Enciclopédia de Marcos 8:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mc 8: 17

Versão Versículo
ARA Jesus, percebendo-o, lhes perguntou: Por que discorreis sobre o não terdes pão? Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido?
ARC E Jesus, conhecendo isto, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? não considerastes, nem compreendestes ainda? tendes ainda o vosso coração endurecido?
TB Ele, percebendo-o, lhes perguntou: Por que discorreis, por não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem entendeis? Tendes o vosso coração endurecido?
BGB καὶ ⸀γνοὺς λέγει αὐτοῖς· Τί διαλογίζεσθε ὅτι ἄρτους οὐκ ἔχετε; οὔπω νοεῖτε οὐδὲ συνίετε; ⸀πεπωρωμένην ἔχετε τὴν καρδίαν ὑμῶν;
HD Sabendo {disso}, diz: Por que arrazoais que não tendes pães? Ainda não percebestes nem entendestes? Tendes vosso coração endurecido?
BKJ E Jesus, percebendo isso, disse-lhes: Por que argumentais, por não terdes pão? Ainda não percebeis, nem compreendeis? Tendes ainda o vosso coração endurecido?
LTT E, havendo Jesus conhecido isto, lhes diz: "Por que arrazoais porque não tendes pães? Não ainda percebeis, nem compreendeis? Ainda tendes o vosso coração tendo sido endurecido ①?
BJ2 Mas, percebendo, Ele disse: Por que pensais que é por não terdes pães? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Tendes o coração endurecido?
VULG Quo cognito, ait illis Jesus : Quid cogitatis, quia panes non habetis ? nondum cognoscetis nec intelligitis ? adhuc cæcatum habetis cor vestrum ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Marcos 8:17

Isaías 63:17 Por que, ó Senhor, nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Faz voltar, por amor dos teus servos, as tribos da tua herança.
Mateus 15:17 Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e é lançado fora?
Mateus 16:8 E Jesus, percebendo isso, disse: Por que arrazoais entre vós, homens de pequena fé, sobre o não vos terdes fornecido de pão?
Marcos 2:8 E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração?
Marcos 3:5 E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a mão, sã como a outra.
Marcos 6:52 pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido.
Marcos 16:14 Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
Lucas 24:25 E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
João 2:24 Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia
João 16:30 Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus.
João 21:17 Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
Hebreus 4:12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Hebreus 5:11 Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos fizestes negligentes para ouvir.
Apocalipse 2:23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Marcos 8 : 17
Sabendo
Lit. “conhecer, saber; reconhecer; perceber, discernir; aprender, averiguar”. Esse verbo diz respeito à mente, como instância do conhecimento e do juízo.

Marcos 8 : 17
percebestes
Lit. “perceber, notar, dar-se conta; observar; entender, ter em mente; ter um sentido, significar; meditar, projetar”. Esse verbo diz respeito à mente, como instância da inteligência, do intelecto, do pensamento, da decisão.

Marcos 8 : 17
entendestes
Lit. “apreender, entender, pegar a ideia; compreender-se, entender-se, acordar; enviar ou lançar junto”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

tendo sido coberto por calo, não podendo ver.


Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mc 8:17
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 2
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 1:1-4

Por este prólogo, ficamos sabendo que muitos haviam tentando escrever a história da vida de Jesus.


Mas as obras eram desorganizadas, já que os autores não possuíam cultura. Lucas, por ser médico, estava acostumado ao estudo sistemático, tendo por isso competência para traçar um quadro numa ordem que era mais lógica que cronológica.


É o que ele tenta fazer. Habituado, porém, à pesquisa científica, antes de fazê-lo empreende a busca de pessoas que haviam conhecido de perto o Mestre e acompanhado Sua vida, já que o médico grego não chegara a encontrar-se pessoalmente com Jesus.


Pelo que narra, e por suas viagens ao lado de Paulo, passando por Éfeso, chegamos à conclusão de que uma das pessoas ouvidas foi Maria, a mãe de Jesus, que passou os últimos anos de sua vida nessa cidade, em companhia de João (o Evangelista).


Lucas deseja começar "desde o princípio" (άνοθεν). Esse advérbio grego pode ter dois sentidos principais: " do alto" (donde o sentido de "desde o começo", isto é, "do ponto mais alto no tempo"), e tamb ém o sentido de "de novo". Ambos podem caber aqui: "depois de haver investigado tudo cuidadosamente de novo", ou seja, sem fiar-se ao que apenas lera nos muitos escritos anteriores.
A obra é dedicada a Teófilo, palavra grega θεόφιλος que significa "amigo de Deus". De modo geral, afirmam os comentadores tratar-se de uma personagem real e viva àquela época, por causa do títul "excelentíssimo" que lhe é anteposto. E deduzem ser o "Teófilo" convertido por Pedro em Antióquia, e do qual fala a obra Recognitiones (Patrologia Grega, vol. 1, col. 1453), dizendo-se "o mais elevado entre todos os poderosos da cidade".

Entretanto, parece-nos dirigir-se Lucas aos cristãos que realmente fossem "amigos de Deus no mais sublime ou excelente sentido". Não confundamos o sentido atual do título "excelentíssimo", aplicado habitualmente às pessoas de condição social elevada, com o sentido etimológico da palavra, ainda usado por nós, quando dizemos: "esta pintura está excelente". A época de Lucas, não nos consta ser corrente o título honorífico; mas é indubitável que o sentido etimológico existia.


Compreendamos, então: "ó amigo excelente de Deus".


O mesmo tipo de prólogo lemos no início dos "Atos dos Apóstolos", obra também do mesmo autor Lucas, e que serviria de continuação natural ao Evangelho que ele escrevera. Nos Atos lemos: "em minha primeira narrativa, ó Teófilo, contei"...


Se pois, os cristãos, a quem se dirigia Lucas, eram "excelentes", no mais elevado grau (excelentíssimos), o evangelista tinha a intenção de dedicar-lhes uma obra com revelações profundas, alegóricas e simbólicas, que pudessem trazer algo mais didático quanto à espiritualização; e não apenas o relat "histórico e cronológico".


Queixam-se os comentadores profanos de que não há datas nos, Evangelhos, e que portanto os fatos não podem ser situados "cronologicamente na História". Mas eles não escreveram para a personalidade transitória: trouxeram ensinos para a individualidade eterna, transitoriamente de passagem pela Terra

("enquanto estou nesta TENDA DE VIAGEM", 2PE 1:13). E por isso, o essencial era o sentido profundo, que se escondia nas entrelinhas, e que hoje precisa ser lido mais com o coração do que com o intelecto.


RESUMO DA TEORIA DA ORIGEM E DO DESTINO DO ESPÍRITO


Os cristãos, pelo menos os que eram, "excelentíssimos amigos de Deus", deviam ter conhecimento do sentido profundo (digamos "oculto") que havia nos ensinos e nas palavras de Jesus, assim como nos de toda a Antiga Escritura (da qual dizia Paulo que, àquela época, "ainda não fora levantado o véu", 2CO 3:14) com referência à origem e destino da criatura humana.


Cada ensinamento e cada fato constituem, por si mesmos, uma alusão, clara ou velada, à orientação que Jesus deu à Humanidade, para que pudesse jornadear com segurança pela Terra.


Afastados de Deus, da Fonte de Luz (não por distância física, mas por frequência vibratória muito mais baixa), o Espírito tinha a finalidade de tornar a elevar sua frequência, para novamente aproximar-se do Grande Foco de Luz Incriada.


Note-se bem que, estando Deus em toda parte e em tudo (EF 4:6) e em todos (1CO 15:28), ninguém e nada pode jamais "separar-se" de Deus, donde tudo provém e no Qual se encontram todas as coisas, já que Deus é a substância última, a essência REAL de tudo e de todos. Tudo o que "existe", EST EX, ou seja, está de fora, exteriorizado, mas não "fora" de Deus, e sim DENTRO DELE.

Assim, a centelha divina, o "Raio de Luz", afastando-se do Foco - não por distanciamento físico, mas por abaixamento de suas vibrações, chegou ao ponto ínfimo de vibrações por segundo, caindo no frio da matéria (de 1 a 16 vibrações por segundo). Daí terá novamente que elevar sua frequência vibratória até o ponto de energia e, continuando sua elevação, até o espírito, e mais além ainda, onde nosso intelecto não alcança.


A criatura humana, pois, no estágio atual - a quem Jesus trouxe Seus ensinamentos - é uma Centelha-

Divina, porque provém de Deus (AT 17:28, "Dele também somos geração"). Mas está lançada numa peregrinação pela Terra, numa jornada árdua para o Infinito. Na criatura, então, a essência fundamental é a Centelha-Divina, a Mônada: isso constitui nosso EU PROFUNDO ou EU SUPREMO, também denominado CRISTO INTERNO, que é a manifestação da Divindade.


Entretanto, um raio-de-sol, por mais que se afaste de sua fonte, nunca pode ser dela separado, nunca pode "destacar-se" dela (quem jamais conseguiu "isolar" um raio-de-sol de sua fonte? qualquer tentativa de interceptá-lo, fá-lo retirar-se para trás, e só permanecemos com a sombra e as trevas) . Assim o ser humano, o EU profundo, jamais poderá ser "destacado" nem "separado" de sua Fonte, que é Deus; poderá afastar-se aparentemente, por esfriamento, devido à baixa frequência vibratória que assumiu.


Ora, acontece que esse Raio-de-Sol (a Centelha-Divina) se torna o que chamamos um "Espírito", ao assumir uma individualidade. Esse espírito apresenta tríplice manifestação ("à imagem e semelhança dos elohim", GN 1:26):

— 1 - a Centelha-Divina - o EU, o AMOR;


-2 - a Mente Criadora - o Verbo, o AMANTE

— 3 - o Espírito Individualizado - o Filho, o AMADO, que é sua manifestação no tempo e no espaço.


Encontramos, pois, o ser humano constituído, fundamental e profundamente, pela Centelha-Divina, que é o EU profundo (o "atma" dos hindus); a mente criadora e inspiradora, que reside no coração (há 86 passagens no Evangelho que o afirmam categoricamente), e a individualização, que constitui o Esp írito, iluminado pela Centelha (hindu: "búdico"), com sua expressão "causal", porque é a causa de toda evolução.


Essa trípice manifestação da Mônada é chamada a INDIVIDUALIDADE ou o TRIÂNGULO SUPERIOR do ser humano atual.


Entretanto, ao baixar mais suas vibrações, esse conjunto desce à matéria ("torna-se carne", JO I: 14), manifestando-se no tempo e no espaço, e constituindo a PERSONALIDADE ou o QUATERNARIO INFERIOR, para onde passa sua consciência, enquanto se encontra "crucificada" no corpo físico.


É chamado "quaternário" porque se subdivide em quatro partes:

— 1 - o Intelecto (também denominado mente concreta, porque age no cérebro físico e através dele);


— 2 - o astral, plano em que vibram os sentimentos e emoções;


— 3 - o duplo etérico, em que vibram as sensações e instintos;


— 4 - o corpo físico ou denso, que é a materialização de nossos pensamentos, isto é, dos pensamentos e desejos do Espírito, acumulando em si e exteriorizando na Terra, todos os efeitos produzidos pelas ações passadas do próprio Espirito.


Entre a Individualidade e a Personalidade, existe uma PONTE de ligação, através da qual a consciênci "pequena" da Personalidade (única ativa e consciente no estágio atual das grandes massas humanas), pode comunicar-se com a consciência "superior" da Individualidade (que os cientistas começam a entrever e denominam, ora "superconsciente", ora "inconsciente profundo") . Essa ponte de ligação é chamada INTUIÇÃO.


Temos, então, no processo mental, três aspectos:

— 1 - o Pensamento criador, produzido pela Mente Inspiradora;


— 2 - o Raciocínio, produzido pelo cérebro físico, e que é puramente discursivo;


— 3 - a ligação entre os dois, que se realiza pela Intuição.


Podemos portanto definir a INTUIÇÃO como "o contato que se estabelece entre a mente espiritual (individualidade) e o intelecto (personalidade)".


Em outras palavras: "é o afloramento do superconsciente no consciente atual".


Todas essas explicações são indispensáveis para a compreensão dos símbolos e alegorias que se encontram nos fatos evangélicos, nos ensinamentos de Jesus, assim como no de todos os demais mestres da Humanidade.


Como toda Escritura "divinamente revelada ", isto é, trazida à Humanidade para ajudá-la a encaminharse na senda evolutiva, o Evangelho. apresenta DOIS sentidos principais:

— 1 - um sentido para a personalidade (sentido literal, único que pode ser percebido por aqueles que só trabalham com raciocínio, e não realizaram ainda, por meio da intuição, sua ligação com a consciência profunda);


— 2 - um sentido para a individualidade (que é o alegórico, o simbólico, e o místico ou espiritual).


Ambos são REAIS e produzem seus efeitos, cada qual em sua escala própria na fase evolutiva em que se encontra o leitor.


Quando aprendemos a descobrir, num FATO, o sentido simbólico, ou quando vemos que uma PERSONAGEM representa um simbolismo, isto NÃO significa que o fato não se tenha realizado, nem que a personagem não tenha tido existência REAL. Não. Há que atentar continuamente para isto: os FATOS REALIZARAM-SE; as PERSONALIDADES EXISTIRAM.


Desses fatos, porém, e dessas personagens (que AMBOS tiveram existência REAL), deduzimos e compreendemos um sentido profundo alegórico, simbólico ou místico, um ensinamento oculto, que só pode aparecer a quem tenha "olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de entender" (cfr. MC 8:17-18," não compreendes ainda nem entendeis ? tendes vosso coração endurecido? tendo olhos não vedes, tendo ouvidos não ouvis?" e também DT 29:4, "Mas YHWH não vos deu até hoje coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir").


Uma coisa, porém, é essencial: NÃO PERDE O EQUILÍBRIO. Nada de exageros, nem para um lado (vendo só a parte e o sentido literal), nem para o outro (interpretando o Evangelho apenas como simbolismo e negando o sentido literal) . Os dois TÊM que ser levados em conta. AMBOS são REAIS e instrutivos.


Assim, verificamos que todas as personagens citadas são reais, físicas, existentes na matéria, mas constituem, além disso, TAMBÉM, um símbolo para esclarecer a caminhada evolutiva do Espírito através de suas numerosas vidas sucessivas, iniciadas no infinito da eternidade e que terminarão na eternidade do infinito, embora, no momento presente, estejam jornadeando através do tempo finito e do espaço limitado.


A fim de dar um pequeno e rápido exemplo, num relancear d’olhos, daremos em esquema os símbolos mais acentuados das personagens evangélicas. A pouco e pouco chamaremos a atenção de nossos leitores sobre outras personalidades e fatos que forem ocorrendo.


TRÍADE SUPERIOR ou INDIVIDUALIDADE eterna, que reencarna muitas vezes até total libertação de todos os desejos, conquistada através das experiências de prazer e dor.


O que é | O que faz
O que é

Centelha-Divina, Atma, Mônada, EU profundo - CRISTO INTERNO.


O que faz

Envolve-se e desenvolve, sem já mais errar nem sofrer, porque é perfeita e onisciente, como emanação da Divindade.


O que é

Mente-espiritual (Manas) Vibra no plano mental, criando ideias e formas e individualizando o Espírito, lançando-o à personalidade para fazê-lo evoluir.


O que faz

Criador de Ideias e inspirador, que transmite os impulsos e chamados do EU profundo, forçando a evoluir. Mas, desligado da personalidade pela supremacia do intelecto, com ele só se comunica por lampejos, pela intuição.


O que é

Espírito - Vibra no plano causal, registro das causas e experiências e impulsionador dos efeitos.


O que faz Involui e evolui, errando e aprendendo, através da dor e das experiências adquirida em sua imensa jornada evolutiva.


INTUIÇÃO - ponte de ligação entre a mente e o intelecto, ou seja, entre a individualidade e a personalidade.


O CRISTO


CRISTO, a terceira manifestação de Deus, o Filho Unigênito do Pai (ou Verbo), está integralmente em todas as coisas criadas, embora nenhuma coisa criada seja O CRISTO senão quando souber anularse totalmente, para deixar que o Cristo se manifeste nela.


Há exemplos que poderão esclarecer esta verdade.


Apanhe um espelho grande: ele refletirá o sol. Quebre esse espelho num milhão de pedacinhos: cada pedacinho de per si refletirá o sol. Já reparou nisso? Se o desenho estivesse NO espelho, e ele se partisse, cada pedacinho ficaria com uma parte minúscula de um só desenho grande. Mas com o sol não é isso que se dá: cada pedacinho do espelho refletirá o sol todinho.


Ora. embora não possamos dizer que o pedaço de espelho SEJA o sol, teremos que confessar que ali ESTÁ o sol, todo inteiro, com seu calor e sua luz. E quanto mais puro, perfeito e sem jaça for o espelho, melhor refletirá o sol. E as manchas que o espelho tiver, tornando defeituosa e manchada a imagem do sol, deverão ser imputadas ao espelho, e não ao sol que continua perfeito. O reflexo dependerá da qualidade do espelho; assim a manifestação Crística nas criaturas dependerá de sua evolução e pureza, e em nada diminuirão a perfeição do Cristo.


Outra comparação pode ser feita: um aparelho de televisão. A cena representada no estúdio é uma só, mas as imagens e o som poderão multiplicar-se aos milhares, sem que nada perca de si mesma a cena do estúdio. E no entanto, em cada aparelho receptor entrará a imagem TOTAL e INTEGRAL. Se algum defeito houver no aparelho receptor, a culpa será da deficiência do aparelho, e não da imagem projetada. E podemos dizer que a cena ESTÁ toda no aparelho receptor, embora esse aparelho NÃO SEJA a cena. Assim o Cristo ESTÁ em todas as criaturas, INTEGRALMENTE, não obstante cada criatura só manifestá-lo conforme seu estágio evolutivo, isto é, com a imagem distorcida pelas deficiências DA CRIATURA que o manifesta, e NÃO do Cristo, cuja projeção é perfeita.


O rádio é outro exemplo, e muito outros poderiam ser trazidos.


Da mesma forma que, quanto melhor o espelho, a televisão ou o aparelho de rádio, tanto melhor poder ão manifestar o sol, a imagem e o som, assim ocorre com a manifestação da força cristônica em cada criatura.


Por isso é que JESUS, a criatura mais perfeita e pura (pelo menos em relação à Terra), pode integralmente e sem Jaça. E por faze-lo. justamente, é que foi denominado Jesus, o CRISTO.


E porque o Cristo é a manifestação integral de DEUS, foi com razão que a Humanidade o confundiu com o próprio Deus. Tanto mais que, em se tratando da encarnação de Jeová (YHWH), conforme predissera Isaías (Isaías 60:2), e sendo Jeová considerado como Deus, mais do que justo era que Jesus fosse considerado Deus; não Deus O ABSOLUTO, o Pai, mas o FILHO DE DEUS, Sua manifestação entre os homens, "aquele que é" (YHWH = Jeová), como Jesus mesmo se definiu: "antes que Abraão fosse feito, EU SOU" (JO 8:58). Ora, "EU SOU" é exatamente o sentido de YHWH (YAHWEH ou Jeová).


Então o próprio Jesus confirmou que Ele era Jeová, a encarnação de Jeová.


Na realidade, em relação a nós tão pequenos e imperfeitos, a manifestação divina em Jesus foi total, e bem pode Ele ser dito Deus (embora não em sentido absoluto); da mesma forma que podemos dizer que o reflexo do sol num espelho de cristal puríssimo seja O SOL; ou que a música reproduzida por ótimo aparelho de rádio ou de vitrola, seja A ORQUESTRA. Nesse sentido, Jesus é indubitavelmente Deus, porque "Nele reside a PLENITUDE DA DIVINDADE" (CL 2:9). Entretanto, TODAS AS CRIATURAS também têm em si essa mesma plenitude ("da PLENITUDE DELE TODOS NÓS RECEBEMOS", JO 1:16), apesar de não na manifestarem por causa das próprias deficiências e defeitos.


Foi nesse sentido que Jesus pode confirmar o Salmista (SL 81:6) e dizer: "vós SOIS deuses" (JO 10:35), da mesma forma que podemos afirmar que cada pequenino reflexo do sol num espelho é o sol; embora em sentido relativo, já que o sol, em sentido absoluto, é UM só; e também DEUS, em sentido absoluto, é UM só, se bem que esteja manifestado integral e plenamente em TODOS (1CO 15:28) e em TUDO (EF 4:6).


MANIFESTAÇÃO CRÍSTICA


Aproveitando o assunto que ventilamos, procuremos dizer de modo sumário e sucinto, simplificando ao máximo (para poder ser compreendidos por todos), COMO essa Manifestação Divina ESTA em todas as coisas e COMO, através da evolução, as criaturas irão manifestando cada vez mais e melhor o CRISTO INTERNO.


Comparemos o fato ainda ao sol (O ser que melhor representa, para nós da Terra, a Divindade - e que por isso foi apresentado antigamente como a maior manifestação divina). Um raio-de-sol, sempre ligado à sua fonte, afasta-se, no espaço e no tempo, de seu foco. Após caminhar durante oito minutos, atravessando 150 milhões de quilômetros, chega a nós, sofrendo várias refrações ao entrar na atmosfera terrestre. Sua luminosidade é diminuída e seu calor abrandado, por causa desse afastamento. No entanto o raio-de-sol, que perdeu luz e calor, não perdeu sua essência íntima.


Da mesma forma, a Centelha-Divina, sem jamais separar-se nem destacar-se de seu Foco, afasta-se dele, não espacial nem temporalmente, mas VIBRACIONALMENTE, isto é, baixando suas vibrações, envolvendo-se em si mesma, concentrando-se, contraindo-se, e chega ao ponto mais baixo que conhecemos, solidificando-se na matéria. Proveniente da vibração mais alta que possamos imaginar, o raio luminoso que partiu da Fonte de Luz Incriada vai gradativamente baixando o número de suas vibra ções e diminuindo a frequência por segundo, de acordo com o princípio já comprovado pela ciência da física. No entanto, jamais chega a zero (ao nada), porque a energia jamais se destrói.


Esse fato científico de que a energia não pode ser criada nem destruída, mas apenas "transformada", é perfeitamente certo. A mesma quantidade de energia que existia, neste globo, há milhões ou bilhões de anos, continua a mesma, sem crescer nem diminuir. Perfeito: porque essa energia é exatamente a manifesta ção divina; e sendo infinito Deus, nada pode ser-lhe acrescentado nem tirado: o infinito não pode sofrer aumento nem diminuição de qualquer espécie.


Então, o FOCO-DE-LUZ-INCRIADA é Deus, que irradia por Sua própria natureza, assim como o sol.


Sendo luz, TEM que iluminar; sendo calor, TEM que aquecer; sendo energia, TEM que irradiá-la, e tudo por NECESSIDADE INTRÍNSECA E INEVITAVEL.


Mas à medida que sua irradiação se afasta, vai baixando sua frequência vibratória, segundo o "efeito de Compton" que diz: "quando uma radiação de frequência elevada encontra um elétron livre, sua frequ ência diminui" (além de outras consequências, que não vêm ao caso no momento).


Portanto, à proporção que se afasta do Foco (sem dele destacar-se jamais), sua frequência espiritual baixa para ENERGIA, e daí desce mais para a MATÉRIA. (Consulte-se, a propósito, a "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi). Entretanto, permanecera sempre a vibrar, porque, no Universo, tudo o que existe é vibração e tem movimento. A frequência vibratória pode chegar ao mínimo, mas nunca atingirá o zero (o nada), segundo a "teoria dos limites": por mais que aumente o divisor ou denominador

(1/10n+1), mesmo aproximando-se do infinitamente pequeno, jamais chegará a zero.


Ora, quando o Raio Espiritual, dotado de Mente Inteligente - o que é natural, por causa da Fonte de onde proveio que é a Inteligência Universal - parte de seu Foco, automaticamente esse Raio baixa suas vibrações e se torna INDIVIDUAL (ESPÍRITO).


Esse Espírito, pelo movimento inicial da partida (Lei de Inércia) vai descendo suas vibrações até o ponto máximo, sendo então a Centelha-Divina envolvida pela matéria, na qual o Espírito se transforma, ou melhor, da qual o Espírito se reveste. O Raio-de-Luz se concentra, contrai, condensa e cristaliza, solidificando-se.


O processo é claro: o Raio-Divino tem EM SI, potencialmente, a matéria (já que o MAIS contém o MENOS) e a vibração mais elevada contém em si, potencialmente, a vibração mais baixa. Não havendo diferença outra, entre espírito e matéria, senão a da escala vibratória, se o espírito baixa demais suas vibrações, ele chega à materialização, ou seja, congela-se, na expressão de Albert Einstein. Mas o oposto é também verdadeiro: a matéria contém EM SI, potencialmente, o espírito: bastar-lhe-á fazer elevar-se sua frequência vibratória, para retornar a ser espírito puro. A essa descida vibratória do raio-de-luz, chamaram outrora os teólogos, por falta de melhor expressão, de QUEDA DOS ANJOS. E a prova de que tinham noção do que estavam dizendo, é que chamaram ao pólo oposto do espírito (a matéria) de "adversário" do espírito (ou seja, DIABO, que em grego significa" opositor" ou "adversário"); e mais ainda: o "guia e chefe" do adversário era chamado LUCIFER, palavra latina que significa "portador da luz". Observe-se bem: se a matéria era o opositor do espírito (porque em pólos opostos), e se o "chefe" personificado era "Lúcifer" (portador da luz), isto demonstra que, pelo menos inconscientemente, se sabia que a MATÉRIA TINHA A LUZ EM SI, era "portadora da luz", isto é, do espírito-divino.


OBJEÇÕES


Antes de prosseguir, vamos responder a algumas objeções: 1. ª - Se O Raio-de-Luz possui MENTE DIVINA (portanto consciente e onisciente e perfeita), como se torna capaz de erros?


R. - O Raio-de-Luz, a Centelha-Divina, jamais erra, nem sofre, nem involui: sua tarefa é envolver-se, concentrar-se, contrair-se, para impulsionar à evolução a individualização que dele mesmo surgiu.


Essa individualização, ou Espírito, é um NOVO SER, que surge "simples e ignorante" (resposta n. º115 de "O Livro dos Espírito" de Allan Kardec). E o próprio espírito que responde, esclarece: "ignorante no sentido de não saber", de não ter colhido ainda experiências.


Há, pois, uma diferença fundamental entre a Centelha-Divina e o Espírito.


O Espírito é criado pela (por ocasião da) individualização da Centelha. Como se dá isso?


A Centelha é a irradiação da Divindade, do Princípio Inteligente Universal e Incriado; é Sua manifesta ção, com a Mente própria de origem divina. Mas o Espírito é a individualização que nasce dessa Centelha, e por isso é "obra de Deus, filho de Deus". (resposta n... º 77, idem ibidem).


O Espírito, portanto, pelo menos logicamente tem um princípio, embora a Centelha, por ser emanação direta de Deus, seja ETERNA quanto o próprio Deus.


Mas, como a irradiação é uma NECESSIDADE INTRÍNSECA da Divindade, assim também a individualiza ção da Centelha é uma NECESSIDADE INTRÍNSECA dessa mesma Centelha. Toda Centelha que parte do Foco Divino inexoravelmente se individualiza. Donde pode afirmar-se que o Espírito não tem princípio, porque é o resultado necessário e inevitável da própria essência da Divindade. Allan Kardec recebeu na resposta 78 quase que essas mesmas palavras: "podemos dizer que não temos principio, significando que, sendo eterno, Deus há de ter criado sempre, ininterruptamente". E na resposta 79, vem a definição clara e insofismável de tudo o que asseveramos acima, confirmando a nossa tese:

"os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente"; é esse "Princípio Inteligente" que chamamos DEUS, que se manifesta necessária e inevitavelmente pelas Centelhas-Divinas que Dele se irradiam, pelos Raios-de-Luz que Dele partem.


Então a Centelha-Divina (que tem a mesma essência do Princípio Inteligente) jamais erra nem sofre nem involui, porque, tal como sua Fonte-Incriada (DEUS) é inatingível a qualquer força finita, temporal ou espacial, e isto por sua própria natureza, que é divina. E como tudo o Que é de essência divina é REAL, sua individualização é REAL e constitui UM ESPÍRITO REAL. Mas esse Espírito, como individualidade, ainda é "simples e ignorante". Então a Centelha-Divina, que o anima, impulsiona-o a descer até a matéria, e permanece dentro dele através de todos os passos de seu aprendizado experimental, ou seja, de sua evolução, a fim de que, individualizado como está, conquiste conhecimento e sabedoria, através das experiências por ele mesmo vividas, e finalmente atinja POR SI, o estado de perfeição em que foi criado, mas já então PERFEITO E SÁBIO. A Centelha-Divina jamais o abandona. DE DENTRO DELE impulsiona-o evoluir, dirigindo-lhe, todos os movimentos e aspirações, mas sem forçá-lo nem coagi-lo: é uma força natural e constante que o atrai a si, à sua própria perfeição intrínseca e divina.


Resumindo: por que é da natureza da Centelha a individualização de um Espírito? Porque NÃO PODE DEIXAIR DE FAZÊ-LO. Sendo a Centelha um Raio-de-Luz que parte do Foco-Incriado, que é Deus, o Princípio Inteligente, e portanto, possuindo ela também a ESSÊNCIA DIVINA, ela tem, EM SI MESMA, como NECESSIDADE INTRÍNSECA E INEXORÁVEL, a objetividade concreta, a realidade objetiva. Em consequência, essa Centelha é UM EU, um ser objetivo e real, e NÃO PODE deixar de produzir um SER OBJETIVO. E como o Princípio Inteligente ou Foco-de-Luz-Incriado irradi "sempre e ininterruptamente", assim "Deus há de ter criado sempre e ininterruptamente" e continua criando até hoje: "meu Pai até agora trabalha (produz com seu trabalho = έργαςεгαι) como ensinou Jesus em JO 5:17).

A Centelha, então, É NOSSO VERDADEIRO "EU", que apenas se envolve e desenvolve, se contrai e descontrai, impelindo nosso Espírito à evolução. O Espírito, aprisionado na matéria (involuído) é que terá que evoluir, pelo impulso da Centelha (nosso EU) que está INCLUÍDO e em nosso Espírito.


Firmemos ainda o fato de que a Centelha possui MENTE SÁBIA E PERFEITA, mas o Espírito recebe o influxo desse atributo como uma potencialidade, e ele deverá desenvolver-se (evoluir) aprendendo a custa própria, até chegar a sintonia total, à união absoluta com o CRISTO INTERNO (que é a Centelha-

Divina, nosso verdadeiro EU). Só nesse ponto pode a MENTE de nosso EU agir livremente atrav és do nosso Espírito. Recordemos as palavras do CRISTO (o EU profundo) de Jesus: "Eu e o PAI somos UM" (JO 10:30); e referindo-se a seus discípulos, acrescenta: "para que como Tu, Pai, és em mim (Cristo), e eu em TI, também sejam eles em nós" (JO 17:21); e ainda: "para que sejam UM, assim como nós SOMOS UM, eu (Cristo) neles (Espíritos) e Tu (Pai) em mim (Cristo)" (JO 17:22-23).


A sabedoria da Centelha, do Cristo-Interno, ou seja, de nosso EU, é total e plena, mas só pode ser recebida por nosso Espírito gradativamente, aos poucos, de acordo com a capacidade que nosso espírito for conquistando através de seu esforço próprio. Assim, à proporção que o Espírito evolui, a Mente de nosso EU poderá expressar-se com maior amplitude.


Recordemos, ainda, que o Espírito, à medida que se vai aperfeiçoando, vai "construindo para si" veículos materiais cada vez mais aperfeiçoados. Começou na escala mais baixa da matéria - o MINERAL - e Jesus ensinou: "meu Pai pode suscitar destas pedras filhos de Abraão" (MT 3:9 e LC 3:8), coisa que já fora explicada no Gênesis (Gênesis 2:7) quando está dito que a origem do homem é o pó da terra, isto é, o MINERAL. Mas o EU irá forçando o aperfeiçoamento dos veículos, fazendo aparecerem qualidades maiores, com o desenvolvimento do DUPLO ETÉRICO, passando a manifestar-se no reino-vegetal; depois desenvolverá o CORPO ASTRAL, e penetrará o reino-animal. Em outras palavras poderíamos dizer: o mineral desenvolve a sensação física, quando então atinge o reino-vegetal (e hoje está cientificamente comprovado que os vegetais "sentem"); e o faz enviando seus átomos, em serviço, para ajudar a formar o corpo dos vegetais, animais e homens, em conta to com os quais os átomos minerais adquirem experiência. Continuando a evolução, desenvolver-se-á a sensibilidade, como a têm os animais.


Até aí, a Mente da Centelha (do EU profundo) age sem embaraços, e por isso vemos que a LEI funciona sem distorções nesses reinos, e o vegetal e o animal não "erram" nem são responsabilizados.


Quando entretanto surge a racionalização do intelecto, que começou a desenvolver-se no reinoanimal, o Espírito passa a servir-se dos veículos do reino-hominal, com cérebro muito mais evoluído.


Começa a verificar-se a "independização" do Espírito, que se desliga do Mental (do EU profundo) para poder aprender a discernir, a decidir-se e a escolher POR SI a estrada que deverá percorrer em seu progresso lento mas infalível. A Mente (o EU profundo) limita-se a dirigir os veículos inferiores (as células, os órgãos, o metabolismo etc.) e deixa ao Espírito a tarefa de dirigir-se externamente, por meio do raciocínio, a fim de adquirir experiência própria, com sua responsabilidade pessoal. Aí sentem-se melhor as dualidades da Individualidade e da Personalidade.


O Espírito, nesse ponto, julga que é o verdadeiro eu, e CRESCE, abafando a voz do EU REAL, que só quer agir por lampejos, através da voz silenciosa das intuições, para deixar ao Espírito inteira liberdade e total responsabilidade. Nesse ponto é que o Espírito "expulso do paraíso" (GN 3:24), penetra o mundo da responsabilidade," comendo com o suor de seu rosto " (GN 3:19) e "conhecendo o bem e o mal" (GN 13:22). O intelecto," mente concreta" da personalidade, e que já evoluiu após tantos milênios de milênios de jornadas pela Terra nos planos inferiores, assume a liderança, para DECIDIR POR SI, tendo pois a responsabilidade total de todos os seus atos, suas palavras e seus pensamentos. 2. ª - Sendo onisciente a Força Cósmica ou Princípio Inteligente, por que lança seus raios divinos para que atravessem, com o Espirito, uma evolução longa e trabalhosa, de afastamento e reaproxima ção? Não lhe seria mais fácil dar, de imediato, o conhecimento e a sabedoria a todos os Espíritos que surgem de seus Raios divinos, sem fazê-los percorrer tão árdua jornada?


R - A radiação da Luz é LEI. Ninguém poderá conceber um Foco de Luz que não irradie luz. A individualização desse raio num Espírito é NECESSIDADE inexorável. A realidade objetiva é inevitável, por ser divina a essência.


Comecemos, então, por não imaginar Deus como UMA PESSOA semelhante a um homem (embora em proporções infinitas), que faça caprichosamente isto ou aquilo e que tenha preferências e predileções pessoais. NÃO! Deus é A FÔRÇA CÓSMICA, é a INTELIGÊNCIA (ou o Princípio Inteligente) UNIVERSAL, é a MENTE RACIONAL INFINITA E INCRIADA. Mas também é tão NATURAL quanto a Natureza toda, que é a manifestação Dele. Deus é A LEI, igual em todos os tempos e lugares, e igual mesmo fora do tempo e do espaço, e vibra em todos os planos: espiritual, moral, mental e físico.


Consideremos ainda que Deus é A LIBERDADE, embora Deus NÃO SEJA LIVRE. Um homem pode escolher entre O bem e o mal. Deus não pode fazê-lo: por sua própria natureza essencial, SÓ PODE FAZER O BEM E O CERTO. A Onipotência divina só existe na direção do BEM e do AMOR, porque a Força Cósmica é IMPLACAVELMENTE BOA E AMOROSA.


Ora, a LEI estabeleceu que tudo o que surgisse de si passasse pelos mesmos passos de aprendizado, SEM PRIVILÉGIOS. E é isso O que ocorre.


Ninguém pode saciar sua fome se outra pessoa comer por ele. Ninguém aprenderá uma língua, se outra pessoa estudar por ele. Donde deduzimos que todo aprendizado tem que ser PESSOAL. Qualquer experi ência é, pois, um aprendizado INTRANSFERÍVEL.


Desta maneira, o Espírito que se individualiza é "simples e ignorante", isto é, AINDA nada sabe. E terá que aprender. Como o fará? Através das experiências vividas por ele mesmo. Eis a razão da necessidade dessa evolução árdua, trabalhosa e de duração infinita.


Mas então, argumenta-se, POR QUE esse Espírito, que NASCE DA Centelha-Divina perfeita e onisciente, não é desde logo perfeito e onisciente? Um filho é sempre da mesma natureza, família, gênero e espécie que seu pai e sua mãe...


Não há dúvida que sim. Como não há dúvida de que o Espírito é da MESMA NATUREZA E ESS ÊNCIA do Raio-de-Luz. No entanto, pela lei que vige nos planos que conhecemos, nós deduzimos as Leis dos Planos desconhecidos. Assim como o que nasce da planta é uma SEMENTE que terá que desenvolver-se e não uma árvore já grande; assim como de um animal adulto nasce um filhote minúsculo, que terá que crescer; assim como do homem nasce uma criancinha pequenina, que terá que desenvolverse e aprender (e não outra criatura adulta), assim também (a LEI é a mesma em todos os planos), compreende-se que foi estabelecido que o Espírito fosse criado "simples e ignorante" para então, por si mesmo, desenvolver-se.


Agora se nos perguntarem "POR QUE Deus fez assim e não diferente"? - responderemos: NAO SABEMOS.


Mas quem somos nós para tomar satisfações de Deus (RM 9:21) ? Se assim é, é porque assim é o MELHOR. Quando evoluirmos mais, compreenderemos. Tenhamos paciência. No curso primário, não podemos pretender o conhecimento de demonstrações abstrusas próprias do curso universit ário. Aceitemos o que a professora nos diz: tensão se escreve com S, e atenção com ç. O aluno pode perguntar: "por quê?" Ela responderá: "porque vem do latim", e nada mais. No ginásio, o aluno aprenderá que a primeira palavra provém de tenSionem, com S, e a segunda de attenTionem, com T, que passa ao português para C ou ç. Mas só quando o aluno chegar à Faculdade, é que poderá descobrir O PORQUÊ de uma ser assim e outra diferente no próprio latim, quando estudar a etimologia da língua latina e penetrar os segredos do etrusco e do sânscrito. Até lá, terá que contentar-se com ACEITAR sem discutir, sabendo que deve haver para isso razões que ele desconhece AINDA, mas que um dia conhecerá. Assim nós. Se não podemos penetrar todos os SEGREDOS, aceitemos, por enquanto.


Mais tarde, se evoluirmos bastante, nós o compreenderemos.


A CURVA INVOLUÇÃO-EVOLUÇÃO


Podemos tentar apresentar graficamente esse imenso ciclo de involução-evolução. Representaremos aparte espiritual (tríade superior), ou seja, a Centelha-Divina, a Mente e o Espírito, por um triângulo.


Representaremos o quaternário inferior por um quadrado, sendo: o traço horizontal inferior, a matéria densa; o traço vertical à esquerda de quem olha, o duplo etérico; o traço vertical à direita de quem olha, o corpo astral. E o traço horizontal por cima dessas linhas verticais, o intelecto. Temos aí a personalidade completa.


Vejamos, então, o triângulo, que tem, incluso em si, potencialmente, o quadrado, isto é, uma futura personalidade. O quadrado está representado em preto, porque o espírito ainda se encontra nas "trevas"

da Ignorância (do não-saber) : Numa projeção linear, esse triângulo torna-se achatado, formando uma linha horizontal: dentro dela, porém, está contida, "incluída" ou "envolvida", a Centelha-Divina, o EU profundo, acompanhado de Sua mente e do Espírito recém-individualizado. Essa linha, portanto, que contém a Centelha-Divina, é Lúcifer, é "portadora da Luz"; é o pólo oposto do Espírito, é o adversário (ou diabo) que teremos que vencer pela evolução, e que tantas vezes foi "personificado" nos Evangelhos. A Centelha-Divina, o EU profundo, comandará toda a evolução do Espírito, através desse e de todos os demais veículos materiais que forem sendo paulatinamente formados por ele, para poder expressar-se cada vez melhor.


Representemos assim essa projeção: Por aí compreendemos que, tendo baixado suas vibrações até o átomo material, daí se iniciará a subida, através do reino-mineral, do reino-vegetal, do reino-animal, do reino-hominal, até voltar ao reinodivino ou, como dizia Jesus, ao "Reino-de-Deus", embora passando, acima do homem, por outros reinos, que desconhecemos em virtude de nossa pequenez e atraso (como reino-angélico, reinoarcang élico, reino-seráfico etc.) .


Verifica-se, assim, a realidade palpável do ensino de Jesus, quando dizia: "O REINO DE DEUS ESTÁ DENTRO DE VÓS" (ίϊ βαοιλει α τοϋ θεού έуτός ΰµώυ έστιυ, LC 17:21). Essa Verdade pode ser dita a qualquer das fases evolutivas, porque dentro de TODAS e de CADA UMA DELAS, está, REAL e ESSENCIALMENTE, o Reino-de-Deus, potencialmente contido. Firmemos mais uma vez: Reino-de-Deus tem o mesmo sentido de nossas expressões: reino-vegetal ou reino-animal. E por isso pôde Jesus afirmar (JO 10:34), sublinhando o Salmista (SL 81:6) : "Vós SOIS deuses".

Da mesma maneira, dirigindo-nos a uma semente, poderíamos dizer: "a árvore ESTA dentro de ti". E falando a um vegetal, poderíamos repetir: "o REINO-ANIMAL ESTA dentro de ti".


Comprovamos, assim, que Reino-de-Deus (ou reino-dos-céus, isto é, reino-da-individualidade), não é um paraíso EXTERNO, onde ficaríamos a gozar de algo EXTERIOR a nós; mas, ao contrário, reinode-

Deus é UMA EVOLUÇAO NOSSA, à qual DEVEMOS CHEGAR, por força natural de nosso progresso interno.


E quando para lá não formos espontaneamente, iremos obrigados pela dor e pelo sofrimento, que nos impelem para a frente e para o alto, qual aguilhão que açoda bois vagarosos. Todavia, a dor não é indispens ável: dentro de cada ser está o impulso para a evolução, dado pela Centelha-Divina ou EU profundo, e o Espírito poderá escolher caminhos de perfeição espontaneamente, sem precisar ser aguilhoado.


Com efeito, todos os seres querem "progredir". Mas enquanto não compreendem o verdadeiro sentido da evolução CERTA, buscam o progresso em atalhos enganosos (riquezas, prazeres, poder, gozos etc.) e por isso vem a dor para corrigir o Espírito, até que ele, mais amadurecido e experiente, aprenda POR SI quão falsas são essas estradas largas, que só levam ao desgosto, ao tédio e à dor. Voltase, então, de modo geral, para a busca ansiosa de outros progressos (nobreza, posição, cultura, intelectualismo, religião), até descobrir que NÃO É nenhum desses caminhos externos, por mais nobre e elevado que seja, que constitui o Reino-de-Deus: este só pode ser encontrado, como disse Jesus, DENTRO DE SI MESMO (έυτός ύµωυ έστιυ).

No gráfico representativo desta teoria, procuraremos esclarecer o pensamento.


Partindo do ponto em que a Centelha-Divina, o Eu profundo, está no SEIO de Deus, apenas iniciado o afastamento vibratório do FOCO INCRIADO, com a matéria potencialmente contida dentro de si, vemos que dai a Centelha parte, natural e necessariamente (inexoravelmente), por efeito da irradiação inevitável do Foco de Luz, e por força da Lei de Inércia, dirigindo-se ao pólo oposto, e congelando-se na matéria.


Dai então, a Centelha ou EU profundo, faz que a matéria vá desenvolvendo através dos milênios, o duplo-etérico, o corpo-astral, e o intelecto, até constituir a personalidade completa e desenvolvida. Já pode, então, a Mente Divina do EU profundo, por meio da INTUIÇAO, agir sobre o intelecto, até que obtenha o predomínio da MENTE DIVINA (isto é, da individualidade). Continua, então, a caminhada: a individualidade ABSORVERÁ a PERSONALIDADE em si, e o Espírito voltará ao estado primitivo, mas JÁ COM EXPERIÊNCIA E SABEDORIA, conquistadas por si mesmo através da longa linha evolutiva. Por isso o quadrado interno (que representa a personalidade) já é apresentado, no fim do ciclo, não mais em preto ("trevas" da ignorância), mas branco, exprimindo a Luz da Sabedoria.


Aí está a RAZÃO de toda nossa evolução, e o PORQUÊ, de nossa, existência.


Resumindo tudo: partindo a Centelha do Foco de Luz (por necessidade intrínseca), esta, também por necessidade intrínseca (ou seja, porque é de essência divina, sua existência é uma essência real e objetiva, um EU real), causa a individualização de um Espírito, de um SER com existência também real e objetiva, e participante da Essência Divina.


Em outras palavras: ao afastar-se do Foco de Luz, que a irradia por necessidade intrínseca, a Centelha Divina (EU profundo) causa a individualização de um Espírito. também por necessidade intrínseca.


Isto é, sendo de ESSÊNCIA DIVINA, a existência do EU é uma essência real e objetiva, que SE REVESTE de um Espírito, individualizando-o e fazendo-o copartícipe de sua Mente. Mas, atuando por meio de um Espírito ainda "simples e ignorante’. (não-sábio), o EU profundo PRECISA fazê-lo evoluir, para poder expressar-se por seu intermédio. Começa então a evolução a partir do átomo, para fazêlo chegar ao ponto máximo, ao estado crístico ("até que TODOS cheguemos... à medida da estatura da plenitude DE CRISTO ", EF 4:13). E a confirmação: "tudo se encadeia em a natureza desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo" (resposta 540 de "O, Livro dos Espíritos", de Allan Kardec).


Ao chegar à "medida da estatura da plenitude de Cristo", o Espírito já evoluiu o bastante, para permitir ao EU profundo ou Cristo Interno, a manifestação plena da Divindade, tal como ocorreu a JESUS,

("Nele habita TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE". CL 2:9), embora "DA PLENITUDE DELE TODOS NÓS recebamos (JO 1:16).


Entre o estado inicial ("simples e ignorante") do Espírito e seu estado final (perfeito e sábio), a distância é inimaginável. No estágio último, o Espírito já conquistou SABEDORIA e AMOR. Então a Centelha-

Divina, o EU profundo, já POSSUI UM VEÍCULO pelo qual pode manifestar-se total e completamente: chegou ao fim de sua evolução (qual a podemos conceber em nossa pequenez e atraso), embora esse final jamais atinja o fim, porque, por mais que evolua, JAMAIS ALCANÇARA O INFINITO, que é sua meta. Quem conhece matemática, compare esta nossa afirmativa à assíntota da hipérbole, e verá que estamos com a razão. (Por aí entrevemos que a Ciência - e a matemática, que é a ciênciaexata por excelência - é a PESQUISA DA DIVINDADE que está contida em todas as coisas. E por isso, a Ciência constitui a verdadeira e única RELIGIÂO, para levar a criatura - dentro do limite dos possíveis - ao conhecimento de Deus.) Paulo, o grande Apóstolo, ao comentar o versículo 18 do Salmo 68, "subindo às alturas, levou cativo o cativeiro", escreve, resumindo todo esse processo: "que significa subiu, senão que também desceu às regiões (vibrações) mais baixas da Terra? aquele que desceu é o mesmo que subiu muito além de todos os céus, para encher todas as coisas" (E!. 4:9-10). O Salmista revela-nos que o Espírito, ao subir, leva cativa a matéria, que fora o seu cativeiro, durante tantos milênios. Para uma ideia muito pálida, observe-se o gráfico, na página seguinte.


mc 8:17
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 9
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:5-12


5. Indo seus discípulos para o outro lado, esqueceramse de levar pão.


6. Disse-lhes Jesus: "Olhai: guardai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus".


7. Eles, porém, dialogavam entre si dizendo: "É porque não trouxemos pão".


8. Percebendo-o Jesus, prosseguiu: "Por que estais discorrendo entre vós, homens de pequena fé, por não terdes pão?


9. Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e quantos cestos apanhastes?


10. Nem dos sete pães para quatro mil, e quantas cestas recolhestes?


11. Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pão, mas: Guardai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus"?


12. Então entenderam que lhes não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas do ensinamento dos fariseus e dos saduceus.


MC 8:14-21


14. E esqueceram-se os discípulos de levar pão; e não tinham consigo no barco senão um só pão.


15. E preceituava-lhes, dizendo: "Olhai: guardaivos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes".


16. Eles racionavam entre si, dizendo: "É porque não temos pão".


17. Percebendo-o Jesus, lhes perguntou: "Por que discorreis por não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem entendeis? Tendes vosso coração endurecido?


18. Tendo olhos, não vedes? e tendo ouvidos, não ouvis? e não vos lembrais de


19. quando parti os cinco pães para cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços apanhastes"? Disseram-lhe: "Doze".


20. "E quando parti os sete para quatro mil, quantas cestas cheias de fragmentos recolhestes"? Disseram: "Sete".


21. E disse-lhes: "Ainda não entendeis"?


O episódio que se desenrola, todo natural e cheio de vivacidade, é um instantâneo da vida, com seus esquecimentos inevitáveis e suas confusões.


Ao embarcar, os discípulos esqueceram de prevenir-se com provisões de boca. Lembra-se Marcos de que tinham apenas um pão, pois Pedro lhe frisara bem esse ponto. E isso talvez preocupasse os discípulos desde o início da travessia.


Ora. de seu travesseiro de couro, à popa, o Mestre ergue a voz máscula, embora repassada de doçura, para dar-lhes um aviso, precedido de uma interjeição: "Olhai! Cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus" (em Marcos: "dos fariseus e de Herodes").


Diante disso, eles extravasam a angústia represada: "Pronto! é porque esquecemos os pães"! ... E quem sabe principia urna discussão entre eles, buscando qual o "culpado" ...


Mas Jesus interrompe-os com entonação de tristeza e desilusão na voz. Mais uma vez fora mal interpretado: seu ensino era espiritual, não material. Que importava o pão físico? Então já haviam esquecido as duas multiplicações? E aqui vem a comprovação da realidade de ambas, citadas separadamente, com os pormenores salientados, numa vivacidade natural: quantos cestos apanhastes quando cinco mil foram saciados com cinco pães? E quantas cestas, quando quatro mil o tornam com sete?


A expressão "ter olhos e não ver" ... é bíblica (cfr JR 5:21; EX 12:2; Salmo 115:5 e 135:16), salientando a decepção causada ao Mestre pelos próprios discípulos, que com Ele conviviam há bastante tempo, e que não percebiam ainda o sentido oculto. Era uma desilusão forte, após a outra sofrida na aula dada na sinagoga de Cafarnaum (JO 6:66; vol. 3. º).


Parece então que foi percebido, como anota Mateus: o fermento, elemento corruptor (tanto que era proibido colocá-lo no pão utilizado na Páscoa e no das oblatas, LV 2:11) era a hipocrisia (LC 12:2) e outros graves defeitos citados em vários pontos do Evangelho, mas sobretudo em MT 23:1-7.


A lição da individualidade chega-nos com frequência à personalidade física. Mas esta, envolvida pela materialidade que a circunda, não entende os sussurros silenciosos de advertência que lhe são feitos, e quase sempre os interpreta viciosamente, atribuindo aos avisos espirituais sentido material. Por vezes, mesmo, há amigos desencarnados que se encarregam de advertir-nos. No entanto, queixamonos de que "não são claros nem objetivos", porque não os ouvimos com os ouvidos espirituais, mas apenas com os materiais... eles querem facilitar-nos a compreensão, mas temos os olhos da mente vedados!


As palavras do Espírito só podem tratar de aspectos espirituais.


Todavia, o aviso é oportuno: cuidado com os fariseus (os hipócritas intelectuais), com os saduceus (os materialistas agnósticos) e os herodianos (os que se prendem aos gozos dos sentidos), porque eles, que de todos os lados nos cercam, acabam permeando-nos com suas doutrinas e agindo como o fermento: fazendo-nos inchar toda a massa, corrompendo-a.


O sentido espiritual se deduz da letra, única que pode chegar até nós através do intelecto. E que o sentido da palavra deva ser percebido em todas as minúcias, vemo-lo num pormenor que parece insignificante: ao relembrar as duas multiplicações, o Mestre sublinha os termos utilizados em cada uma, distinguindo que, na primeira, os fragmentos foram recolhidos em cestos (kophínos) e na segunda em cestas (spurídas), recipientes maiores. Não há confusão possível.


O espiritualista está cercado de doutrinas exóticas e facilmente deixa-se penetrar por elas sem sentir.


Quando abrir os olhos, verificará que saiu da renda reta despercebidamente. Cuidado! O pão sobressubstancial é simples, sem fermentos de grandezas, sem exterioridades, sem misturas: é sincero (no sentido etimológico, "sem mistura"), não hipócrita, não fariseu; é espiritual, sem materialidade nem agnosticismo, não-saduceu; e não busca prazeres físicos dos sentidos, é não-herodiano.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38
DÁDIVAS DE ALIMENTO E VISÃO (Marcos 8:1-26)

1. Alimentando Mais de 4.000 Pessoas (Marcos 8:1-10)

Muitas vezes tem sido discutido se esta história não seria simplesmente um outro relato da mesma circunstância anterior em que mais de 5.000 pessoas foram alimenta-das (6:30-44). Mas as diferenças significativas no propósito e nos detalhes tornam essa conclusão bastante improvável. Marcos "deliberadamente registrou os dois Milagres da Alimentação tendo em vista o desenvolvimento do tema principal da primeira metade de seu Evangelho, a abertura dos olhos cegos dos discípulos"."

Enquanto Jesus e seus discípulos ainda estavam na terra de Decápolis (Marcos 7:31-37), uma grande multidão se reuniu novamente. Deve-se observar mais uma vez que essa era uma área na qual o endemoninhado gadareno (ou geraseno), depois da sua libertação, havia sido encarregado de contar todas as grandes coisas que o Senhor havia feito por ele (5.19). Podemos ter aqui uma "breve visão daquilo que o testemunho de um ho-mem pode fazer para Cristo".

Levado pela compaixão, porque a multidão não tinha o que comer (2), Jesus não estava disposto a deixá-la partir em jejum para casa (3), para que não desfalecessem no caminho. Eles haviam estado em sua companhia durante três dias e seus alimentos tinham finalmente acabado. Alguns deles tinham vindo de longe (veja os comentários sobre Marcos 3:8, como exemplo das distâncias que as pessoas viajavam para ouvir Jesus).

A compaixão de Jesus fez com que Ele desafiasse a indecisão dos discípulos.' Sua pergunta pode parecer singularmente sem sentido: Donde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto? (4). Será que não se lembravam do milagre dos pães e dos peixes quando mais de cinco mil pessoas foram alimentadas? Em sua defesa poderíamos dizer que até os cristãos mais maduros às vezes sentem dúvidas, mesmo depois de terem tido uma grande experiência com Deus. Além disso, um tempo considerável deve ter decorrido desde o milagre anterior. Talvez sua atitude não era agora de desrespeito, mas de embaraço pessoal, porque não podiam ajudar e nem tinham qualquer expectativa a respeito daquilo que Jesus poderia fazer."

Dessa vez, com sete pães (6) e uns poucos peixinhos (7) à sua disposição, Jesus novamente ordenou à multidão que se reclinasse no chão, enquanto Ele, tomando os sete pães, dava graças." Nada é mencionado desta vez sobre as pessoas se reclinan-do em grupos, nem de grama sobre a qual deveriam se sentar. Mais uma vez os discípu-los tomaram os pedaços de pão das mãos de Jesus e puseram-nos diante da multidão. Da mesma forma, Jesus abençoou os peixinhos e ordenou que os discípulos os distribuíssem.

E comeram e saciaram-se (8). A tradução "eles comeram até se saciar" (NEB) trans-mite a idéia da linguagem original. Os preciosos pedaços da carne partida que sobraram foram guardados em sete cestos. A palavra usada aqui significa provavelmente que sobrou mais alimento do que na ocasião anterior quando eles "levantaram doze cestos cheios de pedaços" (Marcos 6:43). No presente caso, o cesto (sphuris) era maior que a cesta de vime usada antes (kophinos). O recipiente menor, com a forma aproximada de um jarro de água, era usado pelos judeus para carregar o alimento e, assim, evitar a contamina-ção. O recipiente maior era feito de cordas ou bambús e tinha o aspecto de um balaio grande. Foi em um desses que o apóstolo Paulo escapou pelo muro de Damasco (Atos 9:25).

Os quatro mil (9) a quem Jesus dispensou totalmente saciados representavam o mundo dos não-judeus (Decápolis tinha uma grande população de gentios).

Os cinco mil a quem Jesus havia previamente alimentado representavam o mundo judeu. O "pão que vem do céu" era suficiente e adequado para alimentar e satisfazer a ambos

Logo (10) depois desse episódio, Jesus e seus discípulos entraram no barco e foram para as regiões de Dalmanuta, um lugar não identificado situado na margem ociden-tal do mar da Galiléia. Outros escritos dizem Magadã ou Magdala, de onde Maria Madalena poderia ter vindo.

  1. Uma Capciosa Exigência de Provas (Marcos 8:11-13)

Como em outras ocasiões, os fariseus (11), reunidos dessa vez com os saduceus (Mt 16:1), vieram para debater e disputar com ele. Eles pediam, para o tentarem, um sinal do céu, isto é, queriam testar a Sua afirmação de que vinha de Deus. Ignorando os sinais silenciosos, mas preciosos, que já haviam sido exibidos, os críticos exigiam alguma coisa espetacular, talvez um repentino relâmpago ou uma voz vinda diretamente do céu.

Jesus já havia rejeitado a tentação de deslumbrar os homens em relação ao Reino (Mt 4:6-7). Sob tais condições, a fé como decisão pessoal é impossível . Deus tem os seus sinais, mas eles não são aqueles exigidos pela incredulidade. Com grande sentimento, Jesus, suspirando profundamente' em seu espírito (12), respondeu: A esta gera-ção não se dará sinal algum. A linguagem do original implica: "Se eu fizer tal coisa, que Deus me castigue!""

O que vem a seguir sugere como a incredulidade afasta os homens de Cristo. E Ele deixando-os (13), entrou em um barco e foi para o outro lado. A religião espiritual também fica ameaçada em nossos tempos por aqueles que "pedem sinais" 1Co 1:22). Jesus prometeu apenas um sinal, o sinal do profeta Jonas (Lc 11:29), isto é, o próprio Cristo crucificado e ressuscitado. "Uma vida santificada, e a manifestação do perfeito amor, são os sinais mais seguros de que alguém está cheio do Espírito Santo",' e isto supera qualquer prova física.

  1. O Fermento dos Fariseus (Marcos 8:14-21)

Para entender o ensino de Jesus contido nesses versículos, é preciso fazer referência ao material precedente (11-13) e ler a referência paralela em Mateus 16:5-12. Dois pen-samentos estão entrelaçados aqui. Os discípulos se esqueceram de levar pão (14) suficiente, e no barco não tinham consigo senão um pão. Como isso estava trazendo alguma ansiedade, Jesus os repreendeu pela pouca fé e a curta memória deles. Ele os lembrou que quando Ele repartiu os cinco pães entre os cinco mil (19), eles haviam enchido doze cestos de pedaços, e também haviam enchido sete cestos quando Ele deu de comer aos quatro mil (20). Eles não deveriam se preocupar por suas provisões serem insuficientes. Alguns meses mais tarde, quando Jesus perguntou se lhes faltara alguma coisa quando os enviou em uma missão sem levar nenhum recurso, "eles responderam: Nada" (Lc 22:35). Nesse momento, entretanto, eles ainda não haviam entendido plena-mente que Deus iria suprir todas as suas necessidades (Fp 4:19).

Entretanto, um outro pensamento domina essa seção e leva alguém a perguntar-se por que Jesus ainda está dizendo: Como não entendeis ainda? (21) Como os discípulos estavam discutindo sobre o pão, Jesus usou a ocasião para adverti-los contra alguma coisa sugerida pelo pão, isto é, o fermento, o poder penetrante do pecado.

Guardai-vos ("Cuidem-se", 15, NEB) do fermento dos fariseus e... de Herodes. No processo de fabricação do pão separa-se um pouco da massa de farinha a fim de promover a fermentação e obter o fermento necessário para fazer novos pães. Na men-te dos hebreus, esse fermento passou a simbolizar a influência sinistra e crescente do pecado no coração humano.

O fermento dos fariseus era a hipocrisia propagada através dos ensinos daqueles homens (Mt 16:12; Lc 12:1). De forma ríspida, crítica e ignorante, eles exigiram de Jesus um sinal do céu, mesmo depois desses sinais terem sido amplamente mostrados. O fer-mento de Herodes era o mundanismo ateu de um governante de terceira classe que havia silenciado João e teria destruído Jesus. "Aquela raposa" (Lc 13:32) foi o nome que Jesus lhe deu certa vez.

Ansiosos pela falta de pão, e confusos pelo assunto que Jesus estava tentando expor, os discípulos pareciam ter olhos que não viam e ouvidos que não ouviam (cf. Jr 5:21; Ez 12:2). Entretanto, eles estavam dispostos a aprender, portanto Jesus continuou pacien-temente com a sua explicação. Mas, fazendo um contraste, Ele deixou os fariseus imersos em sua obstinada cegueira e partiu para outro lugar.

A força desse parágrafo deve permanecer entre nós. Que todos os crentes possam estar prevenidos contra o fermento do pecado, seja ele a hipocrisia ou o mundanismo, e fugir destas coisas como se foge de uma praga.

4. O Cego de Betsaida (Marcos 8:22-26)

Caminhando vagarosamente desde a margem ocidental do Mar da Galiléia (10, 13), através das aldeias de Cesaréia de Filipe (27), para o norte (ver o mapa), Jesus e os discípulos chegaram naturalmente a Betsaida, uma considerável cidade localizada há um quilômetro e meio da margem nordeste do lago.' "Originariamente, era uma peque-na aldeia, porém Filipe, o tetrarca da Galiléia, elevou-a à posição de cidade e deu-lhe o nome de Julias, em homenagem a Júlia, a filha do imperador."'

Algumas pessoas que tinham fé em Jesus e compaixão pelos necessitados levaram um cego (22) até o Mestre e rogaram-lhe que fizesse o que fazia normalmente -tocasse o enfermo. Caracteristicamente, Marcos registra os detalhes como se tivesse sido uma testemunha ocular. Jesus tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia (23), procurando "privacidade e silêncio para o tratamento".' Colocando saliva sobre os olhos do homem (que todos acreditavam ter poderes curativos), Jesus realmente o tocou (impondo-lhe as mãos) e depois perguntou-lhe se via alguma coisa. Passo a passo, como no caso do surdo e gago de Decápolis (Marcos 7:31-37), Jesus enco-rajou e fortaleceu a fé do cego.

A linguagem da resposta do homem, no original, expressa a sua excitação. "Podería-mos traduzi-la da seguinte forma: Posso realmente ver as pessoas, pois elas me parecem árvores — a diferença é que elas andam!."" O fato é que o homem podia simplesmente ver, mas indistintamente. Cole, um inglês, observa que "qualquer um que tenha sido levado a pedir desculpas a um poste, depois de uma colisão, por causa da neblina de Londres, irá estimar... 'imediatamente' a 'colunar semelhança' que existe entre o 'tronco' de uma árvore e um homem!".65

O Senhor colocou suas mãos (25) uma segunda vez sobre aqueles olhos enfermos. "O homem olhou firmemente... ficou restabelecido, e via tudo distintamente — mesmo o que estava à distância" (NT Amplificado).' O milagre foi completo e total. O homem não ficou nem com miopia nem com hipermetropia! Não está claro nas Escrituras porque Jesus realizou esse milagre em duas etapas, embora muitas explicações tenham sido oferecidas pelos estudiosos da Bíblia. Pode ser que Marcos tenha introduzido essa histó-ria como uma espécie de parábola relacionada com os discípulos que somente então havi-am começado a entender Jesus. "Em breve, depois do segundo toque do Seu Espírito no Pentecostes, eles passariam a ver as coisas claramente.""

Como no caso do paralítico (Marcos 2:11), Jesus mandou-o (26) embora para sua casa, aparentemente no campo, onde sua família seria a primeira a tomar conhecimento da alegre notícia. Ele recebeu a ordem de não entres na aldeia, e de não transmitir as boas-novas a ninguém, para que a publicidade não impedisse a viagem de Jesus a Cesaréia de Filipe. Jesus se recusava a ceder à tentação de ser conhecido como um grande opera-dor de milagres.

SEÇÃO V

A CAMINHO DE JERUSALÉM

Marcos 8:27-10.52

A. A GRANDE CONFISSÃO E A TRANSFIGURAÇÃO, Marcos 8:27-9.29

Geralmente os comentaristas consideram esses versículos como o ponto intermediá-rio do Evangelho de Marcos e o início de uma importante divisão. A Cruz estava apenas a seis meses de distância e muita coisa ainda restava a ser feita na preparação dos discípulos para aquele acontecimento tão traumático. Até então, o ministério de Jesus havia se desenvolvido principalmente junto às multidões, mas daí em diante ele seria dedicado especialmente aos seus seguidores imediatos.

1. A Confissão de Pedro (Marcos 8:27-30)

Era imperativo que Jesus afastasse das multidões o seu pequeno grupo e o levasse para longe da jurisdição do pouco amistoso Antipas. Dessa forma saiu Jesus e os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe (27). Herodes Filipe, reconhecido como o melhor filho de Herodes, o Grande, havia reconstruído e remodelado essa cidade em honra ao seu imperador, Tibério. Era uma bela cidade, situada aos pés do imponente monte Hermom e próxima às principais fontes do rio Jordão. A adoração ao deus Pã da Grécia era muito popular, como também a adoração ao imperador romano. A cidade era um centro de religião pagã e um lugar dramático para a Grande Confissão.

Para experimentar o entendimento espiritual deles, Jesus perguntou aos seus discí-pulos: Quem dizem os homens que eu sou? Deve-se observar que eles não responde-ram que algum homem acreditava ser Ele o Cristo, ou o Messias. As pessoas respondiam João Batista, Elias (28), Jeremias (Mt 16:14), um dos profetas, mas não o Cristo. Porém, por mais estranho que possa parecer, isso foi muito auspicioso. O conceito popu-lar do Messias era tal que Jesus precisou de muito esforço para evitar que as multidões o aclamassem rei.

Depois, seguiu-se uma pergunta exploradora que nenhum homem pode evitar quan-do entra em contato com Cristo: Mas vós quem dizeis que eu sou? (29). Em um lampejo de revelação Pedro respondeu: Tu és o Cristo. Jesus de Nazaré era realmente o Cristo, o longamente esperado Messias; mas Seu povo estava esperando um líder polí-tico, cuja glória iria se assemelhar, a grosso modo, ao entendimento cristão do Segundo Advento.' Tais esperanças vãs só poderiam levar a um holocausto – e sob pretensos Mes-sias as tragédias aconteceram. Embora por mais alegre que Jesus possa ter-se sentido com essa resposta de Pedro (Mt 16:17), isso era compreensível porque Ele admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele (30). A própria capacidade de Pedro havia excedido sua compreensão, como os versículos seguintes deixam bem claro.

  1. A Primeira Previsão da Paixão (Marcos 8:31-33)

Pedro havia acabado de confessar que Jesus era o Cristo, o longamente esperado Messias (29). Como os discípulos partilhavam do errôneo conceito sobre um Messias que iria subjugar os inimigos do judaísmo com uma vingança apocalíptica, Jesus começou imediatamente a ensinar-lhes (31) que Seus sofrimentos logo chegariam. Essa era a primeira previsão da Sua paixão; e outras iriam segui-la (Marcos 9:31-10:32-24). Importava que o Filho do Homem' padecesse muito. Como alguém que tinha vindo para fazer a vontade do Pai, era necessário (como os sinópticos afirmam) que Ele sofresse.

Embora os profetas tivessem falado a respeito de um Servo Sofredor (cf. Is 52:13-53.12), a idéia de que um Cristo invencível seria rejeitado' pelo Supremo Sinédrio (for-mado pelos três grupos mencionados no versículo 31), e seria morto, era incompreensí-vel para Pedro e seus companheiros. A garantia de que depois de três dias' Ele iria ressuscitar não despertou atenção. Provavelmente, com um ar condescendente, Pedro o tomou à parte (32) e começou a repreendê-lo.

A resposta de Jesus deve ter assustado o grupo. Afastando-se de Pedro e olhando para os seus discípulos (33) Ele repreendeu a Pedro na frente de todos. Retira-te de diante de mim, Satanás.

Mas, por que essa repreensão tão forte? Porque, tendo em mente a opinião popular sobre o Messias, Jesus ouviu novamente a voz de Satanás para afastá-lo da Cruz (Mt 4:3-10). "O tentador não pode fazer um ataque mais terrível do que quando ataca na voz daqueles que nos amam pensando que estão apenas procurando o nosso bem."' Pedro não tinha o divino entendimento, era apenas humano. "Não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens" (33).

Encontramos aqui:

1) A confusão das pessoas, 27-28;

2) A confissão de Pedro, 29-30;

3) A consagração de Cristo, 31;

4) A contradição da Cruz, 32-35.

  1. O Custo de Encorajar o Discipulado (Marcos 8:34-9.
    1)

E chamando a si a multidão, que nunca parecia estar distante, Jesus deixou bem claro a todos e também aos seus discípulos, que o servo não está acima do seu senhor (Mt 10:24). Se o Filho do Homem devia sofrer a rejeição e a morte (31), se alguém guises‑se vir após Ele, devia primeiro negar a si mesmo e tomar a sua cruz a fim de segui-lo. Nas ocasiões decisivas o pretenso seguidor deveria dizer "não" a si mesmo e carregar a sua cruz. Isso iria levar a um contínuo relacionamento do seguidor com o Líder. Era como se Jesus estivesse dizendo: "Se você quer ser meu discípulo deve começar a viver como um homem a caminho do patibulo".6

Para aqueles que possam ter sentido que o custo do discipulado era demasiado alto, Jesus tinha mais uma palavra sobre o custo de encorajar os pretendentes: "Quem quiser preservar sua própria vida irá perdê-la" (35, Goodspeed). Aqui a alma e a vida estão interligadas porque são traduções da mesma palavra (psyche), mas um segundo sentido está subentendido. Um apóstata poderia salvar a sua vida (35) negando o Filho do Homem nessa geração... pecadora (38), mas iria perder a sua alma (36). Se, nesse processo, ele ganhasse todo o mundo, qual seria o seu proveito... que apro-veitaria? A parábola do rico insensato é um caso semelhante (Lc 12:16-21). Se alguém juntou muitos tesouros nesta vida, mas perdeu a sua alma, o que poderia dar em troca (37) pelo resgate da sua alma? Por maiores que tenham sido suas posses, ele não terá com que comprá-la de volta.

Fazendo um contraste, aqueles mártires que perdem a vida por amor de Cristo e do evangelho, irão salvá-la (35). Ridícula é a arma que matou os seus milhares, mas o que acontecerá com aquele que se envergonhar do Filho do Homem quando Ele vol-tar na glória do Pai, cercado pelos santos anjos? (38) Aqui a palavra adúltera signifi-ca espiritualmente desleal.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38
*

8.1-10

Uma segunda multiplicação miraculosa de pães. Jesus depois indica o profundo significado teológico desses dois milagres (8.18-21).

* 8:2

Tenho compaixão. Posto que esta multiplicação aconteceu provavelmente em Decápolis (7.31), é evidente que Jesus estende sua compaixão das ovelhas perdidas da casa de Israel (6,34) aos gentios, quando cura a filha da mulher siro-fenícia (7.24-30) e quando realiza seu ministério em território gentio (7.31-37). Por suas ações Jesus anuncia a futura missão mundial da igreja.

* 8:4

neste deserto. Ver nota em 1.4. A pergunta dos discípulos, diante do que Jesus já tinha feito anteriormente — em circunstâncias semelhantes — justifica a repreensão dada por Jesus nos vs. 17-18.

* 8:10

Dalmanuta. Presumivelmente à margem ocidental do Mar da Galiléia, embora sua localização exata não seja conhecida.

* 8:11

fariseus. Ver nota em 2.16.

sinal do céu. Jesus não realiza sinais a pedido, especialmente àqueles que estão “tentando-o” (conforme 1.13; Mt 4:1-11). Os fariseus queriam um sinal para confirmar que Jesus era um Messias político, como eles estavam esperando (v. 15, nota).

* 8:14

senão um só. Este detalhe da narrativa liga esta passagem aos dois milagres das multiplicações de pães.

* 8:15

fermento dos fariseus... de Herodes. Jesus emprega o assunto cotidiano do pão, como uma metáfora (Lc 12:1, nota). Aquilo que parece um pedido inocente e legítimo de um sinal (quanto ao desejo de Herodes por milagres ver Lc 23:8), é, na verdade, uma rejeição do seu ministério e de todos os seus sinais anteriores. Jesus está advertindo seus discípulos contra concepções superficiais de seu papel, e os está preparando para o seu ensino com relação ao verdadeiro sentido de sua vinda e de sua cruz (vs. 27, 31). Tal ensino permaneceu incompreensível para muitos judeus (1Co 1:22, 23).

* 8:17

o não terdes pão. Os pensamentos dos discípulos são ainda dominados por preocupações de ordem material, preocupações que os deixam cegos para a verdadeira vocação de seu Mestre e abertos para serem tentados pelo “fermento” dos fariseus.

* 8:21

Não compreendeis ainda. Aqui, o papel de Jesus no ensino e no treinamento dos Doze está implícito na narrativa (3.14, nota). Sua pergunta a eles é uma censura por deixarem de perceber que o Senhor — que providenciou alimento miraculosamente para cinco mil e para quatro mil homens e suas famílias — é capaz de cuidar das necessidades físicas de doze pessoas. Na verdade, eles deviam saber que Jesus é digno de sua fé total, em tudo aquilo que lhes revelará nos dias futuros.

* 8:22

Betsaida. Uma cidade pesqueira à margem norte do Mar da Galiléia e terra natal de Filipe, André e Pedro.

* 8:23

saliva aos olhos. Ver nota em 7.33.

* 8:24

como árvores... andando. A restauração da visão, neste caso, é gradual.

* 8:26

Não entres na aldeia. Jesus tinha levado o cego para fora da cidade (v. 23), assim é plausível que a mensagem deste milagre fosse dirigida a Seus discípulos. Eles devem entender que Jesus está curando gradualmente sua cegueira espiritual. Enquanto no v. 21, eles ainda não tinham entendido quem é Jesus, eles também, como o homem cego (v. 25), estão quase para ver “claramente” o mistério de sua pessoa (vs. 27-30).

* 8:27

Cesaréia de Filipe. Uma cidade ao sopé do monte Hermon e próxima da nascente do rio Jordão. Herodes, o Grande, construiu ali um templo de mármore a Cesar Augusto e seu filho Filipe mudou o nome da cidade de Paneas para Cesaréia. Para distingui-la de outra Cesaréia — o bem conhecido porto mediterrâneo — ela foi conhecida como Cesaréia de Filipe.

* 8:29

Mas vós, quem dizeis que eu sou. Outra vez é enfatizada a preeminência dos Doze, na revelação da pessoa de Jesus (v. 21; 3.14). Jesus desconsidera aquilo que o povo diz (v. 27), mas retém como verdade divinamente revelada a confissão dos Doze (Mt 16:16, 17 e notas).

Tu és o Cristo. Lit. “o Ungido” (1Sm 2:10; Mt 1:1 e notas). Esta é a primeira vez, na narrativa de Marcos, que o nome “Cristo” aparece (aparece também no título do seu Evangelho, 1.1). A confissão de Pedro (como aquele que fala pelos Doze) junto com a Transfiguração que se segue (9.2-13) são o ponto alto na revelação da pessoa de Jesus e uma reviravolta no seu ministério terreno. De agora em diante, o seu ensino se concentrará sobre sua morte iminente, e ele logo começará sua viagem para Jerusalém.

* 8:30

a ninguém dissessem. Ver notas em 1.34; 5.19, conforme 9.9. Estranhamente, neste ponto alto da revelação vem a ordem para conservá-la em sigilo. Mas, olhando para trás, a razão fica clara. Jesus não permite que noções políticas de sua obra Messiânica comprometam sua verdadeira vocação de Messias Sofredor, cuja obra essencialmente moral e espiritual da redenção será total.

* 8.31—10.52. Esta seção conta minuciosamente a convergência do ministério terreno de Jesus em direção ao seu clímax (8.29, nota). Contém três predições da morte e ressurreição de Jesus (8.31; 9.31; 10:33-34); relata o começo de sua viagem a Jerusalém e dá ensino substancial sobre a verdadeira messianidade e discipulado.

* 8:31

necessário. Por trás desta palavra está todo o peso das profecias bíblicas e da necessidade divinamente ordenada (9.31; Lc 22:37; 24:7, 26, 44). As predições de Jesus concernentes à sua morte e ressurreição procedem de seu modo de entender as Escrituras do Antigo Testamento.

Filho do homem. Ver nota em 2.10.

sofresse muitas coisas. A predição do Messias Sofredor vem particularmente de 13 23:53-12'>Is 52:13—53.12. Ver também Zc 9:9; 12:10; 13:7; e todo o Antigo Testamento sobre o tema geral do justo sofredor.

anciãos. Membros leigos do Sinédrio, a corte que governava os negócios judeus. A corte era composta dos anciãos, principais sacerdotes e mestres da lei (os escribas).

principais sacerdotes. Jesus prediz que as ricas famílias do sumo sacerdócio, que eram aliadas dos saduceus, se envolverão na sua morte.

depois de três dias. Ver Os 6:2. Esta é também expressão convencional de um curto período.

ressuscitasse. Ver Is 52:13; 53:10; conforme Sl 110:1; Dn 13:14.

* 8:32

expunha claramente. Em contraste com o seu ensino público através das parábolas (4.10-11), os Doze recebem privativamente plena instrução (conforme Jo 16:25, 29). O claro ensino particular de Jesus se tornará a base da pregação pública de seus discípulos, depois da Páscoa (At 2:29-4.13 29:31-28.31).

Pedro...começou a reprová-lo. Quando o próprio Pedro, líder entre os Doze, falha em aceitar que o Messias precisa sofrer, pode-se apreciar a sabedoria do segredo de Jesus com relação ao seu ofício messiânico. Note-se a observação de Paulo que, para muitos, “a palavra da cruz é loucura” (1Co 1:18, conforme Gl 3:13).

* 8:33

Arreda, Satanás. Satanás agora está operando até mesmo entre os próprios discípulos de Jesus, não somente em Judas, mas também em Pedro, cuja intervenção teria anulado o plano da redenção e realizado o objetivo de Satanás.

* 8:34

tome a sua cruz. Prisioneiros condenados eram geralmente obrigados a carregar o madeiro de sua cruz até o lugar de execução (conforme 15.21).

* 8:37

em troca de sua alma. A mesma palavra grega é traduzida aqui por “alma” e, no v. 35, por “vida”. Nenhum valor monetário ou material pode ser pago por isto (Sl 49:7-9, ao qual Jesus talvez se refira).

* 8:38

na glória de seu Pai. Ainda que no presente tempo de humilhação o “Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8:20), um dia ele será revelado com esplendor divino como o Filho de Deus (12.6-11; 14.62, conforme Dn 7:13).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38
8.1ss Este é um milagre distinto ao da alimentação dos cinco mil descrito no capítulo 6. Naquela ocasião, quase todos eram judeus. Esta vez, Jesus ministraba a uma multidão de gentis na região do Decápolis. As obras e a mensagem do Jesus começavam a ter impacto em um grande número de gentis. O fato de que Jesus ministrase com muita compaixão aos não judeus, dava grande confiança ao público do Marcos, que era em sua maioria romano.

8.1-3 Alguma vez lhe pareceu que Deus esteve tão ocupado com assuntos mais importantes que não lhe foi possível ocupar-se de suas necessidades? Assim como Jesus se ocupou daquela gente e sua necessidade, O se ocupa das nosso cada dia. Em outra ocasião Jesus disse: "Não lhes trabalhem em excesso, pois, dizendo: O que comeremos, ou o que beberemos, ou o que vestiremos?[...] seu pai celestial sabe que têm necessidade de todas estas coisas" (Mt 6:31-32). Tem preocupações que, segundo seu parecer, não interessam a Deus? Para O não há assunto muito grande nem tão pequeno que escape a seu interesse.

8:11 Os fariseus tratavam de explicar os milagres anteriores do Jesus dizendo que foram obras da sorte, a coincidência ou o poder de Satanás. Demandavam um sinal no céu, algo que só Deus poderia fazer. Jesus rechaçou tal demanda porque sabia que nem um milagre como esse bastaria para convencê-los. Já tinham resolvido não acreditar. Os corações podem chegar a ser tão duros que nem sequer os acontecimentos e demonstrações mais convincentes os fazem trocar.

8:15 Marcos menciona a levedura do rei Herodes e dos fariseus, enquanto que Mateus fala da levedura dos fariseus e dos saduceos". A audiência do Marcos, em sua maioria de gentis, tem que ter ouvido falar do rei Herodes, mas não necessariamente da seita judia conhecida como os saduceos. Assim, Marcos descreve a parte da declaração do Jesus que muitos de seus leitores podiam entender. Quando Marcos se refere ao rei Herodes, fala dos herodianos, grupo de judeus que respaldavam a dito rei. Muitos deles eram também saduceos.

8.15ss Nesta passagem a levedura simboliza o mau. Como uma pequena quantidade de levedura é suficiente para fazer uma fornada de pão, do mesmo modo, os corações endurecidos dos líderes judeus podiam penetrar e poluir a sociedade inteira e obter que se levantasse contra Jesus.

8:17, 18 Como é possível que os discípulos depois de ser testemunhas de tantos dos milagres do Jesus, foram tão lentos em descobrir sua verdadeira identidade? Viram-no alimentar a mais de cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes (6.35-44), mas voltam a duvidar que pudesse alimentar a outro grupo grande.

Muitas vezes somos também terrivelmente lentos em compreender. Embora Cristo nos ajudou a sair graciosos de tentações no passado, custa-nos acreditar que possa fazê-lo ainda no futuro. Está seu coração muito fechado para receber tudo o que Deus pode fazer por você? Não seja como os discípulos. Recorde que Cristo o tem feito e tenha fé para acreditar que o voltará a fazer.

8:25 por que Jesus tocou ao homem duas vezes antes que pudesse ver? Este milagre não era difícil para o Jesus, mas quis fazê-lo por etapas, possivelmente para mostrar aos discípulos que algumas sanidades seriam graduais e não fotos instantâneas, ou para demonstrar que a verdade espiritual não sempre se percebe com claridade desde o começo. Entretanto, antes que Jesus se fora, o homem se sanou por completo.

8:27 Cesarea do Filipo era uma cidade bem pagã, conhecida porque adoravam deuses gregos e tinham templos dedicados à adoração do antigo deus Baal. Herodes Felipe, mencionado em Mc 6:17, trocou o nome da cidade da Cesarea a Cesarea do Filipo, para que não a confundissem com a costeira cidade da Cesarea (At 8:40), capital do território governado por seu irmão, Herodes Antipas. Esta cidade pagã, onde reconheciam a muitos deuses, foi um lugar apropriado para que Jesus pedisse aos discípulos que reconhecessem sua identidade como Filho de Deus.

8:28 Para ler a história do João o Batista, veja-se Mc 1:1-11 e 6:14-29. Para ler a história do Elías, veja-se 2 Rsseis 17:20-2 Rseis 1:2.

8:29 Jesus consultou aos discípulos sobre quem acreditava a gente que era O; logo lhes perguntou: "Quem dizem que sou?" Não é suficiente saber o que outros pensam do Jesus. Você deve saber, entender e aceitar que Jesus é o Messías. Deve passar da simples curiosidade ao compromisso, da admiração à adoração.

8.29-31 O nome Filho do Homem é o que Jesus utiliza mais para referir-se ao mesmo. Provém de Dn 7:13 onde filho de homem é uma figura celestial, a que ao final dos tempos tem autoridade e poder. O nome se refere ao Jesus o Messías, o homem representativo, o agente humano de origem divina vindicado Por Deus. Nesta passagem, Filho do Homem está estreitamente vinculado à confissão do Pedro sobre o Jesus como Cristo e confirma seu significado messiânico.

A partir deste momento, Jesus falou claramente a respeito de sua morte e ressurreição. Começou a prepará-los para o que lhe aconteceria lhes dizendo em três oportunidades que logo morreria (Dn 8:31; Dn 9:31; Dn 10:33-34).

8:30 por que Jesus pediu a seus discípulos que não dissessem a ninguém a verdade a respeito Do? Jesus sabia que necessitavam mais instrução a respeito da obra que realizaria com sua morte e ressurreição. Sem mais ensino, os discípulos só teriam o quadro pela metade. Quando confessaram que Jesus era o Cristo, ainda não sabiam tudo o que significava.

8:31 Daí em adiante, Jesus falou clara e diretamente a seus discípulos a respeito de sua morte e ressurreição. A fim de começar a prepará-los para o que lhe aconteceria, disse-lhes em três oportunidades que logo morreria (8.31; 9.31; 10.33, 34).

8:32, 33 Nesse momento, Pedro não considerava os propósitos de Deus, a não ser solo seus desejos e sentimentos naturais. Queria que Cristo fora o Rei e não o servo sufriente profetizado no Isaías 53. Estava preparado para receber a glória de ser seguidor do Messías, mas não a perseguição.

A vida cristã não é um caminho pavimentado para as riquezas e o ócio. Freqüentemente significa duro trabalho, perseguição, privações e sofrimento profundo. Pedro viu sozinho uma parte do quadro. Não repitamos o mesmo engano; em troca, notemos em quão bom Deus pode produzir do aparentemente mau e na ressurreição que segue à crucificação.

8:33 Freqüentemente Pedro era o que falava com nome dos discípulos. Ao dirigir-se a ele, Jesus sem dúvida falava com todos em forma indireta. É estranho, mas os discípulos tratavam de evitar que Jesus fora à cruz, sua verdadeira missão sobre a terra. Satanás tentou ao Jesus no mesmo sentido (Mateus 4). Enquanto que os motivos de Satanás eram diabólicos, aos discípulos os motivava o amor e a admiração que sentiam pelo Jesus. Entretanto, a tarefa dos discípulos não era guiar e protegê-lo, a não ser lhe seguir. Solo depois de sua morte e ressurreição chegariam a entender cabalmente por que Jesus tinha que morrer.

8:34 Os romanos, a audiência original do Marcos, sabiam o que significa carregar com uma cruz. A crucificação era uma forma de execução usada pelos romanos nos casos de criminosos perigosos. O prisioneiro carregava sua cruz até o lugar da execução, com o qual demonstrava submissão ao poder de Roma.

Ao falar de levar a cruz, Jesus quis ilustrar o sentido do que se requer para lhe seguir. Não está em contra do prazer; tampouco quer dizer que devemos procurar dor innecesariamente. O que quis dizer foi que lhe seguir, momento detrás momento, requer de esforço heróico e de fazer sua vontade até nos momentos difíceis, quando o futuro se apresenta incerto.

8:35 nos gastar pela causa das boas novas não significa em maneira alguma que nossas vidas careçam de valor. Significa que nada, nem sequer a vida mesma, é comparável com o que podemos ganhar com Cristo. Jesus quer que decidamos lhe seguir em lugar de levar uma vida de pecado e autosatisfacción. Quer que deixemos de tratar de controlar nossas vidas e deixar que O as controle. Isto tem sentido porque solo O, como Criador, sabe o que é viver na verdade. Pede-nos submissão, não automóvel desprezo; pede-nos nos despojar do egocentrismo que nos diz que sabemos melhor que Deus como conduzir nossas vidas.

8.36, 37 Muitas pessoas se passam a vida procurando prazer. Jesus disse, entretanto, que o prazer centrado nas posses, a posição ou o poder, ao fim e ao cabo não valem nada. Tudo o que possua na terra é temporária; não deve obter-se em troca de sua alma. Se trabalhar arduamente para conseguir o que quer, é possível que chegue a ter uma vida "prazenteira", mas ao final verá que é oca e vazia. Está disposto a fazer da busca de Deus um pouco mais importante que a egoísta busca do prazer? Siga ao Jesus e saberá o que significa realmente desfrutar da vida e de uma vez ter vida eterna.

8:38 Jesus constantemente investe a perspectiva do mundo ao falar de salvação e perdição, de perda e achado. Aqui nos confronta com uma eleição. Quem se envergonhe do Jesus e o rechacem nesta vida, verão-o com claridade no dia do julgamento, mas já será muito tarde. Quem o veja assim agora e o aceitam, escaparão da vergonha do rechaço no julgamento final.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38
c. Alimentação dos quatro mil (8: 1-10)

1 Naqueles dias, quando havia novamente uma grande multidão, e eles não tinham nada para comer, ele chamou a si os seus discípulos e disse-lhes: 2 Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem nada para comer: 3 e se eu mandar em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe. 4 E os seus discípulos lhe responderam: Donde poderá alguém para preencher esses homens de pão aqui no deserto? 5 E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete. 6 E ele manda o povo que se sentasse no chão; e tomando os sete pães, e tendo dado graças, o partiu e deu a seus discípulos, para que os distribuíssem; e colocá-las diante da multidão. 7 Tinham também alguns peixinhos; e tendo os abençoou, ele mandou que estes também fossem distribuídos. 8 E comeram, e se fartaram; e tomaram-se, de pedaços que sobejaram, sete cestos. 9 E eles eram cerca de quatro mil e mandou-os de distância. 10 E, entrando logo no barco com seus discípulos, foi para as regiões de Dalmanuta.

Considerando que a alimentação dos cinco mil estão registrados nos quatro Evangelhos, a alimentação dos quatro mil está relacionada apenas por Mateus e Marcos. Neste caso, as contas de Marcos e de Mateus são quase exatamente o mesmo (ver Mt 15:32 ). Marcos acrescenta um pequeno detalhe no versículo 3 , quando ele diz que muitas das pessoas tinham de vir de longe, e assim ia desmaiar pelo caminho, se eles tiveram que voltar para casa para alimentar. Caracteristicamente Marcos usa a mais vívida presente histórico tenso no versículo 6 , onde Mateus tem o particípio aoristo.

No final do incidente ele diz que Jesus atravessou o lago para Dalmanutha. Mateus tem "Magadan". Nem localização é conhecida hoje. Mas presumivelmente ambos os termos referem-se a planície densamente povoada de Genesaré (conforme Mc 6:53 ), que estava no lado oeste do lago.

A crítica muitas vezes questionou como os discípulos poderia ter perguntado o que está registrado no versículo 4 , depois de terem testemunhado o milagre de alimentar cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes. Mas ele é gravado em Mc 6:52 que eles não entenderam o significado do incidente anterior. Um longo tempo decorrido entre os dois eventos, e é característica da natureza humana para esquecer as bênçãos de Deus no passado. Além disso, a questão dos discípulos pode ser interpretada como a expressão de uma pitada de antecipação, ao invés de incredulidade completa. Quando Jesus colocou o problema do que fazer com uma multidão faminta (vv. Mc 8:1-3 ), os apóstolos responderam que, enquanto eles não foram capazes de fazer nada sobre isso, talvez Jesus faria algo. Allen escreveu: "As palavras significam exatamente o que eles colocam para eles, e que pode muito bem ter sido uma nota de expectativa," De onde ... a menos que você oferece? ' "

d. Pedido de sinal (8: 11-13)

11 E saíram os fariseus e começaram a discutir com ele, pedindo-lhe um sinal do céu, tentando-o. 12 E, suspirando profundamente em seu espírito, disse: Por que pede esta geração um sinal? em verdade vos digo que, não se dará sinal ser dado a esta geração. 13 E deixando-os, e, novamente, entrar em o barco partiu para o outro lado.

Os rabinos disse que quando o Messias veio Ele iria mostrar uma luz do céu como prova de que ele realmente era o Messias. Aparentemente, isso foi o que os fariseus estavam exigindo aqui.

Isto irá explicar a aparente discrepância entre essa conta e Mateus. Este último diz que nenhum sinal seria dado, mas que de Jonas (Mt 16:4)

14 E eles se esqueceram de levar pão; e eles não tinham no barco com eles mais do que um pão. 15 E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes. 16 E eles discorriam entre si, dizendo: Nós temos nem pão. 17 E Jesus, percebendo isso disse-lhes: Por que arrazoais, que não tendes pão? não vos ainda não percebem, nem entender? tendes o vosso coração endurecido? 18 Tendo olhos, não vedes? e tendo ouvidos, não ouvis? e não vos lembrais? 19 Quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Eles disseram-lhe: Doze. 20 E quando os sete entre os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? E eles disseram-lhe: Sete. 21 E disse-lhes: Não vos ainda não entendeu?

Em seu caminho através do lago Jesus solenemente advertiu Seus discípulos para vos do fermento dos fariseus e de Herodes . Mateus em sua conta paralela diz que "o fermento dos fariseus e saduceus" (Mt 16:6 . Que patético é pergunta de fechamento de Jesus no versículo 21 !

b. Cego de Betsaida (8: 22-26)

22 Então chegaram a Betsaida. E trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse. 23 E ele pegou o cego pela mão, e levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, pôs as mãos sobre ele, perguntou-lhe: Vês tu devia? 24 E ele olhou para cima e disse: Vejo os homens; para eu contemplo -los .como árvores que andam 25 Então, novamente ele impôs as mãos sobre os olhos; e ele com os olhos fitos, e foi restaurado, e viu todas as coisas claramente. 26 E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia.

Betsaida Julias foi localizado na margem leste do rio Jordão, perto de onde ele deságua no extremo norte do lago da Galiléia. Anteriormente uma aldeia, que tinha sido reconstruído e ampliado por Filipe, o tetrarca (filho de Herodes, o Grande) como sua capital de Golã. Ele o chamou de Julias em homenagem a Júlia, a filha do imperador Augusto.

O milagre registrado aqui é encontrado somente no Evangelho de Marcos. O amor conta evidências de Marcos para detalhes vívidos, baseado provavelmente nas observações afiadas de Pedro. Dizem-nos que Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da aldeia. Aqui vemos a reflexão proposta do grande Médico. O cego iria se distrair com o clamor das multidões ao redor dele. Então Jesus levou-o para um local tranquilo, onde Ele poderia ter toda a atenção do homem. Provavelmente Ele queria que isso seja uma experiência espiritual para o companheiro aflito, bem como a cura física. Então, também, Ele queria evitar a publicidade indevida.

Este incidente e a cura do surdo-mudo da Decápole (7: 31-37) são os dois únicos milagres que são registradas por Marcos sozinho. Eles têm muito em Ct 1:1)

27 E Jesus, saindo, e os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe, e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo-lhes: Quem dizem os homens que eu sou? 28 E disseram-lhe, dizendo: João Batista; outros, Elias; mas outros: Um dos profetas. 29 e perguntou-lhes, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu e disse-lhe: Tu és o Cristo. 30 E ordenou-lhes que a ninguém dissessem aquilo dele.

A confissão de Pedro em Cesareia de Filipe é registrado em todos os três Evangelhos sinópticos (conforme Mt 16:13. ; Lc 9:18 ). Neste caso, o relato de Mateus é de longe o mais completo (veja as notas lá). Marcos tem apenas dois, muito pequenas, detalhes únicos. Ele diz que Jesus e os discípulos saíram para as aldeias de Cesaréia de Filipe, ou seja, os subúrbios-passo que Mateus usa a palavra "partes." Marcos também indica que ele foi enquanto eles estavam no caminho que o questionamento ocorreu. Ele dá uma forma mais curta da confissão: Tu és o Cristo ; isto é, o Messias.

Jesus cobrados os discípulos não dar publicidade ao seu messianismo. O verbo, utilizado em todas as três contas deste incidente, é um composto forte, ocorrendo vinte e nove vezes no Novo Testamento. Todos menos cinco dessas vezes ela é traduzida como "censura" na ReiTiago 5ersion (conforme vv. Mc 8:32 , 32 ). Ele é usado de repreender demônios e natureza de Cristo. Aqui ele deve ser processado "cobrado de forma estrita." Jesus não queria que uma proclamação pública de Sua messianidade que poderia precipitar uma revolução contra o domínio romano. As condições políticas na Palestina estavam tensos no primeiro século, e não teria tomado muito de uma faísca para inflamar a estopa inflamável do nacionalismo. Este foi exatamente o que Jesus tentou evitar.

O significado deste incidente é bem expressa por Stamm: "A viagem de Jesus e os seus discípulos a Cesaréia de Filipe é o ponto médio do Evangelho de Marcos, bem como o ponto de viragem do ministério de Jesus ... Agora, um novo tema é introduzido.: O Filho do o homem deve sofrer e morrer. "

d. Prediction of Passion (8: 31-9: 1)

31 E começou a ensinar-lhes que o Filho do homem padecesse muitas coisas, que fosse rejeitado pelos anciãos, e os príncipes dos sacerdotes, e os escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitaria. 32 E falou o dizendo abertamente. . E Pedro, tomando-o, começou a repreendê-lo 33 Mas ele, virando-se e olhando para seus discípulos, repreendeu a Pedro, e disse: Para trás de mim, Satanás; pois tu mindest não as coisas de Deus, mas as que são dos homens. 34 E, chamando a si a multidão com os seus discípulos, e disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz , e siga-me. 35 Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa e do evangelho a salvará. 36 Pois de que vale a um homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? 37 Pois o que diria o homem em troca da sua vida? 38 Porque, quem se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem também deve se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos. I E disse-lhes: Em verdade vos digo que, há alguns aqui dos que estão por , cargo que em nenhum provarão a morte até que vejam o reino de Deus com poder.

A palavra começou (v. Mc 8:31) é significativo. Ele marca um novo ponto de partida no ministério de Jesus. Até agora, o Mestre tinha sido principalmente lidando com a multidões-cura, ensinando, pregando. A partir de agora ele passava a maior parte do seu tempo instruindo os seus discípulos, preparando-os para o momento em que Ele deve deixá-los e eles teriam de continuar o trabalho do Reino.

Um tópico principal nesse ensino privado foi vinda de Sua morte e ressurreição. Em comum com todos os judeus, os apóstolos esperavam um Messias que viria em glória para reinar sobre um reino terreno. Era necessário que o Mestre deve corrigir este equívoco na mente dos Seus discípulos. Eles devem ser ensinados que o Filho do homem (o Messias) iria sofrer e morrer, mas depois de três dias ressuscitaria. Para os detalhes da previsão, veja as notas sobre Mt 16:21 .

Este foi o primeiro de três previsões da Paixão (ver Mc 9:31 ; 10: 32-34 ). Todos os três sinóticos enfatizar essa fase do ministério privado de Jesus aos Seus discípulos. Marcos acrescenta uma observação aqui: E ele falou esta dizendo abertamente (ou, "claramente"). Como resultado Pedro levou . O particípio meio aorista significa literalmente "tomando-o para si mesmo." Parece querer dizer que o apóstolo procurou tirar o Mestre para um lado, para reprová-lo para falar assim. Mas quando Pedro começou arepreendê -lo, Jesus repreendeu o discípulo, por sua vez. Voltando sobre provavelmente significa que Cristo transformou, de modo a enfrentar tanto Pedro e os discípulos.

Jesus declarou que alguns de seus ouvintes não morreria até que eles tinham visto o reino de Deus vindo com poder . Esta última frase é encontrada somente em Marcos.

Por uma estranha incoerência este versículo é colocado no início do capítulo nove em Marcos, como se refere à Transfiguração (ver em Mt 16:28. ), enquanto que em Mateus vai com o capítulo anterior. Esta última é a divisão correta. Marcos 9:1 pertence ao capítulo oito.

Sobre o significado deste versículo Alexander tem um comentário muito útil. Ele escreve:

As soluções desta questão que tenham sido propostos são censuráveis, principalmente porque também exclusiva e restritiva da promessa de um único ponto do tempo, ao passo que ele realmente tem referência a uma mudança gradual ou progressiva, a instituição do Reino de Cristo no coração dos homens e na sociedade em geral, de que processos demorados os dois pontos mais importantes são a efusão do Espírito no dia de Pentecostes, e da destruição de Jerusalém mais de um quarto de século mais tarde, entre o que aponta, como os de sua criação e sua consumação, encontra-se a morte lenta da dispensação mosaica, ea construção gradual do reino do Messias.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38
Decapólis (palavra grega para "dez cidades") era uma liga de dez ci-dades que funcionavam como um país dentro de outro. Essas cidades tinham exército, sistema judiciário, moeda corrente próprios e desfru-tavam de um alto nível de cultura gentia. Esse capítulo descreve os eventos que aconteceram na região de Decápolis, enquanto Jesus minis-trava para os gentios.

  1. Compaixão (Mc 8:1-41)

Sempre que Jesus via as multidões necessitadas, sentia-se movido pela compaixão e queria ajudá-las (Mt 9:36; Mt 14:14; Mc 6:34). Não deve-mos confundir esse milagre com o relatado em 6:32-44, pois cada um tem suas características próprias:

Mc 6:32-41

  1. Cinco mil pessoas, maioria de judeus
  2. Estavam com Jesus havia um dia (Mc 6:35)
  3. Aconteceu na Galiléia
  4. Cinco pães e dois peixes
  5. Doze cestos de sobras (cestos pequenos)

Mc 8:1-41

  1. Quatro mil pessoas, maioria de gentios
  2. Estavam com Jesus havia três dias (Mc 8:2)
  3. Aconteceu perto de Decápolis
  4. Sete pães e alguns peixes
  5. Sete cestos de sobras (cestos grandes)

É difícil entender por que os Doze ficaram perplexos a respeito de alimentar a multidão, uma vez que Jesus já alimentara uma grande mul-tidão. Contudo, eles, como nós, eram propensos a esquecer todos os bene-fícios que ele lhes fizera (SI 103:1-2)!

  1. Preocupação (Mc 8:10-41)

Jesus e seus discípulos retornam à Galiléia e encontram-se com os fa-riseus, e estes querem um sinal do céu. A alimentação Dt 5:0; Gl 5:1-48; 1Co 5:0; Jo 3:14), essa é a primeira vez que Jesus fala abertamente a seus dis-cípulos que ele morrerá e ressusci-tará. (Veja 9:30-32; 10:32-34.) Os Doze, como a maioria dos judeus ortodoxos, criam que seu Messias viria em poder e glória e derro-taria os inimigos deles, não para ser derrotado por seus inimigos. A confissão de fé de Pedro vem do Pai (Mt 16:17), não da tagarelice da multidão; todavia, a confusão de Pedro originou-se no demônio, que não quer que compreendamos a doutrina da cruz. Pedro queria a glória, mas não o sofrimento que leva à glória! Leia as duas epís-tolas de Pedro e veja quanto ele menciona a respeito de sofrimento e de glória.

  1. Consagração (Mc 8:34-41)

Tornamo-nos filhos de Deus ao crer em Cristo e confessá-lo como o Filho do Senhor (1Jo 4:1-62) que morreu por nós na cruz e ressus-citou (Rm 10:9-45). Tornamo-nos discípulos de Jesus Cristo ao nos entregar totalmente a ele, ao tomar nossa cruz e segui-lo. Se vivemos para nós mesmos, perdemos nossa vida, e ele sente vergonha de nós; contudo, se vivemos para Cristo, salvamos nossa vida e o glorifica-mos (Jo 12:23-43). O discipulado salva-nos da tragédia de desper-diçar nossa vida. Embora haja so-frimento em tomar a cruz e seguir Jesus, esse sofrimento sempre leva à glória.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38
8:1-9 Conforme Mt 15:32n. Mt 16:9 afirma claramente que houve dois milagres em que Jesus multiplicou pães.

8.2,3 Compaixão. Jesus mostra o amor (agape) divino que se interessa profundamente pelos famintos. Interesse na justiça social, que parte de um amor verdadeiro e espiritual, glorifica a Deus (1Jo 3:17). Três dias. A importância do ensino do Mestre foi reconhecida pelo povo. Oxalá os crentes contemporâneos tivessem um desejo igualmente ardente de conhecer a verdade bíblica. De longe. Se este milagre foi realizado perto de Decápolis (7.31), é provável que o povo participante fosse, na sua maioria, gentio (conforme 7.27).

8.10 Dalmanuta. Mateus diz Magadã (conforme Mt 15:39n). Este nome ainda não foi, encontrado fora dessa citação aqui.

8.11,12 Sinal do céu. Como Elias demonstrou no monte Carmelo (1Rs 18:20-11). Para Jesus, um sinal ainda mais valioso havia acabado de manifestar-se no pão partido e multiplicado que representa Seu corpo morto na cruz em nosso lugar (Mt 12:38n). Esta geração. Refere-se aos fariseus que, em sua hipocrisia, tipificavam a todos os judeus que rejeitaram Jesus, buscando a salvação por meios próprios (obras religiosas).

8.15 Fermento. Os judeus, seguindo o mandamento de Deus (Êx 13:7,), evitam o uso de toda levedura na semana imediatamente após a Páscoa. Na época de Cristo, a levedura simbolizava a má inclinação do homem. Jesus aplica o símbolo de levedura à corrupção espiritual daqueles que procuram derrotar seu Messias.

8.19,20 Cestos... cestos. Palavras distintas, no grego. o primeiro era um cesto feito de junco, e o segundo era um cesto de tecido que serviu como "elevador" para Paulo (At 9:25) foi reconstruída por Filipe, tetrarca que a chamou de "Júlia" em honra à filha de Augusto, que também se chamava Júlia.

8.23 Vês alguma coisa. Neste único milagre de Jesus operado em duas etapas, a primeira ("recobrando a visão", gr anablepein, Conforme 10,51) talvez tivesse apenas restaurado a função dos olhos, e a segunda, a ação no cérebro que lhe dava percepção mental daquilo que os globos oculares captavam.

8.25 Claramente. Restabelecida a boa focalizarão visual, ele viu perfeitamente.

8.26 Não entres. Variantes dos antigos manuscritas dão outra possibilidade: "Não fales a ninguém, na aldeia" (conforme 5.20).

8.27 Com a confissão de Pedro começa a segunda metade de Marcos, Não mais Jesus dirige ensinamentos para as multidões, mas aos discípulos. Começam a ser dados avisos referentes a Sua morte, como também à ressurreição. • N. Hom. Quem é Cristo?
1) Para os fariseus e religiosos satisfeitos - Ele é um perigoso enganador;
2) Para o povo indiferente - Ele é um guia religioso (v. 28);
3) Para o discípulo com Ele comprometido - é o Messias, o "ungido" sumo Sacerdote que oferece Sua vida em sacrifício vicário (Is 53:0). Filho do homem. Conforme Lc 9:22n. Rejeitado. (Conforme Sl 118:22- Mc 12:10). A sugestão satânica que levaria os inimigos de Jesus a crucificá-lO, aqui consegue levar um discípulo como Pedro a reprová-lO. Em ambos os casos é rejeitada a salvação tão convidativa, oferecida por meio da morte do Messias. Anciãos. São os membros leigos, do Sinédrio (conforme 11.27, etc.).

8.33 Os seus discípulos. Jesus sabia que os discípulos pensavam como Pedro. Coisas de Deus. A frase significa "adotar o lado de Deus", "comprometer-se com a causa de Deus", Só Deus compreende realmente a profundidade do problema do pecado, como também a única solução.

8.34 A multidão. O convite que Jesus apresenta nesta passagem, não apenas se estende aos doze, mas a todo homem. Negue. Dizer "não" (conforme 14.30ss, 72), não apenas ao pecado, mas principalmente a si mesmo, ao ego, que é a fonte da vontade, oposta à de Deus. Vir após mim, e siga-me, são expressões que significam a mesma coisa. Tome a sua cruz. Como o criminoso, que era forçado a carregar sua própria cruz para o local da execução. • N. Hom. (Conforme Lc 9:18). Aqui, Jesus tem em vista a segunda morte (Ap 21:8) Deus não aceita gorjetas, nem subornos (conforme He 9:27).

8.38 O destino final da pessoa depende da realidade do discipulado, i.e., do fato de não se envergonhar de Cristo nesta vida. Mim e das minhas palavras. Não há possibilidade de separarmos Jesus de Suas palavras eternas.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38
A multiplicação dos pães para 4 mil homens (8:1-10). (Texto paralelo: Mt 15:32-40.)

Por semelhante que essa narrativa seja em muitos aspectos àquela em que Cristo alimentou 5 mil homens (6:30-44), há, no entanto, algumas diferenças interessantes entre os dois relatos. Este milagre foi realizado no território dos gentios, i.e., na “região de Decápolis” (7.31), a sudeste do mar da Ga-liléia; por isso, tem sido sugerido plausivel-mente que, enquanto na multiplicação dos pães para 5 mil homens Jesus estava simbolizando sua capacidade de conceder o pão i da vida aos judeus, na multiplicação dos pães 1 para 4 mil homens ele estava simbolizando I a sua capacidade de conceder o pão da vida J    aos gentios (v. p. 1.078). O tipo de cesto usado para recolher os pedaços de pão parece ter sido diferente nos dois milagres, pois no primeiro o cesto é denotado pelo substantivo grego kophinos (6.43), enquanto no segundo ! é denotado pelo substantivo grego spyris (v. i 8), sendo este (de acordo com alguns estu-I diosos) um tipo maior de cesto do que o pri-{ meiro e suficientemente grande para que um | adulto pudesse sentar dentro dele (At 9:25).

A região de Dalmanuta (v. 10) para a qual | Jesus partiu depois de realizar o milagre não foi identificada ainda, e Mateus substituiu i essa expressão por “região de Magadã” (Mt 15:39), os fariseus agora pediram-lhe um sinal do céu, dando a entender, provavelmente, um tipo de visão apocalíptica. Jesus, no entanto, se recusou a atender à exigência deles, percebendo que, se esse tipo de espetáculo fosse concedido, a lealdade dos homens para com ele seria forçada, e a necessidade de exercer a fé por parte deles, que ele sabia ser tão vital, seria omitida.

A falta de pão dos discípulos (8:14-21). (Texto paralelo: Mt 16:5-40.)

Enquanto estavam no barco (v. 13) cruzando o mar de Dalmanuta (v. 10) para Betsaida (v. 22), Jesus advertiu os seus discípulos acerca do fermento dos fariseus (i.e., a falsa religião) e acerca do fermento de Herodes (i.e., a falta de religião) (v. 15). Os discípulos, supondo que Jesus estava falando de fermento literal, em vez de usar a palavra metaforicamente para denotar o mal moral de natureza corruptora, entenderam que Jesus estava se queixando de eles não terem levado pão suficiente para as suas necessidades comunitárias na travessia que estavam fazendo (v. 16). Jesus ficou aborrecido com os seus discípulos por conta disso; não tanto por terem entendido mal a sua figura de linguagem, mas por terem imaginado que a escassez de pão pudesse ter sido uma preocupação para ele. Lembrando-os de como, com as provisões mais insignificantes, ele tinha duas vezes alimentado grandes multidões (v. 19,20), os censurou por terem o coração [...] endurecido (v. 17; v.comentário de

3.5), e aplicou a eles a palavra de Is 6:0,Jo 1:45 etc.) e quando, pouco depois, sacrificaram suas casas e seu meio de vida para estarem na companhia dele (Mc 1:16-41; Mc 2:14). Decidido a indagá-los acerca disso, Jesus os conduziu aos povoados nas proximidades de Cesaréia de Filipe (v. 27), i.e., os arredores dessa cidade que estava situada nas encostas mais baixas do monte Hermom, perto da nascente do rio Jordão. Paneas foi o seu nome originário; mas, depois de ser reconstruída pelo tetrarca Filipe, foi renomeada “Cesaréia”, em honra ao imperador romano; porém, para distingui-la da cidade com o mesmo nome na costa do Mediterrâneo, o seu nome completo se tornou “Cesaréia de Filipe”, também em reconhecimento ao seu fundador. Jesus iniciou a sua investigação ao perguntar aos discípulos acerca da opinião que os homens em geral tinham dele. A resposta deles (v. 28) foi semelhante à registrada em 6.14,15 (v.comentário ad loc.). Ao testar os próprios discípulos a respeito disso, Pedro, sem dúvida o porta-voz do grupo inteiro, respondeu: “Tu és o Cristo” (v. 29), querendo dizer, com isso, “Tu és o Messias, o Salvador apontado por Deus para o seu povo, cujo advento foi predito nas nossas Escrituras Sagradas”. A razão de Jesus proibi-los de difundir essa verdade (v. 30) foi que ele não quis que as pessoas integrassem essa identificação no conceito “político” da sua posição de Messias que muitos deles defendiam e imaginassem, por conseqüência, que Jesus estava destinado a expulsar as legiões romanas da Palestina.

A primeira predição da Paixão (8:31-33). (Textos paralelos: Mt 16:21-40; Lc 9:22.)

Com os discípulos unanimemente convictos de que Jesus era o Messias, ele finalmente pôde lhes dar instruções explícitas acerca da sua morte que estava próxima (embora alusões incidentais a ela tenham sido feitas anteriormente, e.g., 2.20). Ele lhes disse que era necessário que o Filho do homem sofresse (v. 31), sendo a causa dessa necessidade considerada por ele, sem dúvida, como a vontade de Deus, visto que essa vontade estava expressa em textos bíblicos como Is 53:0): “Para trás de mim\ Satanás” (v. 33).

O ensino de Jesus acerca do preço do discipulado (8.34—9,1) (Textos paralelos: Mt 16:24-40; Lc 9:23-42.)

Jesus, tendo indicado o que a incumbência de ser o Messias significava para ele, prosseguiu e se pôs a explicar o que o discipulado significaria para os apóstolos e seus outros ouvintes. A pessoa que se alistava para a sua causa, ele ensinou, teria de negar-se a si mesma (v. 34), i.e., abandonar a atitude dè egocentrismo, e tomar a sua cruz, i.e.f éstar preparada para enfrentar o martírio, cont a humilhação de ter de carregar a viga tratts* versai da sua cruz para o local da execução que era a prática sob o domínio dos rómaábs (Jo 19:17). Ele teria de estar disposto, portanto. a perder a sua vida mortal; e tudo isso por causa de Cristo e pelo evangelho (v. 35)( i.e., pela causa de espalhar as boas novas do Reino de Deus; pois somente dessa forma essa pessoa iria obter a verdadeira vida, a vida da era por vir. Aqueles, ao contrário, que colocassem como objetivo salvar a sua vida (mortal), especialmente os que tentavam enriquecer, e ganhar o mundo inteiro (v. 36), seriam desamparados espirituais na ordem eterna das coisas, e o próprio Cristo lhes manifestaria o seu desprezo (v. 38).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 10 até o 50

E. Retirada para Cesaréia de Filipe. 8:10 - 9:50.

A quarta e última retirada da Galiléia foi para o norte na região de Cesaréia de Filipe. Vindo de Decápolis, Jesus atravessou o Mar da Galiléia na direção da costa oriental, onde os fariseus o encontraram pedindo-lhe um sinal (Mc 8:10-12). Depois ele viajou de barco dirigindo-se para o nordeste na direção de Betsaida Julias (Mc 8:13-21), onde curou um cego (Mc 8:22-26). Dali sua viagem o levou por terra até às vizinhanças de Cesaréia de Filipe. Aqui novamente, a principal atividade de Cristo foi instruir os discípulos com referência a temas tais como a sua pessoa, sua morte e ressurreição, o discipulado deles e a sua vinda em glória prefigurada na Transfiguração (8:27 - 9:13). Aqui também ele curou outro endemoninhado (Mc 9:14-29). Depois disso, Cristo retornou à Galiléia, prosseguindo com a instrução dos Doze (Mc 9:30-50).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 26
Mc 8:1

8. SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES (Mc 8:1-41) -Veja notas sobre Mt 15:32-40. O principal problema que se apresenta aqui é a sugestão que a narrativa seja a forma alotrópica do incidente em que cinco mil pessoas foram alimentadas (Mc 6:35-41). É inegável que há considerável concordância até nos termos. Esta hipótese alega que os discípulos teriam sido incrivelmente estúpidos se tivessem feito a pergunta do vers. 4 (Donde poderá alguém fartá-los?), à luz da sua experiência anterior. Por outro lado, há diferenças ponderosas. Neste segundo caso, o povo passou três dias no deserto (2) enquanto no primeiro caso os cinco mil passaram apenas um dia. Na primeira narrativa, os discípulos recomendam que o povo seja despedido; nesta, é Jesus que insiste no contrário pela Sua própria iniciativa. A diferença no número de pessoas, embora não tenha a mesma importância, não é sem peso. Usa-se uma palavra diferente para cestos (8). Aqui o gr. é spyris, um artigo feito de vergas ou de juncos, usado por comerciantes gentios, e dum tamanho suficiente para carregar um homem (At 9:25). O termo usado no primeiro incidente é kophinos, que se referia ao cesto para provisões dos judeus. Veja 6.43 n., Jesus distingue nitidamente entre os dois termos nos versos 19:20. Veja também Mt 16:9-40 n. É realmente insatisfatório tratar estas diferenças como "modificações de uma tradição", e parece que os próprios críticos-estavam embaraçados, quando foram obrigados a sugerir que Marcos, geralmente muito perto da tradição original, deixasse os interesses homiléticos modificarem as palavras do nosso Senhor. Sobre a perplexidade dos discípulos, Trench diz o seguinte, na sua obra Notes on the Miracles: "É somente o homem de madura fé, a qual os próprios apóstolos neste período nem possuíam, que argumenta do passado para o futuro, e que realmente tira proveito e confiança da sua experiência no passado da fidelidade e amor de Deus (cfr. 1Sm 17:34-9; 2Cr 16:7-14)". A obstinação e estupidez do coração humano são descritas com freqüência nas Escrituras, cfr. Êx 14:31 e Êx 16:2-3. Jesus lamentou esta condição nos vers. 17-21. O ponto significativo do incidente é que Jesus se encontrava entre gentios, aos quais também se ofereceu o pão da vida, tanto como aos judeus. Dalmanuta (10): única menção do lugar, e até aqui não identificado. Mt 15:39 se refere a Magdala (ARC), ou Magadã (ARA), e isto sugere que atravessaram o mar outra vez até a banda ocidental.

>Mc 8:12

9. PEDE-SE UM SINAL DO CÉU (Mc 8:11-41) -Os vers. 11-13 se comparam a Mt 16:1-40, onde Jesus condena os fariseus por não discernir os sinais dos tempos. O pedido era insincero, visto que os fariseus estavam mais interessados em fabricar provas que Jesus não fosse o Messias, do que contemplar a possibilidade do contrário. Cfr. Mt 12:38-40; Lc 11:29-42. Não lhes faltavam sinais na terra, e o comentário de Jesus aos discípulos (19-21) implica que as duas multiplicações dos pães tivessem aquele cunho. Mas é do céu que eles desejavam sinal: uma voz, um sinal no sol ou na lua, seria para eles mais convincente do que a satisfação da necessidade humana. Mesmo se se houvesse algum fenômeno extraterreno, sua aceitação seria duvidosa, pois é irremediável a cegueira de quem não quer ver. Jesus silenciou em face da perversidade moral dos fariseus. E deixando-os (13); as palavras marcam o trágico momento de abandono.

Jesus aproveitou o ensejo de advertir aos discípulos que tais influências corruptas são a principal causa de cegueira espiritual (15). Cfr. Mt 16:5-40. Lc 12:1 ensina que o fermento dos fariseus era a hipocrisia; o de Herodes, provavelmente, mundanismo e sensualidade. Aqui os próprios discípulos desconhecem por completo o significado espiritual e íntimo do ensino do Mestre, pensando que Ele se referisse a algum fermento literal, para o uso do qual os fariseus tinham leis meticulosas. A falta de percepção dos discípulos não se compara à dos fariseus, pois estes, Jesus resolveu abandonar. Aqueles, que evidenciaram inércia espiritual, precisavam e recebiam a infinita paciência do Senhor. O fato é confortador. O trecho salienta a importância de percepção espiritual, uma qualidade rara mesmo entre discípulos. Essa qualidade reside mais no coração do que na cabeça, e se aplica à simpatia moral antes que à erudição intelectual. Cfr. 1Co 2:9-46; Ef 1:17.

>Mc 8:22

10. A CURA DE UM CEGO EM BETSAIDA (Mc 8:22-41) -Há semelhanças notáveis entre este milagre e a cura do surdo e gago (Mc 7:31-41). Estes dois milagres se encontram somente em Marcos. Nos dois casos, o paciente foi isolado da multidão, o método da cura foi a aplicação de saliva e o toque da mão, e toda forma de publicidade foi evitada. O aspecto singular deste milagre é que a cura foi gradual. O homem, recobrando a vista, disse: "Vejo os homens porque como árvores os vejo, andando" (24). Foi-lhe necessário outro toque da mão para conseguir perfeita recuperação da vista. Este detalhe altamente distinto em si mesmo confirma a historicidade do incidente. É difícil resistir à conclusão de que Marcos introduz esta narrativa propositadamente. Os discípulos eram naquele tempo comparáveis ao cego na primeira fase de cura. E aqui brilham os raios de esperança. Toda a obra de Cristo é completa, e só a perfeição O satisfaz. Aquele que começou a boa obra há de completá-la. Brevemente, pelo segundo toque do Seu Espírito em Pentecoste, eles verão todas as coisas nitidamente.

Desde este ponto, o que domina a narrativa é a aproximação da Paixão, de que há três predições claras (Mc 8:31; Mc 9:31; Mc 10:33).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38

28. O Provedor Compassivo (Marcos 8:1-10)

Naqueles dias, quando havia novamente uma grande multidão e eles não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: "Eu me sinto compaixão para com as pessoas, porque eles têm permanecido comigo há três dias, e não têm nada para comer. Se eu mandá-los embora com fome para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de muito longe. "E seus discípulos lhe responderam:" Onde ninguém vai ser capaz de encontrar pão suficiente aqui neste lugar desolado para satisfazer essas pessoas? "E Ele estava pedindo-lhes:" Quantos pães você tem "E eles disseram," Seven "E Ele dirigiu as pessoas a sentar-se no chão?.; e tomando os sete pães, deu graças, partiu-os, e começou a dar-lhes a seus discípulos para servir a eles, e eles serviram-los para as pessoas. Eles também tinham alguns peixinhos; E depois que ele os havia abençoado, Ele ordenou que estes para ser servido bem. E eles comeram e ficaram saciados; e eles apanharam sete grandes cestos cheios do que sobrou dos pedaços. Cerca de quatro mil estavam lá; Ele e os despediu. E imediatamente ele entrou no barco com seus discípulos e veio para o distrito de Dalmanutha. (8: 1-10)

Logo após a alimentação dos cinco mil (Marcos 6:35-44) e o sermão sobre o pão da vida (conforme Jo 6:35, Jo 6:51), o Senhor deixou a Galiléia por um tempo prolongado de treinamento particular com os Doze. Ele e seus discípulos foram primeiro para a região de Tiro, onde Jesus ministrou a uma mulher siro-fenícia que exibiu muita fé nele (7: 24-30). Em seguida, eles viajaram para o norte através de Sidon, e depois para o leste e para o sul para a região da Decápole no lado sudeste do Mar da Galiléia (v. 31). Ao todo, a sua jornada circular pelo território Gentil provável durou dois ou três meses, desde que o Doze com instrução pessoal focado do seu Senhor.

Durante esse tempo, os discípulos teria sido perfeitamente ciente de que eles não estavam na terra de Israel, uma realidade que se encaixam os fins de ensino de Jesus como Ele começou a prepará-los para a Grande Comissão: para ir a todo o mundo e pregai o evangelho a pessoas de todas as nações (Mt 28:19-20.; At 1:8). Esse preconceito profundamente enraizado foi em frente ao coração de Deus, que a partir de decreto original de eternidade destina a mensagem de salvação para espalhar a partir de seu povo escolhido para todas as nações (conforme Gn 12:3), que limitou as praias do sudeste do mar da Galiléia. As pessoas lá tinha ouvido falar de Jesus (conforme Mc 5:20), de modo que quando ele chegou, enormes multidões saíram para encontrá-Lo em uma montanha perto do lago (conforme Mt 15:29). Não, Ele curou os doentes que foram trazidos a ele, incluindo o coxo, aleijados, cegos, surdos, mudos e muitos outros (v 30; conforme Mc 7:1).

O evento registrado em Marcos 8:1-10 culmina viagem de Jesus através dessas áreas gentios. Esta passagem pode ser dividido em quatro segmentos: a compaixão misericordioso do Senhor, a consternação míope dos discípulos, a criação milagrosa de uma refeição, eo cultivo ministério dos Doze.

A Compaixão Misericordioso do Senhor

Naqueles dias, quando havia novamente uma grande multidão e eles não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: "Eu me sinto compaixão para com as pessoas, porque eles têm permanecido comigo há três dias, e não têm nada para comer. Se eu mandá-los embora com fome para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de muito longe "(8: 1-3).

A primeira alimentação de milhares (Marcos 6:35-44) teve lugar no lado nordeste do Mar da Galiléia, perto da hora da festa da Páscoa (Jo 6:4;. Jo 6:10). Vários meses se passaram desde que provavelmente evento milagroso, um ponto sugerido pela descrição das encostas como mera "terra" nesta ocasião (Mt 15:35; Mc 8:6; Mc 7:1;. Mt 14:14; Mt 15:32; Mt 20:34 , Mc 1:41; Mc 6:34;. Lc 7:13), só aqui e na passagem paralela (Mt 15:32) fez Jesus, falando na primeira pessoa, declarar esta sobre si mesmo. O verbo traduzido sentir compaixão (da palavra grega splanchnizomai ) significa literalmente "a ser movido em um de intestino", os órgãos viscerais, onde os sentimentos de dor são sentidas, de forma que os antigos os consideravam a sede das emoções. A ideia era semelhante ao expressões modernas como uma "angustiante" emoção ou um sentimento "no poço de sua barriga." A palavra Inglês compaixão vem de uma palavra latina que significa "sofrer com", e transmite sentimentos de profunda simpatia , compaixão e bondade para com aqueles que estão sofrendo.

Em todo o Antigo Testamento, Deus revelou-se repetidamente como o Deus de compaixão. Em Ex 34:6: "Porque o Senhor teu Deus" misericordioso e piedoso, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade. " é um Deus compassivo; . Ele não te deixará, nem te destruir nem se esquecerá do pacto com vossos pais que jurou a eles "O livro de Salmos ecoa essa verdade:" O Senhor é misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em benignidade "(Sl 103:8; conforme 2Cr 36:142Cr 36:14;. Ne 9:17;. Jl 2:13). Como o profeta Jeremias declarou, mesmo após a queda de Jerusalém, "misericórdias do Senhor, na verdade nunca cessam, porque as suas misericórdias não desfaleça" (Lm 3:22;.. Conforme Mq 7:19).

Porque Ele é Deus, compaixão divina marcou a vida de Cristo. Jesus expressou misericordioso cuidado tanto para as necessidades espirituais das pessoas; (. Mt 14:14) (conforme Mt 9:36. Mc 6:34) e para as suas aflições físicas; Ele estendeu esse cuidado para judeus e gentios (conforme Mt 8:5-13; 15:. 22-31; Marcos 7:31-37). Nesta ocasião, o Senhor sentiu compaixão desta multidão especificamente porque tinhapermanecido com Ele por três dias com nada para comer. Na ânsia de ouvir o ensinamento de Jesus e testemunhar seus milagres, o povo se recusou a ir para casa, mesmo que isso significasse dormir fora e perdendo algumas refeições. Oprimido com o Senhor Jesus, eles colocaram a fome de lado. Ele reconheceu que talvez eles mesmos nem sequer percebem. Falando aos Seus discípulos, o Senhor disse: Se eu mandá-los embora com fome para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de muito longe. A palavra fraca (do verbo grego ekluō ) significa "enfraquecer" ou "entrar em colapso", como uma corda que fica mole quando unstrung. Sabendo que o povo não tinha comido por três dias, e que alguns deles estariam viajando longas distâncias para voltar para casa, Jesus respondeu com compaixão.

A consternação Míope dos Discípulos

E seus discípulos lhe responderam: "Onde ninguém vai ser capaz de encontrar pão suficiente aqui neste lugar desolado para satisfazer essas pessoas?" E Ele estava pedindo-lhes: "Quantos pães tendes?" E eles disseram: "Sete". (8: 4-5)

Os discípulos responderam Jesus, perguntando: "Onde é que ninguém será capaz de encontrar pão suficiente aqui neste lugar desolado para satisfazer essas pessoas?" À primeira vista, os Doze parecem reagir em quase da mesma forma que antes, durante a alimentação do milhares perto de Betsaida (6: 35-37). Certamente, eles não tinham esquecido o que Jesus tinha feito alguns meses antes. Então, por que eles pedem quase a mesma pergunta de antes? Será que eles não conhecem o Senhor Jesus poderia fornecer como havia feito antes? A resposta é que eles fizeram. A pergunta é melhor entendida como uma espécie de reconhecimento Lingua-in-cheek do milagre mais cedo, e sua própria admissão de que eles tinham novamente não adequação ou recursos para uma grande necessidade tal. Ele não tinha a intenção de pôr em dúvida o poder milagroso de Jesus, mas, em vez de enfatizar o fato de que, se uma multidão deste grande ia ser alimentado naquele local remoto, seria necessário uma outra criação de alimentos. A palavra traduzida para satisfazer, do verbo grego chortazō , deriva seu significado no mundo da criação de animais onde ele descreveu comer o gado até que estivessem completamente cheio.É a mesma palavra usada para descrever a multidão satisfeita em Mc 6:42.

Se os discípulos tinha alguma dúvida sobre o que estava prestes a acontecer, não era o poder de Jesus questionaram mas seu propósito. Esta multidão consistiu de gentios, pessoas de fora da aliança com Abraão a quem os judeus considerados impuros. Era uma coisa por Jesus para curá-los, mas a criação de uma refeição foi um passo adiante. Para o povo judeu para comer com os gentios foi proibido pelos regulamentos rabínicos (conforme At 10:28; At 11:3.). Compreensivelmente, essa idéia teria provavelmente causou consternação entre os discípulos. No entanto, Jesus estava ensinando-lhes uma lição importante sobre o quão longe o evangelho se estenderia. Assim, este milagre serviu como um clímax apropriado para o tempo que Ele e os Doze passou a viajar pelo território Gentil.

A fim de destacar a natureza milagrosa do que Ele estava prestes a fazer e, talvez, para lembrar os discípulos de que Ele havia feito antes, Jesus estava pedindo-lhes: "Quantos pães tendes?" E eles disseram: "Sete". Em versículo 7, Marcos explica que "eles também tinham alguns peixinhos." Antes da criação anterior de alimentos para milhares, os discípulos encontraram cinco pães e dois peixes (Mc 6:41). Nesta ocasião, eles conseguiram coletar sete pães e alguns peixes. Pão e peixes compreendeu a refeição típica para aqueles que viviam ao redor do lago. Obviamente, tais suprimentos escassos eram inúteis na alimentação de uma multidão tão grande. Os apóstolos sabia disso, mas eles também conhecia o poder do seu Senhor Criador.

A criação miraculosa de uma refeição

E Ele dirigiu as pessoas para sentar-se no chão; e tomando os sete pães, deu graças, partiu-os, e começou a dar-lhes a seus discípulos para servir a eles, e eles serviram-los para as pessoas. Eles também tinham alguns peixinhos; E depois que ele os havia abençoado, Ele ordenou que estes para ser servido bem. E eles comeram e ficaram saciados; e eles apanharam sete grandes cestos cheios do que sobrou dos pedaços. Cerca de quatro mil estavam lá; Ele e os despediu. (8: 6-9)

Como Jesus tinha feito antes, Ele dirigiu as pessoas a sentar-se no chão, talvez em grupos de cem e de cinqüenta (conforme Mc 6:40), a fim de separá-los para a distribuição da refeição. Tomando os sete pães, uma forma de massa fina e crocante, deu graças, partiu-os. Ao dar graças ao Pai, Jesus não só como modelo o que significa depender de Deus para provisões diárias (conforme Mt 6:11), Ele também significou para a multidão de curiosos que o poder por trás do milagre era divino.

Sem qualquer esforço ou tensão aparente, Jesus começou a dar pedaços de pão aos seus discípulos para servir a eles, e eles serviram-los para as pessoas. Eles também tinham alguns peixinhos; E depois que ele os havia abençoado, Ele ordenou que estes para ser servido bem. Tal como acontece com a prestação milagrosa anterior, nenhuma explicação natural é possível. Esta foi a criação espontânea e contínua do pão e do peixe pelo Criador de todas as coisas a si mesmo (conforme Jo 1:1; Cl 1:16; He 1:3). Estas cestas foram diferentes do que os pequenos cestos (do grego kophinos ) que os discípulos utilizados na ocasião anterior. Jesus mais tarde a distinção entre as duas refeições milagrosas, lembrando os discípulos dos diferentes cestas que haviam usado. Em Marcos 8:18-20, Jesus perguntou-lhes:

"Você não se lembra, quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos [de kophinos ] cheios de pedaços que você pegou? "Eles disseram-lhe:" Doze "." Quando parti os sete para o quatro mil, quantos cestos [de spuris ] cheios de pedaços levantastes? "E eles disseram-lhe:" Sete ".

Os diferentes tipos de cestas não são a única distinção entre esta alimentação miraculosa e aquela que ocorreu mais cedo (em Marcos 6:35-44). Os locais (Betsaida vs. Decápole); o público (judeus contra os gentios); o número de homens presentes (5.000 vs. 4.000); o comprimento de tempo demorou a multidão de antemão (um dia vs três dias); e o número de pães (cinco versus sete) foram todos diferentes. Além disso, Jesus se distinguiu entre os dois eventos (Marcos 8:18-20); Mateus e Marcos registrou ambas as ocasiões como sendo dois milagres separados. Embora alguns céticos modernos sugerem que estes dois eventos devem ser confundidos, essa noção é claramente não suportado pelo texto bíblico.

O comentário de Marcos que cerca de quatro mil estavam lá apenas se refere ao número total de homens. A passagem paralela em Mt 15:38 que faz ponto explícito: "Aqueles que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças." Com quatro mil famílias representadas, a multidão poderia facilmente ter numeradas entre quinze e vinte mil. Nem Mateus nem Marcos gravar a resposta das pessoas, apesar de serem, sem dúvida, exultante. Talvez alguns deles quis fazer Jesus rei, assim como a multidão tinha tentado fazer perto de Betsaida (conforme Jo 6:15). Como naquela ocasião, após a refeição,ele terminou o evento surpreendente e os despediu.

O cultivo Ministério dos Doze

E imediatamente ele entrou no barco com seus discípulos e veio para o distrito de Dalmanutha. (8:10)

Após os três dias do ministério intenso, cheio de curas milagrosas e culminando em uma refeição sobrenatural, Jesus deixou a região da Decápole para retornar à Galiléia para um curto período de tempo.Imediatamente ele entrou no barco com seus discípulos e veio para o distrito de Dalmanutha. A passagem paralela, Mt 15:39, identifica o seu destino como "a região de Magadan." Os dois relatos não são contraditórias, mas usar dois nomes diferentes para se referir à mesma área entre as cidades de Magdala e Cafarnaum. A volta de Jesus para a Galiléia trouxe Sua excursão em território Gentil círculo-do pleno Tiro Sidon para a Decápole e de volta para a Galiléia. A cruz era agora menos de um ano de distância, e que não seria muito antes de Jesus transitou Seu foco do ministério para a Judéia e Jerusalém.

Como mencionado acima, a viagem de Jesus em terras gentios desde os Doze com um tempo prolongado de formação pessoal e instrução crítica. No processo, eles receberam preparação inestimável em pelo menos quatro áreas. Primeiro, eles foram expostos a pessoa divina de Jesus. Eles testemunharam Sua autoridade sobre os demônios (Marcos 7:29-30), o Seu poder sobre a doença (7: 31-37), e sua capacidade de criar alimentos espontaneamente (8: 1-9). Eles observaram que as pessoas com doenças incuráveis ​​e deficiências físicas, da cegueira à paralisia à surdez-foram trazidos para Jesus e curou imediatamente e completamente por ele. Os discípulos compreenderam que só Deus poderia ser a fonte de tal poder, que é por isso que eles confessaram Jesus para ser o Filho de Deus (conforme Mt 14:33;. Mt 16:16).

Em segundo lugar, eles aprenderam que a eventual prioridade na vida é a adoração. Como Jesus já havia explicado a uma mulher em Samaria, "Está chegando a hora, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; para estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e os que o adoram o adorem em espírito e em verdade "(João 4:23-24). Durante sua jornada fora da Galileia, os discípulos viram que o princípio concretizados em um contexto Gentil. Foi uma siro-fenícia quem Jesus elogiado por sua grande fé (Mt 15:28). E foi a Gentil multidões na região da Decápole que testemunharam os milagres de Jesus e "glorificaram ao Deus de Israel" (v. 31). Por outro lado, os líderes religiosos de Israel tinha substituído religião coldhearted cheio de regras rabínicas e restrições para a verdadeira adoração (Marcos 7:1-13). É essencial reconhecer que a diferença.

Em terceiro lugar, depois de ter estado lá, para ambas as refeições Jesus milagrosamente criados, os discípulos começaram a entender os recursos divinos disponíveis para eles. Apesar de sua fé ainda era fraco neste sentido (conforme 8: 16-21), era necessário que eles abraçam a promessa de Mateus 6:31-33,

Não se preocupe, então, dizer, ou "O que vamos beber?" Ou "Que vamos vestir a roupa?" Pois os gentios procuram avidamente todas estas coisas "O que vamos comer?"; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Os discípulos não tinham capacidade em si mesmos para alimentar multidões famintas ou dar vida espiritual às almas perdidas. Mas Jesus fez. Seus recursos eram infinitos, Seu ilimitado poder, e Sua precisão perfeita providencial. Eles simplesmente precisava depender dele (conforme 13 5:58-13:6'>Heb. 13 5:6). Ao envolvê-los na distribuição de alimentos para as multidões, o Senhor proporcionou-lhes uma ilustração vívida de cuidados inesgotável de Deus que foi especialmente projetado não para o corpo, mas a alma.

Em quarto lugar, os discípulos testemunharam a compaixão do Senhor exibido drasticamente em relação às pessoas a quem judeus do primeiro século, geralmente tratados com desprezo e desdém. Fazia sentido para eles que o Messias iria fazer milagres para o povo de Israel. Mas pensar que Ele também iria expulsar demônios, curar doenças, e criar refeições para os gentios representou uma grande mudança de paradigma. No entanto, foi uma lição que os discípulos precisavam desesperAdãoente de aprender, como Jesus preparou-os para levar a mensagem de salvação até os confins do mundo. Como disse um comentarista explica:

Dos pais da igreja em diante a igreja tem justamente percebido que na alimentação dos quatro mil Jesus traz economia de pão para os gentios, como ele trouxe mais cedo para os judeus na alimentação dos cinco mil. A viagem para os gentios em 7: 24-8: 9 se evidenciando que eles não são nem fora do alcance da salvação, nem acostumados a ele. Como o livro de Jonas, os três vinhetas em Marcos 7:24-8: 9 revelam que supostos outsiders gentios são de fato surpreendentemente receptivos à palavra de Deus em Jesus. A viagem de Jesus a Tiro, Sidon, ea Decápole prova que embora os gentios são ostracizados pelos judeus, eles não são ostracizados por Deus. Invectiva judaica contra os gentios não reflete uma invectiva divina. Há aqui uma lição para o povo de Deus em todas as épocas, que os seus inimigos não são nem abandonado por Deus nem além da compaixão de Jesus. (Tiago R. Edwards, O Evangelho segundo Marcos [Grand Rapids: Eerdmans, 2002], 232)

Pouco tempo antes, o ministério galileu Jesus havia culminado com milhares de judeus sendo milagrosamente alimentado. Sua incursão no território Gentil semelhante terminou com a criação de uma refeição sobrenatural. Ambas as ocasiões foram previews dos próximos glórias do reino messiânico, em que todos os remidos, judeus e gentios, vão participar no banquete comemorativo do Cordeiro (conforme Ap 19:9;. Conforme He 2:17; 1Jo 3:161Jo 3:16 ). Para satisfazer a fome física da multidão depois de três dias necessários compaixão e poder sobrenatural, mas para salvar suas almas para a eternidade necessário algo sacrifício muito mais sobrenatural. Jesus voluntariamente foi à cruz para carregar todo o peso da punição divina pelos pecados de todos os que já crêem n'Ele (conforme 2Co 5:21).

29. A cegueira espiritual (Marcos 8:11-26)

Saíram os fariseus e começaram a discutir com ele, pedindo-lhe um sinal do céu, para testá-lo. Suspirando profundamente em seu espírito, Ele disse: "Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que, nenhum sinal lhe será dado a esta geração. "Deixá-los, Ele embarcou novamente e foi para o outro lado. E eles se esqueceram de levar pão, e não tem mais do que um pão no barco com eles. E Ele estava dando ordens a eles, dizendo: "Cuidado! Cuidado com o fermento dos fariseus e do fermento de Herodes. "Eles começaram a discutir entre si o fato de que eles não tinham pão. E Jesus, consciente disto, disse-lhes: "Por que você discutir o fato de que você não tem pão? Você ainda não ver ou entender? Você tem um coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvidos, não ouvis? E você não se lembra, quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços que você pegou? "Eles disseram-lhe:" Doze "." Quando parti os sete para os quatro mil, quantos muitas grandes cestos cheios de pedaços de pão fez você pegar? "E eles disseram-lhe:" Sete ". E Ele estava dizendo a eles:" Você ainda não entendeu? "E eles chegaram a Betsaida. E trouxeram um cego a Jesus e implorou-lhe que o tocasse. Tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e depois cuspindo-lhe nos olhos e colocando-lhe as mãos, perguntou-lhe: "Você vê alguma coisa?" E ele olhou para cima e disse: "Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam por aí." Em seguida, novamente ele impôs as mãos sobre os olhos; e ele olhou intensamente e foi restaurado, e começou a ver tudo com clareza. E Ele mandou-o para sua casa, dizendo: (8: 11-26) "Nem sequer entrar na aldeia."

Desde a queda de Adão e Eva no pecado (Gn 3:6-19), todo ser humano nasceu cego espiritualmente (conforme Rm 1:21; Rm 3:23.). Os olhos de seus corações são obscurecidas pelo pecado (conforme Ef 4:17-18.) E escurecido por Satanás (conforme 2 Cor. 4: 3-4), de modo que eles naturalmente amam as trevas e odeiam a luz (João 3:19-20). Incapaz de compreender a verdade (1Co 2:14), eles arrastam a sua vida tateando em busca de respostas (conforme At 17:27) como vagueiam em confusão moral e espiritual (Sl 82:5..).

Para alguns, esta cegueira é temporário. Pela graça de Deus, suas mentes são iluminados pelo Espírito Santo para ver a luz do evangelho e abraçar o Senhor Jesus Cristo na fé salvadora (conforme At 26:18; 1Jo 2:81Jo 2:8; conforme Jo 1:9; Jo 9:5). O apóstolo Paulo comparou-o com o milagre da criação: "Porque Deus, que disse: 'luz brilhará para fora das trevas", é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na rosto de Cristo "(2Co 4:6), os crentes têm a mente de Cristo, através da qual eles possam compreender e verdade espiritual apropriada (1 Cor. 2: 10-16; Ef 5:1; 1Ts 5:51Ts 5:5).

Para muitos outros, a sua cegueira é permanente e eterna. Recusando-se a aceitar o Senhor Jesus na fé salvadora, eles permanecem na escuridão total de rebelião pecaminosa e incredulidade (conforme Jo 1:4-5; 1Jo 2:91Jo 2:9). Os líderes religiosos judeus da época de Jesus, por exemplo, se consideravam os mais esclarecidos de todos os povos (conforme Jo 9:41). No entanto, o Senhor condenou-os como "líderes cegos" (Mt 15:14 NVI). Apesar de terem sido dada Escrituras do Antigo Testamento e as alianças bíblicas, sua cegueira espiritual era tão aguda que eles se recusaram a receber seu próprio Messias (Jo 1:11).

Quando os pecadores persistem em rejeitar a verdade, chega um ponto em que Deus dá-los para as consequências de sua incredulidade (Rm 1:24, 28-32). Eles são, portanto, confirmou em sua cegueira como um ato de julgamento divino, ea verdade é escondido deles (conforme Mc 4:12). Jesus referiu-se a esta forma de cegueira quando Ele chorou sobre Jerusalém ", dizendo:" Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos "(Lucas 19:41-42). Como os líderes religiosos não se arrependerem, mas continuamente endureceram o coração em vez disso, eles cruzaram a linha passado que eles não poderiam se arrepender (conforme Marcos 3:28-30). Assim, o julgamento tornou-se inevitável (conforme Lucas 19:43-44; Jo 3:18).

Esta seção (Marcos 8:11-26) ilustra a diferença entre aqueles que estão permanentemente cegos e aqueles cuja cegueira é apenas temporária. Por um lado, falta de vontade dos fariseus para receber a verdade significava uma condição terminal, com consequências devastadoras para sempre. Por outro lado, os discípulos de Jesus ansiosamente desejada para abraçar a verdade. Embora, por vezes, se esforçou para compreender as realidades espirituais, a sua falta de clareza era apenas temporário. Finalmente, ao curar um homem cego, Jesus proporcionou uma ilustração vívida de cegueira temporária e visão espiritual.

A cegueira permanente dos fariseus

Saíram os fariseus e começaram a discutir com ele, pedindo-lhe um sinal do céu, para testá-lo. Suspirando profundamente em seu espírito, Ele disse: "Por que pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que, nenhum sinal lhe será dado a esta geração "(8: 11-12).

Depois de passar um longo tempo com seus discípulos em território Gentil, viajando de Tiro (7: 24-30) para Sidon (07:
31) para a Decápole (7: 31-8: 9), Jesus voltou para a região judeu da Galiléia (8:10).Tendo chegado a Dalmanutha na região de Magadan (Mt 15:39), localizado em algum lugar ao longo da costa ocidental do lago não muito longe de Cafarnaum, o Senhor foi logo confrontado por um grupo hostil de fariseus. Motivado por despeito e malícia, seu único interesse em Jesus foi para desacreditá-lo e traçar seu assassinato. A sua atitude ameaçadora estava em contraste com a dos gentios, que acolheu Jesus e louvou a Deus por causa de Deus (Mt 15:31;. Mc 7:37).

Em seu confronto com Jesus, os fariseus exibiu três características das pessoas com cegueira espiritual permanente. Primeiro, eles encontraram um terreno comum em seu ódio para a Light. De acordo com a passagem paralela em Mt 16:1). Os fariseus eram legalistas exigentes que buscaram separar-se de qualquer forma de contaminação moral ou cultural. Zeloso para proteger o judaísmo institucional da influência grega, elevaram as tradições rabínicas a um lugar de autoridade igual com as Escrituras (conforme Mc 7:8). (Para mais informações sobre os fariseus, consulte o capítulo 7 deste volume.) Os saduceus, por outro lado, não teve em conta as tradições orais dos fariseus. Embora eles pagaram serviço de bordo para a Torah, eles negaram as doutrinas fundamentais, como a existência de anjos, a ressurreição do corpo, e da imortalidade da alma (conforme Mc 12:18; Atos 4:1-2; At 23:8) foram os responsáveis ​​das políticas e operações do templo, incluindo práticas lucrativas (e corruptos) como dinheiro em mudança e a venda de animais para o sacrifício (cf . Marcos 11:15-19; João 2:14-17). Apesar de sua animosidade significativa para o outro, os fariseus e saduceus estavam unidos pela sua rejeição comum do Salvador.

Alimentada por um ódio mútuo para Jesus, os representantes de ambas as partes começaram a discutir com ele, pedindo-lhe um sinal do céu. A superstição popular judaica alegou que demônios poderia imitar terrena milagres (como os sinais realizados pelos magos na corte do Faraó; Ex . 7: 11-12, 22), mas só Deus poderia fazer maravilhas no céu. Os líderes religiosos não podia negar que Jesus realizou milagres na terra, mas eles insistiram em que Ele o fez através do poder de Satanás (conforme Mc 3:22). Assim, se Jesus foram incapazes de realizar um milagre nos céus, seria reforçar sua reivindicação ao povo que Ele não estava habilitada por Deus.

Claramente, tornando a procura de um sinal do céu não era nada mais do que a criação de uma armadilha, destinado a testar Jesus na esperança de que ele iria falhar e ser desacreditadas. Como era, Jesus já tinha fornecido ampla evidência para demonstrar Seu poder divino (incluindo celeste sinais-cf Mc 1:9-11; 4:. 39-41), mas se recusou a crer nEle. Os líderes religiosos claramente não precisam receber mais provas por ver mais um milagre; mesmo que Jesus acomodados seu pedido, sua incredulidade teria permanecido inalterada (conforme João 12:37-40). Entre os fariseus, que interagiram com Jesus, Nicodemos é o único exemplo registrado de alguém cuja fé salvação começou a ganhar vida quando ele reconheceu a verdade auto-evidente que o poder de Jesus era divino. Como ele disse a Cristo: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus como um professor; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele "(Jo 3:2).

Por esta e outras ocasiões, os líderes religiosos apresentaram uma segunda característica da cegueira espiritual permanente: eles responderam a luz adicional com a rejeição mais intensa. Os fariseus e saduceus não eram diferentes do que Faraó, que, com cada sinal de que Moisés realizou, endureceu o seu coração ainda mais (Ex 8:32;. Ex 9:12, etc.). Ao invés de responder com fé para a luz do Salvador, eles recuaram ainda mais longe na escuridão. Jesus respondeu emocionalmente a sua falta de fé resoluta por suspirando profundamente em seu espírito. Uma forma simples de este mesmo verbo é encontrado em Mc 7:34, onde Jesus suspirou em resposta ao sofrimento de um homem surdo. Aqui, a forma composto expressa emoção ainda mais forte. A cegueira voluntária dos líderes religiosos quebrou o coração do Senhor, mais tarde, causando-lhe a chorar sobre o povo de Jerusalém (Lc 19:41).

Jesus repreendeu sua incredulidade indesculpável com uma pergunta condenando. Ele disse: "Por que pede esta geração um sinal?" Olhando para além de apenas os fariseus e saduceus, que estavam diante dele, o Senhor indiciado toda a geração de israelitas que seguiram seus ensinamentos apóstata (conforme Mt 16:4; Jz 2:1), os judeus da época de Jesus se mostrou semelhante infiel. Sua rejeição voluntária era tal que nenhum sinal seria convencê-los a acreditar. Quando confrontado com a luz, eles correram mais fundo na escuridão envolta de suas tradições farisaicas. Houve, portanto, nenhuma razão para Jesus para realizar um outro milagre, uma vez que teria apenas agravado a sua culpa. A permanência de sua cegueira era tal que Jesus emitiu um veredicto inalterável: Em verdade vos digo que, nenhum sinal lhe será dado a esta geração. O Senhor não obrigaria as exigências perversas dos incrédulos de coração duro.

A passagem paralela em Mateus 16:1-5 se expande sobre o relato de Marcos:

Os fariseus e saduceus, e testar Jesus, pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu. Mas Ele respondeu-lhes: "Ao cair da tarde, você diz:" Vai ser bom tempo, porque o céu está rubro. E pela manhã, "Haverá uma tempestade de hoje, porque o céu está de um vermelho sombrio." Você sabe como discernir o aspecto do céu, mas não pode discernir os sinais dos tempos? Uma geração má e adúltera pede um sinal; e um sinal não será dado, senão o sinal do profeta Jonas. "E Ele os deixou e foi embora.

Porque os fariseus e saduceus insistiu em ver um sinal no céu, Jesus usou uma ilustração envolvendo os céus para expor a sua loucura. Seu método de previsão do tempo, olhando para a cor do céu era primitivo e grosseiro. No entanto, ironicamente, eles foram melhores do que os meteorologistas teólogos. Eles poderiam reconhecer uma tempestade que se aproxima de algo tão sutil como uma tonalidade avermelhada manhã, mas eles falharam em reconhecer a vinda do Messias, apesar da abundante evidência de que estava bem na frente deles. Se os inúmeros milagres que Jesus já tinha realizado não poderia convencê-los, nada mais faria (conforme Jo 5:36; 10: 37-38). A referência de Jesus para o sinal de Jonas que se refere à Sua morte e ressurreição (conforme Mt 12:1).

Em sua teimosia de coração duro, os líderes religiosos ilustrou uma terceira característica da cegueira espiritual permanente: a rejeição persistente da luz inevitavelmente traz escuridão eterna. O início do versículo 13 explicita as consequências terminais da sua incredulidade deliberada: Jesus deixou-os (conforme Mt 16:4, Rm 1:26, Rm 1:28). Eles eram cegos (Mt 23:17, Mt 23:19) e guias de cegos (24 v.), Levando seus seguidores para o inferno por conhecimento de causa se recusar a acreditar (conforme Mt 23:15). As consequências de sua cegueira do terminal foram para sempre irreversível. Eles tinham muito tempo que rejeitaram o Messias (conforme Mc 3:6), e, consequentemente, tinha rejeitado-los. A Bíblia descreve adequAdãoente o inferno como "trevas exteriores" (Mt 8:12;. Mt 22:13; Mt 25:30), porque é um lugar de cegueira espiritual eterna. A trágica realidade é que o mundo inteiro está cheio de pessoas que, como esses líderes religiosos apóstatas, rejeitaram a luz. Porque eles amam as trevas do pecado (Jo 3:19), que um dia serão lançados nas trevas de castigo eterno.

Que Jesus deixou os fariseus e saduceus significou mais do que uma separação temporária. Este intercâmbio constituiu conflito final de Jesus com os líderes religiosos da Galiléia. Mais uma vez, eles tentaram colocá-Lo a um teste Ele seria um fracasso (conforme Dt 6:16). E mais uma vez, eles não conseguiram e Ele os repreendeu por sua incredulidade de coração duro. Deste ponto em diante, os milagres do Senhor, como Suas parábolas, serão essencialmente destinado a seus discípulos, e não para os líderes religiosos ou mesmo as multidões. Além disso, o Seu ministério público na Galiléia tinha chegado a seu fim. Quando mais tarde ele fez uma viagem pela região, Ele fez isso em segredo (conforme Mc 9:30). A população da Galiléia tinha sido dada ampla oportunidade de se arrepender e crer, mas não o fizeram (conforme Mt 11:20-24.). Tendo sido definitivamente rejeitado por eles, Jesus mudou seu foco para a Judeia e de Jerusalém, e, finalmente, a cruz.

A cegueira temporária dos Discípulos

Deixá-los, Ele embarcou novamente e foi para o outro lado. E eles se esqueceram de levar pão, e não tem mais do que um pão no barco com eles. E Ele estava dando ordens a eles, dizendo: "Cuidado! Cuidado com o fermento dos fariseus e do fermento de Herodes. "Eles começaram a discutir entre si o fato de que eles não tinham pão. E Jesus, consciente disto, disse-lhes: "Por que você discutir o fato de que você não tem pão? Você ainda não ver ou entender? Você tem um coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvidos, não ouvis? E você não se lembra, quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços que você pegou? "Eles disseram-lhe:" Doze "." Quando parti os sete para os quatro mil, quantos muitas grandes cestos cheios de pedaços de pão que você pegar "E eles disseram-lhe:" Seven "e ele estava dizendo a eles:" Você ainda não compreender "(8: 13-21)?.?

Em contraste com os líderes religiosos judeus e geração apóstata eles representavam, um pequeno remanescente de verdadeiros crentes viu a luz e segui-lo (conforme Jo 1:12). Esse grupo, conhecido como os discípulos (da palavra grega Mathetes , significando "aprendizes"), incluídos os doze apóstolos e outros fiéis seguidores de Jesus. Ao contrário dos fariseus, que amavam a escuridão, os discípulos amados a luz e procurou a verdade. Eles voluntariamente rejeitou os líderes religiosos cegos, a fim de seguir a Jesus (conforme Mc 10:28), porque eles sabiam que Ele seja a luz do mundo (conforme Mc 8:29; Jo 6:69).

Deixando os fariseus e saduceus incorrigíveis atrás, Jesus e seus discípulos outra vez embarcou e foi para o outro lado do mar da Galileia, atravessando o lago à sua costa nordeste. A partida de Jesus simbolizava uma trágica realidade: os líderes religiosos da Galiléia haviam rejeitado a luz e as trevas se estabeleceram em porque a luz foi embora. Mas o Senhor foi acompanhado por seus discípulos, os que tinham abraçado a Ele na fé salvadora. Apesar de terem sido uma vez espiritualmente cegos como os fariseus, o véu sobre os seus corações tinha sido levantada pela regeneração divina para que pudessem acreditar (conforme 2 Cor. 3: 15-18). Mesmo assim, ainda havia momentos em que os discípulos não conseguiram entender as coisas que Jesus ensinou-los (conforme Mc 9:32; Lc 2:50; Lc 9:45; Lc 12:16 João 14:9-20: 9). Ao contrário dos líderes religiosos, a sua falta de clareza sobre as questões espirituais foi apenas temporária.

Nesta ocasião, os discípulos demonstraram sua obtusidade, quando, apesar do significativo intercâmbio que acabara de acontecer, eles ficaram preocupados com o mundano. Enquanto viajavam através do lago, crescendo cada vez mais com fome, eles perceberam que eles se esqueceram de levar pão, e não tem mais do que um pão no barco com eles. As costas do nordeste perto de Betsaida eram menos povoada e bastante remota (conforme Mc 6:35; Lc 13:21; Mc 3:6), e cada um representava uma ameaça espiritual grave aos discípulos. O fermento dos fariseus incluídos tanto os seus erros doutrinários e hipocrisia pessoal (conforme Lc 12:1). O fermento dos saduceus consistiu de pragmatismo, o racionalismo e materialismo. Sua negação de verdades doutrinárias-chave, como a ressurreição do corpo e da imortalidade da alma, e sua vontade de usar o templo para explorar as pessoas financeiramente, fez seus ensinamentos tão perigosos como os dos fariseus (conforme Mt 16:12 .) O fermento de Herodes que se refere ao comportamento depravado, imoral que caracteriza Herodes Antipas e todos os que o emulado (conforme Mc 6:21-28). Os herodianos eram secularistas que acolheram abertamente as influências imorais da cultura romana. Mas esse tipo de mundanismo não tinha lugar entre os seguidores de Cristo (conforme I João 2:15-17). Assim, a admoestação de Jesus desde uma advertência sombria contra as sempre presentes tentações do legalismo, a hipocrisia, o racionalismo, o materialismo, a imoralidade, e mundanismo.

Por incrível que pareça, os discípulos responderam a instrução de Jesus, pensando apenas cerca de alimento físico. O Senhor estava usando linguagem figurada para avisá-los sobre as influências espirituais destrutivas, mas eles achavam que Ele estava falando sobre levedura literal (conforme Mt 16:12). Com jantar em suas mentes, eles começaram a discutir entre si o fato de que eles não tinham pão. Embora a cruz era menos de um ano de distância, os seguidores de Jesus ainda estavam mais preocupados com realidades físicas do que as verdades espirituais. Consequentemente, eles perderam completamente o significado da instrução do Senhor. Como em outras ocasiões, a sua resposta demonstrou a fraqueza de sua fé (conforme Mt 6:30;. Mt 8:26; Mt 14:31). Embora seus olhos tinham sido abertos para abraçar a verdade do evangelho, alguns elementos da frieza espiritual manteve-se claramente. Ciente disso, o Senhor exibiu paciência em sua resposta aos discípulos, embora Ele foi, sem dúvida, entristecido pela sua thickheadedness. Jesus disse-lhes: "Por que você discutir o fato de que você não tem pão?" A natureza de sua conversa evidenciou um nível de imaturidade, falta de compreensão, e uma fé fraca.

Mais cedo, quando Jesus explicou que Ele iria ensinar as multidões em parábolas, disse a seus discípulos: "A vós foi dado o mistério do Reino de Deus, mas os que estão fora colocar tudo em parábolas, para que, enquanto vendo, podem ver e não perceber, e, ouvindo, ouçam e não entendam, caso contrário, eles podem voltar e ser perdoado "(Marcos 4:11-12). Nesta ocasião, Jesus virou dessas demonstrações para perguntas retóricas que formavam uma leve repreensão para os discípulos: Você ainda não ver ou entender? Você tem um coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvidos, não ouvis? Os discípulos não estavam na mesma categoria que as multidões descrentes. Eles haviam sido dada compreensão espiritual e seus corações não eram difíceis. Assim, não havia desculpa para a sua total falta de percepção.

A última coisa que os discípulos precisavam se preocupar com a era onde encontrar comida. Em duas ocasiões recentes, que tinham testemunhado Jesus milagrosamente criar refeições para milhares de pessoas (Marcos 6:33-44; 8: 1-10). À luz do seu poder, que não tinha motivos para estar muito preocupados com o que iriam comer. Jesus lembrou-lhes esta verdade, pedindo-lhes ainda mais, "E você não se lembra, quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços que você pegou?" Eles disseram-lhe: "Doze". "Quando parti os sete para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes?" E eles disseram-lhe: "Sete." Porque eles estavam na presença do Criador, não era, obviamente, não há necessidade para se distrair com a falta de alimentos. Seu foco necessário para ser sobre as lições espirituais vitais Jesus estava ensinando. Ainda graciosamente com firmeza, o Senhor moveu Seus discípulos em direção à verdade divina. Depois de deixar claro que ele não estava falando sobre o fermento literal, Ele estava dizendo a eles: "Você ainda não entendeu?" Mt 16:12 indica que eles finalmente fez.

Embora os discípulos exibiu confusão nesta ocasião, sua falta de entendimento espiritual não era permanente, como a dos fariseus e dos saduceus. Um claro contraste pode ser visto entre os dois. Os líderes religiosos encontraram terreno comum em seu ódio por Jesus; os discípulos estavam unidos em seu amor por Ele. Os fariseus e saduceus reagiu a luz adicional com maior rejeição; os discípulos responderam com um desejo mais profundo para saber mais. Os líderes 'escuridão se aprofundou, os discípulos' escuridão se dissipou. Ao persistir em sua incredulidade, os líderes religiosos foram abandonados por Ele e, finalmente, lançado no inferno eterno. Ao abraçar o Senhor Jesus na fé salvadora, os discípulos foram abraçados por Ele e, finalmente, congratulou-se com o céu eterno.

Assim, apesar dos problemas e deficiências dos discípulos, o Senhor estava feliz por ensiná-los. Considerando que os líderes religiosos foram desligados da revelação divina, devido à sua incredulidade, os seguidores de Jesus (especialmente os doze) foram os destinatários privilegiados de sua instrução constante. Mesmo depois de sua morte e ressurreição, o Senhor continuou a ensinar durante quarenta dias até que Ele subiu ao céu (At 1:3).

Essa revelação, dada por Cristo aos apóstolos através do Espírito Santo (por exemplo, "o ensinamento dos apóstolos" em At 2:42), é mantida para cada geração de crentes nos escritos do Novo Testamento.

Embora o Senhor não tem dado nova revelação desde o encerramento do cânon do Novo Testamento e da passagem da era apostólica, os crentes têm sido dada a Escritura completo, a Palavra de Cristo (Cl 3:16), com poderes e iluminada pelo Espírito Espírito (I Coríntios 2:14-16; conforme Sl 119:1:.. Sl 119:18). A revelação divina na Escritura é tudo o que eles precisam para a vida e santidade (conforme 2 Tim. 3: 16-17; 2 Pedro 1: 2-3). Como crentes imergir-se na verdade da Escritura, eles inevitavelmente crescer em santidade (I Pedro 2:1-3) e Cristo (2Co 3:18.). Foi o Espírito que inicialmente abriu seus olhos para a verdade, e é o Espírito que continua a elucidar essa mesma verdade da Palavra de Deus em seus corações (1Jo 2:27). Para aqueles que conhecem o Senhor Jesus, qualquer confusão que pode ter nesta vida é apenas temporária. Um dia eles vão entrar a luz eterna do céu (conforme Ap 21:23-25). Como Paulo expressou aos Coríntios: "Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, assim como eu também foram totalmente conhecido "(1Co 13:12).

Uma ilustração de cegueira temporária

E chegaram a Betsaida. E trouxeram um cego a Jesus e implorou-lhe que o tocasse. Tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e depois cuspindo-lhe nos olhos e colocando-lhe as mãos, perguntou-lhe: "Você vê alguma coisa?" E ele olhou para cima e disse: "Vejo os homens, pois os vejo como árvores que andam por aí." Em seguida, novamente ele impôs as mãos sobre os olhos; e ele olhou intensamente e foi restaurado, e começou a ver tudo com clareza. E Ele mandou-o para sua casa, dizendo: (8: 22-26) "Nem sequer entrar na aldeia."

Depois de navegar através do lago, Jesus e os discípulos chegaram ao seu destino na costa nordestina. Chegaram a Betsaida, a cidade natal de Pedro, André, Filipe, e, possivelmente, Nathanael (conforme Jo 1:44-45). A cidade de Betsaida era perto do lugar onde Jesus alimentou cinco mil homens, além de mulheres e crianças (Marcos 6:41-44), e é provável que muitos dos moradores locais foram alimentados nessa refeição. (Para mais informações sobre Betsaida, consulte o capítulo 22 do volume atual.)

Palavra, sem dúvida, se espalhou rapidamente, quando Jesus chegou, e as pessoas começaram a vir para ser curado por Ele. Entre eles estavam os amigos ou parentes que trouxeram um cego a Jesus. De acordo com fontes judaicas, a cegueira era difundida no mundo antigo (conforme Lv 19:14;. Lv 21:18; Dt 27:18;. Dt 28:29; 2Sm 5:62Sm 5:6; 29:15), e Jesus curou um número de cegos em todo o Seu ministério (Mateus 9:27-31; 11:. Mt 11:5; Mt 12:22; 15: 30-31; 20 : 30-34; Mt 21:14; Marcos 10:46-52; Lc 4:18; 18: 35-42; João 9:1-12.; conforme Is 42:7). Além disso, como os outros com deficiências ou doenças debilitantes, eles eram considerados amaldiçoados por Deus (conforme Jo 9:1-2). Esse tipo de estigma fez viver com a cegueira duplamente doloroso.

Os amigos ou parentes que trouxeram este homem Jesus implorou-lhe que o tocasse. As pessoas Senhor muitas vezes curadas, mesmo aqueles a quem a instituição religiosa judaica considerado intocável, por tocá-los. Quando a mãe-de-lei de Pedro estava doente, com febre, Jesus tomou-a pela mão e levantou-a (Mc 1:31). Quando um leproso caiu diante dEle, o Senhor "estendeu a mão, tocou-o" a fim de curá-lo (v 40).. De acordo com Mc 3:10: "Ele tinha curado a muitos, de modo que todos os que tinham aflições prensadas em torno dele, a fim de tocá-Lo." Em Mc 5:23, Jairo suplica por sua filha que estava morrendo, pedindo a Jesus para entrar leigos Suas mãos sobre ela. Ao longo do caminho, uma mulher com uma hemorragia incurável foi curada simplesmente por tocar a orla do manto de Jesus (vv. 27-29). Mesmo em descrente Nazaré, Jesus "pôs as mãos sobre alguns doentes e os curou" (6: 5). Marcos mais tarde relata que "onde quer que Ele entrou em aldeias, cidades ou campos, eles estavam colocando os enfermos nas praças, e implorando-lhe que os deixasse tocar a orla do seu manto; e todos quantos o tocavam ficavam sendo curado "(06:56). A vontade do Senhor para tocar os doentes e sofredores demonstra Sua infinita bondade amorosa. Ao contrário dos líderes religiosos arisco de Israel, que evitou qualquer coisa ou pessoa que possa causar contaminação cerimonial, Jesus não manter distância de pessoas feridas. Ele refletiu a compaixão de Deus e demonstrou que tenderheartedness misericordioso através do toque pessoal.

Jesus respondeu com a misericórdia divina para situação deste homem. Tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia. graciosamente e com ternura, o Senhor acompanhou-o para um lugar onde eles poderiam ter mais privacidade. Este é um dos dois milagres (juntamente com a cura do surdo em 7: 32-37) que são registrados apenas por Marcos. Assim como havia feito anteriormente para o homem surdo (07:33; conforme Jo 9:6; Jo 9:11, Jo 9:15). O fato de que o homem viu homens olhando como árvores que andam em torno implica que as coisas que ele viu foram mal fora de foco. Ele entendeu que ele poderia ver as outras pessoas, mas eles eram tão distorcido que eram indistinguíveis das árvores. (Os homens a quem ele viu foram provavelmente os discípulos, que tinham acompanhado Jesus eo cego de Betsaida.) Então, novamente, impondo-lhe as mãos sobre os olhos; e ele olhou intensamente e foi restaurado, e começou a ver tudo com clareza. Pela segunda vez, Jesus tocou os olhos do homem. Desta vez, o homem olhou intensamente (do verbo gregodiaplebō , que significa "ver através" ou "para ver com um olhar penetrante"). A névoa se foi. Sua visão estava em foco perfeito, de modo que ele foi capaz de ver tudo com clareza afiada.

Curandeiros modernos às vezes alegam que este versículo suporta a noção de curas incompletos, mas é evidente que não. Nenhuma das curas do Senhor já resultou na restauração parcial, imperfeito, ou gradual, nem nunca existiu um período de reabilitação necessário. Este milagre não foi excepção. Em questão de segundos, o cego passou de debilitante cegueira a visão perfeita. Essa é, obviamente, muito longe de o fraudulência e fracasso que caracteriza curandeiros auto-proclamados hoje. (Para uma crítica cheia de cura pela fé moderna, ver o capítulo 8 da John Macarthur, Fogo estranho [Nashville: Tomé Nelson, de 2013].)

Jesus instruiu muitas vezes aqueles que Ele curou não contar a ninguém sobre sua experiência. (Para mais informações sobre por que o Senhor fez isso, veja o capítulo 18 do volume atual.) Ele fez o mesmo aqui. Depois de restaurar a visão do homem, Jesus mandou-o para sua casa, dizendo: "Nem sequer entrar na aldeia." Neste caso, a proibição do Senhor serviu como uma confirmação do julgamento divino. Como os líderes religiosos apóstatas, os moradores de Betsaida não tinha nenhuma desculpa para a sua incredulidade. Eles haviam testemunhado muitos milagres, mas eles se recusaram a se arrepender (Matt. 11: 20-24). Conseqüentemente, o Senhor iria emitir uma dura repreensão contra eles:

"Ai de vós, Betsaida! Porque, se os milagres tinham sido realizados em Tiro e Sidon, que ocorreu em você, elas se teriam arrependido há muito tempo, sentado em saco e cinza. . Mas vai ser mais rigor para Tiro e Sidom, no juízo do que para vós "(13 42:10-14'>Lucas 10:13-14)

Por escoltando o homem fora da cidade, e ao negar-lhe a oportunidade de voltar e proclamar o que aconteceu, Jesus confirmou a permanência de incredulidade de Betsaida e seu próprio julgamento. Como os fariseus a quem Jesus confrontados anteriormente (Marcos 8:11-13), os moradores de Betsaida foram condenados a cegueira espiritual eterna.

O relato desse milagre é simples o suficiente para uma criança de compreender. No entanto, a configuração em que ela é colocada dá um significado importante. Não é por acaso que a cura de um homem fisicamente cego seguido imediatamente a demonstração de cegueira espiritual permanente pelos líderes religiosos (8: 11-13) e cegueira espiritual temporária pelos discípulos (8: 14-21).

Este foi um milagre realizado por Jesus privada para os seus discípulos, e destacou uma série de verdades importantes para eles. Em primeiro lugar, ele serviu como uma confirmação da divindade de Jesus, uma vez que apenas o poder divino poderia abrir os olhos dos cegos (146 conforme Ps: 8.). No próximo seção de Marcos, talvez pensando sobre esse milagre, Pedro justamente confessou: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16;. Conforme Mc 8:29). Em segundo lugar, desde que os discípulos com um vislumbre do futuro reino messiânico, quando Cristo reinará de Jerusalém por mil anos (conforme Ap 20:1-6).Durante esse tempo, a morte ea doença será bastante reduzido, incluindo doenças como a cegueira (conforme Is 29:18; Is 35:5; Mc 9:31; Mc 10:32).

Finalmente, este milagre serviu como uma ilustração para os discípulos de cegueira espiritual temporária. Espiritualmente falando, uma vez que tinham sido como que o homem cego. Tendo sido criado no judaísmo tradicional, eles tinham sido ensinados a seguir a orientação dos fariseus e escribas cegos (Mt 23:16). Mesmo com a luz da Escritura do Antigo Testamento (conforme Sl 119:105.), E as vantagens inerentes em fazer parte da nação escolhida de Deus (conforme Rm 3:2.), Sua compreensão da verdade espiritual tinha sido irremediavelmente embaçada por séculos de tradição rabínica e hipocrisia religiosa. Tudo isso mudou quando conheceu o Salvador. Seu toque salvar removido o véu da escuridão que uma vez envolta seus corações incrédulos (conforme 2 Cor. 3: 14-15). Em um ato de compaixão infinita, o Senhor Jesus milagrosamente deu-lhes os olhos da fé, como ele faz para cada pecador que Ele salva, para que eles pudessem apreender claramente a verdade pela primeira vez. Ele é, como o apóstolo João descreve ele, "a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem" (Jo 1:9)

Jesus saiu, junto com os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho Ele questionou os Seus discípulos, dizendo-lhes: "Quem dizem os homens que eu sou?" Disseram-lhe, dizendo: "João Batista; e os outros, que é Elias; mas outros, um dos profetas. "E ele continuou questionando-os:" Mas quem dizeis que eu sou? "Pedro respondeu, e disse-lhe:" Tu és o Cristo ". E Ele os alertou para não contar a ninguém sobre Ele. E começou a ensinar-lhes que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e os escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitaria. E Ele estava afirmando o assunto abertamente. E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo. Mas se virando e olhando para seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: "Para trás de mim, Satanás; para que você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem "(8: 27-33).

Nenhuma pergunta é mais importante do que: "Quem é Jesus Cristo?" É de importância suprema, porque como as pessoas reagem ao Senhor Jesus determina o seu destino eterno (Jo 3:36; conforme Jo 14:6). Aqueles que erroneamente responder a essa pergunta vai enfrentar o julgamento divino (conforme Jo 3:18; 1Co 16:221Co 16:22.). Eles podem ver Jesus como um bom professor, um exemplo moral, ou mesmo um profeta humano. Como esta passagem demonstra, essas designações são manifestamente insuficientes e incompletos.

A Bíblia revela que Jesus era muito mais do que um professor benevolente ou líder inspirador. Como Marcos afirma no início do seu evangelho, Ele é o "Cristo, o Filho de Deus" (Mc 1:1, Jo 1:14)

Repetidamente e de forma clara, os quatro Evangelhos reiterar o tema que Jesus é o Messias (por exemplo, Mt 1:18; Mt 16:16; Mt 23:10; 26:. 63-64; Mc 1:1; Lc 2:11, Lc 2:26; Lc 4:41; Lc 24:46; Jo 1:17, Jo 1:41; 4: 25-26; Jo 11:27; Jo 17:3; Mt 27:43, Mt 27:54; Mc 3:11; Mc 15:39; Lc 1:35; 3: 21-22; Lc 4:41; Lc 9:35; Lc 22:70; Lc 1:34 João 49:05-18; 10 : 30, 36; 11: 4; 14: 9-10; 19: 7). A razão os relatos evangélicos foram escritas foi demonstrar as verdades duplas. Como João explicou, falando para si mesmo e os outros evangelistas, "Estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "(Jo 20:31; conforme 1Jo 5:201Jo 5:20).

A questão fundamental de quem é Jesus constitui o cerne desta passagem (Marcos 8:27-33). Neste ponto o ministério do Senhor, os Doze tinham estado com ele por mais de dois anos. Sua expectativa esperançosa desde o início foi a de que Ele era o Messias e Filho de Deus. Como André disse Pedro, após a primeira reunião de Jesus, "Encontramos o Messias" (Jo 1:41); Nathanael semelhante exclamou: "Rabi, Tu és o Filho de Deus; Tu és o Rei de Israel "(Jo 1:49). Os discípulos foram igualmente familiarizado com o testemunho de João Batista, que declarou que Jesus era o Filho de Deus (Jo 1:34) e o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Durante o curso do ministério de Jesus, os apóstolos tinham sido surpreendido com o seu ensino autoritário (conforme Mc 1:22, Mc 1:27; Jo 6:68), impressionado com seu poder divino (conforme Mc 2:12; Mc 4:41) e conscientes de sua própria pecaminosidade em contraste com sua perfeição divina (Lc 5:8). Apenas alguns meses antes, depois de Jesus milagrosamente andou sobre a água e acalmou instantaneamente uma violenta tempestade (Marcos 6:45-52), eles responderam por adorá-Lo e dizendo: (Mt 14:33 "Tu és o Filho de Deus!". ). No dia seguinte, quando muitos dos seguidores de Jesus o abandonaram (conforme Jo 6:66), Pedro disse em nome de seus companheiros apóstolos, "Nós acreditamos e vim a saber que tu és o Santo de Deus" (Jo 6:69; conforme Mt 16:16;. Lc 9:20) que os apóstolos, por meio de seu porta-voz Pedro, afirmou que a verdade com maior convicção e confiança do que nunca, fazer isso contra o cenário de confusão generalizada entre as multidões e crescente hostilidade dos líderes religiosos de Israel. Aquilo que começou como uma expectativa cheia de esperança tornou-se uma certeza fixo de coração. ApropriAdãoente, essa passagem marca o clímax do evangelho de Marcos e o culminar de formação dos Doze de Jesus. Seu discipulado havia sido intensificado nos últimos meses, como o Senhor retirou-se cada vez mais as multidões da Galiléia para se concentrar em mentoring Seus apóstolos. Depois de semanas de instrução concentrada, esta essencialmente constituída seu exame final.

Do ponto de vista de Pedro e os outros discípulos, esta passagem também representa o trauma emocional final: a alta mais elevada, seguido pela menor baixa. A confissão de Pedro sobre Jesus marca o ápice cristológica do evangelho de Marcos, enquanto seu confronto posterior de Jesus foi recebido pelo reprimenda mais pungente qualquer crente poderia receber.

A boa notícia: a confissão de Pedro

Jesus saiu, junto com os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho Ele questionou os Seus discípulos, dizendo-lhes: "Quem dizem os homens que eu sou?" Disseram-lhe, dizendo: "João Batista; e os outros, que é Elias; mas outros, um dos profetas. "E ele continuou questionando-os:" Mas quem dizeis que eu sou? "Pedro respondeu, e disse-lhe:" Tu és o Cristo ". E Ele os alertou para não contar a ninguém sobre Ele. (8: 27-30)

Depois de Sua milagre final em Betsaida, a cura do cego (8: 22-26), Jesus saiu, junto com seus discípulos. Eles viajaram ao norte do Mar da Galiléia, andando alguns 25 milhas para as aldeias de Cesaréia Filipepi, localizado perto da antiga cidade israelita de Dan (conforme Jz 20:1 ). Marcos explica que foi enquanto eles ainda estavam no caminho para a região circundante de Cesareia de Filipe que a conversa gravada nestes versos ocorreu.

De acordo com Lc 9:18, Jesus estava orando, como era seu costume (conforme Mt 14:23; Mt 19:13; Mt 26:36, Mt 26:39, Mt 26:42, Mt 26:44; Mc 1:35; Mc 6:46; Mc 14:32, Mc 14:39; Lc 3:21; Lc 5:16; Lc 6:12; 9: 28-29; Lc 11:1, 41-45).Após retornar aos discípulos, Ele presenteou-os com um "exame final" que consiste em apenas duas perguntas. A opinião humana primeiro entrevistados sobre a identidade de Jesus; o segundo zerado com a verdade divina sobre quem ele realmente é.

Em primeiro lugar, Ele questionou Seus discípulos, dizendo-lhes: "Quem dizem os homens que eu sou?" por pessoas (uma forma plural da palavra grega Anthropos , um termo geral para "homem" ou "pessoa"), Jesus não estava referindo— aos líderes religiosos, mas para as multidões não confirmadas de pessoas que se reuniram para ouvi-Lo ensinar e, especialmente, para testemunhar Seus milagres (conforme Jo 6:2 usa a palavra ochlos ". multidões", que significa "multidões" ou Claro, o Senhor já sabia o que as massas pensava nele (conforme Jo 2:24-25). Mas Ele queria que os apóstolos para apreciar plenamente o contraste entre a percepção ea verdade.

Respondendo à sua pergunta, os discípulos contaram as opiniões populares variados. Disseram-lhe que alguns, como Herodes Antipas, considerada Jesus para ser João Batista ressuscitou dos mortos (Marcos 6:14-16). Outros assumiu Jesus era Elias, a quem Deus prometeu enviar "antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Ml 4:5; João 10:37-38), as pessoas ainda não acreditam Nele. Eles sabiam que Ele tinha poder divino e, portanto, o considerava um profeta como Elias, Jeremias, ou João. No entanto, porque eles esperavam agenda do Messias para incluir a ser um libertador militar que derrubaria os ocupantes pagãs de Roma e estabelecer um reino temporal e autônoma em Israel (conforme João 6:14-15), eles não estavam dispostos a abraçar-Lo como o Messias.

Depois de ouvir-los a responder, Jesus seguiu com uma segunda consulta, muito importante. Ele continuou questionando-os: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" Em todos os três relatos evangélicos deste evento, a palavra que você é enfático (conforme Mt 16:15;. Lc 9:20). Examinando a opinião das multidões pode ter sido um exercício educativo para os discípulos, mas follow-up pergunta de Jesus chegou ao cerne da questão. Nada era mais importante do que como eles responderam.

Como todos os judeus do primeiro século, os discípulos tinham sido levantadas esperando que o Messias para derrotar os inimigos de Israel e estabelecer Seu reino em Jerusalém. Quando se tornou claro que os líderes religiosos rejeitaram Jesus (por exemplo, Mc 3:6), e que Ele não iria usar o seu poder milagroso para derrubar Roma (conforme Jo 6:15), os discípulos devem ter se perguntado se Ele realmente era o Messias. Estas mesmas considerações causado João Batista para expressar reservas semelhantes. Como relata Mateus: "Quando João, enquanto estava preso, ouviu falar das obras de Cristo, mandou dizer por seus discípulos, e disse-lhe: 'Você é o esperado, ou devemos esperar outro?" (Mat. 11: 2-3). O Senhor respondeu a João, apontando para seus milagres, o que claramente estabelecidos Suas credenciais messiânicos (conforme vv. 4-6). Mas, como o exemplo de João demonstra, mesmo os israelitas mais fiéis se esforçou para superar suas noções preconcebidas do que o Messias iria ser e fazer.

No entanto, em contraste com a opinião popular de seus conterrâneos, os discípulos expressa o que cada crente sabe ser verdade (conforme Jo 20:31;. Mt 19:27; Jo 6:68), Pedro, respondendo, disse-lhe: "Tu és o Cristo".declaração completa de Pedro é registrada em Mt 16:16: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Significativamente, esta é apenas a segunda vez no evangelho de Marcos que o título Cristo ( Christos, a palavra grega para "Messias") tem sido utilizado; sendo a primeira no verso de abertura (1: 1). O termo "Messias", a partir da palavra hebraica mashiach , significa "ungido" (conforme Lc 4:18; At 10:38; He 1:9; 2Sm 22:512Sm 22:51.) E mais tarde passou a se referir especificamente ao grande libertador escatológico e régua cuja vinda foi ansiosamente aguardado pelos judeus (conforme Dan 9: 25-26; conforme Is. 9: 1-7; 11: 1-5.; Is 61:1). Mas eles tinham vindo a saber que Jesus era de fato o Messias, o Filho de Deus.

A convicção firme que enchia seu coração não era de seu próprio fazer. Como Jesus disse a Pedro, em resposta: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque a carne eo sangue não revelou isso para você, mas meu Pai que está nos céus" (Mt 16:17). Os discípulos poderia tomar nenhum crédito para este avanço teológico da fé. Eles acreditavam que só porque o Pai (Jo 6:44) tinha desenhado, o Filho revelou-Se a eles (Mt 11:27.), E do Espírito tinha aberto os olhos para a verdade (I Coríntios 2:10-14. ; 2 Cor 3: 15-18)..

Com mentes cheias de fé e da segurança, os apóstolos foram, sem dúvida ansiosos para espalhar a notícia sobre Jesus que Pedro tinha acabado articulada. Mas o Senhor os advertiu que a ninguém contassem sobre Ele. A palavra avisado (do verbo grego epitimaō ) refere-se a uma advertência forte ou repreensão severa (conforme Mc 1:25; Mc 3:12; Mc 4:39; Mc 9:25; Mc 10:13, Mc 10:48). Neste caso, a insistência de Jesus sobre o seu silêncio foi motivado por mais do que um desejo de acabar com o entusiasmo desenfreado das multidões (conforme Jo 6:14-15). O Senhor sabia que sua obra ainda não foi concluída, e, portanto, a mensagem do evangelho ainda estava incompleto (conforme 1 Cor. 15: 1-4). Seria prematuro para os apóstolos para ir para o mundo e pregai o evangelho até depois de sua morte e ressurreição (Mat. 28:;: 8 19-20 Atos 1). Para demonstrar que esta foi a principal motivação por trás Sua advertência, o Senhor imediatamente começaram a discutir os acontecimentos de sua paixão (Mc 8:31; conforme Mt 16:20-23; Lucas 9:21-22.). (Para uma discussão mais aprofundada sobre a razão Jesus emitido esses tipos de avisos, ver o capítulo 18 deste volume.)

O Bad News: Confrontation de Pedro

E começou a ensinar-lhes que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e os escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitaria. E Ele estava afirmando o assunto abertamente. E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo. Mas se virando e olhando para seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: "Para trás de mim, Satanás; para que você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem "(8: 31-33).

A última coisa que os discípulos esperava ouvir nos saltos de este grande momento de revelação e clareza foi um anúncio da morte de Jesus. Compreensivelmente, a declaração devastada eles. Eles sabiam que Jesus era o Messias, mas não conseguia entender o pensamento de que Ele iria sofrer e ser morto.
Marcos observa que Jesus começou a ensiná-los sobre a sua morte, o que indica que a partir deste ponto em diante Sua morte seria um tema repetido de Sua instrução para eles (conforme Mt 17:9, 22-23; Mc 9:31; Mc 10:33, Mc 10:45; Jo 12:7; At 7:56.) e sua humanidade (conforme Fm 1:2. Fm 1:8; He 2:17).

Como o Senhor previu o que aconteceria, ele explicou que deve sofrer muitas coisas. Ao usar a palavra deve , Jesus indicou que os tormentos Ele iria suportar eram a parte imutável propósito do Pai para Ele. Embora Pedro não conseguiu captar essa verdade nesta ocasião (conforme v. 32), que mais tarde veio a entender de forma clara e proclamar que Jesus foi "entregue por [para ser crucificado] pelo plano pré-determinado e pré-conhecimento de Deus" (At 2:23, Lc 22:37; At 3:18; 4: 27-28; 13 27:44-13:29'>13 27:29). A cruz não foi um acidente; era parte do plano divino de salvação desde a eternidade passada. Como o próprio Jesus explicou a respeito do propósito de Sua missão terrena: "Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10:45).

O sofrimento Jesus enfrentaria significava que ele iria ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e os escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitaria. Os líderes religiosos de Israel rejeitaria seu próprio Messias, colocando-o através de um julgamento simulado , entregando-o aos romanos, e injustamente e hatefully orquestrar Sua execução. Embora Jesus já havia falado sobre a Sua morte, Ele tinha feito isso de forma velada. Em Mt 12:40, Ele disse aos fariseus: "Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim será também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra." Ele semelhante declarou às autoridades do templo: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (Jo 2:19). Agora Ele estava afirmando o assunto claramente aos Seus discípulos, com um nível de clareza que nem mesmo eles poderiam interpretar mal (conforme Marcos 8:14-21).

A notícia enviou os apóstolos cambaleando. Eles estavam convencidos de sua pessoa divina, mas agora eles lutaram com o plano divino. Em sua perplexidade, que quer completamente perdida ou mal compreendida a parte sobre a ressurreição (conforme Jo 20:9). Os discípulos não tinham paradigma em que o Messias, o Ungido de Deus, que traria a salvação e bênção para Israel e para o mundo, seria rejeitado e morto pelas próprias pessoas que Ele veio salvar (Jo 1:11). Como a maioria de seus compatriotas judeus, tinham herdado más interpretações das passagens familiares do Antigo Testamento, que predisseram que o Messias deve sofrer (conforme Sl 16:10; Sl 22:1; Is 50:1; Zc 11:12-13; Zc 12:10). Como Isaías profetizou sete séculos antes em relação a Cristo:

 

Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens,
Um homem de dores, e experimentado nos sofrimentos;
E, como um de quem os homens escondiam o rosto
Era desprezado, e nós não fizemos dele caso algum.
Certamente nossas tristezas Ele mesmo levou,
E as nossas dores Ele carregou;
No entanto, nós mesmos o reputávamos por aflito,
Ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões,
Ele foi moído pelas nossas iniqüidades;
O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele,
E por sua pisaduras fomos sarados.
Todos nós como ovelhas, nos desviamos,
Cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho;
Mas o Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos
Para cair sobre ele.
Ele foi oprimido e ele foi afligido,
No entanto, Ele não abriu a sua boca;
Como um cordeiro que é levado ao matadouro,
E como a ovelha muda perante os seus tosquiadores,
Então, Ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado;
E, como para a sua geração, que considerou
Que Ele foi cortado da terra dos viventes
Pela transgressão do meu povo, a quem o curso era devido?
Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios,
No entanto, Ele estava com um homem rico na sua morte,
Porque Ele nunca fez injustiça,
Também não houve engano na sua boca.
Mas o Senhor estava satisfeito
Esmagá-lo, fazendo-o enfermar;
Se Ele tornaria-se como uma oferta pela culpa,
Ele verá a sua posteridade,
Ele prolongará os seus dias;
E o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Como resultado do trabalho da sua alma,
Ele verá, e ficará satisfeito;
Com o seu conhecimento o Justo,
O meu Servo, justificará a muitos,
Como ele vai suportar as suas iniqüidades.
Por isso, vou colocar-Lhe uma parte com os grandes,
E Ele vai dividir o espólio com o forte;
Porquanto derramou a sua alma na morte,
E foi contado com os transgressores;
No entanto, ele levou sobre si o pecado de muitos,

E intercedeu pelos transgressores. (Is. 53: 3-12)

 

Apesar de que a passagem, eles ficaram chocados com o D.C Jesus. Em sua resistência às palavras de seu Senhor, Pedro deixou de ser um porta-voz de Deus (Mt 16:17) para ser o porta-voz de Satanás. Como Marcos narra, Pedro tomou Jesus à parte, começou a repreendê-lo. Por incrível que pareça, um ex-pescador teve a audácia de contradizer o próprio Criador, o que ele tinha acabado identificado como Messias e Filho de Deus. Ao invés de submeter-se a seu Senhor soberano, Pedro enfrentou Jesus com uma réplica abrasivo, "Deus me livre, Senhor! Isso deve acontecer nunca to You "(Mt 16:22). Repreensão traduz a mesma palavra Marcos usado anteriormente para falar de severa advertência de Jesus para os discípulos (v. 30). A palavra implica um nível de juízo de autoridade de um superior a alguém sob seu comando ou supervisão. Não só tinha Pedro presunçosamente elevado sua própria autoridade acima de Jesus, ele contradisse diretamente os propósitos redentores de Deus. O que Jesus disse que deve ter lugar, Pedro impetuosa insistiu que "nunca aconteceu."

Se Pedro ficara chocado com anteriores palavras de Jesus sobre si mesmo em relação a Sua morte que vem, ele deve ter sido totalmente abalada por que o Senhor disse a respeito dele. Virando-se e olhando para seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: "Para trás de mim, Satanás ; para que você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem. " Mt 16:23 notas que Jesus também acrescentou: "Você é uma pedra de tropeço para mim." O fato de que Jesus virou-se para todos os Doze para ouvir sugere que Pedro estava articulando o que todos eles estavam pensando. Eles recuou ao pensar que seu Senhor iria sofrer e morrer, embora apenas Pedro teve a ousadia rash para realmente confrontar Jesus sobre ele. Assim, tudo o que precisava ouvir a repreensão de Jesus. A palavrarepreendeu traduz a mesma palavra que Marcos usou da confrontação de Cristo de Pedro no versículo 32.

Intenções de Pedro pode aparecer nobre na superfície. Ele naturalmente reagiu ao pensamento de que o Senhor e Messias a quem ele amava seria rejeitado e assassinado. Além disso, ele e os outros apóstolos tinham sacrificado muito para seguir a Jesus (conforme Mt 19:27.). Além de suas esperanças de glória reino no futuro, eles tinham vindo a depender dele completamente no presente. Parecia impossível que pudesse ser tirado deles. Mas por repreender Jesus, Pedro, além de esquecer seu lugar, colocar os seus próprios desejos egoístas acima dos planos e propósitos de Deus. O apóstolo míope precisava ser lembrado de que os planos de Deus transcender o raciocínio humano (conforme 1 Cor. 1: 18-31). Como explica o próprio Deus: "Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos do que seus pensamentos '"(Is. 55: 8-9; conforme Sl 92:1). Os discípulos ainda não entendeu o plano de Deus, mas Jesus estava operando em perfeita conformidade com a vontade do Pai (conforme Mc 14:36; Jo 4:34; Jo 5:30; Jo 6:38).

Em resposta, Jesus empatou uma repreensão devastador que deve ter batido Pedro como um golpe mortal, "Arreda, Satanás." Por se opor os propósitos de Deus e exigente Jesus evitar a cruz, Pedro tinha realmente tornar-se um porta-voz para o diabo. O Senhor entendeu que o plano da redenção e do caminho para a glória necessário sofrimento e morte (Fm 1:2.). Ele se recusou a colocar um desejo de conforto pessoal acima de Sua submissão ao Pai celeste (conforme Lucas 22:42-44). Embora o diabo tentou Jesus intensamente no deserto (Mc 1:13), os ataques de Satanás não terminou aí. De acordo com Lc 4:13 (NVI), após os 40 dias terminou, Satanás "afastou-se dele até um momento oportuno", o que significa que ele estava sempre à procura de maneiras de seduzir Jesus (conforme He 2:18;. He 4:15 ). Transgressão grave de Pedro desde que oportunidade nesta ocasião. Sabendo que a cruz significaria sua queda e derrota (conforme Gn 3:15; Jo 12:31; Colossenses 2:14-15.; He 2:14), Satanás tentou vigorosamente para inviabilizar plano de redenção de Deus. Jesus nunca sucumbiu às tentações (conforme He 2:18;. He 4:15).

Pedro errou muito naquele dia, perto de Cesareia de Filipe, mas ele logo viria a compreender e valorizar a cruz profundamente. Menos de um ano depois, no dia de Pentecostes, ele corajosamente ficar em Jerusalém com os outros apóstolos e proclamar o evangelho de um crucificado e ressuscitado Messias (Atos 2:22-24). Perto do fim de sua vida, escrevendo aos crentes na Ásia Menor, Pedro explicou o significado glorioso da crucificação: "Porque também Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para que Ele possa nos levar a Deus, tendo foi condenado à morte na carne, mas vivificado no espírito "(1Pe 3:18; conforme 1Pe 2:24). O que os discípulos consideradas a última palavra má notícia no mesmo dia perto de Cesareia de Filipe foi, na realidade, a melhor notícia que o mundo já recebeu. Foi o próprio coração do Evangelho. Por morte e ressurreição, Jesus Cristo, o Filho de Deus, pagou a penalidade do pecado e da morte conquistou, de forma que todos os que crêem n'Ele tenha a vida eterna (conforme Jo 3:16; Jo 6:40; Rm 10.: 9-10; 2 Cor 5: 20-21; 1Tm 1:151Tm 1:15)...

31. Perdendo a vida para salvá-la (Marcos 8:34-38)

E Ele convocou a multidão com os discípulos, e disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Pois o que dará o homem em troca da sua alma? Para quem se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos ". (8: 34-38)

Após grande confissão de Pedro de Jesus como o Messias e Filho de Deus (8:29;. Conforme Mt 16:16), esta passagem brilha como uma jóia da coroa para que o resto do Marcos oferece o cenário dourado. É neste ponto que o próprio Jesus, o evangelista divina, convida todos os pecadores para abraçá-lo na fé salvadora e tornar-se seus discípulos.

Em contraste com as platitudes, sentir-se bem centrados no homem que permeiam a cristandade contemporânea, o evangelho pregado por Jesus foi uma chamada decepcionante para a abnegação, sofrimento e entrega absoluta. Evangelhos falsos seduzir seus ouvintes com promessas de prosperidade material, a cura física, sucesso terreno, auto-estima, e uma vida fácil. O verdadeiro evangelho desfere um golpe mortal para essas falsificações. O Senhor Jesus chama Seus seguidores a quebrantamento humilde, uma vida de auto-sacrifício, e uma vontade de suportar as dificuldades por amor a Ele.

Esta breve mas sermão fundamentais de Jesus está registrada em todos os três Evangelhos sinópticos (conforme Mt 16:1), e reflete ensino consistente do Senhor sobre o caráter da fé salvadora e do custo do discipulado (conforme Mt 10:32-33; Mc 10:1; Lucas 9:57-62; 12: 51-53; 13 23:42-13:24'>13 23:24; Lc 17:33; Jo 8:31; 12: 24-25). Como Jesus já havia dito Doze quando os enviou por toda a Galiléia (conforme Marcos 6:7-13),

"Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e siga após mim, não é digno de mim.Quem acha a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por minha causa a encontrará "(Mt 10:37-39.).

Em uma ocasião posterior, o Senhor igualmente contestada uma grande multidão que considerar o custo de segui-Lo: "Quem não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. Para que um de vós, quando ele quer construir uma torre, não se senta primeiro a calcular o custo para ver se tem com que a acabar "(Lucas 14:27-28)?. O evangelho que Jesus pregou foi nem um apelo ao povo de necessidades sentidas, nem uma mensagem de salvação fácil. Ele ligou para submissão total e compromisso sem reservas a Ele.

Esta parte concisa, poderosa da Escritura podem ser classificados em três categorias: o princípio do verdadeiro discipulado, o paradoxo do verdadeiro discipulado, ea punição para falso discipulado.

O Princípio

E Ele convocou a multidão com os discípulos, e disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me." (8:34)

O reconhecimento de que Jesus era o Messias divino, como articulado pela confissão de Pedro (8:29), representou um momento de euforia de realização e clareza para os apóstolos. Sua alegria foi rapidamente ofuscada pela notícia de que Jesus tem de sofrer e morrer (v. 31). O Doze tiveram dificuldade em aceitar a noção de um Messias sofredor, como evidenciado pela reação impetuosa de Pedro (v. 32). Na realidade, eles estavam montando suas mentes sobre os interesses do homem (v. 33), pensando apenas em glória e bênçãos para si no reino messiânico. O que eles não compreendia, era que o plano de redenção de Deus exigia um sacrifício pelo pecado (conforme Is 53:1).

Depois de ter explicado aos apóstolos que ele ia morrer, Jesus chamou a multidão com seus discípulos e começou a divulgar que o sofrimento e perseguição seria o lote para qualquer pessoa que desejasegui-Lo. A natureza sóbria de palavras de Jesus afirmou a realidade dos apóstolos 'fé. Eles já tinham experimentado o custo de deixar famílias, casas e ocupações para trás para seguir Jesus (Marcos 10:28-30). Seu ensinamento nesta passagem reforçou seu compromisso absoluto com Ele. Para os descrentes no meio da multidão, as palavras de Jesus vir após mim composta um convite aberto para colocar a sua fé n'Ele e se juntar a seus discípulos. Para fazê-lo iria custar-lhes tudo. Como o Senhor fez transparente, verdadeira fé salvadora é caracterizada por auto-negação, carregar a cruz, e obediência submissa.

A abnegação. A pessoa que deseja seguir a Cristo em primeiro lugar deve negar a si mesmo. O verbo negar (do grego aparneomai ) é um termo forte, que significa "não ter qualquer associação com" ou "repudiar completamente." A mesma palavra é usada para descrever negação de Pedro de Jesus (Marcos 14:30-31, Mc 14:72) e negação de Cristo no céu dos que negam diante dos homens (Lc 12:9). Não era o fariseu auto-confiante que Jesus declarou ser justos, mas os pecadores indignos indignos e confesso que clamou por misericórdia (Lc 18:14).

Os ouvintes de Jesus necessário reconhecer que eles não poderiam merecer o favor de Deus por meio de conformidade exterior para os rituais e tradições do judaísmo. Incapaz de manter a lei perfeitamente (Jc 2:10), eles caíram com tristeza curta de padrão de perfeição santa (03:23 Rom.) De Deus, e, portanto, merecia condenação divina e da morte eterna (Rm 6:23). Só ao rejeitar os seus esforços de auto-justos como inútil e agarrando-se a dom gratuito de Deus da justiça, mediante a fé em Cristo podiam ser salvos (conforme Rom. 3: 24-28). Quando o apóstolo Paulo foi regenerado por Deus, ele denunciou seus ex boas obras como fariseu, chamando-os de inúteis (Fp 3:3-8.). Segundo explicou, a verdadeira justiça não é uma "justiça de [sua] próprias derivada da Lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé" (v. 9). O pecador nega a si mesmo quando ele abandona a auto-confiança e auto-confiança, em vez dependendo da potência e da misericórdia de Cristo para a salvação.

O chamado do evangelho para a auto-negação, é necessário também o arrependimento do pecado e da ambição egoísta (Lc 5:32; Lc 14:26; Lc 24:47). Aqueles que seguem a Cristo devem fazê-lo em Seus termos, não deles. Eles devem estar dispostos a romper completamente com o seu antigo modo de vida (conforme Is 55:6-7.), Voltando-se para Deus da falsidade (1Ts 1:9; Ef 4:22; Cl 3:5), tendo sido substituído por amor indiviso para o seu Mestre (Mt 10:37; Jo 8:42; Jo 14:15).

Assim, para perseguir Cristo exige não só abraçar Jesus Cristo como Salvador, mas também de todo o coração submeter-se a Ele como Senhor. No momento da salvação, aqueles que anteriormente eram escravos do pecado são transformados em escravos da justiça (Rom 6: 17-18.) (1Co 7:22; 1Pe 2:161Pe 2:16) e servos de Cristo, para que Sua desejos, propósitos, e vai se tornar dominante em suas vidas. Sua Palavra torna-se o seu mandato e Sua glória a sua maior ambição (2Co 5:9.); e em outros lugares, "Já estou crucificado com Cristo; e já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim "(Gl 2:20;. conforme Gl 6:14).

Rolamento Cruz. A pessoa que quer vir após Cristo deve, em segundo lugar, tome a sua cruz. A cruz nos dias de Jesus não era o, símbolo sentimental icônico que tornou-se mais de dois milênios de história.Para aqueles que vivem no primeiro século, uma cruz foi universalmente entendido como um instrumento de execução, semelhante à maneira como uma cadeira elétrica pode ser visto nos tempos modernos.Ao contrário de formas contemporâneas de execução, cruzes foram projetados para prolongar a agonia de morte para o maior tempo possível. Como instrumentos de tortura, vergonha, e execução, que foram reservados para os piores criminosos e inimigos do Estado. Os romanos crucificaram suas vítimas em público, ao longo das estradas, como um lembrete terrível do que aconteceu com aqueles que provocaram a autoridade imperial de César. As estimativas sugerem que mais de trinta mil judeus foram crucificados durante a vida de Jesus. Assim, quando o Senhor usou uma cruz para explicar o custo do discipulado, Sua audiência sabia exatamente o que ele quis dizer.

A lição de Jesus foi que aqueles que desejavam ser Seus discípulos, ao invés de buscar a prosperidade e facilidade, deve estar disposto a suportar a perseguição, rejeição, sofrimento e até mesmo o martírio por amor a Ele. Para seguir a Cristo foi a embarcar em um caminho de adversidade e maus-tratos. Como o Senhor explicou mais tarde aos seus discípulos:

Se o mundo vos odeia, você sabe que ele tem odiado Me antes de odiar você. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia. Lembre-se da palavra que eu disse a você, "O escravo não é maior que seu senhor." Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas todas estas coisas que eles vão fazer com você por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. (João 15:18-21; conforme Mt 10:24-25).

Nem todo crente vai morrer como um mártir, mas cada fiel seguidor de Jesus vai adorar Cristo tão completamente que mesmo a morte não é um preço alto demais para a alegria eterna. Todos os crentes, inevitavelmente, sofrem em algum grau, porque o mundo odeia aqueles que pertencem a Ele (2Tm 3:12). Assim, para tomar a cruz é uma metáfora para estar disposto a pagar qualquer preço para a gloriosa dádiva da vida Ele dá (conforme I Pedro 4:12-14). A verdadeira conversão leva uma pessoa a ver o Senhor Jesus e a esperança do céu como tão precioso que nenhum sacrifício pessoal é demais. Como o apóstolo Paulo explicou aos crentes de Corinto ", para momentânea, leve tribulação produz para nós um peso eterno de glória muito além de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas coisas que não são vistas ; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas "(2 Cor. 4: 17-18).

Aqueles que inicialmente professam a Cristo, mas não estão dispostos a sofrer por amor a Ele, expor o fato de que eles não são verdadeiramente Seus discípulos. Como o próprio Senhor explicou na parábola dos solos, "Estes são aqueles em que foi semeado em solo rochoso, que, quando ouvem a palavra, logo a recebem com alegria; e eles não têm raízes firmes em si mesmos, mas são apenas temporários; então, quando sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam "(Marcos 4:16-17). Por outro lado, aqueles que suportar as provações e dificuldades para a honra de Cristo provar a veracidade de sua fé (I Pedro 1:6-7).

Obediência leal. Em terceiro lugar, como as palavras de Jesus siga-me indicar, discipulado exige obediência leal e constante com Ele. O verbo follow (a forma da palavra grega akoloutheō ) é o mesmo verbo encontrado em Jo 10:27, onde Jesus descreveu os crentes como o seu rebanho, "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem." Como ovelha submeter-se a voz de seu pastor, os verdadeiros seguidores de Cristo são caracterizados por amorosa obediência a Ele e à Sua Palavra. Como o Senhor explicou a um grupo de "judeus que haviam crido nele:" Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos "(Jo 8:31)

No final de seu ministério, Jesus reiterou a verdade que a fé nEle implica submissão a Ele. Usando imagens semelhante a esta passagem (Marcos 8:34-38), o Senhor declarou: "Quem ama a sua vida perdê-la, e aquele que odeia a sua vida neste mundo, conservá-la para a vida eterna. Se alguém me servir, siga-me; e onde eu estou, estejais meu servo será também; se alguém me servir, meu Pai o honrará "(Jo 12:25-26). Na noite antes da Sua morte, no cenáculo com os seus discípulos, o Senhor lembrou-lhes: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:15), e "Se alguém me ama, guardará a minha palavra "(v. 23), e novamente," Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando "(Jo 15:14; conforme Jo 14:21, Jo 14:24; Jo 15:10). Claramente, Jesus considerou uma vida de obediência a ser uma realidade inegociável do discipulado genuíno.

O resto do Novo Testamento ecoa essa mesma realidade. Embora os crentes não são salvos com base em suas boas obras (Ef. 2: 8-9; Tito 3:5-7), aqueles que foram salvos, inevitavelmente demonstrar o fruto de uma vida digna (conforme Mt 3:1; Gl 5:22-23). Assim, a obediência torna-se uma prova de fogo para a regeneração (conforme Lc 6:43-45). Como o apóstolo João explicou,

Nisto conhecemos o que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: "Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele;mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus tem realmente sido aperfeiçoado. Nisto conhecemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou. (I João 2:3-6; conforme 1Jo 3:24; 1Jo 5:3).

É importante notar que a auto-negação, carregar a cruz, e obediência não são obras meritórias que de alguma forma ganhar a salvação. Nem eles compreendem uma lista de passos seqüenciais que devem ser seguidos para ser salvos do pecado. Pelo contrário, são as características inerentes da fé arrependido e do novo nascimento, que é o dom de Deus (Ef 2:8.). Transmitida pelo Seu Espírito, no momento da salvação. Aqueles a quem Deus salva Ele se transforma, dando-lhes um novo coração (conforme Ez 36:25-27.), De modo que por amor a Salvador, eles ansiosamente negar-se, suportar o sofrimento, e submeter obedientemente à Sua Palavra.

A Paradox

Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Pois o que dará o homem em troca da sua alma? (8: 35-37)

O Senhor expôs sobre a natureza do verdadeiro discipulado usando um paradoxo. Como Jesus explicou, Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, esse a salvará. Aqueles dispostos a entregar suas vidas a Cristo, preferindo se apegar ao pecado, ambição egoísta, e aceitação por parte do mundo, um dia vai perder suas almas para a morte eterna. Mas quem está disposto a abandonar tudo por amor de Cristo receberão a vida eterna. Jesus, é claro, não estava sugerindo que todas as formas de auto-sacrifício tem valor espiritual ou eterna, mas apenas aquilo que é feito para o Seu amor e do Evangelho.

Em Mateus 13, o Senhor ilustrou este princípio paradoxal com duas parábolas sobre o reino da salvação:

O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem achou e escondeu novamente; e de gozo, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. Mais uma vez, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas, e em cima de encontrar uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou-a. (13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46)

Da mesma forma que se pode vender tudo o que possui para ganhar algo de muito maior valor, de modo que os fiéis estão ansiosos para desistir de tudo para ganhar a Cristo e à salvação sozinho Ele fornece.Como o apóstolo Paulo explicou, falando das obras de justiça própria, ele abandonou por causa de Cristo, "Eu considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas e considero como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo "(Fm 1:3), que em breve será consumido pelo fogo (II Pedro 3:10-12). Mas a alma de cada pessoa vai viver para sempre. Para aqueles que alegremente abraçar essa realidade, é incrível pensar que alguém iria perder a eternidade no céu por algumas décadas fugazes de auto-indulgência nesta vida. No entanto, isso é o que a maioria das pessoas (Mt 7:13). Tal é o poder do pecado humano (conforme João 8:42-47).

Em uma ocasião diferente, o Senhor Jesus ilustrou esta verdade com uma parábola sobre um idiota rico que só pensava no presente e não fazer planos para a eternidade. Como Lucas relata:

E Ele lhes disse uma parábola, dizendo: "A terra de um homem rico foi muito produtivo. E ele começou a raciocinar para si mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho lugar para guardar minhas colheitas? 'Então ele disse: 'Isto é o que vou fazer: vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens. E direi à minha alma: "Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; levar a sua vontade, comer, beber e ser feliz. "" Mas Deus lhe disse: 'Insensato! Esta mesma noite a sua alma é exigido de você; e agora quem será o proprietário o que você preparou? '. Então, é o homem que armazena um tesouro para si mesmo, e não é rico para com Deus "(Lucas 12:16-21)

Para ganhar o mundo inteiro, mas rejeitam a Cristo é perder a alma para o inferno. Mas a desistir de tudo que o mundo oferece para o bem de segui-Lo é ganhar riquezas eternas (conforme Mt 6:19-21.).

A punição

Para quem se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos. (08:38)

O objetivo da primeira vinda de Jesus era para sofrer e morrer como o único sacrifício pelo pecado aceitável a Deus (Mc 10:45). Mas, como lembrou seu público, um dia futuro está chegando quando Ele voltará como único soberano em triunfo e julgamento (conforme Ap 19:11-16). Como o Juiz divino (Jo 5:22), Jesus Cristo é o determinador do destino eterno de cada pessoa. Quem rejeita a Cristo nesta vida, sendo envergonhar Dele e Suas palavras, será rejeitado por ele no juízo (conforme Matt. 10: 32-33). Neste contexto, vergonha (do verbo grego epaischunomai ) significa desprezar, rejeitar ou recusar-se a aceitar.As únicas pessoas que serão salvos são aqueles que têm vergonha de si mesmos, mas não se envergonha de Lo.

Todo pecador deveria ser totalmente envergonhado sobre seus próprios maus pensamentos, palavras e ações, mesmo sobre o orgulho farisaico e hipocrisia. Como observado anteriormente, o evangelho chama os pecadores, ao negar-se, abandonando o pecado ea justiça própria. Os verdadeiros crentes são caracterizados por quebrantamento, humildade e uma tristeza que leva ao arrependimento. Em contrapartida, os incrédulos têm vergonha, não de si mesmos, mas de Cristo. Eles amam seu pecado, para que a sua "glória é para confusão deles" (Fp 3:19;. Conforme Jr 6:15.); eles prezam a aprovação deste mundo (Jo 12:43), e são, portanto, dispostos a abraçar o sofrimento inerente no seguimento de Cristo. Além disso, eles não vêem necessidade de o evangelho, achando que pode ganhar o céu através de uma justiça de sua própria criação (conforme Rm 10:3, 1Co 1:23).

Embora o Senhor Jesus merecia honra, glória e louvor, Ele foi rejeitado por seu próprio povo (Jo 1:11). A nação de Israel havia aguardado Sua chegada por séculos. Mas quando Ele veio, os líderes religiosos e as pessoas tinham vergonha de seu próprio Messias. O Senhor se referiu a eles (e todas as pessoas como eles), como esta geração adúltera e pecadora. Ao usar essa descrição, Jesus não estava se referindo ao adultério literal, mas a prostituição espiritual (conforme Is 57:1;. Os 2:13). Do primeiro século judaísmo tinha substituído a verdadeira religião com tradições mortas e legalismo superficial. Embora a nação já não adoravam ídolos físicas, religião farisaica havia criado um grande ídolo do sistema rabínico de cerimônias, tradições e rituais externos (Marcos 7:6-13; conforme 13 40:23-36'>Mt 23:13-36.).

Se alguém se envergonhar de Cristo nesta vida, como os líderes apóstatas de Israel, o Filho do Homem também se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos. Usando Antigo Testamento imagens que foi prontamente familiarizados aos seus ouvintes, Jesus declarou o fim terrível que aguarda a todos que O rejeitam (conforme Mt 25:1, o profeta contou uma poderosa visão de que o julgamento futuro:

 

Eu ficava olhando
Até tronos foram criadas,
E um ancião de dias se assentou;
Sua veste era branca como a neve
E o cabelo da sua cabeça como a pura lã.
Seu trono estava em chamas com chamas,
As rodas eram um fogo ardente.
Um rio de fogo manava
E saía de diante dele;
Milhares e milhares de pessoas foram assistir a Ele,
E miríades de miríades estavam diante dele;
O tribunal se sentou,
E os livros foram abertos ...
Eu continuei olhando nas visões da noite,
E eis que, com as nuvens do céu
Um como um Filho do Homem estava chegando,
E Ele veio até o Ancião dos Dias
E foi apresentado diante dele.
E foi-lhe dado o domínio,
Glória e um reino,
Que todos os povos, nações e homens de todas as línguas
Pode servi-Lo.
Seu domínio é um domínio eterno
Que não passará;
E o Seu reino é um
O que não será destruído.

 

Ao usar o título Filho do Homem (a designação Ele aplicou a Si mesmo mais do que qualquer outro nos Evangelhos), Jesus diretamente ligado a Si mesmo para a visão de Daniel. Um dia, no cumprimento dessa profecia, o Senhor Jesus voltará como Rei e Juiz (Mc 14:62). Ele voltará à Terra em glória para estabelecer Seu reinado sobre o mundo inteiro. A cruz áspera será substituído por um trono real. Quando esse dia de ajuste de contas vem, o Senhor vai destruir seus inimigos (II Tessalonicenses 1:7-10.), E eles serão lançados no inferno eterno (conforme Ap 14:10-11).

Para os crentes, o retorno de Cristo é o seu bem-aventurada esperança, uma promessa reconfortante que eles esperam ansiosamente para ver cumprida (Tito 2:11-14; Ap 22:20). Entretanto, eles não têm vergonha de Cristo ou a Sua Palavra (Rm 1:16;.. Fp 1:20;. 2Tm 1:122Tm 1:12; 1Pe 4:161Pe 4:16). Tendo abandonado o seu pecado e do esforço próprio, e totalmente abraçado ao Senhor Jesus com fé, eles descansar com a certeza de que eles estão perdoados e redimidos. A realidade é que o seu maravilhoso Salvador não se envergonha deles também. Como o livro de Hebreus revela, Jesus "não se envergonha de lhes chamar irmãos" (He 2:11), e "Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus" (He 11:16).

Para os descrentes, a certeza do julgamento final é uma realidade aterradora (Heb. 10: 29-31). Como as Escrituras declaram: "É aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso o juízo" (He 9:27). Naquele dia, aqueles que se recusaram a abandonar seu pecado ou que confiavam em seus esforços de auto-justos serão em caráter irrevogável e eternamente condenado ao inferno (conforme Mt 7:1). Mas aqueles que obedeceram a convite do abrangente evangelho do Senhor Jesus Cristo em humilde, arrependido fé, não será confundido (Rm 9:33). Tendo abandonado este mundo para a causa de Cristo, eles vão viver com Ele para sempre no mundo vindouro. Como o próprio Senhor prometeu, falando das glórias da nova terra, "Aquele que vencer herdará estas coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho" (Ap 21:7).



Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Marcos Capítulo 8 do versículo 1 até o 38

Marcos 8

Compaixão e desafio — Mar. 8:1-10 A cegueira que deseja um sinal — Mar. 8:11-13 A experiência não aproveitada — Mar. 8:14-21 Um cego aprende a ver — Mar. 8:22-26 A grande descoberta — Mar. 8:27-30 O tentador fala na voz de um amigo — Mar. 8:31-33 Mc 8:34 Mc 8:35 O valor supremo da vida — Mar. 8:36-37 Mc 8:38Mc 9:1

COMPAIXÃO E DESAFIO

Marcos 8:1-10

Neste incidente há duas coisas intimamente entrelaçadas.

(1) Há a compaixão de Jesus. Uma e outra vez vemos Jesus movido pela compaixão para com os homens. O mais notável a respeito de Jesus é sua consideração. Agora, a consideração é uma virtude que nunca descuida os detalhes da vida. Jesus olhou à multidão; tinham estado com ele três dias; e agora recordou que estavam longe de seus lares. Podia haver-se pensado que a mente de quem tinha vindo mostrar aos homens o esplendor e a majestade da verdade e o amor de Deus, estaria acima da preocupação pelo que ia acontecer a sua congregação em sua viagem de volta a seus lares. Mas Jesus não era assim. Confrontado com uma alma perdida ou um corpo doente, seu primeiro instinto era ajudar. A verdade é que o primeiro instinto de muitas pessoas é não ajudar.

Em uma conferência me encontrei com um homem com o qual estávamos comentando os perigos de certo trecho do caminho para chegar ao povo em que nos encontrávamos. "Sim", disse. "É um trecho bastante ruim. Ao passar hoje por aí vi um acidente". "Deteve-se você a ajudar?" perguntei-lhe. "Claro que não", disse. "Não ia perder tempo me misturando em uma coisa assim". É humano querer evitar a moléstia de ajudar; é divino ser movidos por tal compaixão e piedade que nos vejamos compelidos a ajudar.
(2) Há o desafio de Jesus. Quando Jesus teve compaixão da multidão e quis lhe dar algo de comer, os discípulos imediatamente assinalaram a dificuldade prática de que estavam em um lugar deserto, e que em quilômetros quadrados não havia onde obter mantimentos. Aí Jesus lhes devolveu a pergunta: "O que vocês têm, com o que poderiam ajudar?" A compaixão se converteu em desafio. De fato, Jesus lhes estava dizendo: "Não tratem de passar a responsabilidade a outra pessoa. Não digam que ajudariam se tivessem algo que dar. Não digam que nestas circunstâncias é impossível ajudar. Tomem o que têm e dêem e vejamos o que acontece".

Uma das festas judaicas mais prazerosas é a do Purim. Cai em 14 de março, e comemora a libertação que o livro de Ester apresenta. É, acima de tudo, uma ocasião para fazer obséquios; e uma de suas regras é que, não importa quão pobre alguém seja, deve procurar alguém mais pobre que ele e lhe dar um obséquio. Jesus não tem tempo para o espírito que aguarda até que todas as circunstâncias sejam perfeitas antes de pensar em ajudar. Diz: "Se vir alguém em dificuldade, ajude com o que tem. Você nunca sabe o que pode significar sua ação".
No pano de fundo deste relato há duas coisas interessantes.

A primeira é esta. Este incidente aconteceu na margem afastada do Mar da Galiléia no distrito chamado Decápolis. A que se deveu essa tremenda congregação de quatro mil pessoas? Não há dúvida de que a cura do surdo com o impedimento para falar deve ter despertado interesse e reunido a multidão. Mas um comentarista fez uma sugestão mais interessante. Em Marcos 5:1-20 já lemos sobre a cura do endemoninhado gadareno. Este incidente também teve lugar em Decápolis. Nesse momento o resultado imediato foi que rogaram a Jesus que fosse embora. Mas recordamos que o endemoninhado curado quis seguir ao Jesus e este o enviou a sua parental, para que lhes dissesse que grandes coisas o Senhor tinha feito por ele. Seria possível que parte dessa grande multidão era devido à atividade missionária do endemoninhado curado? Teremos aqui uma vislumbre do que pode fazer por Cristo o testemunho de um homem? Terá havido aquele dia na multidão pessoas que se juntaram a Cristo e acharam suas almas devido ao relato de um homem do que Cristo tinha feito por sua alma?

João Bunyan conta que sua conversão foi devida ao fato de ter ouvido a três ou quatro anciãs que, sentadas ao Sol, falavam "a respeito de um novo nascimento, a obra de Deus em seus corações". Estavam falando do que Deus tinha feito por elas. Bem pode ser que naquele dia houvesse na multidão em Decápolis muitos que ali estavam porque ouviram um homem falar a respeito do que Jesus fizera por ele.

A segundo coisa por trás deste relato é isto. É estranho que a palavra que aqui se emprega para cesta é diferente da que se usa no relato similar de Marcos 6. No Mc 6:44, a palavra é kofinos, que descreve a cesta em que os judeus levavam sua comida, uma cesta estreita no pescoço e larga na parte de abaixo, parecida em sua forma a um cântaro para água. A palavra que se usa aqui é sfuris, que descreve uma cesta conhecida tecnicamente como cesta; foi em uma dessas cestas em que Paulo foi descido da muralha de Damasco (At 9:25); e era o tipo de cestas que os gentios usavam.

Como já dissemos, este incidente ocorreu em Decápolis, que estava do outro lado do lago e que tinha uma grande população gentílica. É possível que devamos ver na alimentação da multidão em Mc 6:1; Is 11:1; Jr 22:4; Jr 23:5; Jr 30:9). Mas à medida que passava o tempo se fazia infelizmente evidente que essa sonhada grandeza nunca se obteria por meios naturais. As dez tribos foram levadas a Assíria e se perderam para sempre. Os babilônios conquistaram e arrasaram a Jerusalém e levaram cativos os judeus.

Logo vieram a ser seus amos os persas; depois os gregos e finalmente os romanos. Longe de alcançar domínio algum, durante séculos os judeus não souberam o que era ser completamente livres e independentes. De modo que surgiu outra linha de pensamento. É verdade que nunca se desvaneceu completamente a idéia de um grande rei da estirpe de Davi, que esteve sempre entrelaçada de algum modo com seus pensamentos; mas começaram a sonhar mais e mais com um dia em que Deus interviria na história e obteria por meios sobrenaturais o que nunca poderia obter-se por meios naturais. O poder divino faria o que o poder humano era impotente para fazer.
Entre os dois Testamentos se escreveu toda uma avalanche de livros que eram sonhos e prognósticos dessa nova era e essa intervenção de Deus. Este gênero de obras é chamado apocalipse, palavra que significa literalmente revelação. Estes livros pretendiam ser revelações do futuro. A eles devemos ir para descobrir o que creiam as judeus nos dias de Jesus sobre o Messias e a obra do Messias e a nova era. Contra seus sonhos e visões e esperanças é que devemos colocar o sonho de Jesus.

Nos mencionados livros aparecem certas idéias básicas. Seguiremos aqui a classificação de tais idéias que dá Schürer, autor de uma grande obra sobre a história do povo judeu nos dias de Jesus.

  1. Antes da vinda do Messias haveria uma época de terrível tribulação. Um verdadeiro "parto" messiânico. Seriam os dores de parto de uma nova era. Estalariam sobre o mundo todos os terrores concebíveis: seriam pisoteadas todas as normas de honra e decência; o mundo se tornaria um caos físico e moral.

"E a honra será tornada em vergonha,
E a fortaleza humilhada em menos aprecio,
E destruída a probidade,
E a formosura se tornará em fealdade...

E se levantará a inveja naqueles que não tinham pensado nada de si mesmos.

E a paixão se apoderará de quem é pacífico,
E muitos serão arrastados pela ira para ferir a muitos,
E se levantarão exércitos para derramar sangue,
E ao final eles perecerão junto com eles."
(2 Baruc 27)

Haveria "terremotos nos lugares, tumulto de povos, intrigas de nações, confusão dos chefes, inquietação dos príncipes" (4 Ed 9:3).

"Do céu cairão à Terra espadas ardentes. Aparecerão luzes, grandes e brilhantes, cintilando em meio dos homens; e a Terra, a mãe universal, sacudirá-se naqueles dias na mão do Eterno. E os peixes do mar e os animais da terra e as incontáveis tribos de coisas que voam e todas as almas dos homens e todos os mares tremerão diante da presença do Eterno e haverá pânico. E os altos picos das montanhas e as colinas dos gigantes serão derrubados, e o lôbrego abismo será visível a todos. E os altos barrancos nas majestosas montanhas estarão cheios de cadáveres, e das pedras emanará sangue e cada corrente alagará o plano... E Deus julgará a todos com a guerra e a espada, e descerá enxofre do céu, sim, pedras e chuva e granizo incessantes e aflitivas. E a morte será sobre os animais quadrúpedes... Sim, a mesma terra beberá o sangue dos que perecem e os animais se fartarão de carne" (Oráculos sibilinos 3:363 ss.).

A Mishnah enumera como sinais de que o advento do Messias está próximo:

"Que a arrogância aumenta, a ambição brota, a vida dá fruto mas o vinho é caro. O governo se entrega à heresia. Não há instrução. A sinagoga está entregue à luxúria. Galiléia é destruída, Gablan assolada. Os habitantes da região vão de cidade em cidade sem achar compaixão. A sabedoria dos entendidos é aborrecida, os piedosos desprezados, a verdade está ausente. Os moços insultam aos anciãos, os anciãos comparecem ante os meninos. O filho despreza o pai, a filha se rebela contra a mãe, a nora contra a sogra. Os inimigos do homem são seus parentes."

O tempo anterior à vinda do Messias seria uma época em que o mundo se faria em pedaços e todos os vínculos se relaxariam. A ordem física e o moral se desabariam.

  1. Em meio deste caos, viria Elias como precursor e arauto do Messias. Ele sanaria as rupturas e poria ordem no caos para preparar o caminho ao Messias. Em particular consertaria as disputas. De fato, a lei oral judaica estabelecia que as disputas sobre a propriedade de dinheiro e bens raízes, ou algo cujo dono fora desconhecido, deveriam aguardar "até que Elias venha". Quando viesse Elias, o Messias não demoraria muito em chegar.
  2. Então entraria o Messias. A palavra Messias e a palavra Cristo significam a mesma coisa. Messias é a palavra hebraica que significa Ungido e Cristo a palavra grega. A unção se empregava para consagrar a um rei, e o Messias era o Rei Ungido de Deus. É importante recordar que Cristo não é um nome, é um título. Às vezes era imaginado como um rei da estirpe de Davi, porém mais freqüentemente como um grande personagem divino, sobre-humano, que irrompia na história para refazer o mundo e no final vindicar o povo de Deus.
  3. As nações se aliariam e congregariam contra o campeão de Deus.

"Os reis das nações se lançarão contra esta terra trazendo retribuição

sobre si mesmos. Tratarão de assolar o santuário do Deus poderoso e dos homens mais nobres, quando chegarem à terra. Os reis malditos colocarão cada um seu trono em um anel ao redor da cidade com seu povo junto a eles. E então, com voz potente, Deus falará com todas as nações indisciplinadas, de mentes vazias e virá sobre elas juízo do Deus poderoso, e tudo perecerá à mãos do Eterno" (Oráculos Sibilinos 3:363-372).

"Será que quando todas as nações ouvirem a sua voz (a do Messias), cada um deixará sua própria terra e as guerras que têm uns contra outros, e se congregará uma inumerável multidão ansiosa de lutar contra ele" (4 Esdras Mc 13:33-35

Com o pano de fundo que acabamos de ver sobre a concepção comum do Messias é que devemos ler esta parte.
Quando Jesus relacionava o messianismo com o sofrimento e a morte, estava fazendo o que para os discípulos eram manifestações tão incríveis como incompreensíveis. Durante toda a sua vida tinham pensado no Messias como um conquistador irresistível, e agora se encontravam frente a uma idéia que os deixava confundidos. Por isso Pedro protestou tão violentamente. Para ele todo isso era uma impossibilidade total.
Por que Jesus repreendeu tão severamente ao Pedro? Porque Pedro estava expressando em palavras as mesmas tentações que nesse momento acossavam a Ele. Jesus não queria morrer. Sabia que possuía poderes que podia empregar para vencer. Nesse momento estava sendo repetida a batalha das tentações do deserto. Era o diabo que voltava a tentá-lo a prostrar-se e adorá-lo, a tomar seu caminho em lugar do caminho de Deus.

É coisa estranha, e às vezes terrível, que o tentador nos fale na voz de um amigo bem intencionado. Decidimo-nos por um proceder que indevidamente nos trará moléstias, perdas, impopularidade, sacrifício. E nesse momento pode vir algum amigo bem intencionado e com a melhor das intenções, tentar deter-nos.
Conheci um homem que decidiu tomar uma atitude que quase indevidamente lhe provocaria dificuldades. Um amigo se aproximou e buscou dissuadi-lo. "Lembre-se", disse-lhe, "que você tem esposa e uma família. Não pode fazer isso".

É muito possível que alguém nos ame tanto que queira nos evitar dificuldades e insipidezes. O tentador não pode nos levar um ataque mais terrível que quando nos ataca na voz daqueles que nos amam e que querem buscar só nosso bem. Isto foi o que aconteceu a Jesus naquele dia; por isso reagiu tão severamente. Nem mesmo a voz imperatória do amor deve silenciar a imperiosa voz de Deus.

O CAMINHO DO DISCÍPULO

Mc 8:34

Quando chegamos a esta parte do Evangelho de Marcos estamos tão perto do coração e centro da fé cristã, que devemos estudá-lo quase frase por frase. Se a gente pudesse sair cada dia com uma só destas orações presa no coração e dominando a vida, séria muito mais que suficiente para guiá-lo.
À primeira vista aqui se destacam duas coisas:

  1. A honestidade quase assustadora de Jesus. Ninguém poderia dizer jamais que tinha seguido a Jesus sob falsos atrativos. Ele nunca buscou subornar aos homens, oferecendo um caminho fácil. Não lhes ofereceu paz; ofereceu-lhes glória. Dizer a alguém que devia estar para tomar uma cruz era dizer-lhe que devia estar disposto a ser considerado como um criminoso e a morrer. A honestidade dos grandes líderes foi sempre uma de suas principais características.

Nos dias da Segunda guerra mundial, quando Sir Winston Churchill assumiu a direção de Grã-Bretanha, tudo o que ofereceu aos ingleses foi "sangue, suor e lágrimas". Depois do cerco de Roma, em 1849, Garibaldi, o grande patriota italiano, lançou sua famosa proclama: "Soldados, todos nossos esforços contra forças superiores foram inúteis.

Não tenho nada que lhes oferecer, mais que fome e sede, dificuldades e morte; mas convoco a todos os que amam a sua pátria a que se unam a mim." Jesus nunca buscou atrair a si aos homens oferecendo um caminho fácil; buscou desafiá-los, despertar o cavalheirismo dormido em suas almas, oferecendo-lhes um caminho mais elevado e mais difícil que outro qualquer. Ele não veio para tornar a fácil a vida, e sim para tornar grandes aos homens.

  1. O fato de que Jesus nunca chamou os homens a fazer ou enfrentar nada que Ele mesmo não estivesse preparado para fazer ou enfrentar. Esta é por certo a característica do líder que os homens seguirão. Quando Alexandre Magno se lançou em perseguição de Darío, realizou uma das marchas mais assombrosas da história. Em onze dias percorreram três mil e trezentos estádios. Seus homens estavam a ponto de render-se, principalmente por causa da sede, pois não havia água.

Plutarco relata a história.

"Enquanto estavam neste apuro, aconteceu que alguns macedônios que tinham carregado água em odres sobre suas mulas, de um rio que tinham encontrado, chegaram por volta do meio-dia ao lugar onde estava Alexandre, e vendo-o quase exausto de sede, encheram de água um elmo e o ofereceram. Ele perguntou a quem levavam a água, e eles lhe disseram que a seus filhos, acrescentando que se só se salvava a vida dele, eles bem poderiam reparar essa perda e não lhes importava embora todos perecessem. Então ele tomou o elmo em suas mãos, e ao olhar a seu redor viu todos os que estavam perto que estiravam as cabeças para ele e olhavam ansiosamente a bebida; então a devolveu sem provar uma gota. 'Porque', disse, 'se beber eu sozinho, outros se desalentariam.' Os soldados, nem bem tomaram conhecimento desta temperança e magnanimidade na ocasião, clamaram todos a uma que os conduzisse adiante ousadamente, e começaram a açoitar seus cavalos. Porque disseram que enquanto tivessem semelhante rei desafiariam o cansaço e a sede, e se considerariam pouco menos que imortais."

Era fácil seguir a um líder que nunca exigia de seus homens o que ele mesmo não estava disposto a suportar. Um famoso general romano, Quinto Fábio Cunctator, estava discutindo com seu estado maior como apoderar-se de uma posição difícil. Alguém sugeriu determinada manobra para capturá-la. "Só custará as vistas de uns poucos homens", disse o conselheiro. Fábio o olhou e disse: "Está você disposto a ser um desses poucos?"
Jesus não era o tipo de condutor que se sentia longe e brinca com a vida dos homens como se fossem pedras de xadrez. O que exigia que enfrentassem, Ele mesmo estava disposto a enfrentar. Jesus tem direito a nos pedir que carreguemos uma cruz, porque Ele a carregou primeiro.

  1. Jesus disse de quem queria ser seu discípulo: "Negue-se a si mesmo." Entenderemos melhor o sentido desta exigência se tomarmos muito simples e literalmente: "Diga não a si mesmo." Quem quiser seguir a Cristo deve dizer sempre não a si mesmo e sim a Cristo. Deve dizer não a seu natural amor à comodidade e o conforto. Deve dizer não a tudo proceder apoiado no egoísmo e o egotismo. Deve dizer não aos instintos e desejos que o impulsionam a tocar e gostar e dirigir as coisas proibidas. Deve dizer sim, sem vacilação, à voz e o mandato de Jesus Cristo. Deve ser capaz de dizer com o Paulo que já não é ele quem vive, mas sim Cristo vive nele. Não vive já para seguir sua própria vontade, e sim para seguir a vontade de Cristo, e, nesse serviço, acha sua perfeita liberdade.

ACHAR A VIDA PELO ATO DE PERDÊ-LA

Mc 8:35

Há certas coisas que se perdem guardando-as e se salvam usando— as. Assim ocorre com os talentos que alguém possa ter. Se os usa, desenvolvem-se em algo ainda maior. Se não os usa, termina-se por perdê-los. Sobretudo, a vida é assim.
A história está cheia de exemplos de homens que, perdendo sua vida, obtiveram a vida eterna.

A fins do século IV havia em alguma parte do Oriente um monge chamado Telêmaco, que tinha decidido abandonar o mundo e viver sozinho, em oração e meditação e jejum, para salvar sua alma. De modo que em sua vida solitária não procurava outra coisa senão o contato com Deus. Mas de repente sentiu que estava equivocado. Um dia se levantou de seus joelhos e repentinamente advertiu que essa vida que estava vivendo não se baseava na negação do eu, e sim em um amor egoísta de Deus. Compreendeu que para servir a Deus devia servir aos homens, que o deserto não era lugar para que vivesse um cristão, estando as cidades cheias de homens e mulheres, e cheias de pecado e portanto de necessidade. Determinou, pois, despedir-se do deserto e dirigir-se à maior cidade do mundo, Roma, que ficava do outro lado do mundo. Viajou mendigando pelo caminho através de terras e mares até chegar a Roma. Nesse então Roma tinha adotado oficialmente o cristianismo. Chegou um momento em que Stílico, o general romano, tinha obtido uma importante vitória sobre os godos. A Stílico lhe concedeu um triunfo romano. A diferença dos dias antigos era que agora as multidões iam às Iglesias cristãs e não aos templos pagãos. Fizeram-se as procissões e as celebrações e Stílico cavalgou em triunfo com o jovem imperador Honório a seu lado. Mas uma coisa tinha subsistido na Roma cristã. Ainda existia o circo e as lutas de gladiadores.

Já não se lançavam os cristãos aos leões; mas ainda os prisioneiros capturados na guerra tinham que lutar e matar-se entre si para diversão do povo romano. Ainda os homens rugiam com o desejo de sangue ao presenciar as lutas. Telêmaco se dirigiu ao circo. Havia oitenta mil pessoas. Estavam terminando as carreiras de carros e a multidão, tensa, aguardava que saíssem os gladiadores. Quando saíram à arena, lançaram sua habitual saudação: "Ave, César, os que vão morrer te saúdam!" Começou a luta, e Telêmaco se escandalizou. Homens por quem Cristo tinha morrido se estavam matando entre si para divertir a um povo supostamente cristão. Saltou a barreira, e se encontrou entre os gladiadores e, por um momento, eles se detiveram. "Que continue o jogo", rugiu a multidão. Eles empurraram a um lado o ancião, vestido ainda com suas roupas de ermitão. Mas voltou a interpor-se entre eles. A multidão começou a jogar-lhe pedras; insistiam aos gladiadores para que o matassem e o tirassem do meio. O comandante dos jogos deu uma ordem; a espada de um gladiador se levantou, relampejou e deu o golpe; e Telêmaco caiu morto. E repentinamente se fez silêncio na turba. Foram compungidos porque um santo precisou morrer dessa maneira. Repentinamente a massa compreendeu o que era realmente essa morte. Naquele dia os jogos terminaram abruptamente e nunca se reataram.

Telêmaco, morrendo, tinha-lhes posto fim. Como diz Gibbon: "Sua morte foi mais útil à humanidade que sua vida." Perdendo a vida tinha feito muito mais do que jamais teria feito se a tivesse poupado em sua devoção solitária no deserto.
Deus nos deu a vida para usá-la, não para guardá-la. Se vivermos cuidadosamente, poupando a vida, pensando sempre primeiro em nosso proveito, comodidade, conforto, segurança; se nossa única meta é fazer a vida tão longa e livre de cuidados como podemos, se não fizermos esforço algum salvo para nós mesmos, estamos perdendo a vida todo o tempo. Mas se gastarmos nossa vida por outros, se esquecermos a saúde e o tempo e a riqueza e a comodidade em nosso desejo de fazer algo por Jesus e pelos homens por quem Ele morreu, estamos todo o tempo ganhando a vida.
O que teria sido do mundo se médicos, homens de ciência e inventores não tivessem estado dispostos a fazer arriscados experimentos freqüentemente em seus próprios corpos? O que teria sido da vida se todos tivessem querido somente permanecer tranqüilos e cômodos em seus lares, e não tivesse havido. tal coisa como exploradores e pioneiros? O que ocorreria se todas as mães se negassem a correr o risco de conceber um filho? O que aconteceria se todos os homens gastassem em si mesmos tudo o que têm?
A própria essência da vida consiste em arriscá-la e gastá-la, não em poupá-la e acumulá-la. Certamente, é o caminho do cansaço, o esgotamento, o dar até o supremo, mas é melhor queimar-se cada dia que enferrujar-se, porque esse é o caminho à felicidade e a Deus.

O VALOR SUPREMO DA VIDA

Marcos 8:36-37

Um homem pode viver uma vida que, em um sentido, seja um êxito e em outro sentido não valha a pena ser vivida. A intenção real deste dito de Jesus é perguntar: "Onde vocês põem seus valores na vida?" É possível pôr nossos valores no que não corresponde e descobrir que é assim quando já é muito tarde.

  1. Pode-se sacrificar a honra à utilidade. Pode desejar coisas materiais e não ser muito escrupuloso quanto à maneira de obtê-las. O mundo está cheio de tentações a uma desonestidade produtiva. George Macdonald fala em um de seus livros de um dono de loja de tecidos que sempre usava o polegar para medir um pouquinho menos de pano. "Tirava de sua alma", diz, "para pôr em seu moedeiro." A verdadeira pergunta, a pergunta que mais cedo ou mais tarde terá que ser respondida é: "Como aparecerá aos olhos de Deus o balanço de nossa vida?" Depois de tudo, Deus é o auditor que, no fim, todos devemos enfrentar.
  2. Pode-se sacrificar os princípios à popularidade. Pode ser que o homem bonachão, agradável, dócil se poupe de muitas moléstias. Pode que o homem inflexivelmente dedicado a um princípio se torne antipático. A verdadeira questão que todos teremos que enfrentar no final, não é "o que pensam disto os homens?", e sim "o que pensa Deus?" O que decide o destino não é o veredicto da opinião pública, e sim o veredicto de Deus.
  3. Pode-se sacrificar as coisas perduráveis pelas coisas fúteis. Sempre é mais fácil ter um êxito barato. Um escritor pode sacrificar o que seria realmente grande pelo êxito barato de um momento. Um músico pode produzir frivolidades efêmeras quando poderia estar produzindo algo que fora real e duradouro. A gente pode escolher um trabalho que produza mais dinheiro e comodidade, e voltar as costas a um trabalho no qual poderia prestar mais serviço a seus semelhantes. A gente pode desperdiçar a vida em pequenezas e perder as coisas verdadeiramente importantes. Uma mulher pode preferir uma vida de prazer e de pretendida liberdade, em vez do serviço de seu lar e a criação de uma família. Mas a vida tem uma maneira de revelar os valores verdadeiros e condenar os falsos à medida que passam os anos. Uma coisa barata não é duradoura.
  4. Podemos resumir tudo dizendo que é possível sacrificar a eternidade no momento presente. Libertar-nos-íamos de todo tipo de enganos se sempre olhássemos as coisas à luz da eternidade. Muitas coisas são agradáveis no momento, mas ruinosas depois. A prova da eternidade, a prova de buscar ver as coisas como Deus as vê, é a prova mais real de todas.

O homem que vê as coisas como Deus as vê nunca gastará sua vida nas coisas que perdem sua alma.

QUANDO O REI VIER AOS SEUS

Mc 8:38; Mc 9:1.

Uma coisa nos sai ao encontro nesta passagem: a confiança de Jesus. Acaba de falar sobre sua morte; não tem dúvida alguma de que lhe espera a cruz; mas, não obstante, está absolutamente seguro de que no final o triunfo será dele. A primeira parte desta passagem expressa uma verdade muito natural e singela. Quando o Rei vier em seu Reino, será fiel a aqueles os que foram fiéis. Ninguém pode esperar evitar todas as dificuldades e moléstias de alguma grande empresa e logo recolher os benefícios dela. Ninguém pode recusar-se a participar de uma campanha e esperar participar da partilha de condecorações quando a campanha termina com êxito. Jesus está dizendo aqui: "Em um mundo hostil e difícil, o cristianismo está em apuros nestes dias. Se em tais circunstâncias alguém se envergonha de mostrar que é cristão, se tiver medo de revelar de que lado está, não pode esperar alcançar um lugar de honra quando o Reino vier."
A última parte deste texto tem feito muitos a pensar seriamente. Jesus diz que muitos dos que estavam com Ele não morreriam até ver a vinda do Reino em poder. O que causa a dificuldade é que tomam isto como uma referência à Segunda Vinda; e se for assim, Jesus estava equivocado, porque não retornou em poder e glória durante a vida daqueles que se encontravam ali. Mas não é uma referência à Segunda Vinda. Considere-a situação em que Jesus estava falando. Até então, só uma vez tinha saído da Palestina, e logo que tinha cruzado a fronteira de Tiro e Sidom.
Só uns poucos tinham ouvido dele, e isso em um país muito pequeno. Palestina tinha só uns duzentos quilômetros de Norte a Sul, e uns sessenta e cinco deste a Oeste: sua população era aproximadamente de uns quatro milhões. Falar em termos de conquista do mundo quando não tinha saído do mais pequeno dos países, era algo estranho. Para piorar as coisas, até nesse pequeno país tinha provocado a inimizade dos líderes ortodoxos, e daqueles em cujas mãos estava o poder, a ponto de que o certo era que não podia esperar outra coisa senão a morte como um herege e foragido. Diante de uma situação como essa deve ter havido muitos que se desesperavam para que o cristianismo tivesse algum futuro; que sentiam que em pouco tempo seria completamente varrido e eliminado do mundo. E, humanamente falando, esses pessimistas tinham razão. Vejamos agora o que aconteceu. Pouco mais de trinta anos depois, o cristianismo se estendeu pela Ásia Menor. Na Antioquia se constituiu uma grande Igreja cristã. Tinha penetrado no Egito. Os cristãos eram fortes na Alexandria. Tinha atravessado o mar e chegado até Roma, depois de haver-se estendido pela Grécia.
Como uma maré impossível de deter, difundiu-se pelo mundo. Era literal e assombrosamente certo que em vida de muitos dos que ali estavam, o cristianismo tinha vindo em poder. Longe de estar errado, Jesus tinha toda a razão.

O assombroso a respeito de Jesus é que jamais conheceu o desespero. Diante da estupidez da mente dos homens, diante da oposição, diante da crucificação e a morte, nunca duvidou de seu triunfo final, porque nunca duvidou de Deus. Teve sempre a certeza de que o que é impossível ao homem, é possível para Deus.


Dicionário

Ainda

advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

Arrazoar

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Apresentar as razões (em juízo): arrazoar a causa perante o juiz.
Repreender censurando; censurar: o parlamentar arrazoou o jornalista questionador.
verbo intransitivo Falar sobre um assunto, mostrando motivos ou opiniões; argumentar, discorrer: este professor só sabe arrazoar!
verbo transitivo indireto e intransitivo Expor as causas ou razões numa discussão; altercar, argumentar, discutir: arrazoar com o chefe; o aluno passou a aula arrazoando.
Etimologia (origem da palavra arrazoar). A + razão + ar.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Discutir; expor um assunto; falar
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Arrazoar Discutir (Mc 2:8); (Lc 12:17).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Compreender

Dicionário Comum
verbo transitivo direto e pronominal Abarcar em si mesmo; carregar em sua essência; incluir ou abranger-se: seu texto compreendia ironias e metáforas; algumas metáforas se compreendem neste texto.
verbo transitivo direto Ampliar o seu desenvolvimento a: a nova lei compreende todos os Estados brasileiros.
Desenvolver um ponto de vista sobre certa coisa ou pessoa: eu não compreendo a mentira.
verbo transitivo direto e intransitivo Entender intelectualmente, valendo-se da habilidade de percepção ou de entendimento; perceber: escreve em excesso, mas não compreende o assunto; era um assunto difícil de compreender.
Etimologia (origem da palavra compreender). Do latim comprehendere.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
entender, conceber, perceber, sentir. – Diz Roq. que o verbo entender “explica uma percepção do ânimo e em que os sentidos e a memória têm mais parte do que na percepção que explica o verbo compreender, na qual tem mais parte o entendimento. Entende-se uma língua, um sinal dado: esta percepção a devemos à prática material, ao uso, à ação dos sentidos. Compreende-se a força de um discurso, a causa oculta de um efeito: devemos esta percepção à perspicácia, à subtileza do entendimento. – Do verbo latino concipio fizemos nós conceber, que em significação translata quer dizer – formar no ânimo, meditar e abraçar um propósito, um plano, etc. De outro verbo latino percipio fizemos perceber, a que demos principalmente a significação de compreender, entender, que também se dá às vezes ao verbo conceber. Mas a diferença entre conceber e perceber consiste em que, quando eu concebo sou eu o agente, e quando percebo não faço senão entrar no espírito daquilo que outro diz ou faz. Concebe o general um plano de batalha ou de ataque de uma praça, faz os seus preparativos, e começa a executá-lo; percebe-o o inimigo, e procura malográ-lo, empregando todos os meios que a arte da guerra lhe ministra”. – Sentir, aqui, é “apanhar bem o sentido, penetrar o íntimo, compreender perspicuamente”. É o mais genérico do grupo. Sentem-se as grandes verdades; sente-se um belo discurso, um tre- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 297 cho de música; sente-se o intento do inimigo; sente-se a causa de um fenômeno; sente-se um aviso posto no alto de um monte.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
Compreender, no bom sentido, é ver para abençoar, aliviar, amparar, construir ou reconstruir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Fonte: febnet.org.br

Considerar

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Caracterizar determinada coisa; fazer julgamentos; julgar: o juiz considerou a denuncia improcedente.
Não desprezar; ter em conta: ele considerava os seus conselhos.
Demonstrar respeito por; respeitar: o país considera o presidente.
Criar na imaginação; conceber: foi o melhor professor que poderia conceber.
verbo transitivo direto predicativo e pronominal Ter uma opinião sobre; dar-se por; reputar-se: consideraram o argumento horrível; consideraram horrível o trabalho; considerava-se o mais inteligente da turma.
verbo transitivo indireto , bitransitivo e intransitivo Por Extensão Fazer uma reflexão ou pensar muito sobre; pensar: considerou sobre o que precisava resolver; considerava a mãe para o emprego; passou a noite inteira considerando.
verbo transitivo direto e pronominal Observar atenciosamente; olhar com minúcia e atenção: o medico considerava o tumor; considerava-se ao espelho.
Etimologia (origem da palavra considerar). Do latim considerare.
Fonte: Priberam

Coração

substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
Coração de leão. Grande coragem.
Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
Abrir o coração. Fazer confidências.
Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
[Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
[Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

[...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

[...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

[...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


Coração
1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Jesus

Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Paô

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.

Pão

Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (Gn 18:6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn 19:3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo, por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era dissolvida em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar. Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas mas simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava aquecido, os pães era cozidos tanto na parte interior como na parte exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro onde se fabricava o pão (Jr 37:21). (*veja Pão asmo.)

Esse pão que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai Nosso

[...] O pão é o alimento do corpo e a prece é o alimento da alma.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 15

O pão do corpo significa amor, trabalho e sacrifício do lavrador. O pão do espírito constitui serviço, esforço e renúncia do missionário do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Pão
1) Alimento feito de farinha, água e fermento e assado no forno (Jo 6:9)

2) Alimento (Gn 3:19). 3 Alimento espiritual (Jo 6:31-35).

Pão Alimento feito com farinha de cevada ou trigo e levedura. Às vezes, sua forma recordava a de uma pedra (Mt 4:3; 7,9; Lc 4:3; 11,11) e constituía o alimento básico da população judaica na época de Jesus (Mc 3:20; Lc 11:5; 14,15; 15,17).

Compartilhar o pão significava a união dos que o comiam e, precisamente por isso, tinha conotações religiosas (Mt 14:19; 26,26; Mc 6:41; 14,22; Lc 9:16; 22,19; Jo 6:11; 13,18).

Deus provê seus filhos do necessário pão cotidiano (Mt 6:11; Lc 11:3) e nesse sentido devem ser entendidos os milagres da multiplicação dos pães (Mt 14:13-21; 15,32-38). Também lhes proporciona o pão espiritual (Mt 14:20; Lc 22:16) — o próprio Jesus (Jo 6:35-47). A tendência é interpretar historicamente esta última passagem e à luz tanto da instituição da Nova Aliança (Mt 26:26 e par.) como da Eucaristia. O contexto parece indicar melhor que Jesus se refere a ele próprio e ao seu ensinamento que deve aceitar quem deseja ser seu discípulo (Jo 6:60ss.).


Tender

verbo transitivo indireto Possuir uma inclinação, aptidão para: sua filha sempre tendia para o piano.
Ser parecido ou estar próximo de: o vestido listrado tendia para o vermelho.
Encaminhar; seguir em direção a: seus projetos tendem à falência.
Destinar-se; ter como objetivo, como motivo: os impostos tendem à falência do consumidor.
verbo transitivo direto Desfraldar; encher ou manter-se aberto com o vento: o temporal tendia os lençóis no varal.
verbo intransitivo Voltar-se; apresentar uma inclinação em relação a: a bicicleta tendeu para a esquerda.
verbo transitivo direto e pronominal Estender; expandir-se ou alongar-se no tempo ou num espaço: tendia as pernas; a praia tendia-se pelo horizonte.
Etimologia (origem da palavra tender). Do latim tendere.

verbo transitivo indireto Possuir uma inclinação, aptidão para: sua filha sempre tendia para o piano.
Ser parecido ou estar próximo de: o vestido listrado tendia para o vermelho.
Encaminhar; seguir em direção a: seus projetos tendem à falência.
Destinar-se; ter como objetivo, como motivo: os impostos tendem à falência do consumidor.
verbo transitivo direto Desfraldar; encher ou manter-se aberto com o vento: o temporal tendia os lençóis no varal.
verbo intransitivo Voltar-se; apresentar uma inclinação em relação a: a bicicleta tendeu para a esquerda.
verbo transitivo direto e pronominal Estender; expandir-se ou alongar-se no tempo ou num espaço: tendia as pernas; a praia tendia-se pelo horizonte.
Etimologia (origem da palavra tender). Do latim tendere.

tender
v. 1. tr. dir. Estender, estirar. 2. tr. dir. Desfraldar, enfunar. 3. tr. dir. Bater ou enformar (a massa do pão) antes de cozer. 4. pron. Estender-se, fazer-se largo. 5. tr. ind. Dirigir-se, encaminhar-se. 6. tr. ind. Aproximar-se de: T. para o zero a temperatura. 7. tr. ind. Apresentar tendência, inclinação, pendor ou propensão para.

Tênder

tênder
v. 1. tr. dir. Estender, estirar. 2. tr. dir. Desfraldar, enfunar. 3. tr. dir. Bater ou enformar (a massa do pão) antes de cozer. 4. pron. Estender-se, fazer-se largo. 5. tr. ind. Dirigir-se, encaminhar-se. 6. tr. ind. Aproximar-se de: T. para o zero a temperatura. 7. tr. ind. Apresentar tendência, inclinação, pendor ou propensão para.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ἰησοῦς γινώσκω αὐτός λέγω τίς διαλογίζομαι ὅτι οὐ ἔχω ἄρτος οὔπω νοιέω οὐδέ συνίημι ἔχω ὑμῶν καρδία ἔτι πωρόω
Marcos 8: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E Jesus, percebendo isso, disse-lhes: Por que argumentais, por não terdes pão? Ainda não percebeis, nem compreendeis? Tendes ainda o vosso coração endurecido?
Marcos 8: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Julho de 29
G1097
ginṓskō
γινώσκω
gastando adv de negação
(not)
Substantivo
G1260
dialogízomai
διαλογίζομαι
um filho ou descendente de Efraim n pr loc
(Bered)
Substantivo
G2192
échō
ἔχω
ter, i.e. segurar
(holding)
Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2588
kardía
καρδία
coração
(in heart)
Substantivo - dativo feminino no singular
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3539
noiéō
νοιέω
perceber com a mente, entender, ter entendimento
(understand you)
Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3761
oudé
οὐδέ
nem / tampouco
(Nor)
Conjunção
G3768
oúpō
οὔπω
não
(not)
Advérbio
G4456
pōróō
πωρόω
última chuva, chuva da primavera
(that the latter rain)
Substantivo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G4920
syníēmi
συνίημι
causar ou levar com
(do they understand)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
G5101
tís
τίς
Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
(who)
Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
G740
ártos
ἄρτος
um nome aplicado a Jerusalém
(for Ariel)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γινώσκω


(G1097)
ginṓskō (ghin-oce'-ko)

1097 γινωσκω ginosko

forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

  1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
    1. tornar-se conhecido
  2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
    1. entender
    2. saber
  3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
  4. tornar-se conhecido de, conhecer

Sinônimos ver verbete 5825


διαλογίζομαι


(G1260)
dialogízomai (dee-al-og-id'-zom-ahee)

1260 διαλογιζομαι dialogizomai

de 1223 e 3049; TDNT - 2:95,155; v

  1. colocar lado a lado diferentes razões, tomar os argumentos em consideração, arrazoar, pensar sobre, deliberar

ἔχω


(G2192)
échō (ekh'-o)

2192 εχω echo

incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

  1. ter, i.e. segurar
    1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
  2. ter, i.e., possuir
    1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
    2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
  3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
  4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
    1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καρδία


(G2588)
kardía (kar-dee'-ah)

2588 καρδια kardia

forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”); TDNT - 3:605,415; n f

  1. coração
    1. aquele orgão do corpo do animal que é o centro da circulação do sangue, e por isso foi considerado como o assento da vida física
    2. denota o centro de toda a vida física e espiritual

    1. o vigor e o sentido da vida física
    2. o centro e lugar da vida espiritual
      1. a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços
      2. do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência
      3. da vontade e caráter
      4. da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões
    3. do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

νοιέω


(G3539)
noiéō (noy-eh'-o)

3539 νοεω noeo

de 3563; TDNT - 4:948,636; v

perceber com a mente, entender, ter entendimento

pensar sobre, prestar atenção, ponderar, considerar



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὐδέ


(G3761)
oudé (oo-deh')

3761 ουδε oude

de 3756 e 1161; conj

  1. e não, nem, também não, nem mesmo

οὔπω


(G3768)
oúpō (oo'-po)

3768 ουπω oupo ou ου πω

de 3756 e 4452; adv

  1. ainda não

πωρόω


(G4456)
pōróō (po-ro'-o)

4456 πωροω poroo

aparentemente de poros (tipo de pedra); TDNT - 5:1025,816; v

  1. recobrir com uma pele espessa, endurecer ao recobrir com um calo
  2. metáf.
    1. tornar o coração endurecido
    2. fazer-se duro, calejado, tornar-se insensível, perder a capacidade de entender

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

συνίημι


(G4920)
syníēmi (soon-ee'-ay-mee)

4920 συνιημι suniemi

de 4862 e hiemi (enviar); TDNT - 7:888,1119; v

  1. causar ou levar com
    1. num sentido hostil, de combatentes
  2. colocar (como se fosse) a percepção com aquilo que é percebido
    1. colocar ou unir na mente
      1. i.e., entender: pessoa de entendimento
      2. expressão idiomática para: pessoa correta e boa (que tem o conhecimento daquelas coisas que que pertencem à salvação)

Sinônimos ver verbete 5825


τίς


(G5101)
tís (tis)

5101 τις tis

τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

ἄρτος


(G740)
ártos (ar'-tos)

740 αρτος artos

de 142; TDNT - 1:477,80; n m

  1. alimento preparado com farinha misturada com água e assado
    1. os israelitas o preparavam como um bolo retangular ou aredondado, da grossura aproximada de um polegar, e do tamanho de um prato ou travessa. Por isso não era para ser cortado, mas quebrado
    2. pães eram consagrados ao Senhor
    3. pão usado nos ágapes (“festas de amor e de de comunhão”) e na Mesa do Senhor
  2. comida de qualquer tipo

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo