Enciclopédia de Hebreus 12:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 12: 22

Versão Versículo
ARA Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia
ARC Mas chegastes ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos;
TB Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, Jerusalém celestial, às hostes inumeráveis de anjos,
BGB ἀλλὰ προσεληλύθατε Σιὼν ὄρει καὶ πόλει θεοῦ ζῶντος, Ἰερουσαλὴμ ἐπουρανίῳ, καὶ μυριάσιν ἀγγέλων, πανηγύρει
BKJ Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e a uma companhia incontável de anjos;
LTT Mas vós tendes chegado ao monte Sião, e à cidade de o Deus que está vivendo ((isto é,) à Jerusalém celestial), e às miríades ① de anjos ((isto é,) ao (festejante) ajuntamento de todos estes (anjos) #),
BJ2 Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da Cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e de milhões de anjos reunidos em festa,
VULG Sed accessistis ad Sion montem, et civitatem Dei viventis, Jerusalem cælestem, et multorum millium angelorum frequentiam,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 12:22

Deuteronômio 5:26 Porque, quem há, de toda a carne, que ouviu a voz do Deus vivente falando do meio do fogo, como nós, e ficou vivo?
Deuteronômio 33:2 Disse, pois: O Senhor veio de Sinai e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã e veio com dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei.
Josué 3:10 Disse mais Josué: Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós e que de todo lançará de diante de vós os cananeus, e os heteus, e os heveus, e os ferezeus, e os girgaseus, e os amorreus, e os jebuseus.
II Reis 19:4 Bem pode ser que o Senhor, teu Deus, ouça todas as palavras de Rabsaqué, a quem enviou o seu senhor, o rei da Assíria, para afrontar o Deus vivo e para vituperá-lo com as palavras que o Senhor, teu Deus, tem ouvido; faze, pois, oração pelo resto que se acha.
Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
Salmos 42:2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
Salmos 48:2 Formoso de sítio e alegria de toda a terra é o monte Sião sobre os lados do Norte, a cidade do grande Rei.
Salmos 68:17 Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo.
Salmos 84:2 A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.
Salmos 87:3 Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus. (Selá)
Salmos 132:13 Porque o Senhor elegeu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo:
Isaías 12:6 Exulta e canta de gozo, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti.
Isaías 14:32 Que se responderá, pois, aos mensageiros do povo? Que o Senhor fundou a Sião, para que os opressos do seu povo nela encontrem abrigo.
Isaías 28:16 Portanto, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse.
Isaías 51:11 Assim, voltarão os resgatados do Senhor e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o gemido fugirão.
Isaías 51:16 E ponho as minhas palavras na tua boca e te cubro com a sombra da minha mão, para plantar os céus, e para fundar a terra, e para dizer a Sião: Tu és o meu povo.
Isaías 59:20 E virá um Redentor a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor.
Isaías 60:14 Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; e prostrar-se-ão à planta dos teus pés todos os que te desprezaram; e chamar-te-ão a Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel.
Jeremias 10:10 Mas o Senhor Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação.
Daniel 6:26 Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim.
Daniel 7:10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
Oséias 1:10 Todavia, o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que não pode medir-se nem contar-se; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo.
Joel 2:32 E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.
Mateus 5:35 nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei,
Mateus 16:16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Romanos 9:26 E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo.
Romanos 11:26 E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.
Gálatas 4:26 Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós;
Filipenses 3:20 Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
I Tessalonicenses 1:9 porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro
Hebreus 3:12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
Hebreus 9:14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
Hebreus 10:31 Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
Hebreus 11:10 Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.
Hebreus 13:14 Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.
Judas 1:14 E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos,
Apocalipse 3:12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
Apocalipse 5:11 E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares,
Apocalipse 7:2 E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
Apocalipse 14:1 E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.
Apocalipse 21:2 E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
Apocalipse 21:10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
Apocalipse 22:19 e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"miríade" é 10.000 ou algo inumerável. # A KJB, seguindo a divisão de versos em Beza, coloca "ao (festejante) ajuntamento de todos" (paneguris) no verso 23, não no 22. Mas segui Bengel, Vincent e Cambridge Bible que analisam a sequência de "e" e associam este festejante ajuntamento aos anjos do v. Hb 12:22.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO

JERUSALÉM E SEUS ARREDORES
Jerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.

UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.

PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"

A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At 21:30-32). Os romanos mantinham as vestes do sumo sacerdote nesse local, liberando-as para o uso apenas nos dias de festa. É possível que o pavimento de pedra conhecido como Gabatá, onde Pilatos se assentou para julgar Jesus, fosse o pátio de 2.500 m dessa fortaleza Antônia.

OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.

TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.

FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.

A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.

Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.

 

Referências

Ezequiel 5:5-38.12

Salmos 122:4-125.2

Lucas 10:30

Mateus 17:24

João 19.13

João 9.7

João 5:2-9

Mateus 23:29

Marcos 11:11;

Mateus 21:17:

Lucas 24:50

Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalem no período do Novo Testamento
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.
Jerusalém nos dias de hoje, vista do monte das Oliveiras O muro de Haram esh-Sharif acompanha o muro do templo de Herodes.

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JERUSALÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)
Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Mapa Bíblico de JERUSALÉM


SIÃO

Atualmente: ISRAEL
Monte Sião

Coordenadas: 31° 46' 18" N 35° 13' 43" E

Monte Sião (em hebraico: הַר צִיוֹן; romaniz.: Har Tsiyyon; em árabe: جبل صهيون; romaniz.: Jabel Sahyoun) é um monte em Jerusalém localizado bem ao lado da muralha da Cidade Antiga e historicamente associado ao Monte do Templo. O termo é frequentemente utilizado para designar a Terra de Israel.

A etimologia da palavra "Sião" ("ṣiyyôn") é incerta.

Mencionado na Bíblia em II Samuel (II Samuel 5:7) como sendo o nome do local onde estava uma fortaleza jebusita conquistada pelo rei Davi, sua origem provavelmente é anterior à chegada dos antigos israelitas. Se for semítico, pode ser derivado da raiz hebraica "ṣiyyôn" ("castelo"), da árabe "ṣiyya" ("terra seca") ou ainda da árabe "šanā" ("proteger" ou "cidadela"). É possível que o termo também esteja relacionado à raiz árabe "ṣahî" ("subir até o topo") ou "ṣuhhay" ("torre" ou "o cume da montanha"). Uma relação não-semítica com a palavra hurriana "šeya" ("rio" ou "riacho") também já foi sugerida.

Sahyun (em árabe: صهيون, Ṣahyūn ou Ṣihyūn) é a palavra para "Sião" em árabe e em siríaco. Um vale chamado "Wâdi Sahyûn" (uádi significa "vale") aparentemente preserva o nome original e está localizado a aproximadamente três quilômetros do Portão de Jaffa da Cidade Velha.

A frase "Har Tzion" aparece nove vezes na Bíblia judaica, mas escrita com um tsade e não um zayin.

De acordo com o relato em II Samuel (II Samuel 5:7), depois de conquistar a "fortaleza de Sião", David construiu ali seu palácio e a Cidade de David. O local foi mencionado também em Isaías 60:14, nos Salmos e em I Macabeus (ca. século II a.C.).

Depois da conquista da cidade jebusita, o monte da Cidade Baixa foi dividido em diversas partes. A mais alta, ao norte, tornou-se o local onde estava o Templo de Salomão. Com base em escavações arqueológicas que revelaram seções da muralha deste primeiro templo, acredita-se que ali era de fato o antigo Monte Sião.

No final do período do Primeiro Templo, Jerusalém se expandiu para o oeste. Pouco antes da conquista romana de Jerusalém e da destruição do Segundo Templo, Josefo descreveu o Monte Sião como uma colina do outro lado do vale para o oeste. Assim, a colina ocidental que se estendia pelo sul da Cidade Velha acabou sendo conhecida como "Monte Sião" e assim permanece desde então. No final do período romano, uma sinagoga foi construída na entrada da estrutura conhecida como "Túmulo de Davi", provavelmente por causa da crença de que Davi teria trazido a Arca da Aliança até ali vinda de Bete-Semes e Quiriate-Jearim antes da construção do Templo.

Em 1948, o Monte Sião foi ligado ao bairro de Yemin Moshe, em Jerusalém Ocidental, através de um túnel estreito. Durante a guerra da independência, uma forma alternativa para evacuar feridos e transportar suprimentos aos soldados que estavam no alto do monte se fez necessária. Um teleférico capaz de carregar 250 kg foi instalado e era operado apenas à noite para evitar ser detectado. O aparelho ainda existe e está no Hotel Monte Sião.

Entre 1948 e 1967, quando a Cidade Velha esteve sob ocupação jordaniana, aos israelenses foi negada a permissão de irem até seus lugares santos. O Monte Sião foi designado uma terra de ninguém entre Israel e Jordânia. O monte era o local mais próximo do local do antigo Templo de Jerusalém ainda acessível aos israelenses. Até a reconquista de Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, os israelenses subiam no teto do Túmulo de Davi para orar.

A sinuosa estrada que leva ao topo do Monte Sião é conhecida como "Caminho do Papa" ("Derekh Ha'apifyor") e foi pavimentada em homenagem às históricas visitas a Jerusalém pelo papa Paulo VI em 1964.

Entre os mais importantes estão a Abadia da Dormição, o Túmulo de Davi e a Sala da Última Ceia. A maior parte dos historiadores e arqueologistas não acreditam que o "Túmulo de Davi" seja de fato o local onde estaria enterrado o rei Davi. A Câmara do Holocausto ("Martef HaShoah"), a precursora do Yad Vashem, também está no Monte Sião, assim como o cemitério protestante onde Oscar Schindler, um "justo entre as nações" que salvou mais de 1 200 judeus durante o Holocausto, está enterrado.

Em 1874, o britânico Henry Maudsley descobriu uma grande seção de rochas e diversos grandes tijolos de pedra no Monte Sião que, acredita-se, formavam a base da "Primeira Muralha" citada por Josefo. Muitas delas haviam sido utilizadas para construir uma murada de contenção à volta do portão principal da escola do bispo Gobat (local que depois ficou conhecido como "Instituto Americano para Estudos da Terra Santa" e a "Universidade de Jerusalém").

Mapa Bíblico de SIÃO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29
C. A PERSEVERANÇA DA FÉ, Hb 12:1-29

1. Recursos em Cristo (12:1-4)

O autor, tendo provado de maneira tão eloqüente que a necessidade de viver pela fé não é motivo de autopiedade, mas, na verdade, é um caminho trilhado pelos seus heróis ancestrais, agora ressoa com um retumbante Portanto (toigaroun). Esta é uma forma duplamente reforçada da partícula toi, combinando toi, gar e oun: "Bem então!" (Ela é usada somente aqui e em 1 Ts 4.8). O autor esteve apontando para os seus pais; agora ele aponta diretamente para eles (mas na primeira pessoa do plural) : nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, estamos debai-xo da obrigação imediata de mudar tanto a nossa atitude quanto a nossa ação. A palavra também nos associa com aqueles em 11.39. As testemunhas não são meros observadores na tribuna, curiosos para ver como vamos nos sair, mas pessoas que alcançaram êxito, por isso nós também poderemos ter êxito. Eles são uma vasta nuvem de incentivadores, um grande "grupo de encorajadores". A figura é de um grande anfiteatro. Os espectadores são todos amigos, e somos desafiados por eles a ter sucesso na corrida. Nós podemos, se nos dispusermos a fazer algumas coisas básicas. Deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia. Esta é uma admoestação negativa e um pré-requisito para alguém qualificar-se para a corrida. Dificuldades desnecessárias que vão nos esgotar e diminuir o nosso ânimo, independentemente de quão inocentes possam ser, devem ser "despidas", da mesma forma que um corredor se livra de roupa supérflua.

Também é imperativo desfazer-se do ten euperistaton hamartian, o "pecado que tão facilmente e constantemente envolve". O adjetivo somente é encontrado aqui no NT. A frase da RSV: "pecado que se agarra tão de perto" é apropriada, mas a não inclusão do artigo (seguindo Moffatt) não é justificável, porque na mente do autor havia um pecado específico (NT Ampl.). Transformar o singular em plural ("pecados"), como ocorre nas Cartas Vivas, é forçar a interpretação. Não se tem em mente aqui a prática habitual de pecar; é, na verdade, uma tendência de que é difícil se livrar, mas que representará a derrocada final se não o fizerem. Robertson identifica isto como apostasia de Cristo; mas se este é o caso, só podia ser uma apostasia no seu estágio inicial. Uma tendência crônica de descrença, que constantemente os expunha à apostasia, é mais compatível com o capítulo anterior e, na verdade, com toda a epístola. Mas esta tendência é simplesmente uma evidência da mente carnal e uma de suas manifestações características. Evidente-mente, isto pode e deve ser afastado completa e inteiramente. Isto difere de um corredor humano, que espera voltar e colocar sua roupa e reaver suas posses novamente. Este deixar de todo embaraço e pecado significa um despojamento definitivo, porque na corri-da cristã não há linha de chegada deste lado do túmulo.

A instrução positiva é: e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta (1). A palavra grega é trechomen, corramos. A primeira parte está no particí-pio aoristo apothemenoi, e deveria ser traduzida da seguinte forma: "Tendo deixado [...] corramos". Além disso, em contraste com a determinação e finalidade do "deixar", o cor-rer (tempo presente) deve ser sem cessar — "continuemos correndo". Paciência (hypomones) significa "constância, perseverança". O prêmio não é para aqueles que co-meçam bem, mas para aqueles que terminam bem. Um início de corrida veloz não habi-lita o cristão a tirar uma soneca logo mais adiante. A carreira que nos está proposta ("que está diante de nós", Mueller) engloba a vida toda e é uma disputa para acabar com o pecado, a carne e o diabo. Felizmente, é uma disputa que não somente uma pessoa mas cada participante pode vencer.

Para esta corrida da vida, e para o descartar decisivo do pecado que devemos efetuar agora, se queremos ter alguma chance de vitória no final, há uma graça apropriada ao olhar para Jesus (2), nosso Salvador Vivo. Ele é nosso Recurso sempre presente e disponível para dar força e firmeza. Aqui está um outro particípio, também dependente de corramos; ele nos relata, portanto, como ser bem-sucedido na corrida. E, visto que está no tempo presente, sabemos que esta é uma condição que devemos continuar satisfazendo ao longo do caminho. Quando nossos olhos se desviam de Jesus, nossos pés vacilam e se afastam do curso predeterminado. A palavra é "desviar o olhar" (a mesma que em Fp 2:23) de outras pessoas, de outras coisas, mesmo da "nuvem de testemunhas", e olhar somente para Jesus.

A lógica deste olhar constante é o fato de que Cristo é o autor e consumador da fé. Todo este plano e método da fé encontram em Jesus seu autor principal, ou "Co-mandante de destacamento" (cf. 2.10; traduzido por "Príncipe da vida", At 3:15). Ele não é o autor [...] da fé no sentido de tê-la criado e implantado pela operação unilate-ral do Espírito Santo. Mas pode-se dizer que Ele é o Autor da nossa fé pessoal no sentido de ser seu Objeto, sua Inspiração, seu Fundamento, o que seria impossível sem a total ação redentora do Filho. O sentido de Príncipe (como em 2,10) também deve ser incluído, em levar a imagem de uma raça. Ele é o Príncipe da equipe; olhamos para Ele para receber ordens e liderança.

Ele também é o consumador (teleioten) da fé. Ele foi aperfeiçoado pelo sofrimento (2,10) ; o caminho de fé (e, conclusivamente, nossa fé) é aperfeiçoado por este Salvador aperfeiçoado. Em um sentido, Ele aperfeiçoou este caminho no Calvário; em outro senti-do, pela Ressurreição; em nós Ele o aperfeiçoou pela correção (v. 5ss) e pela santificação (v. 14ss) ; em última análise, Ele consumirá a fé por meio da sua segunda vinda e nossa glorificação. Ele aperfeiçoa ao preencher, completar, suprir todas as partes, em cada estágio que o aperfeiçoamento se fizer necessário. Ele aperfeiçoa nossa regeneração, nos-sa santificação, nossa maturidade cristã e nossa salvação final.

O poder do seu exemplo e sua suficiência como fonte da graça são agora expostos mais especificamente: o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta. O opróbrio da cruz, sua vergonha e estigma social, estavam se tornando um embaraço para estes cristãos; seu Messias havia morrido em uma odiada cruz romana como criminoso comum. Mas Aquele que sofreu a maior vergonha — o pró-prio Jesus — desprezou-a por completo. Ser esmagado pela sombra social da cruz era perder a verdadeira perspectiva. Ele foi capaz de suportar e desprezá-la por causa do resultado certo — a alegria que seguiria os sofrimentos. A confiança no amanhã é o sustento para hoje. Esta é a atitude que estes hebreus deveriam ter. Eles deveriam estar muito mais envergonhados da sua fuga da cruz do que do fato de Jesus ter carregado a cruz. Visto que agora Ele é Senhor, assentado à destra do trono de Deus, há um futuro absolutamente seguro, se crerem — mas um julgamento igualmente seguro se eles se tornarem desertores.

Ele então os estimula a ficar firmes, dizendo: Considerai, pois, aquele que su-portou tais contradições dos pecadores contra si mesmo (3) — i.e., "tal oposição e hostilidade amarga" (NT Ampl.) — para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos (almas). As provações e perseguições deles não podiam ser comparados com as dele. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado (4). Isto deveria tê-los deixado muito assustados. Evidentemente, estes cristãos hebreus tinham passado pelas perseguições com pouca perda. Eles podem ter perdido posses (10.34), mas não tinham perdido sangue, como ocorrera com Jesus, e com alguns daque-les citados em Hb 11.

2. Estímulo na Correção (12:5-11)

O autor agora se volta às Escrituras, para desenvolver uma filosofia de sofrimento cristão. A sua tese básica é que os sofrimentos deles deveriam ser interpretados como correção e como evidência de filiação e favor divino — portanto, não uma ocasião para desânimo, mas para encorajamento.

a) A premissa bíblica (12:5-8). Debaixo da pressão das circunstâncias adversas é fácil esquecer os textos relevantes da Palavra de Deus, que servem para nos confortar e firmar em tempos de necessidade (SI 119:49-52, 105-107). E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos, ele repreende. A admoestação se-guinte é de Provérbios 3:11-12 (LXX; cf. Ap 3:19) : Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido (5). Em geral, correção (paideias) refere-se à disciplina, treinamento e instrução (pediatria e pedago-gia são termos modernos baseados no termo grego pais) ; neste contexto, o lado desagra-dável da disciplina está na mente do autor. No versículo 6, o castigo é especificado, signi-ficando castigo corporal — ou seja, o uso da vara. Nosso Pai celestial sabe dos benefícios do conselho que deu aos pais humanos na Palavra (Pv 13:24). A pedagogia moderna, que eliminou a vara, não produziu crianças melhores. Alguém disse: "Se a psicologia da permissividade estivesse certa, seríamos uma nação de santos". Desprezar isto significa "negligenciar, considerar levianamente, dar pouca importância". Se tivermos uma atitu-de errada em relação à disciplina, perderemos o seu beneficio.

Esta correção não é uma expressão do desprazer de Deus, mas do seu favor. Porque o Senhor corrige o que ama (6). Se você está experimentando a correção de Deus, deveria sentir-se confortado pelo fato de que Deus está simplesmente nos tratando como filhos (7). Que privilégio elevado ser tratado por Deus como seus filhos! Antes ser corri-gido por Deus do que ser mimado pelo diabo! A pergunta retórica: porque que filho há a quem o pai não corrija? Subentende-se aqui que já que isto é esperado dos pais humanos como um padrão normal de educação, não deveríamos estar surpresos quando Deus, como Pai, age de acordo com o seu papel característico. Também subentende-se que todos os filhos humanos são imperfeitos, tanto assim que uma ausência de correção pode sugerir uma falta do interesse verdadeiramente paternal ou de laços paternais: Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, en-tão, bastardos e não filhos. Prosperidade demais e lisonja podem ser um mau sinal. Isto deveria ser lembrado quando os charlatães modernos pregam uma religião de "saú-de, riqueza e prosperidade". Deus está interessado em salvar almas e desenvolver um caráter forte, não em cuidar para que "todos tenham um tempo agradável". O que pode-mos concluir até aqui?

  1. Que os reveses e adversidades da vida são enviados ou permitidos por Deus como um valor disciplinar.
  2. Todos nós precisamos desta disciplina; portanto, ela deveria ser aceita com hu-mildade e gratidão, em vez de com ressentimento e inquietação.
  3. Que não estamos sozinhos nessas experiências, porque elas são universais para os filhos de Deus e deveriam ser esperadas.
  4. Que elas são a evidência mais segura possível, não do desinteresse de Deus, mas do seu profundo interesse e preocupação por nós como indivíduos — membros da família real.

  1. O exemplo dos pais (12.9,10). Além disso, o autor pergunta, visto que temos este tipo de correção de nossos pais humanos e os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? (9) O dever dos pais no treinamen-to cuidadoso e firme dos filhos era universalmente reconhecido entre os judeus. O des-respeito e a rebelião eram quase desconhecidos. Certamente, eles não deveriam ter difi-culdades em ver uma adequação lógica ainda maior em aceitar a mesma coisa de Deus, o Pai dos espíritos, de quem nossa vida eterna é derivada. Homens são pais biológicos; Deus é nosso Pai espiritual (Jo 1:12). Esse relacionamento familiar é espiritual, embora tão real quanto o relacionamento físico com um pai humano. Esta frase não necessaria-mente infere apoio bíblico ao "criacionismo" como uma teoria para a origem das almas individuais. Ela é simplesmente uma afirmação de que o nosso relacionamento com Deus é mais essencial para o homem interior e mais eterno em natureza do que o nosso relaci-onamento com nossos pais humanos.

Há ainda uma outra razão para conceder a Deus um respeito ainda maior: Nossos pais humanos eram faltosos na administração da disciplina, mas tal coisa nunca pode ser atribuída a Deus. Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia (10) ; ou "segundo lhes parecia melhor".' O versículo não infere que eles castigavam apenas para sentirem-se melhor, mas de acordo com o que julgavam ser certo na época; e, muitas vezes seus métodos não eram os mais conducentes com o fim desejado. Tal falha não pode ser atribuída a Deus: mas este, para nosso proveito (epístola to sumpherom) ; a frase deveria provavelmente ser traduzida da seguinte forma: "de acordo com o que é apropriado".

A finalidade exata é expressa: para sermos participantes da sua santidade (lit., "para a participação da sua santidade"). Este é o alvo e desejo supremo de Deus para o homem e é o objetivo de todos os seus atos redentores. Podemos não compartilhar dos atributos naturais de Deus que pertencem somente à divindade — como onisciência, onipotência etc. Mas podemos ser semelhantes a Ele na santidade, visto que esta é uma qualidade moral possível (por meio da graça) para todos os agentes morais pessoais. E esta é a única base suficiente de comunhão (1 Pe 1:14-16).

  1. O "fruto pacifico" (12.11). A santidade é o alvo, e a correção parece um dos métodos de Deus. Mas o alvo do método não é sempre óbvio; nem a eficiência do método é sempre imediatamente evidente. E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza. Quando estão no meio da agonia do sofrimento, os cristãos têm dificuldades em ver alguma coisa em que se alegrar. Eles podem ser incapa-zes de perceber qualquer lógica em tudo que está acontecendo, e somente uma fé firme pode dar graças em tudo (Rm 5:1-5; Fp 4:4-6; 1 Ts 5.18; Tg 1:2-4; 1 Pe 1:5-7). Mas, embo-ra o completo significado do nosso sofrimento nunca venha a ser revelado nesta vida, o beneficio espiritual no nosso interior se tornará gradualmente aparente: depois, pro-duz um fruto pacífico de justiça — não para os não participantes ou teóricos acadê-micos, mas para aqueles que são exercitados por ela. Somente aqueles que comparti-lham do sofrimento também compartilharão das bênçãos pessoais. O tempo perfeito de exercitados indica ação completa: a provação é coisa do passado; a lição acabou. Deus nos leva para dentro, mas também está conosco durante a correção — embora alguns túneis sejam mais longos do que outros. Diferentemente de exercitados, o termo produz está no tempo presente, sugerindo um amadurecer contínuo de beneficios. A pala-vra significa devolver, restituir. Ela é, portanto, o retorno de um investimento ou a co-lheita da semente semeada. Justiça ("santidade", v. 10) é o próprio fruto pacífico (mesma palavra, Tg 3:17). O fruto da correção, que é justiça, é pacífico no sentido de que concede paz e pertence à paz (Rm 14:17).

Admitindo que justiça e "santidade" são sinônimos nestes versículos, podemos con-cluir que a participação (v. 10; infinitivo aoristo — pontual, indicando a posse definitiva) de santidade é obtida por meio da correção.' Há aqui uma inferência significativa, mas também uma ou duas perguntas. A inferência é que esta santidade é um estado subjetivo de caráter, não meramente uma imputação. Uma justiça (ou santidade) atribuída per-tence à justificação e é aferida somente com base no Sangue expiatório e na fé apropria-da. Ela absolutamente não depende da influência purificadora dos sofrimentos.

As perguntas são:

1) Até que ponto devemos compartilhar da santidade de Deus? Obviamente, somente em um sentido progressivo, à medida que a "buscamos" (v. 14) e caminhamos na luz. Mas a santidade completa deve ser almejada pelo menos no sentido da exclusão de pecado (v. 1).

2) Porventura a correção é o único meio de produzir santida-de em nós? De forma alguma. Há um grau de santidade que ocorre na regeneração; subseqüentemente, há um outro grau, concedido pelo Espírito, no cumprimento do novo concerto (10:10-17). Nenhum sofrimento prolongado irá produzi-lo. Esta é, na realidade, a comunhão de santidade — essa vida "próxima do coração de Deus" no Santo dos Santos — no qual podemos entrar pela fé (10:19-25). Essa santidade, que é o alvo da correção, está particularmente relacionada à maturidade em vez da pureza.'

3) Finalmente: de que maneira o sofrimento pode nos tornar mais santos? Ele não pode fazê-lo de maneira direta. Ele só o faz de maneira indireta, à medida que permitirmos que a graça de Deus santifique o sofrimento e o usa para aprofundar nossa compreensão, aumentar nossa compaixão, fortalecer nossa fé, estabilizar nosso propósito, espiritualizar nossas pers-pectivas, suavizar e amadurecer nossas atitudes e, assim, nos tornar mais parecidos com Cristo em caráter e personalidade. Os benefícios da correção não são automáticos. Eles podem nunca ocorrer — certamente não ocorrerão se nos rebelarmos e apostatarmos. Devemos "confiar e obedecer"; devemos submeter-nos à mão moldadora do Oleiro se que-remos nos beneficiar da correção.

3. Diligência na Santidade (12:12-17)

O autor explicou que a correção é motivo de exultação, não de tristeza. Agora ele exorta os cristãos a agirem de acordo.

a) Santidade na vida (12.12,13). Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados (12). Saia da postura (tanto literal quanto figuradamente) de desânimo. Levante as mãos em louvor, estenda-as aos necessitados e coloque-as de-baixo dos fardos da vida. Há trabalho para realizar. Não permita mais que os joelhos tremam de medo e levante-se como homem (Ef 6:10-13). E fazei veredas direitas para os vossos pés ("direitas, orthas, rastro de rodas" — Robertson) para que o que man-queja se não desvie inteiramente (13; cf. Pv. 4.26, LXX; Is 35:3). Não está totalmente claro se o que manqueja (to cholon) se refere à fraqueza pessoal do pé espiritual do crente que está em perigo de se desviar (ektrape) (como é interpretado por algumas versões) ou se é um cristão fraco, como membro do corpo de Cristo, que está correndo risco de se desviar completamente em virtude dos caminhos tortuosos dos crentes mais anti-gos. Alguns interpretam a passagem como se referindo a indivíduos: "Não permitam que almas mancas sejam perturbadas, em vez disso, endireitem-nas" (Moffatt) ; "Um quadro ilustrativo de preocupação pelo fraco" (Robertson). Por outro lado, o gênero neutro singu-lar sugere o impessoal o que; ektrape, desvie, é interpretado por alguns como (neste caso) um termo médico significando: "para que o que é manco não seja deslocado"."

Independentemente do caso, é melhor não perder de vista a natureza altamente metafórica deste versículo, como que se referindo, não a pessoas, mas a aspectos da vida cristã. Como as mãos são uma metáfora de serviço, e joelhos são uma figura de atitude (quer corajosa ou ansiosa), assim os pés são uma figura do caminhar cristão diário. Se este caminhar é cambaleante e tortuoso, nossa fraqueza se tornará pior e nossa influência sobre os outros será prejudicada. Deus deseja a cura; mas nem as nossas próprias almas nem a nossa influência serão curadas a não ser que estejamos dispostos a corrigir o que está errado em nossas vidas. O arrependimento é o pré-requisito para a cura da alma.

b) Santidade no coração (12.14). O versículo 14 amplia o pensamento e explica-o de maneira mais ampla; não há quebra no modo ou na ênfase. Segui a paz com todos (cf. Sl 34:14). O imperativo segui (diokete) significa neste caso correr rapidamente para alcançar o alvo. A referência não é primeiramente a um caminho ou uma vereda a ser seguida, mas a uma certa intensidade de energia em fazer o que precisa ser feito naquele momento. A mesma palavra é traduzida por "prossigo" em Filipenses 3:12-14, em que se visa um alvo final (o "prêmio" no final da corrida). Aqui em Hebreus visa-se um alvo imediato.

O primeiro alvo imediato é paz com todos. Se nosso alvo é levantar mãos cansa-das, joelhos desconjuntados e endireitar nossa maneira de viver, devemos começar com os relacionamento pessoais desordenados. Esta certamente não é uma admoestação geral para seguir uma política de apaziguamento com o mau ou fraternização com o ímpio, mas em buscar imediatamente um estado de reconciliação onde relações pacífi-cas foram rompidas de maneira pecaminosa, e manter este estado de paz interpessoal que faz parte da justiça.

E a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, indica que a paz que é buscada deve ser compatível com a santidade. Certamente, uma acomodação com o mal não satisfaz esta exigência. O grego deixa claro que a cláusula sem a qual está associa-da à santidade, não à paz. Na medida em que estar em paz com os homens faz parte de tornar-se santo, a paz pode ser incluída. Mas nossos esforços honestos em procurar a paz podem ser frustrados pela obstinação da outra pessoa; portanto, o sucesso nesse esforço não é uma necessidade absoluta para ver a Deus, mas o sucesso em obter santidade.

É impossível limitar a visão de Deus que está em jogo aqui a uma compreensão espiritual momentânea, embora isto esteja incluído. A palavra verá (opsetai, tempo fu-turo de "ver com os olhos") metaforicamente se refere, neste caso, a fazer parte da comu-nhão íntima e abençoada com Deus em seu reino futuro (cf. Thayer, Mt 5:8). Moffatt diz que sem ela "ninguém jamais verá o Senhor". Não vamos nos enganar: nossa salvação final depende da santidade. Portanto, está perfeitamente claro que este deve ser um tipo de santidade que é possível agora, visto que a morte pode bater na nossa porta na hora seguinte. A busca da santidade não é um esforço vitalício nunca plenamente alcançável. Isto poderia ser o caso se o grego tivesse tornado o "ver" dependente do "seguir"; mas o ver depende da santidade. A implicação é que o tipo certo de esforço levará à indispensá-vel santidade; uma falta de santidade persistente provará que a ordem de "seguir" não foi obedecida como deveria.

Como podemos descrever esta santidade (ton hagiasmon) ? Ela difere de hagiotetos, "santidade" (de Deus) no versículo 10, a qual compartilhamos por meio da correção. Este é o genitivo singular de hagiotes, que é um substantivo de qualidade, significando que a qualidade de santidade é inerente à natureza de Deus.' No versículo 14, no entanto, a palavra vem de hagiasmos, um substantivo de ação, significando o estado resultante de uma ação, um "ser feito santo" ou um "tornar-se santo" (Arndt e Gingrich), e é uma palavra peculiar na literatura bíblica e cristã. Somente o cristianismo tem o conceito de
tornar-se santo neste sentido. No NT, a palavra é usada de forma coerente em referência a um estado de graça disponível aos crentes.' Em cinco casos, ela é traduzida por "santidade", e cinco vezes por "santificação". A forma do substantivo é usada somente aqui em Hebreus, mas diferentes formas do verbo hagiazo, "santificar", aparecem sete vezes (2.11, duas vezes; 9.13 10:10-14, 29; 13.12). Deus é santo, mas o homem caído precisa tornar-se santo. A santidade é original de Deus e pode ser concedida por Deus. O homem obtém a santidade de Deus e depende da sua graça.

  1. É uma obra definitiva da graça, como um estudo destes tempos verbais vai indicar.
  2. É um estado compreensível, pessoal e subjetivo (em vez de simplesmente um estado imputado) ou a ordem de segui-la não teria sentido. No capítulo 10, a santidade é

apresentada em relação à obra sumo sacerdotal de Cristo e em relação ao novo concerto; no capítulo 12, ela é apresentada do lado da responsabilidade humana quanto à sua obtenção.

  1. É o fruto da entrega definitiva na vida do crente (Rm 6:19-22).
  2. É a vontade imutável de Deus (1 Ts 4.3).
  3. É a obra da graça de Deus por meio da qual os crentes são capacitados a manter a pureza moral (1 Ts 4.4, 7).
  4. Sua fonte é Jesus Cristo e seu sangue (13 12:1 Co 1.30).
  5. Sua realização é o ministério principal do Espírito Santo (1 Ts 4.18; 2 Ts 2.13; 1 Pe 1.2).
  6. Se esta santidade está relacionada ao Santo dos Santos e seu antítipo, então o exercício da fé está incluído na sua busca (10.22).
  7. Esta santidade inicia na regeneração, visto que
    a) o arrependimento acompanha o princípio e a prática do viver santo; b) um acompanhamento da regeneração é a purificação e santificação inicial da depravação adquirida; c) a vida espiritual recebida na regeneração é, em si, santa; d) o crente é santificado e consagrado devido ao seu relacio-namento com Deus como Pai e Cristo como Salvador: por esta razão pode-se dizer que ele é santo de forma ética, inicial e posicional.
  8. Mas a santidade do crente não pode ser completa, i.e., perfeita, até que tudo aquilo que não é santo seja excluído. A ordem do versículo 14 é buscar uma santidade completa. Mas esta busca envolve:
    a) desfazer-se imediatamente do excesso de peso e do pecado envolvente, 12.1; b) fé perfeita em Jesus como o único Consumador e Autor da "fé" (12,2) ; c) submissão à vontade de Deus, incluindo a correção (12:5-11; Rm 6:13-12:1-2) ; d) correção das nossas atitudes, relacionamentos e maneira de viver, naquilo que estiver ao nosso alcance (12:12-14a; 2 Co 6:17-7.1).

c) Santidade na 1greja (12:15-17). A ordem de seguir é o verbo principal dos versículos 14:16 e gramaticalmente rege o todo. Tendo cuidado é um particípio presente ativo, em que a ação de ter cuidado coincide com a ação de seguir. Isso também está no tempo presente; i.e., o buscar da santidade, sua obtenção, sua manutenção e sua vivência é uma obrigação contínua do crente, tanto como indivíduo quanto como igreja. Enquanto buscamos nossa própria santidade, também devemos estar constantemente preocupa-dos com a guerra espiritual dos que estão ao nosso redor em nossa comunhão. Tendo cuidado (episkopountes) é a tarefa principal dos presbíteros (1 Pe 5.2, mesma palavra usada), mas num sentido menor em relação a toda a igreja. A palavra presbítero é deri-vada de episkope ("episcopal"), relacionada a "inspeção, investigação, visitação". Temos a responsabilidade uns pelos outros. O amor cristão não exige um policiar excessivo, mas também não inclui uma confiança presunçosa que nunca diz: "Como está a sua alma?".

Por outro lado, o particípio tendo cuidado governa três cláusulas subjuntivas subordinadas,' cada uma começando com de que. Cada perigo advertido representa um avanço na degeneração e apostasia, sendo que o segundo e o terceiro são decorrên-cias do primeiro.

  1. Devemos ter cuidado, primeiro, de que ninguém se prive da graça de Deus (15). Este é o perigo fundamental e a falha fundamental. Às vezes, esta falha (ou priva-ção) é interpretada como sendo o cair da graça de Deus. Neste caso a advertência seria contra a apostasia. Mas aqui a palavra hysteron vem de hystereo, "estar atrás" (4.1 -"ficar para trás"). Thayer diz o seguinte acerca deste versículo: "fracassar em tornar-se participante" da santidade, que é o sine qua non para ir ao céu. O perigo destacado aqui não está numa rebelião aberta, mas numa obediência parcial. No versículo 14, a ordem é esforçar-se. Pessoas bem intencionadas podem não atingir o objetivo da santidade por não se esforçarem. Samuel Brengle disse: "A santidade não tem rodas"; ela não virá a nós. Devemos devotar-nos à sua obtenção com um desejo sincero e uma determinação resoluta. Cristãos preguiçosos que podem ser facilmente rejeitados serão rejeitados.
  2. O perigo que desponta nessa falha básica é expressa nas palavras de Deuteronômio 29:18 da LXX: de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe. A amargura é mais do que alguma coisa desagradável; ela é venenosa. A raiz é a pessoa que não alcança a santidade e que ameaça a saúde da igreja. Mas também é a raiz de amargura dentro dela, que é a natureza carnal. Ninguém pode ser uma raiz de amar-gura nos relacionamentos da sua igreja, a não ser que tenha uma raiz de amargura em seu coração. É este espírito de egoísmo, maldade e mau humor, muitas vezes escondi-do por trás de uma fachada de amabilidade, que constitui a disposição carnal do crente. O objetivo específico na ordem urgente de seguir a santidade é a remoção deste espírito. Cada crente que fracassa em se esforçar para alcançar a santidade é uma ameaça ao bem-estar da igreja: e por ela muitos se contaminem. Um cristão carnal pode espa-lhar veneno e causar uma devastação em todo o corpo. A palavra brotando no grego retrata um "processo rápido" (Robertson). Mueller traduz "crescendo muito". Sempre há o perigo de uma erupção da parte dos crentes insatisfeitos, causando uma interrupção de comunhão e culto.

(3) Mas a carnalidade tolerada, em vez de erradicada, sempre cresce, em uma direção ou outra. E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura (16). O cristão amargo é tipificado pelo "irmão mais velho" da parábola do filho pródigo. Esaú, por outro lado, tipifica manifestações gros-seiras de carnalidade. O cristão que não é santificado pode degenerar do tipo irmão mais velho para o tipo Esaú — o que ocorre com freqüência. Ou ele pode permanecer na igreja como um membro respeitado, cuspindo veneno por um espírito mau. Seus pecados não serão tanto da carne quanto do espírito (Tg 3:8-18; 3 Jo 9). É possível que o cristão que fracassa em esforçar-se para viver em santidade nunca passe do estágio da amargura, mas gradualmente é enredado pela venda trágica do direito da primogenitura de Esaú.

Quando alguém negligencia a santidade, acaba desprezando e, finalmente, venden-do-a por uma autogratificação. Uma forma de autogratificação é indicada por fornicador, mais precisamente, um "prostituto"; mas, neste caso, inclui todo aquele que é promíscuo e auto-indulgente na atividade sexual. O autor pode ter usado fornicador num sentido figurado de idolatria, tão comum no AT. Em todo o caso, o colapso completo de Esaú na crise foi o resultado da auto-indulgência habitual antes da crise. A outra forma de autogratificação é o secularismo. O pecado de Esaú não foi profanação (necessariamen-te) como usamos este termo hoje em dia, mas o pecado de tratar de coisas sagradas como se fossem comuns. Profano (bebelos) vem de belos, "soleira de porta", aquilo em que pisamos quando entramos e saímos, meramente um instrumento de conveniência. Quando pessoas querem usar Deus em vez de serem usadas por Deus, quando transformam a igreja em uma ferramenta para proveito pessoal, elas estão se aproximando perigosa-mente da posição de Esaú. O pecado completo é alcançado quando elas finalmente tro-cam valores espirituais por valores materiais, quando a igreja e a espiritualidade vital são sacrificadas para satisfazer sua cobiça por mais coisas e por mais prazer. O adepto do secularismo e o materialista são gêmeos. Ambos colocam valores materiais e carnais acima de valores espirituais e eternos.

Nos versículos 15:16, encontramos a seguinte situação: "Santidade, a Salvaguarda". Somente por meio da santidade a igreja será protegida:

1) Da quebra da comunhão (v. 15).

2) Da corrupção da moralidade (v. 16a).

3) Da destruição da religião (v. 16b). A se-mente de tudo isso — amargura, fornicação, mentalidade carnal — está em todo coração não santificado. Portanto, uma ênfase constante de santidade não é apenas justificada, mas exigida pelo simples fato de sermos humanos.
Em relação à destruição da religião, o termo "destruir" é definido como "reduzir, anular ou eliminar os poderes e funções de algo, tornando a restauração impossível" (The New Century Dictionary). Que grande verdade em relação a Esaú! Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou (17). Esaú pode ter alcançado arrependimento para a salvação eterna, mas não readquiriu seu direito de primogenitura." Alguns procedimentos são irreversíveis. Há um ponto em que não é mais possível retornar. Isto também vale para as coisas espirituais. Nesse caso, as lágrimas são impotentes para realizar mudanças. O bocado de carne logo desa-parecerá, mas as conseqüências da escolha jamais. Para o crente, a morte é a linha divisória final, o selar do procedimento irrevogável. Persistir em vender santidade, que é o nosso direito de primogenitura, pelo prato de lentilhas que este mundo oferece vai finalmente selar nossa condenação. Há esperança para o relapso, mas não há esperança para o apóstata absoluto, e não haverá uma "segunda chance" após a morte.

4. Um Ultimato Terrível (12:18-29)

A palavra enfática é gar, porque. Esta é a explicação para o tom da urgência e o pronunciamento da finalidade na seção anterior. Pense com o que e com quem você está lidando e a racionalidade do pedido se tornará evidente! Há uma mudança de exortação para uma advertência solene. O argumento está novamente na forma de contraste; pri-meiro negativo, depois positivo — não chegaste (18-21), chegaste (22-29).

  1. Não o monte Sinai (12:18-21). Desta vez a confrontação não é com o Legislador do Sinai — tão assustador quanto possa ter sido, acompanhado do sonido da trombeta, e da voz das palavras (19), com as horrendas ameaças, a ponto de Moisés exclamar: Estou todo assombrado e tremendo (21). Este era o monte palpável (18), simboli-zando uma teocracia terrena e visível, dada como um pedagogo ou mestre para preparar a nação para Cristo. Era uma ordem temporária e preparatória. Mas, independentemen-te disso, embora fosse temporário, justificava o apedrejamento até a morte. Toda narra-tiva histórica você encontra em Êxodo 19:1-25.
  2. Mas o monte Sião (12:22-29). Mas chegaste para esta ordem permanente do reino de Deus entre os homens do qual o monte Sinai era um aviso prévio. Lá a lei foi dada; aqui ela é cumprida perfeitamente. Lá Deus era o Legislador; aqui Ele é o Administrador da Lei, por meio de uma soberania absoluta desimpedida. Toda vontade recalcitrante será removida. Sem santidade não nos encaixaríamos neste regime de controle absoluto; esta é a implicação. Nesta ordem celestial toda maldade é instantaneamente repelida.

A imagem é majestosa, mas reflete a realidade. Todas as verdades cuidadosamente desenvolvidas na epístola são aqui reunidas em um grande crescendo sinfônico. O lugar é a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial (22). A orquestra é formada de muitos milhares de anjos, e o coral, cantando o hino do Cordeiro, é formado pela universal assembléia e igreja dos primogênitos, incluindo os espíritos dos justos aperfeiço-ados (23; homens santos glorificados no céu). No trono está Deus, o Juiz de todos, e ao seu lado está Jesus, o Mediador de uma nova aliança. Os redimidos também tiveram acesso ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel (24). Realmente melhor! O sangue de Abel aqui não se refere ao seu próprio (derramado por Caim), mas ao sangue que ele ofereceu, por meio do qual "alcançou testemunho de que era justo" e por meio do qual "depois de morto, ainda fala" (11.4). Seu sangue, portanto, falou de justifica-ção pela fé, mas o sangue de Cristo fala não somente de justificação mas de santificação.

Portanto, Vede que não rejeiteis ao que fala (25). Não rejeite as "coisas melhores" das quais Ele fala, porque ao rejeitá-las, você estará rejeitando a Ele. Perceba a ordem categórica. O autor deixa de lado o seu falar mais brando e fala agora de forma categóri-ca e direta. Está mais do que na hora de pararem com sua insensatez perigosa, porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele (e da sua oferta de santidade) que é dos céus. Quando Ele falou no Sinai a terra foi abalada, mas em Ageu 2:6 Ele promete: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu (26). Haverá um peneiramento, classificação e rearranjo de todo o universo. Tanto o domínio material quanto o espiritual serão avaliados para destruição ou reforma. Ainda uma vez (final da histó-ria), mostra a mudança das coisas móveis (i.e., as coisas "abaláveis" da criação), como coisas feitas (fabricadas para a ordem deste mundo), para que as imóveis per-maneçam (27). Deus, Cristo, a Igreja, a santidade, o amor — estas coisas são inabalá-veis. Elas permanecerão eternamente, e aquele que se apropriou delas pela graça e que as incorporou (não de maneira panteísta, mas espiritualmente), também permanecerá.

Nesta época, às vezes chamada de "pós-cristã", quando os valores antigos são desa-fiados e instituições respeitáveis estão se desintegrando, é imperativo que o cristão lem-bre que, quando as nações se enfurecem e buscam destronizar o próprio Deus, "Aquele que habita nos céus se rirá" (SI 2.4). Nada é mais irônico, e ao mesmo tempo trágico, do que a provocação insignificante do homem, cujo orgulho estúpido é motivo de escárnio devido a sua fragilidade. Um manuscrito incompleto foi encontrado depois da morte do autor Albert Payson Terhune. Este manuscrito terminava com uma palavra profética: "Deus escreverá a sentença final". E esta sentença final não será o epitáfio da Igreja, mas a confirmação do pronunciamento do nosso Senhor de que "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18).

Pelo que, tendo recebido um Reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça (lit., continuemos retendo a graça) — tudo que Deus disponibiliza para nós (4,16) — pela qual (assim) sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade (28). Não pode haver um culto aceitável se deixarmos de apropriar-nos da gra-ça justificadora, santificadora e mantenedora que é nossa por meio do sangue de Jesus. Porque o nosso Deus é um fogo consumidor (29; cf. 10.31; Dt 4:24). Ou Ele consumi-rá o pecado em nós ou nos consumirá em nosso pecado.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 12 versículo 22
Monte Sião:
Equivalente a Jerusalém, símbolo da cidade celestial; a Jerusalém terrestre é considerada somente uma sombra daquela (ver He 8:3-5,). Conforme He 11:10,He 11:14-16; He 13:14; também Gl 4:26; Ap 21:2.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29
*

12.1 nuvem de testemunhas. Em certo sentido, os leitores estão numa corrida, assistida por uma grande multidão que já a terminou com honras ao mérito. O exemplo deles encoraja os leitores e os admoesta, se porventura tropeçarem.

todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia. Entre os pesos que devem ser lançados fora estão o medo que faz a pessoa recuar diante do sofrimento (10.38,39), o desânimo amargurado que contamina os demais através de dúvidas (v. 15) e a sensualidade que procura uma gratificação imediata (v. 16).

corramos... a carreira. As competições atléticas dos gregos forneciam uma analogia freqüente para a vida cristã no Novo Testamento (1Co 9:24-27; Fp 2:16; 2Tm 2.5; 4:7,8). À semelhança do corredor, o cristão deve estar numa atividade constante que o leva para o final, apesar da oposição. Isso exige perseverança e esforço incansáveis, os quais são adquiridos através de uma disciplina constante.

* 12.2 olhando... Jesus. A nuvem de testemunhas do Antigo Testamento nos inspira, porém, o nosso encorajamento principal se encontra na pessoa e obra de Cristo, que nos precedeu como "o Autor e Consumador da nossa fé" e é o exemplo supremo de fé na carreira (v. 3).

Autor. Ver nota em 2.10.

Consumador da fé. Como "Consumador", Jesus tem trazido ao alvo final a fé dos que se aproximam a Deus por seu intermédio: um culto agradecido e aceitável na sua presença (10.14; 11.40; 12.28).

da alegria que lhe estava proposta. Jesus suportou a cruz no antegozo da alegria de ser o Salvador de seu povo, depois do necessário sofrimento. No mesmo sentido em que Moisés contemplava o galardão (11.26), Jesus também foi ciente do galardão que receberia.

Embora possível, uma outra interpretação menos provável é traduzir assim: "no lugar da alegria que lhe estava proposta". De acordo com esta tradução, Jesus escolheu o sofrimento em vez da alegria que teria sido a sua porção, se tivesse recusado a morte e ficado no céu (Fp 2:6), ou, pelo menos, evitado a cruz aqui na terra (Jo 10:17,18; 12:27).

não fazendo caso da ignomínia. A crucificação foi uma forma de morte tão repleta de ignomínia, que era proibido infligi-la ao cidadão romano; ainda mais, os judeus acreditaram que "todo aquele que for pendurado em madeiro" foi amaldiçoado por Deus (Gl 3:13; conforme Dt 21:23).

* 12.3 oposição. À semelhança de Jesus, os leitores também tinham experimentado a oposição de pecadores (10.33).

desmaiando. Uma advertência tirada de Pv 3:11,12 e citada nos vs. 5,6.

* 12.4 até ao sangue. Os leitores já conheceram a perseguição, contudo, nada tão difícil quanto ao sofrimento de Jesus e nem como os registros em 11:35-38. Não está na hora de contemplar uma desistência.

*

12.5 filhos. O plano de Deus para conduzir muitos filhos para a glória necessitou que o Autor da salvação deles fosse aperfeiçoado através do sofrimento (2.10), embora fosse o Filho que não merecia nenhum sofrimento (5.8). Portanto, não é surpresa que os filhos adotados, que o seguem, devam ser preparados para a sua herança através de uma disciplina penosa.

* 12:8 Muitos romanos nobres geraram filhos ilegítimos, que foram sustentados financeiramente, porém, desprovidos de qualquer orientação. Mas por outro lado, o filho da esposa oficial do nobre, que receberia o nome do pai e a herança, seria sujeito a um regime de treinamento comparável com a escravidão (Gl 4:1,2).

* 12.9 pais segundo a carne. Esta tradução é literal, num contraste direto com o "Pai espiritual". O argumento é do menor para o maior — do relacionamento humano-paternal para o maior, a paternidade divina — é contemplado no v. 10.

* 12:10 A correção por nossos pais terrenos é limitada pelo tempo e por sua sabedoria falível. A correção pelo Pai celestial é administrada por sua sabedoria infinita para "aproveitamento", porque ela nos faz santos como ele mesmo é santo (v. 14; 1Pe 15:16).

*

12.11 fruto pacífico... de justiça. Temos aqui uma idéia das implicações da santificação (vs. 10,14).

exercitados. O escritor volta a usar uma analogia do atletismo do v. 1.

* 12:12-13 A carreira será completada vitoriosamente na medida em que as ações são usadas para sarar as feridas espirituais do passado (v. 12) e evitar as armadilhas no futuro (v. 13). O contexto de Is 35:3,4 (do qual Hebreus adotou "restabelecei as mãos... joelho trôpegos") é citado para encorajar os medrosos. Compare as exortações em Hebreus para praticar um encorajamento mútuo (p.ex., 3.13), inclusive o que se segue em 12.15, e a advertência para não perder ânimo (vs. 3,5). O contexto de Provérbios 4:25-27 (citando-se "fazei caminhos retos para os vossos pés") é uma exortação para permanecer com toda diligência no caminho da justiça. A metáfora de fortalecer e sarar os membros feridos e cumprir a carreira se explica com exortações específicas (vs. 14-17).

* 12.14 Segui a paz com todos. Apesar de se sentirem tentados na perseguição a retribuir o mal com o mal, os crentes têm de viver em paz com todos, "quanto depende de vós" (Rm 12:18), tal como o nosso Senhor Jesus que "não revidava com ultraje, quando maltratado" (1Pe 2:23).

santificação. Hebreus tem declarado como o sacrifício de Jesus nos faz santos de uma vez por todas, em status (10.10), dando-nos acesso confiante a Deus. Neste versículo, "santificação" é pureza de vida. Ela vem de Deus (13,21) e é orientada através de sua correção (v. 10), contudo, nós devemos “segui-la”.

verá o Senhor. Isto é, estar com Deus, que é o alvo da salvação (Ap 22:4). Agora, aqueles que pela graça e por intermédio da fé seguem e recebem a santificação de Cristo, certamente verão a Deus e tornar-se-ão semelhantes a ele (2Co 3:18; 1Jo 3:2).

* 12:15 Os leitores são responsáveis uns pelos outros e devem cuidar uns dos outros para que "ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus" (conforme 4.1).

raiz de amargura. Em Dt 29:18, "erva venenosa e amarga" é uma pessoa que espalha dúvidas e infidelidade diante do Senhor e entre o povo do pacto. Também aqui, esta "raiz de amargura" é uma pessoa que perturba e contamina as demais. Para fortalecer a fé dos outros, devemos encorajar os fracos e enfrentar os apóstatas que podem influenciar os outros.

*

12:16 Esaú é apresentado como exemplo de alguém que tem desprezado as promessas de Deus (em contraste com as pessoas de fé no cap.
11) e cuja perda foi irrevogável (v. 17). Moisés trocou os tesouros do Egito com o opróbrio de Cristo, porque contemplava o galardão (11.26); Esaú trocou a sua primogenitura por um repasto, porque conseguiu enxergar somente o cozido vermelho (Gn 25:29-34).

vendeu... primogenitura. Como filho primogênito, Esaú tinha o direito da primogenitura (Gn 25:31-34; 27:36). Mais tarde, sob a lei de Moisés, o direito foi uma parte dobrada da propriedade (Dt 21:17). Na realidade, Esaú desprezou o seu lugar na linhagem das promessas pactuais, e não apenas a propriedade.

* 12.17 sabeis... posteriormente. Os leitores certamente lembrarão a segunda fase da perda de Esaú, quando seu irmão Jacó se interpôs e recebeu de seu pai Isaque a solenidade da bênção (Gn 27). Esta bênção incluiu a substância da promessa dada a Abraão (Gn 12:2,3; 27:29).

não achou lugar de arrependimento. Embora Esaú lamentasse a sua perda com lágrimas (Gn 27:38; conforme 2Co 7:10), ele não exatamente arrependeu-se do pecado de ter desprezado as promessas de Deus. Uma outra interpretação do arrependimento que ele buscou foi uma mudança na decisão tomada por seu pai.

* 12.18-24 A velha e a nova aliança são comparadas em termos da associação entre os dois montes (Sinai e Sião). O medo foi o tema dominante no Sinai, um monte intocável (e por isso, terreno e mutável, sobre o qual a lei foi dada) (vs. 18-21). A alegria e a confiança caracterizam o Sião celestial (e por isso, eterno), porque lá está o Salvador com o sangue do perdão (vs. 22-24).

* 12.18 ao fogo palpável. À semelhança do santuário levantado pela primeira aliança (9.1,11,24), o monte sobre o qual a lei foi dada, foi parte das coisas que têm "sido feitas", que são destinadas para serem "abaladas" e removidas pela voz de Deus vindo dos céus (v. 27). Como algo que pode ser palpado, Sinai testifica da transitoriedade da primeira aliança (8.3).

*

12.19 suplicaram que não se lhes falasse mais. Com medo que o contato direto com a temível santidade de Deus os destruísse (Êx 20:19), os israelitas suplicaram a Moisés que ele mediasse as palavras de Deus para eles.

* 12:21 A outorga da lei aconteceu com uma demonstração temível do poder de Deus e o medo foi uma reação apropriada (conforme Is 6:4,5; Mt 17:6; Ap 1:17).

* 12.22 tendes chegado. Continuamos ainda na peregrinação terrena e, à semelhança dos patriarcas (11.13), ainda buscamos uma "cidade permanente" (13.14). Todavia, pelos méritos de Jesus, o nosso precursor, temos chegado à Jerusalém celestial, pela fé, onde podemos entrar no Santo dos Santos e cultuar a Deus (10.19-22). Ver "Céu" em Ap 21:1.

incontáveis hostes de anjos. Eles sempre servem a majestade de Deus (Dt 33:2; Sl 68:17; Dn 7:10). Aqui, eles se ajuntaram como se fosse para uma festa ou uma celebração de um feriado.

* 12.23 igreja dos primogênitos. Todos os primogênitos em Israel foram santificados por ocasião da Páscoa e consagrados ao serviço na presença de Deus, porém, foram os levitas que serviram o santuário no lugar dos primogênitos (Nm 3:11-13). Na assembléia celestial, todos os crentes, redimidos da destruição, são "primogênitos", consagrados a Deus e arrolados como os seus sacerdotes. Diferente de Esaú, que desprezou o direito da primogenitura (v. 16), os crentes participam agradecidamente na herança de Jesus, o Primogênito (1.6,14; 2.11,12). Na assembléia celestial, todos os crentes podem cultuar, tanto na terra como nos céus (10.22,25). Ver "A Igreja" em Ef 2:19.

justos aperfeiçoados. Estes são os espíritos daqueles que já morreram no Senhor (2Co 5:8; Ap 14:13). Estão especialmente em vista os santos do Antigo Testamento e do tempo intertestamental, àqueles cuja justiça pela fé foi testificado pelo próprio Deus (11.2,4,5,39) e que agora são aperfeiçoados (11,40) através do sacrifício de Jesus.

*

12:24 A presença de Jesus no Sião celestial explica o seu ambiente de alegria e confiança. Da própria terra, o sangue de Abel clamou por vingança (Gn 4:10), mas o sangue de Jesus, usando a mesma figura, "fala coisas superiores" (isto é, clama pelo perdão dos filhos de Deus, 9:12-15; 10:19-22).

* 12.25-27 A voz de Deus anunciando o evangelho deve ser ouvida com maior atenção e fé que a lei anunciada no Sinai (2.1-4; 3:1-5; 10.28,29).

* 12:25 O contraste entre a mensagem do Antigo Testamento e a mensagem do céu através do Filho, faz-nos lembrar de 1:1-4. Fechando o círculo, o escritor está levando o seu argumento para uma conclusão.

* 12.27 a remoção... abaladas. Cristo enrolará os céus e a terra "qual manto", porém, ele permanecerá (1.12). O encerramento da primeira aliança, "que se torna aniquilada e envelhecida" (8.13), juntamente com seu santuário (9,8) e sacrifícios (10,9) é a previsão do abalamento final.

*

12.28 sirvamos a Deus de modo agradável. A gratidão é derivada do conhecimento de que os nossos nomes estão escritos nos céus (Lc 10:20) e da nossa experiência do "dom inefável" de Deus — Jesus Cristo (2Co 9:15). Reverência e temor provêm de uma correta apreciação da pessoa de Deus (v. 29). Um culto agradável inclui estes motivos.

*

12.29 fogo consumidor. Esta solene citação de Dt 4:24 nos oferece uma conclusão apropriada à exortação que enfatiza a santidade de Deus e o caráter definitivo de seu juízo dos apóstatas (10.27).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29
12:1 Esta "tão grande nuvem de testemunhas" está composta de pessoas que se mencionaram no capítulo 11. Sua fidelidade é um estímulo para nós. Não lutamos sozinhos nem somos os primeiros em lutar com os problemas que confrontamos. Outros também participaram da carreira e ganharam, e seu testemunho nos anima a correr e a ganhar. O que legado tão inspirador o que temos!

12.1-4 A vida cristã implica trabalho árduo. Requer pôr a um lado tudo o que ponha em perigo nossa relação com Deus, correr com paciência e fazer frente ao pecado no poder do Espírito Santo. Para viver com eficiência esta vida, devemos fixar nossos olhos em Cristo. Titubearemos se apartarmos o olhar do e se olharmos a nós mesmos ou contemplamos as circunstâncias que nos rodeiam. Devemos correr para participar da carreira de Cristo, não na nossa, e sempre devemos fixar nosso olhar no.

12:3 Quando enfrentamos dificuldades e desalento, é muito fácil perder a perspectiva global. Mas não estamos sozinhos; há ajuda. Muitos conseguiram vencer ao longo da vida e em forma constante e em circunstâncias muito mais difíceis das que estamos experimentando. O sofrimento é o campo de adestramento para alcançar a maturidade cristã. Desenvolve nossa paciência e converte em agradável nossa vitória final.

12:4 Estes leitores enfrentavam tempos difíceis de perseguição, mas nenhum deles ainda tinha morrido por sua fé. Como ainda estavam vivos, o escritor os precatória a continuar sua carreira. Assim como Cristo não se rendeu, tampouco eles deviam render-se.

12.5-11 Quem ama mais a seus filhos, o pai que lhes permite fazer o que lhes causa dano ou o que os corrige, disciplina e castiga para lhes ajudar a aprender o que é correto? Nunca é agradável ser corrigido e disciplinado Por Deus, mas sua disciplina é um indício de seu amor profundo por nós. Quando Deus lhe corrige, tome-o como uma prova de seu amor e lhe peça que lhe mostre o que está tratando de lhe ensinar.

12:11 Podemos responder à disciplina de diversas formas: (1) aceitá-la com resignação; (2) aceitá-la com compaixão de si mesmo, pensando que em realidade não o necessitamos; (3) resentirnos e nos ofender com Deus por isso; ou (4) aceitá-la com gratidão, como a atitude apropriada para um Pai amoroso.

12:12, 13 Deus não é só um pai que disciplina mas também um instrutor exigente que nos estimula a alcançar o máximo e demanda uma vida disciplinada. Embora pudéssemos não nos sentir o bastante fortes para alcançar a vitória, sentiremos a capacidade para continuar à medida que seguimos a Cristo e dependemos de sua fortaleza. Assim podemos usar nossos crescentes força para ajudar a quem está perto de nós que são débeis e que estão lutando.

12:12, 13 A expressão "pelo qual" é um indício de que o que segue é importante! Não devemos viver só com nossa própria sobrevivência em mente. Outros seguirão nosso exemplo e temos uma responsabilidade com eles se afirmarmos que vivemos por Cristo. Seu exemplo ajuda a outros a acreditar, seguir e maturar em Cristo, ou quem o segue terminam confundidos e extraviados?

12:14 Os leitores conheciam o ritual da limpeza que os preparava para a adoração, e sabiam que deviam ser "Santos" ou "limpos" a fim de poder entrar no templo. O pecado sempre obstaculiza nossa visão de Deus; portanto, se queremos ver deus, devemos lhe obedecer e renunciar ao pecado (veja-se Sl 24:3-4). Viver em santidade harmoniza vivendo em paz. Uma boa relação com Deus conduz a uma boa relação com a comunidade de crentes. Embora não sempre vamos sentir amor por todos os crentes, devemos procurar a paz à medida que conseguimos ser mais semelhantes a Cristo.

12:15 Assim como uma raiz pequena cresce até converter-se em uma grande árvore, a amargura brota em nosso coração e eclipsa até nossas mais profundas relações cristãs. Uma "raiz de amargura" se apodera de nós quando permitimos que os desacordos cresçam até voltar-se ressentimento, ou quando alimentamos rancores por feridas passadas. A amargura traz consigo ciúmes, dissensões e imoralidade. Quando o Espírito Santo enche nossa vida, pode sanar a ferida que causa a amargura.

12:16, 17 A história do Esaú nos mostra que os enganos e pecados às vezes têm conseqüências a longo prazo (Gn 25:29-34; Gn 27:36). Nem sequer o arrependimento e o perdão eliminam as conseqüências do pecado. Com que freqüência toma decisões apoiadas no que quer agora, e não no que necessita a longo prazo? Avalie os efeitos a longo prazo de suas decisões e ações.

12.18-24 Que contraste entre o povo com medo de aproximar-se de Deus no Monte Sinaí e sua aproximação alegre no Monte do Sion! O que diferencia a que Cristo faz! Antes que O viesse, Deus se mostrava distante e aterrador. Depois que O vinho, Deus nos acolhe por meio de Cristo em sua mesma presença. Aceite seu convite!

12:22 Como cristãos, somos cidadãos da Jerusalém celestial agora mesmo. Como Cristo governa nossa vida agora, o Espírito Santo está sempre conosco, e experimentaremos um companheirismo próximo com outros crentes. A recompensa total e final e a realidade da Jerusalém celestial se descrevem em Apocalipse 21.

12.27-29 Ao fim o mundo vai cambalear e só o reino de Deus permanecerá. Os que seguem a Cristo são parte desse reino inconmovible e resistirão a sacudida, o sacudo e o ardor do fogo. Quando nos sentimos inseguros com relação ao futuro, podemos achar confiança nestes versículos. Sem que importe o que aconteça aqui, nosso futuro está edificado sobre um fundamento sólido que não pode ser destruído. Não ponha sua confiança no que será destruído; mas bem edifique sua vida em Cristo e em seu reino inconmovible. (Veja-se Mt 7:24-29 para ver a importância de edificar sobre um fundamento sólido.)

12:29 Há uma grande diferencia entre a chama de uma vela e o devastador fogo de um bosque. Não podemos nem nos aproximar de um fogo imenso. Apesar das equipes modernas para lutar contra o fogo, freqüentemente este está fora do controle do homem. Deus tampouco está dentro de nosso controle. Não podemos forçá-lo a fazer nada mediante nossas orações; mas sente profunda compaixão. O nos salvou do pecado e nos salvará da morte. Mas tudo o que é indigno e pecaminoso será consumido pelo fogo de sua ira. Só permanecerá o bom, dedicado-o a Deus e o reto.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29
II. A superioridade da esperança cristã no a corrida da vida (He 12:1 ; 1Co 13:13 ; Heb . He 11:1. ).

No capítulo anterior, o autor mostrou aos seus leitores a maneira pela qual worthies do Antigo Testamento viviam com sucesso e vitoriosamente a vida da fé. Ele sugeriu que a fé deles era preventiva da recompensa da vida eterna, mas não chegou a entrar na posse do prêmio até a sua fé encontrou sua realização completa na esperança cristã , o próprio Cristo (conforme He 11:13 ). Assim, o décimo primeiro capítulo tratado fé, a esperança XII guloseimas, e o décimo terceiro tratará amor. No décimo primeiro capítulo o autor mostrou como fé antecipou a salvação oferecida em Cristo; no décimo segundo ele mostra que a fé apreende essas promessas (conforme : He 6:17. ;) Considerando que, no décimo terceiro capítulo ele mostra que abraços de amor e desfruta o prêmio da vida eterna em Cristo. Uma ordem ascendente de progresso é claramente observável no propósito do autor, desde o início da epístola, com a revelação divina para o homem, para o pleno exercício do amor de Deus em Cristo no último capítulo.

Neste capítulo, o autor retrata claramente o desenvolvimento da vida cristã desde a sua criação em Cristo (vv. He 12:1-2) para a sua última esperança na perfeição realizado em Cristo (vv. He 12:23 ).

A. O PLANO DA RAÇA CHRISTIAN HOPEFUL (12: 1-2)

1 Portanto, nós também, pois estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, 2 procura para Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposta, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

Portanto, nós também ... correr com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus (vv. He 12:1 , He 12:2-A ).

(1) Os dignitários do Antigo Testamento do capítulo 11 são para ser exemplos dos leitores. A frase, Portanto, nós também , claramente tem como seu antecedente exemplos do autor de fé estabelecido no capítulo anterior. Há certamente pode haver dúvida séria sobre a relação direta entre os capítulos He 11:1 e He 12:1 . Também não se pode seriamente duvidar que o capítulo 12 é um desenvolvimento do tema do autor no capítulo 11 . A relação entre os dois capítulos pode ser expressa, dizendo: "como foi com essas sumidades do Antigo Testamento, assim seja ele com os leitores." Sua resistência paciente e persistente é ser o modelo para os cristãos hebreus em seus ensaios.

(2) Estes Hebreus Christian teve o testemunho de pessoas ilustres do Antigo Testamento para apoiá-los em sua corrida de resistência para o prêmio final da vida eterna. Há uma diferença entre o seu exemplo e seu testemunho. Como exemplos de fé funcionando em justiça, que estabeleceu um padrão de vida a ser seguido pelos crentes do Novo Testamento. No entanto, como testemunhas deram testemunho pessoal à fidelidade e poder de Deus para sustentá-los através das experiências mais difíceis de sua fé. Tem sido sugerido por alguns intérpretes da Bíblia que a palavra testemunhas aqui implica que estes crentes do Antigo Testamento eram espectadores teatrais como crentes do Novo Testamento correu sua raça na arena da vida, e por outros ainda que as testemunhas estavam curiosos anjo. No entanto, para além de certas objeções exegéticas a estas interpretações, tais pontos de vista não fazer, quando considerado como o significado primário, harmoniza com o contexto ou com sobre-tudo o propósito do autor.Isto não é negar que a visão espectador pode ter certas vantagens em si. Há, no entanto, a questão de saber se os membros da Igreja triunfante participar pessoalmente da experiência da Igreja militante.

É difícil imaginar qualquer circunstância de as provas de fé não representados de alguma forma pelas experiências dos crentes apresentados no capítulo 11 . No capítulo 4 , versículo 15 , Jesus Cristo foi declarado como tendo sido "tentado em todos os pontos", como os homens são. No capítulo 11 , quando uma pessoa não é apresentado como tendo sido "tentado em todos os pontos", ainda assim, quando tomados em conjunto a impressão de que eles estavam tentado de todas as maneiras possíveis para a humanidade. Cada um em sua vez, prestou seu testemunho à graça de Deus e do poder de sustentação de fé nEle para algum ensaio específico ou experiência de vida por meio do qual ele passou.

Parece importante notar que essas pessoas ilustres do Velho Testamento não foram sempre, ou nunca, entregue a partir de suas provações. No entanto, eles foram, invariavelmente, entregue através de seu julgamento pela mantenedora presença de Deus em resposta à sua fé. Assim, a presença de Deus protegeu Daniel em , mas não a partir de , a cova do leão, e Sua presença salvou os três jovens hebreus na , mas não a partir de , na fornalha ardente. O salmista entendeu este princípio quando declarou: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara eo teu cajado me consolam "( Sl 23:4 ). Todas essas coisas devem ser postas de lado por causa de Cristo.

A palavra pecado é usado aqui com o artigo e, portanto, sugere alguma forma particular de pecado. Parece provável que o autor está pensando em um pecado que ameaça prejudicar os leitores em sua raça, e, portanto, é algo que está em contraste com a fé daqueles corredores de sucesso descritos no capítulo 11 . A antítese de sua fé seria, naturalmente, ser incredulidade. Esta é a base de todo o pecado (Jo 16:7 ), considerados teologicamente, e foi provavelmente o pecado dificultando dos leitores. Esta conclusão é, naturalmente, de acordo com o que é revelado sobre os cristãos hebreus em toda a epístola. Nenhum progresso bem sucedido pode ser feita por esse pecado da incredulidade. Um sugeriu que a palavra de peso como aqui utilizado denota "a carne supérflua, que um atleta procura se livrar de pelo treinamento rigoroso" (conforme 1Co 9:24 ).

(4) O candidato a Christian corredor é obrigado a reconhecer o propósito de Deus em sua corrida: correr com paciência [firmeza] , a carreira que nos está proposta . É uma corrida ordenada por Deus e todos são eleitos para participar para o prêmio, embora nenhum são obrigados por coerção divina para fazê-lo, e, certamente, há alguns que vão optar por não fazê-lo. Novamente, esta é uma resistência e não uma corrida competitiva. Todos os que correr pode igualmente ganhar o prêmio da vida eterna.

O modo, bem como o facto de a corrida, é indicado. Aqui é a marca de determinado endurance adicionado à aceitação do desafio de participar da corrida. O profeta Isaías pinta um quadro palavra tríplice da resistência dos filhos de Deus que tiram sua força Dele para esta corrida da vida. Na verdade, ele mostra que é um caso de três velocidades. Em primeiro lugar, eles voam: "subirão com asas como águias"; segundo, eles correm ", correrão e não se cansarão"; e terceiro, eles andam, "andarão, e não se fatigam" (Is 40:31 ). Na verdade a descrição do profeta é bem típico do curso da vida cristã, que geralmente começa com muito fervor, e então, gradualmente, os níveis de folga para um mais estável, mesmo, e do progresso proposital, o que, no entanto, não é cansativo.Pode até ser forçado a uma caminhada em razão de os pesados ​​encargos suportados ou as enfermidades da idade avançada. Mas mesmo aqui paciência proposital permite ao peregrino para mover tão fielmente em direção ao seu objetivo final como quando ele voou ou andou. Na verdade, o verdadeiro teste da esperança cristã é vivida na sua, o progresso persistente constante em face da resistência, ao invés de nos esforços espasmódicos.

Mas há também algo de um desafio sobre a corrida cristã expressa em palavras do autor, a corrida que está "diante de nós. "Não é com toda a sua magnificência em curso e prêmio da vida eterna no final. É a um e verdadeira corrida da vida . Outros cursos na verdade prometem, mas eles acabam em desilusão. Só que desta raça percebe o cumprimento de sua promessa na fita. Então, novamente, é a raça ordenado e nomeado para cada homem. Há um sentido muito real, na qual cada homem é confrontado alguma vez na vida, com o desafio ea responsabilidade de escolher para executar esta corrida, ou optando por não executá-lo (conforme Jo 1:9 ).

(5) O plano da corrida cristã envolve o próprio Jesus Cristo como seu criador, exemplo, a presença de acompanhamento, e grande prêmio no objetivo final.

O corredor, ou crente, é exortado a fazer de Jesus o foco de seu interesse e atenção do início até o fim de sua carreira cristã. Qualquer desvio a partir deste enfoque é determinado a impedir ou dificultar, se é que não impede que o corredor da realização final de seu objetivo. Ele não ousa permitir-se a ser desviado por uma preocupação excessiva com a forma em que seus companheiros estão executando a corrida. Nem pode interesses pratos extras desviar sua atenção de forma segura.

O nome de Jesus, quando usado sozinho, como nesta passagem, tem uma referência especial para a humanidade do Senhor. Assim, o significado aqui parece ser que, como Jesus em Sua humanidade, foi executado com êxito e vitoriosamente a corrida da vida na terra, de modo que o crente deve acompanhar de perto tanto seu exemplo e instrução como ele corre.

A ausência do pronome possessivo nosso no original indica que se trata da fé cristã, como tal, que Cristo é o autor ou autor e consumador, e não da fé do crente individual. Ele é de fato o autor, líder ou, talvez melhor, capitão (conforme He 2:10. ; At 3:15 ; At 5:31), da fé cristã. Cristo é o primeiro de uma longa procissão de fiéis. Mas Ele é também o consumador da fé, ou aquele que se manifestou em sua forma completa (conforme He 10:14. ; He 11:40 ). Ele manifestou a perfeita realização da fé em sua vida terrena e morte na Cruz.

Uma vez mais a sugestão de recompensas é introduzido na consideração Christian. Desta vez, no entanto, é em relação ao próprio Cristo: qual, pelo gozo que lhe estava proposta, suportou a cruz . A recompensa da fé de Cristo que lhe permitiu suportar as agonias indizíveis da Cruz foi a prestação de resgate de todos os homens (conforme completou Jo 3:16 ). Seu único propósito em se tornar o Deus encarnado, de vida e de trabalho entre os homens, e, finalmente, em ir para a Cruz, foi perceber a alegria de ter a salvação possível para cada membro da raça caída. Essa percepção é expressa em Suas palavras vitoriosas da cruz: "Está consumado" (Jo 19:30 ; conforme Jo 4:34 ; Jo 5:36 ; conforme Jo 17:4)

3 . Considerai, pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas 4 Ye ainda não ter resistido até o sangue, combatendo contra o pecado:

Outra leitura diz de forma simples e direta, "Pense nele que se submeteu a tal oposição dos pecadores: que irá ajudá-lo a não desanimar e crescer fraco" (NEB).

Com as provas e perseguições evidentes destes leitores cristãos judeus claramente em mente, o autor oferece a eles o exemplo de Jesus por seu encorajamento. Barclay observa-se que o escritor toma emprestado de Aristóteles dois termos atléticos e aplica-los aqui, ou seja, crescimento cansado , e desmaios . Quando o corredor nas corridas gregas tinham passado ao poste da baliza, atirou-se no chão em esgotamento total ofegante, e, em seguida, entrou em colapso. Isto, no entanto, foi depois de ter concluído a prova. Nas palavras considerá-lo lá entra em cena uma comparação sugerida ou analogia da situação do crente com o de Cristo Jesus. Esta palavra considerar não é dito ser encontrada em outras partes do Novo Testamento. Isso implica uma comparação cuidadosa e reflexiva ou pesagem da matéria. A exortação entregue é no sentido de que os leitores não devem permitir-se a tornar-se esgotado e fraco antes que eles passaram no poste da baliza na corrida da vida. Para fazê-lo significaria perder a corrida e, consequentemente, o prêmio da vida eterna. Não devemos esquecer que eles estão envolvidos em uma corrida de resistência que exige que se mantenham em seus pés até o fim. O desânimo é a arma mais severa e eficaz de Satanás contra o crente. Muitas vezes leva à auto-piedade, e auto-piedade é em si um reconhecimento de derrota. No entanto, enquanto o desânimo completo dispirits o crente e traz sobre sua entrega total à situação contrária, tal desânimo não deve ser confundido com a tentação de desânimo como tal. Muitas vezes, o crente é tentado a acreditar que ele já está derrotado quando na realidade ele é "apenas tentado" Portanto, para concluir. No entanto, desde que a sua experiência é no reino da tentação, ele ainda não foi derrotado e, portanto, ele tem razão para ter uma nova coragem para a vitória final.

Para seu encorajamento o escritor oferece os crentes dois incentivos. Em primeiro lugar, a sua situação ainda não chegou que experimentou e suportou com sucesso por Cristo Jesus, o precursor da esperança cristã (conforme Is 40:28 ). Ele foi descontado, falsamente acusado, caluniado, desonrado, tentou injustamente e ilegalmente, rejeitado e expulso pela sociedade de sua época. Finalmente, ele foi pregado numa cruz cruel e vergonhosa na companhia de criminosos condenados onde Seu sangue foi derramado e Ele morreu como um criminoso rejeitado, na estimativa de sua geração. Mas Ele suportou tudo e ganhou o prêmio da vida eterna, tanto para si e para todos os crentes que vão suportar a corrida até o fim. É interessante notar que muitas das leituras antigas têm "tais gainsayings dos pecadores contra si mesmo," em vez de contra si mesmo . Se esta leitura é aceito, ele não leva nada de, mas sim acrescenta, o sentido do texto. Assim, poderia indicar que o homem pode fazer nada de mal contra Deus e justiça na realidade.Suas tentativas de fazê-lo sempre agir como um bumerangue contra si mesmo (conforme 2Tm 2:25 ). O pecado é sempre auto-oposição e auto-destruição no final. O homem destrói a Deus e não a justiça por suas atitudes e ações más, mas a si mesmo. A justiça é, de facto, indestrutível, mas o que se separa da justiça sempre perecerá no final, porque não é real, mas falsa. Por reflexivo cuidadosa ponderação e avaliação do exemplo de Cristo os leitores vão encontrar uma causa para renovar sua coragem e pressionar nesta corrida de resistência. Então, também, uma vez que Jesus fez tanto por eles, o escritor parece perguntar: Como eles podem fazer menos por causa dele?

O segundo incentivo que o escritor oferece a seus leitores para a sua persistência nesta corrida de resistência é sugerido pelas palavras, Ye ainda não tenham resistido até o sangue, combatendo contra o pecado (v. He 12:4 ). Sua luta era realmente feroz, como a luta da fé pode tornar-se, por vezes. Mas, para eles, ainda não tinha se tornado uma luta mortal, ou como diz o outro, "Afinal, a sua luta contra o pecado ainda não significou o derramamento de sangue" (JBP). Com estas palavras, pode haver uma de duas vias sugestão. Sua atenção é dirigida, em parte, aos mártires fiéis do passado, como também para a morte de Cristo na Cruz. É, em parte, dirigida para o fato de que, embora ninguém da presente geração dos leitores ainda sofreu o martírio por sua fé, tal experiência pode ser no futuro próximo. Assim, eles precisam preparar-se para experiências ainda mais graves do que qualquer coisa que eles conhecem. Barclay diz que quando o autor fala de resistir até o sangue ", ele usa a mesma frase que os líderes macabeus usado quando chamado em suas tropas para sair e lutar até a morte." Como observado por Moffatt, o propósito do autor parece ser a vergonha, em vez de culpar, seus leitores. À luz do que Cristo suportou vitoriosamente para fazer a esperança da vida eterna possível para eles, e que os antigos mártires judeus e cristãos vitoriosamente sofreu para obter essa esperança, os leitores devem ter vergonha de chamar de volta a partir da ferocidade do conflito e deriva em letargia espiritual e apostasia.

O valor essencial da esperança cristã é sugerido por seu preço, nesta passagem (conforme Lc 1:68 ; Tt 2:14 ; 1Pe 1:18. ; Ap 5:9 ), e os mártires judeus e cristãos, o seu sangue, não é uma herança a ser levemente considerado. Eles têm uma obrigação moral grave para mantê-la inviolável. A responsabilidade colocada sobre os leitores a este respeito é igualmente obrigatório para todos os outros crentes cristãos então e agora.

Tomé oferece uma interpretação possível alternativa desta passagem:

Pensa-se que a epístola foi escrita muito cedo para qualquer perseguição por atacado envolvendo martírio. Por conta disso, sugere-se que a referência é ao fato de que eles não tinham sido em sério mortal, o versículo seguinte sugerindo algo como culpa. De acordo com este ponto de vista o seu pecado seria um fracasso a persistir, e pensa-se que este é o melhor significado da frase "luta contra o pecado" à luz do contexto. As idéias do Velho Testamento, de que esta epístola é completo, o sangue ea vida associado, e é, portanto, implicava que o esforçando aqui não tinha atingido o coração das coisas, seu sangue vital. Isto significaria uma exortação contra essa tibieza que é tão notável uma característica das advertências nesta epístola. Sua vida seria assim adequadamente descrito como "anêmico", não sacrificar. No entanto, outra sugestão é que a sua relação com os outros, que, na sua luta contra a injustiça, em outros, eles não tinha naquela época chegado ao ponto de resistência completa.

C. disciplina no RACE CHRISTIAN HOPEFUL (12: 5-11)

5 e já vos esquecestes da exortação que arrazoa com você como a filhos,

Meu filho, não desprezes a correção do Senhor,

Nem desmaiar quando fores repreendido;

6 Porque o Senhor corrige o que ama,

E açoita a todo filho a quem recebe.

7 É por castigo que vos suportar; Deus vos trata como filhos; pois que filho há a quem o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos:? não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então viver 10 Pois aqueles por alguns dias castigou -nos como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para nóspode ser participantes da sua santidade. 11 All seemeth correção, no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza; mas depois produz um fruto pacífico aos que têm sido exercitados, o próprio fruto da justiça.

Moffatt diz: "É para disciplina que você tem que suportar. Deus vos trata como filhos; para onde está o filho que não é disciplinado por seu pai? "JB Phillips diz explicitamente:" Não verdadeiro filho já cresceu não corrigido por seu pai. "

Cinco aspectos distintos da disciplina cristã são tratados nestes versos.

(1) A primeira diz respeito à relação de disciplina para filiação (vv. He 12:5-6 ). A educação da fé através da disciplina parental agora é a preocupação do autor. A partir do exemplo anterior e inspiração de Cristo, a consideração agora se volta para castigo paterno, com vista à correção. Visto que Cristo aprendeu a obediência através do sofrimento (He 5:8 ).

Os leitores são repreendeu por não ter em mente uma admoestação Antigo Testamento com o qual eles eram evidentemente familiar. Essa advertência, feita a partir de Pv 3:11 , estabelece a razoabilidade ou sabedoria de disciplina paterna, um aviso contra a tomada de tal disciplina de ânimo leve, instrução para não desanimar debaixo da vara disciplinar, e uma explicação sobre o propósito da disciplina de Deus. O autor deixa claro que a vida cristã não pode ter nenhum significado ou valor além da disciplina, como de fato é verdade para toda a vida. É uma das principais funções e responsabilidades da paternidade para administrar disciplina para seus filhos. Na verdade, é uma das marcas do verdadeiro amor paternal, porque revela genuína preocupação do pai para maior bem de seu filho. Fora de sua sabedoria maior conhecimento e mais madura que ele é mais capaz de julgar o que é no melhor interesse de seu filho em excesso de todas as situações da vida. Esta é a razão de algum tipo de exigências educacionais são colocadas sobre as crianças de todas as sociedades, com a responsabilidade parental para impor o cumprimento desses requisitos. Estes requisitos podem ser informal ou formal. Mas, em qualquer caso, eles são considerados como necessárias nos superiores interesses da juventude e do futuro bem-estar da sociedade. A disposição dos jovens para descontar e até, por vezes, se rebelar contra a autoridade dos pais é bem ilustrada pela piada do humorista americano Marcos Twain. Ele pensou que seu pai extremamente ignorante quando ele próprio tinha dezessete anos de idade, mas ele ficou surpreso ao observar o quanto o "homem velho" tinha aprendido pelo tempo Marcos tinha vinte e um anos de idade. O filho pródigo (Lc 15:11) se revoltaram contra a autoridade parental e dissipou seus recursos numa vida devassa. No fim das contas, era necessário que ele retorne para e aceitar de seu pai, os princípios da boa vida antes que ele pudesse fazer qualquer progresso substancial na vida. Tal é igualmente verdade dos crentes em sua relação com o Pai celestial. O reconhecimento e aceitação do direito de controle disciplinar sobre suas vidas do Pai celeste são do crente mais certas marcas da verdadeira filiação espiritual.

(2) O segundo aspecto da disciplina cristã reflete a sabedoria do Pai celeste em sua administração de disciplina aos filhos: com você como filhos (v. He 12:7 ). Observa-se que o plural, filhos , é aqui empregada pelo autor. Esta estrutura gramatical não é sem razão. A eficácia salvífica da cruz de Cristo não anula personalidades ou destruir as diferenças individuais. Ele faz libertá-los da escravidão restritiva que o pecado lhes impôs e purifica-los da poluição do pecado. Eles são, no entanto, redimiu indivíduos. Agora, qualquer pai que teve a experiência de criar mais de um filho sabe muito bem que não há duas crianças são exatamente iguais em suas personalidades. Além disso, tal pai sabe igualmente bem a impossibilidade de aplicar os mesmos métodos de disciplina para crianças diferentes com a mesma eficácia. A individualidade de cada criança pede compreensão cuidadosa e a administração do tipo particular de disciplina, e da aplicação específica dessa disciplina, que é mais adequado e eficaz na vida da criança em questão. Se este princípio é verdadeiro no nível puramente humano, é igualmente verdade sobre o nível de filiação espiritual do homem. Certamente Deus, o Pai Celestial não é menos sábios, compreensão, e apenas na disciplina de seus filhos do que é um pai humano. Assim, os métodos mais severos são chamados para no disciplinamento de alguns de seus filhos do que com os outros. O princípio importante ter em mente é que o Pai Celestial é todo sábio, e que Ele sinceramente ama cada um de Seus filhos. Assim, com a Sua sabedoria e bondade não é sempre expressa Sua maior vontade e propósito para cada um de Seus filhos. Este é basicamente verdadeiro independentemente da gravidade da disciplina.

(3) O terceiro princípio estabelecido pelo autor é que, na ausência de disciplina verdadeira filiação não é e não pode existir: Mas, se estais sem disciplina ... logo, sois bastardos e não filhos (v. He 12:8 ). JB Phillips diz caracteristicamente, "No verdadeiro filho nunca cresce não corrigido por seu pai. Porque, se você não tinha nenhuma experiência da correcção que todos os filhos têm de suportar, você pode muito bem duvidar da legitimidade de sua filiação. "É evidente que a primeira cláusula deste versículo se refere o versículo 6 .

Barclay observa que, sob a lei romana, bem conhecido e compreendido pelos leitores, foi o famoso pátrio poder , ou o poder do pai. Esta disposição legal deu o poder soberano pai ao longo de toda a sua família, desde que ele viveu. Este prorrogado até mesmo para seus netos e seus filhos. Esta disposição tornou legal para o pai para manter ou descartar seu filho recém-nascido, para punir ou negar um filho, para vendê-lo como escravo, ou mesmo para executar ou ordenar a execução de seu filho se ele considerou justificável. Na verdade, ele geralmente chamado de Conselho dos membros responsáveis ​​da família para consulta antes de tomar as medidas mais drásticas, mas ele não foi obrigado por lei a fazê-lo. Embora a opinião pública, eventualmente, impedido o exercício do pai do seu direito legal de executar seu filho, isso ocorreu tão tarde como Augustus (27 BC-AD 14). Nero aliviou-se da responsabilidade problemático de mais de um membro da sua família com impunitas (isenção de pena), embora a legalidade de seus atos pode ficar em dúvida. Tais direitos paternos não eram desconhecidos para os hebreus dur-patriarcal, e até mesmo mais tarde, períodos nos termos da lei (conforme Gn 22:1 ).

(4) O quarto fator diz respeito ao verdadeiro propósito da disciplina na vida do crente. Uma prestação de esta passagem afirma claramente: "Disciplina, sem dúvida, nunca é agradável; no momento em que parece doloroso, mas no final ele produz para aqueles que têm sido por ela exercitados, a colheita pacífica de uma vida honesta "(v. He 12:11 , NEB). A ordem de disciplina aqui sugerido é sofrimento, a resistência, e frutas. O sofrimento é grave e difícil de tomar, se o objetivo não é claramente compreendido.Endurance requer paciência no sofrimento. O sofrimento com paciência por amor de Cristo nunca deixa de produzir o fruto pacífico de justiça. O homem não é salvo pela disciplina do sofrimento, mas ele é experiente assim. Assim, todo o resultado depende da atitude tomada na experiência da disciplina.

Barclay vê cinco possíveis atitudes que podem ser assumidos na experiência da disciplina. Em primeiro lugar, a atitude estóica de demissão pode ser assumida. Isso também é característica de cerca de um terço de um bilhão de muçulmanos no mundo atual.Esta é, no entanto, um derrotismo em vez de uma atitude dispostos cooperativa.

Em segundo lugar, a disciplina pode ser aceite com a atitude de um "sentimento desagradável de começá-lo sobre o mais rapidamente possível", uma espécie de atitude dura lábio superior. Esta atitude se encontra com o sofrimento de disciplina com desafio, mas não com gratidão que amadurece a alma em justiça.

A terceira atitude é auto-piedade que acaba por conduzir ao colapso total. Ele não admite a partilha de tristeza ou sofrimento com Deus ou aos outros. É bastante abraça a sua própria seio todos os seus sofrimentos e é destruído por eles no final.

A quarta atitude é de a aceitação da disciplina porque é inevitável e inescapável, mas aceita-se com ressentimento escondido que envenena a alma, perverte conceitos do sofredor de Deus e da realidade, e pode até mesmo produzir uma disposição de vingança para com Deus e da própria vida .

A quinta e última atitude é a que vê na disciplina a mão amorosa de um Deus todo-sábio e benevolente trabalhar fora Seus maiores efeitos na vida de seu filho. Ele leva seus sofrimentos como um favor do Pai Celestial e é grato. Ele aplica o princípio deRomanos Mt 8:28 a sua experiência e com paciência e obedientemente carrega a mão pesada da aflição na fé que ele vai ser o melhor para ele. Ele considera suas disciplinas como um favor de Deus e se alegra de que ele está considerados dignos de sofrer por causa da justiça (conforme Mt 5:10. ).

Barclay cita Jerome como tendo dito: "A maior raiva de tudo é quando Deus não mais com raiva de nós é quando pecamos." Ele parece ter significado maior castigo do homem é o de tornar-se abandonado ao seu pecado, como um réprobo sem esperança.Três vezes no terrível descrição de Paulo da descida do homem dentro do redemoinho da iniqüidade e degeneração no primeiro capítulo de Romanos ele usa a expressão: "Deus os entregou" (Rm 1:24a , Rm 1:28b ; conforme Lc 13:34)

12 Portanto levantai as mãos cansadas, e os joelhos vacilantes, 13 e fazei caminhos retos para os pés, para que o que é manco não se desviaram do caminho, mas antes seja curado.

14 Segui a paz com todos, ea santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15 de olhar com cuidado para que não haja qualquer homem que cai menos do que a graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura, brotando, problemas que você , e por ela muitos se contaminem; 16 para que não haja . devasso, ou profano, como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura 17 Porque bem sabeis que ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar para uma mudança de mente em seu pai , ainda que o buscou diligentemente com lágrimas.

Segui a paz com todos os homens, ea santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (v. He 12:14 ). É evidente que o autor, neste momento, retorna aos seus pensamentos expressos no primeiro versículo do capítulo: Portanto, nós também ... deixemos todo o embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia . Ele pôs diante dos leitores o plano da corrida cristã, ele retratava vividamente seus requisitos de resistência, ele explicitou sua disciplina necessária, e agora ele apresenta a uma qualificação essencial para todos os que seria executado com sucesso e ganhar o prêmio desta corrida Christian . Há claramente um estorvo na vida desses leitores hebraicos que está impedindo-os de pressionar "até a perfeição" (He 6:1 ), a doença interna que destrói sua saúde moral e espiritual, e rouba-lhes a sua vitalidade para o progresso de som na corrida cristã. Claramente esta doença interior do pecado prejudicou seu crescimento e atrasou o seu desenvolvimento espiritual. Ele fez deles anões espirituais, quando deveriam ser gigantes espirituais. A hora é agora tempo desde que se tornou o primeiro crentes em Cristo. Seu perigo de apostasia, ocasionada por esta doença moral, é ameaçador. A situação é crucial. A hora de agir é na mão. Sua condição retardado deve ser sanado de uma vez ou a corrida será perdido e o prêmio da vida eterna será perdido para sempre. O autor utiliza uma linguagem forte para agitar seus leitores para a ação efetiva de uma só vez.

O objetivo desta carta era, como antes observado, claramente para incentivar estes judaica cristã converte para continuar na fé cristã e da vida no momento em que eles foram extremamente tentado a abandonar Cristo e do cristianismo e voltar ao judaísmo, e levá-los para perfeição cristã (conforme He 6:1. ). No capítulo 10: 32-37 ficou claro que eles haviam sido verdadeiramente convertido a Cristo: "fostes iluminados" (v. 32-A ;) que tinham sido submetidos a julgamentos muito graves: "vós suportastes grande combate de aflições" (v. 32b ;) que tinham perdido muito de suas posses materiais, tornando-se cristãos: "gozo aceitastes a espoliação dos seus bens" (v. 34 ;) que eles foram tentados a abandonar Cristo: "Não rejeiteis pois a vossa confiança [" confiança ", KJV] que tem uma grande recompensa" (v. 35 ); e que eles estavam em grande necessidade de renovada fé e firmeza: "Porque necessitais de paciência, para que, havendo feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa" (v. 36 ).

O verdadeiro problema enfrentando esses cristãos hebreus era que, como tantos outros cristãos, não conseguiu ir para o perfeito amor, ou santidade cristã, como fica claro em He 6:1-A ). Tradução de Weymouth tem "inclinando mãos." Desânimo provavelmente roubou mais pessoas de sua fé e coragem, e, consequentemente, a sua vitória cristã, cortado mais pessoas de sua força, e beclouded as perspectivas futuras de mais homens do que qualquer outra doença espiritual conhecido. O desânimo é uma doença os germes do que se reproduzir rapidamente no coração não santificado. É uma doença extremamente contagiosa capaz de incapacitante para o serviço de todo um contingente do exército de Deus e, assim, dando ao inimigo uma vitória fácil. O desânimo é a arma mais eficaz de Satanás.

(2) O segundo defeito destes crentes era dissuasão da oração (v. He 12:12 ). Este defeito do cristão retardado bespeaks declinação na conduta moral.O seu desânimo e falta de oração levou a vida descuidada, com a consequência de que já não vivia pela regra de conduta correta. Eles deixaram para trás os nossos caminhos que estavam tortos, e, portanto, difícil para os membros mais fracos do corpo de Cristo, para entender e seguir. Este mau exemplo tendem a desencorajar e dissuadir os crentes mais fracos do caminho da justiça. Weymouth lê-se: "para que o que é manco não se colocar inteiramente fora do comum, mas pode sim ser restaurada." Um intérprete observa significativamente: "caminhos suaves que não contenham obstáculos que podem ferir o coxo ... se não remover a pedra de tropeço claudicação pode tornar-se luxação. "

(4) A quarta defeito destes crentes, e que segue naturalmente sobre os três anteriores, é dissensão em comunhão: Segui a paz com todos os homens (v. He 12:14-A ;) ou na tradução de Weymouth: "Esforce-se para a paz com todos os homens." Quando os cristãos fiquem desanimados, cessamos de orar, e permitir que a deserção moral para entrar, a comunhão ea paz do corpo da igreja em breve será deslocado por ciúmes, brigas, rancor, contendas, e facções. Quando carnalidade fermenta no coração não santificado, a pomba da paz se afasta do santuário da alma. Quanto a esta condição e sua causa Tiago escreveu: "De onde vêm as guerras e contendas entre vós? Não vêm disto, dos vossos prazeres [cobiça] que a guerra em seus membros "(? Jc 4:1-A ).Weymouth lê: "cuidadosamente ver a ele que nenhum deixa de valer-se da graça de Deus." Mas a leitura marginal da KJV é particularmente específico: " cair da graça de Deus. " O caminho certo para cair da graça e retrocesso no coração e na vida é se recusar a ir para a santificação. A igreja de Éfeso é um exemplo apt desta condição. Carga de Cristo contra esta igreja apóstata era: "tenho contra ti que tu deixes o teu primeiro amor. Lembre-se, pois, donde caíste, e arrepende-te e pratica as primeiras obras "( Ap 2:4b ).

(2) O segundo perigo do cristão retardado é retratado como envenenamento carnal: que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem (v. He 12:15 ). Dummelow observa que "defeito de Esaú foi um de uma falta de apreciação de bênçãos espirituais". A palavra profano , como aqui utilizado, é a antítese do santificado ou sagrado, e, consequentemente, isso significa que não espiritual, secular, ou Ct 1:1 ).

Tríplice remédio de Deus para o cristão retardado é oferecido ao lado. (1) O primeiro remédio para o cristão retardado é um desejo sincero de ser feito santo: Siga após a ... santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (v. He 12:14 ). Anteriormente, o autor de Hebreus exortou: "deixe-nos ir até a perfeição" (He 6:1 ). "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos" (Mt 5:6. ). A morte de Cristo na Cruz expia pecados cometidos e proporciona limpeza da natureza do pecado interior. Disse o profeta: "Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza" (Zc 13:1.) . No dia de Pentecostes, a purificação da alma dos discípulos foi realizada quando "apareceu-lhes línguas partindo em pedaços, como que de fogo; [Que] pousaram sobre cada um deles "( At 2:3 ).

Como os raios luminosos do sol matar os germes da doença de uma grave e debilitante, e dizimando epidemia, assim, parar o seu progresso e purificar a atmosfera, só assim a presença revelada da santidade de Deus para o coração impuro do homem vai destruir a doença germes de pecado interior e curar a alma pelo pecado doente, tornando-se pura, saudável e feliz. O verdadeiro progresso espiritual começa quando o pecado dentro e de fora chega ao fim. Jesus disse: "Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus" (Mt 5:8)

18 Porque não vir a são uma montagem que pode ser tocado, e que ardia em fogo, e à escuridão, e as trevas, e à tempestade, 19 e o som da trombeta, e à voz das palavras; que voz os que a ouviram suplicaram que nenhuma palavra mais deve ser falado para eles; 20 para que eles não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte, será apedrejado; 21 E tão terrível era a visão, que Moisés Dito isto, eu aterrorizado e trêmulo: 22 mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos, 23 para a assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, ea Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, 24 e Jesus, o mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.

Antes de o autor se move até o objetivo final de sua epístola aos cristãos hebreus, ele faz um último esforço desesperado para mostrar que Cristo eo cristianismo substituiu o sistema antigo Mosaic, delineando as insuficiências do último, após o que ele apresenta a finalidade do ex.

1. O que o objetivo não é (12: 18-21)

Porque não vieram a um suporte que pode ser tocado, e que ardia em fogo (v. He 12:18-A ). É evidente que o objetivo cristão não é material, não é uma coisa tangível, que está sujeito à dissolução pelo fogo. Não é algo que apela para o sentido da visão (escuridão, ea escuridão ). Ele não está sujeito a um som audível insuportável. Não está sujeito à condenação e ameaçando julgamentos por violações de ordenanças externas (conforme Ex 19:1f ). Não é o que cria o medo servil e perigo. Em resumo, o objetivo da corrida cristã não é das sentenças da lei de Moisés no Monte Sinai. A lei nunca pode ser o objetivo da vida cristã. Ele foi projetado para levar o homem a Cristo para a salvação, e quando ele já tinha cumprido essa função, o seu trabalho foi feito. Para voltar a ele agora, o autor indica, é para voltar à condenação e destruição, não a salvação.

2. Qual o objetivo é (12: 22-24)

Mas chegastes ao monte Sião ... a cidade do Deus vivo ... a miríades de anjos ... à assembléia e igreja dos primogênitos ... Deus, o juiz de tudo ... e aos espíritos dos justos aperfeiçoados ... e Jesus o mediador de uma nova aliança . A última volta da corrida do crente cristão estende-se à frente. O objetivo é na visão clara. A cidade em perspectiva não é Sinai, mas Zion. O plano da corrida, a paciência do sofrimento, a disciplina de resistência, e a barreira de pecado que assedia são tudo uma questão de história agora com esses crentes. Os corredores estão cansados ​​de repente animado por uma nova onda de vida interior, como os olhos pegar de vista o objetivo final. Eles estão na reta final para casa (conforme Is 35:1 ; Ef 2:1 ).

No terceiro lugar, a inumerável assembléia geral alegre dos anfitriões servo de anjos cumprimenta o olhar do vencedor. Deles não é a alegria da salvação, mas a alegria compartilhada dos salvos (conforme Lc 15:7 ), e agora eles se reúnem para saudar os crentes vitoriosos para o paraíso eterno.

Quarta , os crentes vitoriosos havia chegado à assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus (v. He 12:23 ). É a opinião de alguns que aqueles que constituem a igreja dos primogênitos são aqueles que foram salvos da era pré-cristã pela fé antecipatória no Messias. No entanto, isso não parece ser uma visão provável quando analisada à luz de He 11:39 . Uma visão mais provável é que o termo primogênito se refere ao próprio Cristo, que era "o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:29 ), isso traz todos os crentes para a herança de Cristo. Sua herança é feita seguro em razão de sua posição como cidadãos do reino de Deus, eles estão matriculados [registrada] no céu (conforme Mt 6:33 ). Assim, estes crentes vitoriosos perceber o seu património comum com todos os outros crentes que vieram antes.

No quinto exemplo, eles são chegados a Deus, o juiz de todos (v. He 12:23 ). O escritor é sempre ciente do facto de que no final do caminho de vida do homem irá encontrar a Deus. A morte de Cristo na Cruz julgou o pecado uma vez por todas, como também estabeleceu justiça. Portanto, o homem vai ficar em última análise, na presença do Deus justo e reto do universo. Como ele está vai depender do que ele fez com Cristo nesta vida. Se ele veio para o final da corrida da vida através da fé e esperança em Cristo como seu Salvador e Sumo Sacerdote, mas estará em pé diante de Deus aprovado, o juiz de todos . Se ele não chegou na justiça de Cristo, ele não vai ficar no mesmo acórdão (conforme Sl 1:5 ), é definido em contraste com o sangue do sacrifício de Abel. O sangue do sacrifício de Abel falou profeticamente do sangue de Cristo. Mas o sangue de Cristo fala tanto perdão e purificação da alma1. vez mais, e pela última vez, Cristo é revelado como melhor do que todos os tipos do Antigo Testamento e sombras. O sacrifício de Abel marcou o primeiro derramamento de sangue em sacrifício pelo pecado pelo homem. Mas foi só o sangue de um animal, e, portanto, não poderia fazer mais do que apontar para o verdadeiro sacrifício que foi ainda no futuro. Cristo, o sacrifício de Deus-homem, foi o último, o real, e fez o sacrifício final para o pecado. Ele fez isso pelo derramamento de seu próprio sangue para a salvação de todos os homens.

Em contraste com os julgamentos de morte de negociação das Sinai, esses crentes tinha chegado à plena fruição da vida eterna em Cristo e por Cristo. Eles haviam chegado à vida da montanha de Sião, o reino de Deus. Tinham vindo para uma cidade viva, a Jerusalém celestial (v. He 12:22)

25 Vede que não rejeiteis ao que fala. Porque, se não escaparam aqueles quando rejeitaram o thatwarned -los na terra, muito mais não é que escapar que desviamos daquele que warneth do céu: 26 cuja voz abalou então a terra, mas agora tem ele prometido, dizendo: Ainda uma vez Eu faço a tremer não só a terra, mas também o céu. 27 E esta palavra : Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas que são móveis, como coisas que foram feitas, que as coisas que não são abaladas permaneçam .

Vede que não rejeiteis ao que fala ... do céu (v. He 12:25 ). Após a brilhante descrição do cristão igreja dos primogênitos com sua incorporação celeste e eterna (inscritos nos céus ), em que os leitores são membros, eles são convidados a permanecer nesta relação e provar-se digno de seus elevados privilégios e provisões. A autora aborda este aviso de três ângulos. Em primeiro lugar, o próprio aviso implica a possibilidade de apostasia da sua posição em Cristo, como descrito anteriormente. A comparação é empregada para tornar vívida e enfática a distinção entre o Mosaic eo eras cristã (conforme He 2:2 ). O autor revela que a maior responsabilidade recai sobre os cristãos por causa de seus altos privilégios em Cristo. Graça faz a responsabilidade moral e espiritual do cristão a Deus maior do que era o judeu de acordo com a lei. O significado da palavra recusar aqui parece não ser uma rejeição obstinado e rebelde de Cristo, mas sim uma espécie de implorando-off (conforme Lc 14:18 ; Hb. 0:19 ), ou desculpas e retiradas (conforme Heb . He 10:38 ). Tal desculpar, evasivo, retirando-se, atitude, evitando a responsabilidade é quase certo, finalmente, para levar a alma a se afastar dele que warneth do céu . Quando o crente começa a depreciar as bênçãos e benefícios de Cristo e da religião cristã, ele vai acabar se apartar do Deus vivo, a menos que ele experimenta uma mudança radical de atitude (conforme Sl 1:1. ). "Este é o meu Filho muito amado: escutai-o" (Mc 9:7 ).

B. A admoestação DIVINE para servir a Deus (12: 28-29)

28 Pelo que, recebendo um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual possamos oferecer o serviço agradável a Deus com reverência e temor: 29 para o nosso Deus é um fogo consumidor.

Vamos ter graça, pela qual podem oferecer serviço bem agradável a Deus (v. He 12:28 ). A partir dos avisos de julgamento o autor se volta para o incentivo de admoestação. Os leitores foram avisados ​​que, se eles se ligam à perecível, perecerão com ele. Agora eles são admoestados para colocar a sua esperança no imperecível que eles possam cumprir as sentenças presentes e futuras com o imperecível. Essa advertência tem vários aspectos.

Em primeiro lugar , eles, como cristãos, somos cidadãos de um reino imperecível. Outras montanhas podem terremoto e reinos subir e cair, mas o Reino de Deus é inabalável (conforme Is 6:1. , 1Co 10:31 ; Rm 1:21. ). No serviço de Deus é agradável ou aceitável que não é oferecido em um espírito de gratidão e reconhecimento (Jl 4:5. ; Sl 103:11a ).Charles B. Williams traduz: "Sua santidade é o fogo que consome todo o mal."

Finalmente , a exortação à esperança, conforme estabelecido neste capítulo, é um apelo para viver na presença do Deus santo a quem eles estão por vir que o julgamento de seu caráter impetuoso constantemente consumir todo o pecado, e ainda não consumir o pecador arrependido.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29
A palavra-chave desse capítulo é "suportar"; nós a encontramos nos versículos 1:2-3, 7 (traduzida por "perseverança") e 20. Essa palavra significa "agüentar sob provação, continuar quando as coisas estão di-fíceis". Esses cristãos passavam por provações e estavam tentados a de-sistir (12:3). Nenhum deles fora ain-da chamado para morrer por Cristo (12:4), mas a situação não ficava nem um pouco mais fácil. O autor lembra (veja o v. 5) as três exorta-ções que os ajudariam a ficar firmes e a crescer a fim de encorajá-los a ter confiança em Cristo.

I. O exemplo do Filho de Deus (12:1-4)

No capítulo 11, os leitores hebreus lembraram como, pela fé, os gran-des santos do Antigo Testamento venceram a corrida da vida. Agora, o autor incita-os a olhar para Jesus e fortalecer sua fé e sua esperança. Aqui, a imagem é de uma arena em que os santos, enumerados no capí-tulo anterior, são a platéia, os com-petidores, os crentes que passam por provações. (Essa imagem não quer dizer que as pessoas do céu nos vigiam ou que elas sabem o que acontece na terra. É uma ilustração, não uma revelação.) Os cristãos de-vem desembaraçar-se do peso e do pecado, que tornam difícil a corri-da, se quiserem ganhar. Acima de tudo, devem manter o olhar voltado para Cristo, o objetivo deles! Com-pare comFp 3:12-50. Cristo já competiu sua corrida de fé e ga-nhou por nós! Ele é o Autor e o Con- sumador de nossa fé, ele é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Ele finaliza o que principia e pode nos ver até que alcancemos a vitória.

Nosso Senhor passou por mui-tas provações enquanto esteve na terra. O que o ajudou a conseguir a vitória? A "alegria que lhe estava pro-posta" (v. 2). Esse era o objetivo dele — a alegria de, um dia, apresentar sua igreja diante do Pai (Jd 1:24, Jo 16:20-43 e 17:13. Sua batalha contra o pecado levou-o à cruz e custou-lhe a vida. A maioria de nós não correrá essa car-reira, provavelmente; nossa tarefa é viver, não morrer, por ele. "Consi-derai!" "Olhando" para Jesus! Essas palavras são o segredo para encora-jar e para fortalecer quando a cor-rida fica difícil. Precisamos desviar os olhos de nós mesmos, das outras pessoas e das circunstâncias e fixá- los apenas em Cristo.

II. A garantia do amor de Deus (12:5-13)

O versículo 5 relata que esses cris-tãos esqueceram-se até o que Deus disse a respeito de disciplina, e não apenas as verdades básicas da Palavra (5:12). O autor cita Provér-bios 3:11 ss e lembra-os de que o sofrimento na vida do cristão não é punição, mas "correção". O sen-tido literal da palavra "correção" é "treinar a criança, disciplinar". Eles eram infantis sob o aspecto espiritu-al, e o passar por provações era uma forma de Deus fazê-los amadurecer. Punir é o trabalho do juiz; a discipli-na é tarefa do pai. A punição existe para preservar a lei; a disciplina é uma prova de amor que visa o be-nefício da criança. Muitas vezes, re- belamo-nos contra a amorosa mão disciplinadora de Deus, em vez de submetermo-nos a ela e crescer. Sa-tanás nos diz que nossas provações são uma comprovação de que o Se-nhor não nos ama; todavia, a Palavra afirma que o sofrimento é a melhor prova do amor dele por nós!

O crente responde de diversas maneiras quando sofre. As vezes, ele resiste às circunstâncias e com-bate a vontade de Deus, tornando- se mais amargo, em vez de melhor. "Por que isso acontece comigo? O Senhor não se importa mais comigo! Não vale a pena ser cristão!" Essa atitude produz apenas dor e amar-gura de alma. O autor argumenta: "Tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os res- peitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?". Afi-nal, o fato de Deus nos disciplinar é a maior prova de que somos seus filhos, e não "bastardos". O versícu-lo 9 sugere que se não nos subme-termos ao Senhor podemos morrer. O Senhor não tem filhos rebeldes e pode tirar-lhes a vida se for neces-sário.

O cristão também pode desistir e abandonar a Cristo (veja vv. 3;12- 13). A disciplina do Senhor tem a in-tenção de ajudar-nos a crescer, não a de derrubar-nos. A atitude correta é perseverar pela fé (v. 7) e permitir que Deus realize seu plano perfeito. É o abençoado "depois" (v. 11) que nos faz seguir em frente! A discipli-na visa o nosso benefício e tornar- nos participantes da santidade do Senhor, e nossa submissão traz a glória máxima ao nome dele.

  • O poder da graça de Deus (12:14-29)
  • Essa é a quinta exortação de He-breus, e o pensamento central é a graça (veja vv. 15,28). O autor con-trasta Moisés com Cristo, o monte Sinai com Sião, e a antiga aliança com a nova. No monte Sinai, o te-mor e o terror governavam quando a Lei foi dada, e a montanha foi co-berta pela fumaça e pelo fogo. O povo tremia quando Deus falava. Todavia, hoje, temos uma experi-ência espiritual superior à de Israel no Sinai, pois temos o sacerdote, a casa e o relacionamento celestiais, e a voz que fala do alto transmite uma mensagem de graça e amor.

    Os versículos 22:24 descrevem as bênçãos que temos em Cristo na nova aliança. O monte Sião é a cida-de celestial (13:14; Gl 4:26) em con-traste com a Jerusalém terrena, que estava para ser destruída. Há três gru-pos de pessoas na cidade celestial: (1) hostes de anjos que ministram aos santos; (2) a igreja dos primo-gênitos (veja 1:6); e (3) os santos do Antigo Testamento. O termo "aper-feiçoados" (v. 23) não significa que os crentes na glória já tenham o per-feito corpo ressurreto; antes, refere- se aos santos do Antigo Testamento que, agora, têm uma posição perfeita diante de Deus por causa da morte e da ressurreição de Cristo (10:14; 11:40). Todos os que crêem na Pala-vra (como fizeram os santos do Anti-go Testamento) vão para o céu, mas o aperfeiçoamento da obra de Deus aconteceu apenas após a morte e a ressurreição de Cristo.

    No topo dessa lista, está Jesus, o Mediador da nova aliança. Como essas pessoas podiam voltar para uma cidade (que estava para ser destruída) e um templo (que tam-bém seria destruído), aos sacerdotes e aos sacrifícios terrenos? O sangue de Cristo cuidou de tudo! O sangue de Abel clamou da terra por vingan-ça (Gn 4:10), porém o de Cristo fala do céu em favor da salvação e do perdão. Isso é graça! O ministério de Cristo é o da graça. A nova alian-ça é a da graça. A graça de Deus não falha, embora possamos perdê- la (v. 15), porque deixamos de nos apropriar dela. O autor apresenta Esaú como o exemplo da pessoa que desprezou as coisas espirituais e perdeu as bênçãos. ("Profano" sig-nifica "fora do templo" ou "munda-no, comum".) Esaú perdeu a graça de Deus porque não se arrependeu (veja 6:6).

    Os versículos finais têm como tema o fato de Deus abalar as coi-sas! Ninguém gosta de coisas aba-ladas; apreciamos a estabilidade e a segurança. Contudo, Deus já abala-va a economia judaica e estava para destruir o templo de Jerusalém. Era necessário acabar com as coisas materiais para que as realidades es-pirituais assumissem sua posição. O Senhor construiría um templo novo, a sua igreja; e o templo antigo pre-cisava ser removido. O autor cita Ag 2:6 a fim de mostrar que, um dia, Deus abalará o próprio mundo e anunciará um novo céu e uma nova terra.

    A expressão "por isso" (v. 28) introduz a aplicação prática: "rete-nhamos a graça". Como recebemos a graça? Por meio do trono da gra-ça, em que nosso Sumo Sacerdote eterno intercede por nós. Devemos servir a Deus, não a leis e a costu-mes antigos. Fazemos parte de um reino que nunca será abalado nem removido. Construímos nossa vida fundamentada nas realidades espiri-tuais eternas e imutáveis que temos em Cristo. Portanto, sirvamos a Deus com reverência. Prestemos atenção à Palavra e não nos recusemos a ou-vi-la, pois nela encontramos a graça e a vida de que precisamos. A ad- moestação do versículo 25 não diz respeito ao nosso destino eterno. Ela lida, como as outras exortações de Hebreus, com a disciplina de Deus nesta vida, não com o julgamento na vida por vir.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29
    12.1 Nuvem de testemunhas (conforme 12.23). O "bom testemunho" (11,39) que os heróis do AT ganharam nos deve incentivar a perseverar na corrida da fé, mesmo até ao martírio (gr marturos "testemunho"). Peso. Práticas, idéias, relações, etc. que, sem ser pecaminosas em si, nos prejudicam no avanço espiritual. Pecado. Não um pecado individual, mas nossa pecaminosidade.  N. Hom. A Corrida da Fm 1:0, Fp 3:12) e pecados (1Jo 1:6-62).
    4) Sua exigência - perseverança (1, 3).


    12.2
    Olhando... Jesus. É a Ele que devemos imitar na corrida (conforme Ap 1:5). A vitória tanto sobre o peso, como sobre o pecado fascinante é focalizar a atenção no Senhor, tendo só uma ambição: agradá-lo (Fp 4:13). Em troca. O gr pode significar "por causa da alegria" ou "em lugar (substituição) de alegria" (conforme Jo 15:11).


    12.4
    Sangue. Conforme Ap 2:10. Os leitores não contaram com mártires.


    12:5-7
    Corrige (gr paideia, "treino", "educação para a vida", "castigo"). A correção e responsabilidade recebidas de Deus produzem vantagens futuras na maturidade alcançada (conforme 5.13s).


    12.8
    Todos... participantes. A filiação inclui provação (At 14:22). Bastardos. Quem não e filho de Deus não recebe disciplina dele.


    12.9
    Respeitávamos... submissão. Nestas duas palavras encontramos a essência da idéia bíblica do "temor do Senhor" (2Co 7:1; Pv 9:10). Pai espiritual (de homens, não anjos).

    Conforme Nu 16:22; Ec 12:7; Zc 12:1. Deus é o criador do espírito humano enquanto o pai humano é da carne. Viveremos. A salvação completa está em vista (Jc 1:21).

    12.10 Melhor lhes parecia. Em contraste com a disciplina em ignorância humana, o Pai celestial corrige com perfeito amor e sabedoria. Santidade. Ganhamos esta posição pelo sacrifício de Cristo (9.13 10:10-14, 29), mas a santidade na prática vem pela tribulação (conforme 1Pe 4:1; Rm 5:3, Rm 5:4) e zelo espiritual (14).


    12.11
    Fruto pacífico... justiça. Seria uma reação de submissão e alegria do cristão frente toda provação da fé (1Pe 1:6, 1Pe 1:7; Jc 1:2).

    12.12,13 É uma exortação à parte mais sadia da igreja para não causar tropeça aos mais fracos na fé. Mãos descaídas. São as mãos dos desanimados na luta. Extravie. O gr ektrape pode ter o significado médico de "deslocado".

    N. Hom. 12:14-16 Imperativos da Vida Cristã.
    1) Sempre viver em paz com o próximo (Mt 5:8, Mt 5:24; Mt 18:15ss; Rm 12:18).
    2) Avançar na santificação (10n).
    3) Ter cuidado para com os desviados (Gl 6:1).
    4) Não tornar as coisas de Deus comuns (16).


    12.15
    Atentando (gr episkopountes, "vigiar"; em forma substantivada: "bispo"). É como quem cuida de um ente amado gravemente doente. Faltoso. Carecendo da graça salvadora de Cristo. Raiz. Tanto aqui como em Dt 29:18 trata de alguém da comunidade que envenena a outros.


    12.16
    Impuro (conforme 13.4). Este caso de Esaú pode incluir a idolatria. Profano. Significa não dar valor as coisas espirituais.


    12.17
    Não... arrependimento. Conforme Gn 27:30-40;.He 6:6; He 10:26-58.


    12:18-29
    Este parágrafo é o clímax da epístola fazendo novamente o contraste entre às duas alianças e entre o evangelho e a lei.


    12.18
    Fogo palpável. O contraste se faz entre o monte Sinai intocável (Êx 19:12) e o monte Sião (22). O primeiro causou terror no povo todo (Dt 5:25; Dt 18:16) e no próprio Moisés (Dt 9:9; At 7:32).


    12.22
    Tendes chegado (gr proeluthate "proselitizados", "convertidos". Monte Sião representa a presença divina onde Deus mora entre Seu povo (conforme 1Rs 14:21; Sl 78:68s). Trata-se da "Jerusalém lá de cima" (Gl 4:26; Conforme Ap 21:2), em cuja cidade os cristãos são cidadãos (11.10). No Espírito os cristãos têm acesso a esta cidade celestial.


    12.23
    Primogênitos arrolados. Refere-se, provavelmente, a todos os santos ou filhos de Deus (conforme 2.10, 11;Lc 10:20; Ap 21:27). Espíritos. São os santos do AT agora aperfeiçoados pela morte de Cristo (11.40).


    12.24
    Sangue. O sangue de Abel clamou para a condenação de Caim. O sangue de Cristo clama em graça para o perdão do pecador crente.


    12:26-29
    Abalou... terra (Êx 19:18; Sl 68.7ss). A nova ordem, esperada por Ageu (2.6, 21s), teve seu cumprimento inicial na ressurreição e ascensão de Cristo que estabeleceu Seu reino eterno (28). O ensino claro da Bíblia é que o mundo material não é eterno (1:10-12).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29

    4) Aplicação do princípio da fé à vida (12:1-24)
    a) A vida como uma corrida (12:1-4)
    Os muitos heróis da fé listados no cap. 11 se tornam para o autor um anfiteatro de espectadores torcendo pelo corredor cristão que está indo em direção ao alvo. Aliás, eles são mais do que espectadores; são testemunhas (gr. martyres) interpretando o significado da vida para ele. Eles encorajam o cristão por meio da vida deles, que torna claro o sucesso garantido da participação persistente, para se livrar de tudo o que [...] atrapalha, e do pecado que [...] atrapalha (v. 1) o cristão. Esta expressão traduz a palavra grega euperistatos, que é dificultada pelo fato de que pouco resultou do estudo etimológico do seu significado. Como está na NVI, descreve os efeitos obs-truidores de um manto que se apega ao corpo (e assim atrapalha os movimentos), o que pode ser uma referência aos pecados de se afastar da fé, da frouxidão espiritual, da falta de exercício espiritual, da imaturidade, que podem levar a pessoa a perder a corrida da vida. O manuscrito grego mais antigo de Hebreus que possuímos traz uma palavra diferente, euperispastos, que significa “distrair-se facilmente”. Essa palavra se encaixa bem com a imagem de um corredor cujos olhos devem estar fixos somente no alvo. Esse alvo é Jesus (v. 2), que participou das nossas experiências humanas. Ele não é somente o objeto da visão da fé, mas é também o seu maior encorajador, pois é seu autor e consumador (v. 2). Como autor, ele mesmo participou nesse crer (conforme 2.13). Ele abriu a trilha da fé para que os cristãos a seguissem, pois a sua experiência humana foi conduzida pela fé, e não pela visão. Mas ele é também o aperfeiçoador da fé, pois tudo pelo que a fé espera encontra a sua consumação nele. Jesus é também um exemplo do encorajamento para a fé no fato de que suportar a cruz foi o preço que ele pagou voluntariamente pela (gr. antí) alegria que lhe fora proposta (v. 2; conforme v. 16, em que o autor cita o fato de que o direito de primoge-nitura de Esaú foi o preço que ele pagou por \anti\ uma simples refeição). Assim, os crentes são encorajados a considerar seus sofrimentos (menores, evidentemente, que os de Cristo) como um pequeno preço a pagar pelo galardão a ser garantido no final da corrida proposta para eles. A escolha da cruz, no entanto, resultou na exaltação de Cristo à direita do trono de Deus (v. 2). Por causa da sua vida exemplar, portanto, que incluiu aceitar a oposição dos pecadores, os cristãos são encorajados a pensar naquele que suportou tal oposição (v. 3), a observar cuidadosamente a sua vida de perseverança inabalável para que assim, na sua experiência, eles estejam capacitados a decidir pelo mesmo caminho de sofrimento, se a lealdade a Deus exigir isso, em vez do caminho do alívio fácil (v. 3,4). Assim, eles vão terminar a corrida, embora o cansaço os tente a desistir e parar. A vida de Jesus, portanto, é um chamado à perseverança, pois a corrida “não é uma arremetida rápida para a glória, mas uma corrida longa que exige perseverança” (A. C. Purdy, Comm., p. 739).

    b) À vida como educação (12:5-24)

    Na seção seguinte (v. 5-24), o autor explica o significado dos sofrimentos e tribulações como a disciplina (não “castigo” ou “punição”) de um Pai amoroso (conforme v. 6), cujo propósito com isso é educar (gr. paideuein) seu filho. Assim, no caso do cristão, o sofrimento é o processo educativo de Deus pelo qual ele é forjado a se tornar participante da santidade de Deus (v. 10). E um elemento necessário no relacionamento de Pai—filho como o autor demonstra com base no seu livro de evidências — o AT (Pv 3:11,Pv 3:12), e com base na analogia da paternidade humana (v. 8,9). Se você não está sendo educado e disciplinado, não é filho legítimo (v. 8). Sendo esse o caso, a atitude adequada a adotar em relação ao sofrimento é a de submissão: ... devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos (uma expressão que contrasta com pais humanos e que significa o “Pai espiritual”),para assim vivermos! (v. 9). A disciplina, embora dolorida, mais tarde produz fruto de justiça e paz (v. 11), mas somente para aqueles que se exercitam por meio dela, isto é, “aqueles que pela prática adquiriram a capacidade de reagir de forma correta à aflição” (Narborough, Comm., p. 143; conforme 5.14). Estes entendem que as circunstâncias da sua vida são ditadas pelo Deus que dirige seu destino por meio da sua infalível onisciência, e cuja natureza toda amorosa promove ativamente o seu mais elevado bem-estar.

    Junto com a disciplina de Deus, no entanto, o autor encoraja à autodisciplina e à disciplina que vem por meio do poder da “mútua influência” (v. 12-17): fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos... (v. 12ss). Aqui novamente ele se volta ao real problema que os seus leitores estavam enfrentando — a frouxidão espiritual que resulta do afastamento gradativo do Deus vivo. Somente agora ele usa a imagem da debilitação. O “fracasso final”, ele adverte, “vem do enfraquecimento contínuo. A força interior é debilitada pouco a pouco” (Westcott, Comm., p. 398). As admoestações no v. 14 são dirigidas ao indivíduo e parecem um eco do Sermão do Monte (cf. Mt 5:8,Mt 5:9). A expressão “ver o Senhor” é uma forma comum no AT de descrever a “adoração aceitável” (conforme Is 6:0, provavelmente significa uma pessoa cujo coração foi afastado do Senhor e se torna “uma raiz que produz fruto venenoso e amargo”, assim causando problemas na comunidade cristã e corrompendo muitos outros além de si (v. 15). A Igreja também deve se empenhar para que não surja nenhum segundo Esaú entre eles, um indivíduo imoral ou profano (v. 16), uma pessoa que não valoriza as coisas espirituais (Gn 25:29ss). O autor adverte que uma decisão como a de Esaú é irrevogável. Esaú não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas (v. 17).

    Aceitem a disciplina de Deus, o autor adverte, e disciplinem-se a si mesmos, porque como cristãos vocês têm vantagens muito maiores do que aqueles que viviam sob a antiga aliança, e o final deste processo educativo é muito mais glorioso do que o anterior. A antiga aliança foi inaugurada no monte Sinai, um monte que se podia tocar (v. 18), um monte material e temporal. A nova aliança foi posta em vigor no monte Sião, a Jerusalém celestial, a cidade do Deus vivo, o mundo real, espiritual e eterno (v. 22; conforme Ap 3:12; Ap 21:0.2ss; G1 4.26ss). A antiga foi estabelecida numa atmosfera de pavor. Um fogo resplandecente ardia, trevas estavam em todo lugar. Houve uma tempestade e o som de uma trombeta. O povo suplicou para não ouvir mais (v. 19; cf. Dt 4:11,Dt 4:12; Êx 20:18; Dt 5:2,13).

    Até Moisés tremeu com temor (v. 21, mas conforme Dt 9:19 e seu contexto). Mas a nova não é assim; há em torno dela uma atmosfera de alegria, paz e confiança, embora ao mesmo tempo de reverência. Aqui há um encontro festivo (gr. panêgpris). Presentes nele estão os anjos e a assembléia dos santos, dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus (v. 23), “já não separados, como no Sinai, por sinais de grande pavor, mas unidos em uma grande assembléia” (Westcott, Gomm., p. 413). Deus, o juiz de todos os homens (v. 23), também está lá, como também os espíritos dos justos aperfeiçoados (v. 23). Jesus está lá também, cujo sangue aspergido fala melhor do que o sangue de Abel (v. 24). O de Abel clamou por vingança; o de Cristo suplica por perdão. E para esse encontro festivo que os cristãos são convidados (gr. proserchesthai, i.e., a virem como adoradores).


    5) Advertência final contra recusar a Deus (12:25-29)

    O contraste entre a antiga aliança (que para o autor de Hebreus era a expressão mais sublime de religião) e a nova é tão grande quanto o contraste entre terror e graça. Assim, se recusar a aliança de Deus feita na terra (por meio de Moisés) significava a morte (v. 25), recusar a aliança feita no céu (por meio de Jesus) significa um castigo muito maior. [Observação: A recusa não é simplesmente a recusa de uma aliança, mas de Deus que convida a pessoa a se juntar a ele num relacionamento de aliança (v. 25).] No Sinai, sua voz abalou a terra (v. 26), mas, de acordo com a profecia de Ageu (2.6), Deus agora planeja abalar o Universo inteiro (conforme Mc 13:31; 2Pe

    3.7), de maneira que somente as coisas que pertencem a uma ordem inabalável possam permanecer (v. 27; conforme Ez 2:44). Os cristãos pertencem a um reino exatamente assim, um reino que não pode ser abalado (v. 28). Portanto, é causa de gratidão e adoração e também de reverência e temor (v. 28), pois não podemos esquecer que o nosso Deus é um fogo consumidor (v. 29; conforme Dt 4:24; Is 33:14), que “destrói todas as coisas transitórias e temporais a fim de que o que é atemporal e imutável possa emergir em plena glória”.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 12 até o 29

    F. A Conduta Cristã sob a Nova Aliança. He 12:12-29.

    A primeira coisa que os crentes devem fazer é deixar de lado a falta de coragem e os queixumes nas circunstâncias adversas. A vida da fé não é fácil, nem fica por isso mais fácil.


    Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 18 até o 24

    18-24. A exortação continua com o que Davidson chama de "um grande final ao esforço . . , de manter firme sua confissão". O Sinai e o Monte São foram colocados em contraste entre si. O cenário para a concessão da Lei foi
    1) um monte aceso em fogo (E.R.C.), envolto em escuridão, trevas, tempestade, e
    2) Ao clangor da trombeta e ao som de palavras. Neste cenário Moisés foi tão tomado pela presença de Deus que temeu e tremeu grandemente (cons. Ex 19:12 e segs. e Dt 9:19).

    Mas (vós) tendes chegado introduz todas as benditas realidades e personagens da nova aliança. O céu foi colocado contra a terra, o fenômeno contra o extra-terreno, a glória de Sinai contra a glória infinitamente maior do caminho aspergido pelo sangue. Sião . . . à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial . . . incontáveis hostes de anjos. . . e igreja dos primogênitos. . . Deus, o Juiz. . . justos aperfeiçoados. . . Jesus, o Mediador de Nova Aliança – tudo isto constitui uma lista propositadamente impressionante por causa dos contrastes pretendidos. Novamente, o pensamento está transparente.

    Certamente estas maravilhas e bênçãos ultrapassam de longe o alívio temporário a ser ganho mediante o «tomo ao Judaísmo para escapar à perseguição. Homens de fé têm esta resplendente esperança sob a nova aliança. Homens de fé já entraram na alegre companhia dos primogênitos e dos justos aperfeiçoados (prototokon e teteleiomenon, "primogênitos e aperfeiçoados", segundo Alf e Arndt. Veja também Davidson, Epistle to the Hebrews, pág. 245-250).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 18 até o 24
    d) Contraste dos privilégios da antiga e da nova alianças (He 12:18-58). Visto que até mesmo um animal que se aventurasse muito perto, tinha de ser apedrejado por motivo de sacrilégio, eles temeram por suas próprias vidas (20; ver Êx 19:12; Dt 5:25). Até o próprio Moisés foi avassalado de terror (21). Quão diferente é a experiência do aproximar-se de Deus, mediante a qual, na qualidade de cristãos, foram chamados a dela participar! Os crentes cristãos chegam até às realidades celestiais invisíveis, que correspondem aos meros tipos terrenos e realmente os cumprem. Chegam até ao verdadeiro monte e à verdadeira cidade de Deus, onde Deus efetivamente habita; chegam até às hostes angelicais em festivo arraial (22); chegam até à congregação dos privilegiados dotados da herança celestial; chegam até o único todo-soberano Deus, que é Aquele que os vindica; chegam até aos espíritos dos justos (isto é, ou os santos do Antigo Testamento ou todos os crentes que já faleceram e partiram), cuja bênção já foi consumada (23); chegam até Jesus, o Mediador desse recentemente estabelecido (gr. nea, não kaine, conforme usualmente) pacto; e chegam até o sangue da aspersão, que fala da remissão de pecados, o qual faz contraste com o sangue de Abel, que clamou por vingança (Gn 4:10), e assim (em contraste à voz no Sinai) lhes são oferecidas calorosa recepção e paz assegurada (24).

    No grego, nenhum dos termos usados nas duas listas descritivas, que se encontram nesses versículos, é precedido pelo artigo definido. O escritor estava simplesmente descrevendo características distintivas das duas alianças. A palavra "monte" que aparece em algumas versões, no versículo 18, não ocorre nos melhores manuscritos gregos. A ênfase primária recai sobre o caráter total da revelação no Sinai como algo tangível (cfr. 1Jo 1:1), e não sobre sua localização particular em um monte. Por outro lado, visto que há um óbvio contraste inicial entre o monte Sinai e o monte Sião, a inserção da palavra "monte" (aqui foi inserido o termo fogo) é apropriada e não errônea. E a incontáveis hostes de anjos (22); a descrição "dezenas de milhares" ou "miríades" (grego) é comumente usada acerca dos anjos (cfr. Dt 33:2; Ez 7:10). Universal assembléia (23; gr. panegyris) significa "reunião festiva" e descreve os anjos; faz contraste com sua aterrorizante manifestação sobre o Sinai. Primogênitos (23) expressa a idéia de privilégio e herança, bênçãos essas que Esaú desprezou (16). Estando no plural, essa palavra descreve todos aqueles que pertencem à Igreja. São o grupo que possui direitos peculiares na Jerusalém celestial e cujos nomes, por conseguinte, estão arrolados no registro de seus cidadãos (cfr. Lc 10:20; Ap 21:27). Note-se que é até aquela igreja, a única verdadeira Igreja no céu, que aqueles crentes hebreus haviam chegado. A obra coroadora e inclusiva de Jesus (24), na qualidade de nosso grande Sumo Sacerdote entronizado no céu, é mediar no caso de todos aqueles que a Ele se aproximam, dando-lhes as bênçãos prometidas da aliança agora estabelecida e selada para sempre por Seu sangue derramado e aspergido. Cfr. He 7:20-58; He 8:6; He 13 20:58.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29

    33. Corra por sua Vida ( Hebreus 12:1-3 )

    Portanto, uma vez que temos uma tão grande nuvem de testemunhas que nos cercam, vamos também deixar de lado todo embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus , o autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que você não se cansem nem desanimem. ( 12: 1-3 )

    O ensino eficaz faz uso de figuras de linguagem, e encontramos um grande número deles, especialmente metáforas e comparações, na Bíblia. No Novo Testamento, a vida cristã é repetidamente em comparação com todos os dias coisas, eventos ou práticas.

    Várias vezes, por exemplo, a vida cristã é comparada à guerra. Paulo aconselha-nos a suportar as dificuldades ", como bom soldado de Jesus Cristo" ( 2Tm 2:3. ). Paulo também usa o boxe como uma comparação. "Eu caixa de tal forma, não como batendo no ar" ( 1Co 9:26. ; cf. 2Tm 4:72Tm 4:7. ). Pedro refere-se aos cristãos como bebês e como pedras vivas ( 1Pe 2:2 ).

    Paulo gostava muito da figura da corrida. Ele usa frases como "correr em uma corrida" ( 1Co 9:24 ), "correr bem" ( Gl 5:7. ). Este também é o valor usado pelo escritor em Hebreus 12:1-3 .

    Nestes poucos versos vemos vários aspectos da raça, como eles são comparados com a vida fiéis em Cristo: o próprio evento, o incentivo para correr, gravames para correr, um exemplo a seguir, o fim ou objetivo da corrida, e um exortação final.

    O Evento

    Portanto, uma vez que temos uma tão grande nuvem de testemunhas que nos cercam, vamos também deixar de lado todo embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta. ( 12: 1 )

    A frase chave desta passagem é corramos com perseverança a carreira que nos está proposta . No livro de Hebreus, como em muitos lugares do Novo Testamento, "vamos" pode referir-se aos crentes, para os incrédulos, ou a ambos. Por uma questão de cortesia e preocupação, um autor frequentemente se identifica com aqueles a quem ele está escrevendo, se eles são ou não cristãos.

    Em Hebreus 4 ( vv. 1 , 14 , 16 ), por exemplo, eu acho que os incrédulos estão sendo tratados. Da mesma forma, 6: 1 fala de incrédulos de ir para a maturidade da salvação. Em 10: 23-24 , a referência pode ser tanto para crentes e não crentes.

    Em 12: 1 , eu acredito "vamos" pode ser usado para se referir aos judeus que fizeram uma profissão de Cristo, mas não ter ido até a plena fé. Eles ainda não começaram a corrida cristã, que se inicia com a salvação para que o escritor está agora a chamá-los. As verdades, no entanto, aplicam-se principalmente para os cristãos, que já estão sendo executados.

    O escritor está dizendo: "Se você não é um cristão, chegar na corrida, porque você tem que entrar antes que você pode esperar vencer Se você é um cristão, corramos com perseverança;. Não desista."
    Infelizmente, muitas pessoas ainda não estão na corrida, e muitos cristãos dificilmente poderia ser descrito como a corrida em tudo. Alguns são apenas correr, alguns estão caminhando lentamente, e alguns são sentado ou mesmo deitado. No entanto, o padrão bíblico para uma vida santa é uma corrida, não uma manhã constitucional. Raça é o grego Agon , da qual nós temos agonia. A raça não é uma coisa de luxo passiva, mas é exigente, às vezes cansativa e agonizante, e exige o máximo em auto-disciplina, determinação e perseverança.

    Deus advertiu Israel, "Ai dos que vivem sossegados em Sião, e para aqueles que se sentem seguros no monte de Samaria" ( Am 6:1 ) e "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que você pode ganhar. E todo aquele que luta, exerce domínio próprio . em todas as coisas que eles fazem-no então para alcançar uma coroa corruptível, mas nós uma incorruptível "( 1 Cor. 9: 24-25 ).

    Nada faz menos sentido do que estar em uma corrida que você tem pouco desejo de vencer. Contudo, acredito que a falta de vontade de vencer é um problema básico com muitos cristãos. Eles se contentam simplesmente para ser salvo e que esperar para ir para o céu. Mas em uma corrida ou em uma guerra ou na vida cristã, a falta de vontade de vencer é inaceitável.
    Paulo acreditava este princípio e ele tinha um hupomone tipo de determinação. Ele não prosseguiu conforto, dinheiro, grande aprendizado, popularidade, o respeito, a posição, a concupiscência da carne, ou nada, mas a vontade de Deus. "Por isso eu corro de tal forma, como não sem meta; eu caixa de tal forma, não como batendo no ar, mas eu esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, eventualmente, depois de eu ter pregado aos outros, eu mesmo deve ser desqualificado "( 1 Cor. 9: 26-27 ). Isso é o que compromisso cristão é tudo.

    A competição da vida cristã, é claro, é diferente da de uma corrida atlética de duas maneiras importantes. Em primeiro lugar, não estamos a competir contra outros cristãos, tentando superar uns aos outros em justiça, reconhecimento ou realizações. A nossa não é uma raça de obras, mas a corrida da fé. No entanto, nós não competem uns com os outros, mesmo na fé. Nós competimos pela fé, mas não com os outros. Nossa competição é contra Satanás, o seu sistema mundial, e nossa própria pecaminosidade, muitas vezes referido no Novo Testamento como a carne. Em segundo lugar, a nossa força não está em nós mesmos, mas no Espírito Santo; caso contrário, nunca poderia suportar. Nós não somos chamados a suportar em nós mesmos, mas nEle.

    O cristão tem apenas uma maneira de aguentar-pela fé. A única vez que pecamos, a única vez que falhamos, é quando nós não confiamos. É por isso que a nossa proteção contra as tentações de Satanás é "o escudo da fé" ( Ef 6:16 ). Enquanto estamos confiando em Deus e fazer o que Ele quer que façamos, Satanás eo pecado não tem poder sobre nós. Eles não têm nenhuma maneira de obter para nós ou de prejudicar-nos. Quando executado no poder do Espírito de Deus, corremos com sucesso.

    O incentivo para correr

    Portanto, uma vez que temos uma tão grande nuvem de testemunhas que nos cercam, ( 12: 1 a)

    Somos todos criaturas de motivação. Precisamos de uma razão para fazer as coisas e nós precisamos de encorajamento, enquanto nós estamos fazendo. Uma das maiores motivações e encorajamentos para os judeus incrédulos, assim como para os cristãos, estariam todos estes grandes crentes do passado, seus heróis, que viveu a vida de fé. A nuvem de testemunhas são todos aqueles santos fiéis apenas mencionados no capítulo 11. Estamos a correr a corrida da fé como eles fizeram, confiando sempre, nunca desistir, não importa o que os obstáculos ou dificuldades ou custos.

    Eles sabiam como correr a corrida da fé. Eles se opuseram Faraó, abandonaram os prazeres e as prerrogativas de sua corte, eles atravessaram o Mar Vermelho, gritaram os muros de Jericó, conquistaram reinos, fechou a boca dos leões, apagaram a força do fogo, recebeu de volta os seus mortos pela ressurreição, foram torturados, escarnecido, açoitado, preso, apedrejado, serrados ao meio, teve de se vestir com peles de animais, foram feitas desprovido-tudo por causa de sua fé.
    Agora, o escritor diz: "Você deve correr como eles fizeram. Isso pode ser feito, se você executar como eles fizeram-na fé. Eles correram e correu e correu, e eles tinham menos luz para ser executado pelo que você tem. No entanto, eles foram todos vitoriosos, cada um deles. "
    Eu não acredito que a nuvem de testemunhas que nos cercam está em pé nas galerias do céu vendo como nós executamos. A idéia aqui não é que devemos ser fiéis para que não se decepcionar, ou que devemos tentar impressioná-los como um time de futebol tentando impressionar os fãs nas arquibancadas. Estes são testemunhas para Deus, e não de nós . São exemplos, não espectadores. Eles provaram por seu testemunho, o seu testemunho, que a vida de fé é a única vida para viver.

    Para se ter uma galeria de tais grandes pessoas olhando para nós não nos motivar, mas nos paralisar. Nós não somos chamados para agradá-los. Eles não estão olhando para nós; estamos a olhar para eles. Nada é mais animador do que o exemplo bem sucedido de alguém que tenha "feito isso antes." Vendo como Deus estava com eles nos encoraja a confiar que Ele também estará conosco. O mesmo Deus que era o seu Deus é o nosso Deus. O Deus de ontem é o Deus de hoje e amanhã. Ele não enfraqueceu, ou perdeu o interesse em Seu povo, ou diminuído Seu amor e cuidado por eles. Nós podemos correr tão bem como eles fizeram. Não tem nada a ver com a forma como comparar com eles, mas na forma como nosso Deus compara com a deles. Porque nós temos o mesmo Deus, Ele pode fazer as mesmas coisas através de nós se nós confio Nele.

    Os esbaraços que nos impede

    Vamos também deixar de lado todo embaraço. ( 12: 1 b)

    Um dos maiores problemas corredores enfrentam é o peso. Há vários anos, o vencedor de um recente medalha de ouro olímpica para os 100 metros veio ao nosso país para uma reunião de trilha Invitational. Ele foi considerado o mais rápido ser humano do mundo. Mas, quando ele correu o calor preliminar, ele nem sequer se qualificar. Em entrevista depois ele disse que a razão era simples. Ele estava acima do peso. Ele tinha treinado muito pouco e comido demais. Ele não tinha ganhado uma grande quantidade de peso, mas foi o suficiente para mantê-lo de ganhar, mesmo de qualificação. Por causa de alguns quilos, ele não era mais um vencedor. Em que a raça particular, ele não era mesmo qualificado para competir.
    Uma oneração ( onkos ) é simplesmente uma massa ou massa de algo. Não é necessariamente mau em si mesmo. Muitas vezes, é algo perfeitamente inocente e inofensivo. Mas nos aflige, desvia nossa atenção, solapa nossa energia, amortece o nosso entusiasmo pelas coisas de Deus. Não podemos vencer quando estamos realizando o excesso de peso. Quando perguntamos sobre um determinado hábito ou condição: "O que há de errado com isso?" a resposta muitas vezes é: "Nada em si mesmo." O problema não está no que o peso é, mas no que ele faz.Isso nos impede de correr bem e, portanto, a partir de ganhar.

    Na maioria dos esportes, especialmente onde a velocidade e contagem de endurance, pesando é uma rotina diária. É uma das mais simples, mas mais fiável, testes de estar em forma. Quando um atleta passa por cima do limite de peso, ele é colocado em um programa de exercícios e dieta mais rigorosa até que ele é até onde ele deveria estar, ou ele é colocado no banco ou fora do time.
    Muita roupa também é um obstáculo. Uniformes elaborados são muito bem para desfiles, e sweatsuits são muito bem para aquecer, mas quando a corrida vem, a menos roupa que permite decência é tudo o que é usado. Quando nos tornamos mais preocupado com as aparências do que sobre a realidade espiritual e vitalidade, o nosso trabalho e testemunho de Jesus Cristo estão seriamente sobrecarregados.
    Nós não sabemos exatamente o tipo de coisas que o escritor tinha em mente a respeito de gravames espirituais e comentaristas aventurar uma série de idéias. A partir do contexto da carta como um todo, acredito que o ônus principal foi o legalismo Judaistic, agarrando-se os velhos costumes religiosos. A maioria dessas formas não estavam errados em si mesmos. Alguns haviam sido receitados por Deus para o tempo da Antiga Aliança. Mas nenhum deles era de qualquer valor agora, e, de fato, tinha-se tornado obstáculos. Eles foram minando a energia e atenção de vida cristã. O Templo e suas cerimônias e ostentação foram bonito e atraente. E todos os regulamentos, o faz e não fazer do judaísmo, eram agradáveis ​​à carne. Eles fizeram mais fácil para manter a contagem em sua vida religiosa. Mas estes eram todos os pesos, alguns deles pesos muito pesados. Eles eram como uma bola e uma corrente para a vida espiritual pela fé. Esses crentes judeus, ou pretensos crentes, não poderia participar da corrida cristã com todo o seu excesso de bagagem.

    Algumas pessoas na igreja da Galácia enfrentou o mesmo problema. Paulo diz-lhes: "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou ., e se entregou por mim Eu não anulem a graça de Deus, pois, se a justiça vem mediante a lei, logo Cristo morreu em vão "( Gl 2:20-21. ). Ele prossegue: "Ó gálatas insensatos, quem vos fascinou a vós, perante os olhos de Jesus Cristo foi retratado como crucificado Esta é a única coisa que eu quero saber de você: você recebeu o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Você é tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, está agora a ser aperfeiçoado pela carne? " ( 3: 1-3 ). Para impressionar seu ponto ainda mais, Paulo diz: "Mas, agora que você chegou a conhecer a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus, como é que você voltar novamente para os fracos e inúteis coisas elementares, para o qual você deseja ser escravizados tudo de novo? " ( 4: 9 ). "Depois que você começou a corrida cristã", ele está dizendo: "por que você, em seguida, colocar todos os pesos antigos de volta em?"

    Outro tipo de ônus pode ser companheiros cristãos. Precisamos ter cuidado com a culpar os outros por nossos defeitos. Mas muitos cristãos não só não estão em execução em si, mas estão mantendo os outros de execução. Eles são figurativamente sentado na pista, e aqueles queestão em execução tem de obstáculo-los. Muitas vezes, os trabalhadores da igreja tem que continuar saltando por cima ou correr ao redor dos não trabalhadores. O diabo não colocar todos os gravames no caminho. Às vezes fazemos o trabalho por ele.

    Vamos também deixar de lado ... o pecado que tão de perto nos rodeia. ( 12: 1 c)

    Um obstáculo ainda mais significativo para a vida cristã é pecado. Obviamente, todo o pecado é um obstáculo para a vida cristã, e a referência aqui pode ser a pecar em geral. Mas o uso do artigo definido ( o pecado ) parece indicar um pecado particular. E se há um pecado em particular que dificulta a corrida da fé é a incredulidade, duvidando de Deus. Duvidando e viver na fé se contradizem. Incredulidade embaraça pés do cristão para que ele não pode ser executado. Ele envolve-se em torno de nós, para que possamos tropeçar e tropeçar cada vez que tentar mover para o Senhor, se tentarmos em tudo. É de perto nos rodeia. Quando permitimos que o pecado em nossas vidas, especialmente incredulidade, é muito fácil para Satanás para nos impedir de correr.

    O exemplo a seguir

    Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. ( 12: 2 )

    Em execução, como na maioria dos esportes, onde você olhar é extremamente importante. Nada vai jogar fora seu passo ou atrasá-lo como olhar para os pés ou o corredor chegando por trás ou as multidões nas arquibancadas. A corrida cristã é muito parecido com este.
    Alguns cristãos estão preocupados com eles mesmos. Eles podem não ser egoísta ou egocêntrica, mas eles prestam muita atenção ao que eles estão fazendo, para a mecânica de execução. Há um lugar para tal preocupação, mas, se nos concentramos em nós mesmos, nunca vai ficar bem para o Senhor. Às vezes estamos preocupados com o que os outros cristãos estão pensando e fazendo, especialmente em relação a nós. A preocupação com os outros também tem um lugar. Nós não ignorar os nossos irmãos em Cristo, ou o que eles pensam sobre nós. O que eles pensam sobre nós, incluindo suas críticas, pode ser útil para nós. Mas se concentrar nos outros, somos obrigados a tropeçar. Nós não somos mesmo para se concentrar no Espírito Santo. Estamos a ser preenchido com o Espírito, e quando estamos, o nosso foco será a Jesus Cristo, porque é aí que o foco do Espírito é ( Jo 16:14 ).

    Não é que nós tentamos difícil não olhar para isto ou aquilo ou as outras coisas que podem nos distrair. Se o nosso foco é verdadeiramente em Jesus Cristo, vamos ver tudo na sua perspectiva correta. Quando nossos olhos estão voltados para o Senhor, o Espírito Santo tem a oportunidade perfeita para nos usar, para obter-nos correndo e vencendo.

    Estamos a concentrar-se em Jesus, porque Ele é o autor e consumador da nossa fé . Ele é o exemplo supremo de nossa fé.

    Em 2:10 Jesus é chamado o autor da salvação. Aqui Ele é o autor ( archegos ) de fé. Ele é o pioneiro ou criador, aquele que começa e assume a liderança. Jesus é o autor, o autor, de toda a fé. Ele se originou a fé de Abel, e de Enoque e Noé, assim como Abraão, Davi, Paulo e nossa. O foco da fé é também o autor da fé. Como Paulo explica: "Nossos pais ... todos comeram do mesmo alimento espiritual; e todos beberam da mesma bebida espiritual, porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia; ea rocha era Cristo" ( 1Co 10:1 ). Jesus viveu a vida suprema da fé. Quando o diabo tentou no deserto, a resposta de Jesus cada vez que era a expressão de confiança em seu pai e sua Palavra. Jesus não iria ignorar vai apenas para obter alimentos do Pai, ou para testar a proteção do Pai ou senhorio ( Mt 4:1-10. ). Ele iria esperar até que o Pai fornecido ou protegidos ou dirigida. Quando a prova acabou, seu pai fez fornecer enviando anjos para serví-Lo. Ele confiava em Seu Pai, implicitamente, por tudo e em tudo. "Não posso fazer nada por mim mesmo Como eu ouço, julgo;. E meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" ( Jo 5:30 ).

    No Jardim do Getsêmani, pouco antes de sua prisão, julgamento e crucificação, Jesus disse a seu pai: "Meu Pai, se é possível, deixe este cálice de mim, ainda não como eu quero, mas como tu queres" ( Mt 26:39 ). Seja qual for a perspectiva de dificuldades ou sofrimento, Ele confiou em Seu Pai. A vontade do Pai foi o que Ele viveu e morreu por perto. Era tudo Jesus já considerou. A fé de todos os heróis da capítulo 11 juntos não poderia coincidir com a fé do Filho de Deus. Eles foram testemunhas maravilhosas e exemplos de fé; Jesus é um exemplo mais maravilhoso ainda. Sua fé era verdadeira e agradável a Deus; Sua era perfeito e ainda mais aceitável. Na verdade, sem fidelidade de Jesus, a fé do crente não iria contar para qualquer coisa. Porque, se a fé perfeita de Jesus não tinha o levou à cruz, nossa fé seria vã, porque então haveria nenhum sacrifício pelos nossos pecados, não justiça que contar para o nosso crédito.

    Jesus não só é o autor da fé, mas também a sua consumador ( teleiotes ), Aquele que carrega-lo até a sua conclusão. Ele continuou a confiar em Seu Pai até que Ele podia dizer: "Está consumado!" ( Jo 19:30 ). Estas palavras, juntamente com "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" ( Lc 23:46 ), eram de Jesus antes de morrer passada. Sua obra foi concluída, não só na medida em que foi concluído, mas na medida em que foi aperfeiçoada. Se um compositor morre enquanto trabalhava em uma obra-prima, o seu trabalho sobre a peça acabou, mas não terminou. Na cruz, a obra de Jesus foi ao mesmo tempo uma e terminou-aperfeiçoado. É realizado exatamente o que ele estava destinado a realizar, uma vez que, desde o nascimento até a morte, sua vida foi totalmente comprometido para as mãos de seu pai. Nunca houve uma caminhada de fé como Jesus.

    O mundo sempre zombaram fé, assim como eles zombaram de Jesus fé: "Ele confia em Deus, livre-o agora, se Ele tem prazer nele, pois Ele disse: 'Eu sou o Filho de Deus" ( Mt 27:43 ). Mas com fé, Jesus suportou a cruz, desprezando a ignomínia . Por que devemos também não confiar em Deus em tudo, desde que não tenham começado a sofrer o que Jesus sofreu? "Você ainda não resistiu ao ponto de sangue derramando em sua luta contra o pecado" ( He 12:4 ).

    O final da corrida

    Qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. ( 12: 2 b)

    Nos antigos jogos ístmicos da Grécia, um pedestal ficou na linha de chegada, e em pendurou prêmio uma coroa de flores-do vencedor. Ninguém corre uma corrida sem alguma expectativa de recompensa. A recompensa pode ser nada mais do que uma fita ou um troféu ou uma coroa de folhas. Pode ser um prêmio no valor de uma grande quantidade de dinheiro. Às vezes, a recompensa é a fama e reconhecimento. Às vezes é um corpo saudável. Ocasionalmente, a corrida é executado pela pura euforia.

    As corridas ístmicos ea corrida falado em Hebreus 12 , no entanto, não foram executados para a alegria. Este tipo de corrida é o Agon , a corrida de agonia, a maratona, a corrida que parece nunca ter fim. Não é uma corrida de executar simplesmente pelo prazer de correr. Se você não tem algo importante olhar para a frente, no final da corrida, você provavelmente não vai iniciá-lo e certamente não vai terminar.

    Jesus não correu Sua corrida de fé para o prazer da corrida em si, embora ele deve ter experimentado grande satisfação em ver pessoas curadas, confortado, trouxe para a fé, e começou no caminho para o crescimento espiritual. Ele, porém, não deixou a presença de seu pai e sua glória celeste, suportar a tentação e feroz oposição pelo próprio Satanás, sofria o ridículo, o desprezo, a blasfêmia, tortura e crucificação por seus inimigos, e experimentar a incompreensão e negação de seus próprios discípulos para o bem de tudo o que poucos prazeres e satisfações Ele teve enquanto estava na terra. Ele foi motivada por infinitamente mais do que isso.
    Só o que foi no final da corrida poderia ter motivado Jesus a deixar que Ele fez e suportar o que Ele fez. Jesus correu para duas coisas, a alegria que lhe fora e sentando -se à destra do trono de Deus. Ele correu para a alegria de exaltação. Em Sua oração sacerdotal, Jesus disse ao Pai: "Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. E agora, glorifica-me tu, juntamente com a ti mesmo, Pai, com a glória que eu tive contigo antes que o mundo existisse "( João 17:4-5 ). Jesus ganhou Sua recompensa por glorificar Seu Pai enquanto estava na terra, e deu glória a Deus por totalmente exibindo os atributos do Pai e fazendo totalmente a vontade do Pai.

    O prêmio cristãos estão a correr para não é o céu. Se somos verdadeiramente cristãos, se pertencemos a Deus pela fé em Jesus Cristo, o céu já é nosso. Corremos para o mesmo prêmio que Jesus correu para, e nós alcançá-lo da mesma forma que Ele fez. Corremos para a alegria de exaltação promessas Deus será nossa se glorificá-lo na terra como Seu Filho fez. Nós glorificar a Deus, permitindo que os seus atributos para brilhar através de nós e por obedecer a Sua vontade em tudo que fazemos.

    Quando nós antecipamos a recompensa celestial de serviço fiel, a alegria será nossa agora. Paulo falou de seus convertidos como sua "alegria e coroa" ( Fp 4:1. ). Ele tinha presente alegria por causa da promessa de futuro. Aqueles que tinha ganhado ao Senhor eram provas de que ele tinha glorificavam a Deus em seu ministério. O que nos dá alegria nesta vida é a confiança de recompensa no próximo.

    Mesmo que deve sofrer pelo Senhor, devemos ser capazes de dizer com Paulo: "Alegro-me e compartilhar minha alegria com todos vós" ( Fp 2:17 ). E, embora, como Paulo, que ainda não são perfeitos, devemos também esquecer o que está por trás e para a frente para alcançar o que está à frente, pressionando em "em direção ao objetivo do prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" ( 3:13 —14 ). Devemos ser capazes de olhar para a frente para o dia em que o nosso Senhor nos diz: "Bem feito, ... entra no gozo do teu senhor" ( Mt 25:21 ). "No futuro", "o apóstolo diz, não é reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também para todos os que têm amarem a sua vinda "( 2Tm 4:8 ).

    Quando Jesus foi para a cruz, Ele suportou tudo o que ela exigia. Ele desprezava a vergonha e aceito-o de boa vontade, por uma questão de recompensa do Pai e da alegria que a antecipação da recompensa trouxe. À medida que a corrida da vida cristã, podemos correr na alegre expectativa de que a recompensa-o mesmo coroa da justiça, que um dia possamos lançar a seus pés como evidência de nosso amor eterno por Ele.

    A Exortação

    Considerai, pois aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que você não se cansem nem desanimem. ( 12: 3 )

    Quando chegarmos cansado na corrida, quando a nossa fé se esgota e achamos que Deus virou as costas, quando parece que nunca vai sair do imbróglio em que estamos e temos certeza que a nossa fé não pode segurar por mais tempo, deveríamos leia este versículo. Parte do propósito para fitando os olhos em Jesus é o mesmo que para considerar a nuvem de testemunhas -Nossos encorajamento. Esses santos eram heróis da fé; Ele é o epítome da fé. Nada do que nunca vai ser chamados a suportar vai comparar com aquilo que Ele suportou. Ele é o divino Filho de Deus, mas enquanto estava na terra Ele não vive em seu próprio poder e vontade, mas em seu pai. Caso contrário, ele não poderia ser o nosso exemplo. E a menos que, pelo Espírito Santo, somos verdadeiramente capazes de viver da mesma forma em que ele viveu, a sua vida não seria um exemplo, mas um ideal impossível para zombar e para nos julgar.

    Regozijamo-nos que um dia vamos "viver junto com Ele" ( 1Ts 5:10 ), mas também devemos regozijar que possamos viver como Ele agora. Nós não vivemos em nosso próprio poder, mas na Sua, assim como na terra Ele não vive em seu próprio poder, mas no pai. Podemos dizer com Paulo: "Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou, e se entregou a si mesmo por mim "( Gl 2:20 ).



    34. A disciplina de Deus (Hebreus 12:4-11)

    Você ainda não resistiu ao ponto de derramar sangue em sua luta contra o pecado; e você esquecidos da exortação que é dirigida a você como filhos "," Meu filho, não consideram levemente a disciplina do SENHOR , nem te desanimes quando por ele és repreendido; para aqueles a quem o SENHOR ama Ele disciplina, e Ele açoita a todo filho a quem recebe "É para disciplina que perseverais;. Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrige Mas se você? são, sem disciplina, da qual todos têm ser-vir participantes, então você está filhos ilegítimos e não filhos Além disso, tínhamos pais humanos que nos corrigiam, e os respeitávamos;. não devemos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, ?. e viver Pois eles nos corrigiam por pouco tempo como bem lhes parecia, mas Ele nos disciplina para o nosso bem, para que possamos compartilhar Sua santidade Toda disciplina para o momento de não ser alegre, mas triste parece, ainda para aqueles que têm sido por ela exercitados, depois produz um fruto perfeito de justiça (12: 4-11).

    Todos os judeus a quem o livro de Hebreus foi escrito foram submetidos a perseguição por causa de seu rompimento com o judaísmo. Ele estava vindo de seus amigos e parentes judeus, que se ressentiam sua virando as costas para os costumes e as tradições religiosas em que tinham nascido e crescido. Os leitores tinham sido lembrado sobre "os dias passados, em que, depois de ser iluminados, suportastes grande combate de aflições, em parte, por que está sendo feito um espetáculo público através de injúrias e tribulações, e em parte por se tornar participantes com os que assim foram tratados (10: 32-33.) Mesmo os judeus incrédulos que estavam envolvidos com a igreja deve ter sofrido por causa de sua associação com os cristãos.
    A aflição tinha sido em grande parte sob a forma de pressão social e econômica, embora alguns deles tinham sido presos (10:34). Podemos imaginar os argumentos que ouviram para rejeitar a nova fé. "Olhe o que você ter começado a si mesmos em cristãos. Você se tornou e tudo que você já teve problemas, críticas, dificuldades e sofrimento. Você perdeu seus amigos, sua família, suas sinagogas, suas tradições, sua herança-tudo."
    Como vimos, os que tinham feito meras profissões de fé eram, sob esta pressão, em perigo de reverter para o judaísmo, de apostatar. Os verdadeiros crentes estavam em perigo de ter sua fé seriamente enfraquecida pela adoção de novo os rituais e cerimônias da Antiga Aliança.
    Alguns crentes talvez se perguntando por que, se o seu Deus era um Deus de poder e de paz, que estavam sofrendo tanto. "Por que não estamos vencendo a nossos inimigos, em vez de nossos inimigos aparentes sempre ter a mão superior? Onde está o Deus que é suposto para suprir todas as nossas necessidades e nos dar as respostas às nossas perguntas, e realização de nossas vidas? Por que, quando nos voltamos para um Deus de amor, que todo mundo começar a odiar-nos? "

    A última seção do capítulo 11 começa a responder a perguntas como estas e também fornece uma base para as exortações de 12: 4-11. Sofrendo por amor de Deus não era nada novo. Os santos da Antiga Aliança sabia o que era sofrer por sua fé. Eles enfrentaram a guerra, fraqueza, tortura, espancamentos, prisões, apedrejamentos, miséria, e todo tipo de aflição, tudo por causa de sua confiança no Senhor (11: 34-38). E apesar de tudo isso, eles não receberam a plenitude da bênção prometida aos crentes sob a nova aliança, como a habitação do Espírito Santo, o conhecimento dos pecados completamente perdoado e consciências pacíficas. Estes heróis do passado "não recebeu o que foi prometido," mas eles suportaram valentemente e "obteve a aprovação através de sua fé" (v. 39). Eles enfrentaram aflições na atitude certa, que é o que os leitores de Hebreus são aconselhados a fazê-a correr a corrida da fé, como seus antepassados ​​tinham feito (12: 1).

    Mais importante do que isso, eles foram para fixar os olhos em Jesus, que havia desistido de mais e sofreu muito mais do que qualquer outro. Uma das razões pelas quais ele "suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo," foi que os Seus seguidores podem "não se cansarão e perder o coração" (12: 3). Eles podem olhar para o Seu exemplo para a força.

    Você ainda não resistiu ao ponto de derramar sangue em sua luta contra o pecado. (12: 4)

    Nenhum dos que sofrem hebreus a quem esta carta foi escrita tinha sofrido o que Jesus tinha sofrido. Nenhum tinha dado a sua vida para o evangelho. Também não tinha nenhum deles viveu uma vida absolutamente sem pecado, como Jesus tinha feito, vivendo em perfeita obediência ao Pai, e merecendo, portanto, nenhuma punição em tudo. Pelo contrário, alguns dos seus sofrimentos foi merecida e foi destinado para a sua disciplina e crescimento espiritual.
    A palavra-chave 12: 4-11 é a disciplina , usado tanto como um substantivo e um verbo. É a partir do grego paideia , que, por sua vez, vem do pais ("criança") e denota a formação de uma criança. A palavra é um termo amplo, significando tudo o que os pais e os professores fazem para treinar, corrigir, cultivar e educar as crianças, a fim de ajudá-los a desenvolver e amadurecer como deveriam. É utilizado nove vezes nestes oito versos.

    A figura mudanças de que o de uma corrida ao de uma família. Vida cristã envolve a execução, trabalhando, lutando, e duradouro. Também envolve relacionamentos, especialmente o nosso relacionamento com Deus e com os outros crentes. A ênfase desta passagem é sobre o uso do Pai celeste de disciplina na vida dos seus filhos.

    O proposito da Disciplina

    Deus usa as dificuldades e aflições como um meio de disciplina, um meio de formação de seus filhos, de ajudá-los madura em suas vidas espirituais. Ele tem três objetivos específicos para a sua disciplina: retribuição, prevenção e educação.
    Temos de perceber que há uma grande diferença entre a disciplina de Deus e Sua punição julgamento. Como cristãos muitas vezes temos que sofrer conseqüências dolorosas para os nossos pecados, mas nós nunca vai experimentar o julgamento de Deus para eles. Essa punição Cristo tomou sobre Si completamente na crucificação, e Deus não exigir duplo pagamento por qualquer pecado. Embora nós merecem punição irado de Deus por causa do nosso pecado, nós nunca terá que enfrentá-lo, porque Jesus sofreu por nós. Nem o amor de Deus nem a Sua justiça lhe permitiria exigir o pagamento para o que seu filho já pago na íntegra. Na disciplina, Deus não é um juiz, mas um Pai (conforme Rm 8:1). Pode ser que, mesmo sendo proibido o seu para construir o Templo era, pelo menos, um resultado indireto desse pecado, uma vez que foi por causa de sua guerra que Deus negou-lhe o privilégio (1Cr 22:8). Paulo repreendeu fortemente e lhes disse claramente que eles estavam sofrendo fraqueza, doença e até mesmo a morte por causa deste pecado (30 v.). Eles estavam sendo "disciplinado pelo Senhor a fim de que [eles] não ser condenados com o mundo" (v. 32).

    Quando disciplinar nossos filhos, mesmo para algo sério, que não colocá-los para fora da família. Nós discipliná-los para corrigir seu comportamento, não para negar-los. Nem Deus nos colocou para fora de sua família quando ele nos disciplina, Seus filhos. Ele quer nos atrair mais profundo para a comunhão de Sua família.
    Muitas vezes, é tão difícil para nós ver o bom em Deus nos castigar, como é para os nossos filhos para ver o bom em nossa castigando-los. Mas sabemos que, porque Ele é o nosso amoroso Pai celestial, Ele não vai fazer nada para nos prejudicar. Sua disciplina pode machucar, mas ele não irá prejudicar. É a melhor coisa que o Senhor pode fazer por nós quando pecamos. Isso nos impede de repetir o pecado.
    Deus diz que quando seus filhos "deixarem a minha lei, e não andar nos meus juízos, se violarem os meus estatutos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei a sua transgressão com a vara, ea sua iniqüidade com açoites" (Sl . 89: 30-32). Mas o outro lado da promessa de punição é a promessa da fidelidade à sua aliança. "Mas eu não vou quebrar minha misericórdia dele, nem falsamente em minha fidelidade. Minha aliança não vou violar, nem vou alterar o que saiu dos meus lábios" (v. 33-34). Quando Deus castiga, Ele não está rejeitando, mas corrigindo.

    Prevenção

    Às vezes, Deus disciplinas, a fim de evitar o pecado. Assim como nós colocamos restrições e limites, e cercas, por vezes literal, em torno de nossos filhos para protegê-los de danos, por isso Deus faz conosco. Nós não permitimos que nossas crianças pequenas para jogar em ruas movimentadas, ou brincar com fósforos, ou mergulhar na piscina sem alguém para cuidar deles. Deus também coloca cercas em torno de seus filhos para protegê-los. O que nos parece um terrível inconveniente ou dificuldade pode ser a mão amorosa de Deus de proteção.

    Se o apóstolo Paulo foi nada do que foi auto-disciplinado. Ele também estava genuinamente humilde, sempre o cuidado de dar crédito ao Senhor por algo bom ou milagrosa que ele fez. No entanto, Paulo nos diz que Deus deu a ele um "espinho na carne" para a Proposito específica de mantê-lo a partir de si mesmo se exaltar (2Co 12:7 sobre a disciplina de Deus.

    Sofrendo por amor de Deus não era nada novo. Ser disciplinado por Ele não era nova. Esses crentes ficaram apreensivos sobre suas aflições em parte porque tinha esquecido a Palavra de Deus. No Antigo Testamento, Deus não só tinha falado com eles sobre o sofrimento e disciplina, mas Ele tinha falado com eles como filhos . Eles tinham esquecido mais do que simplesmente verdades divinas, que tinham esquecido a exortação de seu Pai celestial. Virando-se para a Escritura é ouvir a Deus, porque a Escritura é a Sua Palavra. Para os crentes, é a Palavra de seu Pai.

    Esta exortação esquecido nos fala de dois perigos de la levemente com relação à disciplina, e desmaiar por causa disso.

    Perigos na disciplina

    Meu filho, não consideram levemente a disciplina do SENHOR . (12: 5 b )

    Quanto levemente

    A primeira coisa que pode manter Deus de realizar o que Ele quer em nossas vidas é a considerar com leviandade Sua disciplina . Se não entender os nossos problemas como sendo a disciplina que o Senhor envia para o nosso bem, não podemos aproveitá-las como ele pretende.Nossas reações não pode estar certo, se a nossa visão do que está acontecendo não é certo. A fraqueza espiritual mencionado neste versículo não é a de tomar os nossos problemas de ânimo leve, mas de levar a disciplina do Senhor através deles levemente. Geralmente é porque levamos nossos problemas muito a sério que nós tomamos a disciplina do Senhor com muita leviandade. Nosso foco é a experiência e não em nosso Pai celestial e sobre o que Ele quer fazer por nós através da experiência.

    Podemos tomar a disciplina de Deus levemente de muitas maneiras. Podemos nos tornar insensíveis a Deus e à Sua Palavra, para que, quando Ele está fazendo algo em nós ou para nós, nós não reconhecemos Sua mão nele. Quando estamos calejados, a disciplina de Deus nos endurecer em vez de suavizar nós. Nós também pode tratar a disciplina de Deus levemente por reclamando . Neste caso, não se esquecem de Deus; na verdade, a nossa atenção é sobre ele, mas de uma maneira errada. Em vez de mostrar paciência, como os santos herói, que reclamam e reclamam. Nós não acusar Deus de nada de errado, pelo menos não em tantas palavras. Mas reclamando para Deus equivale a exatamente isso, acreditando que Ele está fazendo algo não muito certo. Fretting vem do nada, mas a descrença, a falta de confiança em Deus para fazer tudo certo, especialmente para seus filhos.

    Arthur Rosa comenta: "Lembre-se de quanto escória ainda existe entre o ouro e ver a corrupção de seu próprio coração e maravilhe-se que Deus não feriu você mais severamente. Adquira o hábito de prestar atenção Seus torneiras, e você será menos provável para receber Seus raps ".
    Podemos prevenir Deus de realizar Seu resultado desejado através da disciplina por questionar . Como reclamar, questionar mostra uma clara falta de fé. Quando uma criança pede aos seus pais, "Por quê?" ele geralmente não está à procura de uma razão, mas está desafiando-os a justificar o que quer que ele faça ou não faça. Exatamente da mesma maneira, nosso Deus questionando implica que Ele não é justificado em fazer o que Ele está fazendo para nós.

    Mesmo quando reconhecemos Sua disciplina como disciplina, podemos questionar se é do tipo certo, da gravidade direita, do comprimento certo, ou veio na hora certa. Se bater em nossos filhos, ele pode pensar que vai sem jantar teria sido um castigo melhor. Ou se nós terra dele por dois dias, ele pode pensar que reter o seu subsídio por uma semana teria sido mais apropriado. Disciplina de um pai, é claro, nunca é perfeito, mas é muito mais provável que seja apropriado do que o que a criança entenda direito. Precisamos reconhecer que a disciplina de Deus é sempre a disciplina direita, a disciplina, exatamente perfeito o que precisamos.

    Talvez o maior perigo em relação à disciplina de Deus é de ânimo leve descuido . Quando não se preocupam com que propósito Deus tem na disciplina ou sobre como nós podemos lucrar com isso, Sua disciplina não pode ser eficaz. Torna-se como uma bênção que usamos mal. Ele dá-lo para nosso benefício e Sua glória, mas não usá-lo para qualquer um. Nós frustrar sua Proposito pela indiferença espiritual.

    Desmaio

    Nem te desanimes quando por ele és repreendido. (12: 5-C)

    Algumas pessoas se tornam tão superado por seus problemas que eles dão-se; tornam-se desanimado, deprimido, fraco . Eles tornam-se espiritualmente inerte, que não responde ao que Deus está fazendo ou por quê. Eles não são insensíveis, reclamando, questionando, ou descuidados. Eles são simplesmente imobilizada. Eles dão-se e entrar em colapso. O salmista teve essa experiência, e clama para si mesmo: "Por que você está em desespero, ó minha alma? E por que você se tornar perturbada dentro de mim?" Ele sabia que o seu problema, e ele também sabia que a cura, pois ele continua, "A esperança em Deus, pois ainda o louvarei, a ajuda do meu rosto, e meu Deus" (Sl 42:11). A cura para a desesperança é a esperança em Deus. O filho de Deus não tem necessidade de desmaiar por causa da disciplina de Deus. Deus lhe dá para nos fortalecer, não para nos enfraquecer, para nos encorajar, e não para nos desencorajar, para edificar-nos, para não rasgar-nos para baixo.

    Quando, por nossa tomada de ânimo leve ou por nosso devir desanimado, a disciplina de Deus não é permitido para cumprir o Seu propósito em nós, Satanás é o vencedor. O propósito de Deus é perdida, e nossa bênção é perdido.

    As provas de Disciplina

    "Para aqueles a quem o SENHOR ama Ele disciplina, e Ele açoita a todo filho a quem recebe. " É para disciplina que perseverais; Deus vos trata como filhos; pois que filho há a quem o pai não corrige? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, então você está filhos ilegítimos e não filhos. (12: 6-8)

    Para o cristão que é sensível a disciplina do Senhor, isso prova duas coisas: Seu amor e nossa filiação.

    Prova do amor de Deus

    A primeira coisa que devemos pensar quando estamos sofrendo é o amor de nosso Pai, para aqueles a quem o SENHOR ama Ele disciplina . Nós não podemos provar isso para ninguém, nem mesmo para nós mesmos, salvo pela fé. Muito menos podemos provar, pela razão ou entendimento humano, que estamos sendo disciplinados por causa do amor de Deus. Mas a fé é a prova. A lógica da fé é simples: "Nós somos filhos de Deus Deus ama Seus filhos e é obrigado por sua própria natureza e sua própria aliança para fazê-las apenas bom Portanto, tudo que recebemos das mãos de Deus, incluindo a disciplina, é do amor de Deus..." Mais do que qualquer pai terreno, o Pai celeste quer que seus filhos para ser justo, maduro, obediente, competente, responsável, capaz e confiante. Nós beneficiar de todas estas maneiras, e muitos mais, quando aceitamos Sua disciplina.

    Paulo nos diz para sermos "arraigados e alicerçados em amor" (Ef 3:17), ou seja, para obter uma garantia constante de que Deus não pode fazer nada além de ou contrário ao Seu amor por nós. Deus ama continuamente, se estamos conscientes do seu amor ou não. Quando estãocientes de que, no entanto, ele pode realizar incomensuravelmente mais de bom em nós e por nós. Em vez de olhar para os nossos problemas, nós olhamos para o amor de nosso Pai, e agradecer a Ele que até mesmo os problemas são a prova do seu amor.

    Um homem que foi perguntado por que ele estava olhando por cima de uma parede respondeu: "Porque eu não posso ver através dele." Quando os cristãos não podem ver através da parede de dor, confusão, dificuldade, ou desespero, eles só precisam olhar por cima do muro para o rosto de seu amoroso Pai celestial.

    Assim como o amor de Deus nos predestinou (Ef. 1: 4-5) e nos redimiu (Jo 3:16), mas também nos disciplina.

    Crianças se perguntam por que os pais insistem em dizer: "Este palmada me dói mais do que você." A ideia é difícil para uma criança a aceitar, até que ele mesmo se torna um pai. Um pai amoroso não machucar quando ele tem de disciplinar seu filho. O pai recebe nenhuma alegria ou satisfação para fora da própria disciplina, mas fora do eventual benefício será para a criança.

    Deus é mais amoroso do que qualquer pai humano, e Ele sofre quando Ele tem de disciplinar seus filhos. "Porque o Senhor não rejeitará para sempre, pois se Ele provoca dor, então ele vai ter compaixão de acordo com a sua benignidade abundante Para Ele não aflige, nem entristece os filhos dos homens." (Lm. 3: 31-33). O Senhor é suave e cuidadosa em sua disciplina. Nada é mais sensível do que o amor. Porque Deus ama com amor infinito, Ele é infinitamente sensíveis às necessidades e sentimentos dos seus filhos. Ele dói quando nos machucamos. Ele não tem mais prazer na disciplina dolorosa de Seus filhos do que na morte de incrédulos (Ez 18:32). Nem Ele nos disciplina para além do que precisamos ou pode suportar, mais do que Ele permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar (1Co 10:13). Ele não disciplinar para nos entristecer, mas para melhorar a nós.

    Deus sofre sempre que sofremos, seja qual for a razão para isso. "Em toda a angústia deles foi Ele angustiado" (Is 63:9. ).

    Podemos saber que somos filhos de Deus pelo Seu levando-nos e pelo testemunho do Seu Espírito aos nossos espíritos (8: 15-16) (Rm 8:14.). Sabemos que a partir do fato de que nós temos de confiar em Jesus Cristo que somos filhos de Deus. "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo 1:12). Sabemos, também, a partir de nossa disciplina que somos Seus filhos, porque Ele açoita a todo filho a quem recebe. A criança indisciplinada é uma criança mal-amada e uma criança miserável. O amor de Deus não vai permitir que Ele não nos disciplinar, e Sua punição é mais uma das muitas provas do seu amor e da nossa filiação.

    O outro lado, o lado trágico, dessa verdade é que aqueles que não são disciplinados por Deus não são seus filhos. Ele açoita a todo filho é inclusiva. Nem um único de seus filhos vai perder Sua disciplina amorosa. quem ele recebe , no entanto, é exclusiva. Somente aqueles Ele recebe através de sua fé em Seu Filho somos Seus filhos.

    Flagelos ( mastigoō ) refere-se a flagelação com um chicote, e era uma prática comum entre os judeus (Mt 10:17;. Mt 23:34). Foi uma batida grave e extremamente doloroso. O ponto de He 12:6 (a partir do qual é citado), é que a disciplina de Deus às vezes pode ser grave. Quando a nossa desobediência é grande ou a nossa apatia é grande, Sua punição será grande.

    Os pais muitas vezes tornar-se desanimado quando a disciplina parece não ter nenhum efeito. Às vezes nós apenas não quero passar pela dificuldade para nós, apesar de sabermos a nossa criança precisa de disciplina para seu próprio bem. Mas se nós amamos nossos filhos, vamos disciplinar e continuar a discipliná-los enquanto eles estão sob nossos cuidados. "Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho, mas aquele que o ama ele disciplina diligentemente" (Pv 13:24; conforme 13 20:23-14'>23: 13-14.). Nossos tribunais de menores são testemunhos constantes à verdade de que "uma criança que recebe o seu próprio caminho envergonha a sua mãe" (Pv 29:15) —como bem como a toda a sua família e comunidade. Podemos estar certos de que, porque Deus sempre nos ama, Ele sempre vai disciplinar a nós enquanto estamos nesta vida.

    Assim, a disciplina na vida cristã não é, apesar de filiação, mas por causa da filiação. Por que filho há que o pai não corrige? Um pai verdadeiramente amorosa é absolutamente empenhada em ajudar seu filho estar em conformidade com os mais altos padrões. Quanto mais é o nosso Pai celestial comprometidos com a nossa conformidade com seus padrões, e para infligir a dor de fazer tal conformidade a realidade.

    Quando olhamos para o quão bem muitos incrédulos estão fazendo e, em seguida, com a quantidade de problemas que estamos tendo, devemos tomar isso como evidência de que pertencemos a Deus e eles não. Se eles são, sem disciplina, eles são filhos ilegítimos e não filhos.Devemos pena, não inveja, a pessoa próspera, saudável, popular e atraente, que não conhece a Deus. Não devemos desejar-lhes as nossas provações ou sofrimentos, mas devemos quero dizer a eles, assim como Paulo a Agripa: "Eu faria a Deus que, ou em um curto ou longo período de tempo, não só você, mas também todos os que ouvem me neste dia, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias "(At 26:29).

    Jerome disse uma coisa paradoxal que se encaixa o ponto de esta passagem de Hebreus. "A maior raiva de tudo é quando Deus não está mais com raiva de nós." A aflição supremo é ser unteachable e inacessível por Deus. Quando o Senhor nos disciplina, devemos dizer: "Obrigado, Senhor. Você acabou de provar mais uma vez que você me ama e que eu sou seu filho."

    Produtos de Disciplina

    Além disso, tínhamos pais terrenos que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo como bem lhes parecia, mas Ele nos disciplina para o nosso bem, para que possamos compartilhar Sua santidade. Toda disciplina no momento não parece ser alegre, mas de tristeza; ainda para aqueles que têm sido por ela exercitados, depois produz um fruto pacífico de justiça. (12: 9-11)

    Os dois produtos de disciplina mencionado nestes versos estão intimamente relacionados com as três Propositos da disciplina sugeridas acima. A disciplina de Deus produz vida e produz santidade.
    É a criança disciplinada que respeita seus pais. O caminho certo para um pai a perder, ou nunca ganhar, o respeito do seu filho nunca é corrigir ou puni-lo, não importa o quão terrível o comportamento da criança. Mesmo quando eles estão crescendo, as crianças sabem instintivamente que um pai que disciplina de forma justa é um pai que ama e cuida. Eles também perceberam que um pai que sempre permite que eles têm sua própria maneira é um pai que não se importa. Tivemos pais humanos que nos corrigiam, e os respeitávamos , por causa do que provado que a disciplina e produzido.

    Vida

    Desde que respeitados nossos pais terrenos, mesmo enquanto eles estavam nos disciplinar, ? não devemos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos nossa resposta à disciplina de Deus não deve ser resignação ressentido; mas submissão voluntária e grato.Devemos querer beneficiam tanto da disciplina de nosso Pai Celestial que nos for possível.

    Sob a Velha Aliança, um filho que era totalmente rebelde a seus pais, que não iria ser corrigidos ou disciplinados, era para ser apedrejada até a morte (Deut. 21: 18-21). Essa punição foi severa ao extremo, mas mostra-nos como Deus toma a sério a obediência de uma criança para seus pais. Creio que He 12:9). João diz-nos do pecado ", levando à morte" (1Jo 5:16). Tiago implica o mesmo tipo de morte directamente resultantes do pecado: "Por isso, deixando de lado toda a imundícia e tudo o que resta da maldade, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas" (Jc 1:21). Um cristão que rejeita continuamente a disciplina de Deus, que se recusa a lucrar com correção divina, pode perder a sua vida por causa de sua teimosia.

    Mais do que isso, no entanto, acredito que o ensino aqui podem incluir a idéia de que quando estamos sujeito ao Pai dos espíritos, teremos uma vida mais rica e abundante. Você não sabe o que é vitória até ter travado uma batalha. Você não sabe o significado da liberdade até que você tenha sido preso. Você não sabe a alegria de alívio até que tenha sofrido, ou da cura até ter estado doente. Você não sabe o que é viver tudo sobre até que você tenha experimentado alguns problemas e dificuldades.

    Certa vez perguntei a um missionário para Indochina como ele gostava de viver lá. A essência de sua resposta foi: "Eu não acho que eu poderia voltar para a existência chato dos Estados Unidos. Temos visto Deus trabalhar tantos milagres maravilhosos lá. Por que iríamos querer voltar aqui a esta monotonia rotina? " Ele tinha sido através da guerra, fome, doença, convulsões políticas e militares, e inúmeras outras experiências que a maioria de nós faria quase qualquer coisa para evitar. No entanto, ele sabia que ele estava realmente vivendo na plenitude da presença de Deus.

    "Aqueles que amam a tua lei têm grande paz, e nada faz com que eles tropeçam" (Sl 119:1:. Sl 119:165). Ninguém vive tão bem como o crente que ama o direito ea vontade de Deus, que recebe tudo, desde a mão do pai de boa vontade e com alegria.

    Santidade

    Pois eles nos corrigiam por pouco tempo como bem lhes parecia, mas Ele nos disciplina para o nosso bem, para que possamos compartilhar Sua santidade. (12:10)

    Para viver para o Senhor é viver em santidade. Principal desejo de Deus para nós é que sejamos santos como Ele é santo (1Pe 1:16), que nós participemos da sua santidade.

    Porque Deus é perfeito, Sua disciplina é sempre perfeita. Disciplina pais humanos como parece melhor para eles, mas o nosso melhor é muitas vezes confundido e é sempre imperfeito. Às vezes nós punir mais por raiva do que o amor, e às vezes nós punir mais severamente do que o delito exige. Às vezes, até por engano punir uma criança por algo que ele não fez. Eu nunca vou esquecer espancar um dos meus meninos fortemente por algo que eu tinha certeza que ele tinha feito. Quando ele não parava de chorar mais que o normal, eu pergunto qual era o problema. Ele disse: "Pai, eu não fiz isso." Eu estava esmagado, e as lágrimas vieram aos meus próprios olhos. Mas o Senhor nunca faz tais erros com os Seus filhos. Sua disciplina é sempre bom, sempre na hora certa, do tipo certo e na medida certa. É sempre perfeitamente para o nosso bem, para que possamos compartilhar Sua santidade.

    Há apenas um tipo de santidade, a santidade de Deus. Ele é tanto a fonte ea medida da santidade-que é a separação do pecado. Seu maior desejo para Seus filhos é compartilhar Sua santidade com a gente, que "podem ser cheios de toda a plenitude de Deus" (Ef 3:19). A única maneira que pode ser separado do pecado, e, assim, participar de Sua santidade e ser preenchido com a Sua plenitude, é "para serem conformes à imagem de seu Filho" (Rm 8:29) —que exige que aceitemos Sua disciplina como um filho. Posicionalmente já somos santos, porque somos justificados. Mas, na prática a nossa santidade está apenas começando, o que é o trabalho de sanctification- tornando -nos santos.

    Toda disciplina no momento não parece ser alegre, mas de tristeza; ainda para aqueles que têm sido por ela exercitados, depois produz um fruto pacífico de justiça. (12:11)

    Disciplina em si não é para ser agradável. Se fosse agradável, teria pouco poder corretiva. Por sua própria natureza, a disciplina é desagradável para administrar e suportar. Medicina, cirurgia, fisioterapia, e outros tais tratamentos que prontamente suportam são muitas vezes doloroso, desconfortável e inconveniente. Nós suportá-las para o bem da saúde end result-melhor.
    Quanto mais devemos estar dispostos a suportar o tratamento do Senhor de nossas necessidades espirituais, que depois ... produz um fruto pacífico de justiça ? Devemos considerar os nossos problemas como tratamento espiritual, que constrói nosso caráter e nossa fé, nosso amor e nossa justiça. Isso nunca vai parecer que do ponto de vista natural, mas do ponto de vista da fé, vemos que a disciplina é uma das mais ricas bênçãos e mais gratificantes de Deus sobre Seus filhos.

    Alguém escreveu: "E então o que posso dizer? Eu digo, deixe as chuvas de decepção vem, se regar as plantas da graça espiritual. Que os ventos da adversidade golpe, se eles servem para erradicar de forma mais segura as árvores que Deus plantou . Eu digo, deixe o sol da prosperidade ser eclipsado, se isso me traz mais perto da verdadeira luz da vida. Bem-vindo, disciplina doce, disciplina projetado para minha alegria, a disciplina destinada a tornar-me o que Deus quer que eu seja. "

    35. Se privando da Graça de Deus (Hebreus 12:12-17)

    Portanto, fortalecer as mãos que são fracos e os joelhos que são fracos, e fazei caminhos retos para os pés, para que o membro que é manco não se colocar fora do comum, mas antes seja curado. Segui a paz com todos os homens, ea santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Veja por que ninguém vem prive da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura, brotando causas problemas, e por ela muitos se contaminem; para que não haja pessoa imoral ou profano como Esaú, que vendeu o seu direito de primogenitura por um prato de comida. Para você saber que, mesmo depois, quando ele herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou para ele com lágrimas. (12: 12-17)

    Nada na Bíblia é mais importante do que a doutrina. Ele é fundamental para tudo o resto. Doutrina bíblica pode ser definida simplesmente como "verdade de Deus", e para além de sua verdade, poderíamos saber nada sobre ele, ou qualquer coisa sobre nós mesmos espiritualmente, ou como Deus olha para nós ou o que Ele quer que sejamos ou fazer. Além da doutrina, não poderia haver base para a obediência, a fé em Deus ou o amor de Deus, uma vez que não saberíamos nada sobre Ele.

    Mas a Escritura contém muito mais do que a doutrina, muito mais do que informações sobre Deus e sobre nós mesmos. Ele também contém a exortação para viver as verdades que aprendemos. Conhecer e acreditar são um lado da moeda; estar e obediência são os outros. Paulo se junta os dois em seu cargo a Timóteo: "ensinar e pregar" (1Tm 6:2.).

    A idéia básica de Hebreus 12:12-17 é claramente exortação. Fortalecer , endireitai , perseguir , e ver a ele são todos os termos de exortação. O objetivo aqui não é ensinar a verdade, mas só para incentivar a viver de acordo com a verdade. Com toda a doutrina de que o livro de Hebreus contém, seu propósito original primário não era para ensinar, mas para exortar. "Mas exorto-vos, irmãos, urso com esta palavra de exortação, pois eu vos escrevi brevemente" (13:22). Grande parte da doutrina que os leitores tinham ouvido antes. Eles tiveram uma boa compreensão intelectual do evangelho. Eles estavam sendo convocados agora para acreditar e para segui-lo, a confiar nela e obedecê-la.

    Verdade que é conhecido, mas não obedeceu, torna-se um juízo sobre nós, em vez de uma ajuda para nós. Ensino e exortação são inseparáveis. Ensinar a sã doutrina que não é aplicada é inútil, e exortação que não se baseia em sã doutrina é enganadora. O método de Deus para a instrução é simples explicar os princípios espirituais e, em seguida, ilustrar e incentivar a aplicação deles.
    Muitas pessoas têm uma compreensão intelectual das doutrinas da Escritura, mas não sabe nada da vida cristã prática. Como alguém já disse, eles entendem as doutrinas da graça, mas não experimentam a graça dessas doutrinas. Uma coisa é, por exemplo, a acreditar na inspiração e infalibilidade das Escrituras; outra coisa é viver sob a autoridade das Escrituras. Uma coisa é acreditar que Jesus Cristo é o Senhor; outra coisa é se render ao Seu senhorio. Uma coisa é acreditar que Deus é onipotente; outra bem diferente é a inclinar-se em Seu braço poderoso quando estamos fracos ou com problemas.

    Os "thens", "portantos" e "porquês" da Bíblia são geralmente transições do ensino para a exortação, da verdade para a aplicação, a partir de saber a fazer. No livro de Romanos, possivelmente carta mais doutrinária de Paulo, ele se concentra principalmente na doutrina. Mas ele não deixou que seus leitores "levá-la de lá." Doutrina deve levar a algo. Deve fazer a diferença, uma mudança em nossas vidas. O capítulo 12 começa com uma espécie de clímax de tudo o que ele disse antes. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, para apresentar os vossos corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (v. 1). Após estabelecendo as "misericórdias de Deus" por onze capítulos, ele nos exorta a responder pelo compromisso. Após a verdade de que "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus", ele diz: "Portanto não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim determinar isso-não colocar um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho de um irmão" (Rom. 14: 12-13). Depois de ensinar que toda a comida é limpo em si mesmo, ele diz: "Portanto, não deixe que o que é para você uma coisa boa ser falado de como o mal" (Rom. 14: 14-16).

    No livro de Gálatas, depois de passar vários capítulos que estabelecem a verdade que os cristãos estão livres da lei, Paulo exorta: "Permanecei, pois, firmes e não estar sujeito novo, a jugo de escravidão" (Gl 5:1).

    Hebreus 12 também começa com uma exortação. Depois de fé foi cuidadosamente explicados e definidos e ilustrados, o escritor diz, com efeito: "Agora que você sabe o que a corrida de fé cristã é, sair e executá-lo." Não é o suficiente para saber a Nova Aliança é melhor; devemos aceitá-la por nós mesmos. Não é o suficiente para saber que Cristo é o superior e perfeito Sumo Sacerdote; devemos confiar em Seu sacrifício expiatório por nós. Não é o suficiente para saber como devemos viver; devemos realmente viver o que sabemos. O maior idiota de todos é aquele que sabe a verdade, mas não se aplica à vida.

    Os versículos 12:17 dar três exortações: para a continuidade, por diligência e de vigilância. Elas são dirigidas em primeiro lugar para os crentes, embora eles se aplicam para os incrédulos também. O escritor está dizendo: "Com base em que você deve estar na corrida da fé para vencer e que seu sofrimento é parte da disciplina amorosa de Deus para o seu bem, aqui estão três coisas que você deve se concentrar em fazer."

    Continuação

    Portanto, fortalecer as mãos que são fracos e os joelhos que são fracos, e fazei caminhos retos para os pés, para que o membro que é manco não pode ele colocou fora do comum, mas ele curou. (12: 12-13)

    Estes versos retomar a metáfora corrida. A primeira coisa que acontece com um corredor quando ele começa a se cansar é que seus braços cair. A posição eo movimento dos braços são extremamente importantes na corrida, para manter a coordenação apropriada do corpo e ritmo.Seus braços realmente ajudá-lo a puxar por seu passo, e eles são as primeiras partes do corpo para mostrar a fadiga. A segunda para ir são os joelhos. Primeiro os braços começam a cair e, em seguida, os joelhos começam a oscilar. Mas se você se concentrar na inclinação ou a oscilação, você está acabado. A única maneira que você pode esperar para continuar é, concentrando-se no objetivo.
    Quando experimentamos espirituais mãos que são fracos e joelhos que são fracos, nossa única esperança está em "fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da fé" (12: 2).

    O escritor de Hebreus tem a sua metáfora de Isaías. Os fiéis em Israel tinha passado por muita coisa. Eles tinham muitos reis maus, alguns falsos profetas, geralmente companheiros desobediente e teimoso israelitas, inimigos poderosos que os ameaçavam, e, aparentemente, sem qualquer perspectiva de sempre viva em sua própria terra em paz. Eles estavam desanimados e desesperados, pronto para desistir. Então o profeta lembra-lhes do reino vindouro, quando "o deserto eo deserto será feliz" e "eles vão ver a glória do SENHOR , a majestade do nosso Deus "(Is. 35: 1-2). Em seguida, ele aconselha-os a um advogado o outro: ". Incentivar o exausto, e fortalecer o fraco Diga para aqueles com coração ansioso," Tome coragem, não temais. Eis o vosso Deus virá com vingança; a recompensa de Deus virá, mas Ele vai te salvar '"(v. 3-4). Em outras palavras," Não desista agora. A melhor dia está chegando. Olhe para isso e você terá o incentivo e força que você precisa. A vitória está à frente! "

    A ênfase da He 12:12 é a mesma que a de Is 35:3-4. Não nos é dito para fortalecer nossas mãos ou os nossos joelhos fracos e débeis, mas as mãos e os joelhos, independentemente de quem eles são. Em outras palavras, não estamos a concentrar-se em nossas próprias fraquezas, mas para ajudar a fortalecer outros cristãos na deles. Uma das maneiras mais seguras de ser encorajados a nós mesmos é incentivar a outra pessoa ", encorajando uns aos outros; e tanto mais, como você vê chegar o dia" (He 10:25).. Uma das melhores maneiras de manter permanente é incentivar outras pessoas a continuar.

    E fazei caminhos retos para os pés refere-se a permanecer em sua própria pista na corrida. Quando você sair de sua pista, você não só desqualifica-se, mas muitas vezes interfere com outros corredores. Um corredor recebe nunca intencionalmente fora de sua raia; ele só faz isso quando está distraído ou descuidado, quando ele perde a concentração no objetivo, ou quando a fadiga rouba-lhe a vontade de vencer.

    "Os teus olhos olhem diretamente à frente, e deixe o seu olhar fixou em linha reta na frente de você prestar atenção no caminho de seus pés, e serão seguros todos os teus caminhos Não vire para a direita nem para a esquerda;.. Transformar o seu pé mal ", lemos em Provérbios 4:25-27. Quando partimos na corrida da fé, nada nos deve distrair ou causar-nos a vacilar ou mudar de rumo. Se o fizermos, não só vai tropeçar nós mesmos, mas que outros tropecem também.

    Paths ( trochia ) refere-se aos rastros deixados pelas rodas de uma carroça ou carruagem, que os viajantes posteriores seguem. Quando corremos, deixamos uma pista atrás de nós, o que quer conduzir ou enganar os outros. Devemos tomar muito cuidado para que as faixas que deixamos são retas. A única maneira de deixar uma pista reta é viver direito e executar um curso reto.

    Assim que o membro que é manco não se colocar fora do comum, mas ele curou. (12: 13b)

    Lame poderia aplicar-se fraco, mancando cristãos, que são facilmente desarmado para cima ou enganados. É certamente verdade que os nossos irmãos mais fracos serão os primeiros a ser ferido por nossos pobres exemplo (veja Romanos 14.).

    Mas eu acredito que a principal referência aqui é para os cristãos professos, aqueles que se identificaram com a igreja, mas que não são salvas. Eles deram um passo em direção a Cristo, mas não ter ido até o fim. Eles têm a aparência de estar na corrida da fé, mas não são. Eles estão em perigo de apostatar, e são particularmente vulneráveis ​​a tropeços. Eles são os principais candidatos para Satanás tropeçar.
    Estes são o tipo-abrangendo cerca fronteira de pessoas Elias desafiou em Mt. Carmel. Elias era claramente do lado do Senhor e os profetas de Baal estavam contra ele. Algumas das pessoas que, sem dúvida, foram firmemente com Baal e alguns estavam firmemente com Elias. Mas a maioria das pessoas, apesar de serem israelitas, estavam indecisos. Eles preferiu não tomar partido, se pudessem evitá-lo. Na verdade, eles tentaram jogar dos dois lados. Durante a semana, eles iriam consorciar-se com as sacerdotisas imorais de Baal, e no sábado iria para o Templo e adoração. Então Elias confrontou-os com: "Quanto tempo você vai hesitar entre duas opiniões Se o? SENHOR é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-lo "(1Rs 18:21). A única resposta que obteve foi o silêncio, mas o desafio tinha sido feito.

    A Septuaginta (Grego Antigo Testamento) usa a mesma palavra ( cholos ", lame, hesitam") em 1Rs 18:21 que o escritor utiliza em He 12:13. Elias estava confrontando coxo, vacilante israelitas e tentando persuadi-los a tomar um lado. O escritor de Hebreus estava alertando os crentes sobre o perigo de lame enganosa, incrédulos e não confirmadas de levando-os a apostatar de volta ao judaísmo. Sob a pressão da perseguição, eles professam mas judeus incrédulos estavam começando a duvidar do evangelho e para enfraquecer no compromisso. Cristãos inconsistentes deixando caminhos errantes haveria ajuda.

    Infelizmente, os cristãos, por vezes, são os maiores obstáculos para o cristianismo. Um mau exemplo, por um verdadeiro crente pode inclinar uma pessoa longe de completa dedicação a Cristo e, portanto, a partir de salvação. A pobre testemunho pode causar danos irreparáveis, muitas vezes sem o nosso conhecimento. Ela pode causar um incrédulo já mancando para ser colocado fora do comum, completamente deslocado espiritualmente.

    Deus quer que descrentes curado , para ser salvo. Não é Sua vontade que qualquer pessoa pereça (2Pe 3:9.)

    Pedro dá uma ilustração prática do princípio em testemunho de uma esposa crente antes de seu marido incrédulo. "Vocês, mulheres, sede submissas a vossos maridos para que mesmo se algum deles são desobedientes à palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, como eles observar o seu comportamento casto e respeitosa" (1 Ped. 3: 1-2). Direta e indiretamente, o nosso testemunho de glorificar a Deus e, portanto, ser a melhor influência possível sobre aqueles que nos rodeiam.

    Diligência

    Segui a paz com todos os homens, ea santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. (12:14)

    Este versículo não é fácil de interpretar, e tem sido um problema para muitos cristãos sinceros. À primeira vista, parece estar ensinando a salvação pelas obras-se prosseguir com êxito a paz ea santificação, seremos salvos e verá o Senhor. A verdade é, no entanto, que uma pessoa que não é salva não pode perseguir paz ou santificação, pelo menos não com sucesso. Só o cristão tem a capacidade, através do Espírito Santo, para viver em paz e em santidade. "'Não há paz", diz o meu Deus', para os ímpios "(Is 57:21). E todos os homens a justiça tentar produzir sem Deus é como" uma peça de roupa suja "(Is 64:6). Nós somos apenas responsáveis ​​por nosso lado do processo de paz, mas não podemos usar de outro beligerância como uma desculpa para responder na mesma moeda.Temos a obrigação de viver em paz, ou não aqueles que nos rodeiam nos tratar pacificamente. Se eles não viver em paz, que é o seu problema; nunca é nossa desculpa.

    Uma vez eu testemunhei um drama interessante na rua. Um homem que conduz à frente de mim, aparentemente, tinha acabado de pegar um carro novo. Ele ainda tinha licença do revendedor sobre ele. Outro motorista, ansioso para passar por ele, deu a volta à direita, que funciona através de uma enorme poça de lama como ele fez. O novo carro foi uma bagunça. Um terceiro homem, provavelmente um amigo que tinha tomado o primeiro homem ao concessionário automóvel, estava em outro carro. Os dois deles forçou o homem impaciente off para o acostamento e bloqueou-o entrar. Eles, então, começou a derramar refrigerante em todo o veículo infrator. Não foi uma manifestação em paz.

    Em outra ocasião, eu inadvertidamente cortar um outro motorista. Ele parou ao meu lado no semáforo seguinte e começou a praguejar profusamente. Quando ele terminou, eu me inclinei para fora da janela, admitiu que estava errado e pedi-lhe que me perdoe. Essa foi, obviamente, muito longe da resposta que ele esperava, e ele rugiu fora num acesso de raiva. Mas um esforço foi feito para a paz. Na medida em que eu pudesse, eu tentei fazer a paz (ver 13 59:3-18'>Tiago 3:13-18).

    Amar a Deus

    A santificação tem a ver com o nosso Deus amoroso. Ela fala da obediente, a vida pura, santa vivemos separados para a glória de Deus, por causa desse amor. Quando amamos, vamos querer ser como Ele, e quando estamos semelhantes a Ele, os outros vão vê-Lo em nós e ser atraída por ele. O amor para com os homens e de amor para com Deus são inseparáveis.

    A parte mais difícil do verso de interpretar é , sem a qual ninguém verá o Senhor. Eu acredito que a referência é para os incrédulos que ver e observar a nossa busca da paz e da santidade, sem a qual não seria ele desenhados para aceitar a Cristo se. A passagem não ler, "sem a qualvocê não verá o Senhor ", mas sem a qual ninguém verá o Senhor. Em outras palavras, quando os incrédulos ver paz e santidade de um cristão, eles são atraídos para o Senhor. Jesus disse: "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13:35). E Ele orou ao Pai que "todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles ele em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17:21). O nosso amor um pelo outro é um testemunho ao Pai e ao Filho. É um meio de atrair as pessoas para Cristo, para além do qual ninguém verá o Senhor. À medida que a corrida, deixando um caminho reto, mostrando o amor aos homens pelo restabelecimento da paz, e mostrar o amor a Deus pela santidade, as pessoas vão ver o Senhor.

    Paulo agonizado com alguns dos imaturos cristãos na Galácia, a quem ele escreveu: "Meus filhos, por quem sofro novamente em trabalho de parto, até ser Cristo formado em vós" (Gl 4:19). Era a sua oração do coração que, acima de tudo, eles crescem em Cristo. Semelhança de Cristo é o nosso maior testemunho possível para o mundo.

    Vigilância

    Veja por que ninguém vem prive da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura, brotando causas problemas, e por ela muitos se contaminaram. (12:15)

    Veja-lhe traduz uma palavra grega ( episkopeō ), que está intimamente relacionada com epískopos (um supervisor, ou bispo, e sinônimo de mais velho). Devemos ter a supervisão de um ao outro, ajudando um ao outro crescer em santidade e semelhança de Cristo. Nós também estamos a olhar para fora, supervisionar, aqueles em nosso meio, principalmente dentro da igreja, que não pode ele crentes. Não devemos julgar, mas para ser sensível e preocupado com oportunidades para apresentá-los com as reivindicações de Jesus Cristo. E uma vez que esta carta fala com tanta frequência a tais pessoas, no conjunto, este é um ponto crítico.

    Para evitar que o aquém da Graça de Deus

    O primeiro objectivo da nossa supervisão deveria ele para ganhar os perdidos para Cristo. Vem curtas meios para vir tarde demais, para ficar de fora. Se um incrédulo morre antes de confiar em Jesus Cristo, ele será perdido para sempre, eternamente curta da graça de Deus.Tragicamente, incontáveis ​​milhares de pessoas passaram a vida inteira na igreja, mas nunca chegaram a salvação. Outras milhares de pessoas vão à igreja por um tempo, visto nenhuma evidência de qualquer coisa sobrenatural ou atraente, e virou-se, apostatou. Somos exortados a ver a ele , para estar à procura, que, na medida em que somos capazes de influenciá-los, ninguém em torno de nós vive sob a ilusão de ser um cristão, quando ele não é, ou que ninguém está exposto ao evangelho e se afasta dele (conforme 7 Matt:. 21-23; 1Jo 2:19).

    Somos tentados a segurar a assistir àqueles que professam ser cristãos, mas que nós temos razão para acreditar que não o são. Temos medo de ofendê-los. No entanto, quanto maior ofensa é para suas almas eternas se não conseguirmos apresentar Cristo? Somos exortados, ordenou , para fazer todos os esforços para fazer com que ninguém vem prive da graça de Deus .

    Para Prevenir Amargura

    O segundo propósito para a vigilância é para evitar amargura. Moisés advertiu os israelitas no deserto que não deve haver entre eles "um homem ou uma mulher, nem família, nem tribo, cujo coração se afasta a partir de hoje o SENHOR nosso Deus, e vá servir aos deuses dessas nações, para que não haverá entre vós uma raiz a dar frutos e absinto venenosa. E será que quando ouve as palavras desta maldição, que ele vai se vangloriar, dizendo: "Eu tenho a paz que eu ande na teimosia do meu coração, a fim de destruir a terra regada com a seca "(Deut. 29: 18-19).". fruta venenosa "também carrega a idéia de amargo A raiz de amargura, refere-se a uma pessoa que está superficialmente identificado com o povo de Deus, e quem cai de volta ao paganismo Mas. ele não é um apóstata comum. Ele é arrogante e desafiador, quanto às coisas de Deus. Ele manuseia o nariz para o Senhor. A resposta de Deus a tal incredulidade prepotente é dura e final. "O SENHOR jamais se ele está disposto a perdoá-lo, mas sim o ira do SENHOR , eo seu zelo vai queimar contra esse homem, e toda maldição que está escrita neste livro pousará sobre ele, eo SENHOR lhe apagará o nome de debaixo do céu "(v. 20).

    Um objetivo importante da vigilância é estar em guarda contra esses apóstatas, para não causar problemas, e por ela muitos se contaminem. Alguns apóstatas simplesmente cair fora da igreja e nunca são ouvidos novamente. Uma pessoa na raiz de amargura, no entanto, é uma influência corruptora, uma grave contaminação no Corpo. Ele permanece em ou perto da comunhão da igreja e se espalha maldade, dúvida e corrupção em geral. Ele não se contenta em apostatar por ele mesmo.

    Para Prevenir Raso Egoísmo

    Que haja nenhuma pessoa imoral ou profano como Esaú, que vendeu o seu direito de primogenitura por um prato de comida. Para você saber que, mesmo depois, quando ele herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou para ele com lágrimas. (12: 16-17)

    Talvez a pessoa mais triste e sem Deus nas Escrituras fora de Judas é Esau. Na superfície, os seus atos contra Deus não parecem tão maus como os de muitos pagãos brutais e cruéis. Mas a Bíblia condena fortemente. Eles tiveram grande luz. Eles tinham todas as oportunidades possíveis, tanto quanto qualquer pessoa em seus tempos, de conhecer e seguir a Deus. Eles sabiam que a Sua palavra, tinha ouvido Suas promessas, tinha visto seus milagres, e teve tinha comunhão com o Seu povo; Ainda com determinada obstinação eles viraram as costas a Deus e as coisas de Deus.
    Esaú não só era imoral , mas era ateu . Ele não tinha a ética ou a fé, sem escrúpulos ou reverência. Ele não tinha nenhuma relação para o bem, o verdadeiro, o divino. Ele estava totalmente mundana, totalmente secular, totalmente profano. Os cristãos devem estar vigilantes para que não há pessoas, como Esaú contaminar o Corpo de Cristo. Veja a ele ... para que não haja pessoa imoral ou profano como Esaú.

    Jacó, irmão de Esaú, não era um modelo de ética ou integridade, mas ele realmente valorizado as coisas de Deus. A primogenitura era preciosa para ele, embora ele tentou consegui-lo por meios ilícitos. Ele basicamente confiou em Deus e confiou em Deus; seu irmão desconsiderou Deus e confiava apenas em si mesmo.
    Quando Esaú finalmente acordou em certa medida, e percebi que ele havia abandonado, ele fez uma tímida tentativa de recuperá-lo. Só porque ele procurou por ele com lágrimas não indica sinceridade ou verdadeiro remorso. Ele não achou lugar de arrependimento . Ele se arrepende amargamente, mas ele não se arrependeu. Ele egoisticamente queria as bênçãos de Deus, mas ele não queria que Deus. Ele tinha plena apostatou, e foi para sempre fora do alcance da graça de Deus. Ele passou a "pecar deliberAdãoente depois de receber o conhecimento da verdade", e não há mais permaneceu qualquer sacrifício para cobrir seus pecados (He 10:26).

    Temos de estar vigilantes para que não se convertam da verdade, torna-se amargo, ou segue o curso de Esaú egoísta, que queria a bênção de Deus desesperAdãoente, mas não nos termos de Deus (conforme Mc 10:17-22).

    36. Monte Sinai e o Monte Sião (Hebreus 12:18-29)

    Para você não ter chegado a uma montanha que pode ele tocou e um fogo ardente, e à escuridão e melancolia e turbilhão, e à explosão de uma trombeta e ao som de palavras que som era tal que aqueles que ouviram implorou que nenhuma outra palavra deve ser falado com eles. Por que não podiam suportar o comando: "Se até um animal tocar o monte, será apedrejado." E tão terrível era a visão, que Moisés disse: "Estou cheio de temor e tremor." Mas você veio ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos, para a assembléia geral e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, ea Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e Jesus, o mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o sangue de Abel. Veja por que você não negamos o que está falando. Pois, se não escaparam aqueles quando rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos escaparemos que se afastar Dele que adverte do céu. E sua voz abalou a terra, mas agora Ele prometeu, dizendo: "Ainda uma vez hei de abalar não só a terra, mas também o céu." E esta expressão, "No entanto, mais uma vez," denota a mudança das coisas que podem ser móveis, como coisas criadas, a fim de que as coisas que não podem ser abaladas permaneçam. Portanto, uma vez que recebemos um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e temor; porque o nosso Deus é um fogo consumidor. (12: 18-29)

    Além das pressões de negligência, falta de fé, tradição, e impaciência, que mantinham muitos judeus da confiando plenamente em Cristo, foi a pressão do medo. Eles estavam com medo de perseguição-crítica, ridículo, perdas econômicas, prisão e, talvez, até mesmo o martírio (ver Heb. 10: 32-39). Alguns já tinha conseguido um gosto de perseguição só de estar associada com a igreja. Todos eles poderiam ver em primeira mão o sofrimento que muitos crentes verdadeiros e fiéis foram passando. Era evidente que sendo piamente em uma sociedade sem Deus era caro.

    Esta passagem dá um aviso de algo muito mais atemorizante do que qualquer perseguição humana pode infligir-julgamento de Deus. Todo homem será julgado em uma das duas bases. Ele quer que ele julgados pela lei ou pela graça, por suas próprias obras, ou por obra de Cristo, pelas disposições do Sinai ou pelas disposições do Sião. Deus tem dois conjuntos de livros. Num conjunto são registrados os nomes daqueles que rejeitaram a Deus, na outra os nomes daqueles que aceitaram a Ele através do Seu Filho, Jesus Cristo (Ap 20:12). Os salvos estão no livro da vida, às vezes chamado livro da vida do Cordeiro (Ap 13:8). Há uma boa razão para temer ao pé do Sinai.

    Deus deu a Israel o pacto da lei no meio do deserto, longe de todas as distrações, todas as interferências, e todos os esconderijos. Eles não tinham nada para focar, mas a Deus, e ao fazê-lo tornou-se terrivelmente conscientes de sua própria pecaminosidade. A primeira coisa que leva uma pessoa ao arrependimento e à dependência de Deus para a libertação é a consciência de sua pecaminosidade. Além de ver o seu pecado, a pessoa não tem motivos para buscar a salvação. Só vendo o nosso pecado pode nos fazer ver a nossa necessidade de salvação do pecado e do julgamento que ela traz. Este foi o objetivo do Sinai, para trazer as pessoas cara a cara com o seu próprio pecado, sem lugar para se esconder.
    A lei é grande espelho de Deus. Quando olhamos para ele, nós nos vemos como realmente somos imensamente-alcançar o padrão de justiça de Deus. Não há um único mandamento que temos mantido perfeitamente ou pode manter perfeitamente, em qualquer ato ou atitude. A lei não faz exceções e nenhuma provisão para menos de perfeita obediência. A lei nos oprime, nos mata. Nenhum pecador pode suportar Sinai. Todo pecador que fica no sopé do Sinai está paralisado de medo. Tão terrível era a visão, que Moisés disse: "Estou cheio de temor e tremor." Mesmo Moisés, a quem Deus havia falado através da sarça ardente e por meio de quem Ele havia desafiado Faraó, não poderia estar no Sinai destemido.

    Por muitos anos, o apóstolo Paulo tinha sido aluno da lei. Ele sabia que o Antigo Testamento como alguns homens de sua época sabia-o. No entanto, até que Jesus confrontou-o no caminho de Damasco, ele nunca havia confrontado a lei de Moisés. Ele havia estudado, memorizado e, provavelmente, a ensinou. Mas ele nunca tinha enfrentado ele. Ele nunca olhou diretamente para ela, para ver a si mesmo. Ele tinha pensado que ele estava vivo. Na verdade, ele tinha pensado que ele estava vivo por causa de sua obediência à lei. Mas em ver Jesus Cristo, ele também viu a lei e se refletido no espelho da lei. Consequentemente, "Quando veio o mandamento, o pecado tornou-se vivo, e eu morri; e este mandamento, que era de resultar em vida, provou resultar em morte por mim, para o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou "(Rom. 7: 9-11). Embora tivesse sido ativo no judaísmo toda a sua vida e era um estudioso do Antigo Testamento, ele nunca antes tinha-se ao pé do Sinai. Ele tinha os olhos, mas não tinha visto, e tinha ouvidos, mas não tinha ouvido falar (Jr 5:21). Ele não tinha entendido a declaração clara e inequívoca de Dt 27:26. Mas em Cristo veio para compreendê-lo, e ele cita a alguns Gálatas que estavam começando a cair de volta para o judaísmo: "Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não cumprir todas as coisas escritas no livro da lei, para realizá-las "(Gl 3:10).

    Monte Sião-a graça do Evangelho

    Mas você veio ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos, para a assembléia geral e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, ea Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e Jesus, o mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o sangue de Abel. (12: 22-24)

    A montanha da Nova Aliança é o Monte Sião , representando a Jerusalém celeste . O oposto do Sinai, não é palpável, mas é acessível. Sinai simboliza lei e Sião simboliza a graça. Nenhum homem pode ser salvo pela lei, mas qualquer homem pode ser salvo pela graça. A lei nos confronta com mandamentos, julgamento e condenação. Graça apresenta-nos o perdão, expiação e salvação.

    Desde que Davi tinha conquistado os jebuseus e tinha colocado a arca no Monte Sião, esta montanha tinha sido considerado a morada terrena especial de Deus. "Porque o SENHOR . escolheu a Sião; desejou-a para sua habitação, 'Este é o meu lugar de repouso para sempre; aqui habitarei, pois o tenho desejado' "(13 19:132-14'>Sl 132:13-14.). Quando Salomão movido a arca para o Templo, que foi construído na vizinha Mt. Moriah, o nome de Sião foi estendido para incluir nessa área também. Em pouco tempo, Sião se tornou sinônimo de Jerusalém, e Jerusalém foi, portanto, a cidade de Deus e do local de sacrifícios. Isaías, que falou muitas vezes e espero que de Sião, diz que Deus vai "dar a salvação em Sião" (46:13).

    Considerando Sinai estava proibindo e aterrorizante, Sião é convidativo e gracioso Sinai está fechado a todos, porque ninguém é capaz de agradar a Deus por termos perfeito cumprimento da lei do Sinai. Sião é aberto a todos, porque Jesus Cristo cumpriu esses termos e vai ficar no lugar de qualquer um que venha a Deus através Dele. Sião simboliza o Deus acessível.

    Sinai estava coberto por nuvens e escuridão; Sião é a cidade da luz. "Out da Sião, a perfeição da beleza, Deus resplandeceu" (Sl 50:2). A partir do momento da salvação, o céu é o nosso lar-espiritual onde nosso Pai Celestial e nosso Salvador são, e onde o resto da nossa família espiritual. É aí que está o nosso tesouro, a nossa herança é, a nossa esperança é. Tudo o que temos de qualquer valor está lá e tudo o que devemos querer está lá.

    Até que o Senhor nos leva lá para estar com Ele mesmo, porém, não podemos desfrutar de sua cidadania plena. Por agora, estamos embaixadores na terra. Como embaixadores temos plena cidadania em nosso país, mas estamos longe dele por um tempo e não pode desfrutar de suas bênçãos. No entretanto, devemos ser fiéis emissários de nosso Salvador e nosso Pai celestial, refletindo sua natureza diante de um mundo que não os conheço. E Paulo nos encoraja a não perdermos a nossa perspectiva do valor incomparável da nossa herança celestial (Rom. 8: 17-18).

    E como o autor de Hebreus, Paulo usa Sinai e Jerusalém como figuras do Antigo e do Novo Pacto e, conseqüentemente, dos antigos e novos relacionamentos com Deus que eles representam. "Ora, esta Agar é o monte Sinai na Arábia e corresponde à Jerusalém atual, pois é escrava com seus filhos, mas a Jerusalém de cima é livre;. Ela é nossa mãe .... Portanto, irmãos, não somos filhos de uma escrava, mas da livre "(Gal. 4: 25-26, Gl 4:31). Sinai é a montanha de escravidão. Sião, a Jerusalém celeste, é a montanha de liberdade.

    A Assembleia Geral

    Eu acredito que a assembleia geral ( panēguris ", um encontro para um festival público") refere-se às miríades de anjos, e não para a igreja do primogênito . A tradução poderia ser: "Mas você veio ... uma multidão incontável de anjos em reunião festiva." Quando chegamos em Jesus Cristo ao Monte Sião, chegamos a um grande encontro de anjos comemoram, a quem se juntam em louvando a Deus. Daniel nos dá uma idéia de quantos anjos que se irão juntar no céu: "Milhares e milhares de pessoas foram assistir a Ele, e miríades de miríades estavam diante dele" (Dn 7:10; conforme Ap 5:11.).

    Inúmeras anjos também estavam presentes no Sinai, como mediadores da aliança mosaica (Gl 3:19), o pacto da lei e julgamento. Mas os homens não poderiam se juntar a eles lá. Como o Deus que serviu, no Sinai eram inacessível. Os anjos não estavam comemorando no Sinai;eles estavam soprando as trombetas do juízo.

    Ao contrário do que algumas igrejas ensinam, não estamos a adorar anjos. Nós se juntar a eles na adoração a Deus, e somente Deus. "Que ninguém manter fraudar você de seu prêmio", Paulo adverte: "por deliciando-se com auto-humilhação e da adoração dos anjos" (Cl 2:18).Durante a sua visão em Patmos, João já foi tão impressionado que ele caiu aos pés de um anjo e teria adorado. Mas o anjo proibi-lo, dizendo: "Não faça isso, eu sou um companheiro servo de vocês e vossos irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus" (Ap 19:10).No céu, não vamos adorar anjos, mas vai adorar com anjos. Vamos juntar a eles na celebração e louvor de Deus eterno.

    A Igreja do Primeiro-Born

    igreja do primeiro-nascido, que estão inscritos nos céus é o Corpo de Cristo. O primeiro-nascido são os que recebem a herança. Como crentes, somos "herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo", que é "o primogênito entre muitos irmãos" (Rm 8:17, Rm 8:29).

    Jesus nos diz que não devemos regozijar-nos as grandes obras que Deus pode fazer através de nós, mas que os nossos "nomes são registrados no céu" (Lc 10:20). Nossos nomes estão inscritos nos céus no "livro da vida do Cordeiro" (Ap 21:27).

    Deus, o juiz de todos

    Em Monte Sião, podemos entrar em própria presença de Deus, um conceito incompreensível para um judeu que conhecia apenas o Deus do Sinai. Mas a crucificação de Jesus, "o véu do templo se rasgou em dois" (Lc 23:45), e da forma na presença de Deus para sempre fez aberta para aqueles que confiam no trabalho expiatório de que a crucificação. Para entrar na presença de Deus no Sinai foi para morrer; a entrar em Sua presença em Sião é viver (conforme Sl 73:25; Ap 21:3).

    Eles tiveram que esperar um longo tempo para a perfeição que recebemos no instante em que confiava em Cristo. Na verdade, eles tiveram que esperar por nós (He 11:40), no sentido de que eles tiveram que esperar a morte e ressurreição de Cristo, antes que pudessem ser glorificado. No céu seremos um com eles em Jesus Cristo. Nós não será inferior a Abraão ou Moisés ou Elias, porque nós todos serão iguais em justiça, porque a nossa única justiça será a justiça de nosso Salvador.

    Jesus

    Supremely chegamos a Jesus, na plenitude de sua beleza e glória como o mediador de uma nova aliança . Nosso Senhor é aqui chamado pelo seu nome redentor, Jesus, que Ele foi dado porque Ele iria "salvar o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21). Quando chegamos ao Monte Sião, chegamos ao nosso Salvador, nosso Redentor, nosso único Mediador junto ao Pai. Primeira Jo 3:2).

    Respondendo ao Evangelho

    Veja por que você não negamos o que está falando. Pois, se não escaparam aqueles quando rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos escaparemos que se afastar Dele que adverte do céu e sua voz abalou a terra, mas agora Ele prometeu, dizendo: "No entanto, mais uma vez 5ou abalar não só a terra, mas também o céu. " E esta expressão, "No entanto, mais uma vez," denota a mudança das coisas que pode ele móveis, como coisas criadas, a fim de que as coisas que ele não pode imóveis permaneçam.Portanto, uma vez que recebemos um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e temor; porque o nosso Deus é um fogo consumidor. (12: 25-29)

    Depois de dar os contrastes entre o Monte Sinai e Monte Sião, o escritor diz, com efeito, "Aqui está o que você deve fazer. Você não deve ignorar a Ele que está falando. " "Deus, depois de Ele falou há muito tempo para os pais, pelos profetas em muitas vezes e de muitas maneiras, nestes últimos dias falou-nos no seu Filho" (Heb. 1: 1-2). Se os homens foram responsabilizados por dar atenção a Deus quando Ele advertiu-os na terra, do Monte Sinai, quanto mais eles vão ser responsabilizados agora que Ele adverte do céu , de Monte Sião?

    Os israelitas incrédulos que ignoraram Deus no Sinai não entrar na Terra Prometida, terrena e não crentes de hoje, judeu ou gentio, que ignoram a Deus quando Ele fala através de Seu Filho de Monte Sião não vai entrar na terra prometida celeste. Se Deus fala do Sinai ou de Sião, nenhum homem que se recusa a Ele vai escapar do julgamento.

    As bênçãos de receber o segundo pacto são incomensuravelmente maior do que aqueles para receber o primeiro. E as consequências da recusa do segundo também são incomensuravelmente maior. "Qualquer um que tenha anulado a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. Como castigo mais severo que você acha que ele será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue de a aliança com o qual foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? " (Heb. 10: 28-29).

    No Sinai, Deus abalou a terra. De Sião Ele também vai abalar os céus, o universo inteiro. Se os descrentes não escapou quando a terra tremeu, quanto menos eles vão escapar quando o céu ea terra estão abalados? O escritor cita o que o Senhor tinha predito por meio de Ageu: "Uma vez mais, em pouco tempo, eu estou indo para agitar os céus ea terra, o mar e também a terra seca" (Ag 2:6). O sol se tornará preto, a lua vai tornar-se como sangue, as estrelas cairão para a terra, o céu vai se separaram como um pergaminho, e todos os montes e ilhas serão movidos do seu lugar (Apocalipse 6:12-14).

    Comentando sobre a passagem Ageu, Hebreus 0:27 explica que a expressão, "No entanto, mais uma vez," denota a mudança das coisas que pode ele móveis, como coisas criadas, a fim de que as coisas que ele não pode imóveis permaneçam. Tudo físicos ( aquelas coisas que ele pode abalados ) serão destruídos. Apenas as coisas eternas permanecerá.

    Pedro nos diz que, naquela época, que "virá como um ladrão, ... os céus passarão com grande estrondo, e os elementos serão destruídos com o calor intenso, ea terra e as obras serão queimadas" e " os céus serão destruídos por incineração, e os elementos se desfarão intenso! " (2Pe 3:10, 2Pe 3:12). Isto constituirá a "agitação" das coisas que pode ser abalado, a destruição total do universo físico, a ira de Deus.

    Mas algumas coisas são inabaláveis, e estes irão permanecer. Deus tem preparado "um novo céu e uma nova terra", que incluirá "a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, feito pronta como uma esposa ataviada para seu marido "(Ap 21:1-2). Este é o reino que recebemos . É um reino que não pode ser abalado . Ele é eterno, imutável, imóvel. Nós nunca serão tomadas a partir dele, e isso nunca vai ser tirado de nós. Por esta bênção incrível em Cristo, devemos mostrar gratidão, pelo qual podemos oferecer a Deus de modo agradável, com reverência e temor . A resposta certa, então, é uma vida adorando oferecendo santo serviço ao nosso Deus, digna e impressionante.

    O verso final do capítulo 12 é, talvez, a advertência mais severa no livro de Hebreus: para o nosso Deus é um fogo consumidor. O escritor está alertando novamente, dizendo: "Alguns de vocês vieram para a borda da aceitação plena de Cristo Don '. t voltar ao judaísmo agora. Só julgamento espera por você no Sinai, e ainda pior julgamento em recusar a oferta de Sião. Não ser consumido em feroz fogo de Deus, implacável do juízo. "

    Para viver sob o judaísmo é chegar a Sinai e seu julgamento, em que todos os que confiam nas obras da lei, mesmo a lei do próprio Deus, será condenado. Para voltar ao judaísmo, depois de ouvir o evangelho, depois de ver Sião, traz ainda maior condenação. Os judeus que foram "iluminados" e "provaram o dom celestial", e mesmo "foram feitos participantes do Espírito Santo" (Heb. 6: 4) não podia simplesmente voltar ao judaísmo. Eles não poderiam pegar de onde haviam parado. Se eles se voltaram para trás agora, eles estariam sujeitos, não só para o julgamento de Sinai, mas a Sião do bem.

    Para cada homem a escolha é a mesma. Quer sejamos judeus ou gentios, para tentar se aproximar de Deus por nossas obras é para vir ao Sinai e ao descobrir que nossas obras são insuficientes e não nos pode salvar. Quer sejamos judeus ou gentios, a confiar no sangue expiatório de Jesus Cristo é a virão a Sião, onde o nosso Sumo Sacerdote celestial mediará para nós e nos trazer para o Pai, e onde encontramos a reconciliação, a paz ea vida eterna. E se você tem realmente virão a Sião e recebeu todas as suas bênçãos, é inconcebível que você iria querer se agarrar ao Sinai de qualquer forma.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 29

    Hebreus 12

    A carreira e a meta — He 12:1-2. Há muitas maneiras nas que a pessoa pode considerar a disciplina que Deus lhe envia.

    1. Pode aceitar a disciplina resignadamente. Isto é o que faziam os estóicos que pensavam que nada neste mundo acontecia sem a vontade de Deus. Portanto, afirmavam, não há outra saída senão a aceitação. Agir

    de outra maneira é simplesmente golpear a cabeça contra as muralhas do universo e não querer aceitar o inevitável. Trata-se certamente de uma aceitação. Pode ser que seja até a aceitação da sabedoria suprema; mas

    apesar de tudo é uma aceitação não do amor de um pai, mas sim de seu poder. Não é uma aceitação voluntária mas sim uma aceitação derrotada.

    1. Pode-se aceitar a disciplina com o lúgubre sentimento de que

    passe o mais rapidamente possível. Um famoso romano da antigüidade dizia: "Não deixarei que nada interrompa minha vida". Se a pessoa aceitar a disciplina desta maneira, ele o faz com uma turva determinação mas considerando-a como uma correção e aflição que devem superar-se com desafio e não certamente com gratidão.

    1. Pode-se aceitar a disciplina com uma auto-comiseração que o conduz finalmente ao fracasso. Há pessoas que quando se vêem vítimas

    de alguma situação difícil dão a impressão de ser os únicos do mundo golpeados ou afligidos pela vida. Perdem-se na auto-comiseração. Ainda que se trate da perda de um ser querido, por quem sofrem todo o tempo é

    por si mesmas.

    1. Alguém pode aceitar a disciplina como um castigo que os ofende. É estranho que nessa época os romanos não vissem nos desastres nacionais e pessoais mais que a vingança dos deuses.

    Luciano escreveu: "Roma teria sido efetivamente feliz e seus cidadãos felizes, se os deuses se preocupassem tanto em cuidar dos

    homens como em ser exigentes na vingança".

    Tácito mantinha que os desastres da nação eram a prova de que os deuses não se interessavam pela segurança dos homens, mas sim em seu

    castigo. Até há aqueles que consideram a Deus como um Deus vingativo. Quando algo lhes acontece ou aos que amam, eles se perguntam: "O que é que eu fiz para merecer isto?" E o perguntam em tom e com um

    espírito tais que evidenciam que consideram tudo como um castigo injusto e imerecido de parte de Deus. Jamais lhes ocorre perguntar: "O que é o que Deus quer me ensinar? O que quer fazer de mim? O que quer

    fazer comigo por meio desta experiência que me sobreveio?"

    1. Desta maneira chegamos à última atitude. Também existem os que vêem nas coisas difíceis da vida a disciplina de um pai amante.

    Jerônimo dizia algo paradoxal mas verdadeiro: "A maior ira de todas é que Deus não se ire mais conosco quando pecamos". Queria dizer que o castigo supremo é que Deus nos abandone como indóceis,

    incuráveis e irremediavelmente cegos.

    O verdadeiro cristão sabe que tudo o que lhe sobrevém procede de um Deus que é um Pai e que, "a mão de um pai jamais causará a seu filho uma lágrima inútil". Sabe que tudo o que acontece significa algo,

    tem um propósito, leva o desígnio de fazer dele um homem melhor e mais sábio.

    Daremos fim à auto-comiseração, ao ressentimento e à queixa

    rebelde se lembrarmos que não há disciplina de Deus que não tenha suas fontes no amor, e que não esteja ordenada para o bem.

    DEVERES, FINALIDADES E PERIGOS

    Hebreus 12:12-17

    Com esta passagem o autor chega aos problemas diários da vida cristã. Sabia que algumas vezes o homem pode alçar vôo como águia e

    correr sem cansaço seguindo o ímpeto do esforço; mas sabia também que o mais difícil é caminhar diariamente sem desfalecer. Nesta passagem pensa no viver diário e na luta da vida cristã.

    1. Começa lembrando os cristãos de seus deveres. Em toda congregação e em toda sociedade cristã há membros fracos e propensos a extraviar-se e a deixar-se arrastar e abandonar a luta. É dever dos mais

    fortes injetar vida e vigor nos que estão a ponto de claudicar na batalha. Devem inspirar fortaleza em suas mãos abatidas e nova força em seus pés desfalecentes. A frase que se usa para mãos descaídas é a mesma que se aplica aos filhos de Israel quando desejavam abandonar os rigores

    da viagem através do deserto e retornar ao bem-estar e às panelas de carne do Egito.

    As Odes de Salomão He 6:14 ss têm uma descrição dos que são servos

    e ministros fiéis:

    "Eles suavizaram os lábios secos,

    à vontade que desfalecia infundiram vigor... e aos membros prostrados

    endireitaram e ergueram."

    Uma das maiores glórias da vida é saber dar ânimo ao homem que está à beira do desespero e fortaleza ao que desfalece. Para ajudá-lo nisto devemos endireitar seu caminho. O cristão tem o duplo dever para com Deus e para com seu próximo.

    O Testemunho de Simeão He 5:2-3 tem uma luminosa descrição do dever de um homem bom: "Que seu coração seja bom à vista do Senhor; que seu caminho seja reto à vista dos homens; desta maneira encontrará

    favor diante Deus e dos homens". O homem deve apresentar a Deus um

    coração limpo e aos homens uma vida íntegra. O cristão tem o dever de mostrar ao homem o caminho reto por aquele que tem que caminhar, de encaminhá-lo pelo bom exemplo pessoal, de remover do atalho da vida o que o faria tropeçar e de tornar a viagem mais fácil a seus pés vacilantes e atrasados. O homem deve oferecer seu coração a Deus e seu serviço e seu exemplo ao próximo.

    1. Em segundo lugar, o autor refere-se às finalidades que o cristão sempre deve ter perante si.
    2. Deve ter em vista a paz. No pensamento e na linguagem hebraicas a paz não era algo negativo, mas algo positivo por excelência; não era simplesmente estar livres de dificuldades. Abrangia duas coisas.

    Em primeiro lugar, era tudo aquilo que tinha que ver com o bem supremo do homem; e significava o maior bem-estar que alguém podia desfrutar. Era aquilo que fazia com que o homem alcançasse seu topo

    mais alto. Segundo os judeus, esse bem-estar supremo e esse sumo bem encontravam-se na obediência a Deus

    O autor de Provérbios (He 3:1) diz: “Filho meu, não te esqueças dos

    meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz.”. O cristão deve ter em vista essa obediência total a Deus em que a vida encontra sua maior felicidade, seu maior bem, sua perfeita consumação, sua paz. Em segundo lugar, paz significa relações justas entre os homens; um estado em que se proscreve o ódio e em que cada um não busca senão o bem de seu próximo; significa o vínculo de amor, perdão e serviço que devesse unir aos homens entre si. O autor de Hebreus diz: "Busquem viver unidos assim como os cristãos devem viver: na unidade real que provém da vida em Cristo". A paz que se tem que buscar é a que provém da obediência à vontade de Deus, a que eleva a vida do homem a sua realização mais alta e a que o capacita para viver com seu próximo e estabelecer uma relação justa com ele.

    Deve-se notar uma coisa mais: esta classe de paz tem que ser nossa finalidade; tem que ser perseguida. Esta paz requer um esforço; é o produto do esforço, a disciplina e o empenho e o suor mental e espiritual.

    Os dons de Deus são dados, mas não dados de presente; devem ser

    ganhos, pois só podem-se receber aceitando as condições que Deus põe

    1. e a condição suprema é a obediência a ele.
    2. Deve apontar à santidade (hagiasmos). Hagiasmos tem a mesma raiz que o adjetivo hagios ordinariamente traduzido por santo. A raiz da

    palavra índica sempre diferença e separação. Ainda que viva no mundo, o homem hagios deve ser sempre, em certo sentido, diferente do mundo e estar separado dele. Suas normas e sua conduta não são as do mundo.

    Seu ideal é diferente; sua recompensa é diferente; sua finalidade é diferente. Sua finalidade não é estar bem com os homens mas com Deus.

    Hagiasmos (santidade) como o expressa finalmente Westcott, é: "a

    preparação para a presença de Deus". A vida do cristão está dominada e dirigida pela lembrança constante de que seu maior propósito é entrar na presença de Deus.

    1. O autor passa agora a assinalar os perigos que ameaçam a vida cristã.
      1. Existe o perigo de perder a graça de Deus, ou como se traduz

    na Nova Versão Internacional: excluir-se da graça de Deus. O antigo comentarista grego Teofilacto, interpreta isto em termos de uma viagem de um grupo de pessoas. De vez em quando devem fazer chamada e perguntar: '"Alguém caiu? Alguém se demorou à beira do caminho? Alguém atrasou enquanto outros se adiantaram?"

    Em Mq 4:6 (Reina-Valera Revisada 1
    995) há um texto gráfico: "Reunirei as extraviadas". É fácil desencaminhar-se, atrasar-se,

    ir à deriva em vez de adiantar-se, e perder assim a graça de Deus. Não há nesta vida oportunidade que não possa ser desperdiçada. A graça de Deus nos traz a oportunidade de fazer de nós mesmos e de nossas vidas o

    que têm que ser. Um homem, em sua letargia, sua negligência, sua

    inconsciência e demora pode perder as oportunidades que a graça lhe oferece. Contra isto devemos estar sempre alerta.

    1. Devemos estar alerta ao que o texto chama “alguma raiz de amargura”. A frase provém de Dt 29:18, onde descreve ao

    que vai atrás de deuses estranhos, anima a outros a operar desta maneira e se transforma assim num fator pernicioso e mortífero na vida da comunidade. O autor adverte contra aqueles que têm uma influência corruptora. Sempre há aqueles que pensam que as normas cristãs são

    desnecessariamente estritas e meticulosas; os que nunca vêem por que não devam envolver-se nas coisas que o mundo chama êxito e prazer; os que estariam bem contentamentos adotando as normas do mundo para a

    vida e a conduta. Isto era particularmente assim na 1greja primitiva. A Igreja era uma pequena ilha de cristianismo rodeada por um mar de paganismo; seus membros estavam apartados no máximo por uma

    geração. Era fatalmente fácil recair nas antigas normas. Trata-se de uma advertência contra qualquer influência que pudesse fazer com que o cristão pensasse mais no mundo e menos em Deus. É uma admoestação

    contra o contágio do mundo, algumas vezes deliberado, outras inconsciente, difundido na sociedade cristã.

    1. O cristão tem que estar alerta contra toda queda na imoralidade

    ou recaída numa vida ímpia. Ímpio em grego é bebelos que tem todo um fundo luminoso. usava-se para a terra profana em contraposição à consagrada. O mundo antigo tinha suas religiões nas quais só o iniciado podia participar. Bebelos se usava para a pessoa não iniciada e desinteressada em contraposição ao homem devoto. Aplicava-se a homens tais como Antíoco Epifânio, que estavam empenhados em eliminar toda religião verdadeira e aos judeus renegados e apóstatas e que tinham abandonado a Deus.

    Westcott resume o alcance desta palavra dizendo que descreve o homem cuja mente não reconhece nada superior ao mundo; para quem

    não existe nada sagrado; que não guarda nenhum respeito para com o invisível. Uma vida ímpia é uma vida sem nenhuma consciência de Deus

    ou interesse nEle; que em seus pensamentos, suas intenções, seus prazeres e suas normas está completamente atada à terra. Devemos tomar cuidado de não ser arrastados a uma estrutura mental e emotiva que não tem nenhum horizonte para além deste mundo; este caminho leva inevitavelmente ao fracasso da castidade e na perda da honra.

    Para resumir tudo o autor de Hebreus cita o exemplo do Esaú. Em realidade junta duas histórias: a de Gênesis 25:28-34 e a de Gênesis 27:1-39. Na primeira Esaú vem do campo com um homem voraz, para

    vender seu direito de primogenitura a Jacó e participar assim na comida que este preparava. A segunda narra como Jacó despojou sutilmente a Esaú de seu direito de primogenitura personificando-o perante Isaque

    velho e cego, e ganhando assim a bênção e o direito de primogenitura que pertenciam a Esaú como o maior dos dois. Quando Esaú buscou a bênção que Jacó tinha obtido astutamente, levantou sua voz e chorou

    (Gn 27:38). Mas há algo mais que salta à primeira vista. Nas lendas hebraicas e nas elaborações rabínicas, Esaú chegou a ser considerado como o tipo do homem inteiramente sensual, que em primeiro lugar tem

    em conta as necessidades de seu corpo, que dá preeminência aos prazeres imediatos e às paixões, que vende o direito de primogenitura para encher o estômago.

    A lenda hebraica diz que antes de nascerem Jacó e Esaú (eram gêmeos) e enquanto ainda estavam no seio de sua mãe, Jacó disse a Esaú: "Irmão meu, há dois mundos diante de nós: este mundo e aquele que há que vir. Neste mundo os homens comem, bebem, negociam,

    casam-se e engendram filhos e filhas; mas tudo isto não tem lugar no mundo futuro. Se quiser, escolhe este mundo que eu escolherei o outro". E Esaú ficou muito contente de poder escolher este mundo, porque não

    cria no outro. No mesmo dia em que Jacó ganhou por seu subterfúgio a bênção de Isaque, Esaú segundo a lenda, já tinha cometido cinco pecados: "tinha rendido um culto estranho, tinha derramado sangue

    inocente, tinha açoitado a uma jovem comprometida, tinha negado a vida do mundo vindouro, e tinha desprezado seu direito de primogenitura".

    A interpretação hebréia considerava o Esaú como o homem do corpo, o homem sensual, o homem que não encontra prazeres mais além dos deste mundo. Todo homem deste tipo vende seu direito de primogenitura e esbanja seu patrimônio desprezando a eternidade.

    O autor de nossa Carta diz que Esaú não teve oportunidade para o arrependimento. Usa-se a palavra metanoia que literalmente significa mudança de mente. É melhor dizer que a Esaú foi impossível a mudança de mente. Não é que se achasse proscrito para sempre do perdão de Deus; é algo muito mais simples. É o triste fato de que há certas opções que não podem desfazer-se e certas conseqüências que nem sequer Deus pode evitar. Para aduzir um exemplo simples: se um jovem perder sua pureza ou uma jovem sua virgindade, não há nada que possa restituir o estado anterior. A escolha foi feita e subsiste. Deus pode e quer perdoar, mas Deus mesmo não pode fazer com que o relógio do tempo volte atrás para suprimir a escolha e eliminar as conseqüências. Lembremos que a vida tem certa finalidade. Se como Esaú seguimos o caminho do mundo, nosso bem último serão as coisas sensuais e corporais; se escolhemos os prazeres do tempo, preferindo-os às alegrias da eternidade, Deus pode e quer ainda perdoar, mas sucedeu algo que não pode ser desfeito. Há certas coisas nas quais o homem não pode mudar de mente; seu desejo de mudança sobreveio muito tarde; deve permanecer para sempre na escolha que fez.

    O TERROR DO VELHO E A GLÓRIA DO NOVO

    Hebreus 12:18-24

    Esta passagem é um contraste entre o velho e o novo, entre a Lei do

    Sinai e a nova aliança da qual Jesus é mediador. Até o versículo 21 se repetem os ecos da história da entrega da Lei no monte Sinai. Deuteronômio 4:11-12 descreve a que se assemelha esta Lei: “Então, chegastes e vos pusestes ao pé do monte; e o monte ardia em fogo até ao

    meio dos céus, e havia trevas, e nuvens, e escuridão. Então, o SENHOR vos falou do meio do fogo”.

    Êxodo 19:12-13 nos fala de como não era possível aproximar-se a essa terrível montanha: “Marcarás em redor limites ao povo, dizendo:

    Guardai-vos de subir ao monte, nem toqueis o seu limite; todo aquele que tocar o monte será morto. Mão nenhuma tocará neste, mas será apedrejado ou flechado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá. Quando soar longamente a buzina, então, subirão ao monte”.

    Deuteronômio 5:23-27 nos narra como o povo estava tão assustado de ouvir ele mesmo a voz de Deus, que pediu a Moisés que fosse ele quem lhes trouxesse a mensagem de Deus: “Se ainda mais ouvíssemos a

    voz do SENHOR, nosso Deus, morreríamos”.

    Dt 9:19 nos fala do temor e terror de Moisés mas o autor de Hebreus trasladou isto à entrega da Lei. No relato original estas

    palavras foram pronunciadas por Moisés quando desceu da montanha e encontrou o povo dando culto ao bezerro de ouro. Toda a passagem até o versículo 21 reúne frases típicas e reminiscências históricas da entrega

    da Lei no monte Sinai. Reuniu-se todo o terrível e terrífico para dar ênfase à esmagadora grandiosidade da cena.

    Na entrega da Lei no monte Sinai se sublinham três coisas.

    1. A absoluta majestade de Deus. Toda a narração insiste no poder esmagador de Deus; no qual não há absolutamente nada de amor.
    2. A absoluta inacessibilidade de Deus. Não só não estão abertas as portas a Deus, mas também estão obstruídas com barreiras. Aquele

    que tentava aproximar-se a Deus encontrava-se com a morte.

    1. O terror absoluto a Deus. Aqui não há outra coisa senão o tremendo temor de olhar e até de escutar.

    Logo no versículo 22 vem algo diferente. A primeira seção trata de tudo o que o homem pode esperar sob a antiga aliança e a antiga Lei; nela não há em Deus outra coisa senão majestade solitária, completa

    separação do homem e temor que prostra. Mas para o cristão veio a nova aliança, uma nova relação com Deus.

    Nesta passagem o autor de Hebreus faz uma espécie de lista das novas glórias que o cristão espera e às quais tem acesso.

    1. A nova Jerusalém, a Jerusalém celestial o aguarda. Aguarda-o uma nova criação. Este mundo com toda sua expiração, com seus

    temores, seus mistérios e suas separações passou; para o cristão a vida foi recriada e feita nova.

    1. Os anjos o aguardam numa prazerosa assembléia (companhia; BJ., "reunião solene"). A palavra que o autor usa é paneguris. A palavra

    indica uma assembléia nacional jubilosa em honra dos deuses. Para o grego descrevia um dia santo jubiloso quando todos estavam de festa e se alegravam. Para o cristão a glória do céu é tal que até faz com que os

    anjos prorrompam em manifestações de regozijo.

    1. O cristão é esperado pelos escolhidos de Deus. O autor usa duas palavras para descrevê-los. Diz literalmente que eles são os

    primogênitos. Agora, a característica do filho primogênito é que tanto a herança como a honra lhe pertencem. Diz que são aqueles cujos nomes estão escritos no livro de Deus. Na antigüidade os reis guardavam um

    registro de seus cidadãos fiéis. O homem cujo nome figurava nesse registro era um cidadão aceito e reconhecido pelo rei. Desta maneira o cristão é esperado por aqueles aos quais Deus honrou e registrou entre

    seus cidadãos fiéis.

    1. O cristão é esperado por Deus como Juiz. Até no meio da alegria permanece o temor. O autor nunca esquece que no final o cristão deverá suportar o escrutínio divino. A glória está ali; mas o temor e o

    sobressalto perante Deus ainda subsistem. O Novo Testamento nunca corre o menor perigo de sentimentalizar a idéia de Deus.

    1. O cristão é esperado pelos espíritos de todos os homens bons

    que alcançaram a meta. Uma vez o rodearam numa nuvem invisível, agora ele será um deles. O mesmo irá unir-se àqueles cujos nomes estão no quadro de honra de Deus. que em sua fé foram aprovados e confirmados por Deus.

    1. Finalmente, o autor diz que Jesus é aquele que iniciou esta nova aliança, aquele que fez possível esta nova relação com Deus: foi Jesus aquele que eliminou o terror do Sinai e deu aos homens a glória da nova relação com Deus, o perfeito sacerdote e o perfeito sacrifício que tornou acessível o inacessível, suprimindo o terror de Deus. E isto à custa de seu sangue, quer dizer, teve que morrer antes de que isto fosse possível. Assim, pois, o autor termina a seção com um curioso contraste entre o sangue de Abel e o sangue de Jesus. Quando Abel foi morto, seu sangue sobre a terra clamava por vingança (Gn 4:10); sua morte pedia a desforra. Mas quando Jesus foi morto seu sangue e sua morte não clamavam por vingança; abriram o caminho à reconciliação. Sua vida, morte e sacrifício tornaram possível que o homem se tornasse amigo de Deus.

    Num tempo os homens estavam sob todo o terror da Lei; a relação entre eles e Deus era de uma distância intransponível e um medo

    assustador. Mas depois que Jesus veio e morreu, o Deus tão distante se aproximou; abriu-se um caminho rumo ao Deus cuja presença tinha

    estado bloqueada ao homem.

    A MAIOR OBRIGAÇÃO

    Hebreus 12:25-29

    Aqui o autor começa com um contraste que é também uma advertência. Moisés trouxe para a Terra os oráculos de Deus. Agora, o

    termo que usa de Moisés (crematizein) implica que ele só foi o transmissor desses oráculos, o porta-voz pelo qual Deus falou. E entretanto, o homem que quebrantava os mandamentos transmitidos por

    Moisés não escapava ao castigo e condenação. Por outro lado está Jesus. Para ele usa-se a palavra lalein que implica uma locução direta de Deus; Ele não foi meramente o transmissor da voz de Deus, mas sim a própria voz de Deus; não falou com um acento terreno e uma mensagem terrena:

    o próprio céu fala nEle.

    Sendo assim quanto mais será castigado e se condenará o homem que recuse obedecê-lo? Se merece condenação aquele que negligencia a mensagem imperfeita da Lei, quanta maior condenação merecerá aquele que negligenciar a mensagem perfeita do Evangelho? Justamente porque o Evangelho é a plena revelação de Deus e Deus falou como jamais tinha falado antes nem jamais falará de novo o homem que ouve está perante uma dupla e tremenda responsabilidade. Aqueles que só ouviam a Lei antiga jamais tiveram a possibilidade de ouvir toda a verdade; os que ouvem o Evangelho prestam ouvido à revelação plena da verdade divina. E tanto maior será a condenação do homem se negligenciar a perfeita revelação de Deus.

    O autor passa então a enunciar outro pensamento. Quando a Lei foi dada a Terra se comoveu. “Todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente.” (Ex 19:18); “Estremece, ó terra, na presença do Senhor” (Sl 114:7); “Tremeu a terra; também os céus gotejaram à presença de Deus” (Sl 68:8); “O ribombar do teu trovão ecoou na redondeza; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu” (Sl 77:18). Isto foi o que aconteceu quando a Lei foi dada pela primeira vez. Para o sacudimento da Terra o autor encontra outra referência em Ag 2:6. A versão grega do Antigo Testamento diz: "Ainda outra vez (o hebraico diz "daqui a pouco") eu farei tremer os céus e a Terra."

    O autor de Hebreus toma isto como um anúncio do dia em que esta Terra passará e começará a nova era. Naquele dia tudo o que possa ser

    movido será extirpado e destruído; somente ficarão as coisas inamovíveis e entre estas conta acima de tudo nossa relação com Deus.

    Todas as coisas podem passar; o mundo assim como o conhecemos pode ser desarraigado; a vida assim como a experimentamos pode chegar a seu fim. Mas uma coisa não pode mudar, terminar ou ser comovida: a

    relação do cristão com Deus. Ainda que todo o resto seja feito em pedaços, destruído pela eternidade, esta relação será eternamente segura.

    Sendo assim, uma enorme obrigação pesa sobre nossos ombros. Devemos dar culto a Deus com reverência e servi-lo com temor; porque não devemos permitir que nada turve esta relação que será nossa salvação quando o mundo passar. Assim o autor termina com uma das citações ameaçadoras que com freqüência lança a seus ouvintes como um rodar de trovões. É uma citação de Dt 4:24.

    Ali Moisés diz ao povo que jamais devem quebrantar seu acordo com Deus nem recair na idolatria e no culto a imagens entalhadas ou esculpidas porque Deus é um Deus ciumento; devem adorá-lo e só a ele, ou o acharão como um fogo consumidor.

    É como se o autor de Hebreus dissesse:

    "Perante vós se apresenta uma dupla opção: ou permanecer fiéis e inamovíveis em Deus para que, quando vier o dia em que o universo seja

    abalado até a destruição, sua relação com Deus se mantenha salva e segura; ou ser desleais a Deus e neste mesmo dia, que poderia ser sua salvação, permute-se num fogo que consuma até a destruição".

    É um pensamento lúgubre mas que contém uma verdade eterna e inalterável: se um homem for fiel a Deus ganha tudo; se pelo contrário for infiel a Ele, perde tudo. Nada interessa no tempo e na eternidade salvo só a lealdade a Deus.


    Dicionário

    Anjos

    Existem aproximadamente 292 referências a “anjos” nas Escrituras, ou seja, 114 no Antigo e 178 no Novo Testamento. Esse número registra mais de 60 referências ao “anjo do Senhor”, mas não inclui as relacionadas aos dois anjos chamados pelo nome na Bíblia, Gabriel (Dn 8:16; Dn 9:21; Lc 1:19-26) e Miguel (Dn 10:13-21; Dn 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Existem também mais de 60 referências aos querubins, seres celestiais que são citados freqüentemente em conexão com a entronização simbólica de Deus no Tabernáculo e no Templo (Ex 25:18-20; Ex 37:7-9; 1Rs 6:23-25; Rs 8:6-7; 2Cr 3:7-14; Ez 10:1-20; Hb 9:5).

    Os anjos no Antigo Testamento

    A palavra usada no Antigo Testamento, para designar anjo, significa simplesmente “mensageiro”. Normalmente, constituía-se em um agente de Deus, para cumprir algum propósito divino relacionado com a humanidade. Exemplo: dois anjos foram a Sodoma alertar Ló e sua família sobre a iminente destruição da cidade, como punição do Senhor por sua depravação (Gn 19:1-12-15).


    Os anjos trazem direção, ajuda ou encorajamento
    Em outras ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa, para o fiel cumprimento da vontade de Deus. Exemplo: o servo de Abraão foi enviado à Mesopotâmia, a fim de encontrar uma esposa para Isaque entre seus parentes, depois que Abraão lhe disse que o Senhor “enviaria seu anjo” adiante dele, para que o ajudasse a alcançar seu propósito (Gn 24:8-40).

    Às vezes os anjos apareciam, no Antigo Testamento, para encorajar o povo de Deus. Assim, o patriarca Jacó, depois que saiu de Berseba, teve um sonho em Betel, no qual viu uma escada “posta na terra, cujo topo chegava ao céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28:12). Por meio dessa experiência, o Senhor falou com Jacó e tornou a prometer-lhe que seria o seu Deus, cuidaria dele e, depois, o traria à Terra Prometida (Gn 28:13-15).

    Essa proteção divina é vista pelo salmista como extensiva a todos os que genuinamente colocam a confiança no Deus vivo: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7; cf. 91:11-12).

    Uma das referências mais interessantes aos anjos foi quando Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom. Ao registrar as dificuldades enfrentadas durante o cativeiro egípcio, o legislador comentou: “Mas quando clamamos ao Senhor, ele ouviu a nossa voz, enviou um anjo, e nos tirou do Egito” (Nm 20:16). Infelizmente, a lembrança da ajuda divina no passado não foi suficiente e a passagem pelo território edomita foi negada (Nm 20:18-20).


    Os anjos como executores do juízo de Deus
    Houve ocasiões em que os anjos tiveram um papel preponderante no propósito divino (Gn 19:12-2Sm 24:16-17). Uma ilustração contundente de um anjo no exercício do juízo divino é encontrada em I Crônicas 21:15: “E Deus mandou um anjo para destruir a Jerusalém”. Nesse caso, felizmente, a aniquilação da cidade foi evitada: “Então o Senhor deu ordem ao anjo, que tornou a meter a sua espada na bainha” (1Cr 21:27). A justiça de Deus foi temperada com a misericórdia divina. Por outro lado, houve ocasiões quando a teimosa oposição ao Senhor foi confrontada com a implacável fúria divina, como nas pragas que caíram sobre o Egito. “Atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira, furor, indignação e angústia” (Sl 78:49).

    Um dos casos mais dramáticos de retaliação divina ocorreu na derrota de Senaqueribe, em 701 a.C., em resposta à oração do rei Ezequias: “E o Senhor enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, os chefes e os oficiais no arraial do rei da Assíria” (2Cr 32:21s.; cf. 2Rs 19:35; Is 37:36). A mesma ação que produziu juízo contra os inimigos de Deus trouxe livramento ao seu povo.


    Anjos interlocutores
    Eles aparecem com freqüência no livro de Zacarias, onde um anjo interlocutor é citado várias vezes (Zc 1:14-18,19; 2:3;4:1-5; 5:5-10; 6:4-5; cf. Ed 2:44-48; Ed 5:31-55). Assim lemos, quando o anjo do Senhor levantou a questão sobre até quando a misericórdia divina seria negada a Jerusalém: “Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, palavras boas, palavras consoladoras” (Zc 1:13). O anjo então transmitiu ao profeta a mensagem dada por Deus (Zc 1:14-17). Esse papel do mensageiro do Senhor de comunicar a revelação divina ao profeta traz luz sobre o Apocalipse, onde um papel similar é dado a um anjo interlocutor (Ap 1:1-2; Ap 22:6).


    Os anjos e o louvor a Deus
    Um dos mais bonitos papéis desempenhados pelos anjos no Antigo Testamento é o louvor. O salmista exortou: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos celestiais, vós, ministros seus, que executais a sua vontade” (Sl 103:20-21). Semelhantemente, o Salmo 148 convoca os anjos a louvar ao Senhor junto com todos os seres criados: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestiais” (v. 2). Quando Deus criou a Terra, todos os anjos (conforme trazem algumas versões) rejubilaram (38:7). Da mesma maneira, os serafins — criaturas celestiais que são citadas somente na visão de Isaías — ofereciam louvor e adoração, por sua inefável santidade: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6:2-4). O próprio nome desses seres (“aqueles que queimam”) indica sua pureza como servos de Deus. Nesse texto, uma grande ênfase é colocada sobre a santidade do Senhor e a importância do louvor por parte dos anjos que o servem.

    Os anjos no período intertestamentário

    Os anjos foram particularmente proeminentes na literatura judaica no período entre os dois testamentos (2 Esdras 6:3; Tobias 6:5; 1 Macabeus 7:41; 2 Macabeus 11:6). Alguns anjos, segundo os livros apócrifos, eram conhecidos pelo nome (Uriel, em 2 Esdras 5:20 e Rafael, em Tobias 5:
    4) e, a partir daí, desenvolveram-se elaboradas angelologias. Tobias, por exemplo, falou sobre “sete santos anjos que apresentam as orações dos santos e entram na presença da glória do Santo”. O livro apócrifo “Os Segredos de Enoque”, que apresenta um forte interesse pelos anjos, menciona quatro deles pelo nome, os quais são líderes e desempenham funções específicas no plano divino (1 Enoque 40:9-10). No entanto, este ensino sobre os anjos é restrito e saturado do elemento especulativo, o qual tornou-se tão dominante no período intertestamentário.

    Os anjos no Novo Testamento

    No Novo Testamento, a palavra grega angelos significa “mensageiro” (usada com referência a João Batista, Mc 1:2-4) ou um “anjo”. Os anjos são mencionados muitas vezes nos Evangelhos, Atos, Hebreus e Apocalipse e ocasionalmente nos outros livros.
    Os anjos e os nascimentos de João e de Jesus
    O elemento do louvor certamente marcou presença no NT. Em Lucas, o nascimento de Jesus é anunciado por uma “multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens...” (Lc 2:13-14). Assim, também no NT os anjos participam do louvor e da adoração ao Senhor, da mesma maneira que faziam no AT. O louvor a Deus era uma de suas atividades primárias (Ap 5:11-12).

    Vários outros aspectos da história do nascimento de Jesus são dignos de nota. Primeiro, o anjo do Senhor teve um papel preponderante no anúncio dos nascimentos tanto de João Batista como de Jesus, ao aparecer a José (Mt 1:20-24; Mt 2:13), a Zacarias (Lc 1:11-20) e aos pastores (Lc 2:9-12). Segundo, o anjo Gabriel fez o anúncio para Zacarias e Maria (Lc 1:19-26). Lucas destacou também a participação de Gabriel na escolha do nome de Jesus (2:21; cf. 1:26-38).


    Os anjos e a tentação de Jesus
    Durante a tentação, o Salmo 91:11-12 foi citado pelo diabo, para tentar Jesus e fazê-lo colocar a fidelidade de Deus à prova (Mt 4:5-7; Lc 4:9-12). Cristo recusou-se a aceitar a sugestão demoníaca e é interessante que Marcos destacou o ministério dos anjos em seu relato da tentação (Mc 1:13). Da mesma maneira, no final de seu registro sobre este assunto, Mateus declarou: “Então o diabo o deixou, e chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4:11). A promessa divina do Salmo 91 foi assim cumprida, mas no tempo e na maneira de Deus (cf. Lc 22:43).


    Os anjos e o tema do testemunho
    Os anjos são citados várias vezes em conexão com a vida cristã. O testemunho de Cristo era importante, pois era visto contra o pano de fundo da eternidade: “Qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lc 9:26). O testemunho cristão tem um significado solene, com relação à nossa situação final na presença de Deus e dos anjos: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8-9; cf. Mt 10:32-33; Ap 3:5). Em adição, Lucas destacou também a alegria trazida pelo arrependimento sincero: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15:10).


    Os anjos e o dia do Senhor
    Mateus destacou o papel dos anjos no dia do Senhor. Na Parábola do Joio, por exemplo, Jesus disse aos discípulos: “A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. . . Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado e todos os que cometem iniqüidade” (Mt 13:39). Semelhantemente, na Parábola da Rede, os anjos participam no julgamento final: “Virão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:49-50). Em Mateus 16:27, os anjos são vistos como agentes de Deus, os quais terão um papel significativo no processo judicial: “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras”. No final dos tempos, Deus “enviará os seus anjos, com grande clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24:31).


    Os anjos em cenas de morte e ressurreição
    Os anjos são mencionados na intrigante passagem sobre o homem rico e Lázaro, onde “morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”; por outro lado, “morreu também o rico e foi sepultado” (Lc 16:22). O destino eterno dos dois foi muito diferente e mostrou um forte contraste com o contexto de suas vidas na Terra!

    Anjos apareceram no túmulo vazio, logo depois da ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28:2-5; Lc 24:23; Jo 20:12). Mateus escreveu que um “anjo do Senhor” rolou a pedra que fechava o túmulo, e citou sua impressionante aparência e a reação aterrorizada dos guardas (Mt 28:2-3). Ele também registrou as instruções do anjo para as mulheres (Mt 28:5-7; cf. Mc 16:5-7; Lc 24:4-7). De acordo com o evangelho de João, Maria Madalena encontrou “dois anjos vestidos de branco” e depois o próprio Cristo ressurrecto (Jo 20:11-18; cf. At 1:10-11).


    Os anjos em outras referências nos evangelhos
    Mateus chamou a atenção para o papel dos anjos guardiões, que protegem o povo de Deus (Mt 18:10; cf. Sl 34:7; Sl 91:11; At 12:11). Incluiu também o ensino de Jesus sobre o casamento no estado futuro: “Na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; serão como os anjos de Deus no céu” (Mt 22:30; cf. Lc 20:36). Finalmente, há o sombrio repúdio dos que estarão ao lado esquerdo do Rei, na passagem sobre os bodes e as ovelhas: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41). A partir desta passagem, fica claro que alguns dos anjos pecaram e uniram-se ao maligno e consequentemente também receberão o castigo eterno (cf. Is 14:12-17; Ez 28:12-19; 2Pe 2:4; Jd 6).

    Em seu evangelho, João registrou o comentário de Jesus para Natanael: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1:51). Essa passagem lembra o sonho que Jacó teve em Betel (Gn 28:10-17), onde os anjos faziam algo similar. Aqui, a ideia é que Cristo, como o Filho de Deus, será o elo de ligação entre o céu e a terra.


    Os anjos no livro de Atos
    Lucas fez muitas referências aos anjos em Atos. “O anjo do Senhor” abriu as portas das prisões para os apóstolos em várias ocasiões (At 5:19; At 12:7-11). Mais tarde, “o anjo do Senhor” encorajou Paulo no meio de uma tempestade no mar, com uma mensagem de conforto e a certeza do livramento (At 27:23-24). Por outro lado, “o anjo do Senhor” trouxe juízo contra um inimigo do povo de Deus (o rei Herodes) como no AT: “No mesmo instante o anjo do Senhor feriu-o, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou” (At 12:23). Deus guiava seu povo e usava seus anjos, embora os saduceus racionalistas negassem a existência deles (At 23:8).


    Os anjos nas cartas de Paulo
    Paulo tinha menos a dizer sobre anjos do que se poderia esperar, embora reconhecesse que a luta do cristão era contra “principados e potestades” (Ef 6:12; cf. 2:2; Jo12:31; 14:30). Estava convencido de que nem os anjos e nem qualquer outro poder criado separariam os verdadeiros cristãos do amor de Deus em Cristo (Rm 8:38-39).

    Paulo mencionou os anjos caídos, e lembrou aos crentes pecaminosos de Corinto que “os santos” julgariam os anjos (1Co 6:3). Também admitiu que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2Co 11:14). Esse comentário afirma ser necessário estarmos em constante vigilância, para resistirmos a tais ataques enganadores. Embora os anjos tenham desempenhado um papel importante no tocante à colocação da lei divina em atividade (Gl 3:19), certamente não deveriam ser adorados Cl 2:18). Na verdade, ao escrever aos gálatas, Paulo diz que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1:8). Ele reconhecia com gratidão a bondade inicial dos gálatas, pois “me recebestes como a um anjo de Deus” (Gl 4:14). Ao escrever aos tessalonicenses, Paulo declarou solenemente que os oponentes do cristianismo, os quais perseguiam os crentes, seriam punidos, “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo...” (2Ts 1:7-8). Deus ainda estava no controle de sua criação.

    Duas passagens em I Timóteo devem ser observadas. Na primeira, os anjos são mencionados num antigo hino muito bonito (1Tm 3:16). Na segunda, uma séria advertência é feita ao jovem líder cristão, não só na presença de Deus e de Cristo, mas também diante “dos anjos eleitos” (1Tm 5:21), em contraste com Satanás e os outros anjos caídos.


    Os anjos no livro de Hebreus
    Os anjos são citados muitas vezes na carta aos Hebreus (Hb 2:16; Hb 12:22; Hb 13:2), mas são considerados inferiores a Cristo (Hb 1:5-14). São cuidadosamente definidos no primeiro capítulo como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14). São introduzidos numa passagem que adverte os discípulos a atentar para a grande salvação oferecida em Cristo (Hb 2:1-2). Anjos inumeráveis fazem parte da Jerusalém celestial e isso é mencionado como um incentivo a mais, para que os destinatários não recaíssem no Judaísmo (Hb 12:22-24; cf. Mt 26:53).


    Os anjos em I Pedro, II Pedro e Judas
    O plano divino da salvação é tão maravilhoso que desperta a curiosidade dos anjos (1Pe 1:12). A ascensão de Cristo ao Céu, entre outras coisas, significou que anjos, autoridades e potestades foram colocados em submissão a Ele (1Pe 3:22). Referências sombrias à condenação dos anjos caídos em II Pedro e Judas são feitas nas passagens que apontam solenemente os erros dos falsos mestres e sua absoluta destruição (2Pe 2:4; Jd 6). Em II Pedro 2:11, um forte contraste é feito entre os anjos bons e os maus.


    Os anjos no livro de Apocalipse
    Em Apocalipse, as cartas são endereçadas “ao anjo” das sete igrejas (Ap 2:12-18;3:1-14). Em cada um dos casos, a referência é feita aos pastores das igrejas, os quais eram os mensageiros de Deus para o seu povo, numa época de crise iminente. Por outro lado, existem também muitas citações aos anjos como seres sobrenaturais, por todo o livro (Ap 5:2-11;7:1-11; 8:3-8; 14:6-10; 19:17; 20:1).

    A limitação do espaço nos restringe a quatro observações: primeira, os anjos aqui, como em outros lugares na Bíblia, são descritos como executores do juízo de Deus sobre a Terra (Ap 9:15; Ap 16:3-12); segunda, o papel do anjo interlocutor, observado em Zacarias, também é encontrado em Apocalipse (Ap 1:1-2; Ap 10:7-9; Ap 22:6); terceira, é observada uma divisão entre os anjos bons e os maus. “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam” (Ap 12:7). Nesta batalha, o lado divino saiu vitorioso: o diabo “foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12:9); quarta, os anjos verdadeiros adoram a Deus e reúnem-se no louvor a Cristo ao redor do trono divino (Ap 5:11-12).

    Sumário

    A Bíblia tem muito a dizer sobre os anjos. Eles foram criados e não devem ser adorados ou louvados. Pelo contrário, são servos sobrenaturais de Deus, que participam dos seus propósitos, tanto de juízo como de salvação. São agentes e mensageiros do Senhor, trabalhando em favor dos seus filhos e protegendo-os. Os anjos participam da adoração a Deus e cumprem a sua vontade na Terra. Alguns, entretanto, se rebelaram contra o Senhor e aliaram-se a Satanás. Estes serão julgados junto com o diabo. A.A.T.


    masc. pl. de anjo

    an·jo
    (latim angelus, -i)
    nome masculino

    1. Ser espiritual que se supõe habitar no céu.

    2. Figurado Criancinha.

    3. Pessoa de muita bondade.

    4. Figura que representa um anjo.

    5. Criança enfeitada que vai nas procissões.

    6. Mulher formosa.


    anjo custódio
    Religião Anjo que se supõe atribuído por Deus a cada pessoa para a proteger e para a encaminhar para o bem. = ANJO-DA-GUARDA

    anjo da paz
    Pessoa que trata de reconciliar desavindos.


    Ver também dúvida linguística: feminino de anjo.

    Celestial

    adjetivo Que se encontra, habita ou está no céu; relacionado com o céu ou que nele aparece; celeste: seres celestiais; fenômenos celestiais.
    Religião Que diz respeito à divindade; divino.
    Sobre-humano; sobrenatural, supremo.
    Por Extensão De coloração semelhante à cor do céu: azul celestial.
    Etimologia (origem da palavra celestial). Celeste + i + al.

    Celestial Do céu (Lc 2:13).

    Cidade

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Jerusalém

    Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.

    No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.

    Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.

    O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).

    J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


    -

    Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM

    Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a
    4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.

    Milhar

    substantivo masculino O número mil.
    [Militar] unidades.
    [Brasil] Cada um dos números de quatro algarismos que compõem os prêmios do jogo do bicho.
    substantivo masculino plural Grande número indeterminado: milhares de bolas.

    Milhar
    1) MIL 2, (Nu 31:14)

    2) Grande número (Gn 24:60).

    Monte

    substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
    substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
    Serra, cordilheira, montanha.
    Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
    Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
    Grupo, ajuntamento.
    Grande volume, grande quantidade.
    O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
    O total dos bens de uma herança.
    Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
    Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
    Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
    Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
    Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

    Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

    =======================

    O MONTE

    V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


    Sião

    substantivo masculino [Música] Antigo instrumento musical chinês, espécie de flauta de pã, composta de uma série de tubos de bambu de diversos comprimentos.
    Etimologia (origem da palavra sião). Do topônimo Sião.

    antigo nome, que o antigo povo thai dava aos seus vizinhos birmaneses, e provavelmente deriva do topônimo do idioma pali "suvarnabhuma", "terra do ouro", com a parte final, a raiz pali "sama", que de diversas maneiras denota diferentes nuances de cor, freqüentemente marrom ou amarelo, mas às vezes verde ou preto.

    (2 Sm 5.7, etc.). A fortaleza de Jerusalém.

    Sião
    1) Fortaleza dos JEBUSEUS (2Sm 5:7);
    v. CIDADE DE DAVI 1).

    2) O monte, antes chamado de Moriá, onde foi construído o TEMPLO (2Cr 3:1). 3 A cidade de Jerusalém (2Rs 19:21) ou a terra de Israel (Is 34:8).

    4) O céu (He 12:22).

    Sião Colina de Jerusalém, ao sul do Templo e ao norte de Siloé. Às vezes, identifica-se com Jerusalém (Mt 21:5; Jo 12:15).

    Vivo

    adjetivo Que vive; que tem vida: ser vivo.
    Que tem muito vigor, atividade, agilidade: criança viva.
    Brilhante, resplandecente: cor viva.
    Animado, expressivo: estilo vivo.
    [Popular] Esperto, matreiro, astucioso: advogado vivo.
    substantivo masculino Qualquer ser dotado de vida, e particularmente o homem: o mundo dos vivos.
    Tira de tecido, dobrada, que arremata as bordas de certas peças do vestuário; debrum.
    [Popular] Indivíduo esperto, astucioso.
    Estar mais morto do que vivo, estar muito cansado, estafado.
    locução adverbial À viva força, isoladamente.
    Ao vivo, diz-se de transmissão de rádio ou televisão feita sem gravação, no exato momento em que se realizam as cenas transmitidas.
    De viva voz, sem intermediários, pessoalmente: criticar alguém de viva voz.
    Em carne viva, diz-se de parte do corpo que perdeu a epiderme: ficou com o braço em carne viva.

    vivo adj. 1. Que vive; que tem vida; animado. 2. Ativo, forte, intenso, penetrante. 3. Fervoroso, persistente. 4. Ardente. 5. Eficaz. 6. Apressado, acelerado, rápido. 7. Esperto, matreiro. S. .M 1. Ser vivo. 2. Tira de cor contrastante com a do vestuário debruado com ela.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Hebreus 12: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    MasG235 ἀλλάG235 tendes chegadoG4334 προσέρχομαιG4334 G5754 ao monteG3735 ὄροςG3735 SiãoG4622 ΣιώνG4622 eG2532 καίG2532 à cidadeG4172 πόλιςG4172 do DeusG2316 θεόςG2316 vivoG2198 ζάωG2198 G5723, a JerusalémG2419 ἹερουσαλήμG2419 celestialG2032 ἐπουράνιοςG2032, eG2532 καίG2532 a incontáveis hostesG3461 μυρίαςG3461 de anjosG32 ἄγγελοςG32, eG2532 καίG2532 à universal assembleiaG3831 πανήγυριςG3831
    Hebreus 12: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G2032
    epouránios
    ἐπουράνιος
    que existe no céu
    (heavenly)
    Adjetivo - neutro acusativo plural
    G2198
    záō
    ζάω
    viver, respirar, estar entre os vivos (não inanimado, não morto)
    (shall live)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2419
    Hierousalḗm
    Ἱερουσαλήμ
    um nativo de Betel que reconstruiu Jericó no reinado de Acabe e em quem se cumpriu a
    (did Hiel)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3461
    myriás
    μυριάς
    dez mil
    (myriads)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G3735
    óros
    ὄρος
    (I
    (was grieved)
    Verbo
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G4622
    Siṓn
    Σιών
    monte sobre o qual a parte mais antiga de Jerusalém foi construída
    (of Zion)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo


    ἐπουράνιος


    (G2032)
    epouránios (ep-oo-ran'-ee-os)

    2032 επουρανιος epouranios

    de 1909 e 3772; TDNT - 5:538,736; adj

    1. que existe no céu
      1. coisas que têm lugar no céu
      2. regiões celestiais
        1. o céu em si mesmo, habitação de Deus e dos anjos
        2. os céus inferiores (referência às estrelas)
        3. os céus, (referência às nuvens

          1c) o templo celeste ou santuário

          de origem ou natureza celeste


    ζάω


    (G2198)
    záō (dzah'-o)

    2198 ζαω zao

    um verbo primário; TDNT - 2:832,290; v

    1. viver, respirar, estar entre os vivos (não inanimado, não morto)
    2. gozar de vida real
      1. ter vida verdadeira
      2. ser ativo, abençoado, eterno no reino de Deus
    3. viver i.e. passar a vida, no modo de viver e de agir
      1. de mortais ou caráter
    4. água viva, que tem poder vital em si mesma e aplica suas qualidades à alma
    5. metáf. estar em pleno vigor
      1. ser novo, forte, eficiente,
      2. como adj. ativo, potente, eficaz

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    Ἱερουσαλήμ


    (G2419)
    Hierousalḗm (hee-er-oo-sal-ame')

    2419 Ιερουσαλημ Hierousalem

    de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2414; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

    Jerusalém = “habita em você paz”

    1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
    2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
    3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
      1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

        “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

        “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus

    μυριάς


    (G3461)
    myriás (moo-ree'-as)

    3461 μυριας murias

    de 3463; n f

    dez mil

    multidão incontável, número ilimitado

    hostes inumeráveis


    ὄρος


    (G3735)
    óros (or'-os)

    3735 ορος oros

    provavelmente de uma palavra arcaica oro (levantar ou “erigir”, talvez semelhante a 142, cf 3733); TDNT - 5:475,732; n n

    1. montanha

    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    Σιών


    (G4622)
    Siṓn (see-own')

    4622 σιων Sion

    de origem hebraica 6726 ציון; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

    Sião = “lugar árido”

    1. monte sobre o qual a parte mais antiga de Jerusalém foi construída
      1. o mais sudoeste e mais alto dos montes sobre os quais a cidade foi construída

        freqüentemente usado da cidade inteira de Jerusalém

        como o templo estava lá localizado, Jerusalém foi chamada de lugar da habitação de

        Deus