Enciclopédia de Mateus 17:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 17: 20

Versão Versículo
ARA E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.
ARC E Jesus lhes disse: Por causa da vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá ? e há de passar; e nada vos será impossível.
TB Respondeu-lhes: Por causa da vossa pouca fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível
BGB ὁ δὲ ⸀λέγει αὐτοῖς· Διὰ τὴν ⸀ὀλιγοπιστίαν ὑμῶν· ἀμὴν γὰρ λέγω ὑμῖν, ἐὰν ἔχητε πίστιν ὡς κόκκον σινάπεως, ἐρεῖτε τῷ ὄρει τούτῳ· ⸂Μετάβα ἔνθεν⸃ ἐκεῖ, καὶ μεταβήσεται, καὶ οὐδὲν ἀδυνατήσει ⸀ὑμῖν.
HD Disse-lhes: Por causa da vossa pouca fé! Amém vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Muda-te daqui para lá, e ele se mudará; e nada vos será impossível.
BKJ E Jesus disse-lhes: Por causa de vossa incredulidade; pois na verdade eu vos digo que, se vós tiverdes fé como um grão de semente da mostarda, direis a esta montanha: Remova daqui para aquele lugar, e será removido; e nada será impossível para vós.
LTT Jesus, então, lhes disse: "Por causa da vossa ausência 378 de fé; porque em verdade vos digo: se vós tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte ①: 'Passa- te daqui para acolá', e há de passar; e nada vos será impossível.
BJ2 Jesus respondeu-lhes: "Por causa da fraqueza da vossa fé,[d] pois em verdade vos digo: se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta montanha: transporta-te daqui para lá, e ela se transportará, e nada vos será impossível".[e]
VULG Hoc autem genus non ejicitur nisi per orationem et jejunium.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 17:20

Mateus 13:31 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo;
Mateus 14:30 Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me.
Mateus 17:9 E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado dos mortos.
Mateus 17:17 E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui.
Mateus 21:21 Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito.
Marcos 4:31 É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;
Marcos 9:23 E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê.
Marcos 11:23 porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.
Lucas 1:37 Porque para Deus nada é impossível.
Lucas 17:6 E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui e planta-te no mar, e ela vos obedeceria.
Lucas 18:27 Mas ele respondeu: As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus.
João 11:40 Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?
I Coríntios 12:9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
I Coríntios 13:2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
Hebreus 3:19 E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 17 : 20
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 378

Mt 17:20 "AUSÊNCIA DE FÉ", não "pouca fé", nem "pequena fé", mas completa ausência de fé, particularmente em que curariam o menino, expulsando tamanho demônio.


 ①

o monte da transfiguração.


Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 17:20
A Gênese

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Página: 26
Allan Kardec
Pode-se considerar o Espiritismo como uma revelação? Neste caso, qual o seu caráter? Em que se funda a sua autenticidade? A quem e de que maneira ela foi feita? A Doutrina Espírita é uma revelação, no sentido teológico da palavra, isto é, o produto do ensino oculto vindo do Alto? É absoluta ou suscetível de modificações? Trazendo aos homens a verdade integral, a revelação não teria por efeito impedi-los de fazer uso das suas faculdades, pois que lhes pouparia o trabalho da investigação? Qual a autoridade do ensino dos Espíritos, se eles não são infalíveis nem superiores à Humanidade? Qual a utilidade da moral que pregam, visto que essa moral não é diferente da moral cristã, já conhecida? Quais as verdades novas que eles nos trazem? O homem precisará de uma revelação? E não poderá achar em si mesmo e em sua consciência tudo quanto lhe é necessário para se conduzir na vida? Tais as questões que devemos considerar.
mt 17:20
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Página: 313
Allan Kardec
Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresenteio aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu. dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazeime aqui esse menino. E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? - Respondeulhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (Mateus 17:14-20)

Emmanuel

mt 17:20
Livro da Esperança

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 61
Página: 168
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“…Em verdade vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Transporta-te daí para ali e ele se transportaria e nada vos seria impossível.” — JESUS (Mt 17:19)


“A fé verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das cousas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado.” —


Há quem diga que a discórdia e a ignorância, a penúria e a carência são chagas crônicas, no corpo da Humanidade, apelando simplesmente para o auxílio de Deus, qual se Deus estivesse escravizado aos nossos caprichos, com a obrigação de resolver-nos os problemas, a golpe de mágica.

Indubitavelmente, nada de bom se efetua sem o auxílio de Deus, no entanto, vale destacar que o Infinito Amor age na Terra, nas questões propriamente humanas, pela capacidade do homem, atendendo à vontade do próprio homem.


As criaturas terrestres, através de milênios, vêm realizando as mais belas empresas da evolução, com o Amparo Divino.

Viviam segregadas no primitivismo dos continentes…

Quando se decidiram a conhecer o que havia para além dos mares enormes, com o auxílio de Deus, construíram as naves que as sustentam sobre as ondas.


Venciam penosamente as longas distâncias…

Quando se dispuseram a buscar mais largas dotações de movimento, com o auxílio de Deus, fabricaram veículos a motor, que deslizam no solo ou planam no espaço.


Jaziam submetidas às manufaturas, que lhes mantinham todas as faculdades na sombra da insipiência.

Quando resolveram conquistar o tempo preciso para o cultivo mais amplo da inteligência, com o auxílio de Deus, estruturaram as máquinas que lhes descansam a mente e as mãos, por toda parte, desde o cérebro eletrônico à enceradeira.


Padeciam visão limitada…

Quando diligenciaram obter novos meios de análise, com o auxílio de Deus, passaram a deter lentes e raios que lhes facultam observações minuciosas, tanto nos astros, quanto nas peças mais ínfimas do mundo orgânico.


Experimentavam manifesta insuficiência de comunhão espiritual…

Quando se afadigaram por estabelecer contato entre si, com o auxílio de Deus, atingiram as comunicações sem fio, que lhes permitem o mútuo entendimento, de um lado a outro da Terra, em fração de segundos.


Tudo isso conseguiram aprendendo, trabalhando, sofrendo e aperfeiçoando… E, para desfrutarem semelhantes benefícios, pagam naturalmente a aquisição de passagens e utensílios, engenhos e serviços.

Assim também, os males que atormentam a vida humana podem ser extirpados da Terra, se procurarmos construir o bem, à custa do próprio esforço, com o auxílio de Deus.

Tesouros de tempo, orientação, entendimento e recursos outros não nos faltam. Urge, porém, reconhecer que somos responsáveis pelas próprias obras.

Desse modo, com o auxílio de Deus, será possível transformar o mundo em radioso paraíso, a começar de nós mesmos, no entanto, isso apenas acontecerá se nós quisermos.



mt 17:20
Mais Perto

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Leitor Amigo:

  Problemas e dificuldades.

  Violência e provação.

  Conflitos e desajustes.

  Crises de insegurança e anseios de paz.


Na pauta desses temas, as requisições para encontros e debates amistosos continuam, concitando-nos a entendimentos pessoais.

Por motivos claramente compreensíveis, semelhantes contatos diretos não se nos fazem tão fáceis.

Entendemos, porém, que dialogar, de coração para coração, é falar de mais perto.

O desejo de satisfazer aos amigos nos impele a responder indiretamente a quantos possamos alcançar, com as nossas páginas de companheiro, psicografadas, à frente do público, ao qual tanto estimaríamos ser úteis.


Disso, leitor amigo, nasceu este volume despretensioso, sem qualquer atavio literário, com a finalidade de oferecer a nossa contribuição singela ao exame dos temas referidos.

Páginas de amigo, versando assuntos diversos entre si, elas não exteriorizam fórmulas mágicas para a solução aos desafios das indagações terrestres e, tão somente, nos expressam a cooperação e a boa vontade, no sentido de se buscar o caminho mais fácil para a aquisição da paz e da esperança, em meio às lutas que nos cercam. Significam unicamente que estamos entre os irmãos que nos procuram dialogando e aprendendo, agindo e tentando colaborar na edificação do bem comum.

Entregando-te, assim, neste volume simples as nossas conclusões e respostas de servidor, rogamos a Jesus, o nosso Divino Mestre, nos inspire e nos guie para que a compreensão e o amor nos façam mais profundamente irmãos uns dos outros, de modo a que sejamos, em verdade, uma só família, em paz, nos vários setores de evolução que nos caracterizam a vida, trabalhando e cooperando na construção da Terra Melhor e Mais Feliz.



Uberaba, 22 de março de 1983.


mt 17:20
Rumo Certo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 57
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

(O Evangelho )


Que há sofrimentos, em toda parte do mundo, não há negar. Reflitamos, porém, nos sofrimentos criados por nós mesmos.

Aquele da solidão em que nos ilhamos, através de falsos conceitos, é um deles. E dos maiores.

Constrangedoras cercas mentais em que nos gradeamos, desertando da vida comum. Barreiras as mais diferentes.

Há os que se admitem demasiadamente envelhecidos na experiência física e se emparedam contra toda a espécie de renovação, como se a madureza não fosse o período áureo da reflexão, com as alegrias conscientizadas da vida.

Há os que vararam acidentes afetivos e entram em pessimismo sistemático, como se o amor — divina herança do Criador para todas as criaturas — devesse estar escravizado ao nível da incompreensão.

Há os que se declaram ludibriados pelo fracasso e se encasulam no desânimo, olvidando a construção da felicidade própria.

Há os que acreditam muito mais na doença que na saúde e se estiram em desalento, rendendo culto à suposta incapacidade.

Em todos os lugares, cercas de amarguras, desalento, tristeza, deserção…

Entretanto, a vida igualmente, em toda parte, oferece a todos os seus filhos uma senha de progresso: — trabalho e participação.

Se te dispões a aprender e servir, ninguém pode avaliar o tesouro das oportunidades de elevação que se te descerrará ao caminho.

Abençoa a disciplina que nos orienta o coração com diretrizes justas, mas não te prendas a limitações imaginárias que te separem da ideia de Deus e da grandeza da vida.

Quando te encontres em dúvida, quanto à libertação espiritual a que todos nos achamos destinados pelos princípios de evolução e aperfeiçoamento, olha para o Alto.

Toda a região que nomeamos por Céu não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.



mt 17:20
A Caminho da luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Penosos compromissos romanos.


Debalde tentaram as forças espirituais o aproveitamento dos romanos na direção suprema do mundo. Todos os recursos possíveis foram prodigalizados inutilmente à cidade imperial. A canalização de consideráveis riquezas materiais, possibilitando a consolidação de um Estado único no planeta, não fora esquecida, ao lado de todas as providências que se faziam necessárias, do ponto de vista moral. Em vão, transplantara-se para Roma a extraordinária sabedoria ateniense e a colaboração de todas as experiências dos povos conquistados.

Os Espíritos encarnados não conseguiram a eliminação dos laços odiosos da vaidade e da ambição, sentindo-se traídos em suas energias mais profundas, contraindo débitos penosos, perante os tribunais da Justiça Divina.

A vinda do Cristo ao cenáculo obscuro do planeta, trazendo a mensagem luminosa da verdade e do amor, assinalara o período da maioridade espiritual da Humanidade. Essa maioridade implicava direitos que, por sua vez, se fariam acompanhar do agravo de responsabilidades e deveres para a solução de grandes problemas educativos do coração. Se ao homem físico rasgavam-se os mais amplos horizontes nos domínios do progresso material, os Evangelhos vinham trazer ao homem espiritual um roteiro de novas atividades, educando-o convenientemente para as suas arrojadas conquistas de ciência e de liberdade, com vistas ao porvir. O aproveitamento desse processo educativo deveria ser levado a efeito pela capital do mundo, de acordo com os desígnios do Plano Espiritual. Pesadas forças da Treva, porém, aliaram-se às mais fortes tendências do homem terrestre, constantemente inclinado aos liames do mal que o prendiam à Terra, adstrito aos mais grosseiros instintos de conservação, e, enquanto os Espíritos abnegados, do Alto, choram sobre os abusos de liberdade dos romanos, a cidade dos Césares embriaga-se cada vez mais no vinho do ódio e da ambição, contraindo dívidas penosas, entrelaçando os seus sentimentos com o ódio dos vencidos e dos humilhados, criando negras perspectivas para o longínquo futuro.


Culpas e resgates dolorosos do homem espiritual.


Ao coração misericordioso de Jesus chegam as preces dolorosas de todos os operários da sua bendita semeadura. Seu olhar percuciente, todavia, penetrara o âmago das almas e não fora em vão que recomendara o crescimento do trigo e do joio nas mesmas leiras, (Mt 13:24) somente a Ele competindo a separação, na época da ceifa.

A limitada liberdade de ação dos indivíduos e das coletividades é integralmente respeitada. Cada qual é responsável pelos seus atos, recebendo de conformidade com as suas obras.

Foi por isso que Roma teve oportunidade de realizar seus propósitos e desígnios políticos; mas a Justiça Divina acompanhou-lhe todos os passos, nos enormes desvios a que se conduziu, comprometendo para sempre o futuro do homem espiritual, que somente agora conhecerá um reajustamento nas amargurosas transições do século que passa. Um laço pesado e tenebroso reuniu a cidade conquistadora aos povos que humilhara. O ódio do verdugo e dos seus inimigos fundiu-se em séculos de provações e de lutas expiatórias, para demonstrar que Jesus é o fundamento da Verdade e só o amor é a sagrada finalidade da vida. Foi por essa razão que o conquistador e os conquistados, unidos pelo ódio como calcetas algemados um ao outro nas galés da amargura, compareceram periodicamente, nos Espaços, ante a misericórdia suprema do Filho de Deus, prometendo a reparação e o resgate recíprocos, nos séculos do porvir, fundando a civilização ocidental, como abençoada oficina dos seus novos trabalhos no esforço da fraternidade e da regeneração.

A bondade do Mestre fez florescer cidades valorosas e progressistas, países cultos e fartos, onde as almas decaídas encontrassem todos os elementos de edificação e aprimoramento. O homem físico continuou a linha ascensional de sua evolução nas conquistas e descobrimentos, mas o homem transcendente, a personalidade imortal, teria saído do oceano de lodo onde se mergulhou, voluntariamente, há dois milênios?

Respondam por nós as angustiosas expectativas da hora presente.


Os mártires.


Antes do movimento de propagação das ideias cristãs no seio da sociedade romana, já os prepostos de Jesus se preparavam para auxiliar os missionários da nova fé, conhecendo a reação dos patrícios em face dos postulados de fraternidade da nova doutrina.

As classes mais abastadas não podiam tolerar semelhantes princípios de igualdade, quais os que preconizavam as lições do Nazareno, considerados como postulados de covardia moral, incompatíveis com a orgulhosa filosofia do Império, e é assim que vemos os cristãos sofrendo os martírios da primeira perseguição, iniciada no reinado de Nero, de tão dolorosas quão terríveis lembranças. Nenhum instrumento de suplício foi esquecido na experimentação da fé e da constância daquelas almas resignadas e heroicas. O açoite, a cruz, o cavalete, as unhas de ferro, o fogo, os leões do circo, tudo foi lembrado para maior eficiência da perseguição aos seguidores do Carpinteiro de Nazaré. Pedro e Paulo entregam a vida na palma dos martírios santificadores e de Nero a Diocleciano uma nuvem pesada, de sangue e de lágrimas, envolve a alma cristã, cheia de confiança na Providência Divina. O próprio Marco Aurélio, cuja elevada estatura espiritual recebera do Alto a missão de paralisar semelhantes desatinos, não conseguiu deter a corrente de forças trevosas, mas o sangue dos cristãos era a seiva da vida lançada às divinas sementes do Cordeiro, e os seus sacrifícios foram bem os reflexos da amorosa vibração do ensinamento do Cristo, atravessando os séculos da Terra para ser compreendido e praticado nos milênios do porvir.


Os apologistas.


A doutrina cristã, todavia, encontrara nas perseguições os seus melhores recursos de propaganda e de expansão.

Seus princípios generosos encontravam guarida em todos os corações, seduzindo a consciência de todos os estudiosos de alma livre e sincera. Observa-se-lhe a influência no segundo século, em quase todos os departamentos da atividade intelectual, com largos reflexos na legislação e nos costumes. apresenta a sua apologia do Cristianismo, provocando admiração e respeito gerais. e surgem com a sua palavra autorizada, defendendo a filosofia cristã, e com eles levanta-se um verdadeiro exército de vozes que advogam a causa da verdade e da justiça, da redenção e do amor.


O jejum e a oração.


Os cristãos, contudo, não tiveram de início uma visão do campo de trabalho que se lhes apresentava. Não atinaram que, se o jejum e a oração (Mt 17:20) constituem uma grande virtude na soledade, mais elevada virtude representam quando levadas a efeito no torvelinho das paixões desenfreadas, nas lutas regeneradoras, a fim de aproveitar aos que os contemplam. Não compreenderam imediatamente que esses preceitos evangélicos, acima de tudo, significam sacrifício pelo próximo, perseverança no esforço redentor, serenidade no trabalho ativo, que corrige e edifica simultaneamente. Retirando-se para a vida monástica, povoaram os desertos na suposição de que se redimiriam mais rapidamente para o Cordeiro.

Uma ânsia de fugir das cidades populosas fazia então vibrar todos os crentes, originando os erros da idade medieval, quando o homem supunha encontrar nos conventos as antecâmaras do Céu.

O Oriente, com os seus desertos numerosos e os seus lugares sagrados, afigura-se o caminho de todos quantos desejam fugir dos antros das paixões. Só a grande montanha de Nítria chegou a possuir trinta mil anacoretas, exilados do mundo e dos seus prazeres desastrosos. Entretanto, examinando essa decisão desaconselhável dos primeiros tempos, somos levados a recordar que os cristãos se haviam esquecido de que Jesus não desejava a morte do pecador. (Ez 18:23)


Constantino.


As forças espirituais que acompanhavam e acompanham todos os movimentos do orbe, sob a égide de Jesus, procuram dispor os alicerces de novos acontecimentos, que devem preparar a sociedade romana para o resgate e para a provação.

A invasão dos povos considerados bárbaros é então entrevista.

Uma forte anarquia militar dificulta a solução dos problemas de ordem coletiva, elevando e abatendo imperadores de um dia para outro. Sentindo a aproximação de grandes sucessos e antevendo a impossibilidade de manter a unidade imperial, Diocleciano organiza a Tetrarquia, ou governo de quatro soberanos, com quatro grandes capitais.

Retirando-se para Salona, exausto da tarefa governativa, ocorre a rebelião militar que aclama Augusto a Constantino, filho de Constâncio Cloro,  contrariando as disposições dos dois Césares, sucessores de Diocleciano e Maximiano. A luta se estabelece e Constantino vence Maxêncio  às portas de Roma, penetrando a cidade, vitorioso, para ser recebido em triunfo. Junto dele, o Cristianismo ascende à tarefa do Estado, com o edito de Milão. 


O Papado.


Desde a décima perseguição que o Cristianismo era considerado em Roma como doutrina morta, mas os prepostos do Mestre não descansavam, com o nobre fim de fazer valer os seus generosos princípios. A fatalidade histórica reclamava a sua colaboração nos gabinetes da política do mundo e, ainda uma vez, a indigência dos homens não compreendeu a dádiva do Plano Espiritual, porque, logo depois da vitória, os bispos romanos solicitavam prerrogativas injustas sobre os seus humildes companheiros de episcopado. O mesmo espírito de ambição e de imperialismo, que de longo tempo trabalhava o organismo do Império, dominou igualmente a igreja de Roma, que se arvorou em suserana e censora de todas as demais do planeta. Cooperando com o Estado, faz sentir a força das suas determinações arbitrárias. Trezentos anos lutaram os mensageiros do Cristo, procurando ampará-la no caminho do amor e da humildade, até que a deixaram enveredar pelas estradas da sombra, para o esforço de salvação e de experiência, e, tão logo a abandonaram ao penoso trabalho de aperfeiçoar-se a si mesma, eis que o imperador Focas favorece a criação do Papado, no ano de 607. A decisão imperial faculta aos bispos de Roma prerrogativas e direitos até então jamais justificados. Entronizam-se, mais uma vez, o orgulho e a ambição da cidade dos Césares. Em 610, Focas é chamado ao mundo dos invisíveis, deixando no orbe a consolidação do Papado. Dessa data em diante, ia começar um período de 1260 anos de amarguras e violências para a civilização que se fundava.



mt 17:20
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador. 





N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.


mt 17:20
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador. 





N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.


mt 17:20
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

 Ao chegarmos ao terceiro volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.



mt 17:20
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Ao chegarmos ao quarto volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.



mt 17:20
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Esta segunda parte contém as passagens paralelas entre o texto de Atos dos apóstolos e o livro Paulo e Estêvão (veja o item , no Prefácio, para maiores informações). Para facilitar a leitura e identificação, o texto de Atos foi dividido em 116 perícopes, das quais 93 possuem textos paralelos em Paulo e Estêvão. Para essas passagens, foram adotados, sempre que possível, os mesmos títulos utilizados no livro O novo testamento, editado pela FEB Editora, e do qual os textos de Atos dos apóstolos foram transcritos.  Quando a separação não atendia aos critérios da pesquisa, outras divisões e títulos foram atribuídos, tendo como critério o conteúdo da passagem em questão.

Incluímos, ao final desta segunda parte, uma tabela que contém todos os versículos de Atos do apóstolos com a divisão de passagens adotadas para o presente trabalho e a indicação de ocorrência ou não de passagem paralela no texto de Paulo e Estêvão.



É importante destacar que os manuscritos gregos antigos não possuem esse tipo de separação. Na verdade, os manuscritos não separam versículos, capítulos e nem mesmo há espaço entre as palavras ou qualquer recurso de pontuação. Desde muitos séculos atrás, tem sido tradição separar os textos em perícopes (ou passagens), de forma a facilitar a identificação de trechos e a leitura. Essas divisões, contudo, nada tem de absoluto e as diversas traduções e edições não adotam o mesmo sistema de separação.



mt 17:20
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Ao chegarmos ao sexto volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição, pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Joanna de Ângelis

mt 17:20
Convites da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 22
Página: 74
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Para que a chama arda é indispensável a sustentação pelo combustível.


A fim de que o rio se agigante, a nascente prossegue sustentando-lhe o curso.


A mesa enriquecida pelo pão sacrifica o grão de trigo generoso.


No ministério da vida espiritual, a fim de que o homem sobreviva ao clima de desespero que irrompe de todo lado, com as altas cargas da aflição, do medo, da dúvida, que se generalizam, a fé é imprescindível para a aquisição do equilíbrio.


Seu milagre, todavia, depende do esforço despendido em prol da sua própria manutenção.


À fé inata devem ser adicionados os valores da reflexão e da prece, de modo a canalizar a inspiração superior, que passa a constituir fonte geradora de preservação do necessário capital da confiança.


Às vezes, para que as sementes que jazem no solo das almas, em latência, se desdobrem em embriões de vida, torna-se imperioso condicionamentos psíquicos, somente possíveis mediante a busca sistemática pela razão, pelos fatos, através da investigação.


Seja, porém, como seja, o homem não pode prescindir do valioso contributo da fé, a fim de colimar os objetivos da reencarnação.


Apressado, ante a infeliz aplicação do avião nos jogos da guerra, Alberto Santos Dumont preferiu a fuga, através do autocídio nefário. . .


Porque a dinamite fora usada para extermínio de povos, Alfredo Nobel amargurou-se até a desencarnação. . .


Se tivessem fé, poderiam acompanhar a marcha do progresso, ensejada pelos seus inventos, colocados a serviço mesmo da Humanidade.


Não obstante houvessem perseverado confiantes no êxito dos seus empreendimentos, faltou-lhes a fé religiosa para sustentá-los nos momentos terríveis que tiveram de considerar, em face da vida física que se extingue e da espiritual que é indestrutível.


A fé é a flama divina que aquece o espírito e dá-lhe forças para superar tudo: mágoas, desaires, revoltas, traições e até mesmo a morte.


Alimentá-la para a própria paz é indeclinável dever que não podes postergar.


mt 17:20
Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)

Categoria: Livro Espírita
Ref: 9694
Capítulo: 26
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

(. . .) E nada vos seria impossível.


Mateus, 17:20


A fé expressa-se mediante a confiança que o Espírito adquire em torno de algo. Apresenta-se natural e adquirida. No primeiro caso, é espontânea, simples, destituída de reflexão ou de exigência racional, característica normal do ser humano. Na segunda acepção, é conquista do pensamento que elabora razões para estabelecer os seus parâmetros e manifestar-se. Robustecese com a experiência dos fatos, tornando-se base dos comportamentos lógicos e das realizações significativas do pensamento e da experiência humana.


A fé procede também de vivências transatas, quando o Espírito enfrentou situações e circunstâncias que foram experienciadas deixando os resultados dos métodos utilizados para superá-las.


Conhecendo os acontecimentos, embora inconscientemente, o ser adquire a confiança espontânea para os enfrentamentos que se apresentem por semelhança, evocativos daqueles passados.


Torna-se, desse modo, indispensável para uma conduta saudável, porquanto se faz bastão e alicerce para novos cometimentos mediante os quais o ser progride.


A fé, no entanto, deve apoiar-se na razão que perquire, no discernimento que estabelece as diretrizes comportamentais, a fim de que não se expresse de maneira cega, levando ao delírio do absurdo ou à ingenuidade do período infantil.


A fé amadurece através da conduta que propõe, coroando-se de segurança pelos resultados colhidos nos empreendimentos encetados.


O homem de fé reconhece o limite das próprias forças e não se aventura em empresas que lhe podem comprometer a resistência, levando-o à falência moral. Por isso há um limite entre a fé e a ação, que deve ser tido em conta quando da tomada de decisão ante o que fazer ou deixar de realizá-lo.


Em face da proposta de que nada é impossível quando se crê, é necessário decodificar o que significa essa crença, à luz da Psicologia Profunda, para não se tombar no fanatismo perturbador e insensato.


Jesus havia descido do Monte Tabor, onde ocorrera a transfiguração e mais uma vez confirmara a procedência do ministério que lhe fora concedido por Deus.


Naquela oportunidade, Moisés, o legislador do povo hebreu, e Elias, o profeta das venerandas tradições, apresentaram-se desvestidos de matéria, em todo o esplendor da sua glória para Osaudarem, rompendo a sombra que pairava em torno da imortalidade do Espírito e da sua comunicabilidade com as criaturas humanas.


O primeiro, mediante o diálogo que veio manter com o Mestre, liberou as criaturas, a partir de então, da proibição que exarara no passado, quando o povo, em libertinagem, evocava os Espíritos para com eles se imiscuírem nos comportamentos reprováveis a que se entregavam. Estabelecendo leis que se deveriam caracterizar pela severidade, em razão do nível moral em que se encontrava o hebreu recém-saído da escravidão no Egito, coibiu o abuso decorrente da insensata comunhão com o mundo espiritual, atendendo aos seus apelos infantis e perversos, que lhes bloqueavam a capacidade de pensar, de decidir os conflitos e as condutas, transferindo-os para aqueles que, desenfaixados da matéria, se lhes deveriam submeter aos caprichos. Naquele momento de magnitude, ele próprio viera exaltar o Homem de Nazaré, confirmando a Sua ascendência moral sobre a Humanidade, a Quem ele próprio se submetia.


O segundo, que lhe profetizara a vinda por diversas vezes, retornava da Espiritualidade para confirmar ser Ele aquele Messias aguardado, a Quem se reportara, o portador das excelentes qualidades para conduzir o pensamento na direção de Deus e facultar a vitória de cada um sobre si mesmo.


Apresentava-se como o discípulo que vem glorificar o Mestre, que então assume toda a Sua pujança, momentaneamente submersa na forma humana limitada, como se tornava necessária para o processo de iluminação das vidas mergulhadas nas trevas do mundo.


Após aqueles momentos de incomparável beleza, fomentadores da fé profunda, Ele desceu à planície onde os seres humanos se acotovelavam e se enfrentavam no campo largo das suas paixões, a fim de os suportar, conduzir e amar.


De imediato, um pai aflito, n'Ele reconhecendo o Messias, prosternou-se-Lhe aos pés e pediu-Lhe socorro. O sentimento de compaixão do homem espraiou-se e sensibilizou Jesus. O seu drama era o filho enfermo, tomado por desconhecida força que o vitimava, atirando-o de um para outro lado, ameaçando-lhe a existência, minando-lhe as energias e entregue totalmente à sua sanha, sem possibilidade de libertação. Conhecendo o insondável do ser humano, Jesus compadeceuse e cindiu a treva que envolvia o jovem, percebendo-lhe a história pretérita, quando delinquira, vinculando-se ao odiento perseguidor, que não cedia no propósito infeliz que se impusera.


Aturdido na sua insânia, não raciocinava, nem se apiedava daquele que lhe sofria a vindita, incidindo no mesmo erro de que fora vítima anteriormente.


Ao contato, porém, com Jesus, restabeleceu-se-lhe o discernimento, deu-se conta do mal em que laborava, num átimo de segundo arrependeu-se e desalojou-se do campo mental em que se homiziara no seu sofrido hospedeiro. Desvinculou-se de imediato ao ouvir a voz clara e forte do Mestre e receber o influxo do Seu pensamento compassivo, deixando de malsinar o outro, para cuidar da própria sombra responsável pelo seu ódio, pelo desejo de desforço, pela inferioridade moral em que jazia.


Era natural que, ante o fato insólito, a fé brilhasse em todos que ali se encontravam, particularmente nos discípulos que estavam decepcionados pela inépcia de que eram portadores, já que eles também houveram tentado ajudar o obsesso sem colherem o êxito anelado.


Não se davam conta de que, para cada Espírito em sofrimento, a terapia é específica, porque não são todos da mesma classe moral, do mesmo estágio evolutivo, necessitando de variada gama de recursos para chegar-se até cada qual.


Aquele, em especial, exigia algo mais do que a precipitada imposição verbal, e sim, um discurso específico, rico de energias vitalizadoras que o compensasse da vampirização interrompida, quando deslindado da sua fonte de nutrição psíquica.


Faltava-lhes fé, profundidade de confiança, para conseguirem os bons resultados da empresa, em detrimento do esbravejamento estúrdio, da gritaria exterior a que se haviam entregado.


Aquele Espírito, acostumado com os seus tormentos e apoiado no raciocínio conflitivo de justiça com as próprias mãos, não receava pessoas nem agressões, ameaças nem objurgatórias.


Somente seria removido do seu propósito insano se experimentasse a força da compaixão e da misericórdia para a sua aflição. Foi o que Jesus lhe ofereceu: apoio e renovação interior, facultando-lhe dar-se conta de que, na vingança, mais se afligia; na cobrança, mais se desnaturava. Somente lhe restava aalternativa do perdão à ofensa recebida, para desfrutar da paz de que necessitava mais do que de qualquer outro valor, embora não se desse conta.


O amor de Jesus infundiu-lhe esse ânimo. A Sua claridade diluiu-lhe um pouco da compacta treva em que se confundia.


A fé, em Jesus, era certeza do próprio poder, da perfeita sintonia com Deus, a Quem recorria sempre que necessário, sabendo por antecipação dos resultados que seriam colhidos.


A fé é força que se irradia como energia operante e, por isso, consegue remover as montanhas das dificuldades, aplainar as arestas dos conflitos, minar as resistências que se opõem à marcha do progresso.


O ser humano enfrenta os montes das dificuldades que ergue à frente, quando deveria buscar os objetivos mais nobres e engrandecedores. No entanto, no seu estágio infantil, a sua sombra o envolve com preconceitos e desaires, enceguecendo-o com a ambição desmedida da posse material, na qual investe os seus melhores recursos, e depois não sabe como deslindar-se de tantos conflitos, e vencer tão variados obstáculos que tem pela frente.


Só mediante a fé, estruturada na consciência livre de prejuízos de toda natureza, oferece as resistências para enfrentar as montanhas de desafios que lhe impedem o avanço no rumo da harmonia.


Mediante a fé lúcida e enriquecedora, a existência se apresenta digna de ser vivida, facultando a aquisição de recursos para todas as situações, ensejando que aquele que a possui enfrente todas as contingências com calma e certeza dos resultados felizes que o aguardam.


Não tem pressa, nem se angustia, porque sabe que os empeços exigem remoção e as sombras precisam de luz para que desapareçam.


A fé racional nunca excede os limites da sua capacidade, nem se doira de ambição descabida, conhecendo as possibilidades que possui e os meios de que se deve utilizar para os cometimentos que enfrentará.


É pujante, mas não presunçosa; é nobre, mas não jactanciosa.


A luz da Psicologia Profunda, uma fé diminuta, um grão de mostarda que lhe represente a dimensão, tudo consegue e nada será impossível, porque se apoia, sobretudo, na razão.


mt 17:20
Em Busca da Verdade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

O mundo objetivo, a realidade das sensações exercem um poderoso controle sobre a psique humana, em face das restrições e condicionamentos defluentes dos seus significados.


Encarcerado o Self nos condutos cerebrais pelos quais se expressa, na infância registra ocorrências que serão as matrizes do seu comportamento, dando lugar às manifestações de equilíbrio ou desarmonia que acompanharão o indivíduo por toda a existência.


Em razão da anterioridade ao corpo, traz, também, armazenados no perispírito os contributos das vivências passadas, que se manifestam desde cedo, como tendências, aptidões, anseios ou conflitos, inquietações, impulsos autodestrutivos, de sublimação e complexos de comportamentos que irão tipificar o ser humano.


Carregando, no entanto, ínsita no cerne das estruturas energéticas desse mesmo Self, a imago Dei, lentamente indu-lo às conquistas dos espaços, à ampliação do entendimento de si mesmo e dos outros, à saída dos contornos limitados da organização cerebral, às percepções de outras realidades, incluindo as de natureza paranormal, que muitas vezes encontram-se fixadas na superconsciência, facultando a descoberta do mundo da energia com as suas variações surpreendentes.


Fenômenos incomuns, inabituais surgem na infância, estados paroxísticos apresentam-se espontâneos, alucinações surpreendentes ocorrem, durante toda a existência, chamando a atenção para a vida em outras dimensões.


A força, porém, incoercível, da matéria e dos seus implementos, os condicionamentos orgânicos e os mecanismos convencionais da educação e do conhecido, criam embaraços a essas manifestações, produzindo recalques e castrações, quando não produzem os fenômenos do pavor e os conflitos psicológicos que empurram para alienações e desastres de conduta.


Ocorre, porém, que a mediunidade é uma faculdade orgânica inerente a todos os indivíduos, conforme a definiu com segurança o mestre Allan Kardec, estabelecendo metodologias e disciplinas de educação e aprofundamento das suas expressões.


A vida, em consequência, rompe a barreira do mundo físico e das suas manifestações para expressar-se em toda a sua plenitude como de natureza energética ou espiritual, constituindo a realidade pulsante de onde emerge a de formação material, por onde o Espírito transita muitas vezes, em períodos breves estabelecidos entre o berço e o túmulo.


A psicologia analítica não pode negar-se a uma investigação honesta em torno do tema, considerando as próprias experiências paranormais de que foi objeto o eminente neurologista e psiquiatra Jung, conforme as suas próprias narrações e todos os tumultos em que esteve envolvido, atraído pelo invisível e resistente ao seu apelo irrefreável.


Foi necessário que uma enfermidade fizesse-o diminuir o controle sobre a consciência, a própria resistência, a fim de, logo depois, escrever a sua Resposta a Jó, realizando a extraordinária façanha quase que de uma só vez, informando que se sentiu pegar o espírito pelo cangote (que) foi o modo pelo qual este livro nasceu.


Outras marcantes experiências levaram-no a interessar-se pela fenomenologia mediúnica, sendo ele próprio instrumento constante para a sua ocorrência, especialmente quando, na Inglaterra, passando fins de semana numa residência assombrada no ano de 1920, confessou o estado de ansiedade que o dominava à noite, quando ocorriam diversas manifestações estranhas, ruídos que se assemelhavam ao roçar da seda e ao gotejamento.


Entretanto, foi nessa ocasião que observou uma aparição, à distância de cinquenta centímetros, sobre um travesseiro, que era a cabeça de uma mulher, em constituição semissólida com um dos olhos semiaberto que nele se fixava.


Ao término do fenômeno, que se prolongou por alguns minutos, ele acendeu uma vela e ficou o resto da noite sentado em uma poltrona meditando.


Mas essa foi, somente, uma das muitas ocorrências parapsíquicas que lhe sucederam durante a existência desde a infância, devendo-se recordar que a sua genitora havia sido médium, e que o seu avô referia-se ao aparecimento da esposa desencarnada, que se sentava numa poltrona que mantinha no seu gabinete e lhe ditava alguns dos sermões.


Ainda, segundo informações de sua secretária Aniela Jaffé, o grande pesquisador participou, conforme fizera antes com sua prima, no começo da sua carreira, de experimentos com o extraordinário investigar Schrenck-Notzing, tendo como médium o famoso Rudi Schneider, que produzia fenômenos de materialização. Isso durante o ano de 1920. Mais tarde, em 1930, assistiu a outras experiências de materialização com o referido investigador e outros cientistas.


Em decorrência de muitas reflexões nesse campo, acentuou, oportunamente: Se, de um lado, nossas faculdades críticas duvidam de todo caso individual de aspecto espírita, somos, con tudo, incapazes de demonstrar um caso sequer da não-existência de Espíritos.


Devemos, por esse motivo, limitar-nos, a esse respeito, a julgamento non liquet, ou seja, não está claro, a coisa oferece dúvida, não está bem esclarecida, há necessidade de maiores informações.


Noutra oportunidade, escreveu: Embora eu nunca tenha feito qualquer notável pesquisa original nesse campo (psíquico), não hesito em declarar que observei uma quantidade suficiente de tais fenômenos (participando, então, das surpreendentes pesquisas do barão Albert Schrenck-Notzing), que me convenceram inteiramente de sua realidade.


Não pôde Jung dedicar-se a esse campo experimental porque a sua tarefa científica era outra, à qual deu toda a existência, abrindo horizontes quase infinitos para a psique, em favor da construção da psicologia analítica, muitas vezes combatida com vigor pelos adversários gratuitos de todas as ideias novas.


O espaço das pesquisas ficou em aberto para os seguidores e discípulos do valoroso mestre do estudo da realidade esmagadora, procedendo a pesquisas exaustivas, nele mesmo e nos seus pacientes, para mergulhar mais no contexto histórico e psicológico da vida.


A mediunidade, inerente a todos os seres humanos, em diferenciado grau de desenvolvimento, influi no comportamento do ser psicológico, dando lugar a conflitos parapsíquicos, muitas vezes interpretados como pertencentes à realidade objetiva.


O ser humano é, desse modo, muito mais complexo do que a dualidade psique-corpo, mente-matéria, nele se encontrando o Espírito imortal e o seu envoltório perispiritual encarregado da modelagem das formas físicas nas multifárias reencarnações.


Mediante a visão espiritual do ser, muitos conceitos junguianos encontram confirmação de alto significado, por estarem centrados na realidade subjetiva expressa por intermédio da vasta fenomenologia mediúnica e pela conjuntura de ser o indivíduo possuidor de recursos não próprios, que se lhe associam mediante o intercâmbio com outros seres desencarnados que o cercam e que fazem parte do seu comportamento psíquico, emocional e físico.


A busca interior não se pode deter na periferia da realidade física, mas penetrar no cerne do ser e das suas faculdades, ampliando o elenco de realizações com a visão do indivíduo indimensional, o Self com os seus atributos divinos.


Identificando o inconsciente


A nossa abordagem a respeito do inconsciente, no presente item, refere-se ao coletivo e não ao individual, onde se encontram os mais antigos arquétipos e se sediam inúmeras emoções, como o medo, a angústia, a ansiedade, a vida e a morte...


Esse inconsciente encontra-se nas camadas mais profundas da psique, constituindo-se os arquivos mais significativos e duradouros de que se têm notícias.


Abarcando o conhecimento geral dos acontecimentos do passado, responde por inúmeros conflitos que assaltam a criatura humana, revelando-se, especialmente, nos sonhos repetitivos, simbólicos e representativos de figuras ou fatos mitológicos, cuja interpretação, além de complexa, constitui um grande desafio.


A psicologia analítica, através do seu fundador, nele deposita a existência dos arquétipos, especialmente do Self animal us, ego, persona, psicóide, sendo, realmente desconhecido, tendo também um caráter de um constructu energético não localizado, sendo, em últimas palavras uma hipótese, pela imensa dificuldade de demonstrá-lo de maneira concreta...


O conceito do inconsciente, de alguma forma, nessa significação, é muito antigo, do ponto de vista filosófico desde Plotino, passando por Platão, na antiguidade, e prosseguindo com Leibnitz, Goethe e outros pensadores de ontem como da atualidade.


A sua observação não pode ser realizada de forma objetiva, mas somente penetrada nas suas estruturas, psiquicamente, quando se lhe detecta o essencial.


Não pode ser constatado, mas aceito por conclusão, o que também não tem como ser negado.


A sua concepção por Jung, foi resultado da lógica de que existindo uma consciência, haveria, por efeito, um inconsciente qual satélite girando em torno de um foco central...


É ele o responsável pelas imposições sobre a consciência, comandando-a quase, assim dando lugar à existência dos arquétipos, que são as suas seguras manifestações.


Enquanto a consciência é apenas uma pequena parte da realidade, ele é a quase totalidade na orientação do ser humano.


Numa análise moderna, tendo por alicerce os conceitos reencarnacionistas, pode-se afirmar que essas fixações, que pertenceriam aos tempos passados, também resultam de experiências que foram vividas pelo Self, nas épocas e situações, nos povos e culturas que têm arquivados e periodicamente expressa.


Como o Self

"tem sua realidade além do tempo, é mortal no corpo e imortal após ou antes do corpo, ei-lo que preserva os acontecimentos em que esteve envolvido, mantendo uma camada de olvido em cada renascimento, no entanto, portadora de recursos libertadores das impressões mais fortes, que nele se apresentam como conflitos e perplexidades, distúrbios de conduta, estados fóbicos, mas também afetividade, idealismo, significação...


Nos processos psicoterapêuticos de regressão de memória a existências passadas, por exemplo, ressumam desses arquivos as vivências perturbadoras, os fatos causadores de traumas e de sofrimentos que, após a catarse e o diálogo saudável entre o paciente e o especialista, se diluem, libertando a consciência do objeto de desequilíbrio.


O inverso também é verdadeiro, porque o arquivo, em si mesmo, é neutro.


Existem gráficos edificantes,

realizações enobrecedoras que ficaram interrompidas com a morte, anseios não realizados, porém, de vital importância para o ser e sua realidade.


Essas imagens primordiais, conforme as denominou Jung no começo das suas investigações, possuem grande força de expressão, porque umas são lembranças doridas recalcadas e impedidas de manifestar-se, por atentatórias aos valores éticos aceitos, dando lugar a inquietações e sofrimentos.


Outras, por sua vez, são também imperiosas pelas propostas de dignificação e de ações que constroem o bem interior e ajudam no desenvolvimento da comunidade humana.


Na abrangência do conceito reencarnacionista e todo o seu conteúdo de lembranças arquivadas, mas não mortas, a existência atual de cada indivíduo é sempre o somatório daquelas vivências que necessitam de liberação.


Não poucas reaparecem como tendências e aptidões guiando o Selfe o ego, que também lhes sofrem as influências, conforme a natureza de cada fato que representam.


Nos sonhos, e através da imaginação ativa, consegue-se encontrar os símbolos representativos que, em se tornando conscientes, liberam o indivíduo da sua incidência e da ação morbosa da representação onírica portadora de conflitos.


Examine-se, por exemplo, a questão da homossexualidade, que tem raízes em múltiplas vivências do Self, ora num como noutro corpo anatomicamente masculino ou feminino, preservando as emoções de um como do outro equipamento.


Por outro lado, a culpa, o pavor, a timidez, que têm raízes próximas a partir da vida intrauterina - consciente individual

—procedem, quase sempre, de atitudes indignas que foram praticadas em existências transatas, passando ignoradas por todas as pessoas menos por seu autor, que os transferiu, na condição de conflito, de uma para outra existência corporal.


As tendências para o bem, o bom, o belo, o santo, em pessoas de procedência humílima, nascidas em situações deploráveis, com ascendentes genéticos perniciosos ou incapazes de produzir seres bem-equipados para a vida, apresentando gênios, heróis e missionários de diversos tipos, que se tornam promotores da humanidade pelos seus exemplos, sua dedicação ao ideal que esposam, seus sacrifícios homéricos em clima de felicidade merecem reflexões mais profundas.


A proposta da reencarnação torna-se, pelo menos, uma possibilidade a considerar, qual ocorre nos fenômenos da simpatia, da antipatia, em muitos casos de sincronicidade, de premonição, nos sonhos proféticos...


Tenham-se em mente os indivíduos belicosos, que descendem de famílias pacíficas, assim como os privilegiados pela capacidade de adquirir e multiplicar conhecimentos, habilidades, expressões de sabedoria e de arte, de tecnologia e de pensamento, com antecedentes em indivíduos broncos, senão incapazes alguns e se verificarão evidências de vida-antes-da-vida...


Estudem-se em comparação sincrônica as vidas de Alexandre Magno, Júlio César e de Napoleão Bonaparte, e se encontrará o mesmo SELF ambicioso, conquistador, inquieto, modificando as estruturas geográficas e históricas da Humanidade.


Por outro lado, examinem-se as vidas de Hipócrates, de Paracelso e de Samuel Hahnemann, na luta sacrificial em favor da saúde e se poderá encontrar o SELF missionário, trabalhando a ciência médica, modernizando o conhecimento num processo progressista, com destino de abnegação e serviço proporcionadores do equilíbrio psicofísico e do bem-estar.


Graças aos seus contributos as doenças passaram a merecer cuidados e providências curativas, tornando a existência mais apetecível e menos sofrida.


Há um encadeamento intérmino em todos os fenômenos da Natureza, desde a formação das primeiras moléculas, suas aglutinações e complexidades até a transcendência do ser, da vida, de todas as ocorrências.


A visão do caos como caos é incorreta, em razão de nele haver algum tipo de ordem, de determinismo, de programação...


O ser humano é imanente e é transcendente.


À medida que o seu superconsciente mantém as ainda não detectadas possibilidades de sintonia com o divino, registrando o psiquismo da vida, o inconsciente individual preserva as experiências da atual jornada, enquanto o coletivo arquiva as lembranças de todas as vivências pretéritas.


Os exercícios de meditação, os treinamentos da yoga, as leituras edificantes com as consequentes fixações e reflexões, a oração bem-direcionada e frequente constituem mecanismos seguros de penetração no inconsciente, nele diluindo impressões infelizes, estimulando lembranças honoráveis, enquanto se abrem as comportas do superconsciente para a captação das forças sublimes da Paternidade divina.


Sem dúvida, vive-se mais sob a ação dos fenômenos automáticos, das imposições do inconsciente, em face da necessidade de liberação dos fatores de perturbação, que necessitam da catarse libertadora, a benefício da lucidez e plenitude do Self, da aceitação da sombra, da harmonia do anima-us, rumando-se em direção da felicidade.


Afirmava Séneca: O sofrimento faz mal, mas não é um mal.


A existência do sofrimento radica-se nas ações inescrupulosas praticadas pelo Espírito, dando lugar à culpa e, por consequência, aos efeitos morais dela defluentes, nos atentados aos códigos de harmonia que vigem no universo.


Na impossibilidade de se evitar o mal, porque é um efeito, por não se poder retroceder no tempo, a fim de impedir-lhe a causa, tem-se, pelo menos, o dever de utilizar-lhe a ocorrência em proveito da aprendizagem pessoal, a fim de mudar-se o comportamento, de selecionar-se o melhor método para a produção da harmonia e do bem-estar, portanto, da felicidade a que se aspira.


Todos anelam e lutam pela conquista da felicidade, quase desconhecida pelo inconsciente, mesmo quando se impondo sofrimentos na expectativa das sensações posteriores que representam alegria e serenidade.


Nessa visão, a felicidade tem um aspecto masoquista que deve ser evitado, porque o prazer não pode estruturar-se, primeiro, no desconforto como propiciatório àquela.


Em sánscrito, existe a palavra sukha, tendo como significado um estado de harmonia, de nirvana, que liberta da ignorância da verdade, abrindo espaço para a sabedoria, para o entendimento das leis geradoras de equilíbrio e de plenitude.


Enquanto o inconsciente permaneça ignorado pelo ego, que se atribua a capacidade de impôr-se ao Self, na tormentosa ambição do poder e do prazer, serão liberadas impressões destrutivas, porque tormentosas, insustentáveis.


É impositivo primordial para a saúde a penetração do ser consciente nos arquivos do inconsciente, equipado, no entanto, de entendimento e de valor moral, a fim de autoenfrentar-se, não se permitindo o surgimento de conflitos pelo descobrir-se como realmente se é e não conforme se pensa ou se projeta para o mundo exterior.


A psicologia espírita, utilizando-se do paradigma da imortalidade para explicar o ser real e todas as suas mazelas e grandezas, propõe o esforço bem-direcionado pelo bem-fazer, pelo fazer-se bem, na utilização do amor, da compaixão, da benevolência em relação a todos e a si mesmo, que são recursos valiosos para a integração do eixo ego-Self, a conquista de sukha.


« Não se trata aqui de fazer o bem para ganhar o céu, ou de praticar-se a caridade para lograr-se a salvação.


Céu e salvação encontram-se ínsitos no ato de realizar o melhor em favor de si mesmo e do seu próximo, isto porque, a satisfação com que se administram valores de bondade, de ternura, distribuindo-se alegria e generosidade, já constitui a almejada felicidade.


Feliz, portanto, é todo aquele que reparte com prazer, multiplicando os talentos com que foi enriquecido pelo Senhor da Vida, despertando do letargo para voltar para casa, retornando do país longínquo, mesmo que algo destroçado, abrindo-se à aceitação do amor do Pai, sempre generoso, e do irmão mais velho, que se encontra no inconsciente em forma de mágoas e reservas, desconfianças e insatisfações em relação ao herói de volta.


Desse modo, liberar o irmão mais velho do ressentimento e da insegurança que lhe são habituais em relação aos propósitos do outro filho de seu pai, que somente agora descobriu a ventura e está trabalhando para anular o passado - sublimar as lembranças do inconsciente - transferindo-o para a consciência e avançando na direção do superconsciente, onde foram depositados os talentos que se estão multiplicando.


Fé e religião


O ser humano é, na sua essência, um animal religioso.


A sua busca de religiosidade leva-o a vincular-se às diferentes correntes doutrinárias, procurando segurança e harmonia na trajetória física.


As suas experiências de fé religiosa concedem-lhe vigor e dão-lhe coragem nas situações difíceis e ante os desafios.


Pode-se afirmar que nesse indivíduo a fé é quase de natureza genética.


Há uma crença universal em Deus, não importando o nome que se Lhe dê, a forma como se O compreenda.


Atávicamente, o arquétipo divino que nele se expresse através do Selfé um fenômeno natural.


A crença religiosa, no entanto, é resultado de fatores educacionais, mesológicos, familiares.


Dessa forma, têm-se a crença natural e a religião que foi aprendida.


Na infância, no período lúdico, as fantasias em geral também se alargam em torno da religião, dando-lhe colorido especial ou criando terror de acordo com o conteúdo de cada uma delas.


À medida que a razão e o discernimento substituem a ignorância e a ingenuidade, os conflitos que surgem também entram em confronto com a conduta religiosa, especialmente se é castradora, imposta, ou se tem o caráter policialesco de vigiar todos os passos com ameaças de punição.


A racionalidade que tomou conta dos primeiros pensadores do século XVII, abrindo campo para os enfrentamentos entre as ciências nascentes e as doutrinas religiosas dominantes, atingiu o seu apogeu no fim do XIX e, particularmente na primeira metade do XX, quando, aparentemente, o ser humano afirmou estar distante de Deus, presumivelmente apoiando-se no arrogante conceito de Nietzsche, a respeito da Sua morte ou dos muitos outros filósofos niilistas e materialistas, ou mesmo de eminentes cientistas.


Apesar disso, quanto mais se realizavam avanços nas ciências e a tecnologia de ponta mais ampliava os horizontes da compreensão do mundo, curiosamente surgiu um paradoxo, facultando que inúmeros cientistas começassem a voltar a Deus e à crença no Espírito, como únicas maneiras de entenderem o Cosmo e a vida em si mesma.


Após a proposta darwiniana a respeito da evolução vegetal, animal e o surgimento do homem, mediante a seleção natural, facultando a negação dos conceitos criacionistas bíblicos, que reinaram soberanos por vários séculos, com o advento das moderníssimas conquistas a respeito da decodificação do genoma humano, uma ponte foi lançada entre uma teoria e outra, demonstrando que se encontram verdades em ambas e facultando entendimento de como Deus criou a vida.


Já não é blasfêmia um cientista confessar a sua crença em Deus, assim como na sobrevivência do Espírito à disjunção molecular do corpo.


As incontáveis investigações em torno da paranormalidade humana, realizadas nos séculos XIX e XX, por excelentes cientistas das diversas áreas do conhecimento, têm oferecido material exuberante e incontestável para confirmar que a morte não destrói a vida e que o Espírito não sucumbe, quando desaparece o seu envoltório material.


A mediunidade, após vencer os preconceitos e as superstições que a mistificavam, tornou-se objeto de estudos sérios e consagrados por homens e mulheres dos mais diversos segmentos da cultura e da civilização, que se renderam à sua legtimidade como instrumento probante da imortalidade do Espírito.


Ciências que se derivaram da Psicologia, como área experimental, no caso, a Parapsicologia, mais tarde, a Psicotrônica, a Psicobiofísica, ofereceram campo vasto para os estudos sérios em torno dessas questões, ensejando evidências e fatos que não podem ser contestados e merecem todo o respeito, em face daqueles investigadores sérios que se deram ao trabalho de pesquisar, de experimentar, de comparar...


A ruptura com as colocações extremistas de alguns cientistas em relação à religião e aos fenômenos dela defluentes, já não mais existe com a mesma firmeza de antes.


Neurocientistas e astrofísicos, matemáticos e biólogos, psicólogos e psiquiatras, assim como outros profissionais dos diferentes ramos do conhecimento científico têm defrontado a realidade transpessoal e adotado comportamento compatível com a filosofia imortalista, como a mais avançada conclusão das suas experiências nos campos de trabalho nos quais operam.


Chegou o momento em que as questões metafísicas podem ser discutidas nos laboratórios sem nenhum pejo para os estudiosos, em tentativas de grande validade para descobrirem o que se encontra escondido além das chamadas leis naturais, pelo menos aquelas que já estão detectadas.


Nesse sentido, Jung foi um dos primeiros acadêmicos a não valorizar em demasia o aspecto racionalista absoluto em torno do Universo, abrindo caminhos dantes não percorridos, para melhor entender-se a criatura humana em sua profundidade e a realidade na qual todos se encontram.


O ser humano não pode fugir do seu arquétipo psicóide, em razão do inconsciente coletivo, onde permanecem todos os constructos da sua existência, naturalmente, também, as exuberantes expressões da fé, no seu sentido mais amplo, da religião e de Deus...


Esse extraordinário inconsciente encontra-se fora do conhecido mundo consciente, sendo constituído por um campo-primordial-de-espaço-tempo.


A Psicologia, desse modo, tem por meta entender os fenômenos pertinentes à psique e às suas manifestações, não estando vinculada a qualquer compromisso com os comportamentos religiosos, sem que, no entanto, deles deva abdicar, especialmente quando estudando os diversos distúrbios que aturdem os seus pacientes, as suas alucinações e delírios também de natureza espiritual...


A fé religiosa, quando saudável, estruturada na filosofia da razão, que pode enfrentar a dúvida em todas as épocas do pensamento, contribui de forma significativa para a saúde mental e emocional do indivíduo, dando-lhe sustentação nos momentos de debilidade e coragem nos instantes de desafio.


* A fé apresenta-se natural, sem subterfúgio, em tudo que se acredita sem haver sido investigado, e ninguém vive sem essa experiência psicológica que se expressa como fidúcia, aceitação automática...


Também resulta das lutas entre a razão e o sentimento, o fato e outras explicações, passando pelo crivo da lógica, da observação, tornando-se racional, robusta.


Graças à fé natural, desenvolvem-se as aptidões humanas e os projetos desenhados para a existência transformam-se em realidade, porquanto os estímulos e a fortaleza que dela se derivam, proporcionam os meios para o prosseguimento nos tentames até quando concluídos.


A fé é portadora de força tão excepcional, que muitas vezes o indivíduo que tem um objetivo luta contra tudo que se lhe opõe, vence os impedimentos com a certeza de que é viável o que deseja e que conseguirá.


É a fé que tem sustentado os investigadores de todos os matizes, os cientistas que trabalham com hipóteses contrárias ao aceito e permitido, conseguindo demonstrar a sua validade após esforços hercúleos, assim confirmando que têm razão.


Ninguém pode atingir qualquer meta se não acredita na sua viabilidade, nessa possibilidade, mesmo que não a identifique conscientemente.


A perseverança numa ação e a constância em um trabalho são frutos da fé em torno dos mesmos.


A fé religiosa, no entanto, sustenta-se na probabilidade de que sejam reais os postulados transpessoais, espirituais, nos quais se acredita.


Felizmente, graças à mediunidade, a fé religiosa dispõe hoje de um arsenal de fatos que superam e eliminam todas as negações.


Curiosamente, afirmava-se durante a vitória da filosofia existencialista, que era necessário ver para crer, hoje totalmente ultrapassado o conceito em face das propostas da física quântica, que estabelecem a necessidade de antes crer para depois ver, mesmo porque nem tudo aquilo em que se crê nessa área somente se encontra dentro de probabilidades e jamais será visto...


A fé produz heróis e santos, mártires e pessoas de bem.


Durante o holocausto judeu, suas vítimas que mantiveram a fé de que sobreviveriam, de uma ou de outra forma conseguiram o objetivo.


Aquelas que se afirmavam necessária a vida a fim de denunciarem toda a crueldade, experimentaram todos os horrores e ficaram lúcidas para narrar ao mundo o poder da loucura, do extremismo, da solução final, meta dos infelizes psicopatas que tomaram o poder na Alemanha...


Quando se crê, todo o organismo atende aos impulsos da psique e responde de maneira eficaz, produzindo recursos propiciatórios à sua realização.


Mais facilmente entra em tormento emocional, o indivíduo em conflito pela dúvida, atormentado pela insegurança, desconfiado de tudo e de todos.


Mediante a fé em Deus, sem exaltação e com harmonia, a saúde emocional é mais duradoura, e, quando, por alguma razão, experimenta transtorno, mais rapidamente retorna.


Em muitas ocasiões, a fé demonstrada por cientistas e navegadores, como Cristóvão Colombo, que acreditava na existência de terras, caso viajasse na direção do oeste, saindo da Europa, conseguiu prová-lo, porque no inconsciente armazenavam-se os registros representativos de já haver estado naqueles lugares em existência anterior...


Quantas vezes, o pai da psicologia analítica em suas viagens de trem, partindo de Zurique (Suíça) com destino à Itália, antes de chegar às cidades a serem visitadas, via-as, conhecia-as, constatando a veracidade posteriormente, embora nunca ali estivesse estado, pelo menos na existência atual.


Surpreendido por esses eventos, assim como pelo sonho-visão que tivera, a respeito da grande onda que destruiria praticamente a Europa, se tornou real por ocasião da lamentável Grande Guerra que sacudiu todo o planeta, nunca se escusou a narrar tais ocorrências...


Esses fenômenos que transcendem a realidade psicológica, estão vinculados ao ser paranormal, espiritual e imortal, estando, desse modo, além das suas perspectivas, embora as possa penetrar.


Mme.


Curie, por sua vez, realizando as suas extraordinárias experiências com toneladas de pechblenda, tinha certeza, mantinha a fé segura de que encontraria expressão mais rarefeita da matéria, e insistindo, embora contra todas as opiniões, com o esposo conseguiu detectar a radioatividade.


Posteriormente, continuando nas pesquisas exaustivas com diversos tipos de pechblenda conseguiu detectar o polônio e o rádio...


Mesmo na viuvez, manteve a fé natural e racional em torno das imensas possibilidades que se lhe encontravam ao alcance e superou-se, conquistando o respeito internacional e o Prêmio Nobel de Química, tornando-se a única pessoa a receber duas vezes o referido Prêmio em áreas diferentes...


A fé sempre a sustentou, mesmo no período de dissabores e conflitos emocionais vividos após a desencarnação do marido...


Jesus afirmou com segurança e beleza: Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível. (Mateus: 17-20) Certamente, não se referia à montanha em si mesma, porém, aos graves problemas que se amontoam em torno da existência, criando dificuldades e produzindo embaraços. A fé, mesmo pequenina, pois que o grão de mostarda é uma das sementes menores que existem, consegue o resultado que se almeja, em razão das forças que facultam e da inspiração que propiciam.


A fé, em qualquer forma que se apresente, é estímulo de alto significado para uma existência feliz e saudável, portanto, para a contribuição eficaz para a individuação.


Pensamento e ação


Examinado sob o ponto de vista filosófico, o pensamento é uma atividade psíquica que responde pela ocorrência dos fenômenos cognitivos, independendo da vontade e dos sentimentos.


René Descartes afirmou: Eu sou uma coisa que pensa, dando ao pensamento um significado específico, afirmando que a essência do homem é pensar.


Através do pensamento cada ser humano eleva o seu estágio de evolução, caracterizando-se pela nobreza das ideias que formula ou pela vulgaridade em que se compraz.


O processo de evolução do pensamento fez-se lentamente através das multifárias experiências reencarnacionistas, desde quando surgiram as primeiras expressões arcaicas, passando pelas de natureza primitiva, mítica, egocêntrica até alcançar o estágio racional, avançando no rumo da sublime conquista cósmica

*.


Desenvolvendo a capacidade de pensar, ultrapassando as barreiras dos instintos que limitam, o Espírito vem ampliando a percepção do psiquismo divino que nele existe, adquirindo essa peculiar capacidade, base para todas as realizações existenciais.


Essa faculdade inata que se desdobra mediante as experiências contínuas é portadora de um poder para a ação, que a torna elemento vital no desenvolvimento do Espírito na sua incessante busca de felicidade.


A medida que o ser humano encontrou desafios e dificuldades na vilegiatura orgânica, nos primórdios da evolução, foi desenvolvendo a caixa craniana e aumentando o volume do cérebro, graças ao surgimento dos neurônios necessários às sinapses mais elevadas e às expressões que iriam caracterizar o pensamento.


Surgindo por ampliação do instinto, considerando-

— se que esse é uma forma primária de pensamento, as necessidades ambientais e a luta pela sobrevivência estimularam o Espírito a liberar as funções que se encontravam em latência, dando lugar ao surgimento das ideias, ao desenvolvimento das faculdades psíquicas.


Fatores, portanto, mesológicos e filogenéticos responsabilizaram-se ao largo dos milhões de anos em construir os equipamentos ultradelicados para decodificar o pensamento, que é de natureza transcendente e não de natureza eletroquímica do próprio cérebro, conforme asseveram alguns respeitáveis estudiosos.


Emanação do Espírito, é o instrumento hábil para o estabelecimento da razão, do discernimento, da consciência que se desenvolve através de níveis específicos até fundir-se na identifi cação cósmica, conforme sucede com o próprio pensamento.


Em cada etapa, o Espírito exercita em especial determinada faculdade, ora intelectiva, ora emocional, abrindo espaço para as aptidões culturais, artísticas, religiosas, sociais, políticas, que irão construir a sua plenitude.


O pensamento, portanto, em face das conquistas adquiridas pelas experiências agiganta-se e transforma-se em força criadora, que a consciência de si orienta sob as diretrizes ético-morais, indispensáveis à canalização das ideias e aspirações compatíveis com o estágio do desenvolvimento de valores elevados.


Foi, graças a esse esforço e direcionamento, que surgiram os conceitos filosóficos, as inabordáveis conquistas científicas, as maravilhas da arte em todas as suas expressões, as sublimes realizações espirituais e religiosas, o estabelecimento dos códigos dos direitos e dos deveres do ser humano em relação a si mesmo, ao próximo, à Natureza, à vida...


Esse incessante processo de crescimento experimentou, também, vários embates, quando as opções do pensamento se mantiveram nas heranças do primarismo, principalmente na agressividade e na violência, na pulsão do poder e do prazer, nos caprichos infantis malsuportados, dando lugar ao crime, à destruição, ao despautério, à crueldade não diluída no imo.


Na atualidade, quando se alcançou o máximo do progresso científico e tecnológico até então jamais logrado, lamentavelmente permanecem ainda as expressões grosseiras e perversas do pensamento primitivo, que não evoluiu no direcionamento ético e moral, gerador dos sentimentos de paz e de compaixão, de bondade e de compreensão da finalidade existencial na Terra.


Tudo, no ser humano, tem origem no pensamento, que logo se transforma em ideia, desenhando as possibilidades de realização, a fim de converter-se em ação.


Como efeito, asseverase com severidade que o fato de pensar-se em determinada ideia, que se fixa, já se está cometendo o ato.


Em o Evangelho de Jesus,
por exemplo, essa força de expressão está definida no capítulo de Mateus, versículo -

28, quando enuncia: Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.


Certamente, quando se olha algo ou alguém, logo surge a formulação da ideia, do desejo, da necessidade, e, no caso em tópico, o pensamento desregrado, indisciplinado, acostumado ao imediatismo da libido, logo passa a experiênciar a ação, desde o instante de emissão da onda mental.


No mesmo contexto, o oposto também é verdade, quando se fixa a atenção, e consequentemente o desejo mental em algo enobrecedor, já se inicia a vivência do anelado.


Essa força do pensamento também responde pela conduta emocional, pelas heranças positivas ou negativas do indivíduo, cabendo-lhe direcionar os seus anseios para as questões superiores da existência, as que dignificam e promovem o sentimento e a própria vida.


É nessa estrutura que o Self adquire resistência para compreender e aceitar a sombra, conviver com o ego sem luta nem conflito.


Quando vitimado por transtornos psicológicos, o indivíduo apresenta-se incapaz de fixar o pensamento na esperança e na expectativa de recuperação, normalmente, porque sempre cultivou as ideias negativas, pessimistas e perturbadoras, às quais se acostumou, que justifica, informando não ter forças para corrigir o velho hábito e passar a contribuir em favor da psicoterapia libertadora.


Em se esforçando, no entanto, e desejando a conquista da saúde física, emocional ou de algum transtorno mais profundo, desde que não estando afetado na função do pensamento, poderá fixar a mente nas perspectivas saudáveis do refazimento, auxiliando os neuropeptídeos na produção das substâncias especiais para o reequilíbrio.


Nesse campo, inscrevem-se as terapias placebo de excelente resultado em muitos processos psicoterapéuticos, mesmo objetivando enfermidades orgânicas.


Por outro lado, as experiências nocebo também resultam em agravamento dos quadros enfermiços, levando os pacientes a situações lamentáveis.


Ambas as ocorrências, portanto, em face da força do pensamento, que se fixa numa como noutra, de onde se originam os resultados positivos ou prejudiciais ao organismo físico, emocional e psíquico.


Por motivos óbvios, somente o ser humano pensa, é capaz de compreender abstrações, de conceber e antever o que lhe ocorre nos painéis da mente, e que pode materializar posteriormente através do empenho e da dedicação na construção das ideias.


Mediante o pensamento bem-ordenado, todo o constructo do ser humano avança pelas vias formosas da saúde e da edificação interior, alcançando o elevado patamar da individuação.


* Vide o livro Autodescobrimento, de nossa autoria, capítulo 2 - Equipamentos existenciais.


Editado pela LEAL.


Nota da autora espiritual.



André Luiz

mt 17:20
No mundo maior

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

A mensageira aproximou-se e saudou-nos. Calderaro apresentou-me atenciosamente.

Fixou ela o triste quadro e disse ao Assistente:

— Felicito-o pelo socorro que, nos últimos dias, vem prestando aos nossos infortunados irmãos. Agora atacaremos a parte final do serviço, convictos do êxito.

— Meu esforço, — acrescentou o interlocutor, humilde, — foi quase nenhum, resumindo-se em meros preparativos.

Irmã Cipriana sorriu, afável, e observou:

— Como atingiríamos o fim sem passar pelo princípio?

— Ó irmã! O conhecimento pode pouquíssimo, comparado com o muito que o amor pode sempre.

Singular expressão estampou-se na fisionomia da emissária, como se as referências lhe ferissem fundo a modéstia natural. Ocultando os méritos que lhe eram próprios, considerou:

— Sabe o Divino Senhor que ainda estou a grande distância da realização que me atribui. Sou frágil e imperfeita, e devo caminhar ainda infinitamente para adquirir o amor que fortalece e aperfeiçoa.

Retendo o olhar firmemente sobre o meu companheiro, acrescentou:

— Estamos em cooperação fraternal na obra que pertence ao Altíssimo. Espero que os amigos se mantenham a postos, efetuando a maior porção do serviço, porque, quanto a mim, só atenderei aos singelos deveres que um coração materno pode desempenhar.

Assim dizendo, acercou-se de ambos os infelizes, postando-se em atitude de oração.

Que estaria pedindo às Forças Superiores, ali, diante de nós, aquela mulher de extraordinária expressão? Sentia-lhe, enlevado, a sinceridade profunda, a humildade fiel. A prece, em que por alguns minutos se concentrou, saturava-se de sublime poder, porquanto em breve suave luz descia do alto sobre a sua fronte venerável. Gradativamente Cipriana se fazia mais bela. Os raios divinos a fluírem dos mananciais invisíveis, envolvendo-a, transfiguravam-na toda. Tive a impressão de que a sua organização perispiritual absorvia a claridade maravilhosa, represando-se-lhe no ser.

Escoados alguns momentos, circundava-a refulgente halo, cuja santidade senti dever respeitar. Dos olhos, do tórax e das mãos efluíam irradiações de frouxa e suave luz, que não me terrificava a retina surpresa. Estava formosa, radiante, qual se fora a materialização da madona de Murilo, () em milagrosa aparição.


Perante a sua personalidade transfigurada, quase me prosternei, tal a comoção daquele minuto inesquecível.

Nenhum olhar nos dirigiu, quiçá, por humildade, no desejo de ocultar a elevada posição que desfrutava.

Estendeu as mãos para os dois desventurados, atingindo-os com o seu amoroso magnetismo, e notei, assombrado, que o poder daquela mulher sublimada lhes modificava o campo vibratório. Sentiram-se ambos desfalecer, oprimidos por uma força que os compelia à quietação. Entreolharam-se com indizível espanto, experimentando o respeito e o temor, presas de comoção irreprimível e desconhecida… Seus olhos espelhavam, no silêncio, angustiosa perquirição, quando a mensageira, avizinhando-se, os tocou de leve na região visual; reparei, de minha parte, que ambos registraram abalo mais forte e indisfarçável.

Reconhecendo o poder divino de que era dotada a emissária, notei que o enfermo, parcialmente liberto do corpo, e o perseguidor implacável passaram a ver-nos com indescritível assombro. Gritaram violentamente, empolgados pela surpresa, e, por julgar cada um de nós o que vê através do prisma de conhecimentos adquiridos, cuidaram fossem visitados pela excelsa Mãe de Jesus; definiam o ambiente em harmonia com as noções religiosas que o mundo lhes inculcara.

O doente ajoelhou-se de súbito, dominado por incoercível comoção, e desfez-se em copioso pranto. O outro, porém, embora perplexo e abalado, manteve-se ereto, qual se o bendito favor daquela hora não lhe fosse, a ele mesmo concedido.

— Mãe dos Céus! — Clamou o companheiro hospitalizado, chorando convulsivamente, — como vos dignais de visitar o criminoso, que sou eu? Sinto vergonha de mim mesmo, sou imperdoável pecador, abatido pela minha própria miséria… Vossa luz revela-me toda a extensão das trevas em que me debato! Condoei-vos de mim, Senhora!…

Havia uma sinceridade imensa, aliada a imensa dor, naquelas palavras de angústia e de arrependimento. Soluços sufocantes assomaram-lhe à boca, interrompendo-lhe a tocante súplica.

Cipriana acercou-se dele, de olhos faiscantes e úmidos. Tentou soerguê-lo, sem, no entanto, lograr que ele deixasse a postura genuflexa.

Certo, a piedosa missionária informara-se de todas as minúcias necessárias ao êxito de sua missão naqueles minutos, porque, enlaçando-o maternalmente, o chamou pelo nome, esclarecendo:

— Pedro, filho meu, não sou quem julgas, no transporte de viva confiança que te sensibiliza a alma. Sou simplesmente tua irmã na eternidade; todavia, também fui mãe na Terra, e sei quanto sofres.

O interpelado ergueu os olhos súplices, fitando-a através de espesso véu de lágrimas. Embora visivelmente animado pelas declarações ouvidas, manteve-se em posição reverente e humilde.

— Matei um homem!… — Exclamou, desabafando-se.

A mensageira afagou-lhe o rosto, banhado em pranto, e acrescentou:

— Sei disto.

Decorridos alguns instantes, em que dividia o carinhoso olhar entre o interlocutor e o verdugo, contido pelo respeito a reduzida distância, dirigiu-se ao doente, de maneira intencional, de modo a se fazer ouvida pelo companheiro vingador:

— Porque destruíste, Pedro, a vida de teu irmão? Como te julgaste com forças e direito para quebrar a harmonia divina?

Deixando perceber que lhe ouvia os pensamentos mais íntimos, prosseguiu:

— Supunhas fazer justiça pelas próprias mãos, quando só fazias expandir a cólera aniquiladora. Por que razão, meu filho, pretendeste equilibrar a vida, provocando a morte? Como conciliar a justiça com o crime, quando sabemos que o verdadeiro justo é aquele que trabalha e espera no Pai, o Supremo Doador da Vida? Faz muito tempo hás perpetrado o homicídio, presumindo liquidar escabroso débito a jorros de sangue… Eliminaste o corpo de um amigo que se fez incompreensivo e duro; todavia, desde o trágico instante, ouves a consciência divina, a reiterar a velha pergunta: “Caim, que fizeste de teu irmão?” (Gn 4:10) Tens vivido desarvorado e desditoso, de alma agrilhoada à própria vítima, aprendendo que o mal jamais se coadunará com o bem e que a Lei cobra dobrados tributos àquele que se antepõe aos seus ditames sábios e soberanos. Destruíste a paz de um companheiro e perdeste a tranquilidade própria; suprimiste-lhe o veículo físico, mas perambulas algemado ao teu, sentindo-o qual pesado fardo… Cuidavas ministrar o direito a ti mesmo e entortaste o destino, imprimindo perigosa curva ao teu caminho, que poderia ser retilíneo e iluminado. Temendo a ti próprio, por te sentires delinquente em toda a parte, buscaste refúgio no trabalho atabalhoado e mecanizante; conseguiste dinheiro que nunca te pacificou o ser; alcançaste culminante posição social entre os homens, dentro da qual, contudo, te sentes cada vez mais triste e mais desamparado… Como não te ocorreu, Pedro, a oração santificante? Como não te penitenciaste diante da vida, humilhando-te aos pés da tua vítima, no sincero e real propósito de regeneração? Preferiste a corrida louca empós das sensações externas, a fuga para a região do ganho material, a transitória ascensão para posições de domínio enganoso… Aterrorizado, tentaste escapar ao tribunal íntimo, onde o poder espiritual te exprobrava o condenável procedimento!

Mas, nunca é tarde para levantar o coração e curar a consciência ferida. Exausto de sofrer, cedeste à enfermidade e aproximas-te da loucura. De alma contundida e corpo em desordem, apelaste para a Misericórdia Divina, e aqui estamos. Contudo, meu amigo, nossa voz não se ergue para fustigar-te o espírito, já de si mesmo tão castigado e tão infeliz! Vimos ao teu encontro para estimular-te à regeneração. Quem poderá condenar alguém, depois da comunhão de vicissitudes na carne? Quem se sentirá suficientemente puro e santificado para atirar a primeira pedra, mesmo depois de haver atravessado a fronteira de cinzas do sepulcro? Quem de nós terá passado incólume nas correntes do pântano? Não, Pedro, o fundamento da obra divina é de amor incomensurável. Encontramo-nos aqui para querer-te bem, intentando alçar-te a consciência aos campos infinitos da vida eterna. Oraste e chamaste-nos. Abriste a mente à força regenerativa, e somos teus irmãos. Muitos de nós, em outro tempo, penetramos também o sombrio recôncavo dos vales do assassínio, da injustiça e da morte; entretanto, estacamos no caminho, renegamos o crime, ressoldamos com lágrimas os elos partidos pela nossa imprudência, e, cultivando o perdão e a humildade, aprendemos que só o amor salva e constrói para sempre.

Lembra-te das tuas próprias necessidades, interrompe a marcha da aflição, reconsidera a atitude e faze novo compromisso perante a Divina Justiça.

Passada longa pausa, Cipriana abriu os braços maternos e acrescentou:

— Levanta-te e vem a mim. Sou tua mãe espiritual, em nome de Deus.

O enfermo, de olhos brilhantes e lacrimosos, ergueu-se, qual menino, sensibilizando-nos o coração, e exclamou:

— Merecerei tamanha graça?

— Como não, filho meu? O Pai não nos responde às súplicas com palavras condenatórias. Acercamo-nos de ti em nome d’Ele, nosso Supremo Senhor.

Assim dizendo, conchegou-o ao coração; mas havia tal meiguice naquele amplexo inesperado, que outros circunstantes, que não nós, diriam presenciar o reencontro de carinhosa mãe com o filho ausente, após longa e cruciante separação.

O infortunado deixou pender a cabeça sobre um dos ombros dela, demonstrando infinita confiança, e murmurou infantilmente:

— Mãe do Céu, ninguém na Terra jamais me falou assim…

Via-se-lhe o alívio, através do semblante feliz. Cipriana animou-o, bondosa, e explicou:

— É imprescindível aquietes a mente afogueada, depositando nas mãos do Senhor as antigas angústias.

A essa altura, voltei a Calderaro meu olhar comovido e notei que as lágrimas não brotavam exclusivamente dos meus olhos. O companheiro tinha-as abundantes a lhe deslizarem na face calma.

Tocado por minha silenciosa indagação, falou-me em voz apenas perceptível:

— Praza a Deus, André, possamos também aprender a amar, adquirindo o poder de transformar os corações.


A emissária, que parecia não se dar conta de nossa presença, avançou para o verdugo, sustentando Pedro nos braços, como se lhe fora um filho doente. O perseguidor aguardou-a, ereto e altivo, revelando-se insensível ás palavras que nos haviam dominado os corações. A missionária, longe de intimidar-se, aproximou-se, tocando-o quase, e falou, humilde:

— Que fazes tu, Camilo, cerrado à comiseração?

O algoz, demonstrando incompreensível frieza, retorquiu, cruel:

— Que pode fazer uma vítima como eu, senão odiar sem piedade?

— Odiar? — Tornou Cipriana, sem se alterar. Sabes a significação de tal atitude? As vítimas inacessíveis ao perdão e ao entendimento soem ultrapassar a dureza e a maldade dos precitos, provocando horror e compaixão. Quantos se valem desse título, para pôr de manifesto as monstruosidades que lhes povoam o ser! Quantos se aproveitam da hora de irreflexão de um amigo ignorante ou infeliz, para encetar séculos de perseguição no inferno da ira! A condição de vítima não te confere santidade; vales-te dela para semear, na própria senda, ruína e miséria, treva e destroços. Sem dúvida, Pedro feriu-te em momento de insânia, perdido de ilusão na mocidade turbulenta; no entanto, pai de família que foste, homem refletido e prudente que aparentavas ser, não encontraste no espírito mínima réstia de piedade fraternal para desculpá-lo. Há vinte anos instilas em torno de ti a peçonha da víbora, na postura do famulento chacal. Podendo conquistar a láurea dos vencedores com o Cristo, preferiste o punhal da vingança, ombreando-te com os malfeitores endurecidos. Onde esbarrarás, meu filho, com teus sentimentos desprezíveis? Em que muralha de angústia serás algemado pela Justiça de Deus?

Dos olhos de Cipriana escorriam grossas lágrimas.

Camilo vacilava entre a inflexibilidade e a capitulação. Extrema palidez cobria-lhe o rosto, e, quando nos pareceu que ia proferir uma resposta a esmo, a missionária dirigiu-se ao meu orientador, pedindo-lhe com humildade:

— Calderaro, meu amigo, ajude-me a conduzi-los. Sigamos até ao lar de Pedro, onde Camilo atenderá nossos rogos.

Meu companheiro não hesitou. Voltando-se para mim, obtemperou:

— A Irmã transportará Pedro com os próprios recursos, mas o outro, terrivelmente escravizado aos pensamentos inferiores e às intenções criminosas, é pesado de carregar: conduzamo-lo nós ambos.

Dando-lhe nossos braços, Calderaro à direita e eu à esquerda, reparei que o paciente não reagia; compreendendo, talvez, a inanidade de qualquer rebeldia, deixava-se levar sem protesto.

Colocamo-nos, assim, em jornada rápida.

Em breves minutos penetrávamos confortável residência, onde uma senhora, na sala de estar, tricotava, junto de dois filhos pequeninos.

A conversação doméstica era doce, cristalina.

— Mamãe, — dizia o menorzinho, — onde está o Neneco?

— Voltou ao serviço.

— E Celita?

— No colégio.

— E Marquinhos?

— Também.

— Eu queria “todo o mundo” aqui em casa…

— Para quê? — Indagou a genitora, sorrindo.

— Sabe, mamãe? Para rezarmos por papai. A senhora reparou, ontem à noite, como estava aflito e abatido?

A jovem matrona transluziu certa angústia nos olhos, mas objetou, em tom firme:

— Confiemos em Deus, meu filhinho. O médico recomendou-nos tranquilidade, e estou convencida de que a Providência nos ouvirá.

Lançou inteligente olhar sobre a criança e acentuou:

— Vá distrair-se, Guilherme; vá brincar.

O pequeno Guilherme, porém, descansou o braço direito sobre um livro de primeiras letras, cismando, como se indiretamente percebesse nossa presença, enquanto a senhora súbito abandonava o tricô, para chorar num quarto, a distância.

Acompanhávamos a cena, comovidos, quando Cipriana se dirigiu a Camilo, desapontado:

— Continuemos. Efetivamente, nosso amigo subtraiu-te a vida física, noutro tempo, contraindo assim dolorosa dívida; entretanto, a voz deste menino devotado à prece não te sensibiliza o espírito endurecido? Este é o lar que o Pedro criminoso instituiu para criar o Pedro renovado… Aqui trabalha ele, exaustivamente, para retificar-se perante a Lei. Compreendendo a responsabilidade terrível, assumida com o golpe que te aplicou sem reflexão, meteu ombros a uma atividade desordenada e incessante, derruindo os centros físicos. Antes dos cinquenta anos, no corpo terrestre, revela evidentes sinais de decrepitude. Se cometeu falta grave, tem feito o possível por erguer-se, numa vida nobre e útil. Amparou devotada mulher no instituto do casamento, deu refúgio a cinco filhinhos, esforçando-se por norteá-los para o bem, através do trabalho honesto e do estudo edificante. Sem dúvida, Pedro cresceu no conceito dos amigos, galgou posição de abastança material; todavia, sabe agora, de experiência própria, que o dinheiro não soluciona problemas fundamentais do destino e que o elevado conceito que possamos conseguir dos outros nem sempre corresponde à realidade. Não obstante todas as vantagens conquistadas no âmbito material, tem vivido enfermo, infortunado, aflito… Apesar disto, tem a seu crédito o serviço realizado com boas intenções, o reconhecimento de uma companheira que o nobilita e as preces de cinco filhos agradecidos.

Quanto a ti, que fizeste? Faz precisamente vinte anos que não abrigas outro propósito senão o de extermínio. O desforço detestável tem sido o objeto exclusivo de teus intuitos destruidores. Teu sofrimento, agora, nasce da volúpia da vingança. Vale a pena ser vítima, receber a palma santificante da dor, para descer tanto na escala da vida?

A benfeitora fez breve pausa, fitou-o compadecidamente, e prosseguiu:

— Contudo, Camilo, nossa palavra enérgica não se faz ouvir neste santuário, à laia de juízo irrecorrível. És, acima de tudo, nosso irmão, credor de nosso afeto, de nossa estima leal. Com o te visitar, nosso objetivo é ajudar-te. Talvez recuses nossa aliança fraterna, mas confiamos em tua regeneração. Também nós, em épocas remotas, demoramos no desfiladeiro fatal, a que te conduziste. Passamos longo tempo, na atitude da serpe venenosa, concentrada em si mesma, aguardando o ensejo de exterminar ou de ferir. No entanto o Senhor Todo Misericordioso nos ensinou que a verdadeira liberdade é a que nasce da perfeita obediência às Suas leis sublimes, e que só o amor tem suficiente poder para salvar, elevar e remir. Somos todos irmãos, suscetíveis das mesmas quedas, filhos do mesmo Pai… Não te falamos, pois, como anjos, senão como seres humanos regenerados, em peregrinação aos Círculos Maiores!

Havia tal inflexão de carinho naquelas ternas e sábias considerações, que o perseguidor, dantes frio e impassível, prorrompeu em pranto. Mau grado tal modificação, alçou o indicador na direção de Pedro e exclamou:

— Quero ser bom, e, todavia, sofro! Confrangem-me atrozes padecimentos. Se Deus é compassivo, porque me deixou ao desamparo?!

Aqueles soluços, a explodirem-lhe da alma torturada, feriam-me fundo o coração. Como não chorar também, ali, ante aquela cena simbólica? Camilo e Pedro, entrelaçados no crime e no resgate, não representavam todos nós, os seres humanos falíveis? Cipriana, tolerante e maternal, não personificava a Compaixão Divina, sempre inclinada a ensinar com o perdão e a corrigir através do amor?

Ouvindo as palavras do verdugo, a missionária observou:

— Quem de nós, meu amigo, poderá apreender toda a significação do sofrimento? Indagas a razão por que permitiu o Senhor atravessasses tão dura prova… Não será o mesmo que interrogar o oleiro pelos motivos que o compelem a cozer o delicado vaso em calor ardente, ou inquirir do artista os propósitos que o levam a martelar a pedra bruta, para a obra-prima de estatuária? Camilo, a dor expande a vida, o sacrifício liberta-a. O martírio é problema de origem divina. Tentando solvê-lo, pode o espírito elevar-se ao píncaro resplandecente ou precipitar-se em abismo tenebroso; porque muitos retiram do sofrimento o óleo da paciência, com que acendem a luz para vencer as próprias trevas, ao passo que outros dele extraem pedras e acúleos de revolta, com que se despenham na sombra dos precipícios.

Notando que o desventurado chorava amargamente, Cipriana continuou, depois de breve silêncio:

— Chora! Desabafa-te! O pranto de compunção tem miraculoso poder sobre a alma ferida.

Calou-se a emissária por minutos. Seus olhos muito lúcidos pareciam agora vaguear em paisagem distante…

Recolheu Camilo, quase maquinalmente, nos braços, conservando os contendores conchegados ao peito, qual se lhes fora mãe comum.

Transcorrido algum tempo, dirigiu carinhoso olhar ao algoz de Pedro e prosseguiu:

— Comentas o mal que te feriu, invocas a Providência com expressões desrespeitosas… Ó meu filho, cala o dom de falar quando não puderes servir ao bem.


Vivi igualmente na Terra e não padeci quanto devia, considerado o tesouro da iluminação espiritual que recebi do Céu pela dor. Perdi meus sonhos, meu lar, meu esposo, meus filhos! O Senhor mos deu, o Senhor mos retomou. Meus dois rapazes foram assassinados numa guerra civil, em nome de princípios legais; minhas duas filhas, seduzidas pelo fascínio do prazer e do ouro, escarneceram de minhas esperanças e permanecem na Esfera sombria, emaranhadas em perigosas ilusões. O esposo era o único amigo que me restava; entretanto, quando a lepra acometeu minha carne, abandonou-me também, empolgado por visível horror. Desprezaram-me todas as afeições, fugiram os favores do mundo; contudo, enquanto meus membros se desatavam do corpo que se corrompia, quando me achava relegada ao extremo desamparo dos que me eram caros, robustecia-se dentro em mim o cântico da esperança. Minhalma glorificava o Senhor da Vida Triunfante… Concedera-me Ele, um dia, todas as graças da saúde e da mocidade, retomando, em seguida, esses bens, que eu guardava por empréstimo. Privou-me dos entes queridos, desfez-me o equilíbrio orgânico, enviou-me a fome e a dor; no entanto, quando a minha solidão se fez amarga e completa, minha fé elevou-se mais clara e mais viva… Que necessitava eu, miserável mulher, senão padecer, para santificar a esperança? Que não precisarei ainda, para lograr o acesso às fontes superiores? Quem somos nós, senão vaidosos vermes com inteligência mal aplicada, aos quais se tem de mil modos manifestado a Misericórdia Infinita, mas em vão?

Foi, então, a vez de Camilo ajoelhar-se.

Do tórax de Cipriana partia radioso feixe de luz, que lhe atravessava o coração, qual venábulo de luar cristalino.

O infeliz, genuflexo agora, beijava-lhe a destra, num transporte comovente de gratidão, rociando-a de lágrimas.

— Sim, — disse ele, chorando, — não me falaríeis desta maneira, se me não amásseis! Não são vossas palavras que me convencem…, senão o vosso sentimento que me transmuda!

E, como acontecera a Pedro, também gritou:

— Mãe do Céu, libertai-me de minhas próprias paixões! Desfechai-me as algemas que eu mesmo forjei…, quero fugir de minhas sinistras recordações…, quero partir, esquecer, empenhar-me na luta regeneradora, recomeçando a trabalhar!

Cipriana confiou-nos o doente, cujo veículo denso descansava no hospital próximo, e, num triunfante sorriso de ternura materna, enlaçou o ex-perseguidor, murmurando:

— Abençoado sejas tu, que ouviste o apelo do perdão redentor. Que o Pai te abençoe para sempre! Vamos! A Providência oferece trabalho regenerativo a todos nós…


Abraçou-se à figura repulsiva do ex-verdugo, aconchegou-o ao coração e aproximou-se de nós, dirigindo-nos a palavra gentilmente:

— Irmãos, agradeço-lhes o concurso fraterno. Nosso amigo sofredor seguirá em minha companhia. Espero localizá-lo em terreno de atividade restauradora.

E, antes de despedir-se, notificou ao meu orientador:

— Irmão Calderaro, aguardo-lhe a colaboração hoje à noite, em favor de Cândida, que deve regressar ao “nosso lado” amanhã, em definitivo. Precisamos salvar-lhe da loucura total a filhinha.

Retirou-se a mensageira, conduzindo o transviado como se lhe fora precioso fardo, enquanto nova luz me dealvava o espírito.

O Assistente tocou-me o ombro e falou:

— O coração que ama está cheio de poder renovador. Certa feita, disse Jesus que existem demônios somente suscetíveis de regeneração “pelo jejum e pela prece”, (Mt 17:20) às vezes, André, como neste caso, o conhecimento não basta: há que ser o homem animado da força divina, que flui do jejum pela renúncia, e da luz da oração, que nasce do amor universal.


Dispúnhamo-nos a reconduzir o enfermo à casa de saúde, quando a dona da casa assomou à sala, em traje de sair, e disse aos meninos:

— Preparem-se, filhinhos. Visitaremos o papai dentro em pouco.

Transportamos Pedro ao leito, dispensando-lhe os cuidados possíveis.

Em breve, despertava a sorrir, melhorado, quase feliz. Chamou a enfermeira, demonstrando novo brilho no olhar. Não sentia mais a dor persistente no peito. Algo, — refletia ele, — expungira-lhe de negrores a cabeça, como a chuva benéfica lava e clareia um céu de chumbo.

Decorrida uma hora, a esposa e os filhinhos penetravam no aposento, partilhando-lhe o bem-estar.

Contou-lhes Pedro, chorando de júbilo, que tivera um sonho iluminativo; assegurava ter sido visitado pela Mãe Santíssima, que lhe estendera as divinas mãos, transbordantes de luz.

A esposa, ouvindo-o, verteu copioso pranto de alegria e de reconhecimento. E Guilherme, o pequenino cheio de fé viva, tomou a destra paterna, osculando-a com filial afeição e agradecimento a Deus.

Sensibilizado, acompanhei a cena íntima em que a família reencontrava a paz e, recordando Cipriana, com a sua milagrosa atuação salvadora, compreendi que a mulher, santificada pelo sacrifício e pelo sofrimento, se converte em portadora do Divino Amor Maternal, que intervém no mundo para enobrecer o sentimento das criaturas.




Joanna De Ângelis

mt 17:20
Vitória Sobre a Depressão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Divaldo Pereira Franco
Joanna De Ângelis

No turbilhão da vida moderna, quando a pessoa parece ter perdido a dimensão do tempo e o valor do espaço em contínua refrega para ter e poder, a fé religiosa diminui de intensidade em muitas mentes e sentimentos.


A justificativa da ausência de tempo para as questões, aliás, fundamentais da existência, torna a marcha evolutiva árida, adstrita exclusivamente às pertinentes à matéria e aos impositivos sociais, às conquistas financeiras e culturais, aos relacionamentos lucrativos, aos investimentos que proporcionam retorno imediato, à competição contínua, vez que outra à recreação em lugares paradisíacos e muito bem frequentados, aqueles que se encontram na moda… O enfoque materialista sobrepõe-se à formação religiosa anterior, como se a mesma estivesse ultrapassada, porque canhestra e inoportuna, já não merecendo a dedicação de alguns minutos diários pelo menos, para as reflexões que proporcionam a alimentação da alma.


O ser humano é um animal essencialmente religioso, até mesmo quando não se dá conta dessa realidade, porquanto, ao vincular-se a outros ideais e objetivos existenciais, presta-lhes um verdadeiro culto de fé, embora sem a conotação espiritual.


Muita falta faz a fé religiosa no ser humano moderno, por ser um archote luminoso em noite escura, conduzindo aquele que o carrega de maneira segura pelos escusos caminhos que é convidado a percorrer.


Naturalmente, referimo-nos à fé estruturada na razão, defluente de estudos e reflexões que demonstrem a sua autenticidade e vigor quando se lhe busca o apoio.


Muito dificilmente alguém poderá enfrentar as tempestades e refregas do mundo no dia-adia, sem o apoio da esperança e do conforto da caridade, como diletos filhos do amor.


Aquele que, a qualquer pretexto, isola-se, tem ressequido o sentimento de afetividade, estando às bordas de um transtorno esquizofrênico, em discreto agravamento.


A convivência inevitável com o próximo, mesmo quando o indivíduo não tem vinculação religiosa, é inevitável, em face dos compromissos familiares, sociais, comerciais, culturais, etc., impondo deveres e direitos recíprocos, que necessitam de ser mantidos a benefício da própria sociedade.


Quando a fé religiosa se faz presente no ser humano, muito mais fácil se lhe torna a marcha, porque compreende a razão dos acontecimentos, a necessidade de crescer mental e emocionalmente, desenvolvendo as aptidões do bem e do saber, sentindo-se parte valiosa do grupamento que se lhe apresenta na condição de família ampliada.


A fé é uma verdadeira bênção que merece o cultivo com carinho e constância.


Naturalmente que necessita do combustível da oração, a fira de manter-se vigorosa em todas as situações.


Pode-se afirmar que a travessia da existência humana pelos pelagos vorazes do oceano carnal sem a fé, é semelhante à situação de um barco navegando sem bússola.


* * *

Quando alguém se apoia na certeza da proteção de Deus, fenômenos fisiológicos e psicológicos ocorrem automaticamente auxiliando-o na preservação ou na aquisição do equilíbrio e do bem-estar.


Aqueles que se afastaram das convicções religiosas, nos momentos difíceis do aljube físico, não dispõem de suporte emocional para resistir com harmonia interior aos embates do sofrimento. O materialismo a que se aferram não possui instrumentos de amor nem de confiança para serem utilizados, porque o terrível fantasma do nada aturde-os, abrindo-Jhes espaços sinistros para a fuga enlouquecida pelo suicídio, a fim de livrar-se da situação aflitiva em que se deparam. Como efeito, mergulham em um abismo sem fundo, no qual a realidade da vida se lhes apresenta com as fortes injunções das quais desejaram fugir.


É de suprema angústia o despertar do niilista que encontra a vida negada após a morte do corpo físico.


Adicionam-se-lhe à dor moral da constatação da realidade, a noção do tempo malbaratado, o peso do remorso pelo sofrimento que se impôs através da deserção, a amargura pela conscientização da soberba nefanda e da presunção doentia a que se aferrava.


Não importa a denominação da escola de fé religiosa a que o indivíduo se vincule, mas a mensagem de vida imperecível que todas oferecem aos seus seguidores. Vivendo os seus postulados com honestidade e trabalhando as próprias imperfeições, ele adquire a tranquilidade indispensável aos enfrentamentos inevitáveis.


Ninguém passa pelo trânsito físico sem os atropelos do percurso, que se fazem necessidade para o crescimento interior.


Graças aos avanços científicos e tecnológicos, têm sido vencidos e decifrados muitos dos enigmas que antes ameaçavam a vida na Terra.


De igual maneira, esses mesmos instrumentos colocados a serviço da investigação da vidaalém-da-vida, têm confirmada a legitimidade dos fenômenos mediúnicos que demonstram a sobrevivência do Espírito à disjunção celular, oferecendo a certeza da imortalidade na qual a vida se expressa.


Essa convicção haurida no Espiritismo enseja a religião da fé raciocinada que ilumina os mais sombrios acontecimentos, explicando-lhes a causa e propondo as técnicas para a sua libertação.


E, desse modo, a religião dos Espíritos, o mais ferrenho adversário da negação, a mais bela formulação filosófica para dar sentido psicológico à vida física, apresentando-a como decorrência daquela de natureza espiritual.


A fé religiosa desse porte transforma-se em alavanca poderosa que impulsiona ao progresso individual e coletivo, dignificando o ser que se renova a todo instante, facultando alcançar a plenitude à qual aspira.


* * *

Entre as magistrais parábolas enunciadas por Jesus, a que diz respeito à fé do tamanho de um grão de mostarda oferece a dimensão que o Mestre concedia a esse sentimento de religiosidade interior.


Graças a essa confiança, pode-se fazer tudo quanto se deseja, porque não faltarão estímulos para consegui-lo.


A fé religiosa, portanto, constitui uma inestimável contribuição para a autossuperação dos conflitos, a vitória sobre a inferioridade moral, a aquisição da paz…

…Se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus 17:20) Com o apoio da fé religiosa, os montes desafiadores dos problemas tornam-se facilmente transpostos.


Busca-a através da reflexão, e conseguirás um tesouro de valor incalculável.



Diversos

mt 17:20
Nosso Livro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 31
Francisco Cândido Xavier
Diversos

"Qualquer que vos der a beber um copo d’água em meu nome, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão".


JESUS, MATEUS, 9:41

Meu amigo, ninguém te pede a santidade dum dia para outro.


Ninguém reclama de tua alma espetáculos de grandeza.


Todos sabemos que a jornada humana é inçada de sombras e aflições criadas por nós mesmos.


Lembra-te, porém, de que o Céu nos pede solidariedade, compreensão, amor...


Planta uma árvore benfeitora, à beira do caminho.


Escreve algumas frases amigas que consolem o irmão infortunado.


Traça pequenina explicação para a ignorância.


Oferece a roupa que se fez inútil agora ao teu corpo ao companheiro necessitado, que segue à retaguarda.


Divide, sem alarde, as sobras de teu pão com o faminto.


Sorri para os infelizes.


Dá uma prece ao agonizante.


Acende a luz de um bom pensamento para aquele que te precedeu na longa viagem da morte.


Estende o braço à criancinha enferma.


Leva um remédio ou uma flor ao doente.


Improvisa um pouco de entusiasmo para os que trabalham contigo.


Emite uma palavra amorosa e consoladora onde a candeia do bem estiver apagada.


Conduze uma xícara de leite ao recém-nascido que o mundo acolheu sem um berço enfeitado.


Concede alguns minutos de palestra reconfortante ao colega abatido.


O rio é um conjunto de gotas preciosas.


A fraternidade é um sol composto de raios divinos, emitidos por nossa capacidade de amar e servir.


Quantos raios libertaste hoje do astro vivo que é teu próprio ser imortal?


Recorda o Divino mestre que teceu lições inesquecíveis, em torno do vintém de uma viúva pobre, de uma semente de mostarda, de uma dracma perdida...


Faze o bem que puderes.


Ninguém espera que apagues sozinho o incêndio da maldade.


Dá o teu copo de água fria.


Emmanuel



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 17:20
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 17
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 17:19-21


19. Então chegando-se os discípulos a Jesus em particular, perguntaram: "Por que não pudemos nós expulsá-lo"?


20. Jesus respondeu-lhes: "Por vossa falta de fé, pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para lá, e ele passará; e nada vos será impossível".


21. Mas esse tipo não sai senão com oração e jejum".


MC 9:28-29


28. E tendo entrado ele em casa, perguntaramlhe seus discípulos particularmente: "Por que não pudemos nós expulsá-lo"?


29. Respondeu-lhes: "Esta espécie só pode sair pela oração e jejum".


Marcos tem o cuidado de avisar-nos que os discípulos se dirigiram ao Mestre "depois que estavam em casa", fato que Mateus assinala apenas com a expressão "em particular".


A pergunta revela ansiedade: "por que não pudemos expulsá-lo"?


E a resposta esclarece para todos: "por falta de fé".


Já havia sido dito que TUDO é possível ao que crê. E agora mais uma lição nos chega, com palavras "e comparações repetidas das lições rabínicas, onde era frequente a expressão "pequeno como grão de mostarda"; e também, para significar algo muito difícil, dizia se "como transportar montanhas". A união dos dois termos, porém, é particularidade do Evangelho.


O último versículo de Marcos (29) dá uma pequena desculpa aos discípulos: esse tipo (de espíritos) só pode sair pela oração e pelo jejum". Nem todos os códices têm "pelo jejum" (aleph, B, K) , que é suprimido por Nestle, Swete, Lagrange, Huby e Pirot; Merck o coloca entre chaves; mas é mantido por von Soden, Vogels e Prat. Realmente, os rabinos ensinavam que "quem quer que ore sem ser atendido, ponha-se a jejuar" (cfr. Strack e Eillerbeck, o. c. , vol. 1, pág" 760). Esse versículo parece ter sido transportado para constituir o vers. 21 de Mateus, que falta em aleph, B, theta, em três minúsculos e em todas as versões copta, etiópica, siríaca hierosolymitana, e no mss. "k" da vetus latina, e na Vulgata.


Vem agora a lição sobre a fé. Preciosa e esclarecedora, incisiva e categórica. De fato, uma LIÇÃO.


O intelecto, na meditação em contato com o Eu verdadeiro ou com a individualidade ("em casa"), indaga das razões por que não conseguiu o domínio das emoções. E a resposta é taxativa: falta de fé.


A dúvida é o pior veneno para a criatura. Tiago 1:6-3 entendeu a lição do Mestre: "Peça-se com fé, sem hesitar, pois aquele que hesita é como a onda do mar impelida e agitada pelo vento; esse homem nada recebe do Senhor pois é homem de dupla alma, instável em todos os seus caminhos".


Que significa, afinal, pístis, a FÉ?


A definição vai depender do nível evolutivo em que cada um se encontre, para compreender o sentido da palavra. Vejamos.


1. As crianças (físicas na idade temporal ou intelectuais pela infância do "espírito"), interpretam fé como acreditar. Se acredito no que alguém me diz, sem pedir provas, demonstro fé na pessoa. Essa fé recebe geralmente o designativo de "fé do carvoeiro", ou do homem "crente" que, por não saber nada, acredita em tudo o que lhe dizem, sem capacidade para raciocinar por si: é a fé do simplório e do ignorante, exaltada em certos círculos humanos como virtude máxima, e até como condição essencial e única para a criatura "salvar-se".


2. Os que vivem mais no plano astral (emocional) acham que a fé é um "sentimento", uma emoção, que se acende ou apaga, aumenta e diminui, segundo o estado emocional da criatura. É a fé que se conquista diante de um ato de generosidade ou se perde, num segundo, diante de uma desilusão; mais baseada nos outros, com suas qualidades e defeitos, do que em si mesmos, em seu próprio conhecimento da verdade. É a fé que vibra altaneira e provoca, às vezes, gestos heroicos e repentinos, mas que também pode levar a extremos opostos de aridez e até de ateísmo absoluto, de materialidade total.


3. Os intelectualizados que baseiam tudo no raciocínio horizontal e na pesquisa. preferem, como sinônimo de fé, a palavra convicção, certeza confiança. Representa, então, uma virtude intelectual, um fruto da experiência, e não mais uma emoção. Supõe o conhecimento profundo do assunto: a certeza científica baseada nesse conhecimento é a fé. É a segurança do químico que, ao fazer as combinações de ácidos com bases, tem a certeza de que obterá um sal: fé absoluta, fé raciocinada e experimentada, com fundamento em fatos vividos e verificados sob controle.


4. Outros preferem considerar a fé: como demonstração de fidelidade (por exemplo, o Prof. Huberto Rohden, de quem recebemos uma carta a esse respeito). Esses, já vivendo acima do intelecto, sintonizados com a "razão" (ou individualidade), compreendem que a faculdade essencial à criatura é a fidelidade aos princípios. Uma vez conhecido o caminho e encontrado o Mestre, não haverá mais esmorecimentos nem desvios, não se permanecerá mais no saber, nem no dizer, nem mesmo no fazer, mas se exigirá de si mesmo o máximo, o SER, o SER TOTAL, INTEGRAL, ser igual ao Mestre, numa completa e total FIDELIDADE DE REPRODUÇÃO, como a cópia de carbono com o original, como a estátua de gesso com o molde de barro, como a imagem no espelho com quem se mira. Essa a interpretação que demos à quarta bem-aventurança (veja vol. 2): felizes os que buscam o ajustamento, a justeza, do modelado com o modelo, do cristão com o Cristo.


A qualquer dessas interpretações, podemos aplicar, cada um em seu grau, a lição ministrada: a fé, ainda que do tamanho de um grão de mostarda, ou seja, embora ainda esteja no início do desenvolvimento, nos primeiros passos da caminhada, já será suficiente para obter-se extraordinário efeito.


Lógico que o efeito corresponderá, em grandeza, ao adiantamento do nível evolutivo de quem a possui e a vive. Mas, não é mister diplomar-se como professor de matemática superior, para realizar as quatro operações. Desde que a faculdade exista, desde que a causa aja, o efeito é produzido. Para fazer luz numa lâmpada, não há necessidade de movimentar-se uma usina elétrica e nem mesmo de possante gerador: até uma pilha acende uma lâmpada de 6 volts, mas a luz é feita; é fraca, mas é luz.


Assim, a "montanha" poderá ser transportada de cá para lá. Seja uma montanha de dificuldades, ou de terra, ou de defeitos, ou de fluidos ou de correntes do astral, ou quaisquer outras.


A expressão "montanha" exprime, simplesmente, algo de grande, de imenso, de "impossível" de abraçarse com os curtos braços humanos. Não há montanha que resista a quem tem fé: "nada é impossível ao que crê".


Quem meditar profundamente nessa frase, encontrará a força de vencer quaisquer obstáculos, quer interprete a fé como "crença", ou como "sentimento", ou como "convicção" ou como "fidelidade" a nosso-modelo, o CRISTO.


No entanto, há coisas que a fé opera apenas por meio da ORAÇÃO. Não é da "reza" repetida mecanicamente em novenas e trezenas, mas a oração da união total com o Cristo Interno, a meditação e o mergulho em que a criatura consegue "ajustar-se" totalmente ao Criador, em que a onda sonora sintoniza perfeitamente com a emissora, em que o cristão se CRISTIFICA (2. º Cor. 1:21).


A palavra "jejum" que aparece em alguns códices e é rejeitada por numerosos hermeneutas, tem sua razão de ser nesta interpretação, pois com ela não se entende o jejum da comida física, mas o jejum" da materialidade". Explicamo-nos: aquele que se desprende da matéria e vive unido do Espírito, ou seja, "que vive na matéria sem ser da matéria, ou que vive no mundo sem ser do mundo" (Huberto Rohden), esse é o que "jejua". Com efeito, mesmo estando diante das iguarias tentadoras do mundo e de suas paixões, ele permanece sem nelas tocar, em oração (unido ao CRISTO) e em jejum (desligado da matéria). Então, está realmente ESPIRITUALIZADO, ou, melhor ainda, CRISTIFICADO. Esse é o que possui o poder máximo no domínio espiritual da Terra, com largas e profundas repercussões mesmo no domínio material, sem necessidade de buscar nem treinar "poderes", com exercícios exóticos.


mt 17:20
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 16
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 8:31-59


31. Disse, então, Jesus aos judeus que nele tinham crido: "Se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sois meus discípulos,

32. e tereis a gnose da verdade e a verdade vos libertará".

33. Responderam-lhe eles: "Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém, como dizes vos tornareis livres"?

34. Replicou-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: todo o que faz o erro é escravo do erro,

35. e o escravo não permanece na casa para a imanência, mas o filho permanece para a imanência.

36. Se, pois, o filho vos libertar sereis realmente livres 37. Sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-me, porque meu ensino não penetra em vós.

38. Falo o que vi junto ao meu Pai, mas vós fazeis o que escutastes de vosso pai".

39. Responderam-lhe eles e disseram: "Nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.

40. Mas agora procurais matar-me a um homem que vos disse a verdade que ouviu de Deus: isso Abraão não fez.

41. Fazeis as obras de vosso pai". Responderam: "Não nascemos de prostituição: temos um Pai, que é Deus".

42. Replicou-lhes Jesus: "Se Deus fosse vosso Pai, vós me amaríeis, porque vim de Deus e estou aqui; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.

43. Por que não conheceis a minha linguagem? Porque não podeis ouvir meu ensino.

44. Vós sois filhos do Adversário, e quereis fazer a vontade de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando fala o mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como o pai dele 45. Mas porque digo a verdade, não me credes.

46. Quem de vós me argui de erro? Se digo a verdade, porque não me credes?

47. Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; vós não me ouvis por isso, porque não sois de Deus".

48. Responderam os judeus e disseram-lhe. "Não falamos certo que és samaritano e tens espírito"?

49. Retrucou Jesus: "Eu não tenho espírito, mas honro meu Pai e vós me desprezais.

50. Não busco a minha reputação: há quem a busque e decida.

51. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência".

52. Disseram-lhe os judeus: "Agora conhecemos que tens espírito. Abraão morreu e os profetas, e tu dizes: se alguém praticar meu ensino de modo algum provará a morte para a imanência;

53. acaso és maior que nosso Pai Abraão, que morreu? E os profetas morreram; quem pretendes ser"?

54. Respondeu Jesus: "Se eu tiver uma opinião sobre mim, minha opinião nada é; quem me julga é meu Pai, o que vós dizeis que é nosso Deus.

55. E não o conhecestes, mas eu o sei, e se disser que não o sei, serei semelhante a vós, mentiroso; mas o sei e pratico seu ensinamento.

56. Abraão, vosso Pai, alegrou-se esperando ver meu dia; viu-o e regozijou-se".

57. Disseram-lhe" então. "Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão"?

58. Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade em verdade vos digo: antes de Abraão ter nascido, EU SOU".

59. Pegaram, então, em pedras para atirar sobre ele, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo.



Esta terceira palestra de Jesus - já agora no pátio do templo (único lugar que, por não estar terminada sua construção tinha pedras no chão para serem apanhadas) - dirige-se aos que nele acreditaram, convidandoos amorosamente a confiar Nele e a segui-Lo. Mas é rapidamente tumultuada pelos cépticos que só se fiam no próprio saber e alargam cada vez mais o abismo entre eles e o Mestre, que amorosamente lhes oferece a maior oportunidade de suas vidas. Neste trecho também fomos obrigados a afastar-nos das traduções comuns. Vejamos os versículos em que isso ocorre, procurando justificar nossa opinião.


Vs. 31 - Traduzimos logos por "ensino", e não "palavra", expressão fraca para corresponde, à força da frase e do resultado que promete.


Vs. 32 - Em lugar de "conhecereis", que dá ideia de simples informação intelectual externa que realmente e insuficiente para produzir o resultado prometido preferimos a expressão técnica "tereis a gnose", que exprime o conhecimento profundo e experimental-prático, vivido pela criatura (cfr. vol. 4). Só com a experiência viva é possível a libertação, jamais obtida com as simples leituras informativas, por mais claras e profundas que sejam.


Vs. 34 - A maioria dos códices adota a frase: "quem faz o erro, é escravo do erro". Esse final, todavia, não aparece em D, b, na versão siríaca sinaítica nem em Clemente de Alexandria, que tem apenas: "Quem faz o erro é escravo". Parece que o acréscimo foi trazido por comparação de RM 6:17-20. No encanto, só se desorienta quem ainda é escravo do Antissistema, ao passo que os filhos, unificados com o Cristo não mais se desorientam: são livres.


Vs. 35 - Preferimos traduzir tòn aiôna por "imanência" (cfr. vol 2), pois aqui não se trata de "tempo" nem de "duração", e sim de essência, de modo-de-ser. Deixamos de lado, então, tanto o "eterno", quanto o "para sempre" (que não são o sentido de aiôn), não entendendo mesmo nem o "ciclo" ou" eon". A distinção é feita entre a vida imanente na casa do coração, e a vida material voltada para fora: o escravo sai da casa do coração e fica na rua, vagueando ou errando de léu em léu. Disso foi imagem simbólica o fato narrado em Gênesis, nos cap. 16 e 21, quando também distingue Ismael, filho da escrava egípcia Hagar de Isaac, filho da livre Sarah. Embora fossem ambos da semente de Abraão, o filho livre, Isaac, permaneceu com o pai em casa, enquanto Ismael, filho da escrava (e portanto escravo) foi expulso para o deserto.


Vs. 37 - Em vez de traduzirmos hóti ho logos ho emós ou chôrei en humin, como em geral, por "porque minha palavra não cabe em vós" - expressão que, analisada, não tem sentido - preferimos dar a logos o significado de "ensino" e interpretar chôrei como "penetrar". Há, então, um sentido lógico e racional na frase: o ensino crístico não consegue atravessar a carapaça do conhecimento egoístico do intelecto para penetrar no coração dos ouvinte.


Vs. 38 - Há aí uma distinção sutil no original: a mesma preposição para é usada com o dativo tôi patrí, quando Jesus se refere a Seu Pai (vi junto a meu Pai), e com o genitivo toú patrós, quando fala do pai dos judeus (ouvistes de vosso pai) exprimindo proveniência. Os adjetivos "meu (Pai)", omitido em B, C L, e W, aparece em aleph, D, gama, delta, theta, a, b, c, e, f, ff2, na Vulgata e na versão siríaca curetoniana; assim "vosso (pai)", omitido em E eL, aparece em aleph, C, D, gama, delta, e vulgata.


Vs. 40 - Jesus se diz homem (e não Deus): "Quereis matar-me, a um homem que vos disse a verdade" (nyn dè zêteite me apokréinai ánthrôpon hòs tén alêtheian humin lelálêka).


Vs. 41 - Os ouvintes tomam a acusação como de idolatria, quando arguídos de terem outro pai (outro elohim), coisa que merecia o epíteto de filhos da prostituição" (cfr. Hoséa. 1:2 e 2:4).


Vs. 43 - Não tendo a capacidade iniciática de "ouvir a palavra" (akouein tòn logon), isto é, de perceber o ensino, nem sequer podem compreender a linguagem (ginôskein tên lalían) de Jesus. Era. com efeito, uma linguagem esotérica e alegórica simbólica e mística, só entendida dos preparados para recebê-la.


Vs. 44 - Ainda aqui diábolos é "o adversário" (cfr. vol. 1 e vol. 4). Este é um dos versículos aduzidos como defesa do ensino dualista de Jesus. No entanto, o dualismo aí é apenas aparente, constituindo simplesmente a distorsão causada pelo nosso mergulho na matéria, que interpreta as exterioridades da superfície como sendo a essência. Pelo que vimos estudando até aqui, verificamos que o ensino real de Jesus é MONISTA. O que aparece neste versículo é a teoria "dos opostos", pela qual todo polo positivo tem também seu polo negativo; mas a barra do ímã é uma só, UNA, embora de cada um de seus lados haja um polo: o positivo, o Sistema, Deus; e o negativo, o Antissistema, que é o adversário (Diabo) ou antagonista (Satanás); este porém, não é uma entidade à parte, com substância própria individual, mas somente a projeção do próprio Espírito na matéria. Então, a matéria é o próprio Espírito que se congelou, ao baixar as vibrações e adquirir um peso específico elevado, ficando prisioneiro dela, que lhe é o verdadeiro adversário. Opostos de qualidade, mas uma só substância; opostos de posições mas uma só essência; opostos de realidade; opostos de aparência, mas um só ser; opostos de pontos-devista, mas uma só verdade. A matéria e um prisma que bifurca num dualismo superficial e ilusório, o monismo essencial e verdadeiro do Espirito.


Afirma Jesus que o adversário (isto é, a matéria) é homicida desde o princípio. Realmente, sendo eterno, o Espírito não sabe o que seja morte nem desfazimento, características próprias da matéria. Então, desde o princípio (ap"archés) a matéria é homicida, porque faz o homem morrer fisicamente, fá-lo experimentar a desagradável sensação de perda e dissolução. E além de homicida, é mentiroso, porque na matéria não está a verdade, já que a matéria e ilusão (máyá) transitória, modificando-se constantemente, num equilíbrio instável de todas as suas células, que vivem em contínuas trocas metabólicas.

Vs. 48 - Traduzimos daimómon por "espírito" desencarnado. Era comum atribuir-se à influência de um espírito (geralmente obsessor, sentido constante de daimónion no Novo Testamento, cfr. vol. l) quaisquer incongruências no falar e conceitos que soassem absurdos. A acusação volta no vers. 52, como já fora feita anteriormente (JO 7:20).


Vs. 50 - Traduzimos dóxa como "reputação" (cfr. vol. 1), único sentido que encaixa perfeitamente no contexto. As palavras de Jesus valeram-Lhe a má reputação de obsidiado e samaritano (a esta Jesus não respondeu), e Ele limita-se a dizer que não Lhe interessa Sua reputação vinda de homens, pois só vale a opinião divina do Pai. O que realmente Lhe interessa é dizer a verdade, pensem os ouvintes o que quiserem a Seu respeito. Como vemos, traduzir aqui dóxa por "glória", não caberia absolutamente: Jesus nunca pareceu importar-se com essas vaidades humanas, próprias dos seres involuídos, que afanosamente buscam famas e glórias.


Vs. 51 - Aqui também nos afastamos das traduções vulgares. Achamos sem sentido a expressão "guardar minha palavra". Muito mais razoável "praticar meu ensino", perfeitamente justificado pelo original grego: tòn emòn lógon têrêsêi. A segunda parte: thánaton ou mê theôrêsêi eis tòn aiôna, "de modo algum verá a morte para a imanência". O sentido é real e lógico. O que não pode admitir-se é que o Mestre, que vem dando ensinamentos espirituais tão profundos, venha aqui prometer que, quem cumprir seus ensinos, não morrerá fisicamente! Que importa ao Espírito a morte do corpo? Lembramo-nos de Paulo a dizer (Filp. 1:21): "para mim, viver é Cristo, e morrer, uma vantagem"! Jesus jamais acenaria como prêmio a alguém, o ficar preso à matéria grosseira e inimiga durante toda a eternidade... Não sabemos como possa alguém perceber tão mal seus ensinos.


Vss. 52-53 - Mas os ouvintes entenderam exatamente isso: para eles o verdadeiro "eu" era o corpo físico.


Vs. 54 - Ainda aqui dóxa tem o mesmo sentido do vs. 50: reputação, opinião. Esse mesmo significado tem o verbo daí derivado, doxázô, que é opinar, estimar, avaliar, julgar". Não cabe aqui o sentido "glória".


O sentido é racional e claro: à pergunta deles "quem pensas ser" (literalmente, "quem te fazes", tína seautòn poieís), Jesus responde que não tem opinião a Seu respeito, que não se julga (doxázô) porque uma opinião Dele sobre Si mesmo de nada vale: o Pai é quem opina ou julga a Seu respeito.


Esse Pai, é Aquele exatamente que eles dizem ser nosso Deus.


Vs. 55 - Deixamos a oída o sentido real de "saber", isto é, "ter informação plena e correta de quem é o Pai". Mas, além desse saber, Jesus sublinha com ênfase: "e pratico seus ensinamentos" (kaì tón lógon autoú têrô). A tradução usual "guardo sua palavra" é fraca e sem sentido, nada diz de concreto. Essa que Ele tem, é uma certeza iniludível: se dissesse o contrário seria mentiroso como eles.


Vs. 56 - O original apresenta uma construção estranha: égalliásato hína ídêi tên hêméran tên emên, isto é, "alegrou-se para que visse meu dia". O sentido à essa cláusula final, iniciada por hína só pode ser interpretada por tratar-se de uma ação posterior, tanto que é repetida, logo a seguir, no passado: "viu e regozijou-se". Por isso traduzimo-la pelo sentido lógico: "alegrou-se na esperança de ver". O verbo agalliáô, só usado no presente e no aoristo, é um hápax do grego escriturístico (LXX e Novo Testamento). Essa "alegre esperança de ver" baseava-se, certo, na promessa (GN 12:3 e GN 22:18) de uma descendência de reis e nações.


Vs. 57 - "Ainda não tens cinquenta anos" significa cálculo por exagero (Jesus devia contar mais ou menos 36 anos) e não, como opinava Irineu, repetindo os presbíteros de Papias, que ele "tinha" mais ou menos 50 anos (cfr. adv. Haer. 2, 22, 5, 6; Patrol. Graeca vol. 6 col. 781 ss). Os dados de Lucas (3:23) são mais precisos. O verbo usado, eôrakas (em A, C, D) ou eôrakes (em B, W, theta) é lição melhor que eôrake (em aleph e na versão siríaca sinaítica). Com efeito, é mais compreensível a admiração de que Jesus, que ainda não tinha cinquenta anos, tivesse visto Abraão, do que este ter visto Jesus, o que poderia ter ocorrido na vida espiritual (opinião de Maldonado).


Vs. 58 - As traduções correntes trazem "antes que Abraão fosse (feito) eu sou". Ora, o original diz: prin Abraàm genésthai egô eimi, literalmente: "antes de Abraão nascer EU SOU" (genésthai é infinitivo presente da voz média). Há profunda diferença filosófica entre "ser feito" e "nascer": é feito ou criado aquilo que não existe; nasce na carne o espírito que já existe. Jesus declara categoricamente SER, antes que Abraão nascesse na matéria. Mas com isso confirma in totum sua asserção de ser YHWH.


Vs. 59 - Isso mesmo é que os ouvintes entendem, pois está escrito nos Salmos (Salmos 90:2) e nos provérbios, que YHWH é antes da constituição da Terra. E, segundo a prescrição do Levítico (Levítico 24:16) estava "blasfemando o nome de YHWH", merecendo por isso, a lapidação aí prescrita. Ora, o pátio do templo pelo testemunho de Flávio Josefo (Ant. JD 17, 9, 3) ainda não estava terminado, havendo pelo chão muitas pedras. Fácil apanhá-las para fazer cumprir a lei com as próprias mãos. Mas Jesus esconde-se (ekrybê) e sai do templo: não chegara ainda sua hora.


Nesta terceira palestra aos que Nele haviam acreditado, o Mestre lança amorável mas veemente convite para que viessem fazer parte de Sua "Assembleia do Caminho". A lição anterior é continuada, aprofundando-se os conceitos. Ocorreu, no entanto, que outros "judeus" (elementos religiosos, mas filiados a credos ortodoxos) se achavam presentes e começaram a lançar suas objeções de incredulidade, às quais o Cristo responde carinhosamente. Mas a Voz Espiritual proveniente da pureza diáfana do Sistema não consegue romper a armadura materialística dos que ainda pertenciam ao Anti Sistema. E, como é de hábito nesse pólo negativo, estes encerram qualquer discussão com a violência, e tentam apedrejá-Lo... Típico modo de agir de seres involuídos que, não tendo argumentos, recorrem à força física.


Vejamos o teor dos novos ensinamentos.


Inicialmente, garante que, só permanecendo na realização de Seus ensinos, é que se tornarão realmente Seus discípulos (cfr. JO 15:4 - JO 15:7 - 1JO 2:6 - 1JO 2:24 - 1JO 2:27 e 1JO 2:1JO 3:24); por esse caminho experimental, conseguirão a gnose da Verdade e esta os libertará do peso da matéria na roda das encarnações indefinidamente repetidas. A afirmativa constitui uma garantia que inclui uma promessa. Compreender e realizar o ensino do Cristo, quer manifestado em Jesus há dois mil anos, quer expresso por outros avatares, quer - e sobretudo - falando dentro de nós mesmos: essa é a condição do discipulato perfeito. Ninguém pode dizer-se "discípulo" se não tiver adotado o espírito de Sua Escola e de Seu Mestre (cfr. vol. 4). O aluno pode só aprender intelectualmente as teorias de uma doutrina e até retransmitílas bem aos outros, sem que, no entanto, essa doutrina se torne nele um modo-de-viver. O Discípulo, porém, é o que vive a doutrina, tendo a mesma vivência que o Mestre. Para ser discípulo de Cristo, indispensável é, pois, viver permanentemente, PERMANECER, em Seus ensinos, sem acréscimos nem omissões.


Essa vivência permanente levará à união e, portanto, à gnose experimental da Verdade, possibilitando dessa forma a progressiva libertação do kyklos anánké. É a "salvação" pelo conhecimento, pela sabedoria e pela experiência vivida, conceito fundamental da gnose. O mosaísmo apresenta a salvação por meio da obediência à lei; Paulo substitui a lei pela fé, tornando esta a base e a condição da salvação; mas através do místico João, sabemos que o Cristo, embora não tenha vindo abolir a lei, mas completála (MT 5:17; cfr. vol. 2); e ainda que exija a fé (MT 17:20; vol. 4), coloca acima de tudo uma condição mais elevada: a gnose, a experiência iniciática superior, como última fase para a salvação dos seres evoluídos. São três estágios que o homem atravessa em sua ascensão: a LEI do primarismo da hominização rebelde, onde predomina a sensação (2. º plano, lei da verdade); a FÉ no passo seguinte, onde a supremacia cabe às emoções (3. º plano, lei da justiça); e agora a gnose no plano do intelecto desenvolvido (4. ° plano lei da liberdade). Caminho longo, ascensão lenta, mas estrada segura e infalível. No entanto, os que ainda se encontram no primeiro estágio lutarão contra os do segundo, assim como estes e os do primeiro se unirão contra os que já estão no terceiro estágio. O catolicismo, sucessor direto do judaísmo, exige a obediência a suas determinações e preceitos dogmáticos, e anatematiza o protestantismo que atingiu o nível paulino da fé e do livre exame; mas os dois condenam as "heresias gnósticas" dos espiritualistas, que buscam a salvação pelo Estudo e pela compreensão da Verdade e pela prática experimental.


No campo iniciático, a frase do Cristo assume profundidade excepcional, pois constitui a garantia específica de que, estudando e praticando os ensinos do Deus em-nós (Immanu-El) e permanecendo na vivência de Sua mística, o iniciado atingirá a gnose plena da Verdade que é a unificação permanente com Deus, e se libertará totalmente das injunções do pólo negativo do Antissistema. E outro meio não existe, pois o Cristo - 3. º aspecto da Divindade - é o único Caminho da Verdade (que é o Pai) e da Vida (que é o Espírito Santo), como Ele mesmo o revelou (JO 14:16).


Como sempre ocorre nos agrupamentos humanos, os profanos, por estarem em seu ambiente, são mais audaciosos, porque donos da situação, e levantam mais a voz, ousando contradizer qualquer afirmativa que, pela aferição do gabarito intelectual puramente materialista de sua ignorância ultrapasse a capacidade de seu raciocínio. Senhores absolutos do terreno que lhes pertence (os do Sistema é que aqui na Terra estão fora de seu ambiente) não admitem autoridade maior que a sua, nem julgam possa haver ciência superior à que conhecem. Não entendem a lição, mas torcem o verdadeiro sentido das palavras espirituais para adaptá-las à sua concepção materializada da vida. Neste caso, interpretam a liberdade espiritual de que o Cristo falava, como oposição à escravidão dos corpos físicos; e, como descendentes de Abraão (valor máximo atribuído à personagem na herança do sangue) sabem que jamais foram escravos fisicamente.


Em seu teor elevado, vem o esclarecimento da palavra "liberdade" e daquilo que constitui a verdadeira escravidão, que não é a dos corpos materiais, mas a espiritual, causada pelo desvio do rumo correto, pela perda da rota pela desorientação que faz sair do caminho verdadeiro para a floresta das miragens e ilusões: todo aquele que se desvia da estrada-mestra se torna escravo das ilusões do caminho (sensações, emoções, intelectualismo superficial), pois "vagueia" (veja acima) por sendas que o prendem em seus tentáculos enganadores, desvirtuando a luz da verdade, que lhes aparece fracionada pelo prisma defeituoso da matéria.


A consequência é inevitável: quem vagueia por atalhos, não permanece na casa (na estrada-mestre segura) que é o coração onde habita o Cristo Imanente. Mas o filho, aquele que está permanentemente unido ao Pai, esse vive na imanência divina, sem jamais perder o Contato Sublime. Ora, se o filho, isto é, o Cristo, terceira manifestação divina existente dentro de cada um de nós, conseguir libertarnos dos desvios da ilusão, para trazer-nos ao caminho certo, no imo do coração, então haverá a conquista da liberdade espiritual (embora presos à matéria). Só é realmente livre das injunções satânicas (antagônicas, materiais) aquele que se unificar com o filho, numa total e perfeita simbiose (no sentido etimológico).


Volta-se, então, novamente para a objeção, respondendo agora à primeira parte. Admite saber que, fisicamente, eles são descendentes de Abraão por consanguinidade. Mas espiritualmente não o são, já que tem o senso do homicídio, típico do pólo negativo, procurando destruir o corpo material de seu emissário, Jesus, só porque o ensino crístico não consegue penetrar a capa grosseira de seus intelectos dominados pelo negativismo atrasado do Antissistema.


Aqui percebemos um "alerta" para todos nós, confirmando o "não deis pérolas aos porcos nem coisas santas aos cães" (MT 7:6; vol. 2): se Jesus, trazendo aos homens diretamente, numa filtragem perfeita, o ensino do Cristo de Deus, não conseguiu convencer seus ouvintes, não haveremos de ser nós a pretender convencer as massas da realidade. Aprendemos que, para sermos entendidos, não é mister evolução de nossa parte (podemos ser entendidos mesmo se involuídos), mas é essencial a evolução da parte dos ouvintes, pois só nesse estágio superior sentirão em si o eco daquilo que enunciamos. Portanto, também quando convencemos certas pessoas, com as nossas palavras ou exemplos, e as elevamos evolutivamente - mesmo nas Escolas iniciáticas isso não é obtido em virtude de nosso merecimento, porque sejamos evoluídos, mas porque os ouvintes, eles sim, estão maduros para sintonizar com as verdades que enunciamos, das quais somos meros intérpretes, e quantas vezes imperfeitos!


Vem então o testemunho do próprio Cristo: só fala o que viu junto ao Pai, vivendo a Seu lado, UNO com Ele; enquanto os que O contradizem obedecem a voz do pai deles, que é o adversário. O protesto é imediato e enérgico: "nosso pai é Abraão". E a resposta contundente: "se sois filhos de Abraão agi como vosso pai Abraão. Ora, pensais em destruir meu corpo, só porque falo a verdade. Abraão não faria jamais coisa semelhante", pois agia de conformidade com o sistema, ao passo que eles agem na tônica do Antissistema. Querem matar o "corpo" - Cristo o salienta com palavras claras - destruir "a um homem", não a Ele, o Cristo.


Feridos pela alusão a uma filiação espúria, reclamam para si também a paternidade divina, ao que o Mestre retruca com um argumento ad hominem: se filhos fossem de Deus, ouviriam a palavra de Deus. Mas a sintonia é diferente. A prova é de que, como personagens, são filhos do Antissistema (do adversário), tanto que nem podem entender a linguagem crística. Não há neles, ainda escravos dos elementos do quaternário inferior, a capacidade de instruir-se pelo "ensino ouvido" (lógos akoês).


Concluindo a argumentação, vem a declaração taxativa: "vós sois filhos do adversário".


Se houvesse necessidade de um texto evangélico para confirmar a revelação ubaldiana em "A Grande Síntese", em "Deus e Universo", em "O Sistema" e em "Queda e Salvação", nenhum outro melhor serviria que este. Cristo, a Centelha Divina dentro de cada criatura, provém diretamente de Deus, Pai do Espírito, de onde parte para construir a evolução dele, mergulhando na matéria; ai chegando, a Centelha se envolveu no corpo físico (átomo) e, de seu interior, provocou e impeliu a evolução da matéria, através do inorgânico, do orgânico (células), do vegetal, do animal, até chegar ao hominal e conquistar o intelecto racional; então, verdadeiramente as personagens, com seus corpos físico, etérico, astral e intelectual são filhos do adversário, isto é, filhos da matéria, antagônica (satânica, diabólica) ao Espirito, embora seja da mesma essência que este. O Espírito, filho do Sistema, de Deus; a personagem, com seus veículos, filha da matéria, do adversário. Exatamente como explicado com pormenores nos livros acima citados de Pietro Ubaldi.


Mas o Cristo continua com a mesma lógica irrespondível: "vosso pai era homicida desde o princípio".


De fato, a "morte", isto é, o desfazimento da forma, só se dá na matéria e nos planos inferiores a ela inerentes. O Espírito, filho ou procedente do Sistema, jamais morre. Os veículos inferiores e a personagem de que se reveste o Espírito (filhos ou provenientes do Antissistema) é que estão sujeitos às mutações, ao desfazimento e reconstruções intermitentes. Mais uma vez se confirma a tese: o Antisistema, adversário do sistema é homicida, porque coage o homem a submeter-se a morte.


Outro argumento reafirma a mesma tese: "não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele". Realmente, a Verdade é eterna e imutável: tudo o que é variável e mutável, está no pólo oposto da verdade, que se chama "mentira" (verdade invertida). Diz o Cristo: "Quando fala a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como seu pai". Eis aí a teoria completa em poucas palavras incisivas e contundentes, embora com o linguajar possível naquela recuada época. Toda personagem, adversária da individualidade, fala a mentira, porque é mentirosa como seu pai, o Antissistema. E é mentirosa, porque sendo, se faz passar por coisa real; sendo mortal, busca uma imortalidade que não possui; sendo transitória, arroga-se uma perenidade falsa; sendo negativa, pretende ser juiz da positividade do Espírito, chegando por vezes ao cúmulo e negá-lo; sendo ignorante, julga-se dona do conhecimento. "Mentirosa como seu pai".


Mentirosa, também, porque em mutação contínua: o organismo vivo é um conjunto de variações e modificações no ritmo veloz dos segundos, em constantes trocas metabólicas internas e externas, com o ambiente que a circunda: nasce, alimenta-se, cresce, expele excrementos, multiplica-se ou divide-se e finalmente morre para logo adiante renascer, tudo ininterruptamente, sem parada nem repouso.


Nesse equilíbrio instável permanece a Vida estável (o Espírito); nessa matéria orgânica mutabilíssima (mentirosa) vive o Espírito permanente (verdadeiro). A personagem, filha do Antissistema adversário, é "mentirosa como seu pai". E "quando se lhe diz a verdade, não crê".


Por que não crer quando surge alguém que pode desafiar a humanidade a arguir-Lo de erro, e traz a Verdade? Precisamente porque, não sendo de Deus, do Sistema - mas ao invés filho do Antissistema, do adversário - jamais poderão as personagens "ouvir a palavra" de Deus. Posições contrárias.


Qualidades inconciliáveis. Verdade e mentira. Positivo e negativo. Amor e Ódio. Deus e adversário.


O inciso seguinte consiste num desaforo ilógico e na resposta insofismável. Não há obsessão: há a consciência da honra prestada ao Pai; ao passo que o fruto do Antissistema é desonrar ou desprezar o Espírito e tudo o que a ele se refira. Mas, para o Espirito, que importa a reputação, opinião ou o julgamento que dele façam as personagens ignorantes ainda? Basta-lhe a consciência tranquila e a aprovação divina. O recado estava dado até ai. Mas havia necessidade de entregar mais um ensino àqueles que confiavam, mais presentes, ou que confiariam, mais tarde.


"Em verdade, em verdade vos digo" - fórmula solene que sublinha ensinamento profundo e iniciático.


Ei-lo: "quem praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência". A prática dos ensinamentos, a vivência da gnose, é sempre frisada pelo Cristo (cfr. JO 14:15-21, JO 14:23; 15:20 e 17:6).


Morte para a imanência, isto é, morte espiritual, que bem pode assim qualificar-se a separação do Contato Sublime com o Cristo. Quem puser rigorosamente em prática todos os ensinos do Cristo, com Ele se unificando na casa do coração, numa imanência perfeita, esse de modo algum experimentará a perda dessa prerrogativa da imanência, porque já foi absorvido totalmente pelo Cristo de Deus. Esse sentido espiritual procede. Absurdo seria, como anotamos acima, supor que o Cristo se referisse ao desfazimento sem importância de uma forma material transitória por sua própria natureza e constituição íntima. Interpretação mesquinha e materialista de uma sublime verdade espiritual. E esses intérpretes sempre esquecem que o Cristo avisou: "o Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita" (JO 6:63), acrescentando logo a seguir: "As palavras que vos digo, são espírito e são vida".


Essa interpretação falsa e grosseiramente materialista, aceita por muitos hermeneutas, foi justamente a que deram aqueles ouvintes ignaros das grandes verdades espirituais. Tanto que eles desafiam o Cristo de Deus, ao perguntar-Lhe: "quem pensas ser"?


A resposta é uma lição de humildade para todos nós, que nos julgamos gênios, santos, iniciados, adeptos, reencarnação de figuras notáveis do passado, "qualquer opinião que eu tenha sobre mim mesmo nada vale: o Pai é Quem me julga". Quem é afinal esse Pai? o mesmo "que vós dizeis ser nosso Deus". Deus que eles não conhecem, pois o único deus que adoram são eles mesmos. Mas o Cristo SABE, tem a gnose do Pai, e cumpre na pratica todos os Seus ensinos.


Chega, neste ponto, o caso de Abraão, que em sua personagem viveu alegre na expectativa de ver a luz do Cristo. O testemunho de que o conseguiu é dado: "viu e regozijou-se". Também aqui os hermeneutas e exegetas só sabem ver a matéria, e imaginam que dia será esse: o da encarnação (Agostinho, Tomás de Aquino)? o da morte na matéria (João Crisóstomo, Amônio)? Ora, dia é LUZ: é o dia da realização interna, o dia do Encontro Sublime, o dia da unificação total. Abraão sai de sua terra e de sua gente (desliga-se de seus veículos inferiores, de seu corpo) e segue em frente para obedecer à vontade divina; cegamente cumpre a ordem da intuição (Sarah) e expulsa de si os vícios próprios da personagem (o filho de Hagar, a escrava); dispõe-se a sacrificar seu filho (que é sua alegria, Isaac) matando-o (destruindo seu corpo, seu filho único), mas é-lhe explicado que deve apenas sacrificar a parte animal de si mesmo (o cordeiro); tem o maravilhoso Encontro com Melquisedec, o rei do mundo, depois que consegue vencer os quatro reis (os quatro elementos inferiores: físico, etérico, astral, intelectual) que haviam aprisionado os cinco reis, por meio dos três aliados, e se prosterna diante do Rei do Mundo; depois da unificação, até o nome muda, de Abrão para Abraão; e tantos outros símbolos que aparecem nas entrelinhas do Gênesis. Realmente, Abraão viu o DIA, ou seja, a LUZ do Cristo.


A interpretação dos ouvintes volta a ser chã: entendem como sendo idade do corpo físico. Temos a impressão de que o Cristo se cansa dessas criancices e resolve acabar com as tolices das personagens ignorantes lançando-lhes uma resposta que as perturba e descontrola. Mas é a Verdade: "antes de Abraão nascer, EU SOU". É a eternidade sempre presente, diante da transitoriedade temporal de uma vida terrena; é o infinito que não pode comparar-se com o finito; é o ilimitado que não se prende em fronteiras; é a onisciência que anula a ignorância; é o Cristo de Deus, Deus Ele mesmo, que É, perante uma criatura que existiu.


Isso eles compreendem bem. Isso o Cristo falou claro. Mas como reação surge a violência que quer destruir... a matéria, mas que jamais atingirá o Espírito; quer aniquilar a forma, mas sem poder destruir a substância: quer fazer calar a voz produzida pelas cordas vocais, mas sem ter capacidade de eliminar o SOM (Lógos, Verbo, Palavra) que cria e movimenta os universos. Pigmeus impotentes que esbravejam contra o gigante; crianças pretensiosas que desejam apagar o sol com baldes d"água; seres humanos que pretendem fazer desaparecer a Divindade, destruindo-Lhe um templo; trevas que buscam eliminar a Luz, apagando uma vela; meninos da espiritualidade, sem conhecimento, nulos diante do sábio e filósofo, julgando acabar com a Sabedoria ao queimar um livro.


O Cristo esconde-se e sai do templo. Ainda aqui, há uma lição magnífica. Tentemos expô-la.


Assistimos ao trabalho da Individualidade para fazer evoluir a personagem, com seus veículos rebeldes, produto do Antissistema. A figuração do Cristo diante da multidão simboliza bem a individualidade a falar através da Consciência, para despertar a multidão de pequenos indivíduos, representados pelo governo central, que é o intelecto. Imbuído de todo negativismo antagônico, o intelecto leva a rejeitar as palavras da Verdade que para ela, basicamente situada no pólo oposto, soam falsas e absurdas.


O Espirito esforça-se por explicar, responde às dúvidas, esclarece os equívocos, todavia nada satisfaz ao intelecto insaciável de noções de seu plano, onde vê tudo distorcido pela refração que a matéria confere à ideia espiritual, quando esta penetra em seu meio de densidade mas pesada. Quando verifica que não tem argumentos capazes para rebater o que ouve, rebela-se definitivamente e interrompe qualquer ligação com o Eu interno, voltando-se para as coisas exteriores, supondo que a matéria (as pedras) possam anular a força do Espírito. Diante de tal atitude violenta e inconquistável, a individualidade esconde-se, isto é, volta a seu silêncio, abandonando a si mesma a personagem, e saí do templo, ou seja, larga a personagem e passa a viver no Grande-Todo, no UNO, indivisível, sem deixar contudo de vivificar e sustentar a vida daquela criatura mesma que a rejeitou com a violência.


Um dos casos, talvez, em que, temporária ou definitivamente, a Individualidade pode desprender-se da personagem que, por não querer aceitar de modo algum o ensino, continuará sozinha a trajetória (cfr. vol. 4), tornando-se "psíquica", mas "não tendo Espírito" (Judas, 19).


NOTA DO AUTOR


A partir deste ponto, podemos oferecer a nossos leitores bases mais seguras em nossa tradução do texto uriginal grego.


Até a página anterior, seguimos o NOVUM TESTAMENTUM GRAECE, de D. Eberhard Nestle e D. Erwin Nestle; o NOVI TESTAMENTI BIBLIA GRAECA ET LATINA, de J . M.


Bover; a "S. Bible Poliglotte" de Vigouroux; as versões da Escola Bíblica de Jerusalém, da Abadia de Maredsous, a "Versão Brasileira" a Vulgata de Wordsworth e White, e a Análise de Max Zerwick, que eram os textos mais bem informados (só nos faltava o texto de Merck, mas a edição de Bover o colaciona).


Agora, todavia, conseguimos receber o recentíssimo volume THE GREEK NEW TESTAMENT, de Kurt Aland (da Univ. de Munster, Westfalia), Matthew Black (da Univ. de St. Andrews), Bruce M. Metzger (da Univ. de Princeton) e Allen Wikgren (da Univ. de Chicago), com larga colaboração de especialistas de cada setor, de forma a ser um texto realmente autorizado.


A publicação foi feita em 1967, pelo United Bible Sccieties, de Londres (que reúne as Soc.


Bíblicas Americana, Inglesa Estrangeira, Escocesa, Neerlandesa e de Wurttemberg). Traz todas as variantes dos papiros, dos códices unciais, dos minúsculos, da ítala e da vulgata, dos lecionários, das versões antigas (siríacas, coptas, góticas, armênias, etiópicas, georgianas, núbias), dos Pais da Igreja, e de todos os editores, trazendo até as descobertas mais recentes nesse campo. Isso permite ao tradutor apoiar-se com maior segurança em seu trabalho, podendo analisar as variantes e avaliar os pesos de cada manuscrito ou tradução, tirando conclusões mais fiéis ao original.


daqui em diante, pois, seguiremos o texto grego dessa edição. E comprometemo-nos a REVER, à sua luz, e com os dados mais recentes, tudo o que até agora foi traduzido e publicado: qualquer novo testemunho que nos leve a modificar nossa opinião expendida, honestamente a divulgaremos oportunamente, para que continue, neste trabalho audaciosamente iniciado, a mesma qualidade básica essencial: honestidade sincera.


A tradução que sozinho empreendemos do original grego, sob nossa responsabilidade pessoal única, não se filia a nenhuma corrente religiosa antiga ou moderna. O que pretendemos é conseguir penetrar o sentido real, dentro do grego, transladando-o para o português, sem preocupação de concordar nem de discordar com quem quer que seja.


Também não pretendemos ser dogmáticos nem saber mais que outros, mas honestamente dizemos o que pensamos, como estudiosos, trazendo mais uma achega depois de quase cinquenta anos de estudos especializados nesta existência. Mas estamos dispostos a aceitar qualquer crítica e rever qualquer ponto que nos seja provado que foi mal interpretado por nós.


Só pedimos uma coisa: que nos seja reconhecida a honestidade com que trabalhamos e a sinceridade pessoal com que sentimos e nos expressamos.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
6. A Transfiguração (Mt 17:1-8)

Esse episódio representa uma das grandes crises da vida de Cristo. Junto com o Batismo e a Tentação, foi um momento de grande importância espiritual, registrado nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 9:2-8; Lc 9:28-36).

Ele aconteceu seis dias depois (1). Lucas 9:28 diz "quase oito dias depois", mas não existe nenhuma contradição aqui. Lucas está contando os dias que precederam e se se-guiram ao episódio, enquanto Mateus e Marcos contam apenas os seis dias que se passa-ram entre os dois fatos.

Depois do quê? Lucas diz "depois dessas palavras". Isso nos leva de volta a dois importantes itens dos capítulos anteriores:

1) A confissão da obra messiânica e da divin-dade de Jesus, e

2) a previsão de Cristo sobre a sua paixão.

Devemos nos lembrar de que enquanto Pedro se levantou magnificamente em res-posta ao desafio da pergunta do Mestre: "E vós, quem dizeis que eu sou?", sua reação ao anúncio da Paixão foi um miserável fracasso. Ele protestou dizendo que Cristo não deve-ria morrer. Ele falhou, assim como todos os outros discípulos, em compreender o signifi-cado e a necessidade de um Messias sofredor.

É digno de nota os três Evangelhos Sinóticos começarem seus relatos enfatizando a semana que se passou entre a confissão e a transfiguração. G. Campbell pensa que "du-rante esse período houve uma sensação de desarmonia entre os discípulos e o Mestre"» E continua dizendo: "Aqueles seis dias devem ter sido os mais tristes da vida do Mestre; seis dias de silêncio, seis dias em que a sua solidão representou o fato supremo de sua jornada".' Mesmo como uma antecipação, Ele deveria caminhar sozinho para o Calvário. Qual foi o propósito da Transfiguração? Agora a resposta está clara. Ela deveria ser uma dupla confirmação:

1) da divindade de Jesus no momento em que os três discípulos tiveram uma visão de sua glória eterna, e

2) da importância e necessidade da Paixão. Esse último ponto aparece em Lucas, onde se afirma que o tópico da conversação com os dois visitantes celestiais era a sua "morte" que deveria se cumprir em Jerusalém (Lc 9:31). A palavra grega correspondente é exodos, que significa "uma partida" ("êxodo"). Portanto, ela inclui a sua crucificação, ressurreição e ascensão, que seria o clímax de seu ministério terreno.

Para a visão desse relato singular sobre a sua divindade e futura morte, Jesus esco-lheu os mesmos três discípulos que haviam testemunhado a cura da filha de Jairo (Mac 5.37). Mais tarde, Ele iria incluí-los em seu círculo mais íntimo — Pedro, e a Tiago, e a João (1) — no Jardim do Getsêmani. Agora Ele os havia levado a um alto monte. Embo-ra o local tradicional da Transfiguração seja o Monte Tabor, na Planície de Esdraelom, provavelmente a melhor escolha teria sido um dos contrafortes do elevado Monte Hermom, o qual se projeta como uma sentinela solitária adornada por picos brancos na extremida-de do Vale do Jordão. Esse local estaria próximo a Cesaréia de Filipe, onde Jesus se encontrava na ocasião anterior.

Ali Jesus transfigurou-se (2). O termo é metamorphoo, do qual se originou a pala-vra metamorfose. Além da passagem semelhante encontrada em Marcos 9:2, esta pala-vra só é encontrada em Romanos 12:2 ("transformai-vos") e em II Coríntios 3:18 ("trans-formados"). A transformação da aparência de Jesus foi assim descrita: O seu rosto res-plandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. Lucas não usa a palavra "transfigurou-se", mas descreve o que se passou quase que exatamente com as mesmas palavras. Somente ele observa que foi enquanto Jesus estava orando que a Sua aparência se alterou. Existe uma sugestão de que a nossa transfiguração espiritu-al ocorre em nossos momentos de oração.

Os três Sinóticos mencionam a visita surpresa de Moisés e Elias, que falaram com Jesus (3). Moisés representava a Lei, e Elias, os Profetas. Existem muitas passagens no Novo Testamento onde o Antigo Testamento é mencionado como "a lei e os profetas"." A implicação aqui é que o Antigo Testamento como um todo apontava em direção a Cristo e, especificamente, que tanto o Pentateuco quanto os Profetas predisseram a morte expiatória do Salvador. Este fato precioso foi mostrado através da tipologia e do simbo-lismo da Lei (por exemplo, dos sacrifícios), e das declarações dos profetas (por exemplo, Isaías 53).

Pedro ficou tão contente com a situação que desejou prolongá-la. Ele sugeriu que os discípulos podiam construir três tabernáculos (4) — tendas feitas com ramos de árvo-res — um para cada um deles: Jesus, Moisés e Elias. Podemos até simpatizar com os sentimentos do apóstolo. Era uma comunhão singular. Mas Pedro mostrou que a previ-são da Paixão ainda não havia sido corretamente registrada em sua mente. Ele queria um Messias glorificado e não um Messias sofredor.

Enquanto Pedro falava, uma nuvem luminosa os cobriu (5). Nesse caso, a nu-vem sobre o Monte da Transfiguração tinha a finalidade de alertar os discípulos para que ouvissem a voz de Deus. Ela os lembraria da "coluna de fogo de noite" (Êx 13:22) que guiou os israelitas no deserto, assim como da glória Shekinah que habitava no Tabernáculo (Nm 9:15-22) e no Templo (I Reis 8:10). Foi em uma nuvem que Deus apa-receu no Sinai (Êx 19:9).

Da nuvem uma voz falava clara e distintamente confirmando a divindade de Jesus — Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo... e, silenciando Pedro, disse: escutai-o.' O problema de Pedro é que ele era rápido para falar e lento para ouvir. Infelizmente, sua tribo não desapareceu.

Dominados pela visão e aterrorizados pela voz, os três discípulos caíram sobre seus rostos (6). Isso pode sugerir que eles caíram da mesma forma que Saulo na estrada de Damasco (At 9:4) ou, mais provavelmente, que se prostraram em adoração. Nos dois casos, eles tiveram grande medo.

Mas o Mestre tocou-lhes com terno consolo, convidando-os a se levantar e não ter medo (7). Quando abriram os olhos ninguém viram, senão a Jesus (8). O valor dessa visão pode ser medido pelos seus permanentes resultados. Nenhuma experiência espiri-tual tem valor a não ser que seja capaz de deixar a pessoa com uma ampliada consciência da presença de Cristo. Quando os visitantes celestiais — a nuvem e a voz — desaparece-ram, os discípulos ficaram apenas com Jesus. Ele é a suprema necessidade de cada vida humana em todos os tempos.

7. A Questão Sobre Elias (Mt 17:9-13)

Lucas observa que o episódio ocorreu no "dia seguinte", quando voltaram da monta-nha (Lc 9:37). Isso implica que a Transfiguração aconteceu à noite, o que se enquadra bem nesse quadro descritivo. A afirmação de Mateus de que o rosto do Senhor resplan-deceu como o sol (2) teria maior sentido se esse fato acontecesse na escuridão da noite.

Ao descerem da montanha Jesus ordenou (9) ou "mandou",' que os três discípulos não contassem a visão — a palavra grega significa, simplesmente, "o que foi visto" (cf. Mac 9,9) — até que Ele ressuscitasse (9). A divulgação desse fato poderia provocar um mal-entendido e levar a população a um levante messiânico, algo que o Messias procurava constantemente evitar.

A presença de Elias no monte havia aguçado uma questão na mente dos discípulos (10). Os escribas, ou mestres da Lei, haviam dito que a vinda de Elias precederia a do Messias. Eles baseavam o seu raciocínio em Malaquias 4:5. Se Jesus era realmente o Messias, como Pedro havia confessado em Cesaréia de Filipe, e havia sido confirmado pela voz do Pai no monte, por que Elias ainda não havia aparecido?

Como uma forma de resposta, Jesus primeiramente endossou a afirmação dos escribas. Elias iria aparecer antes do Messias e restaurar' todas as coisas (11) ; isto é, ele anunciaria uma nova era na qual todas as coisas seriam finalmente restauradas em Cristo (Cl 1:16; Ef 1:9-11). Mas Jesus foi além e afirmou que "Elias" já tinha vindo e eles (o povo a quem João Batista fora enviado) lhe fizeram tudo o que quiseram, porque não o reconheceram (12). Então, Ele acrescentou: Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. João Batista havia sido p eso e executado, e o mesmo destino estava reservado ao Filho do Homem, o Messias.

Mateus tinha o hábito de acrescentar explicações em pontos que poderiam parecer obscuros em Marcos. Já vimos isso acontecer em 16.12. Aqui ele está afirmando que os discípulos então entenderam que Jesus estava falando de João Batista (13).

8. A Cura do Menino Lunático (Mt 17:14-21) 47

Pedro queria permanecer no Monte da Transfiguração, mas havia uma necessidade desesperada no vale, logo abaixo. A mesma compaixão que levou Cristo a deixar o céu e descer a este mundo de pecado e sofrimento, agora o impelia a deixar a gloriosa compa-nhia do topo do monte e descer até o vale para atender às necessidades de um menino e de seu pai. A maior glória de Cristo está nesse amor que resplandeceu através de sua vida.
Quando Jesus e os seus discípulos se aproximaram da multidão que parecia estar sempre à sua espera, um ansioso suplicante se aproximou, pôs-se de joelhos diante dele (14), e imediatamente apresentou o seu pedido. Ele tinha um filho que era lunáti-co (15). Essa palavra vem do latim luna ou "lua" e reflete a palavra grega que literal-mente significa "lunático". Em algumas versões modernas ela foi corretamente traduzida como "epilético". Os povos daquela época pensavam que a epilepsia às vezes fosse causa-da pela luminosidade da lua (cf. Sl 121:6 — "O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite"). Os ataques descritos aqui são típicos dessa doença.

O pai angustiado informou a Jesus que havia trazido seu filho aos discípulos, mas que eles não puderam curá-lo (16). O verbo usado é therapeuo, que significa "curar". O Mestre lhes havia concedido o poder de expulsar demônios (Mt 10:8), mas por alguma razão eles foram incapazes de resolver esse caso.

O profundo desapontamento que Cristo sentiu pela incapacidade de seus próprios apóstolos está refletido nas palavras do versículo 17. Eles foram patéticos. Os discípulos haviam aprendido tão pouco com Ele!

Deve ter sido com a maior severidade em sua voz que Jesus repreendeu... o demônio que, imediatamente, saiu dele (18). O menino (pais) foi curado (therapeuo) naquele mesmo instante. É óbvio que Cristo era mais do que capaz de cuidar desse caso tão difícil.

Não é de admirar que os discípulos quisessem saber porque haviam fracassado (19). Jesus informou que era por causa da sua pequena fé (20)." Se tivessem fé como um grão de mostarda (veja os comentários sobre Mt 13:31-32), teriam ordenado ao monte que passasse daqui para acolá e ele teria passado. É provável que Cristo não estivesse falando literalmente sobre um monte.' Ao mencionar este monte Ele queria dizer "essa grande dificuldade", esse caso que era demasiado difícil para eles. Sherman Johnson observa: "A fé não move montanhas físicas através de alguma mágica, mas seus próprios triunfos são mais maravilhosos do que uma engenharia em grande escala"." Em uma linha semelhante, George Buttrick escreve: "A fé já removeu montanhas — poderosos impérios, seitas pagãs e a impiedade entrincheirada"."

O versículo 20 atinge o seu clímax com essa admirável afirmação: nada vos será impossível. Mas como isso poderia acontecer? A resposta é: "Pela fé". Marcos, cuja des-crição dessa cura é, como de costume, muito mais vívida do que consta em Mateus ou Lucas, registra que Jesus disse ao pai do menino: "Tudo é possível ao que crê" (Mc 9:23). Isso acontece porque Deus é o Todo-Poderoso, e a fé traz consigo a divina onipotência para superar os problemas humanos.

O versículo 21 não consta em algumas versões modernas, porque não faz parte dos dois manuscritos gregos mais antigos (Vaticano e Sinaítico), assim como de algumas versões antigas. Em Marcos, a primeira parte do versículo é autêntica, mas as palavras "e jejum" foram acrescentadas mais tarde. Então, o versículo todo deve ter sido transcri-to por algum copista de acordo com esse mesmo paralelo em Mateus.

  • A Segunda Previsão da Paixão (Mt 17:22-23)
  • O primeiro anúncio de que sua morte estava próxima foi feito logo depois da confis-são de Pedro em Cesaréia de Filipe. Esse outro anúncio foi feito depois do segundo gran-de evento em sua vida, a Transfiguração. Depois da confissão e da confirmação de sua divindade e missão messiânica, Jesus deixou bem claro aos discípulos que a sua missão na terra não era se sentar em um trono, mas morrer em uma cruz.

    A primeira previsão (Mt 16:21) especificava que Jesus iria sofrer muitas coisas do Sinédrio judaico em Jerusalém. A segunda acrescenta a traição — será entregue nas mãos dos homens (22). As palavras nas mãos dos homens poderiam incluir tanto Pilatos, quan-to os líderes judeus. As duas previsões mencionam a morte de Jesus e a sua ressurreição ao terceiro dia (23). Mateus ainda completa este relato dizendo que os discípulos se entristeceram muito.

  • O Imposto do Templo (Mt 17:24-27)
  • Este relato só se encontra em Mateus. Quando Jesus e seus discípulos voltaram para casa em Cafarnaum — depois de uma considerável ausência — alguns se aproxima-ram de Pedro com a seguinte pergunta: O vosso mestre não paga as didracmas? (24). A palavra grega para imposto é didrachma, uma moeda grega cujo valor estava próximo ao do denário romano. A dracma dupla (aqui) tinha, aparentemente, o valor de trinta ou trinta e cinco centavos. Ela correspondia à metade de um siclo, uma quantia dedicada à manutenção do templo, e que deveria ser paga todo ano, pouco antes da Pás-coa, por todo adulto judeu do sexo masculino.

    A base para esse imposto era o "meio siclo" prescrito como oferta ao santuário em Êxodo 30:13. Na época de Cristo os judeus de todo o mundo tinham a obrigação de fazer esse pagamento, que tinha a aprovação do governo de Roma. Josefo cita uma carta de César a Flaccus, que dizia: "Deixe esses judeus... — que têm enviado, de acordo com seu antigo costume, o seu sagrado dinheiro a Jerusalém — fazerem-no livremente"." Depois da destruição de Jerusalém (70 d.C.), quando não havia mais o templo para manter, o imperador continuou a coletar esse imposto. Josefo diz: "Ele também impôs um tributo sobre os judeus, onde quer que eles estivessem, e ordenou que cada um deles levasse duas dracmas anualmente ao Capitólio, como costumavam fazer na época do templo de Jerusalém"."

    Quando Pedro entrou em casa, Jesus se lhe antecipou — "O Senhor se antecipou respondendo aos seus pensamentos".' Jesus perguntou: De quem cobram os reis da terra os tributos, ou os impostos? Dos seus filhos ou dos alheios? (25). A palavra tributos está se referindo aos impostos sobre mercadorias ou as taxas sobre as pessoas (em latim, census). Dos alheios significava aqueles que não pertenciam à família do rei.

    Quando Pedro respondeu: dos alheios, Jesus disse: Logo, estão livres os filhos (26). O que Ele estava querendo dizer era: "Será que Aquele a quem vós justamente chamastes de Filho de Deus terá que pagar imposto ao Templo de seu Pai?".55

    Mas Jesus tinha o hábito de pagar o imposto do Templo e isso pode ser constatado através da resposta de Pedro: Sim (25). Então disse o Mestre: Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, — o lago da Galiléia, em frente a Cafarnaum — lança o anzol (27). Isso mostra que a pesca com "anzol e linha" era praticada naquela época, como ainda é costume atualmente nas margens desse lago. O primeiro peixe que Pedro pescou teria em sua boca uma peça de dinheiro, um estáter (em grego, stater). Esse estáter tinha o valor igual ao de um siclo, e seria suficiente para pagar o imposto do templo tanto para Pedro como para o Senhor.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 17 versículo 20
    Mt 21:21; Mc 11:23; Lc 17:6; 1Co 13:2. Em relação ao grão de mostarda como imagem literária, ver Mt 13:31, “Erguer montes” era uma expressão proverbial que significava fazer algo extremamente difícil ou até impossível (conforme Zc 4:7).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    *

    17:1

    Seis dias depois. Uma referência tão exata de tempo é rara nos Evangelhos; deve ter sido incluída para tornar clara a conexão entre a confissão, em Cesaréia de Filipe, e a Transfiguração. Agora que os discípulos começaram a reconhecer quem é Jesus, ele está pronto para ir ao clímax, em Jerusalém. A Transfiguração é parte da preparação de Jesus para aquela crise. Ver "A Transfiguração de Jesus", em Mc 9:2.

    * 17:3

    Moisés e Elias. Uma vez que a Lei e os Profetas testificaram de Jesus, Moisés, o legislador, e Elias, um dos maiores profetas de Israel, tiveram aqui o privilégio de aparecer com Jesus. De acordo com Lucas 9:31, eles falavam da morte iminente de Jesus.

    * 17:5

    Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. As palavras vindas do céu mostram quão tola foi a sugestão de Pedro (v. 4), e eles começaram a ter consciência de quem é Jesus. "Meu Filho amado", designação que aparece também no batismo de Jesus, e é expressão reservada pelo Pai para seu “Filho unigênito" (Jo 3:16).

    a ele ouvi. As palavras de Deus faladas através de Moisés e dos profetas apontavam para Jesus. Agora, a palavra final é falada pelo Filho de Deus (Hb 1:1-4).

    * 17:9

    A ninguém conteis. Ver nota em 16.20.

    * 17:11

    Elias virá. Ver nota em 11.14. Os escribas estavam certos, mas falharam em reconhecer tanto a Elias quanto ao Messias, quando vieram.

    * 17:17

    Jesus, como Moisés, desceu do monte da glória, para encontrar a incredulidade (Êx 32:15-21).

    * 17:20

    pequenez de vossa fé. A deficiência da fé dos discípulos (ver referência lateral) não está no fato de eles revelarem falta de confiança, ou que não esperassem sucesso — eles ficaram aparentemente surpresos por falharem — mas porque sua expectação não estava devidamente baseada num relacionamento com Deus. Uma leve porção de fé verdadeira, enraizada numa submissão a Deus, é eficaz. Marcos 9:29 torna este ponto ainda mais claro, quando fala da oração como a chave.

    * 17:22-23

    Esta afirmação é a segunda predição de sofrimento e ressurreição, em Mateus (16.21-24). Jesus suportará o sofrimento que ele descreve como o do Servo do Senhor (Is 53). Parece que ninguém, antes de Jesus, jamais identificou o Messias, o Filho do homem e o Servo Sofredor do Antigo Testamento, como três aspectos de um Redentor e Rei. Os discípulos ficam tão deprimidos por sua dificuldade de aceitar o sofrimento do Messias que, aparentemente, nem mesmo ouvem a promessa de ressurreição. Pelo menos, inicialmente, não creram nela (Lc 24:25, 37, 38).

    * 17.24-27

    O imposto para o templo foi prescrito em Êx 30:13. A passagem não diz respeito ao pagamento de impostos à autoridade civil (22.21). O ponto de Jesus é que o Cristo e seus discípulos desfrutam de um relacionamento com Deus, que os libera das obrigações impostas sobre os “estrangeiros”. Contudo, Jesus está disposto a conformar-se à prévias exigências, com o fim de evitar ofensas. Paulo recomendou (13 45:14-21'>Rm 14:13-21) e praticou (At 16:3-21.
    26) semelhante observância contínua de algumas exigências rituais do Antigo Testamento.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    17.1ss A transfiguración foi um vislumbre da glória do Rei (16.27, 28). Foi uma revelação especial da divindade do Jesus a três dos discípulos e uma ratificação divina de Deus de tudo o que Jesus tinha realizado e estava por realizar.

    17.3-5 Moisés e Elías foram dois dos maiores profetas no Antigo Testamento. Moisés representa a Lei. Escreveu o Pentateuco e predisse a vinda de um grande profeta (Dt 18:15-19). Elías representa aos profetas que anunciaram a vinda do Messías (Ml 4:5-6). A presença de ambos com o Jesus confirma sua missão messiânica: cumprir a lei de Deus e as palavras dos profetas de Deus. De igual forma como a voz de Deus nas nuvens sobre o monte Sinaí deram autoridade à lei (Ex 19:9), a voz de Deus na transfiguración deu autoridade às palavras do Jesus.

    17:4 Pedro quis construir três refúgios para que aqueles três homens sobressalentes ficassem. Entretanto, não era hora de atuar, mas sim de elogiar e adorar. Pedro queria prefaciar o momento, mas devia aprender e avançar. Tinha recebido cristo como igual a outros, mas Cristo é imensamente maior e a gente não pode igualá-lo com ninguém.

    17:5 Jesus é mais que um simples líder famoso, mais que um bom exemplo, uma boa influência ou um grande profeta. O é nada menos que o Filho de Deus. Quando você percebe esta verdade profunda, a única resposta adequada é a adoração. Quando compreender bem quem é Cristo, quererá lhe obedecer.

    17:9 Jesus disse ao Pedro, Santiago e João que não deviam contar o que viram até depois de sua ressurreição, porque sabia que não o tinham compreendido totalmente e em conseqüência não o poderiam explicar. Suas perguntas (17.10ss) indicam que não tinham compreendido. Sabiam que era o Messías, mas tinham muito mais que aprender sobre o significado de sua morte e ressurreição.

    17:10, 12 Apoiado em Ml 4:5-6 os professores da lei do Antigo Testamento acreditavam que Elías devia aparecer antes que o Messías. Jesus se referia ao João o Batista, não ao Elías o profeta do Antigo Testamento. João o Batista, assumindo o rol profético do Elías, confrontou em forma audaz o pecado e conduziu às pessoas para Deus. Malaquías muito antes tinha profetizado que um profeta similar ao Elías viria (Ml 4:5).

    17:17 Aos discípulos lhes tinha dado autoridade para sanar, mas não tinham aprendido ainda como apropriar do poder de Deus. A frustração do Jesus estava dirigida à geração incrédula e indiferente. Seus discípulos, nesta instância, eram um mero reflexo dessa atitude. O propósito do Jesus não foi criticar aos discípulos a não ser estimulá-los a que exercessem a fé.

    17.17-20 Os discípulos foram incapazes de jogar fora a aquele demônio, e por isso pediram ao Jesus uma explicação. Este se referiu a sua falta de fé. É o poder de Deus, e não nossa fé, o que move montanhas, mas a fé deve estar presente. A semente de mostarda é mais pequena do que alguém se pode imaginar. Uma fé pequena ou sem desenvolvimento tivesse sido suficiente. Talvez eles procuraram tirar o demônio com sua própria capacidade em lugar de fazê-lo com o poder de Deus. Há um grande poder ainda em uma fé pequena quando Deus está conosco. Se nos sentirmos débeis ou incapazes como cristãos, devêssemos examinar nossa fé, nos assegurando de que não estamos confiando em nossa própria capacidade para obter resultados a não ser na de Deus.

    17:20 Jesus não condenou aos discípulos por sua falta de fé, mas sim lhes mostrou quão importante seria a fé em seu ministério futuro. Se você está enfrentando um problema que parece grande e inconmovible como uma montanha, deixe de olhar a montanha e procure mais a Cristo com fé. Só assim sua obra para O será útil e vibrante.

    17:22, 23 Uma vez mais Jesus predisse sua morte (veja-se 16.21), mas ainda mais importante, foi que se falasse de sua ressurreição. Infelizmente, os discípulos só ouviram a primeira parte das palavras do Jesus e chegaram a desalentar-se. Não entenderam por que Jesus quis voltar para Jerusalém, ao centro do conflito.

    Os discípulos não entenderam totalmente o propósito da morte e ressurreição do Jesus até o Pentecostés (Feitos 2). Não devêssemos nos recriminar por ser lentos para entender o referente ao Jesus. depois de tudo, os discípulos estiveram com O, viram seus milagres, ouviram suas palavras e ainda assim tiveram dificuldade para compreender. além de suas perguntas ou dúvidas, entretanto, eles seguiam acreditando. Nós não podemos fazer menos.

    17.22, 23 Os discípulos não entendiam por que Jesus seguia refiriéndose a sua morte, se eles esperavam que O estabelecesse um reino político. A morte do Senhor terminaria com suas esperanças. Não suspeitavam que a morte e ressurreição do Jesus faria possível seu Reino.

    17:24 Todos os varões judeus tinham que pagar um imposto ao templo para cobrir os gastos de manutenção (Ex 30:11-16). Só Mateus registra este incidente, possivelmente porque ele tinha sido um cobrador de impostos.

    17.24-27 Como de costume, Pedro respondeu uma pergunta sem saber seriamente a resposta, pondo ao Jesus e aos discípulos em uma situação incômoda. Jesus usou esta experiência, entretanto, para enfatizar seu rol soberano. Assim como os reis não pagam impostos nem cobram impostos de suas famílias, Jesus, o Rei, não devia nada. Mas Jesus proveu para o pagamento dos impostos em favor dele e do Pedro para não ofender aos que não entendiam seu reino. Cristo lhe mostrou onde obter o dinheiro, mas Pedro teve que ir buscá-lo. Entendemos que tudo vem de Deus, mas O quer que participemos do processo.

    17.24-27 Como povo de Deus, somos estrangeiros na terra porque nossa fidelidade é sempre a nosso Rei soberano: Jesus. Entretanto, temos que cooperar com as autoridades e a cidadania responsável. Um embaixador ao estar em outro país respeita as leis locais a fim de representar bem ao que o enviou. Somos embaixadores de Cristo (2Co 5:20). É você um bom embaixador do neste mundo?


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    e. Prévia da Glória (17: 1-8)

    1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago, e João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte: 2 e foi transfigurado diante deles; e seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. 3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ec 4:1 E Pedro respondeu, e disse a Jesus: Senhor, é bom para nós estar aqui: Se queres, farei aqui três tendas; . uma para ti, outra para Moisés e outra para Ec 5:1 Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me estou bem satisfeito; ouvi-o. 6 E quando os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande temor. 7 E Jesus veio e tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo. 8 E, erguendo eles os olhos, não via um, senão a Jesus somente.

    Depois de seis dias -a semana após o anterior incidente Jesus levou junto consigo Pedro, Tiago e João, e deu-lhes o privilégio inestimável de ver sua transfiguração. Em duas outras ocasiões Ele escolheu ter com ele o mesmo círculo íntimo de três discípulos-na ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37) e no Jardim do Getsêmani (Mt 26:37 ).

    Jesus levou-os até confidencialmente a um alto monte. Esta tem sido tradicionalmente identificado como Monte Tabor, no extremo leste da planície de Esdrelon. Mas este é um, arredondando colina bastante baixo, apenas cerca de mil metros de altura, e, aparentemente, tinha uma fortaleza sobre ele neste momento. Por isso, não parece ter sido um lugar apropriado para a Transfiguração. Portanto, muitos estudiosos hoje pensam que este evento aconteceu em uma das esporas de solitário, sublime Mount Hermon, na cabeça do Vale do Jordão.

    Jesus foi transfigurado diante deles (v. Mt 17:2 ). A palavra grega ocorre apenas quatro vezes no Novo Testamento. É utilizado na passagem paralela em Mc 9:2 , onde é traduzido ". mudado" O verbo é metamorphoo , de onde vem "metamorfose" -a mudança de um estado para outro. Por isso, sugere uma "metamorfose espiritual", ou "a vida transfigurada".

    A transfiguração é descrito vividamente: . seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz Enquanto Cristo estivesse em íntima comunhão com o Pai, Sua natureza divina irradiava um brilho incandescente, que penetrou através do véu da Sua carne, e os três discípulos um vislumbre de Sua glória eterna. Foi um momento de alta em sua experiência e aquele a que Pedro se referiu, no final de sua vida (2Pe 1:16 ).

    Dois visitantes celestiais appeared- Moisés e Elias (v. Mt 17:3 ). Pedro estava sobrecarregado ao se encontrar em tal companhia agosto e queria tornar a situação permanente. Ele se ofereceu para construir três cabines de boughs- tabernáculos (v. Mt 17:4) -ona cada um para Jesus, Moisés e Elias. Isso faz lembrar a frase recorrente em alguns livros sobre philosophy- Oriental "Confúcio, Buda, e do Cristo." Mas o Filho eterno de Deus não é para ser colocado no mesmo nível com meros homens. Uma nuvem brilhante, lembrança de o Shekinah do Antigo Testamento, os cobriu (v. Mt 17:5 ), e uma voz de cima repreendeu discurso descuidado de Pedro com estas palavras: Este é o meu Filho amado ... ouvi-o (não Pedro). Amado também pode ser traduzida por "apenas" (conforme Mt 3:17 ). Jesus é o Filho de Deus em um sentido absolutamente única.

    A atitude de Pedro é facilmente compreensível. As pessoas querem ficar no monte da visão, para apreciar o estado quase de êxtase de comunhão gloriosa no lugar de oração. Mas, ao pé da montanha era um homem em necessidade desesperada com um filho demonizado. E ainda hoje as multidões esperar no sopé da montanha para o ministério daqueles que vislumbrou a glória de Deus, na face de Jesus Cristo.

    Quando a experiência acabou, não viram mais ninguém, senão só Jesus (v. Mt 17:8 ). Este foi o depósito permanente, o valor real da visão. O teste de qualquer suposta experiência extática é se ele deixa a pessoa com orgulho espiritual inflado e dogmatismo fanático, ou com uma verdadeira humildade baseado em uma consciência contínua da presença de Cristo.

    f. Profeta Identificado (17: 9-13)

    9 E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: Dize a visão de ninguém, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos. 10 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo. Por que dizem então os escribas que Elias deve vir primeiro? 11 E ele, respondendo, disse: Em verdade Elias virá, e restaurar todas as coisas: 12 mas eu digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram- ele tudo o que quiseram. Mesmo assim o Filho do homem também sofrem delas. 13 Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista.

    No caminho para baixo da montanha Jesus encarregou seus três discípulos para não contar a ninguém sobre a Transfiguração até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos. Só então poderia a visão ser devidamente compreendido (Rm 1:4 ); ou seja, dar início a uma nova ordem que finalmente iria resultar na restauração de todas as coisas em Cristo (Cl 1:16 ; Ef 1:9. ). Na verdade, ele já tinha vindo, mas tinha sido reconhecido e maltratados (v. Mt 17:12 ). Mateus acrescenta a explicação típica que os discípulos então entendido que a referência era a João Batista (v. Mt 17:13 ).

    g. Disciples Powerless (17: 14-21)

    14 E, quando chegaram à multidão, aproximou-se dele um homem, ajoelhando-se para ele e dizendo: 15 Senhor, tem piedade de meu filho, porque é epiléptico e suffercth gravemente; pois muitas vezes cai no fogo, e freqüentemente vezes na água. 16 E eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá- Lv 17:1 E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa, até quando serão eu estar com você? quanto tempo devo suportar-vos? trazê-lo para cá para mim. 18 E Jesus repreendeu-o; e o demônio, que saiu dele, e o menino foi curado desde aquela hora.

    19 Em seguida, vieram os discípulos a Jesus em particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 20 E ele lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo:. Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Remover Passa daqui para acolá; e removerá; e nada vos será impossível para ti.

    No sopé da montanha eles encontraram a multidão ainda está esperando por eles. Um pai distraído ajoelhou-se de uma vez antes de Jesus e rogou-lhe que curasse o seu epiléptico filho. A palavra grega significa literalmente "moonstruck" (conforme KJV ​​"lunáticos", do latim luna , a lua). Era comumente realizada em tempos antigos que a insanidade era devido à influência da lua.

    A descrição das crises epilépticas (v. Mt 17:15) é típico desta doença. O pai tinha trazido seu menino aos discípulos, mas encontrou-os impotentes para ajudar (v. Mt 17:16 ). Jesus expressou sua grande decepção com o seu fracasso (v. Mt 17:17 ). Ele já havia encomendado e deu-lhes poder de expulsar os demônios (Mt 10:8 ).

    Naturalmente, os discípulos se perguntou por que eles tinham perdido o seu poder, e questionou Jesus (v. Mt 17:19 ). Em resposta, ele disse: Por causa de vossa pouca fé (v. Mt 17:20 ). Se eles tivessem fé pura, até mesmo como uma pequena semente de mostarda (cf.Mt 13:32 ), nada seria impossível para eles. Os discípulos não conseguiram perceber que o poder espiritual só vem através de uma vida de oração.

    h. Paixão Foretold Again (17: 22-23)

    22 E, enquanto eles na Galiléia, Jesus disse-lhes: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens; 23 e eles o matarão, e no terceiro dia ele se levantará. E eles se entristeceram.

    Este segundo previsão da Paixão menciona a prisão de Cristo (v. Mt 17:22) e, uma vez mais a Sua morte e ressurreição (v. Mt 17:23 ). Desta vez, a reacção do discípulos é anotado. Seus corações estavam cheios de tristeza.

    Eu. Pagar o imposto do templo (17: 24-27)

    24 E, quando chegaram a Cafarnaum, os que receberam o meio-shekel veio a Pedro, e disse: Porventura não o seu professor de pagar o meio-shekel? 25 Disse ele: Sim. E quando ele entrou na casa, Jesus se lhe, dizendo: Que te parece, Simão? os reis da terra, de quem cobram imposto ou tributo? de seus filhos, ou dos alheios? 26 E quando ele disse: Dos alheios, disse-lhe Jesus: Por isso os filhos são livres. 27 Mas, para que não os escandalizemos, vai tu para o mar, e lança o anzol, e pegar o peixe que vem pela primeira vez; e quando tu abriu a boca, tu deverás encontrar um shekel toma-o, e dar-lhes para mim e ti.

    Por volta de Jesus em Cafarnaum, os cobradores do imposto anual para a manutenção do templo de Jerusalém aproximou Pedro e perguntou: que não levará o seu professor pagar o meio-shekel A palavra grega para esta moeda é didrachma . Valeu a pena cerca de trinta e dois centavos. Este imposto deveria ser pago por todos os homens judeus mais de vinte anos de idade (Ex 30:11 ). Cerca de um mês antes da Páscoa, o imposto do templo foi recolhido nos territórios periféricos.

    A resposta de Pedro, sim (v. Mt 17:25 ), mostra que Jesus tinha o hábito de fazer o seu dever como um judeu. No entanto, ele perguntou a Pedro se reis habitualmente recebido pedágio (impostos sobre mercadorias) ou tributo (impostos sobre pessoas) -indirect e direta de tributação de filhos ou estranhos; ou seja, aqueles que estão fora da família real. Quando Pedro indicado o último, Jesus disse: Portanto, os filhos são livres (v. Mt 17:26 ). Ele, como Filho de Deus, devem ser isentos desta obrigação.

    No entanto, Jesus pagaria o imposto (v. Mt 17:27 ). A lição que ele aparentemente procurou ensinar neste incidente era que os cristãos devem ir "a segunda milha" em fazer o que se espera deles, mesmo que eles podem sentir que eles merecem isenção.Especificamente, os seguidores de Cristo devem pagar os seus impostos (conforme Mt 22:21 ).

    Pedro foi instruído a ir para o mar (lago da Galiléia, em que Cafarnaum foi localizado), lança uma linha, e pegar um peixe. Na sua boca, ele iria encontrar um shekel (em grego, stater ), que pagaria o meio-shekel necessário para ambos. Presumivelmente, os outros discípulos foram de encontrar uma forma de pagar os seus impostos também.

    Este milagre foi muitas vezes criticada por ser absurda. O fato de que isso não seja dito que Pedro realmente pegou um peixe e encontrou uma moeda em sua boca às vezes é citado como favorecendo a idéia de que Jesus estava falando em sentido figurado: pegar um peixe, vendê-lo, e usar o dinheiro para pagar nossos impostos. Enquanto isto pode não ser impossível, a interpretação mais natural é tomar a conta como descrever o que realmente aconteceu. O importante é a lição que Jesus estava ensinando.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    O Rei em sua glória (Mt 17:1-40, e verá que a transfiguração diz respeito ao rei-no prometido. Havia pouco tempo que Pedro confessara Cristo como o Filho de Deus (16:
    16) e soubera a verdade a respeito de sua morte que se aproximava (Mt 16:21-40). Pro-vavelmente, ele e os outros discípu-los se perguntavam: "Se ele morrer na cruz, o que acontecerá com as promessas a respeito do reino? Elas serão cumpridas?". Com sua transfi-guração, Cristo assegurou-os de que a Palavra permanecería e de que o reino viría. Na verdade, a cena é um retrato do reino: Cristo glorificado; os três apóstolos, que representam o Israel redimido; Moisés, que re-presenta os santos que morreram em Cristo; Elias, que representa os santos que foram arrebatados (pois Elias não morreu); e a multidão ao pé do monte, que representa as ou-tras nações.

    Outro objetivo da transfigura-ção foi fortalecer Cristo para seu so-frimento. Moisés e Elias falaram com ele sobre sua "partida" iminente em Jerusalém (Lc 9:30-42), e ouve-se a voz do Pai como outro encoraja-mento para o Filho. Isso também foi um encorajamento para os discípu-los que enfrentariam a separação do Senhor quando ele sofresse e mor-resse. Se eles tivessem se lembrado dessa cena quando ele morreu, não o teriam abandonado nem perdido a esperança.

    1. O perigo

    Pedro fala de novo de uma pers-pectiva carnal e tenta afastar Jesus da cruz! O Pai repreende-o. "A ele ouvi" (v. 5), ainda é uma mensagem de Deus, pois Cristo é a última pa-lavra do Senhor aos homens (He 1:1-58). A lei (Moisés) e os profetas (Elias) testemunham de Cristo (Lc 24:27,Lc 24:44), contudo Cristo é superior a Moisés e a Elias (veja Rm 10:4; At 10:43). "Senão Jesus" (v. 8) é a única atitude segura para o cristão.

    1. A perplexidade

    Ao descer do monte, os discípu-los perguntam a respeito de Elias, referindo-se à promessa de Mala- quias3:1; 4:5-6. Jesus afirma que João Batista cumpriu essas promes-sas em espírito (Lc 1:1 Lc 1:7), mas que o próprio Elias viria.

    1. O Rei em seu poder (Mt 17:14-40)

    Não podemos ficar para sempre no monte de glória com o Rei; temos de descer para o vale de necessidade no qual Satanás opera. "Pelo véu" e "fora do arraial" são duas coisas essenciais para a vitória (He 10:19-58)

    Que paradoxo: o Rei é muito po-bre para pagar o imposto do seu templo! Na verdade, ele fez-se po-bre para que pudéssemos ser ricos (2Co 8:9). Temos de prestar atenção às quatro características distintivas desse milagre.

    1. Esse é o único milagre que Cristo faz para suprir uma necessidade pessoal

    A taxa do templo, de duas dracmas, era paga por todos os homens judeus (Êx 30:11 ss). Jesus era tão pobre que não dispunha dessa pequena quantia. Como ele era humilde (Fp 2:5-50)!

    1. Apenas Mateus relata esse milagre

    Esse é o evangelho do Rei, e esse milagre diz respeito à realeza de Cristo. Aqui, Jesus afirma que é "FiIho do Rei" e, por isso, não precisa pagar a taxa. Cristo prova sua reale-za ao realizar um milagre complica-do. Uma moeda teve de ser perdida no mar, um peixe teve de pô-la na boca, e Pedro teve de pescar o pei-xe! Jesus tem domínio sobre os pei-xes do mar (SI 8:6-8; He 2:0.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    17.1 seis dias depois. Ainda estavam subindo o Monte Hermon, desde Betsaida (16.5n), passando por Cesaréia de Filipe (16.13), numa caminhada que pode ser descrita como um retiro espiritual.

    17:1-8 Esta experiência de um antegozo da glória divina era uma revelação para Pedro, Tiago e João, sobre a natureza da obra e do reino de Cristo. Jesus é visto por eles na Sua glória divina (conforme Jo 17:5), ladeado por Moisés, representando a Lei de Israel, e por Elias, representando os Profetas. Jesus é revelado como a realidade gloriosa, à qual a totalidade do AT apontava o cumprimento de toda a história da redenção, desde o dia no qual Abraão foi chamado para obedecer a Deus, abandonou tudo para receber a herança. Conforme Gn 12:2, 3; 15:4, 5. Deus interveio para consolar Jesus que já estava no caminho da crucificação (22-23 com 16-21), e também para receber os discípulos a fim de continuarem firmes e confiantes depois da ascensão de Cristo (conforme 2Pe 1:16-61, onde Pedro descreve a experiência e cita-a como prova da divindade de Cristo).

    17.5 Palavras para inspirar os discípulos e consolar a Cristo.
    17.9 Do Monte. Algumas tradições dizem que era o Tabor, mas o que contraria isto é que havia, na época de Jesus, uma fortaleza romana dominando o monte. O caminho mais lógico seria, rumo às alturas do Hermom, a 20 km de Cesaréia de Filipe e com quase 3.000 m de altura.

    17:10-13 Os judeus estavam aguardando um segundo aparecimento de Elias antes da vinda do Messias (Ml 4:5), mas Jesus demonstrou que era João Batista o cumpridor desta missão profética (aliás, suas vestes e sua maneira de viver já apontavam para o caráter de um Elias).

    17:14-21 Um jovem possesso. Local - o sopé do monte Hermom; hora - de madrugada; situação - a volta da experiência gloriosa, para a situação humana - a glória divina invade as limitações da terra. O jovem era possuída por um espírito mudo (Mc 9:17), e ainda era filho único (Lc 9:38). A multidão incluía escribas que estavam discutindo com os discípulos que nada conseguiam fazer para expulsar o demônio (Mc 9:14 e 18). A causa do fracasso dos discípulos, da atitude dos escribas da doença do menino, e do desespero do pai, era a pouca fé.

    17.22 Na Galiléia. No caminho de volta para Cafarnaum (24). Este era já o segundo aviso de Cristo, antecipando a que ia sofrer (conforme 16.21). O último aviso está em 20:17-19. Os discípulos eram demorados para entender esta parte da obra de Cristo, e ainda no fim deixaram-se abalar quando estas palavras de Cristo foram cumpridas (26.56, 69-75).

    17:24-27 O imposto era cobrado para o templo, cada ano, no mês de março. Esta ocasião deve ter se dado no ano 28 d.C. Na moeda israelita equivalia à metade de um siclo por pessoa, na moeda grega internacional, duas dracmas, ou dois dias de salário mínimo. Cada israelita de mais Dt 20:0). O milagre mostra como o Pai providencia o necessário para Seus filhos. Estáter. Uma moeda que valia quatro dracmas, suficiente para pagar o imposto de duas pessoas.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27
    A transfiguração (17:1-8)

    V.comentário de Mc 9:2-41; Lc 9:28-42. As Escrituras não interpretam esse incidente, que obviamente era um acontecimento dos mais importantes no ministério (conforme 2Pe 1:1). Tanto Jo 17:5 quanto 2Pe 1:17 nos levam a ver na transfiguração um ato do Pai. Parece mais provável que foi a glória da humanidade mais do que a divindade de Cristo que foi revelada. Por meio da obediência perfeita, ele havia atingido o alvo que Adão deveria ter atingido, e a morte já não tinha direito sobre ele. Supostamente ele poderia ter ascendido ao Pai ali naquele momento, mas a conversa acerca de sua partida (Lc 9:31) marcou a sua ida voluntária adiante para a cruz. Seria esse o ponto sugerido por He 2:10,He 2:18; He 5:8,He 5:9, que deve ter vindo antes de o sumo sacerdote ter oferecido o sacrifício perfeito? Observe que foi a voz divina (17.5,6) e a nuvem (Lc 9:34) que deixaram os discípulos amedrontados, e não a glória de Jesus.

    A discussão acerca de Elias (17:9-13)

    V.comentário de Mc 9:9-41.

    A cura do menino endemoninhado (17:14-21)

    V.comentário de Mc 9:14-41. A evidência dos manuscritos a favor da omissão do v. 21 não pode ser questionada; conforme nr. da NVI e Mc 9:20.

    v. 20. poderão dizer a este monte: Paralelos rabínicos sugerem que mover montanhas era uma expressão proverbial na época para se referir a fazer o impossível.

    A segunda predição da Paixão (17.22, 23)

    V.comentário de Mc 9:30-41.

    IV.2. ENSINO: A IGREJA (17.24—18.35)
    O imposto do templo (17:24-27)
    No seu contexto, esse incidente histórico se torna praticamente uma parábola do relacionamento do discípulo com outras comunidades que reivindicam sua lealdade.

    Êxodo 30:11-16 fala de um imposto especial de recenseamento no valor de meio siclo dado ao tabernáculo. Depois do exílio, foi adotado um imposto religioso de um terço de siclo (Ne 10:32,Ne 10:33). Antes do tempo de Jesus, ele tinha sido transformado em um imposto compulsório de meio siclo pagável anualmente por todo homem livre Dt 20:0).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 5 até o 23


    15) Retirada para a Região de Cesaréia de Filipe, 16:5 - 17:23.

    Esta quarta retirada leva Jesus novamente para o ambiente gentio, longe das tensões da constante oposição (conf. Betsaida Julias, Mt 14:13; Fenícia, Mt 15:21; Decápolis, Mt 15:24, Mc 7:31). Durante esse período, talvez com diversos meses de duração, aconteceu a momentosa confissão de Pedro, a detalhada predição de Sua próxima paixão, e a Transfiguração.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 14 até o 20

    14-20. Curando um epilético endemoninhado. Todos os sinóticos colocam esta narrativa logo após a Transfiguração, mas a narrativa de Marcos (Mc 9:14-29) é a mais completa.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 14 até o 21
    XXII. A CURA DUM MENINO LUNÁTICOMt 17:14-40; Lc 9:37-42. Sofre muito (15) -gr. kakos echei, "está muito doente". Fé como um grão de mostarda (20). Isto significa que a fé, uma vez implantada no coração, cresce normalmente como qualquer outro organismo. Este monte (20). Refere-se a qualquer obstáculo ou dificuldade que parece ser impossível na vida do cristão. Talvez seja uma alusão indireta ao desaparecimento da economia judaica e, mais tarde, do Império Romano pagão. Os melhores manuscritos omitem o vers. 21, que é uma interpolação de Mc 9:29.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27

    95. Pré-visualização da segunda vinda (Mateus 17:1-13)

    E seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e levou-os até um alto monte. E foi transfigurado diante deles; e seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que apareceram Moisés e Elias a eles, falando com ele. E Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Enquanto ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. E Jesus veio a eles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." E, erguendo os olhos, não via a ninguém, a não ser o próprio Jesus sozinho.
    E como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E ele, respondendo, disse: "Elias virá e restaurará todas as coisas, mas eu digo-vos que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram Assim também o Filho do Homem vai. a sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista. (17: 1-13)

    Como observado no final do capítulo anterior, a visualização da sua glória que Jesus prometeu a alguns dos discípulos iria experimentar antes de morrer (16:28), sem dúvida, a que se refere a sua transfiguração, o evento relacionado no presente texto.

    Seis dias após a promessa foi dada foi cumprida. O fato de que Lucas diz que foi "cerca de oito dias depois" (9:
    28) indica simplesmente que ele estava falando em termos inclusivos, ao contrário de Mateus e Marcos (9: 2). Considerando que esses escritores que se refere aos seis dias intermediários entre a previsão eo cumprimento, Lucas também incluiu os dias em que os eventos ocorreram.

    Pedro, Tiago e João, seu irmão foram os discípulos mais íntimos de Jesus, constituindo, com o irmão de Pedro André círculo íntimo do Senhor. (Ver vol. 2 nesta série comentário [ Mateus 8:15 ], p. 136). Portanto, não é surpreendente que foram esses três homens que Ele trouxe ... até um alto monte.

    Quatro razões parecem sugerir-se para Jesus 'tendo apenas estes três com Ele para testemunhar sua transfiguração. Em primeiro lugar, eles seriam testemunhas confiáveis ​​da Sua glória manifesta, capaz de confirmar o evento para os outros discípulos e para o resto da igreja. De acordo com Dt 19:15, "no depoimento de duas ou três testemunhas, uma questão deve ser confirmada." Exibição prometeu o Senhor da sua glória reino (Mt 16:27-28.) Seria confirmada pelo testemunho destas três testemunhas confiáveis.

    Em segundo lugar, esses três homens provavelmente foram escolhidos por causa de sua intimidade com Jesus. Eles estavam com Ele mais e compreendíamos o melhor, e eles frequentemente acompanhada Ele quando foi afastado por momentos de intensa comunhão com o Pai celestial (Mc 5:37; Mc 14:33). Convinha que aqueles que mais intimamente compartilhar seu sofrimento e tristeza share seria também mais intimamente em testemunhar a Sua glória.

    Em terceiro lugar, como os porta-vozes reconhecidos entre os doze, aqueles cuja palavra era mais respeitado, estes três homens poderiam mais confiável e convincente articular o que eles testemunharam na montanha.

    A quarta razão possível é negativo. Se todos os doze discípulos tinham visto a transfiguração, ou se todos eles mais as multidões que estavam com eles na Galiléia superior deveriam ter visto Jesus transfigurado, toda a região poderia ter sido rapidamente em tumulto. As pessoas podem ter atropelar a encosta e nas cidades vizinhas balbuciando incontrolavelmente sobre o que tinham visto. As contas, sem dúvida, teria variado muito e foi embelezado com cada releitura, e Jesus poderia ter sido pressionados ainda mais força para se tornar o libertador político e militar as pessoas esperavam que o Messias ser (ver Jo 6:15; 12: 12-19) .

    O especial de alta montanha não é identificada, mas foi aparentemente em algum lugar perto e ao sul de Cesaréia de Filipe, na rota para Cafarnaum e, eventualmente, de Jerusalém (ver Mt 16:13, Mt 16:21;. Mt 17:24).

    Aprendemos com Lc 9:32 que, como no Jardim (Matt. 26: 40-45), estes três discípulos não poderia ficar acordado, apesar da momentousness da experiência. Era "de tristeza" que eles dormiram no Jardim (Lc 22:45), e foi talvez pela mesma razão que eles dormiam no topo da montanha. O sono pode ser uma forma de fuga, uma maneira de esquecer temporariamente os problemas e ansiedades. Depressão acelera cansaço. É provável que a promessa que Jesus fez, poucos dias antes era demasiado vago e indeterminado para reforçar os seus espíritos depois de saber do seu sofrimento e da morte iminente e ao Seu chamado para eles que estar disposto a sofrer e morrer em seu serviço (16: 21-25 ). Eles dormiam o sono de frustração e depressão. Foi só apareceram Moisés e Elias que os três "se tornou totalmente acordado ... e vimos a sua glória e os dois homens que estavam com Ele" (Lc 9:32 b ).

    Nos eventos que se seguiram são encontradas cinco confirmações poderosas, ou provas, de que Jesus era realmente o Filho do Homem previsto, o Messias, o Rei da glória divina. Primeiro é a transformação do Filho (Mt 17:2). De dentro de si mesmo, de uma forma que desafia a descrição completa, muito menos explicação completa, a glória divina de Jesus se manifestou antes de Pedro, Tiago e João.

    Aqui é a maior confirmação de sua divindade ainda na vida de Jesus. Aqui, mais do que em qualquer outra ocasião, Jesus se revelou como ele realmente é, o Filho de Deus. Como a glória divina irradiava deseu rosto , ele iluminou mesmo suas vestes , que tornaram-se brancas como a luz , em depoimento sobrenatural para o Seu esplendor espiritual. Tal como acontece com as manifestações Shekinah do Antigo Testamento, Deus aqui retratou-se aos olhos humanos na forma de luz tão deslumbrante e esmagador que mal podia ser suportada.

    luz retratado Jesus 'glória e majestade como Pedro testemunhou anos depois, em sua segunda epístola: "Porque, quando Ele recebeu honra e glória do Pai, como um enunciado como isso foi feito a Ele pela Glória Magnífica:' Este é o meu Filho amado com quem eu estou bem satisfeito "(2Pe 1:17). A experiência de ver a glória de Cristo deve ter sido um dos principais contribuintes para a segunda vinda de se tornar um tema dominante da pregação e os escritos de Pedro. A mensagem de suas duas epístolas pode ser resumido como: "Amados, não se preocupe com a sua dor, o seu sofrimento, a sua análise, a sua perseguição, seu sacrifício de Jesus está chegando Isso é tudo o que realmente importa.!." João mais tarde declarou que "nós vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1:14). Não temos nenhum registro de depoimento de Tiago a este evento, porque ele foi martirizado nos primeiros dias da igreja, o primeiro apóstolo a dar a sua vida por Cristo (At 12:2). O melhor que podiam com os olhos humanos, estes três homens tinham visto a essência de Deus brilhe de Jesus.

    Que experiência incrível foi apenas um vislumbre do dia em que "o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os Seus anjos" (Mt 16:27). Naquele dia, "todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória" (Mt 24:30). E "Quando o Filho do Homem vier em sua glória e todos os anjos com ele, então se assentará no seu trono glorioso" (25:31). Em sua visão em Patmos, João viu o retorno de Cristo como "um semelhante ao Filho do homem, vestido com uma túnica até aos pés, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca , como a neve, e os seus olhos eram como chama de fogo, e os seus pés eram como bronze polido, quando tiver sido causado a brilhar em uma fornalha, e sua voz era como o som de muitas águas e na sua mão direita Ele. realizou sete estrelas; e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes, e seu rosto era como o sol brilhando em sua força "(13 66:1-16'>Apocalipse 1:13-16).

    Em sua forma humana Jesus Cristo foi velado, mas quando Ele voltar à Terra, Ele virá em Sua majestade divina plena e glória um vislumbre do que Pedro, Tiago e João testemunhou na montanha. Não poderia, doravante, sem dúvida, em suas mentes que Ele era Deus encarnado, e que deveria ter havido nenhuma dúvida de que Ele viria algum dia na plenitude da glória

    O Testemunho dos Santos

    E eis que apareceram Moisés e Elias a eles, falando com ele. E Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". (17: 3-4)

    Como os três discípulos assistiram com espanto, Moisés e Elias também lhes apareceu , envolto em glória do Senhor (Lc 9:31). O testemunho desses dois santos do Antigo Testamento era um segundo confirmação da divindade de Jesus.

    Por que nós podemos imaginar, foram estes dois homens, escolhidos dentre os muitos crentes piedosos do Antigo Testamento que poderiam ter sido escolhidos? Por que, por exemplo, que Deus não apresentar Abraão, o pai do povo hebreu e de todos os fiéis? Por que Davi não foi selecionado, o de cujo trono Jesus faria um reinado dia? Por que Isaías ou Jeremias ou Ezequiel ou um dos outros profetas não são escolhidos? Escritura não dá nenhuma explicação, mas parece que, mais do que quaisquer outros, Moisés e Elias tipificado o Velho Testamento de Deus.
    Moisés era sinônimo da Antiga Aliança, que o Senhor deu por meio dele. As Escrituras judaicas foram muitas vezes referida como Moisés e os profetas, e a lei do Velho Testamento foi muitas vezes chamado a lei de Moisés. Criado no palácio do Faraó, exilado para os campos e rebanhos de Midian para aprender a humildade e se tornar um servo de Deus, e, em seguida, escolhido pelo Senhor para conduzir o Seu povo da escravidão e dar-lhes a Sua lei e levá-los para as fronteiras da Terra Prometida, Moisés era supremamente homem de Deus. Além do próprio Senhor, ele foi sem dúvida o maior líder da história humana. Ele levou cerca de dois milhões rebeldes, pessoas sem fé para fora do Egito e para o deserto, onde vagavam juntos por 40 anos, enquanto Deus levantou uma geração mais obediente e gerenciável. Antes de o povo de Israel tinha profetas formais, Moisés era uma espécie de profeta, levando-os a palavra de Deus. Antes eles tinham sacerdotes formais, ele era uma espécie de sacerdote, mediando entre eles e Deus. E antes que eles tinham reis formais, ele era uma espécie de rei, governando-os em nome de Deus.
    Talvez o único outro homem Antigo Testamento, que poderia ter ficado com Moisés era Elias . Moisés foi o grande legislador, e Elias foi o grande defensor da lei. Este profeta era zelo personificado, um homem de Deus de coragem incomparável, ousadia e destemor. Ele tinha um coração para Deus, ele andou com Deus, e, mais do que qualquer outro santo Antigo Testamento, ele foi o instrumento de poder milagroso de Deus. Ele foi o profeta mais proeminente de Deus, e para os judeus a personalidade mais romântico Antigo Testamento.

    Como nenhum outro, Moisés e Elias representava o Antigo Testamento, a lei e os profetas. E como não há outros, que poderiam dar testemunho humano a majestade e glória divina de Cristo. Com a sua presença junto, eles afirmaram, com efeito: "Este é Aquele de quem nós testemunhou, Aquele em cujo poder ministramos, e Aquele em quem tudo o que disse e fez tem significado Tudo o que falou, realizado, e que esperava. para se cumpre nele. "

    De Lucas, aprendemos que estes dois grandes santos estavam conversando com Jesus "de sua partida, que ele estava prestes a cumprir-se em Jerusalém" (09:31). Eles não estavam simplesmente ali, refletindo passivamente na glória do Senhor, mas estava falando com ele de amigo para amigo sobre sua saída, o Seu sacrifício iminente, que era o objetivo supremo e obra de Seu terrena ministério "Departure" vem do termo grego de qual obtemos êxodo . Assim como o Êxodo do Egito sob Moisés conduziu o povo de Deus da escravidão da escravidão do "êxodo" de Jesus para fora da sepultura levaria os crentes da escravidão do pecado. Isto seria realizado, como relata Lucas, em Jerusalém.

    Foi significativo que a discussão era sobre a obra salvadora de Cristo através da Sua morte, porque esse era o trabalho central do Seu ministério ainda a verdade os discípulos encontraram mais difícil de aceitar. Moisés e Elias confirmação da glória divina de Jesus, mas não só deu o seu plano divino. Seu testemunho sobrenatural, sem dúvida, mais tarde, deu aos apóstolos convicção e coragem adicionados como proclamaram que Jesus foi "entregue pelo plano pré-determinado e presciência de Deus" (At 2:23). "Jesus é o Salvador e Rei previsto," eles estavam afirmando antes dos três apóstolos ", e Seu plano divino está dentro do cronograma."

    Morte e ressurreição de Jesus eram uma parte inevitável desse plano, sem o qual a redenção do pecado teria sido impossível. Ele era infinitamente mais do que um bom homem cujo exemplo mostra outros homens o caminho para Deus. Ele mesmo era Deus, e foi por Seu sacrifício expiatório como um substituto para os homens que Ele mesmo traz aqueles que nEle confiam a Deus. Ninguém pode vir a Deus, seguindo o exemplo de Jesus, porque nenhum homem poderia oferecer um sacrifício suficiente até mesmo por seus próprios pecados, e muito menos para os pecados do mundo inteiro. Foi, portanto, imperativo para os discípulos a entender que a vinda de Jesus pela primeira vez para morrer e ressuscitar era tanto uma parte do plano divino como sua vinda em glória.

    Como Moisés e Elias "se apartavam dele" (Lc 9:33 a ), Pedro respondeu e disse a Jesus: "Senhor, é bom para nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma para Você, e uma para Moisés e outra para Elias ".

    Lucas dá a informação adicional de que Pedro falou "não percebendo que ele estava dizendo" (9:33 b ). Pedro falhado completamente em compreender o significado de 'glória ou de Moisés e Jesus testemunho de Elias. Aparentemente alheio à afirmação de que Jesus devia ir a Jerusalém para morrer e que a glória que já testemunhei era apenas uma prévia de toda a glória em que Ele iria no futuro vir novamente, em sua perplexidade combinado e temem Pedro conseguia pensar em nada, mas fazer três tendas com suas próprias mãos, em que Jesus e as duas testemunhas do Antigo Testamento poderia habitar.

    Nós só podemos adivinhar o motivo de Pedro para fazer a sugestão, exceto que ele obviamente se contentou em permanecer com o Senhor no topo da montanha. Ele não tinha nenhum interesse em Jesus vai a Jerusalém ou em sua segunda vinda. Ele queria que o Senhor para ficar, não sair e voltar. Ele, especialmente, não queria que ele deixe a título de morte (Mt 16:22). Como de costume, ele foi preso em seus próprios planos e vontade e não do Senhor. Embora ele prefaciou sua sugestão com se queres , Pedro provavelmente assumiu Jesus aprovaria.

    Chronologists Novo Testamento ter determinado que o mês judaico em que a transfiguração ocorreu foi Tishri (outubro), o sexto mês antes da Páscoa e, portanto, seis meses antes da crucificação de Jesus.Durante este mês, os judeus celebraram a festa dos Tabernáculos, ou cabines, e é possível que, neste exato momento em que a festa estava sendo observada em Jerusalém. Durante um período de sete dias, as pessoas viviam em pequenos abrigos ou cabines, feito de galhos, simbolizando as habitações temporárias de seus antepassados ​​no deserto. Foi um memorial a Deus de preservar o Seu povo escolhido e redimido (ver Lev. 23: 33-44).

    Zacarias previu que durante o Milênio, quando "o Senhor será rei sobre toda a terra;. Naquele dia o Senhor será o único, e seu nome o único Então ele virá sobre que qualquer que são deixados de toda a nações que iam contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos "(Zc 14:9). Esse é o festival do Antigo Testamento só duração de uma semana, que será celebrada durante o reinado milenar de Cristo. A festa dos Tabernáculos será lembrado todos os anos por milhares de anos como uma imagem de libertação e preservação do seu povo de Deus.

    Estar perto da festa na mão pode, portanto, ter causado Pedro sugerir a construção das três tendas na montanha. Essa possibilidade é ainda mais provável, tendo em conta o facto de este festival comemora o êxodo da escravidão no Egito e a peregrinação no deserto de Israel sob Moisés. Como observado acima, Moisés e Elias conversando com Jesus "de sua partida", ou êxodo (Lc 9:31), na breve e infinitamente maior libertação de acreditar a humanidade do pecado. Como apropriado, então, Pedro pode ter pensado, para celebrar a festa naquele lugar sagrado, não só na presença do próprio Moisés, mas na presença do ainda maior Libertador quem Moisés prefigurou e de quem Elias era para ser o precursor.

    A idéia de Pedro não era tanto de errado como tolo. Ele foi tolo em talvez pensando que Jesus pode não ter a morrer depois de tudo, que houve agora oportunidade de cumprir a sua missão, evitando a cruz e, portanto, evitando a necessidade de mais tarde voltar. Pedro também foi tolo em colocar Moisés e Elias, grande como eles eram, no mesmo nível que o Cristo pela vontade de construir tendas para todos os três. Como observado anteriormente, quando Pedro fez esta sugestão, Moisés e Elias foram já com partida (Lc 9:33). Eles sabiam que a sua missão era temporário e seu testemunho de Cristo foi agora concluída. Em seus ministérios tinham apenas anunciado a palavra da lei e os profetas. Mas Jesus Cristo, a Palavra viva, era tanto o doador eo perfeito cumprimento da lei e os profetas, cujo objetivo foi apontar os homens a Ele mesmo (ver Rm 8:3.). Deixando de Cristo em supremacia incontestada, Moisés e Elias desapareceu de modo que o único objeto remanescente de adoração foi o glorioso Senhor. Uma vez que o seu testemunho a Ele estava acabado, que não iria ficar e risco de prejudicar Ele.

    O Terror do Pai

    Enquanto ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e eis que uma voz fora da nuvem, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. (17: 5-6)

    A terceira confirmação da divindade de Jesus foi o terror causado pela intervenção do Pai enquanto Pedro ainda estava falando . Através da forma de uma nuvem luminosa Deus ofuscado os três discípulos e lhes falou em uma voz fora da nuvem . Para o testemunho da própria transfiguração e o testemunho dos dois santos do Antigo Testamento agora foi adicionado o testemunho surpreendente de Deus Pai.

    Durante toda a peregrinação no deserto de Israel o Senhor se manifestou através de "uma coluna de nuvem de dia para levá-los no caminho" (Ex 13:21;.. Nu 9:17; Dt 1:33.). Isaías previu que "quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião, e limpado o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de julgamento e o espírito de ardor, então o Senhor vai criar em toda a área do Monte Sião e sobre as assembléias dela uma nuvem de dia mesmo fumaça, e o brilho de um fogo flamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel "(Isaías 4:4-5.). Em sua visão dos últimos dias João "olhou e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. E veio outro anjo para fora do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: "Ponha a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de colher veio, porque a seara da terra está madura." E o que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice sobre a terra; ea terra foi ceifada "(Ap 14:14-16).

    Fora de tais uma nuvem luminosa , o Pai ofuscado Pedro, Tiago e João, e falou com eles em um audível voz, ... dizendo: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo;! ouvi-lo" O Pai falou palavras quase idênticas ao batismo de Jesus (Mt 3:17), e durante Jesus ', na semana passada, em Jerusalém, mas poucos dias antes de ser traído, preso, e crucificação-o Pai novamente pública e directamente declarou Sua aprovação do o Filho (Jo 12:28).

    Ao chamar Jesus, seu Filho , o Pai declarou que ele era da mesma natureza e essência com Ele (conforme João 5:17-20; Jo 8:19, Jo 8:42; Jo 10:30, 36-38). Escritura frequentemente refere-se a crentes como filhos de Deus, mas eles são filhos adotivos, trazidos para a família celestial somente através do milagre da sua graça (Rm 8:15, Rm 8:23; Gl 4:5; 2 Cor 1:.. 2Co 1:3; Gl 1:3Jo 8:2910: 37-3812: 49-50.

    Depois, dirigindo-se diretamente os três discípulos, talvez Pedro, em particular, Deus disse : "Escutai-o!" Ele estava dizendo, com efeito, "se meu filho diz que ele deve ir a Jerusalém para sofrer e morrer, acredite Ele. Se Ele diz que ele será levantado no terceiro dia crer Nele. Se Ele diz-lhe para tomar a sua própria cruz e segui-Lo, que é o que você está a fazer. Se ele diz que virá novamente em glória então crer Nele e viver em conformidade "

    O franco, ousado Pedro e seus dois companheiros já sabiam que estavam na presença impressionante de Deus Todo-Poderoso. Como seria de esperar, os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos e foram muito medo. Pedro foi, provavelmente, tão completamente traumatizada que ele prontamente se esqueceu sua sugestão presunçoso para construir as três tendas.

    A consciência combinada de graça do Senhor e Sua majestade, o Seu amor e da Sua justiça, Sua amizade e Seu senhorio deve causar uma espécie de tensão espiritual em cada crente. Por um lado, ele se alegra em sua comunhão de amor com o Senhor por causa de Sua bondade infinita, e, por outro lado, ele tem medo reverencial como ele contempla a Sua santidade e justiça impressionante. Como o crente anda em obediência a Deus, ele experimenta o conforto de Sua presença. Mas, como ele anda em desobediência, ele deve sentir o terror da mesma presença. Provérbios declara que a sabedoria espiritual começa com o temor de Deus (Pv 9:10).

    Homens pecadores na presença de um Deus santo sempre querem esconder. Antes da Queda, Adão e Eva tinham comunhão ininterrupta com Deus, mas depois que eles pecaram o relacionamento era muito alterado. Quando "eles ouviram o som do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia, ... o homem e sua mulher esconderam-se da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim" (Gn 3:8).

    A tapeçaria da Cena

    E Jesus veio a eles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." E, erguendo os olhos, não via a ninguém, a não ser o próprio Jesus sozinho.
    E como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." (17: 7-9)

    A quarta confirmação da divindade de Jesus foi a toda a tapeçaria da cena que deu testemunho do poder majestoso de Cristo e esplendor real. Ele foi menos específico e dramático do que os três primeiros, mas à sua maneira foi impressionante.

    Jesus ainda era o centro da cena, assim como ele será em sua segunda vinda. Ele estava de pé sobre uma alta montanha, por mais que quando Ele voltar à Terra, quando "estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está na frente de Jerusalém para o oriente" (Zc 14:4;. Jd 1:14; Ap 21:1). Portanto Moisés representava os santos que morreram no momento em que Jesus retorna, e Elias aqueles que terão sido arrebatados.

    Simbolicamente, a montanha está lá. As pessoas com quem entra está lá. As pessoas a quem ele vier estão lá. E ambos os santos que morreram e os santos que foram traduzidas estão lá.
    Primeiras ações e as palavras de Jesus após Sua poderosa exibição de esplendor eram os de cuidado delicado, amoroso. Sabendo o grande medo de seus três companheiros amados, Jesus aproximou-se deles e tocou-lhes e disse: "Levanta-te, e não tenha medo." Como eles hesitante levantou os seus olhos , que deve ter sido um grande alívio para ver ninguém, exceto o próprio Jesus sozinho .

    As impressões da experiência foram agora indelével em suas mentes. Eles poderiam testemunhar com certeza e ousadia que Jesus havia de fato se manifestou em glória antes que algum deles tinha provou a morte (16:28). Cerca de trinta anos depois, Pedro iria escrever: "Nós não seguiu contos habilmente inventadas quando demos a conhecer o poder ea vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas nós mesmos vimos a sua majestade. Pois quando Ele recebeu honra e glória de Deus Pai, como um enunciado como isso foi feito a Ele pelo Glória Majestic, "Este é o meu Filho amado em quem me bem pleased'-e nós mesmos ouvimos esta expressão vocal feita a partir de céu quando estávamos com ele no monte santo "(2 Pe. 1: 16-18).

    Como eles viram Jesus ... sozinho , os discípulos perceberam que tinham assistido a uma pré-visualização de segunda vinda a glória do Senhor. E uma vez que recuperou a compostura, eles devem ter tido um desejo forte e compreensível para atropelar e relatar sua experiência surpreendente para os outros discípulos e para qualquer pessoa que quisesse ouvir. Mas como eles estavam descendo do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: "Diga a visão a ninguém até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos." Como extremamente difícil deve ter sido para manter a visão de si mesmos.

    Assim como Jesus tinha dito Doze que "a ninguém dissessem que Ele era o Cristo" (16:20), Ele já disse aos três que a ninguém dissessem de Sua manifestação da glória. O Cristo que a maioria dos judeus daquela época estavam esperando não era o Cristo, que havia chegado. Em vez de vir a conquistar, Ele veio para morrer. Em vez de vir na glória divina, Ele veio em humilde mansidão. E em vez de vir para libertar os judeus da escravidão política, Ele veio para libertar da escravidão do pecado todos os homens que nele confiam.

    Para o povo ter aprendido então sobre a experiência na montagem seria, como já mencionado, apenas ter incitado-los a experimentar como fizeram em outras ocasiões (Jo 6:15; 12: 12-19) para fazer Jesus em um rei de sua própria espécie para cumprir suas expectativas egoístas e mundanos imediatos. Mas quando eles iriam ouvir a história depois de o Filho do Homem tinha ressuscitado dos mortos, seria claro que Ele não tivesse vindo para conquistar os romanos, mas para conquistar a morte.

    O laço com o Precursor

    E seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" E ele, respondendo, disse: "Elias virá e restaurará todas as coisas, mas eu digo-vos que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram Assim também o Filho do Homem vai. a sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista. (17: 10-13)

    A quinta e última confirmação da divindade de Jesus é visto em sua relação messiânica a João Batista.
    Tendo acabado de ver Elias na montanha, uma pergunta natural para Jesus discípulos era, "Por que então os escribas dizem que Elias deve vir primeiro?" Isso ensino particular de os escribas não se baseava apenas na tradição rabínica, mas no ensino bíblico. Através de Malaquias, o Senhor declarou: "Eis que eu vou enviar-lhe o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E ele irá restaurar os corações dos pais aos filhos, e os corações dos filhos a seus pais, para que eu não venha, e fira a terra com maldição "(Mal. 4: 5-6).

    A previsão de que a pessoa real Antigo Testamento de Elias seria o precursor do Messias e Seu julgamento foi bem conhecido para os judeus da época de Jesus. Portanto, como Pedro, Tiago e João, desceu a encosta da montanha com o Senhor, eles não poderiam ter ajudado se perguntando como o aparecimento de Elias que tivessem testemunhado encaixar com a profecia de Malaquias "Se Tu és o Messias, como você declarou e nós ter acreditado ", eles pediram, com efeito," por que Elias não aparecem antes Você começou seu ministério? "

    Foi, sem dúvida, a mesma preocupação que muitos dos líderes judeus usado para justificar a rejeição messianidade de Jesus. E foi, provavelmente, a profecia de Malaquias que causou algumas pessoas a pensar que Jesus era Elias, em vez de o Messias (Mt 16:14). "Apesar de seus grandes milagres", eles podem ter fundamentado, "Jesus não pode ser o Messias, porque Elias ainda não chegou. Assim, ele deve mesmo ser Elias".

    Esse mal-entendido foi facilitada pelos muitos enfeites que os escribas e os seus colegas rabinos tinham feito com a profecia de Malaquias. Como muitos intérpretes da Bíblia ao longo dos tempos, incluindo muitos em nossos dias, eles gostavam de "preencher as lacunas", por assim dizer, onde uma previsão Bíblia não era tão clara e detalhada como eles gostariam. Conseqüentemente, eles ensinaram que Elias viria novamente como um reformador milagroso poderoso que iria pôr ordem no caos e na santidade de impiedade. Alegaram que quando o Messias chegou, o mundo, ou pelo menos 1srael, seria moralmente e espiritualmente preparado para Ele, e Ele iria executar o julgamento rápido e estabelecer o reino de Israel.

    Assim como todo o ensino que é apenas parcialmente baseado nas Escrituras, a deles era, por essa razão, ainda mais enganoso. Jesus respondeu primeiro reconhecer a verdade parcial, dizendo: "Elias virá e restaurará todas as coisas." Há um Elias que ainda está por vir; e quando ele chega, ele irá restaurar todas as coisas , assim como Malaquias profetizou. " Mas eu vos digo , "Jesus continuou a explicar",que Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem vai sofrer em suas mãos. " Então entenderam os discípulos que Ele tinha falado com eles sobre João Batista .

    O Elias profetizado por Malaquias não era para ser uma reencarnação do antigo profeta. Pelo contrário, como o anjo do Senhor disse a Zacarias a respeito de seu filho, João Batista , o precursor profetizado viria "no espírito e poder de Elias" (Lc 1:17). João não seria o antigo profeta voltar para a terra mas seria ministro da mesma estilo e poder como tinha Elias. Dessa forma, como Jesus havia dito aos discípulos, pelo menos uma vez antes, "[João] é Elias, que estava para vir" (Mt 11:14).

    Por que, então, alguns se perguntam, se João se assumem sendo Elias? Quando os sacerdotes e levitas de Jerusalém perguntou-lhe: "És tu Elias?" ... Ele disse: "Eu não sou" (Jo 1:21). Ele negou ser Elias, porque, embora ele sabia da profecia de Lucas 1, como Jesus, ele percebeu que a pergunta era sobre um literal, reencarnado Elias. E, embora João não compartilhava a onisciência de Jesus, ele, sem dúvida, também percebeu que o questionamento dos sacerdotes e dos levitas, originado de incredulidade, não uma fé sincera. Eram não está interessado em aprender a verdade, mas de encontrar uma forma de desacreditar João, assim como eles, mais tarde, buscar formas para desacreditar o One cujo caminho ele veio para se preparar.

    Motivos e impiedade falsos dos líderes judeus tornou-se ainda mais evidente quando eles não o reconheceram como o João Elias profetizou mas fizeram-lhe tudo o que quiseram . Eles preso e decapitado ele. Portanto, qualquer que seja a resposta de João para os sacerdotes e levitas de Jerusalém poderia ter sido, eles acabariam por tê-lo rejeitado porque odiavam João, e seu coração se opuseram a Deus e Sua verdade. Aqueles que rejeitam a Deus inevitavelmente rejeitar Seus mensageiros.

    A maldade completa dos líderes judeus se manifestou, no entanto, quando eles rejeitaram e perseguido o Filho do Homem Ele mesmo, que logo iria sofrer em suas mãos . Porque eles rejeitaram o trabalho de restauração de precursor Elijah-like do Messias e, em seguida, rejeitou o próprio Messias, o reino messiânico foi adiada.

    Nos últimos dias, o Senhor enviará ainda outro como Elias, e o próprio Messias vai voltar, desta vez para estabelecer o Seu reino eterno no poder, justiça e glória.

    96. O Poder da Fé (Mateus 17:14-21)

    E, quando chegaram à multidão, um homem aproximou-se dele, caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e está muito doente, pois ele muitas vezes cai o fogo, e muitas vezes na água. E eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. " E Jesus, respondendo, disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? Traga-o aqui para mim." E Jesus repreendeu-o, e o demônio saiu dele, e o menino foi curado de uma só vez.
    Em seguida, os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e disse: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se ; e nada vos será impossível [Mas este tipo não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.] ". (17: 14-21)

    Mt 17:14 marca o início de um período especial de instrução por Jesus aos doze que continua até o capítulo 20. Depois de ter-lhes dado uma revelação da Sua pessoa como Rei e de seu programa para o reino, Ele agora dá-lhes mais princípios para a vida no reino. O primeiro é o princípio fundamental da fé. Assim como a vida espiritual deve ser recebido pela fé, assim também é para ser vivida pela fé.

    Escritura dá testemunho contínuo ao poder da fé em Deus na vida dos crentes. Foi a fé no poder de Deus que causou jovem Caleb de olhar para a terra de Canaã com seus gigantes e relatar a Moisés: "Nós devemos por todos os meios ir para cima e tomar posse dela, para nós, certamente superá-lo" (Nu 13:30). Foi a fé na proteção de Deus que permitiu a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego para ficar na borda da fornalha de fogo e declarar ao rei Nabucodonosor: "O nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente, e ele atenderá livrai-nos da tua mão, ó rei. Mas mesmo que ele não tem, saiba-se a ti, ó rei, que não vai servir os seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que você configurou "(Dan. 3: 17-18). Foi a fé na proteção de Deus que permitiu a Daniel para continuar fielmente adorando a Deus, mesmo que isso significasse a ser lançado na cova dos leões (Dn 6:10). Foi a fé em Jesus para perdoar os seus pecados que trouxe a libertação espiritual para a mulher que entrou na casa do fariseu e lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos (Lucas 7:37-50).

    A partir de Hebreus 11, aprendemos que "pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que Caim" (v. 4), que "pela fé Enoque foi trasladado para que ele não ver a morte" (v. 5), que "por fé Noé ... preparou uma arca ... e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé "(v. 7), e que" pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, ... saiu, ... [e] viveu como um estrangeiro na terra da promessa, ... por que ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus "(vv. 8-10). O resto do que os nomes dos capítulos uma série de outros santos do Antigo Testamento que "obteve a aprovação através de sua fé" (v. 39). Perante "tão grande nuvem de testemunhas que nos cercam", o escritor continua: "vamos também deixar de lado todo embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da fé "(12: 1-2).

    Não é de estranhar, portanto, que a primeira lição que Jesus ensinou aos discípulos, depois de voltar do monte da transfiguração foi uma lição sobre a fé. Pedro, Tiago e João tinha acabado de ter um vislumbre do poder e majestade do Senhor Jesus Cristo (Mt 17:2.) (V. 16), a impotência dos seguidores, a perversão do infiel, e (vv 17-18). o poder da fé (vv. 19-21).

    O requerimento do Pai

    E, quando chegaram à multidão, um homem aproximou-se dele, caindo de joelhos diante dele, e dizendo: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e está muito doente, pois ele muitas vezes cai o fogo, e muitas vezes na água (17: 14-15).

    A partir do segundo evangelho ficamos sabendo que a multidão incluiu alguns escribas, os juristas judeus, que estavam a discutir com os nove discípulos que tinham permanecido abaixo e que, assim que a multidão viu Jesus vindo ", ficaram maravilhados, e começou a correr até recebê-Lo "(Marcos 9:14-15).

    De algum lugar dentro da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, e caiu de joelhos diante dele. A partir dessa postura de humildade e reverência, o homem disse: "Senhor, tem piedade de meu filho, pois ele é um lunático, e é muito doente;. pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água " Nós não sabemos o quanto o pai significava chamando Jesus Senhor , mas ao menos ele reconheceu-o como um homem de Deus, que era dotado de poder divino para curar. Ele acreditava plenamente que Jesus poderia trazer sanidade e integridade de seu filho , o seu "único menino" (Lc 9:38), que tinha tido essa terrível aflição desde a infância (Mc 9:21). Embora o pai pode não ter percebido isso na época, ele estava prestes a trazer seu único amado filho na presença do Deus único e amado filho.

    Tem misericórdia traduz o imperativo aoristo de eleeō , o que significa demonstrar simpatia e compaixão. Em sua profunda angústia, o pai implorou a Jesus ter compaixão de seu filho e restaurar-lhe a saúde.

    Como o termo grego que traduz, lunático , literalmente, refere-se a algo relacionado com a Lua (lunar). É a idéia visto na palavra moonstruck , uma expressão com base na antiga crença de que a doença mental ou loucura foi causada pela influência da lua. A palavra grega foi usada para descrever o que hoje entendemos ser de várias disfunções neurológicas, incluindo a epilepsia; que causam convulsões.

    Este menino particular era muito doente , indicando que seu estado era incomumente sério. Foi tão grave, o pai explicou, que ele muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água . Fogueiras eram comuns, como eram muitos corpos de água abertos, tais como piscinas ou poços. Porque o menino tinha realmente caído no fogo muitas vezes, ele deve ter cicatrizes de queimaduras realizadas que adicionou à sua falta de atratividade e provável ostracismo. Ele também estava em constante perigo de afogamento ao cair na água . O pai ou algum outro membro da família, provavelmente, tinha que ficar perto do menino em todos os momentos, sem nunca saber quando pode ocorrer uma convulsão.

    O pai sentiu o que Jesus verificado, que a aflição do menino não era simplesmente fisiológica ou mental, mas demoníaca. Quando o trouxe, para Jesus, ele descreveu seu filho como sendo "possuído por um espírito que faz dele mute" (Mc 9:17). Além de ter convulsões, o menino não conseguia falar e estava aparentemente surdo, bem como (ver v 25).. O demônio foi excepcionalmente violenta. Sempre que o "espírito se apodera dele", disse o pai, "de repente ele grita, e atira-o para uma convulsão com espuma na boca, e como ele Mauls ele, dificilmente o deixa" (Lc 9:39).

    Toda pessoa não salva está sujeita ao controle de Satanás, "o príncipe do poder do ar" (Ef 2:2; conforme Mc 3:15.). Talvez para sua própria surpresa, os discípulos foram altamente bem-sucedida "em expulsar muitos demônios e foram unção com óleo muitos doentes e curá-los" (Mc 6:13).

    O que havia de errado ou alteradas? Seu fracasso agora não foi devido ao fato de que Jesus não estava com eles, porque Ele não estava com eles nessas ocasiões anteriores, qualquer um. Eles ainda tinham a promessa de Jesus e Seu poder, mas não o puderam curar o menino. A explicação para o seu fracasso é, portanto, óbvio. Eles não conseguiram apropriar-se do poder de que dispõem.

    Com o aumento da frustração e angústia, o pai, compreensivelmente, se desesperou da ajuda dos discípulos e virou-se para o próprio Jesus.
    Ao longo da história da igreja, a falta de fé, fraqueza e indiferença dos cristãos tem causado muitos incrédulos que procuram desespero da ajuda do povo de Deus. Às vezes, como o pai nesta história, eles se voltam para o próprio Senhor.

    A perversão do Faithless

    E Jesus, respondendo, disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você? Traga-o aqui para mim." E Jesus repreendeu-o, e o demônio saiu dele, e o menino foi curado de uma só vez. (17: 17-18)

    Impotência infiel dos discípulos não só entristeceu o pai do menino, mas Jesus também. Falando aos discípulos e à multidão, em vez de ao homem que tinha acabado de confrontado Ele, Jesus respondeu, e disse: "Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês? Quanto tempo devo colocar-se com você?"

    Aqui Jesus dá um raro vislumbre das profundezas do seu coração e alma divina. Tendo sido acostumados desde a eternidade passada para ter os anjos instantaneamente fazer sua vontade, Ele ficou aflito com a cegueira e falta de fé do povo de Deus de Israel, especialmente os seus discípulos, a quem havia escolhidos pessoalmente, ensinou, e dotado de um poder único e autoridade.
    Toda a geração de judeus era infiel, representada nesta ocasião pela multidão, os discípulos, e os escribas hipócritas que estavam lá para prender e desacreditar o Senhor, se pudessem. Mesmo a fé do pai não estava completa, como ele mesmo confessou: "Eu creio; ajudar a minha incredulidade" (Mc 9:24).

    As pessoas não só estavam descrentes , mas pervertida. Pervertido é de diastrephō , que tem a idéia básica de torção ou flexão fora de forma. O termo foi usado freqüentemente para descrever uma peça de cerâmica que um artesão descuidado tinha misshaped ou que, de alguma forma fica deformado, antes de ser demitido no forno.

    Embora muitos dos seus ouvintes, sem dúvida, também eram moralmente pervertido , Jesus estava aqui falando principalmente da perversão espiritual que é inevitável para aqueles que são incrédulos .Qualquer pessoa que não verdadeiramente confiar em Deus não pode escapar que tem uma visão distorcida Dele e de Sua vontade.

    "Quanto tempo eu devo estar com você? Quanto tempo devo colocar-se com você?", disse o Senhor, talvez tanto a si mesmo quanto para eles. Sem dúvida, ele estava se tornando cada vez mais ansioso para voltar ao Seu Pai celestial, com quem ele tinha acabado de experimentar um momento único de comunhão na montanha. Em Sua humanidade, Ele deve ter sido tentados a duvidar de seu breve retorno do sofrimento e da morte valeria a pena. "Se eles não confiam em você enquanto você está com eles", Satanás pode ter sussurrou no ouvido de Jesus: "Como você espera que eles confiem em você depois de ter retornado para o céu?"

    Os que procuram emoção multidões seguiam Jesus para o benefício pessoal de Sua cura e por curiosidade. Os líderes judeus gloating O seguiam, a fim de convencê-lo de um crime capital. E, embora os discípulos sabiam que Ele era o Cristo prometido (Mt 16:16), eles eram freqüentemente confuso sobre o significado de seu ensino e trabalho.

    Mas Jesus não iria variar de Sua missão divina nem sucumbir à tentação de Satanás de desespero. Ele estava na terra para fazer negócios de Seu Pai, a partir do qual nada poderia detê-lo. Pelo que disse ao pai, "Traga-o aqui para mim."

    Quando Jesus repreendeu-o, ... o demônio não teve escolha senão para vir para fora dele . Mas antes de partir, o espírito maligno fez uma última tentativa de destruir o menino "gritando e jogando-o em terríveis convulsões; '! Ele está morto' ... E o menino tornou-se tanto como um cadáver que a maioria deles disse: "(Mc 9:26; Lc 9:42).

    O demônio sabia que seus esforços foram sem esperança, porque, como o demônio que atormentava o homem de Gadara (Mc 5:7), ele reconheceu a identidade divina de Jesus. Ele foi obrigado a obedecer ao Filho de Deus.

    Assim que o demônio se foi, o menino foi curado de uma só vez . Enquanto a criança ainda estava no torpor da morte semelhante em que o demônio o deixou, "Jesus tomou-o pela mão e levantou-o, e ele se levantou" (Mc 9:27). Ele agora pode jogar como os outros meninos, sem medo de repente ser jogado no fogo para ser queimado ou em água para ser afogado. Ele não teria mais convulsões, não mais espuma na boca ou trituração de seus dentes.

    Embora Jesus já tinha lançado com sucesso inúmeros demônios (ver Mt 4:24;. Mt 8:16, Mt 8:32; Mt 9:33; Mt 12:22), Lucas relata que, nesta ocasião, as multidões "estavam todos espantados com a grandeza de Deus "(Lc 9:43). "Grandeza" é de megaleiotēs , que refere-se a grande esplendor ou magnificência. É a palavra usada por Pedro para descrever a majestade divina de que ele, Tiago e João foram testemunhas oculares na transfiguração. Foi, talvez, com essa glória em mente que Lucas aqui usado o termo para descrever espanto da multidão. Sem saber, eles também tiveram um pequeno vislumbre do tipo de majestade e esplendor do Senhor revelaria na Sua segunda vinda.

    O Poder da Fé

    Em seguida, os discípulos aproximaram-se de Jesus em particular e disse: "Por que não pudemos nós expulsá-lo?" E Ele lhes disse: "Por causa da pequenez da vossa fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se ; e nada vos será impossível [Mas este tipo não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.] ". (17: 19-21)

    O propósito de Jesus no milagre foi além da cura do menino endemoninhado, mais importante que isso era. A cura não só trouxe para a saúde do menino e grande alegria a seu pai, mas glória a Deus. Mas, para os discípulos a importante lição de que o evento foi ainda a ser aprendida.

    Não é de surpreender que eles questionaram Jesus privada -em uma casa, Marcos nós (9:
    28) diz, talvez a casa de um dos discípulos. Eles estavam envergonhados pelo seu próprio fracasso e ficaram perplexos quanto ao por que eles próprios poderiam ... não expulsá-lo . Por que ele era capaz de fazer com uma palavra o que não tinha sido capaz de realizar com muito esforço? "Você comissionados e nos capacitou para curar e expulsar demônios", disseram eles, com efeito. "E temos sido bem sucedidos antes. Por que não conseguimos desta vez?" Eles provavelmente foi sobre o ato de expulsar o demônio da mesma maneira que eles tinham em ocasiões anteriores. Eles provavelmente invocou o nome do Senhor, ordenou o demônio para sair, e aguardava a sua partida. Mas desta vez não aconteceu nada.

    "A razão pela qual deveria ser óbvio," Jesus implícita. "Você falhou por causa da pequenez da vossa fé. " Não foi por causa do total falta de fé , mas por causa de ... pequenez de ... fé que eles eram impotentes. Eles tinham fé salvadora, que não podiam perder. E eles tinham fé confiante em algum grau, ou não teriam tentado curar o menino, mas eles não tinham fé suficiente para empregar o poder de Jesus ter dado a eles.

    Tendo pequenez da fé ... era uma condição um pouco típico dos discípulos. Logo após Jesus chamou-os para o seu serviço, sentaram-se entre a multidão na encosta da montanha que Ele acusado de estar ansioso por causa de sua pouca fé em Deus para prover suas necessidades físicas (Mt 6:25-34).. Quando, durante a forte tempestade no Mar da Galiléia desesperaram de suas vidas, Jesus repreendeu-os antes que Ele repreendeu as ondas, dizendo "Por que você é tímido, homens de pouca fé?" (08:26). Quando Pedro começou a andar sobre a água, mas ficou com medo e começou a afundar ", Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: 'O que você de pouca fé, por que duvidaste?" (14:31 ). Pouco antes de curar o menino endemoninhado, Jesus tinha cobrado novamente os discípulos de ter pouca fé em não esperar que ele seja capaz de alimentar a multidão perto Magadan (16: 8).

    Estes incidentes ilustram que pouca fé é o tipo de fé que crê em Deus, quando você tem algo em sua mão, quando Sua disposição já é feito. Quando as coisas estavam indo bem com os discípulos e tudo parecia sob controle, eles acharam fácil confiar em seu Senhor. Mas logo que as circunstâncias se tornou incerto ou ameaçador, sua fé secou. Sua fé era como a fé da maioria dos crentes em todas as idades.Quando eles são saudáveis ​​e têm as necessidades da vida, sua fé é grande e forte, mas quando eles estão em necessidade, a sua fé é pequena e dá lugar à dúvida.
    Grande fé confia em Deus quando não há nada no armário para comer e não tem dinheiro para comprar comida. Grandes fé confia em Deus quando a saúde está desaparecido, o trabalho se foi, se foi reputação, ou a família está desaparecido. Grande fé confia em Deus, enquanto o vendaval ainda está uivando e perseguição continua.
    O Senhor estava dando aos discípulos uma amostra do que a sua vida seria como uma vez que ele havia voltado para o céu, quando eles já não podia vê-lo ou tocá-lo ou falar com Ele na forma como eles foram acostumados a fazer. Ele também estava ensinando-lhes persistência. Nós não sabemos quantas vezes eles tentaram expulsar o demônio do menino, mas em algum momento eles desistiram. Quando Jesus enviou os discípulos, o seu sucesso na cura e expulsando os demônios foi imediata. Mas Jesus não tinha prometido que esse seria sempre o caso. O Doze teve que aprender que, ao contrário do poder do Senhor, deles não era inerente a si mesmos. Ele veio apenas a partir dele, por sua disposição divina e vontade.
    É encorajador perceber que mesmo os apóstolos, com os seus presentes originais de chamada e milagrosos, sempre teve que confiar em Jesus para ministrar efetivamente Para fortalecer a sua fé e senso de dependência, o Senhor, por vezes, os fez esperar, exatamente como faz muitas vezes com os crentes hoje para ajudar a fortalecer a nossa fé, Ele pode, por vezes, nos fazem esperar muito tempo por uma resposta à oração. Assim como um atleta se fortalece gradualmente levantando pesos pesados ​​ou por correr longas distâncias e, por isso, um crente se torna mais forte na fé, enfrentando desafios cada vez maiores que expõem sua própria fraqueza e levá-lo ao Senhor.
    Continuando a lição sobre a fé, Jesus disse: "Porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele deve deslocar-se, e nada será impossível para você. " Jesus parece contradizer a si mesmo, em primeiro lugar repreender os discípulos por ter pouca fé e, em seguida, dizer-lhes que mesmo a menor fé pode mover montanhas. Mas como deixou claro na parábola do grão de mostarda, a semente não representa pequenez, como tal, mas sim pequenez que cresce em grandeza. "Quando se está totalmente crescido", explicou ele, "é maior do que as plantas de jardim, e torna-se uma árvore" (Mt 13:32). Pequeno fé pode realizar grandes coisas só se, como um grão de mostarda , que cresce em algo maior do que era. Somente quando pequena fé cresce em grande fé ele pode mover uma montanha.

    Semente de mostarda fé é a fé persistente. Ela continua a crescer e tornar-se produtivo, porque ele nunca desiste. Esse é o tipo de fé exercida pelo homem importunate que manteve batendo na porta de seu vizinho tarde da noite até que ele recebeu uma resposta. "Eu digo a você", disse Jesus, que "mesmo que ele não vai se levantar e dar-lhe qualquer coisa, porque ele é seu amigo, por causa de sua persistência que ele vai levantar-se e dar-lhe tanto quanto ele precisa" (Lc 11:8 anos. Isso teria sido o tipo de grand mas inútil milagre dos escribas e fariseus esperados do Messias, mas que Jesus recusou-se a realizar (Matt. 12: 38-39).

    A expressão "capaz de mover montanhas" era uma figura comum de discurso no dia em que representou a capacidade de superar grandes obstáculos. Como observou William Barclay,
    Um grande professor, que poderia realmente expor e interpretar as Escrituras, e que poderia explicar e resolver as dificuldades, foi regularmente conhecida como uprooter ou mesmo um pulverizador de montanhas. Para rasgar, para arrancar, para pulverizar montanhas eram todas as frases regulares para a remoção de dificuldades. Jesus nunca quis que isso seja levado fisicamente e literalmente Afinal, o homem comum raramente encontra qualquer necessidade de remover uma montanha. O que ele quis dizer foi: "Se você tem fé suficiente, todas as dificuldades podem ser resolvidos, e até mesmo a tarefa mais difícil pode ser realizada A fé em Deus é o instrumento que permite que os homens para remover os montes de dificuldade que bloqueiam seu caminho (.. O Evangelho de Mateus . [Filadélfia: Westminster, 1959], pp 184-85)

    Jesus estava falando em sentido figurado sobre as dificuldades de montanha de tamanho, como os nove discípulos tinham acabado de experimentar em não ser capaz de curar o menino demonizado.
    A promessa nada é impossível para você é condicional, válida apenas no âmbito da vontade de Deus. Montanha-se movendo a fé não é fé em si mesmo, e muito menos a fé em fé, mas a fé em Deus. Não é a própria fé, não importa quão grande, que move montanhas, mas o Deus em quem a fé se fundamenta. A fé só tem tanto poder como seu objeto. Quando Jesus disse ao leproso samaritano e do cego de Jericó, "a tua fé te salvou" (Lc 17:19; Lc 18:42), Ele não quis dizer que sua fé em si mesmo os curou. Isso significaria que eles se curaram, o que, é claro, eles não fizeram.

    A lição de Jesus foi que " nada é impossível para você quando você em oração e persistentemente confiar em mim. " Os discípulos não poderia curar o menino endemoninhado, apesar de terem a comissão de Jesus e prometeu poder, porque eles não persistir na oração dependente.

    Ao longo dos séculos os crentes muitas vezes não conseguiram receber prometeu alegria, liberdade, perdão, orientação, fecundidade, proteção, a sabedoria de Deus, e inúmeras outras bênçãos simplesmente porque, como os discípulos, eles não persistiu na oração.
    Este tipo de demônio não se expulsa senão pela oração: " Jesus declarou. Embora essa frase não é encontrada nos melhores manuscritos de Mateus (indicados por colchetes em algumas versões), é uma verdadeira palavra de Jesus e é encontrada no relato de Marcos (9:29), a partir do qual um escriba cedo provavelmente pegou e acrescentou que para Mateus. No entanto, as duas últimas palavras do verso,e jejum , não são encontrados nos melhores manuscritos de qualquer evangelho.

    A ênfase de Jesus estava claramente em oração . Como Tiago escreveu alguns anos depois, "A oração eficaz de um justo pode realizar muito" (Jc 5:16). Dedicado, fervoroso, apaixonado, oração persistente obtém resultados, porque esse tipo de oração é honrado por Deus.

    Durante um certo ponto de seu ministério, o líder cristão do século XIX George Mueller começou a orar por cinco amigos pessoais. Não era até cinco anos depois que a primeira delas veio a Cristo. Depois de mais de cinco anos, mais dois deles se tornaram cristãos, e depois de 25 anos o quarto homem foi salvo. Ele orou para o quinto amigo até o momento de sua morte, poucos meses depois que o último amigo veio para a salvação. Para esse amigo George Mueller havia orado mais de 50 anos!

    97. O Crente como cidadão (Mateus 17:22-27)

    E enquanto eles estavam se reunindo na Galiléia, Jesus lhes disse: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, e Ele será levantado no terceiro dia" E eles estavam profundamente entristecido.
    E, quando chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobrou o imposto de duas dracmas veio a Pedro, e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?" Ele disse: "Sim." E quando ele entrou na casa, Jesus falou com ele em primeiro lugar, dizendo: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou imposto de votação, a partir de seus filhos ou dos estranhos?" E sobre o seu ditado, "Dos alheios," Jesus disse-lhe: "Por conseguinte, os filhos estão isentos Mas, para que não dar-lhes ofensa, ir para o mar, e jogar em um anzol, tira o primeiro peixe que subir.; e quando você abrir a boca, você vai encontrar um stater. Tome isso e dar a eles para você e para mim. " (17: 22-27)

    Nas últimas décadas muitos grupos de ação política religiosas surgiram, incluindo um número que afirmam falar para o cristianismo evangélico Alguns dos grupos são altamente crítico de certas leis, políticas e decisões de tribunais. Alguns até especificamente endossar e campanha para os candidatos que pensam apoiaria os valores cristãos no governo.
    Outros evangélicos acreditam que, além do voto, os cristãos devem se coíbe de envolvimento político e de governo, tanto quanto possível, deixando o corredor do governo secular para o mundo secular. O único trabalho legítimo da igreja, eles acreditam, é pregar o evangelho e viver fielmente pelos seus padrões.

    O Novo Testamento, certamente, deixa claro que a cidadania primária de um crente não é neste mundo. Paulo cobrado a igreja em Filipos: "Irmãos, junte-se em seguir o meu exemplo, e observar aqueles que andam de acordo com o padrão que você tem em nós. Para muitos há, dos quais muitas vezes eu lhe disse, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo deus é o seu apetite, e cuja glória é para confusão deles, que defina as suas mentes nas coisas terrenas. " Em contraste com essas pessoas, ele continua a dizer, "a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo "(Fp 3:17-21.). Para a Éfeso cristãos Paulo escreveu: "Vocês são nossos concidadãos dos santos, e sois da família de Deus" (Ef 2:19). O escritor de Hebreus diz aos crentes: "Vocês vieram ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos, para a assembléia geral e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus "(Heb. 12: 22-23).

    Como, então, alguns cristãos argumentam, pode aqueles que têm uma herança celestial tão gloriosa contaminar-se, tornando-se envolvido nos assuntos terrenos da sociedade descrente e governo? Sua tentativa de apelar para a Bíblia para o apoio leva-os a essas consultas como a seguinte: não que Paulo ensinou que os crentes devem "ser irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual [ eles] aparecem como astros no mundo "(Fp 2:15)? Não tanto Paulo como crentes comando Isaías em nome de Deus "," Saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor "e não toqueis nada imundo '." (2Co 6:17;. Conforme Is 52:11)? Não João declarar: "Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo 2:15)? E não Tiago dizer "que a amizade do mundo é inimizade contra Deus" e que "quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Jc 4:4. Mas antes que ele deu essa lição para Pedro, o Senhor novamente disse aos Doze de vinda de Sua morte e ressurreição.

    Após o breve ministério em Cesaréia de Filipe (16:
    13) e a manifestação da Sua segunda vinda glória diante de Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração (17: 1-8), Jesus e seus discípulos foram se reunindo na Galiléia . A localização exata não é mencionado, mas foi provavelmente apenas a noroeste de Cafarnaum (veja v 24)..

    Note-se que, como Ele entrou nos últimos seis meses de seu ministério público, Jesus passou um tempo cada vez menos com as multidões e cada vez mais tempo a sós com os discípulos, dando-lhes ainda mais intensa instrução sobre os princípios de Seu reino. Interveio ao longo desses ensinamentos eram lembretes periódicos de Sua iminente sofrimento, morte e ressurreição, que Ele aqui menciona a eles pela terceira vez (ver Mt 16:21;. Mt 17:12).

    Enquanto ele ainda estava reunido com os discípulos privados (17:19), Jesus disse-lhes: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, e Ele será levantado no terceiro dia "

    Jesus não era nem impotente nem passivo em ir para a cruz. "Quando os dias estavam se aproximando de sua ascensão, ... Ele resolutamente definir Seu rosto para ir a Jerusalém" (Lc 9:51; conforme Lc 13:22).Como Ele explicou mais tarde, Ele aceitou de bom grado a cruz, a fim de que "todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado" (18:31). Ele voluntariamente deu a Sua vida (Jo 10:15, Jo 10:17), que ninguém poderia ter tomado sem o seu consentimento. "Ninguém ma tira de mim", ele disse, "mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la" (v. 18).

    Mas, em sua vontade de dar a sua vida em resgate de muitos, Jesus submeteu-se tanto para os planos malignos de homens e com o plano misericordioso e justo de Seu Pai celestial (ver Atos 2:22-23). Por causa de Sua submissão voluntária para os homens ímpios, Ele estava indo para ser entregue , pela traição de Judas, nas mãos dos homens . Também por causa da sua submissão voluntária para os homens maus, eles (os líderes judeus e romanos) iria matá-lo . Mas por causa de sua submissão voluntária ao Pai celestial justo, Ele iria ser ressuscitado no terceiro dia.

    Marcos relata que os discípulos "não entendeu esta declaração, e eles estavam com medo de pedir a Ele" (09:32). Porque eles ainda não podiam compreender a realidade plena e significado de Jesus 'prometida ressurreição em parte porque eles ficaram surpresos com a perspectiva de Seu sofrimento e morte prometida-os discípulos estavam profundamente entristecido . Depois de ter acabado de testemunhar de Jesus glória resplandecente na transfiguração, Pedro, Tiago e João foram talvez ainda mais profundamente entristecido do que os outros em ouvir novamente da morte de Jesus.

    Os discípulos também pode ter tomado referência de Jesus para o terceiro dia como meramente figurativa e, como Marta relativa Lázaro, estava pensando apenas de "a ressurreição no último dia" (Jo 11:24). Eles acreditavam na ressurreição de ambos os justos e os ímpios como previsto pelo Senhor através de Daniel (Dn 12:2), bem como a sua pequena fé (Mt 17:20) e perceberam que precisavam de repetidos avisos, especialmente sobre as verdades que não só eram difíceis de entender, mas doloroso aceitar. Eles precisavam ser preparados para a realidade de que o seu Senhor foi breve vai ser tirado deles com a morte e que, antes de morrer Ele iria sofrer e ser atormentado. Eles também precisavam garantia de que seu sofrimento e morte foram no plano de Deus, que esses eventos, horrível como eram, não iria interromper, muito menos destruir, obra do Messias.Essa foi, de fato, o trabalho final Ele veio para cumprir, sem o qual Seus outros homens divina obra-Seus ensinamentos e milagres, teria deixado mais bem informados e com melhor saúde, mas ainda perdido e eternamente condenado em seu pecado. A crucificação não pegou Jesus ou o Pai celestial de surpresa; foi a razão pela qual o Pai o enviou para a Terra e que Ele veio de bom grado. "Para este efeito," Ele disse: "Eu vim para esta hora" (Jo 12:27).

    Ater Jesus confiou aos Doze que a terceira previsão da sua morte e ressurreição, Ele deu a Pedro uma lição privado na obrigação do crente para o governo humano. A despeito do que essa liderança hostil faria para o Senhor Jesus, os discípulos tinham uma certa obrigação a ele.

    O pagamento exigido

    E, quando chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobrou o imposto de duas dracmas veio a Pedro; e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?" Ele disse: "Sim." (17: 24-25a)

    Pouco depois de Jesus e os discípulos tinham vindo a Cafarnaum , talvez até mesmo como eles entraram na cidade, aqueles que recolheu o imposto de duas dracmas destacou Pedro . Ele não só foi um morador da cidade, mas era conhecido por ser o principal membro dos discípulos de Jesus. É provável Jesus estava hospedado na casa de Pedro e que os outros discípulos tinham ido a outro lugar de apresentar, uma vez que apenas os dois são mencionados aqui.

    O imposto de dois dracma era um imposto aprovado pelo governo que os romanos permitiu que os líderes religiosos judeus de recolher para a operação do Templo de Jerusalém.

    Quando o Tabernáculo foi construído no deserto, Deus proveu para sua manutenção e operação por meio da avaliação anual de todos os homens 20 anos ou mais de idade por meio shekel. "Os ricos não deve pagar mais, e os pobres não devem pagar menos do que a metade shekel, quando você dá a contribuição para o Senhor, para fazer expiação por vós." O dinheiro era para ser usado "para o serviço da tenda da congregação, que pode ser um memorial para os filhos de Israel diante do Senhor" (Ex. 30: 11-16). Quando o Templo substituiu o Tabernáculo, a mesma avaliação contínua, apesar de ter sido temporariamente reduzido a um terço de um shekel por Neemias porque os antigos exilados na Babilônia eram tão pobres, quando eles voltaram para Judá (Ne 10:32).

    Imposto Two-dracma traduz a palavra grega didrachma , o que significa simplesmente "dois drachinas", ou "double dracma." Embora não houvesse nenhuma moeda de duas dracma em circulação, o termodidrachma era comumente usado em referência ao imposto do Templo judeu porque duas dracmas eram equivalentes à metade shekel necessária, o que totalizou salários a dois dias para o trabalhador médio.

    O antigo historiador judeu Flávio Josefo relatou que, depois de Tito destruiu Jerusalém e do Templo em AD 70, o imperador Vespasiano decretou que os judeus de todo o Império Romano iria continuar a ser avaliada a taxa de dois dracma, a fim de manter o templo pagão de Júpiter Capitolino. O imposto foi imposta como calculado, lembrete vingativo tanto para os judeus e para o resto do mundo do alto custo de se opor a Roma.

    Porque o imposto do Templo judeu deveria ser paga pelo tempo de Páscoa, os coletores foram enviados por toda a Palestina ou menos um mês de antecedência. Foi tais coletores de impostos, em vez de o Roman-nomeado publicani ("publicanos"), que vieram com Pedro, e disse: "Será que o seu professor não pagar o imposto de duas dracmas?"

    A frase para a pergunta sugere que os colecionadores, talvez sob a instrução de líderes judeus em Jerusalém, destinados a desafiar Jesus sobre a questão do pagamento do imposto. Porque Ele afirmou ser o Messias, eles fundamentado, Ele pode considerar-se dispensado. Se o fizesse, isso seria ainda uma outra carga que poderiam fazer contra ele.
    Pedro não tem que pedir seu professor para a resposta, porque ele sabia que Jesus tinha sempre impostos pagos, independentemente de ser avaliada por Roma ou pelos líderes judeus. Ele, portanto, simplesmente disse: "Sim."

    O Princípio Comentadas

    E quando ele entrou na casa, Jesus falou com ele em primeiro lugar, dizendo: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou imposto de votação, a partir de seus filhos ou dos estranhos?" E sobre o seu ditado, "Dos alheios," Jesus disse-lhe: "Por conseguinte, os filhos estão isentos Mas, para que não dar-lhes ofensa, (17: 25b-27a).

    Quando Pedro entrou na casa para dizer a Jesus sobre seu confronto com os coletores, Jesus falou com ele primeiro . Em sua onisciência Ele já sabia o que tinha dito e que Pedro estava pensando sobre isso.

    Nós não fala especificamente sobre o que os pensamentos de Pedro foram, mas a partir de comentários de Jesus parece razoável inferir que ele estava se perguntando por que Jesus, o Messias e Filho de Deus, quis se rebaixar a pagar impostos para aqueles sobre quem Ele era eternamente soberano.
    Usando um método de ensino comum naquele dia e benéfico em qualquer dia, Jesus respondeu pergunta silenciosa de Pedro pela primeira fazendo uma pergunta a si mesmo. Dirigindo-Pedro por seu nome de família original, Jesus disse: "O que você acha, Simon? De quem cobram os reis da terra, recolher costumes ou pagamento do imposto, a partir de seus filhos ou dos estranhos?"

    Com poucas exceções, todos os governos antigos eram autocrático, com poder centralizado em uma pessoa que passou sobre o seu legado real para seus herdeiros. Se chamado faraó, imperador, ou outros tais títulos, todos os governantes supremos foram incluídas no termo reis , e todos eles avaliaram os impostos para sustentar suas famílias, bem como os seus governos. Os dois tipos básicos de impostos eram costumes (que incide sobre mercadorias) e do pagamento do imposto (cobrado sobre os indivíduos).

    Sua pergunta era retórica, e a resposta era óbvia. Não faria sentido para um pai para recolher dinheiro de seus filhos que dependiam dele. Para avaliá-los seria a de avaliar a si mesmo. Neste contextoestranhos é um termo geral que se refere aos que estão fora da família do rei, especificamente seus súditos.

    Quando Pedro respondeu: " De estranhos ", Jesus afirmou a verdade corolário: ". Por conseguinte, os filhos estão isentos" Nos governos humanos daquele dia, as famílias dos governantes, representada por filhos , eram isentos de tributação.

    Teve Jesus terminou a lição nesse ponto, os cristãos teriam uma base para argumentar que eles, também, como co-herdeiros de Cristo e filhos de Deus, devem ser isentos de tributação humano. Eles podem até argumentar que, como Seus filhos, não foram ainda obrigados a apoiar o trabalho de Deus.

    Se houvesse qualquer imposto que Jesus não era obrigado a pagá-lo teria sido o imposto do Templo. Ele era Aquele que o templo foi construído para homenagear e para quem foram feitos os seus sacrifícios e oferendas. Ele era o Senhor de toda a terra, mas supremamente Senhor do Templo. Jesus chamou o Templo Sua "casa do Pai" (Lc 2:49; Jo 2:16) e declarou-se a ser maior do que o templo (Mt 12:6, 13 5:45-13:7'>5-7, grifo do autor).

    Os crentes devem submeter-se "por amor do Senhor para toda instituição humana, quer a um rei como o de autoridade, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e o louvor dos que fazem o bem" (13 60:2-14'>1 Ped. 2: 13-14). A chave para o comando é que ele é obedecido "por amor do Senhor." Não é que toda lei humana e governante é piedosa e justa. A maioria deles não são e não fazemos nenhuma pretensão de ser. Mas a instituição e funcionamento de governo são ordenados por Deus para a ordem social e como um testemunho para ele, o governo humano deve ser respeitado e obedecido por Seu povo, mesmo quando ele é injusto.

    A obediência à lei civil e do governo não está a ser feito com relutância ou condescendência, mas de boa vontade ", não só por causa da ira, mas também pelo amor de consciência" (Rm 13:5; conforme 5: 28-29). Muitos crentes na igreja primitiva perdeu sua liberdade, suas posses, e até mesmo suas vidas, porque eles se recusaram a oferecer incenso a César. Eles iriam honrá-lo como um líder humano, mas eles não quiseram adorá-lo como um deus.

    Primeira obrigação do cristão é obedecer a Deus, e quando Sua lei é diretamente oposta pelas leis dos homens, a lei de Deus deve prevalecer. O cristão, por exemplo, não tem o direito de mentir, roubar, cometer um assassinato, ou adorar um deus falso, não importa o que os ditames de um governo humano pode ser, e não importa o que as conseqüências para a desobediência poderia ser.
    Também não é que um cristão não tem o direito de ajudar as leis e governos injustos mudar quando ele tem oportunidade de fazê-lo. Mas em uma sociedade democrática, especialmente, as principais injustiças e males dentro dele nunca são principalmente o resultado de leis governamentais ou pobres pobres, mau como esses poderiam ser. Quando as pessoas não têm respeito pela lei, de Deus ou dos homens, e quando os seus padrões e motivos giram em torno de seus próprios interesses egoístas, nenhum governo pode ser estável ou fornecer justiça e da ordem. Mesmo os líderes mais piedosos e morais não podem infundir moral em uma sociedade imoral É inútil para trabalhar em mudar as leis más e remoção líderes malignos sem mudar o coração do mal daqueles a quem as leis tentar controlar e os líderes tentam governar.

    Mesmo escravos devem ser submissas aos seus senhores, Pedro declarou ", com todo o respeito, não só para aqueles que são bons e moderados, mas também para aqueles que não são razoáveis. Para este encontra favor, se por causa da consciência para com Deus uma homem carrega-se sob tristezas quando sofrem injustamente "(1 Ped. 2: 18-19). Assim como com uma esposa submissa que deseja ganhar o marido incrédulo para Cristo (3: 1-2), testemunho eficaz começa com a apresentação.

    O supremo exemplo de submissão piedosa é Jesus Cristo, que "sofreu por vós, deixando-vos exemplo para que você siga seus passos, que não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; e sendo injuriado, ele não revidava; enquanto que sofrem, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente "(I Pedro 2:21-23.). Jesus submetidos a sofrimento Ele não merecia daqueles que não tinha o direito de julgá-lo em primeiro lugar. Ele não cometeu pecado, fora ou para dentro, contudo Ele submetidos a autoridades corruptas e pecadoras, religiosos e políticos. Ele tomou abuso injusto, a fim de que pudesse melhor ganhar os homens a Si mesmo, e Ele é o exemplo para todos os que lhe chama Senhor.

    O cristão de ser um cidadão do reino de Deus não o isenta da responsabilidade de reinos humanos. Na verdade ele ser um cidadão do Reino de Deus dá a ele uma obrigação especial de reinos humanos, porque esses, também, pertencem a Deus e são ordenados por Ele.
    Por ser um bom cidadão o crente mostra o amor pelo seu semelhante, mesmo aqueles que estão perdidos e injusto. Por ser um bom cidadão, ele mostra respeito pelo governo humano ordenada por Deus, mesmo quando os seus líderes são ímpios, corrupto e opressivo. Por ser um bom cidadão, ele mostra que ele ama a Deus, bem como o seu país e os seus concidadãos. À luz de tal testemunho o mundo em visão é obrigado a considerar o poder que faz com que esse tipo de amor possível.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 17 do versículo 1 até o 27

    Mateus 17

    O monte da Transfiguração — Mat. 17:1-8 A bênção do passado — Mat. 17:1-8 (cont.)

    A indicação de Pedro — Mat. 17:1-8 (cont.)

    Ensinando o caminho da cruz — Mat. 17:9-13, 22-23 A fé essencial — Mat. 17:14-20 O imposto do templo — Mat. 17:24-27 Como pagar nossas dívidas — Mat. 17:24-27 (cont.)

    O MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO Mateus 17:1-8

    Depois do grande momento de Cesaréia de Filipe seguiu a grande hora do monte da Transfiguração. Observemos primeiro o cenário onde se produziu este momento de glória para Jesus e seus discípulos escolhidos. Há uma tradição que relaciona a transfiguração com o monte Tabor mas é muito pouco provável. O topo do monte Tabor era uma fortaleza armada e um grande castelo. Parece quase impossível que a Transfiguração se produziu em uma montanha que era uma fortaleza. É muito mais provável que o cenário da transfiguração tenha sido o monte Hermom. Hermom estava a vinte e dois quilômetros de Cesaréia de Filipe. É uma montanha muito alta, tanto que pode ser vista desde o Mar Morto, no outro extremo da Palestina, a mais de cento e sessenta quilômetros de distância. Hermom tem 2.820 m de altura e está a 3.300 m acima do nível do vale do Jordão. Não pode ter acontecido no próprio topo da montanha visto que é muito alta.
    Canon Tristão relata como a escalou com seus companheiros. Puderam cavalgar quase até o final e a cavalgada durou oito horas. Não é fácil desdobrar muita atividade em um pico tão elevado. Tristão diz: “Passamos boa parte do dia no topo mas em pouco tempo nos sentimos afetados por dores devido à atmosfera rarefeita."

    A Transfiguração aconteceu em algum lugar das ladeiras do majestoso e agradável monte Hermom. Deve ter sucedido de noite. Lucas nos diz que os discípulos estavam rendidos de sonho (Lc 9:32). No dia seguinte, Jesus e seus discípulos voltaram para o vale para encontrar-se com que os estavam esperando o pai do menino epilético (Lc 9:37). Esta surpreendente visão teve lugar em algum momento do entardecer, perto da noite ou durante a própria noite.

    Devemos nos perguntar: Por que Jesus foi ali? Por que fez esta expedição a essas solitárias ladeiras da montanha? Lucas é quem nos dá a chave. Porque nos diz que Jesus estava orando (Lc 9:29). Devemos nos colocar, na medida do possível, no lugar de Jesus. A esta altura dos acontecimentos, estava no caminho que o conduziria à cruz. Disso estava bem seguro, e uma e outra vez o disse a seus discípulos. Em Cesaréia de Filipe o vimos enfrentando um problema, preocupando-se com uma pergunta. Vimo-lo tratando de descobrir se havia alguém que o tinha reconhecido, por quem e o que era. Vimos que essa pergunta recebeu uma resposta triunfante porque Pedro tinha percebido o fato fundamental de que Jesus só podia ser descrito como o Filho de Deus. Mas havia uma questão ainda mais grave que Jesus devia resolver antes de empreender sua última viagem. Devia assegurar-se, além de toda dúvida, de que estava fazendo o que Deus desejava que fizesse. Tinha que certificar-se de que a vontade de Deus era, em realidade, que fosse a Jerusalém à cruz. Jesus foi ao monte Hermom para fazer a pergunta a Deus: "Estou fazendo Tua vontade ao me dirigir para Jerusalém?" Jesus foi ao monte Hermom para ouvi a voz de Deus e suas ordens. Não queria dar um só passo sem consultar a Deus. Como haveria de dar o maior passo que jamais deu, ou que jamais poderia dar, sem consultá-lo? Acima de tudo, o fato é que Jesus formulava uma pergunta e uma só: "É a vontade de

    Deus para mim?" E essa era a pergunta que formulou nas solitárias ladeiras do monte Hermom.

    Uma das diferenças supremas entre Jesus e nós, um dos fatos que fazia de Jesus o que era, era que sempre perguntava: "O que Deus quer que Eu faça?"; nós quase sempre perguntamos: "O que quero fazer?" Costumamos a dizer que a característica que diferenciava a Jesus de todos outros era que carecia de pecado. O que queremos dizer com isso? Queremos dizer o seguinte: que Jesus não tinha vontade fora da vontade de Deus.

    Quando Jesus tinha algum problema não tratava de solucioná-lo pela mera força de seu próprio pensamento. Não o levava a outros para obter um conselho humano, levava-o a lugar solitário e a Deus.

    A BÊNÇÃO DO PASSADO

    Mateus 17:1-8 (continuação)

    Sobre as ladeiras da montanha apareceram diante de Jesus duas grandes figuras: Moisés e Elias. É fascinante comprovar em quantos aspectos a experiência destes dois grandes líderes do povo e servos de Deus se assemelhavam à experiência de Jesus. Quando Moisés desceu do monte Sinai não sabia que a pele de seu rosto resplandecia (Ex 34:29). Tanto Moisés como Elias tiveram suas experiências mais íntimas de Deus sobre uma montanha. Foi no monte Sinai onde subiu Moisés para receber as tábuas da Lei (Ex 31:18). Foi no monte Horebe onde Elias encontrou a Deus, não no vento nem no terremoto, e sim na voz suave e delicada (I Reis 19:9-12). É estranho que tenha havido algo maravilhoso a respeito da morte de Moisés e de Elias. Deuteronômio 34:5-6 relata a morte solitária de Moisés sobre o monte Nebo. Parece como se Deus mesmo tivesse sido quem enterrou o grande líder do povo: “Assim, morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe, segundo a palavra do SENHOR. Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura”. Quanto a Elias, tal como o relata a velha história, despediu-se de Eliseu em um carro de fogo com cavalos de fogo (2Rs 2:11). As duas figuras que apareceram a Jesus quando estava por empreender o caminho para Jerusalém eram homens que pareciam muito grandes para morrer.

    Além disso, como já vimos, os judeus estavam convencidos de que Elias seria o precursor e o arauto do Messias e pelo menos alguns mestres judeus criam também que quando chegasse o Messias viria acompanhado por Moisés. É fácil ver quão apropriada e adequada era esta visão de Moisés e Elias. Mas nenhuma destas razões é o motivo real pelo qual Jesus recebeu a visão de Moisés e Elias.

    Mais uma vez devemos nos remeter ao relato que faz Lucas da Transfiguração. Lucas nos diz que Moisés e Elias falaram com Jesus "de sua partida que ia Jesus a cumprir em Jerusalém" (Lc 9:31). A palavra que se emprega em grego para expressar a partida é muito significativa. Trata-se da palavra êxodos que é a mesma palavra que se emprega em português como êxodo. Estas duas figuras conspícuas do passado falaram com Jesus sobre seus êxodos. Agora, a palavra êxodos tem uma conotação muito especial. É o termo que sempre se emprega para referir-se à partida do povo de Israel da terra do Egito para o caminho desconhecido do deserto que deveria de levá-los finalmente à Terra Prometida. A palavra êxodo é a que descreve o que poderíamos denominar a viagem mais arriscada da história, uma viagem no qual um povo inteiro, apoiando-se em uma total confiança em Deus, lançou-se para o desconhecido. Isso era exatamente o que Jesus estava a ponto de fazer. Com uma total confiança em Deus estava por empreender a aventura tremenda dessa viagem a Jerusalém; uma viagem rodeada de perigos, uma viagem que implicava um cruz mas que culminaria na glória. Ora, dentro do pensamento judeu estas duas figuras, Moisés e Elias, sempre representavam inevitavelmente determinadas coisas. Moisés era o maior de todos os legisladores; era, em forma suprema e única, o homem que tinha levado a Lei de Deus aos homens. Elias era o maior de todos os profetas; nele a voz de Deus falava com os homens de maneira direta. Estes dois homens eram os pontos culminantes da história e os logros religiosos do Israel. É como se as maiores figuras da história de Israel se aproximassem de Jesus quando se preparava para sair em sua única e maior aventura rumo ao desconhecido e lhe tivessem dito que continuasse sua viagem. Neles, toda a história reconhecia a Jesus como sua própria consumação. O maior dos legisladores e o profeta supremo reconheciam a Jesus como Aquele a quem tinham anunciado. De maneira que as maiores figuras humanas testificavam a Jesus que estava em bom caminho e o insistiam com ele a seguir em seu êxodo arriscado para Jerusalém e o Calvário.

    Mas havia algo mais que isso; não só o maior dos profetas e o legislador de maior envergadura asseguraram a Jesus que estava certo; a própria voz de Deus veio lhe dizer que estava em bom caminho, que estava no caminho de Deus, que devia continuar.
    Todos os evangelistas fazem referência à nuvem luminosa que os cobriu. Essa nuvem era parte da história do Israel. Ao longo de toda a história a nuvem luminosa representava o shekinah, que não era outra coisa senão a glória de Deus Todo-poderoso. Vejamos essa nuvem na história de Israel. Em Êxodo lemos sobre a coluna de nuvens que guiaria o povo em seu caminho (13 21:2-13:22'>Êxodo 13:21-22). Também em Êxodo lemos a respeito da construção e término do tabernáculo e ao final do relato nos deparamos com estas palavras: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo” (Ex 40:34). Em uma nuvem o Senhor desceu para dar as tábuas da Lei a Moisés (Ex 34:5). Voltamo-nos a encontrar com esta nuvem misteriosa e cheia de luz na dedicação do templo do Salomão; “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR” (I Reis 8:10-11; ver também 13 14:5-14'>II Crônicas 5:13-14; 7;2). Ao longo de todo o Antigo Testamento aparece esta imagem da nuvem na qual estava a glória misteriosa de Deus.

    Acontece que podemos acrescentar a tudo isso outro fato muito eloqüente. Os viajantes nos relatam um fenômeno muito estranho que caracteriza o monte Hermom. Edersheim escreve: “Notou-se uma estranha peculiaridade a respeito de Hermom na ‘extrema rapidez com que se formam as nuvens em seu topo. Em poucos minutos se forma uma capa grosa sobre o topo da montanha, e com a mesma rapidez se dispersa e desaparece por completo’.” Não cabe dúvida que nesta oportunidade se aproximou uma nuvem às ladeiras de Hermom, e tampouco se pode duvidar que em um princípio os discípulos lhe deram pouca importância porque Hermom era famoso pelas nuvens que chegavam e desapareciam. Mas aconteceu algo; não somos nós os que devemos adivinhar o que aconteceu, mas a nuvem se iluminou e se converteu em algo misterioso e saiu dela a voz da majestade divina que impôs o selo de aprovação de Deus sobre seu Filho Jesus. E nesse momento foi respondida a oração de Jesus; soube, sem lugar a dúvidas, que tinha razão ao seguir seu caminho.

    O monte da Transfiguração foi para Jesus um topo espiritual. Tinha diante de Si o seu êxodo. Estava no bom caminho? Estava certo ao aventurar-se indo para Jerusalém e aos braços torturantes da cruz? Em primeiro lugar, chegou-lhe o veredicto da história, o maior dos legisladores e o maior dos profetas, para lhe dizer que continuasse. E logo, muito maior ainda que essa grandeza, chegou uma voz que lhe deu nada menos que a aprovação de Deus. Foi a experiência do monte da Transfiguração o que permitiu a Jesus dirigir-se inflexivelmente para a cruz.

    A INDICAÇAO DE PEDRO Mateus 17:1-8 (continuação)

    Mas o episódio da Transfiguração sofreu um determinado efeito não só sobre Jesus, mas também sobre seus discípulos.

    1. As mentes dos discípulos deviam estar ainda feridas e afligidas pela insistência de Jesus sobre o fato de que devia ir a Jerusalém para ser humilhado, tratado como um criminoso, para sofrer, para ser crucificado e morrer. Devem ter pensado que a única coisa que os aguardava era uma negra vergonha. Mas toda a atmosfera do monte da Transfiguração está impregnada de glória. Desde o começo até o final a chave de todo este incidente é a glória. O rosto de Jesus brilhava como o Sol e suas vestimentas refulgiam e deslumbravam como a luz. Os judeus conheciam muito bem a promessa de Deus aos justos triunfantes: "Seu rosto brilhará como o Sol" (2 Ed 7:97). Nenhum judeu poderia ter visto essa nuvem luminosa sem pensar na shekinah, a glória de Deus sobre seu povo.

    Há um detalhe muito revelador nesta passagem. Não menos de duas vezes em seus oito breves versículos aparece o pequeno advérbio: "eis que". É como se Mateus não pudesse sequer relatar a história sem reter o fôlego ante sua assombrosa maravilha. Sem dúvida se tratava de algo que elevaria os corações dos discípulos; permitiria que vissem a glória através da vergonha; o triunfo através da humilhação; a coroa além da cruz. É evidente que nem sequer então entenderam; mas sem dúvida deve ter-lhes dado uma remota percepção de que a cruz não era todo humilhação, que de algum modo implicava certa glória, que de algum modo a glória era o mesmo ar e a atmosfera do êxodo para Jerusalém e para a morte.

    1. Além disso Pedro deve ter aprendido duas lições nessa noite. Quando Pedro despertou para o que acontecia, sua primeira reação foi construir três tabernáculos; um para Jesus, um para Moisés e um para Elias. Pedro sempre estava disposto à ação, era o tipo de pessoa que precisa fazer algo todo tempo. Mas há um momento em que é necessária a tranqüilidade, um momento para a contemplação, a maravilha, a adoração, o assombro reverencial ante a presença da glória suprema. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Sl 46:10). Pode acontecer que às vezes estamos muito ocupados fazendo algo, quando seria melhor que permanecéssemos em silêncio, escutando, experimentando um sentimento de maravilha, adorando na presença de Deus. Antes de poder lutar e aventurar-se sobre seus pés, o homem deve orar sobre seus joelhos.
    2. Mas há também o reverso disto. É evidente que a intenção do Pedro era esperar sobre a ladeira da montanha. Queria que se prolongasse esse grande momento. Não queria descer mais uma vez às coisas cotidianas e simples; queria permanecer para sempre sob a luz da glória. É um sentimento que todos devemos conhecer. Há momentos de intimidade, de serenidade, de paz, de proximidade com Deus, que todos conheceram e que todos desejariam prolongar. Como diz A. H. McNeile: "O monte da Transfiguração sempre é um lugar mais agradável que o ministério diário ou o caminho da cruz." Mas o monte da Transfiguração só nos é dado dá a fim nos proporcionar forças para o ministério de todos os dias e para nos fazer capazes de andar no caminho da cruz. Susana Wesley costumava pronunciar uma oração: "Ajuda-me, Senhor, a lembrar que a religião não deve confinar-se à igreja ou à cela, nem exercer-se apenas na oração e na meditação, mas sim em todas as partes estou em Tua presença." O momento de glória não existe por si mesmo, existe para recobrir as coisas comuns com uma luminosidade e um brilho que nunca antes tiveram.

    ENSINANDO O CAMINHO DA CRUZ

    Mateus 17:9-13, 22-23

    Aqui nos deparamos mais uma vez com a ordem de Jesus de manter o segredo; e era necessário que assim o fizessem. O grande perigo era que os homens proclamassem a Jesus como o Messias sem saber quem e o que era o Messias. Era necessário mudar de maneira radical e fundamental toda a concepção que tinham tanto do precursor como do Messias.

    Levaria muito tempo fazê-los esquecer a idéia de um Messias conquistador. Tão enraizada estava na mente judia que era difícil — quase impossível — alterá-la. Os versículos 9:13 são muito difíceis. Por trás nos encontramos com a seguinte idéia. Os judeus estavam de acordo em que antes da vinda do Messias voltaria Elias para ser seu arauto e precursor. “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR.” Assim escreve Malaquias e continua: “Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Malaquias 4:5— 6). Pouco a pouco foram sendo elaborados detalhes quanto a esta idéia da vinda de Elias até que os judeus chegaram a acreditar que Elias não só viria, mas também restauraria todas as coisas antes da chegada do Messias; que converteria o mundo em lugar adequado para a entrada do Messias. A idéia era que Elias seria um reformador terrível e radical, que caminharia por todo o mundo, destroçando o mal e solucionando todas as injustiças. O resultado foi que se pensava tanto no precursor como no Messias em termos de poder.

    De maneira que Jesus corrige esta idéia. "Os escribas", disse, "dizem que Elias virá como um raio de fogo purificador e vingador. Ele veio; mas seu caminho foi o caminho do sofrimento e do sacrifício, como deve ser também o caminho do Filho do Homem." Jesus estabeleceu que o caminho do serviço de Deus nunca é o caminho que destrói a existência dos homens, mas o que lhes infunde um amor sacrificial.

    Isso era o que os discípulos deviam aprender e por isso deviam permanecer em silêncio até que o aprendessem. Se tivessem saído a pregar sobre um Messias conquistador a única coisa que teriam conseguido teria sido provocar uma tragédia. Estabeleceu-se que no século anterior à crucificação não menos de 200.000 judeus perderam a vida em revoluções e levantamentos inúteis e estéreis. Antes que os homens pudessem pregar sobre Cristo deviam saber quem e o que era Cristo. E até que Jesus tivesse ensinado a seus servidores a necessidade da cruz deviam permanecer em silêncio e aprender. O que devemos levar aos homens não são nossas idéias, e sim a mensagem de Cristo, e nenhum homem pode ensinar a outros até que Cristo não o tenha ensinado.

    A FE ESSENCIAL

    Mateus 17:14-20

    Assim que Jesus desceu da glória celestial deparou-se com o problema terreno e a exigência prática. Durante a ausência de Jesus um homem tinha levado aos discípulos seu filho epilético. Mateus descreve o moço com o verbo seleniazesthai, cujo significado literal é lunático. Como era inevitável nessa época, o pai atribuía a condição do menino à influência de espíritos malignos. O estado do moço era tão sério que era um perigo para ele mesmo e para todos os outros. Quase podemos escutar o suspiro de alívio quando apareceu Jesus, e podemos vê-lo tomando conta na hora de uma situação que estava totalmente fora de controle. Com uma palavra severa e forte ordenou ao demônio que se retirasse e o menino ficou curado.

    Este relato está cheio de coisas significativas.

    1. Não podemos deixar de nos comover com a fé do pai do menino. Embora fosse dado aos discípulos o poder de expulsar demônios (Mt 10:1), encontramo-nos com um caso em que tinham fracassado em forma pública e notória. E entretanto, apesar do fracasso dos discípulos o pai nunca duvidou do poder do próprio Jesus. É como se tivesse dito: "Permitam-me aproximar de Jesus em pessoa e todos os meus problemas ficarão resolvidos e minhas necessidades satisfeitas." Há nisto algo muito sério; algo que é universal e muito atual. Há muitos que sentem que a igreja, os discípulos declarados de Jesus em sua própria época e geração, fracassaram e são incapazes de enfrentar os males da situação humana; e entretanto, no fundo de seu coração sentem: "Se pudéssemos ir além destes discípulos humanos, se pudéssemos transpor a fachada eclesiástica e o fracasso da igreja, se pudéssemos nos aproximar do próprio Jesus, receberiamos o que necessitamos." É tanto uma condenação como um desafio comprovar que, apesar de que os homens perderam a fé na igreja, jamais perderam uma ofegante fé no próprio Jesus Cristo.
    2. Aqui vemos as constantes exigências a que estava submetido. Diretamente da glória do topo da montanha, desceu para encontrar-se com as exigências da necessidade e o sofrimento humanos. Diretamente depois de ouvir a voz de Deus, teve que ouvir o clamor da necessidade humana. A pessoa mais valiosa e a mais semelhante a Cristo é aquela que jamais considera que seu próximo é um estorvo. É fácil sentir-se cristão no momento da oração e da meditação; é fácil sentir-se perto de Deus quando se fecharam as portas ao mundo e quando o céu está muito perto. Mas isso não é religião, é escapismo. A verdadeira religião consiste em nos levantarmos dos joelhos diante de Deus para nos enfrentarmos com os homens e a situação humana. A verdadeira religião consiste em tirar forças de Deus a fim de dá-las a outros. A verdadeira religião implica tanto em encontrar-se com Deus no lugar secreto como com os homens no mercado. A verdadeira religião consiste em levar nossas necessidades a Deus, não para ter paz, quietude e conforto sem moléstias, antes para poder satisfazer as necessidades de outros com generosidade, força e eficácia. As asas da pomba não são para o cristão, quem deve seguir a seu Mestre fazendo o bem.
    3. Aqui vemos a dor de Jesus. Não é que Jesus diga que quer desfazer-se para sempre de seus discípulos. O que diz é o seguinte: "Quanto tempo devo estar convosco até que me compreendam?" Não há nada mais próprio de Cristo que a paciência. Quando estamos a ponto de perder a paciência com as loucuras e tolices dos homens, recordemos a paciência infinita de Deus com os extravios, as deslealdades e a impossibilidade de ensinar a nossas próprias almas.
    4. Vemos aqui a necessidade central da fé, sem a qual não pode acontecer nada. Quando Jesus falou de mover montanhas estava empregando uma frase que os judeus conheciam muito bem. Era comum denominar arrancador ou pulverizador de montanhas a um grande mestre que podia expor e interpretar as Escrituras, que podia explicar e resolver dificuldades. Destroçar, arrancar, pulverizar montanhas eram frases que se empregavam com freqüência para expressar a solução de dificuldades. Jesus jamais teve a intenção de que se tomassem suas palavras em sentido literal. Depois de tudo, o homem comum quase nunca sente a necessidade de arrancar uma montanha física. O que quis dizer foi o seguinte: "Se tiverem a suficiente medida de fé, podem resolver todas as dificuldades, e se pode cumprir até a tarefa mais árdua" A fé em Deus é o instrumento que permite aos homens tirar as montanhas de dificuldades que obstruem seu caminho.

    O IMPOSTO DO TEMPLO

    Mateus 17:24-27

    O templo de Jerusalém era um lugar cuja manutenção e administração consumia grandes somas. Todas as manhãs e todas as tardes se fazia o sacrifício de um cordeiro de um ano. Junto com o sacrifício do cordeiro se ofereciam, também, o vinho, o azeite e a farinha correspondentes. O incenso, que se queimava todos os dias devia ser comprado e preparado. As custosas tapeçarias e as vestes talares se gastavam; e a toga e outros trajes do Sumo Sacerdote custavam um siclo. Tudo isto exigia que houvesse dinheiro para pagar os gastos. Por isso, apoiando-se em Ex 30:13 se estabeleceu que todo varão judeu que tivesse mais de vinte anos devia pagar ao templo um imposto anual do meio siclo. Na época de Neemias, quando a pessoa era pobre, tinha que pagar um terço de siclo. Meio siclo equivalia a dois dracmas gregas; costumava denominar-se c'idrachma a tal imposto: esse é o nome que recebe nesta passagem. O valor do imposto era ao redor de 13 centavos de dólar; deve avaliar-se essa cifra tendo em conta que o salário de um trabalhador, na Palestina do tempo de Jesus não excedia os quatro centavos de dólar. De maneira que o imposto equivalia ao pagamento de três dias. O tesouro do templo recebia não menos de 178.300 dólares por ano. Teoricamente o imposto era obrigatório, e as autoridades do templo tinham poder para dispor dos bens de qualquer pessoa que não fizesse o pagamento.

    O método de arrecadação estava cuidadosamente organizado. No primeiro dia do mês do Adar, que é nosso mês de março, anunciava-se em todas as cidades e povos da Palestina que tinha chegado o momento de pagar o imposto. No dia quinze do mês se erigiam em cada cidade e povo postos nos quais se cobrava o imposto. Se até o dia vinte e cinco de Adar não se pagou o imposto, era preciso fazê-lo diretamente no templo de Jerusalém.
    Nesta passagem vemos que Jesus paga seu imposto ao templo. As autoridades encarregadas de sua cobrança se aproximaram de Pedro e lhe perguntaram se seu Mestre pagava o imposto. Não há a menor dúvida de que a pergunta foi feita com má intenção e que esperavam que Jesus se negasse a pagar o imposto, pois em tal caso, os líderes ortodoxos teriam alguma razão para acusá-lo. A resposta imediata de Pedro foi que Jesus pagava seu imposto. Assim, pois, Pedro foi informar a Jesus sobre o incidente e Jesus usou uma espécie de parábola nos versículos 25:26. A imagem pode referir-se a duas coisas, mas em qualquer dos dois casos o significado é o mesmo.

    1. No mundo antigo as nações que conquistavam e colonizavam não pensavam em governar em benefício dos povos subjugados. Antes consideravam que os povos subjugados existiam para tornar as coisas fáceis aos conquistadores. O resultado deste ponto de vista era que o próprio país de um rei nunca lhe pagava tributo, se tinha países subjugados. Eram as nações conquistadas as que carregavam o peso e pagavam o imposto, enquanto que a nação do rei estava isenta dele. De maneira que o sentido das palavras de Jesus pode ser: "Deus é o rei de Israel, mas nós somos o verdadeiro Israel, porque somos os cidadãos do Reino de Deus, os de fora possivelmente tenham que pagar, mas nós estamos isentos de impostos."
    2. É provável que a imagem seja muito mais simples. Se qualquer rei impunha impostos em um país, sem dúvida não os impunha à sua própria família e a quem vivia em sua casa. De fato, os impostos se cobravam para manter sua própria casa. Agora, o imposto em questão se cobrava para o templo, que era a casa de Deus. Jesus era o Filho de Deus. Acaso não diz quando seus pais o buscavam em Jerusalém, e assim é como deve ser traduzido: "Não sabiam que devia estar na casa de meu Pai?" (Lc 2:49). Como podia ser que o Filho tivesse a obrigação de pagar o imposto destinado à casa de seu próprio Pai? Entretanto, Jesus disse que deviam pagar, não pela obrigação imposta pela lei, mas sim por um dever supremo. Jesus disse que deviam pagar "para não ofendê— los".

    O Novo Testamento sempre emprega o verbo ofender (skandalizein) e o substantivo ofensa (skandalon) de maneira especial. O verbo nunca significa insultar, zangar ou ferir o orgulho de alguém. Sempre quer dizer pôr um obstáculo no caminho de alguém para fazê-lo tropeçar ou cair. A palavra skandalon em grego não tem o mesmo sentido que nosso termo escândalo; sempre é algo que faz alguém cair, leva alguém a tropeçar. De maneira que o que Jesus diz é o seguinte: "Devemos pagar para não dar mau exemplo a outros. Não só sabemos cumprir o nosso dever, mas também devemos ir além de nosso dever para mostrar a outros o que devem fazer. Jesus não se permitia fazer nada que promovesse que outros subtraíssem importância às obrigações mais simples. Na vida pode acontecer que tenhamos oportunidade de reclamar isenções e permissões especiais. Pode ser que possamos nos permitir fazer certas coisas com relativa impunidade. Mas não podemos reclamar nem nos permitir nada que poderia ser um mau exemplo para outra pessoa.

    Mas, podemos nos perguntar: Por que chegou a transmitir-se este relato? Como é evidente, os evangelistas deviam selecionar seu material por razões de espaço, por que escolheram este incidente? Lembremos quando se escreveu o Evangelho do Mateus: entre os anos 80:90 d.C.

    Justo antes desses anos os judeus e os cristãos judeus se enfrentaram com um problema muito real e perturbador. Vimos que cada varão judeu de mais de vinte anos devia pagar o imposto do templo; mas o templo foi totalmente destruído no ano 70 d. C. e nunca foi reconstruído. Depois da destruição do templo, o imperador romano Vespasiano decretou que agora era preciso pagar o imposto ao templo de meio siclo ao tesouro do templo de Júpiter Capitolino em Roma. Isto realmente constituía um problema. Muitos judeus e cristãos judeus se sentiram inclinados a rebelar-se com violência contra este decreto. Qualquer rebelião desse tipo e envergadura teria tido conseqüências desastrosas porque teria sido totalmente esmagada e judeus e cristãos ficariam com uma reputação de maus cidadãos, desleais, rebeldes e desinteressados em seu país. Este relato se incluiu nos evangelhos para dizer aos cristãos, especialmente aos judeus, que por mais desagradáveis que fossem, era preciso aceitar e cumprir os deveres da cidadania. Esta história está relatada para nos assinalar que o cristianismo e a virtude de ser um bom cidadão vão de mãos dadas. O cristão que não cumpre com os deveres de bom cidadão não só falha como cidadão, mas também como cristão.

    COMO PAGAR NOSSAS DÍVIDAS

    Mateus 17:24-27 (continuação)

    Vamos agora ao relato em si. Se tomarmos em seu sentido cru e literal significa que Jesus ordenou a Pedro que fosse pescar um peixe, em cuja boca acharia um estáter com o qual bastaria para pagar o imposto de ambos. Não deixa de ser pertinente assinalar que o evangelho não diz que Pedro tenha completado a ordem. O relato termina com essa frase. Antes de começar a analisar a história devemos lembrar que todos os povos orientais costumam dizer as coisas na forma mais gráfica e expressiva possível, e que costumavam dizê-lo com um sorriso.

    Este milagre é difícil; analisemos três pontos de vista.

    1. Em primeiro lugar, é um fato concreto que Deus nunca envia um milagre para nos permitir fazer algo que nós mesmos podemos fazer. Se o fizesse nos faria um mal e não nos proporcionaria nenhuma ajuda. Por mais pobres que fossem os discípulos, não necessitavam um milagre para poder ganhar dois meios ciclos. Não estava fora de suas possibilidades o obter essa soma com seu trabalho.
    2. Este milagre transgride a grande decisão feita por Jesus no sentido de não empregar jamais seu poder de fazer milagres para seus fins pessoais e em benefício próprio. Essa foi a decisão que tomou, de fato, durante as tentações no deserto. Poderia ter transformado as pedras em pães para satisfazer sua fome; mas se recusou fazê-lo. Poderia ter empregado seu poder para aumentar seu prestígio como operador de maravilhas, mas recusou fazê-lo. No deserto Jesus decidiu de uma vez e para sempre que não usaria nem podia usar seu poder em forma egoísta. Não há dúvida que se se tomar este relato de maneira literal demonstra que Jesus usou seu poder divino para satisfazer suas necessidades pessoais, e isso era algo que Jesus jamais faria.
    3. Se se tomar este milagre em seu sentido literal, é até imoral em certo sentido. A vida se transformaria em algo caótico se o homem pudesse pagar suas dívidas encontrando moedas na boca dos peixes. A vida jamais se organizou de maneira que os homens pudessem cumprir suas obrigações de maneira tão fácil e sem fazer o menor esforço. "Os deuses", disse um dos gregos, "ordenaram que o suor fosse o preço de todas as coisas." Isso é tão válido para o pensador cristão como o era para o grego.

    Sendo assim, o que diremos sobre esta passagem? Devemos dizer que não é mais que uma lenda, uma ficção imaginada carente de toda verdade que a sustente? Por certo que não. Não resta a menor dúvida de que algo aconteceu. Lembremos mais uma vez o gosto que sentiam os judeus pelas cenas vívidas. Sem dúvida isto foi o que aconteceu: Jesus disse a Pedro: "Sim, Pedro. Você tem razão. Nós também devemos pagar nossas dívidas justas e legais. Bem, já sabe como terá que fazê-lo, volta para a pesca durante um dia. Você obterá bastante dinheiro da boca dos peixes para pagar o que devemos!" O que dizia Jesus era o seguinte: "Volta para o seu trabalho, Pedro; essa é a maneira como se pagam as dívidas." Assim a digitadora encontrará um casaco novo no uso de seu computador. O mecânico encontrará comida para ele e sua família no cilindro do automóvel. O professor encontrará o dinheiro para viver no quadro-negro e nos gizes. O contador encontrará o dinheiro necessário para manter a seus seres queridos nos livros.

    Quando Jesus pronunciou estas palavras o fez com esse sorriso suave que o caracterizava e com seus dotes para a linguagem expressiva. Não disse a Pedro que procurasse moedas na boca dos peixes em um sentido literal. O que lhe disse foi que em seu dia de trabalho obteria o que necessitava para poder cumprir as suas obrigações.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 17 versículo 20
    terem pouca fé: A palavra grega traduzida aqui como “pouca fé” está relacionada com a palavra traduzida como “homens [ou: “homem”] de pouca fé” em Mt 6:30-8:26; 14:31; 16:8 e Lc 12:28. Jesus não quis dizer que os discípulos não tinham nenhuma fé, mas que precisavam ter mais fé. — Veja as notas de estudo em Mt 6:30-8:26.

    eu lhes digo a verdade: Veja a nota de estudo em Mt 5:18.

    do tamanho de um grão de mostarda: Ou: “tão pequena quanto uma semente de mostarda”. — Veja as notas de estudo em Mt 13:31-32.


    Dicionário

    Acolá

    advérbio Naquele lugar; num lugar distante da pessoa que fala e daquela com quem se fala; além, lá: minha mãe vive acolá.
    Num lugar longe, à frente: ela não está nem aqui nem acolá.
    Etimologia (origem da palavra acolá). Do latim accum illac, "eis ali, eis lá".

    Causa

    substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
    O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
    O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
    [Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
    [Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
    Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
    Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

    motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

    A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Daqui

    contração Combinação da preposição de com o advérbio aqui; a partir deste ponto; indica algo que se iniciará a partir o local em que está a pessoa que fala: esperamos que daqui a 10 anos a árvore esteja com 10 metros de altura.
    No lugar em que está a pessoa que fala; neste momento, ponto, situação, circunstância, local; desde lugar: daqui não se vê o mar.
    Etimologia (origem da palavra daqui). Preposição de + adv. aqui.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).

    Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).

    A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.



    1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt 15:28; Mc 11:22-24; Lc 17:5).


    2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm 1:16-17;
    v. CONVERSÃO).


    3) A doutrina revelada por Deus (Tt 1:4).


    Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    [...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19

    [...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3

    Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6

    [...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7

    Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11

    No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12

    [...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1

    No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11

    A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44

    A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25

    O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista

    Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23

    A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    [...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    A fé é divina claridade da certeza.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16

    A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35

    [...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim

    Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5

    Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

    A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28

    A fé significa um prêmio da experiência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba

    [...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44

    [...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

    Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69

    [...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354

    A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

    É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação

    A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

    [...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141

    Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29


    1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16.
    17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    Grão

    substantivo masculino Qualquer fruto ou semente de pequeno tamanho: grão de uva, também chamado "bago"; grão de cereais, também chamado "cariopse".
    Pequeno corpo esférico; glóbulo: grão de chumbo.
    Minúscula parcela: grão de areia.
    Saliência de aspecto e toque granulado na superfície de tecidos, couros, rochas, pedras, cerâmica etc.
    Unidade que caracteriza a espessura das partículas de um abrasivo.
    Medida de peso inglesa e norte-americana, correspondente a 0,648 g.
    Figurado Ínfima parcela, dose mínima: um grão de sabedoria.
    Grãos de fumo, finíssimas partículas observadas na matéria cósmica intersideral.
    De grão em grão a galinha enche o papo, pouco a pouco, muita coisa se consegue juntar ou alcançar.
    substantivo masculino plural Cereais.
    [Chulismo] Testículos.

    substantivo masculino Qualquer fruto ou semente de pequeno tamanho: grão de uva, também chamado "bago"; grão de cereais, também chamado "cariopse".
    Pequeno corpo esférico; glóbulo: grão de chumbo.
    Minúscula parcela: grão de areia.
    Saliência de aspecto e toque granulado na superfície de tecidos, couros, rochas, pedras, cerâmica etc.
    Unidade que caracteriza a espessura das partículas de um abrasivo.
    Medida de peso inglesa e norte-americana, correspondente a 0,648 g.
    Figurado Ínfima parcela, dose mínima: um grão de sabedoria.
    Grãos de fumo, finíssimas partículas observadas na matéria cósmica intersideral.
    De grão em grão a galinha enche o papo, pouco a pouco, muita coisa se consegue juntar ou alcançar.
    substantivo masculino plural Cereais.
    [Chulismo] Testículos.

    As espécies mais vulgares de grão, que a Escritura menciona, são o trigo, a cevada, a espelta e o milho. A aveia não é mencionada. o trigo era fragmentado em casa para fins domésticos (2 Sm 4.6). Desde o tempo de Salomão foi a Palestina um pais exportador de trigo, e para Tiro era levado este produto em grande abundância (2 Cr 2.10, 15 – Ez 27:17). (*veja Agricultura.)

    Grão Semente de cereais e de outras plantas (Dt 33:28); (Jo 12:24).

    Ha

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    hebraico: calor, queimado

    Impossível

    substantivo masculino Aquilo que não se consegue possuir, obter: solicitava o impossível.
    O que não pode ocorrer nem existir: para ela, o impossível pode acontecer.
    adjetivo Que não se consegue fazer; muito difícil de conseguir: missão impossível.
    De ocorrência ou existência exageradamente difícil e improvável; inviável: é impossível encontrar dinheiro em árvores!
    Que se distancia da realidade; irreal: desejo impossível.
    Contrário à razão; sem sentido racional; absurdo: travessia impossível.
    Que não se consegue suportar; insuportável: o trabalho ficou impossível na empresa.
    Figurado De gênio, comportamento e hábitos difíceis; intolerável.
    Que não aceita regras; teimoso: menino impossível!
    Etimologia (origem da palavra impossível). Do latim impossibilis.e.

    Jesus

    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


    Monte

    substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
    substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
    Serra, cordilheira, montanha.
    Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
    Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
    Grupo, ajuntamento.
    Grande volume, grande quantidade.
    O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
    O total dos bens de uma herança.
    Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
    Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
    Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
    Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
    Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

    Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

    =======================

    O MONTE

    V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


    Mostarda

    substantivo feminino Nome dado a diversas crucíferas que fornecem o condimento do mesmo nome.
    A mostardeira.
    Molho que se faz com a semente da mostardeira reduzida a farinha e de ordinário desfeita com vinagre e azeite ou miolo de pão. (É um desenjoativo.).
    Figurado Estímulo, espicaçamento.
    Chegar (ou subir) a mostarda ao nariz, perder a paciência, irritar-se.
    Gás de mostarda, a iperita.
    S.m. Bras. (SP) Chumbo miúdo.

    Jesus compara o Reino dos Céus ao crescimento de um grão de mostarda, que se tornou ‘maior do que as hortaliças’ (Mt 13:31-32Mc 4:31Lc 13:19). indubitavelmente Jesus se referia a uma planta familiar, muito conhecida na Palestina. A semente da mostarda era a mais pequena que os judeus estavam acostumados a semear nos campos. Têm sido vistas, nas ricas planícies da Filístia, plantas de mostarda selvagem tão altas como um cavalo com o seu cavaleiro. E por isso era fácil às aves procurar abrigo sob tais plantas.

    Mostarda Semente de mostardeira. Quando é moída, produz um pó amarelo que serve como tempero ou como medicamento (Mt 13:31).

    Mostarda Planta de até 3 a 4 m de altura, cujas diminutas sementes serviam para preparar a substância do mesmo nome. Jesus usou-as como símbolo do início do Reino e de seu crescimento ulterior (Mt 13:31; Mc 4:31; Lc 13:29) e também da fé mínima que se deve ter para alcançar grandes resultados (Mt 17:20; Lc 17:6).

    Passa

    Passa Uva seca ao sol (Ct 2:5).

    substantivo feminino Fruta desidratada ou seca ao sol, especialmente a uva: uva passa.
    Figurado Pessoa magra, envelhecida, com rugas; enrugada.
    Etimologia (origem da palavra passa). Do latim passus.a.um.
    substantivo feminino Ação de passar, de ir de um local a outro: esse trem passa em Brasília?
    Ação de ocorrer, de ultrapassar, de transpor algo: o tempo passa muito rápido.
    Etimologia (origem da palavra passa). Forma Reduzida de passar.

    substantivo feminino Fruta desidratada ou seca ao sol, especialmente a uva: uva passa.
    Figurado Pessoa magra, envelhecida, com rugas; enrugada.
    Etimologia (origem da palavra passa). Do latim passus.a.um.
    substantivo feminino Ação de passar, de ir de um local a outro: esse trem passa em Brasília?
    Ação de ocorrer, de ultrapassar, de transpor algo: o tempo passa muito rápido.
    Etimologia (origem da palavra passa). Forma Reduzida de passar.

    Passar

    verbo transitivo direto Ir de um local para outro; atravessar: passamos a cerca para entrar no prédio.
    Ir através de: passar a água pela peneira.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Ultrapassar ou transpor algo; exceder um limite: o caminhão passou o carro; ela passou pela criança.
    verbo bitransitivo Fazer o transporte de: o barco passa as mercadorias pelo rio.
    Espalhar algo sobre: passou a geleia no pão.
    Obstruir a passagem de; fechar: passou o cadeado na porta.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Fazer com que algo ou alguém chegue a algum lugar: eles passaram pela fronteira; não conseguiu passar sobre a ponte.
    Causar movimento: passou as páginas da Bíblia; passou os livros para a estante.
    Fazer com que chegue ao destino: não consegue passar o jogo; passou a bola ao adversário.
    verbo transitivo indireto e pronominal Deixar de ser uma coisa para se tornar outra: passou da música para a dança; passei-me de história para medicina.
    verbo transitivo indireto Ir a um local sem permanecer por lá: passaram pelo bairro.
    Seguir para o interior de; penetrar: o vento passou pela roupa; a cadeira não passa pela porta.
    verbo pronominal Ter razão de ser; correr: não sei o que se passa com ela.
    verbo intransitivo Deixar de existir; acabar: a tempestade passou.
    Sobreviver a: o doente não passa desta semana.
    Etimologia (origem da palavra passar). Do latim passare; passus.us.

    Pequena

    adjetivo Diz-se da coisa que não é grande.
    substantivo feminino Moça; namorada, garota.

    Sera

    abundância

    Será

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    (Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


    Verdade

    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ αὐτός ἔπω διά ὑμῶν ἀπιστία γάρ ἀμήν ὑμῖν λέγω ἐάν ἔχω πίστις ὡς κόκκος σίναπι ἔρω τούτῳ ὄρος μεταβαίνω ἐντεύθεν ἐκεῖ καί μεταβαίνω οὐδείς ὑμῖν ἀδυνατέω
    Mateus 17: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E Jesus disse-lhes: Por causa de vossa incredulidade; pois na verdade eu vos digo que, se vós tiverdes fé como um grão de semente da mostarda, direis a esta montanha: Remova daqui para aquele lugar, e será removido; e nada será impossível para vós.
    Mateus 17: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Agosto de 29
    G101
    adynatéō
    ἀδυνατέω
    bacia, tigela, taças
    (in basins)
    Substantivo
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1563
    ekeî
    ἐκεῖ
    lá / ali
    (there)
    Advérbio
    G1759
    entháde
    ἐνθάδε
    aqui
    (from here)
    Advérbio
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G2848
    kókkos
    κόκκος
    ()
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3327
    metabaínō
    μεταβαίνω
    Isaac
    (Isaac)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3640
    oligópistos
    ὀλιγόπιστος
    ()
    G3735
    óros
    ὄρος
    (I
    (was grieved)
    Verbo
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4102
    pístis
    πίστις
    (faith)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G4615
    sínapi
    σίναπι
    mostarda, nome de uma planta que nos países orientais brota de uma minúscula semente
    (of mustard)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἀδυνατέω


    (G101)
    adynatéō (ad-oo-nat-eh'-o)

    101 αδυνατεω adunateo

    de 102; TDNT - 2:284,186; v

    1. impossivel
      1. não ter força, poder ou habilidade, ser fraco
      2. não poder ser feito, ser impossível

    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐκεῖ


    (G1563)
    ekeî (ek-i')

    1563 εκει ekei

    de afinidade incerta; adv

    1. lá, em ou para aquele lugar

    ἐνθάδε


    (G1759)
    entháde (en-thad'-eh)

    1759 ενθαδε enthade

    de uma forma prolongada de 1722; adv

    aqui

    para cá


    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    κόκκος


    (G2848)
    kókkos (kok'-kos)

    2848 κοκκος kokkos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 3:810,450; n m

    1. grão

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μεταβαίνω


    (G3327)
    metabaínō (met-ab-ah'-ee-no)

    3327 μεταβαινω metabaino

    de 3326 e a raiz de 939; TDNT - 1:523,90; v

    1. passar de um lugar para outro, remover, partir


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀλιγόπιστος


    (G3640)
    oligópistos (ol-ig-op'-is-tos)

    3640 ολιγοπιστος oligopistos

    de 3641 e 4102; TDNT - 6:174,849; n f

    1. de pequena fé, que confia pouco

    ὄρος


    (G3735)
    óros (or'-os)

    3735 ορος oros

    provavelmente de uma palavra arcaica oro (levantar ou “erigir”, talvez semelhante a 142, cf 3733); TDNT - 5:475,732; n n

    1. montanha

    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πίστις


    (G4102)
    pístis (pis'-tis)

    4102 πιστις pistis

    de 3982; TDNT - 6:174,849; n f

    1. convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
      1. relativo a Deus
        1. a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
      2. relativo a Cristo
        1. convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
      3. a fé religiosa dos cristãos
      4. fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
    2. fidelidade, lealdade
      1. o caráter de alguém em quem se pode confiar

    σίναπι


    (G4615)
    sínapi (sin'-ap-ee)

    4615 σιναπι sinapi

    talvez de sinomai (ferir, i.e., aguilhão); TDNT - 7:287,1027; n n

    1. mostarda, nome de uma planta que nos países orientais brota de uma minúscula semente e chega à altura de uma árvore, 3 m ou mais; por isso uma pequena quantidade de algo é comparada a um grão de mostarda, bem como algo que cresce até um tamanho extraordinário

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo