Enciclopédia de Atos 13:46-46

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 13: 46

Versão Versículo
ARA Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios.
ARC Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios.
TB Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Era a vós que se devia falar primeiramente a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, eis que nos viramos para os gentios.
BGB παρρησιασάμενοί ⸀τε ὁ Παῦλος καὶ ὁ Βαρναβᾶς εἶπαν· Ὑμῖν ἦν ἀναγκαῖον πρῶτον λαληθῆναι τὸν λόγον τοῦ θεοῦ· ⸀ἐπειδὴ ἀπωθεῖσθε αὐτὸν καὶ οὐκ ἀξίους κρίνετε ἑαυτοὺς τῆς αἰωνίου ζωῆς, ἰδοὺ στρεφόμεθα εἰς τὰ ἔθνη·
HD Paulo e Barnabé, falando abertamente, disseram: Era necessário falar a palavra de Deus, primeiramente a vós; visto que a repelis e a vós mesmos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para as nações.
BKJ Então Paulo e Barnabé, de forma ousada, disseram: Era necessário que a vós se pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e vos julgais não dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios.
LTT Havendo Paulo e Barnabé, porém, falado ousadamente, disseram: "A vós outros era necessário primeiramente ser pregada a Palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não julgais a vós mesmos serdes dignos da vida que- dura- para- sempre ①, eis que estamos sendo voltados para dentro dos gentios;
BJ2 Com toda a intrepidez,[l] porém, Paulo e Barnabé disseram: "Era preciso que a vós primeiro fosse dirigida a palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e julgais a vós mesmos indignos da vida eterna, nós nos voltamos para os gentios.
VULG Tunc constanter Paulus et Barnabas dixerunt : Vobis oportebat primum loqui verbum Dei : sed quoniam repellitis illud, et indignos vos judicatis æternæ vitæ, ecce convertimur ad gentes.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 13:46

Êxodo 32:9 Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo obstinado.
Deuteronômio 32:21 A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com as suas vaidades me provocaram à ira; portanto, eu os provocarei a zelos com os que não são povo; com nação louca os despertarei à ira.
Provérbios 28:1 Fogem os ímpios, sem que ninguém os persiga; mas qualquer justo está confiado como o filho do leão.
Isaías 49:5 E, agora, diz o Senhor, que me formou desde o ventre para seu servo, que eu lhe torne a trazer Jacó; mas Israel não se deixou ajuntar; contudo, aos olhos do Senhor, serei glorificado, e o meu Deus será a minha força.
Isaías 55:5 Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por amor do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele te glorificou.
Mateus 10:6 mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel;
Mateus 10:13 e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.
Mateus 21:43 Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
Mateus 22:6 e, os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
Lucas 14:16 Porém ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia e convidou a muitos.
Lucas 24:47 e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
João 1:11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
João 4:22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Atos 3:26 Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades.
Atos 4:13 Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus.
Atos 4:29 Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra,
Atos 7:51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim, vós sois como vossos pais.
Atos 13:5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
Atos 13:14 E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se.
Atos 13:26 Varões irmãos, filhos da geração de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a vós vos é enviada a palavra desta salvação.
Atos 18:5 Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado pela palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo.
Atos 22:21 E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.
Atos 26:20 Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judeia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.
Atos 28:28 Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão.
Romanos 1:16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
Romanos 2:10 glória, porém, e honra e paz a qualquer que faz o bem, primeiramente ao judeu e também ao grego;
Romanos 9:4 que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
Romanos 10:19 Mas digo: Porventura, Israel não o soube? Primeiramente, diz Moisés: Eu vos meterei em ciúmes com aqueles que não são povo, com gente insensata vos provocarei à ira.
Romanos 11:11 Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.
Efésios 6:19 e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
Filipenses 1:14 e muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor.
Hebreus 11:34 apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 13 : 46
falando
Lit. “falar livremente, abertamente, corajosamente”.

Atos 13 : 46
necessário
Lit. “necessário, obrigatório, indispensável (sentido estrito); íntimo, próximo (sentido extensivo)”.

Atos 13 : 46
nações
εθνος - (ethnos) ἔθνη - (Ethne)Lit. “povos de outras nações que não o povo hebreu”. Os hebreus chamavam todos os outros povos de gentios.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

ironia/ sarcasmo repreendedor.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 13:46
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 2
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 3:16-21


16. Deus teve, pois, tanta predileção pelo mundo, que deu seu Filho, o Unigênito, para que todo o que nele crê, ao invés de perder-se, tenha a vida imanente.


17. Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja preservado por meio dele.


18. Quem nele crê não é julgado; o que não crê, já está julgado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.


19. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois eram más suas obras,


20. porque todo o que faz coisas inferiores aborrece a luz, e não vem para a luz, para que suas obras não sejam inculpadas;


21. mas aquele que faz a verdade, chega-se para a luz, para que sejam manifestadas suas obras, porque foram feitas em Deus.


Neste ponto, o evangelista toma a palavra para comentar os ensinos de Jesus a Nicodemos. Os verbos são empregados agora no passado, e suas primeiras palavras ουτως γαρ são as que geralmente iniciam seus comentários pessoais (cfr. 2:25; 4:8; 5:13, 20; 6:6, 33; 13:11).
Convida-nos João a buscar a razão íntima dos ensinamentos: o amor de Deus, que é universal, e não apenas restrito aos elementos de uma determinada religião: Deus ama O MUNDO τον κοσµον.
Interessante observar o verbo utilizado no início do versículo. Em grego há três verbos que exprime "amar" : φιλειν, que é "amar de amizade, querer bem"; εραν, que significa "amar de amor, apaixonarse"; e αγαπειν que quer dizer "amar com preferência, ter predileção por". Neste trecho, é empregado esse último: "ter predileção ou carinho especial pelo mundo".

Tanto assim, que (oração consecutiva) deu seu Filho, aquele Filho Unigênito que é a própria manifesta ção divina nos universos ilimitados, o Cristo C6smco, para que "todo aquele que nele crê", e que viva a sua vida, não se perca. mas obtenha uma vida divina IMANENTE na perfeita união.


VIDA "ETERNA" = VIDA IMANENTE


A tradução corrente das palavras gregas ξωη αιωνιος é "VIDA ETERNA".

No entanto, essa interpretação não nos parece correta. Senão vejamos.


1. º - Se esse fora o sentido: "quem crer nele terá a vida eterna, isto significaria que, quem não cresse não teria a vida eterna, e portanto deveria ter seu "espírito" destruído, aniquilado (morte do espírito).


Mesmo se admitíssemos o "castigo eterno" (absurdo inconcebível), mesmo assim o espírito teria a vida eterna, embora não crendo em Jesus. Então, que "promessa" seria essa, que vantagem traria o fato de crer em Cristo?


2. º - Poderia admitir-se que Jesus aceitava, com isso, a doutrina dos fariseus, tão bem esplanada por Josefo (Ant. Jud. 18, 1, 3): "Os fariseus acreditam que possuem um vigor imortal e os virtuosos terão o poder de ressuscitar e viver de novo"; e mais (Bell. Jud. 2, 5, 11): "Ensinam os fariseus que as almas são imortais; que as almas dos justos passam, depois desta vida, para outros corpos, e as dos maus sofrem tormentos eternamente". Quando fala do suicídio, repete essa mesma teoria (Bell. Jud. 2, 5, 14): "Os corpos de todos os homens são, sem dúvida, mortais e feitos de matéria corruptível; mas a alma é sempre imortal e é uma partícula de Deus, que habita em nossos corpos... Recordam (os fariseus) que todos os espíritos puros, quando partem desta vida, obtêm um lugar mais santo no céu, donde, no transcurso dos tempos, são novamente enviados em corpos puros; ao passo que as almas dos que cometeram sua auto-destruição, são condenadas à região tenebrosa do hades".


Realmente, em linhas gerais, os livros do Novo Testamento confirmam e reproduzem as crenças dos fariseus. Mas não é só isso que está na promessa, pois isso seria obtido mesmo sem crer em Jesus, por qualquer fariseu sincero.


A solenidade da repetição dessa promessa, feita 45 vezes em o Novo Testamento, sobretudo por João (25 vezes), por Paulo (9 vezes), por Lucas Ev. e At. (5 vezes), por Mateus (3 vezes), por Marcos (2 vezes) e por Judas (1 vez), parece exprimir algo mais profundo e de grande importância.


Tentemos compreender, pesquisando o sentido do adjetivo empregado, assim como do substantivo do qual se originou.


O substantivo que exprime ETERNO, em grego, é άίδιος assim definido por Platão (Definições, 411a):
τό иατά πάντα Χρόνον иαί πρότερον όν иαί νύν µή έφθαρµένον, ou seja, "o que é anterior, e através de todo o tempo e agora, não podendo ser destruído".

Em outras palavras: "o que não tem princípio nem fim".


O advérbio άεί (sempre) também é colocado com a ideia de eternidade: ό άεί Χρόνος = o tempo eterno (Platão, Fedon, 103e).
Outro substantivo αίών - que é correntemente traduzido como "eterno" - aparece assim definido por Aristóteles: το τέλος τό πε ριέиον τόν τής έиάστου ζωής Χρόνον ... αίών έиάστου иέиλεται (Arist., Do Céu, 1,9,15), isto é: "o período que abarca o tempo da vida de cada um, chama-se o "aiôn" dele (a permanência na Terra).

Realmente, "aiôn" tem seu paralelo em latim aiuom (aevum), que deu, em português, a palavra "evo".


Desse substantivo originou-se o adjetivo αίώνιος, ος, ογ a que o "Greek-English Lexicon" (Oxford) dá os seguintes sentidos (jamais aparecendo "eterno", que realmente não tinha): " I - uma vida, a vida de alguém (sentido mais comum nos poetas) cfr. Homero, Odisseia, 5:160; Ilíada, 5:685 e 24:725;

Herodoto, 1, 32; Ésquilo, Prometeu, 862; Eumênides, 315; Sófocles, Ajax, 645.


2. uma época, uma geração, cfr. Ésquilo, Tebas, 744: Demócrito, 295, 2 ; Platão, Axíolos, 370 c.


3. uma parte da vida, cfr. Eurípedes, Andrômaca, 1215.


II - 1. longo espaço de tempo, uma idade (lat. aevum) cfr. Menandro, Incert 7; usado especialmente com preposiçõe "pelas idades, pelas gerações" ; cfr. Hesiodo, Teogonia, 609; Ésquilo, Suplicantes, 582 e 574; Agamemnon, 554; Platão, Timeu 37 d; Aristóteles, do Céu, 1. 19. 14; Licurgo, 155, 42; Filon, 2. 608.


2. um espaço de tempo claramente definido e destacado, uma era, uma idade. período, o "mundo presente" em oposição ao" mundo futuro"; cfr. MT 13:22; LC 16:8. Nesse sentido também usado no plural cfr. Romanos, 1:25: Filipenses, 4:20;


Efésios, 3:9; 1 Coríntios 2:7 e 1 Coríntios 2:1 Coríntios 10:11. etc. ".


Ora, "eterno" é filosoficamente, outra coisa; é o QUE ESTA FORA do tempo, como diz Aristóteles (Física, 4. 12, 221 b) : ώστε φανερόν ότι τά άεί όντα,ή άεί όντα, ούи έστιν έν Χρόνω: ού γάρ περιέΧεται
ύπό Χρόνον, ούδε µετρείται τό εί-ναι αύτών ύπό τού Χρόνου: σηµείον δέ τούτου ότι ούδε πάσΧει ούδεν ύπό τού Χρόνου ώς ούи όντα ένΧρόνω - que significa: "Vê-se, portanto, que os seres eternos, enquanto seres eternos, não estão no tempo, porque o tempo não os envolve, nem mede a existência deles; a prova é que o tempo não tem efeito sobre eles, porque eles não estão no tempo".

Quando se fala de "eterno" em grego, são as palavras que aparecem.


Mas há um trecho importante de Platão (Timeu, 37 e 38) em que sentimos bem a diferença entre αιδιος e αιωνιος . Vamos citá-lo na íntegra e no original, para bem compreender-se o sentido, e para quc os conhecedores controlem a veracidade do que afirmamos.
Ώς δέ иινηθέν αύτό иαί ζών ένόησεν τών άϊδίων θεών γεγο-νός άγαλµα ό γεννήσας πατήρ, ήγάσθη τε
иαί εύφρανθείς έτι δή µάλλον όµοιον πρός τό παράδειγµα έπενόησεν άπεργάσασθαι. Κα-θάπερ ούν αύτό τυγχάνει ζώον άίδιον όν,иαί τόδε τό πάν ούτως είς δύναµιν έπεχείρξσε τοίούτον άποτελεϊν. Н µέν ούν τού ζώ-ου φύσις έτύγχανεν ουσα αίώνιος, иαί τούτο µέν δή τώ γεννετώ παντελώς προσαπτειν ούи ή δυνατονúείиώ δ’έπενόει иίνητόν τί να αίώνος ποιήσαι, иαί διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος
αίώνος έν ένί иατ’διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος αίώνος έν ένί иατ’άριθµόν ίούσαν αίώνιον είиόνα, τούτον όν δή χρονον ώνοµάиαµεν. Нµέρας γάρ иαρ иαί νύиτας иαί µήνας иαί ένιαυτούς, ούи όντας πρίν ουρανον γενέσθαι, τόδε άµα έиείνω συνισταµένω τήν γένεσιν αύτών µηχανάται-ταΰτα δέ πάντα µέ-ρη χρόνου, иαί τό τ’ήν τό τ’έσται χρόνου γεγονότα είδη, & δή φέροντες λανθάνοµεν έπί τήν άίδιον αύσίαν ούи όρθώς. Λέγοµεν γάρ δή ώς ήν έστιν τε иαί έσται, τή δέ τό έστιν µόνον иατά τόν άγηθή λόγον προσήиει, τό δέ ήύ τό τ’έσται περί τήν έν χρόνω γένεσιν ίοϋσαν πρέπει λέγεσθαι-
иινήσεις γάρ έστον, τό δέ άέί иατά ταύτα έχον άиινήτως ούτε πρεσβύτερον ούτε νεώτε-ρον προσήиει γίγνεσθαι διά χρόνου ούδε γενέσθαι ποτέ ούδέ γε γονέναι νϋν ούδ’ είς αύθις έσεσθαι, τό παράπαν τε ούδέν όσα γε-νεσις τοϊς έν αίσθήσει φεροµένοις προσήψενάλλά χρόνου ταϋτα αίώνα µιµουµένου иαί
иατ’άριθµόν иυиλουµένου γέγονεν είδη-иαί πρός τούτοις έτι τά τοιάδε, τό τε γεγονός είναι γεγονός
иαί τό γιγνόµενον είναι γιγνόµενον, έτι τε τό γενεσοµενον εί-ναι γενεσοµενον иαί τό µή όν µή όν είναι, ών ούδέν άиριβές λέγοµεν ... χρόνος δ’ ούν µετ’ ούρανοϋ γέγονεν, άµα ίνα γεννη-θέντες άµα
иαί λυθώσιν, άν ποτε λύσις τις αύτών γίγνηται, иαί иατά τό παράδειγµα τής διαιωνίας φύσεως, ίν’ ώς όµοιότατος, αύ τώ иατά δύναµιν ή τό µέν γάρ δή παράδειγµα πάντα αίώνά έσ-τιν όν, ό δ’ αύ διά τέλους τόν άπαντα χρονον γεγονώς τε иαί ών иαί έσοµενος.
Eis a tradução literal, em que traduzimos αιωνιος por "permanente", para compreendermos bem as diferenças. Platão explica, pela boca de Timeu, qual a diferença entre eternidade e tempo, e fala na criação do tempo juntamente com o "céu", isto é, com a abóbada celeste. Esclarece que a eternidade é estável, imóvel, permanente em realidade, ao passo que o tempo imita essa permanência. com uma" permanência " relativa. Eis o texto: " Quando então o Pai Genitor percebeu que este (mundo), que foi a joia dos deuses eternos, se movia e vivia, ficou admirado e, alegrando-se, concebeu elaborá-lo ainda mais semelhante ao modelo. E como ele é um Vivente Eterno, e este é O TODO, empreendeu aperfeiçoá-lo dentro do possível. Sendo porém permanente a natureza do Vivente, não seria possível em vista disso igualar totalmente a ela o que teve princípio. Doutro lado, tinha feito uma imagem móvel do permanente e, organizando juntamente o céu, faz uma imagem permanente ritmada segundo o número, de acordo com a permanência imutável do UM, e isto é o que chamamos tempo.

Com efeito, não existindo os dias, as noites, os meses e os anos antes de ter sido produzido o céu, ele os produziu então juntamente com a constituição do mesmo. Todas essas coisas, porém, são parte do tempo, e o passado e o futuro são aspectos do tempo que evolui, e não percebemos que (falamos) impropriamente quando os aplicamos à essência eterna. Com efeito, dizemos que (ela) "era", "é" e "será"; mas uma única palavra verdadeiramente lhe convém: "é"; "era" e "será" só devem ser ditos a respeito da evolução que se processa no tempo, porque são movimentos; o eterno, porém, sendo imutável, não cabe (ser) mais velho, nem mais moço, nem evoluir através do tempo, nem ter aparecido outrora, nem ter acabado de aparecer agora, nem retroceder, nem (ter) qualquer qualidade que a evolução atribuiu às coisas que são percebidas, porque estes são aspectos pertencentes ao tempo, que imita a permanência e que gira segundo o número.


Além disso, estas outras expressões "o evoluído é (como se fora) mesmo evoluído", "o que evoluirá, evoluirá mesmo", "o não-ser é mesmo não-ser", são expressões inexatas... Então, o tempo evolui com o céu, para que, tendo nascido juntos, juntos também sejam dissolvidos – caso um dia se dê a dissolução dos mesmos - e (o tempo foi feito) segundo o modelo da natureza permanente, para que seja o mais semelhante possível a ela. Com efeito, o modelo é todo permanente, mas este (o tempo) é para sempre um tempo inteiro de passado, presente e futuro".


Agora vejamos o emprego dessas palavras em o Novo Testamento.


I - O substantivo αιδιος só aparece duas vezes:

1) na Epístola de Paulo aos Romanos (Romanos 1:20) "o Poder e a Divindade dele são eternos".


2) na Epístola de Judas (6-7), numa frase que é iniciada dizendo que Jesus salvou do Egito os israelitas (logo, sentido simbólico), e prossegue: "prendeu os anjos nos cárceres eternos sob a treva; Sodoma e Gomorra suportando a justiça do fogo permanente".


II - O substantivo αιων aparece 120 vezes, empregado com os sentidos: a) os séculos, isto é, uma época, um lapso de tempo (92 vezes);

MT 6:13; MT 21:19; MC 3:29; MC 11:14; Lc. 1:33. 55, 70; JO 4:14; 8:35 (2x), 51; 52; 10:28; 11:26; 12:34;


13:8; 14:6; AT 3:21; AT 15:18; RM 1:25;, 9:5; 11:36; 16:27; 1CO 2:7; 1CO 8:13; 1CO 10:11; 2CO 9:9; 2CO 11:31;


GL 1:5; EF 2:7; EF 3:9, EF 11:21 (2x); FP 4:20 (2x); CL 1:26; 1TM 1:17 (3x); 2TM 4:18 (2x); HB 1:2, HB 1:8 (2x); 5:6; 6:20; 7:17, 21, 24, 28; 11:13; 13:8, 21 (2x); 1PE 1:25; 1PE 4:11 (2x); 5:11 (2x); 1 JO
2:17; 2 JO 2; Jud. 13, 25 (2x); AP 1:6 (2x), 18 (2x); 4:9 (2x); 10 (2x); 5:13 (2x); 7:12 (2x); 10:6

(2x); 11:15 (2x); 14:11 (2x); 15:3, 7 (2x); 19:3 (2x); 20:10 (2x); 22:5 (2x).


b) o século, com o significado de "o mundo material" (em oposição ao mundo espiritual), ou com o sentido de "uma geração" – 28 vezes: MT 12:32; MT 13:22, MT 13:39, MT 13:40. 49; 24:3; 21:20; MC 4:19; MC 10:30; Lc. 16:8; 18:30; 20:34,35; RM 12:2; 1CO 1:20; 1CO 2:6 (2x), 8; 3:18; 2CO 4:4; EF 1:21; EF 2:2; 1TM 6:17; 2 Tim. - 4:20; TT 2:12; HB 6:5;


9:26; 1PE 3:18.


III - o adjetivo αιωνιος é empregado, ao lado de vários substantivos, qualificando-os, em 72 lugares: Uma única vez aparece com o sentido que pode ser interpretado como "eterno", usado por Paulo, em Romanos (Romanos 16:26) ao lado do substantivo "Deus" : Κατ’επιταγεν του αιωνιου θεου (segundo o preceito do Deus sempiterno), em oposição ao que escreve na 2. ª Coríntios (os 4:4) : o θεος του αιωνιος τουτου "o deus deste século", isto é, deste mundo.

Eis os sentidos : a) futuro, ou seja, no século ou na época vindoura, na vida seguinte, 19 vezes: MT 18:8; MT 25:41; MT 25:46; MC 3:29; LC 16:9; RM 16:25; 2 Th. 1:9; 2:16; 2TM 2:10; HB 5:9;


6:2; 9:12, 14, 15; 13:20; 1PE 5:10; 2PE 1:11; Jud. 7; Ap. 14:16.


b) permanente ou perene, no sentido de durar muito tempo, quase um século, 5 vezes:

2CO 4:17, 2CO 4:18; 5:1; 1TM 6:16; Film. 15.


c) os tempos atuais, ou seja, este século, 2 vezes:

2TM 1:9; TT 1:2.


d) com o substantivo VIDA (cujo sentido estudaremos agora), 45 vezes: MT 19:16, MT 19:29; 25:46; MC 10:17, MC 10:30; Lc. 10:25; 18:18. 30; AT 13:46 48; JO 3:15, 16, 36; 4:14,36;


5:24,39; 6:27, 40,47, 51, 54. 58, 68; 10:28; 12:25, 50; 17:2, 3; RM 2:7; RM 5:21; RM 6:22, RM 6:23; GL 6:8; 1 Tim. 1:16; 6:12; TT 1:2; TT 3:7; 1 JO 1:2; 2:25; 3:15; 5:11, 13, 20; Jud. 21.


O sentido de ζωή αίώνιος é dado pelo próprio Jesus, no evangelho de João, que é o que emprega mais vezes a expressão (25 vezes, contra 20 em todos os demais livros do novo Testamento). Lemos aí:
αύτη δέ έστιν ή αίώνιος ζωή, ϊνα γινώσиωσιν σέ, τόν µόνον άληθινόν θεόν, иαί όν άπέστειλας
‘Ιησοϋν χριστόν ou seja, "a vida IMANENTE é esta: 1) que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e

2) a quem enviaste, Jesus Cristo".


Por aí verificamos que a ζωήûαίώνιος NÃO É uma vida QUE DURA ETERNAMENTE (todas as vidas têm essa qualidade); não se refere à DURAÇÃO da vida, mas a uma QUALIDADE ESPECIFICA, que reside no CONHECIMENTO DA VERDADE TEOLÓGICA. E, ao conhecer essa verdade, haverá então a unificação total com o Cristo (cfr. JO 17:11,21,22), que dá a IMANÊNCIA perfeita, que resultar á na liberdade (cfr. JO 8:32) dos filhos de Deus (cfr. RM 8:21), que existe onde está o Espírito do Cristo (cfr. 1CO 10:29).
Paulo também explica qual a origem dessa VIDA IMANENTE, quando esclarece aos Romanos (Romanos 6:23):
τά γάρ όψώνα τής άµαρ-τίας θάνατος, τό δέ χαρισµα τοϋ θεοϋ ζωή αίώνιος, έν χριστώ ‘Ιησοϋ τώ
иυρίω ήµώ

ν isto é, "o salário do erro é a morte, a recompensa de Deus é a VIDA PERMANENTE em Cristo Jesus, o Senhor nosso".


Depois de tudo isso, podemos perceber a profundidade do sentido de "zoé aiónios".


É a VIDA PERMANENTE ou IMANENTE EM CRISTO. Em outros termos, é a união total do "eu" pequeno com o EU profundo, do "espírito" personalístico, com o Espírito ou Individualidade. A crença em Cristo, baseada no CONHECIMENTO e na CONVICÇÃO (fé), produzirá seus efeitos com a "nega ção da personalidade" (cfr. MT 16:24), que fica absorvida pela individualidade, pelo Cristo, que passa a "viver em nós" (cfr. GL 2:20 e GL 2:2CO 13:5). É o MERGULHO na Divindade, na qual nos dissolvemos, e isso se realiza através do Cristo.


Pelo oposição dos termos, salienta-se o significado: o erro nos trouxe a condição de encarnados, sujeitos à morte, e por isso o "salário do erro é o a morte". Mas a recompensa de Deus é o tirar-nos, quando nós o quisermos (por nosso esforço), desse cativeiro, dando-nos a VIDA IMANENTE de unifica ção com o Cristo, não mais sujeita a reencarnações e à morte.


Concluindo, pois, temos que "zoé aiónios": a) não pode ser vida "eterna" (como duração), de que todos participam; b) não pode ser vida "futura" (como reencarnação) porque todos os espíritos a vivem; c) não pode ser a vida "espiritual" (do "espírito") porque todos a têm, na alegria ou na dor.


Então, resta que é uma vida diferente dessas todas.


Por isso, compreendemos que só pode ser a vida NO REINO DE DEUS ou no REINO DOS CÉUS, que é a VIDA IMANENTE em Cristo.


Portanto, o melhor adjetivo para traduzir "aiónios", quando ao lado do substantivo VIDA, é IMANENTE, embora essa tradução não se encontre nos dicionários de grego.


No entanto, o sentido cabe perfeitamente. O latim manere significa "ficar". Com o preverbo PER, dá ideia de tempo ou duração; com o preverbo IN, exprime penetração, interiorização, união interna e íntima, "dentro de". Os dois são, pois, um mesmo verbo: MANERE, formando dois compostos: PERmanere e INmanere; e os sentidos também correspondem: a PERmanência é "ficar durante algum tempo" e a Imanência é "ficar dentro de", ou "penetrar em algo e lá permanecer".


Passemos ao versículo 17. Afirma o evangelista que Deus enviou seu Filho NÃO para julgar o mundo, mas para encaminhá-lo na direção certa.


Parece, à primeira vista, haver contradição entre essa frase e o que se diz logo adiante (5:22): "o Pai a ninguém julga, mas entregou todo julgamento ao Filho", acrescentando-se (5:27) : "Ele Lhe deu o poder de julgar, porque é Filho do Homem". Também em Mateus se descreve o Filho a julgar 25:31-3.


Entretanto, a contradição é mais aparente que real. Uma coisa é dizer que "o Filho julgará", ou "que o julgamento Lhe foi entregue", e outra, totalmente diferente, é dizer que foi essa a CAUSA da descida do Filho. Neste passo que comentamos, afirma-se que a RAZÃO de Sua vinda NÃO FOI o julgamento da humanidade (embora isto Lhe tenha sido colocado nas mãos), mas a missão de tirar a humanidade do caminho errado (αφεσις αµαρτιων) para orientá-la pelo caminho certo (σω-ζειν), isto é, para "preserv á-la" ou "salvá-la".

O sentido dos versículos seguintes (18-21) é bastante claro na sua interpretação literal, não carecendo de comentários.


Nesse trecho verificamos que mais clara se torna a linguagem mística de João.


O mundo - expresso pela palavra "cosmo (que significa "ordem" ou "harmonia do universo") - é a manifestação visível do Cristo Cósmico, ou seja, do "Filho Unigênito". Portanto, a própria exterioriza ção do Cosmo é, já de per si, uma doação que o Pai faz de seu "FILHO UNIGÊNITO".


Recordemos. Já falamos que Deus é O ESPÍRITO (JO 4:24), isto é, O AMOR, o qual, ao expandirse e manifestar-se, assume a atitude de PAI, ou VERBO (Logos, Palavra) isto é, O AMANTE, e que o resultado de sua manifestação ou exteriorização é O FILHO, que é o Universo em sua totalidade absoluta, e que, portanto, é realmente UNIGÊNITO, ou seja, o AMADO.


Por tudo isso, vemos que o CRISTO (CÓSMICO) é o FILHO UNIGÊNITO que está dentro de todos (sendo então chamado CRISTO INTERNO ou mônada divina).


Ora, todos aqueles espíritos que, por sua evolução, chegam a compreender, a buscar e a conseguir a Consciência Cósmica (ou consciência do Cristo Cósmico) também denominada União com o Cristo Interno - porque acreditaram nas palavras do Manifestante divino esses conseguirão a VIDA IMANENTE, a vida UNA com a Divindade que está em todos e em tudo, vida que flui internamente de dentro deles como fonte de água viva (cfr. JO 4:14). Esses não mais "se perderão" na ilusão da mat éria "satânica" ou opositora, a ela regressando constantemente vida após vida, mas empreenderão o caminho libertador da evolução sem fim.


E Jesus, o maior Manifestante da Divindade entre as criaturas terrenas - a quem Bahá’u’lláh denomin "Sua Santidade o Espírito" não veio para julgar os homens: apontou o caminho com Suas palavras e, muito mais, com Seus exemplos. Mas deixou as criaturas livres para escolher a estrada longa ou curta, larga ou estreita. A finalidade de Sua encarnação foi, apenas, conservar ou preservar o mundo, dando-lhe Seus exemplos, ensinando-lhe Sua doutrina, e derramando sobre o globo terrestre o Seu sangue vivificador.


No entanto, aqueles que não creem e se apegam à matéria (ao opositor ou satanás) já se julgam a si mesmos por sua própria atitude; ao renegar o Espírito ("mas aquele que se rebelar contra o Espírito, o Santo, não será libertado nem neste século (aiõni) nem no futuro", MT 12:33, cfr. MC 3:29 e LC 12:10) renunciam espontaneamente à evolução e, nem nesta encarnação nem na próxima, poder ão ser libertados do carma. Com efeito, a base ou o barema do julgamento é que a Luz Cristônica baixou até o mundo na Manifestação de Jesus; mas os homens preferiram as trevas à Luz. E justificase a preferência: suas obras (de separatismo, sectarismo, divisão, concorrência, egoísmo, ambição material, ódios, etc.) são más, ou seja, não sintonizam com o Amor que é Deus. Já aqueles que agem e vivem a Verdade, se aproximam vibracionalmente da Luz e deixam que suas obras se manifestem, porque, sendo realizadas em união total com o Amor (com Deus), são obras boas.


Mas, por que diz "crer NO NOME do Unigênito Filho de Deus" (vers. 18) ? O nome é a identificação da essência que se manifesta. Trata-se, portanto, de crer na manifestação do Filho de Deus, que é a Força Crística exteriorizada nos Universos (cfr. "seja santificado o Teu Nome", MT 6:9) a ela unindose a criatura através da "infinitização" própria, realizando a "consciência cósmica". O "nome" exprime, pois, a realidade mesma do Cristo divino que está em nós.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
SEÇÃO IV

TESTEMUNHANDO NO MUNDO GENTÍLICO

Atos 13:1-28.31

Jesus havia anunciado aos discípulos que eles iriam receber o poder do Espírito Santo e que seriam suas testemunhas (a) em Jerusalém, (b) em toda a Judéia e Samaria e (c) e nos confins da terra (Atos 1:8). Temos acompanhado o curso desta expansão desde Jerusalém (Atos 21:7-60) até toda a Judéia e Samaria (caps. 8-12). O restante do livro de Atos (caps. 13-28) descreve a propagação do Evangelho na extremidade oriental do mundo Mediterrâneo, e em direção ao ocidente até Roma, a capital do império. Pedro havia sido a figura principal dos doze primeiros capítulos deste livro, mas Paulo ocupa o lugar central no resto da história, naquilo que Harnack chamou de "missão e expan-são do cristianismo".

A. CHIPRE, Atos 13:1-12

1. A Incumbência (13 1:3).

Literalmente, o versículo 1 diz: "Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores" (ASV; cf. NEB). No livro de Atos, a palavra igreja é usada quase exclusivamente para a congregação local, enquanto as epístolas — principalmente Efésios — se referem muitas vezes a toda a Igreja de Jesus Cristo. No entanto, em Atos ela conserva uma referência aos crentes de Jerusalém (Atos 5:11-8.1,3; 11,22) exceto em duas ocasiões (Atos 7:38-9.31).

A cidade de Antioquia na Síria era a terceira maior cidade do Império Romano (depois de Roma e Alexandria). Era o lugar onde os seguidores de Cristo receberam pela primeira vez o nome de "cristãos" para diferenciá-los dos crentes judeus das Sina-gogas. Portanto, esta seria a localização lógica a partir da qual seria lançada a grande missão voltada aos gentios. A mentalidade tacanha e fortemente judaica de muitos discípulos de Jerusalém (cf. 15.1; 21:17-25) iria se revelar como um grande empecilho para qualquer movimento de caráter mundial se Jerusalém fosse o seu quartel gene-ral. Portanto, Antioquia tornou-se a base principal da evangelização do mundo gentílico.

Sua localização (ver o mapa 3), na extremidade norte da Síria, em frente à Ásia Menor e Europa, também era muito favorável. Do ponto de vista psicológico e também geográfico, esta cidade era providencialmente adequada para se tornar um registro do lança-mento do ataque ao mundo pagão que estava além do judaísmo. O cristianismo havia deixado de ser uma seita do judaísmo para se transformar em uma religião que con-quistaria o mundo.

Foi feita uma referência a alguns profetas e doutores da igreja de Antioquia. No Novo Testamento, o termo profetas parece ter sido usado principalmente para os "pregadores". A palavra grega prophetes (de prophemi, "falar", com o sentido de declarar) significa "aquele que age como intérprete ou comunicador da vontade divina",' e da mes-ma maneira ela foi usada pelos profetas do Antigo Testamento (e.g., 3:22-23; 7.37; 8.28). Mas agora, como nas epístolas de Paulo, este termo é aplicado àqueles que pregam o Evangelho.

Os profetas eram considerados logo depois dos apóstolos, e os doutores ou mes-tres ocupavam o terceiro lugar 1Co 12:28). Depois que a função de apóstolo havia terminado, os profetas e os doutores passaram a constituir os dois principais grupos de obreiros da igreja dignos de receber apoio, como mostra claramente o Didache (c.
13) do segundo século.

Na língua grega, a partícula te é colocada antes da palavra Barnabé e com Manaém. Este fato levou Ramsay a sugerir que a relação de cinco nomes deveria ser dividida em duas partes, com os três primeiros sendo designados como profetas e os dois últimos como doutores.' Lake e Cadbury duvidam da validade desta distinção.3 Alexandre acha provável que "as duas palavras sejam termos genéricos específicos aplicados à mesma pessoa, uma denotando sua autoridade divina e a outra a forma específica como ela era exercida".' Mas como profetas e doutores são tratados como classes distintas tanto no Novo Testamento como no Didache (ver acima), a interpretação de Ramsay merece algu-ma consideração.'

Barnabé já havia representado um papel menor, porém significativo em Atos. Ele é citado pela primeira vez por causa de sua generosa oferta à igreja (4:36-37). Foi ele quem se tornou o responsável por Saulo perante a desconfiada congregação de Jerusalém (9.27).

Quando confrontado com o tremendo desafio de Antioquia, logo no início dos trabalhos que lá se realizaram, Barnabé procurou Saulo, um gigante intelectual e um fervoroso convertido, e o levou a Antioquia como principal mestre da igreja (11:22-26). Ele tinha sido enviado juntamente com Saulo a Jerusalém com uma oferta de alívio para os cris-tãos que estavam sendo afligidos pela fome (11.30). Sem dúvida, aqui seu nome é menci-onado em primeiro lugar por ser o principal líder da igreja de Antioquia.

Simeão era um nome hebreu muito comum. Ele era chamado de Níger, que em latim significa "preto". Este homem às vezes é identificado com Simão Cireneu (Mac 15.21), embora essa identidade não possa ser provada. Lúcio, cireneu (ou de Cirene, no Norte da África) pode ter sido o mesmo que é mencionado em Romanos 16:21. Pro-vavelmente, não se trata de Lucas, o autor do livro de Lucas e de Atos. Devemos lem-brar que eram os homens de Chipre e da Cirenaica que pregavam livremente aos gen-tios em Antioquia (Atos 11:20).

Manaém está relacionado com Herodes, o tetrarca — Herodes Antipas, que rei-nou na Galiléia e na Peréia (4 a.C. — 39 d.C.). Toda a frase que fora criado com está condensada em uma palavra grega syntrophos. Ela vem de syn, "com", e trepho, "criar". Abbott-Smith define: "por certo alguém foi alimentado ou criado como irmão adotivo: Atos 13:1 EV. De acordo com o uso helenístico, como um termo da corte, um amigo íntimo de um rei" .6 Bruce escreve: "O título syntrophos era dado aos meninos que tinham a mesma idade dos príncipes e que eram criados junto com eles na corte": Da mesma forma, Bicknell diz: "Manaém era o irmão adotivo, ou mais precisamente, um compa-nheiro de folguedos de Herodes Antipas".8 Mas, depois de observar que o significado literal de "irmão adotivo" foi encontrado em um papiro do segundo século, Moulton e Milligan dizem: "Por causa do seu uso disseminado como um título da corte, essa expres-são seria melhor entendida como "cortesão" ou "amigo íntimo".9 Portanto, ao invés de "irmão adotivo, colaço" (ASV, Phillips), esta palavra provavelmente deveria ser traduzida como "membro da corte de" (RSV) ou "companheiro de honra para" (C. K. Williams)

Sobre a combinação dos homens mencionados aqui, Lumby faz este interessante comentário: "Um era cipriota, outro um cireneu, outro era judeu, mas, por causa de seu nome duplo, estava acostumado a se misturar com não judeus. Um deles era a conexão com a casa de Herodes. E Saulo, o apóstolo dos gentios, havia sido nomeado pelo céu -esta relação pode ser de alguma forma considerada típica de "todo o mundo" dentro do qual o Evangelho iria agora se propagar"."

Estes líderes, evidentemente, estavam passando por um período especial de serviço ao Senhor. Servindo (2) corresponde ao verbo leitourgeo, de onde vem a palavra "liturgia". Abbott-Smith define o significado original desta palavra da seguinte maneira: "1. Na língua clássica, em Atenas, ocupar cargos públicos às sua próprias custas, prestar serviço público ao Estado, portanto, em geral. 2. Servir ao Estado, fazer um serviço, servir" .11 No primeiro século a.C., Diodoro (I.
21) usou este termo para descrever os serviços aos deu-ses. Na Septuaginta, ele foi empregado para os serviços dos sacerdotes e dos levitas no Tabernáculo e no Templo (cf. Hb 10:11). Somente aqui e em Romanos 15:27 ele foi usado em conexão com os serviços cristãos. Provavelmente, a maioria dos comentaristas afir-ma que se trata de uma referência ao "ministério em uma adoração organizada"." Entre-tanto, não há uma indicação no texto de que este fosse o caso. Poderia ter sido uma reunião de oração do "grupo" de líderes da congregação local. Mais tarde, a igreja usou este termo principalmente com referência ao sacramento da Ceia do Senhor. Mas aqui ele tem um sentido mais geral e pode ser traduzido como "adorando" (Phillips; cf. NEB).

Em relação a este serviço, eles jejuaram. Este exercício só tem valor espiritual se estiver relacionado à oração. Quando alguém está envolvido no propósito de se dedicar a uma oração intensa e ininterrupta, esta pode ter um valor incalculável. O costume de servir ao Senhor através da oração e do jejum em ocasiões de importantes decisões tem sido praticado pelos santos de todos os séculos.
Portanto, temos aqui cinco líderes fiéis que estavam servindo ao Senhor e jejuando, aos quais o Espírito Santo falou... Mas não ficamos sabendo como. Provavelmente, através de uma distinta impressão feita em suas mentes, da mesma forma como Ele faz atualmente.

A ordem do Espírito inaugurou uma nova era na expansão do cristianismo. Ele dis-se: Apartai-me — ou melhor, "Separem para mim" — Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Deus designou os dois melhores homens da congregação para que desempenhassem a tarefa das "missões estrangeiras". Com muita freqüência a igre-ja tem, de forma egoísta, mantido os homens mais talentosos no trabalho local. Mas a chamada divina é para que aqueles que estiverem mais equipados, e os cristãos mais talentosos, levem avante o maior empreendimento do mundo — a evangelização missionária. Mais uma vez o Espírito precisava falar, e a sua voz precisava ser novamen-te ouvida e atendida. Nestes dias de agitação internacional, o trabalho das missões mun-diais exige o melhor que a igreja puder dar.

Quando a vontade de Deus foi revelada, eles novamente jejuaram e oraram (3). Mas quem seriam eles? Normalmente, seriam os cinco homens mencionados acima, como aparentemente se pode entender pela palavra anterior, "eles", no versículo 2. Porém, a probabilidade aqui é que exista uma inadequada mudança no sujeito — uma caracterís-tica encontrada no Antigo e no Novo Testamento — e que a referência esteja incluindo toda a congregação. Na verdade, o fato mais simples é que os cinco homens não poderiam ter imposto as mãos sobre dois deles mesmos. Parece improvável que os três remanes-centes tenham imposto as mãos sobre os dois companheiros que haviam sido chamados sem envolver a igreja toda neste ato. Podemos acreditar, embora não tenha sido declara-do, que a congregação havia sido conjuntamente exortada a um culto especial de jejum e oração. Este era um instante memorável da história da Igreja — a inauguração de um importante programa missionário mundial — e era necessário procurar fervorosamente a orientação e o poder de Deus. Os dois que foram chamados também devem ter recebido a incumbência desta missão especial.

Nesta história da inauguração das missões estrangeiras, não podemos deixar de notar alguma semelhança com o "encontro de oração no monte de feno" na cidade de Williamstown, Massachusetts. Vários alunos do Williams College foram surpreendidos por uma tempestade e procuraram abrigo em um típico monte de feno da Nova Inglater-ra. Ao invés de desperdiçar o tempo, ou fazerem alguma coisa pior, eles se envolveram em uma séria discussão sobre a necessidade dos pagãos que nunca tinham ouvido falar do Evangelho. Isto os levou a orar por aqueles milhões de necessitados que eram igno-rantes em relação à Palavra de Deus. Mais tarde, alguns destes alunos piedosos vieram a se oferecer para, como primeiros missionários estrangeiros, deixar a costa da América. A partir desta preocupação, surgiu a primeira associação missionária dos Estados Uni-dos. O empreendimento missionário que nasceu de um encontro de oração em Antioquia estava sendo, a partir de inúmeros outros encontros, reiniciado.

Ao término desta ocasião especial de oração e jejum, eles os despediram. Em todas as outras ocorrências no Novo Testamento, essa expressão foi traduzida (KJV) como "libertar". A igreja libertou estes homens de suas obrigações domésticas para que pudes-sem desempenhar uma obra em outras nações.

Os ensinos dos versículos 1:3 podem ser resumidos sob o tópico "Segredos de um Serviço Bem-sucedido": 1. Esperar em Deus (2) ; 2. Ouvir a sua voz (2) ; 3. Obedecer a sua chamada (3) ; 4. Cooperar nas atividades da igreja (3).

2. A Vitória (Atos 13:4-12)

Os dois missionários não foram apenas "libertados pela igreja para este trabalho" (Phillips), mas também foram enviados pelo Espírito Santo (4). Esta é a melhor com-binação. Ser chamado por Deus e enviado pelo seu Espírito e, ao mesmo tempo, ser ordenado pela igreja e enviado com a sua bênção — é a norma do serviço cristão.

Os missionários literalmente "desceram" — à Selêucia. Este era o porto de Antioquia, 25 quilômetros a oeste da cidade e 8 quilômetros ao norte da foz do Rio Orontes, em cujas margens estava situada a cidade de Antioquia. Bruce comenta: "Geralmente, Lucas tem muito cuidado para anotar os portos de partida e chegada' (cf. Atos 14:25-26; 16.11; 18.18). Esta é uma das inúmeras provas existentes neste livro de que ele viajou por muitos lugares.

A partir da Selêucia, eles navegaram — literalmente "partiram". Este verbo só é encontrado em Atos (aqui e em Atos 14:26-20.15; 27.1).

Este é um dos vários termos náuticos usados por Lucas, um experimentado viajante do Mediterrâneo.

Eles navegaram em uma direção sudoeste a Chipre, uma grande ilha com cerca de 240 quilômetros de comprimento e 65 de largura. Estava situada a cerca de 100 quilômetros da costa da Síria, porém há 160 quilômetros de distância de Antioquia (ver o mapa 3). Na Antigüidade, esta ilha era conhecida pelos seus ricos depósitos de cobre que representavam um de seus principais produtos de exportação. Esta era também a origem de seu nome; em grego, kypros significa "cobre". Barnabé era nativo de Chipre (4,36) e era muito natural que ele desejasse ir para lá.

Os missionários desembarcaram em Salamina (5) "a principal cidade de Chipre",' e também o porto mais importante da região leste da ilha. Lá eles anunciavam a palavra de Deus nas Sinagogas dos judeus. A menção de sinagogas (plural) mostra que havia uma considerável colônia de judeus nesta cidade. Muitos deles já tinham ouvido o Evangelho (Atos 11:19), mas o trabalho de evangelização tinha apenas começado. Agora ele deveria ser levado para mais longe. Portanto, os missionários anunciavam — "estavam declarando" (katengellon) — a palavra de Deus (cf. Atos 11:19"pregando a palavra").

Não deixa de ser um fenômeno admirável que, desde o início de seu empreendimen-to missionário, estes pregadores tenham encontrado portas abertas esperando por eles sob a forma das sinagogas dos judeus. Como Barnabé e Saulo eram ambos judeus, eles podiam freqüentar os cultos do sábado e pregar o Evangelho àqueles que lá adoravam.
Os dois missionários tinham também a João como cooperador — ou melhor di-zendo, "tinham João como ajudante" (ASV). Atualmente nos círculos religiosos, a palavra cooperador geralmente significa pastor ou pregador. Aqui a palavra é hyperetes; literalmente, "sub-remador". Este termo indica um servo que está subordinado a uma autoridade. João Marcos (cf. Atos 12:12-25) não era o pregador deste grupo, mas aquele que ajudava os dois homens mais velhos.

Depois que Barnabé e Saulo terminaram de anunciar a Palavra de Deus em Salamina, eles fizeram uma viagem missionária por toda a ilha. Havendo atravessado a ilha (6) corresponde a uma única palavra grega, dielthontes. Ramsay diz que este verbo é "um termo técnico relativo ao progresso missionário através de um distrito"' (cf. 15.41). Em vez de a ilha, o melhor texto grego diz "toda a ilha". Ramsay acredita que esta afirmação indica terem visitado todas as comunidades judaicas da ilha pregando nas sinagogas.

Os missionários evangelizaram durante a sua caminhada através da ilha, do leste para o oeste, e finalmente chegaram a Pafos, que era a sede do governo romano em Chipre. Neste lugar, eles encontraram um mágico. A palavra é magos, que ocorre no versículo 8 e em outras passagens do Novo Testamento. Em Mateus 2:1-7,16, foi traduzida em algumas versões como "homens sábios" indicando, provavelmente, astrólogos da Média ou da Pérsia. Mas aqui esta palavra tem uma conotação diferente. Bruce escreve: "Como este homem era judeu, a palavra magos não foi usada aqui de acordo com seu sentido original ou técnico (ver 8.9), mas no sentido de "mágico"." Esta é a tradução correta desta passagem.

Este mágico também foi chamado de falso profeta, i.e., alguém que estava "falsa-mente alegando ter uma inspiração"." Jesus havia prevenido sobre o aparecimento de falsos profetas (Mac 13.22).

Pela terceira vez, este homem é identificado como sendo judeu. Parece surpreen-dente que judeus pudessem se dedicar à mágica devido à condenação do Antigo Testamento contra esta prática. Mas existem amplas evidências de que realmente se dedica-vam a ela. Josefo menciona um mágico judeu de Chipre:8 Ele também diz que alguns oficiais romanos ficaram fascinados com outro mágico judeu.' Um dos sinais da deca-dência do judaísmo era que a mágica estava começando a se propagar entre os judeus.

O mágico de Pafos tinha o nome de Barjesus. Apalavra Bar em aramaico corresponde a "filho". Portanto, este homem era chamado "filho de Jesus" (em hebraico, Josué).

Barjesus estava com o procônsul (7), ou governador romano do país de Chipre. Críticos do século XIX afirmaram que Lucas havia cometido um erro aqui. Eles insistiam que Chipre era uma província imperial, governada por um "pro-pretor" e não uma província senatorial governada por um procônsul. Portanto, pensaram que Lucas esti-vesse errado. Porém, descobertas posteriores confirmaram completamente a precisão do apóstolo. Chipre foi transformada em província imperial no ano 27 d.C., porém cinco anos mais tarde ela foi concedida ao senado pelo imperador e assim permaneceu como província senatorial. Como em muitas outras passagens em Atos, a arqueologia confir-mou esta precisão de Lucas."

O procônsul chamou Barnabé e Saulo porque procurava muito ouvir a palavra de Deus. Ele era um varão prudente — "inteligente" ou "compreensivo", que queria conhecer a natureza do ensino que estava sendo propagado em sua província.

Barjesus, o mágico, também era chamado de Elimas (8). Quanto à afirmação por-que assim se interpreta o seu nome, Bruce diz: "O significado não pode ser que Elimas seja a tradução de Barjesus, pois os dois nomes têm um significado completamente dife-rente".' A versão grega diz: "Elimas, o mágico (pois este é o significado do seu nome) ".

O mágico resistia — "opunha-se" — aos missionários procurando apartar o procônsul da fé. Bruce comenta: "Elimas parece ter sido um dos mágicos de estimação que os grandes homens às vezes mantinham em seu séqüito, e ele tinha uma perspicaz suspeita de que se o procônsul prestasse atenção em Barnabé e Saulo, seus próprios serviços provavelmente seriam dispensados"."

Saulo (um nome hebraico comum) também tinha o nome de Paulo (9) — uma pala-vra latina (cf. Sérgio Paulo)." Uma vez que Paulo havia nascido como cidadão romano (Atos 22:27-28), mas de pais judeus (22.3), ele recebeu os dois nomes, o nome hebraico e o nome romano. Como se orgulhava do fato de ser "da tribo de Benjamim" (Fp 3:5) é provável que tenha recebido o nome do primeiro rei de Israel, Saulo, que também pertencia àquela tribo. Naturalmente, ele seria conhecido por este nome nos círculos judaicos. Mas agora que trabalharia principalmente no mundo dos gentios, chamava a si mesmo de Paulo. O fato de estar com Sérgio Paulo também pode ter tido alguma influência. Paulo podia dizer ao governador romano: "Meu nome também é Paulo".

Cheio do Espírito Santo — lit., "tendo sido cheio do Espírito Santo" (exatamente a mesma expressão de 4,8) — representa a tônica do livro de Atos. Este Espírito interior deu a Paulo uma especial inspiração e poder para esta ocasião.

Fixando os olhos é um verbo muito forte em grego. Com exceção de II Coríntios 3:7-13, ele foi usado somente por Lucas no Novo Testamento (dez vezes em Atos). Ele vem de um adjetivo que significa "concentrado, atento" e seu significado é "olhar fixa-mente".'

Paulo olhou atentamente o mágico e o acusou de ser cheio de todo o engano (10).

A melhor tradução seria "falsidade". "A palavra grega significa principalmente 'isca para peixe'; depois 'engano'; e também o 'desejo' ou a 'disposição para enganar"'." Paulo também disse que Elimas estava cheio de toda a malícia — "insensibilidade, atrevimento e facilidade para praticar o mal, que é o significado original e etimológico da palavra"." A palavra toda antes do substantivo serve para acentuar a profundidade e a dimensão do mau caráter do mágico.

Paulo também chamou Elimas de filho do diabo (caluniador, falso acusador). O mágico era conhecido como Barjesus ("filho de Jesus"), mas na realidade era "filho do diabo". Também era um inimigo de toda a justiça. Quando ele cessaria de perturbar [a mesma palavra traduzida como "apartar" no v. 8] os retos caminhos do Senhor -os caminhos da salvação?

Por causa da sua oposição à verdadeira luz, o mágico ficaria cego sem ver o sol por algum tempo (11). Isto sugere que sua cegueira seria apenas temporária. Ele não foi castigado com tanta severidade como Ananias e Safira porque estes pecaram contra uma luz maior e também porque seus atos ameaçaram influenciar prejudicialmente toda a igreja ao estabelecer um exemplo de falsidade. E no mesmo instante, a escuridão — o começo de uma obscuridade na visão (esta palavra grega aparece somente aqui no NT) — e as trevas (o clímax da cegueira total) caíram sobre ele. Andando à roda, busca-va a quem o guiasse pela mão — três palavras em grego, que querem dizer literalmente: "Andando [particípio presente de um ato contínuo], ele estava procurando [im-perfeito do indicativo de um ato contínuo] algum guia". O retrato é de um cego indefeso tateando em volta, suplicando às pessoas para segurarem a sua mão e guiá-lo até a sua casa. É provável que a maioria dos espectadores tenha ficado com medo de ajudá-lo.

Não é de admirar o efeito que este fato exerceu sobre o procônsul. O procônsul creu, admirado, na doutrina [em grego, "ensino"] do Senhor (12). Admirado é um verbo bastante forte que significa "atingir com pânico ou choque, admirar, assustar".27 O governador ficou dominado pelo que havia acontecido. Foi a combinação do ensino de Paulo e do castigo de Deus que "atingiu" o procônsul daquela maneira tão violenta. Lumby comenta: "Ele ficou convencido, pelo milagre e pelas palavras com as quais o fato foi acom-panhado, de que os apóstolos eram os mestres do caminho do Senhor que ele estivera procurando em vão em Elimas"." Acreditar no contexto de Atos significa aceitar a Cristo como seu Salvador e, dessa forma, tornar-se cristão.

TESTEMUNHANDO NO MUNDO GENTÍLICO

ATOS 13:13

B. A ÁSIA MENOR, Atos 13:13-14.28.

1. Antioquia da Pisídia (Atos 13:13-52)

a. A Sinagoga (Atos 13:13-15). A expressão Paulo e os que estavam com ele (13) — lit., "aqueles ao seu redor" — é extremamente significativa. Ela sugere uma nova liderança para este grupo missionário. Até o momento, tinha sido "Barnabé e Saulo". Mas de agora em diante será "Paulo e Barnabé".

As duas únicas exceções estão relacionadas com o Concílio de Jerusalém (Atos 15:12-25), onde os líderes judeus naturalmente chamariam primeiro Barnabé, e em Listra (Atos 14:14), onde Barnabé foi confundido com Júpiter, o maior deus.

O grupo de Paulo partiu de Pafos. O verbo significa literalmente "navegou". So-mente Lucas usa este verbo em um sentido náutico (treze vezes em Atos e uma vez em Lc 8:22). Este representa a familiaridade que Lucas tinha com o mar. Os judeus eram conhecidos por serem péssimos marinheiros. Mas Lucas, que foi provavelmente o úni-co escritor não judeu do Novo Testamento, aparentemente gostava muito de viajar em alto mar.

Os missionários chegaram a Perge da Panfília (ver o mapa 3). Era uma viagem de cerca de 270 quilômetros até o continente da Ásia Menor. Perge estava cerca de 13 quilômetros de distância de Cestrus, e talvez a 8 quilômetros do rio. É provável que tenham desembarcado no principal porto de Atália (cf. Atos 14:25), e caminhado até Perge. Panfília era um território que ficava entre os montes Taurus e o mar Mediterrâneo, na região onde agora está situada a Turquia. No ano 43 d.C., ela havia se unido à Lícia (no oeste) para formar uma província imperial.

Mais uma vez (cf. 5), o nome de João Marcos é mencionado e foi incluída uma noticia triste: João apartando-se deles voltou para Jerusalém (13). Não ficamos sabendo a razão, mas ele pode ter sido influenciado por uma combinação de fatores.

Pode ter sido uma disfarçada saudade que o levou de volta à casa de sua mãe em Jerusalém. Também é inteiramente possível, e até provável, que ele tenha se ressentido do fato de Paulo assumir a liderança do grupo, como está refletido na frase: Paulo e os que estavam com ele. Mas, o Espírito Santo não tinha designado "Barnabé e Saulo" como missionários? (2) Que direito tinha Paulo de usurpar o primeiro lugar? O fato de João Marcos ser primo de Barnabé (Cl 4:10, NEB) poderia levá-lo a ser mais solícito em relação ao seu parente. Talvez o jovem ajudante tivesse entendido que a viagem missionária incluiria apenas Chipre, a terra natal de Barnabé, e ele não esti-vesse feliz com a ida ao continente.

Outra possibilidade foi sugerida no versículo seguinte. Paulo e Barnabé deixaram as pantanosas terras baixas e subiram a região montanhosa da Galácia. Por quê? Na epístola aos Gálatas, Paulo sugere uma resposta. Ele diz: "Vós sabeis que por causa de uma enfermidade da carne vos preguei o Evangelho a primeira vez" (Gl 4:13, NASB). Sir William Ramsay entende que, na Panfília, o apóstolo pode ter sofrido uma recaída de malária crônica.' Lake e Cadbury comentam: "A natureza geralmente infestada de malária da costa e o clima muito mais saudável de Antioquia (1.000 metros acima do nível do mar) torna bastante provável a sugestão de Ramsay de que Paulo havia sofrido de malária em Perge"." Podemos imaginar que Paulo falasse com Barnabé sobre a necessidade de sua ida a uma altitude mais elevada. Barnabé, de coração generoso e magnânimo, concordou em ir. Mas seu jovem primo se recusou. Se Paulo tinha entendido os sinais, ele estava indo para casa. Além disso, era muito perigoso subir as montanhas infestadas por ladrões e cortadas por traiçoeiras torrentes de água. Ele não estava disposto a arriscar a sua vida. Portanto, foi para casa.

Depois da partida do seu ajudante, Paulo e Barnabé saíram de Perge (14) — literal-mente "tendo atravessado Perge" [ver o comentário sobre v. 6] — e chegaram a Antioquia da Pisídia (esta expressão está de acordo com o melhor texto grego). Na verdade, "Antioquia não estava em Psídia, mas era perto da Pisidia".31Ela foi chamada de Antioquia da Pisídia para ser diferenciada de Antioquia da Síria, de onde tinha vindo o grupo de missionários. Ramsay diz que Antioquia da Pisídia se refere a "uma cidade da Frigia em direção à Pisídia".32 Bruce escreve: "A Antioquia da Pisídia estava, na verdade, em uma região provavelmente chamada Frigia Galática, e era um centro civil e militar daquela parte da província".33 Mais tarde, no ano 295 d.C., Antioquia tornou-se uma parte da Pisídia. Anteriormente, ela havia sido transformada em uma colônia romana por Augusto.' Desde o início de sua carreira missionária, Paulo seguiu a política de evangelizar nos grandes centros metropolitanos.

Na Antioquia da Pisídia, os dois missionários entraram na sinagoga, num dia de sábado, e se sentaram. Fazendo isto, eles estavam seguindo o exemplo deixado pelo Mestre (Lc 4:16). Em relação a esta forma de devoção, Bruce diz: "No primeiro século, o culto da sinagoga consistia (a) do Shema ("Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor), (b) da oração do líder, (c) da leitura da Lei (e, no sábado e nos dias festivos, da leitura dos Profetas), (d) de um sermão proferido por algum membro capa-citado da congregação"."

A Lei (15) consistia no Pentateuco, os primeiros cinco livros das Escrituras. No cânon hebraico, os Profetas incluem os chamados "profetas antigos" — Josué, Juízes, 1 e II Samuel, 1 e II Reis — e os "profetas posteriores" — Isaías, Jeremias, Ezequiel e o livro dos Doze (Profetas Menores). O resto do cânon hebraico estava agrupado na terceira divisão chamada de Hagiógrafa ("Escritos Sagrados").

Depois da leitura de determinadas lições da Lei e escritos dos Profetas, foi enviada uma mensagem aos visitantes pelos principais da sinagoga — o plural sugere que havia mais de um deles oficiando. Adam Clarke descreve varões irmãos como "uma maneira hebraica para dizer 'Vós homens que sois nossos irmãos', i.e., judeus como nós mesmos"."

A mensagem aos missionários era: Se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai. A palavra consolação pode ser precisamente traduzida como "encorajamento" (Phillips) ou "conforto". Em vista do fato dos judeus chamarem a vinda do Messias de "Consolação de Israel" (cf. Lc 2:25), Clarke diz: "Aqui, a palavra paraklesis deve ser entendida com o significado de consolação e isto em referência ao Messias... Paulo mostrou o carinho e a proteção de Deus para com o seu povo, Israel, e a abundante provisão que havia feito para a sua salvação através de Jesus Cristo".'

b. O Sermão (Atos 13:16-41). O primeiro sermão registrado do apóstolo Paulo é sur-preendentemente semelhante ao de Estêvão (7:2-53), no sentido de que ambos fazem um resumo histórico da conduta de Deus em relação ao seu povo. No entanto, o discurso de Paulo não é uma absoluta repetição do outro. Enquanto Estêvão começa com Abraão e os patriarcas, Paulo começa com o Êxodo.

Alexander faz a seguinte síntese do conteúdo deste sermão: "Começando com uma breve descrição da antiga história de Israel, como a igreja primitiva ou o povo escolhi-do, desde a sua primeira vocação até o reinado de Davi (17-22), o apóstolo de repente apresenta Jesus como herdeiro daquele rei e o prometido Salvador (23) citando João Batista como sua testemunha e seu precursor (24-25) ; em seguida, ele faz a oferta da salvação através de Cristo a ambas as classes de ouvintes (26), descrevendo sua rejei-ção pelos judeus de Jerusalém (27), sua morte, sepultamento e ressurreição (28-31). Tudo isso representa o cumprimento da promessa de Deus aos antepassados (32) e as profecias específicas, três das quais ele cita, interpreta e aplica a Cristo (33-37), termi-nando com outra fervorosa oferta de salvação (38-39) e uma solene advertência contra a incredulidade (40-41) "."

(1) De Moisés a João (13 16:25). Jesus obedecia ao costume dos rabinos judeus de ficar sentado enquanto ensinava o povo (cf. Mt 5:1; Lc 4:10), porém aqui em Antioquia da Pisídia Paulo se levantou (16), seguindo a maneira dos oradores gregos e romanos. Pe-dindo silêncio com a mão para ganhar a atenção dos presentes (cf. Atos 21:40), ele se dirigiu aos ouvintes como varões israelitas — lit. "homens, israelitas", i.e., "compa-nheiros israelitas" — e os que temeis a Deus. Os tementes a Deus eram aqueles que adoravam na sinagoga e observavam o sábado. Este termo talvez pudesse incluir os gentios prosélitos (ver os comentários sobre Atos 10:2).

Uma das maiores ênfases do Antigo Testamento está no fato de Deus ter escolhido (17) Abraão e seus descendentes para serem o seu povo da Aliança (cf. Êx 6:1-4,6;13 14:16). O mesmo verbo grego para escolheu é usado repetidamente na Septuaginta para ex-pressar esta idéia (e.g., Dt 7:7-14.2; 51 33.12; 77.8). Ele exaltou o povo tornando-o poderoso e forte. Com braço poderoso — expressão hebraica para grande poder -Deus tirou-o do Egito.

Deus suportou os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos (18) — ou "como um pai cuidadoso ele o conduziu no deserto" (ASV). A diferença entre essas duas traduções é uma questão de apenas uma letra em grego. A versão KJV traduz etropophoresen, enquanto a ASV traduz etrophophoresen ("nutrir, conduzir como uma ama"). A evidência existente nos manuscritos é tão equilibrada que é quase impos-sível ter certeza sobre qual seria a mais correta. A tradução da KJV é essencialmente acompanhada pelas versões RSV e NEB. A confusão no texto vai até a Septuaginta de Deuteronômio 1:31, que Paulo está evidentemente citando. Bruce escreve: "A palavra hebraica é nasa, que pode significar 'carregar' ou 'suportar', e poderia ser representada pelas duas palavras gregas"." Adam Clarke oferece aquela que provavelmente seria a melhor conclusão, quando escreve: "Ambas, quando corretamente entendidas, falam pra-ticamente no mesmo sentido, mas a última [ASV] é mais expressiva e combina melhor com o discurso de Paulo e com a história à qual ele está fazendo uma alusão".'

Rapidamente, Paulo analisa a subseqüente história de Israel até à época de Davi. Deus destruiu sete nações (19) — heteus, girgaseus, amorreus, cananeus, ferezeus [ou perizeus], heveus e jebuseus (Dt 7:1) — na terra de Canaã e deu-lhes por sorte a terra deles — "como herança".

E, depois disto, por quase quatrocentos e cinqüenta anos, lhes deu juízes, até ao profeta Samuel (20). Isto apresenta um problema cronológico que se reflete nas diferentes redações dos manuscritos. O melhor texto grego coloca a frase por quase quatrocentos e cinqüenta anos no versículo 19, e não no 20. Bruce diz a respeito desta redação: "Ela é a melhor explicação para cobrir os 400 anos de viagem... os 40 anos no deserto e o período que transcorreu desde a entrada em Canaã até à distribuição de terras em Josué 14"» O problema na tradução da versão KJV em inglês é que ela não pode ser harmonizada com a declaração em I Reis 6:1, de que o quarto ano de Salomão aconteceu 480 anos depois do Êxodo. Isto não poderia ser verdade se o período dos Juízes tivesse 450 anos. Rackham afirma que o período de 450 anos começou com a promessa feita a Abraão de que a sua semente herdaria a terra."

O período dos juízes terminou com o profeta Samuel, que era considerado pelos judeus o primeiro profeta desde Moisés. Mas, depois de Samuel, continuou a haver pro-fetas em Israel ao longo de todo o Antigo Testamento. Segundo a observação de Lake e Cadbury: "Da mesma forma como consta nos primeiros capítulos de I Samuel, ele é a ligação entre os Juízes e os Profetas, e pode ser considerado como qualquer um deles"."

Antes da morte de Samuel, os israelitas já tinham pedido um rei (21). Então Deus lhes deu Saul, filho de Quis. Ele era da tribo de Benjamim, assim como o próprio orador (ver os comentários sobre v. 9). A duração do reinado de Saul consta aqui como quarenta anos, mas isto não está indicado de forma definitiva no Antigo Testamento. No entanto, foi confirmado por Josefo, que escreve: "Agora Saul, que reinara dezoito anos enquanto Samuel estava vivo, e vinte e dois depois da sua morte, terminou a sua vida desta maneira".' Em outra passagem, entretanto, ele diz que Saul reinou durante vinte anos." Mas será que isto não seria um arredondamento do número quanto à duração do seu reino depois da morte de Samuel, que ainda poderia ser considerado como juiz?

Como Saul desobedeceu, foi retirado por Deus (22) da posição de rei (por causa de sua morte prematura), e Davi foi estabelecido pelo Senhor em seu lugar. Assim, entende-mos que a eleição divina está sujeita à obediência humana. Deus escolheu Saul, mas o rejeitou porque ele desobedeceu. Da mesma forma, Israel seria retirado por causa da sua desobediência e a igreja de Jesus Cristo tomaria o lugar de Israel como o povo de Deus.

O testemunho divino a respeito de Davi consiste em três citações do Antigo Testa-mento combinadas em uma só — uma característica comum no Novo Testamento. A frase Achei a Davi vem de Salmos 89:20. Varão conforme o meu coração vem de I Samuel 13:14, e que executará toda a minha vontade vem de Isaías 44:28.

Da descendência deste (cf. Rm 1:3) trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus (23). Esta era a essência da mensagem de Paulo para a qual toda a introdução histórica havia apenas preparado o caminho.

João Batista havia "antes da vinda dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo do arrependimento" (lit., 24). A palavra vinda provavelmente se refere ao início do mi-nistério público de Jesus. João havia declarado: Eu não sou o Cristo (25) — i.e., o Messias. Antes, após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as sandá-lias dos pés (cf. Lc 3:16).

(2) O Messias crucificado e ressurrecto (13 26:41). Novamente (cf. 16), Paulo se diri-ge a ambos; aos judeus — filhos da geração de Abraão (26) e-aos gentios tementes a Deus. A eles é enviada a palavra desta salvação. Mas os habitantes de Jerusalém e os seus príncipes (27), como ignoravam Jesus e as vozes dos profetas que se lêem todos os sábados no culto das sinagogas, haviam cumprido aquelas mesmas profeci-as condenando Jesus à morte. Embora não achassem alguma causa de morte (28), ainda assim convenceram Pilatos a condená-lo à morte. Quando já tinham cumprido as profecias do Antigo Testamento a seu respeito (29), eles removeram seu corpo da cruz e o colocaram no sepulcro. Para sermos mais específicos, foi José de Arimatéia que o sepul-tou (Mt 27:57-60).

Em seguida, vem uma das principais ênfases da pregação apostólica: Deus o res-suscitou dos mortos (30). Era necessário que os cristãos primitivos estivessem presen-tes na ressurreição para comprovar que Jesus era o Messias e o Salvador. Uma vez que a ressurreição de Cristo representa a garantia que temos nele, ela deveria se tornar a parte principal das pregações atuais do Evangelho.

O Cristo ressuscitado... por muitos dias, foi visto — na verdade foram quarenta dias (cf. 1,3) — pelos seus discípulos, que vieram da Galiléia a Jerusalém (31). Isto está de acordo com os relatos nos Evangelhos e em Atos 1. Aqueles que o viram são suas testemunhas para com o povo.

Paulo prosseguiu anunciando o evangelho (32; evangelizometha), mostrando que a promessa divina aos pais foi cumprida por Deus (32) a nós, seus filhos' ao ressuscitar Jesus. A promessa citada por Paulo é: Meu filho és tu; hoje te gerei (Sl 2:7). Parece muito natural entender a palavra ressuscitaria como uma referência à ressurreição de Jesus "dentre os mortos" (NEB). Porém, muitos e excelentes estudiosos insistem que é a encarnação que está aqui subentendida, enquanto a ressurreição está no versículo 34.

As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei (34) representa o texto hebraico de Isaías 55:3. Mas aqui o texto grego corresponde a uma citação da Septuaginta desta passagem: "Eu vou dar a vocês as bênçãos sagradas e certas que prometi a Davi" (NTLH). Lake e Cadbury comentam: "É importante observar que toda a argumentação está base-ada na LXX e irá desaparecer se o discurso não for em grego"." A citação no versículo 35 vem de Salmos 16:10. No versículo 36, Paulo argumenta que, como Davi havia morrido, essas passagens devem se aplicar ao Messias. Ele é o Único que não viu nenhuma corrupção (37).

A conclusão de tudo isto é que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê (38-39). Este é o ponto sobre o qual Paulo desenvolve intensamente os seus escritos em Gálatas e Romanos. Ele é a essência da sua mensagem aos judeus.

O sermão termina com uma advertência aos ouvintes para que a sua rejeição aos Evangelhos não traga sobre eles a predição profética de Habacuque 1:5.

c. Corações Famintos (Atos 13:42-43). Os judeus saíram da sinagoga (42), mas os gentios permaneceram para implorar aos missionários que lhes pregassem mais so-bre esta verdade no sábado seguinte. Seus corações estavam famintos para ouvir mais a respeito de Jesus, o Salvador. Muitos dos judeus e dos prosélitos religio-sos seguiram Paulo e Barnabé (43). Os apóstolos insistiram para que eles perma-necessem na graça de Deus.

  • Judeus Invejosos (Atos 13:44-47). Este interesse foi provocado pela visita dos dois mis-sionários, de forma que no sábado seguinte, ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus (44). Mas os judeus, vendo a multidão que havia se reuni-do para ouvir Paulo e Barnabé, encheram-se de inveja (45). Esta era a mesma inveja que havia causado a morte de Jesus. Recusando-se a aceitar a Palavra de Deus, esses líderes religiosos se opunham à pregação dos apóstolos, de modo que, blasfemando, contradiziam (falavam contra) o que Paulo dizia. Eles sem dúvida blasfemavam o nome de Jesus, como se o Senhor fosse um impostor.
  • Paulo e Barnabé informaram aos judeus que era mister (46) que o Evangelho fosse pregado primeiro a eles (cf. Rm 1:16). Mas, como eles o haviam rejeitado, estavam conde-nando-se como indignos da vida eterna, e assim Paulo e Barnabé se voltaram para os gentios. Este era um fato que, de agora em diante, iria se repetir cidade após cidade -os judeus rejeitando o Evangelho e os gentios aceitando. Tudo isso era o cumprimento da profecia (47) de Isaías 49:6 — palavras originalmente dirigidas a Israel, mas aplicadas a Cristo em Lucas 2:32. Paulo então afirma que Deus o havia nomeado para ser a luz dos gentios, para levar o Evangelho até aos confins da terra, i.e., os limites do Império Romano (no caso de Paulo).

  • Avivamento e Tumulto (Atos 13:48-52). Os gentios se alegraram com estas boas no-tícias e glorificavam a palavra do Senhor (48), que agora lhes seria pregada. Uma observação foi incluída: creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. Adam Clarke enfatiza o fato de o único verbo traduzido como ordena-dos "não incluir nenhuma idéia de uma pré-ordenação ou pré-destinação de qual-quer espécie".49 Ele continua dizendo que a palavra tasso "significa colocar, estabele-cer, ordenar, nomear, dispor; portanto, precisa ser considerada aqui implicando a dis-posição ou a atitude mental de várias pessoas da congregação, tais como os prosélitos religiosos mencionados no versículo 43, que possuíam uma disposição diferente da dos judeus que falavam contra estas coisas, contradizendo e blasfemando, no versículo 45"." Em outras palavras, os prosélitos "neste bom estado e ordem de pensamento, creram"." Lumby chama a atenção para o uso militar da palavra tasso, i.e., arranjar as tropas em ordem, e diz: "Assim os gentios estavam se organizando, e foram orde-nados para a vida eterna. O texto não diz qualquer palavra que nos leve a pensar que daí por diante alguém pudesse mudar de lado".52 Os judeus e os gentios haviam se ordenado em lados opostos na questão da pregação apostólica, mas isto não definia inalteravelmente o seu destino.
  • Não só muitos gentios aceitaram Cristo como também a palavra do Senhor se divulgava — lit., era "propagada" ou "levada" — por toda aquela província (49). A política de Paulo era concentrar-se nas grandes cidades e deixar que o trabalho da evangelização se irradiasse a partir destes centros.

    Não contentes em se oporem à pregação dos apóstolos na sinagoga, os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas (50). A palavra honestas (ou de alta posição) significa "ricas". Elas eram religiosas, i.e., devotas na sinagoga. Elas foram incitadas, juntamente com os principais da cidade a perseguir Paulo e Barnabé. Finalmente, eles lançaram fora os missionários — lit., os "expulsaram" dos seus li-mites (distrito).

    Os apóstolos sacudiram... contra eles o pó dos pés (51). Este ato era em obedi-ência à ordem Cristo (cf. Mt 10:14; Mac 6.11; Lc 9:5-10.11). Os judeus faziam isto muitas vezes quando voltavam do território dos gentios. Portanto, aqui ele pode sig-nificar que Paulo e Barnabé consideravam esses judeus que rejeitavam a Cristo como "pagãos".

    Expulsos de Antioquia da Pisídia, os dois missionários partiram para Icônio. Atualmente, este lugar se chama Konya. Como estava situada na junção de várias estra-das, essa cidade sempre foi muito importante. Na época do Novo Testamento, ela se localizava na região da Frigia, que fazia parte da província romana da Galácia.

    Apesar de tudo que havia acontecido, os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo (52). Esta afirmação é muitas vezes, mas não usualmente, aplicada a Paulo e Barnabé. Mas Alexander sugere: "Os discípulos que foram assim afetados eram sem dúvida os judeus convertidos e os gentios que os missionários haviam deixado para trás em Antioquia e contra quem a perseguição talvez tenha continuado durante algum tempo"." Os discípulos estavam cheios de alegria precisamente porque estavam chei-os... do Espírito Santo.

    Alexander Maclaren usa este texto (52) como base para o sermão "Cheio do Espírito Santo". 1. Que esta possa ser a experiência de todo cristão; 2. O resultado daquela vida universal e abundante; 3. A maneira pela qual também podemos ser cheios.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Atos Capítulo 13 versículo 46
    At 18:6; At 28:28.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    *

    13.1 Barnabé. Ver nota em 4.36.

    Simeão, por sobrenome Níger. Seu sobrenome significa “negro”em latim, e ele pode ter vindo da África. Ele pode ser o mesmo Simão Cireneu (Lc 23:26), cujos filhos Alexandre e Rufo estavam entre os cristãos em Roma (Mc 15:21; conforme Rm 16:13).

    Lúcio de Cirene. Cirene era a capital da província romana de Cirenaica (na Líbia atual).

    * 13.3 impondo sobre eles as mãos. Eles oficialmente colocaram suas mãos sobre Barnabé e Paulo, em reconhecimento do que o Espírito Santo tinha já feito (v. 2) e do que iria fazer ao enviá-los (v.4; conforme 14.23; 1Tm 4:14).

    * 13.4 Selêucia. O porto de Antioquia, 25 km a oeste de Antioquia.

    Chipre. Uma ilha na parte leste do Mediterrâneo, habitada principalmente por gregos, mas também por muitos judeus.

    * 13.5 Chegados a Salamina. Eles navegaram em direção a oeste cerca de 208 km, de Selêucia à costa leste de Chipre. Salamina era a mais importante cidade da ilha; a capital da província era Pafos, 144 km a sudoeste.

    *

    13.6 certo judeu, mágico. A palavra grega magos significa “sábio” (Mt 2:1), “feiticeiro”, “mágico”. A feitiçaria era proibida no judaísmo, mas não era desconhecida. Barjesus (filho de Josué) era realmente um falso profeta.

    * 13.7 Sérgio Paulo. Possivelmente Lúcio Sérgio Paulo, que tinha sido um oficial no reinado de Cláudio, e então tornou-se procônsul (o oficial chefe numa província senatorial) em Pafos, Chipre (conforme 18.12; 2Co 9:2). Em contraste, a Palestina era uma província imperial e tinha um procurador, que prestava contas diretamente ao imperador.

    * 13.8 Elimas. Outro nome para Barjesus. Este homem estava na corte do procônsul; ele tentava impedir Sérgio Paulo de crer na mensagem cristã.

    * 13.9 Saulo... chamado Paulo. “Saulo” era seu nome judeu e “Paulo” seu nome romano, provavelmente remontando a sua vida em Tarso. Lucas usa a ocasião da conversão de um proeminente oficial gentio, Sérgio Paulo, para apresentar o nome familiar do apóstolo dos gentios.

    *

    13.13 dirigiram-se a Perge da Panfília. A cidade de Perge era na Panfília, uma província romana economicamente pobre na costa sul da Ásia Menor (atual Turquia). Perge ficava 8 km para o interior. Foi neste tempo que João Marcos deixou Paulo e Barnabé e voltou para casa.

    * 13.14 Antioquia da Pisídia. Esta Antioquia estava cerca de 160 km ao norte de Perge e 1.100 m acima do nível do mar. Ficava na Frígia, mas perto da Pisídia e, para distingui-la da outra Antioquia da Frígia, era popularmente chamada “Antioquia da Pisídia”.

    * 13.15 leitura da lei e dos profetas. Um culto de adoração na sinagoga incluiria o credo judaico (Dt 6:4), a oração de “Dezoito Bênçãos”, uma leitura da lei e outra dos profetas, uma exposição e aplicação (Lc 4:16-30) e uma bênção de encerramento.

    * 13.20 cerca de quatrocentos e cinqüenta anos. Cerca de quatrocentos anos, mais os quarenta anos no deserto e o período da conquista de Josué (7.6 nota).

    *

    13.33 Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Isto é, hoje, ao levantar-te dentre os mortos, estou declarando que tu és meu Filho e eu sou teu Pai (Hb 1:5, nota).

    * 13.34 para que jamais voltasse à corrupção. Isto é, para nunca morrer de novo.

    * 13.39. A lei conduz o pecador para Cristo (Gl 3:24), pois “um homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo” (Gl 2:16). Ser justificado é ser declarado justo por Deus (Rm 3:21,22) e portanto receber perdão dos pecados (Ef 1:7). Ver “Justificação e Mérito” em Gl 3:11.

    * 13.46 a vós outros, em primeiro lugar... a palavra de Deus. Uma vez que Jesus o Messias veio através dos judeus (Gn 12:3), Paulo é consistente em aplicar o princípio “para os judeus primeiro e também para os gregos” (Rm 1:16). Ele reconhece que o plano de Deus tambem inclui os gentios (Is 49:6), um fato a que estes judeus de Antioquia da Pisídia resistiam.

    *

    13.48 e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. Deus havia escolhido este povo de antemão e agora, através da convicção e do arrependimento (11.18; 2Tm 2.25) trouxe-os à fé em Cristo (Ef 2:8). Lucas usa a voz passiva (“haviam sido destinados”) indicando que Deus é o agente. Somente Deus concede vida eterna (Mt 45:26; Jo 10:28; 17:2). Ver “Eleição e Reprovação” em Rm 9:18.

    *

    13.51 sacudindo... o pó dos pés. Um sinal judeu de desagrado e separação (Mt 10:14).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    13:1 Que variedade há na igreja! O elo comum destes cinco homens foi sua grande fé em Cristo. Nunca devemos excluir a aquele que Cristo chama para lhe seguir.

    13 2:3 A igreja apartou ao Paulo e Bernabé para a obra que Deus tinha para eles. Apartar significa separar com um propósito especial. Nós também devemos dedicar a nossos pastores, missionários e operários cristãos para suas tarefas. Podemos também nos dedicar com nosso tempo, dinheiro e talentos para a obra de Deus. lhe pergunte a Deus o que quer que dedique ao.

    13:2, 3 Este foi o começo da primeira viagem missionária do apóstolo Paulo. A igreja se envolveu ao enviar ao Paulo e Bernabé, mas o plano era de Deus. por que Paulo e Bernabé foram a esses lugares? (1) O Espírito Santo os conduziu. (2) Seguiram as rotas de comunicação do Império Romano, isto facilitou a viagem. (3) Visitaram populações chave e centros culturais para alcançar tanta gente como fora possível. (4) Foram às cidades com sinagogas, falando primeiro aos judeus com a esperança de que vissem o Jesus como o Messías e que ajudassem a pulverizar as boas novas a todos.

    13:2, 3 Este foi o começo da primeira viagem missionária do apóstolo Paulo. A igreja se envolveu ao enviar ao Paulo e Bernabé, mas o plano era de Deus. por que Paulo e Bernabé foram a esses lugares? (1) O Espírito Santo os conduziu. (2) Seguiram as rotas de comunicação do Império Romano, isto facilitou a viagem. (3) Visitaram populações chave e centros culturais para alcançar tanta gente como fora possível. (4) Foram às cidades com sinagogas, falando primeiro aos judeus com a esperança de que vissem o Jesus como o Messías e que ajudassem a pulverizar as boas novas a todos.

    13:4 Localizada no Mediterrâneo, a ilha do Chipre, com uma grande população judia, era o lar do Bernabé. Sua primeira parada foi dentro de território familiar.

    13 6:7 Um procónsul era um alto oficial romano. Sua função aqui era governar a ilha. Os governantes freqüentemente possuíam adivinhos privados. Barjesús se deu conta que se Sergio Paulo acreditava no Jesus, logo ficaria sem emprego.

    MINISTÉRIO NO Chipre: Os líderes da igreja da Antioquia escolheram ao Paulo e Bernabé para levar o evangelho em direção oeste. Acompanhados do João Marcos, abordaram uma nave com rumo à Seleucia e cruzaram o Mediterrâneo para o Chipre. Pregaram na Salamina, a cidade maior, e atravessaram a ilha para chegar ao Pafos.

    13 9:10 Aqui é onde ao Saulo lhe chama pela primeira vez Paulo.

    13:10 O Espírito Santo guiou ao Paulo a confrontar ao Barjesús com seu pecado. Há tempo para ser amável e tempo para confrontar. lhe peça a Deus que lhe mostre a diferença e que lhe dê valor para fazer o bom.

    13:13 Não se explica o porquê João Marcos deixou ao Paulo e Bernabé. Algumas sugestões são: (1) sentia saudades seu lar; (2) não esteve de acordo com a mudança de liderança do Bernabé (seu tio) pelo do Paulo; (3) esteve muito doente (pôde ter afetado a todos eles; veja-se Gl 4:13); (4) sentiu-se incapaz de suportar o rigor e perigos da viagem missionária; (5) planejou ir sozinho até certa parte, mas não o comunicou ao Paulo nem ao Bernabé. Paulo acusou ao João Marcos de perda de valor e entrega, e recusou levá-lo como companheiro em outra viagem (Gl 15:37-38). Por cartas posteriores do Paulo é evidente que o respeito que tinha ao Marcos aumentou (Cl 4:10) e que o necessitou em seu trabalho (2Tm 4:11).

    13:14 Esta é Antioquía da Pisidia, não a Antioquía de Síria onde já florescia a igreja (11.26). Antioquía da Pisidia era o centro de bons caminhos e comércio e tinha uma grande população judia.

    13:14 Quando foram a uma nova cidade para atestar de Cristo, Paulo e Bernabé assistiam antes à sinagoga. Quão judeus foram à sinagoga acreditavam em Deus e estudavam com diligência as Escrituras. É trágico, entretanto, que muitos não aceitavam ao Jesus como o Messías prometido porque tinham uma falsa idéia do que seria o reino do Messías. O não foi um rei militar que derrocaria o controle de Roma, a não ser um rei servo que derrocaria o pecado do coração da gente. (Solo mais tarde quando voltar, julgará as nações do mundo.) Paulo e Bernabé não se separaram das sinagogas, mas sim trataram de mostrar com claridade que muitas das Escrituras que os judeus estudavam assinalavam ao Jesus.

    13:14, 15 O que acontecia no serviço da sinagoga? Primeiro se recitava o Shema (isto é Dt 6:4, o qual os judeus repetiam várias vezes ao dia). Elevavam-se certas orações, logo se lia a Lei (os livros de Gênese até o Deuteronomio), uma leitura dos profetas tentava ilustrar a Lei e um sermão. Os principais das sinagogas decidiam quem devia dirigir o serviço e dar o sermão. Cada semana se escolhia uma pessoa diferente para que dirigisse. Já que era um costume que o principal da sinagoga convidasse a rabinos visitantes para que falassem, Paulo e Bernabé quase sempre tinham a porta aberta quando foram pela primeira vez a uma sinagoga. Mas assim que falavam do Jesus como o Messías, a porta se fechava. Pelo general, os líderes religiosos não os convidavam de novo e algumas vezes o jogavam do povo.

    13.16ss A mensagem do Paulo aos judeus na Antioquía começa com uma ênfase na aliança entre Deus e Israel. Começou com um ponto no que concordavam, para todos os judeus era motivo de orgulho ser o povo escolhido de Deus. Logo Paulo passou a explicar como o evangelho cumpriu este pacto e alguns judeus encontraram esta mensagem difícil de aceitar.

    BERNABE

    Todo grupo necessita um "animador", porque cedo ou tarde cada pessoa necessita estímulo; entretanto, freqüentemente o valor do estímulo se passa por cima devido a que tende a ser privado antes que público. Está provado, a gente necessita estímulo quando sente a solidão com maior intensidade. Um homem chamado José era tão notável em sua forma de estimular, que foi uma grande ajuda para todos e ganhou o apodo de "filho de consolação", ou Bernabé, dos cristãos em Jerusalém.

    Bernabé esteve sempre disposto a estimular e foi uma grande ajuda às pessoas que o rodeava. É interessante notar que Bernabé em qualquer lugar estimulava aos cristãos, grupos de inconversos se converteram em crentes!

    As ações do Bernabé foram cruciais na igreja primitiva. Em certa forma, devemos lhe agradecer por grande parte do Novo Testamento. Deus usou sua relação com o Paulo em um ponto e com o Marcos em outro a fim de obter que estes dois homens se mantiveram em marcha embora cometessem enganos. Bernabé fez maravilhas através do estímulo!

    Quando Paulo chegou a Jerusalém a primeira vez, logo depois de sua conversão, os cristãos da localidade estavam comprensiblemente resistentes em lhe dar a bem-vinda. Pensavam que a história de sua conversão era uma armadilha para capturar a mais cristãos. Solo Bernabé esteve disposto a pôr em risco sua vida reunindo-se com o Paulo para logo convencer a outros que sua antes inimigo era agora um crente fervente no Jesus. Solo podemos nos perguntar o que tivesse acontecido com o Paulo de não estar Bernabé.

    Foi Bernabé o que animou ao Marcos para que viajasse com ele e Paulo a Antioquía. Marcos se uniu a eles em sua primeira viagem missionária, mas decidiu durante a viagem retornar a casa. Mais tarde, Bernabé quis convidar ao Marcos para que se unisse a eles em outra viagem, mas Paulo não esteve de acordo. Como resultado, os companheiros se separaram, Bernabé foi com o Marcos e Paulo com o Silas. Isto permitiu que se dobrasse o esforço missionário. O estímulo paciente do Bernabé recebeu o prêmio eficaz do Marcos. Paulo e Marcos se reuniram mais tarde em diferentes esforços missionários.

    Como mostra a vida do Bernabé, estranha vez estaremos em situações nas que não possamos animar a alguém. Nossa tendência, entretanto, é mas bem criticar. É importante que alguma vez assinalemos os enganos de alguma pessoa, mas antes de que tenhamos o direito a fazê-lo, devemos ganhar a confiança dessa pessoa mediante o estímulo. Está disposto a estimular às pessoas com as que se relacionará hoje?

    Virtudes e lucros:

    -- Um dos primeiros em vender suas posses para ajudar aos cristãos em Jerusalém

    -- O primeiro em viajar com o Paulo como membro da equipe missionária

    -- Era um alentador, como mostra seu apodo, e um dos que mais influiu nos primeiros dias do cristianismo

    -- Chamado apóstolo, em que pese a que não foi um dos doze originais

    Debilidades e enganos:

    -- Apoiou ao Pedro, temporalmente, mantendo-se afastado dos crentes gentis até que Paulo lhe corrigiu

    Lições de sua vida:

    -- O estímulo é uma das formas mais eficazes para ajudar

    -- cedo ou tarde, a verdadeira obediência a Deus encerra risco

    -- Sempre há alguém que necessita estímulo

    Dados vitais:

    -- Lugar: Chipre, Jerusalém, Antioquía

    -- Ocupação: Missionário, professor

    -- Familiares: Irmã: María. Sobrinho: João Marcos

    -- Contemporâneos: Pedro, Silas, Paulo, Herodes Agripa I

    Versículos chave:

    "Este, quando chegou, e viu a graça de Deus, regozijou-se, e exortou a todos a que com propósito de coração permanecessem fiéis ao Senhor. Porque era varão bom, e cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão foi adicionada ao Senhor" (At 11:23-24).

    A história do Bernabé se narra em At 4:36-37; 9:27-15.39. Também se menciona em 1Co 9:6; Gl 2:1, Gl 2:9, Gl 2:13; Cl 4:10.

    13 23:31 Paulo começou de onde seus ouvintes estavam e logo apresentou a Cristo. Já que Paulo se dirigia a uma audiência de judeus devotos, começou com o pacto, Abraão, Davi e outros temas familiares. Mais tarde, quando falava com filósofos gregos em Atenas (17.22-32), apresentaria sua mensagem com observações referentes à cidade. Em ambos os casos, enfocava sua mensagem em Cristo e enfatizava a ressurreição. Quando você anuncie as boas novas, comece de onde se encontra sua audiência e logo lhe fale de Cristo.

    MINISTÉRIO NO PANFILIA E GALACIA : Paulo, Bernabé e João Marcos saíram do Pafos e desembarcaram no Perge na região úmida da Panfilia, uma bandagem estreita de terra entre o mar e o monte Touro. João Marcos os deixou no Perge, mas Paulo e Bernabé seguiram o caminho escarpado para as alturas da Pisidia na Galacia. Quando os judeus rechaçaram sua mensagem, Paulo pregou aos gentis e os judeus jogaram ao Paulo e Bernabé da cidade da Antioquía da Pisidia.

    13 38:39 Estas são as boas novas do evangelho: o perdão de pecados e a liberdade de culpa estão ao alcance de todas as pessoas mediante a fé em Cristo, incluindo-o a você. recebeu este perdão alguma vez? sente-se renovado por isso cada dia?

    13 42:45 Os líderes judeus apresentaram argumentos teológicos contra Paulo e Bernabé, mas a Bíblia nos diz que a verdadeira razão para sua denúncia foi "que se encheram de ciúmes" (5.17). Quando vemos que outros triunfam onde não temos lucros ou não recebemos o que desejamos, é difícil nos regozijar com eles. O ciúmes são nossa reação natural. Mas que trágico é quando o ciúmes tentam deter a obra de Deus. Se um trabalho for obra de Deus, te regozije nele, sem importar quem o faça.

    13:46 por que era necessário que o evangelho fora antes aos judeus? Deus planejou que através da nação judia todo mundo o conhecesse (Gn 12:3). Paulo, como judeu, amou a seu povo (Rm 9:1-5) e quis lhe dar toda oportunidade para que lhe unissem na proclamação da salvação de Deus. É lamentável, mas muitos judeus não reconheceram no Jesus ao Messías, nem entenderam que no, Deus oferecia a salvação a cada um, judeu ou gentil, a quem vem ao em fé.

    CONTINUACION DO MINISTÉRIO NO GALACIA: Paulo e Bernabé, jogados da Antioquía da Pisidia, descenderam neste direção. Primeiro foram ao Iconio, um centro comercial no caminho entre Assíria e Síria. Logo depois de pregar ali, tiveram que fugir a Listra, 40 km ao sul, onde apedrejaram ao Paulo, mas ele e Bernabé percorreram os 80 km que lhes faltava para chegar ao Derbe, povo fronteiriço. O carinho dos irmãos atrasou seus passos.

    13:47 Deus planejou que esta luz fora o Israel (Is 49:6). Através do Israel veio Jesus, a luz das nações (Lc 2:32). Esta luz se pulverizaria e iluminaria aos gentis.

    13:50 Em lugar de aceitar a verdade, os líderes judeus jogaram ao Paulo e Bernabé do povo. Quando se confronta às pessoas com uma verdade que transtorna, freqüentemente dão as costas e se negam a escutar. Quando o Espírito de Deus assinala mudanças necessárias em nossas vidas, devemos escutá-lo, ou do contrário arriscamos afastar tanto a verdade de nós, que nos deixará de afetar.

    13:51 Freqüentemente os judeus sacudiam o pó de seus pés quando saíam de uma aldeia gentil. Isto simbolizava limpar-se da contaminação dos que não adoravam a Deus. Para o Paulo e Bernabé, fazer o mesmo aos judeus demonstrava que ao rechaçar o evangelho não eram na verdade parte do Israel e não eram melhor que os pagãos.

    13:51 Jesus disse a seus discípulos que sacudissem o pó de seus pés de qualquer povo que não os aceitasse nem escutasse (Mc 6:11). Os discípulos não eram culpados se se rechaçava a mensagem, sempre e quando fossem fiéis em apresentá-lo. Quando pregamos a Cristo com esmero e sensibilidade, Deus não nos responsabiliza pelas decisões de outras pessoas.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    XV. A CAMPANHA DA IGREJA DA PRIMEIRA GENTILE missionária (At 13:1)

    As missões de Felipe para Samaria (At 8:5) e ao nobre etíope (At 8:26 ), de Pedro para Cesaréia (At 10:23 ), e a pregação geral dos discípulos espalhados após o martírio de Estêvão (At 8:1 ), foram todas as expressões do espírito e perspectiva missionária da igreja nascente. No entanto, o registro de At 13:1 ). Enquanto o elemento preditivo não estava ausente, profetas do Novo Testamento foram para a maioria dos "contadores por diante" parte ou pregadores do evangelho. Paulo define a sua função de "edificação", "exortação", e "consolação" (1Co 14:3 ). Felipe disse ter tido "quatro filhas virgens, que profetizavam" (At 21:9 ). Paulo relaciona a ordem divina dos oficiais como "apóstolos, profetas, professores, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos, e dons de línguas" (1 Cor. 00:28 ). Aqueles nomeado em Antioquia são Barnabas (veja At 11:22 ), mais tarde, o companheiro missionário de Paulo; Simeão, também conhecido como Niger ou preto, este último um sobrenome romano, possivelmente um homem libertado da África; Lúcio de Cirene, uma antiga cidade-estado Africano (veja At 11:20 ); Manaém, aqui designado o irmão adotivo de Herodes, o tetrarca, mas designado pelo RSV ", um membro da corte de Herodes, o tetrarca." Herodes Antipas tornou-se governante da Galiléia e Perea depois que seu pai (Herodes, o Grande) morreu, mas foi exilado para a Gália, onde morreu em AD 39. Finalmente, Saul, que se tornaria o grande apóstolo, é nomeado.

    A relação vital destes cristãos com Cristo tornou-os sensíveis à vontade de Deus e os rumos do Seu Espírito (ver At 8:29 , At 8:39 ; At 10:19 ; At 11:12 ; At 13:4 ). Um exame cuidadoso irá revelar o quão bem Barnabé e Saulo conheceu essas qualificações.

    Embora seja o propósito primordial de Lucas para narrar a história de Paulo, ao invés de Barnabé ou de outra, ao longo dos capítulos restantes de Atos, a evidência é conclusiva de que a sabedoria divina foi plenamente justificada na escolha desses homens para se tornar o primeiro, ótimo, Christian missionários.

    3. A Consagração da Missão (At 13:3 , ambos são designados "apóstolos" por Lucas. Se Barnabas tinha cumprido as exigências estabelecidas pelo Pedro para apostolado é uma questão de dúvida. Que Paulo não teve, seus inimigos persistentemente sustentou (ver At 1:21 , At 1:22 ). No entanto, o direito de reivindicação ao apostolado de Paulo está bem estabelecida: em primeiro lugar , pela sua formação (At 22:3 Gal. , 12 e Ef 3:1. ); quarta , pelo reconhecimento dos apóstolos de Jerusalém dele (Gl 2:6. ); quinta , pela ordenação da igreja de Antioquia e consagração dele ao serviço missionário (At 13:2 ); sexto , pelo fruto do seu serviço (At 13:49 ; At 14:1 ); sétimo , pelo milagres divinos que acompanharam o seu ministério (At 13:11 ; At 14:3 ); e oitavo , por seu sucesso em fundar igrejas cristãs na Ásia Menor durante a sua primeira viagem missionária (At 14:23 ), e, posteriormente, em grande parte do mundo romano.

    A segurança moral e espiritual proporcionado estes apóstolos cristãos heróicos pela imposição das mãos, apoiado por jejuns e orações fervorosas por parte da igreja de Antioquia, sem dúvida, foi responsável em grande medida para o sucesso da sua empresa.Não há substituto para as orações da igreja local na empresa missionária.

    B. O INAUGURADO MISSÃO (13 4:12'>13 4:12)

    A campanha missionária que foi iniciado por Deus através da igreja de Antioquia foi agora lançado pelos apóstolos sob a direção evidente do Espírito Santo.

    1. A Divinely Campanha Aprovado (At 13:4 ), e que Marcos era seu primo, podem ser responsáveis ​​pela expedição de ter sido dirigida primeiro para Chipre, onde eles tinham amigos e conhecidos, e onde o evangelho já havia sido introduzido (At 11:19 ,At 11:20 ); e que João Marcos era uma espécie de missionário aprendiz parece provável, eles tinham também João [Marcos] como auxiliar (v. At 13:5 ; Jo 3:19 .) Em segundo lugar , ele era um falso profeta que sutilmente usou seu conhecimento dos mistérios secretos da revelação divina, em que ele havia sido iniciado como um profeta judeu, para perverter a verdade de Deus (v. At 13:10 ). Em quarto lugar , ele foi um aprendeu, sábio , astuto, homem astuto, como seu nome Elimas (sábio, habilidoso, aprendeu) significa. Desde Bar-Jesus era o seu nome judeu, ironicamente significando seus propósitos, em sua forma inglesa, Elimas foi, provavelmente, o título dado a ele pelos habitantes de Paphos, em reconhecimento de sua hábil, embora iníquos, práticas. Assim, ele era conhecido em Paphos como Elimas, Bar-Jesus, ou um médico. Quinto , ele parece ter sido totalmente desprovido de quaisquer vestígios de tais princípios morais como a sinceridade, honestidade, ou boas intenções, e até agora depravado a ponto de ser capaz dos crimes mais cruéis ou hediondos, como sugerido pela repreensão de Paulo: O cheio de todo o engano e vilania . Sexta , ele parece ter assim entregou-se à influência satânica, como tornar-se participante da natureza demoníaca na medida em que Paulo poderia dirigir a ele como tu, filho do diabo . Seventh , embora estrategicamente situado em uma posição de grande influência como moral e religiosa consultor ou tribunal capelão (v. do procônsul 7a ), sua influência maligna foi lançado contra toda moral, religiosa, social, econômica e boa política da humanidade e da comunidade. Isto parece evidente a partir de carga de Paulo: inimigo de toda a justiça . O que um formidável adversário estes "primeiro termo" missionários confrontado! Homens de menor convicção, coragem e fé poderia muito bem ter abandonado o campo neste primeiro compromisso sério como eles tentaram invadir esses domínios fortificadas de domínio escuro de Satanás.

    Suposição de Paulo da iniciativa em lidar com o caso de Elimas pode indicar um reconhecimento de sua sabedoria superior e treinamento para que de Barnabé, necessária para igualar a habilidade e astúcia deste servo de Satanás. Que Deus sabiamente escolhe seus servos, com vista a sua aptidão para a ocasião ou situação é evidenciada pela experiência bem sucedida e uma história semelhante. Também não estamos a ignorar a influência do Espírito Santo , com quem Paulo foi preenchido , para este encontro com Satanás. O mais sábio é impotente fraco na presença de forças satânicas sem a sabedoria e poder do Espírito de Deus, e os gigantes espirituais iletrados e fracos, muitas vezes tornam-se sob a influência do Espírito (ver 1Co 1:26 ). Além disso, nesta conjuntura Lucas introduz nome Gentile do Apóstolo "Paulo", pelo qual ele é consistentemente designado durante todo o restante dos Atos e do Novo Testamento, exceto na reiteração de sua experiência de conversão (veja At 14:14 ; At 15:12 , At 15:25 ; At 22:13 ; At 26:14 ).Enquanto "Saul" era o seu nome judeu, agora que o seu ministério levou-o em contato com o mundo oficial romano, no qual império que ele tem cidadania legal, é tanto a sua vantagem pessoal e que do Reino de Cristo, que ele representa para ser oficialmente conhecido como "Paulo". Mais uma vez, daqui em diante a ordem dos nomes apresentados por Lucas é geralmente Paulo e Barnabé, em vez de Barnabé e Saulo, como antes, indicando, assim, a proeminência de liderança em que Paulo havia entrado.

    Sérgio Paulo deu a cada prova de sinceridade inteligente como ele chamou a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus (v. At 13:7 , At 9:18 ). Orígenes e Crisóstomo mencionar uma tradição no sentido de que Elimas se tornou um cristão e, até mesmo as palavras de Paulo, serás cego ... por uma temporada , parecem oferecer um raio de esperança.

    4. A Campanha Definitivamente Victorious (At 13:12)

    12 Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor.

    Um oficial romano de mentalidade prática não poderia ser outro que não profundamente impressionado com tal demonstração de poder divino. O milagre do julgamento inspirou sua fé no poder de Cristo para salvar e condicionado a sua mente para a recepção e compreensão da doutrina do Senhor. Assim converso primeiro registro de Paulo é tanto um gentio e um funcionário do governo distinto; "Um membro das antigas gens patrícias do Sergii."

    O maior sucesso desta missão de plantar o cristianismo em Chipre é indicado pela citação de três bispos, Gelasues de Salamina, Cyrl de Paphos, e Spryidon de Trimithus, que participou do Concílio de Nicéia, em de Harnack AD 325. Mais uma vez, Harnack refere que o registo do Sínodo dos Sardica (AD
    343) revela as assinaturas dos doze bispos de Chipre; ambos os quais evidências são um testemunho para o rápido crescimento do cristianismo em Chipre.

    C. prorrogação da missão (13 13:43'>13 13:43)

    Tendo rapidamente cobriu a terra natal de Barnabé em Chipre, o missionário set partido naveguem 170 milhas do Mediterrâneo em direção ao país natal de Paulo, por cuja salvação de sua alma apaixonada ansiava.

    1. A exension Geográfica (At 13:13 , 14a)

    13 Agora, Paulo e seus companheiros navegado de Pafos, chegaram a Perge, na Panfília, e João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém. 14 Mas eles, passando de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia;

    Perge era a capital da província da Panfília. Aqui Marcos, por razões desconhecidas, deixou o partido e, evidentemente, voltou para Jerusalém. Se ele se ressentia da ascensão de Paulo para a liderança do partido sobre seu primo Barnabé, ou tornou-se saudades de casa, ou não foi capaz de suportar os rigores do pioneiro viagem missionária, ou estava com medo do país selvagem da montanha, antes deles, ou se pontos de vista mais liberais de Paulo irritou seus preconceitos judaicos, é deixado para conjecturas. Que Paulo estava descontente com a conduta de Marcos e fez uma edição deste incidente no início da segunda viagem missionária, Lucas francamente registros (ver At 15:36 ). No entanto, mais tarde Paulo atesta a pena de Marcos e, assim, indiretamente, credita o julgamento de Barnabé como superior em ter dado Marcos outra chance (veja 2Tm 4:11 ).

    Embora alguns sustentam que um possível caso de malária ou outra doença contraída por Paulo nas terras baixas da Panfília responderam por ele ter se mudou para o país mais elevado para o norte (ver Gl 4:13 ), parece que a explicação mais provável encontra-se em paixão de Paulo para evangelizar as regiões ao longo além Galácia. A referência da carta aos gálatas a enfermidade de Paulo aparece mais propensos a indicar uma aflição olho (ver Gl 4:15 ). As cidades abrangidas pelo âmbito de seu objetivo imediato foram Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe, todos os quais foram localizados na zona Sul da província romana da Galácia.

    Certos estudiosos da nota, incluindo Bispo Lightfoot, apoiar a "Teoria da Galácia do Norte", no sentido de que as igrejas a que Paulo escreveu a carta aos gálatas estavam localizados no norte da Galácia adequada, e incluiu Tavium, Ancyra, e Pessimus. No entanto, esta posição parece não ter apoio suficiente, especialmente à luz do fato de que não há nenhuma viagem missionária especificamente registados nem conta a criação de igrejas nas partes. Por outro lado, Lucas registra a viagem missionária para as cidades do sul da Galácia e dá conta do estabelecimento das várias igrejas lá. Este último ponto de vista defende que a epístola aos gálatas foi escrito para igrejas da Pisídia, Antioquia, Icônio, Listra e Derbe, estabelecidos primeira viagem missionária de Paulo.

    Em apoio à vista sul são as seguintes evidências: primeiro , temos um claro registro da visita do Apóstolo, e estabelecimento de igrejas, as cidades da província romana do sul da Galácia, enquanto não temos nenhum registro definitivo de qualquer uma visita para, ou a criação de, igrejas no norte da Galácia adequada; nem há qualquer referência à existência de quaisquer igrejas no norte da Galácia até cerca de um século e meio mais tarde. Em segundo lugar , a província romana da Galácia incluiu os estados do sul mencionados em At 13:1 ; 1Co 16:1. ; 1Pe 1:1 ), bem como um cidadão do reino dos céus, a sabedoria de Paulo e leadings do Espírito Santo são claramente evidenciado na seleção desta localização vantajosa para a entrada de embaixador do Apóstolo na Galácia. Principais rotas terrestres, capitais governamentais, centros de população, e sinagogas judaicas eram uma parte da estratégia de Paulo para a propagação do evangelho.

    2. A extensão Evangélica (At 13:14. ; Dt 11:13 ; Nu 15:37. ); (2) orações fixas e bênçãos; (3) uma lição com a Lei; (4) uma lição dos Profetas, destina-se a ilustrar a lei; (5) um sermão ou instrução. O chefe da sinagoga (em Antioquia não parece ter sido mais do que um) decidiu que era para ler ou pregar.

    Reconhecido pelos chefes da sinagoga como irmãos judeus, embora estranhos, Paulo e Barnabé foram convidados a trazer a congregação uma exortação, ou melhor um "consolo", ou encorajamento para as suas esperanças. Espalhadas por todo o mundo antigo, sem vida nacional independente, essas pessoas, como Simeão com o nascimento de Cristo, foram "esperava a consolação de Israel", a sua vinda do Messias (Lc 2:25 ). Qualquer mensagem por um judeu credenciados que podem direcionar as suas esperanças para o breve retorno de seu longamente aguardado Messias seria bem-vindo, de fato; e assim por especialmente bem-vindo foram mensageiros de Jerusalém, como foi o caso de Paulo e Barnabé. Tal convite proporcionou uma oportunidade cobiçado por Paulo para entregar a seus irmãos em Israel em Antioquia o glorioso evangelho que este Messias de suas esperanças Apaixonado estava na mão. O sermão que se segue é o endereço registrado pela primeira vez de Paulo e aqui, como em todos os seus sermões gravados posteriores, é claramente revelada a influência dos princípios subjacentes de endereço o orador oficial de Estevão dos At 7:1 ).

    Uma análise do sermão de Paulo, que segue nos versículos 16 através de 47 , pode aparecer como segue:

    1. Um endereço de reconhecimento e de cortesia (v. At 13:16 ).

    2. Um quadro judaico histórico de referência , com os factos de que sua audiência estava familiarizado (vv. At 13:17-25 ).

    3. Certos descontos bíblicas, históricas e lógicas a partir do exposto , a respeito de Cristo como o Messias dos judeus e do Salvador de toda a humanidade (vv. At 13:26-37 ).

    4. A aplicação prática dessas verdades para a sua audiência (vv. At 13:38 , At 13:39 ).

    5. A solene advertência e apelo apaixonado aos seus ouvintes , para que não sofra o destino de seus antepassados ​​no deserto (vv. At 13:40 , At 13:41 ).

    Em primeiro lugar , a respeito do endereço, ele precisa ser notado que quando Paulo se levantou, e [acenou] com a mão , ele estava empregando um gesto familiar projetado para prender a atenção e estabelecer relacionamento com seu público. Além disso, o endereço, os homens de Israel, e os que temeis a Deus , indica claramente que Paulo reconheceu duas classes gerais de ouvintes diante dele: primeiro , os "judeus da dispersão"; e, segundo , "tementes a Deus", ou aqueles gentios que tiveram o privilégio de adorar o Deus verdadeiro, Jeová, nos serviços não-litúrgicas da sinagoga, mas que não se inscrever para as cerimônias judaicas da circuncisão ou estrita observância da Lei. Eles eram "tementes a Deus", mas-não prosélitos completos. Que havia muitos desses gentios fora no império e além que se beneficiaram do culto espiritual de Jeová, por meio da sinagoga é claramente evidente. Quando um ministro não reconhecer corretamente seu público e seus componentes, geralmente ele vai deixar de ganhar a sua atenção e interesse por sua mensagem. Quando um ministro devidamente reconhece e respeita seu público, normalmente ele vai ganhar o respeito do público para si e sua mensagem.

    Se Paulo pretende incluir os prosélitos devotos do versículo 43 na classe dos homens de Israel , ou que temeis a Deus , no versículo 16 , não é clara. No entanto, a partir dos fatos anteriores, parece que eles estavam entre os primeiros, e que a menção especial feita destas prosélitos devotos no versículo 43 destina-se a indicar que, como os judeus, tinha uma compreensão mais profunda da relação do Lei de Moisés para o Messias prometido e, consequentemente, agarrou mais fácil e claramente as implicações da mensagem de Paulo. Além disso, ter reconhecido-os como homens de Israel em seu discurso teria sido um elogio distinto para eles e sem ofensa para os judeus, se de fato não é um elogio também aos judeus.

    Em segundo lugar , Paulo lança abruptamente em sua mensagem: (1) ele simpaticamente relata sua congregação para o Deus da história israelita, em seguida, se identifica com eles: O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais (v. At 13:17 ); (2) ele faz uma alusão patriótica a libertação da nação israelita da escravidão egípcia sob a intervenção direta de Deus; exaltou o povo [entregues e defendido os] , sendo eles estrangeiros na terra do Egito, e com um alto braço [a demonstração de poder divino sobre os seus inimigos] conduziu-os fora dele (v. At 13:17 ); (5) o período dos juízes é brevemente citado com a notação da sua rescisão com o seu profeta ilustre Samuel (v. At 13:20 ); (6) o cumprimento de Deus com o seu pedido de um rei segue com a coroação de Saul, da tribo de Benjamim, cujo reinado durou 40 anos (v. At 13:21 ); (7) uma referência delicada para remoção de Saul seguinte (v. At 13:22-A ), depois que Paulo chega ao ponto crucial de sua mensagem na introdução do rei Davi de quem Deus testificou: um homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade (v. At 13:22 ); (9) Esta conclusão é, então, colaborou por João previsão do Batista da vinda de Cristo, a sua missão de a Israel o arrependimento e do testemunho pessoal de João para Cristo como o Messias (vv. At 13:23 , At 13:24 ), todos os fatos com que seus ouvintes ficaram familiarizados. Assim, a base histórica deste sermão é completa.

    Em terceiro lugar , o apóstolo passa a fazer suas deduções, a partir desses fatos conhecidos e reconhecidos, a respeito de Cristo como o Messias dos judeus e o Salvador de todos os homens.

    Paulo (1) aperta seu alcance psicológico sobre sua audiência por um endereço direto renovada: Irmãos , filhos da estirpe de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus (v. At 13:26-A ;) (2) Em seguida, ele corajosamente afirma que Israel já deu à luz o filho de suas expectativas de velhice, e que sua missão é anunciar-lhes que gloriosa consumação: para nós é a palavra desta salvação enviou . (v At 13:26 ); (3), em seguida, antecipando as suas prováveis ​​objeções à sua identificação de Jesus Cristo com o Messias, por causa da rejeição dos judeus de Cristo em Jerusalém, fato de que eles teriam tido conhecimento, Paulo passa a desqualificar o julgamento adverso do Sinédrio em os motivos (a) de que eles realmente não sabia Jesus Cristo, (b) que eles não entendem o verdadeiro significado da escrita profética que lêem regularmente, (c) que eles realmente cumpriu essas profecias a respeito de Cristo pela sua condenação oficial de ele, (d) que tinham de forma desonesta e injusta rendeu o seu julgamento em exigindo a pena de morte para Cristo, quando não achassem alguma causa de morte por ele (vv. At 13:28 , At 13:29 ).

    Next (4) Paulo passa a declarar o fato culminante de cristianismo que Deus o ressuscitou dentre os mortos (v. At 13:30-A ), e (5), ele suporta esta afirmação pelo fato de suas aparições pós-ressurreição aos discípulos que, incluindo a alto-falante, agora são suas testemunhas para com o povo (v. At 13:31 ), e, em seguida, apoia a ressurreição de Cristo como referência para os Salmos de Davi, em que Sua vitória eterna sobre a morte está claramente previsto (vv. 13 34:37'>34 -37 ).

    Quarta , Paulo oferece os benefícios práticos da morte expiatória e ressurreição de Cristo aos seus ouvintes como (1) remissão dos pecados (v. At 13:38-A ); e (3) a superioridade da graça cristã à Lei mosaica em fazer para o homem o que a Lei nunca poderia fazer (v. At 13:39 , At 13:41-A ); (2) uma referência para a exposição do poder divino projetada para produzir a sua salvação (v. At 13:41 ), uma doutrina da descoberta de que despertou espiritualmente a alma adormecida de um monge alemão quase quinze séculos depois e produziu a Reforma Protestante história de mudança de AD 1517. Além disso, este sermão revela que as pessoas, a quem ele mais tarde escreveu a Epístola aos gálatas sobre este assunto de justificação, já tinha sido iluminado (ver Gl 2:16. ; Gl 3:16 ; Gl 3:1 ). Algumas doutrinas que surgem a partir desse sermão são providência divina, a onipotência divina, o julgamento divino, o arrependimento, a revelação divina, a morte de Cristo, a ressurreição de Cristo, as aparições de Cristo, a divina filiação de Cristo, para remissão dos pecados. Curiosamente, a doutrina do batismo está totalmente ausente, embora foram convertidos (vv. At 13:48 , At 13:52 ).

    O interesse espiritual e desejo despertado na mente dos judeus e gentios pelo sermão de Paulo é evidente; e como eles saíram, eles [os judeus e prosélitos gentios] rogavam que estas palavras possam ser falado com eles no sábado seguinte (v. At 13:42 ). Os apóstolos, aproveitando-se de suas almas despertas, mais instruídos e encorajou esses novos crentes para continuar na graça de Deus (v. At 13:43 ).

    D. A MISSÃO interrompida (13 44:52'>13 44:52)

    Em Paphos, então em Antioquia, o inimigo não permitiria seu domínio a ser invadida e seus súditos levado cativo pelo evangelho de Cristo sem oposição violenta. Em Antioquia, como de costume no ministério de Paulo, os judeus foram os maiores opositores do evangelho de Cristo.

    1. A causa da interrupção (At 13:44 , 45)

    44 E no sábado seguinte quase toda a cidade estava reunida para ouvir a palavra de Dt 45:1
    )

    46 E Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Era mister que a palavra de Deus deve primeiro ser falado. Vendo-vos afasta-os de você, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios. 47 Porque assim fez o Senhor nos ordenou, dizendo ,

    Eu te pus para luz dos gentios,

    Que sejas para salvação até os confins da terra.

    48 E, como os gentios, ouvindo isto, alegravam-se e glorificavam a palavra de Deus, e todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. 49 E a palavra do Senhor se divulgava por toda aquela região. 50 Mas os judeus instou sobre as mulheres devotas de alta, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos. 51 Mas estes, sacudindo a poeira de seus pés contra eles, e veio a Icônio.

    No versículo 46 Paulo indica claramente que é uma parte de sua estratégia missionária para pregar o evangelho em primeiro lugar para os judeus, usando a sinagoga como uma porta de entrada para o mundo gentio (ver Rm 1:14 ). Nisto Paulo revela o que muitos estudiosos da Bíblia até hoje não conseguiram ver: a saber, que os judeus não eram um povo escolhido especialmente de Deus para a salvação, com a exclusão dos gentios, mas eles foram escolhidos e preparados para se tornar uma nação missionária para proclamar o evangelho de Deus a todos os povos da terra. Esta é a tese de Paulo em sua carta aos Romanos, onde no capítulo 9, ele apresenta eleição de Israel por Deus como um povo missionário, no capítulo 10 Sua rejeição de Israel a partir deste escritório e função por causa de sua rejeição de Cristo e de Seu evangelho (assim deixando-os sem uma mensagem), e no capítulo 11 de sua restauração parcial de Israel na sua aceitação de Cristo. Em nenhum lugar em Sua Palavra que Deus revelou uma eleição dos judeus, como nação, para a salvação, com a exclusão dos gentios, nem a sua rejeição, como uma nação, de salvação. A salvação é sempre e em toda parte uma questão de aceitação "pessoal" de misericórdia oferecida de Deus em Cristo.

    A declaração de Paulo, eis que nos voltamos para os gentios (v. At 13:46 ; ver também At 18:6 ).

    Os gentios ter apreendido as implicações universais de palavras de Paulo grandemente jubilosos e glorificavam a palavra de Deus (v. At 13:48 , etc.).

    O que está claro a partir desta passagem e sua configuração, e é consistente com todo o plano da redenção divina, é que enquanto Deus ordena a vida eterna tudo o que vai acreditar, e à morte eterna tudo o que não acredito, deve ser observado que Deus nem ordena o "ato de crer", nem o Estes são atos de vontade moral inteligente do homem, para o exercício da qual ele tem a responsabilidade moral completa (ver "ato de incredulidade." Jo 3:16 e Jo 3:36 ).

    Quando se compreende que as palavras do versículo 44 , quase toda a cidade estava reunida , implicaria não apenas os moradores da cidade, mas os do país, bem, ou as regiões da Pisídia (Clarke), então a afirmação de Lucas do versículo 49 leva no significado: E a palavra do Senhor se divulgava por toda aquela região . Assim, a sabedoria dos apóstolos é justificado em sua seleção de Antioquia como seu primeiro centro Galácia estratégico a partir do qual a evangelizar.

    As mulheres devotas de afetados pela propaganda judaica contra os apóstolos eram provavelmente as esposas de cidadãos proeminentes gentios, se não oficiais do governo, que se tornaram prosélitos da fé judaica. Estas mulheres foram agora utilizados por estes judeus para influenciar seus maridos, os principais da cidade, para tomar medidas contra Paulo e Barnabé, detendo, cerca de tratamento, e expulsando-os de Antioquia e Pisídia. Como como as táticas do Sinédrio em lidar com o caso de Jesus, e mais tarde os contra Paulo em Jerusalém após sua prisão.

    A ação de Paulo e Barnabé, ao sair Antioquia, quando estes, sacudindo a poeira de seus pés contra eles (v. At 13:51 ), foi bem compreendida pelos judeus que viam nisso uma maldição pronunciada sobre os seus inimigos. Ao viajar em terras pagãs fora de Canaã, os judeus fez uma pausa nas fronteiras e sacudiu a poeira contaminada dos seus pés e roupas antes de reentrar sua terra sagrada, para que não contaminá-lo. Assim, este ato dos apóstolos significava que os judeus de Antioquia tinha tomado uma maldição sobre si mesmos em rejeitar o evangelho e de seus mensageiros (ver Mt 10:14. ; Mc 6:11 ; Lucas 9:5 ; e At 18:6)

    52 E os discípulos ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.

    Mais uma vez a ironia da situação acaba por a glória de Deus eo benefício de Seus discípulos. Esses discípulos, como os de Tessalônica ", recebendo a palavra em muita tribulação", mas "com a alegria do Espírito Santo" (I Tessalonicenses 1:. 6b ). Tal discipulado lances justo para o sucesso da igreja em qualquer situação.

    O sucesso dessa invasão inicial de Antioquia com o evangelho está em evidência em uma data posterior. Diz Finegan:

    Também houve uma basílica cristã de Antioquia, que foi mais de 200 metros de comprimento e que data, de acordo com uma inscrição, no tempo da Optimus, que foi bispo de Antioquia, no último quartel do século IV.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    Agora, iniciamos a terceira e última seção de Atos. "O período de triun-fo" (caps. 13—28), em que o evan-gelho da graça de Deus é pregado ao mundo romano e em que, por intermédio do ministério de Paulo e de outros, estabelecem-se as igre-jas locais. Testemunhamos o início de um novo ministério em um novo centro espiritual — Antioquia, na Síria. Apresenta-se o relato da pri-meira viagem missionária de Paulo e de seu primeiro sermão. Atos cita pela primeira vez a palavra maravi-lhosa "justificado" (13:39).

  • Em Antioquia: chamado do Espírito (13 1:3)
  • Lembre-se que o centro de opera-ção da igreja mudou de Jerusalém e dos judeus para Antioquia e para os gentios (At 11:19-44). Não confun-da Antioquia, na Síria, a "igreja-lar" de Paulo, com Antioquia, na Pisídia (13 14:52). Observe que Deus cha-mou dois dos servos do Senhor que ministravam nessa igreja local (o primeiro e o último nomes da lista fornecida no v. 1 — logo o último se torna o primeiro) para o ministério mundial. Deus usa em outros luga-res os servos que são fiéis em sua terra natal.

    O termo "profetas" (v. 1) refe-re-se aos do Novo Testamento (Ef 4:11). Esses homens falam por Deus e são diretamente guiados pelo Es-pírito. Alguns sugerem que Simeão é o pai de Alexandre e de Rufo, aquele que carregou a cruz de Cris-to (Mc 15:21). Manaém era irmão de criação do Herodes que matou João Batista. Graças a Deus, apesar de não terem sido chamados muitos homens de grandeza, alguns encon-traram a Cristo!

    Os versículos 1:3 descrevem o programa de envio de missioná-rios do Novo Testamento: (1) Deus chama os que escolhe; (2) a igreja confirma o chamado; (3) a igreja e o Espírito enviam os missionários e os apoiam com oração e auxílio. Os missionários devem relatar seu tra-balho para suas igrejas (14:26-28). O fato de as igrejas locais se reuni-rem e organizarem agências de en-vio de missionários também não é algo antibíblico.

  • Em Chipre: oposição do demônio (13 4:12)
  • Na parábola do joio (Mt 13:24-40 e 36-43), Cristo afirmou que, sempre que se planta um filho de Deus ver-dadeiro, Satanás planta uma imita-ção. Foi o que aconteceu na primeira parada dos missionários. Satanás en-trou em um apóstata judeu, um falso profeta, um filho do diabo (v. 10). Paulo, com o poder do Espírito, ce-gou o enganador. Isso não parece a nação de Israel ferida com a cegueira depois de rejeitar a Cristo? VejaRm 11:25. Observe que "Sau- lo" usa seu nome mais conhecido, "Paulo", que significa "pequeno".

  • Em Perge: deserção de Marcos (13:13)
  • Note que não é mais "Barnabé e Saulo" (v. 2), mas "Paulo e seus companheiros". Paulo considerou a partida de Marcos uma deser-ção (veja 15:38). Não temos, no entanto, certeza da razão de ele ter deixado o grupo. Seria por que Paulo tornou-se proeminente e seu primo, Barnabé, não era mais o líder? Ou por causa de situações difíceis e perigosas que teriam pela frente? Seria uma saudade de casa juvenil? Seja qual tenha sido o motivo, isso fez com que os dois missionários se afastassem, embo-ra, mais tarde, Paulo tenha perdoa-do e recebido Marcos (2Tm 4:11). Como é maravilhoso que Deus nos dê outra chance! Mais de um servo de Deus fracassou em seu primeiro ministério, mas foi bem-sucedido depois.

  • Em Antioquia da Pisídia: recepção dos gentios (13 14:52)
  • Por que Paulo foi à sinagoga judaica quando seu comissionamento espe-cial era para os gentios? Por várias razões: (1) ele sabia que, na sinago-ga, conseguiría uma audiência en-tre os judeus, e esse era lugar lógico de iniciar sua pregação; (2) ele tem uma responsabilidade pessoal com seu povo (Rm 9:1-45 e 10:1); (3) ele queria que sua nação ouvisse a Pa-lavra de Deus e, assim, não tivesse desculpa.

    Nesse sermão, ele afirma que Cristo veio "primeiro [...] a todo o povo de Israel" (vv. 23-27 e v. 46); no entanto, tem o cuidado de afir-mar que a salvação é para "todo o que crê" (v. 39). Nos versículos 1:7-22, Pau Io mostra como o Antigo Tes-tamento era uma preparação para a vinda de Cristo. Nos versículos 23:37, ele resume a vida e a morte de Cristo, prova a ressurreição dele e mostra que Israel ("os que habita-vam em Jerusalém e as suas autori-dades", v. 27) rejeitou seu Messias. Os versículos 38:41 apresentam sua conclusão pessoal da mensagem, pois demonstram que a salvação é pela fé em Cristo, não pela obe-diência à Lei. Os versículos 40:41 registram uma advertência a partir deHc 1:5. Aqui, a "obra" refere-se ao plano de Deus de sal-vação para os gentios. Os judeus deviam achar isso inacreditável! Na época em que Habacuque disse essas palavras, o governante gentio Nabucodonosor subia ao poder e, a seguir, invadiría nação após nação. Paulo usou essas palavras para ad-vertir os judeus de que morreríam, como acontecera no passado com o Israel descrente, se não recebessem o evangelho e cressem. Ele pregava o evangelho da graça de Deus (veja v. 43), a mesma mensagem que de-vemos anunciar hoje.

    Qual foi o resultado do sermão? Alguns judeus e gentios prosélitos creram de imediato. E óbvio que es-sas pessoas piedosas que conheciam as Escrituras estavam mais bem pre-paradas para receber a mensagem. Na semana seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir! Isso significa que os crentes gentios es-palharam a Palavra entre os amigos; portanto, naquele sábado, a maioria da congregação era gentia. Isso fez com que os judeus atrapalhassem o ministério de Paulo, pois ficaram com inveja dos gentios. Assim, Pau-lo afastou-se deles a fim de ministrar entre os gentios. No versículo 46, ele explica sua atitude: de acordo com o projeto de Deus, delineado no Antigo Testamento, a Palavra ti-nha de ir primeiro para os judeus; contudo, como eles se mostraram (como seus irmãos de Jerusalém) indignos, a mensagem iria para os gentios. No versículo 47, Paulo citaIs 49:6, em que Deus disse que Cristo (o "eu" não se refere a Paulo) era "luz para os gentios". Veja tam-bém Lc 2:29-42.

    No versículo 48, não "ameni-ze" o sentido da frase que indica que certas pessoas são "destinadjajs para a vida eterna". Na verdade, o signifi-cado da palavra grega é "inscritos", o que dá a idéia de nomes escritos em um livro. Ao mesmo tempo que al-cançamos a salvação pela graça que vem por intermédio da fé, há o tra-balho misterioso de Deus por meio do qual somos escolhidos em Cristo (Ef 1:4). Oferecemos o evangelho a todos, pois não sabemos quem são os escolhidos de Deus, e confiamos que o Espírito trabalhará.

    Claro que Satanás faz oposição sempre que a semente frutifica; e veja que ele pode usar pessoas reli-giosas para fazer o trabalho. Pessoas religiosas perseguiram e mataram em nome de Cristo, mas a cristan- dade verdadeira não persegue nin-guém. (A respeito do comentário de Paulo sobre perseguição, leia 2Tm 3:11.) Paulo e seus associados, cheios de alegria e do Espírito Santo, continuaram a ministrar a Palavra e não permitiram que a oposição os impedisse de fazer isso.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    13.1 Profetas. Além daqueles vindos de Jerusalém (11.
    - 27n) houve alguns de Antioquia. Mestres. Dotados do dom de instruir na doutrina e nos princípios de vida cristã baseados no AT (conforme 11.26; 15.35; 18.11).

    13.2 Servindo. No gr clássico (leitourgeõ) significava serviço público sem remuneração. Tem no N.T. um sentido mais lato do que liturgia, indicando qualquer serviço feito no nome e para o Senhor. Disse o Espírito Santo. Talvez por meio de um profeta. Barnabé e Saulo. É de notar que os homens chamados por Deus para a obra missionária eram os mais capazes da Igreja. A obra. Evangelizar os grandes caminhos para Roma e o oeste. • N. Hom. Verdadeiro Missionário é:
    1) Separado (2);
    2) Enviado (4) e
    3) Saturado do Espírito Santo (9).

    13.13 Impondo... mãos. Indicando o compromisso da Igreja na comissão dos missionários.

    13.4 Chipre. Grande ilha ao sul da Turquia, fonte fornecedora de cobre (no AT Quitim) e terra natal de Barnabé.

    13.5 Nas sinagogas. Paulo não deixava de oferecer o evangelho primeiramente aos judeus (Rm 1:16). João. Marcos (conforme 12.12,
    25) Auxiliar, (gr hupereten) traduzido "ministros" (da palavra) em Lc 1:2. Sugere-se que eram catequistas autorizados, que, como Marcos, eram testemunhas oculares dos acontecimentos históricos da vida de Cristo.

    13.7 Procônsul. Lucas demonstra precisão nos titulas dados a oficiais. Chipre foi governado por um procônsul sob o controle do senado depois de 22 a.C.

    13.10 Filho do diabo. Em oposição ao Seu nome, Bar (filho) - jesus (6).

    13.11 Cego. Paulo lembra sua cegueira que trouxe luz interna (9.8ss).

    13.12 Creu. O único caso de um governador que creu.

    13.13 Paulo. Tomado a liderança do grupo missionário, o apóstolo é chamado pelo seu nome romano que significa "pequeno". Perge, na costa sul na moderna Turquia, tinha alta incidência de malária, que alguns acham ter sido o "espinho na carne" de Paulo (2Co 12:7);
    2) Oração pelo líder;
    3) Leitura do Pentateuco (no sábado, também dos profetas);
    4) Sermão por um membro idôneo da congregação (Lc 4:1 Lc 4:6).

    13.16 As duas classes de assistentes eram judeus e gentios que se denominavam "tementes a Deus" (conforme 10.2n).
    13.21 Saul. O pregador também era Saul, da tribo de Benjamim (Fp 3:5).

    13.22 Segundo o meu coração. Mas Davi não fez toda a vontade de Deus, indicando que a referência finalmente é a Jesus (conforme Jo 17:4). Nesta mensagem, Davi, não Moisés, é o vulto do AT que antecipa a Jesus Cristo, o rei que dá a Seu povo a herança (19) do reino de Deus (Gl 5:21; Cl 1:13).

    13.23 Trouxe. Alguns manuscritos têm 'levantou" (dos mortos) dando a entender que Cristo se tornou Salvador pela Sua morte e ressurreição (3.26n). Salvador... Jesus (conforme Jz 3:19). Promessa. Paulo omite referência à Lei (maior tesouro dos judeus) e dá ênfase à promessa (23, 32, 34; conforme Gl 3:15-48).

    13.24 O esboço da história do evangelho em vv. 24-31 é semelhante à mensagem de Pedro em 10:36-43. Batismo é o sinal externo do arrependimento interno.

    13.25 Digno. Palavra omitida em Mt, Mc e Lc mas usada emJo 1:27.

    13.26 Irmãos. Nota-se a intimidade do pregador persuasivo. A nós. Alguns dos melhores manuscritos têm "a vós". Desta salvação. Conforme s 20n. • N. Hom. A Palavra da Salvação é:
    1) Pessoal - "a nós";
    2) Poderosa - para remir pecados, (38);
    3) pacífica - cumpre as promessas graciosas de Deus (34);
    4) Perfeita - justifica completamente (39),
    5) presente - amanhã pode ser tarde (40).

    13.27 Os judeus deixando de crer em Jesus não podiam entender os profetas bíblicos cf. 3,17) o que os levou a condená-lO.
    13.28 Nenhuma causa de morte. A inocência de Cristo e dos seus apóstolos é importante no propósito de Lucas que é de mostrar que o cristianismo não traz nenhuma ameaça contra o Estado ou suas autoridades

    13.33 A citação de Sl 2:7 (a mesma feita pela voz divina em Lc 3:22) confirma o fato de Jesus ser Filho de Deus (conforme Rm 1:4).

    13 35:37 Paulo como Pedro em 2:25-31, afirma que a profecia da preservação de corrupção não pode referir a Davi mas unicamente a Cristo que ressurgiu. Nem a crucificação nem a ressurreição faziam parte da esperança messiânica dos judeus.

    13.38 A ressurreição de Cristo confirmou a aceitação por parte de Deus do sacrifício feito por Jesus na cruz (2.38; 5.31; Rm 4:25).

    13.39 Todo o que crê. Elemento chave na mensagem de Paulo; a salvação se recebe unicamente pela fé (conforme Rm e GI). As coisas. Os pecados que a lei não tem meios de remir.

    13.41 A oferta da, salvação é seguida por uma advertência séria.
    13.43 Prosélitos piedosos. São os gentios que se submeteram à circuncisão, ao batismo judaico e à Lei. Graça equivale a evangelho, vv. 38, 39.

    13.44 Palavra de Deus. A referência à mensagem do evangelho como a Palavra de Deus é um estágio primitivo da formação dos evangelhos e das epístolas do NT, também assim designados.

    13.47 Luz. Os missionários, como Jesus, o Servo de Jeová, devem iluminar os gentios.

    13.48 Destinados. A predestinação à salvação não opera independentemente da fé voluntariamente exercida (39, 46; Ef 2:8, Ef 2:9).

    13.49 Região. Antioquia, Icônio, Listra e Derbe encontravam-se no sul da província da Galácia. A Carta aos Gálatas dirigida a esta região.

    13.50 Não raro a alta sociedade e homens religiosos se opõem à verdade.
    13.51 Pó dos pés. É sinal de repúdio e fim de responsabilidade. Icônio, na encruzilhada de estradas, a 135 km ao sul de Antioquia.

    13.52 Aquele que está cheio de alegria; em meio de dificuldade e perseguição, demonstra a plena ação do Espírito (Gl 5:22).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    IX. A EVANGELIZAÇÃO SISTEMÁTICA DOS GENTIOS. A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO (13.1—14.28)


    1) A estratégia missionária de Paulo

    A primeira viagem missionária de Paulo é o início de um trabalho apostólico sistemático entre as nações, o que determina a conclusão do último estágio do plano geral. A figura que se evidencia é Paulo, porque durante essa viagem o colega de Barnabé se destacou como o vaso escolhido por Deus para ser apóstolo aos gentios. Paulo não somente recebeu revelações com respeito à natureza e constituição da igreja (Ef 2:11-49.


    2) Barnabé e Saulo são separados para um serviço especial (13 1:4a)
    Os profetas e mestres em Antioquia (v. 1,2). E importante observar que o propósito de Deus foi dado a conhecer a alguns profetas e mestres, experimentados nos caminhos de Deus e dispostos a esperar pela resposta dele em adoração, oração e jejum. Foram esses homens — e não a igreja em Antioquia como um todo — que receberam a mensagem que resultaria na evangelização sistemática dos gentios, e podemos crer que eles estavam orando exatamente sob o peso dessa grande necessidade. A ordem: Separem-me Barnabé e Saulo... provavelmente veio por meio de uma mensagem profética.

    A separação (v. 2-4). Não temos aqui uma consagração, pois Saulo era um apóstolo já com longos anos de ministério, e Barnabé era pai espiritual da igreja em Antioquia, dedicado à obra do Senhor havia muitos anos. Quando o Espírito Santo indicou que esses dois obreiros extraordinários deveriam levar avante o movimento seguinte, os seus colegas se curvaram diante da vontade do Senhor e se identificaram com Barnabé e Saulo por meio do ato da imposição de mãos. A igreja, sem dúvida, estava presente nesse ato final
    (14.26). O envio por meio dos irmãos foi meramente um ato de comunhão, pois, depois de Enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia (v. 4).


    3) Testemunho em Chipre (13.4b-13)
    O itinerário (v. 4-6). Selêucia era o porto de Antioquia, e os missionários navegaram de lá para Chipre, ilha nativa de Barnabé, levando com eles João Marcos, primo de Barnabé. Vínculos pessoais poderiam parecer úteis, mas os primeiros passos desse estágio da viagem parecem mais uma “questão familiar”. A típica obra de evangelização dos gentios só começou realmente quando o grupo chegou a terra firme sob a liderança de Paulo. Em Salamina, eles proclamaram a palavra de Deus nas sinagogas judaicas (v. 5) e, então, parecem ter atravessado rapidamente a ilha no sentido oeste até chegarem à capital, Pafos.

    Sérgio Paulo (v. 6-12). Os missionários, supostamente, pregaram a judeus e gentios em Pafos, mas Lucas focaliza a nossa atenção num incidente que destacou Paulo como o líder apontado por Deus para conduzir a expedição. Sérgio Paulo era procônsul de Chipre e, como muitos homens zelosos dos seus dias, estava interessado no misticismo do Oriente. Por isso, Elimas (“o instruído”) atraiu a sua atenção. Barjesus, provavelmente, era o seu nome judaico, e Elimas, o seu título profissional. Quando Sérgio Paulo ouviu falar de Barnabé e Saulo e os convocou à sua presença, o ciúme e a ira do falso profeta foram provocados, e ele, provavelmente, denunciou a “heresia” do Nazareno (v. 8). Então

    Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo (v. 9), declarou abertamente o engano e a maldade de Elimas, pronunciando o castigo de uma cegueira temporária sobre ele — um castigo apropriado para o delito de viver à custa de aprofundar a cegueira espiritual dos seus incautos seguidores (v. 9-11). Temos todas as razões para acreditar que o procônsul realmente acreditou, demonstrando mais interesse na palavra do que no sinal (v. frases nos v. 7,8,12); sir William Ramsay encontrou indicações de que alguns membros da família do procônsul mais tarde se tornaram proeminentes nos círculos cristãos da Ásia Menor (The Bearing of RecentDiscovery on the Trustworthiness of the NT, 1915, p. 150ss).

    O nome Paulo. Saulo era o nome judaico do apóstolo, e Paulo seria o seu codinome como cidadão romano. Este era mais apropriado para o líder de uma missão evange-lística aos gentios, e Lucas não passa a usá-lo casualmente, mas denota com isso que o incidente em Pafos levou ao ápice o amplo reconhecimento dos “sinais” do apostolado de Paulo, o que confirmou publicamente o chamado secreto na estrada de Damasco. A expressão “Barnabé e Saulo” é deixada de lado como pertencente a uma fase de transição que agora tinha sido suplantada, e depois disso Paulo e seus companheiros foram os que navegaram para a Panfília (v. 13). (Como cidadão romano, Paulo pertencia a uma classe especial, mas acerca do costume — tão antigo quanto o século II d.C. — de judeus terem um nome judaico e outro gentílico, cf. At 12:12, “João, também chamado Marcos”).

    Na estrada para a Pisídia (13 13:16). A deserção de João Marcos em Perge pode ter ocorrido em virtude da mudança de liderança pela qual Paulo pareceu desbancar o seu honrado primo. Resultados indiretos trágicos seguiriam disso mais tarde. Não há o menor indício de que Paulo tenha ficado doente em Perge e decidido rumar para o clima mais saudável do interior, que é a suposição de Ramsay em apoio à teoria do “sul da Galá-cia” quanto ao destino da carta aos Gálatas, de acordo com a qual as “igrejas” de G1 1.2 seriam as fundadas na presente viagem (St. Paul the Traveller, p. 95ss). A travessia dos montes Taurus teria sido uma tarefa muito árdua para um homem doente. Gl 4:13 atribui a evangelização dos gálatas a uma mudança abrupta de planos devida a uma doença séria, ao passo que é precisamente nesse ponto da narrativa de Atos que Paulo se destaca como líder e decide ir a Antioquia da Pisídia, porque era um entroncamento de estradas importantes. Lucas detalha a mensagem na sinagoga e os procedimentos gerais em Antioquia da Pisídia como típicos da estratégia de Paulo e como modelo para operações futuras. Antioquia da Pisídia, na realidade, não ficava exatamente na Pisídia, mas na Frigia, parte da qual esteve temporariamente incluída na província romana da Galácia — um fato que não afetou fatores étnicos e lingüís-ticos. (Um balanço criterioso das argumentações a favor das teorias do “sul da Galácia” e do “norte da Galácia” é apresentado por

    D. Guthrie em sua obra NT Introduction: The Pauline Epistles, 1961, p. 72ss.)


    4) O kerygma de Paulo aos judeus (13 14:41)

    Paulo e Bamabé na sinagoga (v. 14-16). A importância de iniciar o testemunho em novo território na sinagoga local já foi comentada. Divisão e perseguição certamente seguiriam a pregação, mas, entrementes, o Messias havia sido apresentado aos judeus, de acordo com o plano de Deus, e os primeiros convertidos foram ou judeus ou gentios tementes a Deus — i.e., homens nutridos nas Escrituras, de elevado padrão moral e completamente livres das influências degradantes do paganismo. A importância desse núcleo nas igrejas locais não pode ser exagerada e é responsável pela estabilidade do testemunho nos primeiros anos. A ordem das atividades na sinagoga e a função dos líderes são suficientemente destacadas no v. 15. (V. tb. “Sinagoga” no NBD).

    O tema geral. A apresentação que Paulo faz do kerygma aos judeus da Diáspora deveria ser comparada à de Pedro quando enfrentou os judeus em Jerusalém (2:14-36;

    3:12-26 etc.). Pode-se perceber que os pontos principais são idênticos, mas adaptados a um público distante do cenário da cruz e da ressurreição. Paulo, assim como Estêvão, faz uma recapitulação da história de Israel, mas o seu propósito é mostrar que Deus esteve agindo até que as promessas se cumprissem em Jesus, o Messias, rejeitado pelos líderes de Jerusalém, mas aprovado divinamente por meio do poderoso ato da ressurreição. O ponto central é que Deus levantou-lhes Davi, que está associado ao Filho de Davi.

    O procedimento de Deus com Israel até o tempo de Davi (v. 17-21). Israel foi escolhido por Deus e, por isso, liberto do Egito e levado a Canaã. As épocas dos juízes e de Saul foram de fracasso relativo, mas Deus havia preparado o seu rei que faria toda a sua vontade. Os quatrocentos e ánquenta anos (v. 19) talvez sejam calculados desde os patriarcas até o início do tempo dos juízes, como o período em que Deus ordenou a entrega da terra.

    O filho de Davi e o testemunho de João (v. 23-25). Davi foi um homem que cumpriu a vontade de Deus em sua geração (v. 36,37), mas cujo filho seria o Messias. Isso tocaria uma nota favorável no coração dos ouvintes judaicos, mas eles ficaram assombrados quando ouviram: Da descendência desse homem Deus trouxe a Israel o Salvador Jesus, como prometera (v. 23). O uso do testemunho de João Batista diante de um público da Diáspora era significativo, pois ele era amplamente reconhecido como profeta (v. 24,25).

    Os acontecimentos em Jerusalém (v. 26-31). Os judeus de Antioquia certamente teriam ouvido relatos deturpados da crucificação, e era bastante sensível tocar no assunto da grande rejeição. Paulo insiste na mensagem da salvação em Jesus (v. 26) e atribui a rejeição (a) à falta de reconhecimento por parte dos líderes do seu Messias; e (b) à sua falta de compreensão verdadeira das profecias messiânicas relacionadas aos sofrimentos do Servo de Javé (v. 27-29). Como na pregação de Pedro, há aqui uma ênfase forte na ressurreição como ato de Deus que anulou o veredicto dos líderes e tornou possível a pregação da boa notícia; o incrível se torna crível pelo testemunho confiável dos primeiros apóstolos (v. 30,31)-
    A mensagem de Paulo (v. 32-41). Com base na obra salvífica manifesta de Deus, Paulo pode dizer: Nós lhes anunciamos as boas novas... (v. 32). O fato fundamental da ressurreição de Jesus é provado, como em Pedro, mediante as referências aos salmos e a Isaías (conforme tb. v. 30,31). Os propósitos de bênção de Deus por meio do Filho (associado a Davi) tinham sido anunciados em Sf 2:7 e Is 55:3, e o Messias que não conheceu decomposição foi profetizado em Sl 16:10 (conforme 2:25-31). Portanto, meus irmãos, quero que saibam... introduz a aplicação que Paulo faz da grande obra salvífica de Deus às necessidades dos judeus em Antioquia; os v. 38,39 são caracteristica-mente paulinos. Algumas versões obscurecem dikaioõ, o grande verbo de Paulo. A RSV (em inglês) usa o verbo “ser liberto” no lugar de “ser justificado”. Tanto o contexto aqui quanto o resumo do ensino de Paulo em Romanos e Gálatas fornecem o significado de que a lei não pode justificar o “obreiro” (pessoa que realiza obras) de coisa alguma, visto que todas as suas obras estão manchadas de pecado, e assim somente aquele que crê e estabelece um contato vital com o Salvador que morreu e ressuscitou é justificado de todas as coisas. A remissão dos pecados havia sido destacada muitas vezes no kerygma de Pedro, mas aqui temos uma prefiguração da doutrina da justificação pela fé tão destacada por Paulo. A advertência (v. 41) é extraída de Hc 1:5. Nessa profecia, pecadores obstinados seriam esmagados pelos castigos que cairiam sobre Judá durante a invasão babilónica. Aqui os escamecedores (talvez Paulo já estivesse enxergando alguns deles na congregação) estavam em perigo de um juízo final em virtude da incredulidade.


    5) Reações típicas à mensagem (13 42:52)
    Primeiros convertidos (v. 42.43). A mensagem de Paulo teve um efeito imediato sobre um bom número de judeus e gentios piedosos e tementes a Deus cuja fé recém-descoberta os levou a seguir os missionários em busca de mais instruções.
    Oposição e divisão (v. 44-48). A notícia de que uma mensagem nova e poderosa estava sendo pregada na sinagoga por visitantes vindos da Palestina reuniu uma grande multidão no sábado seguinte, mas esse interesse tão amplo suscitou a oposição ciumenta dos descrentes líderes judaicos. Evidentemente eles causaram tanta tensão na sinagoga que Paulo e Barnabé tiveram de se retirar com os seus convertidos, mas não antes de terem destacado a necessidade da mensagem primeiro aos israelitas, a rejeição da qual abriu o caminho para um testemunho completo para os gentios. Os que rejeitaram Cristo mostraram com sua atitude que não eram dignos da vida eterna, e Is 49:6 foi citado como evidência de que o Messias-Servo, proclamado por seus mensageiros, deveria ser um meio de salvação até aos confins da terra (v. 46,47). Não devemos concluir com base no v. 46 que houve mudança de filosofia, pois Paulo retornou repetidas vezes aos judeus na sinagoga depois desse dia. Podemos bem imaginar a alegria dos gentios à medida que entravam no Reino por meio da fé em Cristo, sabendo que eles também, como crentes, estavam na lista de cidadãos do céu (designados vem de tetag-menoi, inscritos ou arrolados, v. 48).

    Difusão e expulsão (v. 49-52). Centenas de convertidos tornaram-se testemunhas de Deus para as regiões circunvizinhas, e esse fator vai ser pressuposto em situações futuras. Entrementes, judeus hostis foram bem-sucedidos em cooptar a ajuda de mulheres tementes a Deus de posição social elevada que poderiam influenciar os seus parentes em altas posições. Assim, a perseguição e a pressão da multidão que resultaram foram dirigidas de cima; ou, ao menos, foram feitas com a conivência das autoridades. Como a comissão missionária era pregar em todos os lugares, e contatos em Antioquia se tornaram difíceis ou impossíveis, o seu propósito seria mais bem atingido com a ida para Icônio, mas não antes de terem pronunciado um julgamento simbólico típico sobre os que rejeitaram Cristo (v. 51; conforme Mt 10:14 e paralelos). Os discípulos deixados em Antioquia dependiam do Senhor e, assim, continuavam cheios de alegria e do Espírito Santo (v. 52).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 42 até o 52
    c) Como reagiram ao evangelho em Antioquia da Pisídia (At 13:42-52)

    O discurso de Paulo foi escutado com especial interesse pelos gentios que freqüentavam o lugar de culto judaico, sendo eles os "tementes a Deus", como Lucas lhes chama, os quais, sem se tornarem prosélitos, eram atraídos pelo puro culto do Judaísmo e mesmo guardavam a lei judaica até certo ponto, por exemplo, observando o sábado. Foram atraídos sobremaneira pelo anúncio que Paulo fez do perdão dos pecados mediante Cristo, e pediram que lhes falasse outra vez no sábado seguinte. Essa gente, na verdade, constituía o principal núcleo dos convertidos de Paulo na maioria das cidades aonde ele se dirigia, visto como lhes oferecia mediante Cristo os mesmos direitos que os crentes judeus tinham diante de Deus, sem necessidade de observarem a lei cerimonial judaica nem de se tornarem prosélitos.

    A adesão deles ao apóstolo naturalmente despertou a inveja dos judeus da dispersão, os quais se ressentiam de Paulo levar após si os gentios cuja conversão ao Judaísmo eles esperavam. Tal inveja subiu de ponto em Antioquia da Pisídia, visto como os "tementes a Deus" espalharam a notícia e no sábado seguinte quase toda a população gentílica da colônia afluiu à sinagoga. Quando os judeus manifestaram seu aborrecimento, Paulo anunciou que, visto como eles se julgavam indignos da vida eterna que ele proclamava, ia agora dedicar-se aos gentios-processo este que seria repetido de cidade em cidade. Porém tão grande oposição foi levantada pelos judeus, que Paulo e Barnabé tiveram de deixar a cidade, todavia não antes que numerosos "tementes a Deus" confessassem a Cristo, formando ali uma igreja.

    >At 13:43

    Prosélitos religiosos (43). Discute-se aqui se se trata de verdadeiros prosélitos ou "tementes a Deus"; se prevalecer a última hipótese (como sugere a palavra traduzida "religiosos", gr. sebomenoi), então este é o único lugar onde tais pessoas são chamadas prosélitos, termo este empregado em outros lugares no seu sentido restrito. Vida eterna (46). Gr. zoe aionios, representando a expressão judaica "a vida da era por vir (a era ressurrecional)", que os crentes em Cristo recebem quando ainda vivem temporalmente na era presente. Eu te constitui para luz dos gentios.... (47). Esta citação de um dos Cânticos do Servo (Is 49:6) implica que a missão do Servo do Senhor, inaugurada por Jesus, é continuada por Seus seguidores. Todos os que haviam sido destinados para a vida eterna (48); cfr. o vers. 46. O verbo traduzido "destinado" pode ter aqui o sentido de "inscritos", "arrolados". Cfr. Ap 13:8; Ap 17:8.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52

    26. O caráter de uma Igreja Eficaz ( 13 1:44-13:13'>Atos 13:1-13 )

    Ora, havia em Antioquia, na igreja que estava lá, profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: "Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado." Então, jejuando e orando, e impondo-lhes as mãos, os despediram. Então, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. E quando chegaram a Salamina, começaram a proclamar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham a João como seu ajudante. E quando eles passaram por toda a ilha até Pafos, acharam um certo mago, falso profeta judeu, cujo nome era Bar-Jesus, que estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem de inteligência. Este chamou a Barnabé e Saulo e procurou ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o mágico (porque assim o seu nome é traduzido) estava se opondo-los, buscando transformar o procônsul da fé. Mas Saul, que também era conhecido como Paulo, cheio do Espírito Santo, fixou seu olhar sobre ele, e disse: "Você que é cheio de todo o engano e fraude, seu filho do diabo, inimigo de toda a justiça, não deixará de dar a perverter os retos caminhos do Senhor? E agora, eis que a mão do Senhor está sobre você, e você ficará cego e não ver o sol por algum tempo. " E logo uma névoa e escuridão caiu sobre ele, e ele andou buscando aqueles que iria levá-lo pela mão. Então o procônsul acreditou quando viu o que tinha acontecido, de ser surpreendido com o ensinamento do Senhor. Agora, Paulo e seus companheiros-se ao mar a partir de Paphos e chegaram a Perge, na Panfília; e João deixou e voltou para Jerusalém. ( 13 1:13 )

    Há muita verdade no ditado humorístico que algumas pessoas fazem as coisas acontecerem, outros vêem as coisas acontecem, enquanto outros ainda estão se perguntando o que aconteceu. O que é verdade para os indivíduos também é verdade para as igrejas. Algumas igrejas são dinâmicas, atingindo de forma agressiva com o evangelho para fazer um impacto no mundo. Alguns sabem Deus está se movendo em outras igrejas e me pergunto por que eles não estão passando por esse poder. Outros, ainda, apenas mal existe, definhando enquanto as ervas daninhas espirituais (e talvez até mesmo físicas) crescer. Eles fazem um impacto apenas na vida social dos seus membros.

    Atos 11 introduziu uma liderança e uma congregação que Deus usou para fazer as coisas acontecerem-a igreja de Antioquia, a primeira cabeça de ponte do cristianismo no mundo pagão. Essa igreja teve um início impressionante. At 11:21 registros que "um grande número de crentes se converteram ao Senhor" sob o ministério de helenistas judeus que fugiram de Jerusalém após o martírio de Estêvão ( 11: 19-20 ). A igreja de Antioquia cresceu dramaticamente sob a liderança capaz de Barnabé e Saulo ( 11:26 ). Foi em Antioquia que o nome de cristãos foi dado primeiro aos seguidores de Jesus Cristo ( 11:26 ).Apesar de ter sido concebido como um termo de escárnio, os crentes usava-o como um distintivo de honra. Os membros desta igreja, em grande parte Gentil mostrou seu amor por seus irmãos judeus, enviando-lhes o alívio da fome ( 11: 27-30 ).

    Mas de todos os fatores que fizeram da igreja de Antioquia forte, o mais significativo foi a sua submissão ao Espírito Santo. Ambos os líderes (cf. 11:24 ; 13: 9 ) e a congregação (cf. 13: 2 , 4 ) da igreja de Antioquia foram cheios do Espírito. Eles eram totalmente dependentes do Espírito, que energizado cada fase de seu ministério.

    O que marca uma igreja cheia do Espírito Santo? Uma igreja cheia do Espírito Santo pode ser definida simplesmente como alguém cuja membros andar em obediência à vontade de Deus. Uma vez que Deus revela Sua vontade nas Escrituras, uma igreja cheia do Espírito Santo deve estar profundamente comprometido com a Palavra de Deus. De fato, uma comparação de Efésios 5 e Colossenses 3 revela que ser cheio do Espírito e deixando a Palavra ricamente habitar na vida de alguém produzir os mesmos efeitos. Por isso, eles são as duas faces da mesma realidade espiritual.

    Capítulo 13 marca um ponto de viragem em Atos. Os primeiros doze capítulos têm-se centrado sobre o ministério de Pedro; os capítulos restantes se concentrar em Paulo. Até agora, a ênfase tem sido na igreja judaica em Jerusalém e Judéia; capítulos 13:28 descrevem a propagação da igreja Gentil todo o mundo romano. E foi a partir da, cada vez maior, igreja controlada pelo Espírito doutrinariamente som dinâmico em Antioquia que a bandeira de missões Gentil foi desfraldada. Tinha líderes espirituais, com um ministério espiritual, que foi em uma missão espiritual, enfrentou a oposição espiritual, e experimentou a vitória espiritual.

    Líderes Espirituais

    Ora, havia em Antioquia, na igreja que estava lá, profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. (13: 1 )

    Igrejas, fortes e eficazes, inevitavelmente, líderes piedosos, ea igreja de Antioquia não foi excepção. Deus sempre tem colocado um prêmio sobre liderança espiritual ( At 6:3. ; Tito 1:5-9 ; cf. Os 4:9. ). Estes cinco homens eram o coração do ministério em Antioquia.

    Lucas descreve-os como profetas e mestres, dois termos importantes do Novo Testamento. Profetas desempenhou um papel significativo na igreja apostólica (cf. 1Co 12:28. ; Ef 2:20. ; Ef 3:5 ).Como os apóstolos, eles eram pregadores da Palavra de Deus e foram responsáveis, nos primeiros anos da igreja para instruir as congregações locais. Às vezes, eles receberam nova revelação de Deus, como em At 11:28 e 21: 10-11 . Ambos os incidentes gravar o que os profetas, em contraste com os apóstolos, recebeu prática, a revelação não doutrinária. A função dos profetas como receptores da revelação divina terminou com a cessação dos dons de sinais temporários. Mesmo a sua sede, como a dos apóstolos, foi substituído por pastores e mestres e evangelistas (cf. : Ef 4:11-12. , que eram os anciãos e os superintendentes () 1Tm 3:1 ). Embora profetas de que tipo original não existem mais, o dom semelhante para pregar a Palavra de Deus permanece. É dado aos pastores e evangelistas, que proclamam o que Pedro chamou de "palavra profética" ( 2Pe 1:19. ) e ainda é vital para a saúde espiritual da igreja (cf. Rom. 10: 14-18 ). Todo o caminho para o retorno do Senhor, o "espírito de profecia" continua a ser "o testemunho de Jesus" ( Ap 19:10 ).

    Os professores são fundamentais para a igreja de hoje (cf. 1Co 12:28. ; Ef 4:11. ; Jc 3:1 indica.

    Antioquia tinha cinco homens que estavam ambos os pregadores e mestres da Palavra de Deus. Foi através do seu ministério que a igreja foi edificada na fé.

    Barnabé já apareceu várias vezes em Atos. A partir Dt 4:36 aprendemos que ele era um levita da ilha de Chipre. Seu nome de nascimento era José, mas os apóstolos nomeou Barnabé, que significa "Filho da consolação" descrição apt —um deste gentil, amoroso homem. Foi Barnabé, que convenceu os céticos e crentes suspeitos em Jerusalém que a conversão de Saulo era genuíno ( 09:27 ). A bolsa Jerusalém, enviou-o a investigar os rumores de que os gentios tinham sido salvos em Antioch ( 11:22 ) —um sinal da grande estima que a igreja de Jerusalém o segurou. Ele trouxe Saulo de Tarso e o envolveu no ministério em Antioquia ( 11: 25-26 ). Barnabé, junto com Saul, realizado contribuições da igreja de Antioquia para o alívio da igreja da Judéia para Jerusalém ( 11:30 ).

    Pouco se sabe sobre Simeon , Lucius , e Manaém. nota de Lucas, que Simeão, chamado Níger (que significa "negro") pode sugerir que ele era um homem de pele escura, um Africano, ou ambos. Enquanto alguns identificá-lo com Simão de Cirene, que carregava a cruz de Jesus ( Mc 15:21 ), não há nenhuma evidência direta para a referida identificação. Lucius, mas não Simeon, é identificado com a cidade de Cirene no Norte da África. Não há nada para ligá-lo com o Lucius quem Paulo cumprimenta em Rm 16:21 e certamente nenhuma evidência para identificá-lo (como alguns têm argumentado) como Lucas, o médico. Manaem foi notáveis, Lucas registra, porque ele tinha sido criado com Herodes o tetrarca (Herodes Antipas, o Herodes dos evangelhos). Suntrophos ( fora criado com ) pode ser traduzida como "irmão de criação." Ele tinha sido criado em Herodes casa do Grande junto com Herodes Antipas. Saul, ou Paulo, não precisa de introdução. Através de seus esforços incansáveis ​​o evangelho se espalhou por todo o mundo gentio. Estes foram os pastores que levou o rebanho para eficácia e impacto.

    Ministério Espiritual

    E, servindo eles ao Senhor e jejuando, ( 13: 2 a)

    A responsabilidade dos pastores espirituais é o ministério espiritual. Ao contrário de muitos no ministério hoje que estão ocupados com atividades e programas rasas, os líderes em Antioquia entendido seu mandato espiritual claramente. Eles modelou-se após os apóstolos, que, de acordo com At 6:4 ). Servir em um papel de liderança na igreja deve ser visto como um ato de adoração a Deus. Esse serviço consiste em oferecer sacrifícios espirituais a Ele (cf. 13 15:58-13:16'>Heb. 13 15:16 ), incluindo a oração, a supervisão do rebanho, estudar e pregar e ensinar a Palavra.

    Seu ministério não foi para a congregação, mas para o Senhor. É crucial entender que Deus é o público para todo o ministério espiritual (cf. Atos 20:19-20 ). Aqueles cujo objetivo é ministrar às pessoas será tentado a comprometer para alcançar esse fim. Fazendo o Senhor o objeto do ministério evita a necessidade de compromisso.

    Como os crentes da Macedônia, aqueles no ministério deve dar-se em primeiro lugar ao Senhor e só então a outros crentes (cf. 2Co 8:5 ). O homem de Deus, como cada crente, faz o seu "trabalho de coração, como para o Senhor e não para os homens", porque "é o Senhor Cristo, a quem [ele serve]" (Colossenses 3:23-24 ).

    A Bíblia freqüentemente conecta jejum com tempos de vigilante, fervorosa oração (cf. Ne 1:4. ; Dn 9:3 ; Lc 2:37 ; Lc 5:33 ; At 14:23. ; Lucas 5:33-35 ). Em nítido contraste com a vistosa jejum, hipócrita dos fariseus, o jejum dos crentes é para os olhos de Deus somente ( Mt 6:16-18. ). (Para uma discussão mais aprofundada do jejum, ver Mateus 1:7 , MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1985], 399ff)

    Missão Espiritual

    o Espírito Santo disse: "Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado." Então, jejuando e orando, e impondo-lhes as mãos, os despediram. Então, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. E quando chegaram a Salamina, começaram a proclamar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham a João como seu ajudante. ( 13: 2 b-5)

    Homens espirituais com o ministério espiritual eficaz verão a Deus estender a sua missão espiritual. Deus escolhe para posterior ministério das já ativamente servindo a Ele. Ele não é susceptível de levar os cristãos ociosas para baixo da prateleira, pó-los fora, e confiar-lhes um trabalho importante. Saulo e Barnabé estavam profundamente envolvidos em ministrar ao Senhor quando a sua chamada para o serviço adicional prestado veio. Deus escolheu experientes, homens comprovada para a missão de vital importância para os gentios.
    A verdade que todo o ministério está a ser feito para que o Senhor está aqui reforçado pelo comando do Espírito para separar Barnabé e Saulo para a Si mesmo. Eles eram seus homens, para usar como Ele o faria e enviar onde quer que Ele desejar.

    Outro princípio que flui para fora do texto é que Deus soberanamente chama os homens para o ministério. A igreja não escolheu Saulo e Barnabé. Na verdade, eles provavelmente teriam sido os dois últimos escolhido, uma vez que eles foram os melhores da igreja tinha. Nem Saulo e Barnabé voluntário. Em vez disso, o Espírito soberanamente chamou-os para o serviço missionário de tempo integral.

    A princípio, definitiva, para ser adquirida a partir deste texto é a importância de esperar o tempo de Deus. A igreja de Antioquia não inventar esquemas ou traçar estratégias para alcançar o mundo gentio. Em vez disso, concentrou-se na realização dos ministérios Deus já havia lhe são confiadas. Uma característica importante para discernir a vontade de Deus para o futuro é fazer a Sua vontade no presente.
    Como o Espírito Santo comunicada à igreja não é revelado. Presumivelmente, ele falou por meio dos profetas. No entanto, a mensagem foi comunicada, a resposta da Igreja foi a obediência instantânea.Não houve resmungos ou ressentimento; o Espírito Santo exigiu a igreja de melhor, e Antioquia alegremente desde Saulo e Barnabé.

    Depois de terem jejuado e orado, sem dúvida, para o sucesso do ministério de Saulo e Barnabé, os líderes impuseram as mãos sobre eles. A imposição de mãos, nem concedido Saulo e Barnabé o Espírito Santo nem ordenou ao ministério. Ambos já tinham recebido o Espírito ( At 9:17 ; At 11:24 ) e estava servindo no ministério por muitos anos. A imposição das mãos simplesmente significadas identificação, confirmação e unidade na sua próxima missão (cf. Nu 8:10. ; 27: 18-23 ).

    Tendo orado para Saulo e Barnabé e tendo identificado publicamente com eles, a igreja de Antioquia os despediu. A melhor tradução de apoluo ( os despediu ) pode ser "eles deixá-los ir", ou "eles lançaram-los." É claro desde o versículo 1 que o Espírito, não a igreja, enviou os dois missionários. Como ele já tinha enviado eles, toda a igreja podia fazer era cortar o cordão e deixá-los ir. Essa verdade é repetida no versículo 4 , onde Lucas relata que os missionários foram enviados pelo Espírito Santo.

    Deixando de Antioquia para iniciar a missão, eles desceram a Selêucia. Localizado a cerca de 16 milhas de distância, perto da foz do rio Orontes, Seleucia serviu como porto de Antioquia. Se os missionários levaram a estrada para Seleucia ou viajou de barco para baixo as Orontes não é declarado. Uma vez em Seleucia, tomaram passagem em um navio e navegaram para Chipre.

    Chipre é a terceira maior ilha do Mediterrâneo, depois da Sicília e Sardenha. É cerca de 60 milhas ao largo da costa da Síria e teria sido visível do Seleucia em um dia claro. A parte principal da ilha é de 90 a 100 quilômetros de comprimento e até 60 km de largura. No Novo Testamento vezes suas duas principais cidades eram Salamina, o principal porto e centro comercial, e Paphos, a capital.

    Saulo e Barnabé, sem dúvida, escolheu para iniciar sua expansão missionária em Chipre por várias razões. De acordo com At 4:36 , que era a casa de Barnabé e território assim familiar. Além disso, ele estava perto de Antioquia, a jornada provavelmente dois dias, no máximo. Além disso, Chipre tinha uma grande população judaica. Todos esses motivos fazem dele um ponto de partida ideal para a divulgação para o mundo gentio.

    Chegando na principal cidade portuária, Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Pregar o evangelho primeiro aos judeus era costume de Paulo ao longo de suas viagens missionárias. Chipre teve um assentamento judaico grande o suficiente para suportar várias sinagogas em Salamina. Enquanto viajavam de sinagoga em sinagoga, Saulo e Barnabé tiveram JohnMark como sua ajudante. Ele era um nativo de Jerusalém ( At 12:12 ) e era primo de Barnabé ( Cl 4:10 ). Quando Saulo e Barnabé voltaram a Antioquia, de Jerusalém após a entrega de ajuda humanitária, João Marcos veio com eles ( At 12:25 ). Ele, sem dúvida, deixou Antioquia junto com Saulo e Barnabé. Embora ele estava prestes a abandoná-los e voltar a Jerusalém, pois agora ele era um membro da equipe, ajudando Saulo e Barnabé realizar a sua missão espiritual.

    Oposição Espiritual

    E quando eles passaram por toda a ilha até Pafos, acharam um certo mago, falso profeta judeu, cujo nome era Bar-Jesus, que estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem de inteligência. Este chamou a Barnabé e Saulo e procurou ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o mágico (porque assim o seu nome é traduzido) estava se opondo-los, buscando transformar o procônsul da fé ... Agora, Paulo e seus companheiros-se ao mar a partir de Pafos, chegaram a Perge, na Panfília; e João deixou e voltou para Jerusalém. ( 13 6:8 , 13 )

    Quando o povo de Deus procuram avançar seus propósitos, a oposição satânica é inevitável. A equipe missionária tinha até agora percorrido toda a ilha de Salamina, no canto nordeste até Pafos , na costa sudoeste. Além de ser a sede do governo romano, Paphos foi

    um grande centro para a adoração de Afrodite [Vênus] ... O maior festival de Chipre em honra de Afrodite foi a Aphrodisia, realizada durante três dias a cada primavera. Ele contou com a presença de grandes multidões não só de todas as partes do Chipre, mas também de países vizinhos. (Charles F. Pfeiffer e Howard F. Vos, A Geografia Wycliffe histórico de Terras Bíblicas [Chicago: Moody, 1967], 305-6)

    Era uma cidade repleta de imoralidade: "prostituição religiosa extensa acompanhada [de Afrodite] ritos em Paphos" (Pfeiffer e Vos, 306).
    Aqui, na capital, acharam um certo mago. Como aconteceu quando Pedro e João trouxe o evangelho para Samaria, Saulo e Barnabé foram confrontados por um mago . Magos ( mágico ) não tem necessariamente uma conotação ruim. É usado, por exemplo, em Mt 2:1 , MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1985], 26-28) Mais tarde, porém, o termo mágico foi usado para descrever todos os tipos de praticantes de magia e curiosos pelo ocultismo .Bar-Jesus, sendo judeu, obviamente, não foi um dos magos Medo-Persa. Como Simon ( Atos 8:9-11 ), ele era um enganador que colocar seu conhecimento para uso mal.

    Bar-Jesus não era apenas um mágico; Lucas descreve-lo mais como um falso profeta. Seu nome, ironicamente, significa "filho da salvação", um estranho nome na verdade, para um falso profeta enganar.Não foi por acaso que esse homem tinha se ligado ao Roman procônsul. O reino das trevas está ansioso para influenciar aqueles que governam. Grande parte do mal neste mundo pode ser rastreada finalmente a tal influência nefasta por "as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" ( Ef 6:12. ; cf. 13 27:11-1'>Dan 10: 13 11:1. ).

    O governador romano de Chipre foi Sérgio Paulo, a quem Lucas descreve como um homem de inteligência. A precisão do relato de Lucas é verificada por meio de uma inscrição encontrada no Soloi, na costa norte de Chipre. Isso em si datas de inscrição "no proconsulado de Paulus" (Sir William M. Ramsay, St. Paulo o viajante e do Cidadão romano [reimpressão; Grand Rapids: Baker, 1975], 74).

    Como Roman inteligente, o governador, sem dúvida, teve um grande interesse em novas filosofias e crenças religiosas. Que ele tinha em sua comitiva um professor judeu (embora um renegado um) mostrou que ele tinha algum interesse no judaísmo. Saulo e Barnabé lhe apareceu a ser dois professores mais judeus de quem ele poderia aprender mais sobre a fé judaica. Além disso, seus deveres como governador o levou a investigar este novo ensinamento que estava varrendo Chipre. Assim, ele convocou Barnabé e Saulo e procurou ouvir a palavra de Deus.

    Alarmados com a perspectiva da conversão de Sérgio Paulo, e sua própria subsequente perda de status, Elimas, o mágico (porque assim o seu nome é traduzido) estava se opondo-los, buscando transformar o procônsul da fé. Ele estava fazendo a licitação do seu mau mestre, Satanás. Como muitas pessoas Judeu da época, Bar-Jesus também tinha um nome grego, Elimas, pelo qual ele era conhecido na corte de Sérgio Paulo. Nota parentética de Lucas, que , assim, o seu nome é traduzido não significa Elimas traduz Bar-Jesus. Em vez disso, Elimas era aparentemente a transliteração grega de uma palavra árabe para "mágico" (Simon J. Kistemaker, New Testament Commentary: Atos [Grand Rapids: Baker, 1990], 462).

    É bom lembrar a lição destes versos. Levar alguém a Cristo não é meramente um exercício acadêmico, nem é uma questão de fazer um discurso de vendas bem-sucedida. Pelo contrário, ela envolve uma guerra total contra as forças do inferno. Saulo e Barnabé lutou Bar-Jesus para a alma de Sérgio Paulo.
    Mas tais ataques externos não são apenas a estratégia de Satanás. Ainda mais mortal ao longo dos séculos, têm sido seus ataques contra a igreja a partir de dentro. Não é de surpreender, então, que ele procurou inviabilizar a missão para os gentios com a pressão interna também. Essa pressão veio em deserção de João Marcos. Tendo concluído seu trabalho no Chipre, Paulo e seus companheiros-se ao mar a partir de Pafos, chegaram a Perge, na Panfília; e João deixou e voltou para Jerusalém. Perga era uma grande cidade na província romana da Panfília, na Ásia Menor.

    O que especificamente foi a razão João deixou e voltou para Jerusalém não é clara. Alguns sugeriram que ele estava com medo de viajar nas montanhas perigosas da Panfília, uma região infestada de bandos de saqueadores (cf. 2Co 11:26 ). Outros acham que ele se ressentia Paulo tendo ascendência sobre seu primo, Barnabé; outros que ele desaprovavam a ênfase de Paulo sobre a pregação do evangelho para os gentios; e outros ainda que temia perseguição. Seja qual for a razão, Paulo não considerou válidos ( At 15:38 ). E, tragicamente, embora deserção de João Marcos não impediu que a missão para os gentios, que se dividiu a equipe bem sucedida de Paulo e Barnabé ( Atos 15:36-40 ). Dissensão interna, divisão e desunião continuar a perturbar obras de Deus que têm resistido rápido contra as tempestades da oposição externa.

    Vitória Espiritual

    Mas Saul, que também era conhecido como Paulo, cheio do Espírito Santo, fixou seu olhar sobre ele, e disse: "Você que é cheio de todo o engano e fraude, seu filho do diabo, inimigo de toda a justiça, não deixará de dar a perverter os retos caminhos do Senhor? E agora, eis que a mão do Senhor está sobre você, e você ficará cego e não ver o sol por algum tempo. " E logo uma névoa e escuridão caiu sobre ele, e ele andou buscando aqueles que iria levá-lo pela mão. Então o procônsul acreditou quando viu o que tinha acontecido, de ser surpreendido com o ensinamento do Senhor. ( 13 9:12 )

    A batalha pela alma de Sérgio Paulo agora atingiu o seu clímax. Saul, que, Lucas observa, também era conhecido por seu nome romano Paulo, teve o suficiente de interferência do mágico. Ser cheio do Espírito Santo, Paulo fixou seu olhar em cima do que falso profeta. Tal como acontece com todos aqueles que mexer com a doutrina ocultista e demoníaca, Bar-Jesus estava cheio de todo o engano e fraude. Dolos ( engano ) é a palavra grega para "uma armadilha". Como um laço habilmente disfarçado, Bar-Jesus não era o que parecia ser a suas vítimas inocentes. Radiourgias ( fraude ) aparece somente aqui no Novo Testamento. Isso significava originalmente ", facilidade ou facilidade em fazer, daí prontidão em transformar a mão para qualquer coisa, boa ou ruim, e assim por imprudência, falta de escrúpulos, a maldade" (Marvin R. Vincent, Palavra Studies no Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1946], 1: 516). Longe de ser um "filho da salvação", Bar-Jesus foi acusado por Paulo como sendo, na realidade, um filho do diabo. Bar-Jesus imaginava-se um profeta justo, mas Paulo denunciou-o como o inimigo de toda a justiça. Ele constantemente torcida e verdade pervertida de Deus, levando a questão fulminante de Paulo, "será que você não deixará de dar a perverter os retos caminhos do Senhor?"

    Bar-Jesus não era para fugir com uma simples bronca, no entanto. Como ele tinha feito outros cegos espiritualmente, ele estava agora a sofrer cegueira física. Paulo informou ele, "a mão do Senhor está sobre você, e você ficará cego e não ver o sol por algum tempo." Essa cegueira Bar-Jesus 'era para ser temporário foi uma indicação da misericórdia de Deus. Só podemos esperar que ele se recuperava de sua cegueira espiritual.

    Vitória espiritual dos missionários não era só negativo, como pode ser visto na derrota do Bar-Jesus, mas também positivo. O emissário de Satanás havia sido derrotado e silenciado; e, agora, Paulo e Barnabé estavam prestes a vencer a batalha pela alma de Sérgio Paulo: . Então o procônsul acreditava quando ele viu o que tinha acontecido, de ser surpreendido com o ensinamento do Senhor Como tantas vezes está relacionada em Atos, Deus usou um milagre para confirmar a autenticidade de seus mensageiros ea verdade da Sua Palavra. Significativamente, foi o ensinamento do Senhor, não o milagre impressionante que ele tinha acabado de presenciar, que levou o procônsul de acreditar. Ele foi surpreendido com a doutrina do Senhor, não com o milagre.

    Não há nenhuma razão para duvidar da autenticidade da crença de Sérgio Paulo. Que ele se tornou um verdadeiro cristão é sugerido por algumas fontes extra-bíblicas. O grande arqueólogo do século XIX Sir William Ramsay ", argumentou a partir de outras fontes literárias que Sergia Paulla, a filha do procônsul, era um cristão, como era seu filho Gaio Caristanius fronto, o primeiro cidadão de Antioquia da Pisídia para entrar no Senado romano" (Richard N . Longenecker, "At", no Frank E. Gaebelein, ed. Comentário do Expositor Bíblia [Grand Rapids: Zondervan, 1981], 9: 421; conforme EM Blaiklock, A Arqueologia do Novo Testamento [Grand Rapids : Zondervan, 1977], 107; JA Thompson, a Bíblia e Arqueologia [Grand Rapids: Eerdmans, 1987], 392). Mas, para além de tal evidência externa, o relato de Lucas é clara. A conversão de Sérgio Paulo "tem sido o ponto principal de todo o Chipre narrativa" (João B. Polhill, O New Commentary americano: Atos [Nashville: Broadman, 1992], 295). Como seu conselheiro de outrora foi mergulhado na escuridão física, o procônsul emergiu da escuridão espiritual para a gloriosa luz do evangelho.

    A igreja de Antioquia está por todo o tempo como um exemplo de uma igreja eficaz. A bem-sucedida missão de evangelizar o mundo gentio que iniciou foi um ponto de viragem na história. A verdadeira igreja de Jesus Cristo na Terra, hoje, é o legado espiritual de que o alcance.

    27. Paulo prega Jesus ( 13 14:44-13:41'>Atos 13:14-41 )

    Mas indo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia, e no dia de sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes, dizendo: "Irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, dizê-lo." E Paulo levantou-se, e fazendo sinal com a mão, ele disse: "Homens de Israel, e os que temeis a Deus, ouvi: O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais, e fez as pessoas grandes durante a sua estadia na terra do Egito , e com um braço erguido Ele os levou para fora dela. E por um período de cerca de 40 anos Ele colocou-se com eles no deserto. E quando Ele tinha destruído as sete nações na terra de Canaã, Ele distribuiu a sua terra por herança —todos que levou cerca de 450 anos. E depois destas coisas que Ele lhes deu juízes até o profeta Samuel. E depois pediram um rei, e Deus lhes deu Saul, filho de Quis, homem da tribo de Benjamin , por quarenta anos. E depois que ele lhe tinha retirado, levantou-se Davi para ser seu rei, a respeito de quem Ele também testemunhou e disse: 'Eu encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vai. " Da descendência deste homem, de acordo com a promessa, Deus trouxe a Israel um Salvador, Jesus, depois de João tinha proclamado antes de Sua vinda um batismo de conversão para todo o povo de Israel. E, enquanto João estava completando seu curso, ele não parava de dizer , 'O que você acha que eu sou? Eu não sou Ele. Mas eis que um vem depois de mim as sandálias de cujos pés não sou digno de desatar. " Irmãos, filhos da família de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a nós a palavra desta salvação é enviado para fora. Para aqueles que vivem em Jerusalém e as suas autoridades, reconhecendo nem Ele nem os enunciados dos profetas que se lêem todos sábado, cumpriu estes condenando-O. E embora eles não encontraram nenhum motivo para colocá-Lo à morte, pediram a Pilatos que ele seja executado. E quando eles tinham realizado tudo o que foi escrito a respeito dele, tirando-o da cruz e colocado . Ele em um túmulo Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos,. e por muitos dias, ele parecia que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, os mesmos que agora são suas testemunhas para com o povo e nós pregamos-vos as boas notícias da promessa feita aos pais, Deus a cumpriu esta promessa aos nossos filhos em que Ele ressuscitou a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo, 'Tu és meu Filho, hoje te gerei ". E quanto ao fato de que Ele ressuscitou dentre os mortos, para nunca mais tornar à decadência, Ele falou assim: '. Eu te darei as santas e fiéis bênçãos de Davi' Por isso, também diz em outro Salmo: 'Tu não permitir que teu santo veja corrupção. " Para Davi, depois de ter servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu e foi colocada entre seus pais, e foi submetido a decadência;. Mas aquele a quem Deus ressuscitou não foi submetido a decadência Portanto, saiba-se-vos, irmãos, que por meio dele o perdão dos pecados é proclamada a você, e por ele, todo aquele que crê é libertado de todas as coisas, a partir do qual você não poderia ser libertados por meio da Lei de Moisés. Olhai, pois, para que a coisa falada nos profetas podem não descerá sobre vós: 'Eis que escarnecedores, e maravilhe-se, e perecem, porque estou realizando uma obra em vossos dias, uma obra que você nunca vai acreditar, se alguém deve descrevê-lo para você.' "( 13: 14— 41 )

    "Se algumas arcanjo homileticamente inclinadas fosse me permitem selecionar outro tempo e lugar para se viver", escreve Warren Wiersbe: "Eu imediatamente pediria para ser transportado para a Grã-Bretanha durante o reinado da Rainha Victoria" ( Caminhando com os Giants [ Grand Rapids: Baker, 1980], 51). Entre os grandes pregadores que floresceram durante essa época, observa Wiersbe, foram Charles Spurgeon, Canon Henry Liddon, Alexander Maclaren, RW Dale, Alexander Whyte, e José Parker.

    Mas, para aqueles que, como Warren Wiersbe, que amam a grande pregação (como todos os cristãos deveriam), um tempo ainda mais emocionante estar vivo foi durante os primeiros anos da igreja. Foi então que a maior pregação na história da igreja ocorreu. Já em Atos, Lucas apresentou tais pregadores magistrais como Pedro, Filipe e Estevão. Atos 13 contém a primeira (e mais longo) registrou sermão do maior pregador de todo-Paulo-lhes o apóstolo.

    Embora este seja o primeiro de seus sermões registrados em Atos, Paulo não era um pregador iniciante. Ele havia pregado em Damasco imediatamente após a sua conversão ( At 9:20 ), durante seus três anos na Arábia ( Gal. 1: 15-18 ), e enquanto servia como pastor em Antioquia ( At 13:1 ), uma vez que foi para esse fim que o Senhor lhe havia chamado ( Atos 26:15-20 ; 1Co 1:171Co 1:17. , 21-23 ; 2 Cor . 5: 19-20 ; Rm 15:19 ; . Ef 3:8 , Cl 1:28 ; 1Tm 2:71Tm 2:7. ). As palavras de Paulo aos crentes de Roma refletem a importância que ele colocou na pregação: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram E como crerão naquele de quem não ouviram E como ouvirão, se não um? pregador "( Rm 10:14 )? Suas palavras a Timóteo são a chamada clássico para essa responsabilidade: "Prega a palavra." ( 2Tm 4:2 ). A partir de púlpitos de hoje vêm os sons incertos da psicologia, bate-papo relacional, comentário social, contação de histórias, homilias rasas, e retórica política. Muitos vêem a pregação como um anacronismo na era atual de, igrejas orientadas para entretenimento de fácil utilização. Os programas, os membros da igreja intratáveis, e detalhes administrativos corroer o tempo de preparação desses pastores que querem pregar.

    Enquanto muitos minimizar a importância da pregação bíblica, não deixa de ser vital para uma igreja espiritualmente forte. O pregador representa Cristo ao seu povo, reforçando o conceito de autoridade e submissão dentro do Corpo de Cristo. Voltando a igreja em um centro de terapia de grupo ou de entretenimento mina essa autoridade. Strong pregação bíblica também defende a autoridade da Palavra de Deus. Que estranho é que muitos dos que afirmam a infalibilidade da Bíblia não conseguem pregar expositivamente (conforme John Macarthur, "O Mandate da Biblical Inerrancy: pregação expositiva", do Mestre Seminary Journal 1 [Primavera 1990]: 3-15).

    O Novo Testamento sublinha repetidamente a importância da pregação. Jesus disse a um seguidor prospectivo para "ir e proclamar em todos os lugares do reino de Deus" ( Lc 9:60 ), mesmo como Ele mesmo fez ( Lucas 4:18-19 , Lc 4:43 ). Paulo, na cobrança de seu jovem protegido Timóteo: "Prega a palavra, estar pronto a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com grande paciência e doutrina" (2Tm 4:2 ). Própria paixão e vocação de Paulo era pregar a Palavra.

    A pregação bíblica tem sido o catalisador de todo grande avivamento na história da igreja. Os Padres da Igreja tomou o bastão dos apóstolos, e através de sua pregação cristianismo conquistou o Império Romano. A pregação dos grandes reformadores Lutero, Calvino, Knox, Zwingli, e Latimer trouxe a luz da verdade para a igreja depois de séculos de escuridão. A poderosa pregação de João Owen, João Bunyan, Richard Baxter, Tomé Manton, Tomé Brooks, Tomé Watson, e Jeremiah Burroughs, entre muitos outros, disparou o renascimento Puritan na 1nglaterra do século XVII. João Wesley, George Whitefield, e Jonathan Edwards levou o Grande Despertar do século XVIII. O século XIX, como já referimos, foi abençoado com a pregação de Spurgeon, Parker, Maclaren, e Whyte. Talvez a igreja hoje sabe pouco de reavivamento porque sabe pouco do forte bíblica, pregação, doutrinal.

    A igreja nasceu no Dia de Pentecostes, quando Pedro pregou ( At 2:1 , At 8:12 ). Como o evangelho se espalhou para o mundo gentio, o catalisador foi novamente poderosa pregação por mensageiros escolhidos de Deus.

    Tendo em primeiro lugar visitado casa ilha do Barnabé de Chipre, a equipe missionária próxima visitou a região da casa de Paulo, na Ásia Menor. Deixando de Chipre, eles navegaram norte cerca de 200 milhas através do Mar Mediterrâneo e desembarcou em Atália, o porto de Perge. Nesse ponto, João Marcos abandonou Paulo e Barnabé e voltaram para Jerusalém.

    Paulo e Barnabé aparentemente não pregar em Perge , neste momento, embora eles fizeram em sua viagem de retorno ( At 14:25 ). Alguns têm especulado que Paulo estava doente (cf. Gl 4:13 ), possivelmente com a malária, e necessário para deixar as terras baixas costeiras para as regiões montanhosas mais frias (Antioquia da Pisídia era 3.600 pés acima do nível do mar). Em qualquer caso, eles não permanecem lá, mas indo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. Esta cidade foi localizado na Ásia Menor e não deve ser confundido com Antioquia, na Síria, de onde os missionários começaram a sua jornada.

    Concisa declaração de Lucas passa em silêncio o que deve ter sido uma árdua jornada (especialmente se Paulo estava doente com malária). A estrada de Perge para Antioquia da Pisídia, cerca de cem quilômetros de distância, era difícil e perigoso. É ferida seu caminho através das montanhas Taurus acidentadas, agarrando-se falésias que ascenderam a alturas vertiginosas. Os viajantes também tiveram de atravessar os rios turbulentos e inundáveis ​​Cestrus e Eurymedon. As montanhas de Taurus eram notórios para os bandos de ladrões que os infestadas. Esses bandidos, que haviam atormentado Alexandre o Grande e Augusto César, foram ainda indomada no tempo de Paulo. Quando Paulo escreveu: "Eu estive em deslocações frequentes, em perigos de rios, perigos de salteadores" ( 2Co 11:26 ), ele pode muito bem ter tido esta viagem em mente.

    Depois de sua viagem difícil acabou, Paulo e Barnabé chegaram em Antioquia. No que se tornou o padrão para o ministério de Paulo, no dia de sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. . Nas sinagogas Paulo encontrou um público pronto de pessoas interessadas em verdade religiosa. Além disso, era costume conceder rabinos que visitam, como Paulo, o direito de dirigir da sinagoga. Tanto ele quanto o público sinagoga dividiu o terreno comum do Antigo Testamento. Paulo podia e fez uso desse fundo comum de conhecimento como um ponto de partida, quando apresentou o evangelho. Por fim, seu grande amor por seus compatriotas judeus e desejo de vê-los queimando salvo ( Rm 10:1 ; At 19:33 ; At 21:40 ; At 26:1. , Sl 89:13 , Sl 89:21 ; Sl 136:12 Isa. ; 51: 9 ;62: 8 ; 21. Jer: 5 ; 27: 5 ; 32 : 17 , 21 ; Ez 20:33-34. ), tornou-se a expressão comum de libertação de Deus da nação do cativeiro egípcio ( Ex 6:6. ; Dt 5:15 ; Dt 7:19 ; Dt 9:29 ; Sl 44:3. ; Dt 2:7 ; Dt 29:5. ) e colocar-se com o seu pecado e rebelião ( Neh. 9: 16-19 ; Sl 95:7-11. ; Amos 5:25-26 ; Heb. 3: 7-11 , 17-18 ). Deus cuidou de seu povo, apesar de sua rebelião, suportando o seu pecado, porque eles tinham um papel fundamental a desempenhar em Seu plano para a história.

    Depois de seus quarenta anos de peregrinação no deserto, Deus trouxe uma nova geração de Israel para a terra prometida. E quando Ele tinha destruído as sete nações na terra de Canaã, Ele distribuiu suas terras como herança-tudo que levou cerca de quatrocentos e cinqüenta . anos Dt 7:1 deve ser traduzido: "Ele tinha governado por dois anos em Israel quando ... Saul escolheu para si mesmo três mil de Israel" ( Enciclopédia de Dificuldades da Bíblia [Grand Rapids: Zondervan, 1982 ], 171-72).

    Depois que Deus tinha removido Saul da realeza, Ele levantou Davi para ser seu rei. Em nítido contraste com Saul, Davi foi obediente, tanto assim que a respeito dele, Deus testemunhou e disse: 'Eu encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade. " Alguns podem questionar a designação de Davi como um homem segundo o coração de Deus. Afinal de contas, ele era culpado de covardia ( 1 Sam. 21: 10-22: 1 ), adultério ( 2 Sam. 11: 1-4 ), e assassinato ( 2Sm 12:9 ). Ele era a Semente da mulher que esmagou a cabeça da serpente ( Gn 3:15 ). Ele era o Filho nascido de uma virgem, cujo nome era "Deus conosco" ( Is 7:14 ). Ele era o Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte de Is 9:6 ), Jacó (Nu 24:17 , e Jesse () Is 11:1 ). Ele era para ser um descendente de Davi ( Jr 23:5 ). Séculos antes de Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumento, Zc 9:9 a quantidade exata de dinheiro que ele iria receber por isso. O cumprimento dessas profecias e dezenas mais uma prova esmagadora de que Jesus de Nazaré era de fato Israel profetizou e tão esperado Messias.

    Versículo 23 une os dois primeiros pontos de Paulo. Historicamente, Jesus era da descendência de Davi. Profeticamente, foi Ele quem, de acordo com a promessa, Deus trouxe a Israel como um Salvador. Ele era o cumprimento das profecias do Antigo Testamento sobre a vinda do Messias. Em Deus é ele promessa no Antigo Testamento foi realizado.

    A primeira profecia Paulo mencionou foi o do precursor Messias. Isaías 40:3-5 descreve seu ministério:

    A voz está chamando, "Limpar o caminho para o Senhor no deserto, endireitai no ermo uma estrada para o nosso Deus, Que todo vale será exaltado, e cada montanha e ser feita de baixo;. E deixar o terreno acidentado se tornar um planície, e do terreno acidentado um amplo vale, então, a glória do Senhor será revelada e toda a carne vai vê-lo em conjunto, pois a boca do Senhor o disse ".

    Em Ml 3:1 ), impediu-o de qualquer tais pretensões. Quando confrontado pelas autoridades judaicas, João distinguiu-se claramente do Messias ainda a ser revelada-:

    E este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: "Quem é você?" E confessou, e não negou, e ele confessou: "Eu não sou o Cristo." E perguntaram-lhe: "O que então? És tu Elias?" E ele disse: "Eu não sou." "És tu o profeta?" E ele respondeu: "Não." Disseram-lhe então: "Quem é você, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram? O que você diz sobre si mesmo?" Ele disse: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor", como disse o profeta Isaías. " ( João 1:19-23 )

    João nem sequer considerar-se digno de desatar as sandálias de Messias pés -os tarefa do escravo mais humilde.

    O ministério de João era bem conhecido de ouvintes de Paulo, uma vez que ele teve seguidores na Ásia Menor, em seguida, ( Atos 19:1-3 ). Todos na platéia deve ter sabido de identificação de João de Jesus de Nazaré como o Messias ( Jo 1:29 , Jo 1:36 ).

    Paulo tinha chegado a um ponto importante em seu sermão, e ele fez uma pausa para enfatizar isso. Readdressing os dois grupos na platéia como irmãos, filhos da família de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, Paulo declarou que para nós a palavra da salvação anunciada por João é enviado para fora. Foi proclamado e, assim, disponibilizado "para todos aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego "( Rm 1:16 ).

    Paulo já antecipou e respondeu a duas perguntas que possam ter surgido na mente dos seus ouvintes, uma técnica que ele empregou freqüentemente em seus escritos ( Rm 3:3 ; Rm 6:1 ; Rm 7:7 ; Rm 9:14 ; Rm 11:1 ; 1Co 15:351Co 15:35. ; Gl 3:21. ).

    A primeira questão era um povo judeu têm lutado com desde os tempos apostólicos até agora: Se Jesus é o Messias, por que os líderes judeus não conseguem reconhecê-lo como tal? Paulo deu a mesma resposta Estevão fez: por causa de seus corações endurecidos, escurecido pelo pecado. Ele explicou que aqueles que vivem em Jerusalém e as suas autoridades, reconhecendo nem Ele nem as declarações dos profetas que se lêem todos os sábados, cumpridas estas condenando-O. Os chamados especialistas no Antigo Testamento (escribas, fariseus, saduceus, sacerdotes) falharam completamente para entender seus ensinamentos (cf. Mt 22:29. ; Jo 5:39 ). Se o tivessem feito, teriam reconhecido Jesus como o Messias. Aqueles que são ignorantes da Palavra escrita será, inevitavelmente, ignorante da Palavra viva. A ignorância tornou-se um modo de vida para eles, como eles ritualismo substituído pela verdade. Ironicamente, eles então cumprido as profecias das Escrituras que eles não entendiam por condenar Jesus.

    Paulo, então, respondeu uma segunda pergunta que teria surgido: Se Messias foi rejeitado, isso anularia o plano de Deus? Longe disso, respondeu Paulo. Is 53:3 ).

    Mesmo o crime hediondo da crucificação cumpriu a profecia. Paulo declara no versículo 29 que quando eles tinham realizado tudo o que foi escrito a respeito dele, tirando-o da cruz. Entre as profecias cumpridas na cruz eram que o Messias seria uma afronta, um de quem o povo sacudiu a cabeça ( Sl 109:25 ); que as multidões no local da crucificação olhavam para ele ( Sl 22:17. ; cf.Lc 23:35 ); e que os Seus carrascos dividiriam Sua roupa entre si por sorteio ( Sl 22:18. ; cf. João 19:23-24 ). Sl 69:21 previu Ele seria dado vinagre e fel para Sua sede, Mt 27:34 registros o cumprimento dessa previsão. O grito de Jesus na cruz: "Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?" ( Mt 27:46 ) foi a realização de Sl 22:1 ) foram predito em Sl 31:5 ), assim como o Sl 34:20 previu que aconteceria. Zc 12:10 predisse o piercing do Seu lado com uma lança, registrado em Jo 19:34 .

    Além dessas profecias, o próprio fato de que o Velho Testamento predisse que o Messias seria crucificado é incrível. Crucificação não era uma forma judaica de execução, se é que foi mesmo a conhecer a eles nos tempos do Antigo Testamento. No entanto, o Salmo 22 e Números 21 picture tal morte (cf. Jo 3:14 ).

    O enterro de Cristo também cumpriu a profecia. Vítimas de crucificação eram comumente jogados em valas comuns, uma vez que tal execução foi normalmente reservado para as classes mais baixas dos criminosos. No entanto, após a morte de Jesus, eles puseram na sepultura. Esse detalhe aparentemente insignificante foi um cumprimento de Is 53:9 , At 2:32 ; At 3:15 ; At 4:10 ; At 5:30 ;At 10:40 ). De todas as provas de que Jesus é o Messias, que é o maior. Como Paulo escreveria mais tarde em Rm 1:4 , MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody, 1989], 317ff .; Josh McDowell, Evidência que Exige um Veredito [San Bernardino, Calif .: Aqui é vida de 1986], 1: 232ff .; Frank Morison, Who Moved O Stone? [Grand Rapids: Zondervan, 1958], 88ff .; George Eldon Ladd, eu creio na ressurreição de Jesus [Grand Rapids: Eerdmans, 1976], 132ff .)

    Paulo conclui esta seção sobre a ressurreição, mostrando que, por ele , a boa notícia da promessa de Deus feita aos pais tenha sido cumpridas. Em versículos 33:37 , Paulo enumera três dessas promessas.

    A primeira promessa foi cumprida quando Deus ressuscitou a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo, 'Tu és meu Filho; hoje te gerei ". Sl 2:7 ).

    A questão crítica para o povo judeu era o que fazer com o pecado. Como o antigo livro de Jó se expressou: "Como pode um homem ser justo diante de Deus ... Como, então, pode o homem ser justo para com Deus, e como pode ser limpo que é nascido de mulher?" ( 9:2. ; Lc 11:46 ;At 15:10 ), uma vez que "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei , para realizá-las "( Gl 3:10 ).

    Para os que trabalham em vão para ganhar a salvação através de guardar a lei Paulo dramaticamente proclamou o mais glorioso, verdade libertadora que se possa imaginar: através de Jesus perdão dos pecados é proclamada a você, e por ele, todo aquele que crê é libertado de todas as coisas, a partir do qual você poderia não ser liberado por meio da Lei de Moisés. A morte expiatória de Jesus, o Messias satisfez plenamente as exigências da lei de Deus ( Gl 3:13 ), fazendo remissão dos pecados disponíveis para todos os que crêem nEle. Que o perdão é a partir de todas as coisas, ou seja, ele traz o perdão completo para todos os pecados ( 13 51:2-14'>Colossenses 2:13-14 ). Como surpreendente que o mesmo pecado de assassinar o Messias desde o sacrifício por todos os pecados eo caminho para a glória através do completo perdão dos pecados de todos os que se arrependem e crêem.

    Como Paulo, o ex-fariseu bem sabia, mantendo a lei libertou ninguém de seus pecados. Para os romanos, ele escreveu, "pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei" ( Rm 3:28. ; cf. 1Co 1:301Co 1:30 ; . Gl 2:16 ; Gl 3:11 ; Fp 3:9:

    Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele; por meio da Lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora, sem a lei a justiça de Deus se manifestou, tendo o testemunho da lei e dos profetas, mas a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção.
    Paulo fechou seu sermão com uma advertência contra a rejeição da salvação oferecida em Jesus Cristo. Ele solenemente os seus ouvintes a dar atenção, portanto, para que a coisa de que fala o Profetas não venha sobre você, ou seja, o julgamento sobre os pecadores impenitentes e incrédulos. O Antigo Testamento advertiu contra rejeitar o Messias (cf. Sl 2:12 ). Paulo concluiu seu sermão, citando uma das muitas passagens de julgamento, Hc 1:5 )


    28. O Evangelho Incomoda (13 42:44-13:52'>Atos 13:42-52)

    E, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. Agora, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitos dos judeus e dos prosélitos tementes a Deus, seguindo a Paulo e Barnabé, que, falando com eles, foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. E no sábado seguinte quase toda a cidade se reuniram para ouvir a palavra de Deus. Mas os judeus, vendo as multidões, encheram-se de inveja, e começou a contradizer as coisas que Paulo dizia, e estavam blasfemando. E Paulo e Barnabé, falando ousAdãoente, disseram: "Era necessário que a palavra de Deus deve ser falado para você em primeiro lugar;. Desde que você repudiá-lo, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos estão se voltando para os gentios Porque assim o Senhor nos ordenou: "Eu Você colocou como uma luz para os gentios, para que sejas para salvação até o fim da terra. '" E os gentios, ouvindo isto, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor; e todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E a palavra do Senhor foi sendo espalhado por toda a região. Mas os judeus despertou as mulheres devotas de destaque e os principais da cidade, e instigou uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e os expulsaram de seu distrito. Mas estes, sacudindo a poeira de seus pés em sinal de protesto contra eles e foram para Icônio. E os discípulos eram continuamente cheio de alegria e com o Espírito Santo. (13 42:52)

    Em Rm 1:16 Paulo descreve o evangelho como "o poder de Deus para a salvação." A palavra grega traduzida como "poder" é dunamis , do qual o nosso Inglês palavra deriva "dinamite". Refere-se à positivamente dramática transformação daqueles que acreditam. Quando o evangelho é pregado com poder e convicção, os resultados também podem ser negativamente explosivo. Para o evangelho primeiro confronta os pecadores com a lei e julgamento, então a graça de Deus em Cristo. Tal confronto e exposição de culpa, vergonha e desgraça, juntamente com a oferta de salvação pela graça, exige uma resposta; que muitas vezes obriga as pessoas a rejeição bastante apaixonado. Ele expõe como os pecadores indefesos são e retira-los de suas pretensões e aspirações de justiça própria. E isso, muitas vezes tirando enfurece aqueles que rejeitam a mensagem.

    Desde o primeiro pregador do Novo Testamento, esta tem sido o caso. João pregação do Batista despertou a oposição das autoridades judaicas a um nível tal que eles enviaram representantes para ele exigindo saber quem ele era (João 1:19-22) e, por implicação, que direito ele tinha de pregar essas chamadas de confronto para arrependimento.

    O Senhor Jesus Cristo foi o pregador mais preocupante que já falou. Sua vida e mensagem tão enfurecido as autoridades judaicas de rejeição que eles finalmente exigiu a sua execução. Ele próprio declarou a divisão do evangelho de Mateus 10:34-36:

    Não penseis que vim trazer paz à terra; Eu não vim trazer paz, mas espada. Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e uma filha-de-lei contra a mãe-de-lei; e os inimigos do homem serão os membros de sua família.
    Os apóstolos também pregou uma mensagem de divisão que levou à hostilidade. Sermões de Pedro em Jerusalém definir a cidade em alvoroço e resultou na perseguição dos apóstolos. O sermão de Estevão causou tanto rebuliço que não só ele foi apedrejado até a morte, mas também a perseguição eclodiu contra a igreja como um todo. Ao longo de Atos, o evangelho continuou a causar divisões onde quer que ele foi pregado, como o registro de conflitos até o fim do livro demonstra.
    Conflito, muitas vezes, ocorrem quando o verdadeiro evangelho é pregado hoje. O evangelho não reunir todos juntos, nem é uma opinião geralmente tolerável que os descrentes pode pegar ou largar. Em vez disso, ele divide as pessoas, dividindo o penitente do coração endurecido, os salvos dos não salvos, o justo do réprobo, aqueles que amam a sua verdade daqueles que a rejeitam.

    A maior parte da oposição ao evangelho nos primeiros anos veio do povo judeu-a corolário trágico para a sua rejeição de seu Messias, Jesus Cristo (Jo 1:11). Em Jerusalém, a perseguição veio dos líderes judeus (At 4:5). Em Samaria, a oposição veio de Simão, o mágico, que provavelmente foi total ou parcialmente judaica. Paulo enfrentou forte oposição dos judeus em Damasco (Atos 9:20-23). Em Atos 12, Herodes, na tentativa de agradar os líderes judeus, assassinados e presos Tiago Pedro. Na primeira parada de sua viagem atual, Paulo e Barnabé encontrou o judeu falso profeta Bar-Jesus (13 6:44-13:8'>Atos 13:6-8). At 14:2; At 18:6 encontra Paulo e Barnabé em Antioquia da Pisídia. Aqui, também, o evangelho provaria divisiva. Como uma pedra gigante lançada uma pequena lagoa, ele quebrou a calma superfície entre vários grupos étnicos da cidade. A passagem descreve as diferentes reações ao sermão Paulo havia acabado de pregar (13 16:41). A reação inicial parecia positivo; a resposta subsequente foi mista.

    A reação inicial

    E, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. Agora, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitos dos judeus e dos prosélitos tementes a Deus, seguindo a Paulo e Barnabé, que, falando com eles, foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. E no sábado seguinte quase toda a cidade se reuniram para ouvir a palavra de Deus. (13 42:44)

    A resposta preliminar ao sermão de Paulo pelo público sinagoga foi favorável, embora essa atitude iria mudar em breve. Quatro características de sua resposta positiva inicial se destacam.

    Eles ficaram satisfeitos

    E, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. (13:42)

    Intrigado com o que tinham ouvido, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. dinâmico, poderoso pregando sobre o Messias havia despertado o interesse de Paulo, e que eles queriam ouvir mais . Sua mensagem foi imerso no Velho Testamento. Paulo tinha falado de escolha soberana de Deus e cuidados em relação Israel. Ele se referiu a maior rei de Israel, Davi, e os profetas. Não havia nada de censurável em mensagem de Paulo, exceto a sua nomeação Jesus de Nazaré como o Messias. Se não está convencido de que a verdade, o povo de Antioquia, pelo menos, não manifestou a violenta oposição a ele desenfreada em Jerusalém.

    A capacidade de despertar o interesse das pessoas é a marca de um bom pregador. Em Atos 17, Paulo novamente exibido essa habilidade:

    E logo os irmãos enviaram Paulo e Silas afastado por noite para Bereia; e quando eles chegaram, eles foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias, para ver se estas coisas eram assim. (Vv. 10-11)

    Pregação persuasiva de Paulo levou os Bereans volta para o Antigo Testamento para verificar por si mesmos que o que ele pregava era verdade. O discurso de Paulo no Areópago aos atenienses pagãos tão agitado seu interesse, que alguns lhe disse: "Vamos ouvi-lo novamente a respeito deste" (At 17:32).

    Para um pregador tão fascinam seus ouvintes que eles exigem para ouvi-lo de novo é um testemunho da eficácia da sua pregação. Para eles para atrasar a conclusão a respeito de Jesus Cristo, no entanto, é perigoso. Para o Corinthians, Paulo escreveu: "Pois ele diz:" No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri ', eis agora é "o tempo aceitável," eis que agora é' o dia da salvação "(. 2Co 6:2; conforme Sl 95:7-11..).

    Eles foram persistentes

    Agora, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitos dos judeus e dos prosélitos tementes a Deus, seguindo a Paulo e Barnabé (13: 43a)

    Alguns na platéia foram tão afectadas pela mensagem de Paulo de que eles não poderiam esperar até o próximo sábado para ouvir mais. Assim, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitosdeles, incluindo ambos os judeus e prosélitos tementes a Deus (convertidos completos ao judaísmo que tinham sido circuncidados) seguiram Paulo e Barnabé para fora da sinagoga. Eles mantiveram um diálogo em execução com os missionários pelas ruas de Antioquia. Sua abertura para a mensagem e desejo de mais conhecimento sobre o assunto eram sinais encorajadores.

    Estariam Professando

    [Paulo e Barnabé] falando com eles, foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. (13: 43b)

    Alguns na multidão que ouviu o sermão de Paulo aparentemente professavam crer. Como eles continuaram falando com eles, Paulo e Barnabé foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. Se a fé daqueles ouvintes era genuíno não estava imediatamente aparente; eles precisavam para validar sua confissão, continuando na graça de Deus. A perseverança é uma marca da fé salvadora. O apóstolo João descreve aqueles cuja fé não era genuíno como aqueles que "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, a fim de que isso pode ser demonstrado que todos eles não são de nós "(1Jo 2:19). Nosso Senhor também destacou a perseverança como a marca da verdadeira fé salvadora: "Jesus, pois, dizia aos judeus que haviam crido nele:" Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos "(Jo 8:31). É o sinal de verdadeiros ramos que permanecer na videira:

    Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Toda vara em mim que não dá fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto, ele a limpa-lo, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado com você. Permanecei em Mim, e Eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim.Eu sou a videira, vós sois os ramos; Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca; e os colhem, e lançá-los no fogo, e ardem. (João 15:1-6)

    Compare também Colossenses 1:21-23:

    E, embora estivesse anteriormente alienado e hostil em mente, envolvidos em ações más, mas Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis-se de fato você continuar na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro.

    A chave é a frase "se de fato de continuar." O escritor de Hebreus faz o mesmo ponto: "Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se nos ativermos o início da nossa confiança até ao fim" (He 3:14.).

    Um defeito trágico em muito evangelismo contemporâneo é a confiança na garantia silogística. A pessoa que faz uma profissão de fé em Jesus Cristo é apresentado com o seguinte silogismo, projetado para fornecer garantia de salvação.:. "Aqueles que colocam sua fé em Jesus Cristo será salvo Você colocou sua fé Nele, portanto, você está salvo . " Infelizmente, a segunda premissa pressupõe que a fé do indivíduo é genuíno, que não pode ser provado, naquele momento, mas pode ser comprovada por sua perseverança.
    O resultado de tal metodologia evangelística com defeito é que muitos que não têm fé genuína é dada uma garantia psicológico falsa. Garantia bíblica Genuina é dom de Deus através do Espírito Santo aos crentes obedientes. (Para mais informações sobre a doutrina da segurança, ver John Macarthur, salvo sem a Doubt [Wheaton, Ill .: Victor, 1992]; Tomé Brooks, o Céu na Terra [reimpressão; Edinburgh: Banner da Verdade], 1982.)

    A tentação especial enfrentado por Paulo e ouvintes judeus de Barnabas era para voltar a cair no legalismo. Muitos que eram intelectualmente convencido de que o evangelho era verdadeiro não chegou a fé salvadora, porque eles não podiam deixar de ir a sua tradicional sistema de obras de justiça. Eles enfrentaram e sucumbiu a pressões sociais e culturais, e prendeu em legalismo e ritualismo, acabou caindo para trás a partir da mensagem da graça.
    O livro de Hebreus contém diversas passagens de alerta voltados para aqueles em que posição perigosa. Eles são resumidos no capítulo 10: "Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele Mas nós não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que têm fé. para a conservação da alma "(vv. 38-39).

    Paulo dirigiu o seguinte aviso aos Gálatas que procuram ser justificados por guardar a lei:; (. Gl 5:4).

    Nada tão enfurecido os judeus como o pensamento de que as bênçãos da salvação pode ser estendido para os gentios desprezados. Esse pensamento encheu -los com ciúmes , como tinha anteriormente o Sinédrio (At 5:17). Não só isso, ele agitou-los à ação. Eles começaram a contradizer as coisas que Paulo dizia. O imperfeito do antilegō ( contradizendo ) indica que eles estavam falando continuamente contra a mensagem de Paulo, na tentativa de refutá-lo.

    Não contente com o exercício de um debate furioso com o apóstolo, seus adversários foram também blasfemando (conforme At 18:6 Jesus "respondeu [a mulher cananéia] e disse: 'Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel." Quando Ele enviou os doze para fora em uma viagem de pregação, Jesus ordenou-lhes, "Do Não vá no caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas sim ir às ovelhas perdidas da casa de Israel "(Mateus 10:5-6.). O Cristo ressuscitado disse que "o arrependimento para remissão dos pecados deve ser proclamado em seu nome a todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24:47). Pedro disse aos judeus em Jerusalém, "Para você em primeiro lugar, Deus suscitou a seu Servo, e enviou para abençoá-los, transformando cada um de vocês das suas maldades" (At 3:26). Paulo escreveria mais tarde que o evangelho "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). Embora conhecido como o apóstolo dos gentios (Rm 11:13), Paulo, no entanto, colocou uma alta prioridade à evangelização dos judeus. Ele normalmente começou seu evangelismo nas cidades gentios por pregar aos judeus, reunindo, assim, alguns crentes para auxiliar no testemunho aos gentios.

    Tragicamente, ouvintes de Paulo escolheu para repudiar o evangelho, e ao fazê-lo julgar -se indignos da vida eterna. Eles trouxeram o veredicto sobre si mesmos por sua própria escolha. Depois de séculos de espera de Messias, o povo rejeitaram e a salvação que Ele trouxe (Jo 1:11). Eles iriam pagar um preço terrível para tal orgulho nacionalista e amor da justiça própria.

    Esta passagem ensina a verdade bíblica importante da responsabilidade humana. Como todos os que vão para o inferno, os judeus incrédulos em Antioquia julgados indignos da vida eterna por sua incredulidade. Jo 3:18 diz: "Aquele que crê não é julgado;. Aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" As pessoas perecem, porque não optar por rejeitar e se recusam a acreditar, e sua escolha fecha-los para fora da vida eterna. Jesus disse uma vez aos judeus incrédulos: "Vocês não estão dispostos a vir a mim, que você pode ter a vida" (Jo 5:40). Mais tarde, ele disse: "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados (Jo 8:24). Condenação é o resultado da rejeição e da incredulidade, para que cada alma sem fé é totalmente responsável. Que a verdade da vontade pessoal deve ser realizada em conjunto com a verdade igualmente bíblica de que Deus é absolutamente soberano na salvação e salva quem Ele quer salvar (veja a discussão sobre v. 48 abaixo). A antinomia resultante (uma aparente incompatibilidade entre duas verdades inegáveis) está além da capacidade de nossas mentes finitas para resolver JI Packer escreve.:

    A antinomia particular que nos interessa aqui é a aparente oposição entre a soberania divina ea responsabilidade humana, ou (colocando-o mais biblicamente) entre o que Deus faz como Rei e que Ele faz como Juiz. A Escritura ensina que, como rei, ele encomendas e controla todas as coisas, as ações humanas entre eles, de acordo com o Seu próprio propósito eterno. Escritura também ensina que, como juiz, ele detém todos os homens responsáveis ​​pelas escolhas que ele faz e os cursos de ação, ele prossegue. Assim, os ouvintes do evangelho são responsáveis ​​pela sua reação; se eles rejeitarem a boa notícia, eles são culpados de incredulidade.

     

    O homem sem Cristo é um pecador culpado, responsável perante Deus por violar a lei. É por isso que ele precisa do evangelho. Quando ele ouve o evangelho, ele é responsável pela decisão que ele faz sobre ele. Ele define diante de si uma escolha entre a vida ea morte, a escolha mais importante que qualquer homem pode enfrentar ... Quando pregamos as promessas e os convites do evangelho, e oferecer Cristo aos homens e mulheres pecadores, faz parte da nossa tarefa enfatizar e re-enfatizar que eles são responsáveis ​​perante Deus pelo modo como eles reagem às boas notícias da sua graça. ( Evangelismo e da soberania de Deus [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1978], 22, 25-26)

    Confrontado com a rejeição pela comunidade judaica, Paulo e Barnabé anunciaram que estavam se voltando para os gentios , como o Senhor tinha ordenado a eles. Para apoiar essa decisão, eles citou Is 49:6; conforme Atos 26:22-23.) .Não houve justificativa para a resposta hostil, negativa do judeu pessoas a Gentil salvação.

    A resposta positiva

    E os gentios, ouvindo isto, começou regozijo e glorificando a palavra do Senhor; e todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E a palavra do Senhor foi sendo espalhado por toda a região. (13 48:49)

    Em contraste com a animosidade judaica, os gentios, ouvindo a boa notícia de que a salvação foi oferecida a eles, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor. A notícia de que provou ser uma pedra de tropeço para os judeus resultou em regozijo entre os gentios. Eles estavam glorificando a palavra do Senhor; e como muitos deles , como tinha sido nomeado para a vida eterna.

    Essa última frase é uma das declarações mais claras em toda a Escritura a respeito da soberania de Deus na salvação. Como tal, é a verdade de equilíbrio para a doutrina da responsabilidade humana discutido anteriormente. A Bíblia afirma que, sem hesitar, na salvação do homem não escolhe Deus, mas Deus escolhe o homem. "Ninguém", Jesus afirmou claramente: "pode ​​vir a mim, a não ser que tenha sido concedida a ele a partir do Pai" (Jo 6:65). Paulo descreveu os cristãos como "aqueles que foram escolhidos de Deus" (Cl 3:12; conforme 2Tm 2:102Tm 2:10; Tt 1:1, Mt 24:24, Mt 24:31Lc 18:7. Pedro chama os crentes "aqueles que são escolhidos ..." (1Pe 1:1; Fp 4:1; Ap 3:5, Ap 20:15; Ap 21:27; Ap 22:19; conforme Ex 32:32-33; Dn 12:1; possivelmente ele e Barnabé foram espancados com varas ou chicotes (conforme 2 Cor. 11: 24-25).

    O versículo 51 descreve o, resultado terrível triste para os judeus incrédulos, como Paulo e Barnabé , sacudindo o pó dos seus pés em sinal de protesto contra eles e foram para Icônio. Esse ato foi uma das simbolismo sinistro. Quando Jesus enviou os setenta, ordenou-lhes:

    Seja qual for a cidade em que entrardes e não vos receberem, sair para as ruas e dizer: "Até o pó da vossa cidade que se agarra aos nossos pés, sacudimos em protesto contra você; ainda ter certeza disso, que o reino de Deus está próximo. " Eu digo a você, será mais tolerável naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade. (Lucas 10:10-12)

    Os judeus da época de Paulo eram escrupulosos não trazer poeira Gentil de volta para Israel. Por seu ato, Paulo e Barnabé estavam dizendo no sentido de que eles consideravam os judeus em Antioquia não melhor do que os pagãos. Não poderia haver condenação mais forte. Os judeus foram deixados na sua incredulidade obstinada.
    Pelo contrário, . os discípulos estavam continuamente cheio de alegria e com o Espírito Santo como os missionários partiram para Icônio (cerca de oito quilômetros de distância), que deixaram atrás deles dois grupos completamente diferentes: a rejeição, prejudicado, judeus cheio de ódio; e os alegres, crentes cheios do Espírito.

    Esta breve passagem pinta em relevo gritante a escolha de frente para cada homem. Todos os homens, quer a confiança em Jesus e são salvos ou rejeitá-lo e estão condenados. Como ele mesmo disse, "Quem não é comigo é contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha" (Mt 12:30.). Ele nos deixou há terceira alternativa.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52

    Atos 13

    Enviados pelo Espírito Santo — At 13:1-3

    A Igreja cristã já estava amadurecida para tomar a maior de todas suas decisões. Tinham mimado, com toda deliberação em levar a mensagem do evangelho a todo mundo. Foi uma decisão tomada sob a direção direta do Espírito Santo. A verdade é que os homens da Igreja primitiva nunca faziam sua vontade, mas vontade de Deus.

    A primeira viagem missionária

    Os capítulos At 13:1 e 14 de Atos nos relatam a história da primeira viagem missionária. Paulo e Barnabé saíram de Antioquia. Esta cidade estava a uns vinte e quatro quilômetros da desembocadura do rio Orontes de modo que em realidade zarparam de Selêucia que era o porto de Antioquia. dali cruzaram o mar para com o Chipre. Pregaram em Salamina e Pafos. Zarparam desta última e atracaram em Perge, em Panfília, que era uma província costeira. Não pregaram ali. Como veremos, a razão pela qual não agiram nesta cidade foi porque o clima dessa zona costeira baixa não convinha à saúde de Paulo.
    Penetraram no continente e chegaram a Antioquia da Pisídia. Quando a situação se tornou perigosa prosseguiram e chegaram a Icônio que estava a uns cento e cinqüenta quilômetros de Antioquia. Mais uma vez suas vidas se viram ameaçadas e deveram ir a Listra que estava a uns trinta e cinco quilômetros. Depois de ter sofrido um ataque muito sério e perigoso passaram a Derbe, cuja localização ainda não foi identificada. Dali voltaram a seu ponto de partida, passando por Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Dali foram à província costeira de Panfília. Esta vez pregaram em Perge. Logo tomaram o barco em Atalia, que era o porto principal de Panfília, e zarparam para com Selêucia, retornando a Antioquia. A viagem durou perto de três anos.
    Esta passagem nos fala de profetas e mestres. Tinham funções diferentes. Os profetas não pertenciam a nenhuma igreja determinada. Eram pregadores errantes que davam toda sua vida para escutar a palavra de Deus e transmiti-la a seus irmãos na fé. Os professores pertenciam às igrejas locais e sua funções eram as de instruir àqueles que aceitavam a fé cristã.

    Assinalou-se que esta lista de profetas simboliza o chamado universal do evangelho. Barnabé era um judeu oriundo de Chipre; Lúcio provinha de Cirene no Norte da África; Simeão era também um judeu mas é dado seu outro nome, Níger que é romano e que mostra que se deve ter movido em círculos compostos por romanos; Manaém era um homem com conexões na aristocracia e na corte; e o próprio Paulo era um judeu de Tarso em Cilícia e um rabino. Neste pequeno grupo está exemplificada a influência unificadora do cristianismo. Homens de muitas terras e de distintos passados tinham descoberto o segredo de estar juntos devido a que tinham descoberto o segredo de Cristo.

    Fez-se uma especulação muito interessante. Simeão que era chamado Níger provavelmente procederia também da África, já que seu nome é africano. Sugeriu-se que este Simeão é o mesmo homem Simão do Cirene que levou a cruz de Jesus (Lc 23:26). Seria um fato maravilhoso que o homem cujo primeiro contato com Jesus foi levar-lhe a cruz — uma tarefa que deve lhe ter incomodado amargamente — fosse um dos homens principalmente responsáveis por levar diretamente a história da cruz a todo o mundo.

    ÊXITO EM CHIPRE

    13 4:44-13:12'>Atos 13:4-12

    Paulo e Barnabé se dirigiram em primeiro lugar a Chipre. Podemos ver a mão de Barnabé nisto. O era nativo dessa região (At 4:36), e era típico de seu amável coração que desejasse compartilhar os tesouros de Jesus em primeiro lugar com sua própria gente.

    Chipre era uma província romana, famosa por sua minas de cobre e sua indústria naval. Às vezes se chamava Makária que significa a Ilha Feliz, porque se dizia que seu clima era tão perfeito e seus recursos e produtos tão variados que dentro de seus limites se podia achar todo o necessário para uma existência feliz. Paulo não escolheu nunca o caminho fácil. Pregaram em Pafos, a capital da ilha. Pafos era famosa ou infame pelo culto a Vênus, a deusa do amor, e era sinônimo de imoralidade e luxúria. O governador do Chipre era Sergio Paulo. Eram épocas intensamente supersticiosas. A superstição é sempre signo de que uma civilização está em decadência. A maioria dos grandes homens, até os inteligentes como Sergio Paulo, tinham magos próprios, que eram adivinhos e que sabiam de magia e encantamentos. Barjesus ou Elimas — uma palavra, árabe que significa o hábil — era o mago particular de Sergio Paulo. Ele viu que se o governador se convertesse ao cristianismo perderia seu posto. Mas Paulo o encarou efetivamente.

    Até este momento Paulo é chamado Saulo. Nesses dias todos os judeus tinham dois nomes. Um era judeu, por ele os conhecia em seu círculo de ação; o outro era grego, e por ele eram conhecidos em todas partes. Algumas vezes o nome grego era tradução do hebraico. Assim é como o hebraico Cefas e o grego Pedro significam rocha; Tomé em hebraico e Dídimo em grego significam "gêmeo". Outras vezes se imitava o som. Assim é como Eliaquim se converte em Alcimo em grego e Josué se converte em Jesus. Assim é como Paulo era Saulo em seu lar e Paulo para o resto do mundo. Pode ser que desde esse momento tenha aceito tão completamente sua missão como apóstolo dos gentios, que começou a utilizar unicamente seu nome gentio. Se foi assim, está assinalando que desde este momento se envolveu na tarefa para a qual o Espírito Santo o separou e que já não poderá voltar atrás.

    O DESERTOR

    At 13:13

    Sem que se mencione sequer seu nome, este versículo contém o maior de todos os tributos a Barnabé. Até este momento a ordem foi sempre Barnabé e Saulo (At 13:2). Foi Barnabé que partiu como chefe da expedição. Mas agora referimos a Paulo e Barnabé. Paulo assumiu a liderança do grupo. E o bonito é que não sabemos que Barnabé se tenha queixado. Estava pronto a ocupar o segundo lugar, sempre que se fizesse a obra de Deus.

    Mas o principal interesse deste versículo é que deixa uma mancha na biografia de João Marcos — pois o João que aqui se menciona é aquele que conhecemos melhor como Marcos — que foi ao mesmo tempo um desertor e um homem que se redimiu a si mesmo. Marcos era muito jovem. Parece que a casa de sua mãe era a sede da Igreja em Jerusalém (At 12:12). E Marcos deve ter estado sempre muito perto do centro da fé. Paulo e Barnabé o levaram como ajudante, devido a que era parente de Barnabé: mas ele retornou a seu lar. Nunca saberemos por que o fez. Possivelmente se ressentiu diante da deposição de Barnabé; possivelmente teve medo diante da proposta de viajar à meseta onde estava Antioquia da Pisídia por um dos caminhos mais difíceis e perigosos do mundo: possivelmente, devido a que provinha de Jerusalém duvidava perante a idéia de pregar aos gentios; possivelmente nesse momento era um desses jovens que serviam mais para começar algo que para terminá-lo; possivelmente — como disse Crisóstomo há tempo — sentia saudades a sua mãe. Qualquer que fosse a razão, partiu. Por um tempo Paulo achou muito difícil perdoá-lo. Ao partir na segunda viagem missionária Barnabé quis levá-lo novamente mas Paulo se negou a fazê— lo, devido a que tinha desertado em Panfília (At 15:38), e por causa disto Paulo e Barnabé deixaram de viajar juntos para sempre.

    Marcos desaparece da história. A tradição e a lenda contam que foi a Alexandria e ao Egito e fundou uma Igreja ali. Mas quando surge novamente uns vinte anos depois é o homem que se redimiu a si mesmo. Quando Paulo escreveu aos Colossenses estando no cárcere em Roma lhes diz que recebam a Marcos se é que vai a eles. De modo que Marcos está novamente com Paulo. E no final quando escreve a Timóteo pouco antes de morrer, diz: “Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério” (2Tm 4:11). O homem que uma vez foi um desertor chegou a ser de utilidade para Paulo.

    Como disse Fosdick: "Ninguém precisa permanecer tal qual é". Pela graça de Deus o homem que uma vez desertou se converteu no autor de um evangelho, e no final, Paulo o necessitava.

    UMA VIAGEM PERIGOSA PARA UM HOMEM DOENTE

    13 14:44-13:15'>Atos 13:14-15

    Uma das coisas que nos surpreendem de Atos é o heroísmo que transmite em uma só oração. Antioquía da Pisídia estava em uma meseta a uns mil e duzentos metros sobre o nível do mar. Para chegar a ela Paulo e Barnabé tiveram que cruzar a cadeia dos Montes Touro por um dos caminhos mais difíceis da Ásia Menor, famoso por seus ladrões e salteadores. Partiam para realizar uma das viagens mais perigosas.

    Mas devemos nos fazer uma pergunta: Por que não pregaram em Panfília? Por que deixaram as costas sem ter proclamado a palavra e partiram por um caminho tão difícil e perigoso? Não muito depois Paulo lhe escreveu uma carta às pessoas de Antioquía da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. É a Carta aos Gálatas, visto que todas estas cidades pertenciam à província romana de Galácia. Nessa carta diz um pouco de importância. “E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física” (Gl 4:13). De modo que quando chegou a Galácia estava doente. Todos sabemos que Paulo tinha um "aguilhão" em sua carne que apesar da oração não se curou (II Coríntios 12:7-8).

    Especulou-se muito a respeito do que podia significar esse aguilhão. A tradição mais antiga nos diz que Paulo sofria de terríveis enxaquecas. E a explicação mais factível é que era vítima de uma febre malária virulenta que existia nas costas baixas da Ásia Menor. Um viajante diz que as enxaquecas características desta malária eram como se um ferro candente atravessasse a fronte; e outro a assemelha ao torno de um dentista trabalhando sobre a têmpora. É muito provável que Paulo se visse atacado por esta malária na baixa Panfília e que tivesse que dirigir— se à meseta para curar-se dela.

    Notemos que nunca pensou em retornar. Foi um homem doente aquele que enfrentou a terrível viagem através das montanhas. Mesmo seu corpo estando dolorido. Paulo não deixava de seguir adiante e de aventurar-se por Cristo. De modo que nestes dois versículos há um romance oculto de heroísmo para aqueles que possam percebê-lo.

    A PREGAÇÃO DE PAULO

    13 16:44-13:41'>Atos 13:16-41

    Esta é uma passagem muito interessante e importante devido a que é o único relatório completo de um sermão de Paulo que possuímos. lhe comparando cuidadosamente com o sermão de Pedro em Atos 2, veremos que os elementos principais são precisamente os mesmos.

    O sermão de Paulo tem cinco pontos principais.

  • Paulo insiste em que a vinda de Jesus é a consumação da história. Dá um esboço da história nacional dos judeus para demonstrar que culmina com Cristo. A história não é um processo sem propósito. Os estóicos criam que a história consistia em ciclos, e que em cada um deles o mundo se destruía em uma grande conflagração e que depois recomeçava o processo. Para eles a história se repetia simplesmente. Uma afirmação moderna e cínica é que a história é o registro dos pecados, enganos e loucuras dos homens. Mas a perspectiva cristã da história se caracteriza por seu otimismo. É seguro que a história se dirige sempre a um fim de acordo com os propósitos de Deus.
  • Paulo assinala que os homens não reconheceram a divina consumação quando veio em Jesus Cristo. Browning disse: "Devemos amar o mais alto quando o vemos". Mas o homem, ao seguir seu próprio caminho e rechaçar a Deus, pode no final castigar-se a si mesmo com uma cegueira que o impeça de ver. O uso equivocado do livre-arbítrio não finaliza na liberdade, mas sim na ruína.
  • Embora os homens, cegos em sua insensatez, rechaçaram e crucificaram a Jesus, não derrotaram a Deus, e a ressurreição é a prova do invencível propósito e poder de Deus. Conta-se que uma vez, em uma noite tormentosa, quando soprava um forte vento um menino disse a seu pai com medo: "Deus deve ter perdido o controle sobre os ventos nesta noite." A ressurreição prova que Deus nunca perde o controle, que no final seus propósitos e sua vontade reinarão acima de tudo.
  • Paulo continua utilizando um argumento exclusivamente judeu. A ressurreição é o cumprimento da profecia, porque Davi recebeu promessas de coisas que evidentemente não se cumpriram nele, mas se cumpriram em Cristo. Mais uma vez, por pouco que nos pareça hoje o valor da profecia, o fato é que a história é um processo que se encaminha para frente. Não é circular e sem fim; olhe para o que virá segundo o propósito de Deus.
  • A vinda e a mensagem de Cristo são boas novas para o povo. Até esse momento tinham vivido de acordo com a Lei. Ninguém podia cumpri-la completamente e portanto toda pessoa pensante estava consciente de seu fracasso, de sua incapacidade e de seu culpa inevitável. Mas em Jesus Cristo e em sua vida e morte os homens podem achar o poder que liberta e perdoa, que exime da condenação que pesava sobre eles e que restaura a verdadeira amizade e comunhão entre Deus e o homem.
  • Mas as que são boas novas para alguns, são más para outros. Piora a condenação daqueles que em sua cegueira viram e rechaçaram e desobedeceram o chamado a crer e aceitar a Jesus Cristo. Existem desculpas para o homem que nunca teve uma oportunidade; mas não existe desculpa para aquele que viu o esplendor do oferecimento de Deus e o rechaçou. Aquilo que é um dom de amor para os que o aceitam, é uma condenação para aqueles que o rechaçam.

    PROBLEMAS EM ANTIOQUIA

    13 42:44-13:52'>Atos 13:42-52

    Antioquía na Pisídia era uma cidade de natureza inflamável. Era um lugar heterogêneo. Tinha sido fundada por um dos sucessores de Alexandre o Grande ao redor do ano 300 a. C. Os judeus muitas vezes se dirigiam a estas novas cidades para conseguir dominar seu comércio. Devido a que estava em um cruzamento de caminhos se converteu em uma colônia romana no ano 6 a. C. Portanto sua população estava composta por gregos, judeus, romanos e não poucos nativos frígios que eram gente emocional e instável. Era o tipo de população em que uma faísca podia causar um grande incêndio. O que enfureceu os judeus foi que se outorgassem privilégios divinos aos gentios incircuncisos. De modo que tomaram medidas.

    Nesta época a religião judia tinha um atrativo especial para as mulheres. Em nada era mais sujo e depravado o mundo antigo que na moral sexual. A vida familiar se estava deteriorando rapidamente. As que mais sofriam eram as mulheres. A religião judia pregava uma ética altamente pura e austera e uma vida limpa. Muitas mulheres se reuniam em volta das sinagogas, muitas vezes se tratava de mulheres de boa posição social, que encontravam nestes ensinos o que tanto desejavam. Muitas se convertiam em prosélitas; e muitas mais em temerosas de Deus. Os judeus persuadiram a essas mulheres a que incitassem a seus maridos, muitos dos quais eram magistrados e homens influentes, para que tomassem medidas contra os pregadores cristãos. O resultado inevitável foi a perseguição, e Antioquía começou a ser perigosa para Paulo e Barnabé e tiveram que partir. Os judeus tentavam guardar para si todos seus privilégios. De um começo os cristãos viram que os privilégios só se outorgam para ser compartilhados. Os judeus tentavam fechar as portas. De começo os cristãos viram que as portas deviam abrir-se. Como se disse: "Os judeus consideravam os gentios como palha que devia queimar-se; Jesus os considerou frutos que deviam colher-se para Deus". E sua Igreja deve ter a mesma visão de um mundo para Cristo.


    Dicionário

    Barnabé

    barnabé | s. m.
    Será que queria dizer Barnabé?

    bar·na·bé
    (Barnabé, antropónimo [personagem das letras de alguns sambas])
    nome masculino

    [Brasil, Informal] Funcionário público que está numa hierarquia inferior.


    O apelido que os apóstolos deram a um levita natural de Chipre que se tornou líder na igreja primitiva. Seu nome judeu era José, mas Lucas interpretou seu nome apostólico como “filho da consolação”, para sugerir algo do seu caráter (At 4:36). Barnabé é mencionado 29 vezes em Atos e cinco nas cartas de Paulo. A primeira aparição de Barnabé foi em Jerusalém, onde é citado como um maravilhoso exemplo de generosidade (At 4:32-37). Quando Saulo de Tarso se converteu, foi ele quem o apresentou aos apóstolos em Jerusalém (At 9:27).

    Os dons de Barnabé foram reconhecidos pela igreja de Jerusalém, que o enviou para investigar as atividades cristãs em Antioquia (At 11:22). Ele ficou empolgado com o desenvolvimento espiritual e encorajou os crentes a permanecer fiéis (At 11:23). Recrutou Saulo (também conhecido como Paulo, At 13:9), e os dois trabalharam juntos em Antioquia e ensinaram muitas pessoas (At 11:25-26).

    No meio de uma crise de fome, durante o governo do imperador Cláudio, a igreja em Antioquia enviou ajuda para os irmãos na Judéia, cuja tarefa foi confiada a Barnabé e a Paulo (At 11:30), os quais foram comissionados e enviados na primeira viagem missionária (At 13:1-3). Conscientes da direção do Espírito, eles pregaram por toda a ilha de Chipre, onde o procônsul Sérgio Paulo creu no Evangelho (At 13:7-12). Eles navegaram adiante e chegaram a Perge, na Panfília (atual Turquia); um dos componentes da equipe, João Marcos, separou-se deles e voltou para Jerusalém (At 13:13). Daí em diante, parece que Paulo assumiu a liderança, pois Lucas (o escritor do livro de Atos) refere-se a “Paulo e os que estavam com ele” (At 13:13). A dupla missionária seguiu adiante e pregou em Antioquia da Pisídia, Listra, Icônio e Derbe, diante da oposição e do interesse da multidão (At 13:42-51; At 14:1-7,19-21). Indicaram homens aptos a prover futura liderança para cada igreja (At 14:23). Evidentemente Barnabé tinha a figura mais imponente, pois em Listra foi chamado de “Júpiter” e Paulo, de “Mercúrio, porque este era o que falava” (At 14:12). Na viagem de volta, fizeram o mesmo itinerário e, ao chegar a Antioquia da Síria, prestaram o relatório sobre a missão realizada (At 14:21-28). Paulo e Barnabé apresentaram a proposta sobre a plena admissão dos gentios na igreja (At 15:1-5,
    12) e receberam apoio do concílio de Jerusalém (vv 22-29). A decisão do conclave foi bem aceita em Antioquia, onde ambos ficaram por algum tempo, pregando e ensinando (vv. 30-35). Infelizmente, os dois companheiros tiveram um sério desentendimento a respeito de João Marcos. Paulo recusou-se a levá-lo na segunda viagem missionária, enquanto Barnabé deu-lhe uma segunda chance, ao conduzi-lo consigo a Chipre (At 15:36-39). A partir desse momento, o filho da consolação não é mais mencionado no relato de Atos.

    Existem três referências a Barnabé em Gálatas (Gl 2:13), onde aparece com Paulo e Tito numa consulta com os líderes da igreja em Jerusalém. Durante essa reunião privativa, Tiago, Cefas (Pedro) e João estenderam a destra da comunhão a Barnabé e Paulo, ao concordar que deveriam ir para os “gentios, e eles à circuncisão (aos judeus)” (Gl 2:9). Lamentavelmente, Pedro cedeu às pressões dos defensores da circuncisão e “até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação”, que Paulo confrontou e repreendeu (Gl 2:13-14).

    Em I Coríntios, Paulo discute os direitos de um apóstolo e levanta uma série de questões retóricas destinadas a estabelecer o princípio de que “os que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1Co 9:14). Assim, ele pergunta incisivamente: “Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou só eu e Barnabé não temos o direito de deixar de trabalhar?” (1Co 9:5-6).

    A referência final a Barnabé é tocante, porque se relaciona a João Marcos, seu sobrinho, o qual mandou saudações com Aristarco, prisioneiro junto com Paulo. O problema que tiveram foi resolvido e o apóstolo escreve aos colossenses: “Se ele (João Marcos) for ter convosco, recebeio” (Cl 4:10). O ministério paciente de Barnabé com João Marcos foi bem-sucedido (2Tm 4:11).

    O que se poderia dizer sobre o caráter de Barnabé? Era uma pessoa boa, generosa e calorosa, que ofertou abundantemente seu tempo e seus talentos para a causa de Cristo, tanto em casa como nos lugares distantes. Era um homem de oração, que buscava a direção do Espírito Santo para tomar as decisões. Encorajava seu companheiros de trabalho no ministério cristão e era um amigo sempre disposto a dar uma segunda chance a quem precisasse. Via potencial nas pessoas e desejava recrutá-las, mesmo que, só com o tempo, conforme aconteceu com Paulo, pudessem superar as dificuldades. Como qualquer outro ser humano, Barnabé podia ceder às pressões, mas geralmente “era homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11:24).

    A.A.T.


    Barnabé [Aquele que Dá Coragem] - Sobrenome de José, LEVITA rico, natural da ilha de Chipre e convertido ao cristianismo (At 4:36); 9.27). Foi companheiro de Paulo em sua primeira viagem missionária (At 11:22-26); caps. 13—15). Paulo se refere várias vezes a ele (1Co 9:6); (Gal 2:1,9,13); (Col 4:)

    Filho da consolação. Talvez, na sua origem, filho de Nebo – conhecido primeiramente pelo nome de José (At 4. 36). Barnabé, levita, natural da ilha de Chipre, era um dos mais antigos crentes em Jesus Salvador, e parece ter tido especial zelo em exortar e animar os ouvintes. Era homem abastado, mas vendeu os seus bens e depositou o dinheiro da venda aos pés dos apóstolos. Na ocasião em que os cristãos judaicos hesitavam em receber Paulo como seu irmão, foi Barnabé quem venceu a sua relutância, e apresentou o novo convertido à igreja de Jerusalém (At 9:27). Era tão altamente considerado, e tanto confiavam no seu bom senso e integridade de caráter, que foi várias vezes encarregado de delicadas e importantes missões (At 11:19-26,30). Foi com referência à missão de Barnabé em Antioquia que Lucas emprega a seu respeito estas significativas palavras: ‘era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé’ (At 11:24). Ele acompanhou Paulo na sua primeira viagem missionária (At 13:2-3). Em Listra, depois de ter curado um coxo, os pagãos prestaram-lhe culto, julgando ser ele o deus Júpiter (At 14:12). Levantaram-se divergências entre Barnabé e Paulo a respeito de João Marcos, primo ou sobrinho de Barnabé (Cl 4:10), e ele já não acompanhou Paulo na segunda viagem missionária deste Apóstolo (At 15:36 e seguintes). o rompimento foi mais tarde reparada, sendo certo que na providência de Deus esse fato havia servido para maior extensão da obra evangélica. Pouco se sabe da vida posterior de Barnabé. Diz-se que ele sofreu martírio pela sua fé. A sua vida foi cheia de abnegação e zelo – mas uma vez ele transigiu em atos que sabia não serem bons (Gl 2:12-13). Que não era homem casado parece depreender-se do que está escrito em 1 Co 9.6, passagem que também nos faz ver que, apesar da antiga questão, era ele tido em grande consideração pelo Apóstolo.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Era

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Eternar

    O mesmo que eternizar.
    Etimologia (origem da palavra eternar). Do latim aeternare.

    Gentios

    substantivo masculino plural Quem não é judeu nem professa o judaísmo.
    Religião Quem não professa o cristianismo, a religião cristã; pagão, idólatra.
    Pessoa incivilizada; selvagem: os gentios vivem isolados da sociedade.
    adjetivo Que não é cristão; próprio dos pagãos: rituais gentios.
    Que não é civilizado; selvagem: comportamentos gentios.
    Etimologia (origem da palavra gentios). Plural de gentio, do latim genitivu "nativo".

    Emprega-se esta palavra para significar aqueles povos que não eram da família hebraica (Lv 25:44 – 1 Cr 16.24, etc.). E usa-se o mesmo termo para descrever os incrédulos, como em Jr 10:25. Dum modo geral os gentios eram todos aqueles que não aceitavam que Deus se tivesse revelado aos judeus, permanecendo eles então na idolatria. Tinha sido divinamente anunciado que na descendência de Abraão seriam abençoadas todas as nações – que as gentes se uniriam ao Salvador, e ficariam sendo o povo de Deus (Gn 22:18 – 49.10 – Sl 2:8 – 72 – is 42:6 – 60). Quando veio Jesus Cristo, a sua resposta aos gregos implicava que grandes multidões de gentios haviam de entrar na igreja (Jo 12:20-24). Tanto na antiga, como na nova dispensação, não podia o povo de Deus aliar-se pelo casamento com os gentios. E nos seus primitivos tempos os judeus constituíam essencialmente uma nação separada das outras (Lv 20:23), e eram obrigados a conservar, para não se confundirem com os outros povos, o seu caráter moral, político e religioso, sob pena de duras sentenças (Lv 26:14-38 – Dt 28). Era mesmo proibido unirem-se pelo casamento com a parte remanescente das gentes conquistadas, e que tinham ficado na Palestina (Js 23:7), para que não fossem castigados como o tinham sido os seus antecessores (Lv 18:24-25). Um amonita ou moabita era excluído da congregação do Senhor, sendo essa medida tomada até à décima geração (Dt 23:3), embora um idumeu ou egípcio tenha sido admitido na terceira. A tendência que se notava nos israelitas para caírem na idolatria mostra a necessidade que havia da severidade empregada.

    Este conceito aparece freqüentemente na Bíblia. No AT, é muitas vezes traduzido como “gentio” e significa simplesmente “pagão”, “povo” ou “nação”. Também é a maneira de referir-se a todos os que não são israelitas e, assim, torna-se um termo que designa “os de fora”. No AT, as relações com os gentios às vezes eram hostis (de acordo com os residentes em Canaã: Ex 34:10-16; Js 4:24), ou amigáveis (como na história de Rute). Para Israel, era proibido qualquer envolvimento com a religião dos gentios e, quando isso ocorria, acarretava castigo e repreensão. Os profetas faziam paralelos com esse quadro. Às vezes, prediziam juízo severo sobre as nações, por causa da idolatria (Is 17:12-14; Is 34:1-14), enquanto anunciavam também a esperança de que um dia as nações participariam da adoração ao Senhor (Is 2:1-4). Até mesmo predisseram a futura honra da Galiléia dos gentios (Is 9:1), um texto que Mateus 4:15 cita com referência ao ministério de Jesus.

    No NT, o conceito também tem uma ampla utilização. Em muitos casos, o termo traduzido como “gentio” pode também ser compreendido como “nação”. Em geral, este vocábulo refere-se aos não israelitas, da mesma maneira que no A.T. Às vezes refere-se a uma região que não faz parte de Israel (Mt 4:15). Freqüentemente é usado como um termo de contraste étnico e cultural. Se os gentios fazem algo, é uma maneira de dizer que o mundo realiza aquilo também (Mt 5:47; Mt 6:7-32; Lc 12:30). Muitas vezes, quando este vocábulo é usado dessa maneira, é como exemplo negativo ou uma observação de que tal comportamento não é comum nem recomendável. O termo pode ter também a força de designar alguém que não faz parte da Igreja (Mt 18:17). Às vezes descreve os que ajudaram na execução de Jesus ou opuseram-se ao seu ministério (Mt 20:19; Lc 18:32; At 4:25-27). Às vezes também os gentios se uniram aos judeus em oposição à Igreja (At 14:5).

    Além disso, como um termo de contraste, é usado de maneira positiva, para mostrar a abrangência do Evangelho, que claramente inclui todas as nações (Mt 28:19; At 10:35-45). Paulo foi um apóstolo chamado especificamente para incluir os gentios em seu ministério (At 13:46-48; At 18:6; At 22:21; At 26:23; At 28:28; Rm 1:5-13; Rm 11:13; Gl 1:16-1Tm 2:7; Tm 4:17). Cristo, como o Messias, é chamado para governar as nações e ministrar a elas (Rm 15:11-12). Assim, os gentios têm acesso à presença de Jesus entre eles (Cl 1:27) e igualmente são herdeiros da provisão de Deus para a salvação (Ef 3:6). Assim, não são mais estrangeiros, mas iguais em Cristo (Ef 2:11-22). Como tais, os gentios ilustram a reconciliação que Jesus traz à criação. Dessa maneira, a promessa que o Senhor fez a Abraão, de que ele seria pai de muitas nações, é cumprida (Rm 4:18). Assim Deus é tanto o Senhor dos judeus como dos gentios (Rm 3:29). Na verdade, a inclusão dos povos torna-se o meio pelo qual Deus fará com que Israel fique com ciúmes e seja trazido de volta à bênção (Rm 11:11-32).

    Cornélio é uma figura que ilustra o relacionamento dos gentios com Deus (At 10:11). Esse centurião é apresentado como a pessoa escolhida para revelar a verdade de que o Senhor agora alcança pessoas de todas as nações e que as barreiras étnicas foram derrubadas, por meio de Jesus. Assim, a quebra dos obstáculos culturais é a ação à qual Lucas constantemente se refere em Atos, ou seja, a maneira como a Igreja trata da incorporação dos judeus e gentios na nova comunidade que Cristo tinha formado (At 15:7-12). Ao trazer a salvação aos gentios, Deus levou sua mensagem até os confins da Terra (At 13:47). D.B.


    [...] Gentios eram todos os que não professavam a fé dos judeus.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Os gentios, de quem aqui se fala como tendo vindo para adorar o dia da festa, eram estrangeiros recém-convertidos ao Judaísmo. Chamavam-lhes gentios por serem ainda tidos como infiéis, idólatras. Mesmo passados séculos, os convertidos eram considerados abaixo dos legítimos filhos de Israel, que não percebiam haver mais mérito em fazer a escolha do bem, do que em adotá-lo inconscientemente.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


    Gentios Termo com o qual os judeus se referiam aos “goyim”, isto é, aos não-judeus. Tanto o ministério de Jesus como a missão dos apóstolos excluíam, inicialmente, a pregação do Evangelho aos gentios (Mt 10:5-6). Mesmo assim, os evangelhos narram alguns casos em que Jesus atendeu às súplicas de gentios (Mt 8:28-34; 14,34-36; 15,21-28) e, em uma das ocasiões, proclamou publicamente que a fé de um gentio era superior à que encontrara em Israel (Mt 8:5-13).

    É inegável que Jesus — possivelmente por considerar-se o servo de YHVH — contemplou a entrada dos gentios no Reino (Mt 8:10-12). E, evidentemente, a Grande Missão é dirigida às pessoas de todas as nações (Mt 28:19-20; Mc 16:15-16).

    m. Gourgues, El Evangelio a los paganos, Estella 21992; J. Jeremias, La promesa de Jesús a los paganos, Madri 1974; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Julgar

    verbo transitivo direto e intransitivo Decidir uma questão na qualidade de juiz ou árbitro: julgar uma ação judicial; sua profissão era julgar.
    verbo regência múltipla Proferir uma sentença, condenando ou absolvendo; sentenciar: julgou o bandido; o juiz julgou-o culpado; o juri julgou os empresários à cadeia; não se julga sem provas.
    Ter uma opinião sobre; expressar um parecer, um juízo de valor acerca de: julgou o cantor; julgaram do presidente por corrupção; a vida o julgará pelos seus erros; não se pode julgar.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Tomar uma decisão em relação a; considerar: julgaram que era razoável continuar; julgaram horrível o seu texto.
    verbo transitivo direto e pronominal Imaginar-se numa determinada situação; supor: julgou que lhe dariam um contrato; julga-se menos esperto do que o irmão.
    Etimologia (origem da palavra julgar). Do latim judicare.

    Julgar
    1) Decidir como juiz, dando sentença de condenação ou de absolvição (Ex 18:13); (Dt 1:16)

    2) Castigar (Sl 110:6). 3 Censurar; condenar (Mt 7:1); (Jo 12:47); (Rm 14:3).

    4) Salvar; defender (Sl 35:24).

    5) Supor; imaginar; pensar (Lc 7:43); (At 8:20),

    Mister

    Mister
    1) Ocupação; trabalho (1Cr 9:33), RA).

    2) Necessidade (At 2:45).

    Necessário

    substantivo masculino Ser essencial; fundamental: é mister o combate à pobreza.
    Trabalho, ocupação profissional ou ofício: o ator era ótimo no seu mister.
    O que é forçoso e necessário; obrigatório: é mister cumprir a lei.
    Circunstância ou estado de quem precisa de algo; necessidade.
    Por Extensão Homem muito bonito; aquele que obteve o primeiro lugar num concurso de beleza: mister universo.
    Etimologia (origem da palavra mister). A palavra mister deriva do latim "mister,um", com o sentido de "necessidade, ofício, trabalho, técnica".

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Ousadia

    substantivo feminino Característica ou particularidade do que é ousado; que possui valentia ou coragem; arrojo ou coragem: tomava suas decisões com ousadia.
    Por Extensão Falta de prudência; realizado sem reflexão; imprudência ou temeridade: por andar de bicicleta com ousadia, acabou por se machucar.
    Por Extensão Atrevimento injustificado; excesso de petulância; audácia.
    Bahia. Informal. Que demonstra informalidade ou intimidade; que não faz cerimonia: nunca lhe dei tal ousadia.
    [Brasil] Informal. Ação de teor libidinoso; ato depravado.
    Etimologia (origem da palavra ousadia). Ousado + ia.

    Ousadia Coragem (2Co 3:12).

    Palavra

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Paulo

    Introdução e antecedentes

    Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At 7:58-13.9). Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estêvão (At 7:58). Seu pai sem dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (At 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu uma instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com a judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida; portanto, era zeloso na obediência de cada ponto da lei mosaica (Fp 3:5-6).

    Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

    Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar (1Co 4:12-2 Ts 3.8; etc.). Existem amplas evidências nessas e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o Evangelho de Cristo (1Co 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos e finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (1Ts 2:3-6).

    A vida e as viagens de Paulo

    Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At 8:1).

    Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8:3-1 Co 15.9; Fp 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse às sinagogas de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.

    A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras instruções. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita de Ananias (veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).

    Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At 9:29-30; Gl 1:18-24). A extraordinária rapidez da mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.

    Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm 11:13; Gl 2:8-1 Tm 2.7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl 2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que se opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 1:16-2.9,10; etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da Síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (At 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e o que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).

    É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno movimento por todo o império. Às vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outras ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.

    A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos 47:48 d.C., iniciou-se na terra natal de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao procônsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). “Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (At 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia e Icônio, a leste, e Listra e Derbe, ao sul. Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo de Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13:14. Os benefícios, entretanto, foram consideráveis, pois a segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meio do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.

    Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

    O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral e houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (At 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelos líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, At 10). Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós” (At 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (At 2:4-47), assim a presença do Espírito foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e louvaram a Deus. Naquela ocasião, Lucas registrou especificamente que aquilo acontecera para surpresa de todos os crentes circuncidados (At 10:45-46). Para Pedro, esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa de batizar esses novos cristãos, não como alguma forma de comunidade cristã de segunda classe, mas na fé cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados (At 10:47-48).

    Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser um cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v. 11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.

    Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi enviada às igrejas gentílicas, a fim de informar sobre a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.

    A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At 15:36-18.22). Ela foi muito importante, pois espalhou a Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém, começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido às suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não deviam levá-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cilícia, e visitou novamente as igrejas recém-fundadas em Derbe, Listra e Icônio.

    Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At 16:1-2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (At 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!

    A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém que o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregaram em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegarem para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.

    A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At 16:19). Havia muito encorajamento, mas também muita perseguição. Paulo testemunhou o estabelecimento bem-sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados da mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvida, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. Também testemunharam a incrível conversão do carcereiro, quando foram presos em Filipos (veja Carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocava os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v. 12).

    Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado à Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.

    Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).

    Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53:57 d.C. (At 18:23-21.16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao norte e oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frígia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhes falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (At 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.

    Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
    v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
    v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.

    Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm 16:3-4; 1 Co 15.32; 2 Co 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto adiante dele para a Macedônia. Expressou sua intenção de viajar para Jerusalém via Macedônia e Acaia (At 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.

    Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm 15:25-32).

    Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At 20:7-12).

    Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 2:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade santa, teve prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora a profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi para lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v. 13).

    Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos da nova geração de missionários e pastores fiéis ao Senhor.

    A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At 21:27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre sua própria conversão e chamado ao ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança à fortaleza. Foi obrigado a apelar para sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o Sinédrio e Paulo defendeu-se diante de seus acusadores (At 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre seus acusadores, ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma para testificar do Evangelho (At 23:11).

    Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At 26:28). A conclusão de Agripa foi que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v. 32).

    Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At 28:31).

    A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses 1:19-25; 2.24. Provavelmente após sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (veja Rm 15:24-28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso novamente e levado de volta a Roma, onde escreveu II Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. II Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v. 18). Mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4.17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

    Os escritos de Paulo

    O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.

    As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl 3:8-11,24; 5.4). Paulo disse aos gálatas: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). Declarava que eles eram todos filhos de Deus “pela fé em Cristo Jesus... desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:26-29). Jesus livra da letra da lei e da sua punição, pois assim declarou Paulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). Esta existência em Jesus é uma vida composta de uma nova natureza, agora dirigida pelo Espírito de Cristo e conduzida ao objetivo da vida eterna (Gl 5:16-22,25; 6.8). Paulo afirmava que essas verdades eram para todos os que creem em Jesus Cristo, qualquer que fosse a nacionalidade, sexo ou classe social. O cristianismo nunca seria meramente uma facção do judaísmo. O fato de que as decisões do Concílio de Jerusalém não fazem parte das argumentações e do ensino de Paulo leva alguns a crerem que provavelmente a carta aos Gálatas foi escrita antes desta reunião (talvez em 49 d.C.). Outros colocam a data bem depois.

    As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts 2:13). O apóstolo apelou para que continuassem na fé, principalmente à luz da vinda de Cristo, a qual lhes proporcionaria grande esperança e alegria. Deveriam encorajar uns aos outros (1Ts 4:18) com a certeza de que Jesus voltaria e não deveriam lamentar pelos que morressem, como se fossem iguais ao resto do mundo sem esperança (1Ts 4:13). A segunda epístola provavelmente foi escrita durante a permanência de Paulo na cidade de Corinto. Novamente dá graças a Deus pela perseverança dos cristãos, pela fé e pelo amor que demonstravam uns aos outros (2Ts 1:3-12). Parte da carta, entretanto, é escrita para corrigir algumas ideias equivocadas sobre a volta de Cristo. Um fanatismo desenvolvera-se, o qual aparentemente levava as pessoas a deixar de trabalhar, a fim de esperar a iminente volta do Senhor (2Ts 2). Paulo insistiu em que os irmãos deveriam levar uma vida cristã normal, mesmo diante das dificuldades e perseguições. O fato de que Deus os escolheu e salvou por meio da operação do Espírito os ajudaria a permanecer firmes na fé (2Ts 2:13-15).

    As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co 1:12). Lembrou que não deveriam ir diante dos tribunais seculares para resolver suas diferenças (1Co 6). Ensinou-os sobre a importância de uma vida moralmente pura e lembrou que seus corpos eram santuário de Deus e o Espírito de Deus habitava neles (1Co 3:16-5:1-13). Tratou da questão prática sobre se deveriam ou não comer carne previamente oferecida a divindades pagãs e também discutiu sobre a maneira como os dons espirituais deviam ser usados na 1greja, ou seja, para a edificação e a manifestação do verdadeiro amor cristão no meio da comunidade (1Co 12:14). A ressurreição física de Cristo também é amplamente discutida em I Coríntios 15.

    Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co 11:5).

    Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co 10:12). Talvez não fosse o mais eloqüente dos oradores, mas fora chamado para o ministério do Evangelho e Deus tinha honrado seu trabalho. Muitas vezes sentiu-se enfraquecido e derrotado, mas a fé no Senhor Jesus Cristo e o desejo de completar seu chamado fizeram-no seguir adiante (veja especialmente 2 Co 4 e 5; 7). Lembrou os leitores sobre a glória do Evangelho (2Co
    3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).

    A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm 1:18-3.10,11; etc.). A salvação, entretanto, veio para todo o que tem fé em Jesus Cristo, “sem distinção”. Embora todos tenham pecado, os que crêem “são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24). A razão para esta possibilidade de salvação para todos é vista na natureza vicária da morte de Cristo (Rm 3:24-26; veja Jesus). Judeus e gentios igualmente são herdeiros das ricas bênçãos da aliança de Deus, porque o Senhor é fiel em cumprir suas promessas. A justiça de Deus é vista na absolvição dos que são salvos pela graça, mas também na maneira como cumpriu as promessas feitas a Abraão, o grande exemplo de justificação pela fé (Rm 4). Nesta epístola, Paulo discutiu também sobre a vida cristã debaixo da direção do Espírito Santo, ou sobre o privilégio da adoção de filhos de Deus e a segurança eterna que ela proporciona (Rm 8). Paulo mencionou também como a nação de Israel encaixa-se no grande plano de salvação de Deus (Rm 9:11) e enviou instruções sobre como os cristãos devem viver para Cristo, como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1-2).

    As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).

    A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef 2:11-12). Portanto, o povo de Deus deve viver como filhos da luz, andar cheios do Espírito Santo, ser imitadores de Deus e testemunhas dele no meio das trevas do mundo ao redor (Ef 4:1-5.21). Paulo prossegue e expõe como certos relacionamentos específicos refletiriam o amor de Deus por seu povo (Ef 21. a 6.10). Depois insistiu em que os cristãos permanecessem firmes na fé e colocassem toda a armadura de Deus, liderados pelo Espírito e obedientes à Palavra do Senhor (Ef 6:1-18).

    Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses 2:1-11. O texto fala sobre a humildade de Cristo, uma característica que ninguém no mundo antigo e muito menos no moderno realmente aspira! Esta humildade demonstrada por Jesus, que acompanhou seu chamado até a cruz, proporciona a base e o exemplo ao apelo de Paulo para que os filipenses continuassem unidos em humildade, sem murmurações, enquanto cumpriam o próprio chamado. Esta vocação é resumida por Paulo em Filipenses 2:14-17. Deveriam resplandecer “como astros no mundo, retendo a palavra da vida”.

    Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl 1:7-2.13). Pelo que Paulo diz, os eruditos inferem que, ao escrever esta carta, ele estava preocupado com algumas doutrinas falsas que haviam entrado na igreja. Talvez o ensino herético tenha diminuído a importância de Cristo, pois enfatizava demais a sabedoria humana. Talvez insistissem na adoção de certas práticas judaicas como a circuncisão e a guarda do sábado. A adoração de anjos provavelmente fazia parte das ideias, e possivelmente havia também uma ênfase no misticismo e nas revelações secretas. Em resposta a tudo isso, Paulo falou sobre a preeminência de Jesus sobre todas as coisas. Somente Ele é o cabeça da Igreja. É o Criador preexistente e o primeiro a ressuscitar dentre os mortos (Cl 1:15-23). Foi em Cristo que aquelas pessoas haviam morrido para o pecado e ressuscitado por Deus para uma nova vida. Foi “nele” que foram perdoadas. “Em Cristo” as leis do sábado e sobre comidas e bebidas foram consideradas redundantes, pois eram apenas “sombras” que esperavam a manifestação do Filho de Deus (Cl 2:16-19). O desafio para esses cristãos era que não se afastassem de Jesus, em busca de experiências espirituais por meio de anjos ou da obediência a preceitos legais; pelo contrário, conforme Paulo diz, “pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl 3:2-3). Deveriam viver como escolhidos de Deus e filhos consagrados, a fim de que a palavra de Cristo habitasse neles abundantemente (Cl 3:15-17).

    As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm 1:3-20; 2 Tm 3; Tt 1:1016; etc.). O apóstolo os exortou quanto à oração pública e deu instruções sobre o tipo de pessoa adequada para ocupar cargos de liderança nas igrejas (1Tm 3:1-13; Tt 1:6-9). Paulo também desejava que eles soubessem o que ensinar e como lidar com diferentes grupos de pessoas. O ensino deveria ser de acordo com as Escrituras e não comprometido por causa de pessoas que nem sempre gostavam do que ouviam (2Tm 3.14 a 4.5; Tt 2; etc.) A mensagem também precisava exortar contra as dissensões e a apostasia que seriam os sintomas dos “últimos dias” (1Tm 4:1-16; 6:3-10; 2 Tm 2.14 a 3.9; etc.).

    O ensino de Paulo

    Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

    Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos 1:3 ele demonstra que os gentios (os pagãos) serão considerados culpados de rejeição para com Deus com base em sua revelação por meio da criação. O apóstolo argumenta assim: “Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1:19-20). O pecado tem levado a mais transgressões, pois as pessoas se afastam de Deus em rebelião, de maneira que o Senhor as entrega a práticas infames que desejam realizar. O fim delas está claramente determinado: “Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:5). Para o apóstolo, entretanto, falar de tal profundidade do pecado entre os gentios era uma coisa; mas ele prossegue e argumenta que os judeus estão na mesma situação, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11). A Lei de Moisés não pode salvar e Paulo argumenta que o verdadeiro judeu é o que o é interiormente: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (v. 29). A vantagem do judeu reside no fato de que tem a Palavra de Deus, a Lei e as Escrituras do Antigo Testamento (Rm 3:2), ainda que essa mesma Lei aponte para a justiça de Deus e o juízo sobre o pecado. A Lei revela como os homens e as mulheres realmente são pecadores (Rm 3:20). As conclusões de Paulo, baseadas no que é ensinado nesses capítulos, são resumidas numa citação de vários livros da própria Lei na qual os judeus achavam que podiam confiar: “Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3:10-12; veja Sl 14:1-3; 53:1-3). Portanto, o resultado desse pecado universal é claro, pois ninguém escapará da ira (do justo julgamento) de Deus. Por isso, o problema enfrentado por toda a humanidade é temível. Seja judeu ou gentio, o Senhor não fará distinção entre os pecadores.

    Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.

    Em Romanos 3:21-26 Paulo expôs que essa justiça de Deus é “pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22). Precisamente porque o Senhor não tem favoritismo, “pois todos pecaram”, homens e mulheres de todas as raças são “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (v. 24). Jesus foi apresentado por Deus como sacrifício. A fé em Cristo significa entender que sua vida foi dada como um sacrifício de expiação pelos pecados e que, desta maneira, Deus permanece justo — o castigo pelo pecado foi pago na cruz. Paulo refere-se a esse sacrifício de maneiras diferentes em outros textos. Por exemplo, viu o sacrifício como “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Também contemplou Jesus da seguinte maneira: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

    O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm 3:29-30).

    Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4:4-5). Sob a Lei, Cristo recebeu a punição sobre si e resgatou as pessoas da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13). O sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que pagou para nós com seu próprio sangue tornaram-se o ponto principal da pregação de Paulo. Essas eram as boas novas: Jesus trouxe o perdão e recebeu a punição pelo pecado. O apóstolo assim resume sua pregação: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1:23). Sua mensagem era “a palavra da cruz” (1Co 1:18).

    Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef 2:9). Várias vezes o apóstolo insiste em que todos terão de comparecer diante do trono de Deus, e a única esperança do veredicto de “não culpado” (de justificado), quando enfrentassem o julgamento justo de Deus, estava na sua graça. Assim, a redenção vem pela graça e o indivíduo pode apropriar-se dela pela fé, que envolve um compromisso com a justiça de Deus e com seus caminhos justos em Cristo. A fé olha somente para Deus em busca da salvação e, desta maneira, o homem admite a própria incapacidade diante do Senhor, reconhece o pecado e a necessidade de perdão, e olha para Deus como o único que o pode perdoar.

    Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm 4:25-5.16,18; etc.). Nenhum outro custo é exigido. Os pecadores são justificados “gratuitamente pela graça”; “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé — e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Rm 3:24; Ef 2:5-8; etc.). Desde que a obediência à Lei não proporcionou a salvação, novamente Paulo mostra que os gentios também estão incluídos. Eles podem ter fé: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro a evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações” (Gl 3:8). Paulo não ensina somente sobre a justificação pela fé em Cristo como meio para alguém se tornar cristão. Deus salva a todos pela graça com um propósito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9). Essa justificação pela graça significa que os que crêem têm acesso a todas as bênçãos que o Senhor prometeu ao seu povo, resumidas nas palavras “vida eterna”: “A fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Ti 3.7).

    A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4). Esta obra do Espírito, segundo Paulo, era para que a fé se apoiasse inteiramente no poder de Deus (v. 5), “de sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17-1 Ts 1.5). O Espírito, entretanto, está ativo também na vida da pessoa que ouve a mensagem, pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Assim, o Espírito de Deus está ativamente presente na pregação do Evangelho e na vida do que ouve e se volta para Cristo.

    Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). A evidência que eles têm da obra de Deus em suas vidas, segundo Paulo, está na posse do Espírito Santo. A vida no Espírito desta maneira traz ao crente muitas bênçãos e muitos desafios. Todos os que pertencem a Jesus possuem o Espírito de Cristo, e isso significa que são controlados pelo Espírito (Rm 8:9). É Ele quem garante a uma pessoa que ela pertence a Deus. De fato, este é o “selo de posse” de Deus, “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22). Esse aspecto da função do Espírito como “um selo de garantia” é mencionado em numerosas ocasiões, especialmente quando Paulo pensa sobre o futuro, quando teria de enfrentar a morte, ou sobre a herança que um dia os cristãos receberão do Senhor (2Co 5:4-5; Ef 1:14; etc.).

    O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm 8:26-27). Desde que a vida cristã é vivida em comunidade, o Espírito também ajuda na vida corporativa da Igreja. Segundo Paulo, cada cristão recebe algum “dom do Espírito” com o qual ajuda outros crentes em seu progresso espiritual. Esses dons serão úteis na edificação de outras pessoas na fé, de maneiras variadas. O apóstolo não dá uma lista exaustiva de tais dons, mas menciona diversos, como demonstrar hospitalidade, falar em línguas, ensinar, repartir com liberalidade, profetizar e administrar (1Co 12:4-11; Rm 12:6-8). Intimamente ligado a esse trabalho que capacita todos os crentes a ter uma plena participação na vida da Igreja está o trabalho de promover a unidade cristã. Freqüentemente Paulo enfatiza essa tarefa do Espírito Santo. A unidade entre os crentes não é um acessório opcional, mas a essência da fé cristã, pois ela é proveniente da própria natureza de Deus: “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12:13). Desta maneira, é tarefa de cada cristão procurar “guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, porque “há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:3-6).

    Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses 2:13 Paulo diz: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (veja também 1 Co 6.11). É esse trabalho do Espírito que os cristãos ignoram, para a própria perdição. O apóstolo insiste em que todos devem “viver no Espírito” e dessa maneira serão protegidos do mal que os cerca e do pecado: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5:16-17; Rm 8:13-15).

    Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6; veja Aba). Essa convivência é maravilhosamente libertadora: “Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15). De acordo com Paulo, o Espírito Santo é essencial para a própria existência do cristão. Ele inicia, confirma e desenvolve a fé, estabelece a unidade, vive no interior do crente, promove a santificação, garante o futuro, possibilita a vida em comunidade e cumpre muitas outras tarefas além dessas. Seu objetivo é cumprir a plena vontade de Deus na vida do cristão individualmente e na vida da Igreja de Deus.

    A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm 2:5-14.10; Fp 2:10). Naquele dia haverá uma separação entre as pessoas, que não dependerá de suas boas obras ou más ações, mas da experiência da graça de Deus que tiveram em suas vidas, pela fé (Rm 5:1-8.1). Uma das maiores alegrias que Paulo demonstrava como cristão era o fato de não temer a morte, pois cria que Jesus conduziu seus pecados sobre si na cruz, onde pagou por eles (Rm 8:1517). De fato, o apóstolo tinha plena confiança no futuro. Se morresse ou permanecesse vivo, estaria com o Senhor e continuaria a glorificá-lo (2Co 5:6-9). De todas as pessoas, Paulo estava consciente da fragilidade da vida humana. Em muitas ocasiões esteve próximo da morte e muitas vezes foi espancado e apedrejado (2Co 11:23-29). Falou em “gemer” e carregar um fardo nesse corpo, mas mesmo assim perseverava, ciente de que um dia o que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5:4). Novamente o apóstolo voltou-se para o Espírito Santo dentro dele para a confirmação e a garantia dessas promessas futuras (v. 5).

    Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co 15:20-35-44). Isso levou o apóstolo a declarar: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:20-21).

    Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23; veja também 2 Co 5.3).

    Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co 4:17-5.1,4,8). Não é de estranhar, portanto, que pudesse declarar: “Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4:18).

    Conclusões

    Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.

    Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.

    Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.


    Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At 13:9). Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3:5) e FARISEU (At 23:6), era cidadão romano por ter nascido em TARSO. Foi educado em Jerusalém aos pés de GAMALIEL (At 22:3); 26:4-5). De perseguidor dos cristãos (At 8:3), passou a ser pregador do evangelho, a partir de sua conversão (At 9). De Damasco foi à Arábia (Gl 1:17). Voltando para Damasco, teve de fugir (At 9:23-25). Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9:26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9:30), e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11:19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (Act 13—20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21:17—23:) 35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (Act 24—26). Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27—28;
    v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM

    Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11:1Fp 3:5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9:11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22:3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23:6 – 26.5 – Fp 3:5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1:14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20:34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17:28 – 1 Co 15.35 – Tt 1:12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23:16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16:11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16:7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos At, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22:20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22:3 – 26.9 – Gl 1:14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9:1-2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26:10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a
    16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26:10-18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9:13-14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9:21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9:11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16:25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1:16-17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ 1Co 9:1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ 1Co 15:5-8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9:17 – cp.com At 22:14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1:11Co 1:12Co 1:1Ef 1:1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9:18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22:14-15). Foi batizado, e

    Paúlo

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    Pregar

    verbo transitivo direto e intransitivo Abordar, comentar um assunto por sermão; pronunciar um sermão: o pastor pregou a palavra aos fiéis; ele sabia pregar.
    verbo regência múltipla Fazer a divulgação de; alardear: os fiéis gostam de pregar; pregavam o cristianismo às crianças.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Passar ensinamentos: pregava saberes; pregou-lhe um conselho.
    verbo transitivo indireto Dizer em voz alta; vociferar: pregava pela moral!
    Etimologia (origem da palavra pregar). Do latim praedicare.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Deixar fixo com pregos: pregou o poste; pregou a capa na mesa.
    Juntar por meio de costura; costurar: pregou enfeites no chapéu.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Ligar uma coisa a outra: pregou o tecido na parede.
    verbo bitransitivo Golpear violentamente: pregou a mão na cara do filho!
    Produzir um sentimento ou sensação em: ela me pregou um susto.
    Etimologia (origem da palavra pregar). Do latim plicare; prego + ar.
    verbo transitivo direto e intransitivo Enrugar, fazer pregas, deixar enrugado: pregou a bainha do vestido; a velhice pregou seu rosto.
    Etimologia (origem da palavra pregar). Forma Der. de preguear.

    pregar
    v. 1. tr. dir. Firmar, fixar com prego. 2. tr. dir. Segurar, unir (com pontos de costura ou por outro meio). 3. tr. dir. Introduzir à força; cravar (prego ou qualquer objeto pontiagudo). 4. tr. dir. Fitar. 5. pron. Conservar-se por muito tempo no mesmo lugar. 6. Intr. Interromper qualquer tarefa por cansaço; ficar exausto; dar o prego.

    Primeiro

    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.

    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.

    primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.

    Rejeitar

    rejeitar
    v. tr. dir. 1. Lançar fora; depor, largar. 2. Expelir, lançar de si; vomitar. 3. Não aceitar, não admitir; recusar. 4. Desaprovar. 5. Opor-se a; negar, recusar.

    Vida

    substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
    Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
    O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
    Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
    Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
    Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
    Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
    Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
    Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
    O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
    Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
    Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.

    [...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

    A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

    [...] é um dom da bondade infinita [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

    [...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

    [...] É a Criação... [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

    Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

    [...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

    [...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

    [...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
    1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
    Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

    Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

    [...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

    [...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

    [...] é grande fortuna para quem deve progredir.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

    Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

    A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

    [...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
    Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

    [...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

    [...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

    [...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

    Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

    [...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    [...] é amor e serviço, com Deus. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

    [...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

    A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

    [...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

    [...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

    [...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

    A vida é sempre a iluminada escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    A vida é essência divina [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    A oportunidade sagrada é a vida. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

    [...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

    A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

    A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

    [...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

    A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

    [...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

    V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

    [...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

    [...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

    [...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

    A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24


    Visto

    substantivo masculino Permissão; documento que permite a entrada e permanência num país estrangeiro, geralmente anexada ao passaporte.
    Endosso; carimbo, selo ou assinatura que autenticam um documento como verdadeiro, após ser verificado por uma autoridade competente.
    adjetivo Observado; que se viu, enxergou, observou: não tinha visto esse filme.
    Considerado; que se tem em consideração.
    Versado; conhecedor de um assunto: filósofo visto em metafísica.
    locução conjuntiva Visto que. Uma vez que: não foi ao jogo, visto que não tinha dinheiro.
    Visto como. Tendo em conta a maneira como: visto como se expressa, tem medo da censura.
    Pelo visto. A partir do que é conhecido, daquilo que se tem conhecimento: pelo visto, ele não vai se casar.
    Etimologia (origem da palavra visto). Do latim vistus; videre.

    visto adj. 1. Percebido pelo sentido da vista. 2. Aceito, recebido (bem ou mal). 3. Considerado, reputado. S. .M Abonação assinada por quem a concede, para tornar um ato autêntico ou válido.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ Παῦλος καί Βαρνάβας παρῥησιάζομαι ἔπω ἦν ἀναγκαῖος ὑμῖν πρῶτον λαλέω λόγος θεός δέ ἐπειδή αὐτός ἀπωθέομαι καί ἑαυτού κρίνω οὐ ἄξιος ζωή αἰώνιος ἰδού στρέφω εἰς ἔθνος
    Atos 13: 46 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então Paulo e Barnabé, de forma ousada, disseram: Era necessário que a vós se pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e vos julgais não dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios.
    Atos 13: 46 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    48 d.C.
    G1438
    heautoû
    ἑαυτοῦ
    cortar, talhar, picar, derrubar, separar, cortar em dois, raspar
    (cut down)
    Verbo
    G1484
    éthnos
    ἔθνος
    multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
    (Gentiles)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G166
    aiṓnios
    αἰώνιος
    sem começo e nem fim, aquilo que sempre tem sido e sempre será
    (eternal)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G1894
    epeidḗ
    ἐπειδή
    quando agora, desde agora
    (And when)
    Conjunção
    G2222
    zōḗ
    ζωή
    pingar
    ([that] water)
    Verbo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2919
    krínō
    κρίνω
    separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
    (to sue)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
    G2980
    laléō
    λαλέω
    (P
    (and cried)
    Verbo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G316
    anankaîos
    ἀναγκαῖος
    necessário
    (close)
    Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3955
    parrhēsiázomai
    παῤῥησιάζομαι
    usar a liberdade de falar, falar com franqueza
    (he had spoken bodly)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G3972
    Paûlos
    Παῦλος
    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas
    (Paulus)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G4412
    prōton
    πρῶτον
    primeiro
    (first)
    Advérbio - superlativo
    G4762
    stréphō
    στρέφω
    virar, girar
    (turn)
    Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Ativo - 2ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5037
    τέ
    um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
    (Nabal)
    Substantivo
    G514
    áxios
    ἄξιος
    que é pesado, que tem peso, que tem o peso de outra coisa de valor semelhante, que vale
    (worthy)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G683
    apōthéomai
    ἀπωθέομαι
    expulsar, empurrar para fora, repelir
    (pushed away)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G921
    Barnábas
    Βαρνάβας
    (P
    (and scatter)
    Verbo


    ἑαυτοῦ


    (G1438)
    heautoû (heh-ow-too')

    1438 εαυτου heautou

    (incluindo todos os outros casos)

    de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron

    1. ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios

    ἔθνος


    (G1484)
    éthnos (eth'-nos)

    1484 εθνος ethnos

    provavelmente de 1486; TDNT - 2:364,201; n n

    1. multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
      1. companhia, tropa, multidão
    2. multidão de indivíduos da mesma natureza ou gênero
      1. a família humana
    3. tribo, nação, grupo de pessoas
    4. no AT, nações estrangeiras que não adoravam o Deus verdadeiro, pagãos, gentis
    5. Paulo usa o termo para cristãos gentis

    Sinônimos ver verbete 5927


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    αἰώνιος


    (G166)
    aiṓnios (ahee-o'-nee-os)

    166 αιωνιος aionios

    de 165; TDNT - 1:208,31; adj

    1. sem começo e nem fim, aquilo que sempre tem sido e sempre será
    2. sem começo
    3. sem fim, nunca termina, eterno

    Sinônimos ver verbete 5801


    ἐπειδή


    (G1894)
    epeidḗ (ep-i-day')

    1894 επειδη epeide

    de 1893 e 1211; conj

    1. quando agora, desde agora
      1. de tempo: quando agora, depois que
      2. de causa: desde, visto que, porque

    ζωή


    (G2222)
    zōḗ (dzo-ay')

    2222 ζωη zoe

    de 2198; TDNT - 2:832,290; n f

    1. vida
      1. o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
      2. toda alma viva
    2. vida
      1. da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
      2. vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.

    Sinônimos ver verbete 5821


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κρίνω


    (G2919)
    krínō (kree'-no)

    2919 κρινω krino

    talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:921,469; v

    1. separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
    2. aprovar, estimar, preferir
    3. ser de opinião, julgar, pensar
    4. determinar, resolver, decretar
    5. julgar
      1. pronunciar uma opinião relativa ao certo e errado
        1. ser julgado, i.e., ser chamado à julgamento para que o caso possa ser examinado e julgado
      2. julgar, sujeitar à censura
        1. daqueles que atuam como juízes ou árbitros em assuntos da vida comum, ou emitem julgamento sobre as obras e palavras de outros
    6. reinar, governar
      1. presidir com o poder de emitir decisões judiciais, porque julgar era a prerrogativa dos reis e governadores
    7. contender juntos, de guerreiros ou combatentes
      1. disputar
      2. num sentido forense
        1. recorrer à lei, processar judicialmente

    λαλέω


    (G2980)
    laléō (lal-eh'-o)

    2980 λαλεω laleo

    forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

    1. emitir uma voz ou um som
    2. falar
      1. usar a língua ou a faculdade da fala
      2. emitir sons articulados
    3. conversar,
    4. anunciar, contar
    5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
      1. falar

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    ἀναγκαῖος


    (G316)
    anankaîos (an-ang-kah'-yos)

    316 αναγκαιος anagkaios

    de 318; TDNT - 1:344,55; adj

    1. necessário
      1. indispensável
      2. ligado por laços naturais ou de amizade
      3. o que deve ser feito de acordo com o princípio do dever, o que é requerido de acordo com as circunstâncias


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    παῤῥησιάζομαι


    (G3955)
    parrhēsiázomai (par-hray-see-ad'-zom-ahee)

    3955 παρρησιαζομαι parrhesiazomai

    voz média de 3954; TDNT - 5:871,794; v

    1. usar a liberdade de falar, falar com franqueza
      1. falar livremente

        tornar-se confiante, ter ousadia, mostrar segurança, assumir um comportamento corajoso


    Παῦλος


    (G3972)
    Paûlos (pow'-los)

    3972 παυλος Paulos

    de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”

    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas

    Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador


    πρῶτον


    (G4412)
    prōton (pro'-ton)

    4412 πρωτον proton

    neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv

    1. primeiro em tempo ou lugar
      1. em qualquer sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro em posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro


    στρέφω


    (G4762)
    stréphō (stref'-o)

    4762 στρεφω strepho

    reforçado da raiz de 5157; TDNT - 7:714,1093; v

    1. virar, girar
    2. virar-se (i.e., voltar as costas para alguém

      2a) de alguém que não mais se importa com o outro)

      1. metáf. mudar a conduta de, i.e., mudar a mente de alguém

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τέ


    (G5037)
    (teh)

    5037 τε te

    partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

    não apenas ... mas também

    tanto ... como

    tal ... tal


    ἄξιος


    (G514)
    áxios (ax'-ee-os)

    514 αξιος axios

    provavelmente de 71; TDNT - 1:379,63; adj

    1. que é pesado, que tem peso, que tem o peso de outra coisa de valor semelhante, que vale tanto quanto
    2. adequado, próprio, conveniente, comparável a algo
    3. de alguém que mereceu algo de valor
      1. tanto em sentido bom com mal

    ἀπωθέομαι


    (G683)
    apōthéomai (ap-o-theh'-om-ahee)

    683 απωθεομαι apotheomai απωθομαι apothomai

    de 575 e a voz média de otheo ou otho (empurrar); TDNT - 1:448,*; v

    1. expulsar, empurrar para fora, repelir
    2. empurrar para fora de si mesmo, fazer sair de si mesmo
      1. repudiar, rejeitar, recusar

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Βαρνάβας


    (G921)
    Barnábas (bar-nab'-as)

    921 βαρναβας Barnabas

    de origem aramaica 1247 e 5029 בר נבא; n pr m

    Barnabé = “filho do descanso (ou de Nabas = de profecia)”

    1. o sobrenome de José, um levita, nativo de Chipre. Ele era um distinto mestre cristão e companheiro e amigo de Paulo.