Enciclopédia de Lucas 5:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 5: 25

Versão Versículo
ARA Imediatamente, se levantou diante deles e, tomando o leito em que permanecera deitado, voltou para casa, glorificando a Deus.
ARC E, levantando-se logo diante deles, e tomando a cama em que estava deitado, foi para sua casa, glorificando a Deus.
TB Imediatamente, se levantou diante deles, tomou o leito em que jazia e partiu para sua casa, glorificando a Deus.
BGB καὶ παραχρῆμα ἀναστὰς ἐνώπιον αὐτῶν, ἄρας ἐφ’ ὃ κατέκειτο, ἀπῆλθεν εἰς τὸν οἶκον αὐτοῦ δοξάζων τὸν θεόν.
HD E, imediatamente, levantando-se diante deles, tomando {o leito} no qual estivera deitado, partiu para sua casa, glorificando a Deus.
BKJ E imediatamente, levantando-se diante deles, e tomando o leito em que estivera deitado, partiu para sua própria casa, glorificando a Deus.
LTT E imediatamente ele (o paralítico), havendo-se levantado diante deles, e havendo levantado- e- carregado (sobre si) aquilo sobre que estava deitado, partiu para dentro da sua própria casa, glorificando a Deus.
BJ2 E no mesmo instante, levantando-se diante deles, tomou a maca onde estivera deitado e foi para casa, glorificando a Deus.
VULG Et confestim consurgens coram illis, tulit lectum in quo jacebat : et abiit in domum suam, magnificans Deum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 5:25

Gênesis 1:3 E disse Deus: Haja luz. E houve luz.
Salmos 33:9 Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Salmos 50:23 Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.
Salmos 103:1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
Salmos 107:20 Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da sua destruição.
Lucas 5:13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero; sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele.
Lucas 13:13 E impôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou e glorificava a Deus.
Lucas 17:15 E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz.
Lucas 18:43 E logo viu e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus.
João 9:24 Chamaram, pois, pela segunda vez o homem que tinha sido cego e disseram-lhe: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lc 5:25
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 22
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 9:1-8


1. Jesus entrou numa barca, atravessou para o outro lado e foi para sua cidade.


2. E trouxeram-lhe um paralítico em maca. Vendo Jesus a confiança deles, disse ao paralítico: "Tem ânimo, filho; teus erros foram resgatados".


3. Ora, alguns escribas disseram consigo: "Esse homem blasfema".


4. Mas Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: "Por que pensais coisas más em vossos corações?


5. Pois que é mais fácil? dizer: foram resgatados teus erros, ou dizer: levanta-te e caminha?


6. Ora, para que saibais que o filho do homem tem, sobre a Terra, poder para resgatar os erros" - disse ao paralítico - "levanta-te, toma tua maca e vai para tua casa".


7. E ele levantou-se e foi para sua casa.


8. Vendo isso, as multidões temeram e glorificaram a Deus, que dera tal poder aos homens.


MC 2:1-12


31. Alguns dias depois, foi de novo Jesus a Cafarnaum, e soube-se que ele estava em casa.


32. Muitos afluíram ali, a ponto de já não haver lugar nem junto à porta; e ele lhes falava a Palavra.


33. E trouxeram-lhe um paralítico carregado por quatro homens.


34. E não podendo chegar a ele através da multidão, destelharam o teto no lugar em que ele estava e, feita uma abertura, arriaram o estrado em que jazia o paralítico.


35. Vendo Jesus a confiança deles, disse ao paralítico: "Filho, teus erros foram resgatados".


36. Estavam, porém, sentados ali alguns escribas que raciocinavam em seus Corações:


37. "Por quê este profere blasfêmias? quem pode resgatar erros senão só um (que é) Deus"?


38. Mas Jesus, percebendo logo em seu Espírito que eles assim raciocinavam dentro de si, perguntou-lhes: "Por quê raciocinais sobre estas coisas em vossos corações?


39. Que é mais fácil? dizer ao paralítico: foram resgatados teus erros? ou dizer: levanta-te, toma teu estrado


40. Ora, para que saibais que o filho do homem tem, sobre a Terra, o poder de resgatar erros" - disse ao paralítico


41. "A ti te digo: levanta-te, toma teu estrado e vai para tua casa".


42. Então no mesmo instante levantou-se ele, e tomando seu estrado retirou-se à vista de todos; de modo que todos ficaram atônitos e glorificavam a Deus, dizendo: "Nunca vimos coisa semelhante"! erros" - disse ao hemiplégico - "A ti te digo, levantate, toma tua maca e vai para tua casa".


LC 5:17-26


17. E ocorreu num daqueles dias em que ele estava ensinando, e achavam-se sentados perto nele fariseus e doutores da lei vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de Jerusalém; e a força do Senhor estava nele para curá-los.


18. Vieram uns homens, trazendo na maca um hemiplégico e procuravam introduzilo e pô-lo diante de Jesus.


19. Não achando por onde introduzilo através da multidão, subiram ao terraço e, por entre os tijolos, o desceram na maca para o meio de todos, diante de Jesus.


20. E vendo este a confiança deles, disse: "Homem, teus erros foram resgatados".


21. Começaram os escribas e os fariseus a raciocinar, dizendo: "Quem é este que profere blasfêmias? Quem pode resgatar erros senão só um (que é) Deus"?


22. Mas Jesus, percebendo-lhes os raciocínios, disse-lhes: "Que raciocinais vossos corações?


23. Que é mais fácil? dizer: teus erros foram resgatados? ou dizer: levanta-te e caminha?


24. Ora, para que saibais que o filho do homem tem sobre a Terra poder para resgatar e caminha?


25. Imediatamente levantou-se, diante deles, tomou a maca em que jazia e partiu para sua casa, glorificando a Deus.


26. Todos ficaram atônitos, glorificaram a Deus e encheramse de temor, dizendo: "Hoje vimos coisas extraordinárias"!


Mateus coloca essa cura depois da viagem a Gadara (Marcos antes dela) e depois do Sermão do Monte (Lucas antes dele). Sabemos, porém, que não havia preocupação da cronologia dos fatos, pois os evangelistas procuravam apenas transmitir às gerações porvindouras os ensinamentos profundos de Jesus, intencionalmente ocultos no véu da letra, exatamente para que cada um neles bebesse somente aquilo que sua capacidade pudesse suportar.


Em Mateus aparece a anotação de que JESUS foi à "sua cidade". Embora nessa época ainda não estivesse residindo há um ano, o que lhe daria direito de ser "filho da cidade", contudo deve ter ficado no ouvido do autor a expressão, já que o Evangelho foi escrito muito tempo depois.


O ambiente da cena é mais minucioso em Marcos e Lucas: a casa cheia de gente, que extravasava da sala para o alrendre, amontoando-se mais na porta. Jesus a falar, sentindo em si, como está dito pelo médico, "a força do Senhor para curar". A expressão é sintomática, sobretudo quando expressa por um médico. Essa "força do Senhor" talvez manifeste o excesso de fluídos magnéticos prontos a exteriorizarse (coisa que ocorre até independente da vontade ou do conhecimento da criatura, tal como sucedeu com a "hemorroíssa". MC 5:30, Lc- 8:45).


Ao chegarem os quatro amigos a carregar um paralítico (Lucas não emprega o termo popular "paralítico", mas o técnico, no particípio, correspondente a "hemiplégico"), encontraram a entrada totalmente bloqueada, com as atenções dos circunstantes voltadas para dentro, a fim de não perderem uma palavra.


A resolução é instantânea: enveredam pela escada lateral externa, que conduz ao terraço, como em quase todas as casas da Palestina. Terraço plano, construído com traves de madeira, cruzadas largamente, e sobre elas quadrados chatos de terra cozida ("telhas") - Estas são afastadas e, pelo espaço assim conseguido, o leito foi descido com cordas até diante de Jesus.


Este dirige-se ao enfermo, animando-o e usando, para chamá-lo, o termo de carinho que os pais usavam com os filhos: τέиνον.
Vem então o reconhecimento oficial de que o carma havia sido esgotado άφέωνται, no perfeito dóricoj ônico, e não no presente, nos três evangelistas e em todos os manuscritos, o que afasta a hipótese de não obstante, as traduções o reproduzem sempre pelo presente... Assim, a expressão άφέωνται σοί αί άµαρτίαι σου exprime exatamente: "foram resgatados teus erros", ou, na linguagem moderna: "está liquidado teu carma".
Dissemos, na pág. 51 do vol. 1, que a frase έν άφέσει άµαρτιών αύτώ

ν significava "na rejeição ou expuls ão dos próprios erros". Continuando nossas meditações, chegamos hoje à conclusão de que essa rejeição dos erros" se refere ao resgate do carma. Não basta rejeitá-los pela vontade, nem tampouco deixar de praticá-los de agora em diante. O indispensável é RESGATÁ-LOS, de acordo com a Lei de Causa e Efeito (Lei do Carma) plenamente válida no trecho que comentamos, quando Jesus declara que o sofrimento da paralisia já resgatou os erros do paciente, já o libertou do carma.


A Lei de Causa e Efeito (Lei do Carma), "cada um receberá de acordo com suas obras", está repetida à saciedade no Antigo e Novo Testamento, em pelo menos 30 passos, vejam-se os passos: DT 7:9-10; DT 24:16; 2RS 14-6; 2CR. 25:4; JÓ 34:11; Salmo, 28:4; 62:12; PV 12:14;


24:12; 24:29; Isaias, 3:11; JR 31:29-30; Lament. 3:64, EZ 18:1-32; EZ 35:20; Ecles 15:15; MT 3:10;


7:19; 16:27; 18:8-9; Rom 2:6; 1CO 3:14; 2CO 5:10; 2CO 9:6; 2CO 11:15; MT 3:10; MT 7:19; MT 16:27; MT 18:8-9;


RM 2:6; 1CO 3:14; 2CO 5:10; 2CO 9:6; 2CO 11:15; Gal. 6:4; EF 6:8; CL 3:25; 2TM 4:14; 1PE 1:17;


Tiago, 2:24; AP 2:23; AP 20:12 e AP 22:12.


Não é, pois, a Lei do Carma uma "invenção" moderna, mas uma verdade revelada em todo o decorrer das Escrituras.


Quanto à convicção de que as enfermidades de uma existência são o resultado de erros cometidos na mesma ou em existência anterior, também as Escrituras nos dão frequentes ensinamentos, bastando citar: "eu era um menino de boa índole, coube-me em sorte uma alma boa, ou melhor, sendo bom, entrei num corpo sem defeitos" (Sab. 15:19-20); e ainda: "pensais que esses galileus (que foram sacrificaSABEDORIA DO EVANGELHO dos por Pilatos) eram os maiores transgressores da Galileia e por isso sofreram essas coisas? Eu vos digo: NÃO. Mas enquanto não vos reformeis, todos sereis castigados dessa maneira" (LC 13:2-3); e mais, em JO 9:2, quando por ocasião do cego de nascença "foi ele que pecou (e só poderia tê-lo feito em existência anterior) ou seus pais"?; e outra vez: "se tua mão ou teu pé ... ou teu olho te são pedra de tropeço, corta-os e lança-os de ti: melhor te é entrares NA VIDA, manco, aleijado e cego" ... (MT 18:8-9); ora, ninguém suporá que na vida espiritual haverá aleijões: é evidente que se trata de entrar na VIDA TERRENA aleijado e cego, o que, explica esses defeitos nos recém-nascidos.


Fora das Escrituras: SIPHRA, ao comentar LV 14:15 diz que a lepra e o castigo da má língua, à qual, porém, SABBATH (33b) atribui como efeito a difteria. O Talmud (em Tianith, 16a) diz claramente: "só o arrependimento não basta, se não houver mudança de vida". E no Sanhedrim (90a): "Todos os julgamentos do Santo Único (bendito seja!) tem por base: tal ato, tal retribuição".


Era, portanto, generalizada (e correta) a crença de que a doença constituía o resultado cármico de erro, praticados na mesma vida ou em vida anterior, tanto que Rabbi Alexandrai escreveu: "o doente não se ergue de sua enfermidade, senão quando Deus lhe haja perdoado seus pecados, pois está escrito: ’é Ele que perdoa todos os pecados e cura todas as doenças’ (Salmo 103:3)". Estão certos Strack e Billerbeck quando escrevem em seu "Comentário sobre o Novo Testamento segundo o Talmud" (tomo 1, pág.


495): "têm razão os anotadores do Talmud quando concluem: perdão primeiro, cura depois".


Os escribas (e Lucas acrescenta os "doutores" da Galileia, da Judeia e Jerusalém) acreditavam nesse" perdão", nessa declaração autorizada de "carma liquidado" ou "resgate concluído", mas julgavam só Deus pudesse fazê-lo. Daí o pensamento que se projetou de seus cérebros em formas mentais: "esse (homem) blasfema"! O pensamento, confirma-o Jesus mais uma vez, proveio do coração. Não o diz simplesmente porque os israelitas "acreditavam que a sede da mente estivesse no coração (cfr. Dhorme, L’emploi métaphorrique des noms de parties du corps, pág. 122), mas porque, na realidade, é DO CORAÇÃO que provém os pensamentos, já que o coração é sede da mente (origem dos pensamentos) ao passo que o cérebro é a sede do intelecto (que analisa e raciocina). Jamais podemos acreditar que Jesus pudesse ter ensinado errado, só para conformar-se ou não contrariar uma "ignorância" da época: o Mestre só podia ensinar CERTO, porque sabia o que dizia. Podia conformar-se com o vocabulário de sua época, mas não com erros.


Jesus, entretanto, em Quem, mais do que em qualquer outro, brilhava conscientemente a Centelha Divina, que agia em todo o Seu esplendor e potencialidade, demonstra-lhes outro poder, ainda não desenvolvido nos homens comuns: o de LER os pensamentos. E declara abertamente que o faz, numa demonstra ção de poder: "por que pensais coisas más em vossos corações"? E a seguir, coloca-os num dilema, difícil de solucionar: "que é mais fácil"? A cena é descrita pelos três evangelistas com a mesma vivacidade, contendo um anacoluto violento, natural na linguagem falada, mas forçado na linguagem escrita. Todavia, o testemunho tríplice prova a absoluta fidelidade à cena.


’Levanta-te". O levantar-se atesta a cura de alguém que viera carregado por 4 homens. Não satisfeito, Jesus leva a demonstração (sêmeion) de Seu poder ao máximo. Levantar-se, apenas, poderia parecer um passe de sugestão. Mas, quase com ironia, vem a segunda parte: "carrega tua maca, e regressa a casa". Tudo isso, sem sequer tocá-lo; simples ordens verbais. Daí o grupo de pessoas que assistia à cena ter ficado estupefato e, após o espanto, ter louvado a Deus pelo Poder que conferia a um homem.


Ainda uma vez, como já o fizera com Nicodemos em particular, Jesus aplica a si, agora publicamente, o título de "Filho do Homem" (em hebraico bar’enascha e em aramaico bar nasha), que já foi explicado (vol. 1, pág 154/155).


A expressão "coisas extraordinárias" (parádoxa) é termo próprio de Lucas. O adjetivo "atônito" corresponde a échstasis, literalmente’ "extáticos", ou seja, "fora de si".


Mas há ensinamentos mais profundos.


Muitas criaturas (personalidades) tornam-se paralíticas ou hemiplégicas na estrada evolutiva, por estarem presas ao passado de erros. Embora os sofrimentos lhes estejam resgatando, ou já hajam resgatado, o carma, calculam que muito lhes falta. Param, então, aguardando uma palavra superior a fim de prosseguir. Típico o exemplo desse paralítico que, ao tomar contato com o Cristo, é por ele tratado carinhosamente, com a declaração de que deve readquirir o entusiasmo da jornada, pois seu carma havia terminado.


Observemos a lição em alguns pormenores. O paralítico está estacionado na evolução por desânimo, sem saber nem poder mover-se. Quatro amigos o conduzem, na qualidade de "guias". Não podem penetrar pela porta normal, das sensações e emoções, a trilha palmilhada pela multidão de ritualistas e religiosos comuns, porque aí a massa se acotovela e impede a passagem. Todos aí querem buscar o Cristo para conseguir "milagres". Então os "guias" sobem mais um pouco pela "escada externa" (fora das religiões dogmáticas) e encontram o caminho certo: abrem um vão "no teto" (no cérebro, pela compreensão dos ensinamentos verdadeiros) e o fazem merguhar no coração, onde ele ficará diante do Cristo Interno, na Consciência Cósmica.

Os companheiros de jornada percebem o caminho novo e diferente, e rebelam-se intimamente, porque, no nível evolutivo em que se acham, não lhes é possível entender um caminho diferente do seu. E lançam "excomunhão" sobre o próprio Cristo que age com o paralítico. O Mestre não se perturba e demonstra, por fatos concretos e irrecusáveis, que esse é o caminho (os fatos psíquicos enchem milhares de páginas de livros em todos os idiomas, mas os "escribas" e os "doutores" das diversas confissões religiosas e científicas continuam a querer ignorá-los, a excomungar o Cristo, chamando-o "diabo", porque age sem ser por intermédio deles; e procuram destruir, unidos aos profanos - "herodianos" essa força crística que opera sábia e livremente).


Ao paralítico cabe uma só providência daí por diante: erguer-se reanimado, tomar seu leito (seu corpo) e regressar para sua casa (para o ambiente espiritual que lhe é próprio), sem dar ouvidos aos murmúrios dos despeitados e ignorantes dessas coisas. É o que ele faz. E essa subida espiritual é realizada COMO PROVA de que o Cristo Interno tem razão. Mas, apesar disso, os "doutores" e os "sacerdotes" não aceitam essa sabedoria nem essa santidade, porque não floresceram segundo os "modelos" que eles estabeleceram, e porque não proliferaram no "jardim fechado" que eles mantêm, controlam e dominam.


Mas, que importa isso ao "paralítico"? Ele segue seu caminho "glorificando a Deus", juntamente com todos os que são sinceros discípulos do Cristo.


lc 5:25
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 38
CARLOS TORRES PASTORINO

(Sábado, 23 de abril do ano 30)


JO 5:1-16


1. Depois disso, havia a festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.


2. Ora, em Jerusalém, junto à (porta) das ovelhas, há uma piscina, que em hebraico é chamada Bethesda, a qual tem cinco pórticos.


#fonte 3. Nestes jazia grande número de enfermos, cegos, coxos, paralíticos [esperando o movimento da água,

#fonte 4. porque descia um anjo em certas épocas e agitava a água da piscina; e o primeiro que entrasse na piscina depois de a água mover-se, ficava curado de qualquer doença que tivesse].


5. Achava-se ali certo homem, que havia trinta e oito anos estava enfermo.


6. Vendo-o Jesus deitado, e tendo sabido que estava assim desde muito tempo, perguntou-lhe: "queres ficar são"?


7. Respondeu-lhe o enfermo: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha na piscina, quando a água é movida: enquanto vou, outro desce antes de mim".


8. Disse-lhe Jesus: "Levanta-te, toma teu leito e caminha".


9. Imediatamente o homem ficou são, tomou seu leito e andou.


10. Era sábado aquele dia. Pelo que disseram os judeus ao que fora curado: "Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito".


11. Ele respondeu-lhes: "O que me curou, esse me disse: toma teu leito e caminha".


12. Perguntaram-lhe, então: "Qual foi o homem que te disse: toma teu leito e caminha"?


13. Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se retirara, já que havia muita gente naquele lugar.


14. Depois Jesus o encontrou no templo e disse-lhe: "Olha, ficaste curado: não erres mais, para que te não suceda coisa pior".


15. Saiu o homem e foi dizer aos judeus, que fora Jesus que o curara.


16. Por isso os judeus perseguiam Jesus, porque fazia essas coisas nos sábados.


Após a magnífica aula sobre o Pão da Vida, em que Cristo nos revelou a Via Contemplativa e a Via Unitiva, Jesus "Sobe a Jerusalém".


Observamos que houve troca de folhas nalgum manuscrito primitivo (já Orígenes o notara) e o atual capítulo 5. º tem que ser lido depois, do 6. º. A inversão é bem clara pela crítica interna. Por causa dessa troca, os mss. A, B, D, N, W e theta trazem "uma festa" (sem artigo), ao passo que os mss. aleph, C, L, delta e as versões coptas (boaírica e saídica, respectivamente do alto e baixo Egito) trazem o artigo: hê heortê, "a festa". Quando era assim determinada, a expressão "a festa" designava a Páscoa. Estávamos, pois, na segunda Páscoa da "vida pública" de Jesus (ver a primeira em JO 2:13, e terceira em JO 12:1).


"Junto à (porta) das ovelhas", no original: epi tôi probatikêi (literalmente "perto da probática") pode exprimir quer o nome da porta do ângulo nordeste do templo, quer uma confusão com a piscina "probática" primitiva, em que se lavavam as vítimas antes do holocausto.


O nome dado à piscina (kolumbêthra, literalmente "banho público") apresenta variantes:

1) BEZATHA, por Euzébio, baseado em Josefo (Bell. Jud. 5, 4, 2 e 5, 6 e 7) que cita o novo bairro de Jerusalém, dando-lhe o nome de Bezata, que significa "cidade nova"; é aceito por Lagrange.


2) BEZETHA, por Vincent, significa "corte".


3) BELZETHA, em D, no Sinaítico de Paris e poucos outros.


4) BETHSAIDA, nos mss. B, C, W e na Vulgata (é o menos provável).


5) BETHZATHA, nos mss. aleph, L, 33, e, 1; aceito por Nestle.


6) BETHZETHA, aceito por Tischendorf, Westcott-Hort e Van Soden.


7) BETHESDA, nos mss. A, C, E, F, G, H, S, V, theta, omega e muitos outros gregos; nas versões síriaca oficial (Peschito), nítria, árabes e em dois mss. da Vetus Itálica; aceito por Vogels, Prat, Merck, Weiss, Bem e Bover. Citado nessa forma por Jerônimo (De Situ et Nom. Loc. Hebr., Patrol.


Lat. vol. 23, col. 884); João Crisóstomo (In Joanne Hom. 36,1, Patrol. Graeca, vol. 54, col.


203); Cirilo de Alexandria (In Joanne, Hom. 2 e 6, Patrol. Graeca, vol. 73, cols. 336 e 988); e Dídimo de Alexandria (De Trinit. 2, 14, Patrol. Graeca vol. 39, col. 709).


Como vemos, BETHESDA (que significa "Casa da Misericórdia") tem mais testemunhos.


A piscina ocupava um quadrilátero de 120 m por 60 m, e era cercada por uma galeria em arcadas (pórticos), dividida em duas partes iguais por uma comporta que tinha, por cima, uma quinta galeria também em colunata como as outras quatro. A bacia ficava circundada por aleijados que esperavam que "a água se movimentasse". O movimento das águas era provavelmente causado pela abertura da Comporta, a fim de jorrar água limpa na piscina.


A segunda parte do vers. 3 e todo o vers. 4 parece que foram interpolados posteriormente, por algum comentador, pois não figuram nos mss. S, B, C, D, W, 33, 134, 157, f, t e na Vulgata de Wordsworth; apenas os mss. A, L, delta e theta trazem essas palavras. Devem ser cortadas, segundo a maioria dos hermeneutas; pois se exprimissem a verdade, "representariam o maior milagre relatado na Bíblia", milagre inexplicável, em que "o primeiro chegado era curado". Além disso, nenhum texto além desse alude a esse caso extraordinário.


Entre os enfermos, havia um deitado no chão (katakeímenon) doente havia 38 anos. Quando Jesus veio a saber naquele momento (gnóus supõe conhecimento recente) o tempo da enfermidade, se condoeu dele e perguntou-lhe se queria curar-se. Respondeu-lhe o doente que não tem quem o ajude "a descer à água quando esta se movimenta", frase que provavelmente teria provocado a explicação interpolada nos vers. 3 e 4. Pelas palavras, parece tratar-se de um paralítico.


Uma frase apenas é dita por Jesus: "levanta-te, apanha tua esteira e caminha". Alguns viram nessa frase uma repetição da narração do fato ocorrido em Cafamaum (MT 9:2-8; MC 2:1-12; LC 5:17-26; veja vol. 2). Mas as circunstâncias diferem totalmente e o ensino ministrado é de outra ordem: lá acentua-se a autoridade do Filho do Homem de resgatar o carma, e aqui sua autoridade acima das prescrições teológicas da guarda do sábado (cfr. MT 12:1-8; Mar. 2:23-28; LC 6:1-5; vol. 2).


Realmente, entre as 39 proibições de trabalhos, aos sábados, é expressamente mencionada a do transporte de um leito, com alguém deitado nele ou vazio.


João, que sempre designa por "os judeus" os principais cabeças dos israelitas, coloca de imediato a questão, com a repreensão ao infrator. Este joga a responsabilidade "em quem o curou", que ele não sabia quem era: Jesus se afastara rápido, confundindo-se na multidão. Talvez para não ser solicitado a fazer outras curas? E por que curou apenas UM, entre tantos enfermos que lá estavam?


Mais tarde Jesus "o encontra no templo" (cfr. 9:35), recomendando-lhe que não voltasse a errar, para que lhe não sucedesse coisa pior. Libertado de seu carma, não fosse contrair outro laço, talvez de resultados mais dolorosos.


O comportamento deste doente, indo logo denunciar Jesus àqueles que o haviam repreendido, parece bastante estranho. Alguns pretendem desculpá-lo, atribuindo-lhe apenas o desejo de tornar conhecido seu benfeitor. Realmente, com a lábia dos mal-intencionados, estes talvez o tenham convencido a dizer quem o curou, para que pudessem "louvá-lo" ...


Aqui é-nos apresentado um episódio privativo da narrativa de João, obedecendo à mesma técnica didática utilizada na lição do Pão da Vida: partindo de um exemplo prático, de uma experiência viva, finaliza com o desenvolvimento de um tema teórico.


Em vista da importância do ensino posterior, há que prestar atenção a todos os pormenores e sinais fornecidos pelo narrador, como por exemplo à numerologia, simbolismo muito usado pelo quarto evangelista, sobretudo no Apocalipse. Neste trecho comprovamos ainda uma vez a veracidade desta nossa assertiva (já salientada por nós em outros passos), quando João assinala minúcias numéricas totalmente secundárias e inexpressivas, não fora o símbolo que exprimem (piscina com 5 pórticos... enfermo havia 38 anos...) .


Mas tudo isso é base para posteriores esclarecimentos, na lição teórica Vejamos o trecho.


Inicia-se salientando que "Jesus subiu a Jerusalém pela festa (da Páscoa)". Dirigia-se da Galileia (Jardim fechado" da individualidade) para a Judeia ("Louvor a Deus" da personalidade religiosa filiada a igrejas), colocando sua meta em Jerusalém ("Cidade da Paz", onde poderia desenvolver um tema profundo em relação às criaturas que já se achavam pacificadas no caminho religioso da evolução). E isso por ocasião da "festa da Páscoa", isto é, da alegria da passagem da ordem inferior da personalidade, para a superior da individualidade.


Nesse ambiente, anota-se o local da lição prática: a "porta das ovelhas", o lugar mais indicado para um "Bom Pastor" conversar com aqueles que, "quais ovelhas entre lobos", desejavam penetrar o sentido profundo das Escrituras, libertando-se do sentido "literal". Era exatamente a porta de acesso a uma lição espiritual profunda.


Não nos esqueçamos de que as ovelhas constituem o símbolo do holocausto, do sacrifício da parte animal do ser humano, quando aceito resignadamente. Ao contrário, por exemplo, dos suínos, que berram revoltados ao serem sacrificados, as ovelhas caminham sem protesto para a tosquia e até para o holocausto de suas vidas: "não abriu a boca, como o cordeiro que é levado ao matadouro e como a ovelha que é muda diante dos que a tosquiam" (IS 53:7).


O ensino de que a ovelha (cordeiro ou carneiro) é o símbolo da parte animal do ser humano, e que é esta que deve ser sacrificada, nós o recebemos desde o Antigo Testamento (cfr. Gênesis, cap. 22).


YHWH ordena a Abraão que vá a Moriah e ali lhe sacrifique seu único filho Isaac, "a alegria" (ou seja, seus veículos físicos, "filhos" únicos do Espírito); obedecendo à letra da ordem, Abraão encaminhase para o local determinado e chega a amarrar Isaac no altar do sacrifício, levantando o cutelo para imolá-lo. Faz-se então ouvir a voz de YHWH, esclarecendo que não era esse o sentido da ordem; que se alegrava por vê-lo obediente, mas que não sacrificasse o corpo (o "filho"); é quando Abraão vê um carneiro e o imola, isto é, quando compreende a alegoria, percebendo que o holocausto pedido é apenas do animalismo ainda residual no homem.


Na "porta das ovelhas" havia uma piscina, um "banho público" (lugar destinado à limpeza e purificação dos corpos) com CINCO pórticos; outra anotação que deixa perceber que a criatura-paradigma da lição já se achava purificada e limpa em sua parte da animalidade.


Recordando e aplicando o conhecimento dos arcanos, vemos que se trata de um modo de assinalar que ali "a Providência divina governaria a vida universal e a vontade do homem dirigiria sua força vital (cfr. pág- 121).


Tanto assim é que João registra o nome simbólico da piscina, Bethesda, ou "Casa da Misericórdia".


Esse nome não consta de nenhum outro documento histórico, nem podia constar, pois foi escolhido pelo evangelista para fazer compreender a quem no pudesse, o significado da lição: um Manifestante divino que chegava às criaturas misericordiosamente para elucidá-las.


Mas também aprendemos que a lição se referirá aos seres já purificados no corpo, os quais, tendo superado as fases da personalidade (físico, etérico, astral e intelectual) estão começando a perceber, consciente ou inconscientemente, o plano da individualidade, o quinto plano, embora não consigam sozinhos dar o passo decisivo. Daí o fato ocorrer na "porta" (entrada) das "ovelhas" (dos dispostos ao sacrifício) numa "piscina" (depois de purificados) na "Casa da Misericórdia" onde receberão a Provid ência que governa a vida universal, já que eles se acham prontos a dirigir suas forças vitais nesse sentido. Então, tudo está preparado, o discípulo está pronto, vai aparecer o Mestre Revelador dos segredos eternos.


A seguir João acrescenta que "ali havia grande número de enfermos". Ora, isso jamais teria sido poss ível na vida real. Numa cidade dominada pelos romanos havia quase um século (de 63 A. C. a 30 A. D.), nunca seria permitido um enxame de enfermos mendigos em redor - e banhando-se! - num local destinado aos banhos públicos, frequentados pela nata da sociedade. A entrada nas Termas era severamente controlada em Roma, em Atenas, em qualquer outra cidade importante. Por que não no seria em Jerusalém?


Então, resultando a anotação do evangelista uma inverdade histórica, só podia ser alegórica. Tanto o é, que ele ainda cuida de especificar os tipos de enfermos: cegos, coxos e paralíticos. Aí temos, pois, aqueles que, embora começando a perceber a individualidade, nos lugares de "louvor a Deus" (isto é, nas religiões oficiais) e embora na "cidade da paz" (ou seja, em estado" pacificados pela convicção religiosa) estavam CEGOS, não compreendendo o que com eles se passava, não vendo a realidade evolutiva; eram COXOS, como que caminhando com uma perna só (a devoção) sem conseguir usar a outra (evolução), ou se achavam PARALÍTICOS, sem poder dar um passo sequer na estrada certa.


Todas as três espécies de enfermos que não poderiam mover-se sem ajuda de outrem!


Notemos que João não fala de surdos, pois estes seriam os que não queriam ouvir ninguém, vaidosos e presunçosos de seus conhecimentos, e portanto não estariam ali aguardando o Mestre. Também não fala de mudos, de leprosos, de possessos ou obsidiados, de epilépticos, de hidrópicos... Cita apenas as três classes que, precisamente, teriam dificuldade de "lançar-se à água quando esta se movimentasse": os cegos não enxergariam o movimento da água; os coxos poderiam mover-se claudicando com dificuldade; e os paralíticos não poderiam mover-se... Ora, se na realidade a cura se desse tal como literalmente dá a entender o Evangelho, não haveriam de faltar os portadores de outras moléstias, que com facilidade poderiam atirar-se na piscina, curando-se. Como lá não estavam? Mais um pormenor que nos chama a atenção para o simbolismo da cena.


E é realçado esse simbolismo pelo fato de o Mestre dirigir-se a apenas um dos presentes, ao que já estava preparado de todo para caminhar à frente, dando o passo decisivo para a atuação da Centelha divina nele.


Com efeito, é anotado que esse, que ali estava, já se achava "enfermo" (fraco) havia trinta e oito anos.


Que significaria o número 38? Não vemos outro simbolismo que a falta de DOIS ANOS, para completar QUARENTA. E sabemos que 40 (veja vol. 1) exprime a luta do Espírito com o mundo exterior.


Em sua encarnação (materialização do astral e do etérico), o Espírito, a Centelha divina, ainda não havia atingido a exteriorização de si mesma no plano da personalidade; ainda não conseguira manifesfarse a esta: faltavam dois anos somente.


Recordemos que o DOIS é, no plano humano, a receptividade feminina, o campo pronto a receber a semente fecundadora. Então, faltava apenas receber a manifestação da PALAVRA (o Logos, ou SEGUNDO aspecto da Divindade) para que essa Centelha se manifestasse à personalidade. O homem estava pronto, aguardando a mão que o ajudasse a dar o passo definitivo.


E o Cristo pergunta-lhe se ele quer dá-lo. Nada é feito sem que o livre-arbítrio da criatura o decida (é o simbolismo do CINCO: a vontade do homem para dirigir sua força vital).


A resposta dele mais uma vez confirma nossa interpretação: "não tenho quem me ponha na piscina, quando a água é movimentada". Por que não teria ele dito simplesmente "quero"?


Na realidade, sabemos que a ÁGUA simboliza a interpretação alegórica das Escrituras. E é disso que se queixa o enfermo: não podia mover-se sozinho para ir buscar essa compreensão profunda (faltavalhe a "chave") e não encontrara ninguém que lhe proporcionasse meios de penetrar a alegoria, extraindo das palavras físicas, da letra, o SENTIDO espiritual (cfr. vol. 1).


Aqui compreendemos as frases de João nos vers. 3 e 4, que podem perfeitamente ser aceitas neste sentido mais profundo: de tempos a tempos desce um ANJO (chega à Terra um Mestre, um Manifestante divino, um Avatar) e "movimenta as águas" (revela certos sentidos alegóricos e simbólicos profundos das Escrituras); e os "enfermos" que entram nessas águas (que compreendem a lição e a vivem) se curam de suas fraquezas. Não se referia João, com essas palavras ao fato expresso pela letra, mas a um sentido oculto, que pudesse ser captado por quem tivesse a capacidade de compreender: qui potest cápere, cápiat.


Diante dessa disposição de aceitação plena, em que o enfermo apenas solicita a ajuda de alguém para iniciá-lo, o Cristo resolve fazê-lo. Levanta-te, isto é, eleva tuas vibrações íntimas; toma teu leito, ou seja domina teu corpo, carregando-o como um peso necessário, embora incômodo e externo a teu Eu verdadeiro; e caminha, e prossegue avante tua jornada evolutiva em busca do Espírito.


A seguir o Evangelista salienta que era sábado, dia prescrito ao repouso. E por isso os "judeus" (os" adoradores de Deus", sequazes ortodoxos da religião oficial) protestam, ao vê-lo afastar-se das prescrições religiosas correntes. Todos os religiosos fervorosos (ou fanáticos) colocam a observância externa dos cultos e ritos como base de salvação, e condenam com veemência (excomungando) todos os que, libertando-se das exterioridades, procuram seguir o Espírito (individualidade).


O doente desculpa-se, dizendo que Aquele que o havia curado (que lhe havia revelado o caminho a seguir, manifestando-lhe o sentido secreto do espiritualismo) esse lhe havia ordenado que não desse importância aos preceitos impostos pelos homens, mesmo que tivessem sido "atribuídos" à Divindade.


Quando lhe perguntam "quem era" esse, responde "não saber": trata-se do Grande Inominado, o Cristo Interno, que a personalidade de Jesus nos revela plenamente. Mais tarde, em outro contato íntimo e profundo (Jesus o encontra NO TEMPLO, isto é, o Cristo tem contato com ele no coração), percebe de Quem se trata, ao aprender que deve vigiar para não cometer outros erros, afastando-se do Espírito, pois coisas piores lhe poderiam ocorrer, em encarnações de sofrimento e dor; não mais trilhar os caminhos da materialidade, no Antissistema, mas sair do pólo negativo para o positivo, para o Sistema (P. Ubaldi).


Emocionado com as novidades do ensino, ofuscado com as luzes que lhe chegaram - embora já se sentisse perseguido por haver saído da trilha normal comum a todos os religiosos de mentalidade estreita - resolve divulgar a verdade, revelando de onde recebeu esses ensinamentos: o Cristo. Vai a seus antigos companheiros de religião, com o intuito de ensinar-lhes os segredos que tanto bem lhe haviam feito. Mas isso desencadeia novas perseguições, desta vez diretamente voltadas contra o Cristo, contra o Espírito que nele se manifestara.


Estava dada a aula prático-experimental, só faltando o desenvolvimento teórico, para que os discípulos compreendessem a profundidade do exemplo apresentado, da experiência vivida.


E é o que o Mestre faz, a seguir, numa lição cheia de beleza e elevação, numa aula magistral.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39
B. O SEGUNDO PERÍODO, 5:1-6.11

1. Jesus Ensina e Convoca os Pescadores de Homens (5:1-11)

O tratamento que Lucas dá a este episódio do ministério de Jesus é muito mais extenso do que o de Mateus, ou o de Marcos. Aqueles relatos se limitam aos detalhes mais imediatos da chamada dos quatro. Veja os comentários sobre Mateus 4:18-22.

Apertando-o a multidão (1). A sua popularidade tinha chegado ao ponto em que as multidões eram suficientemente grandes para criar problemas para Jesus. Havia inclusive o perigo de que Ele fosse esmagado ou pisoteado por elas. Estava ele junto ao lago de Genesaré. Lucas é o único dos quatro Evangelistas que designa esta massa de água com o nome adequado de lago. Os outros três usam a designação popular "mar". Observe que Lucas aqui descreve a Jesus como estando em pé junto ao lago, ao passo que nos textos de Mateus e de Marcos Ele está caminhando. Além disso, os dois primeiros Evangelhos dizem que Pedro e André estavam lançando uma rede ao mar, e Lucas diz que eles estavam lavando as suas redes. Um exame mais detalhado destes fatos mostra-rá que Mateus e Marcos começam a narrativa em um ponto anterior – quando os pesca-dores ainda estavam pescando; Lucas começa a sua narrativa depois que Jesus já havia chegado (então Ele já não estava mais caminhando), os homens tinham acabado de pes-car e a multidão estava reunida.

E viu... dois barcos (2). Eram pequenas embarcações. Uma boa tradução poderia ser "barquinhos". Junto à praia do lago. Os barcos estavam na margem. Os pescado-res... estavam lavando as redes. Eles tinham acabado de pescar e estavam limpando as suas redes.

Entrando num dos barcos... o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pou-co da terra (3). Esta é a primeira vez que Lucas apresenta qualquer dos discípulos de Jesus na sua narrativa.' O barco estava na praia; Pedro o empurrou para o lago — prova-velmente entrou na água por alguns metros, puxando ou empurrando o barco.

E, assentando-se, ensinava do barco a multidão. O texto em Mateus 13:1-3 registra uma experiência similar de Jesus, mas parece ser uma ocasião diferente da que Lucas registra aqui. O conteúdo dos ensinos de Jesus nesta ocasião não é mencionado aqui. Lucas só está interessado naquilo que influenciou estes quatro homens a se torna-rem discípulos de Jesus.

Disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar (4). A palavra traduzida como pescar significa "pegar" ou "apanhar" e a maneira como é usada aqui dá a entender um sentido muito mais amplo. Jesus estava instruindo pesca-dores experientes, mas a sua autoridade e o seu conhecimento se baseavam em sua divindade, e não na experiência como no caso de um pescador. Ele tinha conhecimento sobre-humano de onde estavam os peixes. O conselho de Jesus de ir ao mar alto dá a entender que estes pescadores estariam pescando em águas rasas. Neste tipo de pesca, uma das extremidades da rede era presa à costa enquanto a outra era presa ao barco. Os pescadores então remavam o barco em semicírculos, começando e terminando na costa, mantendo a rede esticada entre o barco e a costa. O fato de Mateus e Marcos dizerem que Jesus os viu lançando uma rede ao mar (Mt 4:18; Mc 1:16) dá a entender que o mesmo método de pescaria estava sendo utilizado. As palavras faze-te ao mar alto têm um óbvio significado espiritual.

Mestre, havendo trabalhado toda a noite... mas, porque mandas (5). Aqui vemos um misto de emoções e reações. A experiência de Pedro como pescador lhe dizia que, tendo pescado sem sucesso durante toda a noite, seria inútil tentar novamente agora. Mas ele parecia já conhecer Jesus o suficiente para que a ordem do Senhor fizesse uma diferença significativa nas circunstâncias. A fé dizia que se Jesus ordenava ou exi-gia uma ação, ela teria sucesso. Assim, podemos ver que a fé gera a obediência.

Rompia-se-lhes a rede (6) significa, literalmente, "a sua rede estava se rompen-do". O "romper" ou rasgar não evitou que eles levassem os peixes para a terra.

Fizeram sinal aos companheiros (7), que eram Tiago e João, os filhos de Zebedeu. Vemos que Tiago e João eram mais do que simples companheiros de pescaria ou vizi-nhos. O fato de haver dois barcos e quatro pescadores que trabalhavam juntos permitiria que eles pescassem mais afastados da costa — a rede podia ficar presa aos dois barcos.

Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador (8). O tremendo sucesso dos seus esforços, e a razão óbvia para esse sucesso repentino, deram a Pedro uma visão de dois fatos. Ele viu o Senhor, o seu poder, a sua sabedoria e o seu conheci-mento, a sua falta de pecado — e Pedro viu a si mesmo, uma criatura pecadora. Ele era pecador em contraste com a santidade de Cristo, e era verdadeiramente um pecador. Esta experiência produziu uma convicção do pecado que o deixou desconfortável na pre-sença de Cristo, e o primeiro impulso foi o de pedir a Cristo que partisse. Pedro sempre falava de acordo com o seu primeiro impulso. Mas Jesus sabia que o seu desejo mais profundo era a libertação do pecado e a semelhança com Ele.

Pois que o espanto se apoderara dele (9) significa, literalmente, "Porque estava dominado pelo espanto". Esta foi a sua razão para falar. Sempre havia suficiente razão para que o impulsivo Pedro falasse. Mas o mesmo espanto caiu sobre todos os que com ele estavam, e eles não falaram, embora sem dúvida sentissem a mesma convicção com respei-to ao pecado. Algumas vezes criticamos Pedro pela sua impulsividade, mas deveríamos apren-der algo com o fato de que obviamente Jesus sentia que precisava de um discípulo impulsivo.

E, de igual modo, também de Tiago e João (10), ou seja, "também o espanto tinha se apoderado deles". E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens. A atitude de Jesus com relação ao desabafo de Pedro é vista pelo fato de Pedro ter sido o único a receber estas palavras encorajadoras. Foi Pedro quem disse: ..."mas, porque mandas, lançarei a rede" (v. 5). Pedro havia apanhado os peixes e, como resultado, Jesus "pescou" Pedro, e o transformou em um "pescador" de homens para o Reino.

[Eles] deixaram tudo e o seguiram (11). Assim que alcançaram a terra, eles dei-xaram o negócio da pesca e seguiram Jesus para se tornarem pescadores de homens. Os quatro pescadores tinham o mesmo pensamento. Pedro era diferente dos outros três em suas reações, mas não nas suas atitudes e desejos básicos. Jesus agora tinha os seus primeiros quatro discípulos.

Quanto a este evento, Alexander Maclaren destaca três pontos:

1) A lei do serviço, 4;

2) A resposta, 5;

3) O resultado, 6-8.

  1. Jesus Cura um Leproso (5:12-16)

Mateus coloca este acontecimento imediatamente depois do Sermão do Monte. Lucas simplesmente diz que aconteceu quando Ele estava em uma daquelas cidades (12). Para uma ampla argumentação sobre este assunto, veja os comentários sobre Mateus 8:1-4. Lucas, o médico, acrescenta ao relato de Marcos a observação que o homem estava cheio de lepra (12), isto é, a doença já tinha atingido um estágio muito avançado — já não era um foco localizado.

...Retirava-se para os desertos e ali orava (16). Não é fácil resistir à atração da popularidade, mas com freqüência é mais sábio — e até mesmo essencial — deixar a mul-tidão e retirar-se a um lugar de oração. Quando retornarmos à multidão, certamente teremos muito mais capacidade para ministrar a elas depois de nosso precioso período de oração no deserto. Aqui, como sempre, Jesus nos dá um exemplo maravilhoso, e Lucas é o único que registra este ponto.

  1. A Cura do Paralítico (5:17-26)

Os três Evangelhos Sinóticos mencionam este episódio. Mateus e Marcos dizem que o lugar do milagre foi Cafarnaum; Lucas não diz onde ele ocorreu. Marcos e Lucas nos contam que o paralítico foi baixado pelo teto, enquanto que Mateus não comenta esse fato. Para uma argumentação melhor, veja os comentários sobre Mateus 9:2-8.

  1. O Chamado de Levi — Mateus (5:27-32)

Este acontecimento é mencionado nos três Evangelhos Sinóticos. Para uma argu-mentação melhor, veja os comentários sobre Mateus 9:9-13. A única diferença significa-tiva entre o texto de Lucas e o de Mateus é o fato de que Lucas usa o nome Levi ao invés de Mateus. Marcos também o chama de Levi. Talvez Jesus lhe tenha dado o apelido de Mateus, que significa "presente de Deus" ou "dom de Deus".6

  1. A Questão do Jejum (5:33-39)

Este material é encontrado nos três Evangelhos Sinóticos. Para uma argumentação mais detalhada, veja os comentários sobre Mateus 9:14-17. A única adição significativa de Lucas é o versículo 39. Aqui ele afirma que o Mestre disse que nenhum homem, tendo bebido o vinho velho, vai querer o novo, porque vai dizer que o velho é melhor. Na pará-bola, Jesus está usando o vinho novo e os odres novos para representar o seu Reino e os seus ensinos. O versículo 39 parece contradizer isso, a menos que consigamos enxergar que Jesus está tentando mostrar a lentidão dos homens – especialmente dos líderes judeus – em aceitar o que é novo. Eles insistem que o velho é melhor. Foi esta insistência que deixou os judeus fora do Reino de Cristo. Observe que não é Jesus quem diz Melhor é o velho, mas o homem hipotético nesta ilustração.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39
*

5:1

lago de Genesaré. O mar da Galiléia; ver Marcos 1:16, nota.

* 5:2

lavavam as redes. Depois de cada viagem de pesca, as redes eram examinadas, emendadas e lavadas para a próxima viagem. Os barcos (naquele momento) não estavam em uso e, assim, Jesus pôde sentar-se no barco de Simão Pedro e afastar-se da multidão.

* 5:3

e, assentando-se. A postura normal para ensinar (4.16-20, nota).

* 5:5

toda a noite. A noite era o tempo preferido para a pesca.

* 5:6

grande quantidade. Esta pesca bem sucedida foi o resultado da obediência e não da habilidade ou técnica.

* 5:8

pecador. Repentinamente, ciente de que estava na presença de alguém que exercia o poder de Deus, Pedro tomou consciência de sua pecaminosidade (conforme Gn 18:27; 42:6; Is 6:5).

* 5:12

Algumas doenças de pele eram chamadas de lepra. Elas tornavam as pessoas cerimonialmente imundas e podiam desfigurar ou matar. A quarentena era a única defesa contra a disseminação da doença.

* 5:14

O sacerdote era uma espécie de inspetor de saúde, que podia atestar que o leproso estava limpo ou curado. O sacerdote também oferecia sacrifícios apropriados pelo fim da imundície ritual (Lv 14).

* 5:17

fariseus. Josefo refere que havia cerca de seis mil fariseus. Eles se consideravam como “separados” para Deus e procuravam servi-lo bem. Muitos deles eram piedosos, porém, sua ênfase sobre atos externos e tabus rituais tornavam outros endurecidos e formais. Estes se opunham a Jesus vigorosamente.

mestres da lei. Escribas cujo trabalho consistia na interpretação da lei de Deus. Muitos deles eram fariseus.

* 5:19

subindo ao eirado. As casas, com freqüência, tinham teto plano e escadas externas que lhe davam acesso.

* 5:20

Vendo-lhes a fé. Isto incluía os amigos bem como o paralítico. Jesus começa por perdoá-lo e não pela cura.

* 5:21

Quem é este. Ver nota em Mc 2:5.

* 5:24

para que saibais. Jesus liga o poder de perdoar ao poder de curar (Mc 2:9, nota).

Filho do homem. A auto-designação favorita de Jesus, usada muitas vezes nos Evangelhos mas somente pelo próprio Jesus. Refere-se à sua origem e vocação celestiais (Dn 7:13,14). Ver nota em Mt 8:20.

* 5:27

publicano. Ver nota em 3.12.

* 5:28

deixando tudo. Levi nunca mais voltaria a cobrar impostos; sua ação foi definitiva.

* 5:30

Os fariseus estariam fora e consideraram a comunhão com pecadores, à mesa, especialmente impura.

* 5:33

O único jejum prescrito na lei era o do Dia da Expiação (Lv 23:27), mas as pessoas religiosas jejuavam em outros dias (Zc 7:3,5). Jesus não ordenou jejuns, embora ele mesmo jejuasse (4,2) e permitisse o jejum entre seus seguidores (Mt 6:16-18).

* 5.36-38

Fazer remendo de pano tirado de veste nova em vestido velho estraga os dois — o novo por ter o remendo tirado dele e o velho porque o remendo não combina. Vinho novo em odres velhos fermenta e rompe os odres; assim, ambos vinho e odres se perdem.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39
5:1 O lago do Genesaret também se conhecia como o mar da Galilea ou o mar do Tiberias.

5:2 Os pescadores no mar da Galilea empregavam redes, freqüentemente usavam um peso de chumbo em forma de sino ao redor de seus borde. Ao lançar uma rede à água, o peso do chumbo fazia que se afundasse e cobrisse os borde. O pescador então atirava uma corda para fechar a rede ao redor do peixe. As redes deviam manter-se em boas condições, de modo que se lavavam para remover as algas e as remendar.

5:8 Simón Pedro se atemorizou com o milagre e sua primeiro reação foi reconhecer sua pequenez em comparação com a grandeza deste homem. Pedro sabia que Jesus sanava doentes e jogava fora demônios, mas se maravilhava de que O estivesse a par da rotina diária e compreendesse sua necessidade. A Deus não só interessa nos salvar, mas também nos ajudar em nossa vida diária.

5:11 Há duas condições prévias para seguir a Deus. Como Pedro, devemos reconhecer nossa natureza humana pecador. Logo, como estes pescadores devemos reconhecer que não podemos nos salvar a nós mesmos. Deus é o único que pode fazê-lo. Se reconhecermos que necessitamos ajuda e sabemos que Jesus é o único que nos pode ajudar, estaremos em condições de deixá-lo tudo e lhe seguir.

5:11 Este é o segundo chamado dos discípulos. Depois do primeiro (Mt 4:18-22; Mc 1:16-20), Pedro, Andrés, Jacóo e João voltaram a pescar. Observaram como Jesus estabeleceu sua autoridade na sinagoga, curou doentes e jogou fora demônios. Agora Jesus também estabelecia sua autoridade em suas vidas; achou-os em seu meio e lhes ajudou em seu trabalho. A partir daí, deixaram suas redes e permaneceram com o Jesus. Para nós, seguir ao Jesus é mais que reconhecê-lo como Salvador. Significa deixar nosso passado e dedicar nosso futuro ao.

5:12 A lepra era um mal temido porque freqüentemente era altamente contagiosa e não havia padre conhecida. A lepra tinha um impacto emocional de terror similar à SIDA hoje. (A lepra, também chamada o mal do Hansen, ainda existe em uma forma menos contagiosa que pode tratar-se.) Os sacerdotes se dedicavam à prevenção do mal, desterravam aos leprosos do povo a fim de acautelar a infecção e readmitiam a quem cujo mal estava em remissão. Já que a lepra destruía os terminais nervosos, freqüentemente os leprosos sem dar-se conta machucavam os dedos de pés e mãos e o nariz. Este leproso era um caso avançado, de maneira que sem dúvida tinha perdido grande parte das malhas de seu corpo. Mesmo assim, acreditava que Jesus poderia lhe curar seu mau.

5:13 Os leprosos se consideravam intocáveis porque as pessoas temiam contrair a enfermidade. Apesar de tudo, Jesus lhes aproximou e os tocou para saná-los. Possivelmente consideremos algumas pessoas intocáveis ou repulsivas. Não devemos temer nos aproximar e tocá-los com o amor de Deus. A quem conhece que necessita que o amor de Deus toque sua vida?

5:16 A gente ansiava ouvir a predicación do Jesus e sanar de suas enfermidades, mas Jesus se retirava a lugares desertos para orar. Muitas coisas reclamam nossa atenção e freqüentemente corremos para elas para lhes conceder nosso interesse. Como Jesus, devemos dedicar tempo para procurar lugares tranqüilos e orar. A fortaleza vem de Deus e a podemos conseguir sozinho quando passamos tempo com O.

5:17 Os líderes religiosos passaram muito tempo em definições e discussões sobre o vasto sistema da tradição religiosa acumulada por mais de quatrocentos anos da volta dos judeus do exílio. É mais, preocupavam-lhes tanto estas tradições feitas pelo homem, que perdiam de vista as Escrituras. Agora estes líderes se sentiam ameaçados porque Jesus desafiou sua sinceridade e a gente que o seguia.

5.18, 19 Nos tempos bíblicos as casas se construíam de pedra, com tetos planos de barro misturado com palha. Escadas exteriores conduziam ao teto. Estes homens levaram a seu amigo pelas escadas ao teto para logo tirar o barro e a palha mesclados a fim de baixá-lo até onde estava Jesus.

5.18-20 Não foi a fé do homem doente o que impressionou ao Jesus, a não ser a fé de seus amigos. Jesus respondeu à fé deles e sanou ao homem. Para bem ou para mau, nossa fé influi em outros. Não podemos fazer de outra pessoa um cristão, mas sim podemos fazer muito com palavras, ações e amor, a fim de lhe dar a oportunidade de decidir. Procure situações que motivem a seus amigos a viver a vida cristã.

5:21 Quando Jesus lhe disse ao paralítico que seus pecados eram perdoados, os líderes judeus o acusaram de blasfêmia, ao dizer ser Deus ou fazer coisas que solo O pode fazer. Na Lei judia a blasfêmia se castigava com a morte (Lv 24:16). Ao assinalar como blasfêmia o direito do Jesus de perdoar pecados, os líderes religiosos não entenderam que O é Deus e que tem poder para sanar o corpo e a alma. O perdão de pecados foi um sinal da chegada da etapa messiânica (Is 40:2; Jl 2:32; Mq 7:18-19; Zc 13:1).

5:27 se desejar mais informação a respeito do Leví (Mateus), discípulo e escritor do Evangelho do Mateus, veja-se seu perfil no Mateus 9.

5.28, 29 Leví respondeu como Jesus quer que o façam todos seus discípulos; seguiu a seu Senhor imediatamente e convidou a seus amigos a que fizessem o mesmo. Leví deixou o negócio de cobrador de impostos que era lucrativo, mas possivelmente desonesto, para seguir ao Jesus. Logo organizou uma recepção para seus colegas e outros notórios "pecadores" para que tivessem a oportunidade de entrevistar-se com o Jesus. Leví, que deixou atrás de si uma fortuna material a fim de ganhar uma espiritual, estava orgulhoso de associar-se com o Jesus.

5.30-32 Os fariseus cobriram seu pecado com respeitabilidade. apresentavam-se em público com aparência de bons, ao fazer boas ações e assinalar os pecados de outros. Jesus decidiu investir seu tempo, não com estes líderes religiosos justos, segundo eles, a não ser com gente consciente de seu pecado e que não era o bastante boa para Deus. Para chegar a Deus, você deve arrepender-se; e para fazê-lo, deve reconhecer seu pecado.

5:35 Jesus sabia que sua morte se aproximava. depois disso, o jejum era apropriado. Apesar de que O era totalmente humano, sabia que era Deus e qual era sua missão: morrer pelos pecados do mundo.

5.36-39 Os "odres" eram peles de cabra que se uniam em seus borde para formar bolsas herméticas. O vinho novo cresce com o tempo e era necessário pô-lo em um odre novo, em um flexível. Uma pele usada, mais rígida, poderia arrebentar e esparramar o vinho. Como os odres velhos, os fariseus se mostraram endurecidos para aceitar ao Jesus, quem não se ajustava a suas tradições nem regras. O cristianismo demanda novos enfoques, tradições, estruturas. Nossos programas de igreja e ministérios não devem estruturar-se tanto que não dêem lugar ao toque fresco do Espírito Santo, a um novo método ou a uma nova idéia. Nós, também, devemos tomar cuidado que nossos corações não se fechem e nos impeçam de aceitar a renovação que Cristo traz consigo. Precisamos manter nossos corações submissos a fim de aceitar a mensagem do Jesus que troca vistas.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39
2. Chamada de Quatro pescadores (5: 1-11)

1 Ora, aconteceu que, enquanto a multidão pressionado sobre ele e ouviram a palavra do Cod, que ele estava de pé à beira do lago de Gennesarct; 2 e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores haviam descido deles, e estavam lavando as redes. 3 E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra. E sentou-se e ensinou as multidões para fora do barco. 4 E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e deixe as suas redes para a pesca. 5 E Simão, respondendo, disse: Mestre, trabalhamos a noite toda, e nada apanhamos; mas, sobre tua palavra, lançarei as redes. 6 E quando eles tinham feito isso, eles apanharam uma grande quantidade de peixes; e as redes estavam rompendo; 7 e fizeram sinal aos companheiros do outro barco, para que viessem ajudá-los. E eles vieram, e encheram ambos os barcos, de modo que eles começaram a afundar. 8 Mas Simão Pedro, quando o viu, caiu aos pés de Jesus, dizendo: Apartai-vos de mim; porque sou um homem pecador, ó Senhor. 9 Pois ele ficou surpreso, e todos os que estavam com ele, no projecto de pesca que haviam tomado; 10 e assim também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios com Simon. E Jesus disse a Simão: Não temas; de agora em diante tu deverás homens de captura. 11 E quando eles trouxeram seus barcos para terra, deixaram tudo e seguiram-no.

Mateus e Marcos gravar a chamada de dois pares de irmãos-Pedro e André, Tiago e João. Aqui toda a conversa é com Pedro. Tiago e João são mencionados, mas não André.

É inevitável que a questão deve subir para saber se este é ou não o mesmo incidente como o descrito em Mateus e Marcos. Godet alega que se trata. Ele diz: "A chamada relacionada aqui por Lucas é, certamente, o mesmo que o que é relacionado, de uma forma mais abreviada, por Mateus (4: 18-22) e Mc 1:16 ). "Por outro lado, Geldenhuys escreve: "Esta história é, não significa o mesmo que em Mt 4:18 e Mc 1:16 . "Plummer é mais correta quando diz que" a identidade deste incidente com aquele narrado por Mateus e Marcos não pode nem ser afirmou nem negou com certeza ".

O relato de Lucas é muito mais completo do que os outros ". Só Ele registra a miraculosa de peixe, que foi o pagamento generoso de Jesus para o uso de barco de Pedro como um púlpito.

A multidão foi (literalmente) "mentir sobre Ele" para ouvir a palavra de Deus. Em relação à última frase Lowther Clarke diz: ". Este termo técnico, usado da pregação apostólica, é encontrada em Lucas só dos Evangelhos, cp At 4:31: 2 , etc. "

Os Evangelhos de Mateus e Marcos referem-se várias vezes para "o mar da Galiléia" e sempre chamá-lo de "o mar". Mas Lucas nunca faz. Mateus e Pedro (cuja pregação é refletida no Evangelho de Marcos), ambos viviam no lago. Para eles, era "o mar". Mas Lucas tinha navegado muitas vezes Mediterrâneo, para que ele corretamente chamado este pequeno corpo de água, cerca Dt 13:1. ; Mc 6:53 ).

Dois barcos estavam perto da costa, enquanto os pescadores lavavam suas redes depois de uma noite de pesca. Jesus entrou em um deles, que pertencia a Simão Pedro, e pediu-lhe para se afastar da praia um pouco. Sentado no barco o Mestre foi então capaz de falar à multidão que se aglomeravam na costa.

Quando ele terminou sua mensagem ao povo, Jesus pediu a Simão empurrar para a água profunda e abaixava a net. Pedro protestou que eles haviam trabalharam durante toda a noite e levado nada. Mas ele se dirigiu a Jesus como epistata (Mestre ), um termo encontrado somente em Lucas (7 vezes). Significa "comandante". Plummer diz: "Aqui ele é usado de uma pessoa que tem o direito de dar ordens." Então Pedro disse: a tua palavra, lançarei as redes (v. Lc 5:5 ).

Imediatamente as redes fechado um grande cardume de peixes, para o qual o lago da Galiléia é famoso. Tantos foram lá que suas redes estavam quebrando (v. Lc 5:6) -talvez melhor "a ponto de quebrar." Obviamente, "o freio redes" (KJV) não é exato, porque, nesse caso, eles teriam perdido o seu peixe.

Incapaz de lidar com a situação, eles (Pedro e André?) acenou -hoje se diria "acenou" -para os seus parceiros para vir e ajudá-los. Estes parceiros são identificados como Tiago e João (v. Lc 5:10 ). Parece que eles tinham ficado em terra enquanto o barco de Pedro colocou-se ao largo de água do lago é de cerca de 150 metros de profundidade, e foram longe demais para chamar por voz. Os parceiros veio e os dois barcos estavam cheios de peixes, quase ao ponto naufrágio.

O efeito sobre o impulsivo Pedro era típico. Ele caiu aos pés de Jesus, clamando: Apartai-vos de mim; porque sou um homem pecador, ó Senhor (v. Lc 5:8 ). A demonstração de poder divino sempre tende a trazer convicção sobre os pecadores e um profundo senso de humildade para santos.

A resposta do Mestre a Pedro foi: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens (v. Lc 5:10 ). O grego diz, "pegar vivo." Como Geldenhuys aponta, estas palavras mostram que este evento destina-se a ser entendido Ele acrescenta "simbolicamente em conexão com o evangelismo.": "Apesar de todas as falhas no passado, a igreja de Cristo deve novamente e novamente renovar suas tentativas energéticos sob sua orientação a se reunir em almas para o seu reino, e deve fazer isso não apenas nas "águas rasas", mas no "water'-não deep apenas nas proximidades da vida eclesiástica estabelecida, mas . Também entre as grandes massas de pessoas onde a necessidade é tão grande "Gore escreve:" Poucas narrativas são tão cheio de encorajamento para os trabalhadores na causa do Reino, responsável como eles são para uma sensação de desesperança devido a uma falha em seus esforços . "

Quando os barcos carregados de peixe alcançou a costa, os quatro pescadores deixou tudo para seguir a Jesus. Provavelmente eles fizeram provisão para suas famílias com os recursos provenientes da venda da grande captura de peixes.

3. cura de um leproso (5: 12-16)

12 E sucedeu que, enquanto ele estava em uma das cidades, eis que um homem cheio de lepra, e quando ele viu Jesus, ele caiu com o rosto, e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres, tu podes limpar-me. 13 E, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero;sê limpo. Imediatamente a lepra se apartou dele. 14 E ordenou-lhe a ninguém dissessem:., mas vai-te, e mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação, o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho 15 Mas assim muito mais foi para o exterior o relatório a respeito dele e grandes multidões se reuniram para ouvir, e serem curados das suas enfermidades. 16 Mas ele se retirava nos desertos, e orou.

Este é mais um incidente registrado em todos os três Evangelhos sinópticos (veja as notas sobre Mt 8:1 ; Mc 1:40 ). Aqui, novamente, vemos a mão do médico, Lucas, que descreve o homem como cheio de lepra. comentários Creed: " pleres["full"] é freqüentemente usada em escritores médicos gregos da doença. "

O leproso rogando duvidava disposição de Jesus, mas não o Seu poder. O Mestre resolveu a questão, dizendo: eu vou . Imediatamente a lepra deixou o homem. Jesus ordenou-lhe que informe o sacerdote e fazer a oferta necessária para a sua purificação, como um testemunho para eles -provavelmente os sacerdotes. Mas tal milagre foi obrigado a chamar a atenção. Em breve o relatório dele foi para o exterior (v. Lc 5:15 ). Grandes multidões se reuniram para ouvir Jesus e para ser curado por Ele. Mais uma vez ele se retirava nos desertos (áreas desabitadas), e orou . Esta é a segunda vez que Lucas sozinho registros de Jesus orando (conforme Lc 3:21 ). Em cada grande crise o Mestre passou algum tempo em oração. Antes era no Batismo; agora era antes de selecionar seus doze apóstolos.

D. controvérsias com os fariseus (5: 17-16: 11)

1. perdoar pecados (5: 17-26)

17 E aconteceu que, num daqueles dias, que ele estava ensinando; e havia fariseus e doutores da lei sentados, que tinham vindo de todas as aldeias da Galiléia e da Judéia e de Jerusalém. e o poder do Senhor estava com ele para curar 18 E eis que os homens trazem em uma cama um homem que era paralítico:. e procuravam introduzi-lo e pô-lo diante dele 19 E não encontrando pelo que maneira eles podem levar, por causa da multidão, subiram ao eirado, e deixá-lo para baixo através das telhas com a cama, até ao meio, diante de Jesus. 20 E, vendo a fé deles, disse ele, Homem, os teus pecados te são perdoados. 21 E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?22 Mas Jesus, percebendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Por que arrazoais em vossos corações? 23 Qual é mais fácil dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te e anda? 24 Mas, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse-lhe que era paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e ir para a tua casa. 25 E imediatamente se levantou diante deles, tomou o leito em que jazia, e foi para sua casa, glorificando a Dt 26:1 ; Mt 2:1 ). Lucas é o único que menciona especificamente os fariseus, e ele se refere a eles duas vezes (vv. Lc 5:17 , Lc 5:21 ). No entanto, Mateus e Marcos mencionar os escribas, que eram fariseus. Lucas acrescenta a designação de doutores da lei (v. Lc 5:17 ). Esta é uma palavra no grego, um composto que ocorre em outras partes do Novo Testamento apenas em At 5:34 e 1Tm 1:7 ). Mateus e Marcos usa a palavra gregaparalytikos . Mas Lucas diz que era paralítico ; ou seja, paralisado. Só Ele usa o verbo (aqui, v. Lc 5:24 , e duas vezes em Atos). Novamente Hobart comenta: "St. Uso de Lucas está em estrita concordância com a dos escritores médicos ".

A descrição de quebrar o telhado da casa de Pedro, a fim de diminuir o paralítico na frente de Jesus é contada mais graficamente, como de costume, por Marcos. Mas Lucas só menciona as telhas que cobriam o telhado (v. Lc 5:19 ). Ele também usa uma palavra diferente para sofá , encontrada somente aqui e no versículo 24 . É um diminutivo da palavra para cama (v. Lc 5:18 e Mt 9:2)

1. Chamada de Levi (5: 27-28)

27 E, depois disto, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, sentado no lugar do pedágio, e disse-lhe: Segue-me. 28 E ele abandonou tudo, e levantou-se e seguiu-o.

Para a discussão deste incidente veja as notas sobre Mt 9:9 . Lucas sozinho observa aqui que Levi era um publicano; ou seja, um cobrador de impostos.

b. Festa na casa de Levi (5: 29-32)

29 E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia uma grande multidão de publicanos e outros que estavam sentados à mesa com eles. 30 E os fariseus e os escribas murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e ? beber com os publicanos e pecadores 31 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Os que estão com saúde não têm necessidade de um médico; mas os que estão doentes. 32 Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

Veja comentários sobre Mt 9:9 e Mc 2:15 . Lucas é o único que afirma especificamente que fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa. É evidente que ele havia se tornado bem-to-do, se não for rico, como um cobrador de impostos. No entanto, não há nenhuma implicação aqui, como no caso de Zaqueu (Lc 19:8 ). Este é o particípio do verbo (da qual nós temos "higiene"), que ocorre somente no Evangelho de Lucas (3 vezes), nas Epístolas Pastorais (8 vezes) -Você Lucas escrever estes para Paulo? E de vez em 3Jo 1:2)

33 E disseram-lhe: Os discípulos de João jejuam frequentemente e fazem orações; Da mesma forma, também os discípulos dos fariseus; mas os teus comem e bebem. 34 E Jesus lhes disse: Podeis vós fazer os filhos da câmara de noiva rápido, enquanto o esposo está com eles? 35 Mas dias virão; e quando o noivo será tirado do meio deles, então eles vão rápido naqueles dias. 36 E ele também uma parábola lhes: Nenhum homem rasgou um pedaço de um vestido novo e põe em vestido velho; mais ele vai rasgar o novo, e também o pedaço do novo não vai concordar com o velho. 37 E deita vinho novo em odres velhos ninguém; outra coisa, o vinho novo romperá os odres, e em si vai ser derramado, e as peles perecerá. 38 Mas o vinho novo deve ser posto em odres de vinho. 39 E ninguém tendo bebido velho vinho quer o novo; porque diz: O velho é bom.

Para a discussão deste ponto ver os comentários sobre Mt 9:14 e Mc 2:18 . Há muito pouco material distintivo em Lucas. No entanto, no versículo 33 , ele acrescenta: mas os teus comem e bebem. É óbvio que isso e o incidente anterior de que Jesus não era um asceta extremo. Aqueles que desejam enfatizar ascetismo rigoroso como um elemento essencial na vida cristã pode encontrar nenhum apoio para isso na vida de Cristo.

O jejum é uma fase importante da verdadeira piedade, quando ele é usado como um auxílio para rezar mais intensa e ininterrupta. É mais eficaz quando uma pessoa fica tão sobrecarregado em oração para que ele não se importa de comer. Envolvido em um dever legalista ele pode fazer mais mal do que bem. Tittle cita um exemplo que mostra a observação não é um caso isolado. Ele escreve: "Um certo clérigo fez dele um ponto de honra para jejuar em dias santos. Nesses dias, de acordo com membros do seu pessoal da igreja, ele foi especialmente melancólico, irritável e ditatorial "O teste de qualquer prática religiosa é: faz-nos mais semelhantes a Cristo? Se não, ele está prejudicando ao invés de ajudar o Reino.

Lucas sozinho rotula como uma parábola os ditos de Jesus sobre a colocação de um novo patch em roupa velha e vinho novo em odres velhos, (vv. Lc 5:36-38 ).

Barclay faz uma interessante aplicação do último número: "." Não ", diz Jesus," deixe sua mente tornar-se como um velho odre '... A passagem inteira é a condenação de Jesus sobre a mente fechada e seu apelo para que os homens não devem rejeitar novas ideias. "

Lucas acrescenta versículo 39 : E ninguém tendo bebido vinho velho quer logo o novo; porque diz: O velho é bom . O propósito deste verso é assim definido por Farrar: "O espírito para que nosso Senhor aqui (como se fosse) oferece um pedido de desculpas é a tendência humana profundamente enraizada a preferir hábitos antigos para novas luzes e fórmulas estereotipadas de verdades novas."

Geldenhuys faz outro aplicativo útil da palavra sobre odres. Ele escreve: "Assim como as novas formas de religião trazida por Jesus não podia tolerar qualquer compromisso com as velhas formas, por isso é também com a nova vida que cada pessoa regenerada encontra em Cristo"; e acrescenta: "Não deve haver mistura com o primeiro tipo de vida a que um homem estava acostumado antes de sua conversão." Não é só o cristianismo uma religião nova, mas a vida cristã é uma vida nova. Os cristãos mais velhos precisam de recuperar o frescor de novos convertidos.

Em uma nota especial Geldenhuys dá um bom resumo do assunto de "jejum". Ele chama a atenção para o fato de que a lei do Velho Testamento prescreve apenas um rápido, o do Dia da Expiação (Lv 16:29. ). O jejum foi, no entanto, utilizado como sinal de luto (2Sm 1:12 ). "Durante o exílio babilônico, como resultado da falta dos serviços sacrificiais, surgiu a opinião de mais e mais que o jejum era um trabalho meritório que seria recompensado por Deus." Esta idéia foi combatido pelos profetas (eg, Zech. 7 : 5ss.). Mas a situação atingiu seu legalista pior entre os fariseus. Geldenhuys diz: "A atitude de Jesus para com o jejum eleva rapidamente para isso, que Ele rejeita como uma cerimônia religiosa meritório tendo um carácter obrigatório, cerimonial; mas Ele praticou Ele mesmo, por vezes, e permite-o como uma forma voluntária de disciplina espiritual. "

Isso indica o caso de forma muito clara. O jejum deve sempre ser puramente voluntária e não é considerado tanto um requisito legal ou uma evidência de piedade.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39
Esse capítulo descreve quatro even-tos que ilustram a preocupação do nosso Senhor com os indivíduos e com seu ministério a eles.

  1. O chamado para o trabalho (5:1 -11)

Um ano antes, Pedro, André, Tiago e João conheceram Jesus (Jo 1:35-43) e o seguiram por um curto período de tempo e, depois, retornaram ao seu negócio de pesca. No versícu-lo 10, Jesus chama seus discípulos para deixar tudo e segui-lo de forma permanente como seus colaborado-res. É provável que houvesse sete pescadores no grupo dos discípulos (veja Jo 21:2). Os pescadores sabem como trabalhar em grupo, não de-sistem com facilidade, são corajo-sos e trabalham com afinco. Essas são qualidades ideais para os discí-pulos de Jesus Cristo. O fato de que os homens planejavam sair ao mar de novo após limpar a rede compro-va que eles não desanimavam com uma noite de fracasso.

Pedro estava humilde, não por causa da noite de fracasso, mas pelo sucesso espantoso da pescaria, e essa é a marca do verdadeiro cará-ter. Se o sucesso o deixa humilde, então o fracasso o edifica. Se o su-cesso o deixa inchado, então o fra-casso o destrói. Pela fé, os homens deixaram tudo e seguiram Cristo. Eles pescavam peixes vivos que morriam quando eram pegos. Ago-ra, eles pescariam peixes mortos — pecadores — que viveriam quando fossem pegos!

  1. A purificação do leproso (5:12-15)

Os leprosos não podiam se aproxi-mar das pessoas (13 45:3'>Lv 13:45-46), no entanto Jesus permitiu que esse ho-mem fosse a ele para dizer o que pre-cisava. Todos podem se aproximar do nosso Senhor, mesmo as pessoas rejeitadas pelos outros. Jesus não só falou com o homem, mas também

  1. tocou, o que significava que o Se-nhor ficou cerimonialmente impuro por causa da doença. Entretanto, o toque libertou o leproso da doença, em vez de sujar Jesus! Os que se perguntam se ele está disposto, ou não, a salvar as pessoas deviam ler
  2. Timóteo 2:4 e2Pe 3:9. Para conhecer as leis que regem o exa-me e o cerimonial de purificação dos leprosos, leia Levítico 13 e 14. Observe que o capítulo 14 oferece um belo retrato da obra expiatória de nosso Senhor Jesus Cristo.
  3. A cura do pecador (5:16-26)

Por que a multidão era tão grande a ponto de quase impedir que os necessitados chegassem a Jesus? Muitas pessoas eram apenas espec-tadores que vinham assistir aos mi-lagres; outras queriam ouvir a Palavra de Deus; e outras, ainda, esta-vam presentes apenas para ouvir e criticar. Devemos elogiar os quatro homens por sua fé e determinação. Eles levaram o paralítico para o te-lhado pela escada externa, tiraram as telhas e o colmo e o desceram diante de Jesus. (A palavra grega traduzida por "telha" corresponde à nossa palavra para "ladrilho".) Não houve estrago permanente, já que era fácil consertar o telhado. Que privilégio fazer parte de um milagre! O esforço dos amigos va-leu a pena!

Claro que é muito fácil dizer: "Estão perdoados os teus peca-dos", porque ninguém pode provar que isso não aconteceu. Por isso, Jesus curou o homem instantanea-mente e deu algo visível aos fari-seus e escribas. Talvez a condição do homem fosse resultado de seus pecados (Jo 5:14). O perdão tem o mesmo efeito para a alma que a cura para o corpo (SI 103:1-3). Je-sus afirmou ser Deus ao perdoar os pecados. Seus críticos sabiam disso e o acusaram de blasfêmia.

  1. A mudança na vida dos homens (5:27-39)

Lucas apresenta-nos dois coletores de impostos que criam em Jesus — Levi (Mateus [Mt 9:9]) e Zaqueu (Lc 19:1-42). Já era bastante ruim quan-do os gentios coletavam impostos para Roma, mas os judeus, quando faziam isso, eram ainda muito mais estigmatizados. Levi não apenas se-guiu Jesus, mas convidou muitos de seus "amigos pecadores" para co-nhecer Jesus. Esse é um bom plano para os cristãos seguirem: apresen-tar os antigos amigos ao novo Amigo antes de eles abandonarem você.

Mais uma vez, os escribas e fariseus estavam por perto para criticar (vv. 21,30). Todavia, Jesus defendeu a si mesmo e aos novos amigos usando três exemplos. Pri-meiro, ele comparou-se ao médico que atende aos doentes. Jesus via os pecadores perdidos como do-entes que precisavam de cura, não como inimigos a serem condena-dos. Segundo, comparou-se a um noivo feliz que convida os famintos e os infelizes para sua festa. Para os escribas e fariseus, a religião era um funeral, mas para Jesus era uma festa de casamento!

Seu terceiro exemplo referia-se ao antigo e ao novo. Não se remen-da uma veste velha usando um pe-daço de uma veste nova, pois "ras-gará a nova, e o remendo da nova não se ajustará à velha". Se você põe o vinho novo em um odre ve-lho, a fermentação do líquido pro-duz gás, e o odre se rompe. Jesus não veio para "remendar" a vida das pessoas, mas para torná-las ín-tegras. Ele não veio para misturar o antigo com o novo, mas para trazer vida nova para todos os que crêem nele (2Co 5:17). A tragédia é que as pessoas dizem: "O antigo é me-lhor!", e não querem o novo. O re-lato de Hebreus tem a finalidade de mostrar como a nova aliança de fé é muito melhor que a antiga.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39
5.1 Genesaré. Mar da Galiléia, 21 km x 12 km e 220 m abaixo do nível do mar.

• N. Hom. 5:4-11 Elementos na Formação de um Pescador de Homens:
1) Experiência do Poder de Cristo - o Mestre (vv. 5, 6);
2) Consciência do pecado e perdão (conforme 42:5, 42:6; Is 6:5).

5.5 Sob a tua palavra. Contra todas as indicações (hora, desânimo), Pedro obedeceu a seu Mestre, gr epistata, "aquele com direito de mandar” (só aparece em Lc), confiando na ordem recebida.

5.7 Irem o pique. Gr buthizesthai, "afundar", empregado só aqui e em 1Tm 6:9, onde descreve a descida para a perdição dos que desejam riquezas.

5.8 Retira-te de mim. É a reação imediata do pecador convicto diante da santidade de Deus (conforme Ap 6:1 Ap 6:6).

5.10 Doravante... Jesus chamou Seus discípulos enquanto estavam empenhados no trabalho árduo, não entre líderes religiosos desocupados. É digno de nota que Pedro é chamado duas vezes, após duas pescas maravilhosas - primeiro, para o discipulado; depois, para o apostolado (Jo 21:1-43).

5.11 Deixando tudo. É possível que, sendo chamado pela primeira vez (Mt 4:18-40), não seguiu com todo o seu tempo e dedicação. A lição da "Pesca Maravilhosa", para Pedro, seria a de que Cristo cuidaria de todas as necessidades pessoais e da família daquele que não temesse e cumprisse o mandamento do Senhor, de lançar redes para ganhar homens perdidos.

5.12 Se quiseres. O leproso aproxima-se de Jesus contrariando a lei (Lv 13). Vem em humildade e submissão, como todo pecador arrependido. A cura (como o perdão), é instantânea, quando Jesus toca no homem.

• N. Hom. 5:18-26 Fé individual e coletiva.
1) A fé do paralítico reconhece, no pecado, a raiz do seu problema e obedece à ordem de Cristo (25);
2) os companheiros mostram fé no Senhor e amor ao incapacitado, o. que resulta numa ação persistente (19).
3) Cristo galardoa a fé, operando o milagre de perdão e cura. Conclusão: A oração com fé e o esforço para trazer os paralíticos do pecado a Jesus, serão eficazes.
5.20 Estão perdoados. A causa da doença no mundo é o pecado, se não individual (como aqui - conforme Jo 9:3), é, então, coletivo, da humanidade inteira.

5.21 Escribas. Eram "os mestres da lei" (v. 17). Eram os estudiosos dentre os fariseus, com autoridade para interpretar a lei e as tradições.

5.22 Os pensamentos. Deparamos com mais uma evidência que Jesus é divino, pela capacidade de conhecer plenamente os pensamentos de todos (conforme 2.24, 25). Coração. Quando não entregues ao Senhor, são logo levados a condenar a Sua bondade.

5.23 Mais fácil. Enquanto o perdão do pecado não pode ser verificado pelos homens, a restauração do doente é comprovada na hora.

5.24 Autoridade. É divina, gr exousia (conforme Mt 28:18). A autoridade e o título "Filho do Homem" são prerrogativas messiânicas (conforme Ez 7:13,Ez 7:14). A operação de milagres é uma prova da presença do Rei e do Reino na terra (10.9).

5.26 Prodígios. Os milagres de Jesus não têm o intuito principal de persuadir descrentes a crerem nele (Mc 8:12), são sinais e parábolas que revelam Deus e Sua vontade aos crentes.

5.27 Levi. Mateus, o autor do primeiro evangelho (conforme 9.9), era publicano, chefe dos fiscais de impostos a serviço do tetrarca Herodes, no caminho comercial entre Acre e Damasco (conforme Mc 2:13-41).

5.30 Enquanto os fariseus procuravam a salvação por meio da segregação, Jesus oferecia a graça de Deus na comunhão.
5.31 Os sãos. Um dos temas preponderantes nas parábolas sobre a salvação é: os que se julgam justos, separam-se da graça salvadora de Cristo (18:9-14).

5.35 Tirado o noivo. A primeira referência de Jesus à Sua morte. Naquela ocasião, a tristeza levaria os discípulos a jejuar. Tendo em vista que Cristo, por meio do Espírito

Santo, está com os Seus até o fim do mundo (Mt 28:20), jejum seria voluntário. É de grande valor quando acompanha a oração persistente em tempos de crise e necessidade (At 9:9; At 13:2, At 13:3; At 14:23).

5.36 Veste nova. Como seria pura tolice estragar uma veste nova para mal remendar uma velha, o novo caminho da liberdade na salvação em Cristo não deve ser estragado com velhas cerimônias inúteis do judaísmo. Ainda que o NT esteja intimamente relacionado com o Velho, como seu cumprimento, não se pode confundir a sombra com a realidade


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39

5) Milagres e discursos (5.1—6.11)
A característica marcante dessa seção é a crescente hostilidade dos fariseus, logo após as declarações sinceras e o sucesso que resultou do seu ensino. Sua autoridade até sobre a natureza, demonstrada na pesca maravilhosa, parece ser o fato decisivo que leva Si-mão e os filhos de Zebedeu ao discipulado; a notícia da cura de um leproso leva grandes multidões a ouvi-lo para serem curadas. E nesse ponto que aparecem os fariseus e mestres da lei procedentes de todos os povoados da Ga-liléia, da Judêia e de Jerusalém (5.17), sem dúvida para descobrir exatamente o que estava acontecendo. Eles encontram farto material de que se queixar: Ele de fato declara que os pecados de um homem estão perdoados, se associa com cobradores de impostos e prostitutas, não impõe o jejum aos seus discípulos nem os censura por colherem espigas de trigo no sábado. Até ele mesmo cura no sábado. Todas essas coisas constituem ofensas contra o sistema de observâncias e regulamentos que eles sobrepuseram à Lei de Deus.

a) A pesca miraculosa (5:1-11)

Essa história, como já foi observado, substitui o relato simples de Marcos acerca do chamado ao discipulado. Está bem claro que Simão já era um amigo de Jesus, que visitou a sua casa (4,38) e pregou do seu barco (5.3); aliás, Jo 1:37-43 conta de um encontro durante a missão de João Batista. O chamado de Simão é descrito nos evangelhos em três estágios sucessivos: (1) o encontro inicial com

Jesus (Jo 1:41) em que ele recebeu um novo nome: “ ‘Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas’ (que traduzido é ‘Pedro’)”;

(2)    o chamado de abandonar tudo e todos e se tornar discípulo (Mc 1:16-41; Lc 5:11). de agora em diante você será pescador de homens',

(3)    o chamado ao apostolado (v. a seguir Lc 6:14).

v. 1. lago de Genesaré'. O mar da Galiléia (AT, lago de Quinerete; NT, lago de Genesaré ou mar de Tiberíades). O pequeno mar no interior, atravessado pelo Jordão ao norte do seu curso, era um centro da indústria da pesca no século I, e estava rodeado naquela época por uma série quase contínua de vilas e cidades, como Betsaida e Cafarnaum. Hoje, só restou Tiberíades e algumas ruínas marcando os lugares das outras. “A mudança dos padrões de comércio privaram o lago de sua importância na vida da região” (NBD). v. 2,3. Pedro e os filhos de Zebedeu (v. 10) eram parceiros num negócio de pesca com dois barcos. Jesus sentou no barco de Pedro para ensinar o povo. Essa é a primeira pregação ao ar livre do nosso Senhor registrada por Lucas; até aqui, ele pregou nas sinagogas, v. 4-7. Um incidente bem semelhante é descrito em Jo 21:5-43; mas as diferenças nos detalhes são suficientemente perceptíveis para deixar claro que houve dois incidentes distintos. “Não há nada de improvável em dois milagres de tipo semelhante, um concedido para destacar e ilustrar o chamado, o outro para a confirmação do chamado, do principal apóstolo” (Plummer, p. 147). Não há necessidade de se verem duas tradições diferentes concernentes ao mesmo incidente. Aqui, Jesus está no barco; em João, ele está na margem. Aqui, ele lhes diz que movam o barco para um lugar mais fundo; lá, eles simplesmente devem pescar do outro lado do barco. No evangelho de Lucas, a rede se rompe; o quarto evangelho nos conta especificamente o oposto, v. 8-10. Tanto Tiago e João quanto Pedro ficaram perplexos diante do que aconteceu, mas, ao contrário dos outros dois, Pedro foi conduzido pela manifestação do poder divino à consciência intensa da sua própria indignidade (conforme Is 6:5; 40:4 etc.). “A história parece pressupor uma intensidade particular na consciência de pecado de Pedro” (O. Cullmann, Peter, T.I., 1953, p. 68). v. 10. “Não tenha medo; de agora em diante você será pescador de homens"; Jesus fala palavras de paz ao aflito Pedro, palavras que fazem eco de Jr 16:16. v. 11. Eles [...] deixaram tudo e o seguiram: Reunir em torno de si um grupo de discípulos era prerrogativa dos grandes rabinos; essa reivindicação de autoridade para fazer o mesmo deve ter enfurecido ainda mais os fariseus.

b)    Um leproso é curado (5:12-16)

Essa é a última das histórias de autoridade: Jesus não somente reivindica, mas exerce autoridade sobre a temida lepra, na vida de homens de sua época que eram tão temidos quanto o câncer hoje em dia. V.comentário de Mc 1:40-41 ad loc. O relato de Lucas segue o de Marcos, mas é mais breve. Ambos contam como Jesus ordenou ao homem curado a cumprir as exigências da lei levítica (esp. Lv 13) ao se apresentar ao sacerdote e pedir um certificado de purificação; nem mesmo esse cuidado do Senhor em satisfazer a Lei diminuiu, aos olhos dos oponentes do nosso Senhor, a enormidade da sua transgressão nas ocasiões em que ele curou no sábado.

c)    Histórias de conflito (5.17—6.11)
Lucas se fundamenta em Marcos para registrar agora cinco episódios em que os fariseus e escribas reagem violentamente às suas reivindicações:

(1) Acerca do perdão de pecados (5.1726; conforme Mc 2:1-41). Quatro homens trazem um amigo paralítico para ser curado e, achando que era impossível aproximar-se de Jesus de outra forma, eles o fazem descer através do telhado. Reconhecendo o mal-estar espiritual do homem doente como seu problema mais urgente, Jesus lhe assegura o perdão, somente para ser acusado de blasfêmia por fazê-lo. Lucas faz duas interessantes modificações de vocabulário: Marcos usa a palavra comum para telhado (gr. stegê, de um verbo que significa “cobrir”), Lucas fala de “ladrilhos” (ARA), gr. keramos, cognato da palavra usada para oleiro. Alguns vêem nisso uma contradição, mas não há dúvida de que as duas palavras são usadas de forma geral para telhado. Daí para se referir à cama, Marcos usa uma palavra que significa uma cama baixa, geralmente feita de vime ou madeira leve, carregada por pedintes; a palavra que Lucas usa simplesmente sugere algo sobre o que se pode deitar. Além dessas duas palavras, há poucas diferenças entre os relatos de Marcos e Lucas. No v. 24, Lucas se refere pela primeira vez a Jesus como o Filho do homem.

(2)    Acerca de convenções sociais (5:27-32; conforme Mc 2:13-41). Jesus, tendo chamado Levi (Mateus, v. Mt 9:9) para ser seu discípulo, aceitou um convite que seu novo seguidor lhe fez para um banquete oferecido aos seus antigos colegas. As críticas dos fariseus concernentes às amizades que ele faz, Jesus responde que, assim como um médico se preocupa com os doentes para lhes ministrar cura, o seu lugar é entre os pecadores aos quais veio salvar, apesar das convenções artificiais da sociedade.

(3)    Acerca do jejum (5:33-39; cf. Mc 2:18-41). O jejum, assim Jesus ensinou quando foi questionado acerca da razão de seus discípulos não jejuarem, tinha o seu lugar, mas não durante a festa de casamento enquanto o noivo estava presente. Mateus (9:14-17) e Marcos colocam após esse ditado duas breves parábolas, a do remendo novo no pano velho e a do vinho novo em vasilhas velhas; Lucas ainda acrescenta uma terceira: E ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: “O vinho novo é melhor!” (5.39).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lucas Capítulo 4 do versículo 16 até o 50

IV. O Ministério Ativo do Salvador. 4:16 - 9:50.

A primeira parte do ministério de nosso Senhor ocupou cerca de dois anos e meio. Inclui a escolha dos apóstolos, a maior parte dos seus ensinamentos e curas, e alcança o seu clímax na Transfiguração. Lucas estava empenhado em mostrar a Teófilo o caráter divino de Jesus, e a natureza profética de sua missão.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39
b) Do chamado dos primeiros discípulos até a escolha dos doze (Lc 5:1-42) -Este incidente é com toda a probabilidade o mesmo tal como está registrado de forma abreviada em Mt 4:18-40 e Mc 1:16-41. Vide notas nas mesmas passagens. Somente Lucas narra acerca de Jesus ensinando do barco de Simão (cfr. Mq 3:9-33 sabemos que ele já se havia encontrado com o Mestre. Retira-te de mim (8). O resultado deu a Pedro uma tal revelação nova do caráter de Jesus, que deste modo havia recompensado a ele pelo uso do barco, que ele viu seu próprio caráter em uma verdadeira luz. Dirigiu-se naquela hora a Jesus com o título mais elevado e mais santo de Senhor.

>Lc 5:12

2. MILAGRES ESPECIAIS DE CURA (Lc 5:12-42) -Durante uma viagem pelas cidades da Galiléia, Jesus curou um leproso que apelara para Ele e o milagre resultou em um grande aumento de interesse popular. Grandes multidões acorreram para serem também curadas, porém Jesus continuou a retirar-Se a fim de orar (12-16). O milagre é descrito com maior brevidade ainda em Mt 8:1-40 e mais completamente em Mc 1:40-41, onde podem ser lidas as notas correspondentes. Somente Lucas é quem descreve o homem como estando coberto de lepra (12). A fama cada vez mais crescente de Jesus atraiu os líderes religiosos de toda a parte da terra e alguns deles estiveram presentes em outra ocasião, quando Jesus curou um paralítico que havia sido descido através de um telhado em uma casa repleta de gente. Ficaram eles escandalizados quando Jesus disse ao homem enfermo, antes de curá-lo, que seus pecados estavam perdoados (17-24). Entretanto, o povo que testemunhou aquele milagre ficou atônito e mostraram temor, dando também glória a Deus (25-26). Vide notas em Mt 9:2-40; Mc 2:1-41. Mostra-te ao sacerdote (14). Jesus não queria que a lei fosse ignorada, e esta requeria que o sacerdote desse um certificado de purificação (vide Lv 13). Fariseus (17), Eram eles um partido religioso que tinha a atenção de observar estritamente a lei tal como interpretada pelos escribas ou doutores da lei (17). O poder do Senhor estava com Ele para curar (17). Estava presente para Jesus usar em Seus milagres de cura. Isto indica Sua dependência em Deus em todo o Seu trabalho. O Filho do Homem (24). Esta é a frase que Jesus sempre usou ao falar de Si mesmo. Nenhum dos evangelistas a empregou referindo-se a Jesus e ninguém jamais se dirigiu a Ele usando esse título. Evidentemente Ele mesmo desejava ser encarado como o homem representativo.

>Lc 5:27

3. O DISCIPULADO DE LEVI (Lc 5:27-42) -Esta passagem é paralela a Mc 9:9-41 e Mc 2:14-41, onde há notas relativas a tais trechos. Levi é também conhecido como Mateus, o nome que ele próprio usa. Era ele um coletor de impostos e foi chamado de seu banco de coletor. Respondeu imediatamente, deixando seu negócio lucrativo para tornar-se um seguidor de Jesus (27-28). Deu ele uma recepção a seu novo Mestre em seu próprio lar, o que fez com que se reunisse um grande número de companheiros publicanos e outros párias sociais, juntamente com Jesus. Tal ocasião foi propícia a que Jesus explicasse o propósito real de Sua missão (29-32). Depois uma questão foi levantada com respeito à razão pela qual os discípulos não jejuavam como os discípulos de João e os fariseus. Ao responder-lhes, Jesus deu a primeira idéia concernente à Sua morte (33-35), seguindo-se à mesma duas afirmações parabólicas a fim de mostrar que Ele não estava remendando o velho sistema legal, mas, sim, introduzindo uma ordem inteiramente nova (36-39).

Um publicano (27). Os publicanos eram de duas classes-coletores de impostos diretos e oficiais de alfândega. Levi pertencia à segunda classe. Os fariseus e seus escribas (3); isto é, escribas que pertenciam ao partido dos fariseus. A função dos escribas era a de copiar e explicar a lei. Haviam carregado a lei com tradição e, entre outras coisas, haviam acrescentado muitos jejuns novos. Enquanto está com eles o noivo (34). Jesus estava fazendo alusão ao fato de que João havia chamado a Ele de "o noivo" e a si próprio de "o amigo do noivo" (vide Jo 3:29). Vinho novo em odres novos (38). Duas palavras diferentes são aqui empregadas para "novo": neos, isto é, novo com referência a tempo, fresco ou feito há pouco tempo; e kainos, novo com referência a qualidade, sem estar estragado ou afetado pelo uso. O vers. 39 é peculiar a Lucas. O Senhor explica como era natural que aqueles que tivessem ido para compreender o valor do velho Judaísmo devessem estar indesejosos de o abandonar por algo novo e não experimentado.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39

26. As Características da Divindade de Jesus (Lucas 5:1-11)

Ora, aconteceu que, enquanto a multidão estava pressionando em torno dele e da escuta da Palavra de Deus, Ele estava de pé à beira do lago de Genesaré; e viu dois barcos que estão na beira do lago; mas os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. E Ele entrou em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra.E sentou-se e começou a ensinar o povo a partir do barco. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao águas profundas e lança as redes para a pesca." Simon respondeu, e disse: "Mestre, nós trabalhamos duro durante toda a noite, nada apanhamos, mas vou fazer o que Você diz e lançarei as redes "Quando eles tinham feito isso, eles juntaram uma grande quantidade de peixes, e as redes começaram a quebrar.; para que um sinal para seus parceiros no outro barco para eles virem e ajudá-los. E eles vieram e encheram ambos os barcos, de modo que eles começaram a afundar. Mas, quando Simão Pedro viu isso, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: "Vá para longe de mim Senhor, porque sou um homem pecador, ó Senhor!" Para espanto se havia apoderado dele e todos os seus companheiros, devido à captura de peixes que haviam feito; e assim também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. E Jesus disse a Simão: "Não tenhas medo, de agora em diante serás pescador de homens." Quando eles trouxeram seus barcos para terra, deixaram tudo e seguiram-no. (5: 1-11)

Os últimos séculos têm visto um enorme número de livros escritos sobre o Senhor Jesus Cristo. A busca do século XIX para o "Jesus histórico" viu inúmeras explicações por escrito sobre Jesus. A maioria foi gerada a partir de uma perspectiva racionalista, naturalista, em uma tentativa de obter suposta por trás da fantasia bíblica "Cristo da fé" ao nondivine, nonSobrenatural real "Jesus da história". Pressupostos anti-sobrenatural de seus autores controlada suas pesquisas, como I. Howard Marshall observa:
Muitos destes investigadores acreditavam que o verdadeiro Jesus deve ter sido uma pessoa comum com nada de sobrenatural ou divino sobre ele. Sua vida deve se enquadrar em padrões humanos comuns, e ser explicável em categorias puramente humanos. Para essas pessoas, a frase "Jesus histórico" significava claramente um Jesus não sobrenatural. ( Eu acredito no Jesus histórico [Grand Rapids: Eerdmans, 1977], 110-11)

Ela deveria vir como nenhuma surpresa que aqueles que começaram com um viés anti-sobrenatural acabou com um Jesus nonSobrenatural. Marshall passa a notar que
em todos os casos a imagem de Jesus era de Jesus claramente formado por um artista do século XIX. O processo atingiu o seu clímax na assim chamada "Liberal Jesus," um professor um tanto inofensivo proclamando "a paternidade de Deus e da irmandade dos homens." ... A crítica mais contundente [do "Liberal Jesus"] veio da pena de William Templo, arcebispo de Canterbury, que disse simplesmente: "Por que alguém deveria ter incomodado a crucificar o Cristo do protestantismo liberal sempre foi um mistério." ( Eu acredito no Jesus histórico , 113)

Famoso livro de Albert Schweitzer, A Busca do Jesus histórico , escrito no início do século XX, narrou a busca do século XIX para o "Jesus histórico" e pronunciou todos esses esforços fúteis. (Ironicamente, ele então passou a prevista sua própria interpretação cética, não-bíblico da vida de Cristo.) Mas o século XX iria produzir os seus próprios pontos de vista aberrantes de Jesus. O influente crítico alemão Rudolf Bultmann Novo Testamento era conhecido por sua abordagem "desmitificação" para o Novo Testamento. Como resultado, "para Bultmann nada sobreviveu dos feitos de Jesus e muito pouco de seu ensino" (Marshall, eu acredito , 126). A chamada "nova busca do Jesus histórico" no Guerra 2 era pós-Mundial concluiu, como o velho do século XIX um, que pouco, ou nada, poderia ser conhecido sobre a vida de Cristo. As últimas décadas do século XX viu a ascensão do Seminário Jesus, cujos membros também reinventou Jesus para caber suas Escrituras que rejeita, o viés anti-sobrenatural. Eles ainda teve a audácia de se arrogam o direito de voto em que palavras de Sua eram autênticos. (Para uma defesa da confiabilidade histórica dos relatos do Evangelho da vida e ministério de Jesus, ver Lee Strobel, O Case for Cristo [Grand Rapids: Zondervan, 1998]; para uma crítica acadêmica de abordagens críticas para os Evangelhos, ver Robert L . Tomé e Davi F. Farnell, A Crise Jesus (Grand Rapids: Kregel, 1998)

Mas todos esses esforços céticos para encontrar o "real" Jesus está fadado ao fracasso, porque não olhar para Ele, no único lugar onde Ele pode ser encontrado-o registro histórico divinamente inspirada, inerrante de Sua vida e ministério no Novo Testamento Evangelhos. Para negar a veracidade dos Evangelhos e, em seguida, tentar construir uma vida de Jesus é fútil e absurdamente hipócrita.
Lucas é a mais longa dos quatro Evangelhos, mas o leitor não tem de trabalhar através de todo o livro para a verdade a respeito do Senhor Jesus Cristo para se tornar evidente. O verdadeiro Jesus é inequivocamente revelado em cada seção de Lucas, e não mais do que nesta passagem. Seus onze versos retratá-lo como plenamente humano; Ele agiu e falou como um homem, e foi aceito como uma das pessoas ao seu redor. No entanto, esses mesmos versos revelam que Ele é mais do que um simples homem. A profunda incidente em Sua vida aqui apresentado revela claramente a sua natureza essencial como Deus. Como esta história de um incidente de pesca no Mar da Galiléia se desenrola, cinco dos atributos divinos de Jesus são manifestados. Ele é a fonte da verdade, onisciente, onipotente, santo e misericordioso.

JESUS É A FONTE DA VERDADE

Ora, aconteceu que, enquanto a multidão estava pressionando em torno dele e da escuta da Palavra de Deus, Ele estava de pé à beira do lago de Genesaré; e viu dois barcos que estão na beira do lago; mas os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. E Ele entrou em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra.E sentou-se e começou a ensinar o povo a partir do barco. (5: 1-3)

A frase agora aconteceu indica que uma quantidade indefinida de tempo se passou desde os eventos registrados em 4: 38-44. O Senhor ainda estava na Galiléia, pregando, curando, e expulsando os demônios, que, compreensivelmente, resultou em grandes multidões segui-Lo (v 42 (v 44). (Vv 40-41.);.. Conforme v 14; 5 : 15; 06:17; 7: 11-12, 24; 8: 4, 42, 45; 09:11, 37; 11:14, 29; 12: 1, 54; 14:25 Escrevendo no final do primeiro. século, o historiador judeu Flávio Josefo calculou a população da Galiléia em cerca de três milhões, o que permite a grande tamanho das multidões que se seguiram Jesus.). Em um dia em que não existiam meios de comunicação, comunicadores talentosos atraiu multidões, e Jesus foi, obviamente, incomparável (Jo 7:46).

Nesta ocasião, a multidão estava pressionando em torno dele e ouvir a palavra de Deus como Ele estava de pé à beira do lago de Genesaré . O lago , mais comumente conhecido como o Mar da Galiléia (o Velho Testamento se refere a ele como o mar de Quinerete, ou Quinerote [Js 12:3 Js 13:27..], e o apóstolo João chama-lhe o mar de Tiberíades [Jo 6:1: 1), as multidões ansiosas subiu em torno de Jesus, empurrando-o para a beira da água. O que chamou sua atenção foi a pregação de Jesus ' a palavra de Deus(e, certamente, a antecipação de milagres). Esse termo não é aqui um sinônimo para a Bíblia como ela é comumente nos círculos cristãos hoje. A frase de Deus é um genitivo subjetivo no grego, indicando fonte; as pessoas estavam ouvindo Jesus falar a palavra que veio diretamente de Deus . Quando Jesus falava, eles literalmente ouvi Deus falando. O assunto foi a boa notícia da salvação; a verdade sobre como entrar no reino de Deus. Foi a gloriosa verdade que os pobres espiritualmente poderia ser feito rico; os prisioneiros espirituais libertados; o dado vista cegos espiritualmente; eo espiritualmente oprimidos entregues a partir de sua escravidão (conforme a exposição Dt 4:18 no capítulo 23 deste volume). Foi a boa notícia do perdão, salvação e vida eterna. "Em verdade, em verdade vos digo que," Jesus declarou: "quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5:24).

Ensino e pregação de Jesus era muito diferente do que a de os rabinos, cuja autoridade foi conectado a citar outros rabinos. Mas Jesus, sendo Deus, falou da revelação divina tão esperada do reino, o que poderia ser introduzido através da fé Nele. Jesus não falava como um estudioso do Antigo Testamento, ou como um teólogo. O que ele falou não era especulação filosófica ou tradição rabínica; que era a voz de Deus. Jesus era o Filho de Deus; Deus em carne humana (ver a exposição de 2:49 no capítulo 16 deste volume), e quando falava, falava com autoridade divina pessoal (Mt 7:29;. Mc 1:27).

Jesus é a verdade encarnada, uma vez que Deus é verdade (Sl 31:5.). Sua palavra é uma expressão da Sua verdade (Sl 138:2, Ele "respondeu [os líderes religiosos judeus] e disse:" A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. "Mais tarde" Jesus dizia aos judeus que haviam crido nele: "Se você continuar na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e você vai saber a verdade, ea verdade vos libertará "(João 8:31-32). "Porque eu falo a verdade:" Ele disse aos líderes judeus, "você não acredita em mim. Qual de vocês Me convence de pecado? Se eu falar a verdade, por que você não acredita em mim "(João 8:45-46)?. Em João 12:49-50, Jesus outra vez afirmou que Ele falou exatamente como o Pai lhe ordenara: "Porque eu não falei por mim mesmo, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer e o que falar. Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna; portanto, as coisas que eu falo, eu falo assim como o Pai me disse. "

Sendo pressionado contra a água em que a costa cheia, Jesus viu dois barcos que estão na beira do lago . Estes foram barcos de pesca, não pequenos barcos a remos. Eles eram grandes o suficiente para segurar Jesus e os doze discípulos (Mateus 8:23-24; 14:. 22-33; Marcos 6:31-32; Mc 8:10; conforme João 21:2-3, onde sete dos discípulos estavam em um barco). Estes barcos particulares foram encalhado ou ancorado à costa, e os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as suas redes, em preparação para a pesca da noite seguinte. Pesca no Mar da Galiléia foi feito geralmente à noite, e os pescadores lavadas e reparadas as suas redes e trabalhou em seus barcos e equipamentos durante o dia.

Para criar algum espaço entre si e a multidão que estava empurrando e brigando por posição em torno dEle, Jesus entrou num dos barcos, que era o de Simão (o outro pode ter pertencido a Tiago e João;. conforme v 10). A decisão do Senhor para entrar nesse barco particular, não foi um acaso um; Jesus não fazia nada sem um propósito. Tinha chegado o momento para ele se mover, não só na barca de Pedro, mas mais intensamente em sua vida, juntamente com os outros dois, que se tornaria seu círculo íntimo, Tiago e João, para levantá-los para o mais alto nível de comprometimento.

Desde que o Senhor tinha encontrado pela primeira vez Pedro (João 1:41-42) (. O anónimo segundo discípulo de João Batista referido no v 35), quando seu irmão André levou Pedro a Ele que, junto com João, começou o seu interesse voluntário inicial no seguimento de Jesus como o Messias. Primeiro chamado do Senhor real de Pedro, junto com André, Tiago e João (Mt 4:1), chamou-los como homens escolhidos pelo Senhor para ser seguidores de Deus. Nesta passagem, Lucas sozinho registra seu apelo final, quando eles abandonaram seu negócio de pesca e tornou-se permanente, discípulos de tempo integral de Jesus. O Senhor alvo Pedro em particular, uma vez que ele seria o líder reconhecido dos Doze (o seu nome é o primeiro em todas as quatro listas do Novo Testamento dos apóstolos) e têm uma grande influência sobre o resto (conforme Jo 21:3; Jo 8:2).

JESUS É ONISCIENTE

Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao águas profundas e lança as redes para a pesca." Simon respondeu, e disse: "Mestre, nós trabalhamos duro durante toda a noite, nada apanhamos, mas vou fazer o que Você diz e lançarei as redes "Quando eles tinham feito isso, eles juntaram uma grande quantidade de peixes,. (5: 4-6)

O desafio sempre voltado para pescadores é encontrar o peixe. Mesmo pescadores experientes, utilizando a mais recente sonar de detecção dos peixes, muitas vezes vêm-se vazio. O Senhor Jesus Cristo, no entanto, sabia exatamente onde os peixes foram. Como Aquele que criou tudo (Jo 1:3; He 1:2) —desde "não há criatura alguma encoberta diante dele" (He 4:13). No desenrolar da história, a onisciência de Jesus torna-se evidente.

Quando acabou de falar para a multidão, Jesus disse a Simão (o verbo é a segunda pessoa do singular), "Faz-te ao águas profundas e , em seguida, disse a toda a tripulação desilusão (esse verbo é uma segunda pessoa do plural) as redes para a pesca. " As redes não eram os pequenos usados ​​por indivíduos que pescam a partir da costa ou em águas rasas (conforme Mt 4:18), mas grandes redes semelhantes para redes de cerco modernos, e usado para a pesca em águas mais profundas do lago.

Talvez surpreso que um carpinteiro me atreveria a dizer pescador experiente como pescar, Simon respondeu ao Senhor e disse: "Mestre ( epistatēs ; "chefe", "comandante"; um título respeitoso para uma autoridade, mas não uma afirmação da divindade) , nós trabalhamos duro durante toda a noite (quando, como mencionado acima, a pesca foi feito geralmente) e não pegaram nada. " Por que, então Ele deve esperar para pegar peixes no meio do dia? Além disso, desamparar as grandes redes e transportando-os em foi um trabalho árduo. Mas, novamente, isso não era carpinteiro comum, mas aquele que tinha curado sua mãe-de-lei, de modo Pedro acrescentou, "mas eu vou fazer o que você diz e lançarei as redes".

Se a ordem de Jesus surpreendeu-os, o resultado absolutamente estupefato-los. Quando eles lancem as redes, para sua surpresa eles fechado uma grande quantidade de peixes . Nada em sua experiência poderia tê-los preparado para tal um inédito de capturas no meio do dia. Mas o Salvador onisciente sabia exatamente onde os peixes foram. Mais tarde, ele diria Pedro onde encontrar um peixe específico com uma moeda específica em sua boca (Mt 17:27). E depois de sua ressurreição, o Senhor mais uma vez dizer a Pedro e seus companheiros onde lançar as redes para uma enorme captura de peixes (João 21:1-6).

Saber onde os peixes do mar da Galiléia foram é apenas uma demonstração da onisciência de Jesus. Ele descreveu exatamente o homem que levaria Pedro e João para o cenáculo onde iria comemorar a Última Ceia (Lucas 22:8-12). Seu conhecimento sobrenatural do paradeiro de Natanael (João 1:47-48), levou Natanael a exclamar: "Rabi, Tu és o Filho de Deus; Tu és o Rei de Israel "(v. 49). Ele não foi enganado pelas rasas, superficiais, nonsaving profissões de fé por parte de alguns, porque "Ele mesmo sabia o que havia no homem" (Jo 2:25). Ele "sabia desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair" (Jo 6:64). Onisciência de Cristo foi convincente prova de sua divindade, e fez com que os discípulos a dizer: "Agora sabemos que o Senhor sabe todas as coisas, e não têm necessidade para qualquer um a questionar Você; Por isso cremos que saíste de Deus "(Jo 16:30; conforme Jo 21:17). Aqueles momentos em que Jesus voluntariamente restrito Sua onisciência (por exemplo, Mt 24:36; Mc 11:13; Lucas 8:45-46.) São consistentes com Sua submissão ao Pai durante sua encarnação (conforme a discussão Dt 3:22 em capítulo 20 deste volume).

JESUS É ONIPOTENTE

e as redes começaram a quebrar; para que um sinal para seus parceiros no outro barco para eles virem e ajudá-los. E eles vieram e encheram ambos os barcos, de modo que eles começaram a afundar. (5: 6b-7)

Ele sabia que a localização do peixe demonstrou onisciência de Jesus, mas o, tamanho sem precedentes escalonamento das capturas revelou sua onipotência. Pedro e os outros ficaram chocados e espantado com o enorme número de peixes, sabendo que não havia nenhuma possível explicação humana para ele. Nada como isso nunca tinha acontecido antes; nenhum truque tinha sido em qualquer lugar perto desse tamanho. Eles foram assistir a uma demonstração do poder divino, como o Senhor reunidos em um único local o grande número de peixes que foram agora fazendo as suas redes ... para quebrar .Freneticamente, Pedro e sua tripulação sinalizou para seus parceiros no outro barco (v. 7) para que eles vêm e ajudá-los . Apressando-se para a assistência de seus parceiros, o outro barco veio ao lado de Pedro e trabalhando freneticamente, as tripulações preenchido tanto dos barcos . Mas tão grande era a captura, que ambos os barcos começaram a afundar sob o peso impressionante de peixes.

Como eles sabiam desde o Antigo Testamento, Deus não só criou o mundo, mas também controla. Neemias orou: "Você é o único Senhor. Você fez o céu, o céu dos céus, com todo o seu exército, a terra e tudo o que nela há, os mares e tudo o que neles há. Você dá a vida a todos eles e as hostes celestiais se curva diante de ti. Você é o Senhor Deus "(Neemias 9:6-7.). Exaltando controle soberano do Senhor sobre a sua criação, o salmista escreveu,

O Senhor, quantas são as tuas obras! Em sabedoria Você fez todos eles; a terra está cheia de suas posses. Não é o mar, grande e amplo, no qual são enxames sem número, animais pequenos e grandes. Lá, os navios se movem ao longo, e Leviathan, que você formou ao esporte nele. Todos eles esperar por você para dar-lhes o sustento a seu tempo. Você dá a eles, eles o recolhem; Você abre seu lado, eles estão satisfeitos com o bem. Você esconde seu rosto, e ficam desanimados; Você tira o seu espírito, eles expiram e voltam ao seu pó. Envias o teu Espírito, e são criados; Você e renovar a face da terra. (Sl. 104: 24-30)

Em Is 50:2).

Aqueles chocado, surpreendido e assustado (ver a exposição do v. 8 abaixo) pescadores sabia que eles estavam testemunhando confirmação da verdade que "o poder pertence a Deus" (Sl 62:11).

JESUS É SANTO

Mas, quando Simão Pedro viu isso, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: "Vá para longe de mim Senhor, porque sou um homem pecador, ó Senhor!" Para espanto se havia apoderado dele e todos os seus companheiros, devido à captura de peixes que haviam feito; e assim também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. (5: 8-10a)

O Senhor Jesus Cristo tinha acabado de se revelou ser o Deus onipotente onisciente do universo. Quando Simão Pedro viu a evidência de que na pesca milagrosa, ele estava sobrecarregado com a percepção de que ele estava cara-a-cara com a Santa Deus. Pedro, plenamente consciente de que, se ele viu divindade, divindade também o viu, e percebendo que o único que podia ver as profundezas do lago podia ver as profundezas do seu coração, senti exposta. Ele imediatamente caiu aos pés de Jesus (lit. Seus joelhos), dizendo: "Vá para longe de mim Senhor, porque sou um homem pecador, ó Senhor!"Já não Pedro usar as respeitosas prazo epistatēs como no v. 5, mas kurios , por que ele quer dizer, "Deus". Como um judeu devoto, Pedro sabia que Deus era para ser adorado (4: 8; Dt 6:13.), mas ele prostrou-se diante de Jesus na postura de um adorador . Ensino magistral do Senhor na sinagoga, Seu poder para expulsar um demônio, e curar a sua mãe-de-lei, e acima de tudo a captura impressionante de peixes para as quais não havia nenhuma explicação humana, trouxe Pedro para o lugar onde Jesus queria ele, com o reconhecimento de sua pecaminosidade. Tudo o que ele pode ter pensado sobre Jesus antes deste incidente, Pedro não tinha dúvidas, agora que Ele era Deus, e ele reconheceu a sua indignidade de estar na presença do Senhor. A atitude de Pedro era como a de o cobrador de impostos arrependido que, oprimido pelo seu pecado ", nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! '" (Lc 18:13).

A resposta de Pedro do medo e da penitência é típico daqueles na presença de Deus. Abraão descreveu a si mesmo como "pó e cinza" (Gn 18:27); Job humildemente disse: "Eu já ouvi falar de você pela audição do ouvido; mas agora os meus olhos te vêem; portanto, eu retrair, e eu me arrependo no pó e na cinza "(42:5-6); depois de encontrar o anjo do Senhor (o Cristo pré-encarnado) o pai de Sansão "disse Manoá à sua mulher:" Nós certamente irá morrer, pois temos visto a Deus '"(Jz 13:22.); quando os israelitas "percebida a trovões e os relâmpagos e o som da trombeta e da montanha [Monte Sinai] fumar ... eles tremeram e ficou à distância. Então eles disseram a Moisés: Fala-nos tu mesmo, e ouviremos; mas não fale Deus conosco, para que não morramos "(Ex 20:18-19.); depois de ver uma visão de Deus no Seu templo celestial, Isaías gritou de terror, "Ai de mim, porque estou arruinado! Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos "(Is 6:5.); quando o apóstolo João viu o Cristo glorificado, ele "caí a seus pés como morto" (Ap 1:17).

espanto que tinha apreendido Pedro era compartilhada por todos os seus companheiros , que estavam igualmente sobrecarregados por captura de peixe que haviam feito . Lucas especificamente nomesTiago e João , os filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão . Junto com Pedro, formariam o núcleo interior dos apóstolos. Mais tarde, os três veria uma ainda mais inspiradora revelação da glória divina de Cristo na transfiguração (Mt 17:1-6.). Esse incidente também traumatizado eles, e "eles caíram face para baixo para o chão e ficaram apavorados" (v. 6).

JESUS É MISERICORDIOSO

E Jesus disse a Simão: "Não tenhas medo, de agora em diante serás pescador de homens." Quando eles trouxeram seus barcos para terra, deixaram tudo e seguiram-no. (5: 10b-11)

No terror do reconhecimento da sua pecaminosidade, Pedro queria enviar o Senhor de distância, mas Jesus queria desenhar Pedro mais perto. O ponto exacto em que o pecador se sente mais a alienação é o ponto em que o Salvador pede reconciliação. No Sl 51:17 Davi escreveu: "Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito, ó Deus, Você não vai desprezar. "Por meio do profeta Isaías, Deus declara:" Porque assim diz o Alto e exaltado Quem vive para sempre, cujo nome é santo, "eu moro em um lugar alto e santo , e também com o contrito e humilde de espírito, a fim de reavivar o espírito dos humildes, e para vivificar o coração dos contritos "(Is 57:15; conforme Is 66:2).

Buscando acalmar e tranquilizá-lo, Jesus disse a Simão: "Não tenha medo." Não havia necessidade para ele e seus companheiros para ser aterrorizada. Há um bom medo, saudável de Deus, expressa, por exemplo, em Dt 13:4); é o medo do amor, reverência e adoração que faz com que o crente a se apegar ao "Pai das misericórdias": e servir e obedecer a Ele (conforme Dt 10 (2Co 1:3.):. 12-13; 1 Sm . 12:24). O temor do Senhor adequada resulta em sabedoria (Sl 111:1:.. Sl 111:10; Sl 9:10 Prov) e adoração (. Sl 2:11).

Misericordia iria levá-los a partir de covardes temerosos em pescador de homens ( zōgreō ), que significa literalmente, Eles passaram suas vidas captura de peixes com o propósito de matá-los "para capturar vivo."; agora eles iriam passar o resto de suas vidas pescador de homens para dar-lhes vida. Isaías temia que ele seria destruído, mas em vez disso foi chamado para pregar (Isa. 6: 8-11). João temia que ele seria destruído, mas em vez disso foi chamado para escrever (Ap 1:19). Graça e misericórdia divina movido Pedro, Tiago e João de encolhendo medo do julgamento para evangelizar os perdidos, preparando o terreno para a grande comissão.

Este foi chamada formal e permanente de Jesus destes três homens para o discipulado em tempo integral, por isso , quando eles trouxeram seus barcos para terra, deixaram tudo e seguiram-Lo (conforme vv 27, 28;. 9:23, 49, 57 , 59, 61; 18:22, 28, 43). No auge de suas carreiras terrenas, tendo feito apenas o maior captura de peixes já vi nesse lago, eles abandonaram seus barcos, viraram as costas para o seu negócio de pesca, deixaram tudo e seguiram Jesus (conforme Lucas 9:23— 25).

Aqueles que reconhecem sua indignidade pecaminoso e abraçar Jesus como o Deus verdadeiro, onisciente, onipotente, santo e misericordioso são os reconcilia consigo mesmo. Ele perdoa o seu pecado, tira o medo do julgamento que o pecado faz com que, e comissiona-los para a grande tarefa da evangelização, de pescador de homens vivos para o reino de Deus.

27. A Cura, O Perdão do Salvador (Lucas 5:12-26)

Enquanto ele estava em uma das cidades, eis que havia ali um homem coberto de lepra; e quando ele viu Jesus, ele caiu com o rosto e implorou-lhe, dizendo: E, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: "Eu estou disposto" Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. "; ser purificado. "E imediatamente desapareceu dele a lepra. E Ele ordenou-lhe para não contar a ninguém ", mas vai, mostra-te ao sacerdote e fazer uma oferta pela tua purificação, assim como Moisés ordenou, como um testemunho para eles." Mas a notícia sobre Ele estava se espalhando ainda mais longe, e grande multidões se reuniam para ouvi-lo e serem curadas de suas doenças. Mas o próprio Jesus, muitas vezes escapar para o deserto e Oração. Um dia, Ele estava ensinando; e havia alguns fariseus e mestres da lei sentado lá, que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia e da Judeia e de Jerusalém; eo poder do Senhor estava com ele para realizar a cura. E alguns homens estavam transportando em uma cama um homem que estava paralisado; e eles estavam tentando trazê-lo e colocá-lo para baixo na frente dele. Mas não encontrar alguma maneira de levar, por causa da multidão, subiram no telhado e deixá-lo para baixo através das telhas com sua maca, para o meio da multidão, na frente de Jesus. Vendo sua fé, Ele disse: "Homem, os seus pecados estão perdoados." Os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: "Quem é este homem que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? "Mas Jesus, conscientes de seus raciocínios, respondeu, e disse-lhes:" Por que você está raciocinando em vossos corações?"Qual é mais fácil dizer: 'Os teus pecados são perdoados, ou dizer:' Levanta-te e anda? Mas, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados "— disse ao paralítico" Eu digo a você, levante-se, e pegar a sua maca e vá para casa "Imediatamente ele tem. —se diante deles, e pegou o que ele estava deitado, e foi para casa glorificando a Deus. Todos foram golpeados com espanto e começou a glorificar a Deus; e ficaram cheios de temor, dizendo, (5: 12-26) "Vimos coisas notáveis ​​hoje."

Como vimos, esta seção do evangelho de Lucas revela o poder total e absoluto de Jesus Cristo sobre tudo e todos. Em 4: 1-13, ele derrotou a toda tentação arremessadas nele pelo diabo, e demonstrou ainda mais seu poder sobre o reino de Satanás expulsar demônios (4: 33-35, 41). Sua cura de Pedro da mãe-de-lei e muitos outros (4: 38-40) exibia o poder de Cristo sobre a doença, enquanto a pesca milagrosa (5: 1-11) demonstrou seu poder sobre o reino da natureza. Os milagres que realizou são testemunho crítico no registro bíblico da vida de Jesus, desde que eles oferecem prova de Sua natureza divina.
Esta passagem registra mais dois exemplos de poder sobrenatural de Jesus sobre a doença. Ele curou duas condições, hanseníase e paralisia, cuja cura foi muito além do conhecimento médico limitado daquele dia. Mas essas curas fazer mais do que revelar o poder e compaixão divina de Jesus. A história de sua cura do leproso fornece uma analogia da abordagem do pecador penitente a Ele, e a conta de Sua cura o paralítico contém a revelação de Sua autoridade para perdoar pecados.

JESUS CURA UM LEPROSO: ABORDAGEM DE O PENITENTE PECADOR A ELE

Enquanto ele estava em uma das cidades, eis que havia ali um homem coberto de lepra; e quando ele viu Jesus, ele caiu com o rosto e implorou-lhe, dizendo: E, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: "Eu estou disposto" Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. "; ser purificado. "E imediatamente desapareceu dele a lepra. E Ele ordenou-lhe para não contar a ninguém ", mas vai, mostra-te ao sacerdote e fazer uma oferta pela tua purificação, assim como Moisés ordenou, como um testemunho para eles." Mas a notícia sobre Ele estava se espalhando ainda mais longe, e grande multidões se reuniam para ouvi-lo e serem curadas de suas doenças. Mas o próprio Jesus, muitas vezes escapar para o deserto e Oração. (5: 12-16)

A hora exacta e local do encontro do Senhor com este leproso não é conhecido. Ocorreu durante Seu ministério galileu em uma das cidades ou vilas perto do lago da Galiléia. O encontro pode ser discutida em três temas: a temida doença, a vítima desesperada, ea compaixão divina.

A temida doença

Ora, havia um homem coberto de lepra; (5: 12b)

Como suas contrapartes antigo testamento lepras ( hanseníase ) é um termo geral para uma série de doenças da pele. O mais grave deles foi a doença de Hansen, que é a lepra, como é conhecido hoje. A descrição de Lucas do homem como sendo coberto de lepra sugere que ele, de fato, tinha lepra na mais extrema sentido do termo. Seu desejo para a limpeza a conecta com a doença familiar, porque ele reflete a designação do leproso, impuro em 13 45:3-13:46'>Levítico 13:45-46.

A hanseníase, ou doença de Hansen, é conhecido de escritos antigos (c. 600 AC ) a partir de China, Índia e Egito, e de restos mumificados do Egito. Era comum o suficiente em Israel para justificar a ampla regulamentação na lei mosaica daqueles que sofrem com isso e doenças de pele relacionadas (13 1:14-1'>Lev. 13-14). A doença é causada pela bactéria Mycobacterium leprae , descoberto pelo cientista norueguês GHA Hansen em 1873 (que foi a primeira bactéria ser identificado como a causa de uma doença humana). A bactéria foi transmissíveis através do toque e respiração.

Ataques Hanseníase da pele, nervos periféricos (especialmente perto do punhos, cotovelos e joelhos), e membrana mucosa. Ele forma lesões na pele, e pode desfigurar o rosto pelo colapso do nariz e causando dobrável da pele (levando alguns a chamam de "doença de leão", devido ao aparecimento lionlike resultante da face). Ao contrário da crença popular, a hanseníase não comer fora a carne. Devido à perda de sensibilidade (especialmente nas mãos e pés), as pessoas com a doença desgastar suas extremidades e enfrenta inconscientemente. A desfiguração horrível causada pela hanseníase tornou muito temido, e causou leprosos ser párias, corte de toda a sociedade saudável, para a proteção.

E Deus tinha amaldiçoado pessoas, dando-lhes a lepra, como Geazi (II Reis 5:25-27) e Uzias (2 Cr 26: 16-23.). Assim, as pessoas com esta doença eram vistos como amaldiçoados por Deus-a noção familiar em antigos conceitos de pecado (conforme Job 4:7-9; João 9:1-3). O homem provavelmente viu a própria doença desta forma. (Para mais informações sobre a hanseníase, ver Mateus 8:15 , A Commentary MacArthur Novo Testamento. [Chicago: Moody, 1987], 5-11)

A vítima Desperate

e quando ele viu Jesus, ele caiu com o rosto e implorou-lhe, dizendo: (5:
- 12c) "Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo."

Essa pobre, proscrito trágico não tinha esperança, humanamente falando. Sua doença era incurável, socialmente estigmatizante, e visto como uma punição de Deus pelos seus pecados. Tendo ouvido falar de Jesus, veio procurando por Ele (conforme Mt 8:2), ou para interagir com ninguém, exceto outros leprosos. Tão grande era o medo de contágio que leprosos foram impedidos de Jerusalém ou em qualquer outra cidade murada (conforme 2Rs 7:3). No ensino rabínico, a lepra era apenas a segunda em contato com um cadáver em termos de contaminação. "Não é apenas o contato real com o leproso, mas mesmo sua entrada contaminaram uma habitação, e tudo na mesma, com as vigas do telhado .... . Se ele mesmo colocar a cabeça no lugar, tornou-se imundo "(Edersheim, Vida and Times , 1: 494, 95).

Que o leproso se aproximou de Jesus em violação da lei rabínica revela seu desespero. Ele foi o medo passado, vergonha passado, e sem se importar com o perigo para si ou para outrem; ele literalmente não tinha mais nada a perder.
Vindo de Jesus, o leproso caiu com o rosto em uma postura de adoração reverente. Mt 8:2), e o único Salvador (At 4:12). Eles vêm com um senso de urgência, sabendo que "agora é o tempo aceitável ... agora é o dia da salvação" (2Co 6:2) para este homem impotente e sua situação desesperada, Jesus, desconsiderando a receita de Lv 5:3). Todo o processo durou oito dias (Lv 14:10). Se ele obedeceu e saiu para contar aos sacerdotes como Jesus o havia curado, seria um poderoso testemunho para eles que Jesus era de fato o Messias e Filho de Deus. Este testemunho seria ou convincente aos sacerdotes para que eles pudessem reconhecer as reivindicações de Cristo, ou se eles rejeitaram auto-indiciário, uma vez que examinou pessoalmente o leproso curado milagrosamente. Além disso, seria ganhar tempo para Jesus, uma vez que um milagre dessa magnitude certamente engrossar as já grandes multidões que O seguiam-multidões tão enormes que tinham forçado Ele largo da costa do Mar da Galiléia e na barca de Pedro.

Mas egoisticamente radiante com sua notável cura, milagre, o homem ignorou a ordem de Jesus e em vez disso "saiu e começou a proclamá-la livremente e para espalhar a notícia em torno" (Mc 1:45), perdendo a oportunidade de um poderoso testemunho tal. Como resultado, as notícias sobre Ele estava se espalhando ainda mais longe, e grandes multidões se reuniam para ouvi-lo e serem curadas de suas doenças . Tão vasto eram as multidões que Jesus "já não podia entrar publicamente mais de uma cidade, mas ficou de fora das zonas pouco; e que eles estavam vindo a Ele de todo o lado "(Mc 1:45). A desobediência do leproso purificado tinha colocado limitações sobre o ministério de Jesus e obrigou-o para o interior, longe das cidades povoadas. Os que poderia encontrá-lo no deserto fez isso, mas certamente muitos dos mais deficientes nas cidades não foram capazes de experimentar a Sua palavra de cura e ao toque. Para manter seu foco na pregação da palavra e manter o poder de seu ministério de Jesus, em Sua humanidade, precisava de comunhão com o Pai. Portanto, mesmo nas áreas despovoadas Ele costumava escapar mais profundamente o deserto e Oração (conforme Lc 4:42). A oração era um aspecto integrante e essencial da vida e ministério de Jesus (veja a discussão sobre 03:21 no capítulo 20 deste volume).

JESUS CURA UM PARALISADO MAN: SUA AUTORIDADE PARA PERDOAR PECADOS

Um dia, Ele estava ensinando; e havia alguns fariseus e mestres da lei sentado lá, que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia e da Judeia e de Jerusalém; eo poder do Senhor estava com ele para realizar a cura. E alguns homens estavam transportando em uma cama um homem que estava paralisado; e eles estavam tentando trazê-lo e colocá-lo para baixo na frente dele. Mas não encontrar alguma maneira de levar, por causa da multidão, subiram no telhado e deixá-lo para baixo através das telhas com sua maca, para o meio da multidão, na frente de Jesus. Vendo sua fé, Ele disse: "Homem, os seus pecados estão perdoados." Os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: "Quem é este homem que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? "Mas Jesus, conscientes de seus raciocínios, respondeu, e disse-lhes:" Por que você está raciocinando em vossos corações? "Qual é mais fácil dizer: 'Os teus pecados são perdoados, ou dizer:' Levanta-te e anda? Mas, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados "— disse ao paralítico" Eu digo a você, levante-se, e pegar a sua maca e vá para casa "Imediatamente ele tem. —se diante deles, e pegou o que ele estava deitado, e foi para casa glorificando a Deus. Todos foram golpeados com espanto e começou a glorificar a Deus; e ficaram cheios de temor, dizendo, (5: 17-26) "Vimos coisas notáveis ​​hoje."

Como foi o caso com o relato da cura do leproso de Cristo, o tempo deste evento não é conhecido. Lucas meramente observa que aconteceu um dia quando Ele estava ensinando . Ele provavelmente ocorreu após uma das viagens do Senhor ao redor da área do lago (Mc 1:39), quando ele foi capaz de voltar a Cafarnaum (Mt 9:1]).

Os fariseus se originou durante o período intertestamental, provavelmente como um desdobramento do hassídicos (os "piedosos", que se opôs à helenizante da cultura judaica sob o notoriamente mal rei selêucida Antíoco Epifânio). Ao contrário dos saduceus, que tendiam a ser sacerdotes ou levitas ricos, os fariseus geralmente veio da classe média. Portanto, embora em número reduzido (havia cerca de 6.000 na época de Herodes, o Grande, de acordo com o historiador judeu do primeiro século Josephus), sua teologia e tradição teve grande influência com as pessoas comuns (que, ironicamente, os fariseus muitas vezes viram com orgulho, o desprezo hipócrita [conforme Jo 7:49]). Apesar de ser o partido da minoria no Sinédrio, a sua popularidade com o povo deu-lhes uma influência significativa (conforme Atos 5:34-40).

Com o desaparecimento dos saduceus após a destruição do templo em AD 70 e os Zealots após a revolta de Bar Kochba ( AD 132-35) foi esmagado, os fariseus se tornou a força dominante no judaísmo.Com a conclusão da Mishná (a compilação escrita da lei oral, rituais e tradições) em cerca de D.C 200, e do Talmud (a combinação da Mishná e da Gemara [três séculos de comentários dos rabinos sobre a Mishná]) em cerca de D.C 500, o ensino dos fariseus tornou-se virtualmente sinônimo de judaísmo.

Teologia dos fariseus era em muitos aspectos fiéis para o ensino das Escrituras. Eles acreditavam na ressurreição (Atos 23:6-8), anjos (At 23:8), levando Jesus para denunciar scathingly sua pseudospirituality: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade; mas estas são as coisas que você deveria ter feito, sem omitir aquelas "(Mt 23:23; cf.. 6: 1-5; Mt 9:14; Mt 12:2). Pior ainda, a grande diferença entre o seu ensino e sua prática levou a hipocrisia, que tanto Jesus (por exemplo, 23 de Matt 2:3.) E, surpreendentemente, o Talmud (que lista sete classes de fariseus, dos quais seis são hipócritas) denunciou. Apesar de seu zelo pela lei de Deus, eles eram "guias cegos" (Mt 15:14), que fizeram seus prosélitos duplamente digno do inferno para que eles mesmos se dirigiam (Mt 23:15). O conjunto complexo de regras e regulamentos feitos pelo homem era um esmagamento, fardo insuportável (Mt 23:4). Em todo o caso, mantendo a lei nunca poderia salvar ninguém ", porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada" (Rm 3:20;. Conforme 3:28; Gl 2:16;. Gl 3:11, Gl 3:24 ; Gl 5:4) e mais comumente escribas (sessenta e três vezes no Novo Testamento), eram estudiosos profissionais especializados na interpretação e aplicação da lei. Eles eram comumente, mas não exclusivamente, fariseus (embora distingui-los por ser mencionado separAdãoente; 5:21, 30; 6: 7; 11:53; 15: 2; 05:20 Matt 12:38-15: 1. ; 23: 2, 13 14:15-23, 25, 27, 29; Mc 7:1; Jo 8:3 se refere a "os escribas dos fariseus", e At 23:9, Jo 1:49; Jo 3:2, onde é dado a Jesus).

Que os escribas e fariseus lá naquele dia tinha vindo de todas as aldeias da Galileia e da Judeia e de Jerusalém atesta o nível de preocupação das autoridades judaicas tinham cerca de Jesus. Seu primeiro ato em Seu ministério na Judéia tinha sido a interromper as operações de negócios templo dos saduceus, expulsando os cambistas e comerciantes (João 2:14-16). Eles, junto com os fariseus, havia assistido em alarme crescente (e inveja; conforme Mt 27:18). Como o seu ministério de ensino e de cura tinha desenhado enormes multidões, tanto na Judéia e na Galiléia (conforme 5:15). Agora eles perseguido Seus passos, procurando algo para o qual poderia indiciá-lo. O incidente que estava prestes a acontecer iria fornecer esses visitantes hostis com uma inesquecível, inegável (conforme Jo 11:47) experiência e um desafio formidável para a sua teologia aberrante.

Nota de Lucas de que o poder do Senhor estava com Jesus para realizar a cura lembra a seus leitores de uma verdade que ele havia mencionado anteriormente. Em sua encarnação, quando Ele "se esvaziou, assumindo a forma de um servo" (Fm 1:2 no capítulo 20 e 4: 1. No capítulo 22 deste volume)

Enquanto o Senhor estava ensinando alguns homens chegaram (Mc 2:3;. Conforme 26:28), e "através do Seu nome todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados" (At 10:43; conforme At 5:31; At 26:18; Ef 1:7; Cl 1:14; 2:. 13 51:2-14'>13-14; Cl 3:13; 1Jo 1:91Jo 1:9; Ap 1:5; At 2:38; At 13:38).

Mas o perdão sempre foi a oferta de redenção, por isso é também a mensagem do Antigo Testamento. Depois que Adão e Eva pecaram, "o Senhor Deus fez roupas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu" (Gn 3:21). Matar animais para fornecer as peças de vestuário retratados o sacrifício final do Messias, cuja morte iria cobrir a vergonha e da culpa do pecado. O Senhor descreveu a Si mesmo a Moisés como "o Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade; que mantém misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão eo pecado "(Ex 34:6-7; conforme Nu 14:18..). Ne 9:17 o chama de a ". Deus de perdão" No Sl 65:3) . Micah alegremente exclamou: "Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade e passa sobre o ato de rebelião do restante da tua herança?" (Mq 7:18; conforme Is 55:7.), Acabando com eles (Is 43:25;. Conforme 1:18; 44:22), atropelando-os debaixo de seus pés (Mq 7:19), e enterrá-los nas profundezas do mar (Mq 7:19).

Ciente de que o homem paralisado tinha fé genuína e penitente, Jesus, na Sua própria autoridade divina, estendeu total e permanente perdão a ele. Ele não necessariamente compreender a verdade de que Jesus era Deus; pessoas foram perdoados no Antigo Testamento, reconhecendo que eram pecadores, merecedores do julgamento de Deus e incapaz de salvar-se, confessando e arrependendo-se de seus pecados, e atirando-se da misericórdia de Deus. O cobrador de impostos penitente é um exemplo de como as pessoas foram salvas antes da cruz: "Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! "(Lc 18:13). Seu humilde arrependimento e fé na graça e perdão de Deus resultou em sua justificação (v. 14). Depois da cruz e da ressurreição, não há salvação para além de acreditar em o único objeto da fé salvadora, o Senhor Jesus Cristo (Jo 14:6; 17: 30-31; 1Tm 2:51Tm 2:5).

A confrontação

Os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: "Quem é este homem que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? "Mas Jesus, conscientes de seus raciocínios, respondeu, e disse-lhes:" Por que você está raciocinando em vossos corações? "Qual é mais fácil dizer: 'Os teus pecados são perdoados, ou dizer:' Levanta-te e anda?Mas, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados "— disse ao paralítico" Eu digo a você, levante-se, e pegar a sua maca e vá para casa "(5:. 21-24)

Horrorizados e ultrajados que Jesus presumido de perdoar os pecados do paralítico, os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: "Quem é este homem que profere blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? " Eles foram absolutamente corretos em sua afirmação de que ninguém pode perdoar pecados , no sentido mais amplo, de modo que o pecador é limpo, justo, e nunca mais culpado ou condenado, mas só Deus . Só Ele como legislador e juiz pode perdoar o pecado dessa forma eterna, uma vez que todo o pecado é, em última instância contra Ele (Sl 51:4;. Jo 10:33) supôs errAdãoente que ele era apenas um homem e não Deus encarnado. Ao afirmar a autoridade para perdoar pecados, Jesus era ou Deus, ou um blasfemo. Não há meio-termo; Jesus não poderia ter sido apenas um homem bom, um verdadeiro profeta, ou um professor de moral e ética, se Ele fosse um blasfemador de Deus.

Blasphemy foi o crime mais hediondo no pensamento judaico, já que era uma afronta direta à pessoa de Deus. Eles definiram três níveis de blasfêmia. Em primeiro lugar, uma perfídia Deus, falando mal de Sua lei, como Estevão (At 6:13) e Paulo (Atos 21:27-28) foram falsamente acusado de fazer. A forma mais grave de blasfêmia era calúnia, falar mal de, ou maldição próprio Deus (Lev. 24: 10-16.; Conforme Ex 20:7; 8: 58-59; Jo 10:33; Jo 19:7; 1 Crônicas 28:.. 1Cr 28:9; .. Jr 17:10; Ez 11:5). Significativamente, Jesus não protestou que eles haviam entendido mal, de que Ele era apenas um professor ou um profeta que estava apenas oferecendo o perdão de Deus ao paralítico, em vez de reivindicar o direito de perdoar os pecados. Se isso era tudo o que Ele estava reivindicando, Sua falha em corrigir seu equívoco é inexplicável.

Desvendando os seus pensamentos tácitas e escalada do confronto, Jesus desafiou-os com a pergunta: "Qual é mais fácil dizer: 'Os teus pecados são perdoados, ou dizer:' Levanta-te e anda?"Obviamente, ambos são impossíveis para um homem simples de fazer, mas que não era a questão. Jesus pediu que é mais fácil de dizer como uma realidade convincente? Todos sabiam que só Deus pode perdoar o pecado, que é a causa raiz de doença. O resultado final da salvação não será julgamento, mas será a glorificação, quando os crentes serão libertados das consequências e efeitos todos do pecado, tanto no homem interior e exterior para sempre. Eles terão almas perfeitas, libertados do pecado, e corpos glorificados, livre de doença e morte. Uma vez que este exigiria o perdão de todos os pecados, verdadeiramente o Messias encarnado, Deus, tinha que demonstrar poder de remover as conseqüências do pecado no mundo físico. Isso seria prova de que ele poderia dominar os efeitos do pecado, o que implica o perdão. Ele estava prestes a fazer as duas coisas.

A resposta à pergunta do Senhor é que ele teria sido mais fácil dizer ao paralítico que seus pecados foram perdoados, porque não havia nenhuma maneira de confirmar empiricamente ou negá-lo. Por outro lado, seria óbvio para todos ou não, ele realmente se levantou e andou. Jesus escolheu para fazer o milagre de cura física óbvia para que eles possam saber que o Filho do Homem (designação favorito do Senhor de Si mesmo [usado por Ele mais de oitenta vezes] nos Evangelhos) teve sobre a terra autoridade para perdoar pecados . Virando-se para o homem deitado em sua maca, Ele disse ao paralítico: "Eu digo a você, levante-se, e pegar a sua maca e vá para casa." Essa foi a prova de fogo para saber se Jesus poderia negar o poder, presença, e penalidade do pecado. Não havia tempo para duvidar, porque a resposta veio de imediato.

As Conseqüências

Imediatamente ele se levantou diante deles, e pegou o que ele estava deitado, e foi para casa glorificando a Deus. Todos foram golpeados com espanto e começou a glorificar a Deus; e ficaram cheios de temor, dizendo, (5: 25-26) "Vimos coisas notáveis ​​hoje."

Como era verdade de todas as curas de Cristo, o homem paralítico foi curado completamente e instantaneamente. Não houve efeitos prolongados da sua deficiência; há cura gradual, com um longo período de reabilitação antes de ele ser "curado". Em vez disso, imediatamente ele se levantou diante deles, e pegou o que ele estava deitado, e foi para casa . Ao contrário, o leproso, o paralítico não tinha uma doença contagiosa, e, portanto, não era obrigada a ir primeiro e mostrar-se aos sacerdotes. Como era frequentemente o caso quando alguém foi curado, o paralítico seguiu o seu caminho glorificando a Deus(conforme 13 13:17-15; 18:43). Ele não se alegrou apenas porque ele estava curado fisicamente, mas ainda mais porque os seus pecados foram perdoados. Jesus conectado Seu poder sobre os efeitos do pecado com a Sua autoridade sobre a culpa do pecado. Aquele que curou necessariamente podia perdoar.

Entre os líderes religiosos, que permaneceram implacavelmente hostil, apesar de esta e outras demonstrações de poder de Cristo divino e autoridade (conforme 06:11; 11:15, 53; 13 17:15-1-2; 19:47), no . um lado, e o paralítico curado por outro era a multidão golpeado com espanto no incrível, sem precedentes (conforme Mc 2:12) milagre que tinham acabado de presenciar, eles também começaram a glorificar a Deus(conforme 7:16; Mt 15:31; 28:. Mt 28:4, Mt 28:8; Mc 4:41, At 2:43; At 5:5; At 9:31; At 19:17). Nesse sentido, é um medo saudável.Pode produzir reverência a Deus, e ajudar os crentes a evitar o pecado (conforme 2Co 7:1) e levar uma vida religiosa (. Fp 2:12). Temor a Deus também motiva os crentes a apresentar mutuamente uns aos outros e servir uns aos outros (Ef 5:21). Ele também levou o desejo de Paulo de persuadir os outros de sua integridade pessoal (2Co 5:11).

A multidão reconheceram que haviam visto coisas extraordinárias , mas nem todos estavam convencidos da divindade de Cristo. Alguns concluíram que ele era apenas um homem a quem Deus tinha dado autoridade (Mt 9:8;. Conforme 1Co 1:22). Paulo explica a patologia espiritual de tal rejeição sem sentido:

E vocês estavam mortos em seus delitos e pecados, nos quais você anteriormente andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Entre eles também todos nós outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. (Ef. 2: 1-3)

E mesmo se o nosso evangelho está encoberto, é velado para os que estão perecendo, em cujo caso o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2 Cor. 4: 3-4)

28. Chamando pecadores, Confrontando os hipócritas e auto-justiça (Lucas 5:27-32)

Depois que ele saiu e reparou um cobrador de impostos chamado Levi, sentado na coletoria, e disse-lhe: "Segue-me". E ele deixou tudo para trás, e levantou-se e começou a segui-Lo.E Levi deu uma grande recepção para ele em sua casa; e havia uma grande multidão de cobradores de impostos e outras pessoas que estavam reclinados à mesa com eles. Os fariseus e os escribas começaram a resmungar aos Seus discípulos, dizendo: "Por que você comer e beber com os cobradores de impostos e pecadores?" E Jesus, respondendo, disse-lhes: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim aqueles que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento "(5: 27-32).

Os seres humanos são inerentemente religiosa. A imagem de Deus no homem, embora corrompido pela queda, ainda obriga as pessoas a adoração. Como resultado, existem milhares de religiões, filosofias e visões de mundo, que vão desde as religiões animistas primitivas todo o caminho para sistemas religiosos sofisticados. Mas essas religiões, embora diferindo muito de um em outro nos detalhes, no entanto, se dividem em duas categorias. Por um lado, não é a religião da realização humana; por outro lado, a religião de realização divina. Em todas as religiões que não o cristianismo bíblico, o homem alcança a salvação por seus próprios esforços. Budistas buscam nirvana, seguindo o Caminho Óctuplo; Os muçulmanos esperam entrar no Paraíso, seguindo os Cinco Pilares do Islã; Mórmons procurar divindade por meio do batismo, membro da igreja Mórmon, aceitar José Smith e seus sucessores como profetas de Deus, e passar pelas cerimônias do templo; As Testemunhas de Jeová procuram ganhar a vida eterna na Terra por sua moralidade e porta-a-porta proselitismo; Católicos Romanos buscam a salvação por meio da massa, sacramentos, orações e boas obras que cooperam com a graça que lhes permitam ganhar o céu (mesmo que eles têm que ser auxiliado pelos trabalhos de outros para escapar purgatório).

Mas todos esses esforços hipócritas para alcançar a salvação são totalmente fútil e servem apenas para condenar as almas eternas de quem vão confiar neles. Há apenas uma maneira de receber a posição correta diante de Deus, a religião da divina realização crença no evangelho salvadora do Senhor Jesus Cristo. Esse evangelho, o "evangelho da glória do Deus bendito" (1Tm 1:11), o "evangelho da graça de Deus" (At 20:24), "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16). O coração do evangelho é que "Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras" (1Co 15:3; 2Co 5:212Co 5:21; Gl 1:1; Ef 1:7; 1Pe 3:18; 1Jo 2:21Jo 2:2; conforme 16 vv, 18, 36; 1:12; 6:40, 47; 11: 25-26.; 20:31; At 16:31; Rm 10:9). Graça exclui completamente funciona como um meio de salvação (Rm 11:6). Seguro na sua auto-justiça muitos, como aqueles na sinagoga de Nazaré (4: 14-30), recusou-se a reconhecer que eles estavam espiritualmente empobrecido, presos, cegos e oprimidos (4:18).

Foi contra esse pano de fundo de justiça própria com base em conformidade exterior à lei de Deus (conforme Mc 10:20) que Jesus fez uma de suas declarações mais clarificação e definitivas. No versículo 32, Ele declarou: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento." Essa declaração expressa a singularidade essencial do cristianismo e concisa resume a Sua missão. Ela resume todo o esquema glorioso da salvação: o Senhor Jesus Cristo veio para salvar os pecadores arrependidos (19:10). Declaração de Cristo também define a missão da igreja. O coração de todo o ministério do evangelho é chamar os pecadores ao arrependimento. A salvação não é para aqueles que pensam que são justos, como aqueles na sinagoga de Nazaré e os escribas e fariseus, mas para aqueles que sabem que não são, como o coletor de impostos em 13 42:18-14'>Lucas 18:13-14. Assim Jesus centrado Seu ministério sobre as pessoas que entendiam sua condição perdida. Muitas vezes, estes foram os párias da sociedade, o que lhe rendeu uma reputação como "um amigo de publicanos e pecadores" (Lc 7:34). Porque essas pessoas estavam dispostas a vir a enfrentar sua verdadeira condição de pecadores sem esperança, o Senhor foi capaz de ministrar a eles (conforme 1 Cor. 1: 26-31).

Este incidente dramático responde à questão de cujos pecados Jesus perdoaria. Ele revela como profundamente a escória da sociedade Ele iria mergulhar para resgatar os pecadores perdidos. Neste relato Jesus salva alguém no fundo-a odiava, coletor de impostos desprezado muito. A história de Seu chamado de Levi (Mateus) e suas conseqüências se divide em duas partes contrastantes: Seu chamado de um pecador miserável, e Seu confronto de hipócritas hipócritas.

CHAMANDO A SINNER MISERÁVEL

Depois que ele saiu e reparou um cobrador de impostos chamado Levi, sentado na coletoria, e disse-lhe: "Segue-me". E ele deixou tudo para trás, e levantou-se e começou a segui-Lo.E Levi deu uma grande recepção para ele em sua casa; e havia uma grande multidão de cobradores de impostos e outras pessoas que estavam reclinados à mesa com eles. (5: 27-29)

Após a cura do paralítico (5: 17-26), Jesus saiu da casa onde estava ensinando. O Senhor foi seguido por uma enorme multidão que perseguiu seus passos em fascínio e admiração, e ele continuou a ensinar-lhes como Ele andou ao longo de uma estrada perto da costa do Mar da Galiléia (Mc 2:13). Mas Jesus tinha um compromisso divino para manter, e Ele percebeu (lit., "olhou fixamente para") um cobrador de impostos chamado Levi, sentado na coletoria. Levi é mais conhecido como Mateus, o autor do Evangelho que leva seu nome. Desde Cafarnaum era a maior cidade no lago e uma encruzilhada para leste-oeste e do comércio norte-sul, ele provavelmente tinha uma empresa próspera.

Sua ocupação como um coletor de impostos feita Mateus um dos homens mais odiados e desprezados em Israel. Os cobradores de impostos eram a escória da sociedade judaica; eles foram os mais baixos do baixo na escala social e simbolizava os piores pecadores (conforme 30 v;. 07:34; 18:11;. Mt 18:17; Mt 21:31). Que Jesus iria salvar um cobrador de impostos, e depois fazê-lo um apóstolo, era totalmente inconcebível para os escribas e fariseus.

A ocupação romana de Israel envolveu mais do que apenas uma presença militar; a nação também foi sujeito a tributação Roman. Os impostos na Galiléia, por exemplo, foram encaminhados por cobradores de impostos para Herodes Antipas, e por ele a Roma. Antipas vendido franquias fiscais para o maior lance, e essas franquias foram um negócio lucrativo. Os coletores de impostos teve uma certa quantidade que eles eram obrigados a recolher, e tudo o que eles coletaram além de que eles foram autorizados a manter (conforme Lc 3:12-13). Além do imposto de votação (em todos, inclusive escravos), imposto de renda (cerca de 1 por cento), e imposto sobre a terra (um décimo de todos os grãos, e um quinto de todo o vinho e fruta), foram impostos sobre o transporte de mercadorias , letras, produzir, utilizando estradas, atravessando pontes, e quase qualquer outra coisa as mentes gananciosas, gananciosos dos cobradores de impostos poderia pensar. Tudo isso muito à esquerda do quarto para o furto, extorsão, exploração e até mesmo agiotagem, como coletores de impostos emprestou dinheiro a juros exorbitantes para aqueles que não foram capazes de pagar os seus impostos. Os cobradores de impostos também empregou capangas para intimidar as pessoas fisicamente em pagar, e bater-se aqueles que se recusaram.

Tudo isso era um anátema para o povo judeu, que acreditava que Deus era a única pessoa a quem eles devem pagar impostos. Os cobradores de impostos eram vistos como traidores ao seu povo, foram classificados como imundo, e foram impedidos de sinagogas. Eles também foram proibidos de prestar depoimento em um tribunal judaico, porque eles foram considerados mentirosos. Arrependimento foi considerado especialmente difícil para os coletores de impostos.
O Talmud listados dois tipos de coletores de impostos, o Gabai , que recolheu os impostos mais gerais, tais como a terra, enquete, e imposto de renda, e as mokhes , que recolheu os impostos mais específicos mencionados acima (Alfred Edersheim, O Vida and Times da Jesus, o Messias [Grand Rapids: Eerdmans, 1974], 1: 515-18). Havia dois tipos de mokhes , os grandes mokhes , e os pequenos mokhes . Os grandes mokhes não se cobrar impostos, mas outros empregados como substitutos. Os pequenos mokhes seria empregado por um grande mokhes para realmente sentar-se em uma cabine de impostos e arrecadar impostos. Porque eles foram os únicos em contato com as pessoas, elas foram as mais desprezado de todos os cobradores de impostos. Uma vez que Jesus encontrou-o sentado na coletoria , Mateus teria sido um pouco mokhes -um dos homens mais odiados em Cafarnaum. Que seu estande foi localizado perto da costa (13 41:2-14'>Marcos 2:13-14) sugere que ele coletou impostos dos pescadores, o que teria o fizeram ainda mais desprezado por eles do que os pequenos médios mokhes .

Sem se deixar abater pelo status de Mateus como um pária social, Jesus parou em seu estande de impostos e disse-lhe: "Siga-me". O Senhor sabia que o seu coração. Ele viu que Mateus foi infeliz e miserável; que ele estava angustiado e sobrecarregados por seu pecado e da fome e sede de justiça. Mateus sem dúvida, sabia de Jesus, uma vez que o Senhor tinha feito Cafarnaum sua base (Mt 4:13) e à palavra da sua pregação poderosa e os milagres que realizou havia se espalhado (Lc 4:37). Embora ele não pode ter entendido neste ponto que Jesus era Deus, Mateus certamente reconheceu-o como um grande profeta e pregador da Palavra de Deus. Como os santos do Antigo Testamento, Mateus sabia que ele era um pecador, e que sua única esperança de perdão estava na misericórdia de Deus (veja a discussão sobre 05:20 no capítulo 27 deste volume). Com o tempo, Mateus, como o resto dos Doze, viria a entender e acreditar plenamente a verdade de que Jesus é Deus. Jesus perdoou baseado em seu coração arrependido e chamou para ser um discípulo, e mais tarde para ser um apóstolo (06:15).

A resposta imediata de Mateus revelou a autenticidade de seu desejo de justiça e salvação: ele deixou tudo para trás e levantou-se e começou a seguir Jesus. A mudança em sua vida foi milagrosa. As duras pouco, hard-cheirados mokhes tornou-se um homem humilde; na verdade, não há nenhum registro nos Evangelhos de lhe falar. Em seu evangelho, Mateus refere a si mesmo apenas em seu relato de sua vocação (Mt 9:9), ele" estava triste, e ele foi embora de luto, pois ele foi um dos que possuía muitos bens "(v. 22).

A decisão de Mateus era final; ele estava abandonando sua carreira. Os grandes mokhes para quem trabalhou teria alguém manejando seu estande imposto quase ao mesmo tempo. Ele, então, fez uma pausa muito mais drástica com o seu passado do que os seus companheiros apóstolos que eram pescadores. Eles podem sempre ter retornado para a pesca como a vida (e tentou, pelo menos temporariamente [João 21:1-3]).

O aoristo do verbo anistēmi ( se levantou ) juntamente com o pretérito imperfeito do verbo akoloutheō ( começou a seguir ) ilustra a resposta de Mateus. Houve uma decisão decisiva para romper com seu passado, então um padrão contínuo de seguir a Cristo. Ele começou a experimentar novos anseios, novas aspirações, novos afetos, uma nova mentalidade e uma nova vontade; em suma, ele se tornou uma nova criatura (2Co 5:17). O traidor, roubador, assaltante, e pecador pária se tornou o apóstolo e evangelista de Jesus Cristo. Mateus perdeu uma carreira temporais, mas ganhou um destino eterno; ele perdeu bens materiais, mas ganhou "uma herança que não se corrompe e imaculada e não vai desaparecer, reservada nos céus" (1Pe 1:4]). Este grupo inclui, sem dúvida, ladrões, bandidos, aplicadores, bêbados, prostitutas de as próprias pessoas a quem o Filho do homem veio buscar e salvar (Lc 19:10). Eles tinham, provavelmente, todos ouviram falar de Jesus, e, talvez, alguns tinham corações receptivos como Mateus.

Nota de Lucas de que eles estavam reclinados à mesa indica que esta foi uma longa refeição, com muito tempo para conversa estendeu entre amigos. No que se preze judeu iria comer uma refeição com os gostos de esta multidão. As refeições eram declarações sociais importantes de aceitação em Israel, e Lucas descreve vários em seu registro inspirado do ministério de Jesus (conforme 07:36; 10: 38-40; 11:37; 14: 1; 22:14; 24:30 ). Este não só comemorou o fim da vida velha de Mateus e o início de sua nova, mas era também um esforço evangelístico, com o Salvador como convidado de honra. É uma imagem impressionante de Jesus receber os pecadores perdidos.

REJEITANDO A JUSTO

Os fariseus e os escribas começaram a resmungar aos Seus discípulos, dizendo: "Por que você comer e beber com os cobradores de impostos e pecadores?" E Jesus, respondendo, disse-lhes: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim aqueles que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento "(5: 30-32).

Seu desdém altivo para a ralé dentro impedido-os de participar do banquete de Mateus, mas isso não significa que os fariseus e os escribas (ver a exposição Dt 5:17 no capítulo 27 deste volume de informação de base sobre os escribas e fariseus) não eram ' t ciente do que estava acontecendo lá dentro. Eles expressaram sua desaprovação pela resmungando ( gogguzō ; uma palavra onomatopaica) emJesus discípulos . Eles não se dignou a falar com qualquer um dos cobradores de impostos e pecadores presentes no banquete. Mas, evidentemente, espera que o Senhor e Seus discípulos a seguir as prescrições da lei rabínica, daí a sua raiva e ressentimento em relação a eles.

Sua pergunta, "Por que você comer e beber com os cobradores de impostos e pecadores?" reflete os escribas e fariseus 'ultraje que Jesus e seus discípulos iria associar com esses párias imundos. Sua pergunta era retórica, pretende ser uma dura repreensão para o que eles viram como comportamento ultrajante por parte do Senhor e Seus discípulos. A questão expõe os escribas e fariseus como orgulhoso, focada em coisas externas, e hipócrita. Imaginando-se a ser a elite religiosa, que eram, na realidade, desprovido de graça e estranhos à salvação. Jesus virou as costas para o exterior moral, e focado em transformar os pecadores arrependidos em um povo santo.

Ao ouvir os escribas e fariseus, Jesus respondeu seu desafio. Sua resposta consistia em três partes. O Senhor em primeiro lugar deu uma analogia, apontando o fato evidente que não é aqueles que estão bem que precisam de médico, mas sim os que estão doentes . Os escribas e fariseus não podiam contesta que os cobradores de impostos e pecadores estavam espiritualmente doente; eles eram os mais doentes dos doentes. Como eles poderiam argumentar que o Grande Médico não deve ministrar a eles? A resposta do Senhor foi uma poderosa acusação de seus corações frios, a maldade, o ódio dos pecadores muito oprimidos eles deveriam ter procurado para ajudar. Eles viram nenhum pecado em si e não o bem ou valor em outros.

Em segundo lugar, Jesus respondeu-lhes a partir da Escritura. Mt 9:13 registros que Ele também disse aos escribas e fariseus de "ir e aprender [uma expressão usada pelos rabinos para repreender ignorância injustificada] o que significa: '. Eu desejo a compaixão, e não sacrifício'" A citação é de Os 6:6; Amos 5:21-24.; Mq 6:8) eles mesmos vão receber a misericórdia de Deus (Mt 5:7) . Os escribas e fariseus, que se orgulhavam de sua adesão rígida a lei, não tinha nenhuma desculpa para não mostrar misericórdia para com aqueles que tão desesperAdãoente precisava.

Finalmente, Jesus respondeu-lhes a partir de sua própria autoridade pessoal como Deus encarnado, declarando: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento." É uma declaração cheia de ironia, mesmo sarcasmo (deflação sarcástico conforme de Paulo da vaidoso Corinthians em 1Co 4:8). Mais tarde, ele voltaria a fazer este ponto quando disse a seus ouvintes que "haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" (Lc 15:7) pode ser salvo. Como Tiago escreveu: "Deus se opõe ao orgulhoso, mas dá graça aos humildes" (Jc 4:6). Como Paulo escreveu em I Timóteo 1:9-10,

Lei [de Deus] não é feita para o justo, mas para aqueles que estão sem lei e rebeldes, para os ímpios e pecadores, para os ímpios e profanos, para aqueles que matam seus pais ou mães, para assassinos e homens imorais e homossexuais e seqüestradores e mentirosos e perjuros, e tudo que for contrário à sã doutrina.

Somente aqueles que se reconhecem estar no último grupo pode abraçar o evangelho da glória de perdão. Tal pessoa foi Paulo, o auto-proclamado principal de todos os pecadores (1Tm 1:15), que, no entanto, considerou que "a graça de nosso Senhor foi mais do que abundante" para salvar mesmo ele (v. 14).

29. A singularidade do Evangelho (Lucas 5:33-39)

E eles disseram-lhe: "Os discípulos de João muitas vezes orações rápidas e oferecem, os discípulos dos fariseus também fazer o mesmo, mas o seu comer e beber." E Jesus disse-lhes: "Você não pode fazer os atendentes do noivo rápido enquanto o esposo está com eles, não é? Mas dias virão; . e que o noivo será tirado do meio deles, então jejuarão naqueles dias "E Ele foi também dizendo-lhes uma parábola:" Ninguém tira um pedaço de tecido de uma roupa nova e coloca-lo em roupa velha; caso contrário, ele vai tanto rasgará o novo, e o pedaço do novo não irá coincidir com a idade. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; caso contrário, o vinho novo romperá os odres e se derramará, e os odres se em ruínas.Mas vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém, depois de beber desejos vinho velho por novo; porque diz: O velho é bom o suficiente. "(5: 33-39)

Em uma época de pluralismo religioso e do relativismo pós-moderno, o evangelho cristão é única. Ele está sozinho, e é incompatível com qualquer e todas as outras religiões. Qualquer forma de sincretismo é inaceitável; o evangelho cristão, o "evangelho de Deus" (Mc 1:14; Rm 1:1; 2Co 11:72Co 11:7). , não pode ser misturado com qualquer religião feita pelo homem ou filosofia humanista. Esse é o ensinamento claro tanto do Senhor Jesus Cristo e dos apóstolos. Jesus disse: "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai senão por mim "(Jo 14:6).Em julgamento perante o tribunal supremo de Israel, o Sinédrio, Pedro e João sem medo testemunhou que "não há salvação em nenhum outro [outro senão Jesus Cristo]; pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos "(At 4:12). Quando se trata de salvação, "ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3:11). Não há muitos caminhos para o topo da montanha, como aqueles que mantêm a unidade essencial de todas as religiões falsamente imaginar; pelo contrário, há "um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1Tm 2:5, não o amor da verdade é a marca de incrédulos, que são condenados por sua incredulidade. Por outro lado, os crentes são aqueles que sabem a verdade e foram libertados por ele (Jo 8:32). No prólogo do seu Evangelho Lucas declarou que ele tinha feito uma cuidadosa pesquisa (1: 3), para que seus leitores "pode ​​saber a verdade das coisas" de que ele escreveu (v. 4). Jesus ensinou que a adoração aceitável de Deus deve ser coerente com a verdade (João 4:23-24), que o Espírito Santo é o Espírito da verdade (Jo 14:17; Jo 15:26; Jo 16:13), que a Palavra de Deus é verdade (Jo 17:17, Jo 17:19), e que Ele veio ao mundo para dar testemunho da verdade (Jo 18:37). Paulo ensinou que aqueles que se recusam a obedecer à verdade vai enfrentar a ira de Deus (Rm 2:8.), Que a "verdade está em Jesus" (Ef . 4:21), que a salvação vem por meio da "fé na verdade" (2Ts 2:13; conforme 1Tm 2:41Tm 2:4), estão "sempre aprendendo e nunca podem chegar . ao conhecimento da verdade (. 2Tm 3:7).

O escândalo do evangelho é, como Francis Schaeffer disse anos atrás, que os cristãos pregam um Cristo exclusivo em uma idade inclusiva. Mas agora, como mencionado acima, o inclusivismo e pluralismo do mundo tem se infiltrado na igreja. Surpreendentemente, algumas vozes dentro da igreja estão até sugerindo que adeptos de outras religiões pode seguir Jesus Cristo sem sair de suas religiões ou identificação com o cristianismo. Na verdade, alguns argumentam que aqueles em religiões não-cristãs podem realmente ser ajudado a chegar a Deus por essas falsas religiões. Clark Pinnock escreve:
Quando abordamos o homem de uma fé diferente da nossa própria, será em um espírito de expectativa para saber como Deus tem falado com ele e que nova compreensão da graça e do amor de Deus podemos nos descobrir neste encontro. Nossa primeira tarefa em que se aproxima um outro povo, outra cultura, outra religião é tirar os sapatos, pois o lugar que estamos nos aproximando é santo .... podemos esquecer que Deus estava aqui antes de nossa chegada. (Citado em Erwin Lutzer, Cristo entre outros deuses [Chicago: Moody, 1994], 185)

Então, surpreendentemente, ele acrescenta,
Deus ... tem mais coisas acontecendo por meio da redenção que o que aconteceu no primeiro século Palestina. (Lutzer, 185)

O tema desta seção de encerramento do capítulo 5 é o mais adequado, nesta era em que a diversidade de crença, a abertura a outros pontos de vista religiosos, e inclusivismo são vistos como as virtudes religiosas primários. Em seu confronto com os líderes religiosos judeus sobre a questão do jejum, o Senhor Jesus Cristo apresentado claramente a singularidade e exclusividade do evangelho. Ele não veio como apenas mais um rabino no âmbito do judaísmo contemporâneo. Nem Ele veio para fazer alguns pequenos ajustes para o sistema religioso existente do seu dia. Jesus veio para pregar o evangelho, que cumpriu o Velho Testamento e era incompatível com a religião judaica do seu dia. Judaísmo estava preocupado com a auto-justiça (Lc 16:15; 18: 11-12) o evangelho com justiça coração; Judaísmo estava preocupado com o que os homens pensavam (Mt 6:1, Mt 6:5, Mt 6:16; Mt 23:5.), O evangelho com atitudes internas.

Foi a insistência intransigente de Jesus na exclusividade do evangelho que estava no coração de Seu conflito permanente com os líderes religiosos judeus. Essa hostilidade, já evidente em dois incidentes anteriores no capítulo 5, a cura do paralítico (vv. 17-26) e o confronto no banquete de Mateus (vv. 30-32), aumenta nesta passagem. Todos os três Evangelhos sinópticos colocar este incidente imediatamente após o banquete oferecido por Mateus, sugerindo que isso aconteceu logo depois. O texto contém três elementos simples: a Inquisição, a interpretação, e as ilustrações.

A INQUISIÇÃO

E eles disseram-lhe: "Os discípulos de João muitas vezes orações rápidas e oferecem, os discípulos dos fariseus também fazer o mesmo, mas o seu comer e beber." (5:33)

Falha de Lucas para especificar o antecedente de elas outras ligações essa passagem para a anterior. Se este incidente ocorreu em um momento diferente, Lucas teria necessárias para identificar as pessoas que estavam falando. De acordo com o relato de Mateus, os discípulos de João Batista foram os únicos que fazem a pergunta (Mt 9:14). Não há contradição entre Mateus e Lucas, no entanto, uma vez que Mc 2:18 registra que ambos os fariseus e os discípulos de João se aproximou de Jesus. Sem dúvida indivíduos de ambos os grupos disparou a mesma pergunta para o Senhor.

Que os discípulos de João apareceu com os escribas e fariseus é surpreendente. Afinal, João foi precursor de Jesus, que apontou-o como (Jo 1:29; conforme v 36). "O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!", E apontou seus próprios discípulos de Jesus (Jo 1:37; conforme 3: 28-30). Por que os seus discípulos ser associado com amargos inimigos de Jesus?

Deve-se lembrar que nem todos os que seguiram João estavam presentes quando Jesus foi batizado, ou quando João apontou-o como o Cordeiro de Deus. Nem todos estavam convencidos de que Jesus era o Messias; mesmo João teve seu momento de dúvida (Lc 7:19), e anos mais tarde Paulo encontrou alguns discípulos de João, que nem sequer então saiba que Jesus era o Messias (Atos 19:1-7). Desde que João era por este tempo na prisão (Lc 3:20), ele não estava disponível para confirmar a seus discípulos que Jesus era a que ele anunciava. Muitos dos seguidores de João que não acreditavam que Jesus era o Messias, no entanto, fez uma confissão espiritual sério quando eles foram batizados. Eles haviam reconhecido seu pecado e pediu perdão, em um esforço para se prepararem para vinda do reino de Messias.Era natural que essas pessoas empenhadas em associar à elite religiosa, os fariseus e os escribas.

Os discípulos de João e os fariseus censurou os discípulos de Jesus por violar costume religioso judaico ao não jejuar e oferecer rituais orações . O jejum foi um dos três principais expressões práticas de piedade judaica, juntamente com a oração e dar esmolas. Todos os três foram feitas publicamente e ostensivamente pela elite religiosa para mostrar sua suposta piedade diante dos homens. No Sermão da Montanha, Jesus advertiu contra essa hipocrisia:

Então, quando você dá aos pobres, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para que possam ser honrados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você dá aos pobres, não deixe que a sua mão esquerda saiba o que sua mão direita está fazendo, a fim de que a tua esmola será em segredo; e teu Pai, que vê o que é feito em segredo, te recompensará. Quando orardes, não sejais como os hipócritas são; pois gostam de ficar em pé e Oração nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta e ora ao teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê o que é feito em secreto, te recompensará .... Sempre que você rápido, não colocar um rosto triste como os hipócritas, pois eles negligenciam a sua aparência para que eles vão ser notado pelos homens quando eles estão jejuando. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. Mas tu, quando jejuardes, unge a tua cabeça e lava o rosto para que seu jejum não será notada pelos homens, mas a teu Pai que está em secreto;e teu Pai, que vê o que é feito em segredo, te recompensará. (Mateus 6:2-6., 16-18)

Embora os fariseus jejuamos duas vezes por semana (Lc 18:12) na segunda-feira e quinta-feira, há apenas um rápido atribuídos no Antigo Testamento. No Dia da Expiação, o Senhor ordenou aos filhos de Israel que humilde ou afligir a alma (16:29 Lev., 31), que é uma referência ao jejum (cf. A Zondervan Pictorial Encyclopedia da Bíblia , sv "jejum" ). Os escritos rabínicos proibiu de comer, mesmo tanto quanto uma única data-ou beber no Dia da Expiação. Em um dia reservado para mais de luto e arrepender-se do pecado, alimentação foi considerada inadequada. Existem jejuns nonrequired mencionados no Antigo Testamento (por exemplo, Jz 20:26; 1Sm 7:61Sm 7:6; 2Sm 1:122Sm 1:12; 2Sm 12:16; 1Rs 21:271Rs 21:27; 2Cr 20:32Cr 20:3, Ed 8:23; Ne 1:1; Ne 9:1; Sl 69:10; Dn 9:1; 13 29:1-14'>Joel 1:13-14; Jl 2:12 , Jl 2:15), mas eles foram espontâneos, associada a dor, luto, e humildemente buscar a Deus.

O que indignou os escribas, fariseus e os discípulos de João era que os discípulos de Jesus ignorou os jejuns rituais tradicionais e continuou a comer e beber . Abordando Jesus, eles exigiram uma explicação para essa violação flagrante de costume judaico.

A INTERPRETAÇÃO

E Jesus lhes disse: "Você não pode fazer os atendentes do noivo jejuar enquanto o esposo está com eles, não é? Mas dias virão; e que o noivo será tirado do meio deles, então jejuarão naqueles dias ". (5: 34-35)

Jesus defendeu falha dos Seus discípulos para rápido, interpretando o seu comportamento em sua verdadeira luz. Usando uma experiência familiar, lembrou-lhes que os assistentes , os amigos próximos do noivo envolvido em um casamento, dificilmente poderia ser esperado para jejuar enquanto o esposo estava com eles . Afinal de contas, ninguém jejua em um casamento; que seria completamente inadequado. Um casamento é um momento de festa alegre, não triste (conforme Mt 9:15) jejum. É um tempo para rir, para não chorar; tempo de dançar, não para lamentar (Ec 3:4.; Jr 2:2.); que é um conceito do Novo Testamento aqui introduzido por Jesus (conforme Mt 9:15; Marcos 2:19-20. e João uso do Batista de uma analogia similar em Jo 3:29). Mais tarde, em Apocalipse, a igreja é descrita como a noiva de Cristo (19: 7; 21: 2, 9; 22:17).

Por isso, foi igualmente ridículo esperar que os discípulos de Jesus jejuar e chorar enquanto Ele estava presente com eles. Mas o noivo não estaria sempre com eles. Os dias virão , Jesus disse que, quando o noivo será tirado do meio deles, então jejuarão naqueles dias . O tempo de alegria iria acabar quando o noivo foi subitamente retirado no meio da celebração. No futuro, o Senhor apontou, Ele seria executado, e os discípulos iria perdê-lo. (Esta é a primeira vez no evangelho de Lucas que Jesus se referiu à sua morte.) Quando isso aconteceu eles seriam superados com medo e tristeza; a profecia de Zc 13:7; Mc 14:50.). Os discípulos não entenderam previsões repetidas de Jesus da sua morte (conforme Marcos 9:31-32), uma vez que não se encaixam em sua noção preconcebida de que o Messias iria conquistar os inimigos de Israel e estabelecer o Seu reino. Mesmo o seu líder, Pedro, perdeu o ponto. Quando

Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro levou à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: 'Deus me livre, Senhor! Isso deve acontecer nunca to You "(Mat. 16: 21-22).

Mas o que Isaías havia predito séculos antes a respeito do Messias, "Da opressão e do juízo foi tirado" (53: 8), viria a passar. Depois Jesus lhes foi tirado, Seus discípulos fizeram rápido (Mt 6:16-18.; 13 2:44-13:3'>Atos 13:2-3; At 14:23).

AS ILUSTRAÇÕES

E Ele também estava dizendo-lhes uma parábola: "Ninguém tira um pedaço de tecido de uma roupa nova e coloca-lo em roupa velha; caso contrário, ele vai tanto rasgará o novo, e o pedaço do novo não irá coincidir com a idade. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; caso contrário, o vinho novo romperá os odres e se derramará, e os odres se em ruínas.Mas vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém, depois de beber desejos vinho velho por novo; porque diz: O velho é bom o suficiente. "(5: 36-39)

Para ilustrar a singularidade do evangelho, Jesus contou uma parábola ( parábola , um figurativo exemplo, a metáfora, a analogia, ou história), ou, mais especificamente, de uma série de três parábolas. Em primeiro lugar, Ele ressaltou que ninguém rasga um pedaço de tecido de uma roupa nova e coloca-lo em uma roupa velha . Para isso seria tolo por um par de razões. Em primeiro lugar, arrancando um pedaço de tecido de uma roupa nova , obviamente, iria estragar aquela roupa. Nem o novo patch funciona se costurado na roupa velha, uma vez que o pedaço do novo não irá corresponder a cor desbotada ou o padrão de o velho . Pior ainda, após a roupa remendada é lavado ", o patch [do novo, vestuário unshrunk] se afasta da [antiga remendado,] capa, e um piores resultados lágrima" (Mt 9:16).O resultado final é duas peças arruinadas.

Ponto do Senhor é que o evangelho não pode ser corrigido no Judaísmo (ou qualquer outro sistema de salvação pelo trabalho). Seu ensinamento foi completamente em desacordo com a dos líderes judeus.Eles mesmos vistos como justos (Lc 16:15); Ele pregou a necessidade de arrependimento (Lc 5:32;. Conforme Mt 4:17). Eles estavam orgulhosos de seu status religioso supostamente exaltado (Lucas 20:46-47); Ele proclamou a necessidade de humildade (Mt 5:3; Lucas 11:39-52). Eles adoraram a aprovação dos homens; Ele ofereceu a aprovação de Deus (Mateus. 23: 5-7; Jo 12:43).

A roupa velha na ilustração do Senhor não é o Velho Testamento. Não é a lei de Deus eterno, o que é santo, justo e bom (Rm 7:12.), E que Jesus veio para cumprir, não para substituir (Mat. 5: 17-19). Pelo contrário, é a religião ritualista, legalista baseada na tradição rabínica, com os seus regulamentos feitos pelo homem (Mat. 15: 3-6), que obscureceu a Lei de Deus. Jesus não veio para consertar esse sistema, mas para substituí-lo com as vestes da salvação (Is 61:10) —a boa notícia da salvação pela fé nEle. Nenhum sistema de retidão de obras pode ser corrigido para o evangelho da graça e da fé.

Seria tão tola e fútil para colocar vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo romperá os odres e se derramará, e os odres se arruinou . O vinho era normalmente armazenados em recipientes feitos de peles de animais. Como o novo, vinho fermentado fresco, o gás seria liberado e as peles se expandir. Se alguém foi tolo o suficiente para colocar vinho novo em velhos odres, estendido, o vinho novo que romperá os odres , o vinho iria ser derramado para fora e perdeu, e as peles iria ser arruinada . Nova vinho tinha de ser armazenada em odres novos , que ainda estavam flexíveis o suficiente para se expandir durante o processo de fermentação.

Como a primeira ilustração, este também destaca a futilidade e impossibilidade de misturar o evangelho da graça com qualquer sistema de retidão de obras. A graça é a antítese e não é compatível com qualquer sistema (Rm 11:1; Gl 5:4). O objetivo da igreja não é fazer incrédulos confortáveis ​​em seus sistemas religiosos falsos ou para ajudá-los a assimilar Jesus para esses sistemas. A comissão que o Senhor deu para a igreja é "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos "(Mat. 28: 19-20).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 1 até o 39

Lucas 5

As condições para um milagre — Luc. 5:1-11 Tocando o intocável Luc. 5:12-15

A oposição se intensifica — Luc. 5:16-17

Perdoado e curado — Luc. 5:18-26

Hóspede de um indivíduo desprezado - Luc. 5:27-32 O grupo feliz — Luc. 5:33-35

A nova idéia — Luc. 5:36-39

AS CONDIÇÕES PARA UM MILAGRE

Lucas 5:1-11

A famosa extensão de água da Galiléia tem três nomes diferentes:

Mar da Galiléia, Mar do Tiberíades e Lago do Genesaré. Tem uns vinte quilômetros de comprimento por treze de largura. Descansa em uma depressão a uns duzentos metros sob o nível do mar. Este fato lhe dá seu clima quase tropical.

Em nossos dias está quase deserto, mas na época de Jesus havia nove cidades ao redor de seus margens, nenhuma delas com menos de quinze mil habitantes. Genesaré é em realidade o nome de uma bela

planície que existia no lado ocidental do lago. Era muito fértil. Os judeus gostavam de jogar com derivações, e tinham três para Genesaré, as quais mostravam quão bela era.

  1. De kinnor que significa harpa porque "seu fruto é tão doce como o som de um harpa".

  1. De gan, um jardim, e sar, príncipe – portanto "o príncipe dos jardins".
    1. De gan e asher, riquezas, ou seja "o jardim das riquezas".

Devemos notar, em primeiro lugar, embora não se diga, que estamos diante de um dos momentos decisivos da vida de Jesus. A

última vez que o ouvimos pregar estava na sinagoga; agora está à beira do lago. Voltará a estar na sinagoga; mas chegará o momento em que a porta desta lhe será fechada e as margens do lago e os caminhos se

converterão em sua igreja e seu púlpito será uma barco. Onde queira, os homens o escutavam. "Nossas sociedades", disse João Wesley, "foram formadas pelos que vagabundeavam ao redor das escuras montanhas e

que não pertenciam a nenhuma igreja cristã; mas a pregação dos metodistas os depenou e os seguiu através dos desertos deste mundo, os caminhos e os valados, os mercados e as feiras, as colinas e os vales; e

levantaram o estandarte da cruz nas ruas e atalhos das cidades, nas vilas, nos celeiros e nas cozinhas dos camponeses – e tudo se fez de tal maneira e em tal extensão, como jamais se fez dos tempos dos

apóstolos." Ao fecharem-se as portas da sinagoga, Jesus ensinou no caminho.

Nesta história há o que poderíamos chamar uma lista das condições

para um milagre.

  1. É preciso o olho que vê. Não há necessidade de pensar que Jesus criou um cardume de peixes para a ocasião. No Mar da Galiléia existiam cardumes fabulosos que cobriam o mar como um manto sólido de mais

de meia hectare de superfície. O mais provável é que o olho agudo de Jesus visse um e tenha parecido assim um milagre. Necessitamos olhos que realmente vejam. Muita gente viu o vapor levantando a tampa do

bule; só James Watt o viu e pensou na máquina a vapor. Muitos viram cair uma maçã; só Isaac Newton pensou na lei da gravidade. A Terra está cheia de milagres para o olho que vê.

  1. É preciso o espírito que se esforça. Se Jesus o dizia, Pedro estava disposto a provar outra vez, embora estivesse cansado. Para a

maioria das pessoas o desastre em sua vida é que deixam de esforçar-se com suficiente empenho.

  1. É preciso o espírito que busca fazer o impossível. A noite tinha passado, e este era o momento para pescar. Todas as circunstâncias eram

pouco favoráveis, mas Pedro disse: "Sejam quais forem, as circunstâncias, se tu o disseres, provaremos outra vez."

Muitas vezes esperamos porque o momento não é oportuno. Se esperarmos que as circunstâncias sejam perfeitas, nunca começaremos.

Se quisermos um milagre, devemos cumprir com o que Jesus nos mande, embora se trate de um impossível.

TOCANDO O INTOCÁVEL

Lucas 5:12-15

Havia dois tipos de lepra na Palestina. Uma parecia uma doença da

pele muito má e era a menos perigosa das duas. Na outra, a doença começava por meio de uma pequena mancha, e terminava comendo a carne até que o desventurado ficava só com o coto da perna ou da mão. Era literalmente uma morte em vida. As normas com respeito à lepra estão contidas em Levítico 13 e 14. O mais terrível era a solidão que trazia consigo. O leproso devia gritar: "Imundo! Imundo!" em qualquer lugar que fosse; tinha que viver sozinho; "fora do acampamento será sua morada" (Lv 13:45, Lv 13:46). Deixava de pertencer à sociedade dos homens e era exilado de seu lar. O resultado era, e ainda o é, que as conseqüências psicológicas da lepra eram tão sérias como as físicas.

O Dr. A. B. MacDonald, em um artigo sobre uma colônia de leprosos em Itu, da qual estava a cargo, escreve:

"O leproso está doente tanto no corpo como na mente. Por alguma razão existe uma atitude para com a lepra que difere das que existem com respeito a outras doenças que desfiguram. Está associada com a vergonha e o horror, e conduz consigo em uma forma misteriosa, um sentido de culpa, apesar de que a tenha obtido inocentemente como qualquer outra doença

contagiosa. Separados e odiados, os leprosos pensam muitas vezes em tirar a vida e muitos o fazem."

O leproso era rechaçado por outros até que começava a rechaçar-se a si mesmo. Este é o tipo de homem que veio a Jesus; era imundo, e Jesus o tocou.

  1. Aqui nos encontramos diante de uma tremenda verdade – Jesus tocava o intocável. A mão de Jesus se abriu para o homem de quem todos se apartavam. Surgem duas coisas. Em primeiro lugar, quando rechaçamos a nós mesmos, quando nossos corações estejam cheios de uma amarga vergonha, recordemos que, apesar de nossa vergonha, a mão de Cristo ainda está estendida. Mark Rutherford queria acrescentar uma nova bem-aventurança: "Bem-aventurados os que nos curam de nosso rechaço de nós mesmos." Isso é o que Jesus fez e faz. Em segundo lugar, é da própria essência do cristianismo tocar o intocável, amar a quem ninguém ama, perdoar o quem não se perdoa. Jesus o fez – nós também devemos fazê-lo.

  1. Jesus enviou o homem a que levasse a cabo a rotina normal que se prescrevia para limpar-se. As normas estão em Levítico 14. De maneira que o milagre não deixava de lado o que a ciência médica da época podia fazer. Não absolvia o homem de levar a cabo as normas prescritas. Nunca obteremos milagres negando os dons, a ciência e a sabedoria que Deus nos deu. Quando a habilidade do homem se combinava com a graça de Deus ocorriam maravilhas – e ainda ocorrem.
  2. O versículo 15 nos fala da popularidade de Jesus. Mas só era popular porque a gente queria obter algo dele. Há tantos que desejam os dons de Deus mas que repudiam seus mandatos – e nada pode ser mais desonroso que isto.

A OPOSIÇÃO SE INTENSIFICA

Lucas 5:16-17

São só dois versículos, mas devemos fazer uma pausa ao lê-los, porque se trata de um fato de grande importância nesta história.

Apareceram em cena os escribas e os fariseus. A oposição não se daria por satisfeita até ter dado morte ao Jesus.

Se queremos compreender o que aconteceu com Jesus, devemos

entender algo a respeito da Lei, e a relação dos escribas e os fariseus para com ela. Quando os judeus voltaram de Babilônia cerca do ano 440 a. C., sabiam bem que, humanamente falando, tinham desaparecido suas esperanças de grandeza nacional. Portanto decidiram deliberadamente cifrar sua grandeza em ser o povo da Lei. Dedicariam todas as suas energias a conhecer e guardar a Lei de Deus.

A base da lei eram os Dez Mandamentos. Estes são princípios grandes e amplos para a vida. Não se trata de normas e regulamentos;

não legislam cada ato e cada circunstância. Para certa seção dos judeus isto não era suficiente. Não queriam grandes princípios. Procuravam uma

norma que cobrisse todas as situações que pudessem conceber-se. Portanto começaram a desenvolver e elaborar normas dos Dez Mandamentos. Tomemos um exemplo. O mandamento diz: “Lembra-te

do dia de sábado, para o santificar”; e logo continua dizendo que no sábado não se deve trabalhar (Êxodo 20:8-11).

Mas isto não era suficiente para os judeus. Perguntavam: "O que é

trabalhar?" E definiam o trabalho sob trinta e nove cabeçalhos distintos que chamavam "Pais do trabalho". Mas não isso não lhes era suficiente. Cada um destes grupos estava subdividido imensamente. Começaram a surgir milhares de regras e normas, que foram chamadas de a Lei Oral, e que não só foram colocadas ao nível dos mandamentos, mas também acima deles.

Uma vez mais tomemos um exemplo real. Uma das tarefas que se proibia no sábado era levar uma carga. Jeremias 17:21-24 diz para se

guardassem de levar carga no dia de sábado. Mas estes legalistas insistiam que se devia definir a carga. Portanto apareceram as regras. Uma carga era: "comida em peso igual a um figo seco; vinho para encher uma taça; leite para tomar um sorvo; azeite para ungir a um pequeno, água para umedecer um emplastro para uma pálpebra, papel para escrever nele uma nota; tinta para escrever duas letras, cano para fazer uma pluma..." e assim sucessivamente. Portanto se um alfaiate levava em sua roupa um alfinete ou uma agulha no sábado, estava quebrantando a Lei; tomar uma pedra suficientemente grande para atirar num pássaro, no sábado era um pecado. A bondade chegou a identificar-se com estas normas e regras intermináveis.

Tomemos outro exemplo. Curar no dia de sábado era trabalhar. Estava escrito que só se a vida estava em perigo real se podia curar. Só se podiam tomar medidas para que o doente não se agravasse, mas não se podia melhorar sua condição. Portanto se podia pôr uma atadura em uma ferida, mas sem ungüento; podia-se pôr uma parte de algodão em um ouvido, mas sem medicamentos. É fácil ver que não existiam limites para isto. Os escribas eram peritos na lei que sabiam tudo isto e o deduziam da Lei. O nome, fariseu significa "o compartimento"; e os fariseus eram aqueles que se separaram do povo e da vida comum para preservar estas regras e normas.

Notemos duas coisas. Em primeiro lugar, os escribas e os fariseus viam nestas leis questões de vida ou morte; as quebrantar era um pecado mortal. Em segundo lugar, só as pessoas desesperadamente cuidadosas

teriam tentado guardá-las, já que devem ter feito que a vida fosse terrivelmente incômoda. Só as melhores pessoas tentariam fazê-lo.

Jesus não utilizava estas regras e normas. Para ele, o lamento da

necessidade humana era mais importante que estas coisas. Mas para os escribas e fariseus estava quebrantando a Lei, era um homem pecador que o fazia e ensinava outros a fazê-lo. Por isso o odiavam e por isso o mataram. A tragédia na vida de Jesus foi que aqueles que eram mais zelosos de sua religião o levaram à cruz. É irônico pensar que as

melhores pessoas de sua época o crucificaram. Deste momento em diante não haveria descanso para Ele. Estaria sempre sob o olhar crítico desses olhos hostis. A oposição tinha se cristalizado e havia só um final.

Jesus sabia isto e antes de enfrentar a oposição se retirou a orar. O amor dos olhos de Deus o consolava do ódio nos olhos dos homens. Da

paz de Deus extraiu forças para a batalha da vida – e é suficiente para um discípulo ser como seu Senhor.

PERDOADO E CURADO

Lucas 5:8-26

Eis aqui uma vívida história. Jesus estava ensinando em uma casa. As casas palestinas tinham tetos chatos, com um pequeno desnível para que corresse a água de chuva. Estava formado por vigas que foram de parede a parede a pouca distância uma da outra. O espaço entre elas

estava cheio de raminhos que tinham sido calcados com morteiro e unidos com greda. Era a coisa mais fácil do mundo tirar o enchimento de entre duas vigas. Na verdade, muitas vezes se puxavam os ataúdes das

casas pelo teto.

O que significa a passagem sobre o perdão dos pecados? Para compreendê-lo devemos ter em conta que na Palestina o pecado e o

sofrimento estavam inextricavelmente unidos. Cria-se implicitamente que se uma pessoa sofria era porque tinha pecado. E portanto o doente tinha muitas vezes o sentimento mórbido de ser um pecador. Por esta

razão Jesus começou dizendo ao homem que seus pecados lhe eram perdoados. Sem isto o homem não poderia jamais ter acreditado que tinha sido curado. Isto mostra como no debate os escribas e os fariseus

estavam completamente derrotados. Eles objetavam que Jesus pretendesse perdoar o homem. Mas segundo seus próprios argumentos e hipóteses o homem estava doente porque tinha pecado; e se se curava estava provado que seus pecados estavam perdoados. O protesto dos

fariseus se tornou contra eles e os deixou sem fala.

O bonito desta história é que estamos diante de um homem que foi salvado pela fé de seus amigos. Ao ver ele a deles – a fé premente daqueles que não se detiveram ante nenhum obstáculo para levar a seu amigo a Jesus, obteve a cura. Ainda acontece assim.

  1. Há os que são salvos pela fé de seus pais. Carlyle costumava dizer que até através dos anos escutava a voz de sua mãe: "Confia em Deus e faz o bem."

Quando Santo Agostinho estava vivendo uma vida descuidada e

imoral sua piedosa mãe pediu a ajuda de um bispo cristão. "É impossível", disse este, "que o filho de tais orações e lágrimas se perca." Muitos de nós daríamos testemunho com gosto de que à fé de nossos pais devemos tudo o que temos e tudo o que possamos chegar a ser.

  1. Há os que são salvos pela fé dos que os amam. Quando H. G. Wells estava recém casado, e o êxito lhe oferecia novas tentações, disse:

"Era suficiente para mim saber que atrás das portas de meu lar dormia alguém tão doce e puro que me era impossível pensar em aparecer diante dela sujo, ébrio ou envilecido."

Muitos de nós cairíamos em tentação se não fora porque não poderíamos suportar a dor e a pena nos olhos de outros.

Na estrutura mesma da vida e do amor – bendito seja Deus – estão

as influências preciosas que salvam os homens.

HÓSPEDE DE UM INDIVÍDUO DESPREZADO

Lucas 5:27-32

Aqui nos encontramos com o chamado de Mateus (conforme Mat. 9:9-13). De todas as pessoas na Palestina os cobradores de impostos eram os mais

odiados. Neste momento a Palestina era um país sob a soberania dos romanos. Os cobradores de impostos estavam a serviço do governo romano; e portanto, eram vistos como quintas-colunas, traidores e renegados. O sistema impositivo se prestava a abusos. O costume

romano era dar em concessão o pagamento de impostos.

Assinalavam um distrito determinado e vendiam o direito a cobrar os impostos ao melhor negociador. Estabelecia-se um montante e se o comprador cobria esta cifra no final do ano estava autorizado a reter todo o resto que pudesse obter do povo; e como não havia jornais nem telégrafos nem nenhuma forma de fazer anúncios públicos que chegassem aos ouvidos de todos, as pessoas não sabiam realmente quanto tinham que pagar. Havia um imposto de recenseamento que todo varão entre os 14 e os 65 anos e toda mulher entre os 12 e os 65 anos tinham que pagar pelo simples privilégio de existir. Havia um imposto sobre a terra que consistia em um décimo de todas as colheitas, e um quinto do vinho e do azeite. Podia ser pago em espécie ou em dinheiro. Havia um imposto às rendas que consistia em um por cento dos ganhos de um homem. Nestes impostos não havia muito lugar para a extorsão.

Em segundo lugar se pagava por todo tipo de tarefas: por utilizar os caminhos principais, os portos e os mercados. Pagava-se por um carro,

por cada uma de suas rodas e pelo animal que o puxava. Existiam impostos sobre as vendas sobre certos artigos, e direitos de importação e

exportação. Um cobrador de impostos podia deter um homem no caminho, fazê-lo desempacotar e cobrar o que quisesse. Se o homem não podia pagar, às vezes o cobrador de impostos oferecia-lhe empréstimo

em dinheiro com interesses exorbitantes com o qual o tinha mais sob suas garras. Os cobradores de impostos ou publicanos eram classificados no mesmo nível dos ladrões e assassinos. Não lhes era permitido entrar na sinagoga. Um escritor romano nos conta que uma vez viu um

monumento a um cobrador de impostos honrado. Isto demonstra quão estranho era o caso de um publicano honrado. Mateus era assim e Jesus o escolheu como apóstolo.

  1. A primeira coisa que Mateus fez foi convidar Jesus a uma festa
  2. podia fazê-lo bem – e a todos seus companheiros e desprezados amigos para conhecê-lo. O primeiro sentimento de Mateus foi compartilhar o

maravilhoso que tinha encontrado. Disse João Wesley: "Nenhum homem

foi ao céu sozinho; deve encontrar amigos ou fazer-se amigo deles." É um dever cristão compartilhar a bênção que encontramos.

  1. Os escribas e fariseus não estiveram de acordo. Os fariseus – os separados – não podiam permitir sequer que alguém parte de sua túnica

tocasse a um homem como Mateus. Jesus lhes deu a resposta perfeita. Uma vez Epicteto chamou a seu ensino "a medicina da salvação". Jesus declarou que só os doentes precisam de médico; e gente como Mateus e seus amigos eram os que mais o necessitavam.

Seria bom olhar ao pecador como um doente e não como um criminoso; e olhar ao homem que se equivocou não como a alguém que deve ser rechaçado e condenado mas sim como a alguém que necessita

amor e ajuda para encontrar o caminho correto.

O GRUPO FELIZ

Lucas 5:33-35

O que surpreendia e chocava os escribas e fariseus era a normalidade dos seguidores do Jesus.

Collie Knox nos conta a respeito de um capelão muito querido que lhe disse uma vez: "Moço, não faça uma agonia de sua religião." Dizia— se que Burns era açoitado por sua religião em lugar de ser ajudado. Os

judeus ortodoxos tinham a idéia – que ainda não morreu totalmente – de que um homem não era religioso se não estava incômodo. Tinham sistematizado sua observância religiosa. Jejuavam na segunda-feira e na

quinta-feira; e muitas vezes se branqueavam o rosto para que ninguém duvidasse de que o estavam fazendo. Em realidade, o jejum não era tão sério porque durava do amanhecer até o entardecer e depois desta hora se

podia comer. O que queriam era que Deus prestasse atenção ao que jejuava. Muitas vezes pensavam nisto como um sacrifício. Ao fazê-lo um homem estava oferecendo, a Deus em essência, nada menos que sua carne. Também se sistematizou a oração. Orava-se às doze do dia, às três

e às seis da tarde.

Jesus se opunha a tudo o que fosse religião regulamentada. Utilizou uma imagem vívida. Na Palestina quando duas pessoas jovens se casavam não viajavam para a lua-de-mel; ficavam em sua casa e deixavam a casa aberta por uma semana. Vestiam-se com suas melhores roupas, às vezes até colocavam coroas; por uma semana eram rei e rainha e sua palavra era lei. Não voltariam a ter outra semana igual em suas sacrificadas vidas. Os convidados compartilhavam essa semana festiva eram chamados os filhos do tálamo.

  1. É extremamente sugestivo que Jesus mais de uma vez assemelhe a vida cristã a uma festa de bodas. A alegria é uma característica primordialmente cristã. Um estudante dizia a respeito de uma famosa professora americana: "Fazia-me sentir como se me banhassem os raios do Sol." Muita gente pensa no cristianismo como algo que os obriga a fazer coisas que não querem fazer e que lhes impede de fazer o que desejam. A risada se converteu em um pecado em vez de – como o disse um famoso filósofo – "uma glória repentina".
  2. Mas ao mesmo tempo Jesus sabia que chegaria o momento em que o noivo teria que partir. A morte não o pegou de surpresa. Via a cruz

diante de si; mas até no caminho em direção a ela conhecia essa alegria que ninguém pode tirar, porque é a alegria da presença de Deus.

A NOVA IDÉIA

Lucas 5:36-39

Nas pessoas religiosas há uma espécie de paixão pelo antigo. Nada se move mais devagar que a Igreja. O problema com os fariseus era que toda a aparência religiosa de Jesus era tão chamativamente nova que

simplesmente não podiam habituar-se a ela. A mente perde logo a qualidade da elasticidade e deixa de aceitar novas idéias.

Jesus utilizou duas ilustrações. Disse: “Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha...” O tecido novo forte só fará que o

velho se rompa mais. Na Palestina se usavam odres de pele. Quando

ficava o vinho novo neles, fermentava e produzia gás. Se o odre era novo tinha certa elasticidade e cedia à pressão; mas se era velho a pele se secava e endurecia e podia romper-se. Jesus disse: "Não deixem que suas mentes se convertam em odres velhos. O povo diz que o vinho velho é o melhor. Pode ser que o seja em seu momento, mas esquecem que é um engano rechaçar o novo, porque chegará o dia em que se estacionará e se converterá no melhor." Toda a passagem mostra a Jesus condenando a mente fechada e pedindo aos homens que não rechacem as novas idéias.

  1. Nunca devemos ter medo de pensar com ousadia. Se existir o Espírito Santo, Deus nos está guiando sempre para novas verdades.

Fosdick pergunta: "Como progrediria a medicina se os médicos se

restringissem a drogas, métodos e técnicas de mais de trezentos anos?" E entretanto, nossas normas de ortodoxia ainda são mais velhas. O homem que tem algo novo sempre tem que lutar.

Galileo foi famoso como herege quando sustentou que o mundo se movia ao redor do Sol. Lister teve que lutar para que suas técnicas anti— sépticas fossem utilizadas nas operações cirúrgicas. Simpson lutou

contra a oposição ao emprego benéfico do clorofórmio. Tenhamos claro que quando nos ofendem as novas idéias estão demonstrando simplesmente que nossas mentes já estão velhas e perderam sua

elasticidade. Nunca evitemos a aventura do pensamento.

  1. Nunca devemos temer os métodos novos. Que uma coisa sempre foi feita pode ser a melhor razão para deixar de fazê-la. Que algo nunca foi feito pode ser a melhor razão para prová-lo. Nenhuma empresa

poderia subsistir com métodos gastos – e entretanto, a Igreja insiste neles. Qualquer negócio que tivesse perdido tantos clientes como a Igreja perdeu teria que ser renovado faz muito – mas a Igreja rechaça tudo o

que é novo.

Uma vez, em uma viagem ao redor do mundo Rudyard Kipling viu o General Booth subindo ao navio. Ele o fez ao compasso de pandeiro, o

que ofendia ao espírito ortodoxo do Kipling. Kipling chegou a conhecer o general e lhe disse o muito que lhe desgostava o pandeiro e coisas pelo

estilo. Booth o olhou: "Jovem", disse-lhe, "se pensasse que poderia ganhar mais uma alma para Cristo parado sobre minha cabeça e agitando uma pandeiro com os pés, aprenderia a fazê-lo."

Há um conservadorismo sábio e outro néscio. Tomemos cuidado de não ser em pensamento e ação reacionários obstinados quando teríamos

que ser, como cristãos, graciosos aventureiros.


O Evangelho em Carne e Osso

Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 5 do versículo 17 até o 26

18    . Ver para crer ou crer para ver?

Lc 5:17-26

 

Crer até ver

 

A fama de Jesus já havia corrido pela região, tanto por suas curas quanto por seus ensinamentos. Agora ele estava diante de vários fariseus e mestres da lei que vieram de vários lugares para ouvi-lo. Isso se tornou um grande evento na cidade, como se fosse um congresso, o que chamava atenção de muita gente.

Alguns homens da cidade sabiam que Jesus estava ali e criam que ele podia curar um amigo paralítico, o que para eles era mais importante que as discussões que estavam ocorrendo dentro da casa. Foram até lá para levar o amigo a Jesus, mas não conseguiam chegar até o mestre.

As pessoas estavam apertadas e pouco preocupadas com esse caso que eles tentavam levar a Jesus, talvez alguns olhassem até irritados por estarem atrapalhando um momento tão especial. Mas esses homens demonstravam uma fé tão grande que não os deixava desistir, assim, usaram sua criatividade para praticarem sua fé: abriram um buraco no teto e desceram com cordas o leito do amigo paralítico.

Ainda que não pudessem chegar perto de Jesus, tinham fé nele e amor pelo amigo, o que os levou a superarem os obstáculos.

Alguns acham que a fé é uma resposta a algo que foi visto, mas muitas vezes ela é o impulso que leva a ver aquilo que se crê.

Até onde nossa fé nos leva?

O quanto somos criativos para levarmos as pessoas até Jesus?

 

Crer quando não se vê?

 

Com certeza todos estranharam a interrupção, especialmente por ser tão surpreendente. Imagine um buraco se abrindo no teto de uma casa e uma maca sendo descida por cordas. Muitos até reprovaram, imagino que principalmente os donos da casa, mas, como o foco era Jesus, esperaram para ver como ele agiria.

Jesus não se preocupou com a interrupção, mas viu a fé daqueles amigos, percebeu que aquela atitude e sua motivação eram muito valiosas.

Ao ver essa fé, voltou os olhos ao paralítico e o curou de sua profunda doença interna: o pecado. Isso causou espanto nos mestres da lei, provavelmente nos amigos dos paralíticos e até mesmo em nós. Talvez os amigos pensassem: “será que ele não entendeu que se trata de um paralítico que precisa ser curado?”.

Mais claro ainda foi o pensamento dos mestres da lei, como se dissessem: “quem ela pensa que é? Só Deus pode perdoar pecados”.

Jesus, então, coloca-lhes uma questão muito mais profunda. Uma questão que também devemos responder em nossa fé: “Qual é mais fácil dizer: estão perdoados os teus pecados ou: levanta-te e anda?”. O que você responderia?

O perdão não podia ser visto e comprovado, também não estava sendo dado do modo como entendiam. Somente a fé poderia comprová-lo. Entretanto, para Jesus isso era o mais importante, ainda que ninguém pudesse ver.

Já a cura seria visível, indiscutível e revelaria o poder de Deus sobre Jesus. Isso os doutores da lei não poderiam negar e os amigos ficariam satisfeitos, pois era o objetivo deles.

O perdão era profundo e falava da eternidade, já a cura específica seria momentânea, pois ele ainda poderia ter novos problemas e com certeza morreria um dia.

Mas qual seria mais fácil para Jesus?

Para a cura ele já contava com o poder de Deus. Mas o perdão efetivo dos pecados estava ligado aos tormentos da cruz, pelo qual ainda passaria.

O que mais buscamos em Jesus? O perdão ou a resolução de nossos problemas?

 

Crer quando se vê?

 

A realidade do pecado, e mesmo a do perdão, é algo invisível e até mesmo negado por muitos. Como não temos domínio sobre essa realidade, procuramos usar nossos conhecimentos para delineá-la e explicá-la e acabamos nos achando donos da verdade sobre a realidade espiritual. Mas não haveria como se duvidar de uma cura externa e explícita diante de seus olhos. É um pedido comum para muitas pessoas, o famoso “quero ver para crer”, como viria a dizer o próprio apóstolo Tomé.

E por causa da dureza dos corações, Jesus manifestou a cura externa daquele paralítico. O objetivo era mostrar que ele tinha poder para perdoar os pecados daquele homem, o que já havia realmente feito.

Esse é o objetivo dos milagres de Jesus: confirmar sua pessoa e missão diante de homens duros de coração. Entretanto, Jesus não é obrigado a curar todos os doentes e nem mesmo a provar nada a todos os que duvidam. Como ele mesmo disse a Tomé: “bem aventurados os que não viram e creram” (Jo 20:29).

O ex-paralítico foi embora para casa glorificando a Deus, era um homem perdoado e curado, um homem salvo. Os outros ficaram atônitos e deram glórias a Deus, embora ainda perplexos com o que haviam visto.

Mas será que todos vieram a crer, mesmo com um sinal tão explícito diante de seus olhos?

O que precisaríamos ver para crer? E quando víssemos, será que realmente creríamos?

Os amigos do paralítico creram, Jesus viu sua fé e eles viram a salvação e a cura de seu amigo.

Os outros, a princípio, não viram e não creram, mas, quando viram, será que creram?



Dicionário

Cama

substantivo feminino Móvel no qual a pessoa se deita para dormir; leito.
Qualquer objeto sobre o qual uma pessoa ou um animal se deita para dormir: cama de feno.
Colchão, enxerga ou barra de leito.
Lugar macio sobre o qual se colocam frutas ou objetos frágeis.
Parte do fruto de planta rasteira que assenta na terra.
Estar de cama, estar doente, acamado, sem poder levantar-se.
Fazer a cama a alguém, fazer intrigas, dar más informações a respeito de uma pessoa, com o fim de lhe criar embaraços.

As camas, no oriente, sempre foram de uma forma mais simples do que na Europa. os colchões, ou colchas estofadas, eram usados para dormir, sendo colocados sobre o divã que era uma pequena elevação, no sobrado do quarto, e que se achava coberto de um tapete no inverno e de uma fina esteira no verão. Fazia-se uso de almofadas em lugar de travesseiros. Estas camas não se conservavam feitas, sendo enrolados os colchões e colocados num armário até à noite. E por esta razão se compreendem melhor as palavras de Jesus, dirigidas ao paralítico: ‘toma o teu leito’ (Mt 9:6). o divã tinha uma subida de vários degraus, e servia para as pessoas se sentarem durante o dia, sendo o canto o lugar de honra (Am 3:12). No verão era suficiente cobri-lo com um delgado cobertor, ou mesmo com qualquer peça de vestuário exterior, que se usava de dia (1 Sm 19.13). Quando as pessoas eram pobres, esse vestuário era, geralmente, o que lhe servia de cama – e por isso a lei providenciava para que não fosse conservado em penhor depois do pôr do sol (Dt 24:13). (*veja Quarto de Cama.).

Cama Móvel em que se dorme. Os pobres dormiam no chão, sobre suas próprias roupas (Dt 24:12-13).

substantivo feminino Móvel no qual a pessoa se deita para dormir; leito.
Qualquer objeto sobre o qual uma pessoa ou um animal se deita para dormir: cama de feno.
Colchão, enxerga ou barra de leito.
Lugar macio sobre o qual se colocam frutas ou objetos frágeis.
Parte do fruto de planta rasteira que assenta na terra.
Estar de cama, estar doente, acamado, sem poder levantar-se.
Fazer a cama a alguém, fazer intrigas, dar más informações a respeito de uma pessoa, com o fim de lhe criar embaraços.

Casa

morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

Deitado

adjetivo Relacionado a alguém ou algo que se deitou.
Disposto de maneira horizontal: os galhos daquela árvore nasceram deitados no chão.
Algo ou alguém que se encontra sobre uma cama para repousar ou dormir: no início da noite ele já estava deitado.
substantivo masculino Posição ou ordenação das folhas anteriores à impressão.

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Diante

advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
παραχρῆμα ἀνίστημι ἐνώπιον αὐτός αἴρω ἐπί ὅς κατάκειμαι ἀπέρχομαι εἰς οἶκος δοξάζω θεός
Lucas 5: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E imediatamente, levantando-se diante deles, e tomando o leito em que estivera deitado, partiu para sua própria casa, glorificando a Deus.
Lucas 5: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Maio de 28
G1392
doxázō
δοξάζω
pensar, supor, ser da opinião
(they should glorify)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 3ª pessoa do plural
G142
aírō
αἴρω
ser grande, ser majestoso, largo, nobre (poético)
(has become majestic)
Verbo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1799
enṓpion
ἐνώπιον
ante, perante / na frente de
(before)
Preposição
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2621
katákeimai
κατάκειμαι
um levita porteiro do templo n pr loc
(to Hosah)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3624
oîkos
οἶκος
casa
(house)
Substantivo - acusativo masculino singular
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3916
parachrēma
παραχρῆμα
À noite
(by night)
Substantivo
G450
anístēmi
ἀνίστημι
um filho de Davi
(and Eliada)
Substantivo
G565
apérchomai
ἀπέρχομαι
declaração, discurso, palavra
(to my speech)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δοξάζω


(G1392)
doxázō (dox-ad'-zo)

1392 δοξαζω doxazo

de 1391; TDNT - 2:253,178; v

  1. pensar, supor, ser da opinião
  2. louvar, exaltar, magnificar, celebrar
  3. honrar, conferir honras a, ter em alta estima
  4. tornar glorioso, adornar com lustre, vestir com esplendor
    1. conceder glória a algo, tornar excelente
    2. tornar renomado, causar ser ilustre
      1. Tornar a dignidade e o valor de alguém ou de algo manifesto e conhecido

αἴρω


(G142)
aírō (ah'-ee-ro)

142 αιρω airo

uma raíz primária; TDNT - 1:185,28; v

  1. levantar, elevar, erguer
    1. levantar do chão, pegar: pedras
    2. erguer, elevar, levantar: a mão
    3. içar: um peixe
  2. tomar sobre si e carregar o que foi levantado, levar
  3. levar embora o que foi levantado, levar
    1. mover de seu lugar
    2. cortar ou afastar o que está ligado a algo
    3. remover
    4. levar, entusiasmar-se, ficar exaltado
    5. apropriar-se do que é tomado
    6. afastar de alguém o que é dele ou que está confiado a ele, levar pela força
    7. levar e utilizar para alguma finalidade
    8. tirar de entre os vivos, seja pela morte natural ou pela violência
    9. motivo para parar

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐνώπιον


(G1799)
enṓpion (en-o'-pee-on)

1799 ενωπιον enopion

neutro de um composto de 1722 e um derivado de 3700; prep

  1. na presença de, diante
    1. de um lugar ocupado: naquele lugar que está diante, ou contra, oposto, a alguém e para o qual alguém outro volta o seu olhar

ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κατάκειμαι


(G2621)
katákeimai (kat-ak'-i-mahee)

2621 κατακειμαι katakeimai

de 2596 e 2749; TDNT - 3:655,425; v

  1. haver se deitado, i.e., cair prostrado
    1. do doente
    2. daqueles nas refeições, reclinar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οἶκος


(G3624)
oîkos (oy'-kos)

3624 οικος oikos

de afinidade incerta; TDNT - 5:119,674; n m

  1. casa
    1. casa habitada, lar
    2. uma construção qualquer
      1. de um palácio
      2. a casa de Deus, o tabérnaculo
    3. qualquer lugar de habitação
      1. do corpo humano como habitação de demônios que o possuem
      2. de tendas, cabanas, e mais tarde, dos ninhos, estábulos, tocas de animais
      3. o lugar onde alguém fixou sua residência, habitação estabelecida de alguém, domicílio
  2. ocupantes de uma casa, todas as pessoas que formam uma família, um lar
    1. família de Deus, da Igreja Cristã, da igreja do Antigo e do Novo Testamento

      linhagem, família, descendentes de alguém

Sinônimos ver verbete 5867 e 5944


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

παραχρῆμα


(G3916)
parachrēma (par-akh-ray'-mah)

3916 παραχρημα parachrema

de 3844 e 5536 (no seu sentido original); adv

  1. imediatamente, em seguida, instantaneamente

ἀνίστημι


(G450)
anístēmi (an-is'-tay-mee)

450 ανιστημι anistemi

de 303 e 2476; TDNT - 1:368,60; v

  1. fazer levantar, erguer-se
    1. levantar-se do repouso
    2. levantar-se dentre os mortos
    3. erguer-se, fazer nascer, fazer aparecer, mostrar
  2. levantar, ficar de pé
    1. de pessoas em posição horizontal, de pessoas deitadas no chão
    2. de pessoas sentadas
    3. daquelas que deixam um lugar para ir a outro
      1. daqueles que se preparam para uma jornada
    4. quando referindo-se aos mortos
  3. surgir, aparecer, manifestar-se
    1. de reis, profetas, sacerdotes, líderes de rebeldes
    2. daqueles que estão a ponto de iniciar uma conversa ou disputa com alguém, ou empreender algum negócio, ou tentar alguma coisa contra outros
    3. levantar-se contra alguém

ἀπέρχομαι


(G565)
apérchomai (ap-erkh'-om-ahee)

565 απερχομαι aperchomai

de 575 e 2064; TDNT - 2:675,257; v

  1. ir embora, partir
    1. partir a fim de seguir alguém, ir após ele, seguir seu partido, segui-lo como um líder
  2. passar, terminar, abandonar
    1. de deixar maldades e sofrimentos
    2. de coisas boas roubadas de alguém
    3. de um estado transitório das coisas

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo