Enciclopédia de João 12:12-12
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
- JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO
- As condições climáticas de Canaã
- A Agricultura de Canaã
- GEOLOGIA DA PALESTINA
- HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
- O CLIMA NA PALESTINA
- CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
- Apêndices
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- John MacArthur
- Barclay
- Notas de Estudos jw.org
- Dicionário
- Strongs
Perícope
jo 12: 12
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | No dia seguinte, a numerosa multidão que viera à festa, tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém, |
ARC | No dia seguinte, ouvindo uma grande multidão, que viera à festa, que Jesus vinha a Jerusalém, |
TB | No dia seguinte, uma grande multidão que tinha vindo à festa, sabendo que Jesus vinha a Jerusalém, |
BGB | Τῇ ἐπαύριον ⸀ὁ ὄχλος πολὺς ὁ ἐλθὼν εἰς τὴν ἑορτήν, ἀκούσαντες ὅτι ἔρχεται ⸁ὁ Ἰησοῦς εἰς Ἱεροσόλυμα, |
HD | No {dia} seguinte, numerosa turba que viera para a festa, ao ouvir que Jesus vinha para Jerusalém, |
LTT | |
BJ2 | No dia seguinte, a grande multidão que viera para a festa, sabendo que Jesus vinha a Jerusalém, |
VULG | In crastinum autem, turba multa quæ venerat ad diem festum, cum audissent quia venit Jesus Jerosolymam, |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 12:12
Referências Cruzadas
Mateus 21:4 | Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz: |
Marcos 11:7 | E levaram o jumentinho a Jesus e lançaram sobre ele as suas vestes, e assentou-se sobre ele. |
Lucas 19:35 | E trouxeram-no a Jesus; e, lançando sobre o jumentinho as suas vestes, puseram Jesus em cima. |
João 11:55 | E estava próxima a Páscoa dos judeus, e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da Páscoa, para se purificarem. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃOUma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.
No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.
DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:
- Abraão, vindo de Berseba (Gn
22: ), avistou o monte Moria (com quase toda certeza nas vizinhancas de Jerusalém) no terceiro dia de sua viagem, e os dois lugares estão separados por cerca de 80 quilômetros.4 - Vindos de Afeque, Davi e seus homens chegaram em Ziclague no terceiro dia (1Sm
30: ) e, aqui de novo, os dois lugares estão separados por apenas pouco mais de 80 quilômetros.1 - Cades-Barneia (Ain Qadeis) ficava a 11 dias de viagem do Horebe (no iebel Musa ou perto dele) pela estrada que passava pelo monte Seir (Dt
1: ), e cerca de 305 quilômetros separam os dois lugares.2 - Uma marcha de Jerusalém para a capital de Moabe (Ouir-Haresete), pelo "caminho de Edom" durava sete dias. e a distância aproximada envolvida nessa rota era de cerca de 185 quilômetros (2Rs
3: ).5-10 - A Bíblia conta que a caravana de judeus liderada por Esdras partiu da fronteira babilônica (quer tenha sido de Hit, quer de Awana) no dia 12 do primeiro mês (Ed
8: ) e chegou em Jerusalém no dia primeiro do quinto mês (Ed31 7: ), o que significa que a jornada levou pouco mais de três meses e meio. Tendo em vista a rota provável percorrida por Esdras e seus compatriotas (8.22,31 - 0 caminho mais curto e mais perigoso adiante de Tadmor, eles viajaram cerca de 1.440 quilômetros em pouco mais de 100 dias, mas o tamanho e a composição de sua caravana podem ter impedido médias diárias maiores.9
Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At
A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.
A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.
A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.
VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At
JERUSALÉM NO TEMPO DO NOVO TESTAMENTO
JERUSALÉM E SEUS ARREDORESJerusalém fica no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judeia, cerca de 750 m acima do Mediterrâneo e 1.150 m acima do mar Morto. É protegida pelo vale do Cedrom a leste e pelo vale de Hinom ao sul e a leste. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.! Uma vez que é completamente cercada de montes, quem deseja chegar a Jerusalém tinha de subir? Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebrom, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno. Outra via se estendia de leste a oeste, saindo de Emaús, passando por Jerusalém e chegando até Jericó. Como a parábola do bom samaritano contada por Jesus deixa claro, além de outros perigos, os viajantes corriam o risco de serem assaltados. Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lá e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora. A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazida de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judeia, que usou recursos do templo, provocando uma revolta popular. Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.
UM CENTRO RELIGIOSO
O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante. Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusalém ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Muitos judeus se mudavam para Jerusalém a fim de ficarem perto do templo e serem sepultados nas imediações da cidade santa Além disso, um imposto de duas dramas para o templo era cobrado anualmente de todos os judeus. Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em c. 63 d.C., mais de dezoito mil operários ficaram desempregados.
As autoridades do templo usaram essa mão de obra para pavimentar Jerusalém com pedras brancas. Acredita-se que Jerusalém também tinha cerca de quatrocentas sinagogas, junto às quais funcionavam escolas para o estudo da lei. Uma inscrição de origem incerta sobre um chefe de sinagoga chamado Teódoto foi descoberta em 1913 na extremidade sul da colina de Ofel. Teódoto construiu não apenas uma sinagoga, mas também uma hospedaria para visitantes estrangeiros.
PALÁCIOS
Os governantes hasmoneus haviam construído um palácio chamado de Acra ou cidadela a região a oeste do templo. Mas Herodes, o Grande, construiu um palácio novo na Cidade Alta, na extremidade oeste da cidade, onde hoje fica a Porta de Jafa. Continha salões de banquete grandiosos e vários quartos de hóspedes. O muro externo tinha 14 m de altura, com três torres chamadas Hippicus, Fasael e Mariamne, os nomes, respectivamente, do amigo, do irmão e da (outrora favorita) esposa de Herodes. As torres tinham, respectivamente, 39, 31 e 22 m de altura. Parte da torre de Fasael ainda pode ser vista nos dias de hoje, incorporada na atual "Torre de Davi"
A FORTALEZA ANTÔNIA
Na extremidade noroeste, Herodes construiu uma fortaleza chamada Antônia em homenagem ao general romano Marco Antônio. A fortaleza possuía três torres imensas com 23 m de altura e outra com 30 m de altura. Uma coorte, isto é, uma unidade de infantaria romana com seiscentos homens, guardava o templo e podia intervir rapidamente caso ocorresse algum tumulto (como em At
OUTRAS CONSTRUÇÕES EM JERUSALÉM
Na Cidade Baixa, Herodes mandou construiu um teatro e um hipódromo. O tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença, ficava no sopé do monte sobre o qual estava edificada a cidade de Davi. Os Evangelhos também mencionam o tanque de Betesda, um local cercado por cinco colunatas cobertas. Crendo que, de tempos em tempos, um anjo agitava as águas e realizava um milagre, muitos enfermos se reuniam ali à espera da oportunidade de serem curados. Jesus curou um homem paralítico havia 38 anos.° Os dois tanques descobertos no terreno da igreja de Sta. Ana, ao norte da área do templo, parecem ser o local mais plausível. Ao norte do segundo muro e, portanto, fora da cidade antiga, fica a Igreja do Santo Sepulcro, um possível local do túmulo vazio de Jesus.
Herodes Agripa I (41-44 d.C.) começou a construir mais um muro ao norte da cidade, cercando essa área. Com mais de 3 km de extensão e 5,25 m de espessura, o muro foi concluído em 66 d.C.
TÚMULOS
No vale do Cedrom foram preservados vários túmulos datados do período anterior à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. O assim chamado "Túmulo de Absalão", adornado com colunas jônicas e dóricas, tinha uma cobertura em forma cônica. Um monumento relacionado ao assim chamado "Túmulo de Zacarias" tinha uma torre de pedra quadrada com uma pirâmide no alto. Entre 46 e 55 d.C., a rainha Helena de Adiabene, originária da Assíria (norte do Iraque) e convertida ao judaísmo, erigiu um mausoléu cerca de 600 m ao norte de Jerusalém. Com uma escadaria cerimonial e três torres cônicas, esse túmulo, conhecido hoje como "Túmulo dos Reis", era o mais sofisticado de Jerusalém. Jesus talvez estivesse se referindo a monumentos como esses ao condenar os mestres da lei e fariseus por edificarem sepulcros para os profetas e adornarem os túmulos dos justos. Túmulos mais simples eram escavados na encosta de colinas ao redor da cidade, e muitos destes foram descobertos nos tempos modernos.
FORA DA CIDADE
A leste da cidade ficava o monte das Oliveiras, cujo nome indica que essas árvores eram abundantes na região em comparação com a terra ao redor. Na parte mais baixa defronte a Jerusalém, atravessando o vale do Cedrom, ficava o jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso. Getsêmani significa "prensa de azeite". E possível que azeitonas trazidas da Peréia, do outro lado do rio Jordão, também fossem prensadas nesse local, pois era necessária uma grande quantidade de azeite para manter acesas as lâmpadas do templo. Na encosta leste do monte das Oliveiras ficava a vila de Betânia onde moravam Maria, Marta e Lázaro, e onde Jesus ficou na semana antes de sua morte. De acordo com os Evangelhos, a ascensão de Jesus ao céu ocorreu perto desse local.
A HISTÓRIA POSTERIOR DE JERUSALÉM
Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70 d.C. e ficou em ruínas até a revolta de Bar Kochba em 132 d.C. Em 135 d.C., foi destruída novamente durante a repressão dessa revolta e reconstruída como uma cidade romana chamada Aelia Capitolina, da qual os judeus foram banidos. Depois que Constantino publicou seu édito de tolerância ao cristianismo em 313 d.C., os cristãos começaram a realizar peregrinações à cidade para visitar os lugares da paixão, ressurreição e ascensão de Cristo. Helena, mãe de Constantino, iniciou a construção da igreja do Santo Sepulcro em 326 .C. Em 637 d.C., a cidade foi tomada pelos árabes, sendo recuperada pelos cruzados que a controlaram entre 1099 e 1244. Os muros vistos hoje ao redor da Cidade Antiga são obra do sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542.
Jerusalém no período do Novo Testamento
Jerusalém tornou-se um canteiro de obras durante o começo do século I d.C.. Herodes Agripa I (41-44 d.C.) construiu um terceiro muro no norte da cidade.
Referências
João 19.13
João 9.7
João 5:2-9
Lucas
As condições climáticas de Canaã
CHUVANo tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.
O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.
SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt
A Agricultura de Canaã
A VEGETAÇÃO NATURALA. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt
O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).
CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os
A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex
Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18
GEOLOGIA DA PALESTINA
GEOLOGIAPelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt
- Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum.
- Do abismo a cobriste, como uma veste; as águas ficaram acima das montanhas.
- Fugiram sob tua repreensão;
- à voz do teu trovão, puseram-se em fuga.
- As montanhas elevaram-se, e os vales desceram, até o lugar que lhes determinaste.
- Estabeleceste limites para que não os ultrapassassem e voltassem a cobrir a terra.
- (SI 104:5-9)
Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃOVárias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:
(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.
O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.
A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.
Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:
- escritores clássicos (e.g., Heródoto, Eusébio, Ptolomeu, Estrabão, Josefo, Plínio);
- itinerários percorridos por cristãos da Antiguidade (e.g., Etéria, o Peregrino de Bordéus, Teodósio, Antônio Mártir, Beda, o Venerável, Willibald):
- geógrafos árabes (e.g., Istakhri, Idrisi, Abulfeda, Ibn Battuta);
- escritos de autoria de cruzados e pós-cruzados (e.g., Saewulf, Daniel, o Abade, Frettelus, Pedro Diácono, Burchard de Monte Sião, Marino Sanuto, Rabi Benjamin
de Tudela, Rabi Eshtori Haparhi, Ludolph von Suchem, Felix Fabri); - pioneiros ou geógrafos desde o início da Idade Moderna (e.g., Quaresmio, van Kootwijck, Seetzen, Burchardt, Robinson, Reland, Niebuhr, Thomsen, Ritter, Conder, Abel, Musil, Dalman, Albright, Glueck, Aharoni, Rainey) Contudo, a análise literária deve ser acompanhada da análise topográfica. Qualquer dado documental disponível tem de ser correlacionado a lugares já conhecidos de uma determinada área e avaliado numa comparação com a gama de outros tells do terreno ao redor - tells que podem ser igualmente candidatos a uma identificação com o lugar bíblico. Quando a identificação de um lugar é proposta, o tamanho e a natureza do local têm de cumprir as exigências de identificação: qual é seu tamanho? Que vestígios arqueológicos são encontrados ali (e.g., muralhas, construções monumentais, detalhes arqueológicos próprios)? Quais e quantos outros sítios são encontrados em sua vizinhança? Além disso, as ruínas desse lugar têm de datar do(s) período (s) exigido(s) pela identificação.
De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus
DATA |
LUGAR |
ACONTECIMENTO |
MATEUS |
MARCOS |
LUCAS |
JOÃO |
---|---|---|---|---|---|---|
33 d.C., 8 de nisã |
Betânia |
Jesus chega seis dias antes da Páscoa |
||||
9 de nisã |
Betânia |
Maria derrama óleo na cabeça e nos pés de Jesus |
||||
Betânia–Betfagé–Jerusalém |
Entra em Jerusalém montado num jumento |
|||||
10 de nisã |
Betânia–Jerusalém |
Amaldiçoa figueira; purifica o templo novamente |
||||
Jerusalém |
Principais sacerdotes e escribas tramam matar Jesus |
|||||
Jeová fala; Jesus profetiza sua morte; descrença de judeus cumpre profecia de Isaías |
||||||
11 de nisã |
Betânia–Jerusalém |
Lição sobre figueira que secou |
||||
Templo em Jerusalém |
Sua autoridade é questionada; ilustração dos dois filhos |
|||||
Ilustrações: lavradores assassinos, banquete de casamento |
||||||
Responde a perguntas sobre Deus e César, ressurreição, maior mandamento |
||||||
Pergunta se Cristo é filho de Davi |
||||||
Ai dos escribas e fariseus |
||||||
Vê a contribuição da viúva |
||||||
Monte das Oliveiras |
Fala sobre o sinal de sua presença |
|||||
Ilustrações: dez virgens, talentos, ovelhas e cabritos |
||||||
12 de nisã |
Jerusalém |
Judeus tramam matá-lo |
||||
Judas combina a traição |
||||||
13 de nisã (tarde de quinta-feira) |
Jerusalém e proximidades |
Prepara a última Páscoa |
||||
14 de nisã |
Jerusalém |
Celebra a Páscoa com os apóstolos |
||||
Lava os pés dos apóstolos |
A última semana de Jesus na Terra (Parte 1)
Chega a Betânia seis dias antes da Páscoa
João 11:55– jo
Come com Simão, o leproso
Maria derrama nardo sobre Jesus
Judeus vão ver Jesus e Lázaro
João 12:2-11
NASCER DO SOLEntrada triunfal em Jerusalém
Ensina no templo
João 12:12-19
PÔR DO SOLPassa a noite em Betânia
NASCER DO SOLVai cedo a Jerusalém
Purifica o templo
Jeová fala desde o céu
João 12:20-50
PÔR DO SOLEnsina no templo usando ilustrações
Condena os fariseus
Vê contribuição da viúva
No monte das Oliveiras, profetiza a queda de Jerusalém e dá sinal de sua futura presença
PÔR DO SOLLivros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
JERUSALÉM
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.
Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
![Mapa Bíblico de JERUSALÉM Mapa Bíblico de JERUSALÉM](/uploads/map/6244b8b0826b76244b8b0826ba.png)
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
1. A Homenagem através da Unção (Jo
Foi depois de um curto período de tempo que sucedeu os acontecimentos do capítulo 11, e somente seis dias antes da Páscoa, que Jesus voltou a Betânia (1). O relato chama imediatamente a atenção para Lázaro, a quem Jesus ressuscitara dos mortos, como se ele fosse a principal atração. A ocasião era uma ceia na qual Marta, na sua função característica, servia (2).200 Especial atenção recebe o fato de que Lázaro, em perfeita saúde, era um dos que estavam à mesa com Ele (2). Evidentemente, "a festa era um reconhecimento de gratidão pela obra realizada entre eles".201
Embora Maria seja a última a ser introduzida à cena, o seu ato de devoção amorosa é o tema central de todo o relato.' Ela tomou uma libra — uma libra romana de cerca de doze onças (453
g) — de ungüento de nardo puro, de muito preço,' ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos (3). A despeito do que os outros membros da casa de Betânia pudessem ter pensado de Jesus, uma palavra des-creve o sentimento de Maria — amor.
Aqui é visto "o dom do amor": 1. Em exorbitante extravagância, ungüento... de muito preço; 2. Na humildade, ela ungiu os pés do Senhor; 3. No completo despren-dimento, enxugou-lhe os pés com os seus cabelos.' Existe uma qualidade universal em um amor como esse. João escreveu em linguagem poética — e encheu-se a casa do cheiro do ungüento (3) 205 — ou melhor, "da fragrância do perfume".
Judas 1scariotes, que também estava na ceia, levantou uma objeção ao ato de Maria, dizendo: Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros [denários], e não se deu aos pobres? (5) João é rápido em acrescentar seus comentári-os. Ele questionou os motivos de Judas. Não pelo cuidado que tivesse dos pobres (6). Então ele declara o problema. Judas era ladrão (6). Como o tesoureiro do grupo dos discípulos ("Ele tinha a caixa do dinheiro", NASB. Ou ainda, como em algumas tradu-ções, "Ele tomava conta da bolsa de dinheiro", NTLH), era a sua prática "tirar o que ali se lançava" (6, tradução literal). Já se perguntou por que Judas tinha sido escolhido para essa função, uma vez que ela lhe causaria tentações incomuns. Westcott responde: "A tentação normalmente nos sobrevém através de áreas de nossa vida em que já apresen-tamos alguma tendência a pecar"."
Maria e Judas estão em um vívido contraste. "Maria, na sua devoção, inconsciente-mente provê a honra dos mortos. Judas, no seu egoísmo, inconscientemente traz a pró-pria morte"."
Jesus veio rapidamente em defesa de Maria. Deixai-a; Ele disse: para o dia da minha sepultura guardou isto (7) — literalmente, "para que ela possa guardar isto para o dia do meu sepultamento" (NASB). A linguagem neste ponto é difícil, mas parece indicar, segundo Hoskyns, que "Maria conscientemente admitiu a necessidade da morte de Jesus, e também, reconhecendo que a hora era chegada, antecipou o seu sepultamen-to com um ato de devoção inteligente"."
O pedido de Judas pelos pobres não escapou da resposta de Jesus. Os pobres, sem-pre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes (8; cf. Dt
Quando se espalhou a notícia de que Jesus estava com Lázaro em Betânia, muita gente ["uma grande multidão", Phillips]... soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro (9). Como muitos dos ju-deus... criam em Jesus (11), os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro (10). Fica claro que aqueles principais dos sacerdotes — sendo o grupo saduceu, e não acreditando na ressurreição — sentiram-se obrigados a livrar-se das evidências contrárias à sua doutrina.
2. A Homenagem através da Aclamação (Jo
De uma maneira característica, João nota a ocasião da Entrada Triunfal.' No dia seguinte (12) — i.e., no dia seguinte à unção feita por Maria, ou cinco dias antes da Páscoa (cf. 12.1). Isto significa que a entrada aconteceu no domingo. "João seguiu a tra-dição cristã ao posicionar a entrada triunfal no Domingo de Ramos".211
A notícia de que Jesus vinha a Jerusalém (12) logo se espalhou, e uma grande multidão que viera à festa... saiu-lhe ao encontro (1243). Eles tomaram ramos de palmeiras (13), "o símbolo do triunfo real"212 e clamavam: Hosana!, que é o correspon-dente em hebraico a "viva!" Aqui, o grito era quase equivalente a "Deus salve o Rei!" O termo Hosana, juntamente com a frase Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor!, é extraído de Salmos
Em um breve comentário, João fala de Jesus encontrando um jumentinho (cf. o rela-to Sinótico detalhado, Mt
Através deste ato, Jesus deixou inequívoca a reivindicação de ser o Messias, o Ungi-do de Deus. Este ato também mostrou-o como um Messias espiritual e não militar, pois "o jumento, em contraste com o usual cavalo de batalha de um líder vitorioso, é um símbolo de humildade e de paz" (cf. Jz
Embora tudo isto estivesse acontecendo, no princípio estava além da compreensão dos discípulos, mas, quando Jesus foi glorificado (16), as peças do quebra-cabeças se encaixaram, e eles começaram a compreender. A glorificação de Jesus sem dúvida tinha dois significados para João. Um deles se refere à exaltação por meio da cruz (Jo
João acrescenta alguns comentários interessantes no final do seu relato. A multidão que estava com Ele quando Lázaro foi chamado da sepultura e quando ele o ressus-citara dos mortos (17) "estava testificando" o que havia acontecido. Evidentemente, foi esse testemunho que trouxe de Jerusalém a multidão que o aclamava, pois tinham ouvido que ele fizera este sinal (18).
Tudo isto culminou em uma situação desesperadora para os fariseus. Os seus planos cuidadosos de colocar um ponto final em Jesus e na sua obra tinham terminado com o que parecia ser uma completa frustração. Eis que todos vão após ele (19), disseram. O fracasso do seu esquema maldoso fez com que se voltassem uns contra os outros, culpan-do-se entre si, dizendo: vedes que nada aproveitais? (19)
3. A Chegada dos Gregos (Jo
Não se sabe ao certo se os gregos que estavam entre os que tinham subido a adorar no dia da festa estavam ali por curiosidade (cf. Atos
Quando João escreveu que Jesus lhes respondeu (23), ele deixou uma ambigüida-de com relação ao termo "lhes". Não há uma indicação de que o termo inclua mais pesso-as além de Filipe e André, embora não se descarte a possibilidade de que os gregos te-nham ouvido isso. A sua pergunta "trouxe a ocasião para o grande sermão de Jesus sobre a necessidade da sua morte e a salvação universal (32) que desta resultaria... Embora Jesus, na carne, se limitasse principalmente aos judeus (Mt
Embora muitas vezes antes desta ocasião Jesus tivesse falado da sua hora (Jo
Para dar um exemplo exato do que Ele queria dizer com a sua glorificação, Jesus proferiu uma curta parábola que poderia ser perfeitamente óbvia a todos os que a ouvis-sem. Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto (24; cf. 1 Co 15.36). Não poderia haver alusão mais clara a sua própria morte, ao seu sepultamento e a sua ressurreição. Da mesma forma, Ele estava dizendo que "os verdadeiros discípulos do Filho de Deus não se prendem à vida com afeição apaixonada — esta é a morte improdutiva e permanente — antes, eles odeiam a vida neste mundo, e, pelo paradoxo da lei de Deus, eles a preservam para sempre"." Jesus expandiu o óbvio significado da parábola através de outros paradoxos. Amar a sua vida, a psyche,223 é equivalente a perdê-la, ao passo que quem aborrece (ama menos) a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna (25) " Lightfoot diz: "O egoísmo sempre é a morte da verdadeira vida do homem"' Da mesma forma, quando uma pessoa precisa tomar uma decisão entre Cristo e as coisas mais queridas da sua vida, o contraste é tão grande que ela aborrece as últimas (cf. Lc
Barclay fornece um esboço interessante: 1. Somente através da morte vem a vida (24) ; 2. Somente gastando a vida é que podemos reter a vida (25) ; 3. A grandeza só vem através do serviço (26).227
Este sermão sobre a sua hora trouxe Jesus face a face com a dura realidade do sofrimento e da morte?' Sem qualquer observação de mudança de tempo ou lugar por parte de João, sabemos que Jesus ora: Agora, a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora (27).229 Como um verdadeiro homem enfrentando a morte, esta era uma oração completamente natural e necessária. Não há fingimento aqui! "O conflito, como na tentação, é real"." O reconhecimento do propósito da sua vinda — para isso vim a esta hora (27) — e a submissão à vontade do Pai — Pai, glorifica o teu nome (28) — trouxeram a ministração celestial que Ele tinha de ter na sua hora: Então, veio uma voz do céu (28; cf. Lc
A multidão que ali estava sabia que alguma coisa incomum estava acontecendo, mas os seus relatos são bastante indefinidos. Alguns disseram que havia sido um tro-vão, enquanto outros pensaram que era a voz de um anjo (29). As coisas do Espírito são discernidas espiritualmente. Não é possível ouvir aquilo que não se está preparado para entender. "Infelizmente, a multidão, devido à meia-luz em que vive, não pode discernir ou apreciar a importância de um pronunciamento do céu"?' A voz, embora não compreendida pelo povo, veio... por amor... a eles (30; cf. Jo
Esta afirmação da derrota definitiva e final do príncipe deste mundo é balanceada pela declaração do poder universal de atração da cruz. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim (32).2" Westcott, comentando o termo "atrairei" (pelo Espírito), diz: "Existe a necessidade desta violência amorosa, pois os homens são 'reprimidos pelo inimigo'".' Por um lado, levantado é uma alusão a ser levantado na cruz, signifi-cando de que morte havia de morrer (33). Mas existe outro significado implícito na palavra "da", que literalmente significa "fora da". A cruz tem uma conseqüência inevitá-vel: a ressurreição!
Foi com sentimentos misturados que o povo ouviu a afirmação de Jesus sobre a sua própria morte. Eles não podiam harmonizar o Filho do Homem que seria levantado (i.e., crucificado), com o Cristo que permanece para sempre (34; cf. Ez
4. Fé e Incredulidade (Jo
Em ousadas pinceladas, João, usando as Escrituras do Antigo Testamento, esforça-se para mostrar por que ainda que tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele (37). Primeiramente, ele cita Isaías
A segunda citação é de Isaías
Estes principais que creram não o confessavam... para não serem expulsos da sinagoga (42). A razão era óbvia para João. Eles amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus (43). Barclay comenta: "Por repetidas vezes, os homens deixaram de apoiar alguma causa grandiosa porque esta interferia em alguma coisa de menor interesse. Quando Joana D'Arc percebeu que ficara abandonada e sozi-nha, disse: 'Sim, estou sozinha na terra: eu sempre estive sozinha. Meu pai disse aos meus irmãos que me afogassem se eu não quisesse cuidar das suas ovelhas, enquanto a França estava sangrando até morrer; a França poderia morrer, desde que o nosso rebanho estivesse a salvo".'
Os sete últimos versículos do capítulo 12 são uma reafirmação de alguns dos princi-pais temas do Evangelho. João não diz em que ocasião, ou para quem, Jesus teria feito essas afirmações. Mas ele destaca a sua importância através da introdução: Jesus cla-mou e disse (44; cf. 7.28, 37), o que indica a importância da proclamação que será feita a seguir. Alguns dos temas são:
(e) Uma vez que Jesus veio' não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo (47), é a palavra que Ele falou que julgará aquele que o rejeitar e não receber as suas palavras (48; cf. Jo
(d) O Pai que enviou o Filho também lhe deu um mandamento sobre o que Ele há de dizer (49). O cumprimento obediente de Jesus deste mandamento possibilitou que Ele dissesse: sei que o seu mandamento é a vida eterna (Berk., 50; cf. Jo
Assim é concluída a seção que foi chamada de "O livro dos Sinais". Talvez o leitor deva recordar as próprias palavras de João acerca dos fatos que ele registrou: "Estes [sinais] foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo
Genebra
12.1-11
A unção de Jesus relatada em Lc
* 12:3
mui precioso. Judas avaliou isto em termos do salário de um ano de trabalho (v.5), quase três vezes tanto quanto Judas aceitou para trair a Jesus.
ungiu os pés de Jesus. Mateus e Marcos indicam que ela derramou algum perfume sobre a cabeça de Jesus, que seria a prática comum. Ungir seus pés e enxugá-los com seus cabelos era um tributo de humildade e devoção.
* 12.4-6
Judas (e os outros discípulos, Mt
* 12:7
Deixa-a. Jesus defende Maria, aludindo que ela o fizera como uma preparação para sua morte próxima. Para este ponto crucial da obra redentiva de Deus, nenhum gasto é muito grande.
* 12:8
sempre... nem sempre. Sempre haverá pobreza num mundo caído junto com as responsabilidades de ministrar ao pobre como uma expressão do amor de Deus. A oportunidade de estar presente com Jesus e servi-lo durante sua permanência na terra não se repetiria.
* 12.9-10
Ao invés de reconhecer a mão de Deus na ressurreição de Lázaro, os principais sacerdotes conspiravam para matar Jesus e Lázaro.
* 12:11
muitos dos Judeus. Os líderes religiosos estavam perdendo popularidade. Nicodemos parecia ter desertado (7.50-52); alguns judeus tinham crido em Cristo, ainda que superficialmente (8.30, nota); alguns estavam impressionados com a cura do cego de nascença (10.21); Jesus parecia estar ganhando seguidores além do Jordão (10.41-42); e agora a ressurreição de Lázaro estava conduzindo outros à fé nele (vs.17,18; 11.45). Tudo isto foi uma preparação para a aclamação que Jesus receberia em sua entrada triunfal, que levara os fariseus a dizerem: "Eis aí vai o mundo após ele"(v.19).
* 12:13
Hosana. A saudação foi emprestada, em parte, do Sl
* 12:14-15
As circunstâncias exatas tinham sido profetizadas por Zc
* 12:20
alguns gregos. Uma nota de rodapé irônica à afirmação dos fariseus no v. 19. Estes “gregos” provavelmente não eram judeus da dispersão (a palavra grega é diferente da que é traduzida por "helenistas", em At
* 12:23
É chegada a hora. Em contraste com afirmações anteriores de que sua hora não tinha chegado ainda (2.4; 7.6,8,30; 8.20), esta é a primeira de um número de afirmações de que a morte e a ressurreição de Cristo estão próximas (v.27; 13
* 12:24
o grão de trigo. Jesus usa a figura do crescimento do grão de trigo como uma explicação de sua própria obra. Sua morte, que ocorrerá num certo tempo e lugar, abrirá as portas da salvação para o povo de todas as eras e nações.
* 12:25
Quem ama sua vida. Os que estão assoberbados pelos interesses da vida sobre a terra, encontrarão a ruína, enquanto os que são desprendidos desses interesses, obterão a vida eterna através da obra de Cristo (Mt
* 12:27
Agora está angustiada a minha alma. Jesus está perturbado diante da perspectiva de suportar o juízo de seu Pai santo, no lugar dos pecadores. Não obstante, ele aceita seu papel e reafirma seu compromisso para com ele.
* 12:28
veio uma voz do céu. Em três lugares nos Evangelhos o Pai fala diretamente, do céu, a respeito de Jesus: no seu batismo (Mt
* 12:29
A multidão... tendo ouvido a voz. Uma situação semelhante à das circunstâncias da conversão de Paulo, onde aqueles que o acompanhavam, ouviram um som, mas não distinguiram as palavras (At
* 12:31
Chegou o momento de ser julgado este mundo. Pela sua morte que se aproxima, Jesus porá fim ao poder do pecado sobre a raça de Adão, julgando-o e condenando-o.
seu príncipe será expulso. Satanás (conforme 14.30; 16.11; 2Co
* 12:32
quando for levantado. Isto se refere à crucificação (v.33), mas também à glorificação de Cristo. Como "Mediador" ele será levantado à mão direita de Deus (3.14, nota).
atrairei todos a mim mesmo. A cruz exerce uma atração universal, e povos de todas as nacionalidades, gentios bem como judeus, serão salvos através dela. "Todos" significa toda espécie de pessoa, sem distinção e não todos os membros da raça humana sem exceção.
* 12:34
da Lei. Um dos termos usados para toda a Escritura do Antigo Testamento (10.34; 15.25). Esta é uma possível referência ao Sl
o Filho do homem. Entenderam este título como uma reivindicação de ser o Messias prometido.
seja levantado. Entenderam isto como ser suspenso ou crucificado, à base de textos tais como Sl
* 12:35
a luz. Jesus é a "luz" (v.46; 1:4-9; 8.12; 9.5). Sua morte iminente trará um período de trevas.
* 12:38
para se cumprir a palavra do profeta Isaías. O ministério público e terreno de Jesus era o cumprimento da profecia de Isaías, que era, em grande parte, um ministério de juízo do Israel incrédulo. Jesus pronuncia o juízo previamente anunciado por Isaías, que deve preceder o reino vindouro.
* 12:39
não podiam crer. Ninguém poderá crer verdadeiramente a menos que Deus abra o entendimento do indivíduo mediante a obra sobrenatural do Espírito (3.3-7).
* 12:41
porque viu a glória dele. Isaías tinha recebido uma visão da glória do Deus entronizado (Is
* 12:42
muitos... creram nele. O juízo anunciado por Isaías cumpriu-se, mas mesmo alguns líderes (p.ex., José de Arimatéia e Nicodemos
* 12:44
Quem crê em mim crê... naquele que me enviou. O estreito relacionamento de Jesus com o Pai (conforme 17:21-23) é ressaltado em três aspectos: crer em Cristo é crer no Pai, ver Cristo é ver o Pai (v.45), ouvir a Cristo é ouvir ao Pai (v.50). Por outro lado, rejeitar a Cristo e suas palavras é rejeitar o Pai e suas palavras. Esta rejeição resulta em condenação ainda que o propósito básico da encarnação de Cristo fosse a salvação dos seus e não a condenação daqueles que não crêem.
* 12:48
palavra que eu tenho proferido. Ver "O Ensino de Jesus", em Mt
Matthew Henry
Wesley
O episódio que acabamos de discutir revelou que os fariseus tinham sido pouco mais do que ferramentas de sumos sacerdotes Sadducaean o tempo todo. Agora vê-se que os dois grupos estavam trabalhando de mãos dadas. O período de discussões sobre a relação de Jesus com Deus, o Pai, e do seu crédito para a vida eterna, tinha terminado. Milagres que tanto perturbavam os fariseus e confundiu sua prova contra Jesus não fazia parte do problema a partir de então. Por fim, o caso era clara; o sumo sacerdote estava em completo controle, e o caso havia sido resumia a sua solução mais simples: Jesus deve morrer.
A rede foi imediatamente expulso para pegá-lo. O cidadão mais humilde foi convidado para ser um voluntário da polícia secreta. Como as pessoas começaram a se reunir para a Páscoa, o principal tema de conversa era se Jesus viria para a festa como tinha sido seu costume. Que vos parece? Que ele não virá à festa? (Jo
Não há imagem mais gráfico da história-in-the-making jamais foi testemunhado do que aquele que começou quando Jesus deixou seu pequeno paraíso de reclusão em Efraim e começou a voltar a Jerusalém, seis dias antes da Páscoa. Como Ele precisava desses dias de silêncio e oração! Qual a importância que eles estavam em preparação para a provação da semana sucesso! Não como uma caminhada para a morte, nem como alguém que pode ser surpreendido por alguma mudança inesperada dos acontecimentos, mas com a certeza de quem considerou todas as possibilidades e os riscos e que avança no conhecimento de uma tarefa a ser feita e um destino a ser cumprido, esta é a imagem dada no Evangelho de João. Enquanto a agonia no Getsémani registrados nos Sinópticos não é negado, ele é omitido, eo foco é a segurança e equilíbrio interior do Mestre como Ele deliberadamente virou o rosto em direção a Jerusalém e as forças reunidas contra ele.
Este retorno da breve obscuridade marcou um novo começo no ministério de Jesus, o começo do fim. E foi comemorado com um banquete em Betânia, em comemoração do grande milagre que Ele tinha realizado lá; isso foi feito em desafio ao decreto que tinha saído para denunciá-lo às autoridades do Templo. Mateus e Marcos dizem que o encontro foi na casa de Simão, o leproso (Mt
Em meio a este encontro harmonioso uma nota ácida foi subitamente: Judas emitiu uma denúncia pública contra Maria por seu ato, porque o perfume era tão caro. Por que ele deveria reclamar? Ele estava custando nem ele nem o tesouro de que ele era o nada custodiante. Maria tinha aparentemente salvou o dinheiro e comprou a pomada para esse fim específico. Judas estava sugerindo que ela deveria ter vendido, ou talvez nunca comprei-o em primeiro lugar, e dado o dinheiro a ele para o tesouro Ct
Este desabafo explosivo na parte de Judas não foi nenhuma surpresa para Jesus. Porque se Ele não tivesse sondado o problema? Porque se Ele não tivesse exposto Judas? Por que Ele não expô-lo então? A resposta encontra-se nas várias tentativas que Jesus fez para salvar Judas de seu curso desastroso. Como era, Jesus defendeu Maria, interpretando-a ação de uma forma que a própria Maria mal tinha antecipado. sofro dela para mantê-lo para o dia da minha sepultura (Jo
No dia seguinte, Jesus deixou Betânia para Jerusalém. A multidão de pessoas foi eletrificada por sua ousadia e tentou encontrar uma razão para isso. Jesus estava voltando para desafiar o Sinédrio e estabeleceu-se como o Messias, apesar do ditado de seu sumo sacerdote. Ou talvez ele havia mudado de idéia e estava a caminho de organizar um compromisso com os judeus. De qualquer forma, Ele foi assegurado de muito apoio popular em tudo o que Ele pretendia fazer. E assim, as pessoas se reuniram folhas de palmeira, o sinal da vitória, e saiu de Jerusalém para encontrá-Lo. As pessoas que tinham visto Lázaro ressuscitou dentre os mortos espalham a notícia no exterior (v. Jo
Jesus montou em um jumentinho , enquanto a multidão gritava: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel (v. Jo
Imediatamente após a nota universal atingido pelas palavras do Pharisees- o mundo inteiro vai após ele -alguns gregos foram introduzidos na narrativa. O termo gentios ou não-judeus descreve esses homens melhor do que o termo gregos. A mulher siro-fenícia (Mc
Talvez esse discurso deve ser incluído no ministério público de Jesus. No entanto, é de natureza semi-privado e fica entre o seu ministério anterior à ressurreição de Lázaro ea subsequente discurso particular aos Doze no cenáculo. Para os presentes Jesus introduziu a idéia de que a vida só pode ser perpetuada através da morte, e Ele ilustrou o princípio usando a metáfora de uma semente comum ser enterrado no solo e se perder ou consumida para produzir uma outra planta frutífera. Esta é uma analogia da ressurreição. Por morte e ressurreição, Ele, o Filho de Deus e Filho do homem, iria conquistar o destruidor da vida-morte-e, assim, garantir a vida do homem além do túmulo. Jesus não estabeleceu a idéia de uma vida futura em cima de algum conceito da imortalidade da alma, mas no poder de sua própria ressurreição. "Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, até a ressurreição do juízo "( Jo
Isso para Jesus não era apenas uma parábola da Ressurreição, mas também o princípio segundo o qual a vida cristã é para ser vivida. Quem ama a sua vida loseth-la; e aquele que odeia a sua vida neste mundo deve mantê-la para a vida eterna (v. Jo
Como se suas próprias palavras tinham trazido a Jesus uma nova percepção de que sua hora havia chegado, Ele clamou: Agora é a minha alma está perturbada; e que direi eu? A agonia do Getsêmani estava sobre Ele. Pai, salva-me desta hora. Mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome (vv. Jo
A resposta da multidão faltava muito do espírito argumentativo dos fariseus. Foi feita referência à lei, mas a questão parecia sincero: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre; e como dizes tu: O Filho do homem seja levantado? Quem é esse Filho do homem? (v. Jo
No entanto, muitos dos governantes judeus creram nele neste momento, seguindo o exemplo de Nicodemos. Eles cumpriram a sua mudança de mente a si mesmos para que eles, como o cego, ser excomungado. A observação de João que eles adoraram a glória que é dos homens do que a glória é de Deus mostra que sua fé ficou muito aquém da fé salvadora. A fé em Cristo deve ser mais do que um assentimento mental, a fim de ser eficaz. É igualmente verdade hoje que multidões de pessoas acreditam em Cristo, que nunca fizeram qualquer decisão a ser Seus seguidores. Isto é verdade para a maior parte das pessoas que dizem ter acreditado em Jesus, no Evangelho de João. Deve haver a fé de obediência, bem como a fé de crença.
Z 2. CONCLUSÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (12: 44-50) 44 E Jesus chorou e disse que aquele que crê em mim, não crê em mim, mas naquele que me enviou. 45 E aquele que me contempla vê aquele que me enviou. 46 Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. 47 E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não julgá-lo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. 48 Quem me rejeita, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue:. a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia 49 Pois não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que eu deveria dizer, e que eu deveria falar. 50 E eu sei que o seu mandamento é a vida eterna; as coisas, pois, que eu falo, como o Pai me disse: então eu falar.Estes poucos versos lidos como um eco dos ensinamentos de Jesus aos judeus. Eles são o clímax de seu ministério para os grupos mistos de pessoas. Todas as idéias são familiares e constituem pouco mais de um resumo em três temas: audição, acreditando e julgamento. Eles servem como um esboço para a resposta aos seus ensinamentos, bem como o resumo conclui com a afirmação muito apropriado, as coisas, pois, que eu falo, como o Pai me disse: então eu falo (v. Jo
Wiersbe
- Cristo e seus amigos (12:1-11)
Enquanto os líderes judeus trama-vam para matar Cristo (11:53,57), os amigos dele o honravam com uma ceia, em Betânia. Mc
O bálsamo que Maria usou custava um ano de salário de um trabalhador comum. Maria reser-vou-o para ungir Cristo e mostrar seu amor. Como é muito melhor demonstrar o amor que sentimos pelas pessoas antes que elas mor-ram! Ela poderia ter usado esse bálsamo no irmão quando ele mor-reu, mas ela guardou o que tinha de melhor para Cristo. Sempre há um crítico para reclamar quando um crente demonstra seu amor por Cristo. O coração de Judas não era justo, portanto sua boca dizia coi-sas erradas. Veja como Cristo (nos-so Advogado — 1Jo
- Jesus e os gentios (12:12-36)
No nascimento dele, vieram gentios do oriente; em sua morte, os gen-tios vêm de novo. Por que João os menciona nesse ponto? Porque ago-ra o Rei foi rejeitado por Israel. Os judeus disseram: "Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal" (Mt
Cristo menciona os gentios quando fala de ser "levantado" na cruz. EmMt
Cristo tinha de ser levantado para que "todos" (v. 32, judeus e gentios) fossem atraídos a ele. Isso não significa todas as pessoas, sem exceção, mas todas as pessoas in-dependentemente da raça. Mais uma vez, Cristo menciona "a hora" (vv. 23,27). Em 2:5, foi sua primei-ra menção a isso, e em 7:30, 13
- Cristo e os judeus (12:37-50)
As últimas palavras do ministério público de Cristo (vv. 35-36) foram uma advertência terrível contra dei-xar passar a oportunidade de salva-ção. Veja a cena: "Jesus disse estas coisas e, retirando-se, ocultou-se deles". Nos versículos seguintes, o apóstolo João explica por que Cristo escondeu-se e por que os judeus es-tavam condenados.
Para início de conversa, eles rejeitaram a evidência (v. 37). A luz tinha estado acesa, mas eles se re-cusaram a crer na luz e a segui-la. Observe os resultados terríveis da rejeição continuada à Palavra de Cristo (vv. 37-41):
- Eles não creram (v. 37), apesar de ver as evidências de sua filiação divina.
- Eles não podiam ver (v. 39) porque o coração deles endureceu, e seus olhos ficaram cegos.
- Por isso, Deus disse: "Não podiam crer" (v. 39) porque rejeita-ram a graça dele!
Is
Mencionamos antes que João apresenta o conflito entre luz e tre-vas. A luz simboliza a salvação, a santidade, a vida; as trevas repre-sentam a condenação, o pecado, a morte. João fala de quatro tipos di-ferentes de trevas:
- As trevas mentais (Jo
1: ), e este não pode enxergar as verdades espirituais.5-43 - As trevas morais (Jo
3: ). Se os homens não obedecem à luz, Deus envia as tre-vas, e Cristo esconde-se deles.18-43 - As trevas eternas (Jo
12: ). "Permanecer" nas trevas significa vi-ver para sempre no inferno.46
Nos versículos
Cristo por medo dos homens (vv. 42-43). Ap
Esse capítulo encerra o registro de João sobre o ministério público de Cristo. E um capítulo solene. Mais uma vez, ele adverte-nos de não ousarmos brincar com nossas oportunidades espirituais. A luz não brilhará para sempre, pois Cristo, al-gum dia, se esconderá dos que não se preocupam com a salvação que ele nos oferece ou com a Palavra dele. Pv
Russell Shedd
1) a unção do Rei para o sepultamento;
2) a entrada e a aclamação do Rei;
3) a petição dos gregos - o império mundial do Rei (20-36).
12.2 Marta servia (gr diekonei). Nela temos uma ilustração das diaconisas da Igreja que serviam com fidelidade (At
12.3 Maria. Sem fundamento histórico é a tradição de que "a mulher pecadora" (Lc
12.5 Trezentos denários. Um denário, o salário diário de um operário. Judas exemplifica aquele que pela carne quer fazer boas obras, ao contrário de Maria que cultua a Jesus, sem substituto, com gratidão.
12.7 Maria, uma amiga, endossa o auge da missão de Jesus no sepultamento (conforme 11.50). Ela exemplifica os cristãos que, pagando preço altíssimo, ungem a Jesus como seu Rei único.
12:12-19 A multidão, cheia de esperanças proclama Jesus como a Messias, vindo com poder e bênção do Senhor (13). Ele é o verdadeiro Rei de Israel (conforme 1,51) Mas Seu reino não é deste mundo (18.36s).
12.13 Hosana. Conforme Sl
12.14,15 Está escrito. Zacarias (9,9) anunciara, cinco séculos antes; que o Messias inauguraria um domínio pacífico para seus súditos.
12.16 Os discípulos não compreenderam a natureza do reinado de Jesus. Ele foi ungido simbolicamente para a morte por uma mulher; seria vestido de púrpura por escárnio e coroado de espinhos (19.2); seria exaltado e entronizado numa cruz. A Entrada Triunfal de Jesus foi o prelúdio e sinal de Sua glorificação por morte e levantamento (Lc
12.17 Jesus vai revelar à multidão que tipo de reinado Ele encabeçaria, Vencerá os principais inimigos do homem: o pecado, a morte e o diabo.
12.23,24 Fica ele só. Jesus não compartilha os benefícios da salvação (Sua glória) antes de Ele mesmo ser glorificado pela morte, sepultamento e ressurreição. O grão representa a Jesus. Muito fruto. A semente que se reproduz, até milhares de vezes, tem de ser plantada, germinar e crescer. Assim; Cristo pela Sua glorificação se estenderá pelo Espírito para toda língua, raça e nação (Ap
12.25 Vida... vida (gr psuche "alma" conforme Mc
12.26 Siga-me. Cada discípulo de Jesus deve ser outro "grão de trigo", pronto para dar sua vida pela expansão do evangelho. Onde eu estou (conforme 17.24). O complemento da vida nova já possuída pelo cristão no mundo será compartilhado junto a Cristo no céu.
12.28 Por uma voz audível, no batismo, na transfiguração e aqui. Deus Pai assegura aos que acompanham a Jesus que Seu nome será glorificado no Filho.
12.31 Ser julgado (gr krisis "crise", "tomada de posição"). A morte de Jesus condenou o mundo (Satanás se tornou príncipe do mundo,: conforme 1Jo
1) "a hora" (23);
2) "a glorificação" (23, 28);
3) o plantar da semente messiânica (24; Gl
4) o levantamento de Jesus na cruz e Sua exaltação (32;At
5) a atração de todos os homens (32), 6 a limitação do tempo para a luz brilhar (35) seguida pelas trevas (31,35).
12.34 Lei. São as Escrituras canônicas do AT (conforme Ez
12.36 Ocultou-se deles. Isto marcou o fim do ministério de Jesus dirigido ao mundo. Daqui para frente fala aos discípulos.
12:37-43 Apresenta um sumário geral do sucesso de Jesus na Sua vinda para Sua "própria casa" (1.
- 11n) e a reação dos judeus cumprindo a visão profética de Is
12.40 A cegueira dos olhos é o endurecimento do coração dos judeus veio em conseqüência do amor às trevas (3.19, 20), o temor dos fariseus (42) e o desejo de alcançar a glória dos homens (43; 5.44)
12.41 Isaías, como Abraão viu a glória do Cristo pré-encarnado (cf.Is
12.42 Creram nele. O tempo passado (gr aoristo) salienta de novo, que em João, a fé se revela no presente contínuo pela confissão. Temor (conforme 1Jo
12.50 Seu mandamento é aquele que Cristo anunciou, i.e., que os homens devem crer no Enviado de Deus (6.28s; 8.31). Pode, também, se referir ao mandamento do Pai a Cristo para entregar Sua vida pelos pecadores (10,18) e dar-lhes a vida eterna.
NVI F. F. Bruce
1) O jantar em Betânia (12:1-11)
v. 1. Seis dias antes da Páscoa-. Surge aqui uma dificuldade cronológica em virtude da incerteza com relação ao dia da crucificação. Westcott sugere que ela ocorreu no dia 14 de nisã, e que, por isso, a visita a Betânia foi feita em 8 de nisã. Se a crucificação ocorreu numa sexta-feira, então essa visita foi feita na sexta-feira anterior, sendo o sábado interveniente deixado fora como um dia em que não podia haver julgamento, v. 3. um perfume caro (gr. nardos pistikês) era, provavelmente, um perfume líquido. Essa unção pode ser comparada a outros relatos (conforme Mc
2) A entrada messiânica (12:12-19)
Somente João registra a razão da feliz aclamação gritada pela multidão nessa ocasião (conforme Mc
3) O pedido dos gregos e a rejeição dos judeus (12:20-43)
A presença desses gregos “tementes a Deus”, isto é, estrangeiros que falavam grego e que tinham adotado a adoração judaica, mas não a lei em sua totalidade, é mencionada somente por João. O discurso, porém, que segue parece fazer eco a uma série de trechos sinópticos (conforme Mc
v. 27. Agora meu coração está perturbado: Jesus agora enfrenta o chamado para o seu sofrimento pessoal. Ele expressa os mesmos sentimentos no jardim do Getsêmani (cf. Mc
Vida quanto pelo fato de que o seu momento de vitória vai se tornar, por meio da ressurreição, o momento de sua completa derrota, v. 32. Mas eu, quando for levantado [...] atrairei todos a mim: Até então, ele estava sujeito a restrições no âmbito da sua missão (conforme Lc
Com essas palavras, Jesus parte. Suas últimas declarações (conforme Mc
4) O resumo que Cristo faz da sua mensagem (12:44-50)
Em vista do caráter definitivo e final das palavras de Jesus no v. 36a e sua subseqüen-te partida dentre os judeus (v. 36b), e ainda a natureza decisiva de suas citações no v. 37, alguns estudiosos têm sugerido que os v. 4450 estão deslocados e, provavelmente, deveriam seguir o v. 36a. Se esse é o caso ou não, podemos concluir com propriedade que o evangelista escolheu concluir a presente seção do evangelho ao reunir alguns dos ditos mais significativos do Senhor que continham as principais idéias da sua auto-revelação, i.e., acerca da Luz, da sua autoridade que recebeu do Pai, da natureza do julgamento, da ordem do Pai ao Filho na sua pregação, e da vida que resulta das palavras dele (conforme comentários Dt
Moody
P. Jesus em Betânia e Jerusalém. Jo
Os acontecimentos aqui incluídos são: Maria ungindo Jesus em Betânia (vs. Jo
Francis Davidson
A população da cidade contribui também à aclamação geral, depois de ouvirem o testemunho dos judeus que assistiram à ressurreição de Lázaro (17-18). Eis ai vai o mundo após ele (19). O júbilo universal convence os embaraçados fariseus da sua própria fraqueza em face deste poder tão irresistível.
John MacArthur
42. O clímax de Amor e Ódio (João
Jesus, portanto, seis dias antes da Páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, em seguida, tomando uma libra de perfume muito caro de nardo puro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos, e a casa se encheu com a fragrância do perfume. Mas Judas 1scariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Por isso Jesus disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." A grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de Jesus, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos.Mas os principais sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e acreditavam em Jesus. (12: 1-11)
A encarnação do Senhor Jesus Cristo marca o apogeu da história. Sua vida não só divide o calendário ( BC significa "antes de Cristo"; AD ["anno Domini"] significa "no ano do Senhor"), mas também o destino humano. Como o próprio Jesus advertiu aqueles que o rejeitaram, "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (Jo
João escreveu seu evangelho para apresentar Jesus como o Filho de Deus eo Messias (20:31). Ao fazê-lo, ele também gravou como as pessoas reagiram às reivindicações messiânica de Jesus e sinais. O apóstolo conformidade cita inúmeros exemplos de pessoas que acreditavam em Jesus (1: 35-51; 2:11; 4: 28-29, 41-42, 53; 6:69; 9: 35-38; 10:42; 11 : 27, 45; 12:11; 16:27, 30; 17: 8; 19: 38-39; 20: 28-29), e aqueles que o rejeitaram (1: 10-11; 2:20; 3: 32; 5: 16-18,38-47; 6: 36,41-43,64,66; 7: 1,5,20,26-27,30-52; 8: 13
Nesta passagem, que relata a história da unção de Maria de Jesus, os temas de crença e descrença são particularmente clara. O ato de adoração de Maria simboliza a fé eo amor; o calculado, a resposta fria, cínica de Judas simboliza incredulidade e ódio. A seção também registra outras reacções a Jesus, incluindo o serviço dedicado de Marta, a indiferença da multidão, e a hostilidade dos líderes religiosos.
Ressurreição de Lázaro do Senhor havia agitado oposição assassina dos líderes judeus hostis (11: 46-53). Eles decidiram que tinham de matar Jesus e Lázaro. Desde a sua hora de morrer ainda não havia chegado (07:30; 08:20; 12:23; 13: 1), Jesus deixou a vizinhança de Jerusalém e ficou na aldeia de Efraim (11:54), cerca de uma dezena de quilômetros ao norte, na extremidade do deserto. De lá, ele fez uma breve visita a Samaria e da Galiléia (Lucas
A partir da conta da ceia em sua homenagem, cinco reações variadas para Jesus emerge: Marta respondeu com serviço sincero, Maria com sacrifício humilde, Judas com a auto-interesse hipócrita, as pessoas com superficialidade oco, e os líderes religiosos com intrigas hostil .
O Serviço Sincero de Marta
E fê-lo de uma ceia, e Marta servia; Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. (12: 2)
O Sinédrio havia decretado que qualquer pessoa que sabia onde estava Jesus deve reportar essa informação para eles (11:57). Mas ao invés de entregá-lo como um criminoso, amigos do Senhor em Bethany deu um jantar em sua honra. O objetivo do evento foi para expressar seu amor por ele, e, especialmente, a sua gratidão por Sua ressurreição de Lázaro. Desde deipnon (ceia) refere-se a principal refeição do dia, que teria sido uma longa um, projetado com muito tempo para uma conversa descontraída. Os convidados foram certamente reclináveis, inclinando-se sobre um cotovelo, com a cabeça em direção a uma baixa, mesa em forma de U. Quantas pessoas estavam lá não é conhecida, mas, pelo menos, Jesus, os Doze, Maria, Marta, Lázaro, e, provavelmente, Simão, o leproso estavam presentes.
Lucas registra a visita de Jesus à casa de Maria e Marta há vários meses, que fornece insights sobre penhora de Marta para servir, mesmo quando não era a prioridade:
Agora, como eles estavam viajando junto, ele entrou numa aldeia; e uma mulher por nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que estava sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra. Marta, porém, andava preocupada com todas as suas preparações; e ela veio até ele e disse: "Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado fazer todo o serviço sozinha? Então diga a ela para me ajudar." Mas o Senhor respondeu, e disse-lhe: «Marta, Marta, você está preocupado e incomodado sobre muitas coisas, mas uma só coisa é necessária, para Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada". (Lucas
Mesmo após essa reprimenda, aqui novamente sendo fiel a seu interesse, Marta foi envolvido em servir a refeição. (Que João descreve Lázaro como um dos convidados reclináveis à mesa com Jesus sugere que a festa não estava em casa, próprias ou de irmãs.) Mt
Mateus (26:
7) e Marcos (14:
3) relatos paralelos notar que Maria derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus, enquanto João diz que ela ungiu os Seus . pés Todas as três contas estão em perfeita harmonia.Desde que o Senhor estava reclinado em uma mesa baixa, com os pés estendidos longe dele, Maria poderia facilmente ter derramado primeiro o perfume sobre a cabeça, em seguida, seu corpo (Mt
Nota do João que a casa se encheu com a fragrância do perfume é o tipo de detalhes vívidos uma testemunha recorda. Ele também atesta a extravagância do ato de devoção humilde de Maria. Ela estava sem se importar com o seu custo, tanto financeiramente quanto à sua reputação. A medida de seu amor era o seu abandono total a Jesus Cristo. Consequentemente, nobre ato de Maria seria, como o Senhor declarou, ser falado como um memorial do seu amor onde quer que o evangelho seja pregado (Mc
Que este é um evento completamente diferente está claro porque ocorreu na Galiléia, não Betânia; ele apresentava uma mulher que era um pecador (provavelmente uma prostituta), e não Maria; e ocorreu muito cedo na vida de nosso Senhor, não durante a Semana da Paixão. Ele também foi um evento na casa de um fariseu, e não Simão, o leproso.
A auto-interesse hipócrita de Judas
Mas Judas 1scariotes, um dos seus discípulos, que tinha a intenção de traí-lo, disse: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Agora ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Por isso Jesus disse: "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura. Para você ter sempre os pobres com você, mas você não tem que sempre Me." (12: 4-8)
O silêncio atordoado que deve ter seguido ato surpreendente e inesperada de Maria foi subitamente interrompido por uma voz levantada em sinal de protesto. A conjunção de (mas) apresenta o contraste entre o altruísmo de Maria e do egoísmo de Judas. Como é sempre o caso nos Evangelhos, a descrição de João de Judas 1scariotes enfatiza dois fatos. Primeiro, ele foi um dos do Senhor discípulos (Mt
Querendo aparecer filantrópica, Judas agiu indignado sobre um desperdício de dinheiro, tais perdulários, exclamando: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?" Cronologicamente, estas são palavras registrados pela primeira vez de Judas no Novo Testamento. Eles expõem a avareza, ambição e egoísmo, que governava o seu coração. Ele lançou o seu lote com Jesus, esperando que ele, para inaugurar o, reino messiânico terreno político pessoas mais judeus estavam procurando. Como um do círculo interno, Judas tinha ansiosamente aguardado uma posição exaltada naquele reino. Mas agora, para ele, esse sonho se transformou em cinzas. Jesus tinha tão antagonizou os líderes judeus que tinham a intenção de matá-lo (Jo
Desiludido, Judas virada para o fim de suas ambições-decidiram, pelo menos, obter alguma compensação financeira para os três anos que ele tinha desperdiçados em Jesus. João, não vê-lo naquele momento, mas escrever em retrospecto, muitos anos depois, faz o comentário inspirado apropriado no verdadeiro motivo de Judas: ele disse isto, não porque ele estava preocupado com os pobres, mas porque era ladrão e, como ele tinha a bolsa, que ele usou para furtar o que nela se lançava. Como observado acima, perfume de Maria valeu a pena um monte de dinheiro; uma vez que um denário era um dia de salário para um trabalhador comum (Mt
Embora alguns tenham tentado atribuir motivos nobres para Judas (ou seja, com o argumento de que ele era um patriota equivocada, tentando cutucar Cristo em inaugurando seu reino), o Novo Testamento retrata-o como nada mais que um ladrão ganancioso e um traidor assassino-even um diabo (João
O Senhor imediatamente defendeu Maria severamente repreender Judas (o verbo traduzido e muito menos está na segunda pessoa do singular, que significa "você"), ordenando-lhe, "Deixai-a, para que ela possa mantê-lo para o dia da minha sepultura." Jesus obviamente, não quer dizer que Maria iria manter o perfume (ou pelo menos parte dela) até que Seu sepultamento, desde que ela tinha acabado de servir tudo para fora (conforme Mc
Se Judas tivesse realmente queria ajudar os pobres, ele não teria faltava oportunidade, pois, como Jesus lembrou-lhes tudo (o verbo e pronome nesta frase são plurais), "Você sempre tem os pobres convosco" (conforme Mc
Judas estava agora numa encruzilhada. Desmascarado como um hipócrita, fingindo cuidar dos pobres, enquanto, na realidade, desviar da bolsa comum, ele enfrentou a decisão final. Ele poderia cair aos pés de Jesus em humilde, o arrependimento penitente, confessar seu pecado, e buscar o perdão. Ou ele poderia orgulhosamente endurecer o coração, se recusam a arrepender-se, render-se à influência de Satanás, e trair o Senhor. Tragicamente e pecaminosamente, ele escolheu o último curso, com a culpabilidade total e exclusiva para as suas consequências, ainda que cumprido o propósito de Deus para o sacrifício de Seu Filho (conforme 13
A superficialidade oco do Povo
A grande multidão de judeus então soube que ele estava ali; e eles vieram, e não para apenas causa de Jesus, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. (12: 9)
No fim do sábado, uma grande multidão de judeus que estavam em Jerusalém para a Páscoa soube que Jesus estava em Betânia (O termo judeus aqui não se refere aos líderes religiosos, mas para as pessoas comuns [conforme 11: 55-56].) Eles vieram para Betânia não apenas causa de Jesus, mas que eles também podem ver a Lázaro, a quem ele ressuscitou dentre os mortos. Notícias de que milagre sensacional tinha se espalhado, ea multidão de curiosos queria ver tanto o milagreiro, ea única a quem ele ressuscitara.
Essas pessoas ainda não foram abertamente hostis a Jesus, como Judas e os líderes religiosos, mas nem foram eles comprometidos com Ele, como Marta e Maria Eles eram os caçadores de emoção, seguindo a mais recente sensação, superficialmente interessado em Jesus, mas espiritualmente indiferente e, finalmente, antagônica a Ele. Como os membros da Igreja de Laodicéia, eles eram "morno e nem és quente nem frio" (Ap
O Scheming Hostile dos Líderes
Mas os principais sacerdotes planejado colocar Lázaro até a morte também; porque por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e acreditavam em Jesus. (12: 10-11)
De modo algum as multidões que se reuniram para Betânia para ver Jesus e Lázaro escapar do conhecimento das autoridades judaicas. Os implacáveis principais sacerdotes já haviam conspirado para matar Jesus (11:53); Agora, eles expandiram o enredo e planejava colocar Lázaro até a morte também. Como prova do poder milagroso de Jesus vivo, o Lázaro ressuscitado apresentou uma grande ameaça para os saduceus, pois por causa dele muitos dos judeus foram indo embora e foram acreditar em Jesus (conforme 11:48). Ele era um testemunho incontestável às reivindicações messiânicas do Senhor. Não só isso, um homem ressuscitado também foi um embaraço para os saduceus em outra forma: negavam a ressurreição dos mortos (Mt
50) Mas não foi o suficiente.. Agora tinha que ser duas Assim faz crescer o mal "(. O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 582).
Ninguém é neutro em relação a Jesus Cristo; como Ele mesmo advertiu: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha" (Lc
43. O Rei vem morrer (João
No dia seguinte, a grande multidão que tinha vindo à festa, ouvindo dizer que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de palmeiras e saiu ao encontro dele, e começou a gritar: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel ". Jesus, encontrar um jumentinho, sentou-se nela; como está escrito: "Não temas, filha de Sião, olha o teu Rei vem assentado sobre filho de uma jumenta." Essas coisas Seus discípulos não entendiam na primeira; mas quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que eles haviam feito essas coisas para ele. (12: 12-16)
Os séculos passam ter visto falsos messias, cada um pretendendo ser o tão ansiosamente aguardado pelo povo judeu. Destes libertadores autoproclamados, alguns eram simplesmente auto-enganados, enquanto outros eram propositAdãoente exploradores; alguns procuraram prestígio pessoal, outro para salvar seu povo da opressão; alguns defenderam a violência, outros oração e jejum; alguns professou ser libertadores políticos, outros para ser reformadores religiosos. Mas, apesar de seus motivos, métodos e reivindicações variadas, todos eles tinham uma coisa em comum: eles eram falsificações satânicas do verdadeiro Messias, Jesus de Nazaré.
Sobre AD 44 Theudas (não o mesmo indivíduo mencionado em At
Jesus advertiu que, como a segunda vinda se aproxima, "muitos falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos", e muitos "falsos cristos ... surgirão" (Mt
homem do pecado ... o filho da perdição, que se opõe e se exalta acima de todo o chamado Deus ou é objeto de adoração, de forma que ele toma seu lugar no templo de Deus, apresentando-se como sendo Deus .... [o ] iníquo ... a quem o Senhor matará com o sopro de sua boca e pôr fim pela aparência da sua vinda; isto é, aquele cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não acolheram o amor da verdade, de modo a ser salvo. (II Tessalonicenses
Mas as falsas acusações de todos os pretendentes estão muito aquém das qualificações bíblicas para o Messias. Jesus Cristo possui as credenciais do verdadeiro Messias; as palavras que Ele falou, os milagres que realizou, e as profecias Ele cumpriu provar que Ele era quem dizia ser (Mt
Quando João Batista enviou seus discípulos para lhe perguntar: "Você é o esperado [o Messias], ou devemos esperar outro?" (Mt
Era porque eles tinham testemunhado pessoalmente Seus milagres incontestáveis de que os moradores de Corazim, Betsaida, Cafarnaum e estavam sob julgamento e sem desculpa para não se arrepender e crer em Jesus como o Messias e Senhor (Matt. 11: 20-24). Como eles, todos em todos os lugares que viu seus sinais miraculosos, mas recusou-se a acreditar Nele, foram culposa (João
Além de fazer "as obras que nenhum outro fez" (Jo
Nesta seção, que descreve o evento conhecido como a entrada triunfal de Jesus se apresentou oficialmente a Israel como o Messias e Filho de Deus. Ao fazer isso, ele colocou em movimento uma cadeia de eventos que rapidamente o levou à morte, no momento exato preordenado por Deus. Como o Rei veio a morrer, Ele o fez no momento adequado, com a multidão apaixonada, na forma prevista, e para a perplexidade de seus homens. Em sintonia com o tema do seu evangelho (20:31), João destaque cumprimento da profecia do Antigo Testamento de Jesus em toda esta conta.
No momento certo
No dia seguinte (12: 12a)
No dia seguinte, foi segunda-feira de manhã, um dia depois da ceia de Betânia (12: 1-11). Durante a noite, Judas havia se reunido com os chefes dos sacerdotes e concordou em entregar Jesus para eles (Mt
Até este ponto, o Senhor não permitiu que seus inimigos para tirar sua vida. Daí Ele tinha evitado provocando confrontos públicos desnecessários com as autoridades judaicas hostis. Quando "os fariseus saíram e conspiraram contra ele, sobre a forma como eles podem destruí-lo ... Jesus, ciente disso, retirou-se dali" (Mt
O dia exato que o Senhor escolheu para entrar em Jerusalém cumprida uma das mais notáveis profecias do Antigo Testamento, a profecia de Daniel das setenta semanas (Dan. 9: 24-26). Através de Daniel, o Senhor previu que o tempo a partir de decreto de Artaxerxes ordenando a reconstrução do templo (em 445 AC ) até a vinda do Messias seria "sete semanas e 62 semanas" (Dn
Arrastados no fervor emocional do momento, a multidão gritou: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, até mesmo o Rei de Israel." Hosana, um termo de aclamação ou elogios, translitera uma palavra hebraica que significa, literalmente, "Ajuda, eu oro," ou "Salvar agora, peço" (conforme Sl
No passado, o Senhor havia se recusado a ser saudado como o rei e conquistador militar as pessoas foram-se que o Messias seria. Na verdade, Ele se dispersou a multidão que tentava fazê-lo rei (conforme João
Mas longe de ser exaltado pelos gritos de alegria da multidão eufórica, Jesus entristeceu-se com a atitude superficial das pessoas para com Ele. Ele sabia que muitos que estavam saudando-o como o Messias que dia iria chorar por sua morte, a sexta-feira seguinte. Portanto
Quando se aproximou de Jerusalém, Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: "Se você soubesse a este dia, mesmo você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos. Para os dias virão em que os seus inimigos vão deitar-se uma barricada contra você, e cercá-lo e hem você de todos os lados, e eles vão nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação. " (Lucas
Na forma prevista
Jesus, encontrar um jumentinho, sentou-se nela; como está escrito: "Não temas, filha de Sião, olha o teu Rei vem assentado sobre filho de uma jumenta." (12: 14-15).
Os Evangelhos Sinópticos descrevem como Jesus encontrou o . jumentinho Quando o Senhor e os que com ele chegou, nos arredores de Jerusalém, Ele "enviou dois discípulos, instruí-los," Ide à aldeia [provavelmente Betfagé; conforme Mt
A escolha do Senhor de uma montagem foi um cumprimento intencional, consciente de Zc
Para a perplexidade de seus homens
Essas coisas Seus discípulos não entendiam na primeira; mas quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e que eles haviam feito essas coisas a Ele. (12:16)
As pessoas na multidão não foram os únicos que não conseguiram compreender o significado do que estava acontecendo. Nota parentética de João (conforme 2,22) indica que mesmo os discípulos não entenderam o significado da entrada triunfal na época; eles não podiam compreender que na Sua primeira vinda Jesus não veio como conquistador, mas como Salvador. Mesmo depois da ressurreição, os discípulos ainda perguntou esperançoso: "Senhor, é nesse momento que você está restaurando o reino de Israel?" (At
Jesus era um rei como nenhum outro. Em vez de a pompa e circunstância associada com reis terrenos, Ele era manso e humilde (Mt
44. O Evangelho alcança para fora: uma prévia da Salvação Gentilica (João
Assim, as pessoas que estavam com Ele quando Ele chamou Lázaro para fora do túmulo e ressuscitou dentre os mortos, continuou a testemunhar sobre Ele. Também por esta razão o povo foi-lhe ao encontro, porque tinham ouvido que ele tinha realizado este sinal. Por isso, os fariseus disseram uns aos outros: "Você vê que você não está fazendo nada de bom;. Olhar, o mundo tem ido atrás dele" Ora, havia alguns gregos, entre os que estavam subindo para adorar na festa; Estes, então, veio a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e começaram a perguntar-lhe, dizendo: "Senhor, queremos ver Jesus". Filipe veio e disse André; André e Filipe entrou, e falou Jesus. . E Jesus respondeu-lhes, dizendo: "Chegou a hora para o Filho do Homem para ser glorificado verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer , produz muito fruto Quem ama a sua vida perdê-la, e aquele que odeia a sua vida neste mundo, conservá-la para a vida eterna se alguém me servir, siga-me;.. e onde eu estou, estejais meu servo será também, se alguém me servir, o Pai o honrará (12: 17-26).
Claramente Deus ordenou que o evangelho seja pregado a todas as pessoas, de todas as nações e etnias (Mt
Em contraste com os privilégios e bênçãos 1srael desfrutou (conforme Rom. 9: 4-5), os gentios eram "separado de Cristo, excluídos da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo "(Ef
À medida que os destinatários de promessas da aliança do Antigo Testamento de Deus, os judeus se consideravam superiores aos gentios pagãos por causa de seu Deus e não tinha interesse em deixar gentios. Por exemplo, ao invés de proclamar a mensagem de Deus para a cidade Gentil de Nínive como ele tinha sido chamado para fazer, Jonas fugiu na direção oposta. Ele se ressentia profundamente a idéia de que os gentios podiam conhecer o seu Deus. Depois que ele (relutantemente) foi e proclamou juízo iminente de Deus sobre a cidade, o povo de Nínive se arrependeu. Previsivelmente, em vez de trazê-lo de alegria,
desagradou muito, Jonas e ele ficou com raiva. Ele orou ao Senhor e disse: "Por favor, Senhor, não foi isso o que eu disse quando eu ainda estava no meu próprio país? Portanto, a fim de evitar esta fugi para Társis, pois eu sabia que és um Deus clemente e compassivo, longânimo e grande em benignidade, e que se arrepende do calamidade (Jonas
Tão arraigada era prejuízo dos judeus contra os gentios que mesmo os judeus crentes em Cristo eram lentos a aceitá-los como "co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Ef
Em Romanos
Pois eu lhes digo que Cristo se tornou um ministro da circuncisão, em nome da verdade de Deus para confirmar as promessas feitas aos pais, e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia;como está escrito: "Portanto, eu vou louvar a Ti entre os gentios, e eu vou cantar para o seu nome." Mais uma vez, ele diz: "Alegra-te, ó gentios, com o seu povo." E, novamente, "Louvado seja o Senhor todos os gentios, e que todos os povos louvá-Lo." Mais uma vez 1saías diz: "Virá a raiz de Jessé, aquele que se levanta para reger os gentios, nele os gentios esperarão."
Nesse breve passagem, Paulo citou as três divisões do Antigo Testamento (conforme Lc
Neste mesmo sentido, João
Rejeição pelos fariseus
Assim, as pessoas que estavam com Ele quando Ele chamou Lázaro para fora do túmulo e ressuscitou dentre os mortos, continuou a testemunhar sobre Ele. Também por esta razão o povo foi-lhe ao encontro, porque tinham ouvido que ele tinha realizado este sinal. Por isso, os fariseus disseram uns aos outros: "Você vê que você não está fazendo nada de bom;. Olhar, o mundo tem ido atrás dele" (12: 17-19)
Como observado na discussão de 12: 12-13, algumas pessoas acompanhou Jesus de Betânia, enquanto outros saíram de Jerusalém para encontrá-Lo. Os dois grupos se uniram em uma enorme multidão que acompanhou Jesus até a cidade. No caminho, os de Betânia que estavam com ele quando chamou Lázaro para fora do túmulo e ressuscitou dentre os mortos, continuou a testemunhar sobre Ele. O seu testemunho entusiasmado para as pessoas que iam para fora de Jerusalém e encontrei com ele, porque ouviram que Ele havia realizado este sinal, amplificado o poderoso efeito do milagre para as massas que vêm para a Páscoa (11:45; conforme 05:36; 10:38).
Nota do João que as pessoas se reuniram para Jesus porque ouviram que Ele tinha ressuscitado Lázaro dentre os mortos revela a natureza superficial de sua fé. Seu desejo era de que Jesus iria aceitar o papel de governante político e libertador militar que eles esperavam do Messias (conforme João
Os fariseus, por sua vez, olhou em cena tumultuada com o aumento da frustração e alarme. Parecia-lhes que os eventos foram perigosamente espiral fora de controle; Se Jesus levou esta multidão raivosa em uma revolta armada contra os romanos, tudo estaria perdido. (Ao contrário dos saduceus, os fariseus se recusaram a comprometer-se com os romanos Mas, diferentemente dos zelotes, eles não agredir fisicamente eles..) Além disso, eles tinham ordenado que ninguém saiba o paradeiro de Jesus era para dizer-lhes que eles pudessem prendê-lo (11: 57). Ironicamente, ali, à vista de todos, era o que eles queriam muito um desesperAdãoente para aproveitar, cercado por milhares de pessoas. Mas em vez de virar Jesus às autoridades, as multidões foram ruidosamente saudando-o como o Messias. Com medo da reação da multidão, se eles prenderam Jesus abertamente, os fariseus ficou a olhar de frustração e desânimo. Não surpreendentemente, eles atacou um outro, dizendo, "Você vê que você não está fazendo nada de bom." Confrontado com Jesus 'incrível popularidade, apesar de seus melhores esforços para silenciá-lo, começaram a culpar uns aos outros. Eles teriam sido mais sábio, como o rabino Gamaliel eminente viria a aconselhar o Sinédrio, que não foram "encontrados lutando contra Deus" (At
52) com o evangelho e da comissão para ser um testemunhando as pessoas em seu nome.
A rejeição de Israel tinha sido previsto no Antigo Testamento. Em Romanos
Esta é uma garantia absoluta baseada na eleição e fidelidade aos Seus convênios irrevogáveis, unilaterais e incondicionais com e promessas reino messiânico de Israel (a aliança abraâmica, Gn
O texto não indica que estes gregos eram, de onde eram, por que eles queriam ver Jesus, ou por que eles vieram para Filipe. Talvez Jesus foi, em seguida, na parte do templo para que eles não foram autorizados a ir (gentios podiam ir mais longe do que o Pátio dos Gentios). Nesse caso, eles podem ter visto Filipe passando pelo Pátio dos Gentios, o reconheceu como um dos discípulos de Jesus, e se aproximou dele. Isso Filipe e André são nomes gregos não é significativa, uma vez que muitos judeus também tinham nomes gregos. Mas a nota de João Filipe que era de Betsaida da Galiléia pode sugerir que os gregos o escolheu por esse motivo. Betsaida era perto da região de Gentil conhecida como a Decápole (Mt
Sem saber como lidar com essas nações, Filipe veio e disse André sobre o seu pedido. Talvez Filipe hesitou em levá-los diretamente a Jesus, porque ele se lembrou de admoestação do Senhor aos Doze: (. Mt
A questão de saber por que um incidente como open-ended está incluído. Como não há registro de que Jesus nunca falou com eles, o melhor que pode ser dito é que eles representam Gentil interesse-a onda do futuro próximo, o Senhor chamou a igreja, um povo novo feitas de judeus e gentios, para ser seu testemunhar no mundo.
Prestação do Salvador por um convite a todos
. E Jesus respondeu-lhes, dizendo: "Chegou a hora para o Filho do Homem para ser glorificado verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer , produz muito fruto Quem ama a sua vida perdê-la, e aquele que odeia a sua vida neste mundo, conservá-la para a vida eterna se alguém me servir, siga-me;.. e onde eu estou, estejais meu servo será também, se alguém me servir, o Pai o honrará (12: 23-26).
A resposta de Jesus aparece como uma resposta intrigante para os apóstolos. Não parece, à primeira vista a abordar pedido dos gregos para uma reunião. Na verdade, João nem sequer mencioná-los novamente (embora possam ter sido no meio da multidão que ouviu Jesus falar [v. 29]). A resposta do Senhor é dirigida nem para judeus ou gentios, mas para todos os que decidiram segui-Lo. No entanto, a vinda desses gentios levaram à decretação do Senhor, "Chegou a hora para o Filho do Homem vai ser glorificado" (conforme 13
No contexto da entrada triunfal, as multidões sem dúvida interpretado as palavras de Jesus no sentido de que Ele estava prestes a derrotar os romanos e estabelecer o Seu reino terreno. Eles teriam se lembrou da profecia de 13
Eu continuei olhando nas visões da noite,
E eis que, com as nuvens do céu
Um como um Filho do Homem estava chegando,
E Ele veio até o Ancião dos Dias
E foi apresentado diante dele.
E foi-lhe dado o domínio,
Glória e um reino,
Que todos os povos, nações e homens de todas as línguas
Pode servi-Lo.
Seu domínio é um domínio eterno
Que não passará;
E o Seu reino é um
O que não será destruído.
Seguinte declaração de Jesus, no entanto, quebrou ilusões os dois homens tiveram, transformando seus sonhos de conquista em uma visão da morte. O Senhor apresentou-o com a frase solene verdade, em verdade vos digo que (conforme 1:51; 3: 3,5,11; 5: 19,24,25; 6: 26,32,47,53; 8 : 51,58; 10: 1,7; 13
Jesus sabia que depois da cruz do evangelho se espalharia muito além das fronteiras de Israel a todas as nações do mundo. Assim, Ele respondeu ao pedido de entrevista dos gregos, apontando para sua morte iminente. Os gregos queriam vê-Lo. Mas Jesus sabia que a única maneira que poderia realmente desfrutar comunhão com ele foi através de Seu sacrifício expiatório. Assim como o grão de trigo que cai na terra e morre para produzir uma rica colheita, assim também a morte de Cristo deveria suportar muito fruto , fornecendo salvação para muitos, de toda tribo, língua (Mt
Jesus, então, aplicado essa verdade com um convite geral que ilustra a atitude de coração necessária de quem recebeu a dádiva da salvação. Aquele que ama a sua vida neste mundo (conforme I João
Jesus advertiu repetidamente aqueles que O seguissem a considerar o custo extremo que poderia implicar:
Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e siga após mim, não é digno de mim.Quem acha a sua vida a perderá, e quem perder a sua vida por minha causa a encontrará. (Mateus
Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai e mãe e esposa e filhos, irmãos e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. Para que um de vós, quando ele quer construir uma torre, não se senta primeiro a calcular o custo para ver se tem com que a acabar? Caso contrário, quando ele estabeleceu uma base e não a podendo acabar, todos os que observam que começam a zombar dele, dizendo: "Este homem começou a construir e não pôde acabar." Ou qual é o rei, quando ele sai ao encontro de outro rei na batalha, não se senta primeiro a considerar se ele é forte o suficiente com dez mil homens ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, ele envia uma delegação e pede condições de paz. Então, nenhum de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus bens próprios. (Lucas
Em Lucas
Aquele que serve Jesus deve seguir -Lo; "Aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo
A segunda promessa abençoada por aquele que serve Jesus é que o Pai o honrará. Todos honras humanas são insignificantes em comparação com a honra eterna Deus dará àqueles que amam e servem Seu Filho. Aqueles que "alcancem a salvação que está em Cristo Jesus [ganho] com ele glória eterna" (2Tm 2:10). Através da morte de Jesus Cristo, Deus estava "trazendo muitos filhos à glória" (He 2:10).Embora o mundo pode odiar aqueles que servem ao Senhor Jesus Cristo (João
Menos de uma semana depois que Jesus falou estas palavras, ele morreria como uma vez por todas, o sacrifício perfeito e completo de Deus para os pecados dos escolhidos de Deus. Através desse sacrifício, Ele iria abolir as barreiras sociais e culturais que já havia judeus separados dos gentios. Em Efésios
Porque ele é a nossa paz, que fez os dois grupos em um e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para que em Si mesmo Ele pode fazer os dois um novo homem, estabelecendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, por ela ter levado à morte a inimizade.
Como resultado, "os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Ef
Fora da tragédia da rejeição de seu Messias de Israel veio bom, de acordo com o plano eterno de Deus. "Pela sua [dos judeus] transgressão", Paulo explicou, "veio a salvação aos gentios" (Rm
Digo, porém, eles não tropeçar, de modo a cair, não é? De maneira nenhuma! Mas, pela sua salvação transgressão veio aos gentios, para torná-los com ciúmes. Agora, se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é riquezas para os gentios, quanto mais a sua realização ser! Mas eu estou falando com você que são gentios. E, porquanto sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério, se de alguma forma eu poderia passar para emulação os da minha raça e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? (Rom. 11: 11-15)
Isso ocorrerá quando no propósito de Deus Ele age sobre os judeus, como descrito em Zacarias:
Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito .... Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza. (Zc
"Agora a minha alma está perturbada; e que direi: 'Pai, salva-me desta hora" Mas para este fim Eu vim para esta hora Pai, glorifica o teu nome?. ". Então veio uma voz do céu: "Eu tenho glorificado, e outra vez o glorificarei." Assim, a multidão de pessoas que ali estavam e que a ouvira estavam dizendo ter havido um trovão; outros diziam: "Um anjo falou com ele." Jesus respondeu, e disse: "Essa voz não veio por minha causa, mas por causa de vós julgamento agora é sobre este mundo;. Agora o príncipe deste mundo será lançado fora, e eu, quando for levantado da terra,. atrairei todos a mim mesmo. " Mas dizia isto para indicar o género de morte com que Ele estava a morrer. A multidão, em seguida, respondeu-lhe: "Nós temos ouvido da lei que o Cristo é permanecer para sempre; e como você pode dizer:" O Filho do Homem seja levantado "Quem é esse Filho do Homem?" (12: 27-34)
De todas as verdades da fé cristã, a morte de Jesus Cristo, acompanhado por sua ressurreição, é o mais precioso. Se não tivesse morrido, não haveria nenhum substituto para o pecado. Se não houvesse substituto, não haveria oferta de salvação. Se não houvesse salvação, não haveria esperança. E se não houvesse esperança, não haveria futuro, mas o inferno.
Não é de admirar, então, que a fé cristã gira em torno da morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. A gloriosa verdade de que o Filho de Deus veio à terra para morrer como um sacrifício pelo pecado é o coração do plano redentor de Deus. A Bíblia ensina que a sua morte foi predeterminada por Deus na eternidade passada. Cristo é "o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Ap
Em primeiro lugar, a Sua morte cumpriu a profecia. Embora Israel não conseguiu agarrá-lo (1Co
Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito.
Como resultado da morte do Messias, "haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza" (Zc
Mas eu sou um verme e não um homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim; eles se separam com o lábio, eles abanam a cabeça, dizendo: "Comprometa-se com o Senhor; livre-o, deixe-o resgatá-lo, porque tem prazer nele." (Vv 6-8; conforme Mt
O Antigo Testamento sacrifica tudo apontava para o sacrifício final feita por Jesus Cristo. O holocausto (Lv
Nosso Senhor profetizou com precisão o cumprimento destas previsões e deu ainda mais detalhes sobre sua morte antes de qualquer um que tivesse ocorrido nas mãos de rejeitar os judeus e romanos ignorantes:
Então, Ele levou os doze e lhes disse: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e todas as coisas que estão escritas através dos profetas acerca do Filho do Homem vai ser realizado. Para Ele será entregue aos gentios, e será escarnecido e maltratado e cuspido, e depois de terem açoitou, eles vão matá-lo, e ao terceiro dia Ele ressuscitará ". Mas os discípulos não entenderam nada dessas coisas, e o significado desta declaração foi escondido deles, e eles não compreender as coisas que foram ditas. (Lucas
Em segundo lugar, a morte de Cristo é o tema do Novo Testamento. Cerca de um quinto do material nas contas do evangelho é dedicado aos acontecimentos dos últimos dias de sua vida. A morte e ressurreição de Cristo, o Senhor é o ponto culminante a que todo o material anterior a respeito de sua vida leva, ea partir do qual os atos e todo o fluxo epístolas.
Em terceiro lugar, a morte de Cristo foi o principal propósito da encarnação. "Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir", declarou Jesus, "e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc
Portanto, uma vez que os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte pode tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e pode libertar aqueles que, com medo da morte estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. (Heb. 2: 14-15)
O apóstolo João disse de Jesus: "Você sabe que Ele se manifestou para tirar os pecados; e nele não há pecado .... O Filho de Deus se manifestou: para este fim, para destruir as obras do diabo" (1Jo
Cristo não veio principalmente para definir-nos um exemplo, ou para nos ensinar a doutrina, mas para morrer por nós. Sua morte não foi uma reflexão tardia ou um acidente, mas a realização de um propósito definido em conexão com a encarnação. A encarnação não é um fim em si mesmo; que é, mas um meio para um fim, e esse fim é a redenção dos perdidos através da morte do Senhor na Cruz. ( Palestras em Teologia Sistemática [Grand Rapids: Eerdmans, 1949], 314)
Em quarto lugar, a morte de Jesus foi o tema constante do seu próprio ensino. Imediatamente após a confissão de Pedro de que Ele era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt
Em quinto lugar, a morte de Jesus Cristo foi o tema central da pregação apostólica. Paulo escreveu aos Coríntios: "Porque eu entreguei a você como de primeira importância o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras" (1Co
Em sexto lugar, Epístolas do Novo Testamento também instruir na teologia da morte de Cristo. Em Romanos
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus por meio dele. Se quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. (Conforme 6: 9-10; 08:34; 14: 9; 2Co
Pedro declarou que "Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para que Ele possa nos levar a Deus, depois de ter sido condenado à morte na carne, mas vivificado no espírito" (1Pe
Por fim, a morte de Cristo é o coração de ordenanças da igreja. Batismo imagens de união do crente com Cristo na Sua morte (Rom. 6: 1-4; Cl
Na passagem anterior (vv 23-26;. Conforme a exposição desses versículos do capítulo 3 deste volume), Jesus falou de sua morte iminente. Nos versículos
A angústia de Jesus
"Agora a minha alma está perturbada; e que direi: 'Pai, salva-me desta hora" Mas para este fim Eu vim para esta hora Pai, glorifica o teu nome?. ". (12: 27-28a)
Sabendo que sua morte foi central no plano redentor de Deus, Jesus "em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz" (He 12:2; Mt
Cristo não ir para a cruz individual, indiferente, sem sentimento. "O Jesus joanino é nenhum ator docetic em um drama, sobre a desempenhar um papel que ele pode contemplar desapaixonAdãoente, porque ele não se envolver-se" (FF Bruce, o Evangelho de João [Grand Rapids: Eerdmans, 1983], 265). Em sua humanidade, Jesus sentiu toda a dor associada com a com a maldição do pecado (Gl
Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la.
Repreender Pedro para atacar um dos que vieram prendê-Lo, Jesus disse: "Você acha que eu não poderia rogar a meu Pai, e Ele vai de uma vez colocou à minha disposição mais de doze legiões de anjos?" (Mt
Mas Cristo não se desviaria do plano eterno de Deus de redenção, que apelou para Ele morrer como um sacrifício pelo pecado (1Jo
A resposta do Pai
Então veio uma voz do céu: "Eu tenho glorificado, e outra vez o glorificarei." Assim, a multidão de pessoas que ali estavam e que a ouvira estavam dizendo ter havido um trovão; outros diziam: "Um anjo falou com ele." Jesus respondeu, e disse: "Essa voz não veio por minha causa, mas por causa de vós (12: 28b-30).
Pela terceira vez no ministério terreno de Cristo, do Pai voz veio de forma audível fora do céu. Nas outras ocasiões, no batismo de Jesus (Mt
Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti, até mesmo como lhe deste autoridade sobre toda a carne, que a todos quem você deu, Ele pode dar a vida eterna. Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, ea Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer. Agora, Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. (João
Voz audível do Pai confirmando que Ele ouviu e respondeu à oração de Jesus era óbvio para todos, embora o desnorteado multidão de pessoas que ali estavam e que a ouvira eram incapazes de compreender o seu verdadeiro significado. Alguns, procurando explicar a voz poderosa como um fenômeno natural, estavam dizendo ter havido um trovão. Trovão foi frequentemente associado no Antigo Testamento com a voz de Deus (por exemplo, Ex
A celeste voz, Jesus disse à multidão, não veio por minha causa, mas por amor de vós. À primeira vista, a afirmação do Senhor parece intrigante. Desde a voz veio em resposta a sua oração: "Pai, glorifica o teu nome", como poderia Jesus dizer que não foi por causa dele? De acordo com o idioma semita (conforme RVG Tasker, O Evangelho Segundo São João, Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 152-53), o significado parece ser que a voz não veio exclusivamente por amor de Jesus (já que ele não tinha necessidade de ouvir a voz audível do Pai para saber que sua prece foi atendida [conforme 11:42]). A voz veio para fortalecer a fé dos que estavam nas proximidades (conforme expressões semelhantes em v 44;. 4:21). Em particular,
esta resposta milagrosa foi para os discípulos, para que pudessem ouvir diretamente e com seus próprios ouvidos, tanto que o Pai tinha, de fato, Jesus respondeu, e que essa resposta era. Era outra comprovação do Pai, do mais claro e do tipo mais forte, de que Jesus era o seu bem-amado Filho. (RCH Lenski, A Interpretação dos Evangelho de São João [repr .; Peabody, Mass .: Hendrickson, 1998], 873)
Mesmo que os espectadores não entendia as palavras, a resposta audível do Pai a oração de Jesus ainda que lhes sejam comunicados afirmação divina do Filho.
A antecipação da Vitória
Agora julgamento é sobre este mundo; Agora o príncipe deste mundo vai ser expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim ", mas ele estava dizendo isso para indicar o tipo de morte com que Ele mesmo foi para morrer (12: 31-33)..
Como Ele antecipou o triunfo da cruz, Jesus se alegrou com três vitórias significativas que iria realizar. Em primeiro lugar, sua morte traria . julgamento ... sobre este mundo Quando isso acontece freqüentemente nos escritos de João, o termo mundo designa o mal, sistema satânico e todos os que estão na mesma, que estão em rebelião contra Deus (conforme Jo
Não só a morte de Cristo trazer julgamento sobre o sistema de mundo mal, mas também, ao mesmo tempo em seu mau governante, Satanás (conforme 14:30; 16:11; Lucas
Em contraste com os dois primeiros, a vitória final realizada na cruz é formulada em termos positivos. Quando Ele é levantado da terra (uma referência a sua crucificação, que todos entenderam como nota de rodapé de João no versículo 33, Ele, porém, estava dizendo isso para indicar o tipo de morte com que Ele era para morrer, indica [conforme Jo
44) que virá. Os todos os homens são aqueles que serão atraídos para a salvação de todos os tipos e classes de pessoas. A frase também salienta que todos os que são salvos são salvos crendo na obra de Cristo na cruz. Não há acesso a Deus para além da cruz, porque só através da morte de Cristo é pecado satisfatoriamente expiado (Mt
O abandono por parte do Povo
A multidão, em seguida, respondeu-lhe: "Nós temos ouvido da lei que o Cristo é permanecer para sempre; e como você pode dizer:" O Filho do Homem seja levantado "? Quem é esse Filho do Homem? " (12:34)
Incapaz de aceitar a verdade de que o Messias havia de morrer, a multidão, em seguida, respondeu Jesus, "Nós temos ouvido da lei (uma referência a todo o Antigo Testamento, e não apenas o Pentateuco) que o Cristo é permanecer para sempre; e como Você pode dizer: "O Filho do Homem seja levantado"? Com base em tais passagens como Is
Resistindo à tentação de transformar tudo de lado (especialmente no Getsêmani) a partir da agonia da cruz, Jesus completou a missão para a qual Ele veio ao mundo para morrer por Deus (conforme Heb. 10: 5-9).Fê-lo de várias maneiras. Em primeiro lugar, a morte de Cristo foi um sacrifício a Deus, pagando o preço por violação de sua santa lei (Is
Assim, como o escritor de Hebreus declara: "É convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem são todas as coisas, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse o autor da salvação deles por meio de sofrimentos" (He 2:10)
Então Jesus disse-lhes: "Por um pouco mais de tempo a luz está entre vós Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem;. Ele quem anda nas trevas não sabe para onde vai Quando você tiver a. Luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. " Essas coisas Jesus falou, e ele foi embora e escondeu-se deles. Mas embora tivesse feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele. Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que ele falou: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação E a quem tem o braço do Senhor foi revelado?" Por esta razão, não podiam acreditar, pois 1saías disse novamente: "Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam e eu curá-las." Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e ele falou Dele. No entanto, muitas mesmo dos governantes creram nele, mas por causa dos fariseus não estavam confessando-O, por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga; Porque amavam a aprovação dos homens, em vez de a aprovação de Deus. E Jesus, clamando, disse: "Quem crê em mim, não acredita em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê a mim vê aquele que me enviou. Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele . crê em mim não permaneça nas trevas Se alguém ouve as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo Quem me rejeita e não recebe. as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que eu falei é que o julgará no último dia Porque eu não falei por mim mesmo, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer. . e o que falar Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna, por isso as coisas que eu falo, eu falo assim como o Pai me disse ". (12: 35-50)
Embora os seres humanos muitas vezes perdem o controle de suas emoções, Deus nunca faz. Isso é mais evidente em Sua paciência para com os ímpios que continuamente ofender Sua santidade. Deus poderia legitimamente destruir todos os pecadores no primeiro momento eles transgredir a Sua lei e em todas as transgressões subseqüentes. Em vez disso, Ele pacientemente carrega com eles, estendendo-lhes a esperança de salvação. Mesmo quando ele foi injustiçado, Sua paciência é infinitamente perfeito. O pregador puritano piedosa Estevão Charnock descrito tolerância de Deus com estas palavras:
Homens que são grandes no mundo são rápidos em paixões, e não são tão pronto a perdoar uma lesão, ou urso com um delinquente, como um de um posto fraco. É uma procura [falta] de um poder sobre o auto de um homem que faz com que ele faça coisas impróprias em cima de uma provocação. Um príncipe que podem refrear a sua paixão, é um rei sobre si mesmo, bem como sobre seus súditos. Deus é tardio em irar-se, porque [Ele é] de grande poder: ele não tem menos poder sobre si mesmo do que sobre as suas criaturas. ( A Existência e Atributos de Deus [repr .; Grand Rapids: Baker, 1979], 2:. 474 ênfase adicionada).
Porque Deus é "misericordioso e piedoso" (Sl
Mais do que qualquer outra nação, Israel experimentou a paciência de Deus. Ao longo da sua história o povo de Israel foram, como Estevão caracterizado o Sinédrio, "dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos [e] sempre resistem ao Espírito Santo" (At
Um homem tinha uma figueira que tinha sido plantada na sua vinha; e ele veio procurar fruto nela, e não havia nenhuma. E ele disse para a vinha-keeper, "Eis que há três anos eu vim procurar fruto nesta figueira, sem encontrar nenhum. Corte-o para baixo! Por que ele mesmo usar até o chão?" E ele respondeu, e disse-lhe: "Deixe-o em paz, senhor, para este ano também, até que eu cave em derredor, e colocar em fertilizantes, e se der fruto no ano que vem, tudo bem; mas se não, cortá-la."
Deus também é paciente com os pecadores individuais. Em Rm
É por causa de Sua paciência que Ele ainda não voltou no julgamento final. Como o renomado pregador Charles Spurgeon declarou em um sermão sobre a longanimidade de Deus:
Nós esperamos para footfall [de nosso Senhor] na calada da noite, e olhou para ele através dos portões da manhã, e ele espera no calor do dia, e avaliou que ele poderia vir ere mais um sol desceu; mas ele não está aqui! Ele espera. Ele espera muito, muito longo. Ele não vai entrar?
Longanimidade é o que o impede de vir. Ele está tendo com os homens. Ainda não o raio! Ainda não os céus ea terra riven cambaleando! Ainda não sou o grande trono branco, e no dia do juízo; pois ele é muito lamentável, e deu à luz por muito tempo com os homens! Mesmo com os gritos de seus escolhidos, que clamam dia e noite até ele, ele não está com pressa para responder, —para ele é muito paciente, longânimo e grande em benignidade. ("Paciência de Deus: um apelo à consciência", no O Metropolitan Tabernacle Pulpit [Pasadena, Tex .: Pilgrim Publications, 1985], 33: 678)
No entanto, o fato de que Deus é tardio em irar não significa que Ele é incapaz de raiva, mesmo que os pecadores podem pensar o contrário. "Porque o juízo sobre a má ação não é executada de forma rápida", escreveu Salomão: "Portanto, o coração dos filhos dos homens entre eles são dadas inteiramente a fazer o mal" (Ec
O tempo de paciência [de Deus] terá um fim .... Embora ele seja paciente com a maioria, no entanto, ele não está no mesmo nível com todos; todo pecador tem o seu tempo de pecar, para além do qual ele deve ir adiante ... e para pessoas em particular, o tempo de vida, seja mais curto ou mais longo, é o único momento de paciência ... o tempo da paciência termina com o primeiro momento da partida da alma do corpo. Este [presente] tempo só é o "dia da salvação." (Charnock, A Existência e Atributos de Deus, 2: 509510511)
Os versículos
Esta passagem comovente registra chamada final do Senhor a crença, descobre as causas fatais de incredulidade, e estabelece as consequências fatídicas de tanto crença e descrença.
A Chamada Final Fé
Então Jesus disse-lhes: "Por um pouco mais de tempo a luz está entre vós Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem;. Ele quem anda nas trevas não sabe para onde vai Quando você tiver a. Luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. " Essas coisas Jesus falou, e ele foi embora e escondeu-se deles. (12: 35-36)
Na entrada triunfal, as multidões frenéticas momentaneamente tinha saudado Jesus como o Messias e Rei. Mas eles viram o Messias como um rei terreno, um poderoso líder militar que iria derrotar os romanos (conforme capítulos. 2 e 3 deste volume). Jesus, no entanto, rejeitou as suas tentativas de forçá-lo para o papel de libertador político e militar (João
Mas, apesar de sua rejeição, em Seu amor intensa e persistente para eles, Jesus estendeu a eles um convite final para reconhecê-Lo como Senhor e Salvador. Esse convite não só expressa o grito compassivo do Seu coração para a salvação de Israel, mas também emitiu um aviso (conforme Mt 23 (conforme Mt
Jesus repetidamente usou a frase um pouco de tempo para enfatizar a brevidade de seu tempo remanescente na Terra. Anteriormente ele havia dito aos judeus incrédulos, "Por um pouco mais de tempo estou convosco, e depois vou para aquele que me enviou" (07:33). Jesus disse aos discípulos no cenáculo a noite antes de sua morte: "Filhinhos, eu estou com vocês um pouco mais de tempo Você vai buscar-me;. E como eu disse aos judeus, agora eu também digo a você: 'Onde eu vou, vós não podeis ir '"(13:33), e," Um pouco mais, e você não verá mais Me; e outra vez um pouco, e você vai ver-me "(16:16). O Senhor sabia que apenas um curto período de tempo se manteve para as pessoas ouvirem e responder a ele. O "dia da salvação" (2Co
A verdade é que, quando sóbrio pecadores persistentemente rejeitá-Lo, Deus pode vir a remover Sua graça e julgá-los. Neemias registra extraordinária paciência de Deus com Israel: "Você deu com eles por muitos anos, e advertiu-os pelo teu Espírito através de seus profetas" (9: 30a). Mas quando "eles não quiseram dar ouvidos ... [Deus] deu-os nas mãos dos povos de outras terras" (9:. 30b; conforme Jz
Aqueles que rejeitam a Jesus Cristo, nunca abraçando com fé salvadora, inevitavelmente enfrentar a vingança de Deus, ira e julgamento em castigo eterno.
A declaração de João, essas coisas Jesus falou, e ele foi embora e escondeu-se deles, marca o clímax trágico do ministério público do Senhor de Israel. O sol de oportunidade se pôs, a paciência de Deus estava no fim, e solenes advertências de Jesus: "Eu vou embora e você vai procurar-me, e morrereis no vosso pecado; para onde vou, vós não podeis ir" (Jo
Apesar das evidências enorme e incontestável, o povo judeu tinha concluído que Jesus não era o Messias e deve ser executado como um impostor. Na próxima seção, João dá a explicação bíblica para a rejeição chocante de Israel de Jesus Cristo, mostrando como pode ser que "aqueles que foram os seus não o receberam" (1:11).
As causas fatais da descrença
Mas embora tivesse feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando nele. Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que ele falou: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação E a quem tem o braço do Senhor foi revelado?" Por esta razão, não podiam acreditar, pois 1saías disse novamente: "Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que eles não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam e eu curá-las." Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e ele falou Dele. No entanto, muitas mesmo dos governantes creram nele, mas por causa dos fariseus não estavam confessando-O, por medo de que eles seriam expulsos da sinagoga; Porque amavam a aprovação dos homens, em vez de a aprovação de Deus. (12: 37-43)
Os céticos argumentam que, por vezes, a rejeição de Jesus Cristo de Israel põe em dúvida a veracidade de suas afirmações. Parece incrível para eles que a maioria do povo judeu, especialmente os líderes religiosos que estavam mergulhados no texto do Antigo Testamento, poderia ter perdido as implicações óbvias de seus milagres. Tal visão míope, no entanto, ignora o poder do pecado (João
Em Sua graça soberana, Deus trouxe o bem do que a rejeição. Como Paulo escreveu em Rm
1) a Isaías. Isso deixa claro que ele era o autor do livro inteiro (ao contrário de estudos críticos modernos, que atribui Isaías para vários autores).
Rejeição de Jesus Cristo de Israel foi o culminar de anos de rebelião, os privilégios de utilização indevida, e abandono da verdade divina. A terrível resultado foi que quando a verdade veio na pessoa de Jesus Cristo, muitos não podia acreditar. Pensando que eles podiam ver, eles eram, na realidade cegos espiritualmente (conforme 15:14 Matt; 23:. 16,17,19,24,26 e João
Mas soberano endurecimento de Deus, judicial de Israel não nega a culpabilidade dos que se recusaram a crer em Cristo. Como Leon Morris observa: "Quando João cita 'Cegou-lhes os olhos ..." ele não quer dizer que a cegueira ocorre sem a vontade, ou contra a vontade dessas pessoas .... Estes homens escolheram mal. Era sua própria escolha deliberada, sua própria culpa Não se enganem sobre isso "(. O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 604). DA Carson acrescenta, "o endurecimento judicial de Deus não é apresentada como a manipulação caprichosa de um potentado arbitrária xingando seres moralmente neutras ou mesmo moralmente pura, mas como uma condenação santo de um povo culpado que estão condenadas a fazer e ser o que eles mesmos escolheram" ( João, 448-49).
É uma dura realidade que aqueles que persistentemente endurecer o coração contra Deus podem encontrar-se endurecido por Ele. O registro histórico do relacionamento de Deus com Faraó ilustra esse princípio, anotando dez vezes que ele endureceu o seu próprio coração (Ex
15) e dez vezes que Deus endureceu o seu coração (Ex
Os fatídicas conseqüências de crença e descrença
E Jesus, clamando, disse: "Quem crê em mim, não acredita em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê a mim vê aquele que me enviou. Eu vim como luz para o mundo, para que todo aquele . crê em mim não permaneça nas trevas Se alguém ouve as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo Quem me rejeita e não recebe. as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que eu falei é que o julgará no último dia Porque eu não falei por mim mesmo, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer. . e o que falar Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna, por isso as coisas que eu falo, eu falo assim como o Pai me disse ". (12: 44-50)
Uma vez que Jesus já tinha retirado (v. 36), as palavras registradas nos versos
A declaração de Jesus, Aquele que crê em mim, não acredita em mim, mas naquele que me enviou, é uma reminiscência de declarações semelhantes em 5:24; 08:19; e 10:38 (conforme 13
Jesus ensinou a verdade que Ele veio como luz para o mundo, para que todo aquele que crê em Ele não permanecerá na escuridão em passagens como Jo
As palavras do Senhor : se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar mudar o foco das bênçãos de crença para as terríveis consequências da incredulidade. A não observância Jesus Cristo caracteriza incrédulos (03:36; conforme Rm
As palavras de Jesus determinar destinos eternos das pessoas, não só por causa de quem ele é, mas também porque ele fala de Seu Pai (conforme 04:34; 05:30; 06:38). Portanto, ninguém pode rejeitar suas palavras com a impunidade. Porque eu não falei por mim mesmo, Ele disse, mas o próprio Pai que me enviou tem me dado um mandamento quanto ao que dizer eo que falar. Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna (conforme 5:24; 6:63, 68; 20:31); portanto, as coisas que eu falo, eu falo assim como o Pai me disse. Embora totalmente iguais em natureza ao Pai (Fp
Como a nação de Deus escolhido (Am
Barclay
A extravagância do amor — Jo
Vimos em outras oportunidades que alguns estudiosos consideram que algumas partes do Evangelho de João estão mal situadas e que certos capítulos e versículos não estão no lugar que lhes corresponde. Alguns suspeitam que há algo fora de lugar neste capítulo. Moffatt, por exemplo, ordena-o desta forma: versículos
O fim de Jesus estava muito próximo. O fato de ter ido a Jerusalém no momento da Páscoa era um ato de coragem suprema porque as autoridades o haviam proscrito (Jo
Quando Jesus chegou a Betânia ofereceram uma festa e uma refeição. João não o diz de maneira explícita mas deve ter passado na casa de Marta, Maria e Lázaro porque em que outra parte podia servir Marta se não foi em sua própria casa? Nesse instante o coração de Maria se sentiu inundado de amor. Tinha uma libra de ungüento de nardo, muito valioso. Tanto João como Marcos o descrevem com o adjetivo pistikos (Mc
Aqui nos encontramos com toda uma série de pequenas descrições de personagens.
- Temos a personalidade de Marta. Servia a mesa. Marta sempre foi coerente. Amava a Jesus; era uma mulher com os pés sobre a terra; a única forma em que podia demonstrar seu amor era mediante o trabalho de suas mãos. Marta sempre dava tudo o que podia dar. Mais de um homem eminente que se destacou no mundo só chegou a ser o que foi porque alguém se ocupava dele e de suas necessidades vitais com amor no lar. Pode-se servir a Jesus tanto da cozinha como do estrado público ou de uma carreira que se exerce sob o olhar de todos os homens.
- Temos a personalidade de Maria. Maria é aquela que, acima de todas as coisas, amava a Jesus. E nesta ação de Maria vemos três coisas sobre o amor.
- Vemos a extravagância do amor. Maria tomou o objeto mais prezado que possuía e o gastou todo em Jesus. O amor não é autêntico se calcular os custos com cuidado. O amor dá tudo e a única coisa que lamenta é que não tem mais para dar.
O. Henry, um professor do conto, tem um muito comovedor que se intitula O presente dos Reis Magos. Trata-se de um casal jovem, Della e Jim, que eram muito pobres mas estavam profundamente apaixonados. Cada um deles tinha uma só coisa que lhes pertencia de maneira especial. O cabelo da Della era seu orgulho. Quando o soltava era quase como um manto. Jim tinha um relógio de ouro que tinha herdado de seu pai e do qual se orgulhava. A véspera de Natal, Della tinha só um dólar e oitenta e sete centavos para comprar um presente para Jim. Fez a única coisa que estava em seu poder fazer: saiu à rua e vendeu sua cabeleira por vinte dólares. Com o que obteve comprou uma cadeia de platina para o precioso relógio de Jim. Quando seu marido voltou para a casa de noite e viu o cabelo curto da Della se deteve como petrificado. Não se tratava de que não gostasse ou que tivesse deixado de amar à sua esposa. Estava mais formosa que nunca. Lentamente lhe entregou seu presente: era um par de pentes de prender cabelos, muito caros, com pedras incrustadas nas bordas. Tinha-as comprado para que as luzisse em sua cabeleira. E tinha vendido seu bonito relógio de ouro para adquiri-las. Cada um entregou ao outro tudo o que possuía. O amor autêntico não pode conceber outra forma de dar.
- Vemos a humildade do amor. Era um sinal de honra ungir a cabeça de alguém. "Unge minha cabeça com óleo", diz o salmista (Sl
23: ). Mas Maria não ousava tocar a cabeça de Jesus; ungiu seus pés. Jamais pensou em conferir uma honra a Jesus. Nem sonhou que era digna de fazer algo assim.5 - Vemos a falta absoluta de consideração de si mesmo do amor. Maria enxugou os pés de Jesus com seu cabelo. Nenhuma mulher respeitável da Palestina se animaria a aparecer em público com sua cabeleira solta. No dia de seu casamento, atava-se o cabelo da mulher, e nunca mais era vista em público com o cabelo solto. Era um sinal de imoralidade a mulher aparecer em público com seu cabelo sem recolher. Mas Maria nem sequer pensou nisso. Quando duas pessoas se amam de verdade vivem em um mundo próprio. Caminham com lentidão por uma rua lotada de gente, tomados pela mão, e nem lhes passa pela cabeça pensar no que dirão os outros. Regozijam-se em que outros vejam seu amor. Há muitas pessoas que se protegem de mostrar que são cristãos. Sempre têm em conta o que pensarão outros. Maria amava a Jesus. Para ela a opinião de outros carecia de toda importância.
Mas há algo mais sobre o amor nesta passagem. João escreve: "A casa se encheu do aroma do perfume." Já vimos que muitas das frases de João têm dois sentidos. Um deles é o superficial, o outro é mais profundo. Muitos dos Pais da Igreja e muitos estudiosos viram um duplo sentido nesta frase. Consideram que estas palavras significam que toda a Igreja levou a doce lembrança da ação formosa de Maria. Uma ação bonita passa a pertencer ao mundo inteiro. Adiciona algo à beleza da vida. Uma ação bonita leva um elemento sempre precioso ao mundo, algo que não desaparece com o tempo. As histórias de amor são as histórias imortais do mundo.
A EXTRAVAGÂNCIA DO AMOR
João
- Temos a personalidade de Judas. Aqui encontramos três coisas sobre Judas.
- Vemos a confiança que Jesus deposita nele. Já desde João
6: — 71, este evangelista nos mostra que Jesus sabia muito bem que entre seus homens havia um traidor. Pode ser que Jesus tenha querido chegar ao coração de Judas ao fazê-lo tesoureiro do grupo de apóstolos. Pode ser que Jesus tenha querido apelar a seu sentido da honra. Possivelmente o que Jesus dizia a Judas era o seguinte: "Judas, aqui há algo que você pode fazer por mim. Esta é uma prova de que preciso de você, gosto de você e confio em você." No caso de Judas, a apelação fracassou mas é certo que muito freqüentemente a melhor forma de ganhar alguém que está equivocado não é tratá-lo com suspeita e sim com confiança. Tratá— lo, não esperando o pior dele, mas sim esperando o melhor.70 - Aqui vemos uma das leis da tentação. Jesus não teria posto a Judas a cargo da bolsa do dinheiro a menos que este tivesse certa capacidade para ocupar-se dela. Em seu comentário, Westcott diz: "Em geral, a tentação vem por meio daquilo para o qual estamos naturalmente capacitados." Se um homem tiver a capacidade necessária para se ocupar do dinheiro, chega-lhe a tentação de considerar o dinheiro como a coisa mais importante do mundo. Se alguém tiver uma capacidade natural para ocupar um lugar público e proeminente, se sentirá tentado a considerar que o principal é a reputação. Se alguém tiver algum dom especial, se sentirá tentado a orgulhar-se ou vangloriar-se dele. Judas tinha o dom de administrar o dinheiro e chegou a querê-lo tanto que se converteu primeiro em ladrão e logo em traidor por ele. O verbo que a versão Almeida Revista e Corrigida (1
995) traduz como tinha a bolsa é bastazein. Seu sentido é ter, levar ou carregar mas também significa levantar no sentido de roubar. Judas não só levava a bolsa mas também roubava seu conteúdo. Veio-lhe a tentação por meio de seu dom natural. - Aqui vemos como se pode torcer a visão das coisas de uma determinada pessoa. Judas acabava de ver uma ação que transbordava amor e disse que era um esbanjamento extravagante. Era um homem amargurado e sua visão das coisas respondia a essa amargura. O ponto de vista do homem depende do que tenha em seu interior. Vê só aquilo para o qual está capacitado e que pode ver. Se gostarmos de uma pessoa, não lhe poderemos fazer nenhum mal. Se não gostarmos dela, daremos uma má interpretação até de sua ação mais elevada. Se nossa mentalidade for cínica, adjudicaremos à pessoa as mais baixas motivações. Se formos generosos, resistiremos a pensar mal de outros. A mente torcida produz um ponto de vista torcido. Se virmos que criticamos muito a outros, se lhes adjudicarmos motivações indignas deveríamos nos deter um instante e em lugar de analisar a outros nos dedicar por um momento a nos analisar nós mesmos.
Por último, aqui encontramos uma grande verdade sobre a vida. Há certas coisas que podemos fazer em qualquer momento e há outras que não faremos jamais a menos que aproveitemos a oportunidade quando se nos apresenta. Muito freqüentemente sentimos o desejo de fazer algo belo, generoso e bom. Acontece com freqüência que o adiamos, dizemos que o faremos no dia seguinte. O impulso desaparece e a ação fica sem fazer. A vida é algo incerto. Muito freqüentemente nos sentimos impulsionados a pronunciar uma palavra de agradecimento, de louvor ou de amor. Adiamo-lo e pode suceder que nós ou a pessoa em quem pensávamos parta deste mundo e a palavra cálida fique sem pronunciar.
Há um exemplo trágico de um homem que se deu conta muito tarde que as coisas que nunca havia dito ou feito. Thomas Carlyle amava ao Jane Welsh Carlyle mas era um homem irascível, mal-humorado, e jamais a fez feliz. A mulher morreu de maneira imprevista.
J. A. Froude nos fala sobre os sentimentos de Carlyle quando a perdeu:
"Revisava seus papéis, seus cadernos de apontamentos e seus jornais; velhas cenas voltavam sem piedade à sua memória. Em suas longas noites de insônia reconheceu muito tarde o que ela havia sentido e sofrido por seus arroubos infantis. Suas faltas surgiam em um juízo sem remorso e, assim como antes não lhes tinha dado importância, agora as exagerava em seu arrependimento. .. ‘Ai’! exclamava uma e outra vez, ‘se pudesse vê-la só mais uma vez, embora não fossem mais que cinco minutos para que soubesse que sempre a amei apesar de todas essas coisas. Nunca soube, nunca.’ ”
Há um momento para fazer e dizer as coisas; quando passa esse momento, jamais elas podem voltar a dizer nem fazer. ..
A queixa má intencionada de Judas foi que o dinheiro que se poderia ter obtido desse ungüento poderia ter sido repartido entre os pobres. Mas, como diziam as Escrituras: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra.” (Dt
Em qualquer momento se podia ajudar os pobres. Se se quisesse demonstrar a devoção do coração a Jesus era preciso fazê-lo antes da cruz do Calvário tomá-lo em seus braços cruéis. Recordemos que devemos fazer as coisas agora porque muitas vezes a oportunidade não volta a apresentar-se nunca e o fato de não as fazer, em especial não expressar amor, produz o mais amargo dos arrependimentos.
UM PLANO PARA DESTRUIR AS PROVAS
Para os líderes judeus as coisas estavam assumindo uma aparência insustentável. Isto se aplicava de maneira especial aos saduceus. Todos os sacerdotes eram saduceus. Para este grupo, a situação representava uma dupla ameaça.
Em primeiro lugar, consideravam-na ameaçadora do ponto de vista político. Os saduceus eram a classe aristocrática e enriquecida entre os judeus. Além disso, sem dúvida alguma, eram o partido colaboracionista.
Trabalhavam em colaboração com o governo romano. Seu objetivo era assegurar-se sua própria riqueza, comodidade e bem-estar. Enquanto lhes permitisse conservar os postos principais no governo estavam dispostos a colaborar. Os romanos outorgavam uma boa medida de liberdade aos povos que estavam sob o seu poder. Em termos gerais, permitiam que se governassem a si mesmos, sob a autoridade de um governador romano. Entretanto, ante o menor indício de desordem civil a mão de Roma caía com todo vigor e se voltava sem mais trâmite contra os responsáveis pelo bom governo que não foram capazes de mantê-lo. Estes saduceus viam Jesus como o possível líder de uma rebelião. Estava roubando os corações das pessoas. A atmosfera estava carregada e os saduceus estavam dispostos a livrar-se dele se havia algum levantamento e se sua própria segurança e comodidade se vissem ameaçadas.
Em segundo lugar, consideravam que teologicamente era intolerável. Diferente dos fariseus, os saduceus não criam na ressurreição dos mortos. Criam que não havia ressurreição e, tal como João relata, depararam-se com Lázaro que tinha ressuscitado dos mortos. A menos que pudessem fazer algo a respeito, lhes escapava das mãos o próprio fundamento de seu poder, seu influencia e seu ensino.
O que os saduceus planejavam fazer? Planejavam destruir as provas. Planejavam livrar-se de Lázaro.
H. G. Wood relata o comentário que fizeram duas senhoras de idade quando Darwin fez pública sua concepção da evolução. Naqueles dias as pessoas pensavam que o ponto de vista do Darwin significava que o homem tinha surgido do animal e era idêntico a ele. As senhoras em questão comentaram: "Esperemos que não seja certo e se o for, não deixemos que outros fiquem sabendo."
Quando alguém está disposto a sustentar uma posição destruindo as provas que a ameaçam, significa que está preparado para usar meios desonestos para sustentar uma mentira, e sabe disso.
Os saduceus estavam dispostos a fazer calar a verdade para defender seus próprios interesses. Para muita gente, sua próprio interesse é a razão mais poderosa de sua vida. Parece ser um fato certo que muitos descobrimentos que permitiriam fabricar coisas a menor preço jamais se dão a conhecer porque aqueles cuja mercadoria se veria ameaçada compram patentes e se ocupam de que não vejam a luz do dia.
Diz-se, por exemplo, que há anos se conhece o segredo para fabricar um fósforo eterno mas que aqueles cujos juros se veriam ameaçados se se comercializasse semelhante produto, compraram os direitos para fabricá-lo e não têm nenhuma intenção de dá-lo a conhecer. Não se pode afirmar com exatidão se esse caso particular for certo ou não, mas não há a menor dúvida de que esse tipo de coisas acontecem com freqüência. O próprio interesse dita a política e as ações dos homens.
A fim de manter seu próprio lugar e sua influência, os sacerdotes e os saduceus estavam dispostos a fazer tudo o que podiam para destruir as provas da verdade. O homem que teme a verdade chegou a uma situação lamentável, o mesmo acontece quando põe o prestígio e o benefício pessoal de preferência à verdade.
AS BOAS-VINDAS DE UM REI
A Páscoa, o Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos eram as três festividades obrigatórias dos judeus. Os judeus de todos os rincões do mundo chegavam a Jerusalém para a páscoa. Em qualquer lugar que o judeu vivia sua grande ambição era festejar uma páscoa em Jerusalém. Até o dia de hoje, quando os judeus que vivem no estrangeiro celebram a páscoa, dizem: "Este ano aqui, o próximo ano em Jerusalém."
Nesses dias, a cidade de Jerusalém e as populações vizinhas estavam cheias de gente. Em uma oportunidade se fez um censo da quantidade de cordeiros sacrificados para a páscoa. Calculou-se que eram
Havia duas multidões. O grupo que acompanhava a Jesus desde Betânia e aquele que saiu de Jerusalém para vê-lo. Ambas devem ter-se movido como duas marés. Jesus se aproximou sobre o lombo de um jumentinho. Quando as multidões se cruzaram com ele o receberam como a um conquistador. A visão destas boas-vindas tumultuosas sumiu as autoridades judias no desespero porque parecia que não podia fazer nada para deter esta maré do povo que saiu para seguir a Jesus. Este acontecimento reveste-se de tal importância na vida de Jesus que devemos buscar compreender o que acontecia.
- Alguns dos integrantes da multidão não eram mais que curiosos. Tratava-se de um homem que, segundo os rumores que corriam, tinha ressuscitado alguém dentre os mortos. Muitos saíram para observar a uma figura que causava sensação. Sempre é possível atrair as pessoas, por algum tempo, mediante o sensacionalismo, a publicidade, deslumbrando-a. Nunca dura muito. A multidão que nesse dia olhava a Jesus como a sensação do momento clamava por sua morte na semana seguinte.
- Muitos dos integrantes destas multidões saudavam Jesus como a um conquistador. De fato, esse é o clima que prepondera em toda a cena. Saudavam-no com estas palavras: "Hosana! Bendito aquele que vem no nome do Senhor!" A palavra Hosana é o equivalente hebreu de "Salve agora!" A exclamação do povo era quase: "Deus salve o Rei!"
As palavras com as quais a multidão saúda Jesus são esclarecedoras. São uma citação do Salmo
Nessa ocasião, os fiéis levavam maços de folhas de palma e ramos de salgueiro aos que chamavam lulabs. Foram todos os dias ao templo com eles. Durante cada dia da festa partiam ao redor do grande altar da oferta, uma vez durante cada um dos seis primeiros dias e sete vezes no sétimo dia. Enquanto caminhavam cantavam com voz triunfante este salmo e estes mesmos versos de maneira especial. Em realidade, pode ser exata a versão que assegura que este salmo foi escrito para a primeira celebração da festa dos tabernáculos quando Neemias tinha reconstruído as muralhas e a cidade destroçadas e quando os judeus vieram de Babilônia e puderam voltar a adorar (Neemias
Este era o salmo das grandes ocasiões e o povo sabia Mas há algo mais, este era o salmo próprio do conquistador Basta um só exemplo: estes mesmos versos cantaram quando a multidão de Jerusalém deu as boas-vindas a Simão Macabeu depois que conquistou Acra e a arrancou da dominação Síria, uns cem anos antes deste momento. Não há a menor dúvida de que quando o povo entoava este salmo via Jesus como o Ungido de Deus, o Messias, o Libertador, Aquele que devia vir. E tampouco se pode duvidar de que viam nEle o Conquistador. Para eles, em questão de minutos soariam as trombetas, chamando todos a tomar as armas e a nação judia se lançaria à muito ansiada vitória sobre Roma e sobre o mundo inteiro. Jesus se aproximou de Jerusalém com o clamor da multidão que saudava o conquistador soando em seus ouvidos; e isso deve lhe ter produzido tristeza porque viam e buscavam nEle justamente aquilo que se negava a ser.
AS BOAS-VINDAS DE UM REI
João
- É evidente que numa situação semelhante era impossível falar com a multidão. Uma multidão agitada não se detém a ouvir a ninguém uma vez que está em marcha. A voz de Jesus não teria chegado a essa imensa multidão. De maneira que Jesus fez algo que todos pudessem ver. Aproximou-se sobre o lombo de um jumentinho. Agora, isso tinha dois sentidos. Em primeiro lugar, era uma afirmação deliberada de que era o Ungido de Deus, o Messias. Era uma atuação das palavras do profeta Zacarias (Zc
9: ). João não cita com exatidão porque sem dúvida o faz de cor. Zacarias havia dito: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.”9
Sem dúvida alguma a ação de Jesus era um afirmação messiânica. Mas, em segundo lugar, afirmava que era uma classe especial e peculiar de Messias. Não devemos fazer uma interpretação errônea desta imagem. Para nós, o jumento é um animal um tanto desprezado mas esse não era o caso no Oriente. Ali era um animal nobre. Jair, o juiz, tinha trinta filhos que cavalgavam sobre jumentos (Jz
Messias enviado por Deus. Jesus apresentou uma imagem eloqüente do que afirmava ser mas não houve ninguém que a compreendesse.
- No pano de fundo estavam as autoridades judias. Sentiam-se frustrados e impotentes. Não podiam fazer nada que detivesse o magnetismo produzido por este homem chamado Jesus. "O mundo inteiro", diziam, "vai atrás dele". Nesta frase das autoridades vêem um exemplo esplêndido dessa ironia na qual João é tão hábil. Nenhum autor do Novo Testamento pode dizer tanto com uma reticência tão surpreendente. Foi porque Deus amou tanto o mundo que Jesus veio a ele. E aqui, sem propor-lhe, seus inimigos dizem que o mundo vai atrás dele. Na próxima seção, João relatará a vinda dos gregos a Jesus. Chegam os primeiros representantes desse mundo mais vasto, os primeiros pesquisadores do mundo exterior. As autoridades judias pronunciaram uma verdade mais profunda do que imaginavam quando disseram que o mundo inteiro se separava deles para seguir a Jesus. Aqui, nos lábios dos inimigos de Jesus, encontramos um vaticínio do que acontecerá.
Não podemos deixar esta passagem sem assinalar o elemento mais singelo. São muito escassas as ocasiões na história do mundo quando se pôs de manifesto uma coragem tão magnífica e deliberada como nesta entrada triunfal. Devemos lembrar que Jesus era um proscrito, que as autoridades estavam decididas a matá-lo. A prudência lhe teria aconselhado voltar atrás, voltar para a Galiléia ou às paragens desérticas. Se, apesar de tudo, entrava em Jerusalém, a mais mínima cautela teria indicado que devia fazê-lo em segredo e buscar um esconderijo; entretanto, entrou de maneira tal que todos os olhos se posaram sobre ele. Era um ato da coragem mais elevada, porque desafiava tudo o que o homem podia fazer. E era um ato do mais elevado amor, porque era o último chamado do amor antes do fim.
OS GREGOS QUE BUSCAM
Nenhum dos outros Evangelhos relata este incidente mas é muito natural e coerente encontrá-lo aqui. O Quarto Evangelho foi escrito para apresentar a verdade do cristianismo de maneira tal que os gregos pudessem apreciá-la e entendê-la. Portanto, é natural que em um Evangelho que propõe esse objetivo sejam mencionados os primeiros gregos que se aproximaram de Jesus.
Não deve ser estranho encontrar gregos em Jerusalém na época da páscoa. Nem sequer tinham que ser prosélitos. O grego era um caminhante incansável. Sentia-se incitado pelo amor à aventura e o desejo de descobrir coisas novas. Um dos anciãos dizia. "Vocês os atenienses jamais descansarão nem deixarão descansar a ninguém." "Vocês, os gregos", dizia outro, "são como os meninos, sempre jovens de espírito".
Mais de quinhentos anos antes, Heródoto tinha percorrido o mundo para descobrir coisas, conforme ele mesmo o expressou. Até o dia de hoje, perto do nascimento do Nilo há uma grande estátua egípcia sobre a qual um turista grego esculpiu seu nome, tal como o fazem os turistas contemporâneos. É obvio que o grego viajava com fins comerciais e de intercâmbio. Mas também foi o primeiro em viajar pelo puro prazer da aventura no mundo antigo. Não deve nos surpreender encontrar um grupo de turistas gregos na mesma Jerusalém.
Entretanto, o grego era algo mais que isso. Por essência, o grego buscava a verdade. Não era estranho encontrar um grego que tinha passado de uma filosofia a outra, de uma religião a outra, de um professor a outro, em busca da verdade. O grego era um homem cuja mente sempre buscava a verdade.
Como era que os gregos tinham chegado a ouvir falar sobre Jesus e a interessar-se nele?
J. H. Bernard faz uma sugestão muito interessante. Durante a última semana de seu ministério, Jesus purificou o templo e expulsou os cambistas de dinheiro e os vendedores de pombas do pátio do templo. Estes comerciantes tinham seus postos no Pátio dos Gentios, o grande pátio que estava à entrada do templo. Permitia-se a entrada dos gentios a este pátio, mas não podiam passar além dele. Agora, se estes gregos estavam em Jerusalém sem dúvida alguma visitariam o templo e se deteriam no Pátio dos Gentios. Possivelmente tinham visto o tremendo dia quando Jesus tinha expulso os comerciantes do pátio do templo e possivelmente tinham experimentado o desejo de conhecer mais sobre um homem que podia fazer coisas como essa.
Seja como for, este é um dos marcos do relato evangélico porque aqui temos a primeira leve sugestão de um evangelho que se espalhará pelo mundo inteiro.
Os gregos se aproximaram com seu pedido a Filipe. Por que o escolheram? Ninguém pode saber com certeza. Pode ser que fosse porque Filipe é um nome grego e pensaram que alguém com esse nome os trataria com amabilidade. Mas Filipe não sabia o que fazer e se dirigiu a André. André não titubeou. Levou-os à presença de Jesus.
André tinha descoberto algo a respeito de Jesus; sabia que ninguém podia ser jamais uma moléstia para o Mestre. Sabia que Jesus jamais lançaria fora uma alma que o buscava. André sabia que há uma porta aberta rumo à presença de Jesus e que ninguém pode jamais fechá-la.
O PARADOXO SURPREENDENTE
Há poucas passagens no Novo Testamento que possam ter significado um golpe tão forte para os ouvintes como este. Começa com uma frase que todos podiam esperar e termina com uma série de afirmações que ninguém poderia ter imaginado.
“É chegada a hora”, começou dizendo Jesus, “de ser glorificado o Filho do Homem”. Era evidente que as coisas tinham ido crescendo até provocar uma crise e agora esta estalava. Entretanto, a idéia que tinha Jesus a respeito do que implicava essa crise era muito diferente da opinião de outros. Quando falava sobre o Filho do Homem, não se referia ao mesmo a que se referiam os outros. Para compreender o caráter surpreendente desta breve passagem devemos entender algo do que os judeus conotavam ao falar do Filho do Homem. O termo tinha sua origem em Dn
O sentido da passagem é o seguinte. Em Daniel
Agora, esse era o sonho dos judeus. Sonhavam com a idade de ouro quando a vida seria doce e eles seriam os amos do mundo. Mas como deveria chegar essa idade? Cada vez viram com maior clareza que sua nação era tão pequena e tão débil seu poder que essa idade de ouro não chegaria jamais por meios humanos e mediante um poder humano: devia chegar pela intervenção direta de Deus. Deus mandaria a seu emissário para fazê-lo chegar. De maneira que se remontaram à imagem do livro de Daniel e o que podia ser mais natural que chamar Filho de Deus a esse emissário? A frase que em um princípio só tinha sido um símbolo chegou a descrever uma pessoa. O Filho de Homem seria o emissário conquistador de Deus.
Entre o Antigo e o Novo Testamento surgiu toda uma série de livros que falavam da idade de ouro e como chegaria. Em meio de seus problemas e pesares, suas escravidões e submissões, os judeus jamais esqueceram nem renunciaram a seu sonho. Um destes livros exerceu uma influência especial: o Livro de Enoque. Uma e outra vez, esse livro fala sobre esse Filho de Homem. Em Enoque, o Filho de Homem é uma figura tremenda que parecia estar controlado por Deus. Mas chegará o dia quando Deus vai liberar a esse Filho de Homem e virá com um poder divino e sobre-humano contra o qual não poderá prevalecer nenhum homem e nenhum reino e conquistará o império do mundo para os judeus.
No pensamento judeu, o Filho de Homem representava o conquistador invencível do mundo, enviado por Deus. De maneira que Jesus diz: “É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.” Quando disse isso, seus ouvintes devem ter retido a respiração. Devem ter crido que tinha divulgado o chamado da trombeta da eternidade, que o poderio celestial estava em marcha e que se pôs em movimento a campanha da vitória. Não obstante, o sentido que Jesus dava à palavra glorificar não era igual ao que eles lhe davam. Os judeus se referiam com esse termo à idéia que os reinos conquistados de todo o mundo se retorceriam aos pés do conquistador. Jesus queria dizer crucificar. Quando mencionou o Filho de Homem, os judeus pensaram na conquista levada a cabo pelos exércitos de Deus. Jesus se referia à conquista da cruz.
De maneira que a primeira frase pronunciada por Jesus exaltou os ânimos daqueles que o ouviram. Logo começou uma sucessão de frases que devem tê-los deixado abobalhados, intrigados, surpreendidos pela impossibilidade de crer nelas. Tratava-se de palavras que não falavam em termos de conquista, mas sim de sacrifício e de morte. Nunca entenderemos a Jesus nem a atitude dos judeus para com Ele se não compreendermos como transtrocou suas idéias, como converteu um sonho de conquista em visão da cruz. Não surpreende que não o tenham compreendido; a tragédia é que se negaram a fazê-lo.
O PARADOXO SURPREENDENTE
João
Em que consiste, então, este paradoxo surpreendente Que Jesus estava ensinando? Jesus dizia três coisas que são variações de uma verdade central e que estão na medula da fé e da vida cristãs.
- Jesus dizia que a Vida só chega por meio de uma morte. O grão de trigo era inútil e não dava fruto enquanto era conservava, por assim dizer, seguro e a salvo. Dava frutos quando era jogado no chão frio, e era enterrado ali como em uma tumba. A Igreja cresceu graças à morte dos mártires. Segundo a famosa frase: "O sangue dos mártires foi a semente da Igreja." Foi porque eles morreram que a Igreja se converteu na 1greja viva. As grandes coisas sempre viveram porque os homens estiveram dispostos a morrer por elas. Mas se converte em algo ainda mais pessoal. É comum suceder que um homem determinado chega a ser realmente útil para Deus só quando enterra seus objetivos e ambições pessoais.
Cosmo Lang chegou a ser Arcebispo do Canterbury. Em uma época tinha grandes ambições mundanas. A influência de um amigo, que era um homem de Deus, impulsionou-o a abandonar suas ambições mundanas e ingressar na 1greja da Inglaterra. Enquanto estudava para o ministério no Cuddesdon um dia em que estava orando na capela ouviu uma voz que lhe dizia com toda clareza: "Eu preciso de você!" Só quando enterrou suas ambições pessoais se converteu em um homem útil para Deus.
Mediante a morte chega a Vida. Mediante a lealdade que esteve disposta a enfrentar a morte se conservaram e surgiram os bens mais apreciados da humanidade. Por meio da morte do desejo e da ambição pessoais o homem se converte em servo de Deus.
- Jesus dizia que só entregando a vida a retemos. O homem que ama a vida está impulsionado por dois objetivos: o egoísmo e a busca da segurança. Seu próprio progresso e segurança são os dois móveis de sua vida. Não foi em uma ou duas mas em muitas ocasiões que Jesus disse que o homem que cuidava sua vida terminaria por perdê-la e que aquele que a entregava, ganhava.
Houve um famoso evangelista chamado Christmas Evans. Sempre estava pregando para Cristo. Seus amigos o aconselhavam e lhe rogavam para levar as coisas com mais calma. Sua resposta sempre era a mesma: "É melhor queimar-se que oxidar-se."
Quando Juana d’Arc soube que seus inimigos eram fortes e que seu tempo era breve, rogou a Deus: "Só durarei um ano, use-me como puder".
Jesus estabeleceu essa lei várias vezes (Mc
- Jesus dizia que a grandeza só chega mediante o serviço. A pessoa que o mundo recorda com amor é aquela que serve a outros.
Uma certa Sra. Berwick tinha completo um trabalho muito ativo no Exército de Salvação de Liverpool. Quando se aposentou foi viver a Londres. Chegou a guerra e os ataques aéreos. A gente chega a ter idéias estranhas e por alguma razão se creu que a humilde casa e o refúgio da Sra. Berwick eram especialmente seguros. Já era anciã, seus dias de serviço social em Liverpool tinham passado fazia muito tempo, mas sentia que devia fazer algo acerca deste fenômeno. De modo que reuniu uma caixa muito simples com elementos de primeiros auxílios e pôs um aviso sobre a janela: "Se necessitarem ajuda, batam aqui".
Essa é a atitude cristã para com o nosso próximo. Em uma oportunidade, perguntou-se a um estudante que elementos gramaticais eram meu e minha. Respondeu, com maior exatidão do que se propôs, que eram pronomes agressivos. É muito certo que no mundo moderno a idéia de serviço corre perigo de perder-se. Há tanta gente que neste momento está na vida, no trabalho, e nos negócios nada mais que pelo benefício que pode obter deles. Pode ser que cheguem a ser ricos mas há algo indubitável: nunca serão amados, e o amor é a verdadeira riqueza da vida.
Jesus chegou aos judeus com uma nova visão da vida. Viam a glória como uma conquista, a aquisição de poder, o direito a governar. Jesus via a glória como uma cruz. Ensinou aos homens que a vida só chega por meio da morte; que unicamente se entregarmos a vida ganharemos; que a grandeza só chega pelo serviço.
E o mais extraordinário é que quando nos pomos a pensá-lo, o paradoxo de Cristo não é outra coisa que a verdade do sentido comum.
DA TENSÃO À CERTEZA
Nesta passagem, João nos mostra tanto a tensão como o triunfo de Jesus e nos assinala como passou de um a outro.
- João não nos relata a história da agonia no Getsêmani. É aqui onde nos mostra a luta de Jesus contra seu desejo humano de evitar a cruz. Ninguém quer morrer, muito menos aos trinta e três anos e sobre uma cruz. Não teria havido mérito alguém na obediência a Deus da parte de Jesus se lhe tivesse surgido com facilidade e sem sacrifício. A verdadeira coragem não implica em não ter medo. Não há nenhum mérito em fazer algo se for fácil. A coragem autêntica ocorre quando a gente sente um profundo temor e entretanto faz o que deve fazer. Assim era a coragem de Jesus. Como o expressasse Bengel: "Aqui se encontraram o horror à morte e o ardor da obediência". Aqui vemos a luta que Jesus teve que travar para obedecer a vontade de Deus. Esta vontade implicava a cruz e Jesus teve que armar-se de coragem para aceitá-la.
- Não obstante, o final da história não é a tensão mas o triunfo e a certeza. Jesus estava seguro de que se seguia adiante, aconteceria algo que destroçaria o poder do mal de uma vez para sempre. Se fosse obediente e até a morte se chegasse até a cruz, estava seguro de que lançaria um golpe mortal ao Amo deste mundo, a Satanás, ao Demônio. Devia ocorrer uma última luta, um último esforço que destruiria para sempre o poder do mal. Mais ainda, sabia que se chegasse até a cruz, a visão de seu corpo elevado e crucificado terminaria reunindo a todos os homens a seu ao redor. Jesus também desejava a conquista; também queria submeter aos homens e sabia que a única maneira de fazê-lo para sempre era mostrando-se a eles na cruz. Começou com a tensão, terminou com o triunfo.
- O que aconteceu, então, entre a tensão e o triunfo? O que foi que permutou uma coisa na outra? Entre ambas, surgiu a voz de Deus. Por trás desta voz de Deus há algo muito grande e profundo. Houve um tempo quando os judeus creram com absoluta certeza que Deus falava diretamente com os homens. Deus falou de maneira direta ao jovem Samuel (I Samuel
3: ). Deus falou diretamente a Elias quando este escapou da vingança de Jezabel (I Reis1-14 19: ). Elifaz temanita afirmou que tinha ouvido diretamente a voz de Deus (Jó1-18 4: ). Mas para a época de Jesus, os judeus já não criam que Deus falava com os homens de maneira direta. Os grandes dias eram coisa do passado; Deus estava muito longe agora; a voz que tinha falado aos profetas permanecia em silêncio. Nessa época criam em algo que chamavam o Bath qol. Trata-se de uma frase hebraica que significa a voz filha ou a filha de uma voz. Quando falava Bath qol, em geral citava as Escrituras. Não era, em realidade, a voz direta de Deus; poderia-se dizer que era o eco dessa voz. Um murmúrio longínquo, vago, em lugar da comunicação direta e vital de Deus. Mas com Jesus não acontecia o mesmo. Jesus não ouvia o eco da voz de Deus mas a própria voz de Deus. Esta é uma verdade muito profunda. O que chega aos homens, com Jesus, não é um murmúrio longínquo da voz de Deus, algum eco vago que provém das alturas. O que chega aos homens é o acento inconfundível da voz de Deus.16
Por outro lado, devemos assinalar que a voz de Deus chegou a Jesus em todos os grandes momentos de sua vida. Chegou durante seu batismo quando se aproximou pela primeira vez à tarefa que Deus lhe tinha encomendado (Mc
DA TENSÃO À CERTEZA
João
Jesus afirmou que quando fosse elevado na cruz atrairia a todos os homens a si mesmo. Alguns consideram que esta frase se refere à Ascensão e que significa que quando Jesus foi exaltado no poder de sua ressurreição, convocaria a todos os homens a seu redor. Mas isso está muito longe da verdade. Jesus se referia a sua cruz, e o povo sabia.
E mais uma vez, como era inevitável, sumiram-se em uma surpresa incrédula. Como se podia conectar o Filho do Homem com uma cruz? Acaso o Filho do Homem não era o líder invencível que dirigia os irresistíveis exércitos celestiais? O que tinham em comum o Filho do Homem e uma cruz? Acaso o Reino do Filho do Homem não duraria para sempre? “O seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Dn
Os judeus relacionavam o Filho do Homem com um reino eterno e aqui se apresentava alguém que afirmava ser o Filho do Homem e dizia que o elevariam em uma cruz. Quem era este Filho do homem cujo reino terminaria antes de ter começado?
Mas a história ensina que Jesus tinha razão. Jesus cifrava suas esperanças no magnetismo da cruz. E estava no certo porque o amor continua vivendo muito depois do desaparecimento do poder, das armas e da força. Como o expressou Kipling:
Nossas naves se esfumam:
Sobre as dunas e os montes desaparece o fogo;
Vejam, toda nossa pompa de ontem uniu-se a Nínive e a Tiro.
Nínive e Tiro não são mais que nomes, mas Cristo vive ainda.
É um fato irrefutável que os impérios baseados na força desapareceram e deles só fica a lembrança, cada vez mais débil. Entretanto, o império de Cristo, baseado sobre uma cruz, estende-se mais cada ano que passa.
Quando Juana d’Arc fica sabendo que os líderes de seu povo a traíram e a levarão à fogueira, volta-se para eles e, segundo a versão da obra do George Bernard Shaw, diz-lhes: "Agora irei com as pessoas simples e deixarei que o amor de seus olhares me console do ódio que vejo nas suas. Alegrar-se-ão ver como me queimam; mas se passo pelo fogo entrarei nos corações dessa gente para sempre".
Isso é uma parábola do que aconteceu com Jesus. Sua morte sobre a cruz fez que entrasse para sempre no coração dos homens. O Messias conquistador dos judeus é uma imagem a respeito da qual os estudiosos escrevem livros; mas o Príncipe do Amor na cruz é um rei cujo trono está instalado para toda a eternidade nos corações dos homens. O único fundamento seguro de qualquer reino é o do amor sacrificial.
FILHOS DA LUZ
Nesta passagem estão implícitas a promessa e a ameaça que nunca estão muito afastadas da medula da fé cristã.
(1) Temos a promessa e o oferecimento da luz. O homem que caminha com Jesus caminha na luz. Tal homem se vê livre de sombras. Há certas sombras que, mais cedo ou mais tarde, obscurecem qualquer luz. Existe a sombra do temor. Chegam momentos em que todos sentimos medo de olhar para frente. Às vezes, quando vemos o que podem fazer a outros, todos sentimos temor dos avalizar e as mudanças da vida. Temos as sombras das dúvidas e das incertezas. Em certos momentos, o caminho que jaz pela frente não é nada claro. Às vezes nos sentimos como alguém que busca situar-se em meio das trevas, sem nada firme a que possa agarrar-se. Existem as sombras da tristeza. Mais cedo ou mais tarde, o Sol se põe ao entardecer e se apagam todas as luzes. Mas o homem que parte com Jesus se vê livre da tristeza, da dúvida. Tem uma alegria que ninguém lhe pode tirar. Seu caminho passa pela luz, não pela escuridão e até no vale das sombras mais profundas, as trevas se iluminam pela presença de Cristo.
(2) Mas também há uma ameaça implícita. A decisão consiste em confiar a vida e todas as coisas a Jesus, tomá-lo como Mestre, Guia e Salvador; mas essa decisão terá que fazê-la a tempo. Na vida, terá que fazer as coisas a tempo ou não as fará jamais. Há certos trabalhos que só podemos fazer quando contamos com a energia física necessária. Há certos estudos que só podemos levar a cabo quando nossas mentes são o suficientemente agudas e nossas memórias estão bastante frescas para nos ocuparmos dessa tarefa. Há certas coisas que devem dizer-se ou fazer-se, do contrário, o tempo de fazê-las ou dizê-las passará para sempre. E o mesmo acontece com Jesus.
No momento em que Jesus pronunciou estas palavras estava fazendo um chamado aos judeus para que o aceitassem e cressem nele antes de chegar a cruz e o levasse para sempre. Não obstante, esta é uma verdade eterna. As estatísticas indicam que há um aumento constante das conversões até os dezessete anos e uma diminuição igualmente constante depois dessa idade. Quanto maior é a medida na qual o homem se deixa apanhar por seus próprios hábitos, mais difícil é sair deles. Em Cristo se oferece aos homens a bênção suprema. Em certo sentido, nunca é muito tarde para recebê-la, mas apesar disso é certo que terá que recebê-la a tempo.
A INCREDULIDADE CEGA
João
Esta passagem, inevitavelmente, perturbará a muitos. João cita duas passagens de Isaías. O primeiro corresponde a Isaías
Esta passagem aparece em todo o Novo Testamento. Aparecem citações ou ecos dele em 13
Devemos dizer duas coisas sobre esta passagem.
- Devemos buscar compreender as palavras de Isaías. Devemos buscar entrar em seu coração e em sua mente. Tinha pregado e proclamado a palavra de Deus. Tinha posto tudo o que tinha em sua mensagem. Tinha-o entregue aos homens com todo o poder e a capacidade de convicção que possuía. E os homens se negaram a escutar. No fim de sua tarefa Isaías se viu obrigado a dizer: "Pelo que consegui seria exatamente igual se não tivesse feito nada. Em lugar de fazer melhores aos homens parece que minha mensagem os fez piores. Seria o mesmo se não a tivessem ouvido. Afirmaram-se ainda mais em sua letargia, sua desobediência e sua incredulidade. Pareceria que a intenção de Deus era que não cressem."
As palavras de Isaías brotam de um coração desiludido. São as palavras de um homem que se sente aflito porque sua mensagem parece ter piorado os homens em vez de melhorá-los. Se as interpretarmos em seu sentido literal não compreendemos absolutamente o coração destroçado de onde surgem. São as palavras de um pregador cujo coração causa pena pela falta de resposta de seu povo.
- Entretanto, há algo mais. Os judeus tinham uma crença básica: consideravam que Deus estava por trás de tudo. Criam que não podia acontecer nada independentemente do plano de Deus. Em vista desta crença, viam-se obrigados a considerar que quando os homens não criam na mensagem de Deus, essa incredulidade também estava dentro dos propósitos de Deus Até a incredulidade caía, de algum modo, dentro do controle e do propósito de Deus. Se o expressássemos em termos contemporâneos e segundo nossa maneira de pensar, o diríamos assim: não diríamos que a incredulidade é o propósito de Deus, mas sim em sua sabedoria e seu poder Deus pode empregar inclusive a incredulidade do homem para seus fins divinos. De fato, assim foi como o interpretou Paulo. Paulo viu que Deus usava a incredulidade dos judeus para converter os gentios. Como os judeus não aceitaram a verdade de Deus, esta se disseminou pelo mundo inteiro.
Quando lemos uma passagem como esta, devemos compreender que seu significado não é que Deus predestinou e preordenou a certos homens para que não cressem, mas sim até a incredulidade do homem se pode usar para cumprir os propósitos eternos de Deus. Estes judeus não criam em Jesus; isso não era culpa de Jesus; era culpa deles. Mas isso também encontra seu lugar dentro do plano de Deus. "O mal que ele abençoa é nosso bem." Deus é tão grande que pode usar até o pecado do homem para seus próprios fins. Não há nada neste mundo, nem sequer o pecado, que esteja fora do poder de Deus.
A FÉ DO COVARDE
Jesus nem sempre encontrou ouvidos surdos. Havia alguns, até dentro das próprias autoridades judias, que criam em suas palavras no fundo de seus corações. Não obstante, temiam confessar sua fé porque não desejavam ser expulsos da sinagoga. Estas pessoas tratavam de seguir uma política impossível: pretendiam ser discípulos em segredo. Tem-se dito, e é uma grande verdade, que um discípulo secreto é algo contraditório porque "ou o segredo mata a condição de discípulo ou esta mata o segredo". Jamais é possível, dentro da fé cristã, obter o melhor de ambos os mundos e isso era o que tentavam fazer estes homens.
Temiam tornar-se cristãos porque pensavam que ao confessá-lo perderiam muito. É estranho ver como às vezes os homens misturam os seus valores. Uma e outra vez os homens não apóiam uma causa digna porque interfere com algum interesse menor.
Quando Joana d'Arc viu que estava abandonada e sozinha, disse: "Se, estou sozinha no mundo; sempre estive sozinha. Meu pai disse a meus irmãos que me afogassem se não queria ficar cuidando de suas ovelhas enquanto a França se sangrava. França podia morrer sempre que nossos cordeiros estivessem a salvo."
O camponês francês preferia a segurança de suas ovelhas antes que a de sua pátria. Estes líderes judeus lhe pareciam um pouco. Sabiam que Jesus tinha razão; sabiam que seus colegas tinham a intenção de aniquilá-lo e de destruir tudo o que Jesus tratava de fazer em nome de Deus. Entretanto, não estavam dispostos a correr o risco de declarar-se em seu favor. Teriam sido expulsos da sociedade e da religião ortodoxa. Era um preço muito elevado. Teria significado o fim do lugar que ocupavam, dos benefícios que recebiam e de seu prestígio. Portanto, viveram na mentira porque não eram o suficientemente grandes para erguer-se em nome da verdade.
João faz um diagnóstico da posição deles numa frase muito eloqüente. Preferiam ficar bem perante os olhos dos homens de preferência aos de Deus. Tinham muito mais em conta a opinião que outros homens tinham deles que a opinião de Deus. Sem dúvida estes líderes consideravam que eram homens sábios e prudentes; pensariam que se protegiam de todo risco. Mas sua sabedoria não lhes era suficiente para lembrar que a opinião dos homens podia importar durante os poucos anos que vivessem na Terra mas o juízo de Deus conta para toda a eternidade. Desprezaram a recompensa da eternidade pela recompensa desse momento. A única sabedoria e prudência consiste em preferir a boa opinião de Deus à dos homens. Sempre é melhor estar bem durante a eternidade que durante o tempo.
O JUÍZO INILUDÍVEL
Segundo João, estas são as últimas palavras que Jesus pronuncia durante seu pregação em público. Daqui em diante ensinará a seus discípulos. Também enfrentará a Pilatos; mas estas são as últimas palavras que pronuncia diante de um grupo numeroso.
Nestas palavras, Jesus afirma algo que constitui o fundamento e a essência de toda sua vida. Diz que nele nos defrontamos com Deus. Ouvir a Jesus é ouvir a Deus; ver Jesus é ver a Deus. Essa é a importância suprema de Jesus. Nele, Deus encontra o homem e o homem encontra a Deus. Agora, esse enfrentamento lança dois resultados e ambos incluem a medula do juízo, tal como o cristão o vê.
- Aqui, mais uma vez, Jesus volta para uma idéia que nunca se afasta muito em todo o Quarto Evangelho. Jesus não veio ao mundo para condenar os homens mas para salvá-los. Não foi a ira de Deus a que enviou Jesus aos homens mas seu amor. E entretanto, é absolutamente certo que a vinda de Jesus implica um juízo iniludível. Por que deve ser assim? É assim porque mediante seu atitude para com Jesus o homem demonstra o que é e desse modo se julga a si mesmo. Se alguém encontrar em Jesus um magnetismo e uma atração infinitos, inclusive se jamais chega a fazer de sua vida o que deveria ser, experimentou o chamado de Deus em seu coração e portanto se salvou. Se, pelo contrário, não vê nada amoroso em Jesus significa que esse homem é impermeável a Deus, seu coração não se comove absolutamente diante da presença de Jesus: essa homem se julgou a si mesmo. No Quarto Evangelho sempre está presente este paradoxo essencial. Jesus veio em um ato de amor mas sua vinda é um juízo.
Como dissemos antes, podemos oferecer a alguém alguma experiência muito rica com um amor perfeito, incorrupto e descobrir que, ao deparar-se com essa experiência, a pessoa não vê nada nela. O resultado é que a partir desse momento sabemos que há algo maravilhoso que essa pessoa não é capaz de apreciar. Oferecemos-lhe essa experiência com amor, mas o fato de deparar-se com ela demonstrou a carência que padece. A experiência oferecida com amor se converteu em um juízo. Jesus é a pedra de toque de Deus. Por sua atitude para com Jesus o homem se revela a si mesmo. Mediante sus reação para com Jesus, julga-se a si mesmo.
- Jesus disse que no último dia as palavras que estes homens tinham ouvido seriam seu juízes. Essa é uma das grandes verdades da vida. Não se pode culpar a ninguém por não saber ou por não agir segundo uma verdade que nunca teve a oportunidade de ouvir. Mas se alguém sabe qual é o bem e faz o mal, seu pena é mais grave. De maneira que cada coisa sábia que ouvimos, cada oportunidade que recebemos para conhecer a verdade, se converterá em nossa testemunha.
Um ancião do século dezoito escreveu uma espécie de catecismo da fé cristã para o povo simples. No fim havia uma pergunta a respeito do que aconteceria a quem ignorasse as verdades e a mensagem cristãs. A resposta era que se condenaria "e com mais razão porque leram este livro".
É uma advertência grave o fato de lembrar que tudo o que soubemos e não fizemos será uma testemunha contra nós no fim dos tempos.
Notas de Estudos jw.org
à festividade: O contexto mostra que a festividade mencionada aqui era a Páscoa. (Jo
1) Na época de Jesus, a Páscoa, celebrada no dia 14 de nisã, e a Festividade dos Pães sem Fermento, celebrada de 15 a 21 de nisã (Lv
Dicionário
Dia
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
o ‘calor do dia’ (Mt
Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento
[...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58
[...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo
O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41
[...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31
[...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6
Dia
1) Período de 24 horas (Rm
v. HORAS).
2) Tempo em que a terra está clara (Rm
3) O tempo de vida (Ex
4) Tempos (Fp
Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
Festa
substantivo feminino Solenidade, cerimônia em comemoração de qualquer fato ou data.Figurado Expressão de alegria; júbilo: sua chegada foi uma festa!
Conjunto de pessoas que se reúne por diversão, geralmente num lugar específico com música, comida, bebida etc.
Figurado Expressão de contentamento (alegria, felicidade) que um animal de estimação demonstra ao ver seu dono.
substantivo feminino plural Brinde, presente (por ocasião do Natal).
expressão Fazer festas. Procurar agradar; fazer carinho em: fazer festas ao cão.
Etimologia (origem da palavra festa). Do latim festa, plural de festum, dia de festa.
Grande
adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
Forte; em que há intensidade: grande pesar.
Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
Que é austero; rígido: um grande problema.
Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.
Jerusalém
Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2SmJerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn
No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.
Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc
O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At
J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.
Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js
4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is
-
Jesus
interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At
Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18
[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2
[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50
[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625
[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem
Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•
Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8
Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71
Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24
Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual
Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••
[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1
Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos
[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão
[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5
Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo
[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23
Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16
[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2
[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5
[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13
[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho
De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos
[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva
[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus
[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus
[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações
Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus
[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão
[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão
Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1
Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4
[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5
esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4
Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22
Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45
Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11
[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45
Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•
[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2
Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa
Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal
Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo
[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19
J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17
[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal
Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem
Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux
Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história
[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino
[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2
Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8
[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9
[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2
[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•
[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18
[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23
Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6
J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13
[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30
[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178
[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32
Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50
Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5
[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1
[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110
[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3
Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86
[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175
Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36
[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86
[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92
Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.
O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt
Exceto um breve relato em Lc
Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt
Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt
O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc
Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc
Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo
Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr
Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc
Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc
No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc
O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co
Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).
2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc
Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.
Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc
3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc
Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt
À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.
R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.
Multidão
substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.
Seguinte
adjetivo Que segue; que vem logo depois; imediato, subsequente.Assinala o que será citado ou mencionado: o pastor fez o seguinte comentário Deus está em todo lugar.
O que se realiza ou se desenvolve imediatamente após a: a fase seguinte do projeto é ligar o computador à Internet.
substantivo masculino Aquilo ou aquele que vem depois do outro; próximo.
Etimologia (origem da palavra seguinte). Seguir + nte.
seguinte adj. .M e f. 1. Que segue ou se segue; imediato, subseqüente, próximo. 2. Que se segue, se cita ou se dita depois. S. .M O que se segue, se cita ou se dita depois.
Vinha
substantivo feminino Terreno plantado de videiras; número de videiras desse terreno; vinhedo.Figurado Aquilo que dá grande lucro: sua empresa é uma verdadeira vinha.
Figurado O que se tem como profissão, como trabalho; ofício, ocupação.
expressão Figurado A vinha do Senhor. A vida religiosa.
Etimologia (origem da palavra vinha). Do latim vinea.ae, "vinhedo".
substantivo feminino Culinária Molho feito com vinagre, sal, alho, cebola, pimenta etc., usado como conserva para alimentos; vinha-d'alhos.
Etimologia (origem da palavra vinha). Forma reduzida de vinha-d'alhos.
A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn
(5). e na de Jesus Cristo (Mc
[...] é o coração imenso da Humanidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
A vinha do Senhor é o mundo inteiro.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
Vinha Plantação de VIDEIRAS (Lc
Vinha Símbolo do povo de Deus. Mal cuidada por seus pastores espirituais — que nem sequer reconheceram Jesus como Filho de Deus e o mataram —, Deus a entregará, finalmente, a outros vinhateiros (Mt
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
εἰς
(G1519)
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
- em, até, para, dentro, em direção a, entre
ἑορτή
(G1859)
de afinidade incerta; n f
- dia de festa, festival
ἐπαύριον
(G1887)
ἀκούω
(G191)
uma raiz; TDNT - 1:216,34; v
- estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
- ouvir
- prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
- entender, perceber o sentido do que é dito
- ouvir alguma coisa
- perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
- conseguir aprender pela audição
- algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
- dar ouvido a um ensino ou a um professor
- compreender, entender
ἔρχομαι
(G2064)
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média]
- vir
- de pessoas
- vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
- aparecer, apresentar-se, vir diante do público
- metáf.
- vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
- ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
- ir, seguir alguém
Ἱεροσόλυμα
(G2414)
de origem hebraica 3389
Jerusalém = “habita em você paz”
- denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
- “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
- “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
- metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico
“a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo
“a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos
Ἰησοῦς
(G2424)
de origem hebraica 3091
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅτι
(G3754)
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
- que, porque, desde que
ὄχλος
(G3793)
de um derivado de 2192 (que significa veículo); TDNT - 5:582,750; n m
- multidão
- ajuntamento informal de pessoas
- multidão de pessoas que se reuniram em algum lugar
- tropel
- multidão
- povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância
- com desprezo: a multidão ignorante, o populacho
- multidão
- multidões, parece denotar grupo de pessoas reunidas sem ordem
πολύς
(G4183)
que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj
- numeroso, muito, grande