Enciclopédia de Lucas 10:38-38

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 10: 38

Versão Versículo
ARA Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa.
ARC E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa;
TB Quando iam de caminho, entrou ele em uma aldeia; e uma mulher chamada Marta hospedou-o.
BGB ⸂Ἐν δὲ⸃ τῷ πορεύεσθαι ⸀αὐτοὺς αὐτὸς εἰσῆλθεν εἰς κώμην τινά· γυνὴ δέ τις ὀνόματι Μάρθα ὑπεδέξατο ⸀αὐτὸν.
HD Ao prosseguirem {a jornada}, ele entrou em certa aldeia. E certa mulher, de nome Marta, o hospedou.
BKJ Ora, aconteceu que, indo eles, entraram em uma aldeia; e uma certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.
LTT E aconteceu, durante o ir eles de caminho, que, Ele (Jesus), entrou para uma certa aldeia; e uma certa mulher, (tendo) por nome Marta, O recebeu para dentro da casa dela;
BJ2 Estando em viagem, entrou num povoado, e certa mulher, chamada Marta, recebeu-o em sua casa.
VULG Factum est autem, dum irent, et ipse intravit in quoddam castellum : et mulier quædam, Martha nomine, excepit illum in domum suam,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 10:38

Lucas 8:2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;
João 11:1 Estava, então, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
João 11:19 E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.
João 12:1 Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos.
Atos 16:15 Depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa e ficai ali. E nos constrangeu a isso.
II João 1:10 Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Lucas 10 : 38
prosseguirem
Lit. “no irem eles”. Essa expressão, difícil de ser traduzida em português, faz referência implícita ao fato de que Jesus e os discípulos estavam em viagem para Jerusalém, conforme anunciado em Lc 9:51-53 e A ideia é de que “seguiram viagem”.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Martins Peralva

lc 10:38
Estudando o Evangelho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 230
Martins Peralva
Mas eu vos digo a verdade: Convém a vós outros que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós; se, porém, eu for, eu o enviarei.
Tenho ainda muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora;
quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade.

JESUS.


As palavras de Jesus não passarão, porque serão verdadeiras em todos os tempos. Será eterno o seu código moral, porque consagra as condições do bem que conduz o homem ao seu destino eterno.

ALLAN KARDEC.


A passagem de Jesus pela Terra, os seus ensinamentos e exemplos deixaram traços indeléveis, e a sua influéncia se estenderá pelos séculos vindouros. Ainda hoje Ele preside aos destinos do globo em que viveu, amou, sofreu.

LEON DENIS.


Irradiemos os recursos do amor, através de quantos nos cruzam a senda, para que a nossa atitude se converta em testemunho do Cristo, distribuindo com os outros consolação e esperança, serenidade e fé.

BEZERRA DE MENEZES.


O Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todos os elementos transitórios do mundo.

EMMANUEL.


Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação de nossa vida com o seu Evangelho Redentor.

ANDRÉ LUIZ.


Cairbar Schutel

lc 10:38
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3733
Capítulo: 87
Página: -
Cairbar Schutel

“Um dos fariseus convidou-o para jantar com ele. E entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. Havia na cidade uma mulher que era pecadora, e esta, sabendo que ele estava jantando na casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume e, pondo-se-lhe aos pés, chorando, começou a regá-los com lágrimas, e os enxugava com os cabelos da sua cabeça, e beijava-lhe os pés e ungia-os com perfume. Ao ver isto, o fariseu que o convidara, dizia consigo: se este homem fosse profeta; saberia quem é que o toca e que sorte de mulher é, pois é uma pecadora. Então Jesus disse ao fariseu: Simão, tenho uma coisa para te dizer. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores;


um lhe devia quinhentos denários, e o outro cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou a dívida a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu Simão: suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E virando-se para a mulher, disse a Simão: vês esta mulher? Entrei na tua casa e não me deste água para os pés, mas estamos regou com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.


Não me deste ósculo; ela porém, desde que entrou, não cessou de beijarme os pés. Não ungiste a minha cabeça com óleo, mas esta com perfume ungiu os meus pés. Por isso te digo: Perdoados lhe são os seus pecados, que são muitos, porque ela muito amou. Mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. E disse à mulher: perdoados são os teus pecados. Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer consigo mesmos: Quem é este que até perdoa pecados? Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou;


vai-te em paz. "


(Lucas, VII, 36-50.)


“Ora, estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso, chegouse a ele uma mulher que trazia um vaso de alabastro com precioso perfume, e lho derramou sobre a cabeça, quando ele estava à mesa. Vendo isto, os seus discípulos indignaram-se e disseram: Para que este desperdício? Pois o perfume podia ser vendido por muito dinheiro e ser este dado aos pobres. Mas Jesus percebendo isto, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? Pois ela me fez uma boa obra. Porquanto os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes; porque derramando ela este perfume sobre o meu corpo, fê-lo para a minha sepultura. Em verdade vos digo que onde quer que for pregado em todo, o mundo este Evangelho, será também contado para memória sua, o que ela fez. "


(Mateus, XXVI, 6-13.)


“Quando iam de caminho, entrou ele em uma aldeia; e uma mulher chamada Marta hospedou-o. Esta tinha uma irmã chamada Maria, a qual, sentada aos pés de Jesus, ouvia o seu ensino. Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e chegando-se disse: Senhor, a ti não se te dá que minha irmã me tenha deixado só a servir? Dize-lhe, pois, que me ajude. Mas respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e te ocupas com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou antes uma só; porque Maria escolheu a boa parte que não lhe será tirada. "


(Lucas, X, 38-42.)


“Logo depois andava Jesus pelas cidades e aldeias, pregando e anunciando as boas novas do Reino de Deus, e iam com ele os doze e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades; Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios, Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais o serviam com os seus bens. "


(Lucas, VIII, 1-3.)


“Era o dia da Parasceve, e ia começar o sábado. E as mulheres que tinham vindo da Galileia com ele, seguindo a José, viram o túmulo e como o corpo de Jesus fora posto nele; voltando depois, prepararam aromas e bálsamos. "


Parasceve: a sexta feira, entre os judeus, dia em que eles se preparavam para celebrar o sábado. Na liturgia Católica e a sexta feira santa.


(Lucas, XXIII, 54-56.)


“Maria, porém, estava junto à entrada do túmulo, chorando. E enquanto chorava, abaixou-se e olhou para dentro do túmulo, e viu dois anjos com vestes brancas, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira, outro aos pés. Eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras?


Respondeu ela: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.


Tendo dito isto, virou-se para trás e viu a Jesus em pé, mas sem saber que era ele. Perguntou-lhe Jesus: Mulher por que choras? A quem procuras?


Ela supondo ser o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela virando-se disse-lhe: Mestre! Disse-lhe Jesus: Não me toques; porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes que subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena foi contar aos discípulos: Vi o Senhor, e ele disse-me estas coisas!"


(João, XX, 11-18.)


Maria Madalena é a mulher de quem Jesus expeliu sete espíritos maus.


Cheia de gratidão pela graça que obtivera, vai à casa de Simão, sabendo que Jesus lá estava; sem se preocupar com a dignidade do fariseu, sem temer escândalos nem preconceitos, lança-se aos pés do Divino Mestre e lhe oferece tudo o que tem: perfume, lágrimas, coração e espírito! A extraordinária mulher não abandona mais o seu Salvador: segue-o por toda parte acompanhada daquele préstito de mulheres que, como ela, haviam recebido graças e espalhavam sobre os passos do extraordinário Messias o eterno perfume das suas esperanças.


Lição profunda que precisa tornar-se conhecida para proveito de todos.


Não é só pela inteligência que o homem se eleva a Deus, mas também pelo coração, pelo sentimento.


O sentimento é a alma da virtude, é o motor das grandes ações.


É o sentimento que transforma e modela a alma; é ainda o sentimento que exprime todos os afetos puros, todas as gratidões imorredouras.


Tanto na mulher como no homem, o sentimento é a corda vibrátil das grandes emoções.


Platão, impulsionado pela palavra de Sócrates, põe de lado tudo o que é do mundo e com seu Mestre vai cultivar a Beleza e a Bondade, que sintetizam a sabedoria universal.


Madalena, arrebatada pelo amor de Jesus, renuncia aos gozos da Terra e segue os passos do Galileu Humilde, em sua alta missão de regeneração e redenção.


A palavra do Moço da Galileia, repassada de doçura, cheia de mansidão, a arrebata, e, com ele, inicia sua tarefa de caridade e de amor!


A Doutrina Judaica, cheia de preconceito para com as mulheres, foi esmagada pelo brado do amor divino, pelo Verbo poderoso de Deus!


Libertador da mulher, o Cristo outorgou-lhe a missão de amar e profetizar; revestiu-a das faculdades preciosas do Espírito para a realização do divino desiderato de unir ambos os mundos, ambas as Humanidades: a Humanidade que se arrasta na Terra, e a Humanidade que flutua nos Céus!


A história de Maria de Magdala é a história da reabilitação da mulher;


para o cumprimento de seus deveres cristãos, Jesus não faz seleção de sexo em seus trabalhos missionários. Ao contrário, acerca-se das mulheres, que, mesmo sem que Ele falasse, pressentiam, naquela eminente Figura, o Messias prometido.


A intuição lhes dizia, no fundo dai ma, que elas estavam diante do Filho de Deus.


Não era preciso que Jesus lhes demonstrasse sua Individualidade, que fizesse milagres e prodígios para que cressem: elas adivinhavam. E é sem dúvida por esse motivo que o Mestre, na folga de seus trabalhos missionários, tinha prazer em descansar ria Aldeia de Betânia, onde, com especialidade, se hospedava em casa de Marta, Maria e Lázaro. Era ali que ele se abria em suas consolações mais doces e que, em amenas palestras, falava da Vida de além-túmulo, cujos ensinos não ousava ainda confiar a seus discípulos.


Nos tempos primitivos havia um grande desprezo pela mulher.


* * *

A mulher era um ser secundário, sem primazia intelectual, entretanto, não podiam deixar de reconhecer na mulher um instrumento suscetível às manifestações psíquicas.


Quer da manifestação dos fenômenos de animismo, quer dos fenômenos propriamente espíritas, o sexo feminino sobrepuja o chamado sexo forte; é mais passível, mais dócil, mais dotado de sensibilidade, e, pois, de mediunidade.


Segundo afirmam diversos observadores, dentre estes Pitrés, um terço das mulheres é dotado de mediunidade, ao passo que no sexo masculino só um quinto de homens possui essa faculdade.


Não obstante, cumpre observar que a mediunidade existe em estado na quase totalidade das criaturas humana, de ambos os sexos.


Em 360 pessoas magnetizadas por Bertillon, 265 eram mulheres, 50 homens, e 45 meninos. De um estudo feito em 17. 000 indivíduos, a mulher representa percentagem medi única de 12 por cento, ao passo que o homem não excede a 7 por cento, quase a metade. Que quer dizer esta estatística, se não que as mulheres são mais suscetíveis às coisas divinas que os homens? Os sacerdotes das antigas religiões, que eram profundos no estudo da alma, compreendiam muito bem o poder da mulher como intermediária entre o mundo visível e o invisível. E tanto isso é verdade que a mulher era escolhida para todos os fins de mediunidade.


O Oráculo de Delfos, tão famoso na História, era dirigido por sacerdotes, por homens, mas o exercício do mediunismo estava afeto às mulheres.


Entre os judeus, segundo refere o Velho Testamento, as mulheres mantinham relações com os Espíritos. Maria, irmã de Moisés, era profetisa, assim como Débora e Holda. No Endor o Espírito de Samuel é evocado por uma mulher. Vemos em o Novo Testamento que a profecia era exercida por mulheres, de preferência a homens.


O Apóstolo Paulo chega a desligar e a adormecer a medi unidade de uma moça, que disso tirava proventos para seus senhores.


Na Galileia e na Betânia, as mulheres mereciam mais confiança para a profecia do que os homens.


Por fim, os sacerdotes deliberaram destituir a mulher, privando-a das suas funções proféticas. É possivel que daí se originasse o vestuário e a raspagem do rosto dos padres.


O grande criminalista, Cesar Lombroso, dedica um capítulo do seu livro Espiritismo e Hipnotismo a este fato, em verdade digno de exame.


Por que o padre usa batina? Por que o padre não usa barba e bigode?


Mas não entremos nessas indagações; continuemos com nosso tema, que é a libertação da mulher das peias materiais.


Maria, de Betânia, é uma figura saliente no Evangelho; seu amor acendrado por Jesus faz dela a verdadeira mulher espiritual. Muitos escritores sacros exaltam o nome de Maria Madalena, e a própria Igreja chegou a santificá-la. São Modesto, grande prelado, diz que Madalena era a cabeça e diretora das pessoas de seu sexo, que iam após Jesus Cristo. No começo do século VIII, as Igrejas do Oriente e do Ocidente estabeleceram o culto a Madalena, Os religiosos gregos tributavam-lhe culto e a consideravam igual aos Apóstolos.


De fato, a simpática figura, a quem dedicamos uma página do nosso livro, é digna da mais expressiva consideração e do mais acrisolado amor.


Se estudarmos a vida de Maria Madalena, veremos a extrema dedicação que ela votava a Jesus. O amor gentílico foi substituído, naquela criatura, pelo amor divino, e, por toda parte, ela segue, com rara abnegação, o seu Salvador!


Em todos os passos dolorosos da Vida do Redentor, aparece Maria como o símbolo, a personificação da mulher espírita.


Arrastado ao Calvário, Maria acompanha a Jesus: pregado este na cruz infamante, ela não o abandona: ajoelhada; de cabelos em desalinho, participa da agonia!


Jesus expira, lançam seu corpo num sepulcro; ela afasta-se, porque, a isso é constrangida por soldados pretorianos; mas não se contém; enquanto uns fogem atemorizados e outros se escondem e temem, ela, a mulher extraordinária, não pensa em si mesma, não cogita dos males que lhe poderiam advir, mas prepara bálsamos perfumados e volta ao sepulcro para dar o seu testemunho de amor sincero àquele que lhe dera a vida da alma, deixando ver que, nem mesmo a morte tem poder para extinguir do seu espírito os sinceros afetos que devota a seu Mestre!


E foi então que, caminhando de um lado para outro, no paroxismo de sua dor, Maria é mais uma vez agraciada com a visão do seu Senhor, que, em voz maviosa chama-a pelo seu próprio nome: “Maria!" Louca de júbilo, precipita-se aos pés de Jesus Espírito, e ele pede-lhe evitar o contato, porque não havia ainda dado conta ao Pai celestial da sua tarefa. Logo após, estando ela com outras santas mulheres, Jesus lhes aparece e dá-lhes a recomendação: “Ide e dizei a meus irmãos que partam para a Galileia, porque será lá que eles me verão. " E na mesma tarde a mensagem tem o seu cumprimento: “Estando os onze reunidos, com as portas fechadas, viram Jesus entrar. Ele tomou o seu lugar entre eles, falou-lhes com doçura, increpando-os pela sua incredulidade, depois lhes disse: “Ide para Jerusalém, e não vos retireis de lá até que se cumpram os dias em que haveis de receber o Espírito, para depois sairdes por toda parte a pregar o Evangelho. " Enfim, Madalena é o espelho no qual as mulheres cristãs devem mirarse para serem felizes não só nesta vida como também na outra.


O Espiritismo, salientando o papel que Madalena desempenhou no Cristianismo, vem concorrer para a libertação da mulher do fardo do mundo e do jugo das religiões sacerdotais. Vem garantir-lhe o direito do estudo, do livre-exame e até do apostolado.


É no trabalho espírita, porque não lhe faltam dons, que a mulher pode progredir com maior facilidade; é pelo estudo e pela instrução que ela se libertará do preconceito e das modas nefastas que a deprimem, tornando-a fator da concupiscência e da sensualidade.


O mundo se transforma; a mulher precisa renovar-se no Espírito do Cristo!


Dotada de sensibilidade e receptividade para as revelações do Além, ela deve tornar-se dócil, estudar, instruir-se, para libertar-se do jugo da Igreja, e, consciente de seus deveres e de seus dons, auxiliar a obra de espiritualização, sob o influxo do Espírito da Verdade, encarregado de realizar, na Terra, o Reino de Deus.



Wesley Caldeira

lc 10:38
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11455
Capítulo: 15
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Na sociedade judaica do período de Jesus, e no Oriente, em geral, não se admitia a participação da mulher na vida pública.
A casa era o reduto da mulher e sua esfera de ação. Por isso, sua formação se restringia às atividades de ordem doméstica. Se ela saía do lar, deveria apresentar-se com o rosto coberto por um véu especial, em respeito aos bons costumes, sob pena de sofrer repúdio do marido, sem restituição do dote.
A mulher, legalmente, equiparava-se à criança e ao escravo.
Era vergonhoso dirigir a palavra às mulheres nos espaços públicos ou cumprimentá-las, e os rabinos sugeriam que um homem falasse pouco com as mulheres, mesmo à esposa.
Fílon10 (in JEREMIAS, 2005, p. 475), o filósofo judeu, escreveu:
Negócios, conselhos, tribunais, procissões festivas, reunião de muitos homens, em suma, toda a vida pública com suas discussões e assuntos, em tempo de paz ou de guerra, é feita para homens. As jovens devem permanecer nos cômodos afastados, fixando como limite a porta de comunicação (com os apartamentos dos homens); e as mulheres casadas, como limite, a porta do pátio.

Obviamente, essas limitações não eram absolutas. Algumas mulheres da nobreza não se submetiam a elas. E, assim como as mulheres atenienses da fase clássica, as mulheres hebreias comuns desfrutavam de certa liberdade em algumas festas, como aquela que ocorria nos vinhedos das cercanias de Jerusalém, quando até as jovens das famílias abastadas poderiam exercitar certos ritos de exibição aos rapazes.
Já a mulher romana era domina, quer dizer, senhora. Tinha posição digna e autonomia mesmo no casamento, participando da vida social em igualdade com o homem, frequentando espetáculos públicos e as termas públicas.
Em Israel, ao inverso, o pai poderia vender sua filha como escrava até os 12 anos, ou explorá-la como fonte econômica. Dos 12 anos aos 12 anos e meio, a menina era considerada moça, mas seu pai detinha sobre ela poder soberano. A maioridade legal se realizava aos 12 anos e meio.
Admitia-se a poligamia, e a esposa era obrigada a tolerar concubinas. Os filhos deveriam colocar o respeito ao pai acima do respeito à mãe. As escolas eram vedadas às meninas. Não existia uma palavra para se referir à discípula. O rabino Eliezer, cerca de 190 d.C., dizia: quem “faz instruir sua filha na Lei ensina-lhe obscenidade”. E dizia mais: “a única sabedoria da mulher é a do fuso” — o instrumento utilizado para fiar. “Sejam as palavras da Lei antes queimadas do que ensinadas às mulheres”. (GHIBERTI, 1986, p. 474.)
Apesar disso, as famílias mais ricas concordavam em instruir até certo ponto suas jovens, ensinando-as, por exemplo, a língua grega.
No âmbito religioso, a opressão à mulher também era considerável. Quase não possuía direitos religiosos. No Templo, somente poderia penetrar no átrio dos gentios e no das mulheres. Durante o período da menstruação, ou no intervalo de quarenta dias após o nascimento de um filho (oitenta, caso fosse menina), não poderia frequentar nem o átrio dos gentios, porque, seja quanto ao mênstruo ou ao parto, era preciso que a mulher se purificasse.

Nas sinagogas, de igual modo, existiam áreas apropriadas e separadas para a mulher. Ela sequer poderia ser contada para atender o número legal exigido para orar em conjunto.
O Judaísmo não comportava o sacerdócio feminino, ao contrário de outras religiões da Antiguidade. Mas as pesquisas revelam que, em termos gerais a situação da mulher era ainda pior fora do âmbito do Judaísmo, pois neste pelo menos se cultivava um grande apreço pelo corpo e por suas funções reprodutoras e nunca se privou a mulher, por exemplo, de desfrutar dos prazeres do sexo. Nas regiões vizinhas à Palestina, a mulher era considerada pouco mais que um animal. No culto de Mitra, que então era florescente e que, até o século IV, competiria com o cristianismo primitivo, a mulher era excluída de todo tipo de religião, só podendo abraçar a prostituição sagrada. (ARIAS, 2001, p. 158.)
Os filósofos antigos, que tanto saturaram as velhas nações com sabedoria, foram implacáveis com a mulher: Sócrates a ignorou; Platão defendeu que não há lugar para a mulher, sendo preferencial a homossexualidade; Eurípedes supôs que a mulher é o pior dos males; Cícero sugeriu que, se não existissem as mulheres, os homens seriam capazes de falar com Deus. (ARIAS, 2001, p. 158.)
O mundo contemporâneo prosseguiu atando a mulher ao poste da abjeção.
No século XVIII, a Ciência concebia que a mulher seria inferior ao homem, porque seu cérebro pesa cerca de 120 gramas a menos do que o dele.
No final do século XIX, os estudiosos da psicologia feminina afirmavam (FIORE, 2005, p. 47-48):
O homem preocupa-se com a verdade e a solidez; a mulher só com as aparências. A mulher é incapaz de perseverar no que necessite análise, persistência, porque [...] odeia a análise e por isso impossível lhe é separar o verdadeiro do falso. [...] a maternidade a modifica. Por esta e pelos estados patológicos mensais é que ela se encontra em estado quase permanente de anormalidade, que a torna impressionável, irascível e mentirosa.
Algumas passagens do Antigo Testamento sugerem alguma valorização à mulher, citando atividades femininas no culto e no Templo, mas sem maiores esclarecimentos. Débora, Judite e Ester são heroínas da literatura bíblica. Em PROVÉRBIOS, uma boa mulher é um dom de Iahweh (19:14). Em contrapartida, Ben Sirac, no ECLESIÁSTICO, foi ríspido: uma mulher má é uma canga de bois desajustada, quem a subjuga é como quem pega um escorpião (26:7).
Essa noção degradada da mulher instituiu em Israel a ideia de que uma boa mulher é uma mulher vigiada, para que seus instintos naturais não a façam se perder. Nas camadas pobres, porém, razões econômicas afastavam a mulher mais frequentemente das fronteiras domésticas. Permitia-se à mulher buscar água na fonte, fazer a colheita e outras atividades do gênero.
Fora de Jerusalém e das cidades, nas áreas rurais e aldeias menores, as relações sociais eram mais livres, mas não a ponto de uma mulher ficar sozinha no campo, sobretudo conversando com um estranho.
Daí porque a mulher samaritana respondeu a Jesus de maneira hostil, bem como seus discípulos ficaram admirados que Ele conversasse com ela... e naquele lugar, à beira do Poço de Jacó, faltando aos bons costumes.
Três preconceitos tornaram os judeus inimigos dos samaritanos: o preconceito político, produto da divisão do Estado unificado por Davi e Salomão em dez tribos ao norte e duas ao sul, formando, respectivamente, o reino de Israel, centralizado na Samaria, e o reino de Judá, com capital em Jerusalém; o preconceito racial, originado com a invasão assíria e a transformação da Samaria em território de exilados, no século VIII a.C., com a consequente miscigenação entre dominadores, exilados e samaritanos; e o preconceito religioso, surgido com a construção do templo rival ao de Jerusalém, por Manassés, no Monte Garizim.

A samaritana mencionou outro preconceito (NOVO (O), 2013, p. 404):
— “Como tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (JOÃO, 4:9).
Jesus, ao abordar a aguadeira samaritana, que, de cântaro ao ombro, descia a estrada deserta, naquele meio-dia, fora indiferente a todos os preconceitos; e o último referia-se particularmente a ela, o preconceito social: ser mulher, e mulher samaritana.
O mênstruo era a pior das impurezas. As filhas da Samaria eram consideradas menstruadas de berço, ou seja, desde o nascimento e para sempre.
Nisso chegaram seus discípulos, e maravilharam-se de que Ele estivesse falando com uma mulher. (JOÃO 4:27.)
Aquela mulher, em tão breve diálogo, transformou radicalmente seu tratamento em relação a Jesus: primeiro, o chamou judeu; depois, Senhor; depois, profeta; por fim, Messias. Os primeiros cristãos a chamariam de Fotina — a iluminadora. Foi considerada a primeira missionária do Cristianismo.
Jesus valorizava a mulher na construção da nova sociedade. Em suas viagens, Ele era acompanhado por mulheres, num convívio habitual com discípulas:
[...] Os Doze o acompanhavam, assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios, Joana, mulher de Cuza, o procurador de Herodes, Suzana e várias outras, que o serviam com seus bens. (LUCAS, 8:1 a 3.)
Simão e André, Tiago e João foram vocações despertadas pela decisão de Jesus, investindo-os de suas missões. Quanto às mulheres galileias, os evangelhos não narram qualquer convocação de Jesus. Elas o seguiam espontaneamente, e o seguiriam até o fim, como as inesquecíveis testemunhas do calvário e do sepulcro vazio, as “evangelistas e embaixadoras da ressurreição”.

Elas formavam dois grupos: um centralizado em Maria, mãe de Jesus; contando com a irmã de sua mãe, também Maria, mãe de Tiago e José, e mulher de Cléofas; Salomé, mulher de Zebedeu e mãe de Tiago e João. E outro grupo liderado por Maria de Magdala, composto, entre outras, por Joana de Cuza e Suzana.
Maria, da cidade de Magdala (migdol, torres, fortaleza), foi chamada pelos gregos de isapostolos (igual aos apóstolos) e os latinos a denominaram apostola apostolorum (apóstola dos apóstolos).
A conduta de Jesus em relação à mulher, seja perante as discípulas, seja perante as enfermas e/ou pecadoras, introduzia drástica alteração nos costumes sociais.
Juan Arias (2001, p. 155) considerou que “o aspecto mais revolucionário do profeta de Nazaré foi, sem dúvida, a relação aberta que ele manteve com as mulheres”.
Nesse sentido, o texto joanino (11:5) salienta algo extraordinário: “Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro”.
Que singelo e ao mesmo tempo magnífico modo de retratar a terna solicitude de Jesus para com a mulher e sua ligação espiritualmente profunda com a fidelíssima família de Betânia!
Numa das cenas domésticas do pequeno clã, pincelada por LUCAS, 10:38 a 42, são delineadas a mulher tradicional do mediterrâneo e a nova mulher, a mulher discípula.
Marta está inquieta; atarefa-se para que seus hóspedes sejam bem acolhidos. Maria, porém, assenta-se aos pés de Jesus e se demora a ouvi- lo, até que Marta reclama:
— “Senhor, a ti não importa que minha irmã me deixe assim sozinha a fazer o serviço? Dize-lhe, pois, que me ajude”.
Jesus responde:
— “Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto, pouca coisa é necessária, até mesmo uma só. Maria, com efeito,

escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada”.
Claro que Jesus não pretendeu recriminar a solicitude de Marta, afadigada por lhe desejar uma visita agradável. Mas o contraste é nítido: Marta, a dona de casa; Maria, a discípula.
Marco Adinolfi observou (in GHIBERTI, 1986, p. 475):
A posição que Jesus reserva para a mulher, em sua vida, é a de respeito, indo além da pureza legal e deixando de atender às normas da segregação feminina em vigor no mundo antigo. Isso se deve, sem dúvida, à sua extraordinária afetividade e sensibilidade, assim como à sua serenidade de julgamento, que ignora confusões e sentimentalismos. Mas deve-se, sobretudo, à sua originalíssima concepção da mulher. Em seu anseio salvador, Jesus identificou, destacou e valorizou os imensos recursos da alma feminina.
Ele não propunha que a mulher tradicional do mediterrâneo fugisse aos compromissos dos deveres domésticos, mas convocou-a, simultaneamente, à construção do novo tempo social e espiritual.
Nessa nova condição e função, salientou Amélia Rodrigues ( FRANCO, 2000, p. 104):
As mulheres, ao lado de Jesus, eram as mãos do socorro atendendo os enfermos, as criancinhas aturdidas e rebeldes que lhes eram levadas, providenciando alimentos e roupas, auxílio de todo jaez nas jornadas entre as aldeias e cidades, povoados e ajuntamentos. [...] Eram as suas vozes meigas e compassivas que tranquilizavam os exasperados antes de chegarem até o Mestre; sua paciência e gentileza que amainava a ira e a rebeldia precedentes ao contato com Ele, constituindo segurança e alívio para as provas que os desesperados carregavam em clima de reparações dolorosas.
A mensagem de Jesus sobre a igualdade atraía os excluídos: os pobres, os doentes, as crianças, os banidos e as mulheres. Para as mulheres, o Evangelho constituía um hino de liberdade, malgrado o clima desfavorável que se respirava, mesmo dentro das comunidades cristãs, não totalmente integradas ao espírito do Cristo quanto ao valor da mulher.
À mulher adúltera, na porta Nicanor do Templo, Ele ofereceu a proteção de sua autoridade moral, sem, porém, a conivência com o erro. Se os sacerdotes resolveram colocá-lo à prova, é porque supunham poder embaraçá-lo diante daquela mulher, em virtude de sua conhecida tendência a defender as mulheres.
Juan Arias (2001, p. 161) escreveu sobre essa passagem:
A cena de Jesus salvando da morte por apedrejamento a mulher que alguns velhos flagraram em adultério é tão forte que só depois do Concílio de Trento passou a fazer parte dos evangelhos canônicos. Até então, essa página fora sempre censurada. Foi ignorada pelos autores gregos até o século XI e só chegou ao conhecimento dos latinos no século IV, graças a São Panciano de Barcelona e a Santo Ambrósio. Decerto essa página não era aceita como autêntica por causa da rígida disciplina contra o pecado de adultério vigente nas primeiras comunidades cristãs, que, em vez de cultivar a atitude de Jesus de defesa da mulher pecadora, preferiram eliminar essa página do evangelho.
Foram as mulheres que responderam com mais lealdade e espírito de sacrifício ao chamado do divino Mestre. Talvez, por isso, em nenhuma passagem do Evangelho Jesus nega o pedido de uma mulher.
As narrativas do Gólgota realçaram as mulheres soberanas, pelos testemunhos de fidelidade e amor ao Mestre que as libertara.
Elas talharam o perfil da mulher cristã dos primeiros tempos.
Com a partida de Jesus, os textos canônicos não mais mencionaram o destino de Suzana, Salomé, Maria Cléofas, Joana de Cusa, nem mesmo das mais destacadas: Maria, sua mãe, e Maria de Magdala.
A expansão da mensagem de Jesus deveu-se muito ao devotamento feminino, desempenhado nas comunidades cristãs emergentes.

Maria de Nazaré, na elevação rochosa à beira do oceano, nas proximidades de Éfeso, escreveu formoso capítulo de compaixão e assistência. Sua choupana, conhecida como a “Casa da Santíssima”, fez-se o abrigo dos sofrimentos humanos, e seu coração era a oferta balsâmica, lenindo angústias e acalentando esperanças aos desesperados.
Maria de Magdala, que foi o mais expressivo exemplo de soerguimento moral das páginas evangélicas, na pobreza e na solidão a que fora relegada depois do Calvário, associou-se espontaneamente a uma falange de leprosos, com os quais penetrou no vale a eles destinado, nas cercanias de Jerusalém, onde atravessou cerca de três décadas no trabalho anônimo em favor daqueles esquecidos. Desencarnou em Éfeso, acometida de lepra.
Em ATOS DOS APÓSTOLOS, 1:14, Lucas salienta a presença das mulheres no movimento cristão. Narra ATOS DOS APÓSTOLOS, 16:12 a 15 que Lídia, de Filipos, foi a primeira a transformar sua própria casa em santuário do Evangelho. Tabita (Dorcas, em grego), a costureira jopense, é identificada como uma discípula caridosa (ATOS DOS APÓSTOLOS, 9:36 a 42). E os relatos lucanos prosseguem descrevendo conversões femininas. (ATOS DOS APÓSTOLOS, 17:4, 12.)
As mulheres participavam ativamente dos trabalhos cristãos. Mais silenciosas que os homens, sim, mas participando das reuniões semanais, orando e profetizando, como demonstram os versículos 2 a 12, do capítulo 11, da PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS, dedicados à orientação da mulher nas tarefas da oração e da profecia.
Febe é a mensageira da carta de Paulo aos ROMANOS. Na abertura do capítulo 16 da epístola, versículos 1 e 2, Paulo escreve:
Recomendo-vos Febe, nossa irmã, diaconiza (ministra) da Igreja de Cencreia, para que a recebais no Senhor de modo digno, como convém a santos, e a assistais em tudo o que ela de vós precisar, porque também ela ajudou a muitos, a mim inclusive.
Excepcionalmente, algumas mulheres realizavam tarefas quanto ao ensino.

Em ATOS DOS APÓSTOLOS, 18:26, vê-se Prisca (ou Priscila), mulher de Áquila, participando do ministério da palavra. Prisca e o esposo foram responsáveis por obras missionárias entre gentios. Quando Paulo cita o casal nos versículos 3 e 4, do capítulo 16, de sua carta aos ROMANOS, o nome de Prisca é anotado antes do nome do marido, em sinal de sua proeminência.
No mesmo texto, Paulo manda recomendações a uma mulher chamada Maria, salientando o quanto ela trabalhou pelos cristãos de Roma (versículo 6). Também manda lembranças a Trifena, Trifosa e Pérside, aludindo aos grandes esforços que praticavam em favor do Evangelho (versículo 12).
De maneira impressionante, Paulo faz alusão a Júnia, mulher de Andrônico, a quem chama de parente, companheira de prisão e eminente entre os apóstolos.
A tradução do padre Matos Soares da Vulgata Latina diz que Andrônico e Júnia eram ilustres entre os Apóstolos, enquanto a tradução de João Ferreira de Almeida emprega notáveis entre os apóstolos.
Essa é a única referência no Novo Testamento a uma mulher apóstola.
Entretanto, como conciliar alguns textos de Paulo?
Aos GÁLATAS, 3:28, ele disse:
“Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus”.
Mas a Timóteo, Paulo foi rígido:
Durante a instrução, a mulher conserve o silêncio, com toda submissão. Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem. Que conserve, pois, o silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, caiu em transgressão. Entretanto, ela será salva pela sua maternidade, desde que, com modéstia, permaneça na fé, no amor e na santidade. (1 TIMÓTEO, 2:11 a 15.)

Em outras palavras, Paulo ensina que Deus criou Eva como extensão e dependência de Adão; que uma mulher não deve pretender ser mestra do homem, pois será enganada pelo demônio, conduzindo o homem à transgressão.
Mesmo havendo fundadas suspeitas de que Paulo não é o autor da Carta a Timóteo, em sua primeira mensagem aos cristãos de Corinto, ele afirma a inferioridade da mulher, sendo essa carta reconhecida unanimemente como procedente de Paulo:
Como acontece em todas as Igrejas dos santos, estejam caladas as mulheres nas assembleias, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz também a Lei. Se desejam instruir- se sobre algum ponto, interroguem os maridos em casa; não é conveniente que uma mulher fale nas assembleias.
(1 CORÍNTIOS, 14:34 e 35.)
Essa é a tradução da Bíblia de Jerusalém, que propõe: não é conveniente que uma mulher fale nas assembleias. Na tradução de Luís Alonso Schökel, na Bíblia do Peregrino, lê-se: “É vergonhoso que uma mulher fale na assembleia”. João Ferreira de Almeida também utilizou a palavra vergonhoso.
Bart D. Ehrman (2006, p. 188-196) estudou essa contraditória posição:
Paulo não se empenha por uma revolução no relacionamento entre homens e mulheres — assim como não se empenhou pela abolição da escravatura, mesmo tendo afirmado que em Cristo não “há escravo nem livre”. Em vez disso, ele insistia: dado que “o tempo é curto” (antes da vinda do Reino), cada um devia se contentar com os papéis a si atribuídos e que ninguém deveria tentar mudar a própria posição — seja escravo, livre, casado, solteiro, homem ou mulher.
(1 CORÍNTIOS, 7:17 a 24.)
A visão paulina sobre a mulher favorecia a participação dela na comunidade, até onde era possível a uma mulher, não como aos homens.

A ambivalência de Paulo teria gerado efeitos contraditórios quanto ao papel da mulher nas comunidades cristãs do século II, e significa dizer que em algumas igrejas, será a igualdade em Cristo o paradigma de tratamento da mulher; em outras, a subalternidade da mulher ao homem será o modelo. Certas igrejas valorizarão a participação da mulher, enquanto outras preconizarão o silêncio e a submissão.
Está aí a origem da famosa disputa no seio do Cristianismo primitivo quanto ao papel da mulher, que acabou solucionada em seu desfavor.
Entre fins do século IV e começo do século V, foi concebida uma tese destinada a duradouro efeito numa parte considerável da humanidade. Aurelius Augustinus (Santo Agostinho) imaginou que todos os homens e mulheres nascem em pecado. E nascem em pecado porque são concebidos em pecado. E são concebidos em pecado porque o primeiro homem, Adão, pecou, sob a influência perniciosa da mulher. (RANKE- HEINEMANN, 1996, p. 88.)
Em consequência a isso, o Concílio de Mâcon (ano 585) chegou a discutir se a mulher tem ou não tem alma.
Conforme a mitologia hebraica, Iahweh concebeu Adão do limo da terra, e lhe soprou nas narinas o espírito vivificador, o fôlego vital, que fez de Adão alma vivente (GÊNESIS, 2:7). Eva, por sua vez, originou-se de uma de suas costelas. Logo, não recebeu o sopro Criador. No grego, uma única palavra designava espírito e sopro.
Santo Alberto (século XIII), considerado o maior filósofo e teólogo alemão da Idade Média, propôs que a mulher é menos qualificada que o homem para o comportamento moral. Santo Alberto foi famoso por seu extraordinário conhecimento e por defender a coexistência pacífica entre Ciência e Religião. Para ele, no entanto, a mulher conteria mais líquidos no corpo que o homem. Os líquidos se movem com facilidade; por essa razão, as mulheres são inconstantes e curiosas. Santo Alberto afirmava ser a mulher um homem vil e bastardo, portadora de uma natureza imperfeita.
São Tomás de Aquino foi discípulo de Santo Alberto. A cristandade o denominou doctor angelicus, visto como o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios. Mesmo assim, ele defendia a tese de que a mulher só é útil ao homem para procriar e cuidar da casa, não tendo nenhum significado para a vida intelectual do homem. Para ele, o sêmen, ao sair do homem, tem por objetivo produzir algo igualmente perfeito, ou seja, outro homem; circunstâncias adversas geram mulheres. (RANKE-HEINEMANN, 1996, p. 101.)
Nesse ponto, como em outros, a tradição e o espírito judaico prevaleceram entre os seguidores futuros de Jesus, sobrepondo-se ao modo de entender do Cristo, que foi sempre benévolo, compassivo e afetuoso para com a mulher.
10 N.E.: Filósofo alexandrino. Pertencia a uma família nobre judaica e teve uma educação hebraica e grega. O seu pensamento é um sincretismo filosófico-religioso. Também chamado Filo, o Judeu.


Andre Luiz

lc 10:38
Estude e Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
Andre Luiz

Estudos Sistematizado e da Doutrina Espírita. 

— APÊNDICE:


FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA 



Saulo Cesar Ribeiro da Silva

lc 10:38
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

 Ao chegarmos ao terceiro volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.



lc 10:38
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 141
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

“Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram anjos.” — PAULO (Hb 13:2)


É provável que nem sempre disponhas dos recursos necessários à hospedagem de companheiros em casa.

Obstáculos e vínculos domésticos, em muitas ocasiões, determinam impedimentos.

Se a parentela ainda não se compraz contigo, na cultura da gentileza, não é justo violentes a harmonia do lar, estabelecendo discórdia, em nome do Evangelho que te recomenda servi-los.

Nada razoável empilhar amigos, em espaço irrisório, impondo-lhes constrangimento, à conta de bem-querer.

Todos nós, porém, conseguimos descerrar as portas da alma e oferecer acolhimento moral.

Nem todos os desabrigados se classificam entre os que jornadeiam sem teto.

Aqui e ali, surpreendemos os que vagueiam, deserdados de apoio e convivência… Observa e tê-lo-ás no caminho, a te pedirem asilo ao entendimento.

Dá-lhes uma frase de coragem, um pensamento de paz, um gesto de amizade, um momento de atenção.

Às vezes, aquele que hoje se reergue com a tua migalha de amor é quem te vai solucionar as necessidades de amanhã, num carro de bênçãos. Não te digas inútil, nem te afirmes incapaz.

Ninguém existe que não possa auxiliar alguém, estendendo o agasalho da simpatia pelos fios do coração.




(Reformador, agosto 1963, página 170)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lc 10:38
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 10:38-42


38. E aconteceu que, na ida deles, entrou numa aldeia, e certa mulher de nome Marta recebeuo na casa dela.

39. E tinha uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés de Jesus ouvia o seu ensino.

40. Maria entretanto, estava atarefada com muito serviço; e disse: "Senhor, a ti não importa que minha irmã me tenha deixado sozinha a servir? Dize-lhe, pois, que me ajude".

41. Mas, responcendo-lhe, Jesus disse: "Marta, Marta, estás ansiosa e preocupada com muitas coisas,

42. no entanto, poucas são necessárias, ou melhor, uma só; como Maria escolheu a parte boa, esta não lhe será tirada".



Lucas não nos diz qual a aldeia, mas João (João 11:1) esclarece tratar-se de Betânia, situada no sopé do monte das Oliveiras, na estrada que levava a Jerusalém, 2 km a leste.


Quem hospeda Jesus é Marta, a mais velha, o que significa ser ela solteira. Não fora assim, o marido é que receberia o hóspede. Maria, sem deveres de hospitalidade a desempenhar, senta-se ao chão junto aos pés de Jesus, indiferente ao serviço da casa. Lucas apresenta-a como "uma irmã, chamada Maria", o que afasta a hipótese de identificá-la quer com a pecadora (7:37), quer com Maria Madalena (na 8:2), ambas já apresentadas anteriormente ao leitor pelo evangelista.


Em suas intermináveis idas e vindas, para preparar a casa e a refeição, Marta aflige-se, ao ver que perde grande parte dos ensinos de Jesus. Mas o sentido da obrigação de dona-de-casa é mais forte que o desejo de aprender. Aproveitando-se, então, de uma aproximação, reclama com o Mestre da calma despreocupada de Maria, e pede-Lhe que diga à irmã que venha ajudá-la, condividindo a tarefa doméstica.


A resposta de Jesus é clara, e condena as preocupações de Marta, louvando a preferência de Maria. Há duas lições: A, C1, P, delta e pi escrevem como a Vulgata: "uma só coisa é necessária" (henós dé estin chreían); mas a melhor lição é a de aleph, B, C2, L e versões coptas, etiópicas e siríacas: "poucas coisas são necessárias ou melhor, só uma (olígon dé estin chreía hé henós).


Realmente, de bem pouco precisa o homem na Terra para seu sustento. As complicações e complexidades são criadas pelos desejos do próprio homem, não pela necessidade. Ora, não há razão para preocupações desnecessárias: o essencial é pouca coisa; aliás, o essencial é apenas uma coisa: o reino de Deus.


Assim sendo, Maria é que está com a razão. Escolheu o que é bom, a "parte boa", e esta jamais lhe será tirada. Trata-se da conquista do Espírito que, à medida da evolução, aprende a selecionar o essencial do supérfluo.


Lição curta em seus termos, mas profunda em seus significados. É dada por meio de um fato vivo e autêntico, donde possamos deduzir mais seguramente as conclusões para nosso aprendizado e evolução.


A primeira lição bem compreendida por todos, é que a "vida contemplativa" apresenta, realmente, incontestável superioridade em relação à vida ativa", que é classificada, por exclusão, como a "parte não-boa". Observemos que o Mestre não se refere à primeira dizendo a "a melhor", como que comparando um bem menor a outro maior. Diz, taxativamente, "a parte BOA", opondo-a a uma "parte MÁ".


A vida ativa, a que se refere o Mestre é precisamente a de atender ao necessitado, já que Marta preparava, atarefadamente, alimentos para Ele, o hóspede amorosamente tratado.


Mas a lição mais profunda ensina-nos algo diferente. O hóspede divino de todos nós está caminhando conosco, na "ida" do Antissistema para o Sistema. Nessa viagem, permanece hospedado, recebido em nossa casa. E a "dona-da-casa" (significado da palavra "marta") faz todas as honras ao ilustre Senhor.


Portanto, trata-se de uma criatura que já atingiu elevado grau evolutivo, que já compreendeu a sublimidade daquele que habita em "sua casa".


Acontece, porém, que essa "dona-de-casa", a personagem, vive atarefada e preocupada com os afazeres do mundo, ao passo que a individualidade, "sentada aos pés do Mestre", procura manter-se em contato permanente com Ele. A queixa da personagem não se faz esperar: quer trazer para sua companhia a individualidade, fazendo-a baixar suas vibrações, para mergulhar no azáfama externo e inútil das coisas materiais.


Recorre ao Mestre, e este, alertando-a para o sem-valor dessas coisas, garante a permanência de Maria ("a exaltada" ou "a extática") em seu êxtase maravilhoso. A contemplação é a "parte boa" da vida: jamais a ação divina afastará um Espírito de sua união plena. As tentações materiais e terrenas poderão pretender influir, para afastá-la dessa união. Mas, do lado divino, jamais provirá uma iniciativa dessas. As crenças terrenas de que a "caridade" material sobreleva e vale mais que a contemplação, podem iludir as criaturas imaturas; mas os que já sentiram a presença do Mestre, SABEM que mais vale um minuto de unificação com o Cristo, que uma vida inteira de agitação caritativa. Então, a criatura evoluída, o ser iniciado, mesmo quando precisa desdobrar-se em atividades externas, só o faz com o espírito "sentado aos pés" de seu apaixonado amor.


Como vemos, lição prática, para ensinar-nos a manter os dois lados em equilíbrio, embora bem distintos um do outro. As tarefas terrenas que nos "ocupam", não nos "preocupem": realizemo-las com os veículos externos, sem nelas imiscuir o Espírito. Este deve permanecer na contemplação e na união divina. Agir com as mãos, meditar com o coração. Andar com os pés do corpo, enquanto o Espírito permanece "sentado" a conversar com o Amigo Sublime. Olhar as coisas com os olhos físicos, mantendo o olhar do Espírito preso às belezas do Amor. Raciocinar com o intelecto, deixando a mente a contemplar o Amor do Amado.


E o evangelista soube, perfeitamente, estabelecer a sequência, dando-nos esta lição logo a seguir à d "samaritano", como que prendendo uma à outra, afim de alertar-nos que o atendimento ao próximo, embora necessário e sublimador, não deve afastar-nos, de modo algum, do ambiente místico da contemplação interior.


lc 10:38
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 26:17-19


17. No primeiro dia dos ázimos, vieram os discípulos a Jesus, dizendo: onde queres que te preparemos para comeres a Páscoa?

18. Ele disse: "Ide à cidade, a um tal, e dizei-lhe: o Mestre diz: está próximo meu tempo; em tua casa farei a Páscoa com meus discípulos".

19. E os discípulos fizeram como lhes ordenara Jesus e prepararam a Páscoa.

MC 14:12-16


12. E no primeiro dia dos ázimos, quando sacrificavam a Páscoa, disseram-lhe seus discípulos: onde queres que vamos preparar-te para que comas a Páscoa? 13. E enviou dois de seus discípulos e disse-lhes: "Ide à cidade, e virá a vós um homem carregando um cântaro de água; acompanhaio;

14. e onde entrar, dizei ao dono da casa que o Mestre diz: Onde é meu aposento, em que comerei a Páscoa com meus discípulos?

15. Ele vos mostrará um sobrado grande, mobiliado, pronto; e ai preparai-nos".

16. E saindo os discípulos e chegando à cidade, e encontrando como lhes dissera, prepararam a Páscoa.

Lc 22:7-13


7. Veio, pois, o dia dos ázimos em que devia sacrificar a Páscoa.

8. E enviou Pedro e João, dizendo: "Indo, preparai-nos a Páscoa para comermos".

9. Eles disseram-lhe: Onde queres que (a) preparemos?

10. Disse-lhes ele: "Eis que, indo vós à cidade, virá a vós um homem carregando um cântaro de água; acompanhaio até a casa em que entrar;

11. e direis ao dono da casa: O Mestre te diz: Onde é o aposento em que comerei a Páscoa com meus discípulos?

12. E ele vos mostrará um sobrado grande, mobiliado; ai preparai".

13. Indo, pois, encontraram como lhes dissera, e prepararam a Páscoa.



Anotam os narradores que "era o primeiro dia dos ázimos". Pelo que sabemos de Flávio Josefo (Ant. JD 2, 15, 1) a festa durava oito dias cheios, pois no dia da imolação do cordeiro, 14 de nisan, não devia encontrar-se na casa nenhum alimento fermentado, nenhum condimentado com sal, nenhum temperado com azeite. Para evitar descuidos, desde a véspera, 13 de nisan, os donos da casa percorriamna em todos os recantos, catando qualquer migalha de fermento, para que fosse queimado a tempo.


Era, assim, denominado "primeiro dia dos ázimos" o dia 13. No entanto, também era permitida uma antecipação da imolação do cordeiro.


PÁSCOA


A imolação do cordeiro pascal, seu cozimento e sua consumação eram realizados ao pôr do sol do dia 14 de nisan, e a FESTA DA PÁSCOA, propriamente, era comemorada no dia 15. Ora, sabemos que Jesus foi crucificado "no dia em que devia comer-se o cordeiro", isto é a 14 de nisan.


Então, forçosamente, o cordeiro foi imolado e comido, por Ele e por seus discípulos, no dia 13 (o primeiro dia dos ázimos). Essa antecipação podia realizar-se:

1. º - Quer porque o próprio Jesus tenha resolvido fazê-lo, para seguir a grande massa popular, que recuava de um dia a imolação, quando o dia 15 caía num sábado, para que não violassem os preceitos do repouso depois das 18 horas da sexta-feira. Isso apesar de a Michna estabelecer: "a páscoa é superior ao sábado", não havendo necessidade dessa antecipação (cfr. Mechitta, 5, 1 e Gem. Pesachim 33, 1 e 66, 1).


2. º - Quer porque o Sinédrio, levado pela opinião dos sacerdotes da Casa de Boethus, que tinham grande influência, tivessem recuado oficialmente a cerimônia, para não ferir o repouso sabático.


Com esses dados, podemos estabelecer a data da crucificação de Jesus, já que sabemos que foi crucificado numa "sexta-feira 14 de nisan": com efeito, durante a procuradoria de Pilatos na Palestina, só três vezes o 14 de nisan coincidiu com a sexta-feira: no ano 27 (a 11 de abril); no ano 30 (a 7 de abril) e no ano 33 (a 3 de abril). Alguns autores, (João Crisóstomo, Patrol. Craeca vol. 58, col. 729; Teofilacto, Patr. Gr. vol. 123, col. 440; Pseudo-Victor, Catena, pág. 420; Eutímio, Patrol. Craeca, vol. 129, col. 652) opinam que prôtos, "primeiro" dia dos ázimos, deveria ler-se pro, isto é "na véspera" do dia dos ázimos (1).


(1) Pelos dados mais recentemente descobertos, devemos trazer um acréscimo à cronologia que expusemos no 1 vol, pois a crucificação só teria podido dar-se no ano 30 (dia 7 de abril), quando então teríamos que recuar de 28 para 27 o mergulho de João; ora, no mesmo vol. 1 chegamos à conclusão de que o mergulho realizou-se no ano 29. Tendo Jesus nascido a 7 A. C., e tendo completado seu primeiro ano de vida no ano 6 A. C., no ano 29 teria "cerca de 30 anos", ou mais precisamente 34 anos. Nesse passo, a crucificação não poderia ter ocorrido no ano 30, em vista das numerosas atividades relatadas nos Evangelhos. Temos, portanto, que adiar para o ano 33 (dia 3 de abril) a crucificação. Ai, então, compreendemos o porquê da tradição unânime que vem de longa data, de que Jesus "morreu aos 33 anos". Deve-se ao erro do diácono Dionísio o Pequeno, que estabeleceu o nascimento no ano 1 de nossa era, pois se fixara no dito de Lucas (Lucas 3:23) de que Jesus tinha" cerca de 30 anos", e de que sua crucificação ocorrera no ano 33. Contudo, tendo Jesus nascido a 7 A. C. (vol. 1) ou seja, o ano 747 da fundação de Roma, sua crucificação ocorreu no ano 33 (785 de Roma), quando contava, quase, 38 anos, ou seja estava no 37. º ano de sua vida, embora não tivesse completado os 38. Com isso, queremos corrigir o que escrevemos no vol. 1.


Os discípulos tomam a iniciativa de perguntar ao Mestre onde quer que seja preparada a Páscoa. Jesus encarrega Pedro e João de irem à cidade - o que denota que estavam fora de Jerusalém - e lá prevê o que está para acontecer: ao entrar (logicamente pela Porta de Siloé, onde se localizava a Fonte) encontrariam um homem a carregar água.


Observemos a originalidade: àquela época eram só as mulheres (escravas ou, nas famílias pobres, as donas da casa) que exerciam esse mister: um homem, mesmo servo, a fazê-lo, constituía uma exceção.


Ao encontrá-lo, deviam segui-lo para ver aonde se dirigia e onde entrava: com isso, localizariam a casa de "um tal" (pròs tòn deína), maneira de evitar a citação nominal por parte dos narradores. As suposições foram várias ao longo dos séculos: era a casa de Nicodemos, a de José de Arimateia ou de qualquer outra personagem importante cujo nome não devia ser citado para evitar perseguições, ou mesmo do pai de Marcos, que era casado com Maria, a irmã de Pedro, e que morava em Jerusalém (cfr. AT 12:12, AT 12:17). Mas é inútil querer adivinhar!


Ao encontrar o dono da casa, diriam: "o Mestre pergunta: onde é o meu aposento (tò katályma mou) para comer a páscoa com meus discípulos"? E Mateus acrescenta: "comerei a páscoa em tua casa" (pròs se, equivalente a parà soi, que o francês traduz otimamente: chez toi). A expressão tò katályma designava o aposento de hóspedes (cfr. 1RS, 1:5 e EC 14:25). Tudo isso demonstra que havia realmente intimidade grande e confiança absoluta de parte aparte.


O anfitrião mostraria um "sobrado grande" (anágaion méga), o que revela casa grande de pessoas ricas.


Anotemos que essa palavra anágaion é um hápax neotestamentário, pois o termo comum para expressar o sobrado era hyperôon ("o andar de cima"). Ocupava, geralmente, todo o pavimento superior, abarcando todos os cômodos do térreo, e se mantinha normalmente mobiliado com tapetes, almofadas e divãs, para condignamente receber os hóspedes, permitindo-lhes comer e dormir.


Jesus regressa a Betânia com os discípulos, deixando Pedro e João encarregados dos preparativos, naturalmente auxiliados pelos escravos e empregados da casa.


A refeição da ceia pascal consistia em pão sem fermento, em salsa ritual (haroseth), em chicóreas amargas (merôrim), tudo cozido sem sal nem azeite (cfr. EX 12:8 e NM 9:11).


Eis a primeira preparação para o início do Drama Sacro para a emancipação do homem.


Aparece um sinal (sêmeion) que é mostrado (deíknymi) com clareza tão grande e evidência tão brilhante, que admira não ter sido comentado em todos os tons durante esses quase dois mil anos, um sinal que anuncia a possibilidade e a época em que se promoverá a libertação ou redenção para a humanidade terrena.


Hão de ocorrer todas as modificações preditas nos capítulos que anteriormente comentamos - E "toda esta geração estará presente para vê-lo" - mas só se dará início à passagem (páscoa) no signo de AQUÁRIO: sim, encontrarão um homem a carregar um cântaro de água.


Isso representa, desde a mais remota antiguidade, o signo de aquário, que figura no zodíaco egípcio de Denderah com duas ânforas. Todas as tradições orientais relacionam esse arquétipo com o final de um ciclo que traz em si o germe de novo princípio (ouróboros). Aquário é o princípio da dissolução e decomposição das formas, e da imediata proximidade da libertação, por meio da destruição do que é meramente fenomênico.


Mas o signo do aquário constitui simplesmente o sinal (sêmeion) reconhecedor da época. A realidade do ágape místico virá ao encontrarmos o" dono da casa" (oikodêspótês), que simboliza o Eu profundo, a Individualidade, que já mantém "mobiliado" o aposento de cada um. Notemos, de fato, que Jesus pergunta pelo ""MEU aposento", e embora não seja abertamente revelado, esse aposento está no "sobrado alto", no "primeiro andar" (anágaion).


O termo exprime, literalmente "acima" (aná) "a terra" (gáios, de gês). Não é na parte material, onde encontramos o aposento secreto do encontro e da passagem, aquele "aposento" (tameíon) onde já devemos estar habituados a "entrar e, fechada a porta, orar em secreto" (MT 6:6): é "acima da terra" (anágaion), acima do nível material.


Essa a razão por que Marcos e Lucas não usaram o termo vulgar e comum hyperôo, que exprimia o andar de cima reservado primitivamente às mulheres e, mais tarde, aos escravos. Com uma palavra nova, altamente significativa, quiseram chamar a atenção dos discípulos para o sentido oculto. E criaram o novo termo, dantes inexistente na língua grega. Por aí ficamos sabendo que as figurações alegóricas que se passam na terra (en tês gês), representadas na matéria densa, constituem mero e pálido reflexo sombrio da realidade vivida "acima da terra".


Onde? Dizem alguns autores que a ação pimordial foi realizada no plano astral. Outros admitem que o foi mesmo no físico denso, e que a humanidade e o planeta conseguiram deter sua descida evolutiva que já se avizinhava da destruição total da "alma" (cfr. Rudolf Steiner, "Pierres de construction pour la connaissance du Mystère du Golgotha", Paris, 1947) e iniciar o caminho do regresso, quando o sangue de Jesus (seu duplo etérico) penetrou na terra, infundindo-lhe novas energias divinas.


Quanto a nós - salvo erro - pensamos que a REALIDADE foi integralmente vivida no plano espiritualmental, enquanto o reflexo se fazia sentir no plano astral e, secundariamente, em repercussão inevitável, no plano físico, único testemunhado pelos discípulos diretos.


Exatamente por isso, aqueles que tinham capacidade e poder espiritual para acompanhar o Grande Drama Místico no plano mental - ou plano REAL e ESSENCIAL - não tiveram necessidade de comparecer ao espelhismo do ocorrido no plano físico. Referimo-nos à ausência, que tanta estranheza causa, em todo o sacrifício do Gólgota, dos três grandes amigos íntimos de Jesus: Lázaro, Marta e Maria.


Deles não mais se fala na história do cristianismo de então. Não são citados nos livros escriturísticos, nem nos apócrifos, nem mesmo figuram nas tradições orais: desapareceram totalmente, como se jamais tivessem tido ligação com o Mestre. Nem por isso deduziremos que renegaram o Amigo: apenas O seguiram por outros caminhos, em outros planos.


A tradição fala-nos de Maria Madalena, mas não da Maria de Betânia. Interessante focalizar resumidamente o que se disse no passado das três Marias: a pecadora, a Madalena e a irmã de Marta.


* * *

AS TRÊS MARIAS


Nas narrativas evangélicas, além de outras (a Mãe de Jesus, a esposa de Cléofas, etc), aparecem três Marias sobre as quais as opiniões divergem:
#c1 1. MARIA "a pecadora", que ungiu os pés de Jesus na casa de Simão o fariseu (LC 7:36-50; vol. 3). 2. MARIA MADALENA, que o Talmud apresenta como casada inicialmente com o judeu Pappus Ben Judah, que abandonou para unir-se ao oficial de Herodes chamado Panther; não era, necessariamente uma "pecadora pública" nem uma "viciada" como a descreve Gregório Magno (Patrol. Lat. vol. 76, col. 1239, na Homilia in Evang. 33,1). Curada por Jesus que lhe expulsou sete espíritos obsessores, agregou-se a Ele permanecendo a seu lado até a crucificação; a ela Jesus apareceu logo após a "ressurreição", em primeiro lugar.
#c1 3. MARIA DE BETÂNIA, irmã de Lázaro e de Marta (cfr. JO 11:1-44) que ungiu os pés e também a cabeça de Jesus na casa de Simão o leproso (JO 12:3, vol. 6) e recebeu Jesus em sua casa (LC 10:38-42, vol. 5).
Entre os comentadores, divergem as interpretações desde as mais remotas épocas:

A) as três constituem uma só pessoa, afirmam: Clemente de Alexandria (Pat. Gr. vol. 8 col. 430);


Tertuliano (Pat. Lat. vol. 2 col. 1001); Gregário Magno (Pat. Lat. vol. 76 cols. 854 e 1239; vol. 77, col. 877; e vol. 79 col. 243); Bernardo, embora com hesitação (Pat. Lat. vol. 183, cols. 342, 422,
527, 831); e Agostinho, que ora afirma a identidade das três (Pat. Lat. vol. 34 col. 1155) ora hesita em afirmar que sejam uma só pessoa (Pat. Lat. vol. 35, col. 1748).

B) Distinguem a pecadora da Madalena (nem supõem identidade com Maria de Betânia): as Constitutiones Apostolicae (Pat. Gr. vol. 1, col. 769); João Crisóstomo (Pat. Gr. vol. 78, col. 342; Orígenes (Pat. Gr. vol. 13, col. 1721). Seguido por Teofilacto, Eutímio, Servio, etc. ; Ambrósio (Pat. Lat. vol. 15, col. 1672), discute o assunto, afirmando que são duas, embora possa defender-se a hipótese de que a pecadora se transformou em santa; Hilário (Pat. Lat. vol. 9 col. 748); Jerônimo (Pat. Lat.


vol. 23, col. 1123 e 1130 e vol. 26, col. 191).


Modernamente J. Bollandus, Acta Sanctorum (tomo 5. º pág. 187) afirma a identidade das três, que fez festejar pela igreja de Roma a 22 de julho; Bossuet ("Sur les Trois Madeleine", Migne, Paris, 1856, vol. 5. º, col. 1647) distingue as três em defesa brilhante.


Analisemos os argumentos que distinguem a "pecadora" de Madalena:
a) o nome do anfitrião, Simão, era tão comum que, entre os doze discípulos de Jesus, dois se chamavam assim;
b) uma é dita "a pecadora"; a outra designada pelo nome;
c) uma unge os pés, a outra os pés e a cabeça;
d) uma derrama o perfume, a outra quebra o vaso;
e) de uma murmura o anfitrião contra Jesus, da outra queixa-se Judas em alta voz contra o desperdício;
f) no episódio da pecadora é repreendido Simão; no da Madalena são repreendidos os discípulos;
g) Simão o fariseu estava na Galileia; Simão o leproso em Betânia, na Judeia;
h) o primeiro banquete foi mais de um ano antes da crucificação, o segundo, seis dias apenas antes;
i) o fato de ter tido sete obsessores não implica em ter sido pecadora pública;
j) logo após citar a pecadora (LC 7:37), o mesmo evangelista apresenta a Madalena (LC 8:2) dando-lhe o nome, como personagem nova;

k) o fato de João dizer que Maria foi "a que ungiu" (hê aleípsasa) no passado, quando só narra a unção posteriormente, nada indica, pois na mente do evangelista devia estar vivo o episódio como já realizado, e só literariamente aparece a narrativa do fato em seguida.


Quanto à irmã de Marta:
a) Nada faz supor que tivesse tido vida desregrada;
b) Jesus conhece a pecadora durante o jantar de Simão o fariseu, ao passo que Maria de Betânia era sua amiga, sendo sua casa frequentada por Jesus;
c) Maria Madalena era originária de Magdala, na Galileia; Maria irmã de Marta era originária de Betânia, na Judeia.

Das três, nada mais se sabe a respeito da "pecadora" nem de Maria de Betânia. Apenas da Maria Madalena há tradições: Gregório de Tours (Pat. Lat. vol. 71, col. 131) escreve no seu "De Glória Martyrum", no 29, que o túmulo de Maria Madalena era visto em Éfeso ainda no século 6. º.


Daniel, o higumeno, diz ter visto seu túmulo e sua cabeça, em Éfeso, no ano 1106 (cfr. Tomaschek Comptes Rendus de l"Académie de Vienne" tomo 124, pág. 33).

Os historiadores bizantinos dizem que o imperador Leão VI, em 899, fez trazer para Constantinopla o corpo de Madalena (cfr. Leo Grammatictts, Pat. Graeca, vol. 120, col. 1108).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
  • A Missão dos Setenta (10:1-20)
  • Designou o Senhor ainda outros setenta (1). Lucas não quer dizer que Cris-to tinha enviado setenta anteriormente, mas que os setenta eram adicionais aos doze que haviam sido enviados. Lucas é o único autor de Evangelho que registra este episódio, mas ele é, também, o único a tratar (em detalhes) o ministério na Peréia, do qual é parte.

    O número setenta parecia ter um significado especial entre os judeus. Havia setenta anciãos designados por Moisés, setenta membros do Sinédrio (setenta e um, incluindo o presidente ou nasi) e, de acordo com a lenda judaica, os setenta povos ou nações da Terra, além dos judeus. O simples fato de que Jesus tinha estes muitos discípulos dignos de confiança é significativo. Muitas vezes nos esquecemos de que Ele tinha muitos segui-dores leais.

    Mandou-os... de dois em dois. Para ajuda mútua e encorajamento. A todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. Estes deveriam preparar a visita dele a essas cidades. Neste momento, os doze apóstolos estavam com Ele; os setenta foram adiante da sua face. É possível que cada uma dessas duplas de discípulos fosse a apenas uma cidade e ficasse por lá, pregando, ensinando e preparando, em outros aspectos, a visita de Jesus. Isto totalizaria trinta e cinco cidades e aldeias visitadas por Jesus em seu ministério na Peréia, e Ele dificilmente visitaria muitas mais em um período de seis ou sete meses, a menos que suas visitas fossem muito breves.

    Do versículo 2 até o 16, Jesus dá instruções e admoestações aos setenta. Muitas destas são instruções iguais ou semelhantes às instruções dadas em várias ocasiões aos doze apóstolos. Alguns críticos tropeçam nesta similaridade entre as passagens. Porém é mais razoável que Jesus tenha dado as mesmas admoestações por duas vezes, se as exigências das situações fossem as mesmas. Qualquer líder da igreja admoestando gru-pos de obreiros inevitavelmente repetiria vários pontos, pois todos eles precisariam basi-camente das mesmas instruções.

    Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos (2). A metáfora da seara parece ter sido uma das favoritas de Jesus. A seara das almas humanas sempre foi grande e os obreiros sempre foram, tragicamente, poucos. É a fatal falta de interesse do homem pelos seus companheiros que mantém este número tão pequeno. Mas o Mestre torna claro, através de seu Evangelho, que este interesse é um teste do discipulado. Seus discípulos estão trabalhando na seara. Aqueles que não estão trabalhando não merecem ser chamados de discípulos.

    Rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Levar a seara ao celeiro é nossa responsabilidade. E conseguir os obreiros necessários é, em parte, nossa responsabilidade. Devemos enxergar as necessidades e rogar que o Senhor envie obreiros adicionais, mas nenhum homem tem o direito de orar pedindo ajuda na seara, até que esteja fazendo o melhor de si. Deus não enviará obreiros para ajudar um preguiçoso — ele não precisa de ajuda para fazer o que está fazendo.

    Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos (3). Que paradoxo: Cor-deiros saindo para salvar ovelhas de lobos! Aqui está a simplicidade unida ao desamparo: nenhuma arma carnal como defesa. Mas Deus tem uma maneira de criar a força a partir da fraqueza, e de usar até a morte como uma arma da vitória e da vida. Aqui vemos a supremacia de Cristo. Ele é o maior Vencedor do mundo, e ainda assim as suas forças não foram utilizadas no que se refere à defesa carnal ou terrena. Os cristãos têm sido assassinados aos milhares, mas o avanço triunfal continua. A esta altura temos que parar e meditar e ganhar uma nova luz e inspiração para a tarefa e a batalha dos dias atuais. Não estamos desprotegidos, pois Cristo está conosco. Uma vez que a própria morte não nos vence, podemos começar a entender que somos imbatíveis. Mas, se come-çarmos a nos equipar com armas carnais, estaremos caminhando em direção à derrota. Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias (4) significa, literalmente, "sem bolsa, nem sacola de mantimentos, nem sandálias extras". Os setenta não deveriam carregar o peso da bagagem nem ficar embaraçados com os mantimentos. Eles tinham uma missão mais importante, e os negócios do Rei exigiam pressa. Veja, também, os comentários sobre Mateus 10:9ss.

    A ninguém saudeis pelo caminho. Isto se refere, particularmente, à longa e tedi-osa saudação habitual no Oriente. Eles não deveriam desperdiçar seu tempo precioso, mas deveriam estar tão absorvidos com sua missão, que sua devoção sincera seria perce-bida por todos com quem se encontrassem.

    Se ali houver algum filho de paz (6). Filho de paz é uma expressão aramaica para "um homem pacifico" ou "um homem de boa reputação", "respeitável". Esses men-sageiros de Cristo deveriam ficar em casas respeitáveis. Eles não deviam macular o nome de Cristo, habitando com alguém desprezível ou indigno.

    Ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário (7). Eles não deveriam fazer exigências, mas ser gratos por qualquer coisa que lhes fosse dada; e não deveriam se considerar (ou serem considerados por outros) mendigos, mas como obreiros poderiam receber seus pagamentos. Não andeis de casa em casa. A casa em que fossem originalmente recebidos, deveria ser seu domi-cilio enquanto estivessem em uma cidade ou aldeia.

    Para uma discussão mais detalhada a respeito do material dos versículos 8:12, veja os comentários sobre Mateus 10:14-15; quanto aos versículos 13:15, veja os comentários sobre Mateus 11:21-24; para as notas sobre o versículo 16, veja Mateus 10:40.

    E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam (17). Eles estavam maravilhados com o poder miraculoso que lhes fora permitido exercer. Estavam jubilosos com a lembrança de suas realiza-ções. Mas Jesus lhes mostrou (20) que sua alegria não era correta, pois tinha o foco errado. Entretanto, Ele não os repreendeu por sua alegria ao verem o reino de Satanás sofrer perdas.

    Eu via Satanás, como raio, cair do céu (18). Aqui Jesus estava tanto relembrando como profetizando. Satanás havia sofrido algumas importantes derrotas — especialmen-te no que se refere à tentação de Cristo. Mas Jesus aguardava ansiosamente a queda de Satanás; a sua completa derrota nas mãos do próprio Cristo.

    Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo (19). Esta escritura tem, de fato, uma implicação literal,' mas o contexto parece exigir que o principal significado seja espiritual. Note como Jesus faz uma analogia entre serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo. Tanto os versículos anteriores como os posteriores se referem às forças satânicas. A gramática desses versículos implica, também, que essas serpentes e escorpiões estão incluí-dos nas forças do inimigo. O simbolismo é comum para as forças satânicas ou demônios e até para o próprio Satanás. O significado principal é que os cristãos têm poder para pisar triunfantemente sobre os exércitos de Satanás, através do auxílio e da graça de Jesus Cristo.

    Mas... (20) mostra que o que se segue não era uma repreensão. ...não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus. Esta é a ênfase correta, o terreno próprio para alegrar-se. O poder e sua manifestação são muito deslumbrantes, mas a vida eterna é mais importante. Ter a cidadania do céu é mais importante do que atemorizar o inferno.

    4. O Momento de Júbilo de Jesus (10:21-24)

    Se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai... porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas (21). Esta é uma daquelas ocasiões em que o contentamento encheu o coração do Homem de Dores e Ele se alegrou... no Espírito Santo. Ele tinha duas razões para se alegrar: a vitória havia coroado os esforços dos setenta, e a verdade divina havia sido comunicada a esses "bebês" em Cristo — verdades que os sábios e inteligentes deste mundo não havi-am notado. Com a ajuda de Deus, estes homens incultos haviam penetrado mais profun-damente na verdade do que os filósofos de todos os tempos, sem a ajuda da revelação divina. Note que o Pai havia revelado essas coisas a eles.'

    Nesta passagem, a obra Pulpit Commentary (Comentário do Púlpito) oferece um esboço dividido em três partes:

    1) A alegria da gratidão, 20; 2), A herança daqueles que têm um coração humilde, 21;

    3) O refúgio daqueles que se sentem perplexos — porque assim te aprouve, 21.

    Tudo por meu Pai me foi entregue (22). Duas palavras estão expressas nesta frase. Por um lado, todo o poder do céu está à disposição de Jesus, caso Ele escolha usá-lo em sua guerra contra Satanás. Por outro lado, estas palavras mostram a completa submissão do Filho ao Pai, durante a sua curta permanência terrena. Esta submissão ou subordinação do Filho ao Pai é tanto voluntária quanto temporária.

    Ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai. Só o divino Pai pode compreen-der a divina pessoa do Filho. Nem quem é o Pai, senão o Filho. Só o divino Filho compreende a divina pessoa do Pai. Só a Divindade pode compreender a Divindade. E aquele a quem o Filho o quiser revelar. O homem pode ter uma compreensão pálida e fragmentada do Pai, mas mesmo isto só é possível se o Pai lhe for revelado pelo Filho. É o Filho quem escolhe aqueles a quem Ele revelará o Pai. Nesta ocasião, Ele escolheu estes "bebês" ao invés dos sábios e inteligentes. A revelação vem "do" Pai, mas "atra-vés" do Filho.

    E, voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular (23). Jesus tinha uma mensagem particular para eles, e não queria que as pessoas mundanas a ouvis-sem. Deus muitas vezes compartilha mensagens particulares com seus filhos — mensa-gens sobre as quais as outras pessoas que os cercam nada sabem. Bem-aventurados os olhos que vêem o que vós vedes. Estas palavras podiam ser lembradas com proveito nos dias de trevas que se seguiriam — quando a bem-aventurança na vida deles não seria tão aparente. Eles estavam vendo o início do poderoso avanço do Reino de Deus na terra. Estes discípulos não compreenderiam, tão cedo, o completo significa-do dessas palavras — talvez nunca neste mundo. Mas como discípulos, eles teriam uma revelação e uma compreensão progressivas do gracioso privilégio que lhes pertencia como embaixadores de Cristo.'

    Pois... muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram (24). Os homens na antiga dispensação viram estas coisas de forma vaga através dos olhos proféticos. Eles estavam destinados a ja-mais ver (neste mundo) as coisas que prediziam. Nenhum profeta ou rei no grande pas-sado de Israel havia sido tão abençoado quanto estes homens humildes. Embora prove-nientes das camadas mais baixas da sociedade, eles saíram para proclamar o estabeleci-mento do Reino de Cristo — as boas-novas da salvação.

    5. O Bom Samaritano (10:25-37)

    Esta é uma das histórias mais queridas do Novo Testamento. Estamos em débito com Lucas por tê-la registrado, pois nenhum outro autor do Novo Testamento a registra. A ocasião em que ela foi contada evidentemente ocorreu em Jerusalém, ou em suas pro-ximidades — possivelmente em Betânia, na casa de Lázaro, quando Jesus fez sua curta viagem a Jerusalém para a celebração da Festa da Dedicação. Note que nos eventos seguintes (38-42) Ele está em Betânia.

    Um certo doutor da lei (25). Estes homens são, às vezes, chamados de escribas -instruídos na lei de Moisés e na tradição judaica. Se levantou. Evidentemente, ele estava sentado entre aqueles que estavam ouvindo os ensinos de Jesus. Ele se levantou para chamar a atenção do Mestre e fazer uma pergunta. Tentando-o. Sua pergunta não era uma sincera busca pela verdade, mas uma pergunta maliciosa, que tinha a intenção deenvolver o Mestre em uma das freqüentes disputas judaicas. Que farei para herdar a vida eterna? A artimanha contida nesta aparente busca inocente de orientação espiri-tual, foi percebida pelo Mestre. Ele evitou a resposta esperada ao fazer uma pergunta ao doutor da lei, deixando-o, assim, na defensiva. Que está escrito na lei? Como lês? (26). Se a Lei contivesse a resposta, um doutor da lei deveria saber qual era.

    Amarás ao Senhor teu Deus... e ao teu próximo (27). O doutor da lei usou os dois textos encontrados entre as expressões do Antigo Testamento que melhor ilustram as atitudes que devemos ter no tempo do Novo Testamento. Para uma discussão do signi-ficado desses textos veja os comentários sobre Mateus 22:37-40.8

    Respondeste bem (28). Jesus elogiou sua resposta e acrescentou, faze isso e vi-verás. O amor a Deus e aos seus semelhantes é a exata essência da verdadeira religião. Se o doutor da lei conseguisse viver de acordo com esta regra, ele asseguraria viver eternamente.

    Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo (29). Aquele homem se sentiu obviamente condenado pela segunda regra, embora nenhuma acusação tenha sido feita por alguém. Seu amor por Deus também estava, lamentavelmente, ausente. Mas sua relação e atitude para com o seu próximo puderam ser mais facilmente detectadas e medidas do que o seu amor por Deus. Ele condenou a si próprio — pelo menos revelou o seu senso de condenação ao tentar se justificar. E quem é o meu próximo? Evidentemente havia muitos a quem ele não amava, mas ele estava perguntando (e ao mesmo tempo satisfeito por saber a resposta) : "Aqueles a quem eu não amo, são meus próxi‑

    mos?" Jesus lhe respondeu contando uma importante parábola, significativa como histó-ria, memorável como uma duradoura parcela de revelação divina, e notavelmente apro-priada para a situação e para o homem. Nesta história o esclarecimento não é dado através de um preceito, mas pelo exemplo.

    Descia um homem de Jerusalém para Jericó (30). Não se tem qualquer infor-mação sobre o homem, além dos acontecimentos de sua jornada. Seu nome não é informado, nem mesmo a sua raça é declarada. Isto fica por conta de Lucas, pois ele está apresentando Jesus como o Salvador de todos os homens. No entanto, a implicação da história é que ele era judeu — grande parte da essência e da força da história dependem deste fato.

    Jericó estava situada a cerca de vinte e sete quilômetros a noroeste de Jerusalém, e a cerca de oito quilômetros do rio Jordão. Jericó está a cerca de mil metros abaixo de Jerusalém, de modo que em uma viagem como a deste homem seria necessário enfrentar uma descida bastante íngreme. O terreno entre estas duas cidades era acidentado e desabitado em alguns lugares, embora a estrada entre eles fosse bastante movimentada — uma das mais importantes estradas na Palestina. A aspereza da região e o número de viajantes a tornavam um paraíso para os bandidos.
    Esta história pode ter sido um incidente real na estrada de Jericó, em vez de uma simples parábola. Se for, com certeza foi bem escolhida pelo Mestre, pois tudo na história se ajusta perfeitamente à lição que Ele está ensinando.
    Ele caiu nas mãos dos salteadores — literalmente "ladrões" ou "bandidos". Os salteadores só estavam interessados em roubar os bens de alguém. Ladrões ou bandidos muitas vezes ferem ou matam. Este viajante não só teve seus bens roubados, mas tam-bém foi deixado meio morto (30).

    Um certo sacerdote (31). Um grande número de sacerdotes e levitas vivia em Jericó e subia até Jerusalém quando chegava o seu período de servir no Templo. É interessante notar que esta é a única vez em que Jesus falou de algum modo contra os sacerdotes. A posição deles como guardiões da casa de Deus parece ter sido respeitada por Jesus, embora muitas vezes eles fossem pessoalmente merecedores de sua censura.

    Este sacerdote, em particular, podia estar vindo, naquela época, do Templo, ao término do seu período de uma semana de serviços. Sendo assim, ele provavelmente passou para o outro lado da estrada para evitar a profanação cerimonial, o que interferiria em suas funções sacerdotais por algum tempo. De qualquer forma, alguma outra coisa era mais importante para ele do que a vida de um homem — mesmo a vida de um semelhante judeu.

    De igual modo, também um levita (32). Os levitas ajudavam os sacerdotes, exe-cutando os serviços necessários no terreno ao redor do Templo. Este levita realmente mostrou alguma compaixão — ou só curiosidade? Ele veio e olhou para o homem. Mas ele não era melhor do que o sacerdote, pois desprezou a pouca compaixão que sentiu. Ele também passou de largo. Qualquer que fosse o motivo que levou a ambos, o sacerdote e o levita, a passarem pelo seu semelhante judeu sem ajudá-lo, a ênfase é a mesma: o que importa é o que lhes faltou, e não o motivo pelo qual não agiram. Eles estavam quase (se não inteiramente) desprovidos de amor pelo seu próximo O doutor da lei, em cujo bene-fício Jesus estava contando a história, teria, com certeza, considerado este homem desa-fortunado um próximo.

    Um samaritano (33). Seu nome e nível social não têm importância, pois todos os samaritanos eram odiados pelos judeus e, evidentemente, a maioria dos samaritanos tinha um sentimento similar pelos judeus. O importante é que um homem que não tinha nenhuma razão especial para ajudar este judeu e quase toda a motivação racial para não ajudá-lo, foi movido de compaixão por um ser humano que estava sofrendo. Embora esse ser humano pertencesse a uma raça odiada, ele parou e o ajudou, fazendo por ele o máximo que podia.

    Note até que ponto o samaritano ajudou o judeu:
    a) Ele lhe prestou um imediato socorro emergencial;
    b) Ele o levou para uma hospedaria, onde o homem poderia receber os cuidados necessários enquanto convalescia;
    c) Ele pagou a conta antecipadamente; e
    d) Ofereceu mais assistência caso fosse necessária. Ele não negligenciou nenhum tipo de ajuda que pudesse prestar.

    Qual.... destes três... foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteado-res? (36). Repare como Jesus inverteu a ordem e a relação. O doutor da lei havia dito: "Quem é o meu próximo?". Mas na história de Jesus e na sua pergunta é: Quem era o próximo dele? Ou seja, de quem eu posso (devo) ser o próximo? A pergunta do doutor da lei não possuía nenhum senso de obrigação humana. A pergunta de Jesus reforça forte-mente essa obrigação. Portanto, Jesus não respondeu, de fato, à pergunta do doutor da lei; o Senhor lhe mostrou que havia feito a pergunta errada (porque suas atitudes esta-vam erradas), e sua lamentável falta de amor por seu próximo O homem entendeu a lição, pois ele respondeu corretamente à pergunta do Senhor: O que usou de miseri-córdia para com ele (37). A aplicação era clara e simples. O doutor da lei conseguiu percebê-la antes que o Mestre chamasse a atenção para o que deveria ser feito: Vai e faze da mesma maneira.

    William Barclay destaca três verdades significativas na história:

    1) Devemos ajudar um homem, mesmo que ele tenha causado o seu próprio problema, 30;

    2) Qualquer ho-mem de qualquer nação que estiver necessitado é o nosso próximo, 31-33;

    3) A nossa ajuda tem que ser prática, e não pode consistir apenas em sentir pena.

    6. Uma Visita a Marta e Maria (10:38-42)

    Ele entrou numa aldeia (38). Esta aldeia era Betânia, portanto era sobre a Marta e a Maria acerca das quais João escreveu (Jo 11:1ss). As descrições das irmãs encontra-das nos dois Evangelhos claramente apontam para as mesmas pessoas. Este incidente provavelmente ocorreu quando Jesus fez sua breve visita a Jerusalém para a celebração da Festa da Dedicação, no mês de dezembro que antecedeu a sua paixão.

    Uma bela amizade existia entre Jesus e essas duas irmãs e o irmão delas, Lázaro. Na amizade do Senhor com eles, temos uma das melhores ilustrações do lado humano de Cristo, encontradas no Novo Testamento. Jesus deve tê-los conhecido bem no início de seu ministério. Ele pode tê-los encontrado em uma de suas muitas viagens a Jerusalém.

    Em vista da óbvia cordialidade e proximidade dessa amizade, é um fato enigmático que nenhum dos Evangelhos Sino-ticos mencione Lázaro, e que o único relato das irmãs, além do Evangelho de João, seja este que está sendo analisado. A melhor resposta dispo-nível parece ser a de que a história não se ajustava ao propósito específico dos autores dos outros Evangelhos.

    Muitas tentativas foram feitas para identificar Maria, Marta e Lázaro com outras pessoas conhecidas. Uma sugestão é que Marta era a esposa de Simão, o Leproso. Lázaro foi identificado com o rabi Eliezer (ou Lázaro) do Talmude. Mas esta e outras especula-ções não têm comprovação, e devem ser tratadas como meras conjecturas.

    Marta é um nome aramaico e significa "senhora"; é o equivalente ao grego kyria.

    Foi sugerido que Marta era a "senhora eleita" a quem João escreveu a sua segunda Epístola. Ela o recebeu em sua casa. Há algumas possibilidades a considerar: Marta era casada ou viúva. Maria e Lázaro viviam com ela. Pode ser que ela fosse reconhecida como a senhora da casa por ser mais velha do que eles. Neste último caso, eles poderiam estar vivendo juntos como uma família desde a morte de seus pais.

    Tinha esta uma irmã, chamada Maria (39). Maria é, obviamente, subordinada à sua irmã. Sua única relação com a casa ou com o evento social em curso é que ela é a irmã de Marta. A qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra —literalmente, "a qual tendo, também, se assentado aos pés de Jesus estava ouvindo (ou escutando) a sua palavra". Foi sugerido que a palavra também implica que ela inicial-mente ajudou a servir; depois ela se sentou para ouvir as palavras de Jesus. A expressão assentando-se também aos pés de Jesus tem dois significados. Literalmente, sugeri-ria que ela se sentou abaixo dele (em um assento mais baixo), mas tem, também, um sentido figurado ou metafórico, pelo qual ela o ouviu como um discípulo ouviria seu pro-fessor. A situação sugere uma relação professor-aluno. Os discípulos geralmente senta-vam-se aos pés do rabi, como Paulo se sentava aos pés de Gamaliel (Act 22:3).

    Marta, porém, andava distraída em muitos serviços (40) é, literalmente, "Marta estava distraída com os afazeres domésticos". E aproximando-se... Os termos gregos desta frase indicam uma repentina suspensão de sua situação febril — de uma maneira desesperada ou exasperada. Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Esta frase também carrega uma marca de exasperação e agitação. Uma tra-dução literal seria: "O Senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha?" Ela não só culpou sua irmã, mas estava também agitada e um tanto impaciente com o Se-nhor por permitir que a sua irmã a desamparasse. De fato, ela parecia sugerir que o Senhor estava encorajando Maria a negligenciar o seu dever. A palavra traduzida como deixe, significa "dar as costas". Isto também sugere que Maria estava ajudando sua irmã, mas deve ter parado e ido ouvir Jesus.

    Dize-lhe, pois, que me ajude — literalmente, "fale para ela". A palavra pois indica que Marta tem certeza de que suas afirmativas anteriores justificavam seu pleito por completo, e condenavam Maria. A implicação é: Já que meu pleito ficou irrefutavelmente demonstrado, dá-lhe a ordem. Marta estava, obviamente, confiante de que estava certa -e que havia sido tratada injustamente.

    Marta, Marta (41). Spence destaca que "há várias instâncias notáveis desta repe-tição do nome pelo Mestre na história do Novo Testamento e, em cada caso, aparente-mente em amor compassivo".9 Ele se refere a "Simão, Simão", em Lucas 22:31; "Saulo, Saulo" em Atos 9:4; etc. Estás ansiosa e afadigada com muitas coisas. A palavra grega traduzida como Estás ansiosa significa "preocupada" ou "atrapalhada com os cuidados". Jesus está dizendo que ela está muito preocupada com muitas coisas não tão importantes.

    Uma só é necessária (42). Note o contraste entre as muitas coisas com as quais Marta se preocupava e a única coisa que era necessária. As "muitas coisas" de Marta eram materiais, físicas e sociais; a "única coisa" ("Uma só") de Maria era espiritual e de significado eterno. Marta não estava escolhendo o errado no lugar do certo, mas o incidental em lugar do mais importante, o temporal em lugar do eterno.

    Jesus tinha vindo a esta casa como Convidado. Marta estava cuidando, febrilmente, de muitas coisas para ser agradável e entreter. Mas essas coisas não eram necessárias. O principal interesse dele não era ser recebido de braços abertos e nem com uma mesa farta, mas sim com corações abertos e uma oportunidade de servir o seu Alimento a eles.

    Este pleito podia ter uma implicação secundária. Marta estava preparando uma refeição suntuosa e o trabalho extra a estava prejudicando mais do que a comida adicio-nal ajudaria o Mestre.

    A boa parte era uma expressão comum, significando a parte honrada de uma festi-vidade. Maria escolhera com sabedoria. Ela sabia qual parte era a mais desejável e a mais nobre, e a escolheu. Há uma finalidade sugerida em conexão com este pensamento. Jesus garante essa finalidade ao dar apoio à escolha dela: a qual não lhe será tirada. A figura que permeia toda a passagem é a da festividade, e o Mestre transmite a sua mensagem ao colocar a festa espiritual acima da material.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    *

    10:1

    outros setenta. Esta missão é encontrada somente em Lucas, mas as instruções são semelhantes a algumas daquelas dadas aos Doze anteriormente (9.1-6; Mt 10:5-15; Mc 6:7-13). Os manuscritos gregos dividem-se entre 70 e 72 como o número de discípulos enviados (ver referência lateral). Não há modo de termos certeza do número exato. Ambos representam o número de nações do mundo, em Gênesis 10 (o texto hebraico tem setenta nomes, o texto grego tem setenta e dois).

    dois em dois. Jesus tinha enviado os Doze em pares (Mc 6:7). Isto dava mútuo apoio e, também, dois reforçavam o testemunho (conforme Dt 17:6).

    * 10:3

    cordeiros para o meio de lobos. Ver “Cristãos no Mundo” em Cl 2:20.

    * 10:4

    sandálias. Isto, provavelmente não era uma ordem para andarem descalços, mas uma proibição de levarem um par extra de sandálias.

    a ninguém saudeis. O costume de fazer saudações era elaborado e evitá-lo seria altamente incomum.

    * 10:6

    ela voltará sobre vós. A paz de Deus vem somente sobre aqueles que respondem.

    * 10:11

    Até o pó de vossa cidade. Ver nota em 9.5.

    * 10:12

    A iniqüidade de Sodoma era proverbial, mas rejeitar os pregadores do reino de Deus é pior do que os feitos de Sodoma.

    naquele dia. Dia do Juízo.

    * 10:13

    Corazim... Betsaida. Tendo ouvido e rejeitado a Jesus, estas cidades eram mais culpadas do que Tiro e Sidom, que eram infames por causa da sua iniqüidade.

    * 10:15

    Cafarnaum. Esta foi uma cidade onde Jesus realizou muitas de suas obras.

    * 10:16

    Rejeitar a mensagem de Jesus é rejeitar o próprio Deus.

    * 10:18

    Em seu contexto, o dito parece significar que o ministério dos pregadores tinha infligido uma derrota sobre Satanás.

    * 10:19

    autoridade. Quando são enviados por Deus estão a salvo de cobras e escorpiões (conforme At 28:3-5). Os mensageiros de Deus são protegidos, quando fazem aquilo que Deus manda fazer.

    * 10:21

    as revelastes aos pequeninos. Ver “Iluminação e Convicção”, em 1Co 2:12.

    * 10:22

    O relacionamento de Jesus com o Pai é único. O conhecimento deste relacionamento não vem ao mundo por meios naturais.

    * 10:23-24

    O maior dos profetas e reis, nos dias primitivos, não tinham visto o Messias, como estes discípulos viram (Conforme 7:24-28, nota).

    * 10:25

    intérprete da lei. Um especialista na lei de Deus (ver referência lateral) e, portanto, um homem religioso. Contudo, ele não estava, verdadeiramente, procurando uma informação, mas algo que lhe possibilitasse acusar a Jesus.

    * 10:27

    Este intérprete da lei mostra entendimento; Jesus resumiu a lei em muito do mesmo modo (Mt 22:37-40).

    * 10:28

    faze isto. A vontade de Deus é o caminho da vida.

    * 10.29-37

    A parábola responde à questão: “Quem é o meu próximo?”, e não à questão concernente ao que alguém deve fazer para ser salvo. Os judeus tinham várias idéias a respeito de “próximo”, mas elas se limitavam a Israel.

    * 10:33-34

    Os ouvintes esperariam que um sacerdote e um levita fossem seguidos por um leigo israelita, numa história anti-clerical. O samaritano é totalmente inesperado, como é inesperada a sua compaixão. O óleo e o vinho eram remédios comuns naquele tempo e expressaram a bondade do Samaritano.

    * 10:35

    dois denários. Ver Mt 18:28, nota. As moedas pagariam a pensão de um homem por vários dias.

    * 10:38

    num povoado. Betânia, a cerca de três quilômetros de Jerusalém (Jo 11:1).

    * 10:40-41

    A preparação de Marta pode ter sido desnecessariamente esmerada. Maria sabia que ouvir Jesus era uma oportunidade extraordinária demais, para dar preferência a outros tipos de preocupações.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    10.1, 2 mais de doze pessoas seguiam ao Jesus. Agora designa um grupo de setenta [setenta e dois em outros manuscritos] para preparar algumas cidades que O visitaria mais tarde. Estes discípulos não possuíam qualificações únicas. Não eram os mais educados, nem os mais capazes, nem os de mais alto nível social que outros seguidores do Jesus. O que os capacitou para sua missão foi seu conhecimento do poder do Jesus e sua visão para chegar a toda a gente. É importante que você dedique seus talentos ao Reino de Deus, mas mais importante ainda é ter uma experiência pessoal de seu poder e uma visão clara do que O quer que façamos.

    10:2 Jesus enviou trinta e cinco casais para alcançar as multidões. Não tentariam cumprir sua tarefa sem ajuda. Em troca, pediriam a Deus que enviasse mais operários. Ao levar a cabo a obra de evangelização, sem dúvida quererá começar imediatamente alcançar às pessoas inconversas. Esta história sugere uma aproximação diferente: comece por mobilizar pessoas para orar. E antes de orar pelos inconversos, ore que outras pessoas interessadas lhe unam para alcançá-los.

    10.2 No serviço cristão, não há desemprego. Deus tem trabalho mais que suficiente para cada um. Não se sente atrás para olhar o que outros fazem, procure a maneira de tomar parte na colheita.

    10:3 Jesus diz que enviava a seus discípulos "como cordeiros em meio de lobos". Deviam ter muito cuidado, sem dúvida enfrentariam oposição. Também nos enviaram ao mundo como cordeiros em meio de lobos. Esteja alerta e recorde que não enfrentaremos ao inimigo com agressão, a não ser com amor e amabilidade. Uma missão perigosa demanda entrega sincera.

    10:7 A orientação do Jesus de ficar em uma só casa evitava certos problemas. Trocá-la poderia ofender às famílias que os receberam antes. As famílias começariam a competir para contar com a presença dos discípulos e alguns poderiam pensar que não eram o bastante bons para ouvir sua mensagem. Se os discípulos desprezavam na aparência a hospitalidade oferecida, ao melhor os habitantes não aceitariam ao Jesus quando chegasse depois. Além disso, ao estar em um só lugar, os discípulos não tinham que preocupar-se com conseguir um lugar cômodo. Poderiam alojar-se e realizar a tarefa encomendada.

    10:7 Jesus lhes disse que aceitassem a hospitalidade cortesmente porque sua tarefa os qualificava para isso. Aos ministros do evangelho lhes deve sustentar e nossa responsabilidade é que tenham todo o necessário. Há várias formas de apoiar os esforços de quem serve a Deus na igreja. Primeira, vele para que tenham um salário adequado. Segunda, vele para que tenham apoio emocional e planeje um tempo para expressar sua avaliação por algo que tenham feito. Terceira, anime-os com surpresas ocasionais que os estimule a seguir adiante. Nossos ministros merecem saber que o fazemos com gosto e com generosidade.

    10.8, 9 Jesus deu duas normas aos discípulos para a viagem. Deviam comer o que lhes pusessem diante, ou seja, aceitariam a hospitalidade sem críticas, e sanariam os doentes. Graças a isso, a gente estaria disposta para ouvir o evangelho.

    10:12 Sodoma era uma cidade perversa que Deus destruiu por seu pecaminosidad extrema (Gênese 19). O nome da cidade se usa freqüentemente como símbolo de perversidade e imoralidade. Sodoma sofrerá no dia do julgamento, mas as cidades que viram e rechaçaram ao Messías sofrerão muito mais.

    JACOBO

    Jesus separou a três de seus discípulos para uma preparação especial. Jacóo, seu irmão João e Pedro formaram este círculo íntimo. À larga, cada um jogou um papel chave na igreja primitiva. Paulo chegou a ser um grande pregador, João se converteu em um importante escritor e Jacóo foi o primeiro dos doze discípulos em morrer por sua fé.

    A forma em que os nomeie do Jacóo e João se mencionam juntos indica que Jacóo foi o irmão maior. Zebedeo, seu pai, era proprietário de um negócio de pesca onde trabalharam com o Pedro e Andrés. Quando Pedro, Andrés e João deixaram Galilea para ver o João o Batista, Jacóo ficou com as barcos e as redes. Mais tarde, quando Jesus os chamou, foi o mais desejoso de lhe seguir.

    Jacóo desfrutou pertencendo ao círculo íntimo dos discípulos, mas não entendeu bem o propósito do Jesus. O e seu irmão incluso tentaram assegurar um bom posto no reino do Jesus, e lhe rogaram que lhes prometesse um lugar especial. Como outros discípulos, Jacóo possuía uma visão limitada do que Jesus fazia na terra, e vislumbrava sozinho um reinado terrestre que derrocaria a Roma e restauraria a glória passada do Israel. Mas por sobre tudo, Jacóo quis estar com o Jesus. Encontrou à líder que tinha que encontrar, mas estava equivocado quanto a quando tomaria o poder. Foi necessária a morte e ressurreição do Jesus para corrigir a visão do Jacóo.

    Jacóo foi o primeiro de muitos em morrer pelo Evangelho. Esteve disposto a morrer porque sabia que Jesus conquistou a morte, e que esta era sozinho a porta de entrada à vida eterna. Nossas expectativas a respeito da vida serão limitadas se não podermos ver além desta vida. Jesus prometeu vida eterna aos que desejam lhe seguir. Se acreditarem esta promessa, O nos dará ânimo para permanecer firmes até em tempos difíceis.

    Pontos fortes e lucros :

    -- Um dos doze discípulos

    -- Com o Pedro e João, integra um círculo íntimo

    -- Primeiro dos doze discípulos que morreu pela fé

    Debilidades e enganos :

    -- Mencionam-se duas explosões do Jacóo que indicam problemas de temperamento (Lc 9:54) e egoísmo (Mc 10:37). Em ambos os casos, ele e seu irmão, João, falaram como um.

    Lição de sua vida :

    -- Para os discípulos do Jesus perder a vida não era um preço muito alto a pagar

    Dados gerais :

    -- Onde: Galilea

    -- Ocupações: Pescador, discípulo

    -- Familiares: Pai: Zebedeo. Mãe: Salomé. Irmão: João

    -- Contemporâneos: Jesus, Pilato, Herodes Agripa

    Versículos chave :

    "Então Jacóo e João, filhos do Zebedeo, lhe aproximaram, dizendo: Professor, quereríamos que nos faça o que pidiéremos. O lhes disse: O que querem que lhes faça? Eles lhe disseram: nos conceda que em sua glória nos sentemos o um a sua direita, e o outro a sua esquerda" (Mc 10:35-37).

    A história do Jacóo se narra nos Evangelhos. Também se menciona em At 1:13 e 12.2.

    10:13 Corazín foi uma cidade perto do mar da Galilea, talvez a três quilômetros ao norte do Capernaum. Tiro e Sidón foram cidades que Deus destruiu em castigo a sua maldade (veja-se Ezequiel 26:28).

    10:15 Capernaum era a base do Jesus para seu ministério galileo. A cidade era um cruzamento de caminhos importantes que usavam os viajantes e o exército romano, e uma mensagem que se dava no Capernaum se estenderia a lugares muito mais distantes. Entretanto, muita gente dali não entendeu os milagres do Jesus nem deu crédito a seus ensinos. A cidade se incluía entre as que se julgariam por rechaçar ao Jesus.

    10.17-20 Os discípulos viram grandes resultados ao ministrar no nome e com a autoridade do Jesus. Estavam muito contentes com as vitórias obtidas ao atestar e Jesus se gozou com eles. Entretanto, fez-os refletir ao lhes recordar que havia uma vitória muito mais importante: que seus nomeie estejam escritos no céu. Esta honra era muito mais importante que qualquer outro lucro. À medida que vemos as maravilhas de Deus que obram em nós e por meio de nós, não devemos perder de vista que há uma maravilha maior, nossa cidadania celestial.

    10:18, 19 Possivelmente Jesus olhou para frente, a sua vitória sobre Satanás na cruz. Jo 12:31-32 indica que a morte de Cristo julgaria e derrotaria a Satanás. Por outro lado, Jesus possivelmente alertou a seus discípulos em contra do orgulho. Ao melhor se referia a Is 14:12-17, onde começa dizendo: "Como caiu do céu, OH Luzeiro, filho da manhã!" Muitos intérpretes identificam este versículo com Satanás e explicam que seu orgulho o conduziu a tudo quão mau vemos na terra hoje. A seus discípulos, que lhes impactou o poder sobre os espíritos malignos ("serpentes e escorpiões"), Jesus lhes deu esta aula de advertência: "O seu é o tipo de orgulho que fez cair a Satanás. Cuidem-se!"

    10:21 Jesus agradeceu a Deus que a verdade espiritual fora para todos, não só para um grupo seleto. Ao parecer muitos prêmios da vida vão para os inteligentes, os ricos, os de aparência agradável ou os capitalistas, mas o Reino de Deus está ao alcance de todos, sem distinção, sem importar a posição nem a habilidade. Não chegamos ao Jesus mediante a força nem a inteligência, mas sim por confiar como um menino. Jesus não está contra os que procuram erudição; opõe-se ao orgulho espiritual (ser sábio a seus próprios olhos). Nos unamos ao Jesus em agradecimento a Deus de que todos temos igual acesso ao. Confie na graça de Deus para sua cidadania no Reino e não nas aptidões pessoais.

    10:22 A missão de Cristo foi revelar a Deus o Pai às pessoas. Sua Palavra trouxe para a terra ideia complicadas. Explicou o amor de Deus mediante parábolas, ensinos e, sobre tudo, com sua vida. Ao examinar as ações, princípios e atitudes do Jesus, compreendemos a Deus com mais claridade.

    10.23, 24 Os discípulos tinham uma oportunidade maravilhosa: ser testemunhas presenciais de Cristo, o Filho de Deus. Não obstante, durante vários meses não o apreciaram como era devido, nem na verdade o escutaram nem lhe obedeceram. Também nós temos um lugar privilegiado com dois mil anos de história da Igreja, acesso à Bíblia em centenas de idiomas e versões, muitos pastores e pregadores excelentes. Entretanto, com quanta freqüência não lhes damos importância, esquecendo essas grandes bênções recebidas. Recorde, com o privilégio vem a responsabilidade. devido a que temos a vantagem de conhecer muito a respeito de Cristo, devemos ter mais cuidado de lhe seguir.

    10:24 Os homens de Deus do Antigo Testamento, como o rei Davi e o profeta Isaías, disseram muitas profecias inspiradas Por Deus que Jesus cumpriu. perguntavam-se, como Pedro escrevesse mais tarde, o possível significado destas profecias e quando se cumpririam (1Pe 1:10-13). Em palavras do Jesus, "desejaram ver o que vós vêem": a chegada do Reino de Deus.

    10:27 Este perito na Lei do Moisés se referia a Dt 6:5 e Lv 19:18. Entendia muito bem que a Lei demandava total devoção a Deus e amor ao próximo. Jesus falou mais a respeito destas leis em outras ocasiões (vejam-se Mt 19:16-22 e Mc 10:17-22).

    10.27-37 Os peritos na Lei trataram ao ferido como um tema de discussão; os ladrões, como um objeto de exploração; os sacerdotes, como um problema a evitar; e o levita como um objeto de curiosidade. Solo o samaritano o tratou como uma pessoa a que se devia amar.

    10.27-37 Da parábola aprendemos três princípios a respeito do que significa o amor ao próximo: (1) a carência de amor é freqüentemente fácil de justificar apesar de que nunca é boa; (2) nosso próximo é qualquer que esteja em necessidade, sem importar raça, credo nem procedência social; e (3) amor significa fazer algo para suprir a necessidade de alguém. Não importa onde viva, há gente necessitada a seu redor. Não há razão justificada para negar-se a brindar ajuda.

    10:33 Existia um ódio profundo entre judeus e samaritanos. Os judeus se viam como descendentes puros do Abraão, enquanto que os samaritanos eram uma raça mesclada cuja origem se deveu ao casamento de judeus do norte com gente de outros povos depois do exílio do Israel. Para este perito em leis judias, a pessoa que parecia atuar como se devia era o samaritano. Em realidade, não podia nem sequer pronunciar a palavra samaritano quando respondia a pergunta do Jesus. Sua atitude de perito traiu sua falta de amor, o que antes manifestou que a Lei mandava.

    10.38-42 Marta e María amavam ao Jesus. Nesta ocasião ambas lhe serviam. Mas Marta pensou que o estilo de serviço da María era inferior ao dela. Não deduziu que em seu desejo de servir descuidava a sua visita. Está tão ocupado fazendo coisas para o Jesus ao grau que não tem tempo para estar com O? Não permita que seu serviço chegue a ser um auto-serviço.

    10.41, 42 Jesus não condenou a Marta por preocupar-se dos quehaceres da casa. Solo lhe pediu fixar prioridades. É possível que o serviço a Cristo degenere em um simples agitação que deixa de ser uma entrega total a Deus.

    UMA COLECCION DE ATITUDES

    Para o perito na Lei, o homem ferido era um assunto para discutir.

    Para os ladrões, o ferido era alguém que podiam despojar.

    Para os religiosos, o ferido era um problema que devia evitar-se.

    Para o estalajadeiro, o ferido era um cliente a quem servir por um preço.

    Para o samaritano, o ferido era um ser humano valioso ao que terei que cuidar e amar.

    Para o Jesus, todos eles e nós somos tão importantes, que deu sua vida por nós.

    As necessidades de outros motivam uma série de atitudes em nós. Jesus usou a história do bom mas desprezado samaritano para esclarecer que atitudes aceitava. Se formos sinceros, freqüentemente nos acharemos no lugar do intérprete da Lei, precisando aprender de novo quem é nosso próximo. Note estas diferentes atitudes para o homem ferido.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    B. A MISSÃO DE SETENTA (10: 1-24)

    1. Envio dos Setenta (10: 1-16)

    1 Ora, depois destas coisas que o Senhor designou outros setenta, e os enviou dois a dois antes de seu rosto em todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. 2 E ele disse-lhes: A messe é abundante, mas os trabalhadores são poucos; rogai, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe. 3 Ide; eis que eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. 4 Carry sem bolsa, sem carteira, sem sapatos; e saudar ninguém pelo caminho. 5 Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz seja com esta Ct 6:1 E se um filho da paz estará lá, a vossa paz repousará sobre ele; mas, se não, deve virar . novamente para você 7 E, na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, porque o trabalhador é digno do seu salário. Não andeis de casa em Ct 8:1 E, em qualquer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do que puserem diante de vós; 9 e curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O reino de Deus é chegado . vos 10 Mas em qualquer cidade em que entrardes e vos não receberem, ir para as ruas mesmo e dizer: 11 Até o pó da vossa cidade, que se apega aos nossos pés, sacudimos contra vós; mas sei que isso , que o reino de Deus é chegado. 12 Digo-vos, que haverá mais tolerância haverá naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade. 13 Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres tinham sido feitos em Tiro e Sidon, que foram feitas em você, elas se teriam arrependido há muito tempo, sentado em saco e cinza. 14 Mas haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no juízo, do que para vós . 15 E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o céu? serás derrubado até Hades. 16 Quem vos ouve, a mim me ouve; e aquele que te rejeitar, me rejeita; e ele me rejeita rejeita aquele que me enviou.

    A missão dos Doze é gravado em três sinóticos, o envio dos Setenta somente em Lucas. Isto está de acordo com o ponto de vista deste Evangelista. Plummer coloca desta forma: "Este incidente teria interesse especial para o escritor do Evangelho Universal, que simpaticamente registra tanto o envio dos Doze para as tribos de Israel (11: 1-6 ), e o envio dos Setenta para as nações da terra ". Em Perea, onde estes servos de Cristo foram enviados, a população era mais Gentile do que na Judéia. No entanto, era predominantemente judaica. Enquanto nada é dito sobre os gentios nas instruções aos Setenta, e não há nenhuma proibição contra pregar para eles, como houve no caso dos Doze (Mt 10:5. ).

    A questão foi levantada muitas vezes a respeito de porque Jesus enviou setenta. Existem vários paralelos. A mais óbvia, talvez, é que dos setenta anciãos de Israel antigo (N1. 11: 16-25 ). Outro é o Sinédrio, com seus setenta membros. Mas o mais significativo é a visão tradicional de que havia setenta nações sobre a terra (conforme Gn 10:1 (Lucas). Aqui, isso significa "consagrar, separado", ou "nomear, comissão". Outros pontos de volta para o envio dos doze (9: 1-6 ). Setenta é "setenta e dois" em uma série de manuscritos mais antigos (incluindo Vaticanus). Mas o balanço das evidências parece favorecer a leitura aqui (adotado pela KJV e RSV). Algumas traduções modernas têm "setenta e dois" (eg, NEB, Goodspeed).

    Os Setenta foram enviados em pares, como os Doze tinha sido. Este foi principalmente por causa da companhia, mas também que eles possam dar testemunho Ct 1:1 , onde ocorre antes do envio dos Doze. Ambos os grupos missionários foram fulfillments desta oração. Além disso, o aviso de que eles seriam como cordeiros no meio de lobos ocorre em conexão com a missão anterior (Mt 10:16 ).

    As instruções sobre a viagem de luz (v. Lc 10:4) são semelhantes às que são registradas em todos os três sinóticos como indicações para os Doze. Aqui é simplesmente: não levo nenhum bolsa-carteira não ("saco"), sem sapatos (melhor ", sandálias"); e saudar ninguém pelo caminho (Lucas apenas). Este último parece estranho nos lábios de Cristo, como se Ele estivesse defendendo descortesia. Mas deve-se lembrar que saudações levar mais tempo em terras orientais, e até mesmo na América Latina, do que eles fazem nos Estados Unidos. O costume era que cada pessoa, em reunião, para saber sobre a saúde do outro, e, em seguida, a saúde do pai, mãe, avô, etc., etc. Tudo isso era muito demorado. Estes homens devem ir adiante com pressa e urgência.

    Filho de paz (v. Lc 10:6) é um hebraísmo típico para "pessoa pacífica." Sempre que uma pessoa recebeu em sua casa, eles deveriam permanecer, comer o que estava previsto para eles, para o trabalhador é digno do seu salário (v . 7 ). O próprio Jesus enunciou este princípio, e é ecoado por Paulo (1Tm 5:18 ). A advertência específica é dada: Não andeis de casa em casa . O problema pode ser criado por trabalhadores cristãos que transportam fofocas de casa em casa, ou parecendo mostrar parcialidade. O conselho,comer coisas como são definidas antes de você (v. Lc 10:8) também é importante. Esses mensageiros eram para curar os enfermos e anunciar a proximidade do Reino (v. Lc 10:9 ). Onde quer que eles foram rejeitados, os missionários foram para limpar a poeira do lugar fora de suas sandálias como um aviso simbólico (vv. Lc 10:10 , Lc 10:11 ).

    Em seguida, Jesus pronuncia desgraças sobre as principais cidades de sua carreira terrestre ministério- Corazim, Betsaida e Cafarnaum (ver notas sobre Mt 11:21 ). Observe a forma de uma pergunta na primeira parte do versículo 15 . Isso é muito mais eficaz do que a forma declarativa (KJV). O grego vai apoiar qualquer forma igualmente bem. O versículo 16 é paralelo em Mt 10:40 . Jesus identificou-se com seus representantes, assim como eles precisavam identificar-se com Ele.

    2. Retorno dos Setenta (10: 17-20)

    17 E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se submetem a nós em teu nome. 18 E disse-lhes: Eu via Satanás, como um raio caído do céu. 19 Eis que eu vos dei autoridade para pisar . serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada vos fará dano algum você 20 No entanto, neste alegrar não, que os espíritos estão sujeitos a vós; mas porque seus nomes estão escritos nos céus.

    Os setenta missionários tiveram uma turnê muito bem sucedida. Eles voltaram regozijo e relatando que até os demônios estavam sujeitos a eles em nome de Cristo.

    A resposta de Jesus foi: Eu via Satanás, como um raio caído do céu (v. Lc 10:18 ). A conexão com o verso anterior é apontado por Plummer: "Na derrota dos demônios Ele viu a queda de seu chefe." Alguns relacionaram esta declaração para a queda de Lúcifer e os anjos (Judas). Mas, provavelmente, uma visão melhor é reconhecer que "refere-se ao sucesso dos discípulos considerado como um símbolo e penhor da derrubada completa de Satanás."

    O versículo 19 indica que Cristo dá aos encomendado pelo próprio todo o poder e proteção de que precisam para realizar suas tarefas. O que quer que as forças que se encontram, físicos ou espirituais hostil, eles podem superar.

    Mas havia algo maior em importância e maravilha de expulsão de demônios; isto é, que seus nomes estão escritos nos céus (v. Lc 10:20 ). Esta é a maior honra e glória máxima que pode vir a ninguém.

    3. Rejoicing de Jesus (10: 21-24)

    21 Naquela mesma hora se alegrou no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que te escondeste estas coisas aos sábios e entendidos, e te revelar aos pequeninos: Sim, ó Pai ; por isso, foi bem do teu agrado. 22 Todas as coisas me foram entregues a mim por meu Pai, e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai; e quem é o Pai, senão o Filho, e a quem o Filho o quiser revelar -lo . 23 E voltando-se para os discípulos, disse ele em particular: Bem-aventurados são os olhos que vêem o que vós vedes: 24 para que vos digo, que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram.

    Regozijou-se com o Espírito Santo é, obviamente, mais forte do que "alegra em espírito" (KJV). O primeiro tem um apoio muito mais firme nos manuscritos mais antigos. O verbo traduzido regozijou é forte, que significa "exultar" ou "regozijar-se muito." Este foi um raro momento de auto-revelação, quando os discípulos receberam o privilégio de ver o Homem das Dores, transbordando de alegria.

    A ação de graças ao Pai (. Vv 21-22) está intimamente paralela à Mt 11:25 (ver notas lá). Os versículos 23:24 são paralelo em Mt 13:16 , Mt 13:17 . Muitos profetas e reis ansiava para ver a vinda do Messias. Mas este alto privilégio pertencia aos discípulos. Não admira que Jesus disse: Bem-aventurados os olhos que vêem o que vós vedes .

    C. INCIDENTES cedo (10: 25-42)

    Pergunta do 1. um advogado (10: 25-29)

    25 E eis que um certo advogado se levantou e fez prova de lhe, dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 26 E disse-lhe: Que está escrito na lei? ? Como Lv 27:1 E, respondendo ele, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda a tua força e com toda tua mente; . e ao teu próximo como a ti mesmo 28 E disse-lhe: Tu respondeu direita:. Fazei isto, e viverás 29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo?

    Um advogado -Professor do Direito-Mosaic levantou-se -que pode sugerir que eles estavam em uma sinagoga e fez julgamento dele -ou "tentado ele" (KJV), ou "testá-lo." Ele não é indicado no contexto que seu motivo era um sinistro. A questão, Mestre, que farei para herdar a vida eterna , lembra a consulta do jovem rico (Lc 18:18 ). Tem sido sugerido que o advogado representa "aos sábios e entendidos" (v. Lc 10:21 ), de quem a verdade divina estava escondido, enquanto os discípulos são os "pequeninos" a quem foi revelado. Tal como no caso do jovem rico, Jesus respondeu girando a atenção do homem com a Lei: Como lês ? Ele respondeu, resumindo toda a Lei em dois grandes mandamentos (conforme Mt 22:37. ; Mc 12:29 ).

    Jesus disse-lhe que se ele obedeceu isso, ele iria viver (v. Lc 10:28 ). Ninguém pode amar o Senhor com todo o coração e ser espiritualmente mortos. O advogado, querendo justificar-se , perguntou: E quem é o meu próximo ? (V. 29 ). Em resposta, Jesus disse ao homem uma história impressionante.

    2. A Parábola do Bom Samaritano (10: 30-37)

    30 Jesus, respondendo, disse: Um certo homem descia de Jerusalém para Jericó; e ele caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. 31 E por acaso um sacerdote estava descendo por aquele caminho, e quando o viu, passou pelo outro lado. 32 E de igual modo também um levita, quando ele veio para o lugar, e viu, passou pelo outro lado. 33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou onde estava e quando ele o viu, ele foi transferido com compaixão, 34 e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando sobre eles azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, e levou-o para uma estalagem e cuidou dele. 35 E no dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, e disse: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu, quando eu voltar, pagarei. 36 Qual destes três te parece, vizinho provado daquele que caiu nas mãos dos salteadores? 37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. E Jesus disse-lhe: Vai, e faze da mesma maneira.

    O Mestre de parábolas contadas de um homem descia de Jerusalém para Jericó , que caiu nas mãos dos salteadores . Estes despojado e bater nele, e partiram, deixando-o meio morto (v. Lc 10:30 ). O Jericho Road é um caminho solitário que serpenteia ao redor das colinas e desce abruptamente por um deserto desolado. Ele forneceu um excelente set-up para ladrões para emboscar os viajantes desavisados. Mesmo nos tempos modernos tem havido muitos ladrões nesta estrada.

    Enquanto o homem estava lá meio morto, um padre teve a chance de vir para baixo dessa maneira. Um grande número de sacerdotes viviam em Jericó. É evidente que esse homem tinha sido ministrando no templo e agora estava a caminho de casa. Ele chegou ao local onde a vítima estava, mas quando o viu, passou pelo outro lado (v. Lc 10:31 ). Ele pode ter algo soliloquized assim: "O homem parece que ele poderia estar morto. Se eu chegar perto dele, eu vou se tiver contaminado, e que vai ser muito inconveniente.De qualquer forma, posso reconhecer seu rosto agora, e lembro-me oferecer um sacrifício para ele no altar. Então eu fiz o meu dever por ele e não têm mais responsabilidade ".

    Em seguida, um levita, também, quando ele veio para o lugar, e viu, passou pelo outro lado (v. Lc 10:32 ). Talvez ele disse para si mesmo: "Coitado. Parece que ele tem feito para. Eu acho que ele está além da esperança. Portanto, não há nada que eu possa fazer sobre isso. "

    Mas então veio um samaritano-Um que era desprezado pelos judeus como sendo um "cão sujo." Ele viu a vítima, provavelmente um judeu-deitado indefeso. Imediatamente ele foi movido de compaixão -a mesma frase, que é muitas vezes usado de reação de Cristo a necessidade humana. Ele foi para o homem, ajoelhou-se ao lado dele, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho . O vinho atuaria como um anti-séptico, e do azeite como um bálsamo. Então ele colocou a vítima enfraquecido em seu próprio animal e levou-o para uma estalagem com segurança. Lá, ele cuidou dele -put-lo para a noite e fez dele o mais confortável possível. De manhã, ele deu o estalajadeiro dois shillings (dois salários dos dias), com instruções para cuidar do homem. Ele até prometeu pagar quaisquer outras despesas envolvidas, quando ele voltou.

    Em seguida, Jesus fez a pergunta: Quem agiu como próximo do homem em necessidade? Houve apenas uma resposta possível, eo homem deu. Disse o Mestre para ele; Vai, e faze da mesma maneira (v. Lc 10:37 ).

    O advogado tinha perguntou: "Quem é o meu próximo?" Jesus virou-se e perguntou: "A quem você pode ser um vizinho?" Ou, se quisermos responder diretamente à pergunta do advogado, poderíamos dizer: "Seu vizinho é qualquer um que precisa de você. "A proximidade geográfica não é o fator básico, mas a necessidade de ajuda.

    Três filosofias diferentes de vida são representados nesta história que Jesus contou. Os ladrões disse: "O que é seu é nosso e nós vamos tomá-lo." O sacerdote eo levita murmurou, "O que é nosso é nosso e vamos mantê-lo." Mas a boa samaritana disse: "O que é meu é teu e vamos compartilhá-lo. "Essas três filosofias pode ser colocado ainda mais brevemente. Isso dos assaltantes foi: "Bata-o acima!" Isso de o sacerdote eo levita foi: "Passe-o!" Isso do Samaritano foi: "Pegá-lo!"

    É uma experiência perturbadora para perguntar a si mesmo a pergunta: "Qual destes três filosofias fazer eu pratico na minha vida diária?" É claro que qualquer cristão renunciaria a primeira à direita, e suplicar, mas que sobre a escolha de "não culpado". os outros dois. Demasiadas vezes a igreja tem seguido o caminho das figuras eclesiásticas nesta história. Se as pessoas querem vir para os cultos da igreja, os fiéis costumam fazer o seu melhor para pregar para eles, ensiná-los e mostrar-lhes o caminho da salvação.Mas o que acontece com o homem ao lado da estrada, espancado e roubado pela vida? Os cristãos buscá-lo, ou eles passam por ele? Essa é uma pergunta muito desconcertante. Mas esta parábola pertence a crentes de hoje, tanto quanto para as pessoas do primeiro século.

    3. Maria e Marta (10: 38-42)

    38 Agora, como eles seguiram o seu caminho, ele entrou em uma determinada aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. 39 E ela tinha uma irmã chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra. 40 Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e ela veio até ele e disse: Senhor, não se te dá que minha irmã deixou-me a servir sozinha? Dize-lhe que me ajude. 41 O Senhor, porém, respondendo, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas: 42 , mas uma coisa é necessária: para Maria escolheu a boa parte, a qual não deverá ser tirada.

    Estas duas irmãs são exemplos vívidos de dois tipos de personalidade que é impossível esquecê-las ou seus nomes. Maria era por natureza um introvertido, Martha extrovertido. Maria era um místico meditativo. Martha foi um provedor prático, excitante e agitado sobre, apressada e flurried e preocupado. Estes dois viram as coisas com outros olhos.

    A certa aldeia era de Betânia, chamado de "a aldeia de Maria e de sua irmã Marta" (Jo 11:1 ). Marta, porém, andava preocupada com muito serviço (v. Lc 10:40 ). Estas duas breves declarações identificar as diferenças de personalidade. Maria era calmo e receptivo. Marta estava ocupada e de saída. Enquanto Maria estava mais agudamente conscientes do valor supremo da festejando espiritualmente aos pés do Mestre, ela pode ter sido um pouco negligente em seu dever de ajudar a irmã. Para colocá-lo em termos modernos, talvez ela deveria ter prestado alguma atenção a ajudar na cozinha, bem como ouvir Jesus com a mesma intensidade que pôde.

    De qualquer forma, Martha tornou-se cada vez mais desconcertada. Em vez de xingar sua irmã ela repreendeu Jesus! "Por que você não contar a minha irmã para me ajudar?" Martha foi, provavelmente, muito revoltado com sua irmã para falar com ela. Mas, em sua raiva ou impaciência apressada ela disse algo de que ela deve ter sido vivamente envergonhado depois.

    A resposta de Jesus foi dupla. Para Martha Ele disse: Tu és ansiosa e perturbada (v. Lc 10:41 ). Plummer faz o seguinte comentário: "O verbo é forte", estás ansiosa ", e implica divisão e distração da mente (merizo ), que os crentes devem evitar. "A segunda parte ele iria traduzir", e arte em um tumulto ., agitação "E conclui:" Em qualquer caso, merimnas refere-se a distração mental e o segundo verbo à agitação externa ".

    Martha estava ansiosa e perturbada com muitas coisas . Ela estava distraída pela multiplicidade de suas atividades. Tranquilamente Jesus disse-lhe: Mas uma coisa é necessária: para Maria escolheu a boa parte, que não será tirado dela (v. Lc 10:42 ). Em sentado aos pés de Jesus e banqueteando-se com a verdade espiritual que Ele deu, Maria tinha escolhido o que era eterno e não poderia ser tirado dela.

    O melhor texto grego da primeira cláusula deste versículo diz literalmente: "mas de algumas coisas que há necessidade, ou 1." Aparentemente, Jesus está dizendo a Marta: "Precisamos de apenas uma refeição simples, apenas a umas coisas, ou mesmo um prato. Eu preferiria que você vir e desfrutar de comunhão espiritual. Essa é a coisa mais importante, porque é eterna. "Talvez, por vezes, o Mestre hoje nós e nossa adoração mais do que o nosso agitado, agitada serviço quer.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
  • O maior privilégio (10:1-24)
  • Os setenta "embaixadores" tinham o privilégio de servir ao Senhor e até de fazer milagres, contudo Je-sus disse-lhes que o maior privilé-gio seria ter seus nomes escritos nos céus (v. 20). Tudo que eles foram e fizeram brotou desse relacionamen-to com Deus; isso era fundamental para tudo e ainda é. "Sem mim nada podeis fazer" Oo 15:5).

    Mt 10:0; Rm 16:20). Contudo, o privilégio de ter o nome registrado no céu é ainda melhor que essas vi-tórias (Fp 4:3. To-davia, não podemos amar a Deus e ao nosso próximo com perfeição até termos o amor do Senhor em nosso coração (Rm 5:5; 1Jo 4:19). Como podemos sequer esperar agradar a Deus se não conseguirmos guar-dar o principal mandamento (Mc 12:28-41)? É muito importante sa-ber que somos salvos pela fé, não por guardar a Lei, mas, uma vez que a pessoa seja salva, pode depender do Espírito para ajudá-la a encher seu coração de amor.

    Jesus apresenta a parábola do bom samaritano em resposta à per-gunta evasiva do intérprete. A ex-pressão "Defina seus termos" é uma velha cilada dos intérpretes e deba- tedores. Jesus, em vez de envolver-se com termos abstratos, apresenta um caso concreto, e o intérprete enten-deu o ponto. Não devemos "espi-ritualizar" essa parábola e transfor-má-la em uma alegoria da salvação. O ponto é apenas que seu próximo é qualquer pessoa que precise de ajuda, qualquer pessoa que você possa ajudar. O "herói" da história é o samaritano que cuidou do judeu, mas o sacerdote e o levita — traba-lhadores religiosos profissionais — não são heróis de forma alguma. A pergunta a que devemos responder não é: "Quem é nosso próximo?", mas: "De quem eu posso ser o pró-ximo?".

  • A maior bênção (10:38-42)
  • A família de Betânia era muito cara a Jesus (Jo 11:1-43), e o evangelho dá-nos três vislumbres de Maria, Marta e Lázaro (Lc 10:38-42; Jo 11; Jo 12:1-43). Todas as vezes que en-contramos Maria nos evangelhos, ela está no mesmo lugar: aos pés de Jesus. A maioria dos rabis judeus não aceitaria uma mulher como dis-cípula; todavia, Jesus deliciava-se em ensinar a Palavra a Maria. Não era errado que Marta preparasse a refeição, pois as pessoas têm de co-mer se quiserem viver, contudo era errado que ela ficasse tão preocupa-da com o trabalho e com seus "en-cargos" a ponto de ignorar seu con-vidado e ser rude com a irmã. Ela estava agitada e ocupada em servir ao Senhor, porém perdia a maior e mais duradoura bênção. Maria es-tava ocupada com Jesus; Marta es-tava preocupada consigo mesma. O que fazemos com Cristo é muito mais importante do que o que faze-mos por ele, pois a submissão leva à obediência e ao serviço.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    10.1 Setenta. O número tradicional das nações (conforme Gn 10 com Ap 5:9). Lucas frisa a universalidade do evangelho para os pecadores (16 vezes), tanto samaritanos como gentios e judeus (24.47).

    10.2 Seara. Refere-se ao juízo final, nas parábolas (conforme Mt 13:39). Veja-se Jo 4:35, Ap 14:15).

    10.3 Cordeiros. - Seriam dependentes por completo do Onipotente Pastor na conquista pacifica do território inimigo.

    10.5 Paz. Heb shalom, era a saudação comum: agora seria revestida do sentido de reconciliação do pecador com Deus (conforme Rm 5:1).

    10.7 Digno... do salário. Citado em 1Tm 5:18 como Escritura, indicando que Lucas já era reconhecido como inspirado.

    10.11 Próximo o reino. Na pessoa de Cristo e Seus emissários, não no tempo (conforme Mc 12:34).

    10.18 Satanás caindo. A derrota do diabo, esperada pelos judeus para os últimos dias, estava sendo consumada nas obras de Jesus e Seus discípulos (conforme 11.22; Jo 12:31, Ap 12:0; 1Pe 4:13). O agente do gozo é o Espírito Santo (conforme Gl 5:22 e Fp 4:4), e o motivo é a revelação da bondade de Deus aos humildes.

    10.22 Entregue. Indica a transmissão da verdade do evangelho (conforme 1Co 15:1-46). Não vem dos pais (judaísmo), mas do Pai. Sabe... revelar fala do conhecimento pessoal, da nova relação com Deus, que não vem senão por Cristo e Sua revelação (conforme Jo 14:6-43).

    10.23 Olhos que vêem. A fé abre a visão para a realidade de Cristo e o reino; o pecado cega essa visão (conforme Jo 9:39-43).

    10.25 Intérprete. Gr nomikos, "advogado". Era um teólogo judeu, autoridade na Lei (Torá) de Deus (conforme 11.45). Pôr Jesus à prova, geralmente, tem a conotação de má intenção (cf. Mt 4:7 e Jc 1:3).

    10.28 Estes dois, mandamentos sumariam toda a lei (conforme Rm 13:9). Como era impossível o coração pecaminoso atingir este padrão, Cristo cumpriu-a por nós, a dupla lei, do amor (conforme 1Jo 4:7-62).

    10.29 justificar-se. A autojustificação procurada pelo mais rigoroso fariseu (conforme 18:9-14; Fp 3:60ss), mesmo assim, tinha um amor real pelo inimigo. • N. Hom. "O bom samaritano" ensina que:
    1) Religiosidade não significa, automaticamente, bondade;
    2) Nosso "próximo" pode ser alguém fora do nosso grupo, raça ou religião;
    3) O amor real requer sacrifício como Cristo demonstrou (conforme Rm 5:8).

    10.39 Maria e Maria, irmãs de lázaro de Betânia (conforme Jd 1:11, At 6:4), o banquete espiritual. Cristo Se compraz em servir (conforme Mc 10:45), não em ser bem servido (cf. Jo 4:32-34). Isto contradiz o "evangelho social" que poderia surgir de uma interpretação limitada do "bom samaritano".


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    b) A missão dos Setenta (10:1-24)
    Setenta discípulos, mencionados somente por Lucas, são enviados com uma comissão em termos bem semelhantes à dos Doze em
    9:1-10 (v.comentário ad loc.). Eles retornam e relatam entusiasticamente o sucesso de sua missão; Jesus os adverte do perigo do orgulho tomando conta do seu coração. Segue o registro da oração do Filho ao Pai, quase joanina em sua linguagem.
    v. 1. setenta e dois-. A evidência dos manuscritos está dividida entre 70 e 72. O segundo número sugeriría seis de cada tribo, como os tradutores da Septuaginta. Por outro lado, havia tradicionalmente 70 nações (Gn

    10), 70 anciãos foram apontados por Moisés (Nu 11:16,Nu 11:17), e havia 70 membros no Sinédrio. dois a dois'. A. R. G. Leaney (p. 176) sugere que isso pode ser uma ilustração do princípio da testemunha de Dt 19:15. v. 2,3. 71 colheita é grande...'. Duas breves analogias introduzem a recomendação de Jesus aos Setenta; a colheita rica e os cordeiros entre os lobos. Em Mateus, ambos estão associados ao envio dos Doze (9.37,38; 10.16).

    v. 4-12. Instruções para a viagem. As ordens dadas a eles são semelhantes às que os Doze receberam (9.3ss; conforme Mc 6:8-41; Mt 10:9-40), com o acréscimo de (a) uma determinação para não saudarem ninguém no caminho (v. 4); como no caso de Geazi (2Rs 4:29), a tarefa deles é uma questão de vida ou morte, e não há tempo a perder em intercâmbios sociais; (b) uma denúncia contra as cidades da Galiléia, Corazim, Betsaida e Ca-farnaum, por sua surdez ao chamado de Deus para que se arrependessem. Corazim não é mencionada em nenhum outro lugar na Bíblia nem em Josefo, mas suas ruínas são visíveis aproximadamente a quatro quilômetros ao norte de Cafarnaum; a denúncia contra Cafamaum é colocada em termos semelhantes ao “cântico de escárnio” contra o rei da Babilónica em Is 14:13-23.

    v. 16. Eles recebem a autoridade que pertence àquele que os enviou. E uma versão mais intensa de Mt 10:40.

    v. 17-20. O retorno dos Setenta. Após o seu retomo, eles estavam cheios de entusiasmo diante das coisas maravilhosas que tinham sido capacitados a realizar: até os demônios se submetem a nós, em teu nome. Isso era até mais do que eles haviam esperado, pois tinham sido comissionados apenas a curar os doentes e proclamar o reino (v. 9). Na sua resposta, o Senhor os advertiu acerca do orgulho: Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago (v. 18). O verbo Eu vi está no tempo imperfeito (“Eu estava observando”); caindo está no aoristo (“caído”). Visto que esse dito lembra Is 14:12 — “Gomo você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada!” — tem sido interpretado ao longo da história cristã como uma referência a uma queda cósmica de Satanás no passado remoto; assim, por exemplo, Gregório, o Grande, já interpretava no longínquo século VI. Mas Plummer (p.
    278) diz: “O aoristo indica a coincidência entre o sucesso dos Setenta e a visão de Cristo da derrota de Satanás”. O reino veio, “o sucesso dos discípulos é considerado um símbolo e uma garantia da derrota completa de Satanás” (ibid.; v. tb.comentário de Ap 12:9). Não importa a interpretação que aceitemos, está bem evidente que Jesus ensinava de forma inequívoca que há um poder pessoal do mal.

    A promessa renovada de poder (v. 19) lembra Sl 91:13 e Dt 8:15; mas o verdadeiro motivo de gratidão é que os seus nomes estão escritos no registro do Reino de Deus (conforme Êx 32:32,33; Sl 87:6; He 12:23; Ap 3:5;Ap 17:8 etc.).

    v. 21,22. conforme Mt 11:25-40. Nesses dois versículos, somos transportados do ambiente dos Evangelhos sinópticos diretamente para o clima do quarto evangelho; eles têm sido descritos como “esse trovão do céu joanino”. Mesmo assim, como diz Plummer (p. 282), “é impossível, com base em qualquer princípio de crítica, questionar sua autenticidade ou o seu direito de serem considerados pertencentes aos materiais mais antigos dos usados pelos evangelistas”.

    Jesus, exultando no Espírito Santo: E expressão própria de Lucas, que não aparece na versão de Mateus, mas é semelhante à linguagem dos dois primeiros capítulos de Lucas. No v. 21, ele se alegra na perfeita intimidade que ele e seu Pai desfrutam um com o outro. A idéia do v. 21 é desenvolvida por Paulo no primeiro capítulo Dt 1:0; 1Pe 1:12).

    c) A parábola do bom samaritano (10:25-37)
    A característica mais marcante do relato de Lucas da grande jornada é a série de parábolas, incluindo diversas das mais notáveis registradas no NT, que não foram preservadas por nenhum dos outros evangelhos.
    Entre essas, a principal é a do bom samari-tano. Um jurista (perito na lei) pergunta ao Senhor quais são os grandes mandamentos, e talvez fique surpreso ao não ouvir nenhuma nova doutrina da última moda, mas uma reafirmação da lei tão honrada da Torá concernente ao amor a Deus e ao próximo. O jurista quer saber quem é o seu próximo, pergunta que evoca como resposta essa parábola e a exortação que vem com ela: Vá e faça o mesmo (v. 37).

    O diálogo introdutório é, com freqüência, considerado um paralelo de Mc 12:28-41Mc 12:34, mas na verdade a única conexão é a associação entre Dt 6:5 e Lv 19:18, e, se Wm. Manson (p.
    131) estiver certo, é possível que “essa síntese de preceitos creditados ao perito na lei sugira que os pregadores da época, ao tentarem resumir a Lei em uma ou duas breves frases, tenham chegado a um acordo em torno dessa fórmula”. Os dois contextos são bem diferentes, e as atitudes dos dois inquiridores também. Em Marcos, a pergunta do escriba é puramente acadêmica; aqui, de todo modo, há um elemento prático.

    v. 25. um perito na ler. A palavra grega nomikos é usada somente por Lucas entre os Sinópticos, com exceção de Mt 22:35, em que a palavra é omitida em vários manuscritos. Lucas, provavelmente, usa a palavra em preferência a “escriba” (gr. grammateus) como sendo mais inteligível aos seus leitores gentios. levantou-se para pôr Jesus à prova: A intenção do jurista era inquirir ou preparar uma armadilha? Leaney (p.
    182) sugere “testar” para transmitir o significado exato do verbo. A pergunta, diz Plummer (p. 284), não foi “preparada para colocar Jesus em apuros, mas, antes, testar sua habilidade como mestre [...] não significa uma tentativa sinistra de pegá-lo numa armadilha”. Moorman (p. 126), por outro lado, argumenta que, “ao fazer uma pergunta complicada, ele queria que Jesus tropeçasse nela para que, então, ele pudesse se voltar à multidão e ressaltar que era muito melhor deixar questões desse tipo para os peritos e competentes expositores da lei”. Wm. Manson, Browning e outros defendem uma posição semelhante, v. 29. querendo justificar-se: i.e., tentando recuperar-se da humilhação sofrida, v. 30. Um homem descia de Jerusalém para Jerico: Com freqüência, se faz a pergunta se as parábolas narrativas são registros de eventos que de fato ocorreram ou histórias imaginadas. Com relação a essa história, os estudiosos sugerem que Jesus estava contando um incidente da sua própria experiência que não foi registrado em outro lugar; isso é, sem dúvida, pura conjectura. Mas a história tem traços de realidade; ladrões têm infestado a estrada de Jerico desde aqueles dias até hoje. H. V. Morton conta que, quando disse a um amigo que queria descer ao mar Morto por um dia, ouviu a advertência: “Mas volte antes do anoitecer”, além de detalhes horríveis acerca de Abu Jildah, um bandido armado que em 1934 aterrorizava viajantes naquela mesma estrada {In the Steps of the Master, 1934, p. 85). Outra sugestão é que a parábola está fundamentada num evento histórico narrado em 2Cr 28:15descia [...] para Jerico: Jerico tem uma longa história no AT; fica aproximadamente a 300 metros abaixo do nível do mar; Jerusalém está aproximadamente a 800 metros acima do nível do mar; por isso, descia, v. 31. um sacerdote [...] Quando viu o homem, passou pelo outro lado: Ele estava descendo pela mesma estrada; também vinha de Jerusalém. Se, como parece provável, estava vindo do cumprimento de suas obrigações sacerdotais, naturalmente tentaria evitar contato com um possível cadáver por medo de incorrer em impureza cerimonial (Nu 19:11-4). Mas a compaixão humana comum é uma lei mais elevada do que a observância de qualquer obrigação ritual (conforme 1Sm 15:22; Is 1:11-23Jl 5:21-30; Mc 2:25,Mc 2:26 etc.), v. 32. assim também um levita [...] chegou ao lugar e o viu: Um oficial subalterno do templo, o levita parece ter sido tão insensível quanto o seu superior, pois também se aproximou, viu e passou pelo outro lado. E possível, sem dúvida, que os dois fizeram isso porque eram covardes, e não porque fossem insensíveis. “Era uma coisa bem comum os bandidos usarem chamarizes [...] Quando um viajante que não suspeitava de nada passava e se debruçava sobre a aparente vítima, o restante do bando surgia repentinamente do seu esconderijo e pegava o viajante em total desvantagem” (Wm. Barclay, And Jesus Said, 1953, p. 95). v. 33. um samaritano-, Um desenlace surpreendente da história; “os ouvintes esperavam que nesse momento o vilão da história surgisse no cenário” (ibid.). O sacerdote e o levita tinham negligenciado a tarefa para com o seu próximo; o desprezado samaritano fez o que ninguém poderia ter esperado em sã consciência que ele fizesse — uma lição muito salutar para João e Tiago! v. 35. dois denários: Mt 20:2 nos diz que o denário era o salário diário de um trabalhador na agricultura.

    v. 36,37. O significado da parábola.
    Interpretações alegorizantes e fantasiosas como as de Orígenes e Agostinho (v. A. M. Hunter, Interpreting the Parables, 1960, p. 245, e C. H. Dodd, Parables of tke Kingdom, 1935, p. llss) chamam tanto a atenção para as folhas que a árvore em si fica obscurecida. O importante não é tentar identificar cada minúsculo detalhe da história, mas entender como Jesus, ao mesmo tempo que pintou um magnífico retrato de como se trata o próximo, ou do amor em ação, também fez o jurista entender o desafio da Lei, na qual ele era perito, ao seu próprio coração, para condicionar o seu pensamento e inspirar e ajustar as suas ações.

    d) Maria e Marta (10:38-42)
    A parábola do bom samaritano destaca a necessidade de aplicação prática da palavra de Deus; a breve cena na casa de Marta mostra que a meditação também tem o seu lugar. Enquanto Marta resolve as tarefas da casa, sua irmã Maria está sentada aos pés de Jesus. Marta se sente sobrecarregada e se queixa; Jesus meigamente sugere que ela poderia ter feito o mesmo, em vez de tornar o trabalho de casa um peso tão grande. Esse incidente é especialmente interessante pelo fato de que Marta e Maria, bem conhecidas nas páginas de João, só aparecem aqui nos Sinópticos.
    v. 38. um povoado: Lucas não cita o nome desse povoado, que deve ter sido Betânia, embora alguns achem que esse ponto de vista suscite dificuldades geográficas. Se o incidente ocorreu durante a visita de Jesus a Jerusalém para a festa das cabanas (Jo 7:0,Pv 15:17! Maria escolheu a boa parte-. Observe com que tato o Senhor, enquanto elogia Maria por seus valores, não condena Marta por comparação; Maria escolheu a boa parte, e não a melhor.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    Lc 10:1

    2. A MISSÃO DOS SETENTA (Lc 10:1-42) -Como Jesus enviou os doze para as partes situadas ao norte da província porque os obreiros eram tão poucos e a colheita tão grande (Mt 9:37-40).

    Lugar onde Ele estava para ir (1). Eles deveriam preceder o próprio Jesus e anunciar que o reino estava próximo na pessoa do Rei. A ninguém saudeis pelo caminho (4). Por causa da urgência de sua missão, não deveriam perder tempo em longas e complicadas saudações pelo caminho (cfr. 2Rs 4:29). Digno é o trabalhador de seu salário (7). Paulo cita estas palavras como sendo das Escrituras, em 1Tm 5:18, o que subentende que o terceiro Evangelho foi publicado antes que a epístola tivesse sido escrita. Não andeis a mudar de casa em casa (7). Outra advertência contra a perda de tempo valioso na aceitação de inúmeros convites.

    O gozo que esses discípulos manifestaram ao retornar, evocou uma exultação da parte de nosso Senhor, o que é único na vida do Salvador, Ele viu em seus sucessos um Símbolo e determinação da completa derrota de Satanás (17-20). Continuou Ele então a expressar Seu gozo de que as verdades de Sua nova ordem estavam sendo reveladas aos simples, e para congratular-se com Seus discípulos que as haviam visto. Enquanto assim fazia, Ele fez uma daquelas sublimes afirmativas de poder divino e autoridade que surgem aqui e ali de Seu ensino (21-24). Exultou no Espírito (21). O verbo é bem forte e significa que Jesus mostrou um gozo exultante. Outra versão diz, "Ele Se regozijou no Espírito Santo" o que quer dizer que Ele estava cheio do Espírito Santo com um gozo arrebatador, o que o levou a pronunciar as palavras que seguem.

    >Lc 10:25

    3. O BOM SAMARITANO (Lc 10:25-42) -Foi narrada essa parábola na ocasião em que um advogado formulou uma pergunta prática sobre o que deveria fazer para herdar a vida eterna, subentendendo que esta lhe poderia ser assegurada pela execução de uma ação qualquer. Jesus fez referência à lei que, como advogado, deveria conhecer. O advogado mostrou entender corretamente a lei, ao citá-la em seu âmago, por assim dizer, resumida no amor a Deus e ao próximo (Dt 6:5; Lv 19:18). Jesus aprovou a resposta e acrescentou: faze isto e viverás (28), dando a entender que a vida consiste na execução contínua de atos de amor. Isso tocou a consciência do advogado e colocou-o na defensiva, perguntando: Quem é o meu próximo? (29).

    Jesus respondeu contando a história de um samaritano, provavelmente extraída da vida real, pois que dificilmente representaria um sacerdote e um levita tão duros se não tivesse sido um incidente real para justificar que Ele assim o fizesse. A parábola ilustra a verdadeira operação da lei do amor. Descia (30). A estrada que ia de Jerusalém a Jericó descia mais de 900 metros em menos Dt 25:0). Aproximou-se de Jesus (40). Marta fez um movimento impaciente, mostrando com seu mau gênio o suficiente para reprovar a Jesus e indiretamente repreendeu a Maria. Pouco é necessário (42). Muitos pratos não eram requeridos; somente um seria o suficiente. Era a comunhão que Jesus valorizava, não a boa recepção.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42

    63. Elementos essenciais para a Evangelização (Lucas 10:1-16)

    Ora, depois disso o Senhor designou outros setenta, e mandou-os em pares adiante dele para todas as cidades e lugares aonde ele ia vir. E ele estava dizendo-lhes: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos; Rogai, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua seara. Vá; Eis que eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. Leve sem cinto de dinheiro, nem sacola, nem sandálias; e cumprimentar ninguém pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa.' Se um homem de paz está lá, a vossa paz repousará sobre ele; mas se não, voltará para vós. Fique nessa casa, comendo e bebendo do que eles dão-lhe; para o trabalhador é digno do seu salário. Não manter em movimento a partir de casa em casa. Seja qual for a cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que puserem diante de vós; e curar aqueles nele que estão doentes, e dizer-lhes: 'O Reino de Deus está próximo a você.' Mas qualquer que seja cidade em que entrardes e não vos receberem, sair para as ruas e dizer: 'Até o pó da vossa cidade, que se apega a nossos pés, sacudimos em protesto contra você; ainda ter certeza disso, que o reino de Deus está próximo. " Eu digo a você, será mais tolerável naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade. Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres tinham sido realizados em Tiro e Sidon, que ocorreu em você, elas se teriam arrependido há muito tempo, sentado em saco e cinza. Mas vai ser mais rigor para Tiro e Sidom, no juízo do que para você. E você, Cafarnaum, não será elevada até o céu, você vai? Você será levado para baixo para Hades! Aquele que ouve você ouve a mim, e quem vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita rejeita aquele que me enviou "(10: 1-16).

    A maioria dos seguidores de Cristo foram motivados pelo auto-interesse e acabou por abandonar Ele (conforme Mt 7:14; 19:. 25-26; 13 23:42-13:24'>Lucas 13:23-24; Jo 6:66). Havia, por outro lado, os Seus verdadeiros discípulos que se recusaram a deixar (conforme João 6:67-69). Esta passagem introduz setenta deles, os primeiros missionários Unido, que foram enviados pelo rei para anunciar sua presença. Os setenta estavam dispostos a negar-se, tome a sua cruz diariamente, e segui-Lo. Como os Doze eram homens comuns, escolhidos para uma tarefa extraordinária.

    A mensagem que o setenta proclamou era que o reino de Deus havia chegado perto porque o Rei, o Senhor Jesus Cristo, estava presente, a mesma mensagem proclamada por João Batista (Mt 3:2, Mt 4:23; Mt 9:35; Lc 4:43), e os apóstolos (Mt 10:7). De um modo geral, toda a criação está incluído sob Seu governo soberano em seu reino universal (Sl 103:19), sob o domínio de Satanás (Jo 12:31; Jo 14:30; Jo 16:11; At 26:18; 2Co 4:42Co 4:4), e, assim, reconciliar-se com Deus, que lhes dá permanente de paz, conforto e alegria no tempo e eternidade.

    A frase após este indica que o envio dos setenta ocorreu posterior aos acontecimentos do capítulo 9, que marcou o fim do ministério galileu do Senhor e no início de sua viagem a Jerusalém. Essa viagem duraria por vários meses, e ocorrem principalmente na Judéia e leste do Jordão em Perea. Acabaria com a chegada de Cristo em Jerusalém, para os eventos da Semana da Paixão, que culminaria em Sua morte, ressurreição e ascensão. No início de sua trajetória, o Senhor designou esses setenta mensageiros (algumas traduções ler "setenta e dois", a evidência do manuscrito não é clara quanto a que a leitura é correta). Anadeiknumi (nomeado) aparece em outras partes do Novo Testamento apenas em At 1:24, 24-25).

    Depois de escolher estes setenta homens, Jesus mandou-os em pares adiante dele para cada cidade e lugar na Judéia , onde ele mesmo ia vir . A questão de saber por que Ele diluído o seu impacto, tendo-lhes viajar em pares (como Ele já havia feito com os Doze [Mc 6:7:

    Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro. Mas ai de quem cai quando não há outro que o levante. Além disso, se dois dormirem juntos, eles se aquecer, mas como pode um ser quente sozinho? E se se pode dominá-lo que está só, dois podem resistir a ele. Um cordão de três dobras não se dilacerada.

    Segundo, e mais importante, a lei do Velho Testamento exigia que "no depoimento de duas ou três testemunhas, uma questão deve ser confirmado" (Dt 19:15). Assim, o testemunho desses homens deu sobre Jesus nas cidades e aldeias que estão em conformidade com os requisitos da lei.

    A instrução do Senhor aos setenta fornece insights para os crentes hoje, que todos são chamados a distribuir a boa notícia da salvação. Três requisitos levantar da carga aos setenta: todos os que anunciar a salvação em Cristo deve estar contente com provisão do Senhor, fiel à mensagem do Senhor, e diligente para declarar o julgamento.

    SATISFEITO COM PROVISÃO DO SENHOR

    E ele estava dizendo-lhes: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos; Rogai, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua seara. Vá; Eis que eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. Leve sem cinto de dinheiro, nem sacola, nem sandálias; e cumprimentar ninguém pelo caminho. (10: 2-4)

    O Jesus postura esperada dos setenta é composto por cinco elementos, todos os quais são transferíveis para os crentes de hoje o registro de Lucas do que ele estava dizendo para eles é mais provável apenas um rico resumo das instruções de nosso Senhor. Como é o caso em todos os registros de seu ensino, assumimos Ele disse que muito mais sobre as matérias que são apenas brevemente referidos pelos escritores. Esta seção apresenta aspectos da dependência do Senhor.

    Compartilhando sua compaixão

    A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos; (10: 2b)

    Uma vez que não se encontra naturalmente cuidado das almas e não entendemos completamente horrores do inferno, devemos tomar emprestado de compaixão do Senhor expressa nesta declaração. Essa é uma afirmação que flui de compaixão torna-se clara a partir de outro texto. Em Mt 9:37, pouco antes de comissionamento dos Doze, disse: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos". "Nos versículos 35:36 Mateus mostra que a compaixão solicitado a observação de Cristo:" Jesus estava passando por toda a cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todo tipo de doença e de todo tipo de doença. Vendo as pessoas, Ele sentiu compaixão por eles, porque estavam aflitas e desanimado, como ovelhas sem pastor. "Durante todo o Seu ministério, o Senhor demonstrou continuamente Sua simpatia profundamente sentida pelos pecadores desesperados e desesperançados. Em Mt 14:14 "Ele viu uma grande multidão e compadeceu-se deles e curou os seus enfermos." Antes de alimentar os quatro mil "Jesus chamou os seus discípulos, e disse: 'Eu me sinto compaixão pelo povo, porque eles têm manteve-se comigo há três dias, e não tem nada para comer; e eu não quero mandá-los embora com fome, para que fosse desmaiar no caminho "(Mt 15:32). Da mesma forma, pouco antes da alimentação dos cinco mil "Jesus ... viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas sem pastor" (Mc 6:34). "Movido de compaixão" por dois homens cegos, "Jesus tocou os olhos; e imediatamente recuperaram a vista e seguiu-o "(Mt 20:34). Mc 1:41 registra que depois de um leproso implorou-lhe para ser curado, Jesus foi "movido de compaixão [e] estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: 'Estou disposto; ser limpos '"Perto da aldeia de Naim compaixão do Senhor levou-o a interromper drasticamente um cortejo fúnebre:

    Ao se aproximar da porta da cidade, um homem morto estava sendo realizado, o filho único de sua mãe, e ela era uma viúva; e uma multidão considerável da cidade estava com ela. Quando o Senhor a viu, sentiu compaixão por ela, e disse-lhe: "Não chore." E Ele veio e tocou no caixão; e os portadores chegou a um impasse. E Ele disse: "Jovem, eu te digo, levanta-te!" O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. (Lucas 7:12-15)

    A palavra traduzida por "compaixão" nesses versos, splangnizomai , deriva do substantivo splangnon , que literalmente se refere aos órgãos internos (que é traduzida como "intestinos" em At 1:18). O verbo reflete a realidade de que as emoções intensas podem ter efeitos físicos, como a expressão Inglês "senti-lo no poço de sua barriga." Descrição profética de Isaías de Jesus como um "homem de dores, e experimentado no sofrimento" (Is 53:3, Jo 11:35, Jo 11:38), e quando Ele chorou sobre perdido, Jerusalém descrente (Lc 19:41).

    Jesus, é claro, entendeu perfeitamente as doutrinas da soberania de Deus, a predestinação e eleição. Ele sabia que todos aqueles que acreditam que tiveram seus nomes ", escrito a partir da fundação do mundo no livro da vida do Cordeiro que foi morto" (Ap 13:8; Ap 21:27; Fp 4:3;. Jo 1:11; Jo 3:19; Jo 5:40; Jo 12:37). A soberania de Deus na salvação não anula a responsabilidade humana, e não se deve permitir que roubam os fiéis de seu zelo evangelístico. O mesmo apóstolo Paulo, que enfatizou fortemente a soberania de Deus (Rm. 9: 14-24), gritou apaixonAdãoente relativa ao perdido, "eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência testifica comigo no Espírito Santo , que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu poderia desejar que eu anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne "(Rm. 9: 1-3).

    A compaixão do Senhor foi alertado por seu conhecimento do que aguarda aqueles que se recusam a arrepender-se; a colheita de que Ele falou não era um dos trazer as pessoas para o reino de Deus. Foi o encontro dos pecadores para o seu julgamento final (conforme Jl 3:1, 13 39:40-13:43'>39-43; Ap 14:14-15). Para agravar o problema, embora a messe é grande ... os trabalhadores são poucos . A massa da humanidade caminha inexoravelmente em direção ao julgamento divino e eterno inferno, enquanto que apenas alguns estão trabalhando para alcançá-los com a verdade salvadora do evangelho, mudou-se o coração do Salvador como deveria mover-nos. O verdadeiro evangelismo começa com uma avaliação adequada da situação de pecadores; com a consciência da sua condição desesperada e com a percepção de que todos eles enfrentam a terrível realidade do castigo eterno.

    Buscando Seus Recursos

    Rogai, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua seara. (10: 2c)

    À luz da colheita iminente de julgamento divino, os crentes são ordenados a orar pela salvação dos não regenerados. Em Rm 10:1, 27-29; conforme 2 Tessalonicenses 1: 5-10.). O Senhor compassivo busca resgatar pessoas de sua ira e julgamento por meio das orações dos crentes. Este é o paradoxo e maravilha do evangelho. O juiz ordena Seu povo a orar para que mais pecadores ser salvo do seu julgamento; mais do que isso, que mais evangelhos ser enviados para esses pecadores, porque o juiz e carrasco foi o próprio executado para salvar os outros de serem executados por ele.

    Obedecendo seu comando

    Vá; (10: 3a)

    A presente forma imperativa do verbo hupagō (vá e continue indo) reflete a urgência da ordem do Senhor. Não havia tempo para atraso ou treinamento extensivo; a cruz foi apenas a poucos meses e houve muitas aldeias que precisavam ouvir a mensagem e estar preparado para receber Jesus quando Ele veio. Desde a setenta eram eles mesmos parte do reino da salvação, eles sabiam o suficiente para dizer aos outros como ser assim. Enquanto a formação específica em evangelismo e apologética é útil, a falta dela não é desculpa para os crentes, desde o momento de sua conversão, não para trazer a outros pecadores a verdade do evangelho creram.

    Uma ilustração rica de evangelístico urgência por um novo crente é encontrado no comando de nosso Senhor para o endemoninhado geraseno transformada (ver a exposição de 8: 26-39, no capítulo 23 do presente volume): "Volte para sua casa e descrever as grandes coisas que Deus tem feito por você. "Em resposta, com apenas um conhecimento infantil da salvação de Cristo", ele foi embora proclamando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus tinha feito por ele "(v. 39).

    Confiando em seu poder

    Eis que eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. (10: 3b)

    Por comparando os setenta para cordeiros no meio de lobos , Jesus salientou a realidade das ameaças que aguardavam testemunhas do Evangelho e à sua necessidade, tanto para a inocência e vigilância.Como inocentes, indefesas cordeiros no meio de uma matilha de lobos, os setenta não tinha força de sua própria e só foram tão seguro quanto a força do seu Pastor. Como fez com os apóstolos (conforme Mt 10:16-18; João 16:1-4., Jo 16:33), Jesus advertiu-os da hostilidade, ódio e perigo que enfrentaria. Todos os apóstolos enfrentaram perseguição, e, tanto quanto se sabe, todos foram martirizados com exceção de João.Os setenta também enfrentaria perseguição nos cortes das sinagogas, pelas autoridades religiosas e seculares, e até mesmo de suas próprias famílias, e talvez alguns deles foram martirizados também. Mas todos eles foram protegidos pelo poder e pela força de seu pastor até que seu trabalho foi feito.

    Aceitando sua provisão

    Leve sem cinto de dinheiro, nem sacola, nem sandálias; e cumprimentar ninguém pelo caminho. (10: 4)

    Como tinha feito com os Doze (Lucas 9:1-3), o Senhor não permitiu que os setenta a tomar todas as disposições adicionais para a sua viagem, como um cinto de dinheiro, bolsa e sapatos . Eles também não são para saudar ninguém pelo caminho . Jesus não estava se referindo a dar um cumprimento educado de passagem, mas sim para parar e entregando-se as saudações elaborados que faziam parte da cultura (conforme Ex. 18: 5-12). Eles não deveriam estabelecer relações a partir do qual eles poderiam esperar apoio. Também não estava indo tão essencial para esta missão de evangelizar as pessoas; pessoas seriam salvas pelo poder do evangelho, e não o poder da amizade. Esta missão era para ser um momento de formação, de aprender a confiar em Deus para suprir todas as suas necessidades (conforme Fm 1:4). Mas o padrão para o futuro ministério seria diferente, Jesus lhes disse: "Mas agora, quem tem um cinto de dinheiro é levá-la junto, do mesmo modo também um saco, e quem não tiver espada, é vender o casaco e comprar um" (v. 36). O rigoroso governa o Senhor aplicada durante a formação inicial de ambos os apóstolos e os setenta foram relaxadas depois de ter sido concluída.

    FIEL A MENSAGEM DO SENHOR

    Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa.' Se um homem de paz está lá, a vossa paz repousará sobre ele; mas se não, voltará para vós. Fique nessa casa, comendo e bebendo do que eles dão-lhe; para o trabalhador é digno do seu salário. Não manter em movimento a partir de casa em casa. Seja qual for a cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que puserem diante de vós; e curar aqueles nele que estão doentes, e dizer-lhes: 'O Reino de Deus está próximo a você.' Mas qualquer que seja cidade em que entrardes e não vos receberem, sair para as ruas e dizer: 'Até o pó da vossa cidade, que se apega a nossos pés, sacudimos em protesto contra você; ainda ter certeza disso, que o reino de Deus está próximo. " (10: 5-11)

    A mensagem que o setenta foram acusados ​​de pregar inevitavelmente dividir as pessoas com base em uma de duas respostas: a aceitação trazer a paz, ou rejeição trazendo punição.

    Paz

    Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa.' Se um homem de paz está lá, a vossa paz repousará sobre ele; mas se não, voltará para vós. Fique nessa casa, comendo e bebendo do que eles dão-lhe; para o trabalhador é digno do seu salário. Não manter em movimento a partir de casa em casa. Seja qual for a cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que puserem diante de vós; e curar aqueles nele que estão doentes, e dizer-lhes: 'O Reino de Deus está próximo a você.' (10: 5-9)

    Estes evangelistas itinerantes da Galiléia seria estranhos em praticamente todas as cidades da Judéia e da aldeia que eles entraram. Ao dar instruções aos Doze, Jesus lhes disse: "Qualquer que seja da cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem é digno nele, e ficar em sua casa até que você deixar essa cidade" (Mt 10:11). Em outras palavras, eles estavam a olhar para alguém receptivos à mensagem do evangelho, um verdadeiro judeu que era interiormente (Rm 2:29.); que estava esperando o Messias como Simeão, (Lc 2:25). Os setenta eram do mesmo modo de olhar para aqueles que estavam prontos, ansioso, e divinamente preparado para ouvir o evangelho.

    Então o Senhor lhes deu instruções específicas sobre a forma de encontrar essa pessoa, "qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa'." Eles estavam a procurar uma casaonde havia um interesse na mensagem de paz com Deus que o Messias, o "Príncipe da Paz" (Is 9:6) traria. Este ditado foi mais do que apenas um cumprimento educado, pois, como Jesus passou a dizer "Se um homem de paz está lá, a vossa paz repousará sobre ele"; em outras palavras, a mensagem do evangelho iria encontrar uma casa com ele. A frase homem de paz literalmente lê "filho da paz". No vernáculo judaico, dizer que alguém era um filho de algo significava essa pessoa tinha uma disposição ou a natureza coerente com ela. Um filho de paz seria receptivo à mensagem de paz eterna com Deus e entrada para o Seu reino que vem somente através do Messias, o Senhor Jesus Cristo (conforme Rm 5:1), não deviam perder mais tempo com os que rejeitam, mas ir para outro lugar (conforme Mt 7:6; 1Co 9:141Co 9:14).. Os setenta eram estritamente proibidos de se manter em movimento a partir de casa em casa em busca acomodações mais agradáveis ​​ou melhor comida. Esta foi a mesma carga que o Senhor confiou aos Doze quando os enviou a pregar (Lc 9:4).

    Finalmente, o Senhor cobrada a setenta a curar aqueles em cada cidade que visitou que estão doentes . O versículo 17 indica que eles também receberam poder para expulsar demônios. Esses poderes milagrosos, que podem ter sido concedidos apenas para a duração da sua missão, serviu para autenticar a sua mensagem como fez os apóstolos (Lc 9:6; João 5:28-29.; At 17:31; At 24:25; 2 Tm 4:... 2Tm 4:1; He 9:27; 2Pe 2:92Pe 2:9).

    Na conclusão de seu dever de setenta, o Senhor Jesus Cristo enfatizou a realidade do julgamento comparativo. Aqueles que rejeitaram a mensagem a setenta proclamou terá de enfrentar um julgamento mais severo do que aqueles que nunca ouviram falar a verdade. Jesus deu a setenta o princípio do julgamento comparativo, alguns exemplos de julgamento comparativo, em seguida, personalizado o princípio do juízo comparativo.

    O princípio do julgamento comparativo

    Eu digo a você, será mais tolerável naquele dia ... vai ser mais tolerável (10: 12a, 14a)

    Declaração enfática do Senhor eu digo a vocês (conforme Mt 5:18, Mt 5:20, Mt 5:22, Mt 5:26, Mt 5:28, Mt 5:32, Mt 5:34, Mt 5:39, Mt 5:44) indica a importância desta verdade. O aviso dado aqui não é boato ou inferência, mas a informação em primeira mão, direto da boca do juiz. O Senhor listou seis cidades, três judeus e três dos gentios, e, em seguida, chocantemente proclamados que as cidades judaicas teria de enfrentar um julgamento mais severonaquele dia. Vai ser mais tolerável se refere ao grau de punição caiu sobre os pecadores incrédulos no julgamento do Grande Trono Branco, a sentença final da perdeu para o lago de fogo (Ap 20:11-15).Em que lugar de tormento incessante haverá diferentes níveis de punição. Para ser exposto ao evangelho de Jesus Cristo e rejeitá-lo é a incorrer em maior culpa e punição.

    Mas, enquanto todos os que rejeitam o evangelho e se recusam a se arrependerem de seus pecados enfrentarão punição eterna no inferno, o grau de sua punição vai depender da quantidade de conhecimento que eles tinham. A punição mais severa é de quem teve o maior conhecimento da verdade. O escritor de Hebreus expressa esse princípio, quando escreveu: "quanto maior castigo que você acha que ele será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e tem insultou o Espírito da graça "(He 10:29; Lc. 12: 47-48)?.

    Os exemplos de julgamento comparativo

    Eu digo a você, será mais tolerável naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade. Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres tinham sido realizados em Tiro e Sidon, que ocorreu em você, elas se teriam arrependido há muito tempo, sentado em saco e cinza. Mas vai ser mais rigor para Tiro e Sidom, no juízo do que para você. E você, Cafarnaum, não será elevada até o céu, você vai? Você será levado para baixo para Hades! (10: 12-15)

    Para ilustrar seu ponto, Jesus deu três exemplos de cidades cujos julgamentos seria diferente com base em seu nível de exposição à verdade. Todos os três exemplos Ele deu teria chocado o povo judeu. Em primeiro lugar, o Senhor declarou que ele será mais tolerável naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade . A cidade não especificada é qualquer cidade que rejeitou a setenta e sua mensagem a respeito de Cristo (v. 10). Isso Sodoma enfrentaria uma sentença menor do que qualquer cidade em Israel era incompreensível. O mal terrível de Sodoma, especialmente o seu pecado homossexual bruta, parece merecer o julgamento mais severo. Deus mesmo declarou de Sodoma e Gomorra, sua cidade irmã, "O clamor de Sodoma e Gomorra é realmente grande, eo seu pecado é extremamente graves" (Gn 18:20). No entanto, Jesus declarou que qualquer cidade que rejeitaram o evangelho teria de enfrentar um julgamento mais severo do que Sodoma.

    O segundo exemplo contrasta cidades do Antigo Testamento de Tiro e Sidon com Corazim e Betsaida . Corazim era uma pequena aldeia perto de Cafarnaum, a sede do ministério galileu de Jesus. Betsaida, a cidade natal de André, Pedro, e Filipe (Jo 1:44), foi outra aldeia perto de Cafarnaum. As duas cidades 'proximidade com Cafarnaum garante que o povo de Corazim e Betsaida estavam familiarizados com os milagres de Jesus e sua mensagem. Sua rejeição dEle levou o Senhor pronunciar ai (ou seja, o julgamento) sobre eles, e, em seguida, para revelar a verdade chocante que se os milagres tinham sido realizados em Tiro e Sidon, que ocorreu em Corazim e Betsaida elas se teriam arrependido há muito tempo . Tiro e Sidon foram portos marítimos no litoral fenício. As duas cidades sintetizou mal no Antigo Testamento, e tanto Isaías 23 e Ezequiel 28 profetizou o juízo que caiu sobre eles. No entanto, se tivessem tido a informação de que os habitantes de Corazim e Betsaida tinha, eles teriam colocado emsaco e cinza , um símbolo de luto profundo e contrição (1Rs 21:27; 1Cr 21:161Cr 21:16; Ne 9:1; Dn 9:3), para demonstrar a sinceridade de seu arrependimento.

    Se o povo judeu tinha sido convidados a nomear as pessoas mais mal na história, essas duas cidades e Sodoma teria sido no topo da lista. No entanto, por causa de sua rejeição obstinada da verdade e recusa a arrepender-se e confiar em Jesus Cristo, o povo judeu enfrentou um julgamento mais severo do que aquelas cidades gentios ímpios que nunca tinham ouvido falar de Deus.
    O Senhor, então voltou sua atenção para Cafarnaum que, advertiu, não será elevada até o céu como seus habitantes hipócritas imaginava, mas será derrubado para Hades! Como as pessoas de Corazim e Betsaida, seu orgulho religioso mergulharia o povo . de Cafarnaum para o castigo Hades é uma palavra geral para o lugar dos mortos, mas quando usado em contraste com o céu só pode referir-se ao inferno (conforme Lucas 16:23-24). Cafarnaum tinha sido sede do Senhor todo o seu ministério galileu. Seus pessoas tinham ouvido falar Seu ensino e repetidamente testemunhado os inúmeros milagres que realizou. Não há registro nos Evangelhos de qualquer hostilidade aberta para Jesus por parte daquela cidade; seus habitantes nunca perseguiram, zombavam dele, o ridicularizaram, ou tentou correr para fora da cidade.Eles simplesmente tolerada Ele. Mas indiferença para com Cristo é tão condenável quanto rejeição pura e simples, já que, como Jesus disse: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha "(Mt 12:30).

    A personalização do julgamento comparativo

    Aquele que ouve você ouve a mim, e quem vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita rejeita aquele que me enviou. (10:16)

    Esta declaração traz a questão para baixo do nível da cidade para o pessoal. Porque a setenta representado Ele, Jesus disse-lhes: "Aquele que ouve você ouve a mim, e quem vos rejeita a mim rejeita."Quando Seus fiéis mensageiros proclamar a mensagem do evangelho, o Senhor fala através deles. Cada escritor evangelho registra essa verdade de que Jesus reiterou em Jo 13:20: "Em verdade em verdade vos digo que, quem recebe aquele que eu enviar a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou "(Lc 9:48; Mt 10:40; Mc 9:37). Quando aqueles que ouvem a mensagem de responder a ela com fé, eles estão ouvindo a Ele; mas quando eles se recusam a ouvir, eles estão rejeitando. Além disso, aquele que rejeita Jesus rejeita Aquele que enviou Ele. A idéia de que alguém pode honrar a Deus, rejeitando Jesus Cristo é uma mentira condenatório. Em Jo 5:23 Jesus disse aos judeus hostis: "Aquele que não honra o Filho não honra o Pai que o enviou", enquanto que em Jo 8:42 Ele acrescentou: "Se Deus fosse o vosso Pai, você me ama , porque eu saí e vim de Deus, por que eu não vim mesmo por mim mesmo, mas ele me enviou. "Em Jo 15:23 Jesus disse aos apóstolos," Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. "O apóstolo João escreveu: "Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai "(1Jo 2:23), e" Qualquer um que vai longe demais, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem Deus "(2Jo 1:9)

    Os setenta voltou com alegria, dizendo: "Senhor, até os demônios se nos submetem pelo teu nome." E disse-lhes: "Eu estava assistindo Satanás cair do céu como um raio. Eis que eu vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada vai feri-lo. No entanto, não se alegrar no fato de que os espíritos estão sujeitos a vocês, mas porque seus nomes estão registrados no céu. "Naquele tempo se alegrou no Espírito Santo, e disse:" Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, pois desta forma foi bem agradável à sua vista. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. "Virando-se para os discípulos, Ele disse em particular: "Felizes os olhos que vêem o que você vê, porque eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, e ouvir o que ouvis e não ouvi-los "(10: 17-24).

    Quando eles consideram Deus e Seus atributos, a maioria das pessoas pensa em características como a santidade, soberania, onisciência, onipresença, imutabilidade, justiça, ira, amor, graça e misericórdia.Raramente considerado, no entanto, é a alegria de Deus. Em 1Cr 16:27 Davi disse dele: "A força e alegria no seu lugar." O profeta Sofonias declarou a Israel: "O Senhor teu Deus está no meio de vós, um guerreiro vitorioso. Ele vai exultar em ti com alegria, Ele vai ficar quieto em Seu amor, Ele se deleitará em ti com júbilo "(Sf 3:17). Jeremias registra a promessa de Deus para Israel, "Eu me alegrarei sobre eles para lhes fazer bem e plantá-los fielmente nesta terra com todo meu coração e com toda a minha alma" (Jr 32:41.), Enquanto que em Is 62:5) e Jude deu a bênção: "Ora, àquele que é capaz de mantê-lo de tropeços e para fazê-lo estar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria "(Jd 1:24; 33. Conforme vv,
    38) e sobre a cidade de Jerusalém (Lc 19:41). No Getsêmani, Ele "começou a ser triste e angustiado" (Mt 26:37) e disse a Pedro, Tiago e João: "A minha alma está profundamente triste, a ponto de morte" (v. 38). Refletindo sobre essa experiência, o escritor de Hebreus disse dele: "Nos dias de Sua carne, Ele ofereceu-se ambas as orações e súplicas, com forte clamor e lágrimas, Àquele capaz de salvá-lo da morte" (He 5:7).

    Mas, enquanto a Bíblia diz muito sobre tristeza e dor de Cristo, esta passagem é a única que retrata-o regozijo durante sua vida na terra. É um tesouro único, fornecendo informações sobre a alegria experimentada pelo Homem das Dores. Ele vem em uma transição crítica no ministério terreno de nosso Senhor. Os primeiros dias de espanto, admiração e fascínio com o Seu poder miraculoso e ensinamento autorizado foram chegando ao fim. Ele estava enfrentando crescente apatia e indiferença, que logo se voltam para a rejeição e oposição levando a seu assassinato. Galileu ministério de Cristo, que durou um pouco mais de um ano, tinha acabado. Ele havia feito muitos milagres em toda a região, demonstrando seu poder divino sobre a doença, a morte, demônios, e da natureza. Ele tinha proclamado o evangelho do reino, a mensagem de perdão e salvação, e tinha enviado os Doze para fazer o mesmo. No entanto, os galileus tinha fornecido uma resposta escassa para o ministério monumental de Cristo entre eles; Quando ele voltou para a Galiléia, após Sua ressurreição, apenas a 500 crentes O encontrou lá (conforme 1Co 15:6).!. Apesar de sua terrível situação, Paulo, no entanto, poderia escrever da prisão, "Alegrei-me em muito ao Senhor" (Fm 1:4), a salvação (1Sm 2:1; Hc 3:18), amor (Sl 13:5:. Sl 119:14, Sl 119:162), e de verdade (1Co 13:6), o príncipe do poder do ar (Ef 2:2), um enganador (Ap 12:9), e o maligno (1Jo 5:19). A escolha dos demônios , os anjos que seguiram Satanás, é irrevogável; eles são irrecuperáveis ​​e um dia serão lançados no lago de fogo (Mt 25:41), juntamente com o seu líder (Ap 20:10). Como Satanás, eles são os inimigos de Deus, Cristo, o Espírito Santo, eo povo de Deus. Eles enganam os incrédulos: (. 1Tm 4:1; Cl 2:15; 1Pe 3:221Pe 3:22). A tarefa de evangelização é entregar as almas das garras de Satanás, através do poder de Cristo. É uma operação de resgate contra as forças do inferno, invadindo o domínio das trevas (Cl 1:13) e libertando almas perdidas cativo realizada sob a influência enganadora de Satanás e suas hostes Demon (2Co 4:4). Assim, qualquer pessoa que diz ser o Messias teria que demonstrar o seu poder sobre Satanás eo reino demoníaco-que Jesus fez especialmente à sua tentação e repetidamente por expulsar demônios (4: 33-35, 41; 8: 2, 27-33 ).

    Como ele já havia feito com os apóstolos (9: 1), Jesus delegou seu poder sobre Satanás e os demônios para os setenta. Se os setenta tinha a autoridade adicionado para expulsar demônios, como os apóstolos fizeram, ou que era o poder do Espírito através da sua pregação do evangelho que entregue os que responderam na fé salvadora não é clara. Em qualquer caso, os demônios estavam sujeitos a eles no nomede Cristo. Não há poder humano que pode derrotá-los, como alguns falsos exorcistas em Éfeso descobriu da maneira mais difícil. Quando eles tentaram invocar o nome de Jesus como se fosse um encantamento mágico, o demônio desdenhosamente respondeu: "Eu reconheço Jesus, e sei quem é Paulo, mas quem é você?" (At 19:15). Ele então usou o homem que ele habitada para administrar uma surra severa para os aspirantes a exorcistas (v. 16). Mas a setenta havia ministrado no poder de Cristo, e foram surpreendidos com alegria pelo grande realidade que através de suas almas pregando foram libertados do domínio de Satanás.

    Em resposta a exclamação jubilosa do setenta, Jesus disse-lhes: "Eu estava assistindo Satanás cair do céu como um relâmpago." Os comentadores têm à disposição várias interpretações do que o Senhor quis dizer com essa palavra. Alguns argumentam que ela refere-se a queda original de Satanás (Is 14:12), mas que o incidente não tem nada a ver com o contexto imediato. Outros sugeriram várias outras possibilidades: que Cristo tinha em mente Sua derrota das Satanás na sua tentação; ou que Ele se referiu a sujeição de Satanás a Ele em virtude do seu próprio ministério de expulsão de demônios; ou o esmagamento da cabeça de Satanás na cruz, ou futura condenação de Satanás para o lago de fogo. Mas o tempo imperfeito do verbo traduzido eu estava assistindo sugere um processo contínuo, em vez de um evento de um tempo, como essas ofertas. Apesar de terem sido verdadeiramente triunfos de Cristo sobre Satanás, a imagens vívidas de relâmpagos , que se foi repetidamente flashes de forma brilhante e, em seguida, sugere uma explicação diferente. O quadro aqui é de Jesus regozijando como Ele observou o reino de Satanás sendo destruído uma alma resgatada em um momento através do ministério evangelístico da setenta. Que iria continuar a ser verdade, em toda a história da igreja como Deus e os santos anjos se alegram cada vez que um Perdido and Damned alma está recuperado de domínio de Satanás (conforme Lc 15:7).

    Divina Proteção do reino de Satanás

    Eis que eu vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada vai feri-lo. (10:19)

    Demons resistir fortemente quando os crentes invadir o reino de Satanás e tentar arrebatar marcas do fogo (Jd 1:23; 1Co 1:301Co 1:30; 2Co 5:172Co 5:17; 1Pe 5:141Pe 5:14), eles triunfar sobre as forças do inferno, através Ele. Eles não precisam temer Satanás e os demônios, uma vez que "o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos [seus] pés" (Rm 16:20), "o Senhor é fiel, e Ele vai fortalecer e proteger [eles] a partir do maligno "(2Ts 3:3; 2: 1-7), Pedro (Lc 22:31) e Paulo (. 2Co 12:7; Rom. 8: 28-39; Jude 24-25). A causa para que a confiança está na última razão para regozijo da setenta.

    Embora eles se alegrou com o poder sobre e proteção contra o reino das trevas que o Senhor lhes havia concedido de Satanás, havia uma razão muito mais significativo para os setenta para se alegrar. Jesus exortou-os não para alegrar simplesmente porque os espíritos estavam sujeitos a eles, mas sim que os seus nomes são registrados no céu . Eles não só experimentar o poder e proteção de Deus nesta vida, mas também a Sua bênção para sempre.

    A realidade maravilhosa que os setenta eram autênticos discípulos foi a causa suprema de sua alegria. Sucesso no evangelismo e poder sobre o reino de Satanás são apenas para esta vida. Conhecimento dos crentes que seus nomes são registrados no céu , para nunca mais ser apagados (conforme Dn 12:1 registra que "por este motivo, pois, os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus." De modo que não pode haver dúvida quanto a quem Ele estava se referindo, Jesus identificou Seu Pai como oSenhor do céu e da terra (conforme At 17:24) —a designação tradicionalmente judaica do supremo e único Deus do universo (conforme Gn 14:1, Gn 14:22; Ed 5:11; Is 66:1).

    O contraste não é entre ser educado e ser ignorante, mas entre ser capaz e incapaz. Em contraste com a noção de que essas verdades profundas são apenas para a elite elevado, Jesus escolheu bebês como uma ilustração de quem entendeu. Como se observa na exposição de 9:47 no capítulo 31 deste volume, as crianças não têm nada a gabar-se de; eles ainda não alcançaram qualquer coisa na vida, eles não são educados, e eles não têm exposição a sabedoria ou o conhecimento do mundo. Somente aqueles que humildemente admitir sua incapacidade de conhecer a Deus em sua própria sabedoria e conhecimento para além da sua revelação de si mesmo pode ser salvo. Jesus estava satisfeito com essa verdade, porque dá toda a glória a Deus (conforme 1Co 1:29, 1Co 1:31). A salvação não pertence à inteligente, sábio, orgulhoso, vaidoso e prepotente (1Co 2:14.), Mas sim para aqueles que são, reconhecidamente, ignorante e tolo, humilde, quebrantado e contrito (Is 57:15; Is 66:2.; Jo 3:35; Jo 13:3, o apóstolo João escreveu: "Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento; O Filho unigênito, que está no seio do Pai, Ele explicou ele. "Jesus é" o Verbo [que] se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai , cheio de graça e de verdade "(v. 14); "O Filho de Deus [que] veio, e nos deu entendimento para que possamos saber o que é verdadeiro" (1Jo 5:20). O próprio Jesus disse a Filipe: "Quem me vê a mim vê o Pai; como você pode dizer: Mostra-nos o Pai "(Jo 14:9: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer", e depois repetiu: "Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se ele tem foi concedida a ele a partir do Pai "(v 65;.. conforme v 37). Antecipando-se à objeção com base em um sentido humano da justiça corrompido pela queda, Paulo escreve:

    Que diremos, pois? Não há injustiça com Deus, não é? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão." Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que tem misericórdia Porque a Escritura diz ao faraó: "Para isto mesmo te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra." Então, Deus tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja. (Rm. 9: 14-18)

    A aqueles que pretendem protestar: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade? "(V. 19), o apóstolo responde,
    Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E Ele fez isso para dar a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. (Vv. 20-24)

    Escrevendo aos Coríntios, Paulo expressa o resultado prático da soberania de Deus na evangelização: "Eu plantei, Apolo regou, mas Deus estava causando o crescimento. Por isso, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento "(1 Cor. 3: 6-7).

    Além da escolha soberana de Deus e poder regenerador, ninguém seria salvo. Não há capacidade em caídos, seres humanos pecadores a ver a luz do evangelho e cressem Salvadora por conta própria. Aqueles que estão mortos em seus delitos e pecados (Ef 2:1), cego por Satanás (2Co 4:4) e incapaz de agradar a Deus (Rm 8:8). Mt 11:28 registra o convite do Senhor: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei." Is 55:1 expressar a natureza universal do convite de Deus para a salvação:" Porque Deus amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que crê Nele não pereça, mas tenha a vida eterna. "A grande doutrina da eleição é sempre em relação chamado universal de Deus para os pecadores responsáveis ​​para se arrepender e crer no evangelho.

    O Privilege superação do Santos

    Virando-se para os discípulos, disse em particular: "Felizes os olhos que vêem o que você vê, porque eu digo a vocês que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, e ouvir as coisas que você ouve, e não ouvi-los "(10: 23-24).

    Virando-se para os discípulos, depois de elogiar o Pai, Jesus se dirigiu a eles em particular . O que Ele estava prestes a dizer aplicada apenas aos Seus seguidores genuínos; Doze, dos Setenta, e os outros crentes verdadeiros. O Senhor se alegrou muito sobre a verdade que havia sido revelado a eles, encontrar alegria em sua alegria por tal privilégio abençoado.

    Essa bendita alegria não era apenas para aqueles a quem Jesus se dirigiu naquele dia, mas para todos os que crêem nEle, como a frase os olhos que vêem as coisas que você vê indica. As coisas que eles tiveram o privilégio de ver e entender incluem as grandes verdades que o Messias havia chegado, a salvação de Deus havia sido revelado, a obra da redenção realizada, o reino prometido oferecidos, todas as profecias do Antigo Testamento, promessas e convênios cumprida em Cristo, que faria a oferta final para o pecado. Satanás havia encontrado seu conquistador, demônios foram completamente dominados, doença vencido, natureza submissa, a morte derrotado por Cristo, e perdão e vida eterna concedida a todos os que crêem.

    O pequeno rebanho (Lc 12:32) de seguidores genuínos foram abençoados para ver tudo e habilitado para compreendê-lo pelo Espírito Santo. Eles foram os humildes, quebrado, contrito, abnegado, carregando com a cruz, os obedientes, escolhido pelo Pai, a quem o Filho revelou através do Espírito Santo. As bênçãos que receberam estão disponíveis para todos os que aceitam o convite do Salvador: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11:28).

    Assim como os crentes privilegiado devem ter o conhecimento de que tenham sido concedidos é evidente a partir da declaração de encerramento do discurso do Senhor: "Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, e ouvir as coisas que você ouve, e não ouvi-los ". Mesmo o mais proeminente dos santos do Antigo Testamento não foram abençoados com o conhecimento dado aos crentes sob a nova aliança:

    Quanto a esta salvação, os profetas que profetizaram da graça que viria a você fez pesquisas cuidadosas e inquéritos, procurando saber o que pessoa ou tempo o Espírito de Cristo dentro deles estava indicando como Ele predisse os sofrimentos de Cristo e as glórias a seguir . Foi revelado a eles que eles não estavam servindo-se, mas você, nestas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que pregavam o evangelho, a vós pelo Espírito Santo enviado do céu, as coisas em que os anjos anseiam observar. (I Pedro 1:10-12)

    Os heróis do Antigo Testamento da fé, incluindo Abel, Enoque, Noé, Abraão, Sara, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas ", morreram na fé, sem receber as promessas, mas vendo-as e saudando-as a partir de uma distância "(He 11:13). Embora eles "obteve a aprovação através de sua fé, [eles] não recebeu o que foi prometido, porque Deus tinha alguma coisa melhor para nós, de modo que para além de nós eles não seriam aperfeiçoados" (vv. 39-40). Crentes da Nova Aliança foi concedido o privilégio de conhecer os mistérios do reino de Deus, a revelação do Novo Testamento sobre todas as coisas secretas, do Antigo Testamento. Esse privilégio, concedido pela vontade soberana de Deus, trouxe alegria para Jesus e os setenta, e deve trazer alegria para todos os crentes.

    65. Buscando Vida Eterna (Lucas 10:25-37)

    E um advogado levantou-se e colocou-o à prova, dizendo: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" E ele disse-lhe: "O que está escrito na Lei? Como ele ler para vocês "E ele respondeu:" Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda a tua força e com toda a sua mente?; . e ao próximo como a si mesmo "E disse-lhe:" Você respondeu corretamente; fazer isso e você vai viver. "Mas que desejam justificar-se, disse a Jesus:" E quem é o meu próximo? "Jesus respondeu, e disse:" Um homem descia de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, e eles o despojaram e espancando-o, e foi embora deixando-o meio morto. E por acaso um sacerdote estava descendo nessa estrada, e quando ele o viu, passou pelo outro lado. Do mesmo modo também um levita, quando ele chegou ao local e viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, que estava em uma viagem, veio sobre ele; e quando o viu, sentiu compaixão, e veio até ele e enfaixou-lhe as feridas, derramando óleo e vinho sobre eles; e colocou-o sobre a sua cavalgadura, e levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao estalajadeiro e disse: 'Toma conta dele; e tudo o mais que você gasta, quando eu voltar eu te pagarei. ' Qual destes três você acha que provou ser o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? "E ele disse," Aquele que usou de misericórdia para com ele. "Então Jesus lhe disse:" Vá e faça o mesmo . "(10: 25-37)

    De todas as perguntas que poderiam ser feitas, nenhuma é mais importante do que o que nesta passagem: "Que farei para herdar a vida eterna?" Isso significado da questão está enraizada na realidade de que cada alma humana é imortal. Aniquilação, o materialismo, a reencarnação, e qualquer outra visão que nega que as pessoas vão continuar a ser as pessoas que estão sempre é falsa. A questão não é se as pessoas vão viver para sempre, mas onde eles vão viver para sempre-no céu, ou no inferno.

    Como esta história se desenrola, Jesus foi nos meses finais de Seu ministério terreno, caminhando lentamente para Jerusalém e cobrindo cidades e aldeias da Judéia com a mensagem da vida eterna ao chamar as pessoas para serem seus verdadeiros discípulos (conforme Lc 9:23). Mas apesar de sua pregação poderosa sinais, de apenas um número muito pequeno de pessoas Salvadora acreditaram e abraçaram o evangelho. A maioria rejeitou a Sua chamada para humilhar, se arrepender de seus pecados e auto-justiça, receber o perdão completo, e na fé entrar no reino de Deus. Eles não aceitaram a mensagem de Cristo, porque eles não se reconhecem como pecadores miseráveis ​​em seu caminho para a perdição eterna. Tendo rejeitado o diagnóstico, negaram-se a única cura.

    Que o Senhor ministrou, não só para as multidões, mas também muitas vezes a pessoas físicas, é evidente nesta passagem. Embora ela ocorreu em um ambiente público, esta foi uma conversa pessoal entre Jesus e este homem. Ele era um membro da instituição religiosa, as pessoas altamente educadas, proeminentes, poderosas e influentes que compunham Judaistic religião apóstata, hostil a Jesus. Este escriba não identificada teve um raro privilégio cujo valor está além de uma conversa sobre a vida eterna com Aquele que é Ele mesmo a vida eterna (1Jo 5:20), tendo estimativa. Em um trágico exemplo da oportunidade perdida que rivaliza com Judas, o escriba, apesar de fazer a pergunta certa da pessoa certa e receber a resposta certa, ele virou-se para enfrentar a morte eterna.

    Apesar de seu resultado, este incidente fornece uma valiosa lição sobre como fazer evangelismo pessoal da maneira que Jesus fez. Aqueles que têm a oportunidade de receber a vida eterna terá de compreender a verdade sobre a natureza da vida eterna, a motivação para a vida eterna, a tez da vida eterna, e na aquisição de vida eterna.

    A NATUREZA DA VIDA ETERNA

    A questão extremamente importante de como obter ou herdar a vida eterna também foi questionado pelo jovem rico (18:18;. Mt 19:16; Mc 10:17). Implícita em causa a sua e do escriba foi a crença judaica na imortalidade. Os judeus reconheceram que Deus havia prometido um reino eterno de bênção, alegria, paz, e realização. Se o escriba não tinha compartilhado que a crença comum, esta conversa nunca teria tido lugar. Não teria havido nenhuma razão para ele pedir a Jesus como herdar a vida eterna, a menos que ele já acreditava em sua atualidade. Ele sabia que a queda de Adão tinha causado a raça humana a perder a vida eterna, e ele queria saber como recuperá-lo pessoalmente.

    No mundo pós-moderno de hoje, dominado pelo naturalismo, evolução e humanismo, os cristãos não podem mais assumir que as pessoas que evangelizam entender que eles vão viver para sempre. O inimigo gosta de propagar a mentira de que a vida presente é tudo que existe, então não há nada melhor do que "comer e beber, pois amanhã morreremos" (1Co 15:32). No entanto, Deus pôs a eternidade no coração do homem (Ec 3:11), e até mesmo aqueles que negam sua realidade ainda sinto sua força em seus corações. Esse sentido universal da eternidade tem sido expressa em vários rituais e tradições que envolvem enterrar os mortos ao longo da história.

    Mas a revelação geral não foi o motivo, o escriba acreditava na imortalidade da alma. Como um especialista na Lei Mosaica, ele sabia que era o claro ensino do Antigo Testamento. Job entendido que depois que ele morreu, ele, pessoalmente, ver a Deus (19:26-27). Davi regozijou-se no conhecimento de que "na mão direita [de Deus] há delícias para sempre", e após a trágica morte de seu filho recém-nascido, ele foi consolado pelo conhecimento de que ele iria vê-lo novamente (Sl 16:11.): " Eu vou com ele, mas ele não vai voltar para mim "(2Sm 12:23). A profecia de Daniel observa que "os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para sempre, para todas as idades para vir" (Dn 7:18), e que no tempo do fim: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, mas os outros à desgraça e desprezo eterno "(12: 2; conforme 2:44; Sl 21:4) ", a quem pertence a adoção de filhos, ea glória, a aliança ea entrega da Lei e o serviço do templo e as promessas, quais são os pais "(Rm. 9: 4-5a), foram garantida a entrada no reino eterno de Deus. Mas sua herança judaica não iria salvar aqueles cuja religião era rasa, superficial, hipócrita, e externa (Lc 3:8.). A questão sobre herdar a vida eterna começou a aparecer por causa das dúvidas e medos causados ​​por uma consciência incômoda e um coração descontente. Como este advogado, muitos sabiam que eles não eram justos diante de Deus; que o seu verniz de atividades religiosas serviram apenas como cal, cobrindo um túmulo "cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (Mt 23:27). A pergunta feita tanto pelo jovem rico e pelo escriba refletiu o medo de que eles podem perder a vida eterna, apesar de toda a sua aparência exterior de zelo religioso.

    Na mente do escriba, Jesus era uma pessoa lógica para perguntar sobre a vida eterna, porque era o tema constante de sua pregação (Mt 25:46; Marcos 10:29-30., Jo 4:36, Jo 5:24, Jo 5:39; Jo 6:27, Jo 6:40, Jo 6:47, Jo 6:54, Jo 6:68; Jo 10:28; Jo 12:25, Jo 12:50; 17: 2-3; conforme At 13:48; Rm 2:7; 1 Tim. 1:. 1Tm 1:16; Tt 1:2; Mt 22:13; Mt 24:51; Mt 25:30; Mc 9:1; Rm 8:17; 1 Ts 3:.. 1Ts 3:4; 2Tm 3:122Tm 3:12; 1 Pedro 4: 12-16.). Salvação traz paz sobrenatural (Jo 14:27), força para suportar as provações e sofrimentos (2Ts 3:1; 1Pe 5:101Pe 5:10) e conforto (2 Cor 1: 3-5.) Que transforma tristeza em alegria (Sl 30:5.). Mas o foco do evangelismo baseado em biblicamente não é sobre os confortos da vida presente, mas sobre a realidade da eternidade; em obter a atenção das pessoas fora deste mundo temporário e sobre a existência eterna, explicando em detalhe bíblico as alegrias do céu e os horrores do inferno.

    A MOTIVAÇÃO PARA A VIDA ETERNA

    E um advogado se levantou e pô-lo à prova, dizendo: "Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?" (10:25)

    A NASB deixa não traduzida a partícula idou ("eis"), o que indica que a pergunta feita pelo advogado era um desenvolvimento surpreendente. Mas como mencionado acima, ele foi motivado a fazer esta pergunta pela preocupação de que ele não perca a vida eterna. Um advogado ( Nomikos ), ou escriba, era um especialista na interpretação e aplicação da lei mosaica e as tradições rabínicas que tinham sido formadas ao longo dos séculos. Escribas são freqüentemente vistos nos Evangelhos que acompanha os fariseus e buscando maneiras de desacreditar Jesus (Mt 12:38; 15:. Mt 15:1; Mc 2:16; Lc 5:21; Lc 6:7; Lc 15:2.) —o muito coisa que os escribas e fariseus O acusaram de violar (conforme Mt 15:2), que foi recitado duas vezes por dia. A primeira parte da resposta do advogado, "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda a tua força e com toda a tua mente", vem da Sema . A cláusula adicional, "e ao teu próximo como a ti mesmo" é citado de Lv 19:18. Quando Ele foi convidado para nomear o mais importante dos mandamentos, Jesus deu a mesma resposta que o advogado fez (Marcos 12:28-31), assim que sua resposta foi correta.

    As chamadas de comando para compromisso total com abnegado amor ( ágape ; o mais alto tipo de amor), envolvendo todas as faculdades humanas, incluindo o coração, alma, força e mente . Estes dois comandos resumir os Dez Mandamentos, a primeira metade do que descreve como amar a Deus, ao passo que a segunda metade descreve como amar o próximo. Apenas aqueles que praticam tais abnegado amor (conforme Lc 9:23) pode receber a vida eterna.

    Porque a resposta do advogado era o caminho certo, Jesus disse-lhe: "Você respondeu corretamente; fazer isso e você viverá " (conforme Lv 18:1; Dt 6:25; Ne 9:29; Ez 20:11, Ez 20:13, Ez 20:21..). Desde que ele sabia a resposta, o advogado era responsável. Mas, como todo mundo que já viveu, ele não foi capaz de manter a lei por Deus perfeitamente amoroso e outras pessoas. Para fazer isso é impossível ", porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele; por meio da Lei vem o conhecimento do pecado Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição "e, (Rm 3:20).";porque está escrito: Maldito todo aquele que não cumprir todas as coisas escritas no livro da lei, para realizá-las '"(Gl 3:10;.. conforme Dt 27:26). Como resultado, "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Rm 3:23.), De modo que "não há nenhum justo, nem um sequer" (Rm 3:10;. Conforme 5:12; Gl 3:22).

    Jesus, é claro, não estava dizendo que havia algumas pessoas em algum lugar que poderia ser salvo por guardar a lei. Pelo contrário, Ele estava apontando a impossibilidade absoluta de fazê-lo, desde que a lei exige a obediência impossível-perfeito e completo (Jc 2:10), e promete a morte física, espiritual e eterna àqueles que desobedecê-la (Ez 18:4; Rm 6:23).. Essas realidades colocar os pecadores em uma situação desesperadora. Eles são obrigados a manter a lei perfeitamente, mas não são capazes de fazê-lo, e como encarar a morte conseqüência. A única maneira de sair desse dilema assustador é reconhecer um do pecado (Sl 32:5; 1Jo 1:91Jo 1:9), e por meio da fé (Jo 3:16; Jo 5:24; At 15:9; Rm 4:5; Ef. 2: 8-9.; Fp 3:9; He 10:12). Para estes crentes arrependidos Deus fez o Seu Filho ", que não conheceu pecado, o pecado em [seu] nome, de modo que [eles] tornássemos justiça de Deus em Cristo" (2Co 5:21).

    A AQUISIÇÃO DA VIDA ETERNA

    Mas desejando justificar-se, disse a Jesus: "E quem é o meu próximo?" Jesus respondeu, e disse: "Um homem descia de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, e tiraram-lhe e vencê-lo, e foi embora deixando-o meio morto. E por acaso um sacerdote estava descendo nessa estrada, e quando ele o viu, passou pelo outro lado. Do mesmo modo também um levita, quando ele chegou ao local e viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, que estava em uma viagem, veio sobre ele; e quando o viu, sentiu compaixão, e veio até ele e enfaixou-lhe as feridas, derramando óleo e vinho sobre eles; e colocou-o sobre a sua cavalgadura, e levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao estalajadeiro e disse: 'Toma conta dele; e tudo o mais que você gasta, quando eu voltar eu te pagarei. ' Qual destes três você acha que provou ser o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? "E ele disse," Aquele que usou de misericórdia para com ele. "Então Jesus lhe disse:" Vá e faça o mesmo . "(10: 29-37)

    Neste ponto da discussão, o escriba deve ter reconhecido a sua incapacidade de amar como Deus necessária e clamou por misericórdia como o coletor de impostos em Lc 18:13 fiz. Mas apoiada em um canto a partir do qual não havia escapatória, seu orgulho miserável e auto-justiça assumiu, como o fariseu da tinha (vv. 11-12). Por que pretenda justificar-se , ele não conseguiu negar a si mesmo. Ele se recusou a confessar a realidade do seu coração pecador, mas desdenhando a convicção de pecado que ele certamente sentiu a aumentar internamente, ele Adãoantly reafirmou sua auto-justiça externo e merecimento.

    Infelizmente, este foi o comportamento familiar, Paulo viria a nota, típico da nação de Israel como um todo. Em Romanos 2:23-29, o apóstolo repreendeu seus companheiros judeus para manter a lei superficialmente e externamente:

    Você que te glorias na lei, através de sua transgressão da lei, você desonrar a Deus? Para "O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de você", assim como está escrito. Porque, na verdade a circuncisão tem valor se você praticar a Lei; mas se você é um transgressor da Lei tua circuncisão se torna em incircuncisão. Portanto, se a incircuncisão guardar os preceitos da lei não vai sua incircuncisão ser considerada como circuncisão? E aquele que é fisicamente incircunciso, se ele continuar a Lei não julgará vocês que, apesar de ter a letra da lei e circuncisão és transgressor da lei? Para ele não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas ele é um judeu que é interiormente; e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra; e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus.

    Em Romanos 10, o apóstolo explicou por que o povo judeu estava nessa condição perdida:

    Irmãos, o desejo do meu coração ea minha súplica a Deus por eles é para sua salvação. Para lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento. Para não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus. (Vv. 1-3)

    Subestimar a justiça de Deus, que eles imaginavam que ele fosse mais tolerante com o pecado do que Ele é, e, portanto, menos santo do que Ele é. Isso os fez pensar que eles eram mais justos do que eles eram.Como resultado, Israel não conseguiu perceber a sua necessidade de um Salvador, e não entendia a verdade de que "Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê" (v. 4), uma vez que "o que a lei não poderia fazer , fraco como era pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado e como oferta pelo pecado, condenou o pecado na carne "(Rm 8:3. Veja também os versículos relacionados na seção anterior).

    Em sua tentativa de justificar-se, o escriba ignorado a questão de amar a Deus perfeitamente, implicando, assim, que ele acreditava que ele fez. Ele também acreditava que ele estava amando seus vizinhos perfeitamente, a menos que Jesus tinha uma definição diferente do vizinho. Buscando esclarecer a definição do Senhor perguntou-lhe: "E quem é o meu próximo?" O Senhor respondeu com uma de suas ilustrações mais memoráveis ​​e poderosos, a história do Bom Samaritano.

    Este conto dramático é amplamente usado para ensinar a importância de ajudar os necessitados. Na verdade, o termo "bom samaritano" tornou-se uma expressão idiomática para aqueles que demonstram incomum, bondade sacrificial para com os outros. Mas, embora seja importante para ajudar os necessitados, que não é o ponto principal da história. É, na realidade, uma história sobre como um herda a vida eterna, porque essa é a pergunta que iniciou a conversa para que esta história é a conclusão.
    O Senhor ofereceu esta história em resposta à pergunta do escriba, com sua implicação um tanto cínico que ele amava todos aqueles a quem ele considerava ser seus vizinhos. Jesus graciosamente lhe deu mais uma inesquecível, introspecção inescapavelmente clara em sua miséria; mais uma oportunidade para reconhecer o seu pecado e chorar por misericórdia.
    Quando a história começa um homem descia de Jerusalém para Jericó . Embora seja menos de quinze quilômetros de Jerusalém, Jericó , a cerca de 900 pés abaixo do nível do mar, é de cerca de 3.500 pés de altitude mais baixa. Assim, a estrada descia de Jerusalém para Jericó era íngreme e perigosa-tanto mais porque suas grutas e formações rochosas, desde esconderijos para ladrões e salteadores.Infelizmente para este homem o previsível aconteceu, e ele caiu nas mãos de salteadores , os quais o despojaram , repetidamente vencê-lo, e foi embora deixando-o meio morto . A situação do homem estava desesperado. Ele foi preso em uma estrada solitária em estado crítico e precisa de atenção médica imediata. No entanto, não havia garantia de quando ou se alguém se importaria para ajudá-lo.

    Tendo descrito terrível situação do homem, Jesus imediatamente introduzido um raio de esperança, lembrando que por acaso um sacerdote estava descendo nessa estrada . Esta parece ter sido a melhor notícia possível. Um sacerdote era um servo de Deus, por definição, aquele que oferecia sacrifícios pelos pecados do povo, que se espera que seja um modelo de virtude espiritual e o melhor, mais piedoso, e mais justo dos homens. Ele estaria intimamente familiarizado com a lei do Velho Testamento e comprometida com a vida fora de seus princípios, um dos quais foi a exigência de mostrar misericórdia. Em Lv 19:34 Deus ordenou que o povo de Israel ", o estrangeiro que reside com você deve ser para você como o nativo entre você, e você deve amá-lo como a si mesmo, pois fostes estrangeiros na terra do Egito; Eu sou o Senhor vosso Deus "De acordo com Êxodo 23:4-5. Eles foram resgatar o burro de um inimigo se ele se afastou, ou desmoronou sob sua carga-how muito mais o próprio homem.

    A esperança do Senhor introduzido foi de curta duração, no entanto. Em vez de parar para ajudar o homem ferido e indefeso, o padre passava do outro lado . Os comentadores têm muitas sugestões a respeito de porque o sacerdote evitado o homem ferido. Mas toda essa especulação é inútil, já que ele não era uma pessoa real, mas apenas um personagem de história do Senhor. O ponto de Jesus estava a fazer é que, porque ele sabia que os requisitos da lei, ele teria sido esperado para parar e ajudar o homem ferido. Também não se trata de uma acusação sobre o sacerdócio de Israel por falta de compaixão, no entanto, que muitas vezes era verdade; o sacerdote nesta história simplesmente funciona como alguém que teria sido esperado para ajudar, mas não o fez.

    Felizmente para o homem desesperado, outro viajante apareceu no trecho da estrada. Este homem era um levita , um daqueles que ajudaram os sacerdotes. Ele, também, teria sido muito familiarizado com a lei do Velho Testamento e seus requisitos para mostrar misericórdia para com os necessitados. Mas incrivelmente , quando ele chegou ao local e viu o homem ferido, o levita também se recusou a parar e ajudá-lo, mas como o padre tinha, ele passou pelo outro lado . Apesar de sua circuncisão, o conhecimento da lei de Deus, e envolvimento no sistema religioso, tanto ele quanto o padre mostrou-se sem reservas para a vida eterna. Eles não amam a Deus, uma vez que não guarda os seus mandamentos. Tampouco amar o próximo, uma vez que ambos passaram-se uma oportunidade para demonstrar esse amor.

    Neste ponto, a história toma uma reviravolta surpreendente e inesperado. Quando tudo parecia perdido, a ajuda chegou desde o mais improvável das fontes. Um samaritano, que estava em uma viagem, veio sobre o homem ferido. Dada a hostilidade entre judeus e samaritanos, este homem parece ser o mais indiferente ao homem ferido. Como se observa na exposição de 9:52 no capítulo 32 deste volume, o ódio entre judeus e gentios, já existia há séculos. O samaritano não poderia ter sido esperado para ajudar este homem; na verdade, ele pode até ter terminado o que os ladrões haviam começado. Mas, surpreendentemente, quando viu a batida, o homem indefeso, sentiu compaixão por ele. Seu coração estava com o homem na tristeza, dor e simpatia. Em vez de passar por ele como os outros dois homens tinha, ele aproximou-se dele e avaliou a situação. Observando suas lesões traumáticas, o samaritano enfaixou-lhe as feridas, derramando óleo e vinho sobre eles . Uma vez que os ladrões haviam retirado sua vítima, o samaritano teria que rasgar algumas de suas próprias roupas peças para fazer os curativos. Ele também usou algumas de suas próprias disposições para tratar as feridas antes enfaixando-os. óleo e vinho derramando sobre as feridas serviu para higienizar-los e amaciá-los, assim, aliviar a dor e ajudar a curar. Este foi generoso, cuidados pródigo, certamente inesperado para quem era seu inimigo.

    Mas o samaritano não era completamente. Em vez de ser conteúdo para tratar as feridas do homem e, em seguida, sair, colocou-o sobre o seu próprio animal (talvez um burro ou uma mula) e trouxe-o para uma estalagem e cuidou dele . Inns ofereceu tarifa escassas na melhor das hipóteses, e na pior das hipóteses eram lugares de prostituição e roubo. Proprietários foram muitas vezes sem escrúpulos, o mal, e sem compaixão. Mas neste caso não havia escolha; o homem ferido necessário abrigo, comida, água e descansar. Após ter negociado um lugar para ficar, o samaritano levou o homem e continuou a cuidar dele durante toda a noite, já que ele não deixe até o dia seguinte .

    Quando ele saiu na manhã seguinte, o samaritano tirou dois denários e deu-os ao estalajadeiro e disse: "Tome cuidado com ele." Dependendo da qualidade da estalagem, esse montante teria pago para o quarto do homem ferido e cartão para em qualquer lugar a partir de três semanas a dois meses. Aqui era ainda um outro exemplo de generoso, amor compassivo do samaritano. Mas ele ainda não tinha terminado. Ele prometeu o gerente, "Tudo o que mais você gasta, quando eu voltar, o recompensará." Com efeito, ele deu-lhe um cheque em branco. Sua generosidade não conhecia limites. Ele se importava para o estrangeiro ferido o caminho a maioria das pessoas cuidarem de si próprios. Esse é o tipo de amor ilimitado que é preciso para ganhar o caminho de um para o reino de Deus. O escriba não amava assim.

    Jesus, então, pediu o escrivão, "Qual destes três você acha que provou ser um vizinho para o homem que caiu nas mãos dos salteadores? "Ele respondeu com a resposta óbvia, "Aquele que usou de misericórdia para com ele." Dirigindo para casa o ponto da história, Jesus disse-lhe: "Vá e faça o mesmo." A idéia é que apenas por continuamente, perfeitamente Deus amoroso e todo o próximo em todas as ocasiões, até mesmo o seu pior inimigo, o escriba poderia satisfazer a primeira e segunda mandamentos e alcançar a vida eterna. Obviamente, o ponto de Cristo é que nem o escriba nem ninguém é capaz de tal amor. Esta é uma acusação de toda a humanidade caída, e que a única resposta adequada era para ele a reconhecer a sua incapacidade de salvar a si mesmo, e suplicar a Deus por misericórdia e perdão. Jesus, o Deus encarnado, estava diante dele pronto para estender o perdão, graça e misericórdia para com ele. Mas não há nenhuma indicação de que o advogado fez isso; seu orgulho e auto-justiça mantinha cativo e ele provavelmente perdeu a vida eterna.

    66. A prioridade do Cristão (Lucas 10:38-42)

    Agora, como eles estavam viajando junto, ele entrou numa aldeia; e uma mulher por nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra. Marta, porém, andava preocupada com todas as suas preparações; e ela veio até ele e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado fazer todo o serviço sozinho? Então diga a ela para me ajudar "Mas o Senhor respondeu, e disse-lhe:« Marta, Marta, você está preocupado e incomodado sobre tantas coisas.; mas só uma coisa é necessária, por Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada "(10: 38-42).

    O registro deste evento único e maravilhoso aparece em nenhum outro lugar nos Evangelhos. Apesar de sua brevidade, que ocupa um lugar importante no fluxo do Evangelho de Lucas e transmite uma verdade essencial, revelando a prioridade mais alta da vida cristã, a de amar a Deus. Ele faz um encaixe follow-up para a história do Bom Samaritano, que salientou a importância de amar o próximo como a evidência de amar a Deus.

    A palavra "prioridade" é um comumente utilizado hoje. Livros e seminários pretendendo ensinar as pessoas começam suas vidas a fim de compreensão e definição das suas prioridades abundam. Como a vida das pessoas tornam-se mais frenético, frenético, desarticulada, e desconectado, eles lutam para manter o foco sobre o que deve ser suas prioridades. A prioridade é, por definição, uma questão que está acima de todos os outros em importância. Davi disse no Sl 27:4.).Único foco de Davi foi ao contemplar e meditar a formosura do Senhor, e Paulo estava em persegui-lo, de modo a serem conformes à Sua semelhança. Ambos são exemplos da mais alta prioridade para os crentes-O deep, transformando o conhecimento de Deus.

    Esta história prepara o palco para a última fase do ministério de Jesus. Como observado nos capítulos anteriores deste volume, Lucas cobre última viagem de Jesus a Jerusalém em 9: 51-19: 27. Esse período entre o final de seu ministério galileu e Sua entrada triunfal em Jerusalém, encontrou o Senhor viaja extensivamente em Judéia e, ocasionalmente, a leste do rio Jordão em Perea. Sua ênfase primária durante essa jornada peripatética não era sobre a realização de sinais miraculosos, mas em ensinar Seus discípulos. Ele cobriu temas como a oração, Satanás, os demônios, o julgamento divino, a hipocrisia, a perseguição, o sofrimento, o Espírito Santo, a ganância, o contentamento, o dinheiro, dando, mordomia, unidade, justiça, santidade, a justiça divina, a humildade, orgulho, o custo de lealdade para com Ele, o reino de Deus e como inseri-lo, a alegria de Deus sobre os pecadores arrependidos, divórcio, inferno, penitência, perdão e fé. O foco de Lucas sobre o conteúdo do ensino de Jesus aos Seus discípulos durante esses meses é a razão os locais são vagos. Por exemplo, no versículo 38, ele escreve que Jesus "entrou numa certa aldeia" (NVI); em 11: 1 que Ele estava orando "em um determinado lugar"; em 13:22 que "Ele estava passando de uma cidade e de aldeia em aldeia"; e em 17: 11-12 que "Ele estava passando entre Samaria e da Galiléia" e "entrou em uma aldeia."

    Sempre ensinamento de Cristo foi uma ruptura radical com a sabedoria judaica convencional de sua época. Não foi apenas convincente, poderoso, e urgente, mas é verdade e, portanto, uma mudança de vida, porque quando Ele falou Deus estava falando. Em Jo 7:16 Ele declarou: "A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou." "Eu tenho muitas coisas para dizer e julgar acerca de vós", disse Jesus, "mas aquele que me enviou é verdadeiro; e as coisas que eu ouvi dele, estes eu falar com o mundo "(Jo 8:26). No versículo 28, Ele acrescentou: "Quando você levantar o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas como o Pai me ensinou." Para aqueles que procuravam Sua vida, Ele disse: "Você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus" (v. 40). Ele disse aos apóstolos no Cenáculo ", Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu mestre está fazendo; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer "(Jo 15:15). Em Sua oração sacerdotal, Jesus disse ao Pai: "As palavras que você me deu Eu dei a eles; e eles as receberam e verdadeiramente entendido que saí de ti, e creram que tu me enviaste "(Jo 17:8). De acordo com Jo 11:18, Bethany "estava perto de Jerusalém, cerca de duas milhas ao largo", por isso Jesus estava na vizinhança de Jerusalém, embora não seja pela última vez. Como o Senhor entrou na aldeia, ele conheceu uma mulher chamada Marta . Introdução de Lucas sobre ela como uma mulher sugere que Jesus ainda não tinha conhecido ela. Esta pode ter sido a primeira de muitas vezes ele permaneceu na casa que ela dividia com Maria e Lázaro.

    Nem Jesus nem Seus mensageiros sempre teve uma recepção nas aldeias visitadas (conforme 9: 51-53; 10: 10-12). Mas, neste caso, Marta entusiasticamente o recebeu em sua casa e divirta-Lo como um convidado altamente valorizada. Marta é um nome aramaico que significa "amante" (ie, uma mulher chefe de uma família), que combina com seu caráter e posição. Ela pode muito bem ter sido uma viúva, uma vez que não há nenhuma menção de seu marido e Lucas descreve o lugar como a casa dela . Desde que ela geralmente é mencionado pela primeira vez quando as irmãs são nomeados juntos (João 11:29-30; 12: 2-3), Marta foi, provavelmente, o mais velho dos dois. Junto com sua irmã, Marta, evidentemente, era um crente em Jesus, uma vez que ela o chamou de "Senhor" (v. 40).

    No desenrolar da história que revela as diferentes reações das duas irmãs (e também comuns entre os crentes) para o ensino de Jesus: Maria foi dedicado, mas Marta estava ocupada.

    MARIA DEDICADO

    Ela tinha uma irmã chamada Maria, que estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra. (10:39)

    Lucas não mencionar irmão Marta de Lázaro, mas não revelam que ela tinha uma irmã chamada Maria . Embora Marta foi mencionado pela primeira vez, Maria é a figura central na história e um exemplo para todos os crentes a seguir. Depois Ele entrou na casa, ela estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra . Sua posição, o mais próximo a ele como ela poderia obter, indica intenso interesse de Maria em seu ensino. Embora esta foi uma posição típica para estudantes de um rabino, no judaísmo do primeiro século rabinos não demorou mulheres como estudantes. O imperfeito do verbo traduzido escuta sugere uma audição contínua da parte dela. A atenção de Maria estava voltada para o mais poderoso, professor claros, verdadeiros que já falou.

    Maria demonstrou a atitude de um verdadeiro crente. Em Lc 6:47 Jesus definiu um autêntico discípulo como "aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as põe em prática", em contraste com aqueles que "chamada [Ele]: 'Senhor, Senhor, e não fazeis o que [ Ele diz] "(v. 46). Em Lc 8:21 Jesus definido Seus verdadeiros irmãos espirituais como "aqueles que ouvem a palavra de Deus e fazê-lo", e depois disse: "Bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e observá-lo" (11,28). Na parábola dos solos, ele declarou que "a semente em boa terra, esses são os que ouviram a palavra em um coração honesto e bom, e mantê-lo rápido, e dão fruto com perseverança" (8:
    15) . Tiago exortou seus leitores para "provar-vos cumpridores da palavra e não somente ouvintes que se iludem" (Jc 1:22).Paulo estava confiante de que a fé dos tessalonicenses era verdadeira, porque "quando [eles] recebido a palavra de Deus ... [eles] recebestes, não como palavra de homens, mas por aquilo que ele realmente é, a palavra de Deus, que também desempenha seu trabalho em [aqueles] que crêem "(1Ts 2:13). Maria compreendeu que a prioridade mais alta para um crente é ouvir a verdade que veio do céu (conforme João 8:43-47).

    MARTA DISTRAÍDO

    Marta, porém, andava preocupada com todas as suas preparações; e ela veio até ele e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado fazer todo o serviço sozinho?Então diga a ela para me ajudar "Mas o Senhor respondeu, e disse-lhe:« Marta, Marta, você está preocupado e incomodado sobre tantas coisas.; mas só uma coisa é necessária, por Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada "(10: 40-42).

    Infelizmente, mesmo os crentes genuínos podem perder o foco no que realmente importa. Ao contrário de sua irmã, Marta estava distraído de ouvir o ensinamento do Senhor, estar preocupado com todas as suas preparações . O verbo traduzido distraído significa literalmente ", a ser arrastado." Ela permitiu que seus preparativos (lit., "muitos serviços"), tais como a fixação de uma refeição para os convidados e fazer arranjos para onde iriam dormir, para mantê-la a partir do prioridade de ouvir o Senhor ensinou.

    Certamente não há nada de errado em mostrar hospitalidade; na verdade, a Escritura ordena. Paulo escreveu que os crentes devem ser constantemente "praticar hospitalidade" (Rm 12:13). O escritor de Hebreus exortou: "Não vos esqueçais da hospitalidade, pela presente alguns hospedaram anjos sem o saber" (He 13:2.). Mas, no processo de fazer isso, Marta tem suas prioridades torcido; ela estava exagerando e se preocupar, tentando fazer com que tudo arranjado para sua satisfação, talvez para fazer uma impressão em Jesus. Como resultado, ela não conseguiu tirar proveito de um raro e inestimável oportunidade para ouvir pessoalmente o Senhor do universo e teach ficar impressionado profundamente por Ele.

    Suas prioridades equivocadas finalmente causou Marta perder a alegria de servir. Ela tornou-se mais e mais confuso, agitado, e frustrado, até que, finalmente, ela ficou com raiva. O alvo de sua raiva era a sua irmã, que, em vez de ajudar com as tarefas, estava sentado a ouvir Jesus. Finalmente, em exasperação, Marta veio até Jesus e interrompeu. Sua irritação e raiva a levou a perder o controle e fazer a acusação sem pensar, "Senhor, não te importas?" Para assim repreende aquele que é "misericordioso e piedoso" (Ex 34:1; 2Cr 30:92Cr 30:9, Ne 9:31; Sl 103:8; Sl 116:5, Jn 4:2; Mt 6:26-30) é uma das afirmações mais tolas e sem graça que alguém já feitas a Jesus.

    Especificamente, Marta acusou Jesus de não se importar que sua irmã tinha deixado ela para fazer todo o serviço sozinho . E se Ele se importava, então Ele deveria dizer a ela para ajudar a arcar com o ônus de servir. Após falsamente acusando-O de não cuidar, Marta se então que dizer ao Senhor exatamente o que fazer, o que implica que a sua vontade e os seus planos eram mais importantes do que a dele. Ela tinha perdido a perspectiva; ela estava totalmente fora de controle; sua visão da realidade era severamente distorcida. Marta estava preocupado com o pão que alimenta o corpo, enquanto o foco da Maria foi sobre o Pão da Vida que alimenta a alma (conforme Jo 6:33, Jo 6:35, Jo 6:48, Jo 6:51).

    Demonstrando o cuidado delicado, compassivo que Marta havia unthinkingly questionado, o Senhor respondeu, e disse-lhe: «Marta, Marta . Repetindo o nome dela como um sinal de emoção intensificada (conforme 06:46; 08:24; 13:34), Jesus disse-lhe: "Você está preocupado e chateado sobre tantas coisas." Marta foi indevidamente preocupado e perturbada com temporais as coisas a tal ponto que ela tinha esquecido que só uma coisa é necessária -listening à Palavra de Deus. Longe de repreendendo-a como Marta tinha exigido, Jesus elogiou Maria para a compreensão de que a realidade. "Maria escolheu a boa parte (lit., "o que é melhor"), ele disse a Marta, que não deve ser tirado dela. "

    Com demasiada frequência, os cristãos, como Marta, permitir que as suas vidas sejam regulados pelo que não é necessário. A fidelidade no trabalho, em casa, e na igreja tem um lugar, mas não devem ser autorizados a substituir a fidelidade à verdade divina. "O homem não vive somente de pão, mas o homem vive de tudo o que sai da boca do Senhor" (Dt 8:3; conforme Cl 3:16; Ef 6:17; 1 Tm 4:.. 1Tm 4:6; 1Pe 2:21Pe 2:2).

    Assim, nesta conta, a necessidade de ser um aluno do Mestre Divino é estabelecida, e as lições de seus lábios se desenvolverá ao longo dos capítulos seguintes.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 1 até o 42

    Lucas 10

    Segadores para a colheita — Luc. 10:1-16

    A verdadeira glória de um homem — Luc. 10:17-20 Um direito insuperável — Luc. 10:21-24

    Quem é o meu próximo? — Luc. 10:25-37 Choque de temperamentos - Luc. 10:38-42

    SEGADORES PARA A COLHEITA

    Lucas 10:1-16

    Esta passagem descreve uma missão maior que a primeira dos Doze. O número setenta era simbólico para os judeus.

    1. Era o número de anciãos escolhidos para ajudar a Moisés na

    tarefa de guiar e dirigir o seu povo no deserto (Nu 11:16, Nu 11:17, Nu 11:24, Nu 11:25).

    1. Era o número de membros do Sinédrio; o conselho supremo dos judeus. Se relacionarmos os Setenta com qualquer destes corpos, eles

    serão os auxiliares de Jesus.

    1. Sustentava-se que era o número de países no mundo. Lucas era um homem com uma perspectiva universal, e bem poderia ser que

    estivesse pensando no dia em que todas as nações do mundo conhecessem e amassem a seu Senhor.

    Encontramos um detalhe incidental muito interessante. Uma das

    cidades que se amaldiçoa é Corazim. Isto implica que Jesus fez ali muitas e grandes obras. Entretanto, nos evangelhos nem sequer são mencionadas e não conhecemos nada que Jesus fez ou disse ali. Nada

    pode nos mostrar mais vividamente quantas coisas ignoramos a respeito da vida de Jesus. Os evangelhos não são biografias; são só esboços da vida de Jesus (Jo 21:25).

    Esta passagem nos relata certas coisas de grande importância tanto para o pregador como para o ouvinte.

    1. O pregador não deve estar recarregado de coisas materiais; deve viajar sem peso. É fácil ver-se envolto e enredado nas coisas desta vida.

    Uma vez o Dr. Johnson, depois dê ter visitado um castelo e conhecido seu sistema, disse: "Estas são as coisas que fazem difícil morrer." A terra nunca deve obscurecer o céu.

    1. O pregador deve concentrar-se em sua tarefa. Não deve saudar ninguém no caminho. Isto se remonta às instruções de Eliseu a Geazi em 2Rs 4:292Rs 4:29. Não é uma ordem de ser descortês; significa que o homem

    de Deus não deve voltar-se, nem deter-se em coisas de pouca importância quando as grandes coisas o chamam.

    1. O pregador não deve trabalhar pelo ganho que possa obter. Deve

    comer o que lhe é servido; não deve ir de casa em casa procurando um lugar melhor e mais cômodo.

    Não passou muito tempo para a igreja ter seus parasitas. Há um

    livro chamado The Teaching of the Twelve Apostles. Foi escrito ao redor de 100 anos d. C.; e é o primeiro livro de disciplina. da igreja. Havia então profetas que foram de cidade em cidade. Estabelece-se que se um profeta quer ficar em um lugar por mais de três dias sem trabalhar é um falso profeta; e se no Espírito um profeta pede dinheiro ou comida também é falso. Aquele que trabalha merece seu salário, mas um servo do Mestre crucificado não pode procurar o luxo.

    1. Sobre o ouvinte, esta passagem nos diz que o ter ouvido a palavra de Deus é uma grande responsabilidade. O homem será julgado de acordo com o que teve oportunidade de conhecer. Permitimos coisas em um menino que condenaríamos em um adulto; perdoamos coisas em

    um selvagem que castigaríamos em um homem civilizado. A responsabilidade é a outra cara do privilégio.

    1. É algo terrível rechaçar o convite de Deus. Em certo sentido toda promessa de Deus que o homem já ouviu pode converter-se em sua

    condenação. Se receber essas promessas, serão sua glória maior, mas cada uma que ele tenha visto e rechaçado será um dia uma testemunha contra ele.

    A VERDADEIRA GLÓRIA DE UM HOMEM

    Lucas 10:17-20

    Quando retornaram os setenta estavam radiantes com os triunfos que tinham obtido em nome de Jesus. Ele lhes disse: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago”. É uma frase difícil de entender. Pode ter dois significados.

    1. Pode significar: "Vi as forças da escuridão e do mal derrotadas; a cidadela de Satanás é atacada e o Reino de Deus está a caminho." Pode significar que Jesus sabia que foi dado o golpe mortal a Satanás e todo seu poder, embora a conquista final se atrasasse; o dia D, como disse um grande erudito, foi obtido e cedo ou tarde chegará o dia D.
    2. Mas igualmente pode ser uma advertência contra o orgulho. A lenda diz que Satanás se rebelou contra Deus por orgulho e foi expulso do céu onde tinha sido uma vez chefe dos anjos. Pode ser que Jesus estivesse dizendo aos Setenta: "Vocês obtiveram triunfos; mas guardem— se do orgulho; porque uma vez o chefe dos anjos se sentiu orgulhoso e foi expulso do céu." Certamente Jesus começou a advertir a seus discípulos contra o orgulho e a excessiva confiança. Era certo que lhes deu todo o poder, mas sua glória maior devia ser que seus nomeie estivessem escritos no céu.

    Sempre será certo que a maior glória de um homem não é o que ele tem feito, e sim o que Deus tem feito por ele. Bem se pode dizer que a

    descoberta do uso do clorofórmio salvou ao mundo "de mais dor que qualquer outra descoberta médico.

    Uma vez alguém perguntou a Sir James Simpson, seu descobridor: "Para você qual é sua maior descoberta?" Naturalmente, a resposta

    esperada era: "A descoberta do clorofórmio." Mas Simpson respondeu: "Minha mais grandiosa descoberta foi quando me dei conta de que Jesus Cristo era meu Salvador."

    O orgulho nos afasta do céu; a humildade é o passaporte à presença

    de Deus.

    UM DIREITO INSUPERÁVEL

    Lucas 10:21-24

    Há três grandes pensamentos nesta passagem.

    1. O versículo 21 nos fala a respeito da sabedoria da simplicidade. A mente singela pode receber verdades que a mente culta não pode.

    Uma vez Arnold Bennet disse: "A única forma de escrever um grande livro é fazê-lo com os olhos de um menino que vê tudo pela

    primeira vez." É possível ser muito inteligente, tão inteligente e culto que no final não possamos ver o bosque pelas árvores.

    Alguém disse que a melhor prova de um verdadeiro erudito é

    quanto é capaz de esquecer. Acima de tudo, devemos recordar isto sempre que ser cristão não significa conhecer todas as teorias sobre o Novo Testamento; menos ainda conhecer todas as teologias e cristologias; porque ser cristão não significa saber a respeito de Cristo: significa conhecer a Cristo, e para isto não é preciso sabedoria terrestre, e sim a graça celestial.

    1. O versículo 22 nos fala da relação sem igual entre Jesus e Deus. Isto é o que o quarto evangelho quer dizer quando expressa: "E Verbo se fez carne" (Jo 1:14), ou quando leva Jesus a dizer: "Eu e o pai somos um" ou, "Quem me vê , vê ao Pai" (Jo 10:30; Jo 14:9).

    Para os gregos Deus era incognoscível. Havia uma grande brecha entre a matéria e o espírito, o homem e Deus. Diziam: "É muito difícil conhecer a Deus, e quando o conhecemos é impossível falar com outro a respeito dele." Mas quando Jesus veio, disse: "Se querem saber como é Deus, olhem para mim." Jesus não contou tanto aos homens a respeito de Deus; mostrou a Deus; porque nele estava a mente e o coração de Deus para os homens.

    1. Os versículos 23:24 nos dizem que Jesus é a consumação de toda a história. Nestes versículos Jesus disse: "Eu sou Aquele que todos

    os profetas, santos e reis esperaram e desejaram." Isto é o que Mateus quer dizer quando com freqüência diz em seu evangelho: "para que se

    cumprisse o que disse o Senhor por meio do profeta..." (Mt 2:15, Mt 2:17, Mt 2:23).

    Jesus era o topo para a qual tinha estado ascendendo a história, a meta para a qual tinha partido, o sonho que tinha acossado os homens de

    Deus. Se queremos expressar isto em termos do pensamento moderno poderíamos nos arriscar a fazê-lo da seguinte maneira: Acreditam na evolução, a lenta ascensão do homem do nível das bestas. Jesus é o fim e

    a culminação do processo de evolução, porque nele o homem encontrou a Deus, e ele é ao mesmo tempo a perfeição da humanidade e a plenitude da divindade.

    QUEM É O MEU PRÓXIMO?

    Lucas 10:25-37

    Em primeiro lugar, consideremos a cena deste relato. O caminho de Jerusalém a Jericó era um caminho reconhecidamente perigoso. Jerusalém está a 750 metros sobre o nível do mar; o Mar Morto perto de

    onde estava Jericó, a 400 metros abaixo do nível do mar. Portanto em um pouco mais de trinta quilômetros, este caminho baixava mil e duzentos metros. Era um caminho que corria entre desfiladeiros rochosos com curvas imprevistas que o faziam um lugar ideal para os bandoleiros.

    No século V, Jerônimo nos conta que ainda se chamava "o caminho Vermelho ou Sangrento". No século XIX ainda era necessário pagar por um salvo-conduto aos sheiks do lugar antes de viajar por ele. Ainda em 1930, H. V. Morton nos conta que foi advertido que se queria ir por esse caminho, chegasse ao destino antes do escurecer, porque um tal Abu Jildah estava acostumado a assaltar os carros e roubar os viajantes e turistas, escapando para as colinas antes de que chegasse a polícia.

    Quando Jesus contou esta história, referiu-se a um fato que ocorria constantemente nesse caminho de Jerusalém ao Jericó.

    Em segundo lugar, consideremos os personagens.

    1. O viajante. Tratava-se obviamente de uma pessoa descuidada e temerária. As pessoas raramente tentavam cruzar sozinhas o caminho de Jerusalém a Jericó, levando mercadorias ou objetos valiosos. Quase sempre se viajava de caravanas, procurando segurança. Este homem não podia culpar a ninguém mais que a si mesmo da situação que teve que enfrentar.
      1. O sacerdote. Este se apressou a passar ao lado do homem. Sem dúvida estava lembrando que tocar um morto era impuro por sete dias (Nu 19:11). Não tinha certeza, mas temia que o homem estivesse morto; e se o tocava perderia seu turno de serviço no Templo; e se negou a arriscar-se. Era um homem que sustentava os valores cerimoniais acima da caridade. Para ele o templo e sua liturgia significavam mais que a dor do homem.
      2. O levita. Este parece ter-se aproximado do homem antes de seguir seu caminho. Os bandidos estavam acostumados a usar armadilhas. Um deles se fingia de ferido, e quando algum viajante de boa fé se detinha seu lado, os outros o atacavam, dominando-o. O levita era um homem cuja máxima era "Primeiro a segurança." Não se arriscava a ajudar a ninguém.
      3. O samaritano. Os ouvintes certamente esperariam que com ele aparecesse o vilão. Pode ser que não tenha sido um samaritano de raça.

    Os judeus não se comunicavam com eles, mas este homem parece ter sido uma espécie de viajante comercial que concorria regularmente à estalagem. Em Jo 8:48 os judeus dizem que Jesus é samaritano. Este nome se utilizava às vezes para dizer que um homem era um herege que quebrantava a lei cerimonial. Possivelmente este homem fosse um samaritano no sentido de que os ortodoxos o desprezavam.

    Notamos duas coisas a respeito dele.

    1. Seu crédito era bom! Claramente o hospedeiro estava disposto a confiar nele. Pode ser que não fosse teologicamente perfeito, mas era honrado.
      1. Ele, sozinho, esteve disposto a ajudar. Pode ser que fosse um herege, mas o amor de Deus estava em seu coração. Não é algo novo encontrar os ortodoxos interessados mais nos dogmas do que na ajuda, e

    descobrir que o homem a quem os ortodoxos desprezam é o que ama a seu próximo. No final seremos julgados não pelo credo que sustentamos, mas sim por nossas vidas.

    Em terceiro lugar, consideremos o ensino desta parábola. O escriba que fez a pergunta estava muito atento. Jesus lhe perguntou o que era que estava escrito na lei, e depois lhe disse: "Como lês?" Os judeus

    ortodoxos estritos levavam ao redor dos pulsos uma pequena caixa de couro chamada filactério, que continha certas passagens das Escrituras: 13 1:2-13:10'>Êxodo13 1:2-13:10'> 13 1:2-13:10'>13 1:10; 11-16; Deuteronômio 6:4-9; 13 5:11-20'>11:13-20: "Amarás o Senhor teu Deus..." é de Dt 6:3 e Dt 11:13. De modo que Jesus

    disse ao escriba: "Olhe o filactério de seu pulso e encontrará a resposta." A isso os escribas acrescentavam Lv 18:19, que ordena o homem amar o seu próximo como a si mesmo; mas com sua paixão pelas

    definições os rabinos queriam estipular quem era o próximo; e com o pior e mais fechado de todos seus conceitos consideravam próximo a seus concidadãos judeus. Por exemplo, alguns diziam que era ilegal

    ajudar a uma mulher gentia no parto, porque isso só significava trazer

    outro gentio ao mundo. Portanto a pergunta do escriba "E quem é meu próximo?" era genuína.

    A resposta de Jesus envolve três coisas:

    1. Devemos ajudar a outros embora eles tenham a culpa do que lhes aconteceu, como aconteceu ao viajante imprudente.
    2. Qualquer pessoa de qualquer nação que está em necessidade é nosso próximo. Nossa ajuda deve ser tão ampla como o amor de Deus.
    3. A ajuda deve ser prática, e não deve consistir simplesmente em sentir pena da pessoa. Sem dúvida o sacerdote e o levita sentiram pena pelo ferido, mas não fizeram nada. A compaixão, para ser verdadeira,

    deve gerar atos.

    O que Jesus disse ao escriba diz isso também a nós: “Vai e procede

    tu de igual modo”.

    CHOQUE DE TEMPERAMENTOS

    Lucas 10:38-42

    Será difícil achar uma descrição mais vívida de caracteres feita em tão poucas palavras como a que encontramos nestes versículos.

    1. Mostram-nos o choque de temperamentos. Nunca deixamos

    muito lugar para o temperamento na religião.

    Algumas pessoas são por natureza muito dinâmicas e ativas; outras são

    naturalmente

    caladas.

    A

    pessoa

    ativa

    tem

    dificuldade

    para

    compreender a outra que se senta, pensa e contempla. E a pessoa devota dos momentos de silêncio e meditação muitas vezes despreza a que só se entrega à atividade. Não há nada mau em nenhuma das duas atitudes.

    Deus não fez todos iguais. Ele necessita seus Marias e também seus Martas.

    1. Mas estes versículos nos mostram algo mais – o tipo equivocado de amabilidade. Pensemos para onde ia Jesus quando isto aconteceu. Ia a

    caminho de Jerusalém, para morrer. Todo seu ser estava envolto em uma batalha intensa por fazer com que sua vontade fosse a vontade de Deus. Quando Jesus chegou ao lar de Betânia era um grande dia, e Maria se dispôs a celebrá-lo, como diz o refrão: “deixando a casa de pernas pro ar”. Mas Marta apurava-se, fazia coisas e cozinhava; e isso era precisamente o que Jesus não queria. Desejava silêncio. Com a cruz pela frente, e com sua tensão interior, tinha ido a Betânia em busca de um oásis de tranqüilidade longe das multidões insistentes, a menos de uma hora ou duas; e isso foi o que Maria lhe deu, e isso é o que Marta, com sua amabilidade, fez o melhor para destruir. "Só uma coisa é necessária" – possivelmente isto signifique: "Não quero um banquete, tudo o que quero é um prato, a comida mais simples." Em resumo, Maria o compreendeu e Marta não.

    Esta é uma das grandes dificuldades da vida. Muitas vezes queremos ser amáveis com as pessoas – mas à nossa maneira; e se ela

    não é a adequada, ofendemo-nos e pensamos que não nos aprecia. Se queremos ser amáveis a primeira coisa é tentar ver no coração da pessoa a quem desejamos ajudar – e nos esquecer de todos os nossos planos e

    pensar só no que ela necessita. Jesus amava a Marta, e ela também o amava. Mas quando ela quis mostrar sua amabilidade, do seu jeito, em realidade não foi de ajuda porque o coração de Jesus clamava por

    silêncio. Jesus amava a Maria, e ela a ele, e ela compreendeu.


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 10 do versículo 38 até o 42

    53   . O que realmente importa?

    Lucas 10. 38-42

     

    A família de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, era muito amiga de Jesus e acolhia-o sempre que possível. A profunda relação entre eles fica bem evidente em João 11, onde Jesus ressuscita a Lázaro.

    Aqui temos a impressão de que se trata da primeira visita de Jesus a essa casa. Marta, como boa anfitriã e dona-de-casa, procurava servir a Jesus da melhor maneira possível. E enquanto ela trabalhava, sua irmã apenas ficava sentada ouvindo o mestre, o que a deixou irritada.

    É importante pensar que naquela cultura, as mulheres não podiam aprender com os rabinos, isso era privilégio dos homens, a função das mulheres era servi-los. Marta era responsável e podemos ter certeza que também fazia isso de coração. Mesmo assim, precisava saber de algo ainda mais profundo.

    É então que Jesus nos dá uma grande lição sobre o que realmente importa em nossas vidas.

     

    Ter Jesus como convidado ou ser aprendiz dele?

     

    Foi Marta quem convidou a Jesus para ficar em sua casa. Era um ilustre visitante e precisava ser bem servido. Ela era uma mulher trabalhadora e preocupada, demonstrava uma personalidade mais direta e objetiva (Jo 11:20), isso definia o direcionamento de sua vida: trabalhar e servir (Jo 12:2). Isso também a levava a ficar irritada com sua irmã, que parecia apenas querer ficar folgada. Marta se dirige diretamente a Jesus, certa de que ele lhe daria razão.

    Ela não estava errada em servir, pelo contrário, Jesus mesmo ensinava a importância do serviço de uns para com os outros e que ele mesmo viera para servir. Também não se pode dizer que ela fizesse isso apenas por obrigação, pelo contrário, seu trabalho expressava sua consideração por Jesus.

    O problema era que, por mais que sua intenção fosse nobre, acabava se perdendo dentro das próprias tarefas. Apesar de sua consideração por Jesus, acabava se distanciando daquilo que ele tinha para oferecer, afastando-se daquilo que realmente importava.

    Muitas vezes Jesus é um ilustre convidado em nossa casa, mas apenas isso. Consideramos Jesus alguém muito importante e queremos fazer algo por ele, mas acabamos deixando de vivenciar aquilo que ele realmente oferece: relacionamento, vida, ensinamentos, etc. Dessa maneira Jesus se torna apenas um ícone, um ídolo; mas não nosso Mestre e Senhor. Não quero dizer que Marta pensasse assim, mas era importante que aprendesse isso, assim como cada um de nós.

    Para Maria, pouco importava se ele estava em sua casa ou onde fosse. Ela queria ouvi-lo e aprender dele. Ela não estava apenas considerando Jesus uma pessoa importante, mas usufruindo daquilo que o fazia importante. Ela não estava apenas escapando do serviço doméstico, como Marta estava sugerindo, mas escolhendo a melhor parte.

    Para você: Jesus é um ícone sagrado a ser admirado ou um mestre a ser ouvido?

     

    Trabalhar pra Jesus ou estar aos seus pés?

     

    A resposta de Jesus foi: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Essa análise pode ser aplicada a você?

    Nossa vida tem sido cada vez mais “corrida”, estamos cada vez mais inquietos e nossas preocupações são inúmeras: trabalho, casa, escola, filhos, casamento, falta de casamento, etc. A vida cotidiana exige de nós muitas coisas e é comum deixarmos que a fé se torne apenas mais um item entre tantos outros que temos que dar conta. E, quando isso acontece, ela se torna apenas mais uma obrigação a se cumprir, mais um motivo de preocupação.

    Há uma linha tênue entre o ativismo inquieto e o serviço que vem da fé. A diferença está na força motivadora: queremos fazer algo para agradar Jesus ou recebemos o seu amor e respondemos a ele com nosso serviço?

    Mais uma vez a questão recai sobre as prioridades. O serviço prático realmente faz parte da vida cristã, como bem mostraram o trecho anterior sobre o bom samaritano e vários outros ensinos de Jesus. O apóstolo Tiago também lançaria o desafio aos que achavam que a fé não tinha relação com as obras: “mostra-me sua fé sem obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tg 2:18b). Entretanto é preciso que se tenha em mente o que deve vir primeiro, em outras palavras, qual a prioridade, o que realmente importa.

    “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4). Depois de dizer isso, Jesus foi servido por anjos e mais tarde até fez o milagre da multiplicação dos pães, ou seja, há tempo pra tudo e as prioridades precisam ser claras para nós.

    Jesus não censura Marta, mas a ensina algo que sempre ensinou: que a marca da vida que ele estava trazendo era a simplicidade (Mt 6:25-34; Jo 6:27). Maria já tinha entendido isso, essa era a boa parte, que não lhe seria tirada.

    Marta não estava errada em trabalhar e servir, mas ainda precisava entender que, por mais que o trabalho seja valoroso, estar aos pés de Cristo é ainda mais.

     

    Conclusão

     

    O que realmente importa em nossa vida são as palavras que saem da boca de Deus (Mt 4:4; Jo 6:35). Essas palavras não nos deixarão preguiçosos, mas orientarão no que devemos fazer, em como devemos agir e com o que devemos nos preocupar, mais que isso, no ensinarão o que realmente importa.



    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 10 versículo 38
    certa aldeia: Aparentemente se refere à Betânia, que ficava na encosta leste do monte das Oliveiras, a uns 3 quilômetros de distância de Jerusalém. (Veja a nota de estudo em Jo 11:18.) Marta, Maria e Lázaro moravam em Betânia. Essa cidade era a base de Jesus quando ele estava na Judeia, assim como Cafarnaum era a sua base na Galileia. — Mc 2:1.

    Marta: Lucas não menciona outros membros da família de Marta recebendo Jesus, apenas ela. Como era Marta quem geralmente tomava a frente nos assuntos (Lc 10:40; Jo 11:20), pode ser que ela fosse mais velha do que sua irmã, Maria. — Lc 10:39.


    Dicionário

    Acontecer

    verbo transitivo indireto e intransitivo Ocorrer; ser ou se tornar real (num tempo ou espaço), casualmente ou como efeito de uma ação, de modo a alterar o sentido e afetar algo ou alguém: o evento acontecia na varanda do prédio; o amor simplesmente aconteceu.
    verbo intransitivo Dar-se uma situação ruim ou imprevisível: vai bebendo deste jeito e nem imagina o que vai te acontecer!
    Figurado Chamar a atenção ou ser alvo da atenção alheia; inspirar admiração ou ter sucesso: ele vivia querendo acontecer, mas não conseguia.
    Etimologia (origem da palavra acontecer). Do latim contigescere; contingere.

    suceder, ocorrer, dar-se, passar-se. – Quanto aos três primeiros, diz Bruns.: “Acontecer é termo genérico, aplicável a qualquer fato, previsto ou imprevisto, importante ou não. Geralmente, acontecer não relaciona o fato com outro anterior nem o atribui a determinada causa; não obstante, como termo genérico, não há dúvida que em tais casos seja bem empregado: aconteceu o que tínhamos previsto; aconteceu um desastre.” – Suceder é o mesmo que acontecer, mas encerra ideia de causa anterior. Dizendo – “aconteceu uma desgraça” – referimo-nos à desgraça em si, sem outra ideia acessória; dizendo “sucedeu uma desgraça” – apresentamos o fato como consequência de tal ou tal existência: “na perfuração dos túneis sucedem desgraças amiúde...” Ocorrer é o mesmo que suceder ou acontecer; emprega-se, porém, quando se quer dar a entender que do que sucede ou acontece se origina alguma consequência... – Dar-se é, aqui, um verbo que em todos os casos poderia substituir a qualquer dos três primeiros, significando o mesmo que acontecer, ou suceder, ou ocorrer. Dão-se às vezes desgraças que surpreendem os mais fortes ânimos. Deram-se acontecimentos extraordinários em Lisboa. Dizem que se deram naquele momento sucessos imprevistos. As ocorrências que se dão diariamente já não impressionam. – Passar-se está quase no mesmo caso: não é, porém, tão extensivo, e é de predicação mais precisa. Decerto que se não poderia dizer: “Passou-se uma catástrofe; passar-se-ia um desastre se não fora a nossa prudência”.

    Aldeia

    substantivo feminino Pequena povoação menor que uma vila.
    Etnologia Povoação de indígenas; aldeamento: aldeia de índios.
    Religião Local de reunião onde, no candomblé de caboclo, pessoas se reúnem, especialmente para celebrações.
    [Regionalismo: Rio Grande do Sul] Conjunto de habitações das famílias dos soldados.
    Etimologia (origem da palavra aldeia). Do árabe ad-daya.

    Aldeia Pequeno agrupamento de casas, geralmente construídas perto de uma cidade cercada de muralhas, onde seus moradores podiam se abrigar em tempo de guerra (Lv 25:31).

    Caminho

    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.

    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.

    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19


    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).


    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).

    Casa

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    Entrar

    verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
    Recolher-se à casa.
    Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
    Invadir.
    Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
    Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
    Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
    Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

    Indo

    prefixo Elemento de formação de palavras que traz consigo a ideia de Índia ou indiano: indo-europeu (relativo à Índia e à Europa).
    substantivo masculino [Linguística] Grupo de línguas indo-europeias da Ásia; indo-ariano.
    Etimologia (origem da palavra indo). Do latim Indu- "indiano".

    prefixo Elemento de formação de palavras que traz consigo a ideia de Índia ou indiano: indo-europeu (relativo à Índia e à Europa).
    substantivo masculino [Linguística] Grupo de línguas indo-europeias da Ásia; indo-ariano.
    Etimologia (origem da palavra indo). Do latim Indu- "indiano".

    Marta

    substantivo feminino Mamífero peludo e esguio, que se parece com a doninha, cuja pele é muito apreciada.
    Vive em áreas florestais da Ásia, Europa e na parte setentrional da América do Norte.

    Senhora. irmã de Lázaro e de Maria – era a dona daquela casa, na vila de Betânia, onde Jesus se hospedava. Marta é sempre mencionada antes de Maria, provavelmente por ela ser a irmã mais velha (Lc 10 – Jo 11). Tinha um gênio inquieto, agitado, e por isso foi censurada em certa ocasião por Jesus.

    . Mencionada nos evangelhos de Lucas e de João. Era uma discípula e seguidora fiel de Cristo, muito estimada por Ele (Jo 11:5).

    Marta vivia com seus dois irmãos, Maria e Lázaro, na pequena vila chamada Betânia (Jo 11:1), localizada nas encostas ao leste do monte das Oliveiras; Jesus os visitava freqüentemente, quando estava em Jerusalém (Lc 10:38). De fato, esteve com eles na semana antes de ser preso e crucificado (Mt 21:17).

    Marta é bem conhecida como aquela que estava sempre envolvida e sobrecarregada com os afazeres diários. É por isso que muitas pessoas se identificam com ela. Quando recebia Jesus em sua casa, ficava tão atarefada com os trabalhos domésticos que perdia os bons momentos de comunhão com Ele que seus dois irmãos desfrutavam (Lc 10:39-42; Jo 12:2).

    Apesar disto, Marta não deve ser criticada por seu comportamento. Suas atitudes revelavam sua lealdade para com o Senhor Jesus. Seu caráter sincero é demonstrado por sua fé honesta e firme. Quando seu irmão ficou gravemente enfermo, ela e a irmã enviaram uma mensagem a Cristo, para que viesse à casa deles com urgência (Jo 11:3). Jesus, entretanto, não atendeu de imediato ao pedido e Lázaro morreu (vv. 6-15).

    Quando o Senhor finalmente chegou a Betânia, Marta foi honesta com Ele, ao dizer-lhe que, se tivesse vindo imediatamente, seu irmão estaria vivo; mas também exercitou uma fé extraordinária, ao identificar Cristo como o Filho de Deus e crer que Ele tinha grande poder (vv. 21-27). Jesus honrou sua fé e ressuscitou Lázaro, a fim de manifestar desta maneira a glória de Deus (38-44).

    Marta era uma seguidora leal de Jesus, cria nele e o servia com devoção e zelo. K.MCR.


    Marta Irmã de MARIA 2, (Jo 12:2).

    Marta Em aramaico: dona, senhora da casa. Irmã de Lázaro e de Maria de Betânia. De acordo com Lc 10:38ss., tratava-se de uma pessoa absorvida pela atividade doméstica, em contraste com sua irmã Maria. Jo 11:22-27 afirma sua fé em Jesus, por ocasião da morte de Lázaro.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Nome

    substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
    A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
    Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
    Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
    Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
    Apelido; palavra que caracteriza alguém.
    Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
    Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
    Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
    Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

    Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

    Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
    v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    πορεύομαι αὐτός εἰσέρχομαι εἰς κώμη δέ τίς γυνή ὄνομα Μάρθα ὑποδέχομαι αὐτός εἰς αὑτοῦ οἶκος
    Lucas 10: 38 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ora, aconteceu que, indo eles, entraram em uma aldeia; e uma certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.
    Lucas 10: 38 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Outubro de 29
    G1135
    gynḗ
    γυνή
    esposa
    (wife)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1525
    eisérchomai
    εἰσέρχομαι
    veio
    (came)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2968
    kṓmē
    κώμη
    aldeias
    (villages)
    Substantivo - Feminino no Plural acusativo
    G3136
    Mártha
    Μάρθα
    neto do sumo-sacerdote Hilquias, filho do sumo-sacerdote Seraías e pai do sumosacerdote Josué; ele próprio nunca obteve o cargo de sumo-sacerdote porque foi levado
    (of Jozadak)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3614
    oikía
    οἰκία
    casa
    (house)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G3686
    ónoma
    ὄνομα
    uma cidade no extremo sul de Judá e a cerca de 24 km (15 milhas) no sudoeste de
    (and Chesil)
    Substantivo
    G4198
    poreúomai
    πορεύομαι
    conduzir, transportar, transferir
    (Having gone)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - Nominativo Masculino no Plural
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5264
    hypodéchomai
    ὑποδέχομαι
    ser levantado (sentido duvidoso)
    (lift up as an ensign)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γυνή


    (G1135)
    gynḗ (goo-nay')

    1135 γυνη gune

    provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

    1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
    2. uma esposa
      1. de uma noiva

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἰσέρχομαι


    (G1525)
    eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

    1525 εισερχομαι eiserchomai

    de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

    1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
      1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
      2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
      3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
    2. metáf.
      1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
        1. aparecer, vir à existência, começar a ser
        2. de homens, vir perante o público
        3. vir à vida
      2. de pensamentos que vêm a mente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    κώμη


    (G2968)
    kṓmē (ko'-may)

    2968 κωμη kome

    de 2749; n f

    lugar de descanso para onde os trabalhadores campo retornam no final do dia, vila, aldeia, povo

    nome da cidade cercada por vilas que pertencem à sua municipalidade

    os moradores das vilas


    Μάρθα


    (G3136)
    Mártha (mar'-thah)

    3136 Μαρθα Martha

    provavelmente de origem aramaica (significa ama) מרתא; n pr f

    Marta = “ela foi rebelde”

    1. irmã de Lázaro e Maria de Betânia


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οἰκία


    (G3614)
    oikía (oy-kee'-ah)

    3614 οικια oikia

    de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

    1. casa
      1. edifício habitado, moradia
      2. habitantes de uma casa, família
      3. propriedade, riqueza, bens

    Sinônimos ver verbete 5867


    ὄνομα


    (G3686)
    ónoma (on'-om-ah)

    3686 ονομα onoma

    de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n

    nome: univ. de nomes próprios

    o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém

    pessoas reconhecidas pelo nome

    a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão


    πορεύομαι


    (G4198)
    poreúomai (por-yoo'-om-ahee)

    4198 πορευομαι poreuomai

    voz média de um derivado do mesmo que 3984; TDNT - 6:566,915; v

    1. conduzir, transportar, transferir
      1. persistir na jornada iniciada, continuar a própria jornada
      2. partir desta vida
      3. seguir alguém, isto é, tornar-se seu adepto
        1. achar o caminho ou ordenar a própria vida

    Sinônimos ver verbete 5818


    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ὑποδέχομαι


    (G5264)
    hypodéchomai (hoop-od-ekh'-om-ahee)

    5264 υποδεχομαι hupodechomai

    de 5259 e 1209; v

    1. receber como convidado

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo