Enciclopédia de João 12:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 12: 21

Versão Versículo
ARA estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus.
ARC Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus.
TB estes, pois, foram ter com Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe fizeram este pedido: Senhor, queremos ver a Jesus.
BGB οὗτοι οὖν προσῆλθον Φιλίππῳ τῷ ἀπὸ Βηθσαϊδὰ τῆς Γαλιλαίας, καὶ ἠρώτων αὐτὸν λέγοντες· Κύριε, θέλομεν τὸν Ἰησοῦν ἰδεῖν.
HD Eles, então, se dirigiram a Filipe, de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram, dizendo: Senhor, queremos ver Jesus.
LTT Estes, pois, vieram a Filipe (o qual era proveniente- de- junto- de Betsaida da Galileia) e lhe rogavam, dizendo: "Ó senhor, estamos desejando a Jesus ver."
BJ2 Estes aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galiléia e lhe pediram: "Senhor, queremos ver Jesus!"
VULG Hi ergo accesserunt ad Philippum, qui erat a Bethsaida Galilææ, et rogabant eum, dicentes : Domine, volumus Jesum videre.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 12:21

Mateus 2:2 e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo.
Mateus 8:9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.
Mateus 11:21 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido com pano de saco grosseiro e com cinza.
Mateus 12:19 Não contenderá, nem clamará, nem alguém ouvirá pelas ruas a sua voz;
Mateus 15:22 E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
Lucas 19:2 E eis que havia ali um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico.
João 1:36 E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
João 1:43 No dia seguinte, quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
João 6:5 Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
João 6:40 Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia.
João 14:8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Romanos 15:8 Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

O MINISTÉRIO DE JESUS: SEGUNDO ANO

Março de 31 d.C. a abril de 32 d.C.
JESUS VOLTA A JERUSALÉM
De acordo com João 5.1, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Não há como dizer ao certo a qual festa o escritor está se referindo, mas muitos sugerem a Páscoa que, no ano 31 d.C., foi comemorada no dia 27 de março. Essa data é considerada, portanto, o início do segundo ano do ministério de Jesus. Em sua viagem a Jerusalém, Jesus curou um enfermo junto ao tanque de Betesda.

JESUS, O MESTRE
Os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) possuem seções extensas de ensinamentos atribuídos a Jesus. Para alguns estudiosos essas passagens foram, na melhor das hipóteses, redigidas pelos evangelistas e, na pior das hipóteses, por escritores desconhecidos de um período que poderia se estender até o século II. Descobertas recentes tornam asserções como essas praticamente insustentáveis. Tábuas de escrever feitas de madeira ou tabletes revestidos de cera, dos quais foram encontrados cerca de 1.900 num arquivo em Vindolanda (Chesterholm), junto ao muro de Adriano no norte da Inglaterra, eram usados para anotar informações de vários tipos. Alguns ouvintes talvez tivessem aptidão suficiente para registrar as palavras de Jesus literalmente, transferindo-as, depois, para materiais mais duráveis como papiro ou pergaminho, usados pelos evangelistas para compilar suas obras. No "sermão do monte", seu discurso mais longo, Jesus apresenta vários ensinamentos de cunho ético, enfatizando a importância do pensamento e das motivações, em contraste com a tradição judaica. No final, Jesus insta seus ouvintes a colocarem suas palavras em prática e serem como o homem sábio que construiu a casa sobre uma rocha. O local onde esse sermão foi proferido não é facilmente identificável, mas deve atender a dois critérios: ser um lugar plano na encosta de um monte.

OS MILAGRES DE JESUS NA GALILEIA
E difícil determinar a ordem dos acontecimentos relatados nos Evangelhos, mas pode-se deduzir que, ao voltar de Jerusalém, Jesus permaneceu o restante do segundo ano de seu ministério nas redondezas do lago da Galileia. Nesse ano, chamado por vezes de "ano da popularidade", Jesus foi seguido constantemente pelas multidões, tornando-se cada vez mais conhecido por seus milagres. Nesse período João Batista, um parente de Jesus, foi preso depois de censurar Herodes Antipas, "o tetrarca" (4a.C.-39 d.C.), filho de Herodes, o Grande, por ter se casado com Herodias, esposa de seu irmão, Filipe.? Quando João pediu a alguns de seus discípulos para averiguar os relatos que tinha ouvido acerca de Jesus, o próprio Jesus enviou a João uma mensagem que pode ser considerada uma síntese de seu ministério:
"Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho."
Mateus 11:4-5

Os evangelistas registram uma grande variedade de milagres:

AS PARÁBOLAS DE JESUS
Os evangelistas registram cerca de quarenta parábolas de Jesus. As parábolas eram histórias curtas sobre a vida diária usadas para ensinar verdades espirituais. Algumas, como a da ovelha perdida, do filho pródigo e do bom samaritano, são bem conhecidas. No entanto, o significado de várias parábolas nem sempre era evidente e, em diversas ocasiões, Jesus teve de explicá-las aos seus discípulos, como no caso da parábola do semeador

JOÃO BATISTA É DECAPITADO
João Batista permaneceu encarcerado na fortaleza de Maqueronte, no alto de um monte do lado leste do mar Morto, até o aniversário de Herodes Antipas. Nessa ocasião, a filha de Herodias, a nova esposa do rei, foi chamada para dançar. Herodes ficou tão impressionado que prometeu lhe dar o que desejasse e, seguindo a instrução da mãe, a jovem pediu a cabeça de João Batista num prato.

JESUS ALIMENTA CINCO MIL PESSOAS
Quando soube da morte de João, Jesus quis passar algum tempo sozinho, mas as multidões o seguiram. Jesus se compadeceu deles e curou os enfermos. A Páscoa, que no ano 32 d.C. foi comemorada em 13 de abril, se aproximava e faltava apenas um ano para a morte de Jesus. A multidão estava ficando faminta e, no lugar remoto onde se encontrava, não havia como - conseguir alimento. Através da multiplicação miraculosa de cinco pães de cevada e dois peixinhos, Jesus alimentou a multidão de cinco mil homens, mais as mulheres e crianças. O milagre foi realizado perto de Betsaida, na extremidade norte do lago da Galileia, uma região com muita relva. Convém observar que depois desse milagre Jesus passou a evitar as multidões, pois sabia que desejavam proclamá-lo rei à força.

JESUS DEIXA A GALILEIA
Percebendo que não teria privacidade na Galileia, Jesus viajou para o norte, deixando o reino de Herodes Antipas e se dirigindo a Tiro e Sidom, na costa do Mediterrâneo (atual Líbano). Quando regressou, encontrou tanta oposição que, por vezes, a etapa final de seu ministério é chamada de "o ano de oposição". Desse ponto em diante, os evangelistas se concentram cada vez mais no sofrimento e morte iminentes de Jesus.
O segundo ano do ministério de Jesus Os números referem-se os acontecimentos ocorridos nos arredores do mar da Galileia durante o segundo ano do ministério de Jesus.

 

Referências:

Mateus 5:1

Lucas 6:17

Mateus 14:3-4

Marcos 6:17-18

Mateus 8:23-27;

Marcos 4:35-41;

Lucas 8:22-25

Mateus 8:28-34

Mateus 13:58;

Marcos 6:5-6

Mateus 13:18-23

Marcos 4:13-20

Lucas 8:11-15

Mateus 14:3-12

Marcos 6:14-29

João 6.4

Marcos 6:39

Lucas 9:10

João 6.10

O segundo ano do ministério de Jesus
O segundo ano do ministério de Jesus
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia
Reconstituição de Cafarnaum, base do ministério de Jesus na Galiléia

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

33 d.C., 8 de nisã

Betânia

Jesus chega seis dias antes da Páscoa

     

Jo 11:55Jo 12:1

9 de nisã

Betânia

Maria derrama óleo na cabeça e nos pés de Jesus

Mt 26:6-13

Mc 14:3-9

 

Jo 12:2-11

Betânia–Betfagé–Jerusalém

Entra em Jerusalém montado num jumento

Mt 21:1-11, Mt 14:17

Mc 11:1-11

Lc 19:29-44

Jo 12:12-19

10 de nisã

Betânia–Jerusalém

Amaldiçoa figueira; purifica o templo novamente

Mt 21:18-19; Mt 21:12-13

Mc 11:12-17

Lc 19:45-46

 

Jerusalém

Principais sacerdotes e escribas tramam matar Jesus

 

Mc 11:18-19

Lc 19:47-48

 

Jeová fala; Jesus profetiza sua morte; descrença de judeus cumpre profecia de Isaías

     

Jo 12:20-50

11 de nisã

Betânia–Jerusalém

Lição sobre figueira que secou

Mt 21:19-22

Mc 11:20-25

   

Templo em Jerusalém

Sua autoridade é questionada; ilustração dos dois filhos

Mt 21:23-32

Mc 11:27-33

Lc 20:1-8

 

Ilustrações: lavradores assassinos, banquete de casamento

Mt 21:33Mt 22:14

Mc 12:1-12

Lc 20:9-19

 

Responde a perguntas sobre Deus e César, ressurreição, maior mandamento

Mt 22:15-40

Mc 12:13-34

Lc 20:20-40

 

Pergunta se Cristo é filho de Davi

Mt 22:41-46

Mc 12:35-37

Lc 20:41-44

 

Ai dos escribas e fariseus

Mt 23:1-39

Mc 12:38-40

Lc 20:45-47

 

Vê a contribuição da viúva

 

Mc 12:41-44

Lc 21:1-4

 

Monte das Oliveiras

Fala sobre o sinal de sua presença

Mt 24:1-51

Mc 13:1-37

Lc 21:5-38

 

Ilustrações: dez virgens, talentos, ovelhas e cabritos

Mt 25:1-46

     

12 de nisã

Jerusalém

Judeus tramam matá-lo

Mt 26:1-5

Mc 14:1-2

Lc 22:1-2

 

Judas combina a traição

Mt 26:14-16

Mc 14:10-11

Lc 22:3-6

 

13 de nisã (tarde de quinta-feira)

Jerusalém e proximidades

Prepara a última Páscoa

Mt 26:17-19

Mc 14:12-16

Lc 22:7-13

 

14 de nisã

Jerusalém

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Mt 26:20-21

Mc 14:17-18

Lc 22:14-18

 

Lava os pés dos apóstolos

     

Jo 13:1-20


A última semana de Jesus na Terra (Parte 1)

8 de nisã (sábado)
PÔR DO SOL (Dias judaicos começam e terminam ao pôr do sol)

Chega a Betânia seis dias antes da Páscoa

João 11:55– jo 12:1

NASCER DO SOLPÔR DO SOL
9 de nisã
PÔR DO SOL

Come com Simão, o leproso

Maria derrama nardo sobre Jesus

Judeus vão ver Jesus e Lázaro

Mateus 26:6-13

Marcos 14:3-9

João 12:2-11

NASCER DO SOL

Entrada triunfal em Jerusalém

Ensina no templo

Mateus 21:1-11, Mateus 14:17

Marcos 11:1-11

Lucas 19:29-44

João 12:12-19

PÔR DO SOL
10 de nisã
PÔR DO SOL

Passa a noite em Betânia

NASCER DO SOL

Vai cedo a Jerusalém

Purifica o templo

Jeová fala desde o céu

Mateus 21:18-19; Mt 21:12-13

Marcos 11:12-19

Lucas 19:45-48

João 12:20-50

PÔR DO SOL
11 de nisã
PÔR DO SOLNASCER DO SOL

Ensina no templo usando ilustrações

Condena os fariseus

Vê contribuição da viúva

No monte das Oliveiras, profetiza a queda de Jerusalém e dá sinal de sua futura presença

Mateus 21:19 Mt 25:46

Marcos 11:20 Mc 13:37

Lucas 20:1 Lc 21:38

PÔR DO SOL

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

jo 12:21
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 148
Huberto Rohden
Tão grande era a celebridade de Jesus que até alguns pagãos queriam conhecê-lo. Disse Jesus que em breve ia ele ter a sorte de um grão de trigo, que só produz vida nova depois de morto e enterrado - assim ia também ele, Jesus, dar a todos os homens vida espiritual com a sua próxima morte na cruz. E logo o céu aplaudiu as palavras de Jesus.
Entre os que tinham subido a Jerusalém para adorar, no dia da festa, encontravam-se também alguns gentios. Dirigiram-se a Filipe, natural de Betsaida, na 68
Galileia, e lhe fizeram este pedido: "Senhor, quiséramos ver Jesus". Filipe foi falar com André; ao que Filipe e André informaram a Jesus.
Respondeu-lhes Jesus: "É chegada a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo não cair em terra e morrer, fica a sós consigo; mas, se morrer, produzirá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á; mas, quem neste mundo odeia a sua vida, salvá-la-á para a vida eterna.
Quem quiser servir-me, siga-me; porque, onde eu estiver, aí estará também meu servidor. Quem me serve será honrado por meu Pai. Agora está minha alma abalada.
Que direi? Pai, salva-me desta hora? Mas foi precisamente para isto que me sobreveio esta hora. Pai, glorifica o teu nome".
Ecoou então uma voz do céu: "Tenho-o glorificado, e tornarei a glorificá-lo".
O povo que estava presente, e ouvira isto, dizia: "Foi um trovão". Outros afirmavam: "Um anjo lhe falou".
Jesus, porém, disse: "Não foi por causa de mim que esta voz se fez ouvir, mas, sim, por causa de vós. Agora é que o mundo entrará em juízo; agora será lançado fora o príncipe deste mundo. E eu, quando for suspenso acima da terra, atrairei todos a mim".
Com estas palavras designava ele de que morte havia de morrer.
Replicou-lhe o povo: nós temos ouvido na lei que o Cristo permanece eternamente; como é, pois, que tu dizes: Importa que o Filho do homem seja suspenso? Que Filho do homem é esse?"
Tornou-lhe Jesus: "Ainda um pouco de tempo estará convosco a luz; andai na luz, enquanto a tendes, para que não vos envolvam as trevas. Quem anda em trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz crede na luz, para que sejais filhos da luz".
Dito isto, retirou-se Jesus e ocultou-se deles (Jo. 12, 20-36).

CARLOS TORRES PASTORINO

jo 12:21
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 16
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 12:20-36


20. Havia, porém, alguns, dos que sobem para adorar, na festa,

21. e estes, então, foram a Filipe, o de Betsaida da Galileia, e pediram-lhe, dizendo: Senhor, queremos ver Jesus.

22. Foi Filipe e disse a André; foram André e Filipe e disseram a Jesus.

23. Jesus respondeu-lhes dizendo: "Chegou a hora, para que o Filho do Homem se transubstancie.

24. Em verdade, em verdade digo-vos: se o grão de trigo, caindo na terra, não morre, ele permanece só; mas se morre, produz muito fruto.

25. Quem ama sua alma, a perde; e quem odeia sua alma neste mundo, a conservará para a vida imanente.

26. Se alguém me servir, siga-me, e onde eu estou, aí também estará o meu servidor; se alguém me servir, o Pai o recompensará.

27. Agora minha alma se agitou. E que direi? Pai, salva-me desta hora? Mas por causa disso vim a esta hora.

28. "Pai, transubstancia teu nome". Veio então um som do céu: Já transubstanciei e de novo transubstanciarei.

29. Então a multidão que (ali) estava a ouviu e disse ter havido um trovão; outros diziam: um anjo lhe falou.

30. Respondeu Jesus e disse: "Não por mim veio este som, mas por vós.

31. Agora é a discriminação deste mundo, agora o príncipe deste mundo será lançado fora,

32. e se eu for elevado da terra, atrairei todos para mim mesmo. "

33. Isso, porém, dizia, significando de que morte devia morrer.

34. Respondeu-lhe então o povo: nós ouvimos da lei que o Cristo permanece para o eon e como dizes tu que deve ser elevado o Filho do Homem? Quem é esse Filho do Homem?

35. Disse-lhes, então, Jesus: "Ainda por breve tempo a luz está em vós. Andai enquanto tendes luz, para que a treva não vos apanhe, (pois) quem anda na treva não vê aonde vai.

36. Enquanto tendes a luz, sede fiéis à luz, para que vos torneis filhos da luz". Jesus disse estas coisas e, indo, ocultou-se deles.



Trecho de suma importância no ensino. Inicialmente, entretanto, vamos esclarecer alguns versículos.


Eram chamados hellênés os gregos; os judeus que viviam na Grécia eram ditos hellênistaí. Ora, aqui trata-se de hellênés. Portanto, não judeus. Talvez simpatizantes ou, como se dizia então, "tementes a Deus" (phoboúmenos tòn theón) ou "piedosos" (seboménoi).


Sendo gregos, é lógico que procurassem Filipe, e este se pusesse de acordo com André. Reparemos em que são dois nomes legitimamente gregos. Os dois levaram os novos visitantes à presença do Mestre, fazendo a apresentação.


Afirmam alguns hermeneutas que as palavras que Jesus profere a seguir nada têm que ver com os gregos.


Discordamos, primeiro porque o evangelista liga os dois episódios com as palavras: "respondelhes (aos gregos) dizendo"; em segundo lugar, pelo que comentaremos na segunda parte.


Outra observação quando ao verbo doxázô. Vimos que "glorificar" não cabe (cfr. vol. 5 e vol. 6), como é dado nas traduções correntes. Mas anotemos que dóxa também significa "substância" (e nisto somos apoiados pelo monge beneditino alemão Dom Odon Casel, em "Richesse du Mystere du Christ", pág. 240 - como já anotamos no vol. 4). Ora, se dóxa tem o sentido de substância, o verbo doxázô significará" transubstanciar", como vimos no vol. 4.


Neste trecho, parece-nos ser esse o sentido que cabe melhor no contexto. Veremos por que.


Salientamos, ainda, que a frase "Quem ama sua alma a perde" ... já apareceu em MT 10:39 (vol. 3); em MT 16:25; MC 8:35; LC 9:24; vol. 4; e aparecerá ainda em LC 17:33.


O "som" (phônê), ou "voz" que se ouviu, é fenômeno atestado em outras ocasiões: no "mergulho" (MT 3:17; MC 3:11; LC 3:22; vol. 1) e na "transfiguração" (MT 17:5; MC 9:7; LC 9:35; vol. 4); e ocorreria com Paulo às portas de Damasco (AT 9:4; AT 22:7 e AT 26:14).


Que o "reino do messias" não teria fim, fora dito por IS 9:7.


No vers. 32 há uma variante nos códices: A - "atrairei TODOS" (pántes) - papiro 75 (duvidoso); Sinaítico (de 2. ª mão), A, B, K, L, W, X, delta, theta, pi, psi, 0250 e muitos minúsculos; versões: siríaca harcleense; copta boaírica; armênia; pais: Orígenes (grego), Atanásio, Basílio, Epifânio, Crisóstomo, Nono, Cirilo.


B - "atrairei TUDO" (pánta) - papiro 66 (o mais antigo conhecido, do 2. º/3. º século), Sinaítico (mão original); versões: todas as ítalas, vulgata; gótica; geórgia; siríacas sinaítica, peschitta, palestinense; coptas saídica. achmimiana; etíope; Diatessáron; pais: Orígenes (latino) e Agostinho.


Ambas as lições, portanto, estão bem escudadas por numerosos manuscritos. Mas também ambas as lições são válidas, porque a atração evolutiva em direção à Divindade é de todos os homens, mas também é de todas as coisas.


Estudo mais cuidadoso do texto revela-nos beleza impressionante e ensinamentos profundos.


Eis como entendemos este passo, dentro de nossa tese de que Jesus criou uma Escola Iniciática nos velhos moldes das Escolas de Mistérios, com a denominação de "Assembleia (ekklêsía ou igreja) do Caminho". Embora afoita, não estamos tão isolados como possa parecer. O mesmo monge beneditino que citamos linhas acima (e notemos de passagem que seu nome ODON significa em grego "caminho" e é a palavra usada nos Atos dos Apóstolos; ekklêsía toú ódou) em sua obra "Le Mystere du Christ", pág. 102, escreve (o grifo é dele): "A terminologia antiga (dos mistérios gregos) passou inteiramente ao cristianismo, mas aí se tornou, por sua superioridade espiritual, a forma e a expressão de valores, de noções incomparavelmente mais puras e mais elevadas". Muito nos alegra essa confirmação de nossa tese.


Então, acreditamos que esse grupo de gregos era uma representação oficial de alguma Escola da Grécia (provavelmente Elêusis, em vista das palavras de Jesus). O grupo foi a Jerusalém por ocasião da festa da Páscoa, porque na Escola se teve conhecimento do "drama sacro" que aí se realizaria nessa semana, e era interessante um contato com o Hierofante Jesus.


A maneira de agir dos gregos foi a ritualmente correta, não se dirigindo diretamente ao Mestre, mas buscando antes um de Seus discípulos, a fim de identificar-se por meio do "sinal" ou "senha" (1). E escolheram alguém que talvez já lhes fosse conhecido, pelo menos de nome.


(1) Entre outros, há o testemunho de Apuleio (2. º séc.) que confirma nossas palavras, na defesa ("Apologia") que fez no Tribunal, ao ser acusado de magia. Escreve: "Tomei parte em muitas iniciações sagradas na Grécia. Certos sinais (sêmeíon) e objetos (monymenta) delas, que me foram entregues (paradídômi) pelos sacerdotes, conservo-os cuidadosamente (cfr. vol. 4) - Sacrorum pléraque initia in Graecia participavi. Eorum quidem signa et monumenta trádita mihi a sacerdótibus, sédulo conservo (55,8). E mais adiante, confirmando os sinais ou senhas de que falamos: "Se acaso está presente algum meu copartícipe daquelas solenidades, DÊ A SENHA, e pode ouvir o que guardo. Pois na verdade, não serei coagido jamais, sob nenhuma ameaça, a revelar aos profanos o que recebi para silenciar" - Si qui forte adest eorundem sollemnium mihi párticeps, SIGNUM DATO, et audias licet quae ego adservem. Nam équidem nullo unquam perículo compellar, quae reticenda recepi, haec ad profanos anuntiare (56, 9-10).


Jesus recebeu os emissários (apóstolos) da Escola grega e entrou logo no assunto elevado, em termos que eles podiam entender, dos quais João registrou o resumo esquemático.


Em primeiro lugar confirma chegado o momento em que o "Filho do Homem (veremos que essa expressão bíblica não era familiar aos gregos) ia ser transubstanciado. Isso lhes era conhecido. Tratavase da denominada "Morte de Osíris", que transtormaria o iniciado que a ela se submetesse em Adepto, o sacerdote em sumo sacerdote (cfr. HB 5:10 e HB 6:20), como que mudando-lhe a substância íntima (transubstanciando seu pneuma).


Que era esse o sentido, vem comprová-lo o versículo seguinte: "se o grão de trigo, caindo na terra, não morre: permanece só; mas se morre produz muito fruto".


Essa imagem era plenamente compreensível a discípulos da Escola de Elêusis, cujo símbolo central era o trigo e a uva, que Jesus transformou - ou transubstanciou - em pão e vinho.


Na Escola de Elêusis celebrava-se o drama sacro de Deméter, a mãe cuja filha Coré (Perséfone), que representa o grão de trigo, fora arrebatada por Hades, deus subterrâneo, e "desceu à região inferior" (káthodos), simbolízando o enterramento do grão de trigo, para mais tarde ressuscitar como espiga "ascender" (ánodos) para o céu aberto (a superfície da terra). Parece-nos ouvir o trecho do "Símbolo dos Apóstolos" de Nicéia: "desceu aos infernos, ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao céu" ...


A ausência de Coré (o grão de trigo enterrado) faz Deméter ser chamada "Mãe Dolorosa" (Dêmêtêr Achaía). Mas, depois de voltar à superfície, Deméter entrega a Triptólemo uma espiga de trigo, para que ele a distribua por toda a Terra, enquanto Coré o coroa de louros: é o "muito fruto" que produz o grão de trigo, se morrer debaixo da terra.


Temos nesse drama (resumido na frase de Jesus, o Cristo) dois aspectos simbólicos:

1. º - O Espírito humano, esse grão sagrado, tem que ser arrebatado para a região interior que é este nosso planeta ("caindo na terra"), para "morrer" na reencarnação, a fim de mais tarde renascer do mundo dos espíritos (cfr. G. Méautis, "Les Mysteres d"Eleusis", pág. 64).


2. º - na subida evolutiva, através da iniciação, é indispensável, para galgar os últimos degraus, "morte em vida", com a descida do espírito às regiões sombrias, enquanto o corpo permanece em estado cataléptico (no Egito, essa cerimônia era realizada na "Câmara do Rei", na pirâmide de Qhéops); depois o espírito regressava ao corpo, revivificando-o, mas já transubstanciado em adepto (1).


(1) Essa transubstanciação de Jesus, diz Pedro (2PE 1:16) que os discípulos contemplaram, e emprega o termo tipicamente iniciático, epoptaí: "mas nos tornamos contempladores da majestade dele" (all" epoptaí genêthéntes tês ekeínou megaleiátêtos).

Qualquer dos dois sentidos explica maravilhosamente o significado profundo da frase seguinte: "Quem ama sua alma (psychê) a perde", pois não evolui, nem no primeiro sentido, pois não reencarnou, nem no segundo, por não avançar no "Caminho"; e prossegue: "Quem odeia (mísein) sua alma neste mundo, a conservará para a vida imanente (zôê aiônios)". Isso é dito no sentido de querer experimentála com todo o rigor, sem pena, submetendo-a às dores físicas e emocionais, como quem a " odiasse", para transformá-la ou transubstanciá-la, de trigo em pão (triturando-a e cozinhando-a no fogo) e de uva em vinho (pisando-a e fazendo-a fermentar).


A psychê é a que mais sofre nessas provas, em virtude do pavor emocional. Mas, superada a crise, achar-se-á transubstanciada pela união mística, na vida imanente, com seu Deus, a cuja "família" passará a pertencer.


Tanto assim que prossegue o discurso do Cristo: "Se alguém me servir (prestar serviço, diakónêi), siga-me (busque-me), e onde eu estou, aí também estará meu servidor "; é a "vida imanente" a união perfeita com o Cristo Interno, com o EU profundo; precisamos "servir ao EU", ajudá-lo. E segue: "Se me servir, o Pai o recompensará", insistência na ideia da imanência total, como será dito mais adiante: " Se alguém me amar e praticar meu ensino, meu Pai o amará e nós (o Pai e Cristo) viremos a ele e faremos nele morada" (JO 14:23).


Após haver explicado isso, acrescenta o exemplo pessoal: "Agora minha alma (psychê) se agitou. E que direi? Pai, salva-me desta hora? Mas por causa disso vim a esta hora!" É o caso acima citado: a alma se agita, freme, perturba-se, mas o Espírito (aquele que diz minha alma), a domina com força.


indaga então: "suplicarei ao Pai que me livre desta hora, quando vou passar pela dolorosa transubstanciação, só para satisfazer à minha alma? Absolutamente: foi para isso que aqui vim; não posso submeter-me às exigências emocionais que me queiram afastar da meta nem ao pavor anímico de uma personagem transitória.


Dirige, então, ao Pai um apelo, mas no sentido contrário àquele: "Pai, transubstancia teu nome!". Já vimos, (vol. 2) que o nome é a "manifestação externa de nossa essência profunda, que é constituída pela Centelha Divina" ou Cristo Interno, que é o produto do Som (Pai). Então, nós somos o nome do Pai, já que somos a exteriorização de Sua substância.


A prece solenemente proferida do fundo dalma tem resposta imediata: faz-se ouvir um som (som de uma voz) que diz: "Já transubstanciei e de novo transubstanciarei"! A vibração das ondas mentais foi tão forte e poderosa, que suas partículas foram aproveitadas para um fenômeno de voz direta, embora só alguns tenham percebido as palavras. Esses deram a opinião de que era um "anjo" ("mensageiro") que falara. Mas a massa do povo só percebeu o rumor, e o atribuiu a um trovão. Como profanos não podiam alcançar o que se passava.


Neste ponto, Jesus volta-Se para os emissários da Escola grega, para dizer-lhes que "essa voz" viera a fim de confirmar Suas palavras. Não O conhecendo, talvez pudessem ficar desconfiados da procedência e realidade do que estavam ouvindo. Um testemunho por parte de uma entidade extraterrena (ou melhor, incorpórea) seria suficiente para garantir que estavam, de fato, diante de um Mestre.


Depois desse incidente, prosseguem os esclarecimentos, ainda mais enigmáticos: "Agora é a discriminação deste mundo; agora o príncipe deste mundo será lançado fora". A expressão refere-se ao pequeno eu do microcosmo personalístico, que é príncipe (ou principal, archôn) neste planeta. Não pode referir-se ao célebre "diabo" ou "satanás", nem às "forças planetárias do mal", de vez que essa previsão não se deu até hoje. Jesus não diria "agora", duas vezes", se fosse algo a realizar-se milênios após. E que não se realizou, é fato verificável, até hoje, por qualquer um. A humanidade não se redimiu: o "diabo anda solto", as maldades campeiam em todos os setores, inclusive nos religiosos e cristãos. Como poderia aceitar-se esse sentido? Seria supor Jesus mentiroso.


No sentido "pessoal", entretanto, verifica-se que o previsto ocorreu, e na mesma semana em que falava.


Assim como dantes se referira a seu corpo como o "templo" (MC 14:58 e JO 2:19), diante e para os judeus, agora, para os gregos, a ele se refere como "mundo", o kósmos, imagem que lhes era muito mais familiar. E da mesma forma que para os israelitas falava da personagem humana denominandoa e personificando-a como "satanás" ou "diabo", para os gregos, que não se utilizavam desses termos, emprega "príncipe deste mundo".


E uma vez "lançada fora" a personagem terrena, o EU ou Espírito será elevado ao céu, retirado da Terra: ao ocorrer isso, o Cristo atrairá a Ele todos e tudo; aberto o caminho ("o EU é o caminho", JO 14:6) todos poderão buscar, seguir e unir-se ao EU ou Cristo Interno.


Aqui entra em cena o evangelista, para dar uma explicação, que é entendida de dois modos, de acordo com a compreensão do leitor; o profano entende à letra: "como "morreu" na cruz, suspenso do chão, o "elevado da Terra" se refere à Crucificação". Mas para quem vem acompanhando o desenvolvimento do ensino do Mestre, outro sentido é muito mais claro e evidente. Se fosse interpretação à letra, era totalmente inútil o esclarecimento: qualquer mentalidade medíocre veria esse sentido, tão transparente é ele. Justamente porque o autor se esforçou em querer explicar uma coisa tão clara, é que desconfiamos haver segunda interpretação: Jesus quis significar, com essas palavras "de que morte devia morrer", isto é, não era a morte normal, a desencarnação vulgar, mas a "morte em vida", conhecida nas escolas como "morte de Osíris". Veremos a seu tempo.


Os gregos fazem duas perguntas:

1. ª - Se foi dito que O Cristo permaneceria por todo o eon, como seria ele elevado da Terra?


2. ª - Quem é esse Filho do Homem?


Esta segunda pergunta demonstra, sem a menor hesitação, que eram gregos os que ali estavam. Seria inconcebível que hebreus, familiarizados com os profetas, sobretudo com Dabiel, não soubessem a que se referia a expressão "Filho do Homem", especialmente depois de ter Jesus repetido essa expressão tantas e tantas vezes, referindo-se a si mesmo. Mas a expressão era desconhecida à Escola de Elêusis. Justifica-se, por isso, a pergunta.


O evangelista não anotou as respostas, que devem ter sido dadas, mas apenas resume a conclusão do discurso: "Ainda por breve tempo a luz está em vós (não "entre" vós, como nas traduções vulgares: em grego está "en).


A luz é o Cristo: "Eu sou a luz do mundo" (JO 8:12); "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (JO 9:5); "A luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas" (JO 3:19); e "Vós sois a luz do mundo" (MT 5:14).


Ora, o Cristo estava visivelmente, através de Jesus, manifestado ao mundo. Mas isso seria por pouco tempo, pois brevemente "seria elevado da Terra". Então, eles, que também eram a luz, refletiriam neles a Luz crística. Esse reflexo duraria ainda breve tempo. Que fosse aproveitado com urgência, para não serem surpreendidos pela escuridão, pois na treva não se vê aonde vai. Seja então aproveitada a luz que está neles e mantida integral fidelidade a ela, para que também nos tornemos "filhos da luz", ou seja, iluminados (Buddhas). Há uma gradação, entre a luz estar "em nós", e nós nos "tornarmos luz".


Após essa magnífica aula, Jesus retira-se e oculta-se deles: entra em meditação.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BETSAIDA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.917, Longitude:35.633)
Nome Grego: Βηθσαϊδά
Atualmente: Israel
Cidade. Mateus 11:21
Mapa Bíblico de BETSAIDA


GALILÉIA

Atualmente: ISRAEL
Região de colinas áridas e vales férteis, que se estende a leste e norte do Mar da Galiléia
Mapa Bíblico de GALILÉIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
J. O CRISTO UNIVERSAL, Jo 12:1-50

1. A Homenagem através da Unção (Jo 12:1-11)

Foi depois de um curto período de tempo que sucedeu os acontecimentos do capítulo 11, e somente seis dias antes da Páscoa, que Jesus voltou a Betânia (1). O relato chama imediatamente a atenção para Lázaro, a quem Jesus ressuscitara dos mortos, como se ele fosse a principal atração. A ocasião era uma ceia na qual Marta, na sua função característica, servia (2).200 Especial atenção recebe o fato de que Lázaro, em perfeita saúde, era um dos que estavam à mesa com Ele (2). Evidentemente, "a festa era um reconhecimento de gratidão pela obra realizada entre eles".201

Embora Maria seja a última a ser introduzida à cena, o seu ato de devoção amorosa é o tema central de todo o relato.' Ela tomou uma libra — uma libra romana de cerca de doze onças (453
g) — de ungüento de nardo puro, de muito preço,' ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos (3). A despeito do que os outros membros da casa de Betânia pudessem ter pensado de Jesus, uma palavra des-creve o sentimento de Maria — amor.

Aqui é visto "o dom do amor": 1. Em exorbitante extravagância, ungüento... de muito preço; 2. Na humildade, ela ungiu os pés do Senhor; 3. No completo despren-dimento, enxugou-lhe os pés com os seus cabelos.' Existe uma qualidade universal em um amor como esse. João escreveu em linguagem poética — e encheu-se a casa do cheiro do ungüento (3) 205ou melhor, "da fragrância do perfume".

Judas 1scariotes, que também estava na ceia, levantou uma objeção ao ato de Maria, dizendo: Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros [denários], e não se deu aos pobres? (5) João é rápido em acrescentar seus comentári-os. Ele questionou os motivos de Judas. Não pelo cuidado que tivesse dos pobres (6). Então ele declara o problema. Judas era ladrão (6). Como o tesoureiro do grupo dos discípulos ("Ele tinha a caixa do dinheiro", NASB. Ou ainda, como em algumas tradu-ções, "Ele tomava conta da bolsa de dinheiro", NTLH), era a sua prática "tirar o que ali se lançava" (6, tradução literal). Já se perguntou por que Judas tinha sido escolhido para essa função, uma vez que ela lhe causaria tentações incomuns. Westcott responde: "A tentação normalmente nos sobrevém através de áreas de nossa vida em que já apresen-tamos alguma tendência a pecar"."

Maria e Judas estão em um vívido contraste. "Maria, na sua devoção, inconsciente-mente provê a honra dos mortos. Judas, no seu egoísmo, inconscientemente traz a pró-pria morte"."

Jesus veio rapidamente em defesa de Maria. Deixai-a; Ele disse: para o dia da minha sepultura guardou isto (7) — literalmente, "para que ela possa guardar isto para o dia do meu sepultamento" (NASB). A linguagem neste ponto é difícil, mas parece indicar, segundo Hoskyns, que "Maria conscientemente admitiu a necessidade da morte de Jesus, e também, reconhecendo que a hora era chegada, antecipou o seu sepultamen-to com um ato de devoção inteligente"."

O pedido de Judas pelos pobres não escapou da resposta de Jesus. Os pobres, sem-pre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes (8; cf. Dt 15:11). O agudo senso de oportunidade de Maria não podia passar despercebido. "Há algumas coisas que podemos fazer a qualquer momento, e existem algumas coisas que nunca faremos, a menos que agarremos a oportunidade de fazê-las no momento certo".209

Quando se espalhou a notícia de que Jesus estava com Lázaro em Betânia, muita gente ["uma grande multidão", Phillips]... soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro (9). Como muitos dos ju-deus... criam em Jesus (11), os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro (10). Fica claro que aqueles principais dos sacerdotes — sendo o grupo saduceu, e não acreditando na ressurreição — sentiram-se obrigados a livrar-se das evidências contrárias à sua doutrina.

2. A Homenagem através da Aclamação (Jo 12:12-19)

De uma maneira característica, João nota a ocasião da Entrada Triunfal.' No dia seguinte (12) — i.e., no dia seguinte à unção feita por Maria, ou cinco dias antes da Páscoa (cf. 12.1). Isto significa que a entrada aconteceu no domingo. "João seguiu a tra-dição cristã ao posicionar a entrada triunfal no Domingo de Ramos".211

A notícia de que Jesus vinha a Jerusalém (12) logo se espalhou, e uma grande multidão que viera à festa... saiu-lhe ao encontro (1243). Eles tomaram ramos de palmeiras (13), "o símbolo do triunfo real"212 e clamavam: Hosana!, que é o correspon-dente em hebraico a "viva!" Aqui, o grito era quase equivalente a "Deus salve o Rei!" O termo Hosana, juntamente com a frase Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor!, é extraído de Salmos 118:25-26, que foi escrito para "a Festa dos Tabernáculos depois do Retorno" (ver Ne 8:14-18)." Portanto, o povo estava cheio de grandes expecta-tivas.214 Depois do que ocorrera em Betânia, eles viam em Jesus o Herói conquistador, o Ungido, o Libertador, e o aclamavam como tal.

Em um breve comentário, João fala de Jesus encontrando um jumentinho (cf. o rela-to Sinótico detalhado, Mt 21:1-11; Mac 11:1-10; Lc 19:29-38), e que Ele assentou-se so-bre ele (14). Isto era o cumprimento da profecia de Zacarias 9:9: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta".

Através deste ato, Jesus deixou inequívoca a reivindicação de ser o Messias, o Ungi-do de Deus. Este ato também mostrou-o como um Messias espiritual e não militar, pois "o jumento, em contraste com o usual cavalo de batalha de um líder vitorioso, é um símbolo de humildade e de paz" (cf. Jz 10:4-2 Sm 17.23; 19.26).215

Embora tudo isto estivesse acontecendo, no princípio estava além da compreensão dos discípulos, mas, quando Jesus foi glorificado (16), as peças do quebra-cabeças se encaixaram, e eles começaram a compreender. A glorificação de Jesus sem dúvida tinha dois significados para João. Um deles se refere à exaltação por meio da cruz (Jo 12:23-25; 13 31:32-17.1). A outra exaltação é a ressurreição (Jo 12:32), Jesus indo até o Pai (Jo 15:26) e o envio do Espírito Santo (o Paracleto, Jo 16:7), e tudo isto mostra "a natureza espiritual da soberania do Senhor".2'6

João acrescenta alguns comentários interessantes no final do seu relato. A multidão que estava com Ele quando Lázaro foi chamado da sepultura e quando ele o ressus-citara dos mortos (17) "estava testificando" o que havia acontecido. Evidentemente, foi esse testemunho que trouxe de Jerusalém a multidão que o aclamava, pois tinham ouvido que ele fizera este sinal (18).

Tudo isto culminou em uma situação desesperadora para os fariseus. Os seus planos cuidadosos de colocar um ponto final em Jesus e na sua obra tinham terminado com o que parecia ser uma completa frustração. Eis que todos vão após ele (19), disseram. O fracasso do seu esquema maldoso fez com que se voltassem uns contra os outros, culpan-do-se entre si, dizendo: vedes que nada aproveitais? (19)

3. A Chegada dos Gregos (Jo 12:20-36)

Não se sabe ao certo se os gregos que estavam entre os que tinham subido a adorar no dia da festa estavam ali por curiosidade (cf. Atos 17:21), ou se haviam se tornado prosé-litos e "por esta razão participavam das festas dos judeus".' Estes homens tinham um pedido fervoroso, talvez muito melhor do que eles mesmos percebessem. A sua aproxima-ção de Filipe pode ter sido ocasionada pelo fato de que ele tinha um nome grego. De qualquer forma, ao ouvir o pedido: Senhor, queríamos [ou "queremos", NASB] ver a Jesus (21), Filipe contou a André (22) e os dois o disseram a Jesus (cf. Jo 1:43-45).

Quando João escreveu que Jesus lhes respondeu (23), ele deixou uma ambigüida-de com relação ao termo "lhes". Não há uma indicação de que o termo inclua mais pesso-as além de Filipe e André, embora não se descarte a possibilidade de que os gregos te-nham ouvido isso. A sua pergunta "trouxe a ocasião para o grande sermão de Jesus sobre a necessidade da sua morte e a salvação universal (32) que desta resultaria... Embora Jesus, na carne, se limitasse principalmente aos judeus (Mt 15:24), pelo poder do seu Espírito Ele também traria os gentios a si".218

Embora muitas vezes antes desta ocasião Jesus tivesse falado da sua hora (Jo 2:4-7.30; 8.20), esta é a primeira vez em que Ele diz: "é chegada a hora", e agora esta expres-são irá persistir (Jo 12:27-13.1; 17.1). O propósito da sua hora é que o Filho do Homem há de ser glorificado (23). A sua glorificação consiste naqueles eventos que "podemos chamar de 'O complexo da sua paixão"."9 Ao menos para alguns judeus, a expressão Filho do Homem "significava o invencível conquistador do mundo, enviado por Deus".22° Para aqueles que ouviam, as palavras de Jesus eram mais excitantes porque o povo entendia "glorificado" como "o reino subjugado na terra se humilharia aos pés do con-quistador; porém, através do termo glorificado Ele quis dizer crucificado".'

Para dar um exemplo exato do que Ele queria dizer com a sua glorificação, Jesus proferiu uma curta parábola que poderia ser perfeitamente óbvia a todos os que a ouvis-sem. Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto (24; cf. 1 Co 15.36). Não poderia haver alusão mais clara a sua própria morte, ao seu sepultamento e a sua ressurreição. Da mesma forma, Ele estava dizendo que "os verdadeiros discípulos do Filho de Deus não se prendem à vida com afeição apaixonada — esta é a morte improdutiva e permanente — antes, eles odeiam a vida neste mundo, e, pelo paradoxo da lei de Deus, eles a preservam para sempre"." Jesus expandiu o óbvio significado da parábola através de outros paradoxos. Amar a sua vida, a psyche,223 é equivalente a perdê-la, ao passo que quem aborrece (ama menos) a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna (25) " Lightfoot diz: "O egoísmo sempre é a morte da verdadeira vida do homem"' Da mesma forma, quando uma pessoa precisa tomar uma decisão entre Cristo e as coisas mais queridas da sua vida, o contraste é tão grande que ela aborrece as últimas (cf. Lc 14:26-27). Assim, o crente é um servo, um seguidor, para quem está reservada a garantia: onde eu estiver (ego eimi, ver os co-mentários sobre 6.20), ali estará também o meu servo (26). Assim, "a cruz é o símbolo não apenas da salvação do homem, mas também do modo de vida cristão"?'

Barclay fornece um esboço interessante: 1. Somente através da morte vem a vida (24) ; 2. Somente gastando a vida é que podemos reter a vida (25) ; 3. A grandeza só vem através do serviço (26).227

Este sermão sobre a sua hora trouxe Jesus face a face com a dura realidade do sofrimento e da morte?' Sem qualquer observação de mudança de tempo ou lugar por parte de João, sabemos que Jesus ora: Agora, a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora (27).229 Como um verdadeiro homem enfrentando a morte, esta era uma oração completamente natural e necessária. Não há fingimento aqui! "O conflito, como na tentação, é real"." O reconhecimento do propósito da sua vinda — para isso vim a esta hora (27) — e a submissão à vontade do Pai — Pai, glorifica o teu nome (28) — trouxeram a ministração celestial que Ele tinha de ter na sua hora: Então, veio uma voz do céu (28; cf. Lc 22:43). O que Jesus ouviu era impor-tante. A voz disse: Já o tenho glorificado e outra vez o glorificarei (28). "O 'Nome' do Pai, ou o seu verdadeiro caráter, já havia sido manifestado através das obras de Je-sus, e em breve se manifestaria na Paixão e no seu resultado, no triunfo da ressurreição e nas vitórias do Espírito através da pregação do Evangelho".

A multidão que ali estava sabia que alguma coisa incomum estava acontecendo, mas os seus relatos são bastante indefinidos. Alguns disseram que havia sido um tro-vão, enquanto outros pensaram que era a voz de um anjo (29). As coisas do Espírito são discernidas espiritualmente. Não é possível ouvir aquilo que não se está preparado para entender. "Infelizmente, a multidão, devido à meia-luz em que vive, não pode discernir ou apreciar a importância de um pronunciamento do céu"?' A voz, embora não compreendida pelo povo, veio... por amor... a eles (30; cf. Jo 11:42) ; ou seja, para que eles pudessem crer. Deus falou, tanto por voz quanto pela Palavra, e os homens entorpecidos deixam de entender ou reagir. Assim agora, é o juízo deste mundo (31), i.e., "agora o mundo dos homens como vocês será julgado"?' O julgamento é uma idéia central no texto de João. Onde estão a Palavra e o testemunho, o julgamento é inevitável (Jo 3:17-19; 5:22-30; 8:15-18, 50; 9.39; 12:47-48; 16:8-11), e no evento final será expulso o príncipe deste mundo (31)." Hoskyns diz: "A obediência concreta do Filho... explica a importân-cia universal da morte de Jesus, e assinala o momento da destronização do Diabo da tirania que exercia sobre os homens"."

Esta afirmação da derrota definitiva e final do príncipe deste mundo é balanceada pela declaração do poder universal de atração da cruz. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim (32).2" Westcott, comentando o termo "atrairei" (pelo Espírito), diz: "Existe a necessidade desta violência amorosa, pois os homens são 'reprimidos pelo inimigo'".' Por um lado, levantado é uma alusão a ser levantado na cruz, signifi-cando de que morte havia de morrer (33). Mas existe outro significado implícito na palavra "da", que literalmente significa "fora da". A cruz tem uma conseqüência inevitá-vel: a ressurreição!

Foi com sentimentos misturados que o povo ouviu a afirmação de Jesus sobre a sua própria morte. Eles não podiam harmonizar o Filho do Homem que seria levantado (i.e., crucificado), com o Cristo que permanece para sempre (34; cf. Ez 37:25; Sl 89:4-110.4; Is 9:7). "Os judeus não esperavam um Messias sofredor".238 Jesus não deu uma resposta direta à pergunta: Quem é esse Filho do Homem? Ao invés disso, Ele lhes falou em termos figurados sobre a luta entre a luz e as trevas,' com o imperativo de andar na luz, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai (35). Como a luz está aqui somente por um pouco de tempo (35), crede na luz, para que sejais filhos da luz (36). Obviamente, Jesus é a Luz; a recusa a crer nele é a extinção da Luz, e aí os resultados são as trevas e a desorientação. Jesus, retirando-se, escondeu-se (lit.) de-les. Eles foram deixados nas trevas da sua incredulidade.

4. Fé e Incredulidade (Jo 12:37-50)

Em ousadas pinceladas, João, usando as Escrituras do Antigo Testamento, esforça-se para mostrar por que ainda que tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele (37). Primeiramente, ele cita Isaías 53:1 verbalmente, a partir da Septuaginta. Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Se-nhor? (38). Estas são as palavras de abertura da conhecida profecia do Servo Sofredor de Isaías. A pregação era o que os judeus tinham ouvido de Jesus, e o braço do Senhor claramente se refere às "poderosas obras ou milagres (Lc 1:51; Atos 13:17) de Jesus, que eram as obras do seu Pai (Jo 5:19-21)... nem a verdade que Jesus proclamou nem os mila-gres que Ele operou levaram os judeus à fé".24°

A segunda citação é de Isaías 6:9-10. A ocasião aqui foi a visão no Templo, quando — a melhor leitura grega é "porque" — [Isaías] viu a sua glória e falou dele (41). João prefaciou esta citação: Por isso, não podiam crer, pelo que Isaías disse (39). Esta, juntamente com a citação posterior: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o cora-ção, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure (40), "parecem a afirmação mais severa possível de uma doutrina nua de predestinação. E ainda pode-se afirmar confiantemente que esta não é a intenção do autor".' O que é realmente uma predição divina parece ser uma necessida-de divina. Mas este não é o caso. A luz rejeitada se transforma em trevas. A oportunidade de ter fé, se ignorada, negligenciada ou recusada, torna-se a incredulidade calejada. O amor desprezado se transforma na escuridão da noite e na morte (Jo 13:30). Mas embora os judeus, como uma nação, rejeitassem a Jesus (Jo 1:11), e em troca fossem rejeitados, sem-pre haveria alguns, um remanescente, que creriam. Assim, aqui, João destaca: Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele (42).

Estes principais que creram não o confessavam... para não serem expulsos da sinagoga (42). A razão era óbvia para João. Eles amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus (43). Barclay comenta: "Por repetidas vezes, os homens deixaram de apoiar alguma causa grandiosa porque esta interferia em alguma coisa de menor interesse. Quando Joana D'Arc percebeu que ficara abandonada e sozi-nha, disse: 'Sim, estou sozinha na terra: eu sempre estive sozinha. Meu pai disse aos meus irmãos que me afogassem se eu não quisesse cuidar das suas ovelhas, enquanto a França estava sangrando até morrer; a França poderia morrer, desde que o nosso rebanho estivesse a salvo".'

Os sete últimos versículos do capítulo 12 são uma reafirmação de alguns dos princi-pais temas do Evangelho. João não diz em que ocasião, ou para quem, Jesus teria feito essas afirmações. Mas ele destaca a sua importância através da introdução: Jesus cla-mou e disse (44; cf. 7.28, 37), o que indica a importância da proclamação que será feita a seguir. Alguns dos temas são:

  • O Filho é a Revelação do Pai. Ter fé no Filho é ter fé naquele que enviou o Filho (44; cf. Jo 3:15-16; 5:36-38,46; 6.29,35,40; 7.38; 8.19,24,42, 45-46; 13.20). Ter visto o Filho é ter visto aquele que... enviou o Filho (45; cf. Jo 1:18-6.40; 8.19,42; 10.30,38; 14.7,9).
  • Jesus "veio como a luz ao mundo" (46, NASB)," e rejeitá-lo é permanecer nas trevas (cf. Jo 1:4-5; 8.12; 9.5; 12:35-36).
  • (e) Uma vez que Jesus veio' não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo (47), é a palavra que Ele falou que julgará aquele que o rejeitar e não receber as suas palavras (48; cf. Jo 3:17-18; 5:24-45; 8.15,31,40). Jesus não veio para julgar o mundo neste sentido. O nosso Senhor tem sempre o objetivo de salvar os homens, ao invés de rejeitá-los e destruí-los. Mas a própria oferta de salvação requer uma decisão a favor ou contra aquele que faz a oferta. A rejeição a Cristo traz o julgamento à vida das pessoas. Hoskyns comenta: "No último dia, o critério do julgamento final é preciso; é o ensino de Jesus, que é a palavra de Deus"."

    (d) O Pai que enviou o Filho também lhe deu um mandamento sobre o que Ele há de dizer (49). O cumprimento obediente de Jesus deste mandamento possibilitou que Ele dissesse: sei que o seu mandamento é a vida eterna (Berk., 50; cf. Jo 5:30-6.38; 7:16-17; 8.28,38; 10.18; 14.10)." Os mandamentos de Deus são expressões da sua natureza, e nenhum fato é mais essencial do que este: Ele é Santo. Não é possível evitar o fato de que aspirar à vida eterna é ter sede da santidade de coração. Não ousemos esquecer o antigo mandamento: "Sereis santos, porque eu sou santo" (Lv 11:44), e a advertência de que sem a santificação "ninguém verá o Senhor" (Hb 12:14).

    Assim é concluída a seção que foi chamada de "O livro dos Sinais". Talvez o leitor deva recordar as próprias palavras de João acerca dos fatos que ele registrou: "Estes [sinais] foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20:31 trad. literal).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de João Capítulo 12 versículo 21
    Conforme Jo 1:44. Por Filipe ser desta região, é provável que falasse grego. O seu próprio nome é grego.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    *

    12.1-11

    A unção de Jesus relatada em Lc 7:36-50 é um incidente diferente desta unção feita por Maria, que é relatada também em Mt 26:6-12 e Mc 14:3-9.

    * 12:3

    mui precioso. Judas avaliou isto em termos do salário de um ano de trabalho (v.5), quase três vezes tanto quanto Judas aceitou para trair a Jesus.

    ungiu os pés de Jesus. Mateus e Marcos indicam que ela derramou algum perfume sobre a cabeça de Jesus, que seria a prática comum. Ungir seus pés e enxugá-los com seus cabelos era um tributo de humildade e devoção.

    * 12.4-6

    Judas (e os outros discípulos, Mt 26:8) objetou fortemente, chamando o ato um desperdício de dinheiro. Suas recriminações foram uma desconsideração para com Jesus e cruéis para com Maria. O interesse para com o pobre é desmascarado como artificial.

    * 12:7

    Deixa-a. Jesus defende Maria, aludindo que ela o fizera como uma preparação para sua morte próxima. Para este ponto crucial da obra redentiva de Deus, nenhum gasto é muito grande.

    * 12:8

    sempre... nem sempre. Sempre haverá pobreza num mundo caído junto com as responsabilidades de ministrar ao pobre como uma expressão do amor de Deus. A oportunidade de estar presente com Jesus e servi-lo durante sua permanência na terra não se repetiria.

    * 12.9-10

    Ao invés de reconhecer a mão de Deus na ressurreição de Lázaro, os principais sacerdotes conspiravam para matar Jesus e Lázaro.

    * 12:11

    muitos dos Judeus. Os líderes religiosos estavam perdendo popularidade. Nicodemos parecia ter desertado (7.50-52); alguns judeus tinham crido em Cristo, ainda que superficialmente (8.30, nota); alguns estavam impressionados com a cura do cego de nascença (10.21); Jesus parecia estar ganhando seguidores além do Jordão (10.41-42); e agora a ressurreição de Lázaro estava conduzindo outros à fé nele (vs.17,18; 11.45). Tudo isto foi uma preparação para a aclamação que Jesus receberia em sua entrada triunfal, que levara os fariseus a dizerem: "Eis aí vai o mundo após ele"(v.19).

    * 12:13

    Hosana. A saudação foi emprestada, em parte, do Sl 118:25,26, à qual foi acrescentada a referência ao "Rei de Israel". Isto era particularmente inquietador aos líderes Judeus, que temiam um levante popular sob a liderança de Jesus.

    * 12:14-15

    As circunstâncias exatas tinham sido profetizadas por Zc 9:9. Esta profecia é anotada também por Mateus e foi entendida em retrospectiva pelos discípulos.

    * 12:20

    alguns gregos. Uma nota de rodapé irônica à afirmação dos fariseus no v. 19. Estes “gregos” provavelmente não eram judeus da dispersão (a palavra grega é diferente da que é traduzida por "helenistas", em At 6:1). Ao invés disso, eles eram talvez prosélitos ou, mais provavelmente, gentios "tementes a Deus" (como eram chamados), que participavam do culto na Sinagoga, mas não se submeteram à circuncisão e à plena recepção à religião judaica (At 8:27-13.26; 17.4).

    * 12:23

    É chegada a hora. Em contraste com afirmações anteriores de que sua hora não tinha chegado ainda (2.4; 7.6,8,30; 8.20), esta é a primeira de um número de afirmações de que a morte e a ressurreição de Cristo estão próximas (v.27; 13 1:16-32; 17.1). A cruz e o sepultamento são descritos em outro lugar como sua humilhação (Fp 2:8). Esta humilhação é o caminho pelo qual Cristo, o Mediador, seguindo os dias de sua ressurreição ainda sobre esta terra, deve entrar na glória de sua ascensão para a mão direita do Pai (13 31:32; conforme Fp 2:8,9).

    * 12:24

    o grão de trigo. Jesus usa a figura do crescimento do grão de trigo como uma explicação de sua própria obra. Sua morte, que ocorrerá num certo tempo e lugar, abrirá as portas da salvação para o povo de todas as eras e nações.

    * 12:25

    Quem ama sua vida. Os que estão assoberbados pelos interesses da vida sobre a terra, encontrarão a ruína, enquanto os que são desprendidos desses interesses, obterão a vida eterna através da obra de Cristo (Mt 10:39; Lc 17:33). É no serviço de Cristo e na união com ele que a verdade desta afirmação é experimentada (cap. 14).

    * 12:27

    Agora está angustiada a minha alma. Jesus está perturbado diante da perspectiva de suportar o juízo de seu Pai santo, no lugar dos pecadores. Não obstante, ele aceita seu papel e reafirma seu compromisso para com ele.

    * 12:28

    veio uma voz do céu. Em três lugares nos Evangelhos o Pai fala diretamente, do céu, a respeito de Jesus: no seu batismo (Mt 3:17), na Transfiguração (Mt 17:5) e aqui. Para benefício dos discípulos (v. 30) o Pai coloca seu selo de aprovação sobre a obra salvadora de Jesus.

    * 12:29

    A multidão... tendo ouvido a voz. Uma situação semelhante à das circunstâncias da conversão de Paulo, onde aqueles que o acompanhavam, ouviram um som, mas não distinguiram as palavras (At 9:7-22.9).

    * 12:31

    Chegou o momento de ser julgado este mundo. Pela sua morte que se aproxima, Jesus porá fim ao poder do pecado sobre a raça de Adão, julgando-o e condenando-o.

    seu príncipe será expulso. Satanás (conforme 14.30; 16.11; 2Co 4:4; Ef 2:2; 1Jo 4:4; 5:19). Satanás tem poder de fato, mas não de direito. Quando Deus destrói o poder de Satanás, não está violando seus direitos ou quebrando qualquer acordo feito com ele.

    * 12:32

    quando for levantado. Isto se refere à crucificação (v.33), mas também à glorificação de Cristo. Como "Mediador" ele será levantado à mão direita de Deus (3.14, nota).

    atrairei todos a mim mesmo. A cruz exerce uma atração universal, e povos de todas as nacionalidades, gentios bem como judeus, serão salvos através dela. "Todos" significa toda espécie de pessoa, sem distinção e não todos os membros da raça humana sem exceção.

    * 12:34

    da Lei. Um dos termos usados para toda a Escritura do Antigo Testamento (10.34; 15.25). Esta é uma possível referência ao Sl 89:36; 110:4; Is 9:7; Ez 37:25; Dn 7:14; Mq 5:2).

    o Filho do homem. Entenderam este título como uma reivindicação de ser o Messias prometido.

    seja levantado. Entenderam isto como ser suspenso ou crucificado, à base de textos tais como Sl 89:36,37, e eles não podiam conciliar a morte de Cristo com o conceito que tinham sobre o Messias.

    * 12:35

    a luz. Jesus é a "luz" (v.46; 1:4-9; 8.12; 9.5). Sua morte iminente trará um período de trevas.

    * 12:38

    para se cumprir a palavra do profeta Isaías. O ministério público e terreno de Jesus era o cumprimento da profecia de Isaías, que era, em grande parte, um ministério de juízo do Israel incrédulo. Jesus pronuncia o juízo previamente anunciado por Isaías, que deve preceder o reino vindouro.

    * 12:39

    não podiam crer. Ninguém poderá crer verdadeiramente a menos que Deus abra o entendimento do indivíduo mediante a obra sobrenatural do Espírito (3.3-7).

    * 12:41

    porque viu a glória dele. Isaías tinha recebido uma visão da glória do Deus entronizado (Is 6:1) e profetizou a respeito do divino Servo Sofredor (13 23:53-12'>Is 52:13-53.12).

    * 12:42

    muitos... creram nele. O juízo anunciado por Isaías cumpriu-se, mas mesmo alguns líderes (p.ex., José de Arimatéia e Nicodemos 19:38-40) creram a despeito da ameaça de excomunhão da parte de seus pares descrentes.

    * 12:44

    Quem crê em mim crê... naquele que me enviou. O estreito relacionamento de Jesus com o Pai (conforme 17:21-23) é ressaltado em três aspectos: crer em Cristo é crer no Pai, ver Cristo é ver o Pai (v.45), ouvir a Cristo é ouvir ao Pai (v.50). Por outro lado, rejeitar a Cristo e suas palavras é rejeitar o Pai e suas palavras. Esta rejeição resulta em condenação ainda que o propósito básico da encarnação de Cristo fosse a salvação dos seus e não a condenação daqueles que não crêem.

    * 12:48

    palavra que eu tenho proferido. Ver "O Ensino de Jesus", em Mt 7:28.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    12:3 O nardo puro era um ungüento aromático importado das montanhas da Índia. portanto, era muito custoso. O valor da quantidade que usou María equivalia ao salário de um ano.

    CAIFAS

    Caifás era o principal do grupo religioso chamado os saduceos. Estas pessoas eram cultas, enriquecidas e tinham influência política na nação. Ao ser a flor e nata da sociedade, sua relação com Roma era bastante boa. Odiavam ao Jesus porque fazia perigar o estilo de vida seguro que levavam e porque ensinava uma mensagem que não podiam aceitar. Um reino no que os líderes eram servos não tinha atrativo para eles.

    A política acostumada do Caifás era desaparecer qualquer ameaça a seu poder usando o meio que fosse necessário. Para o Caifás, o assunto em questão não era se Jesus ia morrer, a não ser quando ia morrer. Não só era necessário capturar e julgar ao Jesus, mas sim o concílio judeu devia receber a aprovação romana para executar a sentença de morte. Os planos do Caifás receberam uma ajuda inesperada através da oferta do Judas de trair a Cristo.

    Caifás não se deu conta de que suas maquinações eram em realidade parte de um maravilhoso plano que Deus estava realizando. que Caifás estivesse disposto a sacrificar a outro homem a fim de preservar sua própria segurança foi um fato claramente egoísta. Em contraposição, que Jesus estivesse disposto a morrer por nós foi um claro exemplo de amoroso sacrifício próprio. Caifás pensou que tinha ganho a batalha ao ficar Jesus pendurado da cruz, mas não teve em conta a ressurreição!

    A mente do Caifás estava fechada. Não pôde aceitar a ressurreição apesar de que a evidência era entristecedora e tentou silenciar a quem o Cristo ressuscitado trocou suas vidas para sempre (Mt 28:12-13). Caifás representa às pessoas que não podem acreditar porque pensam que lhes custará muito aceitar ao Jesus como Senhor. Optam pelo fugaz do poder, o prestígio e os prazeres desta vida em lugar da vida eterna que oferece Deus aos que aceitam a seu Filho. O que decidirá você?

    Pontos fortes e lucros:

    -- Supremo sacerdote durante dezoito anos

    Debilidades e enganos:

    -- Um dos mais diretamente responsáveis pela morte do Jesus

    -- Usou seu cargo como médio para conseguir poder e segurança pessoal

    -- Urdiu a captura do Jesus, levou a cabo seu julgamento ilegal, pressionou ao Pilato para que aprovasse a crucificação, tratou de impedir a ressurreição e mais tarde tentou cobrir a realidade desta

    -- Manteve uma aparência religiosa enquanto fazia acertos com Roma

    -- Participou mais adiante na perseguição dos cristãos

    Lições de sua vida:

    -- Deus usa inclusive os motivos e ações torcidos de seus inimigos para cumprir sua vontade

    -- Quando encobrimos nossos motivos egoístas com objetivos e palavras espirituais, Deus igualmente vê nossas intenções

    Dados gerais:

    -- Onde: Jerusalém

    -- Ocupação: Supremo sacerdote

    -- Familiar: Sogro: Anás

    -- Contemporâneos: Jesus, Pilato, Herodes Antipas

    Versículos chave:

    "Então Caifás, um deles, supremo sacerdote aquele ano, disse-lhes: Vós não sabem nada; nem pensam que nos convém que um homem mora pelo povo, e não que toda a nação pereça" (Jo 11:49-50).

    12.4-6 Judas freqüentemente colocava a mão na bolsa de dinheiro dos discípulos para uso próprio. Certamente Jesus sabia o que fazia Judas (2.24, 25; 6.64), mas nunca disse nada a respeito. De maneira similar, quando escolhemos o caminho do pecado, é possível que Deus não faça nada para nos deter imediatamente, mas isto não significa que aprove nossas ações. O que nos mereçamos nos chegará.

    12:5, 6 Judas usou uma frase piedosa para ocultar o que na verdade o motivava. Mas Jesus sabia o que havia em seu coração. A vida do Judas se converteu em uma mentira e o diabo entrou nele (13.27). Satanás é o pai da mentira, e uma mentira abre a porta a sua influência. O que Jesus sabe a respeito de nós devesse nos mover a querer manter nossas ações em concordância com nossas palavras. Ao não ter motivo para lhe temer, não devêssemos lhe ocultar nada.

    12.7, 8 Este ato e a resposta do Jesus não nos ensinam a nos esquecer dos pobres para gastar dinheiro de maneira extravagante para Cristo. Este foi um ato singular em uma ocasião específica. Era uma unção que anunciava o enterro do Jesus e uma declaração pública de fé no como o Messías. As palavras do Jesus atrás deste incidente devessem ter ensinado ao Judas uma valiosa lição com respeito ao valor do dinheiro. É lamentável, mas Judas não emprestou atenção; pouco tempo depois venderia a vida de seu Messías por trinta peças de prata.

    TEMPO COM OS DISCIPULOS: A volta do Lázaro à vida se converteu na gota que transbordou o copo para os líderes religiosos que acordaram matar ao Jesus. De modo que Jesus deteve seu ministério público e tirou seus discípulos de Jerusalém levando-os ao Efraín. De ali voltaram para a Galilea durante um tempo (veja o mapa no Lucas 17).

    12.10, 11 A cegueira e a dureza de coração dos principais sacerdotes os levaram a afundar-se no pecado a uma profundidade cada vez maior. Rechaçaram ao Messías e tramaram matá-lo, logo conspiraram para matar ao Lázaro também. Um pecado conduz a outro. Do ponto de vista dos líderes judeus, podiam acusar ao Jesus de blasfêmia porque declarava ser igual a Deus. Mas Lázaro não tinha feito nada pelo estilo. Queriam vê-lo morto pelo simples feito de ser um testemunho vivente do poder do Jesus. Isto nos serve de advertência para evitar o pecado. O pecado leva a pecar mais, a uma espiral descendente que solo se pode deter mediante o arrependimento e o poder do Espírito Santo para trocar nossa conduta.

    12:13 Jesus iniciou sua última semana sobre a terra entrando em Jerusalém montado sobre um asno sob um céu de ramos de palmeira, entre uma multidão que o aclamava como seu Rei. Para anunciar que na verdade era o Messías, Jesus escolheu um momento no que todo o povo do Israel estava reunido em Jerusalém, um lugar onde enormes multidões lhe vissem e uma forma de proclamar sua missão que resultasse inconfundível. No domingo do Ramos celebramos a Entrada Triunfal do Jesus a Jerusalém.

    12:13 A gente que elogiava a Deus por lhe dar um Rei tinha uma idéia errônea quanto ao Jesus. Estavam seguros de que este seria um líder nacional que restauraria sua nação a sua antiga glória, e por isso permaneceram surdos às palavras de seus profetas e cegos à verdadeira missão do Jesus. Quando se fez evidente que Jesus não satisfaria estas esperanças, muitas pessoas se voltaram em seu contrário.

    12:16 depois da ressurreição do Jesus, os discípulos entenderam pela primeira vez muitas das profecias que passaram por cima até esse momento. As palavras e ações do Jesus cobraram novo significado e maior sentido. Em retrospecção, os discípulos viram como Jesus os esteve guiando a uma compreensão melhor e mais profunda de sua verdade. Detenha-se agora e considere os acontecimentos em sua vida que o levaram até onde se encontra hoje. Como o guiou Deus até este ponto? À medida que envelhece, olhará para trás e verá com mais claridade a participação de Deus do que o percebe agora.

    12:18 A gente foi em turba a ver o Jesus porque sabiam de seu grande milagre ao ressuscitar ao Lázaro da morte. A adoração foi breve e o compromisso superficial, pois em poucos dias nada fariam por deter sua crucificação. A devoção apoiada unicamente em curiosidade ou popularidade desaparece logo.

    12.20, 21 Estes gregos possivelmente eram convertidos à fé judia. É possível que tenham procurado o Felipe porque, apesar de ser judeu, seu nome era grego.

    12.23-25 Esta é uma bela imagem do sacrifício necessário do Jesus. Se um grão de trigo não cai na terra e morre, não se converterá em uma planta que produza muitos grãos mais. Jesus deveu morrer para pagar a pena de nosso pecado, mas também para mostrar seu poder sobre a morte. Sua ressurreição prova que tem vida eterna. Como Jesus é Deus, pode dar esta mesma vida eterna a todo aquele que acredita no.

    12:25 Devemos estar tão dedicados a viver para Cristo que em comparação "aborreçamos" nossa vida. Isto não significa que desejemos morrer nem que sejamos descuidados nem destrutivos com a vida que Deus nos deu, mas sim estejamos dispostos a morrer se com isto glorificamos a Cristo. Devemos renunciar ao tirano governo de nosso egoísmo. Jogando a um lado nossa busca de vantagem, segurança e prazer, poderemos servir a Deus com amor e liberdade. Soltar as rédeas de nossas vidas e transferir o controle a Cristo traz vida eterna e gozo genuíno.

    12:26 Muitos acreditavam que Jesus tinha vindo só para os judeus. Mas quando Jesus disse: "Se algum me servir, me siga", dirigia-se também a estes gregos. Não importa quem sejam os buscadores sinceros, Jesus os recebe. Sua mensagem é para todos. Não permita que as diferenças sociais ou raciais se convertam em barreiras para o evangelho. Leve as boas novas a todas as pessoas.

    12:27 Jesus sabia que lhe aguardava a crucificação e, como era humano, sentia terror. Sabia que deveria carregar os pecados do mundo e sabia que isso o separaria de seu Pai. Desejava liberar-se dessa morte horrível, mas sabia que Deus o enviou ao mundo a morrer por nossos pecados, em nosso lugar. Jesus lhe disse não a seus desejos humanos a fim de obedecer e glorificar a seu Pai. Apesar de que nunca teremos que enfrentar a uma tarefa tão difícil e espantosa, também temos o chamado a obedecer. Peça o que peça o Pai, devemos fazer sua vontade e glorificar seu nome.

    12:31 O príncipe deste mundo é Satanás, um anjo que se rebelou contra Deus. Satanás é real, não simbólico, e sempre está obrando contra Deus e os que lhe obedecem. Satanás tentou a Eva no horta e a persuadiu para que pecasse; tentou ao Jesus no deserto e não conseguiu persuadi-lo para que caísse (Mt 4:1-11). Satanás tem grande poder, mas a gente pode ser livre de seu reino de escuridão espiritual devido à vitória de Cristo na cruz. Satanás é poderoso, mas Jesus é mais poderoso. A ressurreição do Jesus destruiu o poder mortal de Satanás (Cl 1:13-14). Para vencer a Satanás faz falta uma fiel lealdade à Palavra de Deus, determinação de nos manter longe do pecado e o apoio de outros crentes.

    12.32-34 A multidão não podia acreditar o que dizia Jesus com respeito ao Messías. Batiam ramos de palmeira para um Messías vitorioso que estabeleceria um reino político terrestre que nunca teria fim. A partir da leitura de certas passagens, pensavam que o Messías nunca morreria (Sl 89:35-36; Sl 110:4; Is 9:7). Outras passagens, entretanto, mostravam que sim morreria (Is 53:5-9). As palavras do Jesus não concordavam com o conceito que tinham do Messías. Em primeiro lugar, devia sofrer e morrer; depois, algum dia, estabeleceria seu reino eterno. Que tipo do Messías ou Salvador é o que procura você? Cuide-se de tratar de obrigar ao Jesus a amoldar-se a seu patrão. Não caberá jamais.

    12.35, 36 Jesus disse que estaria com eles em pessoa por pouco tempo e que deviam aproveitar sua presença. Qual luz que brilha em sítio escuro, O lhes mostraria por onde deviam andar. Se andavam em sua luz, chegariam a ser "filhos de luz", revelando a verdade e assinalando às pessoas o caminho para Deus. Como cristãos, devemos ser portadores da luz de Cristo, permitindo que sua luz brilhe através de nós. Com quanta intensidade brilha sua luz? Podem outros ver cristo em suas ações?

    12.37, 38 Jesus realizou muitos milagres, mas a maioria das pessoas seguiam sem acreditar no. Do mesmo modo, muitos hoje em dia não acreditam apesar de tudo o que faz Deus. Não se desanime se ao atestar de Cristo não obtém que se convertam ao tantos como deseja. lhe corresponde seguir sendo uma testemunha fiel. Deve estender-se para outros, mas a estes os touca tomar suas próprias decisões.

    12.39-41 Os que viveram na época do Jesus, ao igual aos da época do Isaías, recusaram acreditar apesar da evidência (12.37). Como resultado, Deus endureceu seus corações. Significa isso que Deus impediu a propósito que esta gente acreditasse no? Não, simplesmente confirmou suas próprias decisões. depois de toda uma vida de resistir a Deus, estavam tão obstinados a seus costumes que nem sequer tentavam entender a mensagem do Jesus. A pessoas assim resulta virtualmente impossível aproximar-se de Deus; seus corações se endureceram para sempre. Outros exemplos de corações endurecidos devido à constante obstinação aparecem em Ex 9:12, Rm 1:24-28 e 2Ts 2:8-12.

    12:42, 43 junto com os que se negaram a acreditar, muitos acreditaram mas se negaram a reconhecê-lo. Isto é igualmente mau e Jesus dirigiu duras palavras a tais pessoas (veja-se Mt 10:32-33). As pessoas que não adotam uma firme postura pelo Jesus é por temor ao rechaço ou ao ridículo. Muitos líderes judeus não reconheciam sua fé no Jesus porque temiam que os expulsassem da sinagoga (que era sua vida) e perder assim sua posição de prestígio na comunidade. Mas o louvor de outros é inconstante e de breve duração. Devesse nos interessar muito mais a aceitação eterna de Deus que a aprovação temporária de outras pessoas.

    12:45 Freqüentemente nos perguntamos como será Deus. De que maneira podemos conhecer criador se não se fizer visível? Jesus disse claramente que quem o vê ao vêem deus, porque O é Deus. Se deseja saber como é Deus, estude a pessoa e as palavras do Jesucristo.

    12:48 O propósito da primeira missão do Jesus sobre a terra não foi julgar às pessoas, a não ser lhes mostrar como encontrar a salvação e a vida eterna. Quando voltar outra vez, um de seus principais propósitos será julgar às pessoas segundo a vida que levaram na terra. As palavras de Cristo que não quisemos aceitar e obedecer serão as que nos condenarão. No dia do julgamento, quem aceitou ao Jesus e viveram segundo sua vontade serão levantados para viver eternamente (1Co 15:51-57; 1Ts 4:15-18; Ap 21:1-8), e quem o rechaçou e viveram segundo seu desejo deverão enfrentar-se ao castigo eterno (Ap 20:11-15). Dita agora de que lado estará, porque as conseqüências de sua decisão perduram para sempre.

    GRANDES EXPECTATIVAS

    Em qualquer lugar que ia, Jesus excedia as expectativas da gente.

    i O que se esperava e O que fez Jesus?

    Mc 2:1-12

    Um homem procurava sanidade

    Jesus também perdoou seus pecados

    Lc 5:1-11

    Os discípulos esperavam um dia comum de pesca

    Encontraram ao Salvador

    Lc 7:11-17

    Uma viúva resignada a enterrar a seu filho morto

    Jesus devolveu a vida de seu filho

    Mt 12:38-45

    Os líderes religiosos queriam um milagre

    Jesus lhes ofereceu ao Criador de milagres

    Mc 5:25-34

    Uma mulher que desejava sanidade tocou ao Jesus

    Jesus a ajudou a ver que sua fé a sanou

    Jo 6:1-15

    Os discípulos pensavam que deviam se despedir da multidão porque não havia comida

    Jesus usou uns poucos mantimentos para dar de comer a milhares, e sobrou!

    Um tema presente através dos Evangelhos

    As multidões procuravam um líder político que estabelecesse um novo reino que os liberasse do controle de Roma

    Jesus lhes ofereceu um reino eterno espiritual que os liberasse do controle do pecado

    Jo 13:1-20

    Os discípulos queriam comer a Páscoa com o Jesus, seu Professor

    Jesus lavou seus pés lhes mostrando que também era servo deles

    Jo 11:53; Jo 19:30; Jo 20:1-29

    Os líderes religiosos queriam que Jesus morrera e o obtiveram

    Mas Jesus ressuscitou de entre os mortos!


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    Y. a unção de Betânia (11: 55-12: 11)

    55 Agora, a Páscoa dos judeus estava à mão:. e muitos subiram a Jerusalém, para fora do país, antes da páscoa, para se purificarem 56 Procuravam, pois, a Jesus e falavam uns com os outros, enquanto estavam no templo, que Que vos parece? Que ele não virá à festa? 57 Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem que, se alguém soubesse onde ele estava, ele deve mostrá-lo, para que pudessem levá-lo.

    1 . Jesus, pois seis dias antes da páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem Jesus ressuscitou dos mortos 2 Então, eles fizeram uma ceia lá: Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com Ec 3:1 Maria, portanto, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, muito precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e a casa se ​​encheu com a cheiro do bálsamo. 4 Mas Judas 1scariotes, um dos seus discípulos, que o havia de trair, disse: 5 Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6 Ora, ele disse isto, não porque tivesse cuidado para os pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, subtraía o que nela se lançava. 7 , portanto, Jesus disse: Deixai-a a mantê-lo para o dia da minha sepultura. 8 Para os pobres vocês sempre terão com você; mas me tendes nem sempre.

    9 As pessoas comuns, portanto, dos judeus soube que ele estava ali.: e eles vieram, e não por causa de Jesus somente, mas também para ver a Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos 10 Mas os principais sacerdotes tomaram conselho que eles pode colocar Lázaro também à morte; 11 porque isso, por causa dele muitos dos judeus foi embora, e creram em Jesus.

    O episódio que acabamos de discutir revelou que os fariseus tinham sido pouco mais do que ferramentas de sumos sacerdotes Sadducaean o tempo todo. Agora vê-se que os dois grupos estavam trabalhando de mãos dadas. O período de discussões sobre a relação de Jesus com Deus, o Pai, e do seu crédito para a vida eterna, tinha terminado. Milagres que tanto perturbavam os fariseus e confundiu sua prova contra Jesus não fazia parte do problema a partir de então. Por fim, o caso era clara; o sumo sacerdote estava em completo controle, e o caso havia sido resumia a sua solução mais simples: Jesus deve morrer.

    A rede foi imediatamente expulso para pegá-lo. O cidadão mais humilde foi convidado para ser um voluntário da polícia secreta. Como as pessoas começaram a se reunir para a Páscoa, o principal tema de conversa era se Jesus viria para a festa como tinha sido seu costume. Que vos parece? Que ele não virá à festa? (Jo 11:56 ). Eles estavam vindo para purificar-se , em preparação para a Festa. João não mencionou este requisito em referências anteriores à Páscoa. Neste caso, ele foi presumedly pensando tanto a necessidade de limpeza moral em face da atitude mal em direção a Jesus e à provisão para tal purificação através do sangue de Cristo.

    Não há imagem mais gráfico da história-in-the-making jamais foi testemunhado do que aquele que começou quando Jesus deixou seu pequeno paraíso de reclusão em Efraim e começou a voltar a Jerusalém, seis dias antes da Páscoa. Como Ele precisava desses dias de silêncio e oração! Qual a importância que eles estavam em preparação para a provação da semana sucesso! Não como uma caminhada para a morte, nem como alguém que pode ser surpreendido por alguma mudança inesperada dos acontecimentos, mas com a certeza de quem considerou todas as possibilidades e os riscos e que avança no conhecimento de uma tarefa a ser feita e um destino a ser cumprido, esta é a imagem dada no Evangelho de João. Enquanto a agonia no Getsémani registrados nos Sinópticos não é negado, ele é omitido, eo foco é a segurança e equilíbrio interior do Mestre como Ele deliberadamente virou o rosto em direção a Jerusalém e as forças reunidas contra ele.

    Este retorno da breve obscuridade marcou um novo começo no ministério de Jesus, o começo do fim. E foi comemorado com um banquete em Betânia, em comemoração do grande milagre que Ele tinha realizado lá; isso foi feito em desafio ao decreto que tinha saído para denunciá-lo às autoridades do Templo. Mateus e Marcos dizem que o encontro foi na casa de Simão, o leproso (Mt 26:6 ). A pomada valia o equivalente a sessenta dólares em moeda norte-americana de hoje. Os Sinópticos dizer que ela trouxe-o em um vaso de alabastro.

    Em meio a este encontro harmonioso uma nota ácida foi subitamente: Judas emitiu uma denúncia pública contra Maria por seu ato, porque o perfume era tão caro. Por que ele deveria reclamar? Ele estava custando nem ele nem o tesouro de que ele era o nada custodiante. Maria tinha aparentemente salvou o dinheiro e comprou a pomada para esse fim específico. Judas estava sugerindo que ela deveria ter vendido, ou talvez nunca comprei-o em primeiro lugar, e dado o dinheiro a ele para o tesouro Ct 1:1 ). João diz que ele fez isso porque ele era um ladrão. Como João sabe? Talvez ele foi descoberto quando o livro do tesoureiro foi tomado por outro após a morte de Judas. (E quem teria sido o candidato mais provável para o trabalho do que o próprio João?)

    Este desabafo explosivo na parte de Judas não foi nenhuma surpresa para Jesus. Porque se Ele não tivesse sondado o problema? Porque se Ele não tivesse exposto Judas? Por que Ele não expô-lo então? A resposta encontra-se nas várias tentativas que Jesus fez para salvar Judas de seu curso desastroso. Como era, Jesus defendeu Maria, interpretando-a ação de uma forma que a própria Maria mal tinha antecipado. sofro dela para mantê-lo para o dia da minha sepultura (Jo 12:7)

    12 No dia seguinte, uma grande multidão que tinha vindo à festa, ouvindo dizer que Jesus vinha a Jerusalém, 13 tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito é aquele que . vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel 14 E Jesus, tendo encontrado um jumentinho, sentou-se nela; como está escrito: 15 Não temas, ó filha de Sião: eis que vem teu Rei, montado em um jumentinho. 16 Estas coisas não entenderam seus discípulos no primeiro, mas quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que eles tinham feito estas coisas ao Ap 17:1 A multidão, pois, que estava com ele quando chamou Lázaro para fora do túmulo, e ressuscitou dentre os mortos, deu testemunho. 18 Por isso também a multidão se reuniu e ele, por ter ouvido que ele fizera este sinal. 19 pois, os fariseus disseram entre si: Vedes que nada; eis que o mundo inteiro vai atrás dele.

    No dia seguinte, Jesus deixou Betânia para Jerusalém. A multidão de pessoas foi eletrificada por sua ousadia e tentou encontrar uma razão para isso. Jesus estava voltando para desafiar o Sinédrio e estabeleceu-se como o Messias, apesar do ditado de seu sumo sacerdote. Ou talvez ele havia mudado de idéia e estava a caminho de organizar um compromisso com os judeus. De qualquer forma, Ele foi assegurado de muito apoio popular em tudo o que Ele pretendia fazer. E assim, as pessoas se reuniram folhas de palmeira, o sinal da vitória, e saiu de Jerusalém para encontrá-Lo. As pessoas que tinham visto Lázaro ressuscitou dentre os mortos espalham a notícia no exterior (v. Jo 12:17 ), e esta tinha desenhado a multidão juntos. Eles haviam se reunido como aqueles que seguiram Jesus em Cafarnaum, após a alimentação da multidão na montanha (cap. Jo 6:1 ). Mas eles não eram verdadeiros seguidores de Jesus, sua crença professada sendo mais curiosidade do que a fé. Ao mesmo tempo, a ressurreição de Lázaro tinha trazido sobre a decisão por parte do Sinédrio para matar Jesus. Ele era agora o centro de atração entre todas as classes de pessoas em Jerusalém, pouco poderia acontecer com ele em segredo. As autoridades judaicas não tinha planejado isso desta maneira, e é por isso que a detenção e julgamento ocorreu na noite.

    Jesus montou em um jumentinho , enquanto a multidão gritava: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel (v. Jo 12:13 ). Montou "não em um cavalo de guerra, sugestivo de destruição, mas sobre um jumentinho, a besta da paz." Ao relacionar a conta de João citou o profeta Zacarias como um item da prova que Jesus era o verdadeiro Messias a quem os profetas tinham olhou para a frente (Zc 9:9)

    20 Ora, havia alguns gregos, entre os que tinham subido a adorar na festa: 21 estes, portanto, veio a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e perguntou-lhe, dizendo: Senhor, queremos ver Jesus. 22 Felipe vem e telleth André : vem André e Felipe, e eles disseram a Jesus. 23 E Jesus Respondeu-lhes, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado. 24 Em verdade, em verdade eu vos digo: Se o grão de trigo, caindo a terra e não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. 25 Quem ama a sua vida loseth-la; e aquele que odeia a sua vida neste mundo deve mantê-la para a vida eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me; e onde eu estiver, ali estará também o meu servo; se alguém me servir, o Pai o honrará. 27 Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora. Mas para isto vim a esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome. Houve, portanto, uma voz do céu, dizendo : Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei. 29 A multidão, pois, que ali estavam, ouvindo isto, disse ter havido um trovão; outros diziam: Um anjo falou a . ele 30 Jesus respondeu, e disse: Esta voz tem não vem por minha causa, mas por amor de vós. 31 Agora é o juízo deste mundo;. Agora o príncipe deste mundo será expulso 32 E eu, quando for levantado . a partir da terra, atrairei todos os homens a mim mesmo 33 . Mas isto ele disse, significando com que morte havia de morrer 34 Por conseguinte, a multidão respondeu-lhe: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre; e como dizes tu: O Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem? 35 , portanto, Jesus disse-lhes: Ainda um pouco de tempo a luz está entre vós. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem.: E quem anda nas trevas não sabe para onde vai 36 Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz.

    Estas coisas falou Jesus, e ele partiu e escondeu-se deles. 37 Mas, se ele tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele: 38 que a palavra do profeta Isaías que se cumprisse o que tinha dito:

    Senhor, quem deu crédito à nossa pregação?

    E para quem tem o braço do Senhor foi revelado?

    39 Por isso não podiam acreditar, para que Isaías disse outra vez:

    40 Cegou-lhes os olhos, e endureceu o seu coração;

    Para que não vejam com os olhos e entendam com o coração,

    E se convertam,

    E eu os cure.

    41 Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória; e falou dele. 42 No entanto, mesmo dos governantes muitos creram nele; mas por causa dos fariseus não o confessar que , para não serem expulsos da sinagoga: 43 porque amaram a glória que é dos homens do que a glória que é de Deus.

    Imediatamente após a nota universal atingido pelas palavras do Pharisees- o mundo inteiro vai após ele -alguns gregos foram introduzidos na narrativa. O termo gentios ou não-judeus descreve esses homens melhor do que o termo gregos. A mulher siro-fenícia (Mc 7:26) foi introduzido como um grego. Essas pessoas representam uma classe que tinha voltado para a adoração de Jeová, como Cornelius (At 10:22 ). Os gregos no presente conta tinha ido a Jerusalém para a festa da Páscoa. Eles tinham ouvido falar de Jesus e foi para Felipe para perguntar se eles poderiam vê-Lo. Filipe e André, ambos cujos nomes são gregos, levou a petição para Jesus. Mas este é, tanto quanto a história dos gentios vai. João apresentou-os para dentro da história e, em seguida, deixou-os cair. Tem sido sugerido que não teria sido bom para os gentios para ver Jesus antes da crucificação, porque era a crucificação, que levou o Evangelho aos gentios. Mais provavelmente, a omissão se deve à maneira de João da escrita. É difícil imaginar que Jesus iria ignorar a solicitação de que Felipe e André trouxe e começar a pregar para eles e os outros discípulos, como se não tivesse ouvido. É muito provável que o ensino que segue constitui um relatório resumo do que Jesus disse aos gregos, quando foram introduzidas a Ele.

    Talvez esse discurso deve ser incluído no ministério público de Jesus. No entanto, é de natureza semi-privado e fica entre o seu ministério anterior à ressurreição de Lázaro ea subsequente discurso particular aos Doze no cenáculo. Para os presentes Jesus introduziu a idéia de que a vida só pode ser perpetuada através da morte, e Ele ilustrou o princípio usando a metáfora de uma semente comum ser enterrado no solo e se perder ou consumida para produzir uma outra planta frutífera. Esta é uma analogia da ressurreição. Por morte e ressurreição, Ele, o Filho de Deus e Filho do homem, iria conquistar o destruidor da vida-morte-e, assim, garantir a vida do homem além do túmulo. Jesus não estabeleceu a idéia de uma vida futura em cima de algum conceito da imortalidade da alma, mas no poder de sua própria ressurreição. "Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, até a ressurreição do juízo "( Jo 5:28 ).

    Isso para Jesus não era apenas uma parábola da Ressurreição, mas também o princípio segundo o qual a vida cristã é para ser vivida. Quem ama a sua vida loseth-la; e aquele que odeia a sua vida neste mundo deve mantê-la para a vida eterna (v. Jo 12:25 ). O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, como ele, ambos os usos e perde a sua vida, que é temporal-in ao serviço de Deus e dos outros, a fim de ganhar a vida que é eterna.

    Como se suas próprias palavras tinham trazido a Jesus uma nova percepção de que sua hora havia chegado, Ele clamou: Agora é a minha alma está perturbada; e que direi eu? A agonia do Getsêmani estava sobre Ele. Pai, salva-me desta hora. Mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome (vv. Jo 12:27 , Jo 12:28 ). A hora que ele tinha conhecido estava à frente dele estava agora ao alcance da mão. Mas Sua agonia de alma não era o resultado de medo ou auto-piedade. Era o mesmo que expresso no túmulo de Lázaro (Jo 11:33 ), quando ele reagiu tão fortemente à descrença em torno dele, e para a necessidade de permitir que Lázaro morrer e ressuscitar como prova dos seus poderes vivificantes. Neste caso, ele ficou perturbado ao enfrentar a oposição e mal-entendidos e cegueira moral dos judeus num momento em que os gentios estavam fazendo inquérito sério sobre Ele. Ele gemia dentro de Si mesmo na terrível necessidade que estava por vir. Ele sabia que o que daria a salvação para todos os homens também traria condenação para aqueles que se recusaram a acreditar e aceitar. Não era uma perspectiva agradável para quem amava mesmo Seus inimigos o suficiente para morrer por eles. Então, orou com uma alma perturbada. Ele orou por força para suportar, e Ele orou para que a vontade do Pai seria feito como tinha sido feito ao longo de sua vida. Então veio uma voz do céu, confirmando Jesus em Sua resolução de cumprir a vontade do Pai. O fato de que todos os presentes ouviram a voz, que alguns consideraram como um trovão enquanto outros ainda pensei que era a voz de um anjo, parece indicar que era um som que nem todos poderiam interpretar. A este respeito, foi a contrapartida dos ensinamentos de Jesus que exigiam discernimento espiritual por parte dos ouvintes, a fim de ser compreendido. Não há nenhuma indicação de que aqueles que acharam que trovejou recebido qualquer mensagem do som. Aqueles que pensavam que um anjo tinha falado considerado a mensagem como dirigida a Jesus. Em resposta às perguntas que surgiram Jesus disse-lhes: Esta voz Não veio por minha causa, mas por causa de vós (v. Jo 12:30 ). O que tinha a voz queria dizer quando ele disse que Jesus iria continuar a ser glorificado, assim como Ele tinha sido no passado (v. Jo 12:28 )? Nem todos tinham entendido, e Ele disse que o grupo reunido o significado do que eles tinham ouvido falar. Em primeiro lugar, eles estavam em um tempo de julgamento para o mundo inteiro. Vinda de Sua morte e da atitude dos homens em direção a ela julgar os homens com mais precisão do que qualquer tribunal de justiça. Em segundo lugar, Satanás se tornaria um inimigo derrotado e ser expulso . Isso não falar do fim final do Diabo, mas da redução de sua autoridade como o príncipe deste mundo . Em terceiro lugar, a morte de Jesus na cruz se tornaria a única força capaz de atrair os homens do pecado para a salvação.

    A resposta da multidão faltava muito do espírito argumentativo dos fariseus. Foi feita referência à lei, mas a questão parecia sincero: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre; e como dizes tu: O Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem? (v. Jo 12:34 ). A resposta de Jesus foi breve: segui-lo e acreditar nele estava andando na luz que em breve iria dar-lhes a resposta à sua pergunta. Seguindo apenas a lei estava caminhando nas trevas e poderia dar-lhes resposta. Ele logo seria deixá-los e então eles devem crer nEle enquanto havia tempo. Com essas poucas palavras que Ele foi embora e escondeu-se deles. Na hora de contar o incidente João se lembrava das palavras do profeta Isaías (Is 53:1 ), que ele interpretou como sendo falado à situação imediata. Ele parecia dizer com base na Escritura do Antigo Testamento que a rejeição dos judeus era o máximo pré-determinado como a morte de Cristo- que a palavra do profeta Isaías se cumprisse . Esse fatalismo é diferente do espírito de Jesus em Suas muitas tentativas para incutir fé em Suas audiências. A presciência de Deus só poderia ser responsável por esse julgamento sobre a rejeição de Jesus pelos judeus.

    No entanto, muitos dos governantes judeus creram nele neste momento, seguindo o exemplo de Nicodemos. Eles cumpriram a sua mudança de mente a si mesmos para que eles, como o cego, ser excomungado. A observação de João que eles adoraram a glória que é dos homens do que a glória é de Deus mostra que sua fé ficou muito aquém da fé salvadora. A fé em Cristo deve ser mais do que um assentimento mental, a fim de ser eficaz. É igualmente verdade hoje que multidões de pessoas acreditam em Cristo, que nunca fizeram qualquer decisão a ser Seus seguidores. Isto é verdade para a maior parte das pessoas que dizem ter acreditado em Jesus, no Evangelho de João. Deve haver a fé de obediência, bem como a fé de crença.

    Z 2. CONCLUSÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (12: 44-50)

    44 E Jesus chorou e disse que aquele que crê em mim, não crê em mim, mas naquele que me enviou. 45 E aquele que me contempla vê aquele que me enviou. 46 Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. 47 E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não julgá-lo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. 48 Quem me rejeita, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue:. a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia 49 Pois não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que eu deveria dizer, e que eu deveria falar. 50 E eu sei que o seu mandamento é a vida eterna; as coisas, pois, que eu falo, como o Pai me disse: então eu falar.

    Estes poucos versos lidos como um eco dos ensinamentos de Jesus aos judeus. Eles são o clímax de seu ministério para os grupos mistos de pessoas. Todas as idéias são familiares e constituem pouco mais de um resumo em três temas: audição, acreditando e julgamento. Eles servem como um esboço para a resposta aos seus ensinamentos, bem como o resumo conclui com a afirmação muito apropriado, as coisas, pois, que eu falo, como o Pai me disse: então eu falo (v. Jo 12:50 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    1. Cristo e seus amigos (12:1-11)

    Enquanto os líderes judeus trama-vam para matar Cristo (11:53,57), os amigos dele o honravam com uma ceia, em Betânia. Mc 14:3 indica que a ceia foi na casa de Si- mão, aparentemente um leproso que Jesus havia curado. Marta ser-viu a refeição, porém dessa vez não tinha nada da agitação e da frustra-ção que demonstrara antes. (Veja Lc 10:38-42.) Ela aprendera o se-gredo de deixar Cristo controlar sua vida. Como já mencionamos, Mar-ta representa o serviço para Cristo, Maria, a adoração (no Evangelho, ela está sempre aos pés de Jesus), e Lázaro fala de nosso caminhar e do nosso testemunho.

    O bálsamo que Maria usou custava um ano de salário de um trabalhador comum. Maria reser-vou-o para ungir Cristo e mostrar seu amor. Como é muito melhor demonstrar o amor que sentimos pelas pessoas antes que elas mor-ram! Ela poderia ter usado esse bálsamo no irmão quando ele mor-reu, mas ela guardou o que tinha de melhor para Cristo. Sempre há um crítico para reclamar quando um crente demonstra seu amor por Cristo. O coração de Judas não era justo, portanto sua boca dizia coi-sas erradas. Veja como Cristo (nos-so Advogado — 1Jo 2:1) defende Maria. "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Veja também Zc 3:0) e defendeu-a dos ataques de Satanás.

    1. Jesus e os gentios (12:12-36)

    No nascimento dele, vieram gentios do oriente; em sua morte, os gen-tios vêm de novo. Por que João os menciona nesse ponto? Porque ago-ra o Rei foi rejeitado por Israel. Os judeus disseram: "Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal" (Mt 12:38); no entanto, os gentios dis-seram: "Nós queremos ver Jesus!". Filipe tinha nome grego, por isso os visitantes que queriam ver Jesus foram a ele, e ele levou o assunto a André, que também tinha nome grego. (Nota: em todas as passa-gens do evangelho de João em que André aparece, ele está levando al-guém até Jesus: veja 1:40-42; 6:8-9 e 12:22. Que exemplo de ganhador de almas!)

    Cristo menciona os gentios quando fala de ser "levantado" na cruz. EmMt 1:0:5 e 1 5:24, Cris-to ensinou seus discípulos a evitar os gentios; todavia, agora ele diz que os gentios também serão salvos pela cruz. Cristo é o grão de trigo que deve morrer antes de frutificar e dar ao mundo a oportunidade de ser salvo.

    Cristo tinha de ser levantado para que "todos" (v. 32, judeus e gentios) fossem atraídos a ele. Isso não significa todas as pessoas, sem exceção, mas todas as pessoas in-dependentemente da raça. Mais uma vez, Cristo menciona "a hora" (vv. 23,27). Em 2:5, foi sua primei-ra menção a isso, e em 7:30, 13 1:17-1, ele menciona isso de novo. Trata-se da hora da morte dele, mas ele chama-a de a hora de sua glória! Repare que Cristo convida "alguém" (v. 26). O chão é plano aos pés da cruz, quer dizer, nem judeus nem gentios têm qualquer vantagem es-pecial. "Todos pecaram [...] não há justo[s]" (Rm 3:23,Rm 3:1 Rm 3:0).

    1. Cristo e os judeus (12:37-50)

    As últimas palavras do ministério público de Cristo (vv. 35-36) foram uma advertência terrível contra dei-xar passar a oportunidade de salva-ção. Veja a cena: "Jesus disse estas coisas e, retirando-se, ocultou-se deles". Nos versículos seguintes, o apóstolo João explica por que Cristo escondeu-se e por que os judeus es-tavam condenados.

    Para início de conversa, eles rejeitaram a evidência (v. 37). A luz tinha estado acesa, mas eles se re-cusaram a crer na luz e a segui-la. Observe os resultados terríveis da rejeição continuada à Palavra de Cristo (vv. 37-41):

    1. Eles não creram (v. 37), apesar de ver as evidências de sua filiação divina.
    2. Eles não podiam ver (v. 39) porque o coração deles endureceu, e seus olhos ficaram cegos.
    3. Por isso, Deus disse: "Não podiam crer" (v. 39) porque rejeita-ram a graça dele!

    Is 53:1 predisse a descren-ça deles, e Is 6:10, a dureza do coração deles. Note que Jo 12:40, que citaIs 6:10, afirma que Deus cegou os olhos e endureceu o coração daqueles que insistem em rejeitar a Cristo! Encontramos esse versículo sete vezes na Bíblia, e em todas elas ele fala de julgamen-to:Is 6:10; Mt 13:14; Mar- Cl 4:12; Jo 12:40; At 28:26 e Rm 11:8. Ele é uma advertência constante que lem-bra o não-salvo de não encarar suas oportunidades espirituais de forma leviana. "Enquanto tendes a luz, cre-de na luz" (v. 36)! "Buscai o Senhor enquanto se pode achar" (Is 55:6).

    Mencionamos antes que João apresenta o conflito entre luz e tre-vas. A luz simboliza a salvação, a santidade, a vida; as trevas repre-sentam a condenação, o pecado, a morte. João fala de quatro tipos di-ferentes de trevas:

    1. As trevas mentais (Jo 1:5-43), e este não pode enxergar as verdades espirituais.
    2. As trevas morais (Jo 3:18-43). Se os homens não obedecem à luz, Deus envia as tre-vas, e Cristo esconde-se deles.
    3. As trevas eternas (Jo 12:46). "Permanecer" nas trevas significa vi-ver para sempre no inferno.

    Nos versículos 42:50, João cita Cristo e mostra por que muitas pes-soas rejeitam a luz. Alguns rejeitam

    Cristo por medo dos homens (vv. 42-43). Ap 21:8 apresenta uma lista dos tipos de pessoas que irão para o inferno, e os covardes encabeçam a lista. No versículo 48, Cristo afirma que a rejeição à Pala-vra de Deus leva à condenação. A salvação vem pela Palavra Oo 5:24), e a própria Bíblia que os homens re-jeitam hoje será uma evidência con-tra eles no julgamento.

    Esse capítulo encerra o registro de João sobre o ministério público de Cristo. E um capítulo solene. Mais uma vez, ele adverte-nos de não ousarmos brincar com nossas oportunidades espirituais. A luz não brilhará para sempre, pois Cristo, al-gum dia, se esconderá dos que não se preocupam com a salvação que ele nos oferece ou com a Palavra dele. Pv 1:20-20 é um bom conselho ao qual devemos prestar atenção.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    Cap. 12 nos traz três episódios significantes:
    1) a unção do Rei para o sepultamento;
    2) a entrada e a aclamação do Rei;
    3) a petição dos gregos - o império mundial do Rei (20-36).
    12.2 Marta servia (gr diekonei). Nela temos uma ilustração das diaconisas da Igreja que serviam com fidelidade (At 9:36; Rm 16:1,Rm 16:6, Rm 16:12s; 1Tm 3:11). Compare Lc 10:38.

    12.3 Maria. Sem fundamento histórico é a tradição de que "a mulher pecadora" (Lc 7:39) era Maria Madalena, que também seria esta Maria. Encheu-se... perfume. Igualmente, se não se quebrar o coração egoísta aos pés de Cristo, não haverá perfume de vida para alegrar a Casa de Deus (2Co 2:14-47)

    12.5 Trezentos denários. Um denário, o salário diário de um operário. Judas exemplifica aquele que pela carne quer fazer boas obras, ao contrário de Maria que cultua a Jesus, sem substituto, com gratidão.

    12.7 Maria, uma amiga, endossa o auge da missão de Jesus no sepultamento (conforme 11.50). Ela exemplifica os cristãos que, pagando preço altíssimo, ungem a Jesus como seu Rei único.
    12:12-19 A multidão, cheia de esperanças proclama Jesus como a Messias, vindo com poder e bênção do Senhor (13). Ele é o verdadeiro Rei de Israel (conforme 1,51) Mas Seu reino não é deste mundo (18.36s).
    12.13 Hosana. Conforme Sl 118:25s. Significa "Salva-nos, te rogamos".

    12.14,15 Está escrito. Zacarias (9,9) anunciara, cinco séculos antes; que o Messias inauguraria um domínio pacífico para seus súditos.

    12.16 Os discípulos não compreenderam a natureza do reinado de Jesus. Ele foi ungido simbolicamente para a morte por uma mulher; seria vestido de púrpura por escárnio e coroado de espinhos (19.2); seria exaltado e entronizado numa cruz. A Entrada Triunfal de Jesus foi o prelúdio e sinal de Sua glorificação por morte e levantamento (Lc 24:26).

    12.17 Jesus vai revelar à multidão que tipo de reinado Ele encabeçaria, Vencerá os principais inimigos do homem: o pecado, a morte e o diabo.
    12.23,24 Fica ele só. Jesus não compartilha os benefícios da salvação (Sua glória) antes de Ele mesmo ser glorificado pela morte, sepultamento e ressurreição. O grão representa a Jesus. Muito fruto. A semente que se reproduz, até milhares de vezes, tem de ser plantada, germinar e crescer. Assim; Cristo pela Sua glorificação se estenderá pelo Espírito para toda língua, raça e nação (Ap 7:9).

    12.25 Vida... vida (gr psuche "alma" conforme Mc 8:35) é vida terrena que se contrasta com a vida eterna (gr zoe aiõnion) dada pelo Espírito (3:3-6n)

    12.26 Siga-me. Cada discípulo de Jesus deve ser outro "grão de trigo", pronto para dar sua vida pela expansão do evangelho. Onde eu estou (conforme 17.24). O complemento da vida nova já possuída pelo cristão no mundo será compartilhado junto a Cristo no céu.

    12.28 Por uma voz audível, no batismo, na transfiguração e aqui. Deus Pai assegura aos que acompanham a Jesus que Seu nome será glorificado no Filho.
    12.31 Ser julgado (gr krisis "crise", "tomada de posição"). A morte de Jesus condenou o mundo (Satanás se tornou príncipe do mundo,: conforme 1Jo 5:19) e salva o crente. Essa crise envolve:
    1) "a hora" (23);
    2) "a glorificação" (23, 28);
    3) o plantar da semente messiânica (24; Gl 3:16);
    4) o levantamento de Jesus na cruz e Sua exaltação (32;At 2:33; At 5:31; Fp 2:9-11),
    5) a atração de todos os homens (32), 6 a limitação do tempo para a luz brilhar (35) seguida pelas trevas (31,35).

    12.34 Lei. São as Escrituras canônicas do AT (conforme Ez 7:14).

    12.36 Ocultou-se deles. Isto marcou o fim do ministério de Jesus dirigido ao mundo. Daqui para frente fala aos discípulos.

    12:37-43 Apresenta um sumário geral do sucesso de Jesus na Sua vinda para Sua "própria casa" (1.
    - 11n) e a reação dos judeus cumprindo a visão profética de Is 53:1 e 6.9, 10.

    12.40 A cegueira dos olhos é o endurecimento do coração dos judeus veio em conseqüência do amor às trevas (3.19, 20), o temor dos fariseus (42) e o desejo de alcançar a glória dos homens (43; 5.44)
    12.41 Isaías, como Abraão viu a glória do Cristo pré-encarnado (cf.Is 6:0) e a glória de Jesus, o Servo Sofredor, Is 5213:53-12) morto e ressurreto para justificar pecadores.

    12.42 Creram nele. O tempo passado (gr aoristo) salienta de novo, que em João, a fé se revela no presente contínuo pela confissão. Temor (conforme 1Jo 4:18) impediu que crentes nominais confessassem sua fé, o que é essencial à salvação (Mt 10:32s; Rm 10:9). 12:44-50 Um apelo evangelístico sem restrições da parte de Cristo.

    12.50 Seu mandamento é aquele que Cristo anunciou, i.e., que os homens devem crer no Enviado de Deus (6.28s; 8.31). Pode, também, se referir ao mandamento do Pai a Cristo para entregar Sua vida pelos pecadores (10,18) e dar-lhes a vida eterna.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50
    IV. A ÚLTIMA CENA DE CONFLITO (12.1-50)


    1) O jantar em Betânia (12:1-11)
    v. 1. Seis dias antes da Páscoa-. Surge aqui uma dificuldade cronológica em virtude da incerteza com relação ao dia da crucificação. Westcott sugere que ela ocorreu no dia 14 de nisã, e que, por isso, a visita a Betânia foi feita em 8 de nisã. Se a crucificação ocorreu numa sexta-feira, então essa visita foi feita na sexta-feira anterior, sendo o sábado interveniente deixado fora como um dia em que não podia haver julgamento, v. 3. um perfume caro (gr. nardos pistikês) era, provavelmente, um perfume líquido. Essa unção pode ser comparada a outros relatos (conforme Mc 14:3-41Mt 26:6-40), em que a menção da casa de Simão pode ser explicada pelo fato de que Jesus permaneceu em, e próximo de, Betânia por um tempo (conforme “dois dias”, Mc 14:1). (Até houve quem sugerisse que Simão era o pai de Marta, Maria e Lázaro.) A referência ao fato de Maria enxugar os pés de Jesus com seu cabelo é o único paralelo com outra história sinóptica (conforme Lc 7:36-42), em que, no entanto, a situação é bem diferente, v. 6. era ladrão-, Essa é a única referência clara às tendências de Judas, à parte do suborno que ganhou dos chefes dos sacerdotes (conforme Lc 22:5). v. 7. que o guarde para o dia do meu sepulta-mento-, O sentido aqui não é completamente claro se não recorrermos ao relato de Marcos (conforme Mc 14:8). O ungüento dificilmente se conservaria se fosse usado naquele momento. Mas Jesus parece dizer que Maria anteviu o seu sepultamento, mesmo que tivesse reservado o perfume para algum propósito de caridade em outro lugar. v. 10. os chefes dos sacerdotes fizeram planos para matar também Lázaro-, No seu esforço de suprimir a notícia da ressurreição de Lázaro, eles já estão achando que a sua política assassina deve ser estendida a mais uma pessoa.


    2)    A entrada messiânica (12:12-19)

    Somente João registra a razão da feliz aclamação gritada pela multidão nessa ocasião (conforme Mc 11:7-41; Mt 21:4-40; Lc 19:35-42). v. 13. Hosana!: Eles pegaram o canto antifônico do último salmo do Hallel (heb. hoshPa nã, lit. “salve-nos agora”; cf Sl 118:25). A ação de Jesus foi designada para encorajar a fé dos espectadores, que, ao menos entre os discípulos, não foi compreendida senão mais tarde (v. 16) como um cumprimento das Escrituras (Zc 9:9). O ato tinha o propósito de ser um sinal de paz; Zacarias prossegue e diz (conforme Zc 9:10): “Ele proclamará paz às nações”. E Jesus claramente pretendia que esse significado estivesse na base do seu anúncio do reino (conforme F. F. Bruce: “The Book of Ze-chariah and the Passion Narrative”; Bulletin of the John Rylands Library, Manchester, v. 43, 1960-1961, p. 336-53). v. 19. o mundo todo vai atrás dele-, Uma expressão idiomática que quer dizer simplesmente isto: “todo mundo”. Mas para o evangelista isso pode bem ter sugerido o apelo universal do evangelho (conforme v. 32).


    3)    O pedido dos gregos e a rejeição dos judeus (12:20-43)

    A presença desses gregos “tementes a Deus”, isto é, estrangeiros que falavam grego e que tinham adotado a adoração judaica, mas não a lei em sua totalidade, é mencionada somente por João. O discurso, porém, que segue parece fazer eco a uma série de trechos sinópticos (conforme Mc 4:1-41; Mc 8:34; Mc 9:1 etc.). Eles podem ter vindo a Filipe atraídos pelo seu nome. A possível hesitação de Filipe sugerida pelo fato de ele consultar André antes de ambos contarem a Jesus a respeito dos visitantes, provavelmente pode ser explicada pela lembrança das palavras anteriores de Jesus acerca dos gentios (conforme Mt 10:15; Mt 15:24). v. 23. Chegou a hora-, Jesus vê que os eventos agora apontam diretamente para a Páscoa que se aproxima. Mas ele vai ser glorificado como o Homem Celestial, assim como sua encarnação expressou sua humilhação, v. 24. se o grão de trigo não cair na terra e morrer. A parábola sinóptica da semente retrata o reino (conforme Mc 4:1-41; Mc 13:1-41,Mc 13:18-41); em João, uma metáfora semelhante é usada para denotar o Rei. Ele ensina que o que se torna verdadeiro acerca de si mesmo é um princípio presente em toda a natureza. Cf. Paulo em 1Co 15:36ss. v. 25. Aquele que ama a sua vida, a perderá: O dito acerca da vida por meio da morte (v. 24) é passível de aplicação geral, e Jesus aqui o aplica aos seus seguidores (conforme Mc 8:35; Mt 10:39; Lc 17:33) nos seus sofrimentos com ele. Odiar (gr. miseõ) a própria vida significa virar as costas a ela como sendo de importância secundária em comparação com a causa que interessa mais. v. 26. onde estou, o meu servo também estará: Jesus não está prometendo uma saída fácil do sofrimento, isto é, na glória futura. Ele está dizendo que a experiência que está para cair sobre ele pode ser esperada por seu discípulo fiel. Mas, assim como esse servo pode esperar compartilhar os sofrimentos de Cristo, também, de fato, pode esperar entrar na glória com ele (At 14:22; Rm 8:17; lTm 2.11ss).

    v. 27. Agora meu coração está perturbado: Jesus agora enfrenta o chamado para o seu sofrimento pessoal. Ele expressa os mesmos sentimentos no jardim do Getsêmani (cf. Mc 14:32-41; Mt 26:36-40; Lc 22:40-42); assim, aprendemos dele que ele sentiu essa agonia de espírito em outros momentos além da noite de quinta-feira antes da sua morte. O que direi? Pai, salva-me desta [gr. ek\ hora?: Essas palavras de fato constituíram uma oração real ou foram só consideradas? Jesus, certamente, não estava pensando em fugir da cruz. A preposição ek (“de dentro de”) sugere que ele se confiou às mãos do Pai enquanto a morte estava se aproximando. De qualquer forma, está claro (v. 28) que ele chegou até esse momento para a glória do Pai. v. 30. Esta voz veio por causa de vocês: Mas o som foi ininteligível para alguns e mal interpretado por outros. Deus tinha glorificado o seu nome uma vez (conforme 11,40) e agora, na Paixão, ele o glorificaria novamente. v. 31. Chegou a hora de ser julgado este mundo: O mundo está julgado da perspectiva da cruz, tanto por sua responsabilidade por crucificar o Príncipe da

    Vida quanto pelo fato de que o seu momento de vitória vai se tornar, por meio da ressurreição, o momento de sua completa derrota, v. 32. Mas eu, quando for levantado [...] atrairei todos a mim: Até então, ele estava sujeito a restrições no âmbito da sua missão (conforme Lc 12:50), a multidão é suficientemente perspicaz para detectar o que Jesus tem em mente nesse momento, e ela pode conectar isso com as palavras anteriores de Jesus (conforme v. 23,34). Nenhum trecho especial se encaixa com o que eles dizem ter ouvido na lei (v. 34), embora possamos pensar em Is 9:6,Is 9:7; Sl 110:4 etc. v. 34. Quem êesse “Filho do homem'”?: Mas Jesus não pode explicar isso somente com palavras (conforme 8.25). A única esperança de que eles possam compreender é colocar a sua confiança na luz (v.36), ou seja, tentar compreendê-lo como ele é. Por algumas horas ainda, a Luz está brilhando no mundo, e com isso o privilégio especial de eles se tornarem “homens iluminados” por crerem no que vêem (conforme 20.29).

    Com essas palavras, Jesus parte. Suas últimas declarações (conforme Mc 13:35,Mc 13:36) instaram seus ouvintes a aproveitar aquela última oportunidade de depositar a fé nele; entretanto, mesmo assim, não creram nele (v. 37), assim levando ao cumprimento uma profecia de Isaías. Essa profecia se tornou significativa não somente por meio do evento; o evento cumpriu a profecia na medida em que a palavra de Isaías declarou a vontade de Deus (conforme Is 53:1). Nem as palavras de Jesus, a “mensagem”, nem suas obras, “o braço do Senhor”, os tinham convencido, v. 39. eles não podiam crer. A conseqüência da incredulidade seguiria implacavelmente. Como Temple com propriedade expressa: “Deus não causa o pecado, mas ele causa que as devidas conse-qüências resultem dele em virtude da lei da ordem da criação” (Readings, p. 202). v. 40. Cegou os seus olhos: Conforme Is 6:10. A cegueira dos judeus, portanto, é parte do plano divino, embora eles não sejam por isso absolvidos da sua culpa, pois odiaram a luz (conforme 3,20) e assim levaram à escravidão a liberdade da sua vontade. Mas dessa sua incredulidade surge o mistério desse Sacrifício que vai resgatar o mundo. (Is 6:10 é aplicado de forma semelhante em Mc 4:12 e paralelos e em At 28:26-27.) v. 41. Isaías [...] viu a glória de Jesus: Conforme Is 6:1. João parece fundamentar a sua referência numa paráfrase de um targum das palavras do profeta, que originariamente omitia qualquer descrição pessoal do Todo-poderoso. A sua glória foi manifesta na encarnação, e foi assim vista por homens mortais (conforme 1.14). v. 42. muitos líderes dos judeus creram nele (gr. episteusan ás auton): E surpreendente que João tenha usado essa frase significando fé completa quando eles, em virtude de sua posição no Sinédrio, obviamente evitavam obstáculos, se mantendo discípulos secretos (mas conforme o uso da frase em 2.23). Nicodemos e José de Arimatéia foram exemplos dentre eles.


    4) O resumo que Cristo faz da sua mensagem (12:44-50)

    Em vista do caráter definitivo e final das palavras de Jesus no v. 36a e sua subseqüen-te partida dentre os judeus (v. 36b), e ainda a natureza decisiva de suas citações no v. 37, alguns estudiosos têm sugerido que os v. 4450 estão deslocados e, provavelmente, deveriam seguir o v. 36a. Se esse é o caso ou não, podemos concluir com propriedade que o evangelista escolheu concluir a presente seção do evangelho ao reunir alguns dos ditos mais significativos do Senhor que continham as principais idéias da sua auto-revelação, i.e., acerca da Luz, da sua autoridade que recebeu do Pai, da natureza do julgamento, da ordem do Pai ao Filho na sua pregação, e da vida que resulta das palavras dele (conforme comentários Dt 5:24-5; Dt 7:17; Dt 8:12). v. 46. Eu vim ao mundo como luz: Jesus lança luz sobre o caminho para Deus. O homem que crê em Jesus deposita, de fato, a sua confiança nele. Sua confiança não está fundamentada na vida temporal limitada de Jesus “nos dias da sua carne”, mas na vida eterna de Deus que foi manifesta em Cristo. E, porque Deus quer a salvação dos homens, ele deu a Cristo a ordem para a sua mensagem.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50

    João 12

    P. Jesus em Betânia e Jerusalém. Jo 12:1-50.

    Os acontecimentos aqui incluídos são: Maria ungindo Jesus em Betânia (vs. Jo 12:1-11) a Entrada Triunfal (vs. Jo 12:12-19); a vinda dos gregos (vs. Jo 12:20-26); Jesus sentindo a aproximação da Paixão (vs. Jo 12:27-36); a incredulidade do povo e seus líderes (vs. Jo 12:37-43); o último apelo público de Jesus em favor da fé (vs. Jo 12:44-50). A ceia em Betânia foi narrada com certas variações em Mateus e Lucas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 20 até o 36
    c) A pergunta dos gregos e a sombra do Calvário (Jo 12:20-36)

    Alguns gregos (20). Gentios de nascimento que se tornaram prosélitos. Rogaram a Filipe: Senhor, queremos ver a Jesus (21). A procura de Filipe explica-se possivelmente no fato dele ser natural de Betsaida da Galiléia (21), uma cidade onde moravam muitos gregos. Quando Jesus ouve o seu pedido por intermédio de André e Filipe, Ele proclama uma verdade que expressa perfeitamente o que passa pela sua alma. Dirige-se à multidão, declarando que a hora da sua glorificação está próxima (23). Antecipa na vinda dos gregos as primícias da colheita segurada pela Sua morte. O grão de trigo deve cair na terra e morrer (24) antes de produzir frutos. Sua missão deve culminar em morte, a fim de que Ele recebesse a colheita de almas remidas.

    O trabalho penoso do Messias há de preceder o fruto (Is 53:11). O Filho do homem será glorificado mediante o sacrifício da sua vida, conforme o princípio da vida que requer sacrifício, pelo que Jesus se tornará garantia da vida eterna. O ditado do vers. 25 ocorre em todos os Evangelhos (Mt 10:39; Mc 8:35; Lc 9:24). O princípio de sacrifício é aplicado a todos os que seguem a Jesus no caminho da obediência. Os tais estarão sempre com Ele e serão honrados pelo Pai (26).

    >Jo 12:27

    Agora está angustiada a minha alma (27). Jesus treme diante das dores atrozes que O esperam, entretanto, recebe nesta hora a confirmação celestial que o caminho da obediência à cruz O levará para a glória final (28). O pai confirma publicamente a obediência do seu filho. Quando o povo procura saber o que significa o som nos céus (29) Jesus lhes declara que aquela voz falou por causa deles.

    >Jo 12:31

    O julgamento deste mundo está próximo (31) e o seu príncipe (título do diabo) será destronizado. Inaugurar-se-á um novo reino quando o Filho for levantado. Sua vitória na cruz será aclamada universalmente (32-33). O povo fica perplexo, não podendo reconciliar sua idéia de um Messias com as palavras de Jesus. A noção popular era que o Messias chegaria do céu e ficaria para sempre. Perguntam-lhe: Quem é esse Filho do homem?

    Jesus os convida a andarem na luz, enquanto Ele está entre eles, e a crerem na luz.

    >Jo 12:35

    Adverte-os da possibilidade de andar nas trevas e rejeitar a luz (35-36). Crer nEle significa ser espiritualmente iluminado.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50

    42. O clímax de Amor e Ódio (João 12:1-11)

    Jesus, portanto, seis dias antes da Páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, em seguida, tomando uma libra de perfume muito caro de nardo puro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos, e a casa se encheu com a fragrância do perfume. Mas Judas 1scariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Por isso Jesus disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." A grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de Jesus, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos.Mas os principais sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e acreditavam em Jesus. (12: 1-11)

    A encarnação do Senhor Jesus Cristo marca o apogeu da história. Sua vida não só divide o calendário ( BC significa "antes de Cristo"; AD ["anno Domini"] significa "no ano do Senhor"), mas também o destino humano. Como o próprio Jesus advertiu aqueles que o rejeitaram, "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (Jo 8:24), e em outra ocasião: "Você acha que eu vim para conceder paz à terra? Digo-vos que não, mas antes dissensão "(Lc 12:51). Como ninguém mais, Jesus Cristo evoca os extremos antitéticos de amor e ódio, devoção e rejeição, pelo culto e blasfêmia, e fé e incredulidade. Como as pessoas reagem a ele separa as ovelhas dos cabritos; o trigo do joio; crentes de incrédulos; a salvo do perdido.

    João escreveu seu evangelho para apresentar Jesus como o Filho de Deus eo Messias (20:31). Ao fazê-lo, ele também gravou como as pessoas reagiram às reivindicações messiânica de Jesus e sinais. O apóstolo conformidade cita inúmeros exemplos de pessoas que acreditavam em Jesus (1: 35-51; 2:11; 4: 28-29, 41-42, 53; 6:69; 9: 35-38; 10:42; 11 : 27, 45; 12:11; 16:27, 30; 17: 8; 19: 38-39; 20: 28-29), e aqueles que o rejeitaram (1: 10-11; 2:20; 3: 32; 5: 16-18,38-47; 6: 36,41-43,64,66; 7: 1,5,20,26-27,30-52; 8: 13 59:9-16, 29, 40-41; 10: 20,25-26; 11: 46-57; 12: 37-40).
    Nesta passagem, que relata a história da unção de Maria de Jesus, os temas de crença e descrença são particularmente clara. O ato de adoração de Maria simboliza a fé eo amor; o calculado, a resposta fria, cínica de Judas simboliza incredulidade e ódio. A seção também registra outras reacções a Jesus, incluindo o serviço dedicado de Marta, a indiferença da multidão, e a hostilidade dos líderes religiosos.

    Ressurreição de Lázaro do Senhor havia agitado oposição assassina dos líderes judeus hostis (11: 46-53). Eles decidiram que tinham de matar Jesus e Lázaro. Desde a sua hora de morrer ainda não havia chegado (07:30; 08:20; 12:23; 13: 1), Jesus deixou a vizinhança de Jerusalém e ficou na aldeia de Efraim (11:54), cerca de uma dezena de quilômetros ao norte, na extremidade do deserto. De lá, ele fez uma breve visita a Samaria e da Galiléia (Lucas 17:11-19: 28) e, em seguida, seis dias antes da Páscoa, veio mais uma vez a Betânia. Sua chegada teria sido no sábado antes da Páscoa. (Porque as pessoas à distância foram autorizados a viajar no sábado foi limitado [conforme At 1:12], o Senhor pode ter chegado depois do pôr do sol na sexta-feira. Isso, de acordo com o cômputo judaico, teria sido após o sábado havia começado.) João descrito Bethany como a aldeia onde Lázaro morava, e Lázaro como seu agora mais famoso residente, uma vez que Jesus tinha levantado o dentre os mortos.

    A partir da conta da ceia em sua homenagem, cinco reações variadas para Jesus emerge: Marta respondeu com serviço sincero, Maria com sacrifício humilde, Judas com a auto-interesse hipócrita, as pessoas com superficialidade oco, e os líderes religiosos com intrigas hostil .

    O Serviço Sincero de Marta

    E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. (12: 2)

    O Sinédrio havia decretado que qualquer pessoa que sabia onde estava Jesus deve reportar essa informação para eles (11:57). Mas ao invés de entregá-lo como um criminoso, amigos do Senhor em Bethany deu um jantar em sua honra. O objetivo do evento foi para expressar seu amor por ele, e, especialmente, a sua gratidão por Sua ressurreição de Lázaro. Desde deipnon (ceia) refere-se a principal refeição do dia, que teria sido uma longa um, projetado com muito tempo para uma conversa descontraída. Os convidados foram certamente reclináveis, inclinando-se sobre um cotovelo, com a cabeça em direção a uma baixa, mesa em forma de U. Quantas pessoas estavam lá não é conhecida, mas, pelo menos, Jesus, os Doze, Maria, Marta, Lázaro, e, provavelmente, Simão, o leproso estavam presentes.

    Lucas registra a visita de Jesus à casa de Maria e Marta há vários meses, que fornece insights sobre penhora de Marta para servir, mesmo quando não era a prioridade:

    Agora, como eles estavam viajando junto, ele entrou numa aldeia; e uma mulher por nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra. Marta, porém, andava preocupada com todas as suas preparações; e ela veio até ele e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado fazer todo o serviço sozinha? Então diga a ela para me ajudar." Mas o Senhor respondeu, e disse-lhe: «Marta, Marta, você está preocupado e incomodado sobre muitas coisas, mas uma só coisa é necessária, para Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada". (Lucas 10:38-42)

    Mesmo após essa reprimenda, aqui novamente sendo fiel a seu interesse, Marta foi envolvido em servir a refeição. (Que João descreve Lázaro como um dos convidados reclináveis ​​à mesa com Jesus sugere que a festa não estava em casa, próprias ou de irmãs.) Mt 26:6). Também não é provável que Simon teria possuído uma casa e organizou uma refeição em que se ele ainda tinha estado doente, uma vez que os leprosos eram excluídos sociais (Nu 5:2;. Cl 3:24; He 9:14). Jesus disse: "O maior dentre vós será vosso servo" (Mt 23:11), e declarou de Si mesmo: "Eu estou no meio de vós como aquele que serve" (Lc 22:27), e, "o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir "(Mt 20:28). Paulo repetidamente descrito a si mesmo como um servo vínculo de Jesus Cristo (Rm 1:1; 2Co 4:52Co 4:5; Fm 1:11Co 3:5), Maria aparece mais uma vez como o mais pensativo, reflexivo, e emocional das duas irmãs. Em uma manifestação surpreendente, espontânea de seu amor por ele, ela tomou uma libra de perfume muito caro de nardo puro, ungiu os pés de Jesus. Uma libra (uma medida Roman, o equivalente a cerca de 12 onças por padrões de hoje) foi uma grande quantidade de perfume. Nard era um óleo perfumado extraído da raiz e spike (daí a tradução "nardo" em algumas versões em inglês) de uma planta nativa das montanhas do norte da Índia. Perfume feito de nardo era muito caro por causa da grande distância a que ele teve que ser importada. De Maria nardo era puro em termos de qualidade, o que torna ainda mais valioso. Alguns pensavam que valeu a pena "mais de trezentos denários" (Mc 14:5), ela se recusou a oferecer ao Senhor algo que lhe custou nada. Ela agiu no amor desenfreado.

    Mateus (26:
    7) e Marcos (14:
    3) relatos paralelos notar que Maria derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus, enquanto João diz que ela ungiu os Seus . pés Todas as três contas estão em perfeita harmonia.Desde que o Senhor estava reclinado em uma mesa baixa, com os pés estendidos longe dele, Maria poderia facilmente ter derramado primeiro o perfume sobre a cabeça, em seguida, seu corpo (Mt 26:12), e finalmente em seus pés. Então, em um ato que chocou os espectadores ainda mais do que o derramamento de perfume caro, ela enxugou com os seus cabelos. Os judeus consideravam lavando os pés de outra pessoa para ser degradante, uma tarefa necessária para ser feito somente pelo mais escravos humildes (conforme Jo 1:27). Nenhum dos Doze na refeição da Páscoa chegando no cenáculo estavam dispostos a servir os outros, lavando os seus pés, por isso, em um ato supremo e exemplo de humildade, Jesus fez isso (conforme 13 1:15). Mas ainda mais chocante do que a sua lavagem caro e humilde de pés de Jesus foi o fato de que Maria deixou para baixo seu cabelo. Para uma mulher judia respeitável para fazer isso em público teria sido considerada indecente, talvez até mesmo imoral. Maria, porém, não estava preocupado com a vergonha que ela pode enfrentar como resultado. Em vez disso, ela estava focada exclusivamente em derramar seu amor e em honrar a Cristo, sem pensar em qualquer vergonha percebeu que isso poderia trazer para ela.

    Nota do João que a casa se ​​encheu com a fragrância do perfume é o tipo de detalhes vívidos uma testemunha recorda. Ele também atesta a extravagância do ato de devoção humilde de Maria. Ela estava sem se importar com o seu custo, tanto financeiramente quanto à sua reputação. A medida de seu amor era o seu abandono total a Jesus Cristo. Consequentemente, nobre ato de Maria seria, como o Senhor declarou, ser falado como um memorial do seu amor onde quer que o evangelho seja pregado (Mc 14:9)

    Que este é um evento completamente diferente está claro porque ocorreu na Galiléia, não Betânia; ele apresentava uma mulher que era um pecador (provavelmente uma prostituta), e não Maria; e ocorreu muito cedo na vida de nosso Senhor, não durante a Semana da Paixão. Ele também foi um evento na casa de um fariseu, e não Simão, o leproso.

    A auto-interesse hipócrita de Judas

    Mas Judas 1scariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Por isso Jesus disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." (12: 4-8)

    O silêncio atordoado que deve ter seguido ato surpreendente e inesperada de Maria foi subitamente interrompido por uma voz levantada em sinal de protesto. A conjunção de (mas) apresenta o contraste entre o altruísmo de Maria e do egoísmo de Judas. Como é sempre o caso nos Evangelhos, a descrição de João de Judas 1scariotes enfatiza dois fatos. Primeiro, ele foi um dos do Senhor discípulos (Mt 10:4,Mt 26:47; Mc 14:43; Lc 22:3; Jo 6:71); segundo, ele tinha a intenção de traí-lo (Mt 26:25; Mt 27:3; Mc 14:10; Lc 6:16; Lc 22:4; Jo 6:71; Jo 13:2; conforme At 1:16). Definição tão chocante e singularmente foi a traição de Judas, que os escritores do evangelho não poderia pensar nele ou se referem a ele separado dele. Que ele não era apenas um seguidor de Cristo, mas um do círculo íntimo do Senhor, faz com que sua traição ainda mais hediondo. Foi o ato mais desprezível em toda a história humana e aquele que mereceu a punição mais severa. Nas palavras de refrigeração do Senhor Jesus Cristo, "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido" (Mt 26:24).

    Querendo aparecer filantrópica, Judas agiu indignado sobre um desperdício de dinheiro, tais perdulários, exclamando: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Cronologicamente, estas são palavras registrados pela primeira vez de Judas no Novo Testamento. Eles expõem a avareza, ambição e egoísmo, que governava o seu coração. Ele lançou o seu lote com Jesus, esperando que ele, para inaugurar o, reino messiânico terreno político pessoas mais judeus estavam procurando. Como um do círculo interno, Judas tinha ansiosamente aguardado uma posição exaltada naquele reino. Mas agora, para ele, esse sonho se transformou em cinzas. Jesus tinha tão antagonizou os líderes judeus que tinham a intenção de matá-lo (Jo 7:1). Não só isso, o próprio Senhor advertiu os discípulos que sua morte era inevitável (por exemplo, Mc 8:31; Mc 9:31; Mc 10:33). E quando os galileus multidões procurado para coroar Jesus como o rei terreno Judas pensou que iria ser, o Senhor se recusou a cooperar com eles (João 6:14-15).

    Desiludido, Judas virada para o fim de suas ambições-decidiram, pelo menos, obter alguma compensação financeira para os três anos que ele tinha desperdiçados em Jesus. João, não vê-lo naquele momento, mas escrever em retrospecto, muitos anos depois, faz o comentário inspirado apropriado no verdadeiro motivo de Judas: ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como ele tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Como observado acima, perfume de Maria valeu a pena um monte de dinheiro; uma vez que um denário era um dia de salário para um trabalhador comum (Mt 20:2; Marcos 14:4-5).

    Embora alguns tenham tentado atribuir motivos nobres para Judas (ou seja, com o argumento de que ele era um patriota equivocada, tentando cutucar Cristo em inaugurando seu reino), o Novo Testamento retrata-o como nada mais que um ladrão ganancioso e um traidor assassino-even um diabo (João 6:70-71; conforme Jo 13:2). Judas é o maior exemplo de oportunidade perdida na história Ele viveu dia a dia com Jesus Cristo, o Deus encarnado, por três anos. No entanto, no final Judas rejeitaram, traiu, foi superada pela culpa (mas não arrependimento genuíno), suicidou-se, e foi "para o seu próprio lugar" (At 1:25), isto é, o inferno (Jo 17:12) na sua forma mais potente.

    O Senhor imediatamente defendeu Maria severamente repreender Judas (o verbo traduzido e muito menos está na segunda pessoa do singular, que significa "você"), ordenando-lhe, "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura." Jesus obviamente, não quer dizer que Maria iria manter o perfume (ou pelo menos parte dela) até que Seu sepultamento, desde que ela tinha acabado de servir tudo para fora (conforme Mc 14:3 Jesus disse: "Quando ela derramou este perfume sobre o meu corpo, fê-lo a preparar-me para o enterro" (conforme Mc 14:8). Este ato por Maria, como no caso de Caifás (11: 49-52) revelou uma realidade muito maior do que ela percebeu a tempo. Sua unção prefigurava aquele José de Arimatéia e Nicodemos viria a cumprir, em seu corpo após a morte de Jesus (João 19:38-40).

    Se Judas tivesse realmente queria ajudar os pobres, ele não teria faltava oportunidade, pois, como Jesus lembrou-lhes tudo (o verbo e pronome nesta frase são plurais), "Você sempre tem os pobres convosco" (conforme Mc 14:7), mas sim estava desafiando os discípulos para manter suas prioridades. A oportunidade de fazer o bem a ele, como Maria tinha feito, não iria durar muito, porque eles nem sempre têm -lo fisicamente presente com eles. Aqui, novamente, as palavras do Senhor eram uma previsão da sua morte próxima, agora menos de uma semana de distância.

    Judas estava agora numa encruzilhada. Desmascarado como um hipócrita, fingindo cuidar dos pobres, enquanto, na realidade, desviar da bolsa comum, ele enfrentou a decisão final. Ele poderia cair aos pés de Jesus em humilde, o arrependimento penitente, confessar seu pecado, e buscar o perdão. Ou ele poderia orgulhosamente endurecer o coração, se recusam a arrepender-se, render-se à influência de Satanás, e trair o Senhor. Tragicamente e pecaminosamente, ele escolheu o último curso, com a culpabilidade total e exclusiva para as suas consequências, ainda que cumprido o propósito de Deus para o sacrifício de Seu Filho (conforme 13 18:19). Imediatamente após este incidente, "Judas 1scariotes, que era um dos doze, foi para os chefes dos sacerdotes, a fim de trair a si mesmos. Eles ficaram felizes quando eles ouviram isto, e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele começou a procurar como para traí-lo em um momento oportuno "(Marcos 14:10-11).

    A superficialidade oco do Povo

    A grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de Jesus, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. (12: 9)

    No fim do sábado, uma grande multidão de judeus que estavam em Jerusalém para a Páscoa soube que Jesus estava em Betânia (O termo judeus aqui não se refere aos líderes religiosos, mas para as pessoas comuns [conforme 11: 55-56].) Eles vieram para Betânia não apenas causa de Jesus, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. Notícias de que milagre sensacional tinha se espalhado, ea multidão de curiosos queria ver tanto o milagreiro, ea única a quem ele ressuscitara.

    Essas pessoas ainda não foram abertamente hostis a Jesus, como Judas e os líderes religiosos, mas nem foram eles comprometidos com Ele, como Marta e Maria Eles eram os caçadores de emoção, seguindo a mais recente sensação, superficialmente interessado em Jesus, mas espiritualmente indiferente e, finalmente, antagônica a Ele. Como os membros da Igreja de Laodicéia, eles eram "morno e nem és quente nem frio" (Ap 3:16). Na entrada triunfal que coroaria Ele, gritando "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel" (Jo 12:13). Mas apenas alguns dias depois, eles gritavam: "Fora com ele, embora com-o, crucifica-O!" (Jo 19:15), e alguns viria para zombar-Lo como Ele estava pendurado na cruz (Mateus. 27: 39-40).

    O Scheming Hostile dos Líderes

    Mas os principais sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e acreditavam em Jesus. (12: 10-11)

    De modo algum as multidões que se reuniram para Betânia para ver Jesus e Lázaro escapar do conhecimento das autoridades judaicas. Os implacáveis ​​principais sacerdotes já haviam conspirado para matar Jesus (11:53); Agora, eles expandiram o enredo e planejava colocar Lázaro até a morte também. Como prova do poder milagroso de Jesus vivo, o Lázaro ressuscitado apresentou uma grande ameaça para os saduceus, pois por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e foram acreditar em Jesus (conforme 11:48). Ele era um testemunho incontestável às reivindicações messiânicas do Senhor. Não só isso, um homem ressuscitado também foi um embaraço para os saduceus em outra forma: negavam a ressurreição dos mortos (Mt 22:23.), E ele era uma refutação inegável de que erro. Incapaz de conter a Lazarus testemunho incontestável fornecida por estar vivo, eles procuraram destruir as provas por matá-lo. Sua emaranhado de decepção foi se expandindo, como Leon Morris observa: "É interessante refletir que Caifás disse, 'que é conveniente para você que um homem morra pelo povo" (11:
    50) Mas não foi o suficiente.. Agora tinha que ser duas Assim faz crescer o mal "(. O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 582).

    Ninguém é neutro em relação a Jesus Cristo; como Ele mesmo advertiu: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha" (Lc 11:23). Quer amar e servir a Ele, como Maria e Marta, sendo indiferente e vacilante em direção a Ele, como a multidão, ou odiando e opondo-se a Ele, como Judas e os principais sacerdotes, todo mundo toma uma posição em algum lugar. O que essa posição é determina o destino eterno de cada pessoa, uma vez que "não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu que tem sido dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12).

    43. O Rei vem morrer (João 12:12-16)

    No dia seguinte, a grande multidão que tinha vindo à festa, ouvindo dizer que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de palmeiras e saiu ao encontro dele, e começou a gritar: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel ". Jesus, encontrar um jumentinho, sentou-se nela; como está escrito: "Não temas, filha de Sião, olha o teu Rei vem assentado sobre filho de uma jumenta." Essas coisas Seus discípulos não entendiam na primeira; mas quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que eles haviam feito essas coisas para ele. (12: 12-16)

    Os séculos passam ter visto falsos messias, cada um pretendendo ser o tão ansiosamente aguardado pelo povo judeu. Destes libertadores autoproclamados, alguns eram simplesmente auto-enganados, enquanto outros eram propositAdãoente exploradores; alguns procuraram prestígio pessoal, outro para salvar seu povo da opressão; alguns defenderam a violência, outros oração e jejum; alguns professou ser libertadores políticos, outros para ser reformadores religiosos. Mas, apesar de seus motivos, métodos e reivindicações variadas, todos eles tinham uma coisa em comum: eles eram falsificações satânicas do verdadeiro Messias, Jesus de Nazaré.
    Sobre AD 44 Theudas (não o mesmo indivíduo mencionado em At 5:36) prometeu a seus seguidores que ele iria participar do rio Jordão. Mas antes que ele foi capaz de fazê-lo, as tropas romanas atacou e massacrou muitos de seus seguidores. O egípcio para quem Paulo estava enganado (At 21:38) tinha se gabou de que ele iria comandar os muros de Jerusalém a cair. Mas, como Theudas, seus planos foram frustrados também pelos soldados romanos. Embora o egípcio conseguiu escapar de seus agressores, várias centenas de seus seguidores foram mortos ou capturados (Josephus, Antiquities 20.8.6; Guerras dos judeus 2.13.5). No segundo século Simon Bar Cochba ("filho de uma estrela."; Conforme Nu 24:17), que foi identificado como o messias pelo principal rabino da época, levou uma grande revolta judaica contra Roma, conquistando Jerusalém para três anos, onde era chamado de rei e Messias. Os romanos esmagou a rebelião, retomaram Jerusalém, e massacrou Bar Cochba e 5-600,000 de seus seguidores. Um falso messias do século V, na ilha de Creta prometeu abrir o Mar Mediterrâneo para que seus seguidores podem caminhar para a Palestina em terra seca. Mas o mar se recusou a parte e alguns de seus seguidores se afogou. No século XVII, Sabbethai Zebi proclamou-se "rei dos reis da terra", e atraiu um público generalizado entre os judeus da Europa ocidental. Zebi mais tarde se converteu ao Islã e acabou por ser executado. (Para uma discussão mais aprofundada de falsos messias ao longo da história, ver JE Rosscup, "falsos cristos", em Merrill C. Tenney ed,. A Zondervan Pictorial Encyclopedia da Bíblia [Grand Rapids: Zondervan, 1977], 2: 495; Tiago Orr , ed., O International Padrão Bible Encyclopedia, 1ª ed., sv "Cristos, Falsa.")

    Jesus advertiu que, como a segunda vinda se aproxima, "muitos falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos", e muitos "falsos cristos ... surgirão" (Mt 24:11). Eles vão culminar na final enganando falso messias, o Anticristo, o

    homem do pecado ... o filho da perdição, que se opõe e se exalta acima de todo o chamado Deus ou é objeto de adoração, de forma que ele toma seu lugar no templo de Deus, apresentando-se como sendo Deus .... [o ] iníquo ... a quem o Senhor matará com o sopro de sua boca e pôr fim pela aparência da sua vinda; isto é, aquele cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não acolheram o amor da verdade, de modo a ser salvo. (II Tessalonicenses 2:3-4, 8-10; conforme 13 1:66-13:18'>Ap. 13 1:18)

    Mas as falsas acusações de todos os pretendentes estão muito aquém das qualificações bíblicas para o Messias. Jesus Cristo possui as credenciais do verdadeiro Messias; as palavras que Ele falou, os milagres que realizou, e as profecias Ele cumpriu provar que Ele era quem dizia ser (Mt 26:63-64; João 4:25-26.).

    Quando João Batista enviou seus discípulos para lhe perguntar: "Você é o esperado [o Messias], ou devemos esperar outro?" (Mt 11:3; 8: (Mt 4:5-6.) 2-3. , 5-13 14:16-9: 2-7, 20-22, 27-30, 35; 12: 9-13 15:14-14; 15:30; 19: 2; 20: 30-34 ; 21:14; Mc 6:5; Lc 5:15; 6: 17-19; Lc 9:11; 14: 1-4; 17: 11-14; Lc 22:51; João 4:46-53; 5: 1-9; Jo 6:2), ressuscitando os mortos (Mateus 9:23-25.; Lucas 7:11-15; Jo 11:43), e expulsando os demônios (Mt 4:24; 8:. Mt 8:16,28-33; 9: 32-33; 0:22; 15: 21-28; 17: 14-18; Mc 1:39; Lc 11:14; Lc 13:32 ).

    Era porque eles tinham testemunhado pessoalmente Seus milagres incontestáveis ​​de que os moradores de Corazim, Betsaida, Cafarnaum e estavam sob julgamento e sem desculpa para não se arrepender e crer em Jesus como o Messias e Senhor (Matt. 11: 20-24). Como eles, todos em todos os lugares que viu seus sinais miraculosos, mas recusou-se a acreditar Nele, foram culposa (João 12:37-41). No dia de Pentecostes, Pedro corajosamente lembrou o povo de Israel, "Jesus, o Nazareno, [era] um homem aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos sabeis" (At 2:22). Eles não podiam alegar ignorância.

    Além de fazer "as obras que nenhum outro fez" (Jo 15:24), Jesus cumpriu as profecias messiânicas encontradas no Antigo Testamento. Essas previsões incluídas mais notavelmente seu nascimento virginal (Is 7:14.), A morte sacrificial (13 23:53-12'>Is 52:13-53: 12.) E ressurreição (. Sl 16:10; conforme At 13:35). (Para obter uma lista de profecias messiânicas mais cumpridas por Jesus, ver John Macarthur, A Commentary MacArthur Bíblia . [Nashville: Tomé Nelson, 2005], 78,79,145,156,667,820,828-29,1084,1236)

    Nesta seção, que descreve o evento conhecido como a entrada triunfal de Jesus se apresentou oficialmente a Israel como o Messias e Filho de Deus. Ao fazer isso, ele colocou em movimento uma cadeia de eventos que rapidamente o levou à morte, no momento exato preordenado por Deus. Como o Rei veio a morrer, Ele o fez no momento adequado, com a multidão apaixonada, na forma prevista, e para a perplexidade de seus homens. Em sintonia com o tema do seu evangelho (20:31), João destaque cumprimento da profecia do Antigo Testamento de Jesus em toda esta conta.

    No momento certo

    No dia seguinte (12: 12a)

    No dia seguinte, foi segunda-feira de manhã, um dia depois da ceia de Betânia (12: 1-11). Durante a noite, Judas havia se reunido com os chefes dos sacerdotes e concordou em entregar Jesus para eles (Mt 26:14-16.). Mas Jesus não estava à mercê de parcelas de seus inimigos; Ele permaneceu no controle absoluto das circunstâncias. O tempo divinamente ordenado tinha vindo para Ele morrer (v 23; conforme 13: 1.), Mas Ele iria fazê-lo em seus próprios termos. Os líderes judeus, com medo de como as multidões grandes e voláteis, em Jerusalém poderia reagir, queria colocar Jesus à morte, mas não durante a celebração da Páscoa (Mt 26:3-5; conforme Lc 22:2; 4: 27-28; Gl 4. : 4-5);ApropriAdãoente, o Cordeiro de Deus seria sacrificado no mesmo dia em que os cordeiros pascais eram sacrificados, porque Ele é o "Cristo, nossa Páscoa" sacrifício (1Co 5:7; Sl 76:10; Atos 4:26-28.).

    Até este ponto, o Senhor não permitiu que seus inimigos para tirar sua vida. Daí Ele tinha evitado provocando confrontos públicos desnecessários com as autoridades judaicas hostis. Quando "os fariseus saíram e conspiraram contra ele, sobre a forma como eles podem destruí-lo ... Jesus, ciente disso, retirou-se dali" (Mt 12:14-15; conforme 8:. Mt 8:4; Mt 16:20; João 4:1-3; Jo 7:1). Quando confrontos ocorreram, e os seus inimigos procuravam matá-lo, ele evadiu-los. O povo de sua cidade natal, Nazaré queria jogá-lo fora de um penhasco, mas Jesus "[passado] pelo meio deles, [e] seguiu o seu caminho" (Lc 4:30).Em outra ocasião, enfurecido com sua afirmação de ser Deus (Jo 8:58), os judeus hostis "pegaram em pedras para lhe atirarem, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo" (v 59; conforme 10.: 39). Presença dominante de Jesus também preveniu os seus inimigos de agarrando-o antes do tempo pré-determinado (João 7:44-46).

    O dia exato que o Senhor escolheu para entrar em Jerusalém cumprida uma das mais notáveis ​​profecias do Antigo Testamento, a profecia de Daniel das setenta semanas (Dan. 9: 24-26). Através de Daniel, o Senhor previu que o tempo a partir de decreto de Artaxerxes ordenando a reconstrução do templo (em 445 AC ) até a vinda do Messias seria "sete semanas e 62 semanas" (Dn 9:25;. conforme Ne 2:6). No período intertestamental, no entanto, ramos de palmeiras, tornou-se um símbolo geral da vitória e celebração. Quando os judeus, liderados por Simon, o Macabeu, recapturado Jerusalém, dos sírios, que "entrou com louvor e palma ramos" (1 Macc 13:51; conforme 2 Mc 10:7; 2 Sam 7:1— 16).

    Arrastados no fervor emocional do momento, a multidão gritou: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel." Hosana, um termo de aclamação ou elogios, translitera uma palavra hebraica que significa, literalmente, "Ajuda, eu oro," ou "Salvar agora, peço" (conforme Sl 118:25].) Essa crença foi ainda expresso pelo seu saudando-o como o Rei de Israel (conforme v . 15; 01:49; 19: 15,19). Mateus registra que a multidão também chamado de Jesus, o "Filho de Davi" (Mt 21:9; Mt 22:42), mais um título messiânico.

    No passado, o Senhor havia se recusado a ser saudado como o rei e conquistador militar as pessoas foram-se que o Messias seria. Na verdade, Ele se dispersou a multidão que tentava fazê-lo rei (conforme João 6:14-15). Mas desta vez ele aceitou a sua aclamação, enviando-os em um frenesi de excitação. Finalmente, eles pensaram, Ele estava aceitando o papel Queriam que ele tomar, a de um libertador político e militar. Mas Jesus aceitou o seu louvor em Seus termos. Como aquele que veio para salvar, aquele que veio em nome do Senhor (Jo 5:43), e o legítimo rei de Israel (Mt 1:21). (Mt 27:11;. Jo 1:49) , Ele tinha o direito de louvor da sua torcida. Mateus registra que, quando Jesus chegou a Jerusalém e entrou no templo, "os príncipes dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que ele tinha feito, e as crianças que estavam gritando no templo:" Hosana ao Filho de Davi, «[e] indignaram-se e disse-lhe: "Você ouviu o que estas crianças estão dizendo?" (Mt 21:15). O Senhor respondeu afirmando Seu direito de que o elogio: "Sim, não lestes," fora da boca de crianças e bebês de enfermagem Você preparou louvor para si mesmo? " (V. 16).

    Mas longe de ser exaltado pelos gritos de alegria da multidão eufórica, Jesus entristeceu-se com a atitude superficial das pessoas para com Ele. Ele sabia que muitos que estavam saudando-o como o Messias que dia iria chorar por sua morte, a sexta-feira seguinte. Portanto

    Quando se aproximou de Jerusalém, Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: "Se você soubesse a este dia, mesmo você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos. Para os dias virão em que os seus inimigos vão deitar-se uma barricada contra você, e cercá-lo e hem você de todos os lados, e eles vão nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação. " (Lucas 19:41-44)

    Na forma prevista

    Jesus, encontrar um jumentinho, sentou-se nela; como está escrito: "Não temas, filha de Sião, olha o teu Rei vem assentado sobre filho de uma jumenta." (12: 14-15).

    Os Evangelhos Sinópticos descrevem como Jesus encontrou o . jumentinho Quando o Senhor e os que com ele chegou, nos arredores de Jerusalém, Ele "enviou dois discípulos, instruí-los," Ide à aldeia [provavelmente Betfagé; conforme Mt 21:1.). Os discípulos fizeram como Jesus havia ordenado, e voltou com um potro e sua mãe, o que pode ter sido trazido para ajudar a manter o dócil colt (Matt. 21: 6-7). Incerto de qual animal o Senhor pretendia montar, eles colocaram seus casacos em ambos eles (Mt 21:7). Enquanto a procissão continuou, com Jesus agora montando o jumentinho, "a maior parte da multidão estendeu os seus casacos na estrada, e outros cortavam ramos de árvores [apenas o relato de João especifica que eram ramos de palmeira] e espalhá-las na estrada "(Mt 21:8), e manifestou ainda a crença da multidão que Jesus era o Rei de Israel (Jo 12:13; Lc 19:38).

    A escolha do Senhor de uma montagem foi um cumprimento intencional, consciente de Zc 9:9; Is 10:32; Zc 9:9). Ao escolher a andar de burro, porém, Jesus entrou em Jerusalém, como o humilde (Zc 9:9). O simbolismo de Sua humilhação foi perdido na multidão, no entanto, que continuou a proclamar Jesus como o Rei conquistando todo o caminho para a cidade (conforme Mt 21:15). Como Leon Morris observa, "O significado dos acontecimentos da vida de Jesus não estão abertos para cada homem não regenerado para ver. Eles são revelados apenas pelo Espírito Santo de Deus" ( O Evangelho Segundo João, O Novo Comentário Internacional sobre a Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 587-88).

    Para a perplexidade de seus homens

    Essas coisas Seus discípulos não entendiam na primeira; mas quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que eles haviam feito essas coisas a Ele. (12:16)

    As pessoas na multidão não foram os únicos que não conseguiram compreender o significado do que estava acontecendo. Nota parentética de João (conforme 2,22) indica que mesmo os discípulos não entenderam o significado da entrada triunfal na época; eles não podiam compreender que na Sua primeira vinda Jesus não veio como conquistador, mas como Salvador. Mesmo depois da ressurreição, os discípulos ainda perguntou esperançoso: "Senhor, é nesse momento que você está restaurando o reino de Israel?" (At 1:6) que os discípulos lembraram de que isto estava escrito dele, e que eles tinham feito essas coisas para Ele. Como Jesus tinha prometido Doze "O Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu disse a você" (Jo 14:26). "Quando Ele, o Espírito da verdade, vem", acrescentava o Senhor ", Ele vos guiará a toda a verdade, pois Ele não falará por sua própria iniciativa, mas o que Ele ouve, Ele falará, e Ele irá revelar a você o que há de vir "(16:13).

    Jesus era um rei como nenhum outro. Em vez de a pompa e circunstância associada com reis terrenos, Ele era manso e humilde (Mt 11:29.); em vez de derrotar seus inimigos pela força, Ele conquistou-los morrendo (He 2:14; conforme Ef. 1: 19-22.; Cl 2:15). Mas se Ele foi desprezado e rejeitado na Sua primeira vinda (Is 53:3), que vai quebrar Seus inimigos e destruí-los com uma feroz e último julgamento (Sl 2:9). Assim como Ele cumpriu perfeitamente todas as profecias do Antigo Testamento sobre a Sua primeira vinda, por isso Ele também virá novamente exatamente da maneira predita pelas Escrituras.

    44. O Evangelho alcança para fora: uma prévia da Salvação Gentilica (João 12:17-26)

    Assim, as pessoas que estavam com Ele quando Ele chamou Lázaro para fora do túmulo e ressuscitou dentre os mortos, continuou a testemunhar sobre Ele. Também por esta razão o povo foi-lhe ao encontro, porque tinham ouvido que ele tinha realizado este sinal. Por isso, os fariseus disseram uns aos outros: "Você vê que você não está fazendo nada de bom;. Olhar, o mundo tem ido atrás dele" Ora, havia alguns gregos, entre os que estavam subindo para adorar na festa; Estes, então, veio a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e começaram a perguntar-lhe, dizendo: "Senhor, queremos ver Jesus". Filipe veio e disse André; André e Filipe entrou, e falou Jesus. . E Jesus respondeu-lhes, dizendo: "Chegou a hora para o Filho do Homem para ser glorificado verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer , produz muito fruto Quem ama a sua vida perdê-la, e aquele que odeia a sua vida neste mundo, conservá-la para a vida eterna se alguém me servir, siga-me;.. e onde eu estou, estejais meu servo será também, se alguém me servir, o Pai o honrará (12: 17-26).

    Claramente Deus ordenou que o evangelho seja pregado a todas as pessoas, de todas as nações e etnias (Mt 24:14; Mc 13:10; conforme Mt 26:13; 28:.. 19-20; Cl 1:23; Ap 14:6; Dt 10:15; Dt 14:2; Sl 105:6; Is 41:8-9; 44: 1-2.; Ez 20:5); isto é, não só se originou com eles (já que Jesus, o Messias era um judeu), mas também foi oferecido a eles em primeiro lugar. Quando enviou os Doze para fora em uma missão de pregação, o Senhor ordenou-lhes, "Não vá no caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas sim ir às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mateus 10:5-6.). E quando uma mulher Gentil (Mc 7:26) pediu a Ele para curar sua filha possuído por um demônio, Jesus testou a sua fé, dizendo-lhe sem rodeios: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15:24 ). Paulo e Barnabé declarou aos judeus hostis em Antioquia da Pisídia, "Era necessário que a palavra de Deus seja falado com você primeiro, uma vez que você repudiá-lo e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos estão se voltando para os gentios" (At 13:46; conforme 18: 5-6). O evangelho, Paulo escreveu aos Romanos, "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16).

    Em contraste com os privilégios e bênçãos 1srael desfrutou (conforme Rom. 9: 4-5), os gentios eram "separado de Cristo, excluídos da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo "(Ef 2:12; conforme 1Ts 4:51Ts 4:5; conforme Sl 147:19-20..), E como resultado foram escravizados à idolatria (1Co 12:2; 1Cr 16:261Cr 16:26; Sl 96:1; Jr 2:11), com a sua futilidade resultante (Ef 4:17-18) e à corrupção (Ef 4:19; 1 Thess.4:.. 1Ts 4:5; 1 Pedro 4: 3-4).

    À medida que os destinatários de promessas da aliança do Antigo Testamento de Deus, os judeus se consideravam superiores aos gentios pagãos por causa de seu Deus e não tinha interesse em deixar gentios. Por exemplo, ao invés de proclamar a mensagem de Deus para a cidade Gentil de Nínive como ele tinha sido chamado para fazer, Jonas fugiu na direção oposta. Ele se ressentia profundamente a idéia de que os gentios podiam conhecer o seu Deus. Depois que ele (relutantemente) foi e proclamou juízo iminente de Deus sobre a cidade, o povo de Nínive se arrependeu. Previsivelmente, em vez de trazê-lo de alegria,

    desagradou muito, Jonas e ele ficou com raiva. Ele orou ao Senhor e disse: "Por favor, Senhor, não foi isso o que eu disse quando eu ainda estava no meu próprio país? Portanto, a fim de evitar esta fugi para Társis, pois eu sabia que és um Deus clemente e compassivo, longânimo e grande em benignidade, e que se arrepende do calamidade (Jonas 4:1-2)

    Tão arraigada era prejuízo dos judeus contra os gentios que mesmo os judeus crentes em Cristo eram lentos a aceitá-los como "co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Ef 3:6). Levou uma visão de Deus (10: 9-20, 34-35), para convencê-lo a pregar o evangelho aos gentios. Quando Cornelius e os outros gentios, ouvindo a mensagem de Pedro, acredita, e receberam o Espírito Santo, "todos os judeus convertidos que vieram com Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios" (10:45 ). Quando Pedro voltou a Jerusalém, "aqueles [os fiéis] que foram circuncidados teve problema com ele, dizendo: 'Você foi para homens não circuncidados e comeu com eles'" (At 11:3; Gn 26:4). Comentando sobre essa promessa, Paulo escreveu: "A Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti" (Gl 3:8 Deus disse a Israel: "Eles fizeram-me ciúmes com o que não é Deus, pois eles me provocaram à ira com os seus ídolos Então eu vou fazê-los com ciúmes com aqueles que não são um povo;. Eu vou provocá-los à ira com uma nação insensata "; em Rm 10:19 o apóstolo Paulo apelou a esta passagem como prova de que o evangelho seria estendida aos gentios. No Sl 22:27 Davi escreveu: "Todos os confins da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor, e todas as famílias das nações se prostrarão diante de ti", enquanto que no Sl 102:15 Deus graciosamente chama aos pecadores, "Vire-se para mim e sejam salvos, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro."

    Em Romanos 15:8-12, Paulo enfatizou que sempre foi o plano de Deus para trazer gentios para o Seu reino:

    Pois eu lhes digo que Cristo se tornou um ministro da circuncisão, em nome da verdade de Deus para confirmar as promessas feitas aos pais, e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia;como está escrito: "Portanto, eu vou louvar a Ti entre os gentios, e eu vou cantar para o seu nome." Mais uma vez, ele diz: "Alegra-te, ó gentios, com o seu povo." E, novamente, "Louvado seja o Senhor todos os gentios, e que todos os povos louvá-Lo." Mais uma vez 1saías diz: "Virá a raiz de Jessé, aquele que se levanta para reger os gentios, nele os gentios esperarão."

    Nesse breve passagem, Paulo citou as três divisões do Antigo Testamento (conforme Lc 24:44), a lei, os profetas (Is 11:10.), E os Salmos (18 (Dt 32:43.): 49; 117: 1), demonstrando aos judeus a partir de suas próprias Escrituras a verdade do plano de Deus para a salvação Gentil.

    Neste mesmo sentido, João 12:17-26 ilustra três perspectivas sobre Jesus: a dos fariseus, a de alguns gentios, e, então, que o próprio Senhor.

    Rejeição pelos fariseus

    Assim, as pessoas que estavam com Ele quando Ele chamou Lázaro para fora do túmulo e ressuscitou dentre os mortos, continuou a testemunhar sobre Ele. Também por esta razão o povo foi-lhe ao encontro, porque tinham ouvido que ele tinha realizado este sinal. Por isso, os fariseus disseram uns aos outros: "Você vê que você não está fazendo nada de bom;. Olhar, o mundo tem ido atrás dele" (12: 17-19)

    Como observado na discussão de 12: 12-13, algumas pessoas acompanhou Jesus de Betânia, enquanto outros saíram de Jerusalém para encontrá-Lo. Os dois grupos se uniram em uma enorme multidão que acompanhou Jesus até a cidade. No caminho, os de Betânia que estavam com ele quando chamou Lázaro para fora do túmulo e ressuscitou dentre os mortos, continuou a testemunhar sobre Ele. O seu testemunho entusiasmado para as pessoas que iam para fora de Jerusalém e encontrei com ele, porque ouviram que Ele havia realizado este sinal, amplificado o poderoso efeito do milagre para as massas que vêm para a Páscoa (11:45; conforme 05:36; 10:38).

    Nota do João que as pessoas se reuniram para Jesus porque ouviram que Ele tinha ressuscitado Lázaro dentre os mortos revela a natureza superficial de sua fé. Seu desejo era de que Jesus iria aceitar o papel de governante político e libertador militar que eles esperavam do Messias (conforme João 6:14-15; Jo 12:13). Eles provavelmente argumentou que desde que ele tinha o poder de ressuscitar para a vida aquele que estava morto há quatro dias, Ele certamente poderia usar esse poder para libertá-los do jugo da opressão romana. Como foi o caso com tantas outras multidões que seguiam Jesus (conforme 2, 23-25; 6: 2,14-15,26,60,66; 12: 42-43), esta consistia principalmente de caçadores de emoção. Até o final da semana, quando se tornou óbvio que Jesus não ia ser o Messias político que eles esperavam, o povo seguiu o exemplo dos fariseus e outros líderes em rejeitá-Lo. Muitas das mesmas vozes que gritaram "Hosana" na entrada triunfal deve ter gritado "Crucifica-o" na Sexta-feira Santa Em contraste com o superficial, o apego fugaz da multidão para Jesus, que terminou em rejeição, Seus verdadeiros discípulos perseverar em crer nEle. O Senhor disse ao "os judeus que haviam crido nele:" Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos "(Jo 8:31). O escritor de Hebreus advertiu que os verdadeiros crentes "não são ... aqueles que recuam para a perdição, mas ... aqueles que têm fé para preservar da alma" (He 10:39). A fé professada que não "dar frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8). "Qualquer um que vai longe demais e não permanecer no ensino de Cristo", o apóstolo João observou, "não tem a Deus; quem permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai eo Filho" (2Jo 1:9 João escreveu sobre essas pessoas, "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, para que ele seria mostrado que todos eles não são de nós. "

    Os fariseus, por sua vez, olhou em cena tumultuada com o aumento da frustração e alarme. Parecia-lhes que os eventos foram perigosamente espiral fora de controle; Se Jesus levou esta multidão raivosa em uma revolta armada contra os romanos, tudo estaria perdido. (Ao contrário dos saduceus, os fariseus se recusaram a comprometer-se com os romanos Mas, diferentemente dos zelotes, eles não agredir fisicamente eles..) Além disso, eles tinham ordenado que ninguém saiba o paradeiro de Jesus era para dizer-lhes que eles pudessem prendê-lo (11: 57). Ironicamente, ali, à vista de todos, era o que eles queriam muito um desesperAdãoente para aproveitar, cercado por milhares de pessoas. Mas em vez de virar Jesus às autoridades, as multidões foram ruidosamente saudando-o como o Messias. Com medo da reação da multidão, se eles prenderam Jesus abertamente, os fariseus ficou a olhar de frustração e desânimo. Não surpreendentemente, eles atacou um outro, dizendo, "Você vê que você não está fazendo nada de bom." Confrontado com Jesus 'incrível popularidade, apesar de seus melhores esforços para silenciá-lo, começaram a culpar uns aos outros. Eles teriam sido mais sábio, como o rabino Gamaliel eminente viria a aconselhar o Sinédrio, que não foram "encontrados lutando contra Deus" (At 5:39), que anula os planos dos homens para cumprir Seus propósitos (conforme Gn 50:20; Jr 10:23; Dn 4:1; Mt 26:13; 28: 19-20.; Lc 24:47; At 1:8; At 17:4; conforme At 8:27]; gentios que tinham abandonado a sua religião pagã e se virou para adorar o Deus verdadeiro), que tinham vindo a Jerusalém para celebrar a Páscoa. O seu desejo de ver (ou seja, ter uma audiência com) Jesus estava em contraste direto com a hostilidade aberta dos líderes religiosos judeus, bem como o interesse superficial da multidão inconstante. Significativamente, poucos dias antes de as pessoas do próprio Jesus teria verbalizar sua rejeição final no grito de Sua crucificação, gentios procurou saber mais sobre ele. Rejeição voluntária de Israel seria selado pelo julgamento divino, como Deus estabeleceu a nação de lado e virou-se para o resto do mundo (conforme 10:16; 11:
    52) com o evangelho e da comissão para ser um testemunhando as pessoas em seu nome.

    A rejeição de Israel tinha sido previsto no Antigo Testamento. Em Romanos 9:25-27 Paulo citou Oséias e Isaías para mostrar que Israel acabará por ser restaurados para Deus. Isso implica necessariamente a sua alienação dEle. Mais tarde, em que mesma epístola, Paulo declarou explicitamente que Israel tem sido judicialmente endurecido por Deus: "Porque eu não quero-vos, irmãos, que ignoreis este mistério, para que você não vai ser sábio na sua própria estimativa, que uma parcial endurecimento que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios haja entrado "(Rm 11:25). Deus colocou temporariamente de lado a nação de lado em favor da igreja, que consiste em gentios eo remanescente crente de Israel (conforme Rm 9:27; 11:. Rm 11:5,Rm 11:17). Assim, Deus de anulação da nação como um todo, não se opõe judeus individuais seja salva (conforme Rm 10:1)

    Esta é uma garantia absoluta baseada na eleição e fidelidade aos Seus convênios irrevogáveis, unilaterais e incondicionais com e promessas reino messiânico de Israel (a aliança abraâmica, Gn 12:15,Gn 12:17 soberana de Deus, a aliança davídica, 2 Sam. 7; e da nova aliança, Jer. 31).

    O texto não indica que estes gregos eram, de onde eram, por que eles queriam ver Jesus, ou por que eles vieram para Filipe. Talvez Jesus foi, em seguida, na parte do templo para que eles não foram autorizados a ir (gentios podiam ir mais longe do que o Pátio dos Gentios). Nesse caso, eles podem ter visto Filipe passando pelo Pátio dos Gentios, o reconheceu como um dos discípulos de Jesus, e se aproximou dele. Isso Filipe e André são nomes gregos não é significativa, uma vez que muitos judeus também tinham nomes gregos. Mas a nota de João Filipe que era de Betsaida da Galiléia pode sugerir que os gregos o escolheu por esse motivo. Betsaida era perto da região de Gentil conhecida como a Decápole (Mt 4:25;. Mc 5:20; Mc 7:31), e eles podem ter sido daquela região. Além disso, como um nativo da Galiléia, Filipe provavelmente falava grego.

    Sem saber como lidar com essas nações, Filipe veio e disse André sobre o seu pedido. Talvez Filipe hesitou em levá-los diretamente a Jesus, porque ele se lembrou de admoestação do Senhor aos Doze: (. Mt 10:5). O Senhor também foi, sem dúvida, de difícil acesso no meio da multidão, e Filipe pode ter se perguntado se era possível ou adequado interromper Ele. Além disso, com os inimigos de Jesus observando cada movimento seu, Filipe deve ter imaginado que era perigoso para os judeus para vê-lo conversando com os gentios. Era natural que ele se aproxime André, uma vez que ambos estavam de Betsaida (Jo 1:44), e André, foi mais de um insider entre os Doze (juntamente com Pedro, Tiago e João). Juntos, André e Filipe veio e disse Jesus sobre o pedido dos gregos para uma entrevista.

    A questão de saber por que um incidente como open-ended está incluído. Como não há registro de que Jesus nunca falou com eles, o melhor que pode ser dito é que eles representam Gentil interesse-a onda do futuro próximo, o Senhor chamou a igreja, um povo novo feitas de judeus e gentios, para ser seu testemunhar no mundo.

    Prestação do Salvador por um convite a todos

    . E Jesus respondeu-lhes, dizendo: "Chegou a hora para o Filho do Homem para ser glorificado verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer , produz muito fruto Quem ama a sua vida perdê-la, e aquele que odeia a sua vida neste mundo, conservá-la para a vida eterna se alguém me servir, siga-me;.. e onde eu estou, estejais meu servo será também, se alguém me servir, o Pai o honrará (12: 23-26).

    A resposta de Jesus aparece como uma resposta intrigante para os apóstolos. Não parece, à primeira vista a abordar pedido dos gregos para uma reunião. Na verdade, João nem sequer mencioná-los novamente (embora possam ter sido no meio da multidão que ouviu Jesus falar [v. 29]). A resposta do Senhor é dirigida nem para judeus ou gentios, mas para todos os que decidiram segui-Lo. No entanto, a vinda desses gentios levaram à decretação do Senhor, "Chegou a hora para o Filho do Homem vai ser glorificado" (conforme 13 31:32-17: 1,5; Is 52:13.). Significativamente, esta é a primeira vez que Jesus falou de Sua hora como presente; em todas as referências anteriores no Evangelho de João, ele ainda não tinha chegado (2: 4; 07:30; 08:20; conforme 7: 6,8). Deste ponto em diante o Senhor se referiu a ele como iminente (v 27; 13:. 1; 16:32; 17: 1).

    No contexto da entrada triunfal, as multidões sem dúvida interpretado as palavras de Jesus no sentido de que Ele estava prestes a derrotar os romanos e estabelecer o Seu reino terreno. Eles teriam se lembrou da profecia de 13 27:7-14'>Daniel 7:13-14, relativa ao Filho do Homem (inequivocamente um título significando messiahship para aqueles que conheciam a profecia) e o estabelecimento de Seu reino:

     

    Eu continuei olhando nas visões da noite,
    E eis que, com as nuvens do céu
    Um como um Filho do Homem estava chegando,
    E Ele veio até o Ancião dos Dias
    E foi apresentado diante dele.
    E foi-lhe dado o domínio,
    Glória e um reino,
    Que todos os povos, nações e homens de todas as línguas
    Pode servi-Lo.
    Seu domínio é um domínio eterno
    Que não passará;
    E o Seu reino é um
    O que não será destruído.

     

    Seguinte declaração de Jesus, no entanto, quebrou ilusões os dois homens tiveram, transformando seus sonhos de conquista em uma visão da morte. O Senhor apresentou-o com a frase solene verdade, em verdade vos digo que (conforme 1:51; 3: 3,5,11; 5: 19,24,25; 6: 26,32,47,53; 8 : 51,58; 10: 1,7; 13 16:20-21,38; 14:12; 16: 20,23; 21:18), ressaltando a sua importância. O Filho do Homem seria glorificado, não conquistando os romanos e imediatamente estabelecer Seu reino como eles tão ansiosamente aguardado, mas ao morrer. Usando uma ilustração agrícola que teria sido familiar a Sua audiência (conforme 4: 35-38; Marcos 4:1-32; Lc 17:6)

    Jesus sabia que depois da cruz do evangelho se espalharia muito além das fronteiras de Israel a todas as nações do mundo. Assim, Ele respondeu ao pedido de entrevista dos gregos, apontando para sua morte iminente. Os gregos queriam vê-Lo. Mas Jesus sabia que a única maneira que poderia realmente desfrutar comunhão com ele foi através de Seu sacrifício expiatório. Assim como o grão de trigo que cai na terra e morre para produzir uma rica colheita, assim também a morte de Cristo deveria suportar muito fruto , fornecendo salvação para muitos, de toda tribo, língua (Mt 20:28;. Mt 26:28; He 9:28; Ap 5:9; Jo 5:19; Jo 6:38) e recusa a buscar sua própria glória (Jo 5:41; Jo 7:18; Jo 8:50).

    Jesus, então, aplicado essa verdade com um convite geral que ilustra a atitude de coração necessária de quem recebeu a dádiva da salvação. Aquele que ama a sua vida neste mundo (conforme I João 2:15-17), preferindo-o sobre os interesses do reino de Deus, em última instância . perde Por outro lado, aquele que odeia a sua vida neste mundo por fazer de Cristo, e não eu, a sua primeira prioridade . irá mantê-lo para a vida eterna odiar a vida é uma expressão semita que tem a conotação de dar preferência a uma coisa em detrimento de outra (conforme Gn 29:31;. Dt 21:15 [ a palavra traduzida como "mal-amada" pela NASB naqueles versos significa, literalmente, "odiava"]; Lc 16:13; Rm 9:13). Neste contexto, refere-se a preferindo Cristo sobre a família, posses, metas, planos, desejos, mesmo a própria vida (Lc 14:27). Esta chamada para vender tudo para comprar a pérola, para comprar o tesouro (13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46), é a constante procura, inconfundível dos Evangelhos.

    Jesus advertiu repetidamente aqueles que O seguissem a considerar o custo extremo que poderia implicar:

    Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e siga após mim, não é digno de mim.Quem acha a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por minha causa a encontrará. (Mateus 10:37-39.)

    Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai e mãe e esposa e filhos, irmãos e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. Para que um de vós, quando ele quer construir uma torre, não se senta primeiro a calcular o custo para ver se tem com que a acabar? Caso contrário, quando ele estabeleceu uma base e não a podendo acabar, todos os que observam que começam a zombar dele, dizendo: "Este homem começou a construir e não pôde acabar." Ou qual é o rei, quando ele sai ao encontro de outro rei na batalha, não se senta primeiro a considerar se ele é forte o suficiente com dez mil homens ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, ele envia uma delegação e pede condições de paz. Então, nenhum de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus bens próprios. (Lucas 14:26-33)

    Em Lucas 9:23-24. "Ele estava dizendo a todos:" Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem perder a sua vida por minha causa, ele é o único que vai salvá-lo '"(conforme 17:33). Portanto, "Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilha será exaltado" (Mt 23:12;. Conforme Lc 14:11; Lc 18:14). Em Lc 9:26 Jesus advertiu: "Quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, e a glória do Pai e dos santos anjos." Embora não pode ser exigida, estar disposto a desistir de tudo para seguir a Cristo é o que separa os verdadeiros discípulos de falsos professores. Jesus não identificar a verdadeira fé salvadora pela sua perfeição, mas pela sua afeição. Aqueles que realmente vir a Cristo amá-Lo acima de tudo, todo o pecado, toda a justiça própria, todos os relacionamentos, e toda vontade própria.

    Aquele que serve Jesus deve seguir -Lo; "Aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo 2:6; 1Jo 4:15; 1Co 11:11Co 11:1; Jo 9:29) e não poderia ir lá (Jo 7:34; Jo 8:21).

    A segunda promessa abençoada por aquele que serve Jesus é que o Pai o honrará. Todos honras humanas são insignificantes em comparação com a honra eterna Deus dará àqueles que amam e servem Seu Filho. Aqueles que "alcancem a salvação que está em Cristo Jesus [ganho] com ele glória eterna" (2Tm 2:10). Através da morte de Jesus Cristo, Deus estava "trazendo muitos filhos à glória" (He 2:10).Embora o mundo pode odiar aqueles que servem ao Senhor Jesus Cristo (João 15:18-19; Jo 16:2; 1Jo 3:131Jo 3:13; conforme Mt 10:22; Mt 24:9. ; Lc 21:17), a promessa de Deus ainda é válido: "Aqueles que Me honram honrarei" (1Sm 2:30).. Essa promessa, originalmente dado aos judeus do Antigo Testamento, agora se estende através da cruz para todas as pessoas que realmente acreditam.

    Menos de uma semana depois que Jesus falou estas palavras, ele morreria como uma vez por todas, o sacrifício perfeito e completo de Deus para os pecados dos escolhidos de Deus. Através desse sacrifício, Ele iria abolir as barreiras sociais e culturais que já havia judeus separados dos gentios. Em Efésios 2:14-16 Paulo escreveu:

    Porque ele é a nossa paz, que fez os dois grupos em um e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para que em Si mesmo Ele pode fazer os dois um novo homem, estabelecendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, por ela ter levado à morte a inimizade.

    Como resultado, "os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Ef 3:6; conforme Rm 3:29; 4: 11-12.; Rm 9:24; 10: 11-13 ; 1Co 12:131Co 12:13;.. Gl 3:28).

    Fora da tragédia da rejeição de seu Messias de Israel veio bom, de acordo com o plano eterno de Deus. "Pela sua [dos judeus] transgressão", Paulo explicou, "veio a salvação aos gentios" (Rm 11:11). Perda de Israel foi o ganho dos gentios, como as bênçãos da salvação estendeu a mão para abraçar a eles. E, no futuro, a salvação dos gentios, com o tempo perfeito de Deus, provocar os judeus ao ciúme e à salvação. Paulo soletrá-la:

    Digo, porém, eles não tropeçar, de modo a cair, não é? De maneira nenhuma! Mas, pela sua salvação transgressão veio aos gentios, para torná-los com ciúmes. Agora, se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é riquezas para os gentios, quanto mais a sua realização ser! Mas eu estou falando com você que são gentios. E, porquanto sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério, se de alguma forma eu poderia passar para emulação os da minha raça e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? (Rom. 11: 11-15)

    Isso ocorrerá quando no propósito de Deus Ele age sobre os judeus, como descrito em Zacarias:

    Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito .... Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza. (Zc 12:10; Zc 13:1)

    "Agora a minha alma está perturbada; e que direi: 'Pai, salva-me desta hora" Mas para este fim Eu vim para esta hora Pai, glorifica o teu nome?. ". Então veio uma voz do céu: "Eu tenho glorificado, e outra vez o glorificarei." Assim, a multidão de pessoas que ali estavam e que a ouvira estavam dizendo ter havido um trovão; outros diziam: "Um anjo falou com ele." Jesus respondeu, e disse: "Essa voz não veio por minha causa, mas por causa de vós julgamento agora é sobre este mundo;. Agora o príncipe deste mundo será lançado fora, e eu, quando for levantado da terra,. atrairei todos a mim mesmo. " Mas dizia isto para indicar o género de morte com que Ele estava a morrer. A multidão, em seguida, respondeu-lhe: "Nós temos ouvido da lei que o Cristo é permanecer para sempre; e como você pode dizer:" O Filho do Homem seja levantado "Quem é esse Filho do Homem?" (12: 27-34)

    De todas as verdades da fé cristã, a morte de Jesus Cristo, acompanhado por sua ressurreição, é o mais precioso. Se não tivesse morrido, não haveria nenhum substituto para o pecado. Se não houvesse substituto, não haveria oferta de salvação. Se não houvesse salvação, não haveria esperança. E se não houvesse esperança, não haveria futuro, mas o inferno.

    Não é de admirar, então, que a fé cristã gira em torno da morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. A gloriosa verdade de que o Filho de Deus veio à terra para morrer como um sacrifício pelo pecado é o coração do plano redentor de Deus. A Bíblia ensina que a sua morte foi predeterminada por Deus na eternidade passada. Cristo é "o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8 NVI ). Do início ao fim, as Escrituras enfatizam a importância crucial do sacrifício de Cristo como oferta pelos pecados de todos os que jamais acreditaria-a oferecendo substitutiva que satisfez ou propiciou a ira de Deus, em nome de todos os eleitos (conforme Is 53. : 4-6; 2Co 5:212Co 5:21; 1Pe 2:241Pe 2:24)..

    Em primeiro lugar, a Sua morte cumpriu a profecia. Embora Israel não conseguiu agarrá-lo (1Co 1:23; conforme Lucas 24:25-27.), O Antigo Testamento ensinou claramente que o Messias havia de vir e morrer.De acordo com a profecia de Daniel das setenta semanas de anos, depois de 69 semanas (sete mais sessenta e dois), "o Messias será cortado" (Dan. 9: 25-26). Em Zc 12:10 Deus disse:

    Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito.

    Como resultado da morte do Messias, "haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza" (Zc 13:1); Zacarias 11:12-13 deu a quantidade exata de dinheiro Seu traidor iria receber (conforme Mt 26:15.). Is 50:6; Mt 27:26; Marcos 15:16-19.). Salmo 22 graficamente a morte de Cristo por crucificação, a forma de execução estrangeiro para os judeus:

    Mas eu sou um verme e não um homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim; eles se separam com o lábio, eles abanam a cabeça, dizendo: "Comprometa-se com o Senhor; livre-o, deixe-o resgatá-lo, porque tem prazer nele." (Vv 6-8; conforme Mt 27:1 previu outro detalhe da crucificação de Cristo: "Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre" (conforme Mt 27:1,Mt 27:48). Sl 31:5), enquanto que o Sl 34:20 retratado com precisão o fato de que nenhum dos Seus ossos faria ser quebrado (conforme João 19:32-36).

    O Antigo Testamento sacrifica tudo apontava para o sacrifício final feita por Jesus Cristo. O holocausto (Lv 1:3-17; 6: 8-13.) Simbolizava Sua expiação; a oferta pelo pecado (Lv 4:1-5,Lv 4:13; 6:. 24-30) Sua propiciação; ea oferta pela culpa (Lv 5:14:. Lv 5:7; 7: 1-10) o resgate de sua morte proporciona. Que Cristo foi o cumprimento de sacrifícios do Antigo Testamento é também um tema importante do livro de Hebreus (conforme 9: 11-10: 18).

    Nosso Senhor profetizou com precisão o cumprimento destas previsões e deu ainda mais detalhes sobre sua morte antes de qualquer um que tivesse ocorrido nas mãos de rejeitar os judeus e romanos ignorantes:

    Então, Ele levou os doze e lhes disse: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado. Para Ele será entregue aos gentios, e será escarnecido e maltratado e cuspido, e depois de terem açoitou, eles vão matá-lo, e ao terceiro dia Ele ressuscitará ". Mas os discípulos não entenderam nada dessas coisas, e o significado desta declaração foi escondido deles, e eles não compreender as coisas que foram ditas. (Lucas 18:31-34; conforme Mt 20:17-19; Marcos 10:32-34.)

    Em segundo lugar, a morte de Cristo é o tema do Novo Testamento. Cerca de um quinto do material nas contas do evangelho é dedicado aos acontecimentos dos últimos dias de sua vida. A morte e ressurreição de Cristo, o Senhor é o ponto culminante a que todo o material anterior a respeito de sua vida leva, ea partir do qual os atos e todo o fluxo epístolas.

    Em terceiro lugar, a morte de Cristo foi o principal propósito da encarnação. "Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir", declarou Jesus, "e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10:45). O escritor de Hebreus observou que mesmo verdade quando escreveu:

    Portanto, uma vez que os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte pode tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e pode libertar aqueles que, com medo da morte estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. (Heb. 2: 14-15)

    O apóstolo João disse de Jesus: "Você sabe que Ele se manifestou para tirar os pecados; e nele não há pecado .... O Filho de Deus se manifestou: para este fim, para destruir as obras do diabo" (1Jo 3:5).Resumindo a importância da morte de Cristo em conexão com a encarnação, Henry C. Thiessen escreveu,

    Cristo não veio principalmente para definir-nos um exemplo, ou para nos ensinar a doutrina, mas para morrer por nós. Sua morte não foi uma reflexão tardia ou um acidente, mas a realização de um propósito definido em conexão com a encarnação. A encarnação não é um fim em si mesmo; que é, mas um meio para um fim, e esse fim é a redenção dos perdidos através da morte do Senhor na Cruz. ( Palestras em Teologia Sistemática [Grand Rapids: Eerdmans, 1949], 314)

    Em quarto lugar, a morte de Jesus foi o tema constante do seu próprio ensino. Imediatamente após a confissão de Pedro de que Ele era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16), "Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia "(v 21; conforme 17:. 22-23; 20: 17-19; 26: 2). Para Nicodemos, Jesus declarou: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado" (Jo 3:14; conforme Jo 8:28; Jo 18:32); enquanto que em Jo 6:51 Ele disse de si mesmo: "O pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne." Depois de Sua ressurreição, Jesus repreendeu dois de seus discípulos por não terem compreendido a necessidade de sua morte: "Ó homens tolos e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e para entrar na sua glória? " (Lucas 24:25-26). Pouco depois Ele lembrou os onze apóstolos, "Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia" (v. 46). Em Ap 1:18 o Cristo glorificado proclamou: "Eu estava morto, e eis que estou vivo para sempre."

    Em quinto lugar, a morte de Jesus Cristo foi o tema central da pregação apostólica. Paulo escreveu aos Coríntios: "Porque eu entreguei a você como de primeira importância o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras" (1Co 15:3). Ele e seus companheiros pregadores repetem esse tema ao longo dos primeiros anos da igreja (13 44:3-15'>Atos 3:13-15,At 3:18; At 4:10; At 5:30; At 7:52; At 10:39; 13 27:44-13:29'>13 27:29; At 17:3).

    Em sexto lugar, Epístolas do Novo Testamento também instruir na teologia da morte de Cristo. Em Romanos 5:8-10 Paulo observou que a cruz demonstra o amor de Deus para os pecadores arrependidos, justifica-los, e reconcilia-los a Deus:

    Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus por meio dele. Se quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. (Conforme 6: 9-10; 08:34; 14: 9; 2Co 5:14; Gl 2:21; Fp 2:1; Cl 1:22)

    Pedro declarou que "Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para que Ele possa nos levar a Deus, depois de ter sido condenado à morte na carne, mas vivificado no espírito" (1Pe 3:18 ), enquanto o escritor de Hebreus acrescentou que "Jesus, por causa do sofrimento da morte [foi] coroado de glória e honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos" (He 2:9). Os "sofrimentos de Cristo" são algo "em que os anjos anseiam observar" (I Pedro 1:11-12). No sepulcro vazio após a ressurreição, os dois anjos disse às mulheres: "[Jesus] não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo que o Filho do Homem deve ser entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite "(Lucas 24:6-7). Na visão inspirada do apóstolo João de adoração no céu ", os quatro seres viventes e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro ... E cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de receber o livro e de romper lhe os selos, porque foste morto, e comprados para Deus com seus homens de sangue de toda tribo, língua, povo e nação "(Ap 5:8-9). Incontáveis ​​milhares de anjos ecoou aquele poderoso coro ", dizendo com grande voz: 'Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória" (v. 12).

    Por fim, a morte de Cristo é o coração de ordenanças da igreja. Batismo imagens de união do crente com Cristo na Sua morte (Rom. 6: 1-4; Cl 2:12), e nos crentes a Ceia do Senhor lembrar e "anunciais a morte do Senhor até que Ele venha" (1Co 11:26. ; conforme Lucas 22:19-20).

    Na passagem anterior (vv 23-26;. Conforme a exposição desses versículos do capítulo 3 deste volume), Jesus falou de sua morte iminente. Nos versículos 27:34, vemos o Deus-homem às voltas com as implicações do que a morte. A passagem revela a angústia de Jesus, a resposta do Pai, a antecipação da vitória, e o abandono pelo povo.

    A angústia de Jesus

    "Agora a minha alma está perturbada; e que direi: 'Pai, salva-me desta hora" Mas para este fim Eu vim para esta hora Pai, glorifica o teu nome?. ". (12: 27-28a)

    Sabendo que sua morte foi central no plano redentor de Deus, Jesus "em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz" (He 12:2; Mt 14:26; Lc 1:12; Lc 24:38; Jo 11:33; Jo 13:21; Jo 14:1; At 15:24;. 1Pe 2:241Pe 2:24).

    Cristo não ir para a cruz individual, indiferente, sem sentimento. "O Jesus joanino é nenhum ator docetic em um drama, sobre a desempenhar um papel que ele pode contemplar desapaixonAdãoente, porque ele não se envolver-se" (FF Bruce, o Evangelho de João [Grand Rapids: Eerdmans, 1983], 265). Em sua humanidade, Jesus sentiu toda a dor associada com a com a maldição do pecado (Gl 3:13). Por causa dessa dor ", ele ofereceu-se ambas as orações e súplicas, com forte clamor e lágrimas, Àquele capaz de salvá-lo da morte, e foi atendido por causa da sua piedade" (He 5:7:

    Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la.

    Repreender Pedro para atacar um dos que vieram prendê-Lo, Jesus disse: "Você acha que eu não poderia rogar a meu Pai, e Ele vai de uma vez colocou à minha disposição mais de doze legiões de anjos?" (Mt 26:53). Em outras palavras, Jesus não era vítima; Ele poderia ter chamado do Pai para resgatá-lo a qualquer momento.

    Mas Cristo não se desviaria do plano eterno de Deus de redenção, que apelou para Ele morrer como um sacrifício pelo pecado (1Jo 2:2). Portanto Ele imediatamente respondeu à sua própria pergunta hipotética negativa: Mas para isso é que eu vim a esta hora. Jesus teria, em vista de sua própria alegria eterna, completar a missão que o Pai tinha atribuído a Ele (conforme Jo 4:34; 5 .: Jo 5:30; Jo 6:38; Jo 18:37; He 10:7). Nosso pedido do Senhor indica que, como tinha feito perfeitamente em toda a sua vida (Jo 7:18; Jo 8:29; Jo 17:4), Ele iria glorificar o nome do Pai em Sua morte. Deus recebe glória, quando seus atributos se manifestam (conforme Ex 33:18-19; 34: 5-8.), E em nenhum foi Seu amor magnânimo para com os pecadores indefesos:, Sua ira santa contra o pecado (Rm (Rm 5:8.) . 5: 9), a Sua justiça perfeita (Rm 3:26), a Sua graça redentora (He 2:9), ou Sua infinita sabedoria (1 Cor 1. : 22-24) visto mais claramente do que no substitutivo, a morte expiatório de Seu Filho.

    A resposta do Pai

    Então veio uma voz do céu: "Eu tenho glorificado, e outra vez o glorificarei." Assim, a multidão de pessoas que ali estavam e que a ouvira estavam dizendo ter havido um trovão; outros diziam: "Um anjo falou com ele." Jesus respondeu, e disse: "Essa voz não veio por minha causa, mas por causa de vós (12: 28b-30).

    Pela terceira vez no ministério terreno de Cristo, do Pai voz veio de forma audível fora do céu. Nas outras ocasiões, no batismo de Jesus (Mt 3:17.) e da transfiguração (Mt 17:5) e para "dar a sua vida em resgate de muitos "(Mc 10:45), mas também seu retorno ao seu completo glória na presença do Pai. Foi por esta última que Jesus orou em Sua oração sacerdotal:

    Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti, até mesmo como lhe deste autoridade sobre toda a carne, que a todos quem você deu, Ele pode dar a vida eterna. Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, ea Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer. Agora, Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. (João 17:1-5)

    Voz audível do Pai confirmando que Ele ouviu e respondeu à oração de Jesus era óbvio para todos, embora o desnorteado multidão de pessoas que ali estavam e que a ouvira eram incapazes de compreender o seu verdadeiro significado. Alguns, procurando explicar a voz poderosa como um fenômeno natural, estavam dizendo ter havido um trovão. Trovão foi frequentemente associado no Antigo Testamento com a voz de Deus (por exemplo, Ex 19:16, Ex 19:19;. 2Sm 22:142Sm 22:14 ; 37:2-5; 40:9; Sl 29:3; 1Rs 13:181Rs 13:18; 1Rs 19:5; Dn 10:4), e Seu Filho (Jo 8:43). A questão não é que Deus está em silêncio, mas que caiu, as pessoas pecaminosas são surdos. Essa realidade é o resultado de caída pecaminosa e julgamento soberano divino (conforme Is 6:9-10.; 13 14:40-13:15'>Mat. 13 14:15; Jo 12:40; Atos 28:26-27). Portanto, "enquanto ouvindo, não ouvem, nem entendem" (Mt 13:13). Incrédulos, sendo morto em pecado (Ef 2:1), e cegado por ele para a verdade do evangelho (2Co 4:4)..

    A celeste voz, Jesus disse à multidão, não veio por minha causa, mas por amor de vós. À primeira vista, a afirmação do Senhor parece intrigante. Desde a voz veio em resposta a sua oração: "Pai, glorifica o teu nome", como poderia Jesus dizer que não foi por causa dele? De acordo com o idioma semita (conforme RVG Tasker, O Evangelho Segundo São João, Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 152-53), o significado parece ser que a voz não veio exclusivamente por amor de Jesus (já que ele não tinha necessidade de ouvir a voz audível do Pai para saber que sua prece foi atendida [conforme 11:42]). A voz veio para fortalecer a fé dos que estavam nas proximidades (conforme expressões semelhantes em v 44;. 4:21). Em particular,

    esta resposta milagrosa foi para os discípulos, para que pudessem ouvir diretamente e com seus próprios ouvidos, tanto que o Pai tinha, de fato, Jesus respondeu, e que essa resposta era. Era outra comprovação do Pai, do mais claro e do tipo mais forte, de que Jesus era o seu bem-amado Filho. (RCH Lenski, A Interpretação dos Evangelho de São João [repr .; Peabody, Mass .: Hendrickson, 1998], 873)

    Mesmo que os espectadores não entendia as palavras, a resposta audível do Pai a oração de Jesus ainda que lhes sejam comunicados afirmação divina do Filho.

    A antecipação da Vitória

    Agora julgamento é sobre este mundo; Agora o príncipe deste mundo vai ser expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim ", mas ele estava dizendo isso para indicar o tipo de morte com que Ele mesmo foi para morrer (12: 31-33)..

    Como Ele antecipou o triunfo da cruz, Jesus se alegrou com três vitórias significativas que iria realizar. Em primeiro lugar, sua morte traria . julgamento ... sobre este mundo Quando isso acontece freqüentemente nos escritos de João, o termo mundo designa o mal, sistema satânico e todos os que estão na mesma, que estão em rebelião contra Deus (conforme Jo 7:7: 23,Jo 7:44; Jo 14:17; 15: 18-19; Jo 17:9; 1Jo 3:13; 4: 4-5; 5: 4-5, 1Jo 5:19). Aparente vitória do mundo sobre Cristo na cruz foi, na realidade, sua própria sentença de morte; a condenação dos incrédulos mundo foi selado por sua rejeição de Jesus Cristo (conforme At 17:31). Embora Jesus veio para salvar, não para julgar (v. 47; 3:17; Lc 19:10), aqueles que rejeitam toda a história, desde então, condenar-se ao julgamento eterno do inferno (3: 18,36 ; 09:39; 12:48).

    Não só a morte de Cristo trazer julgamento sobre o sistema de mundo mal, mas também, ao mesmo tempo em seu mau governante, Satanás (conforme 14:30; 16:11; Lucas 4:5-6; 2Co 4:42Co 4:4)..Escritura revela várias vezes quando Satanás será expulso. Aqui, ele é expulso no sentido de que ele perde sua autoridade e influência. Se o seu domínio (o mundo) é julgado e destruído, ele não tem mais nada para governar. Durante a tribulação, Satanás será lançado permanentemente fora do céu, para a qual ele teve acesso a acusar os crentes (Ap 12:10). No final da tribulação, Satanás será lançado no abismo para a duração do reino milenar (Ap 20:1-3). Finalmente, no final do milênio, Satanás será lançado no lago de fogo, onde ele será punido por toda a eternidade (Ap 20:10). Como foi o caso com o mundo, a aparente vitória de Satanás na cruz, na realidade, marcou sua derrota total. Nas palavras do escritor aos Hebreus: "Através da [sua] morte [Jesus] tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo" (He 2:14;.. Conforme 1 Cor 15:25 —26; Ap 12:11).

    Em contraste com os dois primeiros, a vitória final realizada na cruz é formulada em termos positivos. Quando Ele é levantado da terra (uma referência a sua crucificação, que todos entenderam como nota de rodapé de João no versículo 33, Ele, porém, estava dizendo isso para indicar o tipo de morte com que Ele era para morrer, indica [conforme Jo 3:14]), Jesus declarou que Ele vai, por meio de que o sacrifício pelo pecado, atrairei todos a Si mesmo. Isso não significa, é claro, significa que toda a humanidade serão resgatadas, como alguns pensam universalistas. A frase que todos os homens se refere especificamente aos (o "muito fruto" de 0:24; conforme 6:
    44) que virá. Os todos os homens são aqueles que serão atraídos para a salvação de todos os tipos e classes de pessoas. A frase também salienta que todos os que são salvos são salvos crendo na obra de Cristo na cruz. Não há acesso a Deus para além da cruz, porque só através da morte de Cristo é pecado satisfatoriamente expiado (Mt 20:28; Rom. 3: 24-25.; He 9:12; 10: 4-12.; 1 Pedro 1: 18-19; 1Pe 2:24; 1Pe 3:18; 1Jo 2:21Jo 2:2; Ap 5:9; Ef 1:1; 13 51:1-14'>Col. 1 : 13-14).

    O abandono por parte do Povo

    A multidão, em seguida, respondeu-lhe: "Nós temos ouvido da lei que o Cristo é permanecer para sempre; e como você pode dizer:" O Filho do Homem seja levantado "? Quem é esse Filho do Homem? " (12:34)

    Incapaz de aceitar a verdade de que o Messias havia de morrer, a multidão, em seguida, respondeu Jesus, "Nós temos ouvido da lei (uma referência a todo o Antigo Testamento, e não apenas o Pentateuco) que o Cristo é permanecer para sempre; e como Você pode dizer: "O Filho do Homem seja levantado"? Com base em tais passagens como Is 9:7, e, especialmente, Dn 7:13, onde o Messias é chamado de "Filho do Homem" (conforme Dn 2:44), eles assumiram que Ele viria a derrotar todos os inimigos de Deus e estabelecer um reino eterno de paz e justiça. Isso, é claro, é exatamente o que o Senhor Jesus Cristo fará na Sua segunda vinda. A multidão, no entanto, com vista para o claro ensino do Antigo Testamento, que em Seu primeiro advento Messias viria a morrer como um sacrifício pelos pecados (veja a discussão sobre este ponto no início deste capítulo). À luz do que mal-entendidos, pergunta zombeteira da multidão, "Quem é esse Filho do Homem?" (ie, "Que tipo de Filho do Homem que você está falando?") só pode sinalizar a sua crença de que Jesus não era ele. Eles não conseguia conciliar previsão da sua morte (12: 23-26) Jesus com a sua crença de que o Messias havia de ser um conquistador triunfante (conforme João 6:14-15).

    Resistindo à tentação de transformar tudo de lado (especialmente no Getsêmani) a partir da agonia da cruz, Jesus completou a missão para a qual Ele veio ao mundo para morrer por Deus (conforme Heb. 10: 5-9).Fê-lo de várias maneiras. Em primeiro lugar, a morte de Cristo foi um sacrifício a Deus, pagando o preço por violação de sua santa lei (Is 53:10..; He 7:27; He 9:26, He 9:28; He 10:10, He 10:19) "pecadores. Em segundo lugar, a morte de Cristo foi um ato de submissão a Deus (Rm 5:19; Fp 2:8). Em terceiro lugar, a morte de Cristo foi uma substituição oferecido a Deus em favor dos pecadores (Is. 53: 4-6,11-12; 2Co 5:142Co 5:14; He 9:28; 1 ​​Pedro 2:24..). Em quarto lugar, a morte de Cristo foi uma satisfação para acabar com a ira de Deus contra o pecado, em nome dos eleitos (Rm 3:25; He 2:17; 1 Jo 2:1). . Por fim, a morte de Cristo redimiu os crentes a Deus (Mt 20:28; At 20:28; Rm 3:24; 1Co 1:301Co 1:30; Gl 3:13; Ef 1:1; Cl 1:14 ; 1Tm 2:61Tm 2:6; He 9:12; 1 Pedro 1: 18-19.) e reconciliou com Deus (Rm 5:10-11; 2 Cor. 5:. 18-20; Ef 2:16; Colossenses 1:20-22.) como Seus filhos (Mt 5:9; Jo 12:36; Rom. 8: 14-15,Rm 8:19; 2Co 6:182Co 6:18; Gal.. 3:26; 4: 5-6; Ef 1:5).

    Assim, como o escritor de Hebreus declara: "É convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem são todas as coisas, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse o autor da salvação deles por meio de sofrimentos" (He 2:10)

    Então Jesus disse-lhes: "Por um pouco mais de tempo a luz está entre vós Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem;. Ele quem anda nas trevas não sabe para onde vai Quando você tiver a. Luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. " Essas coisas Jesus falou, e ele foi embora e escondeu-se deles. Mas embora tivesse feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele. Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que ele falou: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação E a quem tem o braço do Senhor foi revelado?" Por esta razão, não podiam acreditar, pois 1saías disse novamente: "Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam e eu curá-las." Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e ele falou Dele. No entanto, muitas mesmo dos governantes creram nele, mas por causa dos fariseus não estavam confessando-O, por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga; Porque amavam a aprovação dos homens, em vez de a aprovação de Deus. E Jesus, clamando, disse: "Quem crê em mim, não acredita em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê a mim vê aquele que me enviou. Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele . crê em mim não permaneça nas trevas Se alguém ouve as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo Quem me rejeita e não recebe. as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que eu falei é que o julgará no último dia Porque eu não falei por mim mesmo, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer. . e o que falar Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna, por isso as coisas que eu falo, eu falo assim como o Pai me disse ". (12: 35-50)

    Embora os seres humanos muitas vezes perdem o controle de suas emoções, Deus nunca faz. Isso é mais evidente em Sua paciência para com os ímpios que continuamente ofender Sua santidade. Deus poderia legitimamente destruir todos os pecadores no primeiro momento eles transgredir a Sua lei e em todas as transgressões subseqüentes. Em vez disso, Ele pacientemente carrega com eles, estendendo-lhes a esperança de salvação. Mesmo quando ele foi injustiçado, Sua paciência é infinitamente perfeito. O pregador puritano piedosa Estevão Charnock descrito tolerância de Deus com estas palavras:
    Homens que são grandes no mundo são rápidos em paixões, e não são tão pronto a perdoar uma lesão, ou urso com um delinquente, como um de um posto fraco. É uma procura [falta] de um poder sobre o auto de um homem que faz com que ele faça coisas impróprias em cima de uma provocação. Um príncipe que podem refrear a sua paixão, é um rei sobre si mesmo, bem como sobre seus súditos. Deus é tardio em irar-se, porque [Ele é] de grande poder: ele não tem menos poder sobre si mesmo do que sobre as suas criaturas. ( A Existência e Atributos de Deus [repr .; Grand Rapids: Baker, 1979], 2:. 474 ênfase adicionada).

    Porque Deus é "misericordioso e piedoso" (Sl 103:8, Jn 4:2; Sl 145:8; Ne 9:17, Jn 4:2), enquanto Noé continuamente pregou a justiça de Deus, chamando as pessoas a reconhecer seus pecados e arrepender-se na confiança e submissão a Deus (2Pe 2:5 Ele disse a Abraão que haveria um grande atraso em Seu julgamento dos cananeus, porque "a iniqüidade dos amorreus ainda não está completa." Da mesma forma, Deus adiou o julgamento sobre a Assíria profetizado por Nahum para uma geração ou mais. "Em tempos passados," Paulo disse aos pagãos em Listra, "[Deus] permitiu que todas as nações andassem nos seus próprios caminhos, e ainda Ele não deixou a si mesmo sem testemunho, em que Ele o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas, que satisfaçam os seus corações com alimento e alegria "(Atos 14:16-17). O apóstolo declarou aos filósofos gregos em Atenas que Deus havia "negligenciado os tempos da ignorância" (At 17:30); isto é, Ele teria ocultado a plena medida de seu julgamento por um determinado período de tempo (conforme Rm 3:25).

    Mais do que qualquer outra nação, Israel experimentou a paciência de Deus. Ao longo da sua história o povo de Israel foram, como Estevão caracterizado o Sinédrio, "dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos [e] sempre resistem ao Espírito Santo" (At 7:51; conforme Dt 10:16;. 2Rs 17:142Rs 17:14; 2Cr 30:82Cr 30:8; Jr 7:26; Jr 17:23; Jr 19:15)... Em Jeremias Deus ofereceu esta repreensão de Israel: "Esta tem sido sua prática desde a juventude, que você não obedeceu à minha voz .... Na verdade, os filhos de Israel e os filhos de Judá têm vindo a fazer somente o mal aos meus olhos de sua juventude; para os filhos de Israel foram apenas provocar-me à ira pela obra das suas mãos "(. Jr 22:21; Jr 32:30). No entanto, apesar provocação contínua de Israel, Deus ", sendo compassivo, perdoou a sua iniqüidade, e não destruí-los; e, muitas vezes Ele conteve sua ira e não despertou toda a sua ira" (Sl 78:38).. "Por causa do meu nome eu adiar minha ira," Deus disse a rebelde Israel ", e para o meu louvor me contenho para você, a fim de não interrompê-lo" (Is 48:9) . Em 13 6:42-13:9'>Lucas 13:6-9 Jesus contou uma parábola que ilustra a paciência de Deus para com o Seu povo:

    Um homem tinha uma figueira que tinha sido plantada na sua vinha; e ele veio procurar fruto nela, e não havia nenhuma. E ele disse para a vinha-keeper, "Eis que há três anos eu vim procurar fruto nesta figueira, sem encontrar nenhum. Corte-o para baixo! Por que ele mesmo usar até o chão?" E ele respondeu, e disse-lhe: "Deixe-o em paz, senhor, para este ano também, até que eu cave em derredor, e colocar em fertilizantes, e se der fruto no ano que vem, tudo bem; mas se não, cortá-la."

    Deus também é paciente com os pecadores individuais. Em Rm 2:4). As palavras do apóstolo a Timóteo resumir sua autobiografia espiritual: "No entanto, por esta razão eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal, Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna" (1Tm 1:16). Pedro lembrou seus leitores que Deus é "paciente em direção a [pecadores perdidos], não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9.).

    É por causa de Sua paciência que Ele ainda não voltou no julgamento final. Como o renomado pregador Charles Spurgeon declarou em um sermão sobre a longanimidade de Deus:
    Nós esperamos para footfall [de nosso Senhor] na calada da noite, e olhou para ele através dos portões da manhã, e ele espera no calor do dia, e avaliou que ele poderia vir ere mais um sol desceu; mas ele não está aqui! Ele espera. Ele espera muito, muito longo. Ele não vai entrar?

     

    Longanimidade é o que o impede de vir. Ele está tendo com os homens. Ainda não o raio! Ainda não os céus ea terra riven cambaleando! Ainda não sou o grande trono branco, e no dia do juízo; pois ele é muito lamentável, e deu à luz por muito tempo com os homens! Mesmo com os gritos de seus escolhidos, que clamam dia e noite até ele, ele não está com pressa para responder, —para ele é muito paciente, longânimo e grande em benignidade. ("Paciência de Deus: um apelo à consciência", no O Metropolitan Tabernacle Pulpit [Pasadena, Tex .: Pilgrim Publications, 1985], 33: 678)

    No entanto, o fato de que Deus é tardio em irar não significa que Ele é incapaz de raiva, mesmo que os pecadores podem pensar o contrário. "Porque o juízo sobre a má ação não é executada de forma rápida", escreveu Salomão: "Portanto, o coração dos filhos dos homens entre eles são dadas inteiramente a fazer o mal" (Ec 8:11). 2Cr 36:15 descreve a paciência de Deus com Israel rebelde: "O Senhor, o Deus de seus pais, mandou dizer a eles novamente e novamente por Seus mensageiros, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação." Mas, eventualmente, a paciência de Deus terminou. Quando Israel "continuamente zombaram dos mensageiros de Deus, desprezando as suas palavras e mofando dos seus profetas ... a ira do Senhor se levantou contra o seu povo, até que não havia nenhum remédio" (v. 16; conforme Ne 9:30.; Jr 44:22). A paciência de Deus com os pecadores acabará por esgotar, que serve como uma séria advertência para aqueles que abusar dela.

    O tempo de paciência [de Deus] terá um fim .... Embora ele seja paciente com a maioria, no entanto, ele não está no mesmo nível com todos; todo pecador tem o seu tempo de pecar, para além do qual ele deve ir adiante ... e para pessoas em particular, o tempo de vida, seja mais curto ou mais longo, é o único momento de paciência ... o tempo da paciência termina com o primeiro momento da partida da alma do corpo. Este [presente] tempo só é o "dia da salvação." (Charnock, A Existência e Atributos de Deus, 2: 509510511)

    Os versículos 35:50, que registram o apelo final de Cristo a Israel, são um resumo de todo o Seu ministério público por mais de três anos, Jesus tinha se apresentou ao povo de Israel como o Messias e proclamou o evangelho do reino. Ele fundamentou as suas reivindicações por ensinar com poder e autoridade inigualável por qualquer pessoa diante dEle (Mt 7:28-29., Mc 1:22; Lc 4:32; Jo 7:46). Ele também havia realizado obras miraculosas que ninguém nunca tinha feito (Jo 15:24). Mesmo assim, todo o Seu ministério Jesus enfrentou a descrença, o ódio, hostilidade e rejeição, especialmente de líderes religiosos de Israel. Essa incredulidade e rejeição em breve atingir o seu auge na cruz.

    Esta passagem comovente registra chamada final do Senhor a crença, descobre as causas fatais de incredulidade, e estabelece as consequências fatídicas de tanto crença e descrença.

    A Chamada Final Fé

    Então Jesus disse-lhes: "Por um pouco mais de tempo a luz está entre vós Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem;. Ele quem anda nas trevas não sabe para onde vai Quando você tiver a. Luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. " Essas coisas Jesus falou, e ele foi embora e escondeu-se deles. (12: 35-36)

    Na entrada triunfal, as multidões frenéticas momentaneamente tinha saudado Jesus como o Messias e Rei. Mas eles viram o Messias como um rei terreno, um poderoso líder militar que iria derrotar os romanos (conforme capítulos. 2 e 3 deste volume). Jesus, no entanto, rejeitou as suas tentativas de forçá-lo para o papel de libertador político e militar (João 6:14-15). E quando Ele começou a falar de morrer (Jo 12:24), as pessoas abandonaram por completo; eles não foram capazes de compreender o conceito de um Messias assassinado (que até mesmo seus discípulos eram lentos para aceitar; conforme Mt 16:21-23.).Suas esperanças foram quebradas e que prestavam o seu veredicto final sobre Jesus: que Ele era um impostor e não o verdadeiro Filho do homem (conforme a exposição de 0:34 no capítulo anterior deste volume).

    Mas, apesar de sua rejeição, em Seu amor intensa e persistente para eles, Jesus estendeu a eles um convite final para reconhecê-Lo como Senhor e Salvador. Esse convite não só expressa o grito compassivo do Seu coração para a salvação de Israel, mas também emitiu um aviso (conforme Mt 23 (conforme Mt 23:37;; Lc 13:34 Lc 13:19:41.): 38-39.; Lc 13:35; 19: 42-44). Falando de sua morte iminente, Jesus advertiu Seus ouvintes que seria apenas por um pouco mais de tempo que a Luz, uma referência a si mesmo como a luz do mundo (conforme v 46; 1: 4-9.; 03:19 —21; 8:12; 9: 5), seria entre eles. Paulo descreveu Cristo como "a luz do conhecimento da glória de Deus" que brilha na escuridão (2Co 4:6).

    Jesus repetidamente usou a frase um pouco de tempo para enfatizar a brevidade de seu tempo remanescente na Terra. Anteriormente ele havia dito aos judeus incrédulos, "Por um pouco mais de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou" (07:33). Jesus disse aos discípulos no cenáculo a noite antes de sua morte: "Filhinhos, eu estou com vocês um pouco mais de tempo Você vai buscar-me;. E como eu disse aos judeus, agora eu também digo a você: 'Onde eu vou, vós não podeis ir '"(13:33), e," Um pouco mais, e você não verá mais Me; e outra vez um pouco, e você vai ver-me "(16:16). O Senhor sabia que apenas um curto período de tempo se manteve para as pessoas ouvirem e responder a ele. O "dia da salvação" (2Co 6:2). Em uma época antes de luzes elétricas, pessoas viajaram apenas durante as horas do dia, quando eles puderam ver claramente e caminhar com segurança. O Senhor comparou aqueles que deixaram de prestar atenção a sua advertência aos viajantes capturados fora após o anoitecer, perdido na escuridão de breu de um sem estrelas, noite sem lua. A única maneira para eles para evitar ser perdido na escuridão espiritual era, enquanto eles ainda tinham a Luz, para . acreditar na Luz A promessa gloriosa para aqueles que o fazem é que eles vão se tornar filhos de Luz (5 conforme 1 Tes.: 5; I João 1:5-7), e irradiar a luz da glória de Deus em Cristo em um mundo escuro (Mat. 5: 14-16; Ef 5:8)..

    A verdade é que, quando sóbrio pecadores persistentemente rejeitá-Lo, Deus pode vir a remover Sua graça e julgá-los. Neemias registra extraordinária paciência de Deus com Israel: "Você deu com eles por muitos anos, e advertiu-os pelo teu Espírito através de seus profetas" (9: 30a). Mas quando "eles não quiseram dar ouvidos ... [Deus] deu-os nas mãos dos povos de outras terras" (9:. 30b; conforme Jz 10:13; 13 12:17-18'>213 12:17-18'> Reis 17:13-18; 2Cr 15:22Cr 15:2). No Salmo 81:11-12 Deus lamentou: ". O meu povo não ouviu a minha voz, e Israel não obedeceu mim para que eu os entreguei à obstinação do seu coração, para andar em seus próprios dispositivos." Oséias registra declaração chocante de Deus ", Efraim (um nome simbólico para o reino do norte [Israel]) está ligado a ídolos; deixá-lo sozinho" (Os 4:17.). Por causa da rejeição de coração duro de Israel a Ele, Deus abandonou as pessoas para as consequências do seu pecado. Quando Israel "rebelaram, e contristaram o Seu Espírito Santo:" Deus, eventualmente, "entregou-se a tornar-se seu inimigo Ele lutou contra eles" (Is 63:10). Três vezes em Romanos 1:18-32, Paulo falou do julgamento irado de Deus em abandonar os pecadores para as consequências do seu pecado (vv 24,26, 28.). Hebreus 10:26-27 adverte que para aqueles que "continuar pecando deliberAdãoente [recusando-se a se arrepender] após ter recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectativa terrível de julgamento e a fúria de um incêndio que irá consumir os adversários. "

    Aqueles que rejeitam a Jesus Cristo, nunca abraçando com fé salvadora, inevitavelmente enfrentar a vingança de Deus, ira e julgamento em castigo eterno.
    A declaração de João, essas coisas Jesus falou, e ele foi embora e escondeu-se deles, marca o clímax trágico do ministério público do Senhor de Israel. O sol de oportunidade se pôs, a paciência de Deus estava no fim, e solenes advertências de Jesus: "Eu vou embora e você vai procurar-me, e morrereis no vosso pecado; para onde vou, vós não podeis ir" (Jo 8:21) estavam prestes a ser realizado. Ao contrário de incidentes anteriores (05:13 08:59-10:39; 11:54; Lc 4:30), desta vez ", de sua retirada, o seu esconderijo auto-consciente das pessoas, [Jesus] está agindo o judicial aviso, ele acaba de pronuncia-se "(DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Comentário Pillar Novo Testamento (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 447).

    Apesar das evidências enorme e incontestável, o povo judeu tinha concluído que Jesus não era o Messias e deve ser executado como um impostor. Na próxima seção, João dá a explicação bíblica para a rejeição chocante de Israel de Jesus Cristo, mostrando como pode ser que "aqueles que foram os seus não o receberam" (1:11).

    As causas fatais da descrença

    Mas embora tivesse feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele. Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que ele falou: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação E a quem tem o braço do Senhor foi revelado?" Por esta razão, não podiam acreditar, pois 1saías disse novamente: "Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam e eu curá-las." Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e ele falou Dele. No entanto, muitas mesmo dos governantes creram nele, mas por causa dos fariseus não estavam confessando-O, por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga; Porque amavam a aprovação dos homens, em vez de a aprovação de Deus. (12: 37-43)

    Os céticos argumentam que, por vezes, a rejeição de Jesus Cristo de Israel põe em dúvida a veracidade de suas afirmações. Parece incrível para eles que a maioria do povo judeu, especialmente os líderes religiosos que estavam mergulhados no texto do Antigo Testamento, poderia ter perdido as implicações óbvias de seus milagres. Tal visão míope, no entanto, ignora o poder do pecado (João 3:19-20) e Satanás (Jo 8:44; 2Co 4:42Co 4:4). Significativamente, embora atribuída Seus milagres para poder satânico (Mt 12:24), os adversários, ao contrário de Jesus modernos céticos do nunca negou a sua realidade (conforme Jo 11:47). O fato de incredulidade em face de tais provas irrefutáveis ​​e poderosa deixa claras as limitações da apologética. Enquanto evidências pode ser dada para a verdade do Evangelho, a resposta do pecador não se limita à mente e razão humana-salvação requer um coração regenerado, a obra do Espírito Santo (ver a discussão de Jo 3:1; 13 23:42-13:24'>Lucas 13:23-24.). Incrivelmente que era verdade mesmo que o braço do Senhor foi revelado ao povo de Israel através dos milagres de Cristo realizados. A razão não podiam acreditar, como disse ainda Isaías (Is 6:10), era que Deus tinha cegado seus olhos e ... endurecido o seu coração, de modo que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e ser convertido e [ter Deus] curá-los (conforme Rm 9:18). Rejeição de Cristo de Israel não estava apenas previsto, foi pelo projeto soberano de Deus (conforme Rom 9-11.); foi um ato julgamento de sua parte.

    Em Sua graça soberana, Deus trouxe o bem do que a rejeição. Como Paulo escreveu em Rm 11:11, foi "por transgressão [de Israel] [que] veio a salvação aos gentios." Os planos de Deus não podem ser frustrados por nada povo pecador pode fazer (Gn 50:20 [conforme 45: 5]; Sl 76:10, que João tinha acabado de citar, que se refere à visão de Isaías de Deus (conforme Is 6:5, Jo 5:27, Jo 5:30; Jo 9:39), é o único que judicialmente endurecido Israel. Finalmente João, inspirado pelo Espírito Santo, atribuída tanto aspas (06:10; 53:
    1) a Isaías. Isso deixa claro que ele era o autor do livro inteiro (ao contrário de estudos críticos modernos, que atribui Isaías para vários autores).

    Rejeição de Jesus Cristo de Israel foi o culminar de anos de rebelião, os privilégios de utilização indevida, e abandono da verdade divina. A terrível resultado foi que quando a verdade veio na pessoa de Jesus Cristo, muitos não podia acreditar. Pensando que eles podiam ver, eles eram, na realidade cegos espiritualmente (conforme 15:14 Matt; 23:. 16,17,19,24,26 e João 9:40-41).

    Mas soberano endurecimento de Deus, judicial de Israel não nega a culpabilidade dos que se recusaram a crer em Cristo. Como Leon Morris observa: "Quando João cita 'Cegou-lhes os olhos ..." ele não quer dizer que a cegueira ocorre sem a vontade, ou contra a vontade dessas pessoas .... Estes homens escolheram mal. Era sua própria escolha deliberada, sua própria culpa Não se enganem sobre isso "(. O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 604). DA Carson acrescenta, "o endurecimento judicial de Deus não é apresentada como a manipulação caprichosa de um potentado arbitrária xingando seres moralmente neutras ou mesmo moralmente pura, mas como uma condenação santo de um povo culpado que estão condenadas a fazer e ser o que eles mesmos escolheram" ( João, 448-49).

    É uma dura realidade que aqueles que persistentemente endurecer o coração contra Deus podem encontrar-se endurecido por Ele. O registro histórico do relacionamento de Deus com Faraó ilustra esse princípio, anotando dez vezes que ele endureceu o seu próprio coração (Ex 7:13,Ex 7:22; 8:. Ex 8:15,Ex 8:19,Ex 8:32; Ex 9:7,Ex 9:35, Ex 9:13:
    15) e dez vezes que Deus endureceu o seu coração (Ex 4:21; 7:. Ex 7:3; Ex 9:12; Ex 10:1,Ex 10:27; Ex 11:10; Ex 14:4,Ex 14:17). Isaías, em um dos mais claros textos evangelísticos no Antigo Testamento, gritou: "Buscai o Senhor enquanto se pode achar , invocai-o enquanto está perto " (Is 55:6) , por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga, indica. As autoridades religiosas já havia decretado que temido castigo, que cortou uma pessoa fora da vida social e religiosa judaica, para qualquer um que confessou Jesus como o Messias (9:22; conforme 07:13). Que eles amavam a aprovação dos homens, em vez de a aprovação de Deus dá mais uma prova de que esses governantes não possuía mais do que uma religião superficial. "Como você pode acreditar", Jesus scathingly pediu aos líderes religiosos, "Quando você recebe glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único?" (5:44). Tragicamente, eles amavam a sua religião de auto-exaltação e sua posição de prestígio na sinagoga e do Sinédrio tanto que eles se recusaram a Cristo. Esse tipo de amor para o mundo mostraram que eles não amam a Deus (Jc 4:4). "Para o que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" Jesus perguntou: "Ou que dará o homem em troca da sua alma?" (Mt 16:26). Em contraste, Jesus prometeu verdadeiros crentes: "Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali meu servo será também; se alguém me servir, meu Pai o honrará" (Jo 12:26). A parábola do fariseu e do publicano mostra o quão longe a auto-justos eram de Deus e verdadeira justiça (conforme Lucas 18:9-14).

    Os fatídicas conseqüências de crença e descrença

    E Jesus, clamando, disse: "Quem crê em mim, não acredita em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê a mim vê aquele que me enviou. Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele . crê em mim não permaneça nas trevas Se alguém ouve as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo Quem me rejeita e não recebe. as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que eu falei é que o julgará no último dia Porque eu não falei por mim mesmo, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer. . e o que falar Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna, por isso as coisas que eu falo, eu falo assim como o Pai me disse ". (12: 44-50)

    Uma vez que Jesus já tinha retirado (v. 36), as palavras registradas nos versos 44:50 não foram ditas nesta ocasião. João incluiu-os aqui para resumir ministério público de Cristo a Israel, que tinha terminado.As verdades que contêm enfatizar a importância do ministério do Salvador e que o erro fatal de se recusar a crer nEle. Revelam, também, várias consequências tanto crença e descrença.
    A declaração de Jesus, Aquele que crê em mim, não acredita em mim, mas naquele que me enviou, é uma reminiscência de declarações semelhantes em 5:24; 08:19; e 10:38 (conforme 13 20:14-6). Ela enfatiza a impossibilidade de acreditar no Pai além de acreditar em Jesus Cristo. No cenáculo discurso, Jesus reiterou a declaração, Aquele que vê a mim vê aquele que me enviou nas palavras familiares: "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9; Col .. 1:15; He 1:3).

    Jesus ensinou a verdade que Ele veio como luz para o mundo, para que todo aquele que crê em Ele não permanecerá na escuridão em passagens como Jo 8:12Jo 9:5). Como observado na discussão dos versículos 35:36, eles se tornam "filhos da luz".

    As palavras do Senhor : se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar mudar o foco das bênçãos de crença para as terríveis consequências da incredulidade. A não observância Jesus Cristo caracteriza incrédulos (03:36; conforme Rm 2:8; 2Ts 1:82Ts 1:8; Tt 3:3; Lc 19:10; 1Tm 1:161Tm 1:16.; 1Jo 4:141Jo 4:14) .Yet Jesus irá julgar os pecadores impenitentes no futuro (At 17:31; Rm 2:16; conforme He 9:27; Ap 20:1; 13:. 13 19:40-13:22'>19— 22); aqueles que se recusam a Sua salvação receberá seu julgamento. Como o escritor de Hebreus advertiu: "Veja por que você não se recusam a Ele que está falando. Porque, se não escaparam aqueles quando rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos escaparemos que se afastar Dele que adverte de Céu "(He 12:25).

    As palavras de Jesus determinar destinos eternos das pessoas, não só por causa de quem ele é, mas também porque ele fala de Seu Pai (conforme 04:34; 05:30; 06:38). Portanto, ninguém pode rejeitar suas palavras com a impunidade. Porque eu não falei por mim mesmo, Ele disse, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer eo que falar. Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna (conforme 5:24; 6:63, 68; 20:31); portanto, as coisas que eu falo, eu falo assim como o Pai me disse. Embora totalmente iguais em natureza ao Pai (Fp 2:6; Cl 2:9; 1Pe 1:251Pe 1:25).

    Como a nação de Deus escolhido (Am 3:2: "a adoção de filhos, ea glória, a aliança ea entrega da Lei e da culto, e as promessas, quais são os pais. " Mas acima de tudo, foi a partir do povo judeu que o Messias veio (v. 5). Tragicamente, quando Ele veio, eles rejeitaram. Eles se recusaram a aceitar a Sua chamada para crer nEle, e ignorou as advertências sobre as conseqüências da incredulidade. Finalmente, Deus os endureceu, e aqueles que não estavam dispostos a acreditar que se tornou incapaz de acreditar. Tendo sido confiado com tais grandes privilégios 1srael foi responsável por grande parte (conforme Lc 12:48). Portanto, Jesus pronunciou julgamento da nação em Suas palavras arrepiantes: "Eis que a vossa casa vos ficará deserta; e digo a você, você não vai me ver até que chega o momento em que você diz," Bendito o que vem em nome do Senhor! "(Lc 13:35). Uma geração mais tarde, o destino de Israel cairia nas mãos dos romanos. Jerusalém e do templo seria destruído, e as pessoas seriam espalhados e perturbado sob a disciplina divina até o presente. Mas a história não termina aí. Por causa de seu grande amor para o seu povo, Deus um dia vai resgatar o restante do seu povo escolhido ", e assim todo o Israel será salvo" (Rm 11:26).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de João Capítulo 12 do versículo 1 até o 50

    João 12

    A extravagância do amor — Jo 12:1-8

    Vimos em outras oportunidades que alguns estudiosos consideram que algumas partes do Evangelho de João estão mal situadas e que certos capítulos e versículos não estão no lugar que lhes corresponde. Alguns suspeitam que há algo fora de lugar neste capítulo. Moffatt, por exemplo, ordena-o desta forma: versículos 19:29-1-18 e o versículo 30 e logo os versículos 31 ao 42. Aqui se conserva a ordem da versão Cipriano da Valera mas se o leitor ler o capítulo segundo o reordenamento mencionado verá com maior clareza a sucessão e a relação dos acontecimentos e a linha de pensamento.

    O fim de Jesus estava muito próximo. O fato de ter ido a Jerusalém no momento da Páscoa era um ato de coragem suprema porque as autoridades o haviam proscrito (Jo 11:57). As multidões que chegavam a Jerusalém para a festa eram tão numerosas que não havia forma de conseguirem alojamento dentro da própria cidade. Betânia era um dos lugares fora dos limites da cidade que a Lei estabelecia como sítio apropriado para alojar os peregrinos.

    Quando Jesus chegou a Betânia ofereceram uma festa e uma refeição. João não o diz de maneira explícita mas deve ter passado na casa de Marta, Maria e Lázaro porque em que outra parte podia servir Marta se não foi em sua própria casa? Nesse instante o coração de Maria se sentiu inundado de amor. Tinha uma libra de ungüento de nardo, muito valioso. Tanto João como Marcos o descrevem com o adjetivo pistikos (Mc 14:3). É estranho, mas ninguém sabe com certeza qual é o significado dessa palavra. Há quatro possibilidades. Pode vir do adjetivo pistos que significa leal ou confiável e portanto pode indicar algo genuíno. Pode derivar do verbo pinein que significa beber e assim indicaria liquido. Pode tratar-se de uma marca e talvez deve limitar-se a traduzir nardo puro. Pode provir de uma palavra que significa noz pistacho e seria um tipo especial de essência que se extrai dela. Seja como for, era um tipo de perfume muito valioso. Maria ungiu os pés de Jesus com este perfume. Judas, com muito pouca bondade, questionou esta ação dizendo que era um simples esbanjamento. Entretanto, Jesus refutou seu comentário afirmando que se podia dar dinheiro aos pobres em qualquer momento mas que qualquer atenção que se fizesse a Ele devia levar-se a cabo nesse momento porque logo já não haveria oportunidade para fazê-lo.

    Aqui nos encontramos com toda uma série de pequenas descrições de personagens.

    1. Temos a personalidade de Marta. Servia a mesa. Marta sempre foi coerente. Amava a Jesus; era uma mulher com os pés sobre a terra; a única forma em que podia demonstrar seu amor era mediante o trabalho de suas mãos. Marta sempre dava tudo o que podia dar. Mais de um homem eminente que se destacou no mundo só chegou a ser o que foi porque alguém se ocupava dele e de suas necessidades vitais com amor no lar. Pode-se servir a Jesus tanto da cozinha como do estrado público ou de uma carreira que se exerce sob o olhar de todos os homens.
    2. Temos a personalidade de Maria. Maria é aquela que, acima de todas as coisas, amava a Jesus. E nesta ação de Maria vemos três coisas sobre o amor.
    3. Vemos a extravagância do amor. Maria tomou o objeto mais prezado que possuía e o gastou todo em Jesus. O amor não é autêntico se calcular os custos com cuidado. O amor dá tudo e a única coisa que lamenta é que não tem mais para dar.

    O. Henry, um professor do conto, tem um muito comovedor que se intitula O presente dos Reis Magos. Trata-se de um casal jovem, Della e Jim, que eram muito pobres mas estavam profundamente apaixonados. Cada um deles tinha uma só coisa que lhes pertencia de maneira especial. O cabelo da Della era seu orgulho. Quando o soltava era quase como um manto. Jim tinha um relógio de ouro que tinha herdado de seu pai e do qual se orgulhava. A véspera de Natal, Della tinha só um dólar e oitenta e sete centavos para comprar um presente para Jim. Fez a única coisa que estava em seu poder fazer: saiu à rua e vendeu sua cabeleira por vinte dólares. Com o que obteve comprou uma cadeia de platina para o precioso relógio de Jim. Quando seu marido voltou para a casa de noite e viu o cabelo curto da Della se deteve como petrificado. Não se tratava de que não gostasse ou que tivesse deixado de amar à sua esposa. Estava mais formosa que nunca. Lentamente lhe entregou seu presente: era um par de pentes de prender cabelos, muito caros, com pedras incrustadas nas bordas. Tinha-as comprado para que as luzisse em sua cabeleira. E tinha vendido seu bonito relógio de ouro para adquiri-las. Cada um entregou ao outro tudo o que possuía. O amor autêntico não pode conceber outra forma de dar.

    1. Vemos a humildade do amor. Era um sinal de honra ungir a cabeça de alguém. "Unge minha cabeça com óleo", diz o salmista (Sl 23:5). Mas Maria não ousava tocar a cabeça de Jesus; ungiu seus pés. Jamais pensou em conferir uma honra a Jesus. Nem sonhou que era digna de fazer algo assim.
    2. Vemos a falta absoluta de consideração de si mesmo do amor. Maria enxugou os pés de Jesus com seu cabelo. Nenhuma mulher respeitável da Palestina se animaria a aparecer em público com sua cabeleira solta. No dia de seu casamento, atava-se o cabelo da mulher, e nunca mais era vista em público com o cabelo solto. Era um sinal de imoralidade a mulher aparecer em público com seu cabelo sem recolher. Mas Maria nem sequer pensou nisso. Quando duas pessoas se amam de verdade vivem em um mundo próprio. Caminham com lentidão por uma rua lotada de gente, tomados pela mão, e nem lhes passa pela cabeça pensar no que dirão os outros. Regozijam-se em que outros vejam seu amor. Há muitas pessoas que se protegem de mostrar que são cristãos. Sempre têm em conta o que pensarão outros. Maria amava a Jesus. Para ela a opinião de outros carecia de toda importância.

    Mas há algo mais sobre o amor nesta passagem. João escreve: "A casa se encheu do aroma do perfume." Já vimos que muitas das frases de João têm dois sentidos. Um deles é o superficial, o outro é mais profundo. Muitos dos Pais da Igreja e muitos estudiosos viram um duplo sentido nesta frase. Consideram que estas palavras significam que toda a Igreja levou a doce lembrança da ação formosa de Maria. Uma ação bonita passa a pertencer ao mundo inteiro. Adiciona algo à beleza da vida. Uma ação bonita leva um elemento sempre precioso ao mundo, algo que não desaparece com o tempo. As histórias de amor são as histórias imortais do mundo.

    A EXTRAVAGÂNCIA DO AMOR

    João 12:1-8 (continuação)

    1. Temos a personalidade de Judas. Aqui encontramos três coisas sobre Judas.
    2. Vemos a confiança que Jesus deposita nele. Já desde João 6:70— 71, este evangelista nos mostra que Jesus sabia muito bem que entre seus homens havia um traidor. Pode ser que Jesus tenha querido chegar ao coração de Judas ao fazê-lo tesoureiro do grupo de apóstolos. Pode ser que Jesus tenha querido apelar a seu sentido da honra. Possivelmente o que Jesus dizia a Judas era o seguinte: "Judas, aqui há algo que você pode fazer por mim. Esta é uma prova de que preciso de você, gosto de você e confio em você." No caso de Judas, a apelação fracassou mas é certo que muito freqüentemente a melhor forma de ganhar alguém que está equivocado não é tratá-lo com suspeita e sim com confiança. Tratá— lo, não esperando o pior dele, mas sim esperando o melhor.
    3. Aqui vemos uma das leis da tentação. Jesus não teria posto a Judas a cargo da bolsa do dinheiro a menos que este tivesse certa capacidade para ocupar-se dela. Em seu comentário, Westcott diz: "Em geral, a tentação vem por meio daquilo para o qual estamos naturalmente capacitados." Se um homem tiver a capacidade necessária para se ocupar do dinheiro, chega-lhe a tentação de considerar o dinheiro como a coisa mais importante do mundo. Se alguém tiver uma capacidade natural para ocupar um lugar público e proeminente, se sentirá tentado a considerar que o principal é a reputação. Se alguém tiver algum dom especial, se sentirá tentado a orgulhar-se ou vangloriar-se dele. Judas tinha o dom de administrar o dinheiro e chegou a querê-lo tanto que se converteu primeiro em ladrão e logo em traidor por ele. O verbo que a versão Almeida Revista e Corrigida (1
      995) traduz como tinha a bolsa é bastazein. Seu sentido é ter, levar ou carregar mas também significa levantar no sentido de roubar. Judas não só levava a bolsa mas também roubava seu conteúdo. Veio-lhe a tentação por meio de seu dom natural.
    4. Aqui vemos como se pode torcer a visão das coisas de uma determinada pessoa. Judas acabava de ver uma ação que transbordava amor e disse que era um esbanjamento extravagante. Era um homem amargurado e sua visão das coisas respondia a essa amargura. O ponto de vista do homem depende do que tenha em seu interior. Vê só aquilo para o qual está capacitado e que pode ver. Se gostarmos de uma pessoa, não lhe poderemos fazer nenhum mal. Se não gostarmos dela, daremos uma má interpretação até de sua ação mais elevada. Se nossa mentalidade for cínica, adjudicaremos à pessoa as mais baixas motivações. Se formos generosos, resistiremos a pensar mal de outros. A mente torcida produz um ponto de vista torcido. Se virmos que criticamos muito a outros, se lhes adjudicarmos motivações indignas deveríamos nos deter um instante e em lugar de analisar a outros nos dedicar por um momento a nos analisar nós mesmos.

    Por último, aqui encontramos uma grande verdade sobre a vida. Há certas coisas que podemos fazer em qualquer momento e há outras que não faremos jamais a menos que aproveitemos a oportunidade quando se nos apresenta. Muito freqüentemente sentimos o desejo de fazer algo belo, generoso e bom. Acontece com freqüência que o adiamos, dizemos que o faremos no dia seguinte. O impulso desaparece e a ação fica sem fazer. A vida é algo incerto. Muito freqüentemente nos sentimos impulsionados a pronunciar uma palavra de agradecimento, de louvor ou de amor. Adiamo-lo e pode suceder que nós ou a pessoa em quem pensávamos parta deste mundo e a palavra cálida fique sem pronunciar.
    Há um exemplo trágico de um homem que se deu conta muito tarde que as coisas que nunca havia dito ou feito. Thomas Carlyle amava ao Jane Welsh Carlyle mas era um homem irascível, mal-humorado, e jamais a fez feliz. A mulher morreu de maneira imprevista.
    J. A. Froude nos fala sobre os sentimentos de Carlyle quando a perdeu:

    "Revisava seus papéis, seus cadernos de apontamentos e seus jornais; velhas cenas voltavam sem piedade à sua memória. Em suas longas noites de insônia reconheceu muito tarde o que ela havia sentido e sofrido por seus arroubos infantis. Suas faltas surgiam em um juízo sem remorso e, assim como antes não lhes tinha dado importância, agora as exagerava em seu arrependimento. .. ‘Ai’! exclamava uma e outra vez, ‘se pudesse vê-la só mais uma vez, embora não fossem mais que cinco minutos para que soubesse que sempre a amei apesar de todas essas coisas. Nunca soube, nunca.’ ”

    Há um momento para fazer e dizer as coisas; quando passa esse momento, jamais elas podem voltar a dizer nem fazer. ..

    A queixa má intencionada de Judas foi que o dinheiro que se poderia ter obtido desse ungüento poderia ter sido repartido entre os pobres. Mas, como diziam as Escrituras: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra.” (Dt 15:11).

    Em qualquer momento se podia ajudar os pobres. Se se quisesse demonstrar a devoção do coração a Jesus era preciso fazê-lo antes da cruz do Calvário tomá-lo em seus braços cruéis. Recordemos que devemos fazer as coisas agora porque muitas vezes a oportunidade não volta a apresentar-se nunca e o fato de não as fazer, em especial não expressar amor, produz o mais amargo dos arrependimentos.

    UM PLANO PARA DESTRUIR AS PROVAS

    João 12:9-11

    Para os líderes judeus as coisas estavam assumindo uma aparência insustentável. Isto se aplicava de maneira especial aos saduceus. Todos os sacerdotes eram saduceus. Para este grupo, a situação representava uma dupla ameaça.
    Em primeiro lugar, consideravam-na ameaçadora do ponto de vista político. Os saduceus eram a classe aristocrática e enriquecida entre os judeus. Além disso, sem dúvida alguma, eram o partido colaboracionista.

    Trabalhavam em colaboração com o governo romano. Seu objetivo era assegurar-se sua própria riqueza, comodidade e bem-estar. Enquanto lhes permitisse conservar os postos principais no governo estavam dispostos a colaborar. Os romanos outorgavam uma boa medida de liberdade aos povos que estavam sob o seu poder. Em termos gerais, permitiam que se governassem a si mesmos, sob a autoridade de um governador romano. Entretanto, ante o menor indício de desordem civil a mão de Roma caía com todo vigor e se voltava sem mais trâmite contra os responsáveis pelo bom governo que não foram capazes de mantê-lo. Estes saduceus viam Jesus como o possível líder de uma rebelião. Estava roubando os corações das pessoas. A atmosfera estava carregada e os saduceus estavam dispostos a livrar-se dele se havia algum levantamento e se sua própria segurança e comodidade se vissem ameaçadas.

    Em segundo lugar, consideravam que teologicamente era intolerável. Diferente dos fariseus, os saduceus não criam na ressurreição dos mortos. Criam que não havia ressurreição e, tal como João relata, depararam-se com Lázaro que tinha ressuscitado dos mortos. A menos que pudessem fazer algo a respeito, lhes escapava das mãos o próprio fundamento de seu poder, seu influencia e seu ensino.
    O que os saduceus planejavam fazer? Planejavam destruir as provas. Planejavam livrar-se de Lázaro.

    H. G. Wood relata o comentário que fizeram duas senhoras de idade quando Darwin fez pública sua concepção da evolução. Naqueles dias as pessoas pensavam que o ponto de vista do Darwin significava que o homem tinha surgido do animal e era idêntico a ele. As senhoras em questão comentaram: "Esperemos que não seja certo e se o for, não deixemos que outros fiquem sabendo."
    Quando alguém está disposto a sustentar uma posição destruindo as provas que a ameaçam, significa que está preparado para usar meios desonestos para sustentar uma mentira, e sabe disso.
    Os saduceus estavam dispostos a fazer calar a verdade para defender seus próprios interesses. Para muita gente, sua próprio interesse é a razão mais poderosa de sua vida. Parece ser um fato certo que muitos descobrimentos que permitiriam fabricar coisas a menor preço jamais se dão a conhecer porque aqueles cuja mercadoria se veria ameaçada compram patentes e se ocupam de que não vejam a luz do dia.
    Diz-se, por exemplo, que há anos se conhece o segredo para fabricar um fósforo eterno mas que aqueles cujos juros se veriam ameaçados se se comercializasse semelhante produto, compraram os direitos para fabricá-lo e não têm nenhuma intenção de dá-lo a conhecer. Não se pode afirmar com exatidão se esse caso particular for certo ou não, mas não há a menor dúvida de que esse tipo de coisas acontecem com freqüência. O próprio interesse dita a política e as ações dos homens.

    A fim de manter seu próprio lugar e sua influência, os sacerdotes e os saduceus estavam dispostos a fazer tudo o que podiam para destruir as provas da verdade. O homem que teme a verdade chegou a uma situação lamentável, o mesmo acontece quando põe o prestígio e o benefício pessoal de preferência à verdade.

    AS BOAS-VINDAS DE UM REI

    João 12:12-19

    A Páscoa, o Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos eram as três festividades obrigatórias dos judeus. Os judeus de todos os rincões do mundo chegavam a Jerusalém para a páscoa. Em qualquer lugar que o judeu vivia sua grande ambição era festejar uma páscoa em Jerusalém. Até o dia de hoje, quando os judeus que vivem no estrangeiro celebram a páscoa, dizem: "Este ano aqui, o próximo ano em Jerusalém."
    Nesses dias, a cidade de Jerusalém e as populações vizinhas estavam cheias de gente. Em uma oportunidade se fez um censo da quantidade de cordeiros sacrificados para a páscoa. Calculou-se que eram 256:500. Devia haver um mínimo de dez pessoas por cordeiro. Se essa cifra for correta, significa que havia quase 2.700.000 pessoas para a festa. Inclusive se a cifra é exagerada, não há dúvida de que a quantidade de pessoas tem que ter sido imensa. Correu a voz de que Jesus, o homem que tinha ressuscitado a Lázaro, aproximava-se de Jerusalém.
    Havia duas multidões. O grupo que acompanhava a Jesus desde Betânia e aquele que saiu de Jerusalém para vê-lo. Ambas devem ter-se movido como duas marés. Jesus se aproximou sobre o lombo de um jumentinho. Quando as multidões se cruzaram com ele o receberam como a um conquistador. A visão destas boas-vindas tumultuosas sumiu as autoridades judias no desespero porque parecia que não podia fazer nada para deter esta maré do povo que saiu para seguir a Jesus. Este acontecimento reveste-se de tal importância na vida de Jesus que devemos buscar compreender o que acontecia.

    1. Alguns dos integrantes da multidão não eram mais que curiosos. Tratava-se de um homem que, segundo os rumores que corriam, tinha ressuscitado alguém dentre os mortos. Muitos saíram para observar a uma figura que causava sensação. Sempre é possível atrair as pessoas, por algum tempo, mediante o sensacionalismo, a publicidade, deslumbrando-a. Nunca dura muito. A multidão que nesse dia olhava a Jesus como a sensação do momento clamava por sua morte na semana seguinte.
    2. Muitos dos integrantes destas multidões saudavam Jesus como a um conquistador. De fato, esse é o clima que prepondera em toda a cena. Saudavam-no com estas palavras: "Hosana! Bendito aquele que vem no nome do Senhor!" A palavra Hosana é o equivalente hebreu de "Salve agora!" A exclamação do povo era quase: "Deus salve o Rei!"

    As palavras com as quais a multidão saúda Jesus são esclarecedoras. São uma citação do Salmo 118:25-26. Agora, esse salmo tinha muitas ligações com diferentes acontecimentos e não há dúvida de que o povo as tinha em mente ao repeti-lo. Era o último salmo do grupo denominado Hallel. Os salmos 113:118 recebiam esse nome. A palavra Hallel significa Louve a Deus! Todos estes salmos são de louvor. Eram uma parte do primeiro grupo de coisas que todo menino judeu devia memorizar. Eram entoados com freqüência nos grandes atos de louvor e agradecimento celebrados no Templo. Formavam parte do grande ritual de páscoa. Mais ainda, este salmo estava intimamente relacionado com o ritual da festa dos tabernáculos.

    Nessa ocasião, os fiéis levavam maços de folhas de palma e ramos de salgueiro aos que chamavam lulabs. Foram todos os dias ao templo com eles. Durante cada dia da festa partiam ao redor do grande altar da oferta, uma vez durante cada um dos seis primeiros dias e sete vezes no sétimo dia. Enquanto caminhavam cantavam com voz triunfante este salmo e estes mesmos versos de maneira especial. Em realidade, pode ser exata a versão que assegura que este salmo foi escrito para a primeira celebração da festa dos tabernáculos quando Neemias tinha reconstruído as muralhas e a cidade destroçadas e quando os judeus vieram de Babilônia e puderam voltar a adorar (Neemias 8:14-18).

    Este era o salmo das grandes ocasiões e o povo sabia Mas há algo mais, este era o salmo próprio do conquistador Basta um só exemplo: estes mesmos versos cantaram quando a multidão de Jerusalém deu as boas-vindas a Simão Macabeu depois que conquistou Acra e a arrancou da dominação Síria, uns cem anos antes deste momento. Não há a menor dúvida de que quando o povo entoava este salmo via Jesus como o Ungido de Deus, o Messias, o Libertador, Aquele que devia vir. E tampouco se pode duvidar de que viam nEle o Conquistador. Para eles, em questão de minutos soariam as trombetas, chamando todos a tomar as armas e a nação judia se lançaria à muito ansiada vitória sobre Roma e sobre o mundo inteiro. Jesus se aproximou de Jerusalém com o clamor da multidão que saudava o conquistador soando em seus ouvidos; e isso deve lhe ter produzido tristeza porque viam e buscavam nEle justamente aquilo que se negava a ser.

    AS BOAS-VINDAS DE UM REI

    João 12:12-19 (continuação)

    1. É evidente que numa situação semelhante era impossível falar com a multidão. Uma multidão agitada não se detém a ouvir a ninguém uma vez que está em marcha. A voz de Jesus não teria chegado a essa imensa multidão. De maneira que Jesus fez algo que todos pudessem ver. Aproximou-se sobre o lombo de um jumentinho. Agora, isso tinha dois sentidos. Em primeiro lugar, era uma afirmação deliberada de que era o Ungido de Deus, o Messias. Era uma atuação das palavras do profeta Zacarias (Zc 9:9). João não cita com exatidão porque sem dúvida o faz de cor. Zacarias havia dito: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.”

    Sem dúvida alguma a ação de Jesus era um afirmação messiânica. Mas, em segundo lugar, afirmava que era uma classe especial e peculiar de Messias. Não devemos fazer uma interpretação errônea desta imagem. Para nós, o jumento é um animal um tanto desprezado mas esse não era o caso no Oriente. Ali era um animal nobre. Jair, o juiz, tinha trinta filhos que cavalgavam sobre jumentos (Jz 10:4). Aitofel cavalgava sobre um jumento (2Sm 17:23). Mefibosete, o príncipe real, filho do Saul, chegou até Davi cavalgando um asno (2Sm 19:24). Entretanto, o importante é que o rei montava sobre um cavalo quando estava em pé de guerra, chegava sobre um burro quando se propunha levar a paz. Toda esta atitude de Jesus indica que trazia intenções de paz; que não era a imagem guerreira com a qual os homens sonhavam, mas o Príncipe da Paz. Ninguém percebeu essa intenção naquele momento. Nem sequer os discípulos, que deveriam ter estado capacitados para fazê-lo, interpretaram-no assim. As mentes de todos estavam repletas de uma espécie de histeria coletiva. Aqui estava aquele que devia vir. Mas eles buscavam o Messias de seus próprios sonhos e desejos. Não buscavam o

    Messias enviado por Deus. Jesus apresentou uma imagem eloqüente do que afirmava ser mas não houve ninguém que a compreendesse.

    1. No pano de fundo estavam as autoridades judias. Sentiam-se frustrados e impotentes. Não podiam fazer nada que detivesse o magnetismo produzido por este homem chamado Jesus. "O mundo inteiro", diziam, "vai atrás dele". Nesta frase das autoridades vêem um exemplo esplêndido dessa ironia na qual João é tão hábil. Nenhum autor do Novo Testamento pode dizer tanto com uma reticência tão surpreendente. Foi porque Deus amou tanto o mundo que Jesus veio a ele. E aqui, sem propor-lhe, seus inimigos dizem que o mundo vai atrás dele. Na próxima seção, João relatará a vinda dos gregos a Jesus. Chegam os primeiros representantes desse mundo mais vasto, os primeiros pesquisadores do mundo exterior. As autoridades judias pronunciaram uma verdade mais profunda do que imaginavam quando disseram que o mundo inteiro se separava deles para seguir a Jesus. Aqui, nos lábios dos inimigos de Jesus, encontramos um vaticínio do que acontecerá.

    Não podemos deixar esta passagem sem assinalar o elemento mais singelo. São muito escassas as ocasiões na história do mundo quando se pôs de manifesto uma coragem tão magnífica e deliberada como nesta entrada triunfal. Devemos lembrar que Jesus era um proscrito, que as autoridades estavam decididas a matá-lo. A prudência lhe teria aconselhado voltar atrás, voltar para a Galiléia ou às paragens desérticas. Se, apesar de tudo, entrava em Jerusalém, a mais mínima cautela teria indicado que devia fazê-lo em segredo e buscar um esconderijo; entretanto, entrou de maneira tal que todos os olhos se posaram sobre ele. Era um ato da coragem mais elevada, porque desafiava tudo o que o homem podia fazer. E era um ato do mais elevado amor, porque era o último chamado do amor antes do fim.

    OS GREGOS QUE BUSCAM

    João 12:20-22

    Nenhum dos outros Evangelhos relata este incidente mas é muito natural e coerente encontrá-lo aqui. O Quarto Evangelho foi escrito para apresentar a verdade do cristianismo de maneira tal que os gregos pudessem apreciá-la e entendê-la. Portanto, é natural que em um Evangelho que propõe esse objetivo sejam mencionados os primeiros gregos que se aproximaram de Jesus.
    Não deve ser estranho encontrar gregos em Jerusalém na época da páscoa. Nem sequer tinham que ser prosélitos. O grego era um caminhante incansável. Sentia-se incitado pelo amor à aventura e o desejo de descobrir coisas novas. Um dos anciãos dizia. "Vocês os atenienses jamais descansarão nem deixarão descansar a ninguém." "Vocês, os gregos", dizia outro, "são como os meninos, sempre jovens de espírito".
    Mais de quinhentos anos antes, Heródoto tinha percorrido o mundo para descobrir coisas, conforme ele mesmo o expressou. Até o dia de hoje, perto do nascimento do Nilo há uma grande estátua egípcia sobre a qual um turista grego esculpiu seu nome, tal como o fazem os turistas contemporâneos. É obvio que o grego viajava com fins comerciais e de intercâmbio. Mas também foi o primeiro em viajar pelo puro prazer da aventura no mundo antigo. Não deve nos surpreender encontrar um grupo de turistas gregos na mesma Jerusalém.
    Entretanto, o grego era algo mais que isso. Por essência, o grego buscava a verdade. Não era estranho encontrar um grego que tinha passado de uma filosofia a outra, de uma religião a outra, de um professor a outro, em busca da verdade. O grego era um homem cuja mente sempre buscava a verdade.
    Como era que os gregos tinham chegado a ouvir falar sobre Jesus e a interessar-se nele?
    J. H. Bernard faz uma sugestão muito interessante. Durante a última semana de seu ministério, Jesus purificou o templo e expulsou os cambistas de dinheiro e os vendedores de pombas do pátio do templo. Estes comerciantes tinham seus postos no Pátio dos Gentios, o grande pátio que estava à entrada do templo. Permitia-se a entrada dos gentios a este pátio, mas não podiam passar além dele. Agora, se estes gregos estavam em Jerusalém sem dúvida alguma visitariam o templo e se deteriam no Pátio dos Gentios. Possivelmente tinham visto o tremendo dia quando Jesus tinha expulso os comerciantes do pátio do templo e possivelmente tinham experimentado o desejo de conhecer mais sobre um homem que podia fazer coisas como essa.
    Seja como for, este é um dos marcos do relato evangélico porque aqui temos a primeira leve sugestão de um evangelho que se espalhará pelo mundo inteiro.

    Os gregos se aproximaram com seu pedido a Filipe. Por que o escolheram? Ninguém pode saber com certeza. Pode ser que fosse porque Filipe é um nome grego e pensaram que alguém com esse nome os trataria com amabilidade. Mas Filipe não sabia o que fazer e se dirigiu a André. André não titubeou. Levou-os à presença de Jesus.

    André tinha descoberto algo a respeito de Jesus; sabia que ninguém podia ser jamais uma moléstia para o Mestre. Sabia que Jesus jamais lançaria fora uma alma que o buscava. André sabia que há uma porta aberta rumo à presença de Jesus e que ninguém pode jamais fechá-la.

    O PARADOXO SURPREENDENTE

    João 12:23-26

    Há poucas passagens no Novo Testamento que possam ter significado um golpe tão forte para os ouvintes como este. Começa com uma frase que todos podiam esperar e termina com uma série de afirmações que ninguém poderia ter imaginado.
    “É chegada a hora”, começou dizendo Jesus, “de ser glorificado o Filho do Homem”. Era evidente que as coisas tinham ido crescendo até provocar uma crise e agora esta estalava. Entretanto, a idéia que tinha Jesus a respeito do que implicava essa crise era muito diferente da opinião de outros. Quando falava sobre o Filho do Homem, não se referia ao mesmo a que se referiam os outros. Para compreender o caráter surpreendente desta breve passagem devemos entender algo do que os judeus conotavam ao falar do Filho do Homem. O termo tinha sua origem em Dn 7:13.

    O sentido da passagem é o seguinte. Em Daniel 7:1-8, o autor descreveu os poderes que governaram o mundo: os assírios, os babilônios, os medos e os persas. Eram tão cruéis, tão selvagens, tão sádicos que só se podia descrevê-los apelando a imagens de bestas selvagens; o leão com asas de águias, o urso com as três costelas entre os dentes, o leopardo com quatro asas e quatro cabeças e a besta terrível com dentes de aço e dez chifres. Estes eram os símbolos dos poderes que tinham governado o mundo no passado. Não obstante, o vidente sonhou que chegaria um novo poder ao mundo. Esse poder seria amável, humano e generoso; de modo que não o podia simbolizar como uma fera selvagem mas sim como um homem. Toda a passagem de Daniel significa que passaria a época da selvageria e se aproximaria o dia da humanidade.

    Agora, esse era o sonho dos judeus. Sonhavam com a idade de ouro quando a vida seria doce e eles seriam os amos do mundo. Mas como deveria chegar essa idade? Cada vez viram com maior clareza que sua nação era tão pequena e tão débil seu poder que essa idade de ouro não chegaria jamais por meios humanos e mediante um poder humano: devia chegar pela intervenção direta de Deus. Deus mandaria a seu emissário para fazê-lo chegar. De maneira que se remontaram à imagem do livro de Daniel e o que podia ser mais natural que chamar Filho de Deus a esse emissário? A frase que em um princípio só tinha sido um símbolo chegou a descrever uma pessoa. O Filho de Homem seria o emissário conquistador de Deus.

    Entre o Antigo e o Novo Testamento surgiu toda uma série de livros que falavam da idade de ouro e como chegaria. Em meio de seus problemas e pesares, suas escravidões e submissões, os judeus jamais esqueceram nem renunciaram a seu sonho. Um destes livros exerceu uma influência especial: o Livro de Enoque. Uma e outra vez, esse livro fala sobre esse Filho de Homem. Em Enoque, o Filho de Homem é uma figura tremenda que parecia estar controlado por Deus. Mas chegará o dia quando Deus vai liberar a esse Filho de Homem e virá com um poder divino e sobre-humano contra o qual não poderá prevalecer nenhum homem e nenhum reino e conquistará o império do mundo para os judeus.

    No pensamento judeu, o Filho de Homem representava o conquistador invencível do mundo, enviado por Deus. De maneira que Jesus diz: “É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.” Quando disse isso, seus ouvintes devem ter retido a respiração. Devem ter crido que tinha divulgado o chamado da trombeta da eternidade, que o poderio celestial estava em marcha e que se pôs em movimento a campanha da vitória. Não obstante, o sentido que Jesus dava à palavra glorificar não era igual ao que eles lhe davam. Os judeus se referiam com esse termo à idéia que os reinos conquistados de todo o mundo se retorceriam aos pés do conquistador. Jesus queria dizer crucificar. Quando mencionou o Filho de Homem, os judeus pensaram na conquista levada a cabo pelos exércitos de Deus. Jesus se referia à conquista da cruz.

    De maneira que a primeira frase pronunciada por Jesus exaltou os ânimos daqueles que o ouviram. Logo começou uma sucessão de frases que devem tê-los deixado abobalhados, intrigados, surpreendidos pela impossibilidade de crer nelas. Tratava-se de palavras que não falavam em termos de conquista, mas sim de sacrifício e de morte. Nunca entenderemos a Jesus nem a atitude dos judeus para com Ele se não compreendermos como transtrocou suas idéias, como converteu um sonho de conquista em visão da cruz. Não surpreende que não o tenham compreendido; a tragédia é que se negaram a fazê-lo.

    O PARADOXO SURPREENDENTE

    João 12:23-26 (continuação)

    Em que consiste, então, este paradoxo surpreendente Que Jesus estava ensinando? Jesus dizia três coisas que são variações de uma verdade central e que estão na medula da fé e da vida cristãs.

    1. Jesus dizia que a Vida só chega por meio de uma morte. O grão de trigo era inútil e não dava fruto enquanto era conservava, por assim dizer, seguro e a salvo. Dava frutos quando era jogado no chão frio, e era enterrado ali como em uma tumba. A Igreja cresceu graças à morte dos mártires. Segundo a famosa frase: "O sangue dos mártires foi a semente da Igreja." Foi porque eles morreram que a Igreja se converteu na 1greja viva. As grandes coisas sempre viveram porque os homens estiveram dispostos a morrer por elas. Mas se converte em algo ainda mais pessoal. É comum suceder que um homem determinado chega a ser realmente útil para Deus só quando enterra seus objetivos e ambições pessoais.

    Cosmo Lang chegou a ser Arcebispo do Canterbury. Em uma época tinha grandes ambições mundanas. A influência de um amigo, que era um homem de Deus, impulsionou-o a abandonar suas ambições mundanas e ingressar na 1greja da Inglaterra. Enquanto estudava para o ministério no Cuddesdon um dia em que estava orando na capela ouviu uma voz que lhe dizia com toda clareza: "Eu preciso de você!" Só quando enterrou suas ambições pessoais se converteu em um homem útil para Deus.
    Mediante a morte chega a Vida. Mediante a lealdade que esteve disposta a enfrentar a morte se conservaram e surgiram os bens mais apreciados da humanidade. Por meio da morte do desejo e da ambição pessoais o homem se converte em servo de Deus.

    1. Jesus dizia que só entregando a vida a retemos. O homem que ama a vida está impulsionado por dois objetivos: o egoísmo e a busca da segurança. Seu próprio progresso e segurança são os dois móveis de sua vida. Não foi em uma ou duas mas em muitas ocasiões que Jesus disse que o homem que cuidava sua vida terminaria por perdê-la e que aquele que a entregava, ganhava.

    Houve um famoso evangelista chamado Christmas Evans. Sempre estava pregando para Cristo. Seus amigos o aconselhavam e lhe rogavam para levar as coisas com mais calma. Sua resposta sempre era a mesma: "É melhor queimar-se que oxidar-se."
    Quando Juana d’Arc soube que seus inimigos eram fortes e que seu tempo era breve, rogou a Deus: "Só durarei um ano, use-me como puder".

    Jesus estabeleceu essa lei várias vezes (Mc 8:35; Mt 16:25: Lc 9:24; Mt 10:39; Lc 17:33). Basta pensarmos o que este mundo teria perdido se não tivessem existido homens dispostos a esquecer sua segurança pessoal, o ganho egoísta e seu próprio progresso. O mundo deve tudo aos homens que queimaram toda sua força sem reticências e se entregaram a Deus e ao próximo. Sem dúvida alguma existiremos por mais tempo se andarmos com mais calma, se evitarmos todo tipo de esforços, se nos sentarmos junto ao fogo e cuidarmos a vida, se nos cuidarmos como um hipocondríaco cuida sua saúde. Sem dúvida existiremos mais tempo, mas jamais viveremos

    1. Jesus dizia que a grandeza só chega mediante o serviço. A pessoa que o mundo recorda com amor é aquela que serve a outros.

    Uma certa Sra. Berwick tinha completo um trabalho muito ativo no Exército de Salvação de Liverpool. Quando se aposentou foi viver a Londres. Chegou a guerra e os ataques aéreos. A gente chega a ter idéias estranhas e por alguma razão se creu que a humilde casa e o refúgio da Sra. Berwick eram especialmente seguros. Já era anciã, seus dias de serviço social em Liverpool tinham passado fazia muito tempo, mas sentia que devia fazer algo acerca deste fenômeno. De modo que reuniu uma caixa muito simples com elementos de primeiros auxílios e pôs um aviso sobre a janela: "Se necessitarem ajuda, batam aqui".
    Essa é a atitude cristã para com o nosso próximo. Em uma oportunidade, perguntou-se a um estudante que elementos gramaticais eram meu e minha. Respondeu, com maior exatidão do que se propôs, que eram pronomes agressivos. É muito certo que no mundo moderno a idéia de serviço corre perigo de perder-se. Há tanta gente que neste momento está na vida, no trabalho, e nos negócios nada mais que pelo benefício que pode obter deles. Pode ser que cheguem a ser ricos mas há algo indubitável: nunca serão amados, e o amor é a verdadeira riqueza da vida.

    Jesus chegou aos judeus com uma nova visão da vida. Viam a glória como uma conquista, a aquisição de poder, o direito a governar. Jesus via a glória como uma cruz. Ensinou aos homens que a vida só chega por meio da morte; que unicamente se entregarmos a vida ganharemos; que a grandeza só chega pelo serviço.

    E o mais extraordinário é que quando nos pomos a pensá-lo, o paradoxo de Cristo não é outra coisa que a verdade do sentido comum.

    DA TENSÃO À CERTEZA

    João 12:27-34

    Nesta passagem, João nos mostra tanto a tensão como o triunfo de Jesus e nos assinala como passou de um a outro.

    1. João não nos relata a história da agonia no Getsêmani. É aqui onde nos mostra a luta de Jesus contra seu desejo humano de evitar a cruz. Ninguém quer morrer, muito menos aos trinta e três anos e sobre uma cruz. Não teria havido mérito alguém na obediência a Deus da parte de Jesus se lhe tivesse surgido com facilidade e sem sacrifício. A verdadeira coragem não implica em não ter medo. Não há nenhum mérito em fazer algo se for fácil. A coragem autêntica ocorre quando a gente sente um profundo temor e entretanto faz o que deve fazer. Assim era a coragem de Jesus. Como o expressasse Bengel: "Aqui se encontraram o horror à morte e o ardor da obediência". Aqui vemos a luta que Jesus teve que travar para obedecer a vontade de Deus. Esta vontade implicava a cruz e Jesus teve que armar-se de coragem para aceitá-la.
    2. Não obstante, o final da história não é a tensão mas o triunfo e a certeza. Jesus estava seguro de que se seguia adiante, aconteceria algo que destroçaria o poder do mal de uma vez para sempre. Se fosse obediente e até a morte se chegasse até a cruz, estava seguro de que lançaria um golpe mortal ao Amo deste mundo, a Satanás, ao Demônio. Devia ocorrer uma última luta, um último esforço que destruiria para sempre o poder do mal. Mais ainda, sabia que se chegasse até a cruz, a visão de seu corpo elevado e crucificado terminaria reunindo a todos os homens a seu ao redor. Jesus também desejava a conquista; também queria submeter aos homens e sabia que a única maneira de fazê-lo para sempre era mostrando-se a eles na cruz. Começou com a tensão, terminou com o triunfo.
    3. O que aconteceu, então, entre a tensão e o triunfo? O que foi que permutou uma coisa na outra? Entre ambas, surgiu a voz de Deus. Por trás desta voz de Deus há algo muito grande e profundo. Houve um tempo quando os judeus creram com absoluta certeza que Deus falava diretamente com os homens. Deus falou de maneira direta ao jovem Samuel (I Samuel 3:1-14). Deus falou diretamente a Elias quando este escapou da vingança de Jezabel (I Reis 19:1-18). Elifaz temanita afirmou que tinha ouvido diretamente a voz de Deus (4:16). Mas para a época de Jesus, os judeus já não criam que Deus falava com os homens de maneira direta. Os grandes dias eram coisa do passado; Deus estava muito longe agora; a voz que tinha falado aos profetas permanecia em silêncio. Nessa época criam em algo que chamavam o Bath qol. Trata-se de uma frase hebraica que significa a voz filha ou a filha de uma voz. Quando falava Bath qol, em geral citava as Escrituras. Não era, em realidade, a voz direta de Deus; poderia-se dizer que era o eco dessa voz. Um murmúrio longínquo, vago, em lugar da comunicação direta e vital de Deus. Mas com Jesus não acontecia o mesmo. Jesus não ouvia o eco da voz de Deus mas a própria voz de Deus. Esta é uma verdade muito profunda. O que chega aos homens, com Jesus, não é um murmúrio longínquo da voz de Deus, algum eco vago que provém das alturas. O que chega aos homens é o acento inconfundível da voz de Deus.

    Por outro lado, devemos assinalar que a voz de Deus chegou a Jesus em todos os grandes momentos de sua vida. Chegou durante seu batismo quando se aproximou pela primeira vez à tarefa que Deus lhe tinha encomendado (Mc 1:11). Chegou-lhe no monte da transfiguração quando decidiu tomar o caminho que o conduziria a Jerusalém e à cruz (Mc 9:7). E agora lhe chega quando sua carne e seu sangue humano precisam fortalecer-se mediante a ajuda divina para a prova da cruz. O que Deus fez por Jesus é o mesmo que faz por todos os homens. Quando Deus nos envia por um caminho não o faz sem nos dar instruções e uma guia. Quando nos encomenda uma tarefa, não deixa que a cumpramos na debilidade solitária de nossas próprias forças. Deus não é um Deus silencioso. Uma e outra vez, quando a carga da vida nos resulte muito pesada, quando o esforço do caminho de Deus supere nossas forças, se escutarmos com atenção ouviremos sua voz, seguiremos adiante com o som dessa voz em nossos ouvidos e seu força em nosso espírito. Nosso problema não é que Deus não fale mas nós não ouvimos o suficiente.

    DA TENSÃO À CERTEZA

    João 12:27-34 (continuação)

    Jesus afirmou que quando fosse elevado na cruz atrairia a todos os homens a si mesmo. Alguns consideram que esta frase se refere à Ascensão e que significa que quando Jesus foi exaltado no poder de sua ressurreição, convocaria a todos os homens a seu redor. Mas isso está muito longe da verdade. Jesus se referia a sua cruz, e o povo sabia.

    E mais uma vez, como era inevitável, sumiram-se em uma surpresa incrédula. Como se podia conectar o Filho do Homem com uma cruz? Acaso o Filho do Homem não era o líder invencível que dirigia os irresistíveis exércitos celestiais? O que tinham em comum o Filho do Homem e uma cruz? Acaso o Reino do Filho do Homem não duraria para sempre? “O seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Dn 7:14). Acaso não se disse sobre o príncipe da idade de ouro: “Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente” (Ez 37:25). Não havia dito Isaías ao referir-se ao líder do novo mundo: “Aumente o seu governo, e venha paz sem fim”? (Is 9:7). Acaso não cantou o salmista sobre este reino sem fim? “Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração” (Sl 89:4).

    Os judeus relacionavam o Filho do Homem com um reino eterno e aqui se apresentava alguém que afirmava ser o Filho do Homem e dizia que o elevariam em uma cruz. Quem era este Filho do homem cujo reino terminaria antes de ter começado?
    Mas a história ensina que Jesus tinha razão. Jesus cifrava suas esperanças no magnetismo da cruz. E estava no certo porque o amor continua vivendo muito depois do desaparecimento do poder, das armas e da força. Como o expressou Kipling:

    Nossas naves se esfumam:
    Sobre as dunas e os montes desaparece o fogo;
    Vejam, toda nossa pompa de ontem uniu-se a Nínive e a Tiro.

    Nínive e Tiro não são mais que nomes, mas Cristo vive ainda.
    É um fato irrefutável que os impérios baseados na força desapareceram e deles só fica a lembrança, cada vez mais débil. Entretanto, o império de Cristo, baseado sobre uma cruz, estende-se mais cada ano que passa.
    Quando Juana d’Arc fica sabendo que os líderes de seu povo a traíram e a levarão à fogueira, volta-se para eles e, segundo a versão da obra do George Bernard Shaw, diz-lhes: "Agora irei com as pessoas simples e deixarei que o amor de seus olhares me console do ódio que vejo nas suas. Alegrar-se-ão ver como me queimam; mas se passo pelo fogo entrarei nos corações dessa gente para sempre".

    Isso é uma parábola do que aconteceu com Jesus. Sua morte sobre a cruz fez que entrasse para sempre no coração dos homens. O Messias conquistador dos judeus é uma imagem a respeito da qual os estudiosos escrevem livros; mas o Príncipe do Amor na cruz é um rei cujo trono está instalado para toda a eternidade nos corações dos homens. O único fundamento seguro de qualquer reino é o do amor sacrificial.

    FILHOS DA LUZ

    João 12:35-36a

    Nesta passagem estão implícitas a promessa e a ameaça que nunca estão muito afastadas da medula da fé cristã.
    (1) Temos a promessa e o oferecimento da luz. O homem que caminha com Jesus caminha na luz. Tal homem se vê livre de sombras. Há certas sombras que, mais cedo ou mais tarde, obscurecem qualquer luz. Existe a sombra do temor. Chegam momentos em que todos sentimos medo de olhar para frente. Às vezes, quando vemos o que podem fazer a outros, todos sentimos temor dos avalizar e as mudanças da vida. Temos as sombras das dúvidas e das incertezas. Em certos momentos, o caminho que jaz pela frente não é nada claro. Às vezes nos sentimos como alguém que busca situar-se em meio das trevas, sem nada firme a que possa agarrar-se. Existem as sombras da tristeza. Mais cedo ou mais tarde, o Sol se põe ao entardecer e se apagam todas as luzes. Mas o homem que parte com Jesus se vê livre da tristeza, da dúvida. Tem uma alegria que ninguém lhe pode tirar. Seu caminho passa pela luz, não pela escuridão e até no vale das sombras mais profundas, as trevas se iluminam pela presença de Cristo.
    (2) Mas também há uma ameaça implícita. A decisão consiste em confiar a vida e todas as coisas a Jesus, tomá-lo como Mestre, Guia e Salvador; mas essa decisão terá que fazê-la a tempo. Na vida, terá que fazer as coisas a tempo ou não as fará jamais. Há certos trabalhos que só podemos fazer quando contamos com a energia física necessária. Há certos estudos que só podemos levar a cabo quando nossas mentes são o suficientemente agudas e nossas memórias estão bastante frescas para nos ocuparmos dessa tarefa. Há certas coisas que devem dizer-se ou fazer-se, do contrário, o tempo de fazê-las ou dizê-las passará para sempre. E o mesmo acontece com Jesus.

    No momento em que Jesus pronunciou estas palavras estava fazendo um chamado aos judeus para que o aceitassem e cressem nele antes de chegar a cruz e o levasse para sempre. Não obstante, esta é uma verdade eterna. As estatísticas indicam que há um aumento constante das conversões até os dezessete anos e uma diminuição igualmente constante depois dessa idade. Quanto maior é a medida na qual o homem se deixa apanhar por seus próprios hábitos, mais difícil é sair deles. Em Cristo se oferece aos homens a bênção suprema. Em certo sentido, nunca é muito tarde para recebê-la, mas apesar disso é certo que terá que recebê-la a tempo.

    A INCREDULIDADE CEGA

    João 12:36b-41

    Esta passagem, inevitavelmente, perturbará a muitos. João cita duas passagens de Isaías. O primeiro corresponde a Isaías 53:1-2. Em dita passagem o profeta pergunta se houve alguém que creu em suas palavras e se houve alguém que reconhece o poder de Deus quando lhe revela. Entretanto, a parte perturbadora é a segunda. A passagem original está em Isaías 6:9-10 Diz assim: “Disse ele [Deus]: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo.”

    Esta passagem aparece em todo o Novo Testamento. Aparecem citações ou ecos dele em 13 14:40-13:15'>Mateus 13:14-15; Mc 4:12; Lc 4:10; Rm 11:8; 2Co 3:142Co 3:14. O terrível e perturbador é que pareceria afirmar que a incredulidade do homem se deve à ação de Deus; que quando um homem não crê é porque Deus fechou seus ouvidos e sua mente e endureceu seu coração. Pareceria dizer que Deus ordenou que algumas pessoas não devem crer e que não o farão. Agora, qualquer que seja a explicação que demos desta passagem não podemos crer uma afirmação semelhante, nem devemos fazê-lo. Não podemos crer que o Deus de quem nos falou Jesus fará que seus filhos não possam crer.

    Devemos dizer duas coisas sobre esta passagem.

    1. Devemos buscar compreender as palavras de Isaías. Devemos buscar entrar em seu coração e em sua mente. Tinha pregado e proclamado a palavra de Deus. Tinha posto tudo o que tinha em sua mensagem. Tinha-o entregue aos homens com todo o poder e a capacidade de convicção que possuía. E os homens se negaram a escutar. No fim de sua tarefa Isaías se viu obrigado a dizer: "Pelo que consegui seria exatamente igual se não tivesse feito nada. Em lugar de fazer melhores aos homens parece que minha mensagem os fez piores. Seria o mesmo se não a tivessem ouvido. Afirmaram-se ainda mais em sua letargia, sua desobediência e sua incredulidade. Pareceria que a intenção de Deus era que não cressem."

    As palavras de Isaías brotam de um coração desiludido. São as palavras de um homem que se sente aflito porque sua mensagem parece ter piorado os homens em vez de melhorá-los. Se as interpretarmos em seu sentido literal não compreendemos absolutamente o coração destroçado de onde surgem. São as palavras de um pregador cujo coração causa pena pela falta de resposta de seu povo.

    1. Entretanto, há algo mais. Os judeus tinham uma crença básica: consideravam que Deus estava por trás de tudo. Criam que não podia acontecer nada independentemente do plano de Deus. Em vista desta crença, viam-se obrigados a considerar que quando os homens não criam na mensagem de Deus, essa incredulidade também estava dentro dos propósitos de Deus Até a incredulidade caía, de algum modo, dentro do controle e do propósito de Deus. Se o expressássemos em termos contemporâneos e segundo nossa maneira de pensar, o diríamos assim: não diríamos que a incredulidade é o propósito de Deus, mas sim em sua sabedoria e seu poder Deus pode empregar inclusive a incredulidade do homem para seus fins divinos. De fato, assim foi como o interpretou Paulo. Paulo viu que Deus usava a incredulidade dos judeus para converter os gentios. Como os judeus não aceitaram a verdade de Deus, esta se disseminou pelo mundo inteiro.

    Quando lemos uma passagem como esta, devemos compreender que seu significado não é que Deus predestinou e preordenou a certos homens para que não cressem, mas sim até a incredulidade do homem se pode usar para cumprir os propósitos eternos de Deus. Estes judeus não criam em Jesus; isso não era culpa de Jesus; era culpa deles. Mas isso também encontra seu lugar dentro do plano de Deus. "O mal que ele abençoa é nosso bem." Deus é tão grande que pode usar até o pecado do homem para seus próprios fins. Não há nada neste mundo, nem sequer o pecado, que esteja fora do poder de Deus.

    A FÉ DO COVARDE

    João 12:42-43

    Jesus nem sempre encontrou ouvidos surdos. Havia alguns, até dentro das próprias autoridades judias, que criam em suas palavras no fundo de seus corações. Não obstante, temiam confessar sua fé porque não desejavam ser expulsos da sinagoga. Estas pessoas tratavam de seguir uma política impossível: pretendiam ser discípulos em segredo. Tem-se dito, e é uma grande verdade, que um discípulo secreto é algo contraditório porque "ou o segredo mata a condição de discípulo ou esta mata o segredo". Jamais é possível, dentro da fé cristã, obter o melhor de ambos os mundos e isso era o que tentavam fazer estes homens.
    Temiam tornar-se cristãos porque pensavam que ao confessá-lo perderiam muito. É estranho ver como às vezes os homens misturam os seus valores. Uma e outra vez os homens não apóiam uma causa digna porque interfere com algum interesse menor.
    Quando Joana d'Arc viu que estava abandonada e sozinha, disse: "Se, estou sozinha no mundo; sempre estive sozinha. Meu pai disse a meus irmãos que me afogassem se não queria ficar cuidando de suas ovelhas enquanto a França se sangrava. França podia morrer sempre que nossos cordeiros estivessem a salvo."
    O camponês francês preferia a segurança de suas ovelhas antes que a de sua pátria. Estes líderes judeus lhe pareciam um pouco. Sabiam que Jesus tinha razão; sabiam que seus colegas tinham a intenção de aniquilá-lo e de destruir tudo o que Jesus tratava de fazer em nome de Deus. Entretanto, não estavam dispostos a correr o risco de declarar-se em seu favor. Teriam sido expulsos da sociedade e da religião ortodoxa. Era um preço muito elevado. Teria significado o fim do lugar que ocupavam, dos benefícios que recebiam e de seu prestígio. Portanto, viveram na mentira porque não eram o suficientemente grandes para erguer-se em nome da verdade.

    João faz um diagnóstico da posição deles numa frase muito eloqüente. Preferiam ficar bem perante os olhos dos homens de preferência aos de Deus. Tinham muito mais em conta a opinião que outros homens tinham deles que a opinião de Deus. Sem dúvida estes líderes consideravam que eram homens sábios e prudentes; pensariam que se protegiam de todo risco. Mas sua sabedoria não lhes era suficiente para lembrar que a opinião dos homens podia importar durante os poucos anos que vivessem na Terra mas o juízo de Deus conta para toda a eternidade. Desprezaram a recompensa da eternidade pela recompensa desse momento. A única sabedoria e prudência consiste em preferir a boa opinião de Deus à dos homens. Sempre é melhor estar bem durante a eternidade que durante o tempo.

    O JUÍZO INILUDÍVEL

    João 12:44-50

    Segundo João, estas são as últimas palavras que Jesus pronuncia durante seu pregação em público. Daqui em diante ensinará a seus discípulos. Também enfrentará a Pilatos; mas estas são as últimas palavras que pronuncia diante de um grupo numeroso.
    Nestas palavras, Jesus afirma algo que constitui o fundamento e a essência de toda sua vida. Diz que nele nos defrontamos com Deus. Ouvir a Jesus é ouvir a Deus; ver Jesus é ver a Deus. Essa é a importância suprema de Jesus. Nele, Deus encontra o homem e o homem encontra a Deus. Agora, esse enfrentamento lança dois resultados e ambos incluem a medula do juízo, tal como o cristão o vê.

    1. Aqui, mais uma vez, Jesus volta para uma idéia que nunca se afasta muito em todo o Quarto Evangelho. Jesus não veio ao mundo para condenar os homens mas para salvá-los. Não foi a ira de Deus a que enviou Jesus aos homens mas seu amor. E entretanto, é absolutamente certo que a vinda de Jesus implica um juízo iniludível. Por que deve ser assim? É assim porque mediante seu atitude para com Jesus o homem demonstra o que é e desse modo se julga a si mesmo. Se alguém encontrar em Jesus um magnetismo e uma atração infinitos, inclusive se jamais chega a fazer de sua vida o que deveria ser, experimentou o chamado de Deus em seu coração e portanto se salvou. Se, pelo contrário, não vê nada amoroso em Jesus significa que esse homem é impermeável a Deus, seu coração não se comove absolutamente diante da presença de Jesus: essa homem se julgou a si mesmo. No Quarto Evangelho sempre está presente este paradoxo essencial. Jesus veio em um ato de amor mas sua vinda é um juízo.

    Como dissemos antes, podemos oferecer a alguém alguma experiência muito rica com um amor perfeito, incorrupto e descobrir que, ao deparar-se com essa experiência, a pessoa não vê nada nela. O resultado é que a partir desse momento sabemos que há algo maravilhoso que essa pessoa não é capaz de apreciar. Oferecemos-lhe essa experiência com amor, mas o fato de deparar-se com ela demonstrou a carência que padece. A experiência oferecida com amor se converteu em um juízo. Jesus é a pedra de toque de Deus. Por sua atitude para com Jesus o homem se revela a si mesmo. Mediante sus reação para com Jesus, julga-se a si mesmo.

    1. Jesus disse que no último dia as palavras que estes homens tinham ouvido seriam seu juízes. Essa é uma das grandes verdades da vida. Não se pode culpar a ninguém por não saber ou por não agir segundo uma verdade que nunca teve a oportunidade de ouvir. Mas se alguém sabe qual é o bem e faz o mal, seu pena é mais grave. De maneira que cada coisa sábia que ouvimos, cada oportunidade que recebemos para conhecer a verdade, se converterá em nossa testemunha.

    Um ancião do século dezoito escreveu uma espécie de catecismo da fé cristã para o povo simples. No fim havia uma pergunta a respeito do que aconteceria a quem ignorasse as verdades e a mensagem cristãs. A resposta era que se condenaria "e com mais razão porque leram este livro".

    É uma advertência grave o fato de lembrar que tudo o que soubemos e não fizemos será uma testemunha contra nós no fim dos tempos.


    Dicionário

    Betsaida

    -

    Casa da pesca. Parece ter havido dois lugares com este nome: um deles foi a terra natal de André, Pedro e Filipe – o outro estava perto do sítio onde se deu a alimentação das 5000 pessoas. 1. A primeira destas povoações, Betsaida da Galiléia, ficava ao noroeste do lago de Genesaré, à beira da água, não muito distante de Cafarnaum (Mt 11:21Mc 6:45Lc 10:13Jo 1:44). A existência desta Betsaida é, contudo, negada por muitos homens doutos. 2. A outra Betsaida, onde se realizou o milagre da multiplicação dos pães (Lc 9:10-17), ficava no lado oriental do lago, perto da foz do Jordão. Perto estava, também, o deserto de Betsaida (Mt 14:15-21Lc 9:10). A povoação, tendo sido apenas uma aldeiaem outros tempos, foi reedificada, embelezada, e elevada à categoria de cidade por Filipe, o tetrarca, que lhe deu o nome de ‘Julias’ em honra de Júlia, filha do imperador romano César Augusto. Diz-se que Filipe ali morreu e foi sepultado. o lugar das ruínas de El-Tell, numa encosta ao oriente do Jordão, tem sido identificado com Betsaida Julias. Se houve apenas uma Betsaida, como muitos supõem, era esse o lugar que umas vezes se acha incluído na Galiléia, e outras vezes como pertencente aos gaulanitas. (*veja o mapa de israel no tempo de Jesus)

    Betsaida [Casa da Pesca] - Cidade, também chamada de Betsaida Júlia, que ficava à margem nordeste do lago da Galiléia. Ali nasceram Pedro, André e Filipe (Jo 1:44). Essa cidade foi condenada por Jesus (Mt 11:21). Ali ele alimentou mais de 5000 pessoas (Lc 9:10-17) e curou um cego ((Mc 8:22-26).

    Betsaida Literalmente, casa dos pescadores. Local nas imediações do lago de Tiberíades, possivelmente a leste da foz do Jordão, e de onde eram naturais Pedro, André e Filipe.

    E. Hoade, o. c.; f. Díez, o. c.


    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Filipe

    substantivo masculino Ictiologia Peixe teleósteo escombriforme (Vomer setipinnis).
    [Regionalismo: Bahia] Saco de couro para guardar comida.
    Conjunto de duas sementes, de frutas inconhas, como duas bananas grudadas uma na outra.
    Ornitologia Nome vulgar de um pássaro (Myiophobus fasciatus, da família dos Tiranídeos, que ocorre no Brasil. No Espírito Santo é chamado caga-sebo.
    Etimologia (origem da palavra filipe). De Filipe, nome próprio.

    Amador de Cavalos. l. Aquele apóstolo, natural de Betsaida, cidade de André e de Pedro, ou ali residente, e que Jesus chamou bem cedo para o seu ministério (Jo 1:43-44). Filipe, pela sua vez, trouxe a Jesus o seu amigo Natanael, que certamente havia de ter falado muito sobre as promessas do A.T. a respeito do Messias (Jo 1:45). Foi um dos doze apóstolos (Mt 10:3Mc 3:18Lc 6:14At 1:13) – Jesus o interrogou naquela ocasião em que houve o milagre da alimentação de cinco mil pessoas (Jo 6:5-7). Ele e André, no último tempo da vida de Jesus, trouxeram-lhe ‘alguns gregos’, que desejavam ver o Divino Mestre (Jo 12:20-22) – e na última ceia dirigiu a Jesus esta súplica ‘mostra-nos o Pai, e isso nos basta’ (Jo 14:8). Encontra-se ainda Filipe entre os apóstolos, reunidos no cenáculo depois da ascensão, mas não torna a ser mencionado no N.T. 2. o segundo dos sete diáconos (At 6:5). Talvez pertencesse a Cesaréia, na Palestina, onde mais tarde vivia ele com as suas filhas (At 21. 8,9). Depois do apedrejamento de Estêvão, pregou Filipe em Sebasta ou Samaria, onde operou muitos milagres, sendo muitos os convertidos. E foram batizados – mas quando os apóstolos em Jerusalém souberam que Samaria havia recebido a palavra de Deus, mandaram para lá Pedro e João, que, dirigindo-se àquela cidade e falando àqueles crentes, oraram para que o Espírito Santo viesse sobre eles. No tempo em que Filipe estava ali, um anjo lhe ordenou que tomasse o caminho que vai de Jerusalém à antiga Gaza. obedeceu, e deu-se o fato de ele encontrar um eunuco etíope, que era mordomo da rainha Candace. Filipe continuou o seu trabalho de evangelização em Azoto (Asdode), e caminhou depois ao longo da costa de Cesaréia (At 8). Nada mais se sabe dele pelo espaço de vinte anos, até ao tempo em que Paulo e seus companheiros se hospedaram em sua casa, vivendo então o diácono com as suas quatro filhas, que possuíam o dom da profecia. Ele era conhecido como um dos sete, sendo também cognominado ‘o Evangelista’ (At 21:8). 3. Filho de Herodes, o Grande (Mt 14:3). (*veja Herodes.) 4. outro filho de Herodes, o Grande – tetrarca da ituréia (Lc 3:1).

    O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1:28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1:45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo.
    Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço”, disse ele (Jo 6:7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12:20-22).
    Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo 14:8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai.
    Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia. Nada de concreto portanto.

    Quatro diferentes pessoas são conhecidas por esse nome no Novo Testamento. É importante fazer uma distinção entre Filipe, um dos doze apóstolos, e o diácono, às vezes chamado de “o evangelista”, o qual foi muito dedicado à obra de Deus na 1greja primitiva (At 6:5).

    1Filipe, o apóstolo Mencionado nos evangelhos e em Atos. Em Mateus 10:3, Marcos 3:18 e Lucas 6:14 aparece na lista dos doze apóstolos. Sabe-se muito pouco sobre ele além do que está escrito no evangelho de João. Era da mesma cidade de Pedro e André, ou seja, Betsaida, na Galiléia (Jo 1:44). Era uma localidade principalmente dedicada à pesca, situada a nordeste do ponto onde o rio Jordão desaguava no mar da Galiléia. Existe certa discussão sobre sua localização exata. Filipe, o tetrarca, aproximadamente 30 anos antes reconstruíra essa cidade e a chamou de “Júlias”, em homenagem à filha do imperador romano. A associação que a localidade tinha com o tetrarca talvez explique o nome do apóstolo: os pais com certeza colocaram o nome de Filipe em homenagem ao governante.

    De acordo com o evangelho de João, provavelmente Filipe foi o quarto apóstolo a ser escolhido por Jesus (Jo 1:43). Nas listas dos evangelhos sinóticos ele sempre aparece em quinto lugar, talvez porque os dois irmãos Tiago e João eram sempre mencionados juntos. É no evangelho de João que ele recebe maior atenção. Fica claro em sua resposta imediata à ordem de Cristo “segue-me” que ele rapidamente creu ser Jesus o cumprimento do que Moisés escrevera no Antigo Testamento. Seu entusiasmo fica evidente pela maneira como apresentou Natanael ao Filho de Deus (1:46).

    Três pontos são dignos de menção aqui. Primeiro, Filipe, assim como Pedro e André, é um bom exemplo daquelas pessoas que “receberam” a Jesus rápida e entusiasticamente, numa época em que a maioria dos “seus não o receberam” (Jo 1:11). Segundo, embora existam indicações de que ele era tímido e fraco na fé (veja adiante), imediatamente testemunhou de Jesus, quando falou sobre Ele a Natanael. Esse tema do testemunho sobre Cristo, um mandamento dirigido a todos os cristãos, é desenvolvido extensivamente no evangelho de João (veja especialmente Jo 5:31-46). João Batista já havia dado testemunho sobre Jesus (1:7s), bem como André e seu irmão Pedro (1:41). Posteriormente, o testemunho do Antigo Testamento sobre Jesus é mencionado (5:39), assim como o da samaritana (4:39-42), o do Espírito Santo (15:
    26) e, é claro, o dos apóstolos (15:27). Terceiro, o conteúdo desse testemunho torna-se evidente quando Filipe testemunhou não somente sobre um homem surpreendente, mas sobre o que estava escrito na Lei de Moisés a respeito de Jesus. Talvez Filipe pensasse em Cristo como “o profeta” (Dt 18:19, um versículo ao qual João 1:21 faz alusão). Ele cria que as Escrituras se cumpriam, um ponto que João estava determinado a estabelecer em todo seu evangelho.

    Filipe é mencionado novamente em João 6. Jesus voltou-se para ele para testálo, ao perguntar-lhe onde comprariam pão para alimentar 5:000 pessoas (6:5,6). Não sabemos se Cristo desejava testar particularmente a fé de Filipe ou se ele era a pessoa mais indicada para responder a tal pergunta, por conhecer aquela região do grande “mar da Galiléia” (6:1; talvez estivessem próximos de Betsaida). Jesus, entretanto, lançou o desafio, embora já tivesse seus próprios planos de operar um milagre. Filipe não teve fé e tampouco o entendimento para imaginar qualquer solução que não custasse uma fortuna em dinheiro para alimentar aquela multidão. Essa falta de compreensão foi vista também nos demais discípulos, em várias ocasiões; ficou patente em Filipe (Jo 14:8), quando pediu a Jesus que lhe “mostrasse o Pai”. Isso, segundo ele, “seria suficiente”. A resposta de Cristo teve um tom profundamente triste. Filipe e os outros estiveram com Jesus por muito tempo. Viram-no em ação e ouviram seus ensinos. Mesmo assim, não perceberam que, ao contemplar Jesus, viam o próprio Pai. Enfaticamente Cristo lhe perguntou como fazia tal pergunta depois de tanto tempo em sua presença. A resposta era que Filipe e seus companheiros ainda não tinham seus olhos espirituais abertos adequadamente para entender essas coisas. Essa seria a tarefa do Espírito Santo logo mais — abrir totalmente seu entendimento (14:25,26). Ao relatar incidentes como esse aos seus leitores, João demonstrava a profundidade dos ensinos de Jesus e destacava sua importância. A unidade do Pai e do Filho estava firmemente estabelecida na resposta dada por Cristo à pergunta de Filipe.

    Em João 12:21-22 alguns gregos aproximaram-se de Filipe e solicitaram uma audiência com Jesus. Talvez o tenham procurado porque tinha nome grego. Esses homens certamente são significativos nesse ponto do evangelho, pois indicaram que havia outras pessoas interessadas em Jesus e apontaram para adiante, ao tempo em que outras ovelhas seriam acrescentadas ao rebanho do Senhor, as que não pertenciam ao povo de Israel (10:15,16). Antes que isso acontecesse, Jesus já teria morrido. Portanto, foi apropriado que em João 12:23 a resposta de Cristo apontasse para adiante, para sua própria morte e ressurreição. Não está claro se Filipe promoveu ou não o encontro dos gregos com Jesus. A última menção ao seu nome é em Atos 1:13, entre os discípulos reunidos no Cenáculo.

    2Filipe, o evangelista Às vezes também chamado de diácono, é mencionado pela primeira vez em Atos 6:5. Os apóstolos perceberam que o trabalho de administração da Igreja em Jerusalém era muito pesado; portanto, precisavam de ajuda. Muitas pessoas convertiam-se ao Evangelho. Os cristãos de origem grega reclamaram que suas viúvas eram desprezadas na distribuição diária de alimentos. Os apóstolos observaram que perdiam muito tempo na solução desse tipo de problema (At 6:2) e negligenciavam o ministério da Palavra de Deus. Portanto, sete homens foram indicados e escolhidos entre os que eram “cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. Os apóstolos oraram e impuseram as mãos sobre eles e os nomearam para o serviço social da Igreja. Este incidente é uma interessante indicação de quão cedo na vida da Igreja houve um reconhecimento de que Deus dá diferentes “ministérios” e “dons” a diversas pessoas. Este fato reflete também o reconhecimento pela Igreja de que os que são chamados para o ministério da palavra de Deus” (v. 2) jamais devem ter outras preocupações. O
    v. 7 indica o sucesso dessa divisão de tarefas: “De sorte que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o número dos discípulos...”.

    Quando começaram as primeiras perseguições contra os cristãos em Jerusalém (na época em que Estêvão foi martirizado), Filipe dirigiu-se para Samaria, onde rapidamente tornou-se um importante missionário. Perto do final do livro de Atos, Paulo e Lucas o visitaram em Cesaréia, onde vivia e era conhecido como “evangelista” (At 21:8).

    Atos 8 concede-nos uma ideia do tipo de trabalho no qual Filipe esteve envolvido em Samaria. Proclamou o Evangelho, operou milagres e desenvolveu um ministério que mais parecia o de um apóstolo do que de um cooperador ou administrador. Seu trabalho naquela localidade foi especialmente importante para a mensagem do livro de Atos. Lucas mostra como a Grande Comissão foi cumprida, sob a direção do Espírito Santo. Atos 1:8 registra o mandamento de Jesus para os discípulos, a fim de que fossem testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra. Por meio de Filipe, esse testemunho chegou a Samaria. Muitas pessoas se converteram por meio de sua mensagem e foram batizadas (8:12). Posteriormente, os apóstolos Pedro e João foram até lá e confirmaram que o Evangelho era aceito de bom grado pelos gentios e samaritanos.

    Enquanto esteve em Samaria, Filipe enfrentou um problema com um mágico chamado Simão, o qual, quando viu os milagres operados por ele, creu e batizouse. Não se sabe ao certo se sua conversão foi genuína, pois mais tarde ele é duramente repreendido por Pedro (8:20-24).

    Filipe também teve oportunidade de pregar para um eunuco etíope. Provavelmente foi por meio deste homem que mais tarde o Evangelho se espalhou por toda a Etiópia, pois aquele cidadão era um importante oficial do governo e estava a caminho de sua casa (8:27,28). O fato de que Filipe era realmente um homem “cheio do Espírito Santo” é visto na maneira como o Espírito o levou a falar com o eunuco, que viajava em sua carruagem. Ele lhe expôs as Escrituras do Antigo Testamento à luz do advento de Cristo; o eunuco creu e foi batizado. A referência a Filipe como “o evangelista” em Atos 21:8 indica claramente que bem mais tarde em sua vida ainda era amplamente reconhecido por seu zelo missionário.

    3Filipe, o filho de Herodes, o Grande Em Marcos 6:17 (veja Mt 14:3; Lc 3:19) a morte de João Batista é lembrada quando as pessoas sugeriram que talvez Jesus fosse João, o qual revivera. Ao mencionar esse incidente, Marcos referiu-se ao casamento de Herodes com Herodias, a qual fora esposa de seu irmão Filipe. As referências a esse governante, cuja esposa posteriormente foi tomada por Herodes, proporciona o pano de fundo histórico para a repreensão de João Batista a Herodes: o Batista o repreendeu por causa de seu casamento ilegal; como resultado, foi decapitado (Mt 14:3-12).

    A pressuposição geral é que este só pode ser Herodes Filipe, o tetrarca (veja abaixo), filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra. Josefo, entretanto, identificou o primeiro marido de Herodias como Herodes, filho de Herodes, o Grande, e Mariane. Herodes, é claro, era o nome de família. Josefo contudo não menciona o segundo nome de seu filho. Certamente é possível que o primeiro marido de Herodias fosse Herodes Filipe, o que justificaria sua designação por Marcos como “Filipe”. Isso significa que dois filhos de Herodes, o Grande, foram chamados de Filipe, pois tal coisa seria possível, desde que houvesse duas mães envolvidas.

    4Filipe, tetrarca da Ituréia e Traconites Esse governante, conhecido como Filipe Herodes, era filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra, de Jerusalém. Lucas 3:1 descreve seu governo sobre a Ituréia e Traconites. É impossível determinar onde eram os limites de seu território, mas Josefo declara que incluía Auranites, Gaulanites e Batanéia. Portanto, esta área estendia-se do oeste da parte norte do rio Jordão, incluindo uma região considerável a leste do rio e norte de Decápolis. O lago Hulé e a cidade conhecida como Cesaréia de Filipe também estavam dentro desse território. Filipe governou nessa região do ano 4 d.C. até sua morte em 33 d.C. Durante esse período foi responsável pela reconstrução de Cesaréia de Filipe (anteriormente conhecida como Peneiom) e a cidade pesqueira de Betsaida, no extremo norte do mar da Galiléia. Era considerado pela população como o melhor e mais justo de todos os Herodes. P.D.G.


    Filipe [Amigo de Cavalos]


    1) Um dos apóstolos, natural de Betsaida, que levou Natanael a Jesus (Jo 1:44-45) e fez o mesmo com um grupo de gregos (Jo 12:20-23).


    2) Judeu HELENISTA, apelidado de “o evangelista”, um dos escolhidos para ajudar na distribuição de dinheiro às viúvas de Jerusalém (At 6:5). Pregou em Samaria (At 8:4-8) e levou o eunuco etíope a Cristo (At 8:26-40).


    3) TETRARCA (v. HERODES 4).


    Filipe 1. Nome de um dos Doze. Ver Apóstolos.

    2. Herodes Filipe (ou Filipo) I. Seu nome real era Boeto. Filho de Herodes, o Grande, e de Mariamne 2. Marido de Herodíades. Afastado da sucessão em 5 a.C., marchou para Roma sem sua esposa, para lá residir como um civil (Mt 14:3; Mc 6:17).

    3. Herodes Filipe (ou Filipo) II. Filho de Herodes, o Grande, e de Cleópatra. Tetrarca da Ituréia e Traconítide, assim como das regiões próximas do lago de Genesaré (Lc 3:1) de 4 a.C. a 34 d.C. Em idade avançada, casou-se com Salomé, a filha de Herodíades.


    Galiléia

    Galiléia Região ao norte da Palestina, habitada por um considerável número de povos pagãos após a deportação de Israel para a Assíria, principalmente durante o período dos macabeus. Por isso, era denominada a “Galiléia dos gentios” (Mt 4:15), embora no séc. I a.C., o povo judeu já se encontrasse mais fortalecido. Conquistada por Pompeu, passou, em parte, aos domínios de Hircano II. Herodes, o Grande, reinou sobre ela e, após seu falecimento, fez parte da tetrarquia de Herodes Antipas. Finalmente, seria anexada à província romana da Judéia.

    E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


    Galiléia Uma das PROVÍNCIAS da terra de Israel. Sua parte norte era chamada de “Galiléia dos gentios” porque ali moravam muitos estrangeiros (Is 9:1). Jesus era chamado de “o Galileu” (Mt 26:69) por ter sido criado na Galiléia e por ter ali ensinado as suas doutrinas e escolhido os primeiros apóstolos (Mt 4:18-22). Os galileus tinham fama de culturalmente atrasados. No tempo de Cristo era HERODES Antipas quem governava a Galil

    Uma das províncias da Palestina. Compreendia aquele território que foi repartido pelas tribos de issacar, Zebulom, Naftali e Aser, e também uma parte de Dã, e da Peréia além do rio. os seus limites eram: ao norte o Antilíbano – ao ocidente a Fenícia – ao sul ficava a Samaria – e tinha do lado do oriente o mar da Galiléia e o rio Jordão. A Galiléia superior era designada pelo nome de Galiléia dos Gentios, constando a sua população de egípcios, árabes, fenícios, e também de judeus. A Galiléia era bastante povoada, e os seus habitantes laboriosos, sendo, por isso, uma província rica, que pagava de tributo 200 talentos aos governadores romanos. A Cristo chamavam o galileu (Mt 26:29), porque Ele tinha sido educado nessa parte da Palestina, e ali viveu, ensinou as Suas doutrinas, e fez a chamada dos Seus primeiros discípulos (Mt 4:13-23Mc 1:39Lc 4:44 – 8.1 – 23.5 – Jo 7:1). A Galiléia tornou-se um nome de desprezo tanto para os gentios como para os judeus, porque os seus habitantes eram uma raça mista, que usava de um dialeto corrompido, originado no fato de se misturarem os judeus, que depois do cativeiro ali se tinham estabelecido, com os estrangeiros gentios (Jo 1:46 – 7.52 – At 2:7). A maneira como Pedro falava, imediatamente indicava a terra do seu nascimento (Mt 26:69-73Mc 14:70). Durante toda a vida de Cristo foi Herodes Antipas o governador ou tetrarca da Galiléia. Ainda existem em muitas das antigas cidades e vilas as ruínas de magníficas sinagogas, que são uma prova de prosperidade dos israelitas e do seu número naqueles antigos tempos.

    Jesus

    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


    Rogar

    verbo Pedir insistentemente e demonstrando humildade; suplicar: rogou que a desculpassem; rogava pelo amigo doente; rogava à santa por um milagre.
    verbo bitransitivo Insistir com perseverança; exortar: os filhos rogavam ao pai que parasse com o castigo.
    Gramática Verbo de múltiplas regências.
    Etimologia (origem da palavra rogar). Do latim rogare.

    Rogar Pedir com insistência (Mt 9:38).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Ver

    verbo transitivo direto e intransitivo Captar a imagem de algo através da visão; enxergar: viu o dia claro; infelizmente, ela não vê.
    Diferenciar pela visão; avistar: no fim do caminho, viram a praia; suas propriedades chegavam até onde se conseguia ver.
    verbo transitivo direto e pronominal Olhar fixamente para alguma coisa, para alguém ou para si mesmo: via o pôr do sol; via-se no lago límpido.
    Marcar um encontro com; encontrar: espero te ver outra vez; viam-se na igreja.
    Estar em contato com alguém; permanecer num relacionamento com: depois do divórcio, o filho nunca mais viu a mãe; nunca mais se viram.
    verbo transitivo direto Servir como testemunha; presenciar: viu o crime.
    Possuir conhecimento sobre; passar a conhecer: nunca vi um carro tão bom.
    Demonstrar cautela em relação a; cuidar: é preciso ver os buracos da estrada.
    Passar a saber; começar a entender; descobrir: vi o resultado daquela ação.
    Visitar alguém para lhe oferecer um serviço: o mecânico foi ver a geladeira.
    Fazer uma visita para conhecer um lugar ou para o revisitar: preciso ver a Europa.
    Fazer uma consulta com; consultar-se: viu um curandeiro.
    Assumir como verdadeiro; constatar: você não vê a realidade dos fatos?
    Começar a perceber determinada coisa; reparar: eu vi o aluno machucado.
    Realizar deduções acerca de; chegar a determinadas conclusões; concluir: após analisar as provas, o juiz viu que o réu era inocente.
    Figurado Imaginar coisas que não existem; fantasiar: vê falsidade em tudo.
    Figurado Fazer previsões; prever: ele já via seu futuro glorioso.
    Realizar um interrogatório sobre; analisar minuciosamente; perguntar: abra a porta e veja quais são suas intenções.
    Fazer uma pesquisa sobre algo; estudar: preciso ver o seu trabalho.
    Avaliar como ótimo ou aprazível: o que ele viu nesse emprego?
    Fazer alguma coisa, buscando alcançar determinado resultado: preciso ver se consigo o trabalho.
    verbo transitivo direto predicativo e pronominal Criar um julgamento acerca de algo, de alguém ou de si próprio; avaliar-se: vê os avôs com carinho; naquela situação, viu-se desempregado.
    Estar em determinada circunstância ou estado: viu sua vida acabada pela tragédia; vimo-nos desesperados na viagem.
    verbo pronominal Ter uma percepção sobre si próprio: viu-se desesperado.
    verbo bitransitivo Buscar alguma coisa para; providenciar: preciso ver uma roupa nova para você.
    substantivo masculino Maneira de pensar; opinião: a meu ver, o trabalho foi um desastre.
    Etimologia (origem da palavra ver). Do latim videre.

    verbo transitivo direto e intransitivo Captar a imagem de algo através da visão; enxergar: viu o dia claro; infelizmente, ela não vê.
    Diferenciar pela visão; avistar: no fim do caminho, viram a praia; suas propriedades chegavam até onde se conseguia ver.
    verbo transitivo direto e pronominal Olhar fixamente para alguma coisa, para alguém ou para si mesmo: via o pôr do sol; via-se no lago límpido.
    Marcar um encontro com; encontrar: espero te ver outra vez; viam-se na igreja.
    Estar em contato com alguém; permanecer num relacionamento com: depois do divórcio, o filho nunca mais viu a mãe; nunca mais se viram.
    verbo transitivo direto Servir como testemunha; presenciar: viu o crime.
    Possuir conhecimento sobre; passar a conhecer: nunca vi um carro tão bom.
    Demonstrar cautela em relação a; cuidar: é preciso ver os buracos da estrada.
    Passar a saber; começar a entender; descobrir: vi o resultado daquela ação.
    Visitar alguém para lhe oferecer um serviço: o mecânico foi ver a geladeira.
    Fazer uma visita para conhecer um lugar ou para o revisitar: preciso ver a Europa.
    Fazer uma consulta com; consultar-se: viu um curandeiro.
    Assumir como verdadeiro; constatar: você não vê a realidade dos fatos?
    Começar a perceber determinada coisa; reparar: eu vi o aluno machucado.
    Realizar deduções acerca de; chegar a determinadas conclusões; concluir: após analisar as provas, o juiz viu que o réu era inocente.
    Figurado Imaginar coisas que não existem; fantasiar: vê falsidade em tudo.
    Figurado Fazer previsões; prever: ele já via seu futuro glorioso.
    Realizar um interrogatório sobre; analisar minuciosamente; perguntar: abra a porta e veja quais são suas intenções.
    Fazer uma pesquisa sobre algo; estudar: preciso ver o seu trabalho.
    Avaliar como ótimo ou aprazível: o que ele viu nesse emprego?
    Fazer alguma coisa, buscando alcançar determinado resultado: preciso ver se consigo o trabalho.
    verbo transitivo direto predicativo e pronominal Criar um julgamento acerca de algo, de alguém ou de si próprio; avaliar-se: vê os avôs com carinho; naquela situação, viu-se desempregado.
    Estar em determinada circunstância ou estado: viu sua vida acabada pela tragédia; vimo-nos desesperados na viagem.
    verbo pronominal Ter uma percepção sobre si próprio: viu-se desesperado.
    verbo bitransitivo Buscar alguma coisa para; providenciar: preciso ver uma roupa nova para você.
    substantivo masculino Maneira de pensar; opinião: a meu ver, o trabalho foi um desastre.
    Etimologia (origem da palavra ver). Do latim videre.

    ver
    v. 1. tr. dir. e Intr. Conhecer por meio do sentido da visão. 2. tr. dir. Alcançar com a vista; avistar, enxergar. 3. pron. Avistar-se, contemplar-se, mirar-se. 4. tr. dir. Ser espectador ou testemunha de; presenciar. 5. tr. dir. Notar, observar. 6. tr. dir. Distinguir, divisar. 7. pron. Achar-se, encontrar-se em algum lugar. 8. tr. dir. Atender a, reparar, tomar cuidado e.M 9. tr. dir. Conhecer. 10. tr. dir. Ler. 11. tr. dir. Visitar. 12. tr. dir. Prever. 13. tr. dir. Recordar. Conj.: Pres. ind.: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem; pret. perf.: vi, viste, viu etc.; imperf.: via, vias etc.; .M-q.-perf.: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram; fut. do pres.: verei, verás etc.; fut. do pret.: veria, verias etc.; pres. subj.: veja, vejas etc.; pret. imperf.: visse, visses, etc.; fut.: vir, vires etc.; imper. pos.: vê, veja, vejamos, vede, veja.M

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    João 12: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Estes, pois, vieram a Filipe (o qual era proveniente- de- junto- de Betsaida da Galileia) e lhe rogavam, dizendo: "Ó senhor, estamos desejando a Jesus ver."
    João 12: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    4 de Abril de 30. Terça-feira
    G1056
    Galilaía
    Γαλιλαία
    da Galiléia
    (of Galilee)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G2065
    erōtáō
    ἐρωτάω
    questionar
    (implored)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4334
    prosérchomai
    προσέρχομαι
    lugar plano, retidão
    (of the plain)
    Substantivo
    G5376
    Phílippos
    Φίλιππος
    levantar, levar, tomar, carregar
    (has made insurrection)
    Verbo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G966
    Bēthsaïdá
    Βηθσαϊδά
    uma pequena vila pesqueira na margem oeste do Lago de Genesaré, casa de André,
    (Bethsaida)
    Substantivo - vocativo feminino no singular


    Γαλιλαία


    (G1056)
    Galilaía (gal-il-ah'-yah)

    1056 γαλιλαια Galilaia

    de origem hebraica 1551 הגליל; n pr loc

    Galiléia = “circuito”

    1. nome de uma região do norte da Palestina, cercada ao norte pela Síria, ao oeste por Sidom, Tiro, Ptolemaida e seus territórios e o promontório do Carmelo, ao sul, pela

      Samaria e ao leste, pelo Jordão. Era dividida em alta Galiléia e baixa Galiléia


    ἐρωτάω


    (G2065)
    erōtáō (er-o-tah'-o)

    2065 ερωταω erotao

    aparentemente de 2046 cf 2045; TDNT - 2:685,262; v

    1. questionar
    2. pedir
      1. requerer, pedir, rogar, implorar, suplicar

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    προσέρχομαι


    (G4334)
    prosérchomai (pros-er'-khom-ahee)

    4334 προσερχομαι proserchomai

    de 4314 e 2064 (inclue seu substituto); TDNT - 2:683,257; v

    vir a, aproximar-se

    chegar perto de

    concordar com


    Φίλιππος


    (G5376)
    Phílippos (fil'-ip-pos)

    5376 φιλιππος Philippos

    de 5384 e 2462; n pr m

    Filipe = “amante de cavalos”

    um apóstolo de Cristo

    um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

    tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

    ver 2542, Cesaréia de Felipe


    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Βηθσαϊδά


    (G966)
    Bēthsaïdá (bayth-sahee-dah')

    966 βηθσαιδα Bethsaida

    de origem aramaica, cf 1004 e 6719 בית צידה; n pr loc

    Betsaida = “casa de peixe”

    1. uma pequena vila pesqueira na margem oeste do Lago de Genesaré, casa de André, Pedro, Felipe e João
    2. uma vila na baixa Gaulanitis, na margem oeste do Lago de Genesaré, não distante de onde o Jordão nele desemboca