Enciclopédia de Salmos 23:1-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 23: 1

Versão Versículo
ARA O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
ARC O SENHOR é o meu pastor: nada me faltará.
TB Jeová é o meu pastor; nada me faltará.
HSB מִזְמ֥וֹר לְדָוִ֑ד יְהוָ֥ה רֹ֝עִ֗י לֹ֣א אֶחְסָֽר׃
LTT ‹Salmo de Davi.› O SENHOR é o meu pastor, nada 132 me faltará.
BJ2 Salmo. De Davi. Iahweh é meu pastor, nada me falta.
VULG Prima sabbati. Psalmus David. Domini est terra, et plenitudo ejus ; orbis terrarum, et universi qui habitant in eo.

sl 23: 2

Versão Versículo
ARA Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso;
ARC Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
TB Faz-me repousar em pastos verdejantes;
HSB בִּנְא֣וֹת דֶּ֭שֶׁא יַרְבִּיצֵ֑נִי עַל־ מֵ֖י מְנֻח֣וֹת יְנַהֲלֵֽנִי׃
LTT Em verdes pastos Ele me faz deitar- agachado- pronto- para- erguer, guia-me mansamente até ao lado de águas tranquilas.
BJ2 Em verdes pastagens me faz repousar. Para as águas tranqüilas me conduz
VULG Quia ipse super maria fundavit eum, et super flumina præparavit eum.

sl 23: 3

Versão Versículo
ARA refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.
ARC Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
TB Ele refrigera a minha alma,
HSB נַפְשִׁ֥י יְשׁוֹבֵ֑ב יַֽנְחֵ֥נִי בְמַעְגְּלֵי־ צֶ֝֗דֶק לְמַ֣עַן שְׁמֽוֹ׃
LTT Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça, por amor ao Seu nome.
BJ2 e restaura minhas forças; ele me guia por caminhos justos, por causa do seu nome.
VULG Quis ascendet in montem Domini ? aut quis stabit in loco sancto ejus ?

sl 23: 4

Versão Versículo
ARA Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.
ARC Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
TB Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
HSB גַּ֤ם כִּֽי־ אֵלֵ֨ךְ בְּגֵ֪יא צַלְמָ֡וֶת לֹא־ אִ֘ירָ֤א רָ֗ע כִּי־ אַתָּ֥ה עִמָּדִ֑י שִׁבְטְךָ֥ וּ֝מִשְׁעַנְתֶּ֗ךָ הֵ֣מָּה יְנַֽחֲמֻֽנִי׃
LTT Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado 133 me consolam.
BJ2 Ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei, pois estás junto a mim;[i] teu bastão e teu cajado me deixam tranqüilo.
VULG Innocens manibus et mundo corde, qui non accepit in vano animam suam, nec juravit in dolo proximo suo :

sl 23: 5

Versão Versículo
ARA Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.
ARC Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice trasborda.
TB Diante de mim preparas uma mesa na presença dos meus inimigos;
HSB תַּעֲרֹ֬ךְ לְפָנַ֨י ׀ שֻׁלְחָ֗ן נֶ֥גֶד צֹרְרָ֑י דִּשַּׁ֖נְתָּ בַשֶּׁ֥מֶן רֹ֝אשִׁ֗י כּוֹסִ֥י רְוָיָֽה׃
LTT Ordenadamente preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
BJ2 Diante de mim preparas uma mesa, à frente dos meus opressores; unges minha cabeça com óleo,[j] e minha taça transborda.
VULG hic accipiet benedictionem a Domino, et misericordiam a Deo salutari suo.

sl 23: 6

Versão Versículo
ARA Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.
ARC Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida: e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
TB Unicamente a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida;
HSB אַ֤ךְ ׀ ט֤וֹב וָחֶ֣סֶד יִ֭רְדְּפוּנִי כָּל־ יְמֵ֣י חַיָּ֑י וְשַׁבְתִּ֥י בְּבֵית־ יְ֝הוָ֗ה לְאֹ֣רֶךְ יָמִֽים׃
LTT Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e (depois) habitarei na casa do SENHOR para sempre ①.
BJ2 Sim, felicidade e amor me seguirão todos os dias da minha vida;minha morada[l] é a casa de Iahweh por dias sem fim.
VULG Hæc est generatio quærentium eum, quærentium faciem Dei Jacob.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 23:1

Salmos 34:9 Temei ao Senhor, vós os seus santos, pois não têm falta alguma aqueles que o temem.
Salmos 78:52 mas fez com que o seu povo saísse como ovelhas e os guiou pelo deserto, como a um rebanho.
Salmos 79:13 Assim, nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores.
Salmos 84:11 Porque o Senhor Deus é um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.
Isaías 40:11 Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.
Jeremias 23:3 E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e se multiplicarão.
Jeremias 31:10 Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas ilhas de longe, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho.
Ezequiel 34:11 Porque assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.
Ezequiel 34:23 E levantarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as há de apascentar; ele lhes servirá de pastor.
Miquéias 5:2 E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Miquéias 5:4 E ele permanecerá e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor, seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra.
Mateus 6:33 Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
Lucas 12:30 Porque os gentios do mundo buscam todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas.
João 10:11 Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
João 10:14 Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
Romanos 8:32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
Filipenses 4:19 O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
Hebreus 13:5 Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei.
Hebreus 13:20 Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas,
I Pedro 2:25 Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes voltado ao Pastor e Bispo da vossa alma.
I Pedro 5:4 E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
Apocalipse 7:17 porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 23:2

Jó 34:29 Se ele aquietar, quem, então, inquietará? Se encobrir o rosto, quem, então, o poderá contemplar, seja para com um povo, seja para com um homem só?
Salmos 46:4 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
Isaías 8:6 Porquanto este povo desprezou as águas de Siloé que correm brandamente e com Rezim e com o filho de Remalias se alegrou,
Isaías 30:23 Então, te dará chuva sobre a semente com que semeares a terra, como também pão da novidade da terra; e esta será fértil e cheia; naquele dia, o teu gado pastará em lugares largos de pasto.
Isaías 49:9 para dizeres aos presos: Saí; e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e, em todos os lugares altos, terão o seu pasto.
Ezequiel 34:13 E as tirarei dos povos, e as farei vir dos diversos países, e as trarei à sua terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto às correntes e em todas as habitações da terra.
Apocalipse 7:17 porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.
Apocalipse 21:6 E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
Apocalipse 22:1 E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
Apocalipse 22:17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 23:3

Jó 33:30 para desviar a sua alma da perdição e o alumiar com a luz dos viventes.
Salmos 5:8 Senhor, guia-me na tua justiça, por causa dos meus inimigos; aplana diante de mim o teu caminho.
Salmos 19:7 A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Salmos 31:3 Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; pelo que, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.
Salmos 34:3 Engrandecei ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome.
Salmos 51:10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.
Salmos 51:12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.
Salmos 79:9 Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; e livra-nos e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.
Salmos 85:4 Torna-nos a trazer, ó Deus da nossa salvação, e retira de sobre nós a tua ira.
Salmos 85:13 A justiça irá adiante dele, e ele nos fará andar no caminho aberto pelos seus passos.
Salmos 119:176 Desgarrei-me como a ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos.
Salmos 143:8 Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma.
Provérbios 4:11 No caminho da sabedoria, te ensinei e, pelas carreiras direitas, te fiz andar.
Provérbios 8:20 Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo.
Isaías 42:16 E guiarei os cegos por um caminho que nunca conheceram, fá-los-ei caminhar por veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles e as coisas tortas farei direitas. Essas coisas lhes farei e nunca os desampararei.
Jeremias 31:8 Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da terra; e, com eles, os cegos, os aleijados, as mulheres grávidas e as de parto juntamente; em grande congregação, voltarão para aqui.
Jeremias 32:37 Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os houver lançado na minha ira, e no meu furor, e na minha grande indignação; e os tornarei a trazer a este lugar e farei que habitem nele seguramente.
Ezequiel 20:14 O que fiz, porém, foi por amor do meu nome, para que não fosse profanado diante dos olhos das nações perante as quais os fiz sair.
Oséias 14:4 Eu sararei a sua perversão, eu voluntariamente os amarei; porque a minha ira se apartou deles.
Miquéias 7:8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz.
Miquéias 7:18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
Lucas 22:31 Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo.
Efésios 1:6 para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
Apocalipse 3:19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 23:4

Jó 3:5 Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens; negros vapores do dia o espantem!
Jó 10:21 antes que me vá, para nunca mais voltar, à terra da escuridão e da sombra da morte;
Jó 24:17 Porque a manhã, para todos eles, é como sombra de morte; porque, sendo conhecidos, sentem os pavores da sombra da morte.
Salmos 3:6 Não terei medo de dez milhares de pessoas que se puseram contra mim ao meu redor.
Salmos 14:5 Ali se acharam em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos.
Salmos 27:1 O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?
Salmos 44:19 ainda que nos quebrantaste num lugar de dragões e nos cobriste com a sombra da morte.
Salmos 46:1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente na angústia.
Salmos 46:11 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá)
Salmos 110:2 O Senhor enviará o cetro da tua fortaleza desde Sião, dizendo: Domina no meio dos teus inimigos.
Salmos 118:6 O Senhor está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem.
Salmos 138:7 Andando eu no meio da angústia, tu me revivificarás; estenderás a mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará.
Isaías 8:9 Alvoroçai-vos, ó povos, e sereis quebrantados; dai ouvidos, todos os que sois de longínquas terras; cingi-vos e sereis feitos em pedaços, cingi-vos e sereis feitos em pedaços.
Isaías 41:10 não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
Isaías 43:1 Mas, agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu.
Jeremias 2:6 E não disseram: Onde está o Senhor, que nos fez subir da terra do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava, e na qual não morava homem algum.
Miquéias 7:14 Apascenta o teu povo com a tua vara, o rebanho da tua herança, que mora só no bosque, no meio da terra fértil; apascentem-se em Basã e Gileade, como nos dias da antiguidade.
Zacarias 8:23 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.
Zacarias 11:10 E tomei a minha vara Suavidade e a quebrei, para desfazer o meu concerto, que tinha estabelecido com todos estes povos.
Zacarias 11:14 Então, quebrei a minha segunda vara Laços, para romper a irmandade entre Judá e Israel.
Mateus 1:23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).
Mateus 28:20 ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Lucas 1:79 para alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.
Atos 18:9 E disse o Senhor, em visão, a Paulo: Não temas, mas fala e não te cales;
I Coríntios 15:55 Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
II Timóteo 4:22 O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco. Amém!
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 23:5

Jó 36:16 Assim também te desviará da angústia para um lugar espaçoso, em que não há aperto, e as iguarias da tua mesa serão cheias de gordura.
Salmos 16:5 O Senhor é a porção da minha herança e o meu cálice; tu sustentas a minha sorte.
Salmos 22:26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
Salmos 22:29 Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; como também os que não podem reter a sua vida.
Salmos 31:19 Oh! Quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, e que tu mostraste àqueles que em ti confiam na presença dos filhos dos homens!
Salmos 45:7 Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
Salmos 78:19 E falaram contra Deus e disseram: Poderá Deus, porventura, preparar-nos uma mesa no deserto?
Salmos 92:10 Mas tu exaltarás o meu poder, como o do unicórnio: serei ungido com óleo fresco.
Salmos 104:15 e o vinho que alegra o seu coração; ele faz reluzir o seu rosto com o azeite e o pão, que fortalece o seu coração.
Salmos 116:13 Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor.
Isaías 25:6 E o Senhor dos Exércitos dará, neste monte, a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa com vinhos puros, com tutanos gordos e com vinhos puros, bem purificados.
Amós 6:6 que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis pela quebra de José:
Mateus 6:17 Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto,
Lucas 7:46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
João 6:53 Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
João 10:9 Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
João 16:22 Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.
I Coríntios 10:16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
II Coríntios 1:21 Mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus,
Efésios 3:20 Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,
I João 2:20 E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo.
I João 2:27 E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 23:6

Salmos 16:11 Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há abundância de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.
Salmos 17:15 Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.
Salmos 21:4 Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente.
Salmos 27:4 Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo.
Salmos 30:11 Tornaste o meu pranto em folguedo; tiraste o meu cilício e me cingiste de alegria;
Salmos 36:7 Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! E por isso os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas.
Salmos 73:24 Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória.
Salmos 103:17 Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;
II Coríntios 1:10 o qual nos livrou de tão grande morte e livrará; em quem esperamos que também nos livrará ainda,
II Coríntios 5:1 Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
Filipenses 1:23 Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.
II Timóteo 4:18 E o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém!

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 132

Sl 23:1 "nada": O advérbio "H3808 לֹא (lo)" é só uma negativa. Ao invés de ser traduzido por "nada", poderia o ser pelos indefinidos "não/ nunca/ jamais" se não deixasse a perplexa pergunta no ar "mas, afinal, o que, exatamente, não/ nunca/ jamais me faltará??? As coisas necessárias? A proteção de Deus? Deus mesmo? Etc.". Mas comparação com Dt 2:7 (passado) e com Dt 8:9 (futuro) esclarecem que se refere a "coisa nenhuma." Portanto, "nada", a tradução de Almeida, é a melhor.


 133

Sl 23:4 "O TEU BORDÃO E O TEU CAJADO ME CONSOLAM": o "bordão" da Palavra, no sentido não de punição, mas da força procedente da Trindade, protegendo dos lobos e salteadores; o "cajado" das promessas e provisões para a casa (os filhos) de Deus, resgatando das covas, puxando, e empurrando.


 ①

"Para sempre:" Lutero, Ostervald, KJB, Tanakh 1917 (Jewish Publishing Soc.), Hebrew Interpolated Study Bible, até mesmo as NIV, ESV, NASB, NAS 1977, ASV,ERV, ISV, Webster. Em hebraico pode ser traduzido "pela longura de [todos] os dias," significando "eternamente."


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wanda Amorim Joviano

sl 23:1
Colheita do Bem

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 110
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio
Wanda Amorim Joviano

23/01/1952


Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, conferindo-nos a graça da saúde e da paz no grande e abençoado caminho redentor.

Lembro-me, neste momento, da palavra de Paulo definindo a posição dos discípulos do Evangelho — “aflitos, mas não desesperados, inquietos, mas não tristes, angustiados, mas não vencidos, perseguidos, mas não mortos”. (2Cor 4:8)

humana a que atravessamos, e digo incerteza humana porque, em espírito, nossa casa de fé se encontra erguida sobre a rocha.

A ventania das paixões e das incompreensões ruge em torno de nós sem abalar-nos e as sombras se adensam em derredor de nossos passos sem conseguirem arrojar-nos às trevas. Defendamo-nos com as armas que o Cristo nos legou.

Em nossa própria luta, quando adotamos digna atitude, combatemos os nossos adversários a golpes espirituais. Lutemos, como sempre, no campo aberto de nosso idealismo superior e de nossa ação construtiva. É indispensável entregar ao cinzel do tempo certos problemas que se nos revelam com a consistência da pedra. Desde muito vemos a tempestade rondando-nos a porta, e como os servos que se honram na consciência tranquila esperemos agora que se cumpram os desígnios do Senhor.

Sei, meu caro Rômulo, quanto lhe doem as vergastadas da gratuita perseguição. Falo a você em particular nesta noite porque, mais que nós todos do conjunto reunido, você empenhou neste recanto de terra o próprio coração. Cada ramo, cada flor, cada fio d’água que completam a paisagem na qual tantas alegrias temos recolhido respiram em suas próprias veias. Temos encontrado a boa luta de nossa edificação em Jesus dentro da projeção de seus pensamentos. Por isso, mais que nós todos, você sofre e se preocupa, dilacera-se e indaga no recinto silencioso da alma centralizada em si mesma.

Poucos trabalhadores neste país têm conseguido tanto, raros se mantiveram até hoje, por anos consecutivos, quanto o de seu esforço, no mesmo ritmo de ideal e entusiasmo pelo bem público. Mas, por essa mesma razão, poucos servidores da obra de levantamento nacional conheceram, quanto você, a calúnia e a perseguição, a dor e o assalto moral sem motivos apresentáveis.

Conheço quanto lhe amarga no espírito o fel que lhe pretendem impor, entretanto, se algo posso rogar a você, peço-lhe mais força, mais serenidade, mais resistência. Um missionário da sua estirpe, quando não encontra na própria faculdade de suportação os canais justos para distribuir as energias que se lhe repletam no seio, pode perder o corpo pela pletora de forças que sabe amealhar e conservar nos reservatórios infinitos da própria mente. Inteirado hoje no conhecimento dessas verdades, peço-lhe calma e visão sempre mais alta. Oportunidades são portas permanentemente abertas aos que se propõem a trabalhar e servir.

Os campos de sementeira educativa se desdobram em horizontes ilimitados. E os homens vão e vêm. Situações políticas brilham e se apagam. Determinações surgem e se alteram. Palavras são substituídas por palavras. Por isso, se é verdade que devemos estar na posição dos aflitos, não nos achamos possuídos de desespero. Provocados pela perturbação vigente na hora que passa, mantenhamos acesa a nossa convicção de que cada dia possui uma ordenação diferente. Por certo, os adversários de nosso esforço estimariam observar-nos nos últimos lances da saúde e, indubitavelmente, sentiriam a volúpia da compaixão artificial em enxugando as nossas lágrimas se nos vissem chorar. Ergamo-nos, pois, e avancemos. Ouçamos o que existe contra nós no tribunal dos que julgam facilmente. Verifiquemos a extensão dos erros que nos apontem como analistas improvisados na esfera dos serviços feitos. Capacitemo-nos da amplitude do mal que nos assedia, a fim de que possamos multiplicar o bem que se mostre viável às nossas forças. Oremos e vigiemos. Procuremos a vontade de Deus afirmando a nossa vontade de perseverar com o direito até o fim de nossas tarefas. Nessa disposição de espírito, atendamos ao critério superior da hierarquia administrativa da Terra, que nos convida ao exame de nossos passos. Estaremos em sua companhia e contamos com a sua serenidade. E depois de atentarmos para os resíduos escuros que a passagem do despeito e da calúnia deixam por onde passam façamos o possível por evitar o conflito aberto.

Não temos adversários que mereçam uma declaração de guerra moral da nossa parte. Que havemos de fazer quando a experimentação juvenil domina uma assembleia? Como confiar-nos à ideia de sustentar a luta franca com a loucura ou com a irresponsabilidade? Poderemos obrigar um cego a ver de súbito? Ainda que a luz se faça refulgente ao redor dele, é imprescindível a restauração da potência visual para que consiga registrar a claridade em que se banha.

Se trinta anos de trabalho, sucessivos e vigorosos, não conseguem demonstrar a intensidade do nosso devotamento ao serviço, sob que bases disputar o reconhecimento da justiça àqueles que a não percebem?

Reconheço que as suas energias transbordam com o viço da mocidade plena. Não há velhice para quem se confia ao serviço incessante. E em razão disso sei que a aposentadoria é uma ideia sumamente desagradável ao seu espírito, entretanto, acredito que um acordo seria a providência mais desejável. A nossa questão é de tempo. E não será aconselhável que as suas forças se despenhem sobre os princípios da agressividade contra agressividade, do golpe por golpe, do sarcasmo por sarcasmo.

Você ainda não deu ao mundo tudo o que você pode lhe dar. Suas energias mais elevadas estão na epiderme da sua capacidade de mais alta adaptação à prova de fé e renúncia. Há verdadeiros mundos de alegria, de educação e de elevação para construirmos. E se você puder conservar intacto o seu patrimônio de Evangelho, laboriosamente conquistado nos últimos anos, reconhecerá quanta felicidade existe em esperar agindo, sem desesperar desanimando.

Preservemos a sua saúde. Dominemo-nos, na zona emocional, com toda a nossa capacidade de autocontrole. Parlamentemos com serenidade e saibamos pedir com dignidade, sem revolta. E aguardemos. Nossos elementos de auxílio estão funcionando e contamos também com a manifestação do amparo superior. Mas, de qualquer modo, não percamos a bússola da confiança em Jesus e em nós mesmos. Se alguma defesa pudermos mobilizar, seja ela a defesa pacífica das relações e intercessões que cooperem conosco dentro da nobreza necessária. Defesa silenciosa, sem alarde e sem clarins. Mais vale queimar o derradeiro cartucho com honra que sermos colhidos em gritaria no campo onde fomos conduzidos a batalhar. Raciocinemos com o equilíbrio máximo, reconhecendo que nós mesmos somos obra e pertence de Deus e, agindo com o bem, aguardemos o amanhã.

Diversos amigos se encontram presentes à nossa reunião desta noite, destacando-se os dois Mários, o Carneiro e o Telles, que cumprimentam você pela fidelidade ao próprio ideal. Todos estamos agindo e confiamos em você, em sua boa vontade e em seu bom senso.

O nosso receitista é de opinião que você use por 5 a 6 dias, alternadamente: Kalmia L. 5ª, Chelidonium 5ª, China Of. 5ª e Iodium 5ª. Através dos nossos serviços magnéticos, inclusive o da água, suas forças receberão as nossas.

Viajemos sem inquietações destrutivas. Imaginemo-nos numa excursão de refazimento e estejamos certos de que o “melhor” nos favorecerá. Conto com a fortaleza de nossa querida Maria para que o seu espírito se reabasteça de otimismo e serenidade. Recordemos nossas possibilidades de ajudar a milhares e guardemos a certeza de que “o Senhor é nosso pastor e nada nos faltará”. (Sl 23:1)

Façamos alguns centímetros da resistência e da cooperação no trabalho em que se envolvem os nossos compromissos e Jesus fará o resto por nós. Nada de pessimismo, de derrota, de expectação angustiante. Encaremos o sol e contemplemos os lírios do campo. Isso não é convite à preguiça e sim apelo à calma. Que Deus nos proteja para que saibamos proteger-nos.

Não posso solenizar esta hora como se fosse demasiadamente diversa das outras. Aqui nos encontramos na comunhão habitual dos que confiam nas mesmas realizações e nos mesmos fins e, em razão disso, somente posso repetir: haja o que houver, estaremos juntos.

Qualquer distância se compõe de muitos pontos, de muitos passos ou de muitos quilômetros — assim também qualquer questão se baseia em muitos ângulos, em muitos aspectos, em muitas fases e em muitas operações de resultado. Não nos achamos diante do inevitável. Estamos à frente de um problema e na solução dele cabe-nos agir com os elementos de nosso aprendizado.

Estimaria escrever ainda muito, em vista das circunstâncias em que nos encontramos submersos, mas é preciso terminar esta carta no papel para prosseguir com a permanente mensagem de carinho e amor, amizade e confiança que continuo a grafar no coração de vocês em letras vivas do sentimento e do pensamento. Graças a Deus, a perseguição não nos venceu até agora. Caminhemos, pois, para adiante, persistindo no bem até o fim.

Reunindo vocês no meu grande e carinhoso abraço de papai e de vovô sempre reconhecido, deixo a você, meu filho, nesta noite, como em todas as outras, todo o meu coração paternal e amigo,



sl 23:1
Sementeira de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 145
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio
Wanda Amorim Joviano

24|06|1944


Meus caros filhos, Deus os abençoe, conferindo-lhes muita paz aos corações.

Estou com vocês na luta diária. Nem podia ser de outra forma. ainda fala muito fortemente em mim e necessito estabelecer esse sistema de auxílio recíproco, dentro do qual tantas forças me fornecem vocês para a tarefa que o Senhor me confiou.

De coração, meu caro Rômulo, felicito os seus esforços nestes últimos tempos, em que se multiplicam os seus trabalhos e escasseiam as cooperações. É uma das fases mais úteis para a nossa alma, meu filho, essas em que nos sentimos mais sós, na organização das ideias — hábeis arquitetos que palpitam dentro de nós. Sim, reconheço a sua luta. Pode crer que ela é muito grande e a serenidade que você vai adquirindo, ao contato de homens e situações, é um patrimônio forte, invulnerável à própria passagem do tempo. O serviço do semeador de boa vontade é tarefa, por vezes, muito áspera. Sinto isso em seus caminhos, na sua consagração ao benefício coletivo. Devota-se você aos interesses de todos, anela o seu coração uma comunidade feliz, onde todos compreendam a grandeza da Terra — mãe comum e sagrada de todas as criaturas — sob as bênçãos do eterno Pai. Fez você do seu trabalho um sacerdócio. E toda consagração elevada experimenta as dolorosas surpresas do orvalho celeste tocando o pó da Terra. De qualquer modo, porém, continue o seu serviço tão belo! Ainda que sobrem os desentendimentos do mundo, dilatam-se a compreensão e o auxílio dos que seguem, daqui, os seus passos. E as suas atitudes novas, criadas ao preço de grande energia própria, no sentido de lidar com os adversários e os incompreensivos, como orientador cercado de muitas crianças, é um tesouro para o coração. Tesouro, Rômulo, porque eu sei que você não é dos trabalhadores que se dão parcialmente ao serviço. Sua mente entrega-se, de maneira integral, à realidade da tarefa a cumprir. Faz você a consagração de todas as possibilidades emocionais e mentais e para conseguir isto, sem produzir vibrações de descontentamento íntimo, preservando o corpo — instrumento abençoado da atividade terrestre — é um trabalho de grandes proporções. Estou satisfeito, porque semelhante realização é sua, pertence a você, é obra de quase dez anos de estudos mais persistentes do Evangelho de Cristo, flor de seu pensamento e fruto do seu culto particular no Livro Sagrado. Creia, meu filho, que esse é o verdadeiro caminho e a independência real. Servir na Terra sem algemar-se é um ideal alimentado por grandes espíritos daqui, que ainda sonham semelhante conquista. Sei que as suas lutas internas são ainda grandes, mas os passos que você tem dado, nesse sentido, são de molde a me inspirar os conceitos desta hora. Sabe você que para além da morte cessam nos corações qualquer propósito de estimular com a lisonja do mundo, prevalecendo em nós a franqueza terna do amigo. O que permanece no coração que ama é a verdade. E só posso falar a você com esta verdade que vibra em minha alma. Prossiga, pois, meu filho, servindo aos homens e libertando a você mesmo. Procure essa emancipação interior, que ensina o caminho dos “verdes pastos”, do belo salmo de Davi. (Sl 23:1) Sem independência espiritual, não há sol de Jesus no coração. É preciso que caiam as fronteiras que circunscrevem os voos dos raciocínios e sentimentos, dilatar o ser, modificar as zonas mais íntimas e, então, nascem para nós as possibilidades diferentes, que nos fazem sentir o Divino Sol. Continue nesse esforço, repito. Ele é santo, é a grande obra de nosso interesse pessoal em todas as regiões de luta, porque, em geral, nos serviços humanos, nem todos os operários aprendem o caminho da libertação individual. Quase todos, ainda mesmo os muito bem intencionados, gastam muitos anos aqui para esgotarem o cálice gigantesco de certos compromissos mais fortes. Você vem alcançando esse estado interior como uma bênção, porque o seu trabalho tem sido uma fonte de alegrias para o seu espírito, mas também um manancial de sofrimentos para o seu coração. Todas as aquisições espirituais exigem dilacerações sentimentais. Não tenha qualquer dúvida! Seu caso é idêntico ao meu, no professorado. Todo trabalhador com tarefa definida, na administração ou na obediência, na educação ou na difusão da luz sofrerá esses abalos íntimos — fenômenos sísmicos do coração, destruindo e renovando, e esmagando para levantar novamente. É a lei. Não poderíamos fugir. Refiro-me a isto, nesta noite, para acentuar o meu contentamento em ver o seu espírito neste caminho. Que Deus conceda a você forças!

Hoje, meu filho, é dia consagrado ao Precursor! Lembremos-lhe o vulto humano e divino! É uma figura sublime a de João Batista, profundamente sozinho no deserto, ensinando aos que não queriam ouvir, até que lhe recompensaram o espírito de sacrifício com o cárcere e a decapitação. No grande edifício do Evangelho, tem ele uma posição destacada. A senda de pedras, o isolamento cruel foram o seu mundo, entretanto, cumpriu sua tarefa até o fim, mais com os emissários de Deus do que com os homens para cujo benefício operava. Intensifiquemos, pois, os nossos esforços, e prossigamos para a frente.

Maria, você poderá usar o Spongia Mar. - 5 gotas, à noite, durante uma semana. Isto lhe fará grande bem. A par disso, minha filha, convirá sempre mais ervas e menos gorduras. Quando você usar ovos, peça os ovos feitos em leite. Experimente. Fará a você grande bem. Anime o espírito do Roberto nesta hora de ameaças. Não o deixe entristecer. Diga-lhe que estamos trabalhando. Aliás, ele não pode se esquecer de que tem um avô general, cuja ficha de serviços é muito grande e muito respeitável! Com um avô na Terra e outro aqui, deve ser impossível fracassar. Tudo corre bem, mas precisamos vigiar!

Agora, meus filhos, deixo-lhes o meu boa noite!

Guarde a todos nós a paz de Deus. Com um grande abraço, sou o papai muito amigo de sempre,



sl 23:1
Sementeira de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 86
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio
Wanda Amorim Joviano

02/07/1948


Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês todos. Associando-nos à alegria com que as melhoras do nosso amigo General Aurélio são recebidas em nosso círculo espiritual, também lhe desejamos muita tranquilidade e bem-estar junto à nossa dedicada irmã Júlia, a quem renovo os meus sinceros agradecimentos.

Visito-o também, meu caro Rômulo, formulando votos por suas melhoras definitivas. O nosso receitista é de opinião que sejam lembrados os seguintes medicamentos: Boldo, China, Plumbum Met., Lachesis de 5ª. Seu resfriado tem radicações nos choques mentais que, de algum modo, desequilibram os delicados motores – fígado e baço.

Os seus problemas de administração, desde janeiro, estão compactos.Você ainda não conseguiu pensar se o exercício começou, tal a multiplicidade de afazeres e responsabilidades que se acumularam nele. Guarde, porém, sua calma, embora conservando o seu interesse máximo. A obra é também como o corpo e a individualidade que a mantém constitui a alma do trabalho. O serviço é importante e valioso, mas o sustentáculo dele é supremo e fundamental. Compreendo-lhe as lutas e espero que a sua fé represente balsâmico remédio às preocupações que lhe escaldam a mente. Não nos desanimemos, nem nos precipitemos. “O Senhor é o nosso pastor”. (Sl 23:1)

Caso tornem à superfície as sugestões dos nossos quanto ao delicado problema que não deixou de ser esboçado para cumprir-se em breve tempo, segundo creio, peço a você restringir todos os comentários, mesmo amorosos, à situação e deixar que a questão se resolva, traçando, por sua vez, os seus projetos em companhia de Maria. Trate o caso com humor, sereno e alegre. É necessário bom, que embarace os espectadores. Vocês, assim, com a singela lembrança de minha devoção paternal, têm tempo para cuidar de um bom roteiro. Não acreditem que me reporto ao assunto por mero prazer de tangê-lo. É que desejo vocês tão contentes e tranquilos como se nada de incômodo estivesse para suceder. Alegria e paz confundem até mesmo as entidades desencarnadas que, por vezes, nos assediam os júbilos domésticos. Essa é a solução ao problema.

Agradecendo a Jesus a bendita oportunidade de entendimento amoroso que nos confere, e reafirmando aos nossos amigos os meus votos de breve regresso ao nosso campo de ação, sou o papai muito amigo de sempre,




Caio Ramacciotti

sl 23:1
Crianças no Além

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Marcos
Caio Ramacciotti

A adaptação diante da realidade nova se fazia à custa de lágrimas incontroláveis. De chofre, a família alegre, feliz, estava destruída. Sobravam os pais que, em desespero, se arrastavam na busca dos filhos ausentes: do Marcos, do João Batista e da Sheilinha, a suave gueixa da casa.

Roberto pouco falava; era, de hábito, calado e com o duro golpe, mais se fechou em si mesmo; continuava firme no trabalho, pois os compromissos exigiam que seu “Mercedinho” riscasse o Vale do Paraíba, para as entregas comerciais inadiáveis.

D. Elite, entre calmantes e crises de desespero, foi empurrando o tempo, na saudade dos filhos; ao lar, não voltara mais, morando com a genitora, alimentando a ideia única, implacável de rever os filhos, pois não podia acreditar que tivessem morrido.

Que poemas não terão nascido, nessas horas de dor, dos corações simples de Ukuru e Elite, ao mergulharem nas recordações dos três anjos que partiram. Certamente tão belos quanto o Salmo 23 de David (Sl 23:1) — o Salmo da despedida — que, uma semana antes de morrer, como que prevendo a desencarnação iminente, o filhinho João Batista pediu para que todos cantassem, durante uma reunião que D. Elite fizera em seu lar com companheiros de crença religiosa. O cântico de David, entre outras reverências ao Senhor, diz: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque estás comigo…”

Embora na época se achasse ligada a outro campo de fé, um mês depois do 9 de fevereiro, por sugestão de D. Consuelo Andrade Carvalho, sua vizinha, D. Elite estava em Uberaba. Queria conhecer Francisco Cândido Xavier.

Misturou-se com a multidão que ali se encontrava para abraçar o Chico e, embora rapidamente, teve a oportunidade de mostrar-lhe uma fotografia das três crianças, pedindo ao Chico que a confortasse.

— “Quem sou eu para confortá-la? Eu não sou ninguém…” respondeu Chico Xavier.

O diálogo com o médium se resumiu nesse rápido intercâmbio, suficiente, contudo, pelo respeito do Chico aos sofrimentos de D. Elite, para que ela voltasse um pouco melhor para casa.

Retornou a Uberaba mais quatro vezes, durante o ano de 1975, sempre sem entrar em detalhes com o Chico, pois os entendimentos se resumiam em saudações rápidas. Na última visita, no dia 12 de dezembro, eis que o Marcos traz a exuberante mensagem de quase oitenta laudas psicografadas.

Após o recebimento da mensagem, embora a dor ainda persista, os pais acham-se mais confortados. Vez por outra um sorriso já se desenha no rosto de D. Elite; e, nos olhos do Roberto, observam-se lampejos de alento, cada vez menos fugazes.

É a renovação, com a decidida certeza da sobrevivência do Espírito, reconstruindo no casal a estrutura abalada pelos golpes da separação provisória. É a convicção plena de que seus três filhos não morreram, convicção, aliás, solidificada pela mensagem que veremos adiante, onde as revelações surgem pelas mãos de Chico Xavier que desconhecia detalhes do acidente e ignorava os nomes citados pelo Marcos, alguns dos quais até D. Elite e Roberto tiveram dificuldade em identificar.




Humberto de Campos

sl 23:1
Crônicas de Além-Túmulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

Na Casa da Morte, em Trenton,  Bruno Richard Hauptmann  desfolha, pela última vez, o calendário de suas recordações. É de tarde. O condenado sente esvaecer-se-lhe a derradeira esperança. Já não há mais possibilidade de adiamento da execução depois das decisões do Grande Júri de Mercer,  e o caso Wendel [Paul] representava o único elemento que modificaria o epílogo doloroso da tragédia de Hopewell.  O governador do Estado de Nova Jersey já havia desempenhado a sua imitação de , e o senhor Kimberling nada mais poderia realizar que o cumprimento austero das leis que condenaram o carpinteiro alemão à cadeira elétrica.

Hauptmann sente-se perdido diante do irresistível e chora, protestando a sua inocência. Recapitula a série de circunstâncias que o conduziram à situação de indigitado matador do Baby Lindbergh,  e espera ainda que a justiça dos homens reconheça o seu erro, salvando-o, à última hora, das mãos do carrasco. Mas a justiça dos homens está cega; tateando na noite escura de suas vacilações, não viu senão a ele, no amontoado das sombras.

A polícia norte-americana precisava que alguém viesse à barra do Tribunal responder-lhe por um crime nefando, satisfazendo assim as exigências da civilização, salvaguardando o seu renome e a sua integridade.

E o carpinteiro de Bronx,  o olhar marcado de lágrimas, recorda os pequenos episódios da sua existência. A sua velha humilde de Kamenz;  o ideal da fortuna nas terras americanas, a esposa aflita e desventurada e a imagem do filhinho, brincando nas suas pupilas cheias de pranto, Hauptmann esquece-se então dos seus nervos de aço e da sua serenidade perante as determinações da justiça, e chora convulsivamente, enfrentando os mistérios silenciosos da morte. Paira no seu cérebro a desilusão de todo o esforço diante da fatalidade e, sentindo o escoamento dos seus derradeiros minutos, foge espiritualmente do torvelinho das coisas humanas para se engolfar nas meditações das coisas de Deus. Suas mãos cansadas tomam a Bíblia do padre Werner e o seu espírito excursiona no labirinto das lembranças. Ao seu cérebro atormentado voltam as orações aprendidas na infância, quando sua mãe lhe punha na boca os salmos de Davi e o santo nome de Deus. Depois disso ele viera para o mundo largo, onde os homens se devoram uns aos outros no círculo nefasto das ambições. Suas preces de menino se perderam como restos de um naufrágio em noite de procela. Ele não conhecera nenhum apóstolo e jamais lhe mostraram, no turbilhão escuro das lutas humanas, uma figura que se assemelhasse àquele Homem Suave dos Evangelhos; entretanto, nunca como naquela hora, ele sentiu tanto o desejo de ouvir-lhe a palavra sedutora do Sermão da Montanha. Aos seus ouvidos ecoavam as derradeiras notas daquele cântico de glorificação aos bem-aventurados do mundo, pronunciado num crepúsculo, há dois mil anos, para aqueles que a vida condenou ao infortúnio e uma voz misteriosa lhe segredava aos ouvidos os segredos da cruz, cheia de belezas ignoradas.

Hauptmann toma o capítulo do Sl 23:1, repetindo com o profeta: “O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.”

O relógio da Penitenciária prosseguia, decifrando os enigmas do tempo, e o carrasco já havia chegado para o seu terrível mister. Cinquenta testemunhas ali se conservavam para presenciar a cena do supremo desrespeito pelas vidas humanas. Médicos, observadores das atividades judiciárias, autoridades e guardas, ali se reuniam para encerrar tragicamente um drama sinistro que emocionou o mundo inteiro.

O condenado, à hora precisa, cabelos raspados a máquina zero e a calça fundida para que a execução não falhasse, entra, calado e sereno, na Câmara da Morte. Havia no seu rosto um suor pastoso como o dos agonizantes. Nenhuma sílaba se lhe escapou da garganta silenciosa. Contemplou calmamente o olhar curioso e angustiado dos que o rodeavam, representando ironicamente o testemunho das leis humanas. No seu peito não havia o perdão de Cristo para os seus verdugos, mas um vulcão de prantos amargos torturava-lhe o íntimo nos instantes derradeiros; considerando toda a inutilidade de sua ação diante do Destino e da Dor, deixou-se amarrar à poltrona da morte enquanto os seus olhos tangíveis não viam mais os benefícios alegres da claridade, mergulhando-se nas trevas compactas em que iam entrar.

Elliot imprime o primeiro movimento à roda fatídica, correntes elétricas anestesiam o cérebro do condenado, e, dentro de quatro minutos, pelo preço mesquinho de alguns centavos, os Estados Unidos da América do Norte exerceu a sua justiça, não obstante as dúvidas tremendas que pairam sobre a culpabilidade do homem sobre cuja cabeça recaiu o rigor da sentença.

Muito se tem escrito sobre o doloroso drama de Hopewell.

Os jornais de todo o mundo focalizaram o assunto, e as estações de rádio encheram a atmosfera com as repercussões dessa história emocionante; não é demais, portanto, que “um morto” se interesse por esse processo que apaixonou a opinião pública mundial. Não para exercer a função de revisor dos erros judiciários, mas para extrair a lição da experiência e o benefício do ensinamento.

As leis penais da América do Norte não possuíam elementos comprobatórios da culpa do Bruno Hauptmann como autor do nefando infanticídio. Para conduzi-lo à cadeira da morte não se prevaleceu senão dos argumentos dubitativos, inadmissíveis dentro da cultura jurídica dos tempos modernos. Muitas circunstâncias preponderavam no desenrolar dos acontecimentos, e que não foram tomadas na consideração que lhes era devida: a história de Isidoro Fisch,  a ação de Betty Cow e de Violette Scharp, a leviandade das acusações de Jafsie Condon e a dúvida profunda empolgando todos os corações que acompanharam, em suas etapas dolorosas, o desdobramento desse processo sinistro.

Mas, em tudo isso, nessa tragédia que feriu cruelmente a sensibilidade cristã, há uma justiça pairando mais alto que todas as decisões dos tribunais humanos, somente acessível aos que penetraram o escuro mistério da vida no ressurgimento das reencarnações.

Hauptmann sacrificado na sua inocência, Harold Hoffmann  com desprestígio político perante a opinião pública do seu país e Lindbergh, herói de um século, ídolo do seu país e um dos homens mais afortunados do mundo, fugindo de sua terra a bordo do “American Importer”, onde quase lhe faltava o conforto mais comezinho, como se fora um criminoso vulgar, são personalidades interpeladas na Terra pela Justiça Suprema.

Nos mundos e nos espaços há uma figura de observando todas as coisas. No seu tribunal do direito absoluto a divina arquiteta a trama dos destinos de todas as criaturas. E só nessa Justiça pode a alma guardar a sua esperança, porque o direito humano, quase sempre filho da supremacia da força, é às vezes falho de verdade e de sabedoria.

Dia virá em que a justiça humana compreenderá a extensão do seu erro, condenando um inocente. As autoridades jurídicas hão de se preparar para a enunciação de uma nova sentença, mas o processo terá subido integralmente para a alçada da equidade suprema. Debalde os juízes da Terra tentarão restabelecer a realidade dos fatos com os recursos de sua tardia argumentação, porque nesse dia, quando Bruno Richard Hauptmann for convocado para o último depoimento em favor do resgate de sua memória, o carpinteiro de Bronx, que os homens eletrocutaram, não passará de um punhado de cinzas.


(.Irmão X)


6 de abril de 1936.


Essa mensagem foi publicada primeiramente em 1935 pela LAKE e é a 9ª da 1ª Parte do livro “”



Caio Ramacciotti

sl 23:1
Filhos Voltando

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Caio Ramacciotti

José Roberto Pereira Cassiano, o Shabi, nasceu na capital paulista, a 19 de fevereiro de 1951, falecendo em acidente rodoviário na Via Anchieta, quando retornava de Santos para São Paulo, na noite de 9 de março de 1974.

Filho do Sr. Abigail Pereira Cassiano e de D. Maura Pereira Cassiano, deixou o convívio dos pais e amigos com apenas 23 anos. Dotado de invulgar sensibilidade artística, Shabi, como estimava que o chamassem, era desenhista-projetista, mas cultivava a pintura, a fotografia e a decoração. Como observamos no texto do outro Beto, também nas páginas assinadas pelo Shabi, destaca-se a exteriorização de sua alma sensível, construindo frases e expondo pensamentos, com a mesma firmeza e graça com que manejava o pincel e a paleta.

Filho único, sua partida mergulhou os pais em infindável tristeza, tendo se agravado sobremaneira o estado de saúde do Sr. Cassiano que permaneceu internado, nos primeiros dias de separação, na Terapia Intensiva da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O que representou a primeira e também as demais mensagens do Shabi, pela psicografia do Chico, aos pais saudosos?

O depoimento que se segue, recolhemo-lo ao Sr. Cassiano e D. Maura, cujas palavras pausadas e ternas dão a medida da grandeza dos pais estoicos e serenos, confiantes em Jesus, ante a adversidade que os atingiu.

“Estivemos pela primeira vez em Uberaba, para falar com Chico Xavier, sete meses após o falecimento do Shabi, orientados pela bondade de D. Yolanda Cezar. No ano seguinte, dezoito meses após o desenlace de nosso filho, voltamos a Uberaba e recebemos sua primeira carta.”

“Até então, a situação era de total desespero. Minha saúde a cada vez mais se agravava”, lembra o Sr. Cassiano. “As noites eram indormidas e quando chovia nosso desespero aumentava, pois temíamos que nosso Shabi, sepultado, recolhesse os rigores da chuva a encharcar a terra fria.” Os pais saudosos encontravam arrimo somente nos tranquilizantes que lhes aquietavam as forças.

E prosseguiu o Sr. Abigail com a palavra:

“A mensagem representou-nos um bálsamo para a alma e para o corpo. A saúde melhorou e eu passei, com minha esposa, a sentir o filho presente em tudo o que era dele e que guardávamos com carinho. Compreendemos, então, que o reencontro com ele somente poderia ser um reencontro espiritual. O sono começou a voltar e passamos a ir mais vezes a Uberaba, na esperança de receber novos recados ou, como nós entendíamos, mais uma carta do filho querido.

Hoje, vivemos mais felizes, oramos pelo Shabi e constantemente sentimo-lo conosco em espírito.

Pelas palavras de nosso filho compreendemos que a morte não existe.”




Querida mãezinha, meu querido pai, é tudo tão novo para mim, em nosso reencontro, que tenho dificuldade para registrar um assunto antigo: — pedir a bênção de Deus para nós. Mas peço esse auxílio da Divina Providência e conto com esse amparo em nosso favor.

Se pudesse, não escreveria e sim tomaria lápis e cores, tintas ou pincéis, para transmitir os meus pensamentos de agora num quadro em que lhes pudesse dar a ideia de toda a beleza e de toda a luz que nos rodeiam.

Entretanto, é preciso resignar-me às linhas cravadas no papel, tentando exprimir o que sinto. E tenho lágrimas dentro de minha alegria. E noto a alegria, dissipando-me o sofrimento em que se nos convertem as lembranças aqui nesta abertura entre duas vidas.

De qualquer modo, resumo as emoções novas em duas palavras que, de certa maneira, me quadram as expressões: estou bem. Isto, queridos pais, é tão pouco e, no entanto, diz tudo porque, na essência, quero explicar que todas as aflições passaram.

Aquele nove de março  foi realmente um dia de duras provas.

Quando deixei a Beth em casa, voltei no mesmo veículo para tomar condução de volta. Conhecia o Expresso e não podia supor que seria surpreendido pela hora do adeus de que não cogitávamos. A viagem seguia o compasso da Anchieta, entre paradas de trânsito e marchas rápidas para ganho de tempo, quando, ao movimentar-me, caí num impacto de forças que não sei descrever.

Quis reagir, gritar por socorro, mas tive a impressão de que um suave anestésico me entorpecia as forças mentais. O pensamento escorria do cérebro, como se fora sangue a derramar-se de outros campos do corpo…

Sensação estranha de esvaziamento, compelindo-me a desfalecer, sem recursos de resistência. E dormi. Pelo menos, foi esta a convicção que me ficou na memória ao despertar…

Conflitos e providências, toques e chamamentos, em torno de mim, pareciam pesadelo no qual mergulhava, cada vez mais, até que entrei num nível de inconsciência profunda.

Acordei, queridos pais, numa sala de apresentação muito difícil com as palavras de que conseguiria dispor. Era eu e não era eu quem se achava ali numa dualidade que não podia reconhecer.

Ouvi conversações e apontamentos que me espantavam. No entanto, médicos e enfermeiros me administravam agentes sedativos que me impuseram mais descanso.

Em meio daquela penumbra da mente, em que todas as formas se expressavam desfiguradas ao meu olhar, acreditei-me acidentado e, por isso mesmo, doente.

Com muito esforço pronunciava os nomes de vocês dois, rogando para que me buscassem, até que um amigo, o Irmão Cassiano,  amorável benfeitor, à feição de um pai a tutelar-me, explicou que representava a nossa família, a recomendar-me tranquilidade e confiança. A presença de semelhante protetor me acalmava…

A situação prosseguia, quando o Irmão Cassiano me avisou que traria meus pais para um reencontro.

Daí a instantes, notei-lhes a presença quase rente a mim. Mãezinha e você, papai, pediam notícias minhas.

Só então entendi que me achava em São Bernardo, não longe do quilômetro em que havia sofrido a queda.

Compreendi mais. Aquele não era um recinto de hospital, mas um refúgio de paz e silêncio, reservado aos que já haviam atravessado as fronteiras, das quais me vejo agora muito aquém…

Fiz tudo para fazer-me sentir, a fim de tranquilizá-los. Mas o amigo fiel que me assistia e ainda me protege, em todos os passos da Vida Nova, me sossegou o espírito atribulado, afirmando que estavam dados os primeiros passos para que recebessem minhas notícias.

A ideia da despedida, então, tomou corpo em mim e só aí, querida mamãe compreendi que seu filho havia deixado a veste física, à feição de alguém que se transfere de estrada ou de carro, a fim de tomar caminhos diferentes.

Confesso, meu pai, que a lágrimas me subiram do coração para os olhos, porque não me sentia preparado, quanto agora, para o exame do assunto. Era muito sonho e muita esperança a tombarem do alto de nossas aspirações e projetos.

Lembrei-me, porém, da energia de mamãe no trato da vida e da compreensão de meu pai nas dificuldades do mundo e, refletindo nos exemplos de amor e fé viva com que ambos sempre me facultaram o entendimento mais elevado e mais correto, busquei asserenar-me…

Ainda assim, a pesquisa que efetuavam, as perguntas que ouvi, sem que me fosse possível qualquer manifestação para esclarecê-los, me feriam o coração.

Observei que me procuravam com aflições iguais às minhas e percebi que a incerteza era o clima de nossos pensamentos e indagações.

Sofri ao vê-los na retirada com as mesmas dúvidas que me pairavam na alma e caí em crise de lágrimas como não podia deixar de ser.

Novamente, o benfeitor incansável promoveu os meios de socorro dos quais necessitava e um sono maior abençoou a minha cabeça cansada…

Depois, quando voltei de novo a mim, achava-me em outro lugar e em outra instituição. Um hospital-escola, ou melhor, um educandário de recuperação espiritual me abrira as portas e, desse recanto de paz e amor, consegui sair devidamente acompanhado para visitar papai na Beneficência Portuguesa. Desde então, melhorei, porque era preciso consolidar minha fé para ser-lhes útil.

Necessário esquecer-me para sustentar, quanto possível, o querido enfermo que abracei, contente, no dia em que o vimos de alta, em nossa casa da Alameda. E vou compreendendo que todas as nossas dificuldades vieram, mãezinha, do passado em que o seu Shabi contraiu dívidas a pagar.

Sei que você, minha mãe e minha luz, tem sofrido um calvário em que a subida é feita de pranto a encharcar o caminho de angústia. Mas peço a ambos para que a alegria nos retome os corações.

Mamãe, você foi sempre, é e será em nossa vida, a nossa fortaleza e o nosso carinho, a nossa confiança e a nossa paz. Continue, fervorosa na certeza de que Deus não nos abandona.

Realmente, não desejo lembrar as ocorrências estranhas que seu filho atravessou naquele março distante.

Mãezinha, agora, temos papai por nosso maior amor, por filho mesmo a quem precisamos doar toda a nossa ternura. Estejamos unidos em nossa esperança.

Sei tudo quanto empreendem em meu benefício e tudo agradeço. E creiam que a parte melhor do nosso culto de saudade, é a bênção de reconforto que estendem aos que necessitam de apoio, em dificuldades e provações maiores do que as nossas.

Ouço o que me falam em casa, quando as nossas recordações se completam na mesma faixa de saudade e de indagação; entretanto, rogo para que me tratem, como antes, desenhando ou fotografando, estudando a vida ou construindo mentalmente o futuro.

Peço a meu pai coragem e alegria. Medicar-se, sim, e sempre, mas situar a fé em Deus sobre os recursos humanos. E você, mãezinha, conserve aquela felicidade tão nossa, quando suas mãos queridas me guiavam nos estudos, abençoando-me as lições. Não deixe a alegria de lado quando me fite os retratos. Recorde-me, sorrindo.

Lembro todos os poemas de amor de seu amor para mim, suas expressões de ternura, suas páginas de carinho e seus bilhetes que sempre me alcançam e me alcançaram o coração por estrelas de felicidade e de paz.

Estamos todos mais juntos. E trabalharemos para o nosso reencontro, um dia, com as bênçãos de Deus, no Plano Maior.

Lembre-se, querida mamãe, de seus doces avisos quando os obstáculos surgiam: — meu filho, tudo está melhorando e amanhã nossa vida será sempre mais linda. Baseado em suas disposições, sempre venci e creia que estou vencendo… Pois até as barreiras da morte consigo atravessar, conquanto sob auxílio, a fim de lhes enviar as notícias de agora.

Penso, queridos pais, que não devo criar sugestões no ânimo das afeições que deixei. Todos estamos na bênção de Deus e hoje reconheço que Deus a nós todos conduzirá para o que nos seja mais aconselhável e mais justo. Mas envio, em silêncio, a todos os corações queridos, a mensagem de meu agradecimento e de meu afeto. Entrego-lhes, pais queridos, todo o meu coração nesta carta.

Companheiros queridos hoje me compartilham das novas experiências. Os colegas de ontem estão aqui de outra forma, porque tenho novos irmãos de trabalho e de ideal para valorizar os tesouros do tempo, enquanto melhoro a mim mesmo, a fim de auxiliá-los.

Querida mãezinha e querido papai, aqui o horário pede o ponto final.

E desejo reafirmar que a morte não é ponto final em cousa alguma do que pertence à vida. Que seria a morte? Sorriam comigo e imaginemos nela um ponto e vírgula. Aquele sinal que indica estação de pausa, sem ser fim no que se escreve.

Recebam meus melhores pensamentos, nos quais volto à prece, rogando a Deus por nossa felicidade.

Papai querido e querida mãezinha com vocês dois aquele abraço de três juntos.

E conservem a certeza de que este beijo que deposito aqui nesta folha simples, é o beijo de muito carinho e de muita saudade, de muito amor e de muita esperança do filho sempre mais de vocês dois, sempre mais reconhecido e sempre mais filho do coração.


José Roberto
(Shabi)

20 de setembro de 1975.


ESCLARECIMENTOS

Os fatos são de desconcertante precisão, envolvendo detalhes e citações totalmente alheias ao conhecimento de Chico Xavier, como, aliás; sempre acontece em suas participações mediúnicas.

Destacamos ao leitor a precisa narrativa de Shabi, sobre os momentos primeiros, após a morte, lembrando que deixara a namorada Beth em Santos e, com o mesmo táxi, o que Beth posteriormente confirmou, voltara à Rodoviária, onde tomou o Expresso Zefir, rumo de São Paulo.

Fala do acidente e dos instantes que se lhe seguiram, quando foi transportado da Via Anchieta para o Necrotério de São Bernardo do Campo, sendo, então, sepultado na condição de um desconhecido.

Relata a exumação, em São Bernardo do Campo, já uma semana depois do acidente, quando foi possível a identificação dele, confidenciando que acompanhava a aflição dos genitores, na tentativa de localizar-lhe o corpo.

Lembra, também, que depois do novo sepultamento, realizado em São Paulo, visitou o pai na Beneficência Portuguesa, buscando socorrê-lo e, após a alta hospitalar, reencontra-o já em casa, na Alameda Jahu.

Chico Xavier ignorava nomes, fatos, o detalhe do táxi, os contratempos, envolvendo a identificação do seu corpo, a exumação, etc.…




Mãezinha do coração, pai amado.

Shabi. Sou eu, meus amores.

O fone está funcionando pelos fios da alma.

Quero falar de saudade e o amor toma a vanguarda. O carinho quer dizer que é maior. Noto a luta entre os meus próprios sentimentos. Faço a soma de todas as parcelas de vida que me compõem o ser e a média geral é amor sempre. Amor, saudade e gratidão.

Os assuntos são tantos! Mas, acima de tudo, querida mãezinha, quero informá-la de que estou lendo todas as páginas que você me escreve pelo correio da prece. O silêncio é o carteiro.

Agradeço por tudo e respondo:

— Sim, me lembro…

— Amo-a cada vez mais…

— Papai está em meu coração…

— A falta hoje é muito maior que a de ontem…

— Sim, mãezinha, as estrelas brilharão outra vez para nós.

— Seu filho está bem…

— Por que? Porque as leis de DEUS queriam que assim fosse…

— Mamãe, a saudade não é uma provação, é um convite de DEUS para trabalharmos com mais dedicação pelos que suportam dificuldades maiores que as nossas…

— A Primavera chegou, mas seu filho não está ausente…

— Trago flores para você e meu pai, flores perfumadas de carinho incessante…

— Nossos quadros são hoje mais belos…

— Mãe, as tintas do pensamento são muito mais lindas que as da paleta terrestre…

— E os nossos ideais estão sempre mais vivos…

— Só o bem, meditemos unicamente no bem, porque o bem triunfará…

Querida mãezinha, aqui estão algumas de minhas respostas às suas páginas de ternura.

“Fale conosco desta vez, meu filho…” Escutei o seu pedido que para seu filho é sempre uma lembrança querida e nunca uma solicitação, e estou aqui para dizer-lhes que estou melhorando.

Papai, você está melhor de saúde e precisa melhorar cada vez mais… Rogo ao seu espírito valoroso sobrepor-se aos estados negativos da tristeza sem significação. Estamos, presentemente, mais juntos.

Aqui, vivemos segundo o que pensamos e pensamos conforme a substância de nossa personalidade, nas faixas espirituais da vida.

Creiam, pais queridos, que estou trabalhando, ativamente, na preparação do futuro. Procuro renovar-me por dentro de mim mesmo, a fim de criar elevação por fora de mim.

Agradeço igualmente o esforço que fazem na colaboração comigo. Embora, por vezes, muito longe, espacialmente falando, recebo de imediato as ideias que me transmitem e com essas ideias as ações que elas produzem. Recursos que se transformam em alegria, amparo que se faz bênção, doações que se convertem na felicidade dos corações que as recebem e moedas que acabam parecendo luzes acesas nas sombras da necessidade. “Em memória”, “pela saudade de nosso Shabi”, “pela felicidade de nosso filhinho”, “pela reafirmação de nosso imenso amor” — tudo isso me vem aos ouvidos, com as preces que trocamos, pedindo a Deus, uns pelos outros. 

Querida mãezinha e meu querido pai, não sei fotografar o meu reconhecimento com as palavras; se pudesse desenharia um coração amparado em duas estrelas, simbolizando eu mesmo, apoiado em ambos, amados meus.

A vida para mim, nos domínios diferentes da Espiritualidade, vai decorrendo em paz, não obstante as inquietações injustificáveis, mas compreensíveis da ausência. Digo “injustificáveis”, porque aprendi com meus pais queridos que os Planos da Bondade Divina se efetuam sobre os nossos próprios desígnios.

Meu avô José Henrique Pereira e a querida vó Dosolina são para mim benfeitores e guardiães.  Outros protetores do campo familiar me reanimam e me auxiliam.

Estou deslanchando do cais de nossa profunda ligação para o mar alto da compreensão maior. Isso não significa mais extensão na distância e nem qualquer perda no tesouro de nosso afeto. Desejo apenas configurar que estou seguindo adiante, já que o tempo é uma força de Deus que não se pode interromper. Sigamos.

Para complementar os meus exercícios de ação espiritual, venho oferecendo a cooperação possível ao nosso irmão Carlos Alberto Fernandes, no Santa Rita, ante o pedido de nossa irmã Lucy,  e podem acreditar que, apesar do longo processo quase comatoso, ele encontrou sempre, e está encontrando de nossa parte, o concurso que se nos faz possível. E as almas queridas agradecem o carinho e a assistência que o cercam.

Mãezinha, o amor é um mistério. Por mistério designamos o inexplicável. Começa em nós, de nós para alguém e depois somos três: pai, mãe e filho ou mais filhos a estendermos essa bênção do Céu, de uns para com os outros. Depois mamãe, o coração assemelha-se a uma concha de luz que se multiparte. E iniciamos um novo curso de entendimento. Esse curso bendito, em que vocês dois me instalaram, é a beneficência.

Eu que amava tanto as artes todas, principio hoje por penetrar na maior de todas — a do amor ao próximo, seja o próximo quem seja.

Mamãe, esses meninos descalços, que você me ensinou a ver melhor, poderiam estar conosco, em nossa casa e esses doentes todos que abraçamos, poderiam ser nossos parentes, amados por você e por meu pai, como vocês me amaram e me amam.

Mãe, é tão bela a claridade da gratidão nos que sofrem e é tão soberanamente lindo o reflexo estelar das mães que carregam os filhinhos nos próprios braços que, por vezes, seu filho imagina que Deus não teria outro lugar para colocar o império dos astros senão no regaço da noite, porque é no sofrimento humano que a Divina Providência traçou o caminho de luz para a felicidade.

Trabalhemos sim, esperando e amando-nos naqueles que nos estendem os braços sequiosos de paz e compreensão.

As recordações de São Bernardo desapareceram.  Lembro-me do apóstolo de Jesus que se dedicava a salvar os que jaziam relegados à neve e ao desamparo e penso que ele também ter-nos-á estendido as mãos socorredoras, enviando recursos para que nos reencontrássemos na saudade e na oração, que hoje se renovam para nós, em forças abençoadas de esperança e serviço.

Agora são as áreas enormes de realização que nos esperam, a cada dia, para que nós, dia por dia, venhamos a construir a estrada de nosso reencontro.

Creiam-me presente. Não há separação entre os que se amam. O pensamento é uma tomada de poder divino ante os recursos prodigiosos da Criação. Basta a ideia, e a imagem voa ao nosso encontro com a velocidade sem acesso, por agora, ao conhecimento dos homens.

Chamem-me, sim. Estou disponível. Nossos mentores daqui me afirmam que posso cooperar de algum modo e que as ligações nossas se erigem por intercâmbio de ação sempre mais construtiva.

Sei que sou ainda tão pequeno, a fim de ajudar e preciso fazer esta ressalva; no entanto, é um privilégio ser lembrado por pais tão queridos e tão devotados ao bem, quanto os meus, para que eu aprenda a realizar algo de bom ou de mais útil.

Estou feliz com as lágrimas de alegria que esta carta me faculta verter. Quando o coração quer falar de amor e não encontra as frases próprias, encontra em si mesmo as pérolas do pranto de júbilo e de gratidão pela possibilidade de expressá-lo. As letras explicam e as lágrimas contam.

Mãezinha e meu pai, dou-lhes, de novo, todo o meu afeto com toda a minha alma, centralizada nesta mensagem. Muito grato por tudo, tento, quase diariamente, repetir-lhes estas palavras com os beijos que lhes entrego, no silêncio.

E, quando ambos conseguem algum repouso, no veludo da noite, muitas vezes, lembro-me de quando me embalavam em criança e peço a Deus, em oração, para que os conserve valorosos e felizes. Não consigo devolver as melodias com que me acalmavam no adormecer, mas posso transformar a prece que faço num hino sem palavras em que Deus sabe que a minha gratidão fala muito alto.

Fiquem fortes e contentes, é o que lhes desejo.

E, agradecendo o carinho de todos os nossos e a especial atenção dos amigos que nos compartilham da alegria deste reencontro, entrego-lhes o coração reconhecido, o filho e companheiro de trabalho e de esperança, hoje quanto ontem, agora quanto será sempre.


José Roberto
(Shabi)

31 de outubro de 1976.




Mãezinha querida e papai sempre lembrado, abençoem-me.

A falta de escrita não é falta de saudade.

Nasser, Sidney e outros amigos, estamos aqui a desejar-lhes um Feliz Natal. 

Um amigo nos solicita seja transmitido à Irmã Dona Célia uma rogativa — a rogativa para que ele se console e se fortaleça onde se encontra. É o nosso irmão Célio Onida Araújo,  que veio para cá, de improviso, num processo de aneurisma que ele mesmo desconhecia. O rapaz chora e pede à mãezinha para que não se lamente, a fim de que ele possa reconfortar-se.

Não me esqueço, mãezinha, dos parentes e amigos. Vovó Cecília e a irmã Déa  ainda estão com a prioridade em meus cuidados — depois dos cuidados com que sigo papai e você mesma.

Agora, faça seu filho sorrir e fique feliz. Com um beijo repartido entre ambos — você e papai — sou o seu filho enamorado de seu carinho e cada vez mais agradecido ao seu amor.

Sempre seu

Shabi

26 de novembro de 1977.




Querida mãezinha, querido papai. Abençoem-me.

O aniversário está em minha lembrança.  Luzes foram acesas nas preces e votos de felicidades que me ofertaram.

Flores de esperança em nossa festa da alma enriquecem-me a nova vida. Mãezinha, seria difícil, ontem para mim, fazer-me lembrado, de vez que a nossa comemoração a três com Jesus estava sendo levada a efeito. Não que seu filho menospreze a doce recordação de família e sim porque tenho visto o sofrimento sob novas modalidades.

A dor nas mães, aqui reunidas ontem, não me permitia manifestações de regozijo fremente. E a deixar de faze-lo com a espontaneidade e a extroversão que são minhas, julguei mais acertado votar a favor dos propósitos de nosso irmão Eurico Tadeu que precisava podar as angústias da senhora Mirthes que, entre nós, mostrava um coração agoniado e profundamente deprimido. 

Hoje, ao que me parece, posso falar em nossa festa e agradecer, rogando ao papai fortalecer-se e viver tranquilo. Alegria é saúde. Reconforto é remédio. Carinho é tranquilizante. Amor é vida. Entendimento é renovação.

Peço a Deus para que em minha condição de filho tenha posto o ponto nos iiiis do caminho.

Agradeço por tanta ternura, tesouro que me faz infinitamente feliz. E agradeço ainda o bem que espalharam em favor dos nossos doentes e das crianças, pensando em mim.

Sou dos filhos mais ricos da Terra, porque os tenho no coração.

À vista disso entrego-lhes, com toda a minhalma, o coração do filho e companheiro reconhecido de todos os instantes,


Shabi

11 de março de 1978.




Mãezinha querida, querido pai. Deus na bênção com que me fortalecem.

Estimaria escrever com pinceladas de luz estas frases de agradecimento e de amor. Enunciar o meu reconhecimento pelas flores deste mês de Maio que me ofereceram. Contar-lhes muito mais com carinho do que com palavras o júbilo, por vezes, orvalhado de lágrimas com que lhes recebo no coração as lembranças queridas.

Entretanto, nas grandes emoções, os vocábulos do mundo assemelham-se a pedras, naturalmente buriláveis para a execução de obras-primas, sempre frias, à maneira de tijolos preciosos e inertes, incapazes de exprimir a linguagem do coração.

Curvo-me, portanto, aqui, neste lápis amigo para restringir-me à convenção do “muito obrigado”.

Muito obrigado pela ternura com que me recordam, pelo devotamento com que me escrevem as mais belas páginas da alma, pelo apoio incessante com que me acompanham em plena vida espiritual, pela cobertura de abnegação com que me enviam tantas estrelas de bondade, através do caminho e da presença de tantas crianças e de tantos jovens, em cujo contato me rememoram a vida.

Querida mãezinha, acolho em espírito as memórias sublimes que a sua generosidade me endereça pela face de todos aqueles pequeninos e de todos os companheiros de juventude, em sorrisos e bênçãos de compreensão e de amor. Sei que a sua maravilhosa vida é um castelo encantado nas tarefas de educação a que se consagrou e através das suas lágrimas de saudade e esperança, ausculto a própria Humanidade.

Sempre ouvi dizer que o ouvido terrestre escuta, na concha, o idioma do mar, e um filho registra na dedicação maternal todas as forças que sustentam o mundo. Continue sim, abençoando e auxiliando…

Ao lado de meu pai, o companheiro incansável de nossa caminhada nas trilhas do Tempo, prossigamos doando à vida o que tenhamos de melhor. Não lhes firam os espinhos da marcha no chão da Terra. Ainda que as sementes do bem e da esperança venham a cair em glebas aparentemente estéreis, esses valores nunca desaparecem.

Chuvas de provações e canículas de angústia surgem nos climas da existência, erosões inesperadas convertem altos montes em vales e planícies, tempestades arrasadoras explodem, por vezes, e transformam as paisagens…

Rochedos se deslocam, desertos se fazem verdes, abismos alcançam alturas, fontes desabrocham de penhas esquecidas e as sementes de Deus erigem prodigiosos jardins…

Flores despontam por toda parte e perfumes inesperados buscam os céus. Tudo isso vemos daqui, deste “Mais Além”, que é continuidade da própria Terra. A morte pode trazer as sombras da noite, entretanto, a vida reinará sempre e ninguém lhe barra as fulgurações do alvorecer.

Nós, os que voltamos do mundo, somos unicamente viajores de retorno ao lar.

A saudade é a sentinela que nos guarda nos dois Planos. Aí nos faz chorar na sede de presença e aqui nos aflige no desajuste da distância… Mas, é da lei do Senhor, seguirmos sempre ao encontro do Bem Eterno e da Eterna Beleza, para a comunhão integral no Amor Divino.

Creiam, pais queridos, que não divago. Por vezes, a expectativa humana aguarda de nossas manifestações uma cornucópia de revelações, a derramar-se em valores indiscutíveis de identificação da verdade, no entanto, nem sempre a simbologia dos nomes e dos números usada na Terra consegue acender a luz que desejamos, porquanto, em muitos casos, é imprescindível que a revelação espere pela maturidade, a fim de ser útil.

Compreenderão quanto digo, à face dos problemas de nossas vivências no mundo. Quantas vezes anelamos falar de cimos resplendentes a corações queridos que em vão nos assinalam os conceitos, habituados que se acham à sombra respeitável em que se encontram, realizando o melhor que se lhes faz possível.

Não desejo dizer que estejamos num intercâmbio de ordem superior àquele que se verifica entre os entes amados. Não é bem isso. O problema é de amor que sabe compreender para saber esperar. Onde exista uma fagulha de amor, aí está a presença de Deus, e Deus é a própria paciência convertida em esperança no trabalho incessante do Bem a tudo e a todos.

Venho agradecer-lhes. Se posso atingir o objetivo a que me proponho, estou satisfeito. Entendemo-nos e isso vale mais que quaisquer argumentos tendentes à discórdia, porque a discórdia será sempre desequilíbrio e o desequilíbrio é sempre perda de tempo. Amemo-nos sempre mais e sirvamos quanto se nos faça possível.

Em nossa companhia temos o Irmão Cassiano que a identificação nos arquivos humanos não consegue a ficha talvez desejável. De onde vem o sol que nos ilumina, detido no Espaço, a fim de sustentar-nos a vida? Que nome doaremos ao firmamento, quando sem nuvens? Como exumar a memória dos anjos que esculpiram na Terra as flores primeiras? Quem saberá a procedência dos gênios tutelares que combinaram os agentes químicos no nascimento do mundo para a fabricação dos perfumes conhecidos do homem?

Assim também, aqui, vezes e vezes, defrontamo-nos com aqueles que nos embalaram nas noites do tempo, amparando-nos e amando-nos, muito antes que os conhecêssemos.

Irmão Cassiano será um ser assim celestial e terrestre que inspirou a existência de meu avô Cassiano, a união dele com a vó Cecília,  para que meu pai aparecesse e me entregasse aos seus braços.

Mãezinha querida… Ele será o amor indefinível, o mensageiro que fala com o silêncio e que nos ama com a bênção do apoio oculto e incessante, para mim semelhante ao dos anjos.

Dessa atmosfera de alegria e de entendimento em que esse mesmo sublime benfeitor me recebeu é que tenho escrito, na ânsia de pintar com palavras os quadros de minha nova vida.

As cores, porém, não são figuras geometrizáveis e muitas vezes troco impressões com os pais queridos no domínio inabordável das ideias mais puras, com as quais operamos no caminho das horas em que seguimos juntos e separados, visíveis e invisíveis, felizes e aflitos, qual se nos mantivéssemos numa corrente sutil de sorrisos e lágrimas, de esperanças e desconsolos, de tristezas e alegrias…

Mas este é o acesso a vencer e não temos outro, porque as Leis de Deus determinam que nos ausentemos, por vezes, uns dos outros para amar-nos muito mais, aprendendo, ao mesmo tempo, a compreender e amar aqueles que ainda não amávamos e nem compreendíamos.

Agradeço por tudo o que nos deram neste mês de aniversários coloridos de imorredouras lembranças,  tempo de mães e filhos, horas sagradas de lar e momentos de reaconchego nos ninhos de ternura em que evoluímos pela dor e pelo trabalho para o Amor Sempre Maior.

Agradeço à irmã Nury Dolores  e aos seus filhos queridos pelos diálogos de fé renovadora e pelas bênçãos de cooperação em nossas tarefas; à irmã Lucy pela entrega dos brindes de paz e carinho em benefício dos corações maternos, tantas vezes desalentados e sofridos no mundo; à irmã Olga Duprat  pelas preces de confiança em nossa colaboração, pedindo resistência nas provas redentoras; agradecemos, tantos amigos juntos e eu mesmo, por tudo o que fizeram e fazem por amenizar o sofrimento, onde encontram esse buril de Deus, esculturando o progresso espiritual.

Pai amigo, muito obrigado, querida mãezinha, muito obrigado. Minhas letras refletem saudade, mas essa saudade é um Sete-Estrelo de amor e esperança em meu coração.

Estou renascido e feliz por pertencer-lhes, reconhecendo que nós três pertencemos a Deus.

Sigamos juntos para diante. Hoje é o calendário humano a desfolhar os dias com números e siglas convencionais, no entanto, amanhã será a imortalidade vitoriosa e o reencontro sem adeus.

Muito amor com todo o coração e todos os sonhos do filho que os reúne no mesmo beijo envolvente de confiança e carinho na união em Deus, luminosa e sem fim.

Sempre o filho reconhecido.

Shabi

20 de maio de 1978.




Mãezinha querida, querido papai Abigail. Unidos, peçamos a Deus nos abençoe.

Tempo vai, tempo vem… Correm as dificuldades no trânsito das horas. As provas seguem voando, embora, por vezes, com asas de chumbo… A renovação se processa. A mudança age com força inexorável. Entretanto, o amor é a presença de DEUS. Luz envolvente e imperecível. Por isso mesmo, a saudade deixa de ser um caminho de sombra para ser a chama da esperança, nas vias do reencontro.

Estas reflexões me ocorrem à frente do Natal, quando Jesus nos reúne a todos no mesmo ideal de solidariedade. Uma compreensão nova desponta por dentro de nós e inclinamo-nos, de uns para os outros, entendendo-nos por irmãos autênticos, viajores da mesma estrada e filhos do mesmo pai.

Mãezinha, embora as dificuldades de intercâmbio, estou feliz. Permutamos, diariamente, as nossas impressões e, momento a momento, endereço à Eterna Bondade a minha gratidão por haver encontrado nos pais amados, que me acolheram, os melhores companheiros do mundo.

Associo-me ao júbilo de nossa casa nas recordações de Jesus e compartilho do trabalho bendito em que surpreendo tantos irmãos nossos, nos mais variados setores da experiência na vida.

Muito grato, mãezinha, por matricular-me na escola bendita da beneficência em que as revelações da Bondade Divina se nos fazem mais acessíveis aos corações.

Penso na alegria dos amigos que recolhem, sob a neblina da provação, as notícias do Divino Benfeitor, com o anseio baldado de expressá-la em quadros de luz que nos dessem as dimensões do amor infinito do Cristo de Deus, vencendo as eras e dominando as circunstâncias do mundo, conquistando almas e comunidades, iluminando vidas e reajustando corações, cada vez mais.

Mãezinha, a sua bondade é o meu cartão de Boas Festas, que encaminho a quantos conheço, porquanto, em todos os votos que formulo, estão as sementes vivas dos seus exemplos de abnegação e carinho.

Que o Natal e o Ano Novo lhes ofereça — a ambos — pais queridos, tudo aquilo que a vida contenha de melhor.

De coração ligado à ternura com que se dedicam aos companheiros da retaguarda, levantando-lhes o ânimo, para que se ergam para Deus e se façam felizes, tanto quanto já nos sentimos esperançados de encontrar a alegria perfeita, com a vitória sobre nós mesmos, peço a DEUS nos conserve plenamente integrados na união fraternal, uns com os outros, a fim de aprendermos a servir com o Divino Servidor.

E estendendo os meus votos de paz e felicidades a todos os corações amigos que nos oferecem base e estrutura às tarefas em que nos comprometemos na Seara do Bem, entrega-lhes o coração reconhecido e feliz, o filho e companheiro que lhes segue os passos na jornada de elevação, reafirmando-lhes que sou e serei sempre o filho que os ama infinitamente e lhes deve cada vez mais,


Shabi

16 de dezembro de 1978




Querida mãezinha e meu querido papai Abigail. Abençoem-me.

A noite recorda a outra de cinco anos de retaguarda. Depois do ofício religioso em que nos vimos consternados pelo sofrimento da separação, o recolhimento em casa, depois de tantos cerimoniais, para o silêncio.

Tudo recapitulado, temos hoje, a dor transformada em alegria. As notas do cântico de angústia são, neste momento, melodias de júbilo em nossos corações que o tempo transfigurou em relicários de esperança.

Lembro-me de todas as minudências e, nesta hora, associo a nossa querida Beth em minhas recordações, de vez que naquela alma de menina e moça os acontecimentos haviam assumido a face do horror.

Graças a Deus estamos longe daqueles dias, que medearam entre o 9 e o 16 de março, comprimindo-nos os sentimentos, qual se estivéssemos prensados numa estreita câmara de fogo. Quando pude abraçar o papai, em pleno tratamento intensivo, no hospital, num encontro, aparentemente, de sonho, já me encontrava, então, liberto de todos os laços negativos que me algemavam àquela sede de reencontro.

Agradeço a Deus e aos nossos mentores quanto aprendemos, em dias tão poucos, assimilando ensinamentos que apenas se recolhem no educandário de angústia.

Mãezinha querida, a vida continua… Os nossos diálogos dentro da vida são os mesmos. O amor jamais desaparece. A vida é luz perene. A morte será sempre a grande ilusão. Tudo vibra. Da estrela ao verme e do abismo ao espaço celeste, as marcas sublimes da Presença de Deus se destacam, indicando-nos os cimos que nos cabem atingir.

Ainda hoje, sei o preço que os pais queridos resgatam em saudade e pranto, no que se refere à minha suposta ausência; entretanto, reconforto-me ao pensar que celebramos o meu renascimento na Vida Triunfante, onde todo gemido humano se converte num hino de esperança e onde as maiores tribulações se dissolvem na alegria perfeita, à maneira da nuvem que desaparece à frente do sol.

Agradeço aos pais queridos quanto fizeram e fazem a meu favor, creditando-me a felicidade, que sabem esculpir para os outros, em nome do filho que tanto lhes deve e peço ao Senhor da Vida enriquece-los de bênçãos sempre maiores.

Estamos aqui, alguns amigos, o Beto e eu, expressando o nosso reconhecimento a Deus pelos genitores que nos concedeu para a travessia da Terra. E o vovô José Henrique com a vovó Dosolina compartilham aqui de nosso contentamento.

Permitirá Jesus, venhamos a exteriorizar esta nossa felicidade, estendendo-a a todos os nossos corações queridos que, em se nos vinculando à família, são credores de nosso amor.

Mãezinha querida, muito grato pelas doces evocações de nossos registros mais íntimos.

Estou feliz por vê-los felizes e quanto possa, trabalharei para que esse pão bendito de paz e alegria não nos falte à mesa do coração em quantidade suficiente para que possamos torná-lo extensivo aos outros, especialmente os que trilham a mesma estrada de experiência, suportando as aflições e as lágrimas que lhes marcam a vida.

À nossa estimada irmã Lucy, os nossos corações agradecidos. Somos todos uma família só. Por isso mesmo, as palavras de gratidão e carinho a cada coração do nosso núcleo afetivo se faz mensagem de agradecimento a todos.

Prosseguimos trabalhando e nisso consiste a nossa realização maior. Sinto-me profundamente integrado nesse luminoso complexo de paz e amor e rendo graças ao Senhor por isso.

Mãezinha Maura, receba com o papai Abigail um painel de saudades, emoldurado em flores de esperança, dessa esperança que vibra imortal no coração de seu filho que lhes deseja o Céu na Terra, com todas as maravilhas de Deus a lhes brilharem no caminho de construtores do Bem.

Para ambos, a vida toda e todo o carinho do filho cada vez mais reconhecido.

José Roberto Pereira Cassiano
(Shabi)

16 de março de 1979.




Querida mãezinha Maura, com o papai Abigail, receba os meus votos ao Senhor da Vida pela paz e bom ânimo em nossas tarefas.

Mãezinha, em seu querido aniversário, se eu pudesse materializar uma rosa, seria ela a mensageira de meu reconhecimento, a envolvê-la no perfume dos mais lindos sentimentos que a sua dedicação me deu a guardar. 

Se possuísse uma estrela, oferecê-la-ia ao seu querido coração, para que significasse meu próprio anseio de ser tudo aquilo que o seu amor sonhou para seu filho e que ainda não consegui efetivar.

Se conseguisse deter as bênçãos de uma fonte, decerto que solicitaria à corrente cantar para a sua alma os mais belos versos de ternura e gratidão que me fosse possível.

Se conseguisse um pedaço de céu azul, escreveria nele um poema em que se gravassem todas as minhas saudades e esperanças, tentando patentear quanto devo à sua presença constante em meu espírito.

Entretanto, mãezinha, já que seu filho não dispõe de semelhantes possibilidades e riquezas, ofereço-lhe o meu coração pobre, mas sempre seu, com as minhas súplicas ao Senhor para que a paz e a felicidade lhes iluminem todos os passos, ao lado de meu querido pai Abigail e no clima de todos os nossos.

Indiscutivelmente, cabe-me limitar as felicitações que lhes trago, tão só às luzes da alegria e às esperanças que nos abençoam a caminhada. No entanto, querida mãezinha, sei que o seu amor nos adivinha os cuidados da hora presente.

Com as suas mãos e com as mãos de nossos amigos, achamo-nos todos, os companheiros do nosso amigo Nasser, compartilhando-lhe o trabalho, no auxílio aos familiares.

Perdoe-me, se lhe digo que os nossos pensamentos destes dias estão encharcados com as lágrimas de nossa irmã Shirley, de nosso amigo Miguel, do companheiro Gugu, da nossa benfeitora Angelina, da Bebel e das irmãzinhas e com o zelo ativo, mas tisnado de inquietações do nosso Nasser, empenhado com outros familiares no socorro aos corações queridos. 

Estamos trabalhando. Seu filho que passou por ocorrência tão difícil à frente de máquinas, se comove diante do quadro doméstico de nossos amigos em prova, associando-se às preces pela tranquilidade de todos.

Peçamos aos Mensageiros do Mais Alto, possam balsamizar os sofrimentos de nossos queridos companheiros. Isso faz parte da nossa festa, porque o seu carinho me ensinou esse dever de lealdade aos amigos que se nos fazem parcelas da própria alma.

Continuaremos agindo no tentame de fazer o melhor pelos queridos irmãos, reunidos na tribulação redentora.

Agradeço ao papai Abigail o carinho de sempre e colocando os pais queridos em meus próprios braços, imitando-lhes os gestos de proteção com que me afagavam em criança, entrega-lhes todo o coração, o filho reconhecido que prossegue pedindo a Deus por nossa paz e felicidade.


Shabi

17 de novembro de 1979.




Querida mãezinha, abençoe-me.

Sem palavras para configurar todo o nosso amor numa longa carta, o amigo José Roberto  e eu deixamos às queridas mãezinhas o nosso coração reconhecido com a certeza de que estamos bem, conquanto em serviço ativo no apoio aos nossos amigos que se transferiram para cá recentemente, em nos reportando ao irmão Miguel e ao companheiro. 

Se poucas palavras podem dizer muito, queremos afirmar que o nosso carinho é cada vez maior, e que estamos a postos, a fim de nos reunirmos todos como sempre, na fé viva em Deus e no exercício do Bem:

Carinhosamente, o filho reconhecido.

Shabi

08 de março de 1980.




Querida mãezinha Maura, receba com meu pai Abigail as minhas saudações de carinho no pedido de bênção com que me sinto o seu menino de sempre.

Dia das mães à vista! Achamo-nos todos na condição de viajores que retornaram do Exterior, avistando as primeiras paisagens da terra em que nasceram. É um grito de júbilo, esse que tantos de nós aqui desferimos, rogando aos Céus pela felicidade dos anjos maternos que nos refizeram a vida no Plano Terrestre.

Mãezinha, comigo está outra mãezinha — a sua pérola que lhe recebeu as irradiações de amor no poema que a sua ternura lhe endereçou. A querida vovó faz questão de nos partilhar a companhia, não só para festejar esta formosa antevéspera do Abençoado Dia, mas igualmente para me complementar a solicitação de paz que lhe fortaleça e revigore o coração.

Ela, a nossa doce benfeitora do lar, recorda a sua presença e a presença dos outros filhos queridos — tio Ivo, tio Oswaldo, tia Iracema, tia Ilda e tia Aurora, entrando em prece na qual recomenda todas as suas queridas crianças a Deus, porque especialmente para o carinho materno, os filhos não crescem. São sempre personagens de sonho que não se marginalizam nas sendas do amor puro.

Pois é, querida mãezinha Maura, vovó e eu vimos pedir-lhe alegria e tranquilidade, aliás, merecidas por seu espírito de devotamento e renúncia em auxílio a nós todos.

A nossa mensagem mais expressiva para a sua sensibilidade, mensagem quase cifrada pelas forças de nosso amor em família, se condensa numa simples frase — o seu não foi abençoado. A sua palavra criteriosa visou a defender amigos queridos que precisam de segurança para facear o futuro.

A sua compreensão elevada com o apoio de muitos amigos nossos, procurou preservar um abençoado ninho no qual aves ainda implumes — os primos queridos — necessitam preparar as energias próprias ante o grande porvir. A sua paz não pode ser quebrada por haver atendido a um dever que todos consideramos respeitável e justo.

E, nesse esquema, ficou uma questão: A ideia de que a nossa abençoada empresa doméstica, com o auxílio da Divina Providência permanecerá neste princípio: “O não é o limite”.

Efetuada a defensiva de nossas crianças, no sentido de lhes assegurar ambiente para o amanhã próximo, deixemos os assuntos correlatos entregues a Deus, através da responsabilidade das criaturas.

O caminho é longo para o aperfeiçoamento que demandamos e não precisamos apontar esse ou aquele espinho na trilha das pessoas amadas, porque já possuímos espinhos em quantidade suficiente para nos afastarem de qualquer repouso inadequado.

Mantenhamos o “não” que é “sim” para o bem do nosso grupo de corações queridos e sigamos para diante, na certeza de que o Senhor é o nosso Pastor e nada nos faltará, (Sl 23:1) recordando as belas palavras do salmo de Davi. O tempo é o grande instrutor de todos, de todos nós que estamos matriculados no educandário da vida.

Descanse com o papai Abigail e permaneça contente com a sua inspiração que solucionou antecipadamente um problema grave que certamente mais tarde apareceria.

Peço dizer ao tio Ivo e à tia Doroti que a bondade de Deus nunca falha e que não temos motivos para aflições. Trabalhemos e pelo filtro do serviço a Providência de Deus de tudo nos cercará, a fim de que nos vejamos na abastança precisa.

Rogo ainda seja dito à tia Aurora que acompanhamos a festa do nosso caro companheiro José Eduardo e que desejamos a ele, junto da companheirinha, todas as alegrias e bênçãos que a vida possa lhes proporcionar no clima da proteção do Mais Alto.

Aqui em nossa companhia está o nosso Beto e o caro Nasser que nos partilham a mensagem de filhos reconhecidos, desejando felicidade e saúde, paz e bom ânimo às mãezinhas queridas, nossa irmã Lucy e nossa irmã Shirley.

A ora, mãezinha Maura, é o momento de me recolher à câmara da saudade. Creia, porém, que a saudade de seu filho é sempre uma esperança crescendo no coração. Estamos juntos como nunca estivemos.

Papai, mãezinha, o seu coração e eu mesmo, somos um trio de fé viva em Deus na atividade incessante do bem, na qual vamos acumulando experiências das melhores.

Beijando-lhes as mãos reunidas nas minhas mãos enternecidas no reconhecimento por tudo o que lhes devo em carinho e proteção, segurança e bênção, sou o filho que permanece, sempre em casa e sempre no coração, na alegria de ser a criança para a qual os meus pais queridos construíram o caminho da felicidade e um mundo melhor.

Sempre o filho reconhecido.

Shabi

09 de maio de 1980.


ESCLARECIMENTOS

O texto anterior tem cunho estritamente familiar, conversando Shabi com os pais, a propósito de ocorrências que, na época, os preocupavam, agora felizmente superadas.

Podemos, ainda uma vez, compreender a intensidade da participação dos filhos desencarnados na vida dos pais e familiares, buscando cooperar para a solução dos problemas que preocupam os entes amados.

Oportuno lembrar que, toda dor, tristeza ou desespero dos familiares se refletem diretamente nos entes queridos que partiram para a Vida Maior, causando-lhes sofrimento muito grande. Daí ser comum, nas mensagens psicografadas, a petição dos filhos rogando aos pais que procurem não chorar mais, vivendo tanto quanto possível mais felizes, pois a alegria e a felicidade deles são fundamentais para a sua readaptação no Além, após a morte física.

Os nomes citados são de familiares de D. Maura, além de menção ao outro Beto, ao Nasser, já nossos conhecidos, e a suas mãezinhas, Lucy e Shirley.




Querido papai Abigail e querida mãezinha Maura.

A noite avança e o tempo aqui é um condomínio de que os Mensageiros do Mais Alto são os síndicos.

Não posso alongar-me. Estou, no entanto, na companhia do vovô Evaristo,  trazendo ao papai a nossa mensagem de gratidão e de alegria, formada por nossas preces a Jesus, a fim de vê-lo refeito e plenamente integrado em suas faculdades orgânicas.

A tempestade passou. Agora, apenas rogamos ao querido benfeitor paternal conduza o carro físico na consciência de que fomos agraciados com muitas bênçãos. Estou contente, marcando esse ponto de restauração que nos faz a todos mais felizes para a continuidade de nossas tarefas. 

Mãezinha, tenho comigo todos os seus poemas e cartas, petições e votos. Respondi a tudo no silêncio de nossas meditações, resumindo muitas das minhas laudas imensas de amor com estas palavras: — Pais queridos, recebam o meu amor invariável! Sejam sempre felizes! É o pensamento incessante do filho que pede às tintas do sonho se agregarem para o mais lindo quadro de alegria, no qual eu lhes ofereça, como sempre, todo o coração do


Shabi

24 de julho de 1981.




Querida mãezinha Maura e querido papai Abigail, agradeço a festa de aniversário que ambos enriqueceram de flores mil.

Aqui me encontro, à feição de um menino feliz que conquistou o que mais quis — uma árvore perene de Natal que se repete em todos os dias, com as mais lindas alegrias.

Realmente o amor é muito mais forte do que o tempo e vence a própria morte que deixa de existir, quando nos afastamos do presente no encalço do porvir…

Por tudo em que me rejubilo, sempre mais animado e mais tranquilo, à frente da ternura na qual ambos me trazem tudo aquilo de que vivi na difícil procura: amor, encantamento, regozijo e beleza, luz, vida e esplendor que em tudo vemos superar a riqueza soberana da própria natureza…

Sim, tenho tudo o que sonhei nos trechos de esperança, quanto a felicidade, e na plenitude de paz e de alegria que me envolve e me invade, peço a Deus os proteja sempre mais, na união benfazeja que deve iluminar os passos e caminhos dos melhores dos pais.

Mãezinha Maura, é verdade que vejo tudo quanto se faz por meu desejo. Vejo a Grécia querida por matriz de cultura e exaltação da vida, noto e , e Terêncio, nas imagens felizes em que se nos conservam as raízes…

Vejo Roma e as Sabinas,  Rômulo e Remo  e os juízes, formando o povo eleito que nos faria sobre a Terra a força do direito…

Vejo, ainda, a história linda e os lances de terror, quando os imperadores se mantinham por inimigos dos cristãos e fito de novo , alterando o destino de povos e nações…

Mas ouça, mãe querida… Tudo isso que contemplo está nas telas que visito, as formas sempre belas do que já foi, porquanto, na verdade, os senhores da História já sofreram bastante e partiram no rumo do Melhor e do Mais Alto…

Posso dizer-lhe ainda que não vou às estrelas, mas, posso surpreendê-las na formosura nova em que tudo o que somos se renova; entretanto, muito mais do que tudo isto, agora o que mais sinto, pela necessidade ou pelo instinto, é o desafio da Vida Espiritual a que me alteie e me refaça.

Acima de tudo isto — volto a dizer quero notar-me em Cristo, a fim de ser o filho agradecido que lhes deve o dom de ser sem parecer o coração que os ama, incendido na chama do amor em luz sem fim…

Agora para mim, só o amor é essencial e esse amor encontrei nos pais que Deus me deu para que eu descubra mais amor nos mais altos caminhos…

Agradeço aos amigos que vieram à nossa festa de saudade e alegria. José Roberto, o amigo e irmão, com muitos outros, saúda os pais amados a quem nós três somos reconhecidos.

Queria transmitir tudo o que tento expor numa tela de amor em que o rosa fosse a tônica do sonho… mas não tenho tinta alguma, nem qualquer palavra que, por fim, me resuma o coração que trago.

Recebam, pois de minhas mãos vazias a gratidão de todos os meus dias e essa ternura sem fronteiras, sem sombra e sem limites em que me reconheço unicamente a criança que os segue e não alcança. E, por mim Jesus dirá, nas estradas da vida, tudo quanto quero falar e não consigo…

Guardem, assim, esse pouco de mim, no afeto sem tamanho em que sou e serei para os dois, hoje, agora e depois, meus tesouros de amor, o filho sonhador e o companheiro de todos os instantes ante os queridos pais — o menino feliz que os ama sempre mais.


Shabi

19 de fevereiro de 1982.


(Este poema de amor, psicografado na data do natalício de Shabi, responde, uma a uma, a indagações formuladas pela genitora — sem que o médium o soubesse — momentos antes de sua recepção.)



9 de março de 1974, data em que o jovem comunicante foi transferido para a Vida Maior.


Benfeitor Espiritual da família.


As palavras de Shabi confirmam o que os jovens desencarnados sempre reiteram, nos textos psicografados: permanecem muito próximos de seus pais e familiares, vivendo e sentindo os mesmos problemas, as mesmas alegrias. A separação da morte é apenas física; os Espíritos, frequentemente, continuam ligados conosco e sua aproximação é tanto maior quanto menor for o desespero dos que permanecem aqui na Terra, porquanto, o sofrimento que os familiares evidenciam lhes é diretamente transmitido pelas forças vivas do pensamento.


José Henrique Pereira e Dosolina Sponton Pereira, avós maternos, desencarnados, respectivamente em 1970 e 1974.


Carlos Alberto Fernandes, jovem que, na época, se encontrava internado na Casa de Saúde Santa Rita, em São Paulo-SP.


Cidade onde o corpo do jovem foi recolhido, após o acidente. Ver: .


Resposta de Shabi aos rogos maternos. D. Maura se queixava em pensamento ao filho que há algum tempo não recebia qualquer palavra sua, através do Chico. Sempre perto dos pais, apesar da ausência física, o nosso Beto “pescou” o lamento materno e respondeu: “A falta de escrita não é falta de saudade”.

Nasser já é nosso conhecido; Sidney Fava faleceu em 1976, atropelado, em São Paulo, aos 16 anos.


Célio Onida de Araújo, economista falecido aos 33 anos de idade, vítima de ataque cardíaco, em 1977, no Rio de Janeiro.


Déa Dias Schmulevitch, amiga da família, que perdera em 1973 um filho com 22 anos. Na época, ainda entre nós, Shabi a reconfortou muito, continuando a faze-lo, também do Plano Espiritual. — Vovó Cecília, avó paterna, Cecília Bonás Cassiano, sempre enferma, daí os cuidados do neto Shabi.


Dias antes, 19 de fevereiro, os pais comemoravam, em prece, o aniversário do filho que, em Espírito, estava presente.


Eurico Tadeu desencarnou em Manaus-AM, em acidente de automóvel, no ano de 1975.


José Pereira Cassiano e Cecília Bonás Cassiano, avós paternos.


Em comemoração ao Dia das Mães e em reverência à memória do filho, os pais de Shabi visitaram em Uberaba algumas Instituições Beneficentes, ofertando-lhes socorro material, a par do calor humano que lhes caracteriza a presença.


Amiga da família.


D. Olga Duprat se encontrava em grande sofrimento, com o filho e o marido enfermos. Ambos faleceram algum tempo depois.


Shabi fala do aniversário da mãezinha, justamente comemorado na data da psicografia da mensagem.


Shabi se refere às dificuldades da família Nasser, comentando as inquietações do jovem Nasser que do Plano Espiritual se via naturalmente incomodado com acidente recém-ocorrido, em que o pai, Sr. Miguel, e o primo Gugu deixaram a vida física. Bebel é irmã do Nasser e D. Angelma, sogra do Sr. Miguel.


José Roberto Pereira da Silva, co-autor desse livro.


Sr. Miguel Nasser desencarnado em companhia do sobrinho poucos meses antes. Ver mensagem anterior.


Evaristo Pereira Cassiano, bisavô paterno, falecido em 1942.


Preocupação do filho com o estado de saúde do pai. O Sr. Cassiano experimentara piora sensível, felizmente transitória, daí Shabi dizer: “A tempestade passou.”


sl 23:1
Registros Imortais

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 26
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Caio Ramacciotti

26ª reunião | 25 de abril de 1957


: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Francisco Teixeira de Carvalho, , Edmundo Fontenele, Elba de Castro, Aderbal Nogueira Lima, Zínia Orsine Pereira, Geraldo Benício Rocha, Laura Nogueira Lima, Áurea Gonçalves, Waldemar Silva e Alcides de Castro.


Chamada a dirigir a todos quantos se encontram nesse campo de vibrações antagônicas e de sofrimentos, na saudade cruciante do lar distante, na dor pungente a dilacerar a alma, a saudade, enfim, daqueles que constituíram na Terra a razão mesma de viver, nós vimos neste momento buscar no Evangelho, nos livros sagrados, as expressões capazes de fortalecer vosso ânimo, de modificar a vossa mente e iluminar os vossos caminhos, curando as chagas dos vossos corações para que, numa jornada mais ou menos próxima, possais formar o vosso lar com aquelas estrias luminosas de fé, de esperança e de consolação.

O Senhor, por um de seus enviados, conhecidos como profetas, disse: “Se Deus estiver conosco, quem contra nós poderá estar?” (Rm 8:31)

Não sei como constituístes os vossos lares, sei apenas que fostes mulheres. Como se fôsseis apenas flores, destes perfume, mas de um perfume que se exalava, espargia do externo, sem que do íntimo d’alma, dos recessos da feminilidade, que é ser mãe educadora, exemplo de ternura e de amor, de paciência e de fé, existisse realmente o frasco divino, onde a essência do amor pudesse purificar o ambiente para o qual fostes chamadas a moldar, construir, formar caracteres delicados, sensíveis, amoráveis, obedientes, dóceis aos ensinos do Senhor e que se guiassem pelos vossos próprios ensinos. Nada disso foi feito, infelizmente, e assim é na generalidade de quase todos os lares na Terra em que vivemos, em que vivestes, em que viveremos ainda!

O culto externo preocupa-nos. A formação de um altar doméstico, de um altar no íntimo d’alma, onde os nossos filhos vêm oscular no exemplo construtivo de uma personalidade cheia de pensamentos elevados, positivos ao ponto de auxiliá-los nas lutas da vida, não é tido em mente e nem entra na meta quando nos entregamos aos nossos devaneios femininos. Vem a morte, traga-nos a vida física. Somos surpreendidas na imensidão do mundo, que continua a nos exigir os patrimônios que o Senhor nos legou. Então, aquela expressão do Senhor — “Eu vim para que pudésseis ter vida abundante” (Jo 10:10) — surge em nossa mente como que numa rememoração do compromisso assumido e o desespero então apodera-se da nossa alma conturbada, desesperada, e lembramo-nos de que seguimos apenas a vaidade e de que as expressões que nos embalaram os melhores propósitos foram traídos ao reencarnarmos.

“Eu vim para que tivésseis vida abundante…” — a palavra do Senhor, porém, não foi o lema da nossa existência, porque não tivemos a vida abundante de fé nem de bons exemplos, nem de confiança, nem de arrependimento dos nossos erros pretéritos.

Tivemo-la, sim, cheia de vaidade, cheia de preocupações sociais, de projeções na vida da sociedade, que é efêmera, como é efêmero o perfume das flores com que nos adornamos. Eis, pois, a desilusão que vos congrega agora, as lágrimas que rolam das vossas faces, como que caldeando uma nova mentalidade, como que espargindo em vossos Espíritos a dor da culpabilidade de terdes sido mulheres e não mães, mulheres e não esposas, mulheres e não educadoras, dentro dos princípios divinos, pelos quais deveríamos aceitar a dignidade de um corpo feminino.

Agora, pois, resta-nos uma consolação.

“O Senhor é nosso pastor e nada nos faltará”, (Sl 23:1) disse-nos ainda outro grande profeta. Voltemos para ele os nossos olhos e as nossas esperanças, que as nossas dores sejam balsamizadas pela consoladora certeza de que o pastor não permite que o seu rebanho tenha fome, tenha sede, fique exposto aos raios candentes do sol, não permite que o lobo faminto dizime o seu rebanho.

Voltemos confiantes para o Senhor, que é o nosso pastor. Busquemos a sua experiência para que nos conduza a campos verdejantes e a fonte de águas vivas vos dessedente. Essas expressões traduzem o desejo de acordar na vossa alma, com o símbolo de que o Senhor é o nosso pastor, a certeza de que Jesus é o pastor supremo e divino que vos conduzirá a novo lar, a nova experiência, onde o vosso seio seja rasgado e o divino leite materno crie com amor, dentro dos princípios salutares e sacrossantos da evangelização, novas mentalidades, aquelas mesmas que foram causa dos vossos desvios. E que a concepção da vida futilíssima, da vida adornada de perfumes e de flores, mas vazia de sentimentos, não mais seja a vossa preocupação. Só assim, só nessa expectativa, só nessa confiança perante o Senhor, no desejo mesmo da reforma do vosso Espírito, podereis aliviar as vossas dores. A nossa prece — a prece dos irmãos que formam esta corrente divina, que vos trazem até aqui como se fôsseis apanhados por uma poderosa rede eletrônica —, é tão suave e tão sutil que apenas representará perfume indelével no vosso Espírito, um bálsamo salutar nas vossas almas doloridas.

Não tem ela, no entanto, o poder de modificar o vosso estado atual, porque de nós depende a nossa própria felicidade. Do vosso coração depende a vossa tranquilidade no futuro. Da vossa mente depende a escada luminosa pela qual devemos subir e iluminar com os nossos próprios exemplos, com os nossos próprios atos, a formação do novo lar, que é sempre o cadinho a formar, burilar as nossas almas e as daqueles em que em nosso seio e em nossa vida devam erigir nova vida, elevando os seus melhores pensamentos a Jesus, nosso Senhor, e à sua divina, à nossa divina Imaculada Mãe e misericordiosa Senhora.

Quanto, pois, podia, neste momento, transmitir aos vossos corações de mães aflitas, desajustadas e desconsoladas o fiz na certeza de que a Senhora soberana muito mais poderá fazer se, com fé, disserdes como todos nós agora: “Ó Maria, mãe de infinito amor e misericórdia, por nós rogai agora e em todos os momentos de nossas angústias!” Que assim seja.




Comunicação recebida pelo médium Geraldo Benício Rocha, do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


sl 23:1
Sementes de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Caio Ramacciotti

   A fortuna que incentiva

  O crescimento do bem,

  É mensagem de fé viva

  Que não despreza ninguém

Casimiro Cunha

   O dinheiro vem de Deus,

  No homem cresce a ambição

  Que olvida os deveres seus

  Caindo na obsessão.

Pedro Silva

   Muita gente quer serviço

  Afirmando estar com pressa,

  Mas se surge o compromisso

  No próprio tempo tropeça…

Cornélio Pires

   Não te esqueças vida afora

  De cooperar com Jesus,

  Auxiliando a quem chora

  A levar a própria cruz.

Clóvis Amorim

   A doença de Cabral,

  Esposo de Dona Ciça,

  Se resumia no mal

  Conhecido por preguiça.

Lulu Parola

   Ciúme, inveja e paixão,

  Inquilinos seculares

  Que moram no coração

  E arrasam com tantos lares…

Boris Freire

   Quem deseja ao bem servir

  Não carece de dinheiro,

  Basta que saiba sorrir

  E ser leal companheiro.

Eurícledes Formiga

   Se desejas superar

  Todas as mágoas e dores,

  É preciso semear

  Bondade por onde fores.

Emílio de Menezes

   Não te queixes, alma boa,

  De disciplina e trabalho,

  Aço não se aperfeiçoa

  Longe da forja e do malho.

Belmiro Braga

   A fortuna amoedada

  Que se recebe de herança,

  Se não for bem aplicada

  É um brinquedo de criança…

Juvenal Galeno

   Popular filosofia

  Registro aqui nesta trova:

  Quem sabe ter alegria

  É vida que se renova.

Catulo da Paixão

   Verdade em que me aprofundo:

  A Lei de Deus nos escolta,

  O que fizermos no mundo

  Receberemos de volta.

Raul Pederneiras

   Para agir na caridade

  Atende à justa ciência:

  Gramas de boa vontade

  E quilos de paciência.

Dalmo Florence

   “O Senhor é o meu Pastor

  E nada me faltará…” (Sl 23:1)

  Quem vive no seu Amor

  De que mais precisará?

José da Luz

   Luta? Incompreensão? Espinho?

  Sarcasmos? Críticas e esmo?

  Por nos mostrar o caminho

  Jesus padeceu o mesmo.

Jaks Aboab


(Psicografia de Carlos A. Baccelli)


sl 23:1
Vozes da Outra Margem

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Caio Ramacciotti

Após um acidente de automóvel, Marco Antônio da Silva foi hospitalizado numa Clínica Cirúrgica do Rio de Janeiro, onde se submeteu a delicada cirurgia de crânio, mas não evoluiu bem, vindo a falecer cinco dias depois, aos 11 de abril de 1984, de parada cardíaca.

A sua desencarnação deixou esposa, pais e demais familiares inconsoláveis. Porém, transcorridos nove meses, seu pai, Sr. José Maria Campos da Silva, estimulado pela filha Áurea, que na época era a única simpatizante do Espiritismo na família, dirigiu-se a Uberaba, e nessa primeira viagem reencontrou-se com o filho querido, pela psicografia de Chico Xavier, ao participar de uma reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 25 de janeiro de 1985.

Com carinhosa e elucidativa carta, Marco conseguiu levantar o ânimo de toda a família, revelando-se unido a todos, espiritualmente, na luz da fé em Deus. Em poucos meses, ele já havia superado as grandes e habituais dificuldades iniciais de adaptação, mostrando-se muito conformado e confiante.

E em cartas subsequentes, datadas de 16 de maio e 31 de agosto de 1985, como veremos adiante, sentindo-se mais à vontade com o correio mediúnico, ele adentra com muita naturalidade em questões pessoais e familiares, integrando-se mais e mais com seus entes queridos, em proveitosos e fraternais diálogos íntimos.



Meu querido pai José Maria, lembrando-me da mãezinha Eunice,  peço-lhes para que me abençoem.

Papai, venho até aqui com o meu avô Camilo  e com a vovó Maria Campos,  para dizer-lhes que tudo segue comigo na luz da fé em Deus.

Maria Creuza e a nossa Camilinha estão em meu pensamento e lastimo a parada cardíaca que me liberou da experiência física, porque tanto desejava prosseguir com a família; no entanto, meu avô Camilo me faz refletir nas Leis Divinas que escolhem o melhor para nós e não tenho razão para me queixar.

Não sabia que a Bondade Celeste me reservaria afeições tão queridas deste outro lado da existência, mas vejo que em Capelinha  tesouros de amor nos estão endereçados, com os meus avós e parentes queridos. Isso não me faz esquecer os meus deveres de filho, esposo e pai; no entanto, sinto-me mais corajoso para enfrentar os dias que hão de vir.

Peço-lhe, meu pai, reconfortar a nossa estimada Creuza e proteger a nossa pequenina,  tanto quanto isto se lhe faça possível. Sei que o senhor não se descuidará desse amparo que vem a ser amparo a mim próprio e agradeço-lhe, pedindo a Jesus o recompense.

Meu intuito é apenas o de tranquilizá-los e rogo a Maria Creuza fé em Deus e confiança na vida, na certeza de que Deus nunca falha. Com a esperança em dias melhores, o ambiente que ainda persiste, com a nossa separação temporária, se fará mais claro e promissor.

Pai querido, com o meu beijo à filhinha e todo o meu amor à esposa querida, envio lembranças ao Carlos Henrique  e, reunindo a sua bondade com a bondade da mãezinha Eunice, beija-lhes, reconhecidamente, as mãos, o filho agradecido, muito agradecido de sempre, 


Marco Antônio da Silva. 

NOTAS E IDENTIFICAÇÕES


1 — pai José Maria e mãezinha Eunice — Seus pais, José Maria Campos da Silva e Eunice Salerno da Silva, residentes na Av. Suburbana, 1496, Bloco 3, Entrada B, Apart. 304, Bairro Benfica, Rio de Janeiro, RJ.

2 — avô Camilo — Camilo Antônio da Silva, avô paterno, desencarnado em 03/4/1978.

3 — vovó Maria Campos — Maria Campos, avó paterna, desencarnada em 27/5/1926.

4 — Capelinha — Cidade mineira, berço natal da família paterna.

5 — Creuza e nossa pequenina — Maria Creuza de Andrade da Silva, esposa, e Camila Andrade Silva, com um ano e três meses de idade na época da desencarnação de seu pai.

6 — Carlos Henrique — Carlos Henrique da Silva, irmão.

7 — Marco Antônio da Silva — Nasceu em 13/4/1955. Era subgerente de grande laboratório farmacêutico. Contou-nos seu progenitor que Marco, embora católico, gostava de ler livros espiritualistas, inclusive espíritas. Esses livros foram encontrados em sua biblioteca, atrás de outras obras, pois o filho os escondia para não contrariar seu pai, que condenava tal leitura. “— Pela minha formação religiosa eu não os aceitava” — afirmou-nos Sr. José Maria, nas dependências do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba. “— Só mudei de opinião com o recebimento das cartas mediúnicas. Eu vim pela dor.”

8 — Para melhor entender o tema central dá Segunda Carta, é útil esclarecer que o irmão Carlos Henrique, Carlinhos na intimidade, achou que Marcos havia se esquecido de seus irmãos, não os mencionando na Primeira Carta, pois interpretou a frase: lembranças ao Carlos Henrique como um recado dirigido a um amigo, gerente de Banco.



Meu querido pai José Maria e querida mãezinha Eunice, estas minhas páginas não possuem qualquer reclamação.

Desejo apenas esclarecer ao meu querido irmão Carlinhos que não me tornei desmemoriado diante da morte. As mudanças são muitas nesta vida diferente a que as circunstâncias me trouxeram, mas não me esqueci dos familiares queridos.

O Carlos Henrique, que mencionei em meu comunicado, é ele mesmo. Carlinhos é sempre Carlinhos e não devemos esquecer isso. Escrevendo para a família numa sala repleta de gente simpática, mas efetivamente desconhecida, coloquei, em meu noticiário de afetivos, gestos que me tomaram um tanto cerimonioso, sem necessidade. Agora mais integrado neste grupo fraterno, posso chamá-lo pelo nome familiar de meu irmão Carlinhos, embora sem desprezar o nosso amigo Carlos, do Banco.

Informo ainda ao estimado mano que temos quatro irmãs que nomearei na pauta da nossa intimidade. A gorda,  por trazer algum peso a mais; a amarela,  porque traz consigo traços das flores amareladas; e a Áurea e Janete  que recusaram os nossos apelidos.

Certidão de Identidade, o Carlinhos poderá consultar em nossa casa mesmo; e não preciso agora esclarecer que estou vacinado, porque o corpo não me permite atualmente. E como deixei aí a nossa querida Maria Creuza e a nossa Camilinha, esposa e filha sempre queridas, não preciso reportar-me à maioridade.

Isso não vale por repreensão, mesmo de leve, porque somos irmãos de alma e coração, sem qualquer nuvem prevendo rixas.

Acontece que, em me comunicando aqui pela primeira vez, era eu recruta inexperiente, desejando demonstrar algum traço de educação e de inteligência.

Agora, espero que ficaremos novamente em paz um com o outro, muito embora as nossas vidas em Planos diferentes. Desejo ao Carlinhos muito progresso nas tarefas que abraçar e conto com ele para que a nossa Camilinha possa crescer tão bem como sempre desejávamos.

Querido papai José Maria e querida mãezinha Eunice, com a minha querida esposa, recebam o abraço muito saudoso do filho que lhes pertence em nome de Deus,


Marco Antônio da Silva.

IDENTIFICAÇÕES


9 — A gorda — Sua irmã, Maria das Graças.

10 — a amarela — Sua irmã Sandra.

11 — Áurea e Janete — Irmãs.



Meu querido pai José Maria e querida mãezinha Eunice, muito grato pelo carinhoso cuidado com que me vestiram as ideias e as palavras  para conhecimento dos irmãos de trabalho e de ideal. O Sl 23:1 foi sempre o meu recanto predileto nas letras bíblicas, e a inclusão dessa peça em minhas pobres notícias foram para mim motivo de muita alegria e bom ânimo para trabalhar.

Prossigo para a frente, não mais fixando a memória naquelas horas de expectativa que me antecederam a desencarnação. Aquele piso de corredor que me fizera uma antecâmara de amargar, mas, por fim, a cirurgia que me antecipou o passaporte para a grande viagem foi um barato de vinte e cinco mil mangos,  que poderiam ter sido aproveitados na educação de nossa Camilinha, quando o cheque e o tempo adequado fariam a realização dos meus sonhos de ver a filha querida com amplo domínio nas matérias que lhe farão a cultura da inteligência.

Entretanto, o que foi não mais será e aqui estou para reafirmar os meus votos de felicidade à Maria Creuza, a esposa dedicada, e à filhinha, que se desenvolve com os encantos da flor humana que eu tanto desejava acompanhar. Apesar disso, procuro segui-la e auxiliar-lhe os passos iniciantes na vida, tanto quanto mantendo o otimismo e a esperança na companheira querida.

Não vou escrever muito, porque a turma está sem tempo de fazer um tempo igual ao de ontem à noite, quando me retirei do fim da fila,  e todas as caudas de filas são pontos de incerteza em que o “sim” e o “não” se misturam a cada hora que se escoa.

Desejava trocar as nossas saudades e isso creio que esta carta nos fará o obséquio de realizar. Saudades aliviadas, voltam a crescer e doer no dia seguinte a cada reencontro entre os que se amam e por isso, esperemos o amanhã para vermos como isso é uma verdade patente.

A gente fala e ouve, e depois quer ouvir mais e falar amplamente. Por isso fico por aqui, com o meu carinho à nossa querida Maria Creuza e à nossa Camilinha, e lembranças ao Carlinhos, meu irmão, e um abraço para a Gorda e para a nossa estimada Amarela, junto de Áurea e Janete.

Aqui me perguntaram porque apelidei a Maria das Graças com o nome de Gorda e apelei para o humor, afirmando que todas as pessoas pertencentes às graças da vida não podem ser magricelas; e se nomeio a Sandra com o apelido de Amarela, é porque a querida irmã traz no peito um coração de ouro amarelo, qual derivado da luz solar. Creio que me saí bem, porque as irmãs queridas são todas notáveis pelo carinho e pela bondade de sempre.

Meu querido pai José Maria, não considere esta carta um noticiário estreito, porque senão cansaremos em demasia os amigos que nos acolhem e receba, com a mãezinha Eunice, o amor imenso, com as imensas saudades do filho que pede a Jesus os conserve sempre mais unidos e mais felizes, sempre o filho e companheiro muito grato,


Marco Antônio da Silva.

NOTAS


12 — carinhoso cuidado com que me vestiram as ideias e as palavras — Refere-se à impressão gráfica das suas duas primeiras cartas mediúnicas. No preâmbulo da Segunda foi colocado o Salmo 23 de David, (Sl 23:1) por sugestão da esposa, página que ele sempre lia à noite.

13 — vinte e cinco mil mangos — Marco sempre usava a gíria mango para se referir a dinheiro. Na época, a Clínica cobrou 25 milhões de cruzeiros (vinte e cinco mil cruzados) pela cirurgia realizada.

14 — ontem à noite, quando me retirei do fim da fila — Naquela época, havia reunião pública às sextas-feiras no GEP, quando ele não conseguiu redigir sua carta.


Hércio Arantes


Francisco Cândido Xavier

sl 23:1
Lar-oficina, esperança e trabalho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos
Francisco Cândido Xavier

— O que aconteceu ao Giuseppe Mateus, Dona Zilma?

Esta foi a nossa pergunta.

“Acidentou-se na Rodovia Castelo Branco sobre a Ponte de Barueri.”

Giuseppe viajara com sua noiva Alice Wiltzman para Porto Feliz, ao encontro de alguns familiares que lá estavam na chácara de propriedade de Alice. Isto em 21.12.1984.

Projetaram voltar três dias após, mais precisamente no dia 24, para estarem com a família na ceia natalina.

Assim o fizeram, porém na volta para São Paulo, resolveram parar na cidade de Porto Feliz e alteraram o seu roteiro. Giuseppe telefonou aos pais para os votos natalinos, dizendo que voltaria no dia 25 para almoçar e comemorar o Natal, o aniversário de seu pai e a cerimônia das Bodas de Prata que os mesmos completavam nesse dia.

A festa seria completa. A alegria estaria presente fazendo o seu ninho no lar dos Manganos.

Retornaram para a chácara e ali pernoitaram.

A manhã chegou e prepararam-se para a volta.

A viagem transcorria para Giuseppe com aparência normal, mas, o seu pensamento era invadido pela preocupação. A saudade de casa crescia em seu coração, não entendia o porquê, se estava a caminho do lar.

Guardava a intuição de que sua existência seria alterada, conforme o seu comentário na mensagem recebida.

Tudo estava tranquilo. Sem imprimir grande velocidade ao veículo, aproximavam-se do local que seria para Giuseppe e para Alice, o retorno à Pátria Espiritual.

Ao alcançarem a Ponte de Barueri, sobre esta são abalroados por enorme carreta que os lança para baixo.

O socorro foi imediato. As almas da fraternidade cristã logo apareceram para levá-los ao Pronto Socorro de Barueri, mais próximo do acidente. E nesta casa hospitalar, o casal que projetava uma vida de encantos e felicidades para os próximos dias, estavam à beira do casamento, era socorrido. Enquanto isso acontecia, seus pais, preparando-se para as homenagens do dia, de nada sabiam.

As alegrias estavam prestes a ceder lugar à dor.

O telefone toca e do outro lado da linha, a voz de um representante da Guarda Rodoviária informava-lhes sobre o acidente. Giuseppe e Alice desencarnaram.

Por concurso prestado, Giuseppe aguardava a data de 2 de janeiro de 1985 para iniciar seu trabalho no Jornal “O Estado de São Paulo”.

Trabalhou no Jornal “Shopping News”.

Cursara o 3.° ano de engenharia na Faculdades FESP e era primeiranista na Faculdade de Comunicações Anhembi.

Filho dedicado e carinhoso, conforme D. Zilma, Giuseppe desprendia-se com muita facilidade das coisas materiais, vivendo cada dia de sua vida, o mais intensamente possível.

Com o hábito de ir à Igreja constantemente, D. Zilma em suas orações, cumpria as obrigações cristãs. Hoje, confessa que essas orações têm sentido muito mais profundo. Os conhecimentos adquiridos na Doutrina Espírita e o culto do Evangelho no Lar, que realiza semanalmente, criam forças para o trabalho aos mais necessitados soerguendo o seu ânimo e dos familiares.

Em poucas palavras nos disse:

“Procuro elevar-me espiritualmente para contribuir com os meus filhos que partiram, sim, porque Alice é para mim também uma filha. Que juntos possam receber as vibrações do meu coração. Ao mesmo tempo procuro preparar-me com mais compreensão para ajudar minha família e perdoar os que foram o caminho para a nossa dor.

Isto eu não poderia entender se não fosse através de uma amiga de Alice, de nome Deusalinda Feliu Cataly, que nos orientou e apresentou-nos à D. Yolanda e da mensagem recebida, de onde pude extrair os ensinamentos com os quais a misericórdia de Jesus me agraciou.

A presença de Chico em minha vida é como se eu estivesse vivendo na época de Jesus e fosse apresentada a um de seus apóstolos.

O apóstolo do consolo para os angustiados que, como nós, passaram por esta prova.”


ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS DE PESSOAS OU FATOS CONSTANTES NA MENSAGEM ESPIRITUAL


GIUSEPPE MATEUS MANGANO: Nascimento: 03 de maio de 1961 — Desencarnação: 25 de dezembro de 1984 — Idade: 23 anos.

PAIS: Giuseppe Cano Mangano e Zilma de Luna Mangano — Rua Bicudo de Brito, 860, São Paulo, SP.

IRMÃO: Marcelo Cano Mangano.

GIUSEPPE AMATTO: Amigo e vizinho de trinta anos. Acompanhou o crescimento de Giuseppe Mateus Mangano e foi quem o recebeu no Plano Espiritual, dando-lhe os primeiros esclarecimentos.

NOIVA: Alice Wiltsman, nascida em 06 de abril de 1966, desencarnou juntamente com Giuseppe.


.: Antecipamos os nomes de pessoas ou fatos, para melhor identificação na leitura da mensagem espiritual.



Querida mãezinha Zilma e querido papai Giuseppe, estamos unidos na mesma bênção da fé em Deus, e, por isso, sabemos que a vida prossegue…

A oração pela felicidade dos país queridos e do nosso Marcelo tem sido constante em minha vida nova.

Mãe, não chore com mágoa. A lágrima é nossa herança e creio que todas as criaturas humanas conhecem, esse batismo de pranto que nos eleva o coração para Deus.

Perdoem-nos, os pais queridos, se não conseguimos festejar-lhes as Bodas de Prata no Natal passado.

Saímos de Porto Feliz na convicção que amanheceríamos em São Paulo para ser os primeiros a abraçá-los. Os Desígnios de Deus porém, foram outros.

Não sei explicar com clareza o que me ocorria. Guardava a ideia de que a minha existência seria alterada. Fitava os olhos de nossa querida Alice, procurando neles a luz do futuro, mas não via neles senão o amor imenso que nos ligava um ao outro. Um amor que me falava de beleza fora do tempo terrestre, uma união que ultrapassava os limites da própria morte, se ela nos surpreendesse.

Tão perto me achava da libertação do mundo físico, no entanto, o instinto da vida falava mais alto.

Era preciso crer no Porvir, esquematizar os acontecimentos que dignificam o lar e lutava contra a intromissão do desencanto em meus dias.

Mãezinha, tudo devia ser tal qual nos vimos, arrebatados para um mundo diferente em que não esperávamos viver.

Mesmo naquela véspera do Natal, amanheci com o sinal amarelo no pensamento, como se alguém me determinasse esperar. Por que, não saberia dizer.

Sonhava com a passagem da condição humana para a condição espiritual.

E enquanto mentalizava as tarefas do casamento que intimamente aguardava para breve, percebia que o desalento era uma espécie de posseiro inflexível, senhoreando o meu destino.

Muitas vezes, busquei a presença da querida Lika a fim de que ela me acendesse no íntimo a lâmpada do entusiasmo que esmorecia, mas ainda com o sorriso de minha escolhida para a esperança, a sombra por dentro de mim ganhava espaço e me empenhava com todas as forças para acompanhá-la em seus pensamentos altos de confiança em nosso triunfo.

Ela própria, a nossa Lika, me insuflou a ideia de voltarmos para que, em casa, a nossa felicidade fosse completa.

Começamos o regresso, no entanto, parecia-me sentir a saudade antecipada de nossa casa e de nossa alegria. A querida companheira me fazia ver uma flor desconhecida, uma nesga de Céu azul, qual se me requisitasse daquela esquisita introversão, mas debalde…

Inesperadamente para ela, registrei aquele anseio irresistível de buscar o reconforto do telefone para ouvir a sua voz, apresentar-lhe, extensivamente a meu pai, os meus votos de Feliz Natal e de um aniversário da felicidade, que surgisse iluminado pelas bênçãos de Deus.

Lika não me contrariava desejo algum. Aprovou-me sorridente a decisão de telefonar do caminho e repeti-lhe as palavras de amor e bênção que recebera de seus lábios de mãe.

A viagem continuou sem episódios dignos de menção, entretanto, a saudade de nossa alegria estava comigo qual se estivesse incrustrada em meus pensamentos.

Não compreendia os sentimentos complexos que me abafavam. Por que saudade do lar, quando seguíamos para ele?

Por que aquela quarta-feira de cinzas em pleno Natal a chamar-me para as mais belas realidades da vida?

A cidade aproximava-se de nós ou nós nos abeirávamos dela. Barueri parecia retratar-se por dentro de mim, quando entramos na ponte sem qualquer exagero de velocidade.

Estávamos sóbrios, calados. Quem poderá saber o que aparecerá no minuto próximo?

Um toque de carreta pesada e despencamos para baixo.

Oh! querida mãezinha, quem descreverá o indescritível? Lika e eu nos abraçamos ou tentamos abraçar-nos, não sei bem. As ideias se me baralharam na cabeça.

Onde estava Alice que eu devia proteger? Quem me poderia responder as perguntas e atender-me as rogativas, naqueles instantes dolorosos demais para serem descritos?

A ideia de Deus relampagueou-me no cérebro. Deus que me dera a vida poderia retomá-la quando quisesse. Esse gesto interior da paciência me pacificou a alma e orei com um calor de fé para mim até então desconhecido…

Vi-me fora do corpo habitual, qual se eu fosse uma ervilha humana repentinamente expulsa do revestimento natural…

Fitava o meu corpo e me sentia num corpo igual àquele que os instantes daquela estranha experiência já me haviam separado. Minhas percepções, entretanto, estavam modificadas. Tentei assegurar-me do local onde fora esbarrar, mas em vão tentei alinhavar impressões que não chegava a reunir.

Ouvi vozes. Alguém que soube por Lika, mais tarde, ser um amigo que ela nomeou por tio Wiltzman repetia as palavras do Sl 23:1, com a fidelidade de quem estivesse com a Bíblia nas mãos: “O Senhor é meu Pastor e nada me faltará. Deitar-me-á em verdes pastagens…”

A bela invocação continuou e asserenei-me. Incapaz de definir o que se passava, lobriguei a presença de alguém que me abraçava. Quem era?

Fosse quem fosse, agradecia o calor daqueles braços que me enlaçavam carinhosamente. Meu nome familiar foi pronunciado e procurei identificar o desconhecido.

Centralizei todas as minhas energias e, embora imperfeitamente, qual se meus olhos não pudessem responder às exigências da visão, notei que me achava à frente daquele inesquecível amigo que muitas vezes chamei por tio Giuseppe Amatto.

A força da amizade e da gratidão era vigorosa demais para que me mantivesse afastado e caí-lhe conscientemente nos braços, a me agarrar ao seu peito forte, qual a criança quando se prende ao colo da mãe…

Um choro convulsivo em que se misturavam alegria e sofrimento, amargura e esperança me assinalou todas as faculdades do espírito, enquanto ele me pedia repousar e dormir.

Ignoro os mecanismos postos por ele em ação, em meu favor, porque suave anestesia me percorreu todo o corpo e entrei num sono ou desmaio, do qual somente despertei dias depois. Emprego semelhante expressão “dias depois”, porquanto eu desconhecia, como ainda desconheço a duração do tempo em que me vi alienado, fora de minha própria realidade espiritual.

Não consegui retomar a palavra de improviso.

Ouvia com segurança, entretanto, falar demandava um exercício para o qual devia entregar-me com atenção.

Penso que a minha alegria ao recobrar os recursos da expressão verbal, deve ser a felicidade dos mudos quando retomam os processos da fala. A breve tempo, a minha bisavó, tão jovem qual se estivesse vindo das fontes da juventude, veio ter conosco, tutelando-me qual se fosse você mesma, mamãe querida.

Indaguei do que sucedera à nossa Lika e vim a saber por nosso amigo Giuseppe que ela estava sob o amparo da família; refazendo forças…

Mãezinha Zi, o seu coração pode avaliar tudo o que seu filho sentiu naquelas horas de contato com a verdade.

Lembrei-me, porém, de sua fé viva em Deus e da serenidade de meu pai e reconquistei-me para a razão e para o equilíbrio que se me faziam necessários.

O amigo Giuseppe conduziu-me ao nosso ambiente doméstico, no qual minhas lágrimas se confundiram com as suas, diante de nossos retratos e pude reaver os meus primeiros contatos com a noiva do coração e companheira inesquecível.

Conto-lhe tudo isso, pedindo-lhe aceitação dos Desígnios de Deus.

Mãezinha, não há tempestade que se eternize. Os dias são passados, venho pedir-lhe, tanto quanto a meu pai, para que não se suponham sozinhos ou desamparados.

Choremos porque a saudade em nós exige a desibinição das lágrimas, no entanto, choremos admitindo a Sabedoria do Senhor que sabe melhor do que nós todos o rigor dos caminhos terrestres.

Estou bem, minha querida mãezinha. Não há motivo para amargura. Voltemos aos nossos dias de fé renovadora. O reencontro virá, mas espero em Deus esteja longe, porque a sua vida é preciosa na Obra de Deus.

Não permita que o desalento amplie em nós a sua área de influência negativa. A vida é bela, com as dores com que nos possa envolver. Quem enxuga o pranto alheio não mais encontra ocasião para chorar.

Lembremos os outros Giuseppes que estão caídos em extrema penúria. Auxiliá-los será auxiliar-nos.

Mãe, tudo agora me parece novo, conquanto a presença da nossa separação, porque a separação é uma presença dolorosa em nosso próprio ser.

Unamo-nos aos que trabalham para melhorar a vida dos que tombaram em provações maiores do que as nossas e recapitulemos a certeza de todas as bênçãos que temos recebido.

Lika está melhorando e seu filho está na melhor forma que se faz possível para ser-lhes útil.

Espero que minhas notícias lhe tragam consolo e paz. E creia, seu coração querido e eu nos reencontraremos, um dia, nas estradas do tempo, mas pelo trabalho aos semelhantes podemos sentir-nos unidos desde agora.

Muito amor ao Marcelo e reunindo-a com meu pai no abraço de sempre, rogo-lhe me abrace também, em seu pensamento, para que o frio da saudade não me retome, porque hoje e sempre, sou e serei o seu filho e companheiro de alma e coração.

Sempre o seu filho reconhecido


Giuseppe Mateus Mangano

Rubens A. Germinhasi


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

sl 23:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 53
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

55 [Ele], porém, estando cheio do Espírito Santo, fitando o Céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus. 56 E disse: eis que contemplo os Céus abertos e o filho do homem, em pé, à direita de Deus. 57 Gritando com grande voz, apertaram os seus ouvidos e arremeteram-se, unânimes; contra ele. 58 Lançando-o para fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas depuseram as suas vestes junto aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59 E apedrejaram a Estêvão, que invocava dizendo: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. 60 Pondo-se de joelhos, gritou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu. Saulo estava concordando com a eliminação dele. (At 7:55) 1 Naquele dia, houve uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria, exceto os Apóstolos. 2 Varões piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande lamentação por ele. — (At 8:1)


Nesse dia, desde muito cedo, o mais alto Tribunal de Israel apresentava desusado movimento. A execução do pregador do “Caminho” constituía objeto de largos comentários. Sobretudo os fariseus faziam questão de todos os informes. Ninguém queria perder o angustioso espetáculo. A igreja modesta de , entretanto, não ousou aproximar-se para qualquer indagação. Saulo, como perseguidor declarado e usando das prerrogativas da investidura legal, mandara anunciar que nenhum adepto do “Caminho” poderia assistir à execução a efetivar-se num dos grandes pátios do santuário. Longas filas de soldados foram dispostas na grande praça, para dispersar quaisquer grupos de mendigos que se formassem com intuitos desconhecidos e, desde as primeiras horas da manhã, numerosos pedintes de Jerusalém eram corridos das imediações a golpes de chanfalho.

Depois do meio-dia, autoridades e curiosos reuniam-se, ávidos de sensação, no recinto do Sinédrio, em abafado vozerio. Aguardava-se o sentenciado, que chegou, finalmente, cercado de escolta armada, como se fora um malfeitor comum.


Estêvão apresentava-se bastante desfigurado, embora o semblante não traísse a peculiar serenidade. O passo tardio, o cansaço extremo, as equimoses das mãos e dos pés, patenteavam os pesados tormentos físicos que lhe eram infligidos à sombra do calabouço. A barba crescida alterava-lhe o aspecto fisionômico, todavia, os olhos tinham a mesma fulgurância de cristalina bondade.

Em meio da curiosidade geral, Saulo de Tarso o encarou satisfeito. Estêvão pagaria, afinal, as incompreensões e os insultos.

No instante aprazado, o doutor inflexível fez a leitura do libelo. Antes, porém, de pronunciar a sentença última, fiel ao que prometera, mandou que os soldados empurrassem o condenado até à sua tribuna. Enfrentando o pregador do Evangelho, sem qualquer expressão de piedade, interrogou com aspereza:

— Estarias disposto, agora, a jurar contra o carpinteiro Nazareno? Lembra-te que é a última oportunidade de conservares a vida.


Tais palavras, pronunciadas mecanicamente, soaram de modo estranho aos ouvidos do moço de Corinto, que as recebeu, na alma sensível e generosa, como novos dardos de ironia.

— Não insulteis o Salvador! — disse o arauto do Cristo, com desassombro. — Nada no mundo me fará renunciar à sua tutela divina! Morrer por Jesus significa uma glória, quando sabemos que ele se imolou na cruz pela Humanidade inteira!

Mas, uma torrente de impropérios cortava-lhe a palavra.

— Basta! Apedrejemo-lo quanto antes! Morte ao imundo! Abaixo o feiticeiro! Blasfemo!… Caluniador!

A gritaria tomava proporções assustadoras. Alguns fariseus mais irritados, burlando os guardas, aproximaram-se de Estêvão tentando arrastá-lo sem compaixão. Entretanto, ao primeiro puxão na gola rota, um pedaço da túnica rafada ficava-lhes nas mãos. Foi necessário a intervenção da força armada para que o moço de Corinto não fosse estraçalhado, ali mesmo, pela multidão furiosa e delirante. Saulo, em altas vozes, ordenou a intervenção dos soldados. Queria a execução do discípulo do Evangelho, mas, com todo o cerimonial previsto.


Estêvão tinha agora o rosto enrubescido, envergonhado. Seminu, foi auxiliado por um legionário romano a recompor os sobejos da veste em frangalhos, acima dos rins, para não ficar inteiramente nu. Com a mão trêmula, pelos maus tratos recebidos, procurava limpar a saliva que os mais exaltados lhe haviam esputado em pleno rosto. Forte pancada no ombro causava-lhe intensa dor no braço todo. Compreendeu que lhe chegavam os últimos instantes de vida. A humilhação doía-lhe fundo. Mas recordou as descrições de Simão a respeito de Jesus, no derradeiro transe. Em frente de Herodes Ântipas,  o Cristo sofrera dos israelitas idênticas ironias. Fora açoitado, ridicularizado, ferido. Quase nu, suportara todos os agravos sem uma queixa, sem uma expressão menos digna. Ele que amara os infelizes, que trabalhara por fundar uma doutrina de concórdia e de amor para todos os homens, que abençoara os mais desgraçados e os acolhera com carinho, recebera o galardão da cruz em suplícios imensuráveis. E Estêvão pensou: — “Quem sou eu e quem era o Cristo?” Essa íntima interrogação propiciava-lhe certo consolo. O Príncipe da Paz fora arrastado pelas ruas de Jerusalém, sob o escárnio das maiores injúrias, e era o Messias esperado, o Ungido de Deus! Por que, sendo ele homem falível, portador de numerosas fraquezas, haveria de hesitar no momento do testemunho? E, com o pranto a escorrer-lhe no rosto lacerado, escutava a voz cariciosa do Mestre no coração: “Todo aquele que desejar participar do meu reino, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga os meus passos”.(Mt 16:24) Era preciso negar-se para aceitar o sacrifício proveitoso. Ao fim de todos os martírios, deveria encontrar o amor glorioso de Jesus, com a beleza da sua ternura imortal. O pregador humilhado e ferido recordou o passado de trabalhos e esperanças. Parecia-lhe rever a infância saudosa, na qual o zelo materno lhe incutira os fundamentos da fé confortadora; depois, as nobres aspirações da mocidade, a dedicação paterna, o amor da irmãzinha que as circunstâncias do destino lhe haviam arrebatado. Ao pensar em Abigail, experimentou certa angústia no coração. Agora, que deveria enfrentar a morte, desejava revê-la para as últimas recomendações. Relembrou a derradeira noite em que haviam permutado tantas impressões de ternura, tantas promessas fraternais, . Apesar dos movimentos renovadores da fé, de cujos trabalhos compartilhava ativamente em Jerusalém, jamais pudera esquecer o dever de procurá-la fosse onde fosse. Enquanto em derredor se multiplicavam impropérios no turbilhão de gritos e ameaças revoltantes, o sentenciado chorava com as suas recordações. Socorrendo-se das promessas do Cristo no Evangelho, experimentava brando alívio. A ideia de que a irmãzinha ficaria no mundo, entregue a Jesus, suavizava-lhe as angústias do coração.


Mal não saíra de suas dolorosas reminiscências, ouviu a voz imperiosa de Saulo dirigindo-se aos guardas:

— Algemai-o novamente, tudo está consumado, sigamos para o átrio.

O discípulo de Simão Pedro, estendendo os pulsos para receber as algemas, sofreu pancadas tão fortes de um soldado inescrupuloso, que dos pulsos feridos começou a jorrar muito sangue.

Estêvão, porém, não fez o menor gesto de resistência. De quando em quando, levantava os olhos como se implorasse os recursos do Céu para os seus minutos supremos. Não obstante os apupos e as chagas que o dilaceravam, experimentava uma paz espiritual desconhecida. Todos aqueles sofrimentos do cerimonial eram pelo Cristo. Aquela hora era a sua oportunidade divina.

O Mestre de Nazaré havia convocado o seu coração fiel ao público testemunho dos valores espirituais da sua gloriosa doutrina. Confiante, raciocinava: — “Se o Messias aceitara a morte infamante do Calvário para salvar todos os homens, não seria uma honra dar a vida por Ele?” Seu coração, sempre ávido de dar testemunho ao Senhor, desde que lhe conhecera o Evangelho de redenção, não deveria rejubilar-se com o ensejo de oferecer-lhe a própria vida? Entretanto, a ordem de caminhar arrancou-o dos mais elevados pensamentos.

O generoso pregador do “Caminho” hesitava nos passos combaleantes, mas tinha sereno e firme o olhar, revelando desassombro nos derradeiros lances do testemunho.


Naquelas primeiras horas da tarde, o sol de Jerusalém era um braseiro ardente. Não obstante o calor insuportável, a massa deslocou-se com profundo interesse. Tratava-se do primeiro processo concernente às atividades do “Caminho”, após a morte do seu fundador. Destacando-se de todas as correntes judaicas ali presentes, em penhor de prestígio à Lei de Moisés, os fariseus faziam grande alarde do feito. Ladeando o condenado faziam questão de atirar-lhe em rosto as mais pesadas injúrias.

Ele, porém, embora evidenciasse profunda tristeza, caminhava seminu, sereno, imperturbável.

A sala de reuniões do Sinédrio não distava muito do átrio do Templo, onde se realizaria a macabra cerimônia. Apenas alguns metros e a caminhada terminava, justamente no local onde se erguia o enorme altar dos holocaustos.

Tudo estava preparado a caráter, como Saulo deixara perceber em seus propósitos.

Ao fundo do pátio espaçoso, Estêvão foi atado a um tronco, para que o apedrejamento se efetuasse na hora precisa.

Os executores seriam os representantes das diversas sinagogas da cidade, de vez que era função honrosa atribuída a quantos estivessem em condições de operar na defesa de Moisés e de seus princípios. Cada sinagoga indicara o seu delegado e, ao iniciar a cerimônia, como chefe do movimento, Saulo recebia um por um, junto da vítima, guardando nas mãos, de acordo com a pragmática, os mantos brilhantes, enfeitados de púrpura.


Mais uma ordem do moço tarsense e a execução começou entre gargalhadas. Cada verdugo mirava friamente o ponto preferido, esforçando-se para tirar maior partido.

Risos gerais seguiam-se a cada golpe.

Poupemos-lhe a cabeça — dizia um dos mais exaltados —, a fim de que o espetáculo não perca a intensidade e o interesse.

Cada expressão do acompanhava o verdugo indicado pelos maiorais da sinagoga, com atenção e entusiasmo, aos berros de “Morra o traidor! o feiticeiro!…”

— Fere no coração, em nome dos cilícios! — exclamava alguém, do meio da turba.

— Separa-lhe a perna pelos idumeus! — secundava outra voz impudente.


Mais ou menos afastado da turba, seguindo de perto os movimentos do condenado, Saulo de Tarso apreciava a vibração popular, satisfeito e confortado. De qualquer maneira, a morte do pregador do Cristo representava o seu primeiro grande triunfo na conquista das atenções de Jerusalém e de suas prestigiosas corporações políticas. Naquela hora em que focalizava tantas aclamações do povo de sua raça, orgulhava-se com a decisão que o levara a perseguir o “Caminho”, sem consideração e sem tréguas. Aquela tranquilidade de Estêvão, no entanto, não deixava de o impressionar bem no imo do coração voluntarioso e inflexível. Onde poderia ele haurir tal serenidade? Sob as pedras que o alvejavam! aqueles olhos encaravam os algozes sem pestanejar, sem revelar temor nem turbação!


De fato, amarrado de joelhos ao tronco do suplício, o moço de Corinto guardava impressionante característica de paz nos olhos translúcidos, de onde as lágrimas silenciosas corriam abundantes. O peito descoberto era uma chaga sangrenta. As vestes esfrangalhadas colavam-se ao corpo, empastado de suor e sangue.

O mártir do “Caminho” sentia-se amparado por forças poderosas e intangíveis. A cada novo golpe, sentia recrudescer os padecimentos infinitos que lhe azorragavam o corpo macerado, mas, no íntimo, guardava a impressão de uma lenidade sublime. O coração batia descompassadamente. O tórax estava coberto de feridas profundas, as costelas fraturadas.

Nessa hora suprema, recordava os mínimos laços de fé que o prendiam a uma vida mais alta. Lembrou todas as orações prediletas da infância. Fazia o possível por fixar na retina o quadro da morte do pai supliciado e incompreendido. Intimamente, , nas situações que pareciam insuperáveis. “O Senhor é meu pastor. Nada me faltará…” (Sl 23:1) As expressões dos Escritos Sagrados, como as promessas do Cristo no Evangelho, estavam-lhe no âmago do coração. O corpo quebrantava-se no tormento, mas o espírito estava tranquilo e esperançoso.


Agora, tinha a impressão de que duas mãos cariciosas passavam de leve sobre as chagas doloridas, proporcionando-lhe branda sensação de alívio. Sem qualquer receio, percebeu que lhe havia chegado o suor da agonia.

Dedicados amigos, do Plano espiritual, rodeavam o mártir nos seus minutos supremos. No auge das dores físicas, como se houvesse transposto infinitos abismos de percepção, o moço de Corinto notou que alguma coisa se lhe havia rasgado na alma ansiosa. Seus olhos pareciam mergulhar em quadros gloriosos de outra vida. A legião de emissários de Jesus, que o cercava carinhosamente, figurou-se-lhe a corte celestial. No caminho de luz desdobrado à sua frente, reconheceu que alguém se aproximava abrindo-lhe os braços generosos. Pelas descrições que ouvira de Pedro, percebeu que contemplava o próprio Mestre em toda a resplendência de suas glórias divinas. Saulo observou que os olhos do condenado estavam estáticos e fulgurantes. Foi quando o herói cristão, movendo os lábios, exclamou em alta voz:

— Eis que vejo os céus abertos e o Cristo ressuscitado na grandeza de Deus!…


Viram, então, que duas mulheres jovens aproximavam-se do perseguidor com gestos íntimos. Dalila entregou Abigail ao irmão, despedindo-se logo para atender ao chamado de outra amiga. A noiva terna cingia uma túnica à moda grega, que mais lhe realçava o formoso rosto. Fosse pela dolorosa cena em curso, ou pela presença da mulher amada, percebia-se que Saulo estava um tanto perplexo e sensibilizado. Dir-se-ia que a coragem indomável de Estêvão o levara a considerar a tranquilidade desconhecida que deveria reinar no espírito do mártir.

Em face da gritaria que a rodeava e notando a miserável situação da vítima, a jovem mal pôde conter um grito de espanto. Que homem era aquele, atado ao tronco do suplício? Aquele peito arfante, empastado de sangue, aqueles cabelos, aquele rosto pálido que a barba crescida desfigurava, não seriam de seu irmão? Ah! como falar das ansiedades imensas na surpresa imprevista de um minuto? Abigail tremia. Seus olhos aflitos acompanhavam os menores movimentos do herói, que parecia indiferente, no êxtase que o absorvia. Embalde Saulo chamava-lhe a atenção, discretamente, de modo a poupá-la de penosas impressões. A moça parecia nada ver além do sentenciado a esvair-se no sangue do martírio. Lembrava-se agora… Em se afastando do calabouço, depois da morte do pai, foi assim mesmo que deixara Jeziel na posição do suplício. O tronco execrável, as algemas impiedosas e o pobrezinho de joelhos! Tinha ímpetos de atirar-se à frente dos algozes, esclarecer a situação, saber a identidade daquele homem.


Nesse instante, ignorando-se alvo de tão singular atenção, o pregador do “Caminho” saiu de sua impressionante imobilidade. Vendo que Jesus contemplava, melancolicamente, a figura do doutor de Tarso, como a lamentar seus condenáveis desvios, o discípulo de Simão experimentou pelo verdugo sincera amizade no coração.

Ele conhecia o Cristo e Saulo não. Assomado de fraternidade real e querendo defender o perseguidor, exclamou de modo impressionante:

— Senhor, não lhe imputes este pecado!…

Isso dito, voltou os olhos para fixá-los no verdugo, amorosamente. Eis, porém, que divisou junto dele a figura da irmã, trajada como nos dias de júbilo, na casa paterna. Era ela, a irmãzinha amada, por cujo afeto tantas vezes lhe palpitara o coração, de saudade e de esperança. Como explicar sua presença? Quem sabe havia sido também levada ao reino do Mestre e regressava com ele, em espírito, para trazer-lhe as boas-vindas de um mundo melhor? Quis bradar sua alegria infinita, atraí-la, ouvir-lhe a voz nos cânticos de David, morrer embalado pelo seu carinho; mas a garganta já não timbrava. A emoção dominara-o na hora extrema. Sentiu que o Mestre de Nazaré acariciava-lhe a fronte, onde a última pedrada abrira uma flor de sangue. Ouvia, muito longe, vozes argentinas que cantavam hinos de amor sobre os gloriosos motivos do Sermão da Montanha. Incapaz de resistir por mais tempo ao suplício, o discípulo do Evangelho sentia-se desfalecer.


Escutando as expressões do condenado e recebendo-lhe o olhar fulgurante e límpido, Abigail não pôde dissimular a angustiosa surpresa.

— Saulo! Saulo!… é meu irmão — exclamou aterrada.

— Que dizes? — gaguejou baixinho o doutor de Tarso arregalando os olhos — Não pode ser! Enlouqueceste?

— Não, não, é ele; é ele! — repetia tomada de extrema palidez.

— É Jeziel — insistia Abigail assombrada —, querido; concede-me um minuto, deixa-me falar ao moribundo apenas um minuto.

— Impossível! — replicou o moço, contrafeito.

— Saulo, pela Lei de Moisés, pelo amor de nossos pais, atende — exclamava torcendo as mãos.

O ex-discípulo de Gamaliel não acreditava na possibilidade de semelhante coincidência. Além do mais, havia a diferença do nome. Convinha esclarecer esse ponto, antes de tudo. Certo, a falsa impressão de Abigail se desfaria ao primeiro contato direto com o agonizante. Sua índole, sensível e afetuosa, justificava o que a seu ver era um absurdo. Conjugando essas reflexões de um segundo, falou à noiva, com austeridade:

— Irei contigo identificar o moribundo, mas até que o possamos fazer, cala as tuas impressões… Nem uma palavra, ouviste? É necessário não esquecer a respeitabilidade do local em que te encontras!


Logo após, chamava um funcionário de alta categoria, secamente:

— Manda levar o cadáver para o gabinete dos sacerdotes.

— Senhor — respondeu o outro respeitoso —, o condenado ainda não está morto.

— Não importa, vai assim mesmo, pois arrancar-lhe-ei a confissão do arrependimento na hora extrema.

A determinação foi cumprida sem mais demora, enquanto Saulo mandava servir, de modo geral, aos amigos e admiradores, várias ânforas de vinho delicioso, por comemorarem o seu primeiro triunfo. Depois, cenho carregado, apreensivo, esgueirou-se quase sorrateiramente até à sala reservada aos sacerdotes de Jerusalém, em companhia da noiva.

Atravessando os grupos que o saudavam com frenéticas aclamações, o moço tarsense parecia alheado de si mesmo. Conduzia Abigail pelo braço, delicadamente, mas não lhe dirigia palavra. A surpresa emudecera-o. E se Estêvão fosse, de fato, aquele Jeziel que aguardavam com tamanha ansiedade? Absorvidos em angustiosas reflexões, penetraram na câmara solitária. O jovem doutor ordenou a retirada dos auxiliares, fechou cuidadosamente a porta.


Abigail aproximou-se do irmão ensanguentado, com infinita ternura. E, como se sentisse chamado à vida por uma força poderosa e invencível, ambos notaram que a vítima movia a cabeça sangrenta. Evidenciando o penoso esforço da derradeira agonia, Estêvão murmurou:

— Abigail!…

Aquela voz era quase um sopro, mas o olhar estava calmo, límpido. Ouvindo-lhe a expressão vacilante e arrastada, o jovem tarsense recuou tocado de espanto. Que significava tudo aquilo? Não poderia duvidar. A vítima de sua perseguição implacável era o irmão bem-amado da mulher escolhida. Que mecanismo do destino engendrara semelhante situação, que lhe havia de amargurar toda a vida? Onde estava Deus, que não o inspirara no dédalo de circunstâncias que o levaram até àquele irremediável, cruel desfecho? Sentiu-se possuído de um pesar sem limites. Ele, que elegera Abigail o anjo tutelar da existência, seria obrigado a renunciar a esse amor para sempre. O orgulho de homem não lhe permitiria desposar a irmã do suposto inimigo, confessado e julgado reles criminoso. Aturdido, deixou-se ali ficar, como se força incoercível o chumbasse ao solo, transformando-o em objeto de insuportáveis ironias.

— Jeziel! — exclamou Abigail osculando e regando de lágrimas a fronte do moribundo — como te vejo eu!… Parece que o suplício te durou desde o dia em que nos separamos!… E soluçava…

— Estou bem… — disse o discípulo de Jesus, fazendo o possível por mover a destra quebrada e deixando perceber o desejo de acariciar-lhe os cabelos, como nos dias da meninice e da primeira juventude. — Não chores!… Eu estou com o Cristo!…

— Quem é o Cristo? — murmurou a jovem — Por que te chamam Estêvão? Como te modificaram assim?

— Jesus… é o nosso Salvador… — explicava o agonizante, no propósito de não perder os minutos que se escoavam céleres. — E, agora, chamam-me Estêvão… porque um romano generoso me libertou… mas pediu… absoluto segredo. Perdoa-me… Foi por gratidão que obedeci ao conselho. Ninguém será reconhecido a Deus se não mostrar agradecimento aos homens…


Vendo que a irmã prosseguia em soluços, continuou:

— Sei que vou morrer… mas a alma é imortal… Sinto deixar-te… quando mal torno a ver-te, mas hei de ajudar-te do lugar em que estiver.

— Ouve, Jeziel — exclamou a irmã num desabafo —, que te ensinou esse Jesus para te levar a um fim tão doloroso? Quem assim abandona um servo leal, não será antes um senhor cruel?

O moribundo pareceu admoestá-la com o olhar.

— Não penses, dessa maneira — prosseguiu com dificuldade. — Jesus é justo e misericordioso… prometeu estar conosco até à consumação dos séculos… mais tarde compreenderás; a mim, ensinou-me amar os próprios verdugos…


Ela abraçava-o, carinhosa, desfeita em lágrimas abundantes. Depois de uma pausa em que a vítima se revelava nos derradeiros instantes da vida material, viu-se que Estêvão se agitava em esforços supremos.

— Com quem te deixarei?

— Este é meu noivo — esclareceu a jovem apontando o moço de Tarso, que parecia petrificado.

O moribundo contemplou-o sem ódio e acentuou:

— Cristo os abençoe… Não tenho no teu noivo um inimigo, tenho um irmão… Saulo deve ser bom e generoso; defendeu Moisés até ao fim… Quando conhecer a Jesus, servi-lo-á com o mesmo fervor… Sê para ele a companheira amorosa e fiel…

Mas a voz do pregador do “Caminho” estava agora rouca e quase imperceptível. Nas vascas da morte, contemplava Abigail fraternalmente enternecido.


Ouvindo-lhe as últimas frases, o doutor de Tarso fizera-se lívido. Queria ser odiado, maldito. A compaixão de Estêvão, fruto de uma paz que ele, Saulo, jamais conhecera no fastígio das posições mundanas, impressionava-o fundamente. Entretanto, sem saber por quê, a resignação e a doçura do agonizante assaltavam-lhe o coração enrijecido. Trabalhava, porém, intimamente, para não se comover com a cena dolorosa. Não se dobraria por uma questão de sentimentalismo. Abominaria aquele Cristo, que parecia requisitá-lo em toda parte, a ponto de colocar-se entre ele e a mulher adorada. O cérebro atormentado do futuro rabino suportava a pressão de mil fogos. Desprezara o orgulho de família e elegera Abigail para companheira de lutas, embora lhe não conhecesse os ascendentes familiares. Amava-a pelos laços da alma, descobrira no seu delicado coração feminino tudo quanto havia sonhado nas cogitações de ordem temporal. Ela sintetizava as suas esperanças de moço; era o penhor do seu destino, representava a resposta de Deus aos apelos da sua juventude idealista. Agora, abrira-se entre ambos um abismo profundo. Irmã de Estêvão! Ninguém ousara afrontar-lhe a autoridade na vida, a não ser aquele ardoroso pregador do “Caminho”, cujas ideias jamais se poderiam casar com as suas. Detestava aquele rapaz apaixonado pelo ideal exótico de um carpinteiro, e tinha culminado nos propósitos de vingança. Se desposasse Abigail, jamais seriam felizes. Ele seria o verdugo, ela a vítima. Além disso, sua família, aferrada ao rigorismo das velhas tradições, não poderia tolerar a união, depois de conhecidas as circunstâncias.

Levou as mãos ao peito, dominado por angustioso desalento.


Em pranto, Abigail acompanhava a agonia dolorosa do irmão, cujos derradeiros minutos se escoavam lentamente. Penosa emoção apossara-se de todas as suas energias. Na dor que a dilacerava nas fibras mais sensíveis, parecia não ver o noivo que lhe seguia os menores movimentos, entre surpreso e estarrecido. Com muito cuidado, a jovem sustinha a fronte do moribundo, depois de haver sentado para conchegá-lo carinhosamente.

Observando que o irmão lhe lançava o último olhar, exclamou angustiada:

— Jeziel, não te vás… Fica conosco! Nunca mais nos separaremos!…

Ele, quase a expirar, ciciava:

— A morte não separa… os que se amam…


E, como se houvera lembrado algo de muito grato ao coração, arregalou os olhos desmesuradamente, numa expressão de imenso júbilo:

— Como no Salmo… de David… — dizia arrastadamente — podemos… dizer… que o amor… e a misericórdia… seguiram… todos os dias… de nossa vida… 

A jovem escutava-lhe as derradeiras palavras, comovidíssima. Enxugava-lhe o suor sanguinolento do rosto, que se iluminava de uma serenidade superior.

— Abigail… — murmurava ainda como num sopro —, vou-me em paz… Quisera ouvir-te na

Ela os últimos momentos do suplício do genitor, no dia inesquecível da separação nos calabouços de Corinto. De relance, compreendeu que, ali, outras forças se encontravam em jogo. Não mais Licínio Minúcio e os sequazes cruéis, mas o próprio noivo transformado em verdugo, por um terrível engano. Afagou com mais carinho a cabeça sangrenta. Conchegou o moribundo ao coração como se fosse uma adorável criança. Então, embora rígido e inquebrantável na aparência, Saulo de Tarso observou, mais nitidamente, o quadro que nunca mais lhe sairia da imaginação. Guardando o moribundo no regaço fraterno, a jovem elevou o olhar para o alto, mostrando as lágrimas que lhe caíam pungentes. Não cantava, mas a oração lhe saía dos lábios como a súplica natural do seu espírito a um pai amoroso que estivesse invisível:

 

Senhor Deus, pai dos que choram,

Dos tristes, dos oprimidos,

Fortaleza dos vencidos,

Consolo de toda a dor,

Embora a miséria amarga

Dos prantos de nosso erro,

Deste mundo de desterro,

Clamamos por vosso amor!


Nas aflições do caminho,

Na noite mais tormentosa,

Vossa fonte generosa

É o bem que não secará…

Sois, em tudo, a luz eterna

Da alegria e da bonança

Nossa porta de esperança

Que nunca se fechará.


Quando tudo nos despreza

No mundo da iniquidade,

Quando vem a tempestade

Sobre as flores da ilusão!

Ó Pai, sois a luz divina,

O cântico da certeza,

Vencendo toda aspereza,

Vencendo toda aflição.


No dia da nossa morte,

No abandono ou no tormento,

Trazei-nos o esquecimento

Da sombra, da dor, do mal!…

Que nos últimos instantes,

Sintamos a luz da vida

Renovada e redimida

Na paz ditosa e imortal.


Terminada a prece, Abigail tinha o rosto orvalhado de pranto. Sob a carícia suave de suas mãos, Jeziel aquietara-se. Palidez de neve caracterizava-lhe a face cadavérica, aliada à profunda serenidade fisionômica. Saulo compreendeu que ele estava morto. E enquanto a jovem de Corinto se levantava, cuidadosamente, como se o cadáver do irmão requisitasse toda a ternura do seu espírito bondoso, o moço tarsense aproximou-se de cenho carregado e falou com austeridade:

— Abigail, tudo está consumado e tudo terminou, também, entre nós.


A pobre criatura voltou-se com assombro. Então não lhe bastavam os golpes recebidos? Seria possível que o noivo amado não tivesse uma palavra de conciliação generosa naquela hora difícil da sua vida? Receberia a humilhação mais fria com a morte de Jeziel e ainda por cima o abandono? Consternada por tudo que viera encontrar em Jerusalém, entendeu que precisava utilizar todas as energias, para não cair nas provas ríspidas que lhe haviam sido reservadas. E viu logo que, no orgulho de Saulo, não encontraria consolação. Num momento, chegou às mais latas conclusões, quanto ao papel que lhe competia em tão embaraçosas conjunturas. Sem recorrer à sensibilidade feminina, cobrou ânimo e falou com dignidade e nobreza:

— Tudo terminado entre nós, por quê? O sofrimento não deveria escorraçar o amor sincero.

— Não me compreendes? — replicou o orgulhoso rapaz… — Nossa união tornou-se inexequível. Não poderei desposar a irmã de um inimigo de maldita memória, para mim. Fui infeliz escolhendo esta ocasião para tua visita a Jerusalém. Sinto-me envergonhado não só diante da mulher com quem nunca mais poderei unir-me pelo matrimônio, como perante os parentes e amigos, pela situação amarga que as circunstâncias interpuseram no meu caminho…


Abigail estava pálida e penosamente surpreendida.

— Saulo… Saulo… não te envergonhes perante meu coração. Jeziel morreu estimando-te. Seu cadáver nos escuta — acentuava com doloroso acento. — Não posso obrigar-te a desposar-me, mas não transformes nossa afeição em ódio surdo… Sê meu amigo!… Ser-te-ei eternamente grata pelos meses de ventura que me deste. Voltarei amanhã para casa de Ruth… Não te envergonharás de mim! A ninguém direi que Estêvão era meu irmão, nem mesmo a Zacarias! Não quero que algum amigo nosso te considere um carrasco.


Observando-a naquela generosidade humilde, o moço de Tarso teve ímpetos de estreitá-la ao coração, como se o fizera a uma criança. Quis avançar, apertá-la contra o peito, cobrir-lhe de beijos a fronte bondosa e inocente. Súbito, porém, vieram-lhe à mente os seus títulos e atribuições; via Jerusalém revoltada, tisnando-lhe a reputação de amargas ironias. O futuro rabino não poderia ser vencido; o doutor da Lei rígida, e implacável, devia sufocar o homem para sempre.

Mostrando-se impassível, replicou em tom áspero:

— Aceito o teu silêncio em torno das lamentáveis ocorrências deste dia; voltarás, amanhã para casa de Ruth, mas não deves esperar a continuação das minhas visitas, nem mesmo por cortesia injustificável, porque, na sinceridade dos de nossa raça, os que não são amigos são inimigos.


A irmã de Jeziel recebia aquelas explicações com espanto profundo.

— Então, abandonas-me inteiramente, assim? — perguntou entre lágrimas.

— Não estás desamparada — murmurou inflexivelmente —, tens os teus amigos da estrada de Jope.

— Mas, afinal, por que odiaste tanto a meu irmão? Ele foi sempre bondoso… Em Corinto nunca ofendeu a ninguém.

— Era pregador do malfadado carpinteiro de Nazaré — esclareceu, contrafeito e ríspido —; além disso, humilhou-me diante da cidade inteira.


Abigail, compelida pela severidade das respostas, calou-se inteiramente. Que poder teria o Nazareno para atrair tantas dedicações e provocar tantos ódios? Até ali, não se interessara pela figura do famoso carpinteiro, que morrera na cruz, como malfeitor; mas o irmão lhe dissera ter encontrado nele o Messias. Para seduzir um caráter cristalino, como Jeziel, o Cristo não poderia ser um homem vulgar. Lembrava o passado do irmão para considerar que, no caso da rebeldia paterna, conseguira manter-se acima dos próprios laços do sangue para admoestar o genitor, amorosamente. Se tivera forças para analisar os atos paternos com o preciso discernimento, era preciso que aquele Jesus fosse muito grande, para que a ele se consagrasse, oferecendo-lhe a própria vida ao recobrar a liberdade. Jeziel, a seu ver, não se enganaria. Conhecendo-lhe a índole, do berço, não era possível que se deixasse iludir em suas convicções religiosas. Sentia-se, agora, atraída para aquele Jesus desconhecido e odiado injustamente. Ele ensinara o irmão a bem-querer os próprios verdugos. Que lhe não reservaria, pois, ao seu coração sedento de carinho e de paz? As últimas palavras de Jeziel exerciam sobre ela uma influência profunda.


Abismada em profundas cogitações, notou que Saulo abrira a porta, chamando alguns auxiliares, que se precipitaram por cumprir-lhe as ordens. Em poucos minutos os despojos de Estêvão eram removidos, enquanto amigos numerosos cercavam o jovem par, expansivamente loquazes e satisfeitos.

— Que é isto — perguntou um deles a Abigail —, ao notar-lhe a túnica manchada de sangue.

— O sentenciado era israelita — atalhou o moço tarsense, desejoso de antecipar explicações — e, como tal, amparamo-lo na hora extrema.

Um olhar mais severo deu a entender à jovem quanto devia conter as emoções próprias, longe e acima das ocorrências verídicas.


Daí a minutos, o velho chegava e solicitava ao ex-discípulo alguns momentos de atenção, em particular.

— Saulo — disse bondoso —, espero partir na semana próxima para além de Damasco. Vou descansar junto de meu irmão e aproveitar a noite da velhice para meditar e repousar o espírito. Já fiz a necessária notificação no Sinédrio e no Templo, e acredito que, dentro de poucos dias, serás efetivamente provido no meu cargo.

O interpelado fez um ligeiro gesto de agradecimento cuja frieza mal disfarçava o abatimento que lhe ia na alma.

— Entretanto — prosseguia o generoso rabino, solicitamente — tenho um último pedido a fazer-te: É que tenho Simão Pedro em conta de um amigo. Esta confissão poderá escandalizar-te, mas, sinto-me bem ao faze-la. Acabo de receber sua visita, pedindo a minha interferência para que o cadáver da vítima de hoje seja entregue à igreja do “Caminho”, onde será sepultado com muito amor. Sou o intermediário do pedido e espero não me recuses o obséquio.

— Dizeis “vítima”? — perguntou Saulo admirado. — A existência de uma vítima pressupõe um algoz e eu não sou verdugo de ninguém. Defendi a Lei até ao fim.




Sl 23:1, de David.

(Paulo e Estêvão, FEB Editora. , pp. 136 a 152. Indicadores 11 a 40)


sl 23:1
Palavras do Infinito

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

Se os Espíritos esperam o socialismo cristão, por que motivo Emmanuel não acha o comunismo adaptável no Brasil? Que deveremos então entender por socialismo cristão?


Essas perguntas foram sugeridas ao missivista pela comunicação que Emmanuel nos fizera em maio último, respondendo a consulta nossa.

Manifestara o guia, nessa mensagem, opinião contrária ao estabelecimento de um regime extremista no Brasil.


OS PRIMÓRDIOS DOS NOVOS SISTEMAS POLÍTICOS E SOCIAIS

Foi esta a resposta de Emmanuel à pergunta de agora:

“Quem poderia garantir a exequibilidade do regime comunista no Brasil? Não me expenderei em muitas considerações, porquanto o meu ponto de vista já foi externado, quando fui inquirido a respeito da implantação de um regime extremista no país [v. ]. A Rússia atual representa a experiência realizada à custa de muito sangue, os primórdios dos novos sistemas políticos e sociais, que hão de futuramente vigorar no planeta. Porém, mesmo lá, o que se observa por enquanto, ao lado dos excessos demagógicos, é a inversão dos papéis dentro das classes sociais.


A FRATERNIDADE É AINDA UM MITO

“Os oprimidos de ontem são os senhores de hoje. A fraternidade ainda significa um mito, porquanto o terreno social está cheio das mesmas diferenças de sempre.


DIVERSIDADE DE AMBIENTES A CONSIDERAR

‘Faz-se antes de tudo preciso considerar a diversidade de ambientes.

“As massas populares brasileiras não fazem, por demais, questão de regalias políticas; como um derivado das circunstâncias do meio, fazem questão do trabalho, do salário, do conforto que lhes é devido. Comunismo significa equilíbrio dos sacrifícios do povo, holocausto do homem à coletividade, interesse geral, eliminação de personalidade. Os brasileiros estão preparados para isso? A afirmativa poderia, ao que parece, ser contestada.


APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA E INDISPENSÁVEL RENOVAÇÃO DE CÓDIGOS

“Aconselhamos portanto a aproximação do governo e das classes reclamando-se a atenção dos dirigentes do país para as necessidades prementes das massas proletárias. Faz-se mister renovar os códigos da legislação agrária, intensificando a assistência sob todas as modalidades a quantos carecem do seu auxílio.

“As massas trabalhadoras do Brasil reclamam leis que assegurem o conforto que lhes tem sido negado pelos elementos da política administrativa. Que o supérfluo das suntuosidades do Estado seja empregado com o necessário. Intensifique-se a higiene e a escola. A educação necessita ser difundida sob todos os seus aspectos.


A FALTA DOS HOMENS PROVIDENCIAIS

“Comunismo, no Brasil atual, significaria anarquia, porquanto faltam as consciências dos homens providenciais formados no cadinho das experiências penosas. Semelhante estado de coisas, com a propaganda de teorias importadas, como de meios essencialmente diversos da nação brasileira, só poderia anarquizar o país, fazendo-o escravo de potências imperialistas.


MEDIDAS MAIS QUE DEVIDAS

“Cuidem portanto os governantes de melhorar a situação do proletariado com medidas de assistência mais que devidas.

Trabalhai portanto todos vós que anelais um novo estado de evolução no mundo. O progresso se fará, não o duvideis.


O BRASIL E O SOCIALISMO CRISTÃO

“E o Brasil, pelo caráter pacifista de todos os seus filhos, será chamado a colaborar ativamente no edifício do socialismo cristão que representa a renovação de todos os sistemas econômico-sociais à base da compreensão do Evangelho de Jesus. Até lá, quantas lutas assistiremos, quantas conflagrações serão necessárias?

“Só Deus o sabe.

“Laboremos contudo com desprendimento e desinteresse e não vacilemos na fé que devemos possuir em nossos elevados destinos.




(De “O GLOBO”, de 1.° de julho de 1935)


sl 23:1
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

— Aonde iremos, senhor? — atreveu-se Jacob a perguntar, timidamente, logo que entraram nas ruas tortuosas.

O moço tarsense pareceu refletir um minuto e acentuou:

— É verdade que trago comigo algum dinheiro; entretanto, estou em situação muito difícil: sinto precisar mais de assistência moral que de repouso físico. Tenho necessidade de alguém que me ajude a compreender o que se passou. Sabes onde reside Sadoc?

— Sei — respondeu o servo compungido.

— Leva-me até lá… Depois de me avistar com algum amigo, pensarei numa estalagem.


Não se passou muito tempo e hei-los à porta de um edifício de singular e soberba aparência. Muralhas bem delineadas cercavam extenso átrio adornado de flores e arbustos. Descansando junto ao portão de entrada, Saulo recomendou ao companheiro:

— Não convém que me aproxime assim, sem aviso. Jamais visitei Sadoc nestas condições. Entra no átrio, chama-o e conta-lhe o que se passou comigo. Esperarei aqui, mesmo porque não posso dar um passo.

O servo obedeceu prontamente. O banco de repouso distava alguns passos do largo portão de acesso, mas ficando só, ansioso de ouvir um amigo que o compreendesse, Saulo identificou o muro, tateando-o. Vacilante e trêmulo, arrastou-se dificilmente e atingiu a entrada, ali permanecendo.


Acudindo ao chamado, Sadoc procurou saber o motivo da visita inesperada. Jacob explicou, com humildade, que vinha de Jerusalém,  acompanhando o doutor da Lei e desfiou os mínimos incidentes da viagem e os fins colimados; mas, quando se referiu ao episódio principal, Sadoc arregalou os olhos estupidificado. Custava-lhe acreditar no que ouvia, mas não podia duvidar da sinceridade do narrador, que, por sua vez, mal encobria o próprio assombro. O homem falou, então, do mísero estado do chefe: da sua cegueira, das lágrimas copiosas que vertia. Saulo a chorar?! O amigo de Damasco recebia as estranhas notícias com imensa surpresa, sintetizando as primeiras impressões numa resposta desconcertante para Jacob:

— O que me conta é quase inverossímil; entretanto, em tais circunstâncias, torna-se impossível acolhê-los aqui. Desde anteontem tenho a casa cheia de amigos importantes, recém-chegados de Citium  para uma boa reunião na sinagoga, sábado próximo. Cá por mim, suponho que Saulo se perturbou, inesperadamente, e não quero expô-lo a juízos e comentários menos dignos.

— Mas, senhor, que lhe direi? — interpôs Jacob hesitante.

— Diga que não estou em casa.

— Entretanto… encontro-me só com ele, assim perturbado e enfermo e, como vedes, a noite é tempestuosa…


Sadoc refletiu um momento e acrescentou:

— Não será difícil remediar. Na próxima esquina vocês encontrarão a chamada “rua Direita” e, depois de caminhar alguns passos, encontrarão a estalagem de Judas, que tem sempre muitos cômodos disponíveis. Mais tarde, procurarei lá chegar para saber do ocorrido.

Ouvindo palavras tais, que pareciam mais uma ordem que resposta a um apelo amigo, Jacob despediu-se surpreso e desanimado.

— Senhor — disse ao rabino, regressando ao portão de entrada —, infelizmente vosso amigo Sadoc não se encontra em casa.

— Não está? — exclamou Saulo admirado — daqui lhe ouvi a voz, embora não distinguisse o que dizia. Será possível que meus ouvidos estejam igualmente perturbados?

Diante daquela observação tão expressiva e sincera, Jacob não conseguiu dissimular a verdade e contou ao rabino o acolhimento que tivera, a atitude reservada e fria de Sadoc.


Seguindo as pisadas do guia, Saulo tudo ouviu, mudo, enxugando uma lágrima. Não contava com semelhante recepção da parte de um colega que sempre considerara digno e leal, em todas as circunstâncias da vida. A surpresa chocava-o. Era natural que Sadoc temesse pela renovação de suas ideias, mas não era justo abandonasse um amigo doente, às intempéries da noite. No entanto, no rebojar de mágoas que começavam a intumescer-lhe o coração, recordou repentinamente a visão de Jesus e refletiu que, efetivamente, possuía agora experiências que o outro não pudera conhecer, chegando à conclusão de que talvez fizesse o mesmo se os papéis estivessem invertidos.

Concluído o relato do companheiro, comentou resignado:

— Sadoc tem razão. Não ficava bem perturbá-lo com a descrição do fato, quando tem à mesa amigos de responsabilidade na vida pública. Além disso, estou cego… Seria um estafermo e não um hóspede.


Essas considerações comoveram o companheiro, que, aliás, deixara perceber ao jovem rabino os próprios receios. Nas palavras de Jacob, Saulo entrevira uma vaga expressão de temores injustificáveis. O procedimento de Sadoc talvez lhe houvesse aumentado as desconfianças. Suas advertências eram reticenciosas, hesitantes. Parecia intimidado, como se antevisse ameaças à sua tranquilidade pessoal. Nos conceitos mais simples evidenciava o medo de ser acusado como portador de alguma expressão do “”. Na sua amplitude de senso psicológico, o moço tarsense tudo compreendia. Fora verdade que ele, Saulo, representava o chefe supremo da campanha demolidora, mas, de ora em diante, consagraria a vida a Jesus, assim comprometendo a quantos dele se aproximassem direta e ostensivamente. Sua transformação provocaria muitos protestos no ambiente farisaico. Pressentiu nas indecisões do guia o receio de ser acusado de algum sortilégio ou bruxedo.

Com efeito, depois de convenientemente instalados na modesta estalagem de Judas, o companheiro falou-lhe preocupado:

— Senhor, pesa-me alegar minhas conveniências, mas, consoante os projetos feitos, preciso regressar a Jerusalém, onde me esperam dois filhos, a fim de nos fixarmos em Cesareia. 

— Perfeitamente — respondeu Saulo, respeitando-lhe os escrúpulos —, poderás partir ao amanhecer.


Aquela voz, antes agressiva e autoritária, tornara-se agora compassiva e meiga, tocando o coração do servo nas suas fibras mais sensíveis.

— Entretanto, senhor, estou hesitando — disse o velho já picado de remorso —, estais cego, necessitais de auxílio para recobrar a vista e sinto sinceramente deixar-vos ao abandono.

— Não te preocupes por minha causa — exclamou o doutor da Lei resignado —; quem te disse que ficarei abandonado? Estou convicto de que meus olhos estarão curados muito em breve.

Aliás — continuou Saulo como a confortar-se a si mesmo —, Jesus mandou-me entrar na cidade, a fim de saber o que me convinha. Certo, não me deixará ignorando o que devo fazer.

Assim falando, não pôde ver a expressão de piedade com que Jacob o contemplava, desconcertado e oprimido.

Entretanto, mau grado à mágoa que lhe causava o chefe em semelhante estado, e recordando os castigos infligidos aos seguidores do Cristo, em Jerusalém, não conseguiu subtrair-se aos íntimos temores e partiu aos primeiros albores da manhã.


Saulo, agora, estava só. No véu espesso das sombras, podia entregar-se às suas meditações profundas e tristes.

A bolsa farta e franca assegurou-lhe a solicitude do estalajadeiro, que, de quando em quando, vinha saber suas necessidades, mas, em vão, o hóspede foi convidado a repastos e diversões, porque nada o demovia do seu taciturno insulamento.


Aqueles três dias de Damasco foram de rigorosa disciplina espiritual. Sua personalidade dinâmica havia estabelecido uma trégua às atividades mundanas, para examinar os erros do passado, as dificuldades do presente e as realizações do futuro. Precisava ajustar-se à inelutável reforma do seu eu. Na angústia do espírito, sentia-se, de fato, desamparado de todos os amigos. A atitude de Sadoc era típica e valeria pela de todos os correligionários, que jamais se conformariam com a sua adesão aos novos ideais. Ninguém acreditaria no ascendente da conversão inesperada; entretanto, havia que lutar contra todos os cépticos, de vez que Jesus, para falar-lhe ao coração, escolhera a hora mais clara e rutilante do dia, em local amplo e descampado e na só companhia de três homens muito menos cultos que ele, e, por isso mesmo, incapazes de algo compreenderem na sua pobreza mental. No apreciar os valores humanos, experimentava a insuportável angústia dos que se encontram em completo abandono, mas, no torvelinho das lembranças, destacava os vultos de e Abigail, que lhe proporcionavam consoladoras emoções. Agora compreendia aquele Cristo que viera ao mundo principalmente para os desventurados e tristes de coração. Antes, revoltava-se contra o Messias Nazareno, em cuja ação presumia tal ou qual incompreensível volúpia de sofrimento; todavia, chegava a examinar-se melhor, agora, haurindo na própria experiência as mais proveitosas ilações. Não obstante os títulos do Sinédrio,  as responsabilidades públicas, o renome que o faziam admirado em toda parte, que era ele senão um necessitado da proteção divina? As convenções mundanas e os preconceitos religiosos proporcionavam-lhe uma tranquilidade aparente; mas, bastou a intervenção da dor imprevista para que ajuizasse de suas necessidades imensas. Abismalmente concentrado na cegueira que o envolvia, orou com fervor, recorreu a Deus para que o não deixasse sem socorro, pediu a Jesus lhe clareasse a mente atormentada pelas ideias de angústia e desamparo.


No terceiro dia de preces fervorosas, eis que o hoteleiro anuncia alguém que o procura. Seria Sadoc? Saulo tem sede de uma voz carinhosa e amiga. Manda entrar. Um velhinho de semblante calmo e afetuoso ali está, sem que o convertido possa ver-lhe as cãs respeitáveis e o sorriso generoso.

O mutismo do visitante indiciava o desconhecido.

— Quem sois? — pergunta o cego admirado.

— Irmão Saulo — replica o interpelado com doçura —, o Senhor, que te apareceu no caminho, enviou-me a esta casa para que tornes a ver e recebas a iluminação do Espírito-Santo.


Ouvindo-o, o moço de Tarso  tateou ansiosamente nas sombras. Quem seria aquele homem que sabia os feitos lá da estrada! Algum conhecido de Jacob? Mas… aquela inflexão de voz enternecida e carinhosa?

— Vosso nome? — perguntou quase aterrado.

— .


A resposta era uma revelação. A ovelha perseguida vinha buscar o lobo voraz. Saulo compreendeu a lição que o Cristo lhe ministrava. A presença de Ananias revoca-lhe à memória os apelos mais sagrados. Fora ele o iniciador de Abigail na doutrina e o motivo da viagem a Damasco, onde encontrara Jesus e a verdade renovadora. Tomado de profunda veneração, quis avançar, ajoelhar-se ante o discípulo do Senhor, que lhe chamava ternamente “irmão”, oscular-lhe enternecido as mãos benfazejas, mas apenas tateou o vácuo, sem conseguir a execução do gratíssimo desejo.

— Quisera beijar vossa túnica — falou com humildade e reconhecimento —, mas, como vedes, estou cego!…

— Jesus mandou-me, justamente para que tivesses, de novo, o dom da vista.


Comovidíssimo, o velho discípulo do Senhor notou que o perseguidor cruel dos apóstolos do “Caminho” estava totalmente transformado. Ouvindo-lhe a palavra plena de fé, Saulo de Tarso deixava transparecer, no semblante, sinais de profunda alegria interior. Dos olhos ensombrados, manaram lágrimas cristalinas. O moço apaixonado e caprichoso aprendera a ser humano e humilde.

— Jesus é o Messias eterno! Depus minha alma em suas mãos!… — disse entre compungido e esperançoso. — Penitencio-me do meu caminho!…


Banhado no pranto do arrependimento sincero, sem saber manifestar o reconhecimento daquela hora, em virtude das trevas que lhe dificultavam os passos, ajoelhou-se com humildade.

O velhinho generoso quis adiantar-se, impedir aquele gesto de renúncia suprema, considerando a sua própria condição de homem falível e imperfeito; mas, desejando estimular todos os recursos daquela alma ardente, em favor da sua completa conversão ao Cristo, aproximou-se comovido e, colocando a mão calosa naquela fronte atormentada, exclamou:

— Irmão Saulo, em nome de Deus Todo-Poderoso eu te batizo para a nova fé em Cristo Jesus!…


Entre as lágrimas ardentes que corriam dos olhos, o moço tarsense acentuou, contrito:

— Digne-se o Senhor perdoar meus pecados e iluminar meus propósitos para uma vida nova.

— Agora — disse Ananias, impondo-lhe as mãos nos olhos apagados e num gesto amoroso —, em nome do Salvador, peço a Deus para que vejas novamente.

— Se é do agrado de Jesus que isso aconteça — advertiu Saulo compungido —, ofereço meus olhos aos seus santos serviços, para todo o sempre.


E como se entrassem em jogo forças poderosas e invisíveis, sentiu que das pálpebras doridas caíam substâncias pesadas como escamas, à proporção que a vista lhe voltava, embebendo-se de luz. Através da janela aberta, viu o céu claro de Damasco, experimentando indefinível ventura naquele oceano de claridades deslumbrantes. A aragem da manhã, como perfume do sol, vinha banhar-lhe a fronte, traduzindo para o seu coração a bênção de Deus.

— Vejo!… Agora vejo!… Glória ao redentor de minha alma!… — exclamava estendendo os braços num transporte de gratidão e de amor.


Ananias também não se conteve mais; em face daquela prova inaudita da misericórdia de Jesus, o velho discípulo do Evangelho abraçou-se ao jovem de Tarso, a chorar de reconhecimento a Deus pelos favores recebidos. Trêmulo de alegria, levantou-o em seus braços generosos, amparando-lhe a alma surpreendida e perturbada de júbilo.

— Irmão Saulo — disse pressuroso —, este é o nosso grande dia; abracemo-nos na memória sacrossanta do Mestre que nos irmanou em seu grande amor!…

O convertido de Damasco não disse palavra. As lágrimas de gratidão sufocavam-no. Abraçando-se ao antigo pregador, num gesto expressivo e mudo, fê-lo como se houvesse encontrado o pai dedicado e amoroso da sua nova existência. Por momentos, ficaram mudos, maravilhados com a intervenção divina, como dois irmãos muito queridos que se houvessem reconciliado sob as vistas de Deus.


Saulo sentia-se agora fortalecido e ágil. Num minuto, pareceu reaver todas as energias de sua vida. Voltando a si do contentamento divino que o felicitava, tomou a mão do velho discípulo e beijou-a com veneração. Ananias tinha os olhos rasos de pranto. Ele próprio não podia prever as alegrias infinitas que o esperavam na pensão singela da “rua Direita”.

— Ressuscitastes-me para Jesus — exclamou jubiloso —; serei dele eternamente. Sua misericórdia suprirá minhas fraquezas, compadecer-se-á de minhas feridas, enviará auxílios à miséria de minhalma pecadora, para que a lama do meu Espírito se converta em ouro do seu amor.

— Sim, somos do Cristo — ajuntou o generoso velhinho com a alegria a transbordar dos olhos.


E, como se fosse de súbito transformado num menino ávido de ensinamentos, Saulo de Tarso, sentando-se junto do benfeitor amigo, rogou-lhe todos os informes a respeito do Cristo, dos seus postulados e atos imorredouros. Ananias contou-lhe tudo quanto sabia de Jesus, por intermédio dos Apóstolos, depois da crucificação a que ele também assistira, em Jerusalém, na tarde trágica do Calvário. Esclareceu que era sapateiro em Emaús e tinha ido à cidade santa para as comemorações do Templo,  tendo acompanhado o drama pungente nas ruas regurgitantes de povo. Falou da compaixão que lhe causara o Messias coroado de espinhos e apupado pela turba furiosa e inconsciente. Profunda a emoção, ao descrever a marcha penosa com a cruz, protegido por soldados impiedosos, da fúria popular, que vociferava o crime hediondo. Curioso pelo desenrolar dos acontecimentos, seguira o condenado até ao monte. Da cruz do martírio, Jesus lançara-lhe um olhar inesquecível. Para o seu Espírito, aquele olhar traduzia um chamamento sagrado, que era indispensável compreender. Profundamente impressionado, a tudo assistiu até ao fim. Daí a três dias, ainda sob o peso daquelas angustiosas impressões, eis que lhe chega a nova alvissareira de que o Cristo havia ressuscitado dos mortos para a glória eterna do Todo-Poderoso. Seus discípulos estavam ébrios de ventura. Então, procurou para conhecer melhor a personalidade do Salvador. Tão sublime a narrativa, tão elevados os ensinamentos, tão profunda a revelação que lhe aclarava o espírito, que aceitou o Evangelho sem mais hesitação. Desejoso de compartilhar o trabalho que Jesus legara aos que lhe pertenciam, regressou a Emaús, dispôs dos bens materiais que possuía e esperou os Apóstolos galileus em Jerusalém, onde se associou a Pedro nas primeiras atividades da igreja do “Caminho”. A essência dos ensinamentos do Cristo vitalizara-lhe o Espírito. Os achaques da velhice haviam desaparecido. Logo que e chegaram a Jerusalém para cooperar com o antigo pescador de Cafarnaum  na edificação evangélica, combinaram sua transferência para Jope,  a fim de atender a inúmeros pedidos de irmãos desejosos de conhecer a doutrina. Ali estivera até que as perseguições intensificadas com a morte de Estêvão obrigaram-no a retirar-se.


Saulo bebia-lhe as palavras com singular enlevo, como quem franqueava um mundo novo. A referência às perseguições avivava os remorsos acerbos. Em compensação, a alma estava repleta de votos sinceros, promissores de uma vida nova.

— É verdade — dizia, enquanto o narrador fazia longa pausa —, vim a Damasco com outorga do Templo para vos levar preso a Jerusalém, mas fostes vós que chegastes com outorga de Jesus e a Ele me jungistes para sempre. Se vos algemasse, na minha ignorância, levar-vos-ia ao tormento e à morte; vós, salvando-me do pecado, me transformastes em escravo voluntário e feliz!…

Ananias sorriu, sumamente satisfeito.


Saulo pediu-lhe, então, falasse de Estêvão, no que foi atendido, com solicitude. Em seguida, pediu informes da sua viagem de Jope a Jerusalém. Com muita prudência, desejava do benfeitor qualquer alusão a Abigail. Formulando o pedido, fê-lo com tal inflexão carinhosa, que o velho discípulo, adivinhando-lhe o intuito, falou com brandura:

— Não precisarás confessar teus anseios de moço. Leio em teus olhos o que principalmente desejas. Entre Jope e Jerusalém, descansei muito tempo na vizinhança de um compatrício que, apesar de fariseu, nunca privou os empregados de receberem as sagradas alegrias da Boa Nova. Esse homem, Zacarias, tinha sob seu teto um verdadeiro anjo do Céu. Era a jovem Abigail, que, depois de receber o batismo de minhas mãos, confessou que te amava muito. Falava do teu amor com ternura ardente e muitas vezes me convidou a orar pela tua conversão a Jesus-Cristo!…


Saulo ouvia emocionado e, após ligeiro intervalo em que o amoroso velhinho parecia meditar, voltou a dizer como se falasse consigo:

— Sim, se ela ainda vivesse!…

Ananias recebeu a observação sem surpresa e acentuou:

— Desde que se aproximou de mim, notei que Abigail não ficaria muito tempo na Terra. Suas cores esmaecidas, o brilho intenso dos olhos, falavam-me da sua condição de anjo exilado. Mas, devemos crer que ela viva no Plano imortal. E quem sabe? Talvez suas rogativas aos pés de Jesus hajam contribuído para que o Mestre te convocasse à luz do Evangelho, às portas de Damasco!…


O velho discípulo do “Caminho” estava comovido. Recebendo aquelas carinhosas evocações, Saulo chorava. Compreendia, sim, que Abigail não poderia estar morta. A visão de Jesus redivivo bastava para dissipar-lhe todas as dúvidas. Certamente, a escolhida de sua alma apiedara-se de suas misérias, rogara ao Salvador, com insistência, lhe socorresse o espírito mesquinho e, por venturosa coincidência, o mesmo Ananias que lhe havia preparado o coração para as bênçãos do Céu, estendera-lhe igualmente as mãos amigas, cheias de caridade e perdão. Agora, pertenceria para sempre àquele Cristo amoroso e justo, que era o Messias prometido. Nas emoções extremas que lhe caracterizavam os sentimentos, passou a considerar o poder do Evangelho, examinando seus ilimitados recursos transformadores. Queria mergulhar o espírito nas suas lições iluminadas e sublimes, banhar-se naquele rio de vida, cujas águas do amor de Jesus fecundavam os corações mais áridos e desertos. Aquela meditação profunda empolgava-lhe, agora, a alma toda.

— Ananias, meu mestre — disse o ex-rabino, com entusiasmo —, onde poderei obter o Evangelho sagrado?


O antigo discípulo sorriu com bondade, e observou:

— Antes de tudo, não me chames mestre. Este é e será sempre o Cristo. Nós outros, por acréscimo da misericórdia divina, somos discípulos, irmãos na necessidade e no trabalho redentor. Quanto à aquisição do Evangelho, somente na igreja do “Caminho”, em Jerusalém, poderíamos obter uma cópia integral das anotações de Levi.

E revolvendo o interior de surrada patrona [bolsa a tiracolo], retirava alguns pergaminhos amarelentos, nos quais conseguira reunir alguns elementos da tradição apostólica. Apresentando essas notas dispersas, Ananias acrescentava:

— Verbalmente, tenho de cor quase todos os ensinamentos; mas, no que se refere à parte escrita, aqui tens tudo que possuo.


O moço convertido recebeu as anotações, assaz admirado. Debruçou-se imediatamente sobre os velhos rabiscos e devorava-os com indisfarçável interesse.

Depois de refletir alguns minutos, acentuava:

— Se possível, pedir-vos-ia deixar-me estes preciosos ensinamentos, até amanhã. Empregarei o dia em copiá-los para meu uso particular. O estalajadeiro me comprará os pergaminhos necessários.

E como que já iluminado daquele espírito missionário que lhe assinalou as menores ações, para o resto da vida, ponderava atento:

— Precisamos estudar um meio de difundir a nova revelação com a maior amplitude possível. Jesus é um socorro do Céu. Tardar na sua mensagem é delongar o desespero dos homens. Aliás, a palavra “evangelho” significa “boas notícias”. É indispensável espalhar essas notícias do Plano mais elevado da vida.


Enquanto o velho pregador do “Caminho” observava-o interessado, o convertido de Damasco chamou o hoteleiro para comprar os pergaminhos. Judas surpreendeu-se ao verificar a cura insólita. Satisfazendo-lhe a curiosidade, o jovem de Tarso falou sem rebuços:

— Jesus enviou-me um médico. Ananias veio curar-me em seu nome.

E antes que o homem se recobrasse do espanto, cumulava-o de recomendações a respeito dos pergaminhos que desejava, entregando-lhe a quantia necessária.

Dando largas ao entusiasmo que lhe ia nalma, dirigiu-se novamente a Ananias, expondo-lhe seus planos:

— Até aqui, ocupava o meu tempo no estudo e na exegese da ; agora, porém, encherei as horas com o espírito do Cristo. Trabalharei nesse mister até ao fim dos meus dias. Buscarei iniciar meu trabalho aqui mesmo em Damasco.


E, fazendo uma pausa, perguntava ao benfeitor que o ouvia em silêncio:

— Conheceis na cidade um rapaz fariseu de nome Sadoc?

— Sim, é quem tem chefiado as perseguições nesta cidade.

— Pois bem — continuava o jovem tarsense atencioso —, amanhã é sábado e haverá preleção na sinagoga. Pretendo procurar os amigos e falar-lhes publicamente do apelo que o Cristo me endereçou. Quero estudar vossas anotações ainda hoje, porque me darão assunto para a primeira prédica do Evangelho.


— Para ser sincero — disse Ananias com a sua experiência dos homens —, acho que deves ser muito prudente nesta nova fase religiosa. É possível que teus amigos da sinagoga não estejam preparados para receber a luz da verdade toda. A má-fé tem sempre caminhos para tentar a confusão do que é puro.

— Mas se eu vi Jesus, não tenho o direito de ocultar uma revelação incontestável — exclamou o neófito, como a salientar, antes de tudo, a boa intenção que o animava.

— Sim, não digo que fujas do testemunho — explicou, calmo, o velho discípulo —, mas devo encarecer a maior prudência nas atitudes, não pela doutrina do Cristo, superior e invulnerável a quaisquer ataques dos homens, mas, por ti mesmo.

— Por mim nada posso temer. Se Jesus me restituiu a luz dos olhos, não deixará de iluminar meus caminhos. Quero comunicar a Sadoc a ocorrência que deu novos rumos ao meu destino. E o ensejo não poderia ser mais oportuno, porque sei que hospeda em sua casa, ainda agora, alguns levitas de renome, recém-chegados de Chipre. 

— Que o Mestre te abençoe os bons propósitos — disse o velho sorridente.


Saulo sentia-se feliz. A presença de Ananias confortava-o sobremodo. Como velhos e fiéis amigos, almoçaram juntos. Em seguida e sempre satisfeito, o generoso enviado do Cristo retirou-se, deixando o ex-rabino todo entregue à meticulosa cópia dos textos.

No dia seguinte, Saulo de Tarso levantou-se lépido e bem disposto. Sentia-se revigorado para uma vida nova. As recordações amargas lhe desertaram da memória. A influência de Jesus enchia-o de alegrias substanciosas e duradouras. Tinha a impressão de haver aberto uma porta nova em sua alma, por onde sopravam céleres as inspirações de um mundo maior.

Depois da primeira refeição, não obstante o dissabor que a atitude de Sadoc lhe causara, procurou avistar-se com o amigo, levado pela sinceridade que lhe pautava os mínimos atos da vida. Não o encontrou, contudo, na residência particular. Um servo informou que o amo saíra com alguns hóspedes em direção à sinagoga.


Saulo foi até lá. Os trabalhos do dia estavam iniciados. Fora feita a leitura dos textos de Moisés. Um dos levitas de Citium havia tomado a palavra para os respectivos comentários.

A entrada do ex-rabino provocou curiosidade geral. A maioria dos presentes tinha conhecimento da sua importância pessoal, bem como do seu verbo ardoroso e seguro. Sadoc, porém, ao vê-lo, fez-se pálido, e mais ainda quando o jovem de Tarso lhe pediu uma palavra em particular. Embora contrafeito, foi-lhe ao encontro. Cumprimentaram-se sem dissimular a nova impressão que, já agora, mantinham entre si.

Em face das primeiras observações do novel evangelista, formuladas em tom amável, o amigo de Damasco explicou, evidenciando o seu orgulho ofendido:

— De fato, sabia que estavas na cidade e cheguei mesmo a procurar-te na pensão de Judas; tais foram, porém, as informações do hoteleiro, que me abstive de ir ao teu aposento. E cheguei até a pedir-lhe segredo da minha visita. Com efeito, parece incrível que te rendesses, também tu, passivamente, aos sortilégios do “Caminho”! Não posso compreender semelhante transmutação em tua robusta mentalidade.

— Mas, Sadoc — replicou o jovem tarsense muito calmo —, eu vi Jesus ressuscitado…


O outro fez grande esforço para conter uma ruidosa gargalhada.

— Será possível — objetou com zombaria — que tua índole sentimental, tão contrária a manifestações de misticismo, tenha capitulado nesse terreno? Acreditarias mesmo em tais visões? Não poderias imaginar-te vítima de algum desfaçado adepto do carpinteiro? Tuas atitudes de agora nos causarão profunda vergonha. Que dirão os homens irresponsáveis, que nada conhecem da Lei de Moisés? E a nossa posição no partido dominante, da raça? Os colegas do farisaísmo  hão de arregalar os olhos, quando souberem da tua clamorosa defecção. Quando aceitei o encargo de perseguir os companheiros do operário de Nazaret, reprimindo-lhes as atividades perigosas fi-lo pela amizade que te consagrava; e não te doerá a traição dos votos anteriores? Considera como se dificultará nosso escopo, quando se espalhar a notícia de que capitulaste perante esses homens sem cultura e sem consciência.


Saulo fitou o amigo, revelando imensa preocupação no olhar ansioso. Aquelas acusações eram as premissas do acolhimento que o aguardava no cenáculo dos velhos companheiros de lutas e edificações religiosas.

— Não — disse ele sentindo fundamente cada palavra —, não posso aceitar as tuas arguições. Repito que vi Jesus de Nazaret e devo proclamar que nele reconheço o Messias prometido pelos nossos profetas mais eminentes.

Enquanto o outro fazia largo gesto admirativo, ao observar aquela inflexão de certeza e sinceridade, Saulo continuava convicto:

— Quanto ao mais, considero que, a todo tempo, devemos e podemos reparar os erros do passado. E é com esse ardor de fé que me proponho regenerar minhas próprias estradas. Trabalharei, doravante, pela minha certeza em Cristo Jesus. Não é justo que me perca em ponderações sentimentalistas, olvidando a verdade; e assim procederei em benefício dos meus próprios amigos. Os amantes das realidades da vida sempre foram os mais detestados, ao tempo em que viveram. Que fazer? Até aqui, minhas pregações nasciam dos textos recebidos dos antepassados veneráveis, mas, hoje, minhas asserções se baseiam não somente nos repositórios da tradição, senão também na prova testemunhal.


Sadoc não conseguiu ocultar a surpresa.

— Mas… a tua posição? E os teus parentes? E o nome? E tudo que recebeste dos que rodeiam tua personalidade com fervorosos compromissos? — perguntou Sadoc revocando-o ao passado.

— Agora, estou com o Cristo e todos nós lhe pertencemos. Sua palavra divina convocou-me a esforços mais ardentes e ativos. Aos que me compreenderem devo, naturalmente, a gratidão mais sagrada; entretanto, para os que não possam entender guardarei a melhor atitude de serenidade, considerando que o próprio Messias foi levado à cruz.

— Também tu com a mania do martírio?


O interpelado guardou uma bela expressão de dignidade pessoal e concluiu:

— Não posso perder-me em opiniões levianas. Esperarei que o teu amigo de Chipre termine a preleção, para relatar minha experiência diante de todos.

— Falar nisso aqui?

— Por que não?

— Seria mais razoável descansares da viagem e da enfermidade, meditando melhor no assunto, mesmo porque tenho esperança nas tuas reconsiderações, relativamente ao acontecido.

— Sabes, porém, que não sou nenhuma criança e cumpre-me esclarecer a verdade, em qualquer circunstância.

— E se te apuparem? E se fores considerado traidor?

— A fidelidade a Deus deve ser maior que tudo isso, aos nossos olhos.

— É possível, no entanto, que não te concedam a palavra — ponderou Sadoc após esbarrar com a força daquelas profundas convicções.

— Minha condição é bastante para que ninguém se atreva a negar-me o que é de justiça.

— Então, seja. Responderás pelas consequências — concluiu Sadoc constrangido.


Naquele momento, ambos compreenderam a imensidão da linha divisória que os extremava. Saulo percebeu que a amizade que Sadoc sempre lhe testemunhara baseava-se nos interesses puramente humanos. Abandonando a falsa carreira que lhe dava prestígio e brilho, via esfumar-se a cordialidade do outro. Mas, de tal cogitação, logo lhe veio à mente que, também ele, assim procederia, provavelmente, se não tivesse Jesus no coração.

Sereno e desassombrado, evitou aproximar-se do local onde se acomodavam os visitantes ilustres, buscando aproximar-se do largo estrado em que se improvisara uma nova tribuna. Terminada a dissertação do levita de Citium, Saulo surgiu à vista de todos os presentes, que o saudaram com olhares ansiosos. Cumprimentou, afável, os diretores da reunião e pediu vênia para expor suas ideias.

Sadoc não tivera coragem de criar um ambiente antipático, para deixar que tudo corresse à feição das circunstâncias, e foi por isso que os sacerdotes apertaram a mão de Saulo com a simpatia de sempre, acolhendo com imensa alegria o seu alvitre.


Com a palavra, o ex-rabino ergueu a fronte, nobremente, como costumava fazer nos seus dias triunfais.

— Varões de Israel! começou em tom solene — em nome do Todo-Poderoso, venho anunciar-vos hoje, pela primeira vez, as verdades da nova revelação. Temos ignorado, até agora, o fato culminante da vida da Humanidade. O Messias prometido já veio, consoante o afirmaram os profetas que se glorificaram na virtude e no sofrimento. Jesus de Nazaret é o Salvador dos pecadores.

Uma bomba que estourasse no recinto, não causaria maior espanto. Todos fixavam o orador, atônitos.


A assembleia estava obstúpida. Saulo, contudo, prosseguia intrépido, depois de uma pausa:

— Não vos assombreis com o que vos digo. Conheceis minha consciência pela retidão de minha vida, pela minha fidelidade às leis divinas. Pois bem: é com este patrimônio do passado que vos falo hoje, reparando as faltas involuntárias que cometi nos impulsos sinceros de uma perseguição cruel e injusta. Em Jerusalém, fui o primeiro a condenar os apóstolos do “Caminho”; provoquei a união de romanos e israelitas para a repressão, sem tréguas, a todas as atividades que se prendessem ao Nazareno; varejei lares sagrados, encarcerei mulheres e crianças, submeti alguns à pena de morte, ocasionei um vasto êxodo das massas operárias que trabalhavam pacificamente na cidade para seu progresso; criei para todos os espíritos mais sinceros um regime de sombras e terrores. Fiz tudo isso, na falsa suposição de defender a Deus, como se o Pai Supremo necessitasse de míseros defensores!… Mas, de viagem para esta cidade, autorizado pelo Sinédrio e pela Corte Provincial, para invadir os lares alheios e perseguir criaturas inofensivas e inocentes, eis que Jesus me aparece às vossas portas e me pergunta, em pleno meio-dia, na paisagem desolada e deserta: — Saulo, Saulo, por que me persegues?


A essa evocação, a voz eloquente se enternecia e as lágrimas lhe corriam copiosas. Interrompera-se ao recordar a ocorrência decisiva do seu destino. Os ouvintes contemplavam-no assombrados.

— Que é isso? — diziam alguns.

— O doutor de Tarso graceja!… —  afirmavam outros sorrindo, convictos de que o jovem tribuno estivesse buscando maior efeito oratório.

— Não, amigos — exclamou com veemência —, jamais gracejei convosco nas tribunas sagradas. O Deus justo não permitiu que minha violência criminosa fosse até ao fim, em detrimento da verdade, e consentiu, por misericórdia de acréscimo, que o mísero servo não encontrasse a morte sem vos trazer a luz da crença nova!…


Não obstante o ardor da pregação, que deixava em todos os ouvidos ressonâncias emocionais, rompeu no recinto estranho vozerio. Alguns fariseus mais exaltados interpelaram Sadoc, em voz baixa, quanto ao inesperado daquela surpresa, obtendo a confirmação de que Saulo, de fato, parecia extremamente perturbado, alegando ter visto o carpinteiro de Nazaret nas vizinhanças de Damasco. Imediatamente estabeleceu-se enorme confusão em toda a sala, porque havia quem visse no caso perigosa defecção do rabino, e quem opinasse por enfermidade súbita, que o houvesse dementado.

— Varões de minha antiga fé — trovejou a voz do moço tarsense, mais incisiva —, é inútil tentardes empanar a verdade. Não sou traidor nem estou doente. Estamos defrontando uma era nova, em face da qual todos os nossos caprichos religiosos são insignificantes.


Uma chuva de impropérios cortou-lhe repentinamente a palavra.

— Covarde! Blasfemo! Cão do “Caminho”!… Fora o traidor de Moisés!…

Os apodos partiam de todos os lados. Os mais afeiçoados ao ex-rabino, que se inclinavam a supô-lo vítima de graves perturbações mentais, entraram em conflito com os fariseus mais rudes e rigorosos. Algumas bengalas foram atiradas à tribuna com extrema violência. Os grupos, que se haviam atracado em luta, espalhavam forte celeuma na sinagoga, percebendo o orador que se encontravam na iminência de irreparáveis desastres.

Foi quando um dos levitas mais idosos assomou ao grande estrado, levantando a voz com toda a energia de que era capaz e rogando aos presentes acompanhá-lo na recitação de um dos Salmos de David. O convite foi aceito por todos. Os mais exaltados repetiram a prece, tomados de vergonha.


Saulo acompanhava a cena com profundo interesse.

Terminada a oração, disse o sacerdote, com ênfase irritante:

— Lamentemos este episódio, mas evitemos a confusão que em nada aproveita. Até ontem, Saulo de Tarso honrava as nossas fileiras como paradigma de triunfo; hoje, sua palavra é para nós um galho de espinhos. Com um passado respeitável, esta atitude de agora só nos merece condenação. Perjúrio? Demência? Não o sabemos com certeza. Outro fora o tribuno e apedrejá-lo-íamos sem pestanejar; mas, com um antigo colega os processos devem ser outros. Se está doente, só merece compaixão; se traidor, só poderá merecer absoluto desprezo. Que Jerusalém o julgue como seu embaixador. Quanto a nós, encerremos as pregações da Sinagoga e recolhemo-nos à paz dos fiéis cumpridores da Lei.


O ex-rabino suportou a increpação com grande serenidade a lhe transparecer dos olhos. Intimamente, sentia-se ferido no seu amor-próprio. Os remanescentes do “homem velho” exigiam revide e reparação imediata, ali mesmo, à vista de todos. Quis falar novamente, exigir a palavra, obrigar os companheiros a ouvi-lo, mas sentia-se presa de emoções incoercíveis, que lhe infirmavam os ímpetos explosivos. Imóvel, notou que velhos afeiçoados de Damasco abandonavam o recinto calmamente, sem lhe fazer sequer uma ligeira saudação. Observou, também, que os levitas de Citium pareciam entendê-lo, através de um olhar de simpatia, ao mesmo tempo que Sadoc fixava-o com ironia e risinhos de triunfo. Era o repúdio que chegava. Acostumado aos aplausos onde quer que aparecesse, fora vítima da própria ilusão, acreditando que, para falar com êxito, sobre Jesus, bastavam os louros efêmeros já conquistados ao mundo. Enganara-se. Seus cômpares punham-no à margem, como inútil. Nada lhe doía mais que ser assim desaproveitado, quando lhe ardia nalma a devoção sacerdotal. Preferia que o esbofeteassem, que o prendessem, que o flagelassem, mas não lhe tirassem o ensejo de discutir sem peias, a todos vencendo e convencendo com a lógica de suas definições. Aquele abandono feria-o fundo, porque, antes de qualquer consideração, reconhecia não laborar em benefício pessoal, por vaidade ou egoísmo, mas pelos próprios correligionários atidos às concepções rígidas e inflexíveis da Lei.


Aos poucos a sinagoga ficara deserta, sob o calor ardente das primeiras horas da tarde. Saulo sentou-se num banco tosco e chorou. Era a luta entre a vaidade de outros tempos e a renúncia de si mesmo, que começava. Para conforto da alma opressa, recordou a narrativa de Ananias, no capítulo em que Jesus dissera ao velho discípulo que lhe mostraria quanto importava sofrer por amor ao seu nome.

Acabrunhado, retirou-se do templo, em busca do benfeitor, a fim de reconfortar-se com a sua palavra.

Ananias não se mostrou surpreendido com a exposição das ocorrências.

— Vejo-me cercado de enormes dificuldades — dizia Saulo um tanto perturbado. — Sinto-me no dever de espalhar a nova doutrina, felicitando os nossos semelhantes; Jesus encheu-me o coração de energias inesperadas, mas a secura dos homens é de amedrontar os mais fortes.

— Sim — explicava o ancião paciente —, o Senhor conferiu-te a tarefa do semeador; tens muito boa vontade, mas, que faz um homem recebendo encargos dessa natureza? Antes de tudo, procura ajuntar as sementes no seu mealheiro particular, para que o esforço seja profícuo.


O neófito percebeu o alcance da comparação e perguntou:

— Mas, que desejais dizer com isso?

— Quero dizer que um homem de vida pura e reta, sem os erros da própria boa-intenção, está sempre pronto a plantar o bem e a justiça no roteiro que perlustra; mas aquele que já se enganou, ou que guarda alguma culpa, tem necessidade de testemunhar no sofrimento próprio, antes de ensinar. Os que não forem integralmente puros, ou nada sofreram no caminho, jamais são bem compreendidos por quem lhes ouve simplesmente a palavra. Contra os seus ensinos estão suas próprias vidas. Além do mais, tudo que é de Deus reclama grande paz e profunda compreensão. No teu caso, deves pensar na lição de Jesus permanecendo trinta anos entre nós, preparando-se para suportar nossa presença durante apenas três. Para receber uma tarefa do Céu, conviveu com a Natureza apascentando rebanhos; para desbravar as estradas do Salvador, meditou muito tempo nos ásperos desertos da Judeia.


As ponderações carinhosas de Ananias caíam-lhe na alma opressa como bálsamo vitalizante.

— Quando hajas sofrido mais — continuava o benfeitor e amigo sincero —, terás apurado a compreensão dos homens — e das coisas. Só a dor nos ensina a ser humanos. Quando a criatura entra no período mais perigoso da existência, depois da matinal infância e antes da noite da velhice; quando a vida exubera energias, Deus lhe envia os filhos, para que, com os trabalhos, se lhe enterneça o coração. Pelo que me hás confessado, é possível não venhas a ser pai, mas terás os filhos do Calvário em toda parte. Não viste Simão Pedro, em Jerusalém, rodeado de infelizes? Naturalmente, encontrarás um lar maior na Terra, onde serás chamado a exercer a fraternidade, o amor, o perdão… É preciso morrer para o mundo, para que o Cristo viva em nós…


Aquelas observações tão sadias e tão mansas penetraram o espírito do ex-rabino como bálsamo de consolação de horizontes mais vastos. Suas palavras carinhosas fizeram-no recordar alguém que o amava muito. De cérebro cansado pelos embates do dia, Saulo esforçava-se por fixar melhor as ideias. Ah!… agora se lembrava perfeitamente. Esse alguém era . Veio-lhe de súbito o desejo de se avistar com o velho mestre. Compreendia a razão daquela lembrança. É que, também ele, pela última vez, lhe falara da necessidade que sentia dos lugares ermos, para meditar as sublimes verdades novas. Sabia-o em Palmira, na companhia de um irmão. Como não se recordara ainda do antigo mestre, que lhe fora quase um pai? Certamente, Gamaliel recebê-lo-ia de braços abertos, regozijar-se-ia com as suas conquistas recentes, dar-lhe-ia conselhos generosos quanto aos rumos a seguir.


Engolfado em recordações cariciosas, agradeceu a Ananias com um olhar significativo, acrescentando sensibilizado:

— Tendes razão… Buscarei o deserto em vez de voltar a Jerusalém precipitadamente, sem forças, talvez, para enfrentar a incompreensão dos meus confrades.

Tenho um velho amigo em Palmira, que me acolherá de bom grado. Ali repousarei algum tempo, até que possa internar-me pelas regiões ermas, a fim de meditar as lições recebidas.

Ananias aprovou a ideia com um sorriso. Ainda ficaram conversando longo tempo, até que a noite mergulhou a alma das coisas no seu velário de sombras espessas.


O velho pregador conduziu, então, o novo adepto para a humilde reunião que se realizava nesse sábado de grandes desilusões para o ex-rabino.

Damasco não tinha propriamente uma igreja; entretanto, contava numerosos crentes irmanados pelo ideal religioso do “Caminho”. O núcleo de orações era em casa de uma lavadeira humilde, companheira de fé, que alugava a sala para poder acudir a um filho paralítico. Profundamente admirado, o moço tarsense enxergou ali a miniatura do quadro observado pela primeira vez, quando tivera a curiosidade invencível de assistir às célebres . Em torno da mesa rústica, juntavam-se míseras criaturas da plebe, que ele sempre mantivera separada da sua esfera social. Mulheres analfabetas com crianças ao colo, velhos pedreiros rudes, lavadeiras que não conseguiam conjugar duas palavras certas. Anciães de mãos trêmulas, amparando-se a cajados fortes, doentes misérrimos que exibiam a marca de enfermidades dolorosas. A cerimônia parecia ainda mais simples que as de Simão Pedro e seus companheiros galileus. Ananias chefiava e presidia o ato. Sentando-se à mesa, qual patriarca no seio da família rogou as bênçãos de Jesus para a boa vontade de todos. Em seguida, fez a leitura dos ensinos de Jesus, respigando algumas sentenças do Mestre Divino nos pergaminhos esparsos. Depois de comentar a página lida, ilustrando-a com a exposição de fatos significativos, do seu conhecimento, ou da sua experiência pessoal, o velho discípulo do Evangelho deixava o lugar, percorria as filas de bancos e impunha as mãos sobre os doentes e necessitados. Comumente, segundo o hábito das primeiras células cristãs do primeiro século, ao memorar as alegrias de Jesus quando servia o repasto aos discípulos, fazia-se modesta distribuição de pão e água pura em nome do Senhor. Saulo serviu-se do bolo simples enternecidamente. Para sua alma, o cibo mesquinho tinha o sabor divino da fraternidade universal. A água clara e fresca da bilha grosseira soube-lhe a fluido de amor que partia de Jesus, comunicando-se a todos os seres. Ao fim da reunião, Ananias orava fervorosamente. Depois de contar a visão de Saulo e a sua própria, nos comentários singelos daquela noite, pedia ao Salvador protegesse o novo servo em demanda a Palmira, a fim de meditar mais demoradamente na imensidão de suas misericórdias. Ouvindo-lhe a rogativa que o calor da amizade revestia de amavio singular, Saulo chorou de reconhecimento e gratidão, comparando as emoções do rabino que fora, com as do servo de Jesus que agora queria ser. Nas reuniões suntuosas do Sinédrio, jamais ouvira um companheiro exorar ao Céu com aquela sinceridade superior. Entre os mais afeiçoados só encontrara elogios vãos, prontos a se transformarem em calúnias torpes, quando lhes não podia conceder favores materiais. Em toda parte, admiração superficial, filha do jogo dos interesses inferiores. Ali, a situação era outra. Nenhuma daquelas criaturas desfavorecidas da sorte viera pedir-lhe facilidades; todos pareciam satisfeitos ao serviço de Deus, que assim os congregava a termo de trabalhos exaustivos e penosos. E, por fim, ainda rogavam a Jesus lhe concedesse paz de espírito para o seu empreendimento.


Terminada a reunião, Saulo de Tarso tinha lágrimas nos olhos. Na igreja do “Caminho”, em Jerusalém, os Apóstolos galileus o trataram com especial deferência, atentos à sua posição social e política, senhor das regalias que as convenções do mundo lhe conferiam; mas os cristãos de Damasco impressionaram-no mais vivamente, arrebataram-lhe a alma, conquistando-a para uma afeição imorredoura, com aquele gesto de confiança e carinho, tratando-o como irmão.

Um a um, apertaram-lhe a mão com votos de feliz viagem. Alguns velhos mais humildes beijaram-lhe as mãos. Tais provas de afeto davam-lhe novas forças. Se os amigos do judaísmo lhe desprezavam a palavra,  acintosos e hostis, começava agora a encontrar no seu caminho os filhos do Calvário. Trabalharia por eles, consagraria ao seu consolo as energias da mocidade. Pela primeira vez na vida, revelou interesse pelo sorriso das criancinhas. Como se desejasse retribuir as demonstrações de carinho recebidas, tomou nos braços um menino doente. Diante da pobre mãe sorridente e agradecida fez-lhe festas, acariciou-lhe os cabelos desajeitadamente. Entre os acúleos agressivos de sua alma apaixonada, começavam a desabrochar as flores de ternura e gratidão.


Ananias estava satisfeito. Junto dos irmãos de mais confiança, acompanhou o neófito até à pensão de Judas. Aquele modesto grupo desconhecido percorreu as ruas banhadas de luar, estreitamente unido e reconfortando-se em comentários cristãos. Saulo admirava-se de haver encontrado tão depressa aquela chave de harmonia que lhe proporcionava segura confiança em todos. Teve a impressão de que nas genuínas comunidades do Cristo a amizade era diferente de tudo que lhe dava expressão nos agrupamentos mundanos. Na diversidade das lutas sociais o traço dominante das relações cifrava-se agora, a seus olhos, nas vantagens do interesse individual; ao passo que, na unidade de esforços da tarefa do Mestre, havia um cunho divino de confiança, como se os compromissos tivessem o ascendente divino, original. Todos falavam, como nascidos no mesmo lar. Se expunham uma ideia digna de maior ponderação, faziam-no com serenidade e geral compreensão do dever; se versavam assuntos leves e simples, os comentários timbravam franca e confortadora alegria. Em nenhum deles notava a preocupação de parecer menos sincero na defesa dos seus pontos de vista; mas, ao invés, lhaneza de trato sem laivos de hipocrisia, porque, em regra, sentiam-se sob a tutela do Cristo, que, para a consciência de cada um, era o amigo invisível e presente, a quem ninguém deveria enganar.


Consolado e satisfeito de haver encontrado amigos na verdadeira acepção da palavra, Saulo chegou à estalagem de Judas, despedindo-se de todos profundamente comovido. Ele próprio surpreendia-se com o sabor de intimidade com que as expressões lhe afloravam aos lábios. Agora compreendia que a palavra “irmão”, largamente usada entre os adeptos do “Caminho”, não era fútil e vã. Os companheiros de Ananias conquistaram-lhe o coração. Nunca mais esqueceria os irmãos de Damasco.

No dia imediato, contratando um serviçal indicado pelo estalajadeiro, Saulo de Tarso, ao amanhecer, embora surpreendesse o dono da casa com o seu ânimo resoluto, pôs-se a caminho da cidade famosa, situada num oásis em pleno deserto.


Nas primeiras horas da manhã, saíam das portas de Damasco dois homens modestamente trajados, à frente de pequeno camelo carregado das necessárias provisões.

Saulo fizera questão de partir assim, a pé, de modo a iniciar a vida com rigores que lhe seriam sumamente benéficos mais tarde. Não viajaria mais na qualidade de doutor da Lei, rodeado de servos, sim como discípulo de Jesus, adstrito aos seus programas. Por esse motivo, considerou preferível viajar como beduíno, para aprender a contar, sempre, com as próprias forças. Sob o calor calcinante do dia, sob as bênçãos refrigeradoras do crepúsculo, seu pensamento estava fixo n’Aquele que o chamara do mundo para uma vida nova. As noites do deserto, quando o luar enche de sonho a desolação da paisagem morta, são tocadas de misteriosa beleza. Sob as frondes de alguma tamareira solitária, o convertido de Damasco aproveitava o silêncio para profundas meditações. O firmamento estrelado tinha, agora, para seu espírito, confortadoras e permanentes mensagens. Estava convicto de que sua alma havia sido arrebatada a novos horizontes, porque, através de todas as coisas da Natureza, parecia receber o pensamento do Cristo que lhe falava carinhosamente ao coração.




De Citium — Cício, cidade da ilha de Chipre. (Nota da Editora)



Irmão Jacob

sl 23:1
Voltei

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Irmão Jacob

Amparado à Marta, intentei proclamar o júbilo que me dominava, fazendo-me ouvido em alta voz. Todavia, os membros jaziam inteiriçados e os órgãos da fala em descontrole.

Não tinha perfeito conhecimento da posição em que os familiares se moviam. Meus olhos demoravam-se perturbados. Sensação de esmagamento percorria-me todo; no entanto, que pedir além daquela infinita ventura que o devotamento filial me proporcionava?

Tentei alinhar ideias a fim de agradecer a intervenção da filha querida; contudo, não consegui. Percebendo-me as dificuldades, Marta afagou-me a fronte e falou, meiga:

— “Os nossos benfeitores desatam os últimos elos. Enquanto isto, façamos nossa oração.”



Não me seria possível, naqueles minutos, enfileirar pensamentos e muito menos enunciar qualquer frase. Tinha a respiração opressa, como nos derradeiros dias de luta no corpo físico. Com alegria, no entanto, vi a filha elevar-se ao Alto, repetindo em voz pausada e comovedora as expressões do Sl 23:1, ampliando-lhes o sentido:

— “O Senhor é nosso Pastor; nada nos faltará. Deitar-nos faz em refúgios de esperança, guia-nos suavemente às águas do repouso.

“Refrigera-nos a alma, conduz-nos pelas veredas da justiça, na qual confiamos por amor ao seu nome.

“Ainda que andemos pelo vale da sombra e da morte, não temeremos mal algum, porque Ele está conosco; a sua vontade e a sua vigilância nos consolam.

“Prepara-nos mesa farta de bênçãos, ainda mesmo na presença dos inimigos que trazemos dentro de nós, unge-nos a cabeça de bom ânimo e o nosso coração transborda de júbilo.

“Certamente que a bondade e a compaixão do Senhor nos seguirão em todos os dias da vida e habitaremos na sua Casa Divina, por longo tempo. Assim seja.”

À medida que sua voz pronunciava o texto antigo, multiplicando-me as lágrimas abundantes e espontâneas, dores cruéis me assaltavam a região torácica.

Vim saber, mais tarde, que aqueles sofrimentos provinham da extração de resíduos fluídicos que ainda me enlaçavam à zona do coração.



Finda a prece, que ouvi sob indizível angústia, percebendo a manifesta intenção da filha que assim procedia buscando isolar-me o pensamento da intervenção a que me achava submetido, notei que as dores se faziam menos rudes. Ela permaneceu amorosamente inclinada para mim, por mais de uma hora, em silêncio.

Temia falar, provocando fenômenos desagradáveis e, ao que me pareceu, Marta me partilhava os receios.

Um momento chegou, entretanto, no qual a respiração se fez equilibrada e verifiquei que o coração me batia uniforme e regular no peito.

Através do olhar supliquei à filha, sem palavras, reforçasse o socorro que minha situação estava exigindo.

Vi-a movimentar cuidadosamente o braço direito e em seguida passar a destra repetidamente sobre a minha cabeça exausta. Reparei que me aplicava forças espirituais que eu ainda não podia compreender.

Mais alguns minutos decorridos e percebi que o poder de orar me felicitava de novo. Encadeava os pensamentos sem maiores dificuldades e, na convicção de que poderia tentar a prece com êxito, improvisei sincera súplica.

O trabalho foi bem sucedido. A harmonia geral começou a refazer-me, embora a fraqueza extrema que me possuía.

Notei que de Marta para mim vinham fagulhas minúsculas de luz em porção imensa, a envolverem-me todo, ao passo que me via agora cercado de atmosfera fracamente iluminada em tom de laranja.

A respiração processava-se normalmente. A carência de ar desaparecera. Meus pulmões revelavam-se robustecidos como por encanto, e tanto bem me faziam as inalações prolongadas de oxigênio que tive a impressão de haurir alimento invisível do ar leve e puro.

Restabelecendo-se-me a força orgânica, fortificava-se a potência visual.

A claridade alaranjada que me revestia casava-se à luz comum.

A melhora experimentada, porém, não ia ao ponto de restaurar-me a disposição de falar. O abatimento era ainda insuperável.

Assombrado, vi-me em duplicata.

Eu, que tanta vez exortara os desencarnados a contemplarem os despojos de que já se haviam desvencilhado, fixei meu corpo a enrijecer-se, num misto de espanto e amargura.

Fitei minha filha, com suplicante humildade, imitando o gesto da criança medrosa. Encontrava-me prostrado, vencido. Não me assistia qualquer razão de revolta; contudo, se possível, desejaria afastar-me. A contemplação do corpo imóvel, não obstante aguçar-me o propósito de observar e aprender, era-me aflitiva. O cadáver perturbava-me com as sugestões da morte, impunha reflexões desagradáveis e amargas. A distância dele, provavelmente a ideia de vida e eternidade prevaleceria dentro de mim.

Marta entendeu o que eu não podia dizer. Fez-se mais terna e explicou-me:

— “Tenha calma, papai. Os laços não se desfizeram totalmente. Precisamos paciência por mais algumas horas.”



Alongando o raio de meu olhar, verifiquei a existência de prateado fio, ligando-me o novo organismo à cabeça imobilizada.

Torturante emoção apossou-se de mim.

Eu seria o cadáver ou o cadáver seria eu? Por intermédio de que boca pretendia falar? Da que se fechara no corpo ou da que me serviria agora? Através de que ouvidos assinalava as palavras de Marta?

Intentando ver pelos olhos mortos, senti-me atirado novamente a espesso nevoeiro.

Assustado, soergui-me mentalmente.

Aquele grilhão tênue a unir-me com os despojos era bem um fio de forças vivas, jungindo-me à matéria densa, semelhando-se ao cordão umbilical que liga o nascituro ao seio feminino. Fitando, então, o corpo repousado e inerte, simbolizando templo materno ao meu ser que ressurgia na espiritualidade, recordei, certamente inspirado pelos amigos que ali me socorriam, a enormidade dos meus débitos para com a carcaça que me retivera no Planeta por extensos e abençoados anos. Devia-lhe à cooperação precioso amontoado de conhecimentos, cujo valor inestimável naquela hora reconhecia. Cabia-me vencer o mal-estar e a repugnância.

Tranquilizei-me. Comecei a considerar o corpo, mirrado e frio, como valioso companheiro do qual me afastaria em definitivo. Enquanto perdurou a nossa entrosagem, beneficiara-me ao contato da luta humana. Junto dele, recolhera bênçãos inextinguíveis. Sem ele, por que processos continuaria o aprendizado? Fixei-o, enternecido, mas, aumentando o meu interesse pela organização de carne, imóvel, incapaz de separar emoções e selecioná-las, afundei-me nas impressões de angústia. Minhas energias pareciam retransferir-se, aceleradamente, ao envoltório abandonado. Insuportável constrangimento martirizava-me. Percebi os conflitos da carne desgovernada. A diferença apresentada pelos órgãos impunha-me terrível desagrado.

Registrando-me as dificuldades, Marta informou bondosamente:

— “Lembre-se, paizinho, da necessidade de concentração na prece. Não divague. Esqueça a experiência que terminou, sustentando a mente em oração.”

A custo, retornei a mim mesmo e me mantive no recolhimento necessário.

Meu objetivo, agora, era não pensar.

Se avançava no futuro, estranhas vertigens me assediavam; se me demorava analisando o veículo físico, vigoroso e inesperado impulso me reconduzia para ele.

Que fazer de mim, reduzido a minúsculo ponto sensível entre duas Esferas?

Aquietei-me e orei.



Rogando a Jesus me auxiliasse a encontrar o melhor caminho, observei que minha capacidade visual se dilatava. Curiosos fenômenos de óptica afetavam-me a retina hesitante. Alterara-se-me a noção de perspectiva. A imagem do ambiente parecia penetrar-me. Objetos e luzes permaneciam dentro de mim ou jaziam em derredor?

Dentro de semelhante indecisão, divisei duas figuras ladeando a filha dedicada.

Centralizei quanto possível o propósito de ver mais exatamente, e tive o esforço compensado.

Ambos os presentes se destacaram nítidos.

Que alegria me banhou o ser!

Num deles identifiquei, sem obstáculos, o venerável Bezerra de Menezes e no outro adivinhei o benemérito Irmão Andrade. Pelo sorriso de compreensão que me endereçaram reconheci que os dois me haviam notado a surpresa indescritível.

Todavia, meu júbilo do primeiro instante foi substituído pela timidez. Enquanto nos debatemos na lida material, quase nunca nos recordamos de que somos seguidos pelo testemunho do Plano espiritual nos mínimos atos da existência. Falamos, com referência aos Espíritos, com a desenvoltura das crianças que se reportam aos pais a propósito de insignificantes brinquedos. Senti-me repentinamente envergonhado.

Quantos sacrifícios exigira daqueles abnegados amigos?

Apesar do natural acanhamento que a presença deles me infligia, tudo fiz por levantar-me, de modo a recebê-los com a veneração que mereciam. Tentei, porém, debalde erguer-me.

Percebendo-me a intenção, abeiraram-se de mim. Cumprimentaram-me com palavras confortadoras de boas-vindas.

Com gentileza, explicou-me Bezerra que o processo liberatório corria normal, que me não preocupasse com as delongas, porque a existência que eu desfrutara fora dilatada e ativa. Não era possível — disse, bondoso — efetuar a separação do organismo espiritual com maior rapidez. Esclareceu também que o ambiente doméstico estava impregnado de certa substância que classificou por “fluidos gravitantes”, desfavorecendo-me a libertação.

Mais tarde vim a perceber que os objetos de nosso uso pessoal emitem radiações que se casam às nossas ondas magnéticas, criando elementos de ligação entre eles e nós, reclamando-se muito desapego de nossa parte a fim de que não nos prendam ou perturbem.

Após instruir-me, benévolo, recomendou-me Bezerra esquecesse o retraimento em que me refugiara, confiando-me a pensamentos mais elevados, de maneira a colaborar com ele para que me subtraísse ao decúbito dorsal.

Pus-me a refletir na infinita bondade de Jesus, enquanto o dedicado amigo me aplicava passes, projetando sobre mim, com as mãos dadivosas, abundantes jatos de luz.

Ao término da operação, acentuara-se-me a resistência.

A rigor, não pude levantar-me, nem falar. Ambos os benfeitores, porém, seguidos de Marta, que nos observava com visíveis mostras de contentamento, retiraram-me do leito, determinando que me amparasse a eles para uma jornada de repouso.

— “É necessário sair de algum modo — acentuou Bezerra, em tom grave, — conduzi-lo-emos à praia. As virações marítimas serão portadoras de grande bem ao reajustamento geral.”

Abracei-me aos devotados obreiros da caridade, com esforço, e não obstante verificar que o derradeiro laço ainda me atava às vísceras em descontrole, afastei-me da zona doméstica, reparando que eu era por eles rapidamente conduzido à beira-mar.




André Luiz

sl 23:4
Obreiros da Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Antes de iniciar os trabalhos de nossa expedição socorrista, o Assistente Jerônimo conduziu-nos ao Templo da Paz,  na zona consagrada ao serviço de auxílio, onde esclarecido instrutor comentaria as necessidades de cooperação junto às entidades infelizes, nos Círculos mais baixos da vida espiritual que rodeiam a Crosta da Terra.

A maravilhosa noite derramava inspirações divinas.

Ao longe, constelações faiscantes semelhavam-se a pérolas caprichosamente dispostas numa colcha de veludo imensamente azul. A paisagem lunar oferecia detalhes encantadores. Picos e crateras salientavam-se à nossa vista, embora, a considerável distância, num deslumbramento de filigrana preciosa. Fulgurava o Cruzeiro do Sul como símbolo sublime, desenhado ao fundo azul-escuro do firmamento. Canópus, Sírius, Antares brilhavam, infinitamente, figurando-se-nos batizas radiosas e significativas do céu. A Via Láctea, dando-nos a impressão de prodigioso ninho de mundos, parecia um dilúvio de moedas resplandecentes a se derramarem de cornucópia gigantesca e invisível, convidando-nos a meditar nos segredos excelsos da Natureza divina. E as suaves virações noturnas, osculando-nos a mente em êxtase, passavam apressadas, sussurrando-nos grandiosos pensamentos, antes de se dirigirem às Esferas distantes…

O Templo, edificado no sopé de graciosa colina, apresentava aspecto festivo, em virtude da iluminação feérica a projetar singulares efeitos nos caminhos adjacentes. As torres, à maneira de agulhas brilhantes, alongavam-se pelo céu, contrastando com o indefinível azul da noite clara e, cá em baixo, as flores de variadas figurações eram taças luminosas, servindo luz e perfume, balouçando, de leve, na folhagem, ao sopro incessante do vento.

Não éramos os únicos interessados na palestra da noite, porque numerosos grupos de irmãos se dirigiam ao interior, acomodando-se no recinto. Eram entidades de todas as condições, fazendo-nos sentir o geral interesse pelas lições em perspectiva.

Seguíamos, o Assistente Jerônimo, o padre Hipólito, a enfermeira Luciana e eu, constituindo pequena equipe de trabalho, incumbida de operar na Crosta Planetária, durante trinta dias, aproximadamente, em caráter de auxílio e estudo, com vistas ao nosso desenvolvimento espiritual.

Jerônimo, o orientador de nossas atividades pela nobreza de sua posição, percebendo-me a curiosidade perante as movimentadas conversações em derredor, explicou, gentil:

— Muito justa a atenção, em torno do assunto. Admito que a quase totalidade dos interessados e estudiosos que afluem à casa integram comissões e agrupamentos de socorro nas regiões menos evolvidas.

E demorando o olhar nas fileiras de jovens e velhos que demandavam o interior, acrescentou:

— A palavra do Instrutor Albano Metelo merece a consideração excepcional da noite. Trata-se dum campeão das tarefas de auxílio aos ignorantes e sofredores dos Círculos imediatos à Crosta Terrestre. Somos aqui diversos grupos de aprendizes, e a experiência dele nos proporcionará infinito bem.


Breves minutos decorreram e penetramos, por nossa vez, o recinto radioso.

Vagavam no ar suaves melodias, precedendo a palavra orientadora. Flores perfumosas, ornamentando o ambiente, embalsamavam a nave ampla.

Alguns instantes agradabilíssimos de espera e o emissário apareceu na tribuna simples, magnificamente iluminada. Era um ancião de porte respeitável, cujos cabelos lhe teciam uma coroa de neve luminosa. De seus olhos calmos, esplendidamente lúcidos, irradiavam-se forças simpáticas que de súbito nos dominaram os corações. Depois de estender sobre nós a mão amiga, num gesto de quem abençoa, ouviu-se o coro do Templo entoando o hino “Glória aos Servos Fiéis”:


Ó Senhor!

Abençoa os teus servos fiéis,

Mensageiros de tua paz,

Semeadores de tua esperança.


Onde haja sombras de dor,

Acende-lhes a lâmpada da alegria;

Onde domine o mal, ameaçando a obra do bem,

Abre-lhes a porta oculta de tua misericórdia;

Onde surjam acúleos do ódio,

Auxilia-nos a cultivar as flores bem-aventuradas de teu sacrossanto amor!


Senhor! São eles

Teus heróis anônimos,

Que removem pântanos e espinheiros,

Cooperando em tua divina semeadura…

Concede-lhes os júbilos interiores,

Da claridade sagrada em que se banham as almas redimidas;

Unge-lhes o coração com a harmonia celeste

Que reservas ao ouvido santificado;

Descortina-lhes as visões gloriosas

Que guardas para os olhos dos justos;

Condecora-lhes o peito com as estrelas da virtude leal…

Enche-lhes as mãos de dádivas benditas

Para que repartam em teu nome

A lei do bem,

A luz da perfeição,

O alimento do amor,

A veste da sabedoria,

A alegria da paz,

A força da fé,

O influxo da coragem,

A graça da esperança,

O remédio retificador!…


Ó Senhor,

Inspiração de nossas vidas,

Mestre de nossos corações,

Refúgio dos séculos terrestres!

Faze brilhar teus divinos lauréis

E teus eternos dons,

Na fronte lúcida dos bons

Os teus servos fiéis!


O Instrutor ouviu, em silêncio, de olhos molhados, deixando transparecer íntimo júbilo, enquanto a maioria da assembleia disfarçava discretamente as lágrimas que os acentos harmoniosos do cântico nos arrancavam do coração. Em se perdendo no espaço as derradeiras notas da melodia sublime, Metelo, sem qualquer luxo de gesticulação, saudou-nos com expressiva simplicidade, desejando-nos a Paz do Senhor, e prosseguiu:

— Não mereço, amigos, o preito de carinho desta noite. Não tenho servido fielmente Aquele que nos ama desde o princípio e, por isso, vosso hino confunde-me. Mero soldado das lides evangélicas, trabalho ainda no campo da própria redenção.

Fez ligeira pausa, fitou-nos, paternal, e continuou:

— Mas… a minha personalidade não interessa. Venho falar-vos de nossos trabalhos singelos, nas regiões espirituais ligadas à Crosta da Terra. Ó meus irmãos! É necessário apelar para as nossas energias mais recônditas. As zonas purgatoriais multiplicam-se, assustadoramente, em derredor dos homens encarnados. À distância dos teatros de angústia, vinculados às realizações edificantes de nossa colônia espiritual, preservando valiosas reservas da vida infinita para essa mesma Humanidade que se debate no sofrimento e nas trevas, nem sempre formulamos uma ideia exata da ignorância e da dor que atormentam a mente humana, quanto aos problemas da morte. A felicidade faz que nasçam aqui as fontes inesgotáveis da esperança. Os que se preparam, ante os voos maiores da Eternidade, trazem os olhos voltados para a Esfera Superior, na contemplação do ilimitado porvir, e os que se esforçam por merecer a bênção da reencarnação na Crosta Terrestre, fixam as suas aspirações mais fortes no soberano propósito de redenção, organizando-se perante o futuro, ousados nas solicitações de trabalho e arrojados no bom ânimo. Todos os pormenores da vida, nesta cidade, falam alto de nossos objetivos de equilíbrio e elevação. Não longe de nós, começam a brilhar os raios da alvorada radiante dos mundos melhores, convidando-nos à visão beatífica do Universo e à gloriosa união com o Divino. Mas… — o orador fez significativo intervalo, parecendo escutar vozes e chamamentos de paisagens distantes, e prosseguiu; — e os nossos irmãos que ainda ignoram a luz? Subiríamos até Deus, num círculo fechado? Como operar o insulamento egoístico e partir a caminho do Pai Amoroso e Leal que acende o Sol para os santos e os criminosos, para os justos e injustos?

Metelo mostrou uma chama de zelo sagrado nos olhos percucientes e exclamou, depois de curta reflexão:

— Nós, que procuramos a santidade e a justiça, alcançaríamos, acaso, semelhante orientação, se outras fossem as circunstâncias que nos regeram até aqui? Construtores de nossos próprios destinos, por delegação natural do Criador, onde permaneceríamos, agora, sem os favores da oportunidade e o obséquio da proteção de benfeitores desvelados? Indubitavelmente, os ensejos de elevação felicitam todas as criaturas; no entanto, é imprescindível ponderar que a bênção da fonte pode converter-se em venenosa água estagnada, se a trancamos num poço incomunicável. E as dádivas recebidas por nós são inúmeras e os dons que nos foram distribuídos, imensos… Seria completo o nosso regozijo, havendo lágrimas atrás de nossos passos? Como entoar hinos de hosana à felicidade sobre o coro dos soluços? Nobilíssimo, todo impulso de atingir o cume; entretanto, que veremos após a ascensão? Entre os júbilos de alguns, identificaríamos a ruína e a miséria de multidões incalculáveis!…


Nesse momento, envolvido nas vibrações de profundo interesse dos ouvintes, imprimiu novo acento ao verbo luminoso e tornou com indefinível melancolia:

— Também eu tive noutro tempo a obcecação de buscar apressado a montanha. A Luz de cima fascinava-me e rompi todos os laços que me retinham embaixo, encetando dificilmente a jornada. A princípio, feri-me nos espinhos pontiagudos da senda, experimentei atrozes desenganos… Consegui, porém, vencer os óbices imediatos e ganhei, jubiloso, pequenina eminência. Em me voltando, todavia, espantou-me a visão terrífica do vale: o sofrimento e a ignorância dominavam em plena treva. Desencarnados e encarnados lutavam uns contra os outros, em combates gigantescos, disputando gratificações dos sentidos animalizados. O ódio criava moléstias repugnantes, o egoísmo abafava impulsos nobres, a vaidade operava horrenda cegueira… Cheguei a sentir-me feliz, diante da posição que me distanciava de tamanhas angústias. Contudo, quando mais me vangloriava, dentro de mim mesmo, embalado na expectativa de atravessar mais altos cumes, eis que, certa noite, notei que o vale se represava de fulgente luz. Que sol misericordioso visitava o antro sombrio da dor? Seres angélicos desciam, céleres, de radiosos pináculos, acorrendo às zonas mais baixas, obedecendo ao poder de atração da claridade bendita. “Que acontecera?” — perguntei ousadamente, interpelando um dos áulicos celestiais. — “O Senhor Jesus visita hoje os que erram nas trevas do mundo, libertando consciências escravizadas”. Nem mais uma palavra. O mensageiro do Plano Divino não podia conceder-me mais tempo. Urgia descer para colaborar com o Mestre do Amor, diminuindo os desastres das quedas morais, amenizando padecimentos, pensando feridas, secando lágrimas, atenuando o mal, e, sobretudo, abrindo horizontes novos à Ciência e à Religião, de modo a desfazer a multimilenária noite da ignorância. Novamente sozinho, na peregrinação para o Alto, reconsiderei a atitude que me fizera impaciente. Em verdade, para onde marchava meu Espírito, despreocupado da imensa família humana, junto da qual haurira minhas mais ricas aquisições para a vida imortal? Porque enojar-me, ante o vale, se o próprio Jesus, que me centralizava as aspirações, trabalhava, solícito, para que a Luz de Cima penetrasse as entranhas da Terra? Não praticava eu o crime execrável da usura, olvidando aqueles entre os quais adquirira o roteiro destinado à minha própria ascensão? Como subir sozinho, organizando um céu exclusivo para minhalma, lastimavelmente abstraído dos valores da cooperação que o mundo me prodigalizava com generosidade e abundância?

Mostrava-se o Instrutor intensamente comovido.

— Detive-me, então, — continuou, — e voltei. Efetivamente, o caminho vertical e purificador da superioridade é a sublime destinação de todos. O cume, bafejado de resplendor solar, é sempre um desafio benéfico aos que vagueiam sem rumo, na planície. O alto polariza, naturalmente, as supremas esperanças dos que ainda permanecem em baixo… Todavia, à medida que penetramos o domínio da altura, imprimem-se-nos na mente e no coração as leis sublimes de fraternidade e misericórdia. Os grandes orientadores da Humanidade não mediram a própria grandeza senão pela capacidade de regressar aos círculos da ignorância para exemplificarem o amor e a sabedoria, a renúncia e o perdão aos semelhantes. É por esse motivo que necessitamos temperar todo impulso de elevação com o sal do entendimento, evitando a precipitação nos despenhadeiros do egoísmo e da vaidade fatais.


Metelo silenciou por instantes e, diante da comoção com que lhe acompanhávamos a palestra, retomou o verbo com outra inflexão de voz:

— Outrora, quando nos envolvíamos ainda nos fluidos da carne terrestre, supúnhamos com desacerto que a vaidade e o egoísmo somente poderiam vitimar os homens encarnados. A Teologia, não obstante o ministério respeitável que lhe está afeto, enclausurava-nos a mente em fantasiosas concepções do reino da verdade. Esperávamos um paraíso fácil de ser conquistado pela deficiência humana e temíamos um inferno difícil de regenerar-nos. Nossas ideias alusivas à morte confinavam-se a essas ridículas limitações. Hoje, porém, sabemos que, depois do túmulo, há simplesmente continuação da vida. Céu e inferno residem dentro de nós mesmos. A virtude e o defeito, a manifestação sublime e o impulso animal, o equilíbrio e a desarmonia, o esforço de elevação e a probabilidade da queda perseveram aqui, após o trânsito do sepulcro, compelindo-nos à serenidade e à prudência. Não nos encontramos senão em outro campo de matéria variada, noutros domínios vibratórios do próprio Planeta em cuja Crosta tivemos experiências quase inumeráveis. Como não equilibrar, portanto, o coração no exercício efetivo da solidariedade? Logicamente não exortamos ninguém a novos mergulhos no lodo antigo, não desejamos que os companheiros previdentes regressem à posição de filhos pródigos, distanciados voluntariamente do Eterno Pai, nem pretendemos interromper a marcha laboriosa dos servidores de boa vontade, a caminho dos Cimos da Vida. Apelamos tão só no sentido de cooperardes nos trabalhos de socorro às Esferas escuras. Sois livres e dispondes de tempo, no desempenho dos deveres nobilitantes a que fostes chamados em nossa colônia espiritual. Nada mais razoável que o proveito da oportunidade no planejamento da ascese. Entretanto, na qualidade de velho cooperador das tarefas de auxílio, ousamos rogar vosso interesse generalizado pelos que erram “no vale da sombra e da morte”, (Sl 23:4) aguardando a esmola possível de vosso tempo, em favor dos nossos semelhantes, defrontados agora por situações menos felizes, não em virtude dos desígnios divinos, mas em razão da imprevidência deles mesmos. Contudo, qual de nós não foi invigilante algum dia?

Fez o orador uma pausa mais longa e continuou:

— De nossos amigos encarnados não podemos esperar, por enquanto, concurso maior e mais eficiente nesse sentido. Presos nas grades sensoriais, progridem lentamente na aprendizagem das leis que regem a matéria e a energia. Quando convidados a visitar nossos Círculos de edificação, fora da instrumentalidade fisiológica, regressam ao corpo assombrados pelas visões rápidas que lhes foi possível arquivar e, em transmitindo suas lembranças aos contemporâneos, operam a coloração da água simples e pura da verdade com os seus “pontos de vista” e predileções pessoais no terreno da Ciência, da Filosofia e da Religião. Bernardin de Saint-Pierre, o romancista trazido por amigos a regiões vizinhas da Crosta Planetária, volta ao seu meio de ação e traça aspectos que asseverou pertencerem ao Planeta Vênus. Huyghens, o astrônomo, recebe mentalmente algum noticiário de nossas Esferas de luta e ensaia teorias referentes à vida em outros mundos, afirmando que os processos biológicos nos orbes distantes são absolutamente análogos aos da Crosta da Terra. Teresa d’Ávila, a religiosa santificada, transporta-se à paisagem de nosso Plano onde se lamentam almas sofredoras, e torna ao corpo carnal, descrevendo o inferno para os seus ouvintes e leitores. Swedenborg, o grande médium, percorre alguns trechos de nossas zonas de ação e pinta os costumes das “habitações astrais” como melhor lhe parece, imprimindo às narrações os fortes característicos de suas concepções individuais. Quase todos os que vieram momentaneamente ao nosso campo de trabalho voltam ao esforço humano, exibindo a experiência de que foram objeto, pincelando-a com a tinta de suas inclinações e estados psíquicos. Porque se encontram fundamente arraigados ao “chão inferior” do próprio “eu”, acreditam enxergar outros mundos em situações iguais à da Terra, nosso maravilhoso templo, cujas dependências não se restringem à Esfera da Crosta sobre a qual os homens de carne pousam os pés. A Terra é também nossa grande mãe, cujos braços acolhedores se estendem pelo espaço além, ofertando-nos outros campos de aprimoramento e redenção.

Modificando a inflexão de voz, prosseguiu:

— As criaturas, porém, atravessam breve período de existência no mundo carnal. A maioria demora-se nas estações expiatórias do resgate difícil e confunde-se nas vibrações perturbadoras do sofrimento e do medo. Fazem da morte uma deusa sinistra. Apresentam o fenômeno natural da renovação com as mais negras cores. Agarradas às sensações do dia que passa, ignoram como dilatar a esperança e transformam a separação provisória numa terrível noite de amarguroso adeus. Vítimas da ignorância em que se comprazem, internam-se em florestas de sombras, onde perdem toda a paz, convertendo-se em presas delirantes dos infernos de horror, criados por elas mesmas nos desvairamentos passionais. Como esperar delas a colaboração precisa, com a extensão desejável, se, pela indiferença para com os próprios destinos, mergulham-se diariamente nos rios de treva, desencanto e pavor? Unamo-nos portanto, auxiliando-as, segundo os preceitos evangélicos, descortinando-lhes novos horizontes e aclarando-lhes os caminhos evolutivos.

De olhos fulgurantes e neblinados de lágrimas, pela evocação talvez de quadros das Esferas sombrias, que não nos eram dado conhecer, Metelo manteve-se longos instantes em silêncio, voltando a dizer em tom de súplica:

— Recordemos o Divino Mestre e não desdenhemos a honra de servir, não de acordo com os nossos caprichos pessoais, porém de conformidade com os seus desígnios e suas leis. Campos imensuráveis de trabalho aguardam-nos a cooperação fraterna e a semeadura do bem produzirá nossa felicidade sem fim!…

Falou, comovedoramente, por mais alguns minutos, e, em seguida, invocou as Forças Divinas, arrancando-nos lágrimas de intraduzível alegria.

Raios de claridade azul-brilhante choveram no recinto, proporcionando-nos a resposta do Plano Superior.


Transcorridos alguns momentos de meditação, Metelo fez exibir num grande globo de substância leitosa, situado na parte central do Templo, vários quadros vivos do seu campo de ação nas zonas inferiores. Tratava-se da fotografia animada, com apresentação de todos os sons e minúcias anatômicas inerentes às cenas observadas por ele, em seu ministério de bondade cristã.

Infelizes desencarnados, em despenhadeiros de dor, imploravam piedade. Monstros de variadas espécies, desafiando as antigas descrições mitológicas, compareciam horripilantes, ao pé de vítimas desventuradas.

As paisagens, analisadas de tão perto, através do avançado processo de fixação das imagens, não somente emocionavam: infundiam terror. Na intimidade da massa leitosa, em que eram lançadas, adquiriam expressões de vivacidade indescritível. Apareciam soturnas procissões de seres humanos despojados do corpo, sob céus nevoentos e ameaçadores, cortados de cataclismos de natureza magnética.

Pela primeira vez, contemplava eu semelhante demonstração, sem disfarçar a emoção. Para onde se dirigiam aquelas fileiras imensas de Espíritos sofredores? Como se sustentariam os ajuntamentos de almas desalentadas e semi-inconscientes, que me era dado divisar ali, ante os meus olhos tomados de assombro, atoladas em poços escuros de lama e padecimento?

Em dado instante, a voz do Instrutor quebrou o silêncio. Diante dum quadro extremamente doloroso, exclamou em voz firme:

— Muitos de vós sabeis que tenho nesses centros expiatórios os que me foram pais bem-amados na derradeira experiência vivida na carne, prisioneiros ainda de torturantes recordações; no entanto, crede, não nos move qualquer propósito egoístico nas tarefas de auxílio, porque temos aprendido com o Senhor que a nossa família se encontra em toda parte.

Observei que ninguém ousou voltar-se para Metelo em seu testemunho de humildade. Comovidíssimo, por minha vez, ante a demonstração de entendimento evangélico a que assistia, notei o olhar expressivo que o Assistente Jerônimo me endereçou, ao término do noticiário animado e sonoro e procurei alijar de mim mesmo a preocupação de algo saber, acerca do drama particular do orientador, anulando meus inferiores impulsos de mera curiosidade.

Findos os trabalhos, que ocuparam pouco mais de duas horas, inclusive a palestra instrutiva, vários grupos eram apresentados ao Instrutor, por um dos dirigentes do Templo.

Tive a impressão de que a assembleia em sua feição quase integral era constituída de legítimos interessados nos trabalhos espontâneos de ajuda ao próximo. Pelas saudações e pelas frases de que se faziam acompanhar, percebi que se aglomeravam, no recinto, grandes e pequenos conjuntos de servidores, em diversas missões, com objetivos múltiplos. Consagravam-se alguns ao amparo de criminosos desencarnados, outros ao socorro de mães aflitas, colhidas inesperadamente pelas renovações da morte, outros, ainda, interessavam-se pelos ateus, pelas consciências encarceradas no remorso, pelos enfermos na carne, pelos agonizantes na Crosta, pelos dementes sem corpo físico, pelas crianças em dificuldade no Plano invisível aos homens, pelas almas desanimadas e tristes, pelos desequilibrados de todos os matizes, pelos missionários perdidos ou desviados, pelas entidades jungidas às vísceras cadavéricas, pelos trabalhadores da Natureza, necessitados de inspiração e carinho.

Para todos, possuía o mentor uma sentença generosa de estímulo e admiração.

Chegada a nossa vez, Jerônimo nos apresentou gentilmente:

— Metelo, temos aqui três companheiros que me seguirão agora, em missão de socorro.

— Muito bem! Muito bem! — Exclamou o interpelado, — que o Divino Servidor os inspire.

Abraçou-nos, com simplicidade, e perguntou:

— Partem com obrigação especializada?

— Sim, — esclareceu nosso orientador, — devemos atender, nos próximos trinta dias, a cinco dedicados colaboradores nossos, prestes a desencarnarem na Crosta. Trabalharam, fiéis à causa do bem, e as nossas autoridades encarregaram-nos de atender-lhes aos casos pessoais.

— Prevejo muito êxito, — comentou Albano Metelo, fixando em nós o olhar sereno.

Revelando espontânea alegria pelas palavras ouvidas, Jerônimo acrescentou, delicado:

— Confio na dedicação dos meus companheiros. Seguem comigo um ex-padre católico, uma enfermeira e um médico. Seremos quatro servos em ação ativa.

— Compreendo, — aduziu o Instrutor.

— Vamos com autorização para efetuar experiências, estudos e auxílios eventuais, de conformidade com as circunstâncias, em vista do caráter de nosso trabalho, que nos prodigalizará ensejo a diferentes observações.

Enviou-nos Metelo reconfortante sorriso de otimismo e confiança, cumprimentou-nos, individualmente, e, depois de abraçar o nosso diretor, com intimidade, exclamou:

— Que o Mestre os ilumine e conduza.

Eram as palavras de despedida. Outro grupo socorrista aproximou-se dele e retiramo-nos do templo da Paz, repletos do pensamento salutar de servir aos semelhantes em nome de Deus.

Lá fora, a noite de maravilhas era bem uma festa silenciosa, em que o aroma das flores convidava para o banquete celeste da luz.




Instituição localizada nas áreas do Ministério do Auxílio em Nosso Lar.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

sl 23:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
SALMO 23: PASTOR E ANFITRIÃO, 23:1-6

Acerca da relação do Salmo 23 com o salmo precedente e o subseqüente, veja os comentários introdutórios do Salmo 22. Nenhuma parte das Escrituras, com a possível exceção da Oração do Pai Nosso, é mais conhecida do que "O Salmo do Pastor". Sua beleza literária e percepção espiritual são insuperáveis. Como observa Taylor: "Ao longo dos séculos esse salmo tem conquistado um lugar supremo na literatura religiosa do mundo. Todos que o lêem, independentemente de idade, raça ou circunstâncias, encon-tram na beleza pacífica dos seus pensamentos uma amplitude e profundidade de percep-ção espiritual que satisfaz e domina a alma. Ele pertence à classe de salmos que exalam confiança e segurança no Senhor [...]. Aqui o salmista não apresenta um prefácio de queixas acerca das dores de enfermidades ou da traição dos inimigos, mas inicia e termi-na com palavras de gratidão pela bondade eterna do Senhor".53

Oesterley também escreve: "Esse breve e seleto salmo, provavelmente o mais conhe-cido de todos os salmos, relata de alguém cuja confiança sublime em Deus lhe trouxe paz e contentamento. O relacionamento íntimo com Deus sentido pelo salmista é expresso por duas figuras representando o Pastor protetor e o Anfitrião amoroso. A breve referên-cia aos inimigos indica que ele não estava livre da maldade e intenção perversa de pesso-as do seu povo, mas a menção delas é superficial. Diferentemente de tantos outros salmistas que são vítimas de inimigos inescrupulosos e que acabam exteriorizando sua amargura de espírito, esse servo fiel de Deus tem somente palavras de reconhecimento e gratidão pela bondade divina. Todo o salmo exala o espírito de calma, paz e contenta-mento, decorrentes de sua fé em Deus, que o torna um dos mais inspiradores do Saltério"."
É possível interpretar todo o salmo em termos do relacionamento de um pastor com suas ovelhas. No entanto, a divisão mais natural é sugerida pelo título "Pastor e Anfi-trião". Como Leslie M'Caw comenta: "Este poema deve muito da sua beleza à. mistura talentosa das figuras contrastantes que cobrem os principais aspectos da vida humana, ou seja: exterior (1,2) e interior (6b), paz pastoral (2) e peregrinação através do perigo (4b), a possibilidade do mal (
- 4b) e a perspectiva do bem (5), tempos de revigoramento da alma (
- 3a) e tempos de trevas agourentas (
- 4a) ; a experiência de seguir (1,2) e uma vida de segurança estável (6b). No entanto, todas as facetas literárias dessa pérola lírica são vistas à luz do Senhor cujo cuidado afetuoso, vigilância constante e presença contínua comunicam à vida toda a sua cor e satisfação. Na verdade, a atividade sétupla do Senhor descrita nos versículos 2:5 (Ele faz, leva, refrigera, guia, está com, prepara uma mesa e unge a cabeça) está emoldurada pelo nome do SENHOR (que consta entre as primeiras e últimas palavras do poema) ".55

1. Peregrinação com o Pastor (23:1-4)

Davi podia escrever a partir da sua rica experiência pessoal com as ovelhas: O SE-NHOR é o meu pastor; nada me faltará (1; isto é, não sentirei falta de qualquer coisa indispensável). Existem "sete provisões" que o Pastor supre para as suas ovelhas:

  1. "Não me faltará completa satisfação" (23.2a). Deitar-me faz em verdes pastos fala, literalmente, de pastos de capim macio e novo. Dizem que as ovelhas nunca se deitam, até que estejam satisfeitas. Cada necessidade espiritual é suprida. Afigura trans-mite um completo descanso na satisfação proporcionada pelo cuidado vigilante do gran-de Pastor. Que contraste com a agitação do mundo!
  2. "Não me faltará orientação" (23.2b). Guia-me mansamente a águas tranqüilas, ou "águas de descanso". Continuando a idéia de provisão para as necessidades do reba-nho, o poeta acrescenta o pensamento de orientação. O pastor oriental não empurra ou impele, ele sempre guia suas ovelhas. Esse pensamento é recordado no hino evangélico:

Ele me guia! Ó pensamento abençoado! Ó palavras repletas de conforto celestial! Seja o que eu fizer, seja onde estiver, É a mão de Deus que me guia.

  1. "Não me faltará restauração" (23.3a). Refrigera a minha alma, isto é, Ele me aviva, renova e refresca. Esse é um tema recorrente do NT: "O interior, contudo, se reno-va de dia em dia" (2 Co 4,16) ; "E vos renoveis no espírito do vosso sentido" (Ef 4:23) ; "E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento" (Cl 3:10). Essa é a graça que sustenta a alma.
  2. "Não me faltará instrução da justiça" (23.3b). Guia-me pelas veredas da justi-ça por amor do seu nome. As veredas da justiça são caminhos planos. Uma das funções das Escrituras é "instruir em justiça" (2 Tm 3.16). Deus não somente adverte contra o mal; Ele nos guia nos caminhos da justiça. Isso ocorre por amor do seu nome, provando o tipo de Deus que Ele é. O Deus, cujo nome é santo (111.9; Mt 6:9), quer que seu povo também seja santo (Lv 19:2-1 Pe 1:14-16).
  3. "Não me faltará coragem diante do perigo" (23.4a). Ainda que eu andasse pelo vale da sombra (hb., escuridão profunda e mortal) da morte, não temerei mal al-gum. Aqui está a certeza da ajuda no momento mais difícil da vida. A morte não é um adversário desprezível. Ela é o nosso último grande inimigo 1Co 15:26). Se Deus podenos dar coragem nesse momento, como tem dado a tantos outros, Ele pode nos ajudar em qualquer lugar. Mal (ra) é um termo amplo para qualquer tipo de dano ou perigo que possa nos sobrevir.
  4. "Não me faltará a Presença Divina" (23.4b). Porque tu estás comigo. Esse é o motivo principal para toda a confiança do salmista. O Senhor não o deixará nem o de-samparará (Êx 33:14; Dt 31:6-8; Js 1:5-9 etc.). Nessa Presença há força, conforto, descan-so e esperança. Nesse ponto significativo a descrição (2-3) dá lugar à adoração.
  5. "Não me faltará conforto na tristeza" (23.4c). A tua vara e o teu cajado me consolam. O cajado do pastor tem duas funções: ele é uma vara de proteção e um caja-do no qual o pastor se apoia, servindo para o seu conforto. "O homem de dores" sabe melhor do que ninguém como atender as necessidades do coração abatido.

2. Provisão feita pelo Anfitrião (23:5-6)

A idéia do completo suprimento de cada necessidade com a qual o salmo inicia con-tinua controlando o seu desenvolvimento, mas a comparação muda do Pastor para o Anfitrião, do campo para a casa. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos (5) retrata a marca da apreciação pública que o rei oriental mostrava àquele que desejava honrar de uma maneira especial. Essa é a única referência passa-geira aos inimigos que aparecem descritos tão amplamente em outros salmos de Davi. Unges a minha cabeça com óleo: não é o óleo da unção que era usado para empossar o rei ou o sacerdote; um outro termo hebraico é usado para esse fim. Esse era um óleo perfumoso amplamente usado em banquetes do Oriente antigo como marca de hospitali-dade e favor. A cabeça ungida com óleo é uma figura bíblica comum para abundância de alegria. O meu cálice transborda simboliza a provisão abundante oferecida pelo gene-roso Anfitrião.

Certamente que a bondade e a misericórdia (chesed, bondade, amor pactuai, graça; cf.comentário em 17,7) me seguirão todos os dias da minha vida (6). O termo traduzido por certamente também significa "unicamente". O salmista está confiante em que apenas a bondade e o amor imutável farão parte da sua vida. Habitarei na Casa do Senhor por longos dias, ou "para todo o sempre" (ARA). Mas o significado mais profundo é mais do que uma longa vida nesta terra. Bondade e misericórdia [...] todos os dias da minha vida serão-seguidos por um lar eterno na presença de Deus quando essa vida chegar ao fim (Jo 14:1-3).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 23 versículo 1
Neste salmo se aplicam a Deus duas imagens poéticas:
a do pastor que cuida das suas ovelhas (vs. Sl 23:1-4; Jo 10:14-16; He 13:20; 1Pe 5:4. Ver Pastor na Concordância Temática.

Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 23 versículo 2
Conforme Jr 31:9; Ez 34:13-15; Ap 7:17.

Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 23 versículo 3
Conforme Is 40:29-31; Is 41:10; 2Ts 2:17.Sl 23:3 Veredas da justiça:
É uma conduta reta, segundo a orientação de Deus. Conforme Pv 4:11-12.Sl 23:3 Por amor do seu nome:
Isto é, em virtude do que ele é, dando honra ao que Deus é em si. Ver Sl 8:1, e conforme Sl 25:11; Sl 31:3; Sl 106:8. Ver Nome de Deus na Concordância Temática.

Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 23 versículo 5
Preparas-me uma mesa:
O convite para uma refeição era não somente um gesto de hospitalidade, mas também um símbolo de solidariedade e de aliança. Conforme Gn 18:5-8; Gn 19:2-3.Sl 23:5 O ato de derramar azeite perfumado sobre a cabeça do hóspede era outro sinal de hospitalidade e de amizade. Conforme Lc 7:37-38,Lc 7:46 e ver Sl 92:10,Sl 23:5 Conforme 1Co 10:16.

Champlin - Comentários de Salmos Capítulo 23 versículo 6
Sl 27:4; Sl 122:1.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
*

Sl 23 Este salmo talvez seja o mais bem conhecido exemplo de um salmo de confiança (Introdução: Características e Temas). Trata-se de uma unidade literária, com duas metáforas dominantes que expressam os cuidados e a bondade de Deus: o pastor e a mesa do banquete.

* 23:1

meu pastor. A imagem de Deus como um pastor é inesgotavelmente rica. O pastor permanece com seu rebanho (Is 40:11; 63.9-12). suas ovelhas dependem totalmente dele quanto ao alimento, à água e à proteção de animais ferozes. No Novo Testamento, Jesus se revela como o pastor de seu povo (Jo 10:11,14), cumprindo a profecia de que Deus viria para pastorear o seu povo (Ez 34:7-16,23).

* 23:2-3

me faz repousar... Leva-me... refrigera-me... Guia-me. Estes dois versículos exprimem a metáfora dos cuidados do pastor por suas ovelhas. O Senhor cuida amorosamente de seu povo.

* 23:4

vale da sombra da morte. Ver 10:21,22.

bordão... cajado. A vara servia para combater animais ferozes, e o cajado para dirigir o rebanho.

* 23:5-6 O Senhor tratava o salmista como um hóspede de honra.

* 23:5

uma mesa. A figura de linguagem passa a ser a de um banquete, para uma celebração de vitória.

unges-me. Os convidados eram ungidos nos banquetes (Sl 104:15; Lc 7:46).

* 23:6

habitarei. Tal como as ovelhas com os seus pastores, o salmista se tranqüilizou na certeza de um lar eterno com Deus. Ver Jo 14:23; "Deus é Amor: Bondade e Fidelidade", índice.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
23:1 Ao descrever a Deus como pastor, Davi escrevia a respeito de sua própria experiência, já que passou seus primeiros anos cuidando ovelhas (1Sm 16:10-11). As ovelhas dependem completamente de seu pastor quanto a alimentação, guia e amparo. O Novo Testamento chama o Jesus o bom pastor (Jo 10:11), o grande pastor (Hb_13:
20) e o Príncipe dos pastores (1Pe 5:4). Da mesma maneira que o Senhor é o bom pastor, nós somos suas ovelhas. Não somos animais atemorizados e passivos, a não ser seguidores obedientes e sábios que seguem ao Unico que pode nos guiar aos melhores lugares e por caminhos seguros. Este salmo não põe ênfase nas qualidades das ovelhas como animais, a não ser nas qualidades como discípulos dos que seguem a um líder. Quando você reconheça ao bom pastor, siga-o!

23.2, 3 Quando permitimos que Deus nosso pastor nos guie, temos contentamiento. Quando decidimos pecar, entretanto, estamos decidindo ir por nosso próprio caminho e não podemos culpar a Deus pelo entorno que nós mesmos criamos. Nosso pastor conhece os "delicados pastos" e as "águas de repouso" que nos restaurarão. Chegaremos a esses lugares unicamente quando o seguirmos em obediência. Ao nos rebelar contra a direção do bom pastor em realidade nos rebelamos contra o que nos convém. Devemos recordar isto a próxima vez que nos vejamos tentados a ir por nossa conta e não pelo caminho do pastor.

23:4 A morte projeta uma sombra aterradora sobre nossa vida porque estamos completamente indefesos quando chega. Podemos lutar com muitos outros inimigos -dor, sofrimento, enfermidade, danos- mas a fortaleza e o ânimo não podem vencer à morte. Esta tem a palavra final. Solo uma pessoa pode caminhar conosco com o passar do vale sombrio da morte e nos fazer passar até o outro lado a salvo: o Deus da vida, nosso pastor. A vida é incerta, e por isso devemos seguir a este pastor que nos oferece eterno distração.

23.5, 6 Na antiga cultura do Próximo Oriente, era costume ungir a uma pessoa em um banquete com azeite fragrante, como com uma loção. Os anfitriões deviam proteger a seus convidados a toda costa. Deus oferece o amparo de um anfitrião mesmo que estejamos em meio dos inimigos. Na cena final deste salmo, vemos que os crentes morarão com Deus. Deus, o perfeito pastor e anfitrião, promete nos guiar e nos proteger ao longo da vida para nos levar a morar para sempre em

SALMOS PARA APRENDER E AMAR

Quase todos, já sejam religiosos ou não, escutaram o Salmo 23 porque se cita com muita freqüência. Muitos outros salmos também são bem conhecidos porque se citam na música, na literatura ou nos cultos de adoração. Os salmos que conhecemos e amamos são os que entram em nossa mente quando os necessitamos. Inspiram-nos, confortam-nos, corrigem-nos no momento justo em que necessitamos uma palavra do Senhor. Se você quer começar a aprender-se salmos, comece com alguns destes favoritos. Aprenda o salmo completo ou só os versículos que lhe falem diretamente com você. Ou leoa o salmo em voz alta várias vezes ao dia até que seja parte dela.

Salmos que nos levam a presença de Deus: 29; 95:1-7a; 96; 100

Salmos sobre o bem: 1; 19; 24; 133; 136; 139

Salmos de louvor: 8; 97; 103; 107; 113 145:150

Salmos de arrependimento e perdão: 32:1-5; 51; 103

Salmos para tempos de problemas: 3; 14; 22; 37:1-11; 42; 46; 53; 116:1-7

Salmos de confiança e esperança: 23; 40:1-4; 91; 119.11; 121; 127


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
Sl 23:1) que o homem tem o direito de dizer: O Senhor é meu pastor ; Nada me faltará .

Por cerca de três mil anos, este salmo tem sido talvez a passagem mais conhecida e favorito da Bíblia. Obviamente, isso é porque ele ministra a necessidades concretas e universais: as necessidades do homem para o conforto e uma sensação de segurança, tanto nesta vida e na vida futura. Ele tem sido muitas vezes chamado de "o rouxinol dos salmos." Sobre este ponto Beecher diz:

Ele é pequeno, de uma pena caseira, cantando timidamente fora da obscuridade; mas, oh! ele encheu o ar de todo o mundo com alegria melodiosa, maior do que o coração pode conceber. Bendito seja o dia em que o Salmo nasceu! ... Ele tem encantado mais tristezas para descansar do que toda a filosofia do mundo. Seu trabalho nem é feito. Ele vai continuar cantando para os seus filhos, e aos seus filhos, através de todas as gerações do tempo; nem vai dobrar suas asas até o último peregrino é seguro, e tempo terminou; e em seguida, ele deve voar de volta ao seio de Deus, de onde ele emitido, e som on, misturada com todos aqueles sons de alegria celestial que fazem o céu musical para sempre.

Muitos tomam falso conforto a partir deste salmo. Todo homem quer desfrutar da rica provisão que o Pastor celestial faz por suas ovelhas; mas os confortos expressas aqui são para um grupo seleto. Em Jo 10:4 ). Ele disse que se um homem vai buscar primeiro o reino ea justiça de Deus, Ele vai cuidar de todas as necessidades daquele homem para comida, bebida e roupas (Mt 6:19 ). No versículo 5 , onde muitos estudiosos acreditam que Davi mudou a figura do de Shepherd para o Host, ele deixa claro que Deus não vai deixar seus seguidores ir em uma dieta de fome. Davi testemunha em outro salmo: "Fui moço, e agora sou velho; contudo não me vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão "( Sl 37:25 ).

No entanto, Deus não promete fornecer todos os caprichos de Suas ovelhas, mas cada necessidade. Além disso, um pai sábio, por vezes, retém algo que parece básico, a fim de que Ele possa ministrar o que é mais básico. Ele mesmo permitido missionário Alan Gardner para morrer de fome enquanto estava em serviço na América do Sul. O presente escritor não pode explicar essas aparentes contradições às suas promessas simples. É certo, porém, que Ele, que é fiel e verdadeira, eventualmente, irá revelar como até mesmo estas coisas trabalhou para o bem (Rm 8:28. ).

II. Nada me faltará PARA força espiritual e de orientação (Sl 23:3) vai dirigir Seus filhos hoje. "Eu vou te instruir e ensinar-te pelo caminho que deves seguir", diz Ele; "Eu vou guiar-te com os meus olhos" (Sl 32:8 , Jo 11:26 ). Para o seguidor de Jesus, "a morte foi tragada pela vitória" (1Co 15:54 ).

Às vezes o mal toma a forma de problemas ou de tentação do pecado, mas o seguidor de Deus não precisa ser dominado por elas. Deus diz: "A minha graça te basta, porque; porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza "( 2Co 12:9 ).

O salmista deixa claro, no versículo 5 , que os inimigos, às vezes, cercam o filho de Deus, mas Deus vai preparar uma mesa perante ele com eles olhando avidamente diante. Duas coisas são evidentes nesta promessa: (1) os inimigos não será capaz de cortar o fornecimento de divino; e (2) que não será permitida a pressionar tão duro e continuamente que não haverá tempo e oportunidade para sentar-se à mesa e comer.

IV. Nada me faltará para a unção (Sl 23:5. ; Sl 20:6. ; Ex 40:36. ;) é por privilégios (2Sm 22:51. ; Sl 18:50. ); é para o poder (1Rs 19:15 ; conforme At 1:8 ); é para o serviço (Is 61:1 ); é para a beleza (Lc 7:46 ); é para a cura (Lc 5:14 Jas. ; Ap 3:18 ); é para a limpeza (2 Sam 00:20. ); e é por proteção (1Cr 16:22. ; Sl 105:15 ). A razão por que Ele tem feito tanto para a Sua própria é "que nos séculos vindouros mostrar as riquezas da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus" (Ef 2:7-C ). Esse tem sido o testemunho de cada fiel seguidor de Deus.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
  1. O grande Pastor (Sl 23:0); Jeová Sha- lom, "O Senhor é paz" (Jz 6:24); Jeo-vá Tsidkenu, "Senhor, justiça nossa" Gr 23:6); Jeová Shammah, "O Se-nhor está ali" (Ez 48:35); Jeová Nis- si, "O Senhor É minha bandeira" (Êx 17:8-15); e Jeová Raah, "O Senhor é o meu pastor" (SI 23:1). Em ou-tras palavras, Jesus Cristo é tudo que suas ovelhas precisam. Como uma criancinha disse quando citou com suas palavras esse salmo: "O Senhor é meu pastor — o que mais posso querer?".


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
23.1- 6 Descreve o Grande Pastor que vive pelas suas ovelhas. O salmo tem sido tratado como três comparações: "o Pastor e as Ovelhas", vv. 1 e 2; "o Guia e o viajante", vv. 3 e 4; "Hospedeiro e o Hóspede", vv. 5 e 6. Isto ressaltará as três grandes verdades da provisão, da direção e da comunhão divinas.
23.1 O Senhor é meu pastor. Assim como Davi vigiava suas ovelhas, o Grande Pastor, Deus, a estava vigiando. O pastor rege, guia, alimenta e protege suas ovelhas, e elas obedecem ao pastor, seguindo-o, amando-o e nele confiando (conforme Jo 10:3-43).

23.2 Pastos verdejantes... águas de descanso. Cristo é o Pão da Vida (Jo 6:48) e a Água Viva (Jo 4:10, Jo 4:14) para os que seguem como Pastor.

23.3 Refrigera-me. O Pastor como Salvador sara às ovelhas.

23.4 Bordão e... cajado. Para guiare defender o rebanho (conforme At 20:28-44).

23.5 Unges. O Pastor põe óleo nas feridas que as ovelhas recebem dos espinhos e dos pedregulhos; o Hospedeiro oriental põe óleo perfumada na cabeça dos hóspedes. Assim o Senhor Jesus alivia e consola.

23.6 Habitarei. A comunhão com Deus, na terra e depois ainda mais nos Céus, é o quinhão dos que pertencem à família de Deus (Ef 2:19). O salmo inteiro é sobremodo íntimo: 17 vezes o autor refere-se a si mesmo, e 13 vezes refere-se a Deus; é o salmo da comunhão com Deus. • N. Hom. Nada falta àquele que recebe bênçãos de Cristo, nem descanso, v. 2; nem refrigério; v. 3a; nem diretrizes, v. 3b; nem companhia, v. 4; nem consolação, v. 4; nem sustento, v. 5a; nem gozo, v. 5b; nada, enfim.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
Sl 23:0; conforme 36.8; 65.4; 116.17,18) após uma experiência de libertação.

Não é de admirar, então, especialmente à luz de Jo 10:0; 1Pe 2:25), que os cristãos tenham aplicado esse salmo a Jesus Cristo; nem que tenha sido parafraseado muitas vezes para ser cantado como hino: e.g., “O Senhor é o meu pastor, e nada me faltará” e outros hinos.

Título: v. Introdução III. 1,2. v. 1 .pastor. usado de forma metafórica em Israel e em outras nações do Antigo Oriente Médio como título de rei ou líder (conforme 2Sm 5:2; lRs 22.17; Jr 23:0; Ez 34:11ss). v. 3. o meu vigor. lit. “minha alma”; v.comentário Dt 3:2; Dt 19:7justiça: transmite a idéia de “retidão”, “conformidade com a lei” e “libertação” (v.comentário Dt 33:5; Dt 5:8). por amor do seu nome: porque é característica dele fazer isso (v.comentário Dt 5:11; Dt 20:1). v. 4. de trevas e morte-. a palavra “morte” talvez aqui funcione como superlativo, i.e., “densas trevas”, “escuro como a morte” (NTLH). Ela podia ser aplicada a qualquer experiência apavorante (v. comentário Dt 9:13). vara: uma clava (em alguns casos, com ponta de ferro) usada como proteção contra animais selvagens, cajado-. usado para apoio e orientação, me protegem-, as versões em geral trazem “me consolam”; não há promessa de imunidade de problemas ou sofrimento.

v. 5. inimigos-, possivelmente israelitas compatriotas, também no templo, ungindo-. lit. “engordar”; não é a palavra usada acerca de ungir um rei, mas acerca de receber um visitante (conforme Lc 7:46). v. 6. fidelidade-, heb. hesed (v.comentário Dt 5:7). me acompanharão-, ou “perseguirão” (conforme os inimigos do v. 5). voltarei à [casa do Senhor] : a maioria das versões trazem “habitarei na...”, mas o TM traz “eu voltarei [para]”. Nos dois casos, a palavra expressa o ideal de comunhão contínua do adorador com Deus (v.comentário Dt 15:1); a GNB traz “a tua casa será o meu lar enquanto eu viver”, casa: v. comentário Dt 5:7. enquanto eu viver. lit. “a extensão dos dias”; NTLH: “todos os dias da minha vida”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de Salmos

INTRODUÇÃO

Natureza. Entre todos os livros da antiguidade, nenhum tem agradado tanto ao coração humano como Os Salmos. Em nenhum outro livro da Bíblia podemos encontrar tal variedade de experiências religiosas. Aqui o coração de Israel foi desnudo em múltiplas expressões de fé, pois 1srael conheceu experimental, mente a verdade da revelação de Deus. Nos diversos Salmos, o conhecimento que Israel tinha dos dias passados uniu-se à adoração e assim recebeu permanência. A experiência dos indivíduos está aqui ligada à vida corporativa de Israel. Portanto, no Livro dos Salmos existe uma qualidade universal que só pode advir da expressão combinada das experiências espirituais dos homens nos muitos períodos da história e em uma variedade de circunstâncias da vida. Cada homem foi motivado pelo seu desejo de reação para com o Deus vivo. Todos foram unidos pelo seu desejo inerente de reagir através de suas mais profundas emoções. Cada tipo de experiência religiosa reflete-se no cadinho da vida dada e projeta-se sobre a vida do crente de hoje. Assim, encontramos nos Salmos uma ausência da limitação do tempo que toma este livro igualmente aplicável a cada período da história.

O termo "Salmos" vem da LXX, que deu o título de Psalmoi à coleção. Um dos maiores manuscritos bíblicos, o Códice Alexandrino, fornece a designação "Saltério" pelo uso da palavra grega Psalterion. Contudo, a Bíblia Hebraica usa a designação Tehillîm, que significa "Louvores". Na literatura rabínica esta mesma idéia foi transmitida no termo Seper Tehillîm, significando "Livro dos Louvores". Em ambos os termos, hebraico e grego, encontramos a raiz significando cântico com acompanhamento instrumental. Através da passagem do tempo a palavra assumiu o significado de "o canto com acompanhamento musical", um aspecto do culto israelita popularizado pelo cântico dos coros levíticos. Muitos dos salmos dão evidências de terem sido usados pelos coros e devotos como hinos, enquanto outros não se adaptavam a tal uso.

Entretanto, a coleção como um todo atesta do mais profundo e mais apaixonado anseio de Israel em conjunto na adoração de Deus.

Títulos e Autoria. Uma das coisas que primeiro se nota em um salmo é o título que leva. Como chegar a uma adequada interpretação desses títulos é um dos problemas mais exasperantes apresentados por este livro. Às vezes é a autoria que está enfatizada nos títulos; noutras, o relacionamento. A ocasião da composição dos salmos às vezes é indicada. Certos títulos fazem referência do uso especifico de um salmo para o culto público. Outros títulos indicam o desejado efeito musical ou cenário. Outros ainda descrevem o caráter básico do salmo como
1) um hino para ser cantado com acompanhamento musical (mizmôr),
2) uma canção (shîr),
3) uma antema (maskîl), ou
4) uma lamentação (miktam).

Todos, menos trinta e quatro salmos, têm algum tipo de título sobrescrito. Os trinta e quatro salmos sem título são chamados de "órfãos" judeus. Entre os salmos com título, setenta e três têm a inscrição le Dawid, que foi traduzida para "Um Salmo de Davi" na E.R.A, e E.R.C. Contudo, o uso hebraico da expressão pode indicar "pertencente a Davi", "no estilo de Davi" ou "por Davi". De modo nenhum se deve considerar que esses títulos sempre indiquem autoria, quer se refira a Davi ou outros. A LXX acrescenta o nome de Davi a quinze salmos que não foram assim intitulados no hebraico. Em adição aos setenta e três atribuídos a Davi (oitenta e oito na LXX), doze são relacionados com Asafe, doze com os Filhos de Coré, dois com Salomão, um com Etã e um com Moisés.

Embora esses títulos não façam parte do texto original, eles se baseiam em tradição relativamente antiga. Uma comparação entre o Texto Massorético e a LXX indica que os títulos antedatam a LXX, pois algumas das orientações musicais já eram incompreensíveis aos tradutores gregos e os títulos não se fixaram. Embora os sobrescritos não façam parte do texto original, são dignos de consideração, pois representam o primeiro esforço do homem em escrever uma introdução ao Saltério.

Estrutura. Embora o livro de Salmos pareça carecer de um plano, não está em uma ordem indefinida. Embora careça de organização em termos de assunto, segue um sistema muito mais óbvio de organização. Está dividido em cinco seções, representando diversas coleções que foram reunidas. De acordo com o Midrash on the Psalms, um antigo comentário judeu, esta divisão quíntupla foi feita para corresponder aos cinco livros da Lei. Assim deve ter havido um propósito original entre os editores das coleções de salmos para fazer um paralelo entre esta quíntupla expressão do povo com a quíntupla convocação divina.

Mais evidências de um plano é a presença da doxologia no fim de cada um dos cinco livros. Os salmos 41:72-89, 106 e 150 incluem doxologias para cada um dos cinco livros. Realmente, o Sl 150:1 é uma doxologia global, enquanto o Sl 1:1, declara-se que ali "findam as orações de Davi", embora sigam-se outros salmos que se atribuem a Davi. Outras coleções menores incluem os Salmos das Peregrinações e os Salmos dos Aleluias. Certas seções também demonstram uma preferência decisiva por Jeová ou Elohim, indicando a antiga existência de determinadas seções. As coleções abaixo podem ter circulado separadamente, sendo mais tarde reunidas:

Salmos 3-41. Uma coleção davídica com doxologia e preferência por Yahweh (272 ocorrências com 15 de Elohim).

Salmos 51-72. Uma coleção davídica com doxologia e preferência por Elohim (208 ocorrências com 48 de Yahweh).

Sl 50:1. Coleção de corporação levita atribuída aos Filhos de Coré.

Salmos 90-99. Salmos sabáticos intimamente relacionados com o culto regular do sábado.

13 1:118-1'>Salmos 113-118. Salmos de Halel do Egito, relacionados com o culto da Festa da Páscoa (cons. Sl 136:1).

Salmos 120-134. Cânticos das Peregrinações ou dos Degraus, provavelmente cantados pelos peregrinos quando iam ao Templo.

Salmos 146-150. Salmos dos Aleluias cantados nos festivais.

T.H. Robinson (The Poetry of the Old Testament) e outros têm sugerido que uma divisão tripla precedeu a forma quíntupla final. Esses três livros 1:41-42-89, 90-150, podem bem ter sido redivididos na forma presente para fazê-los corresponder às divisões da Lei. Quer se possa ou não provar esta teoria, uma compreensão adequada da natureza composta do livro dos Salmos é coisa essencial. Através do processo gradual da compilação, rearranjo e revisão, Deus preservou este tesouro da expressão de Israel diante de Sua revelação.

Data. Um preciso sistema de datas para o livro de Salmos é impossível. Os responsáveis pela edição final do Saltério, como também os compiladores anteriores, esforçaram-se em fornecer um hinário para suas gerações. Em tempos de tensão e dificuldades, tentaram reviver o vigor do passado para servir ás necessidades dos seus dias. O processo da revisão e adaptação faz muitos dos salmos parecerem posteriores aos períodos de sua origem.

N.H. Snaith (Twentieth Century Bible Commentary, pág.
235) diz: "Poucos Salmos são pré-exílicos ou totalmente pós-exílicos. Alguns Salmos podem conter elementos de várias datas distantes em mais de mil anos". Alguns mestres têm seguido Duhm, afirmando que a maioria dos salmos pertencem ao período dos Macabeus. Contudo, a tendência hoje em dia entre esses mestres, tais como Gunkel, Snaith, Patterson, Oesterley e outros é de lhes conceder datas mais antigas. A frase, "O Hinário e Livro de Orações do Segundo Templo", pode bem se aplicar à coleção como um todo por causa da edição final depois do Exílio. No entanto, a maior parte do Saltério é pré-exílico, com alguns elementos originalmente pré-davídicos. Este reconhecimento de material antigo e novo torna o livro dos Salmos ainda mais precioso como registro de toda a história da expressão de Israel diante de Deus na qualidade de Seu Povo Escolhido.

Embora seja importante na interpretação conhecer os antecedentes históricos exatos e a data de certa passagem, torna-se menos imperativo nos Salmos do que em outras seções do Velho Testamento. Por causa da universalidade de suas verdades, o livro sofre menos da falta deste conhecimento do que se poderia esperar. Sua mensagem eterna toma-a aplicável ao período pré-exílico, ao período pós-exílico e à nossa presente dispensação. Contudo, esta ausência da limitação temporal não deveria nos afastar de buscarmos os antecedentes históricos sempre que possível. O estilo literário, as alusões históricas, a linguagem, as idéias teológicas e outras evidências internas deveriam ser examinadas, porque qualquer passagem é enriquecida quando seus antecedentes são devidamente compreendidos. Mesmo que tais aquisições da realidade sejam desejáveis, o dogmatismo em atribuir autores, datas e circunstâncias é descabido por causa da mensagem ilimitada do livro. Devemos nos lembrar de que a história costuma repetir-se muitas e muitas vezes.

Forma Poética. Os hebreus deram ao mundo uma herança de expressão poética simples e infantil. Seus pronunciamentos poéticos saíram mais do coração do que de um desejo de atingir a excelência da arte. Considerando que o hebraico é uma linguagem pitoresca, cada palavra é viva e descritiva. As raízes verbais retratara ação visível, enquanto o seu uso dá lugar à imaginação. A linguagem tem uma qualidade intensamente emocional muito apropriada para exibir ardente paixão religiosa.

Embora a poesia hebraica não tenha rima e seja pobre na métrica, tem aspectos compensatórios. Em lugar dos fundamentos básicos da poesia inglesa, o hebraico emprega duas principais características que a distinguem – acento rítmico (ritmo) e paralelismo. De acordo com F.C. Eiselen (The Psalms and Other Sacred Writings), o ritmo é "a repetição harmoniosa de determinadas relações de som". Um padrão rítmico de dois, três ou quatro compassos em cada linha torna possível esta harmoniosa repetição. Diversas sílabas átonas entre os compassos formam a regra das sílabas curtas e longas. Esta forma de regulamentação depende do ritmo dentro das cláusulas e do equilíbrio rítmico entre as cláusulas. O resultado é um agradável subir e descer da voz que pode expressar espírito animado, segurança, calma, excitamento, lamentação ou qualquer outra qualidade emocional .

A segunda principal característica distinta da poesia hebraica é o equilíbrio de forma e sentido chamado paralelismo. O poeta apresenta uma idéia; depois ele a reforça por meio da repetição, variação ou contraste. Três tipos principais de paralelismo se encontram através do Saltério:

COMENTÁRIO

LIVRO 1. Salmos 1-41

O primeiro livro na divisão quíntupla do Livro dos Salmos parece ter sido alguma vez uma coleção davídica em separado. O nome Senhor, Yahweh em hebraico, aparece 272 vezes, enquanto o mais generalizado Elohim só se encontra 15 vezes. Os salmos são de conteúdo variado, mas os ensinamentos morais são simples e diretos. Evidente através de toda esta divisão está a fé positiva na justiça de Deus. O Salmo 1 serve como introdução a todo o Saltério, enquanto o Salmo 2 introduz a coleção do Livro I. O fato de alguns manuscritos darem o Salmo 3 como sendo o primeiro torna o caráter introdutório do salmo 1 e 2 mais aparente. Também é possível que os salmos 1:2 fossem originalmente um só salmo, começando e terminando com "bem-aventurados". Todos com exceção do 1, 2, 10 e 33 estão ligados a Davi pelo título e anotações.


Moody - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 4

1-4. Deus como o Pastor Pessoal. O Senhor é o meu pastor. Uma longa experiência de confiança em Deus jaz por trás dessas palavras. O rico relacionamento de Israel como um todo com Deus é tomado como realização individual. O quadro de um pastor fiel é a epítome do terno cuidado e contínua vigilância. A ovelha instintivamente confia no pastor quanto às necessidades do dia seguinte. O aspecto mais notável desta metáfora extensiva é a orientação sábia do pastor. Ele conduz ao descanso e à restauração, pelas lutas da vida e através de lugares perigosos. O pastor cuida assim das necessidades da vida e afasta o temor do perigo.


Moody - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 5 até o 6

5-6. Deus como o Hospedeiro Benévolo. Preparas uma mesa. O escritor introduz uma metáfora secundária para expressar melhor a sua confiança. A cena muda para mostrar o salmista como hóspede de honra na casa de Deus, desfrutando de calorosa hospitalidade característica no Oriente. Ele está sob a proteção de Deus. Sua cabeça é ungida com azeite perfumado. Cada uma de suas necessidades é completamente satisfeita. Com base nesta verdade, cada momento de sua vida será preenchido com as mais ricas bênçãos de Deus. A maior das bênçãos será uma comunhão íntima com Deus através de contínua adoração.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 1 até o 4
Sl 23:0) e desde então foi constantemente enriquecida (cfr. Sl 78:53-19; Is 40:11; Ez 34:1-23; Jo 10:1-43). Um segundo conceito é introduzido no vers. 5-o do Senhor na qualidade de anfitrião de ilimitada benevolência. Essa imagem que apresenta o homem como hóspede surpreso em vista da suntuosidade da festa que lhe foi provida por Deus é, igualmente, uma parte integral de todo o panorama bíblico, tirado do simbolismo de José como provedor de alimento (Gn 43:34), do milagre da multiplicação dos pães aos cinco mil (Mt 14:19) e das parábolas da grande ceia (Lc 14:15-42) e da festa da boda do Noivo (Mt 22:1-40; Ap 19:9).

Este Salmo pode ser analisado como segue:

a) Peregrinação (1-4)

Davi dependia completamente do Senhor, como uma ovelha depende de seu pastor. Os dois aspectos são: serenidade, por estar deitado em pastos verdejantes e águas tranqüilas, com a sugestão de bem estar físico; e segurança, pelo adiamento de uma viagem ao longo de veredas retas, com a sugestão de calma pessoal e tranqüilidade mental visto que a ansiedade é impossível quando Seu poderoso cuidado é evidente. O tema se inclina na direção de sossego inocente, um senso do imediato (como de uma fera), e um laço de inexplicável afeição com o pastor.


Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 23 do versículo 5 até o 6
b) Hospitalidade (5-6)

Estes versículos frisam o cuidadoso discernimento de Davi sobre a generosidade do Senhor na qualidade de anfitrião perfeito. Os dois aspectos são: plenitude-a provisão para as suas necessidades e usufruto é completo em todo sentido, e não é obstaculizado por quaisquer antagonistas humanos; e o finalismo-a rica relação com o Senhor é ilimitada, e o privilégio é totalmente pessoal. Contraste-se o uso de tu com o uso de ele na primeira parte.

O tema se inclina na direção de surpreendida apreciação, uma inspiração quanto ao futuro (como quem tem sido atendido), e o laço com o anfitrião é de lealdade sem reservas.


Dicionário

Ainda

Dicionário Comum
advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.
Fonte: Priberam

Alma

Dicionário Bíblico
O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou no corpo físico, formado com os elementos da terra.  Nephesh enfatiza a individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exatamente como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria pessoa) (Lv 11:43-1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade consciente.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Sinônimos
espírito, ânimo, eu, coração. – Segundo Roq., “alma, no entender de alguns etimologistas, vem de anima, termo latino que vem do grego anemos, “ar, sopro, alento”; outros, e talvez com mais razão, derivam a palavra alma do verbo latino alo... alere, “vivificar, nutrir”. Seja qual for sua etimologia, representa esta palavra, em sua significação mais lata, o princípio, a causa oculta da vida, do sentimento, do movimento de todos os seres viventes”. – Espírito é a palavra latina spiritus, de spiro... are, “respirar”, e vale o mesmo que sopro ou hálito, ar que se respira. Espírito difere de alma, primeiro em encerrar a ideia de princípio subtil, invisível que não é essencial ao outro vocábulo; segundo, em denotar inteligência, faculdades intelectuais ativas que àquele só são acessórias. Os filósofos materialistas têm querido negar à alma humana a qualidade de espiritual, mas nenhum se lembrou ainda de dizer que o espírito era matéria. Alma desperta ideia de substância simples, que anima ou animou o corpo, sendo que espírito só indica substância imaterial, inteligente e livre, sem relação nenhuma com o corpo. Deus, os anjos, os demônios são espíritos, mas não são almas; as substâncias espirituais que animaram os corpos humanos, ainda depois de separadas deles, chamam-se almas; e assim dizemos: as almas do Purgatório; almas do outro mundo, a que os franceses chamam revenants. Vieira disse, falando do demônio: “É espírito: vê as almas”. Os gregos designavam a alma pela palavra psyche, “que quer dizer respiração”, “sopro”; e davam-lhe a mesma extensão que nós damos à palavra alma... Daí vem chamar-se psicologia à parte da filosofia que trata da alma. No sentido figurado, alma refere-se aos atos, aos sentimentos, aos afetos; espírito, ao pensamento, à inteligência. Diz-se que um homem tem a alma grande, nobre, briosa; e que tem o espírito penetrante, profundo, vasto. Falando do homem, alma e espírito nem sempre são sinônimos perfeitos; isto é, nem em todos os casos se podem empregar indiferentemente, senão em alguns; tal é aquele de Vieira em que, querendo encarecer o valor da alma sobre o corpo, diz: “Tudo isto que vemos (no 166 Rocha Pombo homem) com os próprios olhos é aquele espírito sublime, ardente, grande, imenso – a alma (II, 71). – Ânimo é a mesma palavra latina animus, de anemos, grego, do mesmo modo que anima. Na sua significação primitiva vale o mesmo que alma, espírito; porém o uso tem preferido este vocábulo para designar a faculdade sensitiva e seus atos: representa, pois, quase sempre valor, esforço, ou intenção, vontade; e nisto se distingue de alma e espírito (se bem que nem sempre essencialmente). Segundo os afetos que o ânimo experimenta, pode ele ser baixo, abatido, humilde, vil, ou altivo, elevado, soberbo, nobre, esforçado: o que com propriedade (em muitos casos) não se poderia dizer de alma, e ainda menos de espírito”. Como notamos entre parênteses, nem sempre é de rigor a distinção que faz Roq. Também dizemos: espírito baixo ou altivo; alma esforçada ou abatida, vil ou soberba. – Em linguagem filosófica, eu é a alma, é o conjunto das faculdades que formam a individualidade psicológica. Particularmente, quando se considera a alma como ser pensante, ou quando nela se vê apenas a faculdade intelectual, chamamo-la espírito. – Coração só pode ser tido como sinônimo de alma e de espírito: de alma, quando exprime, como esta, “órgão dos afetos”; de espírito, quando é tomado como sede da fortaleza moral, da coragem etc.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
[...] ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 135

[...] o Espiritismo nos apresenta a alma, como um ser circunscrito, semelhante a nós, menos o envoltório material de que se despojou, mas revestido de um invólucro fluídico, o que já é mais compreensível e faz que se conceba melhor a sua individualidade. [...] As relações da alma com a Terra não cessam com a vida; a alma, no estado de Espírito, constitui uma das engrenagens, uma das forças vivas da Natureza; não é mais um ser inútil, que não pensa e já não age senão para si durante a eternidade; é sempre e por toda parte um agente ativo da vontade de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discursos•••, 2

O principal agente da saúde, que a restitui quando perdida e a preserva, impedindo o desenvolvimento de qualquer enfermidade [...] é a alma.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] A alma, no curso da sua existência terrena e ainda por muito tempo após a morte do corpo, está bem revestida de uma forma, guarda bem uma identidade pessoal (e neste sentido é limitada), mas isso não impede que sua atividade seja, apesar de tudo, radiante e que esse estado de incessante irradiação se estenda desmedidamente na existência espiritual. [...]
Referencia: BOECHAT, Newton• Ide e pregai• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1989• -

[...] a alma, tal como o átomo, longe de ser uma estrutura simples, é um sistema dinâmico, formado por múltiplos elementos que, por assim dizer, gravitam em torno de um núcleo central (Aksakof).
Referencia: CERVIÑO, Jayme• Além do inconsciente• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] ser concreto, dono de um organismo físico perfeitamente delimitado.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] é una, e cada essência espiritual é individual, é pessoal. Nenhuma alma pode transmutar-se noutra, substituir outra. Portanto, uma unidade irredutível, que tem a existência em si.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A alma é um ser transcendental.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] um ser concreto, com individualidade, porque, mesmo durante a vida, é esse ser ao qual se deu o nome de alma ou de espírito, que pode separar-se do corpo e manifestar sua realidade objetiva nos fenômenos de desdobramento.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] princípio independente da matéria, que dirige o corpo, e a que chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] é uma realidade que se afirma pelo estudo dos fenômenos do pensamento; que jamais se a poderia confundir com o corpo, que ela domina; e que, quanto mais se penetra nas profundezas da fisiologia, tanto mais se revela, luminosa e clara, aos olhos do pesquisador imparcial, a existência de um princípio pensante.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] a esta força que vela sobre o corpo e o conduz, chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 2

É o eu consciente que adquire, por sua vontade, todas as ciências e todas as virtudes, que lhe são indispensáveis para elevar-se na escala dos seres. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3

[...] A alma do homem é que é o seu eu pensante e consciente.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A alma é o princípio da vida, a causa da sensação; é a força invisível, indissolúvel que rege o nosso organismo e mantém o acordo entre todas as partes do nosso ser. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 10

A alma, princípio inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 29

A [...] [é] um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 4

A alma [...] vem de Deus; é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento, abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A palavra alma e seus equivalentes em nossas línguas modernas (espírito, por exemplo) ou nas línguas antigas, como anima, animus (transcrição latina do grego), spiritus, atma, alma (vocábulo sânscrito ligado ao grego, vapor), etc. implicam todas a idéia de sopro; e não há dúvida de que a idéia de alma e de espírito exprimiu primitivamente a idéia de sopro nos psicólogos da primeira época. Psyche, mesmo, provém do grego, soprar.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma não é um sopro; é uma entidade intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma é uma substância que existe por si mesma.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 9

A alma é uma substância invisível, impalpável, imponderável, fora das nossas condições de observação física. Nossas medidas de espaço não lhe podem ser aplicadas do mesmo modo que as do tempo. Ela pode manifestar-se a centenas e milhares de quilômetros de distância. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 3, cap• 12

[...] a alma não é uma sucessão de pensamentos, uma série de manifestações mentais e, sim, um ser pessoal com a consciência de sua permanência.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 3, cap• 2

Nossas almas não são puros Espíritos. São substâncias fluídicas. Agem e se comunicam entre si por meios materiais, porém matéria sutil, invisível, imponderável.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Estela• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No domínio do desconhecido

A alma é um ser intelectual, pensante, imaterial na essência. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] imaterial, imensurável, intransmissível, consciente. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] a alma é uma entidade individual, [...] é ela quem rege as moléculas para organizar a forma vivente do corpo humano.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

[...] A alma é uma chama velada. Quando lhe colocamos os santos olhos do amor, ela esplende e ilumina. Quando a descuidamos, ela se entibia e morre...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Auto-iluminação

É a faculdade que Deus deu ao homem de se perpetuar pelo tempo afora e pelo Universo.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 8

[...] a alma é atributo divino, criado por Deus, e espalhado, fragmentado, pelo Universo, tendo cada fragmento individualidade própria, ação independente, função definida, trajetória certa, e missão determinada [...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 28

A alma é que sente, que recebe, que quer, segundo as impressões que recebe do exterior, e mesmo independente delas, pois que também recebe impressões morais, e tem idéias e pensamentos sem a intervenção dos sentidos corporais.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

A alma é o princípio causal do pensamento; ou, antes, é ela quem pensa e o transmite pelo cérebro, seu instrumento.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] a alma, o princípio inteligente que subsiste à morte da carne, que zomba das investigações materialistas, que escapa ao trabalho grosseiro das necropsias, que se não deixa encerrar nas quatro paredes negras do caixão funerário.
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 15

A Alma ou Essência, parcela do Poder Absoluto, e, como este, eterna, imortal; sede de potências máximas, ou faculdades, que exatamente denunciam a sua origem, funções tais como a Inteligência, a Consciência, o Pensamento, a Memória, a Vontade, o Sentimento, e demais atributos que sobrevivem através da Eternidade e que da criatura hu mana fazem a imagem e a semelhança do seu Criador, pois Deus, o Ser Absoluto, possui estes mesmos atributos (além de muitos outros que ainda ignoramos), em grau supremo, enquanto que a criatura os possui em grau relativo, visto que é essência sua, sendo, portanto, a Alma, sede de tais atributos, o verdadeiro ser!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

[...] a alma é luz que se eleva à grandeza divina.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem

[...] A alma não é uma entidade metafísica, mas, sim, um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. Preexistia ao nosso nascimento e a morte carece de ação sobre ela. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Joana D’arc

Nossa alma é um universo de sombras e claridades. Seu destino é a perfeição. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 8

A alma é a sede da vida. É ela que pensa, que sente, que imprime à matéria esta ou aquela forma, que dá ao rosto esta ou aquela expressão.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A letra e o espírito

[...] a alma humana é uma consciência formada, retratando em si as leis que governam a vida e, por isso, já dispõe, até certo ponto, de faculdades com que influir na genética, modificando-lhe a estrutura, porque a consciência responsável herda sempre de si mesma, ajustada às consciências que lhe são afins. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

A Toda alma é templo vivo, que guarda ilimitada reserva de sabedoria e amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O tempo

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

[...] a alma é a sede viva do sentimento [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Alma A parte não-material e imortal do ser humano (Mt 10:28), sede da consciência própria, da razão, dos sentimentos e das emoções (Gn 42:21;
v. IMORTALIDADE). Os dicotomistas entendem que o ser humano é corpo e alma, sendo espírito sinônimo de alma. Os tricotomistas acreditam que o ser humano é corpo, alma e espírito. “Alma vivente” quer dizer “ser vivo” (Gn 2:7). Na Bíblia muitas vezes a palavra “alma” é empregada em lugar do pronome pessoal: “Livra a minha alma da espada” quer dizer “salva-me da espada” (Sl 22:20, NTLH). Outras vezes “alma” em hebraico, quer dizer “pessoa” em português (Nu 9:13).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Alma Parte espiritual do homem, distinta de seu corpo. Embora o conceito bíblico esteja longe da rígida dicotomia entre corpo e alma que caracteriza, por exemplo, o hinduísmo ou o platonismo, o certo é que também existia a crença de uma categoria distinta do corpo que se identificava com o mais íntimo do ser. Assim aparece no Antigo Testamento como um “eu” espiritual que sobrevive consciente depois da morte (Is 14:9ss.; Ez 32:21ss.). Ainda que se insista que o pecado causa a morte da alma (Ez 18:4), isso não implica, em caso algum, a inconsciência ou aniquilação do sujeito. A morte física elimina seu corpo e destrói os planos que fizera (Sl 146:4), porém seu espírito volta-se para Deus (Ec 12:7), persistindo. A idéia da imortalidade da alma ainda era evidente durante o período intertestamentário e refletida, entre outros, pelo historiador judeu Flávio Josefo em seu “Discurso aos gregos acerca do Hades”. Os rabinos contemporâneos de Jesus — assim como o Talmude judeu posterior — insistiram também no conceito da imortalidade da alma e da sua sobrevivência consciente (para ser atormentada conscientemente na geena ou feliz no seio de Abraão) após a morte física. Em nossos dias, considera-se que a crença na imortalidade da alma é uma das doutrinas básicas do judaísmo, especialmente no seu setor reformado. Em um de seus ensinamentos mais conhecidos (Lc 16:19ss.), Jesus ressaltou que, no momento da morte, a alma da pessoa recebe um castigo ou uma recompensa consciente, e descreveu o primeiro em termos sensíveis como o fogo (Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24), choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 13 42:24-51 etc.) etc. Apesar de tudo, no ensinamento de Jesus não se considera a consumação escatológica concluída na resssurreição (Jo 5:28-29; Mt 25:46). Ao recusar a idéia do sono inconsciente das almas, da mortalidade da alma e da aniquilação, ao mesmo tempo que ressaltava a esperança da ressurreição, Jesus conservava a visão já manifestada no Antigo Testamento e, muito especialmente, no judaísmo do Segundo Templo, com exceções como a dos saduceus.

A. Cohen, o. c.; J. Grau, Escatología...; J. L. Ruiz de la Peña, La otra dimensión, Santander 1986; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres..; m. Gourges, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo feminino Princípio espiritual do homem que se opõe ao corpo.
Religião Composição imaterial de uma pessoa que perdura após sua morte; espírito.
Qualidades morais, boas ou más: alma nobre.
Consciência, caráter, sentimento: grandeza de alma.
Figurado Quem habita algum lugar; habitante: cidade de 20.000 almas.
Figurado Origem principal: esse homem era a alma do movimento.
Expressão de animação; vida: cantar com alma.
Condição essencial de: o segredo é a alma do negócio.
[Artilharia] O vazio interior de uma boca de fogo: a alma do canhão.
[Música] Pequeno pedaço de madeira que, colocado no interior de um instrumento de cordas, comunica as vibrações a todas as partes do instrumento: a alma de um violino.
Armação de ferro, de uma escultura modelada.
Etimologia (origem da palavra alma). Do latim anima.ae, sopro, ar, origem da vida.
Fonte: Priberam

Amor

Dicionário da FEB
O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11, it• 8

[...] O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 888a

[...] O amor é sentimento tão sublime que, na vivência de seu infinito panorama de realizações, acaba por consumar a moral, libertando o homem da necessidade dela. Somente quem ama não precisa mais agir como se amasse [...].
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O amor é a minha lei

[...] o amor é a melhor das religiões, e a única que pode conduzir à felicidade celeste.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é a chama que purifica e o bálsamo que consola. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] O amor não está limitado aos momentos fugazes da relação sexual. Pode surgir o amor, porque são dois corações e não somente dois corpos em comunhão, mas uma fração muito diminuta do amor, pois a união sexual não tem a capacidade de manifestar toda a amplitude do amor de que as almas necessitam para viverem em paz e alegria, em meio às lutas e trabalhos. Toda afetividade sexual é como se fora uma única gota de amor, diante do oceano de amor de que precisamos para vivermos e sermos mais felizes. Quem procura manifestar o amor somente na relação sexual é como alguém que quisesse sobreviver recebendo somente um raio de sol por um minuto diário, ficando o resto do tempo na escuridão e no congelamento. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] é a Suprema Lei Divina [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

[...] o único dogma de redenção: o Amor.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref• da nova ed• francesa

[...] verdadeiro princípio do Cristianismo – o amor, sentimento que fecunda a alma, que a reergue de todo o abatimento, franqueia os umbrais às potências afetivas que ela encerra, sentimento de que ainda pode surgir a renovação, a regeneração da Humanidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus! [...] O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós a felicidade íntima, que se afasta extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 49

[...] amor é a juventude da Criação. Em amando, todos os seres adquirem a candura das crianças. Nada tão puro, con fiante, nobre, simples, simultaneamente, como as aspirações do amor, é ele a igualdade, a fraternidade, o progresso; é a união das raças inimigas; é a lei do Universo, porque é também atração. [...]
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

Nas bases de todo programa educativo, o amor é a pedra angular favorecendo o entusiasmo e a dedicação, a especialização e o interesse, o devotamento e a continuidade, a disciplina e a renovação [...].
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

O amor, sem dúvida, é hálito divino fecundando a vida, pois que, sem o amor, a Criação não existiria. Nos vórtices centrais do Universo, o amor tem caráter preponderante como força de atração, coesão e repulsão que mantém o equilíbrio geral. [...] Inserto no espírito por herança divina, revela-se a princípio como posse que retém, desejo que domina, necessidade que se impõe, a fim de agigantar-se, logo depois, em libertação do ser amado, compreensão ampliada, abnegação feliz, tudo fazendo por a quem ama, sem imediatismo nem tormento, nem precipitação. Sabe esperar, consegue ceder, lobriga entender sempre e sempre desculpar. O amor é tudo. Resume-se em amar.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

Somente o amor, portanto, possui o elemento de sustentação e fortaleci-cimento para dar vida e manter o brilho, o calor que a aquece e a mantém. Este A recurso indispensável apresenta-se em forma de autocompreensão em torno dos deveres que devem ser atendidos em relação a si mesmo, ao próximo e a Deus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

O Mestre Nazareno [...] preceituou o amor como fundamental e situou-o na mais elevada condição de mediador entre os homens e o Pai, sendo a força transformadora que tudo modifica e salva. Através do amor o Espírito logra domar a inquietude da mente, submetendo-a aos ditames do sentimento, por que ele ajuda a superar a razão fria, os cálculos dos interesses vis. Mediante a óptica do amor, o vitorioso é sempre aquele que cede em favor do seu próximo desde que se sinta envolvido pela necessidade de ajudá-lo. [...] O amor altera os paradigmas da mente, que se apóia em pressupostos falsos que elege como refúgio, como recurso de segurança, longe dos interesses da solidariedade e do progresso geral. O amor proporciona à compaixão as excelentes alegrias do bem-fazer e do seguir adiante sem aguardar qualquer tipo de recompensa, qual ocorreu na referida Parábola do Bom Samaritano. Além de auxiliar o caído, levou-o no seu animal, seguindo, porém, a pé, hospedou-o, pagando as despesas e comprometendo-se a liberar outras quaisquer, que porventura viessem a existir, ao retornar da viagem... A compaixão converteu-se em amor ao seu próximo como a si mesmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

O amor é luz inapagável que dimana doPai.Somente através do amor o ser humanoencontrará a razão fundamental da suaexistência e do processo da sua evolução
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

O amor, no período das dependências fisiológicas, é possessivo, arrebatado, físico, enquanto que, no dos anelos espirituais, se compraz, libertando; torna-se, então, amplo, sem condicionamentos, anelando o melhor para o outro, mesmo que isto lhe seja sacrificial. Um parece tomar a vida e retê-la nas suas paixões, enquanto o outro dá a vida e libera para crescer e multiplicar-se em outras vidas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 19

[...] o amor é fonte inexaurível, à disposição de quantos desejam felicidade e paz. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

[...] sendo sol, o amor é vida que anula e subtrai as forças nefastas, transformando-as.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 9

[...] é geratriz de paz a engrandecer e libertar as almas para os vôos sublimes da vida...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

[...] O amor, sempre presente, é carga santificante que reduz o peso das dores e ameniza o ardor das aflições, chegando de mansinho e agasalhando-se no ser.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 7

[...] é o permanente haver, em clima de compensação de todas as desgraças que por acaso hajamos semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e realizarmos em prol de nós mesmos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 3

[...] O amor, em qualquer esfera de expressão, é bênção de Deus. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 6

O amor é a força motriz do universo: a única energia a que ninguém opõe resistência; o refrigério para todas as ardências da alma: o apoio à fragilidade e o mais poderoso antídoto ao ódio.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Terapia desobsessiva

O Amor é qual primavera: / Chega e espalha pelo chão / Gotas de sol indicando / O homem velho em redenção.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 28

Meu amigo, guarde bem: / Amor é boa vontade; / Não se mede no relógio, / Nem guarda expressão de idade.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 48

[...] O amor, em que a paz canta o seu hino, é o oásis onde o viandante, sequioso de bondade, mitiga a sua sede; onde o desgraçado, ansioso de perdão encontra o seu sossego; onde o infeliz, faminto de carinho, satisfaz a sua fome. É o céu azul que cobre o deserto da vida, onde o orgulho, o egoísmo, a vaidade, o ódio, não são estrelas que norteiam o incauto viajante humano.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 4

[...] o amor é um milagre que podemos realizar em nome do Cristo.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] o amor é a resposta a todas as nossas especulações e mazelas. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] Sabemos hoje, no contexto do Espiritismo, que o reinado do amor é mais do que uma esperança, por mais bela que seja; é uma fatalidade histórica da evolução, que vai emergindo lentamente, à medida que o Espírito se desembaraça das suas imperfeições. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o Amor é símbolo de fraternidade e beleza de sentimentos [...].
Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

[...] o amor é a lâmpada maravilhosa que ilumina a consciência, é o elixir da eterna beleza, é o filtro do esquecimento de nós mesmos e que cria, ao mesmo tempo, em nossas almas, sentimentos de mais justiça e eqüidade para a grande família humana. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 2

[...] Este é que é o nosso principal guia em todo o nosso trabalho.
Referencia: OWEN, G• Vale• A vida além do véu: as regiões inferiores do céu• Trad• de Carlos 1mbassahy• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 5

O amor é a emanação do infinito amor de Deus; é o sentimento que nos sobreleva ao nível ordinário da vida, neste planeta de provações, purificando nossas almas para merecermos as graças do Eterno Pai [...].
Referencia: PALISSY, Codro• Eleonora• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Entre os seres racionais — é o Amor o mais perfeito construtor da felicidade interna, na paz da consciência que se afeiçoa ao Bem. Nas relações humanas, é o Amor o mais eficaz dissolvente da incompreensão e do ódio.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 14

A [...] o Amor é, com efeito, o supremo bem que redime a Humanidade.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

O amor – eis a lei; os Evangelhos, a prática do amor – eis os profetas, os intérpretes dos Evangelhos. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] O amor é a fonte donde brotam todas as virtudes com que deveis fertilizar a vossa existência, tornando-a capaz de dar bons frutos. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

Amemos esse Amor – clarão divino / em cuja claridade excelsa e pura / veremos, ouviremos, sentiremos / o Espírito de Deus!
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor

O amor é sempre a força milagrosa / Que, embora o mal, reergue, educa e exprime / O futuro da Terra lacrimosa.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Pelo amor

O amor é a lei divina que governa a vida... / Afasta o preconceito e vibra, alma querida, / na luz do coração!
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor no céu

[...] O amor é um princípio divino da nossa natureza, crescendo à medida que dá e reparte, e é a fonte de uma sã e perene alegria [...].
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

[...] é o único antídoto contra esse mal que grassa de maneira tão avassaladora: a obsessão. [...] a necessidade primordial do espírito é o amor, para se ver curado das enfermidades que o prejudicam.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 2

O amor, como comumente se entende na Terra, é um sentimento, um impulso do ser, que o leva para outro ser com o desejo de unir-se a ele. Mas, na realidade, o amor reveste formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Princípio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em roda de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligada ao Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo amor. O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e aquele que recebe. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O amor

[...] O amor é um fenômeno que se aprende e de que o homem pode ser educado para descobrir dentro de si mesmo seu potencial de afetividade. Cada pessoa tem o potencial para o amor. Mas o potencial nunca é percebido sem esforço. [BUSCAGLIA, Léo. Amor, p. 60.] O modelo já foi dado por Jesus, precisaremos aprender com a criança a libertar a criança que guardamos dentro de nós mesmos.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Infância – tempo de semear

[...] O simples fato de que o amor seja, no dizer de Jesus, a síntese de todos os ensinos que conduzem à plenitude de ser e, conseqüentemente, à felicidade, pode nos facultar a compreensão precisa da importância dele em nossas vidas. A ausência da interação amorosa na in fância é calamitosa para o desenvolvimento do indivíduo, como pudemos constatar. É na inter-relação afetiva com os nossos semelhantes que podemos tornar-nos capazes de amar conforme o modelo exemplificado pelo Cristo.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um velho caminho

Amor é o princípio que emana de Deus, a causa da vida. Inspira a gratidão e o reconhecimento ao Criador, espraiando-se por todas as coisas, pela criação inteira, sob múltiplas formas. Amar ao próximo é uma conseqüência do amor a Deus. Toda a doutrina ensinada pelo Cristo resume-se no Amor, a Lei Divina que abrange todas as outras.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 31

[...] O amor é sempre um sentimento digno, e enobrece todo aquele que o sente no íntimo do coração. [...]
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

[...] O Amor é a fonte divinal, cuja linfa, pura e cristalina, atravessa a correnteza bravia das paixões materiais. [...]
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

O amor vitorioso na esperança e no entendimento é o sol de Deus, dentro da vida...
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 14

[...] O amor puro é abastança para o necessitado, saúde para o enfermo, vitória para o vencido!... [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 28

A lei por excelência, da qual decorrem as demais, como simples modalidades, é o Amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Vinde a mim

[...] O amor é o sentimento por excelência. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto à virtude

[...] O amor é o eterno fundamento da educação. [...]
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 19

[...] é a sagrada finalidade da vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 15

[...] Nosso amor é, por enquanto, uma aspiração de eternidade encravada no egoísmo e na ilusão, na fome de prazer e na egolatria sistemática, que fantasiamos como sendo a celeste virtude. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

[...] Divino é o amor das almas, laço eterno a ligar-nos uns aos outros para a imortalidade triunfante, mas que será desse dom celeste se não soubermos renunciar? O coração incapaz de ceder a benefício da felicidade alheia é semente seca que não produz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

[...] é o meio de cooperarmos na felicidade daqueles a quem nos devotamos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

[...] é entendimento, carinho, comunhão, confiança, manifestação da alma que pode perdurar sem qualquer compromisso de ordem material [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

[...] o amor é a única dádiva que podemos fazer, sofrendo e renunciando por amar...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

A Lei de Deus é sempre o Amor. Amor é luz que envolve o Universo, é o éter A vivificador, é a afeição dos espíritos dedicados, é a alegria dos bons, é a luta que aperfeiçoa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O amor é o sol que nos aquece e ilumina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Não vale a existência pelo simples viver. Vale a vida pelo aperfeiçoamento, pela amplitude, pela ascensão. E o guia de nossa romagem para os cimos a que nos destinamos é sempre o Amor, que regenera, balsamiza, ajuda, esclarece, educa e santifica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O acaso não nos atira nos braços uns dos outros. Todos estamos unidos para determinados fins, salientando que o amor puro é sempre meta invariável que nos compete atingir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O amor é a divina moeda que garante os bens do céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Amor que salva e levanta / É a ordem que nos governa. / Na lide em favor de todos, / Teremos a vida eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os amores no santuário doméstico são raízes inextirpáveis no coração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O amor é a força divina, alimentando-nos em todos os setores da vida [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos: Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva. Palpita em todas as criaturas. Alimenta todas as ações.[...] É a religião da vida, a base do estí-mulo e a força da Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

Amor é perdão infinito, esquecimento de todo mal, lâmpada de silencioso serviço a todos, sem distinção, alimentada pelo óleo invisível da renúncia edificante...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Jesus veio até nós a fim de ensinar-nos, acima de tudo, que o Amor é o caminho para a Vida Abundante.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 67

[...] o amor é o laço de luz eterna que une todos os mundos e todos os seres da imensidade; sem ele, a própria criação infinita, não teria razão de ser, porque Deus é a sua expressão suprema... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

[...] A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que serve. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] O amor é sol divino a irradiar-se através de todas as magnificências da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 13

[...] O verdadeiro amor é a sublimação em marcha, através da renúncia. Quem não puder ceder, a favor da alegria da criatura amada, sem dúvida saberá querer com entusiasmo e carinho, mas não saberá coroar-se com a glória do amor puro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. [...] Todo siste ma de alimentação, nas variadas esferasda vida, tem no amor a base profunda.[...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 18

O amor é a lei própria da vida e, sob oseu domínio sagrado, todas as criaturase todas as coisas se reúnem ao Criador,dentro do plano grandioso da unidadeuniversal.Desde as manifestações mais humildesdos reinos inferiores da Natureza,observamos a exteriorização do amor emsua feição divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 322

[...] O amor é luz de Deus, ainda mes-mo quando resplandeça no fundo doabismo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 31

O amor puro é o reflexo do Criador emtodas as criaturas.Brilha em tudo e em tudo palpita namesma vibração de sabedoria e beleza.É fundamento da vida e justiça de todaa Lei.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 30

Guarda, porém, o amor puro eesplendente, / Que o nosso amor, agorae eternamente, / É o tesouro que o tem-po nunca leva...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo e amor

[...] divina herança do Criador para to-das as criaturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

O amor é assim como um sol / De gran-deza indefinida, / Que não dorme, nemdescansa / No espaço de nossa vida.Amor é devotamento, / Nem sempresó bem-querer. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

O amor a que se refere o Evangelho éantes a divina disposição de servir com alegria, na execução da Vontade do Pai, em qualquer região onde permaneçamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 90

O amor, porém, é a luz inextinguível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 162

Toda criatura necessita de perdão, como precisa de ar, porquanto o amor é o sustento da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 77

Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada Real. [...] [...] o Amor é Deus em tudo. [...] o amor é a base da própria vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 78

[...] é a essência do Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Sexo e destino• Pelo Espírito André Luiz• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Prece no limiar

Deus criou o homem para a felicidade. Entretanto, para alcançar essa felicidade o homem tem de amar, tem de sentir dentro do coração os impulsos espontâneos do bem em suas múltiplas manifestações, porque tudo quanto existe, por ser obra de Deus, é expressão do amor divino, que, assim, está na essência de cada coisa e de cada ser, dando-lhes a feição própria do seu valor, no conjunto da criação.
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Amor Ver Ágape, Sexo.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Amor Sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20:17). No relacionamento CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8:6). Deus é amor (1(Jo 4:8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fi delidade (Jr 31:3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7:7-8). Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (Jo 3:16). O Espírito Santo derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5:5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (1Co 13:13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus (Mt 22:37-39). Esse amor envolve consagração a Deus (Jo 14:15) e confiança total nele (1Jo 4:17), incluindo compaixão pelos inimigos (Mt 5:43-48); (1Jo 4:20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5:2); (1Jo 3:16).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Etimológico
Do latim, amare, amor.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Comum
substantivo masculino Sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra.
Sentimento de afeição intensa que leva alguém a querer o que, segundo ela, é bonito, digno, esplendoroso.
Sentimento afetivo; afeição viva por; afeto: o amor a Deus, ao próximo.
Sentimento de afeto que faz com que uma pessoa queira estar com outra, protegendo, cuidando e conservando sua companhia.
Pessoa amada: coragem, meu amor!
Sentimento apaixonado por outra pessoa: sinto amor por você.
Pessoa muito querida, agradável, com quem se quer estar: minha professora é um amor!
Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial.
Gosto vivo por alguma coisa: amor pelas artes.
Sentimento de adoração em relação a algo específico (real ou abstrato); esse ideal de adoração: amor à pátria; seu amor é o futebol.
Excesso de zelo e dedicação: trabalhar com amor.
Mitologia Designação do Cupido, deus romano do amor.
Religião Sentimento de devoção direcionado a alguém ou ente abstrato; devoção, adoração: amor aos preceitos da Igreja.
Etimologia (origem da palavra amor). Do latim amor.oris, "amizade, afeição, desejo intenso".
Fonte: Priberam

Bondade

Dicionário Comum
substantivo feminino Benignidade; inclinação para fazer o bem.
Benevolência; qualidade da pessoa que é boa e generosa.
Amabilidade; ação de quem é amável e cortês.
Etimologia (origem da palavra bondade). Do latim bonitas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] é a virtude superior, que mais agrada ao espírito divino. [...]
Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] A bondade também é força, e a mais poderosa e fecunda de todas, porque é força que constrói, é força que edifica. É com ela que removeremos os obstáculos e as pedras de tropeço do caminho da nossa evolução, na conquista de todos os bens, na escalada às regiões luminosas onde a Vida é eterna, e o amor, sem restrições nem intermitências, reina em todas as almas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Ajuda-te! Em toda parte, / Bondade é sol que abençoa. / Planta nobre não prospera / Sem bases na terra boa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A bondade é o princípio da elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] é um dom precioso, mas não pode excluir a verdade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 2

Fonte: febnet.org.br

Cabeça

Dicionário Comum
substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Cajado

Dicionário Comum
substantivo masculino Vara cuja extremidade superior possui o formato de um gancho, sendo usada pelos pastores para agarrar e puxar as pernas dos animais que estão sob os seus cuidados.
Por Extensão Qualquer tipo de vara.
Figurado Esteio; o que se usa para apoiar, para ancorar alguma coisa.
Etimologia (origem da palavra cajado). Do latim caja; pelo latim vulgar cajuatus.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Cajado Bordão de pastor, com a ponta superior arqueada (Sl 23:4).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Casa

Dicionário da Bíblia de Almeida
Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Sinônimos
morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
Fonte: Dicio

Dicionário Bíblico
No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam

Cálice

Dicionário Comum
substantivo masculino Conjunto de sépalas de uma flor.
Copinho para licores e vinhos fortes: um cálice de conhaque.
Vaso sagrado em que se põe o vinho durante o sacrifício da missa.
Beber o cálice até as fezes, sofrer até o fim as maiores aflições; suportar as mais pesadas afrontas.
Fonte: Priberam

Dicionário Etimológico
Do latim calix, que significa “copo” ou “vaso para beber”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Bíblico
Segundo o costume dos judeus, nos seus sacrifícios de ação de graças, o anfitrião tomava um cálice de vinho na mão, e em palavras solenes rendia graças e louvores a Deus pelos benefícios recebidos, naquela ocasião especial, e passava depois o cálice a todos os convidados, cada um dos quais bebia dele. o Salmista refere-se a este costume em Sl 116:13 – nosso Salvador, na célebre reunião em que se despedia dos Seus discípulos, seguiu a mesma prática. S. Paulo, em 1 Co 10.16, faz referência ao uso do ‘cálice de bênção’. É, algumas vezes, uma expressão eufêmica por ‘amaldiçoar’, e assim se acha traduzida em 1:5-11 e 2.5,9.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Cálice Figuradamente pode significar sofrimento (Mt 20:22; 26.39), ou a morte (sangue) de Jesus por nós (Lc 22:20).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Cálice Copo de barro ou metal, de forma côncava e de pouca profundidade (Mt 23:25ss.; Mc 7:4). Nos evangelhos, simboliza o destino ou missão da pessoa (Mt 20:22ss.; Mc 10:38ss.), o que, às vezes, implica uma prova difícil (Mt 26:39.42; Mc 14:36; Lc 22:42; Jo 18:11).
Autor: César Vidal Manzanares

Deitar

Dicionário Comum
verbo transitivo Estender ao comprido; dispor horizontalmente: deitar um caixote.
Exalar, trescalar: deitar um perfume.
Escorrer, segregar: a ferida deita pus.
Meter na cama: deitar o bebê.
Pôr, botar: deitar a língua de fora.
Atirar, arremessar.
verbo pronominal Meter-se na cama: deitou-se bem cedo.
Fonte: Priberam

Dias

Dicionário Comum
substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.
Fonte: Priberam

E

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Faz

Dicionário Comum
3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
2ª pess. sing. imp. de fazer

fa·zer |ê| |ê| -
(latim facio, -ere)
verbo transitivo

1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

6. Compor (ex.: fazer versos).

7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

8. Praticar (ex.: ele faz judo).

9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

12. Ultimar, concluir.

13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

verbo pronominal

28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

nome masculino

40. Obra, trabalho, acção.


fazer das suas
Realizar disparates ou traquinices.

fazer por onde
Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

Dar motivos para algo.

fazer que
Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

não fazer mal
Não ter importância; não ser grave.

tanto faz
Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.

Fonte: Priberam

Guia

Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino Pessoa que conduz, que dirige, que mostra o caminho.
Pessoa que dá uma direção moral, intelectual, espiritual.
Pessoa cuja profissão é acompanhar excursionistas, viajantes, mostrando-lhes o caminho e as coisas importantes que vão encontrando.
Pessoa que conduz um ou vários alpinistas na montanha.
substantivo masculino Manual que contém informações, instruções e conselhos de diversas naturezas: guia da construção, da escola, do restaurante.
[Popular] Nome dado ao vaqueiro que encabeça a boiada.
substantivo feminino Ação de guiar, de direcionar, de mostrar a direção; governo.
Documento que acompanha uma correspondência, entrega ou demonstração de algo.
Formulário usado em repartições públicas para pagamentos, notificações etc.
Fileira de paralelepípedos ou pedras que formam a sarjeta do lado da calçada; meio-fio.
Obra de instrução sobre algum ramo especial de serviço ou qualquer outro assunto: guia do avicultor.
[Zoologia] Cada uma das penas maiores das extremidades das aves.
Os pelos mais compridos dos bigodes.
[Mecânica] Peça metálica destinada a guiar o movimento de outra peça móvel por intermédio de uma ranhura.
Parelha da frente nas carruagens tiradas a duas ou mais parelhas.
Peça que dirige o movimento do êmbolo em máquinas a vapor.
Esquadro ou baliza da máquina de impressão.
expressão Guia de bagagem. Recibo dado aos viajantes que despacharam as bagagens, mediante o qual podem retirá-las no destino.
Guia de ondas. Tubo metálico oco capaz de propagar ondas eletromagnéticas de alta frequência.
Etimologia (origem da palavra guia). Forma derivada de guiar.
Fonte: Priberam

Justiça

Dicionário Bíblico
Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

[...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

[...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] é fundamento do Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

[...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

[...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

[...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Justiça
1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.
Fonte: Priberam

Longôs

Dicionário Comum
masc. pl. de longo

lon·go
(latim longus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que é muito extenso no sentido do comprimento (ex.: pernas longas; cabelos longos). = ALONGADO, COMPRIDOCURTO, PEQUENO

2. Que se estende por uma grande distância (ex.: uma longa estrada). = COMPRIDOCURTO, PEQUENO

3. Que demora ou dura muito; que se estende no tempo (ex.: o filme é muito longo). = DEMORADO, DURADOUROBREVE, CURTO

4. Que é muito extenso ou desenvolvido (ex.: o texto era bastante longo). = PROLONGADOCURTO, PEQUENO

5. [Fonética] Diz-se do som, sílaba ou fonema de realização mais prolongada comparadamente a outros da mesma língua.BREVE

nome masculino

6. Comprimento (ex.: a mesa tem três metros de longo).

7. Vestido comprido que se estende até aos tornozelos, usado geralmente em ocasiões formais.


ao longo de
Por toda a extensão de (ex.: havia muitos anúncios ao longo da estrada).

No decurso de (ex.: mudou de casa duas vezes ao longo deste ano). = DURANTE

de longo a longo
De um extremo ao outro; em toda a extensão. = DE PONTA A PONTA

Fonte: Priberam

Mal

Dicionário Comum
substantivo masculino Contrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades.
Modo de agir ruim: o mal não dura muito.
Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação.
Tragédia: os males causaram destruição na favela.
Doença: padece de um mal sem cura.
Dor ou mágoa: os males da paixão.
Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso.
Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal.
Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas.
advérbio Sem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal.
De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto.
Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação.
Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal.
Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado.
Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado.
Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido.
Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe.
Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos.
Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal.
Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra.
Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal.
Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência.
Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal.
De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio.
conjunção Que ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora.
Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Contrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades.
Modo de agir ruim: o mal não dura muito.
Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação.
Tragédia: os males causaram destruição na favela.
Doença: padece de um mal sem cura.
Dor ou mágoa: os males da paixão.
Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso.
Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal.
Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas.
advérbio Sem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal.
De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto.
Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação.
Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal.
Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado.
Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado.
Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido.
Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe.
Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos.
Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal.
Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra.
Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal.
Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência.
Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal.
De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio.
conjunção Que ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora.
Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] O mal é a antítese do bem [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 7

[...] o mal, tudo o que lhe é contrário [à Lei de Deus]. [...] Fazer o mal é infringi-la.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630

O mal é todo ato praticado pelas mãos, pelos pensamentos e pelas palavras, contrários às Leis de Deus, que venha prejudicar os outros e a nós mesmos. As conseqüências imediatas ou a longo prazo virão sempre, para reajustar, reeducar e reconciliar os Espíritos endividados, mas toda cobrança da Justiça Divina tem o seu tempo certo.
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

[...] apenas um estado transitório, tanto no plano físico, no campo social, como na esfera espiritual.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal

[...] apenas a ignorância dessa realidade [do bem], ignorância que vai desaparecendo, paulatinamente, através do aprendizado em vidas sucessivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?

[...] é a luta que se trava entre as potências inferiores da matéria e as potências superiores que constituem o ser pensante, o seu verdadeiro “eu”. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] O mal não é mais que um efeito de contraste; não tem existência própria. O mal é, para o bem, o que a sombra é para a luz. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] estado de inferioridade e de ignorância do ser em caminho de evolução. [...] O mal é a ausência do bem. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

O mal é a conseqüência da imperfeição humana. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] é apenas o estado transitório do ser em via de evolução para o bem; o mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos indivíduos [...].
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 18

O mal é toda ação mental, física ou moral, que atinge a vida perturbando-a, ferindo-a, matando-a.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34

[...] é a treva, na qual um foco de luz tem mais realce. O mal é a transgressão às leis celestes e sociais. O mal é a força destruidora da harmonia universal: está em desencontro aos códigos celestiais e planetários; gera o crime, que é o seu efeito, e faz delinqüentes sobre os quais recaem sentenças incoercíveis, ainda que reparadoras.
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

M [...] é a prática de atos contrários às leis divinas e sociais, é o sentimento injusto e nocivo que impede a perfeição individual, afastando os seres das virtudes espirituais. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

O mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos seres. [...] é conseqüência da imperfeição do Espírito, sendo a medida de seu estado íntimo, como Espírito.
Referencia: GELEY, Gustave• O ser subconsciente: ensaio de síntese explicativa dos fenômenos obscuros de psicologia normal e anormal• Trad• de Gilberto Campista Guarino• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - Geley: Apóstolo da Ciência Cristã

Perturbação em os fenômenos, desacordo entre os efeitos e a causa divina.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 7

[...] O mal é um incidente passageiro, logo absorvido no grande e imperturbável equilíbrio das leis cósmicas.
Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

O mal só existe porque ainda há Espíritos ignorantes de seus deveres morais. [...]
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece do coração amargurado

[...] uma enfermação, uma degenerescência, um aviltamento do bem, sempre de natureza transitória. Ele surge da livre ação filiada à ignorância ou à viciação, e correspondente a uma amarga experiência no aprendizado ou no aprimoramento do espírito imortal. [...] O mal é a [...] deformação transitória [do bem], que sempre é reparada por quem lhe dá causa, rigorosamente de acordo com a lei de justiça, imanente na Criação Divina.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] é geratriz de desequilíbrios, frustrações e insuportável solidão.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 13

[...] será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

[...] significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou menos difíceis de reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

[...] é a estagnação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35

O mal que esparge, às mãos cheias. / Calúnias, golpes, labéus, / É benefício do mundo / Que ajuda a escalar os Céus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] O mal é como a fogueira. Se não encontra combustível, acaba por si mesma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 5a reunião

[...] O mal é, simplesmente, o amor fora da Lei.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

O mal, em qualquer circunstância, é desarmonia à frente da Lei e todo desequilíbrio redunda em dificuldade e sofrimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 176

O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Mal
1) Qualquer coisa que não está em harmonia com a ordem divina; aquilo que é moralmente errado; aquilo que prejudica ou fere a vida e a felicidade; aquilo que cria desordem no mundo (Gn 3:5); (Dt 9:18); (Rm 7:19). V. PECADO.
2) Sofrimento (Lc 16:25). 3 Desgraça (Dn 9:13).

4) Dano (Gn 31:52); crime (Mt 27:23).

5) Calúnia (Mt
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mal O oposto ao bem. Ao contrário de outras cosmovisões, não procede de Deus nem é um princípio necessário à constituição do cosmos. Origina-se no coração do homem (Mt 9:4; 12,34; 22,18; Mc 7:22; Lc 11:39), embora para ele contribuem também decisivamente Satanás e seus demônios (Mt 5:37; 12,45; 13 19:38; Lc 7:21; Jo 17:15). De ambas as circunstâncias provêm problemas físicos (Mt 15:22; Lc 16:25) e morais (Mt 22:18). Jesus venceu o mal (Mt 12:28) e orou ao Pai para que protegesse seus discípulos do mal (Jo 17:15).
Autor: César Vidal Manzanares

Mesa

Dicionário da Bíblia de Almeida
Mesa [Salvação]

Rei MOABITA que reinou no tempo de Acabe, de Acazias e de Jorão, reis de Israel. Mesa ofereceu o seu filho mais velho em sacrifício ao deus QUEMOS (2Rs 3).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mesa 1. Móvel, geralmente com pés, utilizado para comer (Mt 15:27; Mc 7:28) ou para trabalhar (Mt 21:12; Mc 11:15; Jo 2:15).

2. Banco (Lc 19:23; comp.com Mt 25:27). Mesa de três pés “cabriolé” para as refeições.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo feminino Móvel, em geral de madeira, formado por uma tábua horizontalmente assentada em um ou mais pés.
Figurado Alimentação habitual, diária; passadio: mesa frugal.
Conjunto de presidentes e secretários de uma assembléia: a mesa do Senado.
Geologia Camada plana, horizontal e rodeada de escarpas.
[Brasil] Pop. Seção de feitiçaria.
Mesa de cabeceira, pequena mesa que se coloca ao lado do leito.
Mesa de operação, mesa articulada, na qual se opera o doente.
Pôr a mesa, colocar na mesa os alimentos e objetos necessários à refeição.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
1. Rei de Moabe nos reinados de Acabe e de seus filhos Acazias e Jorão, reis de israel. Mesa era vassalo de Acabe, pagando-lhe um tributo de ‘cem mil cordeiros, e a 1ã de cem mil carneiros’ (2 Rs 3.4). Quando Acabe foi morto em Ramote-Gileade, Mesa sacudiu o jugo. Mas Jorão, rei de israel, uniu-se a Josafá, rei de Judá, e ao rei de Edom, numa expedição contra os moabitas, que foram completamente derrotados. Em tais extremos ofereceu Mesa o seu filho primogênito, que havia de suceder no reino, em holocausto a Camos, o desapiedado deus do fogo, adorado em Moabe, resultando deste fato o retirarem-se para as suas terras horrorizados os três exércitos. Em 1868 foi descoberto nas ruínas de Divom um grande fragmento que pertencia a um monumento de pedra, levantado por Mesa (c. 850 a.C.). Na sua inscrição estavam registradas as vitórias de Mesa sobre israel. Essa pedra, restaurada com a adição de outros fragmentos, existe hoje no Museu Britânico. É conhecida pelo nome de Pedra Moabita. 2. Um benjamita (1 Cr 8.9).
Fonte: Dicionário Adventista

Misericórdia

Dicionário da FEB
A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto, aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10, it• 4

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Misericórdia
1) Bondade (Js 2:14, RA).


2) Bondade, AMOR e GRAÇA de Deus para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Ex 20:6; Nu 14:19, RA; Sl 4:1). Essa disposição de Deus se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1:50).


3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5:7; Jc 2:13).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Misericórdia O termo reúne em si o sentimento de compaixão (Mt 9:36; 14,14; 15,32; 20,34; Mc 9:22; Lc 10:33; 7,13 15:20) e, ocasionalmente, a fidelidade à Aliança. É este último sentido que explica, pelo menos em parte (comp. Jo 3:16), a busca do pecador por parte de Deus (Lc 1:54.72; Mt 5:7; 23,23). Deus é um Deus de misericórida (Lc 1:50) e essa virtude deve ser encontrada também nos discípulos de Jesus (Mt 9:13; 12,7; 18,23-35; Lc 6:36; 10,37).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo feminino Sentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão.
Ação real demonstrada pelo sentimento de misericórdia; perdão concedido unicamente por bondade; graça.
Antigo Local onde os doentes, órfãos ou aqueles que padeciam, eram atendidos.
Antigo Punhal que outrora os cavaleiros traziam à cintura no lado oposto da espada que lhes servia para matar o adversário, caso ele não pedisse misericórdia.
Misericórdia divina. Atribuição de Deus que o leva a perdoar os pecados e faltas cometidas pelos pecadores.
Bandeira de misericórdia. Pessoa bondosa, sempre pronta a ajudar o próximo e a desculpar-lhe os defeitos e faltas.
Golpe de misericórdia. O Ferimento fatal feito com o punhal chamado misericórdia; o golpe mortal dado a um moribundo.
Mãe de misericórdia. Denominação dada à Virgem Maria para designar a sua imensa bondade.
Obras de misericórdia. Nome dado aos quatorze preceitos da Igreja, em que se recomendam diferentes modos de exercer a caridade, como: visitar os enfermos, dar de comer a quem tem fome etc.
Estar à misericórdia de alguém. Depender da piedade de alguém.
Pedir misericórdia. Suplicar caridade.
Etimologia (origem da palavra misericórdia). Do latim misericordia.ae.
Fonte: Priberam

Morte

Dicionário Comum
substantivo feminino Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.
Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança.
Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice.
Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer.
Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo.
Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.
Fonte: Priberam

Dicionário Etimológico
vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Bíblico
Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos:
1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e
2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7

[...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60

[...] é a libertação dos cuidados terrenos [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291

A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12

[...] começo de outra vida mais feliz. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

[...] é um estágio entre duas vidas. [...]
Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

[...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...].
Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

[...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11

O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...]
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2

[...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7

A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento

A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação

A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21

[...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5

[...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9

Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação

[...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver

Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório

A morte é a desveladora da vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

[...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade

[...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas.
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3

A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

[...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...]
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas

[...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...]
Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe

[...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15

M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34

[...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•

[...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...]
Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6

[...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte

[...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...]
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

[...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...].
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte

[...] é o remate da vida. [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele

[...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência

A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte

[...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução

[...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20

A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é somente uma longa viagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é a grande niveladora do mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Toda morte é ressurreição na verdade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além

[...] é sempre um caminho surpreendente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno

A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro

[...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8

M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38

A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação

Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro?
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

[...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

[...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41

A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos

A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte

[...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

[...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus

A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros

A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte

[...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30

[...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1

[...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] A morte é lição para todos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Morte
1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).


2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Morte Ver Alma, Céu, Geena, Hades, Juízo final, Ressurreição.
Autor: César Vidal Manzanares

Nome

Dicionário Bíblico
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
Apelido; palavra que caracteriza alguém.
Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Não

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Pastor

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele cujo ofício consiste em guiar os animais no pasto.
Religião Indivíduo que, no protestantismo, é nomeado por uma comunidade, para trabalhar como orientador espiritual.
Religião Guia espiritual; sacerdote entre os protestantes.
adjetivo Diz-se de uma raça canina que por natureza guarda e protege os rebanhos.
Que possui modos de vida de pastor: sociedades pastoras.
expressão Pastor Alemão. Cão que, de origem Alemã, possui a pelagem cinza, preta ou amarelada, geralmente treinado como cão policial.
Etimologia (origem da palavra pastor). Do latim pastore.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
os pastores no oriente passam uma vida solitária. Eles vagueiam por lugares muito distantes das habitações, à procura de pastagens, e têm de proteger os seus rebanhos de dia e de noite. o pastor, logo de manhã, faz sair as ovelhas do seu aprisco de ligeira construção, e chamando-as as conduz – elas seguem-no ‘porque lhe reconhecem a voz’ (Jo 10:1-5). As ovelhas vão atrás do seu guardador, e como que o cercam às vezes com sua confiança naquele que as protege do terrível lobo. A água é objeto de grandes cuidados da parte do pastor. É por isso que os poços, como o de Berseba, e os ribeiros, são grandes recursos e centros de pastagens (Sl 23:2). À hora do meio-dia é costume dar de beber aos animais. No fato narrado em Gn 29, o principal incidente é a remoção da pedra de cima do poço, para que o rebanho de Raquel possa beber. Essa pesada pedra tinha ali sido colocada como proteção contra o pó e a areia. Mais tarde Moisés prestou ajuda semelhante às filhas de Jetro, deitando água nos bebedouros para as ovelhas. Até hoje é o poço geralmente o lugar de reunião no oriente. (*veja Poço.) Se acontece desgarrar-se uma ovelha do rebanho, é dever do pastor procurá-la até a encontrar (Ez 34:12Lc 15:4). os objetos que ordinariamente constituíam o equipamento do pastor eram um grande cajado, um curto e grosso bordão, e uma funda. À tarde, quando o pastor leva o rebanho para o aprisco, obriga as ovelhas a passar debaixo de uma vara, pela porta, observando cada animal que passa ao alcance da mão (Lv 27:32Jr 33:13Ez 20:37). Cumprindo a sua missão durante o dia, ainda tem que vigiar o rebanho durante a noite (Jo 10:3). o terno cuidado do pastor pelas ovelhas se patenteia na maneira como presta atenção aos fracos e enfermos membros do redil a seu cargo (Gn 33:13is 40:11). As relações entre Deus e o seu povo são assemelhadas às que existem entre o pastor e as suas ovelhas (Sl 23:1 – 80.1 – vejam-se as passagens messiânicas is 40:11Zc 13:7). Jesus a Si mesmo Se chama ‘o bom Pastor’ (Jo 10:11 – cp.com Hb 13:20 – 1 Pe 2.25). (*veja ovelhas).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pastor
1) Guardador de gado (Gn 13:7).


2) Governante (Jr 3:15).


3) Deus (Sl 23:1) e Jesus (Jo 10:11).


4) Ministro da igreja (Hc 13:17, RC; 1Pe 5:2).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pastor Ver Ovelhas.
Autor: César Vidal Manzanares

Pastos

Dicionário Comum
masc. pl. de pastó

pas·tó
(inglês pashtun, do pastó pastun)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que é relativo ou pertence aos pastós, grupo etnolinguístico do Afeganistão e do Paquistão.

2. [Linguística] [Linguística] Relativo ao pastó enquanto sistema linguístico.

nome de dois géneros

3. Indivíduo que pertence aos pastós.

nome masculino

4. [Linguística] [Linguística] Língua indo-iraniana falada no Afeganistão e no Paquistão.


pas·to
(latim pastus, -us)
nome masculino

1. Acto de pastar.

2. Erva que serve para alimento de gado. = PASCIGO, PASTAGEM

3. Terra com vegetação rasteira onde o gado pasta. = PASCIGO, PASTAGEM

4. Matéria que serve para a actividade dos agentes que consomem as coisas.

5. Figurado Doutrina, ensino.

6. Gozo, regozijo, satisfação.

7. Tema, assunto.

8. Comida.

Fonte: Priberam

Presença

Dicionário Comum
substantivo feminino Fato de uma pessoa estar num lugar específico; comparecimento.
Existência de uma coisa em um lugar determinado: presença de mosquitos.
Fato de existir, de ter existência real num local; existência: a presença de índios na Amazônia.
Participação em alguma coisa: sua presença trouxe glamour ao evento.
Figurado Manifestação de uma personalidade forte capaz de chamar a atenção dos demais: sempre foi um sujeito sem presença.
Figurado Algo ou alguém que não se consegue ver, mas que se sente por perto: sinto sua presença sempre comigo.
Etimologia (origem da palavra presença). Do latim praesentia.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
presença s. f. 1. Fato de estar presente. 2. Existência, estado ou comparecimento de alguém num lugar determinado. 3. Existência de uma coisa em um dado lugar. 4. Aspecto da fisionomia. 5. Modos, porte. 6. Juízo, opinião, parecer, voto.
Fonte: Priberam

Senhor

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista

Sombra

Dicionário da FEB
A sombra e treva são criações mentais inferiores das mentes enfermiças, renováveis e conversíveis em luz confortadora, pela química dos pensamentos harmoniosos e dos sentimentos bons.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Sombra
1) Espaço sem luz direta (At 5:15).


2) Vestígio; sinal (Jc 1:17).


3) O que passa rapidamente (14:2).


4) Proteção (Sl 57:1).


5) TIPO (Cl 2:17).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Sombra Símbolo de

1. morte (Mt 4:16; Lc 1:79);

2. refúgio (Mc 4:32);

3. apoio e proteção divina (Mt 17:5; Lc 1:35; 9,34).

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo feminino Interceptação da luz por um corpo opaco: sombra da árvore.
Característica ou particularidade do que é escuro; escuridão, noite.
[Pintura] Cores escuras, sombrias de um desenho; sombreado.
Figurado Vestígio, leve aparência: não há sombra de dúvida.
Figurado Mácula, defeito, senão: só via suas sombras.
Figurado Alma, espírito, visão, fantasma: a sombra de Aquiles.
Figurado Quem pela sua magreza parece um espectro, uma sombra.
Figurado Quem acompanha ou persegue constantemente alguém.
O que perdeu o brilho, o poder, a influência que possuía.
Estagnação em relação ao progresso; prevalência da tirania, do erro: esperemos que passe a sombra desses tempos.
Condição de quem está completamente sozinho; solidão.
O que tem causa oculta, desconhecida ou incompreensível; mistério.
locução prepositiva À sombra de. Debaixo de alguma coisa que produz sombra.
Figurado Sob a proteção de algo ou de alguém: à sombra do pai.
expressão Sombras da morte. Aproximação da morte.
Sombras da noite. Escuridão; em que há trevas, escuridão.
Fazer sombra a. Obscurecer o merecimento de alguém com o próprio valor.
Lançar uma sombra sobre. Obscurecer, diminuir a importância de.
Passar como uma sombra. Ser de curta duração.
Nem por sombra(s). De modo algum; sem possibilidade.
Viver na sombra. Viver na solidão, em condições humildes.
Ter medo da própria sombra. Assustar-se por qualquer coisa.
Viver à sombra de (alguém). Ser protegido, auxiliado por (alguém).
Reino das sombras. Região dos mortos.
Etimologia (origem da palavra sombra). De origem questionável.
Fonte: Priberam

Vale

Dicionário Comum
substantivo masculino Geografia Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte.
Várzea ou planície à beira de um rio.
Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira.
Etimologia (origem da palavra vale). Do latim valles; vallis,is.
substantivo masculino Documento que garante o valor de um empréstimo ou retirada em dinheiro.
Documento que serve como pagamento de um serviço, especialmente transporte ou refeição, aos funcionários; ticket: vale-refeição, vale-transporte.
Valor que se recebe antes do pagamento do salário.
Num comércio, documento que substitui o troco, quando este faltar.
Etimologia (origem da palavra vale). Forma derivada do verbo valer.
interjeição Até já; forma de se despedir, dizer adeus.
expressão Figurado Vale de lágrimas. Mundo como local de sofrimento.
Vale de Josafá. Lugar onde os mortos, segundo as Escrituras, irão ressuscitar após o juízo final.
Etimologia (origem da palavra vale). De origem questionável.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Geografia Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte.
Várzea ou planície à beira de um rio.
Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira.
Etimologia (origem da palavra vale). Do latim valles; vallis,is.
substantivo masculino Documento que garante o valor de um empréstimo ou retirada em dinheiro.
Documento que serve como pagamento de um serviço, especialmente transporte ou refeição, aos funcionários; ticket: vale-refeição, vale-transporte.
Valor que se recebe antes do pagamento do salário.
Num comércio, documento que substitui o troco, quando este faltar.
Etimologia (origem da palavra vale). Forma derivada do verbo valer.
interjeição Até já; forma de se despedir, dizer adeus.
expressão Figurado Vale de lágrimas. Mundo como local de sofrimento.
Vale de Josafá. Lugar onde os mortos, segundo as Escrituras, irão ressuscitar após o juízo final.
Etimologia (origem da palavra vale). De origem questionável.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
A Palestina é um território de montes e vales, e por isso encontramos muitas povoações com o nome do vale ou da serra, onde foram fundadas. Geralmente, quando se menciona um vale, com mais propriedade quer dizer-se ‘desfiladeiro’ ou ‘ravina’, porquanto a natureza abrupta e escabrosa dos montes da Palestina e a estreiteza do espaço entre muitas serras tornam esses nomes mais apropriados. Em alguns sítios o vale representa o Sefelá, ou terra baixa, que é o território ondulado que fica entre a região montanhosa e a planície marítima (Js 9:1 – 10.40 – 1 Rs 10.27). (*veja Palestina.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Vale Extensão longa e baixa da terra que fica entre COLINAS ou montanhas (Is 40:4).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Vara

Dicionário Etimológico
Do latim vara, ramo flexível. Na antiga Roma, a haste que identificava o poder dos juízes, distingüindo os letrados dos leigos. As varas pintadas de branco designavam os letrados, chamados juízes de vara branca, enquanto os iletrados portavam vara vermelha. Todos, porém, deviam exibir publicamente sua condição, sob pena de multa. No Brasil Colônia, quando alguém se recusava a atender uma convocação legal, era levado pelo oficial de justiça, que o ameaçava com um bastão. Daí a expressão conduzido debaixo de vara, utilizada até hoje no Direito para designar quem foi levado sob mandado judicial. No Foro há diversas varas, ou seja, segmentos específicos para tratar dos feitos que a elas chegam. Só não dá para entender por que a que cuida das questões civis, literalmente civis, é chamada de Vara Cível e não Vara Civil...
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário da Bíblia de Almeida
Vara
1) Galho (Ez 7:10; Jo 15:2, RC).


2) Galho direito cortado de uma árvore ou arbusto e usado como símbolo de meio de destruição (Sl 2:9) ou de castigo (Pv 22:15). V. VAREJAR.

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo feminino Peça geralmente de madeira roliça, comprida e delgada.
Antiga medida de comprimento equivalente a um metro e dez centímetros.
[Esporte] Haste longa e delgada usada em salto de altura.
Direito Cada uma das circunscrições judiciais presididas por um juiz de direito: vara criminal.
Direito Debaixo de vara, expressão que indica ser alguém compelido a atender mandado judicial.
Figurado Vara de condão, vara mágica a que se atribui o dom de fazer encantos ou sortilégios.
Vara de porcos, manada de gado suíno.
Estar ou meter-se em camisa de onze varas, encontrar-se ou envolver-se em grandes dificuldades.
Tremer como vara
(s): verde(s), estar tomado de grande medo.
Fonte: Priberam

Verdes

Dicionário Comum
2ª pess. pl. infinitivo flexionado de ver
masc. e fem. pl. de verde
masc. pl. de verde

ver |ê| |ê| -
(latim video, -ere)
verbo transitivo

1. Exercer o sentido da vista sobre.

2. Olhar para.

3. Presenciar, assistir a.

4. Avistar; enxergar.

5. Encontrar, achar, reconhecer.

6. Observar, notar, advertir.

7. Reparar, tomar cuidado em.

8. Imaginar, fantasiar.

9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

10. Prever.

11. Visitar.

12. Escolher.

13. Percorrer.

14. Provar.

15. Conhecer.

verbo pronominal

16. Olhar-se.

17. Encontrar-se.

nome masculino

18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

19. O acto de ver.


a meu ver
Na minha opinião.

até mais ver
Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
(s): pessoa
(s): a quem é dirigida.
= ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

a ver vamos
Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

ver-se e desejar-se
Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).


Ver também a dúvida linguística: ter a ver com / ter a haver.

ver·de |ê| |ê|
(latim viridis, -e)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que é de uma cor produzida pela combinação do amarelo com o azul, muito espalhada no reino vegetal.

2. Que ainda tem seiva e ainda não está seco.

3. Que ainda não amadureceu.MADURO

4. Fresco (falando-se da carne).

5. Figurado Vigoroso, apesar da idade.

6. Que não tem experiência. = IMATURO, INEXPERIENTE, NOVOEXPERIMENTADO, RODADO, VERSADO

7. Tenro; mimoso.

8. Diz-se do bacalhau que apenas foi escalado, salgado e lavado, e que ainda não está seco.

9. Que é constituído por ou é relativo aos espaços com vegetação.

10. Que respeita o meio ambiente ou princípios ambientais. = ECOLÓGICO

nome masculino

11. A cor verde.

12. Espaço natural com vegetação. = NATUREZA

13. Erva de pasto para animais.

14. [Regionalismo] [Agricultura] Intervalo de dois regos.

15. [Portugal: Trás-os-Montes] Sangue.

16. [Portugal: Alentejo] Iguaria de sangue de porco.

17. [Brasil] A estação das chuvas.

18. [Brasil] Mate amargo. = CHIMARRÃO

19. [Pesca] Pescador noviço e que vai pela primeira vez à pesca do bacalhau.

20. [Gíria] O frio.

adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

21. Que ou quem pertence a um movimento ecologista.


andar ao verde
Pastar.

cair no verde
Fugir, esconder-se no mato.

estão verdes!
Diz-se quando alguém desdenha de coisa que cobiça, mas não pode obter. [Alusão à fábula da raposa e das uvas.]

ficar no verde
[Brasil] Enfurecer-se.

não deixar verde nem seco
Destruir tudo. = ASSOLAR

verde e branco
[Desporto] Relativo ao Sporting Clube de Portugal ou o que é seu jogador ou adepto. = SPORTINGUISTA

Fonte: Priberam

Vida

Dicionário Comum
substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

[...] é um dom da bondade infinita [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] É a Criação... [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

[...] é grande fortuna para quem deve progredir.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

[...] é amor e serviço, com Deus. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

A vida é sempre a iluminada escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

A vida é essência divina [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

A oportunidade sagrada é a vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

Fonte: febnet.org.br

águas

Dicionário Comum
água | s. f. | s. f. pl.
2ª pess. sing. pres. ind. de aguar
Será que queria dizer águas?

á·gua
(latim aqua, -ae)
nome feminino

1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.

2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

5. Suor.

6. Lágrimas.

7. Seiva.

8. Limpidez (das pedras preciosas).

9. Lustre, brilho.

10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

11. [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).

12. [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

13. [Brasil, Informal] Bebedeira.

14. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA


águas
nome feminino plural

15. Sítio onde se tomam águas minerais.

16. [Informal] Urina.

17. Ondulações, reflexos.

18. Líquido amniótico.

19. Limites marítimos de uma nação.


água chilra
Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

água de Javel
[Química] Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

água de pé
Água de fonte.

água doce
Água que não é salgada, que não é do mar.

água lisa
Água não gaseificada.

água mineral
Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

água no bico
[Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

água panada
Água em que se deita pão torrado.

água sanitária
[Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

água tónica
Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

água viva
Água corrente.

capar a água
[Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou dois saltos.

com água pela
(s): barba(s)
[Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

comer água
[Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

dar água pela
(s): barba(s)
[Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

deitar água na fervura
[Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

em água de barrela
[Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

em águas de bacalhau
[Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

ferver em pouca água
[Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

ir por água abaixo
[Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

levar a água ao seu moinho
Conseguir obter vantagens pessoais.

mudar a água às azeitonas
[Informal, Jocoso] Urinar.

pôr água na fervura
[Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

primeiras águas
As primeiras chuvas.

sacudir a água do capote
Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

Atribuir as culpas a outrem.

tirar água do joelho
[Informal, Jocoso] Urinar.

verter águas
[Informal] Urinar.


a·guar |àg| |àg| -
(água + -ar)
verbo transitivo

1. Molhar com água ou outro líquido (ex.: tem de aguar estas plantas, se não secam). = BORRIFAR, REGAR

2. Misturar com água. = DILUIR

3. Tornar insípido, geralmente por excesso de água ou por pouco tempero. = DESTEMPERAR

4. Fazer malograr ou frustrar algo.

5. Pôr nota discordante em.

verbo intransitivo

6. Ficar muito desejoso de algo, geralmente comida ou bebida; ficar com água na boca. = SALIVAR

7. Sentir grande desprazer por não comer ou beber coisa que agrada.

8. [Veterinária] Sofrer de aguamento.

verbo pronominal

9. Tornar-se ralo e fino por doença (ex.: o cabelo está a aguar-se).

Fonte: Priberam

óleo

Dicionário Comum
substantivo masculino Química Líquido gorduroso, viscoso e inflamável, que se extrai de diversas substâncias vegetais ou animais.
Perfume obtido por maceração de flores em óleo refinado.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Óleo V. AZEITE (Sl 45:7); (He 1:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
יְהוָה רָעָה חָסֵר
Salmos 23: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

« Salmo de Davi » O SENHORH3068 יְהוָהH3068 é o meu pastorH7462 רָעָהH7462 H8802; nada me faltaráH2637 חָסֵרH2637 H8799.
Salmos 23: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1732
Dâvid
דָּוִד
de Davi
(of David)
Substantivo
H2637
châçêr
חָסֵר
faltar, estar sem, decrescer, estar faltando, ter uma necessidade
(and were abated)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4210
mizmôwr
מִזְמֹור
Um salmo
(A Psalm)
Substantivo
H7462
râʻâh
רָעָה
apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
(a keeper)
Verbo


דָּוִד


(H1732)
Dâvid (daw-veed')

01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

  1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

חָסֵר


(H2637)
châçêr (khaw-sare')

02637 חסר chacer

uma raiz primitiva; DITAT - 705; v

  1. faltar, estar sem, decrescer, estar faltando, ter uma necessidade
    1. (Qal)
      1. faltar
      2. estar faltando
      3. diminuir, decrescer
    2. (Piel) fazer faltar
    3. (Hifil) levar a faltar

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מִזְמֹור


(H4210)
mizmôwr (miz-more')

04210 מזמור mizmowr

procedente de 2167; DITAT - 558c; n m

  1. melodia, salmo

רָעָה


(H7462)
râʻâh (raw-aw')

07462 רעה ra ah̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2185,2186; v

  1. apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
    1. (Qal)
      1. cuidar de, apascentar
        1. pastorear
        2. referindo-se ao governante, mestre (fig.)
        3. referindo-se ao povo como rebanho (fig.)
        4. pastor, aquele que cuida dos rebanhos (substantivo)
      2. alimentar, pastar
        1. referindo-se a vacas, ovelhas, etc. (literal)
        2. referindo-se ao idólatra, a Israel como rebanho (fig.)
    2. (Hifil) pastor, pastora
  2. associar-se com, ser amigo de (sentido provável)
    1. (Qal) associar-se com
    2. (Hitpael) ser companheiro
  3. (Piel) ser um amigo especial

רָבַץ נָאָה דֶּשֶׁא נָהַל מַיִם מְנוּחָה
Salmos 23: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ele me faz repousarH7257 רָבַץH7257 H8686 em pastosH4999 נָאָהH4999 verdejantesH1877 דֶּשֶׁאH1877. Leva-meH5095 נָהַלH5095 H8762 para junto das águasH4325 מַיִםH4325 de descansoH4496 מְנוּחָהH4496;
Salmos 23: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1877
desheʼ
דֶּשֶׁא
conduzir sobre
(having come back)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
H4325
mayim
מַיִם
água, águas
(of the waters)
Substantivo
H4496
mᵉnûwchâh
מְנוּחָה
lugar de descanso, descanso
(a resting place)
Substantivo
H4999
nâʼâh
נָאָה
pasto, habitação, habitação de pastor, morada, prado
(pastures)
Substantivo
H5095
nâhal
נָהַל
liderar, dar descanso, guiar com cuidado, conduzir para um lugar de água ou parada,
(will lead on)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H7257
râbats
רָבַץ
estender, deitar, estar deitado
(lies)
Verbo


דֶּשֶׁא


(H1877)
desheʼ (deh'-sheh)

01877 דשא deshe’

procedente de 1876; DITAT - 456a; n m

  1. grama, grama nova, erva verde, vegetação, jovem

מַיִם


(H4325)
mayim (mah'-yim)

04325 מים mayim

dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

  1. água, águas
    1. água
    2. água dos pés, urina
    3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

מְנוּחָה


(H4496)
mᵉnûwchâh (men-oo-khaw')

04496 מנוחה m enuwchaĥ ou מנחה m enuchaĥ

procedente de 4495; DITAT - 1323f; n f

  1. lugar de descanso, descanso
    1. lugar de descanso
    2. descanso, sossego

נָאָה


(H4999)
nâʼâh (naw-aw')

04999 נאה na’ah ou (plural) נאות

procedente de 4998, grego 3484 Ναιν; DITAT - 1322a; n f

  1. pasto, habitação, habitação de pastor, morada, prado
    1. pasto, prado
    2. habitação

נָהַל


(H5095)
nâhal (naw-hal')

05095 נהל nahal

uma raiz primitiva; DITAT - 1312; v

  1. liderar, dar descanso, guiar com cuidado, conduzir para um lugar de água ou parada, levar a repousar, trazer a uma parada ou lugar de descanso, guiar, refrescar
    1. (Piel)
      1. conduzir para um lugar de água ou uma parada e repousar neste lugar
      2. conduzir ou trazer para um lugar ou objetivo
      3. conduzir, guiar
      4. dar repouso a
      5. refrescar (com alimento)
    2. (Hitpael)
      1. liderar
      2. caminhar por locais de parada ou por etapas

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

רָבַץ


(H7257)
râbats (raw-bats')

07257 רבץ rabats

uma raiz primitiva; DITAT - 2109; v.

  1. estender, deitar, estar deitado
    1. (Qal) deitar
    2. (Hifil) levar a deitar
      1. deitando (pedras)

שׁוּב נֶפֶשׁ נָחָה מַעגָּל צֶדֶק שֵׁם
Salmos 23: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

refrigera-meH7725 שׁוּבH7725 H8787 a almaH5315 נֶפֶשׁH5315. Guia-meH5148 נָחָהH5148 H8686 pelas veredasH4570 מַעגָּלH4570 da justiçaH6664 צֶדֶקH6664 por amor do seu nomeH8034 שֵׁםH8034.
Salmos 23: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H4570
maʻgâl
מַעְגָּל
trincheira, trilho
(to the trench)
Substantivo
H4616
maʻan
מַעַן
para o fim que
(to the end that)
Substantivo
H5148
nâchâh
נָחָה
liderar, guiar
(led)
Verbo
H5315
nephesh
נֶפֶשׁ
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
H6664
tsedeq
צֶדֶק
justiça, correção, retidão
([but] in righteousness)
Substantivo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H8034
shêm
שֵׁם
O nome
(The name)
Substantivo


מַעְגָּל


(H4570)
maʻgâl (mah-gawl')

04570 מעגל ma gal̀ ou fem. מעגלה ma galah̀

procedente da mesma raiz que 5696; DITAT - 1560f; n m

  1. trincheira, trilho
    1. lugar cercado, trincheira
    2. vereda

מַעַן


(H4616)
maʻan (mah'-an)

04616 מען ma aǹ

procedente de 6030; DITAT - 1650g; subst

  1. propósito, intento prep
    1. por causa de
    2. em vista de, por causa de
    3. para o propósito de, para aquela intenção, a fim de que conj
    4. a fim de

נָחָה


(H5148)
nâchâh (naw-khaw')

05148 נחה nachah

uma raiz primitiva; DITAT - 1341; v

  1. liderar, guiar
    1. (Qal) liderar, trazer
    2. (Hifil) liderar, guiar

נֶפֶשׁ


(H5315)
nephesh (neh'-fesh)

05315 נפש nephesh

procedente de 5314; DITAT - 1395a; n f

  1. alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
    1. aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior do homem
    2. ser vivo
    3. ser vivo (com vida no sangue)
    4. o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
    5. lugar dos apetites
    6. lugar das emoções e paixões
    7. atividade da mente
      1. duvidoso
    8. atividade da vontade
      1. ambíguo
    9. atividade do caráter
      1. duvidoso

צֶדֶק


(H6664)
tsedeq (tseh'-dek)

06664 צדק tsedeq

procedente de 6663; DITAT - 1879a; n. m.

  1. justiça, correção, retidão
    1. o que é direito ou justo ou normal, retidão, justeza (referindo-se a pesos e medidas)
    2. justiça (no governo)
      1. referindo-se a juízes, governantes, reis
      2. referindo-se à lei
      3. referindo-se ao rei davídico, o Messias
      4. referindo-se a Jerusalém como sede de governo justo
      5. referindo-se a atributo de Deus
    3. retidão, justiça (num caso ou causa)
    4. correção (na linguagem)
    5. retidão (o que é eticamente correto)
    6. justiça (vindicada), justificação (em controvérsia), livramento, vitória, prosperidade
      1. referindo-se a Deus que é fiel à aliança na redenção
      2. em nome do rei messiânico
      3. referindo-se a pessoas que têm a salvação
      4. referindo-se a Ciro

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

שֵׁם


(H8034)
shêm (shame)

08034 שם shem

uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

  1. nome
    1. nome
    2. reputação, fama, glória
    3. o Nome (como designação de Deus)
    4. memorial, monumento

יָלַךְ גַּיא צַלמָוֶת יָרֵא רַע שֵׁבֶט מִשׁעֵנָה נָחַם
Salmos 23: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ainda que eu andeH3212 יָלַךְH3212 H8799 pelo valeH1516 גַּיאH1516 da sombra da morteH6757 צַלמָוֶתH6757, não temereiH3372 יָרֵאH3372 H8799 malH7451 רַעH7451 nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordãoH7626 שֵׁבֶטH7626 e o teu cajadoH4938 מִשׁעֵנָהH4938 me consolamH5162 נָחַםH5162 H8762.
Salmos 23: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1516
gayʼ
גַּיְא
no Vale
(in the valley)
Substantivo
H1571
gam
גַּם
também / além de
(also)
Advérbio
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H1992
hêm
הֵם
eles / elas
(they)
Pronome
H3372
yârêʼ
יָרֵא
temer, reverenciar, ter medo
(and I was afraid)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4938
mishʻênâh
מִשְׁעֵנָה
()
H5162
nâcham
נָחַם
estar arrependido, consolar-se, arrepender, sentir remorso, confortar, ser confortado
(shall comfort us)
Verbo
H5978
ʻimmâd
עִמָּד
para mim
(to me)
Prepostos
H6757
tsalmâveth
צַלְמָוֶת
sombra da morte, sombra densa, trevas densas
(and the shadow of death)
Substantivo
H7451
raʻ
רַע
ruim, mau
(and evil)
Adjetivo
H7626
shêbeṭ
שֵׁבֶט
vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
(The scepter)
Substantivo
H859
ʼattâh
אַתָּה
você / vocês
(you)
Pronome


גַּיְא


(H1516)
gayʼ (gah'-ee)

01516 גיא gay’ ou (forma contrata) גי gay

provavelmente procedente da mesma raiz que 1466 (abreviado), grego 1067 γεεννα; DITAT - 343; n m/f

  1. vale, depressão, desfiladeiro

גַּם


(H1571)
gam (gam)

01571 גם gam

por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv

  1. também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
    1. também, ainda mais (dando ênfase)
    2. nem, nem...nem (sentido negativo)
    3. até mesmo (dando ênfase)
    4. de fato, realmente (introduzindo o clímax)
    5. também (de correspondência ou retribuição)
    6. mas, ainda, embora (adversativo)
    7. mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
  2. (DITAT) novamente, igualmente

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

הֵם


(H1992)
hêm (haym)

01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

  1. eles, estes, os mesmos, quem

יָרֵא


(H3372)
yârêʼ (yaw-ray')

03372 ירא yare’

uma raiz primitiva; DITAT - 907,908; v

  1. temer, reverenciar, ter medo
    1. (Qal)
      1. temer, ter medo
      2. ter admiração por, ser admirado
      3. temer, reverenciar, honrar, respeitar
    2. (Nifal)
      1. ser temível, ser pavoroso, ser temido
      2. causar espanto e admiração, ser tratado com admiração
      3. inspirar reverência ou temor ou respeito piedoso
    3. (Piel) amedrontar, aterrorizar
  2. (DITAT) atirar, derramar

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מִשְׁעֵנָה


(H4938)
mishʻênâh (mish-ay-naw')

04938 משענה mish enah̀ ou משׂענת mish eneth̀

procedente de 4937; DITAT - 2434c,2434d; n f

  1. apoio (de todo tipo), bordão

נָחַם


(H5162)
nâcham (naw-kham')

05162 נחם nacham

uma raiz primitiva; DITAT - 1344; v

  1. estar arrependido, consolar-se, arrepender, sentir remorso, confortar, ser confortado
    1. (Nifal)
      1. estar sentido, ter pena, ter compaixão
      2. estar sentido, lamentar, sofrer pesar, arrepender
      3. confortar-se, ser confortado
      4. confortar-se, aliviar-se
    2. (Piel) confortar, consolar
    3. (Pual) ser confortado, ser consolado
    4. (Hitpael)
      1. estar sentido, ter compaixão
      2. lamentar, arrepender-se de
      3. confortar-se, ser confortado
      4. aliviar-se

עִמָּד


(H5978)
ʻimmâd (im-mawd')

05978 עמד ̀immad

prol em lugar de 5973; DITAT - 1640b; prep

  1. com

צַלְמָוֶת


(H6757)
tsalmâveth (tsal-maw'-veth)

06757 צלמות tsalmaveth

procedente de 6738 e de 4194; DITAT - 1921b; n. m.

  1. sombra da morte, sombra densa, trevas densas
    1. sombra da morte
    2. sombra da morte, trevas profundas, escuridão
    3. sombra da morte (referindo-se a angústia, perigo extremo) (fig.)
    4. sombra da morte (referindo-se ao lugar dos mortos) (fig.)

רַע


(H7451)
raʻ (rah)

07451 רע ra ̀

procedente de 7489; DITAT - 2191a,2191c adj.

  1. ruim, mau
    1. ruim, desagradável, maligno
    2. ruim, desagradável, maligno (que causa dor, infelicidade, miséria)
    3. mau, desagradável
    4. ruim (referindo-se à qualidade - terra, água, etc)
    5. ruim (referindo-se ao valor)
    6. pior que, o pior (comparação)
    7. triste, infeliz
    8. mau (muito dolorido)
    9. mau, grosseiro (de mau caráter)
    10. ruim, mau, ímpio (eticamente)
      1. referindo-se de forma geral, de pessoas, de pensamentos
      2. atos, ações n. m.
  2. mal, aflição, miséria, ferida, calamidade
    1. mal, aflição, adversidade
    2. mal, ferida, dano
    3. mal (sentido ético) n. f.
  3. mal, miséria, aflição, ferida
    1. mal, miséria, aflição
    2. mal, ferida, dano
    3. mal (ético)

שֵׁבֶט


(H7626)
shêbeṭ (shay'-bet)

07626 שבט shebet

procedente de uma raiz não utilizada com o provável sentido ramificar; DITAT - 2314a; n. m.

  1. vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
    1. vara, bordão
    2. cabo (referindo-se a espada, dardo)
    3. bordão (apetrecho de um pastor)
    4. bastão, cetro (sinal de autoridade)
    5. clã, tribo

אַתָּה


(H859)
ʼattâh (at-taw')

0859 אתה ’attah ou (forma contrata) את ’atta ou את ’ath feminino (irregular) algumas vezes אתי ’attiy plural masculino אתם ’attem feminino אתן ’atten ou אתנה ’attenah ou אתנה ’attennah

um pronome primitivo da segunda pessoa; DITAT - 189; pron pess

  1. tu (segunda pess. sing. masc.)

עָרַךְ פָּנִים שֻׁלחָן צָרַר דָּשֵׁן רֹאשׁ שֶׁמֶן כּוֹס רְוָיָה
Salmos 23: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Preparas-meH6186 עָרַךְH6186 H8799 H6440 פָּנִיםH6440 uma mesaH7979 שֻׁלחָןH7979 na presença dos meus adversáriosH6887 צָרַרH6887 H8802, unges-meH1878 דָּשֵׁןH1878 H8765 a cabeçaH7218 רֹאשׁH7218 com óleoH8081 שֶׁמֶןH8081; o meu cáliceH3563 כּוֹסH3563 transbordaH7310 רְוָיָהH7310.
Salmos 23: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1878
dâshên
דָּשֵׁן
ser gordo, engordar, ficar gordo, tornar próspero, ungir
(for removing)
Verbo
H3563
kôwç
כֹּוס
cálice n m
(And the cup)
Substantivo
H5048
neged
נֶגֶד
o que é notável, o que está na frente de adv
(suitable)
Substantivo
H6186
ʻârak
עָרַךְ
organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer,
(and they joined)
Verbo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H6887
tsârar
צָרַר
atar, ser estreito, estar em aperto, estreitar, causar aflição, sitiar, ser impedido, estar atado
(being bound up)
Verbo
H7218
rôʼsh
רֹאשׁ
cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
(heads)
Substantivo
H7310
rᵉvâyâh
רְוָיָה
()
H7979
shulchân
שֻׁלְחָן
mesa
(a table)
Substantivo
H8081
shemen
שֶׁמֶן
gordura, óleo
(oil)
Substantivo


דָּשֵׁן


(H1878)
dâshên (daw-shane')

01878 דשן dashen

uma raiz primitiva; DITAT - 457; v

  1. ser gordo, engordar, ficar gordo, tornar próspero, ungir
    1. (Qal) referindo-se a prosperidade (fig.)
    2. (Piel)
      1. ficar gordo, ungir
      2. considerar gordo (referindo-se à aceitação da oferta)
      3. lelvar as cinzas (do altar)
    3. (Pual) ser engordado
    4. (Hotpael) engordar (referindo-se à espada de Javé)

כֹּוס


(H3563)
kôwç (koce)

03563 כוס kowc

procedente de uma raiz não utilizada significando segurar junto; DITAT - 965,966 n f

  1. cálice n m
  2. uma espécie de coruja (uma ave impura)

נֶגֶד


(H5048)
neged (neh'-ghed)

05048 נגד neged

procedente de 5046; DITAT - 1289a; subst

  1. o que é notável, o que está na frente de adv
  2. na frente de, direto em frente, diante, na vista de
  3. na frente de alguém, direto
  4. diante da sua face, à sua vista ou propósito com prep
  5. o que está na frente de, correspondente a
  6. na frente de, diante
  7. à vista ou na presença de
  8. paralelo a
  9. sobre, para
  10. em frente, no lado oposto
  11. a uma certa distância prep
  12. da frente de, distante de
  13. de diante dos olhos de, oposto a, a uma certa distância de
  14. defronte, em frente de
  15. tão longe quanto a distância de

עָרַךְ


(H6186)
ʻârak (aw-rak')

06186 ערך ̀arak

uma raiz primitiva; DITAT - 1694; v.

  1. organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer, avaliar, igualar, dirigir, comparar
    1. (Qal)
      1. organizar ou pôr ou colocar em ordem, organizar, expor em ordem, apresentar (uma causa legal), por no lugar
      2. comparar, ser comparável
  2. (Hifil) avaliar, tributar

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

צָרַר


(H6887)
tsârar (tsaw-rar')

06887 צרר tsarar

uma raiz primitiva; DITAT - 1973,1974; v.

  1. atar, ser estreito, estar em aperto, estreitar, causar aflição, sitiar, ser impedido, estar atado
    1. (Qal)
      1. atar, amarrar, fechar
      2. ser limitado, estar confinado, estar em apuros
    2. (Pual) ser atado, ser amarrado
    3. (Hifil)
      1. tornar apertado para, causar aflição a, pressionar
      2. sofrer opressão
  2. demonstrar hostilidade a, incomodar
    1. (Qal)
      1. demonstrar hostilidade a, tratar com inimizade, incomodar, assediar
      2. esposa rival, importunador (particípio)

רֹאשׁ


(H7218)
rôʼsh (roshe)

07218 ראש ro’sh

procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

  1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    1. cabeça (de homem, de animais)
    2. topo, cume (referindo-se à montanha)
    3. altura (referindo-se às estrelas)
    4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
    5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
    6. o principal, selecionado, o melhor
    7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
    8. soma

רְוָיָה


(H7310)
rᵉvâyâh (rev-aw-yaw')

07310 רויה r evayaĥ

procedente de 7301; DITAT - 2130c; n. f.

  1. saturação

שֻׁלְחָן


(H7979)
shulchân (shool-khawn')

07979 שלחן shulchan

procedente de 7971; DITAT - 2395a; n m

  1. mesa
    1. mesa
      1. referindo-se à mesa do rei, uso privado, uso sagrado

שֶׁמֶן


(H8081)
shemen (sheh'-men)

08081 שמן shemen

procedente de 8080, grego 1068 γεθσημανι; DITAT - 2410c; n. m.

  1. gordura, óleo
    1. gordura, obesidade
    2. azeite, azeite de oliva
      1. como produto, remédio ou ungüento
      2. usado para unção
    3. gordura (referindo-se à terra frutífera, vales) (metafórico)

טוֹב חֵסֵד רָדַף יוֹם חַי יָשַׁב בַּיִת יְהוָה אֹרֶךְ
Salmos 23: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

BondadeH2896 טוֹבH2896 e misericórdiaH2617 חֵסֵדH2617 certamente me seguirãoH7291 רָדַףH7291 H8799 todos os diasH3117 יוֹםH3117 da minha vidaH2416 חַיH2416; e habitareiH3427 יָשַׁבH3427 H8804 na CasaH1004 בַּיִתH1004 do SENHORH3068 יְהוָהH3068 para todo o sempreH753 אֹרֶךְH753.
Salmos 23: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1004
bayith
בַּיִת
casa
(within inside)
Substantivo
H2416
chay
חַי
vivente, vivo
(life)
Adjetivo
H2617
chêçêd
חֵסֵד
bondade, benignidade, fidelidade
(your goodness)
Substantivo
H2896
ṭôwb
טֹוב
bom, agradável, amável
([it was] good)
Adjetivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3117
yôwm
יֹום
dia
(Day)
Substantivo
H3427
yâshab
יָשַׁב
e morava
(and dwelled)
Verbo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H389
ʼak
אַךְ
(only)
Advérbio
H7291
râdaph
רָדַף
estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
(and pursued [them])
Verbo
H753
ʼôrek
אֹרֶךְ
comprimento, extensão
(the length)
Substantivo


בַּיִת


(H1004)
bayith (bah'-yith)

01004 בית bayith

provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

  1. casa
    1. casa, moradia, habitação
    2. abrigo ou moradia de animais
    3. corpos humanos (fig.)
    4. referindo-se ao Sheol
    5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
    6. referindo-se á terra de Efraim
  2. lugar
  3. recipiente
  4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
  5. membros de uma casa, família
    1. aqueles que pertencem à mesma casa
    2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
  6. negócios domésticos
  7. interior (metáfora)
  8. (DITAT) templo adv
  9. no lado de dentro prep
  10. dentro de

חַי


(H2416)
chay (khah'-ee)

02416 חי chay

procedente de 2421; DITAT - 644a adj

  1. vivente, vivo
    1. verde (referindo-se à vegetação)
    2. fluente, frescor (referindo-se à água)
    3. vivo, ativo (referindo-se ao homem)
    4. reflorecimento (da primavera) n m
  2. parentes
  3. vida (ênfase abstrata)
    1. vida
    2. sustento, manutenção n f
  4. ser vivente, animal
    1. animal
    2. vida
    3. apetite
    4. reavimamento, renovação
  5. comunidade

חֵסֵד


(H2617)
chêçêd (kheh'-sed)

02617 חסד checed

procedente de 2616, grego 964 βηθεσδα; DITAT - 698a,699a; n m

  1. bondade, benignidade, fidelidade
  2. reprovação, vergonha

טֹוב


(H2896)
ṭôwb (tobe)

02896 טוב towb

procedente de 2895; DITAT - 793a adj

  1. bom, agradável, amável
    1. amável, agradável (aos sentidos)
    2. agradável (à mais alta índole)
    3. bom, excelente (referindo-se à sua espécie)
    4. bom, rico, considerado valioso
    5. bom, apropriado, conveniente
    6. melhor (comparativo)
    7. satisfeito, feliz, próspero (referindo-se à natureza sensitiva humana)
    8. boa compreensão (referindo-se à natureza intelectual humana)
    9. bom, generoso, benigno
    10. bom, correto (eticamente) n m
  2. uma coisa boa, benefício, bem estar
    1. bem estar, prosperidade, felicidade
    2. coisas boas (coletivo)
    3. bom, benefício
    4. bem moral n f
  3. bem estar, benefício, coisas boas
    1. bem estar, prosperidade, felicidade
    2. coisas boas (coletivo)
    3. generosidade

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יֹום


(H3117)
yôwm (yome)

03117 יום yowm

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

  1. dia, tempo, ano
    1. dia (em oposição a noite)
    2. dia (período de 24 horas)
      1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
      2. como uma divisão de tempo
        1. um dia de trabalho, jornada de um dia
    3. dias, período de vida (pl.)
    4. tempo, período (geral)
    5. ano
    6. referências temporais
      1. hoje
      2. ontem
      3. amanhã

יָשַׁב


(H3427)
yâshab (yaw-shab')

03427 ישב yashab

uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

  1. habitar, permanecer, assentar, morar
    1. (Qal)
      1. sentar, assentar
      2. ser estabelecido
      3. permanecer, ficar
      4. habitar, ter a residência de alguém
    2. (Nifal) ser habitado
    3. (Piel) estabelecer, pôr
    4. (Hifil)
      1. levar a sentar
      2. levar a residir, estabelecer
      3. fazer habitar
      4. fazer (cidades) serem habitadas
      5. casar (dar uma habitação para)
    5. (Hofal)
      1. ser habitado
      2. fazer habitar

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

אַךְ


(H389)
ʼak (ak)

0389 אך ’ak

relacionado com 403; DITAT - 84; adv

  1. de fato, certamente (enfático)
  2. no entanto, apenas, contudo, mas (restrito)

רָדַף


(H7291)
râdaph (raw-daf')

07291 רדף radaph

uma raiz primitiva; DITAT - 2124; v.

  1. estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
    1. (Qal)
      1. perseguir, pôr em fuga, seguir no encalço de, acompanhar
      2. perseguir, molestar (fig.)
      3. seguir, procurar obter (fig.)
      4. correr atrás de (um suborno) (fig.)
    2. (Nifal)
      1. ser perseguido
      2. aquele que é perseguido (particípio)
    3. (Piel) buscar ardentemente, procurar alcançar ardentemente, perseguir
    4. (Pual) ser perseguido, ser afugentado
    5. (Hifil) perseguir

אֹרֶךְ


(H753)
ʼôrek (o'rek')

0753 ארך ’orek

procedente de 748; DITAT - 162a; n m

  1. comprimento, extensão
    1. comprimento físico
    2. de tempo
  2. abstenção, auto-controle (de paciência)