Enciclopédia de Mateus 17:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 17: 12

Versão Versículo
ARA Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles.
ARC Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem.
TB declaro-vos, porém, que Elias já veio, e não o conheceram; antes, fizeram-lhe tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer às suas mãos.
BGB λέγω δὲ ὑμῖν ὅτι Ἠλίας ἤδη ἦλθεν, καὶ οὐκ ἐπέγνωσαν αὐτὸν ἀλλὰ ἐποίησαν ἐν αὐτῷ ὅσα ἠθέλησαν· οὕτως καὶ ὁ υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου μέλλει πάσχειν ὑπ’ αὐτῶν.
HD Digo-vos, por outro lado, que Elias já veio, e não o reconheceram, mas fizeram-lhe {tudo} quanto queriam. Assim também o filho do homem está na iminência de padecer sob {as mãos de} eles.
BKJ Mas eu vos digo que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim eles farão também sofrer o Filho do homem.
LTT Digo-vos, porém, que Elias já veio ①, e não o conheceram, mas lhe fizeram tudo o que quiseram. De semelhante modo, também o Filho do homem está para padecer sob eles."
BJ2 Eu vos digo, porém, que Elias já veio, mas não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem irá sofrer da parte deles".
VULG Dico autem vobis, quia Elias jam venit, et non cognoverunt eum, sed fecerunt in eo quæcumque voluerunt. Sic et Filius hominis passurus est ab eis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 17:12

Isaías 53:3 Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Mateus 11:2 E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos
Mateus 11:9 Mas, então, que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;
Mateus 14:3 Porque Herodes tinha prendido João e tinha-o manietado e encerrado no cárcere por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe;
Mateus 16:21 Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.
Mateus 21:23 E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?
Mateus 21:32 Porque João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isso, nem depois vos arrependestes para o crer.
Marcos 6:14 E ouviu isso o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara notório) e disse: João, o que batizava, ressuscitou dos mortos, e por isso estas maravilhas operam nele.
Marcos 9:12 E, respondendo ele, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e todas as coisas restaurará; e, como está escrito do Filho do Homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado.
Marcos 11:30 O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-me.
Lucas 3:19 Sendo, porém, o tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito,
Lucas 7:33 Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio.
Lucas 9:21 E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso,
João 1:11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
João 5:32 outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
Atos 2:23 a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
Atos 3:14 Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que se vos desse um homem homicida.
Atos 4:10 seja conhecido de vós todos e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós.
Atos 7:52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;
Atos 13:24 tendo primeiramente João, antes da vinda dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo do arrependimento.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 17 : 12
está na iminência de
Lit. “estar para, estar a ponto de (indicando a iminência do acontecimento)”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PROFETAS DE ISRAEL E DE JUDÁ

séculos IX e VIII a.C.

O termo "profeta" é derivado de uma palavra grega referente a alguém que "anuncia", e não "prenuncia". Já no século XVIII a.C., em Mari, na Síria, havia indivíduos anunciando mensagens dos deuses. No Antigo Testamento, o termo mais antigo "vidente" foi substituído posteriormente por "profeta", designação aplicada inclusive a Abraão, Moisés e Samuel.

ELIAS E ELISEU
O livro de Reis descreve as atividades de dois profetas do século IX a.C. Elias e seu sucessor, Eliseu. Durante o reinado de Acabe (873-853 a.C.), Elias anuncia uma seca como resposta divina ao pecado do povo. Passados três anos e meio sem chuva. Elias se encontra com 450 profetas de Baal, o deus da tempestade, no monte Carmelo e os desafia a fazer esse deus mandar fogo do céu. Os profetas de Baal são envergonhados, pois, a fim de mostrar que é o único Deus vivo e verdadeiro, o Senhor manda fogo do céu para consumir o sacrifício encharcado de água oferecido pelo seu profeta. Elias aproveita a ocasião e manda matar os profetas de Baal. Chuvas torrenciais põem fim à seca, mas Elias parece ser vencido pela depressão e foge para o deserto, onde pede para morrer. Restaurado pelo Senhor, Elias não teme confrontar Acabe por este haver confiscado a vinha de Nabote. Quando Elias é levado ao céu num redemoinho, Eliseu, seu sucessor ungido, herda seu manto e recebe uma porção dobrada do seu espírito. Vários milagres são atribuídos a Eliseu, inclusive a cura de Naamã, um comandante do exército arameu, que sofria de uma doença de pele grave." De acordo com o relato bíblico, Eliseu também ungiu a Jeú como rei de Israel e a Hazael como rei de Damasco. Em várias ocasiões, o profeta aparece na companhia de um grupo de discípulos.

OS PROFETAS ESCRITORES
Apesar de todas as suas atividades, não há registro das palavras de Elias e Eliseu além do relato encontrado nos livros de Reis. Porém, 22% do conteúdo do Antigo Testamento são constituídos de palavras de diversos profetas. Na Bíblia hebraica, quinze livros são dedicados a mensagens proféticas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e o Livro dos Doze (chamados, por vezes, de "Profetas Menores"). Na classificação da Bíblia cristã, o livro de Daniel é incluído entre os textos proféticos.

OSÉIAS
De acordo com a lista de reis em Oséias 1.1, esse profeta atuou na metade do século VIII a.C. Oséias atribuiu grande parte da decadência moral de Israel ao adultério spiritual dos israelitas com outros deuses. A situação de Israel é comparada com a de Gômer, a esposa adúltera de Oséias. Efraim, uma designação para os israelitas, buscou repetidamente a ajuda do Egito e da Assíria. Porém, Oséias insta o povo de Israel a voltar para Deus e evitar o julgamento vindouro: "Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos a Senhor; dizei- lhe: Perdoa toda iniqüidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nossos lábios" (Os 14:1-2).

JOEL
E difícil datar o livro de Joel, pois o profeta não faz referência a nenhum rei contemporâneo. Joel descreve a devastação provocada por pragas sucessivas de gafanhotos. Esse fenômeno pode ser observado no mundo moderno, havendo registros de nuvens de gafanhotos que cobriram regiões de até 370 km de uma só vez, numa densidade de mais de seiscentos mil insetos por hectare. Joel insta o povo a se arrepender. "Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei- vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos no SENHOR, VOSSO Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal."
Joel 2:12-13
O Senhor promete restauração: "Eu vos indenizarei pelos anos que os gafanhotos comeram os gafanhotos plenamente desenvolvidos, os que acabaram de nascer, os gafanhotos jovens e os que ainda não se desenvolveram de todo." JL 2:25; tradução do autor)

AMÓS
Amós era um boieiro de Tecoa (Khirbet Tequ'a), em Judá, que também cuidava de sicômoros, uma espécie de figueira.° Dotado de um senso de justiça social aguçado, dirigiu a maior parte das suas profecias à sociedade próspera, porém corrupta, de Israel durante o reinado de Jero- boão I (781-753 a.C.). Portanto, Amós foi contemporâneo de Oséias. Para Amós, o cerne de Israel estava corrompido e seria apenas uma questão de tempo até o povo ser exilado. "Gilgal, certamente, será levada cativa, e Betel será desfeita em nada" (Am 5:5b) e "Por isso, vos desterrarei para além de Damasco, diz o Senhor, cujo nome é Deus dos Exércitos". Ainda assim, ele também conclui sua profecia com uma promessa de esperança final.

Os ministérios de Elias e Eliseu
O profeta Elias e seu sucessor, Eliseu, exerceram seus ministérios no século IX a.C.Os números se referem aos lugares visitados (em sequência cronológica) por esses dos profetas influentes. Elias (círculos em vermelho)

Eliseu (círculos em amarelo)


Os ministérios de Elias e Eliseu
Os ministérios de Elias e Eliseu
cidades em que nasceram os profetas hebreus
cidades em que nasceram os profetas hebreus
Monte Carmelo, local do confronto entre Elias e os profetas de Baal, deus da tempestade.
Monte Carmelo, local do confronto entre Elias e os profetas de Baal, deus da tempestade.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

mt 17:12
O Consolador

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 180
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

 — Na reunião de 31 de outubro de 1939, no Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, um amigo do Plano Espiritual lembrou aos seus componentes a discussão de temas doutrinários, por meio de perguntas nossas à entidade de Emmanuel, a fim de ampliar-se a esfera dos nossos conhecimentos.


Consultado sobre o assunto, o Espírito Emmanuel estabeleceu um programa de trabalhos a ser executado pelo nosso esforço, que foi iniciado pelas duas questões seguintes:


— Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico, religioso, qual desses aspectos é o maior?

— “Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.

“A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao Céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus-Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”


— A fim de intensificar os nossos conhecimentos relativamente ao tríplice aspecto do Espiritismo, poderemos continuar com as nossas indagações?

— “Podereis perguntar, sem que possamos nutrir a pretensão de vos responder com as soluções definitivas, embora cooperemos convosco da melhor vontade.

“Aliás, é pelo amparo recíproco que alcançaremos as expressões mais altas dos valores intelectivos e sentimentais.

“Além do túmulo, o Espírito desencarnado não encontra os milagres da sabedoria, e as novas realidades do Plano imortalista transcendem aos quadros do conhecimento contemporâneo, conservando-se numa esfera quase inacessível às cogitações humanas, escapando, pois, às nossas possibilidades de exposição, em face da ausência de comparações analógicas, único meio de impressão na tábua de valores restritos da mente humana.

“Além do mais, ainda nos encontramos num plano evolutivo sem que possamos trazer ao vosso círculo de aprendizado as últimas equações, nesse ou naquele setor de investigação e de análise. É por essa razão que somente poderemos cooperar convosco sem a presunção da palavra derradeira. Considerada a nossa contribuição nesse conceito indispensável de relatividade, buscaremos concorrer com a nossa modesta parcela de experiência, sem nos determos no exame técnico das questões científicas, no objeto das polêmicas da Filosofia e das religiões, sobejamente movimentados nos bastidores da opinião, para considerarmos tão somente a luz espiritual que se irradia de todas as coisas e o ascendente místico de todas as atividades do espírito humano dentro de sua abençoada escola terrestre, sob a proteção misericordiosa Deus.”



As questões apresentadas foram as mais diversas e numerosas. Todos os componentes do Grupo, bem como outros amigos espiritistas de diferentes pontos, cooperaram no acervo das perguntas, ora manifestando as suas necessidades de esclarecimento íntimo, no estudo do Evangelho, ora interessados em assuntos novos que as respostas de Emmanuel suscitavam.

Em seguida, o autor espiritual selecionou as questões, deu-lhes uma ordem, catalogou-as em cada assunto particularizado, e eis aí o novo livro.

Que as palavras sábias e consoladoras de Emmanuel proporcionem a todos os companheiros de doutrina o mesmo bem espiritual que nos fizeram, são os votos dos modestos trabalhadores do Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


Pedro Leopoldo, 8 de março de 1940.



Allan Kardec

mt 17:12
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Página: 26
Allan Kardec
Pode-se considerar o Espiritismo como uma revelação? Neste caso, qual o seu caráter? Em que se funda a sua autenticidade? A quem e de que maneira ela foi feita? A Doutrina Espírita é uma revelação, no sentido teológico da palavra, isto é, o produto do ensino oculto vindo do Alto? É absoluta ou suscetível de modificações? Trazendo aos homens a verdade integral, a revelação não teria por efeito impedi-los de fazer uso das suas faculdades, pois que lhes pouparia o trabalho da investigação? Qual a autoridade do ensino dos Espíritos, se eles não são infalíveis nem superiores à Humanidade? Qual a utilidade da moral que pregam, visto que essa moral não é diferente da moral cristã, já conhecida? Quais as verdades novas que eles nos trazem? O homem precisará de uma revelação? E não poderá achar em si mesmo e em sua consciência tudo quanto lhe é necessário para se conduzir na vida? Tais as questões que devemos considerar.
mt 17:12
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Página: 88
Allan Kardec
Jesus, tendo vindo às cercanias de Cezaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” - Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” - Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16:13-17; Marcos 8:27-30)

Cairbar Schutel

mt 17:12
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 62
Página: -
Cairbar Schutel
“E entrando Jesus na barca, seus discípulos acompanharam-no, e eis que se levantou no mar tão grande tempestade que as ondas cobriam a barca; mas Jesus dormia. Os discípulos, aproximando-se, acordaram-no dizendo: Salva-nos, Senhor, que perecemos. Ele lhes disse: Por que temeis, homens de pouca fé? Então erguendo-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança. E todos se maravilharam dizendo: Que homem é este, que até o mar e os ventos lhe obedecem?"

(Mateus, VIII, 23-27.)


A autoridade de Jesus é verdadeiramente universal.


Espírito Superior que preside os destinos do nosso planeta, conhecelhe a natureza, bem como a atmosfera que o circunscreve, assim como os Espíritos que atuam nos elementos; é sabedor, portanto, de que todos os fenômenos sísmicos e atmosféricos são dirigidos por seres inteligentes encarregados das manifestações da Natureza.


O Mestre, contemplando o temporal que se desencadeara no Mar da Galileia, deliberou fazê-lo cessar, a rogo de seus discípulos, e, para que estes não perigassem, ordenou que o mar se acalmasse e os ventos não prosseguissem na sua faina destruidora!


Está claro que Jesus não se dirigiu ao mar e aos ventos, mas, sim, aos Espíritos que agitavam a atmosfera e encapelavam as águas. O vento e o mar não poderiam compreender, para obedecer às ordens do Mestre.


Esses fenômenos obedecem sempre a uma causa e Jesus, atuando sobre a causa, fez cessar o efeito!


Ensina, também, esta passagem, que com a fé em Jesus podemos, se lhe rogarmos, obter a calma nas tempestades da vida.


A Nova Revelação, com seus fatos maravilhosos, vem pôr-nos a par de tantas coisas que a ignorância humana considerava milagres, mas que não são mais que produtos ou resultados da ação de Espíritos que, em redor de nós, trabalham constantemente.



Amélia Rodrigues

mt 17:12
Primícias do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues
Com a força da sua realidade poderia ser considerado um díptico: as bênçãos de Deus no monte e os conflitos do homem em toda a pujança de suas cores na planície. [24]

Desciam Jesus, Pedro, Tiago e João das culminâncias do Tabor, onde comungaram com as excelências de Deus, ao encontro das baixadas espirituais das criaturas.


Há pouco, resplandecente, o Mestre estivera envolto por uma esfera de poderosa luz e dialogara com os venerandos antepassados do povo: Moisés e Elias.


As emoções ainda não se aquietaram na horizontalidade do habitual, e a curva descendente das dores tomava forma chocante no terra a terra das contingências humanas.


No alto, a visão da vida verdadeira; ao sopé, as angústias junto aos sofrimentos.


— "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele" — exortou Jesus com firmeza na voz, na qual a piedade se misturava à energia.


Não houve debate. Tudo simples. A cena breve culminou no declínio do jovem que ficara prostrado como morto, banhado por álgido suor, desfigurado.


O Mestre, comovido, curvou-se, tocou a fronte do ex-obsidiado e o levantou com gesto cativante.


Era quase um menino. . .


Sofria desde a mais tenra idade sob o jugo violento do impiedoso algoz desencarnado. As raízes do ódio nefando se perdiam nas sombras do passado, quando foram comensais da mesa farta da loucura e se enredaram em odienta cena de sangue. . . . Agora a lei soberana, que jungia o criminoso não punido à justiça desrespeitada, manifestava-se sobranceira.


O parasito espiritual se imanara ao sofredor e reproduzia nele os esgares epilépticos em que se consumia, vítima de si mesmo, escravo do ódio. Na volúpia da vingança, atirava-o de encontro ao solo, ateava-lhe fogo às vestes, tentava afogá-lo, subjugava-o.


As esperanças da família se apagavam na lâmpada sem lume das tentativas de cura, impossivel até aquele momento.


Seu pai ouvira falar do Rabi e o trouxera, na expectativa duvidosa de ver o filho recuperado, perdido como se encontrava no caminho do aniquilamento inexorável.


—Transcorreram oito dias [25] após a "confissão de Pedro", o Mestre tomou consigo Pedro, Tiago e João, e levou-os sozinhos, e à parte, para um alto monte.


Agosto, em plenitude, derrama sua taça de luz e calor sobre a terra. As papoulas e as margaridas jazem crestadas em hastes vencidas pela canícula. O céu muito azul e transparente concede visão infinita em todas as direções.


A medida que o Tabor [26] vai sendo vencido, os painéis se desenrolam: embaixo os campos de trigo ceifado, a mancha pardacento-prateada do Jordão, na configuração de imenso alaúde entre sebes; para as bandas do oriente erguem-se altaneiros os montes Galaad e ao poente cintilam as águas do Mediterrâneo, como imenso espelho refletido através da garganta natural entre o Monte Carmelo e os contrafortes altanados do Líbano; ao norte o Genesaré salpicado de velas coloridas e orlado por Tiberíades, Magdala, Cafarnaum, Betsaida, as cidades tão encantadoramente derramadas dos pequenos cerros na direção das praias, vestidas de palmeiras verdejantes. . .


Do acúmen a visão não se detém. De forma arredondada, a plataforma batida pelos ventos, às vezes coroada de zimbros, é a culminância dos 562 metros de altitude rochosa, sem vegetação, com destaque na imensa e formosa Galileia.


A noite ainda demora algumas horas para estender o seu manto imenso sob o céu. Os meses de agosto são de longos dias. O calor asfixia e requeima a rala vegetação.


A jornada é longa, na conquista do monte: mais de quatro horas de marcha lenta e cansativa, embora a beleza da paisagem deslumbrante em derredor.


Atingido o acume, o Mestre se põe em oração. Os discípulos, suarentos e cansados, adormecem à sombra dos arbustos escassos.


Um grande silêncio envolve tudo e todos. O mormaço quase asfixia. . .


A noite vence a natureza e o Mestre ora.


A madrugada alcança o Rabi em oração. Os companheiros dormem. Vozes percutem na monotonia. Os discípulos despertam, assustados e são dominados pela visão sublime da transfiguração do Mestre, com as vestes incendidas, dialogando com Moisés e Elias. As palavras vibram no ar; mas não são palavras como as que se ouvem comumente. . .


Logo após, diluída a visão, Simão se acerca do Rabi e exclama:

— Mestre, bom é que estejamos aqui, e façamos três cabanas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.


O Mestre fita-o compadecido.


Uma nuvem surge misteriosa e uma voz, então, exclama:

— Este é o meu filho amado; a Ele ouvi!


Os discípulos ainda não refeitos são tomados de pavor.


A grandiosa revelação fora feita.


Jesus estivera em toda a sua glória e eles foram testemunhas silenciosas e emocionadas do acontecimento incomparável.


Os Céus foram cindidos e os discípulos tiveram o "conhecimento do Divino".


Pedro se reportará mais tarde a essa metamorfose do Mestre, testemunho insofismável em que fundamenta sua fé.


O Rabi, no entanto, exige-lhes silêncio.


A verdade tem que ser dosada para o entendimento da argila humana.


Mais tarde João, ao escrever os "ditos do Senhor", iniciará a sua narrativa evocando, certamente, a cena inesquecível: "Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandeceu nas trevas, e as trevas não a compreenderam".


— Desçamos! —, alvitra o Mestre.


— Não poderíamos aqui demorar-nos? —, indaga Simão.


— E necessário descer — retruca Jesus. — Busquemos os que não dispõem de forças para subir. Os homens necessitam de nós. A nossa é a glória deles. Para eles sejam nossas alegrias e para nós as suas dores. Depois da comunhão com os Céus, a convivência entre os que se demoram na Terra. O paraíso seria para nós estranho presídio sem aqueles que, no ergástulo das aflições, anseiam pelo país da liberdade. Desçamos. Os homens, para quem eu venho, nos esperam.


Na descida do monte confabulam:

— Rabi! —, indagam como receosos — dizem os escribas que é mister que venha primeiro Elias. . .


— Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo quanto quiseram. Assim farão, também, padecer o Filho do Homem. . . "Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista".


A nova revelação de ser Elias, João Batista renascido, surpreende os companheiros que começam a compreender os inescrutáveis desígnios do Pai.


Os Espíritos estão estuantes de felicidade. Há festa em seus corações.


* * *

Jesus e os discípulos continuam descendo.


O dia esplende. Os acontecimentos são sóis em suas almas.


A plataforma do Tabor fica para trás.


A planície imensa se estende embaixo.


Lá estão as criaturas sofredoras e ansiosas, os companheiros aguardando.


Amedrontados, os discípulos se revezam.


— Afasta-te, Satanás! —, exclama Judas, irado, enquanto o obsesso ulula.


— Filho das trevas, semente de Belzebu — brada Tadeu, com a voz rouca e os olhos injetados — por quem és, abandona tua vítima!


— Decaído, imundo — vocifera, pálido e suarento, Natanael — eu te exorto a que retornes às geenas! . . .


Curiosos se acercam dos gritadores, enquanto o endemoninhado, como se multiplicasse as forças que o vampirismo espiritual consome, mais se debate no solo e corcoveia, exasperado, a ameaçar o débil corpo em convulsão, semivencido.


É o próprio Dibbuk - soluça, desanimado, Filipe.


— Nada conseguiremos! —, arremata o filho de Cléofas.


— Onde andará o Mestre — indaga, perturbado, Simão, o zelot e — que não vem socorrer-nos? Não saberá Ele de nossa aflição? . . .


Entreolham-se, estremecem, enquanto o obsidiado espumeja e se debate.


Falam todos de uma vez. Gritam inutilmente.


Vendo o Mestre e os companheiros, que chegam à charneca das misérias humanas, correm, aflitos e O saúdam.


— Que é que discutis com eles? —, interroga, sereno, o Senhor.


— Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um Espírito mudo. E este, onde quer que o apanhe, despedaça-o, e de espuma, e range os dentes, e vai-se secando; eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam!


— Se podes — apela o pai — salva o meu filho.


— Se tu podes crer, tudo é possivel ao que crê.


— Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade.


O Rabi se comove. O semblante sereno expressa toda a angústia do seu Espírito.


Sem qualquer mágoa, fita os companheiros medrosos e os admoesta com veemência e compaixão. Compreende as fraquezas dos convidados a esparzir a semente da Boa-nova.


Como a justificar-se a si mesmo e aos outros, Judas tenta esclarecer:

— Fizemos tudo quanto nos ensinaste e nada conseguimos. . .


— Até quando vos sofrerei e estarei convosco?


A indagação fica no ar, sem resposta.


A arrogância da fraqueza é mais petulante do que a vaidade da força.


O sinal do fracasso no orgulho é como chaga de fogo a requeimar.


— Espírito mudo e surdo. . .


Pálido e fraco, o moço sorriu. Havia gratidão sem palavras.


Osculou a mão do Rabi e, conduzido pelo pai em êxtase de alegria, seguiram ambos no rumo do lar.


À noite, quando o zimbório se vestia de estrelas brilhantes, ainda sob o impacto das manifestações do Mestre, no Tabor e na planície, Simão, traduzindo possivelmente a visível inquietação dos companheiros, aproximou-se d’Ele, que meditava, e indagou, visivelmente emocionado:

— Por que não puderam eles expulsar o espírito imundo?


— Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum — elucidou o Amigo.


Desejando, no entanto, utilizar o momento para melhor instruir os companheiros desatentos e pretensiosos, o Senhor esclareceu:

— Antes de tudo é necessário compreendamos que os espíritos imundos viveram antes, homens que foram, homens que continuam sendo. Enganados, como se deixaram conduzir no corpo, prosseguem enlouquecidos, fora dele. A morte não os transformou. Viajores do tempo, são o que fizeram. Ligados mentalmente às reminiscências das ações, demoram-se, sofrendo-as, imanados aos que amaram, vinculados àqueles que os fizeram sofrer. . .


Fez uma pausa, espontânea. E prosseguiu:

— Por essa razão a Boa-nova é um hino de amor e perdão. Amor indistinto e perdão indiscriminado.


Diante deles, nossos irmãos na sombra da ignorância, nenhuma força possui força senão a força do amor. Não apenas expulsá-los daquele convívio a que se agregam parasitariamente, mas também socorrê-los, enlaçando-os com amor. . .


Novamente silenciou, e envolveu os amigos num olhar de bondade, para logo continuar:

— São nossos irmãos da retaguarda, perdidos na ilusão das carnes a que teimosamente pretendem continuar ligados. Não se prepararam para a verdade. E em razão disso que a Mensagem de Vida não se reveste das indumentárias fantasiosas tão do agrado geral. É semente de luz para fecundação no solo do espírito.


Diante, pois, deles — possessos e possessores — só a oração do amor infatigável e o jejum das paixões conseguem mitigar a sede em que se entredevoram, entregando-os aos trabalhadores da Obra de Nosso Pai, que, em toda parte, estão cooperando com o Amor, incessantemente.


Se amardes ao invés de detestardes, se desejardes socorrer e não apenas os expulsardes, tudo fareis, pois que tudo quanto eu faço podeis fazê-lo, e muito mais, se o quiserdes. . .


No leve ar da noite bailavam suaves brisas espraiando para o futuro a palavra do Rabi, como antevisão gloriosa para os dias porvindouros da Humanidade.






mt 17:12
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

A manhã esplendia em júbilos. Havia um festival de sol, cor e música em a natureza. Pairava no leve ar do alvorecer o suave perfume das flores miúdas encravadas nas íngremes encostas do monte.


Há poucos minutos eles tiveram ali a visão excelsa e o contato com o Mundo Transcendente.


Seu Rabi apresentara-se rutilante ao lado dos pais da raça. Na grandeza eloquente da cena, a figura do Mestre se apresentara revestida de incomparável beleza. Nunca antes Ele se reportara às Suas reais possibilidades...


Apagava-se na multidão, embora o destaque natural que O elevava além e acima de todos.


Já afirmara as Suas qualidades de Esperado, todavia, como crê-lo ou como duvidá-lo?! Os Seus atos atestavam a elevação e procedência da estirpe a que pertencia.


. . Israel, no entanto, apresentava profetas e emissários de Deus, frequentemente, e muitos deles não passavam de possessos ou desequilibrados que o ridículo enxotava das portas.


Onde, porém, n"Ele as características habituais do profeta clássico? Nem o olhar injetado, nem a boca contraída em ricto, nem cólera divina a extravasar na palavra sibilina e dura. Nem ameaças, nem premonições.


Falava docemente, emoldurando seus conceitos com as palavras simples de todas as bocas, faladas pela singeleza do povo, por todos entendidas.


Ensinava o amor como solução única para os graves problemas e isto O fazia diferente. Perseguido, e não poucas vezes humilhado, prosseguia dócil. Nunca arrazoava contra e jamais se inquietava com as misérias dos homens. Misturava-se à turba e nunca se igualava...


Era comum e, no entanto, era especial.


Não amado ou não compreendido, continuava impertérrito no ministério do Seu amor, lecionando bondade e aguardando os resultados que comprovassem nos ouvintes a excelência das suas assertivas.


Compreendiam-

n"0 agora e estavam deslumbrados. Suas carnes ainda estremeciam ante o impacto da emoção que os assaltara no colóquio da transfiguração que acabaram de ver.


Desciam a montanha e a música do ar cantava uma balada agradável aos seus ouvidos como a fixar-lhes na memória todas as realidades daquele momento. _
* * *

— Não digais nada a ninguém — falou, inesperadamente o Senhor — do que acabais de presenciar, até que eu haja partido e ressurja dentre os mortos (Mateus 17:9-13) Não era a primeira vez que Ele se referia à partida e acenava com o próprio sacrifício para a consolidação dos Seus ensinos, e a informação lhes soava amarga, afligente... Preocupavam-se, pois que O amavam. O testemunho dado por Ele, por outro lado, exigir-lhes-ia igualmente o atestado de fidelidade, e receavam não estar preparados...


— Rabi, não será necessário, — disse Simão, — que venha primeiro Elias, conforme ensinam os escribas, para que depois venha o Messias?


A interrogação que mentalizavam de há algum tempo, escorrera-lhe dos lábios naturalmente, naquele momento.


Elias fazia parte da vida espiritual de Israel.


Sua voz penetrava através dos tempos a alma do povo eleito. Aquele verbo flamívolo chibateara a idolatria no passado e a sua eloquência, inspirada por Deus, fizera-o anunciar o Esperado libertador, que um dia faria de Israel o povo superior da Terra.


Previra, também, o seu próprio retorno para apontar Aquele que seria o Embaixador Excelso de Deus. Esperava-se que Ele chegasse, fazia muito, mas Elias não retornara...


Todos recordavam as batalhas travadas contra os adoradores de Baal, nas margens do rio Kinzon, implantando no seio dos bárbaros "o culto do Deus Único". Elias, era, pois, o ponto de partida, a chave decifradora do grande enigma.


— "Sim, — respondeu Ele de olhar fulgurante — o Elias que havia de vir já veio, mas não o reconheceram, fazendo-o experimentar tudo quanto quiseram...


Assim, também, padecerá o Filho do Homem... "

Repassaram mentalmente os últimos acontecimentos, os homens ilustres da Pátria, mas não o identificavam.


Amargavam duro cativeiro nas garras romanas e a miséria lhes rondava as portas.


Havia rebeliões afogadas em sangue e os espiões do dominador, aliciados a peso de ouro, estavam presentes em toda parte.


Por que não se escutava o Profeta invectivando, encorajando o povo a arrojar dos ombros ao solo os pesados grilhões da escravidão? Necessitavam de quem os liderasse...


Enquanto conjecturavam, na mesma harmoniosa voz, Ele concluiu: — " É este que aí está... "

Compreenderam que Ele se referira a João Batista.


Sim, João morrera, havia pouco, fora assassinado por Herodes e um manto de torpe tristeza ainda os envolvia, dominando os discípulos do Batista, agora dispersos.


Sim, ele bradara contra o crime e proclamara a chegada daquele de Quem ele não era digno de sacudir o pó das sandálias.


Fora sacrificado por não concordar com as altas arbitrariedades praticadas por Herodes em pleno concubinato com a cunhada. Sua voz se erguera, vigorosa, contra o abuso do poder e anunciava a nova era.


Recorria à penitência, ao arrependimento, elucidando chegados os dias do Senhor...


... E era Elias!


Não havia dúvidas, agora que foram informados.


Por essa razão, Elias reaparecera na visão de há pouco, em toda a sua grandeza.


João morto ressurgia em Elias espiritual, vivo.


Decifravam-se os enigmas e tornava-se mais fácil entender os desígnios do Alto.


Ele era sem dúvida, na sua magnitude, o Esperado.


Fitaram-n O quase a medo, e ante o olhar fulgurante de Jesus, a refletir a manhã clara, descendo a montanha do colóquio com a verdade, na direção dos homens, havia tal tranquilidade que eles se entreolharam em júbilos e seguiram para baixo, para as lutas humanas retendo aqueles segredos até a hora própria de desvelá-los.


Elias chegara e partira...


Começava, agora, o Reino de Jesus, em sementes de luz e amor atiradas na direção do mundo todo e da Humanidade inteira.


A sinfonia da Boa Nova cantaria nos ouvidos do coração uma sonata de vida eterna.


A manhã continuava esplendente e Jesus descia para aplacar as aflições humanas nas baixadas das paixões...



Joanna de Ângelis

mt 17:12
Estudos Espíritas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
CONCEITO - Desdobramento de possibilidades valio sãs, o progresso é agente do engrandecimento que tudo e todos experimentam, sob o impositivo das leis sábias da

evolução, de que nada ou ser algum se poderá eximir.


Presente em todo lugar, impõe-se a pouco e pouco pela força de que se reveste, terminando por comandar com eficiência o carro da vida.


Inutilmente a agressividade de muitos homens tenta detê-Io; vãs as insistentes maquinações dos espíritos astutos, pensando obstaculizá-lo; inoperantes os recursos da prepotência, supondo impedi-lo...


O progresso pode ser comparado ao amanhecer. Mesmo demorando aparentemente culmina por lograr êxito.


A ignorância, travestida pela força e iludida pela falsa cultura, não poucas vezes se há levantado, objetivando criar embaraços ao desenvolvimento dos homens e dos povos, gerando, por fim, lamentáveis constrições para os seus apaniguados, sem que conseguisse, todavia, nas lutas travadas, alcançar as cumeadas dos desejos ignóbeis.


Inevitavelmente ele chega, altera a face e a constituição do que encontra pela frente e desdobra recursos, fomentando a beleza, a tranquilidade, o conforto, a dita.


CONSIDERAÇÕES - Criando sempre e incessantemente, o Pai determina a evolução pela esteira dos evos intermináveis. Transformando-se e progredindo, o impulso criador, em se manifestando, evolute infinitamente na rota em que busca a relativa perfeição que lhe está destinada.


Pensamento que consubstancia forma, psiquismo que avança, invólucro que se aprimora, adquirindo preciosos recursos e inestimáveis conquistas que somam abençoados tesouros no incessante curso da indestrutibilidade...


Em todos os tempos a prosápia humana, decorrente do impositivo inferior, que procede do mecanismo primário donde o homem inicia a marcha, tem criado óbices ao progresso.


Assim, em vez de utilizar as conquistas que logra, fomentando ações edificantes, a criatura iludida com a transitoriedade da organização física se levanta impondo ideias infelizes, exigindo subalternidade, em detrimento a quanto vê, observa e experimenta na própria vida.


Dos excrementos o homem retira essências puras, de delicado odor, como a planta, do húmus, do adubo haure incomparáveis belezas e inimitáveis fragrâncias...


Desse modo, são de ontem os quadros lamentáveis, em que os inimigos do progresso dominavam, soberanos, supondo impedirem a fixação e a proeza da magnitude do desenvolvimento.


São destes dias as utopias, as ilusões dos vencedores que não se conseguiram vencer, sustentando a força opressiva com que vitalizam as sombras que os mantêm equivocados, ora usurpados pela desencarnação e esquecidos, enquanto o carro do progresso prossegue inalterável.


Examinando a palpitante atualidade do progresso que irrompe de todos os lados, são inequívocas quão inadiáveis as necessidades do adiantamento moral-espiritual do

homem, do que decorre o avanço material, seja na Administração, na Cultura, na Política, na Arte, na Ciência, a fim de que se não entorpeçam os valores éticos, ante a inteligência deslumbrada em face das conquistas do conhecimento, que, sem as estruturas íntimas da dignificação que comanda os sentimentos e destroça os desatinos, tudo transformaria em caos.


Buscando equacionar o mecanismo do Universo, quando jovem, Albert Einstein emprestou ao Cosmo as condições e requisitos intrínsecos necessários à sua própria explicação, adotando a cómoda elucidação do materialismo mecanicista. Amadurecido e experiente, mais tarde clarificado pela excelência do progresso moral, reformulou a teoria, resolvendo-se pela legitimidade de um "Poder Pensante" Existente e Precedente e um "Poder Atuante"... Somente o progresso moral responde pelas verdadeiras conquistas humanas, no plano da evolução.


Em face de tais considerações a realidade dos postulados imortalistas, fundamentados na tónica espiritual legítima do após a desarticulação celular, é a única diretriz que pode comandar com eficiência a máquina das modernas conquistas do pensamento tecnológico, de modo a facultar o progresso da Terra e do homem, por meios eficazes, verdadeiros, sem a constrição aberrante dos crimes, engodos, erros, ultrajes e agressões - velhos arrimos em que se sustenta a animalidade! - muito a gosto dos violentos construtores do passado, que se deixaram asfixiar pelos tóxicos do primarismo e da alucinação.


Ante os clarões da Imortalidade o homem contempla o futuro eterno, sem deter-se nas balizas próximas do fascínio mentiroso. Faz-se construtor para a Eternidade e

não para o agora célere que se decompõe em campo de experiências próximas. Não tem pressa, porque sabe que tudo quanto não conseguir hoje, realizá-lo-á amanhã.


Ante a desencarnação - que era fantasma cruel anteriormente - adquire confiança na vida que prossegue, e depois do túmulo acompanha o esforço dos continuadores do

trabalho que deixou, esforçando-se para retornar e prosseguir afervorado no labor da edificação da ventura geral.


CONCLUSÃO - À hora própria, conforme anunciado, fulguram as lições espiritistas, exatamente quando há recursos capazes de avaliarem a extensão filosófica e moral da Doutrina do Cristo na face em que Ele a ensinou e a viveu.


Reservando aos laboratórios próprios o estudo da transcendência do espírito e da vida, na atual conjuntura do progresso entre os homens, a religião espiritista penetra os espíritos, auxilia-os no progresso necessário e impele-os à glória do amor com que passam a sentir todos e tudo, rumando jubilosamente para Deus.


"A força para progredir, haure-a o homem em si mesmo, ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento ?


"Q homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contacto social. "
"O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual "Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente. " (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 779 e 780.) "Somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens remem a concórdia, a paz, a fraternidade. " 19.) (A Génese, Allan Kardec, cap. XVIII, item
* * *

(2) João, 3:1 a 14. - Nota da Autora espiritual.


(3) Mateus, 17:10 a 13. - Nota da Autora espiritual.



Léon Denis

mt 17:12
Cristianismo e Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Léon Denis

Qual a verdadeira doutrina do Cristo? Os seus princípios essenciais acham-se claramente enunciados no Evangelho. É a paternidade universal de Deus e a fraternidade dos homens, com as consequências morais que daí resultam; é a vida imortal a todos franqueada e que a cada um permite em si próprio realizar "o reino de Deus", isto é, a perfeição, pelo desprendimento dos bens materiais, pelo perdão das injúrias e o amor ao próximo.


Para Jesus, numa só palavra, toda a religião, toda a filosofia consiste no amor: "Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam; para serdes filhos de vosso Pai que está nos céus, o qual faz erguer-se o seu sol sobre bons e maus, e faz chover sobre justos e injustos. Porque, se não amais senão os que vos amam, que recompensa deveis ter por isso?" (Mateus, V, 44 e seguintes.) .


Desse amor o próprio Deus nos dá o exemplo, porque seus braços estão sempre abertos para o pecador: "Assim, vosso Pai que está nos céus não quer que pereça um só desses pequeninos. " O sermão da montanha resume, em traços indeléveis, o ensino popular de Jesus. Nele é expressa a lei moral sob uma forma que jamais foi igualada.


Os homens aí aprendem que não há mais seguros meios de elevação que as virtudes humildes e escondidas. "Bem-aventurados os pobres de espírito (isto é, os espíritos simples e retos), porque deles é o reino dos céus. - Bemaventurados os que choram, porque serão consolados. - Bemaventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. - Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. - Bem-aventurados os limpos de coração, porque esses verão a Deus. " (Mateus, V, 1 a 12; Lucas, VI, 20 a 25.) O que Jesus quer não é um culto faustoso, não é umas religiões sacerdotais, opulentas de cerimônias e práticas que sufocam o pensamento, não; é um culto simples e puro, todo de sentimento, consistindo na relação direta, sem intermediário, da consciência humana com Deus, que é seu Pai: "É chegado o tempo em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, porque tal quer, também, sejam os que o adorem. Deus é espírito, e em espírito e verdade é que devem adorar os que o adoram. " O ascetismo é coisa vã. Jesus limita-se a orar e a meditar, nos sítios solitários, nos templos naturais que têm por colunas as montanhas, por cúpula a abóbada dos céus, e de onde o pensamento mais livremente se eleva ao Criador.


Aos que imaginam salvar-se por meio do jejum e da abstinência, diz: "Não é o que entra pela boca o que macula o homem, mas o que por ela sai. " Aos rezadores de longas orações: "Vosso Pai sabe do que careceis, antes de lho pedirdes. " Ele não exige senão a caridade, a bondade, a simplicidade: "Não julgueis e não sereis julgados. Perdoai e sereis perdoados. Sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso. Dar é mais doce do que receber". "Aquele que se humilha será exaltado; o que se exalta será humilhado". "Que a tua mão esquerda ignore o que faz a direita, a fim de que tua esmola fique em segredo; e então teu Pai que vê no segredo, te retribuirá. " E tudo se resume nestas palavras de eloquente concisão: "Amai o vosso próximo como a vós mesmos e sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito. Nisso se encerram toda a lei e os profetas. " Sob a suave e meiga palavra de Jesus, toda impregnada do sentimento da natureza, essa doutrina se reveste de um encanto irresistível, penetrante. Ela é saturada de terna solicitude pelos fracos e pelos deserdados. É a glorificação, a exaltação da pobreza e da simplicidade. Os bens materiais nos tornam escravos; agrilhoam o homem à Terra. A riqueza é um estorvo; impede os velos da alma e a retém longe do "reino de Deus". A renúncia, a humildade, desatam esses laços e facilitam a ascensão para a luz.


Por isso é que a doutrina evangélica permaneceu através dos séculos como a expressão máxima do espiritualismo, o supremo remédio aos males terrestres, a consolação das almas aflitas nesta travessia da vida, semeada de tantas lágrimas e angústias. É ainda ela que faz, a despeito dos elementos estranhos que lhe vieram misturar, toda a grandeza, todo o poder moral do Cristianismo.


* * *

A doutrina secreta ia mais longe. Sob o véu das parábolas e das ficções, ocultava concepções profundas. No que se refere a essa imortalidade prometida a todos, definia-lhe as formas afirmando a sucessão das existências terrestres, nas quais a alma, reencarnada em novos corpos, sofreria as consequências de suas vidas anteriores e prepararia as condições do seu destino futuro. Ensinava a pluralidade dos mundos habitados, as alternações de vida de cada ser: no mundo terrestre, em que ele reaparece pelo nascimento, no mundo espiritual, ao qual regressa pela morte, colhendo em um e outro desses meios os frutos bons ou maus do seu passado.


Ensinava a íntima ligação e a solidariedade desses dois mundos e, por conseguinte, a comunicação possível do homem com os espíritos dos mortos que povoam o espaço ilimitado.


Daí o amor ativo, não somente pelos que sofrem na esfera da existência terrestre, mas também pelas almas que em torno de nós vagueiam atormentadas por dolorosas recordações. Daí a dedicação que se devem as duas humanidades, visível e invisível, a lei de fraternidade na vida e na morte e a celebração do que chamavam "os mistérios", a comunhão pelo pensamento e pelo coração com os que, Espíritos bons ou medíocres, inferiores ou elevados, compõem esse mundo invisível que nos rodeia, e sobre o qual se abrem esses dois pórticos por onde todos os seres alternativamente passam: o berço e o túmulo.


A lei da reencarnação acha-se indicada em muitas passagens do Evangelho e deve ser considerada sob dois aspectos diferentes: à volta à carne, para os Espíritos em via de aperfeiçoamento; a reencarnação dos Espíritos enviados em missão à Terra.


Em sua conversação com Nicodemos, Jesus assim se exprime: "Em verdade te digo que, se alguém não renascer de novo, não poderá ver o reino de Deus. " Objeta-lhe Nicodemos: "Como pode um homem nascer, sendo já velho?" Jesus responde: "Em verdade te digo que, se um homem não renasce da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes de te dizer: importa-vos nascer outra vez. O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito. " (João, III, 3 a 8.) Jesus acrescenta estas palavras significativas: "Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?" O que demonstra que não se tratava do batismo, que era conhecido pelos judeus e por Nicodemos, mas precisamente da reencarnação já ensinada no "Zohar", livro sagrado dos hebreus. (Nota xii: Ver nota complementar nº 5.) Esse vento, ou esse espírito que sopra onde lhe apraz, é a alma que escolhe novo corpo, nova morada, sem que os homens saibam de onde vem, nem para onde vai. É a única explicação satisfatória.


Na Cabala hebraica, a água era a matéria primordial, o elemento frutificado. Quanto à expressão Espírito Santo, que se acha no texto e que o torna incompreensível, é preciso notar que a palavra santo nele não se encontra em sua origem e que foi aí introduzida muito tempo depois, como se deu em vários outros casos. (Nota xiii: Ver Bellemare, "Espírita e Cristão", págs. 351 e seguintes.) É preciso, por conseguinte, ler: renascer da matéria e do espírito.


Noutra ocasião, a propósito de um cego de nascença, encontrado de passagem, os discípulos perguntam a Jesus: "Mestre, quem foi que pecou? Foi este homem, ou seu pai, ou sua mãe, para que ele tenha nascido cego?" (João, IX, 1 e 2).


A pergunta indica, antes de tudo, que os discípulos atribuíam a enfermidade do cego a uma expiação. Em seu pensamento, a falta precedera a punição; tinha sido a sua causa primordial. É a lei da consequência dos atos, fixando as condições do destino. Trata-se aí de um cego de nascença; a falta não se pode explicar senão por uma existência anterior.


Daí essa ideia da penitência, que reaparece a cada momento nas Escrituras: "Fazei penitência", dizem elas constantemente, isto é, praticai a reparação, que é o fim da vossa nova existência; retificai vosso passado, espiritualizai-vos, porque não saireis do domínio terrestre, do círculo das provações, senão depois de "haverdes pagado até o último ceitil. " (Mateus, V, 26).


Em vão têm procurado os teólogos explicar doutro modo, que não pela reencarnação, essa passagem do Evangelho. Chegaram a raciocínios, pelo menos, estranhos. Assim foi que o sínodo de Amsterdã não pôde sair-se da dificuldade senão com esta declaração: "o cego de nascença havia pecado no seio de sua mãe". (Nota xiv: Ver nota complementar n° 5.) Era também opinião corrente, nessa época, que Espíritos eminentes vinham, em novas encarnações, continuar, concluir missões interrompidas pela morte. Elias, por exemplo, voltara à Terra na pessoa de João Batista. Jesus o afirma nestes termos, dirigindo-se à multidão: "Que saíste a ver? Um profeta? Sim, eu vo-lo declaro, e mais que um profeta. E, se o quereis compreender, ele é o próprio Elias que devia vir. - O que tem ouvidos para ouvir, ouça. " (Mateus, XI, 9, 14 e 15) Mais tarde, depois da decapitação de João Batista, ele o repete aos discípulos: "E seus discípulos o interrogam, dizendo: Porque, pois, dizem os escribas que importa vir primeiramente Elias? - Ele, respondendo, lhes disse: " "Elias, certamente, devia vir e restabelecer todas as coisas. Mas eu vo-lo digo: Elias já veio e eles não o conheceram, antes lhe fizeram quanto quiseram. - Então, conheceram seus discípulos que de João Batista é que ele lhes falara. " (Mateus, XVII, 10, 11, 12 e 15).


Assim, para Jesus, como para os discípulos, Elias e João Batista eram a mesma e única individualidade. Ora, tendo essa individualidade revestido sucessivamente dois corpos, semelhante fato não se pode explicar senão pela lei da reencarnação.


Numa circunstância memorável, Jesus pergunta a seus discípulos: "Que dizem do filho do homem?" E eles lhe respondem: "Uns dizem: é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. " (Mateus, XVI, 13, 14; Marcos, VIII, 28) Jesus não protesta contra essa opinião como doutrina, do mesmo modo que não protestara no caso do cego de nascença. Ao demais, a ideia da pluralidade das vidas, dos sucessivos graus a percorrer para se elevar à perfeição, não se acha implicitamente contida nestas palavras memoráveis: "Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito. " Como poderia a alma humana alcançar esse estado de perfeição em uma única existência?


De novo encontramos a doutrina secreta, dissimulada sob véus mais ou menos transparentes, nas obras dos apóstolos e dos padres da Igreja dos primeiros séculos. Não podiam estes dela falar abertamente. Daí as obscuridades da sua linguagem.


Aos primeiros fiéis escrevia Barnabé: "Tanto quanto pude, acredito ter-me explicado com simplicidade e nada haver omitido do que pode contribuir para vossa instrução e salvação, no que se refere às coisas presentes, porque, se vos escrevesse relativamente às coisas futuras, não compreenderíeis, porque elas se acham expostas em parábolas. " (Epístola católica de São Barnabé, XVII, l, 5).


Em observância a esta regra é que um discípulo de São Paulo, Hermas, descreve a lei das reencarnações sob a figura de "pedras brancas, quadradas e lapidadas", tiradas da água para servirem na construção de um edifício espiritual. (Livro do Pastor, III, XVI, 3, 5). "Porque foram essas pedras tiradas de um lugar profundo e em seguida empregadas na estrutura dessa torre, pois que já estavam animadas pelo espírito? - Era necessário, diz-me o senhor, que, antes de serem admitidas no edifício, fossem trabalhadas por meio da água. Não poderiam entrar no reino de Deus por outro modo que não fosse despojando-se da imperfeição da sua primeira vida. " Evidentemente essas pedras são as almas dos homens; as águas (Nota xv: Essa parábola adquire maior relevo pelo fato de ser a água, para os judeus cabalista, a representação da matéria, o elemento primitivo, o que chamaríamos hoje o éter cósmico.) são as regiões obscuras, inferiores, as vidas materiais, vidas de dor e provação, durante as quais as almas são lapidadas, polidas, lentamente preparadas, a fim de tomarem lugar um dia no edifício da vida superior, da vida celeste. Há nisso um símbolo perfeito da reencarnação, cuja ideia era ainda admitida no século III e divulgada entre os cristãos.


Dentre os padres da Igreja, Orígenes é um dos que mais eloquentemente se pronunciaram a favor da pluralidade das existências. Respeitável a sua autoridade. São Jerônimo o considera, "depois dos apóstolos, o grande mestre da Igreja, verdade - diz ele - que só a ignorância poderia negar". S. Jerônimo vota tal admiração a Orígenes que assumiria, escreve, todas as calúnias de que ele foi alvo, uma vez que, por esse preço, ele, Jerônimo, pudesse ter a sua profunda ciência das Escrituras.


Em seu livro célebre, "Dos Princípios", Orígenes desenvolve os mais vigorosos argumentos que mostram, na preexistência e sobrevivência das almas noutros corpos, em uma palavra, na sucessão das vidas, o corretivo necessário à aparente desigualdade das condições humanas, uma compensação ao mal físico, como ao sofrimento moral que parece reinarem no mundo, se não se admite mais que uma única existência terrestre para cada alma. Orígenes erra, todavia, num ponto. É quando supõe que a união do espírito ao corpo é sempre uma punição. Ele perde de vista a necessidade da educação das almas e a laboriosa realização do progresso.


Errônea opinião se introduziu em muitos centros, a respeito das doutrinas de Orígenes, em geral, e da pluralidade das existências em particular, que pretendem ter sido condenadas, primeiro pelo concílio de Calcedônia e mais tarde pelo quinto concílio de Constantinopla. Ora, se remontamos às fontes, (Nota xvi: Ver Pezzani, "A pluralidade das existências", páginas 187 e 190.) reconhecemos que esses concílios repeliram, não a crença na pluralidade das existências, mas simplesmente a preexistência da alma, tal como a ensinava Orígenes, sob esta feição particular: que os homens eram anjos decaídos e que o ponto de partida tinha sido para todos a natureza angélica.


Na realidade, a questão da pluralidade das existências da alma jamais foi resolvida pelos concílios. Permaneceu aberta às resoluções da Igreja no futuro e é esse um ponto que se faz preciso estabelecer.


Como a lei dos renascimentos, a pluralidade dos mundos achase indicada no Evangelho, em forma de parábola: "Há muitas moradas na casa de meu Pai. Eu vou a preparar-vos o lugar e, depois que tiver ido e vos tiver preparado o lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver, vós estejais também. " (João, XIV, 2 e 3) A casa do Pai é o infinito céu; as moradas prometidas são os mundos que percorrem o espaço, esferas de luz ao pé das quais a nossa pobre Terra não é mais que mesquinho e obscuro planeta. É para esses mundos que Jesus guiará as almas que se ligarem a ele e à sua doutrina, mundos que lhe são familiares e onde nos saberá preparar um lugar, conforme os nossos méritos.


Orígenes comenta essas palavras em termos positivos: "O Senhor faz alusão às diferentes estações que devem as almas ocupar, depois que se houverem despojado dos seus corpos atuais e se tiverem revestido de outros novos. "



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 17:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 24
CARLOS TORRES PASTORINO
JO 1:19-28

19. Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas, para perguntar-lhe: "Quem és tu?"


20. Ele confessou e não negou, e confessou: "Eu não sou o Cristo".


21. Perguntaram-lhe eles: "Quem és então? És tu Elias?" Ele respondeu: "Não sou". "És tu o Profeta?" Respondeu: "Não".


22. Disseram-lhe pois: "Quem és? Para que possamos dar resposta aos que nos enviaram. Que pensas de ti mesmo?"


23. Ele replicou: "Eu sou a voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor", como disse o profeta Isaías.


24. Ora, eles tinham sido enviados pelos fariseus.


25. Perguntaram-lhe também: "Por que então mergulhas se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?"


26. Respondeu-lhes João: "Eu mergulho na água; no meio de vós está quem "Vós não conheceis,


27. aquele que vem depois de mim, ao qual não sou digno de desatar a correia das sandálias".


28. Isto passou-se em Betânia, além do Jordão, onde João estava mergulhando.


O mesmo episódio anteriormente narrado pelos sinópticos é trazido com variantes pelo evangelista João, com a autoridade que lhe conferia o fato de ter sido discípulo do Batista, e portanto de haver assistido às cenas. Ele traz seu testemunho ocular do interrogatório "oficial" por parte do Sinédrio, por intermédio de emissários credenciados. A delegação era constituída de sacerdotes (saduceus, que representavam a autoridade) e de levitas (o clero encarregado da polícia do Templo de Jerusalém).


A pergunta "quem és tu"? subentendia o acréscimo "és o Cristo"? E o evangelista coloca enfaticamente a resposta de João "confessou e não negou, mas confessou: não sou o Cristo", ou seja não sou o Messias esperado. Falou a verdade sem rebuços, não se fazendo passar, por quem não era.


Eles insistiram, perguntando-lhe se "era Elias". A vinda do Messias estava condicionada à vinda de Elias, que o devia proceder, segundo as palavras do Antigo Testamento, em Malaquias "eis que envio meu mensageiro, ele há de preparar o caminho diante de mim (Yahweh)" (3:1), e "eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia de Yahweh; ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais" 4:5-3. Os judeus o aguardavam no sentido literal (Cfr.


MT 16:14 e MT 17:10-13; MC 9:12 e MC 15:35-36; LC 1:17). Jesus diz claramente, falando de João Batista: "se quereis compreendê-lo, ele mesmo é Elias que tinha que vir" (MT 11:14); e mais: " declaro-vos que Elias já veio... e os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (MT 17:11-13; cfr. MC 9:13). De fato, o Batista viveu longo tempo no deserto, como Elias; vestia um manto de pelo de camelo, como Elias; usava um cinto de couro, como Elias.


Por que então diz João que "não é Elias"? Porque de fato João Batista não era Elias; ele FORA Elias em vida anterior, mas na atual não mais o era; era, sim, João Batista. A personalidade muda, de encarna ção para encarnação: quando o ser (individualidade) reencarna, abandona por completo a personaliSABEDORIA DO EVANGELHO dade anterior que morre ("uma só vez", HB 9:27) e assume nova personalidade (embora a possa" reassumir", quando novamente libertado de seu corpo físico, como ocorreu com João Batista que, depois de desencarnar, reassumiu a personalidade de Elias e conversou com Jesus no Tabor, MT 17:3 e MC 9:4). Então, João Batista FOI outrora Elias, mas NÃO É MAIS Elias, é João. O comentador católico Monsenhor Louis Pirot, de quem muito nos servimos nestes comentários, escreve uma frase preciosa ao esclarecer a resposta do Batista: "mas enfim, tratava-se de Elias em pessoa e, nesse sentido, João Batista só podia responder negativamente" ("La Sainte Bible", vol. 10, pág. 321). Embora desconhecendo a técnica da reencarnação, e por isso negando-a, Pirot acertou: a PESSOA (personalidade) de Elias era uma; a PESSOA (personalidade) de João Batista era outra, totalmente diferente.


Todavia, a INDIVIDUALIDADE, o SER, ou o ESPÍRITO (não a alma!) de ambos era UM SÓ. Duas contas de um rosário são duas contas diferentes, mas o fio que as liga faz que elas sejam "um rosário"
e "um fio" só. Outro exemplo: cada membro de nosso corpo é independente - o braço não é a perna -

mas o que faz que eles formem parte de UM SER apenas, é nosso ESPÍRITO que os unifica num só corpo.


Aliás, são Gregório Magno (Homilia VII in Evangelium, Patr. Lat. t. 76 col. 1100) escreve: "Em outro local (MT 11:13-14), sendo o Senhor interrogado pelos discípulos quanto à vinda de Elias, respondeu: Elias já veio, e se quereis sabê-lo é João que é Elias. João, interrogado, diz o contrário: eu não sou Elias... É que João era Elias pelo espírito que o animava, mas ele não era Elias em pessoa. O que o Senhor diz do espírito de Elias, João o nega da pessoa". Conforme vemos, exatamente nosso ponto de vista, concordando plenamente com a tese reencarnacionista.


Vem a terceira pergunta, baseada na promessa de Moisés: "Yahweh, teu deus, suscitar-te-á do meio de ti (povo), dentre teus irmãos, um Profeta igual a mim: escutai-o" (DT 18:15). Seria João esse Profeta?


Essa profecia foi aplicada a Jesus por Pedro (AT 3:22), por Estêvão (AT 7:37) e pelo povo judaico (JO 6:14 e JO 7:40). O Batista mais uma vez nega ser esse Profeta predito por Moisés.


A missão do sinédrio era "oficial". Tinha, pois, o direito de argüir João. E pergunta-lhe como desfecho: " que dizes de ti mesmo"? João retruca citando Isaías (Isaías 40:3): "sou a voz do que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor". Já estudamos esse trecho nos comentários aos sinópticas (MT 3:3;

MC 1:3 e LC 3:4). Aqui é o próprio João que a aplica a si mesmo, oficialmente, diante da máxima autoridade civil e religiosa do povo israelita.


Neste ponto, o evangelista diz que a delegação fora enviada pelos fariseus, ciosos do cumprimento da Lei e da Tradição. Finalizado o interrogatório, tomam satisfações de seus atos: "se não és o Cristo, nem Elias, nem "o" Profeta, com que direito mergulhas tu"?


Como vemos, a crença da reencarnação de Elias era aceita como indiscutível, o que prova que a própria reencarnação em si também o era. Apenas, não conheciam ainda bem a sua técnica.


João esclarece que apenas "mergulha na água", para excitar os sentidos à reforma mental, mas afirma solenemente que "o Messias já está em Israel".


Informa o evangelista que esses fatos ocorreram em "Betânia" além do Jordão (não é a Betânia de Marta e Maria). Orígenes, que conhecia o terreno, quis corrigir os manuscritos para "Betabara", para conformar-se à topografia da região.


Nesta cena, observamos a angústia que obceca os homens pela personalidade, pelo que cai sob os sentidos. Nada de interessar-se pelo Espírito. Querem firmar suas crenças externas nas ilusões passageiras do corpo, da pessoa, da filiação, das credenciais humanas.


Estes interrogatórios serão feitos a todos os que mergulharam no Espírito: "Quem és? que autoridade tens? quem te deu esse poder"?


Se houver um "diploma" conferido, está tudo legal. Mas há que ser um diploma material e humano. A Força Divina, para os homens comuns e para as "autoridades", de nada vale: é indispensável a confirma ção da autoridade "humana".


mt 17:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 11:2-19


2. Como João, no cárcere, tivesse ouvido falar das obras de cristo, mandou dois de seus discípulos perguntar-lhe:


3. "És tu o que vem, ou devemos esperar outro"?


4. Respondeu-lhes Jesus: "Ide contar a João o que estais ouvindo e observando:


5. os cegos vêem de novo; os coxos andam; os leprosos ficam limpos; os surdos estão ouvindo; os mortos se levantam e aos mendigos é dirigida a boa-nova;


6. e feliz aquele que não tropeça em mim".


7. Ao partirem eles, começou Jesus a falar ao povo a respeito de João: "Que saístes a ver no deserto? Uma cana sacudida pelo vento?


8. Mas que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Os que vestem roupas finas residem nos palácios dos reis.


9. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, digo-vos, e muito mais que um profeta.


10. É dele que está escrito: "Eis que envio ante tua face meu mensageiro, que preparará teu caminho diante de ti".


11. Em verdade vos digo que não apareceu entre os nascidos de mulher outro maior que João, o Batista (o que mergulha); mas o reino dos céus é maior que ele.


12. Desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é assaltado, e os assaltantes o conquistam,


13. porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.


14. E se quereis aceitar (isto), ele mesmo é Elias que estava destinado a vir.


15. O que tem ouvidos, ouça.


16. Mas a que hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos sentados nas praças, que gritam aos companheiros:


17. "nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes".


18. Porque veio João não comendo nem bebendo, e dizem: "ele recebeu um espírito desencarnado".


19. Veio o filho do homem comendo e bebendo, e dizem: "eis um homem glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e pecadores"! E contudo, a sabedoria é justificada por seus filhos". zaram a vontade de Deus quanto a eles, não tendo sido mergulhados por ele.


LC 7:19-35


19. Chamando dois deles (de seus discípulos), João enviou-os a Jesus, para perguntar: "És tu o que deve vir, ou esperaremos outro"?


20. Quando esses homens chegaram a ele, disseram: "João, o Batista, enviou-nos para te perguntar: "és tu o que vem, ou esperaremos outro"?


21. Na mesma hora curou Jesus a muitos de moléstias, de flagelos, e de obsessores, e concedeu vista a muitos cegos.


22. Então respondeu-lhes: "Indo embora, relatai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem de novo, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos estão ouvindo, os mortos se levantam, e aos mendigos é dirigida a boa-nova.


23. E feliz é o que não tropeça em mim".


24. Tendo ido os mensageiros de João, começou a falar ao povo a respeito de João: "Que saístes a ver no deserto? Uma cana sacudida pelo vento?


25. Mas que saístes a ver? Um homem vestido com roupas finas? Os que se vestem ricamente e vivem no luxo, estão nos palácios dos reis.


26. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, digo-vos, e muito mais que profeta.


27. É dele que está escrito: "eis que envio ante tua face meu mensageiro, que preparará teu caminho diante de ti".


28. Eu vos digo: entre os nascidos de mulher, não há nenhum maior que João; mas o menor no reino de Deus, é maior que ele".


29. Ao ouvir isto, todo o povo e até os cobradores de impostos reconheceram a justiça de Deus, sendo mergulhados com o mergulho de João;


30. mas os fariseus e 0s doutores da lei desprezaram a vontade de Deus quanto a eles, não tendo sido mergulhados por ele.


31. "A que, pois, compararei os homens desta geração, e a que são eles semelhantes?


32. São semelhantes a meninos que se sentam na praça e gritam uns para os outros: "nós tocamos flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes".


33. Pois veio João, o Batista, não comendo pão nem bebendo vinho e dizeis: "ele recebeu um espírito desencarnado".


34. Veio o filho do homem comendo e bebendo, e dizeis: "eis um homem glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e pecadores!"


35. Entretanto, a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.


João estava na prisão de Maquérus (veja vol. 2). Daí acompanhava com grande interesse todo o desenvolvimento do ministério de Jesus, sobre o qual é constantemente informado por seus discípulos, que o visitam com frequência. O que mais lhe contam são os prodígios operados pelo novo taumaturgo de Nazaré. João jamais perdeu de vista sua tarefa de precursor e todos os seus atos destinam-se a "preparar o caminho diante dele" (vol. 1).


Que Jesus era o Messias, não havia dúvida para João, que O reconhecera desde o ventre materno (LC 1. 41. vol. 1); era consciente de ser ele o precursor (MT 3:1-6; vol. 1); declarou mesmo que não era digno de desatar-lhe as correias das sandálias (MT 3:11-12; vol 1); declarou até peremptoriamente ser o precursor predito (JO 1:19-28; vol. 1); não queria, mergulhar Jesus, porque se julgava indigno (MT 3:13-15; vol. 1); durante o ato do mergulho viu o sinal do Espírito (MT 3:16-17; vol 1); designou Jesus como o "cordeiro que resgata o carma do mundo " (JO 1:29-33) e taxativamente declara" eu vi e testifiquei que Ele é o escolhido de Deus" (JO 1:34; vol. 1); além de tudo isso, influi nos discípulos que sigam Jesus, declarando-o "o messias" (JO 1:35-37; vol. 1); e quando seus discípulos se queixam de que Jesus está atraindo multidões, João lhes dá a entender que Jesus é o Messias e acrescenta "é necessário que ele cresça e que EU diminua" (JO 3:25-30; vol. 2).


No entanto, apesar de tudo isso, os discípulos de João não viam Jesus com bons olhos e, por ciúmes escandalizavam-se dele". Observe-se que o verbo grego skandalízô en significa literalmente "tropeçar em". Assim o substantivo skándalon era, na armadilha, a peça-chave (o alçapão ou trava), que a fazia detonar. Então, escandalizar era tropeçar na trava, ficando preso na armadilha.


Mas, dizíamos, os discípulos de João tinham ciúmes do êxito crescente de Jesus (coisa tão comum entre espiritualistas!), especialmente quando viram seu próprio mestre na prisão. Observamos que eles criticaram Jesus na questão do jejum (MT 9:14) unindo-se aos piores inimigos de Jesus; vimos que eles foram queixar-se de Jesus ao próprio João, quando então o Batista se limita a recordar-lhes o que lhes havia afirmado a respeito de Jesus (vol. 2).


Na prisão, João percebia que seu fim estava próximo e preocupava-se, em primeiro lugar, em conseguir mais uma oportunidade de exercer oficialmente sua tarefa de precursor; mas além disso, queria aproximar de Jesus seus discípulos, a fim de que estes não prosseguissem, após seu desencarne, no culto de um precursor, ao invés de seguir o verdadeiro Mestre. Para isso, era indispensável uma definição pública de Jesus. E João resolve provocá-la, mas com delicadeza, deixando-lhe o caminho aberto para que Jesus respondesse como julgasse mais oportuno.


Daí a pergunta confiada aos dois mensageiros : "és tu o que vem (ho erchómenos, no particípio presente) ou deverá ser esperado outro"?


Anote-se, para fixar o sentido em que era usada a palavra "anjo" naquela época, que Lucas dá, aos dois discípulos de João que foram mandados a Jesus, o título de "anjos", isto é, mensageiros.


Jesus responde-lhes com fatos, e, na presença deles, realiza as obras preditas pelos antigos profetas de Israel como típicas "daquele que viria"; e depois de fazer, passa a citar as realizações por eles antevistas: quanto aos mortos, IS 26:19; quanto aos surdos e mendigos, IS 29:18; quanto aos cegos e surdos, IS 35:5 e quanto aos infelizes, IS 61:1.


Após as obras e citações, Jesus conclui "feliz o que não tropeça em mim" (makários hoi eàn mé skandaIisth êi), ou seja, o que não se recusar a aceitá-lo, por não compreender Sua missão. A advertência dirige-se abertamente aos discípulos de João que criticavam Jesus. Eles, de mentalidade estreita, fazendo questão fechada de ser vegetarianos e abstêmios de vinho e sexo, "tropeçaram" num Missionário verdadeiro (Jesus), e não no quiseram aceitar, por ser Ele "comilão e beberrão de vinho" (cfr. MT 11:18-19 e LC 7 : 33-34).


Quanto a Jesus, sempre preferiu confirmar Sua missão por meio de Suas obras e de Seus exemplos.


Jesus espera que os discípulos de João se retirem, e então tece o panegírico do precursor, talvez para que os apóstolos e outros seguidores Seus não viessem a pensar que a pergunta de João fora provoca da por alguma dúvida real do precursor. Tanto que a primeira pergunta se refere à falta de fé, à vacilação nas atitudes: a cana sacudida pelo vento. João não é um homem qualquer sem convicções, não é um "grande do mundo", rico e poderoso; e nessa série de perguntas repetidas, a eloquência se exalta: um profeta? sim, diz Jesus, e muito mais do que profeta: o precursor do Messias. Isso é afirmado através da citação de Malaquias (Malaquias 3:11).


Subindo mais ainda, Jesus chega ao clímax, afirmando categoricamente com solenidade: "em verdade vos digo, entre os nascidos de mulher ninguém é maior que João". Já explicamos (vol. 1) o sentido da expressão "filho do homem". Recordemos.


Os gnósticos distinguiam dois graus de evolução: os "nascidos de mulher" ou "filhos de mulher" e os" filhos do homem".


Os "filhos de mulher" são os que ainda estão sujeitos à reencarnação cármica, obrigados a renascer através da mulher, sejam eles involuídos ou evoluídos. Neste passo declara Jesus que dentre todos os que estão ainda sujeitos inevitavelmente ao kyklos anánke (ciclo fatal) da reencarnação, o Batista é o maior de todos.


Já os "filhos do homem" (dos quais Jesus se cita como exemplo logo abaixo, versículo 19) são os que não estão mais sujeitos à reencarnação, só reencarnando quando o querem para determinada missão; e são assim chamados como significando aqueles que já superaram o estágio hominal, sendo, o resultado ou "filho" da evolução humana. Na realidade, Jesus era um dos "filhos do homem", como também outros avatares que vieram à Terra espontaneamente para ajudar à humanidade (tais Krishna, Buda, etc.) .


João, o Batista, cujo Espírito animara, na encarnação anterior a personalidade de Elias o Tesbita, estava sujeito à reencarnação para resgatar o assassinato dos sacerdotes de Baal, junto à torrente de Kishon (cfr. 1RS 18:40 e 1RS 18:19:1), mortos à espada por ordem dele; e por isso a personalidade de João também teve a cabeça decepada à espada (cfr. MT 14:10-11). A Lei de Causa e Efeito é inapelável.


João, portanto, ainda pertencia ao grau evolutivo dos "nascidos de mulher", embora fosse o maior de todos naquela época.


Entretanto, todos aqueles que tenham conquistado o "reino dos céus", isto é, que hajam obtido a união hipostática com o Cristo Interno, são maiores do que ele, no sentido de terem superado essa fase do ciclo reencarnatório: e portanto de haverem atingido o grau de "filhos do homem". Tão importante se revela essa união definitiva com a Divindade!


Surgem depois dois versículos que os comentadores ansiosamente buscam penetrar quanto ao sentido profundo, mas, de modo geral, permanecem na periferia, dizendo que "só os que se esforçam violen tamente conseguem o reino dos céus"; e, na segunda parte, que Jesus colocou aqui João como "marco divisório a encerrar o Antigo Testamento ("toda a Lei e os Profetas até João", como diz Agostinho: videtur Joannes interjectus quidam limes Testamentorum duorum, Patrol. Lat. vol. 38, col. 1328).


E finalmente a grande revelação, irrecusável sob qualquer aspecto: "se quereis aceitar isso (se fordes capazes de compreendê-lo) ele mesmo é Elias, o que devia vir... quem tem ouvidos, ouça (quem puder, compreenda!).


A tradução do vers. 14 não coincide com as comuns. Mas o grego é bem claro: kai (e) ei (se) thélete (quereis) decsásthai (aceitar, inf. pres. ) autós (ele mesmo) estin (é) Hêlías (Elias) ho méllôn (part.


presente de mellô, destinado", "o que estava destinado") érchesthai (inf. pres. : a vir).


A Vulgata traduziu: "et si vultis recipere, ipse est Elias qui venturus est", em que o particípio futuro na conjunção perifrástica dá o sentido de obrigação ou destino do presente do particípio méllôn; acontece que o latim ligou num só tempo de verbo (venturus est) o sentido dos dois verbos gregos (ho méllôn érchesthai). Com essa tradução, porém, o sentido preciso do original ficou algo "arranhado". Se a tradução fora literal, deveríamos ler, na Vulgata (embora com um latim menos ortodoxo): "ipse est Elias debens venire", o que corresponde exatamente à nossa tradução: "ele mesmo é Elias que devia (estava destinado) a vir". Levados pela tradução da Vulgata, os tradutores colocam o futuro do presente (que deverá vir), quando a ação é nitidamente construída no futuro do pretérito.


A previsão do regresso de Elias à Terra (cfr. MT 3:23-24) "eis que vos envio Elias, o profeta, antes que chegue o dia de YHWH grande e terrível: ele reconduzirá o coração dos pais para os filhos e dos filhos para os pais" ... é confirmada no Eclesiástico (48:10) ao elogiar Elias "tu, que foste designado para os tempos futuros como apaziguador da cólera, antes que ela se inflame, conduzindo o coração do pai para o filho".


Alguns pensam tratar-se "do último dia do juízo final", mas Jesus mesmo dá a interpretação autêntica, quando diz: "eu vos declaro que Elias já veio mas não foi reconhecido" ... "e os discípulos entenderam que Ele lhes falava de João Batista" (MT 17:12-13).


Então, não pode restar a mínima dúvida de que Jesus confirma, autoritária e inapelavelmente, que João Batista é a reencarnação de Elias. Embora sejam duas personalidades diferentes, o Espírito (ou individualidade)


é o mesmo. Gregório Magno compreendeu bem o mecanismo quando, ao comentar o passo em que João nega ser Elias (JO 1:21) escreveu: "em outro passo o Senhor, interrogado pelos discípulos sobre a vinda de Elias, respondeu: Elias já veio (MT 17:12) e, se quereis aceitá-lo, é João que é Elias (MT 11:14). João, interrogado, diz o contrário: eu não sou Elias... É que João era Elias pelo Espírito (individualidade) que o animava, mas não era Elias em pessoa (na personalidade). O que o Senhor diz do Espírito de Elias, João o nega da pessoa" (Greg. Magno, Hom. 7 in Evang., Patrol. Lat. vol. 76, col. 1100).


Jesus não precisava entrar em pormenores sobre a reencarnação, pois era essa uma crença aceita normalmente entre os israelitas dessa época, sobretudo pelos fariseus, só sendo recusada pelos saduceus.


Em Lucas há dois versículos próprios a ele, distinguindo amassa e os publicanos, que aceitaram o mergulho de João, e os fariseus e doutores da lei, que não aceitaram a oportunidade da mudança de vida, que Deus lhes oferecia por intermédio de João.


E Jesus prossegue propondo uma parábola, na qual ilustra a contradição de Seus contemporâneos ("desta geração"), que não aceitam a austeridade da pregação de João nem a bondade alegre dos ensinos de Jesus. Ao verem a penitência e abstinência do Batista,, disseram que "estava obsidiado", que" tinha espírito desencarnado"; e ao observarem a leveza de atitudes do Nazareno, taxaram-no de comilão e beberão.


Cabe notar en passant que a obsessão é sempre atribuída em o Novo Testamento a um daímon (espírito desencarnado), em hebraico dibbuck, e jamais ao diábolos (cfr. vol. 1).


Definida a posição de dúvidas e hesitações da humanidade daquela época, (da qual pouco difere a atual) o Mestre conclui com um aforismo: a sabedoria é justificada por seus filhos, ou seja, por seus resultados. Com efeito, o que é produzido pelo sábio é que lhe justifica a sabedoria.


Há fatos que trazem lições preciosas. Aqui temos um.


O intelecto (João) no "cárcere" da carne, ouve as teorias a respeito da individualidade (Jesus) mas, como é de seu feitio raciocinador, quer provas. Não se contenta em ouvir afirmativas de outrem: exige confirmação do próprio. E o meio mais rápido é pedir à própria individualidade que se defina, que apareça, que se declare de origem divina.


Evidentemente, de nada adiantaria mais uma assertiva, embora proveniente da própria individualidade: o intelecto continuaria na dúvida. Inteligentemente a individualidade não responde com palavras, mas com fatos. O intelecto manda dois de seus discípulos, (faculdades de percepção e de observação) para apurar. E a resposta consiste em fatos: "veja, diz a individualidade, como se te modificam as coisas: a cegueira intelectual se abriu para a luz; os ouvidos da compreensão, antes surdos, estão atentos à voz interior; os passos incertos na caminhada evolutiva se tornaram firmes; os resgates cármicos que enfeavam a personalidade vão sendo limpos; a morte da indiferença às coisas espirituais se torna vida entusiástica e, apesar de toda a pobreza dos veículos físicos e do "espírito" é a ele que se dirige a ótima notícia do "reino" ... mas, coitado daquele que, apesar de todas as evidências, não crê e tropeça no conhecimento da individualidade... feliz, porém, aquele que compreende e aceita".


O intelecto recebe as lições e os testemunhos, que lhe comprovam a realidade dos fatos, e retira-se para meditação.


Entretanto, além da lição extraída dos fatos, temos outra, surgida com a Palavra: o Verbo de Deus que se manifesta dentro de nós (JO 1:14).


Em primeiro lugar, com as perguntas insistentes, temos avisos repetidos do que procura o Espírito: nem coisas fúteis (uma cana sacudida pelo vento), nem luxo (homem vestido de roupa, finas) nem mesmo um profeta (médiuns e videntes), mas algo maior que isso: o Espírito quer descobrir o caminho para encontrar seu único Mestre, o Cristo Interno. Para isso, está sempre alerta, a fim de entrar em contato com o "mensageiro" (pequeno mestre) que vem mostrar o caminho e aplainá-lo, para facilitar a busca e o Encontro. A tarefa desse "precursor" e mestre humano (intelecto =, João) é "aplainar as veredas", abaixar os outeiros e elevar os vales e levar o coração dos pais aos filhos e vice-versa (ou seja, harmonizar a mente com todos os veículos que a carregam na jornada evolutiva). O intelecto, portanto, PREPARA o caminho da personalidade, para que ela possa encontrar o Cristo Interno. Ent ão, o intelecto iluminado é o precursor do Cristo Interno, seja esse intelecto o da própria criatura, seja o de criaturas outras que se disponham a "servir" à humanidade. E esses precursores tem vindo várias vezes à Terra, sendo alguns reconhecidos como avatares de lídima estirpe.


Ocorre, entretanto, que muitos dos discípulos desses precursores do Cristo Interno tomam a si, tamb ém, a tarefa de indicar a senda, quer falando, quer escrevendo, quer sobretudo exemplificando.


E aqui temos o exemplo que Jesus dá, de João, o intelecto que preparou realmente o caminho para o Cristo, e que, por isso, foi destacado como "o maior" dentre os que vivem ainda na personalidade.


Não obstante, aquele que tiver dado o Mergulho em profundidade na Consciência Cósmica, dentro de si mesmo, esse será, em sua individualidade, como "filho do homem", maior que qualquer das maiores personalidades. E por isso João é apresentado como "o mergulhador" (o Batista), "o que mergulha", isto é, "o que prepara, através" do mergulho que ele ensina, o caminho para o Encontro com o Cristo Interno".


Jesus, a individualidade, não podia deixar de elogiar esse intelecto iluminado, a fim de chamar nossa atenção a respeito de como processar a aproximação da meta gloriosa. E o evangelista, que aprendera o mergulho de João e por isso encontrara Jesus (a individualidade), comenta que os humildes (povo e publicanos) haviam correspondido ao ensino de João e haviam mergulhado, descobrindo o Cristo em si, mas os orgulhosos (fariseus e doutores) haviam rejeitado esse ensino, desprezando a oportunidade que a Vida (Deus) lhes oferecera, e não tinham aceito o mergulho.


Jesus confirma ainda que a representação do intelecto iluminado (Buddha) em o Novo Testamento é a mesma que fora apresentada, como protótipo no Antigo: Elias.


Depois, numa parábola, avisa a quem possa compreender, que jamais haja decepção, porque a geração que está na Terra ainda não sabe o que quer, por imaturidade mental. Se um dirigente vem com penitências, é rejeitado; e se vem com alegria, também o é. Desde que não concordem com seus pontosde-vista terrenos, os "profetas" ou "precursores" são recusados e levados ao ridículo por qualquer das facções já existentes.


Todavia, são os resultados obtidos que justificam a sabedoria, e não as palavras proferidas, nem as aparências, nem o êxito entre as criaturas, nem o poder, nem a força, nem a santificação externa, proveniente dos outros. O que vale é o resultado íntimo, ou seja, o Encontro Místico, oculto, que se dá n "quarto a portas fechadas", atuando assim "nos céus que estão no secreto, onde habita o Pai".


mt 17:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 15
CARLOS TORRES PASTORINO

Mt 17:10-13


10. Perguntaram-lhe os discípulos dizendo: "Por que então dizem os escribas que Elias deve vir primeiro"?


11. Respondendo, Jesus disse: "Sem dúvida Elias vem primeiro e restaurará todas as coisas;


12. mas eu vos digo que Elias já veio e não o conheceram, antes fizeram com ele tudo o que quiseram; assim também o Filho do Homem há de padecer por parte deles".


13. Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista.


MC 9:10-13


10. E guardaram essa palavra, discutindo entre si o que seria ter sido levantado dentre os mortos.


11. Então lhe perguntaram dizendo: "Como é que os escribas dizem que Elias deve ter vindo primeiro"?


12. Respondendo, disse-lhes: "Elias, tendo vindo primeiro, restauraria todas as coisas e (como está escrito do Filho do Homem) padeceria muitas coisas e seria rejeitado;


13. mas digo-vos que (tal como está escrito a respeito dele) também Elias veio e fizeram a ele tudo o que queriam.


Aqui temos um dos ensinos mais claros e explícitos de Jesus, mas há dois milênios vem ele sendo premeditadamente mal interpretado. Pensadamente se torce a doutrina explicada pelo Mestre, para adaptá-la às próprias convicções e aos convencionalismos ditados pela falta de conhecimento da realidade.


São então trazidos à balha nos comentários de hermeneutas e exegetas, os mais deslavados sofismas, que contradizem frontalmente o texto.


Reconstituamos a cena, tal como está narrada pelos dois evangelistas.


Em Marcos, encontramos a causa que provocou a pergunta. Tinham os discípulos gravado na memória a proibição de Jesus e, a esse respeito, vinha sendo mantida acesa discussão a propósito da frase: ter-se levantado dentre os mortos" (veja-se o estudo de anístêmi, "levantar-se", no vol. 3).


Apesar da discussão, não se fez a luz e não chegaram eles a uma conclusão satisfatória.


Com efeito, havia muitos dados que pareciam contraditórios entre si. Malaquias previra o retorno de Elias à Terra, antes do Messias, na qualidade de Seu precursor. Jesus declarara (MT 11:14) a respeito de João Batista, então encarnado: "e se quereis aceitá-lo, ele mesmo (João) é o Elias que tinha que vir" (Convém ler todo o comentário do vol. 3). Mas, logo após, João Batista fora retirado da cena, decapitado.


Agora, mais uma complicação surgira: eles acabavam de ver e ouvir Elias, com a forma de Espírito. Como explicar-se ali a presença de Elias? Elias não havia renascido na pessoa de João Batista? E então, por que apareceu Elias, e não o Batista? E havia mais: se estava previsto que a missão de Jesus chegava ao fim (assunto tratado durante a visão, confirmando as palavras anteriores de Jesus), não haveria tempo suficiente para que Elias reencarnasse e viesse "preparar o caminho para o Senhor".


De fato, a confusão era procedente e eles resolveram interpelar o Mestre, expondo-Lhe suas dúvidas numa pergunta que as englobasse: "como dizem os escribas que Elias deve vir primeiro" (dei elthein prôton)?


Jesus aceita e ratifica o ensino dos escribas baseado nas Escrituras: não há dúvida de que Elias vem antes. Eis as respostas com suas variantes nos dois Evangelhos: Mateus: "Sem dúvida Elias vem (érchetai, presente do indicativo) e restaurará todas as coisas.


Mas eu vos digo que ELIAS JÁ VEIO e não o conheceram, mas fizeram com ele tudo o que quiseram: assim também o Filho do Homem há de padecer da parte deles".


Marcos: "Com efeito, tendo vindo primeiro, Elias restauraria todas as coisas e (como também está escrito do Filho do Homem) padeceria muitas coisas e seria rejeitado. Mas digo-vos que (tal como está escrito a respeito dele) também ELIAS VEIO e fizeram-lhe tudo o que queriam.


Mesmo assim confuso, o sentido do texto de Marcos concorda com o sentido do de Mateus em suas linhas básicas: ELIAS JÁ VEIO e, não tendo sido reconhecido, foi assassinado o Mas Elias JÁ VEIO.


Após essa resposta incisiva, os raciocínios se aclararam: eles haviam degolado "Elias", quando degolaram João Batista, e por isso Elias apareceu em espírito. De fato, o Espírito não morre. Só morre a personalidade terrena, única que recebe um nome. A conclusão é óbvia: o Espírito (individualidade) é um só, que vivifica sucessivamente várias personagens. O mesmo Espírito, pois, vivificara Elias e, novecentos anos depois, vivificara a personagem João Batista. Assim sendo, o Espírito era o mesmo, e podia apresentar-se com qualquer das duas formas, a seu gosto: ou Elias, ou João Batista.


Tudo se esclarecia definitivamente e "os discípulos entenderam finalmente que, quando Jesus lhes falara de Elias, Ele se referira a João Batista, nova encarnação de Elias".


E foi assim que o compreendeu Gregório Magno que vamos repetir "Em outro passo o Senhor, interrogado pelos discípulos sobre a vinda de Elias, respondeu: Elias já veio (MT 17:12: MC 9:12) e, se quereis aceitá-lo, é João que é Elias (MT 11:14). João, interrogado, diz o contrário: eu não sou Elias (JO 1:21). É que João era Elias pelo Espírito (individualidade) que o animava, mas não era Elias em pessoa (personagem). O que o Senhor diz do Espírito, João o nega da pessoa" (Greg. Magno, Homilia

7 in Evang., Patrol. Lat. vol. 76, col. 1100).


O sentido desse esclarecimento dado pela individualidade (Jesus) ao intelecto e às emoções da personalidade (Pedro-Tiago-João) é o exemplo do que ocorre com todos os que se aproximam das realidades espirituais.


Muita coisa existe que o intelecto (mesmo iluminado) e as emoções recusam aceitar. Nesse mesmo trecho temos a comprovação disso: há quantos séculos obstina-se a humanidade em não aceitar a lição dada, só porque, vivendo presa à personalidade, seus intelectos não percebem a realidade profunda?


E no entanto, centenas de intelectuais privilegiados leram o trecho e o comentaram, mas sempre baseados nos raciocínios horizontais da personagem humana limitada. Por isso é tão difícil convencer aqueles que, encarcerados na personalidade - cujo eu unicamente conhecem - não conseguem perceber nada além do que os sentidos lhes fornecem, e recusam a luz do Espírito.


Quando, todavia, se dá o contato com o Espírito, esse mostra ao intelecto o FATO, e o intelecto imediatamente VÊ, PERCEBE e ENTENDE as coisas, sem necessidade de fazê-las passar pelo crivo do raciocínio e pelo filtro das emoções. A visão é global, interiça, total.


Nessa elucidação de Jesus, as palavras foram poucas, mas o alcance do Intelecto, que acabava de ter tido o contato, foi completo: "entenderam que lhes falava de João Batista". Entenderam. Perceberam.


Viram. Nada mais lhes era necessário. A intuição estava absorvida, a convicção era indiscutível, o Espírito penetrara no intelecto, e o intelecto "entrara no reino dos céus", vendo, "não mais através de um vidro obscuro, mas face a face, não mais por partes, mas englobadamente" (1. ª Cor. 13:12).


Natural e compreensível a recusa daqueles que vivem na personalidade, de aceitar as visões espirituais: um plano se opõe ao outro em pólos opostos. Quem está e vive preso aos sentidos físicos, quem só raciocina intelectualmente, é como "a criança, que fala como criança, pensa como criança, raciocina como criança; mas quando eles se tornarem Homens, abandonarão os modos de ver das crianças" (l. ª Cor. 13:11). Ora, como pretender que a criança cresça repentinamente e de imediato raciocine como pessoa adulta? Como pretender que a personalidade de inopino atinja a individualidade? Só o tempo (que "é o ritmo evolutivo", no dizer de Pietro Ubaldi) é que poderá resolver o caso e amadurecer os frutos. Aguardemos com paciência que a Humanidade e seus dirigentes, políticos e espirituais, se tornem adultos, e tudo será mais fácil.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
6. A Transfiguração (Mt 17:1-8)

Esse episódio representa uma das grandes crises da vida de Cristo. Junto com o Batismo e a Tentação, foi um momento de grande importância espiritual, registrado nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 9:2-8; Lc 9:28-36).

Ele aconteceu seis dias depois (1). Lucas 9:28 diz "quase oito dias depois", mas não existe nenhuma contradição aqui. Lucas está contando os dias que precederam e se se-guiram ao episódio, enquanto Mateus e Marcos contam apenas os seis dias que se passa-ram entre os dois fatos.

Depois do quê? Lucas diz "depois dessas palavras". Isso nos leva de volta a dois importantes itens dos capítulos anteriores:

1) A confissão da obra messiânica e da divin-dade de Jesus, e

2) a previsão de Cristo sobre a sua paixão.

Devemos nos lembrar de que enquanto Pedro se levantou magnificamente em res-posta ao desafio da pergunta do Mestre: "E vós, quem dizeis que eu sou?", sua reação ao anúncio da Paixão foi um miserável fracasso. Ele protestou dizendo que Cristo não deve-ria morrer. Ele falhou, assim como todos os outros discípulos, em compreender o signifi-cado e a necessidade de um Messias sofredor.

É digno de nota os três Evangelhos Sinóticos começarem seus relatos enfatizando a semana que se passou entre a confissão e a transfiguração. G. Campbell pensa que "du-rante esse período houve uma sensação de desarmonia entre os discípulos e o Mestre"» E continua dizendo: "Aqueles seis dias devem ter sido os mais tristes da vida do Mestre; seis dias de silêncio, seis dias em que a sua solidão representou o fato supremo de sua jornada".' Mesmo como uma antecipação, Ele deveria caminhar sozinho para o Calvário. Qual foi o propósito da Transfiguração? Agora a resposta está clara. Ela deveria ser uma dupla confirmação:

1) da divindade de Jesus no momento em que os três discípulos tiveram uma visão de sua glória eterna, e

2) da importância e necessidade da Paixão. Esse último ponto aparece em Lucas, onde se afirma que o tópico da conversação com os dois visitantes celestiais era a sua "morte" que deveria se cumprir em Jerusalém (Lc 9:31). A palavra grega correspondente é exodos, que significa "uma partida" ("êxodo"). Portanto, ela inclui a sua crucificação, ressurreição e ascensão, que seria o clímax de seu ministério terreno.

Para a visão desse relato singular sobre a sua divindade e futura morte, Jesus esco-lheu os mesmos três discípulos que haviam testemunhado a cura da filha de Jairo (Mac 5.37). Mais tarde, Ele iria incluí-los em seu círculo mais íntimo — Pedro, e a Tiago, e a João (1) — no Jardim do Getsêmani. Agora Ele os havia levado a um alto monte. Embo-ra o local tradicional da Transfiguração seja o Monte Tabor, na Planície de Esdraelom, provavelmente a melhor escolha teria sido um dos contrafortes do elevado Monte Hermom, o qual se projeta como uma sentinela solitária adornada por picos brancos na extremida-de do Vale do Jordão. Esse local estaria próximo a Cesaréia de Filipe, onde Jesus se encontrava na ocasião anterior.

Ali Jesus transfigurou-se (2). O termo é metamorphoo, do qual se originou a pala-vra metamorfose. Além da passagem semelhante encontrada em Marcos 9:2, esta pala-vra só é encontrada em Romanos 12:2 ("transformai-vos") e em II Coríntios 3:18 ("trans-formados"). A transformação da aparência de Jesus foi assim descrita: O seu rosto res-plandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. Lucas não usa a palavra "transfigurou-se", mas descreve o que se passou quase que exatamente com as mesmas palavras. Somente ele observa que foi enquanto Jesus estava orando que a Sua aparência se alterou. Existe uma sugestão de que a nossa transfiguração espiritu-al ocorre em nossos momentos de oração.

Os três Sinóticos mencionam a visita surpresa de Moisés e Elias, que falaram com Jesus (3). Moisés representava a Lei, e Elias, os Profetas. Existem muitas passagens no Novo Testamento onde o Antigo Testamento é mencionado como "a lei e os profetas"." A implicação aqui é que o Antigo Testamento como um todo apontava em direção a Cristo e, especificamente, que tanto o Pentateuco quanto os Profetas predisseram a morte expiatória do Salvador. Este fato precioso foi mostrado através da tipologia e do simbo-lismo da Lei (por exemplo, dos sacrifícios), e das declarações dos profetas (por exemplo, Isaías 53).

Pedro ficou tão contente com a situação que desejou prolongá-la. Ele sugeriu que os discípulos podiam construir três tabernáculos (4) — tendas feitas com ramos de árvo-res — um para cada um deles: Jesus, Moisés e Elias. Podemos até simpatizar com os sentimentos do apóstolo. Era uma comunhão singular. Mas Pedro mostrou que a previ-são da Paixão ainda não havia sido corretamente registrada em sua mente. Ele queria um Messias glorificado e não um Messias sofredor.

Enquanto Pedro falava, uma nuvem luminosa os cobriu (5). Nesse caso, a nu-vem sobre o Monte da Transfiguração tinha a finalidade de alertar os discípulos para que ouvissem a voz de Deus. Ela os lembraria da "coluna de fogo de noite" (Êx 13:22) que guiou os israelitas no deserto, assim como da glória Shekinah que habitava no Tabernáculo (Nm 9:15-22) e no Templo (I Reis 8:10). Foi em uma nuvem que Deus apa-receu no Sinai (Êx 19:9).

Da nuvem uma voz falava clara e distintamente confirmando a divindade de Jesus — Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo... e, silenciando Pedro, disse: escutai-o.' O problema de Pedro é que ele era rápido para falar e lento para ouvir. Infelizmente, sua tribo não desapareceu.

Dominados pela visão e aterrorizados pela voz, os três discípulos caíram sobre seus rostos (6). Isso pode sugerir que eles caíram da mesma forma que Saulo na estrada de Damasco (At 9:4) ou, mais provavelmente, que se prostraram em adoração. Nos dois casos, eles tiveram grande medo.

Mas o Mestre tocou-lhes com terno consolo, convidando-os a se levantar e não ter medo (7). Quando abriram os olhos ninguém viram, senão a Jesus (8). O valor dessa visão pode ser medido pelos seus permanentes resultados. Nenhuma experiência espiri-tual tem valor a não ser que seja capaz de deixar a pessoa com uma ampliada consciência da presença de Cristo. Quando os visitantes celestiais — a nuvem e a voz — desaparece-ram, os discípulos ficaram apenas com Jesus. Ele é a suprema necessidade de cada vida humana em todos os tempos.

7. A Questão Sobre Elias (Mt 17:9-13)

Lucas observa que o episódio ocorreu no "dia seguinte", quando voltaram da monta-nha (Lc 9:37). Isso implica que a Transfiguração aconteceu à noite, o que se enquadra bem nesse quadro descritivo. A afirmação de Mateus de que o rosto do Senhor resplan-deceu como o sol (2) teria maior sentido se esse fato acontecesse na escuridão da noite.

Ao descerem da montanha Jesus ordenou (9) ou "mandou",' que os três discípulos não contassem a visão — a palavra grega significa, simplesmente, "o que foi visto" (cf. Mac 9,9) — até que Ele ressuscitasse (9). A divulgação desse fato poderia provocar um mal-entendido e levar a população a um levante messiânico, algo que o Messias procurava constantemente evitar.

A presença de Elias no monte havia aguçado uma questão na mente dos discípulos (10). Os escribas, ou mestres da Lei, haviam dito que a vinda de Elias precederia a do Messias. Eles baseavam o seu raciocínio em Malaquias 4:5. Se Jesus era realmente o Messias, como Pedro havia confessado em Cesaréia de Filipe, e havia sido confirmado pela voz do Pai no monte, por que Elias ainda não havia aparecido?

Como uma forma de resposta, Jesus primeiramente endossou a afirmação dos escribas. Elias iria aparecer antes do Messias e restaurar' todas as coisas (11) ; isto é, ele anunciaria uma nova era na qual todas as coisas seriam finalmente restauradas em Cristo (Cl 1:16; Ef 1:9-11). Mas Jesus foi além e afirmou que "Elias" já tinha vindo e eles (o povo a quem João Batista fora enviado) lhe fizeram tudo o que quiseram, porque não o reconheceram (12). Então, Ele acrescentou: Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. João Batista havia sido p eso e executado, e o mesmo destino estava reservado ao Filho do Homem, o Messias.

Mateus tinha o hábito de acrescentar explicações em pontos que poderiam parecer obscuros em Marcos. Já vimos isso acontecer em 16.12. Aqui ele está afirmando que os discípulos então entenderam que Jesus estava falando de João Batista (13).

8. A Cura do Menino Lunático (Mt 17:14-21) 47

Pedro queria permanecer no Monte da Transfiguração, mas havia uma necessidade desesperada no vale, logo abaixo. A mesma compaixão que levou Cristo a deixar o céu e descer a este mundo de pecado e sofrimento, agora o impelia a deixar a gloriosa compa-nhia do topo do monte e descer até o vale para atender às necessidades de um menino e de seu pai. A maior glória de Cristo está nesse amor que resplandeceu através de sua vida.
Quando Jesus e os seus discípulos se aproximaram da multidão que parecia estar sempre à sua espera, um ansioso suplicante se aproximou, pôs-se de joelhos diante dele (14), e imediatamente apresentou o seu pedido. Ele tinha um filho que era lunáti-co (15). Essa palavra vem do latim luna ou "lua" e reflete a palavra grega que literal-mente significa "lunático". Em algumas versões modernas ela foi corretamente traduzida como "epilético". Os povos daquela época pensavam que a epilepsia às vezes fosse causa-da pela luminosidade da lua (cf. Sl 121:6 — "O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite"). Os ataques descritos aqui são típicos dessa doença.

O pai angustiado informou a Jesus que havia trazido seu filho aos discípulos, mas que eles não puderam curá-lo (16). O verbo usado é therapeuo, que significa "curar". O Mestre lhes havia concedido o poder de expulsar demônios (Mt 10:8), mas por alguma razão eles foram incapazes de resolver esse caso.

O profundo desapontamento que Cristo sentiu pela incapacidade de seus próprios apóstolos está refletido nas palavras do versículo 17. Eles foram patéticos. Os discípulos haviam aprendido tão pouco com Ele!

Deve ter sido com a maior severidade em sua voz que Jesus repreendeu... o demônio que, imediatamente, saiu dele (18). O menino (pais) foi curado (therapeuo) naquele mesmo instante. É óbvio que Cristo era mais do que capaz de cuidar desse caso tão difícil.

Não é de admirar que os discípulos quisessem saber porque haviam fracassado (19). Jesus informou que era por causa da sua pequena fé (20)." Se tivessem fé como um grão de mostarda (veja os comentários sobre Mt 13:31-32), teriam ordenado ao monte que passasse daqui para acolá e ele teria passado. É provável que Cristo não estivesse falando literalmente sobre um monte.' Ao mencionar este monte Ele queria dizer "essa grande dificuldade", esse caso que era demasiado difícil para eles. Sherman Johnson observa: "A fé não move montanhas físicas através de alguma mágica, mas seus próprios triunfos são mais maravilhosos do que uma engenharia em grande escala"." Em uma linha semelhante, George Buttrick escreve: "A fé já removeu montanhas — poderosos impérios, seitas pagãs e a impiedade entrincheirada"."

O versículo 20 atinge o seu clímax com essa admirável afirmação: nada vos será impossível. Mas como isso poderia acontecer? A resposta é: "Pela fé". Marcos, cuja des-crição dessa cura é, como de costume, muito mais vívida do que consta em Mateus ou Lucas, registra que Jesus disse ao pai do menino: "Tudo é possível ao que crê" (Mc 9:23). Isso acontece porque Deus é o Todo-Poderoso, e a fé traz consigo a divina onipotência para superar os problemas humanos.

O versículo 21 não consta em algumas versões modernas, porque não faz parte dos dois manuscritos gregos mais antigos (Vaticano e Sinaítico), assim como de algumas versões antigas. Em Marcos, a primeira parte do versículo é autêntica, mas as palavras "e jejum" foram acrescentadas mais tarde. Então, o versículo todo deve ter sido transcri-to por algum copista de acordo com esse mesmo paralelo em Mateus.

  • A Segunda Previsão da Paixão (Mt 17:22-23)
  • O primeiro anúncio de que sua morte estava próxima foi feito logo depois da confis-são de Pedro em Cesaréia de Filipe. Esse outro anúncio foi feito depois do segundo gran-de evento em sua vida, a Transfiguração. Depois da confissão e da confirmação de sua divindade e missão messiânica, Jesus deixou bem claro aos discípulos que a sua missão na terra não era se sentar em um trono, mas morrer em uma cruz.

    A primeira previsão (Mt 16:21) especificava que Jesus iria sofrer muitas coisas do Sinédrio judaico em Jerusalém. A segunda acrescenta a traição — será entregue nas mãos dos homens (22). As palavras nas mãos dos homens poderiam incluir tanto Pilatos, quan-to os líderes judeus. As duas previsões mencionam a morte de Jesus e a sua ressurreição ao terceiro dia (23). Mateus ainda completa este relato dizendo que os discípulos se entristeceram muito.

  • O Imposto do Templo (Mt 17:24-27)
  • Este relato só se encontra em Mateus. Quando Jesus e seus discípulos voltaram para casa em Cafarnaum — depois de uma considerável ausência — alguns se aproxima-ram de Pedro com a seguinte pergunta: O vosso mestre não paga as didracmas? (24). A palavra grega para imposto é didrachma, uma moeda grega cujo valor estava próximo ao do denário romano. A dracma dupla (aqui) tinha, aparentemente, o valor de trinta ou trinta e cinco centavos. Ela correspondia à metade de um siclo, uma quantia dedicada à manutenção do templo, e que deveria ser paga todo ano, pouco antes da Pás-coa, por todo adulto judeu do sexo masculino.

    A base para esse imposto era o "meio siclo" prescrito como oferta ao santuário em Êxodo 30:13. Na época de Cristo os judeus de todo o mundo tinham a obrigação de fazer esse pagamento, que tinha a aprovação do governo de Roma. Josefo cita uma carta de César a Flaccus, que dizia: "Deixe esses judeus... — que têm enviado, de acordo com seu antigo costume, o seu sagrado dinheiro a Jerusalém — fazerem-no livremente"." Depois da destruição de Jerusalém (70 d.C.), quando não havia mais o templo para manter, o imperador continuou a coletar esse imposto. Josefo diz: "Ele também impôs um tributo sobre os judeus, onde quer que eles estivessem, e ordenou que cada um deles levasse duas dracmas anualmente ao Capitólio, como costumavam fazer na época do templo de Jerusalém"."

    Quando Pedro entrou em casa, Jesus se lhe antecipou — "O Senhor se antecipou respondendo aos seus pensamentos".' Jesus perguntou: De quem cobram os reis da terra os tributos, ou os impostos? Dos seus filhos ou dos alheios? (25). A palavra tributos está se referindo aos impostos sobre mercadorias ou as taxas sobre as pessoas (em latim, census). Dos alheios significava aqueles que não pertenciam à família do rei.

    Quando Pedro respondeu: dos alheios, Jesus disse: Logo, estão livres os filhos (26). O que Ele estava querendo dizer era: "Será que Aquele a quem vós justamente chamastes de Filho de Deus terá que pagar imposto ao Templo de seu Pai?".55

    Mas Jesus tinha o hábito de pagar o imposto do Templo e isso pode ser constatado através da resposta de Pedro: Sim (25). Então disse o Mestre: Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, — o lago da Galiléia, em frente a Cafarnaum — lança o anzol (27). Isso mostra que a pesca com "anzol e linha" era praticada naquela época, como ainda é costume atualmente nas margens desse lago. O primeiro peixe que Pedro pescou teria em sua boca uma peça de dinheiro, um estáter (em grego, stater). Esse estáter tinha o valor igual ao de um siclo, e seria suficiente para pagar o imposto do templo tanto para Pedro como para o Senhor.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    *

    17:1

    Seis dias depois. Uma referência tão exata de tempo é rara nos Evangelhos; deve ter sido incluída para tornar clara a conexão entre a confissão, em Cesaréia de Filipe, e a Transfiguração. Agora que os discípulos começaram a reconhecer quem é Jesus, ele está pronto para ir ao clímax, em Jerusalém. A Transfiguração é parte da preparação de Jesus para aquela crise. Ver "A Transfiguração de Jesus", em Mc 9:2.

    * 17:3

    Moisés e Elias. Uma vez que a Lei e os Profetas testificaram de Jesus, Moisés, o legislador, e Elias, um dos maiores profetas de Israel, tiveram aqui o privilégio de aparecer com Jesus. De acordo com Lucas 9:31, eles falavam da morte iminente de Jesus.

    * 17:5

    Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. As palavras vindas do céu mostram quão tola foi a sugestão de Pedro (v. 4), e eles começaram a ter consciência de quem é Jesus. "Meu Filho amado", designação que aparece também no batismo de Jesus, e é expressão reservada pelo Pai para seu “Filho unigênito" (Jo 3:16).

    a ele ouvi. As palavras de Deus faladas através de Moisés e dos profetas apontavam para Jesus. Agora, a palavra final é falada pelo Filho de Deus (Hb 1:1-4).

    * 17:9

    A ninguém conteis. Ver nota em 16.20.

    * 17:11

    Elias virá. Ver nota em 11.14. Os escribas estavam certos, mas falharam em reconhecer tanto a Elias quanto ao Messias, quando vieram.

    * 17:17

    Jesus, como Moisés, desceu do monte da glória, para encontrar a incredulidade (Êx 32:15-21).

    * 17:20

    pequenez de vossa fé. A deficiência da fé dos discípulos (ver referência lateral) não está no fato de eles revelarem falta de confiança, ou que não esperassem sucesso — eles ficaram aparentemente surpresos por falharem — mas porque sua expectação não estava devidamente baseada num relacionamento com Deus. Uma leve porção de fé verdadeira, enraizada numa submissão a Deus, é eficaz. Marcos 9:29 torna este ponto ainda mais claro, quando fala da oração como a chave.

    * 17:22-23

    Esta afirmação é a segunda predição de sofrimento e ressurreição, em Mateus (16.21-24). Jesus suportará o sofrimento que ele descreve como o do Servo do Senhor (Is 53). Parece que ninguém, antes de Jesus, jamais identificou o Messias, o Filho do homem e o Servo Sofredor do Antigo Testamento, como três aspectos de um Redentor e Rei. Os discípulos ficam tão deprimidos por sua dificuldade de aceitar o sofrimento do Messias que, aparentemente, nem mesmo ouvem a promessa de ressurreição. Pelo menos, inicialmente, não creram nela (Lc 24:25, 37, 38).

    * 17.24-27

    O imposto para o templo foi prescrito em Êx 30:13. A passagem não diz respeito ao pagamento de impostos à autoridade civil (22.21). O ponto de Jesus é que o Cristo e seus discípulos desfrutam de um relacionamento com Deus, que os libera das obrigações impostas sobre os “estrangeiros”. Contudo, Jesus está disposto a conformar-se à prévias exigências, com o fim de evitar ofensas. Paulo recomendou (13 45:14-21'>Rm 14:13-21) e praticou (At 16:3-21.
    26) semelhante observância contínua de algumas exigências rituais do Antigo Testamento.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    17.1ss A transfiguración foi um vislumbre da glória do Rei (16.27, 28). Foi uma revelação especial da divindade do Jesus a três dos discípulos e uma ratificação divina de Deus de tudo o que Jesus tinha realizado e estava por realizar.

    17.3-5 Moisés e Elías foram dois dos maiores profetas no Antigo Testamento. Moisés representa a Lei. Escreveu o Pentateuco e predisse a vinda de um grande profeta (Dt 18:15-19). Elías representa aos profetas que anunciaram a vinda do Messías (Ml 4:5-6). A presença de ambos com o Jesus confirma sua missão messiânica: cumprir a lei de Deus e as palavras dos profetas de Deus. De igual forma como a voz de Deus nas nuvens sobre o monte Sinaí deram autoridade à lei (Ex 19:9), a voz de Deus na transfiguración deu autoridade às palavras do Jesus.

    17:4 Pedro quis construir três refúgios para que aqueles três homens sobressalentes ficassem. Entretanto, não era hora de atuar, mas sim de elogiar e adorar. Pedro queria prefaciar o momento, mas devia aprender e avançar. Tinha recebido cristo como igual a outros, mas Cristo é imensamente maior e a gente não pode igualá-lo com ninguém.

    17:5 Jesus é mais que um simples líder famoso, mais que um bom exemplo, uma boa influência ou um grande profeta. O é nada menos que o Filho de Deus. Quando você percebe esta verdade profunda, a única resposta adequada é a adoração. Quando compreender bem quem é Cristo, quererá lhe obedecer.

    17:9 Jesus disse ao Pedro, Santiago e João que não deviam contar o que viram até depois de sua ressurreição, porque sabia que não o tinham compreendido totalmente e em conseqüência não o poderiam explicar. Suas perguntas (17.10ss) indicam que não tinham compreendido. Sabiam que era o Messías, mas tinham muito mais que aprender sobre o significado de sua morte e ressurreição.

    17:10, 12 Apoiado em Ml 4:5-6 os professores da lei do Antigo Testamento acreditavam que Elías devia aparecer antes que o Messías. Jesus se referia ao João o Batista, não ao Elías o profeta do Antigo Testamento. João o Batista, assumindo o rol profético do Elías, confrontou em forma audaz o pecado e conduziu às pessoas para Deus. Malaquías muito antes tinha profetizado que um profeta similar ao Elías viria (Ml 4:5).

    17:17 Aos discípulos lhes tinha dado autoridade para sanar, mas não tinham aprendido ainda como apropriar do poder de Deus. A frustração do Jesus estava dirigida à geração incrédula e indiferente. Seus discípulos, nesta instância, eram um mero reflexo dessa atitude. O propósito do Jesus não foi criticar aos discípulos a não ser estimulá-los a que exercessem a fé.

    17.17-20 Os discípulos foram incapazes de jogar fora a aquele demônio, e por isso pediram ao Jesus uma explicação. Este se referiu a sua falta de fé. É o poder de Deus, e não nossa fé, o que move montanhas, mas a fé deve estar presente. A semente de mostarda é mais pequena do que alguém se pode imaginar. Uma fé pequena ou sem desenvolvimento tivesse sido suficiente. Talvez eles procuraram tirar o demônio com sua própria capacidade em lugar de fazê-lo com o poder de Deus. Há um grande poder ainda em uma fé pequena quando Deus está conosco. Se nos sentirmos débeis ou incapazes como cristãos, devêssemos examinar nossa fé, nos assegurando de que não estamos confiando em nossa própria capacidade para obter resultados a não ser na de Deus.

    17:20 Jesus não condenou aos discípulos por sua falta de fé, mas sim lhes mostrou quão importante seria a fé em seu ministério futuro. Se você está enfrentando um problema que parece grande e inconmovible como uma montanha, deixe de olhar a montanha e procure mais a Cristo com fé. Só assim sua obra para O será útil e vibrante.

    17:22, 23 Uma vez mais Jesus predisse sua morte (veja-se 16.21), mas ainda mais importante, foi que se falasse de sua ressurreição. Infelizmente, os discípulos só ouviram a primeira parte das palavras do Jesus e chegaram a desalentar-se. Não entenderam por que Jesus quis voltar para Jerusalém, ao centro do conflito.

    Os discípulos não entenderam totalmente o propósito da morte e ressurreição do Jesus até o Pentecostés (Feitos 2). Não devêssemos nos recriminar por ser lentos para entender o referente ao Jesus. depois de tudo, os discípulos estiveram com O, viram seus milagres, ouviram suas palavras e ainda assim tiveram dificuldade para compreender. além de suas perguntas ou dúvidas, entretanto, eles seguiam acreditando. Nós não podemos fazer menos.

    17.22, 23 Os discípulos não entendiam por que Jesus seguia refiriéndose a sua morte, se eles esperavam que O estabelecesse um reino político. A morte do Senhor terminaria com suas esperanças. Não suspeitavam que a morte e ressurreição do Jesus faria possível seu Reino.

    17:24 Todos os varões judeus tinham que pagar um imposto ao templo para cobrir os gastos de manutenção (Ex 30:11-16). Só Mateus registra este incidente, possivelmente porque ele tinha sido um cobrador de impostos.

    17.24-27 Como de costume, Pedro respondeu uma pergunta sem saber seriamente a resposta, pondo ao Jesus e aos discípulos em uma situação incômoda. Jesus usou esta experiência, entretanto, para enfatizar seu rol soberano. Assim como os reis não pagam impostos nem cobram impostos de suas famílias, Jesus, o Rei, não devia nada. Mas Jesus proveu para o pagamento dos impostos em favor dele e do Pedro para não ofender aos que não entendiam seu reino. Cristo lhe mostrou onde obter o dinheiro, mas Pedro teve que ir buscá-lo. Entendemos que tudo vem de Deus, mas O quer que participemos do processo.

    17.24-27 Como povo de Deus, somos estrangeiros na terra porque nossa fidelidade é sempre a nosso Rei soberano: Jesus. Entretanto, temos que cooperar com as autoridades e a cidadania responsável. Um embaixador ao estar em outro país respeita as leis locais a fim de representar bem ao que o enviou. Somos embaixadores de Cristo (2Co 5:20). É você um bom embaixador do neste mundo?


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    e. Prévia da Glória (17: 1-8)

    1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago, e João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte: 2 e foi transfigurado diante deles; e seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. 3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ec 4:1 E Pedro respondeu, e disse a Jesus: Senhor, é bom para nós estar aqui: Se queres, farei aqui três tendas; . uma para ti, outra para Moisés e outra para Ec 5:1 Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me estou bem satisfeito; ouvi-o. 6 E quando os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande temor. 7 E Jesus veio e tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. 8 E, erguendo eles os olhos, não via um, senão a Jesus somente.

    Depois de seis dias -a semana após o anterior incidente Jesus levou junto consigo Pedro, Tiago e João, e deu-lhes o privilégio inestimável de ver sua transfiguração. Em duas outras ocasiões Ele escolheu ter com ele o mesmo círculo íntimo de três discípulos-na ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37) e no Jardim do Getsêmani (Mt 26:37 ).

    Jesus levou-os até confidencialmente a um alto monte. Esta tem sido tradicionalmente identificado como Monte Tabor, no extremo leste da planície de Esdrelon. Mas este é um, arredondando colina bastante baixo, apenas cerca de mil metros de altura, e, aparentemente, tinha uma fortaleza sobre ele neste momento. Por isso, não parece ter sido um lugar apropriado para a Transfiguração. Portanto, muitos estudiosos hoje pensam que este evento aconteceu em uma das esporas de solitário, sublime Mount Hermon, na cabeça do Vale do Jordão.

    Jesus foi transfigurado diante deles (v. Mt 17:2 ). A palavra grega ocorre apenas quatro vezes no Novo Testamento. É utilizado na passagem paralela em Mc 9:2 , onde é traduzido ". mudado" O verbo é metamorphoo , de onde vem "metamorfose" -a mudança de um estado para outro. Por isso, sugere uma "metamorfose espiritual", ou "a vida transfigurada".

    A transfiguração é descrito vividamente: . seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz Enquanto Cristo estivesse em íntima comunhão com o Pai, Sua natureza divina irradiava um brilho incandescente, que penetrou através do véu da Sua carne, e os três discípulos um vislumbre de Sua glória eterna. Foi um momento de alta em sua experiência e aquele a que Pedro se referiu, no final de sua vida (2Pe 1:16 ).

    Dois visitantes celestiais appeared- Moisés e Elias (v. Mt 17:3 ). Pedro estava sobrecarregado ao se encontrar em tal companhia agosto e queria tornar a situação permanente. Ele se ofereceu para construir três cabines de boughs- tabernáculos (v. Mt 17:4) -ona cada um para Jesus, Moisés e Elias. Isso faz lembrar a frase recorrente em alguns livros sobre philosophy- Oriental "Confúcio, Buda, e do Cristo." Mas o Filho eterno de Deus não é para ser colocado no mesmo nível com meros homens. Uma nuvem brilhante, lembrança de o Shekinah do Antigo Testamento, os cobriu (v. Mt 17:5 ), e uma voz de cima repreendeu discurso descuidado de Pedro com estas palavras: Este é o meu Filho amado ... ouvi-o (não Pedro). Amado também pode ser traduzida por "apenas" (conforme Mt 3:17 ). Jesus é o Filho de Deus em um sentido absolutamente única.

    A atitude de Pedro é facilmente compreensível. As pessoas querem ficar no monte da visão, para apreciar o estado quase de êxtase de comunhão gloriosa no lugar de oração. Mas, ao pé da montanha era um homem em necessidade desesperada com um filho demonizado. E ainda hoje as multidões esperar no sopé da montanha para o ministério daqueles que vislumbrou a glória de Deus, na face de Jesus Cristo.

    Quando a experiência acabou, não viram mais ninguém, senão só Jesus (v. Mt 17:8 ). Este foi o depósito permanente, o valor real da visão. O teste de qualquer suposta experiência extática é se ele deixa a pessoa com orgulho espiritual inflado e dogmatismo fanático, ou com uma verdadeira humildade baseado em uma consciência contínua da presença de Cristo.

    f. Profeta Identificado (17: 9-13)

    9 E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: Dize a visão de ninguém, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos. 10 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo. Por que dizem então os escribas que Elias deve vir primeiro? 11 E ele, respondendo, disse: Em verdade Elias virá, e restaurar todas as coisas: 12 mas eu digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram- ele tudo o que quiseram. Mesmo assim o Filho do homem também sofrem delas. 13 Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista.

    No caminho para baixo da montanha Jesus encarregou seus três discípulos para não contar a ninguém sobre a Transfiguração até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos. Só então poderia a visão ser devidamente compreendido (Rm 1:4 ); ou seja, dar início a uma nova ordem que finalmente iria resultar na restauração de todas as coisas em Cristo (Cl 1:16 ; Ef 1:9. ). Na verdade, ele já tinha vindo, mas tinha sido reconhecido e maltratados (v. Mt 17:12 ). Mateus acrescenta a explicação típica que os discípulos então entendido que a referência era a João Batista (v. Mt 17:13 ).

    g. Disciples Powerless (17: 14-21)

    14 E, quando chegaram à multidão, aproximou-se dele um homem, ajoelhando-se para ele e dizendo: 15 Senhor, tem piedade de meu filho, porque é epiléptico e suffercth gravemente; pois muitas vezes cai no fogo, e freqüentemente vezes na água. 16 E eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá- Lv 17:1 E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando serão eu estar com você? quanto tempo devo suportar-vos? trazê-lo para cá para mim. 18 E Jesus repreendeu-o; e o demônio, que saiu dele, e o menino foi curado desde aquela hora.

    19 Em seguida, vieram os discípulos a Jesus em particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 20 E ele lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo:. Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Remover Passa daqui para acolá; e removerá; e nada vos será impossível para ti.

    No sopé da montanha eles encontraram a multidão ainda está esperando por eles. Um pai distraído ajoelhou-se de uma vez antes de Jesus e rogou-lhe que curasse o seu epiléptico filho. A palavra grega significa literalmente "moonstruck" (conforme KJV ​​"lunáticos", do latim luna , a lua). Era comumente realizada em tempos antigos que a insanidade era devido à influência da lua.

    A descrição das crises epilépticas (v. Mt 17:15) é típico desta doença. O pai tinha trazido seu menino aos discípulos, mas encontrou-os impotentes para ajudar (v. Mt 17:16 ). Jesus expressou sua grande decepção com o seu fracasso (v. Mt 17:17 ). Ele já havia encomendado e deu-lhes poder de expulsar os demônios (Mt 10:8 ).

    Naturalmente, os discípulos se perguntou por que eles tinham perdido o seu poder, e questionou Jesus (v. Mt 17:19 ). Em resposta, ele disse: Por causa de vossa pouca fé (v. Mt 17:20 ). Se eles tivessem fé pura, até mesmo como uma pequena semente de mostarda (cf.Mt 13:32 ), nada seria impossível para eles. Os discípulos não conseguiram perceber que o poder espiritual só vem através de uma vida de oração.

    h. Paixão Foretold Again (17: 22-23)

    22 E, enquanto eles na Galiléia, Jesus disse-lhes: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens; 23 e eles o matarão, e no terceiro dia ele se levantará. E eles se entristeceram.

    Este segundo previsão da Paixão menciona a prisão de Cristo (v. Mt 17:22) e, uma vez mais a Sua morte e ressurreição (v. Mt 17:23 ). Desta vez, a reacção do discípulos é anotado. Seus corações estavam cheios de tristeza.

    Eu. Pagar o imposto do templo (17: 24-27)

    24 E, quando chegaram a Cafarnaum, os que receberam o meio-shekel veio a Pedro, e disse: Porventura não o seu professor de pagar o meio-shekel? 25 Disse ele: Sim. E quando ele entrou na casa, Jesus se lhe, dizendo: Que te parece, Simão? os reis da terra, de quem cobram imposto ou tributo? de seus filhos, ou dos alheios? 26 E quando ele disse: Dos alheios, disse-lhe Jesus: Por isso os filhos são livres. 27 Mas, para que não os escandalizemos, vai tu para o mar, e lança o anzol, e pegar o peixe que vem pela primeira vez; e quando tu abriu a boca, tu deverás encontrar um shekel toma-o, e dar-lhes para mim e ti.

    Por volta de Jesus em Cafarnaum, os cobradores do imposto anual para a manutenção do templo de Jerusalém aproximou Pedro e perguntou: que não levará o seu professor pagar o meio-shekel A palavra grega para esta moeda é didrachma . Valeu a pena cerca de trinta e dois centavos. Este imposto deveria ser pago por todos os homens judeus mais de vinte anos de idade (Ex 30:11 ). Cerca de um mês antes da Páscoa, o imposto do templo foi recolhido nos territórios periféricos.

    A resposta de Pedro, sim (v. Mt 17:25 ), mostra que Jesus tinha o hábito de fazer o seu dever como um judeu. No entanto, ele perguntou a Pedro se reis habitualmente recebido pedágio (impostos sobre mercadorias) ou tributo (impostos sobre pessoas) -indirect e direta de tributação de filhos ou estranhos; ou seja, aqueles que estão fora da família real. Quando Pedro indicado o último, Jesus disse: Portanto, os filhos são livres (v. Mt 17:26 ). Ele, como Filho de Deus, devem ser isentos desta obrigação.

    No entanto, Jesus pagaria o imposto (v. Mt 17:27 ). A lição que ele aparentemente procurou ensinar neste incidente era que os cristãos devem ir "a segunda milha" em fazer o que se espera deles, mesmo que eles podem sentir que eles merecem isenção.Especificamente, os seguidores de Cristo devem pagar os seus impostos (conforme Mt 22:21 ).

    Pedro foi instruído a ir para o mar (lago da Galiléia, em que Cafarnaum foi localizado), lança uma linha, e pegar um peixe. Na sua boca, ele iria encontrar um shekel (em grego, stater ), que pagaria o meio-shekel necessário para ambos. Presumivelmente, os outros discípulos foram de encontrar uma forma de pagar os seus impostos também.

    Este milagre foi muitas vezes criticada por ser absurda. O fato de que isso não seja dito que Pedro realmente pegou um peixe e encontrou uma moeda em sua boca às vezes é citado como favorecendo a idéia de que Jesus estava falando em sentido figurado: pegar um peixe, vendê-lo, e usar o dinheiro para pagar nossos impostos. Enquanto isto pode não ser impossível, a interpretação mais natural é tomar a conta como descrever o que realmente aconteceu. O importante é a lição que Jesus estava ensinando.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    O Rei em sua glória (Mt 17:1-40, e verá que a transfiguração diz respeito ao rei-no prometido. Havia pouco tempo que Pedro confessara Cristo como o Filho de Deus (16:
    16) e soubera a verdade a respeito de sua morte que se aproximava (Mt 16:21-40). Pro-vavelmente, ele e os outros discípu-los se perguntavam: "Se ele morrer na cruz, o que acontecerá com as promessas a respeito do reino? Elas serão cumpridas?". Com sua transfi-guração, Cristo assegurou-os de que a Palavra permanecería e de que o reino viría. Na verdade, a cena é um retrato do reino: Cristo glorificado; os três apóstolos, que representam o Israel redimido; Moisés, que re-presenta os santos que morreram em Cristo; Elias, que representa os santos que foram arrebatados (pois Elias não morreu); e a multidão ao pé do monte, que representa as ou-tras nações.

    Outro objetivo da transfigura-ção foi fortalecer Cristo para seu so-frimento. Moisés e Elias falaram com ele sobre sua "partida" iminente em Jerusalém (Lc 9:30-42), e ouve-se a voz do Pai como outro encoraja-mento para o Filho. Isso também foi um encorajamento para os discípu-los que enfrentariam a separação do Senhor quando ele sofresse e mor-resse. Se eles tivessem se lembrado dessa cena quando ele morreu, não o teriam abandonado nem perdido a esperança.

    1. O perigo

    Pedro fala de novo de uma pers-pectiva carnal e tenta afastar Jesus da cruz! O Pai repreende-o. "A ele ouvi" (v. 5), ainda é uma mensagem de Deus, pois Cristo é a última pa-lavra do Senhor aos homens (He 1:1-58). A lei (Moisés) e os profetas (Elias) testemunham de Cristo (Lc 24:27,Lc 24:44), contudo Cristo é superior a Moisés e a Elias (veja Rm 10:4; At 10:43). "Senão Jesus" (v. 8) é a única atitude segura para o cristão.

    1. A perplexidade

    Ao descer do monte, os discípu-los perguntam a respeito de Elias, referindo-se à promessa de Mala- quias3:1; 4:5-6. Jesus afirma que João Batista cumpriu essas promes-sas em espírito (Lc 1:1 Lc 1:7), mas que o próprio Elias viria.

    1. O Rei em seu poder (Mt 17:14-40)

    Não podemos ficar para sempre no monte de glória com o Rei; temos de descer para o vale de necessidade no qual Satanás opera. "Pelo véu" e "fora do arraial" são duas coisas essenciais para a vitória (He 10:19-58)

    Que paradoxo: o Rei é muito po-bre para pagar o imposto do seu templo! Na verdade, ele fez-se po-bre para que pudéssemos ser ricos (2Co 8:9). Temos de prestar atenção às quatro características distintivas desse milagre.

    1. Esse é o único milagre que Cristo faz para suprir uma necessidade pessoal

    A taxa do templo, de duas dracmas, era paga por todos os homens judeus (Êx 30:11 ss). Jesus era tão pobre que não dispunha dessa pequena quantia. Como ele era humilde (Fp 2:5-50)!

    1. Apenas Mateus relata esse milagre

    Esse é o evangelho do Rei, e esse milagre diz respeito à realeza de Cristo. Aqui, Jesus afirma que é "FiIho do Rei" e, por isso, não precisa pagar a taxa. Cristo prova sua reale-za ao realizar um milagre complica-do. Uma moeda teve de ser perdida no mar, um peixe teve de pô-la na boca, e Pedro teve de pescar o pei-xe! Jesus tem domínio sobre os pei-xes do mar (SI 8:6-8; He 2:0.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    17.1 seis dias depois. Ainda estavam subindo o Monte Hermon, desde Betsaida (16.5n), passando por Cesaréia de Filipe (16.13), numa caminhada que pode ser descrita como um retiro espiritual.

    17:1-8 Esta experiência de um antegozo da glória divina era uma revelação para Pedro, Tiago e João, sobre a natureza da obra e do reino de Cristo. Jesus é visto por eles na Sua glória divina (conforme Jo 17:5), ladeado por Moisés, representando a Lei de Israel, e por Elias, representando os Profetas. Jesus é revelado como a realidade gloriosa, à qual a totalidade do AT apontava o cumprimento de toda a história da redenção, desde o dia no qual Abraão foi chamado para obedecer a Deus, abandonou tudo para receber a herança. Conforme Gn 12:2, 3; 15:4, 5. Deus interveio para consolar Jesus que já estava no caminho da crucificação (22-23 com 16-21), e também para receber os discípulos a fim de continuarem firmes e confiantes depois da ascensão de Cristo (conforme 2Pe 1:16-61, onde Pedro descreve a experiência e cita-a como prova da divindade de Cristo).

    17.5 Palavras para inspirar os discípulos e consolar a Cristo.
    17.9 Do Monte. Algumas tradições dizem que era o Tabor, mas o que contraria isto é que havia, na época de Jesus, uma fortaleza romana dominando o monte. O caminho mais lógico seria, rumo às alturas do Hermom, a 20 km de Cesaréia de Filipe e com quase 3.000 m de altura.

    17:10-13 Os judeus estavam aguardando um segundo aparecimento de Elias antes da vinda do Messias (Ml 4:5), mas Jesus demonstrou que era João Batista o cumpridor desta missão profética (aliás, suas vestes e sua maneira de viver já apontavam para o caráter de um Elias).

    17:14-21 Um jovem possesso. Local - o sopé do monte Hermom; hora - de madrugada; situação - a volta da experiência gloriosa, para a situação humana - a glória divina invade as limitações da terra. O jovem era possuída por um espírito mudo (Mc 9:17), e ainda era filho único (Lc 9:38). A multidão incluía escribas que estavam discutindo com os discípulos que nada conseguiam fazer para expulsar o demônio (Mc 9:14 e 18). A causa do fracasso dos discípulos, da atitude dos escribas da doença do menino, e do desespero do pai, era a pouca fé.

    17.22 Na Galiléia. No caminho de volta para Cafarnaum (24). Este era já o segundo aviso de Cristo, antecipando a que ia sofrer (conforme 16.21). O último aviso está em 20:17-19. Os discípulos eram demorados para entender esta parte da obra de Cristo, e ainda no fim deixaram-se abalar quando estas palavras de Cristo foram cumpridas (26.56, 69-75).

    17:24-27 O imposto era cobrado para o templo, cada ano, no mês de março. Esta ocasião deve ter se dado no ano 28 d.C. Na moeda israelita equivalia à metade de um siclo por pessoa, na moeda grega internacional, duas dracmas, ou dois dias de salário mínimo. Cada israelita de mais Dt 20:0). O milagre mostra como o Pai providencia o necessário para Seus filhos. Estáter. Uma moeda que valia quatro dracmas, suficiente para pagar o imposto de duas pessoas.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    A transfiguração (17:1-8)

    V.comentário de Mc 9:2-41; Lc 9:28-42. As Escrituras não interpretam esse incidente, que obviamente era um acontecimento dos mais importantes no ministério (conforme 2Pe 1:1). Tanto Jo 17:5 quanto 2Pe 1:17 nos levam a ver na transfiguração um ato do Pai. Parece mais provável que foi a glória da humanidade mais do que a divindade de Cristo que foi revelada. Por meio da obediência perfeita, ele havia atingido o alvo que Adão deveria ter atingido, e a morte já não tinha direito sobre ele. Supostamente ele poderia ter ascendido ao Pai ali naquele momento, mas a conversa acerca de sua partida (Lc 9:31) marcou a sua ida voluntária adiante para a cruz. Seria esse o ponto sugerido por He 2:10,He 2:18; He 5:8,He 5:9, que deve ter vindo antes de o sumo sacerdote ter oferecido o sacrifício perfeito? Observe que foi a voz divina (17.5,6) e a nuvem (Lc 9:34) que deixaram os discípulos amedrontados, e não a glória de Jesus.

    A discussão acerca de Elias (17:9-13)

    V.comentário de Mc 9:9-41.

    A cura do menino endemoninhado (17:14-21)

    V.comentário de Mc 9:14-41. A evidência dos manuscritos a favor da omissão do v. 21 não pode ser questionada; conforme nr. da NVI e Mc 9:20.

    v. 20. poderão dizer a este monte: Paralelos rabínicos sugerem que mover montanhas era uma expressão proverbial na época para se referir a fazer o impossível.

    A segunda predição da Paixão (17.22, 23)

    V.comentário de Mc 9:30-41.

    IV.2. ENSINO: A IGREJA (17.24—18.35)
    O imposto do templo (17:24-27)
    No seu contexto, esse incidente histórico se torna praticamente uma parábola do relacionamento do discípulo com outras comunidades que reivindicam sua lealdade.

    Êxodo 30:11-16 fala de um imposto especial de recenseamento no valor de meio siclo dado ao tabernáculo. Depois do exílio, foi adotado um imposto religioso de um terço de siclo (Ne 10:32,Ne 10:33). Antes do tempo de Jesus, ele tinha sido transformado em um imposto compulsório de meio siclo pagável anualmente por todo homem livre Dt 20:0).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 5 até o 23


    15) Retirada para a Região de Cesaréia de Filipe, 16:5 - 17:23.

    Esta quarta retirada leva Jesus novamente para o ambiente gentio, longe das tensões da constante oposição (conf. Betsaida Julias, Mt 14:13; Fenícia, Mt 15:21; Decápolis, Mt 15:24, Mc 7:31). Durante esse período, talvez com diversos meses de duração, aconteceu a momentosa confissão de Pedro, a detalhada predição de Sua próxima paixão, e a Transfiguração.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 13

    Mt 17:1), e anunciou a sua morte e ressurreição que estavam por acontecer, essa muitíssimo notável experiência foi garantida a três discípulos.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 12 até o 13

    12,13. Elias já veio. Para os judeus que não eram espirituais e que meramente andavam à caça de sinais, o próprio João dissera "Eu não sou Elias" (isto é, o profeta do V.T. ressuscitado, Jo 1:21). Entretanto, para os que eram sensíveis espiritualmente, João já viera "no espírito e virtude de Elias" (Lc 1:17), e os homens foram levados a Cristo por intermédio dele. Assim o oferecimento que Jesus fez do reino foi uma oferta válida, dependendo da aceitação nacional, e Israel não poderia acusar a ausência de Elias para o seu fracasso em reconhecer Jesus. Deus em sua onisciência sabia que Israel, na primeira vinda de Cristo, não estava preparada para o sinal do ministério de Elias, e por isso enviou João "no espírito e virtude de Elias".


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 13
    XXI. A TRANSFIGURAÇÃO Mt 17:1-40; Lc 9:28-42. Pedro, Tiago e João (1). Estes três discípulos testemunharam em certas ocasiões acontecimentos a que os demais não assistiram. O fato de serem três cumpriu cabalmente a lei de Moisés a respeito de testemunhas. Transfigurou-se (2). Sua forma e aparência mudaram-se. Moisés e Elias (3). Eles representam a lei e os profetas, respectivamente. Ver Jd 1:9, que conta a história do arrebatamento de Elias. Bom é estarmos aqui (4). Pedro queria perpetuar a visão daquela situação e propôs a construção de tabernáculos ou tendas. Uma voz (5). A voz do Pai, as palavras faladas nessa ocasião se comparam às de Mt 3:17. A ninguém conteis a visão (9). Supomos que os outros discípulos estavam incluídos nessa proibição. Cfr. Mt 16:20. Quanto mais perto da cruz o Senhor chegava, tanto mais evitava, propositadamente, qualquer manifestação popular em seu favor, que bem podia ter acontecido se os discípulos tivessem proclamado o que sabiam. Cfr. Jo 6:14-43.

    >Mt 17:10

    A pergunta dos discípulos no vers. 10 tem sua explicação na suposição de que a ressurreição de Jesus significaria o fim do mundo e a inauguração do reino. Assim concluíram que seria necessário Elias voltar e manifestar-se publicamente primeiro. Sua aparição no monte justificaria essa espera. O Senhor respondeu com as palavras de Ml 4:5-39, que vaticina a vinda de Elias. Restaurará todas as coisas (11). Ver Lc 1:17. Aqui o Senhor reitera que a profecia da vinda de Elias fora cumprida com João Batista. Ver nota sobre Mt 11:14. Jesus não fala dele por nome, mas lembra seu sofrimento que é comparado ao que ele mesmo vai passar (12).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27

    95. Pré-visualização da segunda vinda (Mateus 17:1-13)

    E seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os até um alto monte. E foi transfigurado diante deles; e seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que apareceram Moisés e Elias a eles, falando com ele. E Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Enquanto ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. E Jesus veio a eles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." E, erguendo os olhos, não via a ninguém, a não ser o próprio Jesus sozinho.
    E como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E ele, respondendo, disse: "Elias virá e restaurará todas as coisas, mas eu digo-vos que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram Assim também o Filho do Homem vai. a sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista. (17: 1-13)

    Como observado no final do capítulo anterior, a visualização da sua glória que Jesus prometeu a alguns dos discípulos iria experimentar antes de morrer (16:28), sem dúvida, a que se refere a sua transfiguração, o evento relacionado no presente texto.

    Seis dias após a promessa foi dada foi cumprida. O fato de que Lucas diz que foi "cerca de oito dias depois" (9:
    28) indica simplesmente que ele estava falando em termos inclusivos, ao contrário de Mateus e Marcos (9: 2). Considerando que esses escritores que se refere aos seis dias intermediários entre a previsão eo cumprimento, Lucas também incluiu os dias em que os eventos ocorreram.

    Pedro, Tiago e João, seu irmão foram os discípulos mais íntimos de Jesus, constituindo, com o irmão de Pedro André círculo íntimo do Senhor. (Ver vol. 2 nesta série comentário [ Mateus 8:15 ], p. 136). Portanto, não é surpreendente que foram esses três homens que Ele trouxe ... até um alto monte.

    Quatro razões parecem sugerir-se para Jesus 'tendo apenas estes três com Ele para testemunhar sua transfiguração. Em primeiro lugar, eles seriam testemunhas confiáveis ​​da Sua glória manifesta, capaz de confirmar o evento para os outros discípulos e para o resto da igreja. De acordo com Dt 19:15, "no depoimento de duas ou três testemunhas, uma questão deve ser confirmada." Exibição prometeu o Senhor da sua glória reino (Mt 16:27-28.) Seria confirmada pelo testemunho destas três testemunhas confiáveis.

    Em segundo lugar, esses três homens provavelmente foram escolhidos por causa de sua intimidade com Jesus. Eles estavam com Ele mais e compreendíamos o melhor, e eles frequentemente acompanhada Ele quando foi afastado por momentos de intensa comunhão com o Pai celestial (Mc 5:37; Mc 14:33). Convinha que aqueles que mais intimamente compartilhar seu sofrimento e tristeza share seria também mais intimamente em testemunhar a Sua glória.

    Em terceiro lugar, como os porta-vozes reconhecidos entre os doze, aqueles cuja palavra era mais respeitado, estes três homens poderiam mais confiável e convincente articular o que eles testemunharam na montanha.

    A quarta razão possível é negativo. Se todos os doze discípulos tinham visto a transfiguração, ou se todos eles mais as multidões que estavam com eles na Galiléia superior deveriam ter visto Jesus transfigurado, toda a região poderia ter sido rapidamente em tumulto. As pessoas podem ter atropelar a encosta e nas cidades vizinhas balbuciando incontrolavelmente sobre o que tinham visto. As contas, sem dúvida, teria variado muito e foi embelezado com cada releitura, e Jesus poderia ter sido pressionados ainda mais força para se tornar o libertador político e militar as pessoas esperavam que o Messias ser (ver Jo 6:15; 12: 12-19) .

    O especial de alta montanha não é identificada, mas foi aparentemente em algum lugar perto e ao sul de Cesaréia de Filipe, na rota para Cafarnaum e, eventualmente, de Jerusalém (ver Mt 16:13, Mt 16:21;. Mt 17:24).

    Aprendemos com Lc 9:32 que, como no Jardim (Matt. 26: 40-45), estes três discípulos não poderia ficar acordado, apesar da momentousness da experiência. Era "de tristeza" que eles dormiram no Jardim (Lc 22:45), e foi talvez pela mesma razão que eles dormiam no topo da montanha. O sono pode ser uma forma de fuga, uma maneira de esquecer temporariamente os problemas e ansiedades. Depressão acelera cansaço. É provável que a promessa que Jesus fez, poucos dias antes era demasiado vago e indeterminado para reforçar os seus espíritos depois de saber do seu sofrimento e da morte iminente e ao Seu chamado para eles que estar disposto a sofrer e morrer em seu serviço (16: 21-25 ). Eles dormiam o sono de frustração e depressão. Foi só apareceram Moisés e Elias que os três "se tornou totalmente acordado ... e vimos a sua glória e os dois homens que estavam com Ele" (Lc 9:32 b ).

    Nos eventos que se seguiram são encontradas cinco confirmações poderosas, ou provas, de que Jesus era realmente o Filho do Homem previsto, o Messias, o Rei da glória divina. Primeiro é a transformação do Filho (Mt 17:2). De dentro de si mesmo, de uma forma que desafia a descrição completa, muito menos explicação completa, a glória divina de Jesus se manifestou antes de Pedro, Tiago e João.

    Aqui é a maior confirmação de sua divindade ainda na vida de Jesus. Aqui, mais do que em qualquer outra ocasião, Jesus se revelou como ele realmente é, o Filho de Deus. Como a glória divina irradiava deseu rosto , ele iluminou mesmo suas vestes , que tornaram-se brancas como a luz , em depoimento sobrenatural para o Seu esplendor espiritual. Tal como acontece com as manifestações Shekinah do Antigo Testamento, Deus aqui retratou-se aos olhos humanos na forma de luz tão deslumbrante e esmagador que mal podia ser suportada.

    luz retratado Jesus 'glória e majestade como Pedro testemunhou anos depois, em sua segunda epístola: "Porque, quando Ele recebeu honra e glória do Pai, como um enunciado como isso foi feito a Ele pela Glória Magnífica:' Este é o meu Filho amado com quem eu estou bem satisfeito "(2Pe 1:17). A experiência de ver a glória de Cristo deve ter sido um dos principais contribuintes para a segunda vinda de se tornar um tema dominante da pregação e os escritos de Pedro. A mensagem de suas duas epístolas pode ser resumido como: "Amados, não se preocupe com a sua dor, o seu sofrimento, a sua análise, a sua perseguição, seu sacrifício de Jesus está chegando Isso é tudo o que realmente importa.!." João mais tarde declarou que "nós vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1:14). Não temos nenhum registro de depoimento de Tiago a este evento, porque ele foi martirizado nos primeiros dias da igreja, o primeiro apóstolo a dar a sua vida por Cristo (At 12:2). O melhor que podiam com os olhos humanos, estes três homens tinham visto a essência de Deus brilhe de Jesus.

    Que experiência incrível foi apenas um vislumbre do dia em que "o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os Seus anjos" (Mt 16:27). Naquele dia, "todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória" (Mt 24:30). E "Quando o Filho do Homem vier em sua glória e todos os anjos com ele, então se assentará no seu trono glorioso" (25:31). Em sua visão em Patmos, João viu o retorno de Cristo como "um semelhante ao Filho do homem, vestido com uma túnica até aos pés, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca , como a neve, e os seus olhos eram como chama de fogo, e os seus pés eram como bronze polido, quando tiver sido causado a brilhar em uma fornalha, e sua voz era como o som de muitas águas e na sua mão direita Ele. realizou sete estrelas; e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes, e seu rosto era como o sol brilhando em sua força "(13 66:1-16'>Apocalipse 1:13-16).

    Em sua forma humana Jesus Cristo foi velado, mas quando Ele voltar à Terra, Ele virá em Sua majestade divina plena e glória um vislumbre do que Pedro, Tiago e João testemunhou na montanha. Não poderia, doravante, sem dúvida, em suas mentes que Ele era Deus encarnado, e que deveria ter havido nenhuma dúvida de que Ele viria algum dia na plenitude da glória

    O Testemunho dos Santos

    E eis que apareceram Moisés e Elias a eles, falando com ele. E Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". (17: 3-4)

    Como os três discípulos assistiram com espanto, Moisés e Elias também lhes apareceu , envolto em glória do Senhor (Lc 9:31). O testemunho desses dois santos do Antigo Testamento era um segundo confirmação da divindade de Jesus.

    Por que nós podemos imaginar, foram estes dois homens, escolhidos dentre os muitos crentes piedosos do Antigo Testamento que poderiam ter sido escolhidos? Por que, por exemplo, que Deus não apresentar Abraão, o pai do povo hebreu e de todos os fiéis? Por que Davi não foi selecionado, o de cujo trono Jesus faria um reinado dia? Por que Isaías ou Jeremias ou Ezequiel ou um dos outros profetas não são escolhidos? Escritura não dá nenhuma explicação, mas parece que, mais do que quaisquer outros, Moisés e Elias tipificado o Velho Testamento de Deus.
    Moisés era sinônimo da Antiga Aliança, que o Senhor deu por meio dele. As Escrituras judaicas foram muitas vezes referida como Moisés e os profetas, e a lei do Velho Testamento foi muitas vezes chamado a lei de Moisés. Criado no palácio do Faraó, exilado para os campos e rebanhos de Midian para aprender a humildade e se tornar um servo de Deus, e, em seguida, escolhido pelo Senhor para conduzir o Seu povo da escravidão e dar-lhes a Sua lei e levá-los para as fronteiras da Terra Prometida, Moisés era supremamente homem de Deus. Além do próprio Senhor, ele foi sem dúvida o maior líder da história humana. Ele levou cerca de dois milhões rebeldes, pessoas sem fé para fora do Egito e para o deserto, onde vagavam juntos por 40 anos, enquanto Deus levantou uma geração mais obediente e gerenciável. Antes de o povo de Israel tinha profetas formais, Moisés era uma espécie de profeta, levando-os a palavra de Deus. Antes eles tinham sacerdotes formais, ele era uma espécie de sacerdote, mediando entre eles e Deus. E antes que eles tinham reis formais, ele era uma espécie de rei, governando-os em nome de Deus.
    Talvez o único outro homem Antigo Testamento, que poderia ter ficado com Moisés era Elias . Moisés foi o grande legislador, e Elias foi o grande defensor da lei. Este profeta era zelo personificado, um homem de Deus de coragem incomparável, ousadia e destemor. Ele tinha um coração para Deus, ele andou com Deus, e, mais do que qualquer outro santo Antigo Testamento, ele foi o instrumento de poder milagroso de Deus. Ele foi o profeta mais proeminente de Deus, e para os judeus a personalidade mais romântico Antigo Testamento.

    Como nenhum outro, Moisés e Elias representava o Antigo Testamento, a lei e os profetas. E como não há outros, que poderiam dar testemunho humano a majestade e glória divina de Cristo. Com a sua presença junto, eles afirmaram, com efeito: "Este é Aquele de quem nós testemunhou, Aquele em cujo poder ministramos, e Aquele em quem tudo o que disse e fez tem significado Tudo o que falou, realizado, e que esperava. para se cumpre nele. "

    De Lucas, aprendemos que estes dois grandes santos estavam conversando com Jesus "de sua partida, que ele estava prestes a cumprir-se em Jerusalém" (09:31). Eles não estavam simplesmente ali, refletindo passivamente na glória do Senhor, mas estava falando com ele de amigo para amigo sobre sua saída, o Seu sacrifício iminente, que era o objetivo supremo e obra de Seu terrena ministério "Departure" vem do termo grego de qual obtemos êxodo . Assim como o Êxodo do Egito sob Moisés conduziu o povo de Deus da escravidão da escravidão do "êxodo" de Jesus para fora da sepultura levaria os crentes da escravidão do pecado. Isto seria realizado, como relata Lucas, em Jerusalém.

    Foi significativo que a discussão era sobre a obra salvadora de Cristo através da Sua morte, porque esse era o trabalho central do Seu ministério ainda a verdade os discípulos encontraram mais difícil de aceitar. Moisés e Elias confirmação da glória divina de Jesus, mas não só deu o seu plano divino. Seu testemunho sobrenatural, sem dúvida, mais tarde, deu aos apóstolos convicção e coragem adicionados como proclamaram que Jesus foi "entregue pelo plano pré-determinado e presciência de Deus" (At 2:23). "Jesus é o Salvador e Rei previsto," eles estavam afirmando antes dos três apóstolos ", e Seu plano divino está dentro do cronograma."

    Morte e ressurreição de Jesus eram uma parte inevitável desse plano, sem o qual a redenção do pecado teria sido impossível. Ele era infinitamente mais do que um bom homem cujo exemplo mostra outros homens o caminho para Deus. Ele mesmo era Deus, e foi por Seu sacrifício expiatório como um substituto para os homens que Ele mesmo traz aqueles que nEle confiam a Deus. Ninguém pode vir a Deus, seguindo o exemplo de Jesus, porque nenhum homem poderia oferecer um sacrifício suficiente até mesmo por seus próprios pecados, e muito menos para os pecados do mundo inteiro. Foi, portanto, imperativo para os discípulos a entender que a vinda de Jesus pela primeira vez para morrer e ressuscitar era tanto uma parte do plano divino como sua vinda em glória.

    Como Moisés e Elias "se apartavam dele" (Lc 9:33 a ), Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma para Você, e uma para Moisés e outra para Elias ".

    Lucas dá a informação adicional de que Pedro falou "não percebendo que ele estava dizendo" (9:33 b ). Pedro falhado completamente em compreender o significado de 'glória ou de Moisés e Jesus testemunho de Elias. Aparentemente alheio à afirmação de que Jesus devia ir a Jerusalém para morrer e que a glória que já testemunhei era apenas uma prévia de toda a glória em que Ele iria no futuro vir novamente, em sua perplexidade combinado e temem Pedro conseguia pensar em nada, mas fazer três tendas com suas próprias mãos, em que Jesus e as duas testemunhas do Antigo Testamento poderia habitar.

    Nós só podemos adivinhar o motivo de Pedro para fazer a sugestão, exceto que ele obviamente se contentou em permanecer com o Senhor no topo da montanha. Ele não tinha nenhum interesse em Jesus vai a Jerusalém ou em sua segunda vinda. Ele queria que o Senhor para ficar, não sair e voltar. Ele, especialmente, não queria que ele deixe a título de morte (Mt 16:22). Como de costume, ele foi preso em seus próprios planos e vontade e não do Senhor. Embora ele prefaciou sua sugestão com se queres , Pedro provavelmente assumiu Jesus aprovaria.

    Chronologists Novo Testamento ter determinado que o mês judaico em que a transfiguração ocorreu foi Tishri (outubro), o sexto mês antes da Páscoa e, portanto, seis meses antes da crucificação de Jesus.Durante este mês, os judeus celebraram a festa dos Tabernáculos, ou cabines, e é possível que, neste exato momento em que a festa estava sendo observada em Jerusalém. Durante um período de sete dias, as pessoas viviam em pequenos abrigos ou cabines, feito de galhos, simbolizando as habitações temporárias de seus antepassados ​​no deserto. Foi um memorial a Deus de preservar o Seu povo escolhido e redimido (ver Lev. 23: 33-44).

    Zacarias previu que durante o Milênio, quando "o Senhor será rei sobre toda a terra;. Naquele dia o Senhor será o único, e seu nome o único Então ele virá sobre que qualquer que são deixados de toda a nações que iam contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos "(Zc 14:9). Esse é o festival do Antigo Testamento só duração de uma semana, que será celebrada durante o reinado milenar de Cristo. A festa dos Tabernáculos será lembrado todos os anos por milhares de anos como uma imagem de libertação e preservação do seu povo de Deus.

    Estar perto da festa na mão pode, portanto, ter causado Pedro sugerir a construção das três tendas na montanha. Essa possibilidade é ainda mais provável, tendo em conta o facto de este festival comemora o êxodo da escravidão no Egito e a peregrinação no deserto de Israel sob Moisés. Como observado acima, Moisés e Elias conversando com Jesus "de sua partida", ou êxodo (Lc 9:31), na breve e infinitamente maior libertação de acreditar a humanidade do pecado. Como apropriado, então, Pedro pode ter pensado, para celebrar a festa naquele lugar sagrado, não só na presença do próprio Moisés, mas na presença do ainda maior Libertador quem Moisés prefigurou e de quem Elias era para ser o precursor.

    A idéia de Pedro não era tanto de errado como tolo. Ele foi tolo em talvez pensando que Jesus pode não ter a morrer depois de tudo, que houve agora oportunidade de cumprir a sua missão, evitando a cruz e, portanto, evitando a necessidade de mais tarde voltar. Pedro também foi tolo em colocar Moisés e Elias, grande como eles eram, no mesmo nível que o Cristo pela vontade de construir tendas para todos os três. Como observado anteriormente, quando Pedro fez esta sugestão, Moisés e Elias foram já com partida (Lc 9:33). Eles sabiam que a sua missão era temporário e seu testemunho de Cristo foi agora concluída. Em seus ministérios tinham apenas anunciado a palavra da lei e os profetas. Mas Jesus Cristo, a Palavra viva, era tanto o doador eo perfeito cumprimento da lei e os profetas, cujo objetivo foi apontar os homens a Ele mesmo (ver Rm 8:3.). Deixando de Cristo em supremacia incontestada, Moisés e Elias desapareceu de modo que o único objeto remanescente de adoração foi o glorioso Senhor. Uma vez que o seu testemunho a Ele estava acabado, que não iria ficar e risco de prejudicar Ele.

    O Terror do Pai

    Enquanto ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. (17: 5-6)

    A terceira confirmação da divindade de Jesus foi o terror causado pela intervenção do Pai enquanto Pedro ainda estava falando . Através da forma de uma nuvem luminosa Deus ofuscado os três discípulos e lhes falou em uma voz fora da nuvem . Para o testemunho da própria transfiguração e o testemunho dos dois santos do Antigo Testamento agora foi adicionado o testemunho surpreendente de Deus Pai.

    Durante toda a peregrinação no deserto de Israel o Senhor se manifestou através de "uma coluna de nuvem de dia para levá-los no caminho" (Ex 13:21;.. Nu 9:17; Dt 1:33.). Isaías previu que "quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião, e limpado o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de julgamento e o espírito de ardor, então o Senhor vai criar em toda a área do Monte Sião e sobre as assembléias dela uma nuvem de dia mesmo fumaça, e o brilho de um fogo flamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel "(Isaías 4:4-5.). Em sua visão dos últimos dias João "olhou e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. E veio outro anjo para fora do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: "Ponha a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de colher veio, porque a seara da terra está madura." E o que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice sobre a terra; ea terra foi ceifada "(Ap 14:14-16).

    Fora de tais uma nuvem luminosa , o Pai ofuscado Pedro, Tiago e João, e falou com eles em um audível voz, ... dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" O Pai falou palavras quase idênticas ao batismo de Jesus (Mt 3:17), e durante Jesus ', na semana passada, em Jerusalém, mas poucos dias antes de ser traído, preso, e crucificação-o Pai novamente pública e directamente declarou Sua aprovação do o Filho (Jo 12:28).

    Ao chamar Jesus, seu Filho , o Pai declarou que ele era da mesma natureza e essência com Ele (conforme João 5:17-20; Jo 8:19, Jo 8:42; Jo 10:30, 36-38). Escritura frequentemente refere-se a crentes como filhos de Deus, mas eles são filhos adotivos, trazidos para a família celestial somente através do milagre da sua graça (Rm 8:15, Rm 8:23; Gl 4:5; 2 Cor 1:.. 2Co 1:3; Gl 1:3Jo 8:2910: 37-3812: 49-50.

    Depois, dirigindo-se diretamente os três discípulos, talvez Pedro, em particular, Deus disse : "Escutai-o!" Ele estava dizendo, com efeito, "se meu filho diz que ele deve ir a Jerusalém para sofrer e morrer, acredite Ele. Se Ele diz que ele será levantado no terceiro dia crer Nele. Se Ele diz-lhe para tomar a sua própria cruz e segui-Lo, que é o que você está a fazer. Se ele diz que virá novamente em glória então crer Nele e viver em conformidade "

    O franco, ousado Pedro e seus dois companheiros já sabiam que estavam na presença impressionante de Deus Todo-Poderoso. Como seria de esperar, os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. Pedro foi, provavelmente, tão completamente traumatizada que ele prontamente se esqueceu sua sugestão presunçoso para construir as três tendas.

    A consciência combinada de graça do Senhor e Sua majestade, o Seu amor e da Sua justiça, Sua amizade e Seu senhorio deve causar uma espécie de tensão espiritual em cada crente. Por um lado, ele se alegra em sua comunhão de amor com o Senhor por causa de Sua bondade infinita, e, por outro lado, ele tem medo reverencial como ele contempla a Sua santidade e justiça impressionante. Como o crente anda em obediência a Deus, ele experimenta o conforto de Sua presença. Mas, como ele anda em desobediência, ele deve sentir o terror da mesma presença. Provérbios declara que a sabedoria espiritual começa com o temor de Deus (Pv 9:10).

    Homens pecadores na presença de um Deus santo sempre querem esconder. Antes da Queda, Adão e Eva tinham comunhão ininterrupta com Deus, mas depois que eles pecaram o relacionamento era muito alterado. Quando "eles ouviram o som do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia, ... o homem e sua mulher esconderam-se da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim" (Gn 3:8).

    A tapeçaria da Cena

    E Jesus veio a eles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." E, erguendo os olhos, não via a ninguém, a não ser o próprio Jesus sozinho.
    E como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." (17: 7-9)

    A quarta confirmação da divindade de Jesus foi a toda a tapeçaria da cena que deu testemunho do poder majestoso de Cristo e esplendor real. Ele foi menos específico e dramático do que os três primeiros, mas à sua maneira foi impressionante.

    Jesus ainda era o centro da cena, assim como ele será em sua segunda vinda. Ele estava de pé sobre uma alta montanha, por mais que quando Ele voltar à Terra, quando "estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está na frente de Jerusalém para o oriente" (Zc 14:4;. Jd 1:14; Ap 21:1). Portanto Moisés representava os santos que morreram no momento em que Jesus retorna, e Elias aqueles que terão sido arrebatados.

    Simbolicamente, a montanha está lá. As pessoas com quem entra está lá. As pessoas a quem ele vier estão lá. E ambos os santos que morreram e os santos que foram traduzidas estão lá.
    Primeiras ações e as palavras de Jesus após Sua poderosa exibição de esplendor eram os de cuidado delicado, amoroso. Sabendo o grande medo de seus três companheiros amados, Jesus aproximou-se deles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." Como eles hesitante levantou os seus olhos , que deve ter sido um grande alívio para ver ninguém, exceto o próprio Jesus sozinho .

    As impressões da experiência foram agora indelével em suas mentes. Eles poderiam testemunhar com certeza e ousadia que Jesus havia de fato se manifestou em glória antes que algum deles tinha provou a morte (16:28). Cerca de trinta anos depois, Pedro iria escrever: "Nós não seguiu contos habilmente inventadas quando demos a conhecer o poder ea vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas nós mesmos vimos a sua majestade. Pois quando Ele recebeu honra e glória de Deus Pai, como um enunciado como isso foi feito a Ele pelo Glória Majestic, "Este é o meu Filho amado em quem me bem pleased'-e nós mesmos ouvimos esta expressão vocal feita a partir de céu quando estávamos com ele no monte santo "(2 Pe. 1: 16-18).

    Como eles viram Jesus ... sozinho , os discípulos perceberam que tinham assistido a uma pré-visualização de segunda vinda a glória do Senhor. E uma vez que recuperou a compostura, eles devem ter tido um desejo forte e compreensível para atropelar e relatar sua experiência surpreendente para os outros discípulos e para qualquer pessoa que quisesse ouvir. Mas como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." Como extremamente difícil deve ter sido para manter a visão de si mesmos.

    Assim como Jesus tinha dito Doze que "a ninguém dissessem que Ele era o Cristo" (16:20), Ele já disse aos três que a ninguém dissessem de Sua manifestação da glória. O Cristo que a maioria dos judeus daquela época estavam esperando não era o Cristo, que havia chegado. Em vez de vir a conquistar, Ele veio para morrer. Em vez de vir na glória divina, Ele veio em humilde mansidão. E em vez de vir para libertar os judeus da escravidão política, Ele veio para libertar da escravidão do pecado todos os homens que nele confiam.

    Para o povo ter aprendido então sobre a experiência na montagem seria, como já mencionado, apenas ter incitado-los a experimentar como fizeram em outras ocasiões (Jo 6:15; 12: 12-19) para fazer Jesus em um rei de sua própria espécie para cumprir suas expectativas egoístas e mundanos imediatos. Mas quando eles iriam ouvir a história depois de o Filho do Homem tinha ressuscitado dos mortos, seria claro que Ele não tivesse vindo para conquistar os romanos, mas para conquistar a morte.

    O laço com o Precursor

    E seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E ele, respondendo, disse: "Elias virá e restaurará todas as coisas, mas eu digo-vos que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram Assim também o Filho do Homem vai. a sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista. (17: 10-13)

    A quinta e última confirmação da divindade de Jesus é visto em sua relação messiânica a João Batista.
    Tendo acabado de ver Elias na montanha, uma pergunta natural para Jesus discípulos era, "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" Isso ensino particular de os escribas não se baseava apenas na tradição rabínica, mas no ensino bíblico. Através de Malaquias, o Senhor declarou: "Eis que eu vou enviar-lhe o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E ele irá restaurar os corações dos pais aos filhos, e os corações dos filhos a seus pais, para que eu não venha, e fira a terra com maldição "(Mal. 4: 5-6).

    A previsão de que a pessoa real Antigo Testamento de Elias seria o precursor do Messias e Seu julgamento foi bem conhecido para os judeus da época de Jesus. Portanto, como Pedro, Tiago e João, desceu a encosta da montanha com o Senhor, eles não poderiam ter ajudado se perguntando como o aparecimento de Elias que tivessem testemunhado encaixar com a profecia de Malaquias "Se Tu és o Messias, como você declarou e nós ter acreditado ", eles pediram, com efeito," por que Elias não aparecem antes Você começou seu ministério? "

    Foi, sem dúvida, a mesma preocupação que muitos dos líderes judeus usado para justificar a rejeição messianidade de Jesus. E foi, provavelmente, a profecia de Malaquias que causou algumas pessoas a pensar que Jesus era Elias, em vez de o Messias (Mt 16:14). "Apesar de seus grandes milagres", eles podem ter fundamentado, "Jesus não pode ser o Messias, porque Elias ainda não chegou. Assim, ele deve mesmo ser Elias".

    Esse mal-entendido foi facilitada pelos muitos enfeites que os escribas e os seus colegas rabinos tinham feito com a profecia de Malaquias. Como muitos intérpretes da Bíblia ao longo dos tempos, incluindo muitos em nossos dias, eles gostavam de "preencher as lacunas", por assim dizer, onde uma previsão Bíblia não era tão clara e detalhada como eles gostariam. Conseqüentemente, eles ensinaram que Elias viria novamente como um reformador milagroso poderoso que iria pôr ordem no caos e na santidade de impiedade. Alegaram que quando o Messias chegou, o mundo, ou pelo menos 1srael, seria moralmente e espiritualmente preparado para Ele, e Ele iria executar o julgamento rápido e estabelecer o reino de Israel.

    Assim como todo o ensino que é apenas parcialmente baseado nas Escrituras, a deles era, por essa razão, ainda mais enganoso. Jesus respondeu primeiro reconhecer a verdade parcial, dizendo: "Elias virá e restaurará todas as coisas." Há um Elias que ainda está por vir; e quando ele chega, ele irá restaurar todas as coisas , assim como Malaquias profetizou. " Mas eu vos digo , "Jesus continuou a explicar",que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem vai sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista .

    O Elias profetizado por Malaquias não era para ser uma reencarnação do antigo profeta. Pelo contrário, como o anjo do Senhor disse a Zacarias a respeito de seu filho, João Batista , o precursor profetizado viria "no espírito e poder de Elias" (Lc 1:17). João não seria o antigo profeta voltar para a terra mas seria ministro da mesma estilo e poder como tinha Elias. Dessa forma, como Jesus havia dito aos discípulos, pelo menos uma vez antes, "[João] é Elias, que estava para vir" (Mt 11:14).

    Por que, então, alguns se perguntam, se João se assumem sendo Elias? Quando os sacerdotes e levitas de Jerusalém perguntou-lhe: "És tu Elias?" ... Ele disse: "Eu não sou" (Jo 1:21). Ele negou ser Elias, porque, embora ele sabia da profecia de Lucas 1, como Jesus, ele percebeu que a pergunta era sobre um literal, reencarnado Elias. E, embora João não compartilhava a onisciência de Jesus, ele, sem dúvida, também percebeu que o questionamento dos sacerdotes e dos levitas, originado de incredulidade, não uma fé sincera. Eram não está interessado em aprender a verdade, mas de encontrar uma forma de desacreditar João, assim como eles, mais tarde, buscar formas para desacreditar o One cujo caminho ele veio para se preparar.

    Motivos e impiedade falsos dos líderes judeus tornou-se ainda mais evidente quando eles não o reconheceram como o João Elias profetizou mas fizeram-lhe tudo o que quiseram . Eles preso e decapitado ele. Portanto, qualquer que seja a resposta de João para os sacerdotes e levitas de Jerusalém poderia ter sido, eles acabariam por tê-lo rejeitado porque odiavam João, e seu coração se opuseram a Deus e Sua verdade. Aqueles que rejeitam a Deus inevitavelmente rejeitar Seus mensageiros.

    A maldade completa dos líderes judeus se manifestou, no entanto, quando eles rejeitaram e perseguido o Filho do Homem Ele mesmo, que logo iria sofrer em suas mãos . Porque eles rejeitaram o trabalho de restauração de precursor Elijah-like do Messias e, em seguida, rejeitou o próprio Messias, o reino messiânico foi adiada.

    Nos últimos dias, o Senhor enviará ainda outro como Elias, e o próprio Messias vai voltar, desta vez para estabelecer o Seu reino eterno no poder, justiça e glória.

    96. O Poder da Fé (Mateus 17:14-21)

    E, quando chegaram à multidão, um homem aproximou-se dele, caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e está muito doente, pois ele muitas vezes cai o fogo, e muitas vezes na água. E eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. " E Jesus, respondendo, disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? Traga-o aqui para mim." E Jesus repreendeu-o, e o demônio saiu dele, e o menino foi curado de uma só vez.
    Em seguida, os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e disse: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se ; e nada vos será impossível [Mas este tipo não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.] ". (17: 14-21)

    Mt 17:14 marca o início de um período especial de instrução por Jesus aos doze que continua até o capítulo 20. Depois de ter-lhes dado uma revelação da Sua pessoa como Rei e de seu programa para o reino, Ele agora dá-lhes mais princípios para a vida no reino. O primeiro é o princípio fundamental da fé. Assim como a vida espiritual deve ser recebido pela fé, assim também é para ser vivida pela fé.

    Escritura dá testemunho contínuo ao poder da fé em Deus na vida dos crentes. Foi a fé no poder de Deus que causou jovem Caleb de olhar para a terra de Canaã com seus gigantes e relatar a Moisés: "Nós devemos por todos os meios ir para cima e tomar posse dela, para nós, certamente superá-lo" (Nu 13:30). Foi a fé na proteção de Deus que permitiu a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego para ficar na borda da fornalha de fogo e declarar ao rei Nabucodonosor: "O nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente, e ele atenderá livrai-nos da tua mão, ó rei. Mas mesmo que ele não tem, saiba-se a ti, ó rei, que não vai servir os seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que você configurou "(Dan. 3: 17-18). Foi a fé na proteção de Deus que permitiu a Daniel para continuar fielmente adorando a Deus, mesmo que isso significasse a ser lançado na cova dos leões (Dn 6:10). Foi a fé em Jesus para perdoar os seus pecados que trouxe a libertação espiritual para a mulher que entrou na casa do fariseu e lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos (Lucas 7:37-50).

    A partir de Hebreus 11, aprendemos que "pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que Caim" (v. 4), que "pela fé Enoque foi trasladado para que ele não ver a morte" (v. 5), que "por fé Noé ... preparou uma arca ... e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé "(v. 7), e que" pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, ... saiu, ... [e] viveu como um estrangeiro na terra da promessa, ... por que ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus "(vv. 8-10). O resto do que os nomes dos capítulos uma série de outros santos do Antigo Testamento que "obteve a aprovação através de sua fé" (v. 39). Perante "tão grande nuvem de testemunhas que nos cercam", o escritor continua: "vamos também deixar de lado todo embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da fé "(12: 1-2).

    Não é de estranhar, portanto, que a primeira lição que Jesus ensinou aos discípulos, depois de voltar do monte da transfiguração foi uma lição sobre a fé. Pedro, Tiago e João tinha acabado de ter um vislumbre do poder e majestade do Senhor Jesus Cristo (Mt 17:2.) (V. 16), a impotência dos seguidores, a perversão do infiel, e (vv 17-18). o poder da fé (vv. 19-21).

    O requerimento do Pai

    E, quando chegaram à multidão, um homem aproximou-se dele, caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e está muito doente, pois ele muitas vezes cai o fogo, e muitas vezes na água (17: 14-15).

    A partir do segundo evangelho ficamos sabendo que a multidão incluiu alguns escribas, os juristas judeus, que estavam a discutir com os nove discípulos que tinham permanecido abaixo e que, assim que a multidão viu Jesus vindo ", ficaram maravilhados, e começou a correr até recebê-Lo "(Marcos 9:14-15).

    De algum lugar dentro da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, e caiu de joelhos diante dele. A partir dessa postura de humildade e reverência, o homem disse: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e é muito doente;. pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água " Nós não sabemos o quanto o pai significava chamando Jesus Senhor , mas ao menos ele reconheceu-o como um homem de Deus, que era dotado de poder divino para curar. Ele acreditava plenamente que Jesus poderia trazer sanidade e integridade de seu filho , o seu "único menino" (Lc 9:38), que tinha tido essa terrível aflição desde a infância (Mc 9:21). Embora o pai pode não ter percebido isso na época, ele estava prestes a trazer seu único amado filho na presença do Deus único e amado filho.

    Tem misericórdia traduz o imperativo aoristo de eleeō , o que significa demonstrar simpatia e compaixão. Em sua profunda angústia, o pai implorou a Jesus ter compaixão de seu filho e restaurar-lhe a saúde.

    Como o termo grego que traduz, lunático , literalmente, refere-se a algo relacionado com a Lua (lunar). É a idéia visto na palavra moonstruck , uma expressão com base na antiga crença de que a doença mental ou loucura foi causada pela influência da lua. A palavra grega foi usada para descrever o que hoje entendemos ser de várias disfunções neurológicas, incluindo a epilepsia; que causam convulsões.

    Este menino particular era muito doente , indicando que seu estado era incomumente sério. Foi tão grave, o pai explicou, que ele muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água . Fogueiras eram comuns, como eram muitos corpos de água abertos, tais como piscinas ou poços. Porque o menino tinha realmente caído no fogo muitas vezes, ele deve ter cicatrizes de queimaduras realizadas que adicionou à sua falta de atratividade e provável ostracismo. Ele também estava em constante perigo de afogamento ao cair na água . O pai ou algum outro membro da família, provavelmente, tinha que ficar perto do menino em todos os momentos, sem nunca saber quando pode ocorrer uma convulsão.

    O pai sentiu o que Jesus verificado, que a aflição do menino não era simplesmente fisiológica ou mental, mas demoníaca. Quando o trouxe, para Jesus, ele descreveu seu filho como sendo "possuído por um espírito que faz dele mute" (Mc 9:17). Além de ter convulsões, o menino não conseguia falar e estava aparentemente surdo, bem como (ver v 25).. O demônio foi excepcionalmente violenta. Sempre que o "espírito se apodera dele", disse o pai, "de repente ele grita, e atira-o para uma convulsão com espuma na boca, e como ele Mauls ele, dificilmente o deixa" (Lc 9:39).

    Toda pessoa não salva está sujeita ao controle de Satanás, "o príncipe do poder do ar" (Ef 2:2; conforme Mc 3:15.). Talvez para sua própria surpresa, os discípulos foram altamente bem-sucedida "em expulsar muitos demônios e foram unção com óleo muitos doentes e curá-los" (Mc 6:13).

    O que havia de errado ou alteradas? Seu fracasso agora não foi devido ao fato de que Jesus não estava com eles, porque Ele não estava com eles nessas ocasiões anteriores, qualquer um. Eles ainda tinham a promessa de Jesus e Seu poder, mas não o puderam curar o menino. A explicação para o seu fracasso é, portanto, óbvio. Eles não conseguiram apropriar-se do poder de que dispõem.

    Com o aumento da frustração e angústia, o pai, compreensivelmente, se desesperou da ajuda dos discípulos e virou-se para o próprio Jesus.
    Ao longo da história da igreja, a falta de fé, fraqueza e indiferença dos cristãos tem causado muitos incrédulos que procuram desespero da ajuda do povo de Deus. Às vezes, como o pai nesta história, eles se voltam para o próprio Senhor.

    A perversão do Faithless

    E Jesus, respondendo, disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? Traga-o aqui para mim." E Jesus repreendeu-o, e o demônio saiu dele, e o menino foi curado de uma só vez. (17: 17-18)

    Impotência infiel dos discípulos não só entristeceu o pai do menino, mas Jesus também. Falando aos discípulos e à multidão, em vez de ao homem que tinha acabado de confrontado Ele, Jesus respondeu, e disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês? Quanto tempo devo colocar-se com você?"

    Aqui Jesus dá um raro vislumbre das profundezas do seu coração e alma divina. Tendo sido acostumados desde a eternidade passada para ter os anjos instantaneamente fazer sua vontade, Ele ficou aflito com a cegueira e falta de fé do povo de Deus de Israel, especialmente os seus discípulos, a quem havia escolhidos pessoalmente, ensinou, e dotado de um poder único e autoridade.
    Toda a geração de judeus era infiel, representada nesta ocasião pela multidão, os discípulos, e os escribas hipócritas que estavam lá para prender e desacreditar o Senhor, se pudessem. Mesmo a fé do pai não estava completa, como ele mesmo confessou: "Eu creio; ajudar a minha incredulidade" (Mc 9:24).

    As pessoas não só estavam descrentes , mas pervertida. Pervertido é de diastrephō , que tem a idéia básica de torção ou flexão fora de forma. O termo foi usado freqüentemente para descrever uma peça de cerâmica que um artesão descuidado tinha misshaped ou que, de alguma forma fica deformado, antes de ser demitido no forno.

    Embora muitos dos seus ouvintes, sem dúvida, também eram moralmente pervertido , Jesus estava aqui falando principalmente da perversão espiritual que é inevitável para aqueles que são incrédulos .Qualquer pessoa que não verdadeiramente confiar em Deus não pode escapar que tem uma visão distorcida Dele e de Sua vontade.

    "Quanto tempo eu devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você?", disse o Senhor, talvez tanto a si mesmo quanto para eles. Sem dúvida, ele estava se tornando cada vez mais ansioso para voltar ao Seu Pai celestial, com quem ele tinha acabado de experimentar um momento único de comunhão na montanha. Em Sua humanidade, Ele deve ter sido tentados a duvidar de seu breve retorno do sofrimento e da morte valeria a pena. "Se eles não confiam em você enquanto você está com eles", Satanás pode ter sussurrou no ouvido de Jesus: "Como você espera que eles confiem em você depois de ter retornado para o céu?"

    Os que procuram emoção multidões seguiam Jesus para o benefício pessoal de Sua cura e por curiosidade. Os líderes judeus gloating O seguiam, a fim de convencê-lo de um crime capital. E, embora os discípulos sabiam que Ele era o Cristo prometido (Mt 16:16), eles eram freqüentemente confuso sobre o significado de seu ensino e trabalho.

    Mas Jesus não iria variar de Sua missão divina nem sucumbir à tentação de Satanás de desespero. Ele estava na terra para fazer negócios de Seu Pai, a partir do qual nada poderia detê-lo. Pelo que disse ao pai, "Traga-o aqui para mim."

    Quando Jesus repreendeu-o, ... o demônio não teve escolha senão para vir para fora dele . Mas antes de partir, o espírito maligno fez uma última tentativa de destruir o menino "gritando e jogando-o em terríveis convulsões; '! Ele está morto' ... E o menino tornou-se tanto como um cadáver que a maioria deles disse: "(Mc 9:26; Lc 9:42).

    O demônio sabia que seus esforços foram sem esperança, porque, como o demônio que atormentava o homem de Gadara (Mc 5:7), ele reconheceu a identidade divina de Jesus. Ele foi obrigado a obedecer ao Filho de Deus.

    Assim que o demônio se foi, o menino foi curado de uma só vez . Enquanto a criança ainda estava no torpor da morte semelhante em que o demônio o deixou, "Jesus tomou-o pela mão e levantou-o, e ele se levantou" (Mc 9:27). Ele agora pode jogar como os outros meninos, sem medo de repente ser jogado no fogo para ser queimado ou em água para ser afogado. Ele não teria mais convulsões, não mais espuma na boca ou trituração de seus dentes.

    Embora Jesus já tinha lançado com sucesso inúmeros demônios (ver Mt 4:24;. Mt 8:16, Mt 8:32; Mt 9:33; Mt 12:22), Lucas relata que, nesta ocasião, as multidões "estavam todos espantados com a grandeza de Deus "(Lc 9:43). "Grandeza" é de megaleiotēs , que refere-se a grande esplendor ou magnificência. É a palavra usada por Pedro para descrever a majestade divina de que ele, Tiago e João foram testemunhas oculares na transfiguração. Foi, talvez, com essa glória em mente que Lucas aqui usado o termo para descrever espanto da multidão. Sem saber, eles também tiveram um pequeno vislumbre do tipo de majestade e esplendor do Senhor revelaria na Sua segunda vinda.

    O Poder da Fé

    Em seguida, os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e disse: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se ; e nada vos será impossível [Mas este tipo não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.] ". (17: 19-21)

    O propósito de Jesus no milagre foi além da cura do menino endemoninhado, mais importante que isso era. A cura não só trouxe para a saúde do menino e grande alegria a seu pai, mas glória a Deus. Mas, para os discípulos a importante lição de que o evento foi ainda a ser aprendida.

    Não é de surpreender que eles questionaram Jesus privada -em uma casa, Marcos nós (9:
    28) diz, talvez a casa de um dos discípulos. Eles estavam envergonhados pelo seu próprio fracasso e ficaram perplexos quanto ao por que eles próprios poderiam ... não expulsá-lo . Por que ele era capaz de fazer com uma palavra o que não tinha sido capaz de realizar com muito esforço? "Você comissionados e nos capacitou para curar e expulsar demônios", disseram eles, com efeito. "E temos sido bem sucedidos antes. Por que não conseguimos desta vez?" Eles provavelmente foi sobre o ato de expulsar o demônio da mesma maneira que eles tinham em ocasiões anteriores. Eles provavelmente invocou o nome do Senhor, ordenou o demônio para sair, e aguardava a sua partida. Mas desta vez não aconteceu nada.

    "A razão pela qual deveria ser óbvio," Jesus implícita. "Você falhou por causa da pequenez da vossa fé. " Não foi por causa do total falta de fé , mas por causa de ... pequenez de ... fé que eles eram impotentes. Eles tinham fé salvadora, que não podiam perder. E eles tinham fé confiante em algum grau, ou não teriam tentado curar o menino, mas eles não tinham fé suficiente para empregar o poder de Jesus ter dado a eles.

    Tendo pequenez da fé ... era uma condição um pouco típico dos discípulos. Logo após Jesus chamou-os para o seu serviço, sentaram-se entre a multidão na encosta da montanha que Ele acusado de estar ansioso por causa de sua pouca fé em Deus para prover suas necessidades físicas (Mt 6:25-34).. Quando, durante a forte tempestade no Mar da Galiléia desesperaram de suas vidas, Jesus repreendeu-os antes que Ele repreendeu as ondas, dizendo "Por que você é tímido, homens de pouca fé?" (08:26). Quando Pedro começou a andar sobre a água, mas ficou com medo e começou a afundar ", Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: 'O que você de pouca fé, por que duvidaste?" (14:31 ). Pouco antes de curar o menino endemoninhado, Jesus tinha cobrado novamente os discípulos de ter pouca fé em não esperar que ele seja capaz de alimentar a multidão perto Magadan (16: 8).

    Estes incidentes ilustram que pouca fé é o tipo de fé que crê em Deus, quando você tem algo em sua mão, quando Sua disposição já é feito. Quando as coisas estavam indo bem com os discípulos e tudo parecia sob controle, eles acharam fácil confiar em seu Senhor. Mas logo que as circunstâncias se tornou incerto ou ameaçador, sua fé secou. Sua fé era como a fé da maioria dos crentes em todas as idades.Quando eles são saudáveis ​​e têm as necessidades da vida, sua fé é grande e forte, mas quando eles estão em necessidade, a sua fé é pequena e dá lugar à dúvida.
    Grande fé confia em Deus quando não há nada no armário para comer e não tem dinheiro para comprar comida. Grandes fé confia em Deus quando a saúde está desaparecido, o trabalho se foi, se foi reputação, ou a família está desaparecido. Grande fé confia em Deus, enquanto o vendaval ainda está uivando e perseguição continua.
    O Senhor estava dando aos discípulos uma amostra do que a sua vida seria como uma vez que ele havia voltado para o céu, quando eles já não podia vê-lo ou tocá-lo ou falar com Ele na forma como eles foram acostumados a fazer. Ele também estava ensinando-lhes persistência. Nós não sabemos quantas vezes eles tentaram expulsar o demônio do menino, mas em algum momento eles desistiram. Quando Jesus enviou os discípulos, o seu sucesso na cura e expulsando os demônios foi imediata. Mas Jesus não tinha prometido que esse seria sempre o caso. O Doze teve que aprender que, ao contrário do poder do Senhor, deles não era inerente a si mesmos. Ele veio apenas a partir dele, por sua disposição divina e vontade.
    É encorajador perceber que mesmo os apóstolos, com os seus presentes originais de chamada e milagrosos, sempre teve que confiar em Jesus para ministrar efetivamente Para fortalecer a sua fé e senso de dependência, o Senhor, por vezes, os fez esperar, exatamente como faz muitas vezes com os crentes hoje para ajudar a fortalecer a nossa fé, Ele pode, por vezes, nos fazem esperar muito tempo por uma resposta à oração. Assim como um atleta se fortalece gradualmente levantando pesos pesados ​​ou por correr longas distâncias e, por isso, um crente se torna mais forte na fé, enfrentando desafios cada vez maiores que expõem sua própria fraqueza e levá-lo ao Senhor.
    Continuando a lição sobre a fé, Jesus disse: "Porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se, e nada será impossível para você. " Jesus parece contradizer a si mesmo, em primeiro lugar repreender os discípulos por ter pouca fé e, em seguida, dizer-lhes que mesmo a menor fé pode mover montanhas. Mas como deixou claro na parábola do grão de mostarda, a semente não representa pequenez, como tal, mas sim pequenez que cresce em grandeza. "Quando se está totalmente crescido", explicou ele, "é maior do que as plantas de jardim, e torna-se uma árvore" (Mt 13:32). Pequeno fé pode realizar grandes coisas só se, como um grão de mostarda , que cresce em algo maior do que era. Somente quando pequena fé cresce em grande fé ele pode mover uma montanha.

    Semente de mostarda fé é a fé persistente. Ela continua a crescer e tornar-se produtivo, porque ele nunca desiste. Esse é o tipo de fé exercida pelo homem importunate que manteve batendo na porta de seu vizinho tarde da noite até que ele recebeu uma resposta. "Eu digo a você", disse Jesus, que "mesmo que ele não vai se levantar e dar-lhe qualquer coisa, porque ele é seu amigo, por causa de sua persistência que ele vai levantar-se e dar-lhe tanto quanto ele precisa" (Lc 11:8 anos. Isso teria sido o tipo de grand mas inútil milagre dos escribas e fariseus esperados do Messias, mas que Jesus recusou-se a realizar (Matt. 12: 38-39).

    A expressão "capaz de mover montanhas" era uma figura comum de discurso no dia em que representou a capacidade de superar grandes obstáculos. Como observou William Barclay,
    Um grande professor, que poderia realmente expor e interpretar as Escrituras, e que poderia explicar e resolver as dificuldades, foi regularmente conhecida como uprooter ou mesmo um pulverizador de montanhas. Para rasgar, para arrancar, para pulverizar montanhas eram todas as frases regulares para a remoção de dificuldades. Jesus nunca quis que isso seja levado fisicamente e literalmente Afinal, o homem comum raramente encontra qualquer necessidade de remover uma montanha. O que ele quis dizer foi: "Se você tem fé suficiente, todas as dificuldades podem ser resolvidos, e até mesmo a tarefa mais difícil pode ser realizada A fé em Deus é o instrumento que permite que os homens para remover os montes de dificuldade que bloqueiam seu caminho (.. O Evangelho de Mateus . [Filadélfia: Westminster, 1959], pp 184-85)

    Jesus estava falando em sentido figurado sobre as dificuldades de montanha de tamanho, como os nove discípulos tinham acabado de experimentar em não ser capaz de curar o menino demonizado.
    A promessa nada é impossível para você é condicional, válida apenas no âmbito da vontade de Deus. Montanha-se movendo a fé não é fé em si mesmo, e muito menos a fé em fé, mas a fé em Deus. Não é a própria fé, não importa quão grande, que move montanhas, mas o Deus em quem a fé se fundamenta. A fé só tem tanto poder como seu objeto. Quando Jesus disse ao leproso samaritano e do cego de Jericó, "a tua fé te salvou" (Lc 17:19; Lc 18:42), Ele não quis dizer que sua fé em si mesmo os curou. Isso significaria que eles se curaram, o que, é claro, eles não fizeram.

    A lição de Jesus foi que " nada é impossível para você quando você em oração e persistentemente confiar em mim. " Os discípulos não poderia curar o menino endemoninhado, apesar de terem a comissão de Jesus e prometeu poder, porque eles não persistir na oração dependente.

    Ao longo dos séculos os crentes muitas vezes não conseguiram receber prometeu alegria, liberdade, perdão, orientação, fecundidade, proteção, a sabedoria de Deus, e inúmeras outras bênçãos simplesmente porque, como os discípulos, eles não persistiu na oração.
    Este tipo de demônio não se expulsa senão pela oração: " Jesus declarou. Embora essa frase não é encontrada nos melhores manuscritos de Mateus (indicados por colchetes em algumas versões), é uma verdadeira palavra de Jesus e é encontrada no relato de Marcos (9:29), a partir do qual um escriba cedo provavelmente pegou e acrescentou que para Mateus. No entanto, as duas últimas palavras do verso,e jejum , não são encontrados nos melhores manuscritos de qualquer evangelho.

    A ênfase de Jesus estava claramente em oração . Como Tiago escreveu alguns anos depois, "A oração eficaz de um justo pode realizar muito" (Jc 5:16). Dedicado, fervoroso, apaixonado, oração persistente obtém resultados, porque esse tipo de oração é honrado por Deus.

    Durante um certo ponto de seu ministério, o líder cristão do século XIX George Mueller começou a orar por cinco amigos pessoais. Não era até cinco anos depois que a primeira delas veio a Cristo. Depois de mais de cinco anos, mais dois deles se tornaram cristãos, e depois de 25 anos o quarto homem foi salvo. Ele orou para o quinto amigo até o momento de sua morte, poucos meses depois que o último amigo veio para a salvação. Para esse amigo George Mueller havia orado mais de 50 anos!

    97. O Crente como cidadão (Mateus 17:22-27)

    E enquanto eles estavam se reunindo na Galiléia, Jesus lhes disse: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, e Ele será levantado no terceiro dia" E eles estavam profundamente entristecido.
    E, quando chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobrou o imposto de duas dracmas veio a Pedro, e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?" Ele disse: "Sim." E quando ele entrou na casa, Jesus falou com ele em primeiro lugar, dizendo: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou imposto de votação, a partir de seus filhos ou dos estranhos?" E sobre o seu ditado, "Dos alheios," Jesus disse-lhe: "Por conseguinte, os filhos estão isentos Mas, para que não dar-lhes ofensa, ir para o mar, e jogar em um anzol, tira o primeiro peixe que subir.; e quando você abrir a boca, você vai encontrar um stater. Tome isso e dar a eles para você e para mim. " (17: 22-27)

    Nas últimas décadas muitos grupos de ação política religiosas surgiram, incluindo um número que afirmam falar para o cristianismo evangélico Alguns dos grupos são altamente crítico de certas leis, políticas e decisões de tribunais. Alguns até especificamente endossar e campanha para os candidatos que pensam apoiaria os valores cristãos no governo.
    Outros evangélicos acreditam que, além do voto, os cristãos devem se coíbe de envolvimento político e de governo, tanto quanto possível, deixando o corredor do governo secular para o mundo secular. O único trabalho legítimo da igreja, eles acreditam, é pregar o evangelho e viver fielmente pelos seus padrões.

    O Novo Testamento, certamente, deixa claro que a cidadania primária de um crente não é neste mundo. Paulo cobrado a igreja em Filipos: "Irmãos, junte-se em seguir o meu exemplo, e observar aqueles que andam de acordo com o padrão que você tem em nós. Para muitos há, dos quais muitas vezes eu lhe disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo deus é o seu apetite, e cuja glória é para confusão deles, que defina as suas mentes nas coisas terrenas. " Em contraste com essas pessoas, ele continua a dizer, "a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo "(Fp 3:17-21.). Para a Éfeso cristãos Paulo escreveu: "Vocês são nossos concidadãos dos santos, e sois da família de Deus" (Ef 2:19). O escritor de Hebreus diz aos crentes: "Vocês vieram ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos, para a assembléia geral e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus "(Heb. 12: 22-23).

    Como, então, alguns cristãos argumentam, pode aqueles que têm uma herança celestial tão gloriosa contaminar-se, tornando-se envolvido nos assuntos terrenos da sociedade descrente e governo? Sua tentativa de apelar para a Bíblia para o apoio leva-os a essas consultas como a seguinte: não que Paulo ensinou que os crentes devem "ser irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual [ eles] aparecem como astros no mundo "(Fp 2:15)? Não tanto Paulo como crentes comando Isaías em nome de Deus "," Saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor "e não toqueis nada imundo '." (2Co 6:17;. Conforme Is 52:11)? Não João declarar: "Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo 2:15)? E não Tiago dizer "que a amizade do mundo é inimizade contra Deus" e que "quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Jc 4:4. Mas antes que ele deu essa lição para Pedro, o Senhor novamente disse aos Doze de vinda de Sua morte e ressurreição.

    Após o breve ministério em Cesaréia de Filipe (16:
    13) e a manifestação da Sua segunda vinda glória diante de Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração (17: 1-8), Jesus e seus discípulos foram se reunindo na Galiléia . A localização exata não é mencionado, mas foi provavelmente apenas a noroeste de Cafarnaum (veja v 24)..

    Note-se que, como Ele entrou nos últimos seis meses de seu ministério público, Jesus passou um tempo cada vez menos com as multidões e cada vez mais tempo a sós com os discípulos, dando-lhes ainda mais intensa instrução sobre os princípios de Seu reino. Interveio ao longo desses ensinamentos eram lembretes periódicos de Sua iminente sofrimento, morte e ressurreição, que Ele aqui menciona a eles pela terceira vez (ver Mt 16:21;. Mt 17:12).

    Enquanto ele ainda estava reunido com os discípulos privados (17:19), Jesus disse-lhes: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, e Ele será levantado no terceiro dia "

    Jesus não era nem impotente nem passivo em ir para a cruz. "Quando os dias estavam se aproximando de sua ascensão, ... Ele resolutamente definir Seu rosto para ir a Jerusalém" (Lc 9:51; conforme Lc 13:22).Como Ele explicou mais tarde, Ele aceitou de bom grado a cruz, a fim de que "todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado" (18:31). Ele voluntariamente deu a Sua vida (Jo 10:15, Jo 10:17), que ninguém poderia ter tomado sem o seu consentimento. "Ninguém ma tira de mim", ele disse, "mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la" (v. 18).

    Mas, em sua vontade de dar a sua vida em resgate de muitos, Jesus submeteu-se tanto para os planos malignos de homens e com o plano misericordioso e justo de Seu Pai celestial (ver Atos 2:22-23). Por causa de Sua submissão voluntária para os homens ímpios, Ele estava indo para ser entregue , pela traição de Judas, nas mãos dos homens . Também por causa da sua submissão voluntária para os homens maus, eles (os líderes judeus e romanos) iria matá-lo . Mas por causa de sua submissão voluntária ao Pai celestial justo, Ele iria ser ressuscitado no terceiro dia.

    Marcos relata que os discípulos "não entendeu esta declaração, e eles estavam com medo de pedir a Ele" (09:32). Porque eles ainda não podiam compreender a realidade plena e significado de Jesus 'prometida ressurreição em parte porque eles ficaram surpresos com a perspectiva de Seu sofrimento e morte prometida-os discípulos estavam profundamente entristecido . Depois de ter acabado de testemunhar de Jesus glória resplandecente na transfiguração, Pedro, Tiago e João foram talvez ainda mais profundamente entristecido do que os outros em ouvir novamente da morte de Jesus.

    Os discípulos também pode ter tomado referência de Jesus para o terceiro dia como meramente figurativa e, como Marta relativa Lázaro, estava pensando apenas de "a ressurreição no último dia" (Jo 11:24). Eles acreditavam na ressurreição de ambos os justos e os ímpios como previsto pelo Senhor através de Daniel (Dn 12:2), bem como a sua pequena fé (Mt 17:20) e perceberam que precisavam de repetidos avisos, especialmente sobre as verdades que não só eram difíceis de entender, mas doloroso aceitar. Eles precisavam ser preparados para a realidade de que o seu Senhor foi breve vai ser tirado deles com a morte e que, antes de morrer Ele iria sofrer e ser atormentado. Eles também precisavam garantia de que seu sofrimento e morte foram no plano de Deus, que esses eventos, horrível como eram, não iria interromper, muito menos destruir, obra do Messias.Essa foi, de fato, o trabalho final Ele veio para cumprir, sem o qual Seus outros homens divina obra-Seus ensinamentos e milagres, teria deixado mais bem informados e com melhor saúde, mas ainda perdido e eternamente condenado em seu pecado. A crucificação não pegou Jesus ou o Pai celestial de surpresa; foi a razão pela qual o Pai o enviou para a Terra e que Ele veio de bom grado. "Para este efeito," Ele disse: "Eu vim para esta hora" (Jo 12:27).

    Ater Jesus confiou aos Doze que a terceira previsão da sua morte e ressurreição, Ele deu a Pedro uma lição privado na obrigação do crente para o governo humano. A despeito do que essa liderança hostil faria para o Senhor Jesus, os discípulos tinham uma certa obrigação a ele.

    O pagamento exigido

    E, quando chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobrou o imposto de duas dracmas veio a Pedro; e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?" Ele disse: "Sim." (17: 24-25a)

    Pouco depois de Jesus e os discípulos tinham vindo a Cafarnaum , talvez até mesmo como eles entraram na cidade, aqueles que recolheu o imposto de duas dracmas destacou Pedro . Ele não só foi um morador da cidade, mas era conhecido por ser o principal membro dos discípulos de Jesus. É provável Jesus estava hospedado na casa de Pedro e que os outros discípulos tinham ido a outro lugar de apresentar, uma vez que apenas os dois são mencionados aqui.

    O imposto de dois dracma era um imposto aprovado pelo governo que os romanos permitiu que os líderes religiosos judeus de recolher para a operação do Templo de Jerusalém.

    Quando o Tabernáculo foi construído no deserto, Deus proveu para sua manutenção e operação por meio da avaliação anual de todos os homens 20 anos ou mais de idade por meio shekel. "Os ricos não deve pagar mais, e os pobres não devem pagar menos do que a metade shekel, quando você dá a contribuição para o Senhor, para fazer expiação por vós." O dinheiro era para ser usado "para o serviço da tenda da congregação, que pode ser um memorial para os filhos de Israel diante do Senhor" (Ex. 30: 11-16). Quando o Templo substituiu o Tabernáculo, a mesma avaliação contínua, apesar de ter sido temporariamente reduzido a um terço de um shekel por Neemias porque os antigos exilados na Babilônia eram tão pobres, quando eles voltaram para Judá (Ne 10:32).

    Imposto Two-dracma traduz a palavra grega didrachma , o que significa simplesmente "dois drachinas", ou "double dracma." Embora não houvesse nenhuma moeda de duas dracma em circulação, o termodidrachma era comumente usado em referência ao imposto do Templo judeu porque duas dracmas eram equivalentes à metade shekel necessária, o que totalizou salários a dois dias para o trabalhador médio.

    O antigo historiador judeu Flávio Josefo relatou que, depois de Tito destruiu Jerusalém e do Templo em AD 70, o imperador Vespasiano decretou que os judeus de todo o Império Romano iria continuar a ser avaliada a taxa de dois dracma, a fim de manter o templo pagão de Júpiter Capitolino. O imposto foi imposta como calculado, lembrete vingativo tanto para os judeus e para o resto do mundo do alto custo de se opor a Roma.

    Porque o imposto do Templo judeu deveria ser paga pelo tempo de Páscoa, os coletores foram enviados por toda a Palestina ou menos um mês de antecedência. Foi tais coletores de impostos, em vez de o Roman-nomeado publicani ("publicanos"), que vieram com Pedro, e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?"

    A frase para a pergunta sugere que os colecionadores, talvez sob a instrução de líderes judeus em Jerusalém, destinados a desafiar Jesus sobre a questão do pagamento do imposto. Porque Ele afirmou ser o Messias, eles fundamentado, Ele pode considerar-se dispensado. Se o fizesse, isso seria ainda uma outra carga que poderiam fazer contra ele.
    Pedro não tem que pedir seu professor para a resposta, porque ele sabia que Jesus tinha sempre impostos pagos, independentemente de ser avaliada por Roma ou pelos líderes judeus. Ele, portanto, simplesmente disse: "Sim."

    O Princípio Comentadas

    E quando ele entrou na casa, Jesus falou com ele em primeiro lugar, dizendo: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou imposto de votação, a partir de seus filhos ou dos estranhos?" E sobre o seu ditado, "Dos alheios," Jesus disse-lhe: "Por conseguinte, os filhos estão isentos Mas, para que não dar-lhes ofensa, (17: 25b-27a).

    Quando Pedro entrou na casa para dizer a Jesus sobre seu confronto com os coletores, Jesus falou com ele primeiro . Em sua onisciência Ele já sabia o que tinha dito e que Pedro estava pensando sobre isso.

    Nós não fala especificamente sobre o que os pensamentos de Pedro foram, mas a partir de comentários de Jesus parece razoável inferir que ele estava se perguntando por que Jesus, o Messias e Filho de Deus, quis se rebaixar a pagar impostos para aqueles sobre quem Ele era eternamente soberano.
    Usando um método de ensino comum naquele dia e benéfico em qualquer dia, Jesus respondeu pergunta silenciosa de Pedro pela primeira fazendo uma pergunta a si mesmo. Dirigindo-Pedro por seu nome de família original, Jesus disse: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou pagamento do imposto, a partir de seus filhos ou dos estranhos?"

    Com poucas exceções, todos os governos antigos eram autocrático, com poder centralizado em uma pessoa que passou sobre o seu legado real para seus herdeiros. Se chamado faraó, imperador, ou outros tais títulos, todos os governantes supremos foram incluídas no termo reis , e todos eles avaliaram os impostos para sustentar suas famílias, bem como os seus governos. Os dois tipos básicos de impostos eram costumes (que incide sobre mercadorias) e do pagamento do imposto (cobrado sobre os indivíduos).

    Sua pergunta era retórica, e a resposta era óbvia. Não faria sentido para um pai para recolher dinheiro de seus filhos que dependiam dele. Para avaliá-los seria a de avaliar a si mesmo. Neste contextoestranhos é um termo geral que se refere aos que estão fora da família do rei, especificamente seus súditos.

    Quando Pedro respondeu: " De estranhos ", Jesus afirmou a verdade corolário: ". Por conseguinte, os filhos estão isentos" Nos governos humanos daquele dia, as famílias dos governantes, representada por filhos , eram isentos de tributação.

    Teve Jesus terminou a lição nesse ponto, os cristãos teriam uma base para argumentar que eles, também, como co-herdeiros de Cristo e filhos de Deus, devem ser isentos de tributação humano. Eles podem até argumentar que, como Seus filhos, não foram ainda obrigados a apoiar o trabalho de Deus.

    Se houvesse qualquer imposto que Jesus não era obrigado a pagá-lo teria sido o imposto do Templo. Ele era Aquele que o templo foi construído para homenagear e para quem foram feitos os seus sacrifícios e oferendas. Ele era o Senhor de toda a terra, mas supremamente Senhor do Templo. Jesus chamou o Templo Sua "casa do Pai" (Lc 2:49; Jo 2:16) e declarou-se a ser maior do que o templo (Mt 12:6, 13 5:45-13:7'>5-7, grifo do autor).

    Os crentes devem submeter-se "por amor do Senhor para toda instituição humana, quer a um rei como o de autoridade, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e o louvor dos que fazem o bem" (13 60:2-14'>1 Ped. 2: 13-14). A chave para o comando é que ele é obedecido "por amor do Senhor." Não é que toda lei humana e governante é piedosa e justa. A maioria deles não são e não fazemos nenhuma pretensão de ser. Mas a instituição e funcionamento de governo são ordenados por Deus para a ordem social e como um testemunho para ele, o governo humano deve ser respeitado e obedecido por Seu povo, mesmo quando ele é injusto.

    A obediência à lei civil e do governo não está a ser feito com relutância ou condescendência, mas de boa vontade ", não só por causa da ira, mas também pelo amor de consciência" (Rm 13:5; conforme 5: 28-29). Muitos crentes na igreja primitiva perdeu sua liberdade, suas posses, e até mesmo suas vidas, porque eles se recusaram a oferecer incenso a César. Eles iriam honrá-lo como um líder humano, mas eles não quiseram adorá-lo como um deus.

    Primeira obrigação do cristão é obedecer a Deus, e quando Sua lei é diretamente oposta pelas leis dos homens, a lei de Deus deve prevalecer. O cristão, por exemplo, não tem o direito de mentir, roubar, cometer um assassinato, ou adorar um deus falso, não importa o que os ditames de um governo humano pode ser, e não importa o que as conseqüências para a desobediência poderia ser.
    Também não é que um cristão não tem o direito de ajudar as leis e governos injustos mudar quando ele tem oportunidade de fazê-lo. Mas em uma sociedade democrática, especialmente, as principais injustiças e males dentro dele nunca são principalmente o resultado de leis governamentais ou pobres pobres, mau como esses poderiam ser. Quando as pessoas não têm respeito pela lei, de Deus ou dos homens, e quando os seus padrões e motivos giram em torno de seus próprios interesses egoístas, nenhum governo pode ser estável ou fornecer justiça e da ordem. Mesmo os líderes mais piedosos e morais não podem infundir moral em uma sociedade imoral É inútil para trabalhar em mudar as leis más e remoção líderes malignos sem mudar o coração do mal daqueles a quem as leis tentar controlar e os líderes tentam governar.

    Mesmo escravos devem ser submissas aos seus senhores, Pedro declarou ", com todo o respeito, não só para aqueles que são bons e moderados, mas também para aqueles que não são razoáveis. Para este encontra favor, se por causa da consciência para com Deus uma homem carrega-se sob tristezas quando sofrem injustamente "(1 Ped. 2: 18-19). Assim como com uma esposa submissa que deseja ganhar o marido incrédulo para Cristo (3: 1-2), testemunho eficaz começa com a apresentação.

    O supremo exemplo de submissão piedosa é Jesus Cristo, que "sofreu por vós, deixando-vos exemplo para que você siga seus passos, que não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; e sendo injuriado, ele não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente "(I Pedro 2:21-23.). Jesus submetidos a sofrimento Ele não merecia daqueles que não tinha o direito de julgá-lo em primeiro lugar. Ele não cometeu pecado, fora ou para dentro, contudo Ele submetidos a autoridades corruptas e pecadoras, religiosos e políticos. Ele tomou abuso injusto, a fim de que pudesse melhor ganhar os homens a Si mesmo, e Ele é o exemplo para todos os que lhe chama Senhor.

    O cristão de ser um cidadão do reino de Deus não o isenta da responsabilidade de reinos humanos. Na verdade ele ser um cidadão do Reino de Deus dá a ele uma obrigação especial de reinos humanos, porque esses, também, pertencem a Deus e são ordenados por Ele.
    Por ser um bom cidadão o crente mostra o amor pelo seu semelhante, mesmo aqueles que estão perdidos e injusto. Por ser um bom cidadão, ele mostra respeito pelo governo humano ordenada por Deus, mesmo quando os seus líderes são ímpios, corrupto e opressivo. Por ser um bom cidadão, ele mostra que ele ama a Deus, bem como o seu país e os seus concidadãos. À luz de tal testemunho o mundo em visão é obrigado a considerar o poder que faz com que esse tipo de amor possível.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27

    Mateus 17

    O monte da Transfiguração — Mat. 17:1-8 A bênção do passado — Mat. 17:1-8 (cont.)

    A indicação de Pedro — Mat. 17:1-8 (cont.)

    Ensinando o caminho da cruz — Mat. 17:9-13, 22-23 A fé essencial — Mat. 17:14-20 O imposto do templo — Mat. 17:24-27 Como pagar nossas dívidas — Mat. 17:24-27 (cont.)

    O MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO Mateus 17:1-8

    Depois do grande momento de Cesaréia de Filipe seguiu a grande hora do monte da Transfiguração. Observemos primeiro o cenário onde se produziu este momento de glória para Jesus e seus discípulos escolhidos. Há uma tradição que relaciona a transfiguração com o monte Tabor mas é muito pouco provável. O topo do monte Tabor era uma fortaleza armada e um grande castelo. Parece quase impossível que a Transfiguração se produziu em uma montanha que era uma fortaleza. É muito mais provável que o cenário da transfiguração tenha sido o monte Hermom. Hermom estava a vinte e dois quilômetros de Cesaréia de Filipe. É uma montanha muito alta, tanto que pode ser vista desde o Mar Morto, no outro extremo da Palestina, a mais de cento e sessenta quilômetros de distância. Hermom tem 2.820 m de altura e está a 3.300 m acima do nível do vale do Jordão. Não pode ter acontecido no próprio topo da montanha visto que é muito alta.
    Canon Tristão relata como a escalou com seus companheiros. Puderam cavalgar quase até o final e a cavalgada durou oito horas. Não é fácil desdobrar muita atividade em um pico tão elevado. Tristão diz: “Passamos boa parte do dia no topo mas em pouco tempo nos sentimos afetados por dores devido à atmosfera rarefeita."

    A Transfiguração aconteceu em algum lugar das ladeiras do majestoso e agradável monte Hermom. Deve ter sucedido de noite. Lucas nos diz que os discípulos estavam rendidos de sonho (Lc 9:32). No dia seguinte, Jesus e seus discípulos voltaram para o vale para encontrar-se com que os estavam esperando o pai do menino epilético (Lc 9:37). Esta surpreendente visão teve lugar em algum momento do entardecer, perto da noite ou durante a própria noite.

    Devemos nos perguntar: Por que Jesus foi ali? Por que fez esta expedição a essas solitárias ladeiras da montanha? Lucas é quem nos dá a chave. Porque nos diz que Jesus estava orando (Lc 9:29). Devemos nos colocar, na medida do possível, no lugar de Jesus. A esta altura dos acontecimentos, estava no caminho que o conduziria à cruz. Disso estava bem seguro, e uma e outra vez o disse a seus discípulos. Em Cesaréia de Filipe o vimos enfrentando um problema, preocupando-se com uma pergunta. Vimo-lo tratando de descobrir se havia alguém que o tinha reconhecido, por quem e o que era. Vimos que essa pergunta recebeu uma resposta triunfante porque Pedro tinha percebido o fato fundamental de que Jesus só podia ser descrito como o Filho de Deus. Mas havia uma questão ainda mais grave que Jesus devia resolver antes de empreender sua última viagem. Devia assegurar-se, além de toda dúvida, de que estava fazendo o que Deus desejava que fizesse. Tinha que certificar-se de que a vontade de Deus era, em realidade, que fosse a Jerusalém à cruz. Jesus foi ao monte Hermom para fazer a pergunta a Deus: "Estou fazendo Tua vontade ao me dirigir para Jerusalém?" Jesus foi ao monte Hermom para ouvi a voz de Deus e suas ordens. Não queria dar um só passo sem consultar a Deus. Como haveria de dar o maior passo que jamais deu, ou que jamais poderia dar, sem consultá-lo? Acima de tudo, o fato é que Jesus formulava uma pergunta e uma só: "É a vontade de

    Deus para mim?" E essa era a pergunta que formulou nas solitárias ladeiras do monte Hermom.

    Uma das diferenças supremas entre Jesus e nós, um dos fatos que fazia de Jesus o que era, era que sempre perguntava: "O que Deus quer que Eu faça?"; nós quase sempre perguntamos: "O que quero fazer?" Costumamos a dizer que a característica que diferenciava a Jesus de todos outros era que carecia de pecado. O que queremos dizer com isso? Queremos dizer o seguinte: que Jesus não tinha vontade fora da vontade de Deus.

    Quando Jesus tinha algum problema não tratava de solucioná-lo pela mera força de seu próprio pensamento. Não o levava a outros para obter um conselho humano, levava-o a lugar solitário e a Deus.

    A BÊNÇÃO DO PASSADO

    Mateus 17:1-8 (continuação)

    Sobre as ladeiras da montanha apareceram diante de Jesus duas grandes figuras: Moisés e Elias. É fascinante comprovar em quantos aspectos a experiência destes dois grandes líderes do povo e servos de Deus se assemelhavam à experiência de Jesus. Quando Moisés desceu do monte Sinai não sabia que a pele de seu rosto resplandecia (Ex 34:29). Tanto Moisés como Elias tiveram suas experiências mais íntimas de Deus sobre uma montanha. Foi no monte Sinai onde subiu Moisés para receber as tábuas da Lei (Ex 31:18). Foi no monte Horebe onde Elias encontrou a Deus, não no vento nem no terremoto, e sim na voz suave e delicada (I Reis 19:9-12). É estranho que tenha havido algo maravilhoso a respeito da morte de Moisés e de Elias. Deuteronômio 34:5-6 relata a morte solitária de Moisés sobre o monte Nebo. Parece como se Deus mesmo tivesse sido quem enterrou o grande líder do povo: “Assim, morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe, segundo a palavra do SENHOR. Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura”. Quanto a Elias, tal como o relata a velha história, despediu-se de Eliseu em um carro de fogo com cavalos de fogo (2Rs 2:11). As duas figuras que apareceram a Jesus quando estava por empreender o caminho para Jerusalém eram homens que pareciam muito grandes para morrer.

    Além disso, como já vimos, os judeus estavam convencidos de que Elias seria o precursor e o arauto do Messias e pelo menos alguns mestres judeus criam também que quando chegasse o Messias viria acompanhado por Moisés. É fácil ver quão apropriada e adequada era esta visão de Moisés e Elias. Mas nenhuma destas razões é o motivo real pelo qual Jesus recebeu a visão de Moisés e Elias.

    Mais uma vez devemos nos remeter ao relato que faz Lucas da Transfiguração. Lucas nos diz que Moisés e Elias falaram com Jesus "de sua partida que ia Jesus a cumprir em Jerusalém" (Lc 9:31). A palavra que se emprega em grego para expressar a partida é muito significativa. Trata-se da palavra êxodos que é a mesma palavra que se emprega em português como êxodo. Estas duas figuras conspícuas do passado falaram com Jesus sobre seus êxodos. Agora, a palavra êxodos tem uma conotação muito especial. É o termo que sempre se emprega para referir-se à partida do povo de Israel da terra do Egito para o caminho desconhecido do deserto que deveria de levá-los finalmente à Terra Prometida. A palavra êxodo é a que descreve o que poderíamos denominar a viagem mais arriscada da história, uma viagem no qual um povo inteiro, apoiando-se em uma total confiança em Deus, lançou-se para o desconhecido. Isso era exatamente o que Jesus estava a ponto de fazer. Com uma total confiança em Deus estava por empreender a aventura tremenda dessa viagem a Jerusalém; uma viagem rodeada de perigos, uma viagem que implicava um cruz mas que culminaria na glória. Ora, dentro do pensamento judeu estas duas figuras, Moisés e Elias, sempre representavam inevitavelmente determinadas coisas. Moisés era o maior de todos os legisladores; era, em forma suprema e única, o homem que tinha levado a Lei de Deus aos homens. Elias era o maior de todos os profetas; nele a voz de Deus falava com os homens de maneira direta. Estes dois homens eram os pontos culminantes da história e os logros religiosos do Israel. É como se as maiores figuras da história de Israel se aproximassem de Jesus quando se preparava para sair em sua única e maior aventura rumo ao desconhecido e lhe tivessem dito que continuasse sua viagem. Neles, toda a história reconhecia a Jesus como sua própria consumação. O maior dos legisladores e o profeta supremo reconheciam a Jesus como Aquele a quem tinham anunciado. De maneira que as maiores figuras humanas testificavam a Jesus que estava em bom caminho e o insistiam com ele a seguir em seu êxodo arriscado para Jerusalém e o Calvário.

    Mas havia algo mais que isso; não só o maior dos profetas e o legislador de maior envergadura asseguraram a Jesus que estava certo; a própria voz de Deus veio lhe dizer que estava em bom caminho, que estava no caminho de Deus, que devia continuar.
    Todos os evangelistas fazem referência à nuvem luminosa que os cobriu. Essa nuvem era parte da história do Israel. Ao longo de toda a história a nuvem luminosa representava o shekinah, que não era outra coisa senão a glória de Deus Todo-poderoso. Vejamos essa nuvem na história de Israel. Em Êxodo lemos sobre a coluna de nuvens que guiaria o povo em seu caminho (13 21:2-13:22'>Êxodo 13:21-22). Também em Êxodo lemos a respeito da construção e término do tabernáculo e ao final do relato nos deparamos com estas palavras: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo” (Ex 40:34). Em uma nuvem o Senhor desceu para dar as tábuas da Lei a Moisés (Ex 34:5). Voltamo-nos a encontrar com esta nuvem misteriosa e cheia de luz na dedicação do templo do Salomão; “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR” (I Reis 8:10-11; ver também 13 14:5-14'>II Crônicas 5:13-14; 7;2). Ao longo de todo o Antigo Testamento aparece esta imagem da nuvem na qual estava a glória misteriosa de Deus.

    Acontece que podemos acrescentar a tudo isso outro fato muito eloqüente. Os viajantes nos relatam um fenômeno muito estranho que caracteriza o monte Hermom. Edersheim escreve: “Notou-se uma estranha peculiaridade a respeito de Hermom na ‘extrema rapidez com que se formam as nuvens em seu topo. Em poucos minutos se forma uma capa grosa sobre o topo da montanha, e com a mesma rapidez se dispersa e desaparece por completo’.” Não cabe dúvida que nesta oportunidade se aproximou uma nuvem às ladeiras de Hermom, e tampouco se pode duvidar que em um princípio os discípulos lhe deram pouca importância porque Hermom era famoso pelas nuvens que chegavam e desapareciam. Mas aconteceu algo; não somos nós os que devemos adivinhar o que aconteceu, mas a nuvem se iluminou e se converteu em algo misterioso e saiu dela a voz da majestade divina que impôs o selo de aprovação de Deus sobre seu Filho Jesus. E nesse momento foi respondida a oração de Jesus; soube, sem lugar a dúvidas, que tinha razão ao seguir seu caminho.

    O monte da Transfiguração foi para Jesus um topo espiritual. Tinha diante de Si o seu êxodo. Estava no bom caminho? Estava certo ao aventurar-se indo para Jerusalém e aos braços torturantes da cruz? Em primeiro lugar, chegou-lhe o veredicto da história, o maior dos legisladores e o maior dos profetas, para lhe dizer que continuasse. E logo, muito maior ainda que essa grandeza, chegou uma voz que lhe deu nada menos que a aprovação de Deus. Foi a experiência do monte da Transfiguração o que permitiu a Jesus dirigir-se inflexivelmente para a cruz.

    A INDICAÇAO DE PEDRO Mateus 17:1-8 (continuação)

    Mas o episódio da Transfiguração sofreu um determinado efeito não só sobre Jesus, mas também sobre seus discípulos.

    1. As mentes dos discípulos deviam estar ainda feridas e afligidas pela insistência de Jesus sobre o fato de que devia ir a Jerusalém para ser humilhado, tratado como um criminoso, para sofrer, para ser crucificado e morrer. Devem ter pensado que a única coisa que os aguardava era uma negra vergonha. Mas toda a atmosfera do monte da Transfiguração está impregnada de glória. Desde o começo até o final a chave de todo este incidente é a glória. O rosto de Jesus brilhava como o Sol e suas vestimentas refulgiam e deslumbravam como a luz. Os judeus conheciam muito bem a promessa de Deus aos justos triunfantes: "Seu rosto brilhará como o Sol" (2 Ed 7:97). Nenhum judeu poderia ter visto essa nuvem luminosa sem pensar na shekinah, a glória de Deus sobre seu povo.

    Há um detalhe muito revelador nesta passagem. Não menos de duas vezes em seus oito breves versículos aparece o pequeno advérbio: "eis que". É como se Mateus não pudesse sequer relatar a história sem reter o fôlego ante sua assombrosa maravilha. Sem dúvida se tratava de algo que elevaria os corações dos discípulos; permitiria que vissem a glória através da vergonha; o triunfo através da humilhação; a coroa além da cruz. É evidente que nem sequer então entenderam; mas sem dúvida deve ter-lhes dado uma remota percepção de que a cruz não era todo humilhação, que de algum modo implicava certa glória, que de algum modo a glória era o mesmo ar e a atmosfera do êxodo para Jerusalém e para a morte.

    1. Além disso Pedro deve ter aprendido duas lições nessa noite. Quando Pedro despertou para o que acontecia, sua primeira reação foi construir três tabernáculos; um para Jesus, um para Moisés e um para Elias. Pedro sempre estava disposto à ação, era o tipo de pessoa que precisa fazer algo todo tempo. Mas há um momento em que é necessária a tranqüilidade, um momento para a contemplação, a maravilha, a adoração, o assombro reverencial ante a presença da glória suprema. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Sl 46:10). Pode acontecer que às vezes estamos muito ocupados fazendo algo, quando seria melhor que permanecéssemos em silêncio, escutando, experimentando um sentimento de maravilha, adorando na presença de Deus. Antes de poder lutar e aventurar-se sobre seus pés, o homem deve orar sobre seus joelhos.
    2. Mas há também o reverso disto. É evidente que a intenção do Pedro era esperar sobre a ladeira da montanha. Queria que se prolongasse esse grande momento. Não queria descer mais uma vez às coisas cotidianas e simples; queria permanecer para sempre sob a luz da glória. É um sentimento que todos devemos conhecer. Há momentos de intimidade, de serenidade, de paz, de proximidade com Deus, que todos conheceram e que todos desejariam prolongar. Como diz A. H. McNeile: "O monte da Transfiguração sempre é um lugar mais agradável que o ministério diário ou o caminho da cruz." Mas o monte da Transfiguração só nos é dado dá a fim nos proporcionar forças para o ministério de todos os dias e para nos fazer capazes de andar no caminho da cruz. Susana Wesley costumava pronunciar uma oração: "Ajuda-me, Senhor, a lembrar que a religião não deve confinar-se à igreja ou à cela, nem exercer-se apenas na oração e na meditação, mas sim em todas as partes estou em Tua presença." O momento de glória não existe por si mesmo, existe para recobrir as coisas comuns com uma luminosidade e um brilho que nunca antes tiveram.

    ENSINANDO O CAMINHO DA CRUZ

    Mateus 17:9-13, 22-23

    Aqui nos deparamos mais uma vez com a ordem de Jesus de manter o segredo; e era necessário que assim o fizessem. O grande perigo era que os homens proclamassem a Jesus como o Messias sem saber quem e o que era o Messias. Era necessário mudar de maneira radical e fundamental toda a concepção que tinham tanto do precursor como do Messias.

    Levaria muito tempo fazê-los esquecer a idéia de um Messias conquistador. Tão enraizada estava na mente judia que era difícil — quase impossível — alterá-la. Os versículos 9:13 são muito difíceis. Por trás nos encontramos com a seguinte idéia. Os judeus estavam de acordo em que antes da vinda do Messias voltaria Elias para ser seu arauto e precursor. “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR.” Assim escreve Malaquias e continua: “Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Malaquias 4:5— 6). Pouco a pouco foram sendo elaborados detalhes quanto a esta idéia da vinda de Elias até que os judeus chegaram a acreditar que Elias não só viria, mas também restauraria todas as coisas antes da chegada do Messias; que converteria o mundo em lugar adequado para a entrada do Messias. A idéia era que Elias seria um reformador terrível e radical, que caminharia por todo o mundo, destroçando o mal e solucionando todas as injustiças. O resultado foi que se pensava tanto no precursor como no Messias em termos de poder.

    De maneira que Jesus corrige esta idéia. "Os escribas", disse, "dizem que Elias virá como um raio de fogo purificador e vingador. Ele veio; mas seu caminho foi o caminho do sofrimento e do sacrifício, como deve ser também o caminho do Filho do Homem." Jesus estabeleceu que o caminho do serviço de Deus nunca é o caminho que destrói a existência dos homens, mas o que lhes infunde um amor sacrificial.

    Isso era o que os discípulos deviam aprender e por isso deviam permanecer em silêncio até que o aprendessem. Se tivessem saído a pregar sobre um Messias conquistador a única coisa que teriam conseguido teria sido provocar uma tragédia. Estabeleceu-se que no século anterior à crucificação não menos de 200.000 judeus perderam a vida em revoluções e levantamentos inúteis e estéreis. Antes que os homens pudessem pregar sobre Cristo deviam saber quem e o que era Cristo. E até que Jesus tivesse ensinado a seus servidores a necessidade da cruz deviam permanecer em silêncio e aprender. O que devemos levar aos homens não são nossas idéias, e sim a mensagem de Cristo, e nenhum homem pode ensinar a outros até que Cristo não o tenha ensinado.

    A FE ESSENCIAL

    Mateus 17:14-20

    Assim que Jesus desceu da glória celestial deparou-se com o problema terreno e a exigência prática. Durante a ausência de Jesus um homem tinha levado aos discípulos seu filho epilético. Mateus descreve o moço com o verbo seleniazesthai, cujo significado literal é lunático. Como era inevitável nessa época, o pai atribuía a condição do menino à influência de espíritos malignos. O estado do moço era tão sério que era um perigo para ele mesmo e para todos os outros. Quase podemos escutar o suspiro de alívio quando apareceu Jesus, e podemos vê-lo tomando conta na hora de uma situação que estava totalmente fora de controle. Com uma palavra severa e forte ordenou ao demônio que se retirasse e o menino ficou curado.

    Este relato está cheio de coisas significativas.

    1. Não podemos deixar de nos comover com a fé do pai do menino. Embora fosse dado aos discípulos o poder de expulsar demônios (Mt 10:1), encontramo-nos com um caso em que tinham fracassado em forma pública e notória. E entretanto, apesar do fracasso dos discípulos o pai nunca duvidou do poder do próprio Jesus. É como se tivesse dito: "Permitam-me aproximar de Jesus em pessoa e todos os meus problemas ficarão resolvidos e minhas necessidades satisfeitas." Há nisto algo muito sério; algo que é universal e muito atual. Há muitos que sentem que a igreja, os discípulos declarados de Jesus em sua própria época e geração, fracassaram e são incapazes de enfrentar os males da situação humana; e entretanto, no fundo de seu coração sentem: "Se pudéssemos ir além destes discípulos humanos, se pudéssemos transpor a fachada eclesiástica e o fracasso da igreja, se pudéssemos nos aproximar do próprio Jesus, receberiamos o que necessitamos." É tanto uma condenação como um desafio comprovar que, apesar de que os homens perderam a fé na igreja, jamais perderam uma ofegante fé no próprio Jesus Cristo.
    2. Aqui vemos as constantes exigências a que estava submetido. Diretamente da glória do topo da montanha, desceu para encontrar-se com as exigências da necessidade e o sofrimento humanos. Diretamente depois de ouvir a voz de Deus, teve que ouvir o clamor da necessidade humana. A pessoa mais valiosa e a mais semelhante a Cristo é aquela que jamais considera que seu próximo é um estorvo. É fácil sentir-se cristão no momento da oração e da meditação; é fácil sentir-se perto de Deus quando se fecharam as portas ao mundo e quando o céu está muito perto. Mas isso não é religião, é escapismo. A verdadeira religião consiste em nos levantarmos dos joelhos diante de Deus para nos enfrentarmos com os homens e a situação humana. A verdadeira religião consiste em tirar forças de Deus a fim de dá-las a outros. A verdadeira religião implica tanto em encontrar-se com Deus no lugar secreto como com os homens no mercado. A verdadeira religião consiste em levar nossas necessidades a Deus, não para ter paz, quietude e conforto sem moléstias, antes para poder satisfazer as necessidades de outros com generosidade, força e eficácia. As asas da pomba não são para o cristão, quem deve seguir a seu Mestre fazendo o bem.
    3. Aqui vemos a dor de Jesus. Não é que Jesus diga que quer desfazer-se para sempre de seus discípulos. O que diz é o seguinte: "Quanto tempo devo estar convosco até que me compreendam?" Não há nada mais próprio de Cristo que a paciência. Quando estamos a ponto de perder a paciência com as loucuras e tolices dos homens, recordemos a paciência infinita de Deus com os extravios, as deslealdades e a impossibilidade de ensinar a nossas próprias almas.
    4. Vemos aqui a necessidade central da fé, sem a qual não pode acontecer nada. Quando Jesus falou de mover montanhas estava empregando uma frase que os judeus conheciam muito bem. Era comum denominar arrancador ou pulverizador de montanhas a um grande mestre que podia expor e interpretar as Escrituras, que podia explicar e resolver dificuldades. Destroçar, arrancar, pulverizar montanhas eram frases que se empregavam com freqüência para expressar a solução de dificuldades. Jesus jamais teve a intenção de que se tomassem suas palavras em sentido literal. Depois de tudo, o homem comum quase nunca sente a necessidade de arrancar uma montanha física. O que quis dizer foi o seguinte: "Se tiverem a suficiente medida de fé, podem resolver todas as dificuldades, e se pode cumprir até a tarefa mais árdua" A fé em Deus é o instrumento que permite aos homens tirar as montanhas de dificuldades que obstruem seu caminho.

    O IMPOSTO DO TEMPLO

    Mateus 17:24-27

    O templo de Jerusalém era um lugar cuja manutenção e administração consumia grandes somas. Todas as manhãs e todas as tardes se fazia o sacrifício de um cordeiro de um ano. Junto com o sacrifício do cordeiro se ofereciam, também, o vinho, o azeite e a farinha correspondentes. O incenso, que se queimava todos os dias devia ser comprado e preparado. As custosas tapeçarias e as vestes talares se gastavam; e a toga e outros trajes do Sumo Sacerdote custavam um siclo. Tudo isto exigia que houvesse dinheiro para pagar os gastos. Por isso, apoiando-se em Ex 30:13 se estabeleceu que todo varão judeu que tivesse mais de vinte anos devia pagar ao templo um imposto anual do meio siclo. Na época de Neemias, quando a pessoa era pobre, tinha que pagar um terço de siclo. Meio siclo equivalia a dois dracmas gregas; costumava denominar-se c'idrachma a tal imposto: esse é o nome que recebe nesta passagem. O valor do imposto era ao redor de 13 centavos de dólar; deve avaliar-se essa cifra tendo em conta que o salário de um trabalhador, na Palestina do tempo de Jesus não excedia os quatro centavos de dólar. De maneira que o imposto equivalia ao pagamento de três dias. O tesouro do templo recebia não menos de 178.300 dólares por ano. Teoricamente o imposto era obrigatório, e as autoridades do templo tinham poder para dispor dos bens de qualquer pessoa que não fizesse o pagamento.

    O método de arrecadação estava cuidadosamente organizado. No primeiro dia do mês do Adar, que é nosso mês de março, anunciava-se em todas as cidades e povos da Palestina que tinha chegado o momento de pagar o imposto. No dia quinze do mês se erigiam em cada cidade e povo postos nos quais se cobrava o imposto. Se até o dia vinte e cinco de Adar não se pagou o imposto, era preciso fazê-lo diretamente no templo de Jerusalém.
    Nesta passagem vemos que Jesus paga seu imposto ao templo. As autoridades encarregadas de sua cobrança se aproximaram de Pedro e lhe perguntaram se seu Mestre pagava o imposto. Não há a menor dúvida de que a pergunta foi feita com má intenção e que esperavam que Jesus se negasse a pagar o imposto, pois em tal caso, os líderes ortodoxos teriam alguma razão para acusá-lo. A resposta imediata de Pedro foi que Jesus pagava seu imposto. Assim, pois, Pedro foi informar a Jesus sobre o incidente e Jesus usou uma espécie de parábola nos versículos 25:26. A imagem pode referir-se a duas coisas, mas em qualquer dos dois casos o significado é o mesmo.

    1. No mundo antigo as nações que conquistavam e colonizavam não pensavam em governar em benefício dos povos subjugados. Antes consideravam que os povos subjugados existiam para tornar as coisas fáceis aos conquistadores. O resultado deste ponto de vista era que o próprio país de um rei nunca lhe pagava tributo, se tinha países subjugados. Eram as nações conquistadas as que carregavam o peso e pagavam o imposto, enquanto que a nação do rei estava isenta dele. De maneira que o sentido das palavras de Jesus pode ser: "Deus é o rei de Israel, mas nós somos o verdadeiro Israel, porque somos os cidadãos do Reino de Deus, os de fora possivelmente tenham que pagar, mas nós estamos isentos de impostos."
    2. É provável que a imagem seja muito mais simples. Se qualquer rei impunha impostos em um país, sem dúvida não os impunha à sua própria família e a quem vivia em sua casa. De fato, os impostos se cobravam para manter sua própria casa. Agora, o imposto em questão se cobrava para o templo, que era a casa de Deus. Jesus era o Filho de Deus. Acaso não diz quando seus pais o buscavam em Jerusalém, e assim é como deve ser traduzido: "Não sabiam que devia estar na casa de meu Pai?" (Lc 2:49). Como podia ser que o Filho tivesse a obrigação de pagar o imposto destinado à casa de seu próprio Pai? Entretanto, Jesus disse que deviam pagar, não pela obrigação imposta pela lei, mas sim por um dever supremo. Jesus disse que deviam pagar "para não ofendê— los".

    O Novo Testamento sempre emprega o verbo ofender (skandalizein) e o substantivo ofensa (skandalon) de maneira especial. O verbo nunca significa insultar, zangar ou ferir o orgulho de alguém. Sempre quer dizer pôr um obstáculo no caminho de alguém para fazê-lo tropeçar ou cair. A palavra skandalon em grego não tem o mesmo sentido que nosso termo escândalo; sempre é algo que faz alguém cair, leva alguém a tropeçar. De maneira que o que Jesus diz é o seguinte: "Devemos pagar para não dar mau exemplo a outros. Não só sabemos cumprir o nosso dever, mas também devemos ir além de nosso dever para mostrar a outros o que devem fazer. Jesus não se permitia fazer nada que promovesse que outros subtraíssem importância às obrigações mais simples. Na vida pode acontecer que tenhamos oportunidade de reclamar isenções e permissões especiais. Pode ser que possamos nos permitir fazer certas coisas com relativa impunidade. Mas não podemos reclamar nem nos permitir nada que poderia ser um mau exemplo para outra pessoa.

    Mas, podemos nos perguntar: Por que chegou a transmitir-se este relato? Como é evidente, os evangelistas deviam selecionar seu material por razões de espaço, por que escolheram este incidente? Lembremos quando se escreveu o Evangelho do Mateus: entre os anos 80:90 d.C.

    Justo antes desses anos os judeus e os cristãos judeus se enfrentaram com um problema muito real e perturbador. Vimos que cada varão judeu de mais de vinte anos devia pagar o imposto do templo; mas o templo foi totalmente destruído no ano 70 d. C. e nunca foi reconstruído. Depois da destruição do templo, o imperador romano Vespasiano decretou que agora era preciso pagar o imposto ao templo de meio siclo ao tesouro do templo de Júpiter Capitolino em Roma. Isto realmente constituía um problema. Muitos judeus e cristãos judeus se sentiram inclinados a rebelar-se com violência contra este decreto. Qualquer rebelião desse tipo e envergadura teria tido conseqüências desastrosas porque teria sido totalmente esmagada e judeus e cristãos ficariam com uma reputação de maus cidadãos, desleais, rebeldes e desinteressados em seu país. Este relato se incluiu nos evangelhos para dizer aos cristãos, especialmente aos judeus, que por mais desagradáveis que fossem, era preciso aceitar e cumprir os deveres da cidadania. Esta história está relatada para nos assinalar que o cristianismo e a virtude de ser um bom cidadão vão de mãos dadas. O cristão que não cumpre com os deveres de bom cidadão não só falha como cidadão, mas também como cristão.

    COMO PAGAR NOSSAS DÍVIDAS

    Mateus 17:24-27 (continuação)

    Vamos agora ao relato em si. Se tomarmos em seu sentido cru e literal significa que Jesus ordenou a Pedro que fosse pescar um peixe, em cuja boca acharia um estáter com o qual bastaria para pagar o imposto de ambos. Não deixa de ser pertinente assinalar que o evangelho não diz que Pedro tenha completado a ordem. O relato termina com essa frase. Antes de começar a analisar a história devemos lembrar que todos os povos orientais costumam dizer as coisas na forma mais gráfica e expressiva possível, e que costumavam dizê-lo com um sorriso.

    Este milagre é difícil; analisemos três pontos de vista.

    1. Em primeiro lugar, é um fato concreto que Deus nunca envia um milagre para nos permitir fazer algo que nós mesmos podemos fazer. Se o fizesse nos faria um mal e não nos proporcionaria nenhuma ajuda. Por mais pobres que fossem os discípulos, não necessitavam um milagre para poder ganhar dois meios ciclos. Não estava fora de suas possibilidades o obter essa soma com seu trabalho.
    2. Este milagre transgride a grande decisão feita por Jesus no sentido de não empregar jamais seu poder de fazer milagres para seus fins pessoais e em benefício próprio. Essa foi a decisão que tomou, de fato, durante as tentações no deserto. Poderia ter transformado as pedras em pães para satisfazer sua fome; mas se recusou fazê-lo. Poderia ter empregado seu poder para aumentar seu prestígio como operador de maravilhas, mas recusou fazê-lo. No deserto Jesus decidiu de uma vez e para sempre que não usaria nem podia usar seu poder em forma egoísta. Não há dúvida que se se tomar este relato de maneira literal demonstra que Jesus usou seu poder divino para satisfazer suas necessidades pessoais, e isso era algo que Jesus jamais faria.
    3. Se se tomar este milagre em seu sentido literal, é até imoral em certo sentido. A vida se transformaria em algo caótico se o homem pudesse pagar suas dívidas encontrando moedas na boca dos peixes. A vida jamais se organizou de maneira que os homens pudessem cumprir suas obrigações de maneira tão fácil e sem fazer o menor esforço. "Os deuses", disse um dos gregos, "ordenaram que o suor fosse o preço de todas as coisas." Isso é tão válido para o pensador cristão como o era para o grego.

    Sendo assim, o que diremos sobre esta passagem? Devemos dizer que não é mais que uma lenda, uma ficção imaginada carente de toda verdade que a sustente? Por certo que não. Não resta a menor dúvida de que algo aconteceu. Lembremos mais uma vez o gosto que sentiam os judeus pelas cenas vívidas. Sem dúvida isto foi o que aconteceu: Jesus disse a Pedro: "Sim, Pedro. Você tem razão. Nós também devemos pagar nossas dívidas justas e legais. Bem, já sabe como terá que fazê-lo, volta para a pesca durante um dia. Você obterá bastante dinheiro da boca dos peixes para pagar o que devemos!" O que dizia Jesus era o seguinte: "Volta para o seu trabalho, Pedro; essa é a maneira como se pagam as dívidas." Assim a digitadora encontrará um casaco novo no uso de seu computador. O mecânico encontrará comida para ele e sua família no cilindro do automóvel. O professor encontrará o dinheiro para viver no quadro-negro e nos gizes. O contador encontrará o dinheiro necessário para manter a seus seres queridos nos livros.

    Quando Jesus pronunciou estas palavras o fez com esse sorriso suave que o caracterizava e com seus dotes para a linguagem expressiva. Não disse a Pedro que procurasse moedas na boca dos peixes em um sentido literal. O que lhe disse foi que em seu dia de trabalho obteria o que necessitava para poder cumprir as suas obrigações.


    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Elias

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    o SENHoR é Deus. 1. Elias era tesbita, natural de Gileade, país ao oriente do Jordão, e foi ‘o maior e o mais romântico caráter que houve em israel’. É dramático o seu aparecimento público. No reinado de Acabe, rei de israel, que recebia a forte influência de Jezabel, sua mulher, a nação caiu na idolatria, esquecendo o pacto do SENHoR. Veio, então, de repente a Acabe, por meio de Elias, esta terrível mensagem : ‘Tão certo como vive o Senhor, Deus de israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá, nestes anos segundo a minha palavra’ (1 Rs 17.1). Elias era dotado de um temperamento impetuoso e ardente – tendo nascido nas serras de Gileade, amava as terras montanhosas. Pela narrativa dos fatos podemos depreender, na realidade, certos aspectos e traços pessoais. os seus cabelos eram compridos e abundantes (2 Rs 1.8). Era também forte, pois, não sendo assim, não teria podido correr até grande distância diante do carro de Acabe, nem teria suportado um jejum de quarenta dias. o seu vestuário constava de peles, presas com um cinto de couro, e de uma capa de pele de carneiro, que se tornou proverbial (1 Rs 19.13). A seca que houve no país pela maldade do rei e do povo durou três anos e seis meses (Lc 4:25Tg 5:17). A fome que se manifestou foi rigorosa, e a Fenícia foi, também um dos territórios atingidos pelo terrível flagelo. Tendo Elias entregado a sua mensagem, escondeu-se de Acabe num profundo vale ao oriente do Jordão, onde corria o ribeiro de Querite. ‘os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao entardecer – e bebia da torrente’ (1 Rs 17.6). Passado algum tempo, secou o riacho de Querite e Elias foi mandado procurar outro lugar, e ele se levantou e foi para Sarepta, povoação próxima de Sidom, o próprio país de Jezabel (1 Rs 17.8,9). Ali se encontrou com uma mulher viúva, que andava apanhando lenha para cozinhar a última refeição, que ela e seu filho tinham para comer, pensando que dentro de pouco tempo morreriam de fome. E quando Elias pediu para si um pouco desta pequena porção de alimento, ela fez como o profeta lhe recomendou. A sua fé foi recompensada, porque, ainda que a fome teve a duração de três anos, nunca lhe faltou a farinha, e nunca se acabou o azeite (1 Rs 17.10 a 16 – Lc 4:26). Durante a sua residência em Sarepta, Elias teve a oportunidade de mostrar o poder do Senhor, visto que o filho da viúva tinha adoecido e morrido. A consternada mãe acusou o profeta de ter trazido à sua casa tal infelicidade – mas, havendo-lhe ele entregado vivo o filho, foi obrigada a confessar: ‘Nisto conheço agora que tu és homem de Deus’ (1 Rs 17.17 a 24). No terceiro ano da calamidade, as terras estavam tão secas, e a fome era tão dura que o próprio Acabe, e obadias, chefe da sua casa, tiveram de procurar por toda parte forragem para não morrerem os seus cavalos e mulas. Fizeram-se então, em Samaria, os preparativos para uma expedição. E nesta ocasião mandou o Senhor a Elias que fosse ter com Acabe, fazendo, ao mesmo tempo, a promessa de que mandaria chuva, e desta maneira acabou a seca em israel. No caminho, Elias encontrou obadias, e tranqüilizou-o quanto aos seus receios a respeito do rei, dizendo-lhe, ao mesmo tempo, que procurasse Acabe (1 Rs 18.7 a 16). o encontro do rei com o profeta, o desafio do servo do Senhor, no monte Carmelo, dirigido aos profetas de Baal, o resultado daquela cena, a vinda da chuva, tudo isto é descrito com uma tal viveza que é difícil ser excedida (1 Rs 18.17 a 46). Pela desumana mortandade dos profetas de Baal (*veja Dt 13:5-18. 20), excitou Elias a cólera de Jezabel, declarando esta terrível mulher que o mesmo que havia sido feito aos sacerdotes de Baal o seria e ele. Elias podia afrontar um rei colérico, mas a ameaça de uma mulher enraivecida o levou a procurar de novo o deserto, onde, em desespero, desejou que a morte o levasse. Mas Deus, na Sua infinita bondade, o guardou, alimentou, e guiou pelo deserto, numa jornada de quarenta dias, até que chegou a Horebe, ‘o monte de Deus’. Ali, pelas manifestações das terríveis forças da Natureza, como o tufão, o terremoto, e o fogo, ouvindo-se depois ‘um cicio tranqüilo e suave’, sentiu Elias na sua alma que estava na presença de Deus. A investigadora pergunta ‘que fazes aqui, Elias?’ teve como resposta um protesto de lealdade ao Senhor e, ao mesmo tempo, o reconhecimento da sua derrota, da sua solidão, e o receio de lhe tirarem a vida. o profeta recebe, então, a ordem de voltar à sua abandonada tarefa, no conhecimento íntimo de que a causa de Deus permanecia segura. Repreendido, e, contudo, cheio de coragem, volta Elias à sua missão – ao encontrar no caminho Eliseu, que lhe havia de suceder, lançou sobre ele a sua capa, e o levou a deixar a lavoura (1 Rs 19). Dois anos mais tarde, foi Elias mandado à presença de Acabe para avisá-lo, e ao mesmo tempo reprovar o seu procedimento no caso da vinha de Nabote. Da perturbada alma de Acabe, quando viu aproximar-se Elias, saiu este grito: ‘Já me achaste, inimigo meu?’ (1 Rs 21.20). o seu arrependimento adia o julgamento dos seus pecados, mas não o anula (*veja Acabe e Nabote ). Depois destes acontecimentos aparece Elias como mensageiro de Deus, para repreender Acazias, que, tendo subido ao trono após a morte do seu pai Acabe, havia procurado o auxílio dos deuses estranhos. o plano de Acazias para lançar mão da pessoa do profeta é frustrado por haver descido, nessa ocasião, fogo do céu (2 Rs 1 – *veja também Lc 9:54-56). Na ocasião em que fazia uma visita às escolas dos profetas em Betel e Jericó, Elias soube que estava para ter fim a sua carreira neste mundo (2 Rs 2). Quando Elias e Eliseu partiam de Jericó, e se dirigiam para um lugar além do Jordão, foram acompanhados por cinqüenta estudantes, que assim puderam observar a miraculosa separação das águas do rio por meio do manto de Elias. Tendo Eliseu pedido uma dobrada porção do espírito de Elias, isto é, que pudesse ser herdeiro do seu ministério e da sua influência (uma alusão ao duplo quinhão, que o primogênito recebia pela morte do pai), foi-lhe respondido que, embora a petição fosse extraordinária, seria atendida,

    1. Veja Elias, o profeta.


    2. Um dos filhos de Jeroão e líder de clã. Era benjamita e vivia em Jerusalém (1Cr 8:27).


    3. Descendente de Harim, um dos que, ao invés de desposar mulheres da própria tribo, casaram-se com estrangeiras (Ed 10:21). Juntou-se aos que se divorciaram de tais mulheres, depois que ouviram o ensino da lei, ministrado por Esdras.


    4. Descendente de Elão. Também é mencionado como um dos que se casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10:26).


    Elias [Javé É Deus] - Profeta TESBITA que enfrentou em várias ocasiões o rei Acabe e Jezabel, sua mulher (1Ki 17—21). Foi levado ao céu num redemoinho (2Rs 2:1-15). Apareceu com Moisés na TRANSFIGURAÇÃO (Mt 17:3-4).

    Elias Literalmente, Deus é YHVH. Profeta que desenvolveu sua atividade durante o reinado de Acab e Jezabel (séc. IX a.C.). O profetismo posterior (Ml 3:23) situou sua chegada antes do Dia do Senhor. Os evangelhos — partindo do próprio Jesus — identificam essa vinda de Elias com o ministério de João Batista (Mt 11:14. 17,10-12). Sem dúvida, alguns dos contemporâneos de Jesus relacionaram a figura deste com a do profeta (Mt 16:14). Era crença popular que Elias ajudava os que passavam por aflições, o que explica o equívoco de alguns dos presentes na crucifixão de Jesus (Mt 27:47; Mc 15:35).

    Faraó

    casa grande

    Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

    P.D.G.


    Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

    1) (Gn 12:10-20:)

    2) (Gen 39—50:
    3) (Exo 1—15:
    4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

    5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
    7) (2Rs 23:29-35:)

    8) (Jr 44:30);

    Farão

    substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
    Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
    Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
    Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
    Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.

    Filho

    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Homem

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
    (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
    (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
    (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
    (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
    (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
    (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.

    O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

    O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

    H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

    O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

    [...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

    O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

    Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

    [...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

    Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

    Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

    [...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

    Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

    [...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
    Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

    O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

    Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    [...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

    [...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

    [...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

    Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

    O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

    [...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

    [...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

    [...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

    Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

    [...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
    Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

    [...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

    [...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

    Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

    [...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

    [...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    [...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

    No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

    Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    [...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

    Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

    O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

    Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

    [...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46


    Homem
    1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
    v. IMAGEM DE DEUS).

    2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

    4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

    5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

    6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Padecer

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Sofrer de dores físicas ou morais; estar doente: padecia torturas; padecia com o castigo; com a dor, padecia.
    Ser alvo de maus-tratos: padecer um cão; o cão padecia com donos maus; naquela casa violenta, a criança padecia.
    Ter dificuldades ou estar infeliz: padecia torturas; padecia de uma aflição imensa; ela padeceu no hospital por meses.
    verbo transitivo direto Ser resistente a; conseguir suportar situações adversas; aguentar um mal: o mendigo padece a frio das noites de inverno.
    Dar consentimento a; tolerar: a lei não padece autorização.
    verbo intransitivo Antigo Perder a vida por condenação à morte.
    Etimologia (origem da palavra padecer). Do latim vulgar patiscere.

    A palavra padecer vem do latim patior, que significa sofrer.

    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ ὑμῖν λέγω ὅτι Ἡλίας ἤδη ἔρχομαι καί οὐ αὐτός ἐπιγινώσκω ἀλλά ποιέω ἔν αὐτός ὅσος θέλω οὕτω καί υἱός ἄνθρωπος μέλλω πάσχω ὑπό αὐτός
    Mateus 17: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas eu vos digo que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim eles farão também sofrer o Filho do homem.
    Mateus 17: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Agosto de 29
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1921
    epiginṓskō
    ἐπιγινώσκω
    honrar, adornar, glorificar, ser alto
    (shall you be partial to)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2235
    ḗdē
    ἤδη
    (already)
    Advérbio
    G2243
    Hēlías
    Ἡλίας
    profeta nascido em Tisbe, herói inabalável da teocracia nos reinados dos reis idólatras
    (Elijah)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3195
    méllō
    μέλλω
    um filho de Ismael cujos descendentes guerrearam contra Israel a leste do Jordão
    (Jetur)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3745
    hósos
    ὅσος
    (A
    (and made a proclamation)
    Verbo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3779
    hoútō
    οὕτω
    os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
    (to the Chaldeans)
    Substantivo
    G3958
    páschō
    πάσχω
    uma pedra preciosa
    (a jacinth)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐπιγινώσκω


    (G1921)
    epiginṓskō (ep-ig-in-oce'-ko)

    1921 επιγινωσκω epiginosko

    de 1909 e 1097; TDNT - 1:689,119; v

    1. tornar-se completamente conhecido, saber totalmente
      1. conhecer exatamente, conhecer bem
    2. conhecer
      1. reconhecer
        1. pela visão, audição, ou por certos sinais, reconhecer quem é a pessoa
      2. saber, i.e., perceber
      3. saber, i.e., descobrir, determinar
      4. saber, i.e., entender

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἤδη


    (G2235)
    ḗdē (ay'-day)

    2235 ηδη ede

    aparentemente de 2228 (ou possivelmente 2229) e 1211; adv

    1. agora, já

    Sinônimos ver verbete 5815


    Ἡλίας


    (G2243)
    Hēlías (hay-lee'-as)

    2243 Ηλιας Helias

    de origem hebraica 452 אליהו; TDNT - 2:928,306; n pr m

    Elias = “meu Deus é Jeová”

    1. profeta nascido em Tisbe, herói inabalável da teocracia nos reinados dos reis idólatras Acabe e Acazias. Ele foi arrebatado ao céu sem morrer, por isso os judeus esperavam o seu retorno imediatamente antes da vinda do Messias, para quem prepararia as mentes dos israelitas para recebê-lo.

    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μέλλω


    (G3195)
    méllō (mel'-lo)

    3195 μελλω mello

    forma consolidada de 3199 (da idéia de expectação); v

    1. estar prestes a
      1. estar a ponto de fazer ou sofrer algo
      2. intentar, ter em mente, pensar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅσος


    (G3745)
    hósos (hos'-os)

    3745 οσος hosos

    pela reduplicação de 3739; pron

    1. tão grande quanto, tão longe quanto, quanto, quantos, quem quer que

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὕτω


    (G3779)
    hoútō (hoo'-to)

    3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

    de 3778; adv

    1. deste modo, assim, desta maneira

    πάσχω


    (G3958)
    páschō (pas'-kho)

    3958 πασχω pascho

    que inclue as formas παθω patho e πενθω pentho, usado somente em determinados tempos aparentemente uma palavra raiz; TDNT - 5:904,798; v

    1. ser afetado, ter sido afetado, sentir, ter uma experiência sensível, passar por
      1. num bom sentido, estar bem, em boa situação
      2. num mau sentido, sofrer lamentavelmente, estar em situação ruim
        1. de um pessoa doente

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo