Enciclopédia de Mateus 16:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 16: 23

Versão Versículo
ARA Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.
ARC Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.
TB Mas ele, voltando-se, disse a Pedro: Sai de diante de mim, Satanás; tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não cuidas das coisas de Deus, mas sim das dos homens.
BGB ὁ δὲ στραφεὶς εἶπεν τῷ Πέτρῳ· Ὕπαγε ὀπίσω μου, Σατανᾶ· σκάνδαλον ⸂εἶ ἐμοῦ⸃, ὅτι οὐ φρονεῖς τὰ τοῦ θεοῦ ἀλλὰ τὰ τῶν ἀνθρώπων.
HD Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Vai para trás de mim, Satanás ! Tu és um escândalo para mim, porque não compreendes as coisas de Deus, mas as dos homens.
BKJ Mas ele, virando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás; tu és uma ofensa a mim; porque não tens gosto das coisas que são de Deus, mas das que são dos homens.
LTT Havendo Jesus, porém, Se voltado, disse a Pedro: "Arreda-te para trás de Mim, ó Satanás 371, que escândalo para Mim és; porque não compreendes- saboreias as coisas que são de Deus, mas somente as coisas que são dos homens."
BJ2 Ele, porém, voltando-se para Pedro, disse: "Afasta-te de mim, Satanás! Tu me serves de pedra de tropeço,[r] porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens!"
VULG Qui conversus, dixit Petro : Vade post me Satana, scandalum es mihi : quia non sapis ea quæ Dei sunt, sed ea quæ hominum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 16:23

Gênesis 3:1 Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
Gênesis 3:17 E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
II Samuel 19:22 Porém Davi disse: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia, para que hoje me sejais adversários? Morreria alguém hoje em Israel? Por que, porventura, não sei que hoje fui feito rei sobre Israel?
I Crônicas 21:1 Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi a numerar a Israel.
Isaías 8:14 Então, ele vos será santuário, mas servirá de pedra de tropeço e de rocha de escândalo às duas casas de Israel; de laço e rede, aos moradores de Jerusalém.
Zacarias 3:1 E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.
Mateus 4:10 Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.
Mateus 18:7 Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!
Marcos 8:33 Mas ele, virando-se e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens.
Lucas 4:8 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.
João 6:70 Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo.
Romanos 8:5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.
Romanos 14:13 Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão.
Romanos 14:21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
I Coríntios 2:14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
II Coríntios 11:14 E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
Filipenses 3:19 O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.
Colossenses 3:2 Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra;


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 16 : 23
Satanás
ΣατανᾶςΣατανᾶν (Satanás / Sanatan) Lit. “adversário”. Palavra de origem semítica.

Mateus 16 : 23
escândalo
Lit. “pedra de tropeço”, tropeço; vacilo ou erro; ofensa, choque. O substantivo σκανδαλίων (skandalon) significa armadilha de molas ou qualquer obstáculo que faça alguém tropeçar; um impedimento; algo que cause estrago, destruição, miséria e, via de consequência, aquilo que causa um choque, que repugna, que fere a sensibilidade.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Mt 16:23 "PARA TRÁS DE MIM, SATANÁS": "Satanás" significa "adversário", e Jesus aplicou esta palavra a Pedro por dois motivos: Tanto porque o comportamento de Pedro estava sendo o de um adversário, como porque, por trás de Pedro, estava a influência de "o adversário" espiritual (o dragão, a serpente, o Diabo)


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O MINISTÉRIO DE JESUS: O ÚLTIMO ANO

abril de 32 d.C. a abril de 33 d.C.
JESUS ENTRE OS GENTIOS
A jornada de Jesus até as cidades de Tiro e Sidom o levou a uma região habitada predominantemente por gentios e pagãos. Ali, em resposta à fé nele demonstrada por uma mulher gentia, Jesus libertou a filha dessa mulher da possessão demoníaca. No caminho de volta, Jesus passou por Decápolis, um grupo de dez cidades gregas que, com exceção de Bete- Seã, ficavam a leste do lago da Galileia e do rio Jordão. Nessa região, Jesus curou um homem surdo e gago.

PEDRO DECLARA QUE JESUS É O CRISTO
Perto do lago da Galileia, Jesus alimentou outra grande multidão de quatro mil pessoas, sem contar as mulheres e crianças. Chegou à margem oeste do lago, em Magada (Magdala), e prosseguiu para o norte, chegando a Cesaréia de Filipe (atual Banias), junto ao monte Hermom. Ali, num local onde um rio sai de uma caverna num penhasco, ficava um santuário ao deus grego Pã.
Foi em Cesaréia de Filipe que Jesus perguntou aos seus discípulos: "Vós [.…..] quem dizeis que eu sou?" e Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16). Em seguida, Jesus disse a Pedro que construiria sua igreja sobre a rocha.
O significado exato dessa "rocha" é extremamente controverso. De acordo com as interpretações mais comuns, as palavras de Jesus se referem ao próprio Pedro ou à sua declaração. Na sequência, Jesus explicou aos seus discípulos que teria de ir a Jerusalém e sofrer muitas coisas nas mãos dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos mestres da Lei. Seria morto, mas ressuscitaria no terceiro dia. Quando Pedro tentou repreendê- lo, Jesus lhe disse: "Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens" (Mt 16:23).

A TRANSFIGURAÇÃO
Seis dias depois, Jesus levou Pedro, Tiago e João para o alto de um monte. De acordo com os Evangelhos, lá os três discípulos viram Jesus em seu estado glorificado. Seu rosto resplandecia como o sol e suas roupas se tornaram brancas como a luz. Moisés, representando a lei do Antigo Testamento, e Elias, representando os profetas do Antigo Testamento, também apareceram em esplendor glorioso. Desde o século IV, a tradição identifica esse local como o monte Tabor (588 m) a sudeste do lago da Galileia, apesar do monte Hermom (2.814), consideravelmente mais alto que o Tabor e o monte mais próximo de Cesaréia de Filipe, ser um local bem mais provável.

OPOSIÇÃO CRESCENTE
Jesus e seus discípulos seguiram para Cafarnaum, onde Jesus pagou o seu imposto do templo e o de Pedro com uma moeda encontrada na boca de um peixe. Depois de passar pelo território de Samaria, onde ele e seus discípulos não foram bem recebidos, Jesus chegou a Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos. Era início do outono de 32 d.C. No último dia da festa, Jesus se levantou e exclamou: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva" (Jo 7:37-38). Daí em diante, Jesus enfrentou oposição cada vez maior dos líderes judeus, mas uma família que vivia em Betânia (atual el-Azariyeh), apenas 3 km a sudeste de Jerusalém, na encosta sul do monte das Oliveiras, o acolheu em seu lar. Maria, Marta e seu irmão, Lázaro, se tornaram parte do círculo de amigos mais íntimos de Jesus.
Jesus curou um homem cego de nascença, mas exasperou os fariseus, pois realizou essa cura no sábado. Em dezembro, na Festa da Dedicação (que comemorava a reconsagração do templo por Judas Macabeu em 165 a.C.), Jesus discutiu com os judeus que o acusaram de blasfêmia por ele afirmar ser o Filho de Deus.

JESUS RESSUSCITA LÁZARO
Diante da oposição crescente em Jerusalém, Jesus atravessou o rio Jordão e foi para a região da Peréia, onde muitos ceram nele.3 Voltou a Betânia quando ficou sabendo da morte de seu amigo Lázaro e o ressuscitou, apesar de Lázaro já estar morto há quatro dias. Assustados com o que Jesus havia feito, os principais sacerdotes e os fariseus convocaram uma reunião do Sinédrio, o conselho superior dos judeus. Impossibilitado de circular publicamente entre os judeus, Jesus se recolheu para uma vila chamada Efraim, perto do deserto, e ali ficou com seus discípulos.

JESUS SE APROXIMA DE JERUSALÉM
Jesus estava cada vez mais concentrado em sua paixão iminente em Jerusalém. Em Jericó, ele curou dois cegos e viu o coletor de impostos Zaqueu renunciar suas práticas fraudulentas e o dinheiro que havia adquirido desonestamente. Em seguida, Jesus percorreu os 23 km de estrada deserta e entrou em Betânia onde foi recebido na casa de Simão, o leproso. Ali, Maria, a irmã de Marta, derramou um perfume caro sobre os pés de Jesus e secou-os com seus cabelos. Esse aparente desperdício irritou um dos discípulos de Jesus, o futuro traidor chamado Judas 1scariotes.

A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALÉM
No domingo antes da morte de Jesus, multidão ficou sabendo que ele estava a caminho de Jerusalém. Cortou ramos de palmeiras e espalhou suas vestes diante de Jesus, enquanto ele percorria, montado num jumentinho, distância entre Betfagé, no monte das Oliveiras, e Jerusalém, passando pelo vale do Cedrom. A multidão que ia adiante dele e os que o seguiam gritavam: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!" (Mt 21:9; Mc 11:9; Lc 19:38; Jo 12:13). Ao contemplar a cidade, Jesus chorou por ela, pois anteviu o que seria feito dela em 70 d.C., quando os exércitos romanos construiriam trincheiras ao seu redor e a cercariam por todos os lados. Naquela noite e, ao que parece, todas as noites até sua prisão na quinta-feira, Jesus caminhou até Betânia para pernoitar a casa de seus amigos Maria, Marta e Lázaro.

JESUS PURIFICA O TEMPLO
Na segunda-feira, Jesus entrou na área do templo e expulsou os que compravam, vendiam e trocavam dinheiro nos pátios do templo. Ali também curou cegos e coxos. Sua atitude suscitou a ira dos principais sacerdotes e mestres da Lei que começaram a procurar um modo de matá-lo.

DISCUSSÕES COM OS JUDEUS
Nos dois dias seguintes, Jesus tratou de vários assuntos controversos com os líderes judeus no templo. Diversas questões levantadas pelos judeus visavam enredá-lo, mas ele se desviou cuidadosamente de todas as armadilhas. Também contou três parábolas aos judeus, questionando o fato de eles o term rejeitado. Pronunciou sete ais devastadores contra os fariseus e, mais uma vez, lamentou sobre Jerusalém. Ao deixar a cidade e se dirigir ao monte das Oliveiras, falou sobre o fim dos tempos, o julgamento vindouro e sua volta em glória.

JUDAS TRAI JESUS
Provavelmente na quarta-feira, Judas 1scariotes, um dos discípulos de Jesus, procurou os principais sacerdotes e concordou em trair seu Mestre por trinta moedas de prata, o equivalente aproximado ao salário de quatro meses de trabalho. Os judeus desejavam saber com exatidão onde Jesus estaria para poder prendê-lo rapidamente, longe das vistas da multidão.

A ÚLTIMA CEIA
Na noite de quinta-feira, Jesus e seus discípulos se reuniram num cenáculo em Jerusalém. Jesus lavou os pés de seus discípulos e repartiu entre eles um pão e um cálice de vinho. Interpretou o pão como o seu corpo oferecido por eles, e o vinho, como o sangue da nova aliança. Durante essa refeição, Judas saiu sorrateiramente e traiu Jesus. Uma vez que existe uma aparente discrepância entre a cronologia adotada por João e a cronologia dos outros três evangelistas, não há um consenso quanto à natureza dessa refeição, se foi a refeição pascal propriamente dita ou se foi uma refeição semelhante, realizada um dia antes da Páscoa.

O GETSÊMANI
Naquela noite, depois de cantar um hino, Jesus e seus discípulos se dirigiram ao monte das Oliveiras. Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João e entrou no jardim do Getsêmani. Seus três companheiros adormeceram, e Jesus orou sozinho: "Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mt 26:39). No final, ao perceber que o cálice de sofrimento não seria removido, Jesus se sujeitou à vontade do Pai e foi ao encontro do traidor.

O último ano do ministério de Jesus

Os números referem-se. em ordem cronológica, aos acontecimentos do último ano do ministério de Jesus.

Referências:

Mateus 17:1-8

Marcos 9:2-8

Lucas 9:28-36

João 10:22-39

Mateus 19:1-2

Marcos 10:1

João 10:40-42

Lucas 19:43

Marcos 11:11

Mateus 21:17

Mateus 26:14-16

Marcos 14:10-11

Lucas 22:1-6

Marcos 14:12

Lucas 22:15

João 13.1

O último ano do ministério de Jesus
O último ano do ministério de Jesus
Santuário de Pã, deus pastor grego, em Cesaréia de Filipe.
Santuário de Pã, deus pastor grego, em Cesaréia de Filipe.
O jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso.
O jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Amélia Rodrigues

mt 16:23
Quando Voltar a Primavera

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Aquele momento, já não há razões para dúvidas ou incertezas.


A Natureza fez-se esplêndida pauta musical onde se gravam as notas sublimes do seu Messianato.


Cada palavra é um acorde feito em luz.


Todo gesto, um alegríssimo de paz.


As onomatopeias da paisagem sucedem-se e logo se misturam às profundas mensagens do Seu amor.


Os amigos já O viram desatar homens das amarras que inibem, imobilizam ou dificultam o acesso à luta, ao bem operante.


Ao contato da Sua presença ímpar, modificam-se as situações, alteram-se os contornos dos problemas, diminuem os complicados óbices, quando colocados à frente. Ninguém O perturba ou confunde.


Uma expressão do Seu olhar, um movimento da Sua face e os astuciosos se revelam, rendidos.


Qualquer ardil se faz de fácil transposição. As ciladas não O alcançam.


A Sua sombra, em caindo sobre alguém enfermo, restitui-lhe a saúde, e através das Suas roupas se distendem as mercês.


Não O contraditam nem O atemorizam.


Suave, dulcifica a alma, ameniza a aspereza dos fatores externos violentos, e acalma os tumultos interiores persistentes.


Vigoroso, invectiva contra o erro, arrosta as consequências das atitudes, verbera contra o crime e a simonia diante dos acumpliciados com a usurpação e a hedionda hipocrisia.


São aqueles os dias da esperança, das festas da alma.


Refertam-se os Espíritos humildes com as fortunas do bem.


Os amigos já O conhecem, pelo menos dispõem de todo os dados para O identificarem.


Eram, porém, homens algo confusos, subitamente arrancados das pequenezas materiais para as excelsitudes do espírito.


Içados, de súbito, das covas sombrias e sem perspectivas para os altiplanos de perene claridade, sentiam-se aturdidos.


Amavam a luz e temiam-na.


Comiam o pão da verdade, mas o não digeriam.


Sorviam a linfa do conforto libertador e não se contentavam, fugindo para as torpes querelas, as mesquinhas disputas, os debates infantis.


O tempo, todavia, fortalecia-os, a pouco e pouco, para os cometimentos, e aqueles temores infundados se transformavam em força invencível, em estoicismos arrebatadores de fé.


* * *

Possuindo todas as seguras informações, careciam da revelação que Ele deveria dispensar-lhes.


Começariam as dores, as antífonas da amargura e os prólogos da ventura superior.


* * *

A manhã esplendente de sol é moldura para a intervenção do Alto, e o ar balsâmico do dia, o hálito da vida em música de fundo.


— Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? —, inquire Jesus aos discípulos, num transporte sublime.


Não mais haverá silêncios a partir daquela hora, abafando as vozes do amanhecer para a vida nova.


— Uns, que tu és João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. — Redarguem em uníssono, na mesma voz.


É uma eloquência coral, harmônica, sincronizada.


Sim, eles criam na reencarnação e aguardavam, em febre de expectativa, que retornasse algum dos mortos queridos, a fim de este atestar a chegada do Rei.


Os embaixadores, no entanto, passaram, apresentaram-se e foram recusados.


Elias ali estava renascido em João, com as credenciais do reino, e, sem embargo, não o queriam compreender.


Fazia-se indispensável, portanto, desvelar-se-lhes de uma vez, a fim de que não mais se surpreendessem ante os sucessos futuros.


— E vós, quem dizeis que sou? —, interrogou diretamente a Simão.


A dúlcida voz embala.


A pergunta frontal, sem rebuços, não dá margem a opções nem a disfarces.


— Es o Cristo, Filho de Deus vivo — desata o venerando amigo, penetrado pela luz da verdade.


Há uma orquestração no ar e um súbito acalanto morrendo em planíssimo para que ocorra um profundo "staccato".


Ali está o Rei diante deles, atônitos e deslumbrados.


— Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue, quem te revelou, mas meu Pai, que está nos Céus — arremata Jesus.


Soa o instante em que os segredos cedem lugar às notícias alvissareiras, os mistérios desaparecem ante as claras enunciações, e as bases, os fundamentos da era nova são fixados em definitivo nos corações e nas mentes.


Nasce a Igreja da Revelação Espiritual. Estão autorizados os intercâmbios. Os dois mundos confraternizam em abundância.


Cesareia de Filipe fez-se o santuário para a comunhão com o Mundo Maior.


A cidade opulenta dos homens cede os seus arredores em flor para a convivência com os ministros imponderáveis do Senhor da Terra.


Desvelou-se Jesus aos companheiros, em definitivo.


A grande luz do Alto jorra em abundância, e a plenitude da vida estua.


A alvorada da verdade, no entanto, é também o amanhecer das dores.


No mundo não haverá lugar para ela, por enquanto.


O duelo das ilusões, na disputa do palco da dominação das consciências, recebe a adesão das forças ignóbeis da Treva que pretende permanência.


Afirma-se a chegada do amor, enquanto se juncam de expressões de ódios e dores os corações.


Jesus não esconde as aflições que desabarão sobre os pioneiros da renovação.


Ele próprio não escapará à sanha das tenebrosas artimanhas dos homens pigmeus, que tentarão defrontar o homem Filho de Deus.


Numa antevisão dos padecimentos futuros, adverte aqueles Espíritos em repentino crescimento e lhes informa sobre o pesado tributo de dor e abnegação que Ele deve dar, a fim de romper os turvos compromissos da Humanidade com a mentira e facilitar a sua religação com Deus.


Reporta-se às supremas doações que Lhe serão exigidas, para as quais veio.


Está decidido.


Ninguém se surpreenda.


Os amigos se atemorizam, e Pedro, receoso, em perfeita sintonia com as entidades irresponsáveis que teimam por sitiá-los e fazê-los recuar, chama o Senhor à parte e admoesta-O.


A batalha é sutil e perigosa.


Indispensável enfrentá-la com decisão, sob qualquer que seja o disfarce que se insinue.


Vendo o que ocorre além das zonas físicas que envolvem o discípulo atônito, Jesus profere a severa frase com que expulsa a insinuação e desarticula o programa de perturbações nefastas:

— Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo;


porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.


Não se compadece a verdade em relação à fantasia.


Nenhuma concessão se lhe faz.


Ele veio para o momento culminante, que um dia chega para todos, e de que ninguém consegue eximir-se.


Testificar pelo exemplo o conteúdo da palavra - eis a meta.


A entidade satânica que urde na alma de Pedro a debilidade e apresenta a visão da vida, conforme a tecedura da limitação humana, vai rechaçada.


A delicada mediunidade do Apóstolo que recebeu a inspiração do Céu, há pouco, num instante de invigilância sintoniza com a representação do mal de que se nutrem os Espíritos empedernidos na perversidade.


Pela ponte mediúnica transitam anjos e demônios, conforme a concessão mental e emocional do seu detentor, a cada momento.


Pedro dá-se conta do equívoco, desperta e se eleva outra vez.


Inunda-se de esperanças, liberta-se.


O Mestre, integérrimo, com os olhos postos na glória do sacrifício, exalta a dor por amor e culmina o ensino, definindo, perenemente, os rumos e as balizas do seu messianato.


— Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.


Abrem-se de par em par as portas da Imortalidade, e a Igreja da Revelação Espiritual está construída nas almas.


O "Senhor dos Espíritos" decifra um dos enigmas do mundo além das sombras - a inspiração e projeta claridade nos abismos da sepultura ignorada.


A vida supera a morte; o Espírito triunfa.


E dia de perene amanhecer!


O ar começa a pesar, carreado pelo calor das horas.


A sinfonia atinge os acordes últimos.


O grande final se apaga em sons que se misturam às vozes da paisagem.


Jamais silenciarão.


O concerto melódico invadirá os ouvidos do mundo e das gerações.


Chega o Sol vitorioso.


A luz está no mundo. (Marcos 8:27-34)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 16:23
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 15:12-20


12. Aproximando-se então seus discípulos, disseram-lhe: "Sabes que os fariseus, ouvindo o ensino, se escandalizaram"?


13. Mas ele respondendo, disse: "toda planta que meu Pai celestial não plantou, será erradicada.


14. Deixai-os: são cegos, guias de cegos; e se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco".


15. Respondendo, disse Pedro: "Explica-nos essa parábola".


16. Jesus então disse: "também vós ainda não entendeis?


17. Não sabeis que tudo o que entra pela boca, desce ao ventre e é lançado no sanitário?


18. Mas tudo o que sai da boca, vem do coração, e isto contamina o homem.


19. Porque do coração vêm pensamentos, homicídios, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos, calúnias.


20. São estas coisas que contaminam o homem; comer sem lavar as mãos, não contamina o homem".


MC 7:17-23


17. Tendo deixado a multidão, entrou em casa, e seus discípulos lhe perguntaram a respeito da parábola.


18. Ele disse-lhes; "Assim também vós não entendeis? Não compreendeis que tudo o que está fora do homem, ao entrar nele não pode contaminá-lo,


19. porque não entra no coração dele mas no ventre, e é lançado no sanitário"; (disse isto) purificando todos os alimentos.


20. E disse; "O que sai do homem, isso contamina o homem,


21. porque de dentro do coração dos homens procedem os maus pensamentos, as prostituições os furtos, os homicídios,


22. os adultérios, as cobiças, as malícias, o engano, a intemperança, o mau olho, a calúnia, a soberba e a loucura;


23. Todas essas coisas procedem de dentro e contaminam o homem".


LC 6:39


39. E falou-lhes uma parábola: "Porventura pode um cego guiar outro cego? Não cairão ambos no barranco"?


Marcos completa Mateus, dando o pormenor de que Jesus se afastou da multidão e entrou em casa. E aí, no aconchego dos íntimos, os discípulos aproximam-se para conversar.


O primeiro assunto é salientado só por Mateus. Revela-nos a sofreguidão com que os discípulos vão ao Mestre, contando que "os fariseus se escandalizaram com o ensino dado".


Apesar de haver-lhes voltado as costas para dirigir-se à multidão, os escribas de Jerusalém e os fariseus ficaram alertas para ouvir o que dizia o rabbi. E o que Ele disse causou-lhes arrepios de espanto: nada menos do que uma ab-rogação total não apenas dos preceitos, mas da mesma lei mosaica, anulando todo o extenso e complicado capítulo dos alimentos impuros! Ora, isto lhes serviria às maravilhas, para reforçar a acusação contra aquele jovem de trinta e seis anos, que pretendia sobrepor-se ao "mais velhos", às autoridades, e até à lei de Moisés... e isso sem ser nem mesmo rabino diplomado nas escolas oficiais! Quem era ele para agir assim? perguntavam-se os emissários do Sinédrio.


Jesus, porém, afasta qualquer temor dos discípulos com uma sentença: "toda planta não plantada por meu Pai será erradicada". Alguns exegetas vêem nessa sentença uma referência direta àqueles fariseus e escribas. Acreditamos mais lógico aplicá-la aos ensinos deles, às exigências humanas. Sendo "preceitos de homens" (isto é, do intelecto personalístico), tendem a desaparecer, sendo erradicadas da humanidade, porque não foram "plantadas pelo Pai" no coração os homens (individualidade), como o são as leis naturais, que jamais desaparecerão da face da Terra.


Aos fariseus e escribas, pessoalmente, refere-se a segunda sentença: "deixai-os, pois são cegos (que nada conhecem porque não enxergam) a guiar outros cegos". Que sucederá? "Cairão no barranco", isto sim, acerta em cheio nas criaturas pretensiosas que, em sua ignorância enfatuada, se julgam donas da verdade, ensinando, julgando e condenando, segundo bem lhes parece.


Depois desta resposta, em que o Mestre reduz às suas proporções reais os preceitos humanos rigoristas e as autoridades que os exigem de seus fiéis, adianta-se Pedro para pedir que Jesus lhes explique o sentido "da parábola" que havia proferido, escandalizando os emissários de Jerusalém. Na verdade, trata-se de uma sentença enigmática, e não de uma parábola.


Inicialmente, Jesus sublinha sua estranheza por ver que seus discípulos mais chegados, após cerca de um ano de íntima convivência com Ele, ainda não alcançaram o hábito de entender suas palavras. Emprega o termo asúnetos, que significa "sem conhecimento interior", sem "inteligência (súnesis) para compreender, já que o sentido literal e etimológico desse vocábulo exprime a junção (sun-esis) de duas coisas em uma só, isto é, da coisa apresentada com a inteligência.


Depois explica-lhes que tudo o que de fora entra no homem (qualquer espécie de alimentação) desce ao ventre e, após digerido, são os excrementos lançados ao vaso sanitário. Logo, moralmente não podem contaminar-lhes o espírito, pois só transitam pela matéria, pelo corpo físico.


A frase "purificando os alimentos todos" precisa, em nossa língua, de um esclarecimento, o que fizemos acrescentando em grifo: "disse isto". A razão é que, em grego, não há ambigüidade, já que o partic ípio presente katharízôn se encontra no nominativo singular masculino, só podendo referir-se, portanto, ao sujeito da oração "ele, Jesus"; de forma alguma poderia referir-se, nem lógica nem gramaticalmente, ao aphedrôna (vaso sanitário), que é acusativo singular neutro. Se não acrescentássemos o esclarecimento, na tradução portuguesa, o leitor teria a impressão de que o vaso sanitário é que purificaria todos os alimentos.

E continua, dizendo que "o que sai do homem é que pode contaminá-lo", pois provém exatamente do CORAÇÃO, isto é, da Mente, do Espírito (individualidade) que tem sede no coração (enquanto o "esp írito", personalidade ou personagem, tem sede no intelecto, no cérebro). Mais uma vez Jesus afirma essa verdade incontestável; e não podemos dizer que Ele ignorava a verdade real, sob pena de anularmos, sob essa pecha, todos os sublimes ensinamentos que nos revelou. Nem é admissível se diga que pactuava com a ignorância da época. Podia utilizar imagens e palavras que facilitassem a compreensão dos homens de então, mas afirmar uma mentira, uma irrealidade, uma falsidade, só para conformar-se com a ignorância, não é coisa que um Mestre admita em seus ensinamentos.


A seguir são dados exemplos, enumerando alguns vícios que provêm do coração.


Em Mateus são classificados:

a) - pensamentos: raciocínios maldosos (dialogísmoi ponêroí)


b) - ações: homicídios (phônoi), adultérios (moicheía); prostituições (porneíai) e furtos (klópai)


c) - palavras: falsos testemunhos (pseudomarturíai) calúnias (blasphêmíai).


Em Marcos verificamos que a divisão é diferente. Inicialmente são citados:

a) - seis vícios no plural, referindo-se a pensamentos ou atos sucessivos, classificados como "raciocínios maus" (dialogísmoi kakoí); são eles as prostituições (porneíai), os furtos (klópai), os homicídios (phónoi), os adultérios (moicheíai), as cobiças (pleonecsíai) e as malícias (ponêríai)


b) - seis no singular, manifestando mais exatamente seis tendências viciosas inatas, do caráter da criatura; são elas: o engano (dólos), a insolência (grosseria, asélgeia), o olho mau (inveja, ophthalmós ponêrós), a calúnia (blasphêmía), o orgulho desdenhador (huperêphanía) e a loucura (aphrosúnê).


Digno de notar-se: a palavra blasfêmia significa propriamente "palavras de mau agouro, proferidas durante o sacrifício", ou "injúrias contra Deus" (cfr. nos Evangelhos: MT 12:31 e MT 26:65; MC 3:28 e MC 14:64; LC 5:21 e JO 10:33; assim também o verbo "blasfemar": MT 9:3, MT 23:65 e MT 27:39; MC 2:7, MC 3:28-29 e MC 15:29; LC 12:10, LC 22:65 e LC 23:39; JO 10:36 e AT 13:45, AT 18:6 e AT 19:37). Somente neste local, em Mateus e Marcos, apresentam mais logicamente o sentido de "calúnias".


Neste trecho encontramos duas respostas do Mestre.


A primeira refere-se ao "escândalo farisaico", que o Cristo manda não levar em consideração, por duas razões:

1) Toda doutrina (planta) não inspirada (plantada) pelo Pai (Mente), mas apenas fruto dos intelectos personalísticos, será cortada pela raiz e totalmente destruída. Constantes exemplos disso encontramos na História, ao verificar as numerosas seitas e religiões que nascem, vivem certo período (que pode ser de um, vinte ou cinquenta séculos) e depois desaparecem, mortas pela falta de raízes espirituais. Todas as "doutrinas" que vêm de Deus (cfr. JO 5:44) permanecem: são plantas cujas sementes foram lançadas pelo Pai e germinam, crescem, florescem e frutificam no coração dos homens por toda a eternidade.


2) E também porque os homens, que criaram ou dirigem essas organizações humanas são, de fato, cegos espirituais, que não penetram a verdadeira luz e nada vêem, a não ser a matéria e as coisas espirituais (cfr. MT 16:23 e MC 8:32). Ora, todos esses, mesmo se conduzirem milhões de criaturas, mesmo que tenham boa-fé e convicção absoluta, "caem no barranco" com os seus guiados, ou seja, voltam a reencarnar.


A diferença entre o ensino do Cristo e o dos homens é que o Mestre não fala em condenação ao inferno, sem possibilidade de libertação posterior: de um "barranco", a criatura poderá sair, ainda que machucada...


Vem agora a explicação da sentença enigmática: "não é o que vem de fora e entra no homem que o contamina".


Essa verdade profunda faz-nos compreender de modo absoluto que o HOMEM VERDADEIRO, isto é a Mônada Divina, o EU profundo, é INATINGÍVEL por qualquer coisa vinda de fora. Não apenas os alimentos ingeridos ou as bebidas, mas nem mesmo as vibrações mentais de outras criaturas, nem pensamentos externos, nem acusações caluniosas, nem ataques físicos ou morais: imperturbável em sua paz intrínseca e profunda, o EU maior sobre está a tudo, pairando em outra atmosfera, vivendo na eternidade, difuso no infinito.


O esclarecimento é dado de forma clara: nada do que vem de fora entra no coração, onde reside o Eu profundo. Não podia ser mais explícito, mais claro. E essa é, realmente, nossa interpretação.


O que vem de fora, esclarece o Mestre, vai ao ventre e é lançado no vaso sanitário. Isto, literalmente, referindo-se aos alimentos físicos. Mas a lição é extensiva ao sentido moral: todas as vibrações que vêm de fora são expelidas pelas vias normais, não passando dos veículos físicos da personagem. Mas não chegam ao coração.


Entretanto, o que sai do coração, isso contamina o homem. Todo pensamento criado pelo espírito, antes de atingir o alvo atravessa a aura de quem pensa e nela imprime suas vibrações. Logo, sendo coisa de baixa frequência vibratória, abaixa as vibrações da aura, prejudicando a criatura seriamente.


Portanto, as coisas ruins que saem do coração, o contaminam.


A citação dos exemplos é uma enumeração lógica de erros, que podem ser tanto os erros cometidos em ações (atos materiais), como em palavras (criações de vibrações sonoras), como em pensamentos (criações mentais).


A enumeração de Mateus apresenta essas três divisões, mas a de Marcos, embora sem uma ordem lógica, é mais completa.


Os pensamentos ("raciocínios maldosos ou maliciosos") cheguem a ser executados em atos físicos ou palavras, ou permaneçam simplesmente como pensamentos, referem-se a:

1 - adultérios ou desejo sexual (com ato material realizado ou não), em relação a uma pessoa comprometida com outra;


2 - prostituições ou desejos e atos sexuais que não estejam fundamentados no amor, mas apenas no interesse, sejam ou não oficializados em atos civis ou cerimônias religiosas;


3 - homicídios em pensamentos, desejos ou atos, que prejudiquem a vida física, seja de outra criatura, seja da própria pessoa;


4 - furtos, de qualquer espécie: físicos ou intelectuais (de ideias de outrem, fazendo-as passar por suas);


5 - cobiças, sejam elas de bens materiais, de posições sociais, de fama imerecida, quando a criatura não apresenta capacidade para conquistá-la;


6 - maldades ou malícias, quer pensando mal, quer falando mal dos outros (ou de si mesmo), prejudicandoos com atos e palavras malevolentes.


Na segunda lista, são enumerados os caracteres das pessoas que, ainda involuídas, apresentam como base da personalidade (tônica vibratória) os seguintes tipos:

1 - astúcia, típica dos que pretendem viver maquiavelicamente, enganando a todos para auferir vantagens materiais, morais, intelectuais e até espirituais, contando "enganar a Deus";


2 - insolência ou grosseria, típica dos que não conseguiram refinar-se com a educação e o domínio das próprias emoções, e se exaltam, explodindo em maus modos contra outrem;


3 - olho mau ou inveja, típica daqueles que sempre olham com rancor, despeito e raiva para todos os que tenham mais que eles mesmos, seja em bens materiais, em cultura, em bondade ou bens morais e espirituais;


4 - calúnia, típica daqueles que passam suas horas a falar mal dos outros, aumentando os defeitos verdadeiros ou inventando mentiras, e espalhando aos quatro ventos os defeitos alheios;


5 - orgulho desdenhoso, típico dos que, montados em posições de falaz autoridade (que não estão à altura de desempenhar) pisoteiam os pequenos e os desprezam, não perdendo vasa de achincalhálos, sobretudo diante de terceiros;


6 - demência ou loucura, típica dos que perderam o equilíbrio de julgamento, e portanto se tornaram fanáticos, na religião, na política, nos esportes, no amor, isto é, exagerados em tudo, sem ponderação nem raciocínio, apaixonados sem medida, dominados totalmente pelas emoções violentas.


Conforme vemos, todos os vícios enumerados são faltas contra o Amor, e portanto retardam terrivelmente a evolução espiritual da criatura, já que a levam para o Antissistema ou pólo negativo.


Ora, tudo isso - resume o Mestre, numa figura retórica chamada inclúsio - procede do íntimo do "espírito", e portanto contamina o homem.


Perfeita e esclarecedora, como vemos, a lição dada para a individualidade, demonstrando o caminho a seguir e os obstáculos a vencer, na estrada do progresso espiritual.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
E. OS FARISEUS CEGOS E OS DISCÍPULOS QUE ENXERGAVAM, Mt 16:1-17.27

  • A Exigência de Um Sinal (Mt 16:1-4)
  • Os fariseus – que eram os mestres das sinagogas – e os saduceus – que eram os sacerdotes no templo – vieram a Jesus para o tentar ("experimentar" ou "testar"; v. 1).

    Geralmente, esses dois grupos eram antagônicos, tanto do ponto de vista teológico como político. Os saduceus eram partidários dos governantes romanos, enquanto os fariseus se ressentiam da sua presença. Mas os dois partidos trabalhavam juntos no Sinédrio de Jerusalém, e agora estavam unidos por uma hostilidade comum em sua oposição a Jesus. Esses líderes judeus pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu (1). Não tinham ficado satisfeitos com os sinais que até então o Senhor Jesus havia mostrado constantemente em seu ministério de curas. Eles rejeitavam essas curas como provas de que Ele era o Messias. Antes, exigiram que Ele apresentasse um sinal espetacular do céu, alguma coisa do outro mundo, como prova de que Ele era realmen-te quem afirmava ser.

    Nos versículos 2:325 encontramos uma comparação entre os sinais climáticos e os sinais dos tempos. Essa frase, usada tão freqüentemente na literatura profética atual, só é encontrada nesta passagem no Novo Testamento.' Ela se refere a indicações relati-vas àquilo que está por acontecer em assuntos mundiais.

    As palavras de Jesus, citadas no versículo 4, são as mesmas que se encontram em Mt 12:39. A palavra má corresponde à mesma palavra grega traduzida como "pecadora". Deste modo, as duas passagens são idênticas, exceto que o termo profeta (4) não consta do texto grego.

    Marcos registra as palavras de Jesus: "A esta geração não se dará sinal algum" (Mac 8.12). Essa frase pode parecer conflitante com a observação de Mateus a respeito do sinal de Jonas. Mas obviamente o que Marcos está dizendo é que nenhum sinal do tipo que os líderes judeus estavam exigindo lhes seria dado (veja também os comentá-rios sobre Mt 12:38-42).

  • O Fermento dos Fariseus e dos Saduceus (Mt 16:5-12)
  • Jesus novamente deixou a margem ocidental – onde havia experimentado tanto uma grande popularidade quanto a maior oposição – e atravessou para a outra banda do lago (5). Alguém havia esquecido de providenciar pão para o grupo. Dois fatos torna-vam difícil a compra de alimento no lado oriental do lago da Galiléia. Em primeiro lugar, era uma região esparsamente habitada e, em segundo lugar, era um território principal-mente habitado por gentios e assim podia ser difícil encontrar alimentos "limpos", que fossem aceitáveis aos judeus.

    Jesus advertiu os discípulos de que deveriam tomar cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus (6). Eles imediatamente pensaram que Jesus estivesse se refe-rindo ao fato de terem se esquecido de trazer pão (7). O Mestre atribuiu essa conclusão à pequena fé que demonstravam (8), isto é, a uma falta de percepção espiritual. Sem a graça de Deus os homens se tornam materialistas incuráveis. Para contrabalançar a preocupação dos discípulos pela falta de pão, Cristo lembrou-lhes de como Ele havia alimentado mais de cinco mil pessoas com cinco pães e mais de quatro mil pessoas com sete pães (9-10). Não era do pão físico que Ele estava falando (11). Então, os discípulos entenderam que Ele estava se referindo à doutrina ("ensino") dos fariseus e saduceus (12). Caracteristicamente, essa explicação foi acrescentada por Mateus (cf. Mt 17:13). Ela não é encontrada em Marcos (Mt 8:13-21), o único outro livro em que esse incidente foi registrado.

    Os estudiosos discutiram muitas vezes sobre a possibilidade de a alimentação das cinco mil pessoas e também das outras quatro mil serem variações deturpadas da mes-ma história. Mas, provas bastante claras depõem contra essa opinião negativa. Como já observamos, a alimentação das cinco mil pessoas está registrada nos quatro Evangelhos, enquanto a de quatro mil foi descrita por Mateus e também por Marcos. No parágrafo que estamos considerando, Mateus e Marcos estão se referindo aos dois fatos anteriores. Isso nos dá seis referências do atendimento a cinco mil pessoas (Mt 14:20-16.9; Mac 6.43; 8.19; Lc 9:17 e Jo 6:13). Em todas elas, a palavra grega para "cesto" é hophinos. Existem quatro referências à alimentação de quatro mil pessoas (Mt 15:37-16.10; Mac 8.8, 20). Em todas elas a palavra usada foi spyris. É difícil entender como alguém pode responder por esses relatos cuidadosos e consistentes a não ser por meio de um registro acurado desses dois milagres distintos. Esse é, claramente, o duplo quadro apresentado nos Evangelhos.

    3. A Grande Confissão (Mt 16:13-20)

    Pela quarta vez Jesus se afastou das multidões a fim de instruir os seus discípulos (cf. 14.13 15:21-29). Ele viajou em direção ao norte (veja o mapa), até à costa (ou par-tes) de Cesaréia de Filipe (13). Essa cidade havia sido construída por Filipe, filho de Herodes, o Grande, e recebeu o nome de Cesaréia em honra ao imperador reinante, Tibério César. Posteriormente, ela recebeu a designação de Filipe para distingui-la da cidade de Cesaréia na costa do Mediterrâneo, construída por Herodes e que, na época de Jesus, era a sede do governo romano na Judéia. O antigo nome grego de Cesaréia de Filipe havia sido Paneas, nome que sobreviveu até hoje como a moderna Banias. Estava localizada em um planalto rochoso debaixo das sombras do elevado monte Hermom, cujos picos ficam cobertos de neve o ano todo.

    Nas suas proximidades existem penhascos que ainda trazem as marcas do antigo culto aos deuses Baal e Pan (palavra grega para "Tudo"). Era um local muito apropriado para a confissão da divindade de Jesus, e de sua identidade como o Messias longamente aguardado.

    Sua carreira havia chegado a um ponto crítico. M'Neile observa: "O ministério público na Galiléia havia terminado e a jornada em direção à cruz logo seria iniciada; e Ele deseja-va atrair os discípulos a uma afinidade ainda maior com a sua pessoa, como jamais havia feito".27 Era necessário que seus doze seguidores tivessem uma fé muito sólida em sua missão como o Messias, para enfrentarem um futuro que iria, rigorosamente, testá-la.

    Ao alcançar as proximidades de Cesaréia de Filipe, Cristo perguntou aos discípulos: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? Eles deram várias respostas: João Batista;... Elias,... Jeremias ou um dos profetas (14). Então Ele fez a pergunta mais importante de todas (15). Literalmente, ela seria: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Si-mão Pedro respondeu pelo grupo: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (16).

    Os versículos 13:16 sugerem o seguinte resumo:

    1) A questão comum — Quem di-zem os homens... que eu sou?

    2) A questão crucial — "E vós, quem dizeis que eu sou?"

    3) E a resposta confiante: Tu és o Cristo.

    Marcos 8:27-30 e Lucas 9:18-21 registram essa confissão de Pedro. Mas ambos limi-tam a resposta a "o Cristo". Somente Mateus acrescenta, o Filho do Deus vivo. Carr indica com propriedade a seguinte implicação: "Essa confissão não só vê em Jesus o prometido Messias como reconhece, no próprio Messias, a sua natureza divina".' Os líderes judeus poderiam ter aceitado um Messias humano, mas foi precisamente essa pretensão à divindade que os levou a rejeitar Jesus e a condená-lo à morte sob a acusaão de blasfêmia (Mt 26:64-65).

    O restante dessa seção (17-20) encontra-se somente em Mateus. Jesus declarou: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus (17). Carne e sangue era uma expressão rabínica usada para a humanidade, fazendo um contraste com a Divindade. Somente uma revelação divina do Espírito Santo pode nos fazer conhecer realmente que Jesus é o Filho de Deus, e essa revelação nos dá uma certeza interior que não pode ser abalada.

    Cristo prosseguiu dizendo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (18). A palavra Pedro corresponde ao termo grego petros, que quer dizer "pedra". O rochedo é uma petra ou

    "uma massa de pedra diferente de petros, que é um pedaço de pedra solta ou seixo". Muitos estudiosos fazem uma objeção dizendo que só existe uma palavra em aramaico com os dois sentidos, isto é, Kepha, e que, como Jesus falou em aramaico, nesse caso não se aplica a distinção entre as duas palavras gregas. Mas nessa área de gentios que fala-vam grego é totalmente possível que Jesus tenha falado em grego e mudado propositada-mente as palavras.

    M'Neile acredita que Jesus falou em aramaico, usando a palavra kepha. Ele observa que essa palavra é do gênero feminino, e assim ela foi corretamente representada por petra, ou "rocha". Ele entende que a palavra petros, ou "pedra", tinha o mesmo significa-do, embora fosse mais apropriada para um nome de homem por ser do gênero masculino

    Ele acrescenta, entretanto: "Não se pode concluir a partir desse jogo de palavras que `esta rocha' seja Pedro", e conclui: "A referência foi feita provavelmente à verdade que o apóstolo havia proclamado, isto é, ao fato de que o Messianismo do Senhor seria como uma rocha imóvel sobre a qual a sua `ecelesia' (igreja) estaria segura"." Acreditamos que essa interpretação seja preferível à de Cullmann, que faz de Pedro a rocha sobre a qual a igreja seria construída. Cullmann, naturalmente, está se referindo a Pedro como após-tolo e não como bispo."

    Jesus declarou: edificarei a minha Igreja. Nos Evangelhos, a palavra grega ekklesia ocorre apenas nessa passagem e em 18.17 (duas vezes). Mas ela é encontrada cerca de vinte e quatro vezes em Atos e mais de sessenta vezes nas epístolas de Paulo. Seu significado básico é "assembléia". Na Septuaginta, essa palavra foi usada para a "congrega-ção" de Israel. Na época de Jesus, seu significado comum era uma reunião legal dos cidadãos livres e eleitores de uma cidade grega. No Novo Testamento, ela foi empregada três vezes com esse sentido secular (Atos 19:32-39, 41). O significado literal de ekklesia é "chamados para fora". Da mesma maneira, a igreja de Jesus Cristo é composta por pes-soas "chamadas para fora", as quais têm o especial privilégio de funcionar como uma congregação de Deus.

    As portas do inferno (Hades) provavelmente significam aqui os "poderes da mor-te", isto é, todas as forças que se opõem a Cristo e ao seu Reino. Em grego, Hades era o lugar dos espíritos que partiram e equivale à palavra hebraica Seol. Morrison diz: "Nosso Salvador quer dizer que a sua verdadeira igreja nunca sucumbirá à morte e à destruição".'

    O que Jesus quis dizer com Eu te darei as chaves do Reino dos céus (19) ? O livro de Atos parece sugerir a resposta. Pedro usou primeiramente as chaves quando sua pregação no Pentecostes abriu as portas do Reino dos Céus aos judeus e prosélitos, e mais de três mil almas entraram em um único dia. Mais tarde ele usou as chaves para abrir a porta aos gentios na casa de Cornélio. Em um sentido real: "Cada pregador usa as chaves do reino dos céus quando proclama os termos da salvação em Cristo".'

    Mais notável ainda é a afirmação de Cristo de que tudo que Pedro ligar na terra será ligado no céu, e tudo que for desligado na terra será desligado no céu. Qual seria o significado de ligar e desligar? M'Neile explica: " 'Ligar' e 'desligar' parecem representar em aramaico os termos técnicos do veredicto de um professor da Lei que, baseado na força de seu conhecimento específico da tradição oral, declarou que algum ato ou coisa é 'ligado', isto é, proibido, ou 'desligado', isto é, permitido"." Em outras palavras, baseado nos ensi-nos de Jesus, Pedro daria as decisões que seriam ligadas no céu, isto é, seriam honradas por Deus.

    O Mestre mandou — um termo bastante forte, "mandou estritamente"—, que seus discípulos não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo (20). O momento ainda não era chegado. O conceito político de um reino messiânico, em que o povo acreditava, estava correndo o risco de sofrer uma revolução.

    4. A Primeira Previsão da Paixão (Mt 16:21-23)

    Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos (21) sugere que a confissão de Pedro em Cesaréia de Filipe constituiu um momento crucial no ministério de Cristo, e Ele começou a revelar cada vez mais aos seus discípulos o verdadeiro propó-sito de sua missão na terra. Ele deveria morrer na Cruz, e dessa maneira dar aos ho-mens a salvação. Mas essa revelação somente poderia ocorrer depois que eles tivessem reconhecido que Ele era o Messias.

    Quatro coisas foram incluídas nessa previsão:
    1)
    ir a Jerusalém;
    2) padecer mui-to dos anciãos, e dos principais sacerdotes, e dos escribas (o Sinédrio) ;

    3) ser morto e

    4) e ressuscitar ao terceiro dia.

    Pedro, tomando-o de parte (22) parece sugerir que o apóstolo o agarrou como se fosse protegê-lo contra esse destino. Tem compaixão de ti corresponde à expressão grega hileos soi que pode ser traduzida como "Deus, tenha piedade de ti", ou simples-mente, "Tenha piedade de ti". Pedro tinha um grande coração cheio de terna afeição pelo seu Senhor.

    Mas nesse momento ele falou as palavras erradas. Jesus se virou – não para longe de Pedro, mas em direção ao apóstolo – e disse: Para trás de mim, Satanás (23). A palavra Satanás significa "adversário" e ao insistir com Jesus para evitar a Cruz, Pedro estava agindo em favor do inimigo contra o propósito da divina missão de Cristo. Ele estava tentando Jesus a dar as costas, como Satanás havia tentado fazer na tentação do deserto no início do ministério público de Jesus.

    Mateus acrescenta (em relação a Marcos 8:33) : que me serves de escândalo. A palavra é skandalon, isto é, "escândalo". Sem querer, Pedro estava armando uma cilada para Jesus. Compreendes significa simplesmente "pensas" ou "tem em mente". O pen-samento de Pedro era contrário ao de Deus.

    Nessa conversa, Pedro representa o exemplo perfeito da inconstância que caracteri-za, em maior ou menor grau, todos os crentes que ainda não foram totalmente santifica-dos. Não se tratava de uma indecisão consciente ou intencional da devoção a Cristo que contaminava Pedro, mas de um outro estado de espírito que coexistia no subconsciente e que era incompatível com a verdadeira espiritualidade do Reino. Embora tenha enxer-gado a verdadeira personalidade de Cristo quando disse: "Tu és o Cristo", ele não enten-dia a natureza espiritual de sua condição como o Messias. Essa mesma ambivalência fica evidente não só nessa passagem de Pedro, mas em todos os discípulos e de várias maneiras, até que seus olhos se abriram e eles se tornaram mais espirituais (ajustados aos caminhos de Deus) no batismo com o Espírito Santo no Dia de Pentecostes.

    5. O Preço do Discipulado (Mt 16:24-28)

    Uma das expressões mais significativas de Jesus (cf. Mt 10:38; Mac 8.34; Lc 9:23-14.
    27) é encontrada no versículo 24. Não era só Cristo que deveria enfrentar a Cruz, mas tam-bém os seus discípulos.

    Existe todo um sermão envolvido nesse versículo. O Mestre disse: Se alguém qui-ser vir após mim — uma linguagem rabínica para "ser meu discípulo" — deve primeiro renunciar a si mesmo. "Renuncie-se a si mesmo" é a frase que está escrita na porta de entrada do Reino de Deus. Todo cristão deve se humilhar, renunciar aos seus pecados e negar a si próprio para entrar. Em seguida, deve tomar sobre si a sua cruz. Isso signi-fica a morte do eu, ser crucificado com Cristo (Rm 6:6; Gl 22e), isto é, uma renúncia total da vontade própria, e uma entrega à vontade de Deus. Bonhoeffer escreveu: "O discipulado significa adesão à pessoa de Jesus e, portanto, submissão à lei de Cristo, que é a lei da cruz".' Renuncie-se a si mesmo e tome sobre si estão no tempo aoristo e sugerem as crises da conversão e da completa consagração. Siga-me está em um tempo presente, de ação contínua, e enfatiza o compromisso que cada cristão tem de seguir a Cristo, um compromisso que deve durar a vida toda.

    Tudo isso está sugerindo que o único caminho para a vida é através da:

    1) Renúncia de si mesmo (regeneração) ;

    2) Morte do "eu" (santificação total) ;

    3) Determinação pró-pria (Siga-me).

    Também ocorre a repetição desse pensamento no versículo 25 (cf. 10.39; Mac 8.35; Lc 9:24-17.33; Jo 12:25). A única maneira de alguém salvar a sua vida é perdê-la.

    Depois Jesus perguntou o que aproveita ao homem ganhar o mundo todo, mas perder a sua alma. A palavra é psyché, e é traduzida como "vida" no versículo 25 em várias ver-sões. Talvez essa seja a melhor tradução aqui. Sobre o significado da palavra grega, Carr diz: "Psyché tem uma grande variedade de significados em grego; representava a 'vida' em toda a sua acepção, desde a mera existência vegetativa até a mais elevada vida intelectu-al".36 Ele continua: "O cristianismo aprofundou essa concepção ao acrescentar à conotação de psyché a vida espiritual da alma em união com Cristo".' F. C. Grant fez a seguinte observação: "É a alma que pensa e sente e é, em geral, o princípio vivo dentro do corpo".' Ele pensa que tanto a palavra "alma" como "vida" são apropriadas para essa passagem.

    No versículo 26, John Wesley encontra um forte sermão evangelístico sobre "A Im-portante Questão". Seus pontos principais são:

    1) O que está implícito na expressão ganhar o mundo inteiro?

    2) O que está implícito em perder a sua alma?

    3) O que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

    A razão pela qual precisamos estar cuidadosamente atentos à questão de se perder a vida por amor a Cristo, é poder descobrir que o Filho do Homem voltará um dia como Juiz para recompensar cada homem de acordo com as suas obras (27).

    A previsão de que alguns há... aqui que não irão morrer até que vejam o Filho do Homem no seu Reino (28) tem sido interpretada de várias maneiras. Ela foi aplicada:

    1) À transfiguração, que ocorre a seguir. Entretanto, todos os estudiosos atuais parecem concordar que essa não é uma interpretação correta.

    2) O versículo foi aplicado à queda de Jerusalém no ano 70 d.C. O principal argumento para essa segunda interpretação é que ela está de acordo com a ênfase do julgamento do versículo 27. Mas parece que está se referindo a um Dia do Juízo, um evento posterior, que ocorrerá logo após a segunda vinda de Cristo. Levando tudo isso em consideração, seria melhor interpretar esse versículo como
    3) se referindo ao Dia de Pentecostes e à rápida propagação do evangelho descrita no livro de Atos.

    M'Neile amplia um pouco mais essa questão. Ele escreve: "Os cristãos podem reco-nhecer que receberam, ou melhor, começaram a receber, o seu cumprimento no Pentecos-tes e que cada catástrofe ou crise subseqüente, ou demonstração do poder divino, tem representado a porta de entrada para uma nova era, um novo passo no processo eterno de seu completo cumprimento, a um clímax que está além do nosso entendimento'. Em um sentido semelhante, Morison diz: "Não temos dúvida de que o nosso Salvador está se referindo, de forma indefinida, ao estabelecimento e à extensão de seu Reino e à mani-festação de si próprio como Rei vitorioso, que teve lugar quando Jerusalém e o judaísmo, ambos totalmente corrompidos até o seu âmago, foram aniquilados".


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 16 versículo 23
    Jesus parece aqui reconhecer uma continuação da tentação de Satanás (conforme Mt 4:10).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    *

    16:1

    sinal vindo do céu. Jesus referiu aos fariseus um sinal literal do céu. Sua analogia mostra que o problema não é a falta de evidência, porém, uma má vontade em aceitar seu significado. Jesus já havia realizado muitos sinais.

    * 16:4

    senão o de Jonas. Ver nota em 12.39.

    * 16:11

    a respeito de pães. Jesus, freqüentemente falava em parábolas, porém, aqui foi mal compreendido por seus discípulos, que pensavam que ele estava falando literalmente (v. 7). Eles deviam ter concluído do milagre da multiplicação de pães, que Jesus podia providenciar alimento, se essa fosse a necessidade e, desse modo, podiam concluir que ele estava falando metaforicamente a respeito do "fermento" (a doutrina, v.
    12) dos fariseus e saduceus (Mc 8:15, nota).

    * 16:12

    O ensino falso é como o fermento na massa e pode permear rapidamente a Igreja e corromper sua santidade.

    * 16:13

    Cesaréia de Filipe. Uma pequena cidade ao sopé do monte Hermon, cerca de quarenta quilômetros ao norte da Galiléia.

    * 16:15

    quem dizeis que eu sou. Pelo uso do pronome no plural (“vós”), Pedro responde em lugar dos Doze.

    * 16:16

    Cristo. Pedro declara que Jesus é o Messias e o Rei profetizado no Antigo Testamento (1.1, nota).

    * o Filho do Deus vivo. O significado do título "Filho de Deus" é diferente do título na literatura pagã. No Antigo Testamento, o rei ungido era chamado um "filho" de Deus (2Sm 7:14; Sl 2:7). Israel, como um todo, também é chamado "filho" de Deus (Êx 4:22) e Jesus cumpre este status de Israel (2.15, nota). Aplicado a Jesus, o título reflete o relacionamento único de Jesus com o Pai (11.27; 21.38). Ele é reconhecido pelo Pai como "Meu Filho amado" (3.17; 17.5). A compreensão de Pedro lhe foi dada de cima, indo além daquilo que ele podia discernir por si mesmo.

    * 16:17

    carne... que to revelaram. O reconhecimento daquilo que Jesus é, tem que vir de Deus.

    * 16:18

    Pedro... pedra. O nome “Pedro” faz um trocadilho, no grego, com a palavra “rocha” (petra). Há quatro principais interpretações para este jogo de palavras: a) a pedra é a confissão de Pedro ("tu és o Cristo", v. 16), sobre a qual a igreja é edificada; b) Jesus mesmo é a pedra, como Pedro, depois, testifica (1Pe 2:5-8); c) Pedro, como representante dos apóstolos, é o fundamento da igreja (Ef 2:20); d) Por sua confissão, Pedro representa o tipo de pessoa sobre a qual a Igreja será edificada.

    A primeira e segunda possibilidades são freqüentemente defendidas, por indicar que o nome de Pedro é petros e a pedra é petra. Porém, esta diferença lingüística não é significativa neste contexto. A segunda possibilidade é improvável porque Jesus descreve-se a si mesmo, nesta passagem, não como a fundação mas o construtor da igreja.

    Não fosse pelo abuso desta passagem pela Igreja Católico-Romana, é pouco provável que qualquer dúvida fosse levantada de que a referência é a Pedro. Mas a pedra fundamental é Pedro como representante dos apóstolos (v. 15, nota), e cuja confissão a respeito de Cristo lhe foi revelada pelo Pai. Como Pedro mesmo declara posteriormente (1Pe 2:4-8), todos os crentes se tornaram "pedras vivas" por causa da associação deles com Cristo e com os apóstolos, como o fundamento da igreja (Ef 2:20-21; Ap 21:14). Quando Pedro diz que Jesus não deve enfrentar a cruz, ele não é chamado a pedra fundamental, mas pedra de tropeço (v. 23, referência lateral).

    portas do inferno. No Antigo Testamento e outras literaturas, as "portas do sheol" ou “as portas da morte” são equivalentes à morte. Jesus está afirmando que a própria morte não sobrepujará seu povo.

    * 16:19

    chaves do reino. Esta metáfora especifica como os apóstolos são o fundamento da igreja; foi-lhes dado o poder de ligar e desligar, ou as "chaves" que fecham e abrem portas. Os apóstolos abrem o reino àqueles que compartilham da confissão de Pedro e excluem aqueles que não recebem o seu testemunho a respeito de Cristo (10.14-15). Através deles Jesus revela sua própria palavra de autoridade do reino. O fundamento apostólico da igreja repousa sobre a Palavra escrita de Deus, as Escrituras, que são agora as chaves da autoridade de Cristo na igreja (Ef 2:20; 3:5), através do poder do Espírito (18.18). Ver "Disciplina Eclesiástica e Excomunhão", em Mt 18:15.

    * 16:20

    a ninguém dissessem. Ver 8.4. As concepções populares a respeito do Messias estavam longe de reconhecer o seu ministério sofredor. Permitir que seus discípulos proclamassem abertamente a sua messianidade, podia instigar a explosão de um movimento político, que dificultaria sua verdadeira missão (Jo 6:15).

    * 16:21

    Desde esse tempo. Esta frase marca uma nova fase no ministério de Jesus (4.17, nota). Mateus se volta da pregação pública de Jesus, na Galiléia, para a sua cuidadosa instrução dos discípulos a respeito de sua morte e ressurreição, seu papel como Messias e o deles como discípulos.

    * 16:24

    Ver nota em 10.38. Aqui, Jesus acrescenta o mandamento da negação de si mesmo. A chamada ao discipulado exige o abandono completo do desejo natural de buscar conforto, fama ou poder.

    * 16:28

    de maneira nenhuma passarão pela morte. Ainda que esta afirmação tenha sido interpretada como se referindo à Transfiguração (17.1-2), a linguagem implica um período mais longo do que o de uma semana. Outra possibilidade seria a referência à destruição de Jerusalém (10.23, nota), mas o contexto aqui não está especificamente relacionado com o juízo de Israel. A "vinda" do Filho do homem, aqui, mais provavelmente, se relaciona com todo o processo pelo qual Jesus recebe o domínio, especialmente sua ressurreição, ascensão e envio do Espírito. Todas estas coisas aconteceram durante o tempo no qual os discípulos viveram. A transfiguração poderia ser também o evento inicial neste processo testemunhado pelos discípulos.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    16:1 Os fariseus e saduceos eram líderes religiosos judeus de duas diferentes partidas e seus pontos de vista eram diametralmente opostos em muitos aspectos. Os fariseus seguiam com cuidado suas normas e tradições religiosas, acreditando que esse era o caminho a Deus. Também acreditavam na autoridade de todas as Escrituras e na ressurreição. Os saduceos só aceitavam os livros do Moisés como Escrituras e não acreditavam na vida depois da morte. No Jesus, entretanto, os dois grupos tinham um inimigo comum e uniram forças para lhe dar morte. Se deseja maior informação eles, veja-a informação no Mateus 3 e Marcos 2.

    16:1 Os fariseus e saduceos demandavam sinais no céu. Tentavam explicar os milagres do Jesus como perita manipulação, casualidade ou uso de poderes malignos, mas acreditavam que só Deus poderia fazer sinais nos céus. Estavam seguros que essa seria uma proeza que Jesus não poderia realizar. Apesar de que Jesus pôde impressioná-los com facilidade, não quis fazê-lo. Sabia que nem um milagre no céu conseguiria convencer os de que era o Messías. Já de antemão tinham decidido não acreditar no.

    16:4 Em resposta à demanda de um sinal do céu, alguma ação milagrosa que provasse sua autoridade divina, Jesus respondeu que não lhe será dada, a não ser o sinal do Jonás. Em Lc 11:29-32, diz-se que assim como Jonás tinha sido sinal de destruição para a gente do Nínive se não se arrependiam, o Filho do Homem era sinal a sua geração. Em Mt 12:39-40, o sinal do Jonás se explica como referência aos dias e noites que Cristo passou na tumba. Em Mc 8:11-13, Jesus se nega a dar sinal alguma (não se dará sinal a esta geração).

    16:4 Muita gente, como estes líderes judeus, querem ver um milagre para acreditar. Mas Jesus sabia que os milagres não os convenceriam. Jesus tinha sanado, ressuscitado pessoas e alimentado a milhares, e ainda demandavam que provasse sua identidade. Duvida você do Jesus porque não viu um milagre? Espera que Jesus lhe dê provas de sua identidade para acreditar no? Jesus diz: "Bem-aventurados os que não viram, e acreditaram!" (cf11\ul Jo 20:29). Temos registrados todos os milagres no Antigo e Novo Testamento, dois mil anos de história da Igreja e o testemunho de milhares. Com toda esta evidência, os que não acreditam são orgulhosos ou teimosos. Se você der um simples passo de fé e crie, começará a notar os milagres que têm lugar em sua própria vida!

    16:12 A levedura se usa para fazer crescer a massa de pão. Com apenas uma pequena quantidade da mesma se leveda a totalidade da massa. Jesus usou a levedura como exemplo de como uma pequena quantidade de maldade pode afetar a uma multidão. Os ensinos errôneos dos fariseus e saduceos desviavam a muitas pessoas. Tome cuidado dizendo: "Como pode esta falta insignificante afetar a alguém?"

    16:13 Cesarea do Filipo se achava vários quilômetros ao norte do Mar da Galilea, no território governado pelo tetrarca Felipe. A influência das culturas grega e romana se notava por toda parte, e os templos e ídolos romanos abundavam em qualquer parte. Quando Felipe chegou ao poder, reconstruiu e renombró a cidade em honra do imperador (César) e ele mesmo. A primeiro cidade se chamou Cesarea, como a capital do território de seu irmão Herodes.

    VIAJE Ao CESAREA DO FILIPO: Jesus deixou Magdala, cruzou o lago, e atracou a Betsaida. Ali sanou a um homem que tinha nascido cego. Continuando, O e seus discípulos foram a Cesarea do Filipo onde Pedro confessou que Jesus era o Messías e o Filho de Deus.

    16.13-17 Os discípulos responderam a pergunta do Jesus do ponto de vista comum da gente: que Jesus era um dos grandes profetas que tinha ressuscitado. Esta crença pôde ter tido sua raiz em Dt 18:18, onde diz que Deus ia levantar um profeta de entre a gente. (O perfil do João o Batista se acha no João 1; o do Elías está em 2 Rsseis 18 e o do Jeremías no Jeremías 1.) Pedro, entretanto, confessou que Jesus era divino e o prometido e tão esperado Messías. Se Jesus lhe tivesse feito a mesma pergunta, o que houvesse você respondido? É O seu Senhor e Messías?

    16:18 A rocha sobre a qual Jesus construiria sua Igreja pudesse ser uma alusão a (1) Jesus mesmo (sua obra de salvação ao morrer por nós na cruz); (2) ao Pedro (o primeiro grande líder da igreja em Jerusalém); (3) a confissão de fé que Pedro fez e que todos os verdadeiros crentes posteriores deveriam fazer. O mais provável é que a rocha se refira ao Pedro como líder da Igreja (por sua função e não necessariamente por seu caráter). Assim como Pedro tinha revelado a verdadeira identidade de Cristo, Jesus revelava a identidade e o rol do Pedro. Pedro mais tarde recorda a quão cristãos são a Igreja construída sobre o fundamento dos apóstolos e profetas com o Jesucristo como a pedra angular (1Pe 2:4-6). Todos os cristãos se unem na 1greja pela fé em Cristo Jesus como Salvador, tal como Pedro o expressa aqui (veja-se também Ef 2:20-21). Jesus elogiou ao Pedro por sua confissão de fé. É fé, como a do Pedro, a que deve ser o fundamento do Reino de Deus.

    16:19 Este versículo foi motivo de discussão por séculos. Alguns dizem que as chaves significam a autoridade que se requer para levar a cabo a disciplina, a legislação e a administração na 1greja (18.15-18), enquanto outros asseveram que as chaves dão a autoridade para anunciar o perdão dos pecados (Jo 20:23). Outros ainda manifestam que as chaves podem entender-se como a oportunidade de trazer gente ao reino dos céus por meio da apresentação da mensagem de salvação que se encontra na Palavra de Deus (At 15:7-9). Os líderes religiosos pensavam que tinham as chaves do Reino e tentaram excluir a alguns. Não podemos abrir ou fechar o reino dos céus para outros, mas Deus nos usa para lhes ajudar a encontrar a porta de entrada. Para todos os que acreditam em Cristo e obedecem suas palavras, as portas do Reino estão totalmente abertas.

    16:20 Jesus pediu aos discípulos que não dessem a conhecer a confissão do Pedro, porque estes não tinham entendido por completo o tipo do Messías que era. Jesus não era um paladín militar, a não ser um servo sufriente. Primeiro deviam ter um pleno conhecimento do Jesus e de sua missão como discípulos antes de dá-lo a conhecer outros em uma maneira que não originasse uma rebelião. Lhes ia estar custando muitíssimo trabalho entender a razão de sua vinda até que sua missão terrestre terminasse.

    16:21 "Após" marca um ponto decisivo. Em 4.17 assinala o anúncio do Jesus sobre o reino dos céus. Aqui se refere a sua nova ênfase sobre sua morte e ressurreição. Entretanto, os discípulos não captaram o verdadeiro propósito do Jesus por causa das idéias preconcebidas que tinham do Messías. Esta é primeira de três vezes em que Jesus predisse sua morte (veja-se em 17.22, 23; 20.18 as restantes).

    16.21-28 Esta passagem corresponde às profecias do Daniel: o Messías seria tirado (Dn 9:26); viria um período de crise (Dn 9:27); e logo o Rei viria em glória (Dn 7:13-14). Os discípulos enfrentariam o mesmo sofrimento de seu Rei e, como O, seriam premiados ao final.

    16:22 Pedro, amigo do Jesus e seguidor devoto, que acabava de proclamar em forma eloqüente sua identidade verdadeira, procurou protegê-lo do sofrimento que profetizou. Mas se Jesus não tivesse sofrido e morto, Pedro (e nós) tivesse morrido em seus pecados. Os que nos amam e procuram nos proteger podem nos apresentar tentações grandes. Tome cuidado com o conselho do amigo que lhe diz: "Asseguro-te que Deus não quer que faça frente a isto". Com freqüência nossas tentações mais difíceis vêm de parte daqueles que só procuram nos proteger de dificuldades.

    16:23 A mesma mensagem que Jesus ouviu nas tentações do deserto (que não teria que morrer, 4,6) as escuta agora do Pedro. Este acabava de reconhecer ao Jesus como o Messías; agora, entretanto, despreza a perspectiva de Deus e avalia a situação do aspecto humano. Satanás sempre tenta que ponhamos a Deus a um lado. Jesus repreendeu ao Pedro por esta atitude.

    16:24 Quando Jesus usou esta figura de seus seguidores, "tome sua cruz, e me siga", os discípulos sabiam o que significava. A crucificação era um método romano comum de execução e os criminosos condenados tinham que levar sua cruz pelas ruas rumo ao sítio onde cumpriam sua sentença. Seguir ao Jesus, portanto, implica uma entrega verdadeira, com risco de morte e sem possibilidade de retrocesso (veja-se 10.39).

    16:25 A possibilidade de perder a vida era muito real tanto para os discípulos como para o Jesus. O discipulado verdadeiro implica compromisso real e arriscar toda nossa existência a seu serviço. Se a gente tratar de liberar sua vida física da morte, a dor ou o desconforto, pode terminar arriscando a vida eterna. Se nos protegermos da dor, começamos a morrer no espiritual e emotivo. Nossa vida se reenfoca em si mesmo e perdemos nosso propósito. Em troca, quando damos nossa vida em serviço a Cristo descobrimos o verdadeiro propósito da vida.

    16:26 Quando não conhecemos cristo, tomamos decisões com a idéia de que esta vida é tudo o que temos. Em realidade, esta vida é só a introdução à eternidade. A forma como vivemos este breve lapso, não obstante, determina nosso estado eterno. O que acumulemos na terra não vale na obtenção da vida eterna. Até as honras sociais ou cívicas mais elevadas não podem fazer ganhar a vida eterna. Avalie tudo o que acontece de uma perspectiva eterna.

    16:27 Jesus tem poder para julgar toda a terra (Rm 14:9-11; Fp 2:9-11). Não obstante de que seu julgamento já está manifestando-se em nossa vida, haverá um julgamento final quando Cristo volte (Fp 25:31-46) e a vida de cada um será examinada e avaliada. Isto não se confinará aos incrédulos: os cristãos também serão julgados. Seu destino eterno é seguro, mas Jesus analisará a forma como se empregaram os dons, oportunidades e responsabilidades, a fim de determinar recompensas celestiales. No julgamento, Deus salvará aos retos e condenará aos que não o são. Não devêssemos pôr em tecido de julgamento a salvação de outros; isso corresponde a Deus.

    16:28 Tomando em conta que todos os discípulos morreram antes da volta de Cristo, muitos acreditam que as palavras do Jesus aqui se cumpriram na transfiguración quando Pedro, Santiago e João viram sua glória (17.1-3). Outros manifestam que se refere ao Pentecostés (Feitos
    2) e ao começo da Igreja. Em um e outro caso, certos discípulos foram testemunhas do poder e a glória do reino de Cristo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    K. Seus ensinamentos (Mt 16:20)

    1 E os fariseus e saduceus, e tentando-lhe pediu para mostrar-lhes um sinal do céu. 2 Mas ele respondeu, e disse-lhes: Quando é chegada a tarde, dizeis: Vai fazer bom tempo, porque o céu está vermelho. 3 E pela manhã, Será o mau tempo a-dia, porque o céu está de um vermelho sombrio. Vós bem sabeis discernir a face do céu; mas vós não podeis discernir os sinais dos tempos. 4 Um seeketh má e adúltera geração após um sinal; e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. E, deixando-os, saiu.

    Desta vez foi os fariseus e saduceus que vieram para Jesus. O ex-são nomeados cem vezes no Novo Testamento, esta última apenas catorze vezes-sete dessas vezes em Mateus (uma vez a cada um em Marcos e Lucas, e cinco vezes em Atos). Enquanto eles tinham que trabalhar juntos na Grande Sinédrio em Jerusalém, houve atrito normalmente considerável entre os dois grupos. Mas ambos unidos em julgá-lo. O verbo peirazo também pode ser traduzida como "teste" (RSV) ou "tentador" (KJV). Neste contexto, o último parece ajustar-se melhor.

    Pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu. Robinson comenta: "O sinal do céu parece ser uma referência geral às expectativas da escatologia populares, com base em Os 3:3)

    5 E os discípulos aproximaram-se do outro lado e se esqueceram de levar pão. 6 E Jesus disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. 7 E eles discorriam entre si, dizendo: Nós não tomou pão. 8 E Jesus, percebendo isso, disse, gente de pouca fé, por que arrazoais entre vós, porque vós não tendes pão? 9 Acaso, ainda não percebemos, nem vos lembrais dos cinco pães para os cinco mil, e de quantos cestos recolhestes? 10 Nem dos sete pães para os quatro mil, e de quantos cestos levantastes? 11 Como é que vocês não percebem que eu não falava a respeito de pães? Mas cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus. 12 Então entenderam os que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus.

    Mais uma vez, Jesus e seus discípulos foram para o outro lado -provavelmente o leste ou nordeste. Os responsáveis ​​pelo fornecimento de comida tinha esquecido de tomar ao longo de alguns pães. Então, quando Jesus ordenou-lhes cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus (v. Mt 16:6) eles pensavam que Ele estava se referindo a essa falta. Sempre o seu pensamento tende a ser materialista, e para isso o mestre reprovou. Ele lembrou-lhes o Seu poder para fornecer pães para os cinco mil e quatro mil e do superávit haviam atraído.

    Tem sido, por vezes, sustentou que as histórias das duas mamadas milagrosas são contas de variantes do mesmo incidente. Mas as distinções cuidadosas mantidos refutar essa teoria. Em todos os seis referências à alimentação dos cinco mil (Mt 14:20. ; Mt 16:9 ; Mc 8:19 ; Lc 9:17 ; Jo 6:13) a palavra kophinos é usado para "cestas. "Em todas as quatro referências à alimentação dos quatro mil (Mt 15:37. ; Mt 16:10 ; Mc 8:8 ), a palavra spyris é usado. Essa coerência cuidadoso e completo não pode ser explicado, exceto com base em relatos precisos de dois milagres diferentes.

    Uma das características de Mateus é o de dar explicações adicionais sobre o significado do que Jesus disse (conforme Mt 17:13 ). Então, aqui ele indica que o fermento significava ensinar (v. Mt 16:12 ). "Doutrina" (KJV) tem uma conotação teológica que é muito forte, tanto para a palavra grega (didache) e do contexto.

    c. A confissão de Pedro (16: 13-20)

    13 Agora, quando Jesus foi para as regiões de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem é? 14 E eles disseram: Alguns dizem que é João Batista; alguns, Elias; e outros, Jeremias ou um dos profetas. 15 Disse-lhes, quem dizeis que eu sou? 16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque a carne eo sangue não vos revelou que a ti, mas o meu Pai que está nos céus. 18 E eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 I te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; o que tu deverás desligares na terra será desligado nos céus. 20 Então ordenou aos discípulos que eles a ninguém dissessem que ele era o Cristo.

    Este parágrafo descreve quarto retirada de Jesus, para ficar longe das multidões e instruir seus discípulos (conforme Mt 14:13 ; Mt 15:21 , Mt 15:29 ). Desta vez ele foi longe o norte novamente, para a região em torno de Cesareia de Filipe. Foi assim chamado para distingui-la da Cesaréia, na costa do Mediterrâneo, que Herodes, o Grande, construiu como sua capital e nomeado em honra de César Augusto. Este foi construído pelo filho de Herodes, Felipe, e nomeado para Tibério César.

    Ele foi localizado no sopé do Monte Hermon, que é-cobertas de neve durante todo o ano (9.166 pés). Perto da cidade foi a principal fonte do rio Jordão, onde salta adiante de uma fenda na rocha. Aqui foram realizados na adoração do deus romano Pan ("All"), de modo que a cidade tinha sido chamado Paneas (Banias moderna). Foi cerca Dt 25:1 ).

    A palavra grega para Pedro é petros , que significa "pedra". A palavra para pedra é petra , "uma massa de rocha viva como distinta da Petros , uma pedra ou um pedregulho isolada. "Muitas vezes, é alegado que Jesus falava em aramaico, onde apenas uma palavra, Kepha , poderia ser utilizada. Mas a possibilidade de que Jesus pode ter falado em grego, nesta ocasião, não se pode excluir totalmente.

    No outro lado do quadro deve-se notar as palavras de Paulo em Ef 2:20 - ". edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele próprio a pedra principal da esquina Cristo Jesus" Bengel cita outra passagem também em apoio Pedro como o rock. Ele escreve: "A Igreja de Cristo é, sem dúvida (Ap 21:14 ), construído sobre os apóstolos, na medida em que eles foram os primeiros crentes, eo resto foram adicionados por meio de seus trabalhos; em que importa uma certa prerrogativa especial foi notável no caso de Pedro, sem danos para a igualdade de autoridade apostólica; para ele primeiro convertido muitos judeus (At 2:1 - ". as portas do inferno" Sheol é o equivalente hebraico do grego Hades . Ambos significam o lugar da morte, ou dos espíritos. Eles não devem ser traduzida como "inferno" (KJV), que é a tradução correta de Geena -Local de tormento ou queima eterna.

    Gates, está nas Escrituras um símbolo de poder. O poder do inferno não prevalecerão contra, ou "ganhar uma vitória sobre," a Igreja de Jesus Cristo.

    O versículo 19 é também o desespero de muitos intérpretes. Em que sentido Pedro receber as chaves do reino dos céus? Parece melhor para explicar esta linguagem à luz do Livro de Atos. Em Pentecostes, Pedro usou as chaves para abrir a porta do reino dos céus para os judeus e prosélitos, e três mil entraram naquele dia. Um pouco mais tarde, ele usou as mesmas chaves para destrancar a porta do reino aos gentios na casa de Cornélio, e começou assim a missão para as nações. Robertson bem observa: "Todo pregador usa as chaves do reino, quando ele proclama os termos da salvação em Cristo."

    Jesus passou a dizer que tudo o que Pedro iria ligar na terra seria ligado no céu e tudo o que ele iria perder na terra que será desligado no céu. O pano de fundo desses termos é bem conhecida: "Em linguagem rabínica para ligar e perder é declarar determinadas acções proibidas ou permitidas. "

    Para dizer que este delegado a Pedro a autoridade para resolver o destino dos indivíduos é manifestamente absurdo. Um pouco mais tarde, Jesus fez esta mesma afirmação a todos os apóstolos (Mt 18:18 ). Mas foi pela primeira vez a Pedro. Alford torna este pedido: "É a ligação , o caso de Ananias e Safira pode servir como um exemplo eminente: da soltura . ... o homem coxo no belo portão do Templo "Na mesma linha Wesley escreve:" Nos termos de ligação e perdendo estão contidos todos os atos de disciplina que Pedro e seus irmãos realizada como apóstolos; e, sem dúvida, o que, portanto, realizado na terra, Deus confirmou no céu ".

    O parágrafo termina com a ordem de Jesus aos Seus discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo, isto é, o Messias. A razão para isto é óbvia. Tendo em vista a concepção popular de messias político, para divulgar messianidade de Jesus teria sido a arriscar precipitar uma revolução contra Roma. Este Cristo procurou evitar.

    d. Anunciada Paixão (16: 21-28)

    21 Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que ele deve ir a Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e que ao terceiro dia ressuscitou. 22 E Pedro, tomando-o, e começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha compaixão de ti, Senhor.: este deve nunca ser a ti 23 Mas ele virou-se e disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás; tu és uma pedra de tropeço para mim: para tu mindest não as coisas de Deus, mas as que são dos homens. 24 Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 25 Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa achá-la. 26 Para que dará o homem ser beneficiado, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida? 27 Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então ele irá retribuir a cada um segundo as suas obras. 28 Em verdade eu vos digo: Há alguns deles que estão aqui, que deve, em nenhum provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.

    Foi totalmente apropriado que o primeiro anúncio da paixão deve vir imediatamente após messianidade de Jesus tinha sido reconhecido. A confissão em Cesaréia de Filipe foi o evento central no ministério de Cristo. Isso é sugerido pela linguagem do versículo21 . A partir desse momento , Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era o verdadeiro objetivo de sua missão. O coração do Seu ministério terreno, bem como o seu clímax, seria a sua morte na cruz. Mas que seria seguido por Sua ressurreição. A história da paixão foi o tema central do ministério privado de Jesus aos Seus discípulos, e esse tema seria Seu maior interesse a partir de agora.

    A previsão aqui (v. Mt 16:21) é notavelmente específico. Ele estava subindo para Jerusalém, onde Ele iria sofrer muitas coisas nas mãos dos anciãos, dos principais sacerdotes e escribas -os três grupos que compunham o Grande Sinédrio-ia ser morto, e no terceiro dia ressuscitou. Essa previsão resume Paixão.

    Pedro em sua excitação parece ter tomado conta de Jesus. Ele começou a repreender, . ou "censura", seu Mestre Longe de ti é hileos soi ". Que Deus tenha misericórdia de ti", Ele continuou: "Isso deve de maneira nenhuma ser a Ti" (tradução literal).

    Jesus virou -provavelmente enfrentando Pedro-e disse: Para trás de mim, Satanás (v. Mt 16:23 ). Estas são as mesmas palavras que Ele falou para o diabo no final de Sua tentação no deserto (Mt 4:10 ). Pedro era, na verdade, Satanás? Certamente que não. Mas Jesus viu em suas palavras a mesma tentação que o diabo tinha apresentado a ele no início de sua carreira. Foi a sugestão de que ele tomar o caminho mais fácil, evitando o caminho do sofrimento. Cristo não podia entreter esses pensamentos por um único momento.Então, Ele repreendeu-palavras em Pedro-realmente de Pedro da maneira mais nítida.

    A palavra tropeço é skandalon (escândalo), o que significa o "bait-stick" ou "trigger de uma armadilha ou cilada", e também "a própria armadilha." Pedro estava, inconscientemente, definindo uma armadilha para os pés do seu mestre, e Cristo recusou-se a ser preso.

    O versículo 24 contém um dos provérbios mais importantes de Jesus (conforme Mt 10:38 ; Mc 8:34 ; Lc 9:23 ; Lc 14:27 ). O Mestre deve enfrentar a Cruz, e assim deve ser Seus discípulos.

    Três coisas que Cristo exigiu daquele que levaria o Seu caminho. Em primeiro lugar, ele deve negar a si mesmo. O primeiro passo em direção a Deus envolve abnegação, a renúncia de si mesmo. Todo mundo que entra no reino de Deus deve entrar pela porta da Humilhação. Ele deve humilhar-se e confessar seus pecados.

    A segunda coisa é exigido que ele deve tomar a sua cruz. Esta fala da morte para si mesmo, de ser crucificado com Cristo (Rm 6:6 ), de entrega total da própria vontade à vontade de Deus. Dietrich Bonhoeffer, que foi enforcado em 39 anos de idade em um campo de concentração nazista (09 de abril de 1945), escreveu estas palavras convincentes: "Assim como Cristo é Cristo somente em virtude de seu sofrimento e rejeição, de modo que o discípulo é um discípulo apenas na medida em que ele compartilha o sofrimento de seu Senhor e rejeição e crucificação. Discipulado significa adesão à pessoa de Jesus, e, portanto, submissão à lei de Cristo, que é a lei da cruz. "

    É surpreendente que os dois primeiros verbos, negar e tomar up estão no aoristo. Eles sugerem que as crises de conversão e de consagração. Mas o terceiro, siga-me, é no tempo presente (ação contínua), sugerindo uma tarefa ao longo da vida do seguimento de Cristo.

    O ditado no versículo 25 também é dado destaque nos Evangelhos (Mt 10:39 ; Mc 8:35 ; Lc 9:24 ; Lc 17:33 ; Jo 12:25 ). Para segurar a vida pela vantagem temporal é perdê-lo eternamente. Por outro lado, para perdê-lo no serviço amoroso a Deus e aos outros é encontrá-lo em uma vida mais ampla, tanto aqui e no futuro.

    O versículo 26 (conforme Mc 8:36) faz uma pergunta irrespondível: O que significa um ganho homem se ele deve obter o mundo inteiro, mas perder a sua vida ("perder a sua alma", KJV)? O substantivo aqui é psique . No ReiTiago 5ersion, é traduzida "vida" no versículo 25 , mas "alma" no versículo 26 . As versões revisadas de forma mais consistente traduzi-lo da mesma forma em ambos os versos. Na verdade psique é tão ambígua em grego como "alma" é em Inglês. Falamos de um navio que ia para baixo e tantos "almas" que está sendo perdido; isto é, tantas vidas. Em círculos religiosos que usamos "alma", com bastante uma conotação diferente, no sentido de que no homem que é imortal. É interessante notar que na ReiTiago 5ersion psique é traduzida como "alma" 58 vezes, "vida" 40 vezes, "mente" 3 vezes, e "coração" de uma vez. O significado exato em qualquer passagem deve ser determinado pelo contexto (conforme At 27:37 ). Aqui, parece referir-se a "vida" no seu maior significado, em relação ao tempo e eternidade.

    A declaração no versículo 28 é frequentemente visto como uma previsão da Transfiguração, que se segue imediatamente em Marcos (9: 1) e Lucas (Lc 9:27 ). Mas a possibilidade de alguns dos discípulos que morrem dentro de uma semana parece muito remota. Parece melhor para se referir no seu reino para a vinda do reino espiritual no dia de Pentecostes e, durante a era apostólica.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    Embora a lição-chave nesse capítu-lo seja a confissão de fé de Pedro, temos de examinar o capítulo todo a fim de captar o cenário de forma adequada. Cristo e os discípulos estiveram em "retiro", e ele prepa-rava-os para os acontecimentos — seu sofrimento e morte — que se aproximavam. A confissão de Pedro nesse ponto representa a culminân-cia dos meses de instrução. Desse momento em diante, Cristo fala-lhes abertamente a respeito de sua cru-cificação, e eles iniciam a viagem de volta a Jerusalém. Esse capítulo projeta quatro movimentos.

    1. Conflito: Cristo é tentado pelo inimigo (Mt 16:1-40)

    Observe como os fariseus e os sa- duceus, inimigos uns dos outros, unem-se para tentar Cristo. Herodes e Pilatos "se reconciliaram" pelo mesmo motivo (Lc 23:6-42). Eles, ao pedir-lhe "um sinal vindo do céu", desabonavam os milagres de Jesus que consideravam como sinal da terra (v. 1). Talvez eles quisessem que, do céu, viesse fogo, como fez Elias, ou pão, como fez Moisés. Je-sus descreve a condição espiritual deles: (1) eles conseguiam inter-pretar as coisas físicas e terrenas, mas não as espirituais; (2) eles eram maus por testar a Deus; e (3) eles eram adúlteros, pois abandonaram a verdade do Senhor pela religião vazia deles. Ao referir-se ao profe-ta Jonas, ele aponta para sua morte, sepultamento, ressurreição e para seu ministério aos gentios.

    1. Conclusão: a descrença dos discípulos (Mt 16:6-40)

    Aparentemente, os discípulos estão mais preocupados com as coisas físi-cas que com as espirituais, pois eles, enquanto Jesus descreve a condição dos fariseus, discutem por que esque-ceram de trazer o pão. E provável que tenham dado os sete cestos de pão que sobraram depois de alimentar 4 mil pessoas (Mt 15:37) aos pobres. Enquanto Jesus fala das coisas espiri-tuais — o fermento dos fariseus e dos saduceus —, os discípulos pensam apenas no pão físico. Isso é uma ilus-tração de Mt 13:22 — os cuida-dos deste mundo sufocam a semente da Palavra. Cristo repreende-os, pela "pequena fé", pois, se eles precisam de pão, será que não confiam nele para providenciá-lo? Ele acabara de alimentar 4 mil pessoas com apenas alguns pães e peixes! Lc 12:1 tam-bém chama o fermento dos fariseus de hipocrisia. O fermento da hipocri-sia corrompe a igreja.

    1. Confissão: Pedro confessa o Cristo (Mt 16:13-40)

    Como a multidão estava confusa a respeito de Cristo! Elas o tinham

    em alta estima já que o identifica-vam como um dos grandes profetas; no entanto, faltava-lhes percepção para vê-lo como o Filho do Deus vivo. Elas até o confundiam com João Batista, contudo não havia se-melhança no ministério dos dois (Mt 11:18-40). Todavia, ninguém pode confessar Cristo à parte da revelação do Pai (Mt 11:27 ss) e do testemunho do Espírito (1Co 12:3). Fazer a confissão correta de Cristo é importante para a salvação (1Jo 2:22-62; 1Jo 5:10).

    Há séculos, os versículos 1:8-19 são um campo de batalha a partir dos quais os romanistas afir-mam a missão do papa e o poder da igreja para dispensar graça; e os protestantes vêem algo totalmente diferente neles. Deixemos que a Bíblia fale por si mesma ao exami-narmos os símbolos que aparecem nesses versículos.

    1. A rocha é Jesus Cristo

    Cristo disse isso (Mt 21:42) ao refe-rir-se a Is 28:1 Is 28:6; o próprio Pedro disse isso (1Pe 2:4-60; At 4:11-44 paralelo a SI 118:22). Em 1 Corín- tios 10:4, Paulo chama Cristo de Ro-cha e de Cabeça da igreja (Ef 1:20-49; Ef 4:8-49 ao tentar desviar Cristo da cruz. É óbvio que Satanás usa Pedro como uma pedra de tropeço no caminho de obediência de Jesus. Satanás usa Pedro, de novo, ao tentar impedir a obra de Cristo (Lc 22:31 ss). Cris-to repreende Pedro e, a seguir, en-sina aos discípulos a importância da cruz na vida do crente. "Tomar a sua cruz" significa morrer para si mesmo, agüentar a repreensão de Cristo e crucificar o mundo e a carne quando o seguimos em obe-diência. Pedro aprendería que so-frimento e glória caminham juntos (1Pe 4:12-60; 1Pe 5:1,1Pe 5:10).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    16.1 Um sinal vindo do. céu. Uma prova milagrosa (conforme 12.38n).

    16.3 Sinais dos tempos. Os lideres religiosos leram estes sinais, tão bem como os não religiosos. Os sinais celestiais, porém, que apontavam para os acontecimentos do calendário da operação de Deus entre os homens, eles não o sabiam interpretar, mesmo com as numerosas profecias do AT.

    16.4 O de Jonas. A ressurreição de Jesus, figurada pelos três dias e as três noites que Jonas passou no ventre do grande peixe (12:39-41).

    16.5 Para o outro lado, Para os territórios de Filipe, provavelmente desembarcando em Betsaida, de onde foram caminhando para Cesaréia de Filipe, cidade situada no sopé do monte Hermom, cujo pico se localiza a c. 20 km mais para o norte.

    16.6 Fermento dos fariseus e dos saduceus. Em contraste com o fermento comparado ao desenvolvimento do Reino de Deus (13.33n). Fala-se aqui em hipocrisia e perversidade crescentes (12).

    16.13 Cesaréia de Filipe. Filipe, filho de Herodes, o Grande, seguiu o costume de dar o nome do imperador César a uma cidade de destaque, que antes era chamada Panéias, "santuário do deus Pan".

    16.14 Uns dizem. Registra-se, aqui, a opinião da gente comum que esperava tão ansiosamente as indicações de que Deus logo redimiria Seu povo.

    16.15 Mas vós. Os discípulos tinham recebido uma vocação especial de seguir a Cristo (4:18-22);- presenciaram milagres (8:14-27); fizeram uma viagem missionária (10:5-15); recebiam muita instrução em particular (Mt 13:0). Os estágios da revelação do Reino de Deus são: a transfiguração (17:1-8); a ressurreição de Cristo; o dia de Pentecostes; a destruição de Jerusalém; a segunda vinda com tudo a que se associa com ela; o fato de a transfiguração ser descrita logo em seguida sugere que o cumprimento desta profecia jaz parcialmente aí, embora não haja dúvidas de que este seja um início, um antegozo do futuro desenrolar, estágio após estágio, do estabelecimento do Reino de Deus (conforme Lc 9:27 n).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28
    O pedido de um sinal (16:1-4)

    V.comentário de Mc 8:11-41 e Mt 12:3842. A NEB, junto com os melhores manuscritos, omite os v. 2b,3; conforme Marcos; acerca deles, cf.Lc 12:54ss. Provavelmente o sinal do céu que eles pediram era a voz do céu (bat qol) que às vezes ocorria nas histórias rabínicas.

    A falta de pão dos discípulos (16:5-12)

    V.comentário de Mc 8:14-41. Os discípulos interpretaram literalmente as palavras de Jesus, porque tinham acabado de deixar o território judaico (15,39) e entrado numa região semigentílica (16.13; Mc 8:22), onde poderia ser difícil encontrar um padeiro judeu. Jesus aplicou o termo fermento (v. 6) ao ensino dos líderes religiosos porque, embora pouquíssimos galileus se sentissem atraídos por esse ensino (conforme At 15:10), eles estavam sendo ganhos subconscientemente, como o desdobramento religioso depois da destruição de Jerusalém mostraria.

    A confissão em Gesaréia de Filipe (16:13-20)

    V.comentário de Mc 8:27-41 (Lc 9:18-42) acerca dos v. 13 16:20. O fato de que Marcos e Lucas omitem o Filho do Deus vivo sugere que Jesus pronunciou a sua bênção sobre Pedro porque ele o tinha reconhecido como o Messias, e não porque ele tinha percebido a sua natureza divina. O reconhecimento precoce de Jesus como Messias (Jo 1:41,Jo 1:49) tinha sido um ato de entusiasmo; a confissão de Pedro expressou a convicção madura gerada pela revelação divina, v. 17. filho de Jonas (Yona), provavelmente, é uma abreviação incomum de Yochanan, i.e., João (Jo 21:15). v. 18. você é Pedro (petros), e sobre esta pedra (petra) edificarei a minha igreja'. Até que ficou demonstrado na última década do século XIX que normalmente Jesus deve ter ensinado em aramaico, a exegese protestante popular desse versículo contrastava petros, uma pedra, com petra, uma rocha, assim tentando descartar a idéia de que Pedro de alguma maneira deveria ser o fundamento da igreja. Já antes, quando a verdadeira natureza do grego koinê começou a se tornar conhecida, alguns estudiosos estavam insatisfeitos com o jogo de palavras, que se encaixava melhor com o grego clássico do que com o koinê. Uma vez que se compreendeu que o nome conferido era o termo aramaico Kepha (gr. kêphas, português Cefas), ficou claro que o suposto jogo de palavras tinha de ser abandonado, pois era impossível em aramaico. Que Cefas foi o nome dado, fica claro no uso que Paulo faz do nome ao citá-lo oito vezes e citar “Pedro” somente duas vezes (G1 2.7,8). Parece claro então que a formulação tão atacada da NEB (e de Phillips) é justificada: “Você é Pedro, a Rocha, e sobre esta rocha...”. Felizmente, a verdade ou falsidade das afirmações católicas-romanas acerca da autoridade do papado não deve ser decidida por meio da exposição de um jogo de palavras duvidoso. A não ser que, contra a clara sugestão do texto, retratemos Jesus como se voltando de Pedro para os outros, esta pedra não pode ser o próprio Pedro, mas é contrastada com ele, i.e., deve ser a confissão dele. A grandeza e liderança de Pedro podem ser vistas em At 1:15-2.14; 5.3,8,15; 8.14; 10.46,47. Por outro lado, Mt 18:1; Mt 19:27Mt 20:21; Lc 22:24; At 11:2; G1 2.11 etc. não mostram nenhum sinal de que Pedro ou os outros tinham alguma concepção de que uma primazia absoluta tinha sido conferida a ele. minha igreja (ekklêsia): A palavra usada por Jesus deve ter sido qahal (heb.), com freqüên-cia traduzida por ekklêsia na LXX. Ao tentar fixar o seu significado, precisamos nos afastar de conotações que os convertidos gentios de Paulo possam ter imposto ao termo. Qahal (heb.) ou kenishta (aramaico) eram termos usados para toda a congregação de Israel, i.e., Israel como um todo agindo como o povo de Deus; eram usados também com referência às unidades locais menores, que de maneira ideal representavam o todo. E o sentido mais amplo que é usado aqui, e o mais restrito em

    18.17. “Os poderes da morte” (RSV): Uma boa formulação de as portas do Hades. Não seriam os poderes satânicos, mas os da morte, que Jesus deveria derrotar na sua ressurreição. v. 19. as chaves do Reino dos céus: Isso deve ser compreendido à luz de Is 22:22; a autoridade para ligar ou desligar não é a de admissão ou exclusão, mas de decidir o que é e o que não é a vontade de Deus. Essa última promessa em 18.18 é estendida não somente aos outros discípulos, mas, por dedução, a todos os cristãos espirituais.

    A primeira predição da Paixão (16:21-23)

    V.comentário de Mc 8:31-41.

    O preço do discípulado (16:24-28)

    V.comentário de Mc 8:34-41). Ao lermos a observação meticulosa sobre Mc 9:1, devemos levar três pontos em consideração: (a) O ponto de vista moderno comum segundo o qual Jesus estava prevendo uma segunda vinda precoce está descartada, independentemente de se atribuir falibilidade a ele, em virtude de sua declaração enfática, não muito tempo depois, de sua ignorância acerca desse tema (24.36; Mc 13:32). (b) As interpretações que envolvem a transfiguração, a ressurreição e o derramamento do Espírito Santo tropeçam no fator tempo, pois nenhum de seus ouvintes tinha necessariamente morrido então, (c) A destruição de Jerusalém, embora satisfaça o fator tempo, não possui a aura de glória sugerida, conforme o choro de Jesus pela cidade. A única interpretação que parece fazer justiça a todos esses fatores não leva em consideração a predição de nenhum incidente; antes, prevê-se todo o período de abertura da existência da Igreja desde a ressurreição (a transfiguração era uma prefiguração da ressurreição). Esta, em diversas maneiras, chegou à sua conclusão na destruição de Jerusalém.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 5 até o 23


    15) Retirada para a Região de Cesaréia de Filipe, 16:5 - 17:23.

    Esta quarta retirada leva Jesus novamente para o ambiente gentio, longe das tensões da constante oposição (conf. Betsaida Julias, Mt 14:13; Fenícia, Mt 15:21; Decápolis, Mt 15:24, Mc 7:31). Durante esse período, talvez com diversos meses de duração, aconteceu a momentosa confissão de Pedro, a detalhada predição de Sua próxima paixão, e a Transfiguração.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 21 até o 27

    21-27. Jesus prediz a sua morre e ressurreição.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 21 até o 28
    XX. PRIMEIRO AVISO DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO Mt 16:21-40; Lc 9:22-42. Desde então (21). A fé dos discípulos, que a confissão de Pedro evidenciou, tinha chegado ao ponto de justificar o prenúncio dos sofrimentos de Cristo. Desde este momento, o ministério do Senhor assume outro caráter, enquanto Ele procura preparar seus discípulos a aceitar o fato que Ele tinha que sofrer, mesmo contra as expectativas deles. Anciãos (21). Os chefes religiosos. É provável que se refira aos membros do Sinédrio. O terceiro dia (21). Os três dias eram sexta-feira, sábado e domingo, contando-se os dias conforme o uso dos judeus. De modo nenhum te acontecerá isso (22). A reação imediata de Pedro ao novo ensino do Senhor mostra que eles estavam longe de compreender o significado do sofrimento do Mestre. Satanás (23). O Senhor reconheceu nas palavras de Pedro uma repetição das tentações que sofreu no deserto, cujo fim era evitar a cruz. Escândalo (23). Armadilha ou cilada. Compreendes (23) -gr. phroneis. É difícil traduzir esta palavra, que ocorre também em Rm 8:5 e Fp 2:5. Significa adotar uma atitude sobre a qual se baseia a vida e as ações. Os vers. 24 e 25, confronte-os com Mt 10:38-40. Renuncie-se a si mesmo (24). Renunciar as imposições da própria vontade. Tome sobre si (24). O original quer dizer "levantar". A palavra é mais forte do que é usada em Mt 10:38 e implica que a cruz deve ser levantada para que todos possam vê-la. Sua alma (26) -gr. ten psychen autou, a mesma palavra que é traduzida "vida" no verso anterior. Perder a alma ou a vida significa perecer. Ver nota sobre Mt 6:25 e Mt 10:39. Então dará a cada um segundo as suas obras (27). As palavras são tiradas dos LXX do Sl 62:12 e Pv 24:12, substituindo-se kata ten praxin por kata ta erga. Esta mudança dá ênfase à direção da vida, mais do que aos atos individuais. Este grande princípio fundamental do Velho Testamento torna-se mais explícito pelo Senhor, ao esclarecer que terá cumprimento na Sua volta. O conteúdo de ambos estes trechos do Velho Testamento é significativo, levando-nos o de Provérbios a examinar os nossos corações.

    >Mt 16:28

    O vers. 28 tem causado dificuldades. Talvez possa referir-se a qualquer das seguintes manifestações do reino de Cristo, principalmente a Transfiguração (que já ocorrera. Cfr. 2Pe 1:16, onde o apóstolo Pedro afirma ter presenciado a vinda de Cristo), o dia de Pentecostes ou a destruição de Jerusalém.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28

    88 O cego que nunca verá (Mateus 16:1-4)

    E os fariseus e saduceus, e testando Ele pediu a Ele para mostrar-lhes um sinal do céu. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: "Ao cair da tarde, você diz:" Vai ser bom tempo, porque o céu está rubro. E pela manhã, "Haverá uma tempestade de hoje, porque o céu está de um vermelho sombrio." Você sabe como discernir o aspecto do céu, mas não pode discernir os sinais dos tempos Uma geração má e adúltera pede um sinal,? E um sinal não será dado, senão o sinal de Jonas ". E Ele os deixou, e foi embora. (16: 1-4)

    Boa visão é uma bênção maravilhosa, e, a fim de ver melhor, os americanos gastam cerca de cinco mil milhões de dólares por ano em cuidados com os olhos. Cerca de sete por cento da população é considerado legalmente cego. Em muitas partes do mundo, é claro, a percentagem de pessoas cegas é muito maior.
    É ainda mais significativo que, desde a queda de Adão, cada pessoa na Terra nasceu cego espiritualmente. Eles se dividem em duas categorias: os que nunca vai ver e conhecer a Deus e aqueles que, pela graça de Deus e da iluminação do Espírito Santo, estão habilitados para ver e ter comunhão íntima com Ele. O fator decisivo é a forma como uma pessoa está relacionada com Jesus Cristo. A pessoa que rejeita o Salvador permanece para sempre cego; a pessoa que confessa como Senhor é dada a visão espiritual, bem como a vida espiritual. Infelizmente, os homens não universalmente têm o desejo de visão espiritual que eles fazem para física. A grande maioria não sabem que são espiritualmente cegos e não se importam. Mesmo quando ofereceu vista, muitos se recusam-lo.

    Jesus "foi a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Ele estava no mundo, eo mundo foi feito por ele, eo mundo não o conheceu. Ele veio para os Seus, e os que estavam a Sua seus não o receberam "(João 1:9-11). Paulo declara que, embora "desde a criação do mundo os atributos invisíveis [de Deus], ​​o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que foi feito," a humanidade rebelde "não glorificaram como Deus, nem dai graças, mas eles tornaram-se fúteis em suas especulações, eo seu coração insensato se obscureceu "(Rom 1: 20-21.).Mesmo com a evidência de Deus claramente diante deles, os homens não regenerados se recusam a vê-Lo. Seus olhos rejeitar a evidência porque seus corações rejeitar Aquele que dá-lo.

    "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus", explica Paulo; "Porque lhe são loucura, e ele não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2:14). Homens não resgatados são "obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza do seu coração" (Ef 4:18).

    Os escritores do Antigo Testamento também testemunhou a cegueira espiritual naturais dos homens. Os ímpios "não sei nem entendem", escreveu o salmista; "Andam sobre na escuridão" (Sl 82:5). Nós aprendemos de Provérbios que "o caminho dos ímpios é como a escuridão; eles não sabem sobre o que eles tropeçam" (Pv 4:19).. Por causa do seu pecado e rebeldia, Jeremias descreveu a nação escolhida por Deus de Israel como "povo louco e insensato, que não têm olhos, mas não vêem; que têm ouvidos, mas não ouvem" (Jr 5:21). Micah descrito inimigos pagãos de Israel como aqueles que "não sabem os pensamentos do Senhor, e eles não entendem seu propósito" (Mq 4:12).

    Três coisas contribuem para marcar a cegueira espiritual. O primeiro é o pecado. Quando o próprio Filho de Deus veio à terra como a luz do mundo, "os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" (Jo 3:19). O segundo contribuinte para a cegueira espiritual é Satanás. Como "o deus deste mundo [ele] cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2Co 4:4).

    Através das sete parábolas de Mateus 13 Jesus descreve as características da idade entre Sua rejeição e sua vinda novamente para estabelecer o Seu reino milenar. Essas parábolas apresentam "os mistérios do reino," verdades não reveladas no Antigo Testamento, mas dado apenas àqueles que durante esta idade confiança em Jesus Cristo para a salvação (13:11). O objetivo singular dessas parábolas particulares era ensinar que o tempo de mistério, que já dura cerca de 2000 anos, é um momento de tanto crença e da descrença, de receber e de rejeitar.

    Após as sete parábolas, Jesus apresentou oito ilustrações (13 53:40-16:12'>Mat. 13 53:16-12), seis dos quais se concentrar em sua rejeição e dois em sua aceitação. História verifica que a rejeição de Jesus tem sido muito maior do que a recepção dele, assim como aquelas parábolas e ilustrações indicam.

    Os relatos evangélicos deixar claro que, começando com o ministério de João Batista, a rejeição mais vocal e determinado de Cristo e Seu evangelho foi pelos líderes religiosos judeus, especialmente os influentes e poderosos fariseus e saduceus .

    Os acontecimentos de Mateus 16 começou logo após o Senhor atravessou o Mar da Galileia da área de Gentil da Decápole, onde teve alimentou milagrosamente "quatro mil homens, além de mulheres e crianças", e veio para o judeu "região de Magadan", na da costa ocidental (Mat. 15: 32-39). A localização exata de Magadan, que Marcos se refere como Dalmanutha (8:10), é desconhecida, mas os adversários de Jesus vieram lá assim que souberam que ele havia chegado.

    Em 16: 1-4, Mateus registra convite final de Jesus para aqueles líderes religiosos; e pela sua persistente rejeição de Deus, eles se confirmaram como entre os cegos espiritualmente que firmemente se recusar a ver. Nesta breve passagem vemos quatro características daqueles cuja cegueira espiritual nunca vai acabar: eles procuram escuridão, eles amaldiçoar a luz, eles regredir ainda mais fundo na escuridão, e, finalmente, eles são abandonados por Deus.

    Eles buscam Escuridão

    A primeira característica é visto no fato de que os fariseus e saduceus veio para Jesus juntos. Embora eles normalmente criticado e menosprezado o outro, os dois grupos religiosos encontrados causa comum em sua oposição a Jesus. Eles estavam unidos pelo amor de escuridão espiritual.

    Para a maior parte, os saduceus eram aristocrático, e que tradicionalmente se gabou os sumos sacerdotes e chefes dos sacerdotes entre os seus números. Muitos deles fizeram fortunas que operam as concessões Templo lucrativas de dinheiro mudando e venda de animais para o sacrifício. Os fariseus , por outro lado, eram geralmente da classe trabalhadora, e muitos deles, como Paulo (At 18:3; Mt 21:15; 23: 2-36; Mc 2:16; Mc 3:6; Lc 16:14; Jo 7:32; 9: 40-41).

    Os fariseus eram os mais conservadores e fundamental, mas que acontece tradição rabínica de igual autoridade com as Escrituras (ver Mt 15:2). Eles estavam fortemente separatista, continuando a proteção zeloso do Judaísmo da influência Gentil que começou vários séculos antes pelo hassídicos em sua resistência às campanhas helenização de Antíoco Epifânio.

    Os saduceus , por outro lado, não se importa com a tradição rabínica e não tinha escrúpulos em fazer concessões religiosas, culturais ou políticos. Seu princípio cardeal era conveniência. Embora eles alegaram acreditar Escritura, suas interpretações eram tão espiritualizada que todos significado importante foi perdido. Eles foram completamente liberal e materialista, não acreditar em anjos, a imortalidade da ressurreição dos mortos, ou qualquer outra coisa sobrenatural.

    Uma vez, quando Paulo foi levado perante o Sinédrio, ele aproveitou as grandes diferenças doutrinárias entre os dois grupos, identificando-se como um fariseu e afirmando sua crença na ressurreição. Quando ele fez isso, "houve dissensão entre os fariseus e saduceus; ea multidão se dividiu Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito;.. Mas os fariseus reconhecem-los todos E se levantou um grande alvoroço, e alguns dos escribas do partido dos fariseus se levantaram e começaram a discutir acalorAdãoente dizendo: 'Nós não encontrar nada de errado com este homem; suponha que um espírito ou anjo lhe falou?' "(At 23:6).

    Utilização de Mateus de um único artigo ( a ) sugere que os fariseus eram o grupo principal, com saduceus intercalados entre eles; e de Mc 8:11 aprendemos que os fariseus tomaram a iniciativa de confrontar Jesus. Essas "guias cegos" (Mt 15:14) contou com o apoio de homens que, se alguma coisa, eram mais cegos espiritualmente do que eles mesmos. Em vez de vir a Jesus para a visão espiritual, eles confirmaram o seu amor de cegueira, fazendo aliança com outros homens ímpios contra ele. Os ritualistas e os racionalistas juntou forças com base no desprezo mútuo para Jesus. Esse é sempre o caminho daqueles que estão voluntariamente, pecaminosamente cego. Sua confiança comum é em si mesmos e em suas próprias boas obras, e, portanto, seu inimigo comum é Deus e Sua graça soberana.

    Eles Maldição da Luz

    A segunda característica do deliberAdãoente cego é o outro lado do primeiro: eles amaldiçoar a luz. A pessoa que se contenta em sua cegueira espiritual não tem utilidade para a luz espiritual, porque ele se intromete em sua escuridão e expõe o seu pecado. "E este é o julgamento", disse Jesus, "que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz,. Para suas obras eram más Pois todo o que faz o mal odeia a luz e não vem . para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus "(João 3:19-21). Os fariseus e saduceus não veio para Jesus, na esperança de encontrar a verdade por si mesmos, mas na esperança de encontrar falsidade nEle. Portanto, tentando-o , eles perguntaram-Lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu .

    Eles não esperavam Jesus para executar tal um sinal , e se Ele lhes havia dado um, a incredulidade deles teria ficado tão forte. Eles já tinham visto sinal após sinal, a natureza milagrosa de que era irrefutável.Eles não negou Seu poder sobrenatural, mas recusou-se a reconhecê-lo como sendo de Deus, tendo mesmo acusaram de trabalho como um agente de Satanás (Mt 12:24).

    Superstição judaica Popular declarou que demônios poderia realizar terrena milagres, mas que só Deus poderia realizar os celestes. Do céu indica o desejo de ver um milagroso sinal no céu. Os fariseus e saduceus exigiu um milagre eles pensavam que era além de Jesus, na esperança de provar que o seu poder, e, portanto, a Sua mensagem, não eram divinos. Ele seria desacreditado publicamente, e eles seria justificado.

    Em sua cegueira, não podia ver que o próprio Jesus era um sinal do céu . Nem podiam ver que eles próprios estavam ajudando a cumprir esse sinal. Como o Simeon piedosa segurou o menino Jesus em seus braços, ele profetizou: "Eis que este é nomeado para queda e elevação de muitos em Israel, e para ser sinal de contradição" (Lc 2:34). Porque os líderes religiosos incrédulos se recusou a reconhecer supremo sinal de Deus, seu único Filho, não podiam aceitar Seus sinais menores, apesar da evidência que eles viram com seus próprios olhos. A visão física é de nenhuma ajuda à cegueira espiritual, e tinha aqueles líderes visto mais uma centena de milagres cem vezes mais dramático, eles simplesmente foram levados a mais profunda escuridão, como sua rejeição ao milagre da ressurreição de Jesus provou.Como disse Abraão dos irmãos na história do homem rico e Lázaro: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir que ressuscite alguém dentre os mortos" (Lc 16:31). Como Faraó antes de Moisés, mais eles viram o poder de Deus demonstrado, mais eles endureceram o coração contra Ele (Ex. 7-11). Sinais celestiais viria no futuro (Matt. 24: 29-30; Lc 21:11, Lc 21:25; At 2:19; Ap 15:1). Eles foram "guias cegos" (Mt 15:14). Em Mateus 23, Jesus rotulou-os guias cegos (16 vv.,
    24) e os tolos cegos (v. 17).

    A sociedade moderna também tem muitas pessoas com grande perspicácia e discernimento sobre as coisas do mundo, mas que não têm a compreensão das coisas de Deus. Os especialistas são capazes de prever se o mercado de ações vai para cima ou para baixo, se o ouro e prata se tornará mais ou menos valiosas, e se o dólar vai ficar mais forte ou mais fraco. Outros podem prever a direção das taxas de juro, modas, o mercado imobiliário e de importação rácios / exportação. Outros podem prever tendências na educação, sociologia, da moralidade e do governo. Mas nossa sociedade é curto de quem sabe o que o plano de Deus para o mundo é e que ainda é a "última vez", o tempo do Messias. O que significa ser um cidadão do Seu reino lhes escapa.

    Em resposta à pergunta dos discípulos sobre "o sinal da [sua] vinda e do fim dos tempos", Jesus disse: "Você vai ser ouvido de guerras e rumores de guerras; ... se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e em vários lugares haverá fomes e terremotos .... E surgirão muitos falsos profetas se levantarão, e enganarão a muitos E porque a ilegalidade é aumentada, o amor da maioria das pessoas se esfriará "(Mt 24:3.). O apóstolo explicou a Timóteo que "o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios" (1Tm 4:1; 3: 3-4).

    Ezequiel previu que no fim dos tempos, Deus restauraria o seu povo escolhido para a terra que Ele lhes havia prometido (Ez. 34: 11-31); e em nossa atual geração que prometem começou a ser cumprida com o restabelecimento do estado de Israel. O mesmo profeta escreveu de uma potência inimiga do norte que atacaria Israel (Ez 38.); e grande militar da Rússia pode, geografia, ateísmo, e anti-semitismo fazer essa nação uma perspectiva privilegiada por ser esse poder hostil.

    Escritura também declara que o fim dos tempos será caracterizado por uma grande preocupação para a unidade do mundo, o governo do mundo, a economia mundial e religião do mundo (ver Dan 2;. 7; Ap 13; 17-18). O mundo está à procura de estabilidade e segurança e está maduro para o papel unificador de um líder mundial que pode parar guerras e pôr fim à política, econômica e social chaos-o papel que um dia será preenchido pelo anticristo.

    Todos esses sinais que marcam o fim dos tempos são característicos do nosso dia. Não pode haver dúvida de que vivemos perto do fim dos tempos, bem como a preocupação dos crentes deve ser para o que a Bíblia diz e não para o que os homens dizem e para o que Deus está fazendo em vez de para o que os homens estão fazendo.

    Eles Regress mais no pecado

    Uma terceira característica dos cegos espiritualmente que nunca vai ver é que eles continuam a regredir mais e mais fundo na escuridão. Eles se tornam mais e mais endurecido e cego, e as mesmas coisas que eles supõem torná-los mais agradáveis ​​a Deus levá-los mais longe Dele.

    Jesus sabia que o verdadeiro motivo dos fariseus e saduceus foi apanhá-lo, para não ser convencido de sua messianidade. Ele também sabia que um outro sinal, não importa o quão surpreendente, não iria convencê-los sobre o que eles estavam determinados a rejeitar. Foi por esta razão Ele falou-lhes em parábolas, como indicado em 13 13:40-13:15'>Mateus 13:13-15. Ele não capitular diante de sua demanda hipócrita e perverso. "Uma geração má e adúltera pede um sinal," Disse-lhes, "e um sinal não será dado, senão o sinal do profeta Jonas."

    O sinal de Jonas foi o último sinal que Jesus deu ao mundo, o sinal de Sua vitória sobre o pecado, a morte, e Satanás através da Sua ressurreição. Como tinha dito a um grupo de escribas e fariseus em ocasião anterior, "Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim será o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da . a terra Os homens de Nínive se levantarão com esta geração no julgamento, ea condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas; e eis que algo maior do que Jonas está aqui "(Mat. 12: 39-41; para mais explicações, ver o volume comentário do autor Mateus 8:15 ).

    Esse sinal , também, seria rejeitado pelos líderes religiosos judeus. Quando ouviram da ressurreição de Jesus, eles subornaram os soldados que guardavam seu túmulo para dizer que seu corpo foi roubado por seus discípulos (Mat. 28: 11-15).

    Eles são abandonados por Deus

    A quarta característica daqueles que persistem em seu amor de escuridão e rejeição da luz é que eles estão finalmente abandonado por Deus, entregue por Ele para suas concupiscências, impurezas, paixões infames, e mentes depravadas (Rm 1:24, Rm 1:26 , Rm 1:28). Aquilo que é cegueira voluntária, pecador e satânico se torna cegueira soberana de Deus.

    Porque os fariseus e saduceus incrédulos não teria como Senhor e Salvador, Jesus os deixou e foi embora. Kataleipō ( esquerda ) significa deixar para trás, e que muitas vezes levou a idéia de abandonar ou abandono (ver 2Pe 2:15) .

    Esse evento marcou uma importante transição no ministério de Jesus. Doravante, o Senhor passou a maior parte de seu tempo com Seus discípulos e pouco tempo com as multidões ou líderes religiosos. Ele virou-se para longe daqueles que rejeitaram e focou sua atenção na Sua própria. Ele não deu mais argumentos ou sinais para os incrédulos, única verdade adicional para aqueles que acreditavam.

    89. O cego que nasceu para enxergar (Mateus 16:5-12)

    E os discípulos aproximaram-se do outro lado e se esqueceram de levar pão. E Jesus disse-lhes: "Cuidado com e-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus." E eles começaram a discutir entre si, dizendo: "É porque nós não tomou o pão." Mas Jesus, ciente disso, disse: "Vocês, homens de pouca fé, por que discutir entre vós que você não tem pão? Você ainda não entender ou lembrar os cinco pães para os cinco mil, e de quantos cestos levantastes ? Nem dos sete pães para os quatro mil, e de quantos cestos grande você pegou? Como é que você não entende que eu não falar com você a respeito do pão? Mas cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus. " Em seguida, eles entenderam que Ele não disse para ter cuidado com o fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus. (16: 5-12)

    Quando ele era um estudante universitário, Thomas Steward acidentalmente espetou-se no olho com uma faca, causando cegueira permanente em que o olho. Temendo que o olho bom pode ser afectado, o médico recomendou a remoção do olho danificado. Como Tomé estava se recuperando da anestesia, no entanto, descobriu-se que o cirurgião tinha removido o olho errado, mergulhando assim o jovem em cegueira total.
    Sem temer a tragédia, Tomé determinado a continuar seus estudos de Direito na Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Ele concluiu o curso no topo da sua classe, e seu irmão William foi o segundo. Durante quatro anos, William não só tinha prosseguiu os seus próprios estudos de direito, mas agiu como olhos de seu irmão, acompanhando-o às aulas, lendo o material atribuído a ele, e escrevendo suas provas e trabalhos. Compreensivelmente, a gratidão de Tomé ao seu irmão não tinha limites, pois sem essa ajuda, o seu próprio grau e carreira em direito teria sido impossível.
    Muito pior do que a cegueira física é a realidade que cada pessoa tenha sido atingida com cegueira espiritual por causa do pecado, e sem a ajuda de Deus através da obra de Seu Filho, Jesus Cristo, a vida espiritual e da vista para sempre impossível.
    O famoso filósofo Inglês do século XVII, Tomé Hobbes estava totalmente sem Deus e anti-cristã. Quando ele estava prestes a morrer, é dito que ele declarou alto: "Eu estou prestes a dar um salto no escuro." A verdade era que ele tinha sido profundamente na escuridão toda a sua vida.
    O filósofo francês Voltaire abertamente ridicularizado Deus e foi especialmente antagônica contra o cristianismo. Quando sentiu que estava perto da morte, ele foi tomado pela dor e desespero. Mas em vez de pedir aos seus amigos crentes para levá-lo a Cristo, ele se ajuntaram e lhes disse amargamente, "Begone! Vá embora! É você que me trouxe a minha condição presente. Deixe-me, eu digo. Begone! O que um miserável glória é essa que você produziu para mim. " Ter algo de uma mudança de mentalidade, mais tarde ele esperava para aliviar sua angústia por fazer uma retratação por escrito da sua incredulidade. Por dois meses, ele alternava entre protestando contra Deus e invocando o nome de Cristo. Mas seu coração estava muito tempo endurecido e havia se tornado impermeável ao amor e à luz de Deus. Entre as suas últimas palavras foram: "eu vou morrer abandonado por Deus e do homem."

    Não é à toa que Jesus frequentemente referido como o inferno "trevas exteriores" (Mt 8:12;. Mt 22:13; Mt 25:30), porque é a perpetuação da escuridão espiritual que o homem descrente se recusa a abandonar, enquanto ele é na terra. Mateus 16:1-4 imagens pessoas espiritualmente cegos que nunca vai ver, exemplificados pelos fariseus e saduceus incrédulos que se recusaram a receber a luz ea vida que Jesus oferece.

    Em contraste, versículos 5:12 dar uma imagem dos cegos espiritualmente que, pela graça soberana de Deus, são feitas para ver. As quatro características dessas pessoas são os lados inversas das características do cego, que nunca vai ver: eles procuram a luz, amaldiçoar a escuridão, receber ainda mais luz, e são ministradas pelo Senhor.

    Eles buscam a Luz

    Os discípulos estavam em uma encruzilhada, como eles decidiram se ou não para segurar o sistema em que foram criados e se identificam com os fariseus e saduceus, que haviam sido treinados para respeitar e honrar. Os fariseus eram os intérpretes reconhecidas da lei e as tradições judaica, e os saduceus eram a aristocracia religiosa, que habitualmente incluído o sumo sacerdote e os principais sacerdotes.

    Mas os Doze não hesitou em seguir Jesus, e quando Ele cruzou de volta para o lado Gentil leste do Mar da Galiléia, que veio para o outro lado com Ele. Eles realmente procurou a luz de Deus, e eles sabiam que Jesus era mesmo essa luz. Por meio de Jeremias, o Senhor tinha prometido: "Você vai buscar-me e encontrar-me, quando me procurarem de todo o coração E eu vou ser encontrado por você." (13 24:29-14'>Jer. 29: 13-14). Os discípulos tinham buscando corações, e Deus honrou sua promessa de levá-los a Si mesmo.

    Enquanto ele estava ensinando no templo um dia, Jesus declarou aos discípulos, juntamente com os escribas e fariseus incrédulos, "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida "(Jo 8:12). Os discípulos acreditaram que a verdade, e eles sabiam que, como a luz de Deus, Ele não só era para ser visto, mas seguido. Eles sabiam que o Messias viria "como uma luz para as nações" (Is 42:6).

    Mas os verdadeiros crentes sabiam que jamais seria capaz de ter visão espiritual para além da obra da graça de Deus em seu nome através de Jesus Cristo. Alguns deles talvez orou com o salmista: "Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei .... Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus estatutos, ... Inclina o meu coração para os teus testemunhos ,. .. As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento, para que aprendesse os teus mandamentos "(Sl 119:18, Sl 119:36, Sl 119:73.).

    Eles maldiga a escuridão

    Porque eles procuraram a luz de Deus, os verdadeiros discípulos também, com efeito, amaldiçoado trevas de Satanás. Eles tinham corações famintos por luz e da verdade de Deus e eram alunos ansiosos.Eles viraram as costas para os fariseus e saduceus, que levaram seus seguidores na escuridão cada vez mais fundo e fez-lhes ainda mais perverso do que eles mesmos (ver Mt 23:15) deliberAdãoente cegos e corruptos. Quando Jesus perguntou: "os doze:" Você não quer ir embora também, não é? ' Simão Pedro respondeu-lhe: "Senhor, para quem iremos nós Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus"?. "(João 6:67-69).

    Eles eram tão naturalmente cego como os fariseus e saduceus, mas ao contrário dos líderes religiosos incrédulos, os Doze reconheceram a sua cegueira e foi ter com Jesus para a ajuda.

    Eles recebem ainda maiores Luz

    Assim que os discípulos chegaram ao outro lado com Jesus, eles perceberam que haviam esquecido de levar pão com eles. Eles haviam deixado às pressas após o confronto com os fariseus e saduceus (vv. 1-4), e no nordeste pouco povoada lado do mar da Galiléia eram possivelmente muitos quilômetros de um lugar onde pudessem comprar comida. Marcos relata que eles "não têm mais do que um pão no barco com eles" (Mc 8:14), longe de ser suficiente para alimentar treze homens ainda uma refeição.

    Apesar de o ensino de Jesus divino, Seu exemplo perfeito, e Seus grandes milagres, os discípulos ainda pensava e funcionava principalmente no nível físico. Quando eles se tornaram fome depois de remar para o outro lado do lago, seus pensamentos não se virou para prestação de Jesus, mas a sua própria falta. Assim como Ele fez com frequência, o Senhor tirou sua extremidade como uma oportunidade divina para ensinar Sua verdade.
    Isso é um exemplo adequado de como os cristãos devem discipular outros cristãos, caminhando ao lado deles e ajudá-los a interpretar da vida lutas, perplexidades, problemas e oportunidades na luz da verdade e recursos espiritual. A maturidade cristã é aprender a viver dia a dia com a luz da Palavra de Deus e em Sua disposição.
    Sabendo dos discípulos preocupação com a falta de comida, Jesus disse-lhes: "Cuidado com e-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus." O imperativo atente é de horaō , que tem o significado básico de ver claramente ou tomar aviso de. "Abra os olhos", Jesus estava dizendo, "e prestar muita atenção para o fermento dos fariseus e dos saduceus . Não fique preocupado com pão, mas sobre o que é verdadeiramente importante. Na situação actual, o que é importante é o perigo espiritual dos fariseus e dos saduceus . "

    Cristo tinha apenas meses a partir da cruz, e Ele tinha muito mais a ensinar os discípulos e eles tinham muito mais a aprender. Um dia sem comida era de nenhuma conseqüência. Mas, como os crentes de todas as épocas, os discípulos foram apanhados no físico e temporal. Sua visão espiritual era limitado, e sua capacidade de atenção espiritual era curto.
    Porque os pensamentos dos discípulos estavam em alimento físico eles perderam o aviso espiritual, de modo que quando Jesus mencionou fermento eles começaram a discutir entre si, dizendo: "É porque nós não tomou o pão." Talvez eles pensaram que Jesus estava preocupado que eles poderiam comprar um pouco de pão para comer, que foi cozido por um fariseu ou vendidos por um Sadducee e que seria, portanto, de alguma forma, se contaminem. Mas essas coisas eram de nenhuma conseqüência para Jesus, como os Doze deveria saber do que ele disse várias vezes e fez. Apenas uma pequena planície tempo antes, tinha feito que "não é o que entra pela boca [que] contamina o homem" (Mt 15:11). Jesus não era o menos preocupado se o pão terreno comiam veio de um fariseu ou saduceu, judeu ou gentio. Essas questões têm nenhuma influência sobre a espiritualidade e piedade e não estavam em sua mente quando ele falou que a advertência.

    Os discípulos estavam confusos sobre o que Jesus queria dizer, porque sua orientação terrestre era uma grande barreira para a visão espiritual. Sua resposta revelou novamente o quanto eles precisavam de ajuda divina na compreensão, o que levou o Senhor a dizer-lhes o que Ele havia dito inúmeras vezes antes: "Vocês, homens de pouca fé" (conforme Mt 6:30; Mt 8:26; Mt 14:31), e os quatro mil em território gentio, onde permaneceu sete cestos (ver Mat. 15: 32-39). Você já esqueceu aquelas ocasiões tão cedo? "

    Quando os crentes vivem no nível de confiança espiritual e obediência, Deus faz provisão para suas necessidades físicas. No Sermão da Montanha, Jesus advertiu: "Não fique ansioso então, dizendo: Que comeremos? ou "O que vamos beber? ' ou "Com o que devemos nos vestir? ' Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos ele acrescentadas "(Mt 6:31-33.).. "Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer," Paulo assegurou o Corinthians ", também dará e multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça" (2Co 9:10).

    O Doze necessário para atender ao conselho Paulo um dia iria dar a igreja em Filipos: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é certo, o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há é qualquer excelência e se alguma coisa digna de louvor, deixe sua mente me debruçar sobre essas coisas ", (Fp 4:8). E a sua hipocrisia permeado negativamente toda a cena religiosa em Israel.

    fermento dos ... saduceus , por outro lado, foi o liberalismo religioso. Para eles, a religião era principalmente um meio de terrenos, extremidades temporais. Eles não acreditam em anjos, milagres, ressurreição, vida após a morte, ou qualquer outra coisa sobrenatural (ver At 23:8). A igreja de Colossos, por outro lado, foi ameaçado pelo racionalismo religioso e do liberalismo. Para aqueles crentes Paulo escreveu: "Vede que ninguém vos faça presa por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Cl 2:8). Um pouco mais tarde ele disse aos seus discípulos: "Eu tenho muito mais coisas para dizer para você, mas você não pode suportar agora Mas quando Ele, o Espírito da verdade vier, Ele vos guiará a toda a verdade;. Porque ele não fala por sua própria iniciativa, mas o que Ele ouve, Ele falará, e Ele vai revelar a você o que está por vir Ele me glorificará.. pois Ele tomará do meu, e divulgá-las a todas as coisas que o Pai tem é meu; por isso eu disse, que Ele toma da Mine, e vai divulgá-la a você (João 16:12-15).

    Não é só o crente dada a própria Palavra de Deus para estudar e acreditar, mas é dado o seu Espírito que habita a iluminar e interpretar a Palavra. Uma parte vital do presente ministério do Espírito Santo é elucidar a Palavra de Deus e aplicá-lo para os corações e as vidas daqueles que pertencem a Cristo. João assegurou aos seus leitores cristãos, "Você tem uma unção da parte do Santo, e todos vocês sabem .... E quanto a vós, a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine , mas como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é uma mentira, e assim como ela vos ensinou, você permanecer nele "(1Jo 2:20, 1Jo 2:27).

    Paulo declarou aos crentes de Corinto: "Minha mensagem e minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, que a sua fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (1 Cor. 2: 4-5). Escrita como apóstolo de Deus, a palavra de Paulo era a Palavra de Deus, e não a sabedoria humana, mas divina. "Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras", ele explicou aos Tessalonicenses ", mas também em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção" (1Ts 1:5) A maioria das pessoas que ouviram Jesus ensinar e pregar não tinha vontade para as coisas de Deus, e, portanto, o que Ele disse que fez. . nenhum sentido para eles "Enquanto vendo, não vêem", explicou Jesus, "e, ouvindo, não ouvem, nem entendem .... Porque o coração deste povo tornou-se maçante, e com os ouvidos que mal ouvir, e eles fecharam os olhos para que não vejam com os olhos, e ouça com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure "(vv. 13, 15). Mas, para os Doze Jesus, em seguida, disse: "Bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem "(v. 16). A diferença foi não na capacidade inata dos discípulos, mas na vontade de ser ensinados por Deus. Eles também eram cegos espiritualmente., mas através de sua fé o Senhor permitiu-lhes ver.

    "As coisas que o olho não viu eo ouvido não ouviu, e que não entraram no coração do homem, tudo o que Deus tem preparado para aqueles que O amam", escreveu Paulo, citando Isaías. "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus .... Agora nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer as coisas dado gratuitamente por Deus "(1 Cor. 2: 9-10, 1Co 2:12; conforme Is 64:4).

    Como o crente estuda a Palavra de Deus e permite que o Espírito de Deus para interpretar e aplicar, ele é divinamente capacitado para entender até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Embora totalmente cego em sua mente natural e espírito, por provisão graciosa de Deus, ele é dado o conhecimento ea compreensão das verdades mais importantes do universo. Tal como acontece com os dois discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, o coração de um cristão deve queimar com admiração e glória como o Senhor faz a Sua verdade vir vivo (ver Lc 24:32).

    A história é contada de uma garota francesa cego que foi dada uma cópia do Evangelho de Marcos em braille. Como ela ler e reler o livro, ela chegou a ter fé em Cristo, e o livro tornou-se mais preciosa a cada leitura. Leu-o tanto que ela desenvolveu calos nos dedos que, eventualmente, a impediam de sentir os pontos em relevo. Ela estava tão determinado a ler a Palavra de Deus que ela descascou a pele fora as pontas dos dedos para torná-los mais sensíveis, mas ao fazê-lo ela danificado permanentemente os nervos. Arrasada, ela pegou o livro para beijá-la adeus, apenas para descobrir que seus lábios estavam ainda mais sensível do que seus dedos.
    Deus vai sempre encontrar uma maneira de alimentar o coração que tem fome de Sua verdade.
    O famoso herói revolucionário americano Ethan Allen era um ateu confesso e escreveu um livro negar a divindade de Cristo. Quando sua esposa devota cristã morreu, a filha estava dividido entre as formas de seus pais. Alguns anos após a morte da mãe, a filha, também foi atingido com uma doença terminal. Como ela estava morrendo, ela disse a seu pai: "Você vai me enterrar ao lado da mãe, por que era o seu pedido de morrer. Mas Pai, você e mamãe nunca chegaram a acordo sobre a religião. Mãe falou muitas vezes para me do bendito Salvador que morreu por todos nós, e ela costumava Oração para você e para mim que o Salvador pode ser o nosso amigo e que possamos todos vê-lo quando entronizado em sua glória ". Procurando desesperAdãoente nos olhos de seu pai, ela se declarou, "Eu não sinto que eu posso ir para a morte sozinho. Diga-me quem eu segui-lo ou mãe? Devo rejeitar Cristo como você me ensinou, ou devo aceitá-Lo, como Mãe queria que eu fizesse? " Profundamente comovido e com o coração partido, o pai respondeu: "Meu filho, se apegam a Salvador de sua mãe. Ela estava certa. E eu, também, deve tentar segui-lo para aquele lugar abençoado."
    Somente através de Cristo são o cego fez ver.

    90. A Confissão Suprema (13 40:16-17'>Mateus 16:13-17)

    Agora, quando Jesus veio ao distrito de Cesaréia de Filipe, Ele começou pedindo a seus discípulos, dizendo: "Quem dizem que o Filho do Homem?" E eles disseram: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; mas outros ainda, Jeremias ou um dos profetas." Ele disse-lhes: "Mas quem dizeis que eu sou?" E Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." E Jesus, respondendo, disse-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque a carne eo sangue não revelou isso para você, mas meu Pai que está nos céus."(16: 13-17)

    Esta passagem representa o clímax do ministério de ensino de Jesus. Foi, com efeito, exame final dos apóstolos, que consiste em apenas uma pergunta, a pergunta final que todo ser humano deve enfrentar: Quem é Jesus Cristo? Resposta de uma pessoa é a importância mais monumental, porque nele dobradiças seu destino eterno. É uma questão que ninguém pode fugir ou evitar. Toda a alma, por assim dizer, vai ser preso contra a parede da eternidade e forçado a responder a essa pergunta.
    Durante alguns anos, dois anos e meio Jesus tinha sido a mudança para este momento docente e reteaching, afirmando e reafirmando, demonstrando e redemonstrating, construir e reconstruir a verdade de quem Ele era, de modo a estabelecer-lo completamente e de forma segura nas mentes e nos corações de Doze.
    Durante os últimos meses o Senhor tinha em grande parte evitavam as multidões e os líderes judeus. Seus poucos encontros com eles foram breves e concisos. As multidões equivocadas queria fazê-lo seu libertador político da servidão militar de Roma e as ambições caprichosas de Herodes. Os escribas, fariseus e saduceus eram, em sua maior parte, completamente convencidos de que Ele era uma ameaça ao seu sistema religioso e estava determinada a se livrar dele, se necessário, a Sua vida.
    Como Ele passou mais e mais tempo a sós com os Doze, Jesus foi mais frequentemente no território Gentil e ficado mais tempo. Ele retirou-se para as margens da Palestina, a fim de ser livre da adulação equivocada e inconstante das multidões e da crescente hostilidade dos líderes religiosos judeus.

    O Ambiente

    Agora, quando Jesus veio ao distrito de Cesaréia de Filipe, (16: 13a)

    A cidade de Cesaréia de Filipe foi originalmente chamado Paneas (ou Panias), após o deus grego Pan, que, segundo a mitologia pagã; nasceu em uma caverna nas proximidades. Caesar Augustus tinha dado a região a Herodes, o Grande, que construiu um templo em Paneas em honra do imperador. O filho de Herodes, o tetrarca Filipe, herdou a terra, ganancioso ampliou a cidade, e rebatizou-o depois de César.Ele acrescentou que o nome de Filipe tanto para ganhar honra para si mesmo e para distinguir esta Caesarea daquele na costa do Mediterrâneo a oeste de Jerusalém.

    Cesaréia de Filipe foi localizado cerca de 25 km a nordeste do Mar da Galiléia e 40 km ao sudoeste de Damasco, em um belo planalto perto das cabeceiras do rio Jordão. A poucos quilômetros para o norte, coberto de neve Monte Hermon subiu a uma altura de mais de 9.000 metros acima do nível do mar. Em dias claros a majestosa montanha pode ser facilmente visto de cidades da Galileia do norte, como Cafarnaum, Cana, e Nazaré.

    Cesaréia de Filipe era, mas a poucos quilômetros da antiga cidade judaica de Dan, que durante séculos foi considerado o limite norte da Terra Prometida, a mais meridional sendo Beersheba (ver Jz 20:1 aprendemos que Jesus levantou Sua pergunta mais importante para os discípulos apenas após ter passado tempo orando sozinho, e de Mc 8:27 que o grupo ainda não tinha chegado na cidade de Cesaréia de Filipe adequada, mas estavam passando através de algumas das aldeias dos arredores. Nesta encruzilhada do paganismo e do judaísmo Jesus deixou um momento de comunhão íntima com o Pai celestial e confrontou os discípulos com a pergunta que cada pessoa e cada religião deve uma resposta dia.

    O Exame

    Ele começou pedindo a seus discípulos, dizendo: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" E eles disseram: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; mas outros ainda, Jeremias ou um dos profetas." Ele disse-lhes: "Mas quem dizeis que eu sou?" (16: 13b-15)

    Filho do Homem foi a designação mais comum de Jesus de si mesmo e é usada por Ele cerca de oitenta vezes no Novo Testamento. Foi claramente reconhecido pelos judeus como um título do Messias (ver Dn 7:13.); mas porque ele enfatizou sua humanidade, muitos judeus preferiram não usá-lo. Sem dúvida, foi por isso que Jesus fez o prefiro-a concentrar-se na humilhação e submissão de sua primeira vinda e Sua obra de sacrifício, expiação substitutiva.

    Ministério prioridade de Jesus no mundo foi para revelar-se, para ensinar e demonstrar quem Ele era. Ele , portanto, começou o exame por pedindo a seus discípulos, ... "Quem dizem que o Filho do Homem?" As pessoas para quem o Senhor se referiu eram os judeus, o povo escolhido de Deus, a quem o Messias foi enviado primeiro (Rm 1:16;. conforme Jo 4:22).

    Não era que Jesus não tinha conhecimento do que as pessoas estavam dizendo sobre ele, mas que Ele queria que os Doze para pensar cuidadosamente sobre essas percepções populares. Ele não estava preocupado com as opiniões dos escribas e fariseus incrédulos e hipócritas, alguns dos quais tinham ainda o acusou de estar na liga com Satanás (Mt 10:25;. Mt 12:24). Ele estava em vez pedindo sobre os pensamentos daqueles que, vendo-o positivamente, embora incerta e que reconheceram a ser mais do que um líder religioso comum. Depois de ouvir o Seu ensinamento e testemunhar Seus milagres, qual foi o seu veredicto final sobre Jesus, o Filho do Homem?

    "Alguns dizem que é João Batista," Doze respondeu. Talvez na sequência da avaliação medo o tetrarca Herodes (Mateus 14:1-2.), Alguns dos judeus acreditavam que Jesus era um reencarnado João Batista , volta do túmulo para continuar o seu ministério de anunciar o Messias. Como Herodes, as pessoas reconheceram que o poder milagroso de Jesus era inexplicável em uma base humana.

    Outros acreditavam que Jesus era um reencarnado Elias , considerado pela maioria dos judeus para ser o profeta do Antigo Testamento supremo, a quem o Senhor foi enviar de novo ", antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Ml 4:5).

    Em cada caso, as pessoas Jesus a ser considerado um precursor do Messias, mas não o próprio Messias. Eles não podiam negar Seu poder sobrenatural, mas eles não quiseram aceitá-lo como Messias e Salvador Eles vieram tão perto verdade suprema de Deus como podiam, sem reconhecer plenamente e aceitá-lo.

    Desde os dias de Jesus, grande parte do mundo quis semelhante a falar muito bem dele sem reconhecer a Sua divindade e senhorio. Pilatos disse: "Não acho culpa alguma neste homem" (Lc 23:4;. Mt 19:27; Jo 6:68), Simão Pedro foi o porta-voz, "o diretor do coro apostólica", como Crisóstomo chamou. Além disso, como de costume, os seus comentários foram breves, enfático, e decisivo: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Cristo é o equivalente grego do hebraico Messias , libertador previsto e muito aguardada de Deus de Israel, o supremo "Ungido", a vinda Sumo Sacerdote, Rei, Profeta e Salvador. Sem hesitar Pedro declarou que Jesus era o Messias, ao passo que as multidões de judeus acreditavam ser Ele apenas precursor do Messias.

    No primeiro encontro Jesus, André tinha animAdãoente proclamou ser Ele o Messias, e Nathaniel tinha o chamou de "o Filho de Deus ... o Rei de Israel" (Jo 1:41, Jo 1:49). Os discípulos sabiam que João Batista tinha testemunho de que Jesus "é o Filho de Deus" (Jo 1:34), e quanto mais tempo eles ficaram com Ele, mais provas que tinham de Sua divina natureza, poder e autoridade.

    Tal como os seus irmãos judeus, no entanto, eles tinham sido ensinados a esperar uma conquista e reinando Messias que iria entregar o povo de Deus de seus inimigos e estabelecer o seu reino para sempre justo sobre a terra. E quando Jesus se recusou a usar o seu poder milagroso para benefício próprio ou para se opor aos opressores romanos, os discípulos se perguntou se eles estavam certos sobre a identidade de Jesus Sua humildade, mansidão e subserviência foram no total contraste com as suas opiniões preconcebidas sobre o Messias. Que o Messias seria ridicularizado com a impunidade, para não mencionar perseguido e executado, era inconcebível. Quando Jesus falou de sua partida e voltar, sem dúvida Tomé ecoou a consternação de todos os discípulos, quando disse: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos saber o caminho?" (Jo 14:5) . Os milagres de Jesus eram claras evidências de Sua messianidade, mas sua incapacidade de usar esses poderes para derrubar Roma e estabelecer o Seu reino terreno trouxe Jesus "identidade em causa, mesmo com o divino cheio do Espírito Santo João.

    Como João Batista, os Doze oscilou entre momentos de grande fé e de grave dúvida. Eles poderiam proclamar com profunda convicção: "Senhor, para quem iremos nós Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus?". (João 6:68-69). Eles também poderiam exibir notável falta de fé e discernimento, mesmo depois de testemunhar centenas de curas e demonstrações dramáticas de poder sobrenatural (ver Mt 8:26; Mt 14:31; Mt 16:8; 10: 30-33).

    O Resultado

    E Jesus, respondendo, disse-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, (16: 17a)

    Aqueles que realmente confessar que Jesus é Deus, que é a confessar-Lo como Senhor e Salvador (I João 4:14-15), são divina e eternamente bendito . Eles são "bem-aventurados ...com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo," escolhido "nele antes da fundação do mundo ... [para] sermos santos e irrepreensíveis diante dele", e "in Amor [são] predestinado ... para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo "(Ef. 1: 3-5). Deus derrama todos os Seus recursos sobrenaturais sobre aqueles que vêm a Ele pela fé em Seu Filho, porque por meio dele que se tornem filhos de Deus.

    Enfatizando inadequação humana de Pedro, Jesus o chamou pelo seu nome de família original, Simão Barjonas , a segunda parte do nome ser um termo aramaico que significa filho de Jonas (ou João).

    A fonte

    porque a carne eo sangue não revelou isso para você, mas meu Pai que está nos céus. "(16: 17b)

    Os discípulos não foram finalmente convencido de messiahahip e divindade de Jesus por causa de seu ensino ou Seus milagres, incrível como aqueles eram. Essas coisas por si só não foram suficientes para convencer os Doze, assim como eles não foram suficientes para convencer os milhares de outras pessoas que ouviram a mesma verdade e testemunharam os mesmos milagres, mas não conseguiram aceitar e seguir quem ensinou e realizou-los. Capacidades humanas do homem, aqui representados pela metonímia carne e sangue , não pode trazer compreensão das coisas de Deus (conforme 1Co 2:14). O Pai Ele mesmo deve revelar -los e trazer a compreensão de Seu Filho para mentes humanas.

    Do Evangelho contas, parece claro que o Pai revelou o Filho principalmente através do próprio Filho. Não há nenhum registro ou insinuação de que qualquer revelação divina foi dada aos Doze durante o ministério terrestre de Jesus que não seja dada através de Jesus. Como a luz do ensinamento de Jesus e do significado do Seu poder milagroso começou a nascer em-los, o Espírito abriu suas mentes para vê-Lo como o Messias, o Filho do Deus vivo.

    Jesus tinha feito muitas afirmações surpreendentes sobre si mesmo. Ele declarou que Ele mesmo tinha vindo para cumprir a lei e os profetas (Mt 5:17), e que nos últimos dias muitas pessoas vão dirigir a Ele como Senhor (07:22). Ele disse: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente" (Jo 6:51), e "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, ele será salvo "(10: 9; conforme 14: 6).

    Jesus também tinha realizado milagres espantosos. Ele tinha virado água comum na maior vinho de qualidade (João 2:6-11), curou multiplicado milhares de cada tipo de doença (ver, por exemplo, Mt 4:24; Mt 8:16; Mt 9:35.), E mesmo se aquietou uma tempestade furiosa com uma palavra (Mt 8:26).

    Talvez o maior testemunho da messianidade de Jesus, no entanto, foi sua afirmação de ser o Senhor do sábado (Mt 12:8) e todos os outros observância do sábado foi um tempo de descanso e adoração. O livro de Levítico menciona nove festivais baseados em sábados, que incluiu o semanário sábado (Lv 23:3, como fez na sinagoga de Nazaré (Lucas 4:18-21), foi inequivocamente para reivindicar messianismo. Para ele apresentar-se como a fonte de descanso (Mt 11:28) foi apresentar a Si mesmo como fonte de santidade, e para reivindicar a soberania sobre o sábado (Mt 12:8).

    O comando para manter o dia de sábado é o único dos Dez Mandamentos que o Novo Testamento não exige dos cristãos. Por Sua graça, Jesus Cristo dá a cada crente nEle uma libertação jubileu que é perfeito, final, e eterna. Um cristão, portanto, não viola o sábado, quando ele funciona no Dia do Senhor, mas quando ele persiste em obras de justiça própria, na esperança de presunção de acrescentar ao que o Salvador já realizou.

    "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai", Jesus tinha explicado em uma ocasião anterior; "E ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11:27).

    Tal como acontece com os discípulos, quando as pessoas hoje confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador e comunhão com Ele através da Sua Palavra, o Espírito abre suas mentes e corações para mais e mais de sua verdade e poder. "A fé vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo", declarou Paulo (Rm 10:17). Enquanto nós continuamos a olhar para a Sua glória nós somos transformados em Sua imagem (conforme Rm 8:29; 1Co 15:491Co 15:49;. Cl 3:10).

    91. A igreja que Cristo Edifica (Mateus 16:18-20)

    "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela eu te darei as chaves do reino dos céus;. E tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu. " Então, Ele advertiu os discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo. (16: 18-20)

    Ao longo da história, os filósofos têm especulado sobre a razão da existência do homem, o propósito e significado da vida humana. Muitos gregos antigos acreditavam que a vida é cíclica, continuamente se repetindo em círculos intermináveis, indo a lugar nenhum sem propósito. Para muitos pensadores modernos, a vida é tão inútil e fútil. Em seu discurso de posse como presidente da Universidade de Cambridge, Dr. GN Clark disse: "Não há nenhum segredo e nenhum plano na história a ser descoberto." O romancista francês e crítico André Maurois, escreveu: "O universo é indiferente. Quem criou isso? Por que estamos aqui nesta insignificante fiação lama heap no espaço infinito? Eu não tenho a menor idéia, e estou convencido de que ninguém tem. " Jean-Paulo Sartre, o famoso filósofo existencialista, sustentou que o homem existe em um compartimento estanque como um indivíduo totalmente isolado no meio de um universo sem propósito.
    O biólogo molecular francês Jacques Monod declarou que a existência do homem é devido à colisão casual entre minúsculas partículas de ácido nucleico e proteínas em uma grande "sopa pré-biótica". De acordo com esses pontos de vista cínico, o homem está sozinho no vasto universo, do qual ele acidentalmente surgiu por acaso. Francis Schaeffer observou que, de acordo com esse tipo de pensamento, "o homem é o produto do mais o tempo impessoal mais acaso." Embora muitos de seus defensores negaria isso, filosofia humanística, evolutiva deve inevitavelmente concluir que não há diferença real entre um homem e uma árvore, e que, portanto, matando um homem não é diferente de derrubar uma árvore.
    Para ilustrar este ponto é preciso apenas para ler as idéias de Pedro Singer, presente patriarca dos direitos iguais para circulação de animais, que acredita que os agricultores que criam animais para a alimentação deve ser preso. Ele escreve: ". Devemos rejeitar a doutrina que coloca a vida dos membros da nossa própria espécie [os seres humanos] acima das vidas dos membros de outras espécies [animais] Alguns membros de outras espécies sejam pessoas; alguns membros da nossa própria espécie não são .... Matar dizer um chimpanzé é pior do que a morte de um ser humano gravemente defeituosa que não é uma pessoa. " Cantor identifica não-pessoas como os (retardadas e deficientes Ética Prática [Cambridge: Cambridge U., 1979], pp 97, 73.).

    À luz de tais opiniões rasas sem esperança, e cada vez mais populares da humanidade, não é de admirar que muitos jovens exigem total da licença em seus estilos de vida e de bom grado ficar aprisionado nas teias sedutoras de drogas, promiscuidade sexual, perversão, violência sem sentido, e ilegalidade. Se os homens são apenas os animais e não há nenhum significado ou propósito para a vida além da mera existente, então nada está errado e tudo é permitido.
    Quando os homens não vêem nenhuma razão última e eterna para a sua existência e nenhuma responsabilidade para com Deus, e não vêem razão para qualquer outra coisa, incluindo a moralidade lei ou religião. Seu único motivo de auto-contenção é o medo de críticas por seus pares ou de ser pego e punido pelas autoridades civis. Seu padrão final é o hedonismo, o desejo de tirar tudo da vida você pode, enquanto você pode e em qualquer maneira que puder.

    A Bíblia, no entanto, deixa claro que há um valor divino e eterno e significado para a vida humana e que Deus revelou Seu propósito elevado para os homens. Apesar de escuridão espiritual dos homens causada pela queda, "o que se sabe sobre Deus é evidente dentro deles;. De Deus tornou evidente para eles Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido claramente visto, sendo percebidos por meio do que foi feito "(Rom. 1: 19-20). Na mesma carta, Paulo declara que "a partir dele e por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre" (11:36).

    O universo foi criado por Deus, e o homem foi feito à imagem de Deus, a fim de glorificar a Si mesmo. Todas as coisas foram feitas por Ele e para Ele, declarou Paulo (Cl 1:16). Essa é a razão para a existência humana. E se o fim último do homem é glorificar a Deus, ele não deve parecer estranho que Deus está a recolher para si um conjunto resgatadas de pessoas que vão para sempre ser o louvor da sua glória (conforme Ef 1:6). Esse é o tema da história da redenção. Porque Ele é um Deus digno e merecedor de glória que o Senhor fez homens que são capazes de dar-Lhe glória e que vai refletir eternamente a majestade e esplendor da Sua gloriosa estar. De fora dos rebeldes que agora povoam o mundo, Deus está chamando a igreja redimida que será para sempre o privilégio de prestar-Lhe glória (veja Ap 4:6-11; 5: 9-14). Para ser uma parte do que é para cumprir a razão do homem para a existência.

    Como tanto o Criador e Redentor da humanidade, Jesus Cristo é o arquiteto supremo e soberano da história. Todos os outros notáveis ​​da história, seja justo e piedosa ou perverso e rebelde, não são mais do que os jogadores no grande drama que Cristo escreveu e agora o diretor. Como alguém já disse, a história é "A história dele."
    O fundo do ensinamento de Jesus na presente passagem, no entanto, não era cínico filosofia grega ou romana, mas a religião judaica dada por Deus que tinha sido humanamente pervertido. Jesus estava falando para aqueles que desde os primeiros anos tinha sido ensinado a antecipar a vinda do ungido do Senhor, o Messias, o Cristo. Mas as suas expectativas, embora parcialmente escritural, foram distorcidos pelos interpretações tradicionais dos rabinos e escribas ao longo dos vários séculos anteriores. Eles sabiam que o Messias iria trazer justiça e verdade, mas eles também acreditavam que Ele militarmente conquistar e destruir seus opressores e inaugurar um reino de eterna paz e prosperidade para o povo escolhido de Deus.

    Como os discípulos caminhavam com Jesus pelos arredores de Cesareia de Filipe (ver Mt 16:13), eles sabiam que estavam em um tipo de auto-exílio. Os líderes judeus estavam se tornando cada vez mais inflexível em sua oposição a Jesus e as multidões estavam se tornando cada vez mais cética e desiludida.

    Os discípulos compartilharam muito do que a desilusão, porque eles também se perguntou por que, se Jesus fosse realmente o Messias, Ele se recusou a derrubar Roma e estabelecer seu próprio reino terreno.Apesar de poderes sobrenaturais óbvias de Jesus e suas pretensões de autoridade divina, Ele foi menos influente e respeitado entre as pessoas agora do que quando começou seu ministério. E, em vez de ser vice-regentes da conquista do rei, os Doze ainda éramos uma banda inclassificável de desconhecidos que estavam começando a compartilhar a rejeição de Jesus.
    Um pouco mais tarde, Jesus iria pintar um quadro ainda mais sombrio para eles como Ele "começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto" (v. 21 ). Que o Messias deve ser rejeitado pelo seu próprio povo foi inacreditável o suficiente; que Ele deve ser executado por eles, ou por qualquer outra pessoa, era incompreensível. A má notícia tornou-se ainda pior quando Jesus declarou que todo verdadeiro discípulo de Sua must "negar a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (v. 24).
    Mas antes de revelar as verdades comoventes, Ele assegurou aos Doze que seu programa foi, dentro do cronograma, que Ele era de fato no controle, e que tinha todas as razões para continuar a sua confiança incondicional em Deus. O que eles viram na superfície não refletem a realidade do que Deus estava fazendo. Assim como o Senhor procurou fortalecer a confiança de seu povo no Egito, enquanto Ele estava se preparando para entregá-los, e assim como ele continuou a reforçar a confiança dos crentes em todas as épocas, enquanto eles estão enfrentando provações e dificuldades em Seu nome, Ele agora procurou convencer os Doze que eles não tinham razão para duvidar ou desespero. O Senhor aqui dá uma mensagem de grande esperança para o povo amaldiçoado, sitiado, rejeitado, perseguido e ignóbeis de Deus em todas as épocas. No final não é glorioso propósito e vitória, porque eles pertencem à igreja indomável e eterna que Jesus Cristo está construindo.

    Em Mateus 16:18-20 Jesus aponta para pelo menos sete características e características da igreja que Ele constrói. Ele fala de sua fundação, a sua segurança, a sua intimidade, sua identidade e continuidade, a sua invencibilidade, sua autoridade e sua espiritualidade.

    Em primeiro lugar, Jesus estabeleceu a fundação da Igreja: Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja .

    Por mais de 1500 anos a Igreja Católica Romana tem mantido que esta passagem ensina a igreja foi construída sobre a pessoa de Pedro, que se tornou o primeiro papa e bispo de Roma e de quem o papado católico, desde então, desceu. Devido a essa suposta sucessão apostólica divinamente ordenado, o papa é considerado o representante supremo e autoridade de Cristo na terra. Quando um papa fala ex cathedra , isto é, em sua capacidade oficial como chefe da igreja, é dito que ele fala com autoridade divina igual ao de Deus nas Escrituras.

    Essa interpretação, no entanto, é presunçoso e anti-bíblica, porque o resto do Novo Testamento deixa claro que somente Cristo é o fundamento e só cabeça de Sua igreja.

    Pedro é da Petros uma forma masculina da palavra grega para pequena pedra, enquanto rocha é de petra uma forma diferente da mesma palavra de base, referindo-se a uma montanha rochosa ou pico.Talvez a interpretação mais popular é, portanto, que Jesus estava comparando Pedro , uma pequena pedra, para grande montanhosa rocha sobre a qual Ele iria construir sua igreja. O antecedente de rocha é considerado confissão divinamente inspirada de Pedro de Jesus como "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (vv. 16-17).

    Esta interpretação é fiel ao texto grego e tem muito a recomendá-lo, mas parece mais provável que, à luz de outras passagens do Novo Testamento, que não era o ponto de Jesus. Em sua carta a Éfeso, Paulo diz que a casa de Deus é "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular" (Ef 2:20). Em todos os quatro evangelho contas Pedro é claramente o principal apóstolo, e ele permanece assim por Atos 10. Ele era o mais frequentemente o porta-voz do Doze durante o ministério de Jesus na terra (ver, por exemplo, Mt 15:15; Mt 19:27; Jo 6:68; 2: 14-40; 3: 4-6, 12-26 ; 5: 3-10, At 5:15, At 5:29).

    Parece, portanto, que, no presente passagem Jesus dirigiu a Pedro como representante dos Doze. À luz dessa interpretação, o uso das duas formas diferentes de grego para rocha seria explicado pelo masculino petros sendo usado de Pedro como um homem individual e petra sendo usado dele como representante de um grupo maior.

    Não era sobre os próprios apóstolos, e muito menos sobre Pedro como um indivíduo, que Cristo edificou a Sua Igreja, mas sobre os apóstolos como Seus decorados de maneira única, dotada e inspirados professores do evangelho. A igreja primitiva não dar homenagem aos apóstolos como pessoas, ou para seu escritório ou títulos, mas a sua doutrina, "perseveravam na doutrina dos apóstolos" (At 2:42).Quando os judeus fora do templo ficaram admirados com a cura do paralítico, Pedro rapidamente advertiu-lhes que não atribuem o milagre, dizendo: "Homens de Israel, por que você se maravilhar com isso, ou por que vocês estão olhando para nós, como se por nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar? " (At 3:12). Apesar de ter sido só ele que comandou o homem a andar (v. 6), Pedro respondeu à multidão em nome de João, bem como a sua própria.

    Porque eles participaram com os apóstolos em proclamar o evangelho com autoridade de Jesus Cristo, os profetas da igreja primitiva também fizeram parte da fundação da igreja (Ef 2:20). De fato, como Martin Luther observou: "Todos os que concordam com a confissão de Pedro [em Mt 16:16] são Peters-se definir um alicerce seguro." O Senhor ainda está a construir a sua Igreja com "pedras vivas, ... edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis ​​a Deus por Jesus Cristo" (1Pe 2:5 como se referindo a Pedro como uma pequena pedra colocada na pedra montanhosa de sua confissão de Cristo ou como se referindo ao seu ser um com o resto dos Doze em sua confissão, a verdade básica é a mesma : A fundação da igreja é a revelação de Deus dada por meio de seus apóstolos, e do Senhor da igreja é a pedra angular dessa fundação. Porque é a Sua Palavra que os apóstolos ensinaram e que a igreja fiel sempre ensinou, Jesus Cristo é o verdadeiro fundamento, a Palavra viva a quem a Palavra escrita testemunha (Jo 5:39). E "Nenhum homem", diz Paulo, nem mesmo um apostolado "pode ​​pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3:11). O Senhor não edificar a igreja sobre a verdade de si mesmo, e eles, porque o seu povo são inseparáveis ​​Dele são inseparáveis ​​de sua verdade. E porque os apóstolos eram dotados de Sua verdade de uma forma única, com a pregação de que a verdade eram o fundamento da sua Igreja de uma forma única.

    Que o Senhor não estabeleceu a Sua Igreja sobre a supremacia de Pedro e seus supostos sucessores papais ficou claro pouco tempo depois de grande confissão de Pedro. Quando os discípulos perguntaram a Jesus, que foi o maior no reino dos céus, Ele respondeu, colocando uma criança pequena diante deles e dizendo: "Todo aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mt 18.: 1-4). Tinha Doze entendido o ensinamento de Jesus sobre a rocha e as chaves do reino (Mateus 16:18-19.) Como se referindo exclusivamente ao Pedro, eles dificilmente teria perguntado quem era o maior no reino. Ou, se tivessem esquecido ou mal compreendido Jesus "ensino anterior, ele teria respondido ao nomear Pedro como o maior e, provavelmente, também teria repreendeu-os por não se lembrar ou acreditar que Ele já havia ensinado (conforme Mt 14:31; Mt 26:24). Aprendemos com Marcos 10:35-37 que Tiago e João foram-se directamente envolvidos no pedido, que eles nunca teriam feito se tivessem entendido Pedro ter sido dada primazia como o sucessor de Cristo. Ou, como com o incidente anterior, teve Tiago e João incompreendido Seu ensinamento sobre a fundação da rocha da igreja e as chaves do reino, Jesus teria tomado a ocasião para reafirmar e destacar a supremacia de Pedro.

    Embora Pedro reconheceu a si mesmo como um apóstolo (ver, por exemplo, 1Pe 1:1). No dia de Pentecostes, Pedro declarou que, de entre judeus e gentios, Cristo constrói na sua igreja ", a todos quantos o Senhor nosso Deus chamar para si mesmo" (At 2:39). Não foram os apóstolos, mas o próprio Senhor que "foi adicionando a seu dia a dia, os que iam sendo salvos" (v 47; conforme 11:24.). Quando os gentios de Antioquia da Pisídia ouviu a pregação de Paulo e Barnabé ", eles começaram regozijo e glorificando a palavra do Senhor;. E todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna E a palavra do Senhor foi sendo espalhado por toda região "(13 48:44-13:49'>Atos 13:48-49). Essa pregação, verdadeiro e fiel como era, não era capaz por si só de ganhar convertidos a Cristo. Somente aqueles que Ele tinha soberanamente escolheu para a salvação e que acreditava que a verdade da Sua Palavra foram salvos.

    O Novo Testamento está repleto de comandos e orientações para as atitudes e comportamentos dos crentes. Ele dá a direção para selecionar homens e mulheres de Deus para servir na igreja. Dá instrução abundante para uma vida justa, para a oração e para a adoração aceitável. Muitas das bênçãos do Senhor estão condicionadas à obediência e confiança do Seu povo. Mas os esforços mais sinceros e diligentes para cumprir os comandos e as normas são inúteis para além da própria disposição e controle divina de Cristo. Ele deseja e Ele usa o trabalho fiel daqueles que pertencem a Ele; mas somente Ele constrói sua igreja, a igreja que Ele ama e por quem Ele "se entregou, ... para que pudesse santificá-la, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para que pudesse apresentar a Si mesmo a igreja em toda sua glória, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas ela deve ser santa e irrepreensível "(Ef 5:25-27.). Homens são capazes de construir humano, terrestre, organizações físicas, mas eles não podem construir a, igreja espiritual eterna.

    Em terceiro lugar, Jesus aludiu à intimidade da comunhão dos crentes. "É a minha igreja ", disse Ele. Como arquiteto, construtor, Dono e Senhor de Sua igreja , Jesus Cristo garante a seus seguidores que eles são Sua posse pessoal e eternamente ter Seu amor e cuidado divino. Eles são o Seu Corpo "resgatou com seu próprio sangue" (At 20:28), e são um com Ele em um maravilhoso, santa intimidade "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" (1Co 6:17) e "Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus" (He 11:16). É por isso que, quando os homens atacar o povo de Deus que eles atacam o próprio Deus. Quando Jesus confrontou Paulo (então conhecido como Saulo) na estrada de Damasco, ele perguntou: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9:4; Sl 17:1; Pv 7:2 para se referir a "congregação" de Israel chamou por Moisés no deserto (conforme Ex 19:17). Lucas usou de um bando amotinado ("assembléia") incitado pelos ourives de Éfeso contra Paulo (At 19:32, At 19:41).

    Mt 16:18 contém o primeiro uso de ekklesia , no Novo Testamento, e Jesus aqui dá nenhuma explicação de qualificação. Por isso, os apóstolos não poderia ter entendido de forma alguma, mas seu sentido mais comum e geral. As epístolas usar o termo de forma mais distinta e especializada e dar instruções para o seu bom funcionamento e para a sua liderança. Mas em Cesaréia de Filipe, o uso de Jesus ' ekklesia só poderia ter levado a idéia de "montagem"; "Comunidade"; ou "congregação". Se Ele falou em aramaico, como é provável, ele teria usado o termo qahal (tirado diretamente do hebraico), o que significa um encontro convidou, e era comumente usado de reuniões da sinagoga. Na verdade, a palavra sinagoga própria originalmente se referia a qualquer reunião ou congregação de pessoas. Somente durante o exílio babilônico fez judeus começam a usá-lo para designar o seu lugar formal e organizado de atividade religiosa e de culto. E só depois do dia de Pentecostes fez o termo ekklesia assumir um novo significado e técnico em referência à comunidade redimida distinta construída sobre a obra de Cristo pelo Espírito Santo está vindo.

    Ao descrever os habitantes do Céu, o escritor de Hebreus fala de "a assembléia geral e igreja dos primogênitos" (He 12:23), referindo-se aos santos remidos de todas as idades. Esse parece ser o sentido em que Cristo usa igreja em Mt 16:18, como sinônimo de cidadãos de Seu reino eterno, ao qual ele se refere no versículo seguinte. O Senhor não edificar Seu reino à parte da sua igreja ou sua igreja para além de Seu reino.

    Em quinto lugar, Jesus falou da invencibilidade da igreja, que as portas do inferno não prevalecerão .

    As portas do inferno tem sido muitas vezes interpretada como representando as forças do mal de Satanás atacando a igreja de Jesus Cristo. Mas portões não são instrumentos de guerra. O seu objectivo não é conquistar, mas para proteger aqueles por trás deles de ser conquistado, ou, no caso de uma prisão, para mantê-los de escapar. E Hades , o que corresponde ao hebraico sheol , refere-se à morada dos mortos, nunca para o inferno, como às vezes é processado na Rei Tiago 5ersion.

    Quando os termos portões e Hades são devidamente compreendido, torna-se claro que Jesus estava declarando que a morte não tem poder para segurar povo redimido de Deus cativo. As suas portas não são fortes o suficiente para dominar ( katischuō , para ter domínio sobre) e manter preso a igreja de Deus, cujo Senhor venceu o pecado ea morte em seu nome (Rm 8:2). Porque "a morte já não tem domínio sobre ele" (Rm 6:9). Satanás tem agora o poder da morte, e ele continuamente usa esse poder em sua tentativa fútil de destruir a igreja de Cristo. Mas a vitória final de Cristo sobre o poder da morte de Satanás é tão certo que o escritor de Hebreus fala disso no passado: "Desde então, os filhos participam da carne e do sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, que por sua morte, tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo "(He 2:14;. conforme Ap 1:18).

    É que a grande verdade de que Pedro falou no dia de Pentecostes, declarando que "Deus ressuscitou [Cristo] de novo, pondo fim à agonia da morte, uma vez que era impossível para ele, a ser realizada em seu poder" (At 2:24 ). É a verdade sobre o que Paulo escreveu aos crentes de Corinto que estavam hesitantes em sua crença na ressurreição. Ele declarou: "A morte foi tragada pela vitória"; e, em seguida, perguntou: "Ó morte, onde está tua vitória ó morte, onde está o teu aguilhão O aguilhão da morte é o pecado, ea força do pecado é a lei;?, mas graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo "(1 Cor. 15: 54-57).

    À luz do que Ele estava prestes a ensinar-lhes sobre sua própria morte e ressurreição e de sua própria vontade de negar a si mesmo, tome a sua cruz e segui-Lo (Mateus 16:21-24.), Jesus já garantiu os Doze e todos os crentes que jamais iria vir a Ele, para que as portas do inferno , as cadeias da morte em si, nunca poderia permanentemente dominá -los e mantê-los em cativeiro.

    Em sexto lugar, Jesus falou sobre a autoridade da igreja . "Eu te darei as chaves do reino dos céus", ele disse; "e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu."

    O Senhor ainda estava se dirigindo a Pedro como representante dos Doze, dizendo-lhe que tudo o que você deve ligar , isto é, não o permita, na terra será ligado no céu , e que tudo o que desligares , ou seja, autorização, na terra será desligado nos céu . Ele disse a Pedro e dos Doze, e, por extensão, todos os outros crentes, que tinham a autoridade surpreendente para declarar o que é divinamente proibido ou permitido na terra !

    Pouco depois de sua ressurreição Jesus disse aos discípulos: "A quem perdoardes os pecados, ser, os seus pecados foram perdoados; se você reter os pecados, pois eles foram retidos" (Jo 20:23). Ao dar instruções para a disciplina da igreja de todo o seu povo, Jesus disse que, se um crente pecar se recusa a se converter do seu pecado, após ter sido aconselhado privada e mesmo depois de ser repreendido por toda a congregação, a igreja não só é permitido, mas a obrigação de tratar a membro impenitente "como um gentio e publicano" (Mat. 18: 15-17). Ele, então, disse para a igreja como um todo o que Ele anteriormente havia dito a Pedro e aos outros apóstolos: "Em verdade vos digo que, qualquer que seja o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu "(v. 18).Em outras palavras, um corpo devidamente constituída de crentes tem o direito de dizer a um irmão impenitente que ele está fora de sintonia com a Palavra de Deus e não tem direito a comunhão com o povo de Deus.

    Os cristãos têm essa autoridade, porque eles têm a verdade da Palavra de Deus com autoridade para julgar. A fonte da autoridade da Igreja não é, em si, mais do que a fonte de autoridade dos apóstolos era em si mesmos ou até mesmo em seu escritório, exaltado como era. Os cristãos podem autoritariamente declarar o que é aceitável a Deus ou proibido por Ele, porque eles têm a Sua Palavra. Os cristãos nãodeterminar o que é certo ou errado, perdoado ou não perdoado. Pelo contrário, com base na própria Palavra de Deus, eles reconhecem e proclamam que Deus já determinou que ser certo ou errado, perdoado ou não perdoado. Quando eles julgam com base da Palavra de Deus, eles podem ter a certeza de seu julgamento corresponde com o acórdão do céu.

    Se uma pessoa se declara ateu, ou para ser outra coisa senão um crente em e amante do Senhor Jesus Cristo, os cristãos podem dizer a essa pessoa com certeza absoluta, "Você está sob o julgamento de Deus e condenado ao inferno", porque que é o que a Bíblia ensina. Se, por outro lado, uma pessoa testifica que ele confiou em Cristo como seu Senhor poupança, os cristãos podem dizer-lhe com igual certeza; "Se o que você diz é verdade, então os seus pecados estão perdoados, você é um filho de Deus, e seu destino eterno é o céu." A autoridade da Igreja reside no fato de que ele tem palavra de Deus em tudo "diz respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude" (2Pe 1:3). Quando os cristãos se misturar a sua fé com a política e várias causas humanitárias, eles correm o risco de perder o seu foco espiritual e seu poder espiritual Embora o governo humano é divinamente ordenado por Deus (13 1:45-13:7'>Rom. 13 1:7; Tt 3:1), o Estado não é mais do que ser um instrumento do programa da igreja do que a igreja deve ser um instrumento do Estado de.

    Como o reino de Deus, a igreja é "justiça, paz e alegria no Espírito Santo Pois aquele que, desta forma serve a Cristo é agradável a Deus." (Rom. 14: 17-18).

    Este grande ensinamento de nosso Senhor só introduz o assunto da igreja, que a partir de Atos em domina o resto do Novo Testamento.

    92. Ofendendo a Cristo (Mateus 16:21-23)

    Desde então, Jesus Cristo começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e ele levantou-se no terceiro dia. E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita isto, Senhor! Isso nunca deve acontecer com você." Mas Ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás Você é uma pedra de tropeço para mim, porque você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem (16: 21-23)!.

    Ao longo de suas páginas a Bíblia contrasta visão das coisas com homem de Deus. Talvez a declaração mais forte e mais conhecido do que o contraste é encontrado em Isaías: "Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor" Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são. Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais os vossos pensamentos "(Isaías 55:8-9.). "Há um caminho que parece certo ao homem," Salomão nos diz: "mas o seu fim são os caminhos da morte" (Pv 14:12). O salmista escreveu: "Quão grande são as tuas obras, ó Senhor, teu pensamentos são muito profundas Um homem insensato não tem conhecimento; nem um homem estúpido entender isso!". (Sl 92:5-6.).

    Quando o Senhor se recusou Davi o privilégio de construir o Templo, porque ele era um militar, um homem de sangue, Ele, no entanto, prometeu Davi uma herança eterna do trono de Israel, em que o próprio Messias iria algum dia sentar e reinar. Em espanto e profunda gratidão Davi exclamou: "Tu és grande, Senhor Deus, pois não há ninguém como tu, e não há outro Deus além de ti .... Tu és Deus, e as tuas palavras são verdade" (2Sm 7:22).

    Quando Pedro repreendeu Jesus para declarar que Ele deve ser crucificado em Jerusalém pelos líderes judeus lá, ou ele esqueceu ou ignorou a grande verdade. Pedro acabava de proclamar Jesus como sendo "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16.); no entanto, quando Jesus fez uma declaração que não se encaixava ideias de Pedro sobre o Messias, o apóstolo mantidos até sua maneira acima do Senhor e encontrou-se em contradição com o Filho de Deus que ele tinha acabado de confessar.

    A essa altura, Pedro tinha sido um crente por algum tempo, para que as lições retiradas desta passagem são, portanto, principalmente para os crentes. Nem mesmo os cristãos podem conhecer e compreender os caminhos de Deus, exceto por meio de uma compreensão adequada do e submissão à Sua Palavra e da iluminação do Seu Espírito. Quando os crentes insistem em sua própria maneira acima de Deus, então, como Pedro, eles se tornam uma ofensa e uma pedra de tropeço.

    É provável que, tanto em sua confissão e sua repreensão de Cristo, Pedro também refletiu a perspectiva do outro onze. Eles compartilhavam a crença de Pedro que Jesus era o Messias divino e provavelmente eles partilhou a sua confiança de que o Messias não poderia ser rejeitado pelo seu próprio povo, e muito menos condenado à morte por eles. Jesus tinha acabado de lhes assegurou que ele mesmo estava construindo sua igreja, que nem mesmo a morte pode superar, e que através da Escritura divina eles tinham autoridade celestial para declarar o que é aceitável e não aceitável a Ele (vv. 18-19). Jesus, então, "advertiu os discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo" (v. 20), não só porque o povo judeu e os seus líderes tinham noções falsas sobre o Messias, mas porque o Doze ainda compartilhavam muitas dessas falsas noções . A idéia do Messias sofredor em uma cruz era um anátema para os judeus e um bloco maciço de tropeço para a sua fé em Jesus (1Co 1:23).

    A partir desse momento parece ser uma frase de transição Mateus usado para indicar uma mudança significativa no ministério de Jesus. Ele usou a mesma frase em 04:17 para marcar o início do ministério público do Senhor de Israel. Ele agora usa-lo para marcar o início de seu ministério privado aos Doze. A primeira fase foi principalmente público, com algumas aulas particulares ocasional. O segundo foi principalmente privado, com alguma instrução pública ocasional.

    O Plano de Deus

    Jesus Cristo começou a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e que ele matou, e ele levantou-se no terceiro dia (16:21)

    Neste momento Jesus Cristo começou a mostrar aos seus discípulos algumas verdades mais profundas e difíceis sobre Seu plano divino e trabalho. Não era que ele não tinha dito nada anteriormente sobre Sua rejeição e crucificação. De formas veladas Ele tinha falado de sua morte iminente, dizendo que "o Filho do Homem [seria] estará três dias e três noites no coração da terra" (Mt 12:40), e havia declarado aos líderes judeus em Jerusalém : "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" (Jo 2:19). Ele continuaria a falar de Seu sepultamento (Jo 12:7). Em segundo lugar ficou a exigência divina que," sem derramamento de sangue, não há . perdão "(He 9:22) Em terceiro lugar foi o decreto divino da presciência de Deus soberano (Rm 8:29; Ef. 1: 4-5.), e quarta foi a promessa profética de que o Messias deve morrer (ver Ps. 16; 22;.. Is 53) o plano de Deus não está sujeita a alterações Ela só pode ser acreditado ou rejeitado, nunca alterada..

    No versículo 21, Jesus menciona quatro etapas ou fases de que o plano divino que Ele veio para cumprir, quatro coisas que Ele deve fazer antes do que seria concluída.

    A primeira obrigação era para ele ir a Jerusalém . Jesus tinha escolhido qualquer estrada, mas o único a Jerusalém, Ele não poderia ter se tornado o Salvador da humanidade, não importa quantas pessoas mais Curou ou quanto mais verdade que Ele ensinou. Ele teve que ir para a cidade de sacrifícios e se tornar o Cordeiro Pascal, oferecendo-se "de uma vez por todas" (He 7:27).

    Quando Jesus falou de ir a Jerusalém , ele estava em Cesaréia Phllippi, tão longe de Jerusalém, como Ele poderia ser e ainda permanecem na Palestina. Após uma breve estadia na cidade norte remoto; Ele e os discípulos se moveria para baixo novamente através da Galiléia e Samaria para Jerusalém , onde os doze começaram a temer que a morte por apedrejamento nas mãos dos líderes judeus hostis aguardado Jesus e, provavelmente, eles também (Jo 11:16). Naquele momento os discípulos, vendo essa possibilidade e não como o preenchimento do plano de Deus, mas como o empecilho, ou mesmo destruição do mesmo.

    Mesmo quando ele estava na Galiléia, foram os líderes judeus de Jerusalém, que deu a Jesus a mais oposição (ver Mat. 15: 1-2). O hipócrita, hipócrita judaísmo que floresceu em Jerusalém não podia suportar Jesus, porque Ele expôs sua maldade e impiedade e rejeitaram suas queridas, tradições humanas (ver vv 3-9.). Mas os líderes judeus em Jerusalém não teria de procurá-lo ou caçá-lo como um fugitivo. Ele ia lá inteiramente de sua própria vontade e em seu próprio tempo. "Eu dou a minha vida para que eu possa levá-lo novamente", declarou. ". Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la" (João 10:17-18). Ele disse a Pilatos: "Você não teria nenhuma autoridade sobre mim, se não tivesse sido dado do alto" (Jo 19:11).

    O nome de Jerusalém significa "fundamento da paz", embora em algumas vezes em sua longa história que tem sido descrição montagem. A cidade está localizado a 33 km a leste do Mar Mediterrâneo e 14 milhas a oeste do Mar Morto, em um planalto elevado cerca de 2.500 metros acima do nível do mar. Quando mencionado pela primeira vez nas Escrituras era conhecido como Salem, cujo rei era de Melquisedeque ", um sacerdote do Deus Altíssimo" (Gn 14:18) e uma imagem de Cristo, que foi "designado por Deus como um sumo sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque "(He 5:10). Foi no Monte Moriá, que estava perto de Salem, que Abraão ofereceu Isaque em sacrifício ao Senhor (Gn 22:2). Três meses depois, ele trouxe a Arca da Aliança lá e Jerusalém tornou-se a cidade onde o próprio Senhor simbolicamente habitou. Foi em Jerusalém que o filho de Davi, Salomão construiu o Templo, e para a cidade, portanto, tornou-se o lugar central para o culto judaico.

    Jerusalém foi alternAdãoente perdido e recapturado pelos judeus, mas nunca perdeu a sua identidade em suas mentes e corações, a cidade de Deus. Quando eles foram levados para o cativeiro de Babilônia, o salmista clamou: "Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que minha mão direita esqueça a sua habilidade. Que a minha língua se pegue ao céu da boca, se eu não me lembro de você, se eu não exaltam a Jerusalém à minha maior alegria "(Sl 137:5-6.).

    Mas quando Jesus veio à Terra, Jerusalém estava longe de viver de acordo com seu título da cidade de Deus. Durante a primeira Páscoa do Seu ministério. Jesus tomou um chicote e purificou o Templo das profanando cambistas e comerciantes de animais para o sacrifício (13 43:2-16'>João 2:13-16). Durante a próxima Páscoa, Ele violou as tradições sábado reverenciados que os rabinos tinham inventado, e os líderes judeus tentaram matá-lo por isso (5: 16-18). Durante o terceiro Páscoa, Ele deliberAdãoente ficou longe por causa do ódio por ele lá. Mais tarde, quando ele participou da Festa dos Tabernáculos, os líderes judeus novamente tentou prendê-lo e tê-Lo morto (7: 1-19, 44-45; conforme 08:59).

    Por causa de sua rejeição de Jesus, Jerusalém foi dado um novo e pagan nome ", a grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado" (Ap 11:8).

    A segunda obrigação no grande plano de Deus era que o Seu Filho, o Messias, iria sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e escribas . Esses três grupos de líderes religiosos constituíram o Sinédrio, o alto conselho judaico, cuja sede era em Jerusalém. Os anciãos eram principalmente os líderes das várias tribos espalhadas por todo Israel. Os príncipes dos sacerdotes eram em grande parte dos saduceus, e os escribas fariseus eram em grande parte por causa da incredulidade e rejeição, bem como o seu poder político, Jesus iria sofrer muitas coisas nas mãos daqueles homens.

    O terceiro must no plano de Deus era que Jesus fosse morto . A palavra grega para trás matou não foi utilizado de execuções judiciais, e, neste contexto, o significado é o de homicídio. Jesus não era legalmente julgado ou provado culpado de qualquer crime, mas foi condenado à morte pelas acusações falsas e vingativos dos líderes judeus, que estavam determinados a se livrar dele a qualquer custo. Foi no plano de Deus que, na mão do homem, Ele deveria ser assassinado (Atos 2:22-23).

    O quarto e último must era que Jesus iria ser levantado no terceiro dia. Mas por causa de sua grande angústia ao ouvir os primeiros três imperativos, é provável que os discípulos não conseguiram ouvir este em tudo. No entanto, foi esta verdade que fez os outros suportável. Esta foi a verdade da vitória que iria conquistar essas derrotas aparentes. Esta foi a obrigação de triunfo e glória.

    Resposta (v. 22) de Pedro deixa claro que ele e seus companheiros discípulos realmente não tinha ouvido as palavras de Jesus sobre ele ser levantado no terceiro dia , mais do que eles tinham realmente ouvi-lo dizer que "as portas do inferno", que é, a morte, não iria superar a Sua igreja (v. 18). Eles tinham visto aumentar a filha de Jairo e o filho da viúva de Naim. Mas se ele próprio fosse para morrer, eles provavelmente fundamentado, que iria levantar-Lo? Como poderia um Messias morto entregar e governar o seu povo?

    A presunção de Pedro

    E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita isto, Senhor! Isso nunca deve acontecer com você." (16:22)

    Porque o que Jesus tinha acabado de dizer era tão completamente ao contrário do que ele mesmo acreditava firmemente, Pedro impetuosa levou à parte e começou a repreendê-lo .

    No entanto, foi mais do que brashness que causou Pedro para fazer uma coisa dessas. O que ele fez também testemunhou perante a humanidade de Jesus. Se ele tivesse sido um endereço mística e exigente Senhor do tipo que os judeus esperavam que o Messias seja, Pedro nunca teria se atreveu-lo como ele fez aqui e em muitas outras ocasiões. Apesar presunção arrogante de Pedro, é reconfortante perceber que Jesus era seu amigo íntimo, bem como o seu Senhor. Pedro não mostrou medo em falar esta repreensão de Jesus, demonstrando a realidade de sua íntima relação que os homens.
    Os cristãos que são rápidos para repreender Pedro por tal presunção incrível deve ser honesto em reconhecer que eles também têm em vigor contradisse o Senhor às vezes. O crente que reclama de seus sofrimentos e provações e pergunta: "Por que eu, Senhor?" ações da presunção de Pedro. É fácil aceitar as bênçãos de Deus, mas não Seus testes. É fácil aceitar a prosperidade e saúde, como parte do plano de Deus para nós, mas não sofrimento e doença. Quando a alegria vem a nós, que parece ser a nossa grande quantidade adequada como um filho de Deus, mas quando a tristeza vem estamos inclinados a duvidar da sabedoria e do amor de nosso Pai celestial.

    Repreensão traduz a mesma palavra ( epitimaō ) Mateus usado de Jesus alertando os discípulos que a ninguém dissessem que era o Cristo (v. 20). A palavra levou a idéia do juízo competente, normalmente usado por um funcionário ou dirigente contra alguém sob sua jurisdição. O presente infinitivo sugere que Pedro fez a repreensão repetidamente.

    Talvez presunção de Pedro saiu do officiousness que às vezes vem com a idade, ou fora de seu ser o líder reconhecido dos apóstolos. Foi a ele que Jesus tinha acabado de declarar o Pai tinha dado revelação especial (v. 17), e Pedro agora pode ter se considerava um porta-voz de Deus. Ou, talvez, a resposta foi simplesmente típico da personalidade auto-confiante de Pedro. Certamente seu profundo amor e dependência do Salvador fez o pensamento de sua morte, uma perspectiva temível, de modo que tanto amor e temor entrou em resposta de Pedro. Em qualquer caso, o seu orgulho pecaminoso o levou a colocar o seu próprio entendimento acima de Cristo.

    Deus me livre que traduz um coloquialismo hebraica que significa literalmente, "misericórdia de ti" ou "misericórdia de você" e foi entendida como significando algo como "Deus tenha misericórdia de ti" ou "Que Deus, em sua misericórdia poupá-lo disso." No contexto da repreensão de Pedro, a frase é traduzida aqui em sua conotação mais negativa, Deus não permita isso . Consequentemente; Pedro dirigindo a Jesus como Senhor anéis ocos porque Pedro estava colocando sua própria vontade humana acima da vontade divina de Cristo.

    Para reforçar a sua repreensão, Pedro disse: "Isso nunca deve acontecer com você", completamente contradizendo o que Jesus tinha acabado de declarar era necessário. Porque ele não conseguia entender ou aceitar a idéia de um humilhadas, abusadas, e crucificado Messias, Pedro rejeitou o plano de Deus para a redenção. A sabedoria do melhor dos homens é tipicamente antagônica à sabedoria de Deus.

    O protesto de Cristo

    Mas Ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás Você é uma pedra de tropeço para mim; (16: 23a)!

    Seria difícil imaginar algo que teria chocado Pedro mais do que as palavras de Jesus. Na superfície, a intenção de Pedro não só parece honrosa, mas amoroso e compassivo. Ele não queria que o seu Senhor e amigo morrer. Ele não conseguia sequer suportar a idéia de Jesus sofrimento. Mesmo motivos mais egoístas de Pedro são compreensíveis. Durante vários anos, ele eo resto dos Doze havia se tornado completamente dependente de Jesus, não só para o ensino e orientação, mas por comida, dinheiro dos impostos; e praticamente tudo o resto. Sem Ele, que seria um barco sem leme.
    Como disse um comentarista observou, Pedro "dificilmente poderia ter entendido que por sua tentativa de dissuadir Jesus da cruz, ele estava colocando setas na proa de Satanás a ser filmado em sua amada Salvador".
    Mas quando Pedro o repreendeu por ter cogitado a idéia de ir à Sua morte, o Senhor deve ter olhado o discípulo direto nos olhos quando ele se virou e disse a Pedro: "Para trás de mim, Satanás." Foi uma resposta picadas, devastador que deve ter abalado Pedro para o núcleo de seu ser. Antes de Pedro teve a chance de terminar suas objeções, Jesus cortou abruptamente e acusou-o de ser o porta-voz de Seu adversário, Satanás.

    Jesus tinha falado quase as mesmas palavras para o próprio Satanás após as tentações no deserto (Mt 4:10). E, apesar de Satanás deixou, aprendemos com relato paralelo de Lucas de que "retirou-se dele até que um momento oportuno" (Lc 4:13). Ele continuou a tentar Jesus durante o Seu ministério de todas as maneiras que podia. Agora ele colocou na mente de Pedro a mesma idéia Ele havia tentado colocar em Jesus: "O plano de Deus é muito difícil e exigente Dê sua fidelidade a mim e sua vida será incomensuravelmente melhor Meu caminho é superior ao de Deus..."

    Isso é basicamente o que Pedro estava dizendo para Jesus: "Meu caminho é melhor que a sua e do Pai." O mesmo apóstolo que tinha acabado de confessar Jesus como o Messias e Filho de Deus (v. 16) agora o contradisse. Aquele que o Pai tinha acabado inspirado a dar que a confissão (v. 17) estava agora "inspirado" por Satanás.
    Se tal coisa poderia acontecer com Pedro, isso pode acontecer com qualquer crente. O mesmo cristão que exalta o plano de Deus pode ser atraídas para exaltando o plano de Satanás. Quando ele segue sua própria sabedoria em vez do Espírito de, o mesmo que tomou fortemente o lado de Deus pode encontrar a si mesmo, sem querer tomar o lado de Satanás.
    Jesus sabia que Satanás tinha como certamente colocar a repreensão na mente de Pedro como o Pai tinha posto a confissão lá. Seja por obsessão, opressão, ou simplesmente por influência sobrenatural, Satanás conseguiu pedir Pedro se opor caminho de Cristo e tentar atrair Jesus a desobedecer a vontade de Deus. O texto não explica os meios de a tentação, só sua fonte. E porque ele sucumbiu, Pedro encontrou-se opunham ao plano de Deus, da mesma forma o diabo tinha se opuseram a ela no deserto. Antes de perceber o que estava fazendo, ele encontrou-se falando por Satanás, e não para Deus. Na tentativa de defender Cristo, com base em seu próprio entendimento, ele encontrou-se contra Cristo.

    Satanás sabia que o caminho da cruz era o caminho de sua própria derrota, e ele, portanto, opôs-se à cruz com todo o seu ser. E isso é porque eles são filhos espirituais do diabo (Jo 8:44) que os incrédulos consideram a cruz de Cristo a ser uma pedra de tropeço tolo (1Co 1:18, 1Co 1:23). Satanás sabe que a cruz é o lugar de libertação dos homens de seu domínio do pecado e da morte, o único caminho de seu reino das trevas para o reino da luz de Deus. Depois que Cristo morreu na cruz, Satanás tentou mantê-lo morto; mas a sepultura não tinha poder sobre ele, assim como ele não teria nenhum poder sobre a Sua Igreja (Mt 16:18), o companheirismo remidos aqueles que depositam sua confiança nEle.

    A tentação de evitar a cruz foi uma verdadeira tentação de Cristo, porque Ele sabia que a cruz significava agonia inconcebível para ele. Ele sabia o que a agonia seria em tomar todas as conseqüências do pecado do mundo sobre si e que horror seria estar separado de Seu Pai celestial, mesmo por algumas horas. É por isso que no Jardim do Getsêmani, Ele suou gotas de sangue e orou: "Pai, se Tu és dispostos, retire de mim este cálice" (Lucas 22:42-44).

    Porque Pedro tinha tomado o lado de Satanás, ele se tornou uma pedra de tropeço para Cristo. obstáculo é de skandalon , uma palavra usada originalmente de uma armadilha animal, em especial a parte onde a isca foi colocado. O termo veio eventualmente ser usado de atrair uma pessoa em cativeiro ou destruição. Satanás estava usando Pedro para definir uma armadilha para Jesus.

    Os Princípios para Us

    para que você não está definindo sua mente os interesses de Deus, mas do homem. "(16: 23b)

    Jesus aqui dá a razão Pedro caiu na armadilha de Satanás e se viu tentando atrair o seu Senhor para ele também: ele foi a não fixação de sua mente os interesses de Deus, mas do homem . Porque ele está caído e pecaminoso, do homem maneiras não são do Senhor, seus interesses não são de Deus .

    Porque Pedro foi raciocínio a partir de sua própria mente finita e pecadora, ele encontrou-se aliar com Satanás e contra Deus. Quando ele confiava em sua própria perspectiva, ele não podia mais ver Deus.Porque ele não continuar a submeter à liderança do Pai (ver v. 17), ele perdeu a perspectiva do Pai. Em sua sabedoria humana que ele não conseguia entender por que o seu Senhor, o Messias, teve que "ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto" (v. 21). Ele estava pensando como, um homem carnal não resgatados e viu-se a tornar-se "hostil para com Deus" (Rm 8:7). "Bem-aventurado o homem que suporta a provação", ele continua a dizer; "Pela primeira vez ele tenha sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam" (v. 12).

    De repreensão de Pedro e contra a repreensão de Jesus, os cristãos podem aprender duas lições importantes. A primeira é que caminho da salvação de Deus não corresponde à dos homens. Sua espécie de Messias não é uma espécie de homem. Portanto, a pessoa que insiste em sua própria espécie de Salvador e na vinda de Deus em seus próprios termos encontra-se contra Deus e afastando-se dele. Formas masculinas nunca levam a Deus.
    Os homens não podem ter Cristo em seus próprios termos. Para rejeitar o caminho da cruz é rejeitar a Cristo, não importa o quanto ele pode ser professada e elogiado.

    Embora ele falhou totalmente na ocasião em Cesaréia de Filipe, Pedro veio a compreender e amar o caminho da cruz. Essa foi a maneira que ele pregou no dia de Pentecostes e todo o seu ministério. Ele um dia iria escrever com grande convicção e alegria que Cristo "mesmo os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" (1Pe 2:24. ).

    A segunda lição importante é que não há dor no processo de refino de Deus. Como Jesus passou a explicar no versículo seguinte, ele chama seus discípulos para compartilhar seu sofrimento e sua cruz. Eles são chamados a negar a si mesmo e tomar as suas próprias cruzes como eles segui-Lo (Mt 16:24). A sua não é a obediência a Cristo sem cruz.

    Para fazer ouro espiritual de seus filhos, o pai deve queimar a escória pecaminosa. De Seu remanescente redimiu Ele diz: "Eu vou ... refiná-los como se purifica a prata, e testá-los como o ouro é testado Ela invocará o meu nome, e eu vou respondê-las;. Eu vou dizer:" Eles são o meu povo ', e eles vão dizer: "O Senhor é o meu Deus'" (Zc 13:9)

    Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la;. Mas quem perder a sua vida por minha causa achá-la. Pois que aproveitará o homem que ele lucrou, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai com os seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras ". (16: 24-27)

    Esta passagem estabelece o coração do discipulado cristão e dá um golpe de morte aos falsos evangelhos egocêntricos que são tão populares no cristianismo contemporâneo. Ele não deixa espaço para o evangelho de obter, em que Deus é considerado um tipo de gênio utilitarista que salta para fornecer um crente todos os seus caprichos. Fecha-se a porta para o evangelho da saúde e da riqueza, que afirma que se um crente não é saudável e próspero, ele simplesmente não tenha exercido os seus direitos divinos ou então não tem fé suficiente para reivindicar suas bênçãos. Põe em causa o evangelho da auto-estima, amor-próprio, e de alta auto-imagem, que apela ao narcisismo natural do homem e prostitutas o espírito de quebrantamento humilde e arrependimento que marca o evangelho da cruz.
    Para chegar a Jesus Cristo é receber e continuar a receber para sempre. Mas Jesus, através da Sua instrução direta durante Seu ministério terreno e através de seus apóstolos no resto do Novo Testamento, repetidamente deixa claro que deve haver uma cruz antes que a coroa, sofrendo antes glória, sacrificar antes recompensa. O coração do discipulado cristão está dando antes de ganhar, a perder antes de vencer.

    Esta não foi a primeira vez que Jesus falou sobre o alto custo do discipulado. Ele havia dito: "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim E quem não toma a sua cruz e siga-Me depois não é. digno de mim Quem acha a sua vida, perdê-la, e quem perder a sua vida por minha causa achá-la "(Mt 10:37-39; conforme Lucas 14:26-27.).. Ele havia dito ao jovem rico em Perea, "Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que possui, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me" (Mc 10:21). Para os gregos, que pediu para vê-Lo, Jesus disse: "Em verdade, em verdade, eu vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la; e aquele que odeia a sua vida neste mundo deve mantê-la para a vida eterna "(João 12:24-25).

    Mas esses ensinamentos correu ao contrário do judaísmo popular dos dias de Jesus; assim como eles são contrários a muito popular, quase-cristianismo hoje. Como a maioria de seus compatriotas judeus, os Doze esperavam que o Messias se libertar do jugo romano, destronar os Herodes, e estabelecer o reino terrestre de Deus em toda a sua glória. Foi, portanto, difícil de conciliar os ensinamentos de Jesus sobre a humildade; sacrificar, e dom de si com esse ponto de vista. Jesus não agiu como o Messias régio eles esperavam, e Ele os proibiu de atuar como vice-regentes de um Messias tal mítico. No entanto, eles sabiam que os milagres de Jesus e seus ensinamentos não poderia ser explicada humanamente, e pelo trabalho de Deus em seus corações eles tinham finalmente chegado a reconhecer que Ele era realmente o Messias (Mt 16:16). Todo o quadro ainda não se encaixam para eles.

    Particularmente como resposta impetuoso de Pedro a Jesus deixa claro (v. 22), eles ainda não estavam dispostos a aceitar a idéia de rejeição, sofrimento e morte do Messias. Nem eram ainda convencidos de que o caminho do discipulado envolvido esses mesmos grandes custos. Portanto, Jesus repetiu a lição muitas vezes e de várias formas. Eles ainda não foram a pensar como Deus pensa, mas ainda gosto de homens caídos pensar, porque suas mentes não foram "os interesses de Deus, mas o homem de" (23 v.).

    Eles não aceitaram o truísmo de que é impossível para Deus, se encarnou em seu filho ou a viver nos corações dos crentes, a entrar em meio a uma sociedade anti-Deus sem que haja hostilidade; censura e opressão. Quando santidade atende falta de santidade, uma reação violenta é inevitável. "E, de fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos", disse Paulo (2Tm 3:12).

    O Princípio

    Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (16:24)

    Quando Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim," eles foram, sem dúvida, lembrou do tempo que ele tinha chamado a cada um deles. Algumas dois anos e meio antes que eles haviam deixado famílias, amigos, ocupações, e tudo o mais, a fim de seguir a Jesus.

    Para os incrédulos entre as multidões que estavam presentes naquela ocasião (ver Mc 8:34), as palavras de Jesus vir após mim aplicada à entrega inicial do novo nascimento, quando uma pessoa vem a Cristo para a salvação e a velha vida de pecado é trocada por uma nova vida de retidão. Para os crentes de lá, incluindo os Doze, vir após mim reiterou a chamada para a vida de obediência a Cristo diariamente.

    É uma triste possível para os crentes a perder o primeiro amor que eles tinham quando recebeu a Cristo como Senhor e salvar rendeu tudo o que eles foram e teve a Ele (ver Ap 2:4). Cada vez que ele foi confrontado sobre seu relacionamento com Jesus, Pedro mais veementemente negou conhecê-lo (vv. 70, 72, 74). Ele renegou seu mestre diante do mundo.

    Isso é exatamente o tipo de negação um crente é fazer com relação a si mesmo. Ele é repudiar-se completamente, de se recusar a reconhecer o auto do velho homem. As palavras de Jesus aqui poderia ser parafraseada, "Deixe que ele se recusam qualquer associação ou companheirismo com ele mesmo . " A abnegação não só caracteriza uma pessoa, quando vier na fé salvadora de Cristo, mas também como ele vive como um fiel discípulo de Cristo.

    O auto a que Jesus se refere não é a própria identidade pessoal, como um indivíduo distinto. Cada pessoa é uma criação única de Deus, e que o Pai celestial sabe cada um de Seus filhos pelo nome. Ele tem o nome de todos os crentes ", gravado nos céus" (Lc 10:20). O auto de que Jesus está falando é sim o pecador rebelde auto natural,,, não redimido que está no centro de toda a pessoa caída e que pode até mesmo recuperar o controle temporário sobre um cristão. É o corpo carnal; o "velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano" (Ef 4:22) e ainda está para ser resgatados na glorificação (conforme Rm 8:23). Para negar que o auto é confessar com Paulo: "Sei que nada de bom habita em mim, isto é, na minha carne" (Rm 7:18). Para negar que o auto é ter a sincera, verdadeira convicção de que um não tem nada em sua humanidade, recomendar-se diante de Deus, nada vale a pena oferecer-Lhe em tudo.

    O crente é feita aceitável diante de Deus quando ele confia em Jesus Cristo, e ele está diante do Senhor em perfeita justiça, e vestidos de "o novo, o qual, à semelhança de Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade" (Ef . 4:24). Mas, como Paulo também declarou, mesmo depois da salvação um crente não tem mais bondade em si mesmo ", isto é, na [sua] carne", do que tinha antes salvação.Para negar a si mesmo é "fazer nenhuma provisão para a carne" (Rm 13:14) e para "não confiamos na [ele]" (Fp 3:3). É o coração quebrantado e contrito que Deus ama e nunca desprezar (Sl 51:17). Não é a auto-justos e auto-satisfeito, mas o penitente e humilde a quem Deus salva Não era o fariseu orgulhoso que tinha um tal de alta imagem de si mesmo, mas o coletor de impostos de coração partido que pediu a Deus por misericórdia;. que Jesus disse " desceu justificado para sua casa "(Lc 18:14).

    Todo o propósito do Antigo Testamento, que se reflecte claramente na lei de Moisés, que era para mostrar ao homem como espiritualmente e moralmente pobre e impotente que ele é em si mesmo. A lei não foi feita para mostrar aos homens como eles poderiam trabalhar o seu caminho em favor de Deus, mas para mostrar-lhes como é impossível fazer jus ao santos padrões de Deus por seus próprios recursos.
    Arthur Rosa escreveu: "O crescimento na graça é o crescimento para baixo, é a formação de uma estimativa mais baixa de nós mesmos, é uma realização aprofundamento de nosso nada;. É um reconhecimento sincero de que não somos dignos do menos da misericórdia de Deus"

    Para ser salvo chamadas para um pecador negar a si mesmo, de modo a "considerar os membros do [seu] corpo terreno como morto à imoralidade; impureza, a paixão, desejo maligno ea avareza, o que equivale a idolatria" (Cl 3:5.).

    O segundo requisito do discipulado é assumir de uma cruz . Essa idéia tem profundo significado que deve ser compreendido. Tomando-se a própria cruz não é um nível místico de altruísta "mais profunda vida espiritual" que só a elite religiosa pode esperar alcançar. Também não é a provações e dificuldades comuns que todas as pessoas experimentam alguma vez na vida. A cruz é não ter um marido não salvo, esposa irritante, ou mãe-de-lei dominador. Também não é ter uma deficiência física ou que sofrem de uma doença incurável. Para ocupar de uma cruz é simplesmente estar disposto a pagar qualquer preço por causa de Cristo. É a disposição de suportar a vergonha, vergonha, reprovação, rejeição, perseguição e até mesmo o martírio por amor a Ele.

    Para o povo da época de Jesus, a cruz era uma realidade muito concreta e vívida. Era o instrumento de execução reservada para os piores inimigos de Roma. Era um símbolo da tortura e morte que aguardava aqueles que ousaram levantar a mão contra a autoridade romana. Não muitos anos antes de Jesus e os discípulos chegaram perto de Cesaréia de Filipe, 100 homens foram crucificados na área. Um século mais cedo, Alexander Janneus tinham crucificado 800 rebeldes judeus em Jerusalém, e depois da revolta que se seguiu à morte de Herodes, o Grande, 2.000 judeus foram crucificados pelo procônsul romano Varo. Crucificações em menor escala eram uma visão comum, e estima-se que, talvez, cerca de 30.000 ocorreu sob autoridade romana durante a vida de Cristo.

    Quando os discípulos ea multidão ouviu Jesus falar de tomar a cruz, não havia nada de místico com eles sobre a idéia. Eles imediatamente imaginou uma pobre alma condenada caminhando ao longo da estrada de transporte (que é uma tradução exata da AIRO , que significa "levantar, urso, ou carregar") o instrumento de sua execução em suas próprias costas. Um homem que tomou a sua cruz começou sua marcha da morte, levando a própria viga sobre a qual ele iria cair.

    Para um discípulo de Cristo para levar até sua cruz é para ele estar disposto a iniciar em uma marcha da morte. Para ser um discípulo de Jesus Cristo, é estar disposto, em Seu serviço, para sofrer as indignidades, a dor, e até mesmo a morte de um criminoso condenado.

    Obviamente, o grau de sofrimento e perseguição varia de crente para crente, de vez em quando, e de lugar para lugar. Nem todos os apóstolos foram martirizados, mas todos eles estavam dispostos a ser martirizado. Nem todo discípulo é chamado a ser martirizado, mas cada discípulo é ordenado a estar disposto a ser martirizado. "Amados", escreveu Pedro para seus irmãos na fé, "não se surpreender com o fogo ardente no meio de vós, que vem sobre vós para o seu teste, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo, mas na medida em que você compartilha os sofrimentos de Cristo, continuar alegres; para que também na revelação da sua glória;. você pode se alegrar com exultação Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre vós "( 1 Ped. 4: 12-14).

    Para chegar a Jesus Cristo para a salvação não é para levantar a mão ou assinar um cartão, embora essas coisas às vezes podem desempenhar um papel. Para chegar a Jesus Cristo está para vir até o fim do eu e do pecado e tornar-se tão desejosos de Cristo e Sua justiça que um vai fazer qualquer sacrifício para Ele.

    Jesus havia dito: "Não penseis que vim trazer paz à terra;. Eu não vim trazer paz, mas espada Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe e um filha-de-lei contra a mãe-de-lei, e os inimigos do homem serão os membros de sua família "(Mateus 10:34-36.). Ele também disse: "O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu mestre .... Se chamaram o chefe da casa Belzebu, quanto mais os membros de sua família!" (Vv. 24-25). Cristo estava agora na verdade dizendo aos Seus discípulos que se Ele, seu Senhor, teria que "sofrer muitas coisas ... e ser morto" (Mt 16:21), como eles poderiam esperar escapar o mesmo tratamento?

    cruz representa o sofrimento que é nosso por causa da nossa relação com Cristo. Como Jesus mudou-se sem hesitação em direção a Jerusalém, o lugar de execução, onde Ele "deve ir" (v. 21), ele já tinha tomado a sua cruz e começava a dar em suas costas os pecados do mundo inteiro. E em Sua trem, milhões de discípulos, todos com suas próprias cruzes, desde então suportado afrontas com Ele.

    Cristo não chamar discípulos para si mesmo para tornar sua vida fácil e próspero, mas para torná-los santos e produtivo. Vontade de tomar a sua cruz é a marca do verdadeiro discípulo. Como o hymnist escreveu: "Deve Jesus carregar a cruz sozinho, e todo o mundo livre? Não, há uma cruz para todos, e há uma cruz para mim." Aqueles que fazem confissões iniciais de seu desejo de seguir Jesus Cristo, mas se recusam a aceitar a angústia, ou perseguição, são caracterizados como os falsos, almas infrutíferas que são como solo rochoso, sem profundidade. Elas murcham e morrem sob a ameaça de a reprovação de Cristo (13 20:40-13:21'>Mat. 13 20:21). Muitas pessoas querem um discipulado "sem custo", mas Cristo não oferece tal opção.

    O terceiro requisito do discipulado é a obediência fiel. Só depois de uma pessoa nega a si mesmo e toma a sua cruz, Jesus disse, ele é preparado para siga-Me. O verdadeiro discipulado é a submissão ao senhorio de Cristo, que se torna um padrão de vida. "Aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo 2:6). Para continuar em Sua Palavra é para ser seu verdadeiro discípulo (Jo 8:31).

    Paulo chama a salvação a "obediência da fé" (Rm 1:5.). Pedro descreve obra salvadora soberana de Deus em uma vida como "a obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e ser aspergido com o Seu sangue" (1Pe 1:2), e uma vez que cada crente tem o Espírito Santo (Rm 8:9).

    A Paradox

    Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa achá-la. Pois que aproveitará o homem se aproveitou, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? (16: 25-26)

    Vida e alma aqui sinônimo com o outro e com a auto (24 v.). Todas as três palavras representam a pessoa interior, o "verdadeiro eu".

    O que pode aqui parece ser uma idéia complexa e contraditória é realmente muito simples. O Senhor está dizendo que quem vive apenas para salvar a sua terrena, física vida, sua facilidade e conforto e aceitação por parte do mundo, vai perder sua oportunidade de eterna vida . Mas quem está disposto a abrir mão de seu terreno, a vida mundana e para sofrer e morrer, se necessário, por amor de Cristo, vai encontrar a vida eterna. Cada pessoa tem uma escolha. Ele pode "ir para ela" agora e perdê-lo para sempre; ou ele pode abandoná-lo agora e ganhá-lo para sempre.

    Jesus também identificou o falso crente que faz gestos iniciais de seguir o evangelho, mas não vai deixar de ir ao mundo e todas as suas bugigangas, como o solo ruim cheio de ervas daninhas que sufocam a verdadeira vida espiritual (Mt 13:22).

    O verdadeiro discípulo está disposto a pagar qualquer preço fidelidade ao Senhor requer. O preço pode significar que sofre o martírio como Paulo fez ou duradoura esgotamento físico e doença no serviço de Cristo como Epafrodito fez. Quaisquer que sejam as particularidades de levar a cruz de um crente pode ser, requer a vontade de abandonar recursos pessoais de segurança de segurança, saúde, amigos, trabalho, e até mesmo a vida.
    A história é contada de um escravo plantação no antigo Sul, que estava sempre feliz e cantando. Não importa o que aconteceu com ele, sua alegria foi sempre abundantes. Um dia, seu mestre lhe perguntou: "O que você tem que te faz tão feliz?"
    O escravo respondeu: "Eu amo o Senhor Jesus Cristo. Ele perdoou o meu pecado e colocar uma música no meu coração."
    "Bem, como faço para obter o que você tem?" perguntou ao seu mestre.
    "Você vai e colocar a sua melhor roupa de domingo e você vir aqui e trabalhar na lama com a gente e você pode tê-lo", foi a resposta.
    "Eu nunca faria isso", disse o proprietário respondeu indignado quando ele partiu em um acesso de raiva.
    Algumas semanas mais tarde, o mestre fez a mesma pergunta e deu a mesma resposta. Algumas semanas mais tarde, ele veio pela terceira vez e disse: "Agora ele direto comigo. O que eu tenho que fazer para ter o que você tem?"
    "Apenas o que eu te disse das outras vezes", veio a resposta.
    Em desespero, o proprietário disse: "Tudo bem, eu vou fazê-lo."
    "Agora você não tem que fazer isso", disse o escravo. "Você só tinha que estar disposto."
    Não é que um discípulo tem que ser um mártir, mas que ele está disposto a ser um mártir se fidelidade a Cristo exige.
    Jesus reforçou o paradoxo, acrescentando, "Pois que aproveitará o homem se aproveitou, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?" Aqui está a hipérbole final. "Imagine, se você puder, Jesus estava dizendo:" o que seria como a de alguma forma possuem todo o mundo . De que duradouro benefício seria isso, se em ganhar que você perdeu a suaalma , sua vida eterna? "Essa pessoa seria um homem morto andando que temporariamente possuía tudo, mas que enfrentou uma eternidade no inferno, em vez de no céu.

    "Ou," Jesus continuou: " o que poderia possivelmente ele vale a pena ter durante esta vida, se a ganhá-lo, você teria que trocar sua alma? " Para ganhar cada posse possível neste mundo e ele ainda sem Cristo é estar falido sempre Mas a abandonar tudo neste mundo para a causa de Cristo é ser rico para sempre (conforme Mt 6:19-21.).

    A Parusia

    Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então recompensará a cada um segundo as suas obras. (16:27)

    Parousia é uma forma substantiva do verbo grego trás para vir e é muitas vezes usado para se referir a segunda vinda de Cristo, de que esta é a primeira menção no Novo Testamento.

    Um dia de julgamento está chegando, Jesus lembrou aos discípulos e à multidão. O Pai "tem dado todo o julgamento ao Filho" (Jo 5:22), e quando o Filho do Homem , que também é o Filho de Deus, vem na glória de seu Pai, com os Seus anjos (um evento descrito em Mateus . 24-25), Ele então recompensará a cada um segundo as suas obras . Santos anjos de Cristo são os instrumentos do seu serviço e seu julgamento, e quando Ele vier de novo à terra, eles virão com Ele, para levantar "os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida" e "os que fizeram o mal para a ressurreição do juízo "(Jo 5:29).

    Essa verdade geral tinha sido proclamado muito antes pelo salmista: "tu nos recompensar um homem segundo o seu trabalho", declarou o salmista (Sl 62:12.). Ele também foi repetido por Paulo em sua carta à igreja de Roma. Em 2: 5-8, ele é específico:

    Mas por causa de sua teimosia e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras: para aqueles que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade vida eterna; mas para os que são egoístas, que não obedecer à verdade e obedientes à iniqüidade, ira e indignação.

    "Cada um de nós", o apóstolo escreveu mais tarde, "dará conta de si mesmo a Deus" (Rm 14:12). Mateus 25 registra o ensinamento do Senhor sobre o julgamento das nações. Eles também serão julgados por suas obras (vv. 31-46).

    Como o Senhor analisa a vida de cada pessoa que já viveu, Ele vai dizer por assim dizer, "Há um crente. Eu posso dizer por suas obras, porque elas são o produto do Meu Espírito Santo. Não é um descrente, como Posso também dizer por suas obras, porque elas são o produto de carne. " Não é que as obras salvar, mas que eles são o produto de salvação. Tiago ensina que o único tipo de fé que salva é o tipo que resulta em um comportamento justo (Tiago 2:14-26; conforme Ef 2:10.).

    Aqueles cujas obras são do agrado do Senhor são aqueles que, pela graça e poder soberano de Deus, ter confiado em Cristo como Senhor de poupança, apesar de negar auto, tomando a sua cruz e segui-Lo.Eles vão receber a vida eterna e todas as bênçãos do céu. Aqueles cujas obras são rejeitados pelo Senhor são aqueles que põem a sua esperança e confiança nas coisas efêmeras desta vida. Eles receberão a condenação eterna e todos os tormentos do inferno.
    A chamada para a salvação é um chamado para o discipulado, como descrito nesta passagem. Quando Deus salva, Ele produz este tipo de seguidor.

    94.Promissa e advertência sobre a Segunda Vinda (Mateus 16:27-28)

    "Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos;. E então recompensará a cada um segundo as suas obras verdade vos digo que, há alguns daqueles que estão aqui que não provarão morte até que vejam o Filho do homem no seu reino. " (16: 27-28)

    Embora o Antigo Testamento contém mais de 1.500 profecias sobre a vinda do Messias, o Cristo, não foi revelado claramente aos santos da época que Sua vinda seria em duas fases distintas, milhares de anos separados. A primeira etapa seria caracterizada por sofrimento e sacrifício pelo pecado, eo segundo pela conquista e esplendor. O foco central do Novo Testamento é a primeira vinda de Cristo, mas a segunda vinda também é mencionado ou alusão a uma vez em cada 25 versos, de um total de cerca de 320 vezes.
    As referências do Antigo Testamento para um Messias sofredor e Redentor foram frequentemente racionalizadas por intérpretes judeus ou espiritualizada, a ponto de insignificância. Nas mentes da maioria dos judeus nos dias de Jesus o Messias havia de vir, mas uma vez, como o rei conquistador da terra.
    Portanto, assim como Jesus se aproximou de seu tempo de sofrimento, Ele continuou a preparar os discípulos para que todos eles, mas se recusou a acreditar: que Ele, o divino Filho do Homem e não o Messias, ao invés de conquistar seus inimigos e estabelecer Seu reino eterno na terra naquela época, teria primeiro de morrer nas mãos dos inimigos.

    Mateus 16:27-17: 6 contém um dos grandes destaques do ministério do Senhor na terra. Ele olha em frente a sua vinda que a segunda e última vez, o tempo de Seu retorno em exaltação e glória, quando todos os seus inimigos de fato ser colocado sob seus pés e ele irá estabelecer o reino eterno de longo esperado. Como Ele introduz este ensino (16: 27-28), Jesus dá uma promessa, um aviso, e, em seguida, uma repetição da promessa.

    A Promessa

    Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; (16: 27a)

    Jesus referiu-se a Si mesmo como o Filho do homem mais do que por qualquer outra designação. O nome reflete sua humanidade e sua encarnação, de Sua identificando-se plenamente com a humanidade como um dos seus, e, neste contexto profético a maré antiga tem especialmente rico significado.

    Em sua visão dos quatro animais, Daniel, olhei, por assim dizer, em toda a história da humanidade e viu o seu clímax impressionante. "Eu ficava olhando até tronos foram criadas", diz ele, "e um ancião de dias se assentou;. Sua veste era branca como a neve e o cabelo da sua cabeça como a pura lã Seu trono estava em chamas com as chamas, as rodas eram um fogo ardente ". Era uma cena de Deus ", o Ancião dos Dias", sentado em seu trono de julgamento. Suas vestes brancas falar de Sua perfeita pureza e santidade, Seu cabelo de lã pura fala de sua sabedoria perfeita, e as rodas em chamas falar de sua autoridade soberana. O "rio de fogo ... fluindo e saía de diante dele" retrata o seu consumo, purgando julgamento divino. Com "milhares e milhares ... assistir a Ele, e miríades de miríades ... de pé diante dele," o tribunal de julgamento divino e convocou "os livros foram abertos" (Dan. 7: 9-10).

    Após a besta, líder mundial satânico supremo eo Anticristo é destruído, Daniel vê "um semelhante ao Filho do Homem", que "veio até o Ancião dos Dias e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado o domínio, glória e . reino, para que todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram seu domínio é um domínio eterno, que não passará, eo seu reino é um que não será destruído "(vv 11-14.).
    Foi sobre esse tempo de julgamento fatídico que Jesus estava aqui falando aos discípulos, que precisava desesperAdãoente de uma palavra de encorajamento. Recentemente, eles tinha ouvido falar muito de dor, mas pouco de ganho, muito do sofrimento, mas pouco de glória muito da cruz, mas pouco da coroa. Portanto, Jesus garantiu-lhes que Ele era realmente o Filho do Homem a quem Daniel viu vir na glória de seu Pai, com os Seus milhares e milhares e miríades de miríades de santos anjos para receber o reino e executar o julgamento.

    Aqui foi a primeira revelação específica de Jesus aos Seus discípulos de Sua segunda vinda. Depois de apenas dizer-lhes que Ele era Deus em carne humana, que Ele era o Messias prometido, que Ele iria construir um reino que nada poderiam prejudicar ou destruir, mas que Ele primeiro teve de ser rejeitada, morto, e ressuscitar dentre os mortos-He agora informou que ele vai um dia voltar em grande glória e justo juízo para estabelecer o Seu trono.
    Nas Escrituras, a palavra glória é muitas vezes usado para representar a totalidade da natureza, caráter e atributos de Deus. Quando Ele veio à terra como um homem, a divindade de Jesus foi velado (conforme Fm 1:2). Para testemunhar os atributos de Deus é ter um vislumbre de Sua glória , tudo o que a plenitude do Seu nome implica.

    Durante o discurso Olivet, apenas alguns dias antes de sua prisão e crucificação, Jesus voltou a falar de Sua vinda. "Logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá," Ele disse, "e a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados, e então o sinal do Filho do Homem aparecerá no céu, e, em seguida, todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os seus anjos com grande trombeta e eles reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma extremidade do céu para o outro "(Mat. 24: 29-31). Ele, então, entrar em chamas, revelou a glória , e toda a terra se encherá com essa glória , assim como na visão de Isaías (Is 6:1; conforme Sl 72:19).

    A mensagem que o Messias viria em glória não era nova. Foi talvez a verdade messiânica com que os judeus daquela época eram mais familiar. Jesus agora afirmada e deu uma perspectiva mais completa para que a verdade, a verdade Seus discípulos pensaram estava sendo contrariada e frustrado tanto por Sua rejeição pelos líderes judeus e por sua própria incapacidade de fazer valer o seu divino poder e glória.

    Em Filho do Homem para Thee I Cry , um velho e out-da-print hino por um autor desconhecido, encontramos estas verdades encantadores:

    Aquele que chorou acima da sepultura,
    Aquele que acalmou a onda de fúria,
    Meek a sofrer, forte para salvar,
    Ele virá em glória!

     

    Ele, que via de tristeza trilhado,
    Ele que toda boa bestowed-
    Filho do Homem e Filho de Deus-
    Ele virá em glória.

     

    Ele que sangrou com flagelação dolorido,
    Espinhos e escarlate humildemente usava,
    Aquele que cada tristeza bore-
    Ele virá em glória.

     

    Monarch da O rosto ferido,
    Escárnio de judeus e desprezo de grego,
    Sacerdote e Rei, divinamente mansidão
    Ele virá em glória.

     

    Aquele que morreu para nos libertar,
    Aquele que vive e ama me e'en,
    Aquele que vem a quem vou ver, Jesus só-só He-
    Ele reinará em glória!
    Para aqueles que conhecem e amam o Senhor Jesus Cristo, Sua volta em glória é uma promessa reconfortante e emocionante que lhes enche de grande esperança e expectativa. Como os santos sob o altar celestial (Apocalipse 6:9-10), eles se perguntam quanto tempo o Senhor vai permitir que o mundo seguir seu caminho pecaminoso antes de intervir no poder soberano e trazer a justiça, equidade e justiça ao mundo. Eles se perguntam com o salmista: "Até quando, ó Deus, o adversário injuriarem, e que o inimigo desprezar o teu nome?" (Sl 74:10;. Conforme 35:17). Em resposta à promessa de Jesus: "Sim, venho sem demora" rezam com João: "Amém. Vem, Senhor Jesus" (Ap 22:20).

    Neste ponto no ministério de Jesus, os discípulos especialmente necessário uma palavra de esperança de seu Senhor. Ele tinha acabado de dizer-lhes a sua iminente sofrimento e da morte e das condições exigentes do verdadeiro discipulado, de tomar a sua própria cruz e de desistir da própria vida, a fim de salvá-lo (Mt 16:21-25). Talvez pela primeira vez, ele estava se tornando claro para eles que o caminho de Cristo é o caminho da abnegação, sacrifício, a rejeição, a perseguição, e muito possivelmente o martírio. Ele estava começando a nascer em-lhes que o caminho de Cristo é o caminho da obediência voluntária a qualquer preço. Ele está dizendo não a facilidade, conforto, dinheiro e prazer e de dizer sim a dor, a luta, perseguição e guerra espiritual por causa dele.

    O Warning

    e então recompensará a cada um segundo as suas obras. (16: 27b)

    Em Sua vinda gloriosa de Jesus também então recompensará a cada um segundo as suas obras. O crente aguarda com expectativa a segunda vinda, na esperança de compartilhar seus grandes glória enquanto que o incrédulo pode olhar para a frente apenas no medo de ser condenado no âmbito do Senhor julgamento. Todo homem aqui é abrangente!

    À luz dessa dupla perspectiva, o retorno do Senhor é agridoce para os crentes que são sensíveis e amorosos. Como João como provado o pequeno livro que ele tomou da mão do anjo (Ap 10:10), eles pensam da segunda vinda como "doce como mel" sobre o seu próprio destino, mas "amarga" a respeito do destino das almas perdidas miríade que não terá nada de Cristo. Foi, talvez, que a verdade que levou Paulo a declarar: "Portanto, conhecendo o temor do Senhor, procuramos persuadir os homens" (2Co 5:11).

    Ao falar aqui de Sua retribuir a cada um segundo as suas obras , Jesus estava falando em termos gerais sobre a segunda vinda, não sobre um evento ou elemento específico dentro dele. Ele estava simplesmente apontando que ele vai ser um momento de glória e recompensa para aqueles que pertencem a Ele e um tempo de julgamento e punição para aqueles que não o fazem. Sua vinda vai resolver o destino de cada homem (conforme João 5:25-29).

    No dia do juízo, todo homem será julgado com base em suas ações. Não é que atos são o meio de salvação, que é pela graça mediante a fé. Mas exteriores de uma pessoa obras são a evidência mais segura de sua condição espiritual interior. As pessoas estão mais conhecida pelos seus frutos, Jesus disse (Mt 7:16). Tiago declarou que "a fé, se não tiver obras, é morta" (Jc 2:17).

    Justo obras não são a fonte da salvação, mas eles são a verificação objectiva de que ela ocorreu. Jesus declarou: "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7:21.). Paulo disse aos crentes de Corinto em sua primeira carta a eles, "o trabalho de cada homem se tornará evidente, porque o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelado a fogo, e o fogo em si irá testar a qualidade do trabalho de cada homem" (1Co 3:13). Em sua segunda carta a eles, ele disse: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um pode ser recompensado por suas obras no corpo de acordo com o que ele fez, seja bom ou mau" (2 Cor. . 5:
    10) Para a igreja em Tiatira o Senhor mesmo declarou: "Vou dar a cada um de vós segundo as suas obras" (Ap 2:23; conforme Ap 20:13).

    Entre as últimas palavras da Escritura é a declaração de Jesus: "Eis que venho sem demora eo meu galardão está comigo, para dar a cada um de acordo com o que ele fez" (Ap 22:12). Durante todo o Novo Testamento é repetidamente deixou claro que "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus", que "retribuirá a cada um segundo as suas obras (Rm 14:12.): Para aqueles que com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade vida eterna;. mas para os que são egoístas, que não obedecer à verdade e obedientes à iniqüidade, ira e indignação Haverá tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal, .. . mas glória, honra e paz a todo aquele que faz o bem "(Rom. 2: 6-10).

    Nenhuma obra verdadeiramente justos pode se manifestar na vida de um descrente, porque ele não tem habitação do Espírito Santo para produzi-los e nenhuma nova natureza divina através do qual a santidade do Espírito pode ser expressa. A vida do crente, por outro lado, é caracterizada por obras de justiça, porque ele tem vida própria e o Espírito de Deus dentro de si, como fonte e energia para essas obras. Uma pessoa que não tem nenhuma evidência de comportamento justo em sua vida não tem nenhuma base para a garantia da salvação, não importa quanto tempo e vocalmente ele pode ter professado ser um cristão.

    No entanto, o honesto, humilde crente sabe que, não importa o quão fielmente ele estuda e obedece a Palavra de Deus e tem comunhão com Ele na oração, ele ainda está muito aquém da justiça perfeita do Senhor. Mas ele também sabe que, "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9). Porque um crente tem dado a sua vida a Jesus Cristo, Seu próprio Espírito produz em nós obras que são dignos de recompensa de Deus.Para o crente, portanto, a verdade que o Senhor então recompensará a cada um segundo as suas obras é uma promessa maravilhosa.

    Para os descrentes, no entanto, que a verdade é um terrível aviso, porque o tribunal de Cristo não terão aceitáveis ​​atos para apresentar ao Senhor como evidência de salvação. Muitos cristãos professos vai dizer ao Senhor "naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? E, em seguida, [Cristo] irá declarar-lhes: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade "(Mateus 7:22-23.).

    Para os incrédulos, esse dia será um dos medo unrelieved como eles finalmente perceber que as boas obras em que tinham sido contando para torná-los bem com Deus nada mais eram do que vestes sujas (conforme Is 64:6.).

    Para todos os homens que haverá um dia de contabilidade, um dia de acerto de contas. Para a levar a cruz, obediente Cristão será um dia de grande alegria e glória, porque ele vai ter provas de que a vida de Deus está dentro dele pela fé em Jesus Cristo. Mas para o impenitente, pecador-rejeitar a Cristo, será um dia de grande terror e tormento, porque ele terá tido nenhuma evidência de vida divina.

    A promessa repetida

    Em verdade vos digo que, há alguns daqueles que estão aqui que não provarão a morte até que vejam o Filho do homem no seu reino. (16:28)

    À luz da crescente oposição de Jesus pelos líderes religiosos judeus e suas predições sobre iminente sofrimento e da morte, foi, sem dúvida, com algum cepticismo que os discípulos ouviram a promessa de seu Senhor de um dia retornar em glória "Se fôssemos tão confusa sobre seu primeiro chegando ", eles podem ter fundamentado," por que devemos ter esperanças sobre a segunda vinda de qual sabemos tão pouco? " Tudo o que parecia certo de neste momento era que a obra de seu Senhor parecia ser um fracasso absoluto, que Ele estava diante da morte iminente, e que Ele lhes havia ordenado a aceitar de bom grado o mesmo destino. Portanto, a compreensão espanto dos discípulos e fé fraca, Jesus repetiu a promessa, acrescentando que "alguns dos que estão aqui ... não provarão a morte até que vejam o Filho do Homem no seu reino".

    Taste morte era uma expressão comum entre os judeus que se refere a beber o cálice da morte, em outras palavras, para morrer. Jesus assegurou aos Doze que, antes da morte, alguns deles veriam no seu reino .

    Porque todos os Doze morreram há muito e Jesus ainda não voltou depois de quase dois mil anos, muitas pessoas têm tropeçou este texto. Mas porque Jesus era incapaz ou de mentir ou de errar, que deveria ser óbvio que ele não estava dizendo que alguns deles não iria morrer fisicamente antes de Sua segunda vinda real.
    Para entender corretamente o que Jesus quis dizer, é antes de tudo útil saber que basileia ( reino ) foi muitas vezes usado como uma metonímia para significar 'majestade real "ou" nobre esplendor "-em grande parte da mesma forma que cetro tem sido muito utilizado em sentido figurado para representar o poder e autoridade. utilizado dessa forma real basileia remete para uma manifestação da realeza de Jesus, em vez de Seu reino terrestre literal. Sua promessa, portanto, poderia ser traduzido, " até que eles verão o Filho do Homem no seu esplendor real. "

    No início de seu sermão de Pentecostes Pedro cita uma extensa passagem do profeta Joel (Atos 2:28-32), uma passagem que diz respeito especificamente aos eventos que "será nos últimos dias" (At 2:17; conforme Jl 2:28). Referindo-se aos acontecimentos dramáticos que acabara de ocorrer, no Dia de Pentecostes, Pedro disse: "Isto é o que foi dito pelo profeta Joel" (At 2:16). No entanto, é óbvio que todos esses eventos não ocorreu no Pentecostes. O Espírito de Deus não foi derramado sobre toda a humanidade; não havia "sinais em baixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumaça"; eo sol não estava "se transformou em trevas" ou "lua em sangue" (Atos 2:17-21). Os acontecimentos desse dia maravilhoso como eram, não assinalou a segunda vinda. No dia de Pentecostes não foi "nos últimos dias" de que Joel falou.

    No entanto, os eventos do Pentecostes fossem um vislumbre e antegozo dos últimos dias, como Pedro declara no versículo 16. O "ruído como um violento, vento impetuoso", que "encheu toda a casa onde eles [os 120 crentes que tinham se reunido para a oração] estavam sentados, "o aparecimento de" línguas como de fogo "que" pousaram sobre cada um deles ", e serem cheios do Espírito e habilitado" a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem "(2: 2-4) foram prenuncia dos Senhores segunda vinda glória. Em certa medida, todos do ensino de Jesus divino e milagres e do ensino e milagres dos apóstolos eram um vislumbre do tipo de fenômeno que vai caracterizar que a futura glória. Eles eram um gosto de "a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro" (He 6:5; Lucas 9:27-36) e, como mencionado acima, basileia pode ser traduzida como "esplendor real" —Parece que Jesus aqui deve estar se referindo especificamente a sua transfiguração única e impressionante diante de Pedro, Tiago e João, apenas seis dias depois (ver 17: 1). Esses três discípulos estavam a alguns entre os Doze, que não morreria até que, em uma visualização mais milagrosa eles verão o Filho do Homem no seu reino.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 16 do versículo 1 até o 28

    Mateus 16

    Cegos aos sinais — Mat. 16:1-4

    A levedura perigosa — Mat. 16:5-12

    13 40:16-16'>O cenário do grande descobrimento — 13 40:16-16'>Mat. 16:13-16

    13 40:16-16'>O caráter inadequado das categorias humanas — 13 40:16-16'>Mat. 16:13-16 (cont.)

    A grande promessa — Mat. 16:17-19

    As portas do inferno — Mat. 16:17-19 (cont.)

    O lugar de Pedro — Mat. 16:17-19 (cont.)

    A grande repreensão — Mat. 16:20-23

    O desafio por trás da repulsa — Mat. 16:20-23 (cont.)

    O grande desafio — Mat. 16:24-26

    Perder e achar a vida — Mat. 16:24-26 (cont.)

    A advertência e a promessa — Mat. 16:27-28

    CEGOS AOS SINAIS

    Mateus 16:1-4

    A hostilidade, assim como a necessidade, faz com que as pessoas mais estranhas se unam. É um fenômeno fora do comum encontrar uma união de saduceus e fariseus. Eles sustentavam crenças e políticas diametralmente opostas. Os fariseus viviam segundo as minúcias e os detalhes da lei oral e a dos escribas. Os saduceus rechaçavam imediatamente tal lei, e só aceitavam a palavra escrita da Bíblia como sua norma de vida.

    Os fariseus acreditavam em anjos e na ressurreição da carne e os saduceus não. Paulo fez uso desta oposição quando enfrentou o julgamento do Sinédrio (Atos 23:6-10). E — o que neste caso é o mais importante — os fariseus não eram um partido político. Estavam dispostos a viver sob qualquer governo que lhes permitisse observar seus princípios religiosos. Os saduceus eram a pequena aristocracia enriquecida, o partido colaboracionista e estavam muito dispostos a servir e ajudar ao governo romano a fim de manter sua riqueza e privilégios. Além disso, os fariseus esperavam e desejavam a chegada do Messias, os saduceus não. Teria sido impossível encontrar duas seitas e partidos mais diferentes; e entretanto, uniram-se em seu malvado desejo de eliminar a Jesus. Todo engano tem uma coisa em comum: é hostil a Cristo.

    O que fariseus e saduceus exigiam era um sinal. Como já vimos, os judeus tinham o costume de esperar que um profeta ou líder legitimasse sua mensagem mediante algum sinal extraordinário (Mateus 12:34-40). A resposta de Jesus é que o sinal está aí, pode ser visto. Os judeus conheciam muito bem os fenômenos climáticos. Sabiam que o céu vermelho ao entardecer anunciava bom tempo; e que um céu vermelho pela manhã indicava que se aproximava uma tormenta. Mas eram cegos aos sinais dos tempos.

    De maneira que Jesus lhes disse que o único sinal que receberiam seria o sinal de Jonas. Já vimos o que era o sinal de Jonas (Mateus 12:38-40). Jonas foi o profeta que converteu o povo do Nínive e que o desviou de seus maus costumes para Deus. O sinal que fez com que o povo de Nínive se voltasse para com Deus não foi o fato de que um monstro marinheiro tragasse a Jonas. Não sabiam nada sobre isso, e Jonas jamais o usou como isca de peixe. O sinal de Jonas foi o próprio Jonas e sua mensagem de Deus. Foi o surgimento do profeta e a mensagem que trazia o que mudou a vida do povo de Nínive.

    Assim, o que diz Jesus é que o sinal de Deus é o próprio Jesus e sua mensagem. É como se lhes dissesse: "Em Mim vocês se confrontam com Deus e com a verdade de Deus. Que mais podem necessitar? Mas são tão cegos que não podem vê-lo." Aqui há um verdade e uma advertência. Jesus Cristo é a última palavra de Deus. A revelação de Deus não pode ir além de Jesus Cristo. Aqui está Deus de maneira evidente, para que todos o vejamos. Aqui está a mensagem de Deus, bem clara, para que todos a escutemos. Aqui está o sinal de Deus para os homens. A verdade que também é uma advertência é que se Jesus não pode chegar aos homens, não há nada que possa obtê-lo. Se Jesus não pode convencer os homens, ninguém pode fazê-lo. Se os homens não podem ver a Deus em Jesus, não podem vê-lo em nada nem em ninguém. Quando nos confrontamos com Jesus Cristo, encontramo-nos frente à última palavra de Deus, e frente a seu último chamado. E sendo assim, o que pode esperar o homem que rechaça essa última oportunidade, que chega a ouvir essa última palavra, que não aceita esse último chamado?

    A LEVEDURA PERIGOSA

    Mateus 16:5-12

    Aqui nos encontramos com uma passagem muito difícil. De fato, podemos afirmar que só podemos conjeturar seu significado. Jesus e seus discípulos tinham empreendido a viagem para a outra margem do lago e os discípulos tinham esquecido de levar pão. Por alguma razão, sentiam— se muito preocupados e molestos por seu descuido. Jesus lhes disse: "Olhem, guardem-se da levedura dos fariseus e dos saduceus." Ora, a palavra levedura tem dois sentidos. Tem um sentido físico e literal. A levedura era uma pequena parte de massa fermentada, e sem levedura nos ingredientes não se podia cozinhar o pão. Esse foi o sentido em que os discípulos compreenderam a Jesus quando este falou de levedura. Tendo seus pensamentos concentrados no pão que tinham esquecido, só podiam imaginar que Jesus os advertia contra certo tipo de levedura perigosa.
    É bem possível que pensassem o seguinte: esqueceram-se de trazer pão, isso significava que se queriam obter pão deviam comprá-lo dos gentios do outro lado do lago. Ora, nenhum judeu que fosse estritamente ortodoxo podia comer pão que tinha sido cozinhado, tocado ou amassado por um gentio. De maneira que o problema de obter pão do outro lado do lago era algo insolúvel. Os discípulos se esqueceram de levar pão, e podem ter pensado que Jesus dizia: "Vocês esqueceram o pão que é puro porque é judeu, cuidem-se de não se sujarem quando chegarem ao outro lado do lago ao comprar pão que contém levedura impura."
    Seja como for, os discípulos só pensavam no pão. De maneira que Jesus lhes pediu que lembrassem. "Lembrem-se", disse-lhes Jesus, "da alimentação dos cinco mil, e dos quatro mil; e lembrem quanto houve para comer e tudo o que sobrou. E quando vocês relembrarem estas coisas, sem dúvida deixarão de se preocuparem e se alterarem por insignificâncias. Vocês já viram que, estando Eu presente, essas insignificâncias se solucionaram, e se podem voltar a solucionar. Não se preocupem mais e tenham confiança em mim."
    Expressou-o de maneira tão clara que os discípulos não puderam deixar de entender. Então Jesus repetiu sua advertência: "Cuidem-se da levedura dos fariseus e saduceus!" Agora, levedura tem outro sentido que não é físico e literal, mas metafórico. Levedura era a expressão metafórica que empregavam os judeus para referir-se a uma má influência. Para a mentalidade judia, a levedura sempre simbolizava o mal. Fermentava a massa. O judeu identificava fermentação com putrefação: a levedura representava tudo o que é mau, corrupto, podre. A levedura tem o poder de penetrar qualquer parte de massa em que for posta. De maneira que a levedura simbolizava uma má influência capaz de penetrar na vida e corrompê-la. Agora os discípulos compreenderam. Deram-se conta de que Jesus não se referia ao pão, mas sim lhes formulava uma advertência contra a má influência do ensino e as crenças dos fariseus e saduceus.
    Qual seria essa má influência? No que Jesus poderia estar pensando ao falar contra a má influência do ensino dos fariseus e saduceus? Isso é algo sobre o qual só podemos fazer conjeturas; mas conhecemos as características da mentalidade dos fariseus e saduceus.

    1. Os fariseus viam a religião em termos de leis, mandamentos, normas e regras. Viam a religião em termos de ritual externo e pureza exterior. De maneira que Jesus diz: "Cuidem-se de converter sua religião em uma série de 'não deves' como faziam os fariseus. Cuidem-se de identificar a religião com uma série de ações externas e esquecer que o que importa é o estado do coração do homem." Esta é uma advertência contra o viver no legalismo e denominá-lo religião. É uma advertência contra uma religião de coisas exteriores. Para expressá-lo em termos modernos é uma advertência contra uma religião de respeitabilidade exterior, que se interessa pelas ações externas da pessoa e esquece o estado de seu coração.
    2. Os saduceus tinham duas características, intimamente relacionadas entre si. Eram ricos e aristocráticos, e estavam muito comprometidos com política. De maneira que o que Jesus dizia podia ser o seguinte: "Cuidem-se para jamais identificar o reino do céu com bens externos e de fixar suas esperanças em convertê-lo em uma atividade política." Esta pode ser uma advertência contra a tendência a dar muita importância às coisas materiais em nossa escala de valores e contra o fato de pensar que se pode reformar os homens por meia da ação política. Pode ser que Jesus estivesse relembrando aos homens que a prosperidade material não é, por certo, o bem supremo. As verdadeiras bênçãos são as do coração e a mudança autêntica não é o das circunstâncias externas, mas a mudança que se produz no coração dos homens.

    O CENÁRIO DO GRANDE DESCOBRIMENTO

    13 40:16-16'>Mateus 16:13-16

    Aqui temos o relato de outro dos retiros de Jesus. Aproximava-se o fim e necessitava todo o tempo que pudesse para estar a sós com seus discípulos. Tinha tantas coisas a lhes dizer e tantas coisas a lhes ensinar, embora houvesse muitas coisas que eles não podiam tolerar nem compreender. Com esse fim se retirou aos distritos da Cesaréia de Filipe. Cesaréia de Filipe se encontra a uns quarenta e seis quilômetros ao nordeste do mar da Galiléia. Estava fora do território pertencente o Herodes Antipas, governador da Galiléia, e dentro da região pertencente o Felipe o tetrarca. A maior parte da população não era judia e ali Jesus estaria tranqüilo e poderia ensinar aos Doze.
    Enfrentar a Jesus neste momento era um problema muito delicado. Seu tempo era breve, seus dias na carne estavam contados. O problema era: Havia alguém que podia entendê-lo? Havia alguém que o tinha reconhecido pelo que era e por quem era? Havia alguém que, uma vez que ele se fosse da carne, continuaria sua obra e trabalharia para seu

    Reino? Não cabe a menor dúvida de que se tratava de um problema crucial. Para expressá-lo com toda crueldade, afetava a própria sobrevivência da fé cristã. Se não havia ninguém que tivesse compreendido a verdade, ou ao menos a tivesse vislumbrado, todo seu trabalho desapareceria; se havia alguns, embora fossem poucos, que tivessem entendido a verdade, sua obra estava a salvo. De maneira que Jesus se propôs a pôr tudo isto à prova e perguntar a seus seguidores quem eles criam que Ele era.

    O lugar onde Jesus fez a pergunta reveste-se de um profundo interesse. Pode haver poucos lugares que suscitassem mais associações religiosas que Cesaréia de Filipe.

    1. O território estava coberto de templos do antigo culto ao Baal sírio. Em The Land and the Book, Thomson menciona não menos de quatorze desses templos nas proximidades. Tratava-se de um território cujo próprio ar e atmosfera exalavam o fôlego da antiga religião. Era um lugar à sombra dos deuses da antiguidade.
    2. Os deuses sírios não eram os únicos venerados no lugar. Perto de Cesaréia de Filipe se erguia uma grande colina, e nela havia uma caverna profunda. Dizia-se que nessa caverna tinha nascido Pão, o grande deus da natureza. Cesaréia de Filipe estava tão identificada com esse deus que seu nome original era Panias, e, até o momento atual recebe o nome do Banias. As lendas dos deuses gregos se reuniam ao redor de Cesaréia de Filipe.
    3. Além disso, afirmava-se que nessa caverna era onde surgiam as fontes do Jordão. Josefo escreve: "Trata-se de uma cova muito espaçosa na montanha debaixo da qual há uma grande cavidade na terra. A caverna é abrupta e prodigiosamente profunda e cheia de águas tranqüilas. Por cima se eleva uma montanha muito alta e por baixo da caverna brotam as fontes do rio Jordão." A mera idéia de que este fosse o lugar de onde surgia o rio Jordão o acalmaria de toda a história e a lembrança de todo o passado judeu, qualquer judeu devoto e piedoso respiraria ali o ar da antiga fé do judaísmo.
    4. Mas havia algo mais. Em Cesaréia de Filipe havia um grande templo de mármore branco construído à divindade de César. Foi construído por Herodes o Grande. Josefo diz: "Herodes adornou mais ainda o lugar, que já era muito notável, com a construção deste templo, que dedico a César." Em outra passagem Josefo descreve a caverna e o templo: "E quando César entregou a Herodes outra região mais, também construiu nela um templo de mármore branco, junto às fontes do Jordão. O lugar se chama Panio, onde se encontra o topo de uma montanha imensa e junto a ela, abaixo ou a seus pés, abre-se uma caverna. Dentro dela há um precipício espantoso que desce de maneira abrupta a uma profundidade imensa. Contém uma enorme quantidade de água que está parada, e quando alguém faz baixar algo para medir a profundidade, não há corda que alcance."

    Assim, pois, Herodes construiu o templo à divindade de César. Mais adiante, Felipe, o filho de Herodes, embelezou e enriqueceu o templo mais ainda e mudou o nome de Panias por Cesaréia — a cidade de César — e acrescentou seu próprio nome — Filipo que significa de Felipe — para diferenciá-la da cidade da Cesaréia que estava sobre as costas do Mediterrâneo. Mais tarde Herodes Agripa chamaria Neronea ao lugar, em honra do imperador Nero. Ninguém podia olhar à Cesaréia de Filipe, embora à distância, sem ver esse montão de mármore brilhante e sem pensar no poderio e a divindade de Roma.

    De maneira que nos encontramos ante uma imagem dramática. Vemos um carpinteiro da Galiléia, sem um centavo, sem lar, com doze homens muito simples a seu lado. Nesse momento a elite ortodoxa de sua época está elaborando um plano mediante o qual pensa eliminá-lo e destruí-lo como um herege perigoso. Encontra-se em uma região cheia de templos dos deuses sírios; em um lugar que contemplavam os deuses gregos; em um lugar onde a história do Israel enchia as mentes dos homens, onde o esplendor de mármore branco da casa em que se rendia culto a César dominava a paisagem e obrigava à vista a posar-se nele. E ali — entre todos os lugares possíveis — se ergue este surpreendente carpinteiro e pergunta aos homens quem acreditam que Ele é, e espera a resposta: o Filho de Deus. É como se Jesus se levantasse a propósito contra o pano de fundo das religiões do mundo em toda sua história e seu esplendor e exigisse que o comparassem com elas e que se decidissem em favor dEle. Há poucas cenas em que a consciência de sua própria divindade brilha com uma luz mais maravilhosa em Jesus.

    O CARÁTER INADEQUADO DAS CATEGORIAS HUMANAS

    13 40:16-16'>Mateus 16:13-16 (continuação)

    Assim, pois, em Cesaréia de Filipe Jesus planejou exigir uma decisão de seus discípulos. Antes de partir para Jerusalém e para a cruz deve saber se algum deles vislumbrou embora de maneira remota quem e o que Ele é. Não formulou a pergunta em forma direta, conduziu-os para ela. Começou perguntando o que diziam as pessoas sobre Ele, e quem acreditavam que era.
    Alguns diziam que era João Batista. Herodes Antipas não era o único que sentia que João Batista era uma figura de tanta importância que podia ser que tivesse ressuscitado dentre os mortos.

    Outros diziam que era Elias. Ao fazê-lo afirmavam duas coisas sobre Jesus. Diziam que era tão grande como o maior dos profetas, porque sempre se considerou Elias como a cúspide, o topo e o príncipe da linha profética. Também diziam que Jesus era o precursor do Messias. Como Malaquias expressou, a promessa de Deus era: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR” (Ml 4:5). Até o dia de hoje os judeus esperam a vinda de Elias antes da chegada do Messias, e até o dia de hoje deixam uma cadeira vazia para Elias quando celebram a Páscoa, porque quando chegar Elias, o Messias não demorará. De maneira que o povo via Jesus como o arauto do Messias e o precursor da intervenção direta de Deus.

    Alguns diziam que Jesus era Jeremias. Jeremias ocupava um lugar estranho nas expectativas do povo de Israel. Acreditavam que antes que o povo partisse para o exílio Jeremias tinha tirado o arca e o altar do incenso do templo e os tinha oculto em um lugar solitário no Monte Nebo e que, antes da chegada do Messias, Jeremias voltaria e os devolveria e a glória de Deus voltaria para povo (2 Macabeus 2:1-12). Em 2 Ed 2:18 a promessa de Deus é: "Para sua ajuda enviarei a meus servos 1saías e Jeremias."

    Há uma lenda muito curiosa dos tempos das guerras macabéias. Antes da batalha com Nicanor, na qual o comandante judeu era o grande Judas Macabeu, Onias, o bom homem que tinha sido sumo sacerdote, teve uma visão. Orou pelo triunfo na batalha. "Logo se apareceu também um homem que se distinguia por sua idade e sua dignidade, rodeado de admirável e majestosa soberania. Onias havia dito: 'Este é o que ama a seus irmãos, que ora muito por seu povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus.' Jeremias, tendendo sua mão direita entregou a Judas uma espada de ouro, e ao dá-la, pronunciou estas palavras: 'Recebe, como presente de parte de Deus esta espada sagrada com a qual destroçarás aos inimigos."' (2 Macabeus 15:13-16). Jeremias também era o precursor da chegada do Messias e a ajuda para seu povo em tempos de perigo. Segundo sua própria opinião, quando as pessoas identificavam a Jesus com Elias ou com Jeremias, elas o estavam elogiando e lhe dando um lugar muito alto, porque Jeremias e Elias eram nada menos que os precursores esperados do Ungido de Deus. Quando eles chegassem o Reino estaria muito perto.
    De maneira que, uma vez que Jesus ouviu o veredicto da multidão, formula a pergunta fundamental: "E vós, quem dizeis que sou eu?" Ante essa pergunta pode ser que se produziu um instante de silêncio, enquanto que na mente dos discípulos se amontoavam idéias que quase temiam expressar com palavras. E logo Pedro faz seu grande descobrimento e sua grande confissão, e Jesus sabe que sua obra está a salvo porque pelo menos há uma pessoa que o compreende.
    É interessante assinalar que cada um dos três evangelhos tem sua própria versão das palavras do Pedro. Mateus diz: "Tu és o Cristo, o

    Filho do Deus vivo." Marcos é o mais sucinto de todos (Mc 8:19): "Tu és o Cristo." Lucas é o mais claro (Lc 9:20): "O Cristo de Deus."

    Agora Jesus sabia que pelo menos uma pessoa o tinha reconhecido como o Messias, o Ungido de Deus, o Filho do Deus vivo. A palavra Messias e a palavra Jesus são idênticas; uma é a versão hebraica e a outra a versão grega da expressão O Ungido de Deus. Naquela época, e também em nossos dias, ungia-se aos reis quando iniciavam suas funções. O Messias, o Cristo, o Ungido de Deus é o Rei divino de Deus sobre os homens.

    Nesta passagem há duas grandes verdades.

    1. Em essência, o descobrimento do Pedro expressa que as categorias humanas, inclusive as mais excelsas eram inadequadas para descrever a Jesus Cristo. Quando as pessoas descreviam a Jesus como Elias ou Jeremias ou um dos profetas, acreditavam que estavam pondo a Jesus na maior categoria que podiam encontrar. Elias era o precursor que todos os homens esperavam; Jeremias também ocupava um lugar no reino divino e era o auxiliar do povo de Deus nos dias de perigo. Os judeus acreditavam que a voz dos profetas tinham permanecido em silêncio durante quatrocentos anos, e o que agora afirmavam era que, em Jesus, os homens voltavam a ouvir a voz direta e autêntica de Deus. Estas são alegrias muito importantes, porém não são suficientes, porque não há categorias, descrições ou classificações cristãs adequadas para descrever a Jesus. Em uma ocasião Napoleão deu seu veredicto sobre Jesus. "Eu conheço os homens", disse, "e Jesus Cristo é mais que um homem." Não há a menor dúvida de que Pedro não poderia ter dado uma explicação teológica nem uma explicação filosófica melhor do que quis dizer ao afirmar que Jesus era o Filho do Deus vivente. Pelo que se estava muito seguro era de que nenhuma descrição meramente humana era adequada para referir-se a Jesus Cristo.
    2. Esta passagem nos indica que nossa descoberta de Jesus Cristo deve ser uma descoberta pessoal. A pergunta de Jesus é: "Você, o que pensa você de mim?" Quando Pilatos perguntou a Jesus se era o rei dos judeus, a resposta de Jesus foi: "Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito?" (João 18:33-34). Nosso conhecimento de Jesus jamais pode ser de segunda mão. Alguém pode conhecer tudo o que se tem dito a respeito de Jesus; pode conhecer todas as cristologias concebidas pela mente do homem; pode ser capaz de brindar um resumo competente do ensino sobre Jesus que fizesse cada pensador e teólogo do mundo — e, entretanto, não ser cristão. O cristianismo nunca consiste em conhecer algo sobre Jesus; sempre consiste em conhecer a Jesus. Jesus Cristo exige um veredicto pessoal. Não só perguntou a Pedro; pergunta a cada homem: " Você, o que pensa a meu respeito?"

    A GRANDE PROMESSA

    Mateus 16:17-19

    Esta passagem é uma das que provocam tormentas nas interpretações do Novo Testamento. Sempre foi difícil enfocá-la com tranqüilidade e sem preconceito, porque é o fundamento sobre o qual os católicos romanos apóiam a posição do Papa e da Igreja. A Igreja Católica Romana a entende no sentido de que a Pedro foram entregues as chaves que admitem ou excluem aos homens do céu, e que lhe foi dado o poder de absolver ou não a qualquer pessoa de seus pecados. Além disso, a Igreja Católica Romana sustenta que, com esses enormes poderes Pedro se tornou o bispo de Roma, e que seu poder se transmitiu a todos os bispos de Roma e existe na atualidade no Papa que é a cabeça da Igreja e o bispo de Roma. É fácil comprovar quão impossível é tal doutrina para qualquer crente protestante Também é fácil entender que tanto protestantes como católicos enfoquem esta passagem, não com o desejo sincero de interpretar seu significado, e sim com o firme propósito de não ceder um milímetro em sua posição e, se for possível, destruir a do outro. Busquemos, pois, achar o significado desta passagem.

    Encontramos nela um trocadilho. Em grego Pedro se diz Petros e rocha se diz petra. O nome de Pedro em aramaico é Cephas, e tal é o nome aramaico para rocha. Em ambos os idiomas nos achamos diante de um trocadilho. Tendo Pedro feito a sua grande descoberta e confissão, Jesus lhe diz: "Tu és Petros e sobre esta petra edificarei a minha igreja."

    Devemos começar por assinalar que, além de qualquer outra coisa, a palavra implica um enorme louvor. E não é uma metáfora estranha ou insólita no pensamento judeu. Os rabinos aplicavam a palavra rocha a Abraão. Tinham um dito: "Quando o Santo viu a Abraão que estava por erguer-se, disse: 'Descobri uma rocha (petra) sobre a qual posso fundar o mundo'. De maneira que chamou a Abraão rocha (sul), e por isso se diz: 'Olhe a rocha da qual saíste.'" Abraão era a rocha sobre a qual se fundou a nação e o propósito de Deus. Mais ainda, a palavra rocha (sul) aplica— se uma e outra vez ao próprio Deus. "Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita" (Dt 32:4). "Porque a rocha deles não é como a nossa Rocha" (Dt 32:31). "Rocha não há, nenhuma, como o nosso Deus" (1Sm 2:2). "O SENHOR é minha rocha e minha fortaleza, e meu libertador" (2Sm 22:2). A mesma frase aparece no Sl 18:2. "Que rocha há fora de nosso Deus?" (Sl 18:31). A mesma frase se encontra em 2Sm 22:32.

    Há uma coisa que é muito clara. Chamar a alguém rocha é o maior dos louvores; e também é evidente que nenhum judeu que conhecesse o Antigo Testamento, podia empregar a frase sem que sua mente se voltasse para Deus que era a única rocha autêntica que o defenderia e procuraria sua salvação. O que quis dizer Jesus, então, quando empregou a palavra rocha nesta passagem? Foram dados pelo menos quatro respostas a essa pergunta.

    1. Agostinho interpretou que a rocha significava o próprio Jesus. É como se Jesus tivesse dito: "Você é Pedro, e sobre mim mesmo como rocha fundarei minha igreja, e chegará o dia em que, como recompensa por sua fé, você será grande dentro da igreja."
    2. A segunda explicação é que a rocha é a verdade que afirma que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo. A Pedro foi divinamente revelada essa grande verdade. Deus mesmo foi quem abriu os olhos de Pedro a esse grande descobrimento. Com efeito, o fato de que Jesus Cristo é o Filho de Deus é a pedra basal da fé e a crença da Igreja. Sobre essa grande verdade se funda a Igreja pelos séculos dos séculos. Esta explicação sustenta que a verdade divinamente revelada de que Jesus é o Filho de Deus é o único fundamento sobre o qual se apóia a Igreja. Não há dúvida de que isto é certo, porém não parece destacar o trocadilho que aparece na passagem.
    3. A terceira explicação é que a rocha é a fé de Pedro. A Igreja se funda sobre a fé de Pedro. Essa fé de Pedro foi a faísca que acenderia a fé da Igreja em todo o mundo. A fé de Pedro foi o ímpeto inicial que algum dia faria surgir a Igreja universal.
    4. Chegamos à última interpretação, que é a melhor. Consiste em que Pedro mesmo é a rocha, mas em um sentido especial. Não é a rocha sobre a qual se funda a Igreja; essa rocha é Deus. É a primeira pedra basal de toda a Igreja. Pedro foi o primeiro homem da Terra que descobriu quem era Jesus. Foi o primeiro homem que efetuou o salto de fé que via em Jesus Cristo o Filho do Deus vivo. Em outras palavras, Pedro foi o primeiro membro da Igreja e, nesse sentido, a Igreja está fundada sobre ele. Este é o significado. É como se Jesus tivesse dito a Pedro: "Pedro, você é o primeiro em compreender quem sou eu; portanto, é a primeira pedra, a pedra fundamental, o princípio mesmo da Igreja que fundo." E nos séculos por vir, qualquer um que faz o mesmo descobrimento que Pedro fez é outra pedra que se acrescenta ao edifício da Igreja de Cristo.

    Assinalemos duas coisas que ajudam a esclarecer isto.
    (1) Com muita freqüência, a Bíblia emprega figuras com um propósito definido. Não é preciso acentuar os detalhes da imagem, o que importa é o objetivo central. Agora, com relação à Igreja o Novo Testamento emprega com muita freqüência a imagem de edificar, mas a utiliza com muitos propósitos e de diversos pontos de vista. Aqui Pedro é o fundamento, no sentido de que é a pessoa sobre a qual se edifica toda a Igreja, porque foi o primeiro em descobrir quem foi Jesus. Em Ef 2:20 se afirma que os profetas e os apóstolos são o fundamento da Igreja. A Igreja terrestre, falando da perspectiva humana, depende de sua obra, de seu testemunho e de sua fidelidade. Na mesma passagem Jesus Cristo é a principal pedra angular; é o poder e a força que mantém unida a Igreja. Sem Ele todo o edifício se desintegraria e viria abaixo. Em I Pedro 2:4-8 todos os cristãos são pedras vivas que devem ser edificadas dentro da Igreja. Em 1Co 3:11 Jesus é o único fundamento e ninguém pode estabelecer outro.

    É evidente que os escritores do Novo Testamento tomaram a imagem da edificação e a empregaram de diferentes maneiras. Mas por trás de todas essas imagens sempre está a noção de que Jesus Cristo é o verdadeiro fundamento da Igreja e o único poder que mantém unida a Igreja. Quando Jesus disse ao Pedro que sobre ele edificaria sua igreja, não quis dizer que a igreja dependeria de Pedro, visto que dependia de Cristo e de Deus, a Rocha, e de ninguém mais. O que quis dizer foi que a igreja começava com Pedro. Nesse sentido Pedro é o fundamento da igreja e essa é uma honra que nenhum homem pode tirar.
    (2) O segundo elemento que se deve destacar é que a palavra igreja (ekklesia) empregada nesta passagem transmite uma impressão um tanto errônea. Quando ouvimos a palavra igreja tendemos a pensar em nossa própria igreja. Ou pelo menos tendemos a pensar na igreja como uma instituição e organização com edifícios, escritórios, cultos, reuniões, entidades várias e todo tipo de atividades. O mais provável é que Jesus tenha empregado a palavra quahal, que é o termo que emprega o Antigo Testamento para referir-se à congregação de Israel, a reunião do povo do Senhor. O que Jesus a disse a Pedro foi: "Pedro, você é o começo do novo Israel, do novo povo do Senhor, da nova comunhão dos que crerem em meu nome. Pedro foi o primeiro do grupo de pessoas que creram em Jesus. O que começou com Pedro não foi uma igreja, no sentido humano, muito menos no sentido denominacional. O que começou com Pedro foi a união de todos os que crêem em Jesus Cristo, que não se identifica com nenhuma igreja e que não se limita a nenhuma delas em particular, mas sim abraça a todos aqueles que, em todas as Iglesias, amam ao Senhor.

    De maneira que podemos afirmar que a primeira parte desta controvertida passagem significa que Pedro é a pedra fundamental da igreja no sentido de que é o primeiro desse imenso grupo que declara com alegria seu próprio descobrimento de que Jesus Cristo é Senhor; mas que em última instância, Deus mesmo é a Rocha sobre a qual se edifica a igreja.

    AS PORTAS DO INFERNO

    Mateus 16:17-19 (continuação)

    Jesus prossegue dizendo que as portas do inferno não prevalecerão contra sua igreja, o que significam essas palavras? A idéia de portas que prevalecem não é, de qualquer ponto de vista, uma imagem natural e facilmente compreensível.
    Esta também tem mais de uma explicação.

    1. Pode ser que seja a imagem de uma fortaleza. Esta figura poderia apoiar-se no fato de que no topo da montanha que flanqueava a Cesaréia de Filipe se encontram na atualidade as ruínas de um grande castelo que pode ter sido levantado em todo seu esplendor na época de Jesus. Pode ser que Jesus tenha estado pensando em sua igreja como uma fortaleza e nas forças do mal como uma fortaleza inimiga. E o que diz, então, é que o poderio do mal jamais prevalecerá contra a igreja.
    2. Richard Glover tem uma explicação muito interessante desta frase. No antigo Oriente, especialmente nas pequenas cidades e aldeias, a Porta sempre era o lugar onde se reuniam os anciãos e os governantes e onde pronunciavam seus conselhos e emitiam seus julgamentos. Por exemplo, a lei estabelece que se um homem tiver um filho rebelde e desobediente deve levá-lo "aos anciãos da cidade, à sua porta" (Dt 21:19), e ali se emitia o julgamento e se fazia justiça. Em Dt 25:7, a mulher que tem um determinado problema é aconselhada a ir "à porta, aos anciãos". A porta era o tribunal popular porque ali se reuniam os anciãos. De maneira que a expressão a porta pode ter chegado a significar o lugar de governo. Durante muito tempo, por exemplo, denominou-se o governo da Turquia de a Sublime Porta. De maneira que o sentido da frase seria: Os poderes, o governo do Hades jamais prevalecerão contra a igreja.
    3. Há uma terceira possibilidade. Suponhamos que voltamos para a idéia de que a rocha sobre a qual se funda a igreja é a crença, a fé e a convicção de que Jesus não é outro senão o Filho do Deus vivo. Ora, esta frase não fala das portas do inferno, mas sim das portas do Hades. E o Hades não era o lugar de castigo e sim o lugar onde, segundo a crença judia primitiva, iam todos os mortos. Como é evidente, a função das portas é manter as coisas dentro, confiná-las, encerrá-las, controlá-las.

    Havia uma só pessoa a quem as portas do Hades não podiam encerrar em seu interior; e essa única pessoa era Jesus Cristo. Ele rompeu os laços da morte. Como diz o autor de Atos: "Era impossível que fosse retido pela morte... Não deixará minha alma no Hades, nem permitirá que seu Santo veja corrupção" (At 2:24, At 2:27). De maneira que isto pode ser nada menos que uma referência triunfante à próxima Ressurreição. Pode ser que Jesus estivesse dizendo: "Vocês descobriram que sou o Filho do Deus vivo. Logo virá o momento em que serei crucificado, e as portas do Hades se fecharão detrás de Mim. Mas não têm poder para me manter dentro delas. As portas do Hades carecem de poder contra mim, o Filho do Deus vivo."

    Seja qual for a interpretação, esta frase expressa de maneira triunfante o caráter indestrutível de Cristo e sua igreja.

    O LUGAR DE PEDRO

    Mateus 16:17-19 (continuação)

    Agora chegamos a duas frases nas quais Jesus descreve certos privilégios que foram concedidos a Pedro assim como certas obrigações que lhe atribuíram.
    (1) Jesus diz que dará a Pedro as chaves do Reino. Esta é uma frase obviamente difícil. E o melhor que podemos fazer é começar estabelecendo aquelas coisas a respeito desta frase sobre as quais podemos estar seguros.

    1. A frase sempre fez referência a uma espécie muito especial de poder. Os rabinos, por exemplo, tinham um dito: "As chaves do nascimento, da chuva, e da ressurreição dos mortos pertencem a Deus." Quer dizer, que Deus é o único que tem o poder de criar vida, de enviar a chuva, e de ressuscitar os mortos. A frase sempre indica um poder único e especial.
    2. No Novo Testamento sempre se aplica esta frase a Jesus. As chaves estão em suas mãos e nas de nenhum outro. Em Ap 1:18 o Cristo ressuscitado diz: "Eu sou o que vivo e fui morto; mas eis aqui que vivo pelos séculos dos séculos, amém. E tenho as chaves da morte e do Hades." Em Ap 3:7 se descreve ao Cristo ressuscitado como: "O Santo, o Verdadeiro, que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre." Está claro que esta frase deve interpretar-se como indicação de um direito divino determinado e seja qual for a promessa que fez a Pedro não se deve interpretar que anula ou infringe um direito que só pertence a Deus e ao Filho de Deus.
    3. Todas estas imagens e usos do Novo Testamento se remontam a uma imagem de Isaías (Is 22:22). Ali Isaías descreve a Eliaquim que terá a chave da casa do Davi sobre seu ombro e que será o único que abrirá e fechará. Ora, o dever do Eliaquim era ser o zeloso guardião da casa. O guardião é quem tem as chaves da casa, quem abre a porta pela manhã e a fecha pela tarde, e através dele os visitantes têm acesso à presença real. De maneira que o que Jesus diz a Pedro é que nos dias por vir Pedro será o guardião do Reino. E no caso do Pedro trata-se de abrir, não de fechar, a porta do Reino. E, de fato, foi isso que aconteceu. No Pentecostes, Pedro, o guardião do Reino, abriu a porta a três mil almas (At 2:41). Abriu a porta ao centurião gentio, Cornélio, de maneira que a porta do Reino girou sobre seus gonzos para dar entrada ao mundo gentio (Atos 10). Atos 15 relata em que forma o Conselho de Jerusalém abriu as portas de par em par aos gentios e como foi o testemunho de Pedro o que o fez possível (At 15:14; Simão é Pedro). A promessa de que Pedro teria as chaves do Reino significava que Pedro seria o meio para abrir a porta que conduz milhares de pessoas a Deus nos dias por vir. O fato concreto é que Pedro não é o único que tem as chaves do Reino. Todo cristão as tem porque cada um de nós pode abrir a porta do Reino a alguém e participar da grande promessa de Jesus Cristo.

    (2) Além disso, Jesus prometeu a Pedro que o que ele atar permaneceria atado, e o que desatar permaneceria desatado.

    Richard Glover interpreta que Pedro exporia os pecados dos homens, os ataria às consciências dos homens, e logo libertaria a estes de seus pecados, falando do amor e do divino perdão de Deus. Trata-se de uma idéia muito bonita e não há dúvida que é verdadeira, porque tal é o dever de todo pregador e professor cristão, mas tem um significado ainda mais rico. Atar e desatar eram expressões judias muito comuns. Eram empregadas especialmente ao referir-se às decisões dos grandes mestres e dos grandes rabinos. Seu sentido mais corrente, que qualquer judeu poderia reconhecer, era permitir e proibir. Atar algo era declará-lo proibido; desatar algo era declará-lo permitido. Estas eram as frases usuais quando se tratava de tomar decisões sobre a lei. De fato, esta era a única coisa que significariam essas frases em um contexto como este. De maneira que o que diz Jesus a Pedro é o seguinte: "Pedro, a você serão atribuídas sérias e pesadas responsabilidades. Você terá que tomar decisões que afetarão o destino de toda a igreja. Nos dias futuros a administração da igreja cairá sobre suas costas. Você será o guia e o diretor da igreja nascente. E as decisões que você fizer serão tão importantes que afetarão as almas dos homens no tempo e na eternidade."

    O privilégio das chaves significava que Pedro seria o encarregado da casa de Deus, seria quem abriria as portas aos homens para que entrassem no Reino. A obrigação de atar e desatar significava que Pedro teria que tomar decisões a respeito da vida e a prática da igreja, que teriam conseqüências do mais longo alcance. E de fato, quando lemos os primeiros capítulos dos Atos vemos que isso foi exatamente o que Pedro fez em Jerusalém, porque cumpriu o dever, a tarefa e o privilégio que recebeu.

    Assim, pois, resumiremos agora esta passagem, que provocou tantas discussões e controvérsias, e ao fazê-lo veremos que não se ocupa de formas eclesiásticas e dos assuntos das Iglesias, mas sim das coisas que se referem à salvação. Jesus disse ao Pedro:

    "Pedro, seu nome significa rocha e seu destino é ser rocha. Você é o primeiro em reconhecer o que sou, e portanto você é a primeira pedra no edifício da comunidade daqueles que me pertencem. Contra essa comunidade não prevalecerão as fortificações do inimigo, assim como tampouco poderão me manter cativo na morte. E no futuro, você será o encarregado de abrir as portas do Reino para que possam entrar judeus e gentios. E você deverá ser o administrador sábio e o guia que resolverá os problemas e dirigirá a tarefa da comunidade nascente e em processo de crescimento."

    Pedro fazia o grande descobrimento, e foi concedido a Pedro o grande privilégio e a grande responsabilidade. É um descobrimento que cada um deve fazer por si mesmo, e uma vez que o tenha feito, recebe o mesmo privilégio e a mesma responsabilidade.

    A GRANDE REPREENSÃO

    Mateus 16:20-23

    A pesar de os discípulos terem captado o fato de que Jesus era o Messias de Deus, ainda não tinha chegado a compreender seu significado. Para eles queria dizer algo completamente diferente do que queria dizer para Jesus. Seguiam pensando em termos de um Messias conquistador, um rei guerreiro, que expulsaria os romanos da Palestina e conduziria Israel ao poder. Foi por isso que Jesus os obrigou a manter silêncio. Se eles se dirigissem às pessoas e pregassem suas idéias, tudo o que conseguiriam seria provocar uma rebelião e um levante trágicos. Só teriam provocado outro estalo de violência, condenado ao fracasso. Antes de pregar que Jesus era o Messias deviam aprender o significado dessas palavras. De fato, a reação de Pedro demonstra o longe que estavam os discípulos de compreender com exatidão o que queria dizer Jesus quando afirmava que era o Messias e o Filho de Deus.
    Assim, pois, Jesus começou a tratar de abrir os olhos deles para que entendessem que para Ele não havia outro caminho senão o da cruz. Disse que devia ir a Jerusalém e sofrer "muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas". Estes eram os três grupos que compunham o Sinédrio. Os anciãos eram as pessoas respeitáveis e respeitadas, os principais sacerdotes eram em sua maioria, saduceus, e os escribas eram fariseus. O que diz Jesus é que deve padecer sob o Sinédrio e sob os líderes religiosos ortodoxos do país. Assim que Jesus pronunciou essas palavras, Pedro reagiu de maneira violenta. Pedro tinha sido criado e sido alimentado com a idéia de um Messias de poder, glória e conquista. Para ele era inacreditável a idéia de um Messias sofredor, relacionar uma cruz com a obra do Messias. “Pedro, chamando-o [a Jesus] à parte” O mais provável é que o rodeasse com um braço protetor para detê-lo em seu intento suicida "Isso", disse Pedro, "não deve nem pode te acontecer." E então veio a grande reprimenda que nos corta a respiração quando a ouvi: “Sai de diante de mim, Satanás” (Trad. Br.)

    Devemos compreender algumas cosas para entender esta trágica e dramática cena.

    Devemos tratar de perceber o tom de voz com que Jesus pronunciou estas palavras. Não há dúvida de que não as disse com ira na voz e apaixonada indignação no olhar. Disse-as como um homem a quem se feriu até o coração, com uma dor profunda, com uma espécie de horror que o fez tremer. Por que Jesus reagiu assim?

    Teve essa reação porque nesse momento lhe veio com uma força cruel a lembrança das tentações que tinha suportado no deserto no começo de seu ministério. Desde o começo tinha sido tentado a tomar o caminho do poder. O tentador disse: "Dê-lhes pão, dê-lhes coisas materiais, e vão segui-lo." "Dê-lhes sensações, dê-lhes coisas maravilhosas", disse o tentador, "e o seguirão." "Faça um acordo com o mundo", disse o tentador. "Reduza suas normas e saia ao encontro do mundo, e o seguirão." Eram exatamente as mesmas tentações com as quais Pedro voltava a confrontá-lo. E estas tentações tampouco tinham estado totalmente ausentes da mente de Jesus. Lucas vê até o fundo do coração do Mestre. No final do relato das tentações, Lucas escreve: "E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo" (Lc 4:13). Uma e outra vez o diabo repetia seus ataques. Ninguém deseja uma cruz, ninguém deseja morrer em uma agonia; até no Getsêmani se repetiu a mesma tentação, a tentação de seguir outro caminho. E aqui foi Pedro quem a apresenta. A dureza e o rigor da resposta de Jesus se deve a que Pedro lhe estava propondo exatamente as mesmas coisas que o diabo lhe sussurrava todo o tempo, as mesmas coisas frente às quais tinha que fazer-se forte. Pedro enfrentava a Jesus com a forma de fugir da cruz que o tentou até o fim.

    É por isso que Pedro era Satanás. O significado literal de Satanás é O Adversário. É por isso que as idéias de Pedro não eram idéias de Deus mas sim do homem. Satanás é qualquer força que trata de nos afastar do caminho de Deus, Satanás é qualquer influência que nos faz retroceder no árduo caminho que Deus põe diante de nós. Satanás é qualquer poder que trata de conseguir que os desejos humanos ocupem o lugar do imperativo divino.

    E o que converteu à tentação em algo mais grave e doloroso foi que procedia de alguém que O amava. Pedro falou desse modo só porque amava a Jesus em tal forma que não podia suportar a idéia de vê-lo nesse caminho terrível e morrendo essa morte espantosa. A tentação mais dura é a que procede do amor protetor. Em algumas ocasiões o amor trata de nos afastar dos perigos que apresenta o caminho de Deus; mas o verdadeiro amor não é o que retém o cavalheiro na casa quando deveria ir lutar, mas o que o envia a cumprir as obrigações de sua honra que não a impõem para converter a vida em algo fácil, mas em algo grande. O amor pode ser tão protetor que trate de evitar a quem ama, a aventura da luta do soldado de Cristo, e a fadiga e a dor do caminho do peregrino de Deus. O que realmente feriu o coração de Jesus e o que fez com que falasse como falou, foi que nesse dia o tentador lhe falou por meio do amor ardente mas equivocado do apaixonado coração de Pedro.

    O DESAFIO POR TRÁS DA REPULSA

    Mateus 16:20-23 (continuação).

    Antes de deixar esta passagem é interessante dar uma olhada a duas interpretações muito antigas da frase: “Para trás de mim, Satanás” (RC). Orígenes sugeriu que quando Jesus pronunciou estas palavras Ele quis dizer a Pedro: "Pedro, seu lugar é atrás de mim, não adiante. Seu lugar consiste em me seguir no caminho que eu escolho, não em me conduzir pelo caminho que você gostaria que eu seguisse." Se se pode interpretar a frase desse modo, é-lhe tirada parte de sua dureza, porque não faz desaparecer a Pedro da presença de Cristo. Antes, lembra a Pedro qual é o seu lugar como um seguidor que caminha nos passos de Jesus. O mesmo se aplica a todos nós. Sempre devemos seguir o caminho de Cristo, jamais devemos tentar obrigar a Cristo a tomar nosso próprio caminho.

    Encontramos um maior desenvolvimento deste tema quando analisamos esta frase de Jesus à luz das palavras que dirigiu a Satanás no final das tentações, tal como Mateus o apresenta em Mt 4:10. Apesar de que nas traduções as passagens parecem diferentes são quase idênticas, embora não totalmente. Em Mt 4:10 diz: "Vai-te, Satanás", que em grego se diz: "Hupage Satana."Neste caso diz a Pedro: “Para trás de mim, Satanás”", que em grego se expressa assim: "Hupage opiso mou, Satana." Agora, o fato concreto é que a ordem de Jesus a Satanás é diretamente: "Vai-te!", enquanto que sua ordem a Pedro é: “Para trás de mim”, quer dizer: "Volta a te converter em meu discípulo." A Satanás Cristo o expulsa de sua presença; a Pedro é-lhe lembrado que deve seguir a Cristo. Se havia algo em que Satanás jamais poderia converter-se, era em seguidor de Cristo; em seu orgulho diabólico jamais podia submeter-se a isso, por isso é Satanás. Pelo contrário, Pedro poderia estar errado, poderia cair e pecar mas para ele sempre restava a possibilidade do desafio e a oportunidade de voltar a converter-se em um discípulo. É como se Jesus lhe tivesse dito: "Neste momento você falou como teria feito Satanás. Mas quem fala não é o verdadeiro Pedro. Você pode se redimir. Venha atrás de mim e volta a ser meu discípulo e tudo voltará a andar bem." A diferença básica entre o Pedro e Satanás radica justamente no fato de que Satanás jamais ficaria atrás de Jesus. Sempre que o homem esteja disposto a seguir, inclusive depois de ter caído, resta a esperança de obter a glória aqui e no mais além.

    O GRANDE DESAFIO

    Mateus 16:24-26

    Aqui temos um dos temas que dominam e se reiteram no ensino de Jesus. Trata-se de coisas que Jesus repetiu uma e outra vez (Mat. 10:37— 39; Mar. 8:64-37; Luc. 9:23-27; 14:25-27; Lc 17:33; Jo 12:25). Uma e outra vez Jesus confrontou os homens com o desafio da vida cristã. Há três coisas que o homem deve estar disposto a fazer se há de viver a vida cristã.

    1. Deve negar-se a si mesmo. Em geral empregamos o termo negação de si mesmo em um sentido restringido. Utilizamo-lo para significar prescindir de algo, ou renunciar a algo. Uma semana de abnegação, por exemplo, é uma semana na qual prescindimos de certos prazeres ou luxos, em geral com o propósito de contribuir a alguma boa causa. Mas isso não é mais que uma parte muito pequena do que Jesus quis dizer ao falar da negação de si mesmo. Negar-se a si mesmo significa dizer não a si mesmo em todos os momentos da vida e dizer sim a Deus. Negar-se a si mesmo significa destronar-se a si mesmo de uma vez e para sempre e entronizar a Deus. Negar-se a si mesmo significa apagar-se a si mesmo como princípio dominante na vida e fazer de Deus o princípio diretor, mais ainda, a paixão dominante da vida. A vida de uma auto-negação constante é uma vida de assentimento constante a Deus.
    2. Deve tomar sua cruz. Quer dizer, deve carregar o peso do sacrifício. A vida cristã é uma vida de serviço sacrificial. O cristão pode ter que abandonar a ambição pessoal para servir a Cristo. Pode ser que descubra que o lugar onde pode oferecer o maior serviço a Jesus Cristo é um lugar onde a recompensa será pequena e o prestígio será nulo. Sem dúvida terá que sacrificar tempo e prazer a fim de servir a Deus mediante o serviço a seu próximo. Para expressá-lo em forma muito simples: pode ser que terei que sacrificar o conforto do lar, o prazer de uma visita a um lugar de recreio, pelas obrigações impostas pelo fato de ser o maior dentro de um grupo, pelas exigências do clube de jovens, a visita à casa de alguma alma triste ou sozinha. Pode ser que tenha que sacrificar certas coisas que poderia possuir a fim de poder dar mais. A vida cristã é a vida de sacrifício.

    Lucas, em um rasgo de aguda percepção, acrescenta uma palavra a esta ordem de Jesus: "Tome cada dia sua cruz." O verdadeiramente importante não são os grandes momentos de sacrifício, mas uma vida de compreensão constante e minuto a minuto das exigências de Deus e as necessidades dos homens. A vida cristã é uma vida que sempre está mais preocupada com os outros que por si mesmo.

    (3) Deve seguir a Jesus Cristo. Quer dizer, deve manifestar uma obediência perfeita a Jesus Cristo. Quando éramos jovens estávamos acostumadas a brincar um jogo chamado "seguir o líder". Era preciso copiar tudo o que fazia o líder por mais difícil e, no caso do jogo, por mais ridículo que fosse. A vida cristã é um constante seguir o líder, uma constante obediência em pensamento, palavra e ação a Jesus Cristo. O cristão segue nos passos de Jesus Cristo, em qualquer lugar que Ele o levar.

    PERDER E ACHAR A VIDA

    Mateus 16:24-26 (continuação)

    Neste mundo existe uma diferença profunda entre existir e viver. Existir é simplesmente deixar que os pulmões respirem e o coração pulse. Viver significa viver em um mundo onde tudo vale a pena, onde há paz na alma, alegria no coração e alegria em cada instante. Aqui Jesus nos dá as indicações para a vida como algo diferente da existência.


    1) O homem que vai atrás da segunda perde a vida. Mateus escrevia entre os anos 80:90 d. C. De maneira que escrevia nos dias mais amargos das perseguições. O que dizia era o seguinte: "É muito possível que chegue o momento em que vocês possam salvar sua vida abandonando a fé, mas se o fizerem, longe de salvar a vida no verdadeiro sentido, perdê-la-ão." O homem fiel pode morrer, mas morre para viver; quem abandona sua fé indo atrás da segurança, pode viver, mas vive para morrer. Em nossa época e em nossa geração não se trata de martírio, mas segue vigente o fato de que se enfrentarmos a vida como uma busca constante de segurança, conforto, carência de dificuldades, se cada decisão que tomamos está apoiada em motivações de prudência e de reputação mundana, estamos perdendo tudo o que faz com que a vida mereça ser vivida. A vida se converte em algo oco e brando quando poderia ter sido uma aventura. A vida se converte em algo egoísta, quando poderia ter sido algo radiante pela atitude de serviço. A vida se converte em algo condenado à dimensão terrestre quando poderia ter sido algo que apontava sempre às estrelas.
    Em uma oportunidade alguém escreveu um epitáfio muito amargo a respeito de uma pessoa: "Nasceu homem e morreu comerciante." Poderia-se substituir a palavra comerciante por qualquer ofício ou profissão. O homem que busca a segurança deixa de ser homem, porque o homem é feito à imagem de Deus.

    1. O homem que arrisca tudo por Cristo — e possivelmente pareça que perdeu tudo — encontra a vida. A história nos ensina que sempre foram as almas aventureiras que disseram adeus à segurança as que escreveram seu nome na história e ajudaram em grande medida o mundo dos homens. Se não tivessem existido quem estava dispostos a correr riscos, mais de uma medicina não existiria. Se não tivessem existido os que estiveram dispostos a arriscar-se, muitas das máquinas que facilitam a vida não seriam inventadas. Se não existissem mães dispostas a correr o risco, não nasceria nenhum menino. O homem que está disposto "a arriscar a vida pela verdade de que Deus existe" é quem, em última instância, encontra a vida.
    2. Logo Jesus fala com advertência: "Suponham que alguém busca a segurança, suponham que obtém o mundo inteiro, e suponham que mais tarde descobre que essa vida não vale a pena; o que pode dar para voltar a ganhar sua vida?" E a triste verdade é que não podemos voltar a obter a vida. Em cada decisão da vida nos convertemos em algo. Convertemo-nos em um determinado tipo de pessoa, construímos em forma constante e iniludível certo tipo de personalidade e de caráter, fazemo-nos capazes de fazer certas coisas e totalmente incapazes de fazer outras. É perfeitamente possível que alguém obtenha tudo o que se propôs e que uma manhã desperte e descubra que perdeu as coisas mais importantes. O mundo representa as coisas materiais por oposição a

    Deus. E se podem dizer três opiniões a respeito das coisas materiais: (a) Ninguém as pode levar consigo no final de seus dias. Só pode levar a si mesmo e se se degradou para obtê-las, seu arrependimento será algo amargo. (b) Não podem ajudar o homem nos dias difíceis. As coisas materiais jamais comporão um coração destroçado ou consolarão a uma alma solitária. (c) Se por acaso alguém obteve suas posses materiais em forma desonesta, chegará o momento em que ouvirá a voz da consciência e conhecerá seu inferno deste lado da tumba.

    O mundo está cheio de vozes que proclamam que o homem que vende a vida autêntica em troca de coisas materiais é um tolo.

    1. Por último, Jesus pergunta: "Que recompensa dará o homem por sua alma?" A versão grega diz: "Que antallagma dará o homem por sua alma?" Esta palavra é interessante. No livro de Eclesiástico lemos: "O amigo fiel não tem preço." e "Não tem preço a [mulher] bem educada" (Eclesiástico Mt 6:15; Mt 26:14). Significa que não há preço com o qual se possa comprar um amigo fiel ou uma alma bem educada. De maneira que esta frase final de Jesus pode significar duas coisas.
    2. Pode querer dizer: Uma vez que o homem perdeu sua vida autêntica devido a seu desejo de segurança e de coisas materiais, não poderá recuperá-la por nenhum preço. Fez-se a si mesmo algo que jamais pode ser completamente apagado.
    3. Pode significar: O homem deve ele próprio e tudo o que tem a Cristo, e não há nada que possa entregar a Cristo em lugar de sua vida. É muito possível que alguém trate de dar seu dinheiro a Cristo e que entretanto não lhe entregue sua vida. É mais provável ainda que alguém renda um serviço aparente a Cristo e que não lhe entregue sua vida. Mais de uma pessoa dá sua oferenda voluntária semanal à igreja mas não vai à igreja; é evidente que isto não satisfaz as exigências impostas aos membros da igreja. O único dom que podemos fazer à igreja é dar-nos a nós mesmos, e o único dom que podemos fazer a Cristo é nossa vida inteira. Não há nada que possa substituir e isso é a única coisa válida.

    A ADVERTÊNCIA E A PROMESSA

    Mateus 16:27-28

    Esta passagem inclui duas frases diferentes.

    1. A primeira frase é uma advertência. É uma advertência sobre o juízo iniludível. A vida vai para alguma parte e esse lugar é o juízo. Em qualquer esfera da vida chega o momento do balanço. Não se pode passar por cima do fato de que depois da vida chega o juízo; e quando tomamos esta passagem junto com a anterior nos damos conta imediatamente de qual é o nível do juízo. O homem que entesoura a vida para si de maneira egoísta, o homem cuja primeira preocupação é sua própria segurança e conforto é um fracasso segundo o ponto de vista do céu, por mais rico, próspero e triunfante que pareça. O homem que ocupa sua vida com outros e que vive a vida como uma aventura heróica é quem recebe o louvor do céu e a recompensa de Deus.
    2. A segunda frase é uma promessa. Tal como o relata Mateus, pareceria que Jesus falou como se esperasse sua própria vinda visível durante a vida de alguns daqueles que o ouviam. Se Jesus disse isso errou. Mas vemos o verdadeiro sentido das palavras de Jesus quando nos dirigimos ao relato que faz Marcos do incidente. Marcos diz: “Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus.” (Mc 9:1). Jesus faz referência à poderosa obra de seu Reino e o que disse se fez realidade. Alguns dos presentes viram a vinda de Cristo na vinda do Espírito no dia do Pentecostes. Havia quem veria como entrariam no Reino tanto gentios como judeus. Veriam como a maré da mensagem cristã cruzaria a Ásia Menor e a Europa até chegar a Roma. Durante a vida daqueles que ouviam a Jesus o Reino chegou em todo o seu poder.

    É necessário interpretar esta frase em relação direta com o que vem antes. Jesus advertiu a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e que ali devia sofrer muito e morrer. Essa era a vergonha mas a vergonha não era o fim. depois da cruz veio a ressurreição. A cruz não seria o fim, seria o princípio da liberação desse poder que surgiria através do mundo inteiro. A promessa feita aos discípulos de Jesus Cristo estabelece que nada que os homens façam pode obstaculizar a expansão do Reino de Deus.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 16 versículo 23
    Para trás de mim: Nessa ocasião, Jesus censurou Pedro de modo firme. (Mc 8:33) Jesus não aceitaria que nada o impedisse de cumprir a vontade de seu Pai. Algumas obras de referência definem a expressão idiomática usada aqui como: “Saia da minha frente!”, e algumas Bíblias a traduzem como “Afaste-se de mim”. Essas palavras também podem ter lembrado Pedro de que, como seguidor de Jesus, seu papel era apoiar o seu Mestre, em vez de ser uma pedra de tropeço, ou seja, um obstáculo no caminho dele.

    Satanás: A palavra hebraica satán significa “opositor”. Pelo visto, quando Jesus chamou Pedro de “Satanás”, ele queria dizer que Pedro estava agindo como um opositor. Jesus talvez quisesse dar a entender que, naquele momento, Pedro se deixou influenciar por Satanás.

    pedra de tropeço: Veja a nota de estudo em Mt 18:7.


    Dicionário

    Coisas

    coisa | s. f. | s. f. pl.

    coi·sa
    (latim causa, -ae, causa, razão)
    nome feminino

    1. Objecto ou ser inanimado.

    2. O que existe ou pode existir.

    3. Negócio, facto.

    4. Acontecimento.

    5. Mistério.

    6. Causa.

    7. Espécie.

    8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

    9. [Informal] Órgão sexual feminino.

    10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

    11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

    12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


    coisas
    nome feminino plural

    13. Bens.


    aqui há coisa
    [Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

    coisa alguma
    O mesmo que nada.

    coisa de
    [Informal] Aproximadamente, cerca de.

    coisa nenhuma
    Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

    coisas da breca
    [Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

    coisas do arco-da-velha
    [Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

    coisas e loisas
    [Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

    [Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

    como quem não quer a coisa
    [Informal] Dissimuladamente.

    fazer as coisas pela metade
    [Informal] Não terminar aquilo que se começou.

    mais coisa, menos coisa
    [Informal] Aproximadamente.

    não dizer coisa com coisa
    [Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

    não estar com coisas
    [Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

    não estar/ser (lá) grande coisa
    [Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

    ou coisa que o valha
    [Informal] Ou algo parecido.

    pôr-se com coisas
    [Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

    que coisa
    [Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

    ver a
    (s): coisa
    (s): malparada(s)
    [Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


    Sinónimo Geral: COUSA


    Compreender

    Compreender, no bom sentido, é ver para abençoar, aliviar, amparar, construir ou reconstruir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4


    verbo transitivo direto e pronominal Abarcar em si mesmo; carregar em sua essência; incluir ou abranger-se: seu texto compreendia ironias e metáforas; algumas metáforas se compreendem neste texto.
    verbo transitivo direto Ampliar o seu desenvolvimento a: a nova lei compreende todos os Estados brasileiros.
    Desenvolver um ponto de vista sobre certa coisa ou pessoa: eu não compreendo a mentira.
    verbo transitivo direto e intransitivo Entender intelectualmente, valendo-se da habilidade de percepção ou de entendimento; perceber: escreve em excesso, mas não compreende o assunto; era um assunto difícil de compreender.
    Etimologia (origem da palavra compreender). Do latim comprehendere.

    entender, conceber, perceber, sentir. – Diz Roq. que o verbo entender “explica uma percepção do ânimo e em que os sentidos e a memória têm mais parte do que na percepção que explica o verbo compreender, na qual tem mais parte o entendimento. Entende-se uma língua, um sinal dado: esta percepção a devemos à prática material, ao uso, à ação dos sentidos. Compreende-se a força de um discurso, a causa oculta de um efeito: devemos esta percepção à perspicácia, à subtileza do entendimento. – Do verbo latino concipio fizemos nós conceber, que em significação translata quer dizer – formar no ânimo, meditar e abraçar um propósito, um plano, etc. De outro verbo latino percipio fizemos perceber, a que demos principalmente a significação de compreender, entender, que também se dá às vezes ao verbo conceber. Mas a diferença entre conceber e perceber consiste em que, quando eu concebo sou eu o agente, e quando percebo não faço senão entrar no espírito daquilo que outro diz ou faz. Concebe o general um plano de batalha ou de ataque de uma praça, faz os seus preparativos, e começa a executá-lo; percebe-o o inimigo, e procura malográ-lo, empregando todos os meios que a arte da guerra lhe ministra”. – Sentir, aqui, é “apanhar bem o sentido, penetrar o íntimo, compreender perspicuamente”. É o mais genérico do grupo. Sentem-se as grandes verdades; sente-se um belo discurso, um tre- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 297 cho de música; sente-se o intento do inimigo; sente-se a causa de um fenômeno; sente-se um aviso posto no alto de um monte.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Escândalo

    No sentido vulgar, escândalo se diz de toda ação que de modo ostensivo vá de encontro à moral ou ao decoro. O escândalo não está na ação em si mesma, mas na repercussão que possa ter. A palavra escândalo implica sempre a idéia de um certo arruído. [...] No sentido evangélico, a acepção da palavra escândalo, tão amiúde empregada, é muito mais geral, pelo que, em certos casos, não se lhe apreende o significado. Já não é somente o que afeta a cons ciência de outrem, é tudo o que resulta dos vícios e das imperfeições humanas, toda reação má de um indivíduo para outro, com ou sem repercussão. O escândalo, neste caso, é o resultado efetivo do mal moral.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8, it• 12


    Escândalo Aquilo que leva alguém a se ofender, se revoltar ou pecar (Mt 13:41; Rm 14:13).

    Escândalo Armadilha colocada no caminho com a intenção de fazer cair. Jesus considera que se deve afastar da vida todas as situações que possam levar uma pessoa a cair, porque a condenação é um mal muito maior do que qualquer perda (Mt 5:29-30).

    Nos últimos tempos, muitos que acreditavam tropeçaram e apostataram (Mt 24:10). Tanto antes como agora, os que não se escandalizam com Jesus são objeto de uma bênção especial (Mt 11:6). A idéia de Jesus renunciar à sua morte sacrifical na cruz foi considerada uma armadilha própria de Satanás (Mt 16:23). Os escândalos são inevitáveis (Lc 17:1), mas deve-se fazer o possível para evitá-los (Mt 18:7). Em harmonia com essa visão, muitas vezes Jesus não hesitou em aceitar comportamentos estabelecidos que não comprometiam, porém, a essência de sua missão, para evitar que as pessoas recusassem o evangelho (Mt 17:27).


    substantivo masculino Coisa indecorosa, contrária aos bons costumes.
    Estado de perplexa indignação suscitado por palavra ou ato reprovável: com grande escândalo do auditório.
    Procedimento desabrido que causa vexame ou constrangimento; altercação, querela; algazarra, tumulto: dar escândalo em público.

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Pedro

    Pedro [Pedra] - APÓSTOLO (Mc 3:13-19), também chamado de Simão e Cefas (Jo 1:42). Era pescador (Mc 1:16). Episódios de sua vida são mencionados em (Mc 1:16-18); (Lc 5:1-11); 8:40-56; (Mt 8:14-15); 14:28-33; 16:13 23:17-1-13 26:36-46,69-75; (Lc 24:34); (Jo 18:10-18), 25-27; 21:1-23; At 1:13—5.42; 8:14-25; 10.1—11.18; 12:1-19; 15:1-11; (1Co 9:5); (Gl 1:18); 2:6-14. Segundo a tradição, foi morto entre 64 e 67 d.C., no tempo de NERO. V. PEDRO, P

    Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).

    Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.

    Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).

    Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.

    Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.

    Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.

    Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.

    C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre

    (ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.


    pedra, rocha

    Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).

    Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).

    A vocação de Pedro

    Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).

    Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).

    Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.

    O apostolado de Pedro

    Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).

    De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).

    Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).

    Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).

    Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).

    Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).

    Os escritos de Pedro

    De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.

    I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).

    Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.

    Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.

    Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).

    Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).

    Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).


    1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).


    2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).

    A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..

    A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).

    Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).

    Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).

    Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.


    Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.

    Satanas

    hebraico: adversário; grego: Satan

    Satanás

    substantivo masculino O diabo; Belzebu, Satã.

    O nome

    Significado

    O vocábulo “Satan” deriva do hebraico e significa “agir como um adversário”. O verbo pode significar também “acusar”. O substantivo é transliterado para o grego como “Satanás” e aparece cerca de 35 vezes no Novo Testamento. Às vezes a palavra é usada simplesmente para descrever um adversário humano. Por exemplo, no texto hebraico de I Samuel 29:4, os comandantes filisteus objetaram quanto ao fato de Davi estar entre eles e insistiram para que fosse mandado de volta ao seu povo: “Faze voltar a este homem, e torne ao seu lugar em que tu o puseste. Não desça conosco à batalha, para que não se nos torne na batalha em adversário (isto é, satanás)”. Algumas vezes este termo é usado precedido de artigo e nesses casos indica “o Satanás”, ou seja, o adversário pessoal de Deus e de seu povo. De fato, no Novo Testamento torna-se o título desse ser angelical caído, mas ainda assim poderoso. Ele é chamado especificamente de “vosso adversário” (1Pe 5:8).


    Outros nomes descritivos Freqüentemente outros nomes ou descrições são aplicados a Satanás. Evidentemente era a “serpente” de Gênesis 3:1. Em Apocalipse 12:9-20:2, é novamente chamado de “a antiga serpente” e também de “dragão”, “o diabo ou Satanás”. O termo “diabo” (derivado de uma raiz que significa “acusar”) é usado regularmente no Novo Testamento (aproximadamente 36 vezes); outros nomes ajudam a criar um quadro desse ser pessoal do mal. Em Apocalipse 9:11 ele é o “Abadom” ou, em grego, “Apoliom”. Esse “destruidor” é “o anjo do abismo”, a “estrela que caiu do céu” (v. 1). Termos descritivos como Apoliom ou “o anjo do abismo” num certo sentido referem-se mais à personificação da destruição e da morte do que a outro nome para Satanás. De qualquer maneira, em última análise tal “destruição” certamente emana dele próprio (v. 1, a estrela caída); portanto, frases, termos e nomes como esses contribuem para o nosso entendimento sobre tal ser. Descrições ainda mais surpreendentes referentes a Satanás incluem: “deus deste século” (2Co 4:4); “príncipe dos demônios” (Mt 12:24); “príncipe das potestades do ar” (Ef 2:2); “poder deste mundo tenebroso” (Ef 6:12); “tentador” (Mt 4:3); “maligno” (Mt 13:19). Em II Coríntios 6:15 é chamado de “Belial” e em Mateus 12:24, de “Belzebu”. Em João 8:44 Jesus o chamou de “homicida desde o princípio” e de “mentiroso e pai da mentira”.

    A descrição bíblica


    Sua pessoa A Bíblia descreve Satanás como um ser angelical que se rebelou contra Deus, o Criador. Surpreendentemente, pouca informação é dada sobre sua posição no céu e não há nenhuma explicação para sua disposição e desejos malignos. Uma passagem em Ezequiel 28:11-19 proporciona alguns antecedentes, embora o seu nome não seja mencionado. A passagem relaciona-se diretamente a uma profecia contra o rei de Tiro e por isso há argumentos de que nada tem que ver com Satanás. Parece provável, contudo, que as referências a um “querubim” e o fato de estar presente no “Éden, o jardim de Deus” signifiquem que o autor aplicava verdades sobre Satanás ao rei de Tiro ou descrevia o diabo, que nesta instância é representado pelo rei humano. Em qualquer caso é possível aprender algo sobre Satanás, direta ou indiretamente.

    Ele era “o selo da perfeição” (Ez 28:12) e “perfeito em formosura”, mas não deixava de ser uma criatura (v. 15). Vivia no “monte santo de Deus” e era “querubim da guarda ungido” pelo próprio Deus (v. 14). Finalmente, achou-se iniqüidade nele (v. 15), seu interior se encheu de violência e pecou (v. 16). Isso fez com que fosse expulso do “monte santo de Deus”. Foi lançado sobre a Terra e tornado em cinza aos olhos de todos os que o contemplavam (vv. 16-18). Outras descrições de anjos desalojados do céu são encontradas em Judas 6 e II Pedro 2:4 (veja também Is 14:12-17, onde o rei da Babilônia é descrito em termos bem similares a esses usados por Ezequiel com relação ao rei de Tiro).
    Seus propósitos O propósito de Satanás é conquistar o controle para si, a fim de frustrar a vontade do Todo-poderoso e destruir a Igreja. Ele é tortuoso e enganador. Pensa, argumenta e formula estratégias cujo objetivo é a destruição do povo de Deus. É visto continuamente em guerra contra o Senhor, mas sempre no contexto de um ser criado e subordinado, para o qual Deus tem um destino determinado e inevitável. Embora não haja na Bíblia nenhum vestígio de dualismo entre o bem e o mal ou qualquer igualdade entre o maldade de Satanás e a bondade de Jesus Cristo, parte da sutileza do diabo é fazer imitações da verdade. Busca persuadir os que acreditam nele que tem poder e autoridade iguais aos de Jesus. Diferentemente de Cristo, o “Leão de Judá”, Satanás apenas ruge como leão, “buscando a quem possa tragar” (1Pe 5:8). Diferentemente de Jesus, que é “a luz do mundo”, Satanás pode apenas fingir, transformando-se “em anjo de luz”, a fim de enganar o povo de Deus (2Co 11:14).

    Existem vários incidentes descritos nas Escrituras em que suas tentativas de realizar seus propósitos são retratadas de forma vívida. No livro de Jó, o propósito de Satanás, como adversário do servo do Senhor, era desacreditá-lo diante de Deus (1:2). O Senhor, entretanto, conhecia o coração de Jó, sua integridade e confiança; permitiu que Satanás exercesse um relativo poder sobre ele durante algum tempo, para prová-lo e tentá-lo. As piores coisas que o diabo pôde lançar contra Jó falharam em fazê-lo negar a Deus. Outro incidente no qual Satanás tentou fazer com que um homem temente ao Senhor se desviasse é mencionado em I Crônicas 21:1. O diabo tentou o rei Davi, fazendo-o desobedecer à Lei de Deus e cometer o pecado de recensear o povo contra a vontade de Deus. Diferentemente de Jó, que permaneceu íntegro, Davi sucumbiu à tentação e imediatamente o juízo do Todo-poderoso caiu sobre ele, por causa de sua transgressão. Mesmo no julgamento, entretanto, houve provisão para o perdão e novamente ele foi restaurado a um relacionamento adequado com o Senhor, a despeito dos esforços de Satanás em contrário.

    O papel de Satanás como acusador também é retratado em Zacarias 3. Ele acusou o sumo sacerdote Josué na presença de Deus, ao tentar desqualificá-lo para o serviço do Senhor (v. 1). Como membro do povo de Deus, os pecados de Josué foram perdoados (v. 4). O Senhor providenciou para que o ataque de Satanás não tivesse efeito e assumiu a responsabilidade de fazer com que Josué fosse vestido com vestes limpas e puras, como símbolo de sua justificação diante de Deus.

    No Novo Testamento, o foco do ataque de Satanás é sobre Cristo e depois sobre sua Igreja. Começou quando Jesus foi tentado pelo diabo. Num episódio com muitas similaridades com a tentação de Israel na jornada para Canaã, depois da saída do Egito, Cristo foi levado para o deserto pelo Espírito de Deus. Ali foi testado pelo diabo. O objetivo principal de Satanás era fazer com que Jesus se desviasse de seu objetivo de ir à cruz, a fim de promover a salvação. Ao contrário dos israelitas, entretanto, o verdadeiro e perfeito Filho de Deus não pecou e em toda situação seguiu a vontade do Pai celestial em fiel obediência. As tentações estão listadas em Mateus 4:1-12 e nas passagens paralelas em Marcos 1 e Lucas 4. A obediência de Jesus era especificamente à Palavra de Deus, a qual citou contra Satanás.

    A maneira como Satanás distorceu o significado e a aplicação das Escrituras durante a tentação de Jesus é parte integrante de seu trabalho, o qual Cristo enfatizou na parábola do semeador (Mc 4:15). As pessoas ouvem a Palavra de Deus, mas Satanás tenta roubá-la de dentro delas. Ciente de que “a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus” (Rm 10:17), o diabo faz tremendos esforços para impedir as pessoas de ouvir e entender a mensagem de Cristo (2Co 4:4).

    Satanás também engana as pessoas, quando as faz pensar que ele é o soberano neste mundo; devido ao fato de que muitos acreditam nele e rejeitam o Senhor Deus, ele adquire um certo domínio no mundo. Portanto, seu objetivo no Novo Testamento relaciona-se especialmente em afastar as pessoas de Cristo e trazê-las de volta ao seu controle ou evitar que reconheçam a verdade de que Jesus é o Senhor dos senhores. Foi nisso que Cristo pensou, quando se referiu a Satanás como “o príncipe deste mundo” (Jo 12:31; Jo 16:11). Em certo sentido, o extraordinário poder do diabo como príncipe ou dominador deste mundo foi visto claramente quando Jesus foi crucificado. Cristo reconheceu brevemente o poder do diabo em João 14:30; em última análise, ver a cruz como vitória de Satanás na verdade seria vê-la com olhos fechados por ele. Foi naquele momento, que aparentemente representava o maior triunfo do diabo, quando Cristo morreu na cruz, que o extraordinário poder de Deus, seu controle total sobre todas as coisas e sua fidelidade para com seu povo (o alvo dos ataques de Satanás) foram realmente vistos.


    Seu poder Apesar de ser essa a primeira impressão, a cruz não foi o lugar de demonstração do grande poder de Satanás. Pelo contrário, foi o local onde a limitação de seu poder foi vista claramente. Através de toda a Bíblia seu poder sempre é demonstrado como sujeito à vontade permissiva de Deus. No incidente com Jó, o Senhor estabeleceu limites bem específicos para o que era permitido a Satanás fazer. O mesmo aconteceu no incidente com o sumo sacerdote Josué. Essa limitação do poder de Satanás foi indicada pela primeira vez no julgamento do Senhor sobre ele, depois do pecado de Adão e Eva, no jardim do Éden. Ali Satanás foi condenado a uma existência desesperada na qual falharia repetidamente em seus ataques contra o povo de Deus. A maldição do Senhor o advertiu de que, ao “ferir o calcanhar” do descendente da mulher, este iria “esmagar a cabeça” da serpente (Gn 3:15). Embora sem dúvida esse seja o conhecimento do povo de Deus através dos séculos, foi particularmente verdadeiro com relação a Jesus Cristo. Satanás o feriu na crucificação, mas exatamente naquele momento a maldição do Todo-poderoso se cumpriu: o preço pelo pecado foi pago, o povo de Deus foi redimido e o Senhor venceu a morte por meio da ressurreição de Jesus, as primícias daqueles que dormem (1Co 15:20). Satanás foi ferido mortalmente.

    Nem Satanás nem todas as suas forças são capazes de “nos separar (o povo de Deus) do amor de Cristo” (Rm 8:35). Em todas as coisas, Deus e o seu Cristo têm o poder final e completo. O diabo não é onisciente (não conhece todas as coisas) nem onipotente (não tem poder absoluto) e nem mesmo onipresente (não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo). De fato, ele mesmo reconheceu suas limitações em sua discussão com Deus sobre Jó, a quem reconheceu que o Senhor protegera (1:10).

    Entretanto, o poder limitado de Satanás é extremamente perigoso para o povo de Deus. A respeito do diabo é dito que ele levou Ananias e Safira, membros da Igreja primitiva, ao pecado que causou a morte de ambos (At 5:3). Satanás foi capaz, pelo menos temporariamente, de impedir o trabalho de Paulo (1Ts 2:18) e o apóstolo advertiu Timóteo sobre as pessoas nas igrejas que se desviaram para seguir o diabo (1Tm 5:15).

    A defesa do cristão

    Em muitas ocasiões, o Novo Testamento alerta os cristãos a se defender contra Satanás. O fato de que durante a tentação no deserto, Jesus respondeu ao diabo três vezes com as palavras “está escrito...” (Mt 4:10) mostra o caminho diante de nós. Cristo usou as Escrituras (a Palavra de Deus) como principal defesa contra o diabo. Devemos dar ouvidos à Palavra de Deus, a Bíblia, tanto aos mandamentos como às promessas. Devemos viver pela fé no Todo-poderoso, cuja Palavra tem o poder de salvar. Devemos viver em obediência à Palavra, para termos a proteção do Senhor. A Palavra de Deus não é somente uma arma defensiva contra Satanás — é também ofensiva, pois é a “espada do Espírito” (Ef 6:17). A fé em Deus e em sua Palavra torna-se um escudo com o qual todas as flechas inflamadas do maligno podem ser apagadas (v. 16).

    Os cristãos já viram uma prova do poder de Deus sobre Satanás quando suas próprias mentes ficaram livres da tirania dele e entenderam e creram na verdade (At 26:17-18). Também sabem que a vitória sobre o diabo, conquistada na cruz, será finalmente demonstrada ao mundo, na volta de Cristo após o Arrebatamento da Igreja, quando o golpe final na cabeça da serpente será testemunhado por toda a humanidade (Rm 16:20; Ap 20:10). Usar a Palavra de Deus desta maneira, como uma defesa prática contra o tentador e o acusador, exige obediência fiel e diária. A submissão ao Senhor é o outro lado da moeda que diz “resisti ao diabo” (Tg 4:7). Os passos práticos da obediência à Palavra de Deus, ou seja, na diligência, no cuidado para com as outras pessoas, sem jamais permitir que o sol se ponha sobre a ira etc., são meios que impedem o diabo de encontrar um “lugar” na vida do cristão (Ef 4:27-28). As tentações lançadas por ele devem ser vencidas a todo custo. A Bíblia não oferece nenhuma forma mística para tal atitude, mas sim conselhos simples e práticos, como, por exemplo, não se abster desnecessariamente de ter relações sexuais com o cônjuge, “para que Satanás não vos tente por causa da incontinência” (1Co 7:5). Evidentemente tal defesa prática contra o diabo só é possível por causa da presença do Espírito Santo: “Porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1Jo 4:4).

    Em última análise, entretanto, a defesa do cristão é maravilhosamente gloriosa, pois é baseada na obra expiatória de Cristo na cruz. Por meio da fé em Jesus, o crente sabe que, se Satanás por um breve momento o leva ao pecado, por causa da morte de Cristo o castigo já foi pago e a justificação é uma realidade. O veredito de “não culpado” foi pronunciado por Deus com antecedência (“sendo, pois, justificados” Rm 5:1). A obra contínua de intercessão de Cristo em favor do crente o protege, sustenta e possibilita o perdão do Pai.

    A destruição de Satanás

    A Bíblia não somente mostra as limitações do poder de Satanás, mas também revela qual será o fim dele. O Senhor Deus prometeu um juízo pleno e definitivo para o diabo e todos os seus seguidores. Seu fim foi sugerido em Gênesis 3:15 e Ezequiel 28:19, mas tornou-se explícito no Novo Testamento com o advento de Jesus Cristo, em sua morte e ressurreição (Mt 25:41; Lc 10:18). O livro de Apocalipse, dirigido a uma igreja perseguida, que sofria sob o tormento de Satanás e seus seguidores, dá uma atenção especial à sua derrota final e o seu lançamento “no lago de fogo”. Alguns acreditam que a vinda de Cristo será antecedida por uma grande atividade por parte de Satanás; entretanto, qualquer que seja a maneira que esses eventos finais da história se revelem, Apocalipse deixa absolutamente claro que sua influência, poder e controle serão destruídos completamente, de maneira que no novo céu e na nova terra não estarão mais presentes. Até mesmo a morte, que Satanás tem usado para criar medo e rebelião no mundo, não existirá mais. É difícil compreender a glória dessa expulsão final. Os crentes oram por isso há muito tempo (1Co 16:22; Ap 6:10), mas será um dia que trará a maior glória a Deus, o Salvador, e trará grande paz e alegria a todos os crentes, pois “Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, pois já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21:4; veja também Ap 20:7-14; 2Ts 2:3-12; Ap 12:9-12; etc.). P.D.G.


    [...] personificação do mal sob forma alegórica, visto não se poder admitir que exista um ser mau a lutar, como de potência a potência, com a Divindade e cuja única preocupação consistisse em lhe contrariar os desígnios. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 131

    [...] Satã, segundo o Espiritismo e a opinião de muitos filósofos cristãos, não é um ser real; é a personificação do mal, como Saturno era outrora a do Tempo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    A concepção de Satanás é, no fundo, essencialmente atéia. [...] é uma negação hipócrita de Deus em alguns dos seus essenciais atributos.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] Satanás é o símbolo do mal. Satanás é a ignorância, a matéria e suas grosseiras influências [...].
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    Satanás, o diabo, o demônio – são nomes alegóricos pelos quais se designa o conjunto dos maus Espíritos empenhados na perda do homem. Satanás não era um Espírito especial, mas a síntese dos piores Espíritos que, purificados agora na sua maioria, perseguiam os homens, desviando-os do caminho do Senhor.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] satanás, demônio, diabo – se devem entender – os Espíritos impuros, imundos. São sinônimas tais locuções e é sempre essa a significação em que as empregaram os Evangelhos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] as expressões Belzebu, Satanás, príncipe dos demônios, diabo [...] não tinham [...] mais do que um sentido figurado, servindo para designar os Espíritos maus que, depois de haverem falido na sua origem, permanecem nas sendas do mal, praticando-o contra os homens.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Satanás somos nós, Satanás são todos aqueles que não fazem a vontade de Deus e não seguem a doutrina de N. S. Jesus Cristo. Satanás é o nosso orgulho, a nossa vaidade, a nossa avareza; são todos os nossos instintos perversos, que nos colocam numa montanha terrível de tentações, para que sejamos atraídos ao abismo, onde devemos encontrar as sombras de uma morte eterna, se eternos forem os nossos maus instintos.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Satã é a inteligência perversa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1


    Satanás [Adversário] - V. DIABO (Mt 12:26).

    Satanás Ver Diabo, Demônios.

    Servir

    Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

    Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

    Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
    Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
    verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
    verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
    Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
    Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
    Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
    verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
    verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
    Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
    [Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
    verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
    Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
    Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
    Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

    São

    adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
    Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
    Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
    Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
    Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
    Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
    Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
    Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
    substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
    Aquele que está bem de saúde; saudável.
    Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
    Condição do que está completo, perfeito.
    expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
    Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
    substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
    Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

    adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
    Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
    Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
    Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
    Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
    Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
    Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
    Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
    substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
    Aquele que está bem de saúde; saudável.
    Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
    Condição do que está completo, perfeito.
    expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
    Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
    substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
    Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.

    são adj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)

    Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.


    Rei do Egito (2Rs 17:4).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ στρέφω ἔπω Πέτρος ὑπάγω ὀπίσω μοῦ Σατανᾶς εἶ ὅτι μοῦ σκάνδαλον οὐ φρονέω ὁ θεός ἀλλά ἄνθρωπος
    Mateus 16: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas ele, virando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás; tu és uma ofensa a mim; porque não tens gosto das coisas que são de Deus, mas das que são dos homens.
    Mateus 16: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Agosto de 29
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3694
    opísō
    ὀπίσω
    Depois de
    (after)
    Preposição
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4074
    Pétros
    Πέτρος
    um povo descendente do filho de Jafé que também habitou o território da Média n pr loc
    (and Madai)
    Substantivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4567
    Satanâs
    Σατανᾶς
    obra
    (works [are])
    Substantivo
    G4625
    skándalon
    σκάνδαλον
    a vara móvel ou gancho de uma armadilha, vara de armadilha
    (causes of sin)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G4762
    stréphō
    στρέφω
    virar, girar
    (turn)
    Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Ativo - 2ª pessoa do singular
    G5217
    hypágō
    ὑπάγω
    conduzir sob, trazer
    (Get you away)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G5426
    phronéō
    φρονέω
    tirar
    (shake off)
    Verbo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὀπίσω


    (G3694)
    opísō (op-is'-o)

    3694 οπισω opiso

    do mesmo que 3693 com enclítico de direção; TDNT - 5:289,702; adv

    1. atrás, depois, após, posteriormente
      1. de lugar: coisas que estão atrás
      2. de tempo: depois

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    Πέτρος


    (G4074)
    Pétros (pet'-ros)

    4074 πετρος Petros

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m

    Pedro = “uma rocha ou uma pedra”

    1. um dos doze discípulos de Jesus

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    Σατανᾶς


    (G4567)
    Satanâs (sat-an-as')

    4567 σατανας Satanas

    de origem aramaica e relacionado a 4566 (com o afixo definido); TDNT - 7:151,1007; n pr m

    1. adversário (alguém que se opõe a outro em propósito ou ação), nome dado
      1. ao príncipe dos espíritos maus, o adversário inveterado de Deus e Cristo
        1. incita à apostasia de Deus e ao pecado
        2. engana os homens pela sua astúcia
        3. diz-se que os adoradores de ídolos estão sob seu controle
        4. pelos seus demônios, é capaz de possuir pessoas e infligi-las com enfermidades
        5. é derrotado com a ajuda de Deus
        6. na volta de Cristo do céu, ele será preso com cadeias por mil anos, mas quando os mil anos terminarem, ele andará sobre a terra ainda com mais poder, mas logo após será entregue à condenação eterna
      2. pessoa semelhante a Satanás

    σκάνδαλον


    (G4625)
    skándalon (skan'-dal-on)

    4625 σκανδαλον skandalon (“escândalo”)

    provavelmente de um derivado de 2578; TDNT - 7:339,1036; n n

    1. a vara móvel ou gancho de uma armadilha, vara de armadilha
      1. armadilha, cilada
      2. qualquer impedimento colocado no caminho e que faz alguém tropeçar ou cair, (pedra de tropeço, ocasião de tropeço) i.e., pedra que é causa de tropeço
      3. fig. aplicado a Jesus Cristo, cuja pessoa e ministério foi tão contrário às expectativas dos judeus a respeito do Messias, que o rejeitaram e, pela sua obstinação, fizeram naufragar a própria salvação

        qualquer pessoa ou coisa pela qual alguém (torna-se presa) afoga-se no erro ou pecado


    στρέφω


    (G4762)
    stréphō (stref'-o)

    4762 στρεφω strepho

    reforçado da raiz de 5157; TDNT - 7:714,1093; v

    1. virar, girar
    2. virar-se (i.e., voltar as costas para alguém

      2a) de alguém que não mais se importa com o outro)

      1. metáf. mudar a conduta de, i.e., mudar a mente de alguém

    ὑπάγω


    (G5217)
    hypágō (hoop-ag'-o)

    5217 υπαγω hupago

    de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

    conduzir sob, trazer

    retirar-se, ir embora, partir


    φρονέω


    (G5426)
    phronéō (fron-eh'-o)

    5426 φρονεω phroneo

    de 5424; TDNT - 9:220,1277; v

    1. ter entendimento, ser sábio
    2. sentir, pensar
      1. ter uma opinião de si mesmo, pensar a respeito de si, ser modesto, não permitir que a opinião que se tem de si mesmo (apesar de correta) exceda os limites da modéstia
      2. pensar ou refletir sobre a própria opinião
      3. ser do mesmo pensamento, i.e., concordar, compartilhar os mesmos pontos de vista, ser harmonioso
    3. dirigir a mente para algo, procurar, esforçar-se por
      1. cuidar dos próprios interesses ou vantagens
      2. ser do partido de alguém, apoiá-lo (nas causas públicas)