Enciclopédia de Lucas 8:28-28

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 8: 28

Versão Versículo
ARA E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.
ARC E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando, e dizendo com grande voz: Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.
TB Ele, vendo a Jesus, gritou, caiu-lhe aos pés e disse em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.
BGB ἰδὼν δὲ τὸν ⸀Ἰησοῦν ἀνακράξας προσέπεσεν αὐτῷ καὶ φωνῇ μεγάλῃ εἶπεν· Τί ἐμοὶ καὶ σοί, Ἰησοῦ υἱὲ τοῦ θεοῦ τοῦ ὑψίστου; δέομαί σου, μή με βασανίσῃς·
HD Quando viu Jesus, gritando, prosternou-se diante dele e disse com grande voz: O que queres de mim, Jesus, filho do Deus Altíssimo? Rogo-te, não me atormentes!
BKJ Mas, vendo a Jesus, gritando, caiu diante dele, e disse em alta voz: O que tenho eu para fazer contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu suplico-te que não me atormentes.
LTT E, havendo este visto a Jesus e havendo bradado, prostrou-se diante dEle e, com grande voz, disse: "Que tenho eu conTigo, ó Jesus (o Filho de o Deus, o Altíssimo)? Rogo-Te que não me atormentes."
BJ2 Logo que viu a Jesus começou a gritar, caiu-lhe aos pés e disse em alta voz: "Que queres de mim, Jesus, filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes".
VULG Is, ut vidit Jesum, procidit ante illum : et exclamans voce magna, dixit : Quid mihi et tibi est, Jesu Fili Dei Altissimi ? obsecro te, ne me torqueas.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 8:28

Isaías 27:1 Naquele dia, o Senhor castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, a serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão que está no mar.
Mateus 8:29 E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
Marcos 1:24 Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
Marcos 5:6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
Lucas 4:33 E estava na sinagoga um homem que tinha um espírito de um demônio imundo, e este exclamou em alta voz,
Lucas 8:37 E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor. E, entrando ele no barco, voltou.
Atos 16:16 E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
Tiago 2:19 Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem.
II Pedro 2:4 Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo;
I João 3:8 Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.
Apocalipse 20:1 E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.
Apocalipse 20:10 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Lucas 8 : 28
prosternou-se
Lit.”cair sobre, coligir com, lançar-se contra; precipitar-se sobre; cair diante de”. No caso a expressão “precipitar-se diante dele” pode ser corretamente traduzida por “prosternou-se diante dele”.

Lucas 8 : 28
disse com grande voz
Expressão idiomática semítica utilizada para reforçar o sentido do verbo.

Lucas 8 : 28
O que queres de mim
Lit. “o que para mim e para ti”. Trata-se de expressão idiomática

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 2)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

31 ou 32 d.C.

Região de Cafarnaum

Ilustrações sobre o Reino

Mt 13:1-53

Mc 4:1-34

Lc 8:4-18

 

Mar da Galileia

Acalma tempestade

Mt 8:18-23-27

Mc 4:35-41

Lc 8:22-25

 

Região de Gadara

Manda demônios para os porcos

Mt 8:28-34

Mc 5:1-20

Lc 8:26-39

 

Provavelmente Cafarnaum

Cura mulher que tinha fluxo de sangue; ressuscita filha de Jairo

Mt 9:18-26

Mc 5:21-43

Lc 8:40-56

 

Cafarnaum (?)

Cura cegos e mudo

Mt 9:27-34

     

Nazaré

Novamente rejeitado em sua cidade

Mt 13:54-58

Mc 6:1-5

   

Galileia

Terceira viagem à Galileia; expande a obra enviando apóstolos

Mt 9:35–11:1

Mc 6:6-13

Lc 9:1-6

 

Tiberíades

Herodes corta a cabeça de João Batista; fica perplexo com Jesus

Mt 14:1-12

Mc 6:14-29

Lc 9:7-9

 

32 d.C., perto da Páscoa (Jo 6:4)

Cafarnaum (?); lado NE do mar da Galileia

Apóstolos voltam da pregação; Jesus alimenta 5 mil homens

Mt 14:13-21

Mc 6:30-44

Lc 9:10-17

Jo 6:1-13

Lado NE do mar da Galileia; Genesaré

Povo quer fazer de Jesus rei; anda sobre o mar; cura muitas pessoas

Mt 14:22-36

Mc 6:45-56

 

Jo 6:14-21

Cafarnaum

Diz que é “o pão da vida”; muitos ficam chocados e o abandonam

     

Jo 6:22-71

32 d.C., depois da Páscoa

Provavelmente Cafarnaum

Tradições invalidam a Palavra de Deus

Mt 15:1-20

Mc 7:1-23

 

Jo 7:1

Fenícia; Decápolis

Cura filha de mulher siro-fenícia; alimenta 4 mil homens

Mt 15:21-38

Mc 7:24–8:9

   

Magadã

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 15:39–16:4

Mc 8:10-12

   

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

lc 8:28
Pão Nosso

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Página: 49
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.” — (Lc 8:28)


O caso do Espírito perturbado que sentiu a aproximação de Jesus, recebendo-lhe a presença com furiosas indagações, apresenta muitos aspectos dignos de estudo.

A circunstância de suplicar ao Divino Mestre que não o atormentasse requer muita atenção por parte dos discípulos sinceros.

Quem poderá supor o Cristo capaz de infligir tormentos a quem quer que seja? E, no caso, trata-se de uma entidade ignorante e perversa que, nos íntimos desvarios, muito já padecia por si mesma. A vizinhança do Mestre, contudo, trazia-lhe claridade suficiente para contemplar o martírio da própria consciência, atolada num pântano de crimes e defecções tenebrosas. A luz castigava-lhe as trevas interiores e revelava-lhe a nudez dolorosa e digna de comiseração.

O quadro é muito significativo para quantos fogem das verdades religiosas da vida, categorizando-lhe o conteúdo à conta de amargo elixir de angústia e sofrimento. Esses espíritos indiferentes e gozadores costumam afirmar que os serviços da fé alagam o caminho de lágrimas, enevoando o coração.

Tais afirmativas, no entanto, denunciam-nos. Em maior ou menor escala, são companheiros do irmão infeliz que acusava Jesus por ministro de tormentos.



lc 8:28
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 49
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.” — (Lc 8:28)


O caso do Espírito perturbado que sentiu a aproximação de Jesus, recebendo-lhe a presença com furiosas indagações, apresenta muitos aspectos dignos de estudo.

A circunstância de suplicar ao Divino Mestre que não o atormentasse requer muita atenção por parte dos discípulos sinceros.

Quem poderá supor o Cristo capaz de infligir tormentos a quem quer que seja? E, no caso, trata-se de uma entidade ignorante e perversa que, nos íntimos desvarios, muito já padecia por si mesma. A vizinhança do Mestre, contudo, trazia-lhe claridade suficiente para contemplar o martírio da própria consciência, atolada num pântano de crimes e defecções tenebrosas. A luz castigava-lhe as trevas interiores e revelava-lhe a nudez dolorosa e digna de comiseração.

O quadro é muito significativo para quantos fogem das verdades religiosas da vida, categorizando-lhe o conteúdo à conta de amargo elixir de angústia e sofrimento. Esses espíritos indiferentes e gozadores costumam afirmar que os serviços da fé alagam o caminho de lágrimas, enevoando o coração.

Tais afirmativas, no entanto, denunciam-nos. Em maior ou menor escala, são companheiros do irmão infeliz que acusava Jesus por ministro de tormentos.




Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

lc 8:28
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 70
Huberto Rohden
Aproaram para o país dos gerasenos, que fica fronteiro à Galileia. Mal tinha Jesus saltado à terra, quando lhe veio ao encontro um homem da cidade possesso de demônios. Havia muito tempo que não vestia roupa, nem habitava em casa, mas nos sepulcros. Assim que avistou a Jesus, prostrou-se diante dele com este grito estridente:
"Que temos nós contigo, Jesus, Filho do Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes!" É
que Jesus ordenava ao espírito impuro que saísse do homem. Desde largo tempo o tinha em seu poder. Haviam-no já trazido preso, ligado de pés e mãos; mas ele rompia os liames e era impelido ao deserto pelo espírito maligno.
"Como é teu nome?" - perguntou-lhe Jesus.
"Legião" - respondeu ele; porque eram muitos os demônios que nele tinham entrado. Pediram-lhe estes que não os mandasse para o abismo.
Ora, andava pastando perto, no monte, uma grande manada de porcos. Rogaram-lhe que lhes permitisse entrar neles. Jesus permitiu-lho. Saíram, pois, do homem os espíritos malignos e entraram nos porcos; e a manada precipitou-se monte abaixo para dentro do lago, onde se afogou.
Vendo os pastores o que acabava de acontecer, fugiram e contaram o caso na cidade e no campo. Saiu a gente, para ver o que tinha sucedido. Foram ter com Jesus e encontraram, sentado a seus pés, vestido e de juízo, o homem do qual tinham saído os espíritos malignos. Encheram-se de terror. Os que tinham presenciado o fato foram contar-lhes como o possesso fora curado. Ao que toda a população do país dos gerasenos lhe rogou que se retirasse do meio deles; porque estavam transidos de grande terror.
Embarcou, pois, Jesus e regressou. O homem de quem tinham saído os espíritos malignos solicitou-lhe a permissão de ir com ele; Jesus, porém, o despediu com as palavras:
"Volta para casa e conta que grandes coisas te fez Deus". Retirou-se ele e foi apregoando em toda a cidade o quanto lhe fizera Jesus (Lc. 8, 26-39).

CARLOS TORRES PASTORINO

lc 8:28
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 12
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 8:28-35


28. Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos Gerasenos, vieram-lhe ao encontro dois obsidiados em extremo furiosos, saindo dos túmulos, de modo que ninguém podia passar por aquele caminho.


29. E gritaram: "Que (importa) a nós e a ti, filho de Deus? Vieste aqui atormentarnos antes do prazo"?


30. Ora, a alguma distância deles fossava uma vara de muitos porcos 31. e os espíritos rogaram-lhe, dizendo: "Se nos expeles, envia-nos para a vara de porcos".


32. Disse-lhes Jesus: "Ide". E, tendo eles saído, passaram para os porcos, e toda a vara precipitou-se pelo declive no mar e se afogou nas águas.


33. Os guarda-porcos fugiram, foram à cidade e contaram tudo, e o (que tinha acontecido) aos obsidiados.


34. Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus; e ao vêlo, rogaram-lhe que se retirasse daquela região.


MC 5:1-20


1. Chegaram ao outro lado do mar, no território dos Gerasenos. 2. Quando Jesus desembarcou, veio logo a seu encontro, dos túmulos, um homem obsidiado por espírito não-purificado.


3. o qual morava nas sepulturas e nem mesmo com cadeias podia alguém segurálo.


4. Porque tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões, e ninguém tinha força para subjugá-lo.


5. E sempre, dia e noite, gritava nos túmulos e nos montes, ferindo-se com pedras.


6. Então, vendo de longe a Jesus, correu para ele e prostrou-se diante dele, e, gritando em alta voz, disse:


7. "Que (importa) a mim e a ti, Jesus, filho do Deus Altíssimo? Por Deus te conjuro, não me atormentes"!


8. Pois Jesus dissera: "Espírito inferior, sai desse homem".


9. E perguntou-lhe: "Qual o teu nome"? Respondeu ele: " Legião é meu nome, porque somos muitos". 10. E rogava a Jesus com insistência que os não mandasse para fora do território.


11. Ora, fossava por ali pelo monte uma grande vara de porcos,


12. e os espíritos inferiores suplicaramlhe, dizendo: "Envia-nos para os porcos, a fim de que entremos neles".


13. E imediatamente Jesus lhes permitiu. Saindo, então, os espíritos inferiores entraram nos porcos; e a vara (que tinha cerca de dois mil) precipitou-se pelo declive no mar e se afogou.


14. Os guarda-porcos fugiram e foram contar na cidade e nos campos, e muitos foram ver o que tinha acontecido.


15. E chegando-se a Jesus, viram o obsidiado, que havia tido a legião, sentado, vestido, e em perfeito juízo; e ficaram com medo


16. Os que presenciaram o fato, contaram-lhes o que havia acontecido ao obsidiado e aos porcos.


17. E começaram a pedir-lhe que se retirasse daquela região.


18. Ao entrar ele no barco, o ex-obsidiado rogou-lhe que o deixasse ficar com ele. 19. Jesus não o permitiu, mas disse-lhe: "Vai para tua casa e para os teus, e contalhes quanto te fez o Senhor, e como teve compaixão de ti".


20. E ele se foi a divulgar em Decápole tudo o que lhe havia feito Jesus, e todos ficaram admirados. cos; e a vara precipitou-se pelo declive no lago e afogou-se.


LC 8:26-39


26. Aportaram no território dos Gerasenos que é fronteiro à Galileia. 27. Depois de haver ele desembarcado, veio da cidade a seu encontro um homem obsidiado por espírito desencarnados, e havia muito tempo não vestia roupa nem permanecia em casa alguma, mas nos túmulos.


28. Vendo a Jesus e gritando, caiu-lhe aos pés e disse em alta voz: "Que (importa) a mim e a ti, Jesus, filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes"!


29. Porque Jesus ordenara ao espírito não-purificado que saísse do homem. Pois muitas posto sob guarda e grilhões; mas ele, partindo as cadeias, era impelido pelo espírito desencarnado para os desertos.


30. Perguntou-lhe Jesus "Qual é o teu nome"? Respondeu ele: "Legião", porque muitos espíritos desencarnados haviam nele entrado.


31. Estes lhe suplicaram que os não mandasse ir para o abismo. 32. Ora, havia ali grande vara de porcos a fossar no monte; e pediram-lhe que lhes permitisse passar para eles. E permitiu-lhes.


33. Tendo saído do homem, os espíritos entraram nos por


34. Quando os guardaporcos viram o que havia acontecido, fugiram e contaram na cidade e nos campos.


35. Então saiu o povo para ver o que se tinha passado, e foram ter com Jesus, a cujos pés encontraram sentado, vestido e em perfeito juízo, o homem do qual tinham saído os espíritos; e ficaram com medo.


36. Os que o haviam visto, contaramlhes de que modo se libertara o obsidiado.


37. E o povo da região circunstante dos gerasenos rogoulhe que se retirasse deles, pois estavam assustados, com grande medo; e tendo Jesus entrado no barco, voltou.


38. Mas o homem de quem tinham saído os espíritos suplicava-lhe que o deixasse acompanhá-lo. Jesus, porém, despediu-o, dizendo:


39. "Volta para tua casa e conta quão grandes coisas Deus te fez". E o homem partiu, contando por toda a cidade tudo o que lhe fizera Jesus.


Em primeiro lugar, Gerasa, Gadara ou Gergesa? Em Mateus há "Terra dos gadarenos" (que, em 233 A. D. Orígenes - Patrol. Graeca, vol. 14, col. 270/271- corrigiu para gergesenos", apoiado na tradição -

GN 10:16 - e nas ruínas locais que ainda encontrou).


Em Lucas há "Terra dos gerasenos".


Em Marcos há três variantes: Gerasa (Aleph, B,D, antigas versões latinas, Vulgata, versão copta saídica);


Gadara (em A, C, pi, sigma, phi, vários manuscritos e versões siríacas: peschittâ e filexoniense) e Gergesa (em L, V, delta, minúsculas do grupo Ferrar: 28, 33, 604, 1071 e versões siríacas: sinaítica, armênia e etiópica).


Os melhores comentaristas (Tischendorf, Wescott-Hort, Nestle, Hetzenauer, von Soden, Merk, Lagrange, Swete, Jouon, Huby, Pirot, etc) aceitam Gerasa como a melhor lição. Realmente, vejamos rapidamente.


O território de Gadara, na Transjordánia, e sua capital Gadara (cfr. Josefo, Ant. Jud. 17, 11, 4; Bell.


Jud. 2, 6, 3) estava a sudeste do lago, ao sul de Yarmouk; entre Gadara e o Tiberíades corria o rio Hieromax (Scheriat el-Menadireh, que os porcos não podiam atravessar a nado sem afogar-se antes de chegar ao lago.


A modificação de Orígenes baseia-se na tradição antiga; mas Gergesa ficava na Cisjordânia (margem ocidental) e os Evangelhos falam claramente na margem oriental (perán).


A cidade de Gerasa (hoje Djerach) não pode ser a referida, pois dista 30 milhas do lago. Mas no território dessa cidade havia a aldeia de Gamala, (hoje Qala’ at el Hosn) e, um pouco ao sul, a 2 km, está o local Moqa’ edlô, distante do lago cerca de 30 metros (e há dois mil anos podia ser ainda menor a distância) e com um declive a pique, pois logo a seguir está pequena montanha, cheia de grutas, que bem podiam ter servido de túmulos. O local parece coincidir com a descrição: a 2 km apenas uma cidade, (aonde correram para dar notícia do ocorrido) que hoje tem o nome de Koursi (em grego, transcrição do aramaico, chorsia) que pode ser corruptela de Gerasa. Daí justificar-se, como melhor lição, "no território de Gerasa" (cfr. Abel, Koursi, no "The Journal of Palestine Oriental Society, 1927, pág. 112 a 121).


A iniciativa da ação pertence ao obsidiado, que Mateus, que tanto aprecia o número par, diz terem sido dois. Realmente, podiam ter sido dois, embora um fosse o famoso louco violento, e o outro apenas uma sombra que o acompanhava e, como pessoa apagada, não tenha chamado a atenção, não sendo computado pelos outros evangelistas.


Marcos, como sempre, apresenta mais pormenores, descrevendo circunstânciadamente, segundo ouvira da pregação de Pedro, a cena; compraz-se em anotar que ele era tão forte, que até rompia cadeias (nas mãos) e grilhões (nos pés) e atacava os transeuntes.


Ao vê-lo vir a si, Jesus ordena categoricamente o abandono da presa, chamando-o "espírito nãopurificado" (pneuma akátharton), ou seja, inferior, involuído. O obsessor reclama a intervenção, embora reconhecendo, talvez pelo esplendor da aura e pela luminosidade própria, que ali estava um "filho do Deus Altíssimo" (expressão muito usada pelos israelitas, para distinguir o deus deles, YHWH, dos outros adorados pelos pagãos). Na realidade, ali estava o próprio YHWH encarnado (cfr. vol. 1). Segundo Marcos, o obsessor a Ele se dirige chamando-O pelo nome. Pergunta, então, que importa aos dois o sofrimento do obsidiado (quanto ao sentido da pergunta, ver vol. 1). Indaga "por que o atormenta antes do prazo", talvez referindo-se ao resgaste do carma. Mas que saberia o obsessor mais do que Jesus?


O Mestre pergunta-lhe o nome, ao que o espírito responde "legião", que corresponde ao que hoje chamamos uma falange de espíritos. Não significa essa resposta que eles eram exatamente do mesmo número que uma legião do exército romano, como pretendem alguns comentadores; mas apenas, como o explica o próprio obsessor, então incorporado, "porque somos muitos". O nome, pois, é um símbolo, que se exagera para valorizar. Tão comum é, por exemplo, ao referirmo-nos a um grupo de pessoas: "veio um batalhão para almoçar em nossa casa", e no entanto trata-se de 5 ou 10 pessoas.


Ainda segundo Marcos, o obsessor pede que não seja mandada a falange para fora do "território", e, segundo Lucas, que não a mande "para o abismo". E solicita lhes dê autorização para "passar" para uma vara de porcos que fossava na encosta do morro. Há suposições várias manifestadas pelos comentaristas, sempre do ponto de vista teológico-romano. Parece-nos todavia, que para aqueles que lidam praticamente com os fenômenos obsessivos e conhecem os trabalhos espiritistas, a explicação não é difícil. Essas falanges de espíritos inferiores, involuídos, sobretudo os que habitam os cemitérios (como é expressamente o caso desse obsidiado) dedicam-se ao vampirismo, sugando a vitalidade da vítima. Ora, sabiam eles que jamais lhes seria permitido por Jesus que passassem para outras criaturas humanas, e encontram uma oportunidade na vara de porcos (que Marcos diz ser constituída de 2. 000 animais) e solicitam insistentemente que lhes permita continuar o vampirismo pelo menos nos porcos.


A expressão "entrar neles" de Marcos pode ser efeito da ignorância desses fenômenos por parte do obsessor, coisa que ainda hoje persiste inclusive nos meios espíritas, quando se fala em "incorporação", dando quase a ideia de que o espírito "entra no corpo do médium". E muito médium julga que é isso mesmo que se dá ... Em Mateus e Lucas aparece uma palavra melhor: "passar para", que exprime uma transferência de operação vampiresca.


A expressão "sair do território" talvez exprimisse uma facilidade maior de encontrar presas entre os pagãos, do que entre os israelitas; ou talvez "território" fosse apenas um eufemismo para designar o corpo do obsidiado, por eles explorado. Quando pedem que os não mande "para o abismo", referem-se à zona de trevas em baixo do umbral, onde sofreriam horrores sem o alimento da vitalidade a que estavam habituados. O com que não contavam, era com o desfecho, causado pelo pânico da invasão de entidades grosseiras e muito materializadas nos animais, fazendo-os despenhar-se ladeira abaixo em desabalada carreira, tão violenta que não conseguiram parar, e caíram no lago, afogando-se.


Pergunta-se a razão de ser de tantos porcos, animal considerado "impuro" e proibido entre os israelitas.


Entretanto, estamos em território não-judeu, onde o comércio de carne suína devia ser bastante rendoso.


Também se pergunte se a permissão dada por Jesus, com o consequente afogamento dos porcos, não constituiu uma "perversidade" contra os pobres animais, que nada tinham que ver com o caso. Em primeiro lugar, como podemos ignorantes ainda, querer julgar atos que fogem à nossa alçada? Além disso, um bem maior pode justificar, por vezes, um mal menor, sobretudo se é obtido um bem espiritual através de uma perda material. A maioria dos homens acha normal e natural que se mate e coma um porco apenas para satisfação do paladar, mas se insurge contra a morte do animal para libertar um obsidiado... Além do mais, consideremos que apenas ocorreu aos porcos uma destruição do corpo físico, fenômeno que teria fatalmente que ocorrer mais dia menos dia, e nada mais, pois seus princípios vitais (nephesh) voltariam a reencarnar logo de imediato. Supõem, ainda, alguns comentaristas que se teria tratado de uma "lição" aos proprietários, já que, sendo um comércio ilícito o da carne de porco, não era sequer lícito criá-los com esse intuito. Realmente assim seria se se tratasse de criadores israelitas, mas não podemos saber se era essa a realidade. O fato é que os evangelistas não se preocuparam em justificar o modo de agir de Jesus.


Pergunta-se por que os porcos "se suicidaram", ou por que a falange se precipitou no lago. De fato, não ocorreu nem uma coisa nem outra: simplesmente os porcos, ao se sentirem atacados de inopino (e os animais possuem percepção do astral inferior, que é o plano deles) entraram em pânico e correram para fugir. Evidentemente, o caminho mais fácil é a descida, e não a subida. O próprio impulso da fuga levouos a descer automaticamente, às carreiras. Também os obsessores não deviam ter imaginado esse fim, decepcionante sobretudo para eles.


A observação que se nos apresenta de imediato é que Jesus não se preocupou em "doutrinar" essa falange (como aliás nenhum dos outros obsessores que foram por Ele afastados), quer porque entidades do plano astral se encarregavam disso, quer porque eram eles tão involuídos ainda, que não adiantava doutrinação, mas apenas se devia aguardar um pouco mais de evolução para que pudessem compreender a necessidade de corrigir-se.


Os obsessores deste caso estavam naquele estágio em que se satisfazer com modificação de situações materiais, para abandonar sua presa. Esse processo de oferecer coisas materiais para conseguir a libertação do obsidiado usado neste caso por Jesus, é ainda hoje bastante usual nos terreiros de Umbanda.


Após o acontecimento, trágico para os guarda-porcos responsáveis pela vara, estes correm à cidade, que ficava a cerca de 2 km, para contar aos proprietário o que havia ocorrido sem culpa deles. Os mo radores se alvoroçaram e a notícia corria célere, não muito acreditada, até que, por proposta de um mais incrédulo, a massa se movimentou para fora da cidade, chegando em cerca de vinte minutos ao local em que se achava Jesus com seus discípulos. Os cadáveres dos suínos juncavam a praia do lago, alguns ainda nas contrações finais e, sentado aos pés de Jesus, vestido, risonho, feliz, perfeito em seu juízo, aquele homem que tanto pânico vivia a causar na região e que por todos era muito bem conhecido.


A prova da veracidade da narrativa dos guarda-porcos evidenciava-se, tudo coincidia plenamente.


Mas, enquanto o louco apenas se limitava a assustar os transeuntes ou a atacar os incautos que se aventuravam naquelas regiões, a cura dele lhes causara sérios prejuízos, destruindo-lhes a riqueza. Havia curado um homem, o que nenhum lucro lhes trazia, mas doutro lado lhes matara a enorme vara de porcos, o que representava substancial perda econômica. Não havia alternativa: melhor o homem, embora louco, do que Jesus. Então, afoitamente vão a Ele e pedem que se vá dali, que "se afaste do território deles" - o que representava o pedido oposto ao que lhe fizera o obsessor: que Ele não o afastasse daquele território. Os habitantes da região concordavam com o obsessor, com ele sintonizavam, preferiamno: como se libertariam dele?


Jesus nada retruca, não se defende, não protesta, não argumenta, não procura demonstrar os benefícios que proviriam de Sua permanência alguns dias entre eles, por levar-lhes saúde física e espiritual: calado, volta-se para reembarcar, e entra no barco.


Ao verificar que seu benfeitor vai partir, o ex-obsidiado - talvez chocada por vê-Lo a3sim maltratado e enxotado - resolve solicitar-Lhe um lugar de discípulo, para acompanhá-Lo sempre. Sem dar os motivos, Jesus recusa mantê-lo a Seu lado, mas nem por isso deixa de confiar-lhe tarefa de alta responsabilidade: a pregação, sobretudo pelo exemplo, do que recebera da Divindade. Humildemente o exobsidiado aceita a tarefa, e os evangelistas testam que realmente ele passou a perlustrar a região da Decápole, falando dos maravilhosos poderes de Jesus.


Do fato material podemos deduzir interessante lição: a da dificuldade que encontram os "filhos do homem" ao "chegar à outra margem" (à Terra), onde deparam espíritos humanos na loucura da delinqu ência, preferindo os porcos ao Cristo e suplicando que Este se afaste deles, para que não sofram os prejuízos materiais da perda dos porcos.


A atuação é descrita com pormenores. A humanidade atrasada não consegue tranquilizar-se nem ter paz, embora se tente discipliná-la: rompe todos os laços e só se compraz "entre os túmulos", junto às criaturas cadaverizadas no mal e no materialismo mais grosseiro. Ao deparar com um Missionário do Plano Superior, não compreendem o benefício que possam usufruir e ainda pedem satisfações: "que te importa nosso estado"? Rebeldes até o fim, não aceitam nenhum jugo, quebrando todos os grilhões que pretendam discipliná-los e elevá-los. Não se trata de um só indivíduo, tomado como símbolo, mas de uma "legião", da maioria, da massa involuída ainda.


Não obstante, levado pela força sobre-humana do Manifestante Divino, prostra-se a Seus pés, e recebe ordem taxativa de evoluir: "Espírito inferior (tó pneuma tó akátharton, com o artigo definido antes do substantivo e repetido antes do adjetivo, isto é, "espírito não-purificado" ou seja, "que não fez sua catarse"), sai desse homem", para dar lugar ao "homem novo". A ordem do Mestre era dirigida ao" espírito" (à personalidade) ainda atrasado, para que "se afastasse", deixando que o Espírito (a individualidade) assumisse o comando. Mas a rebeldia dos atrasados é enorme, por causa da ignorância: pedem que "não os atormente" e preferem continuar a rebolcar-se entre os suínos, a subir um degrau evolutivo, abandonando os vícios. Então o Avatar deixa-os à própria sorte, não os força, e espera até que tenham capacidade para compreender a necessidade de progredir, saindo da lama dos chiqueiros (não vemos, ainda hoje, populações miseráveis que recusam sair das favelas, dos mocambos, do "alagados", para habitar em conjuntos residenciais limpos? Não se trata de carma, mas de involução; eles se comprazem na sujeira em que vivem; e mesmo quando são transportados à força, levam consigo sua sujeira, e em menos de um mês o pequeno apartamento novo já se tornou a mesma pocilga em que estavam habituados a viver). Acontece que eles "solicitam com insistência" que os mande para os porcos e isso lhes é permitido. Eles vão. E o resultado não se faz esperar: quem quer permanecer no porão da humanidade, comprazendo-se na animalidade que já deveria ter sido superada, só pode ter o destino de "afogar-se", já que a descida pelo declive dos vícios é fácil, mas leva à morte.


No entanto, alguns se dispõem a realizar a façanha, e a primeira vantagem que experimentam é a conquista da liberação com a paz consequente. Lógico que, ao sentir-se liberado das terríveis forças negativas, seu primeiro impulso, ampliado pelo sentimento de gratidão, é ligar-se ao Avatar, dedicandose totalmente a Seu serviço. Mas apesar da boa-vontade e das boas-intenções, ele não se acha maduro para esse passo: é então aconselhado a realizar seu apostolado entre os de sua evolução (seus parentes e conterrâneos), e para isso existem tantas seitas e religiões, tantos sistemas de espiritualismo que exatamente servem para conservar em seus ambientes aqueles que já desejam progredir, mas que não podem dar saltos, por falta de vivência anterior. Nesses agrupamentos, vão eles plasmando as experiências necessárias, até que um dia possam alçar voo.


Vem a seguir a reação daqueles que assistem ao fenômeno. Ao verificarem a transformação das personalidades (que eles conheciam desequilibradas nos vícios) tornando-se pacíficas e ordeiras, ele "têm medo"! ... Medo dos bons! Medo dos calmos! Eles que o não tinham dos viciados, porque lhes eram iguais. E chegam à conclusão de que tal mudança não lhes é útil nem vantajosa: mil vezes melhor permanecer no materialismo grosseiro e animal! Resolvem, então, solicitar ao Mensageiro "que se retire deles", que abandone o planeta visitado. O exemplo de Jesus, nessa circunstância, foi até suave pois, na realidade, eles não costumam "pedir" que se afaste: eles o expulsam, quase sempre de modo rude e violento (decapitação, enforcamento, fogueira, crucificação, etc.) .


Nesta compreensão mais lógica e profunda, fica totalmente explicado que não se trata em absoluto d "espíritos" desencarnados que "incorporem" em porcos, nem tampouco de castigo para os pobres animais. Se o fato se realizou, como é relatado e possível, foi apenas para que dele pudéssemos extrair uma lição preciosa e oportuna para nossa própria evolução.


Em todos os atos e palavras, os Manifestantes Divinos trazem ensinamentos que são apreendidos e vividos por aqueles que os conseguem compreender: "quem tem ouvidos, ouça". . "quem puder compreender, compreenda...


lc 8:28
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 24
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 13:10-17


10. Estava (Jesus) ensinando numa das sinagogas, nos sábados,

11. e eis uma mulher tendo, havia dezoito anos, um espírito enfermo; e estava recurvada e não podia levantar a cabeça até o fim.

12. Vendo-a, Jesus chamou-a e disse-lhe: "Mulher, foste libertada de tua enfermidade".

13. E pôs as mãos sobre ela, e imediatamente levantou a cabeça e cria em Deus.

14. Respondendo, o chefe da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado, dizia à multidão que "há seis dias nos quais se deve agir; nesses então vindo, curai-vos, e não no dia de sábado".

15. Respondeu-lhe, porém, o Senhor e disse: "Hipócritas, não solta cada um de vós, no sábado, seu boi ou seu jumento da manjedoura, levando-os a beber?

16. E sendo filha de Abraão, esta que o antagonista incorporou há dezoito anos não devia ser solta dessa ligação no dia de sábado"?

17. Dizendo ele isto, envergonharam-se todos os seus opositores, e toda multidão se alegrava de todas as coisas famosas feitas por ele.



Lemos aqui mais uma cura de certa mulher obsidiada. Jesus ainda fala, aos sábados, nas sinagogas dos judeus (embora seja esta a última vez que Lucas o assinala). Ao falar, num dos sábados, percebe na assistência uma criatura com um obsessor preso a ela, forçando-lhe a cabeça para baixo, porque ele mesmo era doente. O narrador não assinala nenhum pedido dela nem dos outros, mas talvez tenha havido uma intercessão no astral. Apiedado, Jesus chamou-a e anunciou-lhe a cura, efetuada ao aplicarlhe um passe de descarga, com a imposição das mãos, cuja força magnética era extraordinária.


Sendo sábado, o chefe da sinagoga - zeloso observador da lei mosaica e das prescrições tradicionais dos fariseus - zanga-se, e dirige-se ao povo, parecendo temer falar diretamente àquele Rabbi poderoso.


Não nega o fato: reconhece-o. Não o culpa, mas acusa os assistentes de "trazerem seus doentes justamente no sábado". E, para dar ênfase à sua reclamação, cita os termos da lei (EX 20:9): "Seis dias trabalharás"

... Pois que nesses dias tragam seus enfermos para serem curados.


O orador do dia retruca com a energia que lhe outorga sua autoridade, acusando os fariseus de "hipócritas", pois soltam jumentos e bois da manjedoura e os levam a beber, no sábado, e vêm protestar quando Ele solta da ligação de um espírito enfermo uma irmã de crença, filha de Abraão, como eles! O efeito da reprimenda causou mal-estar e vergonha aos fariseus, e produziu alegria ao povo, que se regozijou com a cura e com a resposta de Jesus.


* * *

Há duas observações a fazer, ambas no campo do Espiritismo.


A primeira é o fato da obsessão, tão comum entre as criaturas, de qualquer raça ou credo. Dizem os exegetas que era "crença" dos judeus daquela época que algumas doenças fossem causadas por obsessores.


Mas aqui é o evangelista que afirma categoricamente, com sua autoridade de médico diplomado, que a mulher NÃO ESTAVA enferma, mas que TINHA UM ESPÍRITO ENFERMO (gynê pneuma êchousa astheneías). E ao falar, o próprio Jesus confirmou o FATO não a suposta crença: "a qual o antagonista incorporou há dezoito anos" (hên édêsen ho satanãs idoú dêka kaí okto étê). O verbo êdêsen, aoristo ativo de édô, tem o sentido de LIGAR, prender amarrando, agrilhoando, vinculando, e uma boa tradução dele é "incorporou", que, na realidade, é uma ligação fluídica que prende a vítima.


Não se trata de agrilhoar fisicamente, mas no plano astral: logo, é uma incorporação. Caso típico, estudado e explicado pelo Espiritismo e milhares de vezes atestado nas sessões mediúnicas.


Observe-se, quanto à tradução, a diferença entre desmós, que é a ligação (de édô, ligar, amarrar) que tanto pode referir-se à matéria quanto ao astral, e phylakês, que é a cadeia, prisão material, entre quatro paredes (1).


(1) Confrontem-se os passos: desmós: MC 7:35; LC 8:28; LC 13:165; AT 16:26; AT 20:23; 23,29:

26:29; Philip, 1:7, 13, 14, 17; CL 4:18; 2. ª Tim. 2:9; Phm. 10. 13; HB 11:36 e Judas 6; e phylakês: MT 5:25; MT 14:3, MT 14:10; 18:30; MC 6:17, MC 6:27; LC 3:20; LC 12:58; LC 21:12; LC 23:19, LC 23:25; JO 3:24; AT 5:19, AT 5:22, AT 5:25; 8:3; 12:4, 5, 10, 17; 16:2, 24, 27, 37, 40; 22:4; 26:10; 2. ª Cor. 6:5; 11:23; HB 11:36; 1PE 3:19 e Ap. 2:10 e 20:7.


Na mediunidade dá-se, exatamente, a ligação fluídica, que amarra o espírito ao médium. A isso chama "incorporação", embora o termo não exprima a realidade do fenômeno, pois o espírito não "entra no corpo" (in - corpore), mas apenas SE LIGA.


A segunda observação é quanto ao método da libertação, o "passe", ou "imposição das mãos". O verbo utilizado, epitíthémi (também no aoristo ativo epéthêken) significa literalmente "colocar sobre", "pôr em cima". As anotações evangélicas não falam em "passe" no sentido de movimentar as mãos, mas sempre no de colocar as mãos sobre o enfermo (cfr. MT 9:18; MT 19:13, MT 19:15; MC 5:23; MC 6:5; MC 7:32; MC 8:23-25; 16:18; LC 4:40; LC 13:13; AT 6:6; AT 8:17, AT 8:19; 9:12, 17; 13:3; 19:6; 28:8; 1. ª Tim. 5:22).


Esse derrame de magnetismo através das mãos serve para curar, para retirar obsessores, para infundir o espírito (fazer "incorporar") ou para conferir à criatura um grau iniciático que necessite de magnetismo superior do Mestre.


O passe foi utilizado abertamente por Jesus e Seus discípulos, conforme farta documentação em Evangelhos e Atos, embora não fossem diplomados por nenhuma faculdade de medicina (o único médico era Lucas). Hoje estariam todos condenados pelas sociedades que se dizem cristãs, mas não seguem o cristianismo. O próprio Jesus, hoje, teria que responder a processo por "exercício ilegal da medicina", acusado, julgado e talvez condenado pelos próprios "cristãos".


O passe com gestos e com imposição das mãos (embora só produzindo efeitos em casos raríssimos) continua a ser praticado abundante e continuadamente, ainda que com outro nome, nas bênçãos de criaturas e de objetos, sendo o movimento executado em forma de cruz traçada no ar e em certos casos, colocando as mãos, logo a seguir, sobre o objeto que se abençoa.


A lição aqui ensinada é de interesse real. Além da parte referente ao Espiritismo, aprovado e justificado com o exemplo do Mestre em Seu modo de agir, encontramos outras observações.


Por exemplo, Lucas salienta que a ligação ou incorporação do obsessor enfermo durava havia dezoito anos, quando se deu o desligamento. Esse número dezoito aparece duas vezes neste capítulo, pois também oram dezoito as vítimas do desabamento da torre em Siloé. Façamos, pois, uma análise rápida do arcano DEZOITO, para depois tentar penetrar o sentido do ensino.


No plano divino, simboliza o abismo sem fundo do Infinito; no plano humano, denota o crepúsculo do espírito e suas últimas provações; no plano da natureza, exprime as forças ocultas hostis do Cosmo.


Baseando-nos nesses ensinos ocultistas, observamos que os números citados por Lucas têm sua razão de ser. As forças ocultas hostis da natureza (não personalizemos; são forças cegas, fundamentadas em leis científicas, que nada cogitam a respeito de carmas humanos, embora possam ser utilizadas pelo "Senhores do Carma", em ocasiões determinadas, para atingir objetivos desejados) agem de acordo com os impulsos das leis de atração e repulsão, de causa e efeito, de gravidade (centrípeta) e de expansão (centrífuga). No entanto, se seus resultados beneficiam (arcano 7), nós as denominamos "benéficas"; se nos causam prejuízo (arcano 18), as dizemos "hostis". Em si, porém, elas agem, essas forças da natureza material, sem ligação com as vidas dos homens. Daí a queda da torre de Siloé que, por terem sido esmagadas criaturas humanas, foram julgadas hostis, o que foi traduzido com o número dezoito.


No plano do homem, esse mesmo arcano simboliza "o crepúsculo do espírito e as últimas provações".


Daí ser dito que a mulher obsidiada o estava havia dezoito anos, ou seja, finalizara sua provação.


Este caso difere do da mulher que tinha o fluxo sanguíneo (MT 9:20-22; MC 5:25-34; LC 8:43-45 ; vol. 3) e que "se sacrificava" havia doze anos. Já aqui sabemos que existiu uma provação, ou seja, uma experiência que devia ser suportada, a fim de provocar uma melhoria. Como chegara ao fim o período probacional, e como a vítima estava totalmente resignada (tanto que não solicitou sua cura) o Mestre lhe anuncia que foi libertada, passando, a seguir, a desligá-la do obsessor. Ela não foi liberta da por causa dos passes, mas por causa do término da prova; os passes foram o meio de efetuar o desligamento já obtido antes, pela aprovação nos exames da dor. Por isso, a contradição aparente nos tempos de verbo: "foste libertada" ... é feita a imposição das mãos... ela se cura.


Uma das lições a deduzir é que as "provações" constituem experimentações, uma espécie de "exames", para verificar o grau de adiantamento do espírito: se aprendeu a comportar-se nas lutas e tristezas, com a mesma força e equanimidade com que enfrenta os momentos de alegria e prazer. Vencida a prova, superado o exame, o espírito é libertado da prova: ascende mais um passo evolutivo.


Outro ponto a considerar é que a realização iniciática só se efetua na prática da vida. Simples e lógica a ciência, mas vale apenas na aplicação vivida do dia a dia. Só essa prática experimental transforma um profano num iniciado, e não o conhecimento teórico intelectual nem os títulos que ele ou outrem agreguem a si. Assim, uma experiência dolorosa e longa suportada com heroísmo é mais apta a elevar um espírito, que o simples estudo intelectual. Mas cada criatura recebe apenas o que está preparado a receber, segundo a idade de seu espírito e o estágio atingido em suas encarnações atual e anteriores.


Quando aquele que caminha pela via da iniciação atinge o arcano 18, é obrigado a enfrentar os "inimigos ocultos" que procuram levá-lo ao desespero. Trata-se de um ponto crucial da caminhada, que para ser vencido precisa da intervenção de seu mestre. Um exemplo disso é-nos dado com o "tarot"

18, que representa um iniciado a chegar ao cimo da montanha, descobrindo que esta se divide em duas, abrindo-se um abismo entre elas, cheio de monstros. Se ele se desespera, perde a caminhada. Se confia, descobre a realidade: tudo é ilusão dos sentidos. Neste ponto é que precisa ter a humildade suficiente para pedir ou pelo menos para aceitar a intervenção da misericórdia divina, tal como ocorreu com a "mulher curvada". A simples força do homem é insuficiente. E quando ele verifica isso, descobre a fragilidade de suas forcas pessoais, tornando-se humilde. Quando, ao contrário, subentra nesse ponto a vaidade das posições adquiridas, dos títulos, do conhecimento intelectual, tudo se esboroa e ele cai (arcano 16) constrangido pelo carma.


Torna-se indispensável, portanto, para vencer o arcano 18, que a criatura já se tenha desapegado de sua situação no mundo, de seu orgulho, de sua posição social, de seus títulos. Mas, se se dá a vitória, com a intervenção do Mestre, depois da provação do arcano 18 surge o Amor no arcano 19, como nova aurora, para ajudá-lo a transformar-se, e então a criatura "levanta a cabeça e crê em Deus", sua fé aumenta, solidifica-se sua confiança no poder Supremo, e reconhece que foi reintegrado em sua individualidade.


As palavras de Jesus, consideradas sob este prisma, adquirem novo significado: os homens que ainda se acreditam ser apenas o corpo, apegados ao animalismo, dão valor às datas (sábados) e à parte animal (jumento e boi), mas não conseguem vislumbrar a altitude que adquiriu o espírito que já se tornou "filho de Abraão", ou seja, que está ligado ao "Pai-Luz" (cfr. vol. 3) que deu origem. Embora o intelecto racionalista (os opositores) se houvesse envergonhado da interpretação involuída que havia dado, a "multidão" das células de todos os veículos se alegrou com a ação do Cristo Interno.


A imagem trazida com a "mulher recurvada" é maravilhosamente bem escolhida: é a criatura tão obsidiada por preconceitos que chega a andar curvada sob o peso dos preceitos e das exigências descabidas, que lhe são impostas pelos legistas. Há que libertar-se a humanidade desse peso inútil e prejudicial, adquirindo conhecimento que a coloque no nível de filhos de Deus, que só reconhecem o Espírito.


"Ora, o Senhor é o Espírito, e onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2CO 3:17).


MT 13:31-33


31. Outra parábola lhes transmitiu, dizendo: "O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, tomando o qual um homem plantou em seu campo.

32. O qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas sempre que cresça é a maior das leguminosas e se torna árvore, de modo que as aves do céu também vêm nidificar em seus ramos".

33. Outra parábola lhes falava: "O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha de trigo, até que fosse toda levedada".

MC 4:30-32


30. E dizia: "A que assemelharemos o reino de Deus, ou com que o representaremos?

31. Como um grão de mostarda, o qual, sempre que se semeia na terra, sendo a menor de todas as sementes sobre a terra,

32. e sempre que se planta, cresce e se torna a maior de todas as leguminosas, e faz ramos grandes, de forma que sob sua sombra podem as aves do céu nidificar".

LC 13:18-22


18. Disse, então: "A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?

19. É semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e lançou em sua horta, e que cresceu e se tornou árvore; e as aves do céu nidificaram em seus ramos".

20. E de novo disse: "A que comparei o reino de Deus?

21. É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha de trigo, até que fosse toda levedada".

22. E passava pelas cidades e aldeias, ensinando e jornadeando para Jerusalém.



Aqui encontramos duas parábolas, em Mateus e Lucas, e uma só em Marcos. Como o sentido de ambas é o mesmo, deixamo-las juntas.


Mateus relata simplesmente as historietas, ao passo que Lucas e Marcos as precedem de uma interrogação natural e espontânea, vívida e de grande efeito, como se o Mestre, cercado de Seus discípulos, os introduzisse em Seu próprio pensamento e lhes pedisse colaboração, para os exemplos a citar: a que compararemos o reino de Deus? Em Mateus, a expressão é substituída por "céus", já que a palavra sagrada não devia, entre os judeus, ser proferida "em vão", coisa que, para Lucas, pagão, e para Marcos, que escreveu entre os pagãos de Roma, não representava motivo de escrúpulo.


Por falar em Marcos, observamos que seu estilo, nesta parábola, se revela confuso e infantil, como se escrito por incipiente aluno. Talvez dificuldade de manusear o grego, por parte de alguém que só manejava o aramaico. Mateus é o mais completo. E do ensino, Lucas registrou apenas o essencial à memória da lição.


A primeira parábola fala do grão de mostarda (sínapis nigra, L., da família das crucíferas), arbusto comum na Palestina, atingindo, na região lago de Tiberíades, até 3 ou 4 metros de altura. A semente é ansiosamente devorada sobretudo por pardais e pintassilgos.


A semente da mostarda é, realmente, minúscula, sendo imagem favorita dos rabinos, "pequeno como grão de mostarda " (cfr. Strack

& Billerbeck, o. c. tomo 1 pág. 669). Foi novamente usada por Jesus: " se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda" (Mt. 17:20).


O verbo grego usado, kataskênô significa "fazer tabernáculo, campar em tenda" e, portanto, "fazer ninho, nidificar". Mas na maioria das traduções aparece "pousar" porque, no século 17, o jesuíta espanhol Maldonado atesta: nam ego, qui magnas aliquando sinapis silvas vidi, insidentes saepe aves vidi, nidos non vidi ("Commentarii in quatuor Evangelistas", pág, 279), isto é, "pois eu que já vi muitos bosques de mostardeiras, muitas vezes vi pássaros pousados, ninhos não vi". Isso bastou para que as traduções se modificassem...


A interpretação comum é que o Mestre salienta que a vida espiritual, mesmo começando pequenina, cresce enormemente. Outros aplicam a parábola ao cristianismo, iniciado em pequeno grupo, mas que se expandirá por toda a Terra. Essa imagem já fora empregada por Ezequiel (17:23 e 31:6) e por Daniel (4:9). Mas Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 90) arrisca que a semeadura é feita na própria criatura, no coração, e quem semeia é a inteligência e a alma.


A segunda parábola é a da mulher que faz o pão, costume tradicional na 2 Palestina e nas aldeias pequenas, mesmo da Europa. Ela "esconde" o fermento na massa da farinha de trigo (áleuron) em quantidade pequena, mas isso basta para que a massa cresça até o dobro em sua quantidade (no campo, sendo maior a quantidade de fermento, a massa cresce até o triplo, mas o pão fica com gosto acre e mofa depressa).


As três medidas (sáton) correspondem à medida do módio (em hebraico seah, cfr. Flávio Josefo. Ant. JD 9, 4, 5) que tem, cada uma, 13, 131 lt. ; o que, tomado ao pé da letra, parece exagero, pois daria para fazer mais de 250 bisnagas de pão, demais para uma família mesmo numerosa, sabendo-se que o pão era feito de duas a três vezes por semana. Mas essas três "medidas" podem significar apenas três" porções", sem rigor matemático, não exigido numa simples parábola.


Também aí Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 92) aventa hipóteses simbólicas: que as três medidas representam as três qualidades platônicas da alma, a racional (logikós), a irascível (thymós) e a concupiscível (epithymós); ou ainda, embora a classifique de pius sensus, a mistura da fé humana com as três manifestações da Trindade.


A interpretação profunda revela-nos que o "reino dos céus" ou "reino de Deus" não pode ser definido com palavras humanas. Daí só ter sido revelado pelo Cristo por meio de comparações e parábolas (cfr. vol. 3).


Aqui é dado, justamente, um complemento às parábolas que aí comentamos (MT 13:44-53). Foi dito lá que o reino dos céus era semelhante a um "tesouro oculto no campo", a "uma pérola" mergulhada no oceano, a uma "rede que apanha muitos peixes": localizava, então, o Encontro do "reino" no centro cardíaco. Mas talvez houvesse ainda algumas dúvidas por parte de alguns discípulos: esperavam algo grandioso, solene, imenso, que deslumbrasse logo no primeiro instante.


O Cristo parece encontrar dificuldade em traduzir, em palavras humanas, em conceitos intelectuais, a verdade profunda, em vista da pobreza do linguajar terreno, e da capacidade intelectual nossa. "A que poderemos comparar o reino céus"? E acaba descobrindo na semente minúscula da mostarda, um símile que pode dar vaga ideia da Mônada Divina, ultra-microscópica, infinitésima, invisível. E, no entanto, quando encontrada, agiganta-se de modo espetacular.


Assim o reino de Deus, o Cristo Interno, embora um átomo Espiritual, ao ser encontrado, dá a possibilidade de encontrar-se o infinito e o eterno, de mergulhar-se no inespacial e no atemporal. O ponto de partida pode ser o infinitamente pequeno, mas o ponto de chegada é o infinitamente grande.


A ideia do crescimento de algo pequeno, é trazida, também, com o fermento: o Encontro Sublime age na criatura como o fermento na massa de farinha de trigo, isto é, faz crescer espiritualmente de maneira inesperada.


Duas imagens diferentes, procurando explicar a mesma ideia básica. Nem atribuamos ao Cristo a dificuldade a que acenamos acima: a dificuldade residia nos ouvintes. Figuremos um professor a querer explicar algo mais transcendental a uma criança: que dificuldade não teria em achar termos e comparações que o intelecto infantil pudesse captar! Os próprios exemplos seriam aproximados, nunca perfeitos, porque a criança não entenderia.


Em ambas as parábolas, pormenores comuns ressaltam a justeza dos exemplos: a semente é enterrada no solo, o fermento escondido na massa. A semente é a menor antes de enterrada, mas depois de plantada, cresce; o fermento é pouco, mas depois de escondido, faz crescer: só a humildade, no mergulho interno, poderá obter o êxito desejado. Mas num e noutro caso, os "frutos" são espalhados por muitos: os grãos atraem os pássaros, os pães alimentam os homens. Assim os pensamentos, as vibrações, as palavras e obras dos que se uniram ao Cristo interno, sustentam e fazem crescer todos os que deles se aproximam.


No campo iniciático, a lição é dada aos estudantes com precisão maravilhosa. A jornada não é feita por meio de ações externas, mas com o início humilde dentro de si mesmo.


O reino dos céus - o grau de REI ou hierofante, o sétimo passo - não é o coroamento mundano de valores terrenos, mas o labor oculto ("enterrado, escondido") que é o único que pode garantir o crescimento certo e benéfico posterior.


Tudo isso faz-nos penetrar no sentido exato da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho". Coloquemos a semente, embora pequena, e o fermento, embora pouco, no coração das criaturas, e aguardemos que cada um cresça por si; se o terreno for fértil, a semente se tornará árvore; se a massa for boa, levedará com o fermento, por si mesma. Saibamos agir, em nós e nos outros, com humildade: a ação divina fará por si, não nos preocupemos. Basta que lancemos as sementes e coloquemos o fermento: "eu plantei, Apolo regou, mas Deus fez crescer" (1. ª Cor. 3:6).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
9. Jesus em Viagem (8:1-3)

Esta passagem só é encontrada no texto de Lucas.

E aconteceu, depois disso (1). Isto assinala uma mudança na maneira de proce-der do Mestre. Parece que Ele deixou de usar Cafarnaum como sua sede e começou a mover-se em círculos maiores. Andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia. Foi uma campanha planejada para atingir toda a Galiléia. Pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus. Trata-se de uma única palavra grega que traduzida como anunciando o evangelho significa, literalmente, "evangelizando" ou "anuncian-do (proclamando) as boas-novas (ou o evangelho) ". Esta seria uma viagem de evangelização; o objetivo era divulgar as boas-novas e insistir para que os homens as aceitassem. Os doze apóstolos estavam com Ele nesta viagem.

E algumas mulheres (2). Já foi dito na 1ntrodução que o Evangelho de Lucas é o "Evangelho das mulheres". Aqui vemos um exemplo deste fato. Lucas nos informa que algumas mulheres tinham um papel vital no ministério evangelizador de Jesus. Cada uma delas tinha uma razão especial para ser muito grata a Cristo, e para se sentir devedora a Ele. Elas haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermida-des.

Maria, chamada Madalena, significa Maria, da cidade de Magdala. Ela é descrita como uma mulher da qual saíram sete demônios. Normalmente se acredita que ela tinha sido uma prostituta que havia se arrependido e se tornado uma santa discípula de Jesus. Geralmente ela é assim representada pelos pintores e por alguns historiadores antigos. Mas não há o menor sinal de evidência, seja aqui ou em qualquer outra parte do Novo Testamento, de que ela tenha sido uma mulher imoral. Foi claramente demonstra-do que ela estava entre os mais devotados discípulos de Jesus. A expressão sete demônios pode significar muitos demônios, já que o número sete é freqüentemente usado para indicar um número indeterminado. Sem dúvida, ela tinha sido possuída por demônios, a ponto de chegar a um estado de insanidade.

Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes (3). O Herodes mencionado aqui é Herodes Antipas, governador da Galiléia. O registro não diz de que mal Joana foi curada — se era uma possessão demoníaca ou uma enfermidade física. A sua posição mostra que as pessoas proeminentes também eram levadas a Cristo. Supõe-se que nesta época ela fosse viúva. Sobre Suzana não se sabe nada, exceto o seu nome. Muitas ou-tras. Apenas três nomes são mencionados — sem dúvida devido à sua importância. Mas houve muitas mais, constituindo uma grande seqüência de mulheres que o serviam com suas fazendas. Isto talvez signifique que todas eram mulheres de posses, possivel-mente membros da classe alta.

  1. A Parábola do Semeador (8:4-15)

Este episódio é mencionado nos três Sinóticos. Para uma argumentação mais deta-lhada, veja Mateus 13:1-9, 18.23 (cf. Mc 4:1-20).

Aqui podemos encontrar a "análise do solo feita por Deus". Observamos

1) O solo junto do caminho — os corações endurecidos, 5;

2) O solo sobre pedra — os corações super-ficiais, 6;

3) O solo entre espinhos — os corações que não estão santificados, 7;

4) A boa terra — os corações que dão frutos, 8.

  1. A Luz Escondida (8:16-18)

Este ensino é encontrado em Marcos, mas Mateus o omite. Para uma ampla argu-mentação, veja os comentários sobre Marcos 4:21-25.

Ninguém, acendendo uma candeia (16), literalmente, uma lamparina. Marcos coloca esta afirmação sob a forma de pergunta. O propósito da luz é o de revelar. A luz escondida é algo impensável.

Não há coisa oculta que não haja de manifestar-se (17). A luz reveladora de Deus não pode ser escondida, e nada pode se esconder dela. Aquele que tentar esconder segredos de Deus será considerado tolo.

Vede, pois, como ouvis (18). Não somente devemos ouvir, como diz Marcos (4.24), mas também é importante a maneira como ouvimos. Nós temos a obrigação de ouvir — de escutar. A seguir, temos a obrigação adicional de agir de acordo com a nova luz que nos vem daquilo que ouvimos. A luz, que vem da Palavra e do Espírito Santo, se transforma em escuridão quando não lhe damos atenção.

A qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado... Àquele que tem, como resultado da audição correta e do reconhecimento da obrigação, lhe será confiado mais. Até o que parece ter — Marcos simplesmente diz "até o que tem" (4.25). O preguiçoso e o impostor espiritual nunca possuirão verdadeiras riquezas, mas até mesmo o que parecem ter lhes será tirado. Al-gumas vezes é difícil, para o espectador, distinguir a diferença entre o real e o aparente, mas Deus conhece a diferença e lida com os homens da melhor maneira possível.

Barclay chama este parágrafo de "As Leis da Vida". Ele observa três delas:

1) A evidência essencial da vida cristã, 16;

2) A impossibilidade do segredo, 17; e

3) O homem que tem, terá mais — o que procura, sempre encontrará.

  1. A Mãe e os 1rmãos de Jesus (8:19-21)

O relato deste episódio no texto de Lucas é mais curto do que no de Marcos e no de Mateus.' É particularmente interessante observar que Lucas omite as perguntas: "Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?" encontradas nos outros Evangelhos. É possível que ele tenha julgado que isto poderia ser interpretado, pelos seus leitores gentios, como um desres-peito a Maria, que havia recebido um lugar de importância neste Evangelho. Além disso, como já foi visto anteriormente, Lucas dá às mulheres um lugar mais elevado do que era habitual na Palestina do seu tempo. Para uma ampla argumentação, veja Mateus 12:46-50.

  1. O Senhor da Tempestade (8:22-25)

Este relado é encontrado nos três Sinóticos. Para uma argumentação mais detalha-da, veja Mateus 8:18-23-27 (cf. Mac 4:35-41).

  1. O Endemoninhado Gadareno (8:26-39)

O relato deste milagre é encontrado nos três Sinóticos. A narrativa mais extensa é a de Marcos, e a mais curta é a de Mateus. Lucas acompanha Marcos, diferindo um pouco na escolha de palavras, mas os fatos são bastante similares. Para uma argumentação mais detalhada, veja Marcos 5:1-20 (cf. Mt 8:28-34).

  1. A Ressurreição de Uma Menina e a Cura de Uma Mulher (8:40-56)

Estes dois milagres formam um único episódio, pois um deles foi realizado quando o Senhor estava a caminho para realizar o outro. Os três Sinóticos incluem os dois milagres, e os três indicam a cura da mulher como sendo uma espécie de interrupção no caminho, quando o Senhor estava indo ressuscitar a menina. Marcos é o que dá o relato mais deta-lhado, e Mateus o mais curto. Lucas mais uma vez acompanha Marcos. Para uma argu-mentação detalhada, veja os comentários sobre Marcos 5:21-43 (cf. também Mt 9:1-18-26).

Lucas diz que a menina tinha doze anos, ao passo que Mateus omite a sua idade, e Marcos a informa no final. Mateus não menciona que os médicos não tinham conseguido ajudar a mulher. Mas é interessante notar como o assunto é tratado por Lucas, um mé-dico, e por Marcos. Marcos diz que a mulher "havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior" (Mc 5:26). Lucas não é tão crítico com os médicos. Ele diz que ela gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada (43).

Com relação à cura da filha de Jairo, Maclaren observa três pontos:

1) Uma palavra de encorajamento que sustenta uma fé fraca – Não temas; crê somente, e será salva, 50;

2) Uma palavra de revelação que suaviza a severidade da morte – não está morta, mas dorme, 52;

3) Uma palavra de poder que traz de volta a menina – Levanta-te, menina! 54.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
*

8:2

Os rabinos recusavam-se a ensinar mulheres, assim, ao aceitá-las em seu grupo de seguidores, Jesus agiu de maneira incomum.

Madalena. Da cidade de Magdala.

* 8:3

com os seus bens. Isto nos permite ter uma idéia do modo como Jesus e seus seguidores eram sustentados no decorrer de todo seu ministério.

* 8:4

parábola. A partir de agora, as parábolas aparecem mais proeminentemente. Multidões vinham a Jesus, mas ele buscava mais do que contato casual. As parábolas exigiam que as pessoas pensassem mais cuidadosamente a respeito daquilo que ele lhes ensinava.

* 8:5

A semente era semeada primeiro, depois misturada à terra já arada. As trilhas através dos campos não deviam ser aradas e a semente que caía ali era perdida, pois ela não podia penetrar no solo.

* 8:6

sobre a pedra. Isto é, sobre a pedra coberta com uma camada de terra muito rasa para ter umidade suficiente.

* 8:7

espinhos. Isto é, ervas daninhas resistentes e de rápido crescimento.

* 8:8

a cento por um.

Mateus e Marcos falam também em trinta e sessenta por um, mas Lucas dá ênfase à abundância bem além daquilo que qualquer colheita pode normalmente produzir.

* 8:10

mistérios. O reino de Deus envolve verdades que estão além da compreensão e sabedoria humanas, porém, que Deus agora tornou conhecidas.

aos demais. Estas são as pessoas às quais a profecia de Isaías se refere — elas não respondem ao ensino de Jesus. Ouvem a história, mas não entendem o significado.

para que. Para Jesus, o ensinar por parábolas tem um duplo propósito: revelar os mistérios do reino àqueles que têm “ouvidos para ouvir” (v. 8) e esconder a verdade do reino daqueles que não têm. Ver nota em Mt 13:13; Mc 4:11.

* 8:13

crêem apenas por algum tempo. Um teste para uma fé viva e verdadeira é a perseverança. Aqueles que, finalmente, se afastam do caminho da verdade, revelam que nunca realmente participaram da família de Deus (1Jo 2:19).

* 8.16-18

Todo propósito de uma lâmpada acesa é iluminar. O ensino que Jesus ministra é para ser divulgado e, no fim, no Dia do Juízo, nada poderá ficar escondido. Por isso, é importante ouvir o ensino de uma forma correta. Todos os que fazem isto, verificam que seu conteúdo de verdade continua crescendo. Negligenciar o que temos é perder.

* 8:19

irmãos. Os que crêem que Maria permaneceu virgem toda a sua vida, consideram estes como primos de Jesus, ou como filhos de José de um casamento anterior. Porém, há pouca evidência para este modo de pensar.

* 8:21

As palavras de Jesus não constituem um repúdio à sua família terrena; ele mostrou cuidado para com Maria mesmo quando estava pendurado na cruz (Jo 19:26,27). Seu ensino é que o serviço de Deus e sua obra como Messias são mais importantes do que qualquer parentesco natural.

* 8:22-23

O mar da Galiléia fica a duzentos e treze metros abaixo do nível do mar e é cercado por montanhas. Por isso, o ar frio pode descer canalizado e pode provocar repentinas tormentas. O sono de Jesus seguiu-se a um dia de trabalho pesado.

* 8:26

gerasenos. Não é claro que nome deve ser lido aqui (ver referência lateral: Mt 8:28; Mc 5:1, nota). Tanto Gadara como Gerasa eram cidades situadas a alguns quilômetros do lago.

* 8:27

A possessão demoníaca tomava muitas formas. Este homem estava perturbado.

* 8:28

Como o endemoninhado de 4.34, este sabia quem era Jesus (contraste os discípulos no v.25).

* 8:30

Legião. Deve ter havido um grande número de demônios no homem (uma legião romana tinha cerca de seis mil soldados).

* 8:31

abismo. Lugar de confinamento dos espíritos malignos (Ap 20:1-3).

* 8:32-33

Jesus permitiu, mas não ordenou aos demônios que entrassem nos porcos.

* 8:37

O medo levou estas pessoas a rejeitarem a mais maravilhosa oportunidade de suas vidas. Podem ter ficado com medo do poder que viram na cura ou desgostosos pela perda do rebanho de suínos.

* 8:38-39

Depois que Jesus se retirou, era importante que o homem trabalhasse para Deus naquela região. Note que aquilo que “Deus Fez” é identificado com aquilo que Jesus tinha feito.

* 8:41

chefe da sinagoga. Era o homem que organizava o serviço litúrgico, escolhendo os que deviam ler as Escrituras ou conduzir a oração.

* 8:43

uma hemorragia. A condição da mulher a tornava cerimonialmente imunda (Lv 15:25), excluindo-a de muitos relacionamentos sociais.

* 8:44

na orla da veste. Talvez na borla preceituada em Números 15:37-40.

* 8:45

A cura da mulher precisava ser conhecida publicamente, de modo que ela pudesse retornar à sua vida social normal. Jesus tem o cuidado de providenciar isto.

* 8:48

Filha. É a única mulher a quem Jesus chama de “Filha”, uma afirmação de ternura.

* 8:52

Lucas não explica quem eram “todos”. Eles incluíam, certamente, parentes e amigos, provavelmente pessoas da vizinhança e pranteadores profissionais (incluindo tocadores de flauta, Mt 9:23). Prantear era normalmente demonstrativo, e deve ter havido muitos lamentando. Jesus proibiu a todos de chorar e disse que a menina estava “dormindo”. Isto não significa que ela não tivesse morrido, mas, que Jesus estava pronto para despertá-la da morte.

* 8:54

levanta-te. Lucas descreve o milagre de maneira simples. (Mc 5:41 retém as palavras aramaicas que Jesus usou, porém, Lucas as traduz).

* 8:56

O efeito do milagre foi assombro. Desta vez Jesus proibiu a publicidade. Ele, com freqüência, não queria que as notícias de seus milagres se espalhassem (Mc 1:34, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
8.2, 3 Jesus dignificou às mulheres da degradação e servidão, ao companheirismo e serviço. Na cultura judia se supunha que os rabinos não ensinassem às mulheres. Ao permitir que estas mulheres viajassem com O, Jesus demonstrava que todas as pessoas são iguais ante Deus. Estas mulheres apoiavam o ministério do Jesus com seu dinheiro. Tinham uma grande dívida com O porque tinha jogado demônios de algumas e sanado a outras.

8.2, 3 Aqui temos uma olhada de várias pessoas que estavam atrás do cenário no ministério do Jesus. Freqüentemente, o ministério dos que estão em primeiro plano o sustentam quem realiza um trabalho menos visível, mas igualmente essencial. Brinde seus recursos a Deus, sem importar se estiver ou não no centro da cena.

8:4 Freqüentemente, Jesus comunicou verdades espirituais através de parábolas, histórias curtas ou descrições que partem de uma situação familiar e lhe dão uma aplicação espiritual. Ao unir o conhecido com o desconhecido e forçar aos auditores a pensar, as parábolas podem assinalar verdades espirituais. Uma parábola leva aos ouvintes a descobrir sozinho a verdade e a encobre de quem tem prejuízos para vê-la. Na leitura das parábolas do Jesus devemos tomar cuidado de não extrair muitas coisas delas. Em sua maioria, têm um só tema e significado.

8:5 por que permitiria um sembrador que a semente caísse no caminho, entre espinheiros ou entre rochas? Esta não é a figura de um agricultor irresponsável que pulveriza a semente indiscriminadamente. O agricultor usa o método no que se emprega a mão (voleo) para semear em um grande terreno, atirando punhados à medida que percorre o campo. Sua meta é obter que a maior percentagem de sementes jogue raiz no bom terreno, mas há perda inevitável quando algo cai em lugares menos produtivos. O fato de que parte da semente não produza não é culpa do fiel agricultor nem da semente, os resultados dependem da condição do terreno no que a semente cai. Nossa responsabilidade é pulverizar a semente (mensagem de Deus) e não devemos nos desalentar quando alguns de nossos esforços falham. Recorde, não toda semente cai em bom terreno.

8:10 por que as pessoas não entenderam as palavras do Jesus? Talvez porque esperavam um líder militar e suas palavras não encaixavam em suas idéias preconcebidas. Talvez temiam a pressão dos líderes religiosos, de maneira que não se atreviam a se aprofundar nas palavras do Jesus. Deus disse ao Isaías que a gente ouviria suas palavras e veria milagres prodigiosos e mesmo assim não compreenderiam suas palavras (Is 6:9). O mesmo aconteceu ao Jesus. A parábola do sembrador é uma figura apropriada da reação da gente ao resto de seus ensinos.

8.11-15 Os do "caminho", como muitos líderes religiosos, negaram-se a acreditar na mensagem de Deus. os de sobre a "pedra", como as multidões que seguiam ao Jesus, confiavam em Deus mas não faziam nada para prová-lo. Os que estão "entre espinheiros", como a gente dominada pelo materialismo, não lhe dão capacidade a Deus. os de "boa terra", em contraste aos outros grupos, segue-lhe sem ter em conta o custo. Que tipo de terreno é você?

8.16-17 Quando a luz da verdade a respeito do Jesus nos ilumina, temos a responsabilidade de brilhar com a luz que ajuda a outros. Nosso testemunho deve ser público, não encoberto. Não devemos nos guardar os benefícios, devemos compartilhá-los com outros. A fim de ajudar, devemos estar bem se localizados. Procure oportunidades para estar no lugar onde os inconversos necessitam ajuda.

8:18 Pôr por obra a Palavra de Deus nos ajuda a crescer. Este é um princípio físico, mental e espiritual da vida. Por exemplo, quando um músculo se exercita, cresce forte; mas um que não se exercita cresce débil e flácido. Se você não crescer, será débil. É impossível permanecer assim por muito tempo. O que faz com o que Deus lhe deu?

8:21 Os verdadeiros familiares do Jesus são os que escutam e obedecem suas palavras. Escutar sem obedecer não é suficiente. Como Jesus amou a sua mãe (veja-se Jo 19:25-27), assim O nos ama. O nos oferece uma íntima relação familiar com O.

8:23 O mar da Galilea (hoje em dia um grande lago) é ainda o cenário de tormentas consideráveis, algumas vezes com ondas que alcançam uma altura de seis metros. Os discípulos do Jesus não lutaram sem causa. Apesar de que vários eram peritos pescadores e sabiam como controlar uma embarcação, o perigo era real.

8:25 Quando estamos em meio da tormenta da vida, é fácil pensar que Deus perdeu o controle e que estamos a mercê dos ventos do destino. Em realidade, Deus é soberano. Controla a história do mundo e nosso destino pessoal. Assim como Jesus acalmou as ondas, pode também acalmar qualquer tormenta que enfrentemos.

8:26 A terra dos gadarenos estava em território gentil ao sudeste do mar da Galilea, na região do Decápolis ou das dez cidades. Essas eram cidades gregas que não pertenceram a nenhum país e se autogobernaban. Embora os judeus não possuíam porcos, já que a religião judia os considerava imundos, os gentis sim.

8:27, 28 Esses demônios reconheceram ao Jesus e sua autoridade imediatamente. Sabiam quem era e o que seu grande poder podia lhes fazer. Os demônios, mensageiros de Satanás, são poderosos e destruidores. Hoje em dia seguem ativos, atentam e destroem a comunhão e relação do homem com Deus. Os demônios e a posse demoníaca são reais. É vital que os crentes reconheçam a potestad de Satanás e seus demônios, mas não devemos permitir que a curiosidade nos conduza a nos mesclar com forças demoníacas (Dt 18:10-12). Os demônios não têm poder sobre quem confia em Deus. Se resistirmos ao demônio, fugirá de nós (Jc 4:7).

8.29-31 Os demônios lhe suplicaram que não os enviasse ao abismo, que em Ap 9:1 e 20:1-3 também o mencionam como o lugar de confinamento para Satanás e seus mensageiros. Eles, é obvio, sabiam do lugar e não desejavam que os enviassem lá.

8:30 O nome do demônio era Legião. Uma legião era uma divisão principal do exército romano, tinha entre três mil e seis mil soldados. O homem estava poseído por muitos demônios.

8:33 por que Jesus não destruiu estes demônios nem os enviou ao abismo? Porque o tempo para isso não tinha chegado. Jesus libera muitas pessoas da obra destrutiva da posse demoníaca, mas ainda não destruiu aos demônios. A mesma pergunta pode expor-se hoje: por que Jesus não destrói nem detém o pecado do mundo? O tempo para isto ainda não chegou. Mas chegará. O livro de Apocalipse anuncia a vitória futura do Jesus sobre Satanás, seus demônios e toda maldade.

8.33-37 Os demônios afogaram aos porcos e causaram um dano econômico a seus donos. Mas, podem os porcos e o dinheiro comparar-se com a vida humana? Um homem se liberou do poder demoníaco, entretanto os habitantes pensaram somente no dinheiro. A gente sempre tende a valorar mais as lucros que às mesmas pessoas. Através da história surgiram muitas guerras para proteger os interesses econômicos. Muita injustiça e opressão, interna e externa, deve-se a que alguns indivíduos ou companhias procuram enriquecer-se. sacrificam-se de contínuo às pessoas a causa do dinheiro. Não dê maior importância aos "porcos" que às pessoas. Pense em como suas decisões afetarão a outros seres humanos e esteja disposto a adotar um estilo de vida mais simples se é que isso evita o sofrimento em outros.

8:38, 39 Jesus freqüentemente pediu aos que sanou que não divulgassem sua sanidade, em troca urgiu a este homem que voltasse para seio da família e dissesse o que Deus fez com ele. por que? (1) Sabia que o homem seria uma testemunha eficaz entre quem lhe conhecia em seu estado anterior e que poderiam testemunhar sua sanidade milagrosa. (2) Quis expandir seu ministério, ao apresentar sua mensagem neste território gentil. (3) Sabia que os gentis, que não esperavam um Messías, não desviariam seu ministério tratando de coroá-lo rei. Quando Deus toque sua vida, não tema atestar de suas maravilhas.

8:41 A sinagoga era o centro local de adoração. O principal da sinagoga era responsável pela administração, a manutenção do edifício e a supervisão da adoração. Deveu ter sido pouco usual que um respeitável líder de uma sinagoga caísse aos pés de um pregador itinerante e suplicasse a sanidade de sua filha. Jesus honrou a confiança e humildade deste homem (8.50, 54-56).

8.43-48 Muita gente rodeava ao Jesus quando ia caminho à casa do Jairo. Virtualmente era impossível conseguir passar entre a gente, mas uma mulher se desesperada achou a forma de fazê-lo a fim de tocar ao Jesus. Assim que o fez, sanou. Que diferença entre a multidão que rodeava ao Jesus e os poucos que se aproximaram para lhe tocar! Muitas pessoas possuem uma débil familiaridade com O e não há nenhum tipo de câmbio nem melhora em suas vidas devido a este conhecimento superficial. Solo o toque da fé é o que libera o poder curador de Deus. relaciona-se apenas com Deus ou se aproxima do em fé sabendo que ao tocá-lo sua alma receberá sanidade?

8:45 Não era que Jesus desconhecesse quem o tocou, mas sim quis que a mulher se desse a conhecer e se identificasse. Quis lhe ensinar que seu manto não continha alguma propriedade mágica, mas sim sua fé a sanou. Também quis dar uma lição à multidão. De acordo à Lei judia, um homem que tocava a uma mulher que menstruava se poluía (Lv 15:19-28). Sempre era assim já seja que o fluxo fora normal ou, como no caso desta mulher, devesse-se a uma enfermidade. Para proteger-se desta contaminação, os homens judeus evitavam as tocar, lhes falar e até as olhar. Por contraste, Jesus proclamou a centenas de pessoas que esta mulher "imunda" o tocou e logo a sanou. Na mente do Jesus, as mulheres não eram fontes potenciais de contaminação. Eram seres humanos que mereciam respeito e reconhecimento.

8:56 por que Jesus pediu aos pais que não falassem da sanidade de sua filha? Sabia que os fatos falariam por si só. Além disso, estava consciente de seu ministério. Não queria que lhe conhecessem como um que fazia milagres, queria que a gente escutasse sua mensagem que ainda hoje possui a virtude de sanar as vistas espirituais quebrantadas.

Jesus E AS MULHERES

Jesus fala com uma samaritana no poço: Jo 4:1-26

Jesus ressuscita ao filho de uma viúva: Lc 7:11-17

Uma pecador unge os pés do Jesus: Lc 7:36-50

A adultera: Jo 8:1-11

O grupo de mulheres viaja com o Jesus: Lc 8:1-3

Jesus visita a María e Marta: Lc 10:38-42

Jesus sã a uma mulher encurvada: Lc 13:10-17

Jesus sã à filha de uma gentil: Mc 7:24-30

As mulheres choram ao seguir ao Jesus em seu caminho à cruz: Lc 23:27-31

A mãe do Jesus e outras mulheres se reúnen ao pé da cruz: Jo 19:25-27

Jesus aparece a María Madalena: Mc 16:9-11

Jesus aparece a outras mulheres depois de sua ressurreição: Mt 28:8-10

Como gentil que plasma as palavras, obras e vida do Jesus, Lucas demonstra uma sensibilidade especial para os "estrangeiros" com os que Jesus se relacionou. Por exemplo, Lucas inclui cinco sucessos onde participam mulheres que outros Evangelhos não mencionam. A cultura judia no primeiro século, pelo general tratava às mulheres como cidadãs de segunda classe e tinham sozinho alguns dos direitos que os homens possuíam. Mas Jesus cruzou essas barreiras e Lucas mostrou a sensibilidade que tinha para com as mulheres. Tratou a todas as pessoas por igual. Várias passagens anteriores nos dizem de seus encontros com mulheres.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
I. PROFESSOR E taumaturgo (8: 1-56)

1. A Ministrando Mulheres (8: 1-3)

1 E aconteceu que, logo depois, que ele andava por cidades e aldeias, pregando e anunciando as boas novas do reino de Deus, e com ele os doze, 2 e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria que foi chamada Madalena, da qual sete demônios tinham saído, 3 e Joana, mulher de mordomo de Chuzas Herodes, Susana, e muitas outras, que ministravam-lhes os seus bens.

Entre outras características de que disponha, Lucas é o Evangelho da Mulher (ver Introdução ). Esta é uma das várias breves parágrafos do livro que suportam essa afirmação. Não tem paralelo nos outros evangelhos.

Farrar observa que a expressão deste capítulo "abertura marca uma nova fase, um novo ponto de partida, no modo de acção de Cristo. Até então, tinha feito Cafarnaum Seus quartel-general. ... Neste período ... Ele começou uma ampla gama de errância e das missões ".

Jesus fez uma outra viagem de da Galiléia cidades e vilas -o grego sugere, "cidade por cidade e aldeia por aldeia" - pregação (proclamando, anunciando) e trazendo as boas novas de -um palavra no grego "evangelizar" O reino de Deus . A boa notícia foi que o reino de Deus estava agora oferecido a todos os que entrar nele.

Não só Jesus ter com Ele os doze , mas também algumas mulheres . Farrar comenta que Lucas "gosta de me deter sobre a graciosidade e ternura de Jesus até mesmo a uma classe muito desprezado e esquecido como mulheres do Oriente."

Três mulheres são nomeados aqui. A primeira é Maria, chamada Madalena ; ou seja "de Magdala", uma cidade na costa oeste do lago da Galiléia,. Magdala é a forma aramaica grego de Migdol, que significa "torre de vigia". Maria provavelmente é designado assim (como normalmente nos Evangelhos) para distingui-la de Maria de Betânia e outros Marys do Novo Testamento. Concordamos com Plummer, quando ele diz: "Os hamartolos (pecador, Lc 7:37) e Maria Madalena e Maria de Betânia são três pessoas distintas. "Jesus tinha expulsado sete demônios de Maria Madalena, e ela era eternamente grato a Ele.

A segunda mulher era Joana, mulher de Chuzas, mordomo de Herodes . Ela é mencionada apenas em outro lugar Lc 24:10 , onde ela também está associada com Maria Madalena. A posição de seu marido iria fazê-la uma mulher de meios, de modo que ela foi capaz de ajudar generosamente em ministrar às necessidades de Jesus. A palavra grega para steward aqui não é o comum, oikonomos , que literalmente significa "casa-manager", mas epitropos , que "transmite a impressão de um posto mais alto do que o 'mordomo'. "

A terceira mulher era Susanna , que significa "Lily." Nada mais se sabe sobre ela. Ela e as outras mulheres ministrava-lhes os seus bens . Essas mulheres manteve Jesus e seus discípulos fornecidos com alimentos e roupas necessário.

As mulheres sempre tiveram um papel importante no trabalho do Reino. Demasiadas vezes a sua contribuição tem sido despercebido e seus louvores anônimo. É ao crédito eterno de Lucas de que ele deu testemunho da caridade dessas boas mulheres.

2. A Parábola do Semeador (8: 4-15)

1. Declaração da Parábola (8: 4-8)

4 E, quando uma grande multidão veio junto, e eles de todas as cidades ter com ele, ele falou por intermédio de uma parábola: 5 O semeador saiu a semear a sua semente e, quando semeava, uma parte caiu à beira do caminho; e foi pisada, e as aves do céu a comeram. 6 E outra caiu sobre a rocha; e assim que ele cresceu, secou-se, porque não havia umidade. 7 E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram com ela e sufocaram-na. 8 E outra caiu em boa terra, e cresceu e deu fruto cem Pv 1:1 e Mc 4:1 ).

Até este ponto, Lucas deu apenas algumas breves parábolas. Mas agora o método parabólico torna-se dominante no ensino de Jesus. Plummer sugere o motivo. Por falar em parábolas, ele diz: "Eles têm a dupla propriedade de revelar e esconder. Eles abrem a verdade, e imprimi-la sobre as mentes daqueles que estão prontos para recebê-lo: mas eles não instruir, embora possam impressionar, os descuidados (v. Lc 8:10 "Mais especificamente, ele acrescenta:"). À medida que a hostilidade Seus ensinos aumentado, Jesus seria susceptível de fazer mais uso de parábolas, o que beneficiaria discípulos sem dar oportunidade para os seus inimigos. "

Quanto ao significado exato da palavra parábola , Farrar diz: "A parábola é uma exposição pictórica ou narrativa de alguma verdade espiritual ou moral, por meio de elementos fantasiosos reais e não da comparação." Em não sendo fantasiosa ele difere de uma fábula .

Os elementos de reconhecimento no relato de Lucas sobre a Parábola do Semeador são poucos. Em conexão com a semente que caiu à beira do caminho , ele acrescenta: e foi pisada (v. Lc 8:5 ). Este talvez está implícito nas outras contas, mas não explicitamente declarado. Mais uma vez, observa ele sobre a semente que caiu sobre a rocha que secou , porque não havia umidade (v. Lc 8:6 ), enquanto Mateus e Marcos dizem: "Porque ele (eles) não tinha raiz."

Espinhos são particularmente prevalentes na planície de Genesaré, perto de onde Jesus estava dando esta parábola, e semente lançada entre eles seria sufocado (v. Lc 8:7 ).

Em conexão com o que foi semeado em boa terra Lucas não menciona a trinta, a sixtyfold, mas apenas o cêntuplo (v. Lc 8:8 ). Este rendimento generoso parece ter sido bastante comum na planície de Genesaré, que era famoso por sua fecundidade. "Com um rico e argiloso, solo bem regado, hoje como nos tempos bíblicos, é extraordinariamente fértil; a terra só facilmente cultivável fronteira com o Mar da Galiléia ".

Na última parte do versículo 8 , Lucas usa uma palavra mais forte do que Marcos. Ele diz que Jesus chorou . Comentários Plummer: "A introdução ephonei : 'Ele clamou em alta voz:' indica uma elevação da voz, e dá uma solenidade para esta carga de conclusão. "Todos os três sinóticos dar a admoestação: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça . O significado é: "Este ensinamento é digno da mais profunda atenção daqueles que têm a capacidade moral e espiritual para compreendê-lo."

b. Explicação da parábola (8: 9-15)

9 E os seus discípulos lhe perguntaram o que esta parábola pode ser. 10 E ele disse: A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas; . que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam 11 pois, a parábola é este: A semente é a palavra de Dt 12:1. ).

3. O iluminado lâmpada (8: 16-18)

16 E nenhum homem, pois, acende uma lâmpada, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. 17 Pois nada está oculto que não se manifestará; nem nada secreto, que não deve ser conhecido e vir à luz. 18 Cuidai pois, como ouvis: por que tem, dar-lhe-á dado; e ao que não tem, lhe será tirado até mesmo o que ele pensa ele tem.

Neste breve parágrafo (ver notas sobre Mc 4:21) Jesus parece estar explicando o motivo de sua utilização de parábolas. A verdade não deve ser escondida, como uma lâmpada coberta com um navio -Marcos tem "bushel" (ou "beijinho medir"). Pelo contrário, é para ser colocado em um suporte (ou "nicho na parede"), para que os que entram vejam a luz em uma casa palestina sem janelas daquele dia.

Mas se há algo escondido , é a fim de que ele pode ser feito manifesto (v. Lc 8:17 ); ou segredo -be conhecido e vir à luz . Se a verdade do ensinamento de Jesus parecia estar escondida em parábolas, foi com o propósito de, finalmente, tornando-se conhecido para quem quisesse ouvir com o coração aberto para recebê-lo.

Jesus advertiu ainda: Acautelai-vos, pois, como ouvis (v. Lc 8:18 ). Marcos tem "o que ouvis." Ambos são importantes. Aqui, a ênfase é sobre o fato de que devemos ouvir com abertas, corações receptivos.

A última parte do versículo 18 expressa o princípio importante que apenas aqueles que tomam na verdade pode receber mais, para o novo só pode ser compreendido em relação à idade. Aquele que não tem -que tem descuidadamente não aprendeu-perderáaté o que pensa ele tem . A única maneira de reter o conhecimento é manter adicionando a ele.

4. A família de Deus (8: 19-21)

19 E veio ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele para a multidão. 20 E foi-lhe dito: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te. 21 Mas ele respondeu, e disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus, e fazê-lo.

Para o significado deste incidente interessante ver as notas em Mt 12:46 e Mc 3:31 . O relato de Lucas é de longe o mais breve dos três. O único item especial que acrescenta é a afirmação de que a mãe e os irmãos de Jesus são estes que ouvem a palavra de Deus, e fazê-lo (v. Lc 8:21 ). Isto prende-se estreitamente com o que precede em Lucas. Mateus e Marcos, tanto lugar este incidente antes da Parábola do Semeador, e por isso não tem essa referência para ouvir a Palavra.

5. O Stilling of the Storm (8: 22-25)

22 Ora, aconteceu que, num daqueles dias, que ele entrou em um barco, ele e seus discípulos; e ele disse-lhes: Passemos para o outro lado do lago, e eles lançaram para frente. 23 Enquanto navegavam, ele adormeceu; e desceu uma tempestade de vento sobre o lago; e eles estavam enchendo com água , e estavam em perigo. 24 E vieram a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento ea fúria da água:. E cessaram, e fez-se bonança 25 E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E estar com medo que eles se admiravam, dizendo uns aos outros: Quem é este, que ele ordena que até aos ventos e à água, e eles lhe obedecem?

O milagre está relacionado em todos os três Evangelhos sinópticos (veja as notas sobre Mt 8:23 ; Mc 4:35 ). Lucas novamente usa lago (vv. Lc 8:22 , Lc 8:23 ), onde os outros têm "mar" (ver em Lc 5:1 ). De acordo com isso, ele mostra o seu fundo de ter navegado do Mediterrâneo. Só Ele tem lançado adiante (v. Lc 8:22 ). No grego este é um termo náutico usado por Homero, Heródoto e Tucídides. Isso significa "colocar o mar." No Novo Testamento é usado por Lucas (aqui e 13 vezes em Atos).

Versículo Lc 8:23 reflete uma maior utilização de termos náuticos. A palavra grega para navegou é encontrado somente aqui e em Atos (4 vezes). (Aliás, o verbo grego para adormeceu ocorre somente aqui.) Para o preenchimento Lucas usa um só aqui, encontrou-palavra diferente Lc 9:51 e At 2:1) se encaixa bem com a ideia de um "comandante" do barco.

A aplicação espiritual deste incidente é óbvio. O cristão é seguro, desde que ele tem Jesus a bordo de sua casca. Não importa o quão furiosamente as tempestades da vida podem bater em almas dos homens, eles não precisam temer se Ele está com eles.

6. O geraseno Demoniac (8: 26-39)

26 E eles chegaram ao país dos gerasenos, que está defronte da Galiléia. 27 E, quando chegou á sobre a terra, não o conheci um homem para fora da cidade, que tinha demônios; e por um longo tempo, ele tinha usado nenhuma roupa, e não se firmou emqualquer casa, mas nos sepulcros. 28 E, quando viu Jesus, gritou, prostrou-se diante dele, e com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes. 29 Pois ele estava comandando o espírito imundo que saísse do homem. Por muitas vezes ele se havia apoderado dele, e ele foi mantido sob guarda, e amarrados com correntes e grilhões; e quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos. 30 E Jesus perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; para muitos demônios tinham entrado nele. 31 E rogavam-lhe que não os mandasse para o abismo. 32 Ora, havia ali uma manada de muitos porcos na montanha, e rogaram-lhe que ele iria dar-lhes sair para entrar neles. E ele deu-lhes sair. 33 E os demônios saído do homem, entraram nos porcos;. ea manada precipitou-se pelo despenhadeiro no lago, e afogou-se 34 E quando os que os alimentou viu o que tinha acontecido , fugiram, e foram anunciá-lo na cidade e no país. 35 E saíram para ver o que tinha acontecido; e eles vieram a Jesus, e encontrou o homem, de quem os demônios tinham ido embora para fora, sentado, vestido e em perfeito juízo, aos pés de Jesus:. e temeram 36 E os que tinham visto contaram-lhes o que ele estava possuído por demônios foi feito todo. 37 E todo o povo do país dos gerasenos redor pediu-lhe que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor, e ele entrou em um barco, e voltou. 38 Mas o homem de quem os demônios haviam saído pediu-lhe que o deixasse estar com ele; mas Jesus o despediu, dizendo: 39 Voltar à tua casa, e conta tudo quanto Deus te fez. E ele seguiu o seu caminho, publicando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito.

Este milagre também é registrado em todos os três sinóticos (veja o comentário sobre Mt 8:28 ; Mc 5:1 ). É, sem dúvida, fez uma grande impressão em todos que o viram ou ouviram falar sobre isso.

O melhor texto grego tem Gerasenes (v. Lc 8:26 ), ao invés de "Gadarenes" (KJV). Para uma discussão sobre as leituras variantes veja as notas na Mt 8:28 e Mc 5:1 , Gn 14:22 ), Balaão (Nu 24:16. , o rei de Babilônia) (Is 14:4 ).

Na descrição mais detalhada do endemoninhado Lucas acrescenta que o homem foi mantido sob guarda e que ele foi impelido pelo demônio para os desertos (v. Lc 8:29 ); - "considerado como uma assombração peculiar de Azazel e outros demônios."

Jesus perguntou ao espírito imundo (v. Lc 8:29 ): Qual é o teu nome? (v. Lc 8:30 ). Comentários Creed: "O conhecimento do nome do demônio, segundo a crença antiga, dar o exorcista uma vantagem sobre o demônio."

Os demônios não pediu para ser enviado para o abismo (v. Lc 8:31 ). Em outra parte da palavra (Abyssos) é encontrada somente em Rm 10:7)

1. A Excepção de Jairo (8: 40-42)

40 E, como Jesus voltou, a multidão o recebeu; . porque todos o estavam esperando por ele 41 E eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga; e prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que entrasse em sua casa; 42 porque tinha uma filha única, de cerca de doze anos de idade, e ela estava morrendo. Mas, enquanto ele subia as multidões se aglomeravam-lo.

Estes dois milagres, cura da mulher com hemorragia ea ressurreição da filha de Jairo, são descritos em conjunto em todos os três Evangelhos sinópticos (ver notas sobre Mt 9:18 ; Mc 5:21 ). Discutiremos aqui apenas os pontos peculiares a Lucas.

Jesus tinha sido no lado leste do lago da Galiléia, no país conhecido como Decápole (ver em Mc 5:20 ). Agora Ele voltou para a costa ocidental, que foi mais densamente povoadas e por isso o principal centro de seu ministério galileu. Ele encontrou umamultidão pronta para recebê-lo, porque todos o estavam esperando por ele (v. Lc 8:40 ). Isso indica bem a ânsia das pessoas comuns para desfrutar de seu ministério de ensino e cura.

Lucas observa que a filha que estava morrendo de Jairo foi cerca Dt 12:1)

43 E uma mulher que tem um fluxo de sangue 12 anos, que tinham passado toda a sua vida em cima de médicos, e não podia ser curada, 44 chegando por detrás dele, tocou a orla do manto, e imediatamente a questão do seu sangue estancou . 45 E disse Jesus: Quem é que me tocou? E quando todos negassem, Pedro disse, e os que estavam com ele: Mestre, as multidões te apertarão e esmagar -te . 46 Mas Jesus disse: Alguém me tocou; pois percebi que o poder tinha saído de mim. 47 E quando a mulher viu que ela não estava escondido, ela veio tremendo e, prostrando-se diante dele declarou, na presença de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como ela foi curada imediatamente. 48 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz.

Na descrição da mulher Marcos apresenta a visão típica de um leigo. Ele diz que ela "tinha padecido muito com muitos médicos e tinha gastado tudo o que tinha, e era nada aproveitar, antes indo a pior" (Mc 5:26 ). Isso não reflete muito bem sobre os médicos! Lucas, sendo um médico, busca proteger sua profissão. Ele admite que ela tinha gasto todo o seu sustento com médicos , mas acrescenta, e não poderia ser curado de qualquer (v. Lc 8:43 ). Ou seja, medicamente falando, o dela era um caso incurável.

Confissão da mulher é dada mais plenamente por Lucas que por Marcos (não a todos por Mateus). Lucas diz que ela declarou, na presença de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como ela foi curada imediatamente (v. Lc 8:47 ). Um médico estaria interessado em exatamente este tipo de testemunho.

c. Ressurreição da filha de Jairo (8: 49-56)

49 Enquanto ele ainda falava, veio alguém da casa do chefe da sinagoga casa , dizendo: A tua filha está morta; . não incomodes mais o Mestre 50 Mas Jesus ouvindo isto, respondeu-lhe: Não temas. crê somente, e ela será salva 51 E quando chegou à casa, ele não sofreu qualquer homem a entrar com ele, senão Pedro, . e João e Tiago, e o pai da moça e sua mãe 52 e todos estavam chorando e lamentando a ela: mas ele disse: Não chores; pois ela não está morta, mas dorme. 53 E riam-se dele, sabendo que ela estava morta. 54 Mas ele, tomando-lhe a mão, chamou, dizendo: Maiden, surgir. 55 E o seu espírito voltou, e ela levantou-se -se imediatamente, e ele ordenou que algo se lhe desse de comer. 56 E seus pais ficaram maravilhados; e ele mandou-os a ninguém contassem o que havia sido feito.

Todos os três Evangelhos dizem que quando Jesus pediu aos enlutados ficar quieto, porque a menina estava apenas dormindo, eles riram-se dele . Somente Lucas acrescenta, sabendo que ela estava morta (v. Lc 8:53 ). Ele era naturalmente interessados ​​na questão de saber se a menina realmente tinha morrido antes de Jesus ergueu.

Lucas só registra a natureza de sua restauração: o seu espírito voltou (v. Lc 8:55 ). Mais uma vez, Marcos coloca no último o comando de Jesus que deve ser dada a menina algo para comer, relacionando primeiro espanto criado pelo milagre. Mas Lucas, sendo um médico, coloca o primeiro comando (v. Lc 8:55 ), e em seguida a reacção dos pais (v. Lc 8:56 ). O importante foi ver que o corpo de volta à vida deve ter alimento para mantê-lo vivo.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
Jesus continuou viajando pela Ga- liléia com seus discípulos e as mu-lheres que ministravam a ele. Ele expulsou sete demônios de Maria Madalena (Mc 16:9). O marido de Joana trabalhava para Herodes Anti- pas, e não sabemos nada a respeito de Suzana. Lucas, com freqüência, menciona mulheres em seu evange-lho, e, naquela época, não era in- comum que as mulheres judias divi-dissem suas posses com os rabis. No entanto, era incomum as mulheres viajarem com um rabi, e Jesus, sem dúvida, recebia críticas por isso. (Veja Gl 3:26-48.) Um dos temas desse capítulo é a Palavra de Deus e como respondemos a ela.

  1. "Preste atenção no que você ouve!" (vv. 4-15)

Esses versículos usam nove vezes o verbo "ouvir", pois é pelo ouvir que recebemos a Palavra em nosso co-ração, onde ela cria fé (Rm 10:17). A Palavra é como a semente porque possui vida em si e frutifica quan-do é plantada (quando é recebida e compreendida). O coração humano é o solo que deve ser preparado a fim de que a Palavra seja semeada e frutifique. Parece evidente que três quartos das pessoas têm coração estéril e, portanto, nunca serão sal-vas (3:8). É necessário perseverança para cultivar a semente e conseguir a colheita (v. 15), mas não devemos desistir (Gl 6:9). É importante que semeemos a semente em nosso co-ração e no dos outros.

  1. "Preste atenção em como você ouve!" (vv. 16-18)

Agora, a imagem é de uma can-deia. Recebemos a Palavra e deve-mos compartilhá-la com os outros, e, quanto mais recebemos, mais temos para dividir. Se a recebe-mos de forma negligente, ou des-cuidada, não temos nada para dar. Somos como candeias sem óleo. Deus não compartilha seus segre-dos conosco para que os esconda-mos, mas para que possamos ensi-ná-los aos outros.

  1. Preste atenção em por que você ouve!" (vv. 19-21)

Ouvimos a Palavra apenas para au-mentar nosso saber e nos vangloriar-mos disso (1Co 8:1)? Ou ouvimos a Palavra de Deus porque queremos obedecer a ela? Jesus não foi rude com sua família. Ele usou a chegada dela para ensinar uma lição valiosa: se queremos ter intimidade espiritu-al com Jesus, devemos escutar sua Palavra, recebê-la e lhe obedecer. A obediência, além de capacitar-nos a aprender mais verdades (Jo 7:17), aproxima-nos mais do Senhor em sua família espiritual.

  1. Crer na Palavra (8:22-25)

Sem dúvida, Jesus sabia que havia uma tempestade a caminho, contu-do ele adormeceu no barco. Só isso já seria suficiente para fazer com que os discípulos não tivessem medo. Qual era o problema deles? O mesmo problema que o povo de Deus enfrenta hoje: conhecemos a Palavra, mas não cremos nela quando enfrentamos os desafios da vida. Uma coisa é aprender a verdade, outra, bem diferente, é vivê-la. A pergunta-chave ainda é esta: "Onde está a vossa fé?" (v. 25). Acreditamos nas promessas de Deus, ou cremos em nós mesmos e em nossas circunstâncias?

  1. Rejeitar a Palavra (8:26-40)

Jesus atravessou uma tempestade terrível para visitar dois homens possuídos pelo demônio em um ce-mitério no território gentio dos gera- senos. Marcos e Lucas mencionam apenas um homem — o mais falante dos dois —, porém Mateus informa que havia dois (Mt 8:28). Os demô-nios creem em Deus e tremem (Jc 2:19), mas nem a "fé" nem o temor deles pode salvá-los.

Observe a repetição da palavra "rogar". Os demônios rogam a Jesus que não os enviem para o abismo, mas para os porcos (vv. 31-32). Os cidadãos rogam que Jesus deixe seu país (v. 37), e um dos ex-possuídos pelo demônio roga-lhe que o deixe ser seu discípulo (v. 38). Jesus aten-deu aos dois primeiros pedidos, mas não ao terceiro. Ele permitiu que os demônios entrassem nos porcos e, a seguir, deixou o país e retornou à Galiléia. Todavia, não deixou o ho-mem curado ir com eles; mandou-o de volta para casa a fim de testemu-nhar do Senhor. Os novos converti-dos nem sempre estão prontos para servir ao Senhor em tempo integral; contudo, sem dúvida, podem contar aos outros o que ele operou na vida deles.
Alguns críticos da Bíblia cul-pam Jesus por destruir a proprieda-de alheia quando poderia enviar os demônios para qualquer outro lugar. Eles porém, não compreendem por que ele agiu desse modo. Ele não fez isso em resposta ao pedido dos de-mônios, mas porque queria mostrar aos espectadores o que estava acon-tecendo de verdade. Quando a ma-nada de porcos desceu a escarpa em direção à água, não restou dúvida de que os demônios tinham saído dos homens, e que Jesus fizera isso. Com esse ato dramático, Jesus deixou cla-ro que Satanás pega um porco ou um homem, e, se ele pega um homem, transforma-o em um animal! Afinal, nosso Senhor é o Criador de todas as coisas e Senhor de todas elas. Assim, ele não pode fazer o que lhe agrada com suas coisas?

O povo rejeitou a Palavra e pe-diu que Jesus o deixasse. Que opor-tunidade aquelas pessoas perderam! Viram uma dramática demonstração do poder da Palavra de Deus e não permitiram que ela operasse na vida delas. Na outra margem, o povo com-portou-se de forma oposta: esperava por Jesus e deu-lhe boas-vindas.

  1. Vivenciar a Palavra (8:41 -50)

Uma mulher pobre e anônima e um rico líder religioso chamado Jairo vão a Jesus em busca de ajuda: ela para si mesma, e ele para sua filha. A mulher sofria havia 12 anos, e a menina esteve bem Pv 12:0; Mc 5:38), e ele viu sua filha morta deitada sobre a cama.

Jesus sempre controla qualquer situação. Ele dispensou os pranteado- res e disse-lhes que não chorassem. Por que chorar por uma menina que dorme? (Quando os crentes morrem, o corpo adormece, mas o espírito fica ao lado do Senhor — 1Ts 4:13-52. As Escrituras não apresentam nenhuma evidência de que o espírito dorme.) Ele ordenou: "Menina, levanta-te!" (v. 54), e o es-pírito retornou ao seu corpo, e ela saiu da cama e andou. Ela vivenciou o poder doador de vida da Rílavra de Deus! "Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (SI 33:9). "Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou" (Sl 107:20). Sua Palavra ainda tem poder. Nós temos a fé que libera esse poder?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
8.2,3 A importância das mulheres na vida do Senhor é salientada por Lucas. Estas mulheres aqui correspondem ao discipulado feminino compartilhando dos seus bens com Aquele que se tornou pobre para fazer- nos ricos (conforme 2Co 8:9).

8.4 Parábola. É uma história baseada na experiência do povo, que dava para ilustrar, revelar e lembrar aos ouvintes preparados as verdades espirituais. A parábola do Semeador é notável exemplo da pregação evangelística de Jesus Cristo (conforme v. 1).

8.6 Pedra. Solo pedregoso com pouca terra para reter a umidade.

8.10 Para que, vendo, não vejam. Até esta altura Jesus tinha anunciado as boas novas do Reino claramente, mas poucos queriam se submeter ao Rei. Para eles as parábolas eram enigmas, enquanto, para os crentes, estes tesouros secretos e gloriosos (mistérios) eram acessíveis pela revelação de Cristo, e mais ainda com a vinda do Espírito. Sem o desejo de tirar-se proveito, pouco se compreendeu

• N. Hom. 8:12-15 Os 1mpedimentos e a Condição de uma Boa Colheita:
1) Um coração duro e incrédulo é como um campo do diabo:
2) O caráter sem profundidade facilmente vacila, na perseguição;
3) O espírito mundano coloca o valor dos prazeres acima do da vida eterna
4) No coração preparado (pelo amor o Deus e o ódio ao pecado) nasce a fruto que perdura para a eternidade (1Co 16:4).

8.15 , Retêm a palavra... perseverança. Ao contrário das classes anteriores (12-14). O Senhor frisa que só a perseverança garante a vida eterna. Frutificam com vida e testemunho exemplares neste mundo e recebem o "muito bem, servo bom" no vindouro.

8.16 A luz corresponde à semente (11), que é a palavra de Deus. A vida que irradia a luz do evangelho por conduta e por palavra, cumpre seu propósito; porém, para assim viver, é necessário ouvir e obedecer (41).

8:19-21 Irmãos. Eles eram irmãos tão reais como Maria realmente era a mãe de Jesus; por outro lado, a nova relação espiritual pela fé atuante tem maior valor que qualquer parentesco humano. Por isso os crentes se denominam "irmãos".

8.23 Adormeceu. Jesus, dormindo numa tempestade que amedrontou até pescadores, mostra Seu cansaço, calma interior e certeza de que a morte viria somente pela cruz.

8.24,25 Repreendeu. É possível que Jesus tenha reconhecido o interesse de maligno na tempestade. Este milagre é a confirmação do poder de Cristo sobre as forças impessoais; Ele as criou e as controla (Jo 1:3; Ct 1:17).

• N. Hom. 8.25 Onde Está a Vossa Fé?:
1) Se estiver numa criação humana (no barco-religião), com certeza afundará;
2) Se estiver em trabalhos. árduos (obras meritórias), podeis saber que as forças contrárias são maiores;
3) Se for em Cristo, tereis a bonança (Ef 2:8, Ef 2:9).

8.26 Terra dos gerasenos, Fica perto da aldeia árabe de Kursi, na costa sudeste do lago.

8.27 Um homem possesso. A vítima dos demônios foi ao encontro de Jesus, provavelmente, para maltratá-lo. Logo reconheceu sua fraqueza diante do poder absoluto de Deus.

8.28 Que tenho eu contigo? Significa a separação total entre o reino do diabo e o reino de Deus, que nada têm em comum (conforme 11:14-22).

8.30 Qual é o teu nome? A pergunta distingue o homem dos demônios. Legião. Era uma corporação do exército romano que tinha 6.000 homens.

8.31 O abismo era o domicílio dos demônios (conforme Ap 20:3). A paixão dos demônios é habitar os homens e governá-los.- De qualquer forma voltaram para o_abismo quando afogaram os porcos (v 33).

8..32 Jesus o permitiu. Contra as objeções de que Jesus agiu injustamente, devemos lembrar-nos de que:
1) Foram os demônios que destruíram os porcos;
2) Sendo Jesus o criador de todas as coisas, tem plenos direitos sobre Sua criação;
3) A criação de porcos, na antiga economia de Israel, era expressamente proibida pela lei de Deus (conforme Lv 11:7).

8.35 Mudanças efetuadas por Cristo no endemoninhado liberto dos demônios:
1) Nas emoções, tranqüilo, "Assentado aos pés de Jesus";
2) No corpo, "vestido";
3) Na mente, "em perfeito juízo";
4) Na vida em sociedade, apreciando a comunhão, "rogou-lhe que o deixasse estar com ele" (v. 39). Cristo, igualmente, efetua profundas mudanças em todos os aspectos da vida do convertido.
8.36 Fora salvo, Gr esõthe, "guardar", "resgatar", "livrar de perigo ou doença". É a palavra usada no NT para descrever a nova relação do homem resgatado com Deus (conforme sentido duplo, v. 48).

• N. Hom. 8.37,38 Que pedirás a Jesus?
1) Os gerasenos rogaram que Jesus se retirasse porque: a) tiveram temor do Seu poder destruidor, b) valorizaram o material acima do espiritual.
2) O homem curado rogou permissão para acompanhá-lo, porque: a) teve pavor de voltar à vida anterior, b) valorizou sua salvação acima da família e das posses.
8.39 Volta para casa. A família e a vizinhança serão os que melhor poderão confirmar o poder de Deus numa vida transformada. Note-se que o que Deus fez é uma referência ao que Jesus mesmo fez; um sinal de real conversão é o desejo de exaltar a Cristo como Salvador.

8.45 Quem me tocou? Assim deu oportunidade de testemunhar. A mulher excluída da sociedade pela doença incurável (conforme Lv 15), foi curada pela sua fé e restaurada à comunidade pela declaração pública (vv. 47, 48).

8.46 Saiu poder. Jesus não era um mágico, e sim curou conscientemente.

8.48 Fé te salvou. É a confiança na esperança que produz a ação (17.19).

8.49 Já está morta. Imagine-se o desespero de Jairo (o seu nome significa: "ele, Deus, dará luz"), ao ouvir que, por causa dos minutos perdidos na viagem sua filha amada perecera. Como no caso de Lázaro (Jo 11:5, Jo 11:6), Jesus (que nunca se apressou) demorou-se no caminho; na segurança da fé no resultado final.

• N. Hom. 8.50 Não temas, crê somente:
1) A razão diz: crê no possível;
2) A experiência diz: ninguém voltou do túmulo (Lc 16:30);
3) As emoções dizem: "terrores de morte me assaltam" (Sl 55:4);
4) Cristo diz: Crê somente em mim: Eu sou a única esperança (Jo 11:253n), na esperança da ressurreição.

8.56 A ninguém contassem. Cristo não queria que a multidão O seguisse para receber pão (Jo 6:26), e muito menos para que Ele levantasse os seus mortos. O motivo válido para se- qui-lo é a comunhão que resulta em glória (conforme Jo 5:44; Fp 3:11).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
e) Mais uma viagem de pregação (8.1)
A partir desse ponto, Jesus está constantemente em movimento, pregando o evangelho do reino de vila em vila e de cidade em cidade. Ele é acompanhado dos Doze, mas também por um pequeno grupo de mulheres que mostram sua gratidão por bênçãos recebidas dele, colocando seus recursos à disposição dele e de seus seguidores.
v. 2. Maria, chamada Madalena: Mencionada novamente no grupo de mulheres fiéis que ficaram perto de Jesus até o final e foram ao túmulo dele na manhã da Páscoa; conforme Mc 15:40; Mc 16:1; Lc 24:10; Mt 27:56,Mt 27:61; Mt 28:1. v. 3. Joana é mencionada também em Lc

24.10, mas em nenhum outro lugar; Susana\ não há outra menção dela. Têm havido conjecturas quanto à identidade de Cuza, mas não passam disso; o interessante é que Lucas tinha alguma informação acerca da corte de Herodes (conforme tb. Manaém, At 13:1).


9) Parábolas (8:4-18)
A jornada de pregações começa com um novo tipo de ensino — o ensino por parábolas. Grandes multidões se reúnem em volta dele, e ele lhes ensina as verdades espirituais usando comparações com coisas conhecidas do dia-a-dia, como o semeador que lança a sua semente, e a candeia, aquela lâmpada caseira tão comum. A descrição do semeador causa uma forte impressão em todos que a ouvem, mas Jesus chama seus discípulos à parte e lhes explica a sua importância espiritual.
É verdade que Jesus havia falado em parábolas antes disso, mas há ao menos dois pontos que marcam a diferença. Em primeiro lugar, a parábola agora se torna o meio principal de instrução. Os capítulos seguintes desse evangelho contêm as grandes parábolas que são a característica mais marcante e conhecida do ensino do nosso Senhor. Em segundo lugar, as parábolas são contadas de diversas formas, desde a comparação mais simples, passando por breves analogias e até provérbios, até as parábolas narrativas completas. Até aqui em Lucas, as primeiras predominaram, mas, a partir de agora, as grandes parábolas em forma de histórias são apresentadas.
v. 5-8. A parábola do semeador. A versão de Lucas é mais breve do que a dos outros sinópticos; por exemplo, ele omite as circunstâncias, registradas por Mateus e Marcos, de que ela foi ensinada de um barco a um público na margem. A parábola em si também é abreviada; e.g., o “terreno pedregoso” de Mateus/Marcos se torna pedras, uma expressão que não impede, de fato, a idéia de uma fina camada de terra para que a semente pudesse germinar. Mateus acrescenta a essa parábola uma série de outras que tratam todas do Reino dos céus; v.comentário dessas parábolas do reino em Mt 13:0; “ ... lhe fizeram perguntas acerca das parábolas”, Mc 4:10). Lucas, por outro lado, relata que eles perguntaram-lhe o que significava aquela parábola (v. 9). Jesus respondeu às duas perguntas. Em primeiro lugar, com relação ao ensino por parábolas, ele associou a sua resposta com Is 6:9Is 6:10. Mateus dá essa resposta, que de forma alguma é de fácil compreensão, com uma extensão considerável (Mt 13:10-40); Marcos a abrevia de forma bastante drástica (Mc 4:10-41); Lucas a abrevia ainda mais. Em segundo lugar, Jesus prossegue e explica o significado da parábola do semeador. Todos os três sinópticos registram a explicação, e suas versões diferem pouco umas das outras. As vezes, se sugere que, porque (entre outras coisas) a explicação é um tanto alegórica no seu método, ela deve ter vindo da igreja primitiva, e não do próprio Jesus. Mas, embora devamos concordar com o fato de que o ensino da maioria das parábolas é encontrado na história como um todo, e não nos seus detalhes considerados um a um, há algumas parábolas, como a dos lavradores maus (Lc

20:9-18), por exemplo, que são claramente alegóricas. A do semeador parece que é uma dessas parábolas.

v. 16-18. A parábola da candeia. Uma analogia breve que Mateus coloca no Sermão do Monte (Mt 5:15) e que o próprio Lucas repete em 11.33. Os versículos que seguem a analogia também são repetidos em outro lugar por Lucas; conforme 8.17 com 12.2, e 8.18 com 19.26. A luz brilha, e é responsabilidade da Igreja não permitir que seja escondida (v. 16), mas existe também a responsabilidade por parte do ouvinte com relação a como ele ouve (v. 18).


10) O protesto da família (8:19-21)

A medida que a fama de Jesus cresce, circulam histórias que dão aos seus parentes a impressão de que ele se tornou um desequilibrado mental, e assim eles o visitam com a esperança de convencê-lo a voltar para casa. Mas ele se recusa a se submeter até aos mais preciosos vínculos terrenos e fala do círculo muito maior daqueles que são seus parentes pela fé e obediência. V.comentário de Mc 3:31-35.

Observação: A questão da identidade dos irmãos de Jesus (v. 19,20) é debatida com fre-qüência. Quem eram eles? Teólogos católicos romanos, no seu desejo de salvaguardar a doutrina (não-bíblica) da virgindade perpétua de Maria, os consideram ou filhos de um casamento anterior de José, ou primos de Jesus. Mas parece não haver razão para não interpretar essas palavras no seu sentido natural, como o fez Tertuliano, e assim admitir que foram filhos que nasceram mais tarde a José e Maria.


11) Milagres (8:22-56)

V.comentário detalhado dessa seção em Mc 4:35—5.43.

Os eventos seguintes registrados por Lucas são quatro milagres extraordinários: Jesus acalma a tempestade (v. 22-25), liberta o endemoninhado e destrói os porcos (v. 2639), ressuscita a filha de Jairo (v. 40-42,4
956) e cura a mulher com a hemorragia (v. 43-48).
O Senhor e seus discípulos entram num barco para cruzar o mar da Galiléia, e é a primeira e única vez nos evangelhos que encontramos Jesus dormindo. Exausto em virtude do trabalho, o seu sono é profundo demais para ser interrompido por uma tremenda tempestade que irrompe. Os aterrorizados discípulos o acordam e, pasmos, vêem que a tempestade é acalmada por uma ordem dele.
Quando chegam ao outro lado, na região dos gerasenos, Jesus mal desembarca e já encontra uma figura estranha, nua e desgrenhada de um endemoninhado que vive nos túmulos. Os demônios que habitam nele são expulsos e recebem permissão de Jesus para possuir a manada de porcos que pasta na região, que imediatamente estoura e se lança no mar. Os que cuidavam dos porcos tiveram a visão maravilhosa do ex-endemoninhado agora vestido e em perfeito juízo, mas, em parte por terror e em parte por causa da perda de lucros dos seus porcos, imploram que Jesus vá para outro lugar. O homem curado quer seguir Jesus como um discípulo, mas ele ouve a orientação de que pode fazer algo muito melhor se permanecer para testemunhar na sua própria cidade.

A recepção indelicada de Jesus e o fato de o apressarem sem cerimônia a sair dali estão em forte contraste com a boa recepção que ele tem quando volta para o lugar de onde tinha vindo. Aqui mais um suplicante o encontra, dessa vez não um paciente, porque ela é somente uma menina de 12 anos, mas o seu pai, Jairo, o dirigente da sinagoga. Ele suplica a Jesus que venha e cure a criança.

O Senhor, no entanto, interrompe sua caminhada para a casa de Jairo a fim de curar uma mulher que por doze anos sofria de uma hemorragia e agora se esforça para passar entre a multidão e tocar na borda do manto dele, crendo que dessa forma seria curada.
O resultado dessa demora é a chegada de mais mensageiros de Jairo dizendo que a menina já morreu. Não obstante, Jesus continua a sua caminhada e encontra a casa de Jairo tomada pelos pranteadores profissionais, mas, visto que “não quer tornar a ressurreição dos mortos um negócio teatral e espetacular” (Geldenhuys, p. 262), ele deixa todos de fora, a não ser os pais da menina e os seus três discípulos mais íntimos, e, após entrar no aposento da morte com eles, realiza o segundo milagre de ressurreição, devolvendo a filha aos seus maravilhados pais.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lucas Capítulo 4 do versículo 16 até o 50

IV. O Ministério Ativo do Salvador. 4:16 - 9:50.

A primeira parte do ministério de nosso Senhor ocupou cerca de dois anos e meio. Inclui a escolha dos apóstolos, a maior parte dos seus ensinamentos e curas, e alcança o seu clímax na Transfiguração. Lucas estava empenhado em mostrar a Teófilo o caráter divino de Jesus, e a natureza profética de sua missão.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Lucas Capítulo 8 versículo 28
Mt 8:28-34 (conforme Mc 5:1-20; Lc 8:26-39) - Onde o endemoninhado foi libertado?


PROBLEMA:
Cada um dos três primeiros evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) faz um relato de Jesus libertando um endemoninhado. Mateus relata que essa libertação ocorreu na terra dos gadarenos. Entretanto, Marcos e Lucas dizem que foi na terra dos gerasenos.

SOLUÇÃO: Há um problema de textos nesse caso. O texto crítico do NT em grego (Nestle-Aland/Sociedades Bíblicas Unidas) menciona em IV arcos e Lucas o mesmo lugar a que se refere Mateus, ou seja, a terra dos gadarenos. Entretanto, alguns manuscritos dão esse local como sendo a terra dos gerasenos. É possível atribuir essa divergência nesses manuscritos a um erro de copistas. É provável que Gadara tenha sido a capital da região, e Mateus, portanto, referiu-se àquela área como sendo a terra dos gadarenos, porque o povo daquela região, quer vivessem em Gadara ou não, identificavam-se como gadarenos.

Marcos e Lucas possivelmente deram uma referência mais geral à terra dos gerasenos, que seria a região mais extensa dentro da qual o incidente ocorreu. Entretanto um escriba, confundindo a referência em Mateus - achando que era a cidade em vez do povo da região - pode ter achado que deveria corrigir os manuscritos, e assim alterou as referências para torná-las uniformes.
Parece que a melhor evidência textual está em favor de Gadara, embora haja opiniões divergentes entre comentaristas. Não há contradição nem erro nessas passagens, porque o problema surgiu em decorrência das transcrições, e não há evidência que demonstre ter havido um erro nos manuscritos originais.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56
Lc 8:1

6. OUTRA VIAGEM PELA GALILÉIA (Lc 8:1-42) -Lucas descreve um aspecto no ministério do Senhor, durante este período, que não é mencionado em nenhuma outra parte. Ele e os doze formaram um grupo viajante, indo de um lugar para o outro com a mensagem do reino de Deus; outro grupo, composto de mulheres de bens, providenciavam o necessário para que eles fossem recebidos e mantidos (1-3). Esse grupo de mulheres seguiu a Jesus até a cruz (vide Lc 23:49). Lucas continua esta seção com a parábola do semeador e sua interpretação (4-15), a qual é dada mais completamente em Mt 13:0. Disse Jesus por parábola (4). Lucas havia já usado o termo "parábola" em vários discursos resumidos de Jesus, porém esta é a primeira das parábolas mais elaboradas que daqui por diante se tornam mais comuns nos ensinos de nosso Senhor. São histórias ou ilustrações do mundo natural e da vida diária, as quais Ele empregou a fim de estabelecer o mundo espiritual e a vida espiritual. Vide notas em Mt 13:1-40; Mc 4:1-41.

>Lc 8:5

Eis que o semeador saiu a semear (5). Sua semente caiu em quatro tipos diversos de chão, e o ensino da parábola está em tais diferenças. Poderia bem ser denominada a parábola dos quatro tipos de selo. Os mistérios do reino de Deus (10). Os aspectos do mesmo que não podem ser descobertos por raciocínio humano e são compreendidos somente na luz da revelação divina. Para que vendo não vejam (10). O propósito de Cristo era pôr a verdade de tal forma que a mesma fosse escondida daqueles que estivessem indesejosos de acolhê-la, mas para ser cheia de sentido àqueles que a desejassem compreender. Vide Mq 4:12 n.

>Lc 8:16

Ninguém, depois de acender uma vela (16). A conexão entre este e os vers. precedentes está no fato de que ao responder à pergunta dos discípulos (9), Jesus havia acendido uma vela dentro deles e agora eles não mais podiam escondê-la mas espalhar a sua luz a outros. Se assim o fizessem, receberiam ainda mais luz. As referências que Lucas agrupou aqui estão espalhadas em três lugares diversos em Mateus (Mt 5:15; Mt 10:26; Mt 13:12).

>Lc 8:19

Sua mãe e Seus Irmãos (19). Vide notas em Mc 3:20-41, Mc 3:31-41. A família de José e Maria consistia de quatro filhos e pelo menos duas irmãs, todos eles nascidos depois de Jesus (Mt 13:55-40; Mq 6:3). Eles ainda não criam nEle (Jo 7:3-43). e provavelmente pensaram que Ele estivesse Se excedendo (Mc 3:21).

>Lc 8:22

7. UMA SÉRIE DE MILAGRES TÍPICOS (Lc 8:22-42) -Todos os Evangelhos sinóticos registram estes quatro milagres e na mesma ordem. Vide notas in loco. O relato de Mateus é o mais resumido de todos eles e o mais compacto (Mt 8:23-40-9:18-26) e o de Marcos o mais longo e também o mais detalhado (Mc 4:35-5.43). São milagres representativos e pertencem aos quatro diferentes domínios em que Jesus executou Suas obras poderosas. O amainar da tempestade no mar manifestou o Seu poder sobre o mundo natural (22-25); a libertação do Gadareno demoníaco manifestou Sua autoridade sobre o mundo do espírito (26-39); a cura da mulher que tocou Suas vestes mostrou Seu poder no domínio de nossa natureza física (40-48); e a ressurreição da filha de Jairo revelou Sua autoridade sobre o domínio da morte (49-56).

>Lc 8:24

Repreendeu o vento (24). A mesma palavra é empregada com respeito ao modo pelo qual Ele tratou da febre da mãe da mulher de Pedro (Lc 4:39). Atrás de todas as perturbações da natureza e as enfermidades de nossa composição física, Jesus viu a Seu próprio grande inimigo. Possuídos de temor (25). Os discípulos estavam tomados de temor na presença de um poder sobrenatural que antes nunca tinham visto em seu Mestre.

>Lc 8:30

Qual é o teu nome? (30); pergunta feita ao homem, a fim de suscitar nele um senso de sua própria personalidade. Vide Mq 5:9 n.

>Lc 8:42

Uma filha única (42). Somente Lucas menciona este fato tocante, tal como o faz no caso do filho da viúva (Lc 7:12), e novamente mais tarde no caso do rapaz demoníaco (Lc 9:38). Quem Me tocou? A pergunta de nosso Senhor deu à mulher uma oportunidade para que fizesse uma confissão voluntária e para que a mesma não fosse embora com uma bênção roubada. Ele não deixaria o Seu trabalho com ela ainda inacabado, mesmo sob a pressão urgente do pedido de Jairo.

>Lc 8:51

Pedro, Tiago e João (51). Estes três formavam um grupo íntimo dentre os doze, a quem Jesus escolheu para estarem com Ele em várias ocasiões especiais (vide Mt 17:1; Mt 26:37).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56

48.O escopo do ministério de Jesus (Lucas 8:1-3)

Logo depois, ele começou a ir em torno de uma cidade e de aldeia em aldeia, proclamando e anunciando o Reino de Deus. A doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual sete demônios haviam saído, e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que estavam contribuindo para o seu apoio fora de seus meios privados. (8: 1-3)

O plano de Deus que se desenrolou na vida e no ministério do Senhor Jesus Cristo é contra-intuitivo para a sabedoria humana convencional. Modernos chamados especialistas em metodologia ministério não teria criado uma estratégia tão estreita para trazer a salvação ao mundo, ao limitar a exposição do Filho de Deus para o pequeno, fraco, aguerrido, e oft-conquistado nação de Israel. Nem o seu plano de ter chamado por Ele para viver os primeiros trinta anos de sua vida na obscuridade em um pequeno vilarejo (Nazareth) em uma região de remanso (Galiléia), e em seguida, passar a esmagadora maioria dos seus três anos de ministério dentro das fronteiras de Israel. Eles teriam sido confundido por Sua rejeição de todos os líderes religiosos treinados e influentes, e em seu lugar Sua escolha de doze comuns, homens comuns para serem seus colaboradores mais próximos no ministério e pregadores. E desprezando o influente e poderosa, passava o tempo com as pessoas comuns, especialmente os pobres e excluídos da sociedade. Acolhedor dos pecadores e fulminante crítica à elite religiosa de Jesus só poderia ser visto como contraproducente para o impacto da Sua mensagem. Comerciantes modernos dificilmente teria sido surpreendido que Jesus acabou sendo rejeitado pela nação e que está sendo executado como um resultado do ódio dos líderes.

Mas especialistas mundanos que pensam como isso seria absolutamente errado na sua avaliação da estratégia de Deus. Com uma economia de tirar o fôlego de esforço, o Senhor Jesus Cristo perfeitamente e precisamente realizado o ministério que Lhe foi dado pelo Pai (Jo 17:4 Ele disse: "Eu não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." Anteriormente ele havia dito a seus discípulos: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar Sua obra "(Jo 4:34). Era para fazer a vontade do Pai que Ele veio ao mundo, como ele explicou em Jo 6:38: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou."

Jesus fez as tarefas que o pai lhe deu para fazer no tempo do Pai. Ele fez certo de que o mais importante dessas tarefas, a sua morte sacrificial, não ocorreu até o momento preciso, determinado pelo Pai.Antes dessa época, "ninguém pôs a mão nele, porque a sua hora ainda não havia chegado" (Jo 7:30; conforme v 1;. 08:20; Lc 13:33).

Finalmente, Jesus ministrou às pessoas a quem o Pai o enviou. Ele disse a uma mulher siro-fenícia, "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15:24). "Não vá no caminho dos gentios," Ele comandou os Doze quando os enviou a pregar, "e não entram em cidade de samaritanos; mas sim ir às ovelhas perdidas da casa de Israel "(Mateus 10:5-6.). Estreitando Seu foco ainda mais, Jesus disse que Ele fez "não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Lc 5:32; conforme 4: 18-19). Ele judicialmente abandonou os orgulhosos, escribas hipócritas e fariseus, dizendo aos seus discípulos: "Deixai-os; são guias cegos. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão em um buraco "(Mt 15:14). Quando "alguns dos escribas e fariseus disseram-lhe: Mestre, queremos ver um sinal de Você" (Mt 12:38) Jesus ", respondendo, disse-lhes:" Uma geração má e adúltera pede um sinal ; e ainda nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas "(v 39;. conforme Lc 11:29). O exemplo do Senhor ilustra o princípio de que a concentração é a chave para a multiplicação. A maneira de multiplicar um ministério é intensamente por ensinar as pessoas as verdades da Escritura de mudança de vida, e não por manipulação e truques de marketing inteligentes.

O ESCOPO DO MINISTÉRIO DE JESUS FOI LIMITADO GEOGRAFICAMENTE

de uma cidade e de aldeia em aldeia (8: 1b)

Que Jesus iria restringir o âmbito de seu ministério por gastar tanto dele viajando de uma cidade e de aldeia em aldeia na Galiléia é inexplicável do ponto de vista da filosofia moderna do ministério.Jerusalém, o centro cultural e intelectual de Israel, deve ter sido o seu alvo. Galiléia, por outro lado, era uma área predominantemente rural, cujos moradores plebian foram desprezados pelos judeus sofisticados. Quando alguns diziam de Jesus: "Este é o Cristo" outros zombou deles, dizendo "Certamente o Cristo não virá da Galiléia, é Ele?" (Jo 7:41). Quando Nicodemus protestou julgamento de Cristo, os fariseus sem investigá-lo eles zombaram dele. Eles "Você não é também da Galiléia, não é?", Disse com desdém. "Pesquisar, e ver que nenhum profeta surge da Galiléia" (v. 52). Mais tarde, o Sinédrio era surpreendido que galileus simples, como Pedro e João podia falar com tanta confiança, ousadia e inteligência (At 4:13).

Everywhere Jesus foi tornou-se seu púlpito, as encostas, vales e praças públicas da Galiléia foram preenchidos com enormes multidões que se reuniram para ouvi-Lo (conforme vv. 4, 19, 40, 45). Alguns argumentam que a animosidade crescente de os líderes religiosos judeus haviam causado Jesus a ser proibido de pregar nas sinagogas. Como prova disso, eles apontam para a falta de qualquer referência a sinagogas nesta declaração sumária. Mas um resumo não precisa entrar em detalhes exaustivos, de modo que o argumento do silêncio não é convincente. Além disso, Mt 9:35, Mt 13:54, 06:59 e João registro Jesus pregando nas sinagogas da Galiléia após os acontecimentos desta passagem, enquanto Lc 13:10 registra Sua pregação em uma sinagoga judaica, que também veio mais tarde, em ordem cronológica. Após sua prisão, Jesus disse ao sumo sacerdote Anás, "Eu tenho falado abertamente ao mundo; Eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem; e eu falei nada em segredo "(Jo 18:20), o que implica que Ele continuou a pregar nas sinagogas em todo o seu ministério.

Apesar da extensão geográfica limitada de seu ministério, Jesus tem influenciado o mundo inteiro através do registro inspirado pelo Espírito de Sua vida e ministério registrado nos Evangelhos e no poder de Sua igreja.

O ESCOPO DO MINISTÉRIO DE JESUS FOI LIMITADO TEOLOGICAMENTE

proclamando e anunciando o Reino de Deus (8: 1-C)

Jesus não cobrem um amplo espectro de assuntos em sua pregação. Ele não enfatizar as questões sociais ou políticas, envolver-se em discussões filosóficas especulativos, ou oferecer lições de auto-ajuda com base no sucesso e prosperidade. O único foco do ministério do Senhor limitou-se a proclamar e pregar o reino de Deus (conforme 04:43; 09:11; 16:16; 04:17 Matt; At 1:3, Jesus usou os dois termos como sinônimos. Ambos se referem à esfera da salvação, onde Deus reina sobre os remidos (Mt 19:26; conforme Mt 21:31; Mc 1:15; João 3:3-5.; At 8:12).

Para pregar o reino de Deus é proclamar a boa notícia de que os pecadores podem ser entregues a partir de reino das trevas de Satanás para o reino do Filho amado de Deus (Cl 1:13). Pecadors responder ao chamado para entrar no reino, antes de tudo, pelo arrependimento. Tanto João Batista (Mat. 3: 2-8) e Jesus (Mt 4:17; Lc 5:32; Lc 13:3) apelou para os pecadores se arrependam e condenou aqueles que se recusaram a se arrepender (Mt 11:1). Jesus também instruiu seus discípulos a pregar a mesma mensagem (Mc 6:12; Lc 24:47). A entrada para o reino de Deus também exige fé.Jesus não só chamado para o arrependimento, mas também ensinou que os pecadores precisam crer no evangelho, a fim de ser salvo (Mc 1:15; Lc 7:50; Jo 6:29; Jo 8:24; Jo 12:36).

Aqueles que entram no reino de Deus por meio do arrependimento e da fé vai se manifestar amor a Deus. Jesus declarou que o maior mandamento é amar a Deus com todo o nosso coração, alma, mente e força (Marcos 12:28-30). Eles também são marcados por um compromisso completo e definitivo para obedecer a Deus. Quando um candidato a seguidor disse a ele: "Eu te seguirei, Senhor; mas primeiro permita-me dizer adeus para os que estão em casa "(Lc 9:61) Jesus respondeu:" Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus "(v. 62 ). O Senhor mostrou que comprometimento total nas parábolas Ele contou em 13 44:40-13:46'>Mateus 13:44-46:

O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem achou e escondeu novamente; e de gozo, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. Mais uma vez, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas, e em cima de encontrar uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou-a.
Refletindo o compromisso absoluto que marca os do reino de Deus Paulo escreveu:

Todas as coisas que para mim era lucro, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo. (Fp 3:7-8.)

O Senhor também ensinou que aqueles no reino deve viver em obediência ao rei; o Sermão da Montanha, em particular, descreve em detalhes as características daqueles que entraram no reino de Deus. Mesmo após a ressurreição de nosso Senhor este foi o tema de seu ensino para os quarenta dias antes de seu retorno ao céu, ampliando o conhecimento dos seus apóstolos das características do reino (At 1:3 Mt 8:14:31.): 15-16; 16: 8-11., Marcos 4:10-13; Mc 9:32; Jo 20:9). Mas Ele derramou a Sua vida para eles, e transformou-os em homens que transformam o mundo de cabeça para baixo.

O apóstolo Paulo também entendeu a importância de derramar sua vida em um grupo limitado de pessoas. Escrita pouco antes de sua execução a Timóteo, um dos que iria continuar o seu ministério depois de sua morte, Paulo ordenou-lhe: "As coisas que você já ouviu falar de mim na presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de ensinar a outros "(2Tm 2:2;. Mc 15:47; João 20:1-18). Esta é a sua única aparição nos Evangelhos. (Como observado no capítulo anterior deste volume, ela não era a mulher pecadora que ungiu Jesus na casa de Simão, o fariseu [Lucas 7:36-50]). Nem o fato de que sete demônios tinha saído de sua provar que ela tinha vivido uma vida imoral, já que não há conexão necessária entre possessão demoníaca e imoralidade.

Joanna era a mulher de Cuza, procurador de Herodes (a classificação oficial de alta, possivelmente o gerente da propriedade Antipas '). Como Maria Madalena, ela era uma testemunha para o sepultamento de Jesus e ressurreição (Lc 23:55; Lc 24:10), e, provavelmente, a crucificação também. A influência de Cristo alcançou em lar de Herodes Antipas, bem como a pequena aldeia de Magdala.Outra pessoa perto de Herodes Antipas, Manaém, viria a se tornar um dos líderes da igreja em Antioquia (At 13:1), homens e mulheres de todos os estratos da vida. Não havia limites para o alcance de seu ministério a esse respeito. As mulheres, incluindo Elisabete (Lucas 1:5-25, 39-45, 57-60), Maria (Lucas 1:2), Anna (Lucas 2:36-38), Pedro da mãe-de-lei 8 (Matt.: 14-15), a viúva de Naim (Lucas 7:12-15), Maria e Marta (Lucas 10:39-42; João 11:1-45; 12: 1-8), a mulher na parábola do moeda perdida (Lucas 15:8-10), a viúva na parábola do juiz iníquo (Lucas 18:3-5), e a viúva que ofereceu suas duas últimas moedas (Lucas 21:1-4), desempenhou um papel na vida e ministério de Jesus Cristo, que excedeu em muito a sua importância na sociedade judaica contemporânea.

O ESCOPO DO MINISTÉRIO DE JESUS FOI LIMITADO MATERIALMENTE

e muitos outros que estavam contribuindo para o seu apoio fora de seus meios privados. (8: 3b)

Além das mulheres mencionadas acima, muitos outros , homens e mulheres, com o apoio do ministério de Cristo por contribuir para o seu [Jesus e os Doze] apoio fora de seus meios privados . O ministério de Jesus dependia das pequenas contribuições de outras pessoas cujas vidas Ele tinha mudado. Os discípulos tinham deixado tudo para segui-Lo (Mt 19:27.), Incluindo as suas profissões (Mc 1:20; Lc 5:28) e suas casas (Lc 18:28). O próprio Jesus tinha "onde reclinar a cabeça" (Lc 9:58), e no momento da sua morte nada propriedade, mas as roupas que ele usava (Lc 23:34).As contribuições magros eles receberam eram generosos o suficiente para que Jesus e os Doze foram capazes de contribuir para os pobres (Jo 13:29). Nenhum deles pessoalmente prosperou, como a frustração de evidências Judas (João 12:1-6).

O ministério do Senhor demonstra o princípio bíblico de que "aqueles que anunciam o evangelho, [são] para obter a sua vida a partir do evangelho" (1Co 9:14; Lc 10:7). Portanto, "o que é ensinado a palavra é compartilhar todas as coisas boas com aquele que ensina a ele" (Gl 6:6) e já não deve isso. Mas transformado pela graça cristãos de Deus, por amor e gratidão, procuram imitar o sacrificial graça, amando Ele derramou sobre eles.

O Senhor Jesus Cristo realizou a vontade soberana de Deus, ministrou onde Deus o colocou, proclamou a mensagem de Deus, serviu-se em discipular alguns homens fiéis, abraçou homens e mulheres de todas as esferas da vida, e dependia das contribuições daqueles que tinham beneficiado de Seu ministério, Ele é o modelo perfeito para todos aqueles que servi-Lo em gratidão e amor.

49. A receptividade ao Evangelho: A Parábola dos Solos (Lucas 8:4-15)

Quando uma grande multidão estava vindo junto, e os de várias cidades estavam viajando para Ele, Ele falou por meio de uma parábola: "O semeador saiu a semear a sua semente; E quando semeava, uma parte caiu à beira do caminho, e foi pisada e as aves do céu a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, e assim que ele cresceu, secou-se, porque não havia umidade. Outras sementes caíram entre os espinhos; e os espinhos cresceram e sufocaram-lo. E outra caiu em boa terra, e cresceu, e produziu uma colheita de cem vezes maior. "Como Ele disse estas coisas, Ele gritava:" Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça. "Seus discípulos começaram interrogá-lo sobre o que significava essa parábola. E Ele disse: "A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas para o resto é por meio de parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam. Agora, a parábola é este: a semente é a palavra de Deus. Aqueles ao lado da estrada são aqueles que ouviram; depois vem o diabo e tira a palavra do seu coração, para que eles não vão acreditar e ser salvos. Aqueles que estão no solo rochoso são aqueles que, quando ouvem, recebem a palavra com alegria; e estes não têm raiz firme; eles acreditam que por um tempo, mas na hora da provação se desviam. A semente que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram e, como eles entram em seu caminho, são sufocados com preocupações e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com a maturidade. Mas a semente em boa terra, esses são os que ouviram a palavra em um coração honesto e bom, e mantê-lo rápido, e dão fruto com perseverança. (Lucas 8:4-15)

A boa notícia da salvação é tão inexplicavelmente maravilhoso e glorioso que palavras não podem expressar a sua magnificência. Aqueles que experimentaram a salvação bênçãos-perdão dos pecados (At 10:43) e à liberdade de sua tirania:; (Rom 6 1-7.) justificação (Romanos 3:20-28.); a vida eterna (Jo 3:16); paz com Deus (Rm 5:1.); a habitação (2Tm 1:14.); enchimento (. Ef 5:18); E AUTORIZAÇÃO (At 1:8.); a esperança do céu (1Pe 1:4) revelado na palavra da verdade (Jo 17:17) —Encontrar que é difícil entender como alguém poderia rejeitá-la. Afinal, quem recusaria a vida eterna em favor da punição eterna? Quem iria segurar para o inferno e rejeitar o céu?Quem recusaria eterna alegria e paz, e em seu lugar preferem em vez miséria e dor?

A parábola do Senhor relacionado nesta passagem responde a pergunta de por que ao longo da história redentora a maioria das pessoas que rejeitaram o evangelho (Mt 7:14; Mt 22:14; 13 23:42-13:24'>Lucas 13:23-24.). É crucial para uma compreensão adequada do evangelismo, e revela que tipo de respostas crentes podem esperar quando apresentar o evangelho. Ilustração simples de Jesus oferece uma visão profunda e inesquecível para o sujeito de receptividade ao evangelho. Ele deixa claro que a questão não é a mensagem do evangelho, nem é a habilidade ou metodologia daqueles proclamá-la. O fator determinante é a condição do coração do ouvinte.

A importância do coração não pode ser exagerada. "Cuidado sobre o coração com toda a diligência," aconselhou Salomão ", porque dele procedem as fontes da vida" (Pv 4:23). Jesus observou que "a boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12:34), e advertiu que "as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e calúnias "(Mt 15:18-19; conforme Marcos 7:21-23.). Escritura descreve tal coração como

  • ímpios (Pv 26:23)
  • desesperAdãoente doente (Jr 17:9)
  • mal (Gn 8:21;. Jr 3:17)
  • insana (Ec 9:3)
  • enganoso (Jr 17:9)
  • impenitente (Rm 2:5)
  • blind (Rm 1:21)
  • enganado (Is 44:20)
  • endurecido (Ef 4:18)
  • orgulhoso (Pv 16:5)
  • tolo (Rm 1:21)
  • idólatra (Ez. 14: 3-4)
  • rebelde (Jr 5:23)
  • perversa (Sl 101:1:.. Sl 101:4; Pv 11:20)
  • teimoso (Jr 5:23)
  • maçantes (At 28:27)
  • Todos esses termos negativos expor as profundezas da depravação humana.

    O relato de Mateus é o cenário para esta parábola. No dia em que Ele disse que, Jesus deixou uma casa (provavelmente aquela em que sua mãe e seus irmãos encontraram-[Matt. 12: 46-50]) e foi para a costa do Mar da Galiléia (13: 1). Devido às grandes multidões que o pressionou, Jesus entrou num barco e sentou-se para ensinar o povo (conforme Lc 5:3, Mt 13:33, Mt 13:44, 13 45:40-13:46'>45-46) analogias, eles também poderiam ser estendidos, como é este. Parábolas colocado profunda verdade teológica em contextos familiares, tornando-a viva, interessante, inesquecível, e facilmente lembrados.

    Embora Jesus fez-se tais analogias todo o Seu ministério, esta parábola marcou um importante ponto de viragem. Desse momento em diante Jesus falou às multidões só em parábolas (Mt 13:34). Isso foi um ato deliberado de julgamento por parte dele. Aqueles que não acreditaria agora não podia; os tolos que odiavam conhecimento (Pv 1:22) foram privados dele. Ao apresentar seu ensino em parábolas, Jesus escondeu a verdade de rejeitar os incrédulos e revelou-lo apenas para seus fiéis seguidores. Sem uma explicação, uma parábola pode significar qualquer coisa ou nada; é pouco mais do que um enigma.Véu da verdade do Senhor significa que o julgamento tinha caído sobre Israel para que eles não podiam mais compreender o ensino de seu próprio Messias. Aqueles que tinham rejeitaram foram fixados na escuridão eles adoraram (Jo 3:19). Apenas os discípulos do Senhor entendeu as parábolas, porque só eles receberam Sua explicação deles. O relato de Marcos desta registros de incidentes que Jesus "estava dizendo para [os discípulos]", para que você foi dado o mistério do Reino de Deus, mas os que estão fora colocar tudo em parábolas, para que ao ver, eles podem ver e não percebem, e, ouvindo, ouçam e não entendam, caso contrário, eles podem voltar e ser perdoados '"(Marcos 4:11-12).

    Nesta passagem, o Senhor disse a parábola à multidão, e depois interpretou em particular aos seus discípulos.

    A PARÁBOLA

    "O semeador saiu a semear a sua semente; E quando semeava, uma parte caiu à beira do caminho, e foi pisada e as aves do céu a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, e assim que ele cresceu, secou-se, porque não havia umidade. Outras sementes caíram entre os espinhos; e os espinhos cresceram e sufocaram-lo. E outra caiu em boa terra, e cresceu, e produziu uma colheita de cem vezes maior ". (8: 5-8)

    Esta história simples descrita uma atividade que era muito familiar para os ouvintes de Jesus, desde a Galiléia foi em grande parte uma região agrícola. Na verdade, enquanto estavam ao longo da costa naquele dia eles podem até ter visto isso acontecendo na distância. Quando um semeador saiu a semear a sua semente que ele usou um método conhecido como radiodifusão. Que envolveu andando para cima e para baixo os sulcos no campo arado espalhando a semente com a mão. A semente caísse em diferentes tipos de solo, dos quais o Senhor menciona quatro.

    Alguns da semente caiu à beira do caminho . Jesus não estava se referindo a uma rua ou estrada, mas para os caminhos batidos que separavam as tiras estreitas de terra cultivada. Os agricultores usaram esses caminhos para acessar seus campos arados, e os viajantes usou para viajar pelo interior (conforme Mt 12:1; Jo 19:2). Todos estavam muito acima do rendimento médio de um agricultor poderia esperar.

    A INTERPRETAÇÃO

    Como Ele disse estas coisas, Ele gritava: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça." Seus discípulos começaram a interrogá-lo sobre o que significava essa parábola. E Ele disse: "A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas para o resto é por meio de parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam. Agora, a parábola é este: a semente é a palavra de Deus. Aqueles ao lado da estrada são aqueles que ouviram; depois vem o diabo e tira a palavra do seu coração, para que eles não vão acreditar e ser salvos.Aqueles que estão no solo rochoso são aqueles que, quando ouvem, recebem a palavra com alegria; e estes não têm raiz firme; eles acreditam que por um tempo, mas na hora da provação se desviam. A semente que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram e, como eles entram em seu caminho, são sufocados com preocupações e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com a maturidade. Mas a semente em boa terra, esses são os que ouviram a palavra em um coração honesto e bom, e mantê-lo rápido, e dão fruto com perseverança. (8: 8 b-15)

    Como disse esta história, Jesus gritava: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça" (conforme 14:35; 11:15 Matt;. 13:43; Mc 4:23). Esse desafio distinção entre aqueles que desejavam compreender o que Ele estava ensinando, e aqueles que não o fizeram. Não é novidade que, somente Seus discípulos estavam interessados, e eles começaram a interrogá-lo sobre o que significava essa parábola . A resposta de Jesus revelou o incrível privilégio que era deles: ". Para você que foi concedido conhecer os mistérios do reino de Deus" Os mistérios de que o Senhor falou são verdades espirituais ocultos através era o Antigo Testamento e reveladas no Novo (veja a discussão dos mistérios do Novo Testamento, no capítulo 16 deste volume). O reino de Deus , como foi observado no capítulo 19 deste volume, refere-se à esfera da salvação, onde Deus reina sobre o seu povo. Mas como mencionado acima, para o resto que rejeitam a verdade, parábolas são um ato de julgamento, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam (13 conforme Matt 12:13.). Mateus registra que Jesus elaborou sobre essa declaração de julgamento, citando a profecia de Isaías familiarizado:

    Em seu caso, a profecia de Isaías está sendo cumprida, que diz: "Você vai continuar a audiência, mas não vai entender; você vai continuar vendo, mas não percebam; para o coração deste povo tornou-se monótona, com os ouvidos que ouvem mal, e eles fecharam os olhos, caso contrário eles iriam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure . "(13 14:40-13:15'>Mateus 13:14-15; conforme Isa. 6: 9-10.)

    Porque eles deliberAdãoente endureceram o coração contra a verdade, Deus judicialmente os endureceu, assim como fez com o Faraó (conforme Ex 8:15; Ex 14:8.), Os crentes podem (v 16; conforme Mt 13:1).

    Após ter deixado claro que a verdade contida na parábola era apenas para os seus discípulos, Jesus identificou os seus elementos-chave. Significativamente, Ele não revelou o nome do semeador (como Ele assim se identificou em sua explicação da parábola do joio e do trigo [Mt 13:37]), uma vez que o semeador não é a questão. Quem proclama o evangelho é um semeador. Jesus identificou a semente comoa palavra de Deus , especificamente, neste contexto, a mensagem do evangelho da salvação. Pedro usou essa mesma analogia, quando escreveu: "Você nasceu de novo não de semente corruptível, mas incorruptível, ou seja, através da palavra viva e duradoura de Deus" (1Pe 1:23; conforme Rm 10:17. ). Nenhuma semente artificial, sintética pode substituir a semente divina e produzir melhores resultados;tentando alterar a mensagem do evangelho para torná-lo mais palatável para os incrédulos traz julgamento (Gal. 1: 8-9) e só pode resultar em falsas conversões. O solo representa o coração (12 vv., 15), e os quatro tipos de solo descrever as várias condições de as almas daqueles que ouvem o evangelho.

    O Roadside Soil

    Aqueles ao lado da estrada são aqueles que ouviram; depois vem o diabo e tira a palavra do seu coração, para que eles não vão acreditar e ser salvos. (8:12)

    O duro-acumulada, solo impenetrável ao lado da estrada (via através dos campos) simboliza aqueles que ouviram o evangelho, mas rejeitá-la completamente. Como aquele solo, os corações de tais pessoas estão endurecidos contra a verdade. O Antigo Testamento se refere a eles como duro de coração (Sl 95:8..) E de dura cerviz (Dt 10:16; 2Rs 17:142Rs 17:14; Ne 9:29; Jr 7:26vem o diabo e tira a palavra do seu coração, para que eles não vão acreditar e ser salvos . Satanás faz isso por meio de falsos mestres (Mt 7:15-20.), O medo do homem (João 0:42), embaraço à identificação com Jesus Cristo, orgulho (Jc 4:6.), Duvido que os privar de acreditar e ser salvos , e, acima de tudo, pelo amor do pecado (Jo 3:19).

    O solo rochoso

    Aqueles que estão no solo rochoso são aqueles que, quando ouvem, recebem a palavra com alegria; e estes não têm raiz firme; eles acreditam que por um tempo, mas na hora da provação se desviam. (8:13)

    O raso solo rochoso imagens de quem faz uma profissão de fé superficial. Essas pessoas parecem à primeira vista, o oposto dos mais duros de coração representados pelo solo de beira de estrada. Longe de rejeitar a verdade quando ouvem proclamou, eles inicialmente recebem a palavra com alegria . Sua euforia pode convencer muitos que sua conversão é real. Eles não são apenas interessado e receptivo, mas também exuberante e alegre, mas não por muito tempo. O problema é que uma vez que estes não têm raiz firme eles apenas crêem por algum tempo .

    Perseverança marca genuína fé salvadora. "Se vós permanecerdes na minha palavra," Jesus disse a alguns que professavam a fé nEle, "então você é verdadeiramente meus discípulos" (Jo 8:31). Paulo escreveu aos Colossenses que aqueles que foram reconciliados com Deus "continuar na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho" (Cl 1:23). O escritor de Hebreus lembrou seus leitores: "Nós nos tornamos participantes de Cristo, se nos ativermos o início da nossa confiança até ao fim" (He 3:14;. Conforme v 6;. 4:14; Mt 24:13). Desde a sua fé não é genuína, falta-lhes o manto da justiça que veste a remidos (Is 61:10).

    Também não é a ausência de alegria uma marca distintiva de uma falsa conversão. Emoção não é um indicador definitivo da realidade espiritual. A salvação é uma obra de Deus, uma operação divina que pode ou não pode produzir uma reação emocional imediata. A verdadeira fé salvadora vai resistir ao teste do tempo e segurança, paz e alegria são operada pelo Espírito Santo no coração dos redimidos.
    O que torna evidente que a fé daqueles simbolizado pelo solo rochoso é superficial e não a poupança é que na hora da provação eles caem . O calor escaldante do sol revela que as plantas no solo rochoso não têm uma estrutura de raiz profunda. Por causa do que eles são incapazes de tirar os nutrientes e umidade do solo que eles precisam para sobreviver. Da mesma forma tentação ( peirasmos ; "tentação", "julgamento", "Teste"), aflição e perseguição (. Mt 13:21) causar falsos crentes a cair a partir de sua profissão de fé.

    Logo depois de experimentar o milagre que teve o maior impacto de qualquer numericamente o Senhor realizou, a alimentação dos 5:000 (João 6:1-13), muitos candidatos a discípulos "se retirou e não estavam andando mais com ele" (v 66. ). Eles foram fervorosamente na esperança de que Jesus seria o rei conquistador que iria expulsar os odiados romanos e inaugurar um reino glorioso para Israel. Mas eles encontraram o ensino de Cristo sobre a verdadeira natureza da salvação e ao Seu chamado para entrega total a Ele (vv. 26-65) inaceitável, e abandonaram permanentemente. Como o apóstolo João escreveu mais tarde: "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, para que ele iria ser demonstrado que todos eles são não de nós "(1Jo 2:19).

    A fé dos verdadeiros crentes, ao contrário, não é esmagado por provações, mas fortalecido por elas. Tiago encorajou os crentes, "Considerai tudo com alegria, meus irmãos, quando se deparar com várias provações, sabendo que a provação da vossa fé produz perseverança. Ea perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma "(Tiago 1:2-4). Quando confrontados com uma provação dolorosa que o Senhor escolheu para não remover (2 Cor. 12: 7-9) Paulo respondeu: "De boa vontade, pois, eu gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim . Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, por amor de Cristo; Porque, quando sou fraco, então é que sou forte "(vv. 9-10). O escritor de Hebreus exortou os crentes em ensaios para lembrar que "toda a disciplina no momento não parece ser alegre, mas de tristeza; ainda para aqueles que têm sido por ela exercitados, depois produz um fruto pacífico de justiça "(He 12:11). Pedro escreveu: "Depois de ter sofrido por um pouco de tempo, o Deus de toda graça, que vos chamou à sua eterna glória em Cristo, Ele mesmo vai perfeito, confirmar, fortalecer e estabelecer-lo" (1Pe 5:10).

    Quando os testes e provações, eles revelam se a fé é real ou superficial. As mesmas provações que perfeita justiça nos crentes endurecer descrentes em seu pecado.

    O espinhoso Soil

    A semente que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram e, como eles entram em seu caminho, são sufocados com preocupações e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com a maturidade. (8:14)

    A semente que caiu entre os espinhos, imagens de um outro grupo daqueles que ouviram o evangelho e, inicialmente, aceitou. Mas a verdade é logo preteridas não pelo sofrimento, mas por prazer. Este solo parece bom; não é hard-embalados, é profunda e não tem cama rocha subjacente. Mas existem impurezas nele, outra vida que é nativo a ele. Por outro lado a semente, a Palavra de Deus, não é natural no coração dos pecadores. Como resultado, embora as sementes brotam, são sufocados com preocupações e riquezas e deleites da vida (conforme Mt 13:22.), que, como fizeram com o jovem rico (Lucas 18:18-25), manter o pessoas retratadas pelo solo espinhoso de receber a vida eterna.

    Essas pessoas duplas-minded (Jc 1:8.). Eles são consumidos com coisas pecaminosas temporais-prazeres, anseios e desejos, ambição, carreira, casas, carros, de prestígio, relacionamentos, fama, tudo o que sufocam a semente do evangelho de modo que eles não dão fruto com a maturidade . A semente do evangelho não irá produzir o fruto da justiça a menos que o coração é purgado.

    Este é o coração mundano preocupado, varrido pela sedução das riquezas. Paulo escreveu sobre essas pessoas, "Aqueles que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na ruína e perdição" (1Tm 6:9)

    Não há nada errado em desfrutar as coisas que Deus oferece graciosamente (1Tm 6:17). A prioridade, no entanto, é a de "buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6:33). Aqueles que entendem o verdadeiro valor do evangelho estaria disposta a abrir mão de tudo para possuí-la, se isso era o que o Senhor pediu (13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46).

    O Good Soil

    Mas a semente em boa terra, esses são os que ouviram a palavra em um coração honesto e bom, e mantê-lo rápido, e dão fruto com perseverança. (8:15)

    Em contraste com os primeiros três solos, a semente em boa terra produz salvação genuína. Este último solo representa aqueles que ouviram a palavra em um coração honesto e bom , um que é realmente e verdadeiramente bom, sem duplicidade. Eles são aqueles que entendem a palavra (. Mt 13:23), aceitá-la (Mc 4:20), e mantê-lo rápido , em obediência em curso (conforme Lc 11:28; Jo 14:15, Jo 14:21; Jo 15:10) . Ao contrário do solo de beira de estrada, onde a semente nunca penetra, o solo rochoso onde brota de forma breve e cernelha, eo solo espinhoso onde é sufocada, o bom solo é devidamente preparado. A semente vai crescer em plantas maduras que dão fruto com a perseverança que marca a fé genuína (veja a discussão da perseverança acima). Como observado acima, aqueles que abandonam sua profissão de fé provar que nunca foi real.

    Fruit engloba as boas obras que acompanham a salvação (Mt 3:8), incluindo tanto as atitudes (5 Gal: 22-23.) e ações (Cl 1:10; Fp 1:11.). Atitude fruta produz ação fruto, e para tentar gerar uma ação fruto além do que resulta em legalismo, como o que o Senhor condenou os escribas e fariseus. Como ambos Mateus (13:
    23) e Marcos (04:
    20) As contas revelam, há vários graus de fecundidade.Todos os crentes, no entanto, vai ter alguma fruta genuíno (Ef 2:10.); fruitlessness é uma marca de falsa, a fé não-poupança (Jo 15:2.).

    Uma boa compreensão dessa parábola magistral deve ter uma profunda influência sobre a forma como a igreja faz evangelismo. Jesus ensinou que a variável não é o método ou a habilidade de o apresentar o evangelho, ou o próprio-as coisas que são frequentemente o foco da metodologia evangelística contemporânea mensagem. A variável é o coração. Mais especificamente, não é a natureza do coração; em analogia do Senhor todos os quatro tipos de solo são compostas da mesma terra. O fator determinante na forma como as pessoas respondem ao evangelho é as influências que prevalecem em cima e dominar seus corações.

    Conviction, que prepara o coração para receber o evangelho, é a obra do Espírito Santo (Jo 16:8)., Uma vez que" a fé vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo "(v. 17).

    Os crentes devem apresentar a mensagem cheia de salvação e não apenas se concentrar em suas bênçãos. Antes as pessoas podem experimentar essas bênçãos que devem vir a enfrentar a realidade de que eles são pecadores, enfrentando a ira de Deus e juízo eterno. Eles devem reconhecer que a sua única esperança reside na salvação que Ele tem proporcionado através da morte sacrificial de Seu Filho. Por isso os cristãos têm de explicar o pecado para o perdido antes de apresentar oferta graciosa de Deus de perdão. Como o pastor e teólogo puritano João Owen observou, aqueles que teriam suas almas justificados pela graça deve ter seus pecados julgados pela lei ( o perdão dos pecados [Reprint; Grand Rapids: Baker 1977], 60). Só então o solo duro será lavrada, a rocha da cama quebrada, e as ervas daninhas removido, preparando o solo bom para produzir o fruto da salvação.

    50. Tenha cuidado como você Ouvir (Lucas 8:16-21)

    "Agora ninguém depois de acender uma lâmpada de cobre sobre isso com um recipiente, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. Pois nada está oculto que não se tornará evidente, nem escondida que não será conhecido e vir à luz. Portanto, tome cuidado que você ouve; por que tem, dar-lhe mais será dado; e quem não tem, até o que ele pensa que tem lhe será tirado. "E sua mãe e seus irmãos vieram a Ele, e eles foram incapazes de chegar a ele por causa da multidão. E foi relatado a Ele: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora, querendo te ver." Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e fazê-lo." (8: 16-21)

    Ouvir é uma habilidade importante e muitas vezes negligenciada. Bons ouvintes são bons amigos e para fazer boa companhia. Eles fazem bons professores e conselheiros. Ouvintes pobres, por outro lado, quer apenas se ouvir falar, e mesmo quando eles parecem estar a ouvir muitas vezes eles só estão planejando o que vão dizer em seguida. Solomon descrito ouvintes pobres como aqueles que trazem loucura e vergonha para si mesmos, dando uma resposta sem totalmente ouvir a pergunta (Pv 18:13) .Eles enganar-se fora da melhor nos relacionamentos da vida.

    Mas ao ouvir outras pessoas tem valor temporal escuta de Deus tem significado eterno. A advertência de Cristo no versículo 18: "Cuide como você ouvir," é um tema constante nas Escrituras. O comando, "Ouvi a palavra do Senhor" aparece cerca de trinta vezes no Antigo Testamento (por exemplo, 2Rs 20:16; 50 Ps:. 7; Is 1:10; Is 28:14; 48:. Is 48:1; Jr 2:4). Em passagens como Sl 81:8, e Jr 11:4Jr 17:20Jr 42:15 Deus exortou o seu povo para ouvi-lo. Na transfiguração Deus ordenou: "Este é o meu Filho amado, escutai-O!" (Mc 9:7 Deus lamentou: "O meu povo não ouviu a minha voz, e Israel não obedeceu Me. Então eu os entregou a obstinação do seu coração, para andar em seus próprios dispositivos. Oh que o meu povo me ouviria, se Israel andasse nos meus caminhos! "Is 30:9 Deus indiciado-los como um "povo mau, que se recusam a ouvir as minhas palavras." "Esta tem sido a sua prática a partir de sua juventude:" Deus disse em Jr 22:21, "que você não obedeceu à minha voz "(conforme 07:26; 11:10; 17:23; 35:17; 36:31; 40: 3; Sl 106:1:. Sl 106:25; Is 28:12; Is 66:4, Lc 8:13, Lc 8:14, Lc 8:15); o que diferencia as pessoas é como eles reagem à verdade que ouvem.

    O tipo de pessoas são ouvintes revela sua condição espiritual. Muitos fazem uma resposta superficial ao Senhor Jesus Cristo, mas Ele um dia vai dizer-lhes: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade "(Mt 7:23; 25: 11-12.). Jesus disse que tais são os que ouvem as suas palavras, mas não conseguem agir sobre eles (Mt 7:26). Quando o dilúvio do julgamento divino vem, suas casas espirituais, falta um alicerce espiritual sólida, será varrido (v. 27). Por outro lado, aqueles que ouvem as palavras de Cristo e obedecê-las são os seus verdadeiros discípulos (v 24; conforme João 8:31-32., Jo 8:47; 10: 3-5., Jo 10:16, Jo 10:27; 1 Cor 2: 12— 16).

    Jesus desafiou aqueles que se identificaram como seus discípulos, que estavam reunidos em volta dele para ouvir a Sua explicação da parábola dos solos, para cuidar como eles escutam. Ele observou quatro maneiras pelas quais os verdadeiros ouvintes escutam a palavra: evangelisticamente autenticamente, frutífera e obedientemente.

    A VERDADEIRO OUVINTE ESCUTAS EVANGELISTICAMENTE

    "Agora ninguém depois de acender uma lâmpada de cobre sobre isso com um recipiente, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz.(8:16)

    Esta parábola simples ou uma história, também usado por Jesus em Lc 11:33 e Mt 5:15, é auto-evidente e de fácil compreensão. O propósito de uma lâmpada é dar luz, assim ninguém acende uma candeia cobre sobre isso com um recipiente, ou a põe debaixo da cama . As lâmpadas de terracota utilizados em Israel tinham a forma de um disco, com um bico e uma alça, e óleo usado e um pavio para fornecer luz. Para acender uma lâmpada e, em seguida, colocá-lo debaixo de uma cama ou recipiente seria inútil, uma vez que isso iria extinguir a lâmpada. Em vez disso, as lâmpadas necessárias para ser colocado em um candelabro ou uma prateleira de parede para que os que entram vejam a luz .

    Enquanto a luz nas Escrituras é muitas vezes uma metáfora para a santidade (Mt 5:1), pois a verdade (Sl 36:9, Sl 119:130, Sl 119:6:23 Prov; At 26:23). Paulo agradeceu os cristãos romanos, porque sua "fé [foi] sendo proclamado por todo o mundo" (Rm 1:8). O apóstolo elogiou os tessalonicenses porque "a palavra do Senhor [tinha] soou adiante de [os], não só na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares [sua] fé em Deus [tinha] saiu" (1Ts 1:8). Resultados de conversão verdade em um desejo de contar a história do evangelho. Autênticos discípulos de corresponder à verdade evangelisticamente; ou seja, eles não só levá-lo, mas eles também dão-lo. Falta de zelo para compartilhar a verdade pode revelar que o trabalho de salvação de Deus não foi operada no coração.

    Jesus também pode ter tido uma outra questão em mente quando deu essa analogia. Em Lc 8:10 Ele disse aos discípulos: "A vós foi dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas para o resto é por meio de parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não pode entender. "Como observado na discussão de que o verso no capítulo anterior deste volume, que foi um ato de julgamento da parte de Jesus. Aqueles que rejeitaram a verdade teria escondido deles. Os discípulos podem ter pensado que eles estavam a prestar os mesmos julgamentos e decidir por si mesmos que apresentar a verdade para.

    Mas não é o lugar dos crentes para fazer tal determinação; só Deus sabe verdadeira condição espiritual de uma pessoa. Os cristãos são responsáveis ​​por obedecer a Grande Comissão e "fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28:19; conforme At 1:8). O que ele havia explicado a eles em segredo, eles foram para proclamar publicamente (conforme Mt 10:27).

    A VERDADEIRO OUVINTE ESCUTAS AUTHENTICALLY

    Pois nada está oculto que não se tornará evidente, nem escondida que não será conhecido e vir à luz. (08:17)

    Embora os comentaristas oferecem várias interpretações desta declaração, parece razoável para compreendê-lo como falar de autenticidade; o que uma pessoa é por dentro. Porque não há nada oculto que não vai se tornar evidente , ou, dito de outra forma, não há nada secreto que não será conhecido e vir à luz , a verdadeira condição do coração será finalmente revelado. De um modo geral, o tempo e verdade caminham lado a lado. Dado tempo suficiente a verdade vem à tona para os homens para ver. É, claro, nunca escondido de Deus.

    Este princípio é repetido por toda a Escritura. Jesus deu-lhe novamente em Mt 10:26. No Antigo Testamento, Davi escreveu que "o Deus justo tenta os corações e mentes" (Sl 7:9). No Novo Testamento, Paulo falou de um "dia em que, segundo o meu evangelho, Deus julgará os segredos dos homens através de Jesus Cristo" (Rm 2:16), e observou que, quando "o Senhor vem [Ele] não só trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações dos homens "(1Co 4:5; conforme Sl 44:21; Jr 11:20; Jr 17:10; Jo 2:1 ; He 4:13)..

    As palavras de Jesus são, evidentemente, uma advertência contra a hipocrisia, como um exame da declaração paralela em Lucas 12:1-2 sugere. No versículo 1 do Senhor "começou a dizer aos seus discípulos antes de tudo, 'Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia." Ele advertiu Seus ouvintes para evitar imitar os fariseus, que "dizem coisas e não fazê-las" (Mt 23:3); que construir suas casas espirituais sobre a areia (Mt 7:26-27.).

    Toda essa hipocrisia acabará por ser desmascarado, porque "nada há encoberto que não venha a ser revelado, e oculto que não venha ser conhecido" (12: 2). Desde essa frase no contexto do capítulo 12 refere-se claramente a expor a hipocrisia, que provavelmente tem que mesmo significado na presente passagem. À luz do juízo vindouro, Jesus chamou para o auto-exame, por parte daqueles que afirmam ser seus discípulos.

    A VERDADEIRO OUVINTE ESCUTAS FRUTUOSAMENTE

    Portanto, tome cuidado que você ouve; por que tem, dar-lhe mais será dado; e quem não tem, até o que ele pensa que tem lhe será tirado dele. "(8:18)

    Como mencionado acima, a exortação de Jesus para cuidar como você ouvir é o tema desta seção inteira. Especificamente, Ele alertou que as pessoas devem estar cientes de que as consequências são graves. Positivamente, quem é um verdadeiro discípulo e tem a vida eterna, a ele mais será dado . A boa terra é marcada por diferentes níveis de produtividade, mas, invariavelmente, produz o fruto da salvação; como Jesus disse aos apóstolos reunidos no cenáculo, "Meu Pai é glorificado por este, em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos" (Jo 15:8; conforme Ef 1:3-8; 2:.. 7-10; Fp 1:11) marca verdadeiros discípulos do Senhor Jesus Cristo.

    Mas a promessa de Cristo de bênção para o verdadeiro discípulos é equilibrado por Sua advertência a falsos discípulos que quem não tem, até o que ele pensa que tem lhe será tirado dele . No final, os falsos discípulos perder tudo. Todas as suas obras de justiça própria que tinha contado com a trazer-lhes a salvação vai passar a ser nada além de lixo (Fp 3:8). Tal como o ímpio, preguiçoso, escravo infiel da parábola dos talentos (Mt 25:1;. Jo 2:12; At 1:14). Ao contrário do que o dogma católico romano da virgindade perpétua de Maria, estes são meio-irmãos de Jesus, os filhos biológicos de José e Maria. A crença de que Maria permaneceu virgem após dar à luz Jesus é estranho ao Novo Testamento e a era apostólica, sua primeira aparição na literatura apócrifa do segundo século. Para evitar a implicação óbvia dos textos que falam de Jesus irmãos (e irmãs;. Mt 13:56), os católicos têm argumentado que estes eram filhos de José de um casamento anterior e, portanto, Jesus irmãos. Não há evidências, no entanto, de um tal casamento. Além disso, se esse fosse o caso um desses irmãos mais velhos teria sido o herdeiro de José e, portanto, o legítimo rei de Israel, e não Jesus (Alfred Plummer, A Crítica e Exegetical no Evangelho Segundo São Lucas , O International Critical Commentary [ Edinburgh: T. & T. Clark, 1922], 224).Toda a evidência histórica aponta para tanto José e Maria serem jovens adolescentes quando eles se casaram, fazendo um casamento e família absurdo anterior.

    Outros argumentaram que estes eram primos de Jesus, e não seus irmãos. Mas adelphos ("irmão") nunca é usada no Novo Testamento, no sentido de "primo!" De fato, os escritores do Novo Testamento tinham uma palavra disponível que significa especificamente "primo" ( anepsios ), e quando Paulo referido primo de Barnabé Marcos ele usou essa palavra (Cl 4:10). Outra evidência de que estes eram irmãos reais de Jesus vem do Salmo 69. Neste salmo messiânico Messias diz no versículo 8: "Tornei-me afastado de meus irmãos e um estrangeiro para os filhos de minha mãe." Aqui "irmãos" não pode significar "primos, "ou" irmãos passo ", uma vez que o termo se refere a filhos da mãe do Messias.

    A clara implicação de tais passagens como Mt 1:18 ("antes de se ajuntarem"), 25 ("manteve virgem até que ela deu à luz um filho") e Lc 2:7). Seu pedido para falar com Jesus (Mt 12:46) foi aprovada no meio da multidão (v. 47) e foi relatado a Ele: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora, querendo te ver." Marcos 03:20 —21 revela que eles estavam preocupados com os enormes multidões que seguiam Jesus por toda parte, e com medo da crescente hostilidade dos líderes religiosos judeus. Tendo erroneamente concluíram que Jesus tinha tomado a licença de seus sentidos (Mc 3:21), Maria e seus irmãos tinham vindo para resgatá-lo. Que José não aparecer aqui ou em qualquer lugar do Novo Testamento, após o incidente no templo (Lucas 2:41-50) sugere que ele estava morto por esta altura. Jesus atribuindo Maria aos cuidados do apóstolo João na cruz (Jo 19:27) confirma ainda que José estava morto.

    Os irmãos do Senhor não acreditava nele (Jo 7:5), mas Maria compreendeu quem Ele era, desde o início. Ela sabia que ele tinha vindo para "salvar o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21), e reconheceu a sua própria necessidade de um Salvador (Lc 1:47). Ela confessou que não era nem pecado nem co-redentora com Jesus.

    Cuidados de Jesus por Maria e vontade de resgatar seus irmãos indica que Ele não era indiferente em relação a eles. No entanto Sua resposta, "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e fazê-lo", parece à primeira vista sugerir o contrário. Mas esse não é o caso. Ponto de Cristo é que as relações a ele não são definidos em termos humanos por laços físicos ou familiares. Enquanto Jesus não ficou indiferente à sua família, nem foi Ele subserviente a eles. Aqueles que têm um relacionamento com ele são os que ouvem a palavra de Deus e fazê-lo . O Senhor fez esse ponto novamente mais tarde no evangelho de Lucas. Buscando honrar Maria "uma das mulheres no meio da multidão levantou a voz e disse-lhe:" Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que você amamentaram "(Lc 11:27). Mas as relações humanas não são o problema, como sua resposta "Pelo contrário, bem-aventurados são aqueles que ouvem a palavra de Deus e observá-lo" (28 v.) Indica. (Mt 7:24) Somente aqueles que são "cumpridores da palavra e não somente ouvintes, que se iludem" (Jc 1:22), que ouvem suas palavras e agir sobre eles, que continuam em Sua Palavra (Jo 8:31, Jo 14:21, Jo 14:23; Jo 15:10) têm uma relação espiritual com o Senhor Jesus Cristo.

    A imagem dessas pessoas que receberam nesta passagem é clara. Eles são verdadeiros ouvintes da palavra, que a ouvem evangelisticamente, autenticamente, frutífera e obedientemente. O desafio Jesus emitido naquele dia na costa do Mar da Galiléia é o mesmo que ele faz para todos: ". Tome cuidado como você ouvir"

    51. A paz na tempestade (Lucas 8:22-25)

    Agora em um daqueles dias que Jesus e seus discípulos entrou num barco, e ele disse-lhes: "Passemos para o outro lado do lago." Então eles lançaram para fora. Mas, como eles estavam navegando ao longo Ele adormeceu; e um vendaval feroz do vento desceu sobre o lago, e começaram a ser inundado e estar em perigo. Eles chegaram a Jesus e acordou-o, dizendo: "Mestre, Mestre, estamos perecendo!" E Ele se levantou e repreendeu o vento e as ondas de afluência, e eles pararam, e tornou-se calmo. E Ele lhes disse: "Onde está a vossa fé?" Eles estavam com medo e maravilhados, diziam uns aos outros: "Quem é este, que ele ordena aos ventos e à água, e eles lhe obedecem?" (08:22 —25)

    Deus tem um plano para resgatar os dois seu povo e sua planeta. Esse plano começou a se desdobrar imediatamente após a queda, quando Deus prometeu que um redentor viria que destruiria Satanás (Gn 3:15; conforme 1Jo 3:81Jo 3:8). Ele voltará em glória e majestade para destruir os ímpios (Ap 19:11-16), e governar a terra (Ap 11:15; Ap 20:4). Ele irá restaurar a paz, a justiça, a verdade, a justiça e alegria para o planeta renovado.

    Obviamente, para reverter a maldição sobre ambos humanidade caída e da terra exigirá imenso, incompreensível, poder inconcebível. No reino de Satanás e suas hostes demoníacas estará vinculado (Ap 20:1-3) e os santos reinarão com Cristo (.. Vv 4-6; Dn 7:18, Dn 7:27; 1Co 6:21Co 6:2.), E paz (Is 2:4.; Mq 4:3; Is 33:24; 35: 5-6.).

    Até a natureza vai mudar. Os inimigos naturais vão viver juntos em paz; "O lobo habitará com o cordeiro, eo leopardo se deitará com o cabrito, o bezerro, o leão novo eo animal cevado viverão juntos; e um menino vai levá-los .... A criança de enfermagem vai jogar pelo buraco da cobra, ea criança desmamada colocará a mão na cova do basilisco "(Is 11:6). Os animais carnívoros comerá palha como bois (Is 11:7; Joel 2:21-27.), Mesmo no que é hoje deserto estéril (Is 35:1-2; 35: 6-7.). Em suma, o paraíso perdido se tornará paraíso recuperado.

    A potência necessária para redimir os pecadores perdidos e restaurar a terra maldita é além da capacidade humana ou compreensão; ele pertence somente a Deus. No Sl 62:11 Davi disse: "o poder pertence a Deus." Jó expressou essa mesma verdade poeticamente quando exclamou: "O trovão do seu poder, quem o poderá entender?" (26:14 NVI; conforme 36:22). Sl 79:11 e Na 1:3 e 68: 32-35 descrevê-lo. Tão clara é a prova do poder de Deus que ele deixa os pecadores impenitentes sem desculpa para sua rejeição de Deus (Rm 1:20).O poder de Deus é revelado em Seu governo soberano sobre todas as coisas (Sl 66:7) dentre os mortos, salvar os pecadores perdidos (Rm 1:16), resgatando os justos (Ne 1:10; Sl 106:1:... Sl 106:8), e destruir os ímpios (Rm 9:22)..

    A própria criação revela grande poder de Deus (Jr 10:12). A Terra é 25 mil milhas de circunferência, oito mil milhas de diâmetro e pesa cerca de seis sextilhões de toneladas. Ele gira sobre seu eixo em cerca de mil quilômetros por hora, e viaja em seus cerca de cento e cinqüenta milhões milhas órbita ao redor do Sol a cerca de mil quilômetros por minuto. O próprio sol faz uma vasta órbita ao redor do centro da Via Láctea.

    Na outra extremidade do espectro de tamanho, uma colher de chá cheia de água contém triliões de átomos, enquanto que o material em um átomo representa apenas cerca de 1000000000000 do seu volume.Se o espaço vazio foram para ser espremido para fora de um corpo humano, que seria reduzido em tamanho a uma pequena fracção de um centímetro cúbico. A partir da vastidão do espaço para o infinitamente pequeno reino do átomo, Deus sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (He 1:3.). Em seu batismo, o Pai afirmou que Jesus era o Seu Filho amado (3: 21-22). A conta de Sua tentação revelou Sua autoridade absoluta sobre Satanás (4: 1-13), e Ele também exerceu essa mesma autoridade sobre os demônios (4: 33-35, 41).Jesus também demonstrou poder sobre a doença (4:40; 5:15, 17; 6: 17-19; 7: 1-10) e morte (7: 11-15). Seu poder sobrenatural sobre a doença, a morte, Satanás, os demônios e as forças da natureza mostra que somente Ele tem o poder de reverter a maldição e inaugurar o reino. Esse poder impressionado e aterrorizava os que testemunharam-lo em ação, como eles perceberam que eles eram pecadores na presença do Santo Deus (5: 8; 8:25, 37, 47, 56).

    O Senhor Jesus Cristo tinha mostrado seu poder sobre o reino natural em um incidente anterior registrado por Lucas (5: 4-9). Neste muito mais dramática demonstração de que o poder, Jesus acalmou a tempestade no Mar da Galiléia. A história pode ser dividida em três partes: a calma antes da tempestade, a calma durante a tempestade, e a calma após a tempestade. O epílogo, relacionando terror dos discípulos para o visor do poder divino que tinham testemunhado, poderia ser intitulado a tempestade após a calma.

    A CALMA ANTES DA TEMPESTADE

    Agora em um daqueles dias que Jesus e seus discípulos entrou num barco, e ele disse-lhes: "Passemos para o outro lado do lago." Então eles lançaram para fora. Mas, como eles estavam navegando ao longo Ele adormeceu; (8: 22-23)

    Nota de Lucas de que o evento que estava prestes a se relacionar ocorreu em um daqueles dias indica que sua cronologia é propositAdãoente vago e indefinido. Como observado no capítulo anterior deste volume, ele não estava seguindo uma seqüência de tempo estrito nesta seção do seu evangelho, mas estava arrumando seu material tematicamente. O relato de Marcos revela que este incidente ocorreu na noite do mesmo dia em que Jesus ensinou várias parábolas, incluindo a dos solos (Mc 4:35). O mais provável depois de comer uma refeição na cidade vizinha de Cafarnaum (conforme Mt 8:5], que, aparentemente, ainda tinha seus barcos [conforme Jo 21:3).

    Buscando escapar das sempre presentes multidões para um tempo de descanso, Jesus disse a seus discípulos: "Passemos para o outro lado do lago." Deixando a vizinhança de Cafarnaum, na ponta noroeste do Mar da Galiléia, eles dirigiu-se para a região conhecida como Gerasa, na costa oriental. Há Jesus tinha um compromisso divino com um maníaco possuído por um demônio, a quem Ele curaria (8: 26-39).

    Conhecido hoje como Yam Kinneret e variAdãoente chamado nas Escrituras o lago de Genesaré (Lc 5:1; Js 13:27..) Ou Quinerote (Js 12:3) Jesus e os discípulos lançados para fora para o lago. Como eles estavam navegando ao longo de Jesus, exausto de um longo dia de multidões e pregação, adormeceu .Marcos acrescenta o detalhe de que o Senhor estava dormindo na popa do barco, com a cabeça apoiada em uma almofada (Mc 4:38). Além de ser plenamente Deus, Jesus era plenamente humano, portanto, sujeitas a fome (Mt 4:2), sede (Jo 4:7) e fadiga (conforme Jo 4:6 diz que "muitos dos seus discípulos se retiraram e não estavam andando com ele." Quando um candidato a discípulo lhe disse: "Eu te seguirei, Senhor; mas primeiro permita-me dizer adeus para os que estão em casa "(Lc 9:61) Jesus respondeu:" Ninguém, depois de colocar a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus "(v. 62 ). Junto com um homem que professa vontade de seguir Jesus onde quer que fosse (v. 57) e aquele que, quando desafiados a seguir o Senhor escolheu, em vez de esperar por sua herança (v. 59), este homem escolheu coisas terrenas ao longo de um completo, poupando compromisso com o Senhor Jesus Cristo.

    As pessoas ilustradas pelos solos rochosos e espinhosos na parábola dos solos também eram professos discípulos de Cristo que receberam a sua palavra, mas nunca foram verdadeiramente resgatados (ver a exposição de 8: 4-15 no capítulo 20 deste volume). Autênticos discípulos irá se manifestar não só o arrependimento, confissão e obediência, mas também perseverança. Jesus estava prestes a colocar em uma tela de seu poder divino projetado para mover aqueles que testemunharam a fé genuína nEle. (Para uma discussão mais aprofundada do significado do termo "discípulo" veja o capítulo 21 do meu livro O Evangelho Segundo Jesus [edição revista e ampliada; Grand Rapids: Zondervan, 1994].)

    A CALMA DURANTE A TEMPESTADE

    e um vendaval feroz do vento desceu sobre o lago, e começaram a ser inundado e estar em perigo. Eles chegaram a Jesus e acordou-o, dizendo: (8: 23b-
    - 24a) "Mestre, Mestre, estamos perecendo!"

    De repente, a tranquilidade do lago foi quebrado como um vendaval feroz do vento desceu sobre ele. Lailaps (vendaval feroz) descreve uma tempestade poderosa, potencialmente um com ventos com força de furacão. Katabainō (descendente) é a raiz do termo "katabatic meteorológica, ", que refere-se a ventos criados por ar que flui downhill. O termo descreve com precisão os ventos produtoras de tempestade que mergulham para baixo as alturas circundantes à greve do Mar da Galiléia de baixa altitude, como mencionado acima. Marcos acrescentou o adjetivo megas ("grande") ao substantivo lailaps(Mc 4:37 ESV), enquanto Mateus descreveu a tempestade como literalmente "um grande tremor [ seismos , a partir do qual a palavra Inglês "sismologia" deriva] sobre o mar " (Mt 8:24).

    Claramente, esta não era uma tempestade comum, mas tão grave a ponto de ser uma ameaça à vida. As ondas maciças agitado pelos ventos poderosos estavam quebrando sobre o barco (Mc 4:37) e cobrindo-o (Mt 8:24). Como resultado, o barco estava enchendo de água (Mc 4:37) até o ponto que ele começou a ser inundada , colocando os discípulos em grave perigo . Apesar da tempestade, com seus ventos uivantes e ondas altas, Jesus ainda estava dormindo pacificamente o resto de completa exaustão e soberania confiante na popa (Mt 8:24;. Mc 4:38). Enquanto caos e pandemónio assola tudo sobre Ele, Ele permaneceu imperturbável na tempestade, calmamente dormindo.

    Os discípulos, por outro lado, estavam em pânico. Uma vez que muitos deles eram pescadores, usados ​​para o lago e seu clima traiçoeiro, eles entenderam o quão forte a tempestade seus barcos poderia suportar e sabia que a sua sobrevivência estava ameaçada por este. Desesperado e aterrorizado, temendo por suas vidas, eles chegaram a Jesus e acordou-o, dizendo: "Mestre, Mestre, estamos perecendo!" O relato de Mateus diz que chamou Jesus de "Senhor" (Mt 8:25), enquanto Marcos notas que o chamava de "Mestre" (Mc 4:38). Longe de ser contraditória, como alguns céticos imaginar, contas os autores dos Evangelhos 'refletir com precisão o caos e confusão que reinava naquela noite de tempestade. Este não era, a delegação ordenada organizado calmamente apresentar sua Pedido para Jesus, mas sim uma multidão em pânico diante da morte iminente. Assim, alguns gritou: "Senhor," alguns "Professor", e outros mestres . Os discípulos tinham testemunhado o poder do Senhor sobre a doença, os demônios, e da morte. Alguns deles tinham visto Seu poder de controlar o peixe no mar da Galiléia (Lucas 5:5-9). Mas ele podia controlar o enorme poder do vento e da água?

    Sem solução humano disponível, eles vieram para Aquele que tinha demonstrado o poder divino no passado. Talvez alguns dos discípulos lembraram-se o Salmo 65:5-7:

     

    Ó Deus da nossa salvação,
    Você que é a confiança de todos os confins da terra e do mar mais distante;
    Quem estabelece as montanhas por Sua força,
    Cingido com poder;
    Quem acalma o ruído dos mares,
    O ruído das suas ondas.

     

    ou o Sl 89:9:

     

    Os que descem ao mar em navios,
    Quem faz negócios em grandes águas;
    Eles viram as obras do Senhor,
    E as suas maravilhas no profundo.
    Pois ele falou e levantou-se um vento tempestuoso,
    Que levantou as ondas do mar.
    Eles levantaram-se para os céus, desceram às profundezas;
    A sua alma derreteu em sua miséria.
    Eles cambaleou e cambaleou como um homem embriagado,
    E se no final o tino.
    Então clamaram ao Senhor na sua angústia,
    E Tirou-os das suas angústias.
    Ele causou a tempestade a ser ainda,
    Para que as ondas do mar foram abafado.
    Em seguida, eles estavam contentes porque eles ficaram quietos,
    Então, Ele os guiou ao porto desejado.
    Dêem graças ao Senhor pela sua bondade,
    E pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

     

    Em seu momento de extrema necessidade, os discípulos apelou para Aquele que por si só poderia salvá-los.

    A CALMA APÓS A TEMPESTADE

    E Ele se levantou e repreendeu o vento e as ondas em alta, e eles pararam, e tornou-se calmo. E Ele lhes disse: "Onde está a vossa fé?" (8: 24b-25a)

    Despertado por apelos desesperados dos discípulos, Jesus se levantou e repreendeu o vento e as ondas de afluência . Suas palavras exatas de acordo com Mc 4:39 eram "Silêncio, ficar quieto." Instantaneamente obedecendo a voz do Criador, o vento e as ondas pararam, e tornou-se calma . Os céticos, determinado a negar os milagres a todo custo, têm apontado que tempestades no Mar da Galiléia, muitas vezes parar tão rapidamente quanto eles começam. Mas, enquanto o vento poderia ter morrido para baixo quase ao mesmo tempo, teria levado muito mais tempo para que as ondas diminuam.Quando Jesus comandou o vento e as ondas de parar, ambos fizeram tão instantaneamente, e tornou-se absolutamente calmo (ambos Mateus e Marcos usar o adjetivo megas ["grandes"] para descrever a calma vítreo).

    Tendo acalmou a tempestade, Jesus usou o incidente para ensinar seus discípulos chocados e atônitos a lição Ele queria que eles aprendem. Como eles se sentaram em seus barcos no agora perfeitamente ainda superfície do lago, Ele lhes disse: "Onde está a vossa fé?" (conforme 0:28; Mt 6:30; Mt 14:31; Mt 16:8). Mas ele já havia enfrentado perseguição e morte muitas vezes antes e foi entregue pelo Senhor (conforme 2 Cor. 11: 22-33).

    A lição para os discípulos era clara: eles estavam a confiar no Senhor, mesmo nas circunstâncias mais graves e ameaçadoras. Eles eram, como Pedro escreveria mais tarde, para lançar toda a sua ansiedade sobre Ele, sabendo que Ele se preocupava com eles (1Pe 5:7). Resumindo a lição que Jesus quer que todos os crentes a tomar a partir deste incidente, Davi Gooding escreve:

    Vivemos em um universo que é letalmente hostil à vida humana: só o milagre da criação e manutenção divina preserva nosso planeta e suas maravilhosas adaptações e disposições para a propagação da vida humana. Dentro da nossa própria terra vento, das ondas, raios, furacões, inundações, secas, avalanche, terremoto, fogo, calor, frio, germe, vírus, epidemia, todos de vez em quando ameaçar e destruir a vida.Cedo ou tarde um deles pode nos destruir. A história do acalmar da tempestade não é, claro, a intenção de nos dizer que Cristo nunca permitirá que qualquer crente a perecer por afogamento, ou por qualquer outro desastre natural. Muitos crentes têm até pereceram. Ele demonstrar que ele é o Senhor das forças físicas do universo, que, para ele nada acontece por acaso, e que nenhuma força em toda a criação pode destruir o seu plano para a nossa salvação eterna, ou separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (conforme Rom. 8: 38-39). ( De acordo com Lucas [Grand Rapids: Eerdmans, 1987], 143)

    Às vezes, o Senhor vai trazer uma tempestade na vida dos crentes para correção; outras vezes para aumentar sua fé. Jonah acabou em uma tempestade por causa de sua desobediência, enquanto neste incidente obediência dos discípulos colocá-los para a tempestade. Em ambos os casos, Deus estava lá para entregá-los.

    EPÍLOGO: A TEMPESTADE APÓS A CALMA

    Eles estavam com medo e maravilhados, diziam uns aos outros: "Quem é este, que ele ordena aos ventos e à água, e eles lhe obedecem?" (8: 25b)

    Tendo testemunhado uma demonstração impressionante, sem paralelo do poder divino sobrenatural, os discípulos estavam compreensivelmente temeroso e espantado . A única coisa que encontraram mais aterrorizante do que a tempestade fora do seu barco estava tendo o criador e controlador da tempestade na mesma. O trauma de perceber que só Deus poderia fazer tal milagre fez com que eles dizem uns aos outros: "Quem é este, que ele ordena aos ventos e à água, e eles lhe obedecem?" (conforme 08:37, 47 , 56). A resposta óbvia e apenas a essa pergunta retórica é o que eles deram mais tarde, após Jesus acalmou outra tempestade no Mar da Galiléia: "Aqueles que estavam no barco o adoraram, dizendo:" Tu és o Filho de Deus! "(Mt 14:33). Até então eles tinham uma resposta firme à sua pergunta aqui.

    Em resposta ao milagre antes de Cristo sobre o lago, Pedro exclamou: "Vá para longe de mim Senhor, porque sou um homem pecador, Senhor!" (Lc 5:8); Job humildemente disse: "Eu já ouvi falar de você pela audição do ouvido; mas agora os meus olhos te vêem; portanto, eu retrair, e eu me arrependo no pó e na cinza "(42:5-6); depois de encontrar o Cristo pré-encarnado na pessoa do Anjo do Senhor, o pai de Sansão "disse Manoá à sua mulher:" Nós certamente irá morrer, pois temos visto a Deus '"(Jz 13:22.); expostos a presença de Deus no Monte Sinai, os israelitas "tremeu e ficou à distância. Então eles disseram a Moisés: Fala-nos tu mesmo, e ouviremos; mas não fale Deus conosco, para que não morramos "(Ex 20:18-19.); dominado por uma visão de Deus no Seu templo celestial, Isaías gritou: "Ai de mim, porque estou arruinado! Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos "(Is 6:5.); depois de ver o glorificado, exaltado Cristo, o apóstolo João "caí a seus pés como morto" (Ap 1:17).

    Esta breve vinheta da vida de Cristo revela-Lo em Sua glória divina como Aquele que controla todas as forças naturais do universo. Mas não só revelar Seu poder, mas também o Seu cuidado compassivo para aqueles que são Dele. Esta tempestade, como fazem todas as tempestades da vida para os crentes, serviu para aumentar a fé dos discípulos em Sua vontade e capacidade para entregá-los a partir de qualquer situação, não importa o quão desesperada que possa parecer. Tendo experimentado o cuidado gracioso de Deus para ele todo o seu ministério longo e difícil, o apóstolo Paulo podia dizer com confiança que sua vida chegou ao fim: "O Senhor me livrará de toda obra do mal, e me levará salvo para o seu reino celestial; A ele seja a glória para todo o sempre. Amém "(2Tm 4:18).

    52. O maníaco que se tornou um missionário (Lucas 8:26-39)

    Em seguida, eles navegaram para o país dos gerasenos, que está defronte da Galiléia. E quando Ele saiu para a terra, Ele foi encontrado por um homem da cidade, que estava possuído por demônios; e que não tinha colocado em toda a roupa por um longo tempo, e não estava morando em uma casa, mas nos sepulcros. Vendo Jesus, gritou e caiu diante dele, e disse em voz alta: "Que negócio é que temos uns com os outros, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu imploro, não me atormentes. "Porque Ele ordenara ao espírito imundo que saísse do homem. Pois ele tinha apreendido muitas vezes; e ele foi amarrado com correntes e algemas e mantido sob guarda, e ainda assim ele iria quebrar as amarras e ser impelido pelo demônio para o deserto. E Jesus lhe perguntou: "Qual é seu nome?" E ele disse: "Legião"; para muitos demônios haviam entrado nele. Eles estavam implorando-lhe que não os mandasse para ir embora para o abismo. Agora havia uma manada de muitos porcos lá na montanha; e os demônios lhe implorou para que eles possam entrar no suína. E Ele lhes deu permissão. E os demônios saíram do homem e entraram nos porcos; ea manada precipitou-se o banco despenhadeiro no lago e se afogou. Quando os pastores viram o que havia acontecido, fugiram e relatou-lo na cidade e no país. As pessoas saíram para ver o que tinha acontecido; e eles vieram a Jesus, e encontrou o homem de quem os demônios tinham saído, sentando-se aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo; e eles ficaram assustados. Aqueles que tinham visto ele relatou-lhes como o homem que estava endemoninhado tinha sido curado. E todas as pessoas do país dos gerasenos e da zona circundante lhe pediu para sair-los, pois eles foram tomados de grande medo; e Ele entrou num barco e voltou. Mas o homem de quem os demônios tinham saído estava implorando-lhe que ele poderia acompanhá-Lo; mas Ele o despediu, dizendo: "Volte para sua casa e descrever as grandes coisas que Deus fez por você." Então ele foi embora, proclamando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito. (8: 26-39)

    Um ditado atribuído a GK Chesterton, cujos escritos se desculparam foram fundamentais na conversão de CS Lewis ao cristianismo, é que quando as pessoas deixam de acreditar em Deus eles não acreditam em nada; eles acreditam em nada. Tendo rejeitado o único Deus verdadeiro, as pessoas hoje estão fascinados com transcendentes, realidades alternativas, ficção científica, as lendas da mitologia pagã, ou seres fictícios com poderes sobre-humanos.
    Em uma nota mais sinistro, muitos estão obcecados com o ocultismo. Bruxaria, sessões, tábuas Ouija, astrologia, espiritismo, Cartomancia, leitura da palma, videntes que supostamente prever o futuro, e até mesmo aberto adoração do diabo estão cada vez mais popular. O aumento de interesse em realidades alternativas, o paranormal, e ocultismo coincidiu com o declínio da influência do cristianismo bíblico na cultura ocidental, como Os Guinness observa:
    Primeiros caçadores no safari em África usado para construir seus fogos alta à noite, a fim de afastar os animais no mato. Mas, quando os fogos queimaram baixo nas primeiras horas da manhã, eles iriam ver tudo à sua volta os que se aproximam formas descritas de animais e um anel de cercar os olhos na escuridão. Quando o fogo estava alto eles estavam longe, mas quando o fogo foi baixa se aproximaram novamente.
    Como pudemos testemunhar a erosão e degradação da cultura cristã do Ocidente, por isso temos visto o vácuo preenchido por uma onda de idéias que teria sido impensável quando os fogos da cultura cristã eram altas. ( O Dust da Morte [Downers Grove, 111 .: Inter Varsity 1973], 277)

    As pessoas estão inevitavelmente atraídos para o poder e mistério que é um pouco além de sua compreensão. Mas a raça humana caída, compelido por demônios, nunca vai chegar a uma compreensão exata do reino sobrenatural. As pessoas por si só não pode ficar fora do continuum espaço-tempo e só pode fantasiar sobre isso, enquanto os demônios só irá adicionar suas decepções infernais para essas fantasias.A Bíblia é a única fonte de conhecimento exato sobre o reino sobrenatural, e é tola e fútil para buscar esse conhecimento em outro lugar:

    Quando eles dizem para você, "Consultar os médiuns e os adivinhos, que chilreiam e murmuram" não consultará um povo a seu Deus? Eles devem consultar os mortos em favor dos vivos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque eles não têm o amanhecer. (Isa. 8: 19-20)

    A Bíblia apresenta insights sobre o caráter, propósitos e plano de Deus. Ele revela Seu poder sobrenatural para criar e Seu propósito, eventualmente, para destruir o universo. Mas o evento sobrenatural primário nas Escrituras não é criação de Deus ou a destruição de tudo, como estupenda que isso seja. O evento sobrenatural central da Bíblia é a encarnação do Senhor Jesus Cristo, Deus em carne humana, o que perfeitamente revela Deus ao homem (Jo 1:18; Jo 14:9; He 1:3.) E para "destruir as obras do diabo" (1Jo 3:8; Jo 12:31; Jo 16:11; Rm 16:20; Cl 2:15;. He 2:14) desencadeou uma explosão frenética de atividade demoníaca diferente de tudo o que veio antes. Deve-se notar, contudo, que os demônios não estavam atacando Jesus; Ele estava atacando. Há apenas um caso registrado de atividade demoníaca no Antigo Testamento (junto com algumas alusões aos demônios, por exemplo, Lv 17:7; 106 Ps:.. 37), Gênesis 6:1-4, onde endemoninhados coabitam com as mulheres (conforme II Pedro 2:4-5; Jd 1:6.). Mas tão grande era o seu terror na presença do Senhor Jesus Cristo que eles não poderiam ajudar a revelar-se. Mais cedo no relato de Lucas Jesus entrou numa sinagoga de Cafarnaum e um homem possuído por um demônio estava lá. Incapaz de controlar seu medo, o demônio deixou escapar: "Deixem-nos em paz! Que negócio é que temos uns com os outros, Jesus de Nazaré? Você veio para nos destruir? Eu sei quem você é: o Santo de Deus! "(Lc 4:34). Paulo declarou que o Senhor Jesus é "muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio [anjos]" (Ef 1:21).

    Como o Deus encarnado, Jesus Cristo mostrou o poder de derrotar Satanás que só Deus possui. Para as autoridades religiosas judaicas, que blasfema tentaram explicar esse poder, afirmando que ele estava em aliança com o diabo, Jesus respondeu:

    Se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, seus bens estão sem serem incomodados. Mas quando alguém mais forte do que ele ataca e domina-lo, ele tira-lhe toda a armadura em que ele se baseou e distribui seus despojos. (Lucas 11:20-22)

    Como o Messias e Filho de Deus, Jesus derrotou Satanás e libertou seu povo da escravidão para ele (Ef. 2: 1-3; Cl 1:13; 1Jo 5:191Jo 5:19). O Senhor demonstrou seu poder sobre o diabo em todo o Seu ministério terreno. O incidente nesta passagem, apresentado por todos os três evangelistas sinóticos, é o encontro mais dramático e extrema entre Jesus e as forças do inferno registrado nos Evangelhos. Conta a história milagrosa de libertação de um maníaco atormentado por demônios, que se tornou um missionário mais improvável Como a conta se desenrola de Cristo, três forças são reveladas: o poder destrutivo dos demônios, o poder libertador de Jesus, eo poder condenatório do pecado.

    O PODER DESTRUTIVO DAS DEMONS

    Em seguida, eles navegaram para o país dos gerasenos, que está defronte da Galiléia. E quando Ele saiu para a terra, Ele foi encontrado por um homem da cidade, que estava possuído por demônios; e que não tinha colocado em toda a roupa por um longo tempo, e não estava morando em uma casa, mas nos sepulcros. Vendo Jesus, gritou e caiu diante dele, e disse em voz alta: "Que negócio é que temos uns com os outros, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu imploro, não me atormentes "... Pois se havia apoderado dele muitas vezes.; e ele foi amarrado com correntes e algemas e mantido sob guarda, e ainda assim ele iria quebrar as amarras e ser impelido pelo demônio para o deserto. (8: 26-28, 29b)

    Esta demonstração impressionante do poder divino de Jesus segue imediatamente um outro milagre surpreendente. Como o Senhor e os discípulos navegou através da seção norte do Mar da Galiléia, uma enorme tempestade havia surgido. Temendo por suas vidas, os discípulos tinham despertado Jesus, que tinha acalmado instantaneamente o vento e as ondas (ver a exposição de 8: 22-25 no capítulo anterior deste volume). A poderosa tempestade tinha, sem dúvida, eles soprado fora do curso, e, como resultado, foi provavelmente o amanhecer no momento em que chegou à costa. Lucas (juntamente com Marcos [5: 1]) chama o seu destino o país dos gerasenos, que estava defronte da Galiléia , na costa oriental, enquanto Mateus se refere a ele como "o país dos gadarenos" (Mt 8:28).. Marcos e Lucas, evidentemente, a que se refere a uma pequena aldeia (Gerasa; Kersa moderna), perto da costa do Mar da Galiléia, enquanto Mateus referiu-se à maior cidade, Gadara, que deu seu nome à região (e pode ter sido o seu capital).

    Depois de Jesus e os discípulos saíram dos barcos para a terra , eles foram recebidos por a visão chocante de um homem da cidade, que estava possuído por demônios . Mateus notou que havia dois homens possuídos por demônios (Mt 8:28), enquanto Lucas e Marcos focada em aquele a quem Jesus entregou. O que aconteceu com o outro homem não é registrado (embora o uso dos "endemoninhados" plurais em Mt 8:33 sugere que ele também foi entregue). O endemoninhado homem no relato de Lucas foi, literalmente, um maníaco, apresentando sintomas extremos de comportamento selvagem e incontrolável.

    Como escrevi no primeiro volume desta comentário sobre Lucas, a Escritura usa quatro termos ou frases para descrever a possessão demoníaca:

    Primeiro, dezesseis vezes essas pessoas são disse ter um demônio ou espírito maligno (04:33; 07:33; [08:27]; 13 11:11-18 Matt;. Mc 3:22, Mc 3:30; Mc 9:17 ; Jo 7:20; Jo 8:48, Jo 8:49, Jo 8:52; Jo 10:20; At 8:7), indicando que um indivíduo possuído pelo demônio foi habitado, controlado e atormentado pelo demônio. As frases repetidas "entrou nele" ([08:30]), "expulso" (Mt 8:16;. Mt 9:33; 0:24, 28; Mc 1:34), "saiu" (Mt 8:32) também indicam que os demônios habitar suas vítimas. A possessão demoníaca é um fenômeno sobrenatural, não explicáveis ​​em termos psicológicos ou físicos (embora possa haver sintomas físicos associados; conforme [08:27]; Mt 9:32; Mt 12:22; 17: 14-15., Mc 1:26; Mc 5:5). Note-se também que em nenhuma ocasião, quando Jesus entregou um indivíduo de possessão demoníaca estava lá uma referência ao perdão dos pecados. Nem todos os que se arrependem entregue e acreditar. Os indivíduos possuídos por demônios a quem Jesus entregues não eram necessariamente mais perverso do que outros pecadores. A ênfase está no poder de Jesus sobre os demônios, e não sobre os indivíduos que estão sendo entregues. Mas, depois de Jesus e os apóstolos passaram da cena, a única maneira de ser entregue a partir de demônios é através da economia de fé no Senhor Jesus Cristo.

    A segunda frase traduz o verbo daimonizomai , que aparece treze vezes no Novo Testamento ([08:36]; Mt 4:24;. Mt 8:16, Mt 8:28, Mt 8:33; Mt 9:32; Mt 12:22; Mt 15:22; Mc 1:32; Mc 5:15, Mc 5:16, Mc 5:18; Jo 10:21), e é traduzido, "endemoninhados" ou ". demoniaics" Como a primeira frase, ele se refere a alguém residida e controlado por um demônio ou demônios para o ponto em que ele não consegue resistir com sucesso, para não os demônios gerais de influência têm na promoção da falsa doutrina (1Tm 4:1)., a imoralidade (1 Tm 4: 1— 3), e atitudes de ciúme, discórdia, e orgulho (13 59:3-16'>Tiago 3:13-16).

    Em terceiro lugar, a Bíblia fala de pessoas com um espírito "impuros" (Mc 1:23; Mc 5:2). Essas frases indicam também que os demônios habitar suas vítimas.

    Finalmente, At 5:16 fala daqueles "aflitos com espíritos imundos", enfatizando o tormento pessoas possuídas por demônios sofrer. ( Lucas 1:5 , A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2009], 283)

    Como esses termos deixar claro e presente passagem demonstra, possessão demoníaca envolve demônios que residem suas vítimas e tomando o controle de suas mentes, corpos e vozes. Como o homem nesta história tornou-se possuído por demônios não se sabe, mas todos os incrédulos são parte do reino das trevas e, portanto, vulnerável de Satanás. Uma vez que este homem era um gentio, talvez sua religião idólatra, desde o ponto de entrada para os demônios para entrar nele.
    Ter controle apreendidos dele, os demônios obrigou o homem a se comportar de maneira bizarra. Primeiro, ele não tinha posto em toda a roupa por um longo tempo . Shame tem sido associada com a nudez desde a queda (Gn 3:7; Ap 16:15). A nudez é usado também no Antigo Testamento como uma metáfora para o pecado sexual (Lev. 18: 6-19; Lv 20:11, 17-21). Mas não só era um comportamento aberrante nudez, era também tormento físico para o homem, que foi exposto a todos os extremos do clima e outros perigos. Somando-se a natureza macabra de sua existência, ele não estava vivendo em uma casa, mas nos sepulcros . Ele era tão completamente sob o domínio dos demônios que ele estava mais em casa entre os mortos que os vivos. Além disso, ele era um perigo para si mesmo.Mc 5:5) em uma base contínua, como nota de Lucas de que os demônios lhe tinha apreendido muitas vezes indica. Ele era uma ameaça tão grande que as pessoas que viviam nas proximidades tinha feito tudo o que podiam para contê-lo e seu companheiro; ele foi amarrado com correntes e algemas e mantido sob guarda . E, no entanto, apesar de seus melhores esforços, uma e outra vez seu maníaco, a força demoníaca iria levá-lo a romper suas amarras e ser impelido pelo demônio para o deserto . O resultado final foi que "ninguém foi capaz de ligar-se mais dele, mesmo com uma cadeia ... e ninguém foi forte o suficiente para dominá-lo" (Marcos 5:3-4). O homem e seu parceiro continuou a ser um perigo constante para aquela região.

    Nesta manhã, em particular, os dois homens manchado algumas vítimas potenciais que vem em terra. De maneira típica, eles correram para baixo do morro em direção a eles, gritando e uivando como loucos. Mas, enquanto os dois homens não reconhecer o Senhor, os demônios que residem lhes fez. Vendo Jesus , o porta-voz do demônio gritou usando a voz do homem em pânico absoluto eo homem, expressando medo dos demônios, abruptamente caiu diante dele em uma postura de submissão. A última pessoa os demônios queria enfrentá-los era o Senhor, que é soberano sobre eles e já determinou o seu destino eterno.

    Consciente de que ele estava na presença de seu juiz divino, o demônio disse em voz alta: "O negócio é que temos uns com os outros, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?" (conforme 4,34). Pode parecer estranho para os demônios para dar testemunho afirmando verdadeira identidade de Jesus. Mas ao contrário de suas vítimas humanas, são todos muito conscientes de que Ele é realmente Deus-Filho, Senhor do céu e da terra em forma humana. Até mesmo Satanás, o líder dos demônios, foi forçado a reconhecer que Jesus é a segunda pessoa da Santíssima Trindade (Lc 4:3). Os demônios entender escatologia bíblica, e saber que o seu julgamento final não ter lugar a primeira vinda de Cristo. Portanto, ele insistiu com ele, eu imploro, não me atormentes antes do horário designado. Os demônios sabem seu destino final castigo eterno no lago de fogo (25:41 Matt;. Ap 20:10). Eles estão cientes de que tanto a sua liberdade e seu poder são restritas. Na presença de seu algoz, o demônio só poderia alegar que o tempo determinado de sua punição e seus companheiros "demônios ainda não tinha chegado.

    O PODER LIBERTADOR DE JESUS

    Pois Ele ordenara ao espírito imundo que saísse do homem .... E Jesus lhe perguntou: "Qual é seu nome?" E ele disse: "Legião"; para muitos demônios haviam entrado nele. Eles estavam implorando-lhe que não os mandasse para ir embora para o abismo. Agora havia uma manada de muitos porcos lá na montanha; e os demônios lhe implorou para que eles possam entrar no suína. E Ele lhes deu permissão. E os demônios saíram do homem e entraram nos porcos; ea manada precipitou-se o banco despenhadeiro no lago e se afogou.Quando os pastores viram o que havia acontecido, fugiram e relatou-lo na cidade e no país. As pessoas saíram para ver o que tinha acontecido; e eles vieram a Jesus, e encontrou o homem de quem os demônios tinham saído, sentando-se aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo; e eles ficaram assustados. (8: 29a, 30-35)

    Em um relatório normalmente discreto do milagre surpreendente de Jesus sobre as forças do inferno, Lucas relata que o Senhor ordenara ao espírito imundo que saísse do homem . Jesus se dirigiu ao seu comando para o espírito imundo que estava atuando como porta-voz para todos os demônios. Que Jesus tinha o poder de ordenar os demônios para deixar este homem é uma marca de sua divindade, pois só Deus é mais poderoso do que os anjos. Os anjos são superiores aos seres humanos em inteligência, poder (2Pe 2:11), influência (Dn 10:13, Dn 10:20), a experiência, uma vez que são sem idade e viveram ao longo da história humana, e na natureza, uma vez que são espíritos que vivem fora do domínio da física.

    Dirigindo-se ao homem, mesmo que Ele sabia que o demônio iria responder, Jesus lhe perguntou: "Qual é seu nome?" Nenhum nome para o homem é dado, e em vez disso o porta-voz dos demônios, que tinham controle sobre a voz do homem, disse: "Legion." Essa foi uma designação apropriada, para muitos demônios haviam entrado nele. Legião não é um nome próprio, mas um termo que se refere a uma unidade de soldados romanos, o que poderia ter até seis mil homens. Essa pobre ignorante, alma atormentada foi habitado por milhares de demônios; uma vez que havia dois mil porcos no rebanho, não poderia ter sido que muitos demônios habitando no homem e seu companheiro.

    Os demônios em pânico estavam implorando Jesus não mandar-lhes que ir embora para o abismo . Os abussos (abismo) , ou abismo (Apocalipse 9:1-2) é um lugar onde alguns demônios estão atualmente presos. Alguns desses espíritos presos será lançado por um breve período durante a tribulação (Apocalipse 9:1-11); outros, aparentemente, aqueles que habita os homens que, em seguida, coabitam com as mulheres antes do dilúvio (Gênesis 6:1-4; conforme Jd 1:6.) —Mesmo, Se necessário, em animais.

    Após os demônios lhe implorou para que eles possam entrar no suína , Jesus lhes deu permissão . Aqui é mais uma confirmação do poder divino de Jesus sobre os demônios; não podiam fazer nada que Ele não permitiu que eles fizessem. Em uma cena incrível os demônios saíram do homem e entraram nos porcos; e do rebanho , agindo com o mesmo maníaco, frenesi auto-destrutivo que havia caracterizado o homem possuído por um demônio, correu para o banco despenhadeiro no lago e se afogou .

    Este desenvolvimento chocante oferecido vívida prova, inconfundível que os demônios haviam deixado o homem. Também demonstrou absoluta autoridade de Jesus sobre eles, uma vez que não tinha escolha, mas para fazê-lo. A sua destruição dos suínos também exibido propensão mal dos demônios para matar e destruir.
    Depois que se recuperaram do choque, os pastores que viram o que havia acontecido fugiu e relatou-lo na cidade e no país . Em resposta ao seu relatório animado, o povo saiu para ver o que tinha acontecido . Mateus observa que toda a cidade saiu (Mt 8:34) para investigar. Depois de ouvir o relato de testemunha ocular dos pastores, eles vieram à procura de Jesus .

    Alguns argumentaram que o povo estava chateado com a perda dos porcos, e foi ter com Jesus para responsabilizá-lo por suas mortes e perdas econômicas. Mas os donos dos porcos nunca são mencionados nos relatos evangélicos, nem são os porcos a questão. O foco é sobre a transformação sensacional do homem antes endemoninhados e acima de tudo em Jesus, que o transformou. Quando a multidão chegou, eles encontraram o homem de quem os demônios tinham saído, sentando-se aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo . Sua mudança radical foi completa, inegável, e inexplicável do ponto de vista humano. O homem estava vestido, não nu; sentado aos pés de Jesus, não vagando sem rumo; longe dos túmulos, o reino dos mortos, e na presença do Senhor da vida; tranqüila, não gritar; calma e pacífica, não fora de controle e mortal; consolados, não atormentado; em suma, manifestando-se dado por Deus sanidade, não insanidade de inspiração demoníaca. Esta é uma imagem magnífica de transformação salvação. Sem dúvida, Jesus tinha explicado o evangelho para ele, dizendo-lhe que ele tinha vindo para salvar os pecadores perdidos (Lc 19:10), e que o homem havia se arrependido e foi perdoado.

    Seria de esperar que o povo a alegrar-se com o homem sobre a sua libertação, ou, pelo menos, para ser aliviado de que ele já não representava qualquer ameaça, mas em vez disso eles ficaram assustados.Assustado traduz uma forma da palavra grega phobeō , que se refere ao medo ou terror extremo (o substantivo relacionados Phobos é a raiz da palavra Inglês "fobia"). Eles perceberam que eles eram pecadores na presença do santo Deus (conforme Lc 8:25).

    A CONDENATÓRIO POWER DA PECADO

    Aqueles que tinham visto ele relatou-lhes como o homem que estava endemoninhado tinha sido curado. E todas as pessoas do país dos gerasenos e da zona circundante lhe pediu para sair-los, pois eles foram tomados de grande medo; e Ele entrou num barco e voltou. Mas o homem de quem os demônios tinham saído estava implorando-lhe que ele poderia acompanhá-Lo; mas Ele o despediu, dizendo: "Volte para sua casa e descrever as grandes coisas que Deus fez por você." Então ele foi embora, proclamando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito. (8: 36-39)

    Em contraste com o maníaco entregue, a resposta das pessoas sãs ilustra tragicamente poder do pecado sobre o perdido. Ele cega-los para a verdade e faz com que eles odeiam e rejeitar todas as provas disso.Eles obstinAdãoente se agarram a sua falsa ilusão de bem-estar, porque o amor de iniquidade domina-los. Jesus tinha realizado um milagre inegável que manifestou claramente seu poder absoluto sobre o reino sobrenatural e para libertar as pessoas das forças do inferno.
    Os pastores, como mencionado acima, que tinham visto Jesus expulsou os demônios para fora dele e entraram nos porcos, relatado para as pessoas como o homem que estava endemoninhado tinha sido feito bem (ou entregues). Eles ouviram a história completa em todos os seus detalhes. Alguns argumentam que os pecadores serão convencidos se virem um poderoso milagre suficiente, mas aqui está a prova de que isso não é necessariamente o caso. Diante deles havia evidência inegável do poder salvífico do Senhor Jesus Cristo. É difícil imaginar mais dramática prova, atraente do que seu casting milhares de demônios para fora dos dois maníacos. Mas tão poderoso era o domínio de pecado sobre eles que, em vez de acreditar em Jesus, todas as pessoas do país dos gerasenos e da zona circundante lhe pediu para sair deles . Seus corações eram como o solo na estrada hard-embalados na parábola dos semeadores (conforme cap. 20 deste volume), que a semente do evangelho não pode penetrar.

    Lucas reitera que a razão pela qual as pessoas queriam que Jesus era deixar que eles foram tomados de grande temor . Sabendo que eles estavam na presença de Deus, amando o seu pecado (Jo 3:19) e cegado por Satanás (2Co 4:4).

    Este notável história ensina várias verdades importantes. Em primeiro lugar, ela revela autoridade absoluta de Cristo sobre o reino demoníaco. É também ilustra a verdade de que a boa notícia do evangelho é para os gentios, assim como os judeus (conforme 12:18 Matt., 21). A passagem também demonstra que Deus alcança graciosamente para aqueles que O rejeitam. Por fim, a história do maníaco que tornou-se um missionário ilustra que é a responsabilidade de todos os cristãos para contar aos outros sobre como Jesus os livrou do poder do pecado (Mat. 28: 19-20).

    53. O poder compassivo de Jesus (Lucas 8:40-56)

    E como Jesus voltou, o povo o recebeu, pois tinham todos estavam esperando por Ele. E veio um homem chamado Jairo, que era funcionário da sinagoga; e ele caiu aos pés de Jesus, e começou a implorar para ir à sua casa; Porque tinha uma filha única, de cerca de doze anos, que estava à morte. Mas como ele passou, as multidões estavam pressionando contra ele. E uma mulher que tinha uma hemorragia há doze anos, e não podia ser curado por qualquer pessoa, veio por trás dele e tocou na orla do seu manto, e imediatamente sua hemorragia parou. E Jesus disse: "Quem é a pessoa que me tocou?" E enquanto eles estavam todos negá-lo, Pedro disse: "Mestre, as pessoas estão aglomerando e pressionando em você". Mas Jesus disse: "Alguém me tocou, por Eu estava ciente de que havia saído poder de mim. "Quando a mulher viu que ela não tinha escapado à atenção, aproximou-se tremendo e prostrou-se diante dele, e declarou na presença de todas as pessoas a razão pela qual ela havia tocado, e como tinha sido curada imediatamente. E disse a ela: "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz ", enquanto ele ainda estava falando, alguém veio da casa do chefe da sinagoga, dizendo:" Sua filha morreu.; não incomodes mais o Mestre mais "Mas Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhe:" Não tenha medo por mais tempo.; crê somente, e ela será curada. "Quando ele chegou à casa, Ele não permitiu que ninguém entrasse com ele, a não ser Pedro, João e Tiago, eo pai ea mãe da menina. Agora todos estavam chorando e se lamentando por ela; Mas ele disse: "Pára de chorar, pois ela não morreu, mas está dormindo." E eles começaram a rir dele, sabendo que ela tinha morrido. Ele, no entanto, tomou-a pela mão e chamou, dizendo: E o seu espírito voltou, e ela se levantou imediatamente "Criança, levanta-te!"; e Ele deu ordens para que algo seja dado a ela para comer. Seus pais ficaram maravilhados; mas Ele os instruiu para não contar a ninguém o que tinha acontecido. (8: 40-56)

    Desde a queda, a vida na terra amaldiçoada tem sido sujeito a doença, desastre e morte. A tragédia, tristeza, miséria e sofrimento são tecidas no tecido da existência humana. A morte é uma experiência universal, e toda a moderna tecnologia médica sofisticada pode fazer é adiar o inevitável. Devido a dada por Deus a capacidade do homem para o amor e os relacionamentos, doença e morte também produzem dor intensa e tristeza.

    Jesus entendeu o sofrimento associado com a doença e morte. Ele era, como Isaías predisse: "Um homem de dores, e experimentado no sofrimento" (Is 53:3;. Conforme v
    38) e "chorou" (v. 35). O Senhor, é claro, sabia que Ele estava prestes a ressuscitar Lázaro dentre os mortos. Mas Ele se entristeceu com o impacto universalmente devastador do pecado em um mundo caído.

    Mas, apesar de os efeitos ruinosos do pecado, ainda há esperança. Há Um vinda que tem o poder de reverter a maldição; para curar todas as doenças e restaurar o paraíso. Ele é o prometido pelos profetas do Antigo Testamento; o Messias, Salvador e Rei. Ele estabelecerá o reino milenar, um mundo Eden-like onde vãos longa vida será a norma (Is 65:20). Após o reino milenar, o presente a terra eo céu será destruída (2Pe 3:10), e que o Senhor vai criar um novo céu e uma nova terra a partir da qual a doença, morte, tristeza e sofrimento será banido para sempre (Rev. 21: 1-5; conforme Is 65:17; Is 66:22)..

    O Novo Testamento deixa inequivocamente claro que apenas uma pessoa pode fazer essas coisas, o Senhor Jesus Cristo. Todos os outros pretendentes são charlatões, falsificações e fraudes (conforme João 10:7-8).O Novo Testamento foi escrito para demonstrar que Jesus Cristo é o Messias, Senhor, e Salvador; a segunda pessoa da Trindade encarnada. Só Ele nasceu de uma virgem, viveu uma vida sem pecado, ressuscitou dentre os mortos, e demonstraram o poder absoluto sobre o mundo natural e do reino espiritual.

    Esta seção do evangelho de Lucas apresenta mais duas ilustrações do poder sobrenatural de Jesus sobre a doença e morte. É a história de um milagre, o aumento da filha de um chefe da sinagoga, colada em torno de outro milagre, a cura de uma mulher com uma hemorragia. Esta conta fornece insights sobre o aspecto pessoal do seu ministério; o que ele estava sentindo. Leva-nos até o fim dentro da natureza do Homem-Deus como a mente humana pode ir, revelando que o Senhor Jesus Cristo não só tinha o poder de curar, mas também o desejo compassivo para fazê-lo. No desenrolar da história, oito aspectos do ministério de Jesus para as pessoas tornam-se evidentes: Sua acessibilidade, disponibilidade, interruptibilidade, inesgotabilidade, fidelidade, perspectiva, poder e prioridade.

    SUA ACESSIBILIDADE

    E como Jesus voltou, o povo o recebeu, pois tinham todos estavam esperando por Ele. E veio um homem chamado Jairo, que era funcionário da sinagoga; e ele caiu aos pés de Jesus, e começou a implorar para ir à sua casa; Porque tinha uma filha única, de cerca de doze anos, que estava à morte. (8: 40-42)

    Quando a história começa, Jesus tinha acabado retornou da região de Gadara, na costa oriental do Mar da Galiléia. O Senhor tinha ido lá buscar alívio dos sempre presentes uma multidão de pessoas que seguiam onde quer que fosse. Na viagem de Gadara, Jesus e os discípulos tinham sido pego em uma tempestade poderosa, que Ele milagrosamente acalmou (ver a exposição de 8: 22-25, no capítulo 22 do presente volume). Depois que eles chegaram, Jesus encontrou dois maníacos possuído pelo demônio e expulsou os demônios que eles infestadas para uma manada de porcos (ver a exposição de 8: 26-39 no capítulo anterior deste volume). Os habitantes aterrorizados da região, em seguida, pediu ao Senhor para sair, e ele entrou num barco e voltou através do Mar da Galiléia para a cidade familiar de Cafarnaum (8:37).

    Após a sua chegada, Jesus imediatamente foi engolida por uma grande multidão (Mc 5:21), que, em contraste com o povo de Gadara, congratulou-se com Ele, pois eles tinham todos estavam esperando por Ele . Muitos na multidão eram aleijados, cegos, surdos, e atormentado por várias outras doenças. Eles haviam sido ansiosamente aguardam a sua volta, na esperança de ser curado. Jesus era um herói para quem já está curado, e por alguma celebridade final. Eles foram atraídos pelos sinais miraculosos que Ele realizou e ainda esperava que ele iria usar o seu poder para libertá-los do jugo da ocupação romana.

    Diferentemente da maioria dos líderes religiosos em Israel, que evitaram as pessoas comuns, de modo a não serem contaminados por eles, Jesus se isolou apenas ocasionalmente para descansar, para dar mais conhecimento e instrução aos discípulos, ou para passar algum tempo sozinho em comunhão com o Pai. Além de tais ocasiões, todo o Seu ministério foi gasto em público, misturando-se diariamente com as pessoas na cidade e vila ruas, campos, ao longo da costa do Mar da Galiléia, e onde quer que eles se reuniram. Resumindo Seu ministério a Pilatos, Jesus disse: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; Eu sempre ensinei na sinagoga [cf. Mt 4:23] e no templo [cf. Jo 7:14, Jo 7:28], onde todos os judeus se reúnem; e eu falei nada em segredo "(Jo 18:20). Isso foi consistente com o propósito de sua vinda ao mundo para proclamar a mensagem do evangelho do arrependimento e do perdão (conforme Mc 1:38).

    Apesar de sua bem-vindo ansioso de Jesus, a multidão era inconstante. Alguns, facilmente levados pelos líderes religiosos de ódio, acabaria por gritar por Seu sangue e gritar, (Lc 23:21 "Crucifica-o ... o seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!"; Mt 27:25. ). Outros eram buscadores de sinais (Lc 11:29), que logo se desiludiu com Jesus e abandoná-lo (Jo 6:66). Apenas alguns foram duradouros, verdadeiros seguidores de Deus (Mt 7:14; Mt 22:14; 13 23:42-13:24'>Lucas 13:23-24.).

    Entre aqueles que espera ansiosamente a Jesus para voltar e retomar o seu ministério de cura eram duas almas muito contrastantes. Um deles era um homem, a outra era uma mulher. Um deles era rico, outro pobre. Um deles era um líder respeitado da sociedade, o outro um pária rejeitada. Mas cada um tinha uma necessidade desesperada que só Jesus poderia atender.
    Lucas introduzido pela primeira vez um homem chamado Jairo , que era funcionário da sinagoga . O texto grego inclui a palavra idou ("ver", "contemplar", "olhar"), no qual se constata que a sua aparência era algo inesperado ou surpreendente. Como um funcionário da sinagoga era um líder respeitado, imerso no Velho Testamento, e dedicou-se à religião do Judaísmo. Ele foi um dos responsáveis ​​pela supervisão de todas as atividades na sinagoga, o ponto focal da vida religiosa judaica em sua cidade. Jairo era uma figura importante no estabelecimento religioso de Cafarnaum, que por sua vez foi conectado com o judaísmo nacional, que ocorreu principalmente nas mãos dos fariseus e escribas, que eram hostis a Jesus e procuravam matá-lo. Para um representante local dos próprios líderes que odiavam a cair aos pés de Jesus, e ... implorar para ir à sua casa era um desenvolvimento impressionante.

    Mas Jairo não veio como um representante da elite religiosa, mas como um pai aflito cuja única conforme [ 07:12; 09:38] filha, cerca de doze anos, estava morrendo ... (literalmente no ponto de morte [Mc 5:23]). Ele não estava mais preocupado com o que seus colegas líderes na sinagoga ou os escribas e fariseus pode pensar nele. Tudo o que importava para ele era que ele chegar a Jesus e trazê-lo para a sua filha antes que fosse tarde demais.

    Jesus tinha realizado muitos milagres em Cafarnaum (conforme 4: 38-40), um dos quais, o seu elenco um demônio de um homem na sinagoga (4: 33-35), Jairo, como um chefe da sinagoga, pode ter testemunhado.Palavra do Senhor está levantando um jovem dentre os mortos de Naim (7: 11-15), apenas cerca de 20 milhas de distância, tinha certamente atingiu Cafarnaum, tornando Jairo ciente do seu poder. Essas informações levaram a crer que Jesus poderia curar sua filha. Talvez, ao contrário do jovem rico (18: 18-23), ele chegou a Jesus humilhado pela realidade de sua própria indignidade, enquanto procurava desesperAdãoente de ajuda para sua filha. Ele deve ter ficado aliviado e grato a encontrar Jesus, como sempre, acessível.

    SUA DISPONIBILIDADE

    Mas, como Ele foi, (8: 42b)

    Jesus não era apenas acessível no meio da multidão, mas também estava disponível para os indivíduos. Tendo apelo desesperado ouviu de Jairo, Ele foi com ele. Apesar das exigências implacáveis ​​das multidões que constantemente rodeados Ele, o Senhor passou um tempo com os indivíduos. Os Evangelhos estão cheios de histórias de homens, mulheres e até crianças (13 40:19-14'>Mt 19:13-14.) A quem Jesus deu atenção pessoal. Como o Criador andava com as pessoas, Ele sentiu sua dor e teve compaixão delas; Ele era um edredom e carga portador. "Vinde a mim", ele disse, "todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tome meu jugo sobre vós e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave eo meu fardo é leve "(Mateus 11:28-30.). Isaías profetizou dele ", como um pastor Ele vai cuidar de seu rebanho, em seu braço Ele recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; Ele gentilmente levar as ovelhas de enfermagem .... A cana trilhada, não a quebrará e um pavio que ainda fumega Ele não vai extinguir "(Is 40:11; Is 42:3; Mt 14:14; Mc 1:41; 8:. Mc 8:2; Lc 7:13).

    O coração de Jairo estava quebrando. Tudo o que ele tinha pensado em Jesus, ou o que os líderes religiosos podem pensar dele para ir a Ele, era de nenhum interesse para ele. Sua necessidade desesperada levou ao compassivo, disponível Salvador. Jesus respondeu a sua fé fraca e dor natural com uma poderosa demonstração tanto de Seu poder e Sua compaixão.

    SUA INTERRUPTIBILIDADE

    as multidões estavam pressionando contra ele. E uma mulher que tinha uma hemorragia há doze anos, e não podia ser curado por qualquer pessoa, veio por trás dele e tocou na orla do seu manto, e imediatamente sua hemorragia parou. (8: 42c-44)

    Como Ele esforçou-se para ir com Jairo, o Senhor encontrou o seu caminho impedido por multidões que se aglomeravam contra Ele . A massa espessa de corpos estava imóvel, todos querendo desesperAdãoente a atenção de Jesus. Ansiedade e frustração de Jairo com a demora na obtenção de Jesus para a sua casa deve ter sido intenso. Cada momento que passa trouxe sua amada filha mais perto da morte. De repente, para desespero de Jairo, o lento progresso do Senhor no meio da multidão foi interrompido completamente por uma pessoa igualmente desesperado. Uma mulher que teve uma hemorragia há doze anos, e não podia ser curado por qualquer pessoa, veio por trás dele e tocou na orla do seu manto . O atraso ela causada poderia e iria ser fatal para a filha de Jairo.

    Jesus estava acostumado a ser interrompido. Certa vez, quando Ele estava pregando um sermão, alguns homens rasgou o telhado acima Dele e baixou um paralítico em uma maca (Lucas 5:17-19). Em outra ocasião Ele foi interrompido quando "alguém na multidão disse-lhe: Mestre, diga a meu irmão que reparta a herança da família comigo '" (Lc 12:13). Apesar das exigências esmagadoras, Jesus nunca foi indiferente às pessoas necessitadas.

    Esta mulher tinha vivido com um problema de saúde grave, uma hemorragia, há doze anos -desde que a filha de Jairo estava vivo. Enquanto ele e sua família gostava de assistir sua filha crescer e olhou para a frente a seu futuro como uma esposa e mãe, essa mulher tinha sofrido 12 anos de miséria e sofrimento. Sua condição produzido efeitos físicos graves; sangramento contínuo, fadiga e falta de força a partir da perda de sangue, o medo de que a condição pode eventualmente ser fatal, e talvez dor constante. Mas os efeitos sociais foram ainda mais grave. De acordo com Levítico 15:19-27, uma mulher com um problema de sangramento como o dela era impuro, enquanto a condição persistiu. Isso significava que ela não poderia ir ao templo, ou assistir à sinagoga. Ninguém na sua família pudesse tocá-la ou qualquer coisa que ela tocada ou eles também se tornaria impuro. Ela era um pária, tanto na sociedade e na sua própria família.

    Sua situação era desesperadora, pois como todo mundo na época ela não poderia ser curado por qualquer pessoa . Cura da mulher era além do conhecimento médico limitado daquele dia. Todas as suas tentativas desesperadas de encontrar alívio só tinha aumentado o seu sofrimento; ela tinha, como Marcos registros ", sofreu muito nas mãos de muitos médicos, e tinha gasto tudo o que tinha e não foi ajudado em tudo, mas tinha piorado" (Mc 5:26). Antigas, tratamentos inúteis prescritos para mulheres com o seu estado estavam bizarro:

    Um remédio consistia em beber uma taça de vinho contendo um pó composto de borracha, alum e jardim açafrão. Outro tratamento consistiu de uma dose de cebolas cozidas em vinho persas administrado com a convocação, "Levanta-te fora de seu fluxo de sangue!" Outros médicos prescritos choque repentino, ou da execução das cinzas de um ovo de avestruz em um determinado tecido. (William L. Lane,Comentário ao Evangelho de Marcos , A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975]., 192 n 46)

    Seu dinheiro e espero que se foi, cortado de amigos e familiares, ela desesperAdãoente e ansiosamente a forçou caminho através da multidão para chegar a Jesus. Envergonhado e humilhado por sua condição perpetuamente imundo e procurando evitar a divulgação, vergonha e ressentimento do povo, ela veio por trás dele e tocou na orla do seu manto . Na lei do Antigo Testamento Deus tinha ordenado aos judeus: "Você deve fazer-se borlas nos quatro cantos da sua roupa com a qual você se cobrir" (Dt 22:12). Essas borlas, na orla de suas vestes, serviu como um lembrete de sua obrigação de obedecer aos mandamentos de Deus (Num. 15: 37-41). O verbo grego traduzido tocou sugere que a mulher não se limitou a tocar uma das borlas do Senhor, mas pegou uma e agarrou-o (o mesmo verbo é traduzida como "agarrados" em Jo 20:17). Mateus registra que ela mantinha "dizendo para si mesma:" Se eu somente tocar a sua roupa, eu vou ficar bem "(Mt 9:21). Depois de doze anos de sofrimento, Jesus era sua única esperança, para que ela literal e figurativamente se agarrou desesperAdãoente a Ele.

    Jesus honrou a sua fé, e como ela agarrou a borla do manto imediatamente sua hemorragia parou . Jesus curou muitas vezes aqueles que não tinham fé, mas nunca salvou quem faltava isso. Esta mulher, seu problema físico resolvido, estava a caminho para a salvação.

    SUA INESGOTABILIDADE

    E Jesus disse: "Quem é a pessoa que me tocou?" E enquanto eles estavam todos negá-lo, Pedro disse: "Mestre, as pessoas estão aglomerando e pressionando em você". Mas Jesus disse: "Alguém me tocou, por Eu estava ciente de que havia saído poder de mim. "Quando a mulher viu que ela não tinha escapado à atenção, aproximou-se tremendo e prostrou-se diante dele, e declarou na presença de todas as pessoas a razão pela qual ela havia tocado, e como tinha sido curada imediatamente. E disse a ela: "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz "(8: 45-48).

    Há uma profundidade inesgotável em que Jesus fez. Não contente com a restauração da mulher fisicamente, o Senhor restaurou sua socialmente, fazendo sua cura conhecida publicamente. Ele também restaurou-la espiritualmente a Deus.
    Depois que a mulher agarrou a borla do manto Jesus disse: "Quem é a pessoa que me tocou?" Obviamente, o Senhor onisciente não estava pedindo informações. Ele sabia que tinha tocado nele, e estava ligando para ela para revelar-se. E, enquanto eles estavam todos negá-lo, Pedro disse: "Mestre, as pessoas estão aglomerando e pressionando em você." Seguindo o exemplo de Pedro, o resto dos discípulos perguntaram incrédulo: "Você vê a multidão pressionando em você, e você diz: 'Quem me tocou?'" (Mc 5:31). A resposta do Senhor é uma das coisas mais profundas Ele nunca disse:"Alguém me tocou, pois eu estava ciente de que havia saído poder de mim." O poder de Deus não é uma força impessoal que flui d'Ele para as pessoas. Ele tinha plena consciência da sua acção.Ninguém nunca recebe o poder de Deus em sua vida, sem consciência aguda de sua parte.

    Percebendo que ela não conseguia esconder, quando a mulher viu que ela não tinha escapado à atenção, aproximou-se tremendo de medo reverencial e prostraram-se diante dEle em homenagem e adoração. Ela, então, declarou, na presença de todas as pessoas a razão pela qual ela havia tocado, e como ela foi imediatamente curada . Não contente apenas para restaurar-la fisicamente e socialmente, Jesus lhe disse: "Filha (a única vez nos Evangelhos que Jesus usou essa palavra para abordar uma mulher) a tua fé te salvou; vai em paz. " A frase fez-lhe bem traduz uma forma do verboSozo , que é a palavra do Novo Testamento comum para a salvação. Esta mesma frase no texto grego aparece em Lc 7:50, onde se refere claramente a salvação do pecado. Ele também é usado em Lc 17:19 para descrever um dos dez leprosos que voltaram a adorar Jesus. Enquanto todos os dez foram curados, só ele foi salvo. Além disso, chamando-a do Senhor filha indica que Ele recebeu-a como uma criança do seu reino (Jo 1:12). Ela foi restaurada, fisicamente, socialmente e espiritualmente através da graça e do poder pessoal do Senhor Jesus Cristo.

    SUA FIDELIDADE

    Enquanto ele ainda estava falando, alguém veio da casa do chefe da sinagoga, dizendo: "Sua filha morreu; não incomodes mais o Mestre mais "Mas Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhe:" Não tenha medo por mais tempo.; crê somente, e ela será curada "(8: 49-50).

    Enquanto Jesus ainda estava falando com a mulher, agora curado, Jairo recebeu a notícia de que ele tinha temido. Alguém veio de sua casa e lhe disse: "Sua filha morreu; não incomodes mais o Mestre mais. " O atraso tinha provado mortal, e pior medo de Jairo foi realizado. Enquanto Jesus estava ministrando a um pária humilde, o filho de um dos principais cidadãos de Cafarnaum tinha morrido. O mensageiro sem nome, evidentemente, não acreditam que Cristo poderia elevar a menina dos mortos. Por isso ele não via mais necessidade de manter Jesus de Seu ministério para os outros no meio da multidão. Didaskalon (Professor) foi um título de grande respeito. Era apropriado para Jesus desde o ensino, não realizando milagres, foi o foco principal de seu ministério (conforme Mc 1:38).

    Embora não Lucas não gravá-la, neste momento Jairo disse a Jesus: "Minha filha acaba de morrer; mas vem, impõe a tua mão sobre ela, e ela viverá "(Mt 9:18). Ao contrário do messenger duvidosa, Jairo acreditavam que Jesus tinha o poder de criar sua filha dos mortos como Ele tinha o jovem de Naim.

    Quando Jesus ouviu o relatório de Jairo da morte de sua filha Ele lhe respondeu: "Não tenha medo por mais tempo; crê somente, e ela será curada. " Jesus não estava fazendo fé de Jairo condição para ressuscitar sua filha, mas foi encorajador e tranquilizá-lo. Embora Jairo tinha fé de que Jesus poderia ressuscitar ela, sua fé foi misturado com medo (conforme Mc 9:24). O Senhor exortou-o a parar de ter medo e continuar acreditando na Sua promessa de que sua filha iria ser feito bem (conforme Mt 17:19-20.).

    SUA PERSPECTIVA

    Quando Ele veio para a casa, Ele não permitiu que ninguém entrasse com ele, a não ser Pedro, João e Tiago, eo pai ea mãe da menina. Agora todos estavam chorando e se lamentando por ela; Mas ele disse: "Pára de chorar, pois ela não morreu, mas está dormindo." E eles começaram a rir dele, sabendo que ela tinha morrido. (8: 51-53)

    Depois de um atraso significativo na obtenção de lá (tempo suficiente tinha decorrido para os enlutados se reuniram para o funeral e para ter começado), Jesus finalmente veio a de Jairo casa . Uma vez que os judeus não embalsamar, os enlutados teriam sido avisados ​​de que a menina estava morrendo. No momento em que o Senhor chegou, o funeral estava em pleno andamento. Em contraste com os funerais modernos, que são geralmente silencioso, sombrio, e calmo, um funeral judaico do primeiro século era uma cena de caos controlado por mal. As rezadeiras, tanto os amigos e familiares dos entes queridos, bem como as carpideiras contratadas tradicionais, seria alto gritando, chorando, e rasgando suas roupas. Outros estaria tocando música dissonante em flautas de alta-frequência. O resultado final foi uma cacofonia de confusão. Desde Jairo era um líder muito respeitado na comunidade, o funeral de sua filha teria sido ainda maior e mais alto do que a maioria.

    Tendo chegado à casa, Jesus não permitiu que ninguém entrasse com ele, a não ser Pedro, João e Tiago (aqui destacou do resto dos discípulos, pela primeira vez, pois muitas vezes seria no futuro), e o pai da menina e mãe . O resto dos discípulos ea multidão ficou fora. Uma vez dentro do Senhor testemunhou "uma comoção" (Mc 5:38), com "os tocadores de flauta ea multidão em desordem ruidosa" (Mt 9:23todos chorando e lamentando a menina morta. Ele terminou abruptamente o funeral comandando as carpideiras contratadas para "parar de chorar, pois ela não morreu, mas está dormindo". Espantado, eles começaram a rir dele, sabendo que ela tinha morrido . Mas o Senhor colocou os enlutados zombando out (Mc 5:40).

    Declaração de Jesus de que a menina tinha não morreu, mas foi adormecido trouxe uma nova perspectiva revolucionária para a morte. Por compará-la a dormir, Ele redefiniu a morte como temporária;assim, o sono é usada nas Escrituras como uma metáfora para o corpo na morte (João 11:11-14; At 13:36; 1Co 11:301Co 11:30; 15:. 1Co 15:6, 1Co 15:18, ​​1Co 15:20, 1Co 15:51; 1Ts 4:141Ts 4:14. —15; 1Ts 5:10; 2Pe 3:42Pe 3:4; Ap 6:9-11).

    SEU PODER

    Ele, no entanto, tomou-a pela mão e chamou, dizendo: E o seu espírito voltou, e ela se levantou imediatamente "Criança, levanta-te!"; e Ele deu ordens para que algo seja dado a ela para comer. (8: 54-55)

    Tendo entrado no quarto onde o corpo da criança lay (Mc 5:40), Jesus tomou-a pela mão e disse em voz alta , dizendo: "Filho, levanta-te!" Jairo pediu-lhe que pusesse a mão em seu e restaurar sua vida (Mt . 9:18), e que o Senhor fez de bom grado. Os Evangelhos foram escritos em grego, mas Marcos registra as palavras em aramaico reais pronunciadas por Cristo, "Talitha Kum" (5:41), o que significa: "Menina, levanta-te." Usando o poder pelo qual Ele criou tudo (João 1:1-3; Colossenses 1:15-16), Jesus ordenou a vida dentro dela.

    Preensão da Morte na menina foi quebrado, e seu espírito voltou . A vida voltou ao seu corpo, e não apenas qualquer vida, mas a sua vida, assim como foi o caso com o filho da viúva (7: 11-15), e, mais tarde, ser verdadeiro de Lázaro (João 11:43-44). Quando sua vida foi restaurada, ela se levantou imediatamente . Como todas as curas de Jesus, isso não foi uma cura progressiva; não houve reabilitação e nenhum período de recuperação. O Senhor falou e ela foi imediatamente e totalmente restaurado à vida.

    Depois que a criança levantou-se, Jesus deu ordens para que algo seja dado a ela para comer . Isto revela novamente Seu terno e compassivo cuidados. Ele também mostra que esta não era uma ilusão, mas uma verdadeira ressurreição (conforme Lucas 24:42-43). Seu espírito havia retornado ao seu corpo e ela havia retomado a viver uma vida normal, sustentada por alimentos.

    As ressurreições o Senhor realizados durante Seu ministério terreno demonstrou o poder Ele um dia vai usar para ressuscitar todas as pessoas. Em João 5:28-29 Jesus disse: "Está chegando a hora, em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz [de Cristo], e sairão; aqueles que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal, para uma ressurreição de julgamento "Os corpos dos crentes serão levantadas e reunidas com seus espíritos para viver para sempre no céu.; os corpos dos incrédulos vai se reunir com os seus espíritos para experimentar o castigo eterno no inferno.Os crentes não precisam temer a morte, porque eles colocaram sua fé n'Aquele que conquistou.

    SUA PRIORIDADE

    Seus pais ficaram maravilhados; mas Ele os instruiu para não contar a ninguém o que tinha acontecido. (08:56)

    Além de ser muito feliz que sua filha foi restaurado à vida, seus pais ficaram maravilhados. Amazed traduz uma forma do verbo existēmi , que literalmente significa "estar fora de si mesmo", e é traduzido "Ele perdeu Seus sentidos" em Mc 3:21. Significa que os pais da menina foram extremamente surpreso ao ponto de ser aterrorizado, como foram os discípulos (v. 25), o povo de Gadara (v. 37), e a mulher curada de uma hemorragia (v. 47) no início neste capítulo.

    Que o Senhor os instruiu a não dizer a ninguém o que tinha acontecido , não significa que Ele não queria que as pessoas saibam sobre o milagre. A notícia foi impossível manter segredo (conforme Mt 9:26), já que todo mundo iria ver a menina ressuscitada. Houve momentos em que Jesus não queria que a notícia de um milagre para se espalhar, porque as multidões resultantes de curiosos que impediria seu ministério (conforme Mc 1:40-45) ou procurar fazê-Lo rei à força (João 6:14-15), ou como um ato de julgamento, escondendo a verdade daqueles confirmou em sua rejeição de Deus (Lc 9:21). Como observado acima, a notícia se espalhar por si próprio. Os pais poderiam aproveitar a reunião com sua filha, e nos gloriamos na bondade, graça e misericórdia de Cristo para eles.

    Todas estas questões podem desempenhar um papel na restrição de silêncio Jesus colocar sobre eles, mas eles não são a principal razão. Nosso Senhor freqüentemente chamados para este tipo de silêncio (Mt 8:1; Mt 9:30; Mt 12:16; Mt 17:9, Mc 1:34, Mc 1:44; Mc 3:12; Mc 5:43; Mc 7:36; Mc 8:26; Mc 9:9; Lc 9:21). A verdadeira razão é dada em Marcos 8:30-31: "E Ele lhes advertiu que a ninguém contassem sobre Ele. E começou a ensinar-lhes que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e os escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitaria. "Ele não quer ser conhecido como um curandeiro ou milagre trabalhador, ou mesmo apenas como o Cristo, aqueles eram verdadeiras, mas incompleta. Quando Ele é proclamada, deve ser como o Salvador crucificado e ressuscitado. Não há evangelho de Jesus Cristo sem a cruz, em todo o seu significado e da ressurreição com tudo o que ela realizou. Paulo resumiu quando ele disse que só iria pregar "Cristo, e este crucificado" (1Co 2:2 ).

    Esta conta de dois dos inúmeros milagres do Senhor Jesus Cristo realizados revela Seu pessoal preocupação, compassivo para ferir as pessoas. Para os oprimidos e sobrecarregados Ele oferece descanso (Mateus 11:28-30; para o conturbado Ele proporciona paz (Jo 14:27; Jo 16:33), e mais importante de tudo, para os escravizados pelo pecado, Ele oferece a salvação (Lucas. 4: 16-21; Lc 19:10) através da cruz e ressurreição de vir.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 1 até o 56

    Lucas 8

    No caminho — Luc. 8:1-3

    O semeador e a semente — Luc. 8:4-15 Leis para a vida — Luc. 8:16-18

    O verdadeiro parentesco — Luc. 8:19-21 Calma na tormenta — Luc. 8:22-25

    A derrota dos demônios — Luc. 8:26-40

    Cura de uma filha única — Luc. 8:41-42 y 49-56 Não estava perdida na multidão — Luc. 8:43-48

    NO CAMINHO

    Lucas 8:1-3

    O momento que esperávamos que viesse chegou. Jesus está no caminho. As sinagogas não estão abertas para ele, como anteriormente.

    Tinha começado, poderia dizer-se, na igreja, onde qualquer homem com uma mensagem de Deus podia esperar justificadamente encontrar um auditório atentou e receptivo. Em lugar de boas-vindas tinha encontrado

    oposição; em vez de ouvintes ansiosos tinha encontrado os escribas e fariseus esperando friamente apanhá-lo em suas próprias palavras e obra; de maneira que agora se dirigiu aos caminhos, a saía das colinas e as

    bordas do lago.

    1. Novamente estamos diante de um fato que já notamos. Esta passagem enumera um pequeno grupo de mulheres que o serviam com seus próprios recursos. Considerava-se como um ato piedoso sustentar a um rabino, e o fato de que os seguidores devotos de Jesus o ajudassem está diretamente de acordo com este costume e prática comum. Mas, como com os discípulos, ocorria o mesmo com estas mulheres, não podemos deixar de ver que se tratava de um grupo muito heterogêneo.

    Ali estava Maria Madalena, ou seja Maria da cidade da Magdala, da qual tinha expulso sete demônios. Esta tinha evidentemente, um passado

    escuro e terrível. Ali estava Joana. Esta era a mulher da Chuza o epítrope

    do Herodes. Um rei tinha muitos bens e propriedades; seu epítrope era o encarregado de cuidar seus interesses financeiros. No Império Romano,

    até nas províncias que eram governadas por procônsules escolhidos pelo senado, o imperador tinha seus epítropes para proteger seus interesses.

    Portanto não havia funcionário mais importante nem digno de confiança.

    É surpreendente encontrar a Maria Madalena com seu escuro passado e a Juana, uma dama da corte, em um mesmo grupo. Uma das qualidades supremas de Jesus é a de poder fazer que as pessoas mais

    diversas vivam juntas sem perder no mais mínimo sua personalidade ou suas qualidades.

    1. K. Chesterton escreve sobre o texto que diz que o leão deitará com o cordeiro: "Mas recordem que este texto se interpreta muito

    levianamente. Supõe-se constantemente que... quando o leão descansa ao lado do cordeiro, comporta-se como ele. Mas isto não é mais que uma anexação brutal e imperialista por parte do cordeiro. Simplesmente o cordeiro absorve o leão em vez de ser este o que come o cordeiro. O

    verdadeiro problema é o seguinte: Pode o leão descansar junto ao cordeiro e reter ainda sua real ferocidade? Este é o problema que a Igreja teve que enfrentar; este é o milagre que obteve."

    Não há nada que a igreja necessite mais que aprender a sujeitar em um jugo comum os distintos temperamentos e qualidades das pessoas. Se não termos êxito é nossa culpa, porque em Cristo pode fazer-se – e se

    tem feito.

    1. Nesta lista de mulheres temos um grupo cuja ajuda era prática. Sendo mulheres, na Palestina não estavam autorizadas a pregar, mas

    davam os dons que tinham.

    Havia um velho sapateiro que desejava ser pastor, mas nunca o caminho lhe fora aberto. Era amigo de um jovem estudante de teologia; e

    quando o nomeou para seu primeiro cargo o ancião lhe pediu um favor. Pediu-lhe que lhe permitisse fazer sempre os seus sapatos, enquanto vivesse, de maneira que pudesse sentir que o pregador estava calçando seus sapatos no púlpito ao qual ele nunca poderia subir. Nem sempre é a

    pessoa à frente a que está fazendo o trabalho mais importante.

    Quantos homens que ocupam um posto público não poderiam mantê-lo nem por uma semana sem ter por trás a tranqüilidade de um lar.

    Não há nenhum dom que não possa ser utilizado para o serviço de Cristo. Muitos de seus melhores servos estão nos bastidores, não se pode vê-los, mas são essenciais para sua causa.

    O SEMEADOR E A SEMENTE

    Lucas 8:4-15

    Nesta parábola Jesus utiliza uma figura que todos os seus ouvintes conheciam. É bastante provável que enquanto falava estivesse vendo

    algum semeador que semeava sua semente.

    A parábola nos fala de quatro tipos de solos.

    1. O solo comum na Palestina estava dividido em franjas largas e estreitas, entre as quais havia atalhos transitáveis; quando a semente caía

    em um destes, que eram tão duros como o caminho, não tinha probabilidades de brotar.

    1. Havia o solo rochoso. Isto não quer dizer que estivesse cheio de pedras. Significa que o solo consistia em uma delgada capa de terra sobre a rocha. Em tal solo não havia umidade nem mantimentos, e a planta que crescia estava destinada a secar-se e morrer.
    2. O solo que estava cheio de espinhos no momento se via bastante bom. É possível fazer que qualquer pedaço de terra pareça limpo, removendo-o. Mas as sementes do joio e as raízes fibrosas dos pastiçais

    ficam nele. A boa semente e os espinheiros cresceram juntos e estes últimos sempre são mais fortes; portanto afogaram as plantas boas.

    1. O solo bom era profundo, limpo e bem preparado.

    Os versículos 9:10 sempre foram um quebra-cabeças. Parece que Jesus disse que falava em parábolas para que as pessoas não o compreendesse; e não podemos crer que escondia deliberadamente seu significado de seus ouvintes.

    Sugeriu-se várias explicações.

    1. Mt 13:13 diz algo um pouco diferente. Diz que Jesus falava em parábolas porque as pessoas não podiam ver nem entender

    claramente. Mateus parece dizer que não se tratava de impedir que as pessoas vissem e entendessem, mas sim para ajudá-los a fazê-lo.

    1. Mateus cita imediatamente um dito de Is 6:9, Is 6:10. Diz em

    efeito: "Falei-lhes a palavra de Deus e o único resultado é que não

    entenderam nada." Portanto o dito de Jesus pode indicar não o objeto de seu ensino por meio de parábolas, e sim o resultado da mesma. O resultado nítido era que as pessoas não compreendiam.

    1. O que Jesus queria dizer é o seguinte: o povo pode chegar a ter uma mentalidade tão pesada, apagada e torpe que quando a verdade de

    Deus chega a eles não podem vê-la. Deus não tem a culpa. Chegaram a ser tão folgazões mentalmente, estão tão cegados pelos preconceitos, são tão incapazes de ver o que não querem ver, que o resultado é que não

    podem assimilar a verdade de Deus. São mentes não cultivadas, não feitas na observação de si mesmas e nas dos outros, não disciplinadas na reflexão como necessidade humana interior, e sim fixas nas coisas

    materiais de cada dia e no afã de subsistir.

    Há duas interpretações desta parábola:

    1. Sugere-se que significa que o destino da palavra de Deus depende do coração em que é semeada.
    2. O atalho duro representa a mente fechada, que não está disposta a receber nada.
    3. O terreno pouco profundo representa aqueles que aceitam a palavra mas que nunca pensam a respeito dela nem se dão conta de suas conseqüências e que portanto fracassam diante das dificuldades.
    4. O terreno espinhoso representa aqueles cujas vidas estão tão ocupadas que as coisas de Deus não têm lugar nelas. Devemos recordar sempre que as coisas que afogam os melhores não são más necessariamente. Pode ser que em si mesmas sejam muito boas. O pior

    inimigo do melhor é o bom.

    1. O terreno bom representa o coração bondoso. O bom ouvinte faz três coisas. Em primeiro lugar, ouve atentamente. Em segundo lugar,

    guarda o que ouve em sua mente e coração e pensa nisso até que descobre seu significado por si mesmo. Finalmente, age. Traduz em ação o que ouviu.

    1. Sugere-se que a verdadeira interpretação da parábola é esta: pensemos na situação. Jesus tinha sido expulso das sinagogas. Os

    escribas

    e fariseus e os líderes religiosos estavam contra Ele. Indevidamente seus discípulos estariam desiludidos. Jesus lhes ensinou esta parábola e lhes está dizendo: "Todos os lavradores sabem que uma parte de sua semente se perderá; não pode crescer toda. Mas isso não os desalenta nem os impede de semear porque sabem que apesar de tudo sua colheita é segura." Está dizendo a seus discípulos: "Sei que sofremos contrariedades e desilusões; sei que temos nossos inimigos e opositores; mas, não desanimem; a colheita é segura ao final."

    De modo que esta parábola pode ser tanto um chamado de atenção sobre como ouvimos e recebemos a palavra de Deus e um estímulo para afastar todo desespero com a segurança de que todas as contrariedades não podem arruinar a colheita final de Deus.

    LEIS PARA A VIDA

    Lucas 8:16-18

    Aqui há três ditos, cada um com uma advertência para a vida.

    1. O versículo 16 dá ênfase ao caráter essencialmente conspícuo da vida cristã. O cristianismo é por natureza algo que deve ser visto. É fácil

    encontrar razões de prudência para não fazer ostentação de nosso cristianismo diante da face do mundo. Em quase todas as pessoas há um

    medo instintivo de sentir-se diferentes. É provável que o mundo sempre persiga aqueles que não estão de acordo com seus modelos. Um escritor que criava galinhas conta que todas as que estavam no galinheiro eram

    iguais, menos uma. A que era distinta foi morta a bicadas pelas demais. Até no mundo animal ser diferente é um crime. Por difícil que seja, temos o dever de não nos envergonhar nunca de mostrar a quem

    pertencemos e a quem servimos; em realidade, bem visto, não se trata de um dever, mas sim de um privilégio.

    Pouco antes da coroação da rainha da Inglaterra a maioria das casas

    e lojas estavam embandeiradas. Eu estava no campo nesse momento e em um pequeno matagal à beira do caminho dava com o acampamento

    de um funileiro ambulante. Consistia em uma pequena loja, ao lado da qual havia um poste com a bandeira britânica quase tão grande como a loja. Era como se esse cidadão errante tivesse dito: "Não tenho muito neste mundo; mas o que tenho leva minha bandeira."

    1. O versículo 17 sublinha a impossibilidade de guardar um segredo. Há três pessoas das quais tentamos ocultar as coisas.
    2. Às vezes tratamos de fazê-lo de nós mesmos. Fechamos nossos olhos às conseqüências de certas ações e hábitos, apesar de que as

    conhecemos bem. É como se um homem fechasse deliberadamente seus olhos aos sintomas de uma enfermidade que sabe que tem. Só podemos dizer que nos damos conta de quão tolo é.

    1. Às vezes tratamos de esconder as coisas de nossos amigos. Mas as coisas se dispõem para sair à luz. O homem com um segredo é infeliz. O homem contente é o que não tem nada a esconder.

    Conta-se que uma vez um arquiteto solicitou a Platão para construir uma casa que tivesse todas suas habitações escondidas a olhos do público. "Eu lhe darei o dobro, se me fizer uma casa em que possam ver-

    se todas as habitações", disse-lhe o filósofo. Feliz é o homem que pode falar assim.

    1. Às vezes tentamos esconder as coisas a Deus. Ninguém tentou

    jamais fazer algo tão impossível. Faríamos bem em ter permanentemente perante nossos olhos o texto que diz: "Deus, Tu me vês."

    1. O versículo 18 nos dá a lei universal de que o que tem obterá mais e que o que não tem perderá o que tem.

    Se um homem for fisicamente são e mantém seu corpo assim, poderá fazer grandes esforços; mas se se deixa decair perderá as habilidades que tem. Quanto mais aprenda um estudante mais chegará a

    captar; mas se se nega a continuar aprendendo perderá o conhecimento que tem. Esta é outra forma de dizer que não podemos nos deter na vida. Ou avançamos ou retrocedemos. Aquele que busca achará sempre; mas

    aquele que deixa de procurar perderá até o que tem.

    O VERDADEIRO PARENTESCO

    Lucas 8:19-21

    Não é difícil dar-se conta de que, ao menos durante sua vida, a família de Jesus não simpatizava com ele. Mc 3:21 nos relata que

    seus parentes tentaram detê-lo porque acreditavam que tinha perdido o julgamento. Em Mt 10:36 Jesus adverte seus discípulos que os inimigos de um homem bem podem ser os membros de seu próprio lar –

    e falava de sua dura e amarga experiência.

    Nesta passagem há uma grande verdade prática. Pode acontecer que um homem se encontre muito mais perto de gente com a qual não está

    relacionado que de sua própria parentela. A relação mais profunda da vida não é simplesmente uma relação de sangue; é também da mente e do coração. Quando as pessoas têm fins, princípios, interesses, metas comuns na vida, seu vínculo é verdadeiro e real. Recordemos a definição

    do Reino que já elaboramos. O Reino de Deus é uma sociedade sobre a

    Terra na qual a vontade de Deus se cumpre perfeitamente, assim como no céu. A qualidade suprema de Jesus é que Ele sozinho entre todas as pessoas, obteve plenamente essa identidade de sua vontade e a vontade de Deus. Portanto, todos aqueles que têm como meta na vida fazer que a vontade de Deus seja a própria, são verdadeiros filhos de Deus.

    Dizemos que todos os homens são filhos de Deus; e em um sentido real e precioso isto é verdade, porque Deus ama o santo e o pecador; mas o ser filhos no sentido mais profundo está condicionado eticamente. Quando um homem, com a ajuda do Espírito Santo, põe sua vontade em linha com a de Deus, começa a verdadeira relação. Os estóicos diziam que esse era o único caminho para a felicidade na vida. Tinham a convicção de que tudo o que passava alegria e tristeza, triunfo e desastre, lucros e perdas, sol e sombra – é vontade de Deus. Quando um homem se nega a aceitá-la dá de cabeça contra a parede do universo e não obtém mais que problemas e dor de coração. Quando olhe a Deus e lhe diz: "Faze comigo o que queres", acha o atalho da felicidade.

    Se isto for assim, surgem duas coisas:

    1. Existe uma fidelidade que ultrapassa todas as fidelidades terrestres; há algo que precede às coisas mais queridas do mundo. Nesse sentido Jesus Cristo é um senhor exigente, pois não está disposto a compartilhar o coração de um homem com nada nem ninguém. O amor necessariamente é exclusivo. Só podemos amar a uma pessoa e servir a um senhor de uma vez.
    2. Isso é duro; mas nos encontramos com esta grande maravilha – quando um homem se entrega absolutamente a Cristo se converte em

    membro de uma família cujos limites são o mundo. Qualquer perda que experimente será equilibrada por este ganho.

    O homem que, através de Jesus Cristo, busca a vontade de Deus, entrou em sua família, que inclui a todos os santos na terra e no céu.

    CALMA NA TORMENTA

    Lucas 8:22-25

    Lucas nos relata esta história com uma grande economia de

    palavras, entretanto tem uma vivacidade extraordinária.

    Sem dúvida alguma, Jesus decidiu cruzar o lago porque necessitava descanso e silêncio. Quando zarparam, dormiu. É bonito pensar em

    Cristo dormindo. Estava cansado, como também nos cansamos. Ele também podia chegar a um esgotamento tal que a necessidade de dormir se fizesse imperativa. Confiava em seus homens. Estes eram pescadores

    do lago e podia confiar em sua capacidade e experiência, e descansar. Confiava em Deus; sabia que estava tão perto dEle no mar como na terra.

    E então se desatou a tormenta. O Mar da Galiléia é famoso por suas rápidas borrascas. Um viajante disse: "Tão somente havia se posto o sol quando o vento começou a soprar sobre o lago, e continuou fazendo-o toda a noite com uma violência que aumentava, de modo que quando

    chegamos à costa na manhã seguinte a superfície do lago parecia uma grande caldeira em ebulição."

    A origem destas tormentas é o seguinte: O Mar da Galiléia está a mais de duzentos metros abaixo do nível do mar. Está rodeado de terras

    planas atrás das quais se elevam as altas montanhas. Os rios penetraram profundas gargantas nas planícies ao redor do mar. Estas gargantas atuam como grandes funis que trazem o vento frio das montanhas e assim surgem as tormentas. O próprio viajante nos conta como tentaram

    armar suas tendas nessa tormenta: "Tivemos que pôr duas estacas a cada corda, e freqüentemente nos víamos obrigados a nos atirar com todo nosso peso sobre elas para impedir que o tremente tabernáculo fosse

    levado pelos ares."

    Uma dessas repentinas tormentas foi a que atacou o barco nesse dia, e Jesus e seus discípulos estiveram em perigo de morte. Os discípulos

    despertaram a Jesus, e ele com uma palavra acalmou a tempestade.

    Tudo o que Jesus fazia tinha mais que um simples significado temporário. E o verdadeiro significado deste incidente é que, em

    qualquer lugar onde Jesus está, a tormenta se calma.

    1. Quando Jesus chega, acalma a tormenta da tentação. Às vezes a tentação nos chega com uma força dominante. Como disse Stevenson:

    "Conhece você a estação de trens da Caledonia em Edimburgo? Uma fria manhã me encontrei ali com Satanás." Todos nos encontramos alguma vez com ele. Se nos encontrarmos com a tormenta da tentação sozinhos, somos vencidos; mas com Cristo existe a calma contra a qual a tentação

    perde seu poder.

    1. Quando Jesus chega, acalma as tormentas das paixões. A vida é duplamente difícil para o homem de coração fogoso e temperamento

    inflamável.

    Um amigo encontrou a outro: "Vejo que você conseguiu dominar seu temperamento." "Não", respondeu-lhe, "eu não o dominei, Jesus o

    fez por mim." Mas perderemos a batalha se Jesus não estiver conosco para nos dar a calma da vitória.

    1. Quando Jesus chega, acalma as tormentas do pesar. A tempestade da dor chega algum com toda a força devido a que a dor é sempre a penalidade do amor e se alguém ama terá que sofrer.

    Quando a esposa de Pusey morreu, ele disse: "Era como se houvesse uma mão debaixo do meu queixo para me sustentar." Nesse

    dia, na presença de Jesus, enxugam-se as lágrimas e o coração ferido acha consolo.

    A DERROTA DOS DEMÔNIOS

    Lucas 8:26-40

    Nunca poderemos compreender esta história a não ser que nos demos conta de que, pensemos o que pensemos a respeito dos demônios, eram intensamente reais para o povo de Gadara e para o homem cuja mente estava transtornada. Tratava-se de um caso de loucura violenta.

    Era muito perigoso para viver entre os homens e o fazia entre as tumbas, que conforme se acreditava, eram o lar dos demônios. Bem podemos notar a coragem de Jesus ao tratar com este homem. O doente tinha uma

    força maníaca que lhe permitia romper as cadeias. Seus concidadãos estavam aterrorizados, de maneira que nunca tentavam fazer-lhe nada; mas Jesus o enfrentou com calma e sem medo. Quando lhe perguntou

    seu nome, respondeu: "Legião". Uma legião romana era um regimento de seis mil soldados. Sem dúvida este homem tinha visto uma legião romana partindo, e sua pobre e afligida mente havia sentido que não

    havia um demônio e sim um regimento deles dentro dele. Bem pode ser que a própria palavra o acossasse, porque possivelmente tivesse visto quando menino as atrocidades que levavam a cabo os romanos. É

    perfeitamente possível que essas mesmas atrocidades tivessem deixado uma marca em sua mente e que finalmente o enlouquecessem.

    Têm-se feito muitas conjeturas a respeito dos demônios e os porcos. Jesus foi condenado por ter mandado os demônios aos inocentes animais.

    A ação tem sido qualificada de cruel e imoral. Mais uma vez devemos

    recordar a intensidade da crença desse povo nos demônios. O homem, que pensava que os demônios falavam através dele, pediu a Jesus que não os mandasse aos abismos do inferno ao qual os consignaria no juízo final.

    Vejamos se podemos nos fazer um quadro do sucedido. O homem – e esta é a essência desta parte da história – nunca teria acreditado que se curou a não ser que tivesse uma demonstração ocular e visível. Nada lhe teria convencido a não ser a partida tangível dos demônios. Certamente que o que aconteceu foi isto. A manada de porcos se estava alimentando perto do precipício. Jesus estava exercendo seu poder de cura em um caso muito obstinado. De repente os gritos selvagens do homem assustaram às porcos que caíram pelo precipício para o rio em um terror cego. "Olhe! Olhe!", disse Jesus, "Lá vão seus demônios!" Jesus tinha que encontrar uma forma de convencer o homem; e a encontrou. De qualquer modo, podemos comparar o valor de uma manada de porcos com o de um homem de alma imortal? Protestaremos se salvar a alma deste homem custou a vida dos porcos? Certamente, temos que guardar certa proporção. Se a única forma de convencer este homem de que estava curado era que os porcos morressem, parece-nos extraordinariamente cego objetá-lo.

    Devemos observar a reação de dois grupos de gente.

    1. Ali estavam os gadarenos. Estes pediram a Jesus que fosse embora.
      1. Odiavam que se interrompesse a rotina de suas vidas. Sua vida

    era muito tranqüila e este Jesus tinha vindo para incomodá-los e portanto o odiavam. Mais pessoas odeiam a Jesus porque os incomoda por qualquer outra razão. Se Jesus disser a um homem: "Você deve deixar este hábito, deve mudar sua vida"; se disser a um empregador: "Você não pode ser cristão e fazer que as pessoas trabalharem nessas condições"; ou a um proprietário: " Você não pode fazer dinheiro alugando essas covinhas" – é provável que cada um lhe diga: "Vá embora e me deixe em paz." Essa é a resposta que todos temos a dar.

    1. Amavam mais a seus porcos que o que valorizavam a alma de um homem. Um dos perigos supremos da vida é valorizar mais as coisas que as pessoas. Essa tendência foi a que criou as más condições de trabalho e as moradias insalubres. Mais perto de nós, essa mesma tendência faz que exijamos egoisticamente nossa tranqüilidade e comodidade embora isto signifique que alguém que está cansado deve trabalhar como escravo por nós. Nada deste mundo pode ser tão importante como uma pessoa.
    2. Ali estava o homem que tinha sido curado. Naturalmente, ele queria seguir a Jesus, mas este o enviou a seu lar. O testemunho cristão, como a caridade cristã, começa pela casa. Seria muito mais fácil viver e falar de Cristo entre pessoas que não nos conhecessem. É nosso dever ser testemunhas de Cristo no lugar em que ele nos pôs. E se acontecer que somos os únicos cristãos na loja, no escritório, na escola, na fábrica, no círculo em que vivemos ou trabalhamos, não devemos nos lamentar. É um desafio em que Deus nos diz: "Vão e digam às pessoas com as que se encontram todos os dias o que eu tenho feito por vocês."

    CURA DE UMA FILHA ÚNICA

    Lucas 8:41-42 y 49-50

    Aqui encontramos que toda a crueldade da vida se converte de repente em felicidade. Lucas sentiu a tragédia da morte desta menina de forma muito aguda. Há três fatores que a fizeram tão aguda.

    1. Era filha única. Só Lucas nos relata isto. A luz da vida de seus pais se apagou.
      1. Tinha cerca de doze anos. Estava às portas da vida adulta porque

    no oriente os meninos se desenvolvem mais rápido que no ocidente. A essa idade bem poderia ter estado por casar-se. O que teria que ter sido a manhã de sua vida se tornou em noite.

    1. Jairo era o presidente da sinagoga. Era o homem responsável por

    administrá-la e de ordenar o culto público. Tinha alcançado o posto mais

    alto que a vida podia lhe dar diante dos olhos de seus concidadãos. Sem dúvida estava em uma boa posição; e tinha ascendido a escala da ambição e o prestígio terrestres. Parecia como se a vida – como acontece às vezes – lhe tivesse prodigalizado muitas coisas e agora estava por lhe arrebatar o mais precioso. Toda a crueldade – que conhecemos tão bem – é o cenário desta história. As choronas já tinham chegado. Parece-nos algo repulsivamente artificial. Mas na Palestina contratar essas mulheres era um símbolo de respeito pelos mortos que nunca se omitia. Estavam seguros de que estava morta, mas Jesus disse que dormia. É perfeitamente possível que dissesse isto literalmente. Pode ser que estejamos aqui diante de um milagre de diagnóstico; que Jesus viu que a menina estava em um transe profundo e que ia ser enterrada viva. Pela evidência das tumbas na Palestina é bem claro que muitos eram enterrados vivos. Isto acontecia facilmente porque as condições climáticas faziam necessário um enterro rápido. Entretanto, pode ser que Jesus com seu poder lhe devolvesse a vida.

    Devemos ter em conta um detalhe muito prático. Jesus ordenou que a menina comesse algo. Pode ser que estivesse pensando tanto na menina

    como na mãe? Esta, com a dor da pena e com a repentina emoção de alegria, estaria perto do desmaio. Em tal momento fazer algo prático com

    nossas mãos pode salvar nossas vidas. E bem pôde ter sido que Jesus, com sua afetuosa sabedoria que tão bem conhecia a natureza humana, estivesse dando a esta mãe nervosíssima um trabalho para acalmar seus nervos.

    Mas, por certo, o personagem mais interessante da história é Jairo.

    1. Era um homem que podia guardar seu orgulho. Era o presidente da sinagoga. Nestes momentos as portas das sinagogas se estavam

    fechando para Jesus, se é que já não o tinham feito. Poderia não ter amado a Jesus, e ele também, poderia tê-lo considerado como alguém que estava quebrantando a lei. Mas na hora de necessidade, guardou seu

    orgulho e pediu ajuda.

    Há uma história famosa do Rolando, o Paladino de Carlos Magno. Estava a cargo da retaguarda do exército quando foi atacado repentinamente pelos sarracenos em Roncesvalles. A batalha rugia furiosamente com desastrosa sorte. Agora, Rolando tinha um berrante chamado Olivante que tinha roubado do gigante Jatmundo e que podia ser ouvido a quarenta e cinco quilômetros. Era tão poderoso que, conforme diziam, os pássaros caíam mortos quando seu som cruzava o ar. Seu amigo Olívio lhe pediu que soprasse o berrante para que Carlos Magno o ouvisse e viesse a ajudá-lo. Mas Rolando era muito orgulhoso. Um a um seus homens morreram lutando até ele ficar sozinho. No fim com seu último fôlego soprou o berrante, e quando Carlos Magno o ouviu veio a toda pressa. Mas muito tarde, porque Rolando também estava morto. Era muito orgulhoso para pedir ajuda.

    É fácil ser assim, pensar que podemos nos arrumar sozinhos. Mas a forma em que podemos encontrar os milagres da graça de Deus é

    guardando nosso orgulho, confessando humildemente nossa necessidade e pedindo. Peçam e receberão – mas não receberemos sem pedir.

    1. Jairo era claramente um homem de uma fé obstinada. Seja o que for que sentiu, não aceitou absolutamente o veredicto das choronas; porque entrou com sua esposa ao quarto onde jazia sua filha. Esperava

    contra a esperança. Sem dúvida em seu coração estava este tácito sentimento: "Nunca se sabe o que este Jesus pode fazer." E nenhum de nós sabe tudo o que Jesus pode fazer. No dia mais escuro podemos confiar nas riquezas recônditas, na graça enorme e no invencível poder

    de Deus.

    NÃO ESTAVA PERDIDA NA MULTIDÃO

    Lucas 8:43-48

    Esta história teve muita importância no coração e na imaginação da Igreja primitiva. Acreditava-se que a mulher era uma gentia da Cesaréia

    de Filipe.

    Eusébio, um grande historiador da igreja (300 d. C.) relata-nos como se dizia que a mulher tinha erigido de seu próprio pecúlio, em sua cidade natal, uma estátua comemorando sua cura. Dizia-se que essa estátua tinha permanecido ali até que Juliano, o imperador romano que tentou instaurar os deuses pagãos, destruiu-a, e erigiu a sua própria nesse lugar, a qual foi destruída por um raio enviado por Deus.

    A vergonha da mulher era que cerimonialmente era impura (Levítico 15:19-33). Seu fluxo de sangue a tinha cortado da vida. Esta é

    a razão pela qual não se dirigiu abertamente a Jesus mas sim se arrastou entre a multidão; e por essa razão também se sentiu tão envergonhada quando ele perguntou quem o havia tocado.

    Todos os judeus devotos vestiam túnicas de franjas com borlas (Números 15:37-41; Dt 22:12). As franjas terminavam em quatro borlas de linho branco com um fio azul tecido entre este. Era para

    lembrar ao judeu cada vez que se vestia e que as via que era um filho de Deus, dedicado a guardar sua lei. Mais tarde, quando foi perigoso ser judeu levavam estas borlas na roupa interior. Em nossos dias ainda existe

    no talith ou xale com que o judeu se cobre a cabeça e os ombros quando está em oração. Mas na época de Jesus as levavam na túnica; a mulher tocou uma destas borlas.

    Lucas, o médico, fala mais uma vez. Marcos diz que a mulher tinha gasto tudo o que tinha em médicos, e que piorava (Mc 5:26). Mas Lucas deixa de lado a frase final porque não gostou deste comentário contra seus colegas.

    A beleza desta história é que no momento em que Jesus está face a face com a mulher, pareceria não haver ali ninguém mais. Ocorreu em meio da multidão; mas esta foi esquecida e Jesus falou com a mulher e a

    tratou como se tivesse sido a única pessoa no mundo. Era uma doente pobre, sem importância. Com uma enfermidade que a fazia impura, e assim mesmo, Jesus deu tudo a ela.

    Temos muita facilidade para catalogar as pessoas e as tratar de acordo com sua importância relativa. Para Jesus essas categorias criadas

    pelos homens não existiam. Ele ou ela eram simplesmente uma alma humana em necessidade. O amor jamais pensa nas pessoas em termos de importância humana.

    Um visitante distinto certa vez foi visitar Tomás Carlyle. Estava trabalhando e não o podia incomodar, mas Jane, sua esposa, aceitou

    levar a visitante e abrir um pouco a porta para que ao menos pudesse vê— lo. Quando olharam a Carlyle, submerso em seu trabalho e abstraído de todo o resto, escrevendo os livros que o fariam famoso no mundo inteiro,

    ela disse: "Esse é Tomás Carlyle de quem todos falam – e é meu marido." Jane não pensava de acordo com as categorias do mundo e sim de acordo com seu amor.

    Uma viajante nos relata que viajando pela Geórgia nos dias anteriores à Segunda Guerra Mundial, levaram-na a ver uma anciã muito humilde e pobre em sua cabana. A velha camponesa lhe perguntou se ia

    a Moscou. A viajante respondeu que sim. "Então", perguntou-lhe a anciã, "poderia levar um pacote de caramelos caseiros a meu filho?" Não podia consegui-los em Moscou. O nome de seu filho era José Stalin.

    Normalmente não pensamos no desaparecido ditador da Rússia como em alguém que gostava de caramelos caseiros – mas sua mãe sim! Para ela as etiquetas feitas pelos homens não importavam.

    Quase todos teriam olhado a mulher na multidão como algo sem importância. Para Jesus, ela era alguém em necessidade, e portanto, por assim dizer, afastou a multidão e se deu a ela. "Deus ama a cada um de nós como se não houvesse ninguém mais a quem amar."


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 8 do versículo 26 até o 39

    37   . A poderosa e misteriosa salvação de um ser humano

    Lucas 8:26-39

     

    Aquele homem vivia uma situação terrível e desumana

     

    Depois de mostrar uma experiência tão maravilhosa do poder de Jesus sobre a natureza, Lucas nos apresenta a narrativa de um personagem que parece ter sido retirado de um filme de terror. Não usava roupas – o que naquela cultura representava grande vergonha - vivia entre os sepulcros – o que dava a ideia de impureza e morte – ferindo-se (conforme Mc 5:5) e com uma força descomunal que apenas servia para rejeitar qualquer tipo de ajuda ou controle.

    A situação daquele homem era motivada, segundo os evangelhos, por espíritos malignos. Não há maiores explicações sobre como isso se deu ou que tipo de realidade era essa. Embora as explicações para esse tipo de manifestação sejam diversas, não se pode negar que elas ocorram e que são terríveis, especialmente para quem as recebe e para quem tem que lidar diretamente com elas.

    Há muito tempo aquele homem não vivia uma vida humana em sociedade, família, relacionamentos e desenvolvendo seus potenciais. Pelo contrário, vivia apenas causando medo e tristeza naquela sociedade; e também em si mesmo, caso mantivesse alguma consciência de sua real identidade. Podemos até imaginar que se ferisse com a ideia de acabar com tudo aquilo ou mesmo com sua vida que, naquele estado tão terrível, não merecia continuar.

    Essa situação tornava aquele humano um desumano, levado por outras forças incontroláveis. As tentativas de contê-lo se concentravam na sua pessoa, mas aí lembramo-nos do texto que diz que a luta não é contra as pessoas, “mas contra os dominadores deste mundo tenebroso” (conforme Ef 6:12).

     

    Muitos ainda vivem em situação semelhante

     

    Como dissemos acima, há muitas explicações variadas sobre esse tipo de manifestação, mas gostaria de me concentrar naquilo que salta aos olhos no texto e que também pode ser facilmente encontrado em nossa sociedade, de modo que podemos aplicar o ensinamento a situações bem cotidianas.

    Por mais que a descrição daquele endemoninhado nos assuste, se olharmos bem para nossa sociedade, veremos pessoas em situações muito semelhantes, ainda que por motivos diversos. Quando assistimos a documentários sobre usuários de drogas na “cracolândia”, por exemplo, vemos verdadeiros “zumbis” desumanizados. Há uma cultura de autodestruição no mundo, diversas influências que levam pessoas a se ferirem, fugirem de tudo e flertarem com a morte. Mesmo pessoas com boas situações financeiras são tiradas da vida consciente pela busca por prazeres extravagantes, bebidas, drogas e desrespeito ao próximo e a si mesmas. São casos em que a única alternativa da sociedade é a prisão, que alguém disse ser o “atestado de incapacidade da própria sociedade em formar cidadãos”. Prisões estão cada vez mais abarrotadas em nossa sociedade e também não conseguem conter o mal que há nessas pessoas.

    Quais são “os dominadores deste mundo tenebroso” no caso dessas pessoas? Como ajudá-las? Nossa luta não é contra elas, mas por elas e contra o mal que as domina.

     

    A poderosa e misteriosa Salvação

     

    Jesus foi até aquela terra especialmente para salvar aquele homem daqueles espíritos malignos. Atravessou o lago e enfrentou a tempestade exclusivamente para salvar aquela pessoa, o que demonstra uma grande preocupação da parte dele com alguém em situação tão terrível.

    Ele repreendeu aqueles demônios que possuíam o homem e foi reconhecido por eles como “Filho do Deus Altíssimo”. Também permitiu que entrassem em porcos que eram criados por ali, antes de se arruinarem. Não sabemos os detalhes desse embate espiritual. Por que havia muitos demônios? Por que não queriam ir para o abismo (referência à condenação final)? Como possuíram os porcos? Por que Jesus permitiu tudo isso? É até importante tomar cuidado para não se prender ao mistério e perder a mensagem do texto.

    O que sabemos com certeza é que Jesus tem autoridade sobre espíritos imundos e também sobre coisas terrenas. Nele todas as coisas convergem, tanto as do céu como as da terra (conforme Ef 1:10). E ainda que não tenhamos explicações categóricas, podemos ter certeza que em Jesus há autoridade sobre tudo, e que também tem verdadeira compaixão por quem passa por esse tipo de dominação.

    As pessoas daquele lugar ficaram atônitas com o que aconteceu e a notícia logo espalhou. Entretanto, apesar de tamanho poder ter se manifestado ali, e apesar de uma pessoa outrora aterrorizante estar agora sã e salva, o sentimento que os dominou foi o medo.

    Não é estranho que já estivessem acostumados com o mal, mas tivessem medo do bem? Imagino que os porqueiros também tenham ficado bravos com o grande prejuízo que tiveram, mas qual o valor da libertação daquele homem e até mesmo da paz trazida ao vilarejo por essa libertação?

    Este homem ainda quis fazer parte dos discípulos, até para sair daquele lugar tão traumático para todos, mas Jesus queria que ele desse testemunho em sua casa e em seu contexto; e podemos dizer que se tornou um discípulo, mesmo que a distância.

    Somos discípulos também quando anunciamos as obras de Jesus no ambiente em que vivemos.

     

    A atualidade dessa maravilhosa salvação

     

    O domínio deste mundo tenebroso ainda é muito grande, cada vez criando mais formas de aprisionar tantas pessoas. O que vemos no mundo é uma estrutura maligna que domina até com o consentimento de muitos, mas que continua a tornar as pessoas desumanas, isoladas e autodestrutivas.

    O maligno ainda tem muitas formas de domínios neste mundo. E, em diferentes proporções, todos nós estamos ou já estivemos envolvidos nessa estrutura; muitos ainda temem mais o bem do que o mal, até por questão de costume. Muitos ainda preferem manter Jesus longe, em vez de aceitar que as coisas sejam mudadas por ele.

    Apesar da crueldade de nosso mundo, ainda podemos ver a maravilhosa salvação e restauração aplicada por Jesus em tantas pessoas. Uma salvação que é espiritual, social e humanitária. Não aparece na mídia, mas muitas pessoas têm sido libertas pela pregação do Evangelho.

    É missão nossa levar esse Evangelho (Rm 1:16) poderoso e libertador às pessoas que estão em situações tão desumanas. É nossa missão tirar as pessoas da vergonha, da ligação com a morte, da autocomiseração e do descontrole total.

    Os mistérios que envolvem essa dominação dos seres humanos para que se tornem terríveis são muitos, e nem todos facilmente explicáveis; mas Jesus tem autoridade sobre tudo e, estando com ele, de nada teremos medo.

    Os discípulos de Jesus são aqueles que devem sentir a mesma compaixão que ele sente e atravessar até tempestades, se for preciso, para salvar uma pessoa. Pois um dia também fomos pecadores como qualquer outro, mas Jesus nos salvou e nos confiou o “ministério da reconciliação” (2 Co 5.18). Que desenvolvamos esse ministério de todas as maneiras que pudermos, confiados no poder e na graça de nosso Senhor Jesus Cristo.



    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 8 versículo 28
    O que você quer comigo, . . . ?: Veja a nota de estudo em Mc 5:7.

    me atormente: A expressão grega usada aqui está relacionada com uma palavra que foi traduzida em Mt 18:34 como “carcereiros”. Assim, quando pediram para Jesus não “atormentá-los”, os demônios pelo visto estavam pedindo para Jesus não prendê-los no “abismo” mencionado em Lc 8:31. — Veja a nota de estudo em Mt 18:34.


    Dicionário

    Alta

    substantivo feminino Elevação de preços, de cotação de títulos: a alta da bolsa de valores.
    Ordem médica que dá por terminado um tratamento ou uma internação hospitalar: o doente recebeu alta e foi para casa.
    Volta ao serviço, principalmente de militar, depois de um período de afastamento por licença.
    Parte mais elevada de; por oposição à baixa: cidade alta.
    adjetivo De altura elevada; relacionado com altura: montanha alta.
    expressão Alta sociedade. Camada social mais rica de uma sociedade: pessoas da alta.
    Jogar na alta. Comprar títulos ou mercadorias na previsão de obter lucros com a revenda.
    Etimologia (origem da palavra alta). Feminino de alto, do latim altus.a.um.

    Altíssimo

    Altíssimo Título de Deus que revela a sua majestade e glória e também a sua superioridade sobre os deuses das nações pagãs (Gn 14:18-20; At 7:48).

    Atormentar

    atormentar
    v. 1. tr. dir. Infligir tormento a; molestar, torturar. 2. tr. dir. e pron. Afligir(-se), mortificar(-se).

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Filho

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Jesus

    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Peco

    substantivo deverbal Ação de pecar, de não cumprir uma regra ou lei religiosa.
    Gramática Pronuncia-se: /péco/.
    Etimologia (origem da palavra peco). Forma Der. de pecar.
    adjetivo Enfraquecido; característica do que ou de quem pecou, emagreceu ou definhou.
    substantivo masculino Doença que assola alguns vegetais que chegam a secar, murchar ou definhar.
    Estúpido; alguém que expressa estupidez, grosseria ou insensibilidade.
    Gramática Pronuncia-se: /pêco/.
    Ver também: peço.
    Etimologia (origem da palavra peco). De origem desconhecida.

    Prostrar

    verbo transitivo direto Fazer cair ou cair ao chão ou sobre algo; lançar por terra; derrubar: prostrar alguém no chão.
    verbo transitivo direto e pronominal Abater-se fisicamente; perder a força, o vigor; enfraquecer, debilitar, extenuar: prostrar de cansaço; prostrou-se ao saber do divórcio.
    Figurado Ser dominado por alguém ou dominar outra pessoa; submeter, subjugar, humilhar: prostrou-se diante do seu superior; prostrava-se de medo.
    verbo pronominal Abaixar-se, curvar-se, humilhar-se em postura de súplica ou de adoração; reverenciar: prostrar-se diante do papa.
    Etimologia (origem da palavra prostrar). Do latim prostrare; prostrado + ar.

    Lançar por terra, abater, derribar, prosternar

    Prostrar
    1) Ajoelhar-se, curvando-se para o chão (Dn 3:6)

    2) Jogar (Ap 2:22), RA).

    3) Lançar por terra (Sl 78:31), RA).

    4) Acabar com (Jz 11:35), RA).

    Quando

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    Voz

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.

    voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ εἴδω Ἰησοῦς προσπίπτω αὐτός ἀνακράζω ἔπω μέγας φωνή τίς ἐμοί καί σοί Ἰησοῦς υἱός θεός ὕψιστος δέομαι σοῦ μή μέ βασανίζω
    Lucas 8: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas, vendo a Jesus, gritando, caiu diante dele, e disse em alta voz: O que tenho eu para fazer contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu suplico-te que não me atormentes.
    Lucas 8: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 28
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1189
    déomai
    δέομαι
    um lugar no Egito próximo ao Mar Vermelho onde o faraó e o seu exército foram
    (Baal-zephon)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G349
    anakrázō
    ἀνακράζω
    como? interj
    (and how)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G4363
    prospíptō
    προσπίπτω
    ou מכמש Mikmash;
    (in Michmash)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5310
    hýpsistos
    ὕψιστος
    despedaçar, quebrar, esmagar, quebrar em pedaços
    (dispersed)
    Verbo
    G5456
    phōnḗ
    φωνή
    Uma voz
    (A voice)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G928
    basanízō
    βασανίζω
    testar (metais) pelo pedra de toque, que é um pedra silicosa preta usada para testar a
    (tormented)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - Masculino no Singular nominativo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δέομαι


    (G1189)
    déomai (deh'-om-ahee)

    1189 δεομαι deomai

    voz média de 1210; TDNT - 2:40,144; v

    1. carecer, necessitar
    2. desejar, ansiar por
    3. pedir, suplicar
      1. aquilo que se pede
      2. orar, fazer súplicas

    Sinônimos ver verbete 5802


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    ἀνακράζω


    (G349)
    anakrázō (an-ak-rad'-zo)

    349 ανακραζω anakrazo

    de 303 e 2896; TDNT - 3:898,465; v

    1. lamentar profundamente (fazendo uso da voz), bradar, gritar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    προσπίπτω


    (G4363)
    prospíptō (pros-pip'-to)

    4363 προσπιπτω prospipto

    de 4314 e 4098; v

    1. cair perante, cair, prostrar-se diante, em reverência ou súplica: aos pés de alguém
    2. precipitar sobre, bater contra
      1. de ventos que batem contra uma casa

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    ὕψιστος


    (G5310)
    hýpsistos (hoop'-sis-tos)

    5310 υψιστος hupsistos

    superlativo da raiz de 5311; TDNT - 8:614,1241; adv

    1. o mais elevado, digníssimo
      1. de lugar: as regiões mais elevadas
      2. de posição: o Deus altíssimo

    φωνή


    (G5456)
    phōnḗ (fo-nay')

    5456 φωνη phone

    provavelmente semelhante a 5316 pela idéia de revelação; TDNT - 9:278,1287; n f

    1. som, tom
      1. de algo inanimado, com instrumentos musicais
    2. voz
      1. do som de palavras expressas
    3. discurso
      1. de uma linguagem, língua

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βασανίζω


    (G928)
    basanízō (bas-an-id'-zo)

    928 βασανιζω basanizo

    de 931; TDNT - 1:561,96; v

    1. testar (metais) pelo pedra de toque, que é um pedra silicosa preta usada para testar a pureza do ouro ou prata pela cor da listra que se forma nela ao friccioná-la com qualquer dos dois metais
    2. questionar através de tortura
    3. torturar
    4. vexar com com dores horríveis (no corpo ou na mente), atormentar
    5. ser molestado, afligido
      1. daqueles que no mar estão lutando com um vento contrário