempo, pois nenhum de seus ouvintes tinha necessariamente morrido então, (c) A destruição de Jerusalém, embora satisfaça o fator tempo, não possui a aura de glória sugerida, conforme o choro de Jesus pela cidade. A única interpretação que parece fazer justiça a todos esses fatores não leva em consideração a predição de nenhum incidente; antes, prevê-se todo o período de abertura da existência da Igreja desde a ressurreição (a transfiguração era uma prefiguração da ressurreição). Esta, em diversas maneiras, chegou à sua conclusão na destruição de Jerusalém.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 16 versículo 28
    Mt 16:28-Jesus não cometeu um erro a respeito dos discípulos, ao dizer que o reino viria durante o período de suas vidas?


    PROBLEMA:
    Jesus disse a seus discípulos que alguns deles não veriam a morte até que o vissem vindo no seu reino. Contudo, durante a vida dos apóstolos, Jesus nunca retornou para estabelecer o seu reino.

    SOLUÇÃO: Essa é uma questão de quando o fato iria acontecer, não de que se iria acontecer ou não. Há três soluções possíveis. Alguns sugeriram que essa poderia ser uma referência ao dia de Pentecostes, quando o Consolador de Cristo, o Espírito Santo, descesse sobre os apóstolos. No Evangelho de João (Jo 14:26), Jesus promete enviar o Espírito Santo e, no início de Atos (At 1:4-8), ele os conclama a não deixarem Jerusalém até que recebam o Espírito Santo. Mas isso dificilmente se enquadra com a descrição de ver Cristo vindo em seu reino (Mt 16:28).

    Outros crêem que isso poderia ser uma referência à destruição de Jerusalém e do templo, o que ocorreu no ano 70 a.D. Isso significaria que Ele voltaria para trazer juízo sobre a cidade que o rejeitara e que o crucificara. Embora essa seja uma explicação possível, ela parece não levar em conta o fato de que a volta de Jesus é para os crentes (os "que aqui se encontram"), não simplesmente uma volta em juízo sobre os incrédulos. Nem ainda o juízo sobre Jerusalém no ano 70 a.D. corresponde adequadamente à expressão "até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino" (v. Mt 16:28), que é uma frase que tem algo que ver com a sua segunda vinda (conforme Mt 26:64). Também não explica por que Jesus não apareceu no ano 70.
    Uma terceira e mais plausível explicação é que essa é uma referência à aparição de Cristo em sua glória no Monte da Transfiguração, cujo relato começa precisamente no versículo seguinte (Mt 17:1). Nessa passagem Cristo aparece literalmente numa forma glorificada, e alguns dos seus apóstolos lá estão para testemunhar o que aconteceu, a saber, Pedro, Tiago e João. Essa experiência da transfiguração certamente foi apenas um antegozo da sua segunda vinda, quando todos os crentes o verão, vindo em poder e grande glória (conforme At 1:11; Ap 1:7).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 21 até o 28
    XX. PRIMEIRO AVISO DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO Mt 16:21-40; Lc 9:22-42. Desde então (21). A fé dos discípulos, que a confissão de Pedro evidenciou, tinha chegado ao ponto de justificar o prenúncio dos sofrimentos de Cristo. Desde este momento, o ministério do Senhor assume outro caráter, enquanto Ele procura preparar seus discípulos a aceitar o fato que Ele tinha que sofrer, mesmo contra as expectativas deles. Anciãos (21). Os chefes religiosos. É provável que se refira aos membros do Sinédrio. O terceiro dia (21). Os três dias eram sexta-feira, sábado e domingo, contando-se os dias conforme o uso dos judeus. De modo nenhum te acontecerá isso (22). A reação imediata de Pedro ao novo ensino do Senhor mostra que eles estavam longe de compreender o significado do sofrimento do Mestre. Satanás (23). O Senhor reconheceu nas palavras de Pedro uma repetição das tentações que sofreu no deserto, cujo fim era evitar a cruz. Escândalo (23). Armadilha ou cilada. Compreendes (23) -gr. phroneis. É difícil traduzir esta palavra, que ocorre também em Rm 8:5 e Fp 2:5. Significa adotar uma atitude sobre a qual se baseia a vida e as ações. Os vers. 24 e 25, confronte-os com Mt 10:38-40. Renuncie-se a si mesmo (24). Renunciar as imposições da própria vontade. Tome sobre si (24). O original quer dizer "levantar". A palavra é mais forte do que é usada em Mt 10:38 e implica que a cruz deve ser levantada para que todos possam vê-la. Sua alma (26) -gr. ten psychen autou, a mesma palavra que é traduzida "vida" no verso anterior. Perder a alma ou a vida significa perecer. Ver nota sobre Mt 6:25 e Mt 10:39. Então dará a cada um segundo as suas obras (27). As palavras são tiradas dos LXX do Sl 62:12 e Pv 24:12, substituindo-se kata ten praxin por kata ta erga. Esta mudança dá ênfase à direção da vida, mais do que aos atos individuais. Este grande princípio fundamental do Velho Testamento torna-se mais explícito pelo Senhor, ao esclarecer que terá cumprimento na Sua volta. O conteúdo de ambos estes trechos do Velho Testamento é significativo, levando-nos o de Provérbios a examinar os nossos corações.

    >Mt 16:28

    O vers. 28 tem causado dificuldades. Talvez possa referir-se a qualquer das seguintes manifestações do reino de Cristo, principalmente a Transfiguração (que já ocorrera. Cfr. 2Pe 1:16, onde o apóstolo Pedro afirma ter presenciado a vinda de Cristo), o dia de Pentecostes ou a destruição de Jerusalém.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28

    88 O cego que nunca verá (Mateus 16:1-4)

    E os fariseus e saduceus, e testando Ele pediu a Ele para mostrar-lhes um sinal do céu. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Ao cair da tarde, você diz:" Vai ser bom tempo, porque o céu está rubro. E pela manhã, "Haverá uma tempestade de hoje, porque o céu está de um vermelho sombrio." Você sabe como discernir o aspecto do céu, mas não pode discernir os sinais dos tempos Uma geração má e adúltera pede um sinal,? E um sinal não será dado, senão o sinal de Jonas ". E Ele os deixou, e foi embora. (16: 1-4)

    Boa visão é uma bênção maravilhosa, e, a fim de ver melhor, os americanos gastam cerca de cinco mil milhões de dólares por ano em cuidados com os olhos. Cerca de sete por cento da população é considerado legalmente cego. Em muitas partes do mundo, é claro, a percentagem de pessoas cegas é muito maior.
    É ainda mais significativo que, desde a queda de Adão, cada pessoa na Terra nasceu cego espiritualmente. Eles se dividem em duas categorias: os que nunca vai ver e conhecer a Deus e aqueles que, pela graça de Deus e da iluminação do Espírito Santo, estão habilitados para ver e ter comunhão íntima com Ele. O fator decisivo é a forma como uma pessoa está relacionada com Jesus Cristo. A pessoa que rejeita o Salvador permanece para sempre cego; a pessoa que confessa como Senhor é dada a visão espiritual, bem como a vida espiritual. Infelizmente, os homens não universalmente têm o desejo de visão espiritual que eles fazem para física. A grande maioria não sabem que são espiritualmente cegos e não se importam. Mesmo quando ofereceu vista, muitos se recusam-lo.

    Jesus "foi a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Ele estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, eo mundo não o conheceu. Ele veio para os Seus, e os que estavam a Sua seus não o receberam "(João 1:9-11). Paulo declara que, embora "desde a criação do mundo os atributos invisíveis [de Deus], ​​o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que foi feito," a humanidade rebelde "não glorificaram como Deus, nem dai graças, mas eles tornaram-se fúteis em suas especulações, eo seu coração insensato se obscureceu "(Rom 1: 20-21.).Mesmo com a evidência de Deus claramente diante deles, os homens não regenerados se recusam a vê-Lo. Seus olhos rejeitar a evidência porque seus corações rejeitar Aquele que dá-lo.

    "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus", explica Paulo; "Porque lhe são loucura, e ele não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2:14). Homens não resgatados são "obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza do seu coração" (Ef 4:18).

    Os escritores do Antigo Testamento também testemunhou a cegueira espiritual naturais dos homens. Os ímpios "não sei nem entendem", escreveu o salmista; "Andam sobre na escuridão" (Sl 82:5). Nós aprendemos de Provérbios que "o caminho dos ímpios é como a escuridão; eles não sabem sobre o que eles tropeçam" (Pv 4:19).. Por causa do seu pecado e rebeldia, Jeremias descreveu a nação escolhida por Deus de Israel como "povo louco e insensato, que não têm olhos, mas não vêem; que têm ouvidos, mas não ouvem" (Jr 5:21). Micah descrito inimigos pagãos de Israel como aqueles que "não sabem os pensamentos do Senhor, e eles não entendem seu propósito" (Mq 4:12).

    Três coisas contribuem para marcar a cegueira espiritual. O primeiro é o pecado. Quando o próprio Filho de Deus veio à terra como a luz do mundo, "os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" (Jo 3:19). O segundo contribuinte para a cegueira espiritual é Satanás. Como "o deus deste mundo [ele] cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2Co 4:4).

    Através das sete parábolas de Mateus 13 Jesus descreve as características da idade entre Sua rejeição e sua vinda novamente para estabelecer o Seu reino milenar. Essas parábolas apresentam "os mistérios do reino," verdades não reveladas no Antigo Testamento, mas dado apenas àqueles que durante esta idade confiança em Jesus Cristo para a salvação (13:11). O objetivo singular dessas parábolas particulares era ensinar que o tempo de mistério, que já dura cerca de 2000 anos, é um momento de tanto crença e da descrença, de receber e de rejeitar.

    Após as sete parábolas, Jesus apresentou oito ilustrações (13 53:40-16:12'>Mat. 13 53:16-12), seis dos quais se concentrar em sua rejeição e dois em sua aceitação. História verifica que a rejeição de Jesus tem sido muito maior do que a recepção dele, assim como aquelas parábolas e ilustrações indicam.

    Os relatos evangélicos deixar claro que, começando com o ministério de João Batista, a rejeição mais vocal e determinado de Cristo e Seu evangelho foi pelos líderes religiosos judeus, especialmente os influentes e poderosos fariseus e saduceus .

    Os acontecimentos de Mateus 16 começou logo após o Senhor atravessou o Mar da Galileia da área de Gentil da Decápole, onde teve alimentou milagrosamente "quatro mil homens, além de mulheres e crianças", e veio para o judeu "região de Magadan", na da costa ocidental (Mat. 15: 32-39). A localização exata de Magadan, que Marcos se refere como Dalmanutha (8:10), é desconhecida, mas os adversários de Jesus vieram lá assim que souberam que ele havia chegado.

    Em 16: 1-4, Mateus registra convite final de Jesus para aqueles líderes religiosos; e pela sua persistente rejeição de Deus, eles se confirmaram como entre os cegos espiritualmente que firmemente se recusar a ver. Nesta breve passagem vemos quatro características daqueles cuja cegueira espiritual nunca vai acabar: eles procuram escuridão, eles amaldiçoar a luz, eles regredir ainda mais fundo na escuridão, e, finalmente, eles são abandonados por Deus.

    Eles buscam Escuridão

    A primeira característica é visto no fato de que os fariseus e saduceus veio para Jesus juntos. Embora eles normalmente criticado e menosprezado o outro, os dois grupos religiosos encontrados causa comum em sua oposição a Jesus. Eles estavam unidos pelo amor de escuridão espiritual.

    Para a maior parte, os saduceus eram aristocrático, e que tradicionalmente se gabou os sumos sacerdotes e chefes dos sacerdotes entre os seus números. Muitos deles fizeram fortunas que operam as concessões Templo lucrativas de dinheiro mudando e venda de animais para o sacrifício. Os fariseus , por outro lado, eram geralmente da classe trabalhadora, e muitos deles, como Paulo (At 18:3; Mt 21:15; 23: 2-36; Mc 2:16; Mc 3:6; Lc 16:14; Jo 7:32; 9: 40-41).

    Os fariseus eram os mais conservadores e fundamental, mas que acontece tradição rabínica de igual autoridade com as Escrituras (ver Mt 15:2). Eles estavam fortemente separatista, continuando a proteção zeloso do Judaísmo da influência Gentil que começou vários séculos antes pelo hassídicos em sua resistência às campanhas helenização de Antíoco Epifânio.

    Os saduceus , por outro lado, não se importa com a tradição rabínica e não tinha escrúpulos em fazer concessões religiosas, culturais ou políticos. Seu princípio cardeal era conveniência. Embora eles alegaram acreditar Escritura, suas interpretações eram tão espiritualizada que todos significado importante foi perdido. Eles foram completamente liberal e materialista, não acreditar em anjos, a imortalidade da ressurreição dos mortos, ou qualquer outra coisa sobrenatural.

    Uma vez, quando Paulo foi levado perante o Sinédrio, ele aproveitou as grandes diferenças doutrinárias entre os dois grupos, identificando-se como um fariseu e afirmando sua crença na ressurreição. Quando ele fez isso, "houve dissensão entre os fariseus e saduceus; ea multidão se dividiu Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito;.. Mas os fariseus reconhecem-los todos E se levantou um grande alvoroço, e alguns dos escribas do partido dos fariseus se levantaram e começaram a discutir acalorAdãoente dizendo: 'Nós não encontrar nada de errado com este homem; suponha que um espírito ou anjo lhe falou?' "(At 23:6).

    Utilização de Mateus de um único artigo ( a ) sugere que os fariseus eram o grupo principal, com saduceus intercalados entre eles; e de Mc 8:11 aprendemos que os fariseus tomaram a iniciativa de confrontar Jesus. Essas "guias cegos" (Mt 15:14) contou com o apoio de homens que, se alguma coisa, eram mais cegos espiritualmente do que eles mesmos. Em vez de vir a Jesus para a visão espiritual, eles confirmaram o seu amor de cegueira, fazendo aliança com outros homens ímpios contra ele. Os ritualistas e os racionalistas juntou forças com base no desprezo mútuo para Jesus. Esse é sempre o caminho daqueles que estão voluntariamente, pecaminosamente cego. Sua confiança comum é em si mesmos e em suas próprias boas obras, e, portanto, seu inimigo comum é Deus e Sua graça soberana.

    Eles Maldição da Luz

    A segunda característica do deliberAdãoente cego é o outro lado do primeiro: eles amaldiçoar a luz. A pessoa que se contenta em sua cegueira espiritual não tem utilidade para a luz espiritual, porque ele se intromete em sua escuridão e expõe o seu pecado. "E este é o julgamento", disse Jesus, "que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz,. Para suas obras eram más Pois todo o que faz o mal odeia a luz e não vem . para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus "(João 3:19-21). Os fariseus e saduceus não veio para Jesus, na esperança de encontrar a verdade por si mesmos, mas na esperança de encontrar falsidade nEle. Portanto, tentando-o , eles perguntaram-Lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu .

    Eles não esperavam Jesus para executar tal um sinal , e se Ele lhes havia dado um, a incredulidade deles teria ficado tão forte. Eles já tinham visto sinal após sinal, a natureza milagrosa de que era irrefutável.Eles não negou Seu poder sobrenatural, mas recusou-se a reconhecê-lo como sendo de Deus, tendo mesmo acusaram de trabalho como um agente de Satanás (Mt 12:24).

    Superstição judaica Popular declarou que demônios poderia realizar terrena milagres, mas que só Deus poderia realizar os celestes. Do céu indica o desejo de ver um milagroso sinal no céu. Os fariseus e saduceus exigiu um milagre eles pensavam que era além de Jesus, na esperança de provar que o seu poder, e, portanto, a Sua mensagem, não eram divinos. Ele seria desacreditado publicamente, e eles seria justificado.

    Em sua cegueira, não podia ver que o próprio Jesus era um sinal do céu . Nem podiam ver que eles próprios estavam ajudando a cumprir esse sinal. Como o Simeon piedosa segurou o menino Jesus em seus braços, ele profetizou: "Eis que este é nomeado para queda e elevação de muitos em Israel, e para ser sinal de contradição" (Lc 2:34). Porque os líderes religiosos incrédulos se recusou a reconhecer supremo sinal de Deus, seu único Filho, não podiam aceitar Seus sinais menores, apesar da evidência que eles viram com seus próprios olhos. A visão física é de nenhuma ajuda à cegueira espiritual, e tinha aqueles líderes visto mais uma centena de milagres cem vezes mais dramático, eles simplesmente foram levados a mais profunda escuridão, como sua rejeição ao milagre da ressurreição de Jesus provou.Como disse Abraão dos irmãos na história do homem rico e Lázaro: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir que ressuscite alguém dentre os mortos" (Lc 16:31). Como Faraó antes de Moisés, mais eles viram o poder de Deus demonstrado, mais eles endureceram o coração contra Ele (Ex. 7-11). Sinais celestiais viria no futuro (Matt. 24: 29-30; Lc 21:11, Lc 21:25; At 2:19; Ap 15:1). Eles foram "guias cegos" (Mt 15:14). Em Mateus 23, Jesus rotulou-os guias cegos (16 vv.,
    24) e os tolos cegos (v. 17).

    A sociedade moderna também tem muitas pessoas com grande perspicácia e discernimento sobre as coisas do mundo, mas que não têm a compreensão das coisas de Deus. Os especialistas são capazes de prever se o mercado de ações vai para cima ou para baixo, se o ouro e prata se tornará mais ou menos valiosas, e se o dólar vai ficar mais forte ou mais fraco. Outros podem prever a direção das taxas de juro, modas, o mercado imobiliário e de importação rácios / exportação. Outros podem prever tendências na educação, sociologia, da moralidade e do governo. Mas nossa sociedade é curto de quem sabe o que o plano de Deus para o mundo é e que ainda é a "última vez", o tempo do Messias. O que significa ser um cidadão do Seu reino lhes escapa.

    Em resposta à pergunta dos discípulos sobre "o sinal da [sua] vinda e do fim dos tempos", Jesus disse: "Você vai ser ouvido de guerras e rumores de guerras; ... se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e em vários lugares haverá fomes e terremotos .... E surgirão muitos falsos profetas se levantarão, e enganarão a muitos E porque a ilegalidade é aumentada, o amor da maioria das pessoas se esfriará "(Mt 24:3.). O apóstolo explicou a Timóteo que "o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios" (1Tm 4:1; 3: 3-4).

    Ezequiel previu que no fim dos tempos, Deus restauraria o seu povo escolhido para a terra que Ele lhes havia prometido (Ez. 34: 11-31); e em nossa atual geração que prometem começou a ser cumprida com o restabelecimento do estado de Israel. O mesmo profeta escreveu de uma potência inimiga do norte que atacaria Israel (Ez 38.); e grande militar da Rússia pode, geografia, ateísmo, e anti-semitismo fazer essa nação uma perspectiva privilegiada por ser esse poder hostil.

    Escritura também declara que o fim dos tempos será caracterizado por uma grande preocupação para a unidade do mundo, o governo do mundo, a economia mundial e religião do mundo (ver Dan 2;. 7; Ap 13; 17-18). O mundo está à procura de estabilidade e segurança e está maduro para o papel unificador de um líder mundial que pode parar guerras e pôr fim à política, econômica e social chaos-o papel que um dia será preenchido pelo anticristo.

    Todos esses sinais que marcam o fim dos tempos são característicos do nosso dia. Não pode haver dúvida de que vivemos perto do fim dos tempos, bem como a preocupação dos crentes deve ser para o que a Bíblia diz e não para o que os homens dizem e para o que Deus está fazendo em vez de para o que os homens estão fazendo.

    Eles Regress mais no pecado

    Uma terceira característica dos cegos espiritualmente que nunca vai ver é que eles continuam a regredir mais e mais fundo na escuridão. Eles se tornam mais e mais endurecido e cego, e as mesmas coisas que eles supõem torná-los mais agradáveis ​​a Deus levá-los mais longe Dele.

    Jesus sabia que o verdadeiro motivo dos fariseus e saduceus foi apanhá-lo, para não ser convencido de sua messianidade. Ele também sabia que um outro sinal, não importa o quão surpreendente, não iria convencê-los sobre o que eles estavam determinados a rejeitar. Foi por esta razão Ele falou-lhes em parábolas, como indicado em 13 13:40-13:15'>Mateus 13:13-15. Ele não capitular diante de sua demanda hipócrita e perverso. "Uma geração má e adúltera pede um sinal," Disse-lhes, "e um sinal não será dado, senão o sinal do profeta Jonas."

    O sinal de Jonas foi o último sinal que Jesus deu ao mundo, o sinal de Sua vitória sobre o pecado, a morte, e Satanás através da Sua ressurreição. Como tinha dito a um grupo de escribas e fariseus em ocasião anterior, "Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim será o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da . a terra Os homens de Nínive se levantarão com esta geração no julgamento, ea condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas; e eis que algo maior do que Jonas está aqui "(Mat. 12: 39-41; para mais explicações, ver o volume comentário do autor Mateus 8:15 ).

    Esse sinal , também, seria rejeitado pelos líderes religiosos judeus. Quando ouviram da ressurreição de Jesus, eles subornaram os soldados que guardavam seu túmulo para dizer que seu corpo foi roubado por seus discípulos (Mat. 28: 11-15).

    Eles são abandonados por Deus

    A quarta característica daqueles que persistem em seu amor de escuridão e rejeição da luz é que eles estão finalmente abandonado por Deus, entregue por Ele para suas concupiscências, impurezas, paixões infames, e mentes depravadas (Rm 1:24, Rm 1:26 , Rm 1:28). Aquilo que é cegueira voluntária, pecador e satânico se torna cegueira soberana de Deus.

    Porque os fariseus e saduceus incrédulos não teria como Senhor e Salvador, Jesus os deixou e foi embora. Kataleipō ( esquerda ) significa deixar para trás, e que muitas vezes levou a idéia de abandonar ou abandono (ver 2Pe 2:15) .

    Esse evento marcou uma importante transição no ministério de Jesus. Doravante, o Senhor passou a maior parte de seu tempo com Seus discípulos e pouco tempo com as multidões ou líderes religiosos. Ele virou-se para longe daqueles que rejeitaram e focou sua atenção na Sua própria. Ele não deu mais argumentos ou sinais para os incrédulos, única verdade adicional para aqueles que acreditavam.

    89. O cego que nasceu para enxergar (Mateus 16:5-12)

    E os discípulos aproximaram-se do outro lado e se esqueceram de levar pão. E Jesus disse-lhes: "Cuidado com e-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus." E eles começaram a discutir entre si, dizendo: "É porque nós não tomou o pão." Mas Jesus, ciente disso, disse: "Vocês, homens de pouca fé, por que discutir entre vós que você não tem pão? Você ainda não entender ou lembrar os cinco pães para os cinco mil, e de quantos cestos levantastes ? Nem dos sete pães para os quatro mil, e de quantos cestos grande você pegou? Como é que você não entende que eu não falar com você a respeito do pão? Mas cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus. " Em seguida, eles entenderam que Ele não disse para ter cuidado com o fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus. (16: 5-12)

    Quando ele era um estudante universitário, Thomas Steward acidentalmente espetou-se no olho com uma faca, causando cegueira permanente em que o olho. Temendo que o olho bom pode ser afectado, o médico recomendou a remoção do olho danificado. Como Tomé estava se recuperando da anestesia, no entanto, descobriu-se que o cirurgião tinha removido o olho errado, mergulhando assim o jovem em cegueira total.
    Sem temer a tragédia, Tomé determinado a continuar seus estudos de Direito na Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Ele concluiu o curso no topo da sua classe, e seu irmão William foi o segundo. Durante quatro anos, William não só tinha prosseguiu os seus próprios estudos de direito, mas agiu como olhos de seu irmão, acompanhando-o às aulas, lendo o material atribuído a ele, e escrevendo suas provas e trabalhos. Compreensivelmente, a gratidão de Tomé ao seu irmão não tinha limites, pois sem essa ajuda, o seu próprio grau e carreira em direito teria sido impossível.
    Muito pior do que a cegueira física é a realidade que cada pessoa tenha sido atingida com cegueira espiritual por causa do pecado, e sem a ajuda de Deus através da obra de Seu Filho, Jesus Cristo, a vida espiritual e da vista para sempre impossível.
    O famoso filósofo Inglês do século XVII, Tomé Hobbes estava totalmente sem Deus e anti-cristã. Quando ele estava prestes a morrer, é dito que ele declarou alto: "Eu estou prestes a dar um salto no escuro." A verdade era que ele tinha sido profundamente na escuridão toda a sua vida.
    O filósofo francês Voltaire abertamente ridicularizado Deus e foi especialmente antagônica contra o cristianismo. Quando sentiu que estava perto da morte, ele foi tomado pela dor e desespero. Mas em vez de pedir aos seus amigos crentes para levá-lo a Cristo, ele se ajuntaram e lhes disse amargamente, "Begone! Vá embora! É você que me trouxe a minha condição presente. Deixe-me, eu digo. Begone! O que um miserável glória é essa que você produziu para mim. " Ter algo de uma mudança de mentalidade, mais tarde ele esperava para aliviar sua angústia por fazer uma retratação por escrito da sua incredulidade. Por dois meses, ele alternava entre protestando contra Deus e invocando o nome de Cristo. Mas seu coração estava muito tempo endurecido e havia se tornado impermeável ao amor e à luz de Deus. Entre as suas últimas palavras foram: "eu vou morrer abandonado por Deus e do homem."

    Não é à toa que Jesus frequentemente referido como o inferno "trevas exteriores" (Mt 8:12;. Mt 22:13; Mt 25:30), porque é a perpetuação da escuridão espiritual que o homem descrente se recusa a abandonar, enquanto ele é na terra. Mateus 16:1-4 imagens pessoas espiritualmente cegos que nunca vai ver, exemplificados pelos fariseus e saduceus incrédulos que se recusaram a receber a luz ea vida que Jesus oferece.

    Em contraste, versículos 5:12 dar uma imagem dos cegos espiritualmente que, pela graça soberana de Deus, são feitas para ver. As quatro características dessas pessoas são os lados inversas das características do cego, que nunca vai ver: eles procuram a luz, amaldiçoar a escuridão, receber ainda mais luz, e são ministradas pelo Senhor.

    Eles buscam a Luz

    Os discípulos estavam em uma encruzilhada, como eles decidiram se ou não para segurar o sistema em que foram criados e se identificam com os fariseus e saduceus, que haviam sido treinados para respeitar e honrar. Os fariseus eram os intérpretes reconhecidas da lei e as tradições judaica, e os saduceus eram a aristocracia religiosa, que habitualmente incluído o sumo sacerdote e os principais sacerdotes.

    Mas os Doze não hesitou em seguir Jesus, e quando Ele cruzou de volta para o lado Gentil leste do Mar da Galiléia, que veio para o outro lado com Ele. Eles realmente procurou a luz de Deus, e eles sabiam que Jesus era mesmo essa luz. Por meio de Jeremias, o Senhor tinha prometido: "Você vai buscar-me e encontrar-me, quando me procurarem de todo o coração E eu vou ser encontrado por você." (13 24:29-14'>Jer. 29: 13-14). Os discípulos tinham buscando corações, e Deus honrou sua promessa de levá-los a Si mesmo.

    Enquanto ele estava ensinando no templo um dia, Jesus declarou aos discípulos, juntamente com os escribas e fariseus incrédulos, "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida "(Jo 8:12). Os discípulos acreditaram que a verdade, e eles sabiam que, como a luz de Deus, Ele não só era para ser visto, mas seguido. Eles sabiam que o Messias viria "como uma luz para as nações" (Is 42:6).

    Mas os verdadeiros crentes sabiam que jamais seria capaz de ter visão espiritual para além da obra da graça de Deus em seu nome através de Jesus Cristo. Alguns deles talvez orou com o salmista: "Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei .... Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus estatutos, ... Inclina o meu coração para os teus testemunhos ,. .. As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento, para que aprendesse os teus mandamentos "(Sl 119:18, Sl 119:36, Sl 119:73.).

    Eles maldiga a escuridão

    Porque eles procuraram a luz de Deus, os verdadeiros discípulos também, com efeito, amaldiçoado trevas de Satanás. Eles tinham corações famintos por luz e da verdade de Deus e eram alunos ansiosos.Eles viraram as costas para os fariseus e saduceus, que levaram seus seguidores na escuridão cada vez mais fundo e fez-lhes ainda mais perverso do que eles mesmos (ver Mt 23:15) deliberAdãoente cegos e corruptos. Quando Jesus perguntou: "os doze:" Você não quer ir embora também, não é? ' Simão Pedro respondeu-lhe: "Senhor, para quem iremos nós Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus"?. "(João 6:67-69).

    Eles eram tão naturalmente cego como os fariseus e saduceus, mas ao contrário dos líderes religiosos incrédulos, os Doze reconheceram a sua cegueira e foi ter com Jesus para a ajuda.

    Eles recebem ainda maiores Luz

    Assim que os discípulos chegaram ao outro lado com Jesus, eles perceberam que haviam esquecido de levar pão com eles. Eles haviam deixado às pressas após o confronto com os fariseus e saduceus (vv. 1-4), e no nordeste pouco povoada lado do mar da Galiléia eram possivelmente muitos quilômetros de um lugar onde pudessem comprar comida. Marcos relata que eles "não têm mais do que um pão no barco com eles" (Mc 8:14), longe de ser suficiente para alimentar treze homens ainda uma refeição.

    Apesar de o ensino de Jesus divino, Seu exemplo perfeito, e Seus grandes milagres, os discípulos ainda pensava e funcionava principalmente no nível físico. Quando eles se tornaram fome depois de remar para o outro lado do lago, seus pensamentos não se virou para prestação de Jesus, mas a sua própria falta. Assim como Ele fez com frequência, o Senhor tirou sua extremidade como uma oportunidade divina para ensinar Sua verdade.
    Isso é um exemplo adequado de como os cristãos devem discipular outros cristãos, caminhando ao lado deles e ajudá-los a interpretar da vida lutas, perplexidades, problemas e oportunidades na luz da verdade e recursos espiritual. A maturidade cristã é aprender a viver dia a dia com a luz da Palavra de Deus e em Sua disposição.
    Sabendo dos discípulos preocupação com a falta de comida, Jesus disse-lhes: "Cuidado com e-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus." O imperativo atente é de horaō , que tem o significado básico de ver claramente ou tomar aviso de. "Abra os olhos", Jesus estava dizendo, "e prestar muita atenção para o fermento dos fariseus e dos saduceus . Não fique preocupado com pão, mas sobre o que é verdadeiramente importante. Na situação actual, o que é importante é o perigo espiritual dos fariseus e dos saduceus . "

    Cristo tinha apenas meses a partir da cruz, e Ele tinha muito mais a ensinar os discípulos e eles tinham muito mais a aprender. Um dia sem comida era de nenhuma conseqüência. Mas, como os crentes de todas as épocas, os discípulos foram apanhados no físico e temporal. Sua visão espiritual era limitado, e sua capacidade de atenção espiritual era curto.
    Porque os pensamentos dos discípulos estavam em alimento físico eles perderam o aviso espiritual, de modo que quando Jesus mencionou fermento eles começaram a discutir entre si, dizendo: "É porque nós não tomou o pão." Talvez eles pensaram que Jesus estava preocupado que eles poderiam comprar um pouco de pão para comer, que foi cozido por um fariseu ou vendidos por um Sadducee e que seria, portanto, de alguma forma, se contaminem. Mas essas coisas eram de nenhuma conseqüência para Jesus, como os Doze deveria saber do que ele disse várias vezes e fez. Apenas uma pequena planície tempo antes, tinha feito que "não é o que entra pela boca [que] contamina o homem" (Mt 15:11). Jesus não era o menos preocupado se o pão terreno comiam veio de um fariseu ou saduceu, judeu ou gentio. Essas questões têm nenhuma influência sobre a espiritualidade e piedade e não estavam em sua mente quando ele falou que a advertência.

    Os discípulos estavam confusos sobre o que Jesus queria dizer, porque sua orientação terrestre era uma grande barreira para a visão espiritual. Sua resposta revelou novamente o quanto eles precisavam de ajuda divina na compreensão, o que levou o Senhor a dizer-lhes o que Ele havia dito inúmeras vezes antes: "Vocês, homens de pouca fé" (conforme Mt 6:30; Mt 8:26; Mt 14:31), e os quatro mil em território gentio, onde permaneceu sete cestos (ver Mat. 15: 32-39). Você já esqueceu aquelas ocasiões tão cedo? "

    Quando os crentes vivem no nível de confiança espiritual e obediência, Deus faz provisão para suas necessidades físicas. No Sermão da Montanha, Jesus advertiu: "Não fique ansioso então, dizendo: Que comeremos? ou "O que vamos beber? ' ou "Com o que devemos nos vestir? ' Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos ele acrescentadas "(Mt 6:31-33.).. "Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer," Paulo assegurou o Corinthians ", também dará e multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça" (2Co 9:10).

    O Doze necessário para atender ao conselho Paulo um dia iria dar a igreja em Filipos: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é certo, o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há é qualquer excelência e se alguma coisa digna de louvor, deixe sua mente me debruçar sobre essas coisas ", (Fp 4:8). E a sua hipocrisia permeado negativamente toda a cena religiosa em Israel.

    fermento dos ... saduceus , por outro lado, foi o liberalismo religioso. Para eles, a religião era principalmente um meio de terrenos, extremidades temporais. Eles não acreditam em anjos, milagres, ressurreição, vida após a morte, ou qualquer outra coisa sobrenatural (ver At 23:8). A igreja de Colossos, por outro lado, foi ameaçado pelo racionalismo religioso e do liberalismo. Para aqueles crentes Paulo escreveu: "Vede que ninguém vos faça presa por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Cl 2:8). Um pouco mais tarde ele disse aos seus discípulos: "Eu tenho muito mais coisas para dizer para você, mas você não pode suportar agora Mas quando Ele, o Espírito da verdade vier, Ele vos guiará a toda a verdade;. Porque ele não fala por sua própria iniciativa, mas o que Ele ouve, Ele falará, e Ele vai revelar a você o que está por vir Ele me glorificará.. pois Ele tomará do meu, e divulgá-las a todas as coisas que o Pai tem é meu; por isso eu disse, que Ele toma da Mine, e vai divulgá-la a você (João 16:12-15).

    Não é só o crente dada a própria Palavra de Deus para estudar e acreditar, mas é dado o seu Espírito que habita a iluminar e interpretar a Palavra. Uma parte vital do presente ministério do Espírito Santo é elucidar a Palavra de Deus e aplicá-lo para os corações e as vidas daqueles que pertencem a Cristo. João assegurou aos seus leitores cristãos, "Você tem uma unção da parte do Santo, e todos vocês sabem .... E quanto a vós, a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine , mas como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é uma mentira, e assim como ela vos ensinou, você permanecer nele "(1Jo 2:20, 1Jo 2:27).

    Paulo declarou aos crentes de Corinto: "Minha mensagem e minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, que a sua fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (1 Cor. 2: 4-5). Escrita como apóstolo de Deus, a palavra de Paulo era a Palavra de Deus, e não a sabedoria humana, mas divina. "Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras", ele explicou aos Tessalonicenses ", mas também em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção" (1Ts 1:5) A maioria das pessoas que ouviram Jesus ensinar e pregar não tinha vontade para as coisas de Deus, e, portanto, o que Ele disse que fez. . nenhum sentido para eles "Enquanto vendo, não vêem", explicou Jesus, "e, ouvindo, não ouvem, nem entendem .... Porque o coração deste povo tornou-se maçante, e com os ouvidos que mal ouvir, e eles fecharam os olhos para que não vejam com os olhos, e ouça com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure "(vv. 13, 15). Mas, para os Doze Jesus, em seguida, disse: "Bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem "(v. 16). A diferença foi não na capacidade inata dos discípulos, mas na vontade de ser ensinados por Deus. Eles também eram cegos espiritualmente., mas através de sua fé o Senhor permitiu-lhes ver.

    "As coisas que o olho não viu eo ouvido não ouviu, e que não entraram no coração do homem, tudo o que Deus tem preparado para aqueles que O amam", escreveu Paulo, citando Isaías. "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus .... Agora nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer as coisas dado gratuitamente por Deus "(1 Cor. 2: 9-10, 1Co 2:12; conforme Is 64:4).

    Como o crente estuda a Palavra de Deus e permite que o Espírito de Deus para interpretar e aplicar, ele é divinamente capacitado para entender até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Embora totalmente cego em sua mente natural e espírito, por provisão graciosa de Deus, ele é dado o conhecimento ea compreensão das verdades mais importantes do universo. Tal como acontece com os dois discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, o coração de um cristão deve queimar com admiração e glória como o Senhor faz a Sua verdade vir vivo (ver Lc 24:32).

    A história é contada de uma garota francesa cego que foi dada uma cópia do Evangelho de Marcos em braille. Como ela ler e reler o livro, ela chegou a ter fé em Cristo, e o livro tornou-se mais preciosa a cada leitura. Leu-o tanto que ela desenvolveu calos nos dedos que, eventualmente, a impediam de sentir os pontos em relevo. Ela estava tão determinado a ler a Palavra de Deus que ela descascou a pele fora as pontas dos dedos para torná-los mais sensíveis, mas ao fazê-lo ela danificado permanentemente os nervos. Arrasada, ela pegou o livro para beijá-la adeus, apenas para descobrir que seus lábios estavam ainda mais sensível do que seus dedos.
    Deus vai sempre encontrar uma maneira de alimentar o coração que tem fome de Sua verdade.
    O famoso herói revolucionário americano Ethan Allen era um ateu confesso e escreveu um livro negar a divindade de Cristo. Quando sua esposa devota cristã morreu, a filha estava dividido entre as formas de seus pais. Alguns anos após a morte da mãe, a filha, também foi atingido com uma doença terminal. Como ela estava morrendo, ela disse a seu pai: "Você vai me enterrar ao lado da mãe, por que era o seu pedido de morrer. Mas Pai, você e mamãe nunca chegaram a acordo sobre a religião. Mãe falou muitas vezes para me do bendito Salvador que morreu por todos nós, e ela costumava Oração para você e para mim que o Salvador pode ser o nosso amigo e que possamos todos vê-lo quando entronizado em sua glória ". Procurando desesperAdãoente nos olhos de seu pai, ela se declarou, "Eu não sinto que eu posso ir para a morte sozinho. Diga-me quem eu segui-lo ou mãe? Devo rejeitar Cristo como você me ensinou, ou devo aceitá-Lo, como Mãe queria que eu fizesse? " Profundamente comovido e com o coração partido, o pai respondeu: "Meu filho, se apegam a Salvador de sua mãe. Ela estava certa. E eu, também, deve tentar segui-lo para aquele lugar abençoado."
    Somente através de Cristo são o cego fez ver.

    90. A Confissão Suprema (13 40:16-17'>Mateus 16:13-17)

    Agora, quando Jesus veio ao distrito de Cesaréia de Filipe, Ele começou pedindo a seus discípulos, dizendo: "Quem dizem que o Filho do Homem?" E eles disseram: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; mas outros ainda, Jeremias ou um dos profetas." Ele disse-lhes: "Mas quem dizeis que eu sou?" E Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." E Jesus, respondendo, disse-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque a carne eo sangue não revelou isso para você, mas meu Pai que está nos céus."(16: 13-17)

    Esta passagem representa o clímax do ministério de ensino de Jesus. Foi, com efeito, exame final dos apóstolos, que consiste em apenas uma pergunta, a pergunta final que todo ser humano deve enfrentar: Quem é Jesus Cristo? Resposta de uma pessoa é a importância mais monumental, porque nele dobradiças seu destino eterno. É uma questão que ninguém pode fugir ou evitar. Toda a alma, por assim dizer, vai ser preso contra a parede da eternidade e forçado a responder a essa pergunta.
    Durante alguns anos, dois anos e meio Jesus tinha sido a mudança para este momento docente e reteaching, afirmando e reafirmando, demonstrando e redemonstrating, construir e reconstruir a verdade de quem Ele era, de modo a estabelecer-lo completamente e de forma segura nas mentes e nos corações de Doze.
    Durante os últimos meses o Senhor tinha em grande parte evitavam as multidões e os líderes judeus. Seus poucos encontros com eles foram breves e concisos. As multidões equivocadas queria fazê-lo seu libertador político da servidão militar de Roma e as ambições caprichosas de Herodes. Os escribas, fariseus e saduceus eram, em sua maior parte, completamente convencidos de que Ele era uma ameaça ao seu sistema religioso e estava determinada a se livrar dele, se necessário, a Sua vida.
    Como Ele passou mais e mais tempo a sós com os Doze, Jesus foi mais frequentemente no território Gentil e ficado mais tempo. Ele retirou-se para as margens da Palestina, a fim de ser livre da adulação equivocada e inconstante das multidões e da crescente hostilidade dos líderes religiosos judeus.

    O Ambiente

    Agora, quando Jesus veio ao distrito de Cesaréia de Filipe, (16: 13a)

    A cidade de Cesaréia de Filipe foi originalmente chamado Paneas (ou Panias), após o deus grego Pan, que, segundo a mitologia pagã; nasceu em uma caverna nas proximidades. Caesar Augustus tinha dado a região a Herodes, o Grande, que construiu um templo em Paneas em honra do imperador. O filho de Herodes, o tetrarca Filipe, herdou a terra, ganancioso ampliou a cidade, e rebatizou-o depois de César.Ele acrescentou que o nome de Filipe tanto para ganhar honra para si mesmo e para distinguir esta Caesarea daquele na costa do Mediterrâneo a oeste de Jerusalém.

    Cesaréia de Filipe foi localizado cerca de 25 km a nordeste do Mar da Galiléia e 40 km ao sudoeste de Damasco, em um belo planalto perto das cabeceiras do rio Jordão. A poucos quilômetros para o norte, coberto de neve Monte Hermon subiu a uma altura de mais de 9.000 metros acima do nível do mar. Em dias claros a majestosa montanha pode ser facilmente visto de cidades da Galileia do norte, como Cafarnaum, Cana, e Nazaré.

    Cesaréia de Filipe era, mas a poucos quilômetros da antiga cidade judaica de Dan, que durante séculos foi considerado o limite norte da Terra Prometida, a mais meridional sendo Beersheba (ver Jz 20:1 aprendemos que Jesus levantou Sua pergunta mais importante para os discípulos apenas após ter passado tempo orando sozinho, e de Mc 8:27 que o grupo ainda não tinha chegado na cidade de Cesaréia de Filipe adequada, mas estavam passando através de algumas das aldeias dos arredores. Nesta encruzilhada do paganismo e do judaísmo Jesus deixou um momento de comunhão íntima com o Pai celestial e confrontou os discípulos com a pergunta que cada pessoa e cada religião deve uma resposta dia.

    O Exame

    Ele começou pedindo a seus discípulos, dizendo: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" E eles disseram: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; mas outros ainda, Jeremias ou um dos profetas." Ele disse-lhes: "Mas quem dizeis que eu sou?" (16: 13b-15)

    Filho do Homem foi a designação mais comum de Jesus de si mesmo e é usada por Ele cerca de oitenta vezes no Novo Testamento. Foi claramente reconhecido pelos judeus como um título do Messias (ver Dn 7:13.); mas porque ele enfatizou sua humanidade, muitos judeus preferiram não usá-lo. Sem dúvida, foi por isso que Jesus fez o prefiro-a concentrar-se na humilhação e submissão de sua primeira vinda e Sua obra de sacrifício, expiação substitutiva.

    Ministério prioridade de Jesus no mundo foi para revelar-se, para ensinar e demonstrar quem Ele era. Ele , portanto, começou o exame por pedindo a seus discípulos, ... "Quem dizem que o Filho do Homem?" As pessoas para quem o Senhor se referiu eram os judeus, o povo escolhido de Deus, a quem o Messias foi enviado primeiro (Rm 1:16;. conforme Jo 4:22).

    Não era que Jesus não tinha conhecimento do que as pessoas estavam dizendo sobre ele, mas que Ele queria que os Doze para pensar cuidadosamente sobre essas percepções populares. Ele não estava preocupado com as opiniões dos escribas e fariseus incrédulos e hipócritas, alguns dos quais tinham ainda o acusou de estar na liga com Satanás (Mt 10:25;. Mt 12:24). Ele estava em vez pedindo sobre os pensamentos daqueles que, vendo-o positivamente, embora incerta e que reconheceram a ser mais do que um líder religioso comum. Depois de ouvir o Seu ensinamento e testemunhar Seus milagres, qual foi o seu veredicto final sobre Jesus, o Filho do Homem?

    "Alguns dizem que é João Batista," Doze respondeu. Talvez na sequência da avaliação medo o tetrarca Herodes (Mateus 14:1-2.), Alguns dos judeus acreditavam que Jesus era um reencarnado João Batista , volta do túmulo para continuar o seu ministério de anunciar o Messias. Como Herodes, as pessoas reconheceram que o poder milagroso de Jesus era inexplicável em uma base humana.

    Outros acreditavam que Jesus era um reencarnado Elias , considerado pela maioria dos judeus para ser o profeta do Antigo Testamento supremo, a quem o Senhor foi enviar de novo ", antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Ml 4:5).

    Em cada caso, as pessoas Jesus a ser considerado um precursor do Messias, mas não o próprio Messias. Eles não podiam negar Seu poder sobrenatural, mas eles não quiseram aceitá-lo como Messias e Salvador Eles vieram tão perto verdade suprema de Deus como podiam, sem reconhecer plenamente e aceitá-lo.

    Desde os dias de Jesus, grande parte do mundo quis semelhante a falar muito bem dele sem reconhecer a Sua divindade e senhorio. Pilatos disse: "Não acho culpa alguma neste homem" (Lc 23:4;. Mt 19:27; Jo 6:68), Simão Pedro foi o porta-voz, "o diretor do coro apostólica", como Crisóstomo chamou. Além disso, como de costume, os seus comentários foram breves, enfático, e decisivo: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Cristo é o equivalente grego do hebraico Messias , libertador previsto e muito aguardada de Deus de Israel, o supremo "Ungido", a vinda Sumo Sacerdote, Rei, Profeta e Salvador. Sem hesitar Pedro declarou que Jesus era o Messias, ao passo que as multidões de judeus acreditavam ser Ele apenas precursor do Messias.

    No primeiro encontro Jesus, André tinha animAdãoente proclamou ser Ele o Messias, e Nathaniel tinha o chamou de "o Filho de Deus ... o Rei de Israel" (Jo 1:41, Jo 1:49). Os discípulos sabiam que João Batista tinha testemunho de que Jesus "é o Filho de Deus" (Jo 1:34), e quanto mais tempo eles ficaram com Ele, mais provas que tinham de Sua divina natureza, poder e autoridade.

    Tal como os seus irmãos judeus, no entanto, eles tinham sido ensinados a esperar uma conquista e reinando Messias que iria entregar o povo de Deus de seus inimigos e estabelecer o seu reino para sempre justo sobre a terra. E quando Jesus se recusou a usar o seu poder milagroso para benefício próprio ou para se opor aos opressores romanos, os discípulos se perguntou se eles estavam certos sobre a identidade de Jesus Sua humildade, mansidão e subserviência foram no total contraste com as suas opiniões preconcebidas sobre o Messias. Que o Messias seria ridicularizado com a impunidade, para não mencionar perseguido e executado, era inconcebível. Quando Jesus falou de sua partida e voltar, sem dúvida Tomé ecoou a consternação de todos os discípulos, quando disse: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos saber o caminho?" (Jo 14:5) . Os milagres de Jesus eram claras evidências de Sua messianidade, mas sua incapacidade de usar esses poderes para derrubar Roma e estabelecer o Seu reino terreno trouxe Jesus "identidade em causa, mesmo com o divino cheio do Espírito Santo João.

    Como João Batista, os Doze oscilou entre momentos de grande fé e de grave dúvida. Eles poderiam proclamar com profunda convicção: "Senhor, para quem iremos nós Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus?". (João 6:68-69). Eles também poderiam exibir notável falta de fé e discernimento, mesmo depois de testemunhar centenas de curas e demonstrações dramáticas de poder sobrenatural (ver Mt 8:26; Mt 14:31; Mt 16:8; 10: 30-33).

    O Resultado

    E Jesus, respondendo, disse-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, (16: 17a)

    Aqueles que realmente confessar que Jesus é Deus, que é a confessar-Lo como Senhor e Salvador (I João 4:14-15), são divina e eternamente bendito . Eles são "bem-aventurados ...com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo," escolhido "nele antes da fundação do mundo ... [para] sermos santos e irrepreensíveis diante dele", e "in Amor [são] predestinado ... para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo "(Ef. 1: 3-5). Deus derrama todos os Seus recursos sobrenaturais sobre aqueles que vêm a Ele pela fé em Seu Filho, porque por meio dele que se tornem filhos de Deus.

    Enfatizando inadequação humana de Pedro, Jesus o chamou pelo seu nome de família original, Simão Barjonas , a segunda parte do nome ser um termo aramaico que significa filho de Jonas (ou João).

    A fonte

    porque a carne eo sangue não revelou isso para você, mas meu Pai que está nos céus. "(16: 17b)

    Os discípulos não foram finalmente convencido de messiahahip e divindade de Jesus por causa de seu ensino ou Seus milagres, incrível como aqueles eram. Essas coisas por si só não foram suficientes para convencer os Doze, assim como eles não foram suficientes para convencer os milhares de outras pessoas que ouviram a mesma verdade e testemunharam os mesmos milagres, mas não conseguiram aceitar e seguir quem ensinou e realizou-los. Capacidades humanas do homem, aqui representados pela metonímia carne e sangue , não pode trazer compreensão das coisas de Deus (conforme 1Co 2:14). O Pai Ele mesmo deve revelar -los e trazer a compreensão de Seu Filho para mentes humanas.

    Do Evangelho contas, parece claro que o Pai revelou o Filho principalmente através do próprio Filho. Não há nenhum registro ou insinuação de que qualquer revelação divina foi dada aos Doze durante o ministério terrestre de Jesus que não seja dada através de Jesus. Como a luz do ensinamento de Jesus e do significado do Seu poder milagroso começou a nascer em-los, o Espírito abriu suas mentes para vê-Lo como o Messias, o Filho do Deus vivo.

    Jesus tinha feito muitas afirmações surpreendentes sobre si mesmo. Ele declarou que Ele mesmo tinha vindo para cumprir a lei e os profetas (Mt 5:17), e que nos últimos dias muitas pessoas vão dirigir a Ele como Senhor (07:22). Ele disse: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente" (Jo 6:51), e "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, ele será salvo "(10: 9; conforme 14: 6).

    Jesus também tinha realizado milagres espantosos. Ele tinha virado água comum na maior vinho de qualidade (João 2:6-11), curou multiplicado milhares de cada tipo de doença (ver, por exemplo, Mt 4:24; Mt 8:16; Mt 9:35.), E mesmo se aquietou uma tempestade furiosa com uma palavra (Mt 8:26).

    Talvez o maior testemunho da messianidade de Jesus, no entanto, foi sua afirmação de ser o Senhor do sábado (Mt 12:8) e todos os outros observância do sábado foi um tempo de descanso e adoração. O livro de Levítico menciona nove festivais baseados em sábados, que incluiu o semanário sábado (Lv 23:3, como fez na sinagoga de Nazaré (Lucas 4:18-21), foi inequivocamente para reivindicar messianismo. Para ele apresentar-se como a fonte de descanso (Mt 11:28) foi apresentar a Si mesmo como fonte de santidade, e para reivindicar a soberania sobre o sábado (Mt 12:8).

    O comando para manter o dia de sábado é o único dos Dez Mandamentos que o Novo Testamento não exige dos cristãos. Por Sua graça, Jesus Cristo dá a cada crente nEle uma libertação jubileu que é perfeito, final, e eterna. Um cristão, portanto, não viola o sábado, quando ele funciona no Dia do Senhor, mas quando ele persiste em obras de justiça própria, na esperança de presunção de acrescentar ao que o Salvador já realizou.

    "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai", Jesus tinha explicado em uma ocasião anterior; "E ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11:27).

    Tal como acontece com os discípulos, quando as pessoas hoje confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador e comunhão com Ele através da Sua Palavra, o Espírito abre suas mentes e corações para mais e mais de sua verdade e poder. "A fé vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo", declarou Paulo (Rm 10:17). Enquanto nós continuamos a olhar para a Sua glória nós somos transformados em Sua imagem (conforme Rm 8:29; 1Co 15:491Co 15:49;. Cl 3:10).

    91. A igreja que Cristo Edifica (Mateus 16:18-20)

    "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela eu te darei as chaves do reino dos céus;. E tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu. " Então, Ele advertiu os discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo. (16: 18-20)

    Ao longo da história, os filósofos têm especulado sobre a razão da existência do homem, o propósito e significado da vida humana. Muitos gregos antigos acreditavam que a vida é cíclica, continuamente se repetindo em círculos intermináveis, indo a lugar nenhum sem propósito. Para muitos pensadores modernos, a vida é tão inútil e fútil. Em seu discurso de posse como presidente da Universidade de Cambridge, Dr. GN Clark disse: "Não há nenhum segredo e nenhum plano na história a ser descoberto." O romancista francês e crítico André Maurois, escreveu: "O universo é indiferente. Quem criou isso? Por que estamos aqui nesta insignificante fiação lama heap no espaço infinito? Eu não tenho a menor idéia, e estou convencido de que ninguém tem. " Jean-Paulo Sartre, o famoso filósofo existencialista, sustentou que o homem existe em um compartimento estanque como um indivíduo totalmente isolado no meio de um universo sem propósito.
    O biólogo molecular francês Jacques Monod declarou que a existência do homem é devido à colisão casual entre minúsculas partículas de ácido nucleico e proteínas em uma grande "sopa pré-biótica". De acordo com esses pontos de vista cínico, o homem está sozinho no vasto universo, do qual ele acidentalmente surgiu por acaso. Francis Schaeffer observou que, de acordo com esse tipo de pensamento, "o homem é o produto do mais o tempo impessoal mais acaso." Embora muitos de seus defensores negaria isso, filosofia humanística, evolutiva deve inevitavelmente concluir que não há diferença real entre um homem e uma árvore, e que, portanto, matando um homem não é diferente de derrubar uma árvore.
    Para ilustrar este ponto é preciso apenas para ler as idéias de Pedro Singer, presente patriarca dos direitos iguais para circulação de animais, que acredita que os agricultores que criam animais para a alimentação deve ser preso. Ele escreve: ". Devemos rejeitar a doutrina que coloca a vida dos membros da nossa própria espécie [os seres humanos] acima das vidas dos membros de outras espécies [animais] Alguns membros de outras espécies sejam pessoas; alguns membros da nossa própria espécie não são .... Matar dizer um chimpanzé é pior do que a morte de um ser humano gravemente defeituosa que não é uma pessoa. " Cantor identifica não-pessoas como os (retardadas e deficientes Ética Prática [Cambridge: Cambridge U., 1979], pp 97, 73.).

    À luz de tais opiniões rasas sem esperança, e cada vez mais populares da humanidade, não é de admirar que muitos jovens exigem total da licença em seus estilos de vida e de bom grado ficar aprisionado nas teias sedutoras de drogas, promiscuidade sexual, perversão, violência sem sentido, e ilegalidade. Se os homens são apenas os animais e não há nenhum significado ou propósito para a vida além da mera existente, então nada está errado e tudo é permitido.
    Quando os homens não vêem nenhuma razão última e eterna para a sua existência e nenhuma responsabilidade para com Deus, e não vêem razão para qualquer outra coisa, incluindo a moralidade lei ou religião. Seu único motivo de auto-contenção é o medo de críticas por seus pares ou de ser pego e punido pelas autoridades civis. Seu padrão final é o hedonismo, o desejo de tirar tudo da vida você pode, enquanto você pode e em qualquer maneira que puder.

    A Bíblia, no entanto, deixa claro que há um valor divino e eterno e significado para a vida humana e que Deus revelou Seu propósito elevado para os homens. Apesar de escuridão espiritual dos homens causada pela queda, "o que se sabe sobre Deus é evidente dentro deles;. De Deus tornou evidente para eles Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido claramente visto, sendo percebidos por meio do que foi feito "(Rom. 1: 19-20). Na mesma carta, Paulo declara que "a partir dele e por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre" (11:36).

    O universo foi criado por Deus, e o homem foi feito à imagem de Deus, a fim de glorificar a Si mesmo. Todas as coisas foram feitas por Ele e para Ele, declarou Paulo (Cl 1:16). Essa é a razão para a existência humana. E se o fim último do homem é glorificar a Deus, ele não deve parecer estranho que Deus está a recolher para si um conjunto resgatadas de pessoas que vão para sempre ser o louvor da sua glória (conforme Ef 1:6). Esse é o tema da história da redenção. Porque Ele é um Deus digno e merecedor de glória que o Senhor fez homens que são capazes de dar-Lhe glória e que vai refletir eternamente a majestade e esplendor da Sua gloriosa estar. De fora dos rebeldes que agora povoam o mundo, Deus está chamando a igreja redimida que será para sempre o privilégio de prestar-Lhe glória (veja Ap 4:6-11; 5: 9-14). Para ser uma parte do que é para cumprir a razão do homem para a existência.

    Como tanto o Criador e Redentor da humanidade, Jesus Cristo é o arquiteto supremo e soberano da história. Todos os outros notáveis ​​da história, seja justo e piedosa ou perverso e rebelde, não são mais do que os jogadores no grande drama que Cristo escreveu e agora o diretor. Como alguém já disse, a história é "A história dele."
    O fundo do ensinamento de Jesus na presente passagem, no entanto, não era cínico filosofia grega ou romana, mas a religião judaica dada por Deus que tinha sido humanamente pervertido. Jesus estava falando para aqueles que desde os primeiros anos tinha sido ensinado a antecipar a vinda do ungido do Senhor, o Messias, o Cristo. Mas as suas expectativas, embora parcialmente escritural, foram distorcidos pelos interpretações tradicionais dos rabinos e escribas ao longo dos vários séculos anteriores. Eles sabiam que o Messias iria trazer justiça e verdade, mas eles também acreditavam que Ele militarmente conquistar e destruir seus opressores e inaugurar um reino de eterna paz e prosperidade para o povo escolhido de Deus.

    Como os discípulos caminhavam com Jesus pelos arredores de Cesareia de Filipe (ver Mt 16:13), eles sabiam que estavam em um tipo de auto-exílio. Os líderes judeus estavam se tornando cada vez mais inflexível em sua oposição a Jesus e as multidões estavam se tornando cada vez mais cética e desiludida.

    Os discípulos compartilharam muito do que a desilusão, porque eles também se perguntou por que, se Jesus fosse realmente o Messias, Ele se recusou a derrubar Roma e estabelecer seu próprio reino terreno.Apesar de poderes sobrenaturais óbvias de Jesus e suas pretensões de autoridade divina, Ele foi menos influente e respeitado entre as pessoas agora do que quando começou seu ministério. E, em vez de ser vice-regentes da conquista do rei, os Doze ainda éramos uma banda inclassificável de desconhecidos que estavam começando a compartilhar a rejeição de Jesus.
    Um pouco mais tarde, Jesus iria pintar um quadro ainda mais sombrio para eles como Ele "começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto" (v. 21 ). Que o Messias deve ser rejeitado pelo seu próprio povo foi inacreditável o suficiente; que Ele deve ser executado por eles, ou por qualquer outra pessoa, era incompreensível. A má notícia tornou-se ainda pior quando Jesus declarou que todo verdadeiro discípulo de Sua must "negar a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (v. 24).
    Mas antes de revelar as verdades comoventes, Ele assegurou aos Doze que seu programa foi, dentro do cronograma, que Ele era de fato no controle, e que tinha todas as razões para continuar a sua confiança incondicional em Deus. O que eles viram na superfície não refletem a realidade do que Deus estava fazendo. Assim como o Senhor procurou fortalecer a confiança de seu povo no Egito, enquanto Ele estava se preparando para entregá-los, e assim como ele continuou a reforçar a confiança dos crentes em todas as épocas, enquanto eles estão enfrentando provações e dificuldades em Seu nome, Ele agora procurou convencer os Doze que eles não tinham razão para duvidar ou desespero. O Senhor aqui dá uma mensagem de grande esperança para o povo amaldiçoado, sitiado, rejeitado, perseguido e ignóbeis de Deus em todas as épocas. No final não é glorioso propósito e vitória, porque eles pertencem à igreja indomável e eterna que Jesus Cristo está construindo.

    Em Mateus 16:18-20 Jesus aponta para pelo menos sete características e características da igreja que Ele constrói. Ele fala de sua fundação, a sua segurança, a sua intimidade, sua identidade e continuidade, a sua invencibilidade, sua autoridade e sua espiritualidade.

    Em primeiro lugar, Jesus estabeleceu a fundação da Igreja: Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja .

    Por mais de 1500 anos a Igreja Católica Romana tem mantido que esta passagem ensina a igreja foi construída sobre a pessoa de Pedro, que se tornou o primeiro papa e bispo de Roma e de quem o papado católico, desde então, desceu. Devido a essa suposta sucessão apostólica divinamente ordenado, o papa é considerado o representante supremo e autoridade de Cristo na terra. Quando um papa fala ex cathedra , isto é, em sua capacidade oficial como chefe da igreja, é dito que ele fala com autoridade divina igual ao de Deus nas Escrituras.

    Essa interpretação, no entanto, é presunçoso e anti-bíblica, porque o resto do Novo Testamento deixa claro que somente Cristo é o fundamento e só cabeça de Sua igreja.

    Pedro é da Petros uma forma masculina da palavra grega para pequena pedra, enquanto rocha é de petra uma forma diferente da mesma palavra de base, referindo-se a uma montanha rochosa ou pico.Talvez a interpretação mais popular é, portanto, que Jesus estava comparando Pedro , uma pequena pedra, para grande montanhosa rocha sobre a qual Ele iria construir sua igreja. O antecedente de rocha é considerado confissão divinamente inspirada de Pedro de Jesus como "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (vv. 16-17).

    Esta interpretação é fiel ao texto grego e tem muito a recomendá-lo, mas parece mais provável que, à luz de outras passagens do Novo Testamento, que não era o ponto de Jesus. Em sua carta a Éfeso, Paulo diz que a casa de Deus é "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular" (Ef 2:20). Em todos os quatro evangelho contas Pedro é claramente o principal apóstolo, e ele permanece assim por Atos 10. Ele era o mais frequentemente o porta-voz do Doze durante o ministério de Jesus na terra (ver, por exemplo, Mt 15:15; Mt 19:27; Jo 6:68; 2: 14-40; 3: 4-6, 12-26 ; 5: 3-10, At 5:15, At 5:29).

    Parece, portanto, que, no presente passagem Jesus dirigiu a Pedro como representante dos Doze. À luz dessa interpretação, o uso das duas formas diferentes de grego para rocha seria explicado pelo masculino petros sendo usado de Pedro como um homem individual e petra sendo usado dele como representante de um grupo maior.

    Não era sobre os próprios apóstolos, e muito menos sobre Pedro como um indivíduo, que Cristo edificou a Sua Igreja, mas sobre os apóstolos como Seus decorados de maneira única, dotada e inspirados professores do evangelho. A igreja primitiva não dar homenagem aos apóstolos como pessoas, ou para seu escritório ou títulos, mas a sua doutrina, "perseveravam na doutrina dos apóstolos" (At 2:42).Quando os judeus fora do templo ficaram admirados com a cura do paralítico, Pedro rapidamente advertiu-lhes que não atribuem o milagre, dizendo: "Homens de Israel, por que você se maravilhar com isso, ou por que vocês estão olhando para nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar? " (At 3:12). Apesar de ter sido só ele que comandou o homem a andar (v. 6), Pedro respondeu à multidão em nome de João, bem como a sua própria.

    Porque eles participaram com os apóstolos em proclamar o evangelho com autoridade de Jesus Cristo, os profetas da igreja primitiva também fizeram parte da fundação da igreja (Ef 2:20). De fato, como Martin Luther observou: "Todos os que concordam com a confissão de Pedro [em Mt 16:16] são Peters-se definir um alicerce seguro." O Senhor ainda está a construir a sua Igreja com "pedras vivas, ... edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis ​​a Deus por Jesus Cristo" (1Pe 2:5 como se referindo a Pedro como uma pequena pedra colocada na pedra montanhosa de sua confissão de Cristo ou como se referindo ao seu ser um com o resto dos Doze em sua confissão, a verdade básica é a mesma : A fundação da igreja é a revelação de Deus dada por meio de seus apóstolos, e do Senhor da igreja é a pedra angular dessa fundação. Porque é a Sua Palavra que os apóstolos ensinaram e que a igreja fiel sempre ensinou, Jesus Cristo é o verdadeiro fundamento, a Palavra viva a quem a Palavra escrita testemunha (Jo 5:39). E "Nenhum homem", diz Paulo, nem mesmo um apostolado "pode ​​pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3:11). O Senhor não edificar a igreja sobre a verdade de si mesmo, e eles, porque o seu povo são inseparáveis ​​Dele são inseparáveis ​​de sua verdade. E porque os apóstolos eram dotados de Sua verdade de uma forma única, com a pregação de que a verdade eram o fundamento da sua Igreja de uma forma única.

    Que o Senhor não estabeleceu a Sua Igreja sobre a supremacia de Pedro e seus supostos sucessores papais ficou claro pouco tempo depois de grande confissão de Pedro. Quando os discípulos perguntaram a Jesus, que foi o maior no reino dos céus, Ele respondeu, colocando uma criança pequena diante deles e dizendo: "Todo aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mt 18.: 1-4). Tinha Doze entendido o ensinamento de Jesus sobre a rocha e as chaves do reino (Mateus 16:18-19.) Como se referindo exclusivamente ao Pedro, eles dificilmente teria perguntado quem era o maior no reino. Ou, se tivessem esquecido ou mal compreendido Jesus "ensino anterior, ele teria respondido ao nomear Pedro como o maior e, provavelmente, também teria repreendeu-os por não se lembrar ou acreditar que Ele já havia ensinado (conforme Mt 14:31; Mt 26:24). Aprendemos com Marcos 10:35-37 que Tiago e João foram-se directamente envolvidos no pedido, que eles nunca teriam feito se tivessem entendido Pedro ter sido dada primazia como o sucessor de Cristo. Ou, como com o incidente anterior, teve Tiago e João incompreendido Seu ensinamento sobre a fundação da rocha da igreja e as chaves do reino, Jesus teria tomado a ocasião para reafirmar e destacar a supremacia de Pedro.

    Embora Pedro reconheceu a si mesmo como um apóstolo (ver, por exemplo, 1Pe 1:1). No dia de Pentecostes, Pedro declarou que, de entre judeus e gentios, Cristo constrói na sua igreja ", a todos quantos o Senhor nosso Deus chamar para si mesmo" (At 2:39). Não foram os apóstolos, mas o próprio Senhor que "foi adicionando a seu dia a dia, os que iam sendo salvos" (v 47; conforme 11:24.). Quando os gentios de Antioquia da Pisídia ouviu a pregação de Paulo e Barnabé ", eles começaram regozijo e glorificando a palavra do Senhor;. E todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna E a palavra do Senhor foi sendo espalhado por toda região "(13 48:44-13:49'>Atos 13:48-49). Essa pregação, verdadeiro e fiel como era, não era capaz por si só de ganhar convertidos a Cristo. Somente aqueles que Ele tinha soberanamente escolheu para a salvação e que acreditava que a verdade da Sua Palavra foram salvos.

    O Novo Testamento está repleto de comandos e orientações para as atitudes e comportamentos dos crentes. Ele dá a direção para selecionar homens e mulheres de Deus para servir na igreja. Dá instrução abundante para uma vida justa, para a oração e para a adoração aceitável. Muitas das bênçãos do Senhor estão condicionadas à obediência e confiança do Seu povo. Mas os esforços mais sinceros e diligentes para cumprir os comandos e as normas são inúteis para além da própria disposição e controle divina de Cristo. Ele deseja e Ele usa o trabalho fiel daqueles que pertencem a Ele; mas somente Ele constrói sua igreja, a igreja que Ele ama e por quem Ele "se entregou, ... para que pudesse santificá-la, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para que pudesse apresentar a Si mesmo a igreja em toda sua glória, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas ela deve ser santa e irrepreensível "(Ef 5:25-27.). Homens são capazes de construir humano, terrestre, organizações físicas, mas eles não podem construir a, igreja espiritual eterna.

    Em terceiro lugar, Jesus aludiu à intimidade da comunhão dos crentes. "É a minha igreja ", disse Ele. Como arquiteto, construtor, Dono e Senhor de Sua igreja , Jesus Cristo garante a seus seguidores que eles são Sua posse pessoal e eternamente ter Seu amor e cuidado divino. Eles são o Seu Corpo "resgatou com seu próprio sangue" (At 20:28), e são um com Ele em um maravilhoso, santa intimidade "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" (1Co 6:17) e "Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus" (He 11:16). É por isso que, quando os homens atacar o povo de Deus que eles atacam o próprio Deus. Quando Jesus confrontou Paulo (então conhecido como Saulo) na estrada de Damasco, ele perguntou: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9:4; Sl 17:1; Pv 7:2 para se referir a "congregação" de Israel chamou por Moisés no deserto (conforme Ex 19:17). Lucas usou de um bando amotinado ("assembléia") incitado pelos ourives de Éfeso contra Paulo (At 19:32, At 19:41).

    Mt 16:18 contém o primeiro uso de ekklesia , no Novo Testamento, e Jesus aqui dá nenhuma explicação de qualificação. Por isso, os apóstolos não poderia ter entendido de forma alguma, mas seu sentido mais comum e geral. As epístolas usar o termo de forma mais distinta e especializada e dar instruções para o seu bom funcionamento e para a sua liderança. Mas em Cesaréia de Filipe, o uso de Jesus ' ekklesia só poderia ter levado a idéia de "montagem"; "Comunidade"; ou "congregação". Se Ele falou em aramaico, como é provável, ele teria usado o termo qahal (tirado diretamente do hebraico), o que significa um encontro convidou, e era comumente usado de reuniões da sinagoga. Na verdade, a palavra sinagoga própria originalmente se referia a qualquer reunião ou congregação de pessoas. Somente durante o exílio babilônico fez judeus começam a usá-lo para designar o seu lugar formal e organizado de atividade religiosa e de culto. E só depois do dia de Pentecostes fez o termo ekklesia assumir um novo significado e técnico em referência à comunidade redimida distinta construída sobre a obra de Cristo pelo Espírito Santo está vindo.

    Ao descrever os habitantes do Céu, o escritor de Hebreus fala de "a assembléia geral e igreja dos primogênitos" (He 12:23), referindo-se aos santos remidos de todas as idades. Esse parece ser o sentido em que Cristo usa igreja em Mt 16:18, como sinônimo de cidadãos de Seu reino eterno, ao qual ele se refere no versículo seguinte. O Senhor não edificar Seu reino à parte da sua igreja ou sua igreja para além de Seu reino.

    Em quinto lugar, Jesus falou da invencibilidade da igreja, que as portas do inferno não prevalecerão .

    As portas do inferno tem sido muitas vezes interpretada como representando as forças do mal de Satanás atacando a igreja de Jesus Cristo. Mas portões não são instrumentos de guerra. O seu objectivo não é conquistar, mas para proteger aqueles por trás deles de ser conquistado, ou, no caso de uma prisão, para mantê-los de escapar. E Hades , o que corresponde ao hebraico sheol , refere-se à morada dos mortos, nunca para o inferno, como às vezes é processado na Rei Tiago 5ersion.

    Quando os termos portões e Hades são devidamente compreendido, torna-se claro que Jesus estava declarando que a morte não tem poder para segurar povo redimido de Deus cativo. As suas portas não são fortes o suficiente para dominar ( katischuō , para ter domínio sobre) e manter preso a igreja de Deus, cujo Senhor venceu o pecado ea morte em seu nome (Rm 8:2). Porque "a morte já não tem domínio sobre ele" (Rm 6:9). Satanás tem agora o poder da morte, e ele continuamente usa esse poder em sua tentativa fútil de destruir a igreja de Cristo. Mas a vitória final de Cristo sobre o poder da morte de Satanás é tão certo que o escritor de Hebreus fala disso no passado: "Desde então, os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, que por sua morte, tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo "(He 2:14;. conforme Ap 1:18).

    É que a grande verdade de que Pedro falou no dia de Pentecostes, declarando que "Deus ressuscitou [Cristo] de novo, pondo fim à agonia da morte, uma vez que era impossível para ele, a ser realizada em seu poder" (At 2:24 ). É a verdade sobre o que Paulo escreveu aos crentes de Corinto que estavam hesitantes em sua crença na ressurreição. Ele declarou: "A morte foi tragada pela vitória"; e, em seguida, perguntou: "Ó morte, onde está tua vitória ó morte, onde está o teu aguilhão O aguilhão da morte é o pecado, ea força do pecado é a lei;?, mas graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo "(1 Cor. 15: 54-57).

    À luz do que Ele estava prestes a ensinar-lhes sobre sua própria morte e ressurreição e de sua própria vontade de negar a si mesmo, tome a sua cruz e segui-Lo (Mateus 16:21-24.), Jesus já garantiu os Doze e todos os crentes que jamais iria vir a Ele, para que as portas do inferno , as cadeias da morte em si, nunca poderia permanentemente dominá -los e mantê-los em cativeiro.

    Em sexto lugar, Jesus falou sobre a autoridade da igreja . "Eu te darei as chaves do reino dos céus", ele disse; "e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu."

    O Senhor ainda estava se dirigindo a Pedro como representante dos Doze, dizendo-lhe que tudo o que você deve ligar , isto é, não o permita, na terra será ligado no céu , e que tudo o que desligares , ou seja, autorização, na terra será desligado nos céu . Ele disse a Pedro e dos Doze, e, por extensão, todos os outros crentes, que tinham a autoridade surpreendente para declarar o que é divinamente proibido ou permitido na terra !

    Pouco depois de sua ressurreição Jesus disse aos discípulos: "A quem perdoardes os pecados, ser, os seus pecados foram perdoados; se você reter os pecados, pois eles foram retidos" (Jo 20:23). Ao dar instruções para a disciplina da igreja de todo o seu povo, Jesus disse que, se um crente pecar se recusa a se converter do seu pecado, após ter sido aconselhado privada e mesmo depois de ser repreendido por toda a congregação, a igreja não só é permitido, mas a obrigação de tratar a membro impenitente "como um gentio e publicano" (Mat. 18: 15-17). Ele, então, disse para a igreja como um todo o que Ele anteriormente havia dito a Pedro e aos outros apóstolos: "Em verdade vos digo que, qualquer que seja o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu "(v. 18).Em outras palavras, um corpo devidamente constituída de crentes tem o direito de dizer a um irmão impenitente que ele está fora de sintonia com a Palavra de Deus e não tem direito a comunhão com o povo de Deus.

    Os cristãos têm essa autoridade, porque eles têm a verdade da Palavra de Deus com autoridade para julgar. A fonte da autoridade da Igreja não é, em si, mais do que a fonte de autoridade dos apóstolos era em si mesmos ou até mesmo em seu escritório, exaltado como era. Os cristãos podem autoritariamente declarar o que é aceitável a Deus ou proibido por Ele, porque eles têm a Sua Palavra. Os cristãos nãodeterminar o que é certo ou errado, perdoado ou não perdoado. Pelo contrário, com base na própria Palavra de Deus, eles reconhecem e proclamam que Deus já determinou que ser certo ou errado, perdoado ou não perdoado. Quando eles julgam com base da Palavra de Deus, eles podem ter a certeza de seu julgamento corresponde com o acórdão do céu.

    Se uma pessoa se declara ateu, ou para ser outra coisa senão um crente em e amante do Senhor Jesus Cristo, os cristãos podem dizer a essa pessoa com certeza absoluta, "Você está sob o julgamento de Deus e condenado ao inferno", porque que é o que a Bíblia ensina. Se, por outro lado, uma pessoa testifica que ele confiou em Cristo como seu Senhor poupança, os cristãos podem dizer-lhe com igual certeza; "Se o que você diz é verdade, então os seus pecados estão perdoados, você é um filho de Deus, e seu destino eterno é o céu." A autoridade da Igreja reside no fato de que ele tem palavra de Deus em tudo "diz respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude" (2Pe 1:3). Quando os cristãos se misturar a sua fé com a política e várias causas humanitárias, eles correm o risco de perder o seu foco espiritual e seu poder espiritual Embora o governo humano é divinamente ordenado por Deus (13 1:45-13:7'>Rom. 13 1:7; Tt 3:1), o Estado não é mais do que ser um instrumento do programa da igreja do que a igreja deve ser um instrumento do Estado de.

    Como o reino de Deus, a igreja é "justiça, paz e alegria no Espírito Santo Pois aquele que, desta forma serve a Cristo é agradável a Deus." (Rom. 14: 17-18).

    Este grande ensinamento de nosso Senhor só introduz o assunto da igreja, que a partir de Atos em domina o resto do Novo Testamento.

    92. Ofendendo a Cristo (Mateus 16:21-23)

    Desde então, Jesus Cristo começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e ele levantou-se no terceiro dia. E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita isto, Senhor! Isso nunca deve acontecer com você." Mas Ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás Você é uma pedra de tropeço para mim, porque você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem (16: 21-23)!.

    Ao longo de suas páginas a Bíblia contrasta visão das coisas com homem de Deus. Talvez a declaração mais forte e mais conhecido do que o contraste é encontrado em Isaías: "Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor" Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são. Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais os vossos pensamentos "(Isaías 55:8-9.). "Há um caminho que parece certo ao homem," Salomão nos diz: "mas o seu fim são os caminhos da morte" (Pv 14:12). O salmista escreveu: "Quão grande são as tuas obras, ó Senhor, teu pensamentos são muito profundas Um homem insensato não tem conhecimento; nem um homem estúpido entender isso!". (Sl 92:5-6.).

    Quando o Senhor se recusou Davi o privilégio de construir o Templo, porque ele era um militar, um homem de sangue, Ele, no entanto, prometeu Davi uma herança eterna do trono de Israel, em que o próprio Messias iria algum dia sentar e reinar. Em espanto e profunda gratidão Davi exclamou: "Tu és grande, Senhor Deus, pois não há ninguém como tu, e não há outro Deus além de ti .... Tu és Deus, e as tuas palavras são verdade" (2Sm 7:22).

    Quando Pedro repreendeu Jesus para declarar que Ele deve ser crucificado em Jerusalém pelos líderes judeus lá, ou ele esqueceu ou ignorou a grande verdade. Pedro acabava de proclamar Jesus como sendo "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16.); no entanto, quando Jesus fez uma declaração que não se encaixava ideias de Pedro sobre o Messias, o apóstolo mantidos até sua maneira acima do Senhor e encontrou-se em contradição com o Filho de Deus que ele tinha acabado de confessar.

    A essa altura, Pedro tinha sido um crente por algum tempo, para que as lições retiradas desta passagem são, portanto, principalmente para os crentes. Nem mesmo os cristãos podem conhecer e compreender os caminhos de Deus, exceto por meio de uma compreensão adequada do e submissão à Sua Palavra e da iluminação do Seu Espírito. Quando os crentes insistem em sua própria maneira acima de Deus, então, como Pedro, eles se tornam uma ofensa e uma pedra de tropeço.

    É provável que, tanto em sua confissão e sua repreensão de Cristo, Pedro também refletiu a perspectiva do outro onze. Eles compartilhavam a crença de Pedro que Jesus era o Messias divino e provavelmente eles partilhou a sua confiança de que o Messias não poderia ser rejeitado pelo seu próprio povo, e muito menos condenado à morte por eles. Jesus tinha acabado de lhes assegurou que ele mesmo estava construindo sua igreja, que nem mesmo a morte pode superar, e que através da Escritura divina eles tinham autoridade celestial para declarar o que é aceitável e não aceitável a Ele (vv. 18-19). Jesus, então, "advertiu os discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo" (v. 20), não só porque o povo judeu e os seus líderes tinham noções falsas sobre o Messias, mas porque o Doze ainda compartilhavam muitas dessas falsas noções . A idéia do Messias sofredor em uma cruz era um anátema para os judeus e um bloco maciço de tropeço para a sua fé em Jesus (1Co 1:23).

    A partir desse momento parece ser uma frase de transição Mateus usado para indicar uma mudança significativa no ministério de Jesus. Ele usou a mesma frase em 04:17 para marcar o início do ministério público do Senhor de Israel. Ele agora usa-lo para marcar o início de seu ministério privado aos Doze. A primeira fase foi principalmente público, com algumas aulas particulares ocasional. O segundo foi principalmente privado, com alguma instrução pública ocasional.

    O Plano de Deus

    Jesus Cristo começou a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e que ele matou, e ele levantou-se no terceiro dia (16:21)

    Neste momento Jesus Cristo começou a mostrar aos seus discípulos algumas verdades mais profundas e difíceis sobre Seu plano divino e trabalho. Não era que ele não tinha dito nada anteriormente sobre Sua rejeição e crucificação. De formas veladas Ele tinha falado de sua morte iminente, dizendo que "o Filho do Homem [seria] estará três dias e três noites no coração da terra" (Mt 12:40), e havia declarado aos líderes judeus em Jerusalém : "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (Jo 2:19). Ele continuaria a falar de Seu sepultamento (Jo 12:7). Em segundo lugar ficou a exigência divina que," sem derramamento de sangue, não há . perdão "(He 9:22) Em terceiro lugar foi o decreto divino da presciência de Deus soberano (Rm 8:29; Ef. 1: 4-5.), e quarta foi a promessa profética de que o Messias deve morrer (ver Ps. 16; 22;.. Is 53) o plano de Deus não está sujeita a alterações Ela só pode ser acreditado ou rejeitado, nunca alterada..

    No versículo 21, Jesus menciona quatro etapas ou fases de que o plano divino que Ele veio para cumprir, quatro coisas que Ele deve fazer antes do que seria concluída.

    A primeira obrigação era para ele ir a Jerusalém . Jesus tinha escolhido qualquer estrada, mas o único a Jerusalém, Ele não poderia ter se tornado o Salvador da humanidade, não importa quantas pessoas mais Curou ou quanto mais verdade que Ele ensinou. Ele teve que ir para a cidade de sacrifícios e se tornar o Cordeiro Pascal, oferecendo-se "de uma vez por todas" (He 7:27).

    Quando Jesus falou de ir a Jerusalém , ele estava em Cesaréia Phllippi, tão longe de Jerusalém, como Ele poderia ser e ainda permanecem na Palestina. Após uma breve estadia na cidade norte remoto; Ele e os discípulos se moveria para baixo novamente através da Galiléia e Samaria para Jerusalém , onde os doze começaram a temer que a morte por apedrejamento nas mãos dos líderes judeus hostis aguardado Jesus e, provavelmente, eles também (Jo 11:16). Naquele momento os discípulos, vendo essa possibilidade e não como o preenchimento do plano de Deus, mas como o empecilho, ou mesmo destruição do mesmo.

    Mesmo quando ele estava na Galiléia, foram os líderes judeus de Jerusalém, que deu a Jesus a mais oposição (ver Mat. 15: 1-2). O hipócrita, hipócrita judaísmo que floresceu em Jerusalém não podia suportar Jesus, porque Ele expôs sua maldade e impiedade e rejeitaram suas queridas, tradições humanas (ver vv 3-9.). Mas os líderes judeus em Jerusalém não teria de procurá-lo ou caçá-lo como um fugitivo. Ele ia lá inteiramente de sua própria vontade e em seu próprio tempo. "Eu dou a minha vida para que eu possa levá-lo novamente", declarou. ". Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la" (João 10:17-18). Ele disse a Pilatos: "Você não teria nenhuma autoridade sobre mim, se não tivesse sido dado do alto" (Jo 19:11).

    O nome de Jerusalém significa "fundamento da paz", embora em algumas vezes em sua longa história que tem sido descrição montagem. A cidade está localizado a 33 km a leste do Mar Mediterrâneo e 14 milhas a oeste do Mar Morto, em um planalto elevado cerca de 2.500 metros acima do nível do mar. Quando mencionado pela primeira vez nas Escrituras era conhecido como Salem, cujo rei era de Melquisedeque ", um sacerdote do Deus Altíssimo" (Gn 14:18) e uma imagem de Cristo, que foi "designado por Deus como um sumo sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque "(He 5:10). Foi no Monte Moriá, que estava perto de Salem, que Abraão ofereceu Isaque em sacrifício ao Senhor (Gn 22:2). Três meses depois, ele trouxe a Arca da Aliança lá e Jerusalém tornou-se a cidade onde o próprio Senhor simbolicamente habitou. Foi em Jerusalém que o filho de Davi, Salomão construiu o Templo, e para a cidade, portanto, tornou-se o lugar central para o culto judaico.

    Jerusalém foi alternAdãoente perdido e recapturado pelos judeus, mas nunca perdeu a sua identidade em suas mentes e corações, a cidade de Deus. Quando eles foram levados para o cativeiro de Babilônia, o salmista clamou: "Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que minha mão direita esqueça a sua habilidade. Que a minha língua se pegue ao céu da boca, se eu não me lembro de você, se eu não exaltam a Jerusalém à minha maior alegria "(Sl 137:5-6.).

    Mas quando Jesus veio à Terra, Jerusalém estava longe de viver de acordo com seu título da cidade de Deus. Durante a primeira Páscoa do Seu ministério. Jesus tomou um chicote e purificou o Templo das profanando cambistas e comerciantes de animais para o sacrifício (13 43:2-16'>João 2:13-16). Durante a próxima Páscoa, Ele violou as tradições sábado reverenciados que os rabinos tinham inventado, e os líderes judeus tentaram matá-lo por isso (5: 16-18). Durante o terceiro Páscoa, Ele deliberAdãoente ficou longe por causa do ódio por ele lá. Mais tarde, quando ele participou da Festa dos Tabernáculos, os líderes judeus novamente tentou prendê-lo e tê-Lo morto (7: 1-19, 44-45; conforme 08:59).

    Por causa de sua rejeição de Jesus, Jerusalém foi dado um novo e pagan nome ", a grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado" (Ap 11:8).

    A segunda obrigação no grande plano de Deus era que o Seu Filho, o Messias, iria sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e escribas . Esses três grupos de líderes religiosos constituíram o Sinédrio, o alto conselho judaico, cuja sede era em Jerusalém. Os anciãos eram principalmente os líderes das várias tribos espalhadas por todo Israel. Os príncipes dos sacerdotes eram em grande parte dos saduceus, e os escribas fariseus eram em grande parte por causa da incredulidade e rejeição, bem como o seu poder político, Jesus iria sofrer muitas coisas nas mãos daqueles homens.

    O terceiro must no plano de Deus era que Jesus fosse morto . A palavra grega para trás matou não foi utilizado de execuções judiciais, e, neste contexto, o significado é o de homicídio. Jesus não era legalmente julgado ou provado culpado de qualquer crime, mas foi condenado à morte pelas acusações falsas e vingativos dos líderes judeus, que estavam determinados a se livrar dele a qualquer custo. Foi no plano de Deus que, na mão do homem, Ele deveria ser assassinado (Atos 2:22-23).

    O quarto e último must era que Jesus iria ser levantado no terceiro dia. Mas por causa de sua grande angústia ao ouvir os primeiros três imperativos, é provável que os discípulos não conseguiram ouvir este em tudo. No entanto, foi esta verdade que fez os outros suportável. Esta foi a verdade da vitória que iria conquistar essas derrotas aparentes. Esta foi a obrigação de triunfo e glória.

    Resposta (v. 22) de Pedro deixa claro que ele e seus companheiros discípulos realmente não tinha ouvido as palavras de Jesus sobre ele ser levantado no terceiro dia , mais do que eles tinham realmente ouvi-lo dizer que "as portas do inferno", que é, a morte, não iria superar a Sua igreja (v. 18). Eles tinham visto aumentar a filha de Jairo e o filho da viúva de Naim. Mas se ele próprio fosse para morrer, eles provavelmente fundamentado, que iria levantar-Lo? Como poderia um Messias morto entregar e governar o seu povo?

    A presunção de Pedro

    E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita isto, Senhor! Isso nunca deve acontecer com você." (16:22)

    Porque o que Jesus tinha acabado de dizer era tão completamente ao contrário do que ele mesmo acreditava firmemente, Pedro impetuosa levou à parte e começou a repreendê-lo .

    No entanto, foi mais do que brashness que causou Pedro para fazer uma coisa dessas. O que ele fez também testemunhou perante a humanidade de Jesus. Se ele tivesse sido um endereço mística e exigente Senhor do tipo que os judeus esperavam que o Messias seja, Pedro nunca teria se atreveu-lo como ele fez aqui e em muitas outras ocasiões. Apesar presunção arrogante de Pedro, é reconfortante perceber que Jesus era seu amigo íntimo, bem como o seu Senhor. Pedro não mostrou medo em falar esta repreensão de Jesus, demonstrando a realidade de sua íntima relação que os homens.
    Os cristãos que são rápidos para repreender Pedro por tal presunção incrível deve ser honesto em reconhecer que eles também têm em vigor contradisse o Senhor às vezes. O crente que reclama de seus sofrimentos e provações e pergunta: "Por que eu, Senhor?" ações da presunção de Pedro. É fácil aceitar as bênçãos de Deus, mas não Seus testes. É fácil aceitar a prosperidade e saúde, como parte do plano de Deus para nós, mas não sofrimento e doença. Quando a alegria vem a nós, que parece ser a nossa grande quantidade adequada como um filho de Deus, mas quando a tristeza vem estamos inclinados a duvidar da sabedoria e do amor de nosso Pai celestial.

    Repreensão traduz a mesma palavra ( epitimaō ) Mateus usado de Jesus alertando os discípulos que a ninguém dissessem que era o Cristo (v. 20). A palavra levou a idéia do juízo competente, normalmente usado por um funcionário ou dirigente contra alguém sob sua jurisdição. O presente infinitivo sugere que Pedro fez a repreensão repetidamente.

    Talvez presunção de Pedro saiu do officiousness que às vezes vem com a idade, ou fora de seu ser o líder reconhecido dos apóstolos. Foi a ele que Jesus tinha acabado de declarar o Pai tinha dado revelação especial (v. 17), e Pedro agora pode ter se considerava um porta-voz de Deus. Ou, talvez, a resposta foi simplesmente típico da personalidade auto-confiante de Pedro. Certamente seu profundo amor e dependência do Salvador fez o pensamento de sua morte, uma perspectiva temível, de modo que tanto amor e temor entrou em resposta de Pedro. Em qualquer caso, o seu orgulho pecaminoso o levou a colocar o seu próprio entendimento acima de Cristo.

    Deus me livre que traduz um coloquialismo hebraica que significa literalmente, "misericórdia de ti" ou "misericórdia de você" e foi entendida como significando algo como "Deus tenha misericórdia de ti" ou "Que Deus, em sua misericórdia poupá-lo disso." No contexto da repreensão de Pedro, a frase é traduzida aqui em sua conotação mais negativa, Deus não permita isso . Consequentemente; Pedro dirigindo a Jesus como Senhor anéis ocos porque Pedro estava colocando sua própria vontade humana acima da vontade divina de Cristo.

    Para reforçar a sua repreensão, Pedro disse: "Isso nunca deve acontecer com você", completamente contradizendo o que Jesus tinha acabado de declarar era necessário. Porque ele não conseguia entender ou aceitar a idéia de um humilhadas, abusadas, e crucificado Messias, Pedro rejeitou o plano de Deus para a redenção. A sabedoria do melhor dos homens é tipicamente antagônica à sabedoria de Deus.

    O protesto de Cristo

    Mas Ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás Você é uma pedra de tropeço para mim; (16: 23a)!

    Seria difícil imaginar algo que teria chocado Pedro mais do que as palavras de Jesus. Na superfície, a intenção de Pedro não só parece honrosa, mas amoroso e compassivo. Ele não queria que o seu Senhor e amigo morrer. Ele não conseguia sequer suportar a idéia de Jesus sofrimento. Mesmo motivos mais egoístas de Pedro são compreensíveis. Durante vários anos, ele eo resto dos Doze havia se tornado completamente dependente de Jesus, não só para o ensino e orientação, mas por comida, dinheiro dos impostos; e praticamente tudo o resto. Sem Ele, que seria um barco sem leme.
    Como disse um comentarista observou, Pedro "dificilmente poderia ter entendido que por sua tentativa de dissuadir Jesus da cruz, ele estava colocando setas na proa de Satanás a ser filmado em sua amada Salvador".
    Mas quando Pedro o repreendeu por ter cogitado a idéia de ir à Sua morte, o Senhor deve ter olhado o discípulo direto nos olhos quando ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás." Foi uma resposta picadas, devastador que deve ter abalado Pedro para o núcleo de seu ser. Antes de Pedro teve a chance de terminar suas objeções, Jesus cortou abruptamente e acusou-o de ser o porta-voz de Seu adversário, Satanás.

    Jesus tinha falado quase as mesmas palavras para o próprio Satanás após as tentações no deserto (Mt 4:10). E, apesar de Satanás deixou, aprendemos com relato paralelo de Lucas de que "retirou-se dele até que um momento oportuno" (Lc 4:13). Ele continuou a tentar Jesus durante o Seu ministério de todas as maneiras que podia. Agora ele colocou na mente de Pedro a mesma idéia Ele havia tentado colocar em Jesus: "O plano de Deus é muito difícil e exigente Dê sua fidelidade a mim e sua vida será incomensuravelmente melhor Meu caminho é superior ao de Deus..."

    Isso é basicamente o que Pedro estava dizendo para Jesus: "Meu caminho é melhor que a sua e do Pai." O mesmo apóstolo que tinha acabado de confessar Jesus como o Messias e Filho de Deus (v. 16) agora o contradisse. Aquele que o Pai tinha acabado inspirado a dar que a confissão (v. 17) estava agora "inspirado" por Satanás.
    Se tal coisa poderia acontecer com Pedro, isso pode acontecer com qualquer crente. O mesmo cristão que exalta o plano de Deus pode ser atraídas para exaltando o plano de Satanás. Quando ele segue sua própria sabedoria em vez do Espírito de, o mesmo que tomou fortemente o lado de Deus pode encontrar a si mesmo, sem querer tomar o lado de Satanás.
    Jesus sabia que Satanás tinha como certamente colocar a repreensão na mente de Pedro como o Pai tinha posto a confissão lá. Seja por obsessão, opressão, ou simplesmente por influência sobrenatural, Satanás conseguiu pedir Pedro se opor caminho de Cristo e tentar atrair Jesus a desobedecer a vontade de Deus. O texto não explica os meios de a tentação, só sua fonte. E porque ele sucumbiu, Pedro encontrou-se opunham ao plano de Deus, da mesma forma o diabo tinha se opuseram a ela no deserto. Antes de perceber o que estava fazendo, ele encontrou-se falando por Satanás, e não para Deus. Na tentativa de defender Cristo, com base em seu próprio entendimento, ele encontrou-se contra Cristo.

    Satanás sabia que o caminho da cruz era o caminho de sua própria derrota, e ele, portanto, opôs-se à cruz com todo o seu ser. E isso é porque eles são filhos espirituais do diabo (Jo 8:44) que os incrédulos consideram a cruz de Cristo a ser uma pedra de tropeço tolo (1Co 1:18, 1Co 1:23). Satanás sabe que a cruz é o lugar de libertação dos homens de seu domínio do pecado e da morte, o único caminho de seu reino das trevas para o reino da luz de Deus. Depois que Cristo morreu na cruz, Satanás tentou mantê-lo morto; mas a sepultura não tinha poder sobre ele, assim como ele não teria nenhum poder sobre a Sua Igreja (Mt 16:18), o companheirismo remidos aqueles que depositam sua confiança nEle.

    A tentação de evitar a cruz foi uma verdadeira tentação de Cristo, porque Ele sabia que a cruz significava agonia inconcebível para ele. Ele sabia o que a agonia seria em tomar todas as conseqüências do pecado do mundo sobre si e que horror seria estar separado de Seu Pai celestial, mesmo por algumas horas. É por isso que no Jardim do Getsêmani, Ele suou gotas de sangue e orou: "Pai, se Tu és dispostos, retire de mim este cálice" (Lucas 22:42-44).

    Porque Pedro tinha tomado o lado de Satanás, ele se tornou uma pedra de tropeço para Cristo. obstáculo é de skandalon , uma palavra usada originalmente de uma armadilha animal, em especial a parte onde a isca foi colocado. O termo veio eventualmente ser usado de atrair uma pessoa em cativeiro ou destruição. Satanás estava usando Pedro para definir uma armadilha para Jesus.

    Os Princípios para Us

    para que você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem. "(16: 23b)

    Jesus aqui dá a razão Pedro caiu na armadilha de Satanás e se viu tentando atrair o seu Senhor para ele também: ele foi a não fixação de sua mente os interesses de Deus, mas do homem . Porque ele está caído e pecaminoso, do homem maneiras não são do Senhor, seus interesses não são de Deus .

    Porque Pedro foi raciocínio a partir de sua própria mente finita e pecadora, ele encontrou-se aliar com Satanás e contra Deus. Quando ele confiava em sua própria perspectiva, ele não podia mais ver Deus.Porque ele não continuar a submeter à liderança do Pai (ver v. 17), ele perdeu a perspectiva do Pai. Em sua sabedoria humana que ele não conseguia entender por que o seu Senhor, o Messias, teve que "ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto" (v. 21). Ele estava pensando como, um homem carnal não resgatados e viu-se a tornar-se "hostil para com Deus" (Rm 8:7). "Bem-aventurado o homem que suporta a provação", ele continua a dizer; "Pela primeira vez ele tenha sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam" (v. 12).

    De repreensão de Pedro e contra a repreensão de Jesus, os cristãos podem aprender duas lições importantes. A primeira é que caminho da salvação de Deus não corresponde à dos homens. Sua espécie de Messias não é uma espécie de homem. Portanto, a pessoa que insiste em sua própria espécie de Salvador e na vinda de Deus em seus próprios termos encontra-se contra Deus e afastando-se dele. Formas masculinas nunca levam a Deus.
    Os homens não podem ter Cristo em seus próprios termos. Para rejeitar o caminho da cruz é rejeitar a Cristo, não importa o quanto ele pode ser professada e elogiado.

    Embora ele falhou totalmente na ocasião em Cesaréia de Filipe, Pedro veio a compreender e amar o caminho da cruz. Essa foi a maneira que ele pregou no dia de Pentecostes e todo o seu ministério. Ele um dia iria escrever com grande convicção e alegria que Cristo "mesmo os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" (1Pe 2:24. ).

    A segunda lição importante é que não há dor no processo de refino de Deus. Como Jesus passou a explicar no versículo seguinte, ele chama seus discípulos para compartilhar seu sofrimento e sua cruz. Eles são chamados a negar a si mesmo e tomar as suas próprias cruzes como eles segui-Lo (Mt 16:24). A sua não é a obediência a Cristo sem cruz.

    Para fazer ouro espiritual de seus filhos, o pai deve queimar a escória pecaminosa. De Seu remanescente redimiu Ele diz: "Eu vou ... refiná-los como se purifica a prata, e testá-los como o ouro é testado Ela invocará o meu nome, e eu vou respondê-las;. Eu vou dizer:" Eles são o meu povo ', e eles vão dizer: "O Senhor é o meu Deus'" (Zc 13:9)

    Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la;. Mas quem perder a sua vida por minha causa achá-la. Pois que aproveitará o homem que ele lucrou, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai com os seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras ". (16: 24-27)

    Esta passagem estabelece o coração do discipulado cristão e dá um golpe de morte aos falsos evangelhos egocêntricos que são tão populares no cristianismo contemporâneo. Ele não deixa espaço para o evangelho de obter, em que Deus é considerado um tipo de gênio utilitarista que salta para fornecer um crente todos os seus caprichos. Fecha-se a porta para o evangelho da saúde e da riqueza, que afirma que se um crente não é saudável e próspero, ele simplesmente não tenha exercido os seus direitos divinos ou então não tem fé suficiente para reivindicar suas bênçãos. Põe em causa o evangelho da auto-estima, amor-próprio, e de alta auto-imagem, que apela ao narcisismo natural do homem e prostitutas o espírito de quebrantamento humilde e arrependimento que marca o evangelho da cruz.
    Para chegar a Jesus Cristo é receber e continuar a receber para sempre. Mas Jesus, através da Sua instrução direta durante Seu ministério terreno e através de seus apóstolos no resto do Novo Testamento, repetidamente deixa claro que deve haver uma cruz antes que a coroa, sofrendo antes glória, sacrificar antes recompensa. O coração do discipulado cristão está dando antes de ganhar, a perder antes de vencer.

    Esta não foi a primeira vez que Jesus falou sobre o alto custo do discipulado. Ele havia dito: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim E quem não toma a sua cruz e siga-Me depois não é. digno de mim Quem acha a sua vida, perdê-la, e quem perder a sua vida por minha causa achá-la "(Mt 10:37-39; conforme Lucas 14:26-27.).. Ele havia dito ao jovem rico em Perea, "Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que possui, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me" (Mc 10:21). Para os gregos, que pediu para vê-Lo, Jesus disse: "Em verdade, em verdade, eu vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la; e aquele que odeia a sua vida neste mundo deve mantê-la para a vida eterna "(João 12:24-25).

    Mas esses ensinamentos correu ao contrário do judaísmo popular dos dias de Jesus; assim como eles são contrários a muito popular, quase-cristianismo hoje. Como a maioria de seus compatriotas judeus, os Doze esperavam que o Messias se libertar do jugo romano, destronar os Herodes, e estabelecer o reino terrestre de Deus em toda a sua glória. Foi, portanto, difícil de conciliar os ensinamentos de Jesus sobre a humildade; sacrificar, e dom de si com esse ponto de vista. Jesus não agiu como o Messias régio eles esperavam, e Ele os proibiu de atuar como vice-regentes de um Messias tal mítico. No entanto, eles sabiam que os milagres de Jesus e seus ensinamentos não poderia ser explicada humanamente, e pelo trabalho de Deus em seus corações eles tinham finalmente chegado a reconhecer que Ele era realmente o Messias (Mt 16:16). Todo o quadro ainda não se encaixam para eles.

    Particularmente como resposta impetuoso de Pedro a Jesus deixa claro (v. 22), eles ainda não estavam dispostos a aceitar a idéia de rejeição, sofrimento e morte do Messias. Nem eram ainda convencidos de que o caminho do discipulado envolvido esses mesmos grandes custos. Portanto, Jesus repetiu a lição muitas vezes e de várias formas. Eles ainda não foram a pensar como Deus pensa, mas ainda gosto de homens caídos pensar, porque suas mentes não foram "os interesses de Deus, mas o homem de" (23 v.).

    Eles não aceitaram o truísmo de que é impossível para Deus, se encarnou em seu filho ou a viver nos corações dos crentes, a entrar em meio a uma sociedade anti-Deus sem que haja hostilidade; censura e opressão. Quando santidade atende falta de santidade, uma reação violenta é inevitável. "E, de fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos", disse Paulo (2Tm 3:12).

    O Princípio

    Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (16:24)

    Quando Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim," eles foram, sem dúvida, lembrou do tempo que ele tinha chamado a cada um deles. Algumas dois anos e meio antes que eles haviam deixado famílias, amigos, ocupações, e tudo o mais, a fim de seguir a Jesus.

    Para os incrédulos entre as multidões que estavam presentes naquela ocasião (ver Mc 8:34), as palavras de Jesus vir após mim aplicada à entrega inicial do novo nascimento, quando uma pessoa vem a Cristo para a salvação e a velha vida de pecado é trocada por uma nova vida de retidão. Para os crentes de lá, incluindo os Doze, vir após mim reiterou a chamada para a vida de obediência a Cristo diariamente.

    É uma triste possível para os crentes a perder o primeiro amor que eles tinham quando recebeu a Cristo como Senhor e salvar rendeu tudo o que eles foram e teve a Ele (ver Ap 2:4). Cada vez que ele foi confrontado sobre seu relacionamento com Jesus, Pedro mais veementemente negou conhecê-lo (vv. 70, 72, 74). Ele renegou seu mestre diante do mundo.

    Isso é exatamente o tipo de negação um crente é fazer com relação a si mesmo. Ele é repudiar-se completamente, de se recusar a reconhecer o auto do velho homem. As palavras de Jesus aqui poderia ser parafraseada, "Deixe que ele se recusam qualquer associação ou companheirismo com ele mesmo . " A abnegação não só caracteriza uma pessoa, quando vier na fé salvadora de Cristo, mas também como ele vive como um fiel discípulo de Cristo.

    O auto a que Jesus se refere não é a própria identidade pessoal, como um indivíduo distinto. Cada pessoa é uma criação única de Deus, e que o Pai celestial sabe cada um de Seus filhos pelo nome. Ele tem o nome de todos os crentes ", gravado nos céus" (Lc 10:20). O auto de que Jesus está falando é sim o pecador rebelde auto natural,,, não redimido que está no centro de toda a pessoa caída e que pode até mesmo recuperar o controle temporário sobre um cristão. É o corpo carnal; o "velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano" (Ef 4:22) e ainda está para ser resgatados na glorificação (conforme Rm 8:23). Para negar que o auto é confessar com Paulo: "Sei que nada de bom habita em mim, isto é, na minha carne" (Rm 7:18). Para negar que o auto é ter a sincera, verdadeira convicção de que um não tem nada em sua humanidade, recomendar-se diante de Deus, nada vale a pena oferecer-Lhe em tudo.

    O crente é feita aceitável diante de Deus quando ele confia em Jesus Cristo, e ele está diante do Senhor em perfeita justiça, e vestidos de "o novo, o qual, à semelhança de Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade" (Ef . 4:24). Mas, como Paulo também declarou, mesmo depois da salvação um crente não tem mais bondade em si mesmo ", isto é, na [sua] carne", do que tinha antes salvação.Para negar a si mesmo é "fazer nenhuma provisão para a carne" (Rm 13:14) e para "não confiamos na [ele]" (Fp 3:3). É o coração quebrantado e contrito que Deus ama e nunca desprezar (Sl 51:17). Não é a auto-justos e auto-satisfeito, mas o penitente e humilde a quem Deus salva Não era o fariseu orgulhoso que tinha um tal de alta imagem de si mesmo, mas o coletor de impostos de coração partido que pediu a Deus por misericórdia;. que Jesus disse " desceu justificado para sua casa "(Lc 18:14).

    Todo o propósito do Antigo Testamento, que se reflecte claramente na lei de Moisés, que era para mostrar ao homem como espiritualmente e moralmente pobre e impotente que ele é em si mesmo. A lei não foi feita para mostrar aos homens como eles poderiam trabalhar o seu caminho em favor de Deus, mas para mostrar-lhes como é impossível fazer jus ao santos padrões de Deus por seus próprios recursos.
    Arthur Rosa escreveu: "O crescimento na graça é o crescimento para baixo, é a formação de uma estimativa mais baixa de nós mesmos, é uma realização aprofundamento de nosso nada;. É um reconhecimento sincero de que não somos dignos do menos da misericórdia de Deus"

    Para ser salvo chamadas para um pecador negar a si mesmo, de modo a "considerar os membros do [seu] corpo terreno como morto à imoralidade; impureza, a paixão, desejo maligno ea avareza, o que equivale a idolatria" (Cl 3:5.).

    O segundo requisito do discipulado é assumir de uma cruz . Essa idéia tem profundo significado que deve ser compreendido. Tomando-se a própria cruz não é um nível místico de altruísta "mais profunda vida espiritual" que só a elite religiosa pode esperar alcançar. Também não é a provações e dificuldades comuns que todas as pessoas experimentam alguma vez na vida. A cruz é não ter um marido não salvo, esposa irritante, ou mãe-de-lei dominador. Também não é ter uma deficiência física ou que sofrem de uma doença incurável. Para ocupar de uma cruz é simplesmente estar disposto a pagar qualquer preço por causa de Cristo. É a disposição de suportar a vergonha, vergonha, reprovação, rejeição, perseguição e até mesmo o martírio por amor a Ele.

    Para o povo da época de Jesus, a cruz era uma realidade muito concreta e vívida. Era o instrumento de execução reservada para os piores inimigos de Roma. Era um símbolo da tortura e morte que aguardava aqueles que ousaram levantar a mão contra a autoridade romana. Não muitos anos antes de Jesus e os discípulos chegaram perto de Cesaréia de Filipe, 100 homens foram crucificados na área. Um século mais cedo, Alexander Janneus tinham crucificado 800 rebeldes judeus em Jerusalém, e depois da revolta que se seguiu à morte de Herodes, o Grande, 2.000 judeus foram crucificados pelo procônsul romano Varo. Crucificações em menor escala eram uma visão comum, e estima-se que, talvez, cerca de 30.000 ocorreu sob autoridade romana durante a vida de Cristo.

    Quando os discípulos ea multidão ouviu Jesus falar de tomar a cruz, não havia nada de místico com eles sobre a idéia. Eles imediatamente imaginou uma pobre alma condenada caminhando ao longo da estrada de transporte (que é uma tradução exata da AIRO , que significa "levantar, urso, ou carregar") o instrumento de sua execução em suas próprias costas. Um homem que tomou a sua cruz começou sua marcha da morte, levando a própria viga sobre a qual ele iria cair.

    Para um discípulo de Cristo para levar até sua cruz é para ele estar disposto a iniciar em uma marcha da morte. Para ser um discípulo de Jesus Cristo, é estar disposto, em Seu serviço, para sofrer as indignidades, a dor, e até mesmo a morte de um criminoso condenado.

    Obviamente, o grau de sofrimento e perseguição varia de crente para crente, de vez em quando, e de lugar para lugar. Nem todos os apóstolos foram martirizados, mas todos eles estavam dispostos a ser martirizado. Nem todo discípulo é chamado a ser martirizado, mas cada discípulo é ordenado a estar disposto a ser martirizado. "Amados", escreveu Pedro para seus irmãos na fé, "não se surpreender com o fogo ardente no meio de vós, que vem sobre vós para o seu teste, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo, mas na medida em que você compartilha os sofrimentos de Cristo, continuar alegres; para que também na revelação da sua glória;. você pode se alegrar com exultação Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre vós "( 1 Ped. 4: 12-14).

    Para chegar a Jesus Cristo para a salvação não é para levantar a mão ou assinar um cartão, embora essas coisas às vezes podem desempenhar um papel. Para chegar a Jesus Cristo está para vir até o fim do eu e do pecado e tornar-se tão desejosos de Cristo e Sua justiça que um vai fazer qualquer sacrifício para Ele.

    Jesus havia dito: "Não penseis que vim trazer paz à terra;. Eu não vim trazer paz, mas espada Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe e um filha-de-lei contra a mãe-de-lei, e os inimigos do homem serão os membros de sua família "(Mateus 10:34-36.). Ele também disse: "O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu mestre .... Se chamaram o chefe da casa Belzebu, quanto mais os membros de sua família!" (Vv. 24-25). Cristo estava agora na verdade dizendo aos Seus discípulos que se Ele, seu Senhor, teria que "sofrer muitas coisas ... e ser morto" (Mt 16:21), como eles poderiam esperar escapar o mesmo tratamento?

    cruz representa o sofrimento que é nosso por causa da nossa relação com Cristo. Como Jesus mudou-se sem hesitação em direção a Jerusalém, o lugar de execução, onde Ele "deve ir" (v. 21), ele já tinha tomado a sua cruz e começava a dar em suas costas os pecados do mundo inteiro. E em Sua trem, milhões de discípulos, todos com suas próprias cruzes, desde então suportado afrontas com Ele.

    Cristo não chamar discípulos para si mesmo para tornar sua vida fácil e próspero, mas para torná-los santos e produtivo. Vontade de tomar a sua cruz é a marca do verdadeiro discípulo. Como o hymnist escreveu: "Deve Jesus carregar a cruz sozinho, e todo o mundo livre? Não, há uma cruz para todos, e há uma cruz para mim." Aqueles que fazem confissões iniciais de seu desejo de seguir Jesus Cristo, mas se recusam a aceitar a angústia, ou perseguição, são caracterizados como os falsos, almas infrutíferas que são como solo rochoso, sem profundidade. Elas murcham e morrem sob a ameaça de a reprovação de Cristo (13 20:40-13:21'>Mat. 13 20:21). Muitas pessoas querem um discipulado "sem custo", mas Cristo não oferece tal opção.

    O terceiro requisito do discipulado é a obediência fiel. Só depois de uma pessoa nega a si mesmo e toma a sua cruz, Jesus disse, ele é preparado para siga-Me. O verdadeiro discipulado é a submissão ao senhorio de Cristo, que se torna um padrão de vida. "Aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo 2:6). Para continuar em Sua Palavra é para ser seu verdadeiro discípulo (Jo 8:31).

    Paulo chama a salvação a "obediência da fé" (Rm 1:5.). Pedro descreve obra salvadora soberana de Deus em uma vida como "a obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e ser aspergido com o Seu sangue" (1Pe 1:2), e uma vez que cada crente tem o Espírito Santo (Rm 8:9).

    A Paradox

    Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa achá-la. Pois que aproveitará o homem se aproveitou, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? (16: 25-26)

    Vida e alma aqui sinônimo com o outro e com a auto (24 v.). Todas as três palavras representam a pessoa interior, o "verdadeiro eu".

    O que pode aqui parece ser uma idéia complexa e contraditória é realmente muito simples. O Senhor está dizendo que quem vive apenas para salvar a sua terrena, física vida, sua facilidade e conforto e aceitação por parte do mundo, vai perder sua oportunidade de eterna vida . Mas quem está disposto a abrir mão de seu terreno, a vida mundana e para sofrer e morrer, se necessário, por amor de Cristo, vai encontrar a vida eterna. Cada pessoa tem uma escolha. Ele pode "ir para ela" agora e perdê-lo para sempre; ou ele pode abandoná-lo agora e ganhá-lo para sempre.

    Jesus também identificou o falso crente que faz gestos iniciais de seguir o evangelho, mas não vai deixar de ir ao mundo e todas as suas bugigangas, como o solo ruim cheio de ervas daninhas que sufocam a verdadeira vida espiritual (Mt 13:22).

    O verdadeiro discípulo está disposto a pagar qualquer preço fidelidade ao Senhor requer. O preço pode significar que sofre o martírio como Paulo fez ou duradoura esgotamento físico e doença no serviço de Cristo como Epafrodito fez. Quaisquer que sejam as particularidades de levar a cruz de um crente pode ser, requer a vontade de abandonar recursos pessoais de segurança de segurança, saúde, amigos, trabalho, e até mesmo a vida.
    A história é contada de um escravo plantação no antigo Sul, que estava sempre feliz e cantando. Não importa o que aconteceu com ele, sua alegria foi sempre abundantes. Um dia, seu mestre lhe perguntou: "O que você tem que te faz tão feliz?"
    O escravo respondeu: "Eu amo o Senhor Jesus Cristo. Ele perdoou o meu pecado e colocar uma música no meu coração."
    "Bem, como faço para obter o que você tem?" perguntou ao seu mestre.
    "Você vai e colocar a sua melhor roupa de domingo e você vir aqui e trabalhar na lama com a gente e você pode tê-lo", foi a resposta.
    "Eu nunca faria isso", disse o proprietário respondeu indignado quando ele partiu em um acesso de raiva.
    Algumas semanas mais tarde, o mestre fez a mesma pergunta e deu a mesma resposta. Algumas semanas mais tarde, ele veio pela terceira vez e disse: "Agora ele direto comigo. O que eu tenho que fazer para ter o que você tem?"
    "Apenas o que eu te disse das outras vezes", veio a resposta.
    Em desespero, o proprietário disse: "Tudo bem, eu vou fazê-lo."
    "Agora você não tem que fazer isso", disse o escravo. "Você só tinha que estar disposto."
    Não é que um discípulo tem que ser um mártir, mas que ele está disposto a ser um mártir se fidelidade a Cristo exige.
    Jesus reforçou o paradoxo, acrescentando, "Pois que aproveitará o homem se aproveitou, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?" Aqui está a hipérbole final. "Imagine, se você puder, Jesus estava dizendo:" o que seria como a de alguma forma possuem todo o mundo . De que duradouro benefício seria isso, se em ganhar que você perdeu a suaalma , sua vida eterna? "Essa pessoa seria um homem morto andando que temporariamente possuía tudo, mas que enfrentou uma eternidade no inferno, em vez de no céu.

    "Ou," Jesus continuou: " o que poderia possivelmente ele vale a pena ter durante esta vida, se a ganhá-lo, você teria que trocar sua alma? " Para ganhar cada posse possível neste mundo e ele ainda sem Cristo é estar falido sempre Mas a abandonar tudo neste mundo para a causa de Cristo é ser rico para sempre (conforme Mt 6:19-21.).

    A Parusia

    Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então recompensará a cada um segundo as suas obras. (16:27)

    Parousia é uma forma substantiva do verbo grego trás para vir e é muitas vezes usado para se referir a segunda vinda de Cristo, de que esta é a primeira menção no Novo Testamento.

    Um dia de julgamento está chegando, Jesus lembrou aos discípulos e à multidão. O Pai "tem dado todo o julgamento ao Filho" (Jo 5:22), e quando o Filho do Homem , que também é o Filho de Deus, vem na glória de seu Pai, com os Seus anjos (um evento descrito em Mateus . 24-25), Ele então recompensará a cada um segundo as suas obras . Santos anjos de Cristo são os instrumentos do seu serviço e seu julgamento, e quando Ele vier de novo à terra, eles virão com Ele, para levantar "os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida" e "os que fizeram o mal para a ressurreição do juízo "(Jo 5:29).

    Essa verdade geral tinha sido proclamado muito antes pelo salmista: "tu nos recompensar um homem segundo o seu trabalho", declarou o salmista (Sl 62:12.). Ele também foi repetido por Paulo em sua carta à igreja de Roma. Em 2: 5-8, ele é específico:

    Mas por causa de sua teimosia e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras: para aqueles que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade vida eterna; mas para os que são egoístas, que não obedecer à verdade e obedientes à iniqüidade, ira e indignação.

    "Cada um de nós", o apóstolo escreveu mais tarde, "dará conta de si mesmo a Deus" (Rm 14:12). Mateus 25 registra o ensinamento do Senhor sobre o julgamento das nações. Eles também serão julgados por suas obras (vv. 31-46).

    Como o Senhor analisa a vida de cada pessoa que já viveu, Ele vai dizer por assim dizer, "Há um crente. Eu posso dizer por suas obras, porque elas são o produto do Meu Espírito Santo. Não é um descrente, como Posso também dizer por suas obras, porque elas são o produto de carne. " Não é que as obras salvar, mas que eles são o produto de salvação. Tiago ensina que o único tipo de fé que salva é o tipo que resulta em um comportamento justo (Tiago 2:14-26; conforme Ef 2:10.).

    Aqueles cujas obras são do agrado do Senhor são aqueles que, pela graça e poder soberano de Deus, ter confiado em Cristo como Senhor de poupança, apesar de negar auto, tomando a sua cruz e segui-Lo.Eles vão receber a vida eterna e todas as bênçãos do céu. Aqueles cujas obras são rejeitados pelo Senhor são aqueles que põem a sua esperança e confiança nas coisas efêmeras desta vida. Eles receberão a condenação eterna e todos os tormentos do inferno.
    A chamada para a salvação é um chamado para o discipulado, como descrito nesta passagem. Quando Deus salva, Ele produz este tipo de seguidor.

    94.Promissa e advertência sobre a Segunda Vinda (Mateus 16:27-28)

    "Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos;. E então recompensará a cada um segundo as suas obras verdade vos digo que, há alguns daqueles que estão aqui que não provarão morte até que vejam o Filho do homem no seu reino. " (16: 27-28)

    Embora o Antigo Testamento contém mais de 1.500 profecias sobre a vinda do Messias, o Cristo, não foi revelado claramente aos santos da época que Sua vinda seria em duas fases distintas, milhares de anos separados. A primeira etapa seria caracterizada por sofrimento e sacrifício pelo pecado, eo segundo pela conquista e esplendor. O foco central do Novo Testamento é a primeira vinda de Cristo, mas a segunda vinda também é mencionado ou alusão a uma vez em cada 25 versos, de um total de cerca de 320 vezes.
    As referências do Antigo Testamento para um Messias sofredor e Redentor foram frequentemente racionalizadas por intérpretes judeus ou espiritualizada, a ponto de insignificância. Nas mentes da maioria dos judeus nos dias de Jesus o Messias havia de vir, mas uma vez, como o rei conquistador da terra.
    Portanto, assim como Jesus se aproximou de seu tempo de sofrimento, Ele continuou a preparar os discípulos para que todos eles, mas se recusou a acreditar: que Ele, o divino Filho do Homem e não o Messias, ao invés de conquistar seus inimigos e estabelecer Seu reino eterno na terra naquela época, teria primeiro de morrer nas mãos dos inimigos.

    Mateus 16:27-17: 6 contém um dos grandes destaques do ministério do Senhor na terra. Ele olha em frente a sua vinda que a segunda e última vez, o tempo de Seu retorno em exaltação e glória, quando todos os seus inimigos de fato ser colocado sob seus pés e ele irá estabelecer o reino eterno de longo esperado. Como Ele introduz este ensino (16: 27-28), Jesus dá uma promessa, um aviso, e, em seguida, uma repetição da promessa.

    A Promessa

    Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; (16: 27a)

    Jesus referiu-se a Si mesmo como o Filho do homem mais do que por qualquer outra designação. O nome reflete sua humanidade e sua encarnação, de Sua identificando-se plenamente com a humanidade como um dos seus, e, neste contexto profético a maré antiga tem especialmente rico significado.

    Em sua visão dos quatro animais, Daniel, olhei, por assim dizer, em toda a história da humanidade e viu o seu clímax impressionante. "Eu ficava olhando até tronos foram criadas", diz ele, "e um ancião de dias se assentou;. Sua veste era branca como a neve e o cabelo da sua cabeça como a pura lã Seu trono estava em chamas com as chamas, as rodas eram um fogo ardente ". Era uma cena de Deus ", o Ancião dos Dias", sentado em seu trono de julgamento. Suas vestes brancas falar de Sua perfeita pureza e santidade, Seu cabelo de lã pura fala de sua sabedoria perfeita, e as rodas em chamas falar de sua autoridade soberana. O "rio de fogo ... fluindo e saía de diante dele" retrata o seu consumo, purgando julgamento divino. Com "milhares e milhares ... assistir a Ele, e miríades de miríades ... de pé diante dele," o tribunal de julgamento divino e convocou "os livros foram abertos" (Dan. 7: 9-10).

    Após a besta, líder mundial satânico supremo eo Anticristo é destruído, Daniel vê "um semelhante ao Filho do Homem", que "veio até o Ancião dos Dias e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado o domínio, glória e . reino, para que todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram seu domínio é um domínio eterno, que não passará, eo seu reino é um que não será destruído "(vv 11-14.).
    Foi sobre esse tempo de julgamento fatídico que Jesus estava aqui falando aos discípulos, que precisava desesperAdãoente de uma palavra de encorajamento. Recentemente, eles tinha ouvido falar muito de dor, mas pouco de ganho, muito do sofrimento, mas pouco de glória muito da cruz, mas pouco da coroa. Portanto, Jesus garantiu-lhes que Ele era realmente o Filho do Homem a quem Daniel viu vir na glória de seu Pai, com os Seus milhares e milhares e miríades de miríades de santos anjos para receber o reino e executar o julgamento.

    Aqui foi a primeira revelação específica de Jesus aos Seus discípulos de Sua segunda vinda. Depois de apenas dizer-lhes que Ele era Deus em carne humana, que Ele era o Messias prometido, que Ele iria construir um reino que nada poderiam prejudicar ou destruir, mas que Ele primeiro teve de ser rejeitada, morto, e ressuscitar dentre os mortos-He agora informou que ele vai um dia voltar em grande glória e justo juízo para estabelecer o Seu trono.
    Nas Escrituras, a palavra glória é muitas vezes usado para representar a totalidade da natureza, caráter e atributos de Deus. Quando Ele veio à terra como um homem, a divindade de Jesus foi velado (conforme Fm 1:2). Para testemunhar os atributos de Deus é ter um vislumbre de Sua glória , tudo o que a plenitude do Seu nome implica.

    Durante o discurso Olivet, apenas alguns dias antes de sua prisão e crucificação, Jesus voltou a falar de Sua vinda. "Logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá," Ele disse, "e a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados, e então o sinal do Filho do Homem aparecerá no céu, e, em seguida, todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os seus anjos com grande trombeta e eles reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma extremidade do céu para o outro "(Mat. 24: 29-31). Ele, então, entrar em chamas, revelou a glória , e toda a terra se encherá com essa glória , assim como na visão de Isaías (Is 6:1; conforme Sl 72:19).

    A mensagem que o Messias viria em glória não era nova. Foi talvez a verdade messiânica com que os judeus daquela época eram mais familiar. Jesus agora afirmada e deu uma perspectiva mais completa para que a verdade, a verdade Seus discípulos pensaram estava sendo contrariada e frustrado tanto por Sua rejeição pelos líderes judeus e por sua própria incapacidade de fazer valer o seu divino poder e glória.

    Em Filho do Homem para Thee I Cry , um velho e out-da-print hino por um autor desconhecido, encontramos estas verdades encantadores:

    Aquele que chorou acima da sepultura,
    Aquele que acalmou a onda de fúria,
    Meek a sofrer, forte para salvar,
    Ele virá em glória!

     

    Ele, que via de tristeza trilhado,
    Ele que toda boa bestowed-
    Filho do Homem e Filho de Deus-
    Ele virá em glória.

     

    Ele que sangrou com flagelação dolorido,
    Espinhos e escarlate humildemente usava,
    Aquele que cada tristeza bore-
    Ele virá em glória.

     

    Monarch da O rosto ferido,
    Escárnio de judeus e desprezo de grego,
    Sacerdote e Rei, divinamente mansidão
    Ele virá em glória.

     

    Aquele que morreu para nos libertar,
    Aquele que vive e ama me e'en,
    Aquele que vem a quem vou ver, Jesus só-só He-
    Ele reinará em glória!
    Para aqueles que conhecem e amam o Senhor Jesus Cristo, Sua volta em glória é uma promessa reconfortante e emocionante que lhes enche de grande esperança e expectativa. Como os santos sob o altar celestial (Apocalipse 6:9-10), eles se perguntam quanto tempo o Senhor vai permitir que o mundo seguir seu caminho pecaminoso antes de intervir no poder soberano e trazer a justiça, equidade e justiça ao mundo. Eles se perguntam com o salmista: "Até quando, ó Deus, o adversário injuriarem, e que o inimigo desprezar o teu nome?" (Sl 74:10;. Conforme 35:17). Em resposta à promessa de Jesus: "Sim, venho sem demora" rezam com João: "Amém. Vem, Senhor Jesus" (Ap 22:20).

    Neste ponto no ministério de Jesus, os discípulos especialmente necessário uma palavra de esperança de seu Senhor. Ele tinha acabado de dizer-lhes a sua iminente sofrimento e da morte e das condições exigentes do verdadeiro discipulado, de tomar a sua própria cruz e de desistir da própria vida, a fim de salvá-lo (Mt 16:21-25). Talvez pela primeira vez, ele estava se tornando claro para eles que o caminho de Cristo é o caminho da abnegação, sacrifício, a rejeição, a perseguição, e muito possivelmente o martírio. Ele estava começando a nascer em-lhes que o caminho de Cristo é o caminho da obediência voluntária a qualquer preço. Ele está dizendo não a facilidade, conforto, dinheiro e prazer e de dizer sim a dor, a luta, perseguição e guerra espiritual por causa dele.

    O Warning

    e então recompensará a cada um segundo as suas obras. (16: 27b)

    Em Sua vinda gloriosa de Jesus também então recompensará a cada um segundo as suas obras. O crente aguarda com expectativa a segunda vinda, na esperança de compartilhar seus grandes glória enquanto que o incrédulo pode olhar para a frente apenas no medo de ser condenado no âmbito do Senhor julgamento. Todo homem aqui é abrangente!

    À luz dessa dupla perspectiva, o retorno do Senhor é agridoce para os crentes que são sensíveis e amorosos. Como João como provado o pequeno livro que ele tomou da mão do anjo (Ap 10:10), eles pensam da segunda vinda como "doce como mel" sobre o seu próprio destino, mas "amarga" a respeito do destino das almas perdidas miríade que não terá nada de Cristo. Foi, talvez, que a verdade que levou Paulo a declarar: "Portanto, conhecendo o temor do Senhor, procuramos persuadir os homens" (2Co 5:11).

    Ao falar aqui de Sua retribuir a cada um segundo as suas obras , Jesus estava falando em termos gerais sobre a segunda vinda, não sobre um evento ou elemento específico dentro dele. Ele estava simplesmente apontando que ele vai ser um momento de glória e recompensa para aqueles que pertencem a Ele e um tempo de julgamento e punição para aqueles que não o fazem. Sua vinda vai resolver o destino de cada homem (conforme João 5:25-29).

    No dia do juízo, todo homem será julgado com base em suas ações. Não é que atos são o meio de salvação, que é pela graça mediante a fé. Mas exteriores de uma pessoa obras são a evidência mais segura de sua condição espiritual interior. As pessoas estão mais conhecida pelos seus frutos, Jesus disse (Mt 7:16). Tiago declarou que "a fé, se não tiver obras, é morta" (Jc 2:17).

    Justo obras não são a fonte da salvação, mas eles são a verificação objectiva de que ela ocorreu. Jesus declarou: "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7:21.). Paulo disse aos crentes de Corinto em sua primeira carta a eles, "o trabalho de cada homem se tornará evidente, porque o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelado a fogo, e o fogo em si irá testar a qualidade do trabalho de cada homem" (1Co 3:13). Em sua segunda carta a eles, ele disse: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um pode ser recompensado por suas obras no corpo de acordo com o que ele fez, seja bom ou mau" (2 Cor. . 5:
    10) Para a igreja em Tiatira o Senhor mesmo declarou: "Vou dar a cada um de vós segundo as suas obras" (Ap 2:23; conforme Ap 20:13).

    Entre as últimas palavras da Escritura é a declaração de Jesus: "Eis que venho sem demora eo meu galardão está comigo, para dar a cada um de acordo com o que ele fez" (Ap 22:12). Durante todo o Novo Testamento é repetidamente deixou claro que "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus", que "retribuirá a cada um segundo as suas obras (Rm 14:12.): Para aqueles que com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade vida eterna;. mas para os que são egoístas, que não obedecer à verdade e obedientes à iniqüidade, ira e indignação Haverá tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal, .. . mas glória, honra e paz a todo aquele que faz o bem "(Rom. 2: 6-10).

    Nenhuma obra verdadeiramente justos pode se manifestar na vida de um descrente, porque ele não tem habitação do Espírito Santo para produzi-los e nenhuma nova natureza divina através do qual a santidade do Espírito pode ser expressa. A vida do crente, por outro lado, é caracterizada por obras de justiça, porque ele tem vida própria e o Espírito de Deus dentro de si, como fonte e energia para essas obras. Uma pessoa que não tem nenhuma evidência de comportamento justo em sua vida não tem nenhuma base para a garantia da salvação, não importa quanto tempo e vocalmente ele pode ter professado ser um cristão.

    No entanto, o honesto, humilde crente sabe que, não importa o quão fielmente ele estuda e obedece a Palavra de Deus e tem comunhão com Ele na oração, ele ainda está muito aquém da justiça perfeita do Senhor. Mas ele também sabe que, "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9). Porque um crente tem dado a sua vida a Jesus Cristo, Seu próprio Espírito produz em nós obras que são dignos de recompensa de Deus.Para o crente, portanto, a verdade que o Senhor então recompensará a cada um segundo as suas obras é uma promessa maravilhosa.

    Para os descrentes, no entanto, que a verdade é um terrível aviso, porque o tribunal de Cristo não terão aceitáveis ​​atos para apresentar ao Senhor como evidência de salvação. Muitos cristãos professos vai dizer ao Senhor "naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? E, em seguida, [Cristo] irá declarar-lhes: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade "(Mateus 7:22-23.).

    Para os incrédulos, esse dia será um dos medo unrelieved como eles finalmente perceber que as boas obras em que tinham sido contando para torná-los bem com Deus nada mais eram do que vestes sujas (conforme Is 64:6.).

    Para todos os homens que haverá um dia de contabilidade, um dia de acerto de contas. Para a levar a cruz, obediente Cristão será um dia de grande alegria e glória, porque ele vai ter provas de que a vida de Deus está dentro dele pela fé em Jesus Cristo. Mas para o impenitente, pecador-rejeitar a Cristo, será um dia de grande terror e tormento, porque ele terá tido nenhuma evidência de vida divina.

    A promessa repetida

    Em verdade vos digo que, há alguns daqueles que estão aqui que não provarão a morte até que vejam o Filho do homem no seu reino. (16:28)

    À luz da crescente oposição de Jesus pelos líderes religiosos judeus e suas predições sobre iminente sofrimento e da morte, foi, sem dúvida, com algum cepticismo que os discípulos ouviram a promessa de seu Senhor de um dia retornar em glória "Se fôssemos tão confusa sobre seu primeiro chegando ", eles podem ter fundamentado," por que devemos ter esperanças sobre a segunda vinda de qual sabemos tão pouco? " Tudo o que parecia certo de neste momento era que a obra de seu Senhor parecia ser um fracasso absoluto, que Ele estava diante da morte iminente, e que Ele lhes havia ordenado a aceitar de bom grado o mesmo destino. Portanto, a compreensão espanto dos discípulos e fé fraca, Jesus repetiu a promessa, acrescentando que "alguns dos que estão aqui ... não provarão a morte até que vejam o Filho do Homem no seu reino".

    Taste morte era uma expressão comum entre os judeus que se refere a beber o cálice da morte, em outras palavras, para morrer. Jesus assegurou aos Doze que, antes da morte, alguns deles veriam no seu reino .

    Porque todos os Doze morreram há muito e Jesus ainda não voltou depois de quase dois mil anos, muitas pessoas têm tropeçou este texto. Mas porque Jesus era incapaz ou de mentir ou de errar, que deveria ser óbvio que ele não estava dizendo que alguns deles não iria morrer fisicamente antes de Sua segunda vinda real.
    Para entender corretamente o que Jesus quis dizer, é antes de tudo útil saber que basileia ( reino ) foi muitas vezes usado como uma metonímia para significar 'majestade real "ou" nobre esplendor "-em grande parte da mesma forma que cetro tem sido muito utilizado em sentido figurado para representar o poder e autoridade. utilizado dessa forma real basileia remete para uma manifestação da realeza de Jesus, em vez de Seu reino terrestre literal. Sua promessa, portanto, poderia ser traduzido, " até que eles verão o Filho do Homem no seu esplendor real. "

    No início de seu sermão de Pentecostes Pedro cita uma extensa passagem do profeta Joel (Atos 2:28-32), uma passagem que diz respeito especificamente aos eventos que "será nos últimos dias" (At 2:17; conforme Jl 2:28). Referindo-se aos acontecimentos dramáticos que acabara de ocorrer, no Dia de Pentecostes, Pedro disse: "Isto é o que foi dito pelo profeta Joel" (At 2:16). No entanto, é óbvio que todos esses eventos não ocorreu no Pentecostes. O Espírito de Deus não foi derramado sobre toda a humanidade; não havia "sinais em baixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumaça"; eo sol não estava "se transformou em trevas" ou "lua em sangue" (Atos 2:17-21). Os acontecimentos desse dia maravilhoso como eram, não assinalou a segunda vinda. No dia de Pentecostes não foi "nos últimos dias" de que Joel falou.

    No entanto, os eventos do Pentecostes fossem um vislumbre e antegozo dos últimos dias, como Pedro declara no versículo 16. O "ruído como um violento, vento impetuoso", que "encheu toda a casa onde eles [os 120 crentes que tinham se reunido para a oração] estavam sentados, "o aparecimento de" línguas como de fogo "que" pousaram sobre cada um deles ", e serem cheios do Espírito e habilitado" a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem "(2: 2-4) foram prenuncia dos Senhores segunda vinda glória. Em certa medida, todos do ensino de Jesus divino e milagres e do ensino e milagres dos apóstolos eram um vislumbre do tipo de fenômeno que vai caracterizar que a futura glória. Eles eram um gosto de "a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro" (He 6:5; Lucas 9:27-36) e, como mencionado acima, basileia pode ser traduzida como "esplendor real" —Parece que Jesus aqui deve estar se referindo especificamente a sua transfiguração única e impressionante diante de Pedro, Tiago e João, apenas seis dias depois (ver 17: 1). Esses três discípulos estavam a alguns entre os Doze, que não morreria até que, em uma visualização mais milagrosa eles verão o Filho do Homem no seu reino.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28

    Mateus 16

    Cegos aos sinais — Mat. 16:1-4

    A levedura perigosa — Mat. 16:5-12

    13 40:16-16'>O cenário do grande descobrimento — 13 40:16-16'>Mat. 16:13-16

    13 40:16-16'>O caráter inadequado das categorias humanas — 13 40:16-16'>Mat. 16:13-16 (cont.)

    A grande promessa — Mat. 16:17-19

    As portas do inferno — Mat. 16:17-19 (cont.)

    O lugar de Pedro — Mat. 16:17-19 (cont.)

    A grande repreensão — Mat. 16:20-23

    O desafio por trás da repulsa — Mat. 16:20-23 (cont.)

    O grande desafio — Mat. 16:24-26

    Perder e achar a vida — Mat. 16:24-26 (cont.)

    A advertência e a promessa — Mat. 16:27-28

    CEGOS AOS SINAIS

    Mateus 16:1-4

    A hostilidade, assim como a necessidade, faz com que as pessoas mais estranhas se unam. É um fenômeno fora do comum encontrar uma união de saduceus e fariseus. Eles sustentavam crenças e políticas diametralmente opostas. Os fariseus viviam segundo as minúcias e os detalhes da lei oral e a dos escribas. Os saduceus rechaçavam imediatamente tal lei, e só aceitavam a palavra escrita da Bíblia como sua norma de vida.

    Os fariseus acreditavam em anjos e na ressurreição da carne e os saduceus não. Paulo fez uso desta oposição quando enfrentou o julgamento do Sinédrio (Atos 23:6-10). E — o que neste caso é o mais importante — os fariseus não eram um partido político. Estavam dispostos a viver sob qualquer governo que lhes permitisse observar seus princípios religiosos. Os saduceus eram a pequena aristocracia enriquecida, o partido colaboracionista e estavam muito dispostos a servir e ajudar ao governo romano a fim de manter sua riqueza e privilégios. Além disso, os fariseus esperavam e desejavam a chegada do Messias, os saduceus não. Teria sido impossível encontrar duas seitas e partidos mais diferentes; e entretanto, uniram-se em seu malvado desejo de eliminar a Jesus. Todo engano tem uma coisa em comum: é hostil a Cristo.

    O que fariseus e saduceus exigiam era um sinal. Como já vimos, os judeus tinham o costume de esperar que um profeta ou líder legitimasse sua mensagem mediante algum sinal extraordinário (Mateus 12:34-40). A resposta de Jesus é que o sinal está aí, pode ser visto. Os judeus conheciam muito bem os fenômenos climáticos. Sabiam que o céu vermelho ao entardecer anunciava bom tempo; e que um céu vermelho pela manhã indicava que se aproximava uma tormenta. Mas eram cegos aos sinais dos tempos.

    De maneira que Jesus lhes disse que o único sinal que receberiam seria o sinal de Jonas. Já vimos o que era o sinal de Jonas (Mateus 12:38-40). Jonas foi o profeta que converteu o povo do Nínive e que o desviou de seus maus costumes para Deus. O sinal que fez com que o povo de Nínive se voltasse para com Deus não foi o fato de que um monstro marinheiro tragasse a Jonas. Não sabiam nada sobre isso, e Jonas jamais o usou como isca de peixe. O sinal de Jonas foi o próprio Jonas e sua mensagem de Deus. Foi o surgimento do profeta e a mensagem que trazia o que mudou a vida do povo de Nínive.

    Assim, o que diz Jesus é que o sinal de Deus é o próprio Jesus e sua mensagem. É como se lhes dissesse: "Em Mim vocês se confrontam com Deus e com a verdade de Deus. Que mais podem necessitar? Mas são tão cegos que não podem vê-lo." Aqui há um verdade e uma advertência. Jesus Cristo é a última palavra de Deus. A revelação de Deus não pode ir além de Jesus Cristo. Aqui está Deus de maneira evidente, para que todos o vejamos. Aqui está a mensagem de Deus, bem clara, para que todos a escutemos. Aqui está o sinal de Deus para os homens. A verdade que também é uma advertência é que se Jesus não pode chegar aos homens, não há nada que possa obtê-lo. Se Jesus não pode convencer os homens, ninguém pode fazê-lo. Se os homens não podem ver a Deus em Jesus, não podem vê-lo em nada nem em ninguém. Quando nos confrontamos com Jesus Cristo, encontramo-nos frente à última palavra de Deus, e frente a seu último chamado. E sendo assim, o que pode esperar o homem que rechaça essa última oportunidade, que chega a ouvir essa última palavra, que não aceita esse último chamado?

    A LEVEDURA PERIGOSA

    Mateus 16:5-12

    Aqui nos encontramos com uma passagem muito difícil. De fato, podemos afirmar que só podemos conjeturar seu significado. Jesus e seus discípulos tinham empreendido a viagem para a outra margem do lago e os discípulos tinham esquecido de levar pão. Por alguma razão, sentiam— se muito preocupados e molestos por seu descuido. Jesus lhes disse: "Olhem, guardem-se da levedura dos fariseus e dos saduceus." Ora, a palavra levedura tem dois sentidos. Tem um sentido físico e literal. A levedura era uma pequena parte de massa fermentada, e sem levedura nos ingredientes não se podia cozinhar o pão. Esse foi o sentido em que os discípulos compreenderam a Jesus quando este falou de levedura. Tendo seus pensamentos concentrados no pão que tinham esquecido, só podiam imaginar que Jesus os advertia contra certo tipo de levedura perigosa.
    É bem possível que pensassem o seguinte: esqueceram-se de trazer pão, isso significava que se queriam obter pão deviam comprá-lo dos gentios do outro lado do lago. Ora, nenhum judeu que fosse estritamente ortodoxo podia comer pão que tinha sido cozinhado, tocado ou amassado por um gentio. De maneira que o problema de obter pão do outro lado do lago era algo insolúvel. Os discípulos se esqueceram de levar pão, e podem ter pensado que Jesus dizia: "Vocês esqueceram o pão que é puro porque é judeu, cuidem-se de não se sujarem quando chegarem ao outro lado do lago ao comprar pão que contém levedura impura."
    Seja como for, os discípulos só pensavam no pão. De maneira que Jesus lhes pediu que lembrassem. "Lembrem-se", disse-lhes Jesus, "da alimentação dos cinco mil, e dos quatro mil; e lembrem quanto houve para comer e tudo o que sobrou. E quando vocês relembrarem estas coisas, sem dúvida deixarão de se preocuparem e se alterarem por insignificâncias. Vocês já viram que, estando Eu presente, essas insignificâncias se solucionaram, e se podem voltar a solucionar. Não se preocupem mais e tenham confiança em mim."
    Expressou-o de maneira tão clara que os discípulos não puderam deixar de entender. Então Jesus repetiu sua advertência: "Cuidem-se da levedura dos fariseus e saduceus!" Agora, levedura tem outro sentido que não é físico e literal, mas metafórico. Levedura era a expressão metafórica que empregavam os judeus para referir-se a uma má influência. Para a mentalidade judia, a levedura sempre simbolizava o mal. Fermentava a massa. O judeu identificava fermentação com putrefação: a levedura representava tudo o que é mau, corrupto, podre. A levedura tem o poder de penetrar qualquer parte de massa em que for posta. De maneira que a levedura simbolizava uma má influência capaz de penetrar na vida e corrompê-la. Agora os discípulos compreenderam. Deram-se conta de que Jesus não se referia ao pão, mas sim lhes formulava uma advertência contra a má influência do ensino e as crenças dos fariseus e saduceus.
    Qual seria essa má influência? No que Jesus poderia estar pensando ao falar contra a má influência do ensino dos fariseus e saduceus? Isso é algo sobre o qual só podemos fazer conjeturas; mas conhecemos as características da mentalidade dos fariseus e saduceus.

    1. Os fariseus viam a religião em termos de leis, mandamentos, normas e regras. Viam a religião em termos de ritual externo e pureza exterior. De maneira que Jesus diz: "Cuidem-se de converter sua religião em uma série de 'não deves' como faziam os fariseus. Cuidem-se de identificar a religião com uma série de ações externas e esquecer que o que importa é o estado do coração do homem." Esta é uma advertência contra o viver no legalismo e denominá-lo religião. É uma advertência contra uma religião de coisas exteriores. Para expressá-lo em termos modernos é uma advertência contra uma religião de respeitabilidade exterior, que se interessa pelas ações externas da pessoa e esquece o estado de seu coração.
    2. Os saduceus tinham duas características, intimamente relacionadas entre si. Eram ricos e aristocráticos, e estavam muito comprometidos com política. De maneira que o que Jesus dizia podia ser o seguinte: "Cuidem-se para jamais identificar o reino do céu com bens externos e de fixar suas esperanças em convertê-lo em uma atividade política." Esta pode ser uma advertência contra a tendência a dar muita importância às coisas materiais em nossa escala de valores e contra o fato de pensar que se pode reformar os homens por meia da ação política. Pode ser que Jesus estivesse relembrando aos homens que a prosperidade material não é, por certo, o bem supremo. As verdadeiras bênçãos são as do coração e a mudança autêntica não é o das circunstâncias externas, mas a mudança que se produz no coração dos homens.

    O CENÁRIO DO GRANDE DESCOBRIMENTO

    13 40:16-16'>Mateus 16:13-16

    Aqui temos o relato de outro dos retiros de Jesus. Aproximava-se o fim e necessitava todo o tempo que pudesse para estar a sós com seus discípulos. Tinha tantas coisas a lhes dizer e tantas coisas a lhes ensinar, embora houvesse muitas coisas que eles não podiam tolerar nem compreender. Com esse fim se retirou aos distritos da Cesaréia de Filipe. Cesaréia de Filipe se encontra a uns quarenta e seis quilômetros ao nordeste do mar da Galiléia. Estava fora do território pertencente o Herodes Antipas, governador da Galiléia, e dentro da região pertencente o Felipe o tetrarca. A maior parte da população não era judia e ali Jesus estaria tranqüilo e poderia ensinar aos Doze.
    Enfrentar a Jesus neste momento era um problema muito delicado. Seu tempo era breve, seus dias na carne estavam contados. O problema era: Havia alguém que podia entendê-lo? Havia alguém que o tinha reconhecido pelo que era e por quem era? Havia alguém que, uma vez que ele se fosse da carne, continuaria sua obra e trabalharia para seu

    Reino? Não cabe a menor dúvida de que se tratava de um problema crucial. Para expressá-lo com toda crueldade, afetava a própria sobrevivência da fé cristã. Se não havia ninguém que tivesse compreendido a verdade, ou ao menos a tivesse vislumbrado, todo seu trabalho desapareceria; se havia alguns, embora fossem poucos, que tivessem entendido a verdade, sua obra estava a salvo. De maneira que Jesus se propôs a pôr tudo isto à prova e perguntar a seus seguidores quem eles criam que Ele era.

    O lugar onde Jesus fez a pergunta reveste-se de um profundo interesse. Pode haver poucos lugares que suscitassem mais associações religiosas que Cesaréia de Filipe.

    1. O território estava coberto de templos do antigo culto ao Baal sírio. Em The Land and the Book, Thomson menciona não menos de quatorze desses templos nas proximidades. Tratava-se de um território cujo próprio ar e atmosfera exalavam o fôlego da antiga religião. Era um lugar à sombra dos deuses da antiguidade.
    2. Os deuses sírios não eram os únicos venerados no lugar. Perto de Cesaréia de Filipe se erguia uma grande colina, e nela havia uma caverna profunda. Dizia-se que nessa caverna tinha nascido Pão, o grande deus da natureza. Cesaréia de Filipe estava tão identificada com esse deus que seu nome original era Panias, e, até o momento atual recebe o nome do Banias. As lendas dos deuses gregos se reuniam ao redor de Cesaréia de Filipe.
    3. Além disso, afirmava-se que nessa caverna era onde surgiam as fontes do Jordão. Josefo escreve: "Trata-se de uma cova muito espaçosa na montanha debaixo da qual há uma grande cavidade na terra. A caverna é abrupta e prodigiosamente profunda e cheia de águas tranqüilas. Por cima se eleva uma montanha muito alta e por baixo da caverna brotam as fontes do rio Jordão." A mera idéia de que este fosse o lugar de onde surgia o rio Jordão o acalmaria de toda a história e a lembrança de todo o passado judeu, qualquer judeu devoto e piedoso respiraria ali o ar da antiga fé do judaísmo.
    4. Mas havia algo mais. Em Cesaréia de Filipe havia um grande templo de mármore branco construído à divindade de César. Foi construído por Herodes o Grande. Josefo diz: "Herodes adornou mais ainda o lugar, que já era muito notável, com a construção deste templo, que dedico a César." Em outra passagem Josefo descreve a caverna e o templo: "E quando César entregou a Herodes outra região mais, também construiu nela um templo de mármore branco, junto às fontes do Jordão. O lugar se chama Panio, onde se encontra o topo de uma montanha imensa e junto a ela, abaixo ou a seus pés, abre-se uma caverna. Dentro dela há um precipício espantoso que desce de maneira abrupta a uma profundidade imensa. Contém uma enorme quantidade de água que está parada, e quando alguém faz baixar algo para medir a profundidade, não há corda que alcance."

    Assim, pois, Herodes construiu o templo à divindade de César. Mais adiante, Felipe, o filho de Herodes, embelezou e enriqueceu o templo mais ainda e mudou o nome de Panias por Cesaréia — a cidade de César — e acrescentou seu próprio nome — Filipo que significa de Felipe — para diferenciá-la da cidade da Cesaréia que estava sobre as costas do Mediterrâneo. Mais tarde Herodes Agripa chamaria Neronea ao lugar, em honra do imperador Nero. Ninguém podia olhar à Cesaréia de Filipe, embora à distância, sem ver esse montão de mármore brilhante e sem pensar no poderio e a divindade de Roma.

    De maneira que nos encontramos ante uma imagem dramática. Vemos um carpinteiro da Galiléia, sem um centavo, sem lar, com doze homens muito simples a seu lado. Nesse momento a elite ortodoxa de sua época está elaborando um plano mediante o qual pensa eliminá-lo e destruí-lo como um herege perigoso. Encontra-se em uma região cheia de templos dos deuses sírios; em um lugar que contemplavam os deuses gregos; em um lugar onde a história do Israel enchia as mentes dos homens, onde o esplendor de mármore branco da casa em que se rendia culto a César dominava a paisagem e obrigava à vista a posar-se nele. E ali — entre todos os lugares possíveis — se ergue este surpreendente carpinteiro e pergunta aos homens quem acreditam que Ele é, e espera a resposta: o Filho de Deus. É como se Jesus se levantasse a propósito contra o pano de fundo das religiões do mundo em toda sua história e seu esplendor e exigisse que o comparassem com elas e que se decidissem em favor dEle. Há poucas cenas em que a consciência de sua própria divindade brilha com uma luz mais maravilhosa em Jesus.

    O CARÁTER INADEQUADO DAS CATEGORIAS HUMANAS

    13 40:16-16'>Mateus 16:13-16 (continuação)

    Assim, pois, em Cesaréia de Filipe Jesus planejou exigir uma decisão de seus discípulos. Antes de partir para Jerusalém e para a cruz deve saber se algum deles vislumbrou embora de maneira remota quem e o que Ele é. Não formulou a pergunta em forma direta, conduziu-os para ela. Começou perguntando o que diziam as pessoas sobre Ele, e quem acreditavam que era.
    Alguns diziam que era João Batista. Herodes Antipas não era o único que sentia que João Batista era uma figura de tanta importância que podia ser que tivesse ressuscitado dentre os mortos.

    Outros diziam que era Elias. Ao fazê-lo afirmavam duas coisas sobre Jesus. Diziam que era tão grande como o maior dos profetas, porque sempre se considerou Elias como a cúspide, o topo e o príncipe da linha profética. Também diziam que Jesus era o precursor do Messias. Como Malaquias expressou, a promessa de Deus era: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR” (Ml 4:5). Até o dia de hoje os judeus esperam a vinda de Elias antes da chegada do Messias, e até o dia de hoje deixam uma cadeira vazia para Elias quando celebram a Páscoa, porque quando chegar Elias, o Messias não demorará. De maneira que o povo via Jesus como o arauto do Messias e o precursor da intervenção direta de Deus.

    Alguns diziam que Jesus era Jeremias. Jeremias ocupava um lugar estranho nas expectativas do povo de Israel. Acreditavam que antes que o povo partisse para o exílio Jeremias tinha tirado o arca e o altar do incenso do templo e os tinha oculto em um lugar solitário no Monte Nebo e que, antes da chegada do Messias, Jeremias voltaria e os devolveria e a glória de Deus voltaria para povo (2 Macabeus 2:1-12). Em 2 Ed 2:18 a promessa de Deus é: "Para sua ajuda enviarei a meus servos 1saías e Jeremias."

    Há uma lenda muito curiosa dos tempos das guerras macabéias. Antes da batalha com Nicanor, na qual o comandante judeu era o grande Judas Macabeu, Onias, o bom homem que tinha sido sumo sacerdote, teve uma visão. Orou pelo triunfo na batalha. "Logo se apareceu também um homem que se distinguia por sua idade e sua dignidade, rodeado de admirável e majestosa soberania. Onias havia dito: 'Este é o que ama a seus irmãos, que ora muito por seu povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus.' Jeremias, tendendo sua mão direita entregou a Judas uma espada de ouro, e ao dá-la, pronunciou estas palavras: 'Recebe, como presente de parte de Deus esta espada sagrada com a qual destroçarás aos inimigos."' (2 Macabeus 15:13-16). Jeremias também era o precursor da chegada do Messias e a ajuda para seu povo em tempos de perigo. Segundo sua própria opinião, quando as pessoas identificavam a Jesus com Elias ou com Jeremias, elas o estavam elogiando e lhe dando um lugar muito alto, porque Jeremias e Elias eram nada menos que os precursores esperados do Ungido de Deus. Quando eles chegassem o Reino estaria muito perto.
    De maneira que, uma vez que Jesus ouviu o veredicto da multidão, formula a pergunta fundamental: "E vós, quem dizeis que sou eu?" Ante essa pergunta pode ser que se produziu um instante de silêncio, enquanto que na mente dos discípulos se amontoavam idéias que quase temiam expressar com palavras. E logo Pedro faz seu grande descobrimento e sua grande confissão, e Jesus sabe que sua obra está a salvo porque pelo menos há uma pessoa que o compreende.
    É interessante assinalar que cada um dos três evangelhos tem sua própria versão das palavras do Pedro. Mateus diz: "Tu és o Cristo, o

    Filho do Deus vivo." Marcos é o mais sucinto de todos (Mc 8:19): "Tu és o Cristo." Lucas é o mais claro (Lc 9:20): "O Cristo de Deus."

    Agora Jesus sabia que pelo menos uma pessoa o tinha reconhecido como o Messias, o Ungido de Deus, o Filho do Deus vivo. A palavra Messias e a palavra Jesus são idênticas; uma é a versão hebraica e a outra a versão grega da expressão O Ungido de Deus. Naquela época, e também em nossos dias, ungia-se aos reis quando iniciavam suas funções. O Messias, o Cristo, o Ungido de Deus é o Rei divino de Deus sobre os homens.

    Nesta passagem há duas grandes verdades.

    1. Em essência, o descobrimento do Pedro expressa que as categorias humanas, inclusive as mais excelsas eram inadequadas para descrever a Jesus Cristo. Quando as pessoas descreviam a Jesus como Elias ou Jeremias ou um dos profetas, acreditavam que estavam pondo a Jesus na maior categoria que podiam encontrar. Elias era o precursor que todos os homens esperavam; Jeremias também ocupava um lugar no reino divino e era o auxiliar do povo de Deus nos dias de perigo. Os judeus acreditavam que a voz dos profetas tinham permanecido em silêncio durante quatrocentos anos, e o que agora afirmavam era que, em Jesus, os homens voltavam a ouvir a voz direta e autêntica de Deus. Estas são alegrias muito importantes, porém não são suficientes, porque não há categorias, descrições ou classificações cristãs adequadas para descrever a Jesus. Em uma ocasião Napoleão deu seu veredicto sobre Jesus. "Eu conheço os homens", disse, "e Jesus Cristo é mais que um homem." Não há a menor dúvida de que Pedro não poderia ter dado uma explicação teológica nem uma explicação filosófica melhor do que quis dizer ao afirmar que Jesus era o Filho do Deus vivente. Pelo que se estava muito seguro era de que nenhuma descrição meramente humana era adequada para referir-se a Jesus Cristo.
    2. Esta passagem nos indica que nossa descoberta de Jesus Cristo deve ser uma descoberta pessoal. A pergunta de Jesus é: "Você, o que pensa você de mim?" Quando Pilatos perguntou a Jesus se era o rei dos judeus, a resposta de Jesus foi: "Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito?" (João 18:33-34). Nosso conhecimento de Jesus jamais pode ser de segunda mão. Alguém pode conhecer tudo o que se tem dito a respeito de Jesus; pode conhecer todas as cristologias concebidas pela mente do homem; pode ser capaz de brindar um resumo competente do ensino sobre Jesus que fizesse cada pensador e teólogo do mundo — e, entretanto, não ser cristão. O cristianismo nunca consiste em conhecer algo sobre Jesus; sempre consiste em conhecer a Jesus. Jesus Cristo exige um veredicto pessoal. Não só perguntou a Pedro; pergunta a cada homem: " Você, o que pensa a meu respeito?"

    A GRANDE PROMESSA

    Mateus 16:17-19

    Esta passagem é uma das que provocam tormentas nas interpretações do Novo Testamento. Sempre foi difícil enfocá-la com tranqüilidade e sem preconceito, porque é o fundamento sobre o qual os católicos romanos apóiam a posição do Papa e da Igreja. A Igreja Católica Romana a entende no sentido de que a Pedro foram entregues as chaves que admitem ou excluem aos homens do céu, e que lhe foi dado o poder de absolver ou não a qualquer pessoa de seus pecados. Além disso, a Igreja Católica Romana sustenta que, com esses enormes poderes Pedro se tornou o bispo de Roma, e que seu poder se transmitiu a todos os bispos de Roma e existe na atualidade no Papa que é a cabeça da Igreja e o bispo de Roma. É fácil comprovar quão impossível é tal doutrina para qualquer crente protestante Também é fácil entender que tanto protestantes como católicos enfoquem esta passagem, não com o desejo sincero de interpretar seu significado, e sim com o firme propósito de não ceder um milímetro em sua posição e, se for possível, destruir a do outro. Busquemos, pois, achar o significado desta passagem.

    Encontramos nela um trocadilho. Em grego Pedro se diz Petros e rocha se diz petra. O nome de Pedro em aramaico é Cephas, e tal é o nome aramaico para rocha. Em ambos os idiomas nos achamos diante de um trocadilho. Tendo Pedro feito a sua grande descoberta e confissão, Jesus lhe diz: "Tu és Petros e sobre esta petra edificarei a minha igreja."

    Devemos começar por assinalar que, além de qualquer outra coisa, a palavra implica um enorme louvor. E não é uma metáfora estranha ou insólita no pensamento judeu. Os rabinos aplicavam a palavra rocha a Abraão. Tinham um dito: "Quando o Santo viu a Abraão que estava por erguer-se, disse: 'Descobri uma rocha (petra) sobre a qual posso fundar o mundo'. De maneira que chamou a Abraão rocha (sul), e por isso se diz: 'Olhe a rocha da qual saíste.'" Abraão era a rocha sobre a qual se fundou a nação e o propósito de Deus. Mais ainda, a palavra rocha (sul) aplica— se uma e outra vez ao próprio Deus. "Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita" (Dt 32:4). "Porque a rocha deles não é como a nossa Rocha" (Dt 32:31). "Rocha não há, nenhuma, como o nosso Deus" (1Sm 2:2). "O SENHOR é minha rocha e minha fortaleza, e meu libertador" (2Sm 22:2). A mesma frase aparece no Sl 18:2. "Que rocha há fora de nosso Deus?" (Sl 18:31). A mesma frase se encontra em 2Sm 22:32.

    Há uma coisa que é muito clara. Chamar a alguém rocha é o maior dos louvores; e também é evidente que nenhum judeu que conhecesse o Antigo Testamento, podia empregar a frase sem que sua mente se voltasse para Deus que era a única rocha autêntica que o defenderia e procuraria sua salvação. O que quis dizer Jesus, então, quando empregou a palavra rocha nesta passagem? Foram dados pelo menos quatro respostas a essa pergunta.

    1. Agostinho interpretou que a rocha significava o próprio Jesus. É como se Jesus tivesse dito: "Você é Pedro, e sobre mim mesmo como rocha fundarei minha igreja, e chegará o dia em que, como recompensa por sua fé, você será grande dentro da igreja."
    2. A segunda explicação é que a rocha é a verdade que afirma que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo. A Pedro foi divinamente revelada essa grande verdade. Deus mesmo foi quem abriu os olhos de Pedro a esse grande descobrimento. Com efeito, o fato de que Jesus Cristo é o Filho de Deus é a pedra basal da fé e a crença da Igreja. Sobre essa grande verdade se funda a Igreja pelos séculos dos séculos. Esta explicação sustenta que a verdade divinamente revelada de que Jesus é o Filho de Deus é o único fundamento sobre o qual se apóia a Igreja. Não há dúvida de que isto é certo, porém não parece destacar o trocadilho que aparece na passagem.
    3. A terceira explicação é que a rocha é a fé de Pedro. A Igreja se funda sobre a fé de Pedro. Essa fé de Pedro foi a faísca que acenderia a fé da Igreja em todo o mundo. A fé de Pedro foi o ímpeto inicial que algum dia faria surgir a Igreja universal.
    4. Chegamos à última interpretação, que é a melhor. Consiste em que Pedro mesmo é a rocha, mas em um sentido especial. Não é a rocha sobre a qual se funda a Igreja; essa rocha é Deus. É a primeira pedra basal de toda a Igreja. Pedro foi o primeiro homem da Terra que descobriu quem era Jesus. Foi o primeiro homem que efetuou o salto de fé que via em Jesus Cristo o Filho do Deus vivo. Em outras palavras, Pedro foi o primeiro membro da Igreja e, nesse sentido, a Igreja está fundada sobre ele. Este é o significado. É como se Jesus tivesse dito a Pedro: "Pedro, você é o primeiro em compreender quem sou eu; portanto, é a primeira pedra, a pedra fundamental, o princípio mesmo da Igreja que fundo." E nos séculos por vir, qualquer um que faz o mesmo descobrimento que Pedro fez é outra pedra que se acrescenta ao edifício da Igreja de Cristo.

    Assinalemos duas coisas que ajudam a esclarecer isto.
    (1) Com muita freqüência, a Bíblia emprega figuras com um propósito definido. Não é preciso acentuar os detalhes da imagem, o que importa é o objetivo central. Agora, com relação à Igreja o Novo Testamento emprega com muita freqüência a imagem de edificar, mas a utiliza com muitos propósitos e de diversos pontos de vista. Aqui Pedro é o fundamento, no sentido de que é a pessoa sobre a qual se edifica toda a Igreja, porque foi o primeiro em descobrir quem foi Jesus. Em Ef 2:20 se afirma que os profetas e os apóstolos são o fundamento da Igreja. A Igreja terrestre, falando da perspectiva humana, depende de sua obra, de seu testemunho e de sua fidelidade. Na mesma passagem Jesus Cristo é a principal pedra angular; é o poder e a força que mantém unida a Igreja. Sem Ele todo o edifício se desintegraria e viria abaixo. Em I Pedro 2:4-8 todos os cristãos são pedras vivas que devem ser edificadas dentro da Igreja. Em 1Co 3:11 Jesus é o único fundamento e ninguém pode estabelecer outro.

    É evidente que os escritores do Novo Testamento tomaram a imagem da edificação e a empregaram de diferentes maneiras. Mas por trás de todas essas imagens sempre está a noção de que Jesus Cristo é o verdadeiro fundamento da Igreja e o único poder que mantém unida a Igreja. Quando Jesus disse ao Pedro que sobre ele edificaria sua igreja, não quis dizer que a igreja dependeria de Pedro, visto que dependia de Cristo e de Deus, a Rocha, e de ninguém mais. O que quis dizer foi que a igreja começava com Pedro. Nesse sentido Pedro é o fundamento da igreja e essa é uma honra que nenhum homem pode tirar.
    (2) O segundo elemento que se deve destacar é que a palavra igreja (ekklesia) empregada nesta passagem transmite uma impressão um tanto errônea. Quando ouvimos a palavra igreja tendemos a pensar em nossa própria igreja. Ou pelo menos tendemos a pensar na igreja como uma instituição e organização com edifícios, escritórios, cultos, reuniões, entidades várias e todo tipo de atividades. O mais provável é que Jesus tenha empregado a palavra quahal, que é o termo que emprega o Antigo Testamento para referir-se à congregação de Israel, a reunião do povo do Senhor. O que Jesus a disse a Pedro foi: "Pedro, você é o começo do novo Israel, do novo povo do Senhor, da nova comunhão dos que crerem em meu nome. Pedro foi o primeiro do grupo de pessoas que creram em Jesus. O que começou com Pedro não foi uma igreja, no sentido humano, muito menos no sentido denominacional. O que começou com Pedro foi a união de todos os que crêem em Jesus Cristo, que não se identifica com nenhuma igreja e que não se limita a nenhuma delas em particular, mas sim abraça a todos aqueles que, em todas as Iglesias, amam ao Senhor.

    De maneira que podemos afirmar que a primeira parte desta controvertida passagem significa que Pedro é a pedra fundamental da igreja no sentido de que é o primeiro desse imenso grupo que declara com alegria seu próprio descobrimento de que Jesus Cristo é Senhor; mas que em última instância, Deus mesmo é a Rocha sobre a qual se edifica a igreja.

    AS PORTAS DO INFERNO

    Mateus 16:17-19 (continuação)

    Jesus prossegue dizendo que as portas do inferno não prevalecerão contra sua igreja, o que significam essas palavras? A idéia de portas que prevalecem não é, de qualquer ponto de vista, uma imagem natural e facilmente compreensível.
    Esta também tem mais de uma explicação.

    1. Pode ser que seja a imagem de uma fortaleza. Esta figura poderia apoiar-se no fato de que no topo da montanha que flanqueava a Cesaréia de Filipe se encontram na atualidade as ruínas de um grande castelo que pode ter sido levantado em todo seu esplendor na época de Jesus. Pode ser que Jesus tenha estado pensando em sua igreja como uma fortaleza e nas forças do mal como uma fortaleza inimiga. E o que diz, então, é que o poderio do mal jamais prevalecerá contra a igreja.
    2. Richard Glover tem uma explicação muito interessante desta frase. No antigo Oriente, especialmente nas pequenas cidades e aldeias, a Porta sempre era o lugar onde se reuniam os anciãos e os governantes e onde pronunciavam seus conselhos e emitiam seus julgamentos. Por exemplo, a lei estabelece que se um homem tiver um filho rebelde e desobediente deve levá-lo "aos anciãos da cidade, à sua porta" (Dt 21:19), e ali se emitia o julgamento e se fazia justiça. Em Dt 25:7, a mulher que tem um determinado problema é aconselhada a ir "à porta, aos anciãos". A porta era o tribunal popular porque ali se reuniam os anciãos. De maneira que a expressão a porta pode ter chegado a significar o lugar de governo. Durante muito tempo, por exemplo, denominou-se o governo da Turquia de a Sublime Porta. De maneira que o sentido da frase seria: Os poderes, o governo do Hades jamais prevalecerão contra a igreja.
    3. Há uma terceira possibilidade. Suponhamos que voltamos para a idéia de que a rocha sobre a qual se funda a igreja é a crença, a fé e a convicção de que Jesus não é outro senão o Filho do Deus vivo. Ora, esta frase não fala das portas do inferno, mas sim das portas do Hades. E o Hades não era o lugar de castigo e sim o lugar onde, segundo a crença judia primitiva, iam todos os mortos. Como é evidente, a função das portas é manter as coisas dentro, confiná-las, encerrá-las, controlá-las.

    Havia uma só pessoa a quem as portas do Hades não podiam encerrar em seu interior; e essa única pessoa era Jesus Cristo. Ele rompeu os laços da morte. Como diz o autor de Atos: "Era impossível que fosse retido pela morte... Não deixará minha alma no Hades, nem permitirá que seu Santo veja corrupção" (At 2:24, At 2:27). De maneira que isto pode ser nada menos que uma referência triunfante à próxima Ressurreição. Pode ser que Jesus estivesse dizendo: "Vocês descobriram que sou o Filho do Deus vivo. Logo virá o momento em que serei crucificado, e as portas do Hades se fecharão detrás de Mim. Mas não têm poder para me manter dentro delas. As portas do Hades carecem de poder contra mim, o Filho do Deus vivo."

    Seja qual for a interpretação, esta frase expressa de maneira triunfante o caráter indestrutível de Cristo e sua igreja.

    O LUGAR DE PEDRO

    Mateus 16:17-19 (continuação)

    Agora chegamos a duas frases nas quais Jesus descreve certos privilégios que foram concedidos a Pedro assim como certas obrigações que lhe atribuíram.
    (1) Jesus diz que dará a Pedro as chaves do Reino. Esta é uma frase obviamente difícil. E o melhor que podemos fazer é começar estabelecendo aquelas coisas a respeito desta frase sobre as quais podemos estar seguros.

    1. A frase sempre fez referência a uma espécie muito especial de poder. Os rabinos, por exemplo, tinham um dito: "As chaves do nascimento, da chuva, e da ressurreição dos mortos pertencem a Deus." Quer dizer, que Deus é o único que tem o poder de criar vida, de enviar a chuva, e de ressuscitar os mortos. A frase sempre indica um poder único e especial.
    2. No Novo Testamento sempre se aplica esta frase a Jesus. As chaves estão em suas mãos e nas de nenhum outro. Em Ap 1:18 o Cristo ressuscitado diz: "Eu sou o que vivo e fui morto; mas eis aqui que vivo pelos séculos dos séculos, amém. E tenho as chaves da morte e do Hades." Em Ap 3:7 se descreve ao Cristo ressuscitado como: "O Santo, o Verdadeiro, que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre." Está claro que esta frase deve interpretar-se como indicação de um direito divino determinado e seja qual for a promessa que fez a Pedro não se deve interpretar que anula ou infringe um direito que só pertence a Deus e ao Filho de Deus.
    3. Todas estas imagens e usos do Novo Testamento se remontam a uma imagem de Isaías (Is 22:22). Ali Isaías descreve a Eliaquim que terá a chave da casa do Davi sobre seu ombro e que será o único que abrirá e fechará. Ora, o dever do Eliaquim era ser o zeloso guardião da casa. O guardião é quem tem as chaves da casa, quem abre a porta pela manhã e a fecha pela tarde, e através dele os visitantes têm acesso à presença real. De maneira que o que Jesus diz a Pedro é que nos dias por vir Pedro será o guardião do Reino. E no caso do Pedro trata-se de abrir, não de fechar, a porta do Reino. E, de fato, foi isso que aconteceu. No Pentecostes, Pedro, o guardião do Reino, abriu a porta a três mil almas (At 2:41). Abriu a porta ao centurião gentio, Cornélio, de maneira que a porta do Reino girou sobre seus gonzos para dar entrada ao mundo gentio (Atos 10). Atos 15 relata em que forma o Conselho de Jerusalém abriu as portas de par em par aos gentios e como foi o testemunho de Pedro o que o fez possível (At 15:14; Simão é Pedro). A promessa de que Pedro teria as chaves do Reino significava que Pedro seria o meio para abrir a porta que conduz milhares de pessoas a Deus nos dias por vir. O fato concreto é que Pedro não é o único que tem as chaves do Reino. Todo cristão as tem porque cada um de nós pode abrir a porta do Reino a alguém e participar da grande promessa de Jesus Cristo.

    (2) Além disso, Jesus prometeu a Pedro que o que ele atar permaneceria atado, e o que desatar permaneceria desatado.

    Richard Glover interpreta que Pedro exporia os pecados dos homens, os ataria às consciências dos homens, e logo libertaria a estes de seus pecados, falando do amor e do divino perdão de Deus. Trata-se de uma idéia muito bonita e não há dúvida que é verdadeira, porque tal é o dever de todo pregador e professor cristão, mas tem um significado ainda mais rico. Atar e desatar eram expressões judias muito comuns. Eram empregadas especialmente ao referir-se às decisões dos grandes mestres e dos grandes rabinos. Seu sentido mais corrente, que qualquer judeu poderia reconhecer, era permitir e proibir. Atar algo era declará-lo proibido; desatar algo era declará-lo permitido. Estas eram as frases usuais quando se tratava de tomar decisões sobre a lei. De fato, esta era a única coisa que significariam essas frases em um contexto como este. De maneira que o que diz Jesus a Pedro é o seguinte: "Pedro, a você serão atribuídas sérias e pesadas responsabilidades. Você terá que tomar decisões que afetarão o destino de toda a igreja. Nos dias futuros a administração da igreja cairá sobre suas costas. Você será o guia e o diretor da igreja nascente. E as decisões que você fizer serão tão importantes que afetarão as almas dos homens no tempo e na eternidade."

    O privilégio das chaves significava que Pedro seria o encarregado da casa de Deus, seria quem abriria as portas aos homens para que entrassem no Reino. A obrigação de atar e desatar significava que Pedro teria que tomar decisões a respeito da vida e a prática da igreja, que teriam conseqüências do mais longo alcance. E de fato, quando lemos os primeiros capítulos dos Atos vemos que isso foi exatamente o que Pedro fez em Jerusalém, porque cumpriu o dever, a tarefa e o privilégio que recebeu.

    Assim, pois, resumiremos agora esta passagem, que provocou tantas discussões e controvérsias, e ao fazê-lo veremos que não se ocupa de formas eclesiásticas e dos assuntos das Iglesias, mas sim das coisas que se referem à salvação. Jesus disse ao Pedro:

    "Pedro, seu nome significa rocha e seu destino é ser rocha. Você é o primeiro em reconhecer o que sou, e portanto você é a primeira pedra no edifício da comunidade daqueles que me pertencem. Contra essa comunidade não prevalecerão as fortificações do inimigo, assim como tampouco poderão me manter cativo na morte. E no futuro, você será o encarregado de abrir as portas do Reino para que possam entrar judeus e gentios. E você deverá ser o administrador sábio e o guia que resolverá os problemas e dirigirá a tarefa da comunidade nascente e em processo de crescimento."

    Pedro fazia o grande descobrimento, e foi concedido a Pedro o grande privilégio e a grande responsabilidade. É um descobrimento que cada um deve fazer por si mesmo, e uma vez que o tenha feito, recebe o mesmo privilégio e a mesma responsabilidade.

    A GRANDE REPREENSÃO

    Mateus 16:20-23

    A pesar de os discípulos terem captado o fato de que Jesus era o Messias de Deus, ainda não tinha chegado a compreender seu significado. Para eles queria dizer algo completamente diferente do que queria dizer para Jesus. Seguiam pensando em termos de um Messias conquistador, um rei guerreiro, que expulsaria os romanos da Palestina e conduziria Israel ao poder. Foi por isso que Jesus os obrigou a manter silêncio. Se eles se dirigissem às pessoas e pregassem suas idéias, tudo o que conseguiriam seria provocar uma rebelião e um levante trágicos. Só teriam provocado outro estalo de violência, condenado ao fracasso. Antes de pregar que Jesus era o Messias deviam aprender o significado dessas palavras. De fato, a reação de Pedro demonstra o longe que estavam os discípulos de compreender com exatidão o que queria dizer Jesus quando afirmava que era o Messias e o Filho de Deus.
    Assim, pois, Jesus começou a tratar de abrir os olhos deles para que entendessem que para Ele não havia outro caminho senão o da cruz. Disse que devia ir a Jerusalém e sofrer "muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas". Estes eram os três grupos que compunham o Sinédrio. Os anciãos eram as pessoas respeitáveis e respeitadas, os principais sacerdotes eram em sua maioria, saduceus, e os escribas eram fariseus. O que diz Jesus é que deve padecer sob o Sinédrio e sob os líderes religiosos ortodoxos do país. Assim que Jesus pronunciou essas palavras, Pedro reagiu de maneira violenta. Pedro tinha sido criado e sido alimentado com a idéia de um Messias de poder, glória e conquista. Para ele era inacreditável a idéia de um Messias sofredor, relacionar uma cruz com a obra do Messias. “Pedro, chamando-o [a Jesus] à parte” O mais provável é que o rodeasse com um braço protetor para detê-lo em seu intento suicida "Isso", disse Pedro, "não deve nem pode te acontecer." E então veio a grande reprimenda que nos corta a respiração quando a ouvi: “Sai de diante de mim, Satanás” (Trad. Br.)

    Devemos compreender algumas cosas para entender esta trágica e dramática cena.

    Devemos tratar de perceber o tom de voz com que Jesus pronunciou estas palavras. Não há dúvida de que não as disse com ira na voz e apaixonada indignação no olhar. Disse-as como um homem a quem se feriu até o coração, com uma dor profunda, com uma espécie de horror que o fez tremer. Por que Jesus reagiu assim?

    Teve essa reação porque nesse momento lhe veio com uma força cruel a lembrança das tentações que tinha suportado no deserto no começo de seu ministério. Desde o começo tinha sido tentado a tomar o caminho do poder. O tentador disse: "Dê-lhes pão, dê-lhes coisas materiais, e vão segui-lo." "Dê-lhes sensações, dê-lhes coisas maravilhosas", disse o tentador, "e o seguirão." "Faça um acordo com o mundo", disse o tentador. "Reduza suas normas e saia ao encontro do mundo, e o seguirão." Eram exatamente as mesmas tentações com as quais Pedro voltava a confrontá-lo. E estas tentações tampouco tinham estado totalmente ausentes da mente de Jesus. Lucas vê até o fundo do coração do Mestre. No final do relato das tentações, Lucas escreve: "E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo" (Lc 4:13). Uma e outra vez o diabo repetia seus ataques. Ninguém deseja uma cruz, ninguém deseja morrer em uma agonia; até no Getsêmani se repetiu a mesma tentação, a tentação de seguir outro caminho. E aqui foi Pedro quem a apresenta. A dureza e o rigor da resposta de Jesus se deve a que Pedro lhe estava propondo exatamente as mesmas coisas que o diabo lhe sussurrava todo o tempo, as mesmas coisas frente às quais tinha que fazer-se forte. Pedro enfrentava a Jesus com a forma de fugir da cruz que o tentou até o fim.

    É por isso que Pedro era Satanás. O significado literal de Satanás é O Adversário. É por isso que as idéias de Pedro não eram idéias de Deus mas sim do homem. Satanás é qualquer força que trata de nos afastar do caminho de Deus, Satanás é qualquer influência que nos faz retroceder no árduo caminho que Deus põe diante de nós. Satanás é qualquer poder que trata de conseguir que os desejos humanos ocupem o lugar do imperativo divino.

    E o que converteu à tentação em algo mais grave e doloroso foi que procedia de alguém que O amava. Pedro falou desse modo só porque amava a Jesus em tal forma que não podia suportar a idéia de vê-lo nesse caminho terrível e morrendo essa morte espantosa. A tentação mais dura é a que procede do amor protetor. Em algumas ocasiões o amor trata de nos afastar dos perigos que apresenta o caminho de Deus; mas o verdadeiro amor não é o que retém o cavalheiro na casa quando deveria ir lutar, mas o que o envia a cumprir as obrigações de sua honra que não a impõem para converter a vida em algo fácil, mas em algo grande. O amor pode ser tão protetor que trate de evitar a quem ama, a aventura da luta do soldado de Cristo, e a fadiga e a dor do caminho do peregrino de Deus. O que realmente feriu o coração de Jesus e o que fez com que falasse como falou, foi que nesse dia o tentador lhe falou por meio do amor ardente mas equivocado do apaixonado coração de Pedro.

    O DESAFIO POR TRÁS DA REPULSA

    Mateus 16:20-23 (continuação).

    Antes de deixar esta passagem é interessante dar uma olhada a duas interpretações muito antigas da frase: “Para trás de mim, Satanás” (RC). Orígenes sugeriu que quando Jesus pronunciou estas palavras Ele quis dizer a Pedro: "Pedro, seu lugar é atrás de mim, não adiante. Seu lugar consiste em me seguir no caminho que eu escolho, não em me conduzir pelo caminho que você gostaria que eu seguisse." Se se pode interpretar a frase desse modo, é-lhe tirada parte de sua dureza, porque não faz desaparecer a Pedro da presença de Cristo. Antes, lembra a Pedro qual é o seu lugar como um seguidor que caminha nos passos de Jesus. O mesmo se aplica a todos nós. Sempre devemos seguir o caminho de Cristo, jamais devemos tentar obrigar a Cristo a tomar nosso próprio caminho.

    Encontramos um maior desenvolvimento deste tema quando analisamos esta frase de Jesus à luz das palavras que dirigiu a Satanás no final das tentações, tal como Mateus o apresenta em Mt 4:10. Apesar de que nas traduções as passagens parecem diferentes são quase idênticas, embora não totalmente. Em Mt 4:10 diz: "Vai-te, Satanás", que em grego se diz: "Hupage Satana."Neste caso diz a Pedro: “Para trás de mim, Satanás”", que em grego se expressa assim: "Hupage opiso mou, Satana." Agora, o fato concreto é que a ordem de Jesus a Satanás é diretamente: "Vai-te!", enquanto que sua ordem a Pedro é: “Para trás de mim”, quer dizer: "Volta a te converter em meu discípulo." A Satanás Cristo o expulsa de sua presença; a Pedro é-lhe lembrado que deve seguir a Cristo. Se havia algo em que Satanás jamais poderia converter-se, era em seguidor de Cristo; em seu orgulho diabólico jamais podia submeter-se a isso, por isso é Satanás. Pelo contrário, Pedro poderia estar errado, poderia cair e pecar mas para ele sempre restava a possibilidade do desafio e a oportunidade de voltar a converter-se em um discípulo. É como se Jesus lhe tivesse dito: "Neste momento você falou como teria feito Satanás. Mas quem fala não é o verdadeiro Pedro. Você pode se redimir. Venha atrás de mim e volta a ser meu discípulo e tudo voltará a andar bem." A diferença básica entre o Pedro e Satanás radica justamente no fato de que Satanás jamais ficaria atrás de Jesus. Sempre que o homem esteja disposto a seguir, inclusive depois de ter caído, resta a esperança de obter a glória aqui e no mais além.

    O GRANDE DESAFIO

    Mateus 16:24-26

    Aqui temos um dos temas que dominam e se reiteram no ensino de Jesus. Trata-se de coisas que Jesus repetiu uma e outra vez (Mat. 10:37— 39; Mar. 8:64-37; Luc. 9:23-27; 14:25-27; Lc 17:33; Jo 12:25). Uma e outra vez Jesus confrontou os homens com o desafio da vida cristã. Há três coisas que o homem deve estar disposto a fazer se há de viver a vida cristã.

    1. Deve negar-se a si mesmo. Em geral empregamos o termo negação de si mesmo em um sentido restringido. Utilizamo-lo para significar prescindir de algo, ou renunciar a algo. Uma semana de abnegação, por exemplo, é uma semana na qual prescindimos de certos prazeres ou luxos, em geral com o propósito de contribuir a alguma boa causa. Mas isso não é mais que uma parte muito pequena do que Jesus quis dizer ao falar da negação de si mesmo. Negar-se a si mesmo significa dizer não a si mesmo em todos os momentos da vida e dizer sim a Deus. Negar-se a si mesmo significa destronar-se a si mesmo de uma vez e para sempre e entronizar a Deus. Negar-se a si mesmo significa apagar-se a si mesmo como princípio dominante na vida e fazer de Deus o princípio diretor, mais ainda, a paixão dominante da vida. A vida de uma auto-negação constante é uma vida de assentimento constante a Deus.
    2. Deve tomar sua cruz. Quer dizer, deve carregar o peso do sacrifício. A vida cristã é uma vida de serviço sacrificial. O cristão pode ter que abandonar a ambição pessoal para servir a Cristo. Pode ser que descubra que o lugar onde pode oferecer o maior serviço a Jesus Cristo é um lugar onde a recompensa será pequena e o prestígio será nulo. Sem dúvida terá que sacrificar tempo e prazer a fim de servir a Deus mediante o serviço a seu próximo. Para expressá-lo em forma muito simples: pode ser que terei que sacrificar o conforto do lar, o prazer de uma visita a um lugar de recreio, pelas obrigações impostas pelo fato de ser o maior dentro de um grupo, pelas exigências do clube de jovens, a visita à casa de alguma alma triste ou sozinha. Pode ser que tenha que sacrificar certas coisas que poderia possuir a fim de poder dar mais. A vida cristã é a vida de sacrifício.

    Lucas, em um rasgo de aguda percepção, acrescenta uma palavra a esta ordem de Jesus: "Tome cada dia sua cruz." O verdadeiramente importante não são os grandes momentos de sacrifício, mas uma vida de compreensão constante e minuto a minuto das exigências de Deus e as necessidades dos homens. A vida cristã é uma vida que sempre está mais preocupada com os outros que por si mesmo.

    (3) Deve seguir a Jesus Cristo. Quer dizer, deve manifestar uma obediência perfeita a Jesus Cristo. Quando éramos jovens estávamos acostumadas a brincar um jogo chamado "seguir o líder". Era preciso copiar tudo o que fazia o líder por mais difícil e, no caso do jogo, por mais ridículo que fosse. A vida cristã é um constante seguir o líder, uma constante obediência em pensamento, palavra e ação a Jesus Cristo. O cristão segue nos passos de Jesus Cristo, em qualquer lugar que Ele o levar.

    PERDER E ACHAR A VIDA

    Mateus 16:24-26 (continuação)

    Neste mundo existe uma diferença profunda entre existir e viver. Existir é simplesmente deixar que os pulmões respirem e o coração pulse. Viver significa viver em um mundo onde tudo vale a pena, onde há paz na alma, alegria no coração e alegria em cada instante. Aqui Jesus nos dá as indicações para a vida como algo diferente da existência.


    1) O homem que vai atrás da segunda perde a vida. Mateus escrevia entre os anos 80:90 d. C. De maneira que escrevia nos dias mais amargos das perseguições. O que dizia era o seguinte: "É muito possível que chegue o momento em que vocês possam salvar sua vida abandonando a fé, mas se o fizerem, longe de salvar a vida no verdadeiro sentido, perdê-la-ão." O homem fiel pode morrer, mas morre para viver; quem abandona sua fé indo atrás da segurança, pode viver, mas vive para morrer. Em nossa época e em nossa geração não se trata de martírio, mas segue vigente o fato de que se enfrentarmos a vida como uma busca constante de segurança, conforto, carência de dificuldades, se cada decisão que tomamos está apoiada em motivações de prudência e de reputação mundana, estamos perdendo tudo o que faz com que a vida mereça ser vivida. A vida se converte em algo oco e brando quando poderia ter sido uma aventura. A vida se converte em algo egoísta, quando poderia ter sido algo radiante pela atitude de serviço. A vida se converte em algo condenado à dimensão terrestre quando poderia ter sido algo que apontava sempre às estrelas.
    Em uma oportunidade alguém escreveu um epitáfio muito amargo a respeito de uma pessoa: "Nasceu homem e morreu comerciante." Poderia-se substituir a palavra comerciante por qualquer ofício ou profissão. O homem que busca a segurança deixa de ser homem, porque o homem é feito à imagem de Deus.

    1. O homem que arrisca tudo por Cristo — e possivelmente pareça que perdeu tudo — encontra a vida. A história nos ensina que sempre foram as almas aventureiras que disseram adeus à segurança as que escreveram seu nome na história e ajudaram em grande medida o mundo dos homens. Se não tivessem existido quem estava dispostos a correr riscos, mais de uma medicina não existiria. Se não tivessem existido os que estiveram dispostos a arriscar-se, muitas das máquinas que facilitam a vida não seriam inventadas. Se não existissem mães dispostas a correr o risco, não nasceria nenhum menino. O homem que está disposto "a arriscar a vida pela verdade de que Deus existe" é quem, em última instância, encontra a vida.
    2. Logo Jesus fala com advertência: "Suponham que alguém busca a segurança, suponham que obtém o mundo inteiro, e suponham que mais tarde descobre que essa vida não vale a pena; o que pode dar para voltar a ganhar sua vida?" E a triste verdade é que não podemos voltar a obter a vida. Em cada decisão da vida nos convertemos em algo. Convertemo-nos em um determinado tipo de pessoa, construímos em forma constante e iniludível certo tipo de personalidade e de caráter, fazemo-nos capazes de fazer certas coisas e totalmente incapazes de fazer outras. É perfeitamente possível que alguém obtenha tudo o que se propôs e que uma manhã desperte e descubra que perdeu as coisas mais importantes. O mundo representa as coisas materiais por oposição a

    Deus. E se podem dizer três opiniões a respeito das coisas materiais: (a) Ninguém as pode levar consigo no final de seus dias. Só pode levar a si mesmo e se se degradou para obtê-las, seu arrependimento será algo amargo. (b) Não podem ajudar o homem nos dias difíceis. As coisas materiais jamais comporão um coração destroçado ou consolarão a uma alma solitária. (c) Se por acaso alguém obteve suas posses materiais em forma desonesta, chegará o momento em que ouvirá a voz da consciência e conhecerá seu inferno deste lado da tumba.

    O mundo está cheio de vozes que proclamam que o homem que vende a vida autêntica em troca de coisas materiais é um tolo.

    1. Por último, Jesus pergunta: "Que recompensa dará o homem por sua alma?" A versão grega diz: "Que antallagma dará o homem por sua alma?" Esta palavra é interessante. No livro de Eclesiástico lemos: "O amigo fiel não tem preço." e "Não tem preço a [mulher] bem educada" (Eclesiástico Mt 6:15; Mt 26:14). Significa que não há preço com o qual se possa comprar um amigo fiel ou uma alma bem educada. De maneira que esta frase final de Jesus pode significar duas coisas.
    2. Pode querer dizer: Uma vez que o homem perdeu sua vida autêntica devido a seu desejo de segurança e de coisas materiais, não poderá recuperá-la por nenhum preço. Fez-se a si mesmo algo que jamais pode ser completamente apagado.
    3. Pode significar: O homem deve ele próprio e tudo o que tem a Cristo, e não há nada que possa entregar a Cristo em lugar de sua vida. É muito possível que alguém trate de dar seu dinheiro a Cristo e que entretanto não lhe entregue sua vida. É mais provável ainda que alguém renda um serviço aparente a Cristo e que não lhe entregue sua vida. Mais de uma pessoa dá sua oferenda voluntária semanal à igreja mas não vai à igreja; é evidente que isto não satisfaz as exigências impostas aos membros da igreja. O único dom que podemos fazer à igreja é dar-nos a nós mesmos, e o único dom que podemos fazer a Cristo é nossa vida inteira. Não há nada que possa substituir e isso é a única coisa válida.

    A ADVERTÊNCIA E A PROMESSA

    Mateus 16:27-28

    Esta passagem inclui duas frases diferentes.

    1. A primeira frase é uma advertência. É uma advertência sobre o juízo iniludível. A vida vai para alguma parte e esse lugar é o juízo. Em qualquer esfera da vida chega o momento do balanço. Não se pode passar por cima do fato de que depois da vida chega o juízo; e quando tomamos esta passagem junto com a anterior nos damos conta imediatamente de qual é o nível do juízo. O homem que entesoura a vida para si de maneira egoísta, o homem cuja primeira preocupação é sua própria segurança e conforto é um fracasso segundo o ponto de vista do céu, por mais rico, próspero e triunfante que pareça. O homem que ocupa sua vida com outros e que vive a vida como uma aventura heróica é quem recebe o louvor do céu e a recompensa de Deus.
    2. A segunda frase é uma promessa. Tal como o relata Mateus, pareceria que Jesus falou como se esperasse sua própria vinda visível durante a vida de alguns daqueles que o ouviam. Se Jesus disse isso errou. Mas vemos o verdadeiro sentido das palavras de Jesus quando nos dirigimos ao relato que faz Marcos do incidente. Marcos diz: “Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus.” (Mc 9:1). Jesus faz referência à poderosa obra de seu Reino e o que disse se fez realidade. Alguns dos presentes viram a vinda de Cristo na vinda do Espírito no dia do Pentecostes. Havia quem veria como entrariam no Reino tanto gentios como judeus. Veriam como a maré da mensagem cristã cruzaria a Ásia Menor e a Europa até chegar a Roma. Durante a vida daqueles que ouviam a Jesus o Reino chegou em todo o seu poder.

    É necessário interpretar esta frase em relação direta com o que vem antes. Jesus advertiu a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e que ali devia sofrer muito e morrer. Essa era a vergonha mas a vergonha não era o fim. depois da cruz veio a ressurreição. A cruz não seria o fim, seria o princípio da liberação desse poder que surgiria através do mundo inteiro. A promessa feita aos discípulos de Jesus Cristo estabelece que nada que os homens façam pode obstaculizar a expansão do Reino de Deus.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 16 versículo 28
    Digo-lhes a verdade: Veja a nota de estudo em Mt 5:18.


    Dicionário

    Aqui

    advérbio Neste lugar: aqui não há preconceitos raciais.
    A este lugar: jamais voltarei aqui.
    Nesta ocasião, neste momento, agora: nunca simpatizei com ele, e aqui o digo sem rebuços.
    locução adverbial Aqui e ali, ora num lugar, ora noutro; esparsamente.

    cá. – Escreve Roq., que estes dois advérbios“ valem o mesmo que ‘este lugar’, ou ‘neste lugar’ onde se acha a pessoa que fala. A diferença entre os dois consiste em que aqui designa o lugar de um modo absoluto, e sem referência alguma a outro lugar;
    v. g.: Aqui vivo, aqui estou, etc. Cá tem maior extensão, pois além de designar o lugar onde se está, acrescenta por si só a exclusão de outro lugar determinado (lá) que direta ou indiretamente se contrapõe àquele em que nos achamos. Vivo aqui; janto aqui – supõe, só e absolutamente, o lugar onde vivo e onde janto, sem excluir determinadamente outro lugar, e sem sugerir a menor ideia de dúvida, preferência, ou relação alguma respetivamente a outro. Mas – janto hoje cá; esta noite durmo cá – exclui determinadamente o lugar onde costumo jantar ou dormir. No estilo familiar entende-se – aqui por ‘nesta casa’; pois quando alguém diz – F. jantou aqui ontem; ou – passou ontem aqui a noite – é como se dissesse – jantou, passou a noite ‘nesta casa’. Quando cá se contrapõe a lá indica a terra ou o lugar em que estamos comparando com outro de que já falamos, e a que nos referimos como se vê no ditado vulgar – Cá e lá más fadas há”.

    Filho

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Ha

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    hebraico: calor, queimado

    Homem

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

    O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

    H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

    O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

    [...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

    O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

    Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

    [...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

    Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

    Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

    [...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

    Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

    [...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
    Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

    O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

    Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    [...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

    [...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

    [...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

    Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

    O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

    [...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

    [...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

    [...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

    Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

    [...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
    Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

    [...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

    [...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

    Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

    [...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

    [...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    [...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

    No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

    Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    [...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

    Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

    O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

    Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

    [...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46


    Homem
    1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
    v. IMAGEM DE DEUS).

    2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

    4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

    5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

    6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”

    As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
    (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
    (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
    (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
    (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
    (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
    (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.

    Morte

    Morte
    1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).


    2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).


    Morte Ver Alma, Céu, Geena, Hades, Juízo final, Ressurreição.

    vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".

    A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7

    [...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60

    [...] é a libertação dos cuidados terrenos [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291

    A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12

    [...] começo de outra vida mais feliz. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    [...] é um estágio entre duas vidas. [...]
    Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

    [...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...].
    Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

    [...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11

    O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

    A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...]
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2

    [...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

    [...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

    [...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7

    A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento

    A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação

    A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21

    [...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5

    [...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9

    Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação

    [...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver

    Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório

    A morte é a desveladora da vida.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

    [...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade

    [...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas.
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3

    A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

    [...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...]
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas

    [...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...]
    Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe

    [...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso.
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15

    M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34

    [...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual!
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•

    [...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...]
    Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6

    [...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte

    [...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...]
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    [...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...].
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

    A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte

    [...] é o remate da vida. [...]
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele

    [...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência

    A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte

    [...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução

    [...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20

    A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é somente uma longa viagem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é a grande niveladora do mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Toda morte é ressurreição na verdade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além

    [...] é sempre um caminho surpreendente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno

    A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro

    [...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8

    M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38

    A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação

    Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro?
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

    A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

    [...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    [...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41

    A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos

    A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte

    [...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

    O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

    [...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus

    A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros

    A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte

    [...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30

    [...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1

    [...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

    A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] A morte é lição para todos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22


    Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos:
    1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e
    2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).

    substantivo feminino Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
    Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
    Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.
    Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança.
    Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice.
    Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer.
    Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo.
    Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Provar

    verbo transitivo Demonstrar a verdade, a realidade, a autenticidade de uma coisa com razões, fatos, testemunhos, documentos etc.
    Dar testemunho de; mostrar; demonstrar; submeter a prova; dar prova de.
    Conhecer por experiência própria; experimentar; sofrer, padecer: provar as fadigas da guerra.
    Vestir antes de estar pronto para ver se fica bem: provar um vestido.
    Comer ou beber para saber se é bom: provar o vinho.

    Provar
    1) Testar (Jr 20:12; 1Ts 2:4).


    2) Mostrar a verdade (At 24:13).


    3) Experimentar (Sl 34:8; Hc 6:4).


    4) Comer ou beber (Jo 2:9; Lc 14:24).


    5) Passar por (Jo 8:52).


    Provar Em sentido literal, provar o sabor dos alimentos (Mt 27:34; Jo 2:9), alimentar-se (Lc 14:24). Provar a morte significa morrer (Lc 9:27; Mc 9:1; Mt 16:28). Aquele que guarda a palavra de Jesus não provará a morte — condenação — eterna (Jo 8:52).

    Reino

    substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
    Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
    Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
    Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
    [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
    [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
    [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
    expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
    Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
    Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.

    Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).

    Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

    G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.


    Verdade

    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

    Vir

    verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominal Dirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Caminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha.
    Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano.
    Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem.
    Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem.
    verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio.
    Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória.
    Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto.
    Demonstrar aprovação; concordar com; convir.
    Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios.
    Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio.
    Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres.
    verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm.
    Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora.
    Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações.
    Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar.
    Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente.
    Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai.
    Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano.
    verbo predicativo Começar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas.
    Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἀμήν ὑμῖν λέγω τίς εἰσί ὧδε ἵστημι ὅστις οὐ μή γεύομαι θάνατος ἄν ἕως εἴδω ἔρχομαι υἱός ἄνθρωπος ἔν αὑτοῦ βασιλεία
    Mateus 16: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Em verdade eu vos digo, alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam o Filho do homem vindo em seu reino.
    Mateus 16: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    29 d.C.
    G1089
    geúomai
    γεύομαι
    provar, testar o sabor de
    (shall taste)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo - 3ª pessoa do plural
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2193
    héōs
    ἕως
    extinguir, estar extinto, ser extinguido
    (are extinct)
    Verbo
    G2288
    thánatos
    θάνατος
    a morte do corpo
    (of death)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2476
    hístēmi
    ἵστημι
    causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
    (it stood)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3748
    hóstis
    ὅστις
    quem
    (who)
    Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5602
    hōde
    ὧδε
    aqui
    (here)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    γεύομαι


    (G1089)
    geúomai (ghyoo'-om-ahee)

    1089 γευομαι geuomai

    palavra raíz; TDNT - 1:675,117; v

    1. provar, testar o sabor de
    2. saborear
      1. i.e. sentir o sabor de, tomar uma refeição, apreciar
      2. sentir, provar de, experimentar
    3. servir-se, comer, nutrir-se

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἕως


    (G2193)
    héōs (heh'-oce)

    2193 εως heos

    de afinidade incerta; conj

    1. até, até que

    θάνατος


    (G2288)
    thánatos (than'-at-os)

    2288 θανατος thanatos

    de 2348; TDNT - 3:7,312; n m

    1. a morte do corpo
      1. aquela separação (seja natural ou violenta) da alma e do corpo pela qual a vida na terra termina
      2. com a idéia implícita de miséria futura no inferno
        1. o poder da morte
      3. como o mundo inferior, a habitação dos mortos era concebida como sendo muito escura, equivalente à região da mais densa treva, i.e., figuradamente, uma região envolvida em trevas de ignorância e pecado
    2. metáf., a perda daquela única vida digna do nome,
      1. a miséria da alma que se origina do pecado, que começa na terra, mas continua e aumenta, depois da morte do corpo, no inferno

        o estado miserável do ímpio no inferno

        no sentido mais amplo, a morte, incluindo toda as misérias que se originam do pecado, e inclui a morte física como a perda de um vida consagrada a Deus e abênçoada por ele na terra, é seguida pela desdita no inferno


    ἵστημι


    (G2476)
    hístēmi (his'-tay-mee)

    2476 ιστημι histemi

    uma forma prolongada de uma palavra primária σταω stao stah’-o (do mesmo significado, e usado para este em determinados tempos); TDNT - 7:638,1082; v

    1. causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer
      1. ordenar ficar de pé, [levantar-se]
        1. na presença de outros, no meio, diante de juízes, diante dos membros do Sinédrio;
        2. colocar
      2. tornar firme, fixar, estabelecer
        1. fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar
        2. permanecer, ser mantido íntegro (de família, um reino), escapar em segurança
        3. estabelecer algo, fazê-lo permanecer
        4. segurar ou sustentar a autoridade ou a força de algo
      3. colocar ou pôr numa balança
        1. pesar: dinheiro para alguém (porque antigamente, antes da introdução da moeda, era costume pesar os metais)
    2. permanecer
      1. ficar de pé ou próximo
        1. parar, permanecer tranqüilo, permanecer imóvel, permanecer firme
          1. da fundação de uma construção
      2. permanecer
        1. continuar seguro e são, permanecer ileso, permanecer pronto ou preparado
        2. ser de uma mente firme
        3. de qualidade, alguém que não hesita, que não desiste

    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅστις


    (G3748)
    hóstis (hos'-tis)

    3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

    de 3739 e 5100; pron

    1. quem quer que, qualquer que, quem

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ὧδε


    (G5602)
    hōde (ho'-deh)

    5602 ωδε hode

    da forma adverbial de 3592; adv

    1. aqui, para este lugar, etc.

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias