Enciclopédia de Marcos 6:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mc 6: 17

Versão Versículo
ARA Porque o mesmo Herodes, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe (porquanto Herodes se casara com ela), mandara prender a João e atá-lo no cárcere.
ARC Porquanto o mesmo Herodes mandara prender a João, e encerrá-lo manietado no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto tinha casado com ela.
TB Pois o próprio Herodes mandara prender a João e acorrentá-lo no cárcere por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe (Herodes se havia casado com ela);
BGB Αὐτὸς γὰρ ὁ Ἡρῴδης ἀποστείλας ἐκράτησεν τὸν Ἰωάννην καὶ ἔδησεν αὐτὸν ἐν φυλακῇ διὰ Ἡρῳδιάδα τὴν γυναῖκα Φιλίππου τοῦ ἀδελφοῦ αὐτοῦ, ὅτι αὐτὴν ἐγάμησεν·
HD Pois o próprio Herodes mandara prender João, e o amarrou na prisão, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, que casou-se com ela.
BKJ Pois o próprio Herodes mandara prender a João, e o confinou na prisão, por causa de Herodias, esposa de seu irmão Filipe; porque ele havia se casado com ela.
LTT Porquanto ele mesmo, Herodes, havendo enviado (emissários), prendera a João e o acorrentara dentro do cárcere, por causa de Herodias (a esposa de Filipe, o irmão dele), porquanto com ela ele (Herodes). casou
BJ2 Herodes, com efeito, mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Felipe, pois ele a desposara
VULG Ipse enim Herodes misit, ac tenuit Joannem, et vinxit eum in carcere propter Herodiadem uxorem Philippi fratris sui, quia duxerat eam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Marcos 6:17

Mateus 4:12 Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galileia.
Mateus 11:2 E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos
Mateus 14:3 Porque Herodes tinha prendido João e tinha-o manietado e encerrado no cárcere por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe;
Lucas 3:1 E, no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, e Herodes, tetrarca da Galileia, e seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da província de Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene,
Lucas 3:19 Sendo, porém, o tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito,


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Marcos 6 : 17
mandara prender
Lit. “enviou e prendeu”. Expressão que resume o procedimento adotado pelo Rei, ao enviar seus subordinados para prender João.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O MINISTÉRIO DE JESUS: SEGUNDO ANO

Março de 31 d.C. a abril de 32 d.C.
JESUS VOLTA A JERUSALÉM
De acordo com João 5.1, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Não há como dizer ao certo a qual festa o escritor está se referindo, mas muitos sugerem a Páscoa que, no ano 31 d.C., foi comemorada no dia 27 de março. Essa data é considerada, portanto, o início do segundo ano do ministério de Jesus. Em sua viagem a Jerusalém, Jesus curou um enfermo junto ao tanque de Betesda.

JESUS, O MESTRE
Os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) possuem seções extensas de ensinamentos atribuídos a Jesus. Para alguns estudiosos essas passagens foram, na melhor das hipóteses, redigidas pelos evangelistas e, na pior das hipóteses, por escritores desconhecidos de um período que poderia se estender até o século II. Descobertas recentes tornam asserções como essas praticamente insustentáveis. Tábuas de escrever feitas de madeira ou tabletes revestidos de cera, dos quais foram encontrados cerca de 1.900 num arquivo em Vindolanda (Chesterholm), junto ao muro de Adriano no norte da Inglaterra, eram usados para anotar informações de vários tipos. Alguns ouvintes talvez tivessem aptidão suficiente para registrar as palavras de Jesus literalmente, transferindo-as, depois, para materiais mais duráveis como papiro ou pergaminho, usados pelos evangelistas para compilar suas obras. No "sermão do monte", seu discurso mais longo, Jesus apresenta vários ensinamentos de cunho ético, enfatizando a importância do pensamento e das motivações, em contraste com a tradição judaica. No final, Jesus insta seus ouvintes a colocarem suas palavras em prática e serem como o homem sábio que construiu a casa sobre uma rocha. O local onde esse sermão foi proferido não é facilmente identificável, mas deve atender a dois critérios: ser um lugar plano na encosta de um monte.

OS MILAGRES DE JESUS NA GALILEIA
E difícil determinar a ordem dos acontecimentos relatados nos Evangelhos, mas pode-se deduzir que, ao voltar de Jerusalém, Jesus permaneceu o restante do segundo ano de seu ministério nas redondezas do lago da Galileia. Nesse ano, chamado por vezes de "ano da popularidade", Jesus foi seguido constantemente pelas multidões, tornando-se cada vez mais conhecido por seus milagres. Nesse período João Batista, um parente de Jesus, foi preso depois de censurar Herodes Antipas, "o tetrarca" (4a.C.-39 d.C.), filho de Herodes, o Grande, por ter se casado com Herodias, esposa de seu irmão, Filipe.? Quando João pediu a alguns de seus discípulos para averiguar os relatos que tinha ouvido acerca de Jesus, o próprio Jesus enviou a João uma mensagem que pode ser considerada uma síntese de seu ministério:
"Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho."
Mateus 11:4-5

Os evangelistas registram uma grande variedade de milagres:

AS PARÁBOLAS DE JESUS
Os evangelistas registram cerca de quarenta parábolas de Jesus. As parábolas eram histórias curtas sobre a vida diária usadas para ensinar verdades espirituais. Algumas, como a da ovelha perdida, do filho pródigo e do bom samaritano, são bem conhecidas. No entanto, o significado de várias parábolas nem sempre era evidente e, em diversas ocasiões, Jesus teve de explicá-las aos seus discípulos, como no caso da parábola do semeador

JOÃO BATISTA É DECAPITADO
João Batista permaneceu encarcerado na fortaleza de Maqueronte, no alto de um monte do lado leste do mar Morto, até o aniversário de Herodes Antipas. Nessa ocasião, a filha de Herodias, a nova esposa do rei, foi chamada para dançar. Herodes ficou tão impressionado que prometeu lhe dar o que desejasse e, seguindo a instrução da mãe, a jovem pediu a cabeça de João Batista num prato.

JESUS ALIMENTA CINCO MIL PESSOAS
Quando soube da morte de João, Jesus quis passar algum tempo sozinho, mas as multidões o seguiram. Jesus se compadeceu deles e curou os enfermos. A Páscoa, que no ano 32 d.C. foi comemorada em 13 de abril, se aproximava e faltava apenas um ano para a morte de Jesus. A multidão estava ficando faminta e, no lugar remoto onde se encontrava, não havia como - conseguir alimento. Através da multiplicação miraculosa de cinco pães de cevada e dois peixinhos, Jesus alimentou a multidão de cinco mil homens, mais as mulheres e crianças. O milagre foi realizado perto de Betsaida, na extremidade norte do lago da Galileia, uma região com muita relva. Convém observar que depois desse milagre Jesus passou a evitar as multidões, pois sabia que desejavam proclamá-lo rei à força.

JESUS DEIXA A GALILEIA
Percebendo que não teria privacidade na Galileia, Jesus viajou para o norte, deixando o reino de Herodes Antipas e se dirigindo a Tiro e Sidom, na costa do Mediterrâneo (atual Líbano). Quando regressou, encontrou tanta oposição que, por vezes, a etapa final de seu ministério é chamada de "o ano de oposição". Desse ponto em diante, os evangelistas se concentram cada vez mais no sofrimento e morte iminentes de Jesus.
O segundo ano do ministério de Jesus Os números referem-se os acontecimentos ocorridos nos arredores do mar da Galileia durante o segundo ano do ministério de Jesus.

 

Referências:

Mateus 5:1

Lucas 6:17

Mateus 14:3-4

Marcos 6:17-18

Mateus 8:23-27;

Marcos 4:35-41;

Lucas 8:22-25

Mateus 8:28-34

Mateus 13:58;

Marcos 6:5-6

Mateus 13:18-23

Marcos 4:13-20

Lucas 8:11-15

Mateus 14:3-12

Marcos 6:14-29

João 6.4

Marcos 6:39

Lucas 9:10

João 6.10

O segundo ano do ministério de Jesus
O segundo ano do ministério de Jesus
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia

HERODES, O GRANDE, RECONSTRÓI O TEMPLO

19-4 a.C.
AS MOTIVAÇÕES DE HERODES
Na esperança de conquistar o favor dos judeus, Herodes anunciou que reconstruiria o templo do Senhor em Jerusalém, construído por Zorobabel entre 520 e 516 a.C. Esse anúncio foi feito no décimo oitavo ano do seu reinado.' Caso se calcule o tempo do reinado de Herodes a partir do momento em que ele tomou posse de Jerusalém, em 37 a.C., a data desse anúncio é 19 a.C. A declaração não foi bem recebida por todos, pois alguns temiam que ele destruiria o templo antigo e não construiria outro em seu lugar. Para tranquilizar a população, Herodes publicou todos os planos para a construção antes de começar a demolir o templo antigo. Usaria a mesma pedra branca empregada por Salomão no primeiro templo. As pedras foram transportadas até o local em mil carroções. O trabalho foi dificultado pela necessidade de continuar com os cultos e sacrifícios e pela norma segunda a qual somente sacerdotes podiam entrar no templo. Herodes contratou dez mil operários especializados e mandou treinar mil sacerdotes para trabalhar com pedras de modo que pudessem construir o edifício sagrado. Os sacerdotes treinados construíram a parte interna do novo templo em dezoito meses, mas as obras ainda estavam em andamento no tempo de Jesus, daí o comentário dos judeus "Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário" (João 2.20). Os pátios foram concluídos em 63 d.C. Sete anos depois, o templo foi destruído pelos romanos.

O COMPLEXO DO TEMPLO
O templo e suas construções anexas formavam um retângulo irregular. O muro oriental tinha 470 m de extensão, enquanto o muro ocidental se estendia por 485 m. O muro do norte media 315 m. e o do sul, 280 m. Essa enorme área, cinco vezes maior do que a da Acrópole em Atenas, e representada hoje pela grande plataforma retangular de Haram esh-Sharif, era rodeada por uma grande muralha externa. Os catorze segmentos inferiores do lado ocidental ainda podem ser vistos nos dias de hoje e formam o assim chamado Muro das Lamentações.
O comprimento de seus blocos varia de 1,25 m a 3 m e cada bloco pesa, no mínimo, 2 toneladas. Túneis subterrâneos revelaram pedras com até 12 m de comprimento, 3 m de altura e 4 m de espessura, com um peso estimado de 400 toneladas. Não é de admirar que, segundo o registro bíblico, um dos discípulos de Jesus tenha exclamado para ele: "Mestre! Que pedras, que construções! (Mc 13:16).
Do lado ocidental encontram-se os restos de dois viadutos, chamados de arcos de Wilson e Robinson. Na extremidade sudeste ficava o "pináculo do templo". De acordo com os Evangelhos, Jesus foi tentado a atirar-se do pináculo, o que representaria uma queda de 130 m até o fundo do vale do Cedrom.? Eusébio, o historiador da igreja antiga, relata que Tiago, o irmão de Jesus, foi morto ao ser atirado desse local abaixo. Havia uma canalização subterrânea que despejava o sangue dos sacrifícios no vale do Cedrom. Parte dela ainda pode ser vista no muro do sul.

PORTAS E COLUNATAS
Nove portas revestidas de ouro conduziam ao interior do complexo. Do lado oriental, ficava a Porta Dourada ou Porta de Susã, pela qual se supõe que Jesus realizou sua entrada triunfal em Jerusalém. Dentro do pátio havia um pórtico de colunas coríntias. Cada coluna desse pórtico media 11,5 m de altura e havia sido cortada de um bloco maciço de mármore branco. Essa colunata se estendia pelos quatro lados, por cerca de 1.200 m. Do lado oriental, era chamada de "Pórtico de Salomão". Do lado sul, havia um pórtico triplo, constituído de 162 colunas, que era chamado de Pórtico Real. Nesse local estavam instalados os cambistas e aqueles que vendiam animas para os sacrifícios. Dali foram expulsos por Jesus em duas ocasiões durante seu ministério. As colunas ladeavam o Pátio dos Gentios que ocupava uma área de aproximadamente 14 hectares, quase duas vezes maior que o pátio do templo de Zorobabel.

INSCRIÇÕES DO TEMPLO
Uma inscrição curta em hebraico: "À casa do toque das trombetas" encontrada na extremidade sudoeste indica que as trombetas eram tocadas nesse local para anunciar o início e o final do sábado. Uma balaustrada de pedra com 1,3 m de altura marcava o final do Pátio dos Gentios. Somente judeus podiam passar daquele ponto e entrar no templo. Em 1871, foi encontrada uma inscrição proibindo indivíduos que não fossem judeus de entrar nos pátios internos. A inscrição, hoje no Museu Arqueológico de Istambul, diz: "Nenhum estrangeiro deve ir além da balaustrada e do muro ao redor do lugar santo; quem for pego responderá por si mesmo, pois a pena é é a morte". Parte de uma cópia dessa inscrição, com letras pintadas em vermelho para maior destaque, foi encontrada em 1936.

OS PÁTIOS 1NTERNOS
O primeiro pátio interno era o Pátio das Mulheres, no qual se entrava passando por uma porta de bronze, provavelmente a Porta Formosa mencionada em Atos 3:2. Oito dias depois de seu nascimento, Jesus foi apresentado no Pátio das Mulheres.* Numa das laterais desse pátio ficavam treze recipientes em forma de trombeta onde eram colocadas as ofertas em dinheiro. Somente os homens judeus podiam entrar no pátio seguinte, o Pátio de Israel, que dava para o Pátio dos Sacerdotes. Neste, diante do santuário, ficava o altar dos sacrifícios ao qual se tinha acesso por uma rampa. Acreditava-se que era o local onde Abraão havia começado a cumprir a ordem divina de sacrificar seu filho Isaque e onde Davi havia construído um altar ao Senhor na eira do jebuseu Araúna." Esse lugar faz parte, hoje, da mesquita do Domo da Rocha.

O SANTUÁRIO
Doze degraus conduziam ao santuário propriamente dito, uma estrutura com 45 m de altura e paredes brancas e espessas revestidas com placas de ouro. O telhado também era coberto de ouro e possuía hastes pontiagudas de ouro espalhadas em sua superfície para espantar os pássaros. Como no templo de Salomão, a primeira câmara era um pórtico. Portas gigantescas com incrustações de metais preciosos davam para o Lugar Santo. Acima das portas havia uma grande escultura de uma vinha de ouro com cachos do tamanho de uma pessoa, simbolizando o triunfo de Israel. O santuário era ladeado por três andares de depósitos. No Lugar Santo ficavam a mesa com os pães da proposição, o menorá (candelabro de sete hastes) e o altar de incenso. Uma cortina grossa que foi rasgada ao meio quando Jesus morreu separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (o Santo dos Santos) onde o sacerdote entrava uma vez por ano no dia da expiação. O Lugar Santíssimo não abrigava mais a arca da aliança, que talvez tenha sido destruída quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C.Como o general romano Pompeu pôde verificar, o Lugar Santíssimo estava vazio.

 

Referências

Mateus 4:5

Lucas 4:9

Lucas 2:21-38

Marcos 12:41-42

Lucas 21:1-2

Gênesis 22:2-13

II Samuel 24:18-25

Mateus 27:51

Marcos 15:38

Lucas 23:45

Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.
Reconstituição do templo de Herodes
Reconstituição do templo de Herodes
Templo construído por Heródes
Templo construído por Heródes

HERODES, O GRANDE

40-4 a.C.
HERODES PASSA A SER REI
Dos últimos governantes da Judeia, o maior foi, sem dúvida, Herodes, o Grande, que não era judeu. Seu pai, Antipater, era idumeu, descendente dos edomitas do Antigo Testamento e sua mãe, Cipros, era árabe nabateia. Em 47 a.C,, os romano: nomearam Antipater governador da judeia. Ele, por sua vez, nomeou o filho, Herodes, prefeito Galiléia. Em 40 a.C., o Senado romano conferiu a Herodes o título de "rei dos judeus", mas para obter o poder correspondente ao título ele teve de lutar durante três anos contra o governante hasmoneu Antígono e sitar Jerusalém. Ao longo de todo o seu governo, Herodes foi um amigo e aliado leal de Roma.

MESTRE DE INTRIGAS
Herodes tomou Mariamne, neta do sacerdote exilado Hircano Il, como uma de sua dez esposas e, desse modo, procurou legitimar seu governo aos olhos dos judeus. Em 29 a.C., mandou assassinar Mariamne e iniciou uma erradicação sistemática da família hasmonéia. Em 7 a.C., ordenou que até seus dois filhos com Mariamne, Alexandre Aristobulo fossem mortos. Alguns dias antes de sua morte em 4 a.C., Herodes ordenou a execução de outro filho, Anupater. Referindo-se à proibição da lei judaica de comer carne de porco, o imperador romano Augusto comentou em tom de gracejo que era mais seguro ser um porco de Herodes do que ser seu filho!! Outras vítimas de Herodes foram o sumo sacerdote Aristóbulo III, afogado por ordem do rei na piscina em Jericó em 36 a.C.e o sumo sacerdote reempossado Hircano II, em 30 a.C. O GRANDE CONSTRUTOR O maior projeto de Herodes foi, sem dúvida, a reconstrução do templo de Jerusalém do qual trataremos em detalhes mais adiante. Desse templo, resta apenas o Muro das Lamentaçõe (muro ocidental), mas uma análise de vários outros projetos de Herodes mostra como sua construções eram grandiosas Na cidade chamada Torre de Estrato, no Mediterrâneo, Herodes construiu um porto com 36 m de profundidade, protegido por um quebra-mar de 60 m de largura. O maior porte artificial do Mediterrâneo recebeu o nome de Cesaréia, em homenagem a imperador romano. Blocos maciços com até 13,5 m de comprimento toram usados para fazer os oura-mares um canal foi criado especialmente para remover a areia do porto Esse local com uma área de 66 hectares conhecido hoje como Qisaya, possuía depósitos enormes, aquedutos, um hipódromo, um teatro e um anfiteatro, sendo que este último ainda não havia sido escavado quando da publicação desta obra. Herodes realizou várias obras em Samaria, antiga capital de Israel, o reino do norte. A cidade construída por ele na região recebeu o nome de Sebaste (Augusta) em homenagem ao imperador romano. O local, ainda conhecido como Sebaste nos dias de hoje, possuía uma área de 64 hectares, com uma rua ladeada de colunas, um hipódromo e um teatro.
Em Hebrom, o rei construiu um monumento colossal aos patriarcas (Haram el-Khalil), cercado por um muro alto e ornamentado de forma simples, porém imponente com pilastras alternadas com rebaixamentos. A maior pedra dessa construção mede 7,5 m por 1,4 m.
Em Massada, um monte escarpado com vista para o mar Morto, construiu uma grande fortaleza, cercada com muros de 6 m de altura, 3,5 m de largura e 38 torres, cada uma com pelo menos 21 m de altura. Na extremidade norte, a única parte desse local que fica à sombra durante a maior parte do dia, Herodes mandou construiu um palácio de três andares, suspenso sobre um desfiladeiro.
Em Jericó, construiu um palácio de inverno com jardins ornamentais e duas fortalezas nas imediações: uma em Tell el-Akabe, com vista para o Wadi Qelt, e outra chamada Ciprus, em homenagem à sua mãe, com vista para a cidade. Outras fortalezas construídas por Herodes foram Hircânia (Khirbet Mird), 13 km a sudeste de Jerusalém, próxima ao mar Morto, e Maqueronte (el-Mekawer), uma construção espetacular do outro lado do mar Morto, na atual Jordânia.
De acordo com Josefo, João Batista foi decapitado na fortaleza de Maqueronte.
Por fim, convém mencionar o Herodium, atual Jebel Fureidis, uma fortaleza circular no alto de uma colina artificial que fica 11 km ao sul de Jerusalém. Ela demarca o local de uma batalha travada em 40 a.C, na qual Herodes rechaçou um ataque violento de opositores judeus. A fortaleza era cercada por dois muros concêntricos e para chegar até la era preciso subir duzentos degraus. Herodes foi sepultado no Herodium, mas o paradeiro de seus restos mortais ainda é um mistério.

HERODES, O PAGÃO
Sempre desejoso de obter o favor dos romanos, Herodes construiu templos para Roma e Augusto em Cesaréia e Sebaste. Restaurou o templo de Apolo Pítio em Rodes, consagrou aos deuses duas estátuas na Acrópole em Atenas e aceitou a presidência honorária dos Jogos Olímpicos em Olímpia, na Grécia. Graças às suas origens iduméias e ao fato de simpatizar com práticas pagãs e ter erradicado os hasmoneus, Herodes nunca obteve popularidade mais ampla entre os judeus.

A MORTE DE HERODES
Depois de uma enfermidade longa e dolorosa, talvez sífilis, Herodes morreu em Jericó em 4 de março de 4 a.C. Seu corpo foi levado em procissão por 40 km até o Herodium, local que ele havia preparado para seu sepultamento. O reino foi dividido entre os três filhos restantes: a Judeia e a Samaria ficaram com Arquelau; a Galileia e a região da Peréia, do outro lado do Jordão, ficaram com Herodes Antipas (também chamado de Herodes o Tetrarca) e os territórios do nordeste ficaram com Filipe.' Salomé, que era irmã de Herodes, também recebeu dois territórios menores.

Referências

Mateus 14:3-12

Marcos 6:17-29

Mateus 2:22

Lucas 3:1

O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.
Moeda de Herodes, o Grande.
Moeda de Herodes, o Grande.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.
Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.

O MINISTÉRIO DE JESUS: PRIMEIRO ANO

30 d.C. a março de 31 d.C.
JOÃO BATISTA
Um indivíduo um tanto incomum que se vestia com roupas de pelo de camelo e coma gafanhotos e mel silvestre apareceu no deserto da Judeia, uma região praticamente desprovida de vegetação entre Jerusalém e o mar Morto, e começou a pregar: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3:2). Devido as batismos em massa realizados por ele no rio Jordão, esse profeta veio a ser chamado de João Batista. Era um parente de Jesus, pois suas mães eram aparentadas. Lucas data o início do ministério de João do décimo quinto ano de Tibério César. Augusto, o antecessor de Tibério, havia falecido em 19 de agosto de 14 .C., de modo que João iniciou seu ministério em 29 .dC. Jesus saiu da Galileia e foi a Betânia, na margem leste do Jordão, para ser batizado por João. De acordo com Lucas, nessa ocasião o Espírito Santo desceu sobre Jesus e ele começou seu ministério, tendo, na época, cerca de trinta anos de idade.

OS QUATRO EVANGELHOS
Dependemos inteiramente dos quatro Evangelhos para um registro detalhado da vida e ministério de Jesus. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são visivelmente semelhantes. O. Evangelho de Mateus contém 91% do Evangelho de Marcos, enquanto o de Lucas contém 53% de Marcos: o uso de fontes comuns, tanto orais quanto escritas, costuma ser postulado como motivo para essas semelhanças. O Evangelho de João apresenta a vida de Jesus de um ponto de vista diferente, enfatizando os ensinamentos de Jesus. De acordo com os Evangelhos, Mateus e loão foram apóstolos de Jesus que passaram três anos com ele. Acredita-se que joão Marcos trabalhou com Pedro. Lucas, um médico e companheiro de viagens do apóstolo Paulo, não foi testemunha ocular do ministério de Jesus, mas compilou o seu relato a partir de informações de outras testemunhas oculares.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES CRONOLÓGICAS
Apesar dos quatro Evangelhos tratarem do ministério de Jesus em detalhes, seu conteúdo é organizado de forma temática, e não de acordo com uma cronologia rígida. Neste Atlas procuramos colocar os acontecimentos da vida de Jesus numa sequência cronológica. Se outros que estudaram as mesmas evidências chegaram a conclusões diferentes, estas devem ser igualmente respeitadas, sendo necessário, porém, levar em consideração alguns indicadores cronológicos. O Evangelho de João registra três Páscoas, incluindo aquela em que Jesus morreu. Assim, o ministério de Cristo se estendeu por pelo menos dois anos, apesar do consenso acadêmico favorecer um período de três anos. Na primeira Páscoa, os judeus comentam que o templo de Herodes estava em construção há 46 anos. Uma vez. que Herodes "se pôs a construir" o templo em Jerusalém em 19 a.C., há quem considere que o ministério de Jesus se iniciou em 25 d.C., quatro anos antes da data calculada de acordo com o Evangelho de Lucas, como mencionamos anteriormente. Argumenta-se, portanto, que os 46 anos mencionados não incluem o tempo gasto para juntar os materiais necessários antes do início da construção.

JESUS É TENTADO POR SATANÁS
Conforme o relato dos Evangelhos, depois de seu batismo Jesus foi conduzido pelo Espírito para o deserto e tentado por Satanás. Numa das tentações, Jesus foi transportado a Jerusalém e tentado a se lançar do ponto mais alto do templo, talvez uma referência à extremidade sudeste do templo, da qual havia uma queda de cerca de 130 m até o fundo do vale do Cedrom. Em outra tentação, Jesus foi levado ao alto de um monte de onde Satanás lhe mostrou todos os reinos da terra e seu esplendor.

O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Jesus e sua mãe, Maria, foram convidados para um casamento em Caná da Galileia. Quando o vinho acabou, Maria pediu a ajuda de Jesus e ele realizou seu primeiro milagre, transformando em vinho a água que havia em seis talhas grandes de pedra usadas para as lavagens de purificação, num total de cerca de 600 litros. O mestre do banquete ficou justificadamente impressionado com a qualidade do vinho. Juntos, os quatro Evangelhos registram uns 35 milagres de Jesus.

JESUS PURIFICA O TEMPLO
Jesus foi a Jerusalém na época da Páscoa. Caso se adote a data de 30 d.C., nesse ano a Páscoa foi comemorada em 7 de abril. Irado com os comerciantes de bois, ovelhas e pombos e com os cambistas no pátio do templo, Jesus fez um chicote com cordas e os expulsou do local. "Não façais da casa de meu Pai casa de negócio" Jo 2:16, disse ele.

NICODEMOS E A MULHER SAMARITANA
Não é de surpreender que a medida tomada por Jesus no templo tenha suscitado a indignação das autoridades religiosas judaicas. Ainda assim, Nicodemos, um membro do concílio dirigente dos judeus, procurou Jesus durante a noite. A resposta de Jesus a ele é um resumo breve do plano de Deus para salvar a humanidade: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (jo 3:16). No caminho de volta à Galileia, Jesus parou numa cidade de Samaria chamada Sicar (atual Aksar). Os samaritanos eram inimigos de longa data dos judeus. Seu templo ao Senhor em Gerizim, perto de Siquém, havia sido destruído pelo governante judeu João Hircano em 128 a.C. Sentado junto ao poço de Jacó ao meio-dia, Jesus teve uma longa conversa com uma mulher samaritana sobre a água viva e a verdadeira adoração e lhe revelou que era o Messias, chamado Cristo.

JESUS VOLTA À GALILEIA
De volta à Galileia, Jesus encontrou um oficial do rei cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. O Evangelho de João 4.43 45 relata como foi necessária apenas uma palavra de Jesus para restaurar a saúde do filho. Ao voltar a Nazaré, a cidade de sua infância, Jesus leu um trecho do profeta Isaías na sinagoga:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor."
Lucas 4:18-19
Quando Jesus afirmou que estas palavras das Escrituras estavam se cumprindo naquele momento, o povo da sinagoga se enfureceu e o expulsou da cidade.

JESUS CHAMA OS PRIMEIROS DISCÍPULOS
Jesus se dirigiu a Cafarnaum, junto ao lago da Galileia, no qual, hoje em dia, há dezoito espécies de peixe, dez delas comercialmente expressivas. Ali, chamou dois pares de irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; e Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Os quatro eram pescadores, mas Jesus lhes disse para deixarem suas redes e segui-lo. Esse encontro talvez não tenha corrido Dor acaso como os evangelistas dão a entender. Provavelmente loo e. sem duvida. André, haviam sido discipulados de João Batista e encontrado com Jesus depois de seu batismo, quando André Lhe apresentou seu irmão, Pedro. Ademais, Tiago e João talvez fossem primos de Jesus caso, conforme proposto por alguns, sui mãe, Salomé, fosse irmã de Maria, mãe de Jesus.

JESUS NA GALILEIA
Marcos e Lucas descrevem como Jesus confrontou um homem possuído de um espírito mundo na sinagoga em Cafarnaum. As ruínas da sinagoga em Cafarnaum são datas do século IV d.C., mas debaixo delas, pode-se ver paredes parcialmente preservadas de basalto negro provavelmente construídas no seculo I. Essa pode ter sido a sinagoga que um centurião havia dado de presente à cidade e que foi visitada por Jesus. 10 Kim seguida, Jesus percorreu Galileia ensinando nas sinagogas, pregando as boa novas do reino de Deus e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Muitos outros enfermos toram levados até ele e grandes multidões acompanhavam. Algumas dessas pessoas vinham de regiões mais distantes, fora da Galileia, de Jerusalém e dalém do Jordão. Numa ocasião quando uma grande multidão se reuniu a beira do lago, Jesus ensinou o povo sentado num barco Em seguida, seguindo às instruções de Jesus, os discípulos levaram o barco a uma parte mai funda do lago e, lançando suas redes, pegaram tantos peixes que as redes começaram a romper.
Em 1985, houve uma seca em Israel e a água do lago da Galileia chegou a um nível incomumente baixo, revelando o casco de um barco antigo com 8.2 m de comprimento e 2,35 de largura, próximo de Magdala. Uma panela e uma lamparina encontradas no barco sugerem uma data do seculo I. confirmada por um teste de carbono 14 numa amostra da madeira do barco. Não ha como provar nenhuma ligação entre esse barco e qualquer pessoa dos Evangelhos, mas e quase certo que c barco e do período correspondente ao dos Evangelhos ou de um período bastante próximo Não é de surpreender que jornalistas tenham chamado a descoberta de "barco de Jesus"

JESUS ESCOLHE OS APÓSTOLOS
Em Cafarnaum, Jesus chamou Mateus, também conhecido como Levi, para ser seu discípulo Mateus era um coletor de impostos para o governo romano. Sua profissão era desprezada por muitos judeus, pois era considerada uma forma de colaboração com os conquistadores pagãos e vários coletores abusavam de seu cargo e defraudavam o povo. Numa ocasião, Jesus subiu em um monte e chamou doze de seus discípulos mais próximos, homens que receberam a designação de "apóstolos" (um termo que significa "os enviados") e, durante os dois anos seguintes, foram treinados e preparados por Jesus. Vários deles se tornaram líderes importantes da igreja primitiva.

O primeiro ano do ministério de Jesus Os números se referem, em ordem cronológica, aos acontecimentos do primeiro ano do ministério de Jesus.

Referências

Lucas 3:1

Lucas 3:23

Colossenses 4:14

Lucas 1:2

João 2.13

João 6:4

João 13:1

Mateus 4:5

Lucas 4:9

Mateus 27:56

Marcos 15:40

Marcos 1:21-27

Lucas 4:31-36

Lucas 7:4-5

Marcos 3:14

Lucas 6:13

primeiro ano do ministério de Jesus
primeiro ano do ministério de Jesus
Ruínas da sinagoga em Cafarnaum, datadas do século IV d.C. Na parte inferior, pode-se ver parte de uma parede de basalto negro, possivelmente de uma sinagoga construída no século I d.C.
Ruínas da sinagoga em Cafarnaum, datadas do século IV d.C. Na parte inferior, pode-se ver parte de uma parede de basalto negro, possivelmente de uma sinagoga construída no século I d.C.
Região de deserto do vale do Jordão, onde Jesus foi tentado por Satanás.
Região de deserto do vale do Jordão, onde Jesus foi tentado por Satanás.
Casco do assim chamado "barco de Jesus" uma embarcação de pesca do século I d.C. encontrada no mar da Galiléia em 1985.
Casco do assim chamado "barco de Jesus" uma embarcação de pesca do século I d.C. encontrada no mar da Galiléia em 1985.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

31 ou 32 d.C.

Região de Cafarnaum

Ilustrações sobre o Reino

Mt 13:1-53

Mc 4:1-34

Lc 8:4-18

 

Mar da Galileia

Acalma tempestade

Mt 8:18-23-27

Mc 4:35-41

Lc 8:22-25

 

Região de Gadara

Manda demônios para os porcos

Mt 8:28-34

Mc 5:1-20

Lc 8:26-39

 

Provavelmente Cafarnaum

Cura mulher que tinha fluxo de sangue; ressuscita filha de Jairo

Mt 9:18-26

Mc 5:21-43

Lc 8:40-56

 

Cafarnaum (?)

Cura cegos e mudo

Mt 9:27-34

     

Nazaré

Novamente rejeitado em sua cidade

Mt 13:54-58

Mc 6:1-5

   

Galileia

Terceira viagem à Galileia; expande a obra enviando apóstolos

Mt 9:35–11:1

Mc 6:6-13

Lc 9:1-6

 

Tiberíades

Herodes corta a cabeça de João Batista; fica perplexo com Jesus

Mt 14:1-12

Mc 6:14-29

Lc 9:7-9

 

32 d.C., perto da Páscoa (Jo 6:4)

Cafarnaum (?); lado NE do mar da Galileia

Apóstolos voltam da pregação; Jesus alimenta 5 mil homens

Mt 14:13-21

Mc 6:30-44

Lc 9:10-17

Jo 6:1-13

Lado NE do mar da Galileia; Genesaré

Povo quer fazer de Jesus rei; anda sobre o mar; cura muitas pessoas

Mt 14:22-36

Mc 6:45-56

 

Jo 6:14-21

Cafarnaum

Diz que é “o pão da vida”; muitos ficam chocados e o abandonam

     

Jo 6:22-71

32 d.C., depois da Páscoa

Provavelmente Cafarnaum

Tradições invalidam a Palavra de Deus

Mt 15:1-20

Mc 7:1-23

 

Jo 7:1

Fenícia; Decápolis

Cura filha de mulher siro-fenícia; alimenta 4 mil homens

Mt 15:21-38

Mc 7:24–8:9

   

Magadã

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 15:39–16:4

Mc 8:10-12

   

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O começo do ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

29 d.C., c. outubro

Rio Jordão, talvez em Betânia do outro lado do Jordão, ou perto dela

Jesus é batizado e ungido; Jeová o reconhece como seu Filho e lhe dá sua aprovação

Mt 3:13-17

Mc 1:9-11

Lc 3:21-38

Jo 1:32-34

Deserto da Judeia

É tentado pelo Diabo

Mt 4:1-11

Mc 1:12-13

Lc 4:1-13

 

Betânia do outro lado do Jordão

João Batista identifica Jesus como o Cordeiro de Deus; os primeiros discípulos se juntam a Jesus

     

Jo 1:15-29-51

Caná da Galileia; Cafarnaum

Primeiro milagre, água transformada em vinho; visita Cafarnaum

     

Jo 2:1-12

30 d.C., Páscoa

Jerusalém

Purifica o templo

     

Jo 2:13-25

Conversa com Nicodemos

     

Jo 3:1-21

Judeia; Enom

Vai à zona rural da Judeia, seus discípulos batizam; João dá seu último testemunho sobre Jesus

     

Jo 3:22-36

Tiberíades; Judeia

João é preso; Jesus viaja para a Galileia

Mt 4:12-14:3-5

Mc 6:17-20

Lc 3:19-20

Jo 4:1-3

Sicar, em Samaria

Ensina samaritanos no caminho para a Galileia

     

Jo 4:4-43


Israel nos dias de Jesus

Informações no mapa

Sídon

ABILENE

Damasco

Sarefá

Mte. Hermom

FENÍCIA

Tiro

Cesareia de Filipe

ITUREIA

TRACONITES

Ptolemaida (Aco)

GALILEIA

Corazim

Betsaida

Cafarnaum

Caná

Magadã

Mar da Galileia

Gergesa

Rafana

Séforis

Tiberíades

Hipos

Diom

Nazaré

GADARA

Abila

Dor

Naim

Gadara

DECÁPOLIS

Cesareia

Citópolis (Bete-Seã)

Betânia do outro lado do Jordão ?

Pela

SAMARIA

Enom

Salim

Sebaste (Samaria)

Gerasa

Sicar

Mte. Gerizim

Poço de Jacó

Antipátride (Afeque)

PEREIA

Jope

Planície de Sarom

Arimateia

Lida (Lode)

Efraim

Rio Jordão

Filadélfia (Rabá)

Jâmnia (Jabné)

Ramá

Jericó

Emaús

Jerusalém

Betfagé

Asdode, Azoto

Belém

Betânia

Qumran

Asquelom (Ascalom)

JUDEIA

Herodium

Gaza

Hebrom

Deserto da Judeia

Mar Salgado (Mar Morto)

Macaeros

IDUMEIA

Massada

Berseba

NABATEIA

ARÁBIA

Informações no mapa

Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos

Região governada por Herodes Antipas

Região governada por Filipe

Cidades de Decápolis


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

mc 6:17
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 76
Huberto Rohden
Por aquele tempo, teve o tetrarca Herodes notícia de Jesus. E disse aos seus cortesãos: "Esse é João Batista; ressurgiu dos mortos; por isso é que nele atuam virtudes milagrosas!" É que Herodes mandara prender, lançar em ferros e meter no cárcere a João, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe; porque João lhe lançara em rosto:
"Não te é permitido possuí-la". Bem o quisera matar; mas temia o povo, que o tinha em conta de profeta.
No aniversário natalício de Herodes, pôs-se a filha de Herodíade a dançar no meio dos convivas, e caiu tanto no agrado de Herodes, que ele prometeu com juramento dar-lhe tudo quanto lhe pedisse. Disse ela, instigada pela mãe: "Dá-me aqui, numa bandeja, a cabeça de João Batista".
Entristeceu-se o rei; mas, por causa do juramento, e dos convivas, mandou que lha dessem. Deu, pois, ordem que João fosse degolado no cárcere. Foi trazida a cabeça numa bandeja e entregue à menina, a qual a levou a sua mãe. Vieram então os seus discípulos buscar o corpo, e sepultaram-no. Em seguida, foram dar parte a Jesus (Mt. 14, 1-12).

CARLOS TORRES PASTORINO

mc 6:17
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 5
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 14:3-5


3. Herodes, pois, prendera João, o algemara e pusera no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe.


4. Porque João lhe havia dito: "Não te é lícito tê-la".


5. E embora Herodes quisesse matá-lo, temia o povo, porque este o tinha como profeta.


MC 6:17-20


17. Porque o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe (pois Herodes se casara com ela),


18. porque João lhe dizia: "Não te é lícito ter a mulher de teu irmão".


19. E Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia,


20. porque Herodes temia João, sabendo que era homem justo e santo, e o protegia; e, ao ouvi-lo, ficava muito admirado e o escutava com satisfação.


LC 3:19-20


19. Mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão, e por todas as maldades que Herodes fazia.


20. acrescentou ainda sobre todas a de fazer encerrar a João no cárcere.


Os três evangelistas relatam-nos a causa principal da prisão do Batista. Revivamos abreviadamente a história, para melhor compreensão.


Herodes o grande, por sua morte, dera a Judeia a Arquelau, com o título de etnarca; e legara com o título de tetrarca a Galileia a Herodes Antipas e a Traconítide a Filipe. Mas o velho Herodes tivera, da segunda esposa de nome Mariana, um filho, Herodes-Filipe, a quem nada coubera. No entanto, a este é que inicialmente Herodes destinara sua sucessão no trono; e para que o governo ficasse em família, o velho Herodes dera sua própria neta Herodíades (então com 3 ou 4 anos), como esposa a Herodes-

Filipe, tio dela, pois Herodíades era filha do irmão dele, Aristóbulo, que Herodes o grande tivera com a primeira esposa de nome Mariana. Mais tarde, porém, mandou matar esta primeira esposa e seu filho Aristóbulo. Firmemos, então, que Filipe, marido de Herodíades, nada tinha que ver com Filipe tetrarca de Traconítide.


Herodes Antipas, bom político, para garantir-se o apoio de Aretas IV, rei árabe dos Nabateus, desposou a filha deste.


Bem mais tarde, Herodes Antipas fez uma viagem a Roma, durante a qual visitou seu irmão Herodes-

Filipe, o deserdado, que vivia como simples cidadão fora da Palestina. Aí conheceu sua cunhada Herod íades, já então com cerca de 35 anos, e surgiu violenta paixão entre ambos. Ficou estabelecido que, ao regressar de Roma, após reassumir o governo da Galileia, Herodíades iria a seu encontro, para viverem juntos, ocasião em que Antipas repudiaria sua mulher, a filha de Aretas. Esta, porém, veio a saber do que se tramava e, para evitar a humilhação do repúdio, escapou para Maquérus e daí para a casa do pai. Aretas jurou vingar a honra da filha e, após algumas escaramuças, fez guerra aberta contra Antipas.


Por seu lado, sua união com Herodíades, sua sobrinha e cunhada, causou escândalo entre os judeus, por constituir adultério (EX 20:14 e LV 18:20 e LV 20:10) além de incesto (LV 18:15). Ao chegar, Herod íades levava consigo sua filha que se chamava Salomé (Josefo, Ant. Jud. 18. 5. 2). Tudo acabou com a fragorosa derrota de Antipas, diante do exército de Aretas, no ano 36.


Esclarecidos os fatos, voltemos ao texto. Herodes Antipas, aborrecido com a advertência do Batista a respeito do escândalo que vinha de cima, prendeu-o e encarcerou-o algemado.


Josefo (loco citato) atribui a prisão de João a motivo político: a pregação do Batista podia levantar uma sedição dos israelitas, para derrubá-lo do trono. As razões alegadas por Josefo confirmam o que dizem os evangelistas, e completam as razões da violência do tratamento aplicado a João.


Para livrar-se de quem o preocupava, o mais fácil seria fazê-lo morrer. Entretanto, essa violência poderia piorar a situação, pois o povo admirava o Batista como profeta no melhor sentido da palavra, porque este nada temia e invetivara o soberano (pelo que refere Marcos) pessoalmente, "de cara". Não se sabe se, por acaso, Herodes foi imprudentemente a ele, ou se João se colocou no caminho por onde passaria o tetrarca.


Marcos acrescenta ainda que Herodíades o odiava: não ficara, pois, satisfeita com a simples prisão do Batista: queria sua morte. E esse tipo de mulheres não perdoa: tudo faz para conseguir seus desejos insaciáveis. Todavia, Herodes queria Evitar a morte de João e procurava protegê-lo, levando-o prisioneiro para onde quer que fosse, como preciosa carga sempre sob suas vistas. Aproveitando-se da proximidade, ouvia-o "com satisfação, ficando impressionado" com as palavras do precursor.


O original, na maioria dos manuscritos, traz a palavra "epoiei", isto é, fazia muitas coisas (A, C, D, N, delta, sigma, pi, phi e as versões: vulgata, siríaca, armênia, etc). Mas os principais tem "eporei", ou seja, ficava impressionado, o que condiz com a sequência da narrativa.


Lucas anota que essa, de prender o Batista, foi mais uma maldade que Herodes acrescentou às numerosas outras anteriores.


A animalidade ainda vigente nas criaturas não mede as consequências de seus atos: para satisfação de seus apetites, tudo sacrifica. E, embora admirando o intelecto iluminado pelas verdades que lhe chegam, prefere aprisioná-lo para poder agir livremente. Conhecem o caminho, mas escolhem atalhos excusos, "isolando" sua própria compreensão, prontos a destruí-lo para que o não atrapalhe. Ainda hoje é assim: a criatura vai à igreja, ao templo, ao centro, ouve as verdades, faz profissão de fé, toma resolução de aprimorar-se, mas... ao chegar a ocasião que lhe atiça os sentidos, "esmaga" o que aprendeu e dá largas aos instintos.


mc 6:17
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 24
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 13:10-17


10. Estava (Jesus) ensinando numa das sinagogas, nos sábados,

11. e eis uma mulher tendo, havia dezoito anos, um espírito enfermo; e estava recurvada e não podia levantar a cabeça até o fim.

12. Vendo-a, Jesus chamou-a e disse-lhe: "Mulher, foste libertada de tua enfermidade".

13. E pôs as mãos sobre ela, e imediatamente levantou a cabeça e cria em Deus.

14. Respondendo, o chefe da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado, dizia à multidão que "há seis dias nos quais se deve agir; nesses então vindo, curai-vos, e não no dia de sábado".

15. Respondeu-lhe, porém, o Senhor e disse: "Hipócritas, não solta cada um de vós, no sábado, seu boi ou seu jumento da manjedoura, levando-os a beber?

16. E sendo filha de Abraão, esta que o antagonista incorporou há dezoito anos não devia ser solta dessa ligação no dia de sábado"?

17. Dizendo ele isto, envergonharam-se todos os seus opositores, e toda multidão se alegrava de todas as coisas famosas feitas por ele.



Lemos aqui mais uma cura de certa mulher obsidiada. Jesus ainda fala, aos sábados, nas sinagogas dos judeus (embora seja esta a última vez que Lucas o assinala). Ao falar, num dos sábados, percebe na assistência uma criatura com um obsessor preso a ela, forçando-lhe a cabeça para baixo, porque ele mesmo era doente. O narrador não assinala nenhum pedido dela nem dos outros, mas talvez tenha havido uma intercessão no astral. Apiedado, Jesus chamou-a e anunciou-lhe a cura, efetuada ao aplicarlhe um passe de descarga, com a imposição das mãos, cuja força magnética era extraordinária.


Sendo sábado, o chefe da sinagoga - zeloso observador da lei mosaica e das prescrições tradicionais dos fariseus - zanga-se, e dirige-se ao povo, parecendo temer falar diretamente àquele Rabbi poderoso.


Não nega o fato: reconhece-o. Não o culpa, mas acusa os assistentes de "trazerem seus doentes justamente no sábado". E, para dar ênfase à sua reclamação, cita os termos da lei (EX 20:9): "Seis dias trabalharás"

... Pois que nesses dias tragam seus enfermos para serem curados.


O orador do dia retruca com a energia que lhe outorga sua autoridade, acusando os fariseus de "hipócritas", pois soltam jumentos e bois da manjedoura e os levam a beber, no sábado, e vêm protestar quando Ele solta da ligação de um espírito enfermo uma irmã de crença, filha de Abraão, como eles! O efeito da reprimenda causou mal-estar e vergonha aos fariseus, e produziu alegria ao povo, que se regozijou com a cura e com a resposta de Jesus.


* * *

Há duas observações a fazer, ambas no campo do Espiritismo.


A primeira é o fato da obsessão, tão comum entre as criaturas, de qualquer raça ou credo. Dizem os exegetas que era "crença" dos judeus daquela época que algumas doenças fossem causadas por obsessores.


Mas aqui é o evangelista que afirma categoricamente, com sua autoridade de médico diplomado, que a mulher NÃO ESTAVA enferma, mas que TINHA UM ESPÍRITO ENFERMO (gynê pneuma êchousa astheneías). E ao falar, o próprio Jesus confirmou o FATO não a suposta crença: "a qual o antagonista incorporou há dezoito anos" (hên édêsen ho satanãs idoú dêka kaí okto étê). O verbo êdêsen, aoristo ativo de édô, tem o sentido de LIGAR, prender amarrando, agrilhoando, vinculando, e uma boa tradução dele é "incorporou", que, na realidade, é uma ligação fluídica que prende a vítima.


Não se trata de agrilhoar fisicamente, mas no plano astral: logo, é uma incorporação. Caso típico, estudado e explicado pelo Espiritismo e milhares de vezes atestado nas sessões mediúnicas.


Observe-se, quanto à tradução, a diferença entre desmós, que é a ligação (de édô, ligar, amarrar) que tanto pode referir-se à matéria quanto ao astral, e phylakês, que é a cadeia, prisão material, entre quatro paredes (1).


(1) Confrontem-se os passos: desmós: MC 7:35; LC 8:28; LC 13:165; AT 16:26; AT 20:23; 23,29:

26:29; Philip, 1:7, 13, 14, 17; CL 4:18; 2. ª Tim. 2:9; Phm. 10. 13; HB 11:36 e Judas 6; e phylakês: MT 5:25; MT 14:3, MT 14:10; 18:30; MC 6:17, MC 6:27; LC 3:20; LC 12:58; LC 21:12; LC 23:19, LC 23:25; JO 3:24; AT 5:19, AT 5:22, AT 5:25; 8:3; 12:4, 5, 10, 17; 16:2, 24, 27, 37, 40; 22:4; 26:10; 2. ª Cor. 6:5; 11:23; HB 11:36; 1PE 3:19 e Ap. 2:10 e 20:7.


Na mediunidade dá-se, exatamente, a ligação fluídica, que amarra o espírito ao médium. A isso chama "incorporação", embora o termo não exprima a realidade do fenômeno, pois o espírito não "entra no corpo" (in - corpore), mas apenas SE LIGA.


A segunda observação é quanto ao método da libertação, o "passe", ou "imposição das mãos". O verbo utilizado, epitíthémi (também no aoristo ativo epéthêken) significa literalmente "colocar sobre", "pôr em cima". As anotações evangélicas não falam em "passe" no sentido de movimentar as mãos, mas sempre no de colocar as mãos sobre o enfermo (cfr. MT 9:18; MT 19:13, MT 19:15; MC 5:23; MC 6:5; MC 7:32; MC 8:23-25; 16:18; LC 4:40; LC 13:13; AT 6:6; AT 8:17, AT 8:19; 9:12, 17; 13:3; 19:6; 28:8; 1. ª Tim. 5:22).


Esse derrame de magnetismo através das mãos serve para curar, para retirar obsessores, para infundir o espírito (fazer "incorporar") ou para conferir à criatura um grau iniciático que necessite de magnetismo superior do Mestre.


O passe foi utilizado abertamente por Jesus e Seus discípulos, conforme farta documentação em Evangelhos e Atos, embora não fossem diplomados por nenhuma faculdade de medicina (o único médico era Lucas). Hoje estariam todos condenados pelas sociedades que se dizem cristãs, mas não seguem o cristianismo. O próprio Jesus, hoje, teria que responder a processo por "exercício ilegal da medicina", acusado, julgado e talvez condenado pelos próprios "cristãos".


O passe com gestos e com imposição das mãos (embora só produzindo efeitos em casos raríssimos) continua a ser praticado abundante e continuadamente, ainda que com outro nome, nas bênçãos de criaturas e de objetos, sendo o movimento executado em forma de cruz traçada no ar e em certos casos, colocando as mãos, logo a seguir, sobre o objeto que se abençoa.


A lição aqui ensinada é de interesse real. Além da parte referente ao Espiritismo, aprovado e justificado com o exemplo do Mestre em Seu modo de agir, encontramos outras observações.


Por exemplo, Lucas salienta que a ligação ou incorporação do obsessor enfermo durava havia dezoito anos, quando se deu o desligamento. Esse número dezoito aparece duas vezes neste capítulo, pois também oram dezoito as vítimas do desabamento da torre em Siloé. Façamos, pois, uma análise rápida do arcano DEZOITO, para depois tentar penetrar o sentido do ensino.


No plano divino, simboliza o abismo sem fundo do Infinito; no plano humano, denota o crepúsculo do espírito e suas últimas provações; no plano da natureza, exprime as forças ocultas hostis do Cosmo.


Baseando-nos nesses ensinos ocultistas, observamos que os números citados por Lucas têm sua razão de ser. As forças ocultas hostis da natureza (não personalizemos; são forças cegas, fundamentadas em leis científicas, que nada cogitam a respeito de carmas humanos, embora possam ser utilizadas pelo "Senhores do Carma", em ocasiões determinadas, para atingir objetivos desejados) agem de acordo com os impulsos das leis de atração e repulsão, de causa e efeito, de gravidade (centrípeta) e de expansão (centrífuga). No entanto, se seus resultados beneficiam (arcano 7), nós as denominamos "benéficas"; se nos causam prejuízo (arcano 18), as dizemos "hostis". Em si, porém, elas agem, essas forças da natureza material, sem ligação com as vidas dos homens. Daí a queda da torre de Siloé que, por terem sido esmagadas criaturas humanas, foram julgadas hostis, o que foi traduzido com o número dezoito.


No plano do homem, esse mesmo arcano simboliza "o crepúsculo do espírito e as últimas provações".


Daí ser dito que a mulher obsidiada o estava havia dezoito anos, ou seja, finalizara sua provação.


Este caso difere do da mulher que tinha o fluxo sanguíneo (MT 9:20-22; MC 5:25-34; LC 8:43-45 ; vol. 3) e que "se sacrificava" havia doze anos. Já aqui sabemos que existiu uma provação, ou seja, uma experiência que devia ser suportada, a fim de provocar uma melhoria. Como chegara ao fim o período probacional, e como a vítima estava totalmente resignada (tanto que não solicitou sua cura) o Mestre lhe anuncia que foi libertada, passando, a seguir, a desligá-la do obsessor. Ela não foi liberta da por causa dos passes, mas por causa do término da prova; os passes foram o meio de efetuar o desligamento já obtido antes, pela aprovação nos exames da dor. Por isso, a contradição aparente nos tempos de verbo: "foste libertada" ... é feita a imposição das mãos... ela se cura.


Uma das lições a deduzir é que as "provações" constituem experimentações, uma espécie de "exames", para verificar o grau de adiantamento do espírito: se aprendeu a comportar-se nas lutas e tristezas, com a mesma força e equanimidade com que enfrenta os momentos de alegria e prazer. Vencida a prova, superado o exame, o espírito é libertado da prova: ascende mais um passo evolutivo.


Outro ponto a considerar é que a realização iniciática só se efetua na prática da vida. Simples e lógica a ciência, mas vale apenas na aplicação vivida do dia a dia. Só essa prática experimental transforma um profano num iniciado, e não o conhecimento teórico intelectual nem os títulos que ele ou outrem agreguem a si. Assim, uma experiência dolorosa e longa suportada com heroísmo é mais apta a elevar um espírito, que o simples estudo intelectual. Mas cada criatura recebe apenas o que está preparado a receber, segundo a idade de seu espírito e o estágio atingido em suas encarnações atual e anteriores.


Quando aquele que caminha pela via da iniciação atinge o arcano 18, é obrigado a enfrentar os "inimigos ocultos" que procuram levá-lo ao desespero. Trata-se de um ponto crucial da caminhada, que para ser vencido precisa da intervenção de seu mestre. Um exemplo disso é-nos dado com o "tarot"

18, que representa um iniciado a chegar ao cimo da montanha, descobrindo que esta se divide em duas, abrindo-se um abismo entre elas, cheio de monstros. Se ele se desespera, perde a caminhada. Se confia, descobre a realidade: tudo é ilusão dos sentidos. Neste ponto é que precisa ter a humildade suficiente para pedir ou pelo menos para aceitar a intervenção da misericórdia divina, tal como ocorreu com a "mulher curvada". A simples força do homem é insuficiente. E quando ele verifica isso, descobre a fragilidade de suas forcas pessoais, tornando-se humilde. Quando, ao contrário, subentra nesse ponto a vaidade das posições adquiridas, dos títulos, do conhecimento intelectual, tudo se esboroa e ele cai (arcano 16) constrangido pelo carma.


Torna-se indispensável, portanto, para vencer o arcano 18, que a criatura já se tenha desapegado de sua situação no mundo, de seu orgulho, de sua posição social, de seus títulos. Mas, se se dá a vitória, com a intervenção do Mestre, depois da provação do arcano 18 surge o Amor no arcano 19, como nova aurora, para ajudá-lo a transformar-se, e então a criatura "levanta a cabeça e crê em Deus", sua fé aumenta, solidifica-se sua confiança no poder Supremo, e reconhece que foi reintegrado em sua individualidade.


As palavras de Jesus, consideradas sob este prisma, adquirem novo significado: os homens que ainda se acreditam ser apenas o corpo, apegados ao animalismo, dão valor às datas (sábados) e à parte animal (jumento e boi), mas não conseguem vislumbrar a altitude que adquiriu o espírito que já se tornou "filho de Abraão", ou seja, que está ligado ao "Pai-Luz" (cfr. vol. 3) que deu origem. Embora o intelecto racionalista (os opositores) se houvesse envergonhado da interpretação involuída que havia dado, a "multidão" das células de todos os veículos se alegrou com a ação do Cristo Interno.


A imagem trazida com a "mulher recurvada" é maravilhosamente bem escolhida: é a criatura tão obsidiada por preconceitos que chega a andar curvada sob o peso dos preceitos e das exigências descabidas, que lhe são impostas pelos legistas. Há que libertar-se a humanidade desse peso inútil e prejudicial, adquirindo conhecimento que a coloque no nível de filhos de Deus, que só reconhecem o Espírito.


"Ora, o Senhor é o Espírito, e onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2CO 3:17).


MT 13:31-33


31. Outra parábola lhes transmitiu, dizendo: "O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, tomando o qual um homem plantou em seu campo.

32. O qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas sempre que cresça é a maior das leguminosas e se torna árvore, de modo que as aves do céu também vêm nidificar em seus ramos".

33. Outra parábola lhes falava: "O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha de trigo, até que fosse toda levedada".

MC 4:30-32


30. E dizia: "A que assemelharemos o reino de Deus, ou com que o representaremos?

31. Como um grão de mostarda, o qual, sempre que se semeia na terra, sendo a menor de todas as sementes sobre a terra,

32. e sempre que se planta, cresce e se torna a maior de todas as leguminosas, e faz ramos grandes, de forma que sob sua sombra podem as aves do céu nidificar".

LC 13:18-22


18. Disse, então: "A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?

19. É semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e lançou em sua horta, e que cresceu e se tornou árvore; e as aves do céu nidificaram em seus ramos".

20. E de novo disse: "A que comparei o reino de Deus?

21. É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha de trigo, até que fosse toda levedada".

22. E passava pelas cidades e aldeias, ensinando e jornadeando para Jerusalém.



Aqui encontramos duas parábolas, em Mateus e Lucas, e uma só em Marcos. Como o sentido de ambas é o mesmo, deixamo-las juntas.


Mateus relata simplesmente as historietas, ao passo que Lucas e Marcos as precedem de uma interrogação natural e espontânea, vívida e de grande efeito, como se o Mestre, cercado de Seus discípulos, os introduzisse em Seu próprio pensamento e lhes pedisse colaboração, para os exemplos a citar: a que compararemos o reino de Deus? Em Mateus, a expressão é substituída por "céus", já que a palavra sagrada não devia, entre os judeus, ser proferida "em vão", coisa que, para Lucas, pagão, e para Marcos, que escreveu entre os pagãos de Roma, não representava motivo de escrúpulo.


Por falar em Marcos, observamos que seu estilo, nesta parábola, se revela confuso e infantil, como se escrito por incipiente aluno. Talvez dificuldade de manusear o grego, por parte de alguém que só manejava o aramaico. Mateus é o mais completo. E do ensino, Lucas registrou apenas o essencial à memória da lição.


A primeira parábola fala do grão de mostarda (sínapis nigra, L., da família das crucíferas), arbusto comum na Palestina, atingindo, na região lago de Tiberíades, até 3 ou 4 metros de altura. A semente é ansiosamente devorada sobretudo por pardais e pintassilgos.


A semente da mostarda é, realmente, minúscula, sendo imagem favorita dos rabinos, "pequeno como grão de mostarda " (cfr. Strack

& Billerbeck, o. c. tomo 1 pág. 669). Foi novamente usada por Jesus: " se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda" (Mt. 17:20).


O verbo grego usado, kataskênô significa "fazer tabernáculo, campar em tenda" e, portanto, "fazer ninho, nidificar". Mas na maioria das traduções aparece "pousar" porque, no século 17, o jesuíta espanhol Maldonado atesta: nam ego, qui magnas aliquando sinapis silvas vidi, insidentes saepe aves vidi, nidos non vidi ("Commentarii in quatuor Evangelistas", pág, 279), isto é, "pois eu que já vi muitos bosques de mostardeiras, muitas vezes vi pássaros pousados, ninhos não vi". Isso bastou para que as traduções se modificassem...


A interpretação comum é que o Mestre salienta que a vida espiritual, mesmo começando pequenina, cresce enormemente. Outros aplicam a parábola ao cristianismo, iniciado em pequeno grupo, mas que se expandirá por toda a Terra. Essa imagem já fora empregada por Ezequiel (17:23 e 31:6) e por Daniel (4:9). Mas Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 90) arrisca que a semeadura é feita na própria criatura, no coração, e quem semeia é a inteligência e a alma.


A segunda parábola é a da mulher que faz o pão, costume tradicional na 2 Palestina e nas aldeias pequenas, mesmo da Europa. Ela "esconde" o fermento na massa da farinha de trigo (áleuron) em quantidade pequena, mas isso basta para que a massa cresça até o dobro em sua quantidade (no campo, sendo maior a quantidade de fermento, a massa cresce até o triplo, mas o pão fica com gosto acre e mofa depressa).


As três medidas (sáton) correspondem à medida do módio (em hebraico seah, cfr. Flávio Josefo. Ant. JD 9, 4, 5) que tem, cada uma, 13, 131 lt. ; o que, tomado ao pé da letra, parece exagero, pois daria para fazer mais de 250 bisnagas de pão, demais para uma família mesmo numerosa, sabendo-se que o pão era feito de duas a três vezes por semana. Mas essas três "medidas" podem significar apenas três" porções", sem rigor matemático, não exigido numa simples parábola.


Também aí Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 92) aventa hipóteses simbólicas: que as três medidas representam as três qualidades platônicas da alma, a racional (logikós), a irascível (thymós) e a concupiscível (epithymós); ou ainda, embora a classifique de pius sensus, a mistura da fé humana com as três manifestações da Trindade.


A interpretação profunda revela-nos que o "reino dos céus" ou "reino de Deus" não pode ser definido com palavras humanas. Daí só ter sido revelado pelo Cristo por meio de comparações e parábolas (cfr. vol. 3).


Aqui é dado, justamente, um complemento às parábolas que aí comentamos (MT 13:44-53). Foi dito lá que o reino dos céus era semelhante a um "tesouro oculto no campo", a "uma pérola" mergulhada no oceano, a uma "rede que apanha muitos peixes": localizava, então, o Encontro do "reino" no centro cardíaco. Mas talvez houvesse ainda algumas dúvidas por parte de alguns discípulos: esperavam algo grandioso, solene, imenso, que deslumbrasse logo no primeiro instante.


O Cristo parece encontrar dificuldade em traduzir, em palavras humanas, em conceitos intelectuais, a verdade profunda, em vista da pobreza do linguajar terreno, e da capacidade intelectual nossa. "A que poderemos comparar o reino céus"? E acaba descobrindo na semente minúscula da mostarda, um símile que pode dar vaga ideia da Mônada Divina, ultra-microscópica, infinitésima, invisível. E, no entanto, quando encontrada, agiganta-se de modo espetacular.


Assim o reino de Deus, o Cristo Interno, embora um átomo Espiritual, ao ser encontrado, dá a possibilidade de encontrar-se o infinito e o eterno, de mergulhar-se no inespacial e no atemporal. O ponto de partida pode ser o infinitamente pequeno, mas o ponto de chegada é o infinitamente grande.


A ideia do crescimento de algo pequeno, é trazida, também, com o fermento: o Encontro Sublime age na criatura como o fermento na massa de farinha de trigo, isto é, faz crescer espiritualmente de maneira inesperada.


Duas imagens diferentes, procurando explicar a mesma ideia básica. Nem atribuamos ao Cristo a dificuldade a que acenamos acima: a dificuldade residia nos ouvintes. Figuremos um professor a querer explicar algo mais transcendental a uma criança: que dificuldade não teria em achar termos e comparações que o intelecto infantil pudesse captar! Os próprios exemplos seriam aproximados, nunca perfeitos, porque a criança não entenderia.


Em ambas as parábolas, pormenores comuns ressaltam a justeza dos exemplos: a semente é enterrada no solo, o fermento escondido na massa. A semente é a menor antes de enterrada, mas depois de plantada, cresce; o fermento é pouco, mas depois de escondido, faz crescer: só a humildade, no mergulho interno, poderá obter o êxito desejado. Mas num e noutro caso, os "frutos" são espalhados por muitos: os grãos atraem os pássaros, os pães alimentam os homens. Assim os pensamentos, as vibrações, as palavras e obras dos que se uniram ao Cristo interno, sustentam e fazem crescer todos os que deles se aproximam.


No campo iniciático, a lição é dada aos estudantes com precisão maravilhosa. A jornada não é feita por meio de ações externas, mas com o início humilde dentro de si mesmo.


O reino dos céus - o grau de REI ou hierofante, o sétimo passo - não é o coroamento mundano de valores terrenos, mas o labor oculto ("enterrado, escondido") que é o único que pode garantir o crescimento certo e benéfico posterior.


Tudo isso faz-nos penetrar no sentido exato da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho". Coloquemos a semente, embora pequena, e o fermento, embora pouco, no coração das criaturas, e aguardemos que cada um cresça por si; se o terreno for fértil, a semente se tornará árvore; se a massa for boa, levedará com o fermento, por si mesma. Saibamos agir, em nós e nos outros, com humildade: a ação divina fará por si, não nos preocupemos. Basta que lancemos as sementes e coloquemos o fermento: "eu plantei, Apolo regou, mas Deus fez crescer" (1. ª Cor. 3:6).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56
  • UM PROFETA SEM HONRA, Marcos 6:1-6
  • Partindo dali (1), ou seja, de Cafarnaum, Jesus deu início ao primeiro trecho de um circuito de ensinos pela Galiléia. Depois de aproximadamente um dia de viagem, Ele e os seus discípulos (que agora estavam passando por um treinamento para o ministé-rio!) chegaram à sua terra, isto é, a cidade de Nazaré.

    No sábado (2), Jesus começou a ensinar na sinagoga. Ali havia um "grande público" (Moffatt) formado por velhos amigos. O ministério de Jesus freqüentemente evoca assombro (Marcos 5:42), mas isso era diferente em Nazaré. "De onde lhe vêm essas coi-sas?" Pode ser que houvesse indicações misteriosas e maliciosas de que a sabedoria de Jesus e as maravilhas que Ele operava fossem provenientes de alguma fonte que não fosse Deus (cf. Marcos 3:22).

    "Sempre há uma sombra debaixo da luz"" e assim era em Nazaré. Ele "veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1:11). Eles o tinham conhecido como o car-pinteiro ("o marceneiro", Moffatt), filho de Maria (3)." Eles sabiam os nomes dos seus irmãos e das suas irmãs.' E escandalizavam-se (ou se ofendiam) 75 nele. "Admirados" pela sua sabedoria e pelo seu poder, eles ainda tropeçavam sobre a sua pessoa.

    Jesus respondeu com um provérbio usual naquela época e naquela região: Não há profeta sem honra, senão na sua terra' (4). E evidente, tanto em outras passagens (Lc 13:33) como aqui, que Jesus falava de si mesmo como sendo um profeta, e assim Ele era considerado popularmente (15). Ele era o portador da verdade.

    No versículo 5 ocorre o que foi chamado de uma das "mais corajosas afirmações dos Evangelhos", que cria "uma profunda impressão de exatidão histórica".76 E não podia fazer ali obras maravilhosas (5; Literalmente: "não era possível fazer ali..."). O que chamamos de milagres, João chamou de "sinais", e os Evangelhos Sinóticos chamam de "obras maravilhosas" (dynameis). Exceto por alguns poucos enfermos sobre quem Jesus impôs as mãos para curar, ninguém testemunhou nenhum "sinal" nem "obra maravilhosa" na cidade daquele que sempre foi conhecido como Jesus de Nazaré.

    Aonde quer que o Mestre fosse, o seu ministério produzia assombro; mas em Nazaré, o oposto era verdadeiro. A incredulidade dos seus parentes e amigos o surpreendeu. Jesus estava admirado da incredulidade deles (6). Ao percorrer as aldeias vizi-nhas na Galiléia, ensinando, Ele deve ter experimentado uma grande dor em sua alma (cf. Mt 17:17).

  • A MISSÃO DOS DOZE, Marcos 6:7-13
  • Parece apropriado que esta seção se inicie no versículo 6b. O ministério de ensino de Jesus na Galiléia se estendia através do trabalho dos doze, a quem Ele agora chamou e começou a enviá-los (apostellein, de onde se originou a nossa palavra "apóstolo") com poder (exousia, "autoridade") sobre os espíritos imundos (7).

    Que educação teológica incomparável receberam aqueles pescadores iletrados! Eles "aprenderam fazendo", sob a orientação Daquele que falava como "nunca homem algum falou" (Jo 7:46).

    Saindo de dois a dois, "com o objetivo de servir de testemunho e de companhia"' eles deveriam viajar com simplicidade e pressa, dependendo somente de Deus e da hospitalidade daqueles que os recebessem. Observe a progressão nas restrições: levar so-mente um bordão (8) 78 — possivelmente como proteção contra cães ferozes —, eles não deveriam levar nem alforje (bolsa para carregar pão),79 nem pão (8), nem dinheiro (moedas de cobre!) no cinto (para comprar pão). Calçados com sandálias (9), não deve-riam vestir duas túnicas (um artigo de vestuário usado junto à pele). "Duas túnicas era um luxo inadequado para uma viagem.'

    Tais exigências somente se aplicaram literalmente ao curto período do seu ministério na Galiléia, mas em princípio elas são aplicáveis em todas as épocas. "Anunciar a Palavra de Deus ainda é um assunto de extrema urgência, que requer completa dedicação."'

    Jesus também ordenou aos discípulos que ficassem (10) na casa em que entrardes até que estivessem prontos para partir dali em direção a outra cidade. Eles não deveriam ofender os seus anfitriões procurando algum lugar mais confortável, ou talvez per-manecendo por muito tempo. No século II foi necessário que a igreja estabelecesse re-gras a respeito dos profetas itinerantes.82

    Por outro lado, quando alguns vos não receberem... nem vos ouvirem (11) estes deveriam receber uma severa advertência. Quando os discípulos partissem dali, deveriam sacudir o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra aquele lugar. A responsabilidade pela rejeição deveria repousar sobre a cabeça daqueles que a praticassem. Era costume dos judeus, depois de sair de uma terra pagã, sacudir dos seus calçados o pó daquele lugar, para que a sua terra sagrada não fosse contamina-da. Este gesto ordenado por Jesus declarava aquela cidade como pagã, na esperança de que o arrependimento viesse em seguida (cf. At 13:51).83

    Os discípulos, que tinham sido

    1) chamados das suas tarefas seculares,

    2) escolhidos para serem apóstolos, e, finalmente,

    3) encarregados' de sair com "poder sobre os espíritos imundos" (7), de fato saíram, e pregavam ao povo que se arrependesse.' Eles não apenas receberam a autoridade, mas a empregaram com sucesso. Quanto melhor a preparação e o planejamento, tanto melhor será o desempenho!

    Não pedimos o conhecimento – o conhecimento Tu já nos deste,

    Mas, Senhor, a vontade – aqui está a nossa mais amarga necessidade, Dê-nos a vontade necessária para construirmos sobre o profundo intento A obra, a obra."

    Com o poder que lhes foi dado por Jesus, os discípulos expulsavam muitos demônios (13), e ungiam muitos enfermos com óleo (cf. Lc 10:34; Tg 5:14), e os curavam. Na pessoa de Jesus, e na pregação dos seus discípulos, o Reino de Deus real-mente estava próximo (cf. Marcos 1:15).

    SEÇÃO 1V

    UM MINISTÉRIO ALÉM DA GALILÉIA

    Marcos 6:14-8.26

    A história de Herodes e do martírio de João Batista (Marcos 6:14-29) introduz um período do ministério de Jesus em que Ele começou a se retirar pouco a pouco da Galiléia e preparar sua volta a Jerusalém e seu caminho para a cruz. Essa atitude pode ter sido provocada pela crescente hostilidade de Herodes Antipas (Lc 13:31), assim como pela necessidade de repousar e de se isolar à medida que Ele e seus discípulos se aproximavam da sombra da cruz.

    Essa seção descreve um interlúdio entre a missão dos doze discípulos (7-13) e o retorno deles (30). Marcos não nos dá nenhum registro do que Jesus fez durante a via-gem de pregação dos discípulos, embora seja evidente, como podemos ver no versículo 6b, que Ele estava igualmente envolvido na mesma missão.

    A. Os FANTASMAS DOS TEMORES DE HERODES, Marcos 6:14-29

    Herodes Antipas, popularmente chamado rei, foi o tetrarcai da Galiléia e da Peréia desde 4 a.C. até 39 d.C. Assim sendo, seu reinado se estendeu durante a vida e o minis-tério público de Jesus. Vindo de uma família cuja característica era a intriga e a violên-cia, "ele se mostra como um príncipe sensual, astuto, caprichoso, cruel, fraco, inescrupuloso, supersticioso e despótico (Mt 14:9; Lc 3:19-13.31,
    32) ".2

    "Era muito natural, especialmente depois da missão dos doze discípulos, que o rei Herodes ouvisse falar de Jesus (14). Prevalecia um rumor, ao qual Herodes dava sua contribuição,' de que João, o que batizava, ressuscitou dos mortos (14) "e por isso estas maravilhas", Herodes argumentava, "operam nele". Outros diziam "É Elias" (cf. Ml 4:5; Mt 16:14), enquanto ainda outros afirmavam: "É um profeta ou como um dos profetas" (15).

    Existe um comentário a respeito do poder profético das pregações de Jesus, e que seus contemporâneos o comparavam a certos homens severos como Elias e João Batista. Qualquer que tenha sido a opinião do público, a própria alma atormentada de Herodes concluiu: Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dos mortos (16).

    Nesse ponto (17), Marcos relembra alguns acontecimentos históricos, fatos lamentá-veis que agora perturbavam Herodes. Algum tempo atrás, Herodes havia estado em Roma, onde se apaixonou por Herodias, mulher de Filipe, seu irmão.' Herodias, que era na verdade sobrinha de Antipas, abandonou seu marido Filipe por causa do governador da Galiléia. Herodes divorciou-se de sua primeira mulher, filha do rei ára-be Aretas IV, provocando um incidente internacional. De acordo com Josefo,5 Aretas declarou guerra contra os exércitos de Herodes e nessa empreitada ele alcançou um considerável sucesso.

    João Batista, em vista desse casamento incestuoso, havia censurado o rei. Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão (18). Nem os padrões judeus, nem os cristãos, iriam apoiar esse tipo de casamento. As palavras de João feriram Herodias de modo que depois disso ela o espiava e queria matá-lo, mas não podia (19). Paradoxalmente, a mão que a impedia era a de Herodes, pois ele temia a João, pois sabia que era varão justo e santo (20).

    João pregava a santidade, através da sua vida e da suas palavras. Na plenitude do Espírito Santo "já desde o ventre de sua mãe" (Lc 1:15), João Batista exortava os homens a se arrependerem e terem uma vida justa. O fato da santidade do seu caráter ter uma qualidade ética, e não ser meramente cerimonial ou posicional, pode ser visto através da sua ligação com a justiça. Ele era um varão justo (virtuoso) e santo (20). Em seu estado de ambigüidade mental, Herodes manteve João livre da prisão (significado de guarda-va-o) e muitas vezes de boa vontade o ouvia. Como governantes do povo judeu, os Herodes assumiam uma posição de "diletantismo religioso"' e muitas vezes davam exem-plo de ter instrução religiosa (cf. Atos 26:1-3). No entanto, quando Herodes ouviu João "ele ficou muito perplexo" (20),7 como seria próprio que ficasse. Podemos nos lembrar, em uma outra ocasião, da perplexidade e da confusão de Festo e Agripa quando Paulo lhes pregou o evangelho (At 26:24-28).

    Tal como uma outra Jezabel, Herodias esperou o momento oportuno para armar uma cilada àquele desembaraçado profeta. Ela descobriu uma ocasião favorável (21) em que Herodes, no dia do seu aniversário daria uma festa aos grandes, e tribunos (chiliarch, ou quiliarco, "capitão de mil"), e príncipes da Galiléia ("lideres"). O ban-quete era típico de um sensual monarca oriental. A embriaguez e a voluptuosa dança de Salomé, filha de Herodias,81evaram o rei a fazer uma promessa precipitada. Tudo o que me pedires (23), ele jurou à jovem, te darei. "Promessas precipitadas são condenadas pelo Senhor em Mateus 5:34; promessas precipitadas levaram Jefté à agonia (Jz 11:31ss.) e praticamente destruíram Saul (1 Sm 14.38ss.)."

    A influência decisiva da família pode ser constatada pela atitude de Salomé. Ela foi direto à sua mãe (24) e perguntou: Que pedirei? A vida dos filhos e dos jovens pode ser desvirtuada e mal influenciada, ou enobrecida e aperfeiçoada, pelos seus pais. Tal poder é assustador! A mãe que havia ofendido os padrões de honradez naquele dia infeliz, ao expor sua filha e princesa a uma dança sensual, agora agarrava a oportunidade que sua ardorosa crueldade estava aguardando. Sua resposta: A cabeça de João Batista. Po-demos ver uma urgência febril nas palavras que se seguem: a filha entrou apressada-mente (25) e exigiu imediatamente seu horrível troféu. Nenhuma oportunidade foi dada a Herodes para mudar sua promessa.

    E o rei entristeceu-se muito (26). Essa é uma linguagem muito forte e foi usada por Marcos apenas uma segunda vez em outra passagem (14.34, onde Jesus disse: "A minha alma está profundamente triste até a morte"). A tristeza e o arrependimento do rei estão em consonância com sua atitude em relação a João e devem ter sido autênticos. Mas a pressão da opinião pública estava além do que ele podia suportar. Por causa do juramento que havia feito na presença daqueles que estavam com ele à mesa, "ele não quis quebrar sua promessa" (26).

    Como um vacilante Acabe, dominado por Jezabel, o rei, enviando logo... o execu-tor (27) (provavelmente um guarda) ' mandou que lhe trouxessem ali a cabeça de João. E ele foi e degolou-o na prisão. Essa cena ocorreu na fortaleza de Maquero, localizada em uma cordilheira cercada por terríveis desfiladeiros e que contemplava o lado oriental do mar Morto. Era uma das fortalezas mais solitárias, mais horríveis e mais inexpugnáveis do mundo"»

    A desolada masmorra, com seus instrumentos de tortura, ainda se encontra no mes-mo lugar e qualquer pessoa pode visitá-la. "Herodes, o Grande, havia construído um palácio nesse lugar",' portanto é possível que o banquete tenha se realizado em Maquero. Sem a companhia de qualquer dos seus amigos, exceto Deus, para testemunhar a sua execução, João Batista pagou muito caro pelo fato de ser um pregador da justiça.

    Para completar esse quadro tétrico, Herodes mandou trazer a cabeça de João (28) num prato (travessa) e deu-a à jovem. Ela, por sua vez, a deu à sua mãe.13 Os discí-pulos de João (cf. Marcos 2:18; Atos 19:3), ao saberem do ocorrido, foram, tomaram o seu corpo e o puseram num sepulcro (29). Mateus acrescenta (Marcos 14:12), em uma nota de ternura, que os discípulos de João "foram anunciá-lo a Jesus". Os ministérios de Jesus e de João estavam interligados e muito brevemente Jesus também iria enfrentar a sua paixão e morte.

    Sob o tema "A Consciência Incomodada do Rei" podemos desenvolver:

    1) A Amarga Consciência, 16-18;

    2) A Sutil Conivência, 19-25;

    3) A Cruel Submissão, 26-28.

    B. MILAGRES E ENSINOS JUNTO AO MAR, Marcos 6:30-56

    1. Alimentando os Cinco Mil (Marcos 6:30-44)

    Marcos agora está pronto para descrever o retorno dos doze discípulos depois da viagem de pregação e curas na Galiléia. Certamente com alegria e júbilo os apóstolos (30), assim chamados por causa da sua missão (um apóstolo, "um enviado"), "juntaram-se a Jesus" (Goodspeed) e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado. Feitos e palavras, uma seqüência feliz! Podemos nos lembrar da frase de Chaucer: "Primeiro ele fez, depois ensinou".

    Depois de ouvir o relatório deles, o Bom Médico, sabendo do cansaço físico e emocio-nal dos discípulos, disse: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto (a um lugar solitário e deserto) e repousai um pouco (31).

    A cuidadosa atenção à saúde e ao vigor físico é um dos principais deveres da religião. Quando deixamos de tomar esse cuidado pecamos contra Deus. Estamos retirando dele rapidamente o uso do instrumento que Ele deveria usar: o nosso corpo. Se estivermos demasiadamente ocupados para permitir que nosso vigor físico seja renovado pelo repouso e o distanciamento de nossas atividades, tam-bém estamos demasiadamente ocupados para servir a Deus com nossas melhores forças."

    Como em outras inúmeras ocasiões," o pequeno grupo entrou em um barco e nave-gou pelo lago procurando um lugar deserto (32). Seu destino não é mencionado, talvez fosse a margem nordeste do mar. Percorrendo mais quilômetros a pé do que de barco, a multidão (33) viu-os partir, e muitos os conheceram, e correram para lá, a pé... e ali chegaram. Se houvesse apenas uma leve brisa para suas velas, ou um vento con-trário, o barco deixaria de se movimentar tão devagar, um feliz acontecimento que, na verdade, lhes proporcionaria pelo menos algum repouso das multidões.

    Quando Jesus, ao sair do barco, viu uma grande multidão (34) que dele se aproxi-mava, teve compaixão deles. Compaixão é um termo usado apenas para Jesus ou por Ele em relação aos personagens das suas parábolas e "denota uma piedade que se expressa através da assistência"." O desamparo e a confusão das ovelhas que não têm pastor é proverbial em todas as terras (cf. Nm 27:15-17; Ez 34:1-6). E começou a ensi-nar-lhes muitas coisas ("detalhadamente", Moffatt). 'Mateus 14:13) e Lucas 9:11) acrescentam que Ele também curou os doentes, "mas uma vigorosa multidão de corredo-res não teria muitos doentes".' Na verdade, Ele teria que alimentar a todos eles.

    Em nítido contraste com a atitude de Jesus, os discípulos, sabendo que o dia já estava muito adiantado (35) e que estavam realmente em um lugar... deserto e afas-tado, se dirigiram a Jesus e sugeriram que Ele dispensasse as pessoas. Certamente, em algum lugar dos campos (36) ou aldeias circunvizinhas, eles poderiam comprar pão para si.

    Jesus resistiu a essa sugestão com as palavras: Dai-lhes vós de comer (37). "Tais palavras são como uma permanente censura ao desamparo mostrado pela igreja frente a um mundo faminto."' A resposta dos discípulos, tão característica do estilo audacioso de Marcos, reflete novamente suas autênticas e antigas fontes. Iremos nós e comprare-mos duzentos dinheiros de pão...? Um dinheiro (denarius) era uma moeda de prata que valia cerca de vinte centavos de dólar americano, mas que representava o salário de um dia de trabalho (Mt 20:2). Duzentos dinheiros poderiam representar trinta e cinco ou quarenta dólares. Naquela época, eles tinham um poder de compra bem maior do que hoje — então teríamos provavelmente uma soma de dinheiro considerável.

    Quantos pães tendes? (38) Jesus mandou que eles avaliassem o total de seus re-cursos. E sabendo-o eles, disseram-lhe: Cinco pães e dois peixes. "Os cinco pães deveriam ser pequenos pães redondos, pouco maiores que as bisnagas de nossa época."' João acrescenta que os pães e os peixes seriam o almoço de um rapaz da multidão (Jo 6:9).

    Por mais modestos que sejam os nossos recursos, Jesus pode torná-los adequados à premente demanda, mas Ele exige a completa dedicação daquilo que possuímos

    "O que é isso na tua mão?" (Ex 4:2). As insignificantes provisões disponíveis eram mais que suficientes. Jesus ordenou aos discípulos que fizessem assentar a todos (39), em grupos, sobre a erva verde. O que aconteceu em seguida representa a vívida descrição de uma testemunha ocular. E [eles] assentaram-se (literalmente, "lançaram-se ao chão") repartidos (literalmente, canteiro por canteiro) de cem em cem e de cinqüenta em cinqüenta (40) — com a regularidade de uma disposição em canteiros de grama que se pareciam com muitos canteiros de jardim. Dividida talvez em cinqüenta grupos, de cem pessoas cada um, a multidão, sentada ordenadamente em fileiras e ves-tida com roupas coloridas, se parecia com canteiros de flores sobre a "erva fresca" (Goodspeed).

    Revelando-se como Mestre e Anfitrião, Jesus tomou os pães e os peixes e, em uma atitude característica (Marcos 7:34; Jo 11:41), levantou os olhos ao céu, e abençoou, e par-tiu os pães (41). "A fórmula reconhecida de abençoar era: 'Bendito sejas Tu, Senhor nosso Deus, Rei do mundo, que produziste o pão da terra' .'0 Alguém disse que o objeto da gratidão não eram os pães e os peixes, mas Aquele que deu o pão à terra (Dt 8:10).21 Entretanto, "O pão partido era considerado sagrado"?' Evidentemente, aconteceu em seguida a multiplicação dos pães e dos peixes. O verbo partir está em um tempo indefi-nido que significa uma ação instantânea e completa, enquanto a palavra deu está no tempo imperfeito indicando uma ação contínua: "Continuou a dá-los aos discípulos" (NT Amplificado). Os discípulos antes relutantes tornaram-se agora envolvidos no milagre ao colocar os pães e os peixes diante das pessoas. A linguagem usada aqui lembra a ordenança da Ceia do Senhor (cf. Marcos 14:22).

    E todos (cerca de cinco mil homens) comeram e, de uma forma bem literal, fica-ram fartos (42). A palavra grega (echortasthesan) era geralmente usada em relação aos animais e significava "alimentar, engordar, encher ou satisfazer com alimento".23 Com o devido respeito à dádiva divina de alimentos, os discípulos levantaram doze cestos cheios de pedaços de pão (43). "Cada garçom recebeu a sua gorjeta — um cesto cheio de comida para o dia seguinte."" Os cestos eram balaios de vime onde os judeus carrega-vam seu alimento. Os pedaços que restaram representavam muito mais que o supri-mento original, e eram o testemunho da generosidade divina.

    Marcos demonstra a compaixão de Jesus, faz uma alusão à Ceia do Senhor e descre-ve Jesus como o verdadeiro Pão do Céu. O Filho de Deus encarnado havia realizado uma outra "obra poderosa".
    Esse episódio sugere:

    1) O problema dos discípulos 34:37;

    2) As provisões dos discí-pulos 38:40;

    3) A apresentação dos discípulos 41:44.

    2. Caminhando Sobre as Águas (Marcos 6:45-52)

    E logo (imediatamente), depois de ter alimentado cinco mil (30-44), Jesus obrigou (45), ou mandou, seus discípulos subirem no barco e passarem... para o outro lado, enquanto Ele despedia a multidão. Aparentemente, o rigor dessa ordem (que pode sig-nificar obrigação) era necessário por causa da excitação messiânica que pairava no ar. Jesus "sabendo, pois... que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei" (Jo 6:15), não queria que os discípulos encorajassem esse movimento.

    Existe um problema geográfico por causa do seu destino, Betsaida. Os discípulos estavam partindo de uma praia localizada a nordeste do mar da Galiléia. Aparentemen-te, o outro lado não seria Betsaida, que estava localizada exatamente do lado leste da foz do Jordão. Além disso, a terra onde eles chegaram era Genesaré (53), que ficava a uma curta distância da margem ocidental de Cafarnaum. Entretanto, por causa do con-torno oval desse lago, Betsaida poderia ter sido descrita como estando no outro lado da praia oriental. O efeito do vento contrário (48) pode ter levado os discípulos a perder o curso e chegar no lado ocidental do lago em Genesaré.'

    Anteriormente (36), os discípulos haviam insistido com Jesus para mandar a multidão embora. Agora, tendo atendido às necessidades e ensinado, curado e ali-mentado as pessoas, Jesus estava pronto para dispensar, com mais bondade e genti-leza, as pessoas que o procuravam. Ele mesmo se sentia impelido a se retirar a um monte para orar (46). "A morte de João e a atitude das pessoas provocaram uma outra crise em sua carreira que exigia oração e concentração."' Será que mais uma vez Ele enfrentava a tentação de conquistar as pessoas através da aclamação popu-lar e não pelo caminho da cruz (Lc 4:5-8) ? Dessa forma, durante algum tempo os discípulos ficaram separados do seu Senhor, eles nó meio do mar, e ele, sozinho em terra (47).

    Das montanhas que contemplam o mar da Galiléia, Jesus podia ver os discípulos que se fatigavam a remar (48), enfrentando um vento contrário. A linguagem é bas-tante forte: "Eles estavam aflitos ao remar" (RSV). Moffatt traduz o texto dizendo que "se fatigavam enquanto remavam". A palavra fatigavam (basanizomenous) significa literalmente que estavam "sendo provados pela tortura", portanto, "atormentados" ou "aflitos". Eles estavam, sem dúvida, fatigados não só pelo vento, mas também por verifi-carem que uma tempestade havia se colocado no caminho do dever, e que Aquele que os havia enviado estava ausente.

    Perto da quarta vigília da noite (3 horas da madrugada), Jesus se aproximou de seus fatigados discípulos andando sobre o mar, e literalmente, "com o propósito de passar-lhes adiante". Como no caso dos discípulos de Emaús (Lc 24:28), "a finali-dade... era testar e, pela provação, fortalecer-lhes a fé (cf. Jo 6:6) ".' Assustados pelo que parecia ser um fantasma, e também alarmados com medo de que Ele simples-mente passasse por eles, os discípulos gritaram (49). Mas não era uma aparição. Todos o viram e perturbaram-se (50), pois não podiam compreender esse Homem que havia acalmado a tempestade, alimentado milhares de famintos e que agora an-dava sobre o mar. Como a fé cresce devagar! A razão era a recorrente dureza de coração deles (cf. Marcos 8:17). A palavra endurecido (peporomene) sugere o endurecimento do concreto, de modo que eles não eram impressionáveis. De modo superficial, fica-vam freqüentemente admirados e maravilhados, mas essa admiração durava pouco e era apenas exterior. Essa tendência de voltar a uma dureza espiritual representa uma das inclinações mais profundas do coração humano. Depois do Pentecostes, essa recorrência desapareceu. Uma das importantes promessas que fazem parte da nova aliança é a declaração: "Tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne" (Ez 36:26).

    Se esse milagre parece misterioso para nós, devemos nos lembrar de que aqueles que o testemunharam ficaram extremamente impressionados, e se maravilharam (51). Entretanto, Jesus se aproximou deles em meio àquela aflição, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais. E quando Ele subiu no barco, o vento se aquietou. "Trata-se de um simples fato da vida... quando Cristo está presente a tempestade se acalma, o insuportável se torna suportável e os homens ultrapassam seus limites sem se despedaçar.""

    3. Curas na Região de Genesaré (Marcos 6:53-56)

    O que vem a seguir é uma descrição resumida das atividades de Jesus, provavel-mente durante alguns dias na região de Genesaré. Tratava-se de uma encantadora e fértil planície, densamente habitada, de aproximadamente cinco quilômetros de compri-mento e pouco mais de um quilômetro e meio de largura, localizada ao sul de Cafarnaum. E, quando já estavam no outro lado (53) do mar, depois de terem alimentado mais de cinco mil pessoas, e da noite de tempestade, e da fadiga, eles se dirigiram à terra de Genesaré e ali atracaram ("ancoraram") na praia. Embora isso tenha acontecido de manhã bem cedo, Jesus foi imediatamente reconhecido. Sua popularidade havia atingi-do o nível mais alto nesse período. Ansiosas por ajudar seus amigos aflitos, as pessoas "vinham de toda parte" (55, Goodspeed) e começaram a trazer em leitos' todos os que se achavam doentes.

    Evidentemente, Jesus se movimentou nessa região, pois os doentes foram trazidos para onde quer que [Ele] entrava, ou em cidade, ou em aldeias, ou no campo (56). Eles apresentavam os enfermos "nas praças, isto é, em algum lugar importante no caminho de Jesus e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste" (Barclay)." E todos os que lhe tocavam (cf. Marcos 3:10-5.
    28) saravam (literalmente, "eram salvos").

    A insistente demanda das multidões nunca ia além das suas necessidades físicas; mesmo assim Jesus ministrava a elas, embora Ele desejasse atender às suas necessida-des mais profundas. Marcos não registra qualquer atividade de ensino nessa ocasião. Talvez Jesus ainda estivesse procurando um lugar solitário longe das multidões.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Marcos Capítulo 6 versículo 17
    Herodes havia se casado com a esposa do seu irmão Filipe; ver Mt 14:3, Prendeu a João Batista no ano 27 ou 28 d.C.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56
    *

    6:1

    foi para a sua terra. Nazaré, cerca de trinta e dois quilômetros a sudoeste de Cafarnaum e do Mar da Galiléia.

    seus discípulos. Os Doze (v. 7).

    * 6:2

    sábado. Ainda que fosse o senhor do Sábado (2.28), Jesus observa semanalmente o culto sabático (1.21; 3.1; Lc 4:16-30).

    se maravilhavam. Ver 1.22; 7.37; 10.26; 11.18.

    * 6:3

    carpinteiro. Poderia também significar “pedreiro”. O trabalho de Jesus, antes de seu ministério, pode explicar o emprego de metáforas sobre construções, especialmente ao descrever seu próprio ministério essencial (14.58, 15.29; Mt 7:24; 16:18; 21:33; Lc 12:18; 17:28). A observação concernente ao trabalho manual, provavelmente, não é depreciativa como tal, pois esperava-se que todos os Rabis tivessem uma ocupação. Paulo fora educado como um Rabi e fazia tendas ou toldos (At 18:3-22.3; 26.5; Fp 3:5, 6). A acusação é que Jesus (que ensina “sabedoria”, no v. 2), é um operário comum, sem credenciais religiosas ou acadêmicas.

    filho de Maria. Ver 3.31.

    * 6:4

    na sua casa. Jesus não só é rejeitado pelo povo da cidade e pelo mais amplo círculo de parentes ali, como também por sua própria família (3.31).

    * 6:7

    os doze. Tendo já sido designados para estarem com Jesus (3.14, nota), e tendo já recebido instruções especiais concernentes ao mistério da pessoa e do papel de Cristo (4.10-11, notas), aos Doze agora é permitido compartilhar do ministério e da autoridade de Jesus.

    enviá-los. O verbo “enviar” tem a mesma raiz do substantivo “apóstolo” e ressalta os laços com Jesus, como representantes pessoais dele (3.14, nota).

    dois a dois. O princípio bíblico de que o testemunho deveria ser firmado por, pelo menos, duas testemunhas (Nm 35:30; Dt 17:6; 19:15; Mt 18:16; Jo 8:17; 2Co 13:1; 1Tm 5:19; Hb 10:28), foi também aplicado na atividade missionária da igreja primitiva, nos ministérios de Pedro e João (At 3:1-4.1), de Paulo e Barnabé (At 13:2) e de Paulo e Silas (At 15:40).

    * 6:8

    nem pão. Mt 10:10 dá a razão “porque digno é o trabalhador do seu alimento”.

    * 6:11

    sacudi o pó dos pés. Os judeus rigorosos sacudiam o pó de seus pés depois de atravessarem territórios pagãos. A recusa do evangelho convida à mesma reação.

    * 6:14

    aos ouvidos do rei Herodes. Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, era tetrarca (governador de um estado dependente) da Galiléia e Peréia.

    * 6:15

    um dos profetas. Especulação a respeito da identidade de Jesus conduzirá às narrativas da multiplicação de pães e peixes (vs. 30-44; 8:1-9) e da caminhada sobre a água (vs. 47-52), que apontam para a divindade pessoal de Jesus. Porém, primeiro Marcos relata as circunstâncias da morte de João Batista, com quem Herodes e outros tinham identificado Jesus.

    * 6:17

    mulher de seu irmão Filipe. Herodias era filha de Aristóbulo, um dos filhos de Herodes, o Grande. Outros filhos de Herodes, o Grande, incluíam Herodes Antipas e Herodes Filipe (filhos de diferentes esposas). Depois de casar-se com seu meio-tio Herodes Filipe, Herodias o deixou para manter uma relação adúltera com o irmão dele, Herodes Antipas. Tal era o comportamento moral licencioso da dinastia de Herodes, contra o qual João Batista pregava (conforme Lv 18:16,20).

    * 6:31

    à parte. Estar sozinhos com Jesus — que então os instruía no mistério do reino (4.10-11) — era parte da preparação deles para o futuro ministério (4.34; 9.2, 28; 13.3, conforme Jo 13:1; 16:29).

    * 6:34

    e compadeceu-se deles. Jesus faz aquilo que Deus prometeu fazer em Ez 34:11,14: “Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei... Apascenta-las-ei de bons pastos”. Jesus age como o Pastor do povo de Deus, do mesmo modo que Moisés (Nm 27:15-17; Sl 77:20), como Davi (Sl 78:70-72) e como Deus mesmo (Sl 23:1; 74:1; 78:52,53; 80:1; Ez 34:15).

    ovelhas que não têm pastor. O antigo Israel, abandonado pelos líderes infiéis, era também descrito deste modo (Jr 50:6; Ez 34:1-10).

    * 6:40

    em grupos de cem em cem, e de cinqüenta em cinqüenta. Este detalhe relembra como Moisés organizava o antigo Israel no deserto (Êx 18:21).

    * 6:42

    Todos comeram e se fartaram. Esta história da multiplicação de pães e peixes recorda a provisão miraculosa do maná no deserto, sob Moisés (Êx 16:1-36, especialmente v. 16). Jesus é o novo Moisés, trazendo o novo concerto.

    * 6:43

    e ainda recolheram. Outra referência à provisão do maná, quando nada era para ser deixado até à manhã do dia seguinte (Êx 16:19).

    doze cestos cheios. O número lembra as doze tribos do antigo Israel e sugere o importante papel que os Doze desempenhariam na constituição do Novo Israel (3.14, nota).

    * 6:44

    cinco mil homens. Marcos não usa a palavra grega que significa “seres humanos”, mas um termo que distingue os homens das mulheres, talvez com a idéia de “chefe de família” (Mt 14:21 acrescenta “além de mulheres e crianças”). A multidão pode ter sido de quinze a vinte mil pessoas.

    * 6:48

    quarta vigília. Uma vez que os romanos dividiam a noite em quatro períodos, a quarta vigília seria das três da madrugada até à aurora.

    * 6:49

    um fantasma. A palavra grega traduzida aqui por “fantasma” é usada no Novo Testamento só aqui e em Mt 14:26. Tem a conotação de imaginação supersticiosa.

    * 6:50

    Sou eu. A frase grega (lit., “eu sou”) é igual ao termo da Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento), que traduz o nome divino “Eu sou” revelado a Moisés (Ex 3:14; Dt 32:39; Is 41:4; 43:10, 13, 25; 45:18; 52:6; Os 13:4; Jl 2:27). Esta narrativa tem todas as marcas comuns das teofanias bíblicas (vários modos da visível auto-revelação divina), incluindo o pavor humano, a identificação divina e as palavras de confiança.

    * 6:53

    Genesaré. Uma aldeia à margem ocidental do Mar da Galiléia (Lc 5:1).

    * 6:56

    sua veste. Ver nota em 5.30.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56
    6.2, 3 Embora Jesus ensinava com eficiência e sabedoria, a gente de seu povo o via simplesmente como um carpinteiro. "O não é melhor que nós; solo é um humilde operário", diziam. ofendiam-se ao ver que impressionava a outros e o seguiam. Rechaçavam sua autoridade porque era um deles. Acreditavam conhecê-lo, mas suas noções preconcebidas não lhes permitiam aceitar sua mensagem. Não permita que os prejuízos lhe ceguem ante a verdade. Trate de ver, no Jesus, o que é.

    6:4 Jesus disse que um profeta (ou seja, um servo de Deus) nunca recebe honra em sua própria terra. Mas isso não faz seu trabalho menos importante. Uma pessoa não necessita que lhe reconheçam nem honrem para ser útil a Deus. Se seus amigos, vizinhos ou familiares não apreciam seu trabalho cristão, não deixe que sua atitude afete seu serviço a Deus.

    6:5 Jesus pôde ter feito grandes milagres no Nazaret, mas não quis fazê-los pelo orgulho e a incredulidade do povo. Os milagres que fez teve muito pouco efeito na gente porque não queria aceitar sua mensagem nem acreditar que veio de Deus. Daí que procurou em outra parte pessoas que respondessem a seus milagres e a sua mensagem.

    6:7 Os discípulos se enviaram em casais. De havê-lo feito em forma individual, teriam chegado a mais lugares, mas esse não era o plano de Cristo. Uma vantagem em ir de dois em dois era que podiam dar-se ânimo e apoio, sobre tudo ao enfrentar o rechaço. Nossas forças vêm de Deus, mas O supre muitas de nossas necessidades através do trabalho coletivo. Como servidor dele, não trate de caminhar sozinho.

    6.8, 9 Marcos destaca que aos discípulos lhes instruiu de não levar nada, exceto estribilho, enquanto que Mateus e Lucas relatam que Jesus lhes disse que não levassem estribilho. Possivelmente Mateus e Lucas se referiam a um pau que podiam usar como arma de defesa, em tanto que Marcos falava de uma vara de pastor. Em qualquer caso, o ponto nos três relatos é o mesmo: os discípulos foram sair ao mesmo tempo, sem muita preparação, confiando no cuidado de Deus em vez de seus próprios recursos.

    6:11 Os judeus piedosos sacudiam o pó de seus pés depois de passar por cidades ou territórios gentis, em sinal de rechaço às influências e práticas gentis. Quando os discípulos sacudiam o pó de seus pés ao sair de uma cidade judia, davam um vívido sinal de que o povo rechaçava ao Jesus e sua mensagem. Jesus esclareceu que o povo era responsável pela forma em que respondia ao evangelho. Os discípulos não seriam culpados se a gente rechaçava a mensagem, sempre que o apresentassem com fidelidade e esmero. Nós não temos a culpa de que alguém rechace a mensagem de salvação de Cristo, mas temos o dever de proclamá-lo com fidelidade.

    HERODES ANTIPAS

    À maioria da gente não gosta que lhe assinalem seus pecados, muito menos em público. A vergonha de vê-los expostos é freqüentemente pior que o castigo ao que se faz credor o que sarda. Herodes Antipas foi um homem que experimentou a culpa e a vergonha.

    A desumana ambição do Herodes era de domínio público, como o era seu matrimônio ilegal com o Herodías, a mulher de seu irmão. Um homem fez dos pecados do Herodes um assunto público. Aquele homem foi João o Batista. João esteve pregando no deserto e milhares foram a lhe escutar. Ao parecer, João usou o estilo de vida do Herodes como exemplo negativo. Herodías estava particularmente ansiosa de sossegar ao João. Como solução, Herodes pôs ao João no cárcere. Herodes apreciava ao João. Para ele, possivelmente João foi um dos poucos homens que dizia sozinho a verdade. Mas a verdade a respeito de seu pecado era uma pílula amarga que teve que tragar-se e Herodes titubeava no ponto de conflito: não podia deixar que João estivesse sempre lhe recordando ao povo a pecaminosidad de sua líder, mas ao mesmo tempo temia que João morrera. Assim, decidiu não tomar nenhuma determinação a respeito. Mas Herodías lhe tendeu uma armadilha e ao João o executaram. É obvio, isto solo fez que a culpa do Herodes fora maior.

    Para ouvir do Jesus, imediatamente Herodes o identifica com o João. Não sabia o que fazer com ele. Como não queria repetir o engano cometido com o João, tratou de ameaçá-lo antes de sua última viagem a Jerusalém. Quando ambos se encontraram brevemente durante o julgamento do Jesus, o Senhor não lhe dirigiu a palavra. Herodes demonstrou ser um péssimo ouvinte do João e Jesus não tinha nada que adicionar às palavras do João. Herodes reagiu com despeito e mofa. depois de rechaçar ao mensageiro, pareceu-lhe fácil rechaçar ao Messías.

    Para cada pessoa, Deus escolhe a melhor forma de revelar-se. Usa sua Palavra, as circunstâncias, nossas mentes ou outra pessoa para captar nossa atenção. O é persuasivo e persistente, mas não obriga a ninguém. Desatender ou resistir a mensagem de Deus, como o fez Herodes, é uma tragédia. Quão consciente está você respeito ao interesse que tem Deus por entrar em sua vida? Recebeu-o?

    Pontos fortes e lucros:

    -- Construiu a cidade do Tiberias e outros projetos arquitetônicos

    -- Governou na região da Galilea sob o poder romano

    Debilidades e enganos:

    -- Consumia-se na busca de poder

    -- Pospor decisões ou decidiu mal por estar sob pressões

    -- Divorciou-se de sua esposa para casar-se com a mulher de seu meio irmano, Felipe

    -- Meteu no cárcere ao João o Batista e mais tarde ordenou sua execução

    -- Jogou um pequeno papel na execução do Jesus

    Lições de sua vida:

    -- Uma vida motivada pela ambição quase sempre se caracteriza por ser autodestructiva

    -- Pelo general, as oportunidades de fazer o bem vêm em forma de decisões que devemos tomar

    Dados gerais:

    -- Onde: Jerusalém

    -- Ocupação: Tetrarca romano da região da Galilea e Perea

    -- Familiares: Pai: Herodes o Grande. Mãe: Maltace. Primeira esposa: filha do Aretas IV. Segunda esposa: Herodías

    -- Contemporâneos: João o Batista, Jesus, Pilato

    Versículo chave:

    "Porque Herodes temia ao João, sabendo que era varão justo e santo, e lhe guardava a salvo; e lhe ouvindo, ficava muito perplexo, mas lhe escutava de boa vontade" (Mc 6:20).

    A história do Herodes Antipas aparece nos Evangelhos. Também se menciona em At 4:27; At 13:1.

    6:14, 15 Herodes, como muitos outros, desejava saber quem era Jesus. Incapazes de aceitar a declaração do Jesus de que era o Filho de Deus, muitas pessoas elaboravam explicações de seu poder e autoridade. Herodes pensava que Jesus era João o Batista ressuscitado, em tanto que os que conheciam o Antigo Testamento acreditavam que se tratava do Elías (Ml 4:5). Outros inclusive acreditavam que era um profeta, professor na tradição do Moisés, Isaías ou Jeremías. Ainda hoje a gente tem que definir-se quanto ao Jesus. Alguns pensam que se podem dizer o que O é: profeta, professor, bom homem, conseguem diminuir o poder de sua demanda sobre suas vidas. Mas o que pensem não troca o que Jesus é.

    6.17-19 a Palestina estava dividida em quatro regiões, cada uma governada por um "tetrarca". Herodes Antipas, chamado rei Herodes nos Evangelhos, era governador da Galilea; seu irmão Felipe governava no Traconite e Idumea. A esposa do Felipe era Herodías, mas o deixou para casar-se com o Herodes Antipas. Quando João os confrontou aos dois por cometer adultério, Herodías planejou matá-lo. Em lugar de deixar seu pecado, tratou de desembaraçar-se daquele que tirou aquilo à luz pública. Era exatamente o que os líderes religiosos tratavam de fazer com o Jesus.

    6:20 Herodes prendeu o João o Batista sob pressão de sua esposa ilegítima e seus assessores. Embora admirava a integridade do João, ao final terminou ordenando sua morte. Seus amigos e familiares puderam mais. O que fazemos sob pressão freqüentemente demonstra o que somos.

    6.22, 23 Em sua condição de tetrarca sob a autoridade romana, Herodes não tinha reino que dar. Sua oferta da metade de seu reino foi sua maneira de dizer que daria à filha do Herodías quase algo que pedisse. Quando frente a seus convidados Herodías pediu a cabeça do João o Batista, tivesse sido muito vergonhoso para o Herodes não agradá-la. As palavras comprometem. Como as palavras nos podem conduzir a cometer grandes pecados, devemos ser muito cuidadosos ao as usar.

    6:30 Marcos usa a palavra apóstolos uma só vez (3.14). Apóstolo significa "enviado" como mensageiro ou missionário. A palavra chegou a ser título oficial dos discípulos depois da morte e ressurreição do Jesus (At 1:25-26; Ef 2:20).

    6:31 Quando os discípulos retornaram de sua missão, Jesus foi se descansar. Levar a cabo a obra do Senhor é muito importante, mas Jesus reconhecia que fazer uma obra eficaz para Deus requer descanso e recuperação das forças. Mas ao Jesus e seus discípulos não sempre foi fácil descansar quando o necessitavam!

    6:34 A multidão se via muito necessitada, como ovelhas sem pastor. É muito fácil dispersar as ovelhas; sem um pastor as ovelhas estão a sério perigo. Jesus sabia que O era o Pastor que devia lhes ensinar tudo o que precisavam saber e as cuidar para que não se extraviassem de Deus. Vejam-se Salmo 23; Is 40:11 e Ez 34:5ss, onde se fazem descrições do Bom Pastor.

    6:37 Neste capítulo vemos como muitas pessoas examinam a vida e o ministério do Jesus: sua vizinhos e sua família, o rei Herodes e os discípulos. Mas nenhum o aprecia pelo que O realmente é. Os discípulos seguem ponderando-o, ainda turvados, ainda incrédulos. Não se dão conta que Jesus pode lhes dar o sustento. Estão tão preocupados com a impossibilidade da tarefa, que não podem ver o possível. Permite que o que parece impossível no cristianismo lhe impeça de acreditar no possível?

    6.37-42 Jesus pediu a seus discípulos que procurassem comida para mais de cinco mil pessoas. Eles perguntaram assombrados se foram e procuravam duzentos denarios de pão. Como reagimos quando se nos encomenda uma tarefa impossível? Uma situação impossível para os humanos é simplesmente uma oportunidade para Deus. Os discípulos fizeram o que puderam: compilaram a comida disponível e organizaram às pessoas em grupos. Logo, em resposta à oração, Deus fez o impossível. Quando em frente uma tarefa igualmente difícil, faça o que está em suas possibilidades e peça a Deus que faça o resto. O pode fazer que aconteça o impossível.

    6:49 Os discípulos se surpreenderam ao ver o Jesus andar sobre o mar. Deviam haver-se dado conta então que O poderia lhes ajudar quando estivessem em dificuldade. Embora o perderam de vista, O não os perdeu de vista a eles. Sua preocupação superava a falta de fé. A próxima vez que se encontre em "águas profundas", recorde que Cristo sabe de suas angústias e toma cuidado de você.

    6:49 Os discípulos estavam assustados, mas a presença do Jesus afugentou o temor. Todos sentimos medo. Tratamos de nos arrumar isso sós ou deixamos que Jesus nos ajude? Em tempos de temor ou incerteza é reconfortante saber que Cristo está sempre conosco (Mt 28:20). Reconhecer sua presença é o antídoto contra o medo.

    6:52 Os discípulos não queriam acreditar, possivelmente porque: (1) não podiam aceitar que aquele ser humano chamado Jesus era o Filho de Deus; (2) não se atreviam a acreditar que o Messías os escolheu como seus seguidores. Era muito bom para ser certo; (3) ainda não entendiam o verdadeiro propósito da vinda do Jesus à terra. Sua incredulidade tomou a forma de falta de entendimento.

    Até depois de ver o Jesus alimentar milagrosamente a cinco mil pessoas, não podiam dar o passo final para a fé, a acreditar que O era o Filho de Deus. Se o tivessem feito, não se teriam maravilhado que andasse pelas águas. Não podiam transferir a suas vidas a verdade que já sabiam a respeito Do. Lemos que Jesus caminhou pelas águas e mesmo assim freqüentemente nos maravilhamos que possa obrar em nossas vidas. Não só devemos acreditar que os milagres na verdade ocorreram; devemos transferir a verdade às circunstâncias de nossas vidas.

    6:53 Genesaret era uma pequena mas fértil planície ao oeste do mar da Galilea. Capernaum, onde Jesus vivia, encontrava-se na borda norte desta planície.

    Jesus CAMINHA SOBRE A ÁGUA: depois de alimentar às pessoas que o seguiu para lhe escutar na Betsaida, Jesus despediu às pessoas, pediu a seus discípulos que se fossem a Betsaida em barco e O foi se orar. Os discípulos se encontraram com uma tempestade e Jesus se aproximou deles andando sobre o mar. Desembarcaram no Genesaret.

    VERDADEIRA LIDERANÇA

    Marcos nos dá alguns dos aspectos mais relevantes no caráter do Jesus.

    Herodes como líder Jesus como líder

    Egoísta Compassivo

    Assassino Curador

    Imoral Justo e bom

    Oportunista político Servidor

    Rei de um pequeno território Rei sobre toda a criação


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56
    f. Rejeição em Nazaré (6: 1-6)

    1 E, saindo dali; e ele vem para a sua terra; e os seus discípulos o seguiram. 2 E quando o sábado chegou, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde lhe vem este estas coisas? E, o que é a sabedoria que é dado a este homem, e que significam esses milagres operados por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? e suas irmãs não estão aqui entre nós? E escandalizavam-se dele. 4 E Jesus lhes disse: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua própria Ct 5:1 E não podia fazer ali nenhum milagre, salvar que ele impôs as mãos sobre alguns poucos enfermos, e os curavam. 6 E admirou-se da incredulidade deles.

    E ele percorria as aldeias ensinando.

    Jesus saiu dali , isto é, de Cafarnaum, onde fez sua sede durante Seu ministério galileu-e entrou em seu próprio país; isto é, Sua cidade natal, Nazaré.

    Quando o sábado veio, Ele compareceram ao serviço na sinagoga. Há Ele ensinou as pessoas que se reuniram para a adoração. Eles estavam atônitos (imperfeito sugere um espanto crescente) e perguntou onde ele obteve sua sabedoria e seu poder de operar milagres. Para eles, Ele era simplesmente um "boy cidade natal", a antiga vila de carpinteiro (Mt 13:55. - "filho do carpinteiro"). Eles estavam bem familiarizados com sua mãe, como também seus irmãos e irmãs. Quatro de seus irmãos são nomeados aqui. Foi generalizada de que Tiago e Judas eram os escritores, respectivamente, das Epístolas de Tiago e Judas. José é curto para José, e assim foi nomeado após seu pai. Simon foi um dos nomes mais comuns de judeus naquele dia. Quase uma dúzia de Simons são mencionados no Novo Testamento. Não sabemos quantas irmãs Jesus tinha. De acordo com os costumes da época, os seus nomes não são dadas. Estavam todos provavelmente filhos de ambos José e Maria-não "primos", como às vezes é realizada.

    Porque eles sabiam que Jesus e sua família, o povo de Nazaré escandalizavam-se dele. O verbo é skandalizo ("escandalizar"). O significado evidente é que eles "tropeçou" sobre o fato de que Ele era uma figura tão familiar para eles. Eles não podiam acreditar que Ele era o Messias milagreiro. Jesus citou a eles um conhecido provérbio (v. Mc 6:4 ), que é aplicável em todas as épocas.

    O resultado de sua atitude era que ele podia fazer ali nenhum milagre (dynamis , poder) -que Marcos modifica imediatamente, dizendo que Ele fez por suas mãos sobre alguns poucos enfermos e os curavam. Isso está em pleno acordo com a declaração de Mateus que Ele fez "não ali muitos milagres" (Mt 13:58 ).

    Marcos acrescenta que Jesus ficou maravilhado com a incredulidade deles (v. Mc 6:6 ). Em apenas um outro lugar é dito que Cristo se maravilhavam, e depois foi a fé de um gentio, um centurião romano (Mt 8:10. ; Lc 7:9)

    7 E ele chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos; 8 e ordenou-lhes que nada levassem para o seu caminho, senão apenas um bordão; nem pão, nem carteira, sem dinheiro no cinto; 9 mas para ir calçados com sandálias, e, disse ele , não colocar em duas demãos. 10 E disse-lhes: Onde estiver em que entrardes numa casa, ficai nela até sairdes dali. 11 E tudo o lugar não vos receber, e saber que você não, como vós sair dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho ao Pv 12:1 E eles saíram e pregaram que os homens devem arrepender-se . 13 e expulsavam muitos demônios, e ungido com óleo muitos doentes e curavam.

    Para o significado do número de doze ver em Mt 10:1 ; At 13:1 ), e ainda tem um grande valor hoje. Se um fica desanimado ou adoece, o outro está lá para dar precisava de ajuda. Também eles podem concordar em oração (conforme Mt 18:19 ). Dois são mais fortes do que 1.

    Enviar por diante ... é literalmente ". enviar em uma missão" Os doze "apóstolos" (mesma raiz grega como enviar por diante) eram para ser missionários de Cristo para as ovelhas perdidas de Israel (Mt 10:5. ). Eles foram fazer uma viagem missionária da Galiléia, uma vez que era impossível para o próprio Jesus para cobrir todas as muitas centenas de aldeias nesta área.

    Mateus dá a lista dos doze apóstolos, neste ponto (Mt 10:2. ). Mas Marcos deu-lhe mais cedo (3: 13-19 ).

    As instruções para a viagem (vv. Mc 6:8-11) parecem bastante surpreendente. Eles não estavam a tomar qualquer alimento ou roupa extra (pelas razões para este ver em Mt 10:9. ). Eles foram autorizados uma equipe, ou bengala. A proibição contra parecendo mesmo esta em Mt 10:10 e Lc 9:3 ). Além disso, eles não estavam a ter duas demãos (para que todos os três Evangelhos). A palavra não significa que se entende por um "casaco", mas refere-se ao abrigo de vestuário, ou túnica. O equivalente mais próximo hoje seria "camisa".

    Eles foram para ficar em apenas uma casa em cada comunidade, para não serem acusados ​​de levar a fofoca de uma casa para outra. Para o significado de sacudi o pó (v. Mc 6:11) ver em Mt 10:14 . O ato que indicaria que a cidade de ofensa "é contada como pagão." Paulo e Barnabé fez isso muito coisa de Antioquia da Pisídia (At 13:51 ).

    Os doze apóstolos tinham uma missão tripla (vv. Mc 6:12-13 ). (1) Eles pregavam que os homens devem arrepender-se , como João e Jesus tinha feito antes deles; (2) que expulsou muitos demônios, usando a autoridade Jesus lhes tinha dado (v. Mc 6:7 ); (3) eles ungido com óleo muitos doentes e os curava . O único outro lugar no Novo Testamento, onde este método é mencionado é Jc 5:14 . A unção com azeite provavelmente foi concebida como um símbolo da graça de Deus derramado.

    h. Morte de João (6: 14-29)

    14 E o rei Herodes ouviu falar dele ; para o seu nome tornou-se conhecido: e ele disse: João Batista ressuscitou dentre os mortos, e, portanto, estes operam nele. 15 Mas outros diziam: É Elias. E outros diziam: É um profeta, mesmo como um dos profetas.16 Herodes, porém, quando ouviu dele , disse, João, que mandei degolar, é aumentado. 17 Porquanto o próprio Herodes enviou e prender a João, e amarrou-o na prisão por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; . pois ele havia se casado com ela 18 Porque João dizia a Herodes: Não te é lícito ter a mulher de teu irmão. 18 E Herodias definir-se contra ele, e desejava matá-lo; E ela não podia; 20 porque Herodes temia a João, sabendo que ele era um homem justo e santo, eo guardava em segurança. E quando ele ouviu, ficou muito perplexo; e ele ouvia com prazer. 21 E um dia oportuno quando estava a chegar, que Herodes no seu aniversário natalício ofereceu um banquete aos seus senhores, e os capitães de altura, e os principais da Galiléia, 22 e quando a filha de Herodias entrou e ela mesma dançando, agradou a Herodes e aos que estavam à mesa com ele; E o rei disse à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. 23 E ele jurou a ela, tudo quanto pedires de mim, eu to darei, até a metade do meu reino.24 E ela saiu, e disse a sua mãe: Que pedirei? E ela respondeu: A cabeça de João Batista. 25 E ela veio logo com pressa à presença do rei, pediu, dizendo: Quero que tu frente-com-me dar em um prato, a cabeça de João Batista. 26 E o rei entristeceu-se muito;., mas por causa do juramento, e dos que estavam à mesa, ele não iria rejeitá-la 27 E logo o rei enviou um soldado da sua guarda, e mandou trazer a cabeça e ele se foi e degolou no prisão, 28 e trouxe a sua cabeça em uma bandeja, e deu à jovem; e o jovem a deu à sua mãe. 29 E os seus discípulos ouviram dele , vieram, tomaram o seu corpo, e pô-lo num sepulcro.

    Como de costume, o relato de Marcos é muito mais vivas do que em Mateus (ver em Mt 14:1.) ou Lucas (3: 19-20 ; 9: 7-9 ). A história contada aqui está cheio de drama e pathos.

    O rei Herodes está corretamente chamado de "o tetrarca" por Mateus e Lucas (ver em Mt 14:1)

    30 E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus; e disseram-lhe todas as coisas, tudo o que tinham feito, e tudo o que tinham ensinado. 31 E disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e descansai um pouco. Pois havia muitos indo e vindo, e não tinham tempo nem para comer. 32 E eles foram embora no barco para um lugar deserto, à parte. 33 E as pessoas os viram partir, e muitos sabiam -los , e eles correram juntos lá a pé de todas as cidades, e ali chegaram primeiro-los. 34 E ele saiu e viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35 E quando o dia já muito adiantada, os seus discípulos vieram a ele, e disse: O lugar é deserto, eo dia está já muito adiantada;36 mandá-los embora, para que possam entrar no país e aldeias em redor, e comprar -se um pouco para comer. 37 Mas ele respondeu, e disse-lhes: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Havemos de ir comprar vale duzentos xelins de pão e dar-lhes de comer? 38 E ele disse-lhes. Quantos pães tendes? ir e ver . E quando eles sabiam, eles dizem. Cinco pães e dois peixes. 39 E mandou que todos devem sentar-se em grupos, sobre a relva verde. 40 E eles se sentaram em grupos de cem e de cinquenta. 41 E tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e partiu os pães; e deu aos discípulos para que os distribuíssem; e os dois peixes dividido ele entre todos eles. 42 Todos comeram e se fartaram. 43 Em seguida, recolheram pedaços, doze cestos, e também dos peixes. 44 E os que comeram os pães eram cinco mil homens.

    Marcos e Lucas lugar este incidente imediatamente após o retorno dos doze apóstolos de sua missão de pregação (v. Mc 6:30 ). O Mestre percebeu que seus homens precisavam descansar e relaxar antes de se juntar a ele novamente em ministrar às multidões, de modo que Ele graciosamente os convidou-o apenas de doze a se desfazer com ele para um lugar tranquilo. Desert lugar não significa um desperdício de areia, mas um local solitário onde eles poderiam fugir das multidões que se amontoaram. Então, foi a pressão constante de multidões de moagem que Jesus e seus discípulos não têm sequer lazer para comer (v. Mc 6:31 ).

    Então, eles pegaram um barco -provavelmente ofício para pesca de Pedro, o lado leste do lago, onde apenas algumas pessoas viviam. Mas alguns os vi saindo e os conhecia -melhor ", reconheceu-os"; ou seja, "viu o que estava acontecendo" (conforme Mt 14:13. ; Lc 9:11 ). Então eles correram ao redor do extremo norte do lago da Galiléia , a pé (ou, "por terra"). Eles talvez viajou cerca de oito milhas enquanto o barco percorrido cerca de quatro ou cinco milhas-um comentário sobre a lentidão da vela naqueles dias e chegou pela primeira vez na costa oriental.

    Assim, os planos de férias de Jesus foram subitamente abalada. Chegando ao seu destino os treze homens encontraram uma grande multidão (v. Mc 6:34 ). Como o Mestre reagir? Ele teve compaixão: o aoristo sugere que Ele "foi tomado de compaixão." Isso sempre foi sua reação imediata às necessidades humanas. E assim Ele começou a ensiná-los. Essa foi a sua maior necessidade. Mateus (Mc 14:14) diz que ele "curou os seus enfermos". Lucas combina os dois em sua afirmação de que Jesus "falou-lhes do reino de Deus, e os que tinham necessidade de cura, curou" (Lc 9:11 ). Este é um bom exemplo do acordo essencial no pensamento, juntamente com algumas diferenças na forma, que se encontra nos três registros dos Evangelhos sobre o mesmo incidente.

    Na verdade, a alimentação dos cinco mil é o único milagre de Jesus, que se regista em todos os quatro Evangelhos. O relato de João (6: 1-13) é mais completa.

    Como tarde caía, os discípulos ficaram preocupados com que a grande multidão estava indo para obter a sua ceia. Orientais sentir um profundo sentimento de obrigação de alimentar seus convidados quando o horário das refeições chega. Então os Doze sugeriu que o Mestre tinha melhor enviar as multidões para as fazendas e aldeias vizinhas, a fim de que eles possam comprar algo para comer.

    Para dizer o mínimo, a resposta de Jesus foi surpreendente: Dai-lhes vós de comer (v. Mc 6:37 ). O grego é ainda mais forte: "vós mesmos dar-lhes de comer" (o mesmo em todos os três sinóticos). O comando parecia totalmente irracional. Mas o ponto importante é que os discípulos, na verdade, fez exatamente a coisa impossível Jesus lhes disse para fazer: eles se alimentavam toda a multidão. Ele forneceu o milagre; que forneceu as mãos; e foi feita a escritura. Os discípulos de Cristo ainda tem apenas uma responsabilidade-obediência. É sua responsabilidade de fornecer a energia que permite, como Ele fez lá atrás.

    A reação dos Doze para o comando era perfeitamente natural. Foram eles que ir e comprar vale duzentos xelins de pão -200 denários, no valor de cerca de quarenta dólares? Uma vez que um denário era o salário de um dia de (Mt 20:2)

    45 Logo em seguida obrigou os seus discípulos a entrar no barco, e passar adiante dele para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele mesmo manda o caminho multidão. 46 E depois que ele tinha tomado despediu deles, retirou-se para o monte para orar .47 E, quando já era tarde, estava o barco no meio do mar, e ele sozinho em terra. 48 E, vendo-os afligido a remar, porque o vento era contrário a eles, pela quarta vigília da noite, ele vem para eles, andando sobre o mar; e ele teria passado por eles: 49 mas, quando o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e gritaram; 50 para todos o viram e se assustaram. Mas ele logo falou com eles e disse-lhes: Tende bom ânimo: é I; não temais. 51 E subiu-lhes para dentro do barco; eo vento cessou; e foram pavor em si mesmos; 52 para que eles não compreenderam o relativo pães, mas seu coração estava endurecido.

    Quando a refeição foi encerrada e os doze discípulos tinham preenchido suas cestas de almoço com os pedaços que sobraram, Jesus restrita (ou, obrigado)-los a embarcar em seu barco, e passar adiante dele para o outro lado, a Betsaida. Esta afirmação parece estranha, uma vez que, aparentemente, eles estavam no lado leste do lago ea única Betsaida que sabemos (Betsaida Julia) foi na margem leste do rio Jordão, no ponto em que ele entra no lago da Galiléia. Além disso, Lc 9:10 diz que a alimentação dos cinco mil ocorreu perto desta cidade. Como são estas declarações devem ser harmonizadas?

    Tem sido sugerido que os discípulos dirigido para o norte através da pequena baía ao sul de Betsaida, na expectativa de levar Jesus a bordo no município, mas em vez disso foram conduzidos por ventos do norte para fora no centro do lago. Alguns estudiosos acreditam que é provável que havia uma vila de pescadores chamada Betsaida, na margem ocidental perto de Cafarna1. Qualquer uma dessas soluções é aceitável, mas é preferível que seja difícil dizer. João (Mc 6:17) diz que os discípulos "estavam indo para o mar até Cafarna1." Este foi aparentemente o seu destino final naquela noite.

    A história de uma caminhada de Jesus sobre a água é registrada também por Mateus (ver em Mt 14:22.) e João, mas não Lucas. Um vento contrário foi o que torna difícil para os discípulos no lago. afligido (v. Mc 6:48) é uma tradução melhor do que "labuta" (KJV). A palavra grega (usado também por Mateus) significa "torturado" ou "atormentado".

    Marcos sozinho diz que Jesus teria passado por eles. Isso provavelmente não significa que essa era sua intenção completo, mas apenas que parecia, assim, para os discípulos. Quando eles gritaram com medo, perturbado ou "perturbado" com o que viram, Ele os consolou por suas palavras e sua presença. Quando Ele embarcou no barco, o vento cessou. O verbo significa literalmente "se cansar." Como uma criança inquieta que tempestuosamente recusou-se a ficar quieto, o vento finalmente afundou em um sono repousante.

    c. Cura em Genesaré (6: 53-56)

    53 E quando eles tinham atravessado, eles vieram para a terra até Genesaré, e ali atracaram. 54 E, quando chegaram para fora do barco, logo o povo o conhecia, 55 e corria ao redor toda aquela região, e começou para levar em seus leitos os que se achavam enfermos, para onde ouviam dizer que ele estava. 56 e, onde ele entrou, em aldeias ou em cidades, ou para o país, punham os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar se fosse, mas a orla do seu manto; e todos os que a tocavam ficavam curados.

    Este incidente é dada somente aqui e em Mateus (ver em Mt 14:34. ). Como é geralmente o caso em seções narrativas, o relato de Marcos é mais completa e mais gráfica. Ele relata que, logo que eles tinham ancorado na margem ocidental do lago,logo (imediatamente) o povo corria ao redor (verbo grego composto encontrado somente aqui no Novo Testamento) e começou a transportar cerca de (outro composto com peri) sobre suas camas ("pallets", ou colchas densamente acolchoado) a doentes onde ouviam dizer que ele estava. Estes itens adicionados em Marcos pintar um retrato vívido. Pode-se ver em maca sendo levado às pressas para Jesus de todas as direções. Foi uma cena típica em Seu ministério ocupado.

    O versículo 56 pode ser pensado como uma descrição geral do que ocorreu em todo grande ministério galileu do Mestre, e não só aqui. Os três tipos de habitação humana daquele dia são mencionados. As pessoas viviam em aldeias (cidades sem muros) ou cidades (geralmente com paredes) ou o país (no plural, "lugares do país"). No singular esta palavra significa "um campo." Mas, no plural refere-se a toda a área fora das cidades e vilas.

    Eles apresentavam os enfermos nas praças . The Agora, como a Plaza de cidades da América Latina, foi o ponto de encontro central da comunidade para a compra e venda, bem como para a comunhão social. Aqui, as multidões se reuniram em torno de Jesus.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56
    Esse é um capítulo cheio de opor-tunidades, algumas se perderam por causa da descrença, outras fo-ram aproveitadas em consequência da fé.

  • Oportunidade para conhecer o Servo (Mc 6:1-41)
  • Os Doze eram embaixadores de Cristo, comissionados e capacita-dos por ele para servir aonde quer que os enviasse. Se compararmos o relato de Marcos com o de Ma-teus (10:1-42), constataremos que Marcos omite a menção ao minis-tério para os judeus, pois escreve para leitores gentios. Como havia urgência nessa obra, Jesus disse aos homens que não comprassem ne-nhum equipamento novo nem car-regassem coisas de que não preci-savam. Não devemos entender que essas ordens referem-se a todos os ministérios, pois Deus espera que usemos de bom senso quando pla-nejamos nossas viagens. Jesus enco-rajava-os a viver pela fé, uma lição que o povo de Deus de todas as eras precisa aprender. A principal tarefa deles era pregar a Palavra e levar as pessoas a crer no Salvador.

  • Oportunidade para arrepender- se do pecado (Mc 6:14-41)
  • Elerodes Antipas era apenas o te- trarca da Galiléia e da Peréia, mas gostava de ser conhecido como rei. Ele casou-se com sua cunhada, He- rodias, que deixou o marido Filipe a fim de formar essa aliança perversa, e João Batista repreendeu-o por isso (Lv 18:16). Herodias queria que o marido matasse João Batista, no en-tanto Herodes, ao prender João Ba-tista e, ocasionalmente, ouvir suas pregações, acomodou a situação. Herodes ouviu o maior profeta já enviado e, mesmo assim, recusou- se a entregar-se à Palavra de Deus. Podemos traduzir a frase "fazia mui-tas coisas" (v. 20, ARC) por: "Estava perplexo". A indecisão de Herodes transformou-o em assassino, pois ele, em vez de prestar atenção à Pa-lavra, tentou calá-la ao matar João Batista. Um ano depois, quando Je-sus ficou diante de Herodes Antipas (Lc 23:6-42), o Filho de Deus recu-sou-se a falar com ele, pois Herodes calara de uma vez para sempre a voz do Senhor. Ele desperdiçou to-das as oportunidades que o Senhor lhe dera.

  • Oportunidade de mostrar com-paixão (Mc 6:30-41)
  • Jesus enviara os Doze para pregar. Eles retornaram e relataram-lhe o que Deus fizera por intermédio de-les. Após um período de ministério intenso, eles precisavam descansar; assim, Jesus e os apóstolos foram sozinhos para um lugar isolado. E bom ministrar aos necessitados, mas também é bom cuidar de si mesmo a fim de permanecer forte para mi-nistrar de novo. O dr. Vance Havner costumava dizer: "Se não nos afas-tamos para descansar, nós nos frag-mentamos!".

    Jesus tentou afastar a multidão, mas não teve sucesso em seu inten-to (veja 7:24). O Servo de Deus não podia nem mesmo ter um tempo para descansar! O povo seguiu-o, e ele sentiu compaixão dele, e en-sinou-o e, depois, alimentou-o. Os quatros evangelhos relatam a ali-mentação dos 5 mil, portanto esse milagre é importante. A solução dos discípulos para o problema era "Ir [...] comprar" (v. 37), porém a solu-ção de Jesus foi: "Ide ver!" (v. 38). Sempre comece com o que você já tem, antes de pedir mais a Deus. O milagre da multiplicação aconteceu nas mãos de Jesus: ele era o produ-tor; os discípulos eram apenas os distribuidores. Como é maravilho-so ter um Mestre que pode resolver todos os problemas, satisfazer todas as necessidades e capacitar-nos para ministrar aos outros.

  • Oportunidade para crescer na fé (Mc 6:45-41)
  • João conta que a multidão, mara-vilhada com sua capacidade de alimentar tantas pessoas, queria torná-lo rei (Jo 6:15). Nesse estágio de sua fé, é provável que os Doze concordassem com a multidão, por isso mandou-os entrar em um bar-co enquanto ele despedia a multi-dão e, depois, subiu ao monte para orar (veja 1:35). Ele estava testando a fé dos apóstolos, pois sabia que haveria uma tempestade. Jonas en-frentou uma tempestade porque de-sobedeceu ao Senhor, mas os Doze entraram em uma tempestade por-que lhe obedeceram. Os homens não queriam deixá-lo; ele teve de compeli-los a ir.

    Na tempestade anterior (4:35- 41), Jesus estava no barco com os homens, porém agora ele estava au-sente. Quando a situação piora, Je-sus vai até eles, fala com eles e lhes transmite paz e segurança. Marcos não menciona o caminhar sobre as águas de Pedro (Mt 14:22-40), no entanto a omissão é compreensível, se Marcos realmente for o porta-voz de Pedro nesse evangelho. Entretan-to, Marcos registra o fracasso de to-dos os discípulos em compreender o poder de Jesus e em aprender as verdades espirituais que ele queria ensinar-lhes (v. 52).

  • Oportunidade de receber a aju-da do Senhor (Mc 6:53-41)
  • O barco aportou ao sul de Cafarnaum. As pessoas reconheceram Jesus e correram para buscar seus doentes e afligidos e trazê-los até o

    Senhor. Elas não o esperavam, mas não queriam perder a oportunida-de, já que ele estava lá. Não ape-nas trouxeram seus doentes, como espalharam as boas-novas entre as outras vilas. Assim, aonde quer que Jesus fosse, havia pessoas necessita-das esperando por ele. O Servo esta-va à disposição de todos os tipos de pessoas e satisfazia, graciosamente, a necessidade delas.

    No dia seguinte, Jesus fez o ser-mão sobre o pão da vida e perdeu a multidão (Jo 6:22-43). As pessoas - queriam o pão, mas não a verdade. Como muitos hoje que querem que Jesus os ajude e os cure, mas não que os salve e os liberte de seus pecados.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56
    6.1 Se este trecho relata a mesma rejeição relatada em Lc 4:16-42 (de qual conclusão não há certeza) Marcos acrescenta um detalhe omitido por Mt e Lc, i.e., a presença dos Seus discípulos. No seu treinamento, aprendem a assumir a mesma atitude de Jesus, frente às incompreensões da parte do Seu povo, ao qual o Mestre enfrentou na Sua própria terra (13.13).

    6.2 Era costume, nas sinagogas, convidar qualquer rabino visitante para a apresentação de uma mensagem. Jesus era mestre bem conhecido.
    6.3 Carpinteiro. Ainda que a palavra do original possa, também, estender seu sentido a "artesão, escultor" (metal ou pedra), é muito mais provável que Cristo era carpinteiro ou marceneiro (conforme Mt 13:55). Justino Mártir disse que, em seu tempo (c. 160 d.C.), procuravam-se artigos de madeira feitos por Jesus. Tiago. Conforme At 12:17; At 15:13; At 21:18;Jc 1:12n. Jesus incluía, nas profecias a Seu respeito, a do Profeta de Dt 18:15 que; claramente nos ajuda na formação do conceito do Messias.

    6.6 A última parte deste verso deve iniciar o parágrafo que o seque.
    6.7 Dois a dois. Seis grupos de discípulos espalharam-se por todos os cantos da Galiléia. Autoridade (gr exousia). A fonte original de toda autoridade vem do Deus Pai; o Filho recebeu-a em virtude de Sua submissão até à morte, (Jo 17:2) e compartilha-a com Seus seguidores (conforme Jo 20:21-43; Lc 9:0), os discípulos deviam depender inteiramente da fé em Seu Senhor que por meio dos ouvintes providenciaria o pão de cada dia (conforme 1Co 9:7-46; Gl 6:6; Mt 10:10n). Todos nota- riam a urgência da mensagem (a mesma que Jesus apregoava, conforme 1.15n), levando mais homens a decidir favoravelmente. Alforje. A sacola dos mendigos.

    6.10 Permanecei. Conforme Lc 9:3, 4n. As equipes missionárias não deviam insultar quem as hospedava mudando para acomodações melhores.

    6.11 Sacudi o pó. Cf Lc 9:0), Cristo não usava óleo, em Suas curas.

    6.14 Herodes. Conforme Lc 9:0), mas se fosse levantado dos mortos qualquer milagre estaria ao seu, alcance (cf.Mt 12:39, Mt 12:40).

    6.15 Profeta. Notável é observar-se que Jesus não é chamado claramente de Messias. Isto porque não cumpria todos os sinais do Messias, que a mentalidade popular havia imaginado e estava aguardando.

    6.17 Herodias. Neta de Herodes, o grande, e Mariamne, sobrinha de Herodes. Cárcere. Conforme Mt 14:0; 20:21).

    6.20 Boa mente. Herodes deu ouvidos à mensagem de João, mas não se arrependeu (cf. At 26:28). O encarceramento de João foi decretado por Herodes para emudecer a critica contra sua pessoa.

    6.21 Dignitários. No gr é a mesma palavra que na Septuaginta se encontra em Et 1:3. Indica pessoas influentes da corte.

    6:22-25 Josefo informa-nos que a filha de Herodias era Salomé, fruto do seu primeiro casamento. Salomé, agindo de moda contrário a todo bom costume (cf.Et 1:12), dançou de modo provocante e degradante. Herodes, parcialmente embriagado, ofereceu a metade do seu reino (v. 23) que ele nem podia dar (era vassalo de Roma).

    6.30 Apóstolos. Conforme Lc 9:0,Sl 23:2):
    1) Faltam-lhes o alimento e a água da vida (Jo 6:35);
    2) Falta-lhes a direção para o aprisco eterno (Jo 10:16);
    3) Falta-lhes a proteção contra o inimigo (Jo 10:28).

    6.35 Deserto. Não no sentido de lugar onde só há areia, mas de um lugar solitário (v. 32) ao nordeste de lago da Galiléia. Este vocábulo liga o milagre com a provisão sobrenatural do maná que apareceu no deserto (conforme Êx 16).

    6.37 Sobre o milagre e seu significado, veja Lc 9:12 um denário paga o salário de um empregado na vinha por um dia.

    6.39 Em grupos. No original, há a sugestão de uma cena de festa ou "comunhão de mesa”, ou reunião de hóspedes. Por trás do grego havia um termo técnico aramaico, usado para dar nome à festa familiar da Páscoa. A formação dos grupos também facilitaria a distribuição dos pães. Relva verde. Era primavera, época da Páscoa (Jo 6:4), quando chovia na Palestina.

    6.40 Grupos. Outra palavra que pode ter, a conotação de pequenos campos de flores.

    6.41 Os abençoou. Não os pães mas a Deus. A antiga bênção judaica pelo pão era, "Louvado sejas tu, ó Senhor, nosso Deus, Rei do mundo, que tiras pão, da terra" (Lv 19:24). Pães e peixes aparecem, na arte primitiva (nas catacumbas de Roma), para apresentar a ceia do Senhor.

    6.43 Doze cestos. Conforme Lv 9:17n.

    6.45 Compeliu. Provavelmente para que as discípulos não fossem contaminados pelo zelo muito comum, na época, de forçar Jesus a ser rei (Jo 6:14ss).

    6.46 Tendo-os... Refere-se à multidão, e não aos discípulos (Mt 14:23).

    6.48 Quarto vigília. Veja Mt 14:25n.

    6.50 Tende bom ânimo. Em todas as sete vezes que este verbo (gr tharsei) aparece no NT, no modo imperativo (menos uma, Mc 10:49), Jesus é quem fala. • N. Hom. Tende bom ânimo porque Jesus mandou-os (v. 45);
    2) Ele intercede (v. 46; 1Jo 2:1);
    3) Ele vê sua dificuldade (v 48: He 4:15);
    4) Ele se aproximei e fala (v. 50);
    5) Ele fica ao seu lado e vence o problema (51; 2Co 2:14).

    6.52 Os discípulos não perceberam o significado da multiplicação. Aquele que pode criar pão, pode acalmar a tempestade. Endurecido. Como os israelitas no deserto beneficiados por numerosos milagres, ainda assim rebelaram-se porque não creram.

    6.53 Genesaré. A planície fértil ao sudoeste de Cafarnaum.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56
    A rejeição de Jesus de Nazaré (6:1-6). (Textos paralelos: Mt 13:53-40; conforme Lc 4:16-42.)

    De Cafarnaum, Jesus prosseguiu 30 quilômetros na direção sudoeste para Nazaré, a sua cidade (v. 1), onde tinha morado anteriormente, e lá pregou na sinagoga (v. 2; v.comentário Dt 1:21). Os habitantes da sua cidade reconheceram a sabedoria demonstrada na sua pregação e também o poder demonstrado nos seus milagres; mas estavam perdidos quanto à explicação dessas coisas. Se ele tivesse descido visivelmente do céu sobre esta terra (como muitos acreditavam que o Messias faria), tudo teria sido compreensível. Mas ele era simplesmente o carpinteiro local (embora a palavra tektõn pudesse ser aplicada também a artesãos em pedra ou metal, aqui provavelmente se pensa no artesão em madeira); e sua mãe, irmãos e irmãs eram todos bem conhecidos deles (v. 3). A raiz da sua perplexidade acerca de Jesus era a sua incredulidade (v. 6); e Jesus ficou admirado com isso. Como em 3.31, José não é mencionado em 6.3, o que sugere novamente que ele já estava morto nessa época. Os “irmãos” de Jesus (v. 3) provavelmente eram filhos de José e Maria, nascidos após Jesus ter nascido de Maria. A sugestão de que eles eram ou meio-irmãos de Jesus (i.e., filhos de José de um casamento anterior), ou então primos de Jesus, não são interpretações naturais desse trecho e surgiram quando o estado de virgindade se tornou “mais sagrado” do que o casamento, e, como consequência, a crença na virgindade perpétua de Maria foi se tornando popular. Quanto ao fato de Jesus ser rejeitado por aqueles com quem ele tinha convivido, ele comentou que isso era o que os profetas experimentam em geral (v.

    4). Em virtude da incredulidade do povo de Nazaré, Jesus foi incapaz, em conformidade com os princípios em que ele agia, de fazer milagres entre eles, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los\ esses, supostamente, demonstraram uma pequena medida de fé nele.

    A missão dos 12 apóstolos (6:7-13).

    (Textos paralelos: Mt 9:36-40.)

    O propósito dessa missão era duplo. Em parte, era para dar aos apóstolos algum treinamento prático na obra missionária a fim de prepará-los para responsabilidades posteriores como enviados ao mundo (v.comentário Dt 3:14), mas tinha a intenção também de levar sem demora o chamado ao arrependimento para o maior número possível de gali-leus. A razão da urgência da necessidade para que esses se arrependessem não é declarada em Marcos, mas Mt 10:7 mostra que isso era urgente em vista da vinda próxima do Reino de Deus. Por causa da pressa com que os discípulos teriam de agir, deveriam viajar com o menor peso possível. Para a provisão das suas necessidades materiais, deveriam confiar no cuidado de Deus, e não nos recursos de suas próprias provisões (v. 8). Se descobrissem, depois de terem estado numa casa durante dois ou três dias, uma moradia mais adequada nas proximidades, não deveriam se mudar para ela (v. 10). Ao saírem de vilas que não se tivessem mostrado receptivas, deveriam sacudir a poeira dos seus pés, como sinal de que sua responsabilidade pessoal para com eles tinha sido cumprida e que os habitantes agora teriam de responder por si mesmos (v. 11; conforme At 18:6). Depois de serem incumbidos de sua missão, os discípulos viajaram por toda a Galiléia pregando e ensinando (v. 12,13) e, assim, proclamando o reino na forma em que o próprio Jesus o fazia.

    A morte de João Batista (6:14-29). (Textos paralelos: Mt 14:1-40; Lc 3:19,Lc 3:20;Lc 9:7-42; Jo 6:1-43.)

    Quando Dn 12:0). O fato de que a multidão, que percebeu a partida deles e foi ao destino dos apóstolos a pé, chegou lá primeiro (v. 33), sugere que o vento no mar foi desfavorável ao progresso rápido do barco. Ao desembarcarem, a impressão que Jesus teve da multidão foi que eles eram como ovelhas sem pastor, i.e., desnorteadas e desamparadas. Por isso, ele imediatamente atendeu à sua necessidade principal e pregou à multidão (v. 34). Quando anoiteceu, no entanto, em vez de concordar com a sugestão perfeitamente razoável dos apóstolos de despedir a multidão para que ela pudesse obter comida nas vilas próximas (v. 36), ele mesmo agora atendeu à necessidade física dela ao multiplicar e fazer que fossem distribuídos os cinco pães e os dois peixes, que eram toda a comida que estava disponível para eles ali. O fato de que foram recolhidos 12 cestos com pedaços depois (v. 43) sugere que cada apóstolo carregou um cesto. Esse milagre não foi somente uma expressão de compaixão de Jesus pela multidão faminta; 6.52 e 8:16-19 mostram que tinha o propósito de ensinar aos discípulos uma verdade mais profunda. O estado dos justos na vida por vir era retratado pelos judeus como um grande banquete com o Messias à cabeceira da mesa (conforme Is 25:0 se deveu à intenção da multidão de “proclamá-lo rei”. Enquanto Jesus estava partindo sozinho para orar num monte (v. 46), os seus discípulos cruzaram o mar, viajando provavelmente da região de Betsaida Júlia (conforme comentário do v. 31) para “Betsaida da Galiléia” (v. 45; Jo 12:21), na margem noroeste do mar. A sua viagem, no entanto, se mostrou muito difícil, embora não em virtude de uma tempestade repentina (como em 4.37), mas por causa de um forte vento que soprava contra eles (v. 48); o vento durante as horas anteriores tinha mudado de direção, se a sugestão no comentário do v. 33 for correta). Da encosta do monte, Jesus viu os discípulos em aflição, supostamente à luz do luar, e entre 3 e 6 horas da manhã (a “quarta vigília da noite” [nr. da NVI], adotando aqui, como em 13.35, o cálculo romano, pois, no cálculo dos judeus, a noite era dividida em três vigílias somente), Jesus caminhou em direção a eles cruzando a superfície da água. e estava já a ponto de passar por eles (v. 48): Provavelmente, para que eles fizessem um apelo pessoal de ajuda a ele (cf. Lc 24:29). Embora o grito dos discípulos ao vê-lo tenha sido de medo, e não de pedido de ajuda, Jesus respondeu a esse grito e acalmou o espírito deles (v. 50); aí ele entrou no barco, e o vento cessou (v. 51). A admiração deles, embora natural, é considerada censurável no relato de Marcos. Pouco antes disso, os discípulos haviam testemunhado a multiplicação dos pães realizada por Jesus (v. 52), por isso deveriam estar mais conscientes do poder divino de que ele estava revestido.

    As curas realizadas por Jesus em Ge-nesaré (6:53-56). (Texto paralelo: Mt 14:34-40.)

    Genesaré, onde os discípulos aportaram (v. 53), era supostamente uma vila na pequena mas densamente povoada planície de Genesaré, nas proximidades de Cafarnaum. Nessa região, Jesus curou muitos inválidos dessa vez. Como outros homens judeus que eram leais à Lei, em cada extremidade da sua roupa externa Jesus tinha um cordão azul (v. Nu 15:37; Dt 22:12), e muitos foram curados ao expressarem sua fé nele por meio do ato de tocarem um desses cordões (v. 56).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 30

    I. Outra Viagem Missionária pela Galiléia. Mc 6:1-30). A terceira foi diferente das duas anteriores em que os discípulos foram enviados dois a dois (Mc 6:7), depois que Cristo foi de cidade em cidade pregando e ensinando ele mesmo (Mt 11:1). A viagem deve ser entendida incluindo a visita a Nazaré (Mc 6:1-6). Foi também durante esse período que Herodes ficou preocupado com a grande popularidade do Senhor (Mc 6:14-16).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 14 até o 29
    i) Herodes e João Batista (Mc 6:14-41; Lc 9:7-42. Herodes Antipas era filho de Herodes o Grande (Mt 2:1) e de Maltace. O título de rei que se lhe aplicava era apenas de cortesia, e um costume local. Ele era realmente "tetrarca", ou soberano de uma quarta parte, na Galiléia e na Peréia, sob a tutela de Roma. Sem exceção, Lucas usa sempre esse título "tetrarca". O rei Herodes... disse (14) (ARC). Melhor, com a ARA: "Alguns diziam". De todas as notícias a respeito de Jesus que chegaram aos ouvidos de Herodes, sua consciência roedora o levaria a focalizar esta: João o Batista ressuscitou. Isto explicaria a demonstração de poderes sobrenaturais nEle. Marcos agora narra em retrospecto os pormenores das circunstãncias relativas à morte de João Batista. Os detalhes esclarecem o caráter de Herodes, e ao mesmo tempo tecem loas ao ministério de Jesus na Galiléia dentro da jurisdição de Herodes, e além, dentro de território gentílico. Segundo Josefo, João foi encarcerado em Macaero, um complexo de construções reunindo uma forta1eza, um palácio e um cárcere, situado ao nordeste do Mar Morto. Em verdade, Herodias era sobrinha de Antipas, sendo filha de Aristóbulo seu meio-irmão; ela casara-se com outro meio-irmão chamado Herodes por Josefo, mas que possivelmente tinha o nome Filipos (17). Repetidamente João admoestava Antipas por causa desta união proibida pelos termos de Lv 18:16; Lv 20:21, e por conseguinte Herodias nutria ódios contra o profeta que somente Herodes, cuja consciência não estava ainda completamente abafada, podia refrear. Herodes apresenta o quadro de um ser moralmente vacilante, dividido entre seu respeito para João e sua paixão por Herodias. A filha de Herodias (22): Salomé. Existem uns poucos manuscritos importantes que dizem: a filha de Herodes. Isto é inaceitável, pois uma filha da união entre Antipas e Herodias não teria muito mais que dois anos de idade. Além disto, é difícil acreditar que Herodes sentisse prazer numa dança sensual que só podia degradar sua própria filha. A história pinta as maneiras de uma corte oriental. Cfr. Et 5:2. Há razão para crer que Herodes Antipas nos oferece um exemplo de alguém que cometeu o pecado imperdoável (Mc 3:29). Ele brincava persistente e deliberadamente com a verdade que João lhe apresentava, e quando mais tarde Jesus comparece diante dele uma só vez, o Salvador não lhe diz coisa alguma (Lc 23:7-42). O silêncio de Cristo é muito sugestivo, pois se Herodes pudesse responder a uma exortação, é certo que O Senhor lhe teria falado.

    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56

    19. Incrível Incredulidade (Marcos 6:1-6)

    Jesus saiu de lá e chegou à sua cidade natal; e seus discípulos o seguiram. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e os muitos ouvintes ficaram perplexos, dizendo: "Onde é que este homem conseguir essas coisas, e que é essa sabedoria dada a Ele, e tais milagres como estes realizados por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago e de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não estão aqui entre nós? "E ficavam escandalizados por Ele. Jesus disse-lhes: "Não há profeta sem honra senão na sua cidade natal e entre os seus parentes e em sua própria casa." E Ele não podia fazer nenhum milagre ali, exceto que Ele colocou suas mãos sobre alguns doentes e curá-los. E Ele se perguntou em sua incredulidade. E Ele estava indo ao redor das aldeias ensinando. (6: 1-6)

    Embora as pessoas estavam constantemente surpreendido com Jesus, o Novo Testamento refere-se apenas duas vezes quando foi surpreendido por pessoas. Tanto a fé envolvidos. Do lado positivo, Jesus maravilhou-se com a forte fé expressa por um centurião romano, em Cafarnaum. De acordo com Lc 7:9; 1Tm 2:141Tm 2:14.). O povo dos dias de Noé se recusou a acreditar sua advertência, e eles foram posteriormente afogado na enchente (24 conforme Mt 38:39; 2Pe 2:5, Ex 32:35). A dúvida medo-laden dos dez espiões, representante da nação de Israel, fez com que toda geração a morrer no deserto (Nu 13:32; 14:.. 20-23; conforme 1 Cor 10, 1-10) . -Incredulidade expressa de Acã na ganância, roubo e uma tentativa de cover-up-trouxe sobre a execução de toda a sua família (Js 7:25). Mesmo depois de se instalar na Terra Prometida, a apostasia recorrente e incredulidade dos israelitas trouxe julgamento repetido de Deus (conforme Jz. 2: 7-11).

    Paradoxalmente, os líderes religiosos judeus retratados no Novo Testamento exibiu o mesmo nível de descrença em sua resposta a Jesus. Como Estevão disse ao Sinédrio,

    "Você Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos estão sempre resistem ao Espírito Santo; você está fazendo exatamente como fizeram vossos pais. Qual dos profetas que os vossos pais não perseguiram? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, cuja traidores e assassinos que você já se tornaram; . Você, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e ainda não mantê-lo "(Atos 7:51-53)

    Como todos os outros incrédulos, a sua dureza de coração resultou em-los morrer em seus pecados e perdendo céu (conforme Jo 8:24). Incredulidade no Filho de Deus ativa ira divina e catapultas almas no inferno eterno. Nas palavras familiares de Jo 3:18: "Quem nele crê não é julgado; mas quem não crê já está julgado, porque ele não crê no nome do unigênito Filho de Deus "(conforme Jo 8:24).

    Esta passagem (Marcos 6:1-6) vem na esteira de vários milagres significativos realizados por Jesus. Em Marcos 4:35-41, Ele instantaneamente acalmou uma violenta tempestade no Mar da Galiléia. No dia seguinte, na costa oriental do lago, Ele expulsou uma legião de demônios em um rebanho de suínos (5: 1-20). Retornando a Cafarnaum (5: 21-24), Jesus curou uma mulher que sofria de hemorragia incessante por mais de uma década (5: 25-34). Ele então levantou os doze anos de idade, filha de Jairo de volta à vida (5: 35-43). Hipnotizado por seu ensino e surpreendem com seus milagres, as multidões na Galiléia geralmente respondeu a Jesus com uma atitude de entusiasmo. Sua curiosidade atônito sobre Ele, no entanto, ficou muito aquém da fé salvadora (conforme Jo 2:24; Jo 6:66).

    É claro, a emoção popular de as multidões ficaram em total contraste com a hostilidade dos fariseus e dos escribas, que odiava Jesus e já estavam conspirando para matá-lo (Mc 3:6), para provocar a sua morte.

    Neste ponto o ministério de Jesus, os líderes religiosos 'atitude de rejeição pura e simples não era compartilhada pela maioria das pessoas. Como Jesus viajou por toda a cidades e vilas da Galiléia (Mt 4:23;. Mt 9:35; Mc 1:39), Ele foi geralmente bem acolhida. Houve uma notável exceção: sua própria cidade natal de Nazaré. Os moradores de Nazaré sabia que Jesus apenas como um carpinteiro local que cresceu e viveu em sua pequena comunidade para a parte melhor de três décadas (conforme Mc 1:9; Mc 10:47; Mc 14:67; Mc 16:6;. Lc 2:39). Ele havia crescido lá, progredindo através dos estágios da juventude para a idade adulta (Lc 2:40). Embora tivesse sido catapultada para a cena pública após o início do Seu ministério público em torno de trinta anos de idade, seu ex-vizinhos ainda viam como nada mais do que o filho mais velho de uma família conhecida de sua aldeia.

    A viagem a Nazaré gravou nesta passagem (6: 1-6; conforme Mt 13:1). Como Lucas registra, "Jesus voltou para a Galiléia no poder do Espírito Santo; ... E Ele veio a Nazaré, onde fora criado; e como era seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para ler "(Lc 4:14). Jesus teria sido muito familiar para as pessoas que frequentam a sinagoga naquele dia, uma vez que tinha conhecido ele desde que era uma criança. Para eles, Ele era um membro normal da sua comunidade de cidade pequena. No entanto, naquele dia Sabbath iria revelar-se longe de ser comum.

    Era costume para viajar rabinos de ser convidado para a sinagoga local para ler as Escrituras e abordar a congregação. Porque palavra sobre Jesus tinha se espalhado, o povo de Nazaré foram, sem dúvida, ansioso para ouvi-lo pregar. Depois de ler uma passagem messiânica de Isaías 61:1-2, Jesus disse aos seus amigos e vizinhos familiares ", esta Escritura foi cumprido hoje de ouvir" (Lc 4:21). A implicação era clara. Ele estava afirmando ser o Messias. Inicialmente, a resposta da congregação parecia bastante positiva: "Todos falavam bem dele, e querendo saber das palavras de graça que estavam caindo dos lábios; e eles estavam dizendo, 'Não é este o filho de José? "(v. 22). Mas Jesus sabia que seus corações (conforme Jo 2:24). Ele reconheceu a sua resposta para o que era, um desejo superficial para vê-Lo realizar milagres (conforme Lc 4:23). Quando Jesus repreendeu a sua falta de fé e hipocrisia, comparando-os com a geração apóstata de israelitas que viveu durante os dias de Elias e Eliseu (vv. 25-27), eles reagiram ao revelar a verdadeira condição de seus corações. "Todas as pessoas na sinagoga estavam cheios de raiva, ouvindo eles estas coisas; e levantou-se e dirigiu-o fora da cidade, e levou-o à cume do monte em que a cidade tinha sido construída, a fim de jogá-lo para baixo do penhasco "(vv. 28-29). Depois de apenas um sermão, pessoas que tinham conhecido Jesus muito bem foram tão incensado por Sua mensagem que se transformou em uma multidão, querendo matá-lo. Mas Ele escapou, como relata Lucas, e "passando pelo meio deles, Ele seguiu o seu caminho" (v. 30).

    Meses se passaram até que Jesus decidiu retornar a Nazaré para uma segunda e última vez. Deixando de Cafarnaum, Jesus saiu de lá e chegou à sua cidade natal. Até este ponto, Cafarnaum tinha sido a sede do ministério galileu de Jesus. Deste ponto em diante, que já não era o caso. Os moradores da cidade havia recebido mais de revelação suficiente para acreditar e, portanto, para ser responsável por rejeitá-Lo (conforme Mt 2:23). Além disso, a hostilidade dos líderes religiosos judeus e da proximidade do palácio de Herodes, situado na vizinha cidade de Tiberíades, tornou perigoso demais para ele ficar em Cafarnaum por períodos prolongados de tempo.

    Nazaré, localizado 25 milhas ao sudoeste de Cafarnaum, era uma aldeia insignificante nos dias de Jesus, com uma população de cerca de quinhentos habitantes. Era tão obscuro que nunca é mencionado tanto no Antigo Testamento, ou o Talmud judaico. No entanto, ele tinha sido o Senhor cidade natal há quase três décadas. O fato de que seus discípulos o seguiram indica que esta não foi uma visita familiar privada, mas foi destinado para o ministério público. Como parte de sua própria formação ministério (conforme 6: 7-13), os discípulos seriam expostos à rejeição de coração duro que caracteriza incrédulos.

    A resposta dos nazarenos para Jesus revela quatro verdades sobre a natureza perniciosa de incredulidade: ela obscurece o óbvio, eleva o irrelevante, assalta o mensageiro, e rejeita o sobrenatural.

    A incredulidade obscurece a Obvious

    Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e os muitos ouvintes ficaram perplexos, dizendo: "Onde é que este homem conseguir essas coisas, e que é essa sabedoria dada a Ele, e tais milagres como estes realizados por suas mãos? (6: 2)

    Apesar de sua resposta violenta para Jesus em Sua visita anterior, quando chegou o sábado os moradores de Nazaré O convidou para ensinar na sinagoga. Sua popularidade crescente por toda a Galiléia, sem dúvida, fez curioso para ouvi-lo novamente. Em um nível humano, que o conhecia muito bem. Eles também estavam plenamente conscientes de que, desde que deixou Nazaré para começar a pregar e realizar milagres, Ele causou admiração e espanto em todo Israel. Embora eles não tentou matar Jesus nesta ocasião, já que tinham no primeiro (conforme Lc 4:29), sua disposição descrente em relação a Ele não tinha mudado.

    Como o Senhor Jesus ensinou, os muitos ouvintes ficaram perplexos. Ao contrário do desmedido sinuoso dos rabinos, o ensinamento do Senhor era autoritário (Mt 7:28-29.), experiente (João 7:15-16), potente (Lc 4:32). Compreensivelmente, a resposta da congregação foi total espanto. A palavra grega espantado ( ekplessō ) significam "golpear" ou "explodir". Para usar o vernáculo, o ensinamento de Jesus foi "alucinante" para aqueles que a ouviram. (Para mais informações sobre a natureza surpreendente de ensino do Senhor, veja o capítulo 4 deste volume.)

    No entanto, o espanto da platéia não levá-los a colocar sua fé nEle como Senhor e Messias. Em vez disso, eles endureceram o coração na rejeição contínua. Ao invés de reconhecer o óbvio: que Jesus estava habilitada por Deus-os moradores de Nazaré questionou a fonte de sua sabedoria e poder sobrenatural, dizendo: "Onde é que este homem conseguir essas coisas, e que é essa sabedoria dada a Ele, e tais milagres como estes realizados por suas mãos? " Os moradores de Nazaré sabia que Ele nunca tinha sido treinado para se tornar um rabino (conforme Jo 7:15). No entanto, o Seu ensinamento foi caracterizado pela clareza incomparável, veracidade, e profundidade de modo que surpreendeu até mesmo os mais doutos escribas do dia (conforme Mc 11:18; Lc 2:47). Sua experiência com Ele os deixou estupefato.

    Na realidade, as palavras ( sabedoria ) e obras ( milagres ) de Jesus provou objetivamente, para além de qualquer dúvida razoável, que era de Deus. O fato de que seu ensinamento cativou os corações e mentes do povo (conforme Mt 7:28; Mt 22:33., Mc 1:22; Lc 4:32), encheu os falsos líderes religiosos orgulhosos com inveja e consternação. Como Lucas 19:47-48 relatórios, em um momento posterior no ministério de Jesus: "Ele estava ensinando diariamente no templo; mas os principais sacerdotes e os escribas e os principais homens entre as pessoas estavam tentando destruí-lo, e eles não poderiam encontrar qualquer coisa que eles podem fazer, para todas as pessoas foram pendurado em cada palavra que ele disse. "Os milagres de Jesus, da mesma forma , eram manifestações inegáveis ​​do poder divino, como Ele recuperou a saúde daqueles que estavam leproso (Mc 1:40), paralisado (2: 3), surdo (07:32), cegos (10:46), endemoninhados (5: 2), e até mesmo mortos (05:35). Antigos vizinhos de Jesus tinha, obviamente, ouviu falar de seus muitos milagres, como relatórios sobre Ele circulou por toda a Galiléia e as regiões vizinhas (conforme Mt 4:24; Mt 9:26, Mt 9:31; Mt 14:1, Mc 1:45; Mc 6:14, Lc 4:37; Lc 5:15). Tais demonstrações dramáticas de poder sobrenatural confirmou a Sua divindade. Como Nicodemos observou com razão, "ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (Jo 3:2). Anteriormente, ele explicou aos líderes religiosos de Jerusalém ", o testemunho que eu tenho é maior do que o testemunho de João; para as obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou "(Jo 5:36). Os inimigos de Jesus sabiam que não podiam negar a realidade de seus milagres (conforme Jo 11:47). Então, em vez disso, eles obstinAdãoente negado a origem divina do seu poder, alegando que ele estava realmente energizado por Belzebu (conforme Marcos 3:22-30).

    Os moradores de Nazaré não acusou Jesus de ser habilitada por Satanás, mas nem foram eles dispostos a reconhecer que o Seu poder vem de Deus. Sua agnosticismo e ceticismo encontrou a sua expressão na forma de uma pergunta: ? Onde é que este homem conseguir essas coisas De forma a manter a sua descrença, eles olharam para qualquer explicação que não seja o óbvio. Como o solo compacto ao lado da estrada, na parábola dos solos (Mc 4:15), os seus corações eram impenetráveis ​​e duro. Eles haviam sido dado mais do que provas suficientes; ainda que obstinAdãoente se recusou a acreditar n'Ele (conforme Jo 3:18-20).

    Incredulidade eleva o Irrelevante

    "Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago e de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não estão aqui entre nós "(6: 3-A)?

    Em vez de adotar o óbvio, antigos vizinhos de Jesus focada na irrelevante, jogando uma cortina de fumaça de informações independentes para justificar sua incredulidade. Embora fossem reconhecidamente surpreendido pelo seu ensino e espantado com os relatórios dos Seus milagres, eles se recusaram a acreditar que Jesus era Senhor e Salvador. Eles ficaram horrorizados que um trabalhador homegrown de sua vila, um artesão comum sem educação teológica especializada ou religiosas credenciais teria a pretensão de ser o Messias há muito esperado de Deus (conforme Lc 4:18-21).

    De acordo com a sua atitude de incredulidade, eles levantaram questões que eram irrelevantes para a questão em apreço. Era verdade que Jesus era um carpinteiro de profissão, o filho primogênito de Maria, e o meio-irmão de seus irmãos. Mas esses detalhes não eram pertinentes para a questão da sua messianidade. Enquanto o primeiro século judeus tinham muitos equívocos sobre a vinda do Messias, que, no entanto, entendeu que Ele nasceria como um homem, que cresceu em uma família judia em algum lugar na terra de Israel. Em vez de abraçar Jesus como o prometido Messias e comprovada, e louvando a Deus por ter escolhido a sua obscura aldeia para uma honra tão estimado, os moradores de Nazaré respondeu com ressentimento, escárnio, e descrença.

    Não é este o carpinteiro? pediram em confusão. De acordo com Mt 13:55, eles também perguntou: "Não é este o filho do carpinteiro?" Era comum para os pais a ensinar os filhos a seguirem o seu comércio. Jesus aprendeu a ser um carpinteiro de José e, provavelmente, assumiu os negócios da família depois de José morreu. A palavra traduzida como carpinteiro ( TEKTON ) é um termo geral que significa construtor ou artesão. Pode referir-se a um carpinteiro, pedreiro, ferreiro, ou construtor naval. Alguns tradição da igreja primitiva sugere que José e Jesus especializada em fazer jugos e arados.Crescendo em Nazaré, Jesus tinha provavelmente trabalhada muitos implementos agrícolas, e talvez feito outros projetos de construção, para os seus vizinhos. Essas mesmas pessoas acharam difícil acreditar que um marceneiro de sua cidade natal humilde que não tinha anteriormente revelado Sua natureza divina poderia de repente exibem tal profundidade e poder. Embora muitas lendas sobre a infância de Jesus surgiu mais tarde na história da igreja, alegando que Ele realizou milagres como um menino, em Nazaré, eles são, obviamente, as fabricações. Se nada disso era factual, os moradores de Nazaré teria respondido a ele de forma diferente. Mas Jesus crescendo parecia tão normal e natural para os seus vizinhos e amigos da família que achava impossível pensar nele como possuindo sabedoria divina e poder sobrenatural.

    Além disso, antigos vizinhos de Jesus apontou que Ele era o Filho de Maria. Este é o único lugar nos Evangelhos em que Jesus foi chamado por esse título. A prática judaica normal, identificou um filho por nome de seu pai. (No caso de Jesus, que teria usado o nome de seu pai adotivo, José-cf Lc 4:22;.. Jo 6:42) Talvez eles referenciados Maria porque José já tinha morrido, enquanto Maria ainda morava em Nazaré. Também é possível que eles pretendiam isso como um insulto, o que implica que ele tinha nascido ilegitimamente (conforme Jo 8:41; Jo 9:29); quando o pai de um homem era desconhecido, ele foi chamado o filho de sua mãe. Esta falsa acusação ainda é oferecida por alguns que rejeitar o Senhor Jesus Cristo.

    As pessoas não só sabia que Jesus era o filho mais velho de Maria, que também sabia que Ele era o irmão de Tiago e de José, Judas e Simão. É provável que na pequena aldeia que eles entenderam como irmãos de Jesus sentia por ele. Se for assim, teria apenas adicionado ao seu incredulidade, uma vez que neste momento "nem mesmo seus irmãos criam nele" (Jo 7:5); sua conterrâneos podem ter compartilhado essa mesma perspectiva. Foi só depois da morte de Jesus e ressurreição que Seus meio-irmãos foram acrescentados à igreja (At 1:14; conforme 1Co 15:71Co 15:7) e escreveu a epístola de Tiago. Judas também foi influente na igreja primitiva, a escrever a epístola de Judas. Completando a imagem da família, os nazarenos também pediu, "suas irmãs não estão aqui entre nós?" O fato de que Jesus tinha vários irmãos expõe a mentira da doutrina católica romana da virgindade perpétua de Maria (conforme Mt 12:46-47;. Lc 2:7; At 1:14). Como esta passagem indica, Maria deu à luz pelo menos seis crianças adicionais depois que Jesus nasceu.

    Ao trazer a Sua ocupação e sua família, o povo de Nazaré virou questões irrelevantes em pedras de tropeço para defender a sua incredulidade. Eles desviaram sua atenção para longe da verdade, a fim de justificar sua rejeição de Jesus. Eles só haviam conhecido como o filho de um carpinteiro local. Assim, eles não estavam dispostos a abraçar por quem ele realmente era: o Filho de Deus.

    Assaltos incredulidade, o Mensageiro

    E eles se ofenderam com Ele. Jesus disse-lhes: "Não há profeta sem honra senão na sua cidade natal e entre os seus parentes e em sua própria casa." (6: 3-B-4)

    A incredulidade logo azedou o espanto inicial da multidão, e eles se ofenderam com Ele. A palavra traduzida delito (a forma da palavra grega skandalizō , a partir do qual a palavra Inglês "escandalizar" é derivado) significa "armadilha" ou "para causar tropeçar "(conforme 1Co 1:23). Durante a sua visita anterior a Nazaré, Jesus tinha ofendido de forma semelhante o povo (conforme Lc 4:28) tanto com a pretensão de ser o Messias (v. 21), e confrontando a sua hipocrisia e incredulidade (v. 23). Nesta ocasião, o conteúdo de sua mensagem na sinagoga não são registrados, mas, sem dúvida, Jesus enfatizou verdades que eram semelhantes ao que Ele ensinou pela primeira vez. Mais uma vez, as pessoas ficaram indignados. Eles não podiam mover além do fato de que alguém tão familiar a eles como Jesus se atreveria a fazer uma reivindicação tão exaltado ou para emitir tais castigos severos.

    O Senhor respondeu a sua raiva e ressentimento, citando o mesmo conhecido provérbio que citou em sua visita anterior (conforme Lc 4:24). Jesus disse-lhes: "Não há profeta sem honra senão na sua terra, entre os seus parentes e em sua própria casa. " Esta verdade axiomática era o antigo paralelo do ditado contemporâneo, "a familiaridade gera desprezo." Jesus usou uma progressão de círculos sociais, a partir da mais ampla para o mais estreito, a fim de fazer esse ponto. Neste ponto, ninguém em sua cidade natal de Nazaré creram nele. Mesmo dentro de sua própria família, tanto entre seus parentes e em sua própria casa, apenas sua mãe acreditava que (conforme Lc 2:19), embora, como observado anteriormente Seus irmãos mais tarde viria a fé salvadora. Muitas pessoas fora de Nazaré como um profeta (conforme Mt 21:11, Mt 21:46;. Mc 6:15; Lc 7:16; Lc 24:19; Jo 6:14; Jo 7:40; Jo 9:17), mas em sua cidade natal Jesus foi rejeitado com hostilidade e antagonismo. Em essência, antigos vizinhos de Jesus encontraram-se indignado perguntando: "Quem faz esse sujeito pensa que é?" Na verdade, a sua curiosidade foi aguçada quando ouviram sobre o quão popular Ele tinha se tornado uma vez que sair de casa. No entanto, não podiam acreditar seu vizinho familiarizado teve a audácia de voltar e confrontá-los com castigos, enquanto afirmando ser o Messias.

    Jesus mais tarde alertou seus discípulos que eles iriam semelhante enfrentam perseguição por causa do evangelho. Em muitos casos, hostilidade começa em casa. Como Ele lhes disse: "Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas sinagogas deles ... Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e uma nora de-lei contra a mãe-de-lei; e os inimigos do homem serão os membros de sua família "(Mt 10:17, 35-36). Na noite antes da Sua morte, Jesus reiterou o fato de que os cristãos devem esperar perseguição: "Se o mundo vos odeia, você sabe que ele tem odiado Me antes de odiar você ... Se a mim me perseguiram, também perseguirão vocês; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa "(Jo 15:18, Jo 15:20).

    Quando eles não podem refutar a Sua mensagem, os incrédulos não hesitará em atacar Ele e qualquer um que fala por Ele. Cercada pela verdade, eles contra-atacar com o ridículo, desdém, desprezo e perseguição às vezes até violento. Os fariseus e saduceus, em última instância respondeu a Jesus através do recurso a tais táticas. Recusando-se a acreditar que seu ensino e milagres, mas incapaz de refutar Sua sabedoria e poder, eles criaram um plano para silenciá-lo permanentemente. Como João 11:47-53 registros,

    Portanto, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus convocou um conselho, e diziam: "O que estamos fazendo? Para este homem está realizando muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos, e nos tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação. "Mas um deles, Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: "Você sabe absolutamente nada, nem você levar em conta que é conveniente para você que um homem morra pelo povo, e que todo não pereça a nação." Agora ele não disse isso por sua própria iniciativa, mas sendo de alta sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação, e não somente pela nação, mas para que Ele também para congregar na unidade os filhos de Deus que andavam dispersos. Então, a partir daquele dia eles planejaram juntos para matá-lo.

    Incredulidade repele a Sobrenatural

    E Ele não podia fazer nenhum milagre ali, exceto que Ele colocou suas mãos sobre alguns doentes e curá-los. E Ele se perguntou em sua incredulidade. E Ele estava indo ao redor das aldeias ensinando. (6: 5-6)

    Em resposta a incredulidade do povo, Jesus não escolheu fazer nenhum milagre em Nazaré, com a exceção de algumas curas. Como Marcos explica, "E Ele não podia fazer nenhum milagre ali, exceto que Ele colocou suas mãos sobre alguns doentes e curá-los." A questão não é que Ele não tinha o poder sobrenatural de realizar milagres. Antes, não havia nenhuma razão para fazer milagres ali, já que o objetivo de seus milagres foi para atestar a verdade e revelar-se como o Senhor e Messias, e, assim, levar os pecadores a fé salvadora. Porque o povo de Nazaré já tinha definido a sua rejeição em pedra, milagres eram desnecessárias.

    Para remover quaisquer conclusões falsas que a habilidade de Jesus de fazer milagres era dependente da fé do povo, Ele freqüentemente curado pessoas que não expressam qualquer fé Nele. Por exemplo, em Lucas 17:11-19, apenas um dos dez leprosos curados confessou a fé em Deus e foi salvo. O homem aleijado no tanque de Betesda (Jo 5:13) nem sabia a identidade de Jesus quando ele foi curado; o cego de nascença (Jo 9:1) não falar de sua fé em Jesus até depois que ele foi dado vista (v 38).. Os endemoninhados quem Jesus entregue (conforme Mc 1:23-26; 5:. Mc 5:1; conforme Mt 12:22) também não fez profissão de fé antes de ser libertado. Quando Jesus ressuscitou pessoas dos mortos, Ele obviamente fez isso sem pedir previamente fé deles (Lc 7:14; Jo 11:43). Além disso, o Senhor curou multidões de pessoas, embora nem todos eles acreditavam (conforme Mt 9:35; 11: 2-5.; 12: 15-21; 13 40:14-14'>14: 13-14, 34-36; 15:29 —31; Mt 19:2).

    Ainda assim, a retenção na fonte mais milagres do Senhor era também um sinal do julgamento (7 conforme Matt: 6.). O propósito dos milagres nunca foi para entreter o coração duro, mas para mover aqueles que estavam abertos para o evangelho para a fé salvadora. Como Jesus disse aos fariseus: "Uma geração má e adúltera pede um sinal; e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas "(Mt 12:39). Seus milagres eram de nenhum benefício espiritual para aqueles que se recusaram a acreditar, e Ele não tinha interesse em ceder curiosidade ímpios (conforme Lucas 23:8-9).

    Esta rejeição chocante e calejada pelas pessoas em Nazaré era tão fixo que mesmo Jesus perguntou a sua incredulidade. A palavra perguntava indica que Jesus foi abalada pela falta de fé profundamente enraizada e hostilidade aberta que ele encontrou lá. Por toda a sua vida terrena, Ele tinha sido a pessoa mais único e surpreendente em seu meio. Eles não sabiam por que Jesus era diferente, mas eles não poderia ter perdido as manifestações de Sua perfeição divina. Como poderiam aqueles que afirmavam saber tudo sobre ele teimosamente se recusam a aceitar a única explicação razoável em relação a Ele, que Ele era o Filho de Deus? Mas tal é o poder ofuscante da incredulidade (conforme 2 Cor. 4: 3-4). Uma vez que ficou claro que Nazaré tinha rejeitado Jesus, Ele rejeitou. E Ele estava indo ao redor das aldeias ensinando. O Salvador deixou e começou uma turnê de ensino em outras cidades, mais receptivos em Galiléia. Para os habitantes de sua cidade natal, o resultado foi horrível e trágico para sempre. "Ichabod" foi escrito em Nazaré: "a glória se foi" (1 Sam. 4: 21-22).

    20. Homens comuns, chamando Extraordinário (Marcos 6:7-13)

    E Ele chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos; e Ele lhes deu instruções para que nada levassem para o caminho, senão uma equipe em nenhum mero pão, nem sacola, nem dinheiro no cinto, mas de usar sandálias; E acrescentou: "Não coloque duas túnicas." E disse-lhes: "Onde quer que você entrar em uma casa, ficar lá até que você sair da cidade. Qualquer lugar que não recebê-lo ou ouvi-lo, como você sair de lá, sacudi o pó das solas dos seus pés, em testemunho contra eles. "Eles saíram e pregaram que todos se arrependessem. E eles estavam expulsando muitos demônios e foram unção com óleo muitos doentes e curá-los. (6: 7-13)

    Esta seção marca um ponto de viragem no ministério do Senhor. Antes disso, só Jesus pregou a mensagem do evangelho, doenças curadas, realizou milagres, e enfrentou a descrença de coração duro de estabelecimento religioso de Israel. Isso mudou com o ordenador dos doze apóstolos como pregadores oficiais. Sabendo que seu tempo restante na Galiléia foi limitado (conforme Mc 10:1). Agora chegou a hora para seus ministérios evangelísticos para começar. Embora eles não seriam totalmente equipado e capacitado para essa tarefa até a vinda do Espírito Santo (At 1:8), que está sendo elaborado pelo Espírito Santo a crer Nele. Em segundo lugar, o Senhor chamou para segui-Lo de forma permanente no ministério de tempo integral e deixar para trás seus comércios, como a pesca e coleta de impostos (conforme Mc 1:16-20; 13 41:3-17'>3: 13-17; Lucas 5:1-11). Em terceiro lugar, ele elevou estes doze para o nível de pregadores. Eles não só foram chamados a seguir, mas para ser enviado por ele como sua delegados apostólicos (conforme Lc 6:12-16). (Para mais informações sobre este aspecto da sua vocação, ver o capítulo 12 do volume atual.) Em quarto lugar, Ele preparou-os para o ministério, enviando-os para fora em um curto prazo viagem de pregação. É nesta fase da sua formação que é descrito nestes versos. Em quinto lugar, após a Sua ressurreição e antes de Sua ascensão, Jesus finalmente os encarregou de fazer milagres e pregar o evangelho por toda Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra (conforme At 1:8: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. "

    Além de seu propósito evangelístico, a seleção desses doze apóstolos também constituiu um ato de julgamento da parte de Jesus contra a apostasia e incredulidade de Israel. Nem um dos homens escolhidos pelo Messias era de instituição religiosa de Israel. Delegados de Cristo não eram sacerdotes, escribas, fariseus, saduceus, ou rabinos. Eles eram homens comuns (conforme 1Co 1:26), compreendendo um grupo que consistia de pescadores, trabalhadores comuns, um cobrador de impostos, e até mesmo um fanático anti-romano. E não foi por acaso que Jesus selecionou doze. Considerando que as doze tribos de Israel compreendeu a nação apóstata, Jesus escolheu doze emissários para pregar a verdadeira mensagem da salvação. Estes homens simbolizava a nova liderança espiritual da nação, escolhido pelo próprio Messias (conforme Lucas 22:29-30).

    Jesus, é claro, teve muito mais do que apenas doze seguidores. Em um momento posterior, Ele iria selecionar outros setenta para ir em uma missão semelhante a curto prazo (conforme Lucas 10). Os setenta, no entanto, devem ser distinguidos dos doze apóstolos. Embora a setenta foi dado o poder temporário para a sua missão (conforme Lc 10:9), o seu ministério não era revelador como a dos Doze. Os apóstolos de Jesus Cristo preenchido um papel único e irrepetível na história da Igreja (conforme Ap 21:14). Autenticada por milagres, eles foram especificamente autorizado para entregar nova revelação canônica para a igreja (conforme João 16:12-15)., Por meio do qual eles lançaram as bases da Igreja, com o "Cristo Jesus mesmo sendo a pedra angular" (Ef 2:20). Quando Herodes ouviu falar de crescente popularidade de Jesus, em parte devido ao sucesso desta viagem de pregação apostólica, ele assumiu que Jesus era na verdade João de volta dos mortos (v. 16). Embora as duas contas podem parecer inicialmente desarticulada, um número de conexões importantes devem ser observados. Primeiro, João Batista foi o último dos profetas do Antigo Testamento, enquanto os apóstolos foram chamados para ser o primeiro dos profetas do Novo Testamento. Em certo sentido, os profetas do Antigo Testamento passou o bastão da fidelidade aos apóstolos. Em segundo lugar, João foi morto por firmemente defender a mensagem do Reino e pregar contra o pecado; os apóstolos enfrentaram perseguição semelhante como eles cumpriram a tarefa que Jesus lhes tinha dado (10 conforme Matt:. 16-38). Em terceiro lugar, o crescente interesse de Herodes em Jesus significava que o tempo do Senhor em território de Herodes foi necessariamente limitado (conforme Mc 7:24, Mc 7:31), já que Herodes teria detido Jesus e provavelmente mataram se for dada a oportunidade (conforme Mc 3:6; Lc 23:8), os princípios mais amplos aplicar de exemplo para todos os que pregam a evangelho como ministros de Cristo. Em particular, seis marcas de fiéis mensageiros são demonstrados nesta passagem: eles proclamar a salvação, a compaixão manifesta, viver dependente, exposição contentamento, exercitar o discernimento e responder em obediência.

    Fiéis mensageiros anunciar a salvação

    E Ele chamou os doze e começou a enviá-los para fora em pares (6: 7-A)

    Depois de deixar sua cidade natal descrente de Nazaré, Jesus começou a pregar em todas as cidades e aldeias da Galiléia (v. 6). A fim de multiplicar a extensão de seu ministério na região, bem como para treinar seus discípulos para suas futuras responsabilidades, Ele convocou os doze e começou a enviá-los em pares. Enviou-os, como seus delegados, para levar a mensagem do evangelho para outros lugares em toda a região da Galiléia. Que Ele começou a enviá-los sugere que Jesus não enviá-los todos de uma vez, mas cambaleou seu bota-fora durante um breve período de tempo. É provável que devolvido da mesma forma (ver v. 30). O Senhor enviou-os em pares, por razões óbvias: para prestar apoio e proteção mútua, para reforçar o impacto de suas capacidades individuais, e para garantir que a sua mensagem foi confirmada por duas testemunhas (conforme Dt 19:15.).

    De acordo com Lc 9:2, Mc 1:38; Lc 4:43; Lc 8:1; conforme Mt 4:17) enfatizou o arrependimento, os apóstolos declararam que os pecadores devem se converter dos pecado e crer no evangelho (conforme At 3:19; At 17:30). Somente aqueles que reconheceram a falência da sua condição espiritual, penitentemente clamando a Deus por misericórdia e abraçando seu filho na fé, seriam salvos (conforme 13 42:18-14'>Lucas 18:13-14; Jo 3:16; At 4:12).

    A implicação para os ministros contemporâneos é clara: o mensageiro fiel com precisão e urgência proclama a boa nova da salvação para o perdido. Como o apóstolo Paulo explicou aos Coríntios: "Nós somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus estivesse fazendo um apelo por meio de nós; pedimos-te em nome de Cristo, se reconciliar com Deus "(2Co 5:20). Ele reiterou a importância da pregação evangelística em sua carta aos Romanos:

    "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como poderão ouvir sem pregador? Como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: "Quão formosos são os pés dos que anunciam boas novas de coisas boas!" (13 45:10-15'>Rom. 10: 13-15)

    Proclamando o verdadeiro evangelho, em que tanto a fé e arrependimento são enfatizados, é essencial para a convocação do ministro (2Tm 4:5; 2 Tim. 4: 1-2.), As repercussões para o qual são graves (conforme Jc 3:1). Falando do poder milagroso dada aos apóstolos, o autor de Hebreus explicou aos seus leitores:

    Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Depois foi no primeiro dito pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram, testificando Deus com eles, por sinais e maravilhas e por vários milagres e dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade. (Heb. 2: 3-4)

    Que eles poderiam executar os mesmos tipos de sinais como Jesus provou que Ele lhes tinha enviado (conforme Mc 1:21-27, 32-34, 40-45; 2: 1-12; 5: 35-43). Ele usou os milagres para validar Sua mensagem (conforme Jo 5:36; 10: 37-38), e assim que eles (conforme 2 Cor 0:12.). Com o fim da era apostólica e do cânon das Escrituras plenamente revelada, autenticar milagres não existem mais. Todos os que afirmam falar a verdade de Deus pode ser testado agora de acordo com o padrão infalível da Palavra escrita de Deus (conforme 2 Tim. 3: 16-17).

    Pela natureza dos milagres que realizavam, o poder sobrenatural autenticar dada aos apóstolos também demonstrou a compaixão e bondade de Deus. Jesus poderia ter demonstrado seu poder divino em muitos aspectos que não teria aliviado o sofrimento humano (conforme Mt 4:5-7.), Mas Ele escolheu para fazer maravilhas que entregues principalmente o sofrimento doente e, refletindo, assim, a compaixão de Deus (conforme 36:5-6; Sl 9:18; 12:. Sl 12:5; Sl 14:6; Sl 69:33; Sl 140:12).. Em contraste com o legalismo calejada dos líderes religiosos judeus (conforme Mt 23:4.). Os Doze foram habilitados para seguir o seu exemplo.

    Escritura descreve os falsos mestres como impiedoso, brutal e sem compaixão (Is. 56: 10-12; Jer 23: 1-2; 50:. Jr 50:6; Lm 4:13; Ez 22:25; Mq 3:5; Mt 7:15; 23: 2-4; Marcos 12:38-40; Jo 10:8; At 20:29; 2Co 2:172Co 2:17; Ap 2:20).. Abusam pessoas, aproveitando os pobres para enriquecer e elevar-se por atropelamento nos pescoços dos fracos (conforme Job 4:4-10; Am 2:6.)

    Esse atributo da compaixão divina deve caracterizar todos os que representam o Senhor Jesus Cristo como Seus ministros.

    Ministros fiéis a viver dependente

    e Ele lhes deu instruções para que nada levassem para o caminho, senão uma equipe em nenhum mero pão, nem sacola, nem dinheiro no cinto, mas de usar sandálias; E acrescentou: "Não coloque duas túnicas." (6: 8-9)

    Jesus continuou por delinear uma série de determinações para o curto prazo viagem ministério dos apóstolos. Quando os israelitas deixaram o Egito durante o êxodo, o Senhor Deus ordenou-lhes de comer a refeição da Páscoa "Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, eo vosso cajado na mão; e o comereis apressAdãoente; é a Páscoa do Senhor "(Ex 12:11). Jesus semelhante instruiu os apóstolos para levar apenas uma equipe, junto com as roupas e sandálias eles já estavam vestindo. O paralelo com a Páscoa pode ter sido a intenção de demonstrar que uma nova era na história da redenção estava prestes a começar, começando com um êxodo de verdadeiro povo de Deus da apostasia.

    Jesus instruiu-lhes que nada levassem para o caminho, senão um mero pessoal, que serviu tanto como uma bengala e um meio de auto-defesa contra ladrões e dos animais selvagens. De acordo com o relato paralelo em Lc 9:3). Eles deviam estar pronto para sair a qualquer momento, sem fazer nenhuma preparação ou o recolhimento de provisões adicionais. Tudo o que podiam levar com eles era o que eles já tinham em sua posse, incluindo a equipe em suas mãos, as roupas nas suas costas, e as sandálias nos seus pés. Nada mais foi a tomar sobre a viagem. Eles deviam ter nem pão, nem sacola, nem dinheiro no cinto, mas de usar sandálias. Então Ele acrescentou: "Não coloque duas túnicas." Não foi possível preparar ou trazer disposições, eles foram forçados a ser totalmente dependente da Senhor de fornecer.

    Jesus insistiu neste nível de austeridade, a fim de ensinar os Doze a importância vital de confiar na fidelidade de Deus e vê-Lo proporcionar. Eles precisavam saber, por experiência própria, a verdade de Jesus palavras do Sermão da Montanha, "Não se preocupe, em seguida, dizendo: 'O que vamos comer?' ou "O que vamos beber? ou "Que vamos vestir a roupa? Para os gentios procuram avidamente todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas "(Mt 6:31-33.). Como eles pregaram a mensagem do reino, eles poderiam confiança depender de Deus para suprir suas necessidades.

    Deve notar-se que essas disposições rigorosas eram apenas temporária. Eles não representam um voto de pobreza permanente, como o próprio Jesus deixou claro mais tarde. No Cenáculo, como Ele refletiu sobre este evento, o Senhor explicou a Seus discípulos,

    "Quando vos mandei sem cinto de dinheiro e bolsa e sandálias, você não falta nada, não é?" Eles disseram: "Não, nada." E disse-lhes: "Mas agora, quem quer que tenha um cinto de dinheiro é levá-la junto, do mesmo modo também um saco, e quem não tiver espada, é vender o casaco e comprar um. Pois eu vos digo que isto que está escrito deve ser cumprida em Mim ", e foi contado com os transgressores ';pois o que se refere a mim tem o seu cumprimento "(Lucas 22:35-37).

    Como as palavras de Jesus indicam, a expectativa normal para os apóstolos era que deveriam planejar e preparar com sabedoria para o futuro. Por extensão, este princípio aplica-se a pastores e evangelistas em toda a história da igreja. Embora o Novo Testamento permite ministros para ganhar a vida razoável para o seu trabalho na igreja (conforme 1 Cor. 9: 5-14), eles devem sempre lembrar que depender em última instância, o Senhor, que vai manter sua promessa (conforme 13 5:58-13:6'>Heb. 13 5:6). Essa foi a lição que Jesus queria que os apóstolos de aprender nesta ocasião (conforme Mt 6:1)

    Falando de sua própria satisfação, possível graças à força fornecido por Cristo, Paulo disse aos Filipenses,

    Não digo isto por falta, porque já aprendi a contentar-se em quaisquer circunstâncias eu sou. Eu sei como se dar bem com os meios humildes, e eu também sei como viver em prosperidade; em toda e qualquer circunstância eu aprendi o segredo de estar cheio e passando fome, tanto de ter abundância e sofrer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece. (Filipenses 4:11-13.)

    A lição para os Doze era que eles eram de possuir contentamento. Uma vez que eles se instalaram na casa de alguém, eles não estavam a procurar acomodações mais agradáveis. De acordo com Mateus 10:8-9, Jesus também proibiu-os de usar seu ministério para ganhar dinheiro: "De graça recebestes, de graça dai. Não adquirir ouro, prata ou cobre para seus cintos de dinheiro. "Mais uma vez, em contraste com os falsos mestres, os discípulos não estavam a colocar um preço sobre seu ministério. Eles tinham sido dado o poder extraordinário, mas eles não eram para explorá-lo para ganho pessoal.

    Fiéis Ministros exercitar o discernimento

    "Qualquer lugar que não recebê-lo ou ouvi-lo, como você sair de lá, sacudi o pó das solas dos seus pés, em testemunho contra eles." (6:11)

    Assim que ele terminou de instrução, Jesus explicou como os Doze deve responder a aqueles que inevitavelmente iria rejeitá-las. Se qualquer cidade que não receber os apóstolos ou ouvir sua mensagem, eles estavam a sair de lá e sacudi o pó das solas dos seus pés, como testemunho contra aquele lugar. Sacudindo a poeira de seus pés era uma maneira tradicional judaica de expressar desprezo em relação aos gentios. Quando os viajantes se aventurou fora de Israel, ao retornar ao solo judaico eles sacudi o pó dos seus sandálias como um ato que simboliza que eles estavam saindo da impureza e contaminação das terras dos gentios por trás deles. O que os judeus entendida como um protesto simbólico contra os pagãos não circuncidados, Jesus aplicado como um sinal de julgamento contra os judeus que rejeitaram o evangelho (conforme 13 50:44-13:51'>Atos 13:50-51). Os Doze estavam sendo enviados para as "ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10:6.).

    As palavras de Cristo ressaltam as conseqüências eternas de rejeitar o Evangelho (conforme 1Co 16:22; 2 Tessalonicenses 1: 6-9..). Aqueles que tenham sido expostos a verdade da salvação, e com conhecimento de causa rejeitá-la, receberá a forma mais grave da punição eterna (conforme He 10:29).

    A realidade inevitável, é claro, foi a de que os apóstolos seriam tratados da mesma forma que Jesus tinha sido tratado (conforme Mt 10:1). Assim, os apóstolos teriam de exercitar o discernimento a respeito de quanto tempo eles devem ficar em qualquer cidade ou aldeia. Se as pessoas rejeitaram sua mensagem, os apóstolos estavam a passar para outro lugar.

    Mais cedo, no Sermão da Montanha, Jesus explicou este princípio com estas palavras: "Não deis o que é santo aos cães, e não jogue suas pérolas aos porcos, ou eles vão atropelar-los sob seus pés, e volta e rasgá-lo em pedaços "(Mt 7:6)!

    Apesar da perseguição que eles sabiam que teriam de enfrentar, os apóstolos submissamente obedecido. Conseqüentemente, o Senhor usou poderosamente (conforme 1 Cor. 1: 20-31).

    Marcos observa que, como parte de seu ministério de cura, os apóstolos foram unção com óleo muitos doentes e curá-los. Os registros do evangelho nunca indicam que Jesus ungido com óleo os doentes, mas os apóstolos fizeram, pelo menos nesta ocasião. Embora o azeite foi, por vezes, usada para fins medicinais (conforme Lc 10:34), que não era o seu propósito aqui desde os apóstolos curou os doentes milagrosamente e não através do uso de medicamento (Mt 10:8.; 1Sm 16:131Sm 16:13.). Os apóstolos, então, ungido com óleo os doentes para simbolizar o fato de que sua autoridade vem de Deus e não de si mesmos; eles não eram a fonte de seu poder, mas apenas canais para isso. Ao usar um símbolo simples, familiar para os judeus do primeiro século, os apóstolos passaram a glória de volta para o próprio Senhor. Como o Deus encarnado (conforme Cl 2:9). (Para uma discussão mais aprofundada do v. 30, ver o capítulo 22 deste volume.) Apesar de pastores e pregadores contemporâneos não ter sido dado o poder milagroso assim delegada aos apóstolos, os princípios contidos nesta passagem são claramente aplicável a todos os que procuram servir fielmente o Senhor Jesus. Eles fazê-lo sabendo, como os Doze, que em breve será exibido antes de Cristo para dar conta (conforme 1Pe 5:4; 2Co 10:52Co 10:5)

    E o rei Herodes ouviu falar dele, para o seu nome tornou-se conhecido; e as pessoas estavam dizendo: "João Batista ressuscitou dos mortos, e por isso estes poderes milagrosos estão a trabalhar nele." Mas outros diziam: "Ele é Elias". E outros diziam: "Ele é um profeta , como um dos profetas do passado. "Mas quando Herodes ouviu falar dele, ele continuou dizendo," João, que mandei degolar, ressuscitou! "Pois o próprio Herodes mandara e teve João preso e amarrado na prisão por causa de Herodias, a mulher de seu irmão Filipe, porque ele havia se casado com ela. Para João dizia a Herodes: "Não te é lícito ter a mulher de teu irmão." Herodias tinha um rancor contra ele e queria matá-lo e não poderia fazê-lo; porque Herodes temia a João, sabendo que ele era um homem justo e santo, e ele manteve-lo a salvo. E quando ele ouviu, ele estava muito perplexo; mas ele gostava de ouvi-lo. Um dia estratégica veio quando Herodes no seu aniversário natalício ofereceu um banquete aos seus senhores e comandantes militares e aos principais da Galiléia; e quando a filha de Herodias si mesma entrou e dançou, agradou a Herodes e seus convidados para o jantar; Então o rei disse à jovem: "Peça o que quiser e eu vou dar a você." E jurou-lhe, "O que quer que você pede de mim, eu vou dar a você; até a metade do meu reino. "E ela saiu e disse à sua mãe:" O que devo fazer? "E ela disse:" A cabeça de João Batista ". Imediatamente ela veio com pressa para o rei e pediu , dizendo: "Eu quero que você me dê de uma só vez a cabeça de João Batista em uma bandeja." E ainda que o rei estava muito triste, mas por causa dos seus juramentos e por causa de seus convidados do jantar, ele não estava disposto a recusar. Imediatamente o rei mandou um carrasco e ordenou-lhe para trazer de volta a cabeça. E foi, e mandou decapitá-lo na prisão, e trouxe a sua cabeça em uma bandeja, e deu para a menina; ea menina deu para sua mãe. Quando os seus discípulos ouviram isso, eles vieram e levaram o seu corpo e colocou-o em um túmulo. (6: 14-29)

    Mesmo uma breve visão geral do Antigo Testamento evidencia o caminho trágico que o povo de Deus repetidamente rejeitado e maltratado Seus profetas. No início da história de Israel, os profetas como Moisés (. Conforme Dt 34:10) e Samuel (. Conforme 1Sm 3:20) enfrentou críticas repetidas e resmungando do povo (conforme Ex 15:24;.. 1 Sam 8:4-6; 10: 18-19; At 7:39). Mais tarde, durante o período da monarquia dividida, muitos profetas suportou até formas mais intensas de perseguição. Nos dias de Elias, o mal rainha Jezabel matou muitos verdadeiros profetas do Senhor (conforme 1Rs 18:4; 19: 1-3). O profeta Miquéias foi preso (1Rs 22:27); Eliseu foi ridicularizado (2Rs 2:23); Isaías era provável serrada ao meio (conforme He 11:37.); Urias foi morto pela espada:; (Jer 26, 20-23). e Zacarias, filho de Joiada, foi apedrejado até a morte no pátio do templo (2 Cr 24: 20-21.). Outros exemplos de maus tratos, perseguição e rejeição poderia ser facilmente multiplicados. Como o autor de Hebreus recontagens dos profetas: "Eles foram apedrejados, serrados ao meio, eles foram tentados, eles foram condenados à morte com a espada; eles foram em peles de ovelhas, em goatskins, sendo necessitados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão "(Heb. 11: 37-38; conforme At 7:52). Talvez nenhuma figura do Velho Testamento ilustra melhor a perseguição constante dos profetas enfrentados de Jeremias, o profeta chorão (Jr 9:1; Jr 14:17). Durante o seu ministério profético, ele foi ameaçado de morte (11: 18-23), espancado e colocado em ações (20: 2), preso (26: 7-24), preso (37: 15-16), colocadas em um pit para morrer (38: 6-7), presos em correntes (40: 1), e publicamente chamado de mentiroso (43: 2).

    Os líderes religiosos do tempo de Jesus afirmou que, se estivesse vivo em gerações anteriores, eles nunca teriam perseguiram os profetas como os seus antepassados ​​fizeram. A hipocrisia óbvia de que o pedido foi visto em sua rejeição tanto do Messias (a quem todos os profetas do Antigo Testamento pontiagudos) e seu precursor, João Batista. Jesus não hesitou em expor sua duplicidade:

    "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para você construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: 'Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas. Então você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas. Encha-se, então, a medida da culpa de seus pais. Serpentes, raça de víboras, como você vai escapar da sentença do inferno? Portanto, eis que eu vos envio profetas e homens sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar, e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade, de modo que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o templo eo altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração "(Mat. 23: 29-36).

    A nação tinha sido culpado de insultando e maltratando os porta-vozes de Deus em toda a sua história (conforme Atos 7:51-53). Como as palavras de Jesus indicam, os líderes religiosos do primeiro século iria continuar o legado de coração duro de seus antepassados, por rejeitá-Lo e perseguindo os apóstolos e profetas que ele enviou. Ele contou uma parábola sobre um agricultor para ilustrar dramaticamente esta realidade maligna de rejeição (Marcos 12:1-11; conforme Mt 21:1).

    Esta seção (Marcos 6:14-29) relata a execução de João Batista, o precursor do Messias, o último profeta do Antigo Testamento, e aquele de quem Jesus disse: "Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista! "(Mt 11:11). (Para saber mais sobre o ministério de João Batista, veja o capítulo 1, neste volume.) João pregando sempre apontavam para Cristo, a quem ele declarou ser "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29 ; conforme Jo 3:30). Se os líderes religiosos tinham recebido João como um verdadeiro profeta, teriam sido obrigados a receber Aquele de quem ele falava. Por outro lado, ao rejeitar Jesus, rejeitaram João também. Dada repreensões mordendo de João de sua hipocrisia (conforme Mt 3:7), governou a terra de Israel sob a Roma por 36 anos, durante o qual ele ampliou enormemente o templo. Herodes, o Grande não era judeu, mas um Idumean (um descendente do gêmeo rejeitado, Esaú). Como tal, ele tinha pouco interesse em judaísmo a qualquer conexão superficial foi necessária por uma questão de ganho político. O povo judeu se ressentiam da sua regra, não só porque ele era um senhor Gentil representando opressão romana, mas também por conta de sua imoralidade e brutalidade. Era Herodes, o Grande, que matou os bebês do sexo masculino de Belém, em uma tentativa de matar Jesus (conforme Mt 2:16.). Ele também ordenou a execução do Sinédrio, quando eles se opuseram a ele e até mesmo assassinados dois de seus próprios filhos.

    Quando ele morreu (em 4 AC ), seu território foi dividido entre vários de seus filhos e um sobreviventes dos quais era Herodes Antipas (conforme Lc 3:1), que provou ser inepta. Em D.C 6 foi deposto por Roma e substituído por uma série de governadores, um dos quais era Pôncio Pilatos (que governou deANÚNCIO 26-36). As regiões do norte da Ituréia e Trachonitis foram dadas a outro filho, Filipe, o tetrarca, que acabou sendo sucedido por seu sobrinho Herodes Agripa (conforme Atos 12:1-4, 20-23). O território que incluía a Galiléia e Perea foi para Herodes Antipas. Dos filhos que sucederam Herodes, o Grande, Herodes Antipas sobreviveu mais tempo, segurando o assento do poder por 42 anos. A cidade de Tiberíades, que ele construiu, foi nomeado após Tibério César, um imperador romano sob o qual ele governou.

    Embora os filhos de Herodes, o Grande não herdou o nível de poder e prestígio desfrutado por seu pai, que herdou seu caráter, para que eles eram igualmente imoral e bárbaro. Eles não eram monarcas absolutos, mas governou como vassalos de Roma. Conseqüentemente, eles tiveram pouca influência ou poder fora das regiões específicas Roma deixá-los governar. No entanto, no seu território, que exercia a autoridade para usar a força militar e exercer a pena capital, prerrogativas eles prontamente implementadas para manter a sua soberania. Como o principal antagonista, Herodes Antipas desempenha um papel fundamental nesta conta. Considerado a partir de sua perspectiva, a passagem pode ser dividido em três categorias: de Herodes fascínio, medo e loucura.

    Fascination de Herodes

    E o rei Herodes ouviu falar dele, para o seu nome tornou-se conhecido; e as pessoas estavam dizendo: "João Batista ressuscitou dos mortos, e por isso estes poderes milagrosos estão a trabalhar nele." Mas outros diziam: "Ele é Elias". E outros diziam: "Ele é um profeta , como um dos profetas do passado "(6: 14-15).

    Como os apóstolos percorreu as cidades e aldeias da Galiléia, pregando o evangelho e fazendo milagres (conforme Marcos 3:7-13), a notícia de sua propagação ministério de modo que mesmo . O rei Herodes ouviu falar dele Herodes Antipas existia nas garras de luxúria, luxo e preguiça. Por alguma razão, ele só agora começou a se interessar pelo o impacto de Jesus. Talvez ele tivesse viajado, ou talvez ele tivesse sido indiferente desde seu palácio foi localizado em Tiberíades, e Jesus, aparentemente, nunca visitou essa cidade, mesmo que fosse a uma curta distância de ambos Nazaré e Cafarnaum. Tiberias era um lugar onde a maioria judeus do primeiro século se recusou a ir; foi considerado impuro desde o seu início, porque tinha sido construída sobre um cemitério.

    Que Jesus ' nome havia se tornado bem conhecido indica que os apóstolos, através do seu ministério, apontou as pessoas a Ele como a fonte de seu poder e o único tema de sua pregação. A explosão do poder milagroso forjado através dos apóstolos em nome de Jesus tinha causado as multidões de curiosos a reconhecer que Ele não era profeta comum. Como a palavra sobre Ele começou a circular, algumas das pessoas estavam dizendo: "João Batista ressuscitou dos mortos, e por isso estes poderes milagrosos estão a trabalhar nele." dado o seu poder sobrenatural e crescente popularidade, e João recente execução, algumas pessoas especularam que Jesus poderia ser João Batista, em forma ressuscitado.

    Mas outros diziam: "Ele é Elias." Eles sabiam que antes da chegada do Messias, de acordo com o livro de Malaquias (conforme Ml 4:5), um como o profeta Elias viria. Ironicamente, eles não conseguiram entender que foi João Batista, que já tinha cumprido esse papel (13 40:11-14'>Matt. 11: 13-14). E outros diziam: "Ele é um profeta como um dos profetas do passado." Alguns provável equiparado Jesus com o profeta predito por Moisés em Dt 18:15. Outros o identificou como sendo meramente em linha com pregadores do Antigo Testamento milagrosos, como Elias e Eliseu. Embora eles lutaram para identificá-lo corretamente, as pessoas entenderam claramente que o ministério de Jesus foi única e sobrenatural.

    Como estes relatórios atingiu Herodes, ele se fixou em Jesus. De acordo com Lucas 9:7-9:

    Agora, o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo; e ele ficou muito perplexo, porque foi dito por alguns que João tinha ressuscitado dos mortos, e por alguns de que Elias tinha aparecido, e por outros que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Herodes disse: "Eu tinha me degolar João; mas quem é este homem de quem ouço dizer tais coisas? "E ele continuou tentando vê-Lo.
    Embora o rei desesperAdãoente queria ver Jesus, ao contrário das multidões que se reuniram com ele por curiosidade ou um desejo para a cura, a fascinação de Herodes, com Jesus foi motivado pelo medo culpado.

    Medo de Herodes

    Mas quando Herodes ouviu falar dele, ele continuou dizendo, "João, que mandei degolar, ressuscitou!" Pois o próprio Herodes mandara e teve João preso e amarrado na prisão por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, porque ele tinha se casou com ela. Para João dizia a Herodes: "Não te é lícito ter a mulher de teu irmão." Herodias tinha um rancor contra ele e queria matá-lo e não poderia fazê-lo; porque Herodes temia a João, sabendo que ele era um homem justo e santo, e ele manteve-lo a salvo. E quando ele ouviu, ele estava muito perplexo; mas ele gostava de ouvi-lo. (6: 16-20)

    Herodes foi, compreensivelmente alarmados quando recebeu a notícia sobre Jesus. Quando Herodes ouviu os relatos das pessoas, pensando João pode ter retornado dos mortos, ele projetava seus piores receios, repetidamente dizendo: "João, que mandei degolar, ressuscitou! " tumulto interior de Herodes foi o resultado de suas próprias más ações em direção a João Batista. Embora soubesse que João era um homem justo, o ímpio rei prenderam por mais de um ano antes decapitando-o de forma bárbara. Assombrado por medo e superstição, Herodes agora procurava ver Jesus, a fim de saber ao certo se ele foi realmente João (conforme Lc 9:9).

    Marcos relata a história sob a forma de um flashback, rever brevemente os detalhes de detenção, prisão e execução de João. Que o próprio Herodes mandara e teve João preso e amarrado na prisão indica que a ação de Herodes contra João foi intensamente pessoal. Sua raiva contra o profeta do deserto não foi apenas motivada pela instabilidade política, a demanda popular, ou decreto Roman; que resultou de uma vendetta profunda.

    João batizava no rio Jordão "em Enom, perto de Salim" (conforme Jo 3:22-24), onde ele pregou uma mensagem singular de arrependimento em preparação para a vinda do Messias (conforme Mt 3:2;. Lv 20:21).

    Marcos não indicar como João primeira confrontado Herodes. Em toda a probabilidade, João começou publicamente pregar contra as ações de Herodes, até que o rei irritado respondeu enviando soldados para prender João e trazê-lo de volta ao palácio. Uma vez lá, João emitiu uma repreensão mordaz face-to-face, dizendo a Herodes: "Não te é lícito ter a mulher de teu irmão." Isso João tinha sido dizendo essas coisas indica que ele repetiu esta repreensão em várias ocasiões, mesmo depois de Herodes lançou-o na prisão. De acordo com Mt 4:12 e Mc 1:14, a prisão de João ocorreu logo após o batismo de Cristo e subsequente tentação no deserto.

    Ao longo do próximo ano ou assim, João provavelmente foi preso na masmorra no palácio de Herodes em Machaerus, perto do fim do nordeste do Mar Morto. A fortaleza foi situado em uma alta colina, com vistas espectaculares sobre a paisagem circundante. Nas profundezas da terra abaixo, o calabouço úmido não ofereceu nenhuma luz natural ou ar fresco, e foi lá que Herodes realizada João cativo.Depois de ter vivido toda a sua vida nas extensões abertas do deserto da Judéia, João terminou seus dias no isolamento de um calabouço intolerável. Seu único refúgio eram as visitas que recebeu de seus discípulos (conforme Lc 7:18).

    Como profeta fiel de Deus, João foi destemido em sua vontade de confrontar o pecado, mesmo nos líderes mais poderoso e ameaçador. Quando a elite religiosa judaica veio para ouvi-lo pregar, João repreendeu abertamente a sua hipocrisia, comparando-os com uma ninhada de serpentes (Mt 3:7). Como resultado de confrontos unflinching de João, Herodias tinha um rancor contra ele e queria matá-lo. No entanto, ela não poderia fazê-lo; porque Herodes temia a João, sabendo que ele era um homem justo e santo, e ele manteve-lo a salvo. Herodes protegido João desde o ataque de ciúmes de sua nova esposa, Herodias. De acordo com Mt 14:5). Tendo feito essa promessa na presença de seus convidados para o jantar-muitos dos quais eram apoiantes políticos e dignidades-Herodes militares não poderia voltar atrás em sua palavra, sem perder a face. Herodes era muito triste, mas seu medo de passar vergonha impossibilitaram-lo de fazer o que ele sabia ser certo. Ele estava cheio de remorso, mas sua tristeza não tinha conexão com o verdadeiro arrependimento (conforme 2Co 7:10). Embora ele percebeu que ele havia sido preso por sua esposa, Herodes obrigados a pedido perverso de sua enteada, a fim de evitar uma humilhação pessoal.

    Então, imediatamente, o rei mandou um carrasco e ordenou-lhe para trazer de volta a cabeça. Mesmo que ele era apenas um pequeno pseudo-rei que funcionava como não mais do que um servo sob a supervisão Roman, Herodes tinha a autoridade para exercer a pena de morte no interior seu território. Uma vez que o comando foi emitido, foi realizada imediatamente. O carrasco foi e teve João decapitado na prisão, e trouxe a sua cabeça em uma bandeja, e deu para a menina; ea menina deu para sua mãe. Embora a definição da cabeça de João em uma bandeja foi um ajuste de apresentação para canibais, tal ato não era incomum no mundo bárbaro da antiguidade, porque a garantia de que a execução tinha sido realizado. De acordo com o antigo historiador romano Cassius Dio, quando a cabeça de Cícero (d. 43 AC ) foi trazido para a esposa de Marcos Antony, Fulvia, ela tirou a língua e repetidamente esfaqueada com ela hairpin. Sua agressão violenta em sua língua foi concebido como um ato poético de vingança final contra Cícero, porque ele tinha discursos poderosos que atacaram Marcos Antony. O pai da igreja do século V Jerome (d.
    420) sugeriu que Herodias semelhante mutilado a cabeça decepada de João Batista. Embora tal não pode ser verificada, seria certamente se encaixam com a raiva rancoroso que caracterizou a rainha vulgar.

    Presumivelmente, com um golpe hábil de lâmina do carrasco, João Batista entrou em seu descanso eterno glorioso, para receber a sua plena recompensa pela fidelidade intransigente a Deus. Ele não foi apenas o maior e último dos profetas do Antigo Testamento, ele também foi o primeiro mártir por Jesus Cristo. Sua vida inteira apontou para a vinda do Messias. Mesmo na morte, ele manteve-se fiel à sua tarefa dada por Deus. (Para um tratamento biográfico de João O Baptist, ver John Macarthur, Doze heróis improváveis ​​. [Nashville: Tomé Nelson, 2012])

    Quando os seus discípulos ouviram isso, eles vieram e levaram o seu corpo e colocou-o em um túmulo. É difícil imaginar o desgosto que os discípulos de João deve ter passado à medida que deu o seu corpo sem cabeça um enterro apropriado. Ele havia sido tanto o professor de Deus e seu líder. Deus usou a pregação ardente de João em suas vidas para convencer seus corações do pecado e trazê-los para um lugar de arrependimento. Ele também apontou-lhes o Messias (conforme Jo 1:35-37). Não é de estranhar, então, que os discípulos de João vieram e relatou o que havia acontecido com Jesus (Mt 14:12).

    Como mencionado acima, não foi até depois de João Batista foi morto que Herodes começou a prestar atenção ao ministério de Cristo. Receoso de que João pode ter vindo de volta dos mortos, Herodes procurava ver Jesus. Mas esse encontro não teria lugar até poucas horas antes da crucificação do Senhor. De acordo com Lucas, Pilatos enviou Jesus para junto de Herodes, porque Pilatos poderia encontrar nenhuma culpa nele:

    Quando Pilatos ouviu isso, ele perguntou se o homem era galileu. E quando soube que ele pertencia a jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes, que também estava em Jerusalém naquela época. Herodes ficou muito contente quando viu Jesus; pois ele queria vê-lo por um longo tempo, porque ele tinha ouvido sobre Ele e estava esperando para ver algum sinal feito por ele. E ele questionou ele em algum comprimento; mas ele nada lhe respondeu. E os príncipes dos sacerdotes e os escribas estavam ali, acusando-o com veemência. E Herodes, com seus soldados, depois de tratar com desprezo e zombando dele, vestiu-Lo de uma roupa resplandecente e mandou-o de volta a Pilatos. (Lucas 23:6-11)

    No final, Herodes viu Jesus. O rei era, sem dúvida, aliviado de que ele não foi João levantado da sepultura. Ele era, na verdade, muito mais, mas a Herodes Jesus parecia muito menos nada mais do que uma novidade quem ridicularizado e enviado de volta a Pilatos.
    Em suas interações com tanto João Batista e Jesus, Herodes Antipas se ergue como Judas como uma figura monumental trágico na história. Ele tinha o maior homem que já viveu, o profeta mais honrado por Deus em suas mãos, e ele trancou em um calabouço até que ele teve executado. Mais importante, ele teve uma audiência com o Rei dos reis, e ele escarneceram e transformou-o embora. Tal oportunidade desperdiçada foi o resultado de seu amor insidiosa para o pecado, sua indisposição arrogante acreditar, e seu medo covarde da verdade. Herodes alegou para se pronunciar sobre os outros, mas, na realidade, ele era um homem controlado pelo medo do homem. Seu medo das pessoas inicialmente manteve-lo de matar João. Seu medo de seus amigos finalmente obrigou a autorizar a execução de João. Seu medo de João fez ansiosa quando ouviu falar de Jesus. Mas seu medo se transformou em desprezo quando ele finalmente teve uma audiência com o Filho de Deus. Herodes temia a todos, exceto o Senhor, e ele perdeu sua alma como um resultado.

    Horas depois desse encontro com Herodes, Jesus seria pregado na cruz. Sua morte cumpriu o aviso Ele já havia emitido para os líderes religiosos judeus: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e não estavam dispostos. Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos "(Mat. 23: 37-38)!. Tendo rejeitado o ministério de João, os líderes religiosos também rejeitou o Messias, a quem ele e todos os outros profetas do Antigo Testamento apontou. Consequentemente, eles ficaram sob severo julgamento e eterno de Deus, juntamente com a nação apóstata que representavam (11:25 conforme Rom., 28).

    22. A Provisão do Criador (Marcos 6:30-44)

    Os apóstolos reuniram-se com Jesus; e eles relataram a ele tudo o que tinham feito e ensinado. E disse-lhes: "Vinde sozinhos para um lugar isolado e descansai um pouco." (Por lá haviam muitas pessoas indo e vindo, e eles nem sequer têm tempo para comer). Eles foram embora no barco para um lugar isolado por si mesmos. As pessoas os viram partir, e muitos os reconheceu e correu lá juntos a pé de todas as cidades, e cheguei lá à frente deles. Quando Jesus foi desembarcar, viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas sem pastor; E começou a ensinar-lhes muitas coisas. Quando já era muito tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele e disse: "Este lugar é deserto e já é muito tarde;mandá-los embora para que eles possam ir para a paisagem circundante e aldeias e comprem o que comer alguma coisa. "Mas Ele respondeu-lhes:" Dai-lhes vós de comer! "E eles disseram-lhe:" Havemos de ir gastar duzentos denários de pão e dar-lhes algo para comer? "E disse-lhes:" Quantos pães tendes? Vai olhar! "E quando eles descobriram, eles disseram:" Cinco pães e dois peixes. "E ele lhes ordenou tudo para se sentar por grupos na grama verde. Sentaram-se em grupos de cem e de cinqüenta. E Ele tomou os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou a comida e partiu os pães e Ele continuou dando-os aos discípulos para que os distribuíssem; E dividiu-se os dois peixes entre todos eles.Todos comeram e ficaram satisfeitos, e eles recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. Havia cinco mil homens que comeram os pães. (6: 30-44)

    Significativamente, dos inúmeros milagres que ocorreram durante o ministério de Jesus (conforme Jo 21:25), apenas dois são encontrados em todos os quatro Evangelhos: a ressurreição de Cristo e do evento registrado nesta passagem (conforme Mt 14:1; João 6:1-15). Comumente conhecida como a alimentação dos cinco mil, este milagre familiarizado ocorreu perto do final do ministério galileu Jesus 'e serviu como a pedra angular do clímax ao Seu tempo lá. De acordo com Jo 6:4), juntamente com o interesse crescente dos hostil rei Herodes (conforme Lc 9:9).

    Em termos de escala visível, a alimentação dos cinco mil era mais extensa milagre de Jesus. Seu nome é um pouco enganador, já que, na realidade, ela englobava muito mais do que apenas cinco mil pessoas.Como Mateus explica: "Havia cerca de cinco mil homens que comiam, além de mulheres e crianças "(Mt 14:21, ênfase adicionada). Assumindo que o número de mulheres era aproximAdãoente igual ao número de homens, e que o número de crianças que foi, pelo menos, o mesmo que o número de adultos, uma multidão de vinte mil ou mais provavelmente presentes naquele dia mola Galileu. Para criar instantaneamente alimento para 20-25000 pessoas era algo que só o Criador do universo poderia fazer (conforme Jo 1:3), um nome de Antigo Testamento para Deus, que significa "o Senhor que fornece." Tragicamente, a maioria das pessoas na multidão naquele dia acabaria por rejeitar Jesus (conforme Jo 6:66). No entanto, Ele generosamente alimentados com eles de qualquer maneira, proporcionando assim uma vívida ilustração da graça comum de Deus, no qual "Ele faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e faz chover sobre os justos e injustos" (Mt 5:45) . Assim, esta seção (Marcos 6:30-44) destaca tanto o poder criativo e da prestação compassivo de Jesus. Como a passagem se desenrola, o Senhor oferece descanso para o cansado, a verdade para o errante, e comida para o que desejam.

    Rest for O Weary

    Os apóstolos reuniram-se com Jesus; e eles relataram a ele tudo o que tinham feito e ensinado. E disse-lhes: "Vinde sozinhos para um lugar isolado e descansai um pouco." (Por lá haviam muitas pessoas indo e vindo, e eles nem sequer têm tempo para comer). Eles foram embora no barco para um lugar isolado por si mesmos. (6: 30-32)

    Mais cedo, Jesus delegou seu poder para os Doze e instruiu-os a pregar uma mensagem de arrependimento pelas cidades da Galiléia (Marcos 6:7-13). Se o fizer, permitiu Jesus para multiplicar o alcance dos seus seis vezes ministério, uma vez que os apóstolos foram enviados em pares. Como Ele comissionou-os para a sua tarefa, o Senhor instruiu-os:

    "Vá para as ovelhas perdidas da casa de Israel. E como você vai, pregar, dizendo: O reino dos céus está próximo. " Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça. Não adquirir ouro, prata ou cobre para seus cintos de dinheiro, ou um saco para o caminho, nem duas túnicas, ou sandálias, ou uma equipe; para o trabalhador é digno de seu apoio.E qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem é digno nele, e ficar em sua casa até que você deixar essa cidade. Como você entra na casa, dar-lhe a sua saudação. Se a casa for digna, dar-lhe a sua bênção de paz. Mas se não for digna, ter de volta a sua bênção de paz. Quem não receber, nem escutar as vossas palavras, como você sair daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que, será mais rigor para a terra de Sodoma e Gomorra, no dia do juízo, do que para aquela cidade "(Mateus. 10: 6-15).

    Todos os apóstolos , exceto para Judas 1scariotes eram da Galiléia, e eram, portanto, familiarizados com as aldeias para que eles viajaram para pregar o evangelho. Marcos não designar quanto tempo os Doze foram embora, mas a sua missão provavelmente durou semanas, talvez até meses. Seus esforços do ministério criou um burburinho por toda a Galiléia, causando ainda Herodes Antipas a tomar conhecimento (conforme Mc 6:14-16). (Para mais informações sobre a atribuição ministério de curto prazo dado aos apóstolos por Jesus, veja o capítulo 20 deste volume.)

    Quando os Doze retornou, eles reuniram-se com Jesus, provavelmente em Cafarnaum, e eles relataram a ele tudo o que tinham feito e ensinado. Depois de uma extensa turnê ministério, os apóstolos eram, sem dúvida, cansado de suas viagens, que incluíram a perseguição e rejeição (cf . Mateus 10:16-23.). Somando-se o seu cansaço foi a notícia de que os discípulos de João Batista que João, o maior de todos os profetas, recentemente tinha sido executado (conforme Mt 14:12). Quando o Senhor ouviu falar sobre a morte de João (conforme Mt 14:13), e, a fim de dar aos Seus discípulos uma trégua muito necessária, Ele os instruiu a entrar em um barco e partiu através do Mar da Galiléia. Ele disse— lhes: "Vinde sozinhos para um lugar isolado e descansai um pouco." (Por lá haviam muitas pessoas indo e vindo, e eles não tinham tempo nem para comer.) O esforço exigido pelo ministério foi tão intensa que eles poderiam nem mesmo encontrar alguns momentos para uma refeição (conforme Mc 3:20).

    O Senhor reconheceu a sua necessidade de descanso e respondeu com ternura. Após Sua instrução, os discípulos foram embora no barco para um lugar isolado por si mesmos. O barco provavelmente pertencia a alguns dos antigos pescadores entre os doze (como Pedro e André ou Tiago e João). Mesmo a viagem através do lago desde que os discípulos a oportunidade de desfrutar de uma curta trégua a partir da pressão das multidões. De acordo com Lc 9:10, Jesus e os Doze navegaram para uma área perto da cidade de Betsaida. Os arqueólogos não sabem a localização exata de Betsaida. Seu nome, que significa "casa de peixe", sugere que "a cidade de peixe" foi uma das muitas aldeias que beiravam o Mar da Galiléia. Ele pode ter sido localizado na costa norte do lago, a leste do rio Jordão. (Alguns estudiosos acreditam que havia uma outra aldeia com o mesmo nome, na costa oeste, perto de Cafarnaum [conforme Mc 6:45].) Os Evangelhos indicam que Pedro e André foram originalmente de Betsaida (Jo 1:44), embora eles se mudaram a Cafarnaum (Lc 4:31, Lc 4:38). Filipe (Jo 12:21) e, possivelmente, Natanael (Jo 1:45) também eram ex-moradores da cidade.

    Em 13 42:10-14'>Lucas 10:13-14, Jesus repreendeu Betsaida, junto com Corazim, por sua incredulidade: "Ai de vós, Betsaida! Porque, se os milagres tinham sido realizados em Tiro e Sidon, que ocorreu em você, elas se teriam arrependido há muito tempo, sentado em saco e cinza. Mas vai ser mais rigor para Tiro e Sidom, no juízo do que para você. "Na história do Antigo Testamento, as cidades fenícias de Tiro e Sidon, localizadas na costa do Mediterrâneo ao norte de Israel, eram conhecidos por sua idolatria desenfreada, a imoralidade, a violência , orgulho e ganância. Por conseguinte, Deus julgou ambas as cidades por destruí-los totalmente (Is. 23: 1-18.; Ez 26:28; Amos 1:9-10; Zc. 9: 3-4). No entanto, Betsaida, cheia de moradores exteriormente religiosas, foi marcado para o julgamento ainda maior do que os fenícios pagãos porque rejeitaram o Senhor e Messias, apesar dos milagres notáveis ​​e revelação a que foram expostos. (É provável que alguns dos apóstolos havia pregado lá na sua recente turnê ministério.) Tão merecedores como Tiro e Sidon eram da ira divina, as pessoas nessas cidades teriam arrependido com pano de saco e cinza, se eles tinham testemunhado os milagres que Betsaida experimentado (incluindo o milagre registrado nesta passagem). Porque eles se recusaram a acreditar em face de tal revelação esmagadora do Filho de Deus, os legalistas judaizantes hipócritas em Betsaida iria enfrentar consequências mais duras eternas do que os pagãos idólatras (conforme Heb. 10: 26-31).

    Verdade para a Wandering

    As pessoas os viram partir, e muitos os reconheceu e correu lá juntos a pé de todas as cidades, e cheguei lá à frente deles. Quando Jesus foi desembarcar, viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas sem pastor; E começou a ensinar-lhes muitas coisas. (6: 33-34)

    Dada a persistência incansável das multidões que constantemente rodeados Jesus e seus discípulos, não é de estranhar que, como eles empurrado para dentro do lago, as pessoas os viram partir, e muitos os reconheceu. Eles viram Jesus e seus discípulos deixar no barco e começou a percorrer a costa a pé, a fim de segui-los. Como João escreve, a "multidão o seguia, porque via os sinais que ele estava realizando sobre aqueles que estavam doentes" (Jo 6:2). Observando a direção do barco estava indo, as pessoas avaliadas seu destino geral e correu lá juntos a pé de todas as cidades, e cheguei lá à frente deles.

    Quando Jesus e seus discípulos chegaram ao seu destino, o onipresente, pululando multidão já estava lá esperando. Quando Jesus foi desembarcar, viu uma grande multidão, que já haviam se reunido.Embora eles violaram a privacidade dele, Jesus respondeu, "acolhendo-os" (Lc 9:11; 1Rs 22:171Rs 22:17; 2Cr 18:162Cr 18:16; Ez 34:1). A metáfora representado a nação como sendo espiritualmente vulneráveis ​​aos inimigos mortais e desnutrido, ameaçados pelo erro e do pecado, e com falta de guardas fiéis e protetores espirituais. Como "o bom pastor" (Jo 10:11), Jesus estava disposto a alimentar, limpar e proteger estas ovelhas perdidas (conforme Mt 10:6, Ele estava "falando com eles sobre o reino de Deus" (ou seja, o reino da salvação), que foi o principal tema de sua pregação (conforme Mc 1:15, 26-32; Lc 4:43; Lc 6:20; Lc 8:1; 17: 20-21; 18: 24-25; Jo 3:3 explica: "Quando Ele foi desembarcar, viu uma grande multidão e compadeceu-se deles e curou os seus doentes." A compaixão do Senhor estendeu além das necessidades espirituais das pessoas para incluir suas enfermidades físicas também. A capacidade de Jesus para curá-los de doenças temporais foi a evidência de Sua capacidade de oferecer-lhes ajuda espiritual: a salvação não apenas dos efeitos debilitantes do pecado nesta vida, mas a partir do efeito eterna do pecado em si. A cura física Ele forneceu foi limitado a apenas nesta vida, mas a vida eterna Ele ofereceu repleta de bênçãos e benefícios, tanto para esta vida e na próxima.

    Alimentos para o Querendo

    Quando já era muito tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele e disse: "Este lugar é deserto e já é muito tarde; mandá-los embora para que eles possam ir para a paisagem circundante e aldeias e comprem o que comer alguma coisa. "Mas Ele respondeu-lhes:" Dai-lhes vós de comer! "E eles disseram-lhe:" Havemos de ir gastar duzentos denários de pão e dar-lhes algo para comer? "E disse-lhes:" Quantos pães tendes? Vai olhar! "E quando eles descobriram, eles disseram:" Cinco pães e dois peixes. "E ele lhes ordenou tudo para se sentar por grupos na grama verde. Sentaram-se em grupos de cem e de cinqüenta. E Ele tomou os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou a comida e partiu os pães e Ele continuou dando-os aos discípulos para que os distribuíssem; E dividiu-se os dois peixes entre todos eles. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e eles recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. Havia cinco mil homens que comeram os pães. (6: 35-44)

    Depois de um dia cheio de ensino e cura, Jesus foi abordado por seus discípulos, que tinham decidido coletivamente que as pessoas estavam com fome e precisava comer. Quando já era muito tarde se refere ao fim da tarde e início da noite (em algum momento entre três e seis horas), pouco antes do pôr do sol (conforme Mt 14:15). Devido ao adiantado da hora, os discípulos aproximaram-se dele e disse: "Este lugar é deserto e já é muito tarde; mandá-los embora para que eles possam ir para a paisagem circundante e aldeias, e comprem para si o que comer. " De uma perspectiva humana, as preocupações dos discípulos eram razoáveis. Eles não sabiam onde encontrar provisões para uma multidão tão grande. Ciente da fome do povo, e, provavelmente, estar com fome a si mesmos (conforme Mc 6:31), encorajaram Jesus para descartar a multidão.

    Quando os discípulos observou que o lugar estava desolada, eles não estavam dando a entender que a localização em si era um deserto (como algumas traduções fazê-lo soar). A paisagem galileu na primavera é bonito, e as pessoas estavam sentadas na grama verde (v. 39). Observação dos discípulos apenas indica que eles estavam em uma área remota e desabitada, onde a comida não estava prontamente disponível. Então os discípulos sugeriram descartando as multidões para que o povo pode ir para locais para encontrar o jantar para eles mesmos.

    Jesus, sem dúvida, chocou seus discípulos quando Ele lhes respondeu: "Dai-lhes vós de comer!" Suas palavras tinham a intenção de testar o nível de sua fé, ao mesmo tempo, forçando-os a reconhecer que não tinha solução humana para o problema. O apóstolo João registra a interação entre Jesus e seus discípulos em relação a este dilema logístico:

    Portanto, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: "Onde compraremos pão, para que estes possam comer?" Este Ele estava dizendo para testá-lo, pois ele bem sabia o que Ele tinha a intenção de fazer. Filipe respondeu-lhe: "Duzentos denários de pão não é suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco." (João 6:5-7)

    Duzentos denários igualou cerca de oito salários justos dos meses para um homem. Mesmo que claramente não era o suficiente para alimentar uma multidão de dezenas de milhares. Então eles disseram-lhe: "Havemos de ir gastar duzentos denários de pão e dar-lhes algo para comer?", pergunta dos discípulos evidenciado a sua incredulidade e ceticismo. Humanamente falando, o problema apareceu insuperável, muito além dos recursos financeiros disponíveis para eles. A possibilidade de que Jesus pode criar o alimento necessário nunca passou pela sua mente. Eles estavam tão focados no problema, e da necessidade de encontrar uma solução humana, que eles não levaram em consideração o poder divino do seu Senhor.

    Jesus disse-lhes: "Quantos pães tendes? Vai olhar "E quando eles descobriram, eles disseram:" Cinco pães e dois peixes! ". Aqui, novamente o relato de João preenche os detalhes: "Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:" Há uma rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente "(João 6:8-9)?. A palavra pães pode ser traduzido literalmente como "breadcakes", e refere-se a wafers poró ou biscoitos. O pequeno peixe em conserva e provavelmente foram destinados a serem consumidos com o pão. Juntos, isso constituía um almoço padrão para um menino pequeno. Que se encaixam uma refeição para uma criança poderia lançar um milagre que daria para alimentar dezenas de milhares nunca foi imaginado.

    Mas Jesus sabia o que estava prestes a fazer. Falando de Cristo, nesta ocasião, Charles Spurgeon acertAdãoente declarou:
    Foi ele quem pensou na maneira de alimentá-los, era um projeto inventado e originado pelo próprio. Seus seguidores tinha olhado para a sua pequena loja de pão e peixe e desistiu da tarefa tão desesperada;mas Jesus, totalmente desembaraçada, e em nenhuma perplexidade, já tinha considerado como ele iria banquete os milhares e fazer o desmaio cantar de alegria. O Senhor dos Exércitos não precisava de súplica para se tornar o acolhimento dos exércitos de homens famintos. (Charles Spurgeon, "O Milagre dos Pães," sermão no. 1218)
    Dirigindo-se à multidão, Jesus ordenou-lhes tudo para se sentar por grupos na grama verde. Sentaram-se em grupos de cem e de cinqüenta. O povo estava de pé como eles pressionado em torno de Jesus para ser curado e instruídos por Ele. Mas Ele ordenou-lhes que se sentar em unidades bem organizados, para facilitar a distribuição de alimentos e para que o povo seria confortável enquanto comiam. Se o fizer, também acentuou a grandeza deste milagre, porque ele fez o grande número de pessoas fácil de contar. Com um simples comando, Jesus transformou a multidão caótica em uma montagem altamente coordenados.

    Como o povo estava esperando para ver o que ele faria em seguida, Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou a comida , dando graças ao Pai celeste (Jo 6:6; conforme 1 Tim. 4: 3-5). Então, Ele partiu os pães e Ele continuou dando-os aos discípulos para que os distribuíssem; E dividiu-se os dois peixes entre todos eles. Porque não existe nenhuma explicação humana para um milagre criativo divino, os Evangelhos não tente descrever a maneira pela qual esse milagre ocorreu. Ele aparentemente envolvida criação contínua como Jesus continuava a produzir refeições e dando-lhes aos discípulos, que estavam distribuindo-os ao povo até que todo mundo foi alimentado.

    No processo, milhares de pessoas que passam fome todos comeram e ficaram saciados. A palavra traduzida como "satisfeito" (do grego chortazō ) deriva seu significado no mundo da criação de animais e descreve comer o gado até que estejam completamente cheio. Assim, ele fala de estar gratificado ao ponto de não querer mais nada. Jesus usou esta mesma palavra nas bem-aventuranças para prometer que têm fome e sede de justiça que "eles serão fartos" (Mt 5:6), usando pequenos cestos para coletá-lo. Que não eram exatamente doze cestos cheios de pedaços quebrados, e também dos peixes era, obviamente, não é coincidência. Como resultado de precisão providencial perfeita de Jesus, os apóstolos cada um tinha sua própria cesta de alimentos. Certamente eles compartilharam suas porções com o seu Mestre, que criou tudo.

    Marcos conclui seu relato desse milagre extraordinário, observando que havia cinco mil homens que comeram os pães. Como observado anteriormente, Mt 14:21 indica que houve também muitas mulheres e crianças presentes, o que significa que o número total de pessoas no meio da multidão era muito maior do que apenas cinco mil. Espantado com o alcance do que eles tinham acabado de ver (e as delícias do que tinham apenas provei), o povo exclamou: "Este é verdadeiramente o Profeta [uma referência do Antigo Testamento para o Messias], que está para vir ao mundo" (Jo 6:14). Em sua euforia "que eles tinham a intenção de vir e levá-lo à força para fazê-lo rei" (v. 15). Obcecado com tanto Sua cura e poder criativo, as multidões ansiava por Jesus, para inaugurar o Estado-providência final, em que doenças e da fome seria permanentemente banido. Ali estava um homem que também poderia usar seu poder divino ilimitado para derrubar Herodes e os romanos, bem como satisfazer as suas necessidades.

    As pessoas eram direito de identificar Jesus como o Messias, mas como eles tinham todo o tempo, eles mal o propósito de Sua vinda. Embora Ele será um dia de retorno para estabelecer o Seu reino terreno com todo o poder prometido, provisão e proteção, como previsto pelos profetas do Antigo Testamento, em sua primeira vinda do Filho de Deus veio "para buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10 ESV). Embora as pessoas queriam fazer de Jesus seu governante político, ele estava disposto apenas para ser o Rei espiritual aos que crêem nEle. Tão generoso quanto Ele estava na criação de alimentos, Jesus pretendia que a exibição visível do Seu poder e compaixão no mundo físico para ser um símbolo do seu poder no reino espiritual. Sua disposição para dar descanso físico era um símbolo de sua oferta para dar descanso espiritual (conforme Mt 11:28). Seu desejo de ensinar a verdade ressaltou o fato de que Ele é a verdade (conforme Jo 14:6).

    Jesus recusou-se a ser uma fonte permanente de refeições gratuitas, mas Ele estava disposto a ser uma eterna fonte de sustento espiritual. Infelizmente, a maioria das pessoas não estavam interessados ​​nisso.No dia seguinte, a maioria daqueles que tinham sido milagrosamente alimentado rejeitado Jesus, e muitos dos seus discípulos parou de segui-lo completamente (Jo 6:66). Por sobrenaturalmente alimentá-los, Ele havia demonstrado claramente a Si mesmo para ser o Criador compassivo. Por teimosamente rejeitá-Lo, eles evidenciaram a verdadeira natureza de sua incredulidade de coração duro, para o qual eles seriam julgados eternamente em gravidade. No entanto, nem todo mundo exibiram tal incredulidade calejada. Mesmo que muitos foram partida, o apóstolo Pedro articulado o grito do coração de cada crente verdadeiro: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e vim a saber que tu és o Santo de Deus "(vv. 68-69).

    23. Jesus anda na água (Marcos 6:45-56)

    Imediatamente Jesus obrigou os seus discípulos a entrar no barco, e passar adiante dele para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele próprio estava enviando a multidão. Após oferecendo-lhes adeus, ele partiu para o monte para orar. Ao cair da tarde, estava o barco no meio do mar, e Ele estava sozinho em terra. Ao vê-los se esforçando nos remos, porque o vento lhes era contrário, por volta da quarta vigília da noite, Ele veio para eles, andando por sobre o mar; e Ele pretendia passar por eles. Mas quando o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e gritaram; por tudo o que viu e ficaram aterrorizados. Mas ele imediatamente falou com eles e disse-lhes: "Coragem! Sou Eu, não tenhais medo "Então Ele entrou no barco com eles, eo vento parou.; e eles foram totalmente surpreso, pois não tinha ganho qualquer visão do incidente dos pães, mas o seu coração estava endurecido.Quando tinham atravessado chegaram à terra em Genesaré, e ali atracaram. Quando eles saíram do barco, imediatamente as pessoas o reconheceram, e correu sobre toda aquela região e começaram a levar aqui e ali em seus paletes aqueles que estavam doentes, para o lugar que eles ouviram que ele estava. Onde quer que Ele entrou em aldeias, cidades ou campos, eles estavam colocando os enfermos nas praças, e implorando-lhe que os deixasse tocar a orla do seu manto; e todos quantos o tocavam ficavam sendo curado. (6: 45-56)

    Os acontecimentos marcantes registrados nesta seção seguido imediatamente a criação milagrosa de uma refeição para dezenas de milhares de pessoas no lado nordeste do Mar da Galiléia (conforme Mc 6:33-44).Com precisão divina, Jesus criou comida apenas o suficiente para a enorme multidão a ser satisfeito, e as sobras preenchido exatamente doze cestos, um para cada um dos apóstolos. A magnitude visível de que a exibição sobrenatural demonstrou dramaticamente tanto o poder e compaixão do Filho de Deus atributos-divina que continuamente caracterizado o ministério de Jesus.

    Com a criação da refeição, Jesus atingiu o auge de sua popularidade. Ele havia ministrado por toda a Galiléia por mais de um ano, pregando e realizando inúmeros milagres. Ele também estendeu seu ministério, autorizando os doze apóstolos para proclamar a mensagem do evangelho e para expor o poder que tinha delegado a eles. Como resultado, a palavra sobre Ele varreu toda a região, chegando até os ouvidos de Herodes Antipas que, nervosamente, temiam que Jesus poderia ser João Batista, a quem ele decapitado, de volta dos mortos.

    Herodes tinha motivos para estar preocupado. Quando Jesus milagrosamente criado comida a partir do nada e sem esforço aparente, a multidão respondeu com uma tentativa de euforia para coroá-lo rei (conforme João 6:14-15). Eles esperavam que Ele iria derrubar Herodes e os romanos, e inaugurar o reino milenar, com poder e disposição como Ele havia apresentado. O entusiasmo do povo era equivocada; seus interesses eram meramente material e temporal. A mensagem de Jesus, pelo contrário, com foco em verdades que estavam celestial e eterna. Ele insistiu em uma transformação espiritual, não uma revolução política (conforme Jo 18:36). Embora Ele será um dia de retorno para estabelecer o Seu reino sobre a terra (conforme Ap 20:1-6) e cumprir tudo o que os profetas predisseram sobre as glórias do seu reinado, tal não era o objetivo de sua primeira vinda (conforme Mc 10:45; Lc 19:10).

    Os evangelhos indicam que os apóstolos geralmente compartilhado as expectativas messiânicas do povo. Eles esperavam que, sem dúvida, Jesus para derrubar os inimigos de Israel e estabelecer o reino messiânico com sede em Jerusalém, em que se sentava à direita e à esquerda do seu trono real (conforme Mt 19:28;. Mc 10:37; Lc 22:30) . No entanto, havia uma distinção fundamental entre os apóstolos e as multidões descrentes. Quando o ministério de Jesus não se encaixava seus preconceitos sobre o Messias, o povo rejeitaram e mais tarde chamado para a sua morte. Mesmo muitos dos seus seguidores abandonaram (conforme Jo 6:66). Os apóstolos, pelo contrário, continuou a acreditar. Enquanto observava a multidão sair e discípulos defeito, apenas um dia depois milagrosamente alimentá-los ", disse Jesus aos doze:" Você não quer ir embora também, não é? ' Simão Pedro respondeu-lhe: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e vim a saber que tu és o Santo de Deus "(João 6:67-69). Claramente, ao contrário das multidões, olharam além do físico para "a vida eterna."

    Confissão monumental de Pedro levanta uma questão importante: O que convenceu o catalisador Doze de acreditar em Jesus quando tantos outros rejeitaram? Ele havia criado pães e peixes para alimentar milhares no dia anterior. No entanto, a maioria dos que experimentaram esse milagre rejeitaram. Imediatamente após o evento, mesmo os discípulos, que permaneceu com ele "não tinha ganhado nenhum insight do incidente dos pães, mas seu coração estava endurecido" (Mc 6:52). Sua rápida transformação no pensamento deve ter tido uma causa poderosa. Os apóstolos só experimentou o incidente espantoso registrado nesta seção (vv. 45-56), que foi o catalisador por que primeiro reconheceu Jesus como o Filho de Deus (conforme Mt 14:33). O evento maravilhoso pode ser dividida em três cenas: intercessão privado de Jesus com o Pai, Sua intervenção poderosa para os Doze; e sua interação pessoal com as multidões. Em cada cena, o Senhor Jesus Cristo ocupa o centro do palco.

    Intercessão privada com o Pai

    Imediatamente Jesus obrigou os seus discípulos a entrar no barco, e passar adiante dele para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele próprio estava enviando a multidão. Após oferecendo-lhes adeus, ele partiu para o monte para orar. (6: 45-46)

    Júbilo esperançoso tinha varrido sobre a multidão depois de Jesus milagrosamente criado a refeição (conforme Mc 6:33-44). Sabendo-se que até mesmo os Doze foram suscetíveis ao fervor politicamente carregado do povo, imediatamente Jesus fez seus discípulos a entrar no barco. Feito vem do grego Anagkazo , que significa "a força" ou "a insistir." Sem dúvida, eles teriam desejado para ficar e aproveitar a popularidade do momento, mas o Senhor não lhes deu nenhuma escolha. Ordenou-lhes que partem de barco e passar adiante dele para o outro lado, a Betsaida.

    Alguns estudiosos têm se perguntou o que significava Marcos, já que Jo 6:17 explica que seu destino era Cafarnaum. Duas soluções propostas razoáveis ​​e merecem consideração. Primeiro, alguns têm sugerido que havia duas aldeias diferentes nomeados Betsaida. Porque o nome significa "casa de peixe", é possível que mais de uma vila de pescadores perto do lago alegou que título. Aqueles que defendem esse ponto de vista diferenciar entre "Betsaida Julius", localizado no lado nordeste do Mar da Galiléia, e "Betsaida da Galiléia", eles afirmam que foi localizado no lado ocidental do lago perto de Cafarnaum (conforme Jo 12:21) remoto. Quando Jesus mandou que os discípulos para passar adiante dele para o outro lado, a Betsaida, Ele estava, na verdade, instruindo-os a atravessar o lago, viajando "para Betsaida", que significa oeste. (A proposição gregos pros[traduzido como a ] pode significar "a", "direção", ou "em relação a".) Como eles navegaram para a costa ocidental do Mar da Galiléia, eles teriam ido inicialmente para Betsaida, eventualmente passá-lo em seu caminho. (Pode ser que Jesus pretendia que eles seguem a linha costeira enquanto atravessavam o lago, navegando assim perto da aldeia. Betsaida é parte da maior planície de Betsaida, que se estende por cerca de três quilômetros ao longo da margem norte do Mar da Galiléia.)

    Depois de instruir os discípulos para partir, Jesus Ele mesmo estava enviando a multidão. Dispersão dezenas de milhares de pessoas, mantidos em cativeiro pela milagrosa, não teria sido uma tarefa fácil, humanamente falando. No entanto, da mesma maneira que Ele soberanamente ordenou-lhes que se sentar em grupos de cinquenta e cem (conforme vv. 39-40), o Senhor exerceu autoridade divina sobre a multidão e as pessoas respeitadas. Embora eles entusiasticamente queria fazê-Lo rei para atender seus próprios fins, despediu-los sem um argumento. Quanto ao povo, João 6:22-24 implica que eles não viajar para longe. Aparentemente passar a noite na zona rural nas proximidades, que acordou na manhã seguinte e voltou para o lugar onde Jesus lhes tinha alimentado, apenas para descobrir que ele não estava mais lá.

    A torcida pode ter clamado por uma revolução público, mas Jesus ansiava por um momento de intercessão privada com Seu Pai celestial. Assim, depois de licitar-lhes adeus, ele partiu para o monte para orar. No início do seu ministério, Satanás tentou Jesus com a oferta de "todos os reinos do mundo, e sua glória" (Mt 4:8-9. ). Talvez, na esteira do entusiasmo da multidão, Jesus voltou a enfrentar a tentação de ignorar a cruz e reivindicar um trono terreno imediatamente. Mas essa não foi a vontade do Pai-a ponto de Jesus reiterou o dia seguinte, quando novamente abordadas as multidões em Cafarnaum: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6:38; conforme Mc 14:36; Jo 4:34; Jo 5:19). Com nenhum interesse na exuberância superficial, emocional expressa pelo povo, o Senhor retirou-se para um lugar de oração privada, como sempre fazia (conforme Mt 14:23;. Mc 1:35; Lc 6:12; 22:41 —44).

    A oração de Jesus naquela noite, sem dúvida, incluído um tempo de pedido de seus discípulos. Saber o que eles estavam prestes a experiência, ele confiou-lhes nas mãos de seu pai. Certamente, como fez em outras ocasiões (conforme Lc 22:32; João 17:6-26), Jesus pediu ao Pai dar-lhes verdadeira, fé persistente. O padre respondeu que a oração de uma forma poderosa, concedendo-lhes a fé, em resposta a uma maravilha inigualável.

    Intervenção poderosa para os Doze

    Ao cair da tarde, estava o barco no meio do mar, e Ele estava sozinho em terra. Ao vê-los se esforçando nos remos, porque o vento lhes era contrário, por volta da quarta vigília da noite, Ele veio para eles, andando por sobre o mar; e Ele pretendia passar por eles. Mas quando o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e gritaram; por tudo o que viu e ficaram aterrorizados. Mas ele imediatamente falou com eles e disse-lhes: "Coragem! Sou Eu, não tenhais medo "Então Ele entrou no barco com eles, eo vento parou.; e eles foram totalmente surpreso, pois não tinha ganho qualquer visão do incidente dos pães, mas o seu coração estava endurecido. (6: 47-52)

    A frase quando era noite se refere à segunda noite do dia, seis horas — nove horas da noite. Jesus alimentou as multidões antes, durante a primeira noite (conforme Mt 14:15), que durou de três a seis. Até agora, o sol estava baixo e crepúsculo se transformou em trevas. A cada hora que passa, a distância entre os discípulos e Jesus se arregalaram. Eles estavam no barco, que estava no meio do mar, e Ele estava sozinho em terra. Devido à erupção repentina de uma tempestade terrível, o que normalmente teria sido um lago cruzamento rotina tornou-se uma jornada traiçoeira. Ventos violentos (Jo 6:18) impulsionou ondas de esmagamento que golpearam o barco (Mt 14:24). (Para mais informações sobre as tempestades ferozes que, por vezes, surgiram no Mar da Galiléia, veja o capítulo 16 deste volume.) No início, os discípulos tinham experimentado uma tempestade semelhante, mas Jesus tinha estado com eles naquela ocasião (conforme Marcos 04:37 —41). Desta vez, eles estavam sozinhos.

    Como observado acima, Jesus tinha permanecido atrás para orar, se retirar para uma montanha próxima para encontrar solidão para comungar com Seu Pai. Embora os seus discípulos estavam sozinhos por si e milhas de distância, eles nunca estavam fora do alcance de sua proteção divina. Em uma clara demonstração da onisciência divina, Jesus viu -los forçando os remos, porque o vento lhes era contrário. O Senhor, consciente da sua situação mesmo antes de acontecer, permaneceu no controle da situação a cada momento. Tanto a tempestade e os Doze estavam em suas mãos. Embora Ele estava muito longe para ver fisicamente o barco através da escuridão da tempestade, Jesus sempre soube que a sua localização exacta. A onisciência de Deus é ilimitado em seu escopo e universal em sua visão. Como Pv 15:3.). 2Cr 16:9.). E o autor de Hebreus ecoa essa realidade com estas palavras: "E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de prestar contas" (He 4:13.). Mesmo um mar tempestuoso não pode obscurecer a clareza do olhar onisciente de Deus. Como Davi famosa pergunta ao Senhor: "Onde posso ir de Seu Espírito? Ou para onde fugirei da tua presença? Se eu morar nos confins do mar, mesmo ali a tua mão me guiará ea tua destra de lançar mão de mim "(Sl 139:1:. Sl 139:7, 9-10). O Filho de Deus onisciente não abandonou os seus discípulos para a tempestade. Ele sabia exatamente onde estavam e como Ele os livraria.

    Que os discípulos estavam forçando os remos indica que eles estavam trabalhando febrilmente para sobreviver. Pelo menos quatro dos discípulos (e talvez até sete) eram experientes pescadores naquele lago, e apenas uma tempestade de extrema teria dado tal dificuldade. Devido às condições, uma viagem que normalmente teria durado apenas uma ou duas horas tinha-se tornado uma luta de toda a noite para manter-se de um afogamento. Marcos indica que era pela quarta vigília da noite , quando Jesus finalmente chegou para ajudá-los (conforme Mt 14:25). Os romanos dividiram a noite em quatro relógios. O primeiro foi de seis para nove; a segunda, de nove a meia-noite; o terceiro, a partir da meia-noite até as três da manhã; e a quarta, de três a seis. Os discípulos, que tinham saído antes das nove horas da noite anterior, ainda estavam no lago nas primeiras horas antes do amanhecer. Em todo esse tempo, provavelmente cerca de nove horas, eles tinham sido capazes de remar apenas alguns quilômetros de como eles foram frustrados pela forte rajada (conforme Jo 6:19).

    A situação parecia desesperada, mesmo sem esperança, quando Jesus soberanamente interveio. Ele veio para eles, andando por sobre o mar; e Ele pretendia passar por eles. Fora da escuridão, no meio dos ventos uivantes e espirro de ondas, Jesus mudou-se para os discípulos caminhando sobre o mar. O Criador das águas e do pé de vento colocada sobre a superfície instável, como se fosse duro como pedra e lisa como vidro, abrindo caminho para eles na hora do desespero. A frase Ele pretendia passar por eles podem ser facilmente mal interpretada e que seria melhor traduzido como "Ele desejava vir ao lado deles." O Senhor sabia exatamente onde estavam e ele andou no lago, até que ele chegou ao lado de seu barco.

    Compreensivelmente, os discípulos ficaram chocados quando o viram andando sobre o mar. Sem dúvida, a noite de completa exaustão e luta constante adicionado a sua confusão, e uma vez que eles não podiam acreditar no que viam, nem reconhecer quem era, eles entraram em pânico e suposto que era um fantasma. A palavra fantasma (em grego Phantasma ), a partir do qual as palavras inglesas "fantasmas" e "Phantasm" são derivados, refere-se a uma aparição ou fantasma imaginário. Popular superstição do primeiro século pretendia que os espíritos da noite trouxe o desastre, e os discípulos assumiram o pior. Depois de horas de gritar um com o outro no meio da tempestade, eles eram tão assustado que, apesar de suas vozes cansadas, eles gritou de horror. Como explica Marcos, eles gritaram; . para todos o viram e ficaram aterrorizados A palavra apavorado (a forma do verbo grego tarassō ) significa "jogar em pânico" ou "para atacar com medo." Eles já tinham ficado com medo da tempestade; vendo uma figura caminhar em direção a eles na água impulsionou seu medo para níveis ainda mais altos de intensidade.

    Na tentativa de descartar este milagre, alguns críticos incrédulos alegaram que Jesus estava apenas caminhando ao longo da costa, e não na superfície do lago. Esta interpretação do texto é insustentável por várias razões. Em primeiro lugar, o barco estava a quilômetros da costa, o que torna impossível para os discípulos de ter visto Jesus através da escuridão da tempestade. Mt 14:24 diz literalmente que eles eram "muitos estádios da terra"; um stadion media aproximAdãoente um oitavo de milha. Em segundo lugar, os discípulos não teria sido agarrado com medo se eles tivessem apenas viu alguém andando ao longo da costa. Nenhum pescador experiente se iluda pensando que um observador em terra foi, na verdade, andar sobre a água. Terceiro, se Jesus estavam de pé na praia, Pedro não teria começou a afundar quando ele saiu do barco (conforme Mt 14:30). Afinal, Pedro saiu no mesmo lugar que Jesus estava andando (31 v.), Ea água não era profundo o suficiente para um homem adulto a se afogar. Tal como acontece com todos os Seus milagres, caminhadas de Jesus na água demonstrou sua divindade. Porque Ele é o Criador do universo (conforme Jo 1:3; He 1:2), Ele caminha sobre eles.

    Graciosamente, o Senhor não permitiu que o terror dos discípulos para durar. Imediatamente Ele falou com eles e disse-lhes: "Coragem! Sou Eu, não tenhais medo. " O comando coragem (do verbo grego tharseo ) significa "ser corajoso" ou "para ter bom ânimo." Ele é usado por Jesus para chamar o seu povo a depender dele como a fonte de sua confiança, mesmo no meio de circunstâncias impossíveis (conforme Mt 9:1, Mt 9:22; Mt 14:27; Mc 10:49; Jo 16:33; At 23:11). No meio do caos e da confusão, reconheceram a voz do Senhor Jesus chamando a eles.

    A frase que é que eu poderia ser traduzida literalmente como: "Eu SOU . "Não só essa afirmação identificar o orador como Jesus, também refletiu a auto-revelação de Deus encontrada no Antigo Testamento (conforme Ex 3:14). Jesus não só demonstrou a Sua divindade através do Seu poder sobrenatural, Ele também afirmou ser Deus com as palavras que Ele falou (conforme Jo 5:18; Jo 8:58; Jo 10:30, Jo 10:33). Percebendo que era Jesus, o medo dos discípulos voltaram para alívio. Mateus registra que Pedro, em um momento de exuberância, falou e disse a Jesus:

    "Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas". E Ele disse: "Vem!" E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. Mas, vendo o vento, ele ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" Imediatamente Jesus estendeu a mão e segurou-o, e disse-lhe: "Homem de pouca fé, por que você duvida "(Mat. 14: 28-31)?

    Fé vacilante de Pedro era representante de todos os discípulos e exemplificado a razão desse milagre foi necessário, para fortalecer a sua fé. Embora repreensão de Jesus foi singularmente dirigida a Pedro, ele fittingly aplicada a todo o grupo. Que o Senhor chegou graciosamente a sua mão e salvou Pedro, apesar das dúvidas de Pedro, é uma imagem maravilhosa da maneira em que Ele graciosamente ajuda Sua própria em sua hora de necessidade, apesar de suas fraquezas (conforme He 13:6, "Imediatamente o barco chegou à terra para onde iam." Um momento, eles estavam lutando contra uma tempestade no meio do lago; o outro, o vento e as ondas estavam calmas eo barco tinha chegado na costa. Compreensivelmente, os discípulos responderam com choque. A palavra espantado vem da palavra grega existēmi , que significa "estar fora de si." O milagre que acabou de vivenciar soprou suas mentes.

    De acordo com Mt 14:33, a resposta dos discípulos voltaram para o culto: "Aqueles que estavam no barco o adoraram, dizendo:" Tu és o Filho de Deus! '"Eles reconheceram que estavam na presença do Criador (conforme . 26:14), Aquele que controla os ventos e as ondas (conforme Mc 4:41). Talvez suas mentes foram inundadas com passagens do Antigo Testamento, como o Sl 77:19 (NVI) ", seu caminho é no mar. Seu caminho é nas grandes águas e seus pegadas não foram conhecidas. "Eles podem ter se lembrado das palavras de Hc 3:15:" Você atravessou o mar com os seus cavalos, através da grande montão de águas. "Ou talvez eles pensavam sobre 9:8;. Mt 12:23; Mt 22:33; Mt 1:22 Marcos 09:15; Lc 2:47; Lc 4:32; Lc 11:14; Jo 7:46), mas poucos realmente adoraram. Os discípulos tinham começado a entender a verdade Seus milagres tinha apontado o tempo todo: que Ele era o Messias, o Filho de Deus (conforme Mc 1:1).

    Culto deveria ter sido a resposta dos discípulos antes, quando Jesus alimentou milagrosamente a multidão de dezenas de milhares de pessoas. Mas, em vez de cair em reverência, que, aparentemente, permitiu-se ser pego no entusiasmo da multidão. Esta aparição de Jesus na água foi, portanto, necessário, a fim de reforçar a sua fé, porque eles não tinham ganho qualquer visão do incidente dos pães, mas o seu coração estava endurecido. Devido à sua própria frieza espiritual, os discípulos haviam perdido o verdadeiro importância dessa exibição anterior do poder criativo divino. Seguro na costa, na presença de seu Salvador todo-poderoso, eles estavam convencidos de sua divindade e caiu de joelhos em adoração e louvor.

    Interação pessoal com as multidões

    Quando tinham atravessado chegaram à terra em Genesaré, e ali atracaram. Quando eles saíram do barco, imediatamente as pessoas o reconheceram, e correu sobre toda aquela região e começaram a levar aqui e ali em seus paletes aqueles que estavam doentes, para o lugar que eles ouviram que ele estava. Onde quer que Ele entrou em aldeias, cidades ou campos, eles estavam colocando os enfermos nas praças, e implorando-lhe que os deixasse tocar a orla do seu manto; e todos quantos o tocavam ficavam sendo curado. (6: 53-56)

    O relato da caminhada de Jesus sobre a água contém muito mais do que um único milagre. Primeiro, foi precedida pela alimentação sobrenatural do milhares (vv. 33-44). Em segundo lugar, Jesus omnisciently viu os discípulos no meio da tempestade (v. 48). Em terceiro lugar, Ele suspendeu a gravidade ao caminhar sobre a superfície do lago tempestuoso (v. 48). Em quarto lugar, Ele permitiu a Pedro para andar sobre a água (conforme Mt 14:29). Em quinto lugar, logo que ele entrou no barco, o vento parou e a tempestade evaporado (Mc 6:51). Em sexto lugar, o barco foi imediatamente transportado para a costa (Jo 6:21). E, finalmente, depois de chegar a terra, Jesus começou a curar os doentes que foram trazidos a ele (Marcos 6:53-55). Esmagado pela maravilha de tudo isso, os discípulos responderam no reconhecimento de adoração que o seu Mestre era o Filho de Deus.

    Marcos continua a seu relato, observando que quando tinha atravessado chegaram à terra em Genesaré, e ali atracaram. A planície de Genesaré ficava ao sudoeste de Cafarnaum. Como observado anteriormente, Jo 6:17 indica que os discípulos estavam atravessando o lago em direção a Cafarnaum; No entanto, eles desembarcaram em Genesaré. Os críticos afirmam que, por vezes, isso representa uma discrepância nos relatos evangélicos. Na realidade, isso não acontece. Embora os discípulos podem ter originalmente destinado a ir diretamente para Cafarnaum, o Senhor de maneira sobrenatural e instantaneamente colocou seu barco em Genesaré. Eles tinham, sem dúvida, se afastaram naturalmente, devido aos ventos fortes, o que explica por que o barco já não estava indo em direção a seu destino original. Com ou sem tempestade, eles desembarcaram exatamente onde Jesus queria que eles fossem. A proximidade de Cafarnaum e Genesaré significava que Jesus e os discípulos facilmente orientado a Cafarnaum depois eles saíram do barco. Cafarnaum era seu destino final, e foi lá, na sinagoga, que Jesus pregou seu sermão sobre o pão da vida (conforme Jo 6:24, Jo 6:59).

    Uma vez em terra, imediatamente as pessoas o reconheceram, e correu sobre toda aquela região e começaram a levar aqui e ali em seus paletes aqueles que estavam doentes, para o lugar que ouvi dizer que ele era. Como Jesus e os discípulos caminhavam de Genesaré a Cafarnaum, a Senhor continuou a mostrar compaixão para com as pessoas carentes, tanto ao longo do caminho e uma vez que ele finalmente chegou em Cafarnaum. O evangelho de João retoma a história nesse ponto, preenchendo os detalhes do que Jesus pregou em Cafarnaum naquele dia (conforme João 6:26-58). O relato de Marcos, no entanto, se afasta e fornece um resumo final do ministério de Jesus na Galiléia. Onde quer que Ele entrou em aldeias, cidades ou campos, eles estavam colocando os enfermos nas praças, e implorando-lhe que os deixasse tocar a orla do seu manto; e todos quantos o tocavam ficavam sendo curado. Em todos os lugares que fosse, Jesus misericordiosamente curou todos os doentes que foram trazidos a ele. Seu poder de cura não tinha limites e sua bondade sem limites. Ele, pessoalmente, e graciosamente cuidada todos que o procuravam. Como a mulher em Marcos 5:28-29, pessoas desesperadas que sofrem de todos os tipos de doenças incuráveis ​​e deficiências foram curados simplesmente tocando na orla do seu manto. O display, escopo e intenção de Seu incomparável poder, desde a criação de uma refeição enorme para o apaziguamento de uma tempestade violenta para a cura de inúmeras enfermidades, foi acompanhada pela demonstração de Sua compaixão divina expansiva.

    Embora muitos que experimentaram os Seus milagres nunca viria para abraçá-lo em uma genuína fé salvadora, os verdadeiros crentes, como os discípulos no barco, ir além de mera espanto para o lugar de adoração sincera. Como fez o apóstolo João na ilha de Patmos, eles caem em seus rostos diante do Filho de Deus, em homenagem ao

    Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos, eo soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados pelo Seu sangue, e ele fez de nós um reino de sacerdotes para o Seu Deus e Pai a-ele seja a glória eo domínio pelos séculos dos séculos. Amém. (Ap. 1: 5-6; conforme v 17)


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Marcos Capítulo 6 do versículo 1 até o 56

    Marcos 6

    Sem honra em sua própria terra — Mar. 6:1-6 Arautos do Rei — Mar. 6:7-11

    A mensagem e a misericórdia do Rei — Mar. 6:12-13 Três veredictos sobre Jesus — Mar. 6:14-15 A vingança de una mulher perversa — Mar. 6:16-29 Compaixão pela multidão — Mar. 6:30-34 Nas mãos de Jesus o pouco é muito — Mar. 6:35-44 A tempestade dominada — Mar. 6:45-52 As multidões exigentes — Mar. 6:53-56

    SEM HONRA EM SUA PRÓPRIA TERRA Marcos 6:1-6

    Quando Jesus foi a Nazaré, submeteu-se a uma prova muito severa. Ia ao povoado onde estava seu lar; e não há críticos mais severos de alguém que aqueles que o conheceram desde menino. Não se tratava de uma visita particular, para ver seu velho lar e seus parentes. Chegou acompanhado por seus discípulos, quer dizer, chegou como um rabino. Os rabinos andavam pelo país acompanhados por seu pequeno círculo de discípulos, e Jesus chegou assim.

    Jesus entrou na sinagoga e ensinou. Seu ensino foi recebido não com assombro, e sim com um tipo de desprezo. “E escandalizavam-se nele.” Ofendia-lhes que um homem de uma procedência como a de Jesus dissesse e fizesse coisas como essas. A familiaridade tinha gerado um equivocado menosprezo.

    Negaram-se a ouvir o que Ele tinha que dizer por duas razões.

    1. Diziam: "Não é este o carpinteiro?" A palavra traduzida carpinteiro é tekton. Tekton significa o que trabalha em madeira, mas mais que um simples operário. Significa um artesão. Homero chama tekton ao que construía navios e casas e templos. Na antiguidade, e em muitos lugares ainda hoje, pode-se achar em povoados e aldeias um artesão capaz de construir algo, de um galinheiro a uma casa; o tipo de homem que pode levantar uma parede, arrumar um teto, reparar uma porta, o artesão, o homem de mil ofícios, que com poucas ferramentas ou sem nenhuma pode pôr mão em qualquer trabalho. Um homem assim era Jesus. Mas a questão é que os vizinhos de Nazaré o desprezavam porque era um trabalhador. Era um homem do povo, um leigo, um homem simples, e portanto o menosprezavam. O povo do Nazaré desprezou a Jesus por ser um trabalhador. Para nós, essa é sua glória, porque significa que Deus, quando veio à Terra, não reclamou exceções. Tomou sobre si esta vida comum com todas as suas tarefas comuns. Os acidentes do nascimento e a fortuna e a estirpe não têm nada que ver com a condição de homem. Devemos nos cuidar sempre da tentação de valorizar as pessoas pelo externo e incidental, e não por seu valor intrínseco.
    2. Diziam: "Não é este o filho da Maria? Não conhecemos seus irmãos e suas irmãs?" O fato de que chamassem a Jesus filho da Maria nos diz que José devia ter morrido. Temos portanto aqui a chave de um dos enigmas de vida de Jesus. Quando Jesus morreu tinha só trinta e três anos, mas não abandonou Nazaré até os trinta (Lc 3:23).

    Por que tão longa demora? Por que permanecer em Nazaré, havendo um mundo que esperava ser salvado? A razão era que José tinha morrido jovem e Jesus tinha assumido o sustento de sua mãe e seus irmãos; e só quando eles estavam suficientemente grandes para defender— se sozinhos, Ele saiu. Foi fiel no pouco, e portanto no fim Deus lhe deu muito que fazer. Mas os vizinhos de Nazaré o menosprezavam porque conheciam sua família.
    Thomas Campbell foi um renomado poeta. Seu pai não tinha o mais mínimo sentido poético. Quando apareceu o primeiro livro de seu filho, com o nome impresso de Thomas, ele enviou um exemplar a seu pai. O ancião tomou e ficou olhando. Realmente olhava a encadernação e não o conteúdo. "Quem tivesse pensado", disse assombrado, "que nosso Tom pudesse fazer um livro como este!" Às vezes a familiaridade que deveria gerar um crescente respeito, dá lugar precisamente ao contrário. Às vezes estamos muito perto das pessoas para ver sua grandeza.
    O resultado de tudo isto foi que Jesus não pôde fazer "obra de poder" em Nazaré. A atmosfera era má, e algumas coisas não se podem fazer quando a atmosfera não é a que corresponde.

    1. Ainda é certo que ninguém pode ser curado se recusa deixar-se curar. Margot Asquith fala da morte do Neville Chamberlain. Todos sabem que a política internacional de Chamberlain teve um resultado que lhe destroçou o coração. Margot Asquith entrevistou a seu médico, Lorde Horder. "Você não pode ser um grande médico", disse-lhe, "pois Neville Chamberlain era só uns anos maior que Winston Churchill, e eu diria o que era um homem forte. "Você o apreciava?" "Eu o apreciava muito. Aprecio a todas as pessoas retraídas. Vi muitas das outras", respondeu Lorde Horder. "Chamberlain padecia de retração. Não queria viver; e quando um homem diz isso, nenhum médico pode salvá-lo". Chamemo-lo fé, chamemo-lo vontade de viver; mas o certo é que sem isso ninguém pode viver.
    2. Não se pode pregar se a atmosfera não é a adequada. Nossas igrejas seriam lugares diferentes se as congregações somente recordassem que elas pregam mais da metade do sermão. Em uma atmosfera de espera, o esforço mais humilde pode inflamar os corações. Em uma atmosfera de frieza critica ou suave indiferença, as expressões mais inflamadas pelo Espírito podem cair a terra sem vida.
    3. Não pode haver pacificação em uma atmosfera inadequada. Se os homens se unirem para odiar, odiarão. Se se reúnem para negar-se a entender, não entenderão. Se se reúnem dispostos a não ver outro ponto de vista que o próprio, não verão outra coisa. Mas se se reúnem amando a Cristo e buscando amar-se uns aos outros, até aqueles que estejam mais separados poderão unir-se em Cristo.

    Sobre nós foi colocada a grande responsabilidade de poder ajudar ou obstaculizar a obra de Jesus Cristo. Podemos abrir-lhe a porta ou fechar-lhe na cara.

    ARAUTOS DO REI

    Marcos 6:7-11

    Entenderemos melhor todas as referências desta passagem se tivermos um quadro mental do que usavam normalmente os judeus na Palestina nos dias de Jesus. Suas vestimentas constavam de cinco partes.

    1. Sobre o corpo usavam o chiton ou sindon ou túnica. Era muito simples. Simplesmente uma longa parte de tecido dobrado e costurada em um lado, de comprimento suficiente para chegar quase até os pés. Nas extremidades superiores se faziam dois buracos para os braços. Em geral se vendiam sem o buraco para a cabeça, a fim de demonstrar que o objeto era novo, e para que o comprador arrumasse o decote como quisesse. Por exemplo, o dos homens era diferente do das mulheres. No caso destas tinha que ser mais baixo para que pudessem amamentar a seus filhos. Em sua expressão mais simples era simplesmente uma bolsa com buracos nas pontas. Em uma forma mais elaborada tinha mangas longas; e às vezes estava aberta na fronte com uma abotoadura como uma casaca.
    2. Exteriormente usavam o que se chamava o himation. Este servia de capa de dia e de manta de noite. Constava de uma parte de gênero de algo mais de dois metros de direita a esquerda, e um metro e quarenta de cima abaixo. A cada lado se dobrava uns cinqüenta centímetros e na extremidade superior das partes dobradas a cada lado se praticava um buraco para os braços. Portanto ficava quase quadrado. Geralmente estava feito com duas partes de tecido de comprido indicado por um largura de uns setenta centímetros, costurados no comprimento. A costura caía pelas costas. Mas um himation feito especialmente podia ser malha de uma só peça, como era o do Jesus (Jo 19:23). Este era o vestido principal.
    3. Logo havia o cinto. Este era portado sobre as duas vestimentas já descritas. As saias da túnica podiam levantar-se e sujeitar-se sob o cinto para trabalhar ou correr. Às vezes a túnica se sujeitava formando como uma bolsa por cima do cinto, e no oco assim formado se podia levar um pacote. Freqüentemente o cinto, ao longo de uns cinqüenta centímetros desde cada extremo era duplo. A parte dupla constituía um bolso no qual se levava o dinheiro.
    4. Havia também o tocado. Consistia este em um gênero de algodão de cerca de um metro quadrado. Podia ser branco, azul ou negro, e às vezes era feito de seda de cores. Era dobrado em diagonal e era posto sobre a cabeça de modo que protegesse a nuca, os maçãs do rosto e os olhos do calor e do resplendor do Sol. Era mantido em seu lugar com uma parte de lã semi elástica, que se colocava ao redor da cabeça.
    5. Os pés eram calçados com sandálias. Estas eram simplesmente partes de couro, madeira ou malha de ervas. Nos extremos da sola uma presilha permitia passar um cordão que mantinha em seu lugar a sandália.

    O alforje pode ter sido uma de duas coisas. (a) Pode tratar-se da alforje comum dos viajantes. Este era feito com um couro de cabrito. Freqüentemente o animal era despojado de toda sua pele de modo que conservava a forma original do animal, com patas, cauda, cabeça e tudo! Tinha uma correia de cada lado e ra suspensa do ombro. Nela o pastor, ou o peregrino ou o viajante levava pão e passas de uva, azeitonas e queijo suficiente para um ou dois dias. Mas há (b) uma sugestão muito interessante. A palavra grega é pera; e pode significar uma bolsa para coletar. Muito freqüentemente os sacerdotes e devotos saíam com esse tipo de bolsas para coletar contribuições para seu templo e seu deus. Foram já descrito como "ladrões piedosos cujo despojo aumenta de aldeia em aldeia". Existe uma inscrição em que um homem que se denomina a si mesmo como escravo da deusa síria diz que entregou em cada viagem setenta bolsas cheias para sua senhora. Se se tomar o primeiro significado, Jesus teria dito que seus discípulos não deviam levar provisões para o caminho, mas deviam confiar em Deus para tudo. Se se adotar o segundo significado, quereria dizer que não deviam ser como os sacerdotes vorazes. Deviam ir dando e não recebendo.

    Há aqui outras duas coisas interessantes.

    1. Havia um regulamento rabínico segundo a qual quando um homem entrava nos pátios do templo devia deixar de lado seu bordão, suas sandálias e seu cinto. Todas as coisas comuns deviam ser postas de lado ao entrar no lugar sagrado. Talvez Jesus estivesse pensando nisso, e queria que seus homens considerassem os humildes lares em que fossem entrar como lugares tão sagrados como os pátios do templo.
    2. A hospitalidade era um dever sagrado no Oriente. Quando chegava um estrangeiro a uma aldeia, não devia procurar hospitalidade: era dever dos habitantes oferecê-la. Jesus disse a seus discípulos que se lhes negassem hospitalidade, e se as portas e os ouvidos se fechavam, deviam sacudir o pó de seus pés ao sair desse lugar. A Lei rabínica dizia que o pó de um país gentil e pagão estava poluído, e quando as pessoas entravam na Palestina vindas de outro país deviam sacudir-se cada partícula de poeira imunda.

    Era uma maneira formal de ilustrar o fato de que um judeu não podia ter comunhão alguma nem sequer com o pó de uma terra pagã. É como se Jesus houvesse dito: "Se se negarem a nos ouvir, a única coisa que podem fazer é tratá-los como um judeu rígido trataria a uma casa gentia. Não pode haver comunhão entre eles e vós."

    Podemos ver, pois, que o sinal do discípulo cristão devia ser a absoluta simplicidade, completa confiança, e a generosidade que sempre está pronta a dar e nunca a pedir.

    A MENSAGEM E A MISERICÓRDIA DO REI

    Marcos 6:12-13

    Aqui temos um breve resumo do trabalho que fizeram os Doze quando Jesus os enviou.

    1. Proclamaram a mensagem de Jesus. A palavra que se usa é literalmente a que se emprega para a proclamação de um arauto. Quando os apóstolos saíram a pregar aos homens, não criaram uma mensagem: levaram uma mensagem. Não diziam o que acreditavam e o que consideravam provável; diziam o que Deus lhes havia dito. Não levavam aos homens suas opiniões; comunicavam-lhes a verdade de Deus. A mensagem dos profetas iniciava sempre: "Assim diz o Senhor." Quem quer levar a outros uma mensagem efetiva, deve recebê-lo primeiro de Deus.
    2. Levaram às pessoas a mensagem do Rei; e esta mensagem era "Arrependei-vos!" Agora, esta mensagem era evidentemente perturbadora. Arrepender-se significa mudar a mente, e logo adaptar nossas ações a essa mudança. O arrependimento significa uma mudança de coração e uma mudança de ação.

    O arrependimento forçosamente fere, porque envolve a amarga compreensão de que o caminho que estávamos seguindo era equivocado. O arrependimento forçosamente perturba, porque significa um transtorno completo e total da vida. Precisamente por isso é que são tão poucos os que se arrependem, porque a última coisa que a maioria das pessoas querem é serem perturbadas.

    Lady Asquith, em uma vívida frase, fala das pessoas que "folgam para a morte". Muitos são os que fazem isto. Toda atividade os molesta. Em alguns sentidos o pecador positivo, ativo, fanfarrão, que atropela para uma meta que escolheu, é uma pessoa mais atrativa que o folgazão negativo, nebuloso que se desliza pusilânime e desorientado pela vida.
    Na novela Quo vadis? há uma passagem em que Vinício, o jovem romano, apaixonou-se por uma jovem cristã. Mas ela não quer nada com ele porque não é cristão. Ele a segue à reunião noturna secreta do pequeno grupo de cristãos e ali, desconhecido por todos, ouve o que é dito. Ouve Pedro pregar e, enquanto escuta, algo lhe acontece. "Sentiu que se queria seguir esse ensino teria que lançar em uma fogueira todos os seus pensamentos, seus hábitos e seu caráter, toda sua natureza até esse momento, queimá-los até reduzi-los a cinzas e logo encher-se de uma vida totalmente diferente e uma alma inteiramente nova." Isto é arrependimento.

    Mas o que acontece se a pessoa não tem outro desejo senão que o deixem em paz? Não se trata necessariamente de uma mudança de uma vida de roubo, homicídio, adultério ou outros pecados flagrantes. Pode tratar-se de uma vida egoísta, instintivamente exigente, totalmente desconsiderada; uma mudança de uma vida egocêntrica a uma vida centrada em um Deus: uma mudança assim dói.
    W. M. Macgregor cita um dito do bispo Os Miseráveis. "Eu sempre incomodava a alguns deles; porque através de mim lhes chegava o ar exterior; minha presença em sua companhia os fazia sentir como se tivessem deixado aberta uma porta e estivessem em uma corrente de ar." O arrependimento não é lamentar-se sentimentalmente: é algo revolucionário; por isso são tão poucos os que se arrependem.

    (3) Levaram às pessoas a misericórdia do Rei. Não só apresentaram às pessoas essa tremenda demanda. Também lhes levaram ajuda e cura. Levaram libertação aos pobres, os homens e mulheres possessos por demônios. Desde o início o cristianismo objetivou levar saúde ao corpo e à alma; sempre se inclinou não só à salvação da alma, mas também à salvação total. Não só deu uma mão para elevar do naufrágio moral e sim para aliviar a dor e o sofrimento físicos.

    É muito sugestivo que ungissem com azeite. No mundo antigo o azeite era considerado uma panacéia. Galeno, o grande médico grego, disse: "O azeite é o melhor de todos os instrumentos para curar os corpos doentes." Nas mãos dos servidores de Cristo as antigas curas adquiriam uma nova virtude. O estranho é que utilizavam as coisas que o limitado conhecimento dos homens conhecia naquele tempo; mas o Espírito de Cristo dava ao que curava um novo poder e à antiga cura uma nova virtude. O poder de Deus ficava ao alcance da fé dos homens, nas coisas comuns. Assim, pois, os Doze levaram aos homens a mensagem e a misericórdia do Rei, e essa segue sendo a tarefa da igreja hoje e sempre.

    TRÊS VEREDICTOS SOBRE JESUS

    Marcos 6:14-15

    Naquele tempo se conheciam em toda a região as notícias a respeito de Jesus. Agora chegaram aos ouvidos de Herodes. A razão por que até este momento Herodes não tinha ouvido de Jesus; pode ser que sua residência oficial na Galiléia estava em Tiberias. Tiberias era uma cidade em grande parte gentia, e, que saibamos, Jesus nunca pôs os pés nela. Mas a missão dos Doze tinha levado o nome e a fama de Jesus a toda Galiléia, de modo que seu nome estava em todas as bocas.
    Nesta passagem vemos três veredictos sobre Jesus.
    (1) Há o veredicto de uma consciência culpada. Como temos que vê-lo Herodes tinha sido culpado de permitir a execução de João Batista, e agora a lembrança de sua ação o acossava.

    Quando alguém comete uma má ação, o mundo inteiro se converte em seu inimigo. Interiormente, não pode dominar seus pensamentos; e quando se permite pensar, seus pensamentos voltam para mal que cometeu. Ninguém pode evitar o viver consigo mesmo; e quando seu ser interior o acusa, a vida se faz intolerável. Exteriormente, vive temendo ser descoberto, que algum dia o alcancem as conseqüências de sua má ação, na incerteza a respeito de que alguém saiba o que fez.

    Faz algum tempo fugiu um sentenciado do cárcere de Glasgow. Quarenta e oito horas depois foi capturado, com frio, faminto e exausto. O mesmo disse que não havia valido a pena. "Não tive nem um minuto", disse. "Acossado, acossado todo o tempo. A gente não tem uma oportunidade. Não pode deter-se para comer. Não pode dormir." "Acossado". Esta é a palavra que melhor descreve a vida do homem que fez algo mau. Quando Herodes ouviu de Jesus, a primeira coisa que cruzou por sua mente como um relâmpago foi que se tratava de João Batista, a quem ele tinha assassinado, que tinha voltado para confrontar— se se com ele. Visto que a vida pecaminosa é uma vida acossada, o pecado nunca vale o que custa.

    1. o veredicto dos nacionalistas. Alguns pensavam que esse Jesus era Elias que tinha voltado. Os judeus aguardavam o Messias. Havia muitas idéias sobre ele, mas a mais comum de todas era que o Messias seria um rei conquistador que primeiro devolveria aos judeus sua liberdade e sua autonomia, e que logo os guiaria em uma campanha vitoriosa através de todo o mundo. Agora, uma parte essencial dessa crença era que, antes da vinda do Messias, voltaria Elias, o maior dos profetas, para ser seu arauto e seu precursor. Até hoje, quando celebram a Páscoa, os judeus deixam uma cadeira vazia na mesa, a qual chamam a cadeira de Elias. Põem essa cadeira vazia e diante dela um copo de vinho, e em uma parte de seu serviço abrem de par em par a porta para que possa entrar Elias e trazer para o fim as tão aguardadas novas de que o Messias chegou. Este é o veredicto do homem que deseja achar em Jesus a realização de suas próprias ambições. Pensa em Jesus não como alguém a quem deve submeter-se e a quem deve obedecer, mas sim como alguém a quem pode usar. Um homem assim pensa mais em suas próprias ambições que na vontade de Deus.
    2. o veredicto do homem que aguarda a voz de Deus. Havia quem via em Jesus um profeta. Naqueles dias os judeus estavam pateticamente conscientes de que durante trezentos anos a voz da profecia tinha estado silenciosa. Tinham ouvido os argumentos e as disputas legais dos rabinos, tinham ouvido os discursos morais da sinagoga; mas por volta de três longos séculos não ouviam uma voz que proclamasse: "Assim diz o Senhor." Naqueles dias os homens ansiavam ouvir a autêntica voz de Deus, e em Jesus a ouviam. É verdade que Jesus era mais que um profeta. Ele não só trazia a voz de Deus. Trazia aos homens o poder e a vida e o próprio ser de Deus. Mas aqueles que viam nele um profeta, pelo menos estavam mais certos do que Herodes com sua consciência que o redargüia e os espectadores nacionalistas. Tinham chegado até aí em suas idéias a respeito de Jesus, não era impossível que pudessem dar o passo seguinte e ver nele o Filho de Deus.

    A VINGANÇA DE UMA MULHER PERVERSA

    Marcos 6:16-29

    Este relato tem toda a simplicidade de um tremendo drama.
    Primeiro, vejamos a cena. A cena se desenvolve no castelo do Macaerus. Esta fortaleza estava sobre um penhasco solitário, rodeado de terríveis correntezas, frente à margem Leste do Mar Morto. Era uma das mais solitárias, formidáveis e inacessíveis fortalezas do mundo inteiro. Até hoje estão ali os calabouços, e o viajante pode ver nas paredes as argolas e ganchos de ferro aos quais João deve ter estado amarrado. Foi nessa fria e desolada fortaleza onde se desenvolveu o último ato da vida de João Batista.

    Em segundo termo, vejamos os personagens. Os enredos matrimoniais da família do Herodes são incríveis, e suas inter-relações são tão complicadas que se faz quase impossível de desenredar. Quando Jesus nasceu, reinava Herodes o Grande. Este foi o rei que ordenou a matança dos meninos de Belém (Mateus 2:16-18).

    Herodes o Grande se casou muitas vezes. Para o fim de sua vida se tornou patologicamente desconfiado e assassinou membro após membro de sua própria família, a ponto de que chegou a ser um dito entre os judeus: "É mais seguro ser um porco de Herodes que um filho." Primeiro, casou-se com o Doris, da qual teve um filho, Antipater, ao qual assassinou. Logo se casou com o Mariamne, a asmonea, com quem teve dois filhos, Alexandre e Aristóbulo, aos quais também deu morte.
    Herodias, a perversa da presente passagem, era filha deste Aristóbulo. Herodes o Grande se casou logo com outra Mariamne, chamada a betusiana. Dele ela tive um filho chamado Herodes Filipe. Este Herodes Filipe se casou com Herodias, a filha de seu meio irmão Aristóbulo, e que, por conseguinte era sua sobrinha. De Herodias, este Herodes Filipe teve uma filha chamada Salomé, que é a moça que nesta passagem dançou diante de Herodes, o governador da Galiléia. Herodes o Grande casou depois com Malthake, de quem teve dois filhos: Arquelau e Herodes Antipas, que é o Herodes de nossa passagem e que era governador da Galiléia.

    O Herodes Filipe que se casou originalmente com Herodias, e que era o pai do Salomé, não herdou nenhum dos domínios de Herodes o Grande. Vivia em Roma como um rico cidadão privado. Herodes Antipas — o Herodes desta passagem — o visitou em Roma. Ali seduziu a sua esposa Herodias e a persuadiu a abandonar Filipe e se casar com ele.
    Agoura, notemos que Herodias era: (a) filha de seu meio irmano, Aristóbulo, e por conseguinte sua sobrinha; e (b) era esposa de seu meio irmão Herodes Filipe, e portanto sua cunhada. Previamente, este Herodes Antipas tinha estado casado com uma filha do rei dos nabateos, um povo árabe. Ela fugiu procurando a ajuda de seu pai, quem invadiu o território do Herodes para vingar a honra de sua filha e lhe infligiu uma grande derrota. Para completar este quadro assombroso, Herodes o Grande casou finalmente com a Cleópatra de Jerusalém, de quem teve um filho chamado Filipe o Tetrarca.
    Este Filipe se casou com Salomé que era ao mesmo tempo (a) filha de seu meio irmano Herodes Filipe, (b) filha de Herodias, a qual por sua vez era filha do Aristóbulo, outro de seus meio irmãos. Salomé era, pois, ao mesmo tempo sua sobrinha e sobrinha neta. Estudando o quadro da página seguinte será mais fácil seguir tudo isto.

    Raramente na história houve uma série tal de complicações matrimoniais como existiu na família dou Herodes. Ao casar-se com ou Herodias, a mulher de seu irmão, Herodes tinha quebrantado a Lei judaica (Lv 18:16, 20-21) e tinha ofendido a moral e a decência.

    Devido a esse matrimônio adúltero, e a deliberada sedução da mulher de seu irmão por Herodes, João o havia denunciado publicamente. Era preciso coragem para denunciar publicamente a um déspota oriental que tinha poder de vida e morte, e esta coragem de João para denunciar o mal em qualquer lugar que fosse é comemorado na coleta para o dia dos São João Batista, no Livro do Oração Comum anglicano:

    "Deus todo-poderoso, por cuja providência teu servo João Batista nasceu milagrosamente e foi enviado a preparar o caminho de teu Filho, nosso Salvador, pregando o arrependimento: conceda-nos que sigamos de tal maneira sua santa vida e doutrina, que nos arrependamos segundo verdadeiramente ele pregou; e que a exemplo dele falemos a verdade constantemente, repreendamos livremente os vícios, e soframos com toda paciência por amor da verdade por meio de Jesus Cristo nosso Senhor. Amém."

    Apesar da repreensão dou João, Herodes continuava respeitando-o e temendo-o, porque João era evidentemente um homem sincero e bom; mas Herodias era diferente. Ela abrigava um implacável ódio para com João Batista e decidiu eliminá-lo. Sua oportunidade se apresentou na festa de aniversário de Herodes, que este estava celebrando com seus cortesãos e seus capitães. Na festa, Salomé, a filha de Herodias, começou a dançar. O fato de que fizesse tal coisa é algo incrível.
    Naqueles dias e em tal sociedade, os solos de baile eram pantomimas licenciosas. Que uma princesa de sangue real se expusesse e se rebaixasse dessa maneira é algo difícil de creditar, pois tais danças eram a arte de prostitutas profissionais. O próprio fato de que o fizesse é um feio comentário sobre o caráter de Salomé e da mãe que o permitiu e a estimulou a fazê-lo. Mas Herodes se alegrou, e lhe ofereceu qualquer recompensa; e assim Herodias teve a ocasião que estava procurando durante tanto tempo; e para gratificar seu rancor, João foi executado.
    Podemos aprender algo de cada um dos personagens desta história.

    1. Revela-nos Herodes.
    2. Era uma estranha mescla: temia a João e ao mesmo tempo o respeitava; temia a língua de João e ao mesmo tempo achava prazer em escutá-lo. Neste mundo não há uma mescla tão estranha como o ser humano. O característico do homem é que é uma mixórdia.

    Boswell, em seu London Diary, conta como enquanto estava na igreja desfrutava de do culto de Deus, ao mesmo tempo estava fazendo planos para encontrar-se com uma rameira nas ruas de Londres nessa mesma noite. A estranha realidade é que está acossado ao mesmo tempo cm o pecado e pelo bem. Robert Louis Stevenson fala de pessoas que "aferram-se aos restos da virtude não prostíbulo ou no cadafalso". Sir Norman Birkett, o grande Juiz e jurisconsulto fala dos delinqüentes que defendeu e julgou. "Podem tentar escapar, mas não podem, estão condenados a certa nobreza; durante toda sua vida o desejo do bem lhes persegue como um implacável caçador." Herodes podia pecar, podia temer a João e amá-lo, podia aborrecer sua mensagem, mas não podia libertar-se de sua insistente fascinação. Herodes era simplesmente um ser humano. Somos nós muito diferentes?

    1. Herodes era um homem que atuava por impulsos. Fez sua temerária promessa a Salomé sem pensar. Pode ser que a fizesse estando mais que medianamente ébrio e saturado de vinho. Um homem deve tomar cuidado. Deve pensar antes de falar. Não deve permitir-se perder o sentido até o ponto de perder sua capacidade de julgamento, e fazer coisas das quais depois tenha que arrepender-se.
    2. Herodes temia o que as pessoas poderiam dizer. Cumpriu sua promessa a Salomé porque a tinha feito diante de seus grandes e não podia quebrar a palavra. Temia suas brincadeiras e suas risadas; temia que o considerassem fraco. Mais de uma pessoa tem feio coisas que depois lamentou amargamente porque lhe faltou a coragem moral para fazer o que correspondia. Mais de uma pessoa se fez muito pior do que era, por temor às brincadeiras de seus supostos amigos.
    3. Revelam Salomé e Herodias. Herodias tem certa grandeza. Anos depois disto seu Herodes pretendeu o título de rei e foi a Roma para solicitá-lo; em lugar de lhe dar o título, o imperador o desterrou às Gálias por ter tido a insolência e insubordinação de solicitar tal título. A Herodias foi dito que não precisava compartilhar o exílio, que ficava em liberdade, e ela respondeu orgulhosamente que iria onde fosse o marido. Herodias nos mostra o que pode fazer uma mulher teimosa.

    Não há nada não mundo tão bom como uma boa mulher, nem nada tão mau como uma má mulher. Os rabinos judeus tinham um dito curioso. Diziam que uma boa mulher podia casar-se com um homem mau, porque ao fazê-o podia terminar fazendo-o tão bom quanto ela. Mas diziam que um homem bom nunca devia casar-se com uma má mulher, porque esta indevidamente terminaria arrastando-o a seu próprio nível. O problema de Herodias era que queria eliminar o único homem que tinha tido a ousadia de confrontar com seu pecado. Queria satisfazer o seu desejo, sem que ninguém lhe recordasse a lei moral. Assassinou João para poder pecar em paz. Esqueceu que embora não voltasse a encontrar-se com João, ainda teria que encontrar-se com Deus.

    1. Revela-nos João Batista. Revela-se como o homem valente. Era um Filho do deserto e dos grandes espaços abertos, e ser encarcerado nos escuros calabouços de Macaerus deve ter sido para ele o máximo da tortura refinamento. Mas João era homem que preferia a morte à falsidade. Vivia para a verdade e morreu pela verdade. O homem que traz a voz do Deus aos homens atua como a consciência destes. Muitos queriam silenciar sua consciência se pudessem, e por conseguinte o homem que fala em nome de Deus deve expor sempre sua vida e destino.

    COMPAIXÃO PELA MULTIDÃO

    Marcos 6:30-34

    Quando os discípulos voltaram de sua missão, informaram a Jesus de tudo o que tinham feito. As exigentes multidões eram tão insistentes que não lhes davam tempo nem para comer; assim Jesus os levou consigo a um lugar solitário do outro lado do lago para que pudessem descansar tranqüilos por um tempo.

    Aqui vemos o que poderíamos chamar o ritmo da vida cristã. Porque a vida cristã é um constante passar da presença dos homens à presença de Deus, e sair continuamente da presença de Deus à presença dos homens. É como o ritmo do sonho e o trabalho. Não podemos trabalhar a não ser que tenhamos nosso tempo de descanso e o sonho não vem a não ser que tenhamos trabalhado e estejamos bem como uma boa mulher, e nada tão mau como quando cansados. Há na vida dois perigos. Primeiro, o perigo de uma atividade muito constante. Ninguém pode trabalhar sem descansar, e ninguém pode viver a vida cristã a não ser que tenha momentos de encontro com Deus. Talvez todo o problema de nossa vida resida em que não damos oportunidade a Deus para nos falar, porque não sabemos estar calados e ouvir, não lhe damos tempo para nos recarregar de energia e forças espirituais, porque não dispomos de um momento para aguardar que o faça.

    Como podemos pôr o ombro às cargas da vida se não tivermos contato com Aquele que é o Senhor de toda boa vida? Como podemos fazer a obra de Deus, a não ser com a força de Deus? E como podemos receber essa força se não procurarmos em quietude e solidão a presença de Deus? Mas, em segundo lugar, existe também o perigo de muito isolamento. A devoção que não termina em ação não é verdadeira devoção. A oração que não termina em trabalho não é verdadeira oração. Nunca devemos procurar a comunhão com Deus para evitar a comunhão com os homens, a não ser para nos capacitar melhor para ela. O ritmo da vida cristã é a alternância do encontro com Deus no lugar secreto e o serviço aos homens na praça.
    Mas o descanso que Jesus procurava para si e seus discípulos não teria que ser ali. A multidão viu que Jesus e seus homens se afastavam. Nesse preciso lugar o cruzamento do lago em barco significava uns seis ou sete quilômetros e dando a volta a pé pela borda uns dezesseis quilômetros. Em um dia sem vento ou com vento contrário, o cruzamento em barco teria demorado o bastante, e uma pessoa vigorosa teria podido rodear o extremo do lago e chegar antes que a embarcação. Isto foi exatamente o que ocorreu, e quando Jesus e seus discípulos desembarcaram do barco a mesma multidão da qual tinham querido descansar um pouco estava ali aguardando-os.
    Qualquer homem comum se teria sentido profundamente vexado. O descanso que Jesus tanto desejava e que tão bem se ganhou, era-lhe negado. Qualquer homem comum se teria ressentido, mas Jesus se encheu de piedade diante da necessidade da multidão. Olhou-os; estavam tão desesperadamente ansiosos; queriam tanto o que só Jesus podia lhes dar, que lhe pareceram ovelhas sem pastor. O que significava isto?

    1. Uma ovelha sem pastor não pode achar o caminho. Se ficarmos à mercê de nossa própria capacidade, extraviamo-nos na vida. O Principal Carins falou de pessoas que se sentem como "meninos perdidos na chuva". Um verso de Dante diz: "No meio do caminho da vida, encontrei-me em uma selva escura, pois o caminho tinha perdido." A vida pode ser algo muito confuso. Podemos nos encontrar em uma encruzilhada e não saber que caminho tomar. Só quando Jesus nos guia podemos achar o caminho a seguir.
    2. Uma ovelha sem pastor não pode achar pastos e alimento. Nesta vida estamos obrigados a procurar nossa manutenção. Necessitamos forças para prosseguir o caminho; necessitamos a inspiração que nos eleve fora e por cima de nós mesmos. Quando a buscamos em outra parte nossas mentes ficam insatisfeitas, nossos corações continuam inquietos, nossas almas insaciadas. Só podemos obter força para a vida naquele que é o pão de vida.
    3. Uma ovelha sem pastor não tem defesa contra os perigos que a ameaçam. Não pode defender-se a si mesmo nem dos ladrões nem dos animais selvagens. Se algo nos ensinar a vida, é que não podemos viver sozinhos. Ninguém pode defender-se das tentações que o assaltam e do mal do mundo que o ataca. Só em companhia de Jesus podemos andar pelo mundo e manter nossas vestimentas sem mancha do mundo. Sem Ele estamos indefesos; com Ele estamos seguros.

    NAS MÃOS DE JESUS O POUCO É MUITO

    Mc 6:35) diz-nos que eram pães de cevada, e os pães de cevada eram o alimento dos mais pobres entre os pobres. Era o mais barato e o mais rústico de todos os pães. Tinham dois peixe. Seriam do tamanho aproximado das sardinhas.

    Tariquea — que significa Povo do Peixe Salgado — era um lugar bem conhecido sobre o lago, de onde se enviava peixe salgado a todas partes do mundo. Os pequenos pescados salgados se comiam como uma guloseima com os pãozinhos secos. Não era muito. Mas Jesus os tomou e operou maravilhas. Nas mãos de Jesus sempre o pouco é muito. Podemos pensar que temos pouco talento ou capacidade ou bens para dar a Jesus. Não há razão para um pessimismo desesperado como o que tinham os discípulos. A única coisa fatal dizer é: "Para o que posso fazer, não vale a pena que tente fazer nada." Se nos pusermos nas mãos de Jesus, é impossível dizer o que Ele pode fazer conosco e por meio de nós.

    A TEMPESTAD DOMINADA

    Marcos 6:45-52

    Satisfeita a fome da multidão, Jesus imediatamente mandou de volta a seus discípulos antes de se despedir da multidão. Por que faria isso? Marcos não o diz, mas é muito provável que tenhamos a explicação no relato que João faz do incidente. João nos diz que depois que a multidão foi alimentada, houve um movimento para apoderar-se de Jesus e, até contra sua vontade, fazê-lo rei. Isso era a última coisa Jesus queria. Esse caminho do poder era o que tinha descartado, de uma vez por todas, no momento de suas tentações. Ele pôde pressenti-lo, e não quis que seus discípulos se poluíssem e fossem apanhados nesse estalo de nacionalismo.
    Galiléia era um reservatório de revoluções. Se esse movimento não fosse dominado, poderia surgir entre as pessoas excitáveis uma rebelião que faria fracassar tudo, e que só levaria ao desastre a todos os envolvidos. Assim Jesus enviou de volta a seus discípulos, para que eles também não fossem inflamados por esse movimento, e logo acalmou à multidão e a despediu.
    Quando ficou sozinho, subiu ao monte para orar. Sobre Ele se estavam acumulando os problemas: a hostilidade das pessoas ortodoxas; as suspeitas de Herodes Antipas, governador da Galiléia; os ativistas políticos que queriam fazer dele um Messias nacionalista, contra sua vontade. Nesta época tinha Jesus muitos problemas em sua mente e muitas cargas em seu coração.
    Permaneceu, pois, várias horas entre as montanhas a sós com Deus. Como vimos, isso deve ter ocorrido em meados de abril, e essa era a época da Páscoa. Agora, a data da Páscoa se fixava, como ainda agora, de acordo com a Lua cheia. A noite judaica ia das seis da tarde até as seis da manhã e estava dividida em quatro vigílias das seis às nove, das nove às doze, das doze às três da manhã e das três às seis da manhã. Por volta das três da manhã, Jesus dirigiu a vista para o lago, que só tinha uns seis quilômetros de largura e se estendia ante ele iluminado pela Lua.
    Levantou-se um vento, e Ele viu seus homens na barco, lutando duramente para alcançar o outro lado. E o que aconteceu? Imediatamente que viu os seus amigos em dificuldade, deixou de lado seus problemas; terminou o momento de oração; tinha chegado o momento da ação, esqueceu-se de si mesmo e foi em ajuda de seus amigos. Isto é da própria essência de Jesus. O clamor da necessidade humana ultrapassava para Ele todos outros reclamos. Seus amigos o necessitavam; devia ir a eles.

    Não sabemos o que aconteceu, nem saberemos nunca. O relato está envolto em um mistério que desafia toda explicação. O que sabemos é que Ele chegou até eles e a tempestade se transformou em calma. Com Ele a seu lado já não importava nada. Escrevendo sobre este incidente, Agostinho diz: "Acudiu pisando nas ondas; e assim põe sob seus pés os crescentes tumultos da vida. Cristãos, por que temer?" A simples realidade da vida, uma realidade que foi posta a prova por incontáveis milhares de homens e mulheres em todas as gerações, é que quando Cristo está presente a tempestade se aquieta, o tumulto se converte em paz, o impossível se torna possível, o insuportável se torna suportável, e os homens passam o ponto de ruptura sem romper-se. Andar com Cristo é também para nós a conquista da tempestade.

    AS MULTIDÕES EXIGENTES

    Marcos 6:53-56

    Nem bem Jesus desembarcou no outro lado do lago, novamente se viu rodeado por multidões. Algumas vezes Jesus deve ter contemplado as multidões com certa tristeza, pois nelas seriam muito poucos os que não fossem com o propósito de obter algo dele. Iam obter. Iam com suas insistentes demandas. Em outras palavras: foram usar a Jesus. Qual não teria sido a diferença se entre essas multidões tivesse havido uns poucos que fossem dar e não para receber. Em certo modo é natural que acudissem a Jesus para receber algo dele, porque são muitas as coisas que só Ele pode dar, mas sempre é vergonhoso receber tudo e não dar nada, e, entretanto, é muito característico da natureza humana.

    1. Há os que simplesmente fazem uso de seus lares. Isto acontece especialmente com os jovens. Consideram que seus lares existem para atender a sua comodidade e conveniência. Existe para ir comer e dormir e encontrar as coisas feitas; mas certamente um lar é um lugar ao qual devemos contribuir, e não estar aproveitando dele todo o tempo.
    2. Há quem simplesmente usa a seus amigos. Há certas pessoas das quais nunca recebemos uma carta e sim para nos pedir algo. Há quem imagina que os outros existem para ajudá-los quando necessitam ajuda, e esquecê-los quando não podem usá-los.
    3. Há quem simplesmente faz uso da Igreja. Querem a Igreja para batizar seus filhos, casar a seus jovens e enterrar a seus mortos. Raramente são vistos ali, a não ser quando necessitem algum serviço. Sua atitude inconsciente é que a Igreja existe para servi-los, mas que eles não têm nenhuma obrigação para com ela.
    4. Há quem simplesmente faz uso de Deus. Nunca se lembram dele a não ser que o necessitem. Suas únicas orações são pedidos e até demanda a Deus. Alguns consideram a Deus como uma sorte de regulamento universal que está As suas ordens para satisfazer os seus caprichos.

    Se examinarmos a nós mesmos descobriremos que todos somos culpados em alguma medida destas coisas. O coração de Jesus se regozijaria se fôssemos mais freqüentemente para lhe oferecer nosso amor, nosso serviço, nossa devoção, e menos a miúdo para lhe pedir a ajuda que necessitamos.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Marcos Capítulo 6 versículo 17
    havia mandado prender João e o havia amarrado na prisão: Veja a nota de estudo em Mt 14:3.

    Herodias, esposa de Filipe, seu irmão: Veja a nota de estudo em Mt 14:3.


    Dicionário

    Casado

    adjetivo Que se uniu com outra pelo casamento: homem casado.
    Por Extensão Que se ligou; ligado, associado, relacionado ou unido.
    Por Extensão Que se encontra em perfeita harmonia; combinado.
    [Artes] Junção entre dois ou mais trabalhos gráficos para sairem numa só tiragem.
    substantivo masculino Indivíduo com o qual se casou: os casados jogam contra os solteiros.
    Etimologia (origem da palavra casado). Particípio de casar.

    adjetivo Que se uniu com outra pelo casamento: homem casado.
    Por Extensão Que se ligou; ligado, associado, relacionado ou unido.
    Por Extensão Que se encontra em perfeita harmonia; combinado.
    [Artes] Junção entre dois ou mais trabalhos gráficos para sairem numa só tiragem.
    substantivo masculino Indivíduo com o qual se casou: os casados jogam contra os solteiros.
    Etimologia (origem da palavra casado). Particípio de casar.

    Causa

    substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
    O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
    O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
    [Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
    [Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
    Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
    Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

    motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

    A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


    Cárcere

    substantivo masculino Local onde os prisioneiros cumprem suas penas; prisão, cadeia.
    Tudo o que se pode utilizar para prender ou para aprisionar; cela.
    Figurado Que é a razão de um problema; dificuldade.
    expressão Cárcere privado. Local em que alguém foi mantido preso por ação de particulares.
    Etimologia (origem da palavra cárcere). Do latim carcer.eris.

    Cárcere Cela de cadeia; prisão (Gn 39:20; At 16:24).

    Encerrar

    verbo transitivo direto e pronominal Pôr termo a; concluir, fechar: encerrar a sessão legislativa; a loja se encerra às 19h.
    Pôr algo, alguém ou si mesmo, em lugar fechado; enclausurar-se: encerrou o cão no quarto; encerrou-se e não queria falar com ninguém.
    verbo transitivo direto Guardar em si; conter, guardar, abranger, incluir: o livro encerra preconceitos.
    Abrigar no pensamento, na memória: encerrar no peito (estima, intenção, ódio).
    Colocar o gado ou outros animais num lugar fechado: encerrar gado.
    Impor limites, restrições; restringir-se: o curso se encerrará na próxima semana.
    Etimologia (origem da palavra encerrar). Em + cerrar.

    Meter ou guardar em lugar que se fecha; fechar

    Encerrar
    1) Conservar em lugar fechado (38:8)

    2) Conter (Et 3:14), RA).

    3) Fechar (Ez 3:24).

    4) Prender (2Rs 17:4).

    Filipe

    Filipe [Amigo de Cavalos]


    1) Um dos apóstolos, natural de Betsaida, que levou Natanael a Jesus (Jo 1:44-45) e fez o mesmo com um grupo de gregos (Jo 12:20-23).


    2) Judeu HELENISTA, apelidado de “o evangelista”, um dos escolhidos para ajudar na distribuição de dinheiro às viúvas de Jerusalém (At 6:5). Pregou em Samaria (At 8:4-8) e levou o eunuco etíope a Cristo (At 8:26-40).


    3) TETRARCA (v. HERODES 4).


    Filipe 1. Nome de um dos Doze. Ver Apóstolos.

    2. Herodes Filipe (ou Filipo) I. Seu nome real era Boeto. Filho de Herodes, o Grande, e de Mariamne 2. Marido de Herodíades. Afastado da sucessão em 5 a.C., marchou para Roma sem sua esposa, para lá residir como um civil (Mt 14:3; Mc 6:17).

    3. Herodes Filipe (ou Filipo) II. Filho de Herodes, o Grande, e de Cleópatra. Tetrarca da Ituréia e Traconítide, assim como das regiões próximas do lago de Genesaré (Lc 3:1) de 4 a.C. a 34 d.C. Em idade avançada, casou-se com Salomé, a filha de Herodíades.


    Amador de Cavalos. l. Aquele apóstolo, natural de Betsaida, cidade de André e de Pedro, ou ali residente, e que Jesus chamou bem cedo para o seu ministério (Jo 1:43-44). Filipe, pela sua vez, trouxe a Jesus o seu amigo Natanael, que certamente havia de ter falado muito sobre as promessas do A.T. a respeito do Messias (Jo 1:45). Foi um dos doze apóstolos (Mt 10:3Mc 3:18Lc 6:14At 1:13) – Jesus o interrogou naquela ocasião em que houve o milagre da alimentação de cinco mil pessoas (Jo 6:5-7). Ele e André, no último tempo da vida de Jesus, trouxeram-lhe ‘alguns gregos’, que desejavam ver o Divino Mestre (Jo 12:20-22) – e na última ceia dirigiu a Jesus esta súplica ‘mostra-nos o Pai, e isso nos basta’ (Jo 14:8). Encontra-se ainda Filipe entre os apóstolos, reunidos no cenáculo depois da ascensão, mas não torna a ser mencionado no N.T. 2. o segundo dos sete diáconos (At 6:5). Talvez pertencesse a Cesaréia, na Palestina, onde mais tarde vivia ele com as suas filhas (At 21. 8,9). Depois do apedrejamento de Estêvão, pregou Filipe em Sebasta ou Samaria, onde operou muitos milagres, sendo muitos os convertidos. E foram batizados – mas quando os apóstolos em Jerusalém souberam que Samaria havia recebido a palavra de Deus, mandaram para lá Pedro e João, que, dirigindo-se àquela cidade e falando àqueles crentes, oraram para que o Espírito Santo viesse sobre eles. No tempo em que Filipe estava ali, um anjo lhe ordenou que tomasse o caminho que vai de Jerusalém à antiga Gaza. obedeceu, e deu-se o fato de ele encontrar um eunuco etíope, que era mordomo da rainha Candace. Filipe continuou o seu trabalho de evangelização em Azoto (Asdode), e caminhou depois ao longo da costa de Cesaréia (At 8). Nada mais se sabe dele pelo espaço de vinte anos, até ao tempo em que Paulo e seus companheiros se hospedaram em sua casa, vivendo então o diácono com as suas quatro filhas, que possuíam o dom da profecia. Ele era conhecido como um dos sete, sendo também cognominado ‘o Evangelista’ (At 21:8). 3. Filho de Herodes, o Grande (Mt 14:3). (*veja Herodes.) 4. outro filho de Herodes, o Grande – tetrarca da ituréia (Lc 3:1).

    Quatro diferentes pessoas são conhecidas por esse nome no Novo Testamento. É importante fazer uma distinção entre Filipe, um dos doze apóstolos, e o diácono, às vezes chamado de “o evangelista”, o qual foi muito dedicado à obra de Deus na 1greja primitiva (At 6:5).

    1Filipe, o apóstolo Mencionado nos evangelhos e em Atos. Em Mateus 10:3, Marcos 3:18 e Lucas 6:14 aparece na lista dos doze apóstolos. Sabe-se muito pouco sobre ele além do que está escrito no evangelho de João. Era da mesma cidade de Pedro e André, ou seja, Betsaida, na Galiléia (Jo 1:44). Era uma localidade principalmente dedicada à pesca, situada a nordeste do ponto onde o rio Jordão desaguava no mar da Galiléia. Existe certa discussão sobre sua localização exata. Filipe, o tetrarca, aproximadamente 30 anos antes reconstruíra essa cidade e a chamou de “Júlias”, em homenagem à filha do imperador romano. A associação que a localidade tinha com o tetrarca talvez explique o nome do apóstolo: os pais com certeza colocaram o nome de Filipe em homenagem ao governante.

    De acordo com o evangelho de João, provavelmente Filipe foi o quarto apóstolo a ser escolhido por Jesus (Jo 1:43). Nas listas dos evangelhos sinóticos ele sempre aparece em quinto lugar, talvez porque os dois irmãos Tiago e João eram sempre mencionados juntos. É no evangelho de João que ele recebe maior atenção. Fica claro em sua resposta imediata à ordem de Cristo “segue-me” que ele rapidamente creu ser Jesus o cumprimento do que Moisés escrevera no Antigo Testamento. Seu entusiasmo fica evidente pela maneira como apresentou Natanael ao Filho de Deus (1:46).

    Três pontos são dignos de menção aqui. Primeiro, Filipe, assim como Pedro e André, é um bom exemplo daquelas pessoas que “receberam” a Jesus rápida e entusiasticamente, numa época em que a maioria dos “seus não o receberam” (Jo 1:11). Segundo, embora existam indicações de que ele era tímido e fraco na fé (veja adiante), imediatamente testemunhou de Jesus, quando falou sobre Ele a Natanael. Esse tema do testemunho sobre Cristo, um mandamento dirigido a todos os cristãos, é desenvolvido extensivamente no evangelho de João (veja especialmente Jo 5:31-46). João Batista já havia dado testemunho sobre Jesus (1:7s), bem como André e seu irmão Pedro (1:41). Posteriormente, o testemunho do Antigo Testamento sobre Jesus é mencionado (5:39), assim como o da samaritana (4:39-42), o do Espírito Santo (15:
    26) e, é claro, o dos apóstolos (15:27). Terceiro, o conteúdo desse testemunho torna-se evidente quando Filipe testemunhou não somente sobre um homem surpreendente, mas sobre o que estava escrito na Lei de Moisés a respeito de Jesus. Talvez Filipe pensasse em Cristo como “o profeta” (Dt 18:19, um versículo ao qual João 1:21 faz alusão). Ele cria que as Escrituras se cumpriam, um ponto que João estava determinado a estabelecer em todo seu evangelho.

    Filipe é mencionado novamente em João 6. Jesus voltou-se para ele para testálo, ao perguntar-lhe onde comprariam pão para alimentar 5:000 pessoas (6:5,6). Não sabemos se Cristo desejava testar particularmente a fé de Filipe ou se ele era a pessoa mais indicada para responder a tal pergunta, por conhecer aquela região do grande “mar da Galiléia” (6:1; talvez estivessem próximos de Betsaida). Jesus, entretanto, lançou o desafio, embora já tivesse seus próprios planos de operar um milagre. Filipe não teve fé e tampouco o entendimento para imaginar qualquer solução que não custasse uma fortuna em dinheiro para alimentar aquela multidão. Essa falta de compreensão foi vista também nos demais discípulos, em várias ocasiões; ficou patente em Filipe (Jo 14:8), quando pediu a Jesus que lhe “mostrasse o Pai”. Isso, segundo ele, “seria suficiente”. A resposta de Cristo teve um tom profundamente triste. Filipe e os outros estiveram com Jesus por muito tempo. Viram-no em ação e ouviram seus ensinos. Mesmo assim, não perceberam que, ao contemplar Jesus, viam o próprio Pai. Enfaticamente Cristo lhe perguntou como fazia tal pergunta depois de tanto tempo em sua presença. A resposta era que Filipe e seus companheiros ainda não tinham seus olhos espirituais abertos adequadamente para entender essas coisas. Essa seria a tarefa do Espírito Santo logo mais — abrir totalmente seu entendimento (14:25,26). Ao relatar incidentes como esse aos seus leitores, João demonstrava a profundidade dos ensinos de Jesus e destacava sua importância. A unidade do Pai e do Filho estava firmemente estabelecida na resposta dada por Cristo à pergunta de Filipe.

    Em João 12:21-22 alguns gregos aproximaram-se de Filipe e solicitaram uma audiência com Jesus. Talvez o tenham procurado porque tinha nome grego. Esses homens certamente são significativos nesse ponto do evangelho, pois indicaram que havia outras pessoas interessadas em Jesus e apontaram para adiante, ao tempo em que outras ovelhas seriam acrescentadas ao rebanho do Senhor, as que não pertenciam ao povo de Israel (10:15,16). Antes que isso acontecesse, Jesus já teria morrido. Portanto, foi apropriado que em João 12:23 a resposta de Cristo apontasse para adiante, para sua própria morte e ressurreição. Não está claro se Filipe promoveu ou não o encontro dos gregos com Jesus. A última menção ao seu nome é em Atos 1:13, entre os discípulos reunidos no Cenáculo.

    2Filipe, o evangelista Às vezes também chamado de diácono, é mencionado pela primeira vez em Atos 6:5. Os apóstolos perceberam que o trabalho de administração da Igreja em Jerusalém era muito pesado; portanto, precisavam de ajuda. Muitas pessoas convertiam-se ao Evangelho. Os cristãos de origem grega reclamaram que suas viúvas eram desprezadas na distribuição diária de alimentos. Os apóstolos observaram que perdiam muito tempo na solução desse tipo de problema (At 6:2) e negligenciavam o ministério da Palavra de Deus. Portanto, sete homens foram indicados e escolhidos entre os que eram “cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. Os apóstolos oraram e impuseram as mãos sobre eles e os nomearam para o serviço social da Igreja. Este incidente é uma interessante indicação de quão cedo na vida da Igreja houve um reconhecimento de que Deus dá diferentes “ministérios” e “dons” a diversas pessoas. Este fato reflete também o reconhecimento pela Igreja de que os que são chamados para o ministério da palavra de Deus” (v. 2) jamais devem ter outras preocupações. O
    v. 7 indica o sucesso dessa divisão de tarefas: “De sorte que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o número dos discípulos...”.

    Quando começaram as primeiras perseguições contra os cristãos em Jerusalém (na época em que Estêvão foi martirizado), Filipe dirigiu-se para Samaria, onde rapidamente tornou-se um importante missionário. Perto do final do livro de Atos, Paulo e Lucas o visitaram em Cesaréia, onde vivia e era conhecido como “evangelista” (At 21:8).

    Atos 8 concede-nos uma ideia do tipo de trabalho no qual Filipe esteve envolvido em Samaria. Proclamou o Evangelho, operou milagres e desenvolveu um ministério que mais parecia o de um apóstolo do que de um cooperador ou administrador. Seu trabalho naquela localidade foi especialmente importante para a mensagem do livro de Atos. Lucas mostra como a Grande Comissão foi cumprida, sob a direção do Espírito Santo. Atos 1:8 registra o mandamento de Jesus para os discípulos, a fim de que fossem testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra. Por meio de Filipe, esse testemunho chegou a Samaria. Muitas pessoas se converteram por meio de sua mensagem e foram batizadas (8:12). Posteriormente, os apóstolos Pedro e João foram até lá e confirmaram que o Evangelho era aceito de bom grado pelos gentios e samaritanos.

    Enquanto esteve em Samaria, Filipe enfrentou um problema com um mágico chamado Simão, o qual, quando viu os milagres operados por ele, creu e batizouse. Não se sabe ao certo se sua conversão foi genuína, pois mais tarde ele é duramente repreendido por Pedro (8:20-24).

    Filipe também teve oportunidade de pregar para um eunuco etíope. Provavelmente foi por meio deste homem que mais tarde o Evangelho se espalhou por toda a Etiópia, pois aquele cidadão era um importante oficial do governo e estava a caminho de sua casa (8:27,28). O fato de que Filipe era realmente um homem “cheio do Espírito Santo” é visto na maneira como o Espírito o levou a falar com o eunuco, que viajava em sua carruagem. Ele lhe expôs as Escrituras do Antigo Testamento à luz do advento de Cristo; o eunuco creu e foi batizado. A referência a Filipe como “o evangelista” em Atos 21:8 indica claramente que bem mais tarde em sua vida ainda era amplamente reconhecido por seu zelo missionário.

    3Filipe, o filho de Herodes, o Grande Em Marcos 6:17 (veja Mt 14:3; Lc 3:19) a morte de João Batista é lembrada quando as pessoas sugeriram que talvez Jesus fosse João, o qual revivera. Ao mencionar esse incidente, Marcos referiu-se ao casamento de Herodes com Herodias, a qual fora esposa de seu irmão Filipe. As referências a esse governante, cuja esposa posteriormente foi tomada por Herodes, proporciona o pano de fundo histórico para a repreensão de João Batista a Herodes: o Batista o repreendeu por causa de seu casamento ilegal; como resultado, foi decapitado (Mt 14:3-12).

    A pressuposição geral é que este só pode ser Herodes Filipe, o tetrarca (veja abaixo), filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra. Josefo, entretanto, identificou o primeiro marido de Herodias como Herodes, filho de Herodes, o Grande, e Mariane. Herodes, é claro, era o nome de família. Josefo contudo não menciona o segundo nome de seu filho. Certamente é possível que o primeiro marido de Herodias fosse Herodes Filipe, o que justificaria sua designação por Marcos como “Filipe”. Isso significa que dois filhos de Herodes, o Grande, foram chamados de Filipe, pois tal coisa seria possível, desde que houvesse duas mães envolvidas.

    4Filipe, tetrarca da Ituréia e Traconites Esse governante, conhecido como Filipe Herodes, era filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra, de Jerusalém. Lucas 3:1 descreve seu governo sobre a Ituréia e Traconites. É impossível determinar onde eram os limites de seu território, mas Josefo declara que incluía Auranites, Gaulanites e Batanéia. Portanto, esta área estendia-se do oeste da parte norte do rio Jordão, incluindo uma região considerável a leste do rio e norte de Decápolis. O lago Hulé e a cidade conhecida como Cesaréia de Filipe também estavam dentro desse território. Filipe governou nessa região do ano 4 d.C. até sua morte em 33 d.C. Durante esse período foi responsável pela reconstrução de Cesaréia de Filipe (anteriormente conhecida como Peneiom) e a cidade pesqueira de Betsaida, no extremo norte do mar da Galiléia. Era considerado pela população como o melhor e mais justo de todos os Herodes. P.D.G.


    O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1:28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1:45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo.
    Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço”, disse ele (Jo 6:7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12:20-22).
    Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo 14:8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai.
    Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia. Nada de concreto portanto.

    substantivo masculino Ictiologia Peixe teleósteo escombriforme (Vomer setipinnis).
    [Regionalismo: Bahia] Saco de couro para guardar comida.
    Conjunto de duas sementes, de frutas inconhas, como duas bananas grudadas uma na outra.
    Ornitologia Nome vulgar de um pássaro (Myiophobus fasciatus, da família dos Tiranídeos, que ocorre no Brasil. No Espírito Santo é chamado caga-sebo.
    Etimologia (origem da palavra filipe). De Filipe, nome próprio.

    Herodes

    herodes | s. m. 2 núm.

    he·ro·des
    nome masculino de dois números

    1. Figurado Homem feio e muito mau, especialmente em relação às crianças.

    2. Tirano.


    filho de herói

    Quatro gerações diferentes de pessoas, todas com o título da dinastia Herodes, aparecem nos Evangelhos e em Atos.


    1. Herodes, o Grande, da Iduméia, foi o primeiro grande rei-vassalo de Israel, depois do domínio romano. Reinou de 37 a 4 a.C., mediante a imposição de pesadas taxas sobre os judeus, a exigência do trabalho forçado e a construção de grandes edifícios públicos. Paranóico quanto à possibilidade de seu trono ser usurpado, executou muitos membros da própria família e alguns de seus colaboradores. A história sobre sua inquietação, quando soube a respeito do nascimento de Jesus, e sua subseqüente ordem do “massacre dos inocentes” (Mt 2:1-20) encaixa-se muito bem em seu padrão de comportamento.


    2. Antipas. Depois da morte de Herodes, o Grande, seus domínios foram divididos entre seus três filhos: Arquelau (Mt 2:22), Filipe (Mc 6:17) e Antipas, o Herodes que aparece durante a idade adulta de Jesus, quando este exercia seu ministério. Como tetrarca da Galiléia (Lc 3:1; At 13:1; Mc 8:15), Herodes Antipas governou de 4 a 39 d.C. Ele mandou decapitar João Batista (Mt 14:3-12; Mc 6:17-19; Lc 3:19-20) e posteriormente teve dúvidas sobre se Jesus era João que voltara à vida (Mt 14:1-2; Mc 6:14-16; Lc 9:79). Lucas mostra certo interesse pela família herodiana, pois é o único evangelista que situa sua narrativa dentro dos eventos da história do império. Joana, a esposa de um dos oficiais de Antipas, tornou-se seguidora de Cristo (Lc 8:3). Jesus repreendeu Herodes “à revelia”, ao chamá-lo de “aquela raposa” (Lc 13:31-33) e foi levado à presença dele quando Pilatos tentou sem sucesso evitar a exigência dos líderes judeus pela crucificação de Cristo (Lc 23:6-16).


    3. Agripa I. Filho de outro irmão de Antipas, chamado Aristóbulo; portanto, neto de Herodes, o Grande. Foi o governante da Galiléia até 44 d.C. Foi ele quem mandou executar Tiago, o filho de Zebedeu, e determinou a prisão de Pedro, em Atos 12; logo depois foi ferido mortalmente por um anjo do Senhor e morreu comido pelos vermes (vv. 19b-23).


    4. Agripa II. Filho de Agripa I, foi o governante que ouviu a defesa de Paulo quando este encontrava-se preso em Cesaréia, entre 57 e 59 d.C. (At 25:13-26:1-32). C.B.


    Herodes Nome comum de vários reis 1DUMEUS que governaram a Palestina de 37 a.C. até 70 d.C.


    1) Herodes, o Grande (37 a 4 a.C.), construiu Cesaréia, reconstruiu o Templo e mandou matar as criancinhas em Belém (Mt 2:1-18). Quando morreu, o seu reino foi dividido entre os seus três filhos: Arquelau, Antipas e Filipe.


    2) Arquelau governou a Judéia, Samaria e Iduméia de 4 a.C. a 6 d.C. (Mt 2:22).


    3) Herodes Antipas governou a Galiléia e a Peréia de 4 a.C. a 39 d.C. Foi ele quem mandou matar João Batista (Mt 14:1-12). Jesus o chamou de “raposa” (Lc 13:32).


    4) Filipe, TETRARCA que governou bem, de 4 a.C a 34 d.C., a região que ficava a nordeste do lago da Galiléia, isto é, Ituréia, Gaulanites, Batanéia, Traconites e Auranites (Lc 3:1).


    5) Herodes Agripa I governou, de 41 a 44 d.C., toda a terra de Israel, como havia feito Herodes, o Grande, seu avô. Esse Agripa mandou matar Tiago (At 12:1-23).


    6) Herodes Agripa II governou o mesmo território que Filipe havia governado (50-70 d.C.). Paulo compareceu perante esse Agripa (At 25:13—26.32).


    Herodes 1. O Grande. Fundador da dinastia (c. 73-4 a.C.). Menosprezado pelos judeus por causa de sua origem não-judia (era idumeu) e por suas práticas pagãs (permitiu que lhe rendessem culto nos locais não-judeus de seu reino), reestruturou o Templo de Jerusalém. Mt 2:1ss. registra o nascimento de Jesus durante seu reinado (c. 6-4 a.C.) e menciona a intenção de Herodes de matar o Menino, confirmada com a matança dos inocentes.

    Esse fato não é mencionado em outras fontes, mas combina com o que sabemos do caráter do monarca. Após sua morte, a família de Jesus retornou do exílio no Egito (Mt 2:19-22).

    2. Arquelau. Filho de Herodes, o Grande. Etnarca da Judéia (de 4 a.C. a 6 d.C.). Após ser deposto, a Judéia passou a depender diretamente da administração romana até o ano 41 d.C.

    3. Herodes Antipas. Filho de Herodes, o Grande. Tetrarca da Galiléia (4 a.C. a 39 d.C.). Ordenou a decapitação de João Batista (Mt 14:1-12 e par.) e interveio no processo de Jesus (Lc 23:6ss.).

    4. Herodes Agripa I. Foi nomeado rei da Judéia pelo imperador Cláudio em 41 d.C. Hábil político, soube atrair o afeto da população judia (as fontes rabínicas referem-se a ele em termos elogiosos), embora simpatizante do paganismo de seus súditos não-judeus. Para granjear aceitação de uma parte da população, desencadeou uma perseguição contra os judeucristãos de seu território. Durante essa perseguição, Tiago foi martirizado (embora improvável, supõe-se que também seu irmão João) e Pedro encarcerado, salvando-se da execução ao fugir da prisão em que estava confinado (At 12:1ss.). Herodes Agripa I morreu repentinamente em 44 d.C. 5. Agripa II, filho de Agripa I (17-100 d.C.). Governador da Galiléia e da Peréia e diante dele Paulo compareceu durante um processo (At 25:13ss.).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Schürer, o. c.; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament; A. H. m. Jones, The Herods of Judaea, Oxford 1938; S. Perowne, The Life and Times of Herod the Great, Londres 1957; Idem, The Later Herods, Londres 1958; A. Schalit, König Herodes, Berlim 1969; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 101994.


    Herodias

    Herodias Neta de HERODES 1. Ela conseguiu que Herodes Antipas, seu marido, mandasse matar João Batista (Mt 14:3-12). Isso porque João havia condenado a união ilícita dela com Antipas, que era seu cunhado.

    Era neta de Herodes, o Grande o seu primeiro marido foi o seu tio Filipe, havendo deste casamento uma filha, chamada Salomé – mas como Filipe caísse em desagrado, sendo obrigado a viver fora da sociedade, ela abandonou-o, e foi novamente casar com o seu cunhado Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, que lhe ofereceu um palácio e uma coroa. Pelo fato de João Batista ter censurado este incestuoso casamento (Mt 14:3-4Mc 6:17), ordenou Antipas que ele fosse preso, e mais tarde mandou degolá-lo, tendo Herodias sugerido este crime. outra sugestão desta mulher foi a de ir ele a Roma, a fim de alcançar o título de rei, mas isso resultou em sua desgraça. Sendo-lhe recusado o título real, foi Antipas degredado para Seom. E acompanhou-o para o desterro a sua ambiciosa e iníqua mulher. (*veja Herodes Antipas, João (Batista), Salomé.)

    Famosa nas Escrituras por seu desejo de ver a morte de João Batista, essa mulher era a esposa de Herodes Antipas e filha de Berenice e Aristóbulo (Mt 14:3-12; Mc 6:17-29). Casara-se com Herodes Filipe, mas separou-se dele para ficar com seu meio-irmão Herodes Antipas, depois que este se separou de uma princesa, filha de um rei nabateu.

    O conflito entre João Batista e Herodias começou quando o homem de Deus iniciou suas pregações sobre o arrependimento e a iminência do advento de Cristo. Tal pregação provocou duas reações. Algumas pessoas responderam com entusiasmo e perguntavam a João o que fariam, a fim de se prepararem para este acontecimento (Lc 3:14). Quando, porém, Herodes soube que o profeta apontava para pecados específicos, inclusive o seu relacionamento com Herodias, Lucas diz que “acrescentou a todas as outras (maldades) ainda esta, a de lançar João no cárcere” (Lc 3:19-20).

    As transgressões neste caso eram que Herodes casara-se com sua sobrinha e, para tanto, divorciara-se. A razão de Herodias ficar tão furiosa com João é porque ele havia apontado o pecado dela também, por ter passado de um irmão para o outro.

    Certo dia, a filha de Herodias, Salomé, dançou para Herodes e seus convidados; agradou tanto ao rei que este lhe ofereceu uma grande recompensa, à sua escolha. Herodias disse à filha que exigisse a cabeça de João Batista. Com certa relutância, Herodes cedeu e João foi decapitado (Mt 14:9; cf. também o
    v. 5). O juízo finalmente veio sobre Herodias, quando sua ambição foi longe demais: Agripa I foi feito tetrarca pelo imperador romano e ela foi banida, para passar o resto de seus dias no exílio.

    A natureza exigente do Evangelho é claramente demonstrada nesses incidentes. Lucas especialmente mostra que, diante da mensagem da Palavra de Deus, em particular quando confrontadas por Cristo, as pessoas precisam dar uma resposta. A natureza da resposta, seja de fé e obediência seja de rejeição e rebelião, determinará a salvação ou o castigo eterno.

    P.D.G.


    -

    Irmão

    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.

    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).

    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    João

    Nome Hebraico - Significado: Graça divina.

    Graça ou favor de Deus. – Aparece, também,em outros lugares com a forma de Joanã. Um parente do sumo sacerdote Anás. Juntamente com Anás e Caifás ele fez inquirições a respeito do ensino dos apóstolos Pedro e João e da cura do coxo (At 4:6). E nada mais se sabe dele. – João Marcos, o evangelista – filho de Maria, e primo (não sobrinho) de Barnabé. Apenas cinco vezes é este evangelista mencionado com o nome de João (At 12:12-25 e 13 5:13-15.37). Nas outras passagens é o nome Marcos que prevalece. (*veja Marcos.) – João Batista, o Precursor. A vinda de João foi profetizada por isaías (40.3), e por Malaquias (4.5 – *veja Mt 11:14), sendo o seu nascimento anunciado aos seus idosos pais por ‘um anjo do Senhor’ (Lc 1:5-23). Seu pai Zacarias era sacerdote, e sua mãe isabel ‘era das filhas de Arão’. A vinda desta criança foi também predita à Virgem Maria, na Anunciação (Lc 1:36). o nascimento de João (Lc 1:57) trouxe novamente, após a circuncisão, a fala a Zacarias, que a tinha perdido, quando o anjo lhe fez saber que havia de ter um filho (Lc 1:20-64). Quanto à infância de João Batista apenas se sabe que ele ‘Crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a israel’ (Lc 1:80). E assim, embora tivesse sido consagrado antes do seu nascimento à missão de pregar e ensinar (Lc 1:13-15), ele só deu início à sua obra quando chegou à idade viril, depois de ter passado vários anos isolado, vivendo uma vida de abnegação. A maneira como João Batista apareceu pregando chamou a atenção de toda a gente. o seu vestido era feito de pelos de camelo, e andava cingido de um cinto de couro, sendo a alimentação do notável pregador o que encontrava no deserto gafanhotos e mel silvestre (Lv 11:22Sl 81:16Mt 3:4). o ministério de João começou ‘no deserto da Judéia’ (Mt 3:1Mc 1:4Lc 3:3Jo 1:6-28). Ele pregava o arrependimento e a vinda do reino dos céus, e todo o país parecia ser movido pela sua palavra, pois vinham ter com ele as multidões para receberem o batismo (Mt 3:5 e Mc 1. S). Em termos enérgicos censurou a falsa vida religiosa dos fariseus e saduceus que se aproximavam dele (Mt 3:7), avisando, também, outras classes da sociedade (Lc 3:7-14) – e chamava a atenção dos ouvintes para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Lc 3:15-17Jo 1:29-31), a quem batizou (Mt 3:13-17). o povo quis saber se João era o Cristo prometido (Lc 3:15) – mas ele categoricamente asseverou que não era (Jo 1:20). A importância do ministério de João acha-se claramente indicada nas referências de Jesus Cristo e dos apóstolos ao caráter e obra notável do pregador. Depois de responder aos mensageiros de João (Mt 11:2-6Lc 7:19-23), falou Jesus às multidões sobre o caráter e missão do Batista, declarando: ‘Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista’ (Mt 11:7-11Lc 7:24-28). Mais tarde foi por Jesus, de um modo preciso, identificado com o prometido Elias (Mt 17:10-13Mc 9:11-13) – e também o batismo de João foi assunto de que Jesus Se serviu para discutir com ‘os principais sacerdotes e os anciãos do povo’, colocando-os em dificuldades (Mt 21:23-27) – e, pelo fato de estes judeus rejeitarem o apelo de João, fez-lhes sentir o Salvador a sua responsabilidade (Mt 21:32). o batismo de João foi lembrado por Jesus depois da Sua ressurreição (At 1:5) – a ele se referiu também Pedro (At 1:22 – 10.37 – 11.16), e o apóstolo Paulo (At 13:24-25). Apolo conhecia somente o ‘batismo de João’ (At 18:25), e maior conhecimento não havia em certos discípulos de Éfeso (At 19:1-4). Com respeito ao ‘batismo de João’, *veja Batismo. o ministério corajoso de João parece ter alarmado Herodes, o tetrarca da Galiléia, que, segundo conta Josefo (Ant. Xiii, 5.2), o considerava como demagogo e pessoa perigosa. Como João o tivesse censurado por ter casado com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, que ainda estava vivo, lançou Herodes o seu censurador numa prisão. (*veja Herodias.) o medo da indignação popular (Mt 14:5) parece tê-lo impedido de matar João Batista – mas a filha de Herodias, baseando-se numa inconsiderada promessa de Herodes, obteve a morte de João (Mt 14:3-12). – o Apóstolo. João, irmão de Tiago, era filho de Zebedeu (Mt 4:21), e de Salomé, sendo esta, provavelmente, irmã da mãe de Jesus (cp. Mt 27:56 com Mc 15:40Jo 19:25). Sendo assim, era João primo de Jesus, e por isso foi muito natural que o Salvador entregasse a Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19:25-27). João era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, trabalhando no lago de Genesaré (Mt 4:18-21). A família parece ter vivido em boas circunstâncias, visto como seu pai Zebedeu tinha jornaleiros (Mc 1:20) – a sua mãe era uma das piedosas mulheres, que desde a Galiléia acompanharam Jesus e o serviam com os seus bens (Mt 27:56) – o próprio evangelista era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18:15), e tinha casa sua (Jo 19:27). Acha-se identificado com aquele discípulo de João Batista, que não é nomeado, e que com André seguiu a Jesus (Jo 1:35-40). A chamada de João e de seu irmão Tiago está, em termos precisos, narrada em Mt 4:21-22 e em Mc 1:19-20. Foi ele um dos doze apóstolos (Mt 10:2, e ref.). A ele e seu irmão deu Jesus o nome de Boanerges (Mc 3:17). Na sua juventude parece ter sido homem apaixonado, de temperamento impulsivo, dando ocasião a que Jesus o censurasse uma vez por ter proibido certo indivíduo de operar milagres (Mc 9:38-39), outra vez por ter desejado que viesse do céu castigo sobre os inóspitos samaritanos (Lc 9:51-56), e também pela sua pessoal ambição (Mc 10:35-40). Todavia, era ele chamado o discípulo, ‘a quem Jesus amava’ (Jo 21:20), e a quem, juntamente com Tiago e Pedro, deu Jesus Cristo o privilégio de presenciarem tantos e maravilhosos acontecimentos do Seu ministério. João pôde observar a cura da sogra de Pedro (Mc 1:29), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37 e Lc 8:51), a pesca miraculosa (Lc 5:10), a transfiguração (Mt 17:1 e refs.), e a agonia no horto de Getsêmani (Mt 26:37, e refs.). É certo que João, como os outros discípulos, abandonou o Divino Mestre, quand

    Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1:19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1:20).
    Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15:40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19:25), João pode ter sido primo de Jesus.
    Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5:11) Simão Pedro foi com eles.
    João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3:17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2:9).
    Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9:38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9:39-40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10:35-41).
    Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18:15 diz que João era ” conhecido do sumo sacerdote”. Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19:26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20:1-4,8).
    Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria.
    Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na 1lha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento

    1. Veja João, o apóstolo.


    2. Veja João Batista.


    3. Pai de Simão Pedro e de André (chamado de Jonas em algumas traduções: Mt 16:17). Era um pescador que vivia na região da Galiléia. É interessante notar que as três ocasiões registradas nos evangelhos em que Jesus chamou Pedro pelo nome completo, “Simão filho de João (ou Jonas)”, foram momentos que marcaram pontos cruciais na vida desse apóstolo. Na primeira ocasião, André apresentou seu irmão Simão ao “Messias”, Jesus. Cristo olhou para Simão e anunciou profeticamente: “Tu és Simão, filho de João. Tu serás chamado Cefas [que quer dizer Pedro]” (Jo 1:42). Daquele momento em diante, Simão Pedro passou a seguir a Cristo. Na segunda ocasião em que o nome inteiro dele foi usado, ele havia acabado de responder uma pergunta de Jesus, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). O significado desta identificação de Jesus como o Cristo era tão grande que Jesus disse: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (Mt 16:17). A última ocasião foi depois da ressurreição, quando Cristo testou o amor de Pedro por Ele e o comissionou com as palavras: “Simão, filho de João... Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21:15-17).


    4. João, um parente do sumo sacerdote Anás; é mencionado apenas em Atos 6. Era um dos anciãos e líderes diante dos quais os apóstolos Pedro e João foram levados para serem interrogados. A pregação deles começava a aborrecer profundamente os líderes e por isso tentaram silenciá-los. Os apóstolos disseram que eram obrigados a obedecer a Deus e não aos homens (v. 19). Finalmente, sentindo o peso da opinião pública, os anciãos decidiram libertar os dois. P.D.G.


    João
    1) O Batista: V. JOÃO BATISTA.
    2) Pai do apóstolo Pedro (Jo 1:42); 21:15-17, RA; RC, Jonas).

    3) O evangelista e apóstolo: V. JOÃO, APÓSTOLO.
    4) João Marcos: V. MARCOS, JOÃO.

    João A) Evangelho de João

    1. Autoria e datação. O primeiro que relacionou o Quarto Evangelho a João, o filho de Zebedeu, parece ter sido Irineu (Adv. Haer, 3,1,1), citado por Eusébio (HE 5:8,4), o qual menciona Policarpo como fonte de sua opinião. Sem dúvida, o testamento reveste-se de certa importância, mas não deixa de apresentar inconvenientes. Assim, é estranho que outra literatura relacionada com Éfeso (a Epístola de Inácio aos Efésios, por exemplo) omita a suposta relação entre o apóstolo João e esta cidade. Também é possível que Irineu tenha-se confundido quanto à notícia que recebeu de Policarpo, já que destaca que Papias foi ouvinte de João e companheiro de Policarpo (Adv. Haer, 5,33,4). No entanto, conforme o testemunho de Eusébio (HE 3:93,33), Papias foi, na realidade, ouvinte de João, o presbítero — que ainda vivia nos tempos de Papias (HE 3.39,4) — e não do apóstolo. Fica, pois, a possibilidade de que esse João foi o mesmo ao qual Policarpo se referiu.

    Outras referências a uma autoria de João, o apóstolo, em fontes cristãs são muito tardias ou lendárias para serem questionadas, seja o caso de Clemente de Alexandria, transmitido por Eusébio (HE 6:14,17) ou o do Cânon de Muratori (c. 180-200). É certo que a tradição existia em meados do séc. II, mas não parece de todo concludente. Quanto à evidência interna, o evangelho reúne referências que podemos dividir nas relativas à redação e nas relacionadas com o discípulo amado (13 23:19-26-27; 20,1-10 e 21:7 e 20-4; possivelmente 18:15-16; 19,34-37 e talvez 1:35-36).

    As notícias recolhidas em 21:20 e 21:24 poderiam identificar o redator inicial com o discípulo amado ou talvez com a fonte principal das tradições recolhidas nele, porém, uma vez mais, fica obscuro se esta é uma referência a João, o apóstolo.

    Em nenhum momento o evangelho distingue o discípulo amado por nome nem tampouco o apóstolo João. E se na Última Ceia só estiveram presentes os Doze, obviamente o discípulo amado teria de ser um deles; tal dado, contudo, ainda não é seguro. Apesar de tudo, não se pode negar, de maneira dogmática, a possibilidade de o discípulo amado ser João, o apóstolo, e até mesmo existem alguns argumentos que favorecem essa possibilidade. Pode-se resumi-los da seguinte maneira:

    1. A descrição do ministério galileu tem uma enorme importância em João, a ponto de a própria palavra “Galiléia” aparecer mais vezes neste evangelho do que nos outros (ver especialmente: 7,1-9).

    2. Cafarnaum recebe uma ênfase muito especial (2,12; 4,12; 6,15), em contraste com o que os outros evangelhos designam o lugar de origem de Jesus (Mt 13:54; Lc 4:16). A própria sinagoga de Cafarnaum é mencionada mais vezes neste do que nos outros evangelhos.

    3. O evangelho de João refere-se também ao ministério de Jesus na Samaria (c.4), o que é natural, levando-se em conta a relação de João, o de Zebedeu, com a evangelização judeu-cristã da Samaria (At 8:14-17).

    4. João fazia parte do grupo de três (Pedro, Tiago e João) mais íntimo de Jesus. É, pois, um tanto estranho que um discípulo tão próximo a Jesus, como o discípulo amado — e não se tratando de João —, não apareça sequer mencionado em outras fontes.

    5. As descrições da Jerusalém anterior ao ano 70 d.C. encaixam-se com o que sabemos da permanência de João nessa cidade, depois de Pentecostes. De fato, os dados fornecidos por At 1:13; 8,25 e por Paulo (Gl 2:1-10) indicam que João estava na cidade antes do ano 50 d.C.

    6. João é um dos dirigentes judeu-cristãos que teve contato com a diáspora, assim como Pedro e Tiago (Jc 1:1; 1Pe 1:1; Jo 7:35 1Co 9:5), o que se enquadraria com algumas das notícias contidas em fontes cristãs posteriores e em relação ao autor do Quarto Evangelho.

    7. O evangelho de João procede de uma testemunha que se apresenta como ocular.

    8. O vocabulário e o estilo do Quarto Evangelho destacam uma pessoa cuja primeira língua era o aramaico e que escrevia em grego correto, porém cheio de aramaísmo.

    9. O pano de fundo social de João, o de Zebedeu, encaixa-se perfeitamente com o que se esperaria de um “conhecido do Sumo Sacerdote” (Jo 18:15). De fato, a mãe de João era uma das mulheres que serviam Jesus “com seus bens” (Lc 8:3), como a mulher de Cuza, administrador das finanças de Herodes. Igualmente sabemos que contava com assalariados a seu cargo (Mc 1:20). Talvez alguns membros da aristocracia sacerdotal o vissem com menosprezo por ser um leigo (At 4:13), mas o personagem estava longe de ser medíocre, a julgar pela maneira tão rápida pela qual se tornou um dos primeiros dirigentes da comunidade hierosolimita, logo depois de Pedro (Gl 2:9; At 1:13; 3,1; 8,14 etc.).

    Não sendo, pois, João, o de Zebedeu, o autor do evangelho (e pensamos que a evidência a favor dessa possibilidade não é pequena), teríamos de ligá-lo com algum discípulo mais próximo a Jesus (como os mencionados em At 1:21ss., por exemplo) e que contava com uma considerável importância dentro das comunidades judeu-cristãs da Palestina.

    Em relação à datação do quarto evangelho, não se duvida porque o consenso tem sido quase unânime nas últimas décadas. Geralmente, os críticos conservadores datavam a obra em torno do final do séc. I ou início do séc. II, enquanto os radicais — como Baur — situavam-na por volta de 170 d.C. Um dos argumentos utilizados como justificativa dessa postura era ler em Jo 5:43 uma referência à rebelião de Bar Kojba. O fator determinante para refutar essa datação tão tardia foi o descobrimento, no Egito, do p 52, pertencente à última década do século I ou à primeira do século II, onde está escrito um fragmento de João. Isso situa a data da relação, no máximo, em torno de 90-100 d.C. Contudo, existem, em juízo de vários estudiosos, razões consideráveis para datar o evangelho em um período anterior. No ponto de partida dessa revisão da data, devem estar os estudos de C. H. Dodd sobre este evangelho. Este autor seguiu a corrente que data a obra entre 90 e 100, atribuindo-a a um autor estabelecido em Éfeso; reconheceu, sem dúvida, que o contexto do evangelho se refere a condições “presentes na Judéia antes do ano 70 d.C., e não mais tarde nem em outro lugar”. De fato, a obra é descrita como “dificilmente inteligível” fora de um contexto puramente judeu anterior à destruição do Templo e até mesmo à rebelião de 66 d.C.

    Apesar dessas conclusões, C. H. Dodd sustentou a opinião em voga, alegando que Jo 4:53 era uma referência à missão pagã e que o testemunho de João recordava a situação em Éfeso em At 18:24-19:7. Ambas as teses são de difícil defesa para sustentar uma data tardia, já que a missão entre os pagãos foi anterior a 66 d.C., e At 18:19 narram acontecimentos também anteriores a 66 d.C.

    O certo é que atualmente se reconhece a existência de razões muito sólidas para defender uma datação da redação do evangelho anterior a 70 d.C. São elas:

    1. A cristologia muito primitiva (ver Mensagem).

    2. O pano de fundo que, como já advertiu Dodd, só se encaixa no mundo judeu-palestino anterior a 70 d.C.

    3. A existência de medidas de pressão contra os cristãos antes do ano 70 d.C.: as referências contidas em Lc 4:29; At 7:58 e 13:50 mostram que não é necessário mencionar Jo 9:34ss.; 16,2 para episódios posteriores à destruição do Templo.

    4. A ausência de referências aos pagãos.

    5. A importância dos saduceus no evangelho.

    6. A ausência de referências à destruição do templo.

    7. A anterioridade ao ano 70 d.C. dos detalhes topográficos rigorosamente exatos.

    2. Estrutura e Mensagem. O propósito do evangelho de João é claramente determinado em 20:31: levar a todos os povos a fé em Jesus como messias e Filho de Deus, a fim de que, por essa fé, obtenham a vida. O evangelho está dividido em duas partes principais, precedidas por um prólogo (1,1-18) e seguidas por um epílogo (c. 21).

    A primeira parte (1,19-12,50) ou o “Livro dos Sinais”, segundo C. H. Dodd, apresenta uma seleção dos milagres — sinais ou signos — de Jesus.

    A segunda parte (13 1:20-31), também denominada “Livro da Paixão” (Dodd) ou da Glória (Brown), inicia-se com a Última Ceia e narra a paixão, morte e ressurreição de Jesus.

    Três são os aspectos especialmente centrais na mensagem de João.

    Em primeiro lugar, a revelação de Deus através de seu Filho Jesus (1,18). Evidentemente, a cristologia desse evangelho é muito primitiva e assim Jesus aparece como “profeta e rei” (6,14ss.); “profeta e messias” (7,40-42); “profeta” (4,19; 9,17); “messias” (4,25); “Filho do homem” (5,27) e “Mestre da parte de Deus” (3,2). Sem súvida, do mesmo modo que Q, onde Jesus se refere a si mesmo como a Sabedoria, neste evangelho enfatiza-se que o Filho é, pela filiação, igual a Deus (Jo 5:18) e Deus (1,1; 20,28). De fato, o Logos joanino de Jo 1:1 não é senão a tradução grega do termo aramaico Memrá, uma circunlocução para referir-se a YHVH no Targum.

    É o próprio Deus que se aproxima, revela e salva em Jesus, já que este é o “Eu sou” que apareceu a Moisés (Ex 3:14; Jo 8:24; 8,48-58). Isso se evidencia, por exemplo, nas prerrogativas do Filho em julgar (5,22,27,30; 8,16.26; 9,39; 12,47-48), ressuscitar os mortos (5,21,25-26.28-29; 6,27; 35,39-40,50-51.54-58; 10,28; 11,25-26) e trabalhar no sábado (5,9-18; 7,21-23).

    O segundo aspecto essencial da mensagem joanina é que em Jesus não somente vemos Deus revelado, mas também encontramos a salvação. Todo aquele que crê em Jesus alcança a vida eterna (3,16), tem a salvação e passa da morte à vida (5,24). E a fé é uma condição tão essencial que os sinais pretendem, fundamentalmente, levar as pessoas a uma fé que as salve. De fato, crer em Jesus é a única “obra” que se espera que o ser humano realize para obter a salvação (Jo 6:29). Aceitar ou não Jesus como Filho de Deus, como “Eu sou”, como messias, tem efeitos contudentes e imediatos. A resposta positiva — uma experiência que Jesus denomina “novo nascimento” (3,1ss.) — conduz à vida eterna (3,15) e a ser convertido em filho de Deus (1,12); a negativa leva à condenação (3,19) e ao castigo divino (3,36).

    Partindo-se dessas posturas existenciais, dessa separação entre incrédulos e fiéis, pode-se entender o terceiro aspecto essencial da mensagem joanina: a criação de uma nova comunidade espiritual em torno de Jesus e sob a direção do Espírito Santo, o Consolador. Só se pode chegar a Deus por um caminho, o único: Jesus (14,6). Só se pode dar frutos unido à videira verdadeira: Jesus (Jo 15:1ss.). Todos os que assim se unem a Jesus serão perseguidos por um mundo hostil (15,18ss.), todavia serão também objeto da ação do Espírito Santo (16,5ss.), viverão em uma alegria que humanamente não se pode entender (16,17ss.) e vencerão o mundo como Jesus (16,25ss.). Neles também se manifestará um amor semelhante ao de Jesus (Jo 13:34-35), o Filho que voltará, no final dos tempos, para recolher os seus e levá-los à casa de seu Pai (Jo 14:1ss.). É lógico que essa cosmovisão se expresse nesse conjunto de oposições que não são exclusivas de João, mas que são tão explícitas nesse evangelho: lu-Ztrevas, mundo-discípulos, Cristo-Satanás etc. O ser humano vê-se dividido diante de sua realidade — a de que vive nas trevas — e a possibilidade de obter a vida eterna pela fé em Jesus (5,24). O que aceita a segunda opção não se baseia em especulações nem em uma fé cega, porém em fatos que aconteceram na história e dos quais existiram testemunhas oculares (19,35ss.; 21,24). Ao crer em Jesus, descobre-se nele — que na Ressurreição demonstrou a veracidade de suas pretensões — seu Senhor e seu Deus (Jo 20:28) e obtém-se, já nesta vida, a vida eterna (20,31), integrando-se numa comunidade assistida pelo Espírito Santo e que espera a segunda vinda de seu Salvador (Jo 14:1ss.; 21,22ss.).

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel, according to St. John, Filadélfia, 1978; R. Schnackenburg, The Gospel According to St. John, 3 vols., Nova York 1980-1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo em el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

    B - João, o Apóstolo

    Pescador, filho de Zebedeu, foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus e, por este, constituído apóstolo. Junto com seu irmão Tiago e com Pedro, formava o grupo mais íntimo de discípulos e é sempre mencionado no ínicio das listas apostólicas, junto a Tiago, Pedro e André. Com o seu irmão Tiago, recebeu o apelido de Boanerges, o filho do trovão (Mc 3). Desempenhou um papel de enorme transcendência na 1greja judeu-cristã de Jerusalém (At 1:8; Gl 2:9). É possível que, no final de sua vida, tenha desenvolvido um ministério missionário na Ásia Menor.

    Tradicionalmente é identificado como João, o Evangelista, autor do quarto evangelho, e como o autor do Apocalipse.

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A.T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    C - João, o Apóstolo

    Tradicionalmente (desde o séc. II), tem-se identificado o autor do Quarto Evangelho com o filho de Zebedeu: João. Embora um bom número de autores modernos recusem essa hipótese, razões têm sido reconsideradas — R. A. T. Robinson, por exemplo — para possibilitar esse ponto de vista. O autor do quarto evangelho conhece mais intimamente o ministério da Galiléia e até nos dá informações sobre ele que não conhecemos através de outros evangelhos. A situação abastada dos filhos de Zebedeu — cujo pai contava com vários assalariados — permite crer que era “conhecido” do Sumo Sacerdote. Além disso, descreve com impressionante rigor a Jerusalém anterior a 70 d.C., o que é lógico em uma pessoa que foi, segundo Paulo, uma das colunas da comunidade judeu-cristã daquela cidade (Gl 2:9). A tudo isso, acrescenta-se o testemunho unânime dos autores cristãos posteriores que atribuem essa autoria a João. Em todo caso, e seja qual for a identidade do quarto evangelista, o certo é que recolhe uma tradição sobre a vida de Jesus muito antiga, fidedigna e independente da sinótica. É bem possível que sua redação seja anterior a 70 d.C., embora alguns autores prefiram situá-la por volta de 90 d.C. O autor do quarto evangelho é o mesmo que o das três epístolas de João, que constam no Novo Testamento, constituindo a primeira um guia interpretativo do evangelho para evitar que este seja lido em clave gnóstica.

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols. Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel according to St. John, Filadélfia 1978; R. Schnackenburg, El evangelio según san Juan, 3 vols., Barcelona 1980:1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo en el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

    D - João, o Teólogo

    Conforme alguns estudiosos, é o autor do Apocalipse e cujo túmulo estava em Éfeso. Por ser um personagem distinto de João, o evangelista (seja ou não este o filho de Zebedeu), é possível que tenha emigrado para a Ásia Menor, ao eclodir a revolta de 66-73 d.C. contra Roma. Sua obra é, portanto, anterior a 70 d.C. e constitui uma valiosa fonte para estudo da teologia judeu-cristã da época.

    K. Stendhal, The Scrolls...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...; C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R.E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; f. f. Ramos, Evangelio según San Juan, Estella 1989.


    Mandar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Determinar ou exigir que alguém faça alguma coisa: mandar o filho fazer as tarefas; mandar em alguém; em casa, a mãe é quem manda.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Usar do poder que tem para; dominar: o chefe manda na empresa; ninguém manda nela; passa a vida mandando; não se manda em quem não se conhece.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Aconselhar o melhor para; preceituar, prescrever: a família mandou o filho para o exterior; sua consciência lhe mandou parar.
    verbo bitransitivo Fazer com que algo chegue a algum lugar; enviar, remeter, expedir: mandar encomendas pelo correio.
    Dar por encargo ou incumbência: mandar o professor corrigir as provas.
    Oferecer como presente; presentear: minha avó mandou doces ao filho.
    Atribuir uma responsabilidade a alguém: mandou o filho em seu nome.
    Designar alguém para algum ofício, tarefa, trabalho: mandou a filha ao açougue.
    Enviar ou encaminhar um assunto, sentido, propósito certo; mandar ao pai os meus sentimentos pelo divórcio.
    Arremessar alguma coisa; atirar: mandou a bola longe.
    [Popular] Aplicar golpes; desferir: o sujeito mandou-lhe um tapa na cara!
    verbo transitivo direto Fazer uma indicação de alguém para que essa pessoa faça alguma coisa, ou represente alguém; delegar: mandar o funcionário como representante da empresa.
    verbo pronominal Partir inesperada e frequentemente; sair de um lugar: mandaram-se dali.
    expressão Mandar em testamento. Deixar em testamento; legar, dispor.
    Mandar bugiar. Despedir com desprezo, fazer retirar.
    Mandar às favas. Ser indiferente; não dar importância: mandei às favas aquele comentário.
    Etimologia (origem da palavra mandar). Do latim mandare.

    Mesmo

    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Prender

    verbo transitivo Privar alguém da liberdade.
    Atar, ligar.
    Impedir, embaraçar.
    Figurado Atrair.
    Unir moralmente.
    Seduzir.
    verbo intransitivo Criar raízes.
    Encontrar obstáculo: a porta prende um pouco.
    verbo pronominal Ficar preso, seguro.
    Deixar-se cativar.
    Embaraçar-se.
    Fam. Comprometer-se a se casar.

    prender
    v. 1. tr. dir. Atar, ligar, amarrar. 2. tr. dir. Firmar, fixar. 3. tr. dir. Segurar. 4. tr. dir. Apanhar, capturar. 5. pron. Ficar preso ou seguro. 6. pron. Enlear-se, firmar-se, fixar-se, unir-se. 7. tr. dir. Tirar a liberdade a. 8. tr. ind. Emperrar, pegar. 9. tr. ind. Criar raízes; arraigar-se. 10. tr. dir. Embaraçar, impedir, tolher. 11. tr. dir. Atrair.

    Tinha

    Tinha Doença da pele (Lv 13;
    v. NTLH).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    γάρ αὐτός Ἡρώδης διά Ἡρωδιάς γυνή αὑτοῦ ἀδελφός Φίλιππος ὅτι γαμέω αὐτός ἀποστέλλω κρατέω Ἰωάννης δέω αὐτός ἔν φυλακή
    Marcos 6: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Pois o próprio Herodes mandara prender a João, e o confinou na prisão, por causa de Herodias, esposa de seu irmão Filipe; porque ele havia se casado com ela.
    Marcos 6: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Março e Abril de 28
    G1060
    gaméō
    γαμέω
    primogênito, primeiro filho
    (his firstborn)
    Substantivo
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1135
    gynḗ
    γυνή
    esposa
    (wife)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1210
    déō
    δέω
    atar um laço, prender
    (he bind)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Active - 3ª pessoa do singular
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2264
    Hērṓdēs
    Ἡρώδης
    cruzados (os braços), ato de dobrar (referindo-se a mãos), bater (as mãos)
    (folding)
    Substantivo
    G2266
    Hērōdiás
    Ἡρωδιάς
    unir, juntar, vincular, ser unido, ser vinculado, estar em associação, amontoar, ter
    (were joined together)
    Verbo
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2902
    kratéō
    κρατέω
    espalhar, revestir, cobrir, emplastrar, cobrir com camada, rebocar
    (and shall plaster)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G5376
    Phílippos
    Φίλιππος
    levantar, levar, tomar, carregar
    (has made insurrection)
    Verbo
    G5438
    phylakḗ
    φυλακή
    prisão
    (prison)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G649
    apostéllō
    ἀποστέλλω
    ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    (having sent forth)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γαμέω


    (G1060)
    gaméō (gam-eh'-o)

    1060 γαμεω gameo

    de 1062; TDNT - 1:648,111; v

    1. contrair núpcias, tomar por esposa
      1. casar-se
      2. dar-se em casamento
    2. entregar uma filha em casamento

    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γυνή


    (G1135)
    gynḗ (goo-nay')

    1135 γυνη gune

    provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

    1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
    2. uma esposa
      1. de uma noiva

    δέω


    (G1210)
    déō (deh'-o)

    1210 δεω deo

    uma raíz; TDNT - 2:60,148; v

    1. atar um laço, prender
      1. atar, prender com cadeias, lançar em cadeias
      2. metáf.
        1. Satanás é dito prender uma mulher torta por meio de um demônio, como seu mensageiro, tomando posse da mulher e privando-a de ficar reta
        2. atar, colocar sob obrigações, da lei, dever etc.
          1. estar preso a alguém, um esposa, um esposo
        3. proibir, declarar ser ilícito

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    Ἡρώδης


    (G2264)
    Hērṓdēs (hay-ro'-dace)

    2264 Ηρωδης Herodes

    composto de heros (um “herói”) e 1491; n pr m Herodes = “heróico”

    nome de uma família real que se distinguiu entre os judeus no tempo de Cristo e dos Apóstolos. Herodes, o grande, era filho de Antípatre da Iduméia. Nomeado rei da Judéia em 40 a.C. pelo Senado Romano pela sugestão de Antônio e com o consentimento de Otaviano, ele finalmente superou a grande oposição que o país levantou contra ele e tomou posse do reino em 37 a.C.; e depois da batalha de Actio, ele foi confirmado por Otaviano, de quem gozava favor. Era corajoso e habilidoso na guerra, instruído e sagaz; mas também extremamente desconfiado e cruel. Por isso ele destruiu a família real inteira dos hasmoneanos, mandou matar muitos dos judeus que se opuseram ao seu governo, e prosseguiu matando até sua cara e amada esposa Mariamne da linhagem dos hasmoneanos e os dois filhos que teve com ela. Por esses atos de matança, e especialmente pelo seu amor e imitação dos costumes e instituições romanas e pelas pesadas taxas impostas sobre seus súditos, ele tanto se indispôs contra os judeus que não consegiu recuperar o favor deles nem através de sua esplêndida restauração do templo e outros atos de munificência. Ele morreu aos 70 anos, no trigésimo sétimo ano do seu reinado, 4 anos antes da era dionisiana. João, o batista, e Cristo nasceram durante os últimos anos do seu reinado; Mateus narra que ele ordenou que todas os meninos abaixo de dois anos em Belém fossem mortos.

    Herodes, cognominado “Antipas”, era filho de Herodes, o grande, e Maltace, uma mulher samaritana. Depois da morte de seu pai, ele foi nomeado pelos romanos tetrarca da Galiléia e Peréia. Sua primeira esposa foi a filha de Aretas, rei da Arábia; mas ele subseqüentemente a repudiou e tomou para si Herodias, a esposa de seu irmão Herodes Filipe; e por isso Aretas, seu sogro, fez guerra contra ele e o venceu. Herodes aprisionou João, o Batista, porque João o tinha repreendido por esta relação ilícita; mais tarde, instigado por Herodias, ordenou que ele fosse decapitado. Também induzido por ela, foi a Roma para obter do imperador o título de rei. Mas por causa das acusações feitas contra ele por Herodes Agripa I, Calígula baniu-o (39 d.C.) para Lugdunum em Gaul, onde aparentemente morreu. Ele não tinha muita força de vontade, era lascivo e cruel.

    Herodes Agripa I era filho de Aristóbulo e Berenice, e neto de Herodes, o grande. Depois de muitas mudanças de fortuna, conquistou o favor de Calígula e Cláudio de tal forma que ele gradualmente obteve o governo de toda a Palestina, com o título de rei. Morreu na Cesaréia em 44 d.C., aos 54 anos, no sétimo [ou no quarto, contando com a extensão de seu domínio por Cláudio] ano de seu reinado, logo depois de ter ordenado que Tiago, o apóstolo, filho de Zebedeu, fosse morto, e Pedro fosse lançado na prisão: At 12:21

    (Herodes) Agripa II, filho de Herodes Agripa I. Quando seu pai morreu ele era um jovem de dezessete anos. Em 48 d.C. recebeu do imperador Cláudio o governo de Calcis, com o direito de nomear os sumo-sacerdotes judeus. Quatro anos mais tarde, Cláudio tomou dele Calcis e deu-lhe, com o título de rei, um domínio maior, que incluía os territórios de Batanéia, Traconites, e Gaulanites. Àqueles reinos, Nero, em 53 d.C., acrescentou Tibéria, Tariquéia e Peréia Julias, com quatorze vilas vizinhas. Ele é mencionado em At 25 e 26. De acordo com A Guerra Judaica, embora tenha lutado em vão para conter a fúria da populaça sediosa e belicosa, ele não teria desertado para o lado dos romanos. Depois da queda de Jerusalém, foi investido com o grau pretoriano e manteve o reino inteiro até a sua morte, que aconteceu no terceiro ano do imperador Trajano, [aos 73 anos, e no ano 52 de seu reinado]. Ele foi o último representante da dinastia Herodiana.


    Ἡρωδιάς


    (G2266)
    Hērōdiás (hay-ro-dee-as')

    2266 Ηροδιας Herodias

    de 2264; n pr f

    Herodias = “heróica”

    1. filha de Aristóbulo e neta de Herodes, o grande. Ela foi primeiro casada com Herodes Felipe I, filho de Herodes, o grande, um homem de vida privada; mas posteriormente formou uma união ilícita com Herodes Antipas, a quem ela não só induziu a assassinar João, o Batista, mas a realizar a viagem para Roma que o arruinou; por último, ela o seguiu ao exílio em Gaul.

    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κρατέω


    (G2902)
    kratéō (krat-eh'-o)

    2902 κρατεω krateo

    de 2904; TDNT - 3:910,466; v

    1. ter poder, ser poderoso
      1. ser o chefe, ser mestre de, governar
    2. ter a posse de
      1. tornar-se mestre de, obter
      2. segurar
      3. segurar, pegar, apoderar-se
        1. agarrar alguém a fim de mantê-lo sob domínio
    3. segurar
      1. segurar na mão
      2. manter preso, i.e., não se desfazer ou deixar ir
        1. manter cuidadosamente e fielmente
      3. tornar a segurar, reter
        1. da morte que continua a reter alguém
        2. controlar, reter


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    Φίλιππος


    (G5376)
    Phílippos (fil'-ip-pos)

    5376 φιλιππος Philippos

    de 5384 e 2462; n pr m

    Filipe = “amante de cavalos”

    um apóstolo de Cristo

    um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

    tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

    ver 2542, Cesaréia de Felipe


    φυλακή


    (G5438)
    phylakḗ (foo-lak-ay')

    5438 φυλακη phulake

    de 5442; TDNT - 9:241,1280; n f

    1. guarda, vigília
      1. ato de vigiar, ato de manter vigília
        1. manter vigília
      2. pessoas que mantêm vigília, guarda, sentinelas
      3. do lugar onde cativos são mantidos, prisão
      4. do tempo (da noite) durante o qual uma guarda era mantida, uma vigília, i.e., um período de tempo durante o qual parte da guarda estava em ação, e no fim do qual outros tomavam o seu lugar.

        Como os gregos antigos geralmente dividiam a noite em três partes, assim, antes do exílio, os israelitas também tinham três vigílias durante a noite; subseqüentemente, no entanto, depois de se tornarem sujeitos aos romanos, adotaram o costume romano de dividir a noite em quatro vigílias


    ἀποστέλλω


    (G649)
    apostéllō (ap-os-tel'-lo)

    649 αποστελλω apostello

    de 575 e 4724; TDNT - 1:398,67; v

    1. ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    2. mandar embora, despedir
      1. permitir que alguém parta, para que alcance a liberdade
      2. ordenar a partida de alguém, enviar
      3. expulsar

    Sinônimos ver verbete 5813


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo