Enciclopédia de I Tessalonicenses 3:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1ts 3: 2

Versão Versículo
ARA e enviamos nosso irmão Timóteo, ministro de Deus no evangelho de Cristo, para, em benefício da vossa fé, confirmar-vos e exortar-vos,
ARC E enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo, para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé;
TB e enviamos Timóteo, nosso irmão e ministro de Deus no evangelho de Cristo, para vos fortalecer e vos exortar acerca da vossa fé,
BGB καὶ ἐπέμψαμεν Τιμόθεον, τὸν ἀδελφὸν ἡμῶν καὶ ⸀συνεργὸν τοῦ ⸀θεοῦ ἐν τῷ εὐαγγελίῳ τοῦ Χριστοῦ, εἰς τὸ στηρίξαι ὑμᾶς καὶ παρακαλέσαι ⸀ὑπὲρ τῆς πίστεως ὑμῶν
BKJ e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo, para vos consolidar e vos consolar acerca da vossa fé;
LTT E (então) enviamos Timóteo (o nosso irmão e serviçal de Deus e nosso parceiro- de- trabalho no evangelho (as boas novas) de o Cristo), para vos firmar e vos encorajar a respeito da vossa fé, 1395
BJ2 e enviamos a Timóteo, nosso irmão e ministro de Deus[n] na pregação do evangelho de Cristo, com o fim de vos fortificar e exortar na fé,
VULG et misimus Timotheum fratrem nostrum, et ministrum Dei in Evangelio Christi, ad confirmandos vos, et exhortandos pro fide vestra :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Tessalonicenses 3:2

Atos 14:22 confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
Atos 16:1 E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego,
Atos 16:5 de sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número.
Atos 17:14 No mesmo instante, os irmãos mandaram a Paulo que fosse até ao mar, mas Silas e Timóteo ficaram ali.
Atos 18:5 Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado pela palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo.
Romanos 16:21 Saúdam-vos Timóteo, meu cooperador, e Lúcio, e Jasom, e Sosípatro, meus parentes.
I Coríntios 4:17 Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda parte ensino em cada igreja.
I Coríntios 16:10 E, se for Timóteo, vede que esteja sem temor convosco; porque trabalha na obra do Senhor, como eu também.
II Coríntios 1:1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia:
II Coríntios 1:19 Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim.
II Coríntios 2:13 não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia.
II Coríntios 8:23 Quanto a Tito, é meu companheiro e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo.
Efésios 6:21 Ora, para que vós também possais saber dos meus negócios e o que eu faço, Tíquico, irmão amado e fiel ministro do Senhor, vos informará de tudo,
Filipenses 1:25 E, tendo esta confiança, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé,
Filipenses 2:19 E espero, no Senhor Jesus, que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios.
Colossenses 1:1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo,
Colossenses 1:7 como aprendestes de Epafras, nosso amado conservo, que para vós é um fiel ministro de Cristo,
Colossenses 4:9 juntamente com Onésimo, amado e fiel irmão, que é dos vossos; eles vos farão saber tudo o que por aqui se passa.
Colossenses 4:12 Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus.
I Tessalonicenses 3:13 para confortar o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1395

1Ts 3:2 Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas aqui extirpam/ destroem (por nota/ [colchetes]) que Timóteo é "E NOSSO (isto é, de Paulo) PARCEIRO- DE- TRABALHO". Também aqui adulteram "VOS encorajar A RESPEITO DE {4012 peri} a vossa fé" para "encorajar EM BENEFÍCIO DE {5228 huper} a vossa fé".


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CARTAS DO NOVO TESTAMENTO

48-95 d.C.
CARTAS DO IMPÉRIO ROMANO
Várias cartas do Império Romano foram preservadas. Além das cartas dos estadistas romanos Cícero (106-46 a.C.) e Plínio (61-112 d.C.), foram encontrados, entre outros registros escritos, os papiros de Oxyrhynchus (atual Behnesa), no Egito, e tábuas para escrever de Vindolanda (Chesterholm), próximo ao muro de Adriano, no norte da Inglaterra. Muitas das cartas encontradas no Egito foram escritas em grego comum, usado por homens e mulheres do povo na região oriental do Império Romano. Estas cartas esclarecem diversas palavras e expressões empregadas pelos autores das 21 cartas preservadas do Novo Testamento

As CARTAS DO NOVO TESTAMENTO
As 21 cartas do Novo Testamento foram escritas por apóstolos e outros líderes da igreja para indivíduos e igrejas. As cartas às sete igrejas da província da Asia também se encontram preservadas no livro de Apocalipse. O conjunto mais extenso de escritos desse tipo é constituído pelas cartas de Paulo. Os apóstolos Pedro e João escreveram duas e três cartas, respectivamente. Apesar da identidade exata de Tiago e Judas ser incerta, é bastante provável que ambos fossem irmãos de Jesus. O escritor da carta aos Hebreus não se identifica; uma vez que critérios estilísticos parecem eliminar Paulo como possível autor, há quem sugira Barnabé ou Apolo.' Hebreus é o texto mais artístico do Novo Testamento e segue o padrão definido pelos retóricos gregos. Várias cartas do Novo Testamento não eram apenas missivas, mas sim, "epístolas", um novo tipo de literatura bíblica em que as doutrinas centrais da fé cristã são apresentadas de forma detalhada e bem argumentada.

AS CARTAS DE PAULO
Nas Bíblias modernas, as cartas de Paulo (com exceção de sua carta aos gálatas) são apresentadas numa ordem decrescente de extensão que não corresponde à sequência histórica.


OUTRAS CARTAS DO NOVO TESTAMENTO
É mais difícil estabelecer uma ordem cronológica para as outras cartas do Novo Testamento. A mais antiga provavelmente é a de Tiago, escrita antes de 50 d.C., e as mais recentes, as três de João, escritas, talvez, entre 85 e 95 d.C. Somente I Pedro especifica os locais de destino: "Aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia" (1Pe 1:1), todos locais na atual Turquia. Somente João traz o nome de um destinatário: "Ao amado Gaio, a quem eu amo na verdade" (3jo 1). O grego de II Pedro é considerado, com frequência, inferior ao de I Pedro, mas é interessante observar que, em sua primeira carta, Pedro diz ter contado com a ajuda de Silas. As cartas do Novo Testamento são de importância inestimável, pois é em suas linhas que as doutrinas da fé cristã encontram sua expressão mais clara e detalhada.

Onde as cartas de Paulo foram escritas
Onde as cartas de Paulo foram escritas
A última viagem de Paulo O mapa mostra um itinerário conjetural da viagem feita por Paulo entre 63-65 d.C. após o primeiro encarceramento em Roma.
A última viagem de Paulo O mapa mostra um itinerário conjetural da viagem feita por Paulo entre 63-65 d.C. após o primeiro encarceramento em Roma.
O Papiro Chester Beatty II (P46), datado de c. 200 d.C., mostrando o início da carta de Paulo aos Efésios; as palavras "em Éfeso" não aparecem no texto
O Papiro Chester Beatty II (P46), datado de c. 200 d.C., mostrando o início da carta de Paulo aos Efésios; as palavras "em Éfeso" não aparecem no texto

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13
  • A visita de Timóteo (3.1,2). Devemos ignorar a divisão capitular aqui, pois não há interrupção de pensamento: Pelo que, não podendo esperar ("suportar", AEC, BAB, BJ, NVI, RA; "agüentar", BV, NTLH) mais, de boa mente quisemos deixar-nos ficar sós em Atenas; e enviamos Timóteo (1,2). O problema é reconstruir a situação para fazê-la concordar com o registro de Lucas em Atos. Paulo deixara para trás Silas e Timó-teo em Beréia, e fora escoltado por irmãos até Atenas (ver Mapa 1). Ao voltarem para Beréia, esses irmãos levaram o pedido de Paulo para que Silas e Timóteo fossem até ele imediatamente a Atenas (Atos 17:14-15). Pelo que deduzimos de Atos 17:16-18.5, quando Silas e Timóteo chegaram a Atenas, Paulo tinha ido para Corinto, visto que estes três se reuniram lá. Lucas omite qualquer menção de Timóteo ou Silas estar em Atenas. Sua história condensada em Atos era detalhada somente na medida necessária a cum-prir o seu propósito.
  • Embora haja várias possíveis explicações, não há meio de saber com certeza se alguma dessas opções é a correta: (a) Silas e Timóteo poderiam ter se unido a Paulo em Atenas e de lá serem mandados de novo para a Macedônia: Timóteo para Tessalônica, e Silas para Beréia ou outro lugar. (b) Talvez só Timóteo tenha sido enviado, enquanto Silas permane-ceu com Paulo. Neste caso, os verbos na primeira pessoa do plural (nós) que ocorrem no versículo 1 se tornariam um plural genuíno e não um plural editorial ou epistolar.' Isto explicaria a omissão do nome de Silas. (c) Paulo pode ter enviado uma mensagem a Beréia contra-ordenando seu pedido inicial e mandando Timóteo a Tessalônica com o plano de unir-se a ele depois. Neste caso, deixar-nos ficar sós em Atenas significaria "continuar ficando sozinho". Mas nem a opção "b" ou a "c" se ajusta tão bem ao sentido claro das pala-vras como a opção "a". Se aceitarmos a opção "a", Paulo quis dizer que Timóteo se separou dele em Atenas, e que ele ficou sem companheiro — ficou sozinho (cf. 2 Tm 4.11,16, cujo texto mostra semelhante dor de sentimento). Como a destacar a privação de Paulo ao enviar Timóteo e a importância ligada à missão, o apóstolo diz que Timóteo é nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo (2).' Embora ele fosse membro mais novo do grupo, há ênfase óbvia à posição e serviço valioso de Timóteo.

  • O propósito da viagem de Timóteo (3:2-4). O propósito da missão de Timóteo era para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé; para que ninguém se como-va por estas tribulações (2,3; "aflições", BV). O verbo grego sterixai (confortar) trans-mite a idéia de suporte, esteio (cf. BAB, BJ, NVI). O verbo grego parakalesai (exortar) conota alguém chamado para o lado a fim de animar, encorajar (cf. BV, CH, NVI). Além deste propósito de fortalecer os crentes, Timóteo também tinha de avisá-los a não se comoverem (o termo gr., às vezes, tem a idéia de iludir) por causa das tribulações (quanto a tribulações ver comentários em 1.6). Pelo visto, Paulo tinha em mente os perigos duplos do desânimo e do engano.
  • No que diz respeito às tribulações, o apóstolo tem o cuidado de acrescentar: Por-que vós mesmos sabeis que para isto fomos ordenados (3; lit., "determinados" ou "destinados", AEC, BJ). Moffatt traduz: "As dificuldades são nosso quinhão, vós bem sabeis disso" (cf. NVI). Era necessário contrapor-se à sugestão satânica (usada por Sata-nás somente quando se ajusta aos seus desígnios) de que sossego e prosperidade são provas da verdadeira justiça ou religião, e que, inversamente, sofrimentos e dificuldades indicam o desgosto de Deus. Paulo estava premunindo-os para este teste: Pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis (4). O verbo vos predizíamos está no tempo imperfeito, denotando narração ou aviso repetido sobre as dificuldades que naquele momento estavam bem à frente deles. É indubitável que fomos ordenados e havíamos de ser afligidos têm como sujeito os cristãos em geral e não só os crentes tessalonicenses ou os apóstolos (cf. Mt 5:10-16.24; Jo 16:33; Act 14:22-2 Tm 3.12; 1 Pe 2.21ss.; 4.12ss.). Os cristãos têm de enfrentar dificuldades, não como um encontro marcado com o destino cego, mas como um fator incluso no plano bom e perfeito de Deus.

    O sofrimento cristão não é a conseqüência de um decreto penal divino, mas é o resul-tado inevitável da santidade em ação em um mundo mau. A cruz de Cristo é uma ofensa e um obstáculo. É uma repreensão intolerável ao orgulho, egoísmo e vontade própria. Para serem autênticos à sua incumbência, os cristãos devem atacar em amor a corrup-ção e os falsos deuses da sociedade. Com autenticidade muito mais intensa, eles têm de achar o significado de vida, identificando-se com aquele que não pôde deixar de beber o cálice amargo do Getsêmani, e que levou as transgressões do mundo na cruz. Não há sugestão de sofrimento em prol do sofrimento. Não se trata de tortura auto-imposta. Como cristãos, somos destinados ao caráter santo e aos valores eternos; em um mundo como este, também somos destinados à tribulação. Mas não há nada que não tenha sen-tido em tal sofrimento: em seus propósitos redentores, Deus o usa para a sua glória e para o nosso refinamento espiritual.

    e) Como está sua fé? (3.5). Para enfatizar o que já dissera nos versículos 1:2, Paulo repete: Portanto (por causa da perseguição, da preocupação amorosa do apóstolo e da separação forçada), não podendo eu também esperar mais, mandei-o (o "eu" é enfáti-co, "eu, de minha parte", e o pronome pessoal neste versículo muda: passa do plural para o singular) saber da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso traba-lho viesse a ser inútil. Temos esta tradução: "É que eu tinha medo de que o Diabo os tivesse tentado de tal modo, que todo o nosso trabalho tivesse ficado inútil" (NTLH).

    Os comentaristas que esposam a doutrina "uma vez salvo, sempre salvo" têm alguns problemas com esta passagem. Segundo argumentam, o que Paulo procurava saber não era se os tessalonicenses tinham crido e se convertido verdadeiramente, ou se tinham experimentado mera mudança espúria e emocional na ocasião em que lhes pregara o evangelho. Mas é óbvio que, baseado em evidência derivada dos acontecimentos citados em 1:4-10, o conhecimento de Paulo da eleição desses crentes era antecedente ao seu temor de que eles não sucumbissem ao tentador (ver esp.comentários em 1.5).
    Paulo queria saber se a fé dos crentes tessalonicenses, que no princípio fora genuí-na, acabara ou não em virtude das provações. Ele tivera êxito em transmitir a confiança subjacente que ele tinha neles, mesmo quando expressa a possibilidade trágica de fra-casso espiritual, em cujo caso os labores com eles teriam sido inúteis. O propósito de Satanás era destruir a fé dos convertidos. Deus permite sofrimentos e os usa para fortalecer a fé e edificar o caráter santo; Satanás usa os mesmos sofrimentos para desviar do caminho da confiança e obediência. Em nossa provação, a questão permanece em dúvida somente no ponto de nossa escolha e atitude: se aceitamos humildemente ou teimosa-mente frustramos a graça suficiente de Deus.

    f) As boas notícias de Tessalônica (3:6-8). As reminiscências que caracterizam a par-te inicial desta carta estão chegando ao fim. Vindo, porém, agora, Timóteo de vós para nós (6; cf. o sentido correto: "Agora, porém, Timóteo acaba de chegar", NVI; cf. BAB, BV, CH). A carta foi escrita assim que Timóteo chegou de sua viagem de retorno. O lugar de reunião era Corinto, para onde Paulo se dirigira proveniente de Atenas, se, como costumeiramente se aceita, considerarmos que Atos 18:5 está narrando o mesmo evento. Embora Paulo não mencione aqui a volta de Silas, este acontecimento é provável porque Silas não estava em Tessalônica, mas em algum outro lugar da Macedônia.

    A carta volta a assumir um tom exuberante quando Paulo relembra como as notícias trazidas de Timóteo mudaram-lhe a ansiedade em agradecimento jubiloso. Como ocorre com o pastor e sua congregação, ou o professor e seus alunos, ele não conseguira descansar até tomar conhecimento do sucesso e firmeza dos tessalonicenses. A expressão vindo... de vós para nós sugere que Timóteo se tornara o mensageiro deles para Paulo, e não mero informante daquilo que ele observara.

    Paulo se sentia consolado por duas razões. Primeiramente, porque Timóteo lhe trouxera boas novas (lit., segundo Robertson,' "notícias alvissareiras" [BV]) da vossa fé e caridade (6; "amor", ACF, AEC, BAB, BV, CH, NTLH, NVI, RA). Estes dois últimos termos resumem para Paulo a vida do cristão em suas relações com Deus e os homens (cf. Gl 5:6). O conceito fé, mencionado outra vez no versículo 7, é o termo mais definitivo usado para descrever o cristão. Envolve suas crenças, os valores básicos pelos quais ele vive, suas mais inescrutáveis escolhas, sua compreensão de Deus e das realidades não-vistas, as esperanças que ele aprecia, a base e fonte de sua vida em Cristo e sua firmeza em tudo isso. É a que distingue o cristão de todos os não-cristãos. E é o amor (agape), que é a marca universal de qualidade e legitimidade da genuína cristã (ver comentá-rios em 1.3). Diz Denney: "Estas duas graças, a fé e o amor, são a alma da vida cristã. São as boas novas para o homem bom ouvir que elas existem em qualquer igreja. São as boas novas para Cristo".52 A palavra grega traduzida por boas novas é a que Paulo reserva para descrever o próprio evangelho. Com isso aferimos a medida de sua alegria.

    A segunda razão para a alegria do apóstolo era: De como sempre tendes boa lem-brança de nós, desejando muito ver-nos, como nós também a vós (6). Os crentes tessalonicenses tinham de Paulo recordações agradáveis. O tempo todo (como dá a entender a construção grega) eles tinham correspondido plenamente seu desejo de vê-los. Este fato tinha significação dupla. Era prova de que permaneciam na fé, pois tivessem eles se desviado no coração ou na vida eles teriam preferido a ausência de Paulo. Mas a alegria que estas notícias deram a Paulo também era algo muito pessoal, como indicam os versículos que se seguem. Significava muito para ele ter um lugar no coração dos seus filhos na fé, e neste ponto vemos algo da grandeza do homem e pastor de almas (cf. 2 Co 6.11; 12.15; Fp 1:7).

    A chegada de Timóteo com as boas novas fora muito oportuna. Por esta razão (por causa das boas novas), irmãos, ficamos consolados acerca de vós (lit., "ani-mados por causa de vós", cf. CH, NTLH, NVI) em toda a nossa aflição (ver comentários em 1Tes 1,6) e necessidade (7; anagkei, neste exemplo significa provavelmente privação física" ou necessidade física"). Atos não declara especificamente a que se refere, embora o registro (AtOS 18:1-18) dê a entender que pouco depois do retorno de Timóteo e Silas, a situação em Corinto ganhou proporções muito sérias (ver vv. 9,10). As pressões em Paulo eram obviamente grandes, e, além disso, ele trabalhava como fabricante de tendas (3). Justamente no momento em que mais precisavam, a chegada de Timóteo lhes deu a confiança e ânimo para evangelizar vigorosamente a grande cidade pagã de Corinto (cf. At 18:5). E esta façanha foi feita, diz Paulo, pela vossa fé, quer dizer, pelo relatório de Timóteo concernente à dos crentes tessalonicenses.

    As próximas palavras são extraordinárias e, sem dúvida para alguns, extravagan-tes: Porque, agora, vivemos, se estais firmes no Senhor (8). Paulo tinha sentimen-to intenso por aqueles a quem ele pregava. Esta declaração indica que seus sentimentos iam das profundezas de angústia não diferente da morte às alturas de alegria e exultação semelhantes à vida da ressurreição. O seu coração, a sua própria vida, estava vinculado ao progresso espiritual dos seus convertidos. Sua vida era totalmente vivida em termos dos outros, e, por conta disso, tinha uma plenitude, riqueza e vitalidade desconhecidas para a maioria dos homens.

    Não há que duvidar que semelhante vida plena e generosa com o risco inerente de sofrimento é a exigência básica para o sucesso no trabalho do evangelho. Talvez possa-mos dizer que este é o preço a ser pago se o pastor hoje deseja ser amado por sua congre-gação como Paulo foi amado pelos crentes tessalonicenses. Paulo está dizendo que as recentes boas novas lhe foram uma transfusão de vida revigorante. Ele também está dizendo, como expressa a cláusula condicional, que sua vida continua vinculada à firme-za deles." Talvez esta seja antecipação da deficiência que eles apresentavam na fé, fato mencionado no versículo 10.

    2. Oração pelo Estabelecimento em Santidade (1Tes 3:9-13)

    Os versículos 12:13 constituem uma oração por uma graça específica. Ela é prefa-ciada por uma declaração geral nos versículos 9:11 sobre a oração de Paulo pelos cren-tes tessalonicenses. Cada um esclarece o outro.

    a) Ação de graças pela presente graça (3.9,10). Na abundância de sua alegria, Paulo reconhece que a expressão apropriada não é autocongratulação pelo sucesso dos conver-tidos, nem congratulação dos convertidos pela firmeza na fé. A única expressão adequa-da é gratidão a Deus, por cuja graça exclusiva tudo foi possível. A medida e a própria expressão de gratidão são aqui, como sempre, o verdadeiro critério do correto senso de valores. Porque que ação de graças poderemos dar a Deus (9; "como poderemos ser suficientemente gratos a Deus", BV, CH) por vós (lit., "no tocante a vós") ? Paulo afirma que sua alegria é por vossa causa diante do nosso Deus (9) ; e que dia e noite ele está orando abundantemente (10). Esta última palavra é um dos advérbios compos-tos duplos que Paulo tanto gosta de usar: huperekperissou. Em grego, não há uma, mas duas preposições prefixadas à palavra abundantemente, característica que dá a força de "mais do que fora dos limites"."

    É significativo observar que a intensidade da alegria de Paulo concernente aos con-vertidos transborda numa cascata de oração agradecida e fervorosa por eles. A oração tem duas petições principais:

    1) Para que possamos ver o vosso rosto, e

    2) para que supramos o que falta à vossa fé (10). A primeira petição é enunciada no versículo 11, e a segunda, nos versículos 12:13. Fazendo um comentário sobre a integridade ética dos intensos sentimentos religiosos de Paulo, Frame57 afirma que mesmo entusiasmado o apóstolo ainda está ciente das falhas morais dos convertidos. É lógico que estas falhas lhe foram informadas por Timóteo, de forma que a alegria abundante de Paulo, ainda que extravasante, está temperada por preocupação profunda e moral.

    b) Oração por mais graça (3:10-13). Supramos (10) é tradução do verto grego katartizo, que significa "tornar artios, ou seja, ajustado, perfeito, completo"," e, daí, "re-parar" (RA), "consertar", como ocorre em Marcos 1:19, ou "pôr em ordem", ou "organizar" (formar), como ocorre em Hebreus 11:3 ("criados"). "Esta palavra [...] significa geralmen-te [...] 'acertar' diferenças, 'consertar' coisas em mau estado, 'ajustar' arcos, 'preparar' iguarias, etc.; e aqui 'suprir', 'compensar' o que está faltando para completar a fé."' A palavra artesão é derivado desta (cf. Ef 4:12: "o aperfeiçoamento dos santos"). Esta pala-vra katartizo e a palavra husteremata (traduzida por o que falta) denotam imperfeição (cf. CH) ou deficiência (cf. RA; cf. tb. NEB: "reparemos a vossa fé onde esteja insuficien-te"; Moffatt: "supramos o que seja defeituoso em vossa fé"; Barclay:' "preenchamos as lacunas da vossa fé").

    Estas expressões e a oração formam a transição para as instruções éticas que vêem a seguir, as quais têm uma introdução tão diplomática.

    Como é comum ocorrer nas suas cartas, Paulo irrompe em oração espontânea e intercessora. O escopo desta oração é empolgante. O desejo de visitar novamente a igreja tessalonicense é entregue ao controle soberano e providencial de Deus (11). A lição ensi-nada é importante. O desejo humano de estar com os convertidos era nobre e exemplar, mas estava sob disciplina, ou seja, estava subordinado à vontade de Deus, que conhece todas as coisas. Não há como ter certeza se esta oração foi respondida durante a terceira viagem missionária (cf. At 20:1-2) ou mais tarde. Mas Paulo ora pela obra de graça a ser feita nos convertidos (12,13), a qual não é dependente da presença do apóstolo. A obra da graça pela qual ele ora é que eles cresçam em amor (caridade,
    12) e sejam confirmados irrepreensíveis em santidade (13).

    Ora, o mesmo nosso Deus e Pai ("o próprio Deus, nosso Pai", BAB, CH, NVI; cf. BV, NTLH), e nosso Senhor Jesus Cristo," encaminhem (lit., "tornem reta") a nos-sa viagem para vós (11). Temos aqui implicações trinitárias. Deus... Pai e o Senhor Jesus são colocados lado a lado e endereçados simultaneamente em oração, dando a entender a unidade que há entre eles. Contra a opinião de quem afirma que a igreja desenvolveu gradualmente o conceito da deidade de Jesus, esta é referência doutrinari-amente importantíssima por constar em carta antiga como esta aos tessalonicenses (ver comentários em 1.1).

    E o Senhor vos aumente e faça crescer em caridade (12; "amor", ACF, AEC, BAB, BJ, BV, CH, NTLH, NVI, RA). Os dois verbos gregos (traduzidos por aumente e faça crescer) são praticamente sinônimos, de forma que, combinados, dão a idéia de superabundância, de transbordamento em amor de uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco (12). O amor divino (agape) pelo qual Paulo ora é de expressão progressiva; é ilimitado em suas possibilidades de crescimen to. O amor tem de ser expresso mutuamente, mas ser de esfera de ação desinteressada e irrestrita. Paulo testifica que tudo isso é exemplificado em seu amor por eles. A ora-ção é para confortar o vosso coração (13; "que ele fortaleça o coração de vocês", NVI), para que sejais irrepreensíveis (ver comentários em 1Tes 2,10) em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos (13).

    A tônica desta oração está na interioridade do caráter pessoal. Dá a entender que O caráter exigido para preparar os crentes tessalonicenses a permanecerem na presen-ça de Cristo em sua vinda é mais que certa inculpabilidade de comportamento ou serviço externo. A exigência de Deus é uma inculpabilidade no devotamento interior a Deus e pureza moral interior. O coração, a personalidade total, interiormente como também exteriormente, deve ser puro diante de Deus. O padrão não será o julgamen-to do homem, mas o de Deus. Somente ele conhece a verdadeira qualidade de nosso amor e de nossos motivos.

    Esta passagem descreve a maneira na qual esta santidade (a santificação total, cf. 5.23,24) é dada como aumento (12), uma infusão abundante do puro amor de Deus que "está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:5). E o Senhor que vos fará crescer em amor (12). A santidade é um dom da graça de Deus; não é o resultado de esforços humanos, mas é a resposta da fé em Cristo. Considerando que este amor é de Deus, é puro e santo, correspondente à natureza de Deus. Tal amor é "o cumprimento da lei" (Rm 13:10).

    Este amor é o instrumento do Espírito para expulsar do coração o que é impuro e incompatível; seu resultado inevitável é a obediência total à vontade de Deus. A "santi-dade" que ocorre por outro meio que não pelo batismo do amor divino é espúria -santarrona, legalista, inclinada à crítica rigorosa. A verdadeira santidade se manifesta em amor uns pelos outros e por todos os homens. O amor divino é "o vínculo da perfei-ção" (Cl 3:14) ; é a energia de toda verdadeira santidade. É o meio para a estabilidade espiritual, visto que tudo o mais é passageiro.

    Aqui notamos outra vez que a ética cristã é dominada pela esperança cristã, da mesma maneira que está fundamentada na natureza de Deus (quanto à vinda [parousia] de nosso Senhor Jesus Cristo, ver nota 48 referente a 2.19).

    Os comentaristas discordam sobre o significado de santos (13; hagioi). Muitos pro-curam harmonizar a expressão todos os seus santos com o ensino de 4:13-17, e assim interpretam que a palavra significa o povo ressuscitado e glorificado de Deus. Outros opinam que a referência seja a anjos e, em apoio, citam passagens como Mateus 16:27, Marcos 8:38, II Tessalonicenses 1:7, Judas 14. Em defesa da primeira interpretação está fato de que o próprio Paulo nunca usa o termo grego hagioi para referir-se a anjos. Há bons argumentos de ambos os lados. Talvez a alusão seja aos dois grupos' (Moffatt apóia a RC, quando traduz por: "todos os seus santos"; cf. "todos os que são dele", NTLH; "todos os que lhe pertencem", CH; cf. BV).

    McCumber" encontra nesta passagem (9-13) "A Oração pela Fé Completa". Ele nota:

    1) A definição da falta, 10;

    2) A provisão da necessidade, 10,12;

    3) A expressão dos resultados, 13.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13
    * 3.3,4 Paulo não prometeu aos seguidores de Jesus uma vida de sossego ou aprovação pública; Jesus também não o fez (Mc 8:34; Jo 15:18-21).

    * 3.11 Paulo dirige-se, ao mesmo tempo, a Deus Pai e ao Senhor Jesus em sua oração (Introdução: Características e Temas). A resposta a essa oração por reencontro veio vários anos depois (At 20:1).

    * 3.13 na vinda de nosso Senhor Jesus. A obra da santificação já iniciada nos crentes é conduzida à sua plenitude gloriosa na segunda vinda do Senhor (5.23; conforme 1Co 1:8; Fp 1:6; 2Ts 3:3; Jd 24).

    os seus santos. Lit., "os santos". Anjos, os quais acompanharão a Cristo em seu retorno (2Ts 1:7; conforme Mt 13:39,48,49; 16:27) ou santos humanos (2Ts 1:10; Ap 19:14) ou, ainda, ambos.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13
    3.1-3 Alguns pensam que os problemas sempre são causados pelo pecado ou pela falta de fé. As provas podem ser parte do plano de Deus para os crentes. Experimentar problemas e perseguições podem fortalecer o caráter (Jc 1:2-4), a paciência (Rm 5:3-5) e a sensibilidade para outros que também enfrentam problemas (2Co 1:3-7). Para o povo de Deus, os problemas são algo inevitável. Suas dificuldades podem ser sinal de uma vida cristã efetiva.

    3.1-4 Devido a Paulo não pôde retornar a Tesalónica (2.18), enviou ao Timoteo como seu representante. Segundo At 17:10, Paulo deixou Tesalónica e foi a Berea. Quando começaram a surgir problemas na Berea, alguns cristãos levaram ao Paulo a Atenas enquanto Silas e Timoteo permaneciam ali (At 17:13-15). Logo Paulo lhes pediu que se juntassem com ele em Atenas. Mais tarde enviou ao Timoteo a Tesalónica para que animasse aos cristãos, para que fossem fortes em sua fé ante a perseguição e outras dificuldades.

    3:4 Algumas pessoas se voltam para Deus com a esperança de escapar do sofrimento na terra. Mas Deus não promete isso, em seu lugar nos dá poder para crescer através de nosso sofrimento. A vida cristã significa obedecer a Cristo apesar da tentação e a opressão.

    3:5 Satanás ("o tentador") é o mais capitalista dos espíritos malignos. Seu poder pode afetar tanto o mundo espiritual (Ef 2:1-3; Ef 6:10-12) como o mundo físico (2Co 12:7-10). Satanás até tratou de tentar ao Jesus (Mt 4:1-11). Mas Jesus o derrotou quando morreu na cruz por nossos pecados e ressuscitou outra vez para nos dar nova vida. A seu tempo Deus vencerá a Satanás para sempre (Ap 20:7-10).

    3.7, 8 Em meio da perseguição ou pressão, os crentes deveriam dar-se ânimo uns aos outros. Quão cristãos permanecem firmes no Senhor são motivo de fôlego para os ministros e professores (que podem ver os resultados de seu trabalho nos que permanecem fiéis), como assim também os novos na fé (que podem aprender da perseverança da maturidade).

    3.9, 10 É motivo de grande gozo para um cristão ver outra pessoa vir à fé em Cristo e maturar nela. Paulo experimentou este gozo muitas vezes. Agradeceu a Deus por aqueles que tinham chegado a conhecer cristo e por sua fé forte. Também orou por seu crescimento constante. Se houver novos cristãos que lhe foram motivo de gozo, dê graças a Deus por eles e apóie-os enquanto crescem na fé.

    3:11 Paulo queria voltar para a Tesalónica. Não temos dados que nos permitam saber se pôde ou não, mas quando estava viajando através da Ásia em sua terceira viagem, lhe uniram Aristarco e Segundo, que eram da Tesalónica (At 20:4-5).

    3.11-13 "Na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos seu Santos", refere-se à Segunda Vinda de Cristo, quando estabelecerá seu Reino eterno. Então, Cristo reunirá a todos os crentes, os que tenham morrido e os que estejam vivos, conformando uma só família sob seu governo. Todos os crentes de todas as épocas, incluindo a estes tesalonicenses, estarão com Cristo em seu Reino.

    3:12 Se estivermos cheios do amor de Deus, derramará-se sobre outros. Não é suficiente ser simplesmente gentis com outros; devemos em forma persistente e ativa mostrar nosso amor para eles. Nosso amor devesse crescer continuamente. Se sua capacidade para amar permanece invariável por algum tempo, peça a Deus que o encha outra vez com sua infinita provisão de amor. Logo procure oportunidades para expressá-lo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13
    C. INTERCESSÃO PARA A IGREJA (3: 1-13)

    1. Inspiring Relatório de Progresso (3: 1-6)

    1 Pelo que, não podia mais cale, achamos por bem ficar para trás no sozinha Atenas; 2 e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus no evangelho de Cristo, para vos confirmar, e consolá -lo acerca da vossa fé; 3 e que ninguém seja abalado por estas tribulações; . Porque vós mesmos sabeis o que fomos nomeados 4 Pois, na verdade, quando estávamos com vocês, nós dissemos-lhe de antemão que estamos a sofrer aflição; até mesmo como sucedeu, e vós o sabeis. 5 Por isso também eu, quando eu já não podia deixar de, enviou para que eu possa saber da vossa fé, receando que o tentador vos tivesse tentado, eo nosso trabalho deve ser em vão . 6 Mas quando Timóteo mesmo agora até nós a partir de você, e trouxe-nos boas novas da vossa fé e do amor, e que tendes boa lembrança de nós sempre, desejando muito ver-nos, assim como nós também ver você;

    Não é possível voltar a Tessalônica, Paulo e seus companheiros permaneceram em Atenas por um tempo, esperando e rezando para que as circunstâncias em breve permitir o seu regresso. Paulo finalmente enviou Timóteo de volta a Tessalônica, e mais tarde voltou a Silvanus Berea. E que deixou Paulo sozinho em Atenas, uma cidade "cheia de ídolos" (At 17:16 ).

    Paulo estava disposto a renunciar as alegrias de camaradagem pessoal para o bem de seus convertidos na fé. Dois pontos importantes pode-se notar aqui (vv. 1Ts 3:1-2 ). Em primeiro lugar, a visão de Paulo de Timotéo. Ele diz: nós enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus no evangelho . Em outra parte ele chama Timotéo "meu companheiro de trabalho" (Rm 16:21 ). Mais uma vez, ele define a missão de Timóteo. Paulo poderia, de fato têm enfatizado o sacrifício de si mesmo no envio de Timotéo; em vez disso, ele lembra os irmãos da dignidade da missão de Timóteo. Era a sua responsabilidade de estabelecer a igreja nascente, para não serem arrancadas de seus pés por dúvida e medo (conforme Ef 4:14. ; He 1:9 Phil. ; Fp 1:29 ; 2Tm 3:12 ; 1Pe 4:13. ). Sofrendo de uma forma ou outra vem a nós por determinação divina, não necessariamente como prova do desagrado de Deus, mas sim como uma prova de sua confiança na realização final de Seu propósito a nosso respeito. Por isso, o apóstolo está preocupado que os tessalonicenses se tornará tão bem estabelecido que não será movido por aflições. A palavra mudou realmente significa estar "abalado, desviados, seduzidos" do caminho certo.

    Timóteo foi mandado de volta a Tessalônica para investigar o estado espiritual da igreja: que eu possa conhecer [ gnonai ] sua fé (v. 1Ts 3:5 ). Ele queria saber , no sentido de, pessoalmente, familiarizando-se com os fatos da situação. Era possível, para que ele implica, que alguns dos membros pode ter sido superado pelo tentador. Ele quer saber por si mesmo apenas como estão as coisas, para que o nosso trabalho deve ser em vão , ou seja, deve ser para nenhum propósito. Observe a mudança do plural nós do v. 1Ts 3:4 . Quadro sugere que esta mudança é devido

    ao fato de que os judeus tinham apontado como Paulo especialmente aquele que, indiferente aos sofrimentos dos convertidos, os tinha deixado na mão, sem intenção de voltar.

    Note, também, a referência de Paulo ao diabo como o tentador . Em 1Ts 2:18 ele o chama de "o empecilho." João Wesley reconhece na "perseguir judeus de At 17:13 , a personificação do próprio Satanás. "

    Apreensões de Paulo relativas aos Tessalonicenses foram aliviados pelo relatório encorajador que acaba de vir de Timóteo (v. 1Ts 3:6 ). As boas novas trazidas por Timotéo assim animou o coração do apóstolo que ele começou a trabalhar imediatamente para escrever aos seus amados irmãos . Ele se alegra ao saber que a igreja está a florescer apesar atribulações recentes. E que alegria enviado dos céus é para perceber que os irmãos não se esqueceram dele, e estamos ansiosos para vê-lo novamente. A frase tendes boa lembrança é mais naturalmente prestados ", tendes uma lembrança gentilmente." Mas os irmãos não só recordar visita o passado de Paulo com profunda gratidão; eles também acalentar um profundo desejo de tê-lo voltar. Aqui é outra palavra que é um dos favoritos de Paulo. Esta palavra ocorre nove vezes no Novo Testamento, e sete deles são encontrados nas epístolas de Paulo.

    2. Vida e Amor superabundar (3: 7-13)

    7 por isso, irmãos, ficamos consolados acerca de vós com toda a nossa angústia e aflição pela vossa fé, 8 porque agora vivemos, se estais firmes no Senhor. 9 Pois, que ação de graças podemos render a Deus por vós, por toda a alegria com que nos regozijamos por vossa causa diante do nosso Deus, 10 , noite e dia rogando para que possamos ver o seu rosto, e pode aperfeiçoar o que falta à vossa fé?

    11 Ora, o Deus e Pai si mesmo, e nosso Senhor Jesus nos abram o caminho até vós, 12 eo Senhor vos faça crescer e abundar em amor uns para com os outros e para com todos os homens, assim como nós também fazer sua direção; 13 ao final, ele pode estabelecer seus corações irrepreensível em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.

    A firmeza dos tessalonicenses, sob prova de fogo torna-se agora uma ocasião de encorajamento para Paulo em suas angústias (v. 1Ts 3:7 ). A palavra sofrimento envolve a idéia de necessidade física. Paulo é muito encorajado por conta de Timóteo de sua fidelidade sob pressão. Talvez o Tessalonicenses pode encontrar algum conforto, também, no fato de que o apóstolo também tem sofrido angústia e aflição . Para os tessalonicenses, ao contrário do Gálatas inconstante que foram facilmente influenciado, ainda amado e estimado o apóstolo, e continuou na fé e no amor , apesar da perseguição (v. 1Ts 3:6 ). Onde quer que a fé eo amor são unidos, encontra-se uma esfera de comunhão cristã. Por esses fundamentos criar a atmosfera em que o caráter cristão pode crescer e amadurecer.

    Então, intimamente, de fato, é o partido missionário unidos de coração com os irmãos de Tessalônica que Paulo pode dizer: porque agora vivemos, se estais firmes no Senhor (v. 1Ts 3:8 ). O relatório da sua fidelidade e firmeza realmente deu o Apóstolo assediado um novo sopro à vida, por assim dizer, e renovada coragem de enfrentar suas próprias provas e aflições. Elsewhere Paulo declara que o seu fardo mais pesado foi o cuidado das igrejas (2Co 11:28 ). Aqui, ele lembra a igreja: "Minha vida e conforto dependem de sua estabilidade na fé, e sua caminhada correta."

    Paulo evidentemente sentiu que thanksgiving comum não é suficiente, pois ele se pergunta: o que ação de graças podemos render a Deus para você? (v. 1Ts 3:9 ). A frase render a Deus implica um ato de dar de volta em troca de favores e bênçãos recebidas.

    Já observamos que o afeto de Paulo para os tessalonicenses não cegá-lo para as suas deficiências. Agora ele passa a lidar com essas mesmas falhas (v. 1Ts 3:10 ). Sua fé era genuína e foi a fé unida com amor genuíno. Ainda assim, Paulo sente que certos elementos são ainda falta em sua fé; e, como veremos daqui a pouco, seu amor também era capaz de um maior crescimento (v. 1Ts 3:12 ). Paulo, portanto, move-se de forma natural e graciosamente de ação de graças a intercessão: noite e dia rogando . Ele deseja, em primeiro lugar, para que possamos ver o seu rosto . A relação sagrada entre um piedoso pastor e seu povo está aqui ilustrado de uma forma bonita. Paulo ficou na necessidade de seu encorajamento; a Igreja, por sua vez, ficou na necessidade da instrução e orientação que Paulo estava qualificado e designado para dar-lhes. Paulo e os tessalonicenses estavam precisando de orações de cada um! Para nós, a lição é óbvia. Se é verdade que, pastores vigorosas são usados ​​por Deus para construir fortes igrejas vigorosas, é igualmente verdade que as igrejas fortes e saudáveis ​​como uma regra são usados ​​por Deus para desenvolver fortes pastores e pregadores. Pastores e igrejas crescem e se desenvolvem em conjunto, como eles servem a Deus nos laços de afeto e intercessão mútua.

    O versículo 10 também nos dá uma compreensão profunda vida de oração do grande Apóstolo. Observe a resolução e fervor evidentes na sua abordagem à oração: Noite e dia rogando ... aperfeiçoará o que está faltando em sua fé . Não há nada de casual ou superficial na vida de oração deste homem! rogando é uma frase marcante; o advérbio excessivamente é uma maravilha da construção de palavras, como se a idéia de suficiência foram adicionados a idéia de abundância, em seguida, fora dos limites, então transbordando todos os limites! Paulo ora incessantemente (noite e dia) e intensamente (muito) para que Deus seja o prazer de permitir seu retorno, a fim de que ele possa ver seu rosto (comunhão), e aperfeiçoará o que está faltando em sua fé (edificação, construção de cima). A palavra perfeito é usado aqui no sentido de ajustar, se encaixando, completando assim os elementos essenciais de sua fé, alguns dos quais, obviamente, ainda faltavam. A fé no jovem cristão, certamente, no início, é germinal, e em seus estágios iniciais pode coexistir com a ignorância, a instabilidade e imaturidade espiritual. O jovem crente deve, portanto, ser lembrado que antes dele encontra-se uma longa, longa estrada de disciplina moral e espiritual. Ele precisa de instrução da Palavra de Deus para que ele possa crescer no seu entendimento dos princípios divinos. Ele precisa da iluminação constante e orientação do Espírito Santo para que ele possa crescer na graça. Este princípio também opera na vida de uma igreja local. Se Paulo estivesse entre nós hoje, vamos dizer, para passar uma semana ou duas, em nossas igrejas, e para visitar os vários departamentos e auxiliares, não é improvável que ele seria atingido com algumas deficiências gritantes em nossa vida corporativa que deveria ser corrigidos de uma vez!

    A palavra oração é significativa. Trata-se da idéia de suplicando , de súplica em favor de uma necessidade pessoal profunda. Paulo não consideram seus convertidos tão perfeito no sentido de ter já atingido , mais do que ele próprio já é perfeito nesse sentido (Fm 1:3. ). Assim, ele reza para que o Senhor vai aperfeiçoar aquilo que lhes diz respeito (conforme Sl 138:8 ). O Apóstolo não prescrever uma série de penitências, peregrinações, ou cerimônias piedosas na esperança de que a sua vida espiritual pode ser aprofundadas; ele pede que o próprio Deus pode realizar uma nova obra da graça em seus corações (v. 1Ts 3:13 ). E ele está disposto a confiar em Deus para resolver isso em seu próprio caminho!

    Paulo ora para que os irmãos podem ser estabelecidos irrepreensível na santidade diante de Deus e em antecipação à vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos . A santidade de vida que eles desejam quando Cristo voltar deve ser uma realidade presente agora como eles vivem diante de nosso Deus e Pai .

    Afeição alargada deve encontrar objetos dignos de si. Esse amor deve fluir para fora e manward, bem como para o céu: uma em direção a outra (a fraternidade cristã), e para com todos os homens (o mundo da humanidade). O amor cristão pode abundar em toda dentro da irmandade sagrada; mas também deve fluir em direção a todos os homens , para os inimigos e perseguidores, para com todos aqueles a quem Deus ama, mesmo "até aos confins da terra" (At 1:8 ). A palavrairrepreensível aqui implica uma qualidade e um curso da vida contra o qual nenhum custo ou da acusação pode ser intentada. Como a santidade é um atributo fundamental da natureza de Deus, e que dá o tom moral de todos os outros atributos de sua natureza, de modo que aqui Paulo ora para que os tessalonicenses pode, de fato, bem como no ideal ser estabelecida ... em santidade . Tal igreja, sejam quais forem suas circunstâncias externas, e por maior ou menor que seja numericamente, torna-se, assim, um instrumento através do qual os homens de fé pode mover montanhas para Deus.

    Paulo está muito preocupado com o prestígio da Igreja diante de Deus na parusia ou retorno de Cristo. Por uma questão de fato, a vida cristã do primeiro ao último deve ser vivida sob o olhar busca de Deus. Todos os dias e todos os atos estão sujeitos ao seu escrutínio. Paulo vê cada ato de serviço e cada realização espiritual à luz do iminente retorno de nosso Senhor. Em um estudo posterior iremos ver o que ocorrerá quando Cristo voltar para os Seus santos (4: 13-17 ); aqui Paulo fala de sua vinda com todos os seus santos . Literalmente, a palavra santos significa "os santos." Alguns estudiosos acreditam que todos os seus santos irá incluir os poderosos anjos (conforme II Tessalonicenses 1:7-8. ). Outros incluem todos os santos do Antigo Testamento nesta categoria. Em todo o caso, parece claro que o nosso Senhor retornando será cercado por uma assembléia de santos seres. Apenas "os santos", então, estar na presença daquele de quem foi dito: "Tu és tão puro de olhos para ver o mal, e que não podes contemplar a perversidade" (Hc 1:13. ). Este, então, é que a santidade, ou "santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb. 0:14 )!

    II. Princípios e práticas (1 Tes. 4-5)

    Capítulo 3 termina com a oração fervorosa que os jovens crentes podem crescer ainda "mais e mais" no amor divino e tornar-se estabelecido "irrepreensíveis em santidade", a fim de que eles possam ter a possibilidade de estar na presença do Senhor em seu retorno. Chegamos agora à segunda divisão principal desta epístola. Nos capítulos 4-5 Paulo prevê certos princípios e preceitos práticos para a orientação dos cristãos à luz das doutrinas anteriormente desenvolvidos. Aquele que foi verdadeiramente nascidos de cima, e se tornar um participante da vida nova em Cristo Jesus passarão a se esforçar para andar "em novidade de vida" (Rom. 6: 4 ). De fato,

    um regenerado, soul reconciliados, viver contente em pecado ", que a graça abunde" -a própria concepção é na opinião de Paulo um horror e uma impossibilidade.

    O apóstolo insiste que é possível para um crente e para uma igreja para viver e andar neste mundo perverso de uma forma que é agradável a Deus.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13
    Nesse capítulo, a palavra-chave é "confirmação" (vv. 2-3,8,13). Os novos crentes passam por momen-tos de provação e de inquietação (vv. 3,5); e, a menos que sejam con-firmados no Senhor, serão desnorte-ados pelo demônio. Paulo não esta-va satisfeito com o fato de que essas pessoas estivessem apenas salvas (cap.
    1) e nutridas (cap. 2); ele que-ria vê-las confirmadas na fé (cap.
    3) e capazes de andar (cap. 4). Afinal, as criancinhas aprendem a ficar de pé antes de andar. O que Paulo quer dizer com confirmar esses crentes na fé?

  • Ele enviou-lhes um homem (3:1-2)
  • Que ajuda o jovem Timóteo era para Paulo! Todo Paulo devia ter seu Ti-móteo — a pessoa mais jovem que trabalha com a mais velha. Paulo sa-bia como escolher e treinar líderes cristãos, e Timóteo era um dos me-lhores que ele tinha. Durante mui-tos anos, esse jovem, antes de Paulo recrutá-lo como ajudante, testou-se em sua igreja local (At 16:1-44). O jovem Timóteo (provavelmente um adolescente) não iniciou seu minis-tério ensinando ou pregando, mas sendo o ministro de Paulo, aquele que ajudava o apóstolo nas tarefas da vida diária e das viagens. Na ver-dade, Timóteo substituiu João Mar-cos, que desistira quando as coisas ficaram difíceis. Em Fp 2:19-50). Timóteo lembrou-os da Palavra ensinada por Paulo, e isso os encorajou e os confirmou.

    Para saber como Paulo ministrou a Palavra aos tessalonicenses leia At 17:1-44. Ele "arrazoou", o que sugere debate ou discussão; expôs a Palavra, o que envolve ex-plicar seu sentido (Lc 24:32,Lc 24:45); demonstrou certas verdades, o que quer dizer que deu evidências delas ou mostrou-as de forma ordenada para que todos pudessem percebê- las; e anunciou-a, isto é, proclamou o evangelho. O pastor e os traba-lhadores cristãos devem certificar- se de ter um ministério equilibrado da Palavra. Não é suficiente apenas pregar e anunciar a Palavra; deve-se ensiná-la, prová-la e explicá-la. O verbo traduzido por "demonstrar" (At 17:3) pode significar "arrumar uma mesa"; assim, o trabalhador cristão deve "arrumar o alimento sobre a mesa" para que todo santo, jovem ou velho, tenha acesso a ele e compartilhe-o.

  • Ele orou por eles (3:5-10)
  • O que confirma a igreja é o mi-nistério duplo da Palavra de Deus e da oração. Se houver ensino e pregação, mas não oração, as pes-soas terão luz, mas não poder. Se houver oração sem o ensino da Pa-lavra, talvez você tenha um grupo de entusiastas com mais calor que luz! O pastor, o professor de Escola Dominical, o missionário e o traba-lhador cristão que falam com Deus sobre seu povo e, depois, com seu povo a respeito do Senhor têm um ministério equilibrado e confirma-do. O ministério de Cristo consistia na Palavra e na oração (Lc 22:31-42 e veja o que acontece ao servo que esque-ce a vinda de Cristo. Esse homem não disse nada abertamente, apenas em seu coração: "Meu senhor tarda em vir!". Ele não amava a perspecti-va do aparecimento de Cristo. E de admirar que esse servo tenha apos- tatado e não se desse bem com os outros cooperadores?

    Paulo estava ansioso para que tivessem o coração confirmado e isento de culpa; veja também 5:23. É de esperar que os cristãos sejam irrepreensíveis e inculpáveis (Fp 2:15). A perfeição só será possível após o retorno de Cristo, portanto isso não quer dizer que sejam sem pecado. A criancinha que escreve seu nome na lousa não o faz de for-ma perfeita, porque é apenas uma criança; no entanto, ela é irrepreen-sível se fizer o melhor que consegue. Aos olhos de Deus, temos uma vida irrepreensível se vivemos de acordo com a luz que ele nos deu e se pro-curamos crescer nele. A expectativa diária do retorno de Cristo ajuda o crente a manter sua vida pura (1 Jo 2:28—3:3).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13
    3.1 A divisão entre os capítulos aqui é infeliz. Pelo que liga aquilo que segue aos vv. 1720 que precedem. Sozinhos. A palavra no gr é forte: "abandonados". Foi com sacrifício que Paulo ficou para enfrentar o intelectualismo incrédulo de Atenas (conforme At 17:15ss).

    3.2 Ministro (gr diakonos). Outros manuscritos têm, "companheiro de trabalho" (sunergon).

    3.3 Inquiete, lit. "sacudir a cauda" (como um cão), i.e., pela lisonja levar os crentes ao abandono do evangelho no meio da perseguição. Aflições são normais não excepcionais (Jo 16:33; At 14:22).

    3.5 Tentador... provasse. Ambas as palavras têm a mesma raiz no original. Vemos o diabo na sua atividade natural (conforme 2.18).

    3.6 Boas notícias (gr euanggelisamen) é o único caso no NT em que não significa a obra salvadora de Deus em Cristo.

    3.8 Para Paulo o sucesso da propagação do evangelho era mais importante que a própria vida (conforme Fp 1:21 e Mc 8:35 2Co 11:24ss).

    3.10 Esta oração foi respondida alguns anos mais tarde (At 20:1, At 20:2). Reparar as deficiências. Calvino diz bem. "Daqui é evidente a importância de dedicar-nos ao ensino. Pois mestres não foram ordenados para num dia ou num mês conduzir os homens à fé em Cristo, mas que conduzam à perfeição a fé apenas iniciada".

    3.11 Dirijam-nos. O verbo no original é singular indicando a unidade de Deus Pai com o Senhor Jesus Cristo.

    3.12 Amor é a única coisa que não pode ser levada ao excesso (Bacon). A obrigação vai além de amar uns aos outros até o ponto de amar a todos, inclusive os perseguidores (cf. Mt 5:44-40).

    3.13 Coração. Na Bíblia, o coração não é a sede das emoções mas o centro controlador da personalidade. • N. Hom. Nossa santificação: a vontade de Deus (vv. 3-13):
    1) Na vida sexual - pureza (vv. 3-7);
    2) Na vida da Comunidade - amor (vv. 9.10);
    3) na vida no mundo - dignidade (gr euschemonõs), "boa aparência", "conveniente"; conforme Ef 4:28.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13
    3:1-5. A missão de Timóteo. Atos 17:14 —18.5 sugere que Paulo ficou sozinho desde o tempo quando deixou Tessalônica até que Silas e Timóteo se juntaram a ele em Corinto. Esses versículos mostram que Timóteo (ao menos) o encontrou em Atenas e, então, partiu para Tessalônica, reencontrando Paulo em Corinto. A palavra sozinhos no v. 1 e o paralelo entre [nós] enviamos no v. 2 e o [eu] enviei no v. 5 sugerem que o plural aqui não deve ser tomado literalmente. v. 1. Evidentemente a atmosfera de Atenas afligia Paulo (conforme At 17. 16a), de forma que somente sua grande afeição pelos tessalonicenses o fez escolher ficar ‘'''sozinhos” (lit.como que abandonado por um amigo que morreu; conforme Gn 42.38; LXX). v. 2. A importância da missão de Timóteo é destacada pelo fato de ele ser descrito como cooperador de Deus (essa é uma leitura melhor do manuscrito). Ele deveria fortalecer (lit. servir de pilastra) e encorajar (parakalekõ) os tessalonicenses na sua fé.

    v. 3. Evidentemente seus inimigos estavam sugerindo que o sofrimento deles estava provando que o seu evangelho era falso. Atos
    14.22 explica por que os convertidos em Tessalônica sabiam que isso não era verdade. abalado-, O termo grego pode significar “perturbado” ou “iludido” (i.e., seduzido e desviado da fé por aqueles que estavam aparentemente mostrando concordância), v. 4. já lhes dizíamos-, O tempo contínuo mostra que o tópico havia sido repetidamente mencionado. v. 5. enviei-. Os inimigos haviam sugerido que o fato de ele não voltar para ver os tessalonicenses mostrava falta de interesse, daí que ele usa o singular e o pronome enfático, tentador. Mais uma vez, Paulo associa os eventos à influência satânica. A idéia da tentação como teste é proeminente aqui. E significativo que não os seduzisse esteja no indicativo no grego — Paulo sabe que isso é possível. Em contraste com isso, tornando inútil é subjuntivo, pois ele não espera que os convertidos cedam.

    v. 6-8. O relato de Timóteo. A alegria de Paulo ao ouvir da fé inabalável dos tessalonicenses, do seu amor e de seu desejo de vê-lo o levaram a escrever imediatamente, v. 6. boas notícias-, A palavra normalmente se refere à pregação do evangelho — tão grande foi a alegria de Paulo diante do que ouviu, v. 7. Paulo está sofrendo aflição física {necessidade) e perseguição {tribulação), mas foi encorajado (conforme v. 2) pelas notícias que Timóteo trouxe, v. 8. agora vivemos-, Phillips traz “um sopro de vida para nós” (também NEB). Esse interesse apaixonado pelos seus filhos espirituais é típico de Paulo; tanto demonstra quanto explica o seu sucesso como evangelista e pastor.

    v. 9,10. A satisfação de Paulo. A sua
    alegria não conduz à auto-satisfação, mas à gratidão (“Que gratidão seria suficiente como retribuição?” — Lightfoot) e à percepção de que a fé dos convertidos ainda não é perfeita.
    v. 11-13. A oração de Paulo. Ele
    procura uma bênção para si mesmo (v. 11) e para eles (v. 12) com o advento em mente.
    v. 11. ... preparem o nosso caminho-, O verbo está no singular, porque o Pai e o Senhor Jesus são um. Um exemplo típico da forma em que a doutrina da Trindade está “em processo” em todo o NT, mesmo que às vezes se cristalize e se torne visível, v. 12. nosso amor por vocês-, O vocês é enfático, sugerindo “não importa o que aconteça conosco”, v. 13. em santidade-, A palavra empregada aqui sugere um estado, e não um processo; embora seja uma referência principalmente à separação para Deus, está associada ao v. 12. Os santos na parousia são ou anjos (Ez 8:13Mc 8:38) ou crentes que já partiram (Ef 3:18lTs 4.16,17); provavelmente ambos estão em vista.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 10
    1Ts 3:1

    De boa mente quisemos deixar-nos ficar sós em Atenas (3,1) aqui o nós é puramente epistolar, referindo-se só a Paulo. Cfr. vers. 5. Para a ocasião veja-se At 17:15 e segs. Para ministro (2; gr. diakonon) há uma bem atestada variante -"cooperador" (gr. synergon) (ver 1Co 3:9). Para isto fomos ordenados (3). É aceito em todo o Novo Testamento que a aflição é normal para os cristãos; é, de fato, uma evidência da genuinidade da sua fé, e penhor da sua herança na glória vindoura -cfr. At 14:22; Rm 8:17 e segs., 2Tm 2:12. É digno de nota que a inevitabilidade da tribulação formou parte da instrução apostólica aos cristãos tessalonicenses, como aos outros (4). Aquilo que tinha sido um agudo problema para a fé nos tempos do Velho Testamento-o sofrimento dos justos-veio a ser reconhecido como elemento essencial no propósito de Deus para o Seu povo. Desde que o próprio Senhor sofreu, eles podem aguardar nada menos que isto; antes se gloriem na tribulação (cfr. Jo 15:20; Jo 16:33 e Rm 5:3).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13

    6. O coração do pastor (I Tessalonicenses 3:1-10)

    Portanto, quando poderíamos suportá-lo por mais tempo, nós pensamos que é melhor ser deixado para trás em Atenas sozinho, e enviamos Timóteo, nosso irmão e companheiro de trabalho de Deus no evangelho de Cristo, para fortalecer e incentivar você a respeito de sua fé, de modo que ninguém seria perturbado por estas tribulações; Porque vós mesmos sabeis que fomos destinados para isso. Porque, na verdade, quando estávamos com vocês, nós sempre a dizer-lhe antecipAdãoente que iríamos ser maltratado;e assim aconteceu que, como você sabe. Por esta razão, quando eu poderia suportá-lo não mais, eu também enviou para saber mais sobre a sua fé, por medo de que o tentador poderia ter tentado, eo nosso trabalho seria em vão. Mas agora que Timóteo chegou até nós a partir de você, e trouxe-nos boas notícias da vossa fé e do amor, e que você sempre pensa amavelmente de nós, desejando muito ver-nos assim como nós também muito tempo para vê-lo, por esta razão, irmãos , em toda a nossa necessidade e tribulação, ficamos consolados acerca de você através de sua fé; para agora vivemos, se estais firmes no Senhor. Pois o que graças podemos render a Deus por vós, por todo o gozo com que nos regozijamos diante do nosso Deus em seu relato, como nós, noite e dia, continuem orando fervorosamente para que possamos ver o seu rosto, e pode completar o que está faltando em a sua fé? (3: 1-10)

    Qualquer um que serve a igreja como um pastor ou ancião percebe que as exigências bíblicas para o seu serviço são elevados. Ele também sabe que ele deve entender as questões importantes do que um pastor faz, diz, é, e sente. Nos capítulos 1:2 desta epístola, as palavras de Paulo revelam as verdadeiras preocupações de um pastor (1: 2-3, 5; 2: 2-4, 5-7, 9-11, 13). Como observado anteriormente, vindo através de sua pena inspirada são algumas das atitudes pastorais Paulo tinha para a igreja: ele era grato por eles (1: 2; 2:13); ele apreciava o seu testemunho (1: 3); ele foi encorajado pelo que ouviu sobre eles (1: 9); amou-os (2: 8); e ele desejava estar com eles (2: 17-20). Aqui, como ele gravou matérias relacionadas com Timóteo e ele mesmo, em conexão com a igreja, ele abriu seu coração ainda mais como ele expressou preocupações para eles de uma forma muito mais focado e específico. Sua separação forçada do Tessalonicenses parecia intensificar sua preocupação pastoral para eles. A narrativa de Paulo implica sete elementos do coração de seu pastor exemplar: carinho para o seu povo, sacrifício por eles, compaixão por eles, amparo em direção a eles, prazer em vê-los, gratidão para eles, e interceder por eles.

    A afeição do Pastor para o seu povo

    Portanto, quando poderíamos suportá-lo por mais tempo, (3: 1-A)

    Por causa de uma ruptura capítulo bastante arbitrária, esta passagem é aberta com isso, que a liga especificamente a seção de encerramento do capítulo anterior. Por causa da atitude de Paulo para o Crentes— Tessalônica "Pois tu és a nossa glória e alegria" (02:
    20) —ele poderia suportá-lo por mais tempo. Ele poderia não mais tolerar a sua distância de seus filhos espirituais e consequente falta de conhecimento da sua condição. Forte afeição de Paulo para eles resultou em dor emocional intensa durante esta separação forçada.

    Mesmo que ele enfrentou seus próprios ensaios (3: 7), Paulo estava mais preocupado com o bem-estar espiritual de seu povo, no meio de suas dificuldades. Na verdade, seu afeto por eles era tão forte que, em 3: ". Eu poderia suportar isso já não" 5 ele também declarou:

    Que o amor era muito mais do que um mero desejo sentimental para a comunhão social com a igreja. Era o desejo de Paulo para ajudar os tessalonicenses cumprir o chamado de Deus para ser fiel à verdade e experimentar maturidade espiritual em suas vidas. Como discutido no capítulo anterior deste volume, os inimigos do evangelho forçado Paulo e seus companheiros para deixar Tessalônica, criando uma situação potencialmente perigosa (conforme Atos 20:29-32), que aumentou a sua preocupação com os tessalonicenses.

    Um homem com um coração pastoral verdadeiro e fiel não está preocupado com o seu próprio sucesso ou sua própria reputação; nem está preocupado com suas próprias provas. Ao contrário, ele está profundamente preocupado com a condição espiritual de seu povo, para quem ele vai sofrer e se alegrar com uma afeição incansável. Paulo exibiu esse tipo de cuidado espiritual, não importa o que a resposta era. Ele escreveu aos Coríntios: "Eu vou muito boa vontade gastarei e ser despendido para as vossas almas. Se eu te amo mais, sou eu para ser amado menos?"(. 2 Cor 0:15; conforme 2: 12-13 11:28-29).

    Sacrifício do pastor para o seu povo

    nós pensamos que é melhor ser deixado para trás em Atenas sozinho, e enviamos Timóteo, nosso irmão e companheiro de trabalho de Deus no evangelho de Cristo, (3: 1b-2a)

    Strong carinho sempre leva ao sacrifício. O amor dá-se afastado de seu objeto. Compromisso altruísta para atender às necessidades dos outros é a medida do verdadeiro cuidado para os outros. Paulo exemplificado que a realidade quando ele achou melhor ser deixado para trás em Atenas sozinho, e ... enviou Timóteo de volta a Tessalônica. O apóstolo usou o pronome plural nós, mas o contexto deixa claro que Paulo se referiu a si mesmo. Por vezes, em suas cartas, ele parece ter uma aversão ao pronome "eu", como se a sua utilização era uma violação da sua humildade.

    Paulo inicialmente chegou a Atenas sem Timóteo e Silas (At 17:14), mas eles eventualmente se juntou a ele lá (15 v.). Após um período indeterminado, Paulo enviou Timóteo novamente a Tessalônica (At 18:5).. Assim, por uma segunda vez, Paulo foi deixado para trás em Atenas sozinho. O verbo traduzido deixado para trás significa "abandonada" ou "abandonado" e foi usado em contextos seculares de deixar amado por trás no momento da morte. Ela expressa como separação sério de Paulo de seus amigos era. Mesmo que ele poderia ter beneficiado muito por sua ajuda e companheirismo em Atenas, Paulo achou melhor enviar seus colegas a Tessalônica e Macedônia para o bem-estar dos crentes nesses lugares.

    O tipo de sacrifício Paulo fez indica novamente a força de sua solicitude pastoral para com os tessalonicenses. Por causa deles, ele alegremente enviou -lhes o seu mais precioso amigo e companheiro missionário . Timoteo Paulo enviado a várias das igrejas o seu amado filho na fé, como seu representante (conforme 1Co 4:17;. 1Co 16:10; Phil. 2: 19-24; 1Tm 1:31Tm 1:3; 17: 1-15; 18: 5-7; At 19:22; 20: 4-5), eles eram mais do que apenas irmãos espirituais.

    Em segundo lugar, Paulo referiu-se Timoteo não só em relação a si mesmo, mas como companheiro de trabalho de Deus ( sunergon tou theou ; alguns manuscritos preferem "ministro", diakonos , ao invés de companheiro de trabalho ). Essa é uma verdade: que um homem poderia ser um colega de trabalho surpreendente com o Santo. Ele trabalhou com Deus porque ele, como Paulo, fielmente proclamado o evangelho de Cristo (conforme 1Tm 1:18; 1Tm 6:12; 2 Tim. 1: 6-7; 4:. 2Tm 4:2, 2Tm 4:5). A mensagem de salvação é chamado de "o evangelho de Deus" três vezes em I Tessalonicenses 2 (vv. 2, 8 e 9), e do evangelho de Cristo, porque Deus, desde que em e por meio de Cristo.

    Paulo deu suas descrições de nobre e querida Timoteo enfatizar quão preciosa era para ele. Eles também revelaram que o amor de Paulo aos Tessalonicenses no sacrifício de mandá-lo para eles.

    Compaixão do pastor para o seu povo

    para fortalecer e incentivar você a respeito de sua fé, para que ninguém seria perturbado por estas tribulações; Porque vós mesmos sabeis que fomos destinados para isso. Porque, na verdade, quando estávamos com vocês, nós sempre a dizer-lhe antecipAdãoente que iríamos ser maltratado; e assim aconteceu que, como você sabe. (3: 4-2b)

    Compaixão nasce do amor motivado Paulo para enviar Timóteo volta aos Tessalonicenses, para fortalecer e incentivar -los sobre a sua fé, que Paulo menciona cinco vezes nesta seção (vv. 2, 5, 6, 7, 10). Esta não é a fé (conforme Jd 1:3 no capítulo 1 deste volume indica, os crentes tessalonicenses constituída uma igreja modelo com muitas virtudes nobres. Mas eles ainda eram jovens em uma fé que está sendo testado pela aflição e precisava de mais orientação em direção à maturidade espiritual (conforme 1Ts 3:13; 4:. 1Ts 4:1, 1Ts 4:10).

    Atribuição de Timóteo era antes de tudo para fortalecer dos Tessalonicenses fé. Fortalecer meios para apoiar ou contraforte algo com a intenção de que a estabelece. Strong fé é fruto de saber tudo o que Deus revelou, e tem uma base firme na sã doutrina. Nenhuma fé pode ser forte sem o conhecimento e compreensão da verdade. Em segundo lugar, ele estava a incentivar -los, o que denota que vem ao lado e motivando-os a viver que a sã doutrina. Tarefa de Timóteo era para fazer a fundação do tessalonicenses  sólida e inabalável para que eles pudessem ter confiança para aplicar a verdade.

    Timoteo realizado o tipo de follow-up, fortalecendo e incentivando ministério que Paulo tinha feito. Por exemplo, Paulo, Barnabé e sua entourage muitas vezes voltou para cidades onde tinham anteriormente ensinou: "Depois, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia, fortalecendo as almas dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, dizendo: "Através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus" (Atos 14:21-22; conforme At 15:32, At 15:41; At 18:23; Rm 1:11). A maturidade espiritual é o que Paulo desejado para as igrejas: "Eu oro para que os olhos do vosso coração seja iluminado, de modo que você vai saber o que é a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual é a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos "(Ef 1:18-19; conforme 2 Ts 2:.. 16-17; 2Ts 3:3).

    Paulo sabia que eles enfrentaram e pode ser perturbado por certas aflições (pressão, testes de fé no sofrimento). O verbo prestados seria perturbado ( sainesthai ) originalmente designado o abanar da cauda de um cachorro, mas ao longo dos anos, passou a significar, "a sedução, fascinar, mais achatada, ou enganar." Quando um cão abana o rabo, que muitas vezes faz isso para chamar a atenção para si mesmo e ganhar alguma coisa que quer. Daí Saino , o verbo raiz de sainesthai , mais tarde se refere a uma pessoa que tentou bajular ou enganar outras pessoas. Paulo não queria que ninguém para atrair os tessalonicenses para longe da verdade dessa maneira, porque eles tinham sido tornadas vulneráveis ​​pela perseguição e sofrimento.

    O apóstolo lembrou-lhes que todos os crentes devem esperar tribulações e perseguições, porque todos foram destinados para tais dificuldades temporais. Na verdade, não é clara a partir do versículo 3 se que refere-se principalmente a Paulo ou os tessalonicenses. Alguns afirmam que se denota Paulo, e as aflições dos sofrimentos a que tinha sido destinados (conforme At 9:16). Esta interpretação vê Paulo lembrando aos Tessalonicenses de suas dificuldades ordenados por Deus a fim de que eles não iriam igualá-los com a desaprovação dele de Deus ou com anulação de Seus planos para ele ou até mesmo como prova de que ele não era um apóstolo. Outros vêem a declaração de Paulo como um lembrete aos Tessalonicenses e todos os cristãos que eles devem esperar aflições. Mais tarde, Paulo exortou a Timóteo: "De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12;. conforme Jo 16:33; Tiago 1:2-4; 1Pe 5:101Pe 5:10). . Jesus disse aos discípulos: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim Alegrai-vos e exultai, porque vosso galardão nos céus é grande, pois da mesma forma perseguiram os profetas que foram antes de vós "(Mt 5:11-12; conforme 10: 24-25.). A interpretação mais ampla, que inclui Paulo e os crentes dentro da declaração, pode ser melhor, uma vez que ele realmente se aplica a ambos.

    Para se certificar de que os tessalonicenses tem seu ponto, Paulo lembrou-lhes que , de fato, quando ele estava com eles, disse-lhes de antemão que eles iriam sofrer terrena aflição. Como William Hendriksen observou: "As aflições que foram previstos, e que têm lugar de acordo com essa previsão, servem para fortalecer a fé "( New Testament Commentary: Exposição de Tessalonicenses, Timóteo e Tito [Grand Rapids: Baker, 1981], 85; ênfase no original).

    Protecionismo do pastor para com seu povo

    Por esta razão, quando eu poderia suportá-lo não mais, eu também enviou para saber mais sobre a sua fé, por medo de que o tentador poderia ter tentado, eo nosso trabalho seria em vão. (3: 5)

    Essencialmente repetindo o que ele escreveu apenas algumas linhas anteriores (3: 1-2)., O apóstolo Paulo revela outra atitude de seu coração pastoral-seu amparo para com seu povo Por que razão, quando Paulo poderia suportá-lo por mais tempo, ele enviou Timóteo para saber mais sobre a sua fé.

    Quando ele enviou Timóteo, o apóstolo não sabia como dos Tessalonicenses  tinha a tempestade de provações, tribulações e perseguições. Constante preocupação de Paulo para as igrejas sob seu cuidado (. Conforme 2Co 11:28) é expresso em suas palavras de advertência aos anciãos de Éfeso: "Eu sei que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês, que não pouparão o rebanho; E que, dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si "(Atos 20:29-30; conforme 1Tm 4:11Tm 4:1). Por fim, se ele não pode impedi-los de abraçar o evangelho, Satanás se esforça para enfraquecer a fé daqueles que crêem: "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, vossas mentes serão desviados da simplicidade e pureza de devoção a Cristo "(2Co 11:31Co 7:5; 3:.. 14-15; Tiago 1:12-18; 1Pe 5:81Pe 5:8; conforme Gl 4:11). Ele pediu que os filipenses a "provar-vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como luzes no mundo, retendo a palavra da vida, para que, no dia de Cristo eu terei motivo para a glória, porque eu não corri em vão, nem trabalham em vão "(2: 15-16). Da mesma forma Paulo estava preocupado com a fé dos tessalonicenses. Ele queria saber o que era real e não superficial.

    O Pastor se alegra pelo seu povo

    Mas agora que Timóteo chegou até nós a partir de você, e trouxe-nos boas notícias da vossa fé e do amor, e que você sempre pensa amavelmente de nós, desejando muito ver-nos assim como nós também muito tempo para vê-lo, por esta razão, irmãos , em toda a nossa necessidade e tribulação, ficamos consolados acerca de você através de sua fé; para agora vivemos, se estais firmes no Senhor. (3: 6-8)

    Quando Timoteo chegou de Tessalônica e apresentou o seu relatório a Paulo, o apóstolo foi por esse tempo em Corinto. Relatório de Timóteo era tão encorajador para Paulo que para descrevê-lo o apóstolo chamou-lhe uma boa notícia, usando a palavra euangelisamenou (a partir do qual as palavras em inglês evangelho e evangelismo derivam), a partir de uma palavra de raiz ( euangelion ) cujo todas as outras ocorrências no Novo Testamento se refere à mensagem do evangelho da salvação pela graça através da fé.

    Timoteo transmitiu um relatório de quatro partes sobre o estado espiritual dos tessalonicenses para Paulo. Primeiro, ele entregou a boa notícia de que a sua  em Deus e em Jesus Cristo era genuíno. Seus corações tinha sido como o bom solo que recebeu a semente do evangelho e deu muito fruto (Mt 13:23). Em segundo lugar, ele disse Paulo a boa notícia sobre o seu autêntico amor pelo Senhor, que foi a mais clara evidência de que eles eram cristãos (conforme Sl 5:11; Mateus 22:37-40.; Jo 8:42; Jo 13:34. —35; 13 8:45-13:10'>Rom. 13 8:10.; Gl 5:22,; 1Pe 1:81Pe 1:8). Em terceiro lugar, Timoteo anunciou que os tessalonicenses sempre pensei que gentilmente de Paulo. Foi uma boa notícia para o apóstolo que tinham acarinhados memórias dele e ainda estavam com confiança leal a ele como verdadeiro apóstolo de Cristo. Em vista de seus muitos inimigos (At 21:27; 2Tm 1:152Tm 1:15.) E a preocupação de que Satanás ou falsos mestres gostaria de chamar a Tessalonicenses longe da verdade, como eles se esforçaram para fazer em tantos lugares (conforme 2 Cor .. 12: 19-21; Gl 3:1), Paulo se alegrou com a boa notícia de que eles estavam ansiosos para renovar a comunhão com Ele (conforme At 2:42; Rm 15:32; He 10:25; 1Jo 1:3; 11:.. 23-28, 32-33; 2Tm 3:112Tm 3:11; At 9:23-25; 14: 1-20; 16: 16-34; 17: 1-10; 13 44:19-41'>19: 13-41; 21: 27-36; 27: 14-26) —Paulo foi confortado sobre a verdade salvadora, a fé de seus filhos. Note-se que quando as igrejas eram infiéis e sucumbiu ao pecado e falsos mestres, o apóstolo foi devastada. Esse foi o caso na igreja de Corinto, sobre a qual ele realmente se tornou "deprimido" (2Co 7:6). Era como se ele começou a realmente viver de novo uma vez que ele recebeu um relatório positivo sobre os tessalonicenses. O conhecimento de que eles estavam firmes no Senhor estimulado Paulo para renovado zelo no ministério. Sempre que via quaisquer crentes permaneçam firmes ( stēkete , um termo militar que significa a não recuar diante de um ataque), forte em sua fé, ele ficou encantado, mas ele os exortou a determinação continuou. Por exemplo, em sua segunda carta aos Tessalonicenses, ele declarou:

    Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade. Foi por isso vos chamou pelo nosso evangelho, que você pode ganhar a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, irmãos, sede firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra ou por carta de nós. (2:. 13-15; conforme 1Co 16:13; Gl 5:1; 15: 5-7., Rm 15:13; 2 Cor. 1: 3-5; Ef. 1: 15-21; 3: 14-21; Fl 1: 3-11; Cl 1:1; Filemon 4-7)...

    Paulo de orar era constante e fervorosa. Ele intercedeu por eles dia e noite, e fê-lo mais intensamente. O objetivo final de sua oração foi para completar tudo o que ainda estava faltando em suas vidas diante de Deus. O objetivo imediato era que ele pode ver o seu rosto, para fornecer a instrução de que precisavam de imediato. Os capítulos 4:5 da presente carta fornecer alguma da verdade que estava faltando.

    Se Paulo é o modelo ideal de um humano com um coração de pastor, isso é só porque ele cuidadosamente modelada seu ministério pastoral depois da de Jesus Cristo, que perfeitamente modelado o coração do pastor durante Seu ministério terreno. Ele foi o maior exemplo de carinho por suas ovelhas (João 10:11-16, 27-28), altruísmo por Seus discípulos (13 3:43-13:17'>João 13:3-17), compaixão por seu povo (João 11:33-44; conforme Mateus 23:37-39.), amparo em direção Suas ovelhas (João 10:2-5), delícia para a Sua Igreja (Mt 16:18-19.), gratidão por seus seguidores (Matt. 11: 25-30), e intercede por seus filhos amados (João 17:6-26). Esse modelo de coração de pastor é o padrão divino para todos os pastores de hoje.

  • Uma Oração Pastoral (I Tessalonicenses 3:11-13)
  • Ora, o Deus e Pai Ele e Jesus nosso Senhor dirigir a nossa maneira de você; e que o Senhor lhe causar a crescer e abundar em amor uns pelos outros, e para todas as pessoas, assim como nós também fazer por você; para que Ele possa estabelecer os vossos corações irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. (3: 11-13)

    O Novo Testamento contém muitos exemplos ricos e instrutivos de orações que agrAdão a Deus (por exemplo, Matt. 26: 36-42; João 11:41-42; 17: 9-24; Atos 4:24-30; At 7:60 ; 13 20:58-13:21'>Hb 13:20-21; Jude 24-25).. Arthur W. Pink (1886-1952), o escritor, teólogo e professor de Bíblia cristã Inglês-nascido, anotou na década de 1940 como valioso essas orações são para os crentes atuais:

    Como bendito é ouvir algum santo idade, que há muito andava com Deus e gostei comunhão íntima com Ele, derramando seu coração diante dEle em adoração e súplica. Mas quanto mais abençoado que devemos estimar que poderíamos ter escutado as declarações daqueles que conviveram com Cristo em pessoa durante os dias em que Ele habitou nesta cena. E se um dos apóstolos ainda estavam aqui na terra o que é um grande privilégio que devemos considerar para ouvi-lo se envolver em oração! Tal alto privilégio que a maioria de nós estaria disposto a ir para a inconveniência considerável e de viajar uma longa distância, a fim de ser assim favorecida. E se o nosso desejo foi concedido, quão perto nós ouvir as suas palavras, quão diligentemente que iria procurar a valorizar-los em nossas memórias. Bem, não tão inconveniente, tal viagem, é necessário: aprouve ao Espírito Santo para gravar um bom número das orações apostólicas para nossa instrução e satisfação. ( Gleanings de Paulo: Estudos nas orações do Apóstolo [reimpressão; Chicago: Moody, 1967; 1981 edição de bolso], 9)

    A maioria das orações registradas no Novo Testamento são do apóstolo Paulo. Ele dedica páginas a mais para suas palavras e ministério do que para os de qualquer outra pessoa, exceto Jesus. Paulo é o personagem principal de Atos 14:28 (apesar de Atos registra nenhum orações dos apóstolos individuais, ele faz retratá-los como homens de oração em 1: 24-25; 4: 24-30; 6: 4; 09:40; 10 : 9; 20:36; 21: 5; 28:
    8) e autor de treze cartas que registram muitas de suas orações (por exemplo, Rom. 15: 5-7, Rm 15:13; 1 Cor. 1: 4-7; 2 Cor 1, 3-5; Ef. 1: 15-23; 3: 14-21.; Fl 1. 8-11; Colossenses 1:9-12; 2 Tessalonicenses 1: 11-12; Filemon 4.. —6). Consistente com esta imagem do apóstolo é a descrição de Lucas do Paulo recém-convertido: "ele [foi] orando" (At 9:11).

    Certamente, o apóstolo Paulo modelado oração aos Tessalonicenses. Ele também exemplificou a vida de oração pastoral, uma vez descrita por Charles Spurgeon: "Entendo que como ministro ele está sempre orando ... Ele não está sempre em ato de oração, mas ele vive no espírito da coisa ... Se você é um verdadeiro ministro de Deus, você vai ficar como um sacerdote diante do Senhor, vestindo espiritualmente a estola sacerdotal e peitoral sobre o qual você levará os nomes dos [seus] filhos ... implorando para eles dentro do véu "( Lições aos Meus Estudantes[reimpressão; Grand Rapids: Zondervan Resources / Ministério Library, 1985], 42, 47; ênfase no original). É óbvio que Paulo estava no espírito de oração a partir Dt 1:1; Ef 1:15-23; Cl 1:1. —12). E, certamente, ele não pôde concluir a expressão do coração de seu pastor aqui sem Oração para a realização da vontade de Deus na vida de seu povo.

    A forma de oração de Paulo

    Agora Que o nosso Deus e Pai, Ele e Jesus nosso Senhor (3: 11a)

    A oração de Paulo tomou uma forma distinta. Em vez de tratar a Deus pelo pronome de segunda pessoa habitual, Paulo, incluindo os tessalonicenses, em sua Pedido, dirigida pelo nome na primeira pessoa- nosso Deus e Pai. A Pedido de Paulo utilizou o modo optativo grego, indicado em Inglês pela Maio, que expressa um desejo. Essa forma de oração não era a abordagem normal de Paulo, mas ele fez usá-la em outros momentos (5:23; 2Ts 3:1, 2Ts 3:16). O uso do optativo aqui lhe permitiu reiterar aos Tessalonicenses o coração sincero deseja que ele lhes tinha a respeito. Paulo também dirigiu esta oração a Deus o Pai e Jesus o Senhor, expressando o desejo de que tanto o Pai eo Filho pode agir para responder a seus anseios. Tais ligações do Pai e do Filho são freqüentes nas epístolas e enfatizar a igualdade na natureza divina entre Deus Pai e de Jesus, o Filho (conforme Rm 1:7; 1 Tim. 1:. 1Tm 1:2; 2Tm 1:22Tm 1:2; At 7:59; 1Jo 5:141Jo 5:14). Rm 8:27 indica que o Espírito Santo também está em perfeito acordo: "aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque Ele intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus."

    O propósito da oração de Paulo

    dirigir a nossa maneira de você; e que o Senhor lhe causar a crescer e abundar em amor uns pelos outros, e para todas as pessoas, assim como nós também fazer por você; para que Ele possa estabelecer os vossos corações irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. (3: 11b-13)

    A oração de Paulo aqui é um modelo definitivo de intercessão pastoral consciente. Ele tinha um propósito triplo em oferecê-lo: para que Deus conceda a Tessalonicenses uma fé aperfeiçoando, um amor prosperar, e uma esperança de purificação. Essa é a tríade familiar de virtudes cristãs (1Co 13:13). Paulo estava realmente preocupado com que o seu povo crescer em cada uma dessas realidades espirituais, como é evidente no início desta carta: "tendo sempre em mente o seu trabalho de fé e trabalho de amor e firmeza da esperança" (1: 3), e no final: "vamos ... vestida a couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação" (5: 8).

    A Aperfeiçoamento Fé

    dirigir a nossa maneira de você; (3: 11b)

    O motivo mais importante para a oração de Paulo aos Tessalonicenses foi que sua fé iria crescer. O apóstolo não disse explicitamente que, dentro de sua oração, mas identificou-o como o objetivo de sua oração: "à medida que a noite eo dia, continuem orando fervorosamente para que possamos ver o seu rosto, e pode completar o que falta à vossa fé" (v. 10). "Completo" também pode ser traduzida como "perfeito" —Paulo queria voltar para ajudar a aperfeiçoar qualquer fraqueza ou defeito na sua fé (ver os comentários sobre 03:10, página 83), no sentido de Efésios 4:11-12, " Ele deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo. "

    Para que o trabalho espiritual da edificação, ele pediu a Deus e Jesus para dirigir sua maneira a eles. Direta transmite a idéia de colocar para fora um caminho reto, liso com todos os obstáculos removidos. Até este momento, as circunstâncias satanicamente instigadas tinha impedido Paulo de vir aos Tessalonicenses (conforme a discussão Dt 2:18 no capítulo 5 deste volume). O apóstolo sabia que somente o poder do Senhor poderia vencer a Satanás (conforme Gn 3:15; Mt 10:1; Lucas 11:21-22; Rm 16:20; Cl 2:15; 1Jo 3:81Jo 3:8; Ap 20:10) e permitir-lhe para voltar. Era seu desejo de voltar, mas somente pela vontade de seu Senhor e Deus (conforme Sl 37:1-5; Prov. 3: 5-6.).

    A intenção de Paulo era para não voltar e levar os tessalonicenses em alguma experiência emocional que se limitariam a tentar obtê-los acreditar mais fervor nas coisas que eles já conheciam. Ao contrário, ele queria expandir seu conhecimento de Deus através da Sua verdade revelada, que por sua vez iria ampliar sua confiança nEle e capacitá-los a andar na maior obediência à Sua vontade. Paulo estava ministrando ao abrigo de um mandato divino para ensinar a verdade (Atos 9:15-18; 13 1:44-13:4'>13 1:4.; 1Co 9:161Co 9:16; Ef 3:1-8.), O que significava alimentá-los Escritura, para que pudessem amadurecer por isso. Esse é o princípio encontrado em 1Pe 2:2).

    Os preceitos, princípios e promessas das Escrituras são as janelas através das quais os crentes olhar para ver Deus e compreender a Sua glória e vontade para as suas vidas (conforme Sl 19:7-8, Sl 19:11; 119:. Sl 119:9, Sl 119:93, Sl 119:99, Sl 119:105 , Sl 119:130; Pv 6:23; Lc 11:28; Jo 17:17; Jo 20:31; Rm 15:1; 2 Tim. 3: 15-17; Tiago 1:21-22, Jc 1:25). Sua resposta para as verdades da Palavra de Deus também lhes permite saber se a sua fé está crescendo. Esse crescimento é evidente quando (1) o seu conhecimento da Palavra de Deus está a aumentar (conforme Cl 3:16); (2) a sua confiança em Deus é maior do que antes (conforme Ef 3:12); (3) a sua confiança em sua soberania é mais forte do que antes (conforme 42:2.) e (5) eles estão encontrando alegria em suas provações (conforme Tiago 1:2-3).

    Assim, a oração pastoral de Paulo começou com um pedido para que o Pai eo Filho iria usá-lo a amadurecer e fortalecer a fé dos tessalonicenses, que era o fundamento de que precisavam para obediente e potente vida cristã (conforme At 14:22; 2Co 1:242Co 1:24; 1 Tim. 1:. 1Tm 1:4; He 11:6), portanto, ele orou para que cresce a fé dos tessalonicenses seria acompanhado por um amor prosperando. Que Paulo pediu ao Senhor para causar os tessalonicenses ' amor a crescer indica que ele dependia de Deus para o desenvolvimento das virtudes espirituais. Se foi o início da vida cristã (. Justificação-Rm 3:30; Rm 8:30, Rm 8:33; conforme Is 50:8) ou o processo de crescimento espiritual (santificação-Jo 17:17; 1Ts 5:231Ts 5:23;. Jude 1; conforme Ez 37:28;.. Ef 5:26)., Deus revelou que Ele finalmente merece o crédito para o vencimento dos crentes (1 Cor 3 : 6-7; conforme 2Co 3:52Co 3:5; 2:20 Gal).

    As declarações de Paulo em 1: 3, "tendo sempre em mente o seu trabalho de fé e trabalho de amor", e 3: 6, "boas notícias da vossa fé e amor", são uma prova clara de amor dos Tessalonicenses. Aqui ele orou eles iriam crescer e abundar em amor ( ágape ), em que o amor , que é o mais puro e nobre (13 8:45-13:10'>Rm 13:8-10; 1 Cor. 13:.. 1Co 13:4, 1Co 13:13; 1Co 16:14; 13 48:5-14'>Gl 5:13 —14, Gl 5:22; Ef 1:15; 4:. Ef 4:2; Ef 5:2, Ef 5:28, Ef 5:33; Fp 1:9; 1 João 3:16-17). Paulo pediu primeiro que o amor deles crescer e abundar ... um para o outro, isto é, dentro da Igreja (conforme Ef 1:15; Ef 4:16; Fp 2:1; Cl 2:2; 1Pe 4:8; Rm 12:10; Rm 13:8; 1Jo 3:111Jo 3:11, 1Jo 3:23; 1Jo 4:7; 2Jo 1:52Jo 1:5;. Conforme Dt 10:19. ; Rm 0:14-20; 1 Tm. 2: 1-4).. Outras liminares Novo Testamento sobre todas as pessoas incluem a prossecução da paz (Rm 0:18.), fazer o bem, ser paciente (Ef 4:2.), Orando (1Tm 2:1).

    Para proporcionar-lhes um exemplo prático para entender que o amor, Paulo disse aos Tessalonicenses que eles devem amar assim como ele também amava. Ele os amava quando eram estrangeiros, na maior necessidade espiritual por sacrificially trazendo-lhes o evangelho (1Ts 1:9). Em seguida, depois de terem recebido a justificação, amou-os até o sacrifício vivo de sua vida para a sua santificação (2: 10-12).

    A esperança Purificante

    para que Ele possa estabelecer os vossos corações irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. (3:13)

    O objetivo final da oração de Paulo aos Tessalonicenses foi que eles poderiam olhar para sua glorificação, que produz uma esperança de purificação. Todas as boas qualidades de uma fé forte e um amor vibrante são incompletos, a menos que eles apontam para uma esperança genuína. Paulo lembrou aos Romanos: "Portanto, tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual também fomos feitos a nossa introdução, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nós nos gloriamos na esperança da glória de Deus "(Rom. 5: 1-2; conforme Rm 15:13; Tt 2:13; He 6:11.). A natureza do que a esperança é mais indicado em 1Jo 3:2;.. Sl 44:21; Pv 24:12;. Conforme 1Sm 16:7), é a motivação para uma vida santa. (Veja também a discussão de 2: 19-20. No capítulo 5 deste volume)

    Paulo focada no coração, porque é a sede da emoção humana, pensamento e Proposito (conforme Pv 4:23; 1 Crônicas 28:... 1Cr 28:9; Mt 12:35; 15: 16-20). Se os seus corações eram puros, limpos e justos, e eles foram capazes de resistir a tentação (conforme Mt 4:4-11; Mt 26:41; 1Co 10:131Co 10:13; Ef 6:16; Jc 1:12), que iria libertá-los de vergonha e embaraço diante do Senhor e fazer com que eles ansiosamente para a Sua vinda. A aparência do crente diante de Deus é verdadeiramente a consumação de sua santificação (Rm 8:17, Rm 8:30).

    Em contraste com os crentes obedientes que olhar para a frente do aparecimento de Cristo, os crentes pecadores não estão ansiosos para ter o seu pecado interrompeu e exposto à presença do Senhor. Tais cristãos desobedientes são como crianças desobedientes que não querem que os seus pais para pegá-los fazendo de errado, ou como infratores da lei que menos de tudo desejo de que a chegada da polícia. O que torna crentes obedientes tempo para o retorno do Senhor é a santidade que busca pura comunhão com o Santo. E tal pureza que, inicialmente, inspira esperança também produz uma maior esperança, como João escreveu: "E todo aquele que tem esta esperança purifica-se a Ele, assim como Ele é puro" (1Jo 3:3)

    Mais uma vez, a realidade sobrenatural da santificação é todo o trabalho de Deus e, ao mesmo tempo, dependente da obediência do crente.
    Oração do apóstolo Paulo de que os tessalonicenses teriam uma esperança purificadora na verdade se estende para além daquela congregação. Seu pedido foi para que Deus estabelecer seus corações irrepreensíveis em santidade ...com todos os seus santos. Paulo queria que todos os outros eleitos para ser puro e separado das coisas do mundo. Alguns comentaristas identificar todos os seus santos , mais especificamente, como os anjos e os crentes que acompanham Cristo no Seu retorno para estabelecer o Seu reino milenar (conforme Mt 16:27). Desde que a expressão é não usada no Novo Testamento para designar anjos, mas é comumente usado para designar os crentes, é melhor para equiparar esta vinda do Senhor Jesus com o arrebatamento da igreja (ver 4: 13-18), e sua chegada a o lugar preparado para ela (conforme João 14:1-6). Em seguida, vem a recompensa (Ap 22:12) no tribunal de Cristo onde os crentes será recompensado por sua fidelidade e obediência. Primeiro Coríntios 3:11-14 descreve este evento recompensa como um julgamento de obras. No entanto, em 1Co 4:5Cl 3:42Tm 4:82Tm 4:8; e 1Pe 1:4.).

    Este foco na esperança conclui breve oração pastoral do apóstolo Paulo para sua amada Tessalonicenses. Seus pedidos que Deus perfeito sua fé, prosperar o seu amor, e purificar o seu modelo de esperança como todos os pastores e presbíteros devem orar para o seu povo. Sua súplica também estabelece uma devoção geral para a oração que deve acompanhar qualquer ministério sincero da Palavra (conforme Atos 6:4).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de I Tessalonicenses Capítulo 3 do versículo 1 até o 13

    I Tessalonicenses 3

    O pastor e seu rebanho — 1Ts 3:1-10

    Tudo é de Deus — 1Ts 3:11-13

    O PASTOR E SEU REBANHO

    1 Tessalonicenses 1Ts 3:1-10

    Nesta passagem alenta a própria essência do espírito pastoral.

    1. afeto. Sempre será verdade que nunca poderemos comover ou ganhar as pessoas se, para começar, simplesmente não nos agradam

    Carlyle disse de Londres: "Há três milhões e meio de habitantes nesta cidade; a maior parte são uns néscios."

    O homem que começa desprezando a outros, olhando-os de cima ou menosprezando-os, jamais poderá salvá-los.

    1. ansiedade. Quando a pessoa pôs o melhor de si mesmo em

    algo, quando lançou algo — de um transatlântico a um folheto — está ansioso por saber como a obra de sua mão e de seu cérebro oculta o

    temporal. Se isto é a verdade das coisas, é muito mais a verdade das pessoas. Quando um pai educou a seu filho no amor e no sacrifício, está ansioso quando este filho é lançado às dificuldades e perigos da vida no mundo. Quando um mestre educou um menino e pôs nele algo de si mesmo, tem ânsias de ver como essa preparação suporta as provas da vida. Quando um ministro recebe a um jovem na 1greja, depois de alguns anos de formação na escola dominical, nas classes de Bíblia e nas classes de confirmação, está ansioso por saber como esse jovem enfrenta e cumpre os deveres e obrigações de membro da Igreja. Isto se aplica em grau supremo a Jesus Cristo. Ele arriscou tanto pelos ombreia e os amou com um amor tão sacrificial que vigia ansiosamente para ver que uso fazem os homens desse amor. A pessoa deve manter-se com temor e humildade ao lembrar como na Terra e nos céus há aqueles que o levam em seus corações e contemplam como se comporta.

    1. ajuda. Quando Paulo enviou Timóteo a Tessalônica não era tanto para inspecionar a Igreja para lhe prestar ajuda. A grande aspiração de todo pai, professor e pregador deveria ser nem tanto a de criticar e condenar por suas faltas e enganos os que estão a seu cargo como a de libertá-los dessas faltas e enganos e, se incorreram nos mesmos, redimi— los deles. A atitude cristã rumo ao pecador ou aquele que luta jamais deve ser de condenação, mas sim sempre de ajuda.
    2. alegria. Paulo se alegrava de que seus conversos se mantivessem firmes. Tinha a alegria de quem criou algo que teria que superar as provas e tentações do tempo. Não há alegria semelhante ao do

    pai que pode mostrar um homem que faz o bem.

    1. oração. Paulo nevava a seu povo em seu coração perante o trono da misericórdia de Deus. Nunca saberemos de quantos pecados

    fomos salvos e quantas tentações superamos porque alguém orou por nós.

    Conta-se que uma doméstica se tornou membro de uma Igreja. Foi-

    lhe perguntado que obra cristã realizava. Ela repôs não ter tido a oportunidade de fazer muito porque tinha muitas ocupações, "mas" —

    disse — "quando me deito levo para a cama o jornal da manhã e leio as notícias dos nascimentos para orar por todos as crianças; quando leio as notícias de casamentos, oro para que os novos casais sejam felizes; quando leio as notícias fúnebres, oro para que os que estão de luto sejam consolados."

    Ninguém jamais poderá dizer quantas ondas de graça fluíram dessa fonte. Quando não podemos servir a outros de outra maneira, quando como Paulo nos encontramos involuntariamente separados deles, há

    entretanto uma coisa que podemos fazer: orar por eles

    TUDO É DE DEUS

    1 Tessalonicenses 1Ts 3:11-13

    Numa passagem simples como esta é onde pode observar-se melhor o curso instintivo da mente de Paulo. Para Paulo todo era de Deus.

    1. Ora por que Deus lhe abra um caminho para chegar a Tessalônica. Paulo dirige-se a Deus para ser guiado por Ele nos problemas ordinários da vida diária. Se tiver em vista uma viagem,

    dirige-se a Deus para que lhe abra o caminho. Um dos grandes e graves enganos da vida é acudir a Deus só nos grandes momentos, nas emergências desesperadores e nas crises entristecedoras.

    Não faz muito estive falando com três jovens que justamente tinham concluído um cruzeiro em iate. Um deles me disse: "Você sabe, enquanto a gente está em casa jamais presta atenção aos prognósticos do

    tempo, mas quando estávamos neste iate fomos todo ouvidos." Era possível passar-se sem os prognósticos do tempo quando a vida estava confortavelmente segura; mas era fundamental escutá-los quando a vida

    poderia depender deles.

    Somos propensos a agir da mesma maneira com respeito a Deus. Nos assuntos da vida ordinária, nós o passamos por alto pensando que podemos resolver tudo suficientemente bem por nossos meios; nas

    situações de emergência nos agarramos a Ele, sabendo que não podemos

    ir adiante sozinhos. Não ocorria o mesmo com Paulo. Até nas coisas rotineiras da vida, como uma viagem de Atenas a Tessalônica, Paulo olha a Deus para que o guie e oriente. Nos valemos de Deus para que nos resgate; Paulo buscava a companhia de Deus para obter uma vida dirigida por Deus.

    1. Ora para que Deus capacite os tessalonicenses a cumprir a lei do amor em suas vidas diárias. Freqüentemente nos perguntamos por que é tão difícil viver a vida cristã particularmente nas relações ordinárias de

    cada dia. A resposta é que talvez estejamos tentando vivê-la por nós mesmos. O homem que sai pela manhã sem oração, em realidade diz: "Hoje posso resolver tudo isso muito bem por mim mesmo." O homem

    que se entrega ao descanso sem falar a Deus, em realidade diz: "Posso suportar por mim mesmo qualquer conseqüência que tenha trazido o dia de hoje."

    Certa vez John Buchan descreveu um ateu como "um homem que não tem meios invisíveis de apoio". E bem poderá ser que nosso fracasso em viver a vida cristã se deva ao fato de que tentemos vivê-la sem a

    ajuda de Deus. E este é um encargo impossível.

    1. Paulo ora a Deus pela segurança definitiva. Nesta época sua mente estava cheia de pensamentos sobre a Segunda Vinda de Cristo,

    sobre o dia em que os homens teriam que apresentar-se perante o juízo de Deus. Orava para que Deus conservasse a seu povo na retidão e na justiça a fim de que não se envergonhassem naquele dia. Ninguém pode encontrar-se com Deus sem Deus; a única maneira de nos preparar para

    nos encontrar com Deus é viver diariamente com Deus. O choque daquele dia não será para aqueles que viveram que tal maneira que se tornaram amigos de Deus, senão para aqueles que se encontrarão perante Deus como perante um terrível estranho.


    Dicionário

    Acercar

    verbo transitivo e pronominal Abeirar(-se), aproximar(-se), avizinhar(-se). (A forma pronominal é mais usada.).

    Confortar

    consolar. – Enunciam de comum estes verbos a ideia de assistir ou socorrer alguém nalgum transe, não só com palavras, mas ainda com atos, gestos e carinhos. – Consola-se a pessoa aflita ou amargurada dizendo-lhe palavras que lhe mitiguem a dor, acariciando-a, dando-lhe provas de condoimento, fazendo-lhe manifestações que a comovam, etc. – Conforta-se alguém nalgum transe ou nalgum grande embaraço ou grave conjuntura, inspirando-lhe coragem para que vença o mal ou a pena. Jesus precisava de ser confortado no momento supremo da paixão... A Mãe santíssima e dolorosa precisava de ser consolada. Consola-se um pai da perda do filho; conforta-se o mísero que vai subir ao patíbulo.

    Confortar Animar (Lc 22:43).

    verbo transitivo Tornar forte; fortificar, avigorar.
    Animar, consolar: confortaram a viúva.
    verbo pronominal Buscar ânimo, consolo.

    Cooperador

    Cooperador Aquele que trabalha junto com outros (2Co 8:23).

    cooperador (ô), adj. e s. .M Que, ou o que coopera.

    Cristo

    [...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
    Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

    Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] arquétipo do Amor Divino [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    [...] modelo, paradigma de salvação.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] médium de Deus [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

    Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

    Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

    O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

    [...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

    Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

    [...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

    [...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

    [...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


    Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

    Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

    Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

    As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

    Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

    O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

    J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


    (Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


    Ungido , (hebraico) – Messias.

    substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
    Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
    Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
    Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
    Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
    Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
    Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Enviar

    verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.
    Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
    Arremessar, lançar: enviar a bola.

    remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.

    Evangelho

    Evangelho
    1) A mensagem de salvação anunciada por Jesus Cristo e pelos apóstolos (Rm 1:15). “Evangelho” em grego quer dizer “boa notícia”.
    2) Nome dado a cada um dos quatro primeiros livros do NT: MATEUS, MARCOS, LUCAS e JOÃO. Esses livros apresentam a vida e os ensinos de Jesus Cristo.

    Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. [...] Para os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. É, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    O Evangelho é a fonte das verdades morais e religiosas, e é fundamento da igreja cristã [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

    [...] manancial de luz e de vida em todas as idades da Humanidade e para todas as humanidades.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] É a fé, o amor e a justiça. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] divina pedra de toque da Religião e da Moral [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] o mais perfeito código de conduta que se conhece [...].
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1

    No Evangelho de Jesus, encontramos todas as luzes e recursos inestimáveis para resolver os problemas da afeição mal dirigida, das fraquezas do sentimento e da viciação sexual. Se a Ciência cuida do corpo, o Evangelho orienta e ilumina o Espírito.
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] a mensagem do Evangelho, que é luz para os que tateiam nas trevas da ignorância, bálsamo para os corações sofridos e esperança para os tristes, os aflitos e os desgraçados de todos os matizes!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 10

    Evangelho é seta a indicar o caminho.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Esforço

    [...] a obra imortal de Jesus Nazareno [...] é ela o código por excelência de toda a moralidade una e perfeita, de toda a liberdade e de toda a solidariedade.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 2

    [...] é o livro de Jesus, e é preciso conhecer Jesus mais que ao seu Código para dele se ocupar.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Exórdio

    Ora, os Evangelhos são a obra da Bondade, representam um ciclo da evolução planetária, e, como tal, devem ter recebido o influxo e a sanção dos mensageiros do Pai, orientadores da Verdade relativa que cada época comporta.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    O Evangelho é caminho, porque, seguindo-o, não nos perderemos nas sombrias veredas da incompreensão e do ódio, da injustiça e da perversidade, mas perlustraremos, com galhardia e êxito, as luminosas trilhas da evolução e do progresso – da ascensão e da felicidade que se não extingue. O Evangelho é Verdade, porque é eterno. Desafia os séculos e transpõe os milênios. Perde-se no infinito dos tempos. O Evangelho é Vida, porque a alma que se alimenta dele, e nele vive, ganhará a vida eterna. Aquele que crê em Jesus epratica os seus ensinos viverá – mesmoque esteja morto.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

    [...] é o fundamento da ordem e doprogresso.O Evangelho é Amor – na sua mais ele-vada expressão.Amor que unifica e constrói para aEternidade.Amor que assegura a perpetuidade detodos os fenômenos evolutivos.[...] Somente o Evangelho aproximaráos homens, porque ele é Caridade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29

    O Evangelho, comentado à luz do Es-piritismo, é o mais autêntico roteiro deque podemos dispor, hoje e sempre, paraa equação, pacífica e feliz, dos proble-mas humanos. Com ele, tudo é clarida-de e paz, alegria e trabalho, harmonia eentendimento, luz e progresso. [...]Com ele, a inteligência e a cultura edificampara a vida que não perece, descortinandoos panoramas da perfeição.[...] Com ele, a fortuna constrói o pro-gresso, estimula a prosperidade, esten-de as bênçãos do socorro fraterno àquelesque a velhice pobre e a infância desvali-da colocam à margem da felicidade
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - Conclusão

    [...] O Evangelho é a bússola que oscaminheiros prudentes não abandonam[...]
    Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evangelho – bússola doscaminheiros

    [...] é a bússola dos Espíritos, [...] é oparadigma incontroverso da Verdade E E Epara o nosso ciclo de evolução intelectual e moral [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 3

    Padrão eterno de inigualável sabedoria, o Evangelho é que há de nortear a Humanidade para seus altos destinos. [...]
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    Os Evangelhos foram e serão sempre o livro do progresso, a fonte da luz e da verdade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    O Evangelho é também Poesia Divina da Sabedoria e do Amor, a estender-se no mundo em cânticos de fraternidade e serviço.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

    O Evangelho é o livro do coração; cura as feridas do sentimento, porque destila o amor de Jesus Cristo: consola o desconforto dos aflitos, porque dele se evola a essência da verdade divina, gradativamente propiciada aos filhos de Deus, para a escalada gloriosa do futuro. Por ele, é certo, aumenta a criatura o seu patrimônio intelectual, com conhecimentos puramente espirituais, porém, a sua finalidade máxima é formar o patrimônio moral da Humanidade.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo é o código de toda a sabedoria de que se pode revestir a humana criatura, para a vida e para as vidas: mas o sagrado código, obra do Mestre divino, imutável em sua essência, na essência de seus puríssimos ensinamentos, reveste-se do especialíssimo caráter de uma eterna variedade na forma que o acomoda a todas as idades, a todos os progressos da Humanidade. É uma luz que cresce em intensidade, a par e à medida que os olhos da alma humana adquirem maior capacidade para suportá-la.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Assim, a única profilaxia eficaz contra a obsessão é a do Evangelho.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 1

    [...] O Evangelho de Jesus é o norteador seguro para que os desavisados não se fiem somente na Ciência sem ética e na Filosofia sem a moral cristã.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 2

    [...] é expressão e aplicação das leis universais e imutáveis de Deus. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

    [...] O Evangelho do Cristo, código supremo para o entendimento da vida, é simbolizado pelo amor ao Criador e à criatura, como caminho para a redenção do Espírito eterno.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 33

    O Evangelho de Jesus é o grande repertório de ensinamentos para a busca da sabedoria e da paz. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 36

    O Evangelho é o repositório das normas e regras necessárias ao progresso espiritual. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    O Evangelho do Cristo, entendido em espírito, é o código que permite a compreensão dos mecanismos das leis morais da vida, resumidas em uma palavra – Amor.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 33

    [...] O maior tratado de psicologia espontânea que podemos conhecer. [...]
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    [...] é um cântico de sublimadas esperanças no caminho das lágrimas da Terra, em marcha, porém, para as glórias sublimes do Infinito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] O Evangelho do Cristo é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o espírito, norteando-lhe a vida e as aspirações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 66

    [...] O Evangelho é código de paz e felicidade que precisamos substancializar dentro da própria vida!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    [...] é a construção de um mundo novo pela edificação moral do novo homem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    [...] É uma luz para a nossa existência neste mundo mesmo, que devemos transformar em Reino de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    [...] livro mais vivaz e mais formoso do mundo, constituindo a mensagem permanente do Céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, o mapa das abençoadas altitudes espirituais, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta de Redenção, rodeando-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 171

    [...] Código de ouro e luz, em cuja aplicação pura e simples reside a verdadeira redenção da Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    [...] O Evangelho é a luz eterna, em torno da qual nos cabe o dever de estruturar as nossas asas de sabedoria e de amor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    Expressão autêntica da biografia e dos atos do Divino Mestre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 20

    Para as horas de amargura, / Para as dívidas da sorte, / o Evangelho é a luz da vida / que esclarece além da morte.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O Evangelho não é um livro simplesmente. É um templo de idéias infinitas – miraculosa escola das almas – estabelecendo a nova Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Evangelho de Jesus [é o] roteiro das almas em que cada coração deve beber o divino ensinamento para a marcha evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O Evangelho é, por isso, viveiro celeste para a criação de consciências sublimadas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho

    O Evangelho é serviço redentor, mas não haverá salvação para a Humanidade sem a salvação do Homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    [...] fonte real da Medicina preventiva, sustentando as bases do equilíbrio físio-psíquico.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

    E E EO Evangelho é o roteiro para a ascensão de todos os Espíritos em luta, o aprendizado na Terra para os planos superiores do Ilimitado. De sua aplicação decorre a luz do espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 225

    O Evangelho, todavia, é livro divino e, enquanto permanecemos na cegueira da vaidade e da ignorância, não nos expõe seus tesouros sagrados. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11

    [...] o Evangelho de Amor, que é, sem dúvida, o Livro Divino em cujas lições podemos encontrar a libertação de todo o mal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    Ainda e sempre o Evangelho do Senhor / É a mensagem eterna da Verdade, / Senda de paz e de felicidade, / Na luz das luzes do Consolador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Eterna mensagem

    [...] confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo. Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo; os infortunados, o consolo; os tristes, a fortaleza do bom ânimo; os pecadores, a senda redentora dos resgates misericordiosos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] O Evangelho é amor em sua expressão mais sublime. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] Seu Evangelho [de Jesus] de perdão e amor é o tesouro divino dos sofredores e deserdados do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

    [...] a palavra evangelho significa boas notícias.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 1

    [...] O Evangelho do Cristo é o Sol que ilumina as tradições e os fatos da Antiga Lei. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

    O Evangelho é o Livro da Vida, cheio de contos e pontos divinos, trazidos ao mundo pelo Celeste Orientador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - Pontos e contos

    [...] O Evangelho de Nosso Senhor não é livro para os museus, mas roteiro palpitante da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] é mensagem de salvação, nunca de tormento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    [...] é a revelação pela qual o Cristo nos entregou mais amplo conhecimento de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Atualidade espírita

    [...] celeiro divino do nosso pão deimortalidade.[...] O Evangelho é o Sol da Imortali-dade que o Espiritismo reflete, com sa-bedoria, para a atualidade do mundo
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Brilhe vossa luz

    Além disso, é o roteiro do otimismo divino.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 120

    [...] não é apenas um conjunto brilhante de ensinamentos sublimes para ser comentado em nossas doutrinações – é código da Sabedoria Celestial, cujos dispositivos não podemos confundir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luta continua

    [...] representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transforma dora, que Jesus trouxe à esfera dos homens, erguendo-os para o Reino Divino.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

    O Evangelho – o livro-luz da evolução – é o nosso apoio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 48

    Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 62

    O Evangelho, assim, não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus Cristo empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para a integração com as Leis de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26


    Esta palavra, cuja significação é ‘boas novas’, ou ‘boa mensagem’, aplica-se às quatro inspiradas narrações da vida e doutrinas de Jesus Cristo, compreendidas no N.T. (Mateus, Marcos, Lucas, João) – e, também, à revelação da graça de Deus, que Cristo veio pregar, e que se manifesta na Sua vida, morte e ressurreição, significando para os homens salvação e paz. Por diferentes nomes é conhecido o Evangelho: o Evangelho da graça, porque provém do livre amor de Deus (At 20:24) – o Evangelho do Reino, pois que trata do reino da graça e da glória (Mt 4:23) – o Evangelho de Cristo, porque Jesus é o seu autor e assunto (Rm 1:16 – 15,19) – o Evangelho da Paz e salvação, pois que as suas doutrinas promovem o nosso bem-estar presente e conduzem à gloria eterna (Ef 1:13 -6,15) – o glorioso Evangelho, porque nele se expõem as gloriosas perfeições de Deus (2 Co 4,4) – e o Evangelho eterno, visto que foi planejado desde a eternidade, é permanente, e de efeitos eternos (Ap 14:6). *veja cada Evangelho sob o nome de seu autor.

    substantivo masculino Doutrina de Jesus Cristo: pregar o Evangelho.
    Livros que contêm essa doutrina, a vida e história de Cristo, e que fazem parte do Novo Testamento.
    Figurado Coisa que merece fé e confiança: sua palavra é um evangelho.
    Figurado Conjunto de princípios que servem de base a uma doutrina: o evangelho da democracia.

    Exortar

    verbo transitivo direto Dar estímulos, incentivos; mostrar coragem para; incentivar: o presidente exortou as forças armadas a entrarem no bairro.
    verbo bitransitivo Fazer com que alguém pense ou se comporte de determinada maneira; persuadir, aconselhar: exortava os alunos a pensarem de acordo com seus pensamentos.
    Etimologia (origem da palavra exortar). Do latim exorto.

    Significa proclamar de forma autêntica o Evangelho, transmitindo não uma doutrina, mas uma experiência concreta com todas as exigências éticas decorrentes da adesão de fé.

    Exortar Aconselhar; animar; encorajar (Rm 12:8; Tt 2:15). O verbo “exortar”, que corresponde a parakaleo (no grego), não tem o sentido de “repreender”.

    Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    [...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19

    [...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3

    Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6

    [...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7

    Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11

    No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12

    [...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1

    No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11

    A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44

    A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25

    O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista

    Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23

    A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    [...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    A fé é divina claridade da certeza.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16

    A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35

    [...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim

    Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5

    Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

    A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28

    A fé significa um prêmio da experiência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba

    [...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44

    [...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

    Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69

    [...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354

    A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

    É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação

    A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

    [...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141

    Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29



    1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt 15:28; Mc 11:22-24; Lc 17:5).


    2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm 1:16-17;
    v. CONVERSÃO).


    3) A doutrina revelada por Deus (Tt 1:4).


    O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).

    Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).

    A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.


    1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16.
    17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    Irmão

    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.

    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).

    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Ministro

    substantivo masculino Servidor público a quem o chefe mais importante de uma nação confia a administração de um dos seus ministérios: ministro do meio ambiente, da cultura.
    Religião Termo geral usado para designar um membro ordenado de uma igreja cristã, especificamente protestante; pastor: o ministro assume a responsabilidade pelo cuidado pastoral do povo.
    [Jurídico] Nome comum usado para tratar alguns dos juízes que fazem parte de tribunais federais: ministro do Supremo.
    Numa classificação diplomática, quem está imediatamente abaixo do embaixador.
    Etimologia (origem da palavra ministro). Do latim minister.tri, "sacerdote, conselheiro".

    substantivo masculino Servidor público a quem o chefe mais importante de uma nação confia a administração de um dos seus ministérios: ministro do meio ambiente, da cultura.
    Religião Termo geral usado para designar um membro ordenado de uma igreja cristã, especificamente protestante; pastor: o ministro assume a responsabilidade pelo cuidado pastoral do povo.
    [Jurídico] Nome comum usado para tratar alguns dos juízes que fazem parte de tribunais federais: ministro do Supremo.
    Numa classificação diplomática, quem está imediatamente abaixo do embaixador.
    Etimologia (origem da palavra ministro). Do latim minister.tri, "sacerdote, conselheiro".

    indivíduo que oficia ou serveoutra pessoa, como Josué em relação a Moisés (Êx 24:13Js 1:1). os ministros de Salomão eram aqueles servos (1 Rs 10.5), que faziam serviço na corte. Aquele ‘assistente’, a quem Jesus, na sinagoga de Nazaré, passou o livro de isaías depois de ter lido certa passagem (Lc 4:20), era um ministro, que tinha por obrigação abrir e fechar o edifício, distribuir os livros para o culto, e depois colocá-los no seu lugar: geralmente ajudava o principal oficiante. o termo também é aplicado aos magistrados (Rm 13:6) – aos pastores e mestres 1Co 3:5) – e ao Filho do homem, que veio a este mundo, não para ser servido mas para servir (ser ministro) 0ft 20.28).

    Ministro
    1) SERVO 3, (Sl 103:21; Jo 18:36, RA).


    2) Empregado (Rm 13:4).


    3) Conselheiro; auxiliar (2Sm 8:18, RA).


    4) Pessoa designada para exercer um MINISTÉRIO 2, (2Cr 29:11; At 26:16).


    5) O servo de Cristo que, na igreja, prega a palavra e administra o batismo, a ceia, etc. (1Co 4:1; Fp 6:21; 1Tm 4:6).


    Timóteo

    -

    Honrando a Deus. Jovem companheiro de Paulo, habitante, ou talvez natural de Listra, na Licaônia, onde o Apóstolo o encontrou pela primeira vez (At 16:1-2). Seu pai era grego, mas, sendo a sua mãe e a sua avó piedosas judias, cuidadosamente educaram Timóteo segundo o ensino das Sagradas Escrituras (2 Tm 3.14). Provavelmente ele se converteu ainda muito jovem, por ocasião da primeira visita do Apóstolo a Listra (At 14:6 – 16.1 – 1 Co 4.17 – 1 Tm 1.2 – 2 Tm 1.2). Depois da separação que se efetuou entre Paulo e Barnabé, a propósito de João Marcos (At 15:37-39), foi Timóteo escolhido por Paulo para ajudá-lo nos seus trabalhos. Havendo sido circuncidado, foi um leal e estimado cooperador de Paulo. Ele ajudou o Apóstolo na fundação das igrejas de Filipos e de Tessalônica (At 17:14), tendo para com a primeira um especial interesse (Fp 2:19). Depois de ter permanecido por algum tempo em Beréia (At 17:13-14), foi provavelmente juntar-se a Paulo, em Atenas, o qual em seguida o mandou a Tessalônica (1 Ts 3,2) – e não tardou que se encontrasse de novo com seu mestre em Corinto, levando notícias da igreja. Juntamente com Paulo e Silas é ele mencionado no começo das duas epístolas aos Tessalonicenses. Aparece em seguida Timóteo a trabalhar em Éfeso (At 19:22), recebendo ânimo para este trabalho com a saudação nas epístolas aos Colossenses e a Filemom. Daquela cidade foi ele mandado com Erasto à Macedônia e Acaia (At 19:22), com uma missão especial para a igreja de Corinto 1Co 4:17). Mais tarde aparece junto com outros numa saudação à igreja de Roma (Rm 16:21) – e acompanha depois o Apóstolo à Ásia (At 20:4). Não se sabe se ele foi com Paulo até Roma. o mais provável é que fosse encontrar nesta cidade o seu diretor e mestre, sendo depois enviado a Filipos (Fp 2:19). o Apóstolo recomenda-lhe que se apresse a ir visitá-lo, quando da sua última prisão (2 Tm 4.9 a 13). Na epístola aos Hebreus se fala na saída de Timóteo da prisão, mas não se sabendo quando essa carta foi escrita, nem em que lugar, não se pode também compreender a referência. A tradição eclesiástica apresenta Timóteo como primeiro Bispo de Éfeso, e diz que ele morreu ali martirizado quando João estava exilado na ilha de Patmos.

    Uma figura fascinante do Novo Testamento, converteu-se durante a primeira viagem missionária de Paulo e tornou-se um dos colaboradores na segunda viagem, na qual levou o apóstolo a pregar o Evangelho através do mar Egeu em direção à Europa (At 16:1-3).

    O homem e sua família

    Timóteo pertencia a uma família mista — era filho de “uma judia crente, mas seu pai era grego” (At 16:1). Aprendeu sobre a fé aos pés da avó Lóide e da mãe Eunice (2Tm 1:5; 2Tm 3:15). Para que ele fosse útil à evangelização e aceito como judeu, Paulo resolveu submetê-lo à circuncisão, “porque todos sabiam que seu pai era grego” (At 16:3). Essa concessão diante da sensibilidade dos judeus é contrastada com a absoluta recusa do apóstolo em permitir que Tito, seu cooperador gentio, fosse circuncidado; isso envolveria a negação do Evangelho da graça que Paulo pregava (Gl 2:3-16). Alguns comentaristas modernos sugerem que o apóstolo foi incoerente nessa questão ou Lucas, ao escrever, simplesmente se equivocou. O comportamento de Paulo, entretanto, é compreensível, devido aos diferentes contextos em que trabalhava. O apóstolo não estava disposto a comprometer a verdade básica de que a salvação era somente pela graça, por meio da fé. Por isso rejeitava os que obrigavam os cristãos a circuncidar-se. Por outro lado, quando não havia nenhum comprometimento nem violação dos princípios cristãos, estava sempre disposto a fazer grandes concessões para compartilhar o Evangelho com os outros: “Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus” (1Co 9:20). Essa flexibilidade é ilustrada na circuncisão de Timóteo.

    Um cooperador do Evangelho

    Timóteo trabalhou com Paulo e Silas (também conhecido como Silvano), a fim de que as boas novas de Cristo chegassem à Europa. A equipe missionária pregou sobre Jesus como “o Filho de Deus” (2Co 1:19) em cidades da Macedônia como Filipos, Tessalônica e Beréia. Os judeus de Tessalônica seguiram o apóstolo e seu grupo até Beréia e instigaram a multidão contra eles; por isso, os irmãos o levaram para a costa e o embarcaram para Atenas; Timóteo e Silas ficaram lá, a fim de dar continuidade ao trabalho em Beréia (At 17:13-15). Posteriormente, Paulo desceu a Corinto e Timóteo e Silas partiram da Macedônia e o encontraram naquela cidade (18:5). O apóstolo sem dúvida era o líder do grupo e o porta-voz da fé, mas Silas e Timóteo certamente eram importantes companheiros na missão e estavam felizes por trabalhar sob a liderança e a direção de Paulo. Em Atos 19:22, Timóteo é descrito junto com Erasto como um dos “auxiliares” do apóstolo, os quais foram enviados à Macedônia enquanto Paulo continuava o trabalho na província romana da Ásia.

    Semelhantemente, nas epístolas paulinas existe um forte reconhecimento de que Timóteo e outros, como Silvano, eram cooperadores de Paulo. Assim, quando o apóstolo escrevia para as igrejas, naturalmente incluía Timóteo como um de seus companheiros nas saudações de abertura ou nas despedidas (1Ts 1:1-2Ts 1:1; 2Co 1:1; Fp 1:1; Cl 1:1). No caso dos tessalonicenses, Paulo estava tão preocupado com o bemestar espiritual deles que enviou Timóteo de Atenas para fortalecer e encorajar os crentes naquela localidade. O veterano missionário falou afetuosamente de Timóteo como “nosso irmão, ministro de Deus e nosso cooperador no evangelho de Cristo” (1Ts 3:2). O propósito da visita era fortalecer a fidelidade dos cristãos diante da perseguição e dos ataques do “tentador” (1Ts 3:3-5). Felizmente, a visita de Timóteo trouxe de volta notícias animadoras sobre a fé, o amor e o bondoso interesse dos tessalonicenses para com o apóstolo (1Ts 3:7). Na visão de Paulo, Timóteo cumpria satisfatoriamente todas as tarefas que lhe eram incumbidas.

    Um jovem líder

    Evidentemente, Paulo acreditava que Timóteo era um dos jovens que demonstravam maior potencial para ser líder na igreja emergente, o qual podia ser chamado para ocupar qualquer cargo de liderança quando fosse necessário. Não foi surpresa o que o apóstolo disse sobre ele aos romanos: “Saúda-vos Timóteo, meu cooperador” (Rm 16:21). Semelhantemente, Paulo associou Timóteo consigo mesmo nas palavras iniciais de saudação aos Filipenses, ao descrever ambos como “servos de Cristo”. Mais tarde, na mesma carta, o apóstolo prestou tributo a Timóteo, ao reconhecer sua preocupação genuína com os filipenses, em contraste com as atitudes egoístas dos outros (Fp 2:20-21). Paulo tinha plena confiança no histórico de Timóteo como obreiro cristão: “Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai” (Fp 2:22).

    Paulo valorizava tal companhia no Evangelho. Em I Coríntios 4:17 declarou: “Por esta causa vos enviei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo”. O apóstolo instruiu os coríntios, a fim de que Timóteo não fosse tratado com menosprezo, mas recebido calorosamente como um genuíno obreiro cristão, que fazia a obra de Cristo da mesma maneira que Paulo (1Co 16:10-11). O apóstolo esperava que os cristãos respeitassem os jovens líderes como Timóteo: “Enviai-o em paz, para que venha ter comigo. Eu o espero com os irmãos” (1Co 16:11b).

    1 e II Timóteo

    É nesse contexto que as epístolas pastorais tornam-se tão importantes, pois contêm as instruções que Paulo deu a Timóteo e a Tito. Esses escritos são considerados uma fonte de informações sobre Timóteo, a despeito da tendência moderna que se propaga entre os eruditos de desacreditar a importância deles ou questionar a visão tradicional da autoria paulina. Enquanto as epístolas pastorais 1 e II Timóteo e Tito contêm esboços das características esperadas dos líderes e diáconos, também possuem muitas informações pessoais sobre esses líderes (1Tm 6:20-21; 2Tm 3:10-17; 2Tm 4:9-22; Tt 3:12-15). O apóstolo dirigiu-se a Timóteo em tom afetivo, como “meu verdadeiro filho na fé” (1Tm 1:2). Lembrou ao seu jovem discípulo das coisas que lhe tinha dito anteriormente: “Esta instrução te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, por elas combatas o bom combate, conservando a fé, e a boa consciência” (1Tm 1:18-19a).

    Timóteo precisava desenvolver o potencial que os outros observavam nele e evitar os erros desastrosos que Himeneu e Alexandre, entre muitos, tinham cometido (1Tm 1:19-20).

    Formalmente, Timóteo recebia a tarefa que lhe fora confiada (1Tm 4:11-16; 1Tm 6:20-2Tm 3:10-17; 2Tm 4:1-5). Essas instruções pessoais precisavam ser encaradas com a maior seriedade: “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. Combate o bom combate da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas” (1Tm 6:11-12). No passado, Timóteo tomara uma posição diante de Cristo e confessara publicamente sua fé, provavelmente por meio do batismo ou da ordenação. Foi desafiado a permanecer como um soldado leal de Cristo até o final. Os padrões eram elevados e o chamado para a liderança cristã envolvia exigências que não eram ignoradas.

    A espiritualidade de Timóteo

    Foi dito claramente a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Tm 4:16). Paulo insistia em que o relacionamento pessoal de Timóteo com Deus era uma questão importantíssima tanto para sua própria vida como para a eficiência de seu ministério. Portanto, o apóstolo instruiu explicitamente seu jovem colega a exercitar-se na piedade (1Tm 4:7), uma virtude mencionada freqüentemente nas epístolas pastorais (o vocábulo grego, “eusebeia”, piedade, é usado cerca de dez vezes nas epístolas pastorais: 1Tm 2:2; Tm 3:16; Tm 4:7-8; 2Tm 3:5; note também o uso do termo grego “theosebeia”, reverência a Deus, em 1Tm 2:10).

    A vida num relacionamento íntimo com Deus proporcionaria a base para seu trabalho entre as pessoas. Timóteo jamais devia permitir que desacreditassem de seu ministério por causa de sua juventude; pelo contrário, precisava exercitar uma vida cristã integral, bem estabelecida, de maneira que não se pudesse encontrar nele nenhuma falta (1Tm 4:12). Sua conduta exemplar daria credibilidade ao seu testemunho. Enquanto esperava a chegada de Paulo, que o confirmaria publicamente, devia manter-se atento à leitura pública das Escrituras, ao ensino e à pregação (1Tm 4:13). Seus dons foram reconhecidos em sua ordenação, quando os líderes do concílio impuseram as mãos sobre ele. Agora era exortado a cultivar e usar tais dons para que o seu progresso fosse manifesto a todos (1Tm 4:14-15). Sua confiabilidade como líder cristão devia ser estabelecida além de qualquer dúvida razoável.

    Como representante pessoal de Paulo, Timóteo foi solicitado a permanecer em Éfeso, “para advertires a alguns que não ensinassem outra doutrina, nem se ocupassem com fábulas ou com genealogias intermináveis, que antes produzem controvérsias do que o serviço de Deus, na fé” (1Tm 1:4). Obviamente, havia falsos mestres, que espalhavam seus perigosos pontos de vista, e Timóteo foi chamado para opor-se a eles (1Tm 1:3-11; 1Tm 6:3-10; 2Tm 3:1-9). Em lugar desse tipo incipiente de ensino agnóstico, o qual tinha um elemento especulativo judaico, Timóteo devia apresentar uma “sã doutrina” (1Tm 1:10-2Tm 4:3; cf. Tt 1:9; Tt 2:1), usando “sãs palavras” (1Tm 6:3-2Tm 1:13; cf Tt 2:8), as quais edificariam seus ouvintes na fé cristã e desfariam os ensinos dos falsos mestres.

    Timóteo não gozava de boa saúde, pois sofria de problemas estomacais e freqüentes enfermidades (1Tm 5:23). Paulo o aconselhou a exercitar-se e a tomar as precauções necessárias, para livrar-se das doenças (1Tm 4:8-1Tm 5:23; cf. 3:8).

    Em resumo, Timóteo constitui um interessante tema de estudo sobre discipulado e liderança cristã. Converteu-se e foi cuidadosamente preparado pelo apóstolo Paulo. Depois foi colocado para trabalhar por Cristo e teve oportunidades para desenvolver seus dons, inclusive o de pregar o Evangelho e o de fortalecer os jovens convertidos e as novas igrejas. Timóteo era um tanto tímido e lhe faltava um pouco de autoconfiança, de maneira que precisava de afirmação e apoio dos cristãos mais maduros. Foi aconselhado sobre a necessidade de experimentar a graça renovada de Deus: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus” (2Tm 2:1; uma versão bíblica diz: “Tu, pois, meu filho, continue renovando sua força na bênção espiritual que vem por meio da união com Cristo Jesus”). Paulo falou-lhe de sua herança cristã, “a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (2Tm 1:5). Esse encorajamento pessoal era necessário para fortalecer uma pessoa insegura, a qual foi lembrada de que “Deus não nos deu o espírito de timidez, mas de poder, de amor e de moderação” (2Tm 1:7).

    Para ser um líder autêntico, Timóteo precisava estar sempre em comunhão com Deus de maneira renovada e viva. Sobre isso, Paulo disse: “Por este motivo eu te exorto que despertes o dom de Deus, que há em ti” (2Tm 1:6). Era um chamado para um compromisso renovado, uma determinação e disposição para sofrer e sacrificar-se. Em todas essas coisas, Timóteo precisava unir-se ao apóstolo em plena confiança no “poder de Deus” (2Tm 1:8).

    O serviço cristão para Timóteo era desafiador e exigente. Havia falsos mestres que apresentavam alternativas sutis e aparentemente atraentes para a fé cristã. Existiam também as tentações perenes do materialismo e do secularismo (1Tm 6:9-10; 2Tm 3:1-5). Como líder cristão, Timóteo foi chamado para travar uma guerra espiritual contra os poderes do mal (1Tm 1:18-2Tm 2:4; Tm 4:7). Os “laços do diabo” deviam ser evitados (2Tm 2:26).

    Timóteo fizera promessas ao Senhor e era convocado a cumpri-las como um bom soldado de Cristo (2Tm 2:3-7). O próprio Paulo proporcionara um grande modelo, digno de ser imitado (2Tm 3:10-12). Esperava-se que Timóteo mantivesse sua fidelidade à tradição cristã, sem jamais esquecer-se das pessoas nobres que a transmitiram a ele (2Tm 1:5; 2Tm 3:14-15). A herança sagrada das Escrituras seria usada “para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2Tm 3:16-17). A.A.T.


    Timóteo [Honrado por Deus; Honra a Deus] - Companheiro e ajudante de Paulo (At 16:1-5); 17:10-15; 18.5; 19:21-22; 20:3-5; (2Tm 1:6); 4.9,21). Recebeu instrução religiosa de sua mãe e de sua avó (2Tm 1:5); 3.15). Foi pastor da Igreja de Éfeso (1Ti 1

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Tessalonicenses 3: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E (então) enviamos Timóteo (o nosso irmão e serviçal de Deus e nosso parceiro- de- trabalho no evangelho (as boas novas) de o Cristo), para vos firmar e vos encorajar a respeito da vossa fé, 1395
    I Tessalonicenses 3: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    51 d.C.
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2098
    euangélion
    εὐαγγέλιον
    este, esta, esse, essa, tal pron rel
    (whom)
    Pronome
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3870
    parakaléō
    παρακαλέω
    o nome primitivo de Betel e provavelmente o nome da cidade que fica próxima à
    ([was called] Luz)
    Substantivo
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G4102
    pístis
    πίστις
    (faith)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G4741
    stērízō
    στηρίζω
    tornar estável, colocar firmemente, pôr a salvo, fixar
    (stedfastly set)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G4904
    synergós
    συνεργός
    ato de deitar, leito, ataúde
    (from the bed)
    Substantivo
    G5095
    Timótheos
    Τιμόθεος
    liderar, dar descanso, guiar com cuidado, conduzir para um lugar de água ou parada,
    (will lead on)
    Verbo
    G5228
    hypér
    ὑπέρ
    direito
    (right)
    Adjetivo
    G5547
    Christós
    Χριστός
    Cristo
    (Christ)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    εὐαγγέλιον


    (G2098)
    euangélion (yoo-ang-ghel'-ee-on)

    2098 ευαγγελιον euaggelion

    do mesmo que 2097; TDNT - 2:721,267; n n

    1. recompensa por boas notícias
    2. boas novas
      1. as boas novas do reino de Deus que acontecerão em breve, e, subseqüentemente, também de Jesus, o Messias, o fundador deste reino. Depois da morte de Cristo, o termo inclui também a pregação de (sobre) Jesus Cristo que, tendo sofrido a morte na cruz para obter a salvação eterna para os homens no reino de Deus, mas que restaurado à vida e exaltado à direita de Deus no céu, dali voltará em majestade para consumar o reino de Deus
      2. as boas novas da salvação através de Cristo
      3. a proclamação da graça de Deus manifesta e garantida em Cristo
      4. o evangelho
      5. quando a posição messiânica de Jesus ficou demonstrada pelas suas palavras, obras, e morte, a narrativa da pregação, obras, e morte de Jesus Cristo passou a ser chamada de evangelho ou boas novas.

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    παρακαλέω


    (G3870)
    parakaléō (par-ak-al-eh'-o)

    3870 παρακαλεω parakaleo

    de 3844 e 2564; TDNT - 5:773,778; v

    1. chamar para o (meu) lado, chamar, convocar
    2. dirigir-se a, falar a, (recorrer a, apelar para), o que pode ser feito por meio de exortação, solicitação, conforto, instrução, etc.
      1. admoestar, exortar
      2. rogar, solicitar, pedir
        1. esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho
      3. consolar, encorajar e fortalecer pela consolação, confortar
        1. receber consolação, ser confortado
      4. encorajar, fortalecer
      5. exortando, confortando e encorajando
      6. instruir, ensinar

    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    πίστις


    (G4102)
    pístis (pis'-tis)

    4102 πιστις pistis

    de 3982; TDNT - 6:174,849; n f

    1. convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
      1. relativo a Deus
        1. a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
      2. relativo a Cristo
        1. convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
      3. a fé religiosa dos cristãos
      4. fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
    2. fidelidade, lealdade
      1. o caráter de alguém em quem se pode confiar

    στηρίζω


    (G4741)
    stērízō (stay-rid'-zo)

    4741 στηριζω sterizo

    de um suposto derivado de 2476 (like 4731); TDNT - 7:653,1085; v

    tornar estável, colocar firmemente, pôr a salvo, fixar

    fortalecer, tornar firme

    fazer constante, confirmar


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    συνεργός


    (G4904)
    synergós (soon-er-gos')

    4904 συνεργος sunergos

    de um suposto composto de 4862 e a raiz de 2041; TDNT - 7:871,1116; adj

    1. companheiro de trabalho, colaborador

    Τιμόθεος


    (G5095)
    Timótheos (tee-moth'-eh-os)

    5095 Τιμοθεος Timotheos

    de 5092 e 2316; n pr m

    Timóteo = “que honra a Deus”

    1. morador de Listra, aparentemente, cujo pai era grego e a mãe um judia; foi companheiro de viagem e cooperador de Paulo

    ὑπέρ


    (G5228)
    hypér (hoop-er')

    5228 υπερ huper

    preposição primária; TDNT - 8:507,1228; prep

    em benefício de, para a segurança de

    acima, além, mais que

    mais, além, acima


    Χριστός


    (G5547)
    Christós (khris-tos')

    5547 Ξριστος Christos

    de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

    Cristo era o Messias, o Filho de Deus

    ungido


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial