Enciclopédia de I Pedro 4:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1pe 4: 19

Versão Versículo
ARA Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.
ARC Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem.
TB Portanto, também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem.
BGB ὥστε καὶ οἱ πάσχοντες κατὰ τὸ θέλημα τοῦ ⸀θεοῦ πιστῷ κτίστῃ παρατιθέσθωσαν τὰς ψυχὰς ⸀αὐτῶν ἐν ἀγαθοποιΐᾳ.
BKJ Portanto, que aqueles que padecem segundo a vontade de Deus possam entregar a guarda de suas almas ao fiel Criador, fazendo o bem.
LTT Portanto, também aqueles (que estão) padecendo segundo a vontade de Deus, como ao fiel Criador Lhe confiem- a- guarda das suas próprias almas, dentro da prática do bem.
BJ2 Assim, aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus confiam as suas almas ao fiel Criador, dedicando-se à prática do bem.[b]
VULG Et filii uxoris Odaiæ sororis Naham patris Ceila, Garmi, et Esthamo, qui fuit de Machathi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Pedro 4:19

Ester 4:16 Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
Salmos 31:5 Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade.
Salmos 37:5 Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.
Salmos 138:8 O Senhor aperfeiçoará o que me concerne; a tua benignidade, ó Senhor, é para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.
Salmos 146:5 Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no Senhor, seu Deus,
Isaías 40:27 Por que, pois, dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu juízo passa de largo pelo meu Deus?
Isaías 43:7 a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz.
Isaías 43:21 Esse povo que formei para mim, para que me desse louvor.
Isaías 51:12 Eu, eu sou aquele que vos consola; quem pois és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que se tornará em feno?
Isaías 54:16 Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo, que produz a ferramenta para a sua obra; também criei o assolador, para destruir.
Jeremias 26:11 Então, falaram os sacerdotes e os profetas aos príncipes e a todo o povo, dizendo: Este homem é réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com os vossos ouvidos.
Daniel 3:16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.
Daniel 6:10 Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
Daniel 6:22 O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
Lucas 23:46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.
Atos 7:59 E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
Atos 21:11 e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.
Romanos 2:7 a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção;
Colossenses 1:16 porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
II Timóteo 1:12 por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.
Hebreus 1:2 a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
I Pedro 2:15 Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos;
I Pedro 3:17 porque melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer) do que fazendo o mal.
I Pedro 4:12 Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;
Apocalipse 4:10 os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, adoravam o que vive para todo o sempre e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

1pe 4:19
Segue-me

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20
Página: 75
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“… Nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, nos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados.” — PAULO (Hb 12:15)


É razoável estejamos sempre cautelosos a fim de não estendermos o mal ao caminho alheio.

Os outros colhem os frutos de nossas ações e oferecem-nos, de volta, as reações consequentes. Daí, o cuidado instintivo em não ferirmos a própria consciência, seja policiando atitudes ou selecionando palavras, para que vivamos em paz à frente dos semelhantes, assegurando tranquilidade a nós mesmos.

Em muitas circunstâncias, contudo, não nos imunizamos contra os agentes tóxicos da queixa. Superestimamos nossos problemas, supomos nossas dores maiores e mais complexas que as dos vizinhos e, amimalhando o próprio egoísmo, cultivamos indesejável raiz de amargura no solo do coração. Daí brotam espinheiros mentais, suscetíveis de golpear quantos renteiam conosco, na atividade cotidiana, envenenando-lhes a vida.

Quantas sugestões infelizes teremos coagulado no cérebro dos entes amados, predispondo-os à enfermidade ou à delinquência com as nossas frases irrefletidas! Quantos gestos lamentáveis terão vindo à luz, arrancados da sombra por nossas observações vinagrosas!

Precatemo-nos contra semelhantes calamidades que se nos instalam nas tarefas do dia a dia, quase sempre sem que venhamos a perceber. Esqueçamos ofensas, discórdias, angústias e trevas, para que a raiz da amargura não encontre clima propício no campo em que atuamos.

Todos necessitamos de felicidade e paz; entretanto, felicidade e paz solicitam amor e renovação, tanto quanto o progresso e a vida pedem trabalho harmonioso e bênção de sol.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original ela foi liberada para publicação em 1972 e publicada efetivamente em 1979 pela FEB e é a 42ª lição do livro “”


1pe 4:19
Nós

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3880
Capítulo: 7
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Enquanto na vida terrestre, em muitas ocasiões, chega um dia em que reconhecemos não haver amado bastante, e sofremos por isso…

Por semelhante razão é que nos empenhamos a dizer-te, — nós, os amigos que já fomos desligados do corpo físico, — que, se te dispões a fazer o bem ao próximo, ainda que estejas na melhor forma de saúde, aproveita o tempo para fazer isso agora porque hoje é mais tarde do que pensas.



1pe 4:19
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas Universais e ao Apocalipse

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 92
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Por isso também os que sofrem, segundo a vontade de Deus, encomendam as suas almas ao fiel Criador, na prática do bem.” — PEDRO (1Pe 4:19)


Basta que o sofrimento nos alcance de leve e sentimo-nos para logo necessitados da Assistência Divina.

Ainda quando filosofias negativistas nos tenham desfigurado o raciocínio ou a palavra, se o perigo nos ameaça, secreta intuição nos afirma que Deus zela por nós e para Deus nos voltamos de imediato.

Enquanto isso ocorre, vale pensar na forma aconselhável e justa de nos encomendarmos ao Criador.

Decerto que muitas maneiras existem de preparar semelhante ato de confiança, tais como a oração que sublima e o estudo que esclarece, o trabalho que realiza e o entendimento que reconforta; entretanto, o modo único de nos dirigirmos corretamente ao Pai que está nos Céus, é aquele da prática do bem.

Não nos iludamos. Mais dia, menos dia, todos sofrem. Há, contudo, quem sofra com revolta, com desânimo, com desespero, com rebeldia, perdendo o valor da prova em que se vê. Convençamo-nos, assim, sejam quais forem as circunstâncias em que nos achemos, que o processo exato de nos encomendarmos à Providência Divina será, na essência, auxiliar, abençoar, desculpar e servir, sempre e sempre, em toda parte, porquanto o serviço ao próximo é o ponto certo de nossa ligação com Deus.



Reformador, outubro 1966, p. 218.



Diversos

1pe 4:19
Fonte de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“Por isso também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem suas almas ao fiel Criador, na prática do bem.” — PEDRO (1Pe 4:19)


Justo lembrar que a Providência Divina nos endereça todos à paz e à felicidade, ao aperfeiçoamento e à vitória.

Entretanto, quantas vezes e quantos de nós, a meio caminho para o triunfo, nos motivamos para a frustração e marginalizamo-nos por tempo indeterminado em desânimo e pessimismo?

Prendemo-nos ao lado negativo de contratempos salvadores e costumamos dizer:

  — Nada posso.

  — Tudo é contra mim.

  — Só vejo trevas.

  — Sou um caso perdido.

  — Moro no azar.

  — Sou sempre infeliz.

  — A vida é uma carga insuportável.


Na fieira de semelhantes condenações, esquecemo-nos de que cada qual de nós tem o seu mundo próprio, e, se induzimos o nosso próprio mundo ao fracasso, quem nos livrará do fracasso, se somos todos criaturas de Deus com a faculdade de criar os nossos próprios destinos?

Consideremos isso, selecionando expressões e afirmações compatíveis com a nossa condição de Espíritos imortais, ante as Leis do Universo.

   Uma frase estabelece determinada disposição.

   Determinada disposição produz certa atividade específica.

   Certa atividade específica gera circunstâncias.

   E circunstâncias constroem a vida.


Em todos os lances da existência, procuremos palavras de esperança e fé, alegria e bênção para usá-las a benefício próprio, de vez que, ainda mesmo nos últimos degraus do sofrimento, dispomos nós todos, com o amparo de Deus, do privilégio de renovar e da felicidade de servir.



Reformador, abril 1973, p. 109.



Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19
SEÇÃO VIII

SANTIDADE SUPERIOR

I Pedro 4:1-19

A. DEDICAÇÃO À VONTADE DE DEUS, I Pedro 4:1-2

Pedro ressalta de várias maneiras a preparação para o sofrimento (cf. especial-mente I Pedro 3:13-17), o qual é inescapável. Cristo é nosso Exemplo quanto ao sofrimento imerecido (cf. I Pedro 3:18-22). Aqui nos versículos 1:6 a separação do pecado é citada como uma das causas da perseguição. Visto que Cristo padeceu por nós na carne (1), os cristãos devem armar-se "do mesmo pensamento" (NVI) para sofrer pacientemente qualquer que seja a vontade de Deus. Isso não somente significa identificação com Cristo em espírito e propósito, mas em aborrecer o pecado. Pedro aqui usa a frase padeceu por nós na carne para indicar a morte do nosso Senhor. Em um modo paralelo, ele usa a frase aquele que padeceu na carne para referir-se à nossa morte para o pecado (cf. Rm 6:2-4). Mas ele não quer dizer que esse tipo de sofrimento salva o homem. Identificação com a morte do nosso Senhor significa que o cristão já cessou do pecado. Ele está no mundo, mas não é do mundo. Ele está no corpo, mas, tendo quebrado toda ligação com o pecado, já não mais molda sua vida segundo as concu-piscências dos homens (2), que são incitadas pela natureza depravada. Em vez de conformar-se com os padrões morais da antiga vida, sua vida agora tem uma nova orientação: a vontade de Deus. Essa vida também tem uma nova dinâmica: o poder do Espírito Santo (cf. Rm 6:1-13; 8:1-3).

  1. INCOMPREENSÃO SUPERADA, 4:3-6

A vida de santidade que é uma identificação completa com "a vontade de Deus" (v.
2) é colocada em forte contraste com a vontade dos gentios (3) ou a moralidade ambígua que caracterizava suas vidas no tempo passado. Já foi gasto tempo demais com formas de impurezas repulsivas, paixões detestáveis, desejos maus, bebedeiras, condutas inde-centes e abomináveis idolatrias, que não só eram impróprios para cristãos, mas "vio-lavam o sentido de decência comum"."

Com respeito a todo e qualquer pecado, existe apenas uma rota aberta para os cris-tãos: a separação — não isolamento, mas separação no espírito e na prática. Quando os cristãos adotam os costumes do mundo, absorvem o espírito do mundo. Quando repudi-am seus costumes, devem estar preparados para receber a oposição do mundo. O grau de divergência da má compreensão e de maus tratos dos cristãos muitas vezes indica a eficiência da sua separação e testemunho. Aqueles que "não correm" (v.
4) com seus anti-gos companheiros, recusando-se a participar do desenfreamento de dissolução deles, serão tratados com desprezo; mas isso não deve fazê-los voltar à velha vida. Não há apenas um passado do qual foram salvos, mas uma "herança [...] guardada" para eles (cf. 1,4) se permanecerem fiéis. No entanto, antes que recebam essa herança, precisam — os vivos e os mortos (5), crentes e descrentes — dar conta ao que está preparado [...] para julgar. Ele vindicará o justo que sofre injustamente, mas punirá o injusto. O fato da prestação de contas ao Juiz santo é um incentivo à santidade de coração e vida.

A pregação do evangelho [...] aos mortos (6) tem (como em 3:18-22) ocasionado uma controvérsia sem fim, mas os comentários de Whedon são claros e eles interpretam esse versículo à luz do ensino claro de toda a Bíblia. "O significado evidente é que o evangelho foi pregado para homens em vida, mas que agora estão mortos; da mesma maneira que seria perfeitamente correto dizer que o evangelho foi pregado aos santos na glória ou às almas que estão na perdição; significando que foi pregado a eles quando estavam aqui na terra. O tempo aoristo mostra a sua descontinuação"."

  1. SOBRIEDADE E VIGILÂNCIA, 4.7

Antes, nessa epístola, Pedro referiu-se ao "último tempo" (1,7) e à "revelação de Jesus Cristo" (1.13). Ele entendia que o término da dispensação está próximo. Acredi-tava-se que a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos e o julgamento esta-vam muito próximos. Esse quadro servia como um incentivo poderoso para o viver santo e o encorajamento dos crentes em suas aflições. A brevidade do tempo requeria discrição, autocontrole, "julgamento sadio e espírito sóbrio para o propósito de oração" (NASB). "Uma empolgação irracional e desassossegada torna a verdadeira oração impossível"."

Pedro pode ter escrito essas palavras como uma recordação triste da ocasião quando "o medo, a curiosidade ociosa, a empolgação impaciente e a negligência do dever" o cau-saram a fracassar na vigília e oração, e ele acabou negando o seu Senhor. No entanto, independentemente da demora da volta do nosso Senhor, os cristão devem estar prontos e estar alerta para os embustes e enganos do Diabo, que procura obter vantagem sobre eles (cf. 2 Co 2.11; 11.14,15; Ef 6:11).

  1. CARIDADE PARA COM OS OFENSORES, 4.8

A santidade é prática e se manifesta em relacionamentos sociais adequados. O as-pecto mais importante no mundo é o amor 1Co 13). Se há amor puro para com Deus, haverá ardente caridade uns para com os outros. Esse (cf. 1,22) é um amor envolvente que dá aos outros em vez de ser egoísta. Esse amor é uma questão de primeira importân-cia e requer cultivo. Onde prevalece o amor, todos os outros deveres serão realizados. E se houver uma multidão de pecados, a caridade os cobrirá, como um manto. O motivo de "cobrir" não é ocultar a ofensa ou negar sua realidade, mas perdoá-la e, dessa forma, extinguir a discórdia e reprimir mais pecado. Os leitores deveriam manter seu amor mútuo "plenamente ativo, porque o amor revoga inúmeros pecados" (NEB) e é a essência de uma vida pura e boa.

  1. DEMONSTRANDO HOSPITALIDADE, 4.9,10

Onde houver um viver vigilante haverá um viver digno. Isso significa que cada um deve usar aquilo que possui, embora seja modesto e escasso, para suprir as necessidades dos companheiros cristãos. Nos dias de Pedro isso podia ter significado aqueles que havi-am sido forçados a sair de suas casas pela perseguição ou estavam fazendo uma longa jornada. Os cristãos devem ser hospitaleiros [...] sem murmurações, mesmo que isso signifique um peso adicional para eles. Reclamar do preço rouba as bênçãos de compar-tilhar com nossos irmãos.

O motivo por trás dessa generosidade é o amor: amor ao irmão necessitado e amor ao Pai celestial, de quem recebemos toda boa dádiva (cf. 1 Co 4.7). Nossos dons e talentos não são para uso próprio. Eles são uma responsabilidade de Deus para serem usados como Ele intenta, como bons despenseiros (10) devem usá-los: para abençoar outros. Esse serviço é um ministério, quer seja de talentos, dinheiro, influência ou outras bên-çãos que Deus concedeu de maneira tão abundante; e todos receberam dons que podem ser compartilhados (cf. Rm 12:1 Co 12).

  1. A GLÓRIA DE DEUS EM TODAS AS COISAS, 4.11

Para ilustrar o significado em ministrar nossa mordomia (v. 10), Pedro especifica dois itens:

1) Falar publicamente do Senhor ao proclamar a sua Palavra, e

2) servir os outros com os nossos recursos pessoais. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus significa que devemos declarar as doutrinas de Deus da forma como são comunicadas a nós pelo Espírito de Deus, de acordo com a Palavra de Deus. Devemos ensinar todo o corpo acerca da verdade divina conforme está revelada nas Escrituras. Devemos depender de Deus e falar com sobriedade e autoridade. "Aquele que não ordena santidade prática aos crentes, não fala como o oráculo de Deus" (Wesley).

Se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá. Qualquer que seja o serviço, ele deve ser realizado lembrando que tudo que temos vem de Deus. É a bondade de Deus que supre a sabedoria da mente, a força do corpo e os recursos materiais.

Sempre que um homem consagra-se a si mesmo e tudo que é seu, Deus será glorificado por Jesus Cristo, o Mediador por meio de quem Deus ministra a habilidade. Visto que a finalidade principal do homem é glorificar a Deus, a realização fiel do seu dever redun-da na glória de Deus, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém! Alguns entendem que a quem se refere a Deus e outros acreditam referir-se a Cristo. Já que Cristo é um com o Pai (cf. Jo 10:31) e recebe adoração semelhante em Apocalipse 1:6, essa doxologia está perfeitamente em ordem se for atribuída a Cristo.

G. PARTICIPANDO DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO, 4:12-16

Novamente Pedro retorna a um tema dominante: o sofrimento dos cristãos. Como seguidores de Cristo, eles esperam compartilhar da sua glória; conseqüentemente, eles também deveriam esperar compartilhar dos seus sofrimentos. Eles não deveriam "estra-nhar" ou surpreender-se com a ardente prova (12). Esse não é um acontecimento for-tuito. Também não é Satanás simplesmente tentando persuadi-los de que se eles possu-em um relacionamento especial com Deus (cf. 1:2-4; 2:9-10), esses sofrimentos não iriam ocorrer. Sua "provação pelo fogo" tem um propósito divino, embora no momento eles tenham dificuldade em entendê-lo. Pedro tinha se referido anteriormente ao teste de fogo da sua fé que redundava em glória (cf. 1.7). Como participantes das aflições de Cristo (13), eles devem regozijar-se, não pelo fato do seu sofrimento, mas porque o expe-rimentam como representantes de Cristo. O sofrimento imediato veio porque os cristãos chamaram Jesus de Filho de Deus e o adoravam como o Soberano supremo em vez de adorar o imperador. O grau do seu regozijo deveria ser aumentado pela intensidade das perseguições que suportavam. A alegria que eles agora experimentam apesar dos seus sofrimentos dará lugar a uma grande alegria, na revelação da sua glória, i.e., quando verão a Cristo e o seu reino será supremo. Nesse tempo esses sofredores deverão saltar de alegria, em exultação triunfante.

Pedro estava preocupado com os insultos e as perseguições que eles experimenta-vam pelo nome de Cristo (14) e por causa de uma vida coerente com seus ensinamentos. Repreensão e glória são colocadas em contraste. O tratamento desdenhoso inflige sofri-mento maior na alma mais sensível do que o abuso físico ou a destruição de sua proprie-dade. Por isso temos aqui a alusão à promessa de Cristo de bênçãos por sofrer por sua causa (cf. Mt 5:11). O Espírito da glória de Deus dá coragem para enfrentar o sofri-mento sem retroceder.' O Espírito de Deus garante aos cristãos sofredores que eles par-ticiparão da glória aperfeiçoada na vinda de Cristo. O significado dos versículos 15:16 é a seguinte: Que ninguém desonre a Cristo sofrendo um castigo justo por crimes contra os homens; ninguém é abençoado se está sofrendo em decorrência das suas próprias faltas. Em vez disso, que o homem se glorie por causa do castigo infligido por ser cristão."

A advertência de sofrer como homicida [...] ladrão 1..1 malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios (15) não deveria nos chocar se lembramos do esta-do geral da sociedade daquela época. A vida de alguns desses crentes pode ter sido tão má como as pessoas de Corinto que Paulo descreveu (cf. 1 Co 6:9-11). Havia exemplos em que criminosos, para ocultar sua natureza e a verdadeira causa do seu castigo, professa-vam ser cristãos, e davam a impressão que estavam sendo castigados por serem cristãos.

Aquele que se entremete em negócios alheios é a pessoa que "se desvia do seu cha-mado e se torna juiz dos outros" (Wesley). Os inimigos acusavam os cristãos de serem hostis à sociedade civilizada, sendo acusados de tentar forçar os não cristãos a agir de acordo com os padrões cristãos. Isso criaria um tumulto civil que poderia resultar em violência do povo (cf. At 19:21-41).

Aquele que se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus (16). A essa altura, o termo cristão tinha se tornado o nome pelo qual os pagãos sarcasticamente descreviam os seguidores de Cristo (cf. At 11:26-26.28). Os judeus que rejeitaram Jesus como o Cristo não chamavam seus seguidores de cristãos. Renan, cita-do em Ellicott, disse: "Pessoas bem educadas evitavam pronunciar esse nome, ou, quan-do forçadas a fazê-lo, pediam desculpas".' Evidentemente, os próprios cristãos ainda não usavam esse nome, mas o consideravam como um símbolo da mais alta honra quan-do seus inimigos os chamavam assim. O que Pedro exortou que fizessem (v. 16) ele mes-mo havia praticado (cf. At 5:29-42, especialmente o v. 41).

H. SEM MEDO DO EXAME DE DEUS, 4:17-19

Nas provações e tristezas atuais, Pedro reconheceu o início de um período prolonga-do de julgamento (17). A justiça requer julgamento, e Deus apontou o justo Juiz (cf. At 17:31) que conhece exatamente as intenções de cada pessoa bem como suas ações. Ele é a esperança do crente (cf. 1.3. 21). Os crentes mantêm um relacionamento precioso com Cristo e Ele com esses crentes (cf. 1:18-21; 2.7). O modelo que Deus parece seguir em disciplina e julgamento inicia com seu próprio povo (cf. Is 10:12-13; Jr 25:29-49.12; Ez 9:6), para revelar quem passa pelo teste. A "prova de fogo" pela qual os cristãos estavam pas-sando pode parecer terrível, mas servia para purificá-los e capacitá-los a glorificar a Deus.

Se os crentes verdadeiros achavam difícil suportar as provações, eles deveriam lem-brar-se que o destino daqueles que são desobedientes a Deus excede em muito o pior que os cristãos são chamados a suportar, ou podem imaginar. A perspectiva deles é sem esperança. E para que nenhum leitor seja tentado a buscar alívio da perseguição ao renun-ciar à fé cristã, Pedro os lembra que algo muito pior aguarda os desobedientes, quer sejam perseguidores pagãos, quer cristãos infiéis.' Se o Juiz justo não omite as faltas dos seus seguidores submissos, mas os disciplina para purificá-los e prepará-los para a glória (cf. Hb 12:5-10), quão horrendo deve ser sua ira para com os rebeldes! A pergunta de Pedro a respeito do ímpio e do pecador (18) definitivamente desconsidera a afirmação de alguns de que ele permite a possibilidade de uma salvação póstuma em 3:18-22 e 4.6.

Quando o sofrimento é o instrumento da disciplina divina e quando não é decorrente de má ação pessoal, ele é segundo a vontade de Deus (19) e deveria ser aceito com o espírito certo. Esses sofredores recebem o seguinte dever: "Continuem a fazer o que é direito e entreguem-se aos cuidados do Deus que criou vocês, pois Ele nunca faltará" (Bíblia Viva)." Visto que Deus criou a alma e deu-lhe nova vida em Cristo, Ele será fiel para cumprir a sua promessa para proteger a sua possessão. A santidade liberta o crente do medo do exame de Deus quanto ao caráter e conduta.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Pedro Capítulo 4 versículo 19
A sua alma:
Ou a sua vida; ver 1Pe 1:9,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19
*

4.1 deixou o pecado. Alguns interpretam isso como referente aos efeitos da formação do caráter pelo sofrimento. Mas a referência anterior ao batismo (3.21; conforme Rm 6:1-10) indica que Pedro está pensando na união dos crentes com Cristo no seu sofrimento e morte, uma união especialmente simbolizada pelo batismo (Rm 6:4). Embora Cristo sempre foi sem pecado (2.22; 2Co 5.21; Hb 4:15), ele, porém, se identificou plenamente com a humanidade pecadora pela vinda "em semelhança de carne pecaminosa" (Rm 8:3) e sujeitando-se à tentação, ao sofrimento e à morte (Mc 1:12,13; Hb 2:10; 4:15). Cristo "morreu para o pecado" (Rm 6:10) no sentido que, após sua morte e ressurreição, não estava mais sujeito ao poder do pecado e da morte.

* 4:3 Este catálogo de pecados assemelha-se bastante a Rm 13:13 e Gl 5:19-21). Há forte evidência do pano-de-fundo pagão da maior parte da audiência de Pedro (1.14,18; Introdução: Data e Ocasião).

dissoluções. Irrestrista tolerância dos próprios desejos, especialmente de prazer sensual (Rm 13:13; 2Co 12.21 e Ef 4.19).

concupiscências. Palavra comum para desejo maligno, muitas vezes relacionado à imoralidade sexual.

orgias. Festejos excessivos, freqüentemente em honra de um deus pagão.

bebedices. O uso excessivo do álcool é com frequência condenado na Escritura (ver Rm 13:13; Gl 5.21).

* 4.6 para este fim. Este versículo segue a afirmação da idéia de um juízo universal divino. Mas a razão ou propósito da pregação não é dado senão no fim do versículo.

foi o evangelho pregado também a mortos. Embora alguns associem essa pregação com 3.19,20, essa associação é pouco provável. Essas pessoas que ouviram Pedro pregar podem ter sido cristãos, mas que já haviam morrido no tempo em que a carta foi escrita.

julgados na carne. Provavelmente uma referência à morte física dos ouvintes. Embora Cristo tenha triunfado sobre a morte física na sua morte e ressurreição (Rm 6:9), a plena extensão dessa vitória ainda não se tem manifestado nas vidas do povo de Deus, e a morte física é uma realidade que o cristão ainda enfrenta. No entanto, desfrutamos agora da ressurreição espiritual através da união com Cristo, e temos plena certeza que a vitória de Cristo será estendida aos nossos corpos físicos (1Co 15.25,26; conforme Rm 8:11).

* 4.7 está próximo. O "fim de todas as coisas" pode referir-se à destruição de Jerusalém em 70 d.C. ou, de forma mais abrangente, à consumação final do reino de Cristo, por ocasião de sua volta. O chamado à vigilância é frequente no Novo Testamento. Todo o período entre a ressurreição de Cristo e sua segunda vinda é entendido como os "últimos dias" (1.20, nota: At 2:17 e 1Tm 4.1, nota).

*

4.8 o amor cobre... pecados. O amor não guarda registro de erros, mas perdoa em resposta ao perdão de Deus (Pv 10:12; Mt 18.21,22; 13 4:46-13.7'>1Co 13:4-7; Tg 5.20). Ver "Amor" em 1Co 13.13.

* 4.9 hospitaleiros. Um dos frutos do amor (v. 8). Situações que requerem hospitalidade podiam incluir a falta de onde morar por causa de perseguição, a viagem de negócios de um cristão e os missionários itinerantes (Rm 12:13; 3Jo 5:8).

* 4.10 Servi uns aos outros. Ver Rm 12:3-8.

* 4.13 alegrai-vos. O mesmo paradoxo de exultação nos sofrimentos é encontrado em 1.6,7.

co-participantes dos sofrimentos de Cristo. Cristãos compartilham dos sofrimentos de Cristo, não pela contribuição para a obra expiatória de Cristo pelo pecado que foi concluida, mas experimentando maus tratos semelhantes porque eles estão identificados e unidos com Cristo (vs. 14,16; Rm 8:17; 2Co 1.5, nota; Fp 1:29; Cl 1:24, nota).

*

4.17 juízo pela casa de Deus. Pedro retorna ao tema da soberania divina sobre o sofrimento do povo de Deus. Esse juízo pode ter o propósito de purificação (Ml 3:2-4; Hb 12:9-11) ou de fortalecimento da fé (1.6,7).

*

4.18 é com dificuldade que o justo é salvo. Não que a salvação final seja incerta, mas que o caminho para a mesma é através da disciplina rigorosa (Mt 7:14; At 14:22).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19
4.1, 2 Algumas pessoas fariam algo por evitar a dor. Como discípulos de Cristo, entretanto, devemos estar dispostos e preparados para fazer a vontade de Deus e sofrer se for necessário. O pecado perde seu poder de nos derrotar no meio do sofrimento quando nos concentramos em Cristo e no que O quer que façamos. Quando nosso corpo sofre dor ou nossa vida está em perigo, mostram-se com claridade nossos verdadeiros valores morais, e os prazeres pecaminosos parecem menos importantes. Se alguém sofrer por fazer o bom e apesar disso permanece fiel em obediência, fez uma clara ruptura com o pecado.

4.3, 4 Uma pessoa cuja vida troca radicalmente na conversão pode sofrer o menosprezo de seus anteriores amigos. Pode ser rechaçado não só porque se nega a participar de certas atividades mas também porque suas prioridades trocaram e vão em direção oposta. Sua vida censura as atividades pecaminosas de outros. A maturidade cristã devia ajudar a esses novos crentes a resistir tais pressões de oposição ao animá-los a ser fiéis a Cristo. Dissolução se refere ao gasto esbanjador e à busca excessiva do prazer, sobre tudo ao beber em excesso.

4:5 O fundamento da salvação é que acreditamos no Jesucristo (At 16:31), mas o fundamento para o julgamento é como vivemos. Os que perseguem estão condenados ao castigo quando estiverem diante de Deus. Entretanto, os crentes não têm nada que temer, porque Jesucristo será o Juiz de todos (Jo 5:22; 2Tm 4:1).

4:5, 6 Muitas pessoas da Igreja primitiva tinham inquietações em relação à vida depois da morte. Na Tesalónica, os cristãos temiam que os seres queridos que morreram antes da volta de Cristo nunca conseguiriam ver cristo (1Ts 4:13-18). Aos leitores do Pedro lhes devia recordar que os mortos seriam julgados (tanto os fiéis como os opressores). O julgamento será imparcial porque até os mortos tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho (veja-se também 3.18, 19). As boas novas primeiro foram anunciadas quando Jesucristo pregou na terra, mas esteve atuando desde antes da criação do mundo (Ef 1:4) e afeta a toda a humanidade: aos mortos e aos vivos.

4.7-9 Viva com a expectativa de que Cristo vem. O estar preparado para encontrar-se com O implica crescimento contínuo em amor a Deus e a outros (veja o resumo do Jesus a respeito da lei em Mt 22:37-40). É importante orar regularmente, e também é importante chegar aos necessitados. Seus bens, seu nível social e seu poder não significarão nada no reino de Deus, mas você passará a eternidade com outras pessoas. Invista seu tempo e seus talentos no que determinará toda uma eternidade.

4:9 Para mais informação sobre a hospitalidade, veja-a nota em Rm 12:13.

4:10, 11 Algumas pessoas, muito conscientes de seus talentos, acreditam que têm o direito de usar suas aptidões como o consideram conveniente. Outras acreditam que não têm nenhum talento. A ambos os grupos Pedro se dirige mediante estes versículos. O diz que todos temos algum dom; ache o seu e use-o. Também destaca que devem dedicar-se a outros nossos talentos; nenhum deles é para nossa desfrute exclusivo. Pedro menciona o falar e o serviço a outros. Paulo os põe na lista e inclui outros dons mais em Rm 12:6-8; 1Co 12:8-11; Ef 4:11.

4:11 Como é glorificado Deus quando usamos nossos dons? Quando os usamos como O indica, para ajudar a outros, eles verão o Jesucristo em nós e o elogiarão pela ajuda que recebam. Pedro pôde ter estado pensando nas palavras do Jesus: "Assim ilumine sua luz diante dos homens, para que vejam suas boas obras e glorifiquem a seu Pai que está nos céus" (Mt 5:16).

4.14-16 Uma vez mais Pedro recorda as palavras do Jesus: "Bem-aventurado são quando por minha causa lhes vituperem e lhes persigam, e digam toda classe de mal contra vós mentindo" (Mt 5:11). Cristo enviará seu Espírito para fortalecer a quem é perseguidos por sua fé. Isso não significa que todo sofrimento é conseqüência de uma boa conduta cristã. Algumas vezes uma pessoa pode murmurar "Me perseguem precisamente porque sou cristão", quando é óbvio para todos que a conduta imprópria da pessoa é a causa de seu problema. Pode exigir uma cuidadosa consideração ou um sábio conselho o determinar a verdadeira causa de nosso sofrimento. Podemos estar seguros, entretanto, que todas as vezes que soframos por causa de nossa lealdade a Cristo, O estará conosco sempre.

4:16 Não é vergonhoso sofrer por ser cristão. Quando Pedro e João foram perseguidos por pregar as boas novas, regozijaram-se porque essa perseguição era uma marca da aprovação de Deus por seu trabalho (At 5:41). Não procure sofrer, e não tente evitá-lo. Em seu lugar, mantenha-se fazendo o que é correto sem importar o sofrimento que possa trazer consigo.

4:17, 18 Esta referência não é respeito ao julgamento final a não ser à disciplina purificadora de Deus (Hb_12:7). Freqüentemente Deus permite que as conseqüências do pecado sigam seu curso, até com os crentes. O faz por várias razões: (1) para nos mostrar nossa potencialidade para pecar, (2) para nos animar a nos afastar do pecado e depender cada vez mais do, (3) para nos preparar a fim de nos enfrentar a outra tentação, até mais dura, no futuro, e (4) para nos ajudar a permanecer fiéis e seguir dependendo do. Se os crentes necessitarem disciplina terrestre (julgamento) de Deus, quanto mais receberão os não crentes? Se os crentes com dificuldade se salvam (graças à misericórdia de Deus), que oportunidade têm os que rechaçam a Cristo?

4:19 Deus criou o mundo e foi fiel ao ordená-lo e mantê-lo da criação. Como sabemos que O é fiel, também podemos estar seguros de que nosso Senhor cumprirá suas promessas em nós. Se Deus pode controlar as forças da natureza, com toda segurança O pode nos ver mediante as provas que confrontamos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19
F. A certeza de perseguição ea garantia de GRAÇA DE DEUS (4: 1-11)

1 Ora pois, já que Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós deste mesmo pensamento; porque aquele que padeceu na carne já cessou do pecado; 2 para que vos não deve viver o resto de seu tempo na carne para as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Dt 3:1)

Capítulo 4 não abre um novo tema, mas continua e resume os argumentos e exortações para a prática da justiça cristã em um mundo hostil. Pedro já discutiu relações dos cristãos com o Estado, mestres e parceiros-casamento, e agora ele conclui esta seção com mais comentários sobre as suas relações com os seus perseguidores.

A memória dos sofrimentos de Cristo e do Seu triunfo glorioso vai fortalecê-los: Porquanto Cristo sofreu na carne, armai-vos também vós com a mesma mente . Metade da batalha está em sua atitude mental. Se eles decidir firmemente que eles serão fiéis sob qualquer provação Deus pode permitir que para chegar a eles, eles vão estar bem no seu caminho para a vitória. Este primeiro verso contém um dos grandes princípios da vida espiritual. Benjamin W. Robinson declarou desta forma: "Aquele que sofre para a direita, em vez de ceder ao mal, é entregar-se do poder do pecado." A prática de resistir ao pecado, será mais fácil a renunciar pecando no futuro.

As opções antes de cada indivíduo está vivendo de acordo com os desejos dos homens ou a vontade de Deus . Pedro faz estes destacam-se em nítido contraste. Ele lembrou-lhes que eles já deram o suficiente de suas vidas à vida mundana; doravante, eles devem dedicar-se à vontade de Deus, que eles vão encontrar-se uma experiência unificadora e purificação. Mas eles devem dar-se às obras da carne, eles vão encontrá-los para ser uma experiência de desintegração e lamentável que irá levá-los direto para o juízo de Deus despreparados (ver comentários sobre 1Pe 2:11 para discussão de obras da carne).

Ao apresentar a fruição final da sua escolha, ele também tem diante de si o contraste de os gentios ... falando mal de você , com a sua dando conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos . A verdade preocupante é enfatizada: todo homem sem exceção serão julgados por Deus (He 9:27. ). Portanto, é muito melhor do que sofrer as palavras más temporários e incompreensão dos homens pecadores do que sofrer o julgamento final e condenação por um Deus santo.

Enquanto a verdade do juízo divino universal e inevitável é um ensinamento claro das Escrituras, a doutrina de uma segunda chance é uma esperança nebuloso sem apoio bíblico. Alguns têm erroneamente concluiu que 1Pe 4:6 dar garantia suficiente para um julgamento que as pessoas vão ouvir o evangelho após a morte e, em seguida, pode ser salvo. Pontuações Alan M. Stibbs um ponto forte aqui, dizendo: "Esta interpretação não é claramente exigiu pelas declarações reais; Muito menos pode ser apoiado por seus contextos. Nem uma idéia de tais consequências de longo alcance encontrar apoio em outras partes da Bíblia. "

Para ter certeza as idéias Dt 4:6 ). (. Vv O argumento da passagem 1-6) é simples: Cristo sofreu injustamente, armai-vos também de sofrer; deixe que o passado tempo suficiente para viver de acordo com os desejos da carne, agora vive de acordo com a vontade de Deus; é melhor ser ridicularizado por homens do que condenados por Deus . Enquanto seus inimigos parecem ter a mão superior e estar a ter todo o prazer agora, a morte não acabar com tudo, pois eles vão dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos ; todos serão julgados quanto a saber se eles viviam de acordo com os homens na carne , ou de acordo com Deus em espírito . A escolha diante dos homens é clara; estas palavras são dadas como um encorajamento para os cristãos e um aviso para os pecadores. O argumento de Pedro leva naturalmente para o próximo ponto, que está preocupado com a multiforme graça de Deus, que é adequado para qualquer eventualidade.

2. A Plenitude de sustentar Grace (4: 7-11)

Talvez a chave para esta passagem é o fato de que os cristãos devem se comportar como bons administradores da multiforme graça de Deus . Esta é a segunda vez que Pedro usou o termo colector que literalmente significa "muitos de recursos", ou talvez aqui "muitas cores". Na outra referência, ele introduziu o fato de que eles seriam confrontados com ensaios múltiplos (1Pe 1:6. ). Eles são para ser de mente sã, e sejamos sóbrios , ou no controle de si mesmos. Isso pode ser traduzido: "Preserve a sua sanidade mental."

Quatro características de uma vida piedosa são dadas por Pedro. (1) A prática contínua de oração . (2) fervorosos no seu amor entre vós . Este amor é ágape . Eros , uma palavra de amor que não é usada no Novo Testamento, é sensual e tira proveito dos outros. Philos é um amor natural, humano de emoção. Mas agape é a mais alta forma de amor, um amor de devoção que dá aos outros. Ele se destaca como em 1Co 13:1 ). (3) Gracioushospitalidade ... sem murmuração foi essencial para a assistência de evangelistas viajando que se dedicavam à pregação do evangelho. Esta capacidade de fornecer para os outros era visto como um dom e era para ser usado como bons administradores devem usá-lo. (4) um ministério eficaz era para ser mantido, falando como se fosse oráculos de Deus e com a força que Deus concede . Moffatt comentou: "Ele deve pregar como aquele que pronuncia as palavras de Deus, e não suas próprias opiniões, não retórica de seu próprio que ele desfila; ele deve depender da inspiração de um Outro para o que ele diz. "A comunidade cristã, agindo como bons administradores da multiforme graça de Deus , vai se fortalecer, encorajar os outros, e trazer glória a Deus e ao Senhor Jesus Cristo.

IV. A participação recursos espirituais (1Pe 4:12)

12 Amados, não estranheis o fogo ardente no meio de vós, que vem sobre vós para vos provar, como se coisa estranha vos acontecesse; 13 mas de tal maneira, como sois participantes das aflições de Cristo, se alegram; que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegria. 14 Se sois reprovado por o nome de Cristo, bem-aventurados sois vós ; porque o Espírito . de glória, o Espírito de Deus repousa sobre vós 15 Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como um intrometido em outros assuntos dos homens: 16 , mas se um homem sofrer como cristão, que ele não se envergonhe; antes glorifique a Deus neste nome. 17 Para o tempo é chegado para que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se ele começarprimeiro por nós, qual será ? o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus 18 E se o justo dificilmente se salva, onde o pecador ímpios e aparecer? 19 Portanto os que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas em fazer o bem a um fiel Criador.

1. A participação em experiências de Cristo (4: 12-14)

Epístola de Pedro poderia muito bem ter fechado com a doxologia do versículo 11 . Na verdade, ele pode ter originalmente destinado a fazê-lo; ou ele pode ter sido interrompido neste ponto, colocou a carta de lado, e retornou a ele mais tarde. No entanto, como Moffatt observado ", ele descobriu que tinha mais a dizer."

Embora Pedro tinha coberto o ponto de perseguição muito bem já (1Pe 1:6 ), ele foi transferido para escrever mais sobre o assunto. Sentia-se muito importante que seus leitores gentios entender seu significado. Povo judeu estavam familiarizados com a perseguição ao longo da sua história, mas para os gentios esta era uma coisa nova. Eles foram extremamente tentado a acreditar que por serem cristãos, eles devem ser isentos do sofrimento. Ele lhes diz que a perseguição é inevitável, grave, um ensaio, uma experiência comparável à de Cristo, mas é um caminho para a bênção e glória.

Quando a perseguição é referido como o fogo ardente , o termo de fogo pode ter um dos três significados: (1) uma queimadura, (2) uma exposição ao fogo, como no cozimento ou fervura, ou (3) um teste ou depurar como ouro refinado pelo fogo. Selwyn acredita que o terceiro significado é correto aqui e que um "refinamento pelo fogo está acontecendo entre eles para o seu teste." No entanto, Estevão Paine acha que pode ser interpretada mais literalmente, e ele diz: "Este versículo assim convém a perseguição de Nero , quando os cristãos foram queimados todas as noites como tochas nos jardins do imperador ".

Pedro sugeriu que seus sofrimentos foram semelhantes aos Cristo suportou. Portanto, eles devem se alegrar, de modo que [eles] são participantes dos sofrimentos de Cristo . Ele também disse que o duradouro desses testes de fogo, para o nome de Cristo , era uma evidência da bênção e glória do Espírito de Deus repousa sobre eles agora, que eram uma antecipação da grande alegria que eles teriam na revelação de a sua glória .

2. A manutenção dos padrões cristãos (4: 15-16)

Embora o termo cristão pode ter sido usado pela primeira vez em escárnio ou ridicularização (At 11:26 ; At 26:28 ), eles eram não ser envergonhado desta designação. Na verdade, a ser chamado de cristão era uma honra; eles devem glorificar a Deus em Seu nome . No entanto, eles devem ter certeza de que eles sofreram apenas porque eram genuinamente cristã, e não por causa de suas más ações como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como intrometido nos assuntos dos outros homens .

O último termo é muito incomum e não é encontrado em outras partes do Novo Testamento. É uma palavra composta, allotriepiscopos , de allotrios ("pertencentes a outra") e episcopos (um "supervisor", "inspector" ou "bispo"). Literalmente, "descreve um que afirma uma autoridade como a de um bispo ou superintendente em uma região em que ele não tem o direito de exercê-lo." A KJV traduz como "um intrometido" ea RSV, "um mal-maker. "Todas essas palavras transmitem possíveis significados do termo, e que poderia até mesmo se aplica a um ministro que está interferindo na freguesia de outro. No entanto, o contexto não justificaria este último o uso como a principal. Ele provavelmente quis dizer que eles poderiam trazer perseguição sobre si por intromissão imprudente. Todas as suas atividades deveriam ser estritamente legítima e uma tentativa de glorificar o nome.

3. O Compromisso com a Vontade de Deus (4: 17-19)

Pedro vê perseguição como possivelmente uma fase inicial do julgamento vindouro de Deus, que será uma experiência de purificação para os justos, mas não vai ser fácil para eles para suportá-lo. O parágrafo inteiro (17-19) contrasta a condição de os justose os ímpios . Pedro usou Ezequiel 9:6 para ilustrar seu ponto de o julgamento começar na casa de Deus . E se Deus permite que a sentença recairá sobre os justos, eles só podem imaginar qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus .Versículo 1Pe 4:18 reforça esta verdade com uma referência a Pv 11:31 .

Estas declarações aguentar nenhuma esperança para os ímpios e ao pecador , mas Pedro teve palavras de encorajamento para os cristãos, que estavam a aceitar tudo o que veio a eles através do curso natural dos acontecimentos e, consequentemente, não por culpa própria. Por isso, eles teriam a garantia de que: (1) qualquer sofrimento foi de acordo com a vontade de Deus; (2) devem continuar com fazer o bem, ou fazer o bem (a palavra-chave para esta carta, conforme 1Pe 2:14 , 1Pe 2:20 ; 1Pe 3:6 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19
Os capítulos 4:5 lidam com a graça de Deus em meio ao sofri-mento. Pedro já tocou no assunto do sofrimento diário que o cristão enfrenta (por exemplo, reprovação, acusação); agora, ele conta aos seus leitores que está para vir sobre eles o "fogo ardente" da perseguição oficial. Nesse capítulo, ele apresen-ta três benefícios maravilhosos e abençoados que os cristãos recebem quando atravessam o sofrimento na vontade de Deus.

I. O sofrimento purifica o santo (4:1-6)

Desviamos para o descuido e para o pecado quando a vida é fácil, porém o sofrimento muda nossos valores e nossos objetivos. O "fogo ardente" é a fornalha que purifica o ouro e permite que Deus tire as impurezas (SI 66:10). Eis o que o sofrimento nos faz:

A. Identifica-nos com Cristo (v.1)

Ele sofreu por nós a fim de poder salvar-nos do pecado. Aprendemos a odiar o pecado e a amá-lo ainda mais à medida que sofremos por ele — e com ele. Pedro encoraja-os a ter o "pensamento" de Cristo e a perce-ber que a identificação com ele sig-nifica vitória sobre o pecado. Essa é a versão de Pedro deRm 6:0. Você já imaginou o que acontecerá quando chegar o momento de julgar o perdido, se a perseguição por causa do nome de

Cristo é apenas o início das pro-vações? Que esperança há para o infiel, se o justo (crente) é sal-vo "com dificuldade" (v. 18)? VejaPv 11:31.

  1. Entregue-se a Deus (v. 19)

Nessa passagem, a palavra usada para "encomendar" é um termo bancário, refere-se ao ato de deixar um depósito como garantia. Ela li-ga-se de forma bonita com a ilustra-ção do "ouro"Dt 1:7. Deus manda o "fogo ardente" para queimar as impurezas, e nós nos entregamos a ele por garantia, sabendo que ele não nos faltará. Observe, porém, que nos entregamos na prática do bem, isto é, nos entregamos a ele à medida que obedecemos à Palavra. Essa é uma entrega diária, de mo-mento a momento, viver para agra-dar a ele e para servir aos outros.

Antes do retorno de Cristo, os cristãos passarão por provações di-fíceis. A situação mundial não será melhor, as atitudes em relação aos cristãos não melhorarão. O mundo sempre odiou e continuará a odiar o nome de Cristo. O mundo nos odeia quando nos identificamos com Cris-to (Jo 15:18-43). Se fizermos con-cessões, não somos perseguidos, mas também perdemos as bênçãos e a glória de compartilhar o sofri-mento de Cristo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19
4.1 Deixou. A vitória de Cristo sobre o poder e castigo do pecado é compartilhada por todos que pela fé se identificam com Cristo e Seu sofrimento (Rm 6:1-45).

4.5,6 Prestar contas. Nenhum vivo ou morto escapará ao dever de responder pelas próprias ações, pensamentos e palavras diante do justo juiz (Jc 4:12; He 4:13; He 9:17). Porém, a misericórdia de Deus, manifestada no evangelho, dá vida eterna no Espírito, mesmo aos que morreram antes do segundo advento (6).

• N. Hom. 4.7,8 A melhor preparação para as provas do fim:
1) Alertas (lit. "não intoxicados") porque conhecemos o futuro (Mt 24:25, Mt 24:42-40).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19

3) A santidade de conduta é exigida dos cristãos (4:1-7)

Portanto no v. 1 retoma 3.18, sendo os versículos intercalados um interlúdio. Pedro novamente associa doutrina com prática (cf. comentário Dt 1:13-5). O desafio é que sejamos capacitados com a determinação de Cristo para fazer a vontade de Deus, custe o que custar (conforme 2.21, acerca de um apelo semelhante ao exemplo de Cristo). Assim, a expressão aquele que sofreu em seu corpo rompeu com o pecado deve ser entendida, por um lado, à luz do sofrimento de Cristo e, por outro, à luz da probabilidade de perseguição dos leitores de Pedro. O que está na mente do autor aqui não é a aflição em geral, mas a resistência ao ódio que o mundo tem por Cristo. Assim, o domínio do pecado é quebrado na experiência prática, porque o santo que corajosamente firmou o pé na tribulação e foi castigado por isso é lançado a um patamar de vida em que é mais fácil vencer o pecado e mais difícil cair (conforme G1 6.17, acerca da experiência real). Para ele, a partir daí, “viver é Cristo” (Fp 1:21). Rm 6:1-45 apresenta um ensino semelhante, embora Paulo vá à raiz da questão, enquanto Pedro se concentre nos efeitos. Também devemos fazer a comparação com 1Pe 1:8,1Pe 1:9 (v.comentário ali) e Fp 3:8-50.

Assim como Cristo (3,18) “foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito”, (v. 2) o cristão precisa aqui e agora pôr fim aos seus desejos humanos e viver pela vontade de Deus. Especificamente, todas as práticas imundas associadas à religião pagã que eles seguiam no passado precisam ser interrompidas, por mais que isso cause surpresa e injúria por parte daqueles com quem se uniam para fazer essas coisas, v. 4. se lancem com eles: Lit. “correr junto com eles”; evoca um retrato de pessoas saindo apressadamente de suas casas como quem não quer chegar atrasado, quando é dado o sinal para a festa ao ídolo. torrente de imoralidade. E uma descrição adequada de alguns dos rituais associados à divindades gregas. O tipo de insulto que os cristãos recebiam por sua abstinência pode ser ilustrado com base na descrição que Tácito faz deles quando os retrata como “os que odeiam a raça humana”.

Eles podem seguramente deixar os seus detratores aos cuidados e juízo de Deus (v. 5), como fez o Salvador (2.23). Alguns comentaristas consideram Cristo o juiz nesse versículo, mas Pedro em toda a carta atribui essa posição a Deus (e.g., 1.17; 2.23; 4.19). Não há incompatibilidade definitiva com trechos como Jo 5:22, em virtude de afirmações (Jo 5:27) indicando que o Filho exerce juízo sob a autoridade do Pai.

Já mencionamos diferenças de interpretação em relação a 4.6. A opinião adotada aqui é que 3:19-22 é um interlúdio, de forma que os “espíritos em prisão” em 3.19 não são idênticos aos mortos Dt 4:6. Além disso, enquanto os mortos Dt 4:5 são pessoas mortas independentemente do caráter, os do versículo seguinte são cristãos que morreram, acerca dos quais a igreja primitiva foi instruída com freqüência — conforme lTs 4.13; 1Co 15:29 etc.). Mas, assim como o seu Senhor foi vivificado no espírito depois da morte (3.18), assim agora vivam pelo Espírito segundo os padrões de Deus (segundo

Deus). A análise final da vida cristã não pode ser feita somente com os dados terrenos; os fatos da vida após a morte precisam ser levados em consideração para corrigir o balanço final.

A avaliação final não está indefinidamente distante, pois 0 fim de todas as coisas está próximo (v. 7) e o juízo já começou na “casa de Deus” (v. 17). A encarnação de Cristo marcou esses “últimos tempos” (1.20), e sua crucificação, o juízo sobre “este mundo” (Jo 12:31). Por isso, os homens do NT viveram com a percepção de que “tem chegado o fim dos tempos” (1Co 10:11), que a nova criação chegou (2Co 5:17), que eles já estavam experimentando “os poderes da era que há de vir” (He 6:5) na experiência do Espírito Santo (Ef 1:13,Ef 1:14). A revelação de Jesus Cristo era esperada ansiosamente como a consumação da sua experiência e esperanças (conforme comentário de l.óss). A proximidade do “fim” ou “alvo” (gr. telos) exigia que eles levassem uma vida controlada, de abstinência e de oração (conforme v. 7; NEB: “uma vida ordenada e sóbria, dedicada à oração”).


4) A conduta cristã na comunidade dos irmãos (4:8-11)

Contra o pano de fundo das injúrias dos ímpios (v. 4) e a iminência da aparição de Cristo (v. 7), o apóstolo renova o seu apelo Dt 1:22 ao amor mútuo entre os cristãos. Tal amor perdoa muitíssimos pecados — provavelmente uma alusão a Pv 10:12. Visto que somente o amor na comunidade dos irmãos está em consideração, Mt 18:21-40 fornece o balizamento mais seguro para a interpretação. Porque o amor de Deus em Cristo fez expiação por nossos muitos pecados, nós também, vivendo pelo perdão dele, precisamos perdoar os nossos irmãos. Na maneira em que Deus lida com as coisas, recebemos de forma semelhante ao que damos — conforme comentário Dt 3:8-5.

A hospitalidade é mencionada especialmente (v. 9) em vista das necessidades daqueles que tinham sofrido a perda de bens por meio da perseguição (conforme He 10:34). E ao mesmo tempo uma forma de aperfeiçoar seu sofrimento e uma demonstração de lealdade e solidariedade que poderia ter a consequência de expor a pessoa que oferecia a hospitalidade à ação do perseguidor, e daí a necessidade de exortação específica.

Um dom espiritual (v. 10) (gr. charisma) vem da graça de Deus (gr. charis) e deve ser administrado como a propriedade de Outro, isto é, como por um mordomo, e não um proprietário. Além disso, o dom é dado para o benefício de toda a comunidade, e não somente para o possuidor. Os que falam, portanto, não estão livres para promover suas próprias opiniões, mas devem falar palavras de Deus (gr. logion, “comunicação divinamente autorizada”, conforme “Oráculo”, NBD). Se alguém serve (gr. diakoneõ)-. Isso incluía servir à mesa, como em Lc 17:8 e talvez At 6:1-4, mas se estendia a todas as formas de ajuda a outras pessoas e passou a ter o sentido técnico de “diácono” na igreja, conforme Rm 16:1; Fp

1.1, alguém que realiza tarefas complementares àquelas dos anciãos e presbíteros (cf. lTm 3:1-13), a quem Pedro exorta no capítulo seguinte. Visto que Deus supre a força para esse tipo de serviço, ele precisa ter a glória por isso.
A doxologia do v. 11 se aplica mais facilmente a Cristo, embora alguns estudiosos a interpretem como dirigida ao Pai, com base no fato de que a glória não seria atribuída simultaneamente a Cristo e por meio dele. Os que consideram que a carta constituía ori-ginariamente de duas obras concluem a primeira, a Homilia Batismal, no final do v. 11 e consideram a doxologia uma evidência a seu favor. Essa conclusão é precária, no entanto, visto que Westcott mostrou que somente três das 16 doxologias do NT concluem uma carta.


5) A prova de fogo (4:12-19)

Parece que nesse ponto o autor recebeu notícias do agravamento da situação dos seus leitores por meio da intensificação da perseguição (conforme comentário Dt 3:14). Mas o fogo é enviado para prová-los, como já foi explicado em 1.6,7, para que o final fosse de exultação; agora são fornecidos três motivos de alegria. Em primeiro lugar (v. 13), à medida que (gr. katho) indica que na exata medida em que partilham dos sofrimentos de Cristo vão partilhar da glória dele quando for revelada. Não se sugere participação na obra expiatória nesse compartilhamento de sofrimento, mas só, como em Cl 1:24, o carregar do fardo do evangelismo em face da oposição. Em segundo lugar (v. 14), eles obtêm a bênção e alegria (conforme comentário Dt 3:14) da Presença da Glória por meio da mediação do Espírito Santo. “Glória”, que ocorre somente uma vez nessa carta (1.24, uma citação do AT) significa “honra”. Em outros textos, é uma referência ao esplendor divino, especialmente na revelação de Jesus Cristo. Aqui, denota aquela manifestação peculiar da presença de Deus, a shekinah de Deus (v. “Glória do Senhor”, NBD). Êxodo 40:35 descreve a primeira aparição dessa glória no tabernáculo, enquanto Jo 1:14 a associa à encarnação. Para o cristão sofredor, o Espírito torna muito real a presença da glória de Deus em Cristo. Em terceiro lugar (v. 15-18), o destino infeliz do não-cristão na eternidade torna todo o sofrimento pela causa de Cristo mais do que vantajoso.

A lista de males a serem evitados (v. 15) é de natureza dupla: Os primeiros três são criminais, e o quarto é mais geral. Somente os dois últimos exigem um comentário aqui. criminoso: O significado dessa palavra no original é incerto. A NEB traz “mágico”, que é tão antigo quanto Tertuliano, mas dificilmente pode ser comprovado. A expressão seguinte — como quem se intromete em negócios alheios — também não pode ser exatamente definida; “intrometido”, “quem invade os direitos dos outros”, “quem esconde bens roubados”, “espião”, “informante” ou até “agitador” são possibilidades. O cristão não deve incorrer em penalidades por esses atos, mas sofrer pelo Nome em si não é vergonhoso. cristão-, christianos, significando “partidário de Cristo”, ocorre somente mais duas vezes no NT, At 11:26-26;28. Esses usos antigos da palavra descartam a teoria de Ramsay segundo a qual a palavra aponta para a proscrição oficial dos cristãos por parte do imperador e, por conseguinte, para uma data tardia de IPedro. Embora originariamente fosse um apelido, podia ser usado para testemunhar da glória de Deus.

O conceito de que o julgamento começa pela casa de Deus deriva de textos como Jl 3:2,Jr 25:30; Ez 9:6. Eles sugerem que as perseguições e aflições dos cristãos fazem parte do desgosto de Deus pelo pecado, mas na verdade elas caem sobre eles, antes, para depurá-los do mal, e não para condená-los (conforme 1.6,7). Ensino semelhante é encontrado em Jo 15:2; 1Co 11:31,1Co 11:32; 2Ts

1:3-8. Em virtude desses atos disciplinares de Deus, ao justo é difícil ser salvo, i.e., o caminho para a vida é árduo, como ensinou o próprio Salvador (Mt 7:13; Mc 8:34; Mt

24:9-14). Mesmo assim, Deus é um Criador fiel, que vai manter as provações em limites suportáveis (conforme 1Co 10:13). Tudo pode ser seguramente confiado a ele. confiar. Significa depositar para que alguém tome conta, como em Lc 23:46 e 2Tm 1:12, uma prática comum antes de existirem bancos. Êxodo

22:7-9 e Lv 6:1-7 mostram como era severa a punição da violação de confiança. Se os homens podem ser confiáveis para guardar bens, muito mais ainda se pode confiar em Deus para proteger as almas do seu povo.

Aqui termina o argumento da carta. O cap. 5 é um tipo de saudação prolongada.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 12 até o 19
d) Apelo à paciência e à resignação (1Pe 4:12-60), o qual se ajusta ao sentido aqui. É pela tribulação e perseguição que se prova a realidade da fé. Principalmente, porém, deviam sentir-se confortados e encorajados pelo fato de serem coparticipantes dos sofrimentos de Cristo (cfr. Cl 1:24). A palavra grega katho significa "na medida em que" (veja-se a ARA). Alegrar-se com tais sofrimentos agora significará que, à aparição de Cristo na glória do Pai, eles rejubilarão, exultantes. Se pelo nome de Cristo são perseguidos, verdadeiramente abençoados são (Mt 5:11). O Espírito da glória e de Deus (14); gr. to tes doxes kai to tou theou pneuma. Selwyn pensa que a expressão to tes doxes representa a Chequiná, o esplendor visível da glória da presença de Deus. "O Espírito Santo de Deus, que é glorioso e a fonte da glória, e cuja presença é o penhor da glória futura, repousa sobre Sua Igreja perseguida" (Veja-se Cranfield in loc.).

Naturalmente, quem por sua própria maldade ou loucura atrai sofrimentos para si, nenhum direito tem de reivindicar estas consolações. Isto posto, ninguém desonre a Cristo sofrendo por males voluntariamente cometidos. O fato de se fazer necessário este aviso lembra como era baixo o padrão moral do povo, com quem os primeiros mensageiros cristãos tiveram de tratar. O termo malfeitor (15) é de sentido amplo e inclui toda espécie de males. Intrometidos em negócio alheio (15). O zelo dos convertidos era proverbial e nem sempre eles tinham bastante habilidade no trato com outras pessoas. Era possível alguém atrair perseguição sobre si, interferindo sem necessidade em negócios dos outros. Mas, se sofrer como cristão, não se esqueça de que tal sofrimento nada tem de vergonhoso, e que a pessoa que se chama pelo nome de Cristo tem a responsabilidade de glorificar a Deus nos seus padecimentos. A palavra cristão encontra-se somente três vezes no Novo Testamento, aqui e em At 11:26; At 26:28. Era possível que ainda fosse um termo afrontoso, quando Pedro o empregou.

>1Pe 4:17

A ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada (17). Os tempos tormentosos que já batiam à porta da Igreja eram o começo do processo de prova e de joeiramento; não era ainda o fim. A idéia de que o juízo divino começa na 1greja é tirada do Velho Testamento (cfr. Jr 25:29; Ez 9:6). A casa de Deus representa aqui o povo de Deus, não apenas o templo. Se o julgamento é tão rigoroso para o povo de Deus, sua severidade para os incrédulos é indescritível (17-18; cfr. Lc 23:31). Mas o cristão tem um segredo que o incrédulo não tem. Pode entregar-se às mãos de Deus em inteira confiança, ciente de que Ele não pode falhar.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19

20. Protegendo-se do sofrimento injusto ( I Pedro 4:1-6 )

Portanto, uma vez que Cristo sofreu na carne, armai-vos também com o mesmo propósito, porque aquele que padeceu na carne já cessou do pecado, a fim de viver o resto do tempo na carne não mais para as concupiscências dos homens , mas para a vontade de Deus. Para o tempo já passado é suficiente para você ter realizado a vontade dos gentios, tendo prosseguido um curso de sensualidade, concupiscências, embriaguez, orgias, festas e abomináveis ​​idolatrias potável. Em tudo isso, eles são surpreendidos que você não correr com eles nos mesmos excessos de dissipação, e eles difamam você; mas eles vão dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos. Para o evangelho, para o efeito sido pregado até mesmo para aqueles que estão mortos, que, embora eles são julgados na carne como os homens, vivam no espírito segundo a vontade de Deus. ( 4: 1-6 )

Tudo, desde os versículos anteriores ( 3: 8-22 ), que conduz a esta passagem, tem-se centrado sobre os crentes dispersos que sofrem perseguição por parte do mundo, e até mesmo diante da possibilidade da morte. Sofrendo injustamente por ser justo é também na mente de Pedro, em1: 6-9 ; 2: 19-23 ; 4: 14-19 ; 5: 6-10 . Saber como enfrentar tais ensaios é essencial para o crescimento e alegria dos cristãos.

Nesta seção, Pedro chama para os crentes que estar disposto a enfrentar a perseguição por causa da justiça, e até mesmo o martírio por Cristo. Sua chamada é uma chamada à força, para resolver, a firmeza inabalável como uma batalha entrar soldado.
O verbo importante em todo este parágrafo é o comando vos braço, fora da qual brota a todas as motivações para obedecer ao comando. O verbo, usado somente aqui no Novo Testamento, é de hoplizō, um imperativo meio aoristo, o que significa, literalmente, "armar-se com armas" ou "para colocar em como armadura." A forma substantiva hoplon significa "armas" e é usado em seis passagens por exemplo,. Jo 18:3 ; . Mt 27:50 ; At 2:23 ), em cumprir o plano de redenção divina. Quando Ele foi para a cruz, o Pai o fez para ser pecado e uma maldição para todos os que crêem; como disse Paulo: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro" ( Gl 3:13. ; cf. Dt 21:23 ; 1Pe 2:241Pe 2:24 ).Portanto Ele sentiu a força do mal do pecado injustamente, mas ao fazê-lo Ele ganhou para os Seus santos salvação e para si a honra eterna e louvor de todos os que viverão no céu (cf. Ap 5:8-14 ).

A principal arma Pedro pede em armar os crentes é a mesma Proposito que se manifestou através do sofrimento e morte de Cristo. Esse propósito ("atitude", "pensamento", ou "princípio") é uma vontade de morrer, porque os cristãos sabem morte produz a maior vitória (cf. 1Co 15:26. , 54-55 ; 2Tm 1:102Tm 1:10. ; Ap 21:4 ).

O apóstolo não estava expressando um novo conceito para seus leitores. Jesus havia ensinado positivamente que "se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" ( Lc 9:23 ), e negativamente que "aquele que não toma a sua cruz e siga depois a mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por minha causa a encontrará "( Mt 10:38-39. ). Tomar a sua cruz não tem nenhuma conotação mística e significa mais do que apenas alguns dedicação espiritual extra. Quando Jesus falou de tomar a cruz, seus ouvintes sabiam que Ele estava falando que está sendo executado em uma cruz. Eles sabiam exatamente o que Ele quis dizer-se que confessar Jesus como Senhor, não importa o que, mesmo que isso significasse a morrer fisicamente por causa dele. O apóstolo Paulo compreendeu bem o princípio de carregar a cruz:

somos atribulados em todos os sentidos, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nosso corpo. Para nós, que vivemos, estamos constantemente a ser entregue à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. Assim, a morte opera em nós, mas a vida em vós. ( II Coríntios 4:8-12. ; cf. 1Co 15:311Co 15:31. ; 2Tm 4:62Tm 4:6 , 35-38 ), porque eles se armaram com a mesma Proposito Jesus Cristo tinha-de ser fiel ao Pai, não importa o que, sabendo que a cruz precede a coroa. Quanto maior o sofrimento justos, maior é a recompensa. E mártires da história percebeu que não é o maior triunfo de todos na morte, porque os crentes que morreram já cessou do pecado. O tempo verbal perfeito enfatiza uma condição permanente livre de pecado. Porque Cristo era, é claro, eterna. Ele suportou a maldição do pecado apenas uma vez por todas ( He 7:27. ; He 9:12 ; He 10:10 , He 10:12 , He 10:14 ). E os crentes podem enfrentar a morte com a mesma atitude teve o seu Senhor, que quando vem eles vão ter entrado em uma eterna condição de santa perfeição, livre de influências e efeitos de todo pecado (cf. 1 Cor. 15: 42-43 ; 2 Cor . 5: 1 ; Ap 21:4 ).

Jesus é o precursor que garantiu a vitória total sobre o pecado ea morte. Depois que ele morreu e ressuscitou do sepulcro, Ele tinha um corpo glorificado ( Marcos 16:9-14 ; Lucas 24:36-43 ; João 20:19-29 ; cf. . Fp 3:21 ) e foi libertada do pecado poderes (demônios e os homens maus) para que Ele voluntariamente expostos Ele mesmo ( Mat. 4: 1-11 ), em sua encarnação ( João 1:9-11 , 14-16 ; Fm 1:2. ; Mt 20:28. ; Jo 1:29 ; Jo 5:21 Jo 5:2 Cor. ; He 2:17. ; 1 João 2:1-2 ). Jesus enfrentou a morte de bom grado "para o gozo que lhe" ( He 12:2. ; . 2Tm 4:182Tm 4:18 ).

Os cristãos podem ser mais incentivada quando eles recordam o que o pecado tem feito para eles todas as suas vidas na Terra. O pecado é sempre presente em sua carne não resgatados e assalta-los enquanto eles vivem ( Sl 38:18. ; Rm 7:5 ). O sempre presente conflito com o pecado faz com que eles desejam mais e mais para escapar dele ( Rm 7:18. , 23-24 ; cf. 8: 20-22 ; 2Tm 2:192Tm 2:19. ) e perceber a esperança Paulo oferecido quando afirmou a Tito que "Cristo Jesus ... se entregou por [crentes] para resgatar [eles] de toda iniqüidade, e purificar para si um povo exclusivamente seu" ( 13 56:2-14'>Tito 2:13-14 ). E assim como Cristo ressuscitou em novidade de vida e libertação do pecado, Deus prometeu o mesmo para os crentes depois que morrem: "Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se corpo perecível, ressuscita um corpo imperecível; Semeia-se em desonra, ressuscita em glória; Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder "( 1 Cor. 15: 42-43 ; cf. . vv 44 , 49 ).

Paulo resume drasticamente o triunfo crentes têm sobre o pecado ea morte, nos seguintes termos climáticos relativas à ressurreição:

Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então virão sobre a palavra que está escrito: "A morte foi tragada pela vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão "O aguilhão da morte é o pecado, ea força do pecado é a lei?; Mas, graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. ( 1 Cor. 15: 54-57 )

A Vontade de Deus

para viver o resto do tempo na carne não mais para as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. ( 4: 2 )

Todo pecado é desobediência à vontade de Deus. Nesse sentido todo o pecado é um ato pessoal de rebelião por crentes contra Ele (cf. Sl 51:4. )

No final, a condenação virá sobre aqueles que não obedecer à vontade de Deus ( : Matt 25:41-46. ; Jd 1:15 ).

Paulo ordena os crentes a "não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da [sua] mente, de modo que [eles] podem revelar qual é a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita" ( Rm 12:2. ; Cl 4:12 ). Pecado, por outro lado, é uma expressão de desobediência (cf. Ne 9:26. ; 1Jo 3:41Jo 3:4. ; Sl 107:11. ; Jr 35:14 b ).

A esperança dos cristãos é parar de pecar um dia no céu. Desde que é o objetivo, a Proposito para a sua salvação, tem fortes implicações para eles agora, para que eles deveriam viver o resto do tempo na carne não mais para os desejos dos homens. Uma vez que eles estão indo para a santidade na eternidade para vir, santos são a viver ( bioō ; uma referência à vida terrena) o restante do tempo que Deus dá na terra em busca de que a santidade, não importa o custo físico. Eles estão armados para a vitória que vivem para a vontade de Deus, e não os desejos pecaminosos dos homens. Pedro chama esses desejos concupiscências, uma palavra forte ( epithumia ) que significa "ardente desejo", e, neste contexto, denota um desejo mal. Ele exorta os crentes a evitar o pecado, não para viver mais impulsionado por desejos humanos ( 2Tm 2:22. ), que estão enraizadas em sua carne não remido ( : Rom 7 17-18. ; Gl 5:17 e caracterizada a sua) estado não regenerado ( Ef. 2: 1-3 ) e vida neste mundo ( I João 2:15— 17 ).

Pedro está dizendo crentes a armar-se com o compromisso de fazer a vontade de Deus e abandonar seus antigos pecados. Este é precisamente o que o apóstolo Paulo pede em Romanos 6:8-12 ,

Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele, sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, para nunca mais morrer de novo é; a morte já não tem domínio sobre ele. Para a morte que Ele morreu, Ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas a vida que Ele vive, Ele vive para Deus. Mesmo assim vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não deixe que o pecado reine em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências.

A Transformação do Passado

Para o tempo já passado é suficiente para você ter realizado a vontade dos gentios, tendo prosseguido um curso de sensualidade, concupiscências, embriaguez, orgias, festas e abomináveis ​​idolatrias potável. Em tudo isso, eles são surpreendidos que você não correr com eles nos mesmos excessos de dissipação, e eles difamam você; mas eles vão dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos. ( 4: 3-5 )

Esta passagem é uma vívida descrição do padrão de vida trágica e devastadora do não convertido, que termina inexoravelmente em julgamento. Os versos paralelos várias descrições de Paulo da condição espiritual da humanidade perdida e descrever o caráter e conseqüências do pecado ( Rom 1: 18-32. ; 1 Coríntios 6:9-10. ; Gl 5:19-21. ; cf. Ef. 5: 3-7 ; Cl 3:5-10 ; 2 Tm 3: 1-7. ). Pedro recorda aos crentes para deixar tudo isso para trás porque ele pertence à sua antiga vida em pecado e sob julgamento. Uma vez que eles foram entregues a partir de que a vida mal, suas almas são purificadas ( 01:22 ) e o tempo é já passado para servir o pecado ( Rm 7:5a ; Ef 2:1 ). Ele também poderia ser traduzida como "deboche", uma indulgência excessiva de prazer sensual. Muitas pessoas não regeneradas viver desregrAdãoente, ostentando seus vícios em desafio aberto à lei de Deus (cf. Rom. 1: 21-32 ; . 2 Cor 0:21 ), enquanto outros são menos óbvios (cf. 1Tm 5:24. ). concupiscências ( epithumia ) são as paixões dos pecados que levam as pessoas em tal indulgência (cf. 1Ts 4:5 ; 2Pe 2:142Pe 2:14 ) que eles não eram apenas espantado que as vidas dos cristãos havia mudado tão totalmente (cf. 1Ts 1:9. ; cf. Mt 25:31-33. , 41-46 ). O apóstolo Paulo, talvez o mais graficamente descreveu a severidade do julgamento 'perseguidores incrédulos:

Pois, afinal, é apenas justo para Deus retribuir com tribulação aos que vos atribulam, e dar alívio a vocês, que estão aflitos e para nós também, quando o Senhor Jesus será revelado do céu com seus anjos poderosos, em chama de fogo, lidando a retribuição àqueles que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes irão pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder. ( II Tessalonicenses 1:6-9. )

Deus está preparado para administrar o julgamento imparcial ( 1:17 ), mas, ao mesmo tempo, uma vez que Ele confiou todo julgamento para Jesus Cristo ( João 5:22-27 ), o Pai através da agência de Seu Filho julgar aqueles que se opõem Cristãos:

Então eu vi um grande trono branco, eo que estava assentado sobre ele, de cuja presença a terra eo céu fugiram, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos; e outro livro foi aberto, que é o livro da vida; E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que estavam nele, a morte eo Hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um deles de acordo com as suas obras. Então a morte eo inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. ( Ap 20:11-15 )

A esperança da vida eterna

Para o evangelho, para o efeito sido pregado até mesmo para aqueles que estão mortos, que, embora eles são julgados na carne como os homens, vivam no espírito segundo a vontade de Deus. ( 4: 6 )

Finalmente, os crentes devem se armar com a esperança genuína da realidade da vida eterna. Deus prometeu-lhes que, por sua morte eles vão vencer o pecado, escapar do julgamento final, e entrar no céu eterno em santa perfeição. Pedro lembra, assim, seus leitores que o evangelho (a mensagem salvífica de Cristo) , para o efeito sido pregado (anunciado) , mesmo para aqueles que estão mortos (aqueles que tinham ouvido e acreditava que o evangelho, mas tinha morrido pelo tempo que ele escreveu). Alguns que ler esta carta teria conhecido deles e percebi que alguns dos santos mortos eram mártires. Embora alguns dos crentes mortos foram julgados na carne como os homens (fisicamente morto), eles foram triunfalmente vivo no espírito de acordo com a vontade de Deus (cf. Heb. 0:23 ). Ponto de Pedro é que os crentes, mesmo sob tratamento injusto, inclusive de morte devem estar dispostos e sem medo de sofrer, sabendo que toda a morte pode fazer é triunfalmente trazer seus espíritos eternos para a vida eterna no céu.

Havia perguntas na igreja primitiva sobre se os crentes que morreram e não atendidas volta do Senhor pode ter perdido a promessa de glória, especialmente se eles foram mortos por inimigos de Jesus Cristo. Paulo escreveu a famosa passagem arrebatamento aos Tessalonicenses para assegurar-lhes que aqueles que morreram não perderá as promessas relacionadas com o retorno de Cristo:

Mas nós não queremos que vocês sejam ignorantes, irmãos, acerca dos que já dormem, para que você não vai entristecer-vos como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus trará com ele, aqueles que dormem em Jesus. Por isso, dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que ficarmos vivos até a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Então, nós que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai uns aos outros com estas palavras. ( 13 52:4-18'>I Tessalonicenses 4:13-18. )

Assim como Cristo foi crucificado, mas estava vivo em espírito e ressuscitou dentre os mortos, os crentes podem sofrer a morte física, mas seus espíritos permanecerá viva e entram na promessa da vida eterna. (Veja a discussão de 3: 18-20 . no capítulo anterior deste volume)

Sem a pressão dos inimigos do evangelho e não existe perseguição injusta por um mundo ímpio pode roubar a vitória dos crentes; em vez disso, todo o sofrimento por causa da justiça tem um poder aperfeiçoar, aumenta a sua força espiritual, humilha-os, leva-os à oração, enriquece a sua recompensa, e, no caso os inimigos de Cristo tomar suas vidas, eles chegaram ao seu objetivo final e Proposito-se eterno de Deus tem sempre "cessou do pecado."
Paulo entendeu isso quando ele escreveu:

Portanto, nós não desanimamos, mas que o nosso homem exterior está se deteriorando, mas o nosso homem interior se renova dia a dia. Para momentânea, leve tribulação produz para nós um peso eterno de glória muito além de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas coisas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. ( 2 Cor. 4: 16-18 )

21. O Nosso dever espiritual em um mundo hostil (I Pedro 4:7-11)

O fim de todas as coisas está próximo; portanto, ser de bom senso e espírito sóbrio para o propósito da oração. Acima de tudo, manter a sede fervorosos no seu amor um pelo outro, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Seja hospitaleiro para o outro sem se queixar. À medida que cada um recebeu um dom especial, empregá-lo em servir uns aos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus. Quem fala, é fazê-lo como alguém que está falando as declarações de Deus; quem serve é para fazê-lo como alguém que está servindo pela força que Deus nos dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém. (4: 7-11)

Começando na década de 1960 e estendendo-se durante a maior parte da década de 1970, a igreja evangélica na América do Norte experimentou uma renovação e expansão por meio do chamado movimento Jesus. Ele apresentava um renovado interesse no estudo da Bíblia, e, como resultado, evangelismo e discipulado, especialmente em faculdades e universidades. Novas traduções bíblicas e paráfrases apareceu (por exemplo, A Bíblia Viva, Good News Bible, Nova Versão Internacional ), e outras traduções modernas ganharam maior aceitação (por exemplo,Versão Internacional, New American Padrão Bible, Nova Bíblia em Inglês ). Ao mesmo tempo, transmissão, publicação, e os ministérios de música evangélica se expandiu rapidamente. Em todo o continente, muitas novas igrejas independentes apareceu e, junto com algumas igrejas evangélicas existentes, experimentou crescimento numérico rápida. Alguns construído auditórios maiores e outras instalações, e, portanto, a um grau essas igrejas foram precursores das mega-igrejas de hoje.

No entanto, as tendências atuais em evAngelicalalismo se afastaram muito dos dias biblicamente movidas do renascimento e da renovação. A filosofia sensível aos buscadores do crescimento da igreja, com o seu espírito de inclusivismo e de-ênfase na clareza doutrinal e amor à verdade, tem absorvido estratégia de marketing do mundo e desenvolveu uma espécie de pop Evangelho que atualmente domina a paisagem eclesiástica. À medida que continua a eliminar todos os bits de ofensividade de sua comunicação e, portanto, perde o controlo sobre o verdadeiro conteúdo da mensagem bíblica, a igreja apresenta cada vez mais um egocentrismo fundamentada na psicologia secular, pragmatismo e uma ânsia para fazer especialistas incrédulos ", "Com efeito, os consultores de igrejas mais influentes. (Para uma análise muito mais ampla e mais aprofundada desses fenômenos, ver John Macarthur, O Evangelho Segundo Jesus, revista e ampliada ed [Grand Rapids, Zondervan, 1988, 1994;. O Evangelho Segundo os Apóstolos [Nashville: Palavra , 1993, 2000]; Por One Way? [Nashville: W Publishing] Grupo, 2002; e difícil de acreditar . [Nashville: Tomé Nelson, 2003])

A busca de aceitação social e cultural é uma ameaça mais sutil e insidioso para a saúde espiritual da igreja do que é o liberalismo teológico, que está claramente definido e mais fácil de reconhecer e confrontar. EvAngelicalalismo mundana finge aderir à verdade tranquilamente a enfraquece. Ele oferece um estilo pop experiência musical, emoção sentimental, atenção para as necessidades de auto-definido, e técnicas práticas de resolução de problemas (muitas vezes derivada de estudos de mercado) em vez de respostas bíblicas a respeito da lei, o pecado, o perdão ea justiça.
A igreja contemporânea necessita urgentemente de reavivamento espiritual, e isso só acontecerá quando os crentes ir além desejos pessoais e tempo para pensar, falar e viver nos caminhos Escritura enumera. Quando o fazem, a igreja vai ser mais do que uma multidão; ele se tornará espiritualmente poderoso diante de um mundo hostil. Para o efeito, o apóstolo Pedro nesta passagem instrui os cristãos em relação a três aspectos básicos do nosso dever: o incentivo para o nosso dever espiritual, as instruções para o nosso dever, e a intenção de nosso dever.

O Incentivo a Nosso Dever Espiritual

O fim de todas as coisas está próximo; (4: 7-A)

A palavra traduzida final ( telos ) não indica necessariamente a cessação, a rescisão ou conclusão cronológica. Em vez aqui significa "consumação", "realização", "um propósito atingido", ou "um objetivo alcançado." Neste contexto, refere-se à segunda vinda de Cristo. O fim em vista aqui não é a consumação de perseguição para os leitores de Pedro. Nem o apóstolo tem em mente uma mudança iminente no governo que conduza a um tratamento mais benevolente para os crentes. Sua referência para o cumprimento de todas as coisas indica que ele está falando da volta do Senhor (conforme At 3:21; Cl 3:4; 2 Tm 4:... 2Tm 4:1, 2Tm 4:8; He 9:28).

O verbo traduzido está próximo ( ēggiken ) significa "que se aproxima." O tempo perfeito indica um processo consumado com uma proximidade-o evento resultante (a volta de Cristo) é iminente; que poderia ocorrer a qualquer momento (conforme Mt 24:37-39.; Rm 13:12; 1 Tessalonicenses 5:.. 1Ts 5:2; Ap 16:15; Ap 22:20). Por isso os crentes devem viver com uma atitude permanente de antecipação ou expectativa, como um sinal de fidelidade. Que Pedro viveu com um sentido de esta iminência é mostrado como anteriormente neste epístola ele incentivou seus leitores que eles estavam protegidos pelo poder de Deus ", para a salvação preparada para revelar-se no último tempo" (1:
5) — "na revelação de Jesus Cristo "(1: 7; conforme 1:13 2:12). Numerosas outras referências do Novo Testamento também salientar a importância dos crentes 'antecipar retorno iminente do Senhor (13 35:41-13:37'>Marcos 13:35-37.; Lc 12:40; Lc 21:36; 1Co 1:71Co 1:7; Tt 2:13).

Os judeus que viveram durante o ministério terreno de Cristo testemunhou o fim da Antiga Aliança ea inauguração da Nova Aliança. O sistema inteiro do Antigo Testamento de cerimónias, rituais, sacrifícios, sacerdotes e ofertas terminou com o rompimento em dois do véu do templo e a abertura do Santo dos Santos para todos (Mt 27:51;. Jo 19:30; Heb. 10: 14-22). Em AD 70 Deus pontuado que a transição através do envio de decisão, por meio do exército romano sob Tito, seu general, para destruir Jerusalém e do templo. Que cumpriu a profecia de Jesus aos apóstolos, "Jesus saiu do templo e, enquanto caminhava, seus discípulos aproximaram-se para mostrar as construções do templo para Ele. E Ele lhes disse: 'Você não vê todas estas coisas? Em verdade vos digo que, nem uma pedra aqui será deixada sobre outra, o que não será demolida "(Mat. 24: 1-2).

O apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios, relativo à rapidez fração de segundo do arrebatamento da igreja, o primeiro evento na seqüência levando a volta de Cristo e governo terreno:

Eis que vos digo um mistério; vamos nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Por isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. (1 Cor. 15: 51-53)

Nesse caso, Deus, vestirei cada cristão na imortalidade (conforme 5:. 4; Fp 3:21; 2Tm 4:82Tm 4:8.)

"Nós" indica o apóstolo acreditava retorno de Cristo poderia acontecer em sua vida. A igreja de hoje deve viver com muito mais expectativa (conforme Tiago 5:7-8).

O autor de Hebreus exortou seus leitores para manter a se reunir e incentivar uns aos outros, porque o dia do retorno de Cristo foi "aproxima" (He 10:25). Quase 2.000 anos se passaram desde então, e seu retorno é, obviamente, mais perto. Por isso, é ainda mais urgente hoje que a reunião de crentes não deixem de edificar e consolar-nos mutuamente com a verdade divina (conforme At 2:42; Rm 15:5-7; He 3:13; 10:.. 24-25; 12 : 26-28).

O apóstolo João, quando se aproximava o fim de sua vida, estava firmemente convencido de que o retorno de Cristo, com todos os seus eventos e fenômenos concomitantes, divinamente revelado a ele em visões de revelação, poderia ocorrer muito em breve. Sob inspiração do Espírito, ele testemunhou a verdade e que a bênção de viver dos cristãos em antecipação ao dia dele (conforme Ap 1:3).

Pouco antes de Sua ascensão, Jesus disse aos apóstolos: "Não é para você conhecer tempos ou épocas [relativo à criação do Seu reino terrestre], que o Pai fixou com a sua autoridade" (At 1:7; conforme 2Co 5:102Co 5:10)

Percebendo também que quando Ele voltar, Ele virá para julgar os ímpios (4:. 5; conforme II Tessalonicenses 1:6-9) solicita santos para o evangelismo, como Paulo indicou: "Por isso, sabendo o temor do Senhor, procuramos persuadir homens, mas somos manifestos a Deus; e eu espero que nós, se manifestam também nas vossas consciências "(2Co 5:11).

A igreja primitiva já estava nos últimos dias (1Jo 2:18), que havia começado com primeira vinda de Cristo (Heb. 1: 1-2). Paulo descreve a Timóteo em detalhe a atmosfera espiritual de seu tempo, para que ele saberia o que esperar como ele trabalhou na igreja:

Mas perceber isso, que nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis virão. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, soberbos, maldizentes, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadoras, sem autodomínio, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo forma de piedade, embora tenham negado o seu poder; Evite homens como estes. (II Timóteo 3:1-5; conforme 4: 3-4.; 1 Timóteo 4: 1-3).

O autor da carta aos Hebreus forneceu mais comentários sobre o significado completo de Cristo e dos últimos dias:

Agora, uma vez que na consumação dos séculos Ele se manifestou para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E na medida em que aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez para a salvação sem pecado, aos que aguardam ansiosamente a Ele . (Heb. 9: 26-28)

O Senhor primeira vinda de salvação oferecida por meio de Sua morte no Calvário. Através do trabalho expiatório de Cristo, Deus redimiu os crentes do reino das trevas, perdoou seus pecados, e colocou-os para o reino do seu Filho (13 51:1-14'>Colossenses 1:13-14; conforme Sl 103:1:.. Sl 103:12; 26:28 Matt; ... At 26:18; 1Co 1:301Co 1:30; 2Co 5:192Co 5:19; Ef 1:7; Cl 2:13; He 9:14; 1Jo 1:71Jo 1:7; 18:. Mt 18:3; Mc 1:15; Rm 14:17; He 1:8). A igreja está agora nos últimos dias de que o reino espiritual e interior. Seu retorno e julgamento culminará em Sua estabelecer Sua mil anos terrena reino (conforme Isaías 65:17-25; Ez. 37: 24-25.; Os 3:1; Zc 14:16— 21; Rev. 20: 1-6) antes de os novos céus e nova terra eternas onde os justos irão para sempre habitam (conforme Mt 25:34; Jo 14:1; Heb. 12: 22-24, He 12:28; 2Pe 1:112Pe 1:11 ; 2Pe 3:13; Ap 3:21; 7: 16-17; 21: 1-4; 22: 3-4).

Outros textos do Novo Testamento apoiar a exortação de Pedro aqui que os crentes devem viver vidas santas, esperando o retorno iminente de Jesus Cristo (conforme 1Co 1:7; 2 Pedro 3: 11-13.; 1Jo 2:281Jo 2:28 ). Escritura, no entanto, não chama para o extremismo excesso de zelo escatológico (por exemplo, a fixação de data, a preocupação excessiva com ou fascínio sobre os detalhes não revelados, a especulação imprudente sobre a relação dos acontecimentos atuais para durar as coisas, ou o abandono da sociedade ou se esquivando da responsabilidade enquanto passivamente à espera para seu retorno). Jesus ensinou:

Seja vestida de prontidão, e manter o seu lit. lâmpadas Seja como os homens que estão à espera de seu mestre, quando ele retorna a partir da festa de casamento, para que eles possam imediatamente abrir a porta para ele quando ele chegar e bater. Bem-aventurados os escravos que o senhor vai encontrar em estado de alerta quando ele vem; em verdade vos digo que, que se cingirá, para servir, e tê-los reclinar-se à mesa, e vai vir para cima e servi-los. (Lucas 12:35-37)

Quando ele voltar, Cristo vai servir aqueles que pacientemente antecipou que dia. Mas Ele também alertou os crentes a estar alerta e preparado para esse evento (Matt. 24: 42-44), porque eles não sabem a hora exacta ou data de sua aparência (conforme 2Pe 3:10).

O apóstolo Paulo afirmou que a característica de todo verdadeiro cristão é um desejo de agradar ao Senhor: "Por isso, também temos como nossa ambição, seja em casa ou ausente, para ser agradável a Ele. Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um pode ser recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que ele tem feito, seja bom ou ruim "(2 Cor. 5: 9-10). Os cristãos diante de Cristo naquele julgamento para dar conta de suas vidas. Ele não vai julgá-los por seus pecados porque o Seu sacrifício na cruz já limpou os que estão longe. Naquele julgamento o Senhor recompensará todos os crentes para obras que eram bons, avaliar a sua eficácia, dedicação, devoção, e utilidade em servi-Lo (conforme 1 Cor. 3: 10-15; 4: 1-5). A realização dessa realidade futura deve incutir dentro de cada crente um desejo de constante pureza (2Pe 3:14, 2Pe 3:18), como aconteceu com os apóstolos Paulo (Fp 3:14; 2 Timóteo 4: 7-8.). e João (I João 3:2-3).

As Instruções de Nosso Dever

portanto, ser de bom senso e espírito sóbrio para o propósito da oração. Acima de tudo, manter a sede fervorosos no seu amor um pelo outro, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Seja hospitaleiro para o outro sem se queixar. À medida que cada um recebeu um dom especial, empregá-lo em servir uns aos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus. Quem fala, é fazê-lo como alguém que está falando as declarações de Deus; quem serve é para fazê-lo como alguém que está servindo pela força que Deus nos dá; (4: 7b-11a)

Todos esses comandos exigentes deixar claro que qualquer um que seria verdadeiramente receber Jesus Cristo deve primeiro contar o alto custo de fazê-lo. Seguindo Jesus exige total de abnegação e submissão ansioso para seu senhorio, mesmo se a obediência significa morte. "Ele estava dizendo a todos:" Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me "(Lc 9:23; para mais informações sobre o custo do discipulado, ver John Macarthur , difícil de acreditar [Nashville: Nelson, 2003]). Quando evangelizar outros, crentes precisam também incentivá-los a considerar o custo (Mt 19:21; Lc 9:1.; Conforme 13 44:40-13:46'>Mt 13:44-46). No entanto, mesmo que a mensagem do evangelho é um chamado para se submeter a Ele, é um convite gracioso. Jesus disse: "Tomai meu jugo sobre vós ... Porque o meu jugo é suave eo meu fardo é leve" (Mt 11:29, Mt 11:30). Discipulado é caro e eternamente feliz, mas o custo de rejeição é infinitamente maior e eternamente horrível (conforme Sl 9:17;.. Pv 13:15;. Is 33:14;. Mt 8:12; Mt 13:42; Mt 25:41). Uma vida sem Cristo, mais cedo ou mais tarde, implica culpa esmagadora, decepção sem esperança, problemas insolúveis, e depois de tudo isso, a condenação eterna. Assim, o discipulado é um paradoxo em que, após o Senhor está caro, mas fácil (conforme Mt 11:28-30; 1Jo 5:31Jo 5:3; Ap 2:10; Ap 3:21; Ap 21:7; Fm 1:4; Cl 3:1 Cl 3:17; conforme 2 Tm 1: 7-8).. Porque o mundo pós-moderno é tão complexo, o cristianismo contemporâneo, muitas vezes erroneamente assume que as soluções para os problemas e dificuldades dos crentes também são complexas. Mas os princípios básicos da vida cristã são simples e direta, uma vez que Deus escolheu humildes, pessoas comuns para conhecer o Seu propósito e vontade (1 Cor. 1: 27-28). E por causa da regeneração, os crentes longos para obedecer a Deus e ser mais conformes à imagem de Cristo (Fm 1:3.), Mas todos os cristãos genuínos odiar o pecado e amar a justiça (vv. 22-25). A chave para lidar com as provações e tentações está desenvolvendo a disciplina espiritual diária (conforme Lc 6:40; 16: 10-12; 1Co 4:21Co 4:2; 1Co 16:131Co 16:13; Ef 6:16; Cl 1:23; He 11:1).

Esta seção contém três elementos básicos santos precisa para construir uma vida religiosa e ficar forte e eficaz, em testemunho para o mundo: a santidade pessoal, que diz respeito à sua relação com Deus; amor mútuo, que diz respeito a sua relação com o outro; e serviço espiritual, que diz respeito a sua responsabilidade para com a igreja.

Em relação pessoal Santidade

portanto, ser de bom senso e espírito sóbrio para o propósito da oração. (4: 7b)

É axiomático que o pensamento divino é o coração da comunhão com Deus, uma vez que quanto mais se conhece a mente de uma pessoa, mais rico o relacionamento vai ser (Rm 12:1-2; Ef. 4: 23-24; Fm 1:4). O verbo também refere-se a guardar a mente (conforme Pv 4:23) e mantê-lo lúcido. A mente cristã deve ser claramente fixado em prioridades espirituais e uma vida justa (Js 1:8; Cl 3:1, Cl 3:16; Tito 2:11-12) —objectives que uma auto-indulgente, enganosa mundo, fortemente influenciado por Satanás, busca constantemente distrair, desviar e destruir (conforme I João 2:15-16). Quando as mentes dos crentes estão sujeitos a Cristo (2Co 10:5; 119:. Sl 119:97, Sl 119:103, Sl 119:105; conforme 2 Tm 3: 15-17) vêem assuntos de uma perspectiva eterna.

Estar Santo também requer atenção espiritual. Sober espírito ( nepho ), intimamente relacionado em significado a sólida capacidade de julgamento, denota estar espiritualmente observador. Jesus expressou um sentimento semelhante quando advertiu os apóstolos para "ficar em alerta" (Mt 24:42) e para "continuar assistindo" (26:41).

Pensamento divino eo estado de alerta espiritual são cruciais para o propósito da oração. A oração é o acesso a todos os recursos espirituais, mas os crentes não podem orar corretamente se suas mentes são instáveis ​​devido a interesses mundanos, a ignorância da verdade divina, ou indiferença para com propósitos divinos (conforme 1Co 14:15; He 10:22.; 1 João 5:14-15). Santos que estudam seriamente Escritura e descubra suas profundas verdades sobre Deus rica experiência de comunhão com Ele (Sl 42:1; 2Co 13:142Co 13:14; 1Jo 1:31Jo 1:3; conforme Is 40:13; 2 Tm 1:... 2Tm 1:7). Este elemento essencial na nossa relação com Deus é ilustrado pelo relacionamento do Espírito ao Pai. Paulo escreveu: "aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque Ele intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus" (Rm 8:27). Porque o Espírito Santo e que o Pai sabe mente um do outro perfeitamente, há um acordo perfeito na intercessão do Espírito.

Estar Santo vem quando os crentes ler e meditar na Palavra de Deus diariamente, de modo a conhecer os pensamentos de Deus e comungar com Ele de acordo com a Sua vontade. Jude chama isso de "orando no Espírito Santo" (v. 20).

No que diz respeito mútuo amor

Acima de tudo, manter a sede fervorosos no seu amor um pelo outro, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Seja hospitaleiro para o outro sem se queixar. (4: 8-9)

O amor mútuo diz respeito principalmente relacionamentos dos crentes uns com os outros. Acima de tudo refere-se à importância suprema de que a virtude na vida cristã (conforme 1Co 13:13; Fp 2:1; Cl 3:14), e o particípio rendeu keep recolhe "bom senso" e "espírito sóbrio para o propósito da oração", sob a prioridade de fervorosa ... amor um pelo outro. Fervente ( ektenēs ) denota alongamento ou esticar e imagens de uma pessoa correndo com os músculos tensos, exercendo o esforço máximo. Literatura grega antiga usou a palavra para descrever um cavalo que se estende para fora e correndo a toda velocidade. Mais cedo nesta carta (1:22), Pedro também usou sua advérbio relacionado para descrever a intensidade e esforço que deve caracterizar Cristão amor. Tal amor é sacrificial, não sentimental, e requer um alongamento dos crentes 'cada músculo espiritual a amar em Apesar do insulto, o prejuízo, e incompreensão dos outros (Pv 10:12;.. Mt 5:44; Mc 12:33; Rom. 0:14, 20; 1Jo 4:11; conforme Rom 0:15.; .. Gl 6:10; Ef 5:2).

É evidente que o amor genuíno inerentemente tende a perdoar as ofensas dos outros (conforme Pv 10:12). Mas os comentaristas divergem sobre como interpretar a expressão amor cobre uma multidão de pecados. Alguns dizem que se refere ao amor de Deus cobrindo pecados, enquanto outros dizem que descreve os crentes que são carinhosamente com vista para transgressões do outro. Uma vez que o texto não oferece nenhuma explicação, parece melhor para entender a frase aqui como um axioma geral. Se a partir de Deus ou do homem, o amor cobre o pecado.

O amor deriva da bem conhecida palavra grega ágape (conforme 1: 8, 22; 02:17; 03:10), que carrega um forte significado volitivo. A salvação resulta do Senhor escolher amar todos aqueles que crêem: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rm 5:8; 1Jo 4:191Jo 4:19). Os cristãos devem seguir o seu exemplo, a escolha de amar até mesmo o desagradável, porque "toda a Lei e os Profetas" (Mt 22:40) depende de fazê-lo (vv. 37-39), assim como o seu testemunho (13 34:43-13:35'>João 13:34 —35). O comando para ser hospitaleiro (literalmente, "amar os estranhos") assume que o amor para além do círculo de amigos cristãos para com os outros crentes que eles nem sequer sabem (conforme He 13:2; Dt 14:29; conforme Gn. 18: 1-2.). Jesus elogiou os crentes que forneceram alimentos, roupas e abrigo para os outros (Mt 25:35-40; conforme Lc. 14: 12-14). No entanto, o espírito de hospitalidade se estende além dos atos tangíveis de fornecimento de refeições ou de um lugar para ficar. Ela inclui não apenas o ato, mas uma atitude altruísta, de modo que o que é feito, não importa o sacrifício, é feito sem reclamar. hospitalidade bíblica não sabe nada sobre a mentalidade de "Almanaque do Pobre Ricardo" que diz que os peixes e os hóspedes cheiro após três dias.

Porque os crentes ainda pecado (Rm 7:18-19; 1 Jo 1:1.), A única coisa que vai preservar a unidade da Igreja é o amor que perdoa e estende a mão em bondade para com estranhos. O amor também desempenha um papel fundamental na evangelização dos perdidos.Jesus disse aos apóstolos: "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13:35).

Quanto Serviço Espiritual

À medida que cada um recebeu um dom especial, empregá-lo em servir uns aos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus. Quem fala, é fazê-lo como alguém que está falando as declarações de Deus; quem serve é para fazê-lo como alguém que está servindo pela força que Deus nos dá; (4: 10-11a)

Todo cristão recebeu um presente especial (dom espiritual), uma capacitação divina para o ministério para o corpo. Paulo escreveu: "A cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum ... Um eo mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" (1Co 12:7 ). À medida que cada parte do corpo humano tem uma função particular, o mesmo acontece com cada membro do corpo de Cristo (conforme 12:14).

As categorias a partir dos quais o Senhor chama os componentes para o presente de cada crente é dado em duas passagens paulinas:

Porque pela graça que me foi dada digo a cada um dentre vós que não pense mais alto de si mesmo além do que convém pensar; mas que pense de modo a ter bom senso, como Deus repartiu a cada um uma medida de fé. Pois, assim como temos muitos membros em um só corpo e todos os membros não têm a mesma função, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. Uma vez que temos diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, cada um de nós é de exercê-las de acordo: se é profecia, de acordo com a medida da fé; se o serviço, seja em ministrar; ou aquele que ensina, em seu ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; aquele que dá, com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. (Rom. 12: 3-8)

 

Ora, há diversidade de dons, mas o mesmo Espírito. E há diversidade de ministérios, e o mesmo Senhor. Existem variedades de efeitos, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum. Porque a um é dada a palavra de sabedoria por meio do Espírito, e de outro a palavra de conhecimento segundo o mesmo Espírito; a outra fé, pelo mesmo Espírito, e para outros dons de cura por um só Espírito, e para outro, operações de milagres, e de outro a profecia, e para outro o distintivo dos espíritos, a outro a variedade de línguas, e para outro a interpretação de línguas. Mas um só eo mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. (1 Cor. 12: 4-11)

(Para um comentário completo sobre essas duas passagens dons espirituais, ver John Macarthur, Romanos 9:16, MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody, 1994], 153-78, e MacArthur, I Coríntios, MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody , 1984], 289-307).

Dons espirituais de cada crente é único, como se cada um fosse um floco de neve espiritual ou impressão digital. É como se Deus mergulha sua escova de pintura em cores diferentes, ou categorias de presentes, na sua paleta espiritual e pinta cada cristão uma mistura única de cores.Não somente Deus conceder dons espirituais e organizá-los de diferentes maneiras (Ef 4:7).

Porque o Espírito Santo soberanamente superintende a distribuição dos dons espirituais (1Co 12:11), os crentes não podem ganhar, orar, ou de qualquer maneira gerá-los (conforme At 8:20). O termo traduzido por "dom" em Ef 4:7; Rm 6:23; 1 Cor. 1:. 1Co 1:7; 1Tm 4:141Tm 4:14; 2Tm 1:62Tm 1:6)

Os presentes altamente visíveis, up-front (por exemplo, a pregação, ensino, evangelismo) não são necessariamente os mais valiosos em todas as instâncias. Deus vê todos os presentes dos crentes como edificante e seu exercício essencial para o bem-estar do corpo de Cristo. bons administradores são aqueles que conseguem seus dons espirituais com sabedoria e usá-los, obediente (conforme 1Co 4:2; Rm 14:17; Rm 15:13; 1Co 2:101Co 2:10 , 12-13; 2Tm 1:142Tm 1:14) e observar como ele motiva e usa-los no ministério..

As duas grandes categorias de dons espirituais estão falando presentes ou servir presentes. Quem fala ministro vontade através de categorias de pregação e ensino, sabedoria, conhecimento e discernimento. Quem serve ministro vontade através de áreas como administração, oração, misericórdia, ou ajuda. E aqueles que falam não deve comunicar opinião humana, mas as declarações de Deus, como revelado apenas na Escritura (conforme At 7:38; Rm 3:2; Rm 16:27; Ef. 3: 20-21.; 1Tm 1:171Tm 1:17, Jd 1:25; Mt 17:1; Jo 1:14; Jo 10:30; 2 Cor. 4:. 2Co 4:6; Cl 1:15; He 1:3).

Os crentes devem quer glorificar a Deus em tudo o que pensamos, dizemos e fazemos. O apóstolo Paulo disse: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1Co 10:31). Eles vão mais facilmente obedecer a exortação de Paulo, se eles são motivados pela certeza e proximidade da Segunda Vinda, resultando em santidade pessoal, o amor mútuo e serviço espiritual dentro da igreja.

Pedro fechou esta passagem com os familiares amém, um prazo de afirmação que significa "que assim seja."

As observações de JC Ryle sobre vida santa ainda se aplicam a todos os crentes que vivem em um mundo hostil ao cristianismo:
Um homem santo seguirá após aquiescência espiritual. Ele vai se esforçar para definir suas afeições inteiramente nas coisas do alto, e para manter as coisas na terra com uma mão muito solto. Ele não vai negligenciar o negócio da vida que agora é; mas o primeiro lugar em sua mente e pensamentos será dado a vida por vir. Ele terá como objectivo a viver como aquele cujo tesouro está no céu, e para passar por este mundo como um estranho e peregrino viajar para sua casa. ( Santidade [reimpressão; Hertfordshire: EvAngelicalal Press, 1987], 37)




22. A prova de fogo ( I Pedro 4:12-19 )

Amados, não se surpreender com o fogo ardente no meio de vós, que vem sobre vós para a sua análise, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; mas na medida em que você compartilha os sofrimentos de Cristo, manter a alegria, para que também, na revelação de sua glória, vos alegrais com exultação. Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre você. Certifique-se de que nenhum de vocês sofre como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou um intrometido problemático; mas se alguém sofre como cristão, ele não é de que se envergonhar, mas é glorificar a Deus neste nome. Pois é tempo de começar o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o resultado para aqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E se é com dificuldade que o justo é salvo o que será do ímpio e do pecador? Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus devem confiar suas almas ao fiel Criador, fazendo o que é certo.( 4: 12-19 )

Durante nove dias, durante o verão de AD 64, um enorme incêndio deflagrou na cidade de Roma. As chamas se espalharam rapidamente pelas ruas estreitas da cidade e os muitos prédios de madeira firmemente agrupados, normalmente lotado de moradores. Por causa de sua conhecida desejo de renovar Roma por qualquer meio, a população acredita Imperador Nero foi o responsável por iniciar o incêndio. Como o fogo destruiu a maior parte dos bairros da cidade, ele assistiu alegremente da Torre de Mecenas. Tropas romanas impedia as pessoas de extinguir o fogo e até mesmo começou a novos incêndios. O desastre completamente desmoralizado os romanos, porque muitos perderam quase todos os seus bens terrenos e encontraram o seu orgulho cívico queimada também. Com ressentimento público em direção a ele em um nível elevado, Nero desviado o foco de si mesmo e fez a comunidade cristã o bode expiatório para o fogo.

A tática de Nero foi uma inteligente porque os cristãos no Império Romano já foram alvos injustas de muito ódio e difamação. Incrédulos noticiou que os cristãos consumido carne humana e sangue durante a Ceia do Senhor (cf. Mc 14:22-25 ; 1 Cor 11: 23-26. ) e que o ósculo santo (cf. 5:14 ; Rm 16:16. ; 1Co 16:201Co 16:20. ; 2Co 13:122Co 13:12. ; . 1Ts 5:261Ts 5:26 ) era na verdade um sinal de luxúria descontrolada. Além disso, os romanos viram o cristianismo como uma seita do judaísmo. Com o aumento do anti-semitismo daqueles dias, a população aprovou facilmente uma atitude anti-cristã. O cristianismo também causou estresse nas famílias quando um dos cônjuges (especialmente as mulheres) acreditava, mas o outro não. Isso ainda ressentimento gerado para os santos.

Após o incêndio de Roma, Nero aproveitou que o sentimento anti-cristão e punidos os cristãos, utilizando-os como tochas humanas para iluminar suas festas no jardim, permitindo-lhes ser costurado dentro peles de animais para serem devorados por animais predadores, crucificando-los, e submetendo-os a outros, torturas injustas hediondos.
O apóstolo Pedro provavelmente escreveu esta carta pouco antes da perseguição de Nero começou. Então, como discutido anteriormente neste volume ( 1: 6-7 ; 2: 11-12 , 19— 20 ; 3: 8-9 , 14 , 17 ; 4: 1 ), major tema recorrente de Pedro é a forma como os seus leitores devem responder ao sofrimento injusto. Hoje hostilidade para com os cristãos que falam contra os pecados da cultura e em defesa da exclusividade do evangelho está em ascensão. Portanto, para suportar o presente hostilidade, bem como o que pode vir no futuro, os crentes precisam aceitar as instruções desta passagem sobre suportando lutas graves. Estes versos crentes diretos esperar sofrimento, exultar no sofrimento, avaliar sofrimento, e confiar que sofre a Deus. (Para um tratamento mais abrangente de todo o tema do sofrimento, ver John Macarthur, O Power da Suffering [Wheaton, Ill .: Victor, 1995].)

Espere Suffering

Amados, não se surpreender com o fogo ardente no meio de vós, que vem sobre vós para a sua análise, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; ( 04:12 )

Não esperava ser tão odiosamente perseguido, os crentes a quem Pedro escreveu estavam compreensivelmente surpreso, perturbado e confuso com o seu sofrimento. Talvez eles esperavam que a vida seja cheia de bênção, benefícios e proteção divina. No entanto, a expectativa dos crentes para o sofrimento está ligado nas palavras de Jesus, que disse aos apóstolos: "Se o mundo vos odeia, você sabe que ele tem odiado Me antes de odiar a vós" ( Jo 15:18 ); Admoestação de Paulo a Timóteo: "Todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" ( 2Tm 3:12 ); e advertência do apóstolo João: "Não se surpreenda, irmãos, se o mundo vos odeia" ( 1Jo 3:13 ). Para os cristãos, o confronto com o pecado e do mundo muitas vezes resulta em sofrimento, que é parte do custo do discipulado prometido (cf. Mt 10:38-39. ; 16: 24-26 ; João 12:24-26 ). Contando o custo está por trás das palavras de Jesus que ninguém constrói uma torre ou entra na batalha sem antes calcular esse custo ( Lucas 14:28-32 ).

Amados ( agapetos, cf. 02:11 ) é uma palavra pastoral comum transmitir ternura, compaixão, carinho e cuidados (cf. 1Co 4:14. ; 1Ts 2:81Ts 2:8 ; cf. 2Co 4:31Co 1:18. ). Como os adágios espirituais testados pelo tempo indicá-lo, "O sol que derrete a cera também endurece o barro", e "O evangelho salva e mata" (cf. Rom. 9: 15-24 ). Quer se trate de hostilidade para com a sua mensagem exclusiva, os seus esforços para evangelizar, ou seu estilo de vida piedosa, os crentes precisam se lembrar que as dificuldades é um corolário da fé bíblica ( Mc 10:30 ; Jo 16:33 ; 1Ts 3:41Ts 3:4. ; 2Tm 3:12 ; cf. 13 40:7-14'>Mt 7:13-14. ).

Embora o termo rendeu fogo ardente ( purōsis ) retrata figurativamente uma experiência dolorosa de perseguição, ele também é usado de um forno de fundição de metal para limpá-lo das impurezas (cf. Sl 66:10. ; Pv 17:3 no capítulo 3 deste volume). Pode ser que Pedro está aqui com base em sua familiaridade com a profecia de Malaquias:

"Eis que eu vou mandar o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E o Senhor, a quem você procurar, de repente virá ao seu templo; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele está vindo ", diz o Senhor dos Exércitos. "Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Pois ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. Ele vai sentar-se como um fundidor e purificador de prata e purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e prata, para que eles possam apresentar às ofertas Senhor na justiça "(. Mal. 3: 1-3 )

Esse texto fala de um fogo purificador, em contraste com o fogo que consome em 4: 1 : "Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; e todos os soberbos e todos os malfeitores serão joio; eo dia que está chegando vai colocá-las em chamas ", diz o Senhor dos Exércitos", "de modo que não lhes deixará nem raiz nem ramo." A prova de que Pedro estava pensando em palavras de Malaquias é reforçada pela referência do apóstolo para " a família de Deus "( v. 17 ), onde tal julgamento purificador deve vir. Pedro está dizendo que a perseguição é o Senhor refinando seu templo-Seu povo.

Tal maus tratos que vem sobre os crentes é também para o seu teste, provando a autenticidade da sua fé (cf. 23:10 ; Rm 5:3. ; 2Tm 3:112Tm 3:11 ; Tiago 1:3 —12 ). Sofrendo por causa da justiça, não só refina, mas, mesmo antes disso, revela se as pessoas são verdadeiramente crentes. Jesus ilustrou esta verdade na parábola dos solos: "Outros [sementes] caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra; e logo nasceu, porque não tinha terra profunda. Mas quando o sol tinha nascido, eles foram abrasados; e porque não tinha raiz, secou-se "( 13 5:40-13:6'>Mat. 13 5:6 ). O Senhor descreveu, uma resposta inadequada rasa para a proclamação do evangelho. Alguns não permitem a semente da Palavra de penetrar no solo duro do seu coração, e perseguição logo revelou a sua resposta ao evangelho para ser nada além de um superficial, falsa profissão ( vv. 20-21 ).

O verbo traduzido estavam acontecendo ( sumbainontos ) pode significar "a cair por acaso" e apela cristãos a compreender que as experiências de sofrimento injusto para Cristo não são acidentais, mas inevitável, porque a mensagem da ofende pecado, salvação e julgamento. Além disso, esses incidentes ocorrem por desígnio de Deus e revelar se professar a fé dos crentes é verdadeiramente regenerar (cf. 5:17 ; Pv. 3: 11-12 ; Heb. 12: 5— 11 ; Ap 3:19 ).

 

Exultar no sofrimento

mas na medida em que você compartilha os sofrimentos de Cristo, manter a alegria, para que também, na revelação de sua glória, vos alegrais com exultação. Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre você. ( 4: 13-14 )

Na medida é uma forma generosa para traduzir Katho ("como", "segundo a qual") e, assim, mostrar que recompensa eterna dos cristãos é proporcional ao seu sofrimento terrena (cf. Rm 8:18. ; 2 Cor. 4: 16-18 ; He 11:26 ; 2Jo 1:82Jo 1:8 ). Essa é uma relação razoável, já que o sofrimento revela a fidelidade ao seu Senhor Jesus Cristo, que se observou essa relação entre o sofrimento ea recompensa, dizendo:

Bem-aventurados sois vós, quando os homens vos odiarem, e banir você, e insultá-lo, e desprezar o seu nome como mau, por causa do Filho do Homem. Seja feliz naquele dia e exultai, porque eis que vossa recompensa será grande no céu. Pois da mesma forma que seus pais usado para tratar os profetas. ( Lucas 6:22-23 )

Pedro enriquece ainda mais a resistência daqueles que são perseguidos, afirmando que eles compartilham os sofrimentos de Cristo. Isso não está em nenhum sentido redentor; também não se referem apenas a união espiritual com Ele, como Paulo descreve em Romanos 6 . Mas ele se refere aos crentes que experimentam o mesmo tipo de sofrimentos que Ele suportou-sofrimento para o que é certo. RCH Lenski elabora justamente o significado da expressão de Pedro:

Os leitores de [1] Pedro estão apenas em comunhão com os sofrimentos de Cristo. Este é um pensamento que é proeminente e totalmente realizada por Paulo em Rm 8:17, Jo 15:21 ).

 
Nós comunhão dos sofrimentos de Cristo quando sofremos por amor do seu nome, quando o ódio que o atingiu nos impressiona por causa dele. Nunca há um pensamento de confraternizando na expiação do sofrimento de Cristo, nosso sofrimento também sendo expiatório. EmMt 5:12 perseguição nos coloca na companhia dos profetas perseguidos (alta exaltação de fato); aqui nos coloca na companhia do próprio Cristo, em uma comunhão ainda maior ou [ Koinonia ]. É que "uma coisa estranha" ou para ser considerado estranho? É o que devemos achar apropriado, natural, de se esperar, sim, como diz Pedro (seguindo Mt 5:12 ), um motivo de alegria. ( A Interpretação das Epístolas de São Pedro, São João e São Judas [reimpressão; Minneapolis: Augsburg, 1966], 203)

Cristo, que sofreu nas mãos de homens maus, mesmo que Ele era sem pecado ( Is 53:9. ; Mt 27:12 , Mt 27:26 , 29-31 , 39-44 ; Jo 10:31 , Jo 10:33 ; Jo 11:8 ) prometeu crentes seria seu privilégio de sofrer da mesma forma, quando disse: "Lembre-se da palavra que eu vos disse: 'Um escravo não é maior que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa "( Jo 15:20 ).

Na medida em que os crentes sofrem injustamente, eles devem, como seu Senhor fez, manter a alegria, um sentimento completamente inaceitável para aqueles que não têm esperança de recompensa celestial, mas afirmado pelo Senhor quando Ele declarou:

Bem-aventurados aqueles que foram perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque vosso galardão nos céus é grande; pois da mesma forma perseguiram os profetas que foram antes de vós. ( Mateus 5:10-12. )

A revelação da sua glória virá em "o dia em que o Filho do Homem se manifestar" ( Lc 17:30 ), que refere-se a volta de Cristo. O Senhor retomou o exercício pleno de sua glória depois que Ele subiu ao céu, mas Ele não revelou ainda que na terra para todo mundo ver (cf. Mt 24:30. ; Fp 2:9-11. ; Rev. 19:11 —16 ). (Pedro, Tiago e João fez ter uma prévia do que a glória quando eles testemunharam a transfiguração de Cristo [ Marcos 9:2-3 ; cf. 2 Pedro 1: 16-18 ].)

Segundo uso de Pedro de se alegrar ( chairo ) no versículo 13 é qualificado pela exultação ( agalliaō ), uma referência à alegria arrebatadora. Quando Cristo voltar, os crentes vão se alegrar com exultação (conforme a discussão de alegria no capítulo 3 deste volume), e fazê-lo na proporção de sua participação em seus sofrimentos nesta vida. Aqueles que compartilham Seus sofrimentos também irá compartilhar sua glória ( 5: 1 ; cf. Mt 20:20-23. ). Sofrimento dos santos para a justiça comprova-los, refina-los, e ganha por eles "um peso eterno de glória" ( 2Co 4:17 ), de modo que quanto maior seu sofrimento o mais forte a sua esperança, e quanto mais rica a sua alegria (cf. II Coríntios 4:16-18. ; Jc 1:2. ; Mt 24:9 ; Jo 1:12 ; At 2:38 ; At 4:17 , At 4:30 ; At 9:15 ; At 19:17 ).No sermão de Pedro perante o Sinédrio, ele afirmou: "Não há salvação em nenhum outro; pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos "( At 4:12 ). Mais tarde, os apóstolos "seguiram o seu caminho a partir da presença do Conselho, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afronta pelo nome" ( 05:41 ). Em sua visão a respeito da conversão de Saulo de Tarso e sua pregação posterior como o apóstolo Paulo, Cristo disse a Ananias de Damasco: "Eu vou mostrar a ele o quanto ele deve sofrer por causa do meu nome" ( 9:16 ). Não é o nome "Cristo" que ofende o ímpio, mas sim que Ele é e o que Ele fez e disse que provoca a hostilidade deles.

Essa animosidade se resume na palavra injuriado ( oneidizō ), que significa "para denunciar", ou Na Septuaginta que descreveu hostilidade amontoados em Deus e Seu povo, os ímpios ("amontoar insultos em cima." Sl 42:10. ; Sl 44:16 , Sl 74:18 ; cf. Is 51:7. ; Mc 15:32 ; Rm 15:3 ; 17: 1-7 ).

No entanto, todo o ódio e violência do mundo contra os cristãos não diminui o seu bem-aventurança. Na verdade eles são mais abençoados por esse sofrimento, não só para a recompensa eterna que receberão mas para o presente bênção, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre eles. Não é apenas por causa do sofrimento que o Espírito Santo vai descansar sobre os crentes, como quando Ele veio e partiu de um profeta do Antigo Testamento, mas sim que Ele, que já está em crentes permanentemente ( Rm 8:9 ; 0:13 ), dá-lhes alívio sobrenatural no meio de seu sofrimento. Porque o Espírito é Deus, divina glória define sua natureza (cf. Sl 93:1 ; 34: 5-8 ; 40: 34-38 ; . Hab 3: 3-4 ). Quando o tabernáculo e a arca da aliança foram trazidos para o templo recém dedicada de Salomão, "a glória do Senhor encheu a casa do Senhor" ( 1Rs 8:11 ). Tal como a nuvem brilhante do Shekinah descansou no tabernáculo e no templo, para que o Espírito Santo vive e ministros para os crentes de hoje. Rests (do presente do indicativo de anapauō ) significa "dar alívio, refresco, intervalo de labuta" (cf . Mateus 11:28-29. ; Mc 6:31 ), e descreve um de seus ministérios. "Refresco" vem sobre aqueles crentes que sofrem por causa do Salvador e do evangelho. O Espírito lhes dá graça por transmitir endurance, compreensão, e todo o fruto que vem na panóplia de Sua bondade: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto— controle; Contra estas coisas não há lei "( Gálatas 5:22-23. ).

Esse tipo de refresco e poder divino veio sobre Estevão, um líder na igreja de Jerusalém e seu mártir registrado pela primeira vez. Quando ele começou a defender a sua fé perante os líderes judeus, eles "viram o seu rosto como o rosto de um anjo" ( At 6:15 ). Seu comportamento significava serenidade, tranqüilidade e alegria, todo o fruto do Espírito, não diminuída e até mesmo ampliado por seu sofrimento e graça do Santo Consolador para ele. O Sinédrio ficou furioso como Estevão ensaiada história redentora a eles a partir do Antigo Testamento, uma conta que culminou com a obra expiatória de Jesus, o Messias. Resto controlado pelo Espírito Santo Estêvão foi evidente como "fitando os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus; e ele disse: 'Eis que vejo os céus abertos eo Filho do homem em pé à direita de Deus "( Atos 7:55-56 ). Como seus inimigos apedrejaram até a morte, Estevão "apelou ao Senhor e disse: 'Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" Em seguida, caindo de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não imputes este pecado eles! ' Tendo dito isto, adormeceu "( vv. 59-60). Verdadeiramente o Espírito da glória elevou-o acima de seu sofrimento para um doce alívio. Essa obra poderosa do Espírito foi a causa do testemunho depois de Paulo em II Coríntios 12:9-10 : "E Ele me disse:" A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. "Muito contente, então, eu gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, por amor de Cristo; Porque, quando sou fraco, então é que sou forte. "

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Certifique-se de que nenhum de vocês sofre como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou um intrometido problemático; mas se alguém sofre como cristão, ele não é de que se envergonhar, mas é glorificar a Deus neste nome. Pois é tempo de começar o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o resultado para aqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E se é com dificuldade que o justo é salvo o que será do ímpio e do pecador? ( 4: 15-18 )

Nem todo o sofrimento traz alívio Espírito Santo. Problemas decorrentes de ações ilegais, obviamente, não constitui sofrimento para a justiça. Se algum crente é um assassino, ou ladrão (crimes de capital no mundo antigo), ele ou ela não tem direito de reclamar de ser punido, nem qualquer direito de esperar graças do Espírito. O mesmo se aplica se houver deveria sofrer como um malfeitor ( kakopoios ), um termo mais genérico que engloba todos os crimes, sem exceção (cf. 2:14 ; 3Jo 1:11 )

 

Porquanto ouvimos que alguns entre vós estão levando uma vida indisciplinada, fazendo nenhum trabalho em tudo, mas agindo como intrometidos. Agora essas pessoas, ordenamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo para trabalhar de forma tranquila e comam o seu próprio pão. (2 Ts 3: 11-12. )

Os cristãos nunca devem ser arruaceiros ou agitadores na sociedade ou em seus locais de trabalho (cf. 1 Tim. 2: 1-3 ; Tito 3:1-5 ). Eles podem confrontar os pecados da vida dos outros crentes, ajudar a administrar a disciplina da igreja, desafiar incrédulos com o evangelho, e exortar outros santos a maiores níveis de piedade; mas em relação a assuntos particulares dos outros que não lhes dizem respeito, os crentes nunca deve intrometer de forma inadequada. Mais especificamente, Pedro estava se referindo ao ativismo político e agitação interrupções civil ou de atividade ilegal que interfere com o bom funcionamento da sociedade e do governo. Essa atividade seria obrigar as autoridades a aplicar o castigo ( 13 2:45-13:4'>Rom. 13 2:4 ; para uma discussão mais ampla sobre esses problemas, consulte o capítulo 13 deste volume). É errado para os crentes para ver que a punição como perseguição por sua fé. Se pisar fora da fé e trazer problemas, hostilidade, ressentimento, ou a perseguição em si mesmos, eles não têm mais direito de esperar alívio Espírito Santo do que se fossem assassinos. Isso Pedro aqui inclui allotriepiskopos em sua lista de pecados pode significar que alguns discípulos, em seu zelo pela verdade e ressentimento do paganismo, estavam causando problemas na sociedade por razões alheias uma preocupação sincera e legítima para o evangelho.

Lembro-me de uma conversa, uma vez que tive com um pastor russo que sofreu muito sob o comunismo soviético. Eu perguntei se ele ou seus companheiros cristãos nunca se rebelou contra aquela forma de governo. Ele respondeu que era todas as suas convicções de que se eles nunca foram ressentia e perseguidos pelas autoridades seculares, seria apenas para o evangelho. A igreja russa, na verdade, cresceu forte naquele ambiente, e ele perguntou como pastores na América poderia ter pessoas santas, sem o seu sofrimento para o evangelho.

Se alguém sofre como cristão seu sofrimento se qualifica para bênção Espírito Santo. Ele não deve se sentir envergonhado ( aischunō, "desonrado"), mas sim por causa dessa bênção de conforto sobrenatural ele é glorificar a Deus neste nome (Cristão). Primeiro do século crentes que se refere a um outro, como "irmãos" ( Atos 1:15-16 ; At 6:3 ; At 12:17 ; At 15:13 ), "santos" ( At 9:13 ; Rm 8:27 ; Rm 15:25 ; 1Co 16:11Co 16:1 ; At 22:4 , At 24:22 ). Ironicamente, no entanto, Cristão não era um nome em primeiro lugar assumido pelos próprios crentes; em vez disso, porque era originalmente uma designação derisive dado a eles pelo mundo, foi associado com ódio e perseguição (cf. At 11:26 ; At 26:28 ). Tornou-se, e deve permanecer, o nome dominante e amado pelo qual os crentes são conhecidos, os que pertencem a Cristo.

Para glorificar a Deus neste contexto significa a louvá-Lo para o privilégio ea honra de sofrer por esse nome, por causa de tudo o que Ele fez, está fazendo e vai sempre fazer para os Seus santos. Não só este tipo de sofrimento alegria produzem mais de recompensa celestial e a bênção de Deus, ele também purifica a igreja. Aqui pensamento retornos de Pedro aos Malaquias 3:1-3 imagery (ver comentários em v 12. , no início deste capítulo). O Senhor irá limpar seu templo, o Seu povo. É tempo ( kairos ), que designa um decisivo e crucial momento, neste contexto, a temporada- de começar o julgamento. A palavra grega para julgamento é krima e refere-se a um processo judicial que torna uma decisão sobre o pecado de alguém. A palavra identifica um assunto para ajudication (cf. : 1Co 6:7. e é usado especialmente para o julgamento divino) (cf. Rm 2:5 ; Rm 11:33 ). Julgamento divino sobre os crentes é a decisão Deus torna em seu pecado, que inclui a correção e leva à limpeza (cf. 5: 9-10 ) de família de Deus, mas não a condenação eterna:

Portanto não há agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus ( Rm 8:1 ).

 

Mas, quando somos julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para que não sejamos condenados com o mundo. ( 1Co 11:32 )

Household é referência de Pedro para a igreja; outros versículos do Novo Testamento também fazer que significa planície (cf. 2: 5 ; . Gl 6:10 ; . Ef 2:19 ; . 1Tm 3:151Tm 3:15 ; He 3:6 ).

Pedro coloca a questão comparativa, se [o julgamento] começa com [crentes] Primeiro, o que será o resultado para aqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? A resposta é simples: o julgamento termina com condenação definitiva de Cristo dos ímpios no Grande Trono Branco ( Apocalipse 20:11-15 ; cf. Mt 7:21-23. ; 25: 44-46 ). Embora Deus castiga Seu próprio povo agora, Seu futuro julgamento dos perdidos será infinitamente mais devastador (cf. Dn 12:2 , 13 49:40-13:50'>49-50 ; 22: 11-14 ; Mt 25:41 ; Marcos 9:44-49 ; 13 23:42-13:28'>Lucas 13:23-28 ; 16: 23-24 ; Ap 14:10-11 ).

É infinitamente melhor para as pessoas a suportar o sofrimento com alegria agora como crentes sendo purificado para testemunho eficaz e glória eterna do que mais tarde suportar o tormento eterno como incrédulos (cf. Lucas 16:19-31 ). Pedro reforçou esse ponto para os seus leitores com uma citação da Septuaginta renderização de Pv 11:31 , E se é com dificuldade que o justo é salvo o que será do ímpio e pecador? Com dificuldade é o advérbio molis (relacionado a Molos, "labutar"), que significa "mal" ou "mal" (ver usos em At 14:18 ;At 27:7 , At 27:16 ) e revela a dificuldade com que os crentes são trouxe a salvação final pelos fogos do sofrimento injusto, purga divina, e disciplina ordenado por Deus:

É para disciplina que perseverais; Deus vos trata como filhos; pois que filho há a quem o pai não corrige? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, então você está filhos ilegítimos e não filhos. ( Heb. 12: 7-8 )

Paulo afirmou esta necessidade em resposta a seu próprio sofrimento severo nas mãos dos maus judeus que o apedrejado em Listra. Lucas dá conta do sofrimento e da resposta de Paulo em Atos 14:19-22 ,

Mas judeus de Antioquia e Icônio, e tendo ganho sobre as multidões, apedrejaram a Paulo eo arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto. Mas quando os discípulos o rodearam, ele se levantou e entrou na cidade. No dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe.Depois, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, e dizendo: "Através de muitas tribulações, nos importa entrará no reino de Deus ".

Isso foi apenas um incidente em uma longa lista de dores injustas que o apóstolo suportou, narrou especialmente em II Coríntios 1:3-11 ; 4: 7-18 ; 6: 4-11 ; 2Co 7:5 , e culminando em 12: 7-10 , em que Paulo revela que seu sofrimento era para humilhar e assim reforçar a ele:

Por causa da suprema grandeza das revelações, por este motivo, para me impedir de exaltar a mim mesmo, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar-me impedir de exaltar a mim mesmo! Roguei ao Senhor três vezes que o afastasse de mim. E Ele me disse: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." De boa vontade, pois, eu gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, por amor de Cristo; Porque, quando sou fraco, então é que sou forte.

Jesus disse que os crentes teriam tribulação neste mundo, incluindo a ser perseguido até a morte ( João 16:2-3 , Jo 16:33 ), e que tal sofrimento viria a eles porque ele veio a Ele ( Mateus 10:24-25. ) para fazer "o capitão de seu sofrimento pelas aflições" ( He 2:10. , KJV ; cf. 1Pe 1:11 ). Foi difícil para Jesus para ser o Salvador por causa da dor imensurável Ele suportou da exposição a este mundo pecaminoso e que tenha de estar sob a maldição de Deus por todos os pecados de todos os que jamais acreditaria. Se fosse com excruciante dificuldade que Ele se entregou para redimir os pecadores, e com dolorosa dificuldade que os redimidos suportar a sua glória final, será que alguém acha que o homem sem Deus eo pecador, que viveu sua vida sem sofrer por causa da justiça (porque ele é injusto), vai simplesmente morrer e ir para fora da existência ou ser dado um lugar no céu, porque Deus não é nada, mas amar e perdoar? Esse é um pensamento tolo. Pedro está dizendo sofrimento eterno do ímpio, em comparação com o sofrimento temporal do divino, é muito maior. Paulo chama a distinção entre os sofrimentos terrenos dos santos e do castigo eterno dos perdidos desta forma:

[Perseguição] é uma indicação clara do justo juízo de Deus, para que você será considerado digno do reino de Deus, para que de fato você está sofrendo. Pois, afinal, é apenas justo para Deus retribuir com tribulação aos que vos atribulam, e dar alívio a vocês, que estão aflitos e para nós também, quando o Senhor Jesus será revelado do céu com seus anjos poderosos, em chama de fogo, lidando a retribuição àqueles que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes irão pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder. ( II Tessalonicenses 1:5-9. )




Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Pedro Capítulo 4 do versículo 1 até o 19

I Pedro 4

A obrigação do cristão — 1Pe 4:1-2

O cristão, pelo fato de ser cristão, está comprometido a abandonar os costumes pagãos e ímpios e a viver como Deus quer que viva.
Pedro diz que “aquele que sofreu na carne deixou o pecado.” O que é que isto significa exatamente? É difícil dizê-lo. Existem três distintas possibilidades.

  1. Uma forte linha de pensamento judeu sustenta que o sofrimento purifica a alma. No Apocalipse de Baruque, referindo-se às experiências do povo de Israel, diz: "Então, portanto, foram eles castigados para que assim pudessem ser purificados" (Ap 13:10). Com relação à purificação dos espíritos humanos expressa Enoque: "Na medida que seu corpo é consumido cada vez mais pelo fogo, assim também se operará uma mudança correspondente e contínua em seu espírito; porque diante do Senhor dos espíritos não haverá ninguém que pronuncie uma palavra mentirosa" (67:9).

Esses espantosos sofrimentos são descritos em 2 Macabeus (6:12- 16) nesta forma:

"Rogo aos leitores deste livro que não se desconcertem por estas desgraças; pensem, antes, que estes castigos buscam não a destruição, mas sim a educação de nossa raça; pois o não tolerar por muito tempo os ímpios, de modo que logo caiam em castigos, é sinal de grande benevolência. Pois com as demais nações o Soberano, para castigá-las, aguarda pacientemente a que venham a encher a medida de seus pecados; mas conosco decidiu não proceder assim, para que não tenha logo que nos castigar, ao chegar nossos pecados à medida repleta. Por isso mesmo nunca retira de nós sua misericórdia: quando corrige com a desgraça, não está abandonando a seu próprio povo"

A idéia aqui é que o sofrimento santifica e que o não ser castigado é a maior penalidade e castigo que Deus pode impor ao homem. “Bem— aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes” (Sl 94:12). “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina”, afirma Elifaz em Jó (5:17). “Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (He 12:6). Se esta é a idéia, isso significa que aquele que foi disciplinado pelo sofrimento foi curado do pecado.

Este é um notável pensamento. Capacita-nos — como diz Browning — a "dar as boas-vindas a cada contrariedade que arrepia a suavidade da terra". Capacita-nos a ver o significado que há por trás das experiências da vida e agradecer a Deus por experiências dolorosas mas que salvam a alma. Entretanto, em que pese sua grandeza, este pensamento não é aqui estritamente aplicável.

  1. Bigg pensa que quando Pedro diz que aquele que sofreu na carne rompeu com o pecado, está falando em termos da experiência que os cristãos daquela época tinham tido por causa da perseguição, da antipatia geral e do sofrimento por sua fé em Cristo. Bigg o expressa nesta maneira:

"Não há por que temer que aquele que sofreu em humildade e em temor, aquele que suportou tudo o que a perseguição pode tê-lo prejudicado, entregue-se à maldade, antes, podemos confiar em que tem que praticar o bem, pois a tentação perdeu manifestamente seu poder sobre ele."

A idéia é que quem passou através da perseguição e não negou o nome de Cristo e se manteve firme em sua fé, chega à outra margem com o caráter tão provado e com sua fé tão fortalecida que a tentação não pode alcançá-lo. Novamente aqui nos encontramos com um pensamento de elevado valor: que cada prova e cada tentação que chega a nós tem o propósito não de nos fazer cair, mas sim nos tornar mais fortes e melhores. Cada tentação resistida faz com que a próxima seja mais fácil de resistir; e cada tentação derrotada nos capacita a enfrentar e rejeitar o ataque seguinte. Como já dissemos, este é um esplêndido pensamento, ainda que resulte duvidoso que seja muito pertinente aqui.

  1. Há ainda outra explicação mais e, provavelmente, seja esta a mais correta. Tenhamos presente nosso texto: “Aquele que sofreu na carne deixou o pecado.” O apóstolo acaba de falar a respeito do batismo. Agora, a grande figura neotestamentária referente ao batismo nós a encontramos em Romanos 6. Nesse capítulo Paulo expressa que a experiência do batismo é equivalente a de ser sepultado com Cristo na morte e ser ressuscitado a novidade de vida. É como morrer para o pecado e ressuscitar para a justiça. É como compartilhar a experiência total de Cristo: sua vida, suas tentações, seus sofrimentos, sua morte e, finalmente, sua ressurreição. Cremos que aqui está Pedro pensando também nisto. Referiu-se ao batismo e agora acrescenta: "Aquele que no batismo participou dos sofrimentos e da morte de Cristo se elevou a tal grau de novidade de vida com Cristo que já o pecado não tem domínio sobre ele" (conforme Rm 6:14). Mais uma vez teremos que lembrar que aqui se trata do batismo de adultos, o batismo daqueles que voluntariamente ingressam na 1greja procedentes do paganismo. Mediante este ato do batismo a pessoa se identifica com Cristo, compartilha seus sofrimentos e até sua morte, mas participa também de seu poder vivificador e, por conseguinte, é vencedor do pecado.

Quando isso sucede, o homem deu um adeus definitivo à sua antiga maneira de viver. O domínio do prazer, do orgulho e da paixão desapareceram e começou o reinado de Deus. Os antigos companheiros dessa pessoa poderão sorrir ironicamente em face deste novo "puritanismo". Entretanto, o cristão sabe muito bem que o juízo de Deus tem que chegar e que então os juízos terrestres serão reconsiderados e revogados, e os Prazeres eternos compensarão mil vezes os prazeres daninhos e transitivos que terá que abandonar nesta vida.

A OPORTUNIDADE FINAL

1Pe 4:6

Esta muito difícil passagem conclui com um versículo não menos difícil. Reaparece aqui a idéia do evangelho pregado aos mortos. Pelo menos três diferentes significados foram atribuídos à palavra mortos.

  1. Considerou-se a passagem como referindo-se àqueles que estão mortos no pecado, quer dizer: não aqueles que estão fisicamente mortos mas sim aqueles que estão sob a mortal influência do pecado.
  2. Pensou-se que alude àqueles que tenham morrido antes da Segunda Vinda de Cristo. Essas pessoas estão mortas, mas escutaram o evangelho antes de morrer, e não perderão a glória.
  3. Opinou-se que simplesmente se refere todos os mortos. Pouca dúvida pode ter-se que este terceiro significado é o correto. Pedro esteve falando a respeito do descida de Cristo ao lugar dos mortos e aqui reaparece a idéia da pregação dirigida aos mortos.

Mas, o que significa dizer que ainda que esses mortos foram julgados na carne como homens, o evangelho foi-lhes pregado para que possam viver segundo Deus?

Nunca se descobriu um significado plenamente satisfatório para este versículo. Não obstante, cremos que a melhor explicação seria esta: para o homem mortal a morte é a penalidade do pecado. O pecado introduziu a morte no mundo. Como escreveu Paulo: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5:12). Se não houvesse pecado tampouco teria havido morte; a morte é o pagamento do pecado e, portanto, a morte é em si mesma um juízo. De maneira que Pedro diz que todos os homens já foram julgados quando morreram. Porque são homens, estão sob o juízo da morte. Apesar de tudo isto Pedro apresenta-se com a surpreendente idéia de que Cristo desceu ao mundo dos mortos e ali pregou o evangelho. Por conseguinte, esse mesmo fato significa que ainda que eles foram julgados pela morte, mesmo assim têm outra oportunidade para aferrar— se ao evangelho e viver no Espírito de Deus.

Em algum sentido este é o mais esplêndido de todos os versículos da Bíblia, porque, se nossa interpretação se aproximar da verdade, isso nos daria uma surpreendente visão nada menos que de um evangelho da segunda oportunidade.

O FIM IMINENTE

1Pe 4:7a

Eis aqui uma nota que ressoa constantemente através de todo o Novo Testamento. Paulo adverte que é tempo de despertar do sono porque a noite está já muito avançada e o dia se aproxima (Rm 13:12). “Perto está o Senhor”, escreve aos filipenses o mesmo apóstolo (Fp 4:5). “A vinda do Senhor está próxima” (Jc 5:8). O apóstolo João assinala que o tempo que seus contemporâneos devem viver é o último tempo (1Jo 2:18). "O tempo está próximo", afirma João no Apocalipse e ouve o Cristo ressuscitado atestar: "Certamente, venho sem demora" (Ap 1:3; Ap 22:20).

Há muitas pessoas que consideram estas e outras passagens similares como extremamente problemáticas pois, se tiverem que ser tomadas literalmente e tal como aparecem à primeira vista, os escritores do Novo Testamento estariam equivocados. Quase dois mil anos transcorreram desde então e o fim ainda não chegou. Estas passagens suscitam um problema que tudo estudioso da Bíblia está obrigado a enfrentar.

Há quatro maneiras de enfocar tais passagens.

  1. Podemos sustentar simplesmente que os escritores do Novo Testamento estavam errados. Esperavam a volta de Cristo e o fim do mundo em sua própria geração e tais acontecimentos não tiveram lugar. Se adotamos este ponto de vista resulta sugestivo que a Igreja cristã permitisse que tais versículos permanecessem dentro da Escritura. Não teria sido difícil eliminá-los furtivamente do texto dos documentos do Novo Testamento mas, em que pese isso, deixaram-nos. Até fins do século II não começou o Novo Testamento a ser cristalizado na forma em que hoje o temos e, quando isto sucedeu, livros com declarações tais como estas chegaram a ser parte indisputável do mesmo. A evidente conclusão é que a Igreja primitiva não cria que tais afirmações estivessem equivocadas; pelo contrário, aceitava-as como verdadeiras.
  2. Há uma sólida linha de pensamento no Novo Testamento que, efetivamente, sustenta que o fim chegou. A consumação da história foi a vinda de Jesus Cristo. Com Ele o tempo foi invadido pela eternidade. Com Ele Deus entrou na situação humana. NEle se cumpriram as profecias. Com Ele chegou o fim. Paulo fala de si mesmo e dos seus como aqueles sobre os quais chegou o fim dos tempos (1Co 10:11). Pedro, em seu primeiro sermão, menciona a profecia de Joel referente ao derramamento do Espírito e a tudo aquilo que sucederia nos últimos dias, e então adiciona que esses dias chegaram, que nesses precisos momentos a humanidade estava vivendo realmente esses dias últimos que o profeta havia predito (Atos 2:16-21). Se aceitamos isto, significa que em Cristo chegou o fim da história. A batalha foi ganha, só restam escaramuças com os últimos restos da oposição, uma espécie de "operação de limpeza" final. Isto significaria que neste mesmo momento estamos vivendo no "tempo do fim", o que alguém chamou o "epílogo da história". Este é um ponto de vista muito difundido e muito ortodoxo; entretanto, dilui-se diante dos fatos. A maldade é tão desenfreada como sempre; o homem é tão rebelde como sempre; o mundo está ainda muito longe de ter aceito a Cristo como Rei. Pode ser que seja este o "tempo do fim" mas a alvorada está tão longínqua como sempre.
  3. Pode ser que tenhamos que interpretar a palavra próximo à luz da história. A história é um processo de extensão quase inimaginável.

Tentou-se ilustrar desta maneira: Suponhamos que todo o tempo é representado pela altura da torre Eiffel mais um selo de correios colado sobre o topo da mesma. Neste caso a extensão da história conhecida estaria representada pela espessura do selo, enquanto que a extensão não conhecida seria a altura total da torre.
Quando pensamos no tempo em termos como estes a palavra próximo se converte num vocábulo de valor muito relativo. Literal e historicamente o salmista estava certo quando disse que aos olhos de Deus mil anos não eram mais que uma das vigílias da noite (Sl 90:4). Neste caso o termo próximo pode cobrir séculos e gerações e, mesmo assim, estar corretamente aplicado. Mas é indubitável que os escritores bíblicos não tomaram a palavra próximo neste sentido, visto que não tinham uma concepção da história em tais termos.

  1. O fato simples é que atrás disto há uma verdade iniludível e pessoal. Para cada um de nós o tempo está próximo. Para cada um de nós o Senhor está próximo. Não podemos dizer o dia nem a hora quando iremos encontrar nos com nosso Deus; portanto, toda nossa vida tem que ser vivida à sombra da eternidade.

"O fim de todas as coisas se aproxima", advertiu Pedro. Os antigos pensadores podem ter estado equivocados se criam que o fim definitivo estava muito próximo. Entretanto, deixaram-nos a advertência de que para cada um de nós, em forma pessoal e iniludível o fim está próximo.

Em vista deste fato universal, tais exortações e advertências são tão válidas para nós hoje como o foram em tempos anteriores.

VIVENDO À SOMBRA DA ETERNIDADE

I Pedro 4:7b-8

Quando alguém percebe a proximidade de Jesus Cristo, tem que forçosamente dedicar-se a certo tipo de vida. Em vista desta proximidade Pedro faz quatro demandas.

  1. Diz que temos que ser mentalmente prudentes (TB). Poderíamos traduzi-lo assim: "Preservem sua prudência." O verbo que Pedro usa é sofronein. Relacionado com este verbo está o substantivo sofrosune, que em grego se deriva do verbo sozein que, por sua vez, significa manter a salvo, e do substantivo fronesis que equivale a mente. Sofrosune é a sabedoria que caracteriza à pessoa que é preeminentemente corda; e sofronein significa preservar a prudência própria. A grande característica do homem cordato é que vê as coisas em sua devida proporção; distingue o importante do que não o é; não se deixa arrebatar por repentinos arranques de entusiasmo caprichoso e transitivo; não é propenso nem ao fanatismo desequilibrado nem à indiferença inconsciente. Só quando vemos os assuntos e as atividades terrestres à luz da eternidade é quando podemos considerá-los em sua devida proporção e importância. Somente quando se concede a Deus o lugar que lhe corresponde é quando todas as coisas, por sua vez, ocupam seu devido lugar. .
  2. Pedro nos exorta a que sejamos sóbrios mentalmente, ou judiciosos. Poderíamos traduzi-lo assim: "Mantenham sua sobriedade." O verbo aqui é nefein. Originalmente este verbo significava o fato de estar sóbrio em contraposição ao feito de estar ébrio. Chegou posteriormente a ter o significado de agir com sensatez e sensibilidade. Isto não quer dizer que o cristão tenha que perder-se num sombrio abatimento. O que sim significa é que seu enfoque da vida não tem que ser frívolo nem irresponsável. Levar as coisas a sério é estar conscientes da verdadeira importância dos problemas, preocupar-se por suas conseqüências no tempo e na eternidade, estar sempre conscientes de seus efeitos em nós mesmos e em outros; encarar a vida não como uma brincadeira, mas sim como um assunto sério do qual somos responsáveis.
  3. Diz o apóstolo que devemos fazer isto para poder orar como é devido: (“Sede, portanto, prudentes e sóbrios para oração”, verte a Tradução Brasileira). Podemos pensar que Pedro queria dizer: "Preservem sua vida de oração." Quando a mente do homem está desequilibrada, quando permite que seus preconceitos o arrebatem, quando seu enfoque da vida é frívolo, egoísta e irresponsável, então é evidente que não pode orar como deveria fazê-lo. Em tal caso não saberá o que é o que deve pedir e, em conseqüência, solicitará coisas indevidas. Unicamente aprendemos a orar de maneira correta quando levamos a vida de maneira tão sábia e tão séria que começamos em cada caso exclamando: "Seja feita sua vontade!" A primeira condição necessária para orar é o desejo não de obter o que queremos, mas sim de descobrir a vontade de Deus para nós.
  4. Diz que devemos ter um amor fervente de uns para com os outros. É como se nos recomendasse "preservem seu amor". A palavra que Pedro usa para descrever este amor cristão é ektenes, vocábulo que tem dois significados. Significa que alcança (no sentido de constante e conseqüente), que nunca falha. Nosso amor tem que ser um amor que nunca falha. Mas ektenes quer dizer mais que isso. Significa também estender-se no sentido que o corredor se estende esforçando-se.

Como C. E. B. Cranfield o expressa, essa palavra serviria para descrever um cavalo que corre rapidamente tendido. Também denota "os tensos músculos do atleta entregue a um vigoroso e sustentado esforço".
Aqui temos uma verdade cristã fundamental. O amor cristão não é uma reação fácil e sentimental. Exige tudo o que o homem pode reunir de energias tão espirituais como mentais e físicas. Significa amar o que não parece digno de ser amado; significa amar pese ao insulto e à injúria, significa amar quando o amor não é correspondido, mas sim desprezado.
Bengel traduz ektenes mediante a palavra latina vehemens, veemente. O amor cristão é o amor que nunca falha, o amor para o qual está dirigido cada átomo da energia humana.

De maneira que o cristão, à luz da eternidade, tem que preservar sua prudência, preservar sua sobriedade, preservar suas orações e preservar seu amor.

O PODER DO AMOR

I Pedro 4:7b-8 (continuação)

“O amor”, diz Pedro, “cobre multidão de pecados”. Esta afirmação pode significar três coisas. Não será necessário que escolhamos entre elas porque todas são igualmente válidas, todas são preciosas e todas estão contidas ali.

  1. Pode significar que nosso amor é capaz de passar por alto muitos pecados. “o amor cobre todas as transgressões” (Pv 10:12). Se amamos a uma pessoa será fácil perdoá-la. Não é que o amor seja cego, mas sim ama a uma pessoa tal como é, com faltas e tudo. O amor torna mais fácil a paciência. É muito mais fácil ser paciente com nossos próprios filhos que com os filhos alheios. Se realmente amamos a nosso próximo, poderemos aceitar suas faltas e suportar suas tolices e até sofrer sua rudeza e até sua crueldade. O amor certamente pode cobrir uma multidão de pecados.
  2. Pode significar que se amamos a outros, Deus passará por alto uma multidão de pecados em nós.

Na vida nos encontramos com dois tipos de pessoas. Conhecemos pessoas que não têm faltas e às quais não é possível apontar com o dedo; nada há neles que possa ser criticado: são morais, são ortodoxos e são altamente respeitáveis, mas têm pouca simpatia, não são compreensivos, mostram-se duros e severos e são incapazes de compreender por que outros cometem erros e caem em pecado. Também encontramos pessoas que têm todo tipo de faltas, que são culpados de hábitos, práticas e de complacências que nada têm de respeitáveis e perante cujas atitudes as pessoas dignas franzem o cenho; entretanto, são bondosas, têm simpatia, seu primeiro impulso é perdoar, ajudar e consolar, e raramente ou nenhuma vez condenam. A este segundo tipo de pessoas é que o coração guarda afeto. Com toda reverência podemos dizer que o mesmo sucede com Deus: Deus perdoará muito ao homem que ama e ajuda a seu próximo.

  1. Pode significar que o amor de Deus cobre a multidão de nossos pecados. Sabemos que isto é bendita e profundamente certo. A maravilha da graça é que, pecadores como somos, Deus nos ama e que por isso mesmo enviou a seu Filho.

Aqui temos uma bendita verdade porque, não importa como tomemos esta expressão, o amor certamente cobre multidão de pecados.

A RESPONSABILIDADE DO CRISTÃO

I Pedro 4:9-10

A mente de Pedro está dominada nesta passagem de sua Carta pela convicção de que o fim de todas as coisas está próximo. É extremamente interessante e significativo notar que não usa esta convicção para urgir os crentes a que se retirem do mundo e comecem uma espécie de campanha particular para salvar suas próprias almas. O que faz é insistir com seus leitores a que vão ao mundo e sirvam a seu próximo. O iminente fim não era para Pedro um motivo para separar-se do mundo e fazer um esforço definido para obter uma egoísta salvação, mas sim um motivo para identificar-se ainda mais profundamente com o mundo mediante o serviço a outros. Tal como Pedro vê as coisas, o homem será feliz se o fim o encontrar não isolado num monastério ou vivendo numa ermida, mas sim fora, no mundo, servindo a seu próximo.

  1. Em primeiro lugar, Pedro insiste com seus leitores a cumprir o dever da hospitalidade. Sem a hospitalidade a Igreja cristã não poderia ter existido. Os missionários itinerantes que difundiram as boas novas do evangelho tinham que encontrar algum lugar onde alojar-se e isto não podia fazer-se mas nos lares dos cristãos. As pousadas comuns eram excessivamente caras, insuportavelmente sujas e notoriamente imorais. Sem a hospitalidade dos lares cristãos a obra dos antigos missionários teria ficado estancada. É assim como encontramos a Pedro alojando-se com um tal Mnasom, do Chipre, um antigo discípulo (At 21:16). Muitíssimas pessoas anônimas na 1greja primitiva, ao abrir as portas de seus lares fizeram possível a obra missionária.

Mas não somente os missionários necessitavam hospitalidade, também as Igrejas locais tinham necessidade dela. Durante duzentos anos não houve tal coisa como edifícios ou templos dedicados ao culto cristão. A Igreja estava obrigada a reunir-se nas casas daqueles que tivessem salas ou quartos de maiores dimensões e que estivessem dispostos a emprestá-los para celebrar os cultos da congregação. É assim como lemos a respeito da Igreja que estava na casa de Áqüila e Priscila (Rm 16:5; 1Co 16:19), e da Igreja que estava na casa de Filemom (Filemom 2). A não ser por aqueles que estavam dispostos a abrir seus lares, a Igreja primitiva não poderia ter-se reunido para celebrar culto algum.

Não se admirar, então, que o Novo Testamento repetidamente insista no dever da hospitalidade entre os chamados os cristãos. O cristão tem que ser dado à hospitalidade (Rm 12:13). O bispo tem que ser hospedador (1Tm 3:2); as viúvas têm que ter praticado a hospitalidade (1Tm 5:10). O seguidor de Cristo não deve desatender a hospitalidade, pelo contrário, tem que lembrar que alguns ao praticá-la, sem saber, hospedaram a anjos (He 13:2). O bispo deve ser amante da hospitalidade (Tt 1:8). Além disso, precisa lembrar que aqueles que estavam à direita o Rei lhes disse: "Fui estrangeiros e me hospedastes", e aos condenados que estavam à esquerda Ele lhes disse: "Fui estrangeiros e não me hospedastes" (Mt 25:35, Mt 25:43).

Nos primeiros tempos a Igreja dependia da hospitalidade de seus membros. E ainda hoje nenhum dom maior pode-se oferecer que as boas-vindas a um forasteiro num lar cristão quando aquele se encontra longe de sua residência.

  1. Todas as capacidades que o homem possua deve oferecê-las sem reserva para servir à comunidade. Esta também é uma idéia favorita no Novo Testamento e Paulo refere-se extensamente a ela em Rom 12:3-8 e I Coríntios 12. A Igreja necessita as capacidades que cada crente possa ter. Pode ser a capacidade para pregar, para interpretar música ou para visitar outras pessoas. Pode ser o domínio de uma determinado arte ou alguma habilidade especial suscetível de ser usada a serviço da Igreja. Pode ser algo material, como uma casa ou uma soma de dinheiro herdada que a Igreja pode usar em sua obra. Não há capacidade nem recurso que não possa ser posto ao serviço da obra de Cristo.

O cristão deve considerar-se a si mesmo como um mordomo a serviço de Deus. No mundo antigo os mordomos eram funcionários de muita importância. Em alguns casos tratava-se de escravos, mas os bens de seus respectivos amos estavam confiados à sua administração. Havia duas classes principais de mordomos. O dispensatore, dispensador, que era responsável por todos os assuntos domésticos da família, que aprovisionava e distribuía as provisões para a casa. Por outro lado estava o vilicus, o mordomo encarregado das propriedades de seu amo e que agia representando este perante os arrendatários das terras. O mordomo sabia perfeitamente que nenhuma daquelas coisas que estavam sob seu controle lhe pertencia, pois todas elas eram propriedade exclusiva de seu amo. Ao administrar esses bens sua única obrigação era ter em conta os interesses de seu amo; em tudo o que fazia era responsável perante este.

O cristão deve estar sempre consciente de que nada do que possui — já seja em bens materiais ou em aptidões pessoais — é seu. Tudo o que possui pertence a Deus e em todo momento deve usá-lo tendo em conta os interesses divinos utilizando esses bens como Deus mesmo os utilizaria. Deve lembrar que terá que responder perante Deus. Sendo assim, o seguidor de Cristo terá a segurança de que tudo o que tem pode e deve ser usado para servir a seu próximo.

O FUNDAMENTO E O PROPÓSITO DE TODO ESFORÇO

CRISTÃO

1Pe 4:11

Aqui Pedro está pensando em duas grandes atividades da Igreja cristã: pregação e serviço prático. O vocábulo que usa Pedro traduzido por palavras, é logia. Este é um termo com uma tipo de pano de fundo divino. Os pagãos empregavam esta palavra para referir-se aos oráculos que lhes eram enviados por seus deuses. Os cristãos, por sua vez, utilizavam-no para referir-se às palavras da Escritura ou às palavras de Cristo. De maneira que Pedro está dizendo "se alguém tiver o dever de pregar, que pregue então não como quem está dando suas próprias opiniões ou divulgando seus próprios preconceitos, mas sim como alguém que recebeu uma mensagem de Deus".

A respeito de um grande pregador dizia-se que "primeiro escutava a Deus e depois falava com os homens" Com relação a outro comentava-se que quando freqüentemente fazia pausa em sua pregação parecia "como se estivesse esperando que uma voz lhe falasse". Nisto reside o secrete do poder da pregação.
Além disso, Pedro prossegue dizendo que se um cristão está empenhado no serviço cristão prático, deve desempenhá-lo como quem o cumpre com o poder que Deus lhe provê. É como se o apóstolo dissesse "quando estás ocupado no serviço cristão, não deves agir como se estivesses fazendo um favor pessoal ou distribuindo bens de sua própria pertença, mas sim deves agir conscientemente, sabendo que o que estás dando o recebeste primeiro de Deus". Tal atitude livra o doador de todo orgulho e faz com que a dádiva não seja humilhante de modo nenhum.

Todo o propósito aqui é que Deus seja glorificado. A pregação não se faz para exibir a habilidade do pregador, senão para pôr o homem frente a frente com Deus. O serviço não se presta para obter gratidão e prestígio para quem o rende, senão para que o pensamento do favorecido se volte para com Deus.

E. G. Selwyn nos faz lembrar que a divisa da grande ordem de monges beneditinos consta de quatro letras — IOGD — que equivalem às iniciais das palavras latinas (ut) in omnibus glorificetur Deus ("para que em tudo Deus seja glorificado"). Uma nova graça e uma nova glória se manifestariam na 1greja se todos os seus membros deixassem de fazer as coisas para si mesmos e as fizessem para Deus. Bem faríamos em manter perante nós as letras IOGD colocando-as onde sempre pudéssemos vê-las para assim não esquecer que tudo deve ser feito para a glória de Deus e para a humilhação do eu.

A INEVITÁVEL PERSEGUIÇÃO

I Pedro 4:12-13

A perseguição deve ter sido uma experiência muito mais desalentadora para os gentios que para os judeus. Em geral, os gentios tinham experimentado muito pouca perseguição enquanto que, ao contrário, os judeus foram sempre o povo mais perseguido da Terra. A perseguição formava parte de sua herança. Pedro estava escrevendo a cristãos de origem gentílica e tentava ajudá-los, mostrando a perseguição em seus verdadeiros termos. Nunca é fácil ser cristão. Ainda hoje a vida cristã pode trazer sua própria solidão, sua própria impopularidade, seus próprios problemas, seus próprios sacrifícios e suas próprias perseguições. Portanto, seria bom termos em mente alguns grandes princípios.
(1) Pedro pensava que a perseguição é inevitável. A natureza humana se desgosta, ofende-se e considera com suspicácia a qualquer pessoa que seja distinta; e o cristão é necessariamente distinto do homem do mundo. O particular impacto da diferença cristã torna o assunto mais delicado ainda. O cristão leva ao mundo as normas de Cristo. Esta é outra forma de dizer que inevitavelmente o seguidor de Cristo é como uma espécie de consciência para qualquer grupo ou sociedade na qual atue; e não faltam os que prazerosamente eliminariam seus incômodos remorsos de consciência. A mesma bondade do cristianismo pode resultar ofensiva num mundo onde a bondade é uma desvantagem.

  1. Pedro pensava que a perseguição é uma provação. É uma provação num duplo sentido. A devoção do homem a qualquer princípio pode ser medida através de sua disposição para sofrer e para sacrificar-se por tal princípio. Portanto, qualquer classe de perseguição resulta uma prova da fé desse homem. Mas é igualmente certo que unicamente será açoitado o verdadeiro cristão. O cristão que contemporiza com o mundo, aquele que subestima a diferença entre a maneira de ser cristã e a maneira de ser do mundo; aquele que se adapta ao mundo, este não será açoitado. Num duplo sentido a perseguição é a prova da fé do indivíduo.
  2. Chegamos agora ao excelso. Ser perseguidos é participar dos padecimentos de Cristo. Quando alguém tem que sofrer e sacrificar-se por seu cristianismo, é que está transitando pelo caminho que já seguiu seu próprio Mestre, é que está compartilhando a cruz que seu Mestre já carregou. Se sofremos com Ele, também seremos glorificados com Ele (Rm 8:17). O desejo de Paulo é entrar na participação dos sofrimentos de Cristo (Fp 3:10). Se sofremos com Ele, também reinaremos com Ele (2Tm 3:11). Se lembramos isto, então qualquer coisa que tenhamos que sofrer pela causa de Cristo será um privilégio e não um castigo.
  3. A perseguição é o caminho à glória. A cruz é o caminho à coroa. Jesus Cristo não é um devedor ao homem, e sua alegria e sua coroa aguardam quem, atravessando toda prova, tenha-lhe sido fiel.

A BEM-AVENTURANÇA DE SOFRER POR CRISTO

I Pedro 4:14-16

Aqui Pedro diz o mais importante. Se alguém sofre por Cristo, o glorioso Espírito de Deus descansa sobre ele. Em grego esta é uma frase muito estranha. Literalmente diz: a presença da glória. Cremos que isto pode significar somente uma coisa. Os judeus tinham o conceito do que eles chamavam a Shekinah. Esta era o luminoso resplendor da própria presença de Deus. É este um conceito ao qual constantemente recorre o Antigo Testamento. Diz Moisés “...e, pela manhã, vereis a glória do SENHOR” (Ex 16:7). “E a glória do SENHOR pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias”, quando Moisés estava recebendo a Lei (Ex 24:16). No tabernáculo Deus encontrava-se com Israel, e o tabernáculo tinha que ser santificado com sua glória (Ex 29:43). Quando o tabernáculo foi concluído, “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo” (Ex 40:34). Quando a arca da aliança foi introduzida no templo de Salomão “uma nuvem encheu a Casa do SENHOR, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR” (I Reis 8:9-11). Repetidamente aparece no Antigo Testamento esta idéia da Shekinah, do resplendor, da luminosa glória de Deus em forma de luz visível.

Pedro está convencido de que algo desse resplendor da glória descansa sobre a pessoa que sofre por Cristo. Quando Estêvão estava sendo submetido a juízo e quando já era evidente que seria condenado a morte, aqueles que observavam seu rosto viram nele o rosto de um anjo (At 6:15). O vitupério de sofrer por Cristo se transforma em glória; algo da mesma glória de Deus repousa sobre quem sofre por Cristo.

O apóstolo continua assinalando que o cristão deve sofrer como tal e não como malfeitor. As maldades que Pedro assinala são todas suficientemente claras até que chegamos à última. O cristão — afirma o apóstolo — não tem que sofrer como allotriepiskopos. O problema é que não há outro exemplo desta palavra no grego, e Pedro bem pode tê-la inventado. Tentamos investigar o que significa aquele termo grego. Pode ter tido três possíveis sentidos, todos os quais seriam pertinentes aqui. Deriva de duas palavras: allotrios, que significa "pertencer a outro"; e episkopos, quer dizer: "olhar sobre ou olhar dentro de". A palavra, portanto, indica olhar aquilo que corresponde a outro (NVI, quem se intromete em negócios alheios).

  1. Olhar aquilo que corresponde a outro, bem poderia ser lançar um olhar ambicioso. Tanto a Bíblia latina como Calvino tomam esta palavra atribuindo-lhe o significado de que o cristão não deve ser ambicioso.
  2. Olhar as coisas que pertencem a outro poderia significar interessar-se excessivamente nos assuntos de outras pessoas, ser um fofoqueiro, um intrometido. E isto é o que com maior probabilidade significa essa palavra. Há cristãos que são intrometidos e que causaram muitíssimo dano com suas imprudentes interferências, críticas e intervenções. Isto significaria que o crente nunca deveria ser um intrometido, alguém que se mistura em assuntos alheios. Este, cremos, é o melhor sentido.
  3. Mas há ainda uma terceira possibilidade. Allotrios significa "aquilo que pertence a alguma outra pessoa". Quer dizer, aquilo que é alheio e estranho a si próprio. Se buscarmos o significado deste vocábulo seguindo esta linha allotriepiskopos significaria então olhar aquilo que é alheio ou estranho a si mesmo. Com relação a um cristão isto significaria ser culpado de má conduta, culpado de misturar-se em assuntos que não correspondem a um cristão, coisas que não concordam com a vida cristã. Teríamos aqui, então, uma advertência para que nunca nos comprometamos em nenhum assunto ou iniciemos algo que seja incompatível com a vida que deve levar um seguidor de Cristo.

Ainda que os três significados são possíveis e as três advertências são pertinentes, cremos que a terceira é a correta. O preceito de Pedro é que se o cristão tiver que sofrer por Cristo, que sofra de tal maneira que seu sofrimento dê glória a Deus e ao nome que leva. Sua vida e sua conduta têm que ser o melhor argumento probatório de que não merece o sofrimento que está padecendo. Mediante sua forma de viver e mediante sua atitude em face do sofrimento que tem que suportar, o seguidor de Cristo tem que exaltar o nome que leva.

CONFIANDO A DEUS TODA A VIDA

I Pedro 4:17-19

Na opinião de Pedro era tão mais necessário para o cristão fazer o bem por quanto o juízo de Deus estava próximo a começar.

O juízo ia começar pela casa de Deus. Ezequiel ouve a voz de Deus proclamando juízo sobre seu povo, e essa voz diz: “Começai pelo meu santuário” (Ez 9:6). Onde o privilégio foi maior o juízo será mais severo.

E se o juízo deve cair sobre a Igreja de Deus, qual será o destino daqueles que foram completamente negligentes e desobedientes ao convite e ao mandamento de Deus? Pedro reforça sua apelação com uma citação de Pv 11:31: “Eis que o justo é punido na terra; quanto mais o ímpio e o pecador!”

Finalmente, Pedro exorta o seu povo para prosseguirem fazendo o bem e a que, em qualquer coisa que lhes suceda, confiem suas vidas a Deus que é o Criador, em quem eles podem confiar. A palavra traduzida encomendem no original grego é paratithesthai, vocábulo técnico que significa depositar dinheiro em mãos de um amigo fiel. Na antigüidade não havia bancos e poucos eram os lugares seguros nos quais depositar dinheiro. Sendo assim as coisas, quando alguém saía de viagem freqüentemente deixava seu dinheiro aos cuidados de um amigo. Tal amostra de confiança era considerada como um dos atos mais sagrados. O amigo estava absolutamente obrigado, tanto por sua honra como por sua religião, a reintegrar intacto o dinheiro.

Heródoto (6:
86) tem um relato a respeito desse tipo de confiança. Certo cidadão de Mileto chegou a Esparta porque tinha ouvido a respeito da rigorosa venerabilidade dos espartanos e confiou seu dinheiro a um tal Glauco. Disse-lhe que, a seu devido tempo, seus filhos reclamariam esse dinheiro e, para estabelecer sua identidade em forma inequívoca, levariam uma contra-senha. Passou o tempo e chegaram a Esparta os filhos do miletano. Astutamente Glauco afirmou que ele não lembrava que lhe tivesse sido confiada soma alguma de dinheiro, e adicionou que desejava quatro meses para pensar nesse assunto. Os miletanos se retiraram tristes e preocupados. Glauco consultou com os deuses o que devia fazer e eles lhe advertiram que tinha que reintegrar aquele dinheiro. Assim o fez, mas pouco depois morreu e, junto com ele, toda sua família. Na época de Heródoto não ficava vivo nem um só membro dessa família devido ao fato de que os deuses se zangaram porque aquele homem se atreveu a pensar numa possível ruptura de seu compromisso. Até o fato de pensar em evitar tal compromisso era um pecado mortal.

Mas voltemos agora para o que o apóstolo nos ensina. Se alguém confiar sua própria pessoa a Deus, este não o pode defraudar. Se tal depósito é sagrado para os homens, quanto mais o será para Deus. Esta é a mesma palavra usada por Jesus quando disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lc 23:46). Sem reserva alguma Jesus confiou-se ao cuidado de Deus, seguro de que enfim Deus não o defraudaria. O mesmo devemos fazer nós. Este antigo conselho é ainda muito saudável. "Confiem em Deus e façam o bem".


Dicionário

Alma

substantivo feminino Princípio espiritual do homem que se opõe ao corpo.
Religião Composição imaterial de uma pessoa que perdura após sua morte; espírito.
Qualidades morais, boas ou más: alma nobre.
Consciência, caráter, sentimento: grandeza de alma.
Figurado Quem habita algum lugar; habitante: cidade de 20.000 almas.
Figurado Origem principal: esse homem era a alma do movimento.
Expressão de animação; vida: cantar com alma.
Condição essencial de: o segredo é a alma do negócio.
[Artilharia] O vazio interior de uma boca de fogo: a alma do canhão.
[Música] Pequeno pedaço de madeira que, colocado no interior de um instrumento de cordas, comunica as vibrações a todas as partes do instrumento: a alma de um violino.
Armação de ferro, de uma escultura modelada.
Etimologia (origem da palavra alma). Do latim anima.ae, sopro, ar, origem da vida.

espírito, ânimo, eu, coração. – Segundo Roq., “alma, no entender de alguns etimologistas, vem de anima, termo latino que vem do grego anemos, “ar, sopro, alento”; outros, e talvez com mais razão, derivam a palavra alma do verbo latino alo... alere, “vivificar, nutrir”. Seja qual for sua etimologia, representa esta palavra, em sua significação mais lata, o princípio, a causa oculta da vida, do sentimento, do movimento de todos os seres viventes”. – Espírito é a palavra latina spiritus, de spiro... are, “respirar”, e vale o mesmo que sopro ou hálito, ar que se respira. Espírito difere de alma, primeiro em encerrar a ideia de princípio subtil, invisível que não é essencial ao outro vocábulo; segundo, em denotar inteligência, faculdades intelectuais ativas que àquele só são acessórias. Os filósofos materialistas têm querido negar à alma humana a qualidade de espiritual, mas nenhum se lembrou ainda de dizer que o espírito era matéria. Alma desperta ideia de substância simples, que anima ou animou o corpo, sendo que espírito só indica substância imaterial, inteligente e livre, sem relação nenhuma com o corpo. Deus, os anjos, os demônios são espíritos, mas não são almas; as substâncias espirituais que animaram os corpos humanos, ainda depois de separadas deles, chamam-se almas; e assim dizemos: as almas do Purgatório; almas do outro mundo, a que os franceses chamam revenants. Vieira disse, falando do demônio: “É espírito: vê as almas”. Os gregos designavam a alma pela palavra psyche, “que quer dizer respiração”, “sopro”; e davam-lhe a mesma extensão que nós damos à palavra alma... Daí vem chamar-se psicologia à parte da filosofia que trata da alma. No sentido figurado, alma refere-se aos atos, aos sentimentos, aos afetos; espírito, ao pensamento, à inteligência. Diz-se que um homem tem a alma grande, nobre, briosa; e que tem o espírito penetrante, profundo, vasto. Falando do homem, alma e espírito nem sempre são sinônimos perfeitos; isto é, nem em todos os casos se podem empregar indiferentemente, senão em alguns; tal é aquele de Vieira em que, querendo encarecer o valor da alma sobre o corpo, diz: “Tudo isto que vemos (no 166 Rocha Pombo homem) com os próprios olhos é aquele espírito sublime, ardente, grande, imenso – a alma (II, 71). – Ânimo é a mesma palavra latina animus, de anemos, grego, do mesmo modo que anima. Na sua significação primitiva vale o mesmo que alma, espírito; porém o uso tem preferido este vocábulo para designar a faculdade sensitiva e seus atos: representa, pois, quase sempre valor, esforço, ou intenção, vontade; e nisto se distingue de alma e espírito (se bem que nem sempre essencialmente). Segundo os afetos que o ânimo experimenta, pode ele ser baixo, abatido, humilde, vil, ou altivo, elevado, soberbo, nobre, esforçado: o que com propriedade (em muitos casos) não se poderia dizer de alma, e ainda menos de espírito”. Como notamos entre parênteses, nem sempre é de rigor a distinção que faz Roq. Também dizemos: espírito baixo ou altivo; alma esforçada ou abatida, vil ou soberba. – Em linguagem filosófica, eu é a alma, é o conjunto das faculdades que formam a individualidade psicológica. Particularmente, quando se considera a alma como ser pensante, ou quando nela se vê apenas a faculdade intelectual, chamamo-la espírito. – Coração só pode ser tido como sinônimo de alma e de espírito: de alma, quando exprime, como esta, “órgão dos afetos”; de espírito, quando é tomado como sede da fortaleza moral, da coragem etc.

[...] ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 135

[...] o Espiritismo nos apresenta a alma, como um ser circunscrito, semelhante a nós, menos o envoltório material de que se despojou, mas revestido de um invólucro fluídico, o que já é mais compreensível e faz que se conceba melhor a sua individualidade. [...] As relações da alma com a Terra não cessam com a vida; a alma, no estado de Espírito, constitui uma das engrenagens, uma das forças vivas da Natureza; não é mais um ser inútil, que não pensa e já não age senão para si durante a eternidade; é sempre e por toda parte um agente ativo da vontade de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discursos•••, 2

O principal agente da saúde, que a restitui quando perdida e a preserva, impedindo o desenvolvimento de qualquer enfermidade [...] é a alma.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] A alma, no curso da sua existência terrena e ainda por muito tempo após a morte do corpo, está bem revestida de uma forma, guarda bem uma identidade pessoal (e neste sentido é limitada), mas isso não impede que sua atividade seja, apesar de tudo, radiante e que esse estado de incessante irradiação se estenda desmedidamente na existência espiritual. [...]
Referencia: BOECHAT, Newton• Ide e pregai• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1989• -

[...] a alma, tal como o átomo, longe de ser uma estrutura simples, é um sistema dinâmico, formado por múltiplos elementos que, por assim dizer, gravitam em torno de um núcleo central (Aksakof).
Referencia: CERVIÑO, Jayme• Além do inconsciente• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] ser concreto, dono de um organismo físico perfeitamente delimitado.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] é una, e cada essência espiritual é individual, é pessoal. Nenhuma alma pode transmutar-se noutra, substituir outra. Portanto, uma unidade irredutível, que tem a existência em si.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A alma é um ser transcendental.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] um ser concreto, com individualidade, porque, mesmo durante a vida, é esse ser ao qual se deu o nome de alma ou de espírito, que pode separar-se do corpo e manifestar sua realidade objetiva nos fenômenos de desdobramento.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] princípio independente da matéria, que dirige o corpo, e a que chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] é uma realidade que se afirma pelo estudo dos fenômenos do pensamento; que jamais se a poderia confundir com o corpo, que ela domina; e que, quanto mais se penetra nas profundezas da fisiologia, tanto mais se revela, luminosa e clara, aos olhos do pesquisador imparcial, a existência de um princípio pensante.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] a esta força que vela sobre o corpo e o conduz, chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 2

É o eu consciente que adquire, por sua vontade, todas as ciências e todas as virtudes, que lhe são indispensáveis para elevar-se na escala dos seres. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3

[...] A alma do homem é que é o seu eu pensante e consciente.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A alma é o princípio da vida, a causa da sensação; é a força invisível, indissolúvel que rege o nosso organismo e mantém o acordo entre todas as partes do nosso ser. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 10

A alma, princípio inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 29

A [...] [é] um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 4

A alma [...] vem de Deus; é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento, abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A palavra alma e seus equivalentes em nossas línguas modernas (espírito, por exemplo) ou nas línguas antigas, como anima, animus (transcrição latina do grego), spiritus, atma, alma (vocábulo sânscrito ligado ao grego, vapor), etc. implicam todas a idéia de sopro; e não há dúvida de que a idéia de alma e de espírito exprimiu primitivamente a idéia de sopro nos psicólogos da primeira época. Psyche, mesmo, provém do grego, soprar.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma não é um sopro; é uma entidade intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma é uma substância que existe por si mesma.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 9

A alma é uma substância invisível, impalpável, imponderável, fora das nossas condições de observação física. Nossas medidas de espaço não lhe podem ser aplicadas do mesmo modo que as do tempo. Ela pode manifestar-se a centenas e milhares de quilômetros de distância. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 3, cap• 12

[...] a alma não é uma sucessão de pensamentos, uma série de manifestações mentais e, sim, um ser pessoal com a consciência de sua permanência.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 3, cap• 2

Nossas almas não são puros Espíritos. São substâncias fluídicas. Agem e se comunicam entre si por meios materiais, porém matéria sutil, invisível, imponderável.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Estela• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No domínio do desconhecido

A alma é um ser intelectual, pensante, imaterial na essência. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] imaterial, imensurável, intransmissível, consciente. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] a alma é uma entidade individual, [...] é ela quem rege as moléculas para organizar a forma vivente do corpo humano.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

[...] A alma é uma chama velada. Quando lhe colocamos os santos olhos do amor, ela esplende e ilumina. Quando a descuidamos, ela se entibia e morre...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Auto-iluminação

É a faculdade que Deus deu ao homem de se perpetuar pelo tempo afora e pelo Universo.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 8

[...] a alma é atributo divino, criado por Deus, e espalhado, fragmentado, pelo Universo, tendo cada fragmento individualidade própria, ação independente, função definida, trajetória certa, e missão determinada [...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 28

A alma é que sente, que recebe, que quer, segundo as impressões que recebe do exterior, e mesmo independente delas, pois que também recebe impressões morais, e tem idéias e pensamentos sem a intervenção dos sentidos corporais.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

A alma é o princípio causal do pensamento; ou, antes, é ela quem pensa e o transmite pelo cérebro, seu instrumento.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] a alma, o princípio inteligente que subsiste à morte da carne, que zomba das investigações materialistas, que escapa ao trabalho grosseiro das necropsias, que se não deixa encerrar nas quatro paredes negras do caixão funerário.
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 15

A Alma ou Essência, parcela do Poder Absoluto, e, como este, eterna, imortal; sede de potências máximas, ou faculdades, que exatamente denunciam a sua origem, funções tais como a Inteligência, a Consciência, o Pensamento, a Memória, a Vontade, o Sentimento, e demais atributos que sobrevivem através da Eternidade e que da criatura hu mana fazem a imagem e a semelhança do seu Criador, pois Deus, o Ser Absoluto, possui estes mesmos atributos (além de muitos outros que ainda ignoramos), em grau supremo, enquanto que a criatura os possui em grau relativo, visto que é essência sua, sendo, portanto, a Alma, sede de tais atributos, o verdadeiro ser!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

[...] a alma é luz que se eleva à grandeza divina.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem

[...] A alma não é uma entidade metafísica, mas, sim, um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. Preexistia ao nosso nascimento e a morte carece de ação sobre ela. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Joana D’arc

Nossa alma é um universo de sombras e claridades. Seu destino é a perfeição. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 8

A alma é a sede da vida. É ela que pensa, que sente, que imprime à matéria esta ou aquela forma, que dá ao rosto esta ou aquela expressão.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A letra e o espírito

[...] a alma humana é uma consciência formada, retratando em si as leis que governam a vida e, por isso, já dispõe, até certo ponto, de faculdades com que influir na genética, modificando-lhe a estrutura, porque a consciência responsável herda sempre de si mesma, ajustada às consciências que lhe são afins. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

A Toda alma é templo vivo, que guarda ilimitada reserva de sabedoria e amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O tempo

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

[...] a alma é a sede viva do sentimento [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25


Alma A parte não-material e imortal do ser humano (Mt 10:28), sede da consciência própria, da razão, dos sentimentos e das emoções (Gn 42:21;
v. IMORTALIDADE). Os dicotomistas entendem que o ser humano é corpo e alma, sendo espírito sinônimo de alma. Os tricotomistas acreditam que o ser humano é corpo, alma e espírito. “Alma vivente” quer dizer “ser vivo” (Gn 2:7). Na Bíblia muitas vezes a palavra “alma” é empregada em lugar do pronome pessoal: “Livra a minha alma da espada” quer dizer “salva-me da espada” (Sl 22:20, NTLH). Outras vezes “alma” em hebraico, quer dizer “pessoa” em português (Nu 9:13).

Alma Parte espiritual do homem, distinta de seu corpo. Embora o conceito bíblico esteja longe da rígida dicotomia entre corpo e alma que caracteriza, por exemplo, o hinduísmo ou o platonismo, o certo é que também existia a crença de uma categoria distinta do corpo que se identificava com o mais íntimo do ser. Assim aparece no Antigo Testamento como um “eu” espiritual que sobrevive consciente depois da morte (Is 14:9ss.; Ez 32:21ss.). Ainda que se insista que o pecado causa a morte da alma (Ez 18:4), isso não implica, em caso algum, a inconsciência ou aniquilação do sujeito. A morte física elimina seu corpo e destrói os planos que fizera (Sl 146:4), porém seu espírito volta-se para Deus (Ec 12:7), persistindo. A idéia da imortalidade da alma ainda era evidente durante o período intertestamentário e refletida, entre outros, pelo historiador judeu Flávio Josefo em seu “Discurso aos gregos acerca do Hades”. Os rabinos contemporâneos de Jesus — assim como o Talmude judeu posterior — insistiram também no conceito da imortalidade da alma e da sua sobrevivência consciente (para ser atormentada conscientemente na geena ou feliz no seio de Abraão) após a morte física. Em nossos dias, considera-se que a crença na imortalidade da alma é uma das doutrinas básicas do judaísmo, especialmente no seu setor reformado. Em um de seus ensinamentos mais conhecidos (Lc 16:19ss.), Jesus ressaltou que, no momento da morte, a alma da pessoa recebe um castigo ou uma recompensa consciente, e descreveu o primeiro em termos sensíveis como o fogo (Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24), choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 13 42:24-51 etc.) etc. Apesar de tudo, no ensinamento de Jesus não se considera a consumação escatológica concluída na resssurreição (Jo 5:28-29; Mt 25:46). Ao recusar a idéia do sono inconsciente das almas, da mortalidade da alma e da aniquilação, ao mesmo tempo que ressaltava a esperança da ressurreição, Jesus conservava a visão já manifestada no Antigo Testamento e, muito especialmente, no judaísmo do Segundo Templo, com exceções como a dos saduceus.

A. Cohen, o. c.; J. Grau, Escatología...; J. L. Ruiz de la Peña, La otra dimensión, Santander 1986; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres..; m. Gourges, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.


O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou no corpo físico, formado com os elementos da terra.  Nephesh enfatiza a individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exatamente como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria pessoa) (Lv 11:43-1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade consciente.

Bem

substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.
Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.

substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.
Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.

[...] O bem é uma couraça contra o qual virão sempre se quebrar as armas da malevolência.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] para fazer o bem, o espírita não deve sondar a consciência e a opinião e, ainda que tivesse à sua frente um inimigo de sua fé, mas infeliz, deve vir em seu auxílio nos limites de suas faculdades. É agindo assim que o Espiritismo mostrará o que é e provará que vale mais do que o que lhe opõem.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O bem é tudo o que é conforme à Lei de Deus [...]. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a Lei de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630

[...] fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 643

[...] é uma couraça contra a qual sempre se quebrarão as manobras da malevolência!...
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Os desertores

[...] O bem que fazemos é conquista pessoal, mas ele vem partilhado pelos empréstimos de talentos da Bondade Divina, a fim de que nossos esforços não sucumbam diante da história de sombras que trazemos de experiências passadas. Para realizar o bem, é preciso a decisão íntima – eu quero fazer. Mas os resultados que porventura venham dessa prática, segundo Paulo, não nos pertencem. Uma visita fraterna, uma aula bem preparada em favor da evangelização infanto-juvenil, uma palestra amorosa que toque o coração dos ouvintes – tudo são ações cometidas pelo empenho individual, por uma decisão particular, mas cujas conseqüências devem ser depositadas na conta do Cristo, Fonte geradora dos recursos sutis em que nos apoiamos para realizar a tarefa.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luz é minha realização

[...] é a única realidade eterna e absoluta em todo o Universo [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal

[...] é a única Realidade Absoluta, o destino final da Criação [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?

O bem é a lei suprema do Universo e o alvo da elevação dos seres. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

[...] Todo bem que se pode produzir é felicidade que se armazena.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34

O bem [...] não se circunscreve a limites nem se submete a nominações, escolas ou grupos. Como o oxigênio puro, a tudo vitaliza e, sem ele, a vida perece.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 18

[...] O bem que distendemos pelo caminho é eterna semente de luz que plantamos no solo do futuro, por onde um dia chegarão nossos pés. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 8

[...] saneador divino [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 8

[...] É uma conseqüência inevitável do que traz uma das características divinas: a imutabilidade.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Tempo

O bem é, por conseguinte, valioso recurso autopsicoterápico, que merece experimentado pelos encarnados.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 33

[...] é a substância intrínseca de tudo quanto existe. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

O Bem Eterno é bênção de Deus à disposição de todos.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 28

[...] todo bem realizado, com quem for e seja onde for, constitui recurso vivo, atuando em favor de quem o pratica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

[...] é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada [...], nossa decidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

[...] constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

[...] é o verdadeiro antídoto do mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

[...] é o único determinismo divino dentro do Universo, determinismo que absorve todas as ações humanas, para as assinalar com o sinete da fraternidade, da experiência e do amor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

[...] é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35

Não olvides, portanto, / Que possuis tão-somente / O que dás de ti mesmo / No amparo aos semelhantes, / Porque o bem que ofereces / Aos irmãos de jornada / É crédito de luz / A enriquecer-te a vida, / Nos caminhos da Terra / E nas bênçãos do Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 20

O Bem é a luz que deve consolidar as conquistas substanciais do nosso esforço e onde estiver o bem, aí se encontra o Espírito do Senhor, auxiliando-nos a soerguer os corações para as Esferas Superiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O Bem é o trabalho que aperfeiçoa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O bem é porto seguro / Neste globo deescarcéus, / Pague o seu débito aomundo / E seja credor nos céus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o inamovível fundamento da Lei.[...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] o bem real para nós será semprefazer o bem aos outros em primeirolugar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 2ª reunião-conversação

Em suma, o bem é o Amor que sedesdobra, em busca da Perfeição noInfinito, segundo os Propósitos Divinos[...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

Estende a bondade a todos. / O bem é aglória da vida. / Enfermeiro sem cuidado/ Alarga qualquer ferida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 5

Nunca te afastes do bem, / Que é a baseda Lei Divina. / O desejo é semprenosso, / Mas Deus é quem determina
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 30

Todo bem, qualquer que ele seja, ébênção creditada a favor de quem opratica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Merecimento maior

[...] o bem genuíno será sempre o bemque possamos prestar na obra do bemaos outros. [...]O bem é luz que se expande, na medidado serviço de cada um ao bem de todos,com esquecimento de todo mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Na lei do bem

[...] A prática do bem ainda é a maior escola de aperfeiçoamento individual, porque conjuga em seus cursos a experiência e a virtude, o raciocínio e o sentimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

[...] é a nossa porta redentora. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] é o crédito infalível no livro da eternidade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Amanhã

O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 62

[...] praticar o bem, dando alguma coisa de nós mesmos, nas aquisições de alegria e felicidade para os outros, é o dom sublime por excelência [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

O bem é uma idéia-luz, descerrando à vida caminhos de elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

[...] o bem [...] possui caráter divino e semelhante aos atributos do Pai Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 44

Bem e mal O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] todo bem é expansão, crescimento e harmonia e todo mal é condensação, atraso e desequilíbrio. O bem é a onda permanente da vida a irradiar-se como o Sol e o mal pode ser considerado como sendo essa mesma onda, a enovelar-se sobre si mesma, gerando a treva enquistada. Ambos personalizam o amor que é libertação e o egoísmo, que é cárcere.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60


Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Criador

Criador
1) Título de Deus (Ec 12:1).


2) Pessoa que faz criação de gado (2Rs 3:4, RA).


criador (ô), adj. 1. Que cria, que tira do nada. S. .M 1. Deus. 2. Inventor ou primeiro autor. 2. Aquele que se dedica à criação de animais.

Deus

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Encomendar

verbo bitransitivo Mandar fazer algo: encomendou um bolo à confeiteira.
Encarregar alguém de; incumbir, confiar: encomendou as contas da empresa ao funcionário.
Religião Orar pela alma de um defunto: encomendar uma alma a Deus.
Indicar alguém para; recomendar: encomendou o filho para o trabalho.
verbo pronominal Solicitar a proteção em benefício próprio; recomendar-se.
Etimologia (origem da palavra encomendar). En + comendar, do latim commendare, "entregar".

Encomendar
1) Mandar fazer (2Cr 34:16)

2) Entregar aos cuidados (At 14:23).

Fiel

adjetivo Que guarda fidelidade, que cumpre seus contratos; leal: fiel a suas promessas.
Que não trai a pessoa com quem se relaciona: cônjuge fiel.
Que possui fé, que acredita em algo ou em alguém.
Religião Que acredita nos preceitos de uma religião: fiel católico.
Que demonstra constância; constante, perseverante: amigo fiel.
Feito ou dito com exatidão, perfeição; exato: história fiel.
Que é idêntico a; conforme: cópia fiel.
Em que se pode confiar; seguro: guia fiel.
substantivo masculino e feminino Pessoa que professa os preceitos de uma religião.
Empregado que se sujeita sem reclamar; fâmulo.
substantivo masculino Antigo Ajudante de tesoureiro.
expressão Fiel da balança. Haste, fio, ponteiro que marca o perfeito equilíbrio da balança.
Etimologia (origem da palavra fiel). Do latim fidele, "que guarda fidelidade".

Fiel No ensinamento de Jesus, aquele que se mantém firme na fé (Mt 24:45; 25,21; Lc 12:42-46; 16,10-12). Sem essa perseverança, é impossível a salvação (Mt 24:13).

Padecer

verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Sofrer de dores físicas ou morais; estar doente: padecia torturas; padecia com o castigo; com a dor, padecia.
Ser alvo de maus-tratos: padecer um cão; o cão padecia com donos maus; naquela casa violenta, a criança padecia.
Ter dificuldades ou estar infeliz: padecia torturas; padecia de uma aflição imensa; ela padeceu no hospital por meses.
verbo transitivo direto Ser resistente a; conseguir suportar situações adversas; aguentar um mal: o mendigo padece a frio das noites de inverno.
Dar consentimento a; tolerar: a lei não padece autorização.
verbo intransitivo Antigo Perder a vida por condenação à morte.
Etimologia (origem da palavra padecer). Do latim vulgar patiscere.

A palavra padecer vem do latim patior, que significa sofrer.

Segundo

numeral Numa série, indica ou ocupa a posição correspondente ao número dois.
adjetivo De qualidade inferior ou menos importante; secundário: artigos de segunda ordem.
Que apresenta semelhanças de um modelo, tipo ou versão anterior; rival, cópia: atriz se acha a segunda Fernanda Montenegro.
Que pode se repetir posteriormente; novo: segunda chance.
Cuja importância está condicionada a algo ou alguém melhor: é a segunda melhor aluna.
[Música] Que, num canto ou ao reproduzir um instrumento musical, produz sons graves: segunda voz.
substantivo masculino Algo ou alguém que está na segunda posição: não gosto de ser o segundo em minhas competições.
Curto espaço de tempo: já chego num segundo!
[Esporte] Pessoa que presta auxílio ou ajuda o boxeador.
[Geometria] Medida do ângulo plano expressa por 1/60 do minuto, sendo simbolizada por .
[Física] Medida de tempo que, no Sistema Internacional de Unidades, tem a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, sendo simbolizada por s.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, “que ocupa a posição dois”.
preposição Em conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado.
conjunção Introduz uma oração que expressa subordinação, e conformidade com o que foi expresso pela oração principal: segundo vi, este ano teremos ainda mais problemas climatéricos.
Introduz uma oração que expressa subordinação, indicando proporcionalidade em relação à oração principal; à medida que: segundo o contar dos dias, ia ficando ainda mais inteligente.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, do verbo segundar.
advérbio De modo a ocupar o segundo lugar.
Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundo.

hebraico: o segundo

(Lat. “segundo”). Junto com Aristarco, Segundo era um cristão da igreja em Tessalônica que se uniu a Paulo em sua última jornada pela Grécia e finalmente de volta a Jerusalém. Ao que parece foi um dos representantes daquela igreja que levou os donativos coletados para os pobres em Jerusalém (At 20:4).


Vontade

substantivo feminino Determinação; sentimento que leva uma pessoa a fazer alguma coisa, a buscar seus objetivos ou desejos.
Capacidade individual de escolher ou desejar aquilo que bem entende; faculdade de fazer ou não fazer determinadas ações.
Capricho; desejo repentino: menino cheio de vontades!
Desejo físico ou emocional: vontade de dormir; vontade de se apaixonar.
Empenho; manifestação de entusiasmo e de determinação: guardou sua vontade para o vestibular.
Deliberação; decisão que uma pessoa expõe para que seja respeitada.
Prazer; expressão de contentamento: dançava com vontade.
Etimologia (origem da palavra vontade). Do latim voluntas.atis.

A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre os seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 131

A vontade é a participação consciente, esclarecida e responsável da alma que deseja sinceramente melhorar, depois de muito sofrer e de reconhecer suas grandes imperfeições, seus graves erros e imensas deficiências. O trabalho de vencer a si mesmo não é tarefa fácil.
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma força considerável, por meio da qual, eles [os Espíritos] agem sobre os fluidos; é pois, a vontade que determina as combinações dos fluidos [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 3

[...] faculdade máter, cuja utilização constante e esclarecida tão alto pode elevar o homem. A vontade é a arma por excelência que ele precisa aprender a utilizar e incessantemente exercitar.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

V [...] é a faculdade soberana da alma, a força espiritual por excelência, e pode mesmo dizer-se que é a essência da sua personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 32

[...] é a maior de todas as potências; é, em sua ação, comparável ao ímã. A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos vitais; tal é o segredo da lei de evolução. A vontade pode atuar com intensidade sobre o corpo fluídico, ativar-lhe as vibrações e, por esta forma, apropriá-lo a um modo cada vez mais elevado de sensações, prepará-lo para mais alto grau de existência. [...] O princípio superior, o motor da existência, é a vontade.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

[...] é, certamente, uma energia de ordem intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] é uma faculdade essencialmente imaterial, diferente do que se entende geralmente por propriedades da matéria.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 5

[...] uma das maiores potencialidades que existe no ser humano: a vontade.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 5

[...] é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 6

[...] é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina. [...] é, pois, o comando geral de nossa existência. Ela é a manifestação do ser como individualidade, no uso do seu livre-arbítrio. [...]
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 6

[...] O princípio superior, o motor da existência, é a vontade. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Ligeiros comentários•••

[...] é a força principal do caráter, é, numa palavra, o próprio homem. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum corda

[...] Todos temos a vontade por alavanca de luz, e toda criatura, sem exceção, demonstrará a quantidade e o teor da luz que entesoura em si própria, toda vez que chamada a exame, na hora da crise.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Exames

[...] a vontade e a confiança do homem são poderosos fatores no desenvolvimento e iluminação da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 113

A vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vontade é sagrado atributo do espírito, dádiva de Deus a nós outros para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 57


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Pedro 4: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Portanto, também aqueles (que estão) padecendo segundo a vontade de Deus, como ao fiel Criador Lhe confiem- a- guarda das suas próprias almas, dentro da prática do bem.
I Pedro 4: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

64 d.C.
G16
agathopoiḯa
ἀγαθοποιΐα
junco, papiro
(the swift)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2307
thélēma
θέλημα
o que se deseja ou se tem determinado que será feito
(will)
Substantivo - neutro neutro no Singular
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2596
katá
κατά
treinar, dedicar, inaugurar
(do dedicated)
Verbo
G2939
ktístēs
κτίστης
()
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3908
paratíthēmi
παρατίθημι
cochicho, encantamento
(enchantment)
Substantivo
G3958
páschō
πάσχω
uma pedra preciosa
(a jacinth)
Substantivo
G4103
pistós
πιστός
tumulto, confusão, perturbação, confusão, destruição, problema, incômodo,
(destruction them)
Substantivo
G5590
psychḗ
ψυχή
ficar tempestuoso, enfurecer
(and was very troubled)
Verbo
G5620
hṓste
ὥστε
de modo a
(so that)
Conjunção
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


ἀγαθοποιΐα


(G16)
agathopoiḯa (ag-ath-op-oy-ee'-ah)

16 αγαθοποιια agathopoiia

de 17; TDNT 1:17,3; n f

  1. ação correta, fazer o bem, virtude

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

θέλημα


(G2307)
thélēma (thel'-ay-mah)

2307 θελημα thelema

da forma prolongada de 2309; TDNT - 3:52,318; n n

  1. o que se deseja ou se tem determinado que será feito
    1. do propósito de Deus em abênçoar a humanidade através de Cristo
    2. do que Deus deseja que seja feito por nós
      1. mandamentos, preceitos

        vontade, escolha, inclinação, desejo, prazer, satisfação


θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κατά


(G2596)
katá (kat-ah')

2596 κατα kata

partícula primária; prep

abaixo de, por toda parte

de acordo com, com respeito a, ao longo de


κτίστης


(G2939)
ktístēs (ktis-tace')

2939 κτιστης ktistes

de 2936; TDNT - 3:1000,481; n m

fundador

criador



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


παρατίθημι


(G3908)
paratíthēmi (par-at-ith'-ay-mee)

3908 παρατιθημι paratithemi

de 3844 e 5087; TDNT - 8:162,1176; v

  1. colocar ao lado ou próximo ou diante
    1. comida, i.e., comida colocada sobre uma mesa
    2. colocar-se diante de (alguém) em ensino
    3. partir (de si mesmo), explicar
  2. colocar (de si mesmo ou para si mesmo) nas mãos de outro
    1. depositar
    2. confiar, entregar aos cuidados de alguém

πάσχω


(G3958)
páschō (pas'-kho)

3958 πασχω pascho

que inclue as formas παθω patho e πενθω pentho, usado somente em determinados tempos aparentemente uma palavra raiz; TDNT - 5:904,798; v

  1. ser afetado, ter sido afetado, sentir, ter uma experiência sensível, passar por
    1. num bom sentido, estar bem, em boa situação
    2. num mau sentido, sofrer lamentavelmente, estar em situação ruim
      1. de um pessoa doente

πιστός


(G4103)
pistós (pis-tos')

4103 πιστος pistos

de 3982; TDNT - 6:174,849; adj

  1. verdadeiro, fiel
    1. de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais
    2. algúem que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança
    3. aquilo que em que se pode confiar
  2. persuadido facilmente
    1. que crê, que confia
    2. no NT, alguém que confia nas promessas de Deus
      1. alguém que está convencido de que Jesus ressuscitou dos mortos
      2. alguém que se convenceu de que Jesus é o Messias e autor da salvação

ψυχή


(G5590)
psychḗ (psoo-khay')

5590 ψυχη psuche

de 5594; TDNT - 9:608,1342; n f

  1. respiração
    1. fôlego da vida
      1. força vital que anima o corpo e é reconhecida pela respiração
        1. de animais
        2. de pessoas
    2. vida
    3. aquilo no qual há vida
      1. ser vivo, alma vivente
  2. alma
    1. o lugar dos sentimentos, desejos, afeições, aversões (nosso coração, alma etc.)
    2. a alma (humana) na medida em que é constituída por Deus; pelo uso correto da ajuda oferecida por Deus, pode alcançar seu o seu mais alto fim e eterna e segura bemaventurança. A alma considerada como um ser moral designado para vida eterna
    3. a alma como uma essência que difere do corpo e não é dissolvida pela morte (distinta de outras partes do corpo)

ὥστε


(G5620)
hṓste (hoce'-teh)

5620 ωστε hoste

de 5613 e 5037; partícula

assim que, de tal modo que

então, portanto


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo