Enciclopédia de João 2:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 2: 22

Versão Versículo
ARA Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.
ARC Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito.
TB Quando, pois, foi ressuscitado dentre os mortos, lembraram-se seus discípulos de que ele dissera isso e creram na Escritura e na palavra que Jesus havia dito.
BGB ὅτε οὖν ἠγέρθη ἐκ νεκρῶν, ἐμνήσθησαν οἱ μαθηταὶ αὐτοῦ ὅτι τοῦτο ἔλεγεν, καὶ ἐπίστευσαν τῇ γραφῇ καὶ τῷ λόγῳ ⸀ὃν εἶπεν ὁ Ἰησοῦς.
HD Portanto, quando foi levantado dentre os mortos, recordaram-se os seus discípulos de que falava disto; e creram na Escritura e na palavra dita por Jesus.
BKJ Quando, pois, ele foi ressuscitado dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na escritura, e na palavra que Jesus disse.
LTT Quando, pois, foi Ele ressuscitado para- fora- de- entre os mortos, lembraram-se os Seus discípulos de que isto Ele (anteriormente) lhes dizia; e creram na Escritura e 752 na palavra que disse Jesus.
BJ2 Assim, quando ele ressuscitou dos mortos seus discípulos lembraram-se de que dissera isso, e creram na Escritura e na palavra dita por Jesus.
VULG Cum ergo resurrexisset a mortuis, recordati sunt discipuli ejus, quia hoc dicebat, et crediderunt scripturæ et sermoni quem dixit Jesus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 2:22

Salmos 16:10 Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
Lucas 24:7 dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite.
Lucas 24:44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
João 2:11 Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
João 2:17 E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará.
João 12:16 Os seus discípulos, porém, não entenderam isso no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então, se lembraram de que isso estava escrito dele e que isso lhe fizeram.
João 14:26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16:4 Mas tenho-vos dito isso, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito; e eu não vos disse isso desde o princípio, porque estava convosco.
João 20:8 Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
Atos 11:16 E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 2 : 22
levantado
Lit. “erguer-se, levantar-se”. Expressão idiomática semítica que faz referência à ressurreição dos mortos. Para expressar a morte e ressurreição, utilizavam as expressões “deitar-se” (morte) e “levantar-se” (ressurreição).


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 752

Jo 2:22: W.N. Pickering: "a tradução correta talvez seja 'e creram nas Escrituras, A SABER, na palavra que Jesus dissera.' O dizer de Jesus em Jo 2:1 foi registrado como acusação em Mt 26:61 e Mt 27:40, e [o evangelho de] Mateus já circulava [e era reconhecido] como Escritura quando João escreveu [seu evangelho]."


Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O começo do ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

29 d.C., c. outubro

Rio Jordão, talvez em Betânia do outro lado do Jordão, ou perto dela

Jesus é batizado e ungido; Jeová o reconhece como seu Filho e lhe dá sua aprovação

Mt 3:13-17

Mc 1:9-11

Lc 3:21-38

Jo 1:32-34

Deserto da Judeia

É tentado pelo Diabo

Mt 4:1-11

Mc 1:12-13

Lc 4:1-13

 

Betânia do outro lado do Jordão

João Batista identifica Jesus como o Cordeiro de Deus; os primeiros discípulos se juntam a Jesus

     

Jo 1:15-29-51

Caná da Galileia; Cafarnaum

Primeiro milagre, água transformada em vinho; visita Cafarnaum

     

Jo 2:1-12

30 d.C., Páscoa

Jerusalém

Purifica o templo

     

Jo 2:13-25

Conversa com Nicodemos

     

Jo 3:1-21

Judeia; Enom

Vai à zona rural da Judeia, seus discípulos batizam; João dá seu último testemunho sobre Jesus

     

Jo 3:22-36

Tiberíades; Judeia

João é preso; Jesus viaja para a Galileia

Mt 4:12-14:3-5

Mc 6:17-20

Lc 3:19-20

Jo 4:1-3

Sicar, em Samaria

Ensina samaritanos no caminho para a Galileia

     

Jo 4:4-43


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

jo 2:22
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Página: 337
Allan Kardec
Os fatos relatados no Evangelho e que foram até agora considerados miraculosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, os que têm como causa primeira as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo anterior, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros fatos análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é verdade, no que se refere a esse ponto, contestar a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem sob os nossos olhos e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. Basta o fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispirítico, que constitui o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como consequência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 2:22
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 33
CARLOS TORRES PASTORINO
JO 2:18-23

18. Perguntaram-lhe pois os judeus: "que sinal nos mostras, pois que fazes essas coisas"?


19. Respondeu Jesus e lhes disse: "derrubai este Templo e em três dias o reerguerei".


20. Replicaram-lhe, então, os judeus: "há quarenta e seis anos é construído este Templo, e em três dias o levantas"?


21. Mas ele se referia. ao Templo de seu corpo.


22. Quando pois ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se seus discípulos de que ele dissera isso, e creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera.


Ao passar o primeiro impacto da confusão, os sacerdotes e policiais do Templo vão tomar satisfações.


Não Lhe pedem documentos, mas "um sinal".


Responde Jesus com um enigma, uma figura ou alegoria, muito em voga entre os Doutores da Lei:

"quando tiverdes destruído este Templo, em três dias o reerguerei".


O sentido literal parecia referir-se ao templo de pedra, e nesse sentido foram citadas essas palavras pela testemunha de acusação (MT 26:61 e MC 14:58), e a esse propósito os soldados judeus farão sarcasmos no Gógota (MT 27:40 e MC 15:29), voltando na acusação contra Estêvão (AT 6:14). Em todos esses lugares, diz-se que Jesus afirmou que "ele" destruiria o templo". Mas, segundo o relato de João, suas palavras não foram essas.


Referia-se Jesus ao seu corpo, o "Templo de Deus" ("’Não sabeis que sois o Templo de Deus e o Espírito Santo habita em vós"?, 1CO 3:16; "é santo o Templo de Deus, que sois vós", 1CO 3:17; "vós sois o Templo do Deus vivo", 2CO 6:16, etc.) .


Realmente o enigma é obscuro.


Os judeus retrucam : "este templo há 46 anos é reconstruído". De fato, o templo estava sendo reconstru ído, com grande resplendor, pela generosidade de Herodes, que iniciou a obra no 18. º ano de seu governo, em19A. C. (735 de Roma, cfr. Josefo, Ant. Jud. 15:11:1). Na época da narrativa, estávamos no ano 29 (782 de Roma) e se tinham passado exatamente 46 anos do início da reconstrução. (Os trabalhos prolongaram-se até o tempo do procônsul Albino, em 62-64, cfr. Josefo, Ant. Jud. 20. 9. 7). E esta é mais uma indicação precisa da cronologia da vida terrena, concordando com LC 3:2; que coloca o mergulho de Jesus no 15. º ano do governo de Tibério como César (29 A. C. Ou 782 de Roma).


A frase de Jesus causa ainda maior estupefação porque trabalhavam na reconstrução do templo dezoito mil operários, que ficaram ao desemprego ao terminarem as obras (cfr. Josefo, Ant. Jud. 20. 9. 7). Como um homem sozinho podia fazer esse trabalho, e em três dias? E que sinal seria esse que teria necessitado, primeiro, que se demolisse o templo, coisa absurda só de pensar? A inverossimilhança sustou qualquer julgamento precipitado. É um desses enigmas que só será compreendido depois de realizado, como anota João: só depois da ressurreição compreenderam-no os discípulos, de que estava Jesus falando.


Esta sequência vem confirmar integralmente nossa interpretação do trecho anterior: a "expulsão"

não é do templo de pedra, mas é do Templo de Deus, o templo construído para ser chamado "do Senhor", ou seja, o corpo humano, a personalidade. A isso se referia Jesus, disso falaram os quatro evangelistas alegoricamente, como João explica quando fala da "destruição do templo". Mas nem todos conseguem penetrar o sentido profundo, só sabem ler literalmente, embora o próprio evangelista o explique logo a seguir.


Quando os judeus pedem um sinal de que tem autoridade, Jesus não lhos dá. Apenas faz uma afirmativa que os confunde, fazendo-se passar por inconsequente ou quase louco. Em linguagem vulgar diríamos "não deu confiança" a quem não tinha autoridade para pedir-lhe satisfações.


Assim também deve ocorrer com os discípulos. Quando o Espírito, nosso Eu Profundo, exigir de nós sacrifícios e restrições aos veículos inferiores, quase sempre estes se rebelam, sobretudo o intelecto, que pede "razões" e não quer entender. O Espírito, consciente de si, pode responder-lhe: ’"se esse templo (esse corpo) for destruído, eu o reerguerei em novo nascimento; em três dias", no sentido de rapidamente (como dizemos hoje: "em três tempos").


Isso sucede quando, para obras mais altas, exigimos de nós mesmos sacrifícios maiores, arriscamos nossas vidas para beneficiar o próximo; quando sentimos o impulso de atender doentes contagiosos e de pôr em risco nossos bens materiais, ou nosso ganha-pão, para resistir a uma falha de caráter, num abastardamento de nossa integridade moral; quando o Espírito nos impele a tudo sacrificar, quase sempre o intelecto procura obstar a esses atos de heroísmo e "loucura" e, infelizmente, quase sempre o intelecto vence o coração... arrasta-nos ao erro, quando deveríamos arrostar a morte (como o fizeram os mártires dos primeiros séculos do cristianismo), contanto que não traíssemos nossa fé.


A lição permanece: se o templo for destruído, o Espírito o refará logo. Mas se o "espírito" for sacrificado, teremos a desgraça: "não temais os que matam o corpo, mas não podem matar o "espírito"; temei antes os que podem matar o corpo e o espírito na geena" (MT 10:28).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
SEÇÃO III

OS SINAIS

João 2:1-12.50

A partir de Jo 2, uma série de milagres ou sinais está registrada. Estes sinais são dados com um propósito específico, mencionado no tema do Evangelho: para que o leitor creia "que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" (20.31).

Uma vez que esta parte do Evangelho de João compreende praticamente a metade de todo o seu conteúdo (caps. 2-12), é importante observar algumas de suas caracterís-ticas gerais. É nitidamente claro que o autor organizou o seu material em torno dos milagres e das obras de Jesus, começando com a transformação da água em vinho e terminando com a ressurreição de Lázaro. Contudo, o episódio da purificação do Templo — embora registrado anteriormente no relato de João (Jo 2:13-21) — é uma ação que Jesus clara e intencionalmente associou com o maior dos sinais e milagres: a sua ressurreição dos mortos (2:18-22).

A associação de alguns dos sinais com as festas nacionais dos judeus é proposital, e é um padrão que se repete freqüentemente (Jo 5:1-6.4; 7.14,37; 12.1). A razão para isto pode ser, em parte, o fato de que a maioria dos eventos teve lugar na Judéia, mas não poderia ser a causa do comentário que antecede à alimentação das cinco mil pessoas na Galiléia — "E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima" (6.4). É evidente que esta parte do plano do autor era mostrar Jesus Cristo como o cumprimento perfeito de tudo o que fora prognosticado na lei, conforme retratado nas festas.

Outra característica geral do registro dos sinais de João é que, proporcionalmente, o relato do próprio evento é bastante breve quando comparado com o comentário, discurso, diálogo ou debate que a ele se segue. Na verdade, o diálogo é uma característica proemi nente nesta seção (caps. 3,4). Os elementos de debate (6:22-65; 8:12-59) e drama (9:1-41) são usados para intensificar o significado e a importância dos sinais e milagres.

Será bom que o leitor desta seção do Evangelho tenha em mente que existe o tema constante do contraste entre os antigos costumes da lei e os novos, ou seja, a fé em Jesus Cristo. Os antigos são normalmente simbolizados pela água — por exemplo, "seis talhas" (2,6) ; "nascer da água" (3,5) ; "Jacó... nos deu o poço" (4,12) ; "em Jerusalém há... um tanque" (5,2) ; "Vai, lava-te no tanque de Siloé" (9.7). O novo caminho estava em evidên-cia em cada situação, pois a vinda de Jesus sempre representava realização e perfeição — por exemplo, "tu guardaste até agora o bom vinho" (2,10) ; "nascer... do Espírito" (3,5) ; "a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a viela eterna" (4,14) ; "Logo, aquele homem ficou são" (5,9) ; "[Ele] foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo" (9.7).

A partir da narrativa da cura do homem enfermo, no capítulo 5, os sinais se trans-formam em ocasiões para debate sobre o significado e o propósito da lei, e a relação de Jesus com ela. Normalmente, são as leis do sábado que estão em discussão. Além disso, este conflito sobre a cura do homem enfermo assinala o início da hostilidade dos judeus, que cresce e finalmente culmina na cruz.

A. O VINHO Novo, 2:1-12

Jesus principiou assim os seus sinais (2.11), frase que só é observada no quarto Evangelho, é uma introdução adequada para tudo o que vem a seguir.

Nenhum outro milagre contém tanta profecia; nenhum outro, portanto, poderia ter iniciado tão apropriadamente todo o futuro trabalho do Filho de Deus. Pois este trabalho poderia ser caracterizado do princípio ao fim como um enobrecer do comum e uma trans-formação do inferior; uma transformação da água da vida em vinho do céu.'

E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia (1). A época deste acontecimento tem um duplo significado. O primeiro, puramente cronológico, rela-ciona este acontecimento com a conversa com Natanael. A tradução literal seria "depois do dia seguinte" ou "dois dias depois". A promessa feita a Natanael de que ele veria o céu aberto não poderia demorar a ser cumprida. Foi neste terceiro dia que Jesus... mani-festou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (11).

O milagre aconteceu em Caná, pouco mais de catorze quilômetros ao norte da cidade de Nazaré (ver mapa 1).2 A designação Caná da Galiléia provavelmente é feita para distinguir este lugar de outra Caná, próxima de Tiro, ou possivelmente para assinalar a mudança de lugar dos acontecimentos, da Peréia para a Galiléia.

Fizeram-se umas bodas. Embora este fosse um acontecimento histórico, as bodas são uma metáfora freqüentemente usada nos ensinos de Jesus sobre a natureza do Rei-no que há de vir. O Reino é comparado a um casamento real (Mt 22:2). Jesus descreve a si mesmo como o Noivo, e os seus discípulos como convidados (Mc 2:19-20). Em outra ocasião, Jesus é o Noivo e João Batista é o amigo ou "padrinho" (3.29). Em outro exemplo do Novo Testamento, a Igreja é a noiva e Cristo é o Noivo (2 Co 11.2; Ap 21:2). Em uma metáfora ampliada, Paulo fala da Igreja como a noiva de Cristo (Ef 5:22-32).

E estava ali a mãe de Jesus. E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas (1-2). A mãe de Jesus não é mencionada pelo nome neste Evangelho. E um fato interessante, se nos lembrarmos de que o discípulo João também não é mencionado pelo nome. A presença dela no casamento parece ter sido anterior à chegada de Jesus e os discípulos. Este fato, além da sua posterior observação a Jesus sobre a falta de vinho, indica que ela tinha algum relacionamento com a família. Por outro lado, explica por que Jesus e os seus discípulos foram convidados.

E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho (3). A primeira frase pode ser traduzida literalmente do seguinte modo: "E quando o vinho tinha acabado". Isto seria uma catástrofe social para as famílias dos noivos. Há um provérbio judai-co que diz: "Sem vinho não há alegria", e isto seria particularmente verdadeiro em uma ocasião festiva como um casamento. Pelo fato de as celebrações dos casamentos durarem um período de sete dias, este problema só complicava ainda mais a situação, que já era embaraçosa.

A informação que Maria traz a Jesus — Não têm vinho — corrobora a tradução literal, "quando o vinho tinha acabado". A pergunta é: Por que ela disse isto a Jesus? Seria uma sugestão sutil de que deveriam ir embora? Será que ela disse isto em voz alta para que outras pessoas pudessem ouvir e começassem a preparar-se para partir, a fim de evitar constrangimentos para os noivos? Ou imaginava que Jesus, seu Filho, que ela conhecia tão bem, teria uma solução para o problema? De qualquer maneira, aqui está uma lição muito prática. Aprenda a contar a Ele qualquer necessidade, mesmo que a necessidade pareça ser terrena demais.

Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a mi-nha hora (4). A resposta de Jesus a sua mãe não é, de modo algum, brusca ou indelicada. A palavra mulher, usada como neste tempo, era "perfeitamente respeitosa e até mesmo íntima".'

Que tenho eu contigo? Novamente, estas palavras, como aparecem na versão KJV em inglês, parecem ser um pouco bruscas, até mesmo ásperas. Mas não é o caso.

Uma tradução literal seria "O que isto tem a ver com você e comigo?" ou "O que há de comum entre o meu ponto de vista e o seu?" Jesus estava perguntando a sua mãe se ela realmente entendia a sua natureza, a sua missão e o seu sacrifício final.

Isto fica ainda mais evidente pela explicação que Ele acrescentou: ainda não é chegada a minha hora. O que Jesus queria dizer? Duas idéias ficam claras quando examinamos as outras ocasiões em que esta expressão aparece. Em primeiro lugar, é óbvio que nenhum homem pode alterar o plano e o objetivo da redenção de Deus (Jo 7:30-8.20). Em segundo lugar, de alguma maneira misteriosa e também gloriosa, o "melhor momento" de Jesus seria a cruz. Aquilo que os homens maus tencionavam que fosse morte e vergonha seria transformado em vida e glória (Jo 12:23-13.1; 17.1).

Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto ele vos disser (5). O que quer que se possa conjeturar sobre a compreensão de Maria da natureza e da missão de Jesus, uma coisa é certa: Ele é digno de confiança e de obediência.

E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas. Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima (6-7). Estas talhas eram grandes jarros de pedra com capacidade entre 68 e 102 litros cada uma. Todos os convidados deveriam lavar os pés quando entrassem. Não é coincidência que João mencione este procedimento relacionado-o com as purificações dos judeus. Esses recipientes representam o costume da lei, o legalismo, que é exibido da seguinte maneira: 1. Inadequado para as verdadeiras necessidades do homem (Não têm vinho, 2,3) ; 2. Limitado em comparação com a completa abrangência da abundante alegria no evangelho, simbolizada pelo vinho em grande quantidade (cf; Jo 1:16-7.38; 16,24) ; 3. Inferior ao melhor que Deus tem para o homem (cf. Jo 2:10; Hb 10:1). "À antiga religião legal 'falta vinho', toda a energia da vida se esvaiu dela".4

Disse-lhes Jesus: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que O sabiam os empregados que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo. E disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho (8-10). A presença do Senhor da vida, que dá a verdadeira alegria, transformou toda a cena. Os recursos antes inadequados e insuficientes para suprir as necessidades do homem (3) agora se tornaram abundantes. Os recursos que tinham sido limitados e que representa-ram uma ameaça à verdadeira alegria do homem agora jorravam em rica profusão. Os recursos que eram menos do que o melhor, o inferior, agora são o melhor de Deus para homem: Tu guardaste até agora o bom vinho. Na melhor hipótese, a lei era "a sombra dos bens futuros" (Hb 10:1) ; mas agora, em Jesus Cristo, os bens futuros chega-ram, estão disponíveis a todos, e são adequados às mais profundas necessidades dos homens (cf. Jo 1:17).

É evidente que o "Desapontamento do homem faz parte do desígnio de Deus". 1. A insuficiência do homem é satisfeita pela suficiência e adequação divina (3,7,10). 2. A tristeza se transforma em alegria (3,10). 3. Os parcos recursos do homem são suplanta-dos pelo que Deus tem de melhor (10).

Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (11). O propósito inicial do sinal ou milagre foi imediatamente cumprido. Era um propósito duplo. Jesus... manifestou a sua glória. A respeito disto, Lightfoot comenta:

...qualquer ato do Senhor, o Verbo que se fez carne, é necessariamente uma manifes-tação da sua glória; mas... uma revelação completa dessa glória somente se faz com a finalização da sua obra, sobre a cruz. Portanto, nos nossos pensamentos sobre a obra do Senhor, a sua vida e a sua morte não podem ser separadas.'

A manifestação da glória de Jesus produziu os resultados desejados: e os seus dis-cípulos creram nele. Aqui está o clímax de uma seqüência típica do Evangelho de João — um sinal, a glória evidente, a fé (cf. 20.31). Este relato da reação dos discípulos pode-ria ser perfeitamente traduzido da seguinte forma: "E os seus discípulos depositaram nele a sua fé". Aqui, o discipulado se transforma em fé pessoal, uma fé que é dinâmica, uma fé que é "a absoluta transferência da confiança de uma pessoa para outra".6

Sob o título "O primeiro milagre em Caná", Alexander Maclaren observa: 1. A reve-lação do poder criativo do nosso Senhor (8-10) ; 2. O objetivo do nosso Senhor de consa-grar toda a vida familiar (1-2) ; 3. O nosso Senhor como aquele que transforma a água da alegria terrena no vinho das bênçãos celestiais (6-8) ; 4. A glória do nosso Senhor suprin-do as deficiências dos recursos terrenos (3).

Depois disso, desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos, e ficaram ali não muitos dias (12). Esta observação de transição parece simplesmente uma observação geográfica. Deixando Caná da Galiléia, aqueles que tinham sido convidados para o casamento viajaram a Cafarnaum (ver mapa 1), à costa norte do mar da Galiléia, onde permaneceram somente durante alguns dias.

B. O Novo TEMPLO, 2:13-22

  1. estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém (13). O que irá acontecer a seguir é cuidadosamente descrito, dando-nos informações importan-tes sobre o tempo e o lugar. O início e o final do ministério público de Jesus estão relaci-onados à Páscoa dos judeus em Jerusalém. É evidente que uma parte do plano de João é mostrar Jesus, o Cristo, como o completo e perfeito cumprimento da lei, o Melhor, o ponto mais alto do judaísmo. Portanto, é apropriado que este acontecimento público inaugural do ministério de Jesus seja associado com a Páscoa, a maior festa dos judeus, e que isto ocorra em Jerusalém, a única e verdadeira Sião para todos os filhos de Israel.

1. A Purificação do Antigo (2:14-17)

  1. [Ele] achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados. E, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, bem como os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas, e disse aos que vendiam pombos: Tirai da-qui estes e não façais da casa de meu Pai casa de vendas (14-16). A casa de Deus se tornara corrupta. O que deveria ser santificado, consagrado somente para uso sagra-do, havia sido profanado. Foi isto o que Jesus encontrou ao entrar no lugar sagrado na Cidade Santa. A lei, com todas as suas garantias contra a profanação do sagrado e do santo, não fora capaz de lidar com os homens maus e egoístas. Assim, aqui estavam eles, mercadores e cambistas, com o seu comércio — moedas romanas e siclos de Tiro para o pagamento do imposto anual para o tesouro do Templo. Este imposto era individual, cobrado de todos os judeus adultos do sexo masculino.
  2. que Jesus fez está totalmente de acordo com a sua natureza e o seu caráter. Al-guns pensam que tudo o que pode ser dito acerca dele é: "Jesus é gentil, meigo e doce". É verdade que Ele é amoroso e perdoa. Ele descreve a si mesmo como sendo "manso e humilde de coração" (Mt 11:29). Mas existe algo além disso, e neste episódio podemos ver outro aspecto da sua natureza. Ele não lida delicadamente com o mal. Ele é a Luz que resplandece nas trevas (Jo 1:5). Ele enviou um recado a Herodes: "Ide e dizei àquela raposa" (Lc 13:32). Os fariseus não achavam suas palavras suaves, nem agradáveis eram as suas designações: "sois... sepulcros caiados" (Mt 23:27) ; "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" (Mt 23:33) ; "Condutores cegos!" (Mt 23:24). Então, aqui, os homens maus se confrontaram com Jesus, a Fonte da luz, do que é corre-to, do bem e da integridade. Ele, tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo. A palavra traduzida como "lançou" é uma palavra forte que transmite a seguinte mensagem: "Ele os jogou para fora do Templo". Esta cena foi descrita como "uma cena selvagem, com pessoas encolhidas agarrando-se desesperadamente às suas mesas, sendo jogadas de um lado para o outro; ou correndo atrás das suas moedas espa-lhadas, rolando de um lado para o outro; ou encolhendo-se para escapar dos açoites que não tinham piedade, até que o lugar sagrado estivesse purificado":

E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará (17). A citação das Escrituras é de Salmos 69:9. No original, o verbo está no futuro: "me consumirá" É como se os discípulos vissem que a luta de Jesus contra o mal terminaria em uma cruz, embora não percebessem que a cruz era o complemento do sepulcro vazio.

2. O Sinal do Novo (2:18-22)

Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isso? (18). Embora seja usada aqui a palavra genérica "judeus", a pergunta evidentemente veio do grupo do sumo sacerdote, os saduceus, que controlavam as finanças do Templo.' A pergunta era mais do que o pedido de um sinal; ela colocava em dúvida a autoridade de Jesus para fazer o que Ele acabara de fazer no Templo (cf. Mt 23; Mac 11.28; Lc 20:2). Os judeus tinham uma tendência de exigir um milagre como base para aceitar a realidade da verdade divina. Eles só acreditavam naquilo que podi-am ver (Jo 6:30).

A resposta de Jesus a sua pergunta foi simples, embora a linguagem tivesse um duplo sentido. Derribai este templo, e em três dias o levantarei (19). A palavra usada para templo no relato da purificação é hieron (2.14), que corresponde a "todo o recinto fechado, com os pátios e pórticos [ver o quadro A], que nunca é usado metaforica-mente", ao passo que naos (2,19) é "o edifício sagrado propriamente dito, usado logo adiante significando o corpo de Cristo (v. 21) e dos cristãos que formam o seu corpo espiritual" (cf. 1 Co 3:16-17; 6.19; 2 Co 6.16).9 Fica evidente, a partir da resposta dos judeus (20), que eles pensaram que Jesus falava do Templo restaurado, do edifício pro-priamente dito. Mas Ele estava falando do templo (naos) do seu corpo (21).

Além disso, o que Jesus disse aqui (19) foi usado como um elemento de acusação contra Ele pelas falsas testemunhas no seu julgamento. Uma disse: "Nós ouvimos-lhe dizer: Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens" (Mc 14:58). Outra disse: "Este disse: Eu posso derribar o templo de Deus e reedificá-lo em três dias" (Mt 26:61). Os inquisidores na cruz repetiram as acusações (Mt 27:40; Mac 15.29). Na verdade, Jesus não disse "Eu destruirei", nem "Eu sou capaz de destruir", nem "eu construirei outro", nem "eu sou capaz de construir outro". Ele disse Derribai este templo (i.e., "Se vocês destruírem este Templo") ... o levantarei. É óbvio que Jesus falava do papel dos judeus nos acontecimentos da cruz, da ressurreição, do final do antigo sistema judaico de sacrifícios e rituais, da instituição de uma nova aliança com todos os significados que pertencem ao corpo de Cristo. "A sua purificação do templo, portanto, significa dramaticamente que o próprio corpo de Jesus é o lugar onde Deus é propiciado. Sem esta expiação, todos os sacrifícios do templo são vazios; com ela, eles se tornam desnecessários".'

Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este tem-plo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo (20‑21). Em outras palavras: "Foram necessários quarenta e seis anos para construir este templo"; esta expressão reflete o verdadeiro estado de coisas. A construção do Templo de Herodes teve início em 19-20 a.C., e na época deste acontecimento ainda não estava terminada. No entanto, tinham sido necessários quarenta e seis anos para deixá-lo na sua condição em que estava. Três dias obviamente se refere ao período entre a crucificação e a ressurreição, embora de nenhuma maneira isto tivesse ficado evidente para os judeus que ouviam, nem mesmo para os discípulos, até depois da ressurreição de Jesus, conforme João deixa claro. Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípu-los lembraram-se de que lhes dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito (22). À luz de Atos 13:15, conjetura-se que a Escritura que João menciona aqui é Salmos 16:10. "Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permi-tirás que o teu Santo veja corrupção".

C. UMA NOVA VISÃO DO HOMEM, Jo 2:23-5.47

Os três últimos versículos do capítulo 2 são, ao mesmo tempo, uma transição e uma introdução. Eles são uma transição no sentido de que, embora Jesus estivesse lidando até aqui com grupos de pessoas (no casamento e no Templo), Ele agora dedica a sua atenção e as suas palavras aos indivíduos e às suas necessidades básicas. E são uma introdução porque abre-se a porta para o diálogo, um estilo novo e importante no evangelho.

E, estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome (23). E evidente que, na Páscoa, Jesus fez muitos sinais que atraíram o povo. João não nos diz quais foram esses milagres (cf. 20.30). Mas a reação demonstrou uma fé aquém do esperado. Na verdade, alguns julgam que se tratava de uma fé falsa.' Não há dúvida de que a fé baseada somente em sinais é menos do que Jesus exige, e não há indicação de que essa fé resulte na vida (cf. Jo 3:16-6.29,35). O tempo de hoje não é diferente daquela época: alguns só acreditam se virem um sinal — algo incomum ou espetacular.

Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia, e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem (24-25). Muitas das traduções mais recentes dizem que Jesus "não se confiava a eles". A reserva com a qual Jesus protegeu a sua auto-revelação fica evidente aqui, em termos dos milagres e dos sinais que Ele realizou. Como Ele disse à sua mãe (2.4), a sua "hora" — a cruz, a revelação completa — ainda não era chegada. Ele sabia que quando se entregasse completamente aos homens, a cruz seria inevitável devido ao coração iníquo deles. Quando Deus deu o melhor de Si, a encarnação, Satanás e os ho-mens maus deram o seu pior — a cruz.

O conhecimento divino de Jesus sobre os homens é um fato admirável. João queria que os seus leitores soubessem que, quando um homem é confrontado por Jesus de Nazaré, suas necessidades mais profundas e os seus mais terríveis pecados são expostos. Nicodemos não conseguiu esconder que a sua alma estava morta. A mulher samaritana não encontrou esconderijo para a vergonha do seu passado pecaminoso. O homem no tanque não pôde evitar a revelação do seu próprio desamparo. Ele bem sabia o que havia no homem (25). Em nossa época de humanismo, o homem é ensinado durante todo o tempo que é responsável somente perante si mesmo e perante os seus semelhan-tes. Embora isto pareça correto, é somente uma meia-verdade. A outra metade é que o homem é responsável perante Deus, e qualquer pecado é, antes de mais nada, um pecado contra Deus (Sl 51:4).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
*

2.1-11

O primeiro sinal de Jesus: transformou a água em vinho em Caná. Este milagre significa a transformação da velha ordem (simbolizada pelos jarros de pedra para água, usados no cerimonial de purificação v. 6) na nova ordem (o vinho que simboliza a vida eterna no reino de Deus) através de Jesus Cristo (conforme 2Co 5:17). Ver Is 25:6-9, para a imagem de fundo da salvação como um banquete.

* 2.3 vinho. Este é o termo normal empregado no Novo Testamento para a bebida fermentada. Paulo o usa quando diz: "não vos embriagueis com vinho" (Ef 5:18).

* 2:4

Mulher. Este é um modo respeitoso de dirigir-se a uma mulher, naquela cultura, e é como Jesus normalmente se dirige às mulheres (4.21; 8.10).

que tenho eu contigo. Jesus atende ao pedido de Maria, não por ser ela sua mãe, mas o faz como parte de sua obra Messiânica. Isto indica que o papel especial de Maria, como mãe de Jesus, não lhe dá autoridade para intervir na carreira de Cristo — este é um forte argumento contra fazer-se oração a Maria.

a minha hora. Usualmente, a "hora" de Jesus refere-se ao tempo do seu sofrimento e morte (12.27). Aqui Jesus está afirmando que ele, e não Maria, deve determinar a agenda de seu ministério terreno.

* 2:11

manifestou a sua glória. O tema da glória de Cristo já tinha sido introduzido (1.14, nota). No Antigo Testamento Deus manifestou sua glória em vários eventos miraculosos, e o comentário de João indica que ele quer que seus leitores reconheçam a deidade de Jesus.

e os seus discípulos creram nele. Ver também v. 23 e 20.31, onde se revela o propósito de João ao escrever este livro.

* 2.12-23

Jesus é a expressão final e plena daquilo que era apenas uma sombra no Antigo Testamento (Hb 10:1). Aqui João indica que Deus está presente em Cristo. O templo de Jerusalém podia ser destruído, mas não o templo que Jesus reconstruiria em três dias: seu próprio corpo que ressurgiria dentre os mortos. O registro feito por João da purificação do templo imediatamente depois do milagre em Caná (vs. 1.11, nota) oferece uma importante chave para todo o ministério de Jesus. Nestes eventos é assinalada a substituição da antiga ordem (água para a purificação cerimonial, o templo de Herodes) pela nova ordem (vinho da salvação, Is 25:6-9, o Cordeiro ressurreto como o novo templo, Ap 21:22).

Mateus, Marcos e Lucas registram a purificação do templo como tendo ocorrido na semana da crucificação de Jesus. A despeito de algumas semelhanças, essas purificações serão melhor vistas como incidentes diferentes (Mc 11:15, nota). Deve-se observar que a afirmação de Jesus a respeito da destruição do templo, registrada por João (v. 19), provavelmente foi a base para a acusação por parte das falsas testemunhas contra Cristo (Mt 26:61; Mc 14:58), e ainda para o comentário zombeteiro de alguns expectadores na cena da crucificação (Mt 27:40; Mc 15:29). Os três primeiros Evangelhos confirmam o caráter histórico da narrativa de João. Um eco do mesmo pensamento é encontrado na acusação contra Estêvão (At 6:14).

* 2:12

seus irmãos. Ver Mt 12:46.

* 2:15

azorrague de cordas. Jesus cumpre a profecia de Ml 3:1-4. Ele entra repentinamente no templo e purifica os filhos de Levi, como uma demonstração do seu zelo por Deus e de guardar as santas ordenanças de Deus.

* 2:20

quarenta e seis anos. A frase, em si mesma, não indica se o templo estava acabado ou se ainda estava em construção após estes anos de construção. O historiador judeu do primeiro século, Josefo (Antigüidades, 15.380), diz que a construção começou no décimo oitavo ano de Herodes, o Grande (cerca de 19 a.C.) e não acabou até o reinado de Herodes Agripa (em 63 d.C.), o que indica que ela estava em andamento no tempo de Jesus.

e tu, em três dias, o levantarás. Os judeus (e os discípulos, v. 22) entenderam mal a ambígua afirmação de Jesus. Uma tal má compreensão inicial é comum no Evangelho de João (p.ex., 3.4; 6.52). Os que recebem Jesus (1,12) são levados à plena compreensão, mas aqueles que o rejeitam permanecem no nível da completa má compreensão (1.5).

* 2:22

lembraram-se os seus discípulos. Durante a instrução final dada a seus discípulos, antes de sua prisão, Jesus prometeu que aquilo que lhes havia ensinado seria trazido à lembrança deles pelo Espírito Santo (14.25,26). A capacidade para prever eventos, de outro modo não conhecíveis, é evidência da autoridade divina. Isto aplica-se às profecias do Antigo Testamento e às predições feitas por Jesus, especialmente a respeito de sua ressurreição.

* 2:23

creram no seu nome. Nos tempos bíblicos o "nome" sumariava o caráter, a atividade e o lugar de uma pessoa no propósito de Deus. A fé daqueles que são mencionados aqui permaneceu superficial, porque eles chegaram a ela somente por causa dos sinais que viram (ver Introdução: Dificuldades de Interpretação). Por essa razão "Jesus não se confiava a eles" (v. 24).

* 2.24-25

Embora Jesus não exercesse a divina onisciência, nos dias da sua carne (11.34; Mc 13:32), ele, freqüentemente, revelava conhecimento sobrenatural, importante para a sua obra redentora, que indicava o divino endosso de suas reivindicações e missão (1.48; Mt 9:4; 17:27; Mc 11:2-4; 13 41:14-16'>14.13-16).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
2.1, 2 Jesus tinha como missão salvar ao mundo, a maior missão na história da humanidade. Apesar disto empregou tempo para assistir a umas bodas e participar das festividades. Possivelmente nos sintamos tentados a pensar que não devêssemos ocupar tempo de nosso trabalho "importante" em assuntos sociais. Mas ao melhor essas atividades sociais podem ser parte de nossa missão. Jesus deu importância a estas festividades nupciais porque assistiam pessoas e O vinho para estar com elas. Freqüentemente nossa missão pode levar-se a cabo em momentos agradáveis de celebração com outros. Inclua o Jesus o mesmo em seus momentos de prazer que em seu tempo de trabalho.

2.1-3 As bodas nos dias do Jesus eram festas de uma semana de duração. Os banquetes se preparavam para muitos convidados e a semana a passavam celebrando a nova vida do casal. Muitas vezes se convidava a todo o povo e a gente ia, já que se considerava um insulto recusar o convite a umas bodas. Para atender a tanta gente, necessitava-se um planejamento cuidadoso. Era uma vergonha que se acabasse o vinho, pois rompia as leis tácitas da hospitalidade. Jesus quis resolver um verdadeiro problema.

2:4 María talvez não pedia que Jesus fizesse um milagre, mas sim lhe ajudasse a resolver este problema tão importante achando um pouco de vinho. A tradição diz que José, marido da María, já havia falecido, de modo que foi a seu filho para que lhe ajudasse a sair do problema. A resposta do Jesus a María não é fácil de entender e possivelmente esse é o ponto. Ao melhor María não conseguiu entender o que Jesus pensava fazer, mas confiou no que O faria. Os que acreditam no Jesus e se achem em situações que não entendem devem seguir confiando em que O fará o que é melhor.

2:5 María se submeteu à forma de atuar do Jesus. Reconheceu que O era mais que seu filho humano: era o Filho de Deus. Quando apresentamos a Cristo nossos problemas, possivelmente pensamos que sabemos como O resolverá. Mas O possivelmente tenha um plano diferente. Como María, devemos nos submeter e lhe permitir que resolva os problemas a sua maneira.

2:6 As seis tinajas de pedra quase sempre se usavam para a lavagem cerimoniosa. Sua capacidade era de setenta e cinco a cento e dez litros. De acordo às leis cerimoniosas feijões, a gente se sujava, em forma simbólica, ao entrar em contato com diferentes objetos cada dia. antes de comer, derramavam água sobre suas mãos para limpar-se de qualquer influência perniciosa relacionada com o que tocavam.

2:10 A gente sempre anda em busca de emoções e sentido em tudo menos em Deus. Possivelmente temem que Deus seja aborrecido, morto. Assim como o vinho que Jesus fez era o melhor, também a vida no é melhor que a nossa. por que esperar até que se esgote tudo para ir a Deus? por que reservar o melhor para o final?

2:11 Quando os discípulos viram os milagres do Jesus, acreditaram. O milagre demonstrou seu poder sobrenatural. A forma de realizá-lo revelou a maneira em que cumpriria seu ministério: ajudando a outros, relacionando-se com autoridades e estando em contato com a gente.

2:11 Os milagres não são simples atos sobre-humanos, a não ser atos que demonstram o poder de Deus. Quase cada milagre que Jesus fez foi uma renovação da criatura queda: restaurar a vista, fazer que o paralítico caminhe, resgatar a vida da morte. Cria em Cristo, não porque é um super-homem mas sim porque é Deus que continua com sua criação, até nos que somos pobres, débeis, coxos, órfãos, cegos, surdos, ou com alguma outra necessidade desesperador de restauração.

2:12 Capernaum se converteu em sede de seu ministério na Galilea. Localizada em uma importante rota comercial, era uma cidade importante na região que contava com uma guarnição romana e um posto alfandegário. No Capernaum, Mateus recebeu o chamado a ser um discípulo (Mt 9:9). Nesta cidade viveram também muitos outros discípulos (Mt 4:13-19) e um oficial do rei (Mt 4:46). Teve ao menos uma sinagoga principal. Apesar de que Jesus fez desta cidade sua base de operações na Galilea, atacou-a por sua gente incrédula (Mt 11:23; Lc 10:15).

2:13 A Páscoa se celebrava todos os anos no templo de Jerusalém. Cada judeu devia fazer uma peregrinação a Jerusalém durante esta época (Dt 16:16). Era uma festa que durava uma semana (a Páscoa se realizava um dia e a Festa dos Pães sem Levedura durava o resto da semana). Toda a semana comemorava a liberação dos judeus da escravidão do Egito (Ex 12:1-13).

2:13 Jerusalém foi sede política e religiosa da Palestina e o lugar onde se esperava que o Messías aparecesse. Ali se encontrava o templo e muitas famílias judias de todo o mundo viajavam a Jerusalém durante as festas importantes. O templo se construiu em um lugar majestoso, um monte de onde se dominava a cidade. Salomão construiu o primeiro templo quase nesse mesmo lugar, uns mil anos antes (949 a.C.), mas os babilonios o destruíram (2 Rseis 25). O templo se reconstruiu em 515 a.C. e Herodes o Grande o engrandeceu e remodelou.

2:14 O templo era um lugar muito concorrido durante a Páscoa com milhares de visitantes de todas partes. Os líderes religiosos permitiam que se congestionasse muito mais ao deixar entrar nos cambistas e mercados para estabelecer seus postos no átrio dos gentis. Aceitaram esta prática como uma maneira de ajudar aos adoradores e uma forma de obter dinheiro para a manutenção do templo. Mas os líderes religiosos pareciam não dar importância ao feito de que o átrio dos gentis estava cheio de mercados e os estrangeiros tinham dificuldade para adorar. E o motivo principal de visitar o templo era a adoração. Com razão Jesus ficou molesto!

2:14 Os impostos do templo tinham que pagar-se com moeda local, de maneira que os estrangeiros tinham que trocar seu dinheiro com os cambistas, os que freqüentemente eram desonestos e impunham tarifas altas. Às pessoas também lhe demandava oferecer sacrifícios pelo pecado. devido às viagens tão largas, muitos não levavam seus animais. Muitas vezes, quão animais levavam os rechaçavam por imperfeitos. Os vendedores de animais tinham um negócio florescente no pátio do templo. O preço dos animais para o sacrifício no templo era mais alto que em qualquer outro lugar. Jesus se incomodou pela desonestidade e voracidade praticada por cambistas e mercados. Não deviam trabalhar no templo mesmo. Sua presença denegria o templo, o lugar de adoração a Deus.

2.14ss João narra a primeira limpeza do templo. A segunda limpeza, ocorrida ao final do ministério do Jesus perto de três anos mais tarde, relata-se em Mt 21:12-17; Mc 11:12-19; Lc 19:45-48.

2.14-16 Usavam mal o templo ao convertê-lo em um mercado. Esqueciam, ou não lhes importava, que a casa de Deus é um lugar de adoração, não um mercado para obter lucros. Nossa atitude para a igreja é erro se a virmos sozinho como um meio para estabelecer relações pessoais ou para vantagens comerciais. Procure que sua assistência à igreja seja sozinho para adorar a Deus.

2.15, 16 Era óbvio que Jesus estava molesto com os mercados que exploravam a quem foi à casa de Deus para adorar. Há uma diferença entre a ira inverificada e a ira Santa; entretanto, a ambas lhes chama ira. Devemos ter muito cuidado em como usamos a poderosa emoção da ira. É bom senti-la ante injustiça e pecado, mas é mau senti-la por assuntos pessoais corriqueiros.

2.15, 16 Jesus fez um látego e jogou fora aos cambistas. Devemos usar a violência contra os que obram mau? A algumas autoridades lhes permite, mas não a todos. Por exemplo, a autorização para usar armas e reprimir às pessoas a tem a polícia, não o público em geral. A faculdade de encarcerar a têm os juizes, não os cidadãos. Jesus tinha a autoridade de Deus para aquilo, algo que não nos outorgou. Enquanto procuramos viver como Cristo, nunca devêssemos nos apropriar de sua autoridade onde não nos deu.

2:17 Jesus interpretou a maldade no templo como um insulto a Deus e foi enérgico. A ira Santa em contra do pecado e a falta de respeito a Deus consumia.

VISITA SAMARIA: Jesus foi a Jerusalém para a Páscoa, limpou o templo e falou com um líder religioso chamado Nicodemo a respeito da vida eterna. Logo deixou Jerusalém e viajou pela Judea. Em seu caminho a Galilea, visitou Sicar e outras vilas na Samaria. A diferença de muitos judeus de seu tempo, não tentou esquivar a região da Samaria.

2:19, 20 Os judeus interpretaram que Jesus se referia ao tempero do qual expulsou aos mercados e cambistas. Aquele era o templo do Zorobabel construído uns quinhentos anos antes e que Herodes começou a remodelar, fazendo-o mais espaçoso e muito mais formoso. Embora tinham transcorridos uns quarenta e seis anos desde iniciada a remodelação (20 a.C.), ainda não se concluiu o trabalho, por isso as palavras do Jesus de que poderia destruir-se e reedificarse em três dias foram desconcertantes.

2:21, 22 Jesus não falava do templo feito de pedras, mas sim de seu corpo. Seus ouvintes não podiam dar-se conta, mas Jesus é maior que o templo (Mt 12:6). Suas palavras cobraram significado nos discípulos logo depois da ressurreição. Aquele Cristo cumpriu à perfeição o predito e isso foi uma prova contundente de que era Deus.

2.23-25 O Filho de Deus conhece todo o relacionado com a natureza humana. Estava a par da verdade expressa em Jr 17:9 : "Enganoso é o coração mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" Ninguém é capaz de conhecer a fundo a maldade. Jesus discernia e conhecia que a fé de alguns seguidores era superficial. Alguns de quão mesmos proclamaram acreditar no Jesus, mais tarde gritariam: "Crucifica-o". É fácil acreditar quando tudo é emocionante e todos acreditam na mesma forma. Mas a fé firme permanece quando não é popular seguir a Cristo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
D. As Bodas de Caná (2: 1-11)

1 E ao terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galiléia; e a mãe de Jesus estava lá: 2 e Jesus também foi convidado, e os seus discípulos, para o casamento. 3 E quando a faltar vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho. 4 E Jesus disse-lhe: Mulher, que tenho eu contigo? a minha hora ainda não chegou. 5 Sua mãe disse aos serventes: Tudo o que ele vos disser, fazê- Lv 6:1 Ora, havia seis talhas de definir lá depois maneira dos judeus de purificação, contendo dois ou três Firkins cada um pedra. 7 Disse-lhes Jesus: Enchei de água as talhas. E encheram-nas até em cima. 8 E ele lhes disse: Tirai agora, e levai ao chefe da festa. E eles o fizeram. 9 E, quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era (mas os servos que tinham tirado a água sabiam), o mestre-sala chamou o noivo, 10 e disse -lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom; e quando os homens têm bebido bem, então o que é pior: guardaste o bom vinho até agora. 11 Este início dos sinais fez Jesus em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.

Casamentos judaicos eram casos prolongados, correndo por uma semana inteira e, às vezes duas semanas. O noivo trouxe sua noiva para sua casa em uma procissão, e houve jogos, dança e canto, banquetes e beber muito vinho. Canções em adoração mútua foram cantadas pela noiva e do noivo, ritos simbólicos foram realizados; mas não parece que tenha havido qualquer pronunciamento formal da União, tal como a conhecemos hoje por um ministro. Todos os amigos e vizinhos, bem como os familiares, foram convidados.

Nós não sabemos por que Jesus, Maria, sua mãe, provavelmente, seus irmãos (v. Jo 2:12 ), e seus discípulos foram convidados para o casamento. Seus irmãos seriam ou filhos de José de um casamento anterior ou filhos mais jovens de José e Maria. A inclusão dos discípulos (talvez não mais do que os quatro mencionado anteriormente) parece indicar que a essa altura esses homens havia sido reconhecido como seguidores de Jesus e seria de esperar para estar com Ele onde quer que fosse. Neste casamento algo aconteceu que foi muito mais importante do que o casamento em si, o que não é descrita (nem são a sua noiva e do noivo nomeado). Jesus estava lá e, como sempre, a Sua presença fez a diferença.

O fracasso da oferta de vinho, que foi um embaraço para o anfitrião e um insulto para os convidados, proporcionou a oportunidade para o primeiro milagre de Cristo, que João interpretado como um sinal de seu Evangelho de testemunha. Significativamente, Maria foi o primeiro a notar a falta de bebida e o primeiro a sugerir que algo deveria ser feito imediatamente para remediar a situação. Sua observação casual aparente, Eles não têm vinho , foi levado por Jesus para significar que ela esperava que ele fizesse alguma coisa. Como como uma mulher! Como como uma mãe! É claro que era o que ela queria dizer. Sua respon- Mulher, que tenho eu contigo? -não foi uma repreensão ou uma expressão de desrespeito. "O endereço é o do respeito cortês, mesmo de ternura."

Este é um dos poucos relances que obtemos de Maria, a Virgem Mãe, no Novo Testamento. Ela tem sido quase que totalmente ofuscado por seu Filho, a não ser na 1greja Católica Romana. FW Robertson sugeriu que a veneração a Maria, a ponto de culto surgiu porque as virtudes cristãs enumerados por Jesus-mansidão, pureza, e assim por diante-são virtudes femininas, ao passo que as virtudes do Antigo Testamento eram masculinos: coragem, sabedoria, força. Seja como for, ele serve como um lembrete de que a Igreja Protestante deve reconhecer Maria como o maior exemplo da maternidade de ser encontrado na vida ou na literatura. Vamos dizer com toda a devida reverência que a divindade de Cristo, por si só não explica totalmente por que Jesus era o tipo de homem do Novo Testamento imagens que ele seja. Ele também era humano, nasce um bebê, criado uma criança, e trouxe a masculinidade pelos mesmos processos gerais pelos quais todos os homens tomam seus lugares na vida. Ele tinha uma mãe que amava e se importava com ele, que lhe ensinou e corrigiu-o, pois foi-lhe dado por Deus para ajudar a moldar sua vida como ele "crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens" (Lc 2:52)

12 Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.

13 E a páscoa dos judeus estava em minhas mãos, e Jesus subiu a Jerusalém. 14 E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas ali sentados: 15 e ele fez um azorrague de cordas, e lançou todos fora do templo, bem como as ovelhas e os bois; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e virou suas mesas; 16 e aos que vendiam as pombas, disse: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio. 17 Seus discípulos lembraram-se do que está escrito, O zelo pela tua casa me devorará. 18 Os judeus, respondendo, disse-lhe: Que sinal fazes tu para nós, vendo que tu fazes estas coisas? 19 Jesus respondeu, e disse-lhes: Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei. 20 Então os judeus disseram: Quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? 21 Mas ele falava do templo do seu corpo. 22 Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que ele falou isso; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito.

23 Ora, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa muitos creram no seu nome, vendo os sinais que ele fazia. 24 Mas Jesus não confiava-se a eles, para que ele sabia que todos os homens, 25 e porque ele não precisava que qualquer um deve testemunho do homem; pois ele bem sabia o que havia no homem.

A sugestão de uma reação humana da parte de Jesus, assume um novo significado que nós próxima observá-lo, ainda com sua mãe, indo para Cafarnaum-on-the-Lake para alguns dias de descanso, seus irmãos se juntando a eles (se eles já não estivesse com ele). Jesus ainda não tinha saído do círculo familiar. A pequena empresa pode ter deixado Cana seguindo o casamento e voltou para casa em Nazaré (Matt. 4-13 ), depois que a família inteira (José provavelmente ter morrido) fui para uma última viagem juntos, uma espécie de despedida reunindo no véspera de Jesus 'de sair de casa permanentemente. Cafarnaum era cerca de quinze ou vinte km a nordeste de Nazaré, no Mar da Galiléia quase devido leste de Cana. A empresa passou para baixo -de terras altas até a praia da Galiléia.

Após isso, Jesus deixou seus parentes e foi com seus discípulos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Esta foi uma das três grandes festas judaicas. A festa da Páscoa, ou dos Pães Ázimos, que comemorou a libertação de Israel da escravidão egípcia, foi realizada no momento da colheita da cevada. A Festa de Pentecostes, ou das Primícias, comemorou a entrega da Lei no Monte Sinai e foi realizada no momento da colheita do trigo. Ambos cevada e trigo foram colhidas na primavera ou no início do verão. A terceira festa, a Festa dos Tabernáculos, ou de Ingatherings, foi realizada no momento da colheita final de azeitonas e frutas no outono, em comemoração do início da peregrinação no deserto de Israel. Havia outras festas ou festivais, mas esses três foram estabelecidas antes do Exílio babilônico, e, portanto, eram parte integrante das formas estabelecidas de adoração, e comparecimento era obrigatório dentro de certos limites razoáveis. João conta a história de Jesus comparecer a todas as grandes festas. Dois são mencionados pelo nome: Páscoa (Jo 2:15 ; Jo 6:4 ). A festa desconhecido (Jo 5:1 ), que tinha sido estabelecido na reinauguração do Templo por Judas Macabeu em 165AC, Jesus era um adorador fiel na religião do Judaísmo.

Foi nessa época que o ministério público de Jesus começou. Sua mãe e irmãos já não estavam com Ele e Ele parecia ter saído de casa para prosseguir a sua missão na vida. Enquanto na festa da Páscoa Ele limpou o templo. Os Evangelhos Sinópticos colocar este evento no fim do ministério de Jesus e vê-lo como uma das razões para o aumento da oposição que levou a sua crucificação. O Evangelho de João coloca-lo no início do ministério e usa isso como um sinal para mostrar que Jesus veio para oferecer a Si mesmo como um sacrifício pelos pecados do homem, dos quais os sacrifícios do Templo eram apenas uma sombra e que em breve passarão. Devido às diferenças de pormenor nas duas contas, Westcott assume que havia duas limpezas distintos, embora nem todos os estudiosos concordam com esta posição.

A razão imediata para este ato é fácil de ver. Jesus foi um bom israelita, criada na tradição de seus antepassados ​​e zeloso para a religião de sua raça. Ele estava acostumado a ver a venda de ovelhas, bois e pombos para o sacrifício no átrio exterior do Templo, a compra de animais para o sacrifício de ser a única maneira que muitas pessoas tiveram de obtê-los. Ele foi despertado para a ação porque não apenas o templo, mas também a adoração do Templo estava sendo contaminado. Os governantes do Templo tinha conquistado o mercado para animais de sacrifício, estavam cobrando preços exorbitantes, e exigindo o pagamento no templo de moeda para que o povo tinha que pagar uma alta taxa de câmbio. Culto tornou-se um grande negócio. Os sacerdotes tinham se tornado os comerciantes, "espoliar" as pessoas, de um lado, enquanto do outro que serviam como mediadores diante de Deus, em nome dos pecados dos fiéis. Jesus sabia que seus próprios pecados estavam entre Deus e aqueles a quem eles ministravam, tornando a sua religião sem efeito. Hipocrisia como este tirou alguns dos mais graves denúncias de Cristo.

Não nos é dito sobre a reação imediata à condução fora dos animais, a remoção das gaiolas de pássaros, o perturbador das mesas de câmbio, eo derramando-se do dinheiro. Quase se pode ver a perseguição frenética após ovelhas e bois ea corrida louca para recuperar o dinheiro. Alguns daqueles que tinham sido enganados pode ter racionalizado que, dadas as circunstâncias, o dinheiro era propriedade pública e passaram a receber de volta o que havia sido tirado deles, com uma boa taxa de juros fique. Os sacerdotes não fez nenhuma resposta imediata, provavelmente estar no bom oficiante Temple no sacrifício enquanto atendentes realizado as suas actividades fora. É-nos dito apenas que alguns judeus perguntaram a Jesus por que autoridade ele tivesse feito o que fez. Isso proporcionou a oportunidade para que Jesus a dar a verdadeira razão e, assim, para anunciar que ele estava lançando agora a obra de sua vida a sério. Destruí este templo , Ele disse, e em três dias eu o levantarei (v. Jo 2:19 ). Até o templo Ele quis dizer o templo do seu corpo (v. Jo 2:21) e, em certo sentido, todo o sistema levítico de culto, que foi destinado no plano de Deus para passar e ser substituído com o Evangelho. Ele nunca foi concebido para ser permanente, para o seu verdadeiro valor foi profético de uma realidade para a qual se apresentava como um símbolo. Os sacrifícios nunca tinha servido para falar de paz à consciência perturbada. Eles foram destinados por Deus para ser atos de fé-fé para a restauração da comunhão com Deus e fé que o prometido viria que seria a um e ao mesmo tempo, o Rei Messias e o Cordeiro de Deus.

Cristo foi demonstrando que a sua vinda a crucificação Old passaria, tendo cumprido a sua finalidade, e, em Sua ressurreição daqui a três dias, o New seriam instituídos. Neste um dramático ato de nosso Senhor de todo o âmbito de aplicação do plano de salvação para o mundo de Deus é colocada diante de nós. Que majestade há medo deve ter sido o semblante de Cristo naquele dia! Que autoridade em cada palavra e ação! Mas o que é mais, a questão envolvida como as autoridades eclesiásticas judaicas. Sob as circunstâncias existentes, ninguém poderia ser esperado para entender completamente o que Jesus estava fazendo. Mas eles podiam ter escutado. Após a ressurreição, os discípulos que tinham estado com Jesus no Templo naquele dia se lembrou do que ele tinha dito, e sua fé foi fortalecida.

Para a conta da purificação do Templo João adicionou um breve relato do contato de Cristo com as pessoas em geral. Muitos deles creram nele, mas com reservas, colocando a sua própria interpretação sobre o que Ele disse e fez. Jesus podia ver que sua fé não era genuíno. Mais do que isso, Ele sabia que os homens-Ele compreendeu a natureza humana pecaminosa e como ela realizada sob determinadas circunstâncias. Ele não seria levado por seu show de aceitação e fidelidade. O incidente lembra a parábola do semeador e da semente. Algumas sementes caíram em solo raso, brotaram rapidamente, e tão rapidamente secou sob o calor do sol (Mt 13:1 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
Algumas igrejas transmitem o ensi-namento falso de que Cristo fez mi-lagres na infância, e Jo 2:11 afir-ma com clareza que a transforma-ção de água em vinho foi o primeiro milagre que ele realizou. Lembre-se que João registrou esses sinais com a finalidade de provar que Jesus é Deus (Jo 20:30-43) e para que, as-sim, as pessoas cressem nele e fos-sem salvas. Faremos um estudo tri-plo desse milagre a fim de vermos suas lições dispensacionais (o retra-to do fracasso de Israel), doutrinais (como o pecador é salvo) e práticas (como servir a Cristo).

  1. Lições dispensacionais (2:1-12)

O

fracasso de Israel

Israel desconhecia seu próprio Messias. Em 1:26, João Batista afir-mou: "No meio de vós, está quem vós não conheceis". Essa festa de casamento é um retrato da nação: o vinho acabou, o suprimento das pessoas tinha acabado, contudo o Messias delas estava lá para ajudá- las. As seis talhas eram usadas para as cerimônias de purificação (veja Mc 7:0) nem esperança. O povo tinha cerimoniais exter-nos, mas não tinha nada que satis-fizesse seu interior.

Um dia, Cristo trará a alegria de volta a Israel, quando essa nação o receber como seu Rei. Israel se ca-sará de novo com seu Deus (veja Is 54:0). Até que chegue esse dia, Cristo tem de dizer a Israel: "Que tenho eu contigo?" Oo 2:4). A nação rejeitou-o e não o receberá até o dia em que ele retor-nará em glória e em poder.

  1. Lições doutrinais

Como o pecador é salvo. Se obser-var as notas introdutórias a João, verá que os sete sinais mostram como o pecador é salvo e os efei-tos disso em sua vida. O primeiro milagre mostra-nos que a salvação acontece por intermédio da Pala-vra de Deus. Atente para os sím-bolos aqui.

  1. Uma multidão sedenta

Esse não é um retrato do mundo perdido de hoje? As pessoas experi-mentam os prazeres do mundo, mas não encontram satisfação pessoal e, por fim, afastam o que poderia pre-enchê-las. A Bíblia convida o peca-dor sedento a vir a Cristo em busca de salvação e de satisfação Jo 4:13-43, Filipe encheu o etíope com a Palavra, e o milagre da salvação aconteceu quando o homem creu. O etíope seguiu seu caminho cheio de júbi-lo. Em Jo 1:1 Jo 1:7, repare na afirma-ção: "A lei foi dada por intermédio de Moisés"; no Antigo Testamento, transformou-se a água em sangue (Êx 7:19), um sinal de julgamento.

No entanto, Cristo transformou a água em vinho, o que fala de graça e de alegria. O vinho simboliza o Espírito Santo (Ef 5:1 Ef 5:8).

  1. O terceiro dia

Isso prenuncia a ressurreição, já que Cristo ressuscitou dos mortos no ter-ceiro dia. Era o terceiro dia a partir do "dia imediato" (1:43), que vem a ser o quarto dos dias sobre os quais João escreveu no capítulo 1 (dia n2 1 —vv. 19-28; dia n22 —vv. 29-34; dia n2 3 — vv. 35-42; dia n2 4 — vv. 43-51). Talvez João, quando escre-veu a respeito dessa primeira sema-na da "nova criação" (2Co 5:17), tivesse Gênesis 1 em mente.

  1. O início dos milagres

A salvação é o início dos milagres, pois Deus, depois que a pessoa é salva, realiza um milagre após outro para ela, e os milagres que vivencia- mos glorificam a Cristo.

  1. Lições práticas
  2. Como servir a Cristo

Todos os que servem a Cristo de-viam atentar para as palavras de Maria: "Fazei tudo o que ele vos disser" (2:5). Provavelmente, os ser-vos acharam uma loucura encher as talhas de água, no entanto Deus usa as coisas loucas para envergonhar os poderosos (1Co 1:27). Devemos obedecer a Cristo e levar a Palavra do Senhor aos homens, se quiser-mos vê-los salvos. O que salva as almas é a pregação e o ensino da Palavra, não recreação ou diverti-mento. Cristo faz sua parte, se fizer-mos a nossa.

Os servos sabiam de onde vi-nha o vinho, mas as pessoas impor-tantes da festa não sabiam. A pes-soa aprende os segredos de Cristo quando lhe serve. (Veja Jl 3:7.)

Somos servos e amigos de Cristo (3:29; 15:15), e ele nos conta o que faz. É muito melhor ser um servo de Cristo e participar de seus mi-lagres que sentar à cabeceira no maior banquete.

Devemos usar todas as opor-tunidades para servir a Cristo "quer seja oportuno, quer não" (2Tm 4:2). Na festa de casamento, Jesus trouxe glória para Deus.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
2.1 O cap. 1 apresenta Jesus, o Verbo, antes da história, entrando no mundo dos homens para revelar o Deus único. Cap. 2 apresenta o Jesus social, humano, mas sempre olhando para a cruz.
2-4 Mulher.. contigo. I.e., "que é que nós temos em comum?”. Maria sente o problema social mas Jesus pensa no nível espiritual. Aí está a cruz (minha hora, 7.30; 8.20; 12.23; 17,1) e o sangue que suas próprias veias proverão (o vinho) para quem quiser responder ao convite de se assentar à mesa das bodas do Cordeiro (conforme Lc 22:18).

2.6 Seis talhos. Vasos em que se guardava água para as lavagens cerimoniais, obrigatórias para judeus religiosos, antes de comer (Mc 7:3-41). Metretas. Cerca de 40-60 litros cada uma. Nas seis talhas houve cerca de uns 500 litros.

2.10 Bom vinho. Se o sinal (milagre) da transformação tiver um significado metafórico, como parece ter, o bom vinho representa a evangelho que dá a salvação pelo sangue de Cristo (conforme Mt 9:1 Mt 9:7).

2.11 Sinais. João usa o termo "sinais" para os milagres porque apontam para a morte e ressurreição de Jesus e a salvação vinda por Ele. Sua glória. A missão gloriosa de Cristo se reflete no Seu poder e no significado do milagre (conforme 2.4, 10n; 1.14; 17.4s,22).

2:13-22 Conforme Ml 3:1; Zc 14:21. Possivelmente houve duas purificações do templo (conforme Mc 1:1.Mc 1:15-41).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
2.1. Caná da Galiléia: Não foi localizada definitivamente, embora Dalman (Sacred Sites and Ways, 1
935) a identificasse com Khirbet Qana. (Conforme tb. J. A. Thompson, The Bible and Archaeology, 1962, p. 359.) E interessante observar que Natanael pertencia a essa região (conforme 21.2). O elo com Natanael parece ser deduzido da expressão No terceiro dia, i.e., depois da entrevista com Jesus anteriormente. A mãe de Jesus estava alr. Ela nunca é citada pelo nome em João, supostamente em virtude do cuidado especial que o discípulo amado tinha por ela (conforme 19.25ss; v. tb. 2.12; 6.42). seus discípulos: Provavelmente significa os Doze, embora nenhum “chamado” seja registrado nesse evangelho, à parte de “Venham e verão” e “Siga-me”, v. 3. Tendo acabado o vinho (gr. hysterêsantos oinou): Há duas glosas posteriores à primeira metade desse versículo, ambas para tentar esclarecer a situação. A mãe de Jesus relatou a questão para ele supostamente sabendo que ele poderia salvar a situação, v. 4. Que temos nós em comum, mulher? (gr. ti emoi kai soi): Essa é a tradução de uma expressão idiomática, tanto no grego clássico quanto no hebraico, significando “Deixe que eu siga o meu próprio curso”. Ninguém tem o direito de se aproximar do Senhor dessa maneira (conforme Mc 1:24Mt 8:29). A minha hora ainda não chegou-. Alguns comentaristas restringem o significado da “hora” ao momento da morte ou exaltação de Jesus. O termo, no entanto, deve incluir alguma idéia que conecte sua Paixão e exaltação com o padrão geral de obras que ele já está realizando, como aqui (conforme v. 41). Há uma restrição divina sobre a pessoa de Jesus, de modo que ele realiza suas obras somente à medida que recebe orientação do seu Pai (conforme Mc 14:41; Mt 26:18; v. tb. Lc 13:31; Lc 22:53; Jo 7:30). Mas a mãe do nosso Senhor é uma mulher de fé, e ela entende o suficiente para preparar os servos e o casamento para a intervenção de Jesus. v. 6. purificações cerimoniais-, A purificação ritual era geralmente praticada pelos judeus antes e depois das refeições. João, no entanto, parece tornar a referência suscetível também à interpretação espiritual. Podemos negar sumariamente que havia algum significado na referência aos seis potes. A insuficiência da antiga aliança seria suplantada pela nova aliança que iria purificar e saciá-los. v. 8. Agora, levem um pouco (gr. antlêsate)-. Esse verbo, com freqüência, denota a extração da água de um poço (conforme antlêma, algo para tirar [água], em 4.11). Quando os potes estavam cheios, mais água foi tirada do poço e levada para a festa. Outros, especialmente Hoskyns e Davey, sugerem que o ditado ensina que Cristo é a fonte da água da vida. v. 9. o encarregado da festa-. Era a pessoa responsável por tais festividades, v. 10. Servir o vinho de qualidade inferior não era necessariamente algo que se esperava. O destaque está todo na excelência do que o Senhor proveu. Assim, para levar a lição espiritual anterior um passo adiante, o sinal aponta para a superioridade da nova ordem sobre a antiga, v. 11. sinal (gr. semeia)-. Os milagres de Jesus em João são chamados assim para desviar a atenção dos milagres em si e apontar para o seu significado. “Sinais e maravilhas” por si sós não fornecem a base para a verdadeira vida (conforme 4.48). Toda a vida de Jesus é, na verdade, um sinal encenado (conforme 12.33; 18.32), mas cada um dos seus sinais em particular mostra que eles são “as obras do meu Pai” (conforme 10.37; 14.10; e especialmente 6:25-30), e a fé é a única habilidade que consegue captá-los (cf. 4.54; 6.14; 12.18). A importância geral do uso que João faz desse termo está, portanto, na representação visível da realidade invisível que os milagres de Jesus fazem. O seu propósito é encorajar a fé; e nesse ponto os discípulos de Jesus de fato criam (conforme 20.31).

Parte doisO ministério público (2.12—12.50)

I. CRISTO PREGA A SUA MENSAGEM (2.12—4.42)

1) A purificação do templo (2:12-25)

Esse incidente, no lugar onde ocorre em João, levanta a questão da relação entre o quarto evangelho e os Sinópticos (v. Introdução). O evento é colocado perto do fim do ministério nos primeiros três evangelhos (cf. Mc 11:15-41; Mt 21:12-40; Lc 19:45-42). Os estudiosos estão divididos sobre se houve somente uma purificação do templo ou duas, enquanto os que acham que houve somente uma purificação não concordam acerca de se ela ocorreu no início do ministério do Senhor (como no evangelho de João) ou durante a semana da Paixão (como registrado pelos outros três evangelhos). C. K. Barrett argumenta no seu comentário (p. 162-3) que houve somente um incidente desses na vida do Senhor. William Temple apresenta razões para aceitar “a narrativa de João como a correta” no que tange à ordem cronológica (Readings, p. 170), enquanto R. H. Lightfoot acha que a purificação durante a semana da Paixão “é a mais provável de ser historicamente correta” (St. John’s Gospel, p. 112).

Deve-se dizer, no entanto, que o ponto de vista antigo de que houve duas purificações tem boa fundamentação. Westcott diz: “Uma comparação das duas narrativas depõe contra a identificação das duas” (The Gospel according to St. John. Greek Text, v. 1, p. 96), e ele apresenta diversas razões que apoiam a sua opinião. O Commentary on the Gospel of St. John, de W. Milligan e W. F. Moulton (1898), antigo, mas ainda valioso, pergunta: “Mas seria tão improvável que tivessem ocorrido duas purificações, separadas por esse intervalo que a narrativa do evangelho pressupõe?” (p. 27), e fornece mais apoio a esse ponto de vista. Entre autores recentes, R. V. G. Tasker defende a opinião de duas purificações (The Gospel according to St. John, TNTC, p. 61).

Qualquer que seja o caso, o que é de extrema importância para João, como observa R. H. Lightfoot, é “representar o juízo ou o discernimento efetuados pela presença e obra do Senhor entre os homens em ação desde o início da sua atividade”. O incidente no templo chama a atenção para esse aspecto da sua obra (p. 112, op. cit.). Que o significado disso é fundamental para João, talvez possa ser confirmado pelo fato de que ele registra que os animais foram expulsos do templo. Em Cristo, o judaísmo dos rituais de sacrifícios é tem um fim. Aqui, observa Barrett, João “começa a desenvolver o tema principal, que em Jesus os propósitos eternos de Deus têm seu cumprimento” (p.
163) (v.comentário do v. 21. Acerca da Páscoa, v. artigo “O pano de fundo religioso do NT”), v. 14. alguns vendendo-. Isto é, com o propósito de serem oferecidos como sacrifícios. Esse era um serviço oferecido especialmente a adoradores que viajavam longas distâncias para Jerusalém. Os que estavam trocando dinheiro estavam sentados nas dependências do templo principalmente por causa do negócio de trocar dinheiro para o pagamento do imposto do templo, que era cobrado de todos os judeus adultos do sexo masculino, inclusive dos da Dispersão. Essa troca era feita como empreendimento comercial e dava lucros, principalmente porque os sumos sacerdotes tinham insistido em que todas essas taxas fossem pagas na moeda de Tiro. v. 15. e expulsou todos do templo-. A formulação desse versículo poderia sugerir que o objeto principal da ira de Jesus eram os que trocavam dinheiro. Mas as ovelhas e os bois foram expulsos com eles. Isso pode nos levar a supor que a comercialização de animais não era de todo censurável, embora isso também possa ter sido exagerado (conforme versículo seguinte), visto que o lugar comum para esse mercado de animais era o monte das Oliveiras, v. 16.... um mercado (conforme Zc 14:21: “nunca mais haverá comerciantes...”): João não registra a linguagem mais forte que lembra Jr 7:11, como fazem os Sinópticos. Isso, provavelmente, porque sua ênfase é diferente. João vê implicações mais profundas no ato de Jesus, que incluem (cf. v. 18-22) o final do culto no templo, v. 17. O %elo pela tua casa me consumirá-. Conforme Sl 69:9 (as palavras imediatamente seguintes são aplicadas a Cristo em Rm 15:3). O tempo futuro do verbo parece ser a leitura mais aceitável. Isso dá um tom messiânico ao salmo. v. 18. Que sinal miraculoso o senhor pode mostrar-nos\ Aqui está o exemplo de um pedido incorreto de um sinal. Os textos paralelos nos Sinópticos (conforme Mc 11:28) mostram que era uma prova da autoridade de Cristo que os judeus estavam buscando. Jesus não responde explicitamente ao pedido deles, mas, acerca de uma resposta dessas, v.comentário Dt 7:17. Mas, na sua resposta aqui, Jesus fornece um sinal para aqueles que vão prestar atenção no que ele disser. No entanto, até os discípulos só conseguiram entender o que ele quis dizer após a ressurreição, v. 19. Destruam este templo-. Como, aliás, os judeus fariam na sua insensatez não muitos anos depois disso. v. 20. levou quarenta e seis anos para ser edificado'. O templo foi iniciado em 20 a.C. por Herodes, o Grande. Esse ditado, então, parece sugerir que a estrutura estava completa em 27 d.C., isto é, exatamente no período do ministério do Senhor. Sabemos, no entanto, que o templo não foi concluído antes de 64 d.C. Mas não há problema nisso. A pista para a dificuldade aparente pode estar no uso que João faz do grego naos com referência a “templo”, que comumente é distinguido do grego hieron (também traduzido por “templo”; conforme v. 14). Nesse caso, o significado é ou (a) “o santuário interno levou quarenta e seis anos para ser construído...” ou (b) “toda a obra levou quarenta e seis anos, até agora". A segunda, provavelmente, é uma explicação melhor das palavras, v. 21. o templo [...] seu corpo: O corpo de Cristo é uma metáfora que Paulo usa regularmente para se referir à Igreja (conforme Ef 2:21, Ef 2:22). Além disso, assim como num texto paralelo (Mc 11:17) a verdadeira casa de Deus é uma “casa de oração para todos os povos”, assim, por meio do Espírito Santo, o mesmo vai ser verdade no corpo de Cristo — a Igreja. v. 24. Jesus não se confiava a eles (gr. ouk episteuen hauton autois): O conhecimento que Jesus tinha dos homens era absoluto e solidário em virtude da encarnação. Ele conhecia os homens, de fato, com o conhecimento de Deus. Presumivelmente ele viu as imperfeições da fé que eles professavam (v. 23).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 12 até o 22

D. A Primeira Visita a Jerusalém e Judéia. 2:12 - 3:36.


1) A Purificação do Templo. Jo 2:12-22).


Moody - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 18 até o 22

18-22. Tal ação drástica rapidamente desencadeou uma exigência dos judeus (líderes) para que Jesus fornecesse um sinal incontestável de que tinha autoridade para sua conduta. Ele sempre se opunha a tais exigências (Jo 6:30; Mt 16:1). Desta vez contentou-se em apontar para o futuro. Destruí este santuário. O caráter figurativo do pronunciamento está evidente, não apenas em Jo 2:21, mas por causa da completa improbabilidade dos judeus destruírem o seu próprio Templo. Essas palavras não devem ser tomadas como ordem ou convite, mas são naturalmente hipotéticas – "Se vocês destruírem, eu o levantarei".

Em três dias é o equivalente a "no terceiro dia". Aceitando isso literalmente, os judeus sentiram que sua declaração era ridícula, uma vez que o Templo levou quarenta e seis anos para ser construído. Herodes começou a sua reconstrução em 20 A.C. Havia partes que ainda não tinham sido completadas, mas a estrutura estava suficientemente completa para ser mencionada como um edifício. (Com referência ao uso figurativo de santuário em vez de corpo, veja 1Co 6:19.) Esta profecia ajudou a desenvolver a fé dos discípulos, mas só depois da ressurreição do seu Senhor (cons. Jo 12:16).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
III. PRIMEIROS SINAIS E DISCURSOS NA JUDÉIA, SAMARIA E GALILÉIA Jo 2:1-43) -O milagre de Caná foi o primeiro dos "sinais" de Cristo (11). O problema que se nos apresenta é saber se o motivo do evangelista é histórico ou alegórico. O evento tem em si marcos de historicidade, os quais podem ser evidenciados pelos seus minuciosos pormenores. Não há dúvida que tais detalhes históricos facilitam uma interpretação alegórica. A história deste milagre tem, indubitavelmente, sua origem em um incidente que manifesta claramente a glória do Senhor. Enquanto que nenhum discurso segue este "sinal" tal qual verificamos no caso dos outros sinais, o evangelista procura associar o sinal com a interpretação e significado espiritual da "nova era" já operante no mundo. A menção das seis talhas de pedra usadas para as purificações dos Judeus (6, ARA) sugere a purificação messiânica.

Ao terceiro dia (1); isto é, três dias depois do dia referido em Jo 1:43 (ver ARA). Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora (4). Em tal resposta, Jesus não desrespeita sua mãe. O uso da palavra "mulher" não significa, necessariamente, repreensão. Entretanto, sua resposta é uma recusa. A hora de manifestar sua glória ainda não tinha chegado. "Minha hora" aponta também para o significado mais profundo da sua morte e glorificação (Cfr. Jo 7:30; Jo 8:20; Jo 12:23, Jo 12:27). Maria persiste em sua fé, sem abandonar a esperança (5). Então, Jesus ordena aos servos que encham os seis vasos de pedra com água, até transbordar.

As talhas cheias tinham a capacidade de mais de 450 litros. Uma mudança processou-se na água. O mestre-sala (8) prova o vinho, e chamando o noivo, comenta, admirado, da boa qualidade do vinho, e declara que o vinho novo é melhor do que o velho.

Este foi o primeiro dos milagres ou sinais que Jesus operou. Note-se de passagem que esta é a evidência mais segura contrária às histórias apócrifas de milagres operados na infância de Jesus. A palavra grega usada aqui é semeion. É distinta de dynamis que pode ser traduzida como "ato de poder", também de ergon, "trabalho". Os milagres do quarto Evangelho são sempre considerados como sinais, mais do que "atos de poder", ou "trabalhos". Os termos são relacionados por causa dos seus valores evidenciais. Jesus assim manifesta sua glória e proclama a nova "era messiânica". Aquele que aparece em carne será o autor de uma nova ordem mundial. E seus discípulos creram nele (11). A crença resultou do milagre; nos Evangelhos sinóticos, é a crença que condiciona o milagre.

>Jo 2:12

Entre as duas narrativas relatando os dois sinais intercala-se a história de uma visita a Cafarnaum (12). Sendo perto do tempo da celebração da páscoa em Jerusalém, Jesus e os doze viajaram da região montanhosa a esta cidade, que fica ao lado norte do Mar da Galiléia. Cafarnaum é geralmente identificada como a moderna Tell Hum. Nesta viagem, Jesus estava acompanhado por sua mãe e seus irmãos e discípulos.

>Jo 2:13

2. A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO (Jo 2:13-43) -O tempo da páscoa estava próximo, e Jesus, junto com os discípulos, ia subindo a Jerusalém, a fim de participar da festa. Esta é a primeira das páscoas mencionadas neste Evangelho. É ocasião própria para inauguração pública do seu ministério. Jesus visita o templo e encontra, dentro do recinto sagrado, na corte dos gentios, um mercado estabelecido para a venda de animais a serem oferecidos como sacrifícios (14). Lá, os cambistas trocam moedas romanas por judaicas. Jesus sente-se indignado ao máximo por tal profanação do templo de Deus. Tomando um azorrague de vimes entrelaçados, expulsa-os do templo (15). A ira do Cordeiro é uma realidade.

>Jo 2:16

A precisão da narrativa e a exatidão das minúcias indicam uma testemunha ocular. Pela ordem de Jesus, bois e carneiros são expulsos, dinheiro dos cambistas é espalhado no chão, pombos são retirados. Não façais da casa do meu Pai casa de negócio (16). Não podemos deixar de reconhecer os propósitos de Jesus. O ato é messiânico em sentido. "O relato é um comentário sobre Ml 3:1" (Westcott). O Senhor vem inesperadamente ao seu templo. O julgamento começa na casa de Deus. O zelo que Jesus revela é messiânico em caráter. Ele protesta contra a falta de reverência e espiritualidade no culto do templo. Seu ato pode ser interpretado como purificação messiânica de todo o sistema sacrificial, ato este que tem a sanção do zelo profético. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: o zelo da tua casa me consumirá (17). Na palavra consumirá pode haver uma referência à morte de Jesus. "A purificação, da qual este ato é um sinal, depende do sacrifício do seu corpo" (Hoskyns e Davy, The Fourth Gospel).

>Jo 2:18

Os judeus exigem um sinal, pois reconhecem a importância do ato. Pedem um visível atestado da sua autoridade (18). Recebem a resposta em linguagem metafórica, que não entendem: Destruí este santuário e em três dias o reconstruirei (19). Eles o matarão, porém Ele reconstruirá o santuário por eles destruído. A dificuldade neste versículo reside no duplo sentido dos verbos "destruir" e "reconstruir". O verbo "destruir" tem o duplo significado de desfazer, como seja na destruição de um edifício e também da dissolução do corpo. O verbo "reconstruir" aplica-se à construção de uma residência, ou de um santuário. Daí a inferência da ressurreição do corpo. Tendo os verbos dois sentidos, há duas possíveis interpretações. Jesus apresenta o sinal da Sua ressurreição como autoridade para purificar o templo. Os judeus supõem que Jesus se refira literalmente ao templo ainda em construção naquele tempo. Esta construção foi iniciada no ano 20 A. C., e terminada em 63 A. D. Decorreram quarenta e seis anos desde o início da obra, dando ao incidente uma data de 26 ou 27 A. D. Os judeus ainda não pensavam do corpo como templo ou santuário.

Estava Jesus pretendendo, simplesmente, o início de uma nova religião espiritual? O significado deste incidente está ligado com sua posição cronológica. Muitos comentaristas aceitam o acontecimento como fora do seu lugar cronológico e o identificam com o incidente verificado nos Evangelhos sinóticos, realizado no clímax do ministério público de Jesus (Mt 21:12-40; Mc 11:15-41; Lc 19:45-42). Esta identificação se baseia na improbabilidade de dois incidentes diferentes, um no início do ministério e outro no fim. Os dois incidentes têm muitos pontos em comum, entretanto, as minúcias narradas e o caráter apropriado do evento no quarto Evangelho, colocam-no como ato inaugural no ministério de Jesus. A interpretação joanina do incidente confirma sua situação cronológica no início do ministério. A narrativa de João não apresenta nenhum aspecto histórico ou cronologicamente improvável. O evangelista vê imensa significação no fato de que, para ele, o incidente se constitui em a chave da controvérsia entre Jesus e os judeus.

>Jo 2:23

3. O NOVO NASCIMENTO (Jo 2:23-3.21) -O fundo do discurso sobre o novo nascimento consiste na insuficiência de uma crença baseada em sinais externos (23). Jesus não podia confiar naqueles cuja fé era apenas superficial. Tinha conhecimento perfeito de motivação humana (24-25), como se vê na entrevista com Nicodemos.


John Gill

Adicionados os Comentário Bíblico de John Gill, Ministro Batista
John Gill - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 21 até o 23

2:21 - Mas ele falava do templo de seu corpo. Que era antitípico do templo material; e podia ser bem chamado assim, visto que o corpo dos santos também são chamados de templos, 1Co 3:16; 2Co 6:16; e a natureza humana de Cristo é chamado tabernáculo,He 8:2; e ele mesmo, em profecia, é dito ser למקדש, “por um santuário”, ou templo, Is 8:14, e que por causa da plenitude da divindade que habitava nele em seu corpo, as perfeições divinas que enchiam o templo de sua natureza humana, Cl 2:9. E porque aqui, como no templo, Deus concede sua presença, e sua comunhão com seus santos, aceitando suas orações e louvores, e todos os sacrifícios espirituais através dele; e que é um oráculo, o verdadeiro “Urim” e “Tumim”, por quem ele entrega sua inteira mente e vontade ao povo.

2:22 - Quando ele, portanto, levantou dos mortos,... Que foi três anos depois disso:

Seus discípulos lembraram de que ele tinha dito isso a eles;... Ou aos Judeus, ou a eles os discípulos; embora as frases “a eles”, não esteja na 5ulgata Latina, nem em qualquer outra versão Oriental. Os discípulos, eles mesmos eram ignorantes da compreensão da doutrina sobre a ressurreição de Cristo; e também eles continuavam, apesar dele ter dado outras referências a ele, até que ele foi plenamente levantado; e então, eles se lembraram das palavras que usou.

E eles acreditaram a Escritura;... Aquela que fala de sua ressurreição,Sl 16:10, e no terceiro dia,Dn 6:2

E a palavra que Jesus tinha dito;... Concernente a ele se levantar no terceiro dia, e outras, como emMt 16:21; e eles acreditaram nessa palavra igualmente como as Escrituras, concordando com ele, e sendo firmados nela.

2:23 - Agora, quando ele estava em Jerusalém, na páscoa,... Quer ele tenha ido para observá-la, sendo próximo; veja Jo 2:13;

No dia da festividade;... Ou no dia em que o Chagigah era comido, que era às vezes enfaticamente chamado “a festividade”, como emNu 28:16, “e no quarto dia do primeiro mês, é a páscoa do Senhor; e no décimo quinto dia do mês, [é] a festividade”; o cordeiro da páscoa era comido no décimo quarto dia do mês de “Nisã”, e o “Chagigah” era no décimo quinto; no primeiro apenas o cordeiro era comido, no outro, o gado; portanto a menção é feita dos rebanhos, para guardar a páscoa, Dt 16:2. O comentário de Jarchi sobre esse lugar é que o rebanho era para o Chagigah, com o que Talmude[1] concorda; e Jonathan ben Uzziel parafraseia com as palavras,

“E nós mataremos a páscoa diante do Senhor teu Deus, entre as noites, e a ovelha e o gado na manhã, em cada dia, pela alegria da festividade;”

Porque isto foi observado com grande alegria e regozijo: E antes, isto é significado aqui, visto que o “Chagigah” não só é chamada “a festividade”, mas aqui é distinta da páscoa, como está na passagem acima citadaNu 28:16. Porque a páscoa aqui parece ser o nome geral durante os sete dias inteiros do festival; e a festividade ser o banquete particular do primeiro dia da festa que era o décimo quinto dia; para qual pode ser acrescentado, que neste dia todos os machos faziam o aparecimento deles no tribunal;[2] e assim era muito próprio o tempo por Cristo operar os seus milagres, quando havia tantos espectadores: embora possa projetar o tempo inteiro da festividade, todos os sete dias de pão sem fermento; tempo este que Cristo estava em Jerusalém, e operou milagres que tiveram o efeito seguinte:

Muitos acreditaram em seu nome;... De que ele era algum grande profeta, ou o profeta, ou o Messias; eles fizeram uma afirmação histórica a ele como tal, pelo menos por esse momento:

Quando eles viram;... Porque como milagres, de acordo com as profecias do Antigo Testamento, que seria executado pelo Messias, como dar visão aos cegos, fazendo o surdo ouvir, o mudo falar, e o manco caminhar, Is 35:5; assim eram esperados pelos Judeus antigos, que estes seriam operados por ele, quando ele viesse; portanto, estes Judeus vendo tais coisas maravilhosas operadas por Jesus, concluíram que ele devia ser o Messias: embora alguns para eliminar as evidências de que Jesus era o Messias, pelos seus milagres, neguem que os milagres sejam a característica do Messias, ou que fossem executados por ele; pelo menos, não há nenhuma necessidade deles para lhes provar ser ele tal pessoa. Que milagres estes eram, que foram agora operados por Cristo, não é registrado por ele, ou por qualquer outro evangelista; vejaJo 20:30. Porém, estando surpreso com as coisas maravilhosas que ele fez, e na evidência destas obras extraordinárias, havia muitos que concluíam que ele devia ser vindo de Deus; entre estes parece ser Nicodemos; veja Jo 3:2; grande parte destes, pelo menos, alguns deles, sendo apenas crentes nominais e temporários que não seriam confiados junto com os verdadeiros discípulos e seguidores amáveis de Cristo; e que não continuaram com a mesma mentalidade e fé nele, como aparece pelo que segue.


______________
Notas
[1] Pesachim, fol. 70. 2.
[2] Maimon. Hilch. Chagigah, c. 1. seç. 1.




John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25

6. O primeiro milagre de Cristo (João 2:1-11)

No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava ali; e ambos, Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento. Quando o vinho acabou, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm vinho." E Jesus disse-lhe: "Mulher, o que isso tem a ver conosco? Minha hora ainda não chegou". Sua mãe disse aos serventes: "Tudo o que ele diz para você, fazê-lo." Ora, havia seis talhas de pedra ali estabelecidas para o costume judaico de purificação, contendo vinte ou trinta litros cada. Jesus disse-lhes: "Encham os potes com água". Então os encheram até a borda. E disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe dos garçons." Então eles levaram a ele. Quando o maitre provou a água transformada em vinho, e não sabia de onde veio (mas os servos que tinham tirado a água sabiam), o chamou o noivo e disse-lhe: "Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando as pessoas têm bebido bem, então ele serve o vinho mais pobres; mas tu guardaste o bom vinho até agora ". Este início de Seus sinais Jesus o fez em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. (2: 1-11)

Desde a queda, pecadores rebeldes procuraram autonomia de Deus, rejeitá-Lo e colocar-se no centro do universo. No coração da maioria dos sistemas humanísticos da crença é a errada, a crença racionalista de que as pessoas, a partir apenas de si, pode-se construir uma visão de mundo adequada. Por conseguinte, se o homem moderno acredita em um deus em tudo, ele é um de sua própria criação; como alguém observou ironicamente, Deus criou o homem à Sua imagem, eo homem voltou a favor. Deus repreendeu tal orgulho, arrogância pecaminosa no Sl 50:21, declarando: "Você pensou que eu era como você."

Talvez em nenhum lugar está caído propensão pecaminosa do homem para a criação de Deus à sua imagem ilustrada com maior clareza do que na chamada "busca do Jesus histórico" que dominou a teologia liberal XIX século. Com base em seus pressupostos anti-Sobrenaturalistic, os críticos
Acredita que o verdadeiro Jesus deve ter sido uma pessoa comum com nada de sobrenatural ou divino sobre ele. Sua vida deve se enquadrar em padrões humanos comuns, e ser explicável em categorias puramente humanos. Para essas pessoas, a frase "Jesus histórico" significava claramente um Jesus não sobrenatural. Eles acreditavam ainda que, se os Evangelhos foram examinadas criticamente, essa imagem de Jesus iria surgir a partir deles. (I. Howard Marshall, eu creio no Jesus histórico [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 110-11)

Não é de surpreender que aqueles que começam por assumir o reino sobrenatural não existe acabar com um Jesus puramente humana. (Tal absurdo blasfemo sob o disfarce de bolsa de estudos encontra sua contraparte moderna no "Seminário de Jesus", cujos membros, tal como os seus antecessores do século XIX, também tentam reinventar Jesus para caber sua visão de mundo anti-sobrenatural.) No entanto, apesar do raciocínio falho em que foram baseadas, o século XIX viu um desfile interminável de "vidas" de Jesus, cada interpretação Ele em consonância com o que quer que especial visão de mundo do autor aconteceu a abraçar.
Mas todas as tentativas de explicar Jesus como um mero homem não conseguem explicar os fatos de sua vida, a morte (por que alguém iria querer crucificar o inócuo sábio, politicamente correta inventada pelos críticos racionalista desafia qualquer explicação), e ressurreição. Na Encarnação, Deus entrou no reino natural em um corpo humano. Por isso, é impossível remover os elementos miraculosos da vida de Jesus, como os críticos anti-sobrenaturalista tentaram fazer. O Jesus de Nazaré histórico e do Cristo divino estão inseparavelmente ligados, pois eles são uma ea mesma pessoa. Jesus foi e é o Deus-homem.

Os milagres realizados por Jesus constituem uma das provas mais poderosos e convincentes de sua divindade (3:. 2; conforme Mt 11:1-5; At 2:22). De acordo com o seu tema de apresentar Jesus como a encarnação do Deus-homem, João cataloga oito sinais miraculosos que ele realizava. Essa lista é, naturalmente, de forma exaustiva; houve certamente muitas ocasiões quando ele fez mais de oito milagres em um dia. Dos inúmeros milagres que Cristo realizados (conforme 20:30; 21:25), João estas selecionadas oito como exemplos que provam a Sua divindade. Não é a quantidade de milagres que importa, ou Deus teria dado esse número. É a qualidade de todos os milagres, como um ato sobrenatural, que prova que Jesus é. Esta passagem descreve o primeiro desses oito milagres, que também foi o primeiro milagre que Jesus fez no início do seu ministério público (que João registra nos capítulos 2:12). Ela pode ser dividida em quatro pontos: a cena, a situação, o fornecimento, eo significado.

O Scene

No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava ali; e ambos, Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento. (2: 1-2)

A frase do terceiro dia remete para a chamada de Filipe e Natanael na passagem anterior (1: 43-51). É o último de uma série de indicadores de tempo (conforme 1:29, 35,
43) que sugerem os eventos de João entrevista de João Batista com as autoridades judaicas (1: 19-28) para o casamento em Caná ocorreu dentro do espaço de uma semana.

Cana da Galiléia é, provavelmente, a ser identificado com moderna Khirbet Qana, uma ruína desabitada cerca de nove quilômetros ao norte de Nazaré. Jesus e seus discípulos poderiam ter facilmente alcançado Cana no terceiro dia depois de deixar a vizinhança do rio Jordão. Assim, não há necessidade de especular, como em alguns países, o que indica terceiro dia ao terceiro dia do casamento festa.

Um casamento foi um grande evento social na Palestina do primeiro século, e da celebração pode durar até uma semana. Ao contrário de casamentos modernos, que são tradicionalmente pagos pela família da noiva, o noivo era responsável pelas despesas da festa. O casamento marcou o ponto culminante do período de noivado. Durante esse período, o que muitas vezes durou vários meses, o casal foi considerado legalmente homem e mulher (Mateus 1:18-19. Refere-se a José como esposo de Maria durante o seu período de noivado), e apenas um divórcio poderia terminar o noivado (conforme Mt 1:19). Eles não, no entanto, vivem juntos ou consumar o casamento durante esse período (conforme Mt 1:18). Na noite da cerimônia (geralmente uma quarta-feira), o noivo e seus amigos iam para a casa da noiva. Eles, então, acompanhá-la e seus assistentes para a casa do noivo, onde a cerimônia e banquete seria realizado (conforme Mt 25:1-10.). Toda a celebração terminou com o casamento real.

A mãe de Jesus (João nunca se refere a Maria pelo nome em seu evangelho) foi neste casamento particular. Que ela e Jesus atendeu sugere que os parentes de casamento envolvido ou amigos da família.Isso explicaria por que Maria parece ter sido mais do que apenas um convidado, mas aparentemente tinha alguma responsabilidade de ajudar a família do noivo durante a celebração. Por exemplo, ela estava ciente da situação sobre a falta de vinho, e tomou a iniciativa de resolver o grave problema. A terminologia diferente usado em relação a Maria (ela estava lá ) e Jesus e seus discípulos (eles foram convidados ) também sugere que ela tinha algum papel no serviço durante o evento. Desde José não é mencionado (a última vez que ele aparece nos Evangelhos está no relato da viagem a Jerusalém quando Jesus tinha doze anos [Lucas 2:41-50]), pode ser que ele já estava morto. Na crucificação Jesus cometeu Maria aos cuidados do apóstolo João (João 19:26-27), então José foi certamente morto até então.

Como Jesus e os discípulos receberam o convite não é declarado. Alguns sentiram, sem provas, que poderia ter sido proferido por Natanael, que era de Cana (21: 2). O mais provável, no entanto, Jesus foi a Nazaré, e não recebeu o convite. Os discípulos foram, sem dúvida, foi convidado por causa de sua ligação com Jesus, uma vez que apenas Natanael era da vizinhança de Cana.

Ao participar de um casamento e realizar seu primeiro milagre lá, Jesus santificou tanto a instituição do casamento e da própria cerimônia. O casamento é a união sagrada entre um homem e uma mulher em que eles se tornam um aos olhos de Deus. A cerimônia é um elemento essencial dessa união, porque nela o voto casal publicamente para permanecer fiéis um ao outro. Tanto o Antigo Testamento (por exemplo, Gen. 29: 20-23; Jz 14:10; Rute. 4: 10-13; Canção do Ct 3:11.) E do Novo Testamento (por exemplo, Mt 22:2; Lc 14:8.). Em vez de ser uma voz no deserto, Jesus teve a tarefa mais difícil de se socializar socialmente com as pessoas e ministrando a eles em suas atividades diárias.

O Situation

Quando o vinho acabou, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm vinho." E Jesus disse-lhe: "Mulher, o que isso tem a ver conosco? Minha hora ainda não chegou". Sua mãe disse aos serventes: "Tudo o que ele diz para você, fazê-lo." (2: 3-5)

Wine foi a bebida grampo no antigo Oriente Próximo. Devido ao clima quente e à falta de qualquer meio de refrigeração ou de purificação, suco de frutas tendem a fermentar. O resultado foi uma bebida alcoólica com a capacidade de induzir a embriaguez. Para ajudar a evitar o risco de embriaguez, o vinho era comumente diluído com água para um terço a um décimo de sua força. Embora a Bíblia não proíbe beber vinho, e em alguns casos, recomenda-lo (por exemplo, Sl 104:1:. 14-15; Pv 31:1; Jr 31:12; 1Tm 5:231Tm 5:23), condena fortemente embriaguez (Gênesis 9:20-27; Dt 21:20-21; Pv 20:1; 1Co 5:111Co 5:11; 1Co 6:10; Gl 5:21; 1Tm 3:31Tm 3:3; Fm 1:1; Tt 2:3, Lc 1:35), os pastores (Lucas 2:8-18), Simeão (Lucas 2:25-35 ), e Anna (Lucas 2:36-38), tendo as meditava em seu coração ao longo dos anos (Lc 2:19). Ela tinha experimentado Sua vida sem pecado e sua perfeição como Ele tinha "mantido crescendo em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens" (Lc 2:52). Ela também pode ter ouvido falar de João recente testemunho público do Batista sobre Ele (1: 26-27, 29-34, 36), confirmando o que ela conhecia. Pode ser que ela estava levando Jesus para revelar-se publicamente como o Messias que ela sabia que ele seja.

A resposta de Jesus abrupta e surpreendente, "Mulher, por que é que isso tem a ver conosco" sinalizou uma grande mudança em seu relacionamento. A mulher era uma educada, mas não íntimo, forma de tratamento (conforme 04:21; 19:26 ; 20:13, 15;. Mt 15:28; Lc 13:12), bem como o Inglês palavra "senhora". A resposta de Jesus, "O que é que isso tem a ver conosco" (lit., "O que para mim e para você") é uma expressão idiomática (conforme Jz 11:12; 2Sm 16:102Sm 16:10; 2Sm 19:22; Lucas 11:27-28) .

A frase "Minha hora ainda não chegou" refere-se a morte de Jesus e glorificação (7: 6, 8, 30; 08:20; 12:23, 27; 13 1:16-32; 17: 1; Mt 26:18, Mt 26:45; Mc 14:35, Mc 14:41). Isso apóia a possibilidade de que Maria foi conscientemente pedindo a Jesus para revelar-se, nesse momento, uma vez que Ele, durante anos, na plenitude da idade madura. Jesus deixou claro que Ele iria agir de acordo com o calendário de Deus, decretou antes da fundação do mundo, não dela ou de qualquer homem (conforme 7: 2-8). Não era a hora marcada para glória messiânica de Jesus a ser revelado; ainda o milagre que Ele iria realizar faria o seu divino poder inconfundível, e visualizar a sua glória por vir. A hora escura da cruz precederia a revelação plena em Seu reino messiânico gloriosa onde o vinho, emblemático de júbilo e alegria, serão abundantes:

"Eis que vêm dias", declara o Senhor ", quando o lavrador vai ultrapassar o ceifeiro e que pisa as uvas ao que lança a semente;. Quando as montanhas vai escorrer vinho doce e todos os outeiros serão dissolvidos Também vou restaurar o cativeiro o meu povo Israel, e eles vão reconstruir as cidades assoladas, e nelas habitarão;. eles vão também plantarão vinhas e beberão o seu vinho, e farão pomares e lhes comerão o fruto " (13 30:9-14'>Amós 9:13-14; conforme Is 25:1; Jr 31:12; Jl 3:18)

Sem se deixar abater pela repreensão leve (conforme Mat. 15: 22-28), e ciente de que ele não estava dizendo não ao pedido, Maria disse aos serventes: "Tudo o que ele diz para você, fazê-lo." Ela imediatamente virou-se para os servos, antecipando que Ele iria responder. Os funcionários foram diakonois (a partir do qual a palavra Inglês "diáconos" [1Tm 3:8] deriva), não doulois ("escravos"), sugerindo que eles não eram escravos ou empregados domésticos. O mais provável é que, como Maria, eram a família e amigos que ajudam com a celebração. Sua carga que lhes era necessário, uma vez que poderia ter hesitado em seguir as instruções estranhas que iriam receber a partir de um convidado.

O Fornecimento

Ora, havia seis talhas de pedra ali estabelecidas para o costume judaico de purificação, contendo vinte ou trinta litros cada. Jesus disse-lhes: "Encham os potes com água". Então os encheram até a borda. E disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe dos garçons." Então eles levaram a ele. Quando o maitre provou a água transformada em vinho, e não sabia de onde veio (mas os servos que tinham tirado a água sabiam), o chamou o noivo e disse-lhe: "Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando as pessoas têm bebido bem, então ele serve o vinho mais pobres; mas tu guardaste o bom vinho até agora ". (2: 6-10)

As talhas de pedra eram, como João explicou para o benefício de seus leitores gentios, usado para o costume judaico de purificação. lavagens cerimoniais eram parte integrante do judaísmo do primeiro século:

Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar cuidadosamente as mãos, observando-se, assim, as tradições dos anciãos; e quando voltam do mercado, eles não comem sem se purificar; e há muitas outras coisas que receberam para observar, como a lavagem de copos e jarros e panelas de cobre. (Marcos 7:3-4)

Os judeus usavam talhas de pedra para segurar a água utilizada para a purificação ritual porque acreditavam que, ao contrário de panelas de barro (Lv 11:33), eles não se tornou impuro. Ao contrário do menor usado pela mulher samaritana para tirar água de um poço (4:28), estes eram grandes vasos, contendo vinte ou trinta litros cada. Tal uma grande quantidade de água era necessário não só para acomodar os convidados, mas também porque os utensílios para cozinhar e comer tinha que ser lavado (Mc 7:4; Ef 5:18; 1 Tessalonicenses 5:. 1Ts 5:7; Ap 17:2).

O Significado

Este início de Seus sinais Jesus o fez em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. (2,11)

O resultado deste início (ou primeiro) de Jesus sinais era duplo. Primeiro, Ele manifesta a Sua glória (cf. 1,14); isto é, Ele colocou a Sua divindade em exposição. Jesus sinais não eram simplesmente exibe poderosos de compaixão, mas foram projetados para revelar quem ele realmente era, uma vez que Deus inequivocamente manifesta no trabalho (conforme 2:23; 3: 2; 4:54; 6: 2, 14; 7 : 31; 09:16; 20:30; At 2:22).Sinais, milagres e prodígios, no entanto, não necessariamente convencer as pessoas a acreditar no Senhor, e o evangelho (2: 23-25; 0:37; 15:24; Matt. 11: 20-24; Mt 13:58; Lc 16:31). A dedução óbvia de que Ele era o Messias escapou-los; eles viram o sinal, mas errou o que apontou. Como ele faz com todos os incrédulos, Satanás "[suas] mentes cego ... para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2Co 4:4.).

Seus discípulos, no entanto, creram nele. Depois de ouvir João testemunho de João Batista que Jesus era o Messias (01:34), depois de ouvir as próprias palavras de Jesus (01:
39) e creram nele (1:41), eles agora viu confirmação em primeira mão milagrosa de que a fé. Muitos outros, lendo este evangelho de João, viria a acreditar, como eles fizeram. E esse foi o propósito de João, por escrito, não só a seu relato deste milagre, mas também todo o seu evangelho: "Portanto, muitos outros sinais Jesus também realizadas na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "(20: 30-31).

7. Jesus Mostra Sua Divindade (João 2:12-25)

Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe e seus irmãos e seus discípulos; e eles se hospedaram há alguns dias. A Páscoa dos judeus estava próxima, e Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados em suas mesas. E Ele fez um azorrague de cordas e expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois; e Ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas; e para aqueles que vendiam as pombas Ele disse: "Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai um lugar de negócios." Seus discípulos lembraram-se do que está escrito: "O zelo por tua casa me consome." Os judeus disse-lhe então: "Que sinal Você nos mostra como sua autoridade para fazer essas coisas?" Jesus respondeu-lhes: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei". Os judeus, em seguida, disse: "Demorou 46 anos para construir este templo, e tu o levantarás em três dias?" Mas ele falava do templo do seu corpo. Então, quando ele foi ressuscitado dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que Ele disse isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito. Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. (2: 12-25)

Não há questão mais importante do que: "Quem é Jesus Cristo?" Suas implicações são profundas e seu significado incomparável. Simplesmente posando ele evoca imediatamente uma vasta gama de emoções-de hostilidade para fervorosa adoração. Meramente contemplando não basta-it é uma pergunta que deve ser respondida. E respondê-la de forma incorreta, não importa o que a desculpa, acaba por conduzir a devastação eterna.

Ao longo da história, essa questão tem suscitado muita confusão e debate. Tal era mesmo verdade no tempo de Jesus. Quando Ele perguntou: "Quem dizem que o Filho do Homem?" (Mt 16:13), os discípulos listadas várias possibilidades populares: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; mas outros ainda, Jeremias ou um dos profetas" (v. 14). Há, no entanto, apenas uma resposta correta à pergunta de Jesus, e Pedro deu quando ele disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v. 16).

Escritura reafirma abundantemente avaliação de Pedro da verdadeira identidade de Cristo. Ele é chamado de "Deus" (Jo 1:1; Jo 20:28; Rm 9:5.), "Nosso grande Deus e Salvador" (Tt 2:13; 2Pe 1:12Pe 1:1; conforme Ex 3:14), o "primeiro e último" (Ap.. 01:17; 22:13; conforme Is 44:6), o "Senhor dos senhores" (Ap 17:14; conforme Dt 10:17), e "Alfa e Ômega.. "(Ap 22:13; conforme Ap 1:8); Ele existe na forma de Deus, e é a "representação exata de sua natureza" (Fm 1:2). (He 1:3; He 1:3; Ex 20:11; Is 40:28); e "nele toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (Cl 2:9; conforme Is 43:25; Dn 9:9; Jo 11:25), e recebe o culto reservado para Só Deus (Fp 2:10 [conforme Is 45:23.];. 14:33 Matt;. conforme Mt 4:10.).Claramente, a evidência bíblica leva a uma única conclusão possível: Jesus Cristo é Deus.

Apesar da clareza inconfundível das Escrituras, há alguns céticos que negam essas afirmações claras. Em suas opiniões incrédulos, o Cristo da Escritura é uma figura mítica, inventada por seus seguidores. O "real" ou "histórico" Jesus de Nazaré, argumentam eles, era um crítico social, filósofo cínico itinerante, sábio, mas politicamente correto definitivamente não é o Messias, o Filho de Deus, o Deus encarnado em carne humana. Richard N. Longenecker observa que de acordo com o "Seminário de Jesus", por exemplo,
Jesus era um camponês judeu carismático cínico-like, cujo ensino era espirituoso, inteligente e contracultural, mas não escatológico e, certamente, não focado em si mesmo. Todos os retratos de Jesus de natureza messiânica, sacrificial, redentora, ou escatológico nos Evangelhos (e no resto do Novo Testamento) são os produtos da teologia da igreja mais tarde, que cresceram em torno da figura desse professor cínico-like Mediterrâneo e transformou-o em uma figura de culto. ( o Jesus da história eo Cristo da Fé: Algumas reflexões contemporâneas [www.mcmaster.ca/mjtm/2-51.htm])

Para chegar a suas conclusões, esses céticos audaciosamente causa nem a confiabilidade do Novo Testamento ou a honestidade dos discípulos de Jesus. Mas o Novo Testamento é o documento mais bem atestada desde a antiguidade. Há muito mais manuscritos antigos do Novo Testamento na existência hoje do que de qualquer outra escritura antiga, e o intervalo de tempo entre eles e os documentos originais é muito mais curto. Assim, "para ser cético em relação ao texto resultante dos livros do Novo Testamento é a de permitir que todos os da antiguidade clássica a escorregar no esquecimento, para não existem documentos do período antigo são bem atestada bibliograficamente como o Novo Testamento" (João Warwick Montgomery, História eo cristianismo [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1974], 29).

A visão de que os seguidores de Jesus inventou a história bíblica de Sua vida também está muito aquém de credibilidade. Afinal, o que eles ganham com isso? Os apóstolos suportaram prisão, espancamentos, prisão, exílio, e do martírio; ea igreja primitiva enfrentou a oposição amarga pontuada por explosões de perseguição selvagem. Eusébio, o pai da igreja do século IV, apontou o absurdo de afirmar que os discípulos eram enganadores:
Gostaria de perguntar, então, onde seria o sentido em suspeitar que ouvem [ética de Jesus] ensino, que também eram mestres em tal instrução, inventou seu relato do trabalho de seu Mestre? Como é que é possível pensar que eles eram todos de acordo para mentir? ... Nenhum argumento pode provar que uma tão grande grupo de homens eram indignos de confiança, que abraçou uma vida santa e piedosa, considerados seus próprios negócios como de nenhuma conta .. . escolheram uma vida de pobreza, e levou a todos os homens a partir de uma boca de uma conta consistente de seu Mestre .... Venha, diga-me, se tal empreendimento projetado por esses homens que mantêm juntos? ... De onde veio, entre uma tripulação de tantas, uma harmonia de malandros? De onde vem a sua prova geral e consistente sobre tudo, e seu acordo até a morte? ... Certamente todos tinham visto o fim de seu professor, e a morte a que Ele veio. Por que, então, depois de ver seu fim miserável que eles ficam no seu terreno? Por que eles construir uma teologia sobre Ele, quando Ele estava morto? Será que eles desejam partilhar o seu destino? Ninguém certamente em razão razoável escolheria tal punição com os olhos abertos. ( A Prova do Evangelho, III.5.110, 111.

Crítica devastadora de Eusébio da opinião de que os discípulos eram enganadores continua durante todo o capítulo 5 do livro III.)

A presença de numerosas testemunhas oculares de Jesus 'de vida muitos deles hostil também teria tornado impossível para os seus discípulos para espalhar mentiras sobre ele. Por exemplo, se Ele não tivesse ressuscitado dos mortos como seus seguidores disseram, Seus inimigos poderia simplesmente ter apresentado o seu corpo. Se o tivessem feito, a fé cristã teria imediatamente entrou em colapso (conforme 1Co 15:14). Além disso, os relatos dos evangelhos foram terminadas enquanto muitas dessas testemunhas oculares ainda estavam vivos. Tinha os escritores do evangelho mentiu sobre o que Jesus disse ou fez, essas testemunhas oculares poderia facilmente ter exposto suas fabricações.

Outros pontos de vista, isto blasfemas Jesus era um mentiroso, um lunático, ou um místico-fare há melhor; eles absolutamente não conseguem explicar o Seu caráter nobre como revelado no Novo Testamento. Por exemplo, historiador da igreja Filipe Schaff responde a acusações de que Jesus era um mentiroso (conforme Jo 8:46):

Como, em nome da lógica, bom senso e experiência, poderia um impostor, isto é um enganador, egoísta, depravado man-ter inventado, e consistentemente mantido a partir do começo ao fim, o caráter mais puro e nobre conhecido na história com a mais de ar perfeito de verdade e realidade? Como ele poderia ter concebido e realizado com sucesso um plano de beneficência sem igual, grandeza moral, e sublimidade, e sacrificou sua própria vida por ele, em face dos preconceitos mais fortes de seu povo e idades? (Citado em Josh McDowell, Evidência que Exige um Veredito, Volume 1 [San Bernardino, Calif .: Aqui está a Vida, 1986], 106)

CS Lewis energicamente rejeita a noção de que Jesus era um louco:
A dificuldade histórica de dar para a vida, provérbios e influência de Jesus qualquer explicação que não é mais difícil do que a explicação cristã, é muito grande. A discrepância entre a profundidade e sanidade e (deixe-me acrescentar) astúcia de seu ensino moral e da megalomania desenfreada que deve estar por trás de seu ensinamento teológico, a menos que Ele é realmente Deus, nunca foi obtido satisfatoriamente over. Daí as hipóteses não-cristãos se sucedem com a fertilidade inquieto de perplexidade. ( Miracles [New York: Macmillan, 1972], 113. itálico no original).

Ele também é um absurdo para ver Jesus como um místico, cuja pretensão de ser Deus não era notável já que todo mundo é Deus. Embora tais afirmações são comuns nas religiões orientais, eles teriam sido totalmente estranho para judaísmo do primeiro século. Longe de acolher Jesus como um guru iluminado, os judeus estavam indignados com a sua afirmação de divindade. Como resultado, eles acusaram de blasfêmia (10:33; conforme 5:
18) e crucificaram para reivindicar igualdade com o único Deus (Mateus 26:65-66.).

A única opinião que explica adequAdãoente a vida de Jesus perfeito, ensinamento profundo, a morte sacrificial e ressurreição milagrosa é a bíblica de um saber, que Jesus veio como o Deus encarnado.Todos os outros pontos de vista totalmente em colapso sob exame.
O apóstolo João caminhou com Jesus desde o início de seu ministério terreno. Ele viu seus milagres, ouviu seus ensinamentos, e observado sua vida a partir de um ponto de vista íntimo compartilhado apenas por Pedro e Tiago. Assim, ele escreveu seu evangelho para que seus leitores entendessem verdadeira identidade de Jesus como o Filho de Deus em carne humana (20:31).
Nesta passagem, João continua este tema através de três vinhetas que ilustram cada um aspecto da divindade de Cristo. Individualmente, eles mostram sua paixão pela reverência, Seu poder de ressurreição, e sua percepção da realidade. Coletivamente, eles ressaltam a realidade inescrutável de Sua natureza divina.

Paixão de Jesus para Reverence

Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe e seus irmãos e seus discípulos; e eles se hospedaram há alguns dias. A Páscoa dos judeus estava próxima, e Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados em suas mesas. E Ele fez um azorrague de cordas e expulsou todos do templo, com as ovelhas e os bois; e Ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas; e para aqueles que vendiam as pombas Ele disse: "Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai um lugar de negócios." Seus discípulos lembraram-se do que está escrito: "O zelo por tua casa me consome." (2: 12-17)

A Festa de Páscoa comemorou a libertação de Israel da escravidão no Egito, quando o Senhor morto, por seu anjo da morte, os primogênitos dos egípcios, mas passou por cima das casas dos israelitas (Ex. 12: 23-27). Foi comemorado anualmente no décimo quarto dia de Nisan (março / abril). Naquele dia, 3:12 — 18:12, os cordeiros foram abatidos e a refeição da Páscoa comido. Em obediência ao Êxodo 23:14-17Jesus subiu a Jerusalém para observar tanto a Páscoa ea Festa dos Pães Ázimos, que imediatamente seguida (conforme Ez 45:21; Lc 22:1) . Este é o primeiro de três Páscoas mencionados no Evangelho de João (conforme 6: 4; 11:55).

Após a sua chegada, Jesus teria encontrado Jerusalém repleta de peregrinos judeus de todo o mundo romano, lá para celebrar este lugar de festas judaicas. Por causa das multidões que vieram, a Páscoa significa um grande negócio para os comerciantes baseados em Jerusalém. No templo complexo, onde haviam se estabeleceu (provavelmente no pátio dos gentios), os vendedores foram vendendo bois, ovelhas e pombas, e que o dinheiro trocadores sentados em suas mesas. Desde que era impraticável para quem viaja de terras distantes para trazer seus próprios animais, os comerciantes venderam-os animais necessários para a preços muito inflacionados-at sacrifícios. Os cambistas também forneceu um serviço necessário. Cada homem judeu 20 anos de idade ou mais tinha que pagar o imposto anual do templo (13 2:30-14'>Ex. 30: 13-14.; Mt 17:24-27). Mas poderia ser pago apenas usando moedas judaicas ou de Tiro (por causa da pureza de seu conteúdo de prata), então os estrangeiros tinham de trocar seu dinheiro por moedas aceitável. Porque eles tinham um monopólio no mercado, os cambistas cobrada uma taxa exorbitante para os seus serviços (tão alto quanto 12,5 por cento [FF Bruce, O Evangelho de João(Grand Rapids: Eerdmans, 1983), 74]).

O que começou como um serviço para os adoradores tinha, sob o governo corrupto de os príncipes dos sacerdotes, degenerou em exploração e usura. Religião havia se tornado externo, crasso, e materialista;o templo de Deus tornou-se um "covil de salteadores" (Mt 21:13).

Enquanto inspecionava os fundamentos sagrados do templo se transformou em um bazar, Jesus estava chocado e indignado. A atmosfera de adoração que convinha ao templo, como o símbolo da presença de Deus, estava completamente ausente. O que deveria ter sido um lugar de reverência e adoração sagrado tornou-se um lugar de comércio abusivo e superfaturamento excessivo. O som de louvor sincero e fervorosas orações haviam sido abafada pelo berrando de bois, o balido das ovelhas, o arrulhar de pombos, e o regateio alto de fornecedores e seus clientes.
Percebendo que a pureza da adoração no templo era uma questão de honra para Deus, Jesus tomou a ação rápida e decisiva. Fazendo um azorrague de cordas (provavelmente daqueles usados ​​para amarrar os animais), Ele levou todos os mercadores do templo, juntamente com o seu ovelhas e bois. Além disso, ele derramou as moedas dos cambistas e derrubou as mesas um feito surpreendente para um homem à luz da resistência que deve ter vindo.

Exibição de força de Jesus teria imediatamente criou um pandemônio no pátio do templo: os vendedores de animais freneticamente perseguindo seus animais, que estavam em execução sem rumo em todas as direções; os cambistas assustados (e, sem dúvida, alguns dos espectadores) lutando desesperAdãoente no chão para pegar suas moedas; aos que vendiam as pombas apressAdãoente removendo suas caixas como Jesus lhes ordenara; as autoridades do templo correndo para ver o que toda a comoção era sobre. No entanto, Jesus não era nem cruel para os animais (aqueles que se opõem ao seu uso moderado de força sobre eles nunca animais agrupados), nem demasiado severa com os homens. Aparentemente, o tumulto foi contido Ele criou o suficiente para não alertar a guarnição romana estacionados em Fort Antonia, que tem vista para os jardins do templo. Romanos Assistindo pode ter encontrado alguma satisfação neste ataque ao sistema do templo e seus líderes, que lhes deram tanta dor.

Ao mesmo tempo, a intensidade de sua justa indignação era inconfundível. Cristo não toleraria qualquer zombaria do espírito da verdadeira adoração. Suas palavras indignadas aos que vendiam pombas: "Tirai daqui estas coisas; parar de fazer casa de meu Pai um lugar de negócios", aplicada a todos os que estavam poluindo o templo e corrompendo a sua Proposito. A referência de Jesus a Deus como seu pai era um lembrete tanto da Sua divindade e Seu caráter messiânico; Ele era o Filho Fiel purgar Seu Pai casa de seu culto impuro (uma ação que prefigura o que Ele vai fazer novamente na Sua segunda vinda [Malaquias 3:1-3; conforme Zc 14:1; Marcos 11:15-18.; Lucas 19:45-46). Alguns comentaristas afirmam que João está realmente se referindo aqui para que a limpeza mais tarde, tendo se mudado para a conta fora da sequência cronológica. Em vez de colocar corretamente esta história no final do ministério de Jesus, eles argumentam, João colocá-lo aqui, assim, Jesus purificou o templo só uma, nem duas. Mas as suas explicações sobre o porquê João teria perdido um evento tão significativo são, em última análise convincente. A limpeza registrado nos Evangelhos Sinópticos teve lugar durante a semana da Paixão; a registrada por João veio no início do ministério público de Jesus (conforme Jo 2:11-13).

Os detalhes das duas contas também diferem significativamente. Nos sinópticos, Jesus cita o Antigo Testamento como a Sua autoridade (Mt 21:13;. Mc 11:17; Lc 19:46); em João Ele usa suas próprias palavras (2:16). Além disso, João não menciona «proibição contra o uso do templo como um atalho (Mc 11:16), nem de Jesus Jesus significativa declaração judicial:" Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos! " (Mt 23:38). E os Sinópticos não mencionam desafio notável de Jesus: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (Jo 2:19) —embora eles se referem a ele nas contas de seu julgamento perante o Sinédrio (Matt . 26:61; Mc 14:58; conforme Mt 27:39-40; Marcos 15:29-30.). À luz dessas diferenças, é difícil ver como ambos os escritores sinóticos e João poderia estar se referindo ao mesmo evento. (Para uma discussão mais aprofundada da segunda purificação do templo de Jesus, veja meus comentários sobre Mateus 27:39-40 em Mateus 24:28, O MacArthur New Testament Commentary Series [Chicago: Moody, 1989], 258-60).

Assistindo com espanto como o seu Mestre dispersou os mercadores do templo, os seus discípulos lembraram que ele foi escrito no Sl 69:9; He 9:27.). RCH Lenski observa,

A popa e santo Cristo, o indignado, poderoso Messias, o Mensageiro da Aliança de quem está escrito: "Ele purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e prata, que eles podem oferecer ao Senhor uma oferta de justiça ", não é agradável para aqueles que querem apenas um Cristo suave e doce. Mas o recorde de João aqui ... retratar [s] o zelo ardente de Jesus, que veio com tal eficácia súbita e tremenda que, antes de este homem desconhecido, que não tinha mais autoridade do que sua própria pessoa e da palavra, esta multidão de comerciantes e cambistas, que pensei que eles estavam totalmente dentro dos seus direitos na condução de seus negócios no pátio do Templo, fugiram desordenAdãoente como um monte de meninos impertinentes. ( A Interpretação dos Evangelho de São João [Reprint; Peabody, Mass .: Hendrickson, 1998], 207)

Como Davi, que escreveu o messiânico Salmo 69, o zelo de Jesus para a adoração pura encontrou expressão em Sua preocupação com a casa de Deus. E também como Davi, Jesus sofreu como resultado, pessoalmente, sentindo a dor, quando seu pai foi desonrada. A segunda metade do Sl 69:9; At 21:28; At 24:6, At 5:26), representantes de Sinédrio, ou ambos. Chegando para investigar a comoção no pátio do templo, eles exigiram a Ele, "Que sinal Você nos mostra como sua autoridade para fazer essas coisas?" A pergunta não era um pedido de informação, mas um desafio à sua autoridade. Jesus tinha tomado para si a ignorar o seu domínio e regular as atividades do templo, e eles queriam um milagroso sinal como prova de sua autoridade para fazê- lo.

Curiosamente, embora eles desafiaram Seu direito de fazer o que Ele fez, as autoridades judaicas não prender Jesus. Surpreso por sua exposição corajosa de autoridade, eles podem ter se perguntado se Ele fosse um profeta, como João Batista. Sua procura de um sinal, no entanto, era uma tolice; o ato messiânica de, sozinho, a limpeza do templo era em si um sinal claro de que Deus tinha uma mensagem para eles. Em sua incredulidade de coração duro, os líderes judeus pediram repetidamente por esses sinais, mas eles nunca aceitou os que foram dadas. Como João escreveu mais tarde: "Mas, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele" (João 0:37). O facto de as autoridades do templo exigiu um sinal também expôs a maldade de seus corações. Eles sabiam que a sua comercialização gananciosos, corruptos da adoração no templo estava errado, mesmo que eles obstinAdãoente se recusou a admitir isso.
Resposta enigmática de Jesus, "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei", confundiu as autoridades judaicas (e, por enquanto, seus próprios discípulos, bem como, v. 22). Como Suas parábolas (conforme 13 10:40-13:11'>Mt 13:10-11., Lc 8:10), esta declaração velada judicialmente ocultou a verdade dos incrédulos hostis, cuja cegueira espiritual resultou de sua própria incredulidade e rebelião contra Deus.('Incapacidade de compreender Jesus' incrédulos mensagem é um tema que percorre todo o evangelho de João, por exemplo, 3: 3-4; 4: 14-15; 6: 32-35, 51-52; 7: 34-36; 8: 51-53, 56-57; 10: 1-6).

As autoridades foram surpreendido com a resposta de Jesus. Sua resposta revela uma mistura de choque e indignação: "Demorou 46 anos para construir este templo, e tu o levantarás em três dias?" Otemplo da época de Jesus não era o templo de Salomão, que os babilônios tinham destruído (Ed 5:12). Pelo contrário, era o templo pós-exílico, reconstruída após o cativeiro babilônico tinha acabado, sob a liderança de Zorobabel, Josué, Ageu e Zacarias (Esdras 1:6). Muitos séculos depois, por volta de 20 aC, Herodes, o Grande começou uma extensa reconstrução e ampliação do templo pós-exílico.Ironicamente, esses esforços de reconstrução não foram concluídas até pouco antes do D.C 70, quando o próprio templo postexilic foi destruída pelos romanos.

Os judeus ficaram incrédulos; como poderia Jesus possivelmente realizar em três dias de trabalho que já tinha tomado 46 anos e ainda não tinha terminado? Como a conta de seu julgamento, alguns anos depois diante do Sinédrio indica (Mt 26:61;. Mc 14:58), as autoridades judaicas perdeu completamente o ponto da declaração de Jesus, incorretamente aplicá-lo para o templo de Herodes. Mas como João aponta, Jesus estava falando do templo do seu corpo. O sinal que lhes daria seria muito maior do que simplesmente reconstruir um edifício destruído:

Uma geração má e adúltera pede um sinal; e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas; Pois, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim será também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. (Mateus 12:39-40; conforme Mt 16:4.); e Sua ressurreição como o Senhor triunfante seria estabelecer as bases para um novo templo, espiritual, em seu lugar, ou seja, a igreja (1 Cor 3: 16-17; 2Co 6:162Co 6:16; Ef. 2: 19-22.). .

Ao longo de seu evangelho, João geralmente usa o singular Escrituras para se referir a uma passagem específica (conforme 07:38, 42; 10:35; 13 18:19-24, 28, 36-37); se for esse o caso aqui, ele provavelmente está se referindo ao Salmo 16:8-11 (conforme Atos 2:25-28; At 13:35). Ele pode, no entanto, estar fazendo uma referência geral (conforme 20:
9) para as profecias do Antigo Testamento sobre a morte e ressurreição de Cristo (conforme Lc 24:27, 44-47). Em qualquer caso, não foi até depois da ressurreição que os discípulos compreenderam tudo claramente. Só então é que elas fazem sentido desta profecia e reconhecer o poder da ressurreição de Jesus como uma clara indicação de sua divindade.

Percepção da Realidade de Jesus

Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Mas Jesus, de sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisava de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. (2: 23-25)

Estes três versículos servir como uma ponte entre a conta da limpeza do templo e da história de Nicodemos, que segue imediatamente. Embora breve, esta seção tem implicações profundas sobre a natureza da fé salvadora.
Jesus permaneceu em Jerusalém para a Páscoa ea festa dos pães ázimos que imediatamente seguido. Durante esse tempo, ele executou uma série de milagres que não são especificamente registrados nas Escrituras (conforme 20:30; 21:25). Como resultado, muitos creram no seu nome, observando os sinais que ele estava fazendo. Eles pensaram que ele poderia ser um profeta (conforme Mt 21:11;. Lc 7:16), ou até mesmo o Messias conquistador que eles estavam esperando (cf . João 6:14-15, Jo 6:26).

Mas essa fé era rasa, superficial e falso. Não era a verdadeira fé salvadora, como peça de João em palavras indica. Acredita no versículo 23 e confiando no versículo 24 ambos vêm do mesmo verbo grego,pisteuo . Embora eles acreditavam em Jesus, Jesus não acreditava neles; Ele não tinha fé em sua fé. Jesus "considerada toda a crença nEle como superficial, que não tem como os seus elementos mais essenciais a consciência da necessidade de perdão e a convicção de que só Ele é o Mediador de que o perdão" (RVG Tasker, O Evangelho Segundo São João, O Tyndale Novo Testamento Comentários [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 65).

Embora muitos afirmam crer, Jesus sabia que o simples consentimento intelectual não prova nada; até mesmo os demônios têm essa fé (Jc 2:19). Como a semente que caiu em terreno pedregoso e espinhoso, aqueles que possuem tal fé ouvir a Palavra e, inicialmente, receber com alegria (Mt 13:20). Mas porque seus corações nunca são realmente mudou, eles desaparecem quando aflição vem (21 v.), Ou quando as riquezas do mundo acenam (v. 22).

Sem dúvida, a diferença entre a fé espúria e fé salvadora é crucial. É a diferença entre a fé viva e fé morta (Jc 2:17); entre os ímpios, que "para o castigo eterno" e "o justo [que entram] para a vida eterna" (Mt 25:46.); entre aqueles que irão ouvir: "Muito bem, servo bom e fiel .... Entra no gozo do teu senhor" (Mt 25:21). E quem vai ouvir: "Nunca vos conheci; afastar-me, você que praticais a iniquidade "(Mt 7:23).

Jesus não abraçar a falsa fé manifestada por aqueles que testemunharam Seus sinais, porque os conhecia a todos, e , portanto, não precisa de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem. Ele conhece o verdadeiro estado de cada coração. Ele viu em Nathanael o coração de um, verdadeiro buscador honesto (01:47); Ele viu nessas pessoas uma fachada de uma mera atração exterior superficial aos Seus sinais espetaculares (conforme 6: 2). Fé salvadora Genuina vai muito além disso. Ela exige compromisso total com Jesus como o Senhor da vida (Mt 16:1). E a cena final, a crença superficial das pessoas, revela que a provisão de salvação de Deus vem somente através de uma verdadeira fé salvadora.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 2 do versículo 1 até o 25

João 2

A nova alegria — Jo 2:1-11

A própria riqueza do quarto Evangelho apresenta um problema àqueles que querem estudá-lo e a quem o expõe. No quarto Evangelho sempre há duas coisas. Há a história superficial, simples, que qualquer pessoa pode compreender e repetir; mas também há um tesouro de significados mais profundos para aquele que tem o desejo de procurar, o olho para ver e a mente para compreender. Em uma passagem como esta há tanto, que precisamos ocupar três partes em estudá-lo. Primeiro o analisaremos com toda simplicidade, para situá-lo em seu contexto e ver como surgiu. Logo analisaremos algumas das coisas que nos diz a respeito de Jesus e sua obra. E por último nos deteremos a analisar a verdade permanente que João quer nos relatar nesta história.
Caná da Galiléia recebe esse nome para diferenciá-la de Caná de Coelo-Síria. Era uma aldeia muito próxima a Nazaré. Jerônimo, que viveu na Palestina, diz que a via desde Nazaré. Em Caná havia uma festa de bodas e a ela assistiu Maria. Toda a história nos diz que Maria ocupava um lugar especial nessa festa. Tinha algo que ver com a organização, visto que se sentiu preocupada quando acabou o vinho; e tinha suficiente autoridade para ordenar aos serventes que fizessem o que Jesus dissesse. Alguns dos Evangelhos posteriores que nunca foram introduzidos no Novo Testamento agregaram certos detalhes a este relato. Um dos Evangelhos cópticos do Egito nos diz que Maria era irmã da mãe do noivo. Há um antigo conjunto de prefácios aos livros do Novo Testamento chamado Prefácios monarquicanos, nos quais se afirma que o noivo era o próprio João, e que sua mãe era Salomé, a irmã de Maria. Não sabemos se estes detalhes são verdadeiros ou não, mas não resta dúvida de que a história está relatada de maneira tão viva que evidentemente é a versão de uma testemunha ocular.

No relato só se menciona Maria, não se fala nada de José. A explicação mais provável é que a esta altura José já tivesse morrido. Pareceria que José morreu muito cedo, e que a razão pela qual Jesus passou dezoito longos anos em Nazaré foi que teve que tomar a incumbência da manutenção de sua mãe e sua família. Só quando seus irmãos e irmãs menores puderam ocupar-se de si mesmos e da casa, Jesus os deixou. Neste relato se menciona somente a Maria porque José tinha morrido.
O cenário do relato é uma festa de bodas em uma aldeia. Na Palestina, um casamento era uma ocasião realmente notável. A lei judaica dizia que as bodas de uma virgem deviam realizar-se em uma quarta-feira. Isto é interessante porque nos dá uma data a partir da qual podemos remontar para atrás; e se esta festa de bodas se realizou numa quarta-feira, o dia que Jesus se encontrou pela primeira vez com André e João e que estes passaram junto com ele, deve ter sido um sábado. Na Palestina os festejos de uma festa de bodas durava mais de um dia. A cerimônia de casamento tinha lugar à tarde, depois de uma festa. Depois da cerimônia o jovem casal era conduzido a seu novo lar. A essa hora já não havia luz e eram conduzidos através das ruas da aldeia à luz das tochas acesas e debaixo de um pálio. Eram levados pelo caminho mais longo possível para que a maior quantidade de gente pudesse lhes desejar boa sorte. Mas na Palestina um casal de recém casados não ia em viagem de lua-de-mel; ficavam em sua casa; e durante uma semana mantinham abertas as portas da casa. Levavam coroas sobre a cabeça e vestiam suas roupas nupciais. Eram tratados como reis; de fato eram chamados de rei e rainha e sua palavra era lei. Em uma vida assinada pela pobreza e o trabalho duro, esta semana de festejos e alegria era uma das ocasiões mais transcendentais da vida.

Jesus participou alegremente em um uma dessas felizes ocasiões. Mas algo andou mal. É muito provável que a chegada de Jesus tenha causado alguns problemas. Foi convidado à festa mas não tinha ido sozinho, mas sim com cinco discípulos. Cinco pessoas a mais na festa podem ter ocasionado complicações: cinco comensais a quem não se esperam ocasionam problemas em qualquer festa, e o vinho acabou.
Em uma festa judaica o vinho era essencial. "Sem vinho", diziam os rabinos, "não há alegria". Não é que as pessoas fossem bêbadas; mas no Oriente o vinho era essencial. De fato, a embriaguez era uma grande desgraça, e bebiam uma mescla composta por duas partes de vinho para cada três partes de água. A falta de provisões teria sido um problema em qualquer momento, visto que no Oriente a hospitalidade é um dever sagrado, mas que faltassem provisões em uma festa de bodas seria uma vergonha terrível para o noivo e a noiva. Sem dúvida nenhuma teria sido uma grave humilhação.
De maneira que Maria se aproximou de Jesus para lhe dizer o que acontecia. A tradução literal da resposta de Jesus fá-la parecer muito rude. Faz-lhe dizer: "O que tenho que ver contigo, mulher?" Mas esta é a tradução das palavras; de maneira nenhuma transmite o tom. A frase, "O que tenho que ver contigo?" era uma frase muito comum. Emitida com irritação e brutalidade expressava um completo desacordo e repreensão, mas quando ela era pronunciada com amabilidade não indicava recriminação, mas sim ela não se compreendeu a intenção do aludido. Quer dizer: "Não se preocupe; não chega a compreender o que acontece; deixa-o em minhas mãos e eu me encarregarei de solucioná-lo a meu modo". Quando Jesus disse isto a Maria o que lhe estava dizendo era que deixasse as coisas em suas mãos, que ele enfrentaria a situação a seu modo.

A palavra mulher (gunai) também provoca confusões. Parece-nos muito abrupta e torpe. Mas é a mesma palavra que Jesus empregou quando se dirigiu a Maria da cruz para deixá-la a cargo de João (Jo 19:26). Em Homero, é o título com o qual Odisseu se dirige ao Penélope, sua esposa amada. É o título com o qual Augusto, o imperador romano, dirige-se a Cleópatra, "a famosa rainha egípcia. De maneira que, longe de ser uma palavra descortês e grosseira, era um título de respeito. Em nosso idioma não há uma forma que expresse o mesmo significado; mas é melhor traduzi-lo por senhora que pelo menos lhe dá a nota de cortesia que tem em sua forma original.

Como quer que seja que Jesus tenha falado, Maria tinha confiança em seu filho. Disse aos serventes que fizessem o que este lhes dissesse. Na porta havia seis grandes talhas para água. A palavra traduzida cântaros ou talhas representa a medida hebraica chamada bato que equivale a trinta e sete litros. Eram muito grandes; podiam conter ao redor de noventa litros cada uma. João escreve o Evangelho para os gregos e por isso explica que essas talhas estavam ali para prover a água para os ritos da purificação dos judeus.

Era preciso água para dois fins. Em primeiro lugar, era necessária para lavar os pés ao entrar na casa. Os caminhos da Palestina eram de terra. As sandálias não eram mais que uma sola atada ao pé com correias. Em um dia seco os pés estavam cobertos de pó e em um dia de chuva se sujavam de barro, e se usava a água para limpá-los. Em segundo lugar, era necessária para lavar as mãos. Os judeus estritos lavavam as mãos antes das refeições e entre um prato e outro. Primeiro se levantava a mão e se jogava água em cima de maneira que corresse até o punho; logo se baixava a mão e se despejava água do punho até a ponta dos dedos. Isto era feito com cada uma das duas mãos; logo se limpava cada palma esfregando-a contra o punho da outra mão. A Lei cerimonial judaica insistia em que isto devia ser feito não só no princípio de uma refeição, mas também entre um prato e outro; e se não se fizesse, as mãos estavam tecnicamente impuras. Para esta lavagem de pés e mãos estavam essas grandes talhas de pedra.

Jesus ordenou que se enchessem as talhas até a boca. João menciona este fato para deixar bem claro que não ficou nada mais que água dentro das talhas. Logo disse que pegassem a água e a levassem a architriclinos, a quem nossas versões chamam o mestre-sala. Em seus banquetes os romanos tinham um mestre de bebidas, chamado arbiter bibendi, que se tomava conta da bebida. Nas bodas judaicas às vezes um dos convidados atuava como uma espécie de mestre de cerimônias. Mas em realidade nosso equivalente do architriclinos é o primeiro garçom. Este era responsável por acomodar os convidados na mesa e do correto desenvolvimento da festa. Quando provou a água que se converteu em vinho se surpreendeu. Chamou o noivo — os pais do noivo eram os responsáveis pela festa — e falou em brincadeira. "A maioria das pessoas", disse, "serve o bom vinho no princípio; e depois, quando os convidados já beberam o bastante, e têm o paladar adormecido e não estão em condições de apreciar com certeza o que estão bebendo, servem o vinho inferior, mas você guardou até agora o melhor vinho".

De maneira que a primeira vez que Jesus deu mostras de sua glória foi no casamento de uma jovem de uma aldeia da Galiléia; e foi ali onde seus discípulos puderam perceber outro sinal surpreendente do que era Jesus.

A NOVA ALEGRIA

João 2:1-11 (continuação)

Este relato está cheio de coisas que lançam luz sobre a personalidade de Jesus. Devemos assinalar três coisas de índole geral a respeito deste fato maravilhoso que Jesus realizou.

  1. Devemos notar quando aconteceu. Teve lugar em uma festa de bodas. Jesus se sentia muito à vontade em uma festa de bodas. Não era nenhum desmancha-prazeres severo e austero. Gostava de compartilhar a feliz alegria de uma festa de bodas. Há alguns religiosos que comunicam uma espécie de tristeza a qualquer lugar aonde vão. Há alguns que pensam mal com qualquer alegria e felicidade. Para eles a religião é algo próprio da roupa negra, a voz baixa, o rechaço das amizades sociais. Onde quer que vão se abate uma sorte de escuridão. Um dos discípulos da Alice Freeman Palmer disse a respeito de sua professora: "Ela me fazia sentir como se a luz do Sol me banhava". Jesus era assim.

Em seu livro Lições aos meus alunos, C. H. Spurgeon tem alguns conselhos sábios, embora irônicos. "Os tons sepulcrais podem convir a um homem para ser empresário de pompas fúnebres, mas a Lázaro Ele não tira da tumba com gemidos ocos". "Conheço irmãos que são tão sacerdotais dos pés a cabeça, em vestidos, dicção, maneiras, gravata e botas de cano longo que não se vê neles nenhuma pingo de humanidade... Alguns homens parecem ter uma gravata branca atada ao redor de suas almas, sua humanidade está afogada por esse trapo engomado". "Um indivíduo que carece de senso de humor melhor que se dedique a ser agente funerário, e sepultar os mortos, porque jamais conseguirá exercer alguma influência sobre os vivos". "Recomendo a todos os que queiram conquistar almas a expressar alegria; não secura e austeridade, mas sim um espírito feliz e alegre. Caçam-se mais moscas com mel que com vinagre, e levará mais almas ao céu um homem que tem o céu na cara que outro que leva o inferno no olhar". Jesus jamais teve como um delito ser feliz. Por que deve sê-lo para seus seguidores?

  1. Devemos notar onde sucedeu. Ocorreu em uma casa humilde em uma aldeia da Galiléia. Este milagre foi levado a cabo no ambiente de uma ocasião muito importante e diante de grandes multidões. Foi realizado em um lar. Em seu livro A Portrait of St. Luke (Retrato de São Lucas), A. H. N. Green-Armytage fala de como Lucas gostava de mostrar a Jesus em ambientes de coisas e gente simples e cotidianas. Em uma frase vívida diz que o Evangelho de São Lucas "transformou Deus em algo doméstico"; trouxe Deus para o círculo caseiro e às coisas cotidianas da vida. A atitude de Jesus em Caná da Galiléia demonstra o que pensava de um lar. Como diz o texto "manifestou sua glória" (V.
    11) e essa manifestação de glória teve lugar no interior de um lar.

Há um estranho paradoxo na atitude de tanta gente para com o lugar que chamam lar. Estão dispostos a reconhecer que não há um lugar mais apreciado em todo mundo; mas, ao mesmo tempo, teriam que reconhecer que dentro dele exigem o direito de serem muito mais descorteses, muito mais egoístas, muito mais mal educados do que se animariam a ser em companhia de estranhos. Muitos de nós tratamos aqueles que mais amamos em uma forma que não nos animaríamos a tratar a nenhum conhecido. O fato trágico é que com muito freqüência os estranhos vêem nosso lado melhor enquanto que aqueles que vivem conosco vêem o pior. Deveríamos sempre lembrar que foi em um lar humilde que Jesus manifestou sua glória. Para Ele um lar era um lugar onde só correspondia expressar o melhor que tinha.

  1. Devemos notar por que sucedeu. Já dissemos que no Oriente a hospitalidade sempre foi um dever sagrado. Se esse dia o vinho tivesse faltado teria causado uma vergonha e uma humilhação embaraçosa nessa casa. Jesus manifestou seu poder para evitar a tristeza e a humilhação de uma humilde família galiléia. Atuou movido pela simpatia, pela bondade e pela compreensão para com as pessoas simples. Quase todos podem fazer o correto em uma ocasião transcendental; mas tinha que ser Jesus para assumir uma grande atitude em uma ocasião simples e caseira como esta. Há uma espécie de natural malícia humana que se alegra nas desgraças dos outros, e que se deleita em fazer delas motivo de fofoca. Mas Jesus, o Senhor de toda vida, o Rei da glória, fez uso de seu poder para salvar da humilhação e da vergonha a um casal de jovens aldeãos. É justamente através destes atos de compreensão, de simples bondade, que podemos demonstrar que somos seguidores do Jesus Cristo.

Mais ainda, esta história nos mostra em forma muito bonita a fé de Maria em Jesus. Nela vemos duas coisas a respeito desta fé.
(1) Maria se dirigia a Jesus instintivamente quando algo ia mal. Conhecia seu filho. Jesus foi embora de casa só aos trinta anos; e durante todos esses anos Maria tinha vivido com Ele.
Há uma velha lenda que fala da época em que Jesus era um bebê na casa de Nazaré. Conta que nesses dias, quando as pessoas se sentiam cansadas e preocupadas, incomodadas e irritadas e com calor, costumavam dizer: "Vamos falar com filho de Maria", e iam e olhavam a

Jesus, e seus problemas pareciam desaparecer. Ainda é certo que aqueles que conhecem intimamente a Jesus vão até Ele em forma instintiva quando as coisas andam mal — e Ele nunca os defrauda.

(2) Mesmo que Maria não compreendia o que Jesus ia fazer, mesmo que parecia que Ele havia negado seu pedido, Maria continuou crendo tanto nele que se dirigiu aos serventes e lhes disse que fizessem o que Jesus lhes ordenasse. Maria possuía essa fé que podia confiar até sem entender. Não sabia o que Jesus faria, mas estava completamente segura de que faria o correto. Na vida surgem períodos de escuridão nos quais não vemos o caminho. Na vida aparecem coisas que não compreendemos por que vêm ou o que significam. Feliz o homem que, ao chegar esse momento, continua confiando mesmo que não possa compreender.
Mais ainda, este relato nos diz algo a respeito de Jesus. Em resposta a Maria, disse: “Ainda não é chegada a minha hora.” Ao longo de todo o relato evangélico Jesus fala de sua hora. Em João 7:6-8 é a hora de seu surgimento como o Messias. Em Jo 12:23 e Jo 17:1, e em Mt 26:18, Mt 26:45, e em Mc 14:41 é a hora de sua crucificação e morte.

Ao longo de toda a sua vida Jesus soube que tinha vindo a este mundo com um propósito definido e para cumprir com uma tarefa determinada. Via sua vida, não em termos de seus desejos, e sim em termos do propósito que Deus lhe tinha reservado. Via sua vida, não contra o pano de fundo cambiante do tempo, e sim contra o pano de fundo fixo da eternidade. Ao longo de toda sua vida se dirigiu com firmeza e segurança para essa hora para a qual sabia que tinha vindo ao mundo.
Não é só Jesus quem veio a este mundo para cumprir o propósito do Deus. Como disse alguém: "Todo homem é um sonho e uma idéia de Deus". E nós também devemos pensar, não em nossos próprios desejos e desejos, a não ser no fim para o qual Deus nos trouxe para seu mundo.

A NOVA ALEGRIA

João 2:1-11 (continuação)

E agora devemos considerar a verdade profunda e permanente que João está tentando nos ensinar ao relatar esta história.
Devemos lembrar que João escreve a partir de um duplo pano de fundo. Era judeu e escrevia para judeus; mas seu grande objetivo era escrever a história de Jesus de maneira tal que também os gregos a compreendessem.
Observemo-la em primeiro lugar do ponto de vista judaico. Sempre devemos lembrar que por sob os relatos singelos de João há um significado mais profundo que só está aberto àqueles que têm olhos para vê-lo. João, em todo seu evangelho, não escreveu um só detalhe sem sentido e desnecessário. Cada coisa significa algo e aponta além de si mesmo. Havia seis talhas de pedra; e diante da ordem de Jesus a água que continham se transformou em vinho. Agora, segundo os judeus, sete é o número absoluto, completo e perfeito; e seis é o número incompleto, inacabado e imperfeito. As seis talhas de pedra representam todas as imperfeições da Lei judaica.

Jesus precisou eliminar as imperfeições da Lei, e substituí-las pelo vinho novo do evangelho de sua graça. Com sua vinda, Jesus transformou a imperfeição da Lei na perfeição da graça. Há algo mais no relato que se liga a isto e do qual devemos tomar nota. Lembremos que em uma história relatada por João cada detalhe está cheio de sentido. Havia seis talhas; em cada uma delas cabiam dois ou três cântaros de água. Jesus transformou a água em vinho. Isso significa que se obtiveram entre doze e dezoito cântaros de vinho. O simples fato de apontar esta circunstância demonstra que João não pretendia que se tomasse seu relato ao pé da letra. O que quis dizer é que quando a graça de Jesus vem aos homens há suficiente e de sobra para todos. Em nenhuma festa de bodas na Terra se poderia beber entre doze e dezoito cântaros de vinho. Nenhuma necessidade da Terra pode esgotar toda a graça de Cristo. Há uma superabundância gloriosa na graça de Cristo. João nos está dizendo que, em Jesus, as imperfeições se transformaram em perfeição, e que a graça se converteu em algo ilimitado, suficiente e mais que suficiente para todas as necessidades.
Observemo-lo agora do ponto de vista grego. Acontece que os gregos tinham histórias como esta em sua tradição. Dionísio era o rei grego do vinho. Pausanias era um grego que escreveu uma descrição de seu país e de suas cerimônias antigas. Em sua descrição da Elis, descreve desta maneira uma antiga cerimônia e crença:

"Próximo ao mercado há um antigo teatro e santuário de Dionísio; a imagem foi feita por Praxiteles. Os helenos não reverenciam a nenhum deus tanto como a Dionísio, e dizem que está presente em seu festival do Thia. O lugar onde celebram a festa chamada do Thia está como a um quilômetro e meio da cidade. Os sacerdotes levam três caldeirões vazios dentro do edifício e os depositam em presença dos cidadãos e de qualquer estrangeiro que esteja vivendo no lugar. Os sacerdotes, e qualquer outro que queira fazê-lo, põem seus selos sobre as portas do edifício. No dia seguinte podem examinar os selos, e ao entrar no edifício encontram os caldeirões cheios de vinho. Eu não estive presente na época das festas, mas os homens mais respeitáveis da Elis, e também os estrangeiros, juraram que os fatos são tal como os narrei".

De maneira que os gregos também tinham histórias deste tipo; e é como se João lhes tivesse dito: "Vocês têm suas histórias e lendas sobre seus deuses. Não são mais que histórias, e vocês sabem que não são verdadeiras. Mas Jesus veio a fazer o que vocês sempre sonharam que seus deuses pudessem fazer. Veio a fazer aquilo que vocês sempre desejaram que fosse verdade."
De maneira que, para os judeus, João dizia: "Jesus veio para transformar a imperfeição da Lei na perfeição da graça". E aos gregos, dizia: "Jesus veio para fazer de verdade o que vocês só sonhavam que os deuses podiam fazer".
Agora podemos ver o que João nos ensina. Cada história que nos conta nos diz, não o que Jesus fez uma vez e não voltou a repetir nunca mais, e sim algo que faz eternamente. João nos relata, não as coisas que

Jesus fez uma vez na Palestina, e sim as coisas que continua fazendo ainda hoje. E o que João quer que vejamos aqui não é que um dia Jesus converteu algumas talhas de água em vinho; quer que vejamos que quando Jesus entra na vida, traz consigo uma nova qualidade que é como se transformasse a água em vinho. Sem Jesus, a vida é monótona, amarga e chata; quando Jesus entra na vida, esta se transforma em algo ágil, dinâmico, emocionante. Sem Jesus a vida resulta pesada e carente de interesse; com Jesus a vida é algo emocionante, maravilhoso e cheio de alegria.

Quando Sir Wilfred Grenfell estava pedindo voluntários para seu trabalho no Lavrador, disse que não podia lhes prometer muito dinheiro, mas podia lhes prometer que se fossem fazer esse trabalho viveriam os melhores anos de sua vida. Isso é o que nos promete Jesus. Lembremos que João escrevia setenta anos depois da crucificação de Jesus. Durante setenta anos tinha valorado, meditado e recordado, até que percebeu significados e matizes que não tinha visto em seu momento. Enquanto João contava esta história recordava o que tinha sido a vida com Jesus; e dizia: "A qualquer lugar que Jesus fosse, quando entrava na vida de alguém, e quando entra agora é como transformar a água em vinho".

Este relato é João que nos diz: "Se quiserem a nova alegria, tornai— vos seguidores de Jesus Cristo, e se produzirá uma mudança em sua vida que será como transformar a água em vinho".

A IRA DE JESUS

João 2:12-16

Depois das bodas em Caná da Galiléia, Jesus e seus amigos se dirigiram a Cafarnaum para uma visita breve. É estranho que até hoje não se conheça com certeza o lugar exato em que estava situada Cafarnaum. Em geral é identificada com Tel Hum ou Khan Minyeh, que estão sobre na costa norte do mar da Galiléia. Caná está a uns trinta quilômetros destes lugares, e Jesus e seus seguidores desceram, porque

Caná está na parte alta da Galiléia e Cafarnaum está sobre a costa do lago.

Pouco tempo depois Jesus foi observar a festa da Páscoa em Jerusalém. A festa da Páscoa caía em 15 de Nisã, por volta de meados de abril; e, segundo a lei, todo homem judeu que vivesse dentro de um raio de trinta quilômetros de Jerusalém tinha a obrigação de assistir à festa.

Aqui temos algo muito interessante. Vemos que, à primeira vista, João apresenta uma cronologia da vida de Jesus muito diferente da que mostram os outros três evangelhos. Nos outros evangelhos Jesus vai a Jerusalém uma única vez. A festa da Páscoa quando foi crucificado é a única Páscoa que mencionam, e é a única visita a Jerusalém a qual fazem referência com exceção da visita ao templo quando Jesus era menino. Mas no Evangelho de João nos deparamos com o fato de que Jesus faz freqüentes visitas a Jerusalém. João nos fala de não menos de três Páscoas — esta, a de Jo 6:4 e a de Jo 11:55. Além disso, segundo o relato de João, Jesus esteve em Jerusalém para uma festa cujo nome não nos proporciona, que aparece em Jo 5:1; para a festa dos Tabernáculos em Jo 7:2, Jo 7:10; e para a festa da Dedicação em Jo 10:22. De fato, segundo a história de João, Jesus vem a Jerusalém em Jo 10:22 e não volta a ir. Agora, a festa da dedicação tem lugar no inverno (Jo 10:22); exatamente no mês de dezembro, e a festa da Páscoa se celebra em meados de abril, e desse modo a história do João parece mostrar que a última visita de Jesus a Jerusalém não durou uns poucos dias e sim alguns meses.

De fato, nos outros três Evangelhos a parte principal do ministério de Jesus se desenvolve na Galiléia; no Evangelho de João, Jesus está na Galiléia só durante breves períodos (Jo 2:1-12; Mar. 11:15-17; Lucas 19:45-46). Isto necessita uma explicação. Várias foram dadas.

  1. Sugeriu-se que Jesus purificou o templo duas vezes, no princípio e no fim de seu ministério. Isto não é muito provável, porque se Jesus levou a cabo esta ação surpreendente uma vez, é muito improvável que tenha tido ocasião de repeti-la. Seu reaparecimento no templo teria dado lugar a que se tomassem as precauções necessárias para fazer impossível sua repetição.
  2. Sugere-se que João está certo ao situar o evento no começo do ministério de Jesus, e que os outros três evangelistas estão equivocados. Mas o incidente fica muito mais adequado no fim do ministério que no começo. É a sucessão natural da desafiante coragem demonstrada na entrada triunfal e o prelúdio inevitável da crucificação. Se tivermos que escolher entre a localização de João e a dos outros três evangelistas, devemos escolher a data que escolhem os outros três.
  3. Sugere-se que ao João morrer não deixou completo seu Evangelho, que deixou os diferentes eventos escritos em folhas soltas de papiro que não estavam pegas ou encadernadas em ordem. Dessa maneira, afirma-se, a folha que continha este incidente teria sido posta sobre as outras, e logo foi localizou perto do começo do manuscrito, em lugar de se localizá-la perto do final. Isto é bem possível, mas implica supor que a pessoa que ordenou o Evangelho não conhecia a ordem correta, o que fica difícil de crer visto que devia conhecer menos ainda um dos outros Evangelhos.
  4. Sempre devemos lembrar uma coisa: que, como alguém disse, João se interessa mais com a verdade que com os fatos. Não se interessa em escrever uma biografia cronológica de Jesus. Seu maior interesse é mostrar a Jesus como o Filho de Deus e como o Messias. É muito provável que estivesse lembrando as grandes profecias e predições sobre a chegada do Messias. “De repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos. Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros. ... purificará os filhos de Levi ... eles trarão ao SENHOR justas ofertas. Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao SENHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros anos” (Malaquias 3:1-4). João tinha estas tremendas profecias dando voltas em sua cabeça. Não se interessava em dizer aos homens quando Jesus tinha purificado o templo; seu maior interesse radicava em dizer-lhes que tinha purificado o templo, porque tal purificação era o ato do Messias prometido por Deus. É muito possível que João tenha posto este sucesso transcendental no começo de seu relato sobre a vida de Jesus, para deixar claro o fato supremo de que Jesus era o Messias de Deus que tinha vindo a purificar a adoração dos homens e para abrir a porta para Deus. Não é com a data que João se preocupa; a data não interessa; sua preocupação fundamental é mostrar aos homens que os atos de Jesus demonstram que ele é o prometido por

Deus. Do próprio começo João mostra a Jesus agindo como deve agir o Messias de Deus.

A IRA DE JESUS

João 2:12-16 (continuação)

Vejamos agora por que agiu nessa forma. A ira de Jesus é algo aterrador; a imagem de Cristo com o açoite é algo que inspira terror. Devemos ver o que foi o que impulsionou a Jesus a encolerizar-se assim nos pátios do templo.
A Páscoa era a mais importante de todas as festas judias. Já vimos que a Lei estabelecia que todo judeu adulto que vivesse dentro de um raio de trinta e dois quilômetros da cidade de Jerusalém tinha obrigação de assistir à celebração. Mas não eram só os judeus da Palestina que assistiam à festa da Páscoa. Nesta época, os judeus estavam disseminados por todo mundo, mas jamais esqueciam sua fé ancestral e a terra de seus antepassados, e todo judeu, seja onde for que vivesse sonhava e se propunha a passar ao menos uma Páscoa em Jerusalém. Por mais surpreendente que pareça, é muito provável que até dois 2:500-000 judeus se reunissem às vezes na Cidade Santa para celebrar a Páscoa.

Agora, todo judeu de mais de dezenove anos de idade devia pagar um imposto. Era o imposto do templo. Era necessário que todos pagassem esse imposto para que se oferecessem diariamente os sacrifícios e rituais do templo. O imposto era do meio siclo. Quando pensamos em somas de dinheiro devemos lembrar que a diária de um operário naquela época era de duas dracmas (4 gramas de prata). Meio sido equivalia a quatro dracmas (cerca Dt 7:2 gramas de prata). Portanto representava quase o pagamento de dois dias. Para todos os fins correntes todas as moedas eram válidas na Palestina. Moedas de prata de Roma, Grécia, Egito, Tiro, Sidom e da própria a Palestina circulavam na cidade e todas eram válidas. Mas este imposto do templo tinham que pagá-lo ou em siclos da Galiléia ou em siclos do santuário. Tratava-se de moedas judias e as podia usar como oferenda para o templo; as outras moedas eram estrangeiras, portanto eram impuras e sujas; era possível usá-las para pagar dívidas comuns, mas não para pagar uma dívida a Deus.

Agora, os peregrinos chegavam de todas partes do mundo com todo tipo de moedas. De maneira que nos pátios do templo se instalavam cambistas. Se seu trabalho tivesse sido honesto e correto, teriam estado cumprindo com um propósito honesto e necessário. Mas o que de fato faziam era isto: cobravam um ma'ah, uma moeda que valia ao redor de 0,57 gramas de prata, por cada meio siclo que trocavam, e cobravam outro ma'ah por cada meio siclo de mudança que tinham que entregar se lhes dava uma moeda de mais valor. De maneira que se alguém vinha com uma moeda que valia dois siclos, tinha que pagar 0,57 gramas de prata para que a trocassem, e outro tanto para obter sua mudança de três meios siclos. Dito de outra maneira, os cambistas tiravam o equivalente de dois dracmas, ou seja o pagamento de um dia de trabalho.

A fortuna que se obtinha com o imposto do templo e com este método de mudança era algo fantástico. Calculou-se que o templo obtinha 161.300 dólares por ano em conceito de impostos, e que quem trocava as moedas obtinham um benefício anual de 20.200 dólares. Quando Crasso tomou Jerusalém e saqueou o tesouro do templo no ano 54 a.C., tirou o equivalente de 3.400.000 dólares sem estar perto de esgotá-lo. O fato de que os cambistas fizessem algum desconto quando trocavam as moedas dos peregrinos não era mau em si. O Talmud dizia: "É mister que todos tenham meio siclo para pagar sua parte. De maneira que quando vêm à mesa de mudanças para trocar um siclo por dois meios siclos têm a obrigação de permitir alguma ganho a quem o troca".

A palavra que designa este desconto era kollubos. E os cambistas eram chamados kollubistai. Esta palavra kollubos deu origem no nome do personagem de comédia Kollybos em grego e Collybus em latim, que significava algo muito parecido ao Shylock em inglês. O que indignou a Jesus foi que os cambistas roubavam somas exorbitantes dos peregrinos que assistiam à Páscoa, e apenas se podiam permitir o luxo. Era uma injustiça social flagrante e vergonhosa, e o que era pior, era praticada em nome da religião.

Além dos cambistas havia os que vendiam bois, ovelhas e pombas. Com muita freqüência, uma visita ao templo representava um sacrifício. Mais de um peregrino desejaria apresentar uma oferta de ação de graças por uma viagem propícia à Cidade Santa; e a maioria dos atos e eventos da vida contavam com seu sacrifício adequado. Portanto poderia parecer natural e vantajoso comprar as vítimas para o sacrifício nos pátios do templo. Poderia ter sido assim. Mas a Lei dizia que todo animal que se oferecesse em sacrifício devia ser perfeito, sem mancha nem defeito. As autoridades do templo tinham designado inspetores (mumcheh) para examinarem as vítimas que iam ser oferecidas. Era preciso pagar um ma'ah pela inspeção. Se um fiel comprava uma vítima fora do templo, não cabia nenhuma dúvida de que a examinaria e seria rechaçada. Isso tampouco teria sido grave, mas o certo é que um casal de pombas podia custar menos de um dracma fora do templo e até trinta vezes mais dentro do templo. Aqui também se tratava de uma extorsão deslavada à custa dos pobres e modestos peregrinos, os quais eram virtualmente chantageados para que comprassem suas vítimas nos negócios do templo se queriam oferecer seu sacrifício. Mais uma vez era uma flagrante injustiça social agravada pelo fato de que era perpetrada em nome da pureza religiosa.

Isso foi o que inflamou a ira de Jesus. Diz-nos que tomou cordas e fez um chicote. Jerônimo pensa que o só ver Jesus fez desnecessário o açoite. "Como uma luz ardente e cintilante brilhou em seus olhos, e a majestade da divindade iluminou seu rosto". Jesus amava a Deus, e justamente porque amava a Deus, amava a seus filhos, e lhe resultava impossível manter uma atitude passiva quando os pobres peregrinos de Jerusalém eram tratados dessa maneira.

A IRA DE JESUS

João 2:12-16 (continuação)

Vimos que o que motivou diretamente a indignação de Jesus foi a exploração dos peregrinos por parte de homens sem consciência; mas havia coisas muito profundas por trás desta purificação do templo. Vejamos se podemos penetrar nas razões ainda mais profundas pelas quais Jesus tomou esta drástica medida.

Nenhum evangelista dá a mesma versão das palavras de Jesus. Cada um recordou sua própria versão do que havia dito o Senhor. Só se reunirmos todas as versões obteremos uma imagem real do que disse Jesus. Vejamos pois, a forma em que os distintos evangelistas expõem as palavras de Jesus. Mateus apresenta deste modo: “A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores” (Mt 21:13). Marcos diz: “Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores” (Mc 11:17). Lucas diz: “Está escrito: A minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores” (Lc 19:46). João diz: “Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio”. (Jo 2:16).

Havia ao menos três razões para que Jesus agisse como agiu, e para que seu coração estivesse cheio de ira.

  1. Agiu dessa maneira porque estavam tirando o caráter sagrado da casa de Deus. No templo se praticava a adoração sem respeito. O respeito ou a reverência é algo instintivo.

Edward Seago, o artista, relata como levou a dois meninos ciganos a visitar uma catedral na 1nglaterra. Eram meninos muito selvagens em circunstâncias normais. Mas nos diz que do momento que entraram na catedral se mantiveram estranhamente calados e quietos; na viagem de volta estiveram muito solenes, coisa que não era comum neles; e só ao anoitecer voltaram para sua conduta normal. Seus corações sem instrução albergavam uma reverência instintiva.
A adoração sem reverência pode ser algo terrível. Pode ser uma adoração que se formaliza e é levado a cabo de qualquer maneira; e as preces mais dignas da Terra se podem ler como um parágrafo do catálogo de um leilão. Pode ser uma adoração que não se dá conta do caráter sagrado de Deus e que sonha como se, conforme a frase de H. H. Farmer, o adorador fora "um amigo de Deus". Pode ser uma adoração em que o dirigente ou a congregação carecem da preparação necessária. Pode fazer uso da casa de Deus para propósitos e em forma tal que se esqueça por completo a reverência e a verdadeira função da casa de Deus. Nesse pátio do templo de Jerusalém haveria discussões a respeito dos preços, briga por moedas que estavam gastas, o bulício do mercado no pátio da casa de Deus. Essa forma de irreverência em particular pode que não seja muito comum em nossos dias, mas há outras maneiras de oferecer a Deus um culto irreverente.

  1. Pode ser que Jesus tenha agido assim para demonstrar que todo o aparelho de sacrifício de animais carecia completamente de pertinência. Os profetas tinham estado dizendo-o durante séculos. “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? —diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. ... Não continueis a trazer ofertas vãs”. (Isaías 1:11-17). “Porque nada falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios” (Jr 7:22). “Estes irão com os seus rebanhos e o seu gado à procura do SENHOR, porém não o acharão” (Os 5:6). “Amam o sacrifício; por isso, sacrificam, pois gostam de carne e a comem, mas o SENHOR não os aceita” (Os 8:13). “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos” (Sl 51:16).

Este coro permanente de vozes proféticas falava com os homens a respeito da absoluta inutilidade dos holocaustos e as ofertas de animais que fumegavam em forma contínua no altar de Jerusalém. Pode ser que Jesus tenha agido como o fez para demonstrar que nenhum sacrifício de animal pode justificar o homem perante Deus. Em nossos dias não estamos completamente livres desta tendência. É certo que não oferecemos a Deus sacrifícios de animais. Mas pode ocorrer que identifiquemos o serviço de Deus com a colocação de vitrais, com a obtenção de um órgão mais sonoro, o esbanjamento de dinheiro em pedra, cal e madeira esculpida, enquanto que a adoração autêntica está muito longe de tudo isto. Não é que se tenha que condenar estas coisas. Longe disso. Com muita freqüência, graças a Deus, são a oferta amorosa do coração que ama. Quando são ajudas da devoção verdadeira são atos abençoados por Deus; mas quando são substitutos da devoção verdadeira indignam a Deus.

  1. Mas há outra razão pela qual Jesus pode ter agido como o fez. Marcos acrescenta algo muito curioso que nenhum outro evangelho inclui: “Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações?” (Mc 11:17).

O templo estava formado por uma série de pátios que conduziam ao templo propriamente dito e ao Lugar Santo. Primeiro, vinha o Pátio dos Gentios; logo o Pátio das Mulheres; depois o Pátio dos israelitas e em seguida o Pátio dos sacerdotes. Agora, toda esta compra e venda se desenvolvia no Pátio dos Gentios. O Pátio dos Gentios era o único lugar ao que podia ter acesso um gentio. Um gentio podia entrar nele mas além desse pátio o acesso lhe estava proibido.
De maneira que se Deus tinha chamado o coração de um gentio, este podia aproximar-se do Pátio dos Gentios para pensar, meditar, orar e ter um contato com Deus à distância. Para ele o Pátio dos Gentios era o único lugar de oração que conhecia. E aquelas autoridades do templo e mercados judeus estavam transformando esse Pátio dos Gentios em um tumulto e uma barafunda onde ninguém podia orar. O mugido dos bois, o balir das ovelhas, o arrulho das pombas, os gritos dos vendedores ambulantes, o tilintar das moedas, as vozes que cresciam na pechincha;

todas estas coisas se combinavam para converter o Pátio dos Gentios em um lugar onde ninguém podia adorar a Deus. A conduta no pátio do templo afastava o gentio desse vislumbre da presença de Deus.

Pode ser que fosse isso o que Jesus tinha mais presente; talvez Marcos tenha sido o único que conservou essa pequena frase tão carregada de sentido. O mais profundo do coração de Jesus se sentiu comovido porque os homem ansiosos de achar a Deus eram separados de sua presença.

Há algo em nossa vida eclesiástica — orgulho, exclusivismo, frieza, falta de boas-vindas, tendência a tornar a congregação em um clube fechado, arrogância, certa intolerância — que fecha as portas ao estrangeiro que procura a Deus? Lembremos da ira de Jesus contra aqueles que tornavam difícil e até impossível o encontro com Deus ao estrangeiro que o buscava.

O NOVO TEMPLO

João 2:17-22

Era indubitável que um ato como a purificação do templo provocaria uma reação imediata em quem o observava. Não era o tipo de coisas que podia contemplar-se com absoluta indiferença. Era muito surpreendente.

Aqui nos encontramos com duas reações. Em primeiro lugar, temos a reação dos discípulos. Sua reação consistiu em recordar as palavras do Sl 69:9. Agora, o fato é que se considerava que esse salmo fazia referência ao Messias. Quando o Messias chegasse seria consumido com zelo pela casa de Deus. De maneira que dizer que esse versículo do salmo acudiu a suas mentes não é mais que outra forma de dizer que a convicção de que Jesus era o Messias se apoderou deles com maior profundidade e firmeza. Essa ação só era própria do Messias, e os discípulos se sentiram mais seguros que nunca de que Jesus era em realidade o Ungido de Deus.

Em segundo lugar, encontramo-nos com a reação dos judeus. Sua reação foi muito natural. Perguntavam que direito tinha Jesus para agir desse modo e exigiam que desse prova de sua autoridade imediatamente por meio de algum sinal. Suas razões eram as seguinte. Reconheciam a atitude de Jesus como a de alguém que, mediante esse ato, afirmava ser o Messias. Agora, sempre se tinha esperado que quando viesse o Messias confirmaria e garantiria seus direitos fazendo coisas surpreendentes e extraordinárias. De fato, tinham surgido falsos Messias que tinham prometido separar em duas as águas do Jordão ou derrubar os muros da cidade pronunciando uma palavra. A idéia popular do Messias estava relacionada com maravilhas. De maneira que os judeus disseram: "Através deste ato você afirmou publicamente que é o Messias. Agora nos mostre alguma maravilha que dê provas de sua afirmação".
O grande problema desta passagem é a resposta de Jesus. O que Jesus disse realmente? E o que quis dizer em realidade? Sempre se deve lembrar que os últimos versículos desta passagem, 21 e 22, são a interpretação de João, escrita muito tempo depois. Era inevitável que introduzira na passagem idéias que eram o produto de setenta anos de pensar e experimentar a vivência do Cristo ressuscitado. Como disse Irineu há muito tempo: "Nenhuma profecia se entende de modo completo até que se cumpra".

Mas o que foi que Jesus disse originalmente, e o que quis dizer? Não resta dúvida alguma de que Jesus pronunciou palavras muito parecidas com estas, palavras que se podiam tergiversar maliciosamente para convertê-las em uma pretensão destrutiva. Quando se julgou a Jesus, o falso testemunho que se apresentou contra Ele foi: “Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias” (Mt 26:61). A acusação contra Estêvão foi: “Porque o temos ouvido dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deu” (At 6:14).

Devemos recordar duas coisas e relacioná-las. Em primeiro lugar, Jesus nunca disse que destruiria o templo físico, material, e que logo o reconstruiría. De fato, Jesus esperava o fim do templo. Disse à mulher de Samaria que se aproximava o dia em que os homens adorariam a Deus, não no Monte Gerizim, nem em Jerusalém, mas em espírito e na verdade (Jo 4:21). A segunda coisa que devemos recordar é que, tal como vimos, a purificação do templo pode ter sido a forma dramática que Jesus escolheu para demonstrar que toda a adoração do templo com seus rituais e sacrifícios carecia de pertinência e não podia fazer nada para conduzir os homens para Deus. É evidente que Jesus esperava que o templo acabasse desse modo; que de fato tinha vindo para converter sua adoração em algo desnecessário e obsoleto; e que portanto não ia sugerir que o reconstruíssem.

Agora devemos analisar a versão de Marcos do testemunho apresentado contra Jesus. Como acontece muitas vezes, no Evangelho de Marcos encontraremos a pequena frase extra, sugestiva e iluminadora. Tal qual Marcos relata, a acusação contra Jesus dizia assim: “Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas” (Mc 14:58).

Agora é evidente que o que Jesus quis dizer em realidade foi que com sua vinda tinha posto fim a toda essa forma de adorar a Deus feita e arrumada pelos homens, e tinha posto em seu lugar a adoração espiritual; que tinha posto fim a todo o relacionado com sacrifícios de animais e rituais dos sacerdotes, e que em seu lugar tinha posto uma aproximação direta de nosso espírito ao Espírito de Deus que não necessitava de nenhum templo feito pelos homens nem nenhum ritual de incenso e sacrifícios oferecidos por mãos de homens. A ameaça de Jesus era: "Sua adoração no templo, seu complicado ritual, seus pródigos sacrifícios de animais chegaram a seu fim, porque eu vim". A promessa de Jesus era: "Darei-lhes uma forma de chegar a Deus sem toda esta complicação humana e sem este ritual feito pelos homens. Vim a destruir este templo de Jerusalém e a fazer da redondeza do mundo o templo onde os homens podem aproximar-se e conhecer a presença do Deus vivo".
E os judeus viram tudo isso. Herodes tinha começado a construir esse templo fantástico, no ano 19 A. C.; a construção ficou terminada só no ano 64 d. C. Fazia quarenta e seis anos que o tinham começado; deviam passar outros vinte anos antes que ficasse terminado. E Jesus comoveu os judeus dizendo que toda sua magnificência e todo seu esplendor e todo o dinheiro e o artesanato que se tinha posto sobre esse templo era algo completamente inútil; que ele tinha vindo para mostrar aos homens um caminho para chegar a Deus sem necessidade de nenhum templo.
Isso deve ter sido o que Jesus realmente disse nessa ocasião; mas com o correr dos anos João viu muito mais que isso nas palavras de Jesus. Viu nelas nada menos que uma profecia da Ressurreição; e João não estava errado. E não estava errado por esta razão fundamental: que toda a terra jamais podia converter-se no templo do Deus vivo até que Jesus não se livrasse do corpo e estivesse presente em todas as partes; e até que não fosse verdade que estava com os homens em todas as partes até a consumação dos séculos. É a presença do Cristo vivo e ressuscitado o que transforma o mundo inteiro no templo de Deus. Por isso João diz que quando lembraram estas palavras viram nelas uma promessa da ressurreição. Não o viram nesse momento; não podiam vê-lo; foi sua própria experiência do Cristo vivo o que um dia lhes mostrou a verdadeira profundeza do que Jesus havia dito.

Por último, João diz que “creram na Escritura”. A que Escritura se refere? Trata-se da Escritura que esteve sempre presente na 1greja primitiva: "Nem permitirás que teu santo veja corrupção". Trata-se de uma citação do Sl 16:10. Pedro o citou no Pentecostes (At 2:31); Paulo o citou em Antioquia (At 13:35). João o cita aqui. Expressava a confiança da Igreja no poder de Deus e na Ressurreição de Jesus Cristo.

Aqui temos uma grande verdade. A verdade de que nosso contato com Deus, nossa entrada à presença de Deus, nossa aproximação a Deus não depende de nada que possam fazer as mãos do homem ou que possa imaginar sua mente. Temos nosso templo interior, a presença do Cristo ressuscitado para sempre conosco por todo mundo, na rua, no lar, no escritório, nas serras, na estrada, na 1greja.

O CONHECEDOR DOS CORAÇÕES DOS HOMENS

João 2:23-25

João não relata nenhuma maravilha que Jesus tenha feito em Jerusalém durante a época da Páscoa; mas Jesus fez milagres, e houve muitos que, ao ver seus poderes, creram nele. A pergunta que João responde aqui é — se houve muitos que creram em Jesus em Jerusalém, no próprio começo de seu ministério, por que não levantou aí mesmo seu estandarte e proclamou publicamente que era o Messias e se declarou a si mesmo diante de todos? A resposta é que Jesus conhecia muito bem a natureza humana. Sabia muito bem que para muitos Ele não era mais que uma maravilha durante nove dias. Sabia bem que muitos só se sentiam atraídos pelo sensacionalismo das coisas que fazia. Sabia que não havia nenhum que compreendesse o caminho que Ele tinha escolhido. Sabia com muita certeza que havia muitos que o teriam seguido enquanto continuasse produzindo milagres, maravilhas e sinais, mas que se tivesse começado a lhes falar sobre o sacrifício e a negação de si mesmos, se tivesse falado de entrega à vontade de Deus, se tivesse começado a falar sobre uma cruz e a respeito de carregar uma cruz, ficariam olhando-o com os olhos em branco com absoluta incompreensão e o teriam abandonado imediatamente.
A característica sobressalente de Jesus é que não queria seguidores que não soubessem com toda clareza e aceitassem sem hesitações tudo o que implicava o segui-lo. Negava-se a aproveitar um momento de popularidade. Se tivesse crido na multidão de Jerusalém, eles o teriam declarado Messias aí mesmo, e logo teriam esperado que levasse a cabo o tipo de ação material que esperavam do Messias. Mas Jesus era um líder que se negava a pedir aos homens que o aceitassem enquanto não soubessem o que significava essa aceitação. Insistia em que todo homem devia saber o que fazia.

Jesus conhecia a natureza humana. Conhecia a fragilidade, a instabilidade do coração do homem. Sabia que um homem pode deixar— se levar por um momento de emoção e depois retroceder ao descobrir o que significa em realidade a decisão. Sabia que a natureza humana está faminta de sensações. Não queria uma multidão de homens que aclamavam algo que não sabiam o que era, mas um grupo reduzido que sabia o que estava fazendo e que estavam dispostos a seguir até o fim.
Há algo que devemos notar nesta passagem porque teremos ocasião de assinalá-lo uma e outra vez. Quando João fala dos milagres de Jesus ele os chama de sinais. O Novo Testamento emprega três palavras diferentes para referir-se às obras maravilhosas de Deus e de Jesus, e cada uma delas nos diz algo a respeito do que é um milagre em realidade.

  1. Usa a palavra teras. Teras significa simplesmente uma coisa maravilhosa, surpreendente, esmagadora. É uma palavra que carece de todo significado moral. Uma prova de magia pode ser um teras. Um teras era simplesmente um sucesso surpreendente que deixava as pessoas com a boca aberta. O Novo Testamento nunca usa esta palavra só para referir-se às obras de Deus ou de Jesus.
  2. Emprega a palavra dunamis. O significado literal de dunamis é poder. É a palavra de onde provém dinamite. Pode ser usada para designar qualquer poder fora do comum e extraordinário. Pode ser usada para falar do poder do crescimento, dos poderes da natureza, do poder de uma droga, do poder do gênio de um homem. Sempre significa um poder efetivo que faz coisas, e que qualquer homem pode reconhecer.
  3. Usa a palavra semeion, que quer dizer sinal. Esta é a palavra que João prefere. Para ele um milagre não era só um evento surpreendente, não era um mero ato de poder, era um sinal. Quer dizer, que dizia algo aos homens sobre a pessoa que o fazia; revelava algo a respeito de seu caráter; descobria algo de sua natureza; era uma ação graças a qual era possível compreender melhor e em forma mais completa o caráter da pessoa que o levava a cabo. Segundo a opinião de João, a característica suprema dos milagres de Jesus era que diziam aos homens algo a respeito da natureza e do caráter de Deus. Jesus empregava seu poder para curar os doentes, para dar de comer aos famintos, para consolar os que sofriam; e o mero fato de que empregasse seu poder desse modo era a prova de que Deus se preocupava com as tristezas, as necessidades e as dores dos homens. Para João os milagres eram os sinais do amor de Deus.

De maneira que em cada milagre há três coisas. Existe a maravilha que deixa os homens deslumbrados, maravilhados, comovidos. Existe o poder efetivo, que pode conseguir consertar um corpo destroçado, uma mente desorganizada, um coração ferido, um poder que pode fazer coisas. Existe o sinal que nos fala do amor do coração de Deus que faz tais coisas pelos homens.


Dicionário

Discípulos

Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).

Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13 Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).

Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).

Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).

E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.


Dito

Dito
1) Palavra (Nu 24:4)

2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).

adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.

Escritura

Lê-se esta palavra uma vez somente no A.T. (Dn 10:21). No N.T. usa-se o plural, geralmente referindo-se aos escritos do A.T. (Mt 21:42Mc 12:24Jo 5:39At 17:11, etc.) – o singular é usualmente empregado, tratando-se no contexto de uma passagem particular (Mc 12:10Jo 7:38, etc.)(*veja Cânon das Santas Escrituras, Novo Testamento, Apócrifos (Livros), e Antigo Testamento.)

[...] A Escritura é um laço que liga sempre o passado, o presente e o futuro, quanto ao ensino progressivo e gradual da verdade, sempre relativa aos tempos e as necessidades de cada época e dada sempre na medida do que o homem pode suportar e compreender, debaixo do véu que a cobre e que se vai rasgando à proporção que o Espírito se eleva.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


Escritura
1) ESCRITA (Ex 32:16).


2) Documento de registro de um contrato (Jr 32:10, RA).


3) Aquilo que está escrito (Dn 5:8).


4) Parte do texto inspirado (Mc 12:10).


escritura s. f. 1. Caligrafia. 2. Documento autêntico, feito por oficial público, especialmente título de propriedade imóvel. S. f. pl. Conjunto dos livros do Antigo e do Novo Testamento.

Escritura Nos evangelhos, com essa expressão fa-Zse referência tanto a algumas passagens do Antigo Testamento, segundo o cânon judaico (Mt 21:42; 22,29; Mc 12:10; Lc 4:21; Jo 2:22), como ao Antigo Testamento em sua totalidade (Mt 26:54; Lc 24:32.45; Jo 5:39). A mesma expressão alude também às profecias relacionadas com o messias e cumpridas em Jesus (Lc 16:16; 24,25ss.). É este que proporciona o cumprimento e interpretação profundos da Escritura (Mt 5:18; Jo 10:35).

Jesus

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Mortos

Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS

V. NECROMANCIA.


masc. pl. part. pass. de matar
masc. pl. part. pass. de morrer
masc. pl. de morto

ma·tar -
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

2. Abater (reses).

3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

verbo transitivo

5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

11. Saciar (ex.: matar a sede).

12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

verbo pronominal

19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


a matar
Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


mor·rer |ê| |ê| -
(latim vulgar morere, do latim morior, mori)
verbo intransitivo

1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

2. Secar-se.

3. Extinguir-se, acabar.

4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

5. Não vingar.

6. Não chegar a concluir-se.

7. Desaguar.

8. Cair em esquecimento.

9. Definhar.

10. Perder o brilho.

11. Ter paixão (por alguma coisa).

12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

nome masculino

13. Acto de morrer.

14. Morte.


mor·to |ô| |ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

adjectivo
adjetivo

2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


não ter onde cair morto
[Informal] Ser muito pobre.

nem morto
[Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

Plural: mortos |ó|.

masc. pl. part. pass. de matar
masc. pl. part. pass. de morrer
masc. pl. de morto

ma·tar -
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

2. Abater (reses).

3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

verbo transitivo

5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

11. Saciar (ex.: matar a sede).

12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

verbo pronominal

19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


a matar
Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


mor·rer |ê| |ê| -
(latim vulgar morere, do latim morior, mori)
verbo intransitivo

1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

2. Secar-se.

3. Extinguir-se, acabar.

4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

5. Não vingar.

6. Não chegar a concluir-se.

7. Desaguar.

8. Cair em esquecimento.

9. Definhar.

10. Perder o brilho.

11. Ter paixão (por alguma coisa).

12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

nome masculino

13. Acto de morrer.

14. Morte.


mor·to |ô| |ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

adjectivo
adjetivo

2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


não ter onde cair morto
[Informal] Ser muito pobre.

nem morto
[Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

Plural: mortos |ó|.

Palavra

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

Quando

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Ressuscitar

Ressuscitar
1) Voltar um morto à vida (Rm 8:34); (1Co 6:14)

2) Começar uma vida nova, de obediência a Deus (Rm 6:1-6); Ef

Tinha

Tinha Doença da pele (Lv 13;
v. NTLH).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ὅτε οὖν ἐγείρω ἐκ νεκρός μνάομαι αὐτός μαθητής ὅτι λέγω τοῦτο αὐτός καί πιστεύω γραφή καί λόγος ὅς ἔπω Ἰησοῦς
João 2: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Quando, pois, ele foi ressuscitado dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na escritura, e na palavra que Jesus disse.
João 2: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Março e Abril de 28
G1124
graphḗ
γραφή
construir
(building)
Verbo
G1453
egeírō
ἐγείρω
despertar, fazer levantar
(having been awoken)
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3056
lógos
λόγος
do ato de falar
(on account)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G3101
mathētḗs
μαθητής
filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
([pertained] to Joash)
Substantivo
G3403
mimnḗskō
μιμνήσκω
fazer lembrar
(shall remember)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 2ª pessoa do singular
G3498
nekrós
νεκρός
ser deixado, sobrar, restar, deixar
(the remainder)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3753
hóte
ὅτε
quando
(when)
Advérbio
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G4100
pisteúō
πιστεύω
o que / aquilo
(what)
Pronome
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γραφή


(G1124)
graphḗ (graf-ay')

1124 γραφη graphe

de afinidade incerta; TDNT - 1:749,128; n f

  1. escritura, coisa escrita
  2. a Escritura, usado para denotar tanto o livro em si como o seu conteúdo
  3. certa porção ou seção da Sagrada Escritura

ἐγείρω


(G1453)
egeírō (eg-i'-ro)

1453 εγειρω egeiro

provavelmente semelhante a raíz de 58 (pela idéia de estar em controle das próprias faculdades); TDNT - 2:333,195; v

  1. despertar, fazer levantar
    1. despertar do sono, acordar
    2. despertar do sono da morte, chamar de volta da morte para a vida
    3. fazer levantar de um assento ou cama etc.
    4. levantar, produzir, fazer aparecer
      1. fazer aparecer, trazer diante do público
      2. levantar-se, insurgir-se contra alguém,
      3. levantar i.e. fazer nascer
      4. de construções, levantar, construir, erigir

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

λόγος


(G3056)
lógos (log'-os)

3056 λογος logos

de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

  1. do ato de falar
    1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
    2. o que alguém disse
      1. palavra
      2. os ditos de Deus
      3. decreto, mandato ou ordem
      4. dos preceitos morais dados por Deus
      5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
      6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
    3. discurso
      1. o ato de falar, fala
      2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
      3. tipo ou estilo de fala
      4. discurso oral contínuo - instrução
    4. doutrina, ensino
    5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
    6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
    7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
  2. seu uso com respeito a MENTE em si
    1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
    2. conta, i.e., estima, consideração
    3. conta, i.e., cômputo, cálculo
    4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
    5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
      1. razão
    6. razão, causa, motivo

      Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


μαθητής


(G3101)
mathētḗs (math-ay-tes')

3101 μαθητης mathetes

de 3129; TDNT - 4:415,552; n m

  1. aprendiz, pupilo, aluno, discípulo

μιμνήσκω


(G3403)
mimnḗskō (mim-nace'-ko)

3403 μιμνησκω mimnesko

forma prolongada de 3415 (do qual algo dos tempos são emprestados); v

  1. fazer lembrar
    1. recordar, voltar à mente, lembrar-se de, lembrar
    2. ser trazido à mente, ser lembrado, ter na lembrança
    3. lembrar algo
    4. estar atento a

νεκρός


(G3498)
nekrós (nek-ros')

3498 νεκρος nekros

aparentemente de uma palavra primária nekus (cadáver); TDNT - 4:892,627; adj

  1. propriamente
    1. aquele que deu o seu último suspiro, sem vida
    2. falecido, morto, alguém de quem a alma esta no céu ou inferno
    3. destituído de vida, sem vida, inanimado
  2. metáf.
    1. espiritualmente morto
      1. destituído de vida que reconhece e é devotada a Deus, porque entreguou-se a transgressões e pecados
      2. inativo com respeito as feitos justos
    2. destituído de força ou poder, inativo, inoperante


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

ὅτε


(G3753)
hóte (hot'-eh)

3753 οτε hote

de 3739 e 5037; partícula

  1. quando, sempre que, enquanto, contanto que

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

πιστεύω


(G4100)
pisteúō (pist-yoo'-o)

4100 πιστευω pisteuo

de 4102; TDNT - 6:174,849; v

  1. pensar que é verdade, estar persuadido de, acreditar, depositar confiança em
    1. de algo que se crê
      1. acreditar, ter confiança
    2. numa relação moral ou religiosa
      1. usado no NT para convicção e verdade para a qual um homem é impelido por uma certa prerrogativa interna e superior e lei da alma
      2. confiar em Jesus ou Deus como capaz de ajudar, seja para obter ou para fazer algo: fé salvadora
    3. mero conhecimento de algum fato ou evento: fé intelectual
  2. confiar algo a alguém, i.e., sua fidelidade
    1. ser incumbido com algo

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo